Alterações anatômicas e fisiológicas do idoso

April 2, 2018 | Author: tab20178335 | Category: Muscle, Bone, Neuron, Kidney, Urinary Bladder


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Alterações anatômicas e fisiológicas do idoso Physiological and anatomical changes in elderlyMiriam Gondim Meira Tibo(1) (1) Residente do Serviço de Clínica Médica do Hospital Ana Costa, Santos/SP. Instituição: Serviço de Clínica Médica do Hospital Ana Costa, Santos/SP. Correspondência: Rua Carlos Sampaio, 157 apto 111, CEP 01333 -021, São Paulo/SP. E-mail: [email protected] Recebido em 12 de dezembro de 2006; aceito para publicação em 27 de fevereiro de 2007. RESUMO Os idosos representam, atualmente, uma parcela importante da população brasileira e mundial com tendência a crescimento. Conhecer as alterações anatômicas e fisiológicas que ocorrem nos idosos torna-se algo muito importante para a maioria dos profissionais da área de saúde que, a cada dia, terão mais contato com essa população. Saber distinguir o envelhecer com saúde, senescência, do envelhecer com doenças, senilidade, auxilia na assistência à saúde, proporciona realizar prevenção, detecção precoce e tratamento de afecções e ainda evita as iatrogenias, tão comuns nesse grupo. Descritores: idoso; fisiologia ABSTRACT Nowadays elderly represent an important part of world and Brazilian population in straight heighten. To get to know its physiological and anatomical changes is essential for the majority of health professionals that deal every day more and more with these group. Understand the difference between aging with health, senescence, and aging with disease, senility, is extremely important in their healthcare. It helps to predict, to treat their common affections and also to avoid iatrogenias. Key words: elderly; physiology INTRODUÇÃO Os idosos representam um grupo especial e em crescimento, grupo este que, para ser melhor compreendido, gerou a necessidade da criação de uma ciência e especialidade médica, a Gerontologia e Geriatria, respectivamente. Conceitualmente, a Geriatria significa medicina do idoso e compreende, atualmente, a assistência médica (prevenção e tratamento), psicológica e sócio-econômica e envolve, portanto, um trabalho multidisciplinar1. A Gerontologia significa o estudo do envelhecimento e das suas conseqüências biológicas, médicas, psicológicas e sócio-econômicas(1). Segundo o Estatuto do Idoso, idosos são todos os indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos e, atualmente, representam cerca de 9% da população brasileira, com tendência a crescimento(1,2,3). O envelhecimento da população é uma tendência mundial e é reflexo de vários fatores, como a diminuição das taxas de mortalidade e fecundidade, progresso da medicina e avanços tecnológicos que, juntos, possibilitaram um aumento na expectativa de vida, que varia dependendo da região. No Brasil, por exemplo, a média de expectativa de vida, atualmente, é 70 anos(1,3,4). Falar em envelhecimento pode ter implicações filosóficas, já que esse termo lembra provecto, isto é, muito conhecedor ou experimentado. Essa concepção, no entanto, parece ter ficado no passado, uma vez que, nos tempos atuais, tem-se usado a expressão envelhecimento para definir algo que está perdendo valor, que está caminhando para o fim. O envelhecimento pode ser considerado como uma fase final de todo um continuum que é a vida, começando com a concepção e terminando com a morte. Ao longo desse continuum, é possível identificar outras fases, como desenvolvimento, puberdade e maturidade. O envelhecimento é aquele período que sucede a maturidade, sendo caracterizado pelo declínio das funções orgânicas, aumentando, assim, a susceptibilidade à eclosão de doenças, que terminam por levar o idoso à morte(6). Ao se considerar o envelhecimento de um ser vivo, particularmente do homem, é de fundamental importância distinguir o que é conseqüência desse processo, daquilo que é secundário a estados mórbidos que são freqüentes nessa fase da vida. A senescência resulta do somatório de alterações orgânicas, funcionais e psicológicas do envelhecimento normal, enquanto a senilidade é caracterizada por afecções que freqüentemente acometem os indivíduos idosos. As doenças são as causadoras da perda das reservas orgânicas e, conseqüentemente, da aceleração do envelhecimento, processo de declínio gradativo da função dos vários sistemas orgânicos9. Conhecer a diferença entre esses dois processos dá subsídios para saber quando intervir e evita atribuir características da senilidade à senectude. Muitas vezes, o limite entre esses dois estados não é tão preciso(6-8). Estima-se que o ser humano pode alcançar a idade de 120 anos ou mais, ainda com um mínimo de reserva, desde que não apresente, durante toda vida, qualquer tipo de doença ou distúrbio9. A maior idade alcançada pelo ser humano registrada até hoje foi 120 anos no gênero masculino e 122 anos no feminino(9). Postula-se que o envelhecimento seria a expressão biológica de um pagamento que o organismo faz por dívidas contraídas pela necessária e constante adaptação neuro -endócrinometabólica durante toda a vida. A maior parte dos fenômenos observados no envelhecimento parece ser derivada da modificação neuro-endócrina, relacionada com o nível de funcionamento cerebral, especialmente do hipotálamo. Ainda não há meios de parar esse processo, porém, alguns conhecimentos já apontam os fenômenos adaptativos que contribuem para seu aceleramento, destacando-se(11): a) as situações de estresse repetidos e intensos, sejam de natureza somatogênica (cirurgias, doenças, traumatismos) ou psicogênica (tensão, sofrimento, angústia) ocasionam aumento dos níveis de cortisol e provável inibição do sistema imunológico; b) a exposição repetida ao frio, como causadora de estresse, ao provocar aumento da função tireoidiana, reduzindo, assim, a proteção ao envelhecimento; c) os efeitos das radiações, especialmente as ionizantes, excitam o eixo hipotálamo-hipofisário, com maior formação de radicais livres; d) a luminosidade exagerada, quanto à intensidade e à duração, produzem envelhecimento precoce em animais de experimentação, talvez por causar depressão da secreção da glândula pineal; e) a dieta com consumo exagerado de alimentos que parece determinar um aceleramento do envelhecimento talvez por ação tireóide estimulante dos lípedes, enquanto a dieta menos calórica parece retardar o processo. A desnutrição também acelera o envelhecimento por ocasionar estímulo do eixo hipotálamo-hipofisário; Essa perda deve à -se redução dos arcos dos pés. também diminui. dando a conformação típica facial do idoso(6.13. a estatura diminui cerca de 1cm por década. A pálpebra inferior tende a ficar com formato de bolsa. A composição e forma do corpo A partir dos 40 anos. essas fibras alteram-se e a elastina torna-se porosa. Ratos virgens apresentam sobrevida maior em comparação com ratos que desenvolviam atividade sexual normal. No geral. a epiderme e a derme. Essas alterações são intensificadas nas áreas de pele expostas a luz(8. a elasticidade e dando o aspecto da pele do idoso. em relação à perda de massa. São também comuns manchas salientes e escuras. A composição do corpo também se altera. g) o tabagismo também entra como fator acelerador do envelhecimento. Pele e anexos A pele é constituída por duas camadas.8). Há também crescimento do nariz e das orelhas.8. Anatomia e fisiologia do envelhecimento É de suma importância entender as peculiaridades anatômicas e fisiológicas do envelhecimento para poder melhor tratar o idoso(7. Os diâmetros da caixa torácica e do crânio tendem a aumentar com o envelhecimento. evidenciado pelas rugas. por apresentar edema juntamente com herniação de gordura(8. O potássio total. além da diminuição do diâmetro dos discos intervertebrais. A epiderme é formada puramente de células. região perirrenal e diminuição nos membros inferiores. Os músculos também sofrem prejuízo ponderal com o passar do tempo(6. .13). ocorre redução do número de células em todos os órgãos. aumento da curvatura da coluna vertebral. Com o envelhecimento. enquanto a derme é constituída por tecido conjuntivo que contém fibras colágenas e elásticas que dão elasticidade e firmeza à pele. perdendo.f) a atividade sexual parece interferir no envelhecimento negativamente.14). propiciando o aparecimento de equimoses aos menores traumas e predispondo a hipotermia em condições ambientais de grande resfriamento(8.14). principalmente nos omentos. As espessuras da pele e do subcutâneo diminuem. conhecidas como queratoseseborréica. íon potencialmente intracelular. os rins e o fígado. Durante o ato sexual. havendo um aumento do tecido adiposo no tronco. assim. sendo os mais afetados. os vasos sangüíneos rompem-se com facilidade. como regulador da conduta endócrina. há uma fundamental e definida participação do hipotálamo. O teor total de água corpórea diminui por perda de água intracelular.13).8.12). lisas e achatadas(2). com zonas de reabsorção interna tornando a cortical mais porosa e delgada. O osso compacto é mais denso. por toda vida. resultando em pele seca e áspera. são os minerais que predominam(15). exceto em algumas regiões como narinas. especialmente fosfato de cálcio. Na velhice. Com o envelhecimento.13). Há diminuição da regulação térmica pela menor sudorese. Os osteócitos encontram-se embebidos numa matriz protéica de fibras colágenas impregnadas de sais minerais. No idoso. levando à formação de manchas hiperpigmentadas. marrons. que está em constante remodelação. O processo de remodelação é realizado por dois tipos especiais de células: os . diminuindo a espessura do osso compacto. O osso esponjoso ou trabecular aparece nas epífises e é constituído por espículas ósseas separadas por espaços. começa a ocorrer perda progressiva de massa óssea. Na infância. O envelhecimento causa modificação na pilificação corpórea. Pode também ocorrer onicodistrofia e onicogrifose(13). sendo conhecido como cortical. formado por osteócitos.13. dois terços da substância óssea são formados por tecido conjuntivo. o que pode levar ao choque térmicoem situações de grande aquecimento(8. o que resulta em palidez da pele do idoso e também sofrem alterações no seu funcionamento em certas regiões como face e dorso da mão. menos ativo metabolicamente e encontra-se na camada externa da diáfise dos ossos longos. que é de aproximadamente 3. Alguns anos após esse pico.(8) O osso é um tecido dinâmico. Cerca de 75% do osso do corpo é compa e cto 25%.15. após a menopausa. As unhas do idoso tornam-se opacas.17.19).14). As fibras colágenas dão elasticidade e os minerais. há um aumento da reabsorção óssea. O pico de massa óssea é alcançado entre 30 e 40 anos de idade. a partir da terceira década. o tecido ósseo compacto é formado por lamelas concêntricas ao redor de um canal que contém vasos sanguíneos. não uniforme. Nas mulheres. finas e sem brilho. resistência. O número de melanócitosreduz. e estrias longitudinais em 67% das pessoas com mais de 70 anos. sendo maior nos homens do que nas mulheres.As glândulas sudoríparas e sebáceas diminuem sua atividade. esponjoso(8. osteoblastos e osteoclastos. Histologicamente. Há dois tipos principais de ossos: o compacto e o esponjoso. mais sujeita às infecções e mais sensível às variações de temperatura. esse sistema também se altera. enquanto no osso esponjoso há um aumento no tamanho das trabéculas por perda de lâminas ósseas(8. orelhas e sobrancelhas(8.19). essa perda aumenta em até dez vezes(6.3% ao ano em homens e de 1% ao ano em mulheres. o sistema de Harvers. como uma espécie de esponjosa.19). os canais tornam-se mais amplos. Há diminuição do numero de pêlos. Apresentam diminuição da velocidade de crescimento. frágeis. Sistema Ósseo O tecido ósseo é uma forma rígida de tecido conjuntivo. tanto a massa cortical como a trabecular(6.14.14). com menor área de contato entre axônio e placa motora. Os músculos que se usam menos atrofiam-se mais(8. envolvendo alteração no metabolismo do músculo. que no jovem mostram uma série de pregas regulares. basicamente. de significado desconhecido e miofibrilasdesorganizadas(8). da área de secção transversal e do número de células. No músculo. ocorrendo um aumento do tecido adiposo e do colágeno intersticial na musculatura do idoso. e da velocidade de contração.18). Ao mesmo tempo. de seu estado nutricional e do aspecto hereditário. Muitas células atrofiam e morrem. alterações endócrinas e fatores nutricionais e genéticos. O envelhecimento modifica a atividade celular na medula óssea. o que induz uma redução da resistência tendinosa com o aumento da idade(8.17). Microscopicamente.17). ocasionando reabastecimento inadequado de osteoclastos e osteoblastos e também desequilíbrio no processo de reabsorção e formação óssea.osteoblastos. A perda de células musculares com a idade depende do grau de atividade física que o indivíduo exerce. Ambos são derivadas de células progenitoras da medula óssea.17). Os diferentes músculos sofrem o processo de atrofia de modo diferente no mesmo indivíduo. outras são substituídas por tecido adiposo e conjuntivo. há aumento do comprimento e diminuição da área de secção transversal. Os osteoblastos pertencem à linhagem mesenquimal do estroma da medula e os osteoclastos da linhagem hematopoiética(16. É importante destacar que o declínio muscular é maior nos membros inferiores. por músculo esquelético(8. É constituído. . o que compromete o equilíbrio. há diminuição da quantidade acetilcolina liberada nas sinapses(8). Sistemas articular e muscular O sistema muscular é responsável pelo movimento do corpo juntamente com o sistema articular. A etiologia da sarcopenia é multifatorial. há perda de massa muscular com diminuição do peso.19). O grau de sarcopenia não é o mesmo para diferentes músculos e varia entre os indivíduos. encontra-se no citoplasma da célula muscular do idoso acúmulo de substância eletrodensa com estrias longitudinais. a marcha e a ortostase(17). termo que denota o complexo processo do envelhecimento muscular associado à diminuição da massa. A esse declínio muscular relacionado à idade designa-se sarcopenia. células responsáveis pela reabsorção óssea(15-17. No tendão. A osteoclastogênese excessiva e a osteoblastogênese inadequada são responsáveis pela desarmonia entre formação e reabsorção óssea observada na menopausa e no envelhecimento(15-17). resultando em perda óssea. células formadoras de osso e os osteoclastos. As placas motoras. no idoso apresentam aumento do número de pregas e a fenda sináptica fica mais ampla. O envelhecimento altera músculos e tendões(8. da força.15).14. entre outros) e pela vida vegetativa (funções biológicas internas) (8. com o envelhecimento. Essa perda ocorre especialmente no córtex dos giros précentrais. No idoso.14. o que reduz a área de superfície para sinapses.8). Entretanto. O crânio tende a ter menor número de ossos.20). Nas suturas do crânio. ocasionando o enrijecimento dessas estruturas(6. Essas alterações podem evoluir até a morte completa da célula(8). ocorre o contrário. que não é uniforme em todas as áreas cerebrais(6. A cartilagem torna-se mais delgada. depósito de cálcio e as fibras colágenas espessas tornam-se mais delgadas. muito comum entre os idosos e mais freqüentes nas regiões cervical e lombar(8). nota-se. diminui o número de condrócitos. No anel fibroso. pois é responsável pela vida de relação (sensações.20).8. água e proteoglicanos.20).8. uma vez que. os ossos são unidos por tecido fibroso que.8). As alterações mais importantes do envelhecimento ocorrem no cérebro. contribuindo para a cifose torácica. os dendritos dos neurônios deformam-se e diminuem de número em várias áreas do córtex. são observadas alterações importantes com o envelhecimento. funções psíquicas. com o envelhecimento. Esse está ausente nas células nervosas dos recém-natos. Os discos intervertebrais são articulações constituídas por um núcleo pulposo e um anel fibrocartilaginoso. as articulações também sofrem modificações com o envelhecimento. Nota-se ema redução de 5% aos 70 anos e cerca de 20% aos 90 anos de idade Ocorre certo grau de atrofia cortical. . Microscopicamente. ocasionando diminuição da resistência dessa articulação a fraturas(8. surgem rachaduras e fendas na sua superfície. O cérebro diminui de volume e peso(6. a lipofucsina. enquanto as fibras colágenas aumentam em número e espessura.14. o núcleo pulposo perde água e proteoglicanos e suas fibras colágenas tornam-se espessas e em maior número.14. movimentos. Há redução do conteúdo de água de tendões e ligamentos juntamente com alterações no sistema colágeno e elástico. com conseqüente aumento volumétrico do sistema ventricular. o acúmulo de um pigmento.8. há perda de células.18). Com o envelhecimento. Nas articulações sinoviais. processo que tem início aos 30 anos. vai sendo substituído por osso. que é bem evidenciado pelo estudo tomográfico(6. não é aceito por todos que a presença deste pigmento seja prejudicial ao funcionamento dos neurônios8. que é a área motora voluntária. Todas essas alterações fazem a espessura do disco intervertebral diminuir. Sistema nervoso O sistema nervoso é o sistema biológico mais comprometido com o processo do envelhecimento. dentro das células nervosas(8.20). acentuando-se as curvas da coluna.Assim como os músculos. Essas alterações ficam mais freqüentes com o avançar da idade(8). A redução da massa encefálica está associada à perda neuronal. giros temporais e também no córtex do cerebelo(6.20). com o envelhecimento. As artérias carótidas. a luz do vaso. o processo de perda neuronal é observado após os 60 anos. Na medula espinal. como: hipertrofia ventricular esquerda. Esse espessamento é observado mesmo em populações com baixa incidência de aterosclerose e é acompanhado pela dilatação da luz e redução da complacência ou distensibilidade dos vasos(8. desencadeando uma série de modificações anatômicas no coração. que acarreta alterações como: esquecimento benigno. estreitam-se com o envelhecimento. encontram-se as denominadas placas neuríticas e os emaranhados neurofibrilares.(8) . entre os quais da região em que ela é mais intensa. O aumento da pós-carga repercute no aumento da pressão arterial sistólica. em maior ou menor grau. respectivamente(1.21-23). assim como as coronárias. como diminuição de catecolaminas e dopamina. são observados em grande quantidade nos cérebros de pacientes com Alzheimer e doença de Parkinson. A maneira como a perda de células nervosas afeta a função do sistema nervoso varia entre as pessoas e depende de vários fatores. O significado funcional desses elementos não é conhecido. As outras artérias do corpo são também acometidas pelos mesmos processos arterioscleróticos. marcha senil e o despertar precoce. com espessamento de sua camada íntima. São relatadas também outras alterações desse sistema. o número desses elementos é pequeno e parece não alterar as funções celulares(8. Vasos Sangüíneos O aumento da rigidez arterial e conseqüente aumento da pós-carga pode ser considerado o principal marcador do envelhecimento do aparelho circulatório. redução dos reflexos posturais e redução da fase 4 do sono. sendo esse processo mais intenso no homem do que na mulher. caracterizando modificações tanto de ordem anatômica quanto funcional(8. No entanto. reduzindo. que é uma área associada à memória para fatos recentes.21-23). Em alguns idosos.20). enquanto as placas neuríticas são massas de proteína amilóide situados entre os neurônios. Esses são massas de neurofibrilas no interior do citoplasma neuronal. as renais. Como conseqüência da perda de células nervosas. A aorta encontra-se habitualmente dilatada. Sistema cardiovascular As principais alterações cardiovasculares associadas ao envelhecimento ocorrem no miocárdio. nas valvas cardíacas e vasos sangüíneos. aumento do átrio esquerdo e alterações funcionais como a diminuição do enchimento ventricular no início da diástole e diminuição da distensibilidade do ventrículo esquerdo(8. há um menor número de axônios nos nervos e também em sistema nervoso central(8). no nó sino-atrial.21-23).20).No giro do hipocampo do idoso. A calcificação valvar parece ocorrer com maior freqüência em mulheres(21. Aparecem placas arterioscleróticas e espessamento das cordas tendíneas. na fibra muscular cardíaca no idoso: presença do pigmento lipofuscina. mitocôndrias em degeneração. À microscopia eletrônica. Nos espaços intercelulares ocorre aumento de elementos do tecido conjuntivo. Função cardiovascular As alterações anatômicas e fisiológicas do envelhecimento no sistema cardiovascular repercutem na função cardíaca. As valvas tornam-se opacas e espessadas. Isso ocorre em decorrência do aumento do tamanho dos miócitos e aumento do colágeno intercelular. bem como reduzindo a capacidade de tolerância em várias situações de grande demanda(23). com conseqüente substituição por fibras colágenas e elásticas do tecido conjuntivo. observa-se. Ocorre infiltração de células adiposas entre as células musculares especializadas do sistema de condução. A deterioração da função cardíaca é variável de um indivíduo para outro(6. acúmulos localizados de mitocôndrias.2123). o depósito de lipofuscina em fibras cardíacas. Determinadas alterações anatômicas que estão ligadas a senescência são: o acúmulo de gordura. além de calcificação e fibrose.22). O débito cardíaco pode . Sistema de condução Assim como os demais órgãos.22). acentuada redução do número dessas células.22).22). o sistema de condução também se altera no envelhecimento.23). limitando o desempenho durante a atividade física. Valvas cardíacas As valvas cardíacas mais acometidas no envelhecimento são as válvulas atrioventriculares esquerda e as válvulas aórticas. presença de gotas lipídicas no citoplasma.Miocárdio Contrariamente ao que ocorre em ou-tros órgãos.21. iniciando-se em torno de 60 anos(8. calcificação do miocárdio e amiloidosesenil(8.21. tanto de fibras colágenas como elásticas e/ou infiltração gordurosa(8.21. principalmente da câmara esquerda. apesar da redução do número de miócitos. a hipertrofia do miocárdio ventricular.21. Essa alteração processa-se de modo lento.22).22. a fibrose disseminada não dependente de coronariopatias. principalmente nos átrios e septo intercavitário. O envelhecimento determina modificações estruturais que levam à diminuição da reserva funcional. mas contínuo. A perda de miócitos é substituída por tecido fibroso e pode ser devida à perda de capilares da parede cardíaca(8. o processo de envelhecimento no miocárdio ocasiona um au-mento do tamanho do coração e da es-pessura do ventrículo esquerdo(8. O mesmo se verifica em relação à elevação da freqüência cardíaca e da pressão arterial na hipoxemia.24. com maior susceptibilidade do idoso a hipotensão23. porém. tendo uma influência importante do envelhecimento por meio da diminuição: a) da resposta de elevação da freqüência cardíaca ao esforço ou outro estímulo(6. levando à disfunção diastólica do idoso.21. emoções. f) da resposta vascular ao reflexo barorreceptor. com aumento da pós carga dificultando a ejeção ventricular(6. com elevação da pressão diastólica dessa cavidade.27).21. e g) da atividade da renina plasmática(23). a função cardíaca é suficiente para as atividades orgânicas. É observada uma menor resposta da freqüência respiratória às variações de PaO2. e) do consumo máximo de oxigênio ao exercício (VO2 máx) com o progredir da idade. Essas alterações tornam a pessoa idosa mais propensa a apresent ar modificações da ventilação quando se associam afecções do sistema nervoso central ou drogas depressoras da respiração(6. c) da complacência arterial.23). . d) da resposta cronotrópica e inotrópica às catecolaminas(6.21). Sistema respiratório As alterações determinadas pelo envelhecimento afetam desde os mecanismos de controle até as estruturas pulmonares e extra-pulmonares que participam do processo de respiração. bem menos no idoso. com retardo do relaxamento do ventrículo. b) da complacência do ventrículo esquerdo. febre.21.25). PCO2 e do pH sangüuíneo. infecções e hipertireoidismo. que traduz a diminuição da capacidade do corpo em transportar oxigênio para os tecidos(6. Clinicamente se verifica que.23). Assim. que é menor no idoso em relação ao jovem(6. a PaO2 cai a 40 mmHg. mas isso ocorre principalmente durante o esforço. como esforços físicos exagerados.diminuir em repouso. Modificações estruturais do sistema respiratório O processo de envelhecimento causa uma série de alterações fisiológicas que acometem a caixa torácica.23). a reduzida reserva pode ser responsável por descompensações(6.21. os pulmões e a musculatura respiratória.24. em condições de sobrecarga. acarretando prejuízo à função pulmonar de caráter variável e dependente de fatores endógenos exógenos(27).23). muito comum e que se deve principalmente à dependência da contração atrial para manter o enchimento ventricular e o débito(6. No entanto. a ventilação aumenta cerca de cinco vezes no jovem.21). verifica-se uma alteração no controle da ventilação pulmonar. em condições basais. Regulação da ventilação Com o envelhecimento. anemia. com aumento da resistência periférica e conseqüente aumento da pressão arterial sistólica. Função Pulmonar .27). tornam-se mais frouxas. Essa dilatação causa compressão e redução do volume alveolar e tem como conseqüência redução da superfície alveolar de 75m2 aos 30 anos para 60m2 aos 75 anos de idade(24). Essas modificações determinam o enrijecimento da caixa torácica. O achatamento da coluna vertebral e conseqüente cifose torácica. o que. A musculatura da respiração enfraquece com o progredir da idade.24. no idoso. Observam-se redução da densidade óssea e conseqüente redução e achatamento das vértebras. sacos alveolares e alvéolos tornam-se progressivamente maiores. contribuindo para o aumento do volume residual(24. resulta na redução das pressões máximas inspiratórias e expiratórias com um grau de dificuldade maior para executar a dinâmica respiratória(14. torna-se mais rígida por calcificações e aumenta de diâmetro. ductoectasia . observa-se redução de peso de aproximadamente 20% entre os 30 e os 80 anos(24). O único músculo que parece não costuma ser afetado pelo envelhecimento é o diafragma que. Vias aéreas e pulmões A via aérea extra-pulmonar. colabando-se facilmente.27). há um aumento na quantidade de colágeno e alterações degenerativas nas fibras elásticas(24.27). assim como os músculos esqueléticos em geral. determina um aumento do diâmetro antero-posterior e redução do diâmetro transverso. tornando mais importante a ação da musculatura abdominal e diafragmática na ventilação(6. com predomínio do aumento dos ductos. Com o envelhecimento. somado ao enrijecimento da parede torácica. das modificações dos sistemas colágeno e elástico. A alteração da complacência pulmonar é conseqüência. A menor força de retraimento pulmonar e menor capacidade de expansão torácica acabam por determinar menor pressão negativa intrapleural e conseqüente menor distensão dos alvéolos e pequenas vias aéreas(6. redução dos discos intervertebrais.27). principalmente as de menor calibre.Modificações torácicas O envelhecimento modifica a constituição e forma do tórax.27).8.24).24. o que caracteriza o tórax senil(8. mais evidente no gênero feminino.14.27). Os bronquíolos respiratórios. ductos alveolares. diferenciando esse processo do enfisema24. resultando em aumento do espaço morto.24. Nos pulmões. As vias pulmonares. calcificação das cartilagens costais e das articulações costo-esternais. principalmente. que corresponde à traquéia e a sua bifurcação. apresenta a mesma massa muscular que indivíduos mais jovens(24. O colágeno é a proteína predominante no pulmão e corresponde a cerca de 15% do seu peso seco24. Sua complacência encontra-se reduzida. agravamentos de obstrução de vias aéreas ou insuficiência cardíaca14. que gue ocorre com o avançar da idade(6. A ventilação alveolar e perfusão capilar também são afetadas no idoso. Após os 30 anos cai cerca de 4mmHg por década e.27). A difusão alvéolo-capilar diminui a partir dos 40 anos de idade em conseqüência das alterações da ventilação alveolar e da perfusão capilar. isso não compromete a vida diária24.24. A pressão parcial de CO2 no sangue arterial não se altera com o envelhecimento.27). As alterações relacionadas com o envelhecimento afetam de modo generalizado o sistema respiratório. comprometendo a eficiência das trocas gasosas.24.27. . A capacidade do corpo em transportar oxigênio para os tecidos (VOmáx) também reduz com a idade6.24.27). aos 70 anos encontra-se ao redor de 75-80mmHg. por meio de componentes restritivo. e) a capacidade vital forçada (CVF) e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) reduzem-se. Nota-se uma redução de ambas.27).3) A pressão parcial de O2 no sangue arterial do adulto jovem é de aproximadamente 99mmHg. em indivíduos sadios.27. da redução da superfície de trocas gasosas e ao aumento do tecido conectivo intersticial6. assim como ao relação VEF1/CVF (índice de Tiffeneau) (24. Por esse motivo.27). A pressão parcial de oxigênio no sangue arterial varia conforme a idade e pode ser calculada por meio da fórmula( PaO2 normal = 100 (idade (anos) x 0.24. g) pico de fluxo expiratório (peakflow) diminui(24. d) a capacidade residual funcional (CRF) e o volume residual (VR) aumentam. assim. a presença de pneumopatias no idoso facilmente desencadeia graves hipoxemias24.27.24.27. As alterações citadas podem ser atribuídas à redução da pressão de recolhimento. h) o fluxo expiratório forçado entre 25 e 75% da capacidade vital diminui(24). já que esse gás é cerca de 20 vezes mais difusível que o oxigênio24. com conseqüentecolabamento e fechamento precoce das vias aéreas durante a expiração normal e. permanece em torno de 40mmHg e é praticamente igual à do ar alveolar. secundária à redução da elasticidade pulmonar e da complacência torácica.27).21.27).O envelhecimento no sistema respiratório acaba resultando na redução da reserva fisiológica respiratória que se traduz pelas seguintes alterações: a) o espaço morto anatômico aumenta.27. forçada(24. obstrutivo e difusional. A redução da sensibilidade do centro respiratório. c) a capacidade vital diminui 20mL/ano(14. a hipóxia ou a hipercapnia diminui a resposta ventilatória nos casos de infecções. elevando o vv corrente (VC) encontra-se levemente diminuído ou normal em repouso(24. f) ventilação voluntária máxima diminui(24).24. principalmente. enquanto a capacidade pulmonar total (CPT) e o volume corrente (VC) pouco se alteram(14. com queda progressiva na pressão parcial de oxigênio no san arterial.27. entretanto. 29.30 Não são observadas alterações na função mastigatória com o envelhecimento. Pequenas alterações na percepção dos sabores podem ocorrer como resultado da atrofia das papilas linguais28 30. além de vias neurais e núcleos do sistema nervoso central. Saúde bucal deteriorada. assim como os demais sistemas. que se compõe de contrações peristálticas que promovem seu esvaziamento.30. As alterações ocorrem em todo trato gastrintestinal da boca ao reto28. Além do centro de controle de deglutição no . somado à falta de medidas preventivas terapêuticas.27. decorrente da atrofia do epitélio colunar ciliado e das glândulas da mucosa brônquica24. Uma complexa inervação intrínseca e extrínseca. há alteração na qualidade e propriedades visco-elásticas do muco secretado. Essas alterações são mais acentuadas nos tabagistas24. pode ser um fator etiológico para comprometimento do estado nutricional e perda de peso no idoso.27. pelas estruturas musculares. sofre modificações estruturais e funcionais com o envelhecimento. Tudo isso. Sistema digestório O sistema digestório. até alcançar as estruturas ósseas. Boca A perda de dentes não é uma conseqüência inevitável do envelhecimento14.28.Mecanismos de defesa pulmonar O reflexo da tosse encontra-se reduzido. Esôfago O esôfago é um órgão composto por musculatura estriada em seu terço proximal e lisa em seus dois terço distais. as alterações involutivas que atingem com freqüência os tecidos da cavidade bucal do idoso geram menor capacidade de sustentação e menor eficiência da defesa imunitária da cavidade oral. Sem dúvida.30. As alterações involutivas determinam atrofia e perda de elasticidade que vão desde a mucosa. Nota-se redução de IgA nessa secreção. traduzindo-se em menor efetividade para eliminar partículas e secreções nas vias aéreas e aumentando a incidência de aspiração brônquica24. Uma dentição estável e a falta de problemas médicos que afetem a produção salivar ou o paladar resultam na manutenção dessa função. com perda de dentes. passando pelos tecidos subjacentes e de sustentação. O clareamento realizado pelo aparelho mucociliar encontra-se reduzido. controlam sua motilidade. possivelmente facilitando a maior proliferação bacteriana e conseqüente agressão ao aparelho periodontal. osteoporose e tabagismo culmina na perda dentária 28. Além disso. já que a absorção desse íon necessita de meio ácido. Com o envelhecimento. pylorii e não esteja presente em idosos completamente saudáveis. há uma importante e progressiva redução de sua inervação intrínseca.córtex. secundário à diminuição do número de células parietais. O tempo de esvaziamento gástrico encontra-se discreta a moderadamente aumentado. Outras observações de alterações do envelhecimento esofágico são: maior prevalência de hérnia do hiato por flacidez muscular do hiato diafragmático. É possível que a atrofia gástrica. há também um centro na medula e um controle periférico localizado na musculatura lisa do esôfago29. aumento do limiar da dor no esôfago.29. podendo prejudicar a digestão e interferir na absorção de medicamentos6. Trabalhos recentes mostram alterações em um dos mecanismos de proteção gástrica: modificações na composição do muco com redução na quantidade de bicarbonato e prostaglandinas. Tem-se notado também um declínio na produção da secreção ácida do estômago.28. a presença de aperistalse e distúrbios funcionais do esfíncter esofágico superior e inferior.29. a musculatura lisa pouco se altera. razão pela qual a gravidade dos sintomas dolorosos não se elaciona com a gravidade da lesão esofágica causada pelo refluxo ácido do estômago14. predispondo ao aparecimento de doenças pépticas e aumentando a sensibilidade a agentes agressores como antiinflamatórios não hormonais29. aumentando o risco de aspirações14. Essa alteração é a maior responsável pelas modificações da motilidade observadas no idoso.8.29. . porém.29. O presbiesôfago é a principal causa da disfagia esofágica e caracteriza-se por menor amplitude de contrações peristálticas síncronas que conduzem o alimento e pela presença de contrações assíncronas que dificultam a progressão6. O presbiesôfago e os episódios de refluxo gastroesofágico com duração mais prolongada tornam o deglutir do idoso dificultado.28. Estudos histológicos em indivíduos assintomáticos com idade superior a 60 anos mostram sinais de gastrite atrófica. com atraso no seu esvaziamento. com aumento da incidência com o progredir da idade28. O conjunto de alterações observadas foi denominado presbiesôfago e inclui: aumento da freqüência de contrações terciárias (não propulsivas). por retardo do esvaziamento gástrico28. a metaplasia e a neoplasia gástrica estejam relacionados ao H.29. Pode ocorrer deficiência de ferro como conseqüência da acloridria.28. A prevalência da colonização por essa bactéria é maior nas fases mais avançadas da vida. A acloridria aumenta com a idade e é observada em mais de 20% dos indivíduos com mais de 70 anos6. Essas observações têm implicações clínicas importantes.28. como o cloreto de potássio. relacionado com a atrofia gástrica.29. Ulcerações esofágicas podem ocorrer com o uso de certos medicamentos. Estômago As alterações relacionadas ao envelhecimento do estômago têm baixa expressão clinica29. na posição ortostática29. como a necessidade de administrar medicamentos por via oral acompanhados de razoável quantidade de líquidos.14. podendo chegar a 75%28. Pâncreas O pâncreas sofre alterações tanto estruturais quanto funcionais com o envelhecimento. assim como uma alta prevalência de cálculos de via biliar em indivíduos octogenários14.29.28. O menor fluxo hepático também interfere nessa redução de metabolização de medicamentos6. O peso do fígado reduz de 2. nota-se redução da secreção de albumina. Seu peso reduz-se de uma média de 60 ± 20g para menos de 40g na nona década de vida. assim como seu fluxo sanguíneo6.29. Estudos comparando jovens com idosos saudáveis observaram redução de cerca de 37% na sintetize protéica total pelo fígado dos 69 aos 91 anos14. e os antipissicóticos e as glicoproteínas. decréscimo de mitocôndrias nos hepatócitos e deposição de lipofucsinaintracelular8.29. que parece estar associada com a tolerância reduzida para refeições ricas em lipídios e dificuldade na absorção de vitaminas lipossolúveis.28. ácidos biliares e aumento da secreção de alfa-ácido glicoproteínas29.14. fatores de coagulação) e os marcadores de lesão hepatocelular (fosfatase alcalina. Sobre a função secretora. 28.5% do peso corporal total. Os testes de função hepática (dosagem de bilirrubinas. Fígado e vesícula biliar O fígado sofre com os efeitos do envelhecimento. Histologicamente. Há redução da capacidade de secreção de lipase e de bicarbonato. com manutenção da re serva funcional pancreática. das vilosidades intestinais e do fluxo esplâncnico entre .28. gama-glutamiltransferase) permanecem inalterados com o envelhecimento29.29.6% num nonagenário. É descrita redução de 5 a 30% na capacidade global do fígado de metabolizar drogas com o envelhecimento. É descrita redução da superfície mucosa. especialmente nos que interferem com a metabolização de medicações29. como a fenitoína. Há aumento na quantidade de colágeno. É descrito aumento do colesterol contido na bile. como a lidocaína e o propranolol6. a arquitetura hepática pouco se altera com o envelhecimento8. colesterol.29. As alterações na secreção de albumina e glicoproteínas podem interferir na farmacocinética de medicações que têm importante ligação com a albumina. num homem jovem. É também descrita redução de secreção de insulina28. A vesícula biliar tem seu esvaziamento dificultado com o processo de envelhecimento14. albumina. Intestino delgado É um órgão ainda pouco estudado no que se refere às alterações do envelhecimento. para 1. O tempo de trânsito intestinal. atrofia da camada muscular e esclerose arteriolar6. como diminuição da motilidade colônica. por alterações da coluna que levam a uma aproximação do gradil costal às cristas ilíacas e fraqueza da musculatura da parede abdominal.28. mas não confirmados por outros29. Alguns estudos mostram que outros nutrientes podem ter sua absorção reduzida com o envelhecimento como: vitamina D. A isso se acrescem alterações de elasticidade retal e da sensibilidade à sua distensão. dieta pobre em fibras e líqüidos. Nota-se. A maior freqüência de constipação entre os idosos pode ser explicada por uma série de fatores extrínsecos ao cólon. que não é parte do processo de senescência.29. no entanto. cálcio. Cólon As alterações descritas incluem diminuição do fluxo sanguíneo.40 e 50%. ácidos graxos e colesterol28. como a redução da atividade física. são controversos e de significância clínica questionável29. Os resultados. Sistema genital feminino As alterações decorrentes do processo de envelhecimento no gênero feminino estão intimamente ligadas ao hipoestrogenismo e iniciam-se após a instalação da menopausa8. Na musculatura do esfíncter exterior. anormalidades morfológicas das glândulas mucosas. Fatores intrínsecos. a função absortiva para açúcares e proteínas não apresentam alterações significativas28. que diminuem a capacidade de retenção fecal volumosa. aumento do tecido conjuntivo. . e parece estar relacionada à redução de secreção de lipase e sais biliares e capacidade reduzida de formação de triglicérides pela mucosa14. cobre. que foram descritos em alguns estudos.29.28. alteração de peristalse e dos plexos nervosos locais14.8. atrofia da mucosa. perda de eficácia prensa abdominal. hipertrofia da camada muscular da mucosa.31. um aumento na prevalência de constipação. assim como na prevalência de doença diverticular6. zinco. nota-se enfraquecimento muscular. são observadas alterações com espessamento e alterações do colágeno e redução de força muscular. A absorção de lipídios apresenta-se discretamente reduzida. do tônus muscular e da função motora do cólon ainda precisam ser melhor estudados29. Reto e ânus As alterações intrínsecas ao envelhecimento dessa região predispõem a incontinência fecal. na senescência. vitamina B12.29. especialmente em situações de sobrecarga. A absorção de outros pode estar aumentada. como é o caso da glicose e da vitamina A. ácido fólico. Em geral.28.29. diminuição de neurônios dos plexos mioentéricos. b) atrofia da vagina e da genitália externa. c) atrofia da uretra. com perda de elasticidade e alteração de arteríolas dos corpos cavernosos. com adelgaçamento e ressecamento de vulva e parede vaginal. que se deve à expansão da região da próstata em torno da uretra. pendentes e flácidas. d) atrofia e perda de elasticidade do sistema de sustentação do soalho pélvico com enfraquecimento da musculatura pélvica e redução do colágeno dos ligamentos facilitando prolapso genital8. Observa-se um aumento de peso e tamanho prostático com o envelhecimento. No sistema genital as mais importantes alterações são: a) atrofia de útero. no entanto. o número de espermatozóides caem pela metade. diminuição de secreção glândular e de lubrificação vaginal. perdura até o extremo da vida. trompas e ovários8.A diminuição da produção hormonal ovariana. resultando em dificuldades no mecanismo de ereção8. e) redução da libido31. acompanhada de várias conseqüências no organismo das mulheres idosas. Esse aumento pode tornar difícil a micção.11. freqüentemente. com redução na produção de líquido prostático que se inicia após a quinta década.11. Sistema urinário . apresentam redução na função das células da parede do túbulo seminífero envolvidas na produção e nutrição dos gametas. ultrapassar os limites da normalidade8. Observa-se redução gradual na produção de testosterona pelas células intersticiais sem. O pênis tem seu tecido erétil alterado. Há substituição de fibras musculares por tecido fibroso. embora mantenham seu peso e tamanho. no entanto. a fertilidade.11. tornando-as menos firmes. por enfraquecimento dos ligamentos de sustentação8. As glândulas mamárias atrofiam-se e são substituídas por tecido adiposo. Essas alterações em conjunto ocasionam secura vaginal e favorecem surgimento de dor e traumas às relações sexuais e predispõem às infecções genito-urinárias8. com enfraquecimento da musculatura pélvica associado à perda de elasticidade uretral e de colo vesical favorecem o aumento de freqüência e urgência urinária e incontinência urinária de esforço8. A redução dos níveis desse hormônio reflete-se na diminuição da força muscular8. perda de bacilos protetores de Döderlein com alteração de pH e redução de fluxo sangüíneo local. 31. As glândulas seminais também se atrofiam e têm sua musculatura substituída por tecido conjuntivo8. Os testículos.31. Sistema genital masculino As alterações do envelhecimento nos órgãos genitais masculinos são menos evidentes do que no gênero feminino8.11.31.31. principalmente de estrógeno. todos os vasos renais sofrem progressiva esclerose. ocorre deposição de colágeno entre as camadas da musculatura do detrusor. Morfologicamente. Como há redução de força de contração. cuja conseqüência é a denervação da bexiga32. clinicamente quantificado pela depuração da creatinina endógena14. com redução de força de contração e é notada menor dilatação da bexiga. Esse processo de aterosclerose parece ser importante na diminuição de peso renal6. os receptores da parede vesical já são ativados e avisam o sistema nervoso sobre a necessidade de urinar. propiciando a substituição de células musculares por depósitos de colágeno. por alterações no sistema nervoso e nos receptores da bexiga. a bexiga sempre retém cerca de 100mL após a micção8. com conseqüente modificação no fluxo laminar do sangue. reduzindo a área de filtração glomerular e. que varia de 230 a 250g. ocorre urgência urinária. afetando em graus diferentes de atrofia.32. Essa perda de massa renal é mais pronunciada no córtex do que na medula e ocorre de modo heterogêneo. que é proporcional à área corporal do indivíduo6.O rim O rim sofre modificações no seu peso de 50g no nascimento até a fase adulta. A partir da quarta década. conseqüentemente. com diminuição do seu peso. levando a redução da sua luz.32 -34. A musculatura torna-se mais fraca. por meio da redução do ritmo de filtração glomerular. em certas situações. pode ocorrer urgência e perda urinária e. isso só ocorre quando está totalmente cheia. Bexiga e uretra O envelhecimento da bexiga e da uretra pode resultar no desarranjo do delicado equilíbrio entre os músculos estriados (voluntários) e lisos (autonômico). que pode atingir cerca de 180g. No jovem.33. Como o esfíncter externo da uretra e musculatura do soalho pélvico também estão fracos.32. glomérulos. assim. A conseqüência dessa heterogenicidade é uma perda renal funcional que não leva à falência do órgão8.14. Vasos renais A partir dos 40 anos.33. hiperreatividade do mesmo e progressiva esclerose da vasa vasorum. o que facilita a deposição lipídica na parede vascular.32.32-34. metade da capacidade do jovem (600mL). das suas funções fisiológicas. esclerose e hiperplasia dos vasos. incontinência de esforço8. diminuindo a elasticidade32. inicia-se o processo do envelhecimento renal. ou seja. como tosse. com capacidade de reter somente cerca de 250mL de urina. túbulos e interstício. No idoso. controlado pela ação simpática responsável pelo relaxamento e capacidade de armazenamento vesical e parassimpático com ação predominante na contração da bexiga e expulsão da urina32. quando a bexiga está cheia até a metade. . que se inicia na quarta década e resulta em decréscimo de cerca de 50%14. quando se t ma por o base a avaliação exclusiva da creatinina plasmática. O declínio do RFG não se acompanha de elevação da concentração de crea tinina sérica. quando se inicia o envelhecimento renal. Túbulos e interstício O envelhecimento nos túbulos e no interstício têm início na quarta década32. A partir daí. conseqüentemente.Os glomérulos O número de glomérulos que. registrando cerca de 0.33.14.32.32. O fluxo sangüíneo renal declina paralelamente ao fluxo plasmático renal eficaz no envelhecimento32. com marcante substituição por tecido conectivo e áreas com atrofia tubular e outras com fibrose32.33. Função glomerular Os estudos do envelhecimento renal têm apontado para uma contínua perda da função renal.32. Nota-se maior deposição de tecido conectivo e também de tecido gorduroso na região medular32. As .32. pode ter-se a falsa idéia de um nível de função renal normal32. Na sétima década. do ritmo de filtração glomerular14.33. encontra-se apenas um terço do número de glomérulos iniciais8. A importância clínica dessa mudança na interpretação dos valores plasmático da creatinina está quando do uso de medicações de eliminação por via renal. iniciando-se a partir da quarta década. da permeabilidade glomerular e.33. a depuração de creatinina de 140mL/min/1. Assim.73m2 aos 80 anos32. Ocorrem também alterações estruturais do mesângio. com expansão de células mesangeais e espessamento da membrana basal que resultam em redução da área de filtração. entra em progressiva redução de seu número a partir da quarta década.34. Essa concentração depende da massa muscular do indivíduo e é sabido que a massa muscular reduz com o envelhecimento6. A queda da circulação renal acompanha -se de aumento da resistência nas arteríolas aferentes e eferentes dos glomérulos32.73m2 aos trinta anos pode reduzir para 97mL/min/1.11.33.8 a 1mL/min do ritmo de filtração glomerular (RFG) para cada ano de vida6. é de cerca de 1 milhão. Alterações funcionais renais Fluxo sanguíneo renal Ocorre redução do fluxo sangüíneo renal. O interstício sofre alterações.8 a 1% ou 0.33. observa-se diminuição do comprimento e volume dos túbulos. Os níveis plasmáticos de creatinina só se elevarão quando em adiantado comprometimento da função renal e.32. provavelmente decorrente de isquemia.33. ao nascimento. Quanto ao balanço do sódio. aos 89 anos. possibilitando.33. o rim senil apresenta resposta muito reduzida a esse peptídeo. devido à menor massa muscular6.32. Foi observado que. pois a menor concentração de sódio nos túbulos renais leva à diminuição da sua troca pelo potássio. sta Outro fator contribuinte é o fator natriurético atrial. observa-se uma limitação a sua eliminação. cessando de modo mais lento a excreção urinária de sódio.85.33. faz-se um ajuste. enquanto aos 40 anos a concentração urinaria máxima atinge 1030. A capacidade de concentração urinária declina com o envelhecimento6. o rim do idoso responde lentamente.33: C cr = 140 idade (anos) x peso (Kg) 72 x C (mg/dL) Para o gênero feminino. Os mecanismos envolvidos na concentração urinária dependem de fatores intra e extra-renais integrados. predispõe no idoso retenção de sódio e expansão de volume. Essa disfunção tubular distal pode ser atribuída à fibrose do interstício renal ou à redução da atividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona. . ocasionada pela redução da perfusão renal32. uma resposta mais lenta aos estímulos que impõem restrição ou sobrecarga salina. Quanto ao balanço de potássio. quando em situação de privação de sal. c) hipertonicidade da medula renal. Embora os níveis basais desse hormônio estejam três a cinco vezes aumentados no idoso. De modo semelhante. seu acúmulo no sangue. Funções tubulares A função tubular que consiste em modificar o filtrado glomerular.32. observa-se. a densidade urinária não ultrapassa 102332. conservar a água e eletrólitos e titular o pH sanguíneo está preservada nos idosos embora em parâmetros diferentes dos observados em outros grupos etários32. já que sua respo é mais lenta. assim. Desse modo. dificultando a eliminação urinária da sobrecarga de sódio. tem sua função diminuída.33. no jovem. nos idosos.33. a saber: a) atividade do centro hipotalâmico da sede.32. apesar de ter sua produção aumentada no idoso. A importância disso é o risco de hiperpotassemia nos casos de uso de medicamentos como diuréticos poupadores de potássio e outros32. que regula a ingestão de água que está reduzida no idoso. é rapidamente equilibrada pela excreção urinária aumentada de sódio. multiplicando-se o resultado por 0. liberação e ação tubular do hormônio antidiurético (HAD) que.doses dessas medicações devem ser corrigidas medindo a depuração de creatinina ou da então estimando seu valor por meio seguinte fórmula de Cockroft e Gault6. b) efetiva produção. transformando-o em urina. a administração de sobrecarga de sódio que.33. A resposta renal aos estímulos hormonais encontra-se também reduzida. além da redução do aporte sangüíneo em conseqüência à redução da luz das artérias nutridoras por processos ateroscleróticos9. interleucina3 (IL-3) e eritropoetina mantêm-se inalteradas no idoso. a reserva funcional pode tornar limitada6. Em uma população idosa saudável.32. Observa-se redução de 30 a 50% da atividade de renina plasmática basal. Estudos sugerem uma menor quantidade de excreção de amônia6.06g/L a 0. que ocorrem na senectude.25(OH)2D3). embora a resposta hematopoiética à flebotomia ou à hipóxia é mais lenta e menos intensa nos idosos6.25 diidroxicolecalciferol (1. esse decréscimo pode ser de 0. Há a perda gradativa da celularidade (reserva). A celularidade da medula óssea que. é de 80 a 100%.Assim. -se O nível da hemoglobina declina com a idade. Deve ser assinalado que a duração máxima de vida do glóbulo vermelho. o turnover do ferro e o volume de sangue circulante não se modificam com a idade.6g/L ao ano.33. O sistema reninaangiotensina-aldosterona é bastante afetado pelo envelhecimento. limitando a ingestão de água em presença de desidratação.33. acarreta maior incidência de depleção de volume e de hipernatremia. que são parte integrante do meio interno também sofrem com o envelhecimento. Por outro lado.32. decresce a 50% n terceira a década de vida e a 30% ao redor de 65 anos de idade6.32. Essas alterações podem predispor a maior incidência da síndrome do hipoaldosteronismohiporreninêmico e osteoporose na senectude6. O equilíbrio ácido básico e os mecanismos de acidificação da urina. diminuição da resposta da aldosterona e diminuição da atividade da enzima renal 1-alfa-hidroxilase responsável pela segunda hidroxilação da vitamina D3 que determina a formação de 1. a medula óssea mantém as hemácias. Acrescente-se a esses fatores o distúrbio de regulação da sede no idoso. o que pode levar também à hipernatremia. sendo substituída por tecido adiposo e fibrótico. A massa celular da medula óssea diminui. fundamental para a absorção intestinal de cálcio.9. Em condições basais. como o fator de estimulação de colônia granulocítico-monocítico (GMCSF). Sistema hematopoiético O sistema hematopoiético é afetado minimamente pelo envelhecimento em si9. Em condições de aumento de demanda. a capacidade diminuída do túbulo distal de reabsorver sódio e o declínio da capacidade de concentração da urina. Estudos mostram tendência à acidose metabólica leve e dificuldade de acidificação renal. os glóbulos brancos e as plaquetas em níveis adequados para as necessidades orgânicas. a queda da capacidade máxima de diluição da urina associada ao aumento da liberação de HAD associa-se a elevada ocorrência de hiponatremia no idoso6.9. A resposta às citocinas. Já a resposta das . sendo conveniente considerar normais níveis de hemoglobina mais baixos para esse grupo (11g% de 65 a 74 anos e 10g% acima de 75 anos)9. contudo. apesar da celularidade diminuída. ao nascimento. 36. diminuição de massa muscular. Alterações morfológicas das glândulas endócrinas As principais alterações morfológicas notadas com o envelhecimento são apresentadas na tabela 16. funcionais e bioquímicas (diminuição de massa óssea. ácido fólico e outras vitaminas podem resultar em vários distúrbios/doenças orgânicas e afetar diretamente a hematopoiese9.células progenitoras à estimulação do fator de colônia granulocítico (G-CSF) encontra-se diminuída9.36. Tabela 1 . hipogonadismo. Uma das teorias do envelhecimento é a neuro-endócrina. O declínio da secreção espontânea dos hormônios do crescimento e sexuais é freqüentemente referido como somatopausa. Sistema endócrino Admite-se que as modificações decorrentes do avançar da idade nesse sistema podem levar a alterações orgânicas que seriam responsáveis pelo processo do envelhecimento.35. estado nutricional e doenças. Fatores extrínsecos à medula. Não se sabe ao certo se essas alterações seriam a causa ou a conseqüência dos fenômenosdo envelhecimento35.9.Principais alterações morfológicas notadas com o envelhecimento. Essa teoria baseia-se na observação de alterações morfológicas. Alterações hormonais das glândulas endócrinas . como estresse.9. menopausa e andropausa35. diminuição da secreção de hormônio do crescimento) que se assemelham às alterações encontradas em idosos sem doenças . Deficiências de aporte de nutrientes essenciais como ferro. hipertensão arterial) desenvolvidas em jovens portadores de doenças endócrinas (osteoporose. interferem de modo sensível na manutenção da homeostase6. 36. que sugere a presença de um marcapasso central que induziria a falência do sistema endócrino. O estado nutricional do idoso tem importância fundamental na manutenção do equilíbrio homeostático. letargia e diminuição da sensação de bemestar.33. Em contraposição aos glicocorticóides.35. o que pode contribuir para a predisposição a hiponatremia observada nos idosos32.35. lipídios e proteínas e estimula crescimento tecidual por meio do IGF-1 (fator de crescimento semelhante à insulina) e é fundamental na manutenção da composição corpórea. redução de cerca de 14% por década. Alguns estudos admitem aumento da sua produção.11.37.Hipófise A hipófise produz. 36. O hormônio do crescimento (GH) desempenha um papel importante no metabolismo dos carboidratos. que também são regulados pelo ACTH. mesmo em idades avançadas. tem grande importância na manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico e tem sua secreção aumentada com o envelhecimento. Não há discordância no que se refere ao retardo no feedback negativo11.36. sugerindo sensibilidade diminuída do hipotálamo diante do cortisol circulante6.37. que têm sua função alterada com o envelhecimento6.36. juntamente com a redução do IGF-16. refere-se que a secreção de glicocorticóide e a reserva cortical estariam diminuídas na velhice11. tipicamente caracterizado por aumento da secreção desse hormônio pela hipófise e correspondente secreção de glicocorticóide pelo córtex adrenal.37. As manifestações da deficiência de GH nos adultos podem traduzir-se por aumento na prevalência de arteriosclerose. comprometimento da função cardíaca e da capacidade de exercício e aumento da mortalidade ca rdiovascular. Freqüentemente observam-se queixas de fadiga. O hormônio antidiurético. Contrariamente. a secreção e níveis de hormônios androgênicos adrenais. A secreção do cortisol permaneceria normal nos idosos36. Eixo hipófise-córtex-supra-renal O efeito do envelhecimento na resposta do córtex adrenal ao hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) é controvertido. também permanece inalterada em relação a ele6. A resposta de liberação de ACTH frente ao estresse. há controvérsias. Quanto à produção de prolactina. armazena e secreta vários hormônios. produzido pelo hipotálamo e armazenado na hipófise posterior. Haveria necessidade de alta concentração de glicocorticóide no sangue para produzir-se efeito inibidor da secreção de hormônio de liberação da corticotrofina (CRH) e ACTH. enquanto outros referem que este permanece inalterado. Sob condições de equilíbrio. O que parece estar definitivamente provado é a queda da pulsatilidade noturna de sua secreção6. reduzem com a idade em ambos os . Os idosos apresentam produção de GH e resposta ao hormônio de liberação do hormônio do crescimento (GnRH) reduzidas a partir da terceira década.36. a hipófise mantém os níveis plasmáticos de ACTH inalterados. Esses sinais e sintomas podem estar presentes no grupo de idosos normais de faixa etária mais avançada36.35. enquanto outros admitem que não haja alteração11.39. Essa diminuição progressiva da tolerância à glicose nos idosos deve-se à diminuição: a) da síntese e/ou secreção da insulina39. Alguns autores advogam que há um aumento nos níveis de paratormônio (PTH). Os níveis de glicemia de jejum também se encontram com bastante freqüência levemente aumentados ou no limite superior da normalidade6.11. b) da sensibilidade periférica dos tecidos à insulina seja devido à obesidade e/ou alteração corpórea (com aumento do tecido gorduroso e diminuição da massa muscular esquelética) ou por modificação intrínseca dos tecidos à ação da insulina (alteração de receptores e pósreceptores de insulina) 6. Com a idade. A secreção e os níveis plasmáticos de aldosterona. Isso se deve à diminuição da secreção de renina e angiotensina pelos rins6. Os níveis plasmáticos T3 total e livre encontram-se diminuídos. menor captação de iodo. diminuição da atividade física39.34. ainda em níveis normais3. A deidroepiandrosterona (DHEA) e seu ester sulfato (DHEA-S) reduzem a um terço do valor máximo aos 60 anos6.11.39. O que se nota é que idosos institucionalizados apresentam níveis de PTH mais elevados do que idosos não institucionalizados40. 11. Pâncreas endócrino A alteração mais marcante da função endócrina pancreática é observada no metabolismo da glicose6. Eixo hipófise-tireóide Com o envelhecimento. Glândula pineal . redução da conversão periférica de T4 em T3 e conseqüenteaumento de T3r (T3 reverso).11.48.38. há diminuição de produção e secreção de T3 e T4. com a finalidade de manter a concentração sérica de cálcio.11. possivelmente decorrentes da diminuição de sua degradação e depuração metabólica6.35-37. porém. d) aumento plasmático dos níveis de insulina.gêneros6.39.6. enquanto o T4 total e livre encontram-se normais11. estão também reduzidas nos idosos. o mais importante mineralocorticóide. Paratireóide Existe certa controvérsia referente às alterações do envelhecimento na secreção hormonal das paratireóides. há uma elevada prevalência tolerância alterada à glicose. 14. a melatonina (a partir da triptamina). Tabela 2 Alterações hormonais do envelhecimento. responsáveis pela resposta imune celular. Quanto aos linfócitos B. Estudos in vitro evidenciaram que a melatonina protege contra lesões causadas por radicais livres. responsáveis pela resposta imune humoral (anticorpos).11.A glândula pineal produz um hormônio. de forma gradual.11.41.41. elevando o risco do desenvolvimento de doenças autoimunes14. experimentalmente. redução da ativação de linfócitos T auxiliares. parece ser inibida pela presença de luminosidade e que diminui com o envelhecimento6. O envelhecimento humano é associado ao progressivo declínio na função imune e conseqüente aumento na freqüência de infecções6.. como a interleucina2 (potente estimulador de proliferação de células T)41. Sistema sensorial O envelhecimento ocasiona alterações otorrinolaringológicas em oftálmicas que podem interferir de forma significativa na qualidade de vida desses indivíduos. que são influenciados pelo timo e iniciam a resposta imune na presença de antígenos estranhos no corpo e também modulam a resposta imune para prevenir auto-imunidade e crescimento de tumores41. A maior parte das alterações imunológicas tem sido relacionada com a involução e atrofia do timo que. perde até 95% de sua massa nos primeiros 50 anos de vida6. age estimulando o sistema imunológico e auxilia na manutenção de cálcio intracelular6 (tabela 2). Observam-se principalmente alterações dos linfócitos da linhagem T. Aspectos otorrinolaringológicos . Isso facilita o aumento da auto-anticorpos. pois.11. que apresenta níveis mais elevados durante o sono. Ela parece ter papel protetor das estruturas do sistema nervoso central. estudos mostram pouca ou nenhuma alteração nos idosos. com poucas modificações nos níveis de anticorpos41. Sistema imunológico A função imune declina com a idade41. a lesão cerebral causa mais danos em animais com deficiência deste hormônio. citotóxicos e natural killer (NK) e redução da produção de algumas interleucinas. Há redução da proliferação de linfócitos T (com exceção para os linfócitos T de memória). Aspectos oftálmicos . Na orelha externa. propiciando o aparecimento de prurido. não ocasionam perda auditiva. de maneira significativa. Estima-se que 10 a 60% dos indivíduos com mais de 65 anos apresentem presbiacusia42. Além disso. como calcificações e hialinização que. que reduzem o diâmetro antero-posterior do conduto. Pode também haver calcificação da cartilagem da tuba auditiva42. sofre processo degenerativo ao longo do tempo. levando ao ressecamento e à descamação da pele.A senescência. o equilíbrio nos idosos42. afeta principalmente a percepção de sons agudos. olfação e gustação) 42. Nota-se atrofia do músculo do estribo e do tensor do tímpano. observa-se redução do número de glândulas produtoras de cerúmen. causando a presbiacusia. acúmulo de radicais livres levando a lesão celular e conseqüente perda auditiva em todas as freqüências. a discriminação vocal usualmente está preservada. Manifesta-se clinicamente pela queixa de que o paciente ouve bem. der c) vascular: a redução do fluxo sangüíneo para uma região da cóclea chamada estria vascular (região que nutre as células ciliadas da cóclea) causa alteração bioquímica na endolinfa. d) condutiva coclear: decorre de alterações no ducto coclear. sem alterações da discriminação vocal. A orelha interna é a parte mais afetada pelo processo de envelhecimento. afeta as funções auditivas e sensoriais (equilíbrio. Observa-se uma redução de cerca de 40% no número coluna cervical o de células ciliadas do vestíbulo com concomitante redução de fibras do nervo vestibular. b) neural: pela redução da população de neurônios cocleares. o aumento do número de pêlos no conduto somado às alterações das cartilagens auriculares. perda auditiva irreversível no idoso. A atrofia cerebelar. podem ocorrer processos degenerativos nas articulações dos músculos martelo. O sistema vestibular. A presbiacusia podeter várias origens42: a) sensorial: pela atrofia progressiva das células do órgão de Corti. além de causar alterações morfológicas. geralmente bilateral. que é um dos responsáveis pelo equilíbrio. Essa degeneração neuronal pode estender-se da via auditiva até o sistema nervoso central. mas não consegue enten as palavras. propiciam a formação de rolhas de cera42. a osteofitose (que altera o mecanismo proprioceptivo e pode reduzir o fluxo sanguíneo no território vértebro-basilar) e a redução da acuidade visual somados à degeneração vestibular afetam. Na orelha média. bigorna e estribo. Parece ter caráter genético com deleção de DNA mitocondrial nas células ciliadas. reduzindo a eficiência do mecanismo de proteção contra o trauma acústico. geralmente. Há um prejuízo na percepção de sons agudos. com enrijecimento da membrana basilar sobre a qual estão assentadas as células ciliadas. Neurogeriatria. Pozzi DHB. definição do campo e termos básicos. 2002. Parecer no 1. reduzindo a acuidade visual.43-50. In: Papaléo Neto M. na Casa de origem). Epidemiologia do envelhecimento. Clínica e Terapêutica. Carvalho Filho ET. 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