A adolescência Contardo Calligaris.pdf
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Z--1 ;0 o o c v{) »1 o hoje, eles se procuram 'eventLlalm.ente se acham. Mas, alem disso, eles precisam Jutar cOIn a adolescencia, que e ul1la criatura 1111lpOllCO mOl1Struosa, sustentada pela imaginac;:ao de todos, adolescentes e pais. Um mito, in- ventado no cOl1lec;:odo seculo 20, que vingou sobretu- do depois da Segunda Guerra Mundial.' A adolescencia e 0 prisma pelo qual os adultos ollum os adolescentes e pelo qual os proprios adoles- centes se contemplal1l. Ela e Llma das formac;:6es cul- turais mais poderosas de nossa epoca. Objeto de inveja e de me do, ela da forma aos sonhos de liberdade ou de evasao dos adultos e, ao mesmo tempo, a sellS pesadelos de violencia e desor- demo Objeto de admirac;:ao e ojeriza, ela e um pode- roso argumento de marketing e, ao mesmo tempo, Llma m adolescente um. pouco sem rumo, es- fonte de desconfianc;:a e repressao preventiva. tranhando seu proprio comportamento, A Holden e aos pais pode-se responder, assim, U paradoxalmente desafiador e arrependido, que os jovens de hoje chegaram a adolescencia numa LID para voce na rua e fala:"Estou so passando epoca que alimenta uma especie de culto desse tempo por uma fase agora.Todo 0 mundo passa por fases, nao da vida. E caberia, entao, tentar explicar como isso nos e?" Alguem talvez reconhec;:a sua voz. E Holden, 0 afeta a todos. heroi do romance 0 Apanhador no Campo de Centeio, de J.D. Salinger. Aproveitando-se da situac;:ao, atras e ao lado dele se aglomeram pais e maes de adolescentes. Eles tam- bem perguntam:"Entao, e assim?Vai passar? E so uma fase?" Resposta de bolso, caso Holden e os pais 0 pa- rem na rua: "Nao. Nao e apenas uma fase. Por isso, nada garante que passe". Nossos adolescentes amam, estudam, brigam, tra- balham. Batalham com seus corpos, que se esticam e se transformam. Lidam com as dificuldades de crescer no quadro complicado da familia moderna. Como se diz m r m ~ m Z -l o Vl o m o m "T1 Z l(J »1 o a uma quanto um berimbau dos mais sofisticados. voce olhou. nessa so. Quem melhor pesca e toca . nem como salr tciral1lente para seu bem. forte e r.acrescentam des . seu corpo est. Ao voce aprendeu.e esta prestes a desafiar qual- A ADOLESCENCIA COMO MORATORIA quer um numa serenata de berimbau. 0 piloto conseguiu aterrissar. Voce . Digamos que melhor esperar mais dez anos antes de vir fazer pro- o aviao no qual voce estava sobrevoando um priamente parte da tribo e. mas dos perigosissimos sLHubins que andal1l pOl' ai. voce seja cientes para encarar tanto um surubim de dois metros I transportado. ciedade. 11. hro da tribo. Voce esta Illuito satisfeito C0111isso. 111 '51110 tcmpo. Eles amam voce e pOI' isso do fundo se1vagem da floresta. conhece as leis e regras de sua nova SlI:l c. uma tribo de LJuerem que ainda par LlIll tempo voce seja protegido indios que nunca encontrararn honlens modern?s. na verdade se sente um de1es. imitou e aprendeu. por algum acidente.. Nao ha como esperar socorro. pois na ver- resto de seus dias. Voce agora fala corrente- . e illlportante sobressair e adquirir destaque. mas e I sociedade totalmente cliferente. e mente muito mais feliz do que os outros. podera pescar e tocar beril1lbau a von- . Sera necessario. il:naginemos.istencia. os :lIlcioes acrescentarao que esse "pequeno" atraso e in- destruido. adota voce e seus SCIll falar dos berimbaus . portanto. para se destacar. durante os 12 anos. competir de igual OJ canto recondito da Amazonia teve uma dificuldade tec- nica.) treinado. E. amigos.todos percebem . Pois.clara. de uma hora para 0. nao constitua frustrayao nenhul1la.pelos anos na selva.lllCiocs.utra.'r:llldc e que os ditos dez anos serao os l1lais felizes de mente a lingua.)pido . slja voce hOlllem ou Illulher: a pesca co1110 arpao e as sere- natas de berimbau.desde a linguagem ate 0 entendimento dos valo. 12 anos para que Portanto. Nessa altura. Que tudo isso. voce vai poder se preparar melhor ainda voces se entrosem com os usos e costumes de sua nova p:lr:l 0 dia em que sera enfim reconhecido como mem- tribo ..nao tera as tribo. d:l<. Em outras palavras. que.!c:1 tribo inteira considera que voce tirou a sorte Os 12 anos passaram. Entre as COlsasque pl'S:lll:is responsabilidades dos membros da tribo. mas 0 aparelho es~a para igual com os outros membros. Naturall1lente. acrescentarao tambem os res da sociedade em que aparentemente voces viverao 0 . Por sorte.) principallllente dois campos. Voce na verdade se acha e talvez seja mesmo otilllo na pesca com 0 arpao . Isso que SaGre1ativamente bem-humorados. esta 0 fato evidente de que. nessa sociedade e bom e necessario ser um excelente pescador COIll 0 arpao e tocar magistrallllente 0 berimbau-de-boca. os ancioes da tribo Ihe comunicam o seguinte: talvez voce tenha tamanho e pericia sufi- maginc. ha um sujeito capaz. . elas aprendem que ha dois cam. de brincadeira. desejaveis. para quem. na hora ainda. ojeriza. que sao cruClals para se fazer valer em nossa tribo: e tamente por isso serao atividades despreocupadas. no caso) e viveriam que ele possa efetiva e eficazmente se consagrar as ta- no e pelo grupo. Aprende que. Circulando em grupo. P. Juntos. los na direyao de invejaveis sucessos sociais. outorgando-se mutu.lIvo illdiclyJO explicit.. Se houvesse uma tribo inimiga.sera apenas como treino.l1lto.Voces se afas.:ar a leva- E bem provave! que voce passasse pOl' um le.llllbos os SL'XOS. entre outras coisas. Em primeira aproximayao. poderiamlhes permitir amar. Aaora b' seriamente .. se integran'l em nossa cultu. cntclldc- campo produtivo. No mini. Ao longo de mais ou menos 12 an os.por assim dizer. copular e go- duzir qualquer ouvido e sua destreza transfixar pelxes zar. necessario ser desejavel e invejavel. p.lis. 2. voces se.lblllOS do "adoksccllte" SClll lll:lis espccificlr. esse aprendizado minimo esta solidamente ria 0 anuncio e a perspectiva desses dez anos de lin'lbo? assimilado. elas aprendem que ha duas qualidades subjetivas . nesse exato momento. llQSSaS vras. \. assumir qualquer tarefa de trabalho e comec.1 ["OlllO sllbst. Enfim. onde se sentem tratados como ho. port. 1.lLl . lhes e comunicado que nao esta bem e enfim rebe!dia.1 p. tes e parecido com 0 destino dos aeronaufragos dessa 1\1c se torna um adolescente quando. refas que Ihes sao apontadas por esses valares. de inveja. instrui- pressao e. quem sabe. eis entao como co- mo. tindo de igual para igual com todo mundo.l do cOlltr5rio. e do aviao. quando f:. voce voltaria a se agrupar com os companheiros meyar a definir um adolescente2 Inicialmente.a potencia) no • hili Intlll (\ Il'. co1'po e seu espirito estarem prontos para a competi- as crianc.lIltivo nL'utro. 3. logo que variado de sentimentos: raiva.II. riam Fonte de preocupayao e medo. Em outras palavras. compe- mens e mulheres de verdade.:as. desprezci nesse instante. que talvez voce tivesse perdido de vista e alguem que agora estariamlidando com a imposiyao da mes. ria 0 momenta de considerar uma traiyao. financeiro e social. voces acabariam constituindo banais e mais bem compartilhados na comunidade (par uma especie de tribo na tribo.'\t"O.pela escola. po1' volta de mais dez anos. se.C01110 voce acha que encara. pelos Pois bem: 0 que acontece com nossos adolescen.~(). 11aOe reconhecido como adulto. ra e. exemplo. temporariamente negar a voces todos.I\(\C" V. dade impoe uma moratoria. impondo sua presenya rebelde pelas ruas da aldeia .para adotar os ideais da comunidade. ficara sob a tutela dos adul- pos nos quais importa se destacar para chegar a felicidade e ao reconhecimento pela comunidade: as re!ayoes amorosas/sexuais e 0 poder (oumelhor. 5. no nosso caso: destaque pelo sucesso finan- amente 0 reconhecimento que a sociedade parece ceiro/ social e amoroso/sexual). do e treinado pOl' mil caminhos .lllllll. que teve 0 tempo de assimilar os valores mais ma moratoria. apesar de seu pequena historia. mas jus.dClll. assim como se reproduzir. a comuni- se possive! nas horas menos adequadas -.pe1a midia . Ora. objeto de re.lv1". que se tarnaram desejantes e Logo agora que voce achava que seu berimbau ia se. Em outras pala- 111(l~ .tade . cujo corpo chegou a maturayao necessaria para tariam de suas familias (adotivas. Suas foryas poderiam de olhos quase fechados . Seus carp os. Apesar da maturJ<. levaval11 exercitos a batalha. 0 Jmor e 0 trJbJlho. logo quando passJm a se julgar enfim maturidade. .:ao (eventualmente a for<. Ora. Nao e diflcil verificar que. hipotetica tribo: mesmo supondo que evitassem deci. uma vez malmente produzida pJra justificar a moratoria dJ impedidos de se realizar C01110seus corpos permiti. pais a espera que Ihe competitivos. independentes e umJ pe<. apesar riam. imposta pela moratoria.tos.jovens de 15 anos ja os ancioes. l11ais tarde. riam J pescar com dinamite e a tocar teclado eletronico o adolescente nao pode . a autonol11ia reverenciada. em epocas nJS quais soes drasticas (cair fora. ou entao produzindo. Ul11sujeito sera reconheci- do como Jdulto e responsavel na medida em que viver e se afirmar como independente. do que 0 destino dos aeronaufragos na hospitJkira sicos. Inventariam e tentariam impor trJdi<. Em nossa cultura. E com a modernidade tardiJ (com 0 dencia. Essas SaGape- sem produzir. Essa Jutoriza<.). de sua dependencia. prepJrando-se para 0 sexo. trJir a tribo etc.:ao aguda. entrar em guerra aberta com eSSJ moratoria nao era imposta. Essa ideia e circular. a modernidade po de suspensao e a adolescencia. Come<. simplesmente tocavam negocios com competencia.:a) meios de obter reconheci. e impostJ e justamente a que 0 mantbn ou torna Pensem de novo em como voces reagiriam na inadaptado e imaturo. nas sugestoes benignas. quase especificamente Jcima de qualquer outro valor: 0 ideJl de indepen- contemporaneo. nao reconhecidos como pares e adultos pela co. nao seria estranho que mo<. Pois. Afinal. mento total mente ineditos para a tribo. seguir pJra agradar a comunidade. idealizada pOI' para que a adolescenciJ assim criada e mantida fosse todos como valor supremo. '10 dito adolescente fJltaria munidade. s6 que mJrginJlmente. gJnhar ou amJr. E 0 tenl.:ao dos cor- pos e ingresso na vida adulta. adolescencia e problem<ltica.:ao dessJ moratoria j<l seria razao suficiente dos corpos.:ao e postergJdJ.evitar perceber a con- em vez de berimbau. h5 Lllll tempo de suspensao entre a chegada a tribo dJ selva arnazonica. da matura<. deixada para uma epoca da vida no minimo inquietJ.:a-chave da educa<.:ao entre 0 ideal de autonol11ia e a continua<. ganhJndo e amJndo.:ao de realizar os jovens nos vJlores essenciais que eles deveriam per- ditos vJ!ores. epresumivel que passa. e reprimida. 0 caso dos jovens modernos e bem pior UmJ vez trJnsmitidos os valores sociJis mais ba.:ao dos corpos e J autoriza<. alem de instruir os matura<. tal11bem promove atival11ente um ideal que eh situa Esse fenomeno e novo.:Jo A imposi<.:as e rapazes Desde ja vale mencionar que a desculpa 1101'- nos reservassem alguma surpresa desagradavel. Pretende-se que.:a.:ao do corp 0. comandavam navios ou riam por um periodo de contesta<. derna.:ao mo- se prolonga e se torna enfim mJis uma idJde da vida. Instigar os jovens a se tornJrem individuos seculo que mal acabou) que essa moratoria se instaura. A ADOLESCENCIA COMO lsso torna aindJ l11aispenoso 0 hiato que a ado- REA(AO E REBELDIA lescencia instaura entre aparente matura<. Jutonol110 - como os adultos dizem que SJo. ano a menos . E tambem um tenlpo de 1I. pois esta e antecipada pela adoyao pre- tudo no Capitulo 4. adguire as funyoes e os atributos do corpo adulto. Outros dirao. a passagem para a vida adul. cia propriamente dita come<. seja como for. Querendo circunscrever a adolescencia no tempo. Para 0 ado. misteriosalTlente Idl'. . no minimo.di":I<!:1 pclos adultos. Se a lar 0 comeyO da adolescencia. um ksc '11tC. a puberdade . ('Ilj:l dur:lyaO e misteriosa. pelo amadurecimento essa idealiza<.ao plena dos valores cruciais de nos. do da realizac. Tentaremos explicar essa idealizayao.IIISi '. ou seja. ele so pode tel' Quando a adolescencia comeyou a ser instituida a delicadeza de ser feliz ou. seria uma manifestayao de mudanyas hormonais. e. que a adolescencia comeya antes da talgia. chega-se facilmente a um con- que ele seja feliz? senso no que concerne ao seu come yO.e a marca que permite calcu- social da adolescencia the ordena que seja feliz. Como e possivel? Se transformayao substancial do corpo do jovem. logicamente. DURA(AO DA ADOLESCENCIA Tal contradic. adolescencia e um ideal para todos.:ao da epoca da vida que ele esta atra. pensou-se primeiro que a causa de ta e um verdadeiro enigma. puberdade.ao de processo natura]. Alguns dirao que a adolescen- vessando e uma zombaria que agrava sua insatisfa. 0 coce de comportamentos e estilos de adolescentes ado1escente vive um paradoxo: ele e frustrado pela niais velhos. Seja como for. a idealizayao mais. plicac. de alguma forma.ao torna-se ainda mais enigm~ltica o come<. grap nessa epoca da vida ou a lembrariam com nos.10. dessa moratoria. em outras palavras.:o da adolescencia e facilmente observavel. que o adolescente e privado de autol1ornia. ao contrario.:aofisiologica da puberdade.ano a moratoria imposta. para 0 adolescente na medida em que essa cultura pOl' se tratar da mudanya fisiologica produzida pela parece idealizar a adolescencia como se fosse um puberdade. Ele certamente tem direito de se irritar com depois da puberdade.oes sociais e subjetivas produzidas pela invenyao Em nossa cultura. sa cultura. Mas. pOl' te. de uma tempo particularmente feliz. Ele e deci- o adolescente poderia facilmente conduir que dido pela pu berdade. pOl' nossa cultura e. <. se e afasta.3 1\'('01111'cil11cnto e independencia. cessario para que. ologico se transformasse nunla especie de rem passado pOl' ai em algum momento) achariam identidade adolescente consolidada. Trata-se. sobre. ao mesmo tempo. contradizendo valo. apareceram as com- lhentamente de conta. A adolescencia nao e so toda dificuldade da adolescencia Fosse a transforma- lima moratoria maljustificada. fazer baru. A adolescencia. como pode essa mesma cultura imaginal' como idade da vida. em suma.:a um ou dois anos yao. 0 estorvo fisi- principio deveriari1 conhecer a adolescencia. dos orgaos sexuais. r 's cruciais como 0 ideal de autonomia. pois esse seria 0 tempo ne- isso: e dificil entender pOl' que os adultos (que em. cia nao e so uma sofrida privac. que nao sabe quando e como vai poder sair adultos. a moratoria da adolescencia e 0 e considerflvel.:ao trazida pela puberdade De certa forma.:ao. tanto na Como ninguem sabe direito 0 que e um homem sedu<. Basta lembrar a chegada dos desejos sexuais pecifica. seria necessario que vive uma epoca da vida idealizada por todos. "Por ser.po dos "grandes"? Portanto. So sobram entao a espera. no final da s '<. Falta uma lista olhar dos adultos nao reconhece nelas os sinais da pas. mas: "Como se sai da adolescencia?" sua vida . em outras cultu. Como saber entao quan- to desejo e quanta inveja e preciso levantar para ser admitido no Olin. nao haveria adolescentes. por exemplo. em nossa hipotetica Voltando a pequena lista de elementos definitorios tribo amazonica.:a.:a a cente .:a radical em que se agi- o equivalente da adolescencia. que confrontam 0 adoles- o problema entao nao e: "Quando come<. ou uma mulher. de sua adolescencia. Por mais duras que possam que me reconhe<. que me idealizam?" finida moratoria moderna.:asso acabam constituindo um para que um adolescente se torne adulto. Eles Moratoria". exposta acima. Mas. cujos sentimentos e comportamentos SaG ob- que levassem 15 berimbauzadas na cabe<.este condenado a uma moratoria for<. e um rito de inicia<. Ou entao 4. na cultura moderna ocidental. e quem conse- gue ser desejavel e invejavel. Essa defini<. acrescentemos. na verdade os ancioes nunca impo. a descoberta e ou nao e adulto. mas que saG agora reconhecidos como inicia<.:a.com uma inseguran<. que tem 0 inexplicavel dever de ser feliz. viamente reativos.:ao pela qual seria facil decidir: sabe ou nao sabe. COI11 uma prova designada. de rebeldia a uma moratoria injusta. so candidatos e Lll113 (que ja existiam. Numa sociedade em que os quanto da imagem de si que deve se adaptar a essa adultos fossem definidos por alguma competencia es- mudan<.:ao"A Adolescencia Como riam uma espera indefinida de dez anos ou mais. Alias. De fato. de uma competi<. fica em aberto. pois adulta. fica tam- bem em aberto a questao de quais provas seriam ne- cessarias para que um adolescente merecesse se tornar um adulto. tam questoes que correspondem aos proximos capitu- ras. Tanto do ponto de vista fisiologico fi"uto dessa indefini<.:am e admitam como adulto?". concluindo. 0 criterio problema chamado adolescencia na medida em que 0 simples da matura<. Adulto. por exemplo.:ao possiveJ com os adultos. "Como conseguir nhado de algumas provas. aos poucos. sagem para a idade adulta. a transforma<. eventualmente acompa.:ao fisica e descartado. elas serao sen~pre mais suportaveis do que a inde. tais peJos proprios sujeitos) e. los: "0 que eles esperam de mim?".:ao e 0 enigma. que 0 adoles- poderiam exigir que voces lutassem corpo a corpo cente e tambem alguem: com 0 rei dos surubins gigantes. estabelecida de provas rituais. se soubesse 0 que define um homem ou uma nllliher 6. para que fosse possivel uma inicia<. .:ao vida a 5.:ao quanto no enfrentamento. ninguem sabe tambem 0 que e preciso Mas essas nlUdan<.:ao. a procrastina<.:ada de adolescencia?".:ao. . 0 ::: ~O ~O OC mm ~m -' ~~ ""\.) ::: ..m (/) IJN m" . em nossa cllltu.Idolcscentes. Constata facilmente que perdeu do crianya e a falta de palavras que 0 admitam como aquela graya infantil que. 0 espelho do adolescente e fi-eqi. negada. Por isso 0 espelho e ao mesmo tempo tao tentador e tao perigoso para 0 adolescente: porque gostaria muito de descobrir 0 que os outros veem ne1e. p:lr Ila sociedade dos adultos. nem crianya ) . A inseguranya se torna ra. evi- e dente. cayando as espinhas. 0 que imagino que os outros vejam. ilil . para crescer. ele nao e mais nada. que reconhecesse a ('llL'l:lI1COS.deriva dessa insegllranya. Ou seja.IIII:ISllleSl11asqllestoes. Idl 'ciLia: sera que sou amavel. oportuno. dos adultos. desejando e ojcrizando seus novos pelos ou seios. dlll':II':\ 0 tempo (indefinido) de sua adolescencia . sua proteyao e solicitude imediatas. suspensa. sem ganhar em troca ou. constanten'lente a Bor da pele. E uma imagem que sen'lpre cleve muito ao olhar dos outros. invasiva e destrutiva do que fazia sua graya de crianya. 0 adolescente adolescente se olha no espelho e se acha vivc a falta do olhar apaixonado que ele merecia quan- difer~nte. me vejo bonito ou desejavel s tenho razoes de acreditar que os outros gostam de l11il11ou me desejam. the dizem.I lok-scel1tc. nessa d. invisivel.ien- tcmente vazio. devido. perde (ou. visivel. d "/ :Ip:lgada quanto 0 estardalhayo maniaco manifes- seu par iminente. bonito. Ora. para ele. a maturayao. Vejo. agra- tra forma de reconhecim. Por conseqi.1Vl'1. parece garantir 0 amor incondicional . Podemos entender entao como essa cpoca da vida possa ser campea em fi'agilidade de auto- cstima. esse olhar falha: 0 adolescente {. o que vemos no espelho nao bem nossa ima- e gem. Illcdindo as novas formas de seu corpo. tanto com os adultos quanto com seus novo olhar dos mesmos adultos. Entre a crianya que se foi e 0 adulto que ~linda nao chega. renuncia) a seguranya do amor d(' qucll1 se sente nao l11aisadm'ado e ainda nao reco- que era garantido a crianya.ento que the pareceria. inadequado etc. desejavel. se lan~a numa interrogayao amada. mas ainda nao e maturidade. Ao contrario. Parado na fi'ente do espelho. que. em suma.iencia. Essa Grande parte das dificuldades relacionais dos seguranya perdida deveria ser compensada por um . depressao e tentativas de suicidio. Talvez haja maturayao. e recusada.Issilll 0 trayo proprio da adolescencia. nem adulto reconhecido. portanto.? altura. Tanto uma timi- imagem pllbere como sendo a figura de outro adulto. ISisso porLJue 0 minha aceit1<.a. mas descobrir qual tos querem e esperam dele.. I ohill Hood se SitU:l contra e acinu lLl lei elll sa' na qual eu me transrormei.10 IllTl'ss:lriamente) essa ickaliz:I<. r(li porqul' queria esquece-Io.ao que ell'S n:lo me al11:1m mais como e ('I dC. \. IT:1lizando um ideal que l11esmo :llgum de.Ii:'11111tipo de justi hCltiv:1 moral. ( 1. M:1S ess:1 :1rti 111:111 ha amor e seu reconhecimento.':1su pl'l'ior :1eb.1..lv:Ii:lres de COnr(lrl11islllo. 111.1:1 l(l!':l da lei t' prClpria :1 cultura modema. co qLiiproquo: 0 adolcscente acaba evelltualme11te cit:lI11ente esperar dele e desejar para ell'. desejo dos :ldultos.Ii. (lois os adul. Mas acontece que esse de seu corpo e Ihe pedir que continue cri:ml. 0 :ldolcscellte e c)timo interprete do entre "os grandes". ou 1I1)llli:1 e a illdepelldcllCia de calb sujeito. e ten.\'( (' C:ld:1 Vl'Z Il1enOS Ilecessaria: 11. EI11 suma: de t:1tO (e n:lo se) em SU:1Srecomenda- :ldultos que ele estima tel' perdido junto com :1 inGn. 0 indivi- gunte:"Mas 0 que eles querem de mim.ljuSti<. C:'ingsteres.llld ros Iiterarios. (l:lLl compellsar ess:1 e:\igel1- Serft que os proprios adultos sabem~ Aparente. l' de t:1tO0 desejo dell'S. que ele rosse reconhecido EI11 geral. Evelltu:lllllente (mas o pensamento e mais ou menos 0 seguinte: "Os 11. Ell's pedem uma 11Ili . risC1 SU:ISindicl<. nem reconhecem COlno um par esta 'coi. Iegitimo que 0 adolescente E se per. atrfts do que dizem que que- quisito para conquistar uma nova dose do amor dos ITI11.e que consiste em se perguntar 0 que serft que os adul.lilllLI 111:lIS110 :Idolcscente. (lor Olltro prererem. e tos se contradizem. mas 0 resultado de I (Illill Ilood esti :lm:lrgelll d:l lei.'. qual seria 0 re. torllou-se mente n:l0: a adolcscencia assume assim a tnera de 1'.I ide:diza<. roso e lhe pedem que postergue esses esror<. qu:d e 0 ide:d dos adultos. (lor e:\emplo. (lois se estabelece UI11t. Mas 0 proprio sucesso de suas il1- [nrelizmente (pois sem isto tudo seria mais t.io do que preparar" l11elhor. <JK'S pedag6giclS).IS{dtim:ls lll-cadas . na verdade.. p:lra que cia.<io l' acomp:lllh:1da adultos querem coisas contraditorias. enfim.1.1. 1\)1" cOllSe- os valores que des mesmos Ihe ensinaram. . Ou uma crianya.oes produz ratalmente 0 desencontro entre nessa tentativa 0 adolescente nao pode se confinar a :Idultos e adolcscentes. eu nao deva entao seguir:1 11.'ao do f()J'a-da-lei. Se tam mante-lo nUllla subordinayao que contrasta com reprimiu.a e afin11e minha I.':lo p:H:1 reprin11-lo autonomia.os para "se Um C1S0 simples e crucial: a ickaliz:l<. do b:llldido.111' illtegrallte cia cultura popular..II\'1I1 l'lllTetendo nossos sonhos. T1lvez.ldl). que parece ter-se desviado. morat()ria de minha autonomi:1.o adulto SCIpock negar:1 paternidade des- Querem que ell' seja autonomo e Ihe reCUS:ll11essa Sl' lksejo e se :lproveit:H da situa<. Ou sej:1. para ganhar seu Iii II Ill' de 1I111. esquecido) dos adultos. entlm :lI11ado e reconhecido como adulto~" buto que garantiria. "('1..lcil). interpretar 0 desejo inconsciente (ou simplesmente III. que eu desobede<. terpreu<.mtasti- uma simples adesao :10 que os adultos parecem expli. f'.'oes e seus pedidos. desejo nao era repril11ido pelo adulto por :ICISO. {o/l'!Joys. entao~ Querem dll. dl' Nottingham e UI11 usurpador ilcgitimo. Qual seri:1 0 gesto necessario par:1 redirecionar 0 eu possa presel1tea-los com isso e portanto ser por ell'S olhar adulto. Qual 0 atri. televisivos ou cil1ematogratlcos se- escondido. :Itu:lndo. realizando assim seus i(kais~" ( .IiisnlO de nOSS:1cultura preza acima de tudo :1 auto- (segundo eles dizem) que eu aceite esta moratoria. (larecem negar a 6bvia nuturayao sejo reprimido do adulto. :1 convivellcia soci:d pede LJue se tL1guem doses independenci:1. Querem que persiga 0 sucesso social e amo. <jL'IL'ncia. ':10de 11:10rcpcrir a Vilb c 0 status dos slTic lk apologi:ls lh revoltl dos jOYeIlS. cOllsigll:1(.1rl11idadc? A dc rcpcrtc)rio social dos sOllhos e dos idclis. ceu COll1 Ch:llK'l~zil lho VerJl1e1ho porter lksobeckcido 111.111:1'0 quc lla venbck sc extasi:lll1 COI11UIl].'JO. A virtudc cssell- N:lo l' diflcil.'JO :1 1l0rJl1a. cksde )1//ll'l/tl/dl' "dultos que 0 ellgelldrar:llll. Hoje. por ul11a :ldulto hCI11 PI'l'SClltC c bCIll rcpril11ido. pO is :1 cultura popubr tll11. :ltr~s dos pedidos dos :ldultos.<io paLldoxalc COlltLlditc1ria. 11I1I'IIIC':1cultura (e ekjullto co 111cIa) prol110VC COlllO llil'.:lo . I"I I.d . Ilecess:lri:l para que ele IlJO slja sil11plesl11el1te ouvc. rl. .lZ excc.'Jo ao [l'acls- IllOdl'l'I10 !cv:lri:1I11 0 :ldokscClltC :1s J1)CSl1las cOllc1u. Mesl1lo .'o". UI11:1CUltuLl el11 quc a autollol11i.lllslllitir :10 adolesccllte as regLls d:1 COllforl11icbdc dc rcsistcllcia :ls exigcllci:1S :llltilibert~rias do l11ulldo. dc dcsobeckccr. Na sociedade prl'-l11ockrn:l. E 110rl11al que llil1guCI11 csteja satisfeito C:ll11 Esse l' Uill sOllho <HI Ull1a Ilostalgia explicita dos SU:lsitU:1<. de desrespeitar 'lhIlIS/liildd :ltC I":ids.llIlorid:ldc do adulto l' assill1 lllill:ICb. "I. dL' 11111 IksljO fi'UStLldo de rcbeldia ou dc ullicid:llk.'Jo do desejo dos adultos pdo I('('C . t1l1to l11ais se qlqlificl C0l110 hipcKrita.-' 'olLISorigem.lIk Il1l1r:d. :10 :ldokscellte illtcrprc. a divisJO '00- Par:] clwgar a CSS:lcOllcluSJo.l 1011ga 1'c'hclltO a :1l1lhi<. 11. ou scja. I)ificil tallto obcdcccr quallto Sl'll cOlltr~rio. a divis:lo SOci:llcra "ll1:llIricillho b:lbaC1". Mais do quc isso: cle tLlIlSll1ite a scu :1 I11JC.1'0 ul11a aspiLl<.qucl11 dcsobcdcce cst:l obcdccClldo. COI11trallsgrcss(ics c illfi'a<.1 e a illdepen- a l11argillalilbdc c a dclillqi. Apesar disso tudo. C'SS:ltLlllSll1isSJO illevitlvel de prillci- dcsljo e I1JO 0 quc cu pc<. pOl'que se dobLllll :1rogar a COllfi. <HI I1JO.'JO.lll:lJludo. Se des prez:ll11 :1 1':1popubr.10 adokscelltl' COl110 prova ch covardia. Mas tos C0l110 Silltol11as de UI11 dcsejo que sOllha I11CSI110 . ('lpio. Ora.o.111(0IILlis 0 :ldulto telltl sc cOllstituir C0l110 :lLItori- 1i. 0 :ldokscelltc 11JO ciall' 1l1()vclc a posi<. do recollhcul11el1to dos outros que se Ctlllseguc bell1 ilk:lliza :1prclpria adoksccilcia rebelde.()es c que (SUpClC 0 :ldoles. 0 adulto l11eS1110Sadultos que pedell1 ohedil'llcia e cOIl[()J'Jl1ilb.il'l1Cia SJO Cllh vez l11ais dl'lll'ia SJO os v:llores celltrais e Ilnis cX:lltados SC1pock glorirlcHbs pcla CUltuL1 popular. port1l1to.lrJllar. qlll' otL-rcce:l kitur:l de todos ul11a cspecie 1''\I'C. Ull1 "F:1<. Illockrllo tL1I1sl11itcao :ldolesccl1tc IlJO ul11cstado ollde de :IOS adokscelltc's e sell1pre klllhr:ll11 0 que acollte. Ele 'o(\('j:d.GUStUllClltC qualldo ap:lreceu e villgou :1:ldolescellcia). Ou seja.a 0 quc CU 1I1.'qul'k que [. EIll SUlll:l.lativallll'llte pacificl. do adolesccllte I1JO C SClr:lCilitllb ou illduzida peb cultu.'.cOl11pliC1(. cCllte) preferiria portlllto UI11 filho 111:1blldro a UI11 2.icllcia. Ci:ll quc dcvc Sl'r cllsillada l" COI11dL'ito. po is todos os va- SClll eSS:1r:lcilit:l.JOc quc cacb UI11tCl1te l11elhor~-Ia. os :ldultos dCVCIll tal11bl'l11 descobrir a 11ost:dgi:1 adult:l lk tr:lIlsgrl'SSJO. cst:1bclecida. a C1p:1Cidade tar 0 COllt()rJl1isl11o ou I11CSlllO0 "legalisll1o" dos adul. ou l11elhor. 'lI'orl 1IIliSl110 e do fi'aclsso dos :ldultos. dc se destacar. 1.'JO dc cacb 11111lkpClllk. l'le pockria sc illstalar C0l110 sc Iwrlbssc ul1n l11oLldia. J>c!o seguilltc Cll1linho: ( )11. Cll1 prill- precisa de l11uito esr'or<.!O. obcdcccr l' dcsobcdcccr. Prova dc UI11 sOllho sc traJ1Sl11itir por UI11duplo villculo. E atlla el11 cOllscqi. de llJO se cOllfi. :lS propril'lbdes b~sic. IllOLlis e valores prez:ldos pelo COllseilSO social ap:l- Essa 11ltcrpret1<. SCles dc flllldo. PorL1I1to.)s do dcsejo II 1('s 1'0Sltivos p:lrc'CCI11Cl11allar lb resiglla.O :ldokscClltC C kvado illevitavdl11el1te a ~. em nossa cultllra. E a repressao s6 confirma nele E ADMITAM essa cren<. Quanto mais 0 adlllto se manifesta rigoroso e quer impor sua alltoridade recorrendo ~1uma tradi- <. 0 adolescente e levado a conclllir que 0 adlll- to qucr dele revolta.:ao.:a. Ou seja.apenas acrcscenundo a constata<.ao de que o adlilto repressor e hip6crita. como hip6crita. COMO ADULTO?/I . /lCOMO CONSEGUIR mais revolta pOl' aparecer sempre. C0l110 repressJo exercida QUE ME contra 0 inconfess~1vel de nossos sonhos. Esse reCllrso. passa a produzir cacla vez 3.tanto l1lais ele a enfi-aquece e se enfi'aquece com ela. portanto. 4. RECONHE~AM 5. Como ja observamos. Ele . Para ser v. nessa () t. As cOlldlitaS .ltO C' que a .\pliciu dos .ldllliss. No 111ill i1110. 0 adolesCl'nte pOlk cncolltrar quer permissao para fazer parte da comunidade.1liza logo entregue a problemas l6gicos complicados. e1t' se ll1argin.'ao dece!".10 CaS.1 m.lo sutlciellte. .llw mais qU. .lo nesse CISO cOllsiste elll voltar a uilla cultuLl que Ilao flria .lr 0 pt's. como d. ("01110 l11issioILlrios.hdros querelll dele. que para e '"I~'. mIl par dos adultos.lo ser reconhecido ele parece ter que transgredir. A v. llil IIIOII1CIltO em quc viria st' illtegrar. produzilb pOl' UIl]. sua illtegra<. se l'llg.ldllltos. ILl procllra dc recollilecimellto. Podemos 11.:lade da adolescencia e clara: 0 ado. Ilhl.llk IlLiis soliltlria. Na IlleSllla C'pOCI Cill qut' p.lo.ls IT. 1.lO . Essa complicl<. C' atender as expectativas implicitas e faltar com as expli. em SUIll:l.'JO insolllvcl introduz UI11 Icque de trallSgressC.l por ora. U!l1bC'1ll aparecelll jovt'lls que co- kriv.10 C. cm que ILlO se s. san t.tri:llhs quallto os SOllllOS e os dCSljOS reprilllidos amado. como observamos antes. quelll sa be.ldoksct'llcia c 1I111.1.ar.'a 0 . (lor isso elas parect'!l1 (e talvcz sejalll) adultos. f<:m. nao se confor.10 jeito certo de IlJO se cOllformar.ls regras lb COl11llllilbde.ldo (0 cLll11Ulo da trallSgress.1 socicdade :ldulta.lo Il(] C0!l10 tl'lltar uma lisu IlleSlllO sllcillta dos cOlllpOr'.11!t-l'.1 Illorat()ri. embora.l111elltos e csti!os pelos qluis os .l tLllISgress. e necessario.1dolcscellte a tellLlr dt'scobrir 0 qut' os nhecido como sujeito adulto. ll1ellor: desdc 0 cinisillo cril11illOSO atc a pie- A manter essa hip6tese inicial. para preencher as expectativas do desejo dos dlls :ldliitos.1doxalmellte.ldolcs- CClltes pedelll SU. talvez SLj. I Idlllr.1 .ldclo do I)relbdor urballo. "Prova tua autonomia!".1 apologia da 'LlllsgreSSao) atc UIll:l espC'cie de arremata<.ljam a cllegar virgells .0ar pOl' cl111illllos tor- citas. Transgredir tambem nao e nada fkil.IIIIL'llrL'se 0polldo . constatemos que 0 adolescente quer ser reco. paradoxalmente."oes do I11Ulldo.1illtcrpretl- empreitada 0 adolescente encontre uma surpresa. I' IlIOI)(lStO C tentar.tLl11sgridem a VOI1- mar ao que os mesmos adultos explicitamente pedem. par.'ao illhnitl. N.ll IaIlCC ellcolltL1r que cOllstitua UIll.I. E obedecer. entao desobedecer 111. Oll Illelllo'r.'()Ilstruir respost.lll1ellte abjuLllll as sedll<. '.es que vai desde Ull1 cOIlf(JrmislllO ines- per.lr!l'dade dc cscolll. pode ser UIll.lmL'lllO e se veste!l1 finali. (lois 0 que Ille Se 0 imperativo cultural dominante e "Desobe. L!J veremos (conclusao do Capitulo 4). 0 adolescente se encontra IIIIl.lis lescente quer se tornar adulto. \jIll' f(Jr<.ls Illuito diflTt'lltes a essa illvesti- o problema. .lS l11or.dllll'11te sedllzido a se ellg.ldo!t-scclltc. Mas. Nao e suficiente () .10 llc sOllllos adultos.1neira de obedecer.Ido!escclltes.lrect' villg.OS olllk.lllsgrt'ssor:1s. (IHIIlI grupo social. Se a adolesccncia e uma patologia. ( ) :Ic!olescente. Elas podem estar entre 0 sonho (afinal.a ~1ordem estabelecida e ~1paz f. Il'l. quando cOlllparado ao padrao :ldulto (0 paddo Essas visoes . uma serie de imagens que muito pesa sobre a vida dos r~lter dificil. Tratl-se do sentilllento dos adultos de que a adoles. 0 drama da ill. n30 seja lll:lis sujeita a adolescencia.lmiliar. pesadelos os adolcseentes podem escolher como lllaneiras de se ou espantalhos dos adultos. que 0 que h5 de nuis tr~lI1sgressor nos adolescentes c a () delinqi. \'111111'()curarnovas condi<.6es tr~lI1sgressivasque rcbe1dia extrem:l dos adolescentes e sonhos. vidas dos adolescentes.consiste bora ele os enfrente de maneira mais bem-sucedida.0 adolescente tra~sform:l assil1l sua faixa ce m:lis claramente quando sua violencia atropela 11. e acuado a agir.:30. sivo. portanto. A pril1leira a<. l'IJI:Ciae 0 :ldolescente barulhento. Mas. reconhecil1lento.em resposta a f.. portanto.ll~ c!os :ldultos e. maneira de situar os monstros que entl'enta tam. no me. eLl e entao ullla pato!ogia dos desejos de rebeldia reprimidos pelos adultos. Por isso. para reconhece-Ios. diam reprilllir e esquecer. Sao :l0 mesmo tempo concre<. a adolescencia n:lO e s6 0 conjunto d:ls escolher para tentar obter 0 reconheeimellto dos adul.'TUpOSsociais dos quais os adultos s30 exc1ui- . em que sua ad- Pais e ~ldolescentes conseguelll a cada dia negociar Illi 's~o como cid:ldao de pleno direito nao dependa acordos vi5veis.30 d' desejos dos adultos).lcilmellte cOllSiderados uma comportamento dos :ldolescentes em sua procura de amea<. que estes preten. do empreendilllento. por parecer (e de f. senao desesperado. 1I11 \ Iv .:6es sociais.SaGt:lm- confesso dos :ldultos). os adultos sabem confusamente ~I :Idolescencia.lle "naturalmente" 0 portamentos extremos dos ~ldolescentes e a melhor \·~l. adolescencia. Idl Tillll'l1tO que ell' esper:lva dos adultos . e os adultos. Ulll lugar onde as patologias psiquicas e adolescente e a atua<. E tambem uma imagem ou tos tem. bt'm :lS linhas segundo as qU:lis de fato se organiza 0 Os adolescentes san r. Mas. 0 adolescente que se realizac.111. As mil e uma condutas que unl adolcscente pode Segundo.alem do ca.:6es d:l Os ~ldultos recei~lm as irrup<. sobretudo. ou entao num conglomera- seus ~ltores.llta do reco- bem 0 adolescente aparentemente "normal" .embora scmpre extremas .llut() de adulto. 111111.llllri:1. com 0 qual conseguem lidar.iente.'ao de lllll desejo dos ~ldultos.lc!:1por seu corpo n30 Ihe v. descobrindo que a nOV:limagem pro- I>rimeiro.em. constroel1l visoes da cencia e uma especie de patologia social ou. vingar de quem os reprimiu). uma coisa em e011ll1l11.1toser) transgres. 0 Ihor dos casos.s30 chaves de acesso aflrmar. M~lSebs saG cruciais. Ell'S transgridem para ser reconhecidos. 0 pe- socia is serianl endemicas e epidt'miCls. adolescentes. apare. Destaco cinco: 0 adolescente greg5rio. desuever e tenLlr explicar os com. sadelo (sao desejos que estariam melhor esquecidos) e o comportalllento adolescente e considerado no o espantalho (sao desejos que talvez voltem para se minimo anormal. por isso mesmo. por duas razoes. 0 toxicomano. A vid~l real dos ~ldokscelltes (cia grande maioria ckks) pock ter poueo a ver com as rlguras deSS~lpato- logia. ldolescente surgejustamellte porque estes escoJhe- . 0 grupo adolescente e vivido como estes. no minimo. Os grupos adolescentes.:ao de uma Contra ria mente as crianc.:a do que acontece com a famosa "l1latllrida. saram ou pediram que fosse deixado para mais tarde. so a COl1lunidade seja uma mal'O duradoura . De fato. de1l10niza 0 grupo adoles- afasta dos . Os adolescentes se tornam greg.. dos e em que os adolescentes podem mutuamente se as comunidades de estilo (rf(/rl<.:50 dos pais). os adolescentes em imagem.:ao da familia e quebra a partilha as escolhas de estilo mais importantes. coletiva indissoll1vel. pOl' assil1l dizer. de densida.ldultos e cria. Aqui 0 ato de rou- milia).:50 gem. um 1001< que todos reconhepl11 como tra- geral considerarao que sua verdadeir. Outros grupos pedem que a senha que d:l aces- qLiente desagregac.:ao mais r:lpida e e negado 0 reconhecimento dos adultos . com ansia de rebeldias e Iiberdades (en.tatua- nlento das casas onde todos trabalham.Oll lll11tipo especifico de 1110dificac.ldolescente se adoJescentes SaGgregarios. encontram em sellS coetaneos. os quais esperal1l deles algo gue nao pa C01l1um. ou separac. que possam encontrar e trocar 0 que os adllitos recu- de" exigida pelos adultos). inventam grupos em diferenc.:as. relac.. uma integrac. os adultos consider')m suspeito esse afas- esses pre-requisitos. pedel1l lll1la especie de pacto de adolescentes.:oes. E possivel que sllljam o grupo adolescente . ate a gangue. E 0 inverso: a crise da f. sao.puul<. o acesso aqui exige apenas a composic. Alguns SaG informais e abertos.lmllia revela de fato corporal.aparece de qual- tos e adolescentes convivam . Ate la.:50 dos requisitos para termina-la o adulto. sao.sendo isso criterios de admissao claros.1r ou matar coletivamente produz uma cul- dos adolescentes. pois 0 grupo des diferentes.:oes juvenis nao os aproximam bal'.:ao do grupo adoles- po de estilo.1rios porque Ihes toria ou. uma transgres- Nesses grllpos.e nao so se abriguem querjeito como uma patologia aos olhos dos adultos. sel1l retorno. sob 0 mesmo teto.:ao nlll11a responsabilidade tre elas. cicatriz . do ponto de vista dos aduJtos.): reconhecer como pares. pelo grupo restrito de pares com os quais com.seja llm estilo cOl11parti- novos modelos de f. que as proprios adultos estao tomados pOl' pruridos Outros. Essas inquietac. inventa e integra microsso. a verdadeira comunidade do Os gostos greg5rios dos jovens SaGconsiderados anor- adolescente e composta pOI' seus coetaneos e. a Iiberdade das responsabilidades de Ulna fa.) comunidade nao c. 0 . centc e. a propria constituic. cente encontra em seus coetiineos 0 reconhecimento tos. entre mais eperigosos.. [sso nao e propriament' um efeito da fi'e. sempre respondendo a Ora. sangue.:ao hier5rquica entre gerac.:50 dos nllc1eos f.ll11iliares(esvazia. como . e a familia. illdignado pela moratoria que Ihe e imposta e que se esperava que pedisse aos adultos. o que sanciona a desagregac. [>01'isso. estupr.lmilia e estes permitam que adul. ciedades que VaG desde 0 grupo de allligos ate 0 gru. ele procura a ausencia de mora. visto que 0 adoles- Recusad'o como par pela comunidade dos adul. /'{IIlC.:oconHlm. ainda. Com rnao. tamento dos adolescentes. se1l1 se perguntar muito pOI' que os (a f:1I110sae elligm:ltica maturidade). Ihado ou propriamente uma gangue . acuado pela indefinic. cente temido como uma especie de tribo na tribo. (Iubucr etc. L1l11segredo comum. explicitos e praticaveis (a o que eles mais querem. como a participac. quebra Jdolescentes multiplica substanciJlmente a tentJ<. de cola- reciproco no seu seio.1lJ11:llltitativa da criminaJidade adolescente . 111. se tornar cOl11plexo e se distanci- Portanto. dc conseguir um reconhecimento para 0 qual nin- Sobretudo.:ao de que a transgressao ~llc'm sabe the dizer quais sac as pravas. em certJs jurisdic. ~\' SCllte madura. a partir de tres.ao aos adultos. 11111'\(' S'I' Lilli caminho que 0 proprio adulto aponta delidade ao grupo. quanto l11ais 0 comportal11ento infrator en- gado dos adultos.Ido!c·sccnte. a legisla<.ao primeira do adolescente: trata- esperJn<. 11111'1).::1. qual 0 ritual e coletiva solidi fica 0 grupo e garante reconhecimento illici:ltorio necessario. forte e potencialmente adulto. normall11ente seu autor perienciJ mostra JO Iegislador que a reuniao de li'V.:ao local per. Mas e tambem facill11ente trJnsgressor em suas JtuJ<. 11Ig:lr-col11ul11notal' que haveria uma il11por- Quanto l1lais 0 comportamento for transgressor. visto que se constituent nUI11 rem. 0 grupo adolescente se torna I .iI·I-lma uma moratoria que lhe e imposta logo quando por isso mesl1lo um espantalho. Numa progressao linear.IIILl :1 voz.o greg:1rismo aparece C0l110uma pato. visto que a rebeldia sac demonstra afJstamento dos adultos. 0 que apa- piloto) tera a taref:1 de conseguir :1quele reconheci. por se reconhecerem entre pares.1i) . 1. (grande ou pequena) vale como senha. cialmente mais perigosos. que. Ora. I 1111I1c\-':1 sua relevancia. ~ .1dolcscente e rejeitado pela sociedade dos EstJdos Unidos. mas proibe que dirijam com outros adoles. E. dido 11.:ao sando os adultos. mais vai se estender.10 C' tot.1111 1. rJm nao mJis esperar pelo reconhecimento poster. ou mesmo pela violencia. PJra seus membros. Jdesao e fi. grita. contrar reconhecimento imediato pelos outras. qualquer policial de ronda sabe c.11' p:II':1ser levado a serio. ou seja.:ao Idl'lls C pr:1tos. que respondem JO seu pedido de Jdmissao mite que os jovens pilotem um carro desde os 16 10111lima bola preta na urna.Jr pelo 11111 pch (01'<. Mas. E. dispen. vale J constata<. em que a infra<.0 tanto mais f:lcil sera 0 reconhecimento: a transgres. tal.1lmente surpresa.6es dos o .11. II IIIVllle'lltC nao e ouvido. Mesmo nos L11timosanos. alem disso. (:. mento pelos outros que os adultos negal1l.:a de reconhecimento vem da transgressao.ao (of ere eel' reconhecimento sem precisar dos o ADOLESCENTE DELINQUENTE adultos).. Ou seja. Ou seja. 1111. no grupo assim constituido. . tanto vez a malS grave. desde que 0 grupo ado.:6es. pOI' exemp!o. grupo de reconhecimento mL1tuo. quando Llln pe- anos.10encontra uma palavra que no minimo re- centes no veiculo antes dos 18 Jnos de idade. Por essa razao. vale a ideia de que a Voltemos a motivac.Idliitos. coloca fogo na casa e pode ate se de illfi'ingir regras. ele tenta im- lescente estejJ reunido. Nao e por acaso que. cada um (J comeC.O grupo adolescente e transgressor em sua fun- c. eles perseguem e pratical1l os sonhos proibidos (dos adul- tos). A ex. quando . ar das normas. os adolescentes se tornam poten- Os jovens gregarios transgridem par se basta. 0 que ja e uma transgressao. pOl' conseqiiencia. logia adolescente por ser uma forma de insubordina. A adolescentes criminosos podel11 ser inculpados e con. Ele constituira um novo pacto entre adolescen- do uma curva bem parecida com a curva dos crimes tes. "predador" (C0111. Ha 0 pro- A ideia de que os adolescentes seriam 0 grupo . ou "best<.Illais esse projeto fracassara.:i liS . sos indiciados e condenados. ja que continua viva a esperanc. por exemplo. 0 erro dos ado- adolescentes que.iencia" nao e uma palavra excessiva. Illais ou menos declarada. () pacto social. mal l('s "Ciltes (erro em relac. Os nLIl11eros so nos dizem algo que de li"lIstrados e.I():ldolescente presenteia os adultos com uma imagem mesmo crime podera ser cometido pOl' um bando de qlll' justamente eles querem reprimir. a atenc. solida vocayao da adolescencia.11" lima encenac. propria mente delinqiientes. Enfim. des ate cresceram. 111:1 is a interpretac. Nesse caso. 0 grupo que eles vierem a consti- adolescentes cometem seus crimes em grupo (para se lllir seguira um modelo de ac. Provavdmente . uma vez 0 crime perpetrado.:ao dos adultos.pOl"que a grande maio.ou. ten- mais ainda para que esta verdade seja assimilada pelo tara ser reconhecido "fora" ou contra ele . um gesto. lr:lllsgressao tenta encenar 0 que os adolescentes acre- denados. um adulto ou no maximo dois se engajalll 1. por essa transgressao. a transgres- juntos no empreendimento de roubar um carro. pOl' conseguinte. de merecer uma medalha. do qual eles teriam sido quantitativo.1. assim. Nessas condiyoes. E claro.:ao de seu proprio recalque.:a de po). se associar para transgredir. A conseqi. Isso nao e 0 caso dos adultos. Es- dos adultos. 0 Lll1iconLlmero que besteiras. a delinqi. da na mesma. mas os crimino. A verdade e que 0 nLlmero de crimes co.0se Fosse uma especie diferente embora de fato pouquissimos adolescentes se tornem identificada pOl' seu comportamento sanguinario).iencia poderia ser uma Em alguns momentos e lugares.:aoque devera transgredir reconhecerem n1utlwn1ente como membros do gru.:ao do desejo dos adultos for certei- yoes: ou seja. com 0 pacto social.kto de entregar como presente para os adultos um mais perigosamente criminoso nao parece tel' suporte I'Olllportamento. os jovens nao abordagem ~ que a tribo mais gregaria sempre parece desistirao de tentar suscitar a atenyao e 0 reconheci- mais criminosa. Quanto fato nao e surpreendente. possiveis e compativeis para obter algum recon hcci Paradoxo e dificuldade da relac. a luz de nossas considera. Mas existe uma parceria Ora. ditll11 ser um desejo recalcado dos adultos. porque 0 adolescente. 0 adolescente tem dois caminhos 11. sas regras sempre estarao deliberadamente em ruptura. que a cada crime varios IIlerecer. metidos pOl' adolescentes provavelmente evolui segun.iencia dessa Dentro ou fora da pratica gregaria.:oes: mento: fazer grupo e fazer estardalhayo. 0 que pLlblico).:ao a sua propria estrategia) e caberao todos no carro.Idolescentes transgridem . a criminalidade diminuiu drasticamente nas grandes ras". ria das pesquisas nao conta os crimes.:ao entre gerac. Melhor ainda: fazer grupo e com 0 grupo fazer cidades americanas. 0 ~. resistiu foi 0 de adolescentes infratores e criminosos. Alimenta-se assim 0 espantalho do adolescente dito "Delinqi. p '11S:lrque para os adultos possa ser agradavel encon- Resumindo.nao . custou certo tempo para que alguem se desse de adolescencia e delinqiiencia. com claras regras de reconhecimento mutuo. no pacto alternativo do grupo.ate gravemente . Nao e dificil en tender por que: os Illento dos adultos. conta do que esta por tras dos nLlmeros (vai custar por nao ser reconhecido dentro do pacto social. citos etc. 0 que tambcnl I 1. do suor na testa e que seja grave a ponto de foryar 0 tribunal a julga-lo do trabalho (todos pretextos da moratoria). e 0 jovem e mantido afastado dele pela decida se jovens culpados de crimes graves devem ser Illoratoria da adolescencia. serao amados por serem o furto . Eles imagi. para que a repressao corra atras deles e assim os de so demonstra a banaJidade dos desejos que os ado- reconheya como pares dos adultos. impondo regras ao comportamento 1'+( st:lriam de usar.sac a conduta mais obvia. tos corretivos. A tolerancia so 0 pI' 'parayao suada que voces promovem e elogiam e foryara a atuar com mais violencia. mas. como um pacote de presente cheio d~ 1'll·lniJldo negociayoes e outJ. como 0 jovem resistiria a tentayao de fazer algo L'xplicita sobre 0 valor do esforyo. Nao e dificil enumerar os comportamentos mais seqi.Ip 'lIas umjeito de voces se consolarem de seus fra- Os adolescentes. como deJinqi. adolescente. isso sera a de.desde os pequenos roubos de mer- porta do res de sonhos recalcados. transgridem e os adultos t . 0 ide- e um perigo deixar a porta aberta (como esta aconte. nao na esperanya de escapar das con. se os adultos reprimem pre. Eu acho que essa justamente para levantar a repressao.que e 0 que ele pede desde sempre? Se s 'S valores morais como se fossem apenas ornamen- for julgado e condenado como adulto. eles afirmam a nao-nuturidade dos ado. para excita. como lescentes conseguem descobrir atras do silencio dos as partes escuras e esquecidas dos adultos. Ele escolhe perseguir esse perseguidos como menores ou como adultos. seja da provocayao. pr{)pria avidez.1111 III P '10 seu comportamento que a violencia pode .os compromissos so- ideais e desejos reprimidos dos adultos.ientes. I (lIll 1':1 os OLItros arriscando a pele. Outro exemplo e a valorizayao seja da forya fi- lescentes.'1 ir pelos meios diretos que na verdade voces ventivamente. tor.. Eu vou com- reprimem.ili' 'ntlillento (a capacidade de lutar e arriscar). 0 pensamento do jovem. ~11 social do sucesso financeiro e triunfante em nossa cendo cada vez em mais paises) para que 0 tribunal sociedade. Sua banalida- la. Nessa condiyao.ISSOS e nao encararem suas covardias. Por um lado. p.1" III 'IIOS perigosos.t1nk'Sl"ellte atua. . por exemplo". empreendimentos criminosos (extorsao. os adolescentes serao levados a 1<'.'. que permitem ao adulto tolerar sua monstrayao do fa to de que os adultos so ouvem a lin. entao. . . nam que. por incoi1s- guagem do crime mais detestavel e de que essa ('i 'nte que seja. ou seja. 111. A vista sucesso por um caminho que dispensa a retorica disso. cadoria nas lojas ate 0 assalto e a colaborayao em na-se impossivel para os adultos escolher uma estrate.1. ao contrario. a repressao punitiva so manifesta . mas querem que eu fique aqui na Tolerar nao e uma opyao. ou melhor. De novo 0 adolescente.) . vis to que 0 jovem atua ('spera suando para me preparar. adultos.Vou roubar. encena 0 gosto de se afirmar sobre Por outro lado. parodia do mes- ao adolescente que seu gesto nao foi entendido como Ill' . trificos ili- \ gia correta entre tolerancia e repressao. i\ qual 0 adulto renunciou faz tempo - deveria. p:lra ficar rico. para burlar a lei.iencias de seus atos.soari assim:"Voces me dizem que e linguagem funciona. lem- levara 0 adolescente a aUlTlentar a dose de rebeldia. frequentes da delinquencia adolescente. da disponibilidade ao procurar maneiras violentas de impor seu reconheci.lIltigo. 0 n1ento. Trata es- como adulto . Afinal. Em resposta. Por exemplo. por que pagam para te-lo por um lTlOmento?" . real. quando desistiram vergonha.10 L'spcrado. falam e nunca fazem 0 que querem. "Me disse. mano. depois de largada por seus pais. Nao me deixaram competir . em materia de drogas ditas le- Querem. da 'Ill ' os adultos de hoje recalcaram. os adultos ao charme das drogas ilegais.lis (~lcool e tabaco). nao conseguindo produzir res. social ete. Satisfaz 0 ideal social de sucesso e de uma gerayao que explicitamente ligou 0 uso das riqueza pela apropriayao imediata e real. real. Eu you lhes mostrar como se goza. hi em principio uma separayao do que seu corpo seja reconhecido como adulto (por. Sensivel a "injustiya" da moratoria. e ." . ser fonte de autoridade. Ao con- trario. encarar suas covardias frente a seus proprios desejos. quase ironica: "Se este corpo nao e des . soal. a relayao adolescente com Entao eles van ver. A visao da adolescencia que parece ser mais preocu- peito. Eles nao querem \'i I' () adolescente. ele 0 constrange e 0 ameaya. nao seria dificil argumentar que 0 dita. interesse dos adolescentes de hoje para as drogas e a toria. 0 medo e pante para os adultos e a visao do adolescente toxico- o equivalente fisico. fisico. 0 adolescente. Ela pode ser uma resposta a moratoria sexual. pois nada prova que 0 adolescente '1"1'11." Nao conseguin.outro equivalente Ii II ill os. falam. organizada. Entende-se como a delinqi-iencia propriamente Na verda de. de um reconhecimento que tarda. mas me pedem para esperar. Os adolescentes de hoje san os descendentes po de adolescentes. s -ri:l a interpretayao e atuayao da grande esperanya gnde a retorica explicita do pudor.letiva dessas drogas aos adolescentes e I i(h como parte do processo de sua infantilizayao.) que ela agitou e subseqi-iente- ram que era crucial enriquecer. f". 0 adolescente pode escolher se impor IIIIndiy30 s. apontando sua covardia. 0 adoles- I I'IHC descobre que. Os adolescentes seriam mais sensiveis do que bolicamente. javel e gozar com isso. que cigarro e alcool SaG liberados para os do. tll' I ·sos e medidas entre adultos e adolescentes. pela seduyao mais brutal. Iii Ii I' L:lh:lco para a sallde pode produzir 0 efeito in- e um bOlTl exemplo de uma maneira de foryar 0 reco- nhecimento. Ela frequentemente implica uma associayao de atuayao de um interesse para as drogas da gerayao pre- delmqi-ientes que comporta todos os requisitos do gru. Mas a droga tem tambem outras razoes de sedu- para nao me queimar cedo demais. que trans.IS drogas seria hoje um capitulo da rebeldia herdada Do mesmo jeito. do respeito. 0 desejo do adulto seduzi- 1111101 V"/. Illcnte abandonou e recalcou. a promiscuidade mais arriscada I 'Ios adolescentes. pode vir a ser uma resposta a mora. 'cdente. sexual. A tan to desejavel). "Me dizem que e para ser desejante e dese.. prefere e consegue produzir medo. A prostituiyao adolescente com clientes adultos ) argumento que insiste sobre 0 perigo de aI- . d ' sua revolta e abrayaram val ores mais estabelecidos. E impoe 0 drogas a todos os sonhos de liberayao e revoluyao (pes- me do que e 0 equivalente real do respeito.pediram para esperar.1 Sri' 0 objeto de uma proteyao ou de un1. Na relayao com os adultos (nao so sua familia). tentado.como 0 medo . Desse ponto de vista. cuida- javel. I I'll) . nao seduz 0 adulto. do que 0 respeito seria sim. ter sucesso e poder. Ill'l"In:lI1encia da insatisfac. ao parceiro bOllito . Sem isso. na visao do adoles. nem por isso ele me satisfara. mate sua procma.a gualnunca se esgota no ob- infantilizaC.a muito especial. 0 medo.do especial gue.11 (lIill:l p:lrClll de competir lla escola. 0 drogado para de deslizar de lllll objeto a os riscos para a sallde e 0 perigo de encarar conse.1111 d:1 Clilla etc. a draga e uma ameac. de llllla gualidade diferente: uma vontade de re- deria se sentiI' entregue a algo bem pior do gue a conhecimento social . o gue e proprio ao desejo moderno e que. Illl.1n III 'dn kgitimo de gue. No entanto.1lJuebra a regra moderna de funcionamento do cente drogado. acabe tlli\'ll'II~':1 dos outros objetos .!:t instaura.todos gi. e mais que justificada: ela ex- os adolescentes? II1I '. gue Por ser ou parecer lllll objeto que satisfaz de vez. 0 adolescente nao vai poder ficar atras. perturba 0 sonho dos adultos..a.na fantasia dos adultos e talvez de fato -. o que os adultos receiam. 1111\hel11 em si. 0 adolescente encontre um ob. . eles trans- .ao. mais. sua presenc. 1:llltasia transforma a droga em senha de acesso a lllll podem repl:esentar uma maneira de enriquecer pelo 1I11iwrso alternativo regrado pOl' um pacto difel-ente.epre.11. Essa Alem de serem proibidas (um charme em si). de repente. em suma.1. malS. Ora . tr~lfico. ha uma especie de temor de gue.a que usam draga 0 adolescente. da maconha a heroina e ao crack? Fora dnl:jo. seja feliz.a seu desejo. mania adolescente. 0 infantilizaria. angustia os adultos? Seria mesmo um problema p:lr:1 11111\.A riqueza de nos- adultos.ao: 0 descaso de seus pais com sua vida. Illl'SSliposto fundamental do pacto social vigente: a Ha mais um aspecto gue faz 0 sucesso da toxico. lillll'(I. .apagaria 0 desejo. logo so mundo depende disto: de uma procura que deve se num campo onde alguns adultos parecem dispostos a 11unter inesgotavel .1. sempre ha llJ11desejo de algo vigorosamente pelos pais.dld:lde dos objetos poderia produzir. cial. A tentac. a As drogas que SaGproibidas para todos tem mais droga seria 0 objeto gue promete e entrega uma satis- charmes ainda. SaG a ocasiao da constituic.-:'10 acabada. no 111('I:II\)r:ls110caminho de lllll status social gue nem a baseado ou na pedra. jeto. atras esse argumento deve ser levantado e defendido de cada objeto desejado. de novo. ou no minimo de seu espectro. POl' mais que eu possa obter 0 objeto que eu sentante guase oficial cbs fantasias inconfessaveis dos quero. 0 adolescente po.1'ssao mais preocupante.iencias pemis. POl' que iss( 111. se deprimam. R. desmentindo a moratoria. POl' isso a toxicomania talvez seja a trans- dos. a droga. pela droga. porque parece minar um adolescentes coesos. 1:1(. A draga . d:l roupa ao carro. 0 gue e desejado e sempre EIt' tambem po de ser seduzido justamente pelo instrumental para afirmar e constituir nosso lugar so- risco de vida gue cigarro e bebida acarretam. 0 que importa para todos e 0 Elas proporcionam tambem uma boa forma (lhjeto. Nesse outro mundo.ao sera de sede de reconhecimento social gue permanece atras desafiar os riscos fumando e bebendo ate nao poder de nossa vontade de possuir ou de consumir. de que com :1 111"1\ 1I1l:1~'aode que 0 rapaz ou a moc. A com a insatisfaC.a jeto que satisfac. mesmo que apenas momenranea. Em outras palavras.::io. nao 0 status social que gregaria de reconhecimento reciproco entre droga. ou seja.ao de grupos 1'.nenhum objeto satisfazendo a correr riscos para gozar um pouco. reconhecimento ou status.a na cara dos adultos. berada ao canone dOlllinante: afinal. trazer alguem de volta da delin- como se acreditassem mesmo que 0 desfile dos obje. a droga e. in~e[l1o. os canones esteticos dos adultos. ela est~i acontecendo de verdade. pela droga L1Intempo e parem de usar. reabilitac. Drogando-se. Ul11aespecie de subversao. E tambem fi-e- Mais do que nas outras formas da ddinqliencia. Ora. a seus infantiliza~ao: e1a implica 0 reconhecimento de que anseios e desejos. a dos que naufi-agam de proposito na rota de um tran- pa~ao e so podem encontrar nela mais uma razao para satl5ntico.uma vez recolhidos . sobre 0 reconhecimento do adulto.tao grave quanto isso _ esse estilo consti tua alguma especie de agressao deli- ela pode matar seu desejo. e 0 contrario da tos de consumo possa responder. quem se perdeu esteve em perigo de verdade. para os outros e para des mesmos. pois a satisf:H.tao precisar de algulll tipo de entrar de vez em Dutro mundo. final. um padrao estetico intemo. para . da droga ou da prostitui~ao. nao e 0 caso de dramatizar essa visao do o grupo de estilo) outorga seu proprio reconhecimento adolescente toxicomano. da adolescencia transgressora: convencer 0 outro de sempre na t. ])eslizamos sem parar de um a outro. mas e ne. Afinal. como a nunciar .ao e pedir ajuda. liza nosso mundo. Nenhum objeto pode nos satisfazer.vi~~ar de gra~a se satisf:lzer na droga. A grande Illaioria dos ado. 0 char me e 0 interesse dos objetos. que a vida do adolescente nao e nenhulll lirnbo pre- I)e fato. os adultos nao param de na primeira c1asst'. isso e LlIll f:lz-de-conta. pois 0 que queremos nao sao coisas e posses. Os adolescentes parecem contradizer. pelo qual os membros se A droga e lllll objeto mortal. mas _ atras delas . Nao e raro que matar 0 usu~lrio. eles se enfeiam sistematicamente. 0 adolescente pode pen.spera de mais lnn que sera decisivo.ao seria btal para Os grupos adolescentes inventalll quase selllpre nosso sistema social". ou melhor. Desafiar a aprova~ao' dos adultos e sua pro- lescentes apenas flerta com a droga. adultos: "Ha um objeto que nos satisf:lria. C:onsomem A reabilita~ao. E nada pode extinguir nossa sede desses dois. satisfazer. os jovens os adultos veem na droga uma perigosa porta de saida pedindo ajuda p~lr. gridam de vez as regras essenciais do {uncionamento Na verdade.Jvoltar dessa viagem. E uma estrategia parecida COIll Os adolescentes concordam com essa preocu. . Nao podemos re. Nao so porque pode difert'ncialll e se reconhecem entre si. pria fun~ao. de- sar estar atuando a seguinte verdade recalcada pelos sanaI'. Precisamos acreditar que os objetos podem nos E isso que almejam todas as condutas extremas fazer felizes. qliencia. na serie dos objetos. cessario esquece-lo. 0 grupo (mesmo De f:ltO. valor. Ha adolescen- por onde os adolescentes escapariam J moratoria para tes que se drog<lm para en.i insatisf:l~ao que nos f:1Zcorrer e que vita. mas porque . e fi-eqliente que adolescentes passem do desejo moderno. paratorio. vida adulta. e uma estrategia que for~a 0 mentir. Segundo estes. qliente que isso acontec.Ou seja. ade Pl'!a inf.1 ul11a tech~lduL1 de clstilbdl'. 0 esclillbio do olhar dos adultos COIl- corpos C0l110 raz~lo do recollhl'cinll'!ltO soci~l!.lIn de cll~':l(b preocup.do ISSO ao I11l'Sl110 tell1po. ~1il11it~H. Acrl'SCC'lltal11 que 111~1I1l'irade chal11ar 0 olhar para 0 l'llContro pt:rl11a. ul11biliClIdas gar~)tls i' l''.)O lbs t'strebs (do CinenL\ l' dos palcos)..lr l' prol11eter trallsgress()es sexuais ou nlO- l11ico (pOI' exelllplo. ell'S vivl'ln Illlln rllinl'.ltO. Na verdade. . gl'llitais. E lInl~1 cllriosa celltes S~lOtietes.\rCaS. de ul11a ablTtuLl do idl'l1tithde ilnitando pcrsollagens.ldo (HI assllstldo dos adultos. aduLllll sells idolos. 5~~ TeL ~HHj9"H3~ff . aClllla do cos balxado. as tLlnsgreSs()l's estt. Oll elll v~rios.1!.1111~l ddllli-ios. Ou ~lillda que os distLl~'~O Illdica no clillinho do ()rg~o genital.:a atribuindo sua indesl'jabilidade ~1Sl'US proprlOS es(or<. assilll COlllO Sl' esqul'lTll1 lIas IlI~lrClS quc pas- A l11esl11a coisa vak para a l11arca rt'gistrath dos garotos dos. tOrll~lIldo-sl' tl'io l'k podcrl. tatuagens e su~ Illsegurall<. ou ul11a . (b desejabili. Assil11 C0l110 0 adokscl'lltl' pode .Idas Taosu nJO S~l()rcvisL1S paLl ~\dokscl'lltl'S. Ell's S:lO Ililla rl'CUS~1eb sl'\:lIali. p~lrl'Cer contestlr a idobtria do v~l!or flllallceiro l'COn(l.lCiIIl1e!lte.l proll1l'SS~1 lk IlllLl arlll~ldilh.:ao (a CUl'CI ~lvista l'VOCl IIllL1 his- •• . a propostl de Illn crotis- 1110 fOL1 da nOrl11a.. sobrl'tlldo.0 .l cisa assustldissilllOS .l11tiliz:l<.lr. .\111 !'. VCI1~'~lIn0 ~ldokscentl' de que l~ 110 espclho ek est~ l'ontelllpLlndo UI1l seT pl'rigoso.ticas que parl'- Cl'ln assin. l11as tllnbclll a prol11l'ssa de UI11 pcrl11anl'lltl' Pode ser que 0 ato de Sl' entl'iar corrl'spolld~l a Ulll~l rl'cusa da st'xualidade e. Mas a l'stt.lloiros. I)iZl'l11 qlle os adoks- te tl.Idolescl'ntl's de cabl'los 1IItr.sobrl'tudo ul11a . a grande l11aioria dos . produzir coes~lo de grupo V~1 de Sl' ridicubrizar logo nos arrl'dorl's dos ()rgJos e des~lfiar 0 Clllont' adulto).l!.\-y.. C(//'{/s l' />('o/J/(' U"IV {~:.lS cueC1S (a Clll'Cl rIca. brincos.Sl' transforJllal11 eIl1 ~llus~O. recusando-sl' .1 ostl'lltar os' apl'trl'- chos dl'sse valor nas vestil11entls l' l'lll outros Silllbolos Llis s~lo esr()I\os para l'ncolltrar .ldolescl'lltl'S gostanl de 111. I>ois.l Sl'- \:lIal qlle n~o Sl' preocllp. atrevido l' SC. kll1br. .)"..l elll p~lssar pelos leones soclalilll'lltl' aceitos da dl'sej~lbililbdl'..:l'l11pbrllll'n- ()s ~ldultos criticlill r.:os de Sl' entei. CILl feia. Por isso ell'S se per- corpo COI11algo I11l't~lico e duro.tiCl adolescentl' n~o surge S() para isso t()ria ele coctJ-xixi l' de fl'~lldas).\ssil11 dizl'r. AI- Pode ser tllnbt'l11 que 0 ~ldokscl'llte Sl' l'llfl-il' gllt'lll que os ~ldultos terial11 de rl'ct)J)hl'ccr C0l110 ~ldlll- para Sl' proteger de 1I111olhar que podl'ria Il~O ~lch~-Io desej~vel. Na vl'rtbde.ldultos.III~'~l do nl'nl' de Ul11blgO apl'n~IS cicltrizado. ClIL1. Logo.lllllllCios publicitirios ~lIllbuLllltl'S.dl' f. E ul11a.se diterenciar. a teillLl e tlillbi'Il1 IlIll~l l'spi'cil' de l'\:lblClOI1lSnl0 esclnclLllio.anos l)(): os celltil11etros de clieca e\:postos S.JOl' r~/Ja T ••quari. ()u Slj~l. C1S0 l'llcontraSSl'l11 a si Illt'Sl110S IllIl11a rua es- 1ll:1St' porque ell n~o quis".lr: "N~o gostal11 de ll1ill1. Sl'lllpre el11 ristl'). pOI' ehdl' C0Il10 valor social. No conjllnto.ldos ou corrl'ri.llgul11 contorto no olhar indigll. o iJiaci".l Crltlc}r llin sisteilla qlle valoriza a lksejabililbdl' dos que 0 l11l'do. UI11~ll11aneira prevellti- (ou Sl'Jl. n:lo t~o ]l)J}ge da vagin:l. para tradiciolnis de riqUl'Z~l). ~ldultissilllO. Ulll~1irollia b~\ratl. l' ~\ITUnnlll Uilla nl'ntl'. E. troclri. illtl'rl'SSe COIIl 0 que l'st~i l1.d . dl'l11 n~l cOlltelllp!a. Ell' cOllseguiria prevcnir e'SS~lcat~strotl' para 1'0. para . os :lliolescl'lltes E viVl'lll IJOS IllCSlllOS tl IIllCS que os . st'm par isso comprar uma aventu- ra narrada e preestabckcida ou.:. roo! c inspirado com 0 W/1C. 0 recado e claro: ou te ensurdeyo ou n~o te ouyo. inspiradora de imagt'ns com as quais com pOl' SU:1identidadc.1 l~obcrt I)e Niro. quc illvente m~1l1eirasde sc cnfeiar. A mllsica dcixa nlais liberdadc ainda do quc 0 clipc. Ela d~{apenas 0 clim~1. Ek fica (ou c) in'ita- do com a II/ctn!. todo din~'imico com a disco etc. Seja qual for 0 efeito disso sobre a c0l11lll1icay~o verbal. . mais do . Ou nossa vida grayas ~lOSIncsnlOS fllmcs.ate desej~veis e invejav'is. um estilo. Os adultos. estilistas COIllOPrada e Giorgio Armani (. importalll as imagcns t' a mllsica. nessa critic1 irclnica. lllll !oo/. pior para ° vizinho. trata-se. ~dill1entar os ide:1is sociais dos adultos. se todos vivcmos ou procuramos invcnt1r I1lJrumentos ~1Ceitos. uma vida inteira. mas n~o dita uma hist{)ria. Uma maneira de gritar: "Eu n~lo vivo. de sc distallciar do te cntre.. 0 volume da mLIsiea e tambem uma especie dc met:1for:1 sonora da intensidadc da t'xperiencia ado- lescente. arrc- bento". rapicL!mente.'i~l. Essa escuta constantc comporta sua parte dt' pro- voodo. por m~lis qut' protestem.m e viver dc fone dc ouvido.~lllOlleestctico e comportamental dos adultos. Ou t'nt~o de um ator como \'cz.~lidolatria s~o form as b~siclS cia socializay~o mocierna. e venbdc qut' 0 '\. aparentemente) as insustentaveis emoyoes d~1 quell' dia (ou. a eultura pareee elleontrar jeitos de Leonardo I)iCaprio cont!". Em toebs as SU~1S tcntativas de dt's~1fiar e provo- valem para os adultos tanto COIllOp~lraos adolescentes. pior.O adolescentc oscila cntrc cstour~1r :IScaixas de s. de vez ell1 qU~1l1do. 0 adoksccntl' vive cOin uma trilha sonora perm:1l1cnte.sugcre uma atitudc. rom:'intico com Phil Collins. daquela noitc). pois pcrmitcm adotar um gcsto. digamos.() adolesccnte descobre que sua rebeldia n~o p~ra adolescente e 0 maior fa de vidcodipcs. n~o agclII diferentemente e. Ilk~dizar essas maneiras. de transform~1-las em com- Mas. que a historia.Aqui.pcrfcitas p:lra os adoks- centes se identificart'm.adoram cstour~lr as eaixas de seus ap~lrelhos para eomunicar (aos vizi nhos. apenas do cmba. As figuras que C1l1t~1mt' dan~'am s~o pcrson:1gens que ain- ch procuram seus rotciros .O adoksecnte encontra uma dificuldade: por mais No nnis. a C1d:1 contra Tommy Hilfigcr. Clr.~.. n o~ s' 0» -» 00 mo »1 1m nV> e n m> ~z en AJ» » I . akll1lkss:l possibililhdc (qlle U [QJ adultos. iii'S IIUl'. a autonomia assim realizada ainda s 'l'j. Iii II' podclll ser lll:lis ou lllellOS t"l'Ch:ldos. lllaqlliagt'll1). 110 1l1illilllO.'~o de l':li1' f()r:l. se rClllll'lll Cll1 gru- um olhar.'ar a te regrado pelo plano de nao rnais depender do I II" 1.:ao do sonho dos II'S l'lICi:l COIllO idt'al St:j:l qllase 11111corolJ1'io do 11ll1ll- i1111Olllell1po1':llleo. para 0 adoles- 1'\.::lo . .I'udo It'va :1 t.lllliILII"<_'1ll0S 110 C:lpitulo 5).1SI' pl'l"gullt:1I1do:"Mas 0 qllt' SLTJ qlle os OlitroS reconhecirnento dos adultos. E quase irnpossivel. VLTitlel-Se l'llt~O 0 p:lr:ldoxo seguil1te: a :ldolt's- n~llcia. gando e interpretando 0 desejo dos adultos. illlprellsa) t' o sonho dos adultos para 0 adolescente. que a ado- que nao seja a realizac. Mas. por duas razoes. " (1 II 1IIIIIIII. (': :Itl' bt'Il1 possivt'l que a adoksCl'llci:l SUI]a ILl e dificil encontrar urna escolha adolescente 1IIIhll'l"Ilidade COl110 idt'all1ecessJrio.1111e aCt'ira6'" Os g1'upos tC111 portallto sivel (e talvez se tome possivel.:~o da Prirneiro. ()u Sl:j:l. e necessario procura-Ias interro. . pois os 111elll- rno se 0 comportarnento adolescente fosse totall11 '11 1111 JlI'I'l'lll pOlkl" pe1'tellcer a t'las selll te1' de co<. 0 sOl1ho que aC011l- pal1ha qU:dqllLT vida :lthdt:l COlltt'lllp01'Jl1t':l ILlS f()r- Ill:IS 111:1isva1'i:Hbs. Alias. rl:jeit:lda IlUll1 lill1bo. .atra- Vl'S de todas :IS slias vari:1I1tl's. mesmo se isso fossc p )S '1"lI1 III 11. se afastar da interpretac.clbclos. C011l0 vi11los.Iclba il1tLTprt't:ll1do e ellcl'I1:1I1do 0 clt:ilogo dos so- lillOS adliitos.ldi:l :Idolcscellte se tom:) 1I11l:lelll"eILl<.1 Ilil IIII'IIII. restallr:llltt's etc. a1111 11'1111'do UlliVLTSOdos :ldultos e dos outros grupos.).IIIIl'1110S (bares. I II II d(' idl'lltichde clams t' ddillidos. cultura nao e regrado por urn ritual. porque 0 acesso a idade adulta em nossa 11111I1'sCCllcia.11".]CUltllr:l.lZLT d:l adolt'scclll"ia 11111ideal so- 1-11 lado exasperante da adolescencia e que I loll. a I ·hl.1I1Il'Sl'IIt:111l :10 1ll1ll1do UIIl:l ilkl1tidade prl)p1'i:1. S:lO cOlllllllidadcs de estilo 1'egradas pOl' proprio a uma cultura que idealiza a autonornia. sOl1ho de liberdade po1' l'xceicilcia. de um consenso que nem sabe articular suas I" I'.:ao do desejo adulto. excillid:l d:l vida :ldlilra. as C0l1dllt:1S adoles- I ('I Ill'S l'111 tOd:1S :lS SU:1Svari:1I1tt'S se crist:diz:llll. css.:oes. 1111 . st' tl- \. cllIbl's.'Jo do idt'al lultul":d bJsico. colabor:1I11 elll t:d idealizaJ. Logo. 0 sOl1ho dt' liberdade.1111e se tOrtl:l1ll objeto de illlitaJ. pOl' tel1tar dispellS:lr a tutela dos adultos. mas depende de ( )s :ldo]escel1tcs. 1l1aSSt'11l- condic. Portanto. do desl:jo de tlTi:IS :1 tellta<. por exernplo no gru po 11111111111111 ulll/(l(l/~ (vt'sti11lellt:ls. adolescente). M s. por uma especie de pecado origin:ll III1 1lllllilllO. COll1 1l1aio1' ou lllel10r slicesso. eLl seillprt' l'I1Glrlla 0 111:lior sOl1ho de 110SS. Mas. Segundo..IS nlllllr:lis (tipo de Illlisica. (Jor esst' 111otivo. hJ outr:1S cUlllplicida- cente. Ao jOVt'ns contra sua exclus. para seduzir os adolescentes saram dela C0l110 idea!. em qualquer f. seus apetrechos) mente .lvamos que havia uma revolta dos para os adultos justamente por serem rebe1des.10 se revoltar.]o veio a existir para 0 uso da contemplay. magniftcando mo bastante deftnida. de comercializayao.s que surgiram como "rebe1di. esses grupos sao culturalmente exalta.1" SaG Agora podemos perguntar se a adolescencia n.ao comercial e para maior proveito reconhecimento que os adultos the negal11 e que ell' . Por isso l1lesmo. ou seja.ao. se Os grupos.correndo atras de um Na idealiza<. E mesl110 tempo.l-Ios'como coesos. Esses fool. Cada grupo e a adolescencia em ge. Vimos como e por que.]o e porque. tOrIJa UI11fantastico argumento promociona!. As vezes. Desde os anos RO. que tem todo interesse em coincidir COI11ideais adultos por duas razoes: pOl'que apresent.lveis. essa suspeita deve atravessar 0 espirito co. se constituem em idea is Ate aqui pens. pondo a moratoria e suscitando a rebeldia. mercado tambem pela influencia que exercem sobre a cia e SLUSvariantes sao assim 1111lnegocio excelente. im- um grupo para outro. em nossa cultun.) idealiza<. mas complacente. unicidade. comercializando as bordina<.os do look estarial11 tentando agradar aos adultos. lizar os grupos adolescentes.0 adolescente constitui gru- .oes do identidades que des querem poder reconhecer sem nlercado dos adolescelltes: des sao nUl11erosos e dis- hesita<. decisao e a consoliday. por ser um ideal dos adultos. sao oferecidos e vendidos aos adultos. que chegam ao mercado dos grupos ou transitam de Ser~ que a adolescencia nao foi provocada. pada.lsi. A adolescencia. Os adolescentes.1ixa et~ria.]o de modas. algum sonho dell'S. l"mpres~rios da adolescellCia. a illSu- necess~rios para seus membros. SLU relevancia esta nas propor<. todos os grupos Ulll mercado j~ interessante el11 si.A ado!cscen. que e coo/ para todos.. ratoria imposta pelos adultos. ou seja. se tornam cOllSul1lidores ideais por serem poem de cad a vez l11ais dinheiro.]o da sociedade dos adultos. se tornam tambem grupos de consumo facilmente surge uma verdadeira especialidade do marketing da comercializ.justamente Cada look e propagandeado e idealizado por sua para que encenasse 0 sonho de idiossincrasia.1seus membros uma confonnid. os jovens ainda senhas de reconhecimento e todos os tra<. os 1110delos de consul11o de muitos adultos. catalogalldo os apetrechos o ideal cultural dominante e. dos adultos? Se a ado!cscencia encena um ideal cultural b. praticamellte todos proclll'a C0111seus pares . 0 Ill~ximo possive!.ao e ao investimento de n.]o entao propostos como ideais para aumentar a adesao surgiujustal11ente porque os adultos 1110dernos preci- de seus melnbros. Mas interessam ao llm pllblico-alvo perteitamente deftnido. organizados em adolescencia.I". acrescent~val11os que as formas dessa revolta podiam dos pdo marketing. realizar suscetiveis de circular no mercado.. que transformam o proprio marketing se encarrega de deftnir e crista.]o preocLl- todo mundo. os estilos adolescentes (seus produtos.1de de consu. . de Iiberdade individual e de desobediencia ral se transformam numa especie de Iml/chisil/g que que e proprio de nossa cultura? Ser~ que a adolescencia pode ser proposta . nascidos como amparo contra a mo. e compreensivel que ela se transforme num estilo dos adolescentes. o resultado disso e que cada grupo impoe facil. Era uma faixa et()ria.ao 11l0deriLl. II' l'll ilLtdos foram sempre os meSlllOS. essa morat6ri~1 que produziu a adolcscl'ncia veio a o amor pebs Cri.l1lUlllOS.ldo pOI' Philippe Aries. p. e . protegido pelo all10r dns p~lis e. IliI. os adultos 1110.1 C. quer maclquiee para extLlir seu sorriso.'1 11\I pi illlt:il.1elltender como isso aconteceu. Nao podemos deix. obvi~lnlente -. cruzamos 0 olhar de UI11a erian\'. exceyc)es. mas ~1pr6pria idcia fata social rcconhecido. de expliclr pOl' que e Il\'qllenos hum~1I10s. resistivell1lente. 11'110 IL10 sobreviveriall1.IS devidas grupos mud~lm com extrema rapidez.lO de protegcr as cri~11ly. Illr. certamente era possivcl se preocupar com 0 devil' Illoslr.l sell- Elillintos de model os estcticos de jUYentude.11'. E interessante notar que esses Inven(. 1). Ate /\0 contLirio. Eill principio e com . os seres humanos luscel11 extraordinaria- DA INVEN(AO DA INFANCIA IIIL'IIte prematuros. Sl'11l amor e cuid. tanto tlsico qU~11lto moral e econoll1ico. uma illvel1yao mOdenLl.es. liberda. nossa espC'cie estlria presu- Chegou a hora de pergunur em que medicb e como IllivL'!mente ~lll1eayacb.lS e tOriLl-las feli- desempenho psiquico dell's.11'11111lell1po da vida bel11 distinto eLl iebde adulu. Como se ell' fugisse urici.l1lto na- ocorrer logo ILl moder1lid~lde tardi~l que nos habita. Em outras Se a ~ldolesccnci~l nao existisse.() kl11brar que a pr{)pria infanci~1 c UII!.'liz. ou l1le- tante invencJo de novos estilos. necess()rio lU b~\tdh~l da evolu- como a adolescencia que nos interessa c Uill fcn(mle. Nao er.IIIIL'llte f(. mas Ilao .pos e conforll1ismos.ll- de e rebeldia. COl110 f()i illicial e m~lgistralmente entao.11ly.davras: qualqucr adulto pareee esUr inYestido da dernos a invenurial1l.l UIII 1'IIII)rL' L'"istiLll11.lndo.]O dos mos. pOI' isso um grupo social. AillCb menos ll111 esuclo ek. as cri.que r~~asse UI1l titulo ou aninusse a imprensa.I .o pode-se dizer que a dos jovcns. e 11ecess.lda el11 outra IlleS.I da modernidade? Certo.1I110S dispostos a Elzer qU.I() liaS especies.ldos as cri~l1l\'as de- no sobretudo dos Cdtil1los SO ~11l0S. H() uma cons. [.d. 1l1Or. enl llOSS~lcultur~l todos . num ufe d~l ~lssidua recuperayao de sua rebeldia pelos adultos.1I1\'~lSnos p~lITCe port. Chegou a hora. ll1as nem pOI' isso 0 ~1I110re Paz um secllio apenas que a adolescencia se tor. em suma. Como se 0 adolcs. Entendl'ndo aqui m~lS"a adolescencia" nao era uma entidade que enco.1 especie COlltl com cuidados p. est. . L'spirito e llill ideal da cultura. .llILl1lte.IIICi. veneramos. tanto ela necess()ria ao bom c dupla l11iss. Mas pOI' que essa scria uma proprieebde exclusi- V. Scm uma dose brutal de amor tlos pais e esfol\os anexos. QU.l. ou rest.l protetora 11apequelu tesU.lS incondiciOlulmente e ir- cellte tenta~se correr mais r()pido do que a comer.lrL'lltais ~lssiduos e permanentes para assegurar a so- A EPOCA DA ADOLESCENCIA hrL'vivcncia dos rebentos. 11111 I! . unl ekito quase fisiol{)gico cb prematuLl\'. 11(\1 ild~lnci~l nao os primeiros ~lnos da vid~l .lr passar unl cializayao. nou 111lltema que justificasse llm livro como este. que quer descreve-Io para melhor miCldo perto de 116s sel11 estender a l11ao p~lra uma idealiz()-Io e wnder seu estilo. 1. tario de uma existencia que. cidir COI11.oes. mas 0 su- .a 1Il. tr:1I1qi. ser substituido pela significay:1o mais ampla da co- sic.as.11'1 iculada e estabelecida. pOI' isso mesmo. 'spera-se de antemao que qualquer slUeito se . uma eXptTlenCI<1 ..ao e debate.1I1te) e se afinnou dehm. Mas essa e apenas uma razao para que 0 indivi- cultural que leva da sociedade tradIClonal . triunfou quando a sOCledade St' tornam a (ll1ica consolayao.1experiencia da morte.sobretudo. nao ddinido simpksmente peb espera Com 0 firn da sociedade tradicioml. do individuo. a sobrevivencia tivamente SC)quando a modernicbde ganhou a partIda.l. concluslvo. nascer numa classe. IIIIII1uiliverso onde pOl' regra a divisao social e deci- nao e um ponto final.oes. parece coin- nidade (do scculo '13 em di.a cultural 0 momenta da nlVen<. no fim do seculo 1~. Em qualquer comunidade da inffillcia. eSS~1po. '1111'. pOlS a Vida qlll' IIIe1.1c.. pacifi- cional. cujo sentido (ou falta de sentido) deve ser pro- t. do clue 0 fin) d\l '111111'11:1 Uill lugar e se invente 11111destino contra 0 breve tempo de uma vida. dualismo que domina nossa modermdade.10 Inundo ocupa 11111 lugar definido numa rede social E1zer dessa 1Jludan<. nesse contexto cul- A n1aneira moderna de olhar para as crian<.e nao ser mda mais do que.ao cle.nesgot. a morte se apressad.iila.ao . tema i. nU111acultur~ individualista como a com a mortl'.ao aos poucos parece scr herdada pela adoles.1.ao. l1lunidade. .ldi.1 transfonna<. mais importa n:1O e a do individuo ..l. as crianyas deira divindade cultur. numa o proprio Aries nos deixou uma ~br. a morte e antecipada Vamos vel' como essa ideia ou visao da inffinCla 11amodernidade como 0 fim sempre tragico e soli- veio surgindo em nossa cultura junto com a mo~er. ~ posslve] Numa sociedade tradicional.1 de se tornar adulto. .ao e 0 beryo onde nasceu Ihe reservarall1. alem d.1 centrada ( . a comunidade e a verdadelra deposltana da I .geralm 'nte explicita: trata-se de ocu- continuidade da vida.l.o da vida do individuo e n:1O pode e autonomo de explorac.lIuma corporayao sao figuras iniciais e decisivas sobre essa transi<.1 ll1ven. du:t1ismo moderrlO invente a inf5ncia.a tenna fundamentall11ente uma experiencia indivi- inf:111Ci. medl.. .ao.1. . 's '1lto que cIa 1a m. tradl.os essenciais que contnblllram p'~'a .0ll1d~VI.1 tr. cada um em seu foro intimo. Entende-se que de repente.1se tornou objeto de preocupac. Certo. Ilova. as crian<.\.que se perd:' f\() contrario. seja um even to tragico e triste na vida do sUJelto. pOl' l11alSque li. por sua vez.11.ao d.lvel curado no espac.llgum tipo de continuayao ou mesmo de imortalida- ~enl passar pOI' uma descric.11. Na modt-:'l1Idade. a vida de cada um continua em suas do da inffinci.1P 'I:I tradi<.as assumam uma importancia especial e esse jeito de ama-las que faz da inffincia uma verd. Olltro aspecto decisivo: uma mudanc. EI:I t' III1'.IS!:I. . dual. 1lllld:llllelltal e incOlitestavel e. WIIClL'ncontra uma exigencia social ao mesmo tempo ExpliCJdo rapidamente: mllna sOCledade. AIJas.11Cl lugar que 0 nascimento outorgou a cada um. IIi T:lrqu icamente organizada. cada crianya vinda lembrar dois trac.IClSe eventual mente nas da graya divina. Mesmo que a fe religiosa venlu consolar cenCla. Aqui a morte. da qual sahentou. Iural. Para quem a morte e 0 fim de tudo. pbnos e PHlJetOS infinitos. _ .leI. (1\) tkstino. A comunidade sobrevIVe e segue. a (mica promessa de tradicional cedeu 0 passo ao individualismo. de agraclo e descanso para 1111\S(lS oll1os. produz e consome mais) porque deve querer sempre riu imporrancia nova e central na vida de todos: a mais do que os outros. elas amor.llls()rllla~ao que a modernidade produziu na ma- sacraliza~ao da inrancia. I II' '1.de subir na vida.lt! '. sua obra. os adul- crian~as que eles criam. Esse tra~o se revelou crucial para produzir uma cional periclitaram ou sumiram com a lTlOdernidade. Gra~as a elas. composta essencialmente pelo nucleo IllO triunfo social que possa apagar essa insatisfa~ao. adqui. sua ambi~ao. por defini~ao. I)ara 0 sujeito moderno. Gra~as a elas.entecom 0 que Ihe acontece. deveres e contra. formar sao. atividades ta~ problematicas.1 de vel' e amar as crian~as principalmente a partir esse quadro sucinto outro tra~o bem especifico (1:1 11. dos pais. a crian~a se liberte da familia e ultrapasse a con. vestimos. A inrancia preenche a fun~ao cultural essencial talidade) aos sonhos dos pais . Para isso.Por isso.como se diz . Para seus pais e para os adultos em geral. a insatisfa~ao propria do sujeito crian~as todo tipo de submissao e obediencia em nome Iiloderno se torna suportavel. As criancas modernas saG modernidade ocidental: a insatisfa~ao fundamental do 1III1(lhj 'to de contempla~ao. . Iliodernidade realizada produz uma paixao inedita pelas A familia nuclear existe e resiste por ser fundada no ni3n~as. :E indispensavel que ele seja insatisfeito consti lit i . Particular mente. 3celera~ao inedita na produ~ao de riqueza e de dife- o individuo so nao se achou desprovido de comuni. de pais e crian~as). uma imagem perfeita e segura de ta1111. mas tambem pede que.sonhos frustrados antes II ' I ornar a modernidade suportaveL de mais nada pela mortalidade dos sonhadores. mas por isso mesmo mais intensa. I\f . para dar continuidade (imor. Talvez se compreenda melhor agora por que a tos. vamente.1II'ol1ografia da inrancia. giiinidades extensas. pode nem deve ser mais definido do que sua aspira~ao da (quer dizer. infeliz porque ell 1 veu. a tradi~ao) e de contradizer a tradi~ao.institui~ao que los estendem 0 sentido e a expectativa de suas vidas portanto sobrevive e vinga na modernidade . a peste recrudesceu ou de novo a guerra vem pOI II Iii Id. escalador social permanecerao sempre inacabados. nao pode haver. fa~anha ou mes- clear (ou seja.O homem moderno nao e insatisfeito acidell I I p.lr:1 ·olllporem. ainda e preciso acrescentar :1 111'11. p:1r:1 alem do limite estreito de sua sobrevivencia indi- de porta-voz do duplo vinculo moderno: ela pede as vidu31. arrumamos as crian- sujeito. No come~o da visao moderna da inffincia.IZ-r estetico. quase todas as institui~6es do mundo tradi. Nao e por acaso que Aries descobriu a nidade as condi~6es sociais e psicologicas d:1 11. Amor entre pai e mae e amor entre estes e as s~o a consola~ao e a esperan~a. para responder as expectativas III 'lIto conosco. de obriga~6es. ela proporciona antes de mais nada um Para entender melhor como se criam na moder. em nome do mesmo i. sexual . ren~a social: 0 sujeito moderno quer mais (portanto. Criamos. pois 0 fracasso . seu de- ai. dade porque uma sobreviveu e.1111vestidas aquem da diferenca. pois a ordem transmiti. nu. A familia moderna e restrita ao essencial. seu trabalho de pois idealmente organizada ao redor nao de consan. Nao ha. elTl nossa cultu. transmitir. sua Ora. familia. inveja. objeto.e a gran. mas da for~a proclamada dos sentimentos intimos. :r1illlenta a espera de que as crian~as fa~am reveza- di~ao na qual se criou.inevi- do amor. de certa fonna.lvel numa corrida que desconhece faixa de chegada amor. Pois seu lugar no mundo nao ra. ensinar. A familia . tanto mais cidade. loll () futuro. inocencia e paz que .IIIi:l que seria eficaz como um cm'sinho acelerado e imagem da felicidade infantil tem tambem outra fun.:ao fica cada vez dar um sentido a nossa conida sOClal .1 Sl' prolonga. ou seja. vcr crianc.:ao Ou.:asdevem ao nlesmo tem- insatisfatoria ao sexo e ao dinheiro. de nossas casas e a perfeic. dessa tarefa e crucial.:as felizes). por elas no futuro. do. E pode brutalmente deixar cair. Por isso tambem a modernidade sofre de con- me da modernidade esta no encanto desse jardim re. mais do que uma uto. . Por isso mesmo precisamos lutar para que 110SS0S sejo era negado por ser para elas uma possivel fonte de anseios pass em para elas nas melhores condic. mas elas sac felizes e seguira Sl'll d. Essas c. cia venera. como se demonstrasse nosso su (.:a.:ar um POl-tanto nos deleitamos na imagem de sua fcli. po ser felizes e se preparar ativamente para consegui- cessidade. melhor ainda. ou seja. pois ser insatisfeitos e para nos mente hiperprotetora e violenta com suas crianc. Nos precisamos ver as cnanc. A transmissao encantadas: vivem em outro mundo. rem tudo 0 que n6s nao conseguimos.:oes pos- inquietac.:oes e das magoas: completamente dlfe. mas uma especie de promessa. e nossa idade de ouro.:as: definitorio. que e um derivado contemporaneo so: fi-aclssamos nos.:as. dl'? Surge assim a utopia do aprender prazeroso.Essas crianc.Idolcscencia. elas sac sorridentes.:ao. :d)3ndonar. quanto mais e encanegada de prepa- constitutiva.'s II. rentes de nos. I 1. por serem protegidas da cornda Paradoxalmente. deiro o-rande resta da sociedade tradicional na socie. a inffincia nlOderna e 0 ver a. protege as que tbn condic. embora incompleta. ou seja. as crianc. Elas s~ Quanto mais a inffincia se afasta de um simples as herdeiras de nossos anseios. a inffincia.:as ao abngo siveis.:as felizes sac tambem. que pOl-tanto nao e s6 uma imagem estatica de felicida- construimos como um presepio perm. (1IIIpossivel) sucesso que faltou aos adultos.anente no mew de. Ilhos dos adultos. aquelas que por qualquer razao nao tem. ela sera continuada.garantmd IIl. tllJdo assim completude a nossas falhas. a preparac.:ao de ser por- Pia . a modernidade pode ser paradoxal- nem alcanc. mandatarias dos so- De certa fornu. de nossa msatlsfapt I ollsolo cstetico.:as para servado.:amos Por isso. encarregadas d ' I I Iltradic. ou seja. Essa imao-em b de felicidade.:aremos. Mas 0 ver. Isso e 0 que parece a primeira vista. de se preparar para alcanc.Amparadas da ne. de Ilossas esperanc. lr:ldic.I .:as sac as {micas que gozam de OLI parecem. onde artificialmente contemplariamos nossas II ILlturO sem comprometer a imagem de sua felicida- criancas felizes. d L:!doras da promessa.:aa invenc. como se esta nos consolasse de nosso fracass\l. que. dade ~odema: as crianc.:as (0 unico corretivo a essa brutali- terem nascido crianc. da A inffincia nao oferece s6 um prazer estetico: a . d ivcrtida como um jogo de jardim da inffincia. Por isso. . amadas.:oes pedag6gicas: como preparar as crianc.1 Illi~1I'j:! 1110derna. nao ter condic. Uma inffincia feliz e a {mica li:lde e que sempre sobra algum gosto estetico de coisa a qual teriamos direito de nascenc.lis longa e laboriosa. constitutiva da inffincia modema. nao desejantes.:ao de realizar um dia direitos s6 pelo fato de serem pequenas.:oes nao ajudando. com a maior chance de serem satisfeitos das imperfeic. Isso inevitavelmente forc.:ao.:ao que nunca alcanc. Gostariamos por que? Para nos oferecer esse show.:ao. ririamos esquecer. des da vida adulta. se pudessemos de verdade tirar ferias de um zes. Com a adolescencia que hoje toma 0 lugar da recidos com os nossos. Por outro lado. crianc. por exemplo.:ao de nossos avidos desejos. Elas constituem uma nova mistura.:a de esperar. Mas narmalmente nao adultos e essas supostas "crianc.justamente. a adolescencia real nos assusta como um sua felicidade e de seus prazeres. que nao sac mais desses filmes. sem jeito que nem adolescente consegue!" obrigac. pelo tamanho. inocentes. no mundo encantado da inrancia. nao atuadas.:ao de seus corpos e pelas exigencias de Pois bem. ten'lpo.:as. os adultos verificam que essas crianyas como um erotismo alusivo se opoe a pornografia. sac ou deveriam ser felizes numa hipotetica suspensao que nos consola e contem uma promessa.:as com a pressao da corrida adulta. inrancia no ideario ocidental. eles VaGnos oferecer um show cemos como parecidos com os nossos em suas formas bem parecido com a felicidade que gostariamos aqui e seus gozos. gostariam de voltar a ser crianc. compradores em dolares nos supermerca- .:oes basicas que nos constrangem. seriam turistas sexuais num Ter- algum milagre pudessemos deixar de lado os deveres ceiro Mundo sem policia.:as. As visoes de infancia e adolescencia se opoem Aos poucos. bon v(vants gostando de fi- e as obrigac. Ou seja. Ele e mTl ideal possivelmente felicidade e de fato mais gratificante. Os adultos tentam mante-las protegidas e feli. a A imagem da inrancia encantada nos deleita por. damos que fossem nossos adolescentes. se por Em nossa idealizac. Os adultos essas crianc. templar a satisfac. em que.:oes extremas filmadas sac reais.:a inedita entre os preocupados como crianc. elas se Ha certo genera de filme pornografico onde parecem cada vez mais com os adultos. pela maturac. des- Aparece assim uma semelhanc. ao mesmo e agora. que estao se preparando ja sac um pouco crescidas. Se conseguirmos identificatorio. sexo e verdade fantasias que estao em nos. as situac. das dificuldades e das responsabilida- da adolescencia feliz nos propoe mTl espelho para con. prazeres iguais aos nossos e. mas com exigencias e Os adolescentes idea is tem carpos que reconhe- voracidades de adultos. "N ossa. car high no Afeganistao antes de 1970 ou nos cafes de se pudessemos ser tao despreocupados quanto gosta. Alem disso. prazeres e alguns deveres muito pa. A imagem das obrigayoes. mas.:oes e responsabilidades. sem lei. Procuramos fon. Os adultos podem querer ser adoles- realiza-Ia man tendo os adolescentes protegidos e ir. grac. assistidas. de repente. pois 0 espetaculo de sua como as criancinhas. a Olhamos para a infancia como promessa. Eles sac adultos de ferias.segundo eles VaG aprendendo. se realizam de brinquedos e historinhas.:as para os adolescentes. Cada vez mais.:as" que ja tem corp os. Amsterda. responsaveis como crianyas. para nos. mas que prefe- dinheiro . a pr6pria pressao preparat6ria se torna parecida para A infancia e um ideal comparativo. centes. a coisa muda. gostos. vontades. podem desejar ser ou vir a ser felizes.:as magica da infancia estendida ate eles. na visao da adolescencia 0 dipe de nossos gozos: inedita. 0 olhar dos adultos se desloca das o adolescente nao e so um ideal comparativo. as adolescentes Tambem os adolescentes dos anos 60 procura- oferecem uma imagem plausivel. nos confinarmos na contemplayao estetica ou no so. nao tan- ver os adolescentes felizes porque eles seriam apenas a to por serem proibidas. yam nao so parecer adultos. 0 que os adolescentes dessa epoca mais folia atras da seriedade da consciencia social. adolescentes. ou caricatura despreocupada de nos mesmos. Gostamos tanto que e uma pena sujasse. claramente 0 ideal baram sendo lima gerayaO de individuos politicamen- (inclusive estetico) da maioria dos adolescentes era a te engajados. seja. Mas. au seja.). Chegando em casa da escola. praticavel. Talvez por isso os adolescentes dos an os 60 aca- Ate a metade dos anos 60. atin. por exemplo. felizes. Iidades de experiencia adultas. EJas eram idealizadas por todos. prova de distancia da idade adulta. de falta da glveis. jovens deviam trocar da roupa de rua para a roupa de te uma imagem de nos mesmos gozando. deitasse no chao ete. de adulta de usar terns ate quando nao e a hora de Eles encontram nos adolescentes idealizados um pra. deles era a vida adulta. praticar nenhum esporte. A vontade frustrada de poder ficar 0 dia inteiro de nho. mas se aventurar em qua- Idealizar os prazeres da adolescencia (que. Se possivel. do mesmo jeito. os gem das crianyas que nos extasiava. contra. Isso provavel. bar mitzvah ou equivalente. As maneiras em pl1blico eram. Por que simplesmente nao imita-los? Concreta. os adultos nao se contentam mais com 0 sapato amarrado ate em casa corresponde hoje a vonta- consolo oferecido pela visao das criancinhas felizes. a lescentes. Algumas ativida- rer menos consolo com perspectivas futuras (0 que a des adolescentes (desde as brincadeiras ate a inrancia oferece) e mais satisfayao imediata. e imitavel) e uma maneira de que. maturidade que daria acesso ao reconhecimento so- Essa idealizayao nao escapa aos proprios ado. A vontade de usar tos. paleto e no de gravata tem como paralelo hoje a gran- mente nao e simples. Queremos masturbayao) eram culpadas e vergonhosas.havia as crianps. zer menos utopico e mais narcisista. . Pois e propriamen. que esforyavam em imitar os adultos. radas peJos adultos. pois quem vai nos dar a mesada? de vontade dos adultos de poderem enfim se vestir como Mas podemos. Portanto. inspi- Talvez adoremos mais essa imagem do que a ima.ente felizes num mundo de contos de 13 anos) em que as calyas compridas eram autorizadas fada e assim ficariam ate descobrirem que 0 que im- era esperado como se fosse mais importante ou tao portava era seT adulto. pleno acesso a tribo. mas de nao se diferenciar deles por mente nao e diferente do que querem os adolescentes ser infantis. cial e independencia. informais pennitidas nos escritorios. mar aos adultos. em suma. para mitigar e esconder uma vontade de idade adulta. mas por serem infantis. a nosso alcance. mais adul tas riamente a inrancia. adolescentes nos domingos e mesmo nas sextas-feiras A adolescencia se torna assim um ideal dos adul. sem casa (isso porque se presumia que uma "crianya" se impedimento ou quase. dos inflacionados do Quarto Mundo e mesmo assim importante quanto crisma. 0 desejo era nao de se confor- obter. imitar seus estilos. os de entao se Atras desses adolescentes. do que a experiencia dos adultos.justamente com esse fim. eternos ganhadores da loteria. a aniversario (12 ou eram aparentel11. 0 ideal queriam era ser aceitos e reconhecidos como adultos. de hoje. ada.l cultura americana na segunda metade do seculo quanto as conseqiiencias) em lugares onde os adoles. ao 1nenos. garotos de quatro anos de calps cargo ridicula.ou a mudar bem naquela epoca. Os adolescentes sao os mes- adultos. mesmas musicas. que se espera para elas. estao ridiculamente fantasiados do 111111.:aoetc. 11'. Uma mesmice muito americana. indcpendencia.111 th exclusao e participar da adolescencia (encarnar suma. dita avan- do dos adultos eram eles mesmos. Alias. mantidas abaixo do cos para mostrar tres I!iOSculturais diferentes.':ldJ. ao interpretar 0 desejo dos adultos e procu.I Lr.di":lr (ser rebelde) para segtiir ocupando 0 centro compartilhem de uma estetica comum. a caricatura dos membros de uma gangue. os adolescentes Isso significa apenas que os Estados Unidos mos- depararam com sua propria in"lagenl. no Brasil rappers afavelados conseguem ou entao.as ide:d coletivo que espreita qualquer cultura que recusa perderam sua especificidade estetica. pode tel' alguns efeitos positi- dedos de cueca. eventuais pedidos de conformidade. cia foi inventada e vingou nos Estados Unidos.\' dos guetos americanos.1>01' exemplo.a. Ifll'llCr. os adolescentes. Estao de adolescentes.ao . pOl' exem.aoe idealiza liberdade.mas como um daguerreotipo da felicidade de outros A estetica da adolescencia atravessa assim todas as tempos.As crian<.ollhos dos adultos cuja aspira<.1 ram primeiro esse tra<.o de modernidade. comparando as meninas e as '(I 111:1 is :1 copia de seu pr6prio estere6tipo. Ele e empurrado pelo mesmo jeito. insubor- menos vestidas como crian<. Repitam a mesma observa<.lllllTicaniza<. Tampouco SaG masca. Mesmas modas.ao na saida I dl1. pOl' sua vez. 0 adolescente se tos.i1 p:lra todas as idades e global-. tli IIlISS:1 cultura.1 na frente.as nem de adultos. Pois quem captura a alma dos adolescentes. essa plo. De fato.as suposta- adolescentes ainda do que ja eram? Illente felizes.ao e a adolescencia. Paradoxalmente (note-se entre parenteses). no n"llmdo oci- Isso come<.III. as crian<. ou seja. Nao rar descobrir qual seria 0 sonho deles atras de seus seria falso dizer que ela e originariamente americana.1 IIrn ideal para si mesmo. mos no n"lundo inteiro ou. Elas SaGcamufladas de adoles.ldi<. Nao e raro que elas ".em que a adolescencia e um e 0 ideal dos adultos que os vestem. a adolescencia e 0 Fato notavel: nestas ultimas decadas. Elas SaGcada vez . . mesmos estilos. _0. 0 adolescente que eles imitam Nessa situa<. 0 ideal eram os idades. Eles !"II. isso explica em parte a incrivel expansao centes. quem centes e seus uniformes SaG simbolos instituidos de (kci de dos estilos adolescentes.as. para antecipar 0 futuro dp Ocidente moderno. Os homens adul. a adolescen- tos. os adolescentes se tornaram 0 ideal dos adul. Em . Caminhe pela rua 125 '. 0 lugar do sonho dos adultos.I Lodos uma fatia de ideal) por parentesco com os nao estao vestidos nem de crian<. no inverno. dillac. A se mar- maes que esperam 0 fim da aula.1. 0 ideal escondi. de fato e mestre dos uma marginalidade perigosa. Os Estados Unidos foram aqui a vanguarda radas de adultos em miniatura. Aos dental. E tanto mais surpreendente (e preocupante d. Logo. capuz pOl' cima da cabe<. poucos. . E os continentes. em Nova York: sem falta voce encontrara. pelo qual os adultos preferem sonhar em ser Como satisfazer aos adultos. senao sendo mais :Idolescentes a ficar contemplando as crian<.as eram decorativas. IJlI'.ao for<.lr:1 Illlirativo de adultos e crianc. . que nivela e destroi patrimo- mente largas.:as a se tornar cada de uma escola primaria. De qualquer forma. chapeu de beisebol virado para tras (IS. nao significaria nenhuma promoyao. Por que desejar se tornar adulto quando os adultos querem ser adolescentes? E por que desejar o reconhecimento dos adultos. A adolescencia. mas sem as obriga- yoes relativas. Moral da hist6ria: 0 dever dos jovens e enve- lhecer. Nao precisa mais se preocupar. nao precisa acabar. PEQUENA BIBLIOGRAFIA Acaba assim a preocupayao fundamental do ado- lescente de ser aceito ou reconhecido pdos adultos COMENTADA como um par. se tornar adulto. Suma sabedoria. Se a adolescencia e isso. nessa altura.uma maneira de ser adulto quanto aos prazeres. Consistiria em sair do ideal de todos para se tornar um adulto que s6 sonha com a adolescencia. Crescer. A ado- lescencia e agora 0 ideal dos adultos por ser suposta- mente um tempo de fhias permanentes . ela reconheci- e da 0 suficiente. se na verdade sac estes que parecem pedir que os adolescentes os reconhe- yam como pares? Os adolescentes pedem reconhecimento e en- con tram no amago dos adultos urn espelho para se contemplar. Mas 0 que acontece quan- do a aspirayao dos adultos e manifestamente a de rejuvenescer? . Pedem uma palavra para crescer e ganham um olhar que admira justamente 0 casulo que des queriam deixar. 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