Abacada

March 27, 2018 | Author: Juliana Toledo | Category: Literacy, Autism, Learning, Special Education, Schools


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Precursores de LinguagemO que são os precursores de linguagem? A linguagem verbal não é um evento que surge de forma automática. Entre o nascimento do bebê humano e o uso da linguagem verbal há um caminho sofisticado feito pela cognição. São etapas do desenvolvimento indispensáveis que nos ajudam a rastrear os riscos do desenvolvimento da criança e muitas vezes chegar ao diagnóstico do TEA. Quando nos dispomos à alfabetizar uma criança com TEA precisamos antes de tudo realizar uma avaliação do seu desenvolvimento, em especial do desenvolvimento pedagógico. Os precursores de linguagem serão convocados durante todo o tempo no processo de aquisição de leitura e escrita e por isso, acreditamos que esta orientação pode ser útil aos participantes deste curso. Quais são os precursores de linguagem?  O olhar  O sorriso responsivo  Movimentos antecipatórios  Atenção conjunta e compartilhada  Uso do dedo indicador, envolvendo o apontar declarativo e imperativo.  Imitação, dentre outros. Quais são os indispensáveis durante a alfabetização e de que forma podem colaborar? O olhar É o início da comunicação humana e uma sofisticada forma de interação social. O olhar é indispensável na alfabetização para o reconhecimento e grafia de letras, palavras e frases. Será necessário que o aluno em processo de alfabetização seja convidado a olhar na direção correta e também para a nossa face. Os sentimentos que expressamos através do olhar serão importantes na interpretação e nas relações intersubjetivas. O movimento de nossa boca na articulação dos fonemas, serão percebidos pelo olhar da criança. Caso a criança ainda não faça uso do olhar adequadamente, o pai, o professor ou terapeuta pode:  Conduzir o olhar da criança na direção adequada com uma lanterna;  Movimentos antecipatórios Espera-se que o bebê antecipe com gestos o desejo de ir para o colo do adulto ou buscar algo que não esteja ao seu alcance. Este gesto é acompanhado do olhar. Na alfabetização necessitaremos deste precursor para que a criança receba uma atividade ou material que será utilizado na leitura e na escrita. Ao se antecipar ele também se mostrará motivado para a interação e para a produção escolar. Caso a criança não apresente este precursor, você pode:  Segurar um objeto que ela gosta e fazer um leve movimento em sua direção para que ela tenha interesse em buscá-lo.  Caso a criança use a mão do adulto como ferramenta, inverter a posição das mãos, colocando a mão do adulto sobre a da criança para que ela perceba que pode pegar e buscar objetos com autonomia.  Uso do apontar. Esta etapa envolve olhar para onde o adulto aponta e apontar de forma autônoma. Existe uma sutil diferença quando o adulto aponta, mas um examinador bem treinado conseguirá perceber o detalhe. A criança típica, em via de regra,olha para o objeto que é apontado e a criança com TEA olha para a ponta do dedo do examinador. Quando o apontar é feito pela criança, temos dois tipos: o apontar declarativo e o apontar imperativo. O apontar declarativo é utilizado para mostrar algo interessante. A criança deseja compartilhar com o seu interlocutor o que considera interessante. O apontar imperativo se difere do declarativo por representar um pedido, uma solicitação. A criança insiste no seu propósito até ser atendida ou ter ao menos a atenção do adulto. Caso a criança não utilize o dedo indicador, você pode:  Fazer pinturas somente com o dedo indicador.  Apontar em objetos eletrônicos com a ajuda do adulto, personagens preferidos.  Atenção conjunta e compartilhada Ser orientado a olhar para um lugar ou objeto apenas pelo olhar do adulto ou dividir a atenção entre um brinquedo ou seu interlocutor são atividades sofisticadas de interação social que representam um ensaio para uma futura conversação e consciência da alternância de turno. Para a alfabetização precisaremos que a criança compartilhe a atenção entre o professor, mediador, atividade lúdica ou escrita, sem perder o foco da atenção. Até a conquista da atenção sustentada. Caso ela não tenha este precursor, haverá prejuízos no transporte da informação do plano vertical para o horizontal e como consequência, a dificuldade para reter a informação. Caso a criança não tenha estes precursores, você pode: Brincar de jogar um novelo ou rolo de barbante colorido com pelo menos dois adultos e o aluno, fazendo um grande emaranhado e despertando o interesse da criança acompanhar enquanto o objeto é jogado para os participantes.  Imitação A imitação é uma das habilidades mais importantes para o processo de aprendizagem. Na alfabetização este precursor ocupa um lugar de muita importância uma vez que o aluno necessitará desta habilidade para ler, reproduzir, copia, escrever. A imitação reúne uma série de outras habilidades como memória, atenção, interação social. Para ajudar seu aluno a imitar, você pode:  Imitar seus gestos;  Imitar vídeos e cenas de desenhos.  Trabalhar em frente ao espelho.  Apresentar vídeos com imagens de pessoas conhecidas.  A literatura sobre os precursores é vasta e abaixo você encontra um link para pesquisar mais sobre o assunto. Para iniciar a alfabetização dos alunos com TEA eles são indispensáveis! JUSTIFICATIVA PARA O TRABALHO ACADÊMICO NAS ESCOLAS ESPECIAIS. A condição da deficiência intelectual não poderá nunca pré determinar qual será o limite do desenvolvimento da pessoa com DI. A educação na área da deficiência intelectual deve atender às suas necessidades educacionais sem se desviar dos princípios básicos da esducação propostas às demais pessoas. Assim se faz necessário considerar novas concepções em relação ao potencial de aprendizagem das pessoas com deficiência intelectual. A escola precisa apreender e se apropriar desta nova visão e suas decorrências para organização da prática escolar e pedagógica. Um dos aspectos importantes na área da deficiência intelectual está ligado a busca de alternativas pedagógicas através das quais esses alunos sejam membros participantes e atuantes do processo educacional no interior das salas de aula e sua presença seja considerada. A escola colaborativa. respeitar sua condição própria de aprendizagem. é determinante para o desenvolvimento de alunos com deficiência intelectual. sem se esquecer dos componentes curriculares mas ao mesmo tempo.deve tomar para si a responsabilidade acerca de seu processo de conhecimento e de inserção cultural. capazes de apreensão dos bens simbólicos e de desenvolvimento de suas capacidades. justificada pela condição do aluno com deficiência intelectual. as abordagens em Educação Especial acontece de maneira fragmentada. Se em determinado momento o aluno precisa aprender a utilizar o banheiro adequadamente será ensinado. È um repensar sobre o papel da Escola Especial e seus objetivos educacionais. A atuação pedagógica com alunos DI é responsável pelo processo de aprendizagem no que diz respeito a possibilitar a desses alunos a construção de seu conhecimento como sujeitos históricos. Parece difícil inserir alunos com uma deficiencia intelectual grave em áreas do conhecimento. mais do que ser apenas uma pessoa do mundo”. encontrar saídas para estar no mundo. pois considera suas possibilidades de aprendizagem e não esquece que a escola é sim um espaço acadêmico e de aprendizagem. mas se o professor dispõem de materiais adequados para o ensino de tais conhecimentos sua prática se torna real e justifica assim a presença de alunos e professores em escolas especiais. p. colocando-o numa na maioria das vezes em posição inferior e assim dificultando dificultando sua participação no processo educacional e construção do conhecimenmto. Como diz Padilha (2001. sem compara-lo ao outro. 135) “vencer as barreiras de sua deficiência – expandir possibilidades. . nesse sentido o professor atua como mediador. Historicamente. Uma escola dinâmica. Favorecer ao aluno com deficiência intelectual o acesso ao conhecimento. diminuir limites. Cabe a escola encontrar formas de valorizar e considerar a “maneira” de ser e aprender de crianças e adolescentes com deficiência intelectual. 24 cartões com desenhos) R$ 15. L 18 figuras e 18 sílabas em cada conjunto) R$ 18. (18 fichas com os desenhos e frases) R$ 18.00 Livrinho de sílabas (sílabas com a vogal A encadernadas.00 Bingo de Palavras ( 10 cartelas com palavras.00 Bolsinho das Sílabas (21 fichas de sílabas com desenhos e bolsinho) R$ 20. para colocação das figuras e R$ 45.00 Bingo de Figuras ( 10 cartelas com figuras.00 Forme a Sílaba ( 1 tabuleiro com as letras do alfabeto. R$ 50. alfabeto móvel) R$ 20. 18 cartões com as sílabas) R$ 15.00 Caderno de caligrafia I ( Em uma página letras do alfabeto pontilhadas e página seguinte escrita sem pontilhado) R$ 10. 18 cartões com figuras)) R$ 15. I (apostila de 129 páginas com atividades a serem preenchidas pelo aluno.00 colorida) Painel das sílabas (Confeccionado com tecido e plástico grosso montando 18 bolsos.00 cada Tabuleiros de figuras (5 tabuleiros com figuras e 89 sílabas) R$ 50.00 Dominó de Sílabas R$ 8. impressão R$ 50. LISTA DE MATERIAL E PREÇOS Para pedidos e orçamento do material favor entrar em contato com o email: pedidosabacada@gmail. Figuras do painel. 1 Apostila de alfabetização vol.00 sílabas).00 Bingo de Sílabas ( 10 cartelas com sílabas.00 Fichas de leitura de frases. 18 figuras.com (41) 99530 -5480 ALFABETIZAÇÃO VOL. trabalhadas na apostila vol. R$ 40.00 Tabuleiros de sílabas (5 tabuleiros com as sílabas e 89 cartões com figuras).00 Tabuleiro de palavras (4 tabuleiros com palavras e 57 cartões com figuras). 16 cartões com figuras) R$ 20.00 . (jogo de figuras e sílabas. 00 Livros: A GATA A MACACA.00 produção escrita. R$ 10. cada tabuleiro com uma dificuldade ch.00 Baralho Falta letra R$ 16.00 Corrida das sílabas R$ 15.00 Baralhinho das Sílabas ( 36 cartas com as sílabas e figuras) R$ 16.00 ALFABETIZAÇÃO VOL.00 Textos (10 textos para alunos já alfabetizados) R$ 20.00 Apostila Ler.00 Fichas para escrita de sílabas (18 fichas) R$ 18.00 Tabuleiro de figuras (para escrita de sílabas com caneta de quadro branco.00 Jogo “Cuidado com Jacaré” (acompanha alfabeto móvel e figuras) R$ 30. 2 Apostila de alfabetização vol. ç.00 Baralho de Palavras (42 cartaz com palavras e figuras.00 Dominó de Palavras R$ 8. nh.00 Baralho de Palavras R$ 16..00 Painel dos números (costurado) R$ 30.00 Complete a frase. com a vogal A) R$ 18.00 Caça palavras R$ 5.00 Dicionário ( o aluno desenha e escreve) R$ 15. Dominó de Palavras R$ 8. OBJETO DOS ANIMAISDE QUEM É? R$ 15. R$ 20. interpretação e R$ 43. 2 (124 páginas) R$ 48. Escrever.00 Textos (10 textos simples) R$ 20. R$ 15. palavra e sílaba) R$ 15. 18 figuras) R$ 5.00 . 99 páginas) Tabuleiro de figuras (sílabas complexas.00 MATEMÁTICA Apostila de Matemática I (102 páginas) R$ 42. (apostila com textos para leitura.00 Você sabe? R$ 15.00 Varal de Leitura (18 fichas com imagens. cr.00 Junte as sílabas R$ 20.00 Tabuleiro de palavras (12 palavras no tabuleiro e 12 fichas com figuras) (cada tabuleiro) Bingo de palavras (sílabas complexas 10 cartelas) R$ 16.00 el br.00 Letras do alfabeto (plastificadas para escrita com caneta de quadro branco). 12 figuras no tabuleiro e 12 fichas palavras) (cada tabuleiro) R$ 10. Compreender. etc. al. 00 MATEMÁTICA CONCEITOS BÁSICOS Grande / pequeno R$ 15.Fichas de Situação Problemas R$ 20.00 .00 Tabuleiro de posição R$ 15.00 Sudoku R$ 15.00 Bingo de Números (10 cartelas até 20) R$ 16.00 Cartões para Adição e Subtração quantidade até 5 (escrita com caneta de quadro branco) R$ 1.00 Livro dos números (com velcro) R$ 40.00 cada Jogo de contagem R$ 16.00 Largo/Estreito R$ 15.00 Tabuleiro de tabuada R$ 30.00 Matriz lógica (figuras geométricas) R$ 15.00 Baralho de números R$ 16.00 Alto/Baixo R$ 15.00 Dominó de quantidade ( até 5) R$ 16.00 Dominó de Figuras Geométricas R$ 10.00 Tamanhos Iguais R$ 15.00 Números (10 fichas para atividades com escrita) R$ 20.00 Jogo Falta 1 R$ 20. 00 Conservação de Quantidade R$ 15.00 Pesado/Leve R$ 15.00 HABILIDADES PRÉ NUMÉRICAS Classificação R$ 15.00 Comprido/Curto R$ 15. Infantil R$ 42.00 Figuras Sílabas “A” R$ 20.00 Vazio/Cheio R$ 15.00 Seriação R$ 15.00 Contagem R$ 15.00 Inclusão Hierárquica R$ 15.00 Correspondência Biunívoca R$ 15.00 Sequencia R$ 15.00 Muito/Pouco R$ 15.00 Em cima/Embaixo R$ 15. Grosso/Fino R$ 15./Fora R$ 15. EDUCAÇAO INFANTIL Apostila Ed.00 Todos os tabuleiros acompanham material manipulável.00 .00 Dentro. 00 .00 Quebra Cabeça R$ 3.00 Placa de Alinhavo R$ 6.00 Figuras Sílabas e Palavras (jogo com 54 fichas.00 AUTISMO (TEA) Apostila Recorte e colagem ( 85 páginas apostila.00 Livro de atividades (com velcro e plastificado) R$ 70. Livrinho das Figuras R$ 20. vogal A) R$ 30.00 (cada) Livro de atividade (com velcro) R$ 60. com imã. 24 páginas recorte) R$ 45. a certeza de se conseguir o que se quer. a partir do mais fácil. Depois de repetir inúmeras vezes. pode acreditar a repetição acaba conquistando seu lugar com a memória. ao longo das observações e experimentos. No aspecto emocional. Ribeiro do Valle . onde os pequenos sucessos diários são estímulos para os sucessos futuros. ou não trará segurança nenhuma e ainda será associada ao desanimo e desinteresse. que. como nas experiências de vida. que para ser sistematizado precisa ser repetido com acerto. mas ela tem os seus méritos. a memória não tem como lhe negar permanência. Não basta procurar a repetição um dia! É preciso voltar a ela em momentos e dias consecutivos. que é obtida pela prática” (Karni.Um jeito diferente de viver. Portanto a repetição só funciona se ocorrer passo a passo. A Repetição A REPETIÇÃO É chata.Membro da sociedade Brasileira de Neuropsicologia. REPETIÇÃO E PLASTICIDADE NEURAL. cansativa. é preferível visita la rapidamente. tem demonstrado possibilidades bastante superiores ao imaginado anteriormente. devagar. iniciativa. comprovando. portanto. em pequenas doses. o que às vezes se esquece é que a resposta alcançada precisa ser frequentemente positiva. 1997). Como no exercício de matemática. Luiza Elena L. a repetição permite a segurança porque elimina a ansiedade natural diante de situações novas. A plasticidade neural trata da capacidade de aumentar ou regenerar o potencial neural. . Cérebro e aprendizagem . Também não adianta ficar com a repetição por muito tempo porque ele é extremamente cansativa. de preferência em companhia da atenção. vence pela insistência. Recentes estudos mostram que a melhora do desempenho obtida pelo treino e repetição provocam mudanças no substrato neural: “ O ganho na performance reflete e é auxiliado por uma mudança no processamento neural. Aliás a insistência garante a participação na memória. O aprendizado é uma mudança de comportamento que acontece com a aquisição de conhecimentos e seu registro na memória. inúmeras vezes. Falta-lhe criatividade. os recursos e o processo que faz uso em determinada atividade. recursos. características individuais. sua funcionalidade.2004. AVALIAÇÃO DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL A avaliação não pode restringir-se às suas condições de desenvolvimento bio-psico-social. necessários para garantir sua aprendizagem e. com base no currículo adotado. . interesses. tendo como referencia à proposta curricular do ano ou ciclo onde está matriculado (OLIVEIRA e POKER. no caso dos estudantess com deficiência intelectual. possibilidades e respostas pedagógicas alcançadas. 1999). muitas vezes. currículos ou pessoal. inclusive o nível de competência curricular desse aluno. Dessa forma. SEBASTIAN. OLIVEIRA e LEITE. De acordo com Ferreira (1993). 2000. Avaliar as condições de desenvolvimento dos alunos com deficiência intelectual demonstrando a importância e a possibilidade de um processo avaliativo que forneça elementos para um planejamento pedagógico diretivo que responda ás necessidades e possibilidades de aprendizagem do estudante. Dessa forma a avaliação possibilita identificar e responder as necessidades educacionais dos estudantes no processo educacional na busca de soluções alternativas que favoreçam a aprendizagem. a avaliação acaba por reduzir-se à busca de um diagnóstico que justifique o fracasso desse aluno. a forma como ele enfrenta determinadas situações de aprendizagem. consequentemente. A avaliação na ótica da Educação Especial deve ser realizada de forma processual. os aspectos a serem analisados numa avaliação educacional. Os instrumentos de avaliação devem informar o desenvolvimento atual do aluno. técnicas. mas também deve estabelecer o seu potencial de aprendizagem. observando o desenvolvimento biopsicossocial do aluno. nem sempre ficam claros os “ajustes” a serem feitos em termos de materiais. especialista. 4. A partir disso será possível projetar um caminho e ver se será um pouco mais longo ou não”. Se consegue suportar o ambiente de uma sala de aula. Por isso. ”As tarefas com o autista precisam ser estruturadas e adaptadas às características específicas”. deve-se levantar os seguintes pontos com seriedade: será que esse estudante possui habilidades para se concentrar? Conseguirá permanecer sentado por algum tempo? . as sensações. A importância de se avaliar essas questões é que todas elas. São avaliadas as particularidades relacionadas com a habilidade da teoria da mente. 2. 1. Entendimento do funcionamento do pensamento do autista. são seis passos no processo de alfabetização de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA). psicomotores e sociais. afetivos. Avaliação psicopedagógica. “Ou ainda uma gravidade maior. já que a interpretação requer a compreensão do significado e a inferência . A criança com autismo pode apresentar transtornos adicionais. Seis passos do processo de alfabetização de um aluno com Transtorno do Espectro Autista (TEA).É preciso também estar atento no aperfeiçoamento da capacidade de análise e síntese. 3. Suas alterações no que diz respeito a percepção de mundo. vão interferir na aprendizagem e mais especificamente na alfabetização. os medos e seu desempenho linguístico. Verificar as possibilidades e habilidades pré-acadêmicas. Segundo a Dra. pois elas são importantes no processo de alfabetização”. de alguma forma. Conhecimento do nível de gravidade da criança em questão. que também é doutora em psicologia clínica. Essa análise permitirá considerar os aspectos cognitivos. Dayse Serra. aliterações ou repetições de sons de consoantes semelhantes. nem todos são adequados para uma criança ou jovem com TEA. 6. É fundamental que o educador pesquise bem para entender o funcionamento do cérebro do autista. assim. com o acompanhamento do alfabetizador. Essa fase tem outras divisões. Aquisição da leitura pela abordagem dos sons. Conhecimento dos elementos contidos em nossa língua. poder trilhar um caminho melhor para o aprendizado”. “Uma boa sugestão é trabalhar com a música. pois apresenta cada fonema e com uma ordem previamente definida e cientificamente comprovada.5. “Ainda assim há um percentual altíssimo de fracassos nessa área. Rimas. pois facilita o aprendizado”. Apenas dessa forma será possível fazer as escolhas apropriadas para cada aluno e. E apesar da diversidade dos métodos. fonemas. . tornando-os participativos e atuantes. o ato de ler e de escrever em sua trajetória escolar. de passo em passo. ordenada e progressiva. Ressalta-se ainda. isto é. o que contribui para uma eficaz atuação do professor e do aluno. A Proposta de Alfabetização “Desafios do Aprender. O processo acontece de forma sistemática. que o desenvolvimento da proposta está atrelado aos benefícios de se trabalhar com o desafio de forma lúdica. O uso da apostila também visa garantir a todos os alunos oportunidades para. Acredita-se que esta forma de trabalhar colabora para o desenvolvimento cognitivo. . respeitando conforme o ritmo de cada aluno. levando o aluno a interagir e assimilar a fala. se evidencia o som da sílaba e não o som da letra. alunos esses que com a inclusão frequentam a escola comum e muitas vezes não obtém exito na aprendizagem da leitura es escrita. na utilização de vários jogos de sílabas e palavras.” apresenta os recursos didáticos utilizados para a compreensão da linguagem oral e à aquisição do código escrito. para alunos com Dificuldades de Aprendizagem. Evidencia o desenvolvimento e aplicação da consciência fonológica em seu nível silábico pressupondo que essa prática enriquecerá e aprimorará a utilização da sílaba na palavra como recurso de estudo. ludicamente. APRESENTAÇÃO Esta é uma proposta voltada para alunos do Primeiro Ano do Ensino Fundamental. para Educação de Jovens e Adultos e alunos com Deficiência Intelectual. ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR. Nesse sentido. Um fator importante a destacar é que. esta forma de trabalhar apóia-se no método fônico silábico. coloca-se a importância de seguir corretamente os passos da proposta e ter em mãos os materiais que fazem parte da mesma. a construção da auto estima e da individualidade. mudando a rotina escolar. Os recursos didáticos são apresentados com orientação de uso para que sejam introduzidos no cotidiano escolar e gere reflexões sobre a apropriação do código escrito e do modo como os alunos aprendem. o controle das emoções. atuarem como sujeitos da linguagem. Por fim neste manual. os alunos estejam habilitados para ampliar e aprofundar cada vez mais aquilo que já aprenderam e passem a desenvolver com mais desenvoltura o processo de letramento. forma-se o A-BA-CA-DA-FA. é possível esperar que ao se apropriarem da fase inicial da alfabetização. e forma a palavra BALA. Utiliza-se também do aspecto sonoro da palavra para o trabalho com a linguagem oral. devido as suas dificuldades de comunicação e expressão.. Em seguida iniciar . três ou mais sílabas com atividades de leitura e escrita. de Aliteração. que é imprescindível à construção da leitura e da escrita. elaborado e pensado com o objetivo de ajudá-lo. ao alcance do seu aluno. a relação entre a fala e a escrita. I. passa-se para a sequência das consoantes + vogal O. É na repetição das sílabas conhecidas que o aluno constrói a palavra e a escuta para entendê-la. PROPOSTA: DESAFIOS DO APRENDER O aluno com déficit intelectual. BA de banana. associada ao objeto ou a figura apresentada. Depois de esgotado o trabalho com as consoantes + vogal A. Aqui entra a importância do trabalho de Consciência Fonológica.. que estabeleça a relação do significante com o significado. usando apenas a letra de caixa alta. feito com as sílabas iniciais das palavras e que nesta proposta é simplificado com o trabalho das consoantes + as vogais. Nessa construção atenta-se para o aspecto sonoro das sílabas que formam a palavra onde o aluno vai perceber. a cada passo.U. Por ex: Pega o BA da figura banana e o LA da figura do lápis. você vai encontrar orientações didáticas para o desenvolvimento de uma alfabetização inicial simples e prática. No primeiro momento. Inicia-se a alfabetização com as sílabas formada de consoantes + vogal A. Assim. após a apresentação das sílabas. Na continuidade. Nesse momento deve-se fazer um longo trabalho de fixação de palavras com duas. Ex: A de avião. repetindo várias vezes as duas sílabas até entender que está falando BALA. E. necessita de estratégias que o ajudem na simbolização. CA de cachorro e assim sucessivamente.. são apresentadas as junções silábicas formando as palavras. com a construção de frases. As frases devem sempre ser colocadas junto com a gravura para melhor entendimento do aluno especial. e por fim com a vogal E. Pode-se ficar um longo período trabalhando apenas com as sílabas simples. muitas vezes alternando sempre com o processo de escrita em caixa alta. Sequência esta. Assim. apresentada por alguns alunos. seguidas pelo I. que se encontra no livro didático do aluno. os cartazes silábicos e os objetos da sacola animada. Lembrar que no início da alfabetização. (A figura de uma pata nadando. parte-se para a construção do texto. o caderno de português. Fazer esta montagem com a ajuda dos alunos para que compreendam a sintaxe. Ex: A pata nada. depois com U. não exigir que nesse momento ele já tenha o entendimento necessário para decifrar ou montar o texto sozinho. Sempre lembrando de que é necessário mediar o trabalho com intensa participação e motivação com ajuda de um variado material. não usando palavras soltas. O importante é que o professor sinta que seu aluno está interagindo e assimilando o processo de aprendizagem e que verifique também quanto cada . Na continuidade ler o texto. os jogos devem estar sempre presentes no cotidiano escolar. e espaçamento. ainda com A. para que perceba e avance na forma como nos comunicamos. segue-se com a apresentação das sílabas com O. de forma gradual e com um passo de cada vez. É preciso ter muita calma e paciência pedagógica. o aluno não tem condições ainda para entender todo processo. como também as atividades do livro didático. mas por meio de frases que explicam o que estamos querendo comunicar. verifica-se que o trabalho com a Proposta “Desafios do Aprender” permite ao aluno o ingresso no mundo da leitura e da escrita. junto com o aluno. Ao término das atividades com as sílabas com A. Quando o aluno já apresenta algum progresso.) Procurar construir frases com as sílabas que eles já dominam. desenvolvendo vários jogos e muitos exercícios de fixação. Entre o momento do conhecimento das sílabas até o texto com as sílabas com A. O aluno está apenas se familiarizando com o mecanismo. mostrando sequência. Apesar da impossibilidade de falar corretamente ou de se expressar com destreza. Terceiro. determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema. A proposta evidencia três pontos importantes: Primeiro. sob a orientação de um adulto. sem perder de vista o compromisso do letramento. com entusiasmo e alegria. iniciando com dificuldades menores até as mais complicadas de compreensão. quase sem se dar conta.Que os professores trabalham motivados. sintetizando a definição dessa proposta: É um instrumento em prol da alfabetização de todo e qualquer aluno. palavras com A. que devem ser apresentadas de forma sistematizada e progressiva. Lembrando assim. Segundo.Que os alunos se apropriam rapidamente do processo. É preciso reconhecer que quando se trata de aluno especial. frases com A. sua inclusão e promoção social. basta a aquisição dos mecanismos básicos do código escrito para o domínio inicial da alfabetização. esse aprendizado acontece na apostila de alfabetização vol. . 2. amanhã ele poderá realizar sozinho. faz-se necessário acrescentar as sílabas complexas que fazem parte de nossa língua. o que nos ensina Vigotsyky sobre a zona de desenvolvimento proximal. determinado através da resolução de um problema.” Portanto. Destacam-se aqui alguns pontos importantes referentes ao desenvolvimento da proposta:  Seguir fielmente os passos indicados na proposta para que a apropriação da leitura e da escrita aconteça de forma simples e objetiva: sílabas com A. Assim. “que esta não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento. e o nível de desenvolvimento potencial. para efetivação da Proposta. textos com A. aluno evolui e desenvolve em cada passo dado. O aluno põe em prática o que sabe para aprender o que não sabe e firma sua iniciativa e autoconfiança.o que hoje seu aluno faz com ajuda e assistência.Que a proposta oferece um caminho extremamente simples. mas eficaz. Em suma. Jogos para o trabalho com as palavras: baralhos. simples e objetiva de fácil entendimento. O material de apoio é muito importante para o manuseio do aluno. bingo de figuras. dando vida e significado as coisas.  As atividades que o material propõe são desafiadoras.  A seleção e a organização das atividades propostas seguem os princípios da alfabetização silábica. Em suma. bingos. Jogos para o trabalho com as sílabas: bingo de sílabas. enfatiza a sílaba e não o nome da letra. painel das sílabas. Fazem parte da proposta uma variedade de jogos. observando o desenvolvimento biopsicossocial do aluno. É o recurso mais bem aplicado para aguçar as funções cerebrais e fazer com que o aluno sinta-se desafiado e reflita sobre o sistema escrito.  Todo material tem como base a proposta de alfabetização silábica diferenciada. enfim uma variedade de jogos e atividades para trabalhar com todas as etapas da proposta de alfabetização. bolsinho das palavras. enriquece a experiência que ele certamente já possui. OS JOGOS DE ALFABETIZAÇÃO Os jogos resgatam o caráter lúdico do movimento humano de apropriação e construção do conhecimento. forme a palavra. desenvolve e educa de forma prazerosa. porém. e outros. forme a sílaba. E além de também servir para a atuação do professor. . possibilidades e respostas pedagógicas alcançadas. pelos alunos e seu professor. isto é. O jogo usado no processo de alfabetização “Desafios do Aprender” pretende contemplar as atividades fonológicas. portanto deve ser manuseado. interesses. a definição dessa proposta: É um instrumento em prol da alfabetização de todo e qualquer aluno. É um instrumento eficiente que ensina. diariamente. sua funcionalidade. características individuais.  A avaliação deve ser realizada de forma processual. caça palavras. Colocar os objetos espalhados pela sala de aula. cachorro.. etc. cachorro de pelúcia. A introdução das atividades com os objetos da sacola e do alfabeto silábico possibilitam o aluno a percepção do som inicial da palavra e a identificação da sílaba. É importante mostrar todos os objetos.BA.. MATERIAIS DA PROPOSTA DESAFIOS DO APRENDER 1. xadrez.DA. dado. zabumba (tambor) e fichas com as sílabas em tamanho grande A-BA-CA-DA-FA-GA-JÁ-LA-MA-NA-PA- QUA-RA-SA-TA-VA-XA-ZA. Ex: avião de brinquedo. textura e categoria. utensílios ou outros. a banana dentro de uma caixa.. Espalhar os objetos no chão e pedir que guardem o que começa assim BA. Separar os objetos por cor. lápis. patinho de borracha. SUGESTÕES DE ATIVIDADES COM A SACOLA ANIMADA E AS SÍLABAS 1. A SACOLA ANIMADA E AS SÍLABAS A Sacola Animada contém dezoito objetos que iniciam com sílabas simples a serem trabalhadas: avião. tamanho.. e outros. vaca. A apresentação dos objetos da sacola e das sílabas com A foram escolhidos para iniciar o trabalho de consciência fonológica por aliteração e devem ser apresentados envoltos de suspense e entusiasmo. faca. rato. sempre envolvendo todos os alunos. gato.. depois o que começa assim LA. 2. Colocar as sílabas A... o dado fora da caixa. e enfatizar as sílabas iniciais. Os objetos são de forma.. Pedir os objetos reforçando a sílaba e as situações. banana de plástico..no rio e. Contar uma história usando os objetos da sacola.. usando de vários jogos e brincadeiras para enfatizar as sílabas iniciais. tatu..( deixar que os alunos completem) que gostava de comer BA. seguindo alguns critérios. pato quati. por ex: O rato embaixo da mesa. jacaré. . Ex: Era uma vez um MA. 3. 4. tamanho.. sapo.e um dia quando estava comendo viu um JA. 5. nos objetos espalhados na mesa ou no chão. o cachorro em cima da cadeira. navio.CA... São: brinquedos. macaco. banana.. cor e textura diferentes. e assim sucessivamente.. 1 14.Separar objetos que iniciam com a mesma sílaba do objeto da sacola. 1 11. 1 10. Pedir ao aluno que tem o objeto com aquela sílaba que jogue o objeto dentro da sacola como no jogo de basquete (cesta). colocando-as na carteira de quem acertou. Distribuir os objetos entre os alunos. em seguida escrever uma sílaba no quadro de giz. 7. Montar situações com os objetos da sacola.6. O último e assim por diante. formando a palavra LAVA. ex: LÁPIS e VACA e as sílabas LA e VA. Contar uma história (ex: dos Três Porquinhos)e comparar alguns sons conhecidos da sacola. Reparta os objetos entre os alunos e mostre as sílabas para reconhecimento. Painel das Sílabas De pano com 18 bolsos de plástico grosso. 8. 1 12. 9. Colocar as sílabas com A no chão e junto com os alunos depositar os objetos sobre as sílabas iniciais. Auxilie para que todos consigam. 2. . Colocar um objeto atrás do outro e perguntar: Quem é o primeiro. Mostrar dois objetos e suas respectivas sílabas. por ex: Colocar o rato no tapete e perguntar qual situação o aluno enxerga ali. Retirar algumas sílabas do cartaz e pedir que escrevam as que foram retiradas. Apresenta-se a letra A. 3.Ditar para o aluno. O importante é respeitar o tempo de aprendizagem de cada aluno e sempre elogiar o esforço ou o desenvolvimento por menor que este seja. Repetir várias vezes até que todos se apropriem dela. SUGESTÕES DE ATIVIDADES COM O PAINEL DAS SÍLABAS 1-Retirar somente as sílabas da primeira fila e pedir para que coloquem no lugar. Pode-se falar o A do avião e aos poucos ir desvinculando da figura para o reconhecimento da sílaba. 7. as sílabas do painel.Ler diariamente junto as sílabas com os alunos e pedir que cada aluno leia individualmente. Repetir com as sílabas da segunda fila e assim sucessivamente. escrever as sílabas ditadas e desenhar o que começa com aquela sílaba. 8-Distribuir as sílabas do painel entre os alunos e ditar as palavras que estão representadas nas figuras. Incentivar a tentativa de escrita. Mostrar que ele aprende e que o erro faz parte do processo. 5. O ritmo da aprendizagem é dado pelos alunos. 10-Distribuir as sílabas do cartaz e chamar o aluno que está com a sílaba correspondente a figura falada pelo professor para ser colocada no cartaz. O painel deve ficar em um lugar destacado na sala de aula. . Mesmo que apresente somente uma sílaba de cada vez para ser trabalhada. mesmo que seja feita de rabiscos linhas tortas. 4-O professor mexe nas sílabas colocando as sílabas erradamente nas figuras e pede a ajuda dos alunos para arrumá-las no lugar certo. 2-Tirar todas as sílabas do painel e pedir que alguns alunos as coloquem no lugar.Usar as sílabas do painel para construir palavras com duas sílabas e com três sílabas. Primeiro na sequência e depois alternando as sílabas. de forma que esteja ao alcance de todos para o manuseio. e se trabalha a escrita em caixa alta. 6. O aluno levanta a sílaba inicial da palavra. deve-se mostrar todo o painel com o A e ler sempre para os alunos todas as sílabas iniciais das figuras. de forma lúdica. associando a figura do cartaz a seu som. 9-Dobrar a folha A4 em oito partes. para que ele escreva no seu caderno. Dependendo da maneira que for utilizado pode comprometer a aprendizagem do aluno. promovendo a elevação do autoconceito e da capacidade de aprender. as quais devem ser as mesmas feitas na sala de aula para que o aluno possa realizar com segurança e autonomia. Leitura e escrita de sílabas com a vogal A. o professor terá condições de auxiliar o aluno em suas reais possibilidades de aprendizagem tanto na leitura quanto na escrita. Trata-se de reforçar o que se está trabalhando na apostila.  No inicio do processo se referir a sílaba à figura da apostila. praticar a escrita e incentivar o amadurecimento pedagógico. Acompanha os passos do processo de alfabetização silábica e atende as necessidades de apoio que o método requer. BA banana. bem objetivas. É importante lembrar que aprendemos fazendo e quando fazemos estamos aprendendo. É uma fonte de ajuda. ETAPAS DA PROPOSTA DE ALFABETIZAÇÃO 1.. então se apresento várias figuras como referência á sílaba o estudante fará a imagem de várias figuras. primeiro fazemos a imagem da figura..  O importante é a sílaba e não a palavra. CADERNO DE ATIVIDADES É conveniente que cada aluno tenha seu caderno com as atividades sugeridas pela proposta. que as letras . com atividades claras. explico que palavras são formadas por letras. mas não é substituto do professor. Com o apoio das atividades da apostila. depois da sílaba ou para nos lembrarmos da sílaba primeiro lembramos da imagem. Quando trazemos da memória a sílaba. Ca cachorro . isento de poluição visual. A avião. Que para escrever as sílabas usamos letras. A APOSTILA DE ATIVIDADES Determina os conteúdos da Proposta de Alfabetização que serão trabalhados e condiciona as estratégias de ensino das sílabas para eficácia da aprendizagem. O caderno também poderá servir para as tarefas de casa. Trata-se de um recurso bem elaborado. mostro a palavra. pois a imagem reforça o que está sendo escrito e lido. imagem. 2.  Podemos utilizar: painel das sílabas. desse aprendizado depende os proximos passos. o estudante DI precisa de repetição... baralho de palavras.. corrida das sílabas.  Se o estudante domina esse conhecimento a compreensão da formação da palavra juntando às sílabas se torna mais fácil.  Com o painel das sílabas exposto na sala fica fácil montar as palavras pois o BA da banana vai se juntar ao LA do lápis e forma então BALA. 3.  Somente quando domina o conhecimento das sílabas. daí a importância do material de apoio para essa aprendizagem.. som da sílaba relacionado á escrita é que começamos o trabalho com palavras. baralho de sílabas. o estudante precisar praticar muito a leitura e escrita de frases. dominó de palavras . precisam ser colocadas no lugar certo para formar palavras e sílabas. Leitura e escrita de palavras com a vogal A.  Ao se referir a letra é aconselhável que se reproduza o som e não o nome da letra.. a relação das silabas e figuras.  Podemos utilizar: bingo de palavras.  Usar sempre o apoio visual.  O trabalho com as sílabas precisa ser consolidado. Para formar BA primeiro B depois A. livrinho das palavras. . no inicio isso é importante.  Nesta etapa trabalhamos bastante com a dimensão sintática. bolsinho das palavras.  Trabalhar sempre com a imagem da palavra. forme a palavra.  Muita leitura. tabuleiro de sílabas.. jogos. com a sintaxe. alfabeto móvel. ditado. bingo de figuras. bingo de sílabas. dominó de sílabas. Frases com palavras com a vogal A. pois assim conseguirá instalar esse conhecimento na memória de longo prazo. varal das sílabas. contextualizar. A PACA NA SALA. para o entendimento e interpretação de textos se faz necessário ler com fluência. PACA.  · Se torna difícil um texto contextualizado somente com consoantes e vogal A. VÁ PARA A MATA. Textos com a vogal A. .  Nesta etapa trabalhamos com palavras soltas para a formação da frase utilizando cartões com palavras.  Em pesquisas constata-se que. A PACA NA CAMA. então só passamos para a leitura de texto quando o aluno lê com fluência as frases. cabe ao professor dar significado ao texto.  Quando o estudante lê e interpreta frases passamos a última etapa com o trabalho da vogal A. A GATA NA MALA.  Escrita de frases a vista de gravuras. A PACA A PACA NA MALA. A PACA NA LATA. alfabeto móvel. 4. A exclusão social é operacionalizada também pela escola e dentro dela. Dificuldade de Aprendizagem na Escola Dificuldade de aprendizagem na escola Por que há. tantos alunos com dificuldades de aprendizagem? E por que há uma tendência em encaminhar essas crianças para os consultórios médicos? Não seria o caso de “tratar” dessas questões por meio de intervenções pedagógicas individualizadas? Esta pergunta parece ter tantas respostas que hoje não se sabe se o problema é mesmo de aprendizagem da criança ou de “ensinagem” do professor e da professora. raciocínio matemático. seguindo a mesma sequência da vogal A. ja iniciando a junção de sílabs com a vogal A e O. hoje. Tio Juca então falou: "Paca vá para a mata". certamente os conteúdos escolares não o transformarão como poderiam. aquela que atinge o desenvolvimento geral do aluno. meu tio espantou a paca e ela saiu para o quintal e entrou em uma lata. quando o assunto é leitura e escrita – a base sobre a qual todas as disciplinas são edificadas. Isso ocorre quando a escola não consegue . Geralmente. É justamente aí que a exclusão começa a se manifestar. Ao apresentar este texto para os alunos conto a história: Fui passear na casa do meu tio Juca em um sitio.  Próxima etapa é o trablho com a vogal O. há outras dificuldades que podem aparecer no aluno em idade escolar: memorização. gritei e a paca pulou para a cama. deixei minha mala no quarto. sobretudo. quando voltei sabem quem estava na mala? Uma paca. os alunos apresentam dificuldades de aprendizagem. a paca sumiu na mata. chamei meu tio e a paca foi para a sala. Se um aluno não sabe tirar de um texto tudo aquilo que ele pode oferecer. compreensão e até mesmo dificuldade global. Mas. também lidam diariamente com textos e. nesse caso. sonhar com o dia em que educadores voltem a estudar para reaprender a ensinar. aos déficits. Já as dificuldades de aprendizagem associadas às causas pedagógicas (não orgânicas) são demarcadas pelo uso equivocado de procedimentos pedagógicos em grupos de alunos incapazes ou com limitações para acompanhá-los. de filosofia. psicólogos e psicopedagogos podem. Assim. Professores de história. mas ao invés disto. sabe-se que muitos esperam que este trabalho seja apenas do professor de língua portuguesa e ai está um problema grave da escola. da limitação apresentada pelo aluno. existem dois tipos de dificuldades de aprendizagem: as associadas às causas orgânicas ou às causas pedagógicas. A dificuldade em lidar com o texto na sala de aula não é um problema específico do professor de língua portuguesa. portanto. Tender a olhar na direção dos professores de língua portuguesa quando se busca um responsável pela superação dessa dificuldade dos alunos é um pecado dos mais graves da educação. escrever e pensar. ao estresse ou a outros quadros patológicos que podem interferir na atividade e no processamento de informações que envolvem o processo de ler. Isso precisa mudar.lidar com as dificuldades dos alunos nos quesitos ler. Toda a escola é responsável pela aquisição da habilidade de leitura e escrita. quando possível. Resta-nos apenas. Todo professor deveriam dominar técnicas de leitura e escrita para poder ensiná-las aos alunos. mas o que vemos na realidade é que há muitos educadores deficientes neste quesito. Os erros de condução pedagógica são os mais encontrados nas escolas e este está diretamente relacionado à falta de competência do professor. cada um na sua área. . Para lidar com essas situações é preciso contar com uma equipe multidisciplinar. trazer uma contribuição importante para a superação. deveriam trabalhar também técnicas de produzi-lo. para citar alguns exemplos. médicos. As que são associadas a causas orgânicas estão vinculadas aos transtornos. de geografia. Basicamente. em que cada profissional terá um papel específico e confluente. escrever e pensar e essa dificuldade básica vai repercutir nas outras disciplinas levando o aluno a não entender matemática. às deficiências. fonoaudiólogos. história e demais áreas pois todas elas dependem da leitura. Quanto mais as estratégias forem diversificadas e adequadas às diferenças de ritmo e estilo de aprendizagem. Assim não se justificam práticas no nivelamento cognitivo ou nas limitações decorrentes da deficiência intelectual. menores serão as barreiras no processo de aquisição do conhecimento. Materiais da Proposta Claudia Mara da Silva O estudante com diagnóstico de deficiência intelectual apresenta significativas oscilações e ritmos diferenciados no processo de construção do conhecimento. constituindo-se num meio para incentivar. Y esses fonemas são trabalhados na apostila volume 2. O contato com o material faz com que o desafio da aprendizagem seja colocado em prática. K. A formação de conceitos depende do contato do estudante DI com o objeto de aprendizagem. tudo é muito funcional. Não trabalho o H. para subsidiar as ações pedagógicas. sílabas. no primeiro momento são trabalhadas as sílabas formadas com a vogal A: BA CA DA FA GA JA LA MA NA PA QUA RA SA TA VA XA ZA. sua habilidade cognitiva e a possibilidade da diversidade de experiência. . U. textos. Na apostila de alfabetização volume 1 são trabalhadas as sílabas com todas as vogais. primeiro A. E. palavras. sua experiência e interesse. alunos esses que necessitam de um material diferenciado. possibilitar e efetivar o processo ensino-aprendizagem. As apostilas e jogos no material Desafios do Aprender tem seu principal objetivo contribuir para a aprendizagem de alunos com dificuldade. depois vogal O. O bom aproveitamento dos materiais didáticos estará sempre condicionado a habilidade do estudante. W. As potencialidades que esses alunos apresentam necessitam ser valorizadas e as estratégias de ensino precisam estar articuladas ao interesse do aluno e ao conhecimento já adquirido. porém é preciso considerar sobre a prática e as oportunidades de interação com o objetivo de ampliar o conhecimento. já que alguns recursos podem suprir lacunas na aquisição de conceitos e habilidades que se tornam imprescindíveis para aprendizagem desse grupo de estudantes. buscando provocar a analise de ideias. frases. O manuseio de diversos materiais possibilita ao estudante realizar sua aprendizagem mais eficientemente. pois na Educação Especial os materiais didáticos precisam ser elaborados levando em consideração a necessidade do estudante. I. conceitos e reflexão. O objetivo do material pedagógico manipulável é estimular o desenvolvimento de habilidades cognitivas por meio de experiências ricas e criativas. . Confeccionar o material é uma das coisas que mais gosto na vida. minha aluna queria muito um caderno de caligrafia. considerando sempre sua habilidade cognitiva. procuro fazer tudo com muito carinho e capricho. afinal conhecimento e afeto se você tem e não reparte com as pessoas de nada adianta. porem não tinha habilidade motora para a escrita cursiva então criei o caderno. Pesquiso e desenvolvo o material de acordo com a necessidade do meu aluno. meu aluno queria fazer caça palavras. exemplo disso é o caderno de caligrafia com letra bastão. A proposta de Alfabetização Desafios do Aprender deu tão certo que decidi mostrar isso. o professor que busca. Mas querem saber o que dá certo mesmo? É a mediação do professor. todo material é confeccionado com papel cartaz e plastificado. que acredita na capacidade do seu aluno e tenta mudar sua condição de alguém que não aprende para um ser aprendente. então elaborei um caça palavras de acordo com a habilidade desse aluno. Com o caça palavras a mesma situação. as figuras eu pesquiso na internet e imprimo. 1 (129 páginas) .Apostila alfabetização vol. Alguns materiais para o trabalho com a proposta PAINEL DAS SÍLABAS OBJETIVO:  Trabalhar com as figuras e sílabas. acompanhando os passos da proposta de alfabetização. elaborada com atividades simples e claras. colocando e retirando as sílabas e figuras. . as atividades evidenciam a alfabetização silábica atendendo as necessidades de apoio que a proposta requer. É uma apostila como cartilha. SUGESTÕES DE ATIVIDADES: O painel das sílabas é um material durável que deve ser manuseado pelos alunos. OBJETIVO  Auxiliar o professor nos encaminhamentos acadêmicos durante o processo de alfabetização. 2. FIGURAS DO PAINEL 18 fichas com figuras e 18 fichas com sílabas. Usar as sílabas do cartaz para escrever palavras. Distribuir as sílabas entre os alunos e pedir para que coloquem novamente. OBJETIVOS:  Possibilitar o desenvolvimento da discriminação auditiva e o reconhecimento das sílabas. 3. 4. Ditar as sílabas do cartaz. Ler diariamente com os alunos. SUGESTÕES DE ATIVIDADES: 1.  Reconhecimento de figuras e sílabas. Tirar todas as sílabas e apontar para o desenho perguntando qual sílaba deverá ser colocada ali. 5. .  Despertar a consciência silábica (capacidade de segmentar a palavra em sílabas). 4. avião. Distribuir entre os alunos as fichas. 2. Fazer leitura das fichas. ganha o aluno que virar todas as sílabas. 3. um animal que não podemos ter em casa e começa com JA. Pendurar as fichas em varal e fazer a leitura da palavra e sílaba. O painel deve ficar na sala de modo que os alunos consigam visualizar os desenhos e as sílabas correspondentes.  Reconhecimento de figuras. o aluno que tiver a ficha com as características citadas pelo professor pendura sua ficha no varal. Ex: uma fruta que começa com BA. etc) o aluno que tiver com a sílaba correspondente vira a sílaba.6. cachorro. .  Leitura de sílabas. sortear um desenho ou um objeto da sacola animada (sacola com objetos que iniciem com as sílabas do cartaz. o professor vai falando as características de cada figura. VARAL DAS SÍLABAS 18 fichas OBJETIVOS:  Leitura de palavras a vista de uma gravura. Distribuir as sílabas entre os alunos. dado.  Estimular o vocabulário. palavras e sílabas. SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1. ex. banana. Sobrepor sobre as fichas objetos referente as mesmas. 2.  Observação. 3. SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1. objetos. Jogar como se fosse um bingo. TABULEIRO DE FIGURAS OBJETIVO:  Associar a sílaba inicial a figura correspondente. Formar palavras com as sílabas. O aluno associa sílaba/figura.  Reconhecimento de sílabas e figuras. . colocando a sílaba na figura correspondente. sorteando as sílabas.5. O professor distribui as fichas com as sílabas para os alunos e pede que leiam colocando na figura correspondente. TABULEIRO DE FIGURAS tabuleiro A4 e 18 fichas com as sílabas. figuras. TABULEIRO DAS SÍLABAS tabuleiro tamanho A4. 18 figuras OBJETIVOS:  Fazer associação figura/sílaba inicial. .  Reconhecimento de figuras e sílabas.  Observação. acompanha um dado grande com numeração até 3 e 4 carrinhos. o Professor distribui as figuras e sorteia uma silaba. Dizer a sílaba inicial da figura. O aluno associa figura/sílaba. Jogar bingo com as figuras. acompanha 1 dado e 3 carrinhos OBJETIVOS:  Discriminação de sílabas. 4. colocando a figura na sílaba correspondente. CORRIDA DAS SÍLABAS tabuleiro tamanho A4. e o aluno deverá colocar na sílaba correspondente. 3. 2. vence quem virar todas as figuras.  Atenção e concentração. Tabuleiro no tamanho A4. o aluno que tiver com a figura da sílaba sorteada vira a figura.  Associação sílaba/palavra. SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1. . O professor distribui as fichas com as figuras. se cair na figura o aluno deverá falar outra palavra que inicia com o mesmo som desta.  Atenção e concentração. Ex o carrinho parou na figura da abelha o aluno deverá falar outra palavra que inicie com A. 2. Se cair na sílaba o aluno deverá falar uma palavra correspondente a sílaba. Se parar na sílaba o aluno deverá somente ler a sílaba. BINGO DE FIGURAS 10 cartelas e 18 fichas com as sílabas.SUGESTÕES DE ATIVIDADES: 1. pula. . O professor poderá desenvolver várias atividades de acordo com o nível dos alunos. O aluno que tirar o número maior no dado começa o jogo. OBJETIVOS  Reconhecer figuras e associar a sílaba inicial.  Aquisição de vocabulário. se parar na figura o aluno deverá falar a sílaba inicial da mesma.se as casas conforme o número do dado. O professor escreve no quadro ou pede para um aluno escrever uma sílaba. Ganha quem primeiro montar todos os pares. 2. quando todos . Separa se as sílabas das figuras. o professor distribui as sílabas entre os alunos. o aluno que tiver a sílaba da carta com a figura “virada” faz um par. 4. BARALHO DAS SÍLABAS . de acordo com a sílaba escrita é marcada na cartela a figura. eles compram uns dos outros.  Atenção e concentração SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1. 2. as cartas das figuras ficam em um monte e uma a uma vão sendo “viradas”. o aluno que tiver as figuras correspondentes pega a carta da mesa formando um par. O professor sorteia uma sílaba e o aluno marca na cartela a figura referente a sílaba sorteada. quem formar todos os pares primeiro ganha o jogo. Uma variação é distribuir as figuras colocando as cartas das sílabas para serem “viradas”. 3. SUGESTÕES DE ATIVIDADES: 1. Por hipóteses o aluno descobre a sílaba inicial da figura sorteada. Distribuir as cartas das figuras e colocar sobre a mesa 4 cartas de sílabas. 3. Ex a sílaba sorteada é de um objeto que fica na cozinha. Distribuir todas as cartas entre os alunos. 36 cartas com sílabas e figuras) OBJETIVOS:  Discriminação de sílabas  Reconhecimento de sílabas.  Leitura de sílabas.  Atenção e concentração. O professor sorteia uma figura ou um objeto e o aluno marca na cartela a sílaba inicial do que for sorteado. BINGO DAS SÍLABAS 10 cartelas e 18 fichas com figuras). pegarem as cartas da mesa coloca se mais 4 cartas. SUGESTÕES DE ATIVIDADES: 1. Sorteia-se a sílaba e o aluno marca na cartela. Ex a sílaba sorteada é de um animal que vive na lagoa.  Trabalhar a discriminação auditiva. 2.  Percepção da estruturação silábica. 3. OBJETIVOS:  Reconhecer e discriminar as sílabas. Ganha o jogo quem primeiro formar os pares com suas cartas. 4. . Por hipóteses o aluno tem que descobrir a figura ou a silaba sorteada. Utilizar as cartelas como fichas de leitura.  Associação figura/sílaba. DOMINÓ DAS SÍLABAS 19 fichas com figura e sílaba. FICHAS DE LEITURA DE SÍLABAS .  Atenção e concentração SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1. Joga-se como se fosse um dominó. associando figura à sílaba correspondente. OBJETIVOS:  Leitura de sílabas. MALA. 2.  Associação figura/palavra/sílaba. OBJETIVOS:  Leitura de sílabas e palavras. 3..  Coordenação Motora para escrita. FACA. O aluno escreve as sílabas correspondentes nos espaços conforme a figura. . SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1.  Atenção e concentração SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1. O professor distribui as fichas entre os alunos e cada um lê sua ficha. formar palavras com as fichas..  Associação figura/sílaba. Jogar bingo com as fichas.) TABULEIROS PARA ESCRITA DAS SÍLABAS 1 tabuleiros tamanhoaA4 para escrita das sílabas com caneta de quadro branco. (BALA. OBJETIVOS:  Escrita de sílabas.  Reconhecimento das letras do alfabeto. O professor ou o colega escolhe uma figura colocando no espaço vazio. . O aluno monta a sílaba com as letras do alfabeto de acordo com a sílaba inicial da figura. Sobrepor as letras do alfabeto sobre as letras impressas. SUGESTÕES DE ATIVIDADES 1. 3. 2.  Reconhecimento da sílaba inicial da palavra. FORME A SÍLABA 1 tabuleiro tamanho A4 acompanha alfabeto móvel e 18 figuras OBJETIVOS: Formar sílabas. é primordial para que o estudante possa pensar e compreender.Proposta de Alfabetização Desafios do Aprender Prof. desrespeito às particularidades dos estudantes. o estudante vivencia as tentativas. e assim aprimorar a aprendizagem da leitura e escrita. . como os sons se organizam no âmbito da leitura ou da escrita. o desrespeito aos reais níveis etários e possibilidades instrumentais dos estudantes. a escolha da metodologia que deveria ser baseada nas diferentes necessidades e dificuldades que as pessoas apresentam. PERSPECTIVA DA PROPOSTA A leitura e escrita são processos muito complexos e as dificuldades podem ocorrer de maneiras diversas: inadequação de métodos específicos. é possibilitar que aprenda mais sobre os sons da língua. para que desenvolva os esquemas de conhecimento: observar e identificar. O melhor caminho. O primeiro passo para ensinar o estudante atuar eficientemente com as dificuldades do acesso ao código escrito. conceituar. o que acarreta em exigências aquém ou além de suas competências. é o entendimento que ler é ato de soletrar. a troca. Nenhuma dificuldade se vence com método intempestivo. O conhecimento do sujeito em seu processo evolutivo de aprendizagem. tolerância de erros. A proposta de alfabetização Desafios do Aprender procura tornar as atividades interessantes e prazerosas para que a aprendizagem aconteça de maneira ativa. reconhecer as palavras. de decodificar fonemas representados por letras. comparar e classificar. no caso da leitura. atribuir-lhes significados. relacionar e inferir. a observação de aspectos individuais – cognitivos e afetivo emocionais. Claudia Mara da silva 1. ordenada e progressiva.) o estudante deverá ser capaz de discriminar as sílabas relacionando-as com as figuras. Com prática dos jogos e atividades o estudante vai se apropriando do entendimento que para formar palavras usamos letras (consoantes) que devem ser combinadas com as vogais. o estudante percebe essa associação com compreenssão. (A. ler e escrever as sílabas canônicas formadas com a vogal A. iniciando com o desenvolvimento da habilidade de consciência fonológica até chegar a escrita e leitura de pequenos textos. dominó. porém para o estudante DI se torna mais claro a associação da sílaba com a palavra. a neurociência comprova isso. a proposta se baseia no Método Fônico e Método Sodré de alfabetização. PROPOSTA DE ALFABETIZAÇÃO Essa é uma proposta voltada para estudantes com dificuldade de aprendizagem e deficiência intelectual. é o entendimento do principio alfabético. e as apostilas. isto se constata com a experiência em alfabetização. praticando e vivenciando. com a mediação do professor.BA. varal. 2. O processo ensino aprendizagem acontece de forma sistemática. o primeiro passo é despertar nesses estudantes o desejo de aprender. condição básica para que o aprendizado aconteça. Alfabetizar estudantes DI é um desafio para a escola e também para o professor que precisa aceitar esse desafio. . baralhinho das sílabas. Na proposta de alfabetização primeiro trabalhamos com as sílabas com a vogal A. tornar possíveis estímulos intelectuais que acionem o cérebro e favoreçam a aprendizagem. Para tornar a aprendizagem mais dinâmica foram criados vários jogos: painel das sílabas.. o som de letras também é trabalhado.. etc. porém alunos com dificuldade necessitam de um trabalho sistemático e muita repetição. o aluno faz tentativas de leitura e escrita com ajuda de um variado material.CA. Estudantes sem dificuldade aprendem facilmente com o método escolhido pela escola. não seria então J (jota) de jacaré e sim JA de jacaré. Ensinar é estimular a produção de sinapses. Todos os passos evocam uma forma de trabalhar com intensa participação e motivação.Nesse processo de alfabetização. considerando sempre sua habilidade cognitiva. todo material é confeccionado com papel cartaz e plastificado.  Aquisição de vocabulário. 3. A proposta de Alfabetização Desafios do Aprender deu tão certo que decidi divulgar. 2. Ex a sílaba sorteada é de um objeto que fica na cozinha. Pesquiso e desenvolvo o material de acordo com a necessidade do aluno. Mas quer saber o que dá certo mesmo? É a mediação do professor. de acordo com a sílaba escrita é marcada na cartela a figura. O professor sorteia uma sílaba e o aluno marca na cartela a figura referente a sílaba. SUGESTÕES DE ATIVIDADES: 1. MATERIAIS DA PROPOSTA Confeccionar o material é uma das coisas que mais gosto na vida. . o professor que busca. afinal conhecimento e afeto se você tem e não compartilha com as pessoas de nada adianta.  Atenção e concentração.3. O professor escreve no quadro ou pede para um aluno escrever uma sílaba. Por hipóteses o aluno tem que descobrir a sílaba inicial da figura sorteada. BINGO DE FIGURAS BINGO DE FIGURAS OBJETIVO  Reconhecer figuras e associar a sílaba inicial. que acredita na capacidade do seu aluno e tenta mudar sua condição de alguém que não aprende para um ser aprendente. procuro fazer tudo com muito carinho e capricho. PAINEL DAS SÍLABAS PAINEL DAS SÍLABAS OBJETIVO  Possibilitar o desenvolvimento da discriminação auditiva e o reconhecimento das sílabas. 4. avião. SUGESTÕES DE ATIVIDADES: 1. Distribuir as sílabas entre os alunos. Quando domina esse conhecimento o próximo passo é a leitura e escrita de palavras com A. 5. sortear um desenho ou um objeto da sacola animada (sacola com objetos que iniciem com as sílabas do cartaz. 3. ganha o aluno que virar todas as sílabas. Com o painel das sílabas exposto na sala fica fácil montar as palavras pois o BA da banana vai se juntar ao LA do lápis e forma então BALA. Distribuir as sílabas entre os alunos e pedir para que coloquem novamente. O estudante precisa ler e escrever (se apresentar condições motoras) as sílabas com a vogal A. etc) o aluno que tiver com a sílaba correspondente vira a sílaba. Ditar as sílabas do cartaz.  Despertar a consciência silábica (capacidade de segmentar a palavra em sílabas). cachorro. . Usar as sílabas do cartaz para escrever palavras. Ler diariamente com os alunos. ex. dado. 6.  Reconhecimento de figuras e sílabas. banana. Tirar todas as sílabas e apontar para o desenho perguntando qual sílaba deverá ser colocada ali. 2. mas uma repetição estimulante praseroza. Este é um dos textos da apostila.. Elvira Souza Lima nos diz que independente do método que se utilize precisamos trabalhar com as dimensões da linguagem: Léxica. alfabeto móvel. O estudante DI precisa de muita repetição. O passo seguinte: frases com palavras somente com a vogal A: A BALA NA LATA. A GATA NA MALA.. para trabalhar com esse texto contei a história: Fui passear na casa do meu tio Juca em um sitio. A PATA NADA. Sintaxe. para o entendimento e interpretação de textos se faz necessário ler com fluência. jogos. os jogos cumprem com esse objetivo. deixei minha mala no quarto. então só passamos para a leitura de texto quando o aluno lê com fluência as frases. jogos. escrita. jogos. Quando o estudante lê e interpreta as frases. Fonológica e Ortográfica. Semântica... função dos jogos e atividades dentro da proposta. quando voltei .. Prosódia. A MALA NA SALA. Em pesquisas constata-se que. começamos então a trabalhar com textos com a vogal A. Muita leitura. Tio Juca então falou: "Paca vá para a mata" A PACA A PACA NA MALA. gritei e a paca pulou para a cama. PACA. chamei meu tio e a paca foi para a sala. A PACA NA LATA. meu tio espantou a paca e ela saiu para o quintal e entrou em uma lata. A apostila conta com 129 páginas. O próximo passo é o trabalho com a vogal O. abaixo 2 páginas da apostila. . seguindo a apostila. A PACA NA CAMA. A PACA NA SALA. VÁ PARA A MATA.sabem quem estava na mala? Uma paca. “E. modificar-se. ao aprendizado. você deve ter essas capacidades.” . e às novas experiências. aprender. Você só pode ensinar aquilo que sabe. A fim de que possam ser elas mesmas e que possam crescer. às mudanças. permitirá que elas também o sejam. Se você é aberto ao crescimento. lembre-se que pessoas com deficiência necessitam do que há de melhor em nós. desenvolver-se e experimentar. acima de tudo. disponibilizando para tal fim o acesso aos conteúdos escolares.  Priorização de objetivos: que enfatizam capacidades básicas de atenção. alterável. à ordenação da aprendizagem. . constituem possibilidades curriculares de atuar frente as dificuldades de aprendizagem dos estudantes. atendendo a seqüência de etapas. requer que na escola se permita ajustar o fazer pedagógico à necessidade do estudante. se está na escola para aprender. Podem ser consideradas ações adaptativas ao currículo:  Priorização de conteúdos: conteúdos que sejam funcionais e essenciais ou seja. Adaptações Curriculares Prof. participação. Isso é feito a partir da diversidade de situações e tarefas que tem o mesmo objetivo. socialização.  Reforço da aprendizagem e retomada de determinados conteúdos: para garantir o seu domínio e a sua consolidação. Para isso. são atitudes que já não condizem com a escola inclusiva. instrumentos para aprendizagens posteriores. um currículo dinâmico. possível de ampliação para que atenda os estudantes com dificuldade. brincar. Estar na escola para se socializar.  Seqüência de conteúdos: que requeiram processos gradativos de menor à maior complexidade das tarefas. adaptações e recursos de atendimento. existem métodos próprios de ensino. relacionamento inter pessoal. como sugere os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998). fazer parte de um grupo. Claudia Mara da Silva As adaptações curriculares. As adaptações curriculares devem apontar flexibilizações em várias áreas. Não se trata de inventar um currículo novo. mas sim realizar adaptação do currículo para torna-lo apropriado às peculiaridades do estudante. Para atender tais necessidades se faz necessário organizar um programa adequado que dê conta de ensinar a partir das especificidades dos estudantes com dificuldade de aprendizagem.  Não se prender a conteúdos menos relevantes: focar em conteúdos considerados básicos e essenciais no currículo. OBJETIVOS EDUCACIONAIS Se torna difícil cumprir com objetivos mesmo que organizando os meios e as formas de ensino, então como se faz para levantar objetivos educacionais para estudantes com deficiência? O Professor não pode deixar de lado os componentes curriculares e as metas a serem atingidas, mas ao mesmo tempo se depara com estudantes que apresentam dificuldade ou deficiência em áreas do desenvolvimento. Tem em mãos uma proposta de adaptação curricular mas pergunta- se: De que forma ensinar determinado conteúdo? Como vou fazer isso? Que tipo de material usar? Considerando que a criança com dificuldade de aprendizagem aprenda de uma maneira peculiar, torna-se lógica a ideia que seus materiais e os procedimentos de ensino sejam também diferenciados. Os componentes curriculares e seus conteúdos precisam ser mantidos; as mudanças estarão na forma de apresentação da atividade, na visualização dos conceitos que serão ensinados e na proposta do ensino voltado para a diversidade. Definir um planejamento pedagógico baseado em critérios que estabeleçam: o que ensinar, como ensinar e quando ensinar, quais as formas de ensino mais eficiente para determinado estudante. No registro do desempenho pedagógico do estudante deve constar que as avaliações são elaboradas com adaptações e que o estudante não acompanha o desempenho acadêmico da turma, isso acontece porque é aluna de inclusão e a escola tem um projeto pedagógico para esse fim. Exemplificando, vamos trabalhar na área de Língua Portuguesa 2º ano: Habilidades e competências: considerar a ordem alfabética na organização de registros como listas, dicionário, etc. O estudante com dificuldade precisa trabalhar muito mais ou melhor repetir mais vezes que a criança sem dificuldade, o professor elabora as atividades de acordo com os critérios a serem avaliados. Critérios: quais os critérios serão avaliados nessa habilidade? Aí é que o professor elabora as atividades de acordo com a capacidade cognitiva do estudante, vamos imaginar um estudante não alfabetizado, lembrando, que para avaliar critérios, preciso trabalhar com esse conteúdo. Digamos que o professor irá avaliar os seguintes critérios:  Identifica as letras do alfabeto?  Nomeia as letras do alfabeto?  Reconhece que o alfabeto é escrito de acordo com uma ordem e que a escrita das letras seguem uma seqüência?  Emprega a ordem alfabética na escrita de lista de palavras? (De que maneira?)  Escreve as palavras ou copia escrevendo-as em ordem alfabética?  Utiliza a ordem do alfabeto considerando a primeira letra das palavras? Na prática ficaria assim: (lembrando o aluno não é alfabetizado) COPIE O ALFABETO NA ORDEM: ABCDEFGHIJKLMNOPQRS TUVW XYZ ESCREVA AS LETRAS QUE FALTAM PARA COMPLETAR O ALFABETO A C D F I J K N P Q S V W Y RISQUE A PRIMEIRA LETRA DE CADA PALAVRA. ABACAXI BANANA CAVALO DADO FOCA GATO JACARÉ LOBO ESCREVA A LETRA QUE VOCÊ RISCOU NA ORDEM, COMEÇANDO DA PRIMEIRA PALAVRA. _____ _____ _____ _____ _____ _____ _____ ______ Autismo: Informação visual antes da verbal!! De todas as técnicas educacionais que usamos. independente do grau de autismo do aluno. É um programa educacional e clínico com uma prática predominantemente psicopedagógica criado a partir de um projeto de pesquisa que buscou observar profundamente os comportamentos das crianças autistas em diversas situações frente a diferentes estímulos. mas que o uso exclusivo desta modalidade poderá ser frustrante tanto para o professor quanto para o aluno. mas não quer dizer que os professores não deveriam usar linguagem verbal como uma modalidade educacional. mas os materiais e estrutura física que orientam visualmente o aluno são muito mais efetivos. a que atende diretamente as necessidades educacionais da criança com autismo é a apresentação visual da informação. Em geral . que aprende por caminhos diferentes!! Atividades Programa Teacch PROGRAMA TEACCH (Treatment and Education of Autistic and related Communication-handicapped Children) Em português significa Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits relacionados com a Comunicação. distração. 0 método Teacch fundamenta-se em pressupostos da teoria comportamental e da psicolingüística: . indicações físicas podem ser úteis. causa as principais queixas escolares: resistência. Também o isolamento e a passividade. que é o meio mais simples e eficaz de ensinar crianças SEM AUTISMO. As palavras podem ser usadas. agitação e até agressividade. Esta diferença de processamento. nossas crianças com autismo processam rapidamente e preferencialmente as informações visuais. Isto tanto para a execução da rotina quanto das tarefas. Considero o estilo cognitivo diferencialmente VISUAL da criança com autismo o principal problema dentro da escola regular. Isto faz toda diferença no aprendizado dentro da sala de aula. Quanto tempo vai durar sua paciência? Quanto tempo você conseguirá permanecer sentado olhando para as pessoas que estão falando? O primeiro e grande aprendizado para as pessoas que tem alunos com autismo ou que se dispõem a atender estas crianças é saber que você esta lidando com um cérebro diferente. Pense você sendo obrigado a permanecer numa sala com pessoas falando grego ou pior tendo que fazer tarefas com as explicações em Grego. Ao contrário. as pessoas insistem em fazer com que a criança com autismo se guie pelo que esta sendo dito. * Na área da psicolingüística, fundamenta-se nessa teoria a partir da afirmação de que a imagem visual é geradora de comunicação. * Na Terapia comportamental é imprescindível que o professor manipule o ambiente do autista de maneira que comportamentos indesejáveis desapareçam ou, pelo menos, sejam amenizados, e condutas adequadas recebam reforço positivo. * Na terapêutica psicopedagógica, trabalha-se concomitantemente a linguagem receptiva e a expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais (apontar, gestos, movimentos corporais) e estímulos audiocinestesicovisuais (som, palavra, movimentos associados às fotos) para buscar a linguagem oral ou uma comunicação alternativa. Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos em seqüência (potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão desenvolvidas naquele dia na escola. Os sistemas de trabalho são programados individualmente e ensinados um a um pelo professor. As crianças autistas são mais responsivas às situações dirigidas que às livres e também respondem mais consistentemente aos estímulos visuais que aos estímulos auditivos. Quando a criança apresenta plena desenvoltura na realização de uma atividade (conduta adquirida), esta passa a fazer parte da rotina de forma sistemática. Mas o trabalho não se limita apenas aos aspectos cognitivos, ensinando-lhes também noções básicas de (AVD –atividades de vida diária e AVP- Atividades de vida prática) possibilitando-lhes maior independência possível. Na maioria das vezes a utilização deste método traz tranqüilidade à criança já que possibilita melhor compreensão e comunicação. A classe é, geralmente , composta no máximo por seis alunos; há um professor e um assistente. Usando da pesquisa de potencialidades, dificuldades e preferências do indivíduo para criar um plano que promova o máximo possível sua independência, tem atingido os objetivos propostos. O TEACCH tem ajudado o autista a adequar-se dentro de suas possibilidades à sociedade, promovendo sua independência em função de suas dificuldades. As técnicas comportamentais e a educação especial têm mostrado a forma mais eficiente para o atendimento dos indivíduos portadores do espectro autístico. O TEACCH é um programa especial de educação talhado para as necessidades individuais de aprendizado da criança autista baseado no desenvolvimento do cotidiano. Teve início nos anos 60 quando 3 médicos estavam trabalhando com crianças autistas e viram a necessidade de construir meios para o controle do ambiente de aprendizado e que encorajasse a independência das crianças. O que faz a diferença na abordagem TEACCH ser única é o foco no design do ambiente físico, social e na comunicação. O ambiente é estruturado para acomodar as dificuldades que a criança autista tem ao mesmo tempo que treina a sua performance para a aquisição de hábitos aceitáveis e apropriados. Baseado no fato de crianças autistas serem frequentemente aprendizes visuais, o TEACCH trás uma clareza visual ao processo de aprendizado buscando a receptividade, a compreensão, a organização e a independência. A criança trabalha num ambiente altamente estruturado que deve incluir organização física dos móveis, áreas de atividades claramente identificadas, murais de rotina e trabalhos baseados em figuras e instruções claras de encaminhamento. A criança é guiada por uma sequência de atividades muito clara e isso ajuda que ela fique mais organizada. Objetivos do TEACCH: Os objetivos do TEACCH são basicamente dez, a saber: 1. Ensinar a relação entre causa e efeito 2. Incentivar a comunicação 3. Ensinar habilidades para a vida adulta 4. Promover o máximo de independência reduzindo a ajuda do adulto 5. Promover clareza e sinalização do ambiente e tarefas 6. Apresentar visualmente instruções 7. Organizar a noção de fim 8. Manter a Rotina com flexibilidade 9. Respeitar a individualidade 10. Ensinar habilidades em situações as mais próximas das naturai Princípios do programa TEACCH Guiando-se pelos princípios abaixo, o TEACCH oferece as idéias básicas de sua fundamentação, sem as quais o educador não conseguirá organizar-se na estrutura do programa. São eles: 1.Para se ensinar novas habilidades é necessário adequar o ambiente ás dificuldades do indivíduo. 2.A colaboração entre família e escola é condição indispensável para o tratamento Para que que a intervenção seja eficaz é necessário colocar ênfase na HABILIDADE e nas facilidades 4.A corrente teórica que fundamenta a prática educativa é a cognitivo-comportamental 5.A avaliação deve nos guiar pelas áreas de desenvolvimento 6.Os suportes visuais auxiliam na estruturação da forma de ensinar. São os chamados “prompts" 7.A Previsibilidade organiza a mente caótica da pessoa com autismo Fundamentação básica: 1.Preocupar-se com os interesses e facilidades do aluno 2.Realizar avaliação processual 3.Auxiliar o aluno na compreensão dos significados 4.Potencializar a comunicação com a família 5.Estruturar a forma de ensinar e apresentar as tarefas 6.Planejar estratégias de mudança comportamental mediante a análise funcional do comportamento Características do TEACCH • Individualidade na programação do currículo • Instrução visual • Rotina com flexibilidade • Ambiente livre de hiperestimulação • Ordenação universal (da esquerda para a direita/ de cima para baixo) • Clareza nas ordens • Automonitoramento provocando independência • Análise de tarefas como recurso de ensino e avaliação • Atividades e tarefas organizadas em sistemas de trabalho Contribuições do TEACCH: 1. Favorecer a Generalização 2. Favorecer o Controle do comportamento 3. Estimular e desenvolver Atenção 4. Administrar a Sequencialização O TEACCH não visa eliminar o padrão autistico, mas aproveitar o que o autismo provoca na pessoa. Ao mesmo tempo em que o TEACCH estrutura atividades em sistemas de trabalho que organizam o pensamento e evidenciam o conceito que está sendo ensinado, o oferecimento das tarefas em vários contextos (ambientes, pessoas, situações, material) favorece a generalização do conteúdo, gerando a aprendizagem. O que infelizmente ainda se vê em instituições e escolas que supostamente usam o TEACCH, é o aluno executando as mesmas atividades por tempo indeterminado, sentado em uma mesa de trabalho o tempo todo, sem variar de conteúdo, sem mudar a ordem de apresentação, sem introduzir o conceito ensinado em outras tarefa, etc. Esta prática ajudou a proliferar a falsa idéia de que o TEACCH "mecaniza" O autismo é referido como uma desordem de espectro devido à grande variedade de sintomas presentes em pessoas com o diagnóstico. O Programa TEACCH beneficia alunos que apresentam: 1. Talvez seja esta a maior contribuição do TEACCH para estas pessoas. Além disso. visualizando a instrução e reconhecendo o que se espera dele. sendo mais produtivo faz com que o aluno obtenha sucesso e passe a emitir condutas mais adequadas. Impulsividade e ansiedade 8. Foco excessivo em detalhes 3.ou "robotiza" os alunos. Por consequência. mas também o mecanismo em que neurônios (células cerebrais) individuais se conectam e comunicam para que encontremos o problema de conexão neural que afete todas as pessoas com autismo. Pesquisadores. alguns cientistas têm sugerido que devemos estudar não apenas a estrutura do cérebro. Sabendo o que tem que ser feito.o que é). Esta é uma das explicações do porquê crianças com autismo tornariam-se hiper-estimuladas por informações sensoriais e . guiando o aluno para o foco a ser trabalhado. garantimos a atenção e por conseguinte. Dificuldade na aprendizagem de conceitos 2. colocando ênfase em um conceito. também afirmam que os cérebros de pessoas com o diagnóstico de autismo variam vastamente de um para o outro. Abaixo apresentamos um breve resumo de alguns dos estudos sobre o cérebro de crianças com autismo. Isso não é verdade quando usamos as formas adequadas e o uso correto dos procedimentos de ensino. Dificuldade na associação de idéias 6. Distrabilidade 4. sucesso no trabalho. como a estática em um sinal de rádio. Pesquisadores têm encontrado evidências de que a maneira com que alguns neurônios são conectados no cérebro de pessoas com autismo pode levar a uma correlação baixa entre sinal e ruído. Isto significa que muitos dos sinais que as células cerebrais estão enviando umas para as outras talvez venham acompanhados de “barulho” ou “ruído”. Anormalidades sensório-perceptuais Ambiente Otimizado para a Aprendizagem Compreender a maneira como o cérebro da sua criança funciona é crucial para poder oferecer a ela uma ambiente otimizado para a aprendizagem. utilizando tecnologias que possibilitam o estudo da estrutura cerebral. Tal engajamento. (ver "mitos e verdades sobre o TEACCH" no link TEACCH . Dificuldade na generalização 7. eliminando estímulos desnecessários e concorrentes. Pensamento concreto 5. por quanto tempo terá que trabalhar. o aluno com autismo sai de um estado ansioso e passa a contribuir funcionalmente para a sua aprendizagem. Desta forma. o cérebro da criança com autismo começaria a se desenvolver de forma diferenciada em relação ao cérebro de seu irmão com desenvolvimento típico. etc. linguagem.teriam então dificuldade para escolher entre duas fontes diferentes de informação. Especialistas dão a este estilo de processamento (que limita-se em parte ao processamento de baixa ordem) o nome de “ fraca coerência central”. Talvez isto explique por que as crianças com autismo frequentemente apresentam dificuldades em áreas de processamento de alta ordem (ex: atenção. estímulos visuais. isto significa que em algum ponto elas terão que escolher entre reter ou descartar essas informações. Estudos analisando a eletricidade no cérebro de pessoas com autismo mostram que mesmo quando elas estão tentando ignorar certos aspectos de seu ambiente (como o barulho em uma sala de aula). os cérebros daqueles com autismo dão igual valor para todos os estímulos recebidos. Por exemplo. as pessoas com autismo tendem a retardar este processo de “escolha”.). O problema para muitas crianças com autismo parece ser o de “filtragem”. isto é. é geralmente mais difícil para uma criança com autismo conseguir ouvir o que o professor fala quando outras crianças estão fazendo barulho. o que possibilita que. ao começarem a frequentar a escola. na fraca coerência central haveria a tendência entre aqueles com autismo de prender-se ao processamento de detalhes ao invés da visão do . elas são menos capazes do que as crianças típicas de filtrar e descartar a informação sensorial que é irrelevante para o que elas estão tentando prestar atenção. Crianças com autismo estão absorvendo uma quantidade enorme de informação a todo momento. Há sinais de que este estilo de processamento da informação já se encontre presente na época do nascimento da criança. etc. descartar o que você não quer comprar. geralmente às custas da memória de detalhes. Assim sendo. A coerência central refere-se à habilidade de processar contextualmente a informação recebida. Os cérebros de crianças típicas aprendem a filtrar e descartar os estímulos irrelevantes durante os primeiros anos de vida. consigam focar sua atenção na atividade pedida pelo professor. causando um bombardeio de informação sensorial com o qual a criança tem de lidar. na chegada ao caixa. mesmo que os comportamentos autísticos não sejam identificados até os cerca de 18 a 24 meses de idade. associando informações para se chegar a um significado do todo. Consequentemente. Estudos demonstram que. Uma analogia para este processo seria como andar pelos corredores de um supermercado e colocar em seu carrinho uma unidade de cada item a venda para apenas depois.). Há mais atividade nas regiões do cérebro designadas para o processamento de baixa ordem (como o andar pelos corredores do supermercado) do que em regiões cerebrais especializadas para o processamento de alta ordem (passar pelo caixa e levar para casa os itens que constavam na sua lista de compras). toques. seus cérebros respondem a estas informações do mesmo jeito que respondem à informação que a criança está tentando prestar atenção (como a voz do professor). organização. em comparação com pessoas neurotípicas. Estudos com tecnologias que permitem ver quais partes do cérebro estão sendo utilizadas durante uma tarefa confirmam que este é o fenômeno acontecendo dentro do cérebro de pessoas com autismo. como acontece em uma sala de aula. Elas passariam tanto tempo tentando lidar com a recepção de informação sensorial (baixa ordem) que acabariam não tendo tempo para praticar o processamento de alta ordem que outras crianças da mesma idade praticam. É muito difícil para um grande número de crianças com autismo conseguir aprender em um ambiente onde existem muitas informações sensoriais concomitantes (incluindo-se barulhos. cheiros. Isto causa uma demora no processamento de estímulos. em comparação com pessoas típicas. não prestando tanta atenção aos detalhes. nos oferecem a imagem de um mundo fragmentado. apresentam performances superiores em certas tarefas. Todas conseguiriam identificar facilmente o carro. a figura de um carro seria apresentada para as pessoas. As pessoas com autismo identificariam rapidamente os triângulos por estarem acostumadas a ver o mundo através dos detalhes. barulho de fundo. Este estilo de processamento é a razão pela qual algumas pessoas com autismo. tornando extremamente difícil qualquer nova aprendizagem – como tentar aprender japonês dentro de um barulhento shopping center. Ambientes físicos com grandes quantidades de estimulação sensorial (ex: painéis com cores fortes. a sala de aula convencional é altamente limitada em termos de poder atender às necessidades das crianças com autismo. tão comum em salas de aula. ou ficam além dos limites físicos e materiais das escolas convencionais. Também explica a razão das crianças com autismo procurarem ordem e previsibilidade em seus ambientes físicos. desde estudos sobre como as células cerebrais conectam-se até estudos sobre como as pessoas atuam em testes psicológicos.) aumentam o “barulho” num sistema sensorial já sobrecarregado. estas considerações relativas ao ambiente da criança são geralmente desprezadas e têm sua importância desvalorizada quando programas educacionais são oferecidos para crianças com autismo. tem sido apontada em estudos científicos como sendo um fator que afeta o comportamento de crianças com autismo. enquanto que uma pessoa com autismo poderia descrevê-la como “folhas brilhantes. Devido à presença de outras crianças e do tamanho do espaço físico necessário para abrigá-las. luz laranja e um galho com uma balança pendurada”. A compreensão do mundo fragmentado e sobrecarregado de uma criança com autismo nos leva a ver a importância que tem o ambiente ao seu redor na elaboração dos programas educacionais e nos tratamentos que a ela são oferecidos. Pesquisas envolvendo pessoas com autismo. Por exemplo. as pessoas sem autismo seriam muito mais lentas do que aquelas com autismo. Isto se deve ao fato de pessoas típicas focarem rapidamente no todo da figura. . após olhar para figuras idênticas e receberem a requisição para se lembrarem do que estava na figura. Uma destas tarefas é o teste da figura inserida. Como um exemplo desta tarefa. Até a iluminação por meio de lâmpadas fluorescentes. uma pessoa típica provavelmente descreveria a cena como sendo “um pôr-do-sol na floresta”. sobrecarregado e tomado por “barulho” para aqueles com autismo. Porém.todo em uma situação. Esta noção é confirmada por relatos autobiográficos de pessoas com autismo. quando fosse pedido que apontassem os três triângulos na figura. Infelizmente. etc. participação e aprendizado. interessantes e divertidas. Para tanto. A Aprendizagem Social através da Interação Prazerosa Crianças e adultos com autismo apresentam dificuldades na aprendizagem da habilidade de orientação social. maior será o seu envolvimento. Sem a habilidade de atenção compartilhada. Muitas das pessoas com autismo apresentam grandes dificuldades de comunicação. O mesmo aplica-se para o trabalho com um adulto. pessoas com quem ela goste de estar! Procuramos então ser divertidos.Abordagem interacionista. e as informações relativas aos atuais interesses. prestativos. Quanto mais motivada a criança estiver para interagir conosco espontaneamente. a criança não é capaz de sustentar uma conversa ou até envolver-se em uma simples brincadeira de cócegas por muito tempo. estilo de aprendizagem e preferências sensoriais da criança auxiliam a elaboração personalizada de atividades interativas motivacionais. utilizamos uma abordagem interacionista que valoriza o relacionamento com a pessoa que apresenta características do espectro do autismo. lúdicos. Respondendo de forma imediata. e a estimulamos a querer se comunicar conosco com maior frequência e qualidade. esta criança não consegue colocar-se “no lugar de outra pessoa” e imaginar o que a outra pessoa possa estar pensando ou sentindo. De maneira similar. do contato visual. Queremos então inspirar a criança a se sentir motivada para interagir. O estilo responsivo de interação tem como príncipio responder aos sinais e comunicações da criança para atender aos seus interesses e necessidades. amorosos. compreensivos. superar suas dificuldades e aprender. A avaliação das habilidades atuais da criança identifica os próximos passos a serem trabalhados e estimulados (as metas educacionais). qualquer que seja sua . demonstrando nosso respeito e admiração pela criança em nossas interações diárias com ela. demonstramos a função e o poder de sua comunicação. no desenvolvimento de habilidades como a atenção compartilhada (prestar atenção à mesma atividade ou ao tópico que outra pessoa está prestando) e o compartilhar experiências emocionais com os outros. Queremos que a criança aprenda a ser ativa na interação social e que se interesse cada vez mais pelo que o outro faz ou fala. o que é vital para a participação em trocas sociais dinâmicas e espontâneas. é essencial que sejamos pessoas interessantes para ela. Estes são passos cruciais durante os primeiros anos do desenvolvimento da criança e formam a fundação para todo o aprendizado social. Investimos em interações divertidas com a criança que incentivem o desejo por mais participações espontâneas em interações. positiva e intensa à maior parte das tentativas de comunicação da criança. Responsiva e Motivacional. As atividades são adaptadas para serem motivadoras e apropriadas ao estágio de desenvolvimento específico do indivíduo. da flexibilidade social. Ao considerar o desenvolvimento da habilidade de atenção compartilhada uma fundação para os outros aprendizados. O desenvolvimento da atenção compartilhada. que proporcionem a oportunidade da criança desenvolver suas habilidades brincando. da comunicação receptiva e expressiva são fundamentais para que a criança com autismo não fique perdida na arena social. sons. a criatividade. A atitude responsiva não poderá ser utilizada o tempo todo. As metas educacionais podem ser trabalhadas de forma divertida no decorrer da interação prazerosa. Propomos a implementação de um programa de desenvolvimento contando com a participação fundamental dos pais.idade. você também pode criar e sugerir atividades interativas que sejam interessantes para ela e que possibilitem mais interações e oportunidades para que as metas educacionais (aquilo que você gostaria de ajudá-la a aprender naquele momento) sejam trabalhadas. em uma clínica. sendo prestativo e respondendo positivamente ao que ela quer. mas podemos aumentar a porcentagem do tempo em que somos responsivos com a criança. você poderá ajudar sua criança a comunicar-se de formas cada vez mais complexas e eficazes. mais ela aprenderá com você. Conhecendo os interesses da criança. e ofereça ideias para expandir a brincadeira. Para muitas famílias. Mostre claramente que as iniciativas sociais da criança são eficazes para conseguir sua ajuda. a parceria da escola e a possível colaboração de voluntários. ou até na escola quando possível. as sutilezas do relacionamento humano). Se sua criança demonstrar para você com gestos. o contato visual “olho no olho”. A atenção compartilhada ou conjunta (prestar atenção ao mesmo que a outra pessoa) é a base para o aprendizado social da criança. de vida diária e de cognição. Nada melhor então do que brincar! Observe o que a sua criança está gostando de fazer e brinque com ela. Queremos que a criança tenha experiências prazerosas ao interagir conosco para motivá-la a querer interagir mais vezes. Uma vez que a pessoa com autismo esteja motivada para interagir com um adulto. e habilidades emocionais. Quanto mais a criança interagir com você. a imaginação. principalmente em ambientes especialmente preparados para ela e e nos quais ela tenha nossa total atenção. . Com o tempo. As sessões geralmente individuais (um-para-um) são realizadas em um quarto especialmente preparado com poucas distrações visuais e auditivas. este adulto facilitador poderá então criar interações que a ajudarão a aprender as habilidades do desenvolvimento que são aprendidas através de interações dinâmicas com outras pessoas (por exemplo. o acompanhamento de uma equipe profissional multidisciplinar. Ao ser responsivo aos desejos e às iniciativas sociais da criança. recomendamos um programa de desenvolvimento que inclua sessões responsivas e lúdicas na residência da criança ou adulto com autismo. pois precisaremos também impor limites e lidar com os direitos e desejos das outras pessoas. reserve um tempo para ser especialmente responsivo à sua criança (Ver página sobre o Estilo Responsivo na Escola). você estará facilitando e encorajando mais interações com ela. palavras ou olhares que deseja algo (e que seja possível para você dar). divirta-se. seja prestativo e responda imediatamente oferecendo a ela o que ela deseja. o brincar. as habilidades de linguagem e de conversação. Colocando em Prática o Estilo Responsivo de Interação A criança com características do espectro do autismo apresenta dificuldades para interagir e se comunicar. Na residência da criança. sensório-motoras. em interações prazerosas e de confiança. contendo brinquedos e materiais motivadores que sirvam como instrumento de facilitação para a interação e subseqüente aprendizagem. Usar linguagem simples. Aos poucos. pode-se usar a figura de um copo para expressar a necessidade de beber. observamos as ações da outra pessoa e espelhamos ou imitamos essas ações demonstrando nosso interesse no que a pessoa faz. Há dois modos de se usar figuras mais sistematicamente: o sistema de comunicação por troca de figuras para melhorar a comunicação e o horário visual. maior habilidade para imitar o adulto. Ela pode comunicar a necessidade de beber alguma coisa colocando o copo sobre a mesa. Depois. O processo inicial é ensinar a associação entre figuras e objetos. podemos tentar expandir nossas ações oferecendo variações da ação imitada. fingir que bebe no copo). Nesse caso. Idéias para ajudar na comunicação Figuras e fotografias Para ensinar crianças a se comunicarem. Constata-se que ambos são de grande utilidade para muitas crianças. talvez mostrando sapatos para indicar que a criança logo sairá. Objetos No início. como o aumento do contato visual. o abstrato (por exemplo. a criança que está sendo espelhada pode passar a espontaneamente prestar atenção em nós interessada em nossa ação. beber no copo) e. Pesquisas empíricas como as citadas abaixo demonstraram que a imitação das atividades da criança pode estimular o desenvolvimento de habilidades sociais. o que leva ao desenvolvimento da habilidade de atenção compartilhada! Ao sermos observados pela criança. inicialmente usando-se ações reais (por exemplo. Quando brincamos em paralelo. ao invés de forçá-la a brincar conosco. Algumas talvez não atinjam esse estágio. Depois que se aprende essa etapa. e quem sabe conseguir até que a criança passe a nos imitar e a responder positivamente a desafios divertidos. pode-se acrescentar mais figuras. o qual emprega uma série de figuras para explicar uma seqüência de eventos futuros. maior disponibilidade para aproximar-se fisicamente e brincar junto. é melhor começar usando-se um objeto real. ações motivadoras que estimulem a criança a permanecer interativa. Por exemplo. mas ainda assim recebem ajuda com o uso de cartões isolados para indicar que o farão a seguir. Brincadeira Imitativa. podemos utilizar uma estratégia responsiva que crianças de desenvolvimento típico utilizam nos primeiros anos de vida: brincar em paralelo com as outras crianças. maior atenção compartilhada e interesse no adulto. podem usar uma técnica denominada “modelagem”. No momento em que a criança não apresenta disponibilidade para interagir. . então. que pode ser feito com jogos nos quais se nomeiam objetos. Os pais talvez queiram ajudar o filho a encontrar o caminho mais adequado para buscar ajuda. É uma forma não invasiva de aproximação. algumas crianças acham dificílimo entender a ligação entre figuras e atividade. temos que ajudá-las a entender que palavras. pode expandir-se para atividades. figuras e símbolos têm significado. Assim. assim. que se dispõem a pedir ajuda e compartilhar seu entusiasmo. mas é muito importante para aquelas com autismo. o uso de computadores costuma ajudar a incentivar a comunicação porque motiva muitas crianças. tente criar jogos com elas para que seu filho denomine-as ou as relacione com palavras ou símbolos. dê o livro à mamãe” é mais eficaz do que: “Por favor. é importante proporcionar várias atividades alternativas e ter cautela quanto ao tempo que a criança passa exclusivamente brincando com o computador. Usar interesse e aptidões da criança. talvez nunca o aprendam se não vivenciarem regularmente. Crianças com autismo costumam ter problemas de processamento da linguagem. Alguns pais ficam perplexos ao perceberem a diferença que essa atitude causa. nossa linguagem é muito complicada para crianças com autismo. Há muitos jogos e programas didáticos no mercado. Chegou-se a se pensar que o uso de computadores levaria as crianças a desenvolverem automaticamente obsessões com essas máquinas e. Usar primeiro o nome da criança e ater-se a verbos e substantivos simples pode fazer maravilhas em alguns casos: “George. por exemplo. Como ela praticamente não lançam mão do contato visual. Se ele é interessado em marcas de carro. é tentador achar que não é importante. Computadores Às vezes crianças com autismo reagem bem às informações em uma tela de computador. reduziria seu contato social. Muitos pais ficam perplexos ao descobrir o volume de complexidade da linguagem que usar ao assistirem a si próprios em vídeo. poderia me passar o livro?” Contato frente a frente Crianças reagem melhor se nos aproximamos delas e as olhamos no olho. Demoram mais para entender o que os outros dizem. Dar tempo para as respostas. É assim com todas as crianças. Contudo. Portanto. Deve-se falar mais devagar e esperar mais tempo pela resposta. é importante dar-lhes mais tempo do que o normal para ouvirem. Contudo. É mais útil manter frases curtas e o vocabulário simples.Em geral. quando estão em casa com o filho. Trecho extraído do livro Convivendo com Autismo e Síndrome de Asperger . pois o desenvolvimento de obsessões é uma realidade. Na verdade. Use os interesses e as aptidões de seu filho para ajudar seu desenvolvimento. entenderem e descobrirem como responder. . . . . . . . iniciamos. questionamentos sobre os benefícios que teriam nossos alunos ao se apropriarem da leitura e da escrita. mas ler e escrever é função da escola. o ensino tem que vir acompanhado da aprendizagem. é antes de tudo uma responsabilidade da Escola Especial e do professor que trabalha nela. No entanto. Se tornarmos o processo de ensino difícil ou complicado. partiu-se em busca de encontrar uma forma de ensinar a ler e escrever que estivesse ao alcance deles. Podemos aprender muitas atividades fora da instituição. Para ensinar de forma que aprendessem e tivessem sucesso. que repassou seus conhecimentos para os professores de nossa escola. E com um trabalho conjunto entre direção. Assim. coordenação e professores . Conscientizados de que seriam muitos e de grande peso para seu desenvolvimento.Relato: Proposta de alfabetização para alunos com deficiência intelectual: desafios do aprender. Relato: Apresentar o mundo das letras a um aluno com deficiência intelectual. na Escola Brasil Perrotti. fizemos a experiência de trabalhar com a Proposta Desafios do Aprender. dever do professor e direito do aluno. no ano de 2010. uma vez que o método desenvolvido pelo Ensino Regular não os atingia. da professora Claudia Mara da Rede Municipal de Ensino. é bem possível que um aluno com deficiência nunca se interesse ou se aproprie dele. leitura e escrita. O desenho está ligado com o desenvolvimento da escrita. ou seja. inteirando percepção e imaginação. a criança é o sujeito do seu processo. É importante o trabalho com a consciência fonológica porque o desenvolvimento de tal habilidade está relacionado com a aprendizagem da leitura e escrita. o desenvolvimento motor e consequentemente para a alfabetização. O trabalho com a consciência fonológica é indispensável para a alfabetização. . que nosso olhar para o potencial cognitivo e não para a deficiência. é possibilitar que represente graficamente suas experiências com a imaginação. A Proposta Desafios do Aprender é simples. Possibilitar à criança que desenhe. ordenada e progressiva. prática. O processo ensino- aprendizagem acontece de forma sistemática. Alves e Costa. da associação grafema- fonema (leitura) e fonema-grafema ( escrita). O aluno aprende com facilidade. 17 O TRABALHO COM O DICIONÁRIO ILUSTRADO Com o dicionário ilustrado podemos trabalhar com a consciência fonológica. mas afinal o que é consciência fonológica e por que é tão importante para a alfabetização? A consciência fonológica é a capacidade de identificar e manipular os sons de uma língua. alfabeto móvel. o que proporcionou e facilitou o desenvolvimento de outras habilidades. Representa uma capacidade complexa em que a criança começa a identificar e a refletir que o discurso é constituído por um conjunto de frases.desenvolveu-se esta forma de alfabetizar que respeita as características de nossos educandos. e eficaz. as palavras em sílabas e as sílabas em unidades mínimas. torna-se autoconfiante e fica com sua autoestima elevada. então. nos resultou em alunos alfabetizados. mais seguros e confiantes. auxilia também para a representação simbólica. investindo numa forma de ensinar. Conclui-se. os fonemas. o desenho. e que estas podem ser segmentadas em palavras.(Freitas. 2007). aprende a desenhar a partir da sua interação com o desenho. Nem todas as crianças têm a oportunidade de adquirir e desenvolver essa competência. E o desenho? Por meio do desenho a criança cria e recria individualmente formas expressivas. para escrever por exemplo ABACAXI primeiro a letra A. A INCLUSÃO DO ALUNO DI NO ENSINO COMUM. A escola comum enfrenta o desafio da inclusão. a função da escola então é garantir a todos o direito a educação. O trabalho com o alfabeto móvel contribui para que a criança se aproprie do princípio alfabético ou seja o entendimento que para formar palavras as letras precisam ser colocadas nos espaços corretos. sem exceção. É preciso considerar o outro no mundo. Prof. Uma proposta de educação inclusiva deve ser compreendida como uma educação para todos e com todos que tem condições de frequentar uma escola comum. evidenciar o potencial de aprendizagem destes alunos e a importância da convivência entre deficientes e não deficientes é fundamental para se estabelecer um planejamento . depois o B e de novo o A para formar BA. ocupem seu espaço na sociedade. Claudia Mara da Silva A educação inclusiva acolhe todas as pessoas. vivemos um momento importante na história da educação de pessoas com deficiência. e o que pode vir a ser. valorizar o que ele é. que por direito. aos que são discriminados pela deficiência. pela classe social ou pela cor. Possibilita. buscando-se meios e modos de remover as barreiras para a aprendizagem e para a participação de todos os aprendizes. atendendo assim suas necessidades de aprendizagem e seu desenvolvimento. garantindo assim aprendizagem desses alunos dentro da escola comum. A entrada do aluno com deficiência intelectual na escola comum. mesmo com a mediação de outros é fundamental para organizar ações educativas adequadas para o trabalho. Historicamente. avaliação e níveis de apoio pedagógico especializado. As adequações precisam responder as diferentes necessidades educacionais dos alunos.pedagógico e adaptações necessárias. É preciso definir e documentar as necessidades específicas do aluno com deficiência intelectual. relacionado aos: conteúdos e objetivos. Um dos aspectos importantes na área da deficiência intelectual está ligado a busca de alternativas pedagógicas através das quais esses alunos sejam membros participantes e atuantes do processo educacional e sua presença seja considerada. A escola tem um importante desafio: encontrar caminhos que possam superar os limites impostos pela deficiência. bastante diferenciadas. numa perspectiva inclusiva. Discutir a prática pedagógica em sala de aula e analisar as premissas teóricas e práticas relacionadas a aprendizagem de alunos com deficiência intelectual para possibilitar o acesso ao currículo desses alunos.De acordo com Smolka e Laplane (2005). com base no referente curricular do ano em que está matriculado. e centrar sua atenção nas condições em que a aprendizagem ocorre. as abordagens em Educação Especial acontece de maneira fragmentada. uma vez que não podemos desconsiderar as especificidades da deficiência intelectual e a complexidade curricular que se amplia no decorrer da escolaridade. colocando-o numa posição inferior e dificultando sua . A condição de deficiência intelectual não poderá nunca predeterminar qual será o limite de desenvolvimento do individuo. A escola deve tomar para si a responsabilidade acerca de seu processo de conhecimento. a aprendizagem do aluno com deficiência intelectual tem se caracterizado como um processo complexo. respeitando suas diferenças e ao mesmo tempo possibilitando sua participação na escola comum. através da oferta de recursos necessários para viabilizar seu sucesso educacional.. justificada pela condição do aluno com deficiência intelectual. Conhecer o aluno. proporciona um momento diferenciado para a educação na medida em que possibilita um processo de criação pedagógica na busca de novos procedimentos de ensino. Devido às especificidades de suas necessidades e de seu desenvolvimento. o que ele é capaz de realizar. através do mecanismo de compensação. e para se garantir a escolaridade desse aluno faz-se necessário adaptações pedagógicas e curriculares. por isso a educação na área da deficiência intelectual deve atender ás necessidades educacionais sem se desviar dos princípios básicos da educação propostas as demais pessoas. procedimentos de ensino. Neste contexto educacional a compreensão das necessidades educacionais dos alunos com deficiência intelectual é elemento fundamental para subsidiar sua aprendizagem e assessorar o acompanhamento da escolarização desse aluno na escola comum. novas estratégias metodológicas capaz de atingir o potencial de cada um dos alunos. mais do que ser apenas uma pessoa do mundo”. A proposta de uma educação inclusiva pode caracterizar-se como uma nova possibilidade de reorganização dos elementos constituintes do cotidiano escolar. p. 1999). diminuir limites. mas também deve estabelecer o seu potencial de aprendizagem. tendo como referencia à proposta curricular do ano ou ciclo onde está matriculado (OLIVEIRA e POKER. para tornar-se inclusiva e atender as diferenças de seus alunos. currículos ou pessoal. De acordo com Ferreira (1993). capaz de oferecer um novo espaço para alunos com deficiência intelectual.participação no processo educacional. Avaliação do aluno com deficiência intelectual A avaliação não pode restringir-se às suas condições de desenvolvimento bio-psico-social. técnicas. Não se trata de negar os conhecimentos curriculares e sim favorecer ao aluno com deficiência intelectual o acesso ao conhecimento. há de se pensar num novo projeto pedagógico: flexível. 135) “vencer as barreiras de sua deficiência – expandir possibilidades. Avaliar as condições de desenvolvimento dos alunos com deficiência intelectual demonstrando a importância e a possibilidade de um processo avaliativo que forneça elementos para um planejamento pedagógico diretivo que responda ás necessidades e possibilidades de aprendizagem do aluno. capazes de apreensão dos bens simbólicos e de desenvolvimento de suas capacidades. necessários para garantir sua aprendizagem e. mas ao mesmo tempo. sem iguala-lo ao outro. A atuação pedagógica com alunos DI assume papel imprescindível já que é responsável pelo processo de mediação da aprendizagem no que diz respeito a possibilitar a constituição desses alunos como sujeitos históricos.2004. consequentemente. a forma como ele enfrenta determinadas situações de aprendizagem. os recursos e o processo que faz uso em determinada atividade. È um repensar sobre o papel da escola e seus objetivos educacionais. nem sempre ficam claros os “ajustes” a serem feitos em termos de materiais. Como diz Padilha (2001. 2000. essencial para o desenvolvimento humano. Nesse sentido a escola desempenha um papel insubstituível frente ao desenvolvimento de alunos com deficiência intelectual. Cabe a escola encontrar formas de valorizar e considerar a “maneira” de ser e aprender de crianças e adolescentes com deficiência intelectual. respeitar sua condição própria de aprendizagem. os aspectos a serem analisados numa . OLIVEIRA e LEITE. é determinante para o desenvolvimento. Uma escola dinâmica. uma vez que. colaborativa. Projeto capaz de envolver toda a comunidade escolar e ousar na busca de novas relações educativas (OLIVEIRA. recursos. aberto e dinâmico. Os instrumentos de avaliação devem informar o desenvolvimento atual do aluno. SEBASTIAN. 2004). encontrar saídas para estar no mundo. inclusive o nível de competência curricular desse aluno. A presença de alunos com deficiência intelectual em ambientes comuns de aprendizagem poderá nos permitir reconhecer possibilidades de compartilhar experiências educacionais significativas. no caso dos alunos com deficiência intelectual. que ao considerar suas possibilidades de aprendizagem mesmo que diferente dos demais alunos. Educadores e pesquisadores em educação especial vem discutindo as inadequações do sistema de avaliação diagnóstica e pedagógica. como e quando aprender. A adaptação curricular fundamenta-se em: o que o aluno deve aprender. Dessa foram a avaliação. pois possibilita identificar e responder as necessidades educacionais dos alunos no processo educacional na busca de soluções alternativas que favoreçam a aprendizagem. de acordo com os pressupostos inclusivistas. nas classes comuns do ensino regular. muitas vezes. o que e como avaliar o aluno. recursos ou estratégias pedagógicas distintas das requeridas pela maioria dos estudantes. torna-se documento de inclusão. A avaliação na ótica inclusiva deve ser realizada de forma processual. Tais estratégias pretendem. considerando-se a necessidade de acompanhamento dos avanços educacionais desses sujeitos. metodologia. atividades. a avaliação acaba por reduzir-se à busca de um diagnóstico que justifique o fracasso desse aluno. principalmente nesse momento em que sua escolarização deve se dar. com base no currículo adotado. avaliações para atender as dificuldades no princípio da individualização. conteúdos. observando o desenvolvimento biopsicossocial do aluno. que sejam úteis no seu dia a dia e que favoreçam a sua integração na sociedade. . interesses. sempre acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais. sua funcionalidade. Uma adaptação curricular portanto é uma sequência de ações sobre o currículo escolar que beneficiem a aprendizagem de alunos que não poderiam ser atendidas através dos meios e dos recursos metodológicos usados habitualmente pelo professor para responder as diferenças individuais de seus alunos e que requerem ajustes. reformulação de sequência de conteúdos ou ainda a eliminação de conteúdos secundários. Adaptação Curricular Adaptação Curricular é o conjunto de modificações necessárias seja nos objetivos. Nas adaptações dos objetivos e conteúdos devem ser priorizados os que sejam essenciais para a aprendizagem posterior. Dessa forma. a partir de modificações curriculares adequar as condições de aprendizagem de cada um. são estratégias educativas adotadas para facilitar o processo de aprendizagem de alunos com necessidades educativas específicas. A avaliação da aprendizagem na perspectiva de inclusão educacional não poderá jamais ser entendida com o objetivo único de aferir resultados e medir conhecimentos e sim identificar as habilidades e competências desenvolvidas pelo aluno e a busca nas atividades pedagógicas diferenciadas o aprendizado do aluno. características individuais. que formas de organização do ensino são mais eficientes no processo de aprendizagem. Nesse sentido o planejamento das atividades pedagógicas deve favorecer aos alunos a construção de conhecimentos significativos. possibilidades e respostas pedagógicas alcançadas.avaliação educacional. Dizem respeito à alunos que apresentam maiores dificuldades que os demais estudantes. Alunos com deficiência intelectual tem um ritmo próprio de aprendizagem. apesar de suas leituras e seus conhecimentos serem suficientes para tanto. e ainda consegue levar palavras ao universo de alunos que costumeiramente costumam ficar fora dele. sem rebuscamentos algum. de maneira absolutamente simples. ela conseguia. critérios. instrumentos. linguagem. Dr. O que me chamou atenção no trabalho foi que. Ela não inventou nenhum método ou tampouco criou uma nova teoria. por que dá certo? Se é tão simples e não apresenta nenhuma novidade por que eu deveria ter este livro ou por que eu devia acreditar no trabalho dela? A professora Cláudia soube como ninguém associar tudo o que de melhor existe – seja de teorias fônicas ou psicodinâmicas e montar uma estratégia muito pessoal de trabalho. Geraldo Peçanha de Almeida – UFPR Conheci o trabalho da professora Claudia por meio de uma amiga que estava inserida na educação especial da rede municipal de ensino na cidade de Curitiba. A adaptação do processo de avaliação é essencial para que se possa atender a necessidade do aluno com deficiência intelectual. Essas adaptações tanto pode aumentar como diminuir o tempo previsto para o trabalho com determinados conteúdos. APRESENTAÇÃO PROF. O trabalho da Cláudia é muito simples. procurar estratégias que melhor respondam ás necessidades de aprendizagem e introduzir atividades alternativas para que o aluno realize enquanto os colegas realizam outras atividades são procedimentos que facilitariam a aprendizagem desses alunos. por isso faz-se necessário a adaptação da temporalidade. ou tempo e oferecer outras oportunidades de promoção. alterar se necessário as formas. A avaliação requer articulação entre professor e equipe pedagógica para as adequações curriculares que respondam a necessidade do aluno. tão simples que à primeira vista podemos nos perguntar – Mas se é tão simples. necessitam de um tempo maior para alcançar os objetivos de aprendizagem propostos no currículo. O que ela fez foi justapor uma coisinha aqui. demonstrando na prática o que se quer ensinar. Adaptar o método de ensino ás necessidades do aluno é um procedimento fundamental na atuação do professor. trazer . Muitas vezes se faz necessário ensinar ao aluno o conteúdo de uma forma diferente. Os alunos com deficiência intelectual não conseguem aprender determinado conteúdo se este não for apresentado passo a passo e muitas vezes o professor terá que diminuir a complexidade das tarefas considerando sempre a competência acadêmica do aluno. GERALDO PEÇANHA DE ALMEIDA APRESENTAÇÃO Prof. com uma linguagem menos elaborada e utilizar-se de material manipulável. técnicas. Ela acompanha a criança ou o adulto passo a passo. o amor ao trabalho. selar. Parece que ela fez estágio em um formigueiro e não em uma escola. inserir. o que a professora Claudia faz aqui com este material que agora chega às nossas mãos é mostrar como ela faz para ter essa linha mestra de trabalho. apontamentos e. O que ela faz tem a neuropsicologia por detrás. Assim. mostrando-lhe. Resta-nos torcer para que ela nos traga sempre balizas. de brincadeiras. Amor que podemos ver na construção de jogos. sobretudo quando esses não possuem uma linha-mestra clara e determinante para atuar. torcer para que este não seja o único material que ela nos apresenta. de ação em ação poderíamos ate dizer que ela apresenta receitinhas prontas e acabadas. para palavras. mas basta ter uma leitura mais atenta entre cada uma das atividades para perceber que o que ela faz vai alem disso. mas em um tecido que não se pode ver diferenças de suas tramas. Resta-nos. remendar. sobretudo. O trabalho dela é rigorosamente passo a passo. De atividade em atividade. são especiais no que diz respeito ao amor que possuem em seus corações. para sílabas. A professora Claudia faz de sua pratica diária seu maior testemunho intelectual e seu maior defensor público. organizar e reapresentar isto tudo não em uma colcha de retalhos. O que Ela faz tem teorias de linguagem como embasamento. frases e textos. Alunos com comprometimento intelectual desafiam quaisquer educadores. por meio de atividades pedagógicas como ela pode chegar até aquele lugar chamado alfabetização. Ela nos apresenta um trabalho pedagógico rigoroso. de material lúdico e de prática inovadora em relação ao trabalho com estes alunos que se não são especiais por conta da legislação.outra coisinha de lá. aproximar. cheio de atividade para vogais. colar. A textura tão bem composta e tão firmemente elaborada por ela só pode dar certo como tem dado até agora. . o que Ela faz tem a prática cotidiana entrelaçando e costurando as ações pedagógicas. relacionamento inter pessoal. se está na escola para aprender. Para isso. então como se faz para levantar objetivos educacionais para estudantes com deficiência? . requer que na escola se permita ajustar o fazer pedagógico à necessidade do estudante.  Não se prender a conteúdos menos relevantes: focar em conteúdos considerados básicos e essenciais no currículo. Estar na escola para se socializar. Não se trata de inventar um currículo novo.  Reforço da aprendizagem e retomada de determinados conteúdos: para garantir o seu domínio e a sua consolidação. existem métodos próprios de ensino. disponibilizando para tal fim o acesso aos conteúdos escolares. são atitudes que já não condizem com a escola inclusiva. socialização. atendendo a seqüência de etapas.  Priorização de objetivos: que enfatizam capacidades básicas de atenção. como sugere os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998). As adaptações curriculares devem apontar flexibilizações em várias áreas. ADAPTAÇÕES CURRICULARES Prof. brincar. OBJETIVOS EDUCACIONAIS Se torna difícil cumprir com objetivos mesmo que organizando os meios e as formas de ensino. Podem ser consideradas ações adaptativas ao currículo:  Priorização de conteúdos: conteúdos que sejam funcionais e essenciais ou seja. participação. constituem possibilidades curriculares de atuar frente as dificuldades de aprendizagem dos estudantes.  Seqüência de conteúdos: que requeiram processos gradativos de menor à maior complexidade das tarefas. alterável. mas sim realizar adaptação do currículo regular para torna-lo apropriado às peculiaridades do estudante. um currículo dinâmico. Para atender tais necessidades se faz necessário organizar um programa adequado que dê conta de ensinar a partir das especificidades dos estudantes com dificuldade de aprendizagem. Isso é feito a partir da diversidade de situações e tarefas que tem o mesmo objetivo. fazer parte de um grupo. à ordenação da aprendizagem. adaptações e recursos de atendimento. Claudia Mara da Silva As adaptações curriculares. instrumentos para aprendizagens posteriores. possível de ampliação para que atenda os estudantes com dificuldade. Critérios: quais os critérios serão avaliados nessa habilidade? aí é que o professor elabora as atividades de acordo com a capacidade cognitiva do estudante. lembrando que para avaliar critérios. isso acontece porque é aluna de inclusão e a escola tem um projeto pedagógico para esse fim. vou imaginar um estudante não alfabetizado. etc. mas ao mesmo tempo se depara com estudantes que apresentam dificuldade ou deficiência em áreas do desenvolvimento. como ensinar e quando ensinar. vamos trabalhar na área de Língua Portuguesa 2º ano: Habilidades e competências: considerar a ordem alfabética na organização de registros como listas. Tem em mãos uma proposta de adaptação curricular mas pergunta- se: De que forma ensinar determinado conteúdo? Como vou fazer isso? Que tipo de material usar? Considerando que a criança com dificuldade de aprendizagem aprenda de uma maneira peculiar.O Professor não pode deixar de lado os componentes curriculares e as metas a serem atingidas. Exemplificando. dicionário. Os componentes curriculares e seus conteúdos precisam ser mantidos. Definir um planejamento pedagógico baseado em critérios que estabeleçam: o que ensinar. quais as formas de ensino mais eficiente para determinado estudante. as mudanças estarão na forma de apresentação da atividade. O estudante com dificuldade precisa trabalhar muito mais ou melhor repetir mais vezes que a criança sem dificuldade. preciso trabalhar com esse conteúdo. Digamos que o professor irá avaliar os seguintes critérios:  Identifica as letras do alfabeto?  Nomeia as letras do alfabeto?  Reconhece que o alfabeto é escrito de acordo com uma ordem e que a escrita das letras seguem uma seqüência?  Emprega a ordem alfabética na escrita de lista de palavras? (Como  Escreve as palavras ou copia escrevendo-as em ordem alfabética?)  Utiliza a ordem do alfabeto considerando a primeira letra das palavras? Na prática ficaria assim: (lembrando o aluno não é alfabetizado) . o professor elabora as atividades de acordo com os critérios a serem avaliados. torna-se lógica a ideia que seus materiais e os procedimentos de ensino sejam também diferenciados. No registro do desempenho pedagógico do estudante deve constar que as avaliações são elaboradas com adaptações e que o estudante não acompanha o desempenho acadêmico da turma. na visualização dos conceitos que serão ensinados e na proposta do ensino voltado para a diversidade. COPIE O ALFABETO NA ORDEM: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z ESCREVA AS LETRAS QUE FALTAM PARA COMPLETAR O ALFABETO A C D F I J K N P Q S V W Y RISQUE A PRIMEIRA LETRA DE CADA PALAVRA. COMEÇANDO DA PRIMEIRA PALAVRA. ABACAXI BANANA CAVALO DADO FOCA GATO JACARÉ LOBO ESCREVA A LETRA QUE VOCÊ RISCOU NA ORDEM. . sua capacidade de aprendizagem vai muito alem do esperado. as atividades são elaboradas a partir das sílabas com a vogal A. não há o que se possa fazer para modificar esse sentimento. É um desafio também para o professor promover aprendizagem. então sempre procurei conduzir minha prática de maneira. na proposta não se fala nome de letra. lavar as mãos.Perspectiva da proposta de Alfabetização. nosso “ensinar” precisa estar carregado de carinho. assim se faz necessário trabalhar com entusiasmo e ter a clareza que é preciso que sintam-se capazes de aprender. para os alunos com deficiência intelectual não é diferente eles precisam aprender a abrir uma torneira. que a ação pedagógica jamais poderia acentuar a incapacidade de quem não aprende e sim encontrar uma forma adequada de aprendizagem à singularidade de cada um. A partir dai comecei a desenvolver uma pesquisa e estudos sobre métodos de alfabetização. sentem-se incapazes. sua auto estima permite que acredite em si próprio como um ser que aprende. vestir-se e por que não aprender a ler e escrever? Cada um de nós sabe se está aprendendo ou não. Quando penso em “ensinar” acredito que devo ensinar aquilo que o aluno precisa aprender. Em relação aos alunos que utilizam a metodologia mesmo com suas limitações são capazes de ampliar sua aprendizagem e desenvolver seu cognitivo. Alunos que vem de fracassos contínuos na aprendizagem tem sua auto estima rebaixada. se uma pessoa não aprende do jeito que ensino. DESAFIOS DO APRENDER. Segundo Marion Welchmann “Se uma pessoa não pode aprender da maneira que é ensinada. Obs: essa é uma avaliação para professores que não trabalham com a proposta Desafios do Aprender. fazendo adaptações que julgava necessárias. este sentimento só será alterado se o aluno efetivamente realizar o ato de escrever e ler. utilizo esses dois métodos na proposta de alfabetização. Descobri e estudei o método Sodré e Método Fônico. a menina então leu um pequeno texto escrito em caixa alta e virou-se para a avó dizendo: “Viu vó como eu não sou burra . Considero que ensinar é a mais humana das artes. o aluno precisa vivenciar o sucesso. preciso ensinar do jeito que aprenda. Não saber ler ou escrever causa um menosprezo e o aluno traz esse sentimento consigo. Uma aluna pediu para que sua avó participasse de um atendimento. Quando alunos começam a escrever sentem- se mais confiantes em si mesmos. A aprendizagem precisa ser prazerosa. é melhor ensina-la da maneira que pode aprender”. Ora. é preciso que pessoas envolvidas no seu processo de aprendizagem não desistam em encontrar maneiras de ensinar. Ensinar é estimular a produção de sinapses. o condutor da aprendizagem. o aluno vivencia as tentativas. atribuir-lhes significados. Trabalhar com essa proposta é proporcionar ao aluno um ambiente desafiador. comparar e classificar. tornar possíveis estímulos intelectuais que . Cora Coralina escreveu:“Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina”. como os sons se organizam no âmbito da leitura ou da escrita.e aprendi a ler”. a escolha da metodologia baseadas nas diferentes necessidades e dificuldades que as pessoas apresentam. e pequenos textos. sei o avanço cognitivo que esses alunos alcançaram. quando for trabalhar em um supermercado por exemplo e alguém pedir um produto ele com certeza usará a leitura para distinguir o nome do produto. A prática leva o aluno a elaborar tentativas de leitura e escrita com auxilio de um material variado. o nome de um ônibus. O melhor caminho. A proposta de alfabetização Desafios do Aprender procura tornar as atividades interessantes e prazerosas para que a aprendizagem aconteça de maneira ativa. não importa que sejam só palavras. tolerância de erros para que desenvolva os esquemas de conhecimento. Tenho alunos que só faziam bolinhas e diziam que eram letras. O conhecimento do sujeito em seu processo evolutivo de aprendizagem. O professor é o mediador. iniciando com o desenvolvimento da consciência fonológica até chegar a leitura e escrita de palavras. o desrespeito aos reais níveis etários e possibilidades instrumentais dos estudantes. palavras. Nenhuma dificuldade se vence com método intempestivo. A aprendizagem ocorre de forma sistemática. confiante e muito otimista. reconhecer as palavras. Para aprendizagem das sílabas. observar e identificar. o que acarreta em exigências aquém ou alem da competência dos alunos. às particularidades dos estudantes. ordenada e progressiva. estimulante e ao mesmo tempo amigável. de decodificar fonemas representados por letras. é primordial para que o estudante possa pensar e compreender e assim aprimorar a aprendizagem da leitura e escrita. a observação de aspectos individuais – cognitivos ou afetivo emocionais. hoje escrevem e lêem as sílabas. A leitura e escrita são processos muito complexos e as dificuldades podem ocorrer de maneiras diversas: inadequação de métodos específicos. se você desenvolve um trabalho com bons resultados porque então não partilhar com outras pessoas para que também se utilizem da sua experiência para alfabetizar pessoas que precisam tanto aprender a ler e escrever. Muitos alunos aprenderão ler palavras. no caso da leitura. a troca. é possibilitar que aprenda mais sobre os sons da língua. relacionar e inferir. Vão se alfabetizar? Não sei. textos. O primeiro passo para ensinar o estudante atuar eficientemente com as dificuldades do acesso ao código escrito. um aluno que lê palavras terá condições de ler uma placa. é o entendimento que ler é ato de soletrar. conceituar. foram criados vários jogos que precisam ser utilizados para que a proposta se torne válida e aconteça a aprendizagem. facilita a atuação do professor mas o que trará bons resultados é a forma. O professor é fundamental nesse processo. é só fazendo um trabalho efetivo. Devemos levar em conta que algumas pessoas com DI não terão condições de tornarem-se leitores com habilidades para interagir com fontes de informações elaboradas ou resolver problemas complexos. criatividade. o professor que subestima a capacidade de aprendizagem do aluno não permite que ele avance no processo de desenvolvimento. Uma aluna me perguntou: “ xícara é com X ou CH?” Depende muito de cada aluno até onde ele vai chegar. então é como se descesse do céu um anjo e lhe soprasse palavras de agradecimento e essas palavras ficam gravadas no coração. linguagem. raciocínio lógico. Quando uma pessoa aprende a ler e escrever e você tem uma participação positiva nesse processo. muitos alunos avançam e chegam a leitura e interpretação de textos. A mediação do professor é que vai trazer bons resultados. a mãe entendeu o recado e ficou muito feliz. outros só palavras. A verdade é que sua crença na capacidade de aprendizagem dessas pessoas é que vai verdadeiramente valer como elemento de sucesso e te garanto: a sua satisfação vai valer a pena esse desafio. Mudanças boas acontecem a sua volta. Para aprender precisamos de estímulo em todas as áreas: memória. a apostila auxilia. já que é o responsável por criar situações que possibilitem a aprendizagem dos alunos inseridos naquele contexto. pontual e sistemático pra constatar. é como se viéssemos para este mundo para fazer exatamente isso. sistematiza. atenção. concentração. Um aluno com DI escreveu um bilhete para a mãe:” a xave ta na vizina”.acionem o cérebro e favoreçam a aprendizagem. mas eu só posso dizer que não conseguiu. ser capazes de desenvolver habilidades para superar suas necessidades de leitura e escrita do seu dia a dia facilitando sua independência e interação na sociedade. planejamento. para alguns podem parecer insignificantes. enquanto isso não acontecer tenho que continuar estimulando. mas poderão sim. abstração. para que aconteça a plasticidade neural. a qualidade dessa mediação. mas tem a alegria do dever cumprido. a credibilidade que ele deposita no seu aluno. o material. a maneira como o professor ensina. . alguns não conseguem. não deu certo se já tentei inúmeras vezes e de várias maneiras. percepção. para que compreenda todas as etapas do processo. O TRABALHO COM A MATEMÁTICA. o professor fará com que seu aluno construa seu conhecimento. AÇÃO  COMPREENSÃO  SIMBOLIZAÇÃO  ASSIMILAÇÃO O sucesso do trabalho com idéias matemáticas dependerá não só dos materiais disponíveis mas da habilidade do professor em usar esses materiais. Aprender é recriar. o estudante precisa vivenciar a matemática. (compreensão). encaminhar raciocínios e procedimentos lógicos. A aprendizagem se realiza através da prática. questionamentos. desenvolvendo assim o raciocínio lógico que será usado não apenas nas ciências exatas. Um ambiente com atividades ricas e estimulantes. lidar com grandezas.” Justina Motter Maccarini. Possibilitando a reelaboração de suas experiências e desenvolvendo a autonomia no pensar e no fazer matemática. Esse conhecimento deve ser gradativamente incorporado (assimilação). construindo habilidades. usar. relacionar e atribuir significados aos símbolos (simbolização) é fundamental na construção do conhecimento. “A matemática deve favorecer o pensar e o atuar. valores e atitudes que ampliem a visão de mundo. . material adequado e problemas reais a serem vencidos. Conhecer. a construção do conhecimento e a flexibilidade no apreender a realidade humana. calcular. (ação). avance em suas hipóteses e seja capaz de construir a “ação matemática”. mas em todas as áreas do conhecimento e da vida. utilizar adequadamente os diferentes recursos de ensino para que o aluno desenvolva sua capacidade de estabelecer relações. troca de idéias. reinventar. abstrair. CONTEÚDOS FUNDAMENTAIS DE MATEMÁTICA Vocabulário Fundamental 1. para o lado. cheio. mesmo sentido. 5. para trás.. setas. curto. baixo. 2. podemos classificar figuras geométricas. Noções de quantidade: muito. animais. noite. botões. habilidades que precisam ser trabalhadas para que o aluno estruture o pensamento para a aprendizagem. . começo. de costas. novo. mais leve. mais pesado. para baixo. etc. Noções de posição: dentro. ontem. pequeno. no meio. tampinhas. Noções de direção e sentido: para frente. dia. velho. quase cheio. antigo. mais velho de todos. na frente de. fino. pouco. o primeiro. à esquerda. largo. forma tamanho. Noções de tempo: antes. utilidade. mesmo tamanho. para a direita. mesma quantidade. Noções de massa: pesado leve. 7. menor. atrás de. mais tarde. Noções de grandeza: grande. meia volta. para cima. 3. iniciação as horas inteiras. . fora.. Na aquisição do conceito de número destacam-se as habilidades Pré Numéricas. maior. o último. Noções de capacidade: vazio. ao lado de. moderno. muito cheio. agora. comprido. semana. 4. de frente. mais perto de. espécie. mais longe de. meio e fim. alto. grosso. pouco cheio. frutas. depois. acima. brinquedos. . hoje amanhã. o que tem menos. abaixo. uma volta. o que tem mais. sentido contrário. à direita. 6. Classificação: agrupar segundo um critério: cor. dia. quase vazio. para a esquerda. mês. estreito. .  Por exemplo. Seriar conforme a cor: do mais claro ao mais escuro. menor que.  Se apresenta dificuldade para sequenciar. “dois” em “três” . 1 azul.. tampas por exemplo. . Inclusão hierárquica: colocar os objetos em relação de inclusão.2. etc. etc Contagem: contar tampinhas. 1 vermelha.. um quadrado..3. 1 tampinha azul. 1 vermelha. ordenar: blocos lógicos. dois triângulos.2. Correspondência Biunívoca: correspondência um a um. estabelecendo relações do tipo: maior que. Conservação de Quantidade: é o reconhecimento que o número de elementos de um conjunto não varia. Seriação: colocar em série.. botões. meninos e bonés . mais alto.3. . palitos.. palitos. tampinhas. quaisquer que sejam as maneiras como se agrupam esses elementos. cães e ossos. o maior. em ordem.. Sequência: é a sucessão de elementos dispostos de acordo com uma regra Uma sucessão de figuras geométricas que obedece à seguinte regra: um quadrado. se a criança tem dificuldade em realizar atividades de incluir o menor no maior (inclusão hierárquica) com o material manipulável. È preciso compreender que dentro de uma determinada quantidade encontram-se outras. também apresentará dificuldade no entendimento de que o 5 é maior que o 2 e que dentro do cinco eu tenho 1. Ex: xícaras e pires. menos que. também apresentará dificuldade para realizar a sequencia numérica. Ex: incluir tampas colocando a menor sempre na maior. contem o menor. que primeiro vem o 1.4. incluir mentalmente “um” em “dois”.. “Eu ouço e esqueço Eu vejo e me recordo Eu faço e compreendo” Confúcio .
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