A Fonoaudiologia e o Canto

March 29, 2018 | Author: Dário Alves | Category: Singing, Human Voice, Speech Language Pathology, Human Throat, Wellness


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3/2/2015A Fonoaudiologia e o Canto A Fonoaudiologia e o Canto Autora: Lídia Maria de Gouvea INTRODUÇÃO Atualmente a fonoaudiologia tem se voltado para estudar o profissional da voz, mais especificamente o cantor, seja ele do estilo popular ou erudito. Porem pouco se fala sobre qual o momento esse profissional deve fazer um exame apurado sobre sua condição vocal, podendo Ter assim uma orientação profissional sobre o desempenho de sua voz. Nos ‘últimos tempos a fonoaudiologia tem reservado atenção especial ao campo denominado voz profissional, de forma que indivíduos que utilizam a voz como instrumento de trabalho estão cada vez mais próximos dos Fonoaudiólogos, mostrando que ha necessidade de uma orientação para a preparação vocal, melhorando o desempenho vocal do indivíduo, seja ele professor, radialista, repórter, ator ou cantor. Vamos considerar neste estudo o profissional da voz falada aquele indivíduo que, para exercer sua profissão, deve depender de sua voz, sendo esta seu instrumento de trabalho. Autores diversos procuram definir o profissional da voz como " indivíduos que utilizam a voz de maneira continuada, os quais procuram, por meio de um modo de expressão elaborada, atingir um publico especifico ou determinado"(Satallof – 1991) ou como " o indivíduo que ganha seu sustento utilizando sua voz" (Boone – 1992). Especificamente neste estudo, não nos aprofundaremos na estrutura vocal, respiratória e demais esquemas os quais complementam a atividade canto, mas sim os problemas decorrentes do canto, seu mau uso, ma formação ou orientação, e como tratar estes problemas através da fonoaudiologia. Quando um cantor, no decorrer de seu trabalho vocal percebe que há " alguma coisa errada" com a emissão de seu som, questiona-se sobre o que estaria acontecendo com sua "garganta" e o que poderia estar prejudicando seu instrumento de trabalho. O primeiro passo a ser feito é a consulta médico-clínica, para posterior encaminhamento ao médicofonoaudiólogo. Do ponto de vista funcional, cantar ‘e essencialmente diferente do falar. As evidencias indicam que seu controle central esta em um local diverso no cérebro e os músculos do trato vocal movimentamse de maneira distinta.Cantar também ‘e uma forma de comunicação, e uma foram de expressão dos sentimentos. Em geral, temos um conceito pré- concebido, de que através da fala nos comunicamos melhor e pelo canto nos expressamos artisticamente, como se pudéssemos separar na vida, uma metade racional para a fala e outra emocional para o canto, quando na realidade somos as duas partes concomitantes, onde podemos e devemos nos expressar e nos comunicar ao mesmo tempo. Todos podemos cantar e o canto tem de ser trabalhado, exercitado e aprimorado. O Dom de cantar existe mas, em grande parte dos casos, as condições anatômicas e fisiológicas podem ser auxiliares importantes. Quando o cantor procura um Fonoaudiologo , este profissional submete seu paciente `as seguintes etapas: •Avaliação vocal do cantor; •ANAMNESE -Levantamento histórico do problema: •Exame físico ADS BY Of f ersWizard AD OPTIONS •Exame de imagem •Tratamento proposto http://www.profala.com/arttf27.htm 1/11 estresse. ou historia problemática do paciente. depressão. o que faz antever a sua dedicação ao tratamento.. dos órgãos articulatórios da fala. ANAMNESE A historia do paciente pode ser bastante elucidativa. diferenciando as características da voz falada e da cantada. dos órgãos ressonantais. devese obter informações .profala. inflamatórios. tranqüilizantes. qual a percepção que o indivíduo possui em relação a sua voz e sua queixa vocal. ‘\e o momento fundamental de qualquer avaliação. digestivos. infecciosos. ‘E importante conhecer o grau de autopercepção do indivíduo em relação a sua disfonia. anatômicas de cabeça e pescoço.imunologicos. fadiga. há vários aspectos fundamentais relacionados a produção vocal que diferem muito se compararmos a voz falada com a voz cantada.htm 2/11 . em câmera lenta. distúrbios metabólicos. Deve-se verificar ao mesmo tempo. antes de tratá-lo ou ser encaminhado `a fonoterapia. obtêm-se fatores geradores por si só de alterações da voz. separadamente. as quais serão efetuadas na anamnese. qualquer que seja o caso. No primeiro momento. estados de ansiedade. neurológicos. o que permite muitas vezes que a suspeita diagnostica já se oriente nessa fase. as características e as queixas vocais do cantor devem ser percebidas. culturalmente e historicamente.com/arttf27. lembrando que. ao contrario. entre outros. Considerando-se a avaliação inicial de qualquer pessoa disfônica ou com queixas relacionadas . alergicos.quimioterapicos.3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto •Orientação quanto a saúde vocal AVALIACAO VOCAL DO CANTOR Existem diferenças entre a avaliação vocal de um cantor e a de um indivíduo que utilize apenas a voz falada. deglutição. cocaína ou outras. não Ter nenhuma percepção da forma como ele utiliza a voz falada. exigindo intervenção terapêutica especifica. No caso dos cantores. cafeína. sentindo-se normal. oferecendo condições de visualizar as alterações. aceitara as medidas diagnosticas ou do próprio tratamento. sensoriais( sensibilidade cervical ou faringo-laringea). etc. gravidez e sindrome pre-menstrual. alterações funcionais e respiratórias. endocrinos. insônia. neoplasias benignas ou malignas. ‘e difícil um cantor Ter qualquer contato com em fonoaudiologo ou otorrinolaringologista. insuficiência cardíaca. paralelamente `as alterações gerais tais como: diabetes mellitus. ‘E o primeiro contato do cantor(paciente) com o profissional medico(fonoaudiólogo). No momento da avaliação. mesmo que de forma profissional. anticoagulantes plaquetariso. e as importantes e possíveis causas físicas e psicológicas que podem afetar a laringe e a voz. como por exemplo uma passagem de escala ou. Temos dois casos distintos: o professor que se "beneficia" da disfonia ao estar disfônico e aquele que http://www. por exemplo. diminuição da capacidade ventilatória pulmonar. distintamente em relação aos aspectos particulares da fala e do canto. pela administração de péssimos hábitos ou demonstração de enorme ansiedade por parte do paciente. ‘e importante que estes se sintam a vontade para colocar suas ansiedades e possam sanar algumas de suas duvidas. e de que modo está inserida na voz falada ou cantada. hipertensão arterial. o uso ou abuso de drogas com ‘álcool. ‘E comum o indivíduo procurar um profissional queixandose especificamente de problemas em relação `a voz cantada. Embora exista um único órgão e praticamente um mesmo grupo de músculos responsáveis pelas duas funções. tabaco. há necessidade de se conhecer o quadro clinico geral. da faringe e da laringe em particular. dando a impressão que estivessem sendo vistas através de uma fita de videocassete. ‘e necessário distinguir qual a real queixa . Igualmente significativo torna-se saber a relevância pessoal ou profissional que possa Ter a disfonia. pelo medico e pelo fonoaudiólogo. A consulta otorrinolaringologia e o exame da laringe são intrinsecamente ligados e a anamnese detalhada do paciente disfônico é essencial para orientar o exame. Dificilmente alguém que não tenha consciência alguma de sua alteração vocal. ‘E fundamental a analise dos fatores específicos do aparelho fonador. maconha. uso permanente ou prolongado de medicamentos como corticoides. Em muitos casos o cantor precisa do auxilio do terapeuta ou médico para identificar sua queixa em relação `a voz. voz. Nesses casos. o motivo da consulta. Deve-se interrogar ou identificar alterações da audição. que também representam agravamento de outras situações e dificultam o restabelecimento do paciente. estafa. Da mesma forma. A anamnese. autoimunes. ou se adota uma posição critica. simetria e amplitude da onda mucosa e a eventual existência de fendas gloticas. Quando se fala em avaliação da voz. as enfermidades que tenha sofrido no passado ou ainda sofra. Portanto ha necessidade de saber dosar os extremos para obtenção de um bom resultado no tratamento. pouco confiante e interpreta de foram deturpada as conclusões e determinações.com/arttf27.A utilizacao de videolaringoscopia e da videolaringoestroboscopia consagra-se como fundamental no manejo de enfermidades da laringe e da voz. devem demandar a utilização de um método mais preciso. pessimista. interessado. não associados a infeções virais ou bacterianas. levando-se em conta os aspectos da voz falada e cantada. ao contrario do segundo.A descrição do paciente revela sua forma de encarar a relação com o medico e o fonoaudiologo. ao menos subconscientemente pela cura. fossas nasais. Deve-se proceder a pesquisa de historia patológica detalhada sobre a saúde do paciente. Postura Tipo Respiratório Tempo de emissão Coordenação Pneumofonoarticulatória Pitch Loudness Ressonância Articulação Ataque Vocal Qualidade Vocal Ritmo Tessitura Registro Brilho Projeção http://www. a avaliação da audição. participante. Os pacientes com indicação de fonoterapia devem ser encaminhados acompanhados de laudo minucioso que descreva a anamnese sumaria ou dirigida. AVALIAÇAO DA VOZ DO CANTOR A avaliação da voz do cantor inicia-se com a identificação da queixa.as características. aptos ou durante estado gripal.htm 3/11 . deve-se levar em consideração vários aspectos físicos e da emissão da voz . mencionando seu aspecto e mobilidade. ou seja. O exame otorrinolaringologico inclui. extensão e formato. `as vezes ate tornando-se prejudicial.Observa-se os seguintes tópicos: -Exame físico. da fala. igualmente. referindo seu local. quando necessário. que normalmente terá empenho exacerbado. Ao primeiro pode-se supor que não se empenhe. A laringoscopia indireta ‘e um método perfeitamente satisfatório para o diagnostico de indivíduos disfonicos ha poucos dias.3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto sofre intensamente com o impedimento vocal. se otimista. como a boca e língua. deve-se colher os dados de maneira a localizar uma causa e mensurar sinais e sintomas. Deve-se fazer um exame clínico apurado. da voz. Também a função pulmonar pode e deve ser avaliada.profala. Em relação ao motivo recente que traz o paciente `a consulta. A conclusão e conduta devem ser discriminadas e devidamente explanadas ao paciente. Casos mais intensos e duradouros. no sentido de tentar estar logo recuperado. ou seja um cantor ou ator em temporada. que forneça dados de maior confiabilidade possível a decisão terapeutica. ansioso. confiante. na anamnese. e que possam Ter relevância no quadro atual. A coleta detalhada da historia vocal do paciente disfônico pode revelar aspectos decisivos ao diagnostico e `a conduta do tratamento. da deglutição e as pesquisas de alterações anatomico-funcionais e preceptorias dos órgãos articulatorios e ressonâncias. rinofaringe e faringe. tentando compreender a ressonância e a articulação do cantor. os achados no exame de pregas vocais. não tabagistas e que não façam uso profissional da voz. a tonicidade e mobilidade dos lábios e bochechas. Verifica-se a oclusão dentária. o cantor. fazendo com que produza uma voz http://www.com/arttf27. mas pode fornecer dados irreais sobre a coordenação respiratória. podendo ser classificado em grave. imediatamente corrige as eventuais entradas de ar residual .3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto Passaremos agora a discertar sobre cada etapa da avaliação individual do cantor: EXAME FÍSICO Inicia-se pela apalpação da região cervical e pescoço. TEMPO DE EMISSÃO A capacidade de emitir um som por longo período e de enfatizar uma nota nos momentos finais de uma sentença pode definir o repertório e longevidade da voz de um cantor. porém quando lhe é solicitado uma leitura. Na voz cantada. É comum verificarmos pessoas com dificuldade durante a fala. No canto encontram-se vários casos de respiração inferior e mista. Se estiver sendo feita de maneira inadequada. fraco e adequado. médio ou agudo. Algumas exceções acontecem quando o estilo de música adotado exige uma voz muito soprosa. PITCH É a sensação auditiva que temos sobre a altura da voz. É preciso observar se os aspectos que caracterizam a postura do cantor durante a fala se modifica ou se mantém durante o canto. irá prejudicar o estado dos músculos responsáveis pela fonação POSTURA Na conversa expontânea. Observando-se a distância dos pilares amidalianos da parede da faringe(orofaringe/nasofaringe). ajudaria a emissão de sons agudos. seu tönus e sua mobilidade em relação aos sons. Mede-se o pitch através de sistemas computadorizados de análise vocal. A língua é um músculo muito importante para a fonação portanto deve-se verificar o tamanho. Observa-se a curvatura da coluna vertebral no andar e sentar. O cantor pode não possuir uma boa aparelhagem de som ou retornos eficientes. Existem três tipos básicos de respiração que são o superior. no canto. a inclinação dos ombros. Verifica-se também o movimento mastigatório. e a pessoa percebe que está sendo avaliada. o posicionamento do queixo em relação ao peito. forte e estável. na maioria das vezes não se modifica da fala para o canto. com um gasto de ar muito grande. posição que. COORDENAÇÃO PNEUMOFONOARTICULATÓRIA É a coordenação entre a respiração e a fala.htm 4/11 . o deslocamento lateral e sua mobilidade vertical pela emissão ligada de tons agudos e graves. deve-se lembrar do ambiente e da utilização da aparelhagem de amplificação sonora. Pode-se verificar o tamanho da abertura da boca. com o incorreto e prejudicial intuito de auxiliar a elevação da laringe. misto e inferior. deve-se verificar a inclinação da cabeça. o qual é muito importante para a avaliação do profissional da voz. Normalmente. se é proporcional a forma e tamanho da cavidade oral. observando se a postura assumida pelo cantor é a adequada para a fonação. glissando ascendente e descendentemente e fazendo uma vogal sustentada com intensificação no terço final da emissão. Observa-se o cantor durante uma conversa expontânea. porém deve-se observar se a respiração efetuada pelo cantor é a adequada para o canto. a movimentação da articulação tëmporo-mandibular(ATM). Observa-se tal fato quando existe a solicitação para a emissão de um som ou vogal prolongada ou sustentada. É fácil encontrar pessoas que elevam o queixo quando cantam tons mais agudos. ou seja. Nesse exame pode-se observar a largura da laringe e o posicionamento vertical da cartilagem tireóide no pescoço. o formato do palato e o tamanho de toda a cavidade oral. sem tensão e participação da musculatura extrínseca. LOUDNESS Tem relação com a percepção do volume da voz e deve ter com o tipo de ambiente em que a voz está sendo emitida. A coordenação analisada é um aspecto no qual. investigando-se o nível de tensão de sua musculatura. Pode ser classificado em forte. no ato do canto recorre instintivamente a um tipo de respiração de forma que a pressão subglótica torne-se mais longa. ou durante a leitura de um texto. TIPOS RESPIRATÓRIOS Há muita discussão sobre o tipo adequado de respiração para a fonação e canto. a tensão muscular cervical.profala. muitas vezes camuflado por uma hipernasalisação. o pitch eleva–se. pois há uma busca das cavidades superiores de ressonância que acaba levando para a agudização do pitch. fluida. áspera. Costuma fechar a avaliação perceptual da voz falada. Normalmente o tipo de ataque se modifica da fala para o canto. soprosa. muito acelerado e adequado. é algo que não tem muito sentido. que trabalha com um ataque mais suave. Há várias maneiras de se nomear as qualidades e características vocais. Quando o cantor disfônico tem queixa apenas na voz cantada não há necessidade de avaliação dos dois aspectos. TESSITURA A tessitura e a extensão são dois aspectos a serem avaliados apenas na voz cantada. tensa. acelerado. A voz transforma-se . pois na cantada dependerá do estilo. que seriam as notas confortáveis dentro da sua extensão vocal. Pode-se por exemplo. porém na hora de cantar optam pelo estilo bossa-nova .htm 5/11 . O cantor de hard rock tem a voz rouca e áspera. Na fala usamos um ritmo lento. RESSONÂNCIA A ressonância é classificada em seis tipos principais: equilibrada quando se utiliza de forma distribuída os três focos principais de ressonância(laringe. na qual a qualidade vocal tem relação direta com a patologia. Estas características podem se combinar aos pares mas não de maneira fixa. hipernasal com constrição de pilares onde o foco é acentuado no nariz. em mais um e único intrumento. QUALIDADE VOCAL OU TIMBRE É o item que esclarece o diagnóstico no nível de pregas vocais. mas pode-se utilizar outro modo de cantar este estilo de música. Existem pessoas que falam com ataque brusco.com/arttf27. de tornar a voz mais um instrumento dentro da musica e não o principal deles. ATAQUE VOCAL O ataque vocal pode ser dividido em brusco. aspirado e suave. ao contrário da voz falada. buscando as cavidades mais superiores no canto em relação à fala. exagerada. normalmente em articulações muito travadas. mas com esforço evidente causado por tensão de musculatura orofaríngea. pois na voz cantada avalia-se a qualidade em relação direta com o estilo de música adotado e com a forma pessoal de interpretação. A qualidade da voz cantada abre discussão para as características vocais mais freqüentes em cada estilo de música. a ressonância também se eleva.3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto cantada com muito volume. podendo ser observado na fala espontânea. suave. neste momento. mas estes combinados entre si quando necessários são suficientes para definir precisamente uma qualidade vocal.Não é possível dizer que todo cantor de bossa-nova possui uma voz patológica soprosa.profala. travada. ARTICULAÇÃO A articulação pode ser precisa. infantil e diplofônica(bitonal). http://www. melodia e harmonia da música e da maneira como o cantor interpreta a canção. estrangulada. quando o cantor está totalmente disfônico. O cantor lírico procura explorar todas as suas caixas de ressonância. oral e nasal). todo o seu potencial respiratório para atingir o quarto formante e assim ser ouvido junto com a orquestra que o acompanha. imprecisa. RITMO É um aspecto que avaliamos apenas na voz falada. e solicitando ao seu corpo que produza um apoio muito potente para que não ocorra sobrecarga das pregas vocais. trêmula. laringo-faríngea com foco nasal compensatório onde o foco central é no pescoço e sem nenhuma oralidade. pois esta soprosidade faz parte de um estilo de cantar. O cantor de coral emprega muitas vezes excesso de volume para poder se escutar dentro do coro. Pode sim projetá-la muito mais. Utilizamo-nos da voz rouca(moderada/suave). pastosa ou aberta. hiponasal onde não há nenhuma ressonância nasal. laringo-faríngea onde há predomínio do foco na região do pescoço. Há outros nomes diferentes dos utilizados acima. encontrar uma articulação travada e precisa assim como uma aberta e imprecisa. Pesquisar a tessitura do cantor.Nem sempre abrir mais a boca para cantar melhora a articulação das palavras. Semelhantemente ao pitch.O cantor popular normalmente não precisa utilizar um volume maior para cantar pois possui um bom sistema de amplificação. com quebra de sonoridade. pastosa. É impossível se discutir a qualidade sem falar de estilo. No canto isso ocorre de forma diferente. e para conhecer o ambiente de trabalho do cantor. fornecendo diferentes qualidades vocais que são chamados de registro. preenchendo todo o ambiente.3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto Quando o cantor apresenta a queixa de dificuldade nos agudos ou quebra de sonoridade na passagem. Quanto mais amplo for o uso dessas cavidades maior será a riqueza de harmônicos amplificados. como conseqüência de uma condição orgânica preexistente. mandíbula. com a laringe baixa. BRILHO Tem relação direta com o uso das cavidades de ressonância e a produção de formantes. Por definição. fazendo com que a voz pareça cheia.htm 6/11 .profala. solicitando sonorizaçòes específicas. PROJEÇÃO Termo advindo do canto. Tem relação direta com respiração. ou quando há presença de sinais de tensão muscular laríngea anormal. pescoço e sistema respiratório. não acredita-se na importância dessa classificação para o canto popular. O desalinhamento postural também é um achado clínico freqüente. A avaliação in locco é fundamental para comparar dados ao vivo. é muitas vezes empregada no canto popular. temos um som mais límpido e alegre. No bel canto. como os nódulos vocais. pois a hora da avaliação é um momento atípico. ALTERAÇAO DE VOZ NO CANTO – DISFONIA FUNCIONAL As alterações de voz mais comumente encontradas nos cantores são chamadas de disfonias funcionais. Havendo gravações antigas e recentes. A disfonia funcional com abuso vocal prolongado pode levar ao desenvolvimento de alterações orgânicas secundárias. que podem ser causadas por uso inadequado dos músculos voluntários da fonação. Não é possível se ouvir um cantor com projeção com a articulação totalmente travada. dificuldades no controle dinâmico de pitch e loudness. CLASSIFICAÇÃO http://www. modal(peito e cabeça) e falsete. mas muito utilizado no meio teatral e em oratória. REGISTRO É o modo de vibração variado das pregas vocais de acordo com vários pitchs. porém para auxiliar na definição da tessitura do que para classificar uma voz dentro de um repertório específico. mas que também pode ser resultado de um mecanismo compensatório mal adaptado.com/arttf27.Deve-se gravar a voz do cantor para registro. mas não há como classificar definitivamente a região onde esse cantor deve produzir sua voz cantada sem esforço ou prejuízo do trato vocal. a disfonia funcional é a alteração vocal que decorre geralmente do mau uso ou abuso de um aparelho fonador anatômica e fisiologicamente intacto. escalas ascendente e descendente em stacatto e ligatto. A posição da laringe no pescoço é responsável pelo colorido do som produzido. que nada mais é do que a produção de freqüências consecutivas que se originam da mesma maneira da freqüência fundamental. mezzo-soprano e contralto têm relação com o canto lírico. eles são resultado de uma disfonia funcional precedente. meses do ano) e conversa espontânea. solicita-se que emita a escala completa para se avaliar a dificuldade. como vogais(/a/e/i/) prolongadas. Apesar desses serem considerados entidades patológicas individualizadas. Mesmo nos casos de alteração vocal onde a função laríngea é normal ao exame clínico. enquanto no canto dramático. língua. Na avaliação deve-se evitar termos qualitativos(boa projeção/péssima projeção). pois trata-se de um conceito dividido em registro basal(fry). com laringe alta. Considerando-se as formas diferentes de configuração glótica do canto popular para o lírico. é interessante ouví-lo para compreender o processo de desenvolvimento da voz cantada. Conforme o trabalho fonoterapêutico evolui deve-se rever a tessitura. uso excessivo ou inadequado da válvula laríngea. o som é escuro mas cheio de nuanças. pressão subglótica e superiormente com a boca aberta. faringe. que incluem os músculos da laringe. A classificação vocal das vozes masculinas em tenor. Deve ser avaliado apenas na voz cantada. fala encadeada(dias da semana. assim como a extensão vocal. a disfonia é classificada com funcional. Algumas disfonias podem ser atribuídas a técnicas vocais incorretas tais como: Coordenação pneumofonoarticulatória pobre. foco ressonantal inadequado. barítono e baixo e das femininas em soprano. A sonoridade geralmente é pobre e a laringoscopia pode ser normal. pitch geralmente agravado e ataque vocal brusco. odinifonia. constrição supraglótica ântero-posterior parcial e ainda fechamento supraglótico do tipo esfinctérico. com sonoridade pobre. Os aspectos mais comumente observados nestas alterações são: fadiga vocal. Estes casos devem ser diferenciados daqueles em que existam comprometimentos hormonais ou conversivos. sonoridade pobre. aspereza. mostrar aproximação de pregas ventriculares.3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto Há várias propostas para a classificação das disfonias funcionais. A qualidade vocal dos pacientes portadores de síndrome de abuso vocal mostra características de soprosidade e aspereza. às características histéricas e o aparecimento da alteração vocal é associado a alguma fator desencadeante. Pode ser observada a constrição supraglótica ântero-posterior parcial. ou ocorrem em menor grau. Alguns fatores psicológicos podem levar a inibições durante este período de transição e estabelecer um padrão de fonação em falsete. A terapia fonoaudiológica précirúrgica pode evitar este tipo de alteração. Pode ocorrer em ambos os sexos. A laringoscopia pode ser normal. http://www. As síndromes de abuso vocal podem ocorrer com freqüência também em profissionais da voz. porém não é tão evidente nas mulheres em decorrência do seu tom habitual de fala. mas também pode apresentar aproximação de bandas ventriculares. DISFONIA POR HABITUAÇÃO Inicia-se por uma laringite viral ou cirurgia das pregas vocais. Apesar disso. Algumas alterações na voz falada muitas vezes não ocorrem na voz cantada. também podem ser observados. mas pode haver tensão glótica. A laringe pode também estar elevada e sua tração para baixo pode mostrar mudança de registro vocal para um pitch mais adequado. constrição supraglótica ântero-posterior parcial ou ainda fechamento supraglótico esfinctérico. como alterações ressonantais e de pitch. diplofonia ou fonação ventricular. que são: as disfonias psicogênicas. Podemos classificar as disfonias funcionais em quatro tipos.com/arttf27. Não há sintomas associados. USO INAPROPRIADO DE REGISTRO A alteração vocal ocorre em homens durante o crescimento. redução da extensão dinâmica da voz. Outros fatores devem ser observados em profissionais da voz com alterações relacionadas ao abuso ou mau uso vocal. A laringoscopia pode ser normal ou evidenciar fenda glótica triangular posterior(com redução da amplitude e assimetria da onda mucosa). a extensão vocal não é afetada. a disfonia por habituação. ou ainda triangular em toda a extensão(fenda pararela). A avaliação de profissionais da voz deve ser cuidadosa.profala. o uso inapropriado de registro e as síndromes de abuso vocal.htm 7/11 . O padrão recidivante normalmente é associado a um perfil psicopático e o conversivo. SÍNDROMES DE ABUSO VOCAL As alterações vocais decorrentes das síndromes de abuso vocal são geralmente flutuantes ou intermitentes e mantém-se por períodos prolongados. uma boa técnica de canto não implicará em uma voz falada adequada. projeção medial de pregas ventriculares ou inconsistência nos achados laringoscópicos. DISFONIAS PSICOGÊNICAS Podem ser divididas em dois subtipos: as conversivas e as recidivantes. O apoio respiratório também pode mostrar-se deficiente somente na voz falada. A laringoscopia é geralmente normal. A qualidade vocal caracteriza-se por pitch anormalmente alto e sonoridade pobre. A disfonia persiste mesmo após o desaparecimento do processo viral ou da cicatrização cirúrgica. quebras na voz. padrão respiratório inadequado e sindromes tencionais músculo-esqueléticas. A qualidade vocal é caracterizada por afonia ou disfonia severa. o que propicia uma compensação inadequada do trato vocal organicamente comprometido. manifesta-se depois da puberdade como dificuldade em abaixar o pitch e acompanha-se de "quebras" no registro. É importante haver uma diferenciação entre cada subgrupo de pacientes portadores de disfonia funcional. Outros sintomas. A qualidade vocal pode apresentar soprosidade. Como exemplo. Sintomas como fadiga vocal e odinofonia podem ser observados. Alguns autores propõem abordagens mais amplas referindo-se aos mecanismos casuais e outros baseiam-se nos aspectos clínicossintomáticos. levando-se em conta as variáveis entre a voz falada e cantada. Outros fatores observados em pacientes portadores de úlceras ou granulomas são apoio respiratório pobre. pode ocorrer secundariamente à execução do canto fora da extensão adequada e por pobre apoio respiratório. ao entrarem em contato durante a fonação. Na maioria dos casos há presença de fenda triangular médio-posterior. com hiperfechamento glótico posterior. Em cantores. alterações ressonantais e extensão vocal reduzida. predominando no sexo masculino. quebra vocal e ataque vocal brusco. este sim. em torno da borda livre na junção do terço médio de ambas as pregas vocais . podendo obstruir completamente a glote com conseqüente asfixia. Quando são de grandes dimensões.profala. são provocados por trauma fonatório na apófise vocal das aritenóides. ainda que ocorra melhora importante da qualidade vocal nos casos com lesões pouco exuberantes. O estabelecimento da alteração vocal é geralmente agudo(de dias a semanas). Há um aumento de massa e rigidez da cobertura. Os sintomas mais freqüentes associados são odinofonia e fadiga vocal. hábito de pigarrear e tossir e abuso vocal. principalmente em crianças. O foco do tratamento. São associadas a processos inflamatórios extralaríngeos ou secundários à entubação endotraqueal prolongada. os quais passaremos a discertar. TERAPIA FONOAUDIOLÓGICA PARA CANTORES A terapia vocal do cantor não difere completamente do processo terapêutico de um paciente que apresenta disfonia funcional. de longa duração. caracterizando-se por alteração na camada superficial da lâmina própria. Interfere na vibração mucosa contralateral e está freqüentemente associado ao tabagismo crônico e. freqüente associação ao refluxo gastroesofágico. Os principais sintomas associados são fadiga vocal. A fonoterapia pode reduzir a lesão em alguns casos. pólipo edematoso de pregas vocais. o encaminhamento posterior para tratamento cirúrgico é necessário. aspereza. assim como interferência na vibração mucosa contralateral. às vezes intermitente por meses. em seu estágio mais avançado. em menor escala. que. EDEMA DE REINKE É uma lesão de aspecto edematoso e por vezes polipóide. A incidência desta alteração em adultos é maior no sexo feminino e está sempre associada ao abuso vocal e ao estresse.htm 8/11 . sonoridade pobre e quebras vocais. o que lhe rendeu a denominação de degeneração polipóide. A qualidade vocal apresenta características de rouquidão. será diferente. Os sintomas vocais mais comuns são fadiga vocal. alterações de pitch . ao hipotireoidismo e ao refluxo gástroesofágico. ou ainda. porém quase sempre assimétrica. Nos casos funcionais. edema de reinke e úlceras e granulomas. alterações ressonantais e extensão dinâmica reduzida. A laringoscopia mostra ulceração do processo vocal uni ou bilateral. com pitch grave e ataque vocal brusco. Apresenta crescimento progressivo. outras possibilidades diagnósticas devem ser aventadas. A disfunção vocal geralmente é estável. Geralmente são lesões pequenas que comprometem o fechamento glótico. assumem a silhueta de um "beijo". com pitch agravado. A qualidade vocal mostra características de soprosidade. ou granuloma. NÓDULOS DE PREGAS VOCAIS São lesões secundárias associadas às alterações funcionais da voz. Com a queixa bem definida em relação aos aspectos da voz falada e cantada.com/arttf27. É geralmente bilateral. e predomina no sexo feminino.3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto Como alterações orgânicas secundárias temos: nódulos de pregas vocais. inicia-se a terapia que trabalhar[a http://www. Apresenta aspecto endurecido e algumas vezes edematoso. em pacientes com importante tensão muscular laríngea e ataque vocal brusco. com queratinização superficial e acantose entre as cristas epidérmicas. ULCERAS E GRANULOMAS São as únicas lesões orgânicas localizadas fora da borda livre das pregas vocais. uso de ar residual. Apresentam-se como lesões esbranquiçadas. decorrentes de distúrbios funcionais da laringe. É a disfonia funcional mais comum entre as crianças. representada histologicamente pela presença de tecido edematoso e/ou fibrocolagenoso associado a um espessamento do epitélio das pregas vocais. Entretanto. A qualidade vocal manifesta-se sob forma de disfonia variável. Estende-se ao longo de toda a borda livre das pregas vocais na maioria dos casos. nos profissionais da voz. possibilitar que produza. acorde e outros que podem aparecer conforme o tipo de canto adotado. estão presentes na terapia com o cantor. juntamente com o cantor. tanto da voz falada quanto da cantada. agudo. stacatto. localizando o pitch confortável e a tessitura adequada para o cantor assim como demonstrar aspectos anatomofisiológicos existentes. ou antes de dormir. Exercícios de resistência também são indicados para cantores que costumam cantar muitas horas por semana. mesmo nos casos de cantores populares. Pode-se compreender o estilo do canto e tentar.htm 9/11 . em geral. assim como na maneira de realização dos exercícios propostos. oitava. a voz cantada desejada. o ouvido adquire importância na condução das orientações. pois o início de cada processo dependerá de cada indivíduo. para a eficácia levantamento dos problemas apresentados. especificamente ao Otorrinolaringologista e ao Fonoterapeuta para a obtenção de sucesso para a resolução dos http://www. levando a uma qualidade vocal mais satisfatória para os dias seguintes no uso intensivo da voz. As necessidades dão de cada caso e sempre que possível devem ser trabalhadas no conjunto. bem como o respectivo tratamento. em geral. De maneira geral. que possam facilitar ou limitar a produção de algum tipo de voz cantada. sem virar uma lista de proibições. O cantor. paciente e terapeuta. porém esses são um desafio constante para quem trabalha com a área da voz e tem consciência da influência da vida emocional e psíquica na questão da comunicação. observar como cada paciente realiza ou reage diante daquele exercício. mostrando preferencialmente a respiração costodiafragmática. No caso dos cantores é fundamental trabalhar a parte respiratória no sentido de conscientizar o papel da respiração na emissão da voz cantada.profala. acredita-se que o terapeuta não necessita ser um cantor ou músico para poder prestar atendimento. porém deve ouvir as queixas do paciente e saber que as dúvidas que ocorrerem durante o processo terapêutico poderão ser investigadas e respondidas por ambos. As questões da saúde vocal devem ser tratadas com paciência e esclarecimento. como por exemplo grave. O fonoaudiólogo não deve discutir a escolha de repertório. Aparecem alguns questionamentos por parte do cantor. glissando. não se deve ficar centrado na patologia laríngea ou no distúrbio da fonação e sim na maneira como o cantor está utilizando seu aparelho vocal para produção da voz dentro do estilo e interpretação desejados. permitindo um movimento vertical livre nos graves e agudos. É necessário possuir algum conhecimento de termos musicais que. como a mais adequada para a sua voz. de maneira satisfatória e sem prejuízo do trato vocal. escala ascendente ou descendente. Na terapia com cantores. porém tal explanação não esgota o assunto. há necessidade de se recorrer ao profissional médico da voz. promove a vasodilatação que possibilitará um maior relaxamento noturno. Apresentamos alguns métodos a serem aplicados na avaliação e tratamento de tais problemas.Quando se trabalha com o cantor.3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto simultaneamente os aspectos que forem necessários. Os exercícios que auxiliam no abaixamento da laringe tem demonstrado ótimo resultado. pois é natural que a pessoa que tem na voz cantada seu instrumento profissional possua uma curiosidade maior em relação a sua voz. pois cada indivíduo tem seu problema e os exercícios devem ser aplicados de maneira pessoal. CONCLUSÃO Estivemos analisando alguns os problemas possíveis a serem apresentados na estrutura funcional da laringe e cordas vocais. posteriormente. Não é possível abordar a parte de exercícios. questiona o profissional para saber como se procedem os exercícios e outras duvidas. O trabalho articulatório visando a abertura vertical e à precisão sonora dos fonemas também tem destaque na rotina terapêutica. mas esclarecer as possibilidades de cada voz. por meio de exercícios. em específico com os cantores.com/arttf27. mas muitas vezes desconhecidos. Na voz tudo ocorre ao mesmo tempo. bem como receio em ser examinado pelo Otorrinolaringologista e ansiedade em tratar as dificuldades que se manifestam na voz. Ficou claro porém que. pois o ideal é passar informações aos poucos e obter o retorno do cantor sobre a verdadeira compreensão dos porquês sobre sua voz. Não é fácil estabelecer um limite sobre onde começa a terapia fonoaudiológica do cantor. O terapeuta tem que experimentar os exercícios consigo mesmo e. na forma de utilização da voz. Não existe hierarquia dentro da terapia fonoaudiológica. Massagem digital na laringe depois de cantar. Com este tipo de relacionamento. Fonoaudiologista.htm 10/11 . o médico da voz e o preparador vocal. Avaliação e Terapia Henrique Olival Costa Marta Assumpção de Andrada e Silva Editora LOVESE – 1998 – SP Fundamentos em Fonoaudiologia Tratando os Distúrbios da Voz Silvia Maria Rebelo Pinho Editora Guanabara Koogan – 1998 – RJ Voz Profissional – O Profissional da Voz Leslie Piccolloto Ferreira Iara B. de Quinteiro Edwiges Maria Morato Eudósia Acuña Editora Pró-Fono – Carapicuiba . Creio porém que deve haver um relacionamento muito aproximado entre o profissional da voz. com conhecimento e bem feito.Dias Gomes Jaime Luiz Zorzi Editora LOVISE Avaliação Fonoaudiológica da Voz Leslie Piccollotto Ferreira Paulo Augusto de Lima Pontes Editora Guanabara Koogan – 1996 Tópicos em Fonoaudiologia – Enfoque Multiprofissional Marta A. Professor de Canto. Um Pouco de Nós Sobre Voz Lislie Piccollotto Ferreira Editora Pró Fono – Carapicuiba -1994 Voz Cantada – Evolução.com/arttf27. pois suas atividades se interagem e.1995 Imprimir o Artigo http://www. fazendo com que a voz do profissional possa ser melhor elaborada para um bom resultado profissional. creio que os cinco profissionais da voz – Otorrinolaringologista.profala. onde cada um individualmente alcançará a satisfação pessoal de aplicar o seu trabalho de modo direto.3/2/2015 A Fonoaudiologia e o Canto distúrbios que possam ocorrer com a voz. Preparador Vocal e Cantor – poderão crescer em conhecimento e sucesso profissional. com essa aproximação o resultado pode se tornar mais produtivo. Andrada e Silva Henrique Oliveira Costa Editora LOVISE – 1995 – Vol 1 – SP. BIBLIOGRAFIA Mestrado em Distúrbios da Comunicação Um Século de Cuidados com a Voz Profissional Falada: A Contribuição da Fonoaudiologia Thelma Mello Thome de Souza PUC/ São Paulo / 1998 Tópicos em Fonoaudiologia – 1995 Irene Queiroz Marchezan Cléia Bolaffi Ivone C. htm A Fonoaudiologia e o Canto A d O ptions 11/11 .com/arttf27.3/2/2015 A ds by O ffersWizard http://www.profala.
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