A Saga de Jeitosinha

March 20, 2018 | Author: Jardel Sabino | Category: Ambrose, Love, Man, Science, Nature


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A SAGA DE JEITOSINHASensacional novelão em fascículos, de Nelson Rodrigues Capitulo I - Nascimento de Jeitosinha Ambrósio e Marilena já tinham seis filhos, mas a iminência da chegada de um sétimo rebento criava um clima de tensão no lar. As seis tentativas anteriores não foram suficientes para realizar o sonho do homem ser pai de uma menina. !ont"nuo num banco de pe#ueno porte, indiv"duo de temperamento dif"cil e tendo sido v"tima de tortura durante a inf$ncia %era obrigado a se vestir de marinheiro e usar botinhas ortopédicas&, Ambrósio vivia como uma bomba prestes a e'plodir. (or isso Marilena nem se espantou #uando o marido, com um tom de voz até doce se comparado ao tratamento habitual #ue dispensava a fam"lia, decretou ) *e for outro cueca eu te mato, sua vaca+ (ara a sorte da pobre mulher, Ambrósio estava no trabalho #uando ela entrou em trabalho de parto. Ao conferir, com a crian,a ainda nas mãos da parteira, #ue se tratava de mais um menino, Marilena chorou compulsivamente. -ona .air, a velha parteira, tentou consolá)la com as palavras simples mas sábias dos humildes ) / depressão pós)parto. 0stima)se #ue ela atinja 123 das puérperas. 0la pode ser severa e resistente ao tratamento farmacológico, mas o estrogênio ) em doses decrescentes, durante duas semanas, mimetizando o ciclo ovariano...tem sido eficaz em alguns casos, viu, 4fia4 5 ) .ão é isso, -ona .air... ) interrompeu a mulher, entre lágrimas. 6 problema é #ue o Ambrósio vai me matar se souber #ue é outro varão... -ona .air era uma mulher e'periente. !om um sorriso maroto, sugeriu ) *e é assim, crie o garoto como se fosse uma menina. Ambrósio nunca saberá a diferen,a... ) A senhora acha #ue isso pode funcionar5 ) animou)se Marilena. ) 7á vi demais... 8embra da#uela piv9 #ue jogava na sele,ão de bas#uete 5 Agarrando)se a#uele fio de esperan,a, a mãe abra,ou carinhosamente a crian,a e encheu)se de ternura. ) /... pode dar certo. Até #ue ele é jeitosinho... ) 7eitosinha, 4fia4... ) corrigiu .air ) 7eitosinha+ !onseguirá Marilena levar esta farsa adiante5 %Até o pró'imo cap"tulo& Capitulo II - A farsa .ão foi dif"cil esconder do pai da crian,a a verdade sobre 7eitosinha. Ambrósio era um homem conservador e moralista, embora seus atos não correspondessem : disciplina rigorosa #ue impunha aos filhos e a esposa. (or esta razão, ninguém estranhou #ue desde muito cedo a ca,ula tenha sido criada em total isolamento em rela,ão aos seis irmãos, sob o olhar atento de Marilena. (ara Ambrósio e os vizinhos, a inten,ão da mãe era preservar a honra e inocência da filha. A menina era o tesouro de seu pai. *em contato "ntimo com outras crian,as, a própria 7eitosinha cresceu desconhecendo sua real condi,ão de travesti. 6s tra,os finos da crian,a colaboravam, e #uando a adolescência chegou, Marilena passou a misturar horm9nios femininos ao ;iot9nico <ontoura #ue dava diariamente a menina, com resultados surpreendentes. Aos =2 anos, 7eitosinha era não apenas uma mulher, mas a mulher mais bonita do bairro. <oram raros os incidentes #ue amea,aram revelar o segredo de Marilena. 6 mais grave aconteceu #uando a menina tinha 1> anos. 0ra uma tarde de -omingo #uando Arlindo, o irmão mais velho, entrou na sala gritando ) 0u vi a 7eitosinha fazendo 'i'i em pé+ 0u vi a jeitosinha fazendo 'i'i em pé+ !om presen,a de esp"rito, antes mesmo #ue Ambrósio raciocinasse sobre a frase, Marilena deu um safanão no rapazote ) 0spiando sua irmã no banheiro, não e, safado5 -iante da possibilidade de #ue a intimidade inocente de sua filhinha tivesse sido violada, Ambrósio deu uma surra de cinto no pobre Arlindo. *ó depois de muitas chibatadas é #ue foi cair a ficha ) (era", mole#ue. ?ocê disse #ue viu sua irmã mijando em pé5 @ue história é essa5 Mas #uando Arlindo saiu do coma, uma semana depois, o pai já nem se lembrava mais da pergunta formulada segundos antes de ele perder os sentidos. (ara Ambrósio, tratava)se apenas de uma brincadeira do jocoso Arlindo. A#ueles foram dias dif"ceis para Marileusa. Mas a crise #ue a#uela pobre mãe zelosa enfrentava agora, cinco anos depois, era muito mais grave. 0stava chegando a hora de contar a verdade a filha 7eitosinha estava apai'onada. 7eitosinha resistirá : trágica revela,ão de sua natureza5 !onfira no pró'imo e emocionante capitulo+ Capitulo III - Trágica revelaão *ó a voz de ta#uara rachada e a sandália nAmero B1 davam ind"cios do segredo #ue envolvia a natureza de 7eitosinha. Mas o #ue todos viam era uma loira de 1,C2 m, cabelos sedosos até a cintura, cativantes olhos verdes, cintura fina, co'as grossas e bem torneadas, seios pe#uenos e um bumbum perfeito. D!omo ela consegue não ter nenhuma celulite5 (arece bunda de homem+D, alfinetavam as amigas. 0ra sobre a beleza e feminilidade da filha #ue Marilena pensava, #uando a chamou para uma conversa definitiva. ) @uerida, tenho algo muito importante a lhe revelar. ) 6 #ue foi, mamãe5 ) perguntou 7eitosinha, apreensiva, lendo a angAstia nos olhos da pobre senhora. Marilena respirou fundo e foi diretamente ao ponto central do problema, como se tentasse e'tirpar com um Anico golpe o c$ncer moral #ue atormentava sua e'istência ) ?ocê não é uma mulher. ) !laro #ue não mamãe+ ) ?ocê já sabia, 7eitosinha5 ) *urpreendeu)se Marilena. ) !laro. Eenho minhas amigas na escola. 0mbora você nunca tenha me falado sobre essas coisas, eu sei #ue não sou mulher. Marilena respirou aliviada. ) 0ntão você já sabia #ue... ) *im, mamãe. 0u ainda sou uma donzela. (or um instante Marilena dei'ou)se abater pelo des$nimo. (ensou em sumir, dar cabo da própria vida, #ual#uer coisa #ue a livrasse da enorme decep,ão #ue teria #ue causar a filha. Mas 7eitosinha era uma garota doce e compreensiva. 0 mesmo sendo loira, devia ter, mesmo #ue instintivamente, a percep,ão de #ue não era uma mo,a como as outras. ) @uerida... ) (erguntou Marilena ) você nunca notou nada de estranho no seu corpo5 ) ;em, mamãe... ) respondeu 7eitosinha, encabulada ) eu nunca entendi muito bem por #uê eu sinto uma dor horr"vel entre as pernas #uando uso uma calcinha apertada ou tomo uma bolada no v9lei... ) 6 #ue mais, minha filha5 ) Fummm... .as aulas de 0duca,ão *e'ual eu tenho uma certa dificuldade em entender por onde é #ue os homens depositam na gente as tais sementinhas... 0ra a oportunidade #ue Marilena esperava para contar a menina toda a verdade. !omo 7eitosinha reagirá : constata,ão de #ue é espada5 Capítulo I! - A reaão de Jeitosinha 6 mundo desabou diante dos olhos de 7eitosinha. Eudo o #ue ela pensava ser, todos os seus sonhos de menina e a possibilidade de um orgasmo mAltiplo clitoriano eram subitamente arrancados para sempre de sua vida+ 0 o #ue ela diria a Ehiago, seu amado, um rapaz de boa "ndole, do campo, #ue voltara dos 0stados Gnidos só para ficar com ela5 ) .unca vou te perdoar+ (or #ue, mamãe5 (or #ue você fez isso comigo5 A revolta saltava de seus olhos cor de esmeralda, como ondas de fogo. ) !alma, #uerida+ Ainda posso desfazer meu erro+ A gente conta tudo para o seu pai, eu compro pra você umas cuecas, você corta este cabelo, aprende a cuspir e co,ar o saco... 0nfim, você recome,a sua vida+ ) Mas você não entende, mãe5 0u me sinto uma mulher+++ ) Eá vendo como tudo tem um lado positivo5 ?ocê é um traveco e sua mamãe aceita+ As justificativas de Marilena não estavam ajudando muito. -esesperada 7eitosinha saiu de casa e vagou... vagou durante horas pelas ruas da cidade. Acabou concluindo #ue o melhor era procurar Ehiago e dividir com ele sua angAstia. D*e ele realmente me ama, vai me aceitar como eu souD, pensou. 6 rapaz se surpreendeu ao abrir a porta e encontrar sua amada. (ela rigidez moral de sua cria,ão, 7eitosinha jamais iria até o apartamento de um rapaz solteiro. ) ?ocê a#ui, #uerida5 A mo,a entrou muda e sentou)se no sofá. Ehiago toca seu rosto. ) ?ocê está estranha...é por #ue eu não te liguei5 -esculpe, mas perdi meu telefone celular+ ) .ão é isso, Ehi... ) *ussurra 7eitosinha. 0ncarando o amado fi'amente, ela pede, com a voz trêmula ) Me beija+ Me beija como se fosse nosso Altimo beijo de amor+ 6ndas de calor percorrem os corpos dos dois. Ehiago come,a a e'plorar o corpo da amada com as mãos, numa liberdade #ue nunca e'perimentara antes. ) Eenho algo importante a lhe dizer Ehiago... ) diz a bela loira, no e'ato momento em #ue os dedos do rapaz percebem um inesperado volume entre as pernas de 7eitosinha. ) 7á sei, amor... ) responde Ehiago, abrindo um sorriso. ) 7á sabe5 ) *urpreende)se a mo,a. Ehiago aperta levemente o pênis da loira. ) !laro, #uerida+ 0stou sentindo. ?ocê achou o meu celular+ *erá #ue o Ehiago aceitará 7eitosinha5 !onfira o pró'imo e emocionante cap"tulo+ Capítulo ! - Thiago e Jeitosinha -esilusão, medo, vergonha. *entimentos variados dominavam a cabe,a de Ehiago #uando 7eitosinha lhe e'p9s sua triste verdade. *entia #ue ainda a amava e até compreendia #ue ela era a grande v"tima desta trapa,a do destino, mas o amor estava isolado por um intranspon"vel muro de aversão. ) .ão podemos continuar juntos, meu amor + 0u sou hetero+ ) Mas Ehi... 0u continuo sendo a mesma + ) A mesma5 !om a#uela coisa enorme, #ue parece um celular Motorolla tijolão5 .ão, 7eitosinha. 8amento, mas está tudo acabado entre nós + D@ue somos, senão germes rastejantes num enorme teatro do absurdo5D, pensou a loira, tomada pelo des$nimo. 7eitosinha voltou para casa com passos lentos, como se carregasse o mundo nas costas. Ao entrar em casa deparou)se com Ambrósio. ) 6nde você estava, tesouro5 (apai já lhe disse #ue uma mocinha frágil não pode ficar zanzando por a" + 0mbora fosse um homem violento, Ambrósio era sempre doce e atencioso com 7eitosinha. (or isso mesmo a filha, até então, o adorara. Mas agora, sabendo #ue vivia uma farsa, e #ue a origem de todo o seu sofrimento era o medo imposto a Marilena por a#uele homem, sentia $nsias de v9mito só de olhar para o seu rosto. D?ingan,a + 0ra tudo o #ue 7eitosinha #ueria na#uele momento+ A vingan,a penetrou cada pe#uena veia de seu cora,ão, antes ocupado pelo amor #ue sentia pelo Ehiago. !ontrolando o tom de voz e for,ando um sorriso, 7eitosinha respondeu ao pai ) 0stava estudando com umas amigas. 0stou com muita dor)de)cabe,a e vou me deitar, papai. A mo,a se trancou no #uarto e tirou da bolsa uma revista pornográfica, #ue acabara de comprar numa banca pró'ima : casa do Ehiago. ) 0ntão são assim os homens e mulheres+ ) disse bai'inho para si, en#uanto folheava a publica,ão. !ompletamente nua, viu no espelho #ue era uma mulher perfeita. !omparou seu pênis com os dos atores porn9s da revista. 0ram muito parecidos, embora o de 7eitosinha fosse maior. Eocou)se como nunca havia se tocado. -ei'ou)se dominar pela libido, livre da repressão imposta pelo pai. Ao deitar)se para dormir, 7eitosinha estava muito triste, mas não havia perdido a razão de viver. 0la sabia #ue tinha uma missão -estruir Ambrósio, Marilena e Ehiago. @ual será o plano macabro de 7eitosinha 5 Capítulo !I - Confid"ncias tardias -os seis irmãos, só o mais velho não se dava bem com 7eitosinha. Eodos os outros nutriam um enorme carinho pela ca,ula. Adenair, o se'to filho, um ano mais velho #ue a irmã, era o grande amigo e confidente da mo,a. ) 6 #ue foi, 7eitosinha5 ?ocê parece distante... ) perguntou Adenair, durante o café da manhã. 7eitosinha percorreu a cozinha com os olhos e certificou)se de #ue os dois estavam sozinhos. ) Hrmão... ?ocê saberia guardar um segredo muito importante5 6 mo,o gelou por dentro. 0mbora 7eitosinha não suspeitasse, Adenair também guardava um mistério. 0le balan,ou a cabe,a positivamente, respondendo : pergunta. ) 0ntão, vem comigo... A loira pu'ou o irmão pela mão até o seu #uarto. Erancou a porta e desabotoou a cal,a jeans. ) @ue é isso+ 6 #ue você está fazendo, 7eitosinha5 *em dizer uma palavra, 7eitosinha e'ibiu seu membro masculino a Adenair. ) .ão+ .ão pode ser+ Me diz #ue isso é de borracha e #ue hoje é (rimeiro de Abril+ ) reagiu o rapaz. ) / o #ue você está vendo, irmão... 0u sou homem+ ) .ão, 7eitosinha... Hsso a" não #uer dizer muita coisa... ) o olhar de Adenair parecia estranho ) 0u também tenho um e... e... ) 7eitosinha entendeu na hora. 0ntão não era por acaso #ue Adenair comprava todos os discos da !eline -ion e anotava as dicas da Ana Maria ;raga. ) Adenair... ?ocê é gaI5 ) *im+ Minha condi,ão é muito pior do #ue a sua+ ) confessou o irmão, entre solu,os ) ?ocê pelo menos pode usar a#uele vestidinho pinJ ma)ra)vi)lho)so+ 7eitosinha abra,ou Adenair e en'ugou suas lágrimas com os dedos. ) Adenair... *ó me tira uma dAvida... ) /, fui eu sim. ) emendou o rapaz ) *ua ;arbie está no fundo da minha gaveta de meias... 0 agarrou)se a 7eitosinha com uma enorme sensa,ão de al"vio. *erá #ue Adenair vai se juntar : irmã no plano de vingan,a5 !onfira no pró'imo e emocionante cap"tulo+ Capítulo !II - #lano de vingana .ão foi dif"cil para 7eitosinha convencer Adenair a juntar)se a ela em seus planos de vingan,a. 0le sabia #ue seu pai, violento e castrador, jamais o dei'aria sair do armário. !om Ambrósio morto, um novo horizonte, muito mais colorido, se desenhava : sua frente. ) 7á pensou, 7eitosinha5 ?ou poder comprar um Ka dourado... !olocar piercings nos mamilos... <azer bacJing vocals no shoL do 0dson !ordeiro+ -an,ar techno #ue nem o mineiro. Adenair só não estava muito certo sobre a morte da mãe. Marilena sempre foi uma mulher zelosa de seus filhos, e muito carinhosa com os sete. ) ?ocê acha #ue o erro da mamãe foi assim tão grave5 ) perguntou. ) *e eu acho5 ) indignou)se 7eitosinha ) Minha vida foi uma farsa+ ) Mas sempre é tempo de recome,ar... ?ocê pode fazer uma opera,ão de troca de se'o... ) .ão é tão simples. 0u gosto de mim como sou+ 6 problema é #ue o mundo não está preparado para aceitar pessoas diferentes+ ) (9'a... 6 mundo aceitou o Michael 7acJson+ ) ainda insistiu Adenair. Mas 7eitosinha estava decidida. ) A vingan,a vai come,ar. (apai será a primeira v"tima. ) @ual é o seu plano5 ) Amanhã é sábado. .este dia, : noite, todos os nossos irmãos saem para se divertir. Mamãe tem a novena na casa de -ona .air e papai e eu costumamos ficar sozinhos em casa. Adenair ouvia com aten,ão o plano tra,ado por 7eitosinha na noite anterior. ) (apai terá uma morte violenta. *angrenta. Algo tão hediondo #ue ninguém suspeitará #ue o crime poderia ter sido praticado por uma pessoa como eu, uma jovem loira, maravilhosa e frágil... ) 0 como eu poderei ajudar5 ) perguntou Adenair. 7eitosinha esbo,ou um sorriso estranho e respondeu, num tom seco ) Me arranje uma serra elétrica+ *angue+ Morte+ Erai,ão+ ?ingan,a+ !onfira tudo isso e no pró'imo e mais emocionante cap"tulo+ Capítulo !III - $alsa loira nua Adenair, #ue era estagiário na *ecretaria de Meio Ambiente do munic"pio, conseguiu, sem chamar a aten,ão, retirar uma moto)serra no almo'arifado da (refeitura. !omo o dia seguinte seria um domingo, ele teria tempo de limpar a ferramenta e devolvê)la a seu local de origem antes #ue dessem pela sua falta. Ao cair da noite, ninguém na fam"lia poderia imaginar o drama #ue se desenrolaria nas pró'imas horas. Gm por um, os irmãos mais velhos foram saindo, como #uais#uer jovens numa noite de sábado. Adenair foi o Altimo a dei'ar a casa. !ontrolando as emo,Mes, despediu)se do pai sem despertar suspeitas. 0nfim sós, 7eitosinha e Ambrósio assistiam ao telejornal das oito. 0la usava um vestidinho curto. ;alan,ava provocativamente as pernas, mostrando toda a e'tensão de suas co'as bem torneadas. A loira sabia #ue o pai moralista logo iria implicar com a roupa. ) (recisa usar um vestido tão curto5 ?á já se vestir direito+, ordenou Ambrósio, apontando para o #uarto de 7eitosinha. 0ra a dei'a #ue a mo,a esperava. 0la entrou no seu #uarto e reapareceu poucos minutos depois, causando a Altima e pior visão #ue a#uele homem rude jamais tivera. *ua filha, seu meigo tesouro, estava completamente nua, portando a serra elétrica. Mas o maior espanto de Ambrósio foi constatar a e'istência de uma outra ferramenta, pendurada entre as pernas da bela loira. ) .)não pode ser+ .ão pode ser+ 6 #ue é isso5 ) balbuciou o homem, com uma e'pressão patética, indicando o bráulio de 7eitosinha. ) Hsto sou eu, papai+ 0u sou o monstro #ue você criou+ 6 som ensurdecedor da serra abafou os gritos desesperado do homem, #ue de tão surpreso se#uer teve for,as para lutar. Minutos depois, tudo era silêncio e calma. 7eitosinha tomou um banho demorado, vestiu)se, escondeu a serra elétrica num terreno pró'imo, seguindo o plano previamente combinado com o irmão, e dirigiu)se tran#uilamente : casa de uma amiga, dei'ando montado na sala de sua casa um cenário dantesco. 0stava encerrada a primeira etapa de sua vingan,a. 6u pelo menos 7eitosinha imaginava #ue sim... (repare)se+ .o pró'imo cap"tulo 7eitosinha terá uma grande surpresa+ Capítulo I% - A grande surpresa (assava da meia)noite #uando 7eitosinha voltou para casa. *eu álibi foi perfeito consumiu as Altimas horas estudando Neografia com uma amiga, como costumava fazer. 0la estava impressionada com a própria frieza conseguiu concentrar)se nos livros e conversar amenidades, como se nada tivesse acontecido. Mas ainda sentia nas mãos o tremor da serra elétrica. 6s gritos de Ambrósio continuavam ecoando em seus ouvidos. 0ram sensa,Mes surpreendentemente gostosas. Arrependimento mesmo, só o de ter perdido o cap"tulo da novela das nove. DA mamãe eu matarei na hora do 7ornal .acionalD, jurou para si mesma. As luzes da sala estavam acesas. ?iu pela janela os vultos de seus familiares. 0ntrou pela porta principal, preparando)se para fingir dor e desespero ao se deparar com os peda,os de carne e ossos de seu pai espalhados pela sala. Mas #ual não foi o seu espanto ao perceber #ue não havia na casa um só vest"gio de seu crime hediondo+ @uatro de seus irmãos, inclusive Adenair, estavam assistindo E?, tran#uilamente. *ua mãe havia se recolhido ao #uarto. ) 6nde está o papai5 ) perguntou. ) <oi pescar ) respondeu Amarildo, o segundo filho de Ambrósio e Marilena. ) (escar5 ) *im, dei'ou um bilhete com a mamãe, dizendo #ue resolveu na Altima hora e #ue volta amanhã : noite. As belas pernas de 7eitosinha estremeceram e ela sentiu uma estranha vertigem. Oealmente seu pai era dado a estes rompantes e o sumi,o não chegava a espantar ninguém em sua casa. D*erá #ue tudo não passou de uma alucina,ão5D, #uestionou)se. Mas não. 6bservando o revestimento plástico do sofá onde o crime havia acontecido, percebeu o cheiro de detergente e marcas de pano, #ue sugeriam uma limpeza recente. 7eitosinha pu'ou seu cAmplice, Adenair, até o #uarto. ) 6 #ue está acontecendo5 ) 0u é #ue te pergunto+ ) retrucou o irmão ) ?ocê não iria matar o papai5 ) Matei+ 0u matei+ Alguém escondeu os restos, limpou a sala e ainda dei'ou um falso bilhete para a mamãe+ Adenair deu um gritinho ansioso e histérico. 7eitosinha esbofeteou)lhe a face e disse, resoluta ) !alma. ?ocê já esperou mais de =2 anos. .ão acho #ue seja a melhor hora pra soltar a franga... Aguardem pró'imo cap"tulo Capítulo % - &ist'rio na casa de Jeitosinha .a#uela manhã de segunda, a mãe e os sete irmãos sentaram)se juntos para o café, na longa mesa da copa. 0ra tradicionalmente o momento em #ue a fam"lia colocava seus assuntos em dia. Mas um silêncio inc9modo pairava no ar. 7eitosinha sondou cada rosto, buscando em algum deles um sinal #ue indicasse #uem teria escondido o corpo de Ambrósio. / claro #ue o pai não retornara da pescaria na noite anterior. Mas por#ue ninguém parecia se importar com o fato5 -isfar,ando o nervosismo, a mo,a arriscou perguntar : mãe ) 6 papai não voltaria ontem5 ) *im, #uerida ) respondeu Marilena ) Mas ele ligou dizendo #ue uma ponte caiu e #ue eles estão isolados na vila onde foram pescar. ) 0ra a voz dele, mãe5 Eem certeza5 ) @ue pergunta... !laro, minha filha. A liga,ão estava ruim, mal escutei o #ue ele dizia. Mas #uem mais poderia ser5 Arlindo, o ciumento irmão mais velho, esbo,ou um sorriso enigmático, #ue 7eitosinha rapidamente captou como um ind"cio de culpa. D*im+ Arlindo+ *ó pode ser ele+D, pensou. DArlindo sempre desconfiou de #ue havia algo errado comigo. 0le nunca perdoou papai pelo carinho #ue me dedicava. 0le sabe, por alguma razão, #ue fui eu #uem matou papai e apagou as evidências como parte de um plano de vingan,a+ Mas por#ue esconder o corpo, em vez de simplesmente me entregar : pol"cia5D. As perguntas atormentavam a mente limitada de nossa hero"na loira. 0la voltou para o #uarto, cobriu o rosto com o travesseiro e come,ou a chorar bai'inho. .o princ"pio, chorava por medo. (ela confusão #ue tomara conta de sua vida. Mas logo sua dor se transfigurou, e 7eitosinha passou a verter seu pranto por saudades do seu Ehiago. 8embrava)se das mãos do amado percorrendo seu corpo. *entiu um calafrio e uma onda de e'cita,ão só de imaginar o to#ue suave de seus dedos. .este momento, abruptamente, Arlindo abre a porta. 7eitosinha ainda tem tempo de disfar,ar as lágrimas. Mas não a ere,ão. ) Ahá... 0u sabia+ ) ;radou o irmão, radiante, en#uanto uma descarga de adrenalina fazia desaparecer do jeans apertado o volume comprometedor. !onseguirá 7eitosinha escapar da revolta de Arlindo5 !onfira mais tarde no pró'imo e emocionante cap"tulo+ Capítulo %I - A revolta de Arlindo ) ?ocê nunca me enganou, 7eitosinha... ) a voz de Arlindo destilava revolta e ódio. ) ?ou contar teu segredo ao papai, assim #ue ele voltar da pescaria+ Aliás, vou contar ao mundo+ ) !ontar ao papai5 ) espantou)se a mo,a. 0ntão, Arlindo não sabia #ue o pai estava morto+ .ão foi ele #uem escondeu o corpo+ 7eitosinha estava tão fragilizada #ue acabou assumindo sua bizarra condi,ão ao irmão. ) *im, Arlindo. *ou uma mulher aprisionada no corpo de um homem. Mas sou a maior v"tima desta situa,ão+ 0u lhe imploro não revele o meu segredo+ ) .ão adianta, 7eitosinha... ) retrucou o magoado Arlindo ) Eoda a minha vida brin#uei com cavalinhos feitos de palitos de fósforo fincados em batatas, en#uanto a princesa tinha os mais caros brin#uedos. Eoda a minha vida dormi espremido num beliche, com os pés do Amarildo tocando as minhas narinas, en#uanto você tinha seu #uarto e finos len,óis de seda... Arlindo agarrou 7eitosinha pelos bra,os e fitou o fundo de seus olhos. ) Mas o #ue eu nunca vou perdoar mesmo foi a#uela surra #ue levei #uando descobri a verdade sobre você... )Arlindo tremia de rancor. ) Mas nem eu mesma sabia+ ) Eentou defender)se 7eitosinha. ) !hega+ !hega de suas mentiras+ ) Arlindo virou)se em dire,ão : porta. A irmã, desesperada, lan,ou)se ao chão e abra,ou seus pés. ) .ão, Arlindo... (or favor+ 0u fa,o #ual#uer coisa+ ) @ual#uer coisa5 ) 6 tom do rapaz agora era mais suave. ) !omece mostrando)se para mim. @uero vê)la nua+ Oelutante, 7eitosinha livrou)se de suas roupas e revelou seu corpo perfeito de mulher. ;em, #uase perfeito. ) .ão é justo... ) balbuciou Arlindo, apontando o apêndice #ue fazia de 7eitosinha um #uadro surrealista ) Até neste #uesito você ganha de mim... ) (or favor, não seja rude comigo... ) 6 #ue5 ) espantou )se o mo,o ) ?ocê imaginou #ue eu #uero tocar você5 / ruim, hein5 ) Mas... 6 #ue você #uer então5 ) (erguntou a mo,a, voltando a se vestir... ) ?ocê vai me render dinheiro, irmãzinha. Muito dinheiro+ 6 #ue Arlindo pretende5 !omo 7eitosinha sairá dessa5 !onfira, no pró'imo e emocionante cap"tulo+ Capítulo %II - #retens(es de Arlindo 7eitosinha não acreditava no #ue acabava de ouvir. -esde a revela,ão de seu trágico segredo, sentia)se num pesadelo sem fim. .ão bastasse todo o ódio em eu ora,ão, o estranho desfecho da morte do pai e a perda de Ehiago, seu amado, agora a nossa hero"na era chantageada pelo cruel Arlindo+ ) ?ocê #uer #ue eu me prostitua5 ) *im. ) confirmou oirmão, sem um pingo de emo,ão na voz ) 0'iste um bordel de lu'o a#ui perto de casa...(essoas e'óticas como você podem ter um bom valor no mercado. ) M)mas... 0u sou virgem+ *ou inocente+ ) retrucou 7eitosinha, aos prantos. ) (ois você tem até amanhã para aprender o #ue precisa. Arlindo dei'ou o #uarto da loira batendo a porta. Adenair entrou em seguida, curioso para saber o #ue acontecera. 7eitosinha contou resumidamente a história. ) Mas não pode ser+ ?ocê precisará matá)lo também+ ) reagiu o enrustido, batendo o pezinho nervosamente. ) *im, mas não poderei fazê)lo agora. .ão com o estranho desaparecimento do corpo de papai. (recisamos desvendar primeiro este mistério ) disse 7eitosinha, recompondo)se. ) 0ntão você... ) .ão resta outra alternativa, Adenair. Eerei #ue me submeter aos caprichos de Arlindo. 0 pode ter certeza amanhã estarei mais pronta do #ue ele pensa+ PPP (ela primeira vez desde o rompimento, 7eitosinha voltou :#uela noite ao apartamento do Ehiago. 0ncontrou)o em estado de total desespero, sorvendo doses e mais doses de u"s#ue barato. ) ?ocê destruiu a minha vida+ ) 8amentou o jovem. A loira, usando um vestidinho curto, sentou)se no seu colo. .uma e'plosão de lu'Aria, enfiou a l"ngua na boca de Ehiago, antes #ue ele pudesse esbo,ar #ual#uer rea,ão. .um primeiro momento ele retribuiu ao carinho, mas logo lembrou)se de #ue estava beijando um homem. Oejei,ão e desejo se sucediam em ondas no cora,ão de Ehiago. Mas ele havia bebido bastante e amava 7eitosinha... .o dia seguinte, consumada uma louca e completa noite de amor, a loira acordou e viu Ehiago, de pé, contemplando)a . 0la abriu um sorriso, mas não foi retribu"da. ) ?ocê é tão bonita... ) murmurou o rapaz, com um semblante #ue mais sugeria um lamento #ue um elogio. ) 6 #ue você achou da noite, meu amor5 ) 0u... 0u estou confuso... <oi tudo muito diferente... Me vi fazendo coisas #ue nunca imaginei ser capaz... ) !alma, amor... ) respondeu docemente 7eitosinha ) *ente)se a#ui ao meu lado. ?amos conversar melhor sobre isso... ) ;em... ) respondeu Ehiago, com um sorrisinho sem gra,a, podemos até conversar. Mas sentar eu não consigo... 7eitosinha e Ehiago irão se reconciliar5 Confira o pr)*imo e emocionante capítulo de +A SA,A -. J.IT/SIN0A+ 1econciliaão de Jeitosinha e 2runo - Capítulo 34 A fam"lia finalmente percebeu #ue Ambrósio estava desaparecido. 0le não havia voltado da pescaria nem dado sinal de vida. Marilena chamou a (ol"cia, #ue pareceu não dar muita import$ncia : ocorrência. 6s dois policiais fizeram poucas perguntas, anotaram um boletim de forma burocrática e se foram em poucos minutos, levando uma foto do homem. 7eitosinha chegou em casa #uase na hora do almo,o. 6s irmãos não perceberam #ue ela passara a noite fora, mas sua mãe sim. ) 6nde você estava5 ) perguntou. 7eitosinha ignorou a abordagem. *orte sua seu pai não estar por a#ui. 0le não ia gostar disso... ) insistiu Marilena, com um tom seco de reprova,ão na voz. A resposta da filha foi carregada de ironia ) 6 #ue poderia preocupá)lo, mamãe5 6 risco de #ue eu perca a virgindade ou volte grávida para casa5 Marilena tentou acariciar o cabelo da filha, #ue afastou sua mão com um gesto brusco. ) .ão me encoste+ 0u odeio você+ Gm fio de lágrima escorreu pela face es#uerda da sofrida mãe. ) @uerida... ?ocê é tão jovem... Eem uma vida pela frente+ Ainda há tempo de encontrar a felicidade... ) !omo eu poderia ser feliz5 0u sou uma mulher aprisionada no corpo de um homem+ ) ?eja o lado positivo... ) tentou consertar Marilena ) ?ocê não tem tensão pré) menstrual, não precisa sentar)se em privadas sujas de boate... Mantenha a calma e a resigna,ão. ?ocê ainda encontrará algum homem #ue a aceite como você é+ D*imD, conjecturou 7eitosinha. D0ste homem talvez seja ;runo. Mas como ele estará se sentindo depois de nossa estranha noite de amor5D. 0la pensou durante todo o dia no seu amado, reunindo for,as para enfrentar sua primeira noite no bordel de lu'o. !uriosamente, a e'pectativa de entregar)se a estranhos não a incomodava. -esde a revela,ão de sua condi,ão, ela não se reconhecia na#uele corpo. .ão sentia #ue tivesse #ue zelar dele. 0ram nove da noite #uando 7eitosinha entrou no fusca de Arlindo, rumo : casa de encontros. 6 local ficava pró'imo, mas era preciso percorrer um pe#ueno trecho numa estrada pouco movimentada. 7ustamente #uando passavam pela parte mais escura e deserta do percurso, uma luz surgida do nada cegou momentaneamente Arlindo, impedindo)o de dirigir. 6 rapaz pisou no freio abruptamente. Antes #ue pudessem esbo,ar #ual#uer rea,ão, as duas portas do carro foram abertas, e o casal foi retirado de dentro do ve"culo por mãos poderosas. (ouco antes de tomar uma descarga elétrica #ue a faria perder os sentidos, 7eitosinha p9de ver a face de seus raptores eram homenzinhos verdes vestindo estranhos macacMes prateados. Jeitosinha e Arlindo nas mãos de .Ts5 Confira amanhã o pr)*imo e emocionante capítulo5+ 6 Jeitosinha e Arlindo nas mão dos .Ts - Capítulo 37 8entamente 7eitosinha foi recuperando a consciência. .os primeiros minutos, a#uele cenário de fic,ão cient"fica parecia apenas um sonho estranho. Mas : medida em #ue as imagens ganharam contornos e cores ) e #ue aflorou em sua mente a lembran,a dos Altimos momentos no carro ) um indescrit"vel p$nico tomou conta de nossa hero"na. *eu grito agudo acordou Arlindo #ue, como ela, encontrava)se atado a uma chapa metálica, #uase verticalmente. A sala estava deserta mas, minutos depois, duas das criaturas verdes entraram no ambiente. Mesmo sendo de uma espécie muito diferente, 7eitosinha sentiu #ue a#ueles seres estavam muito tristes. *eus enormes olhos revelavam esta condi,ão. Gsando um estranho aparelho, #ue acoplado : boca do e'traterrestre funcionava como um tradutor, a criatura #ue parecia liderar as demais dirigiu)se ao casal. ) !reio #ue lhe devemos e'plica,Mes... 7eitosinha e Arlindo estavam paralisados pelo medo. 6 homem verde continuou ) Meu planeta está passando por uma crise terr"vel. !onstru"mos uma civiliza,ão poderosa e avan,ad"ssima. !ontrolamos todo a nossa galá'ia, mas estamos condenados : e'tin,ão. 6s rostos curiosos dos irmãos não moviam um só mAsculo, en#uanto o 0E narrava sua história. D0le e'plicou #ue, por um capricho da biologia #ue a ciência não conseguiu contornar, estava nascendo em seu planeta um nAmero infinitamente inferior de mulheres, numa compara,ão com o nAmero dos homens. (elos cálculos dos cientistas, em não mais #ue #uinhentos anos seu povo terá desaparecido, a não ser #ue se encontre uma alternativa para se reverter o #uadro. .uma análise superficial ) continuou a criatura ) percebemos #ue talvez fosse poss"vel utilizar as terrá#ueas para gerar nossos filhos. *e a idéia se confirmasse, nossa inten,ão era a de e'terminar todos os homens e levar conosco as mulheres. Minha missão veio : Eerra com o propósito espec"fico de, analisando a anatomia femina, abortar ou autorizar a opera,ão. 6 homem verde dei'ou)se desabar numa cadeira, vencido pelo des$nimo. ) Mantivemos você sedada por seis horas ) disse, dirigindo)se a 7eitosinha ) e descobrimos, depois de estudá)la, #ue a má#uina humana é muito mais comple'a do #ue esperávamos. ?ocês, mulheres terrá#ueas, são bastante parecidas com os homens. 7eitosinha esfor,ou)se para não demonstrar sua enorme alegria ao ser confundida com uma mulher, sem #uerer ela havia salvado a ra,a humana da destrui,ão total+ ) ?amos libertá)los e partir atrás de outros mundos. ) 0ncerrou o ser. 7á de volta ao carro, ainda at9nita por a#uele turbilhão de emo,Mes, 7eitosinha abra,ou seu irmão e inimigo ) ?ocê entende, Arlindo5 Minha vida tem um sentido+ 6 #ue são nossas rusgas do dia)a)dia diante desta e'periência tão avassaladora5 Arlindo afastou 7eitosinha e esbo,ou um sorriso pálido. ) /, irmã. <oi bom. 6 dia está nascendo e devemos voltar para casa. Mas como a vida continua, amanhã você estréia no bordel. / 8ue estes .Ts vieram fa9er na hist)ria: Será 8ue se foram da mesma forma est;pida com 8ue entraram: Confira amanhã o pr)*imo e emocionante capítulo5+ 6 .Ts na hist)ria: - Capítulo 3< 6 jAbilo de 7eitosinha durou pouco. *e num primeiro momento a idéia de ter salvo a humanidade era alentadora, horas depois o #ue a fantástica e'periência lhe causava era mais revolta e dor. -e #ue adiantava ter salvo o mundo, se não obteria pelo seu ato #ual#uer tipo de reconhecimento5 (ara o restante da humanidade, ela continuava sendo a#uele ser anacr9nico, discriminado por fugir dos padrMes. *ó uma pessoa na cidade estava se sentindo mais angustiado ;runo. .um bairro distante, trancado em seu apartamento, o pobre rapaz refletia sobre a grande ) bota grande nisso ) emo,ão #ue sentiu em sua primeira noite de amor com 7eitosinha. D*erá #ue eu gostei por#ue era a minha amada5D, perguntava)se. D6u será #ue tamanho prazer adveio do fato de #ue tratava)se de um homem5 *ou hetero ou gaI5D. ) @uem é você5 ) Nritou ;runo angustiado, olhando sua imagem no espelho. *entia)se sujo. *eus desejos o incomodavam, como se ele tivesse e'perimentado a fruta do pecado. Mas sabia #ue 7eitosinha era uma v"tima, como ele. 0le podia entender #ue a namorada era um modelo de virtude e pureza, e #ue seu gesto, ao seduzi)lo, era apenas uma grande manifesta,ão de amor+ (or um momento, olhou para o problema sob outra perspectiva, muito menos dramática D*im, 7eitosinha é pura. / a minha 7eitosinha. 0m nome desta pureza vale a pena continuar com ela+D, concluiu. *e ela fosse um travesti vulgar... mas não+ 0la foi criada como uma mulher, sob r"gidos padrMes morais+ @uem sabe eles ainda pudessem ter uma vida juntos, mantendo a condi,ão de 7eitosinha em segredo5 .um fragmento de sonho, ;runo se viu casado com ela, vivendo grandes noites de amor e criando duas crian,as adotadas ) !léverson 8u"s e *uelen Aparecida ) como se fossem seus filhos biológicos. (ensou em procurar a sua doce amada na#uele mesmo momento e propor a realiza,ão do casamento, tão desejado em tempos menos complicados. Mas antes precisava enfrentar seu próprio dem9nio interior. (recisava saber se o #ue sentiu na#uela noite mágica foi amor ou pura volApia. (recisava, enfim, fazer amor com outro travesti e colocar)se : prova+ ;runo resolveu #ue a#uela noite iria a um bordel atrás de respostas. Hria buscar reviver, com uma vulgar criatura da noite, emo,Mes tão... hã... grandes #uanto as #ue viveu com sua inocente 7eitosinha. Mal poderia imaginar a grande surpresa #ue o esperava... !onfira amanhã o pró'imo e emocionante cap"tulo+ Q Surpresa - Capítulo 3= ;runo havia bebido a tarde inteira, buscando no álcool a coragem necessária para por a prova sua masculinidade. (or isso mesmo, a imagem de 7eitosinha, na#uele bordel de lu'o, observando)o em pleno ato de amor com um travesti, pareceu uma alucina,ão ou um sonho. ) Amor... .ão é nada disso #ue você está pensando+ ) disse o rapaz, sem muita inspira,ão. -epois, recuperando a sobriedade, foi tomado por um tipo diferente de perple'idade. ) Mas... 0spera a"... 6 #ue você está fazendo a#ui5 ) perguntou ;runo : sua amada, en#uanto a prostituta, prevendo o barraco, saia de fininho. !heia de revolta, 7eitosinha disse a primeira coisa #ue lhe ocorreu para ferir ;runo ) 6 #ue lhe parece5 (elo visto você prefere as morenas... Mas nós, loiras, somos muito boas na arte de enlou#uecer os homens... ) .ão pode ser, meu amor... -iga #ue é um sonho... Me belisca para eu sentir dor e acordar+ ) -epois do #ue eu vi pela fresta da porta, tem certeza de #ue não tem nada doendo a"5 ) Alfinetou jeitosinha, cheia de ironia. ) .ão+ ?ocê não+ .ão pode ser+ .ão pode ser+ ;runo pu'ava os próprios cabelos com violência e rolava pelo chão num desespero patético. 7eitosinha apenas jogou os cabelos longos para o lado, com a#uele gesto superior com #ue as loiras costumam descartar os simples mortais, e retirou)se do ambiente. *eu cora,ão por dentro estava em frangalhos, mas o #ue ;runo viu foi a imagem de uma mulher fria. D!om passos precisos e a eleg$ncia de uma modelo, 7eitosinha atravessou o corredor e voltou ao escritório de Madame MarI. 8á dentro, tombou de joelhos e come,ou a chorar. ) .ão pode ser, Madame MarI... Meu amado, ;runo... Gm homem tão puro e "ntegro... A#ui+ !om a#uela... a#uela... ) a certeza de #ue não era tão diferente da e'ótica morena impedia 7eitosinha de achar a palavra certa. ) 6s homens são todos iguais, minha crian,a ) disse MarI, acariciando a loira. Gns animais capazes de #ual#uer coisa por um momento de lu'Aria. 0les nunca saberão o #ue é o amor verdadeiro. / justamente isso #ue torna tão fascinante a nossa arte de sedu,ão... 7eitosinha levantou os olhos e, agarrando)se :s pernas da misteriosa mulher, implorou ) Ajude)me, Madame+ Ajude)me a ser como você+ ) !laro, #uerida... !laro.... Madame MarI sabia #ue tinha nas mãos um diamante em estado bruto. Gm diamante pronto para ser lapidado na dor de um cora,ão partido. A maioria dos leitores #ue nos escreveram sobre o <olhetim acham #ue os 0Es não têm nada a ver com a história. 0les ainda vão terminar o #ue come,aram, depois vão embora para sempre... 2>e ?>e .Ts - Capítulo 3@ !ondenados a sair da história pelos leitores deste folhetim, #ue entupiram nossa cai'a de e)mails com pedidos neste sentido, os 0ts finalmente se preparam para voltar ao seu planeta amea,ado. ) 6 #ue você andou fazendo a tarde inteira5 ) (erguntou um dos membros da e#uipe ao chefe da e'pedi,ão, um cientista brilhante em seu mundo. ) .ada demais... 0ncontrei os restos de um humano es#uartejado e, só para me distrair, o trou'e de volta : vida... ) disse, apontando uma figura no canto do laboratório. Eoda a tecnologia dos homenzinhos verdes não foi suficiente para impedir #ue, visualmente, o resultado final ficasse sofr"vel. Mas era poss"vel reconhecer, na#uele homem repleto de cicatrizes, as fei,Mes de Ambrósio. ) 0le recuperou a memória e a razão5 ) 0stá um pouco confuso ainda... ) disse o cientista. ) Ealvez nunca volte a ser o #ue era antes, mas foi divertido brincar de de -eus e inverter a ordem natural das coisas, antes de dei'ar definitivamente este mundinho atrasado. *abe)se lá o #ue este monstro fará nesta sua volta : vida... A nave dei'a o homem : beira da estrada deserta e levanta v9o rumo ao infinito. .ão muito longe dali um cabisbai'o ;runo faz seu caminho de volta para casa, ainda entorpecido pela descoberta de #ue sua doce 7eitosinha era uma garota de programa. !omo se não bastasse, sentia a confusão mental causada pela percep,ão de #ue sua e'periência com o travesti no ;ordel foi totalmente inconclusiva. Até o momento em #ue 7eitosinha interrompeu o ato se'ual, ainda não havia encontrado prazer. Mas era dif"cil saber como a coisa iria terminar. D;runo não tinha pressa para chegar a lugar nenhum. (recisava pensar e, talvez involuntariamente, acabou passando em frente : casa de 7eitosinha. *entiu um nó no cora,ão ao ver a janela do #uarto da mo,a. *audades de um passado perfeito e uma profunda revolta por sentir #ue um futuro feliz havia sido abortado. ) ;runo5 (or um momento pensou ser 7eitosinha, mas a voz #ue vinha da varanda escura da casa era mais grave. ) Adenair5 ) *im... ) disse o suave irmão da loira, apro'imando)se. ) ?ocê não parece bem... @uer conversar5 ;runo encarou Adenair. 0le nunca havia percebido o #uanto o rapaz se parecia com 7eitosinha+ ) .ão creio #ue você possa me ajudar... ) Ealvez eu possa... ) respondeu o mo,o, com a voz tremula de emo,ão e desejo. Será 8ue 2runo e AdenairAAA hmmmAAA Será: . Am?r)sio: !ai 8uerer vingana: Não perca, amanhã, capítulo in'dito5 6 Será 8ue 2runo e Adenair sãoAAA: - Capítulo 3B Ambrósio não conseguia se lembrar e'atamente #uem ele era. Hmagens confusas de um travesti loiro com uma moto)serra lhe vinham : mente, en#uanto ele reconhecia alguns trechos do caminho. Acabou chegando até a porta de sua casa, mas não teve coragem de entrar, especialmente por#ue não tinha a menor idéia de #ue lugar era a#uele. ?iu #ue dois homens jovens conversavam, sentados num banco da varanda. 6 dia estava #uase nascendo. -o outro lado da rua, Ambrósio reconheceu algo de familiar na#ueles rostos. Mas #uem seriam5 Aliás, #uem seria ele mesmo5 6 homem subitamente percebeu #ue se#uer podia lembrar)se de sua própria face. (rocurou algum vidro ou espelho onde pudesse se ver refletido. .uma grande e #uieta po,a de água, viu sua cara monstruosa. !om um grito aterrador correu rumo a um matagal pró'imo. 0stava confuso e com medo. ;runo e Adenair ouviram o grito, mas não deram muita import$ncia. ) ?ocê pode se abrir comigo, ;runo. *ei tudo a respeito de 7eitosinha. ) Eudo5 ) surpreendeu)se. ) *im... 0la é uma v"tima, tanto #uanto você... (elo comentário, ;runo percebeu #ue talvez Adenair não soubesse #ue a irmã era uma prostituta. D*e ela conseguiu me enganar, por#ue não enganaria o irmão5D, perguntou)se. Eombando diante da pressão, ;runo chorou convulsivamente. Adenair pu'ou)o em dire,ão ao peito, abra,ando)o e acariciando seus cabelos. ;runo p9de perceber #ue o to#ue e o suave perfume do rapaz lembravam muito os de sua irmã. *entiu)se confortável por alguns minutos. D0n'ugando as lágrimas, ;runo viu bem de perto os olhos de Adenair, tão parecidos com os de 7eitosinha. *ó então deu)se conta de #ue algo estranho acontecia ali o apoio #ue estava recebendo, mais f"sico e mudo do #ue um simples diálogo, não é comum entre os homens. ) Adenair, por#ue você me abra,ou deste jeito5 ) perguntou, temendo a resposta. .um matagal a poucos metros, Ambrósio come,ava a se dar conta de #uem era. Ealvez por um blo#ueio, causado pela morte violenta ou pelo processo utilizado para trazê)lo de volta : vida, não associava o travesti loiro : sua amada 7eitosinha. Mas já sabia #ue ele era o chefe da#uela casa #ue reconhecera, e #ue estava deformado por alguma terr"vel razão, a mesma pela #ual sentia)se impelido a manter)se escondido. .a varanda da casa, Adenair come,ava sua revela,ão. !ada palavra pronunciava do"a como um parto. ) ;em, ;runo... Eambém tenho um segredo... Será 8ue 2runo e AdenairAAA hummmAAA Será: . Am?r)sio: !ai 8uerer vingana: As perguntas são as mesmas de ontem, provando 8ue não ' s) a novela das oito 8ue enrola a genteAAA Não perca, amanhã, capítulo in'dito5+ 6 São ou não sãoAAA:: - Capítulo 3C ) ;runo, eu sempre te amei... A declara,ão de Adenair, um desabafo cuspido pelo seu cora,ão angustiado, dei'ou o sofrido namorado de 7eitosinha perple'o. ) .ão, Adenair... .ão é poss"vel+ ?ocê é... !omo completar a frase5 6 #ue era Adenair5 6 #ue era 7eitosinha5 @uem era ele5 @uantas certezas jogadas fora+ @uanta boiolice repentina, transformando sua vida num filme de Almodóvar+ ) -urante muito tempo sofri em silêncio. Achei #ue nunca teria coragem de me e'por. Mas desde #ue soube da condi,ão de 7eitosinha, e percebendo #ue você ainda gosta dela, vi #ue por mais dif"cil #ue seja, meu sonho não é imposs"vel. Me dê uma chance+ ?ocê vai me amar também+ ) ?ocê não entende, Adenair5 7eitosinha é diferente+ / uma mulher #uase completa+ ) .ão tente se enganar, ;runo... ) respondeu ) *erá #ue no fundo do seu cora,ão você não tinha a percep,ão de #uem ela realmente era5 ?ocê pode afirmar com certeza #ue é heterosse'ual5 Ainda traumatizado pela e'periência recente, ;runo percebeu #ue talvez Adenair tivesse razão. Mas ele não se sentia apto a penetrar o lodo de suas emo,Mes. Oeagiu rejeitando, com convic,ão a hipótese de #ue fosse gaI. D) *im, Adenair. *ou heterosse'ual. Aliás estou farto de tanta farsa e dissimula,ão. @uero encontrar uma mulher de verdade, #ue não me surpreenda com nenhum protuber$ncia antinatural+ ;runo dei'ou para trás um Adenair magoado e arrependido. *abia #ue desejava muito a#uele homem, sentia)se mal por tê)lo provocado com palavras e estava disposto a #ual#uer sacrif"cio para tê)lo ao seu lado. ) ?ocê #uer uma mulher de verdade, ;runo5 ) murmurou para si mesmo, já #ue o homem se afastara em passos rápidos ) (ois eu serei uma. A mais bela, completa e e'uberante #ue você já viu+ Adenair dormiu pouco a#uela noite. .a manhã seguinte, procurou a velha dona .air, parteira e amiga da fam"lia. *em constrangimento, o rapaz contou : mulher o seu drama e lhe fez um pedido inusitado ) (reciso mudar de se'o. (reciso me tornar uma mulher. Mas não tenho dinheiro, dona .air+ (or favor, me ajude+ A velha co,ou sua cabe,a grisalha. ) *ei lá, menino... .em cesariana eu consigo fazer, #uanto mais e'trair uma bingola. Adenair cobriu o rosto e chorou convulsivamente. ) Mas eu conhe,o um médico #ue atende pelo *G*... 6s olhos do rapaz subitamente brilharam de esperan,a ) Me leve até ele+ Me leve até ele+ Troca de se*o pelo SDS: 2om, não *ingue a genteE foi sugestão de um leitorAAA Não perca, amanhã, capítulo in'dito5+ 6 Troca de se*o pelo SDS Capítulo FG A casa de 7eitosinha era cenário de tempos estranhos. 6 desaparecimento do pai parecia preocupar sua mãe e irmãos, mas a loira #uase perfeita tinha outras atribula,Mes. @uem havia escondido o corpo de Ambrósio e apagado as pistas do assassinato5 @uem havia telefonado a Marilena, fazendo)se passar pelo morto5 7eitosinha não havia se es#uecido de sua vingan,a. Aliás, também incluira Arlindo na lista de desafetos. Mas o desfecho insólito de seu primeiro crime acabara inibindo)a . 0ra preciso esperar o momento certo. A prioridade era entender tudo a#uilo. 0, como se não bastassem tantas reviravoltas do destino, havia a decep,ão com ;runo, a descoberta da própria se'ualidade, os encantos misteriosos da casa de Madame MarI... 0n#uanto Adenair procurava, no maior hospital pAblico da cidade, o médico indicado por dona .air, 7eitosinha voltava ao bordel para uma reunião com a nova patroa. Madame MarI fez uma longa e'plana,ão sobre a arte do prazer, uma espécie de prepara,ão teórica para o #ue viria depois. A e'pectativa de colocar em prática a#uela técnica apurada e'citava 7eitosinha. Ao término do encontro, encaminhava)se para a porta de sa"da #uando sentiu dedos suaves tocando seu ombro. ) 6i. ?ocê é nova por a#ui5 ) perguntou uma linda ruiva de sorriso sedutor. ) *im... ) respondeu, timidamente ) Mas ainda não estou trabalhando... ) Ah... / a nova pupila de Madame MarI... 0stá gostando da prepara,ão5 ) ;em... ) disse 7eitosinha ) / tudo muito e'citante, mas não vejo a hora de entrar em a,ão. A ruiva apertou suavemente a cintura da loira e, olhando no fundo dos olhos de 7eitosinha, prop9s ) Ealvez possamos come,ar agora... A resposta teve uma ponta de ironia ) !uidado, #uerida. ?ocê pode se surpreender com o #ue vai encontrar... D) Adoro surpresas+ ) emendou a loira, já pu'ando 7eitosinha pela mão até um #uarto pró'imo. A poucos #uil9metros dali, um médico de barba por fazer e jaleco pu"do conversava com Adenair. ) ;om, você sabe #ue o *G* não cobre este tipo de opera,ão. Mas posso dizer no prontuário #ue trata)se de uma e'tra,ão de apêndice. Aliás, não dei'a de ser verdade... ) disse o homem, rindo de sua própria piada. ) 0u nem sei como lhe agradecer... ) Eudo bem... 0u jamais teria aprendido obstetr"cia sem a ajuda de dona .air. *erá uma forma de retribuir o favor. A opera,ão de mudan,a de se'o foi marcada para o dia seguinte e Adenair voltou para casa em passos lépidos. .o bordel, 7eitosinha vivia mais uma forte emo,ão sua primeira vez com uma mulher. 0 deliciava)se com a descoberta das inAmeras possibilidades de intera,ão entre o c9ncavo e o conve'o, tantas vezes cantadas pelo Oei Ooberto... 1ei 1o?erto: CHncavo e conve*o: -eus, esta novela piora a cada dia5 Não perca, amanhã, capítulo in'dito da o?ra mais trash da Internet5+ 6 2ilhete de Adenair - Capítulo F3 6 sol despencou no horizonte tingindo o céu de vermelho. A silhueta perfeita de 7eitosinha, seus longos cabelos loiros, seios voluptuosos, co'as grossas e bumbum empinado, recortados pelo céu do entardecer, eram uma visão id"lica. A mo,a co,ou o saco e cuspiu no chão. ) (9rra, mais essa agora. Achei muito bom ser homem... ) resmungou, no jardim florido da casa de Madame MarI, ainda sentindo na boca o gosto de se'o. -a janela, a ruiva #ue havia sido possu"da por 7eitosinha, cujo nome de guerra era 8aura !roft, suspirava diante da visão do mais radiante e sensual ser humano #ue já havia conhecido. 0 olha #ue ela já tinha transado com uns três maracanãs lotados. 0m seu apartamento, do outro lado da cidade, o angustiado ;runo olhava fi'amente o revólver #ue empunhava. Acabar com a própria vida parecia ser a solu,ão mais plaus"vel para conseguir um pouco de conforto. .a casa de 7eitosinha, Gm fio de lágrima escorria pelo rosto de Marilena en#uanto ela lia o bilhete dei'ado por seu filho Adenair D@uerida mamãe, sem a presen,a opressora de papai, não vejo mais razão para negar minha própria natureza. A verdade é #ue, embora na teoria tenha dado : luz sete varMes, na prática a senhora tem duas filhas. Me sinto tão mulher #uanto 7eitosinha. .ão tive, como ela, o privilégio de desfrutar da condi,ão feminina, mesmo #ue por alguns anos de ilusão. Mas estou disposta a recuperar o tempo perdido. Amanhã terei e'tirpado de mim, definitivamente, a minha masculinidade. @uero ser uma mulher total. 0ntão vou poder con#uistar o cora,ão de ;runo, me casar com ele até ter dois filhos !laudneI <elipe e 8uana (iovani Aparecida. ;eijos. Adena"raD DDD@uerida mamãe, sem a presen,a opressora de papai, não vejo mais razão para negar minha própria natureza. A verdade é #ue, embora na teoria tenha dado : luz sete varMes, na prática a senhora tem duas filhas. Me sinto tão mulher #uanto 7eitosinha. .ão tive, como ela, o privilégio de desfrutar da condi,ão feminina, mesmo #ue por alguns anos de ilusão. Mas estou disposta a recuperar o tempo perdido. Amanhã terei e'tirpado de mim, definitivamente, a minha masculinidade. @uero ser uma mulher total. 0ntão vou poder con#uistar o cora,ão de ;runo, me casar com ele até ter dois filhos !laudneI <elipe e 8uana (iovani Aparecida. ;eijos. Adena"raDD As pernas da sofrida mulher não conseguiram sustentar o peso do corpo. *entada no sofá, amassando a pe#uena nota entre os dedos, Marilena pensava em como sua vida havia se transformado em #uestão de dias. ) Meu -eus... 6 #ue poderia ser pior5 ) (erguntava)se, em voz alta. .este momento um homem sujo e deformado, metido em roupas fétidas, mancando e babando, abre abruptamente a porta. ) @uerida, cheguei+ Am?r)sio está de volta5 Não perca, segunda-feira, capítulo in'dito da o?ra mais trash da Internet5+ 6 A volta de Am?r)sio - Capítulo FF Marilena acordou em sua cama, e sua primeira visão foi An"bal, um dos filhos menos importantes, da#ueles #ue só fazem figura,ão na trama. ) Anibal... @ue sonho horr"vel... (ensei #ue seu pai... ) .ão foi um sonho, mamãe. 0le voltou+ A mulher gritou em total desespero ) .ão pode ser+ .ão pode ser+ 6 filho estranhou a rea,ão. Alheio aos problemas #ue infernizavam a vida de Marilena, Adenair e 7eitosinha, sem saber #ue Ambrósio era a causa de muito sofrimento, esperava da mãe uma manifesta,ão de alegria. ) Mãe... ?ocê não entende5 6 papai voltou+ Meio caida,o, é verdade, mas está vivo+ ?ocê deveria estar feliz+ A mulher esbo,ou um sorriso for,ado ) *im, meu amor. !laro. <oi só o susto. !laro #ue estou feliz. .este instante, já de banhozinho tomado e vestindo um velho e confortável pijama, Ambrósio entra no #uarto. ) Marilena... ) / você mesmo, Ambrósio5 ) perguntou a mulher. ) 0stou tão deformado assim5 !laro #ue sou eu+ Ambrósio não tinha na voz a rispidez habitual. (arecia fragilizado. *ua fala era pastosa. Gm canto da boca não se me'ia e um fio permanente de baba escorria rumo ao pesco,o. ) 6 #ue aconteceu com você5 ) .ão me lembro. .ão consigo me lembrar de muita coisa. ?aguei pelas redondezas e aos poucos as memórias foram voltando... .ossa casa, você, nossos filhos... ) 0 sobre o acidente #ue o mutilou5 ) .ada. .ão me lembro de nada. *ó vejo uma cena estranha... Assustadora e irreal. .ão #uero falar sobre isso. 6s olhos do homem transmitiam o pavor #ue lhe causava a simples men,ão da cena. 0 a imagem #ue vinha : sua cabe,a era a do travesti, loiro e nu, empunhando uma serra elétrica. .o hospital pAblico, Adenair acordava da anestesia. ) !)como foi a cirurgia, doutor5 ) perguntou ao homem de branco parado ao seu lado. D) <oi bem. .ão consegui fazer um acabamento muito bom. *abe como é, cirurgia plástica é uma coisa complicada... Mas eu mesmo já vi muita vagina mais feia por a"+ Fe...Fe...) o médico amigo de -ona .air insistia em seu humor infame. ) Meu pênis, doutor... 6 #ue vocês fizeram com ele5 Mesmo detestando o #ue ele considerava um corpo estranho, Adenair sabia #ue era um peda,o seu #ue havia sido estirpado. 0 lhe assustava a idéia de #ue ele pudesse ter ido parar numa cesta de li'o hospitalar... ) <izemos um transplante. 0le agora pertence a um marombeiro adepto do se'o bizarro, #ue perdeu o dele #uando recebia carinhos orais de um pitt)bull... ) Melhor assim+ ) Animou)se Adenair ) #uando recebo alta5 ) Amanhã, se tudo correr bem. DD?ai dar tudo certoDD, pensou o ) ou melhor ) a jovem. DD?ou virar uma linda mulher, como 7eitosinha, e con#uistar o cora,ão de ;runo+ .o seu apartamento, ;runo ainda olhava fi'amente a arma. *entia)se ultrajado, perdido, confuso e tra"do. Mas não conseguia evitar #ue a imagem de sua loira amada lhe viesse : cabe,a. DD6nde ela estará agora5DD, perguntava)se. Mal sabia ele #ue 7eitosinha, na#uele momento, abria a porta de entrada de sua casa para estar frente a frente com o pai #ue matara+ Iual será a reaão de Am?r)sio: .mpolgante5 Sensual5 NoJenta5 A sua novela continua amanhã, em mais um capítulo in'ditoAAA+ 6 A reaão de Am?rosio - Capítulo F4 (or trinta segundos, #ue pareceram uma eternidade, 7eitosinha e Ambrósio se encararam fi'amente. 0la vinha aprendendo no bordel de Madame MarI tudo sobre a arte da dissimula,ão, e conseguiu camuflar o medo, a surpresa e a confusão mental #ue lhe causava a imagem, ali na sua frente, do homem #ue assassinara. A e'pressão de Ambrósio era inocente, #uase infantil. 6 fio de barba intermitente continuava a banhar)lhe o #uei'o. !om sua voz pastosa, após o constrangedor silêncio, ele perguntou ) @uem é você5 7eitosinha suspirou aliviada. !ontinuava sem entender o #ue havia acontecido. As marcas de cortes no rosto e bra,os de Ambrósio indicavam #ue ela realmente o havia ferido, mas talvez não tivesse consumado o crime, pensou. Ealvez tenha sofrido alguma espécie de alucina,ão durante o ata#ue com a serra)elétrica. Ealvez Ambrósio tenha conseguido sair da casa, se arrastando. Mesmo assim, #uem limpara o chão e os móveis5 .ada disso era tão importante #uanto o fato de #ue o pai, talvez pelo cho#ue de ter sido vitimado pela própria filha, não conseguia reconhecê)la. D-eve ser algum tipo de defesa emocionalD, concluiu. Muito mais desconfortável com a situa,ão estava Arlindo. *eu plano de e'plorar a irmã se esvaziara, em parte, com a rea,ão do pai ao vê)la. *e Ambrósio não reconhecia 7eitosinha, e havia perdido sua "ndole opressora, o #ue a irmã teria a temer5 -e fato, a mo,a não tinha mais nada a perder. -epois da decep,ão com seu amado ;runo, e todas as emo,Mes #ue tomaram sua vida de assalto, o futuro se configurava diferente. 0la trocou olhares com Arlindo. *orriu, superiora, e ele entendeu o recado. 7eitosinha estava livre de sua influência maligna mas, curiosamente, não pensava em abandonar o bordel de Madame MarI. A misteriosa mulher ) #ue ela mal vira e #ue não poderia reconhecer sob a máscara ) de alguma maneira fez com #ue recuperasse sua auto)estima. .a casa de encontros a aceitavam como ela era. 0 agora havia ainda 8aura !roft, a linda ruiva #ue havia despertado estranhas emo,Mes em 7eitosinha. 0la vinha, aliás, fazendo um esfor,o sobrehumano para es#uecer ;runo, e tentava se apegar : emo,ão da#uela tarde de prazer como se residisse ali a sua salva,ão. *e 7eitosinha agora via o bordel como uma ben,ão, isso não significava #ue ela perdoava Arlindo. Ao contrário, havia planejado para o irmão uma terr"vel vingan,a... D@uanto aos pais, o próprio destino havia se encarregado da puni,ão. Ambrósio era agora um ser desprez"vel, débil e deformado. 0 sua mãe, #ue presa a suas conven,Mes sociais jamais encararia a separa,ão, estava condenada a aturar a#uele ser repugnante pelo resto de suas vidas. 7eitosinha estava imersa neste tipo de refle'ão #uando alguém bateu : porta. Arlindo foi atender e deparou)se com uma morena e'uberante, de mais ou menos trinta anos. 0la tinha cabelos negros e lisos, : altura dos ombros. 6s olhos de um azul cristalino contrastavam com a pele clara. Mostrando um distintivo ela se apresentou ) *ou a detetive ?anessa, da (ol"cia !ivil. ?im investigar o desaparecimento de Ambrósio. Eodos na casa, inclusive o próprio Ambrósio, trocaram olhares surpresos. -o outro lado da cidade, o angustiado ;runo toma sua decisão. ?irando a arma em dire,ão : própria cabe,a, ele finalmente aperta o gatilho. .le morreu: .le morreu: -escu?ra amanhã, em mais um capítulo in'dito5+ 6 .le morreu: - Capítulo F7 A detetive ?anessa sentou)se no sofá #ue outrora estivera coberto pelo sangue de Ambrósio. Acendeu um cigarro e cruzou lentamente as pernas, numa cena #ue lembrava *haron *tone em DHnstinto *elvagemD. ) !reio #ue você chegou tarde... ) apressou)se em e'plicar Marilena ) Meu marido já voltou. ) 0le é o Ambrósio5 ) 0spantou)se ?anessa, sem conseguir esconder sua e'pressão de asco ) 0 o #ue ou #uem fez isso a ele5 ) Ainda não sabemos ) disse Arlindo. ) !om certeza foi algum acidente... ) emendou 7eitosinha, um pouco nervosa. A e'periente ?anessa percebeu o ambiente pesado do lar. DA#ui, com certeza, se escondem grandes segredosD, pensou. <ascinada por seu of"cio, na#uele momento a bela detetive soube #ue não teria sossego en#uanto não desvendasse cada detalhe do #ue já chamava de D!aso AmbrósioD. ) !onte)me, meu bom homem. @uem lhe feriu5 Ambrósio tremeu : simples lembran,a de fragmentos da cena, #ue ele se#uer conseguia verbalizar. ) .)não me lembro. .ão #uero saber. 0u estou bem. A mulher tocou Ambrósio carinhosamente. ) (rocure se lembrar... 0stas marcas... <oi, sem dAvida, uma arma cortante. Ealvez uma l$mina grossa... Gma serra... ) .ão+ ) Ambrósio enconlheu)se, em p$nico, protegendo a cabe,a com as mãos... 7eitosinha sentiu um arrepio na espinha. 0 se o pai recobrasse a memória5 A detetive ?anessa continuou seu trabalho. ) (rocure se lembrar... Gma pessoa, uma imagem... Ambrósio subitamente silenciou)se. !om os olhos fi'os na linda policial e'clamou bai'inho ) *im... 0u me lembro de algo. *im+ ) 6 #ue5 6 #ue5 ) A e'cita,ão de ?anessa era #uase se'ual. ) <oi ela+ <oi ela+ ) gritou, apontando para 7eitosinha. )/ mentira+ ) Nritou 7eitosinha. D)!ale)se+ -ei'e o homem concluir seu relato+ ) disse a detetive. 0 voltando)se para Ambrósio ) -iga, senhor... 0la fez isso com você. 0 depois5 ) -epois homens verdes, numa nave espacial me trou'eram de volta : vida+ A policial sorriu, constrangida, e abra,ou o fragilizado Ambrósio. ) Fomens verdes5 / uma alucina,ão, sem dAvida... (or hoje é só. Mas me aguardem. ?ou continuar as investiga,Mes. 7eitosinha sentiu)se mais leve. Marilena e Arlindo olharam para o pai e para a loira, com e'pressMes indecifráveis. 8onge dali, a primeira coisa #ue ;runo viu foi uma luz branca e intensa. 6 rosto de 7eitosinha sorria para ele, emoldurada por centenas de pênis de todos os tamanhos e formas. ) 0stou na para"so+ ) sussurrou. Mas o del"rio foi interrompido pela penetra,ão contundente de uma agulha de inje,ão. -e olhos abertos, o confuso rapaz viu um homem de roupa alva, parado ao lado da cama de hospital onde estava deitado. ) ?ocê nasceu de novo, filho. A bala acertou de raspão a sua fronte. ) 6)onde estou5 ) .o ambulatório de um hospital pAblico. ;runo percorreu o lugar com os olhos e não acreditou no #ue viu. !om uma touca cobrindo os cabelos, adormecida na cama ao lado, encontrava)se ninguém menos #ue sua amada. ) 7eitosinha+ ) 0'clamou. ) *ó se for nome de guerra... ) corrigiu o médico ) 0le chegou a#ui como Adenair e agora é Adena"ra... ) Adena"ra5 ) espantou)se. ) *im... 0le submeteu)se ontem a uma cirurgia para mudan,a de se'o. Mas talvez nunca aproveite sua nova anatomia... ) (or#ue doutor5 (or#ue doutor5 6 homem tomou um longo f9lego antes de e'plicar a ;runo o drama do e')irmão, agora irmã, de 7eitosinha. ,ente, Já pensou isso no cinema, com a Cameron -ia9 de Jeitosinha: &ais emo(es e podridão amanhã, em um capítulo in'dito5+ 6 A conversa com os pais - Capítulo F< Adena"ra contraiu uma grav"ssima infec,ão hospitalar, filho... ;runo ficou chocado com a not"cia. 6 Adenair #ue conhecera era tão alegre, tão saltitante... DAssim, adormecido e com esta touca, é incr"vel a semelhan,a com 7eitosinhaD, pensou. Adena"ra abriu os olhos e viu ;runo, ao seu lado, com as bandagens envolvendo a cabe,a. ) 6 #ue houve, meu amor5 ) balbuciou. ) .ada, não se preocupe. !a" da escada ) mentiu o rapaz, numa tentativa de minimizar o sofrimento da#uela recém mulher. ) 0)eu... f)fiz isso por você, ;runo. <iz por amor... 6s olhos de Adena"ra voltaram a se fechar. ) -outor... @uais as chances5 ) perguntou o angustiado rapaz. ) -epende muito. 0la pode simplesmente se entregar : doen,a, e as chances serão m"nimas. Mas se ela se apegar a algo #ue a fa,a #uerer viver, e se o antibiótico em esto#ue não for de Maizena, talvez ela tenha alguma chance. ) / uma pena... Nostaria de poder ajudar. ) ?ocê pode+ ) disse o médico ) 0la o ama+ -ê)lhe esperan,as+ ;runo continuava perdidamente apai'onado por 7eitosinha. 0 o #ue é pior por 7eitosinha completa, versão de fábrica. D*e Adenair soubesse #ue seu sacrif"cio ao realizar a cirurgia apenas aumentou o abismo entre nós...D, refletiu. Mas por outro lado, tentar salvar uma vida era motiva,ão suficiente para fazê)lo recuperar o amor pela sua própria e'istência, depois da grande desilusão de encontrar a amada trabalhando num bordel. ?ia como algo mais #ue uma simples coincidência o fato de #ue estavam juntos num mesmo ambulatório. ) Eudo bem, doutor. 0u vou ajudar+ ) concluiu, conformado com a#uele jogo do destino. 0m sua casa, sozinho no #uarto, Ambrósio tentava reorganizar suas idéias. *erá #ue foi mesmo v"tima de 7eitosinha5 0 os homens verdes5 .ovas imagens se formaram em sua mente depois do cho#ue diante da detetive ?anessa. 8embrava)se, remotamente, de uma linda menina loira, #ue ele amava muito. *im, talvez fosse 7eitosinha. 0le come,ava a se lembrar dela. (ara preservar sua sanidade, Ambrósio estava disposto a não associar a filha :#uela cena dantesca, e simplesmente es#uecer o ocorrido. Mas 7eitosinha não. DAproveitando)se do fato de #ue estavam a sós na casa, a mo,a entrou no #uarto dos pais para conversar com o seu deformado genitor... ) (apai... ) 7)jeitosinha5 ) Ambrósio ainda tinha uma ponta de medo na voz ) -)desculpe) me pelas acusa,Mes na sala. Minha cabe,a não anda boa. ) 0ngana)se, velho sórdido. *ua cabe,a anda melhor do #ue você pensa. Ambrósio foi tomado pelo p$nico+ A#uele sorriso sarcástico e cruel+ *im, não fora uma fantasia+ 7eitosinha o havia mutilado com a moto)serra+ ) .ão+ ) Nritou o homem ) Me dei'e em paz+ *ocorro+ ) Nrite... .inguém lhe ouvirá. ) .ão me mate+ ) implorou, de joelhos, abra,ando os pés da loira. ) 0u não seria tão imbec"l. .ão agora, com a#uela detetive intrometida por perto. Mas eu lhe aviso se repetir a#uelas acusa,Mes para #uem #uer #ue seja, não pensarei duas vezes antes de consumar o servi,o #ue pensei ter finalizado... ) *im, sim... ) disse Ambrósio, patético, entre lágrimas ) *erei um tAmulo+ Mas... (or favor, me ajude... Ainda não sei se estou bem... Me lembro de algumas imagens completamente surreais... Fomens verdes e... e... 7eitosinha sorriu maliciosamente, abriu o z"per e'p9s seu enorme mistério. ) *im, Ambrósio. (elo menos isto é real. Mas #ue história é essa de homens verdes5 @ue idiota colocaria estApidos homens verdes em nossas vidas, tão cotidianas5 6 homem sacudiu a cabe,a, confuso. 7eitosinha acariciou sua cabe,a, fazendo homem se encolher ainda mais. ) ?ou dei'ar)lhe em paz por en#uanto. Mas tenho um pedido, papai você me ajudará no meu pró'imo plano de vingan,a... . Kágrimas no hospital5 Se*o e viol"ncia5 Não perca, amanhã, capítulo in'dito5+ 6 Kágrimas no hospital - Capítulo F= 7eitosinha entregou ao pai uma caneta e um peda,o de papel. ) Assine esta folha em branco... ) M)mas... <ilha... ?ocê sabe #ue eu não tenho nenhuma posse... ) Apenas assine+ Meio vacilante, Ambrósio escreveu seu nome no papel. ) (ronto. 0stou livre agora5 ) *im... ) disse a mo,a, sorrindo sarcasticamente ) Eenha bons sonhos... 7eitosinha foi para seu #uarto e esperou pacientemente #ue todos voltassem para casa. A mãe, #ue sempre se envolvia nas atividades da Hgreja, voltou de uma novena. 6s irmãos foram chegando, um a um, se amontoando em volta da E?, como sempre faziam. .ormalmente Arlindo, mais arredio, preferia ficar lendo em algum canto da casa, até #ue todos se recolhessem. 0ra a hora em #ue finalmente tinha a sala só para ele, e ficava zapeando os canais de E?. .o silêncio da madrugada, 7eitosinha apro'imou)se de Arlindo, vestida como uma -iva do cinema. 6 longo vestido negro, #ue e'ibia seus ombros e e'punha parte dos seios... a abertura lateral, por onde podia)se ver furtivamente a longa e'tensão de sua perna es#uerda... 6 par de luvas cobrindo os bra,os até além do cotovelo... Eudo remetia a ines#uec"vel Nilda. Arlindo surpreendeu)se com a maturidade da beleza da irmã, #ue trazia num copo uma dose de u"s#ue on the rocJs. ) *abe, irmão, :s vezes a felicidade chega até nós por caminhos estranhos... ) 6 #ue você #uer dizer5 ) espantou)se. ) @uero dizer #ue encontrei meu verdadeiro eu no bordel de Madame MarI. 0 devo isso a você. 7eitosinha sorveu um gole generoso de u"s#ue e ofereceu o copo ao irmão. ) ;eba comigo. ?amos selar com esta dose de u"s#ue a paz entre nós. DArlindo pegou o copo com desconfian,a. Mas a irmã acabara de provar da bebida, descartando a possibilidade de #ue ela estivesse envenenada. .ervoso, ele bebeu todo o l"#uido do copo, devolvendo)o : loira. 7eitosinha pegou uma pedra de gelo e passou provocativamente no pesco,o e nos seios. -epois, debru,ou)se sobre Arlindo, alisou sua co'a direita e, tocando os lábios em seu ouvido es#uerdo murmurou ) Amanhã, irmão #uerido, todos nós come,aremos uma vida nova... A loira disse esta frase enigmática e se retirou. 6 cruel Arlindo chegou a pensar #ue sua irmã estava tão dese#uilibrada #uanto o pai. Mas logo voltou a entreter)se com um filme barato de E?, antes de mergulhar em um sono profundo. .o hospital pAblico, Adena"ra abria os olhos ) ;)bruno... (ensei #ue tinha sido um sonho. ) 0stou a#ui. 0stou te esperando... ) A frase brotou sem nenhuma convic,ão. ) M)me esperando5 ) (erguntou a nova irmã de 7eitosinha. ) *im. ?ocê precisa lutar. (recisa superar esta doen,a. ?ou estar ao seu lado. ) 6h, ;runo+ ?ocê vai me dar uma chance5 ) 6 tempo dirá. (or en#uanto, prometo)lhe apenas minha aten,ão e minha amizade. ?ocê não sabe como este simples fio de esperan,a me dei'a feliz+ ) -isse a mo,a, já com uma certa luz no rosto pálido pela febre. .a manhã seguinte, Arlindo acordou no mesmo sofá onde bebera com 7eitosinha. Mas estava cercado por policiais e algemado. .o comando da opera,ão, a detetive ?anessa dirigiu)se a ele, mostrando no semblante a realiza,ão pelo dever cumprido. ) ?ocê está preso. ) M)mas... 0u não fiz nada+ ) 0spantou)se o rapaz ) @ual a acusa,ão5 ) Assassinato+ .ão+ ) 6 grito de Arlindo ecoou pela sala. . . Iuem morreu: !oc" tem at' segunda para Juntar as peas e entender o plano de Jeitosinha5 Não perca o pr)*imo capítulo5+ 6 Iuem morreu: - Capítulo F@ 0u não matei papai+ Arlindo gritava com a convic,ão dos inocentes, mas a detetive ?anessa estava impass"vel. ) ?ocê vai e'plicar isso ao tribunal. Eemos evidências mais do #ue suficientes para prendê)lo. ) @uais5 @uais são as evidências5 ) perguntou, inconformado. ) *eu pai amanheceu morto, e tudo indica #ue foi envenenado. *ua mãe percebeu logo no come,o da manhã e nos chamou. 0n#uanto você dormia, procuramos pistas pela casa e encontramos no fundo de sua gaveta de cuecas o frasco de um veneno muito eficaz... ) .ão pode ser+ ) interrompeu o encrencado Arlindo ) Alguém colocou isso lá para me incriminar+ ?anessa sorriu, com sua frieza habitual. ) .ão adianta, Arlindo... / melhor confessar. ?ocê não contava com isso, mas seu pai, prevendo o seu trágico destino, escreveu uma carta... A mo,a fez um sinal com os dedos e um dos assistentes entregou)lhe o peda,o de papel. ?anessa prosseguiu. ) 0stava no bolso do pijama de Ambrósio. ?eja o #ue diz D*e alguém encontrou esta carta, provavelmente já estarei morto. 6 fato é #ue recobrei minha memória. Arlindo, meu filho mais velho, foi o responsável pela primeira tentativa de assassinato. Ainda não sei o #ue farei, mas como ele pode tentar de novo, dei'o registrada esta denAncia. Arlindo nunca me perdoou por uma grande surra #ue lhe dei em sua adolescência, e nunca me perdoou por gostar mais de 7eitosinha. (ercebendo #ue eu finalmente come,ava a me lembrar de tudo, passou a me amea,ar. Eenho medo de procurar a (ol"cia. Aliás, como tornei)me um monstro, não faz tanta diferen,a estar vivo ou morto. Eudo o #ue desejo é #ue, caso dê cabo de minha vida, o cruel Arlindo seja punidoD... Ambrósio assina a carta. / claro #ue ainda faremos um e'ame grafotécnico... ) .ão pode ser+ 0ste bilhete é forjado+ ?ocê verá+ ) disse o primogênito de Ambrósio e Marilena. ) Fá ainda uma terceira pista. ) completou ?anessa ) 0'iste este copo, encontrado ao lado da cama do seu pai, com res"duos do mesmo veneno encontrado em seu #uarto, dissolvido em suco de groselha. .ele, há digitais de duas pessoas diferentes. D*im+D, pensou Arlindo. DAgora eu entendo+ <oi 7eitosinha+ 0la me serviu u"s#ue, ontem, neste mesmo copo. !omo ela usava luvas, só as marcas de meus dedos estão no vidro+D. 0m p$nico, e tremendo de ódio, Arlindo apontou para a irmã ) <oi ela+ 0la é uma farsa+ Gm travesti man"aco e assassino+ A senhora ouviu, detetive, o próprio papai dizendo isso+ ) *eu pai estava muito abalado. 0ste tipo de confusão é comum... Mesmo sem #uerer, 7eitosinha era o piv9 dos desentendimentos. Ealvez por isso ele a tenha visto em seu del"rio. Agora... @ue história é essa de travesti5 D) ?anessa dirigiu a pergunta a Marilena. ) Arlindo está tentando confundi)la, detetive. ) A mãe não perdeu a chance de socorrer a filha na#uele momento dramático. ) @uer comprovar5 ) -isse 7eitosinha, contando com a negativa de ?anessa. ) .ão é preciso, #uerida. *ei bem como são os homens. 0stão sempre tentando encontrar algum defeito nas mulheres bonitas... ?anessa dirigiu)se aos assistentes e ordenou ) 8evem)no. ?amos esperar o e'ame da letra no bilhete e das marcas no copo. ?ocê vai aguardar na cadeia o resultado, Arlindo. 0 caso se comprovem as evidências, não sairá de lá tão cedo... -ebatendo)se e gritando, o cruel Arlindo foi recolhido ao camburão. 6s policiais dei'aram a casa e Marilena finalmente demonstrou sua dor num choro convulsivo. .a verdade sentia)se aliviada pelo fim de Ambrósio, mas não se conformava com o fato de #ue um de seus filhos tivesse assassinado o homem. ) 7eitosinha... (or#ue Arlindo tentou incriminá)la5 ) ?ocê sabe #ue ele me odeia, mamãe... 7eitosinha estava calma e segura. ;eijou suavemente o rosto de Marilena e foi para o #uarto, já pensando no pró'imo ato de seu circo de horrores. Não perca os ;ltimos capítulos da novela mais trash da Le?5 Amanhã tem capítulo in'dito5+ Mltimo capítulo - Capítulo FB Alguns dias #ue se passaram desde a morte de Ambrósio. Adena"ra vinha se recuperando da infec,ão hospitalar. ;runo a levara para sua casa e a convivência era amigável. A mo,a se esfor,ava para transformar a#uele apartamento de solteiro em um lar, e o rapaz gostava de sua companhia. Mas não conseguia es#uecer 7eitosinha e ainda sentia um, digamos, Dvazio por dentroD, se é #ue você me entende... !omo era de se esperar, os e'ames periciais confirmaram #ue tratava)se da letra de Ambrósio no bilhete. (rovaram também #ue as digitais eram mesmo de Arlindo. Hmpotente diante da armadilha armada pela irmã, e diante das péssimas condi,Mes da carceragem, o rapaz simplesmente enlou#ueceu. .a casa de 7eitosinha todos se esfor,avam para retomar as rotinas de suas vidas. Adena"ra escrevera, contando da opera,ão e de como estava feliz em sua nova condi,ão. 6mitira, entretanto, #ue era hóspede de ;runo. .o bordel de Madame MarI, 7eitosinha buscava superar a perda de seu amado nos bra,os de 8aura !roft. 6 treinamento da loira continuava. .a penumbra de seu escritório, a cafetina continuava instruindo 7eitosinha sobre os mistérios do amor e do se'o, mas ainda eram apenas aulas teóricas, o #ue já estava dei'ando nossa hero"na impaciente. ) Rs vezes sinto #ue a senhora, deliberadamente, está adiando minha estréia profissional ) #uestionou um dia 7eitosinha. (ela primeira vez, a sempre segura Madame MarI pareceu incomodada. ) @ue bobagem, #uerida... 7á lhe disse, tenho uma imagem a zelar... Eudo virá a seu tempo. 7eitosinha vinha se abrindo cada vez mais com a patroa. !hegou a confessar o atentado com a serra)elétrica, o plano #ue incriminou Arlindo e o desejo de se vingar da mãe. Madame MarI a tudo ouvia, sem emitir #ual#uer opinião. .a#uela tarde, entretanto, encontrou 7eitosinha mais fragilizada do #ue de costume. ) 6 #ue houve, crian,a5 ) (erguntou a cafetina. ) .ão sei o #ue está havendo comigo, Madame MarI... ) -isse a loira, com a voz embargada ) Ealvez seja a falta de ;runo, ou o remorso por ter tirado a vida de meu pai... Mas o fato é #ue estou fra#uejando. !ome,o a achar #ue talvez mamãe não seja assim tão culpada pelo meu destino. Ealvez seja a maior das v"timas, preservando um segredo por tantos anos apenas para poupar a todos da ira de Ambrósio. ) 6 #ue você #uer dizer com isso5 ) perguntou MarI. ) @uero dizer #ue estou cansada de ódio e sofrimento. ?ou buscar minha felicidade. 0 come,arei procurando mamãe e dizendo #ue a perd9o... ) .ão creio #ue você precise procurá)la... ) disse Madame MarI, num tom de voz bastante familiar. A mulher apro'imou)se do fraco abajur #ue iluminava o escritório. !om lágrimas banhando o rosto, retirou sua máscara... ) Mamãe5 / você+ .ão pode ser+ ) !laro #ue sou eu, #uerida... ?ocê acha #ue com o salário de cont"nuo do seu pai conseguir"amos criar sete filhos e ainda comprar pra você a cole,ão completa da ;arbie5 ) 0ntão é por isso #ue o meu treinamento nunca terminou+ ?ocê não #ueria prostituir a própria filha+ ) *im... 0ste foi apenas um dos muitos sacrif"cios #ue fiz por você. <ui eu #uem joguei fora os restos mortais de Ambrósio e limpei a bagun,a da sala... 6 telefonema e o bilhete falando da pescaria também foram inven,Mes minhas. ) 0ntão... (apai realmente havia morrido5 ) espantou)se. ) *im+ *ó não me pergunte como ele voltou : vida. Ealvez tenha sido um milagre dos céus para poupá)la, 7eitosinha. ?ocê já havia sofrido demais, e a#uele plano da serra)elétrica era simplesmente rid"culo... ?ocê dei'ou suas digitais espalhadas pela casa inteira+ 6 segundo crime foi muito mais re#uintado, e ainda puniu o chantagista do Arlindo+ 7eitosinha abra,ou a mãe, emocionada %Hmagine uma mAsica melosa, e'ecutada por um naipe de violinos...&. <inalmente, #uase tudo parecia se encai'ar. 0ra um novo tempo de recome,o. -e repente 7eitosinha percebeu #ue o bordel nunca fora seu lugar. 6 #ue de fato a atra"a era o magnetismo de Madame MarI, #ue não era ninguém menos #ue Marilena. .ão fosse a saudade #ue sentia de ;runo, tudo estaria perfeito em sua vida. .o final da#uela tarde, 7eitosinha se despediu das colegas de bordel. ) ?ou tirar um tempo para mim. (reciso repensar minha vida... Ealvez volte a esta casa como au'iliar de mamãe, não sei... 6 importante é #ue fiz muitos amigos a#ui... 8aura !roft chorava copiosamente. 0stá tudo acabado entre nós5 ) *im, 8aura... .ão adianta. ;runo é o meu Anico amor. (reciso es#uecê)lo antes de poder recome,ar com outra pessoa... 8aura pareceu entender. Eanto #ue deu a 7eitosinha um conselho bem prático ) *e você o ama tanta, por#ue não tenta uma reapro'ima,ão5 Eudo bem, ele pensa #ue você é uma de nós, mas você, em contrapartida, flagrou)o nos bra,os da Kátia Erovoada... Kátia, o traveco moreno #ue possuiu ;runo, espantou)se ) A#uele era o seu bofe5 Hh, menina... ?ocê está sofrendo : toa... ) !omo assim5 ) surpreendeu)se 7eitosinha. 0 Kátia come,ou a narrar o diálogo #ue ela e ;runo tiveram antes do ato de amor... $inalmente está aca?ando5 Não perca os ;ltimos capítulosAAA Amanhã tem mais5+ 6 Agora aca?ou555 - Capítulo FC ) 6 #ue ;runo lhe disse de tão importante a#uela noite5 ) (erguntou 7eitosinha, ansiosa, ao travesti Kátia Erovoada. ) ;om, menina... 0le chegou a#ui todo sem gracinha. 0stava bem bêbado, mas nem por isso perdeu a timidez... ) *im... 0 então5 ) A loira mal controlava suas emo,Mes. ) 0ntão eu perguntei como ele #ueria, e coisa e tal... 0le me disse #ue era a sua primeira vez num lugar como esse, e provavelmente a Altima... ) 6 #ue mais5 ) ;em, ele disse #ue não estava : vontade, mas #ue precisava se colocar a teste... (or amor. .a ocasião não entendi nada, pensei #ue era coisa de bêbado, mas agora entendo... 6s olhos de 7eitosinha brilharam ) *im+ !omo não pensei nisso antes5 0le #ueria saber se conseguiria se adaptar ao meu estranho jeito de amá)lo+ ) Ah, *anta... !arinha de #uem estava se adaptando ele fez... ) emendou Kátia, com um gesto afetado. ) ?ou procurá)lo agora mesmo+ 0n#uanto 7eitosinha corria para os bra,os de seu amado, ;runo dava um ponto final em sua rela,ão com Adena"ra. <oi uma longa conversa, #ue terminou num clima cordial. ) .ão me leve a mal... (ensei #ue pudesse es#uecer 7eitosinha, mas... / imposs"vel. -e alguma maneira, sinto #ue #uando estou com ela tudo parece se encai'ar... ) *e eu tivesse sabido antes não teria #uebrado o pino do meu 8ego... ) lamentou Adena"ra ) -e #ual#uer forma, devo)lhe minha vida. *ou grata pelos dias #ue passamos juntos e pelos seus cuidados. 0spero #ue um dia você e 7eitosinha possam voltar a se entender... ) .ão creio ser poss"vel... ) @ue segredo você guarda sobre ela5 0'iste algo mais, além da particularidade anat9mica5 ) .ão me force a dizer. *ó lhe adianto #ue sua irmã não é #uem parece ser... .este momento a porta da sala se abre, de forma dramática. ) *im, ;runo... *im, meu amor+ *ou sua 7eitosinha+ 7amais fui tocada por outro homem #ue não você+ / claro #ue :#uela altura do campeonato, falar sobre 8aura !roft era perfeitamente dispensável. Aliás, ela era uma mulher... ) .ão pode ser ... 0u vi você na#uele local deplorável+ ) 0u vinha sendo chantageado por Arlindo... Mas não cheguei a entrar em a,ão+ / uma longa história meu amor... ;runo come,ou a se despir de sua casca de rancor. ) 0u... eu também só fui lá na#uele dia por#ue... ) 0u já sei... 0s#ue,a, ;runo... .ão diga nada... Apenas me beije+ !abisbai'a, Adena"ra dei'ou o apartamento de ;runo e seguiu a esmo pelas ruas escuras da cidade. 7eitosinha e seu homem se amaram loucamente, como estavam predestinados a fazer por muitos e muitos anos. .ão muito longe dali, uma nave espacial alien"gena pousava no matagal. ) (or#ue voltamos, chefe5 ) (erguntou uma das criaturas verdes. ) ?eja com seus próprios olhos+ !ompramos gato por lebre+ 6 0E entregou ao colega um e'emplar de uma popular revista de mulher pelada. ) Gé... A#uela mo,a #ue trou'emos : nave tinha um detalhe a mais... ) !laro+ 0ra um homem disfar,ado+ ) !omo o senhor descobriu5 ) ;em, já t"nhamos até sa"do desta galá'ia #uando resolvi folhear umas revistas #ue levei de recorda,ão deste planetinha atrasado. <oi a" #ue me deparei com estas fotos de mulheres nuas e percebi tudo as fêmeas da#ui são, aparentemente, e'atamente como as nossas+ Eudo indica #ue estão prontas para reproduzir nossos filhos+ ) @ue beleza, chefe+ 6 #ue faremos5 ) 6 óbvio pegaremos uma outra mulher, nos certificaremos de #ue ela não tem nenhum complemento indesejável e voltaremos :s nossas e'periências+ ) 0ntão aproveita, chefe... ) disse um dos homens verdes, olhando pela escotilha ) ?em uma gatona ali+ 0 foi assim #ue Adena"ra acabou nas mãos dos e'traterrestres. (or mais #ue os cientistas do outro mundo se esfor,assem, continuariam sem entender o mecanismo de reprodu,ão dos humanos. Adena"ra nunca mais foi vista. 0 como 7eitosinha preferiu guardar segredo sobre sua e'periência com os 0ts, o planeta Eerra nunca soube #ue duas irmãs, numa surpreendente manobra do destino, acabaram salvando a humanidade. Foje, #uem vê na missa dominical 7eitosinha e ;runo, com suas lindas crian,as adotadas, nem imagina #ue por trás da#uela aparente normalidade repousa um segredo e uma história surpreendente. . se voc" acha 8ue os homen9inhos verdes são a parte mais a?surda desta saga, ' por8ue não viram Jeitosinha e 2runo em seus momentos de intimidadeAAA $I& 6
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