A TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO NA AQUICULTURA

March 25, 2018 | Author: Rubinho Lima | Category: Aquaculture, Soil, Time, Conservation Biology, Tractor


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A TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO NA AQUICULTURAConcepção e implantação de um empreendimento Eng° de Pesca: Bruno C. Gonçalves da Rocha (AQUAGROTEC LTDA) Sumário: 1 - Introdução 2 - Concepção do empreendimento: 2.1 - Aspectos legais; 2.2 - Concepção atual de lay-out; 2.3 - Dimensionamento das estruturas do empreendimento. 3 - Implantação do empreendimento: 3.1 - Planejamento executivo; 3.2 - Metodologia e equipamentos utilizados; 3.3 - Noções práticas de mecânica de solo; 3.4 - Controle e análise operacional; 3.5 - Topografia aplicada; 3.6 - Enrocamento de taludes; 3.7 - Construção de obras de arte; 3.8 - Segurança. Anexos 1 1-Introdução A Aqüicultura, denominada como “o cultivo ou criação de organismos que tem na água o seu normal ou mais freqüente meio de vida” (IBAMA, Portaria nº 119 /1977), tem se mostrado como um dos sistemas de produção de alimento que mais cresce no mundo. O domínio de novas tecnologias inserido na aqüicultura tem proporcionado o reconhecimento como a atividade que detém a maior taxa de crescimento anual dentre as agro-industriais. Esse expressivo crescimento fez com que a produção de organismos aquáticos atingisse patamares significativos na escala de produção mundial, levando-se em consideração não somente a quantidade e a qualidade do produto obtido, mas a sustentabilidade do processo produtivo. O Brasil apresenta condições extremamente favoráveis para o fomento de vários segmentos da aqüicultura. Dentre estas, podemos citar: uma extensa área litorânea; grande diversidade de espécies aquáticas nativas e exóticas aclimatadas ao nosso ambiente; clima favorável e um grande potencial hídrico atrelado ao total domínio da cadeia produtiva da espécie cultivada. A aqüicultura entretanto, requer conhecimentos técnicos específicos para que se obtenha um funcionamento pleno da unidade produtora e, em conseqüência, um bom desempenho operacional, promovendo, assim, a inserção do empreendimento num modelo administrativo cada vez mais competitivo, onde a antiga fórmula produzir/vender tornou-se completamente obsoleta dentro do novo modelo investir/vender. A palavra investir apresenta-se como uma complexa cadeia de ações que inclui, dentre outras, a concepção e a implantação do empreendimento, sendo este projetado de forma a reduzir os custos inerentes à atividade e otimizar a execução do projeto bem como a tecnologia produtiva a ser aplicada, tendo como sua resultante um 2 produto com menor custo de produção e com a qualidade necessária para atender a demanda do mercado. 2-Concepção do empreendimento Ao se conceber um projeto de aqüicultura deve-se primeiramente conhecer o manejo operacional da espécie a ser cultivada, determinando área mínima e máxima dos viveiros de cultivo, renovação de água máxima diária, metodologia de despesca, etc... Pois todas as estruturas do empreendimento têm que ser idealizadas para atender o perfeito funcionamento do processo produtivo. É necessário também que haja conhecimento sobre a legislação ambiental pertinente ao cultivo da espécie escolhida, para depois se analisar a viabilidade técnica e econômica do empreendimento. Quando se considera a viabilidade técnica analisa-se a possibilidade de se implantar um empreendimento que atenda à legislação em vigor e ao processo produtivo, utilizando os métodos conhecidos de construção, existindo a viabilidade técnica não implicará necessariamente na viabilidade econômica do empreendimento, pois haverá casos que para torna-lo viável tecnicamente haverá um investimento muito alto que o inviabilizaria economicamente. 3 2.1-Aspectos legais A atividade de aqüicultura necessita de um licenciamento ambiental para poder funcionar legalmente, para as diversas formas de aqüicultura existem procedimentos padrões para obtenção da licença, porém dependendo da localização e do porte do empreendimento esses procedimentos podem ser mais complicados, sendo necessário o conhecimento da legislação pertinente à atividade como item básico para o desenvolvimento de qualquer projeto aquícola. De modo geral o licenciamento é feito pelos órgãos estaduais de meio-ambiente, ou pelo órgão federal quando a legislação assim definir. De toda forma a legislação estadual não pode ser menos restritiva que a legislação federal, tendo que conseqüentemente atender o disposto no código florestal (Lei N°4.771) e as resoluções do CONAMA (Conselho Nacional de Meio-Ambiente). Basicamente é necessário respeitar as áreas de preservação permanente e de reserva legal assim definido pelo código florestal: “II - área de preservação permanente: área protegida nos termos dos arts. 2o e 3o desta Lei, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas;” “III - Reserva Legal: área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas;” 4 Consideram-se de preservação permanente.” 5 .vinte por cento. 3) de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura. no mínimo: III . desde que sejam mantidas. pelo só efeito desta Lei. 2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura. são suscetíveis de supressão. assim como aquelas não sujeitas ao regime de utilização limitada ou objeto de legislação específica.vinte por cento. 5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros. 2° . e IV . a título de reserva legal.“Art. as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: a)ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja: 1) de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura. na propriedade rural situada em área de floresta ou outras formas de vegetação nativa localizada nas demais regiões do País. 4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura.” “As florestas e outras formas de vegetação nativa. ressalvadas as situadas em área de preservação permanente. na propriedade rural em área de campos gerais localizada em qualquer região do País. ” “Art.0 e menor ou igual a 50. conforme tabela a seguir:” PORTE Pequeno Médio Grande ÁREA EFETIVAMENTE INUNDADA (ha) Menor ou igual a 10. os empreendimentos individuais de carcinicultura em áreas costeiras serão classificados em categorias.com área maior que 50.0 (cinqüenta) ha. II . aqueles empreendimentos: I . tecnicamente justificado no processo de licenciamento.0 Maior que 10. “Art. que basicamente faz as seguintes exigências para obtenção da licença ambiental. quando potencialmente causadores de significativa degradação do meio ambiente. 2º É vedada a atividade de carcinicultura em manguezal.0 (cinqüenta) ha.0 (dez) ha poderão ser licenciados por meio de procedimento de licenciamento ambiental simplificado.0 “§ 1º Os empreendimentos com área menor ou igual a 10. 6 .com área menor que 50.Para a atividade de carcinicultura a legislação é mais específica sendo regulamentada pela resolução N° 312 do CONAMA.0 Maior que 50. desde que este procedimento tenha sido aprovado pelo Conselho Ambiental. 5º Ficam sujeitos à exigência de apresentação de EPIA/RIMA. de acordo com a dimensão efetiva de área inundada. 4º Para efeito desta Resolução.” “Art. ” “Parágrafo único. deverão observar. ouvidos os Conselhos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente e em conformidade com os Planos Nacionais. tendo portanto. a utilização das bacias de sedimentação como etapas intermediárias entre a circulação ou o deságüe das águas servidas ou. 14 Os projetos de carcinicultura. de 18 de junho de 1986. 7 .” “Art. dentre outras medidas de tratamento e controle dos efluentes.” “Art. A água utilizada pelos empreendimentos da carcinicultura deverá retornar ao corpo d`água de qualquer classe atendendo as condições definidas pela Resolução do CONAMA nº 20. Estaduais e Municipais de Gerenciamento Costeiro. 6º As áreas propícias à atividade de carcinicultura serão definidas no Zoneamento Ecológico-Econômico. o responsável pela concepção do empreendimento a obrigação de consultar a legislação estadual para que o empreendimento possa atender as necessidades legais. a critério do órgão licenciador.” Contudo cada estado pode ter sua legislação específica desde que não entre em desacordo com a legislação federal. a utilização da água em regime de recirculação. quando necessário.” “Art. 9º O órgão licenciador deverá exigir obrigatoriamente no licenciamento ou regularização de empreendimentos de carcinicultura as outorgas de direito de uso dos recursos hídricos.a serem localizados em áreas onde se verifique o efeito de adensamento pela existência de empreendimentos cujos impactos afetem áreas comuns.III . portanto o canal de abastecimento geralmente possui os diques de maiores sessões. definir provável área de reserva legal. c)Local de drenagem: A tendência atual é que haja a possibilidade da recirculação da água de drenagem. a depender da legislação estadual. escolhendo para isso área com topografia mais acidentada. levando em consideração que toda água drenada deve passar por uma bacia de sedimentação antes de ser descartada ao rio ou reaproveitada. sendo assim quanto mais alta forem as cotas 8 . d)Canal de abastecimento: É desejável que o canal de abastecimento tenha o menor comprimento possível.2. quando for possível. Havendo a possibilidade da área de reserva legal ser averbada em outro local. onde o processo de drenagem e abastecimento seja dificultada ou qualquer outro item que possa dificultar a implantação do empreendimento. No momento da definição do lay-out é preciso estar de posse do levantamento planialtimétrico da área e avaliar os seguintes pontos cruciais do empreendimento: a)Área disponível: Levando em consideração a legislação ambiental. o canal de abastecimento é a obra de terra quem tem a maior altura. b)Captação de água: Antes de tudo é necessário saber se a água a disposição é indicada para criação da espécie a ser cultivada. pois é necessário abastecer de forma eficiente os viveiros com cotas de fundo mais altas.2-Concepção atual de lay-out. porém é prudente manter sempre a alternativa de efetuar a drenagem em um ponto o mais longe possível da captação. pois como o abastecimento é geralmente feito por gravidade. com solo menos recomendado para construção de diques. em seguida analisar e definir o provável ponto de captação tendo preferência pelo local onde o manancial apresenta uma maior capacidade de renovação (maior vazão). principalmente em áreas com 9 . para isso é necessário saber a taxa de renovação diária. -Dimensionamento do canal de abastecimento.onde passará o dique do canal menor será a quantidade de material utilizado. energia elétrica.000m³ De posse da necessidade diária do empreendimento. Sistema de bombeamento: Com o objetivo de fornecer água que atenda de forma eficiente o processo produtivo. -Dimensionamento dos viveiros. -Dimensionamento das obras de arte (comportas e bueiros). V=área alagada(m²) x profundidade(m) x 12/ 100 V=300. para isso determina-se o tempo máximo de bombeamento diário.3-Dimensionamento das estruturas do empreendimento Os principais itens a serem dimensionados são: -Sistema de bombeamento. -Dimensionamento do volume de material a ser transportado..000m³ de água diariamente. -Dimensionamento do canal de drenagem. perdas por infiltração e por evaporação e freqüência e duração do abastecimento dos viveiros. é seguro considerar como média para empreendimentos de carcinicultura o abastecimento diário de 12% do volume de água total dos viveiros. o sistema de bombeamento deve ser definido nas seguintes etapas. ou seja: uma fazenda com 30ha de lâmina de água e viveiros com 1 metro de profundidade. desde que se adequem ao processo de implantação e produtivo. 2. e)Estruturas preexistentes: Sempre que possível deve-se aproveitar as benfeitorias que já existam na área do empreendimento como estradas. etc. Definir a vazão necessária ao empreendimento.000 x 1 x 12/100 V=36. edificações.. deve-se definir a vazão mínima requerida. vai necessitar de 36. influência do mar deve-se bombear nos horários em que o nível da água esteja mais alto diminuindo a altura manométrica entre a captação e o deságüe (aumento do rendimento da bomba) e captando uma água mais renovada. a altura entre a menor maré e o deságüe. o número de bombas.5 metro acima do nível do viveiro mais alto é também recomendável que o canal tenha uma pequena capacidade de armazenamento de água para atender alguma emergência.33l/s (para transformar m³/h em l/s basta dividir por 3. muito importante pois desta forma em qualquer momento é possível a captação. O dimensionamento das bombas fica a cargo da empresa fornecedora do equipamento. a seção molhada mínima do canal de abastecimento vai ser definido de forma que permita que a vazão 10 . Não é recomendável a utilização de apenas uma bomba para suprir a demanda de água do empreendimento devendo-se dividir a vazão necessária por pelo menos duas bombas. Embora o dimensionamento das bombas seja feito pela empresa fornecedora a escolha da empresa e do modelo deve-se considerar a eficiência e vida útil do sistema. para isso é necessário que se informe a vazão requerida por bomba. portanto torna-se mais econômica e seu custo mais alto inicialmente vai sendo diluído ao longo do tempo. Dimensionamento do canal de abastecimento: O canal de abastecimento deve transportar a água oriunda do sistema de bombeamento para os viveiros de cultivo por gravidade.000m³/h ou 833. Às vezes um sistema de bombeamento pode custar mais caro mas possui uma eficiência maior. definindo 12 horas de bombeamento diário. seria necessário um sistema de bombeamento de vazão de 3. pois em caso de quebra ou manutenção haverá como manter o fornecimento de água. A menor maré servirá para definir o nível mínimo de bombeio.6). desta forma é necessário que o nível do canal de abastecimento seja pelo menos 0. Utilizando o mesmo exemplo. a altura entre a maior maré e o deságüe e distância entre captação e deságüe. 05 a 4.23 a 0. argiloso 0.30 0.84 0. aplicado ao tipo de material utilizado na construção dos diques do canal de abastecimento. pois sua lâmina de água útil vai ser a diferença entre o nível da água do viveiro mais baixo e 0.76 a 0. seguindo a seguinte tabela: Material Velocidade máxima(m/s) Areia muito fina Areia solta Areia grossa Terreno arenoso comum Terreno sílico-argiloso Terreno argilo-silicoso Terreno compactado Cascalho piçarra Rocha resistente Concreto grosso.57 4.30 a 0. para evitar o processo erosivo. aplicado ao tipo de 11 .76 0.91 0.5 metro acima do nível da água do viveiro mais alto. Portanto a seção útil do canal vai ser definida pelo trapézio formado entre as alturas mínimas e máximas. Dimensionamento do canal de drenagem: De forma semelhante ao canal de abastecimento o canal de drenagem deve ter uma sessão mínima que permita que a vazão máxima respeite a velocidade máxima aceitável.46 0.91 a 1.57 a 6.máxima do sistema de bombeamento respeite a velocidade máxima aceitável.61 0.10 O canal de abastecimento para carcinicultura não pode ser analisado como um canal típico.84 a 0.61 a 0.52 a 1.46 a 0. para evitar o processo erosivo.83 3.14 1. 00 metros para os não trafegáveis e 4. produção a ser despescada. além de servir como passagem para veículos e pessoas sobre os canais. pois essa seria a situação mais crítica. a depender da qualidade do material.material utilizado na construção dos diques do canal de drenagem. contudo para determinação da sessão mínima é necessário que se leve em conta o viveiro mais baixo. para que permita a perfeita trafegabilidade e os diques devem ser dimensionados para 12 .00 metros para os trafegáveis. Em via de regra para viveiros de carcinicultura utiliza-se como vazão o volume do maior viveiro que possa ser drenado em 10 horas acrescentando um fator de segurança de 20%. números de viveiros possíveis. que serve para controlar a entrada de água nos viveiros. enquanto que 01 ha é o mínimo normalmente encontrado. declividade do talude geralmente 1:2 chegando a 1:3. Os bueiros e comportas devem ter um tamanho padronizado. que facilita muito o manejo das tábuas de controle de água e das telas. desta forma devemos encontrar a nossa vazão máxima ou no canal de abastecimento ou no de drenagem e com isso definir a seção das obras de arte que atenda a essa vazão. levando em conta a relação de que quanto maior o viveiro menor o custo de implantação por hectare e menor a produtividade. comporta de drenagem. Tendo em vista as altas produtividades alcançadas os viveiros máximos aceitáveis são de 05 ha. Dimensionamento das obras de arte (comportas e bueiros): As obras de arte típicas encontradas são: comporta de abastecimento. Os diques dos viveiros terão formato trapezoidal. 3. e largura de crista definida de acordo com sua necessidade de trafegabilidade. que controla a saída de água dos viveiros e os bueiros que controlam o fluxo de água nos canais. Dimensionamento dos viveiros: Para se definir as dimensões dos viveiros é preciso levar em consideração a rotatividade do cultivo. os diques trafegáveis devem ter uma camada de 20 centímetros de revestimento primário (piçarra). Escavação do canal de drenagem: Com o objetivo de ligar a saída dos viveiros à bacia de sedimentação o canal é escavado e o material proveniente servirá para construir os diques de drenagem. essa escavação dá origem a um volume de material que precisa ser removido e será usado nos aterros dos diques. Construção das valas de drenagem internas dos viveiros: Constróise as valas de drenagem com a função de escoar a água da despesca são construídas valas de drenagem e o material escavado servirá para construção dos diques divisórios. utilizando também caminhões basculantes.permitir um bordo livre de 70 cm e profundidade de 1 metro na parte mais rasa do viveiro. Regularização de platô de viveiro: Com o objetivo de diminuir a altura do dique do canal de abastecimento os platôs mais altos são rebaixados e servem de jazidas para a confecção dos mesmos. para isso será necessária o transporte de material feito comumente com caminhões basculantes. porém como 13 . Escavação do canal de abastecimento: Não é necessário regularizar nem aprofundar o canal de abastecimento. O dique do canal de abastecimento deve ter sua cota de coroamento de modo que possa permitir um bordo livre de 70 cm e que o nível da água fique 50 cm acima no nível do viveiro mais alto. considerando como principais fontes os seguintes itens: Escavação da bacia de sedimentação: Tem o objetivo de acumular água vinda da drenagem. principalmente no do abastecimento. as valas de drenagem tem largura e profundidade variável a depender do equipamento utilizado como também da necessidade dos diques. depois faz-se o balanceamento do movimento de terra com o material disponível na própria área do empreendimento. Dimensionamento do volume da terraplenagem: Antes de tudo é necessário predefinir as cotas de coroamento dos diques e cota máxima de cada platô de viveiro. Uma vez determinadas as áreas das seções consecutivas. Cálculo do volume de terra na construção dos diques e escavação de valas e canais: O cálculo do volume de terra a ser escavado ou aterrado. 14 . será escavado o máximo possível o fundo do canal e o material será utilizado para a construção dos diques dos canais de abastecimento. devido a distância do dique. em primeiro lugar é calculada a área das seções transversais.essa escavação origina um material mais barato. sendo o volume total o somatório desses volumes. o volume deverá ser definido pela média dessas seções multiplicado pela distância entre as duas sessões. é feito a partir das áreas das seções transversais e das distâncias entre elas. 00 4.00 Comprimento 132.80 4.80 193.44 20.00 3.00 4.00 1.00 1.56 2.88 12.80 4.20 4.84 174.80 4.86 Total 1.33 Total 1.55 8.80 4.80 Seção Volume 9.00 4.61 196.04 9. primeiro loca-se o dique sobre o levantamento planialtmétrico e determina-se as estacas passando pelo eixo do dique e com uma distância conhecida entre elas. Para determinar a cota do terreno natural. as cotas não coincidirão com as estacas sendo necessário fazer uma interpolação entre as cotas mais próximas.Planilha de cubação de um dique trafegável Estacas 0 1 2 3 4 5 6 6+12 Cota terreno natural 2.44 2.75 183.84 200.75 20.41 180.00 Altura do dique Distância 1.00 3.20 4.00 3.00 1.80 4.85 20.68 12.26 9.85 0. provavelmente se o levantamento for em plano cotado ou curva de nível.00 20. 15 .00 3.00 3.82 20.20 4.00 3.00 1.18 2.96 8.00 1.32 Cota coroamento do dique 4.80 4.18 2.00 3.35 2.00 2.20 2.53 179.00 1.76 20.00 1.00 1.00 7.62 0.00 4.50 9.41 0.24 Sendo: Altura do dique = Cota coroamento do dique-Cota terreno natural Seção=((Altura do dique x 4 +Crista)+Crista)/2) x Altura do dique Volume=(seção+seção anterior)/2 x distância Volume total= Σ dos volumes.44 2.256.00 1.30 8.32 Cota coroamento do dique 4.16 8.00 1.65 0.30 10.00 Seção Volume 9.00 7.65 20.02 20.08 10.35 2.68 122.89 125.65 Planilha de cubação de um dique não trafegável Estacas 0 1 2 3 4 5 6 6+12 Cota terreno natural 2.62 184.45 2.00 197.227.60 170.20 Altura do dique Distância 1.70 11.20 2.00 Comprimento 132.00 Crista 4.20 4.00 4.00 4.80 20.00 2.25 9.20 4.20 4.45 2.59 11.64 20.00 1.00 Crista 3.80 4.00 1.00 4.56 2.99 185.55 20.56 20.35 2.20 4.35 2.19 190. antes e depois da escavação. nos platôs dos viveiros ou qualquer outro lugar que sirva de jazida. Na realidade calculamos o material necessário para execução do dique. Para o cálculo do volume escavado tanto na bacia de sedimentação.Vale lembrar que essa forma não é mais correta de se determinar volume de diques. assunto que será abordado em seguida. pois na realidade se trata de um prismóide e seria necessário fazer a correção prismoidal. Esses pontos são fixados e bem determinados em planta. o método de cubagem consiste em determinar as cotas de certos pontos na superfície do terreno. Dessas alturas é possível calcular os volumes. as diferenças de cotas dão as alturas escavadas. porém na prática é inviável proceder desta forma tendo em vista as dificuldades inerentes às irregularidades do terreno e às expansões e contrações que ele sofre ao ser escavado e deposto. porém os volumes escavados e transportados serão diferentes. 16 . Sendo os pontos correspondentes antes da escavação sempre colocados na mesma vertical dos determinados depois. Se os pontos são previamente fixados em uma rede retangular de área igual a A e as alturas de escavação são H1. É preciso determinar as obras prioritárias e definir a metodologia de construção para cada etapa do empreendimento. Deve-se dividir o empreendimento em etapas de forma a atender à capacidade financeira do empreendedor. porque no segundo nivelamento não se conseguem pontos exatamente na mesma vertical que os primeiros. evitando deixar o capital imobilizado com inversões não necessárias. 3-Implantação do empreendimento Determinada a viabilidade técnica e econômica do empreendimento. definindo uma unidade 17 . H3 e Hn. teremos para o volume total: V = A ΣHn/n Em geral. quanto menos perfeitamente for possível fazerem-se os nivelamentos. Assim a fórmula acima torna-se tanto mais imprecisa. Dando sempre prioridade as obras essenciais para o perfeito funcionamento do empreendimento. na prática não se consegue essa regularidade. porém mais ou menos inclinadas.1-Planejamento executivo Um planejamento bem feito da execução do empreendimento é muito importante pois permite que a implantação seja feita de forma a otimizar o tempo e o investimento. 3. é necessário planejar a execução de forma a colocar o empreendimento em operação o mais breve possível. e são irregulares os limites de escavação e as alturas não são verticais. de forma ordenada e segura. H2. o que não impede que diques e os trechos que não possuam obras de arte sejam construídos ao mesmo tempo. Portanto a escavação da bacia.mínima produtiva para que o empreendimento comece a gerar receitas antes da sua conclusão. pois tem sido uma causa muito comum no atraso da operacionalização dos empreendimentos. quando se leva em consideração para o nível mínimo de bombeio a cota de maré mínima. 18 . poucas áreas terão topografia que evite a escavação da mesma. canal de abastecimento e drenagem (que atenda essa unidade). onde é obrigatório o uso de bacia de sedimentação. sendo a bacia responsável por armazenar a água oriunda da drenagem dos viveiros. pois é a obra construída com cota mais baixa. bueiro de captação/recirculação. principalmente o do abastecimento. Portanto é recomendável que a casa de bombas seja a primeira obra de implantação de um empreendimento. que servirá como jazida fornecendo material para construção dos diques. Concomitantemente à construção da casa de bombas deve ser dado início a construção das obras de artes mais prioritárias (bueiros de captação/recirculação e comportas de abastecimento e drenagem). necessariamente tem que possuir uma cota de fundo mais baixa que a drenagem dos viveiros. comportas de abastecimento e drenagem. e quanto maior for o diâmetro da tubulação de captação maior terá que ser a submergência mínima da sucção. deverá ter início com maior brevidade. Para projetos de carcinicultura. Nessa unidade mínima com certeza fará parte o sistema de bombeamento. pois é mais eficiente que as obras de arte sejam construídas antes dos diques. Na implantação de projetos de carcinicultura a implantação do sistema de bombeamento tem sido a etapa mais trabalhosa e mais complexa. considera-se para efeito de produtividade o tempo necessário para conclusão dos tombos. sendo bastante produtivo na construção de diques e no enchimento de caminhões basculantes.3. O trator associado com escavadeira é bastante utilizado na construção de diques divisórios. só considera-se como produção da máquina o que realmente for lançado no local do dique e o tempo gasto para isso. rolo compactador. sendo uma máquina muito eficiente para corte e transporte para pequenas distâncias. Essa máquina possui capacidade de giro de 360°. pá mecânica. principalmente para cortes acima de 50 cm. Escavadeira hidráulica: È um equipamento utilizado no corte de material. em cristas de diques e nos taludes. a escavadeira lança o material no dique e em seguida o trator quebra o material em camadas nunca superior a 50 cm. De forma prática considerase como “tombo” o termo que designa o lançamento do material em um ciclo da máquina. onde sem dúvida a escavadeira hidráulica vem se mostrando o equipamento de maior versatilidade. também é utilizado para acabamento em fundo de viveiros. além do alcance da lança. caminhão basculante. motoniveladora. agindo da seguinte forma: o trator executa um tombo colocando o material ao alcance da escavadeira. quando for necessário mais de um tombo para levar o material cortado para o local de descarrego. Cada equipamento tem sua particularidade e aplicabilidade. sendo o tempo do ciclo e capacidade da concha os componentes para determinar a produtividade desse equipamento. a depender da potência do trator. sendo que quanto menor for o ângulo mais rápido ela completará o ciclo de carga/descarga.2-Metodologia e equipamentos utilizados Na terraplenagem atualmente os equipamentos mais utilizados são: Escavadeira hidráulica. trator de esteira. ou seja. Trator de esteira: É muito comum sua utilização na construção de diques. 19 . caminhão pipa e scraper. utilizado principalmente em distâncias curtas. apesar de ser uma máquina bastante versátil ela é pouco produtiva sendo usada basicamente para quebrar material lançado e para acabamento. sendo muito importante a idoneidade dos funcionários responsáveis pelo registro da quantidade de viagens. quando o contrato é por viagem. sendo pouco eficiente no corte de material. excetuando-se alguns casos onde a pá mecânica consiga efetuar os cortes. pois poderá aumentar o custo do material transportado. A quantidade de caminhões deve ser bem dimensionado para que a máquina responsável pelo enchimento não fique ociosa. Caminhão pipa: É usado para umedecimento das camadas de aterro. portanto deve-se ficar atento à capacidade do caminhão. sendo portanto necessário trabalhar com um trator de esteira. Motoniveladora: São tratores construídos sobre rodas pneumáticas e que empurram uma lâmina móvel. fixa à estrutura da máquina. Pá mecânica: Também conhecida como enchedeira é utilizada principalmente no enchimento de caminhões. geralmente são contratados por viagens. é utilizado na compactação de aterros que já tenham sido devidamente regularizados por um trator de esteira ou uma motoniveladora. os tipos mais usados são: pé de carneiro e o rolo liso. Scraper: São máquinas escavadoras e transportadoras.Caminhões basculantes: É o equipamento mais utilizado para maiores distâncias. sendo e outra necessário o um equipamento para o carregamento para espalhamento. A lâmina da motoniveladora é presa a um sistema que possibilita uma movimentação completa. pois é necessário para uma boa compactação que o aterro esteja numa umidade ótima. sendo bastante vantajoso pois ao 20 . determina-se um valor por metro cúbico por quilômetro transportado. para que não seja transportada uma quantidade inferior à contratada. Rolo compactador: Pode ser puxado por um trator de pneu ou ser autopropulsor. para isso é necessário determinar o ângulo de atrito interno do solo. No caso de solos arenosos nos aterros compactados mecanicamente. sendo necessário compreender como funciona a expansão. Numa areia esse coeficiente é praticamente nulo. que facilita a compactação do aterro. Geralmente se usa taludes com declividade 1:2 para solos com boa presença de argila e de 1:3 para solos mais arenosos. em geral há uma diminuição de volume. o volume final que vem ocupar pode ser menor que o ocupado na jazida. pode haver um aumento até de cerca de 25% do volume escavado. pois determinase a declividade natural do material. 3. compactação e adensamento para cada tipo de solo. por outro lado. A porcentagem de expansão varia conforme a natureza do solo.3-Noções práticas de mecânica de solo Atualmente os empreendimentos de carcinicultura são construídos em quase todo tipo de solo.liberar o material ele o faz em camadas bem finas. sendo necessário conhecer o comportamento do solo a ser trabalhado pois cada uma pode gerar valores diferentes para cálculo do corte. aterro do material. o solo expande e o volume de terra realmente obtido é maior que o volume cortado. e declividade do talude. da ordem de 5 a 10%. devido aos vazios que aparecem entre os torrões formados durante a escavação. O volume de terra escavado é medido pelo volume cortado na jazida. Nos solos argilosos a redução de volume pela compactação é de cerca de 10 a 25%. enquanto que numa argila pode chegar até 20%. transporte. Quando o solo é simplesmente lançado em aterros não compactados. empolamento. quando o aterro é compactado. porém devido à descompressão. 21 . pois tem que se otimizar o tempo das máquinas para que passem o maior tempo possível produzindo. para que todos envolvidos na construção saibam exatamente o que e como fazer durante o dia. com medições semanais. é necessário um registro diário e detalhado das atividades das máquinas e do pessoal contratado. A terraplenagem é o item onde é comum apresentar surpresas nem sempre positivas para o empreendedor/construtor. alugando ou comprando as máquinas ou pagando pelo serviço executado.2 dado por: m = tgi/tgϕ 3. onde deve ser respeitado um fator de segurança de 1. é preciso um acompanhamento das obras executadas bastante rigoroso. i é o ângulo do talude com a horizontal e ϕ ângulo de atrito interno do material. é preciso ter subsídios que possam determinar o custo de todos os itens. é igualmente importante que as atividades sejam executadas com seriedade e qualidade. onde poderá ser calculado o valor do metro cúbico construído. Quando o empreendedor opta por alugar ou comprar os equipamentos de terraplenagem. portanto uma fiscalização da 22 . Basicamente existe duas formas de executar a terraplenagem. i < ϕ em que :. além de ser realizado uma programação diária das atividades. pois a eficiência das máquinas depende muito da experiência do responsável pela obra. Além do controle das atividades de todos os envolvidos na construção.4-Controle e análise operacional Na implantação do empreendimento é necessário um controle efetivo dos gastos.A condição geral de estabilidade de um talude é: tgi < tgϕ :. -Despesas com transporte das máquinas -Outros. -Alimentação. Pra análise de custos devem ser considerados todos os gastos necessários para a produção de uma unidade de metro cúbico. Talvez o item mais difícil e que pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso está na relação pessoal com os funcionários envolvidos. -Depreciação dos equipamentos adquiridos. já que é uma atividade que não produz ela tem que ser feita no menor tempo possível. É preciso identificar quais os equipamentos de produção e quais o de acabamento. sendo os principais gastos: -Aluguel de máquinas e equipamentos. devendo-se sempre que possível diversificar o mínimo possível as atividades das máquinas. 23 . É praticamente impossível fiscalizar todos os funcionários durante todo o tempo. -Salário e encargos de toda equipe envolvida. Quando a máquina estiver executando um serviço de produção devemos preparar uma logística para que ocorra o mínimo de interrupção possível no trabalho executado.metodologia utilizada por operadores de máquinas é essencial para uma execução mais rápida e menos dispendiosa. Quando o serviço for de acabamento é necessário fiscalizar a forma e velocidade que o serviço vai ser executado. portanto é necessário que todos trabalhem com metas e que sejam gratificados ao alcança-las. -Custo do capital empatado na compra de equipamentos. mantendo acima de tudo a liderança e o respeito de todos. -Despesas com manutenção. pois é necessário manter todos cientes da importância da atividade de cada pessoa e manter-las motivadas e comprometidas com o serviço. identificando quais os operadores são mais aptos para determinado tipo de serviço. 24 . orientando sempre o estaqueamento de forma padronizada e definida pelo projeto. pois deverá ser pago o serviço executado. porém é de extrema importância o acompanhamento da execução das obras.5-Topografia aplicada O serviço de topografia é um dos itens mais importantes na construção de um empreendimento de carcinicultura. Locação e marcação dos diques: De posse do valor da cota de coroamento e largura da crista. -Medição da obra executada. sendo a metodologia a ser empregada definida no momento da contratação e todos os registros topográficos iniciais têm que ser feitos para que a medição seja mais fidedigna possível.Quando o serviço é terceirizado o controle dos gastos com os não é tão importante. ficando a cargo da contratante definir as prioridades da obra. Sendo o mais importante a fiscalização da qualidade do serviço. -Locação das obras civis e de arte. Sendo necessário o acompanhamento da execução do aterro para evitar que ultrapasse o limite de coroamento do dique. ficando responsável por: -Locação e marcação dos diques. -Locação e marcação dos cortes. É conveniente controlar a execução através de ordem de serviço. o topógrafo locará o eixo do dique e definirá estacas pelo menos a cada 20 metros. O topógrafo é a peça responsável por tirar do projeto as informações e colocar no campo para que se possa ser executada a obra. 3. depois procede-se com o nivelamento das estacas e em seguida a marcação das alturas do aterro e largura da base maior (off-set) que definirá a sessão do dique para cada estaca. pois geralmente são construídas em locais com alta salinidade. deve-se tomar bastante cuidado com o 25 . mas basicamente é feito de duas formas. Medição da obra executada: Muito importante e cuidadosa essa atividade. como qualquer construção. antes da ação das marolas ou depois da ação com a recomposição da região degrada por material mais resistente. pois é o fator principal para a análise de custo da obra. devem ter alguns cuidados básicos na sua execução.Locação e marcação dos cortes: O procedimento é semelhante ao do dique porém não será definido aterro e sim cortes. 3.6-Enrocamento de taludes Com o objetivo de proteger as paredes dos diques da ação abrasiva das marolas formadas pela ação do vento evitando a erosão dos diques e o aumento de sólidos em suspensão na água do cultivo faz-se o enrocamento dos taludes dos diques. ficando sempre registrado o nivelamento do terreno natural para futura análise da produtividade das máquinas. Sempre que possível deve-se evitar a construção de bases de pedras argamassadas.7-Construção de obras de arte As obras de arte. pois pela irregularidade das pedras é comum ficar vazios entre elas dando condições de criar um caminho preferencial para a passagem da água. sempre dando-se preferência a elementos de fácil aquisição na região do empreendimento. Locação das obras civis e de arte: Também fica a cargo da equipe de topografia locar os eixos principais das obras civis e de arte e colocar as alturas definidas em projeto. Basicamente o enrocamento é feito com um grande variedade de materiais. geralmente no lado que ocorre a maior incidência de ventos. 3. havendo um grande risco de acidente. facilitando muito a operação. pois apresenta uma baixa rugosidade. alta durabilidade e fácil manejo. 26 . porém é necessário um cuidado redobrado no reaterro dessa tubulação.recobrimento mínimo das ferragens definido pelo projeto. todos são muito utilizados havendo uma tendência atual de utilização do Rib-loc. pelo seu baixo peso. sendo a areia adensada o material mais indicado. deve-se prestar muita atenção com a altura dessas obras pois é difícil manter um padrão para as mesmas. sendo a cota de fundo da laje das obras de arte assim definida: Obra Comporta abastecimento Comporta drenagem simples Cota de coroamento de Cota acabado de Cota acabado do do Cota de fundo do platô do dique Cota viveiro dique -20 cm em relação a cota mais baixa do viveiro Comporta drenagem em Y de Cota acabado do dique -20 cm em relação a cota mais baixa dos dois viveiros Bueiro Cota acabado do dique -20 cm em relação a cota do canal Nas obras de arte são usados basicamente três tipos de galeria: Galeria de alvenaria (seção quadrada). manilhas de concreto e tubo de PVC Rib-loc. sendo que sua altura varia com a cota do terreno e a cota de coroamento do dique. é muito importante que o caixilhos (ranhura que correm as tábuas) seja padronizado para todas as obras de arte do empreendimento. para que se perceba se existe estratificação do terreno. o mesmo procedimento deve ser adotado para os viveiros. outro ponto importante é a análise do solo. As obras de arte devem ser aterradas com material argiloso e compactadas com camadas nunca superiores a 20 cm. e um período de 24 horas de observação entre os enchimentos. no período de observação devem ser realizadas rondas a cada hora. numa profundidade maior que as valas vizinhas (cut-off). 27 .8-Segurança Na implantação de projetos de carcinicultura os maiores problemas ocorridos estão sempre associados a demora da detecção dos problemas e falta de cuidado na execução dos projetos. Recomenda-se que o enchimento do canal seja feito de forma gradual. sendo perigoso a presença de camadas de areia entre materiais menos permeável. tomando cuidado em observar principalmente as obras de arte. Sendo a maioria deles causados logo após o enchimento de canais e viveiros. cerca de 10% por enchimento.3. sendo necessário a construção de uma fundação substituindo com material homogêneo e menos permeável possível no eixo do dique. principalmente na região da drenagem. ANEXOS 28 . Vista de um canal de abastecimento de um empreendimento de carcinicultura. 29 . Vista de um canal de abastecimento de um empreendimento de carcinicultura. Vista frontal de uma comporta de drenagem (lado do viveiro). 30 .Vista frontal de uma comporta de abastecimento (lado do canal). Monge de saída de comporta de drenagem. 31 .Bueiro triplo em canal de abastecimento. Casa de bombas Casa de bombas 32 . Casa de bombas Vista de um viveiro de carcinicultura 33 . 34 . 35 . 36 .CONTROLE DE HORÍMETRO NOME DO OPERADOR: DATA: EQUIPAMENTO HORA RELÓGIO INCIAL FINAL TIPO HORÍMETRO KM INICIAL KM FINAL LOCALIZAÇÃO DO EFETIVO X Nº. ATIVO: 003-0131 003-0147 003-0204 003-0227 003-0299 003-0298 008-0290 011-0144 011-0192 009-0101 009-0119 009-0128 009-0095 009-0121 009-0085 EQUIPAMENTO TRATOR ESTEIRA D6-C TRATOR ESTEIRA D6-D TRATOR ESTEIRA D6-D TRATOR ESTEIRA D6-D TRATOR ESTEIRA D6-M TRATOR ESTEIRA D5-E PÁ MECÂNICA 924F ROLO CA-25 ROLO CS-531C ESCAVADEIRA VOLVO EC-240 ESCAVADEIRA 320CL ESCAVADEIRA 320B ESCAVADEIRA PC200 ESCAVADEIRA PC200 ESCAVADEIRA PC220 X Nº. ATIVO: 009-0066 009-0053 006-0315 ALUGADA 011-0172 003-0200 003-0205 009-0084 009-0114 ESCAVADEIRA PC220 ESCAVADEIRA PC220 MOTONIVELADORA 140H EQUIPAMENTO RETROESCAVADEIRA FB-80 ROLO VAP-70 TRATOR ESTEIRA D6-D TRATOR ESTEIRA D6-D ESCAVADEIRA PC200 ESCAVADEIRA PC200 Planilha de controle das horas das máquinas. GER. OPERAÇÕES Obs.DIÁRIO DE OBRA Tempo: D i a: Folha corrida nº: Folha nº: S T Q Q S S D Bom Instável Chuvoso Ocorrências: D a t a: Obs. DE CONTRATO Modelo de relatório diário 37 . DE CONTRATO Visto OBRA: Visto OPERAÇÕES: Visto GER. Obra: Med. Larg. Larg. Dimensões Compr.Memória de Medição Quantidade Ítem Discriminação Un Previsto Acum. Nº: Galpão Alt Vez Parcial -2 TOTAL (1 + 2) Resp. Alt Tanques Vez Parcial -1 Dimensões Compr. pela Medição: Engº de Contrato: Contratado: Planilha de medição das obras executadas 38 . Carregamento de caminhões com escavadeira hidráulica Escavadeira hidráulica trabalhando em conjunto com um trator de esteira 39 . 40 . Rib – loc.Comporta de abastecimento com manilha de concreto Tubo de PVC. Construção de comporta de drenagem em Y Compactação do reaterro de uma comporta de abastecimento 41 . arrumada sobre camada sintética.Equipe de topografia Enrocamento de talude com pedra faceada. 42 . recompondo parte do dique erodido. 43 .Enrocamento de talude com pedra faceada. Enrocamento de talude com seixo rolado. arrumada sobre camada sintética. recompondo parte do dique erodido. Resultado de uma obra que não atendeu as normas corretas de construção. 44 .Enrocamento de talude com seixo rolado.
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