[amândio graça] o ensino dos jogos desportivos_2 (GARGANTA_para uma teoria do JDC)

March 24, 2018 | Author: Thais Ferreira | Category: Learning, Sports, Leisure, Science, Philosophical Science


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PARA UMA TEORIADOS JOGOS DESPORTIVOS COLECTIVOS J(JUOOAROANTA Cllmprr aos Jogos Duportivos Colutivos contribuir para a cOflcrttiza,60dosobjut/vosdr/inidbsptlasac,iIoidadudrEdllca,60 F(sico r Drsporro. Para as o/ingir. torna·u imprucindlvrl um rnsino adrquodo, /Tt10 obstonlr as dificllidadts aprrsentadas petos mul/iplos componenus do jogo e os escassos CtrUZOS exisrrnus oarco do dest/lvolvimtnto mt/odolOgico do rts(Ucl;VO!orma,,60 e 16clica. Konzag, 1985 1. Os Jogos Desportivos Colectivos (JDe), designac;:io que engloba, entre outras, modalidades como 0 Basquelebol, 0 Andebol. 0 Futebol e 0 Voleibol. ocupam urn lugar importante na cultura desportiva cOfltemporAnea. Devido Ariqueza de situac;:&s que proporcionam. os JDC constituem urn meio formativo por excelencia (Mesquita, 1992), na medida em que a sua pritica. quando correctamente orientada. induz 0 desenvolvimento de competeocias em vlirios pianos, de enne os quais nos permitimos salientar 0 t'ctico-cognitivo, 0 tl!cnico e 0 s6cio-afectivo. NAo obstante a riqueza patenteada no alcance e na abrangencia de conteudos desle gropo de desportos, a sua identidade e irnportancia ressaltam, do nosso ponto de vista, de dois trac;:os fundamentais: (I) 0 aj>elo A entre os elementos duma mesrna equipa para veneer a oposic;:Ao dos elementos da equipa adversaria. Entendendo a cooperac;:llo como 0 modo de comunicar alravl!s do recurso a sistemas de referencia comuns, que no caso vertente sAo essencialmente de natureza motora de equipa). Para cooperare levarde vencida a OpoSiC;:30 dos adversMios dever-se-li desenvolver nos praticantes 0 espfrito de colaborac;:io e de cntreajuda, podendo 0 jogo constiluir·se como urn 11 o F."WIO dOJ JOROS Dtsponil'os campo privilegiado para que os pralicanles exprirnam a sua individu- alidade. manifeslem as suas capacidades e simulranearneme aprendam a subordinar os inleresses pessoais ao inleresses da equipa: (2) 0 apelo alnteliglncla. entendida como a capacidade de a novas enquanto capacidade de elaborare operar respostas adequadas aos problemas colocados pel as aleal6rias e diversificadas que ocorrem no jogo de adaptabilidade). oproblema fundamental dos JOC. de acordo comGrthaigne & Guillon (1992). pede ser enunciado da seguime forma: numa de oposiCiio os jogadores devem coordenar as com a finalidade de recuperar. conservar e fazer progredir a bola. tendo como objectivo criar siluacOes de finalizaCAo e marcar golo ou ponto. Apanir deSle entendimenlo eoexistern tres grandes c81egorias de sub-problemas: (I) No plano espadal e temporal • noalaque • problemas de uti da bola. indi vidual e colectivarnenle. fia tentativa de ultrapassar obslliculos m6veis nao uniformes (adversMios); • na defesa· problemas na produCAo de obstaculos. com a finalidade de dificultar ou parar 0 movimenlo da bola e dos jogadores adversMios, no intuito de conseguir a posse da bola. (2) No plano da infonnaeAo Problemas ligados Aprodueio de inceneza para os adversarios e de ceneza para oscolegas deequipa. 0 aumenlo da mceneza para 0 adversArio esl' ligado As ahemalivas propostas pelos companheiros do ponador da bola. (3) No plano da organizaCio Problemas na dum projeeto individual para urn projeclo eolectivo. dando 0 melhor de si Aequipa. iSlo e. imegrando 0 projecto eoleclivo na pessoal. Os JDC sAo actividades ricas em situayt'ks imprevistas As quais 0 indivrduo que joga tern que responder. 0 componamento dos jogadores delenninado pela interligayAo complexa de vmos faelores (de natureza psfquica. ffsica. t'cliea. locnica.... ). Nesta medida, devem os jogadores resolver situaeOes de jogo que. dadas as diversas configurac3es. exigem uma elevada adaplabilidade. especia1menle no que respeita 1I dimensAo 12 ItOl'ia dos)o,O$ dtsponil'OS t3ctico-cognitiva. Nodecurso de urn jogo surgem larefas mOloras de grande complexidade para cuja resoluelo nAo exisle urn modelo de execueAo fixo (Faria & Tavares. 1992). SeOOo os JOC actividades feneis em aconlecimenlos cuja frequ!ncia. ordem eronol6gica e complexidade nlo podem ser previslas anle- dpadameme. aos jogadores e requerida uma pennanente alitude tAclico- Na constfUclo de tal ali tude, a numeroe qualidade das acC6es depende obviamente do conhecimento que 0 jogador tern do jogo. Quer isto dizerque a forma de actuacAo de umjogadorestAfonemente condicionada pelos seus modelos de explicayllo. ou seja. pelo modo como ele conectlCe percebe0 jogo. SAoesses modelos que orienlamas respecti vas decisOes. condicionando a organizayAo da percepcllo. a compreensAo das informay6es e a resposla motora, Nesta medida. nos JOC a dimensAo t!Clica ocupa 0 nucleo da eslrulura de rendimento (Konzag, 1991; Faria & Tavares, 1992; Grthaigne. 1992), pelo que a funello principal dos demais factores, sejam eles de nalureza lecnica. frsica au ps{quica, a deeooperar nosenlido de facultarem oacesso a desempenhos IActicos de nrvel cada vez mais elevado. 2. JDe: das as metodologlas o desenvolvimento das diferentes modalidades desportivas lem sido influenciadopardiferentes correntes de pensamenloe pelos conhecimentos proveniemes de ml1ltiplas disciplinas cienlfficas. Esses conhecimemos tiveram urn impacto imponante. primeiro nas modalidades individuais como 0 Alletismo e a Nala/fllo, e posteriormenle nos JOC. atraves da lransposiylo directa de meios e melodos. sem ler em consideray30 a especificidade estnuural e funcional deste grupe de desponos. ESle facto conduziu a que ainda actualmente se sintam fones influencias desses nllo apenas no plano mas tambtmno plano tl1ctico-tocnico. Uma das mais evidemes tern sido a obsessAo pelos aspectos do ensino/apreOOil.8gem <:entrados no lecnica individual (Bonnel. 1983). panindo-se do princrpio que a soma de lodos os desempenhos 13 oEIuiflO rJos logol Dtsponivol individuais provoea urn apuro qualiuuivo da equipa e tambem que 0 gesto t&:nico aprendido duma fonna analftica possibilita uma eficaz nas de jogo. Desde OS anos 60 que a didictica dos JDC repousa numa analise fannal e mecanicista de solul;6es 0 ensino destas rnodalidades tern frequentemente consistido em faur adquirir aos praticantes sucessOCs de gestos t&:nicos, ernpregando-se muito tempo no ensino da t&:nica e muito pouco ou ncnhurn no ensino do jogo propriamente dito (Grthaignc & Guillon, 1992). Nos &nOS 90, uma aula de abordagem dos JOC apresenta-se quase da mesrna fonna: II pane-aquecimento com ou sem bola (habitualmente scm bola): 2 1 pane-eorpo principal da aula, onde sAo abordados os gestos espedficos da actividade considerada, de situacOes simplificadas. com ou scm oposiCAo; 3 1 parte-em funClo do tempo disponfvel, utiliza-se fonnas jogadas (jogos reduzidos ou jogo formal). Estaconcepclo. que privilegia a desmontagerne remontagemdos gestos t&:nicos e1ementares e 0 seu transfere para as situacoes de jogo, nAo deve constituir mais do que uma das vias possrveis no eosino dos JOe. Nesta perspectiva ensina·se 0 modo de raur scparado das raz6es de raur (t!ctica). Ora nos JDC 0 problema fundamental que se coloea ao individuo que jogdessencialmentetktico. Trata-sede resolverem vtrias vezes e simultaneamente, cascatas de problemas nAo previstos a priori na sua ordem de ocorr!ncia. frequencia e complexidade (Metzler, 1987). Assim conveniente que a responda u situaCoes do jogo. na medidaemque o jogador deve. numa de oposiClo. coordenar as com a finalidade de recuperar. conservar e razer progredir a bola. tendo como objectivo abeirar-se da zona de e concretizar golo ou ponto (Glihaigne.I992). As dificuldades encontradas. a panir da do proeesso de ensino/aprendizagemdojogocoma aprendizagemdos gestos tecnicos. tern provocado reacCOes que, na sua maioria, corKtuziram ao entendimento do jogo a panir da de equipa. Para taJ muilo oontribuiram vllrios especialistas. de entre os quais nos pennitirnos destacar 0 romeno Leon 14 IcoriiJ dol }of01 duponivos Teodorescu e 0 Claude Bayer. A partir das perspectivas destes autores, a equipa passa a constituir-se como elemento central do processo de ensinolaprcndizagem dos JOC. A de de de entre os elementos constituintcs do colectivo. adquire segundo esta perspectiva. a sua verdadeira dimensAo. A equipa passa entao a ser entendida como urn microsistema social complexo e dinamico (Teodorescu. 1984). representando algo qualil3- tivameme novo. cujo valor global nao pode ser traduzido pelo somat6rio dos valores individuais. mas par uma nova dimensAo que emerge da que oeorre ao nlvel dos seus elementos constituintcs. 3. A pratica transrerl"el nos JOC Trazemos aqui urn tema que tern preocupado os especialislas. no ambilo do ensino dos JOC. A gerada em seu lorno tern sido alimentada. no nosso emender. pela proliferacAo de opinioes e pooco fundamemadas e pela inexistencia de conhecimentos provenientes de eslUdos de CUMO cientffico. Basicamenle. podemos considerar que existem dois tipos de alitudes face ao ensino dos JDC. Urns em que se pane do princfpio que cada JDC tern urns especificidade de lal fonna elevada que 0 seu ensino t treino devem ocorTer a panirda princfpios. meios e lecnicas que Ihe 540 exclusivos. Outra que resulta da convicCiio de que. nlo obstanle a especificidade de cada urn dos JOC. existem modalidades entre as quais passlvel reconhecer semelhanlYss e. a panir daf. conslnlir que pennitam a assimiiacAo de prindpios comuns, recorrendo a meios e att a algumas tecnicas comuns. Essas semelhalllYas estruturais e funcionais pennitem agrupar. par exemplo. modalidades como 0 Basquetebol. 0 Andebol e 0 FUlebol. Rcponando-nos ao cosino dos JOC na escola, entendcmos que tern grande penincncia a questilo coloeada por Bayer (1985): como. face a di\'ersidade de conteudos e/ormas dos JOe. l'1aborar um ensino coerenu e urna abordagem pedag6gica que e"item 0 subapro\'eitomento do trmpo dispon(vel. 0 repetirdodos conteudos e assegurem 0 respeitopelos proble- mas espec£ficos de coda modalidade ? 15 of.iulftO liN 1k.•porfl'fflJ Para responder a esla quesllo. Bayer (1985) e Cecchini (1985). propiX:m a denominada pnhica transferivel. alegando que desla fonua 0 jovem. alravl!s duma pnilica mulliforme. evilam uma precoce, asseguraodo-se a possibilidade de lransferir as suas numa actividade. para OOlra modalidade. A aprendizagem encontra-se assim facilitada logo que 0 jogador perceba. numa estrulura do jogo. uma idenlidade com uma estrulura j4 encootrada e que ele reconhoc:e no mesmo au noutro JOC. Assim. ao nrvel do ensino dos JDC na escola. partee ser convenienle conslruir. nas rases iniciais da aprendizagem. uma metodologia que (avore- a princfpios comuns 80s JOCe$lrutural e funcionalmente semelhantes (Garganta. 1991). nlo se pretende obviamenteesbaler 8 especificidadedecada JOC. na medida em a por urn lado. de aproximalf30 aos JOC semelhantes. noque se refere li assimil8lflode princfpios e regrasde gestAo. e par outro lido. de IfastamenlOentre eles. na medida em que nlo dispensa o recurso a I«nicss e princrpios que lhes sAo especfficos. Daqui se infere que I prolico deve ser COl'\Slrufda. nos JOC. I partirdas similitudes encontradas comreferf:ncia a detenninados crill!rios. poufvel eneonlrar diferentes classificlilfOes para os JOC. em funlf!o das calegonas que se prelende destaear (Quadro I). lroria dol dupt)r/l'l'OS comuns que nos pennl1am defimr as entre os diversos JDC e as singularidades que dAo expresslo ls respeclivas Os denominadores comuns aos JOC podem ser eneonlrados num plano geral (Bayer. 1985): existe uma bola. pela quallulam asequipas; exisle um teITeno de jogo. onde se desenvolve 0 "confronto"; hli um alvo a alacar e outro a defender; h6 regras a rcspeilar; existem colegas comquemcooperar e adverdrios cuja oposilflo importa veneer. Mas no plano especrfico t tambt:m possfvel encontrar denominadores comuns a detenninados J OCe bern assim agrupli-Ios de fornla a possibililar a sua inclusao num processo de ensino-aprendizagem coerenle. Num universo lio vaSIO como l! 0 dos JOC. as ponies ou IigaC;Oes mais viaveis parecem ser aquelas que podem estabeleccr-se entre 0 Andebol. 0 Basquetebol e 0 Futebol (Crcvoisier. 1984; Garganl8 & Soares. 1986) porque: • no plano s30 jogos que (azem apelo a intermilentes. miSIOS alternados (aer6bico·anaer6bico) e podem ser considerndos actividades de em regime de velocidade. de e de (Teodorescu. 1984). • dum pOlliO de vista em todos estes jogos existe IUla direcla pela posse da bola. hl!. invas30 do meiocampo adversArioe as trajec· tOOas predominanles sAo de circullllfAo da bola. Quadro I . dol JOCem dediferemescalegoriasde referblcia (Go<pnu. 1991). No entanlO, entendemos que. ullrapassando um pouco a profusao de importa sobreludo identificar e reler os denominadores Cateeorll conslderada Fontes do EspalfO DispulI da bola Traject6rias predominantes Aerobicos. anaer6bicos, mistos De invasAo. de nao invasio De luta directa. de luta indirecta De lroca de bola, de circulalfaode bola 4. Problemas fundamentais dos JDC A aprendizagem dos procedimentos de cada urn dos JOC constltui apenas uma pane dos pres.supostos necessll.rios para que. em jogo. os praticanles 5eJam capazes de resolver os problemas que o conlexto especffico (jogo) Ihes coloea. Mesmo quando nos reponamos 8ocontexto escolar. suSlelllamos que os JOC nlo devem ser utllizados apenas como meio para 0 desenvolvimento de habilidades e capacidadcs variadas. Paralelamente. impona ensinar esses mesmos jogos. com a sua 16gica particular. as suas regras e os seus c6digos. cnquanto referenciais importantes da cultura desportiva. DeMlc os primeiros momcntos da aprendizagem. conveniente que os praticanles vAo assimilando urn conjunto de princfpios. Estell reportam-se 16 17 llOf'ia dOl }ogol dt'sportivos do hom jogo - Fazer COffer a bola (passar) - Afaslar-se do colega que lern a bola - Dirigir-se para vuios 00 sentido de receber a bola - Intencionalidade: receber a bola e observar (ler 0 jogo) - ap6s passe: movimentar para criar Iinha de passe - Aclaramento: afaslar-se docolega que tern a bola eocuparoseu espal;o - NAo esquecer 0 objeclivo do jogo (golo. cesto) Dos momentos iniciais (fase an4rquica) lItt 10 mais elevado nrvel da desponiva (fase de t poss!vel reconhecer vll.rias rases em runt;:Bo dos caracterfslicas reveladas pelos praticanles, relativa- mente a tits indicadores: do dejogo, dos aspectos de na e com a bola (Figura I). FUes dOl diferentes nrvel! dejogo n(;iJOC ( Idap. Oarg.nta. 1985) 19 Rtla(lo tom a Bol. • Do COlllrolo vi- 5UII para 0 pro- prioceptivo • das capacidades prGpfiocepilvas • Da vido cenlra.! pan. I periferica • Elevada uuliza- vislo ""In! do • racio- nal (IActica itxhvidual e de grupo) • Polivalencia funciOlliI. das (u.etia colecliva) • A,luli'*riO em lomo da bola e pal;o em dos elementos do jOg' • e conlllnicat;1o ges- lual na A'.... • Prevalend. da • Abuso da vcr- sobre- 1000 pan. pcdlr a bol. • Prevllencia dl comuniclW;lo mo- Fig. I . ":laOOra(lo • mseri- das na da eqmpa F.", Desct:nlrt(lo .... func;1o nIo de- peode IpenlS da dl bola • ConscIeJlCiali7.a- ttAo da coordena- das Jogo An'rqulco • Subrunc;Oes • ProblemlS r1I compreen5lo do JOi' 5. Indlcadores e (adores da qualidade do jogo Os JOC possuem urn sistema de referencia com vll.rios componentes em que se integram lodos os jogadores e com 0 qual se confronlam conslantemente. Ambas as equipas fonnam dois coleclivos que planificam as suas e agem de cornponamentos sempre delerminados pela de contrasle: alaquc-defesa ou defesa-ataque (Konzag. 1985). oensi 00dos JOC impliea0 conhecimento minimo das modal idades que pretendemos _bordar. Esse conhecimento let;{ necessariamente que passar pela percep;Jo clara de alguns indicadores relativos a nfveis de jogo diferenciidos. Do joao que 0 praticanle t c_paz de realizar. devemos idenlificar os principais problemas e enunciar os factores de possibililam0 acesso ao born JOgo. nlo apenss ao modo como cada um se relaciona com a bola. mas lambtm 11 rOnna de comunicar (com os colegas) e contra-comunicar (com os advers4rios) passando pela de racional do de jogo. As capacidades de deverio ser soliciladas e cslimuladas em aJusladas ao nrvel de desenvolvimento do praticanle e as exigen- cias do jogo. As mais adequadas paraensinaros JOCpassampar inleressar o praticante. recorrendo a formas jogadas mOlivantes. implicando-o em problemaquecontenhamas caracterfSlicas fundamentais dojogo. [)eve. par isso. propor-se umjogo ou ronnas jogadas acessfveis. com rearas pouco complexas. com menos jogadores e nurn mais pequeno, de modo a pennilir a continuidade das e elevadas possibilidades de o t.lIJlf'IO dOl lOtos DtsptJ'tIl'Ol dojogo !raco • Todos junto da bola • querer a bola 56 para si (individualismo) - n!to procurar para facilitar 0 passe do colega que lem a bola - nllo defender • eslar $Cmpte a falar para pedir I bola 00 crihcar os colegas - nlo respeilar as decisOes do Mbilro 18 oEns"'Q CHV/iXIlWJI dOl JOtlos tklpOl1h'Ol FigUf2 2 - Formu melodcH6,K:aS de Iobordq:ern dol JOC (adap. Garganra. 1985) 6. Formas de abordagem dos JI) Exislem diferentes formas de ensinar os JOC, decorremes de diversas e sofrendo a mOuencia. mais ou menos mareada. de varias correntes. Pensamos poder sintetil.llr tres formas de abordar 0 ensino do jogo nos JOC. Cada uma delas. dado que uriliza processos diferentes, gera consequentemenle distinloS produtos de aprendiz.agem (Figura 2). to'orma Centrada nIlS Forma Centrad. DO Forma Centrada nos Tknkas JOIo Formal Jogos Condiclonados (solUl;Io Impostl) (ensaio cerro) (procura dingidi.) -- Das lttnkas lnaHIICIil Ullhzar;1o uclusiva do Do jogo para as situa· panl 0 JOBO formll JOio formal c;Oes paniculares • • o 1010 decomposto 0 jo,O nJo 6 conditIO- OJOgotdecornposloem .. i em ekmenlOS t6cnlCOS nado nem decomPOSIO unidldes funcionl's; • (puse. dri-I ' jososistemitico<kcorn. .......J ple.xidade crcsccr\le • • • U A ltcmci surge para res· ' Os princfpios do jogo das It· cnica.! (It a 16cnica A, ponder I glo-! fegulam a aprendizagem depois a B, etc.) bais nAo OI',entadas de JOio meea· nizadlS, pouco erll- 11....15; comporta.meolOl esleriOllpados Al6 chegar ao jogo formal. ha que resolver urn conjunto de problemas passive! de em da estrutura dos elemcnlos de jogo: jogador. bola. colegas e adversArios. nilo esquecendo 0 objective do jogo. concretlzat. marcar golo ou P0nlo. Devido Acomp1exidade do jogo. na medida em que 0 pralicuntc tern que • urn lempo. referenciar varios elementos: bola, no lerreno. alvo. colegas e adversArios. imp(')e-se que a aprendiZilgem dos JOC scja faseada e progresslva: doconhecido para odesconhccido.do focil para odiffcil. do menos para 0 mais complexo. Desta forma. no ensino do jogo deve, dum ponlO de vista didklico, atender-se a determinadas etapas de refer!ocia que correspondem a di- versos niveis de • Eu·bola: sobre a com a bola e scu comrolo; o Eu-bolo- alvo: sobre 0 objectivo do jogo; oHu.bola·adven4rio: de habilidades; conquisla e a da posse da bola (Ix I); procura da • Eu-bola-colega-ad.·ers6rio: jogo II 2: passa e vai de ruptura); passa e segau: de apoio); e cobenura defensiva. • Eu·bola-colegas..advus6rios: jogo a 3: e linhas de passe; e cobenura ofensiva. • Eu-bola-equipa·adversdrios: do 3xJ... ao jogo formal: assimilar;ao e aplical;llo dos priocfpios de jogo. ofensivos e defensivos. Pensamos nao ser <!emais relembrar que 0 JOgo eUffill unidade e. como tal. 0 domfnio das diferentes lb;::nicas (pas.<;e. remote. elc.) embora se conSlllua como urn inSlrumento sem oqual6 muito diffcilJOgar e impossrvel JOgar bern. nao permile necessariamente 0 acesso ao born jogo. Na ou dosexercicios pam 0 ensinodosJOC. deve exigir-se que eles sejam de acess{vel de clara e compreensAo. de foci! e clpida e nao muiloexigemes do ponlO de vista material. A necessidade de fasear 0 ensino conduz Inevita.... elmente Adlvisio do JOgo. No enlanto. esta divisAo deve respeltar, sempre que passivel. aqullo loao criauvo mas com As ltc:nicas surgem em bat no lI\(hvlduahsmo; .. defor- vlR.....smoltcnl(O con-I ma or1entadl e provoca- lraslando com anarquia <fa m(ltOras vari-I,nleligtncia taclica: adas mas com lOumcras COrrecli e lacunas l4clicas e des- aplica.;lio des princfpios das do jogo: viabiliz.ll;:l0 dI colcctivas 16cnicaecriativKiade nas • 1 [ Problemas na compre- S enslo do }OIo (lelluf1; U ".,...,l 20 21 oEftJ/rIO dQJ IOlUS DtJp<ffI;WJS que 0 jogo tern de essencial, ou seja, a a Oposi93.0 e a finaliza-rAo. A das silua9l3es de aprendizagem deve panir duma dos requisilos para jogar, lendo em coma aquilo que 0 praticante jli conhece e 6 capaz de fazer. Como refere Sabral (1994). quem observar alentamente os exerdcios que as repelem na inicia-rAo 80s jogos desponivos coleclivos. sob a de pessoas com as mais diversas qualifica-roes. M-de repararque grande pane daquele trabalho nlio tern nada a ver com a modaHdade e me- nos ainda com a natureza das proprias crian-ras. Dever-se-li propor ao praticante. fonnas ludicas com regras simples. com menos jogadores e num espa(\:o mais pequeno. de modo a permitir a conlinuidade das e maiores possibilidades de concretiza(\:ao. Se assim e. no intuito de traduzir 0 jogo para uma escala assimilavel pelos pralicantes. parece·nos mais ajustado dividi-Ionaoem elementos (0 passe, 0 remale. 0 0 drible•... ) mas em unidades funcionais. em que a aprendizagemereferenciada a princfpios de e regras de gest!o dojogo: Estrutura(do do espor;o • defensivo: - supress30 do (vantagem espacial e numerica) - jogo peno e longe da bola - OCUPll910 equilibrada das zonas do lerreno ·ofensivo: - cri8(:lo e ocup3910 de espa-ros (mobilidade) - jogo em profundidade e em largura Comun;car;do na acr;do • defensiva: - comen911.0 (parar 0 Blaque) conquisla da posse de bola fechar Iinhas de passe cntreajuda (cobenura defensiva; dobra) • ofensiva: - comunica(:lo mOlOTa: desmarca¢es (apoio e roturn) 22 ItOTio dQJ joros dnfH'l'tivoJ _superioridade Relar;do com a bola Equillbrio dos apoios apreci&9Ao de Irajecl6rias exercita9Jio da proprioceplividade exercita(:80 da visAo periferica 8. Conclusio A especificidade rna is reprcsenlativa dos jogos desponivos colectivos gravila em tomo do conceilo de equipa. emendida como urn gTUpo de indivlduos rcunidos para realizar urn ObjcClivoCOIllUIll previamente defini- do (Bayer. 1979). Qensino dos JDC nAo deve sob pretexto algum circunscrever-se a lransmissAo de urn repon6rio mais ou menos alargado de habilidades leenicas (0 passe, a 0 drible, ...). nemAsolicila(:3.o de capacidades condicionais e coordenati vo-<:ondicionais (Resislencia, Veloc idade. ... ). Impona sobretudo desenvolver nos pralicanles uma disponibilidade motora e mental que largamenle a simples de gestos e se centre nn assimila(:Ao de regras de e princfpios de gestao do espa90 de jogo, bern como de formas de e contra- comunicll(:Ao entre os jogadores. Neste conte:tIO, afigura-se assim imponante panir duma que anicule aspeclOS fundamentais como a a a aclivi- dade (Mica e os sabtres sabre a jogo. ojogo e 0 indivfduo que joga consliluem 0 ceme da nossa Nesta perspecliva. quem, ao prelender ensinar os jogos desponivos coleclivos nas suns diferentes modalidudes, aplar por uma via estritamcnte teenica c analflica, deve ler a consciencia de que esta a privar os pralicantes dum conjullio de e:tpc.riencias Iddicas que 56 0 jogo pode proporcionar. Assim, na nossa perspecliva. 0 jogo devera eSlar presenlc em IOOas as fases de ensino/aprendizagcm, pelo facto de ser. simultaneamenle, 0 maior factor de mOliv&9Ao e 0 melhor indicndor da e das que os pr3ticantes v!o revelando. 23 o EflJ/ffO dO! JOIOS DnporllyoJ Bibllografia BAYER, C. (1979): L dnjtKf sporllfs coJltctijs. Vigot. Paris. BAYER. C. (198.5): Pour une pratiqut lransferable dans !'cnseignemenl des sports collecllfs.ln Ttotching T,amSports: 198-208.lnlemati<mal Congress. SdS. Roma. 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