8. Manejo Do Nascimento Ao Descarte de Aves de Postura_APM

March 17, 2018 | Author: Henrique Machado | Category: Birds, Egg As Food, Poultry Farming, Proteins, Heat


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MANEJO DO NASCIMENTO AO DESCARTE DE AVES DE POSTURATópicos a serem abordados: • Panorama da avicultura de postura • Evolução da postura comercial no Brasil • Panorama do sistema de produção de ovos • Instalações • Controle de Enfermidades • Programa de Luz • Nutrição e alimentação de poedeiras • Controle zootécnico da granja • Manejo da pintainha – Cria • Manejo de frangas – Recria • Pré-Postura (17 semanas a 1º ovo) • Manejo das poedeiras – Postura • Muda forçada (Indução do 2º ciclo de postura) • Manejo dos ovos • Qualidade dos ovos • Manejo de dejetos PANORAMA DA AVICULTURA DE POSTURA A produção avícola brasileira passou por um processo de transformação nos últimos anos, se destacando com uma avicultura competitiva no mercado. A avicultura de postura é destinada a produção de ovos e oferece um produto de excelente qualidade, o qual possui nutrientes necessários para formar um animal completo e contribuir a nutrição como uma proteína de alta qualidade, 13 vitaminas e minerais, possuindo uma pequena porcentagem calórica. Além disso, por apresentar preço consideravelmente baixo é uma fonte de proteína de origem animal de fácil acesso para famílias de baixo poder aquisitivo. Na produção de ovos o Brasil se encontra entre os 10 maiores produtores mundiais. O Brasil é o 7° produtor mundial de ovos, com uma produção, em 2011, de 31,5 bilhões de unidades, 9,4% superior ao comparado com o ano anterior. Em 2011, o estado de São Paulo foi o maior produtor de ovos (35,85% da produção nacional), seguido de MG (11,45%) e Paraná (6,92%), segundo dados divulgados pela UBABEF No entanto, o RS é o maior exportador, seguido de MG e SP. Isso ocorre porque, somente 2% da produção de ovos nacional são destinadas a exportação, sendo que 98% são para consumo interno. As exportações brasileiras de ovos somaram 27.721 toneladas em 2010, o que representa uma queda de 25% em relação a 2009. Sendo que 90% dos ovos exportados são na forma in natura. O consumo de ovos no Brasil ainda é pequeno se comparado aos países desenvolvidos como Japão e EUA, que chega a um consumo per capita anual de 258 a 373 ovos. Outros países como México e China consomem "per capita" anualmente de 301 a 363 ovos. Isso ocorre devido aos mitos acerca do ovo, principalmente com relação ao colesterol. Mas, de acordo com dados fornecidos pela União Brasileira de Avicultura (Ubabef), o consumo per capita de ovo no Brasil fechou 2011 em 162,5 unidades, contra 148,8 unidades do ano anterior (aumento de 9,2%). Figura 1 – Fluxo da cadeia produtiva do ovo EVOLUÇÃO DA POSTURA COMERCIAL NO BRASIL Inicialmente, a avicultura estava sob o domínio da atividade familiar que com o decorrer dos anos, principalmente após a abertura tecnológica nas áreas de genética, ambiência, sanidade e nutrição, passou a ter uma visão empresarial para atender as exigências de mercado. Estes fatores são os principais responsáveis pelo destaque do país. No início da avicultura industrial, era comum submeter às frangas a mudanças de local de criação com muita freqüência. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, entretanto, os avicultores mudaram de procedimento chegando, mais recentemente, a realizar apenas uma troca de alojamento, com cerca de 8 semanas de idade. As vantagens de manter as aves num mesmo lugar desde o início até o momento em que passam para o aviário de postura são, principalmente, a simplificação do manejo e a redução de uma importante fonte de stress ao longo da criação. Assim, a avicultura mais moderna inclina-se para a adoção de apenas uma mesma instalação para a fase de cria-recria. Atualmente, observamos grandes empresas avícolas com instalações modernas, visando a maximização dos lucros e transformação de produtos Primários da Agricultura (milho, sorgo, soja, etc.) em produtos nobres para a alimentação humana, num curto espaço de tempo ocupando áreas reduzidas. Geneticamente as aves têm evoluído rapidamente, e hoje temos linhagens cada vez mais precoces e produtivas, se comparar com as aves de 20 anos atrás. O aumento na produção dos ovos se fez em parte antecipando o início da produção, conseqüentemente reduzindo-se o período do qual se dispõe para que as aves alcancem um bom desenvolvimento corporal e da imunidade. A produção e o tamanho dos ovos estão relacionados com o peso e a uniformidade da franga ao início de produção. O lote que não atinge o peso corporal ideal, dificilmente alcança o padrão esperado de produção e tamanho de ovos. O cruzamento das raças gera galinhas híbridas cuja produção ultrapassa 330 ovos em 80 semanas de idade. Para efeito de comparação, este número representa mais do que o dobro obtido na década de 40, quando uma ave alojada com aproximadamente 70 semanas produzia 134 ovos, ou mesmo há cerca de 20 anos, quando a produção por ave alojada estava em torno de 260 ovos (Gráfico 1). Pode-se observar que as evoluções genéticas das poedeiras produziram aves mais produtivas, com menor peso corporal e baixo consumo de ração. A ampliação da produtividade, no entanto, vem chegando ao seu limite e as pesquisas de melhoramento genético já trabalham há algum tempo com outros aspectos produtivos, como a diminuição da mortalidade, a redução da agressividade entre as aves, a padronização do ovo obtido durante o período produtivo da ave e o aperfeiçoamento dos índices de conversão alimentar. Tabela 1 – Evolução dos índices zootécnicos das poedeiras Sendo as aves bastante precoces e as criações de frangas em galpões abertos, nos quais não é possível fazer o controle de iluminação adequadamente, a precocidade tem se tornado um problema para lotes que atingem a maturidade sexual durante a primavera e o verão, pois iniciam a produção antes de atingir o peso corporal ótimo. Nossa preocupação é conseguir atingir o peso corporal ideal ao início da produção, equacionando adequadamente os muitos fatores que interferem nesse objetivo. Gráfico 1 – Produção de ovos por ave durante o ciclo de vida na postura em 2003 Características da Poedeira Moderna As linhagens diferenciam-se quanto ao temperamento, potencial produtivo, consumo de ração, ganho de peso, são índices zootécnicos geneticamente antagônicos. para ovos brancos.5 kg . Os atuais sistemas são exigentes quanto ao planejamento e técnicas de manejo. uniformidade >80%. PANORAMA DO SISTEMA DE PRODUÇÃO DE OVOS A produção pode ser de ovos brancos ou vermelhos. Hisex Brown. A criação de poedeiras é dividida em fases: • • • Cria: 0 a 6 semanas – pintainha Recria: 7 a 16 semanas – franga Pré-postura: 17 semanas ao 1º ovo – poedeira (galinha) Postura: 1º ovo até 80 semanas 2º Postura (opcional): 70 a 112 semanas • • A produção de ovos durante o ciclo (sem a 2ª postura) é de 290-350 ovos e o início da produção ocorre entre 17-21 semanas. e. observa-se um baixo consumo de ração o que ocasiona uma redução no peso corporal da ave no início da postura e ainda. Isa Brown. As granjas tendem a automatização dos serviços. as aves apresentam dificuldade no ganho de peso. Os programas nutricionais desenvolvidos para as fases de cria e recria devem ter como principal objetivo o máximo de retorno econômico. que varia conforme a linhagem utilizada.5-6. As características de ganho de peso destinadas aos frangos de corte e as características reprodutivas que foram desenvolvidas para as poedeiras comerciais. Índices Zootécnicos Gerais (varia conforme a linhagem) Viabilidade = 97-98% Ração consumida: 5. peso corporal padrão. principalmente no que se refere à coleta e classificação de ovos. programas de iluminação e programas de nutrição fásicos. principalmente em linhagens de baixo consumo de ração. Pelo fato das aves a cada ano adiantarem um dia a maturidade sexual. recria. H&N Nick Chick. para que não ocorra clássica queda de produção de ovos após o pico ou que esta ave entre em um balanço nutricional negativo. Dessa forma. A precocidade das aves resultou na necessidade de programas de alimentação específicos para cada fase de criação e principalmente que estes programas garantam a ingestão adequada de nutrientes para atender a demanda biológica de manutenção. mas independente da cor. Isa Babcock B300. A rentabilidade de um lote de poedeiras comerciais é influenciada diretamente pela qualidade atingida na criação das frangas. As linhagens mais utilizadas são: Lohmann LSL. apesar da evolução na produção de ovos. A poedeira moderna exige um consumo adequado de energia. Além disso. tipo de ovos. geralmente m gaiolas e com elevada densidade de criação. Shaver Nrown e Embrapa 031. procura-se alta viabilidade. Lohmann Brown. tem sido um desafio para os técnicos estimularem o consumo de ração e o ganho de peso das frangas em cria. Hisex White.viabilidade. aves sexualmente maduras e excelente conversão alimentar. H&N Nick Chick Brown. A criação é geralmente dividida em núcleos de idade única. ganho e produção. verificada nos últimos anos. Shaver White e Embrapa 011. Hy-Line W32. Hy-Line Brown. W36 e W98. o sistema de criação é confinado. Objetiva-se um ciclo com a máxima produção de ovos vendáveis/ave alojada. um núcleo de recria e 4 núcleos de produção.9 a 2. A diferença da gaiola de recria para a de postura é que na fase de postura a gaiola possui aparador de ovos.4 a 1. . – galpões “cama” – até 20 aves/m2 Recria: 6ª até 17ª sem. Galpões de Cria • • Instalações idênticas às usadas para frangos de corte. O dimensionamento ou determinação da largura e comprimento dos galpões é feito por meio das dimensões das gaiolas e das larguras do corredor de circulação. inclusive com aquecimento. (manual) Gaiolas ou baterias apropriadas para esta idade.74ª sem.gaiolas Normalmente a granja é planejada para possuir um núcleo de cria. Os galpões são afastados entre si de 20 a 30 metros para criações de mesma idade e 200m para criações de idades diferentes.74ª sem.74ª sem.17ª à 72ª . – gaiolas Postura: 17ª até 72ª . Crescimento inicial em galpões tipo “cama” Cria: até 6ª sem. – gaiolas Postura: 17ª até 72ª .6 CA/kg de ovos = 1. – gaiolas 3. – baterias Recria: 4ª até 17ª sem. o piso é de terra.17ª sem. Densidade de criação no pinteiro pode ser de até 22 aves/m2 e na gaiola 140 cm²/ave.1 Viabilidade na fase de postura: 91-92% INSTALAÇÕES Em relação ao nº de galpões podem ser considerados 3 sistemas de criação convencionais: 1. . mas os galpões são construídos da mesma forma.Peso corporal: 1250-1500 g Inicio da produção: 18-19ª semana Idade a 50% da produção: 20-21ª semana Pico de postura: 95-96% Idade ao pico de postura: 26-28ª semana Nº de ovos/ave alojada: 330-340 CA/dz de ovos: 1. • Galpões de Recria • Pode ser realizada em piso com cama (idênticas as usadas para frangos) ou gaiolas especiais. Sob as fileiras de gaiola. Cria e recria no galpão tipo “cama” Cria e Recria: até 15ª . – galpões “cama” Postura: 15ª . Crescimento Inicial em Baterias Cria: até 4ª sem. .gaiolas 2. portanto. Na fase de postura: facilita o acompanhamento da postura e o descarte de galinhas improdutivas. Várias doenças podem se manifestar tanto na forma clínica quanto subclínica. e eles ficam mais limpos. facilita as práticas de manejo (debicagem. maior controle de ração e do peso corporal. maior viabilidade e uniformidade do plantel e facilita o manejo. . diminuindo a concorrência entra as galinhas na alimentação. maior com consequente maior viabilidade. melhorando a uniformidade do lote. mas em todos os casos o maior desafio é a sua identificação e controle.). ovos mais sujos e necessidade de ninhos. vacinações e etc. permite maior área. As doenças de importância econômica variam de região para região. CONTROLE DE ENFERMIDADES Um lote de aves pode manifestar todo seu potencial genético. controle de doenças. Implicações da produção em piso Considerando um único galpão. maior produção. maior uso da mão de obra. dificuldade de manejo. quando a influência das doenças estiver minimizada. evita a ovofagia. agindo com severa mortalidade.dispostas em paralelo ou no sistema de escada • Densidade de criação no piso pode ser de 8-10 aves/m2 e na gaiola 375cm²/ave. facilita a coleta de ovos. pior controle sanitário. uso racional das instalações. Implicações da produção em gaiola Na fase de cria e recria: maior densidade de aves /m² e. (manual da linhagem) 4 fileiras de gaiolas Galpão com 8 fileiras de gaiolas (2 corredores) Galpão com 12 fileiras de gaiolas (3 corredores) Figura 2 – Modelo de distribuição de gaiolas em galpões de recria e postura. e dos lotes sadios para os enfermos. os programas de vacinação utilizados na criação de poedeiras comerciais variam sistematicamente em função do risco sanitário de cada região. Pintos de um dia devem ser livres de Mycoplasma gallisepticum (MG) e Mycoplasma synoviae (MS). os caminhões e o pessoal utilizados para transportar aves velhas estiveram em outras granjas. Um bom programa de biosseguridade identifica e controla as maneiras mais prováveis de entrada de uma enfermidade na granja. Assim. portanto. Não se deve permitir a entrada de pessoas que tenham estado em outra instalação avícola dentro de um prazo de 48 horas. aquelas que não estão produzindo e as que estão debilitadas. até que todo o lote receba a medicação. traçar um plano para minimizar s riscos da biosseguridade durante o tempo em que se necessita utilizar pessoal ou equipamento que venha de fora para vacinar. Faça. A granja deve estar livre de escombros e de grama alta. A entrada de pessoas e de equipamentos dentro da granja deve ser controlada. Bronquite Infecciosa (BI). à virulência das cepas patogênicas locais e aos níveis de imunidade parental. Os desafios contra doenças variam em todo o mundo e. Programa de vacinação Os programas de vacinação têm como objetivo proteger o lote contra doenças ao longo da vida. os programas de vacinação devem incluir proteção contra Doença de Newcastle (DN). particularmente Salmonella enteritidis. tristes. ou seja. Devem-se colocar lavadores de botas que contenham desinfetante na entrada de todos os galpões de aves. Para otimizar o controle durante a vacinação. Isto pode ser feito através de provas rotineiras do meio ambiente utilizando swabs de arrasto. Não vacine as aves em períodos de estresse intenso ou quando o lote estiver enfrentando problemas sanitários. evite o uso de equipamentos que venham de fora da granja para a vacinação. Geralmente. periodicamente. . O número de lotes visitados num dia deve ser limitado. O momento do descarte de aves velhas é propício para a introdução de enfermidades. transferências e debicagem das aves. não se devem visitar outros lotes. Bouba Aviária (BA). então. Devem-se fornecer botas limpas. As visitas nas granjas devem se limitar àquelas que sejam essenciais para sua operação. Encefalomielite Aviária (EA). Aves que apresentam feridas graves causadas pelas gaiolas ou por bicadas. Recomenda-se monitorar os galpões de aves contra a presença de espécies patogênicas de Salmonella. por razões econômicas. O alimento e os ovos devem ser armazenados em áreas a prova de roedores. vacine as aves e passe-as para a gaiola seguinte. O ideal é ter um galpão de crescimento de uma só idade. transferir ou debicar as aves. uma triagem e seleção das poedeiras para eliminar.Biossegurança A biosseguridade é o melhor método para se evitar enfermidades. Doença de Gumboro (DG). Se for possível. esvazie uma gaiola. que utilize os princípios de tudo dentro/tudo fora. Depois de visitar um lote enfermo. o planejamento dos programas de vacinação deve levar em conta a exposição a doenças. O funcionário deve ter acesso apenas ao galpão que trabalha. roupas e toucas a todos que trabalham ou visitam a granja. dos lotes mais jovens para os lotes mais velhos. Em geral. A vacina obrigatória contra Marek é aplicada no período incubatório no primeiro dia de vida das aves. que pode servir de proteção aos roedores. galinhas doentes ou com aspecto doentio. Isto prevenirá a transmissão de enfermidades dos lotes velhos para lotes de aves jovens susceptíveis. com empenamento sem brilho ou com manifestações de diarréia são sérias candidatas a uma possível eliminação. e sempre fazer as conferências de forma progressiva. deve-se. Todos os galpões devem estar desenhados para prevenir a exposição do lote às aves silvestres. A iluminação deve ser uniforme em todo aviário.Aves sadias. Os estímulos luminosos atuam ao nível de hipófise promovendo a liberação de gonadotrofinas. Figura 3 – Sugestão de programa de vacinação para poedeiras comerciais PROGRAMA DE LUZ A produção de ovos está estreitamente relacionada às mudanças no número de horas às quais as poedeiras são expostas. a limpeza e desinfecção rigorosa do aviário. para que não seja necessário deslocar funcionários de funções primordiais e também não incomodar as aves várias vezes. até a chegada de novas aves. efetuando. Vantagens do programa de luz • • Retira o efeito do fotoperíodo natural sobre as aves. o tamanho do ovo. A melhor opção para um controle de doenças é o sistema que descarta todas as aves ao mesmo tempo. a viabilidade e a rentabilidade total podem ser influenciados favoravelmente por um programa de luz adequado. época do ano em que as aves são alojadas (fotoperíodo natural crescente e decrescente). Normalmente. estressá-las. de hormônio luteinizante (LH). que é representado por um intervalo de 15 dias em que o galpão fica vazio. que pode ser de acordo com a indicação do manual da linhagem e é baseado na idade das aves. algumas regras básicas ainda perduram: Aves em crescimento devem ser submetidas à fotoperíodos constante e decrescente. localização geográfica da granja (latitude). interferem decisivamente no estabelecimento do programa de iluminação. raramente apresentam problemas sanitários. oviduto) com liberação. Aves em produção devem ser submetidas à fotoperíodos crescente e constante. Antecipa ou retarda o inicio da produção de ovos. instaladas em um local recém-construído. verificam-se algumas diretrizes específicas quanto ao programa de iluminação para as diferentes linhagens comerciais disponíveis no mercado. A repovoação só deve ser feita depois do vazio sanitário. Realize a vacinação em dias que se encaixem no manejo. o grau de sensibilidade aos estímulos luminosos (idade/fase produtiva). No entanto. em seguida. e com isso. O tipo de aviário (ambiente controlado ou aberto). . O número de ovos. responsável pela ovulação. por exemplo. as quais exercerão influência no aparelho reprodutor (ovário. Não proporcionar estímulos luminosos para aves que não estejam com o peso corporal adequado. Reduzir para 20 horas na 2ª semana. posteriormente. até que se atinja 16 horas de luz diária. é a chamada alimentação à MeiaNoite.5 horas de escuro. Para uma poedeira típica.Noite" Uma técnica opcional de iluminação. A intensidade de luz também deve ser aumentada até 10-30 lux no momento do alojamento. reduzir o período luminoso conforme o dia mais longo (entre 06 e 17 semanas). que incrementa o consumo de ração. . aumenta e sincroniza a produção de ovos. ou a cada duas semanas. Deve-se oferecer luz por uma hora. são necessários: • • • • Idade cronológica mínima. haverá uma redução no tamanho do ovo. Aumente o período de luz em 15-30 minutos por semana. uma queda na produção. Nas semanas seguintes (7.9 semanas) reduzir o período de luz até que se atinja 10-12 horas. o período de estímulo luminoso deve ser até as 28-32 semanas. e 3. Luz do dia constante (ou em crescimento) de pelo menos 12 horas. Favorece o escalonamento da produção de ovos durante todo o ano . Não permita que a duração de luz diária. O período de estímulo luminoso pode ser usado como uma ferramenta para ajudar a obter o tamanho do ovo desejado. Geralmente. Peso corporal mínimo (1.5 horas de escuro.27 kg). Melhora a qualidade da casca. quando em galpões abertos. Preferencialmente. produzirão ovos de tamanho menor do que o normal e apresentarão picos de produção mais baixos e. Maximiza o pico e a persistência da produção de ovos.27 kg. a noite. Alimentação à "Meia . porém. O atraso no estímulo de luz resultará em uns poucos ovos a menos por ave alojada. Consumo de nutrientes suficientes para manter a produção. diminuam para as aves adultas. O aumento inicial deverá ser de uma hora ou menos. Favorece o consumo compensatório à noite. geneticamente determinada (17 semanas).• • • • • • Cria e Recria Estimula. os programas de iluminação podem ser feitos de acordo com as necessidades de mercado. no entanto. com 5 lux. e que tenham pesos corporais abaixo do padrão. um aumento precoce no tamanho dos ovos. 1 hora de luz. O estímulo luminoso não deve ser iniciado até que os lotes alcancem seu peso ótimo de 1. nem a intensidade luminosa. e rodar os comedouros durante esse período. Período de Estímulo Luminoso Para chegar à maturidade sexual ou à produção de ovos. • • Na primeira semana as pintainhas devem receber 20-22 horas de luz diária a uma intensidade de 30 lux. Melhora a conversão alimentar do lote. consiste de 3. o programa diário com 16 horas de luz e 8 de escuro. no meio do período de escuro. Desta maneira. Os lotes que receberam estímulo luminoso para produzir. o estímulo precoce resultará em poucos ovos a mais por ave alojada. Formulação de ração adequada para a linhagem. quanto para lotes em produção. a cada 15 minutos por semana. Vários são os fatores ligados à nutrição que influem no bom desenvolvimento da poedeira: • • • • • • Genética das aves que estão sendo criadas. ou a qualquer momento para aumentar o consumo de ração. Qualidade e quantidade da água fornecida. são necessárias novas práticas de manejo e adequação destas aves as novas instalações cada vez mais automatizadas. deverá ser determinado um programa nutricional específico. Ração crescimento: 7 a 12 semanas 3. Assim como. O avicultor compra os ingredientes. O tempo de luz (1 hora) deve ser oferecido de uma única vez e deve ser retirado de forma gradativa. Suplementação vitamínico-mineral adequada. E eles devem seguir sempre os programas de alimentação específicos para cada fase de criação. principalmente sob o aspecto nutricional. Ração pré-postura: 13 a 18 semanas 4. são poucos os criadores que adotam programas nutricionais e fórmulas de rações específicas para cada linhagem determinada. Por razões de praticidade de trabalho dentro da granja. Um exemplo de um programa nutricional 1.O período de 16 horas de luz não deve ser mudado. Qualidade da ração fornecida às aves. sendo aplicável em condições de stress calórico. que pode ser visualizado no manual da linhagem. ou ser fabricada na própria propriedade. e com ambientes controlados que permite alojar com maior coletividade e densidade. NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE POEDEIRAS A evolução genética das poedeiras produziu aves mais produtivas. de alguma indústria que forneça ração animal. Programas Nutricionais As linhagens são diferentes geneticamente. De acordo com o sistema de trabalho da granja. com menor peso corporal e baixo consumo de ração. muitas vezes prejudicando uma ou outra. o potencial de GP das aves é diferente. Ração inicial: 0 a 6 semanas. tanto para lotes em crescimento. 2. a formulação e fabrica. Qualidade das matérias-primas. ou seja. A ração na granja de poedeira pode ser adqui rida pronta. Ração postura: 19 até o fim da postura Pontos importantes no manejo nutricional são sempre substituir o tipo de ração (alterar as fases) de acordo com o peso e desenvolvimento corporal das aves (o manual da linhagem sempre traz uma tabela padrão). as recomendações nutricionais para cada linhagem são específicas e os programas nutricionais também diferem. O grande desafio é dominar o dinamismo da genética que tornaram as aves muito mais exigentes. clima e instalações. Caso as aves . Esta técnica permite que o consumo de ração aumente cerca de 2-5 g/ave/dia. e consequentemente. utilizar ventilação adequada. a energia disponível para a produção é também reduzida drasticamente e na temperatura de 33°C esta torna-se negativa. Nutrientes essenciais Energia O fornecimento adequado de energia garantirá os melhores resultados zootécnicos. a variação de consumo é menor para cada grau de variação de temperatura em relação ao clima quente assim como. O requerimento de energia é variável de acordo com o peso corporal. No clima frio. linhagem e temperatura ambiente. O ponto de cruzamento das linhas representa a energia disponível para a produção e como a temperatura está crítica (acima de 28°C). Energia metabolizável x produção e peso de ovos A habilidade das aves em direcionar a energia consumida para manutenção.5 kg de peso vivo. Práticas de manejo que incentivem o consumo de ração incluem: aumentar o número de refeições e misturar a ração com mais freqüência. umidificar os galpão. peso e número de ovos está diretamente relacionada com as condições ambientais na qual estão alojadas. entre outras. fornecer uma ração mais densa e energética para o lote até que este recupere o desenvolvimento normal. ou caso necessário. Entretanto. usar ingredientes de ração altamente palatáveis. A temperatura ambiente é um fator determinante no desempenho das aves. porém sendo a energia o nutriente mais oneroso da ração. . E em períodos de stress é necessário estimular o aumento do consumo de ração. As poedeiras modernas são muito mais exigentes em energia metabolizável do que era a poedeira antiga na mesma condição ambiental (temperatura de 25°C) e a necessidade energética é maior no frio. Pesquisas com poedeiras alojadas em temperatura termoneutra (21. acima de 27-28°C o declínio começa a ser drástico desde que a ave esteja sob stress calórico.não estejam com peso dentro dos valores padrão deve ser mantida a ração. o retorno econômico será o principal determinante do nível ótimo de energia para poedeira. tamanho de ovo. Gráfico 2 – Temperatura ambiental e balanço energético de poedeiras de 1. em temperaturas elevadas ocorre uma menor ingestão de EM.1°C) indicam que primeiramente as aves utilizam a energia metabolizável para produção de ovos e não para aumentar o peso dos ovos. Com o aumento de temperatura ocorre um declínio no consumo de energia (Gráfico 2 ). fase de produção. A produção de ovos sobe rapidamente quando se eleva o consumo de EM da dieta. .7 a 35. Assim. pois o requerimento de energia para mantença destas últimas foi significativamente reduzido. o cálcio tem sido um dos nutrientes mais pesquisado nos últimos anos. Proteína e Tamanho de ovo Embora o tamanho da gema tenha uma grande influência no tamanho do ovo. Aminoácidos Metionina e lisina são os aminoácidos limitantes das dietas formuladas à base de milho e soja. É importante ressaltar que as aves somente são eficientes em temperaturas elevadas quando estão consumindo adequadamente. a demanda de proteína e aminoácidos é grande. Em temperaturas elevadas pode-se adicionar gordura na dieta que além de melhorar a palatabilidade e diminuir o pó da ração. quanto para o peso dos ovos. não podemos menosprezar a quantidade de albúmen. se já estavam trincados ou existe um impacto causando a quebra. também reduz o incremento calórico do animal. lisina e treonina) com o mínimo incremento da proteína para não ocorrer um aumento na produção de calor endógeno gerado pela digestão protéica. se ovos são quebrados antes da coleta. O requerimento de proteína está associado com a taxa de produção e tamanho dos ovos. ou seja. verificou-se que as aves na temperatura de 21°C somente aumentaram o número de ovos com o incremento de EM. O consumo inadequado de cálcio prejudica a qualidade da casca. A metionina é um importante fator no controle do conteúdo de ovo (peso do ovo – peso da casca x % da produção de ovos). o importante é verificar a origem do problema. Por exemplo. no transporte. quando o consumo de energia é baixo. pois a poedeira consome energia para sustentar o número de ovos. Quando ocorre quebra de casca dos ovos na granja.6°C). Cálcio Em razão de sua importância para a formação da casca do ovo. observamos que o conforto térmico fornece melhores condições para que o animal expresse seu potencial produtivo. uma carência de proteína resultaria num decréscimo da quantidade de albúmen e conseqüentemente do tamanho do ovo. o aumento da idade. assim como. Sendo os sólidos do albúmen do ovo quase inteiramente protéicos. Não podemos esquecer que o peso do ovo e a porcentagem de gema aumentam com a idade das aves. de forma similar afetaria a quantidade de gema. Em condições ambientais brasileiras de temperaturas elevadas. Na avicultura de postura perdas de enorme importância econômica para o avicultor estão relacionadas com a qualidade de casca dos ovos e aos índices de quebras que se traduzem em prejuízos diretos. enquanto que as aves alojadas em ambiente quente direcionaram a energia tanto para o número.Em um estudo com aves em ambiente termoneutro (21°C) e em temperatura quente cíclica (26. ao passo que níveis crescentes de proteína somente influenciam a produção de ovos. mas o peso dos ovos depende dos níveis de aminoácidos da dieta. Os níveis de Ca são variáveis de acordo com a fase de produção. etc. na área de processamento. Porém. devemos sempre elevar a quantidade de aminoácidos sintéticos (metionina. as rações devem ser formuladas com base nos aminoácidos e não no mínimo de proteína bruta. tamanho e idade das aves. EM da ração e temperatura. enquanto que a casca e a clara diminuem. Proteína A dieta deve garantir os aminoácidos essenciais e um nível adequado de proteína bruta para assegurar um satisfatório “pool” de nitrogênio para a síntese de aminoácidos. Calcário e tamanho da partícula O tamanho da partícula é muito importante. temperaturas elevadas influenciam os parâmetros da casca. não na idade das aves. O estresse por calor reduz o consumo de cálcio e a conversão da vitamina D3 em sua forma metabolicamente ativa. Provavelmente. deixando assim. Para aves mais velhas e com problemas de cascas anormalmente finas podemos elevar o nível de consumo de cálcio até um máximo de 4. Além da idade da ave. quando as aves não estão comendo. refaça as fórmulas com altas concentrações de energia. As mudanças da formula são baseadas nas mudanças corporais. pois a falta ou excesso deste mineral ocasiona a má formação da casca e o aumento da mortalidade do lote. Erros cometidos durante a fase de crescimento podem levar à baixa produção na postura e não são corrigidos facilmente neste período. A piora da qualidade da casca nos meses quentes do ano também ocorre devido a um desbalanço ácido/base quando as aves começam a ofegar para dissipar o incremento de calor. isto ocorra por não levarem em consideração a idade da ave. Por esta razão. a fórmula inicial deve ser mantida por mais tempo até que o peso padrão para a idade seja atingido. Se houver discrepância entre o peso corporal das frangas em relação ao padrão. é necessário o ajuste da formulação das frangas no momento da mudança das fórmulas a fim de assegurar que o peso corporal e a uniformidade padrão sejam atingidos. a vantagem do uso de partículas maiores é sua passagem mais lenta no trato gastrointestinal. respondendo a fórmulas de alta densidade de energia com um aumento do peso corporal. De fato. já que estas respondem melhor com níveis mais altos no início do ciclo de produção e níveis menores no final. Se as aves estão abaixo do peso padrão recomendado às 3 semanas de idade (quando se recomenda normalmente alterar a fórmula inicial para a de crescimento). a exigência de cálcio para poedeiras aumenta com altas temperaturas ambientais. As frangas não ajustam o consumo de ração com base na ingestão de energia como as aves adultas. O uso de bicarbonato de sódio repõe parte dos eletrólitos na ração e ajuda reduzir este problema. Fórmula inicial farelada pode aumentar o ganho de peso corporal e a uniformidade através do aumento do consumo de ração evitando a seleção dos ingredientes. não ficando disponível no momento em que a ave está formando a casca do ovo.É fato conhecido que com o aumento da idade da poedeira em produção e um correspondente aumento no tamanho do ovo há uma redução na espessura e resistência da casca e conseqüente aumento no índice de quebra dos ovos. que é essencial para a absorção e a utilização de cálcio.25 (OH)2D3. Na literatura existem controvérsias à respeito dos níveis ideais de fósforo. Alimentação das Frangas A nutrição e o manejo das frangas durante o período de crescimento têm importantes efeitos na produção e no peso do ovo durante o período de postura. Fósforo As aves necessitam de um nível adequado de fósforo. o cálcio disponível para formação da casca e consequentemente ocorre menor mobilização do cálcio ósseo pela ave. Monitorar de perto o peso corporal das frangas é um pré-requisito para a mudança das fórmulas. . a 1. o cálcio passa na moela rapidamente. Como a formação da casca usualmente ocorre durante à noite.75 g/ave/dia. pois se o calcário for muito fino. deve ter níveis de cálcio (2. do que uma ração de alta energia.13-1. A ração pré-postura. fornecida por um curto período. desbalanceamento nutricional e nível de energia da ração. numa tentativa de auxiliar na formação do osso medular. proporcionalmente. não é tão eficiente quanto em clima frio. minerais e vitaminas. as rações de crescimento e pré-postura não devem ser fornecidas após o primeiro ovo. incluindo peso corporal (ou idade). podem resultar em baixo consumo de ração e produção. Embora fórmulas de alta densidade possam ser usadas para aumentar o ganho de peso. nestas situações. especialmente quando o consumo de energia se torna um fator limitante. O desenvolvimento correto do osso medular tem implicações como osteoporose e qualidade de casca no final da postura. em outras palavras. tendem a apresentar picos de queda de produção e redução no peso do ovo. Este tipo de osso age como um reservatório de cálcio. O aumento da densidade energética e de nutrientes da ração é favorável algumas vezes. as poedeiras consumirão mais de uma ração de baixa energia. o manejo extra da ração pré-postura. o qual é aproveitado . uma vez que possuem quantidades de cálcio inadequadas para sustentar a produção.17 MJ/dia) por ave no pico de produção. pode excluir este uso. a gordura tem um incremento calórico relativamente baixo). Stress calórico também pode resultar em baixo consumo de ração e de energia. a fim de se evitar perdas. Por outro lado. que pode persistir por todo o período de postura. O número de arraçoamento diário é uma importante ferramenta. O último é extremamente importante porque as poedeiras tendem a aumentar ou diminuir o consumo de ração para manter o consumo de energia. peso do ovo. Lotes que consomem menos do que 270-280 kcal/dia (1. especialmente antes do período de escuro. Aumentando o nível de energia da ração. pode-se ter um aumento no ganho de peso. % de produção. As aves devem ter acesso à alimentação várias vezes. não é recomendável fornecer à poedeira uma ração com altos níveis de cálcio (4-5%) antes da maturidade sexual (ao invés da ração pré-postura). Gorduras ou óleos são fontes de energia e podem ser sadas para aumentar os níveis de energia da ração. portanto. temperatura ambiente. aumente também as concentrações de aminoácidos. com baixo conteúdo de fibra.50% cálcio) e fósforo mais altos que a fórmula de crescimento. como no período crítico entre alojamentos e pico de produção. o uso de rações com nível energético maior que o recomendável ou. Nestes casos. porque isso leva a produção de esterco úmido. A digestão de produtos à base de gordura diminui o calor corporal (ou seja. fornecida à 2 semanas antes do primeiro ovo.O aumento de níveis energéticos na ração com o objetivo de aumentar o peso corporal em clima quente. mas nunca antes de 15 semanas de idade. A formulação deve ser feita de acordo com o consumo real de ração e os níveis de produção desejados. O consumo de ração das poedeiras é controlado por vários fatores. Todavia. Ração Pré-Postura O nível de cálcio para a ração de frangas é de cerca de 1%. o que assegura o consumo de cálcio suficiente ao desenvolvimento e boa estrutura óssea. na produção e no peso do ovo. Alimentação das aves em postura Pode ser feito um programa de arraçoamento por fases para assegurar um consumo nutricional correto por todo período de postura para atender a demanda de produtividade e controle do tamanho do ovo. do qual a ave pode mobilizar rapidamente o cálcio para a formação da casca do ovo. textura da ração. mas deve ser feito de forma cuidadosa e controlada. do sistema de criação e do nível energético da ração. a favor da restrição se tem a economia de ração. da época do ano. prolongando-se até 15 a 16 semanas. Manejo da ração Normalmente esvazie. coloração e cheiro comparando com as amostras anteriores. além de uma melhora do desempenho na fase de postura. não se deve fazer restrição alimentar em frangas do tipo leve. ou controlada. um terceiro sistema é o de congelar a quantidade administrada a partir de 6 semanas de vida até 15 ou 16 semanas. segundo o padrão da linhagem. retomando a ela tão logo o problema seja resolvido. De qualquer forma. Entretanto. evitando que estejam com ração velha. um crescimento “compensatório” até chegar ao início da postura. com conseqüências ruins para a qualidade do esterco. Em princípio se admite que a ave em restrição alimentar. benéfico ao peso do ovo. a restrição deve ser eliminada tão logo se observe a presença de alguma enfermidade. Além disso. A restrição deve começar na idade de 6 a 8 semanas. mofada e não palatável. Este é o sistema mais simples de todos.durante os períodos de stress calórico. mas com ração de boa qualidade. deve consumir 70 a 80 % daquilo que consumia. assegure-se de que o produto e as quantidades corretas estejam sendo entregues e que sejam colocadas nos silos corretos. óleos vegetais são ricos em ácido linoleíco. No momento da entrega da ração. convém restringir também a água. evitando que as dejeções se tornem muito úmidas. Porém. sendo fácil ajustar sua curva de peso àquela preconizada para a linhagem. Deve-se oferecer às aves comedouro cheio. por pelo menos 4 semanas. O acompanhamento do peso corporal das aves. dobrando-se a quantidade no dia-sim em relação àquela que seria dada se a restrição fosse diária. ou o de dar a ração semanal em apenas três dias. se deve considerar os seguintes fatos: a quantidade do ração restringida a ser administrada depende do tipo genético da ave. limpe e desinfete os silos. colete amostras representativas e coloque etiquetas apropriadamente. Inspecione a ração visualmente em relação ao tamanho de partícula. se for o caso. deixando que elas ingiram a mesma quantidade que ingeriam em regime “ad libitum” na sexta semana de vida. já que elas não têm tendência a consumo elevado. Durante o descarregamento. todas as aves devem ter acesso simultâneo aos comedouros. . originadas da White Leghorn. A favor de ração à vontade se tem a simplificação do trabalho. A partir daqui se pode permitir à ave. permite fazer correções nas quantidades administradas. as aves de cor precisam de uma restrição bem aplicada. deixando-as em jejum nos outros 4 dias da semana. embora também seja aceitável uma mistura de óleos vegetal e animal. nos dias de jejum. pode-se aplicar o sistema dia-sim-dia-não. antes do descarregamento. favorecendo a uniformidade. às frangas em crescimento. antes da estocagem (de preferência em freezer a -20oC). Há muito se discute se se deve ou não administrar ração à vontade. se o regime fosse “ad libitum”. já que evita novos cálculos a cada semana. cerca de 2 semanas. E a quarta proposta seria a antecipação da ração de postura por duas semanas.5 dias. mas tem gerado controvérsias ao longo dos anos sobre os níveis de cálcio principalmente. MILES (1997) salientou que para cada 45 gramas de peso abaixo do esperado. Tal ocorrência explica o comprometimento do crescimento inicial. as dietas com PB baixa têm um efeito transitório sobre o tamanho da fibra muscular. De maneira geral. para sustentar o expressivo ganho de peso (400 a 500 g) em função do aumento do fígado e do aparelho reprodutor. Segundo PENZ JÚNIOR (1991). o nível de proteína bruta (PB) decresce da fase de cria para a recria. ao final do período de recria. A primeira delas seria a utilização da ração de crescimento até a produção do 10 ovo. mas quando administradas por longos períodos o efeito será sobre o número de fibras musculares. A fase de pré-postura é relativamente curta. CONTROLE ZOOTÉCNICO DA GRANJA • • • • • • • • • • • • • • Número de aves alojadas Data do alojamento Data de nascimento Origem das aves Linhagem Vacinas administradas Programa de alimentação empregado Peso corporal e uniformidade das aves Mortalidade e viabilidades Programa de iluminação utilizado Idade da debicagem Ovos produzidos Peso médio dos ovos C Consumo de ração Outras observações relevantes • . LEESON (1986) citado por PENZ JÚNIOR (1991). um peso corporal adequado e maturidade sexual numa idade esperada proporcionando condições para a plena expressão do seu potencial produtivo. A terceira proposta está vinculada ao aumento do nível de proteína da dieta. na fase de pré-postura. afetando negativamente as etapas posteriores da franga. A segunda relaciona-se com o aumento do nível de cálcio na ração de recria. quando as aves se desenvolvem de acordo com a curva de crescimento esperada. pelo menos 4 propostas de alimentação são realizadas normalmente. sugere que não há motivos para utilização de qualquer programa nutricional.As frangas de reposição são aves que deverão apresentar. a maturidade sexual pode atrasar em 3 a 3. Segundo a citação do NRC (1994). As pintainhas se sentem melhor quando a umidade relativa está entre 40 e 60%. que dará suporte para produção de ovos e de bom tamanho. Ligue o sistema de aquecimento 24 horas antes da chegada das pintainhas. Piso: Forme os círculos 24 horas antes. Controle de roedores. ou seja a definição do tamanho interno dos órgãos. quando se efetuar a debicagem (10 dias). Elimine toda a corrente de ar do galpão. Checar o funcionamento dos equipamentos: sistemas de aquecimento. A qualidade da pintainha de 1 dia se inicia na fase anterior. Desinfetar os sistemas de água (tubulações). Ajuste a temperatura a 32-33ºC e umidade relativa de 40-60%. onde a nutrição. Qualidade das Pintainhas O avicultor ao receber as pintainhas deve observar algumas características que determinam qualidade das mesmas: • • • • • • Pintainhas ativas e olhos brilhantes. já que as pintainhas não podem se mover para encontrar uma zona de temperatura adequada. e tome as medidas apropriadas. Antes de receber as pintainhas: • • • • Limpar e desinfetar as instalações. no seus aspecto . ou frio (amontoamento). O controle do aquecimento é crítico na criação em gaiola durante o crescimento. determinando a estrutura corporal das aves. Tamanho e cor uniformes. Canelas brilhantes e lustrosas. equipamentos e áreas anexas. Portanto atenção especial deve ser dada visando a boa produtividade das aves. Este papel deve desintegrar-se e cair do piso da gaiola ou deve ser removido. Preparar o galpão • • Gaiola: Coloque papel para que não se deslize no piso da gaiola. Na fase de cria. Umbigo bem cicatrizado. Plumagem seca e macia. Sem emplastamento na cloaca. sobretudo. 1 até 6 semanas ocorre o crescimento visceral.MANEJO DA PINTAINHA – Fase de cria (1 dia a 6ª semana) O desenvolvimento da ave é multifásico. Observe os sinais de super aquecimento (respiração ofegante. o manejo e as boas práticas para as matrizes são essências para se obter aves com características fenotípicas adequadas e. Ligue o sistema de aquecimento 24 horas antes da chegada das aves. comedouros e bebedouros. Mantenha a umidade relativa adequada às aves alojadas no chão. Ajuste a temperatura das campânulas para 33-35ºC. sonolência). Cheque a temperatura dos sistemas de aquecimento: comece com uma temperatura de 32-33 ºC para gaiolas ou 33-35 ºC ao nível das pintainhas para crescimento no piso. Mn e AA mostraram maior viabilidade. albúmen e na proporção gema: albúmen. • • Encher os comedouros no nível mais alto. resultando em pintainhas de baixo peso corporal e com reservas insuficientes para o inicio de seu desenvolvimento. com dietas com maior densidade nutricional e na forma minipeletizada. as pintainhas ficam expostas a problemas imunológicos na fase inicial de crescimento. evitar o canibalismo e reduzir a ocorrência de um “sistema hierárquico” entre as aves. assim. observa-se alta mortalidade durante o alojamento. alta concentração de cinzas ósseas e Ca plasmático e reduzida incidência de discondroplasial tibial. Manejo na recepção das pintainhas: • • • Encher os bebedouros ou colocar o sistema hidráulico em funcionamento. Este problema pode ser contornado com manejo nutricional adequado na 1ª semana de vida. embora a principal fonte de minerais para o embrião durante a incubação é a gema. diminuir o desperdício de ração. garantindo saúde imunológica necessária para o inicio adequado da fase de crescimento das aves. o manejo alimentar deve ser duas vezes ao dia ou com maior frequência. quando o bebedouro for nipple.interior quanto as reservas nutricionais iniciais. uma vez que evita que as aves selecionem as partículas maiores de ração (melhor CA). Além disso. evitar que as galinhas quebrem os ovos durante a postura e permitir o confinamento das aves. Debicagem È uma prática de manejo comum na avicultura de postura. aves oriundas de matrizes que receberam altos níveis de Vitamina D3 e Ca mostraram maior GP. que tem por objetivo melhorar o desempenho produtivo. Dieta da matriz Estudos mostram que progênie oriunda de matrizes que receberam suplementação de Zn. sendo que matrizes mais velhas apresentam maior conteúdo de gema em relação ao albúmen. Além disso. que pode ser reflexo a melhoria no sistema imune. Durante as primeiras seis semanas. Fatores que afetam a qualidade da pintainha: Idade da matriz: Aves na fase inicial de postura produzem ovos menores. Assim. Manter as luzes acesas a uma intensidade alta por 20-22horas por dia na 1ª semana. Para matrizes no final do ciclo. Assim que colocadas nas instalações encher bebedouros de pressão para estimular bebida. melhorando a uniformidade do lote. reduzir a pressão da água para que as aves possam ver a gota de água suspensa no bebedouro. o grande problema é a transferência de imunidade passiva para as principais enfermidades. a idade da matriz influencia o peso da gema. com maiores perdas de peso durante a incubação. indicando que este pode ser um dos fatores limitantes ao desenvolvimento embrionário. bem como anticorpos maternos. . que contém lâmina aquecida (595 ± 38 ºC) que realiza o corte e a cauterização do bico. é essencial conhecer as diversas correlações entre características de comportamento em relação às variáveis de produção. Em programas de seleção genética. A prática da debicagem possui vantagens e desvantagens sob a ótica do bem-estar animal. estudos de QTL (Quantitative Trait Loci) em comportamento animal.O canibalismo é um problema comportamental de animais confinados. È um fator estressante para as aves. um segundo corte do bico não se faz necessário. a agressividade em determinadas linhagens. Ainda que. De acordo com a União Brasileira de Avicultura o processo de debicagem pode comprometer por algum tempo o comportamento alimentar da ave. além disso. a debicagem cause estresse. pois a ave machucada torna-se alvo de suas companheiras que buscam pelo sangue de seu ferimento. portanto deve ser realizada por pessoal capacitado. Recomenda-se utilizar eletrólitos e vitaminas (K e C) durante o período de debicagem (± 2 a 3 dias) e aumentar os níveis de ração no comedouro. que possuí herdabilidade de 0. resultados em termos de desempenho e bem-estar indicam que a primeira debicagem deve ser efetuada até os 10 dias de idade e por mão-de-obra treinada. Não se deve debicar aves doentes. . em tempo adequado e com equipamento em bom estado. Tem início com o ato de as aves bicarem suas companheiras. o que geralmente é feito entre 5 a 8 semanas de idade das aves. um comportamento de extrema gravidade sob o ponto de vista de bem-estar.50. melhor condição do empenamento e menor estresse geral. desde que realizada com cuidado. indicaram um total de 30 QTL envolvidas em características de canibalismo em poedeiras. mas podem se estender a outras partes do corpo. uma vez que deve haver uma re-adaptação à nova forma do bico.05 a 0. como as pontas das asas ou o dorso. quando a primeira debicagem é adequadamente efetuada. é uma prática recomendada e desejada. Com o rápido desenvolvimento da genética molecular. por exemplo. O tamanho apropriado deve ser selecionado a fim de garantir 2 mm entre a narina e o anel de cauterização. a habilidade da ave em alimentar-se fica prejudicada temporariamente. Embora maior número de pesquisas seja necessário para se determinar a melhor idade para efetuar a primeira debicagem em aves comerciais. Algumas desvantagens da debicagem incluem a percepção de dor de curta a longa duração próxima à área debicada. a bicagem e o canibalismo geralmente afetam a região da cloaca. porém. Deve ser feita uma vez (início da manhã ou entardecer) entre os 7-10 dias de idade com o auxílio de uma maquina debicadora automática ou manual. o qual pode causar imperfeições no bico. por exemplo. A seleção genética para produção de ovos indiretamente veio associada às características negativas de comportamento como. eliminando todo erro possível. ocorrendo com maior frequência em aves de postura comercial criadas em sistema de gaiolas. A influência do background genético no comportamento das aves é exemplificada na manifestação do canibalismo. o que frequentemente pode levar ao óbito da ave agredida. Uma segunda debicagem às vezes é necessária. Os animais têm adaptado seu comportamento durante o período de domesticação a que foram submetidos. Nas galinhas. afetando o desenvolvimento da ave e consequentemente sua produtividade e contribuindo para desuniformidade do lote. Debicagem x bem estar Poedeiras comerciais são debicadas para reduzir as injúrias e mortalidade causadas devido ao canibalismo. havendo a necessidade de um período para a reabilitação da mesma. As vantagens em se adotar a debicagem no bem-estar do lote incluem a redução no canibalismo e mortalidade. haverá grande comprometimento do bem-estar das aves. Podem ser consideradas qualidades essenciais para uma boa franga. Assim. e de 13 a 18 semanas. Gráfico 3 – Estágios de crescimento e desenvolvimento de órgãos e tecidos de frangas de reposição (Adaptado de Bertechini. tendo como alvo o adequado crescimento e formação dos ossos. MANEJO DE FRANGAS – Recria (6ª a 17ª semana) O sucesso na produção de ovos comerciais é dependente da adequada criação das frangas de reposição. bem como no controle homeostático sanguíneo durante a formação do ovo. contudo. considerando que a debicagem também implica em mudanças de comportamento que vem afetar negativamente o bem-estar. 2006) A conformação corporal com estrutura esquelética bem formada e ossos medulares com boa densidade óssea são essenciais na manutenção de bons índices produtivos das poedeiras. com a prática da debicagem isto pode ser evitado. ate porque durante a fase de produção este tecido é extremamente importante para dar suporte à parcela de cálcio para formação da casca (10% do Ca corporal total é usado). Cuidados especiais com as fontes de cálcio e fósforo são fundamentais para se ter formação óssea adequada. de 7 a 12 semanas o crescimento ósseo. Além disso. Quando ocorrem erros durante as primeiras 17 semanas. assegura que a ave chegará ao galpão de postura pronta para render todo seu potencial genético. As primeiras 17 semanas na vida de uma ave são críticas. onde de 1 até 6 semanas (cria) ocorre o crescimento visceral. Um bom sistema de manejo. O desenvolvimento da ave é multifásico. o seu desenvolvimento corporal e maturidade sexual em idade adequada com boa uniformidade no inicio da produção. durante este período. especial atenção deve ser dada as praticas de alimentação durante o período de recria. do aparelho reprodutor. . Não há dúvida que na ocorrência de um “surto” de canibalismo num lote. geralmente não podem ser corrigidos no galpão de postura.A solução genética aos problemas de bem-estar causados pelo canibalismo tem sido a mais desejável na atualidade. o programa de luz adotado também exerce influencia sobre o adequado desenvolvimento dos ossos das aves. Distribuir as aves por faixa de peso (uniformidade). Medidas sanitárias devem ser tomadas. As aves em crescimento devem estar em local estritamente isolado das aves mais velhas. causado pela transferência. comparando-os com os pesos padrões do manual da linhagem. a uniformidade dos pesos corporais dentro do lote é um indício do desenvolvimento normal. após o alojamento. até que se alcance o peso corporal ideal para a idade. Se o peso do lote é menor que o recomendado. A uniformidade se expressa como a porcentagem dos pesos individuais que estão dentro dos 10% da média do lote. Continue por três dias. Controle do peso e da uniformidade Na fase de recria até o final do pico da postura os pesos corporais devem ser verificados periodicamente e controlados. As aves devem ser apanhadas pelos pés ou corpo e serem colocadas em caixas limpas e desinfetadas e transportadas em veículos desinfetados.O peso corporal da ave. iniciando na 6ª semana de idade e repetida a cada duas semanas. Trace um plano de trabalho rotineiro para que os agentes patogênicos não passem das aves mais velhas para as que estão em crescimento. deve-se seguir com a formulação contendo níveis mais elevados de nutrientes. como vacinação e pesagem. principalmente no início da fase produtiva. pode afetar o tamanho dos ovos. É muito importante que se pese antes de uma troca programada de alimento. se o peso médio do lote às 18 semanas for de 1. Esta medida ajudará a minimizar os efeitos do estresse.27 . O galpão deve estar previamente preparado Associar com práticas de manejo. Por exemplo. Além do peso corporal médio. Pelo menos 100 aves devem ser pesadas semanalmente durante o período de crescimento. Figura 4 – Pontos críticos na produção da franga influenciando a qualidade do produto final Transferência para o aviário de recria Três dias antes de transferir as aves para o galpão de postura utilize vitaminas solúveis e eletrólitos na água de beber. Uma meta realista é de 80% de uniformidade. que é influenciado por fatores nutricionais na recria. Deve ser feito nas horas mais frescas do dia e com muita calma. demonstra que as aves pequenas e leves com 18 semanas são as menores no início da postura. A pesagem com intervalos frequentes em determinada idade na qual o lote varia do padrão.kg. aumento no depósito de cálcio medular. com valores mais baixos em aves mais jovens ou mais velhas. desinfetado. A idade ideal para transferir as frangas para o galpão de postura deve ser antes do início de produção. 80 % das aves deverão pesar entre 1. debicagem mal realizada. assim como o sistema de água também deve estar limpo e a água clorada.40 kg. aumento no tamanho e atividade do fígado. Para atender as exigências das aves nesta fase de constantes mudanças fisiológicas em que a poedeira chega a sustentar um aumento de peso de 400 a 500g aproximadamente em duas semanas. Figura 5 – Curva de distribuição de uniformidade de frangas PRÉ-POSTURA (17 semanas ao 1º ovo) É importante salientar que a fase de pré-postura é caracterizada por mudanças fisiológicas. Favorecer o acesso à ração e à água. Durante a transferência realizar a seleção e padronização das aves. Geralmente. justifica-se o uso de dietas de pré–postura com níveis adequados de aminoácidos. principalmente as aves criadas no piso com bebedouros pendulares e transferidas para gaiolas com bebedouros tipo Nipple. agrupando-se frangas pela conformação corporal (peso corporal) e maturidade sexual (desenvolvimento da crista). a uniformidade atinge 90% no pico de postura. amontoamento. formação do oviduto e formação dos primeiros ovos. tais como: aumento no tamanho da crista e barbela. elevada densidade de criação. enfermidades. Transferência para o galpão de postura O galpão de postura deve ser limpo. consomem pouca ração e permanecem pequenas e produzindo ovos menores durante todo o ciclo de postura. Fornecer às aves vitaminas hidrossolúveis e eletrólitos por 3 dias antes e 3 dias depois da transferência.14 kg a 1. consumo inadequado de nutrientes. sendo o . Os fatores que podem prejudicar o peso corporal e a uniformidade são: qualidade da pintainha. proceder de maneira ordenada e cuidadosa para evitar fraturas ósseas ou lesões no sistema reprodutivo. ajudará a tomar medidas corretivas. como separar por categoria de peso e manejo diferenciado de alimentação entre os grupos. entre 15 e 17 semanas. Manter estímulos constantes de consumo de ração pelo menos nas duas semanas seguintes à transferência Os dados de campo revelam que o peso alcançado pelas aves às 18 semanas de idade irá influenciar diretamente nos índices zootécnicos da vida da poedeira. cálcio e fósforo. O gráfico 4. Durante a transferência das aves. doenças clínicas e subclínicas e aquecimento e ventilação inadequados. Descarte de galinhas improdutivas (“Culling”) A transição dos períodos de cria e recria para o período de postura é de suma importância para o futuro lote. A conformação corporal com estrutura esquelética bem formada e ossos medulares com boa densidade óssea são essenciais na manutenção de bons índices produtivos das poedeiras. Normalmente entre 18 e 20 semanas de idade. dependendo da linhagem. como alta mortalidade. Material de cama inadequado e manejo incorreto. baixa manutenção do pico de postura e menor longevidade produtiva das aves.inverso verdadeiro para as aves mais pesadas. Gráfico 4 – Curva de peso de poedeiras de 15 a 63 semanas de idade MANEJO DE POEDEIRAS – Postura (1º ovo até 80 semanas) As poedeiras comerciais modernas estão cada vez mais exigentes no seu inicio de postura. Ocorrência de doenças em virtude da ausência de programas de vacinação e biosseguridade. mesmo após o início da maturidade sexual. É importante considerar que nem todas as galinhas entram em postura ao mesmo tempo. Tal ocorrência explica o comprometimento do crescimento inicial que influencia negativamente as etapas posteriores da franga. mas espera-se que em lotes saudáveis todas as aves já tenham atingido a maturidade sexual até as 30 semanas de idade. sendo que a não observância dos princípios básicos da produção de frangas acarretam em vários problemas durante o inicio da produção e ao longo do ciclo produtivo. ácaros). Aves mal formadas terão uma vida produtiva abaixo de suas potencialidades genéticas. vários fatores podem prejudicar o desempenho das aves. o que pode causar desuniformidade no lote. Elevada densidade de criação. Problemas com verminoses ou parasitas externos (piolhos. . as poedeiras já devem estar preparadas para a postura. Entre eles destacam-se: • • • • • Deficiências nutricionais e distribuição e regulagem incorreta de equipamentos (comedouros e bebedouros). Contudo. Para corrigir deficiências de manejo é fundamental que o produtor utilize como referência os manuais de criação e boas práticas na produção de galinhas de postura. No monitoramento do lote deve-se anotar os dados de produção de ovos que serão utilizados para acompanhar o desempenho das aves. o pico da postura). que se constitui na restrição de água e alimento. É fácil detectar as aves improdutivas por determinadas características físicas externas e pela pigmentação em certas partes do corpo (Tabela). Na produção comercial de poedeiras. Este descarte deve ser feito porque o objetivo principal da criação de poedeiras é a alta produção de ovos e que as aves mal formadas terão uma vida produtiva abaixo de suas potencialidades genéticas. Normalmente é realizada no final do 1º ciclo de postura (em torno de 70 semanas de idade). quando a quantidade de luz vai diminuindo e os dias vão ficando mais curtos. Além disso. retirando as aves fracas. Normalmente. . a muda forçada é uma estratégia econômica adotada nas granjas de poedeiras comercias. pela melhoria da casca do ovo e da produção de ovos é o objetivo da muda forçada. ou seja. tanto para ovos como para pintos. MUDA FORÇADA (INDUÇÃO DO 2º CICLO DE PRODUÇÃO) A muda é um processo natural de renovação da plumagem das aves que ocorre anualmente e representa o período em que acontecem mudanças no comportamento de ingestão de alimentos com redução ou cessamento das suas funções reprodutivas. E a partir de 28-30 semanas (que é considerado a maturidade sexual das aves.Culing é o descarte de aves improdutivas. o descarte deve ser feito regularmente para fêmeas com baixo índice produtivo. o avicultor colocou em prática a chamada muda forçada ou indução do segundo ciclo de produção. ou que não estejam produzindo. coincide com o fotoperíodo decrescente. O plante é forçado ou induzido ao descanso num reprodutivo num período de um tempo determinado através do método escolhido pelo avicultor. Então deve ser feito um descarte no início da fase da postura (por volta das 17 semanas). há os métodos de reversão da cloaca e verificação das distâncias entre os ossos púbicos e o osso externo (Tabela 2). defeituosas e doentes. Ou seja. Objetivo e características A busca pela melhora no desempenho reprodutivo e o aumento da produtividade das poedeiras em 25 a 30 semanas. A muda forçada pode ser executada em qualquer idade da produção. Na medição da distância horizontal entre os ossos púbicos e da distância vertical entre esses mesmos ossos e a ponta do osso externo. considera-se nem produção as aves que apresentam abertura suficiente para a passagem do ovo. e isso acarretaria em baixo desempenho econômico do lote. levando a redução da secreção do hormônio luteinizante (LH) pela adenohipófise. Com a muda forçada verificou-se também a ocorrência do aumento do número de receptores para 1.25 (OH)2D3 diminuem nas aves com o aumento da idade e são aumentados após a muda. o que é decorrente de um período em que as aves ocupam os galpões de produção sem que haja ovipostura. com o retorno do fornecimento de ração balanceada. A redução do peso do ovário é inicialmente independente da duração do jejum e da taxa de perda de peso. . e custo das frangas para reposição. Uma muda pode ser iniciada quando se rompe o equilíbrio hormonal que possibilita a postura ou ainda quando se produz uma alteração deste equilíbrio como consequência defatores de estresse Durante o jejum. o ovário e o trato reprodutivo regredirem. mas volta a subir quando o alimento é reintroduzido. As concentrações plasmáticas de 1. a otimização na utilização deste recurso pode significar a diferença entre as margens positivas ou negativas da atividade. na restrição do consumo de alimento e manutenção das poedeiras por um período não produtivo em torno de 10 semanas. Além da redução de LH e estrogênio. ocorre uma retomada dos esteróides sexuais pelos ovários durante a recuperação da muda. A vitamina D na sua forma hormonal 1. Isso faz com que haja um colapso na hierarquia folicular do ovário. sofre um decréscimo. e o oviduto reaviva A temperatura corporal no período de muda. induzindo por consequência sua regressão. Os folículos em maturação hierárquica sofrem atresia e o material da gema é reabsorvido causando a diminuição de peso dos ovários. Importância econômica da muda forçada A decisão em efetuar um programa de muda forçada deve levar em conta o ponto de vista econômico. destacando a necessidade de melhoria da qualidade da casca do ovo de aves velhas. uma vez que a tiroxina estimula o crescimento de novas penas.25 (OH)2D3 na glândula da casca. que depende de numerosos fatores.25 (OH)2D3. é de importância central para o transporte de Ca do intestino para glândula da casca. Após o término do período de indução a muda. Taxa de ocupação das instalações O custo das instalações é um fator de grande importância no custo total da produção de ovos. a síntese do hormônio liberador de hormônio luteinizante (LHRH) é inibida pelo hipotálamo. as penas renascerem e a ave se tornar apta à fotoestimulação.Consiste. que se tornará rejuvenescido para iniciar um novo ciclo de postura por desencadeamento de mecanismos hormonais envolvidos no processo. Quando submetemos a ave a um programa de MF fazemos com que a produtividade de ovos/unidade física de produção sofra uma redução. Após a perda de 25% do peso corporal. Aspectos fisiológicos A muda proporciona um período de descanso para o aparelho reprodutivo da ave. durante o jejum. ocorrendo perda de estímulo do hormônio estrogênio que mantém em atividade o oviduto. frequentemente há vantagem para exploração em ciclo único. a maneira na qual as instalações são ocupadas ao longo do tempo influem nos resultados econômicos. principalmente. Esses níveis elevados de tiroxina podem ser a causa da perda de penas. Assim quando consideramos o volume total de ovos por dia de ocupação do galpão de produção. Esse tempo é necessário para cair a plumagem. os níveis de estradiol e progesterona declinam e os de tiroxina aumentam. Além das questões de densidades de criação. fato que coincidente com a perda das penas nas poedeiras e leva à sua renovação. Portanto. diminuição do peso corporal. o ovário está completamente regredido. obtendo-se níveis semelhantes ao de aves jovens. Quando ocorre a troca de lotes. Necessidade de redução da produção de alimento. pode-se induzir o segundo ciclo de produção quando a poedeira estiver com cerca de 70 semanas. o período de ausência de ovos é mais reduzido. outros fatores como custo de formação das frangas de reposição. Estes fatores devem ser comparados ao custo de manutenção das poedeiras por um período não produtivo em torno de 10 semanas. Aumenta a produção de ovos. Ajustes no volume de produção de ovos em momentos específicos (sazonalidade). podendo atingir picos de produção em torno de 85%. Melhoria da qualidade dos ovos (interno e casca). oferta e preço dos ovos no mercado consumidor e problemas de sazonalidade na demanda do produto. já que a vida útil da poedeira aumenta por mais 25 a 30 semanas.Volume de ovos por dia de ocupação do galpão de postura para produção em 1 e 2 ciclos. a antecipação do segundo ciclo pode acontecer. gerando uma maior produção de ovos por unidade produtiva (ovos/ave/dia/galpão) Figura 5 . . Por outro lado. o que significa maior volume de capital de giro investido nesta fase. A realização de um segundo ciclo de produção somente se justifica quando resulta em melhoria da qualidade dos ovos e aumento do lucro do produtor. À medida que a poedeira envelhece há uma queda na produção e na qualidade externa dos ovos. Ajustes na programação de alojamento de pintainhas de 1 dia. Quando induzir o 2º ciclo de produção Considerando a taxa de ocupação das instalações. sem a MF. No entanto. justamente quando o peso do ovo é maior. Necessidade de cancelamento de novos lotes. Quando a qualidade dos ovos é boa e eles estão com bom preço de mercado. faz-se necessário um maior volume de aves em período de recria. a opção de fazer um novo ciclo de produção deve ser bem analisada e alguns fatores devem ser considerados. Esses são os principais motivos para a indução do segundo ciclo em galinhas poedeiras. se a qualidade é ruim e os preços estão baixos. podem influenciar na decisão. Vantagens da MF • • • • • • • Redução nos custos de recria: na exploração de ciclo único. através de uma amostra em torno de 10% do plantel em lotes inferiores a 1. A maioria dos programas de indução do segundo ciclo de produção utiliza a retirada de ração por um período de 8 a 14 dias.000 a 5. porém esse método vem sendo contestado em todo o mundo. como a inclusão de jojoba. O período de jejum (sem alimento) é variável. as aves atingirem no máximo 12 dias sem alimento. Realizar uma seleção e retirar as aves refugo. A escolha da metodologia mais adequada deve levar em conta estes aspectos técnicos. além daqueles relacionados com a economicidade desta prática de manejo. Fazer a homogeneização da lotação por gaiola ou por boxes. onde a preocupação com o bem-estar das aves é bastante intensa e surge como uma tendência mundial Os métodos nutricionais de restrição qualitativa tem sido os mais estudados e se baseiam na oferta de ração com baixas ou altas concentrações de determinados nutrientes. redução do fotoperíodo e jejum de água. Outro método entre os nutricionais que vem sendo estudado tem como base o uso de rações diluídas com ingredientes ricos em fibra e ou que contenha fatores antinutricionais. um maior período para o retorno à produção de ovos. Entre as propostas estão o fornecimento de ração com menos cálcio. Independente do método adotado o retorno do alimento deve ser quando: o lote perder em torno de 25 a 30% do peso em que se iniciou a muda. que promove a possibilidade de ocorrência de problemas de ordem sanitária nestes lotes. portanto. ou na inclusão de um alimento alternativo na ração. Os métodos envolvem restrição alimentar quantitativa (jejum) ou qualitativa (restrição de Na e Ca ou altos níveis de Zn e Cu). Aves que serão submetidas a um segundo ciclo de produção devem. menos fósforo. o peso se aproximar daquele do início da produção. bagaço de uva.o período de restrição alimentar é um fator de grande estresse e gera um estado de imunossupressão. Informar-se sobre o peso das galinhas. consequentemente. paralisando a produção de ovos rapidamente.2% do lote.000 aves ou 5% se o lote variar de 1. .000 aves. farelo de trigo.Providências iniciais para induzir o segundo ciclo de produção Observar se o lote está sadio e as vacinas atualizadas e adequadas . O método de indução de muda forçada baseado no jejum é o mais utilizado no Brasil. depende da gordura acumulada pelo lote (por isso a importância de sempre acompanhar o ganho de peso do lote) e da capacidade da linhagem em perder peso (geralmente o manual da linhagem das sugestões de métodos de muda que pode ser utilizados) Períodos de jejum mais prolongados determinam maior perda de peso e involução dos órgãos do sistema reprodutivo e. deficientes em sódio e com altos teores de zinco. receber um novo programa de vacinações e receber aditivos alimentares para restabelecimento da microbiota eutrófica.000 aves ou 1% em lotes acima de 5. a mortalidade deve ser no máximo 1. estas aves retornam com a produtividade e qualidade de ovos superior em relação às aves que são submetidas a períodos mais curtos de descanso. farelo ou semente de algodão e feno de alfafa. várias metodologias têm sido empregadas para a indução deste descanso forçado. Esse jejum provoca um estresse severo e causa a perda de peso da ave. Controle da mortalidade e peso corporal durante todo o processo Métodos Ao longo do tempo. Em contrapartida. Idade das poedeiras Quanto mais tarde se faz a muda. tais como redução no peso corporal e do oviduto. Temperatura ambiente A regulação do consumo de alimento pelas aves é prejudicado quando são alojadas fora do seu conforto térmico. Concentrações dietéticas de cálcio A ração usada durante a muda deve conter baixa concentração de cálcio. Além disso. mas também monitorar o peso das aves. Linhagem utilizada As galinhas indicadas para um segundo ciclo de produção são as poedeiras leves (normalmente de penas brancas e ovos brancos). não se deve usar como parâmetro somente os dias em muda. provocar a interrupção da produção de ovos. para suspender a liberação das gonadotropinas. e conseqüentemente. pior os resultados econômicos no segundo ciclo. pois estas produzem ovos por um período mais longo. Nutrição adequada pós-muda .Figura 6 – Recomendações de Muda sem jejum sugerido no manual de manejo da Hy-Line W36 Fatores que afetam a muda forçada Porcentagem de produção pré-muda Poedeiras com percentagem de postura menor antes da muda apresentam mudanças fisiológicas mais significativas quando comparadas com aves com maior índice de produção. portanto. algumas linhagens perdem peso mais lentamente que outras. muitas pesquisas têm sido efetuadas na busca de métodos alternativos ao jejum prolongado para obter a muda e. o que limita a expressão do comportamento normal da ave. A água deve estar disponível sempre durante a muda. a União Brasileira de Avicultura (UBA). No Brasil. o farelo de trigo e o feno de alfafa podem ser usadas para diluir a dieta. os resultados alcançados no segundo ciclo de produção não atendem ao objetivo do produtor. 2º Ciclo de produção O 2º ciclo de postura deverá durar aproximadamente 35 a 40 semanas. pois o período de perda de peso e a redução na função reprodutiva da ave levam mais tempo. as seguintes recomendações servem para reduzir o sofrimento das aves quando as condições econômicas exigirem a sua realização: • • • • • • • • O processo de muda dos lotes deve ser feito de maneira que reduza ao mínimo a mortalidade e danos ao mesmo. mas a qualidade do ovo começa a cair após o 4o mês de postura. Em qualquer caso. tem um efeito supressivo no sistema reprodutivo independente da anorexia. conseqüentemente. Nos últimos anos. Muitas vezes. está em desacordo com as normas de bem-estar animal. Não deve ser realizada a muda em lotes com histórico de enfermidades. Técnicas substitutivas têm usado vários desbalanços nutricionais para esta finalidade. já tem editado o “Protocolo de Bem-Estar para Aves Poedeiras”. Contudo. Trabalhos têm demonstrado que o óxido de zinco (2.800 ppm de Zn). a farinha de jojoba. As galinhas de descarte devem ser separadas do lote antes de começar a muda. As fibras insolúveis como o farelo de algodão. Deve ser feita a muda sem a retirada total do alimento e utilizando grãos. já que a fome é um motivador básico e o desejo insaciável por alimentos pode tornar-se exacerbado quando poedeiras são alojadas em densidades altas nas gaiolas. Todavia.3%) para induzir o repouso da ave. a alimentação deve ser retornada às aves antes que o peso corporal reduza 25% em relação ao peso anterior à muda. Não deve ser realizada a muda em lotes com histórico de enfermidades. O pico de produção no segundo ciclo poderá chegar a 84-87%. A mortalidade e a perda de peso corporal devem ser supervisionadas diariamente durante o período de muda. vale lembrar que os estudos relativos aos métodos alternativos de muda forçada têm freqüentemente encontrado resultados conflitantes. Os ovos do segundo ciclo são maiores e a casca é bem resistente. temse usado rações deficientes em sódio (<0.04%) ou cálcio (<0. no qual a Mudança Forçada não é recomendada. Além disso. Sendo assim. pois há alguns fatores que interferem diretamente. . fornecido na ausência de cálcio. um dos principais nutrientes requeridos pelas galinhas nessa fase são os aminoácidos. Durante a muda. o período de luz deve ser reduzido a 8 horas ou permanecer no período natural de luz diário e de acordo com o sistema de criação. efetuar o aproveitamento do lote por mais um ciclo de produção. proporcionando menor consumo de energia e proteína pelas poedeiras. O lote submetido à muda deve estar em bom estado nutricional e sanitário.Uma produtividade satisfatória durante o segundo ciclo só é atingida quando as aves têm condições nutricionais adequadas para garantir uma boa recuperação dos componentes corporais e retorno rápido à produção de ovos. Muda forçada x bem estar animal Esse método é economicamente viável. destacandose a metionina + cistina. e cada galinha poderá produzir durante o ciclo em torno de 170-200 ovos. no entanto. Estes métodos são mais onerosos e demorados que o jejum. Gemas duplas ou múltiplas. qualidade e peso. Ovoscopia Depois de lavados e secos os ovos devem passar pelo processo de ovoscopia no qual o ovo (casca e interior) é observado através da luz. O Ovoscópio é um aparelho que permite detectar eventuais anomalias. classes e tipos. Classificação O ovo é classificado em grupos. Qualidade.B Classe – C Conforme características da limpeza. 2. e a preferência entre eles se dá. Os principais defeitos que podem ser verificados no processo são: • • • • • Aspersão Mineral Depois da ovoscopia os ovos devem passar pela aspersão de óleo mineral para fechar os poros da casca. muitas vezes. 1. Trincas ou pequenas rachaduras. será ordenado em 2 grupos: I – Branco II . Lavagem dos ovos Após coletados os ovos deve ser lavados com água de boa qualidade a Tº de 38-40°C ou com solução detergente a fim de desinfetar a casca e melhorar o aspecto visual. Já em granjas automatizadas a coleta pode ser feita até de hora em hora. será ordenado em 3 classes: Classe . pela cor mais pigmentada da gema. na casca ou no interior do ovo. segundo a coloração da casca. contaminados ou quebrados. Ovos velhos (câmara de ar maior que o normal e gema densa).MANEJO DOS OVOS Coleta de ovos O manejo dos ovos que deve ser bastante cuidadoso. para identificar possíveis anomalias.A Classe . A lavagem deve ser feita no máximo até 4h após a postura. e físicas da clara e gema. integridade da casca. Coloração da casca. Não há um número exato de coletas diárias. Coleta manual em granjas pequenas recomenda-se no mínimo 2 vezes ao dia.De cor (coloração avermelhada) Ambos apresentam a mesma condição nutritiva. Massa Escura (contaminação) . mas o maior o número de coletas é recomendado para evitar ovos sujos. Ovos com manchas de sangue e coloração rosa-pálido na clar. 6 ovos (1/2 dúzia). gema de ovo pasteurizada resfriada. ovo integral pasteurizado congelado. depois lhes ser retirada a casca e as membranas e que são destinados ao consumo humano.Pequeno . Existem diversos produtos considerados como sendo obtidos a partir do ovo. clara de ovo desidratada. dos seus diferentes componentes.É Superior a 65 gramas. gema de ovo desidratada especial para maionese. podem estar complementados com outros produtos alimentares ou aditivos. O ideal é armazená-los em temperatura de 10°C a 13°C e umidade relativa de 70 a 80%. Classe XL – Extra Grande . As embalagens podem ser de papelão ou isopor e a quantidade de ovos por embalagem para o consumidor. são 30 ovos (2. mais comuns.Tem entre 50 a 55 gramas.Tem entre 60 a 65 gramas Classe L . Cada embalagem pode corresponder a um lote e a uma classe de peso. mistura de ovos pasteurizado resfriado. clara de ovo pasteurizada resfriada. Assim a qualidade interna do ovo pode ser mantida por mais de dois meses.Médio . . Processamento de ovos O processamento de ovo exige diversas fases e através dele é possível a obtenção de diversos tipos de ovos. pois absorvem certos odores. 12 ovos (1 dúzia). Classe S .Tem entre 55 a 60 gramas. clara ou gema. Peso do ovo – é a classificação mais comum no Brasil. Pode ser manual ou automática Classe XXL – Jumbo .3. ovo integral pasteurizado resfriado. clara de ovo pasteurizada congelada. gema de ovo pasteurizada congelada. Classe M . mistura de ovos pasteurizado congelado.5 dúzias).Tem entre 45 a 50 gramas Embalagem Após classificados os ovos são embalados com a finalidade de proteção para manter a qualidade do produto e contribuir para o “marketing”.Grande . Os ovos processados podem ser encontrados em pó ou liquido e são classificados como: • • • • • • • • • • • • ovo integral desidratado. gema de ovo desidratada. Armazenagem Os ovos embalados devem ser armazenados com cuidado de colocá-los em salas limpas. como cor da gema e da casca. quando então os ovos serão imediatamente quebrados.1990) e o Título IX do RIISPOA. como também. ácidos graxos). possa ocorrer a retirada cutícula. Para os consumidores. É importante ser observado que a lavagem dos ovos só é recomendada quando da produção de conserva de ovos.Na Figura 7 é representado o fluxograma básico do processamento de ovos. Figura 7 – Fluxograma do processamento de ovos Comercialização. vitaminas. com elevado valor nutritivo e apresenta baixo custo. uma vez que ocorrerá a perda do CO2 dissolvido na clara e facilitará a entrada de microrganismos. de 21. A produção de ovos com qualidade superior requer estratégias especiais de controle dos mecanismos que influenciam ou determinam os parâmetros desejáveis. nomenclatura de ovos: Normas Gerais de Inspeção de Ovos e Derivados (PORTARIA Nº 01. Para os produtores. a qualidade está ligada ao prazo de validade do produto com as características sensoriais.02. A qualidade dos ovos recebe diferentes enfoques para produtores. com a separação da gema da clara. sendo a acessível a todas as classes sociais. sujeiras. acelerando o processo de decomposição. Isso se deve pelo fato que na lavagem. Já para os processadores. consumidores e processadores. a qualidade parece estar relacionada com o peso do ovo e resistência da casca (defeitos. Fatores que influenciam a qualidade dos ovos . bem como a composição nutricional (colesterol. quebras. com as propriedades funcionais e com a cor da gema (especialmente para massas e produtos de padaria). QUALIDADE DOS OVOS O ovo é um alimento nutricionalmente completo. a qualidade está relacionada com a facilidade de retirar a casca. manchas de sangue). propiciando assim a contaminação interna. a depender do tipo detergentes. o cálcio deve receber atenção especial. idade da ave. parece claro que não é o tamanho do ovo propriamente dito que influencia na qualidade da casca. quando ovos sofrem um substancial aumento de tamanho ao longo do ciclo de postura. A melhoria da qualidade dos ovos consiste de estratégias de manipulação desses mecanismos em conjunto ou isoladamente. No entanto. todavia. a mesma sofre grande influência da nutrição da ave. positivas e elevadas. conseqüentemente a espessura da casca decresce. Apesar das diferenças que possam existir em relação aos parâmetros físicos dos ovos entre diferentes linhagens. Essa variação de preços está unicamente relacionada aos custos mais elevados com a produção das poedeiras semi-pesadas do que com poedeiras leves. Fatores Genéticos Linhagens diferentes de galinhas poedeiras apresentam capacidades distintas de transporte de nutrientes para os ovos. ambiente. os quais consideram mais saudáveis. Com relação aos minerais. é quando mais se verifica a redução da característica de resistência da casca a quebra 3. que leva a uma alteração no equilíbrio ácido-base (alcalose respiratória). 4. 2. desencadeia também um desequilíbrio eletrolítico e mineral. Um fato interessante é que as correlações existentes entre o peso da casca e do ovo são. associado à elevação do nível plasmático de cálcio e redução do fósforo. mas sim o incremento em seu tamanho. Nutrição A nutrição das poedeiras além de influenciar na qualidade física dos ovos (tamanho. resistência da casca) pode ainda influenciar a qualidade nutricional (composição química) dos mesmos. bem como certas particularidades como a cor da casca. verifica-se um incremento na gravidade específica dos ovos (espessura da casca). Um exemplo clássico é o fato dos ovos marrons serem geralmente mais caros que os ovos brancos. contudo a cor da casca é dependente exclusivamente da genética. em condições normais. a quantidade de casca depositada no ovo não diminui. uma vez que a deposição diária deste mineral na casca do ovo corresponde a 10% do total de cálcio estocado no organismo da ave. porque a alcalose afeta a concentração de cálcio no sangue. de acordo com o objetivo desejado 1. Idade da ave A idade é o maior determinante do tamanho do ovo para todos os tipos de aves. todavia.Embora sob diversos ângulos. muitos consumidores fazem essa associação. Isto ocorre. uma vez que. Ao longo do ciclo de postura ocorre a piora na espessura da casca. a cor da casca não é um indicativo direto de qualidade. que pode resultar em ovos pequenos e de casca fina. a exaustão do CO2 (ofegação). Ambiente A qualidade da casca diminui gradativamente a partir de 26ºC. Nesta situação. Altas temperaturas associadas à umidade elevada podem causar alterações no equilíbrio ácido-base das aves e consequentemente prejudicar a formação do ovo e sua qualidade. manejo e nutrição. os mecanismos que influenciam a qualidade dos ovos ainda são os mesmos: genética. . principalmente. muitos consumidores associam esse preço à qualidade do produto ou o associam a ovos de galinhas caipiras. Quanto à composição nutricional dos ovos. o que torna evidente a importância desse mineral na alimentação das poedeiras e na qualidade da casca. dessa forma. Se há um aumento da concentração de cálcio da dieta das poedeiras. porcentagem de seus componentes. Na realidade o que ocorre é que a elevação na secreção de carbonato de cálcio pela poedeira é insuficiente em acompanhar simultaneamente o aumento no tamanho do ovo. A intensidade da coloração da gema é um critério de decisão em relação à preferência do consumidor.No período de calcificação. a dieta mais adequada seria aquela com baixo nível de fósforo. Então. Para se obter um tamanho máximo de ovo. Assumindo que não há deficiência. e especialmente a metionina. menor será o tamanho do ovo. há um efeito negativo sobre o tamanho do ovo. ou seja. Quando a ingestão de proteína é baixa. quanto mais tarde chegar à maturidade. Os programas de iluminação podem ser manipulados para influenciar a taxa de maturidade. a redução no tamanho do ovo somente é observada em dietas com uma grande deficiência em proteína ou aminoácidos. uma vez que os consumidores rejeitam esses ovos. e da natureza ou habilidade que possuem em colorir. Infelizmente é impossível fornecer dois tipos de dieta em um mesmo dia para os planteis comerciais de poedeiras. Deve-se prestar atenção aos seguintes aspectos de manejo. aumentando significativamente o nível desse mineral na corrente sangüínea. não afetando o valor nutricional dos ovos. mas dentro desse parâmetro podemos alterálo de acordo com o manejo. quando a ingestão de proteína está dentro das recomendações nutricionais. quanto mais cedo a produção se inicia. os principais mecanismos que controlam o tamanho do ovo. do ponto de vista fisiológico. retardará a maturidade e aumentará o tamanho médio do ovo. para melhorar a qualidade do ovo. A coloração da gema está intimamente relacionada à alimentação da ave. segundo as necessidades de mercado. Essas manchas de sangue são encontradas na superfície da gema. Um programa decrescente de iluminação. dessa forma o suprimento de aminoácidos para a síntese de proteínas é critico para a produção do ovo. e da mesma maneira. porém está ligada ao aspecto visual. quantidade adicionada de carotenóides contidos nos alimentos ou através de aditivos. A proteína e os aminoácidos. à preferência do consumidor. são. o cálcio a ser depositado na casca tem duas origens: a dietética e a do osso. não há efeito da energia sobre esse parâmetro. Taxa de maturidade . maiores serão os ovos durante toda sua vida. para se obter os resultados desejados: Peso corporal na maturidade . maiores serão os ovos. A deficiência de vitamina A é o maior fator conhecido que afeta a formação de manchas de sangue nos ovos. . são responsáveis por grandes perdas econômicas. A coloração da gema não indica qualidade nutricional. provavelmente. o qual é mais do que suficiente para suprir as necessidades da ave. pois normalmente associa-se a pigmentação a quantidade de vitaminas do ovo. mas piora com a elevação do cloro (Cl-). ou seja. os níveis de proteína e aminoácidos da dieta têm pouca influência sobre o número de ovos. não estimule a maturidade com luz até que as aves obtenham um peso corporal de 1.27 kg. A qualidade da casca é melhorada quanto se aumenta o nível de sódio (Na+) e potássio (K+).Está também relacionada ao peso corporal. tanto as metabólicas quanto para a deposição na gema do ovo.Quanto mais pesada a ave no momento da primeira postura. no período de 8 a 10 semanas. a síntese da proteína em questão é prejudicada. associado a altos níveis de energia. Freqüentemente. O excesso de fósforo prejudica a liberação de cálcio do osso e a adequada mineralização da casca. entretanto. todavia. Cerca de 50% da matéria seca do ovo é proteína. durante o período de calcificação do ovo. A liberação de cálcio do osso é acompanhada pelo fósforo. dessa forma. Quando o suprimento de algum dos aminoácidos requeridos é reduzido. pode haver a redução do tamanho do ovo ou a queda na produção. mas geralmente. Tamanho do ovo O tamanho do ovo é determinado em grande parte geneticamente. Peso do ovo À medida que as aves envelhecem. dentro de um limite. alto consumo de proteína por galinhas poedeiras resulta em aumento no tamanho dos ovos. O peso corporal no momento do pico influencia o tamanho da gema. o que por sua vez influencia o peso do ovo. mas o peso dos mesmos tende a seguir aumentando ao longo do período de postura. Qualidade de Casca Muitos fatores. metionina e cistina e o ácido linoléico. ocorre uma redução no número de ovos produzidos a partir do pico de produção. à medida que a idade da ave avança e os ovos ficam maiores. mas programas nutricionais podem. os problemas de qualidade da casca do ovo não são vistos em lotes antes das 40 a 45 semanas de idade. medição da espessura da casca e resistência da casca à quebra). À medida que a idade da galinha avança. os ovos se tomam maiores. magnésio. galinhas produzindo ovos com pior qualidade de casca vão manter esta casca fina durante toda a sua vida. em ovos à medida que a idade da galinha avança. Tem sido comprovado que o aumento no peso do ovo que ocorre com o aumento .Nutrição . fósforo. terão maior declínio na qualidade da casca do ovo. alterações nas fórmulas e no manejo alimentar para aumentar o peso corporal no pico de produção podem aumentar o tamanho do ovo. Durante o período de postura. manganês. Os níveis destes nutrientes podem ser alterados para aumentar o tamanho do ovo no início da postura e podem ser reduzidos gradualmente para controlar o tamanho do ovo no final da postura. proteína bruta. adequação da nutrição. As exigências de proteína para galinhas poedeiras tom se mostrado superiores para ganho de peso em aves adultas e máximo pesa ao número total de ovos. A galinha poedeira tem muita habilidade genética em depositar uma certa quantidade de cálcio na casca de cada ovo (aproximadamente dois gramas). relacionam-se com a qualidade da casca do ovo.pois uma vez que os ovos estejam abaixo do peso desejado. contribuir para o ajuste do peso desejado. por todo o período de postura e vice-versa. problemas sanitários no plantel. As aves que tiveram a melhor qualidade de casca no início do período de postura continuarão produzindo ovos com a melhor qualidade da casca no final do período de produção. e cobre). O consumo adequado de cálcio.O tamanho do ovo é afetado pelo consumo de energia. praticas de manejo. que incluem. gordura total. Logo. Normalmente. O aumento no peso do ovo significa que a galinha tem de distribuir uma quantidade constante de casca ao redor de uma superfície de ovo maior. ácido linoleíco e suplementação de gordura ou óleo. condições ambientais e genéticas. Também. mudando o consumo balanceado de proteína ou de aminoácidos individuais (destes. o tamanho do ovo pode ser controlado para diversos tipos. é essencial para a qualidade da casca do ovo. A biodisponibilidade dos minerais varia muito entre os ingredientes e deve ser considerada também no momento da formulação (principalmente o carbonato de cálcio). aquelas galinhas que tiveram o maior aumento no peso do ovo durante o ano. cada uma destas medidas vai refletir pior qualidade da casca do ovo. minerais (zinco. e vitamina D3 . Usualmente. a espessura da casca do ovo fica menor e a quebra ocorre com maior freqüência. As curvas de peso dos ovos dependem grandemente da genética das aves e do seu desenvolvimento no período de recria. a metionina tem sido tradicionalmente usada para alterar o peso do ovo). No entanto. Se as medidas da qualidade da casca são feitas (gravidade especifica do ovo. Com o aumento da idade e conseqüentemente do tamanho do ovo. É importante iniciar o controle do peso dos ovos o mais cedo possível durante o ciclo produtivo. é difícil fazer correções sem afetar a produção. Uma grande parte dos problemas relacionados com a qualidade da casca é causada basicamente pelo consumo inadequado de cálcio. Quanto maior o fotoperíodo. Várias medidas podem ser tomadas para melhorar as características da casca como o fornecimento de partículas maiores de carbonato de cálcio. Um dos primeiros passos para se controlar a ocorrência de ovos “cintados” é diminuir a densidade das aves e realizar o processamento separado entre os ovos das seis e das oito horas da manhã do restante dos ovos produzidos. Estas medidas irão incrementar a absorção de cálcio e a mobilização de cálcio. sendo que em lotes problemáticos a freqüência pode exceder os 20%. intermediária ou final do processo de formação da casca. limpando o sistema reprodutivo dos fragmentos calcificados de oviduto. Ovos sem casca Nos ovos sem casca somente as membranas da casca estão presentes envolvendo o albúmen e a goma. Porém. Um outro importante achado é que o número de ovos cintados está relacionado com o programa de luz adotado. o qual é influenciado por inúmeros fatores. As atividades e movimento de pessoal ou máquinas rios galpões de produção também devo ser mínimo após as cinco horas da tarde. Vários pesquisadores têm apontado que a ocorrência de “ovos cintados aumenta em lotes mais velhos. Esses depósitos podem ser podem variar de pequenos pontos a formações maiores. Ovos com casca rugosa e depósitos calcáreos Ovos com depósitos calcários são aqueles ovos que apresentam pequenas partículas do cálcio ou outros materiais na superfície da casca. a única medida que reduz a ocorrência deste fenômeno é a muda forçada a qual causa uma regressão e “rejuvenescimento” do trato reprodutivo. quanto maior a quantidade de aves por gaiola maior será a severidade do problema. A maior parte dos ovos “cintados” é produzida por aves velhas e em sua maioria são postos entre seis e oito horas da manhã. A incidência destes ovos também está relacionada com a densidade das aves na gaiola. é sabido que o útero de aves velhas apresenta pequenas partículas calcificadas de secreções do oviduto ou mesmo fragmentos do oviduto que se aderem à superfície da casca formando esses depósitos. reduzir levemente o nível de fósforo dietético ou entrar com um programa de arraçoamento noturno. Contudo. Estes ovos deslizam e escapam através do piso das gaiolas e nunca são coletados. Este problema aumenta proporcionalmente com a idade e ocorre praticamente em todas as linhagens de poedeiras. Ovos com trincas internas ou “cintados” (body checks) São aqueles ovos que sofreram rachaduras ou trincas durante o processo de formação da casca e foram reparadas por uma deposição adicional de carbonato do cálcio antes da oviposição. Até o presente momento. Em alguns lotes o montante de ovos sem casca chega a atingir de 7-10% do total de ovos produzido. Assim. . A exata etiologia deste problema ainda não é bem conhecida. muitos produtores são relutantes em adotar essas mudanças no fluxograma de suas granjas. A qualidade do reparo está na dependência da severidade e do momento em que ocorreu a rachadura. mais cedo as aves irão realizar a postura dos ovos o que aumenta a incidência de ovos com cascas ultra finas durante o dias resultando em ovos “cintados”. Os lotes de poedeiras velhas produzem uma maior quantidade de ovos com depósitos calcários. Esta quebra pode ocorrer tanto nas fases inicial. É provável que a origem destes fragmentos de oviduto calcificadas seja devido a anormalidades dos mecanismos de início e término da calcificação da casca.da idade pode ser reduzido pelo controle no consumo de metionina para melhorar a qualidade da casca do ovo sem provocar efeito adverso na produção total de ovos. A ocorrência deste problema em lotes de poedeiras pode variar de 2 à 12% dos ovos produzidos. melhorando as qualidades da casca. Vitaminas . A suplementação de selênio nas rações de poedeiras não apenas previne os sintomas de deficiência. as aves retornam com melhor produtividade e qualidade dos ovos. Perfil dos ovos no 1º e 2º ciclo de produção À medida que as aves envelhecem. A muda forçada provoca uma queda na ocorrência de ovos sem casca mas em um curto espaço de tempo os ovos sem casca repare bem no lote. produzem ovos maiores. pode ser problemático quando os ovos são cozidos durante a preparação do alimento. ocorre uma redução na taxa de ovipostura diária. o incremento dos níveis de selênio nos ovos possibilita a manutenção da qualidade interna dos ovos durante os períodos de estocagem. após um pico de produtividade máxima que ocorre em torno das 26 a 30 semanas de idade. levando a diminuição de defeitos na casca dos ovos. os ovos produzidos no início do período de produção são menores. O cozimento prolongado. mas tem boa qualidade externa e interna. Ovos deformados. Até o momento não se conhece a exata causa dos ovos sem casca em lotes de postura. pois é componente de enzimas envolvidas na proteção antioxidante e no metabolismo da tireóide.O tempo de permanência dos ovos sem casca no útero é similar aos ovos normais. Com a suplementação de zinco. Doenças O monitoramento do título de anticorpos para determinadas doenças deve ser feito regularmente durante toda a vida dos lotes de poedeiras. O selênio é um mineral essencial. apesar de ser benéfico para a saúde humana. os níveis da anidrase carbônica podem ser aumentados. produzindo um complexo sulfato ferroso verde escuro. Como regra geral. sem casca e com casca fina são sintomas típicos que surgem durante e logo após os desafios de New Castle e bronquite Infecciosa. Os problemas de baixa produtividade e qualidade dos ovos podem ser parcialmente contornados com a proativa de muda forçada. fazendo com que as aves retomem o 2º ciclo de produção. A pós este período de descanso. imediatamente após seu cozimento. A época do ano e a temperatura também não parecem exercer nenhuma influência na produção destes ovos. no oviduto de galinhas em postura. uma coloração que não agrada as pessoas. mas também permite aumentar a concentração deste mineral nos ovos. mas com mais problemas de qualidade de casca e albúmen. Além disso. que leva a produção de gases de sulfato de hidrogênio. pode-se prevenir esse processo pela redução do tempo de cozimento para o mínimo necessário e colocação dos ovos cozidos em água fria. Quando as poedeiras se tornam mais velha. o que favorece uma maior ingestão de selênio pelos consumidores deste produto. em altas temperaturas causa uma quebra na molécula de cisteína presente no albúmen do ovo. estando assim envolvida no processo de formação da casca dos ovos. O zinco é cofator da enzima anidrase carbônica que se apresenta em altas concentrações na glândula da casca. Entretanto. Ovos enriquecidos Minerais O enriquecimento de ferro nos ovos. os quais penetram na membrana da gema e reagem com o ferro presente. Ácidos graxos insaturados Uma vez que estudos clínicos e epidemiológicos têm apontado a gordura saturada da dieta como sendo a grande responsável pelo aumento dos níveis de colesterol sangüíneo e não o nível dietético de colesterol. os efeitos do colesterol dos alimentos sobre os níveis de colesterol sangüíneo ainda estão sendo discutidos por muitos profissionais da área da saúde. através da manipulação dietética. Dessa forma a ave sintetiza a maior parte do colesterol que compõe o ovo. o que reduz seu tempo de prateleira. média. A ingestão do colesterol pela galinha é mínima. Atualmente já não restam mais dúvidas que os níveis elevados do colesterol sangüíneo aumentam os riscos de problemas de saúde. a possibilidade de se reduzir o perfil de ácidos graxos saturados da gema ou elevar os insaturados. contudo. . pequenas porcentagens de farinha de carne como fonte protéica animal. pois as dietas convencionais são geralmente formuladas a base de produtos de origem vegetal contendo. da combinação entre várias fontes e dos níveis adicionados. fator esse que pode ser melhorado através da associação de selênio ou vitamina E. sendo a maior parte desse colesterol sangüíneo produzido pelo próprio corpo. contudo os resultados são muito divergentes. que visam melhorar a qualidade nutricional dos ovos. beneficiando assim a saúde humana. com variação nos índices de produção de individuo para individuo. desmistificando sua imagem de alimento prejudicial à saúde humana e criando uma estratégia de “marketing”: os “ovos enriquecidos”. A American Heart Association (AHA) sugere que pessoas com concentrações de colesterol sangüíneo normais podem consumir um ou dois ovos diariamente. O enriquecimento dos ovos com a vitamina E é interessante para melhorar a qualidade nutricional dos mesmos (enriquecidos com ácidos graxos ômega 3). Muitas pesquisas têm sido realizadas na tentativa de reduzir a produção de colesterol da ave através da utilização de drogas que provocam efeitos hipocolesterolêmicos. os ácidos graxos insaturados são mais susceptíveis a oxidação. Nem todo colesterol do alimento se torna o colesterol sangüíneo quando ingerido. algumas vezes. A composição de vitaminas no ovo é variável e depende primordialmente dos teores de vitaminas contidas na dieta das galinhas. pois apresenta função de antioxidante metabólico minimizando riscos de doenças coronarianas e processos inflamatórios.Além dos minerais. O principal motivo para isto foi todo marketing negativo sobre o colesterol dos ovos. De maneira geral o enriquecimento dos ovos com ácidos graxos insaturados parece ser possível. que está associado a alterações na composição e estrutura das membranas do ovo. contudo os resultados variam significativamente em função da fonte utilizada. torná-los mais saudáveis e melhorar aceitabilidade dos consumidores. tem sido uma opção para melhorar a qualidade nutricional dos ovos. como citado anteriormente. os quais apresentam funções antioxidantes. além de proporcionarem uma série de efeitos colaterais como a redução da produção de ovos. Além dessa falta de padronização. a possibilidade de enriquecimento dos ovos com vitaminas têm despertado o interesse de pesquisadores e empresas. Outro fator positivo seria as reservas de oxidantes que influenciam o período de armazenamento dos ovos. a eficiência com que essas aves transferem as vitaminas do alimento para o ovo pode ser dividida em quatro categorias (baixa. entretanto. Ovo x colesterol Durante muitos anos o ovo tem sido banido do cardápio das refeições de muitas pessoas que buscavam uma alimentação mais saudável. alta e muito alta) e variar de 5 a 80%. Não é muito utilizado na avicultura. são valiosos do ponto de vista biológico (ricos em nutrientes e matéria orgânica) e devem ser usados e não simplesmente eliminados. genética. Independente do tratamento escolhido. como em todas as outras criações. sendo que o metano produzido tem alto poder calorífico. Por estas esteiras o esterco é transportado para fora do galpão.MANEJO DE DEJETOS Não só na avicultura de postura. Biodigestores Os dejetos podem ser aproveitados para geração de biogás através da biodigestão anaeróbica. Dejetos x meio ambiente Quando não manejados. oriundos da digestão e absorção dos alimentos pelos animais.000 aves em sistemas automatizados de produção e 550m³/dia no mesmo plantel em sistemas convencionais. há uma preocupação com seus dejetos devido às novas tecnologias de instalação que dão ao setor a oportunidade de aumento no número de aves alojadas e conseqüente aumento na produção de dejetos. a oportunidade de economizar energia. Compostagem À forma mais econômica e rápida de transformar nutrientes presentes nos dejetos em fertilizantes orgânicos para a agricultura e anda reduzir o risco ambiental. Os dejetos na avicultura de postura. como qualquer parte do sistema produtivo o gerenciamento dos resíduos merece importância e deve ser executado pelo produtor e pela agroindústria. Mas para virar fertilizante deve passar por um processo de fermentação microbiológica que resulta na decomposição da matéria orgânica de forma aeróbica ou anaeróbica. por gravidade. que dele se utiliza. os dejetos podem causar problemas como a contaminação do solo e das águas superficiais e subterrâneas. em esteiras únicas que ficam abaixo das gaiolas. O esterco produzido junto a outros resíduos caem.900m³/dia de biogás no plantel de 100. Os resíduos possuem elementos químicos nutritivos para os vegetais. Dados de literatura relatam potencial de produção de 3. Este é o resultado do processo anaeróbico com vantagem energética. gerando ao produtor. No Brasil. cerca de 7% das instalações possuem o sistema automatizado para coleta de dejetos. densidade das aves e composição da ração consumida. Assim. A composição nutricional dos dejetos varia conforme o tipo de exploração: linhagem. sendo preciso adicionar água para que o processo de biodigestão aconteça. o controle do manejo deve ser rigoroso para que se evite contaminação ambiental e garanta a qualidade do produto final. uma vez que os dejetos são sólidos. .
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