SANTA JULIANA ESCOLA DEENFERMAGEM Enfº James Dias ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA - AIDPI • Objetivos: • Contribuir para a redução da morbidade e mortalidade associada às principais causas de doença na criança • Introduzir medidas de promoção e prevenção na rotina de atendimento das crianças • Acompanhar o crescimento e desenvolvimento da criança • Principais componentes: • Acolhimento • Melhoria no manejo e tratamento de casos • Identificação de sinais clínicos que permitem a avaliação e classificação adequada do quadro, tirando rapidamente a situação de risco: Manejo da criança doente • Avaliar • Verificar sinais de perigo ? • Tosse / dificuldade para respirar • Diarréia • Febre • Problema de ouvido • Anemia e desnutrição • Estado de vacinação Aconselhar a mãe ou acompanhante • Alimentação da criança • Administração de líquidos • Cuidados gerais com a criança • Quando retornar imediatamente • Quando retornar para seguimento • Cuidados sobre sua própria saúde INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS AGUDAS – IRA • Infecções do aparelho respiratório que afetam o nariz, a garganta, os ouvidos, a laringe, os brônquios e os pulmões, causando inflamação, sinusite, bronquite, asma e pneumonia. • A criança com infecção respiratória aguda pode ter tosse, nariz escorrendo, dor de ouvido, dor de garganta, chiado no peito, dificuldade para respirar, febre ou temperatura muito baixa. Além disso, a criança perde o apetite, pode ficar muito irritada e chorosa. • Olhos vermelhos e lacrimejando. As crianças maiores reclamam de dor de cabeça e dores no corpo. • As infecções respiratórias agudas, principalmente a pneumonia, podem trazer risco de vida quando não tratadas; • Obs.: Toda a criança que apresenta um destes sinais, por até 7 dias sem melhorar, deve ser levada ao serviço de saúde !!! Cuidados para crianças com IRA - Infecção Respiratória Aguda NARIZ ENTUPIDO • Lavar com soro fisiológico cada narina, sempre que necessário. Este soro pode ser preparado em casa, misturando 1 colher pequena de sal com um litro de água fervida e deve ser preparado todos os dias. TOSSE • Dar bastante líquido (chás caseiros ou água). Evitar dar xaropes contra a tosse. A tosse ajuda a eliminar o catarro. Quando a criança está com dificuldade de eliminar o catarro, fazer tapotagem: deitar a criança de bruços, no colo, e bater com as mãos em concha nas suas costas. FEBRE • Dar banho morno e aplicar compressas úmidas só com água na testa, nuca e virilha. • Na febre alta, usar anti-térmico e procurar atendimento médico. • Decúbito Elevado; • Vaporização; • Mantenha a alimentação normal da criança, em pequenas quantidades e intervalos menores! Com calma!!! • Dieta hipercalórica; • As vacinas que protegem contra a coqueluche e a difteria (DPT), contra as formas graves de tuberculose (BCG) e contra o sarampo, ajudam a prevenir as doenças respiratórias. Por isso, todas as crianças da família precisam estar vacinadas ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS • OTITE MÉDIA: Classifica-se em Otite Média Aguda,Otite Média Supurativa,Otite Média Supurativa Crônica • ETIOLOGIA: Streptococus pneumoniae; Haemophilus influenza. • Rinite alérgica. • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Otalgia, febre, secreção auditiva de característica purulenta. • TRATAMENTO: Antibioticoterapia, analgésico, antitérmico, cirúrgico (casos graves) • ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • OBJETIVO: Diminuir a dor e orientar para evitar recidivas • *Aplicar calor com compressa morna no local; • *Manter os cuidados com a higiene do ouvido; • *Orientar sobre perdas temporárias da audição; • *Cuidado com água no canal auditivo; • *Observar sinais de hipertermia • AMIGDALITE: É uma inflamação das amígdalas, que geralmente ocorre associada à faringite. • ETIOLOGIA: Agentes virais;Agentes bacterinaos (Streptococus). • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Hipertermia, anorexia, halitose, respiração pela boca com sensação de irritação da mucosa, orofaringe hiperemiada, exsudato. • TRATAMENTO: Analgésico, antitérmico, antibioticoterapia, cirurgias (amidalectomia) • ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • *Cuidados visam o conforto da criança; • *Minimizar as manifestações clínicas; • *Administrar NBZ; • *Manutenção hídrica adequada; • *Uso de analgésicos e antitérmicos • FARINGITE:É a inflamação da faringe, e tem seu agente etiológico como um dos causadores de sequelas graves. • ETIOLOGIA: Espretococcus beta-hemolítico do grupo A e sequelas; Febre reumática; Glomerulonefrite aguda • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Cefaleia, mal-estar, anorexia, rouquidão, tosse, dor abdominal, vômito, inflamação com exsudato. • TRATAMENTO: Antibioticoterapia (penicilina), analgésico, antitérmico. • ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Aliviar sintomas • Aplicar compressas mornas • Manter ingesta hídrica adequada • Dieta branda e líquida • LARINGITE: Infecção da laringe causada por agentes virais. • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Odinofagia, indisposição, febre, congestão nasal, rouquidão, cefaléia, coriza. • TRATAMENTO: Líquidos e ar umidificado. • GRIPE: Infecção causada geralmente por vírus de diferentes tipos, que sofrem alterações significativas no tempo. • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Mucosa e faringe seca, rouquidão, febre, mialgia, calafrios, fotofobia, prostração. • TRATAMENTO: Sintomático • BRONQUITE: Inflamação das grandes vias aéreas, estando invariavelmente associado a uma IRA. • ETIOLOGIA: Agentes virais, sendo muito comum o Mycoplasma pneumoniae. • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tosse seca, metálica e improdutiva, respiração ruidosa, dor torácica, falta de ar, vômito e febre. • TRATAMENTO: Diminuir temperatura, dor e umidificar secreções. • BRONQUIOLITE: Infecção viral aguda dos bronquíolos, que ocorre principalmente no inverno. • ETIOLOGIA: Adenovírus,Influenza • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Obstrução das VA, faringite, tosse, sibilância, febre, taquipnéia, cianose, agitação, dispnéia, fome de ar intensa, batimento da asas do nariz. • TRATAMENTO: Tratar com ar umidificado, Aumentar a ingesta hídrica, Graves: oxigenoterapia e terapia venosa • ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Observar oxigenoterapia e terapia endovenosa • Verificar SSVV • Elevar decúbito • Observar permeabilidade das VA • Estimular espirometria de incentivo • PNEUMONIA: É a inflamação do parênquima pulmonar, dificultando as trocas gasosas. • FATORES DE RISCO: • Idade < 6 anos • Estado imunológico • Situação econômica precária • Poluição ambiental • Pais fumantes • Baixo peso • Desmame • CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA: • Pneumonia viral: tosse, febre, taquipnéia, cianose, fadiga, prostração, presença de ruídos respiratórios e estridores. • TRATAMENTO: Sintomático, oxigênio, fisioterapia respiratória e líquidos • Pneumonia Bacteriana (pneumococos): tosse, indisposição, respiração rápida e superficial, dor torácica, batimento da aleta nasal, cianose, palidez agitação e letargia. • CRIANÇAS MAIORES: antibióticos, antitérmicos, sedativos para tosse, repouso e líquidos. • CRIANÇAS MENORES: mesmo das crianças maiores, com líquido endovenoso e oxigenoterapia. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS • ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Avaliar respiração • Administrar oxigenoterapia • Controlar SSVV • Elevar decúbito • Estimular drenagem postural • Aspirar secreções quando necessária • Aliviar desconforto • Pneumonia Aspirativa: Aspiração de líquidos ou alimentos, provocado pela dificuldade de deglutir em função de paralisias, debilidade, ausência do reflexo da tosse. • ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Os mesmos da pneumonia bacteriana. • Orientação aos pais quanto a prevenção desse tipo de pneumonia ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS • ASMA :Obstrução das VA por edema e/ou muco, desencadeada por diversos estímulos. • ETIOLOGIA: Duvidosa, pode ter relação com fatores bioquímicos, imunológicos, alérgicos, climático, psicológico, físicos. • MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: Tosse, irritabilidade, falta de ar, sibilância audível, rubor, lábios avermelhados escuro, progredindo para cianose, sudorese, diafragma deprimido. • TRATAMENTO: Uso de corticoesteróide, antiinflamatório, broncodilatores.Realização de exercícios através da fisioterapia respiratória. • ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM • Identificar e eliminar fatores irritantes e alérgicos. • Orientar os pais sobre a doença e no reconhecimento de sinais agudos. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM À CRIANÇA COM DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS • Controle rigoroso da terapia endovenosa. • Administrar oxigenoterapia. • Oferecer líquidos(controle). • Elevar decúbito. • Controlar SSVV • Estimular participação dos pais nos cuidados. DIARRÉIA AGUDA • A diarréia aguda é uma doença caracterizada pela perda de água e outros componentes químicos fundamentais para o bom funcionamento do organismo; • Resulta do aumento do volume e frequência da evacuação e da diminuição da consistência das fezes, que podem se apresentar líquidas e, algumas vezes, conter muco e sangue, como acontece nas disenterias. • A maioria das diarréias agudas é provocada por um agente infeccioso - vírus ou bactéria , e geralmente dura menos de duas semanas; • Mais de cinco evacuações diárias, líquidas ou pastosas caracterizam esta doença, que na maior parte das vezes é causada pela contaminação da água ou dos alimentos; • Embora se possa ter diarréia em qualquer idade, as crianças são suas maiores vítimas; • É uma das principais responsáveis pelas altas taxas de mortalidade infantil em nosso país. Principais causas da diarréia aguda • Falta de higiene tanto pessoal como no ambiente domiciliar e sua proximidade; • Ingestão de alimentos contaminados; • Desmame precoce: pelo risco de a mamadeira ser mal lavada ou feita com água contaminada; • Falta de saneamento básico; Diagnóstico • Nos serviços de saúde, os profissionais ficam atentos aos sintomas que se referem à diarréia e à desidratação; • Dependendo da gravidade da perda de água e de outros elementos químicos importantes, pelas fezes, vômito ou febre; • Por outro lado, nas diarréias crônicas predominam os sinais de desnutrição - cujo sintoma mais evidente é o emagrecimento; • Devemos, portanto, estar atentos aos sinais e sintomas da desidratação: • Depressão na fontanela dos bebês; • Olhos encovados e sem brilho; • Expressão lânguida no rosto; • Lábios ressequidos • Língua esbranquiçada e grossa • Pulso fraco • Pouca urina • Prostração ou torpor • Ocorrência ou não de febre Tratamento da diarréia aguda • O tratamento será determinado em função do quadro apresentado. • A criança com diarréia, mas sem sinais de desidratação; • A criança com diarréia e sinais de desidratação (mesmo grave). A criança com diarréia, mas sem sinais de desidratação Os familiares devem ser orientados sobre a doença, o risco de complicações e a adotar seguinte conduta: • Procurar o serviço de saúde; • Dar mais líquidos à criança, preparados com ingredientes disponíveis em casa, como o soro caseiro, chás, água de cozimento de cereais como o arroz e o milho, sopas e sucos; • Dar líquidos após cada evacuação; • Manter a alimentação habitual, em especial o leite materno, aumentando a freqüência das mamadas; • Não mudar o tipo e quantidade dos alimentos que a criança come. A criança com diarréia e sinais de desidratação (mesmo grave) • A reidratação oral com soro é o tratamento ideal. • A quantidade de solução a ser ingerida variará em função da perda de líquidos apresentada pela criança. Suas principais recomendações são: • Continuar a oferecer o leite materno, junto com o soro, aos bebês. Com relação às crianças maiores, enquanto mantiverem os sinais de desidratação deverão receber apenas o soro, com freqüência. • Se o paciente vomitar, o volume administrado de soro deve ser reduzido; e a frequência da administração, aumentada (menos quantidade de soro, oferecido mais vezes durante o dia). • Observar diminuição da febre; evitar uso de antipiréticos; • A família deve estar atenta aos sinais de piora e, caso ocorram, proceder a administração do soro de reidratação oral e levar a criança imediatamente ao serviço de saúde. • Principais sinais de piora: sede intensa, vômitos frequentes, piora da diarréia , irritabilidade , prostração , choque. Prevenção da diarréia aguda • Manter uma boa higiene pessoal, tanto corporal como da moradia; • Lavar as mãos com sabão após limpar uma criança que acaba de evacuar; após a própria evacuação; antes de preparar a comida; antes de comer e antes de alimentar as crianças; • Ferver a água e filtrar, tanto para o cozimento quanto para a ingestão; • Lavar, com água fervida, os utensílios utilizados no preparo dos alimentos; • Não ingerir alimentos contaminados, mal conservados ou mal acondicionados; dar preferência aos alimentos saudáveis e preparados na hora; • Guardar, limpas, secas e em sacos plásticos, as verduras, legumes e frutas na parte de baixo da geladeira ou em local fresco, utilizando-as logo que possível; • Manter o aleitamento materno exclusivo recomendado para bebês até 6 meses de vida; • Seguir o esquema básico de vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde; • A disponibilidade de água encanada nas moradias é o fator mais eficaz para o controle das diarréias infecciosas; • Dar destinação correta ao lixo doméstico e construir fossas domiciliares, evitando, desse modo, a contaminação ambiental e alimentar pelo lixo e/ou fezes. DESNUTRIÇÃO • A desnutrição pode ser classificada em LEVE, MODERADA E GRAVE; • OBS: É importante observar que toda criança desnutrida com edema, independentemente do seu déficit de peso é considerada como desnutrido grave. • Atraso de crescimento e desenvolvimento infantil por carência alimentar; • Kwashiorkor – Ausência ou carência de proteínas (desmame); enfraquecida, extremidades frias, abdome globoso, pele áspera e seca, cabelo secos e opacos; • Marasmo – Ingestão insuficiente de calorias e proteínas, comum em famílias que adultos se alimentam primeiro que crianças. Apresenta-se irritadiça, retraída, letárgica, pele flácida e enrugada, aparência de velha. É comum nessas crianças o aparecimento de TB, Parasitoses, Disenteria, outras. Desnutrição Kwashiorkor Marasmo •KWASHIORKOR Edema geralmente generalizado. Perda moderada de tecido subcutâneo. Hepatomegalia. Cabelo fraco, seco e descolorido. Alterações cutâneas são freqüentes. Peso para idade muito abaixo do percentil 3. Apatia. Anorexia. • MARASMO • Magreza extrema e atrofia muscular. • Perda intensa de tecido subcutâneo. • Abdômen proeminente devido à magreza. • Aspecto simiesco. • Pele frouxa, sobretudo nas nádegas. • Peso para idade sempre inferior ao percentil 3. • Irritabilidade. • Apetite preservado na maioria dos casos. DESIDRATAÇÃO • Definição: É a deficência de água e eletrólitos corpóreos por perdas superiores à ingesta devido a anorexia, restrição hídrica, por perdas aumentadas gastrintestinais (vômito e diarréia), perda urinária (diurese osmótica, administração de diuréticos, insuficiência renal crônica), e perdas cutâneas e respiratórias (queimaduras e exposição ao calor). • Causas: A mais frequente decorre de perdas gastrintestinais. • A diarréia é portanto a causa mais importante e responsável por óbitos em crianças menores que 5 anos, podendo evoluir de modo mais prolongado e desfavorável em crianças sem aleitamento materno, desnutridas, imunodeprimidas ou em doenças crônicas. • Além do que a incidência é maior nas populações de baixo nível socioeconômico. DESIDRATAÇÃO Desidratação Quando a criança apresenta dois ou mais dos sinais: • Pulso rápido e débil ou ausente, olhos fundos, irritados, ausência de lágrimas, boca e língua secas, bebendo líquido oferecido rápida e avidamente,manifestações de irritabilidade e o sinal da prega desaparecendo lentamente; Desidratação Grave • Comatosa ou hipotônica, pulso fino ou ausente, olhos muito fundos, ausência de lágrimas, boca e língua muito secas, bebendo mal o que lhe é oferecido ou estando incapaz de beber, o sinal da prega desaparece muito lentamente. • Diagnóstico: Segundo a estratégia do AIDPI, as crianças precisam ser avaliadas até os 5 anos obedecendo o seguinte critério: Avaliação da sua condição geral, pesadas sem roupas e verificar se há sinais de alerta. DESIDRATAÇÃO Os quatro sinais (*) são fundamentais, de acordo com a estratégia da Atenção Integrada às doenças Prevalentes na Infância (AIDPI). TRATAMENTO: DEPENDE DO GRAU DA DESIDRATAÇÃO • CRIANÇAS SEM DESIDRATAÇÃO: • Se aleitamento materno exclusivo, aumentar a frequencia e o tempo, e oferecer soro de reidratação oral (SRO) com colher ou copo. • Se o aleitamento não for exclusivo – mantê-lo e oferecer a dieta habitual e líquido a vontade (SRO, liquido caseiro do tipo: caldo, água de arroz, suco, chás). • Recomendar à mãe ou o cuidador das crianças a ofertar freqüentemente líquido com colher toda vez que evacuar na seguinte quantidade: • Até 01 ano: 50 – 100ml depois de cada evacuação aquosa. • Um ano ou mais: 100 – 200ml após cada evacuação aquosa. • Caso ocorram vômitos, aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais lentamente. • Continuar dando líquidos à vontade até a diarréia parar e não suspender a dieta habitual. • Esclarecer quanto aos sinais de gravidade ou risco, procurar o serviço médico, quando a criança não conseguir beber ou mamar no peito, quando houver piora do estado geral, aparecimento ou piora da febre, aparecimento de sangue nas fezes. CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO • Considerar desidratada as crianças que apresentarem dois sinais que seguem: • Inquieta, irritada; Olhos fundos; bebe avidamente, com sede; Sinal de prega: a pele volta lentamente ao estado anterior. • Reiniciar a reidratação com SRO. • Pesar a criança sem roupa no início da reidratação e a cada hora. • Oferecer a criança o SRO toda vez que a criança deseja, no volume que aceitar de preferência com uma colher para manter volume constante e evitar vômito, toda vez que a criança evacuar. • Em caso de vômitos aguardar 10 minutos e reinicar o mesmo procedimento porém mais lentamente. • Como orientação inicial, a criança poderá receber SRO no volume de 50 – 100 ml/.kg, pelo período máximo de 4 a 6 horas, após esse período, iniciar terapêutica endovenosa. • A reidratação oral deve ser suspensa quando houver vômitos persistentes, convulsão, alteração do nível de consciência, íleo paralítico, ausência de ganho de peso após 2 horas da instalação da terapêutica. • O ganho de peso é um excelente critério de sucesso da reidratação CRIANÇA COM DESIDRATAÇÃO GRAVE • Considera-se quando: comatosa, pulso fino impalpável, sinal da prega muito diminuído (mais de 2 seg) olhos muito fundos, fontanela funda ou deprimida, mucosa seca, não consegue beber ou bebe muito mal. • Inicia-se terapia endovenosa em três fases: expansão, manutenção e reposição. • Fase de expansão: • Pesar a criança sem roupa • Iniciar a infusão de: Soro a 5% e soro fisiológico a 0,9%, 1:1 com volume de 100ml/kg e velocidade de 50ml/kg/hora. • Obs. Caso a criança se mantenha desidratada deve-se prescrever outra fase igual, modificando apenas o volume: 50ml/kg, na velocidade de 25ml/kg/hora. • A fase da expansão termina quando a criança clinicamente estiver hidratada, com duas micções claras, associada ao bom ganho de peso sem roupa. • Fase de manutenção: • Visa repor perdas normais de água e eletrólitos que não proporcionais à atividade metabólica. • Inicia-se com Soro Glicosado 5% - 80% (80%) mais Soro Fisiológico 0,9% (20%) • Entre 10 a 20kg = 1.000ml+50ml/kg por cada quilo que passe, até (10 quilos). • Acima de 20kg = 1.500 = 20ml/kg que passe. • Fase da reposição: • Visa repor as perdas anormais no caso de diarréia, a reposição deve cobrir perdas fecais de água e eletrólitos. • Repor: 50ml/kg em partes iguais de Soro Glicosado 5% e Soro Fisiológico a 0,9%. Pode ser aumentado para 100, 150 ou até 200ml/kg. Quando a criança necessitar de grandes volumes de líquidos. Problemas Hematológicos • Anemia; • Anemia Ferropriva; • Anemia Falciforme; • Leucemia – medula e Sist. Linfático, produção de leucócitos imaturos;CÂNCER NO SANGUE! • Sintomas LEU: Anemia, tendência hemorrágica, susceptibilidade a infecções, intensa dor óssea; Tratamento Leucemia • Fase de Remissão: Cessar produção da medula óssea; • Fase de tratamento profilático do SNC: Proteger infiltrações no SNC; • Fase de Manutenção: Evitar a produção de células neoplásicas, espera-se que a medula produza células normais. Cuidados de Enfermagem • Observação rigorosa na administração das drogas pelo risco de rações alérgicas; de infiltrações extravascular causando necrose tecidual; de lesões neurológicas; distúrbios gastrointestinais; lesões tardias da função renal; • Ingesta hídrica aumentada; • Psicologia; • Empatia. Obri gado! ! ! ! ! ! ! ! Escuta e serás sábio. O começo da sabedoria é o silêncio A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.