7469772 Comentario Biblico Kretzmann Parte1 Mateus

March 29, 2018 | Author: Daniel Costa | Category: Saint Joseph, Mary, Mother Of Jesus, Jesus, Gospel Of Matthew, Sin


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O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUSINTRODUÇÃO O apóstolo e evangelista Mateus é o autor do primeiro evangelho sinótico. Era um publicano. Chamava-se Levi, e era filho de Alfeu. Exercia seu ofício, antes de sua conversão, em ou perto da cidade de Cafarnaum, Mt.10.3. Estava assentado na exatoria, quando Jesus o chamou, Mt.9.9; Mc. 2.14-15; Lc.3.27-29. Não há dúvida, quanto à identidade do antigo publicano Levi com o posterior apóstolo Mateus, quando se compara as passagens paralelas, como também o costume dos judeus de, por ocasião de algum evento importante na vida, adotar um novo nome. Cf.At.4.36; 12.12;13;9. Está evidente, através de todo este evangelho, que o autor foi um judeu-cristão da Palestina, cuja familiaridade com o método romano de coletar impostos indica para um conhecimento pessoal do trabalho dos publicanos. Mateus nunca foi alguém distinto no círculo dos apóstolos. Era quieto e sem ostentação. Um discípulo feliz na companhia de seu Senhor. Somente tanto é registrado de sua atividade depois da ascensão de Cristo, que ele esteve empenhado como missionário entre os judeus da Palestina. A tradição diz que ele passou seus últimos anos da vida na proclamação do evangelho na Etiópia e outros países gentios, e que morreu em idade avançada. O objetivo do evangelho segundo Mateus está indicado, quase, em cada seção do livro. Escreveu para seus concidadãos. Não, porém, na língua hebraica ou aramaica, como alguns têm pensado12), mas em grego que, naqueles dias, era a língua comum do oriente. Seu alvo foi mostrar a gloriosa culminação do tipo e da profecia do Antigo Testamento, ou seja, provar que Jesus Cristo, o filho de Davi, o rebento do tronco de Jessé, é o Messias prometido. Mostrar que toda a vida, sofrimento, morte e ressurreição de Cristo é o cumprimento da Antiga Aliança. Fornecem abundante evidência disso, tanto a tabela genealógica que estabelece a reivindicação que Jesus é o filho de Davi, como a referência contínua ao Antigo Testamento, e a freqüente repetição da frase “para que se cumprisse”. Este é o fato principal que o autor deseja imprimir em seus ouvintes. No que se refere à data do evangelho, vê-se do capítulo 27.8 e 28.15, que foi escrito algum tempo depois do acontecimento dos fatos neles escritos. Também parece evidente, que foi composto antes da destruição final de Jerusalém. Pois, o autor, sem dúvida, teria feito, no evento referido, referência ao cumprimento da profecia de Cristo sobre a ruína daquela cidade. Relatos antigos dizem, que o evangelho de Mateus foi o primeiro a ser escrito, sendo sugerida, com algum grau de plausibilidade, a data de 60 AD. O fato que a posterior e final atividade missionária de Mateus não lhe permitiam o tempo para um trabalho literário, torna possível que ele o escreveu enquanto ainda vivia na Palestina, compondo-o em Jerusalém. A autenticidade deste evangelho não pode ser colocada em dúvida. Considerações históricas e textuais sustentam, não só a autoria de Mateus, mas também que este livro faz parte do cânon e pertence aos escritos inspirados da Bíblia. Podemos estar seguros que temos hoje o evangelho tal como Mateus, um dos apóstolos do Senhor, o escreveu e na mesma forma em que o redigiu pela inspiração do Espírito Santo 1 2 Veja Schaller, Book of Books, § 180. O conteúdo do evangelho pode ser resumido, brevemente, como o que segue. Mateus apresenta, antes de tudo, uma narrativa breve do nascimento e da primeira infância de Jesus. Segue, então, um relato do ministério do Senhor que foi introduzido com o batismo de João. O evangelista dedica a maior parte do seu evangelho ao trabalho do Senhor na Galiléia. Nesta época ele treinou seus discípulos para o trabalho da pregação do evangelho do reino, o que, por fim, trouxe sobre ele o ódio sempre crescente dos judeus, em especial dos seus líderes. Na segunda parte do evangelho há um relato detalhado da última jornada do Salvador para Jerusalém, dos seus últimos sermões e milagres, dos seus sofrimentos, morte e ressurreição. O evangelho finaliza com o notável comando missionário do Senhor e de sua promessa confortadora: “Eis, que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos”. Capítulo 1 A Genealogia Legal de Cristo. Mt.1.1-17. v.1.Livro da genealogia de Jesus Cristo, Filho de Davi, filho de Abraão. Este é o título, ou legenda, que Mateus coloca no cabeçalho de seu livro. Todo o evangelho é um livro da genealogia de Jesus Cristo, no sentido em que os judeus, em geral, empregavam a expressão em situações semelhantes. Significa uma narrativa dos acontecimentos mais importantes na vida duma pessoa, relatados de maneira mais ou menos breve, Gn.2.4;5.1;6;9;37.2; Nm.3.1. O evangelista apresenta a história do nascimento, dos feitos, sofrimento, morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Mas os primeiros versículos são uma genealogia no sentido mais restrito do termo. Apresentam uma lista dos antepassados legais de Cristo, por meio do padrasto José que era um herdeiro legítimo do reino, o que também era uma idéia que interessava sumamente aos judeus cristãos. Mateus chama a Jesus o filho de Davi, que foi o rei da idade de ouro do povo judeu. A promessa do Salvador, finalmente, foi restrita à sua família, 2.Sm.7.12-13; Sl.89.3-4; 132.11; Is.11.1; Jr.23.5. Cristo foi profetizado sob o próprio nome “Davi”, Ez.34.2324; 37.24-25. “Filho de Davi” era o título oficial que os judeus aplicavam ao esperado Messias, Mt.9.27; 12.23;21.9. Por autoridade profética, haviam sido conduzidos a esperá-lo sob esta designação. Mas, também, deveria despertar a atenção e conservar o interesse dos cristãos de origem judaica, saber que o Cristo, que Mateus proclamava, era o filho de Abraão. Pois, eles sabiam que o pai de sua raça recebera a promessa do Senhor: “Em ti e na tua semente serão benditas todas as nações da terra”, Gn.12.8; 18.18; 22.18. Por esta razão, ele se refere somente a estes dois pais, tendo em vista que, neste povo, a promessa de Cristo foi feita somente a estes dois. Mateus, por isso, enfatiza as promessas feitas a Abraão e Davi, porque ele tem uma intenção definida em relação a esta nação, querendo, como herdeiros da promessa, influenciálos, num modo agradável, a aceitar o Cristo que lhes foi profetizado, e a crer que Jesus a quem haviam crucificado, foi este homem”3. . 3 ) v.2-16: 2) Abraão gerou a Isaque; Isaque, a Jacó; Jacó, a Judá e a seus irmãos; 3) Judá gerou de Tamar a Perez e a Zera; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão; 4) Arão gerou a Aminadabe; Aminadabe, a Naassom; Naassom, a Salmom; 5) Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou a Obede; e Obede, a Jessé; 6) Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da quie fora mulher de Urias; 7) Salomão gerou a Roboão; Roboão, a Abias; Abias, a Asa; 8) Asa gerou a Josafá; Josafé, a Jorão; Jorão, a Uzias:9) Uzias gerou a Jotão; Jotão, a Acaz; Acaz, a Ezequias; 10) Ezequias gerou a Manasses; Manasses, a Amom; Amom, a Josias; 11) Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio em Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; e Salatiel, a Zorobabel; 13) Zorobabel gerou a Abiúde; Abiúde, a Eliaquim; Eliaquim, a Azor; 14) Azor gerou a Sadoque; Sadoque, a Aquim; Aquim, a Eliúde; 15) Eliúde gerou a Eleazar; Eleazar, a Mata; Mata, a Jacó; 16) E Jacó gerou a José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama o Cristo. Em três secções, em que cada uma tem quatorze membros, que retrocedem até Abraão que é o pai dos fiéis, são relacionados os progenitores de José. Nenhuma pessoa, já nascida neste mundo, podia gabar-se de uma ancestralidade direta mais elevada ou ilustre, do que Jesus Cristo. Estavam representados, nesta lista, os ofícios real, sacerdotal e profético em toda sua glória e esplendor. “São Mateus escreve seu evangelho numa maneira sumamente magistral, e faz três distinções dos pais de que Cristo procedeu: quatorze patriarcas, quatorze reis e quatorze príncipes. Há três vezes quatorze pessoas, como o próprio Mateus os chama. De Abraão a Davi, incluídos os dois, são quatorze pessoas ou membros. De Davi ao cativeiro babilônico novamente quatorze membros;... E do cativeiro babilônico a Cristo há também quatorze membros”4 . Uma comparação cuidadosa da lista, tal como dada aqui, e o relato encontrado no Antigo Testamento, 2.Cr.22.-26, mostra uma discrepância sem importância. Pois, Acazias, Joás e Amazias seguiram após Jorão , antes de Uzias. A explicação desta dificuldade se encontra no fato que Mateus pegou as genealogias tal como as encontrou nos repositórios públicos judaicos que, mesmo que corretas no principal, em algumas partes eram diferentes. Mas a omissão dos três reis não trouxe conseqüências ao argumento do evangelista, que consistia em mostrar a descendência legítima de José, o pai adotivo de Jesus, e, por isso, do próprio Jesus, numa linha ininterrupta, de Davi e Abraão. “Que necessidade há para muitas palavras? O próprio Mateus mostra suficientemente que não desejou enumerar as gerações com correção judaica, e, assim, estimular a dúvida. Pois, quase à moda judaica, coloca três vezes quatorze membros de pais, de reis e príncipes mas, com noção proposital, omite três membros da segunda secção, como se dissesse: As tabelas genealógicas, realmente, são devem ser desprezadas, mas a coisa principal reside nisso que Cristo é prometido através das gerações de Abraão e Davi” 5. Outra dificuldade está no versículo onze, onde Josias é citado como pai de Jeconias, quando foi seu avô, 1.Cr.3.14-16. A solução é encontrada, ou na referência à exposição feita acima que mostra que Mateus fez uso duma contradição deliberada, visto que os judeus tinham o costume de estender a denominação “pai” também ao avô; ou podemos adotar a leitura marginal que está baseada em alguns manuscritos gregos: “Josias gerou a Jaquim, e Jaquim gerou a Jeconias”. Isto também 4 5 2)Lutero11.2344. Lutero, 7.7. forneceria o décimo quarto membro desta secção, a não ser que incluamos Jesus neste grupo. De maneira semelhante, ainda que Jeconias não tinha irmãos mencionados nas Escrituras, seu pai os tinha, e não é em nada incomum encontrar parentes mais afastados sendo referidos deste modo, Gn. 28.13; 31.42; 14.14; 24.27; 29.15. “Não se deve supor que o evangelista estivesse preocupado que algum elo na linha tivesse sido omitido. Sua única preocupação era tornar certo que nenhum nome aparecesse que não pertencesse a esta linha”6 . Outro fato interessante: São mencionadas somente quatro mulheres nas tabelas, e, destas, duas eram originalmente membros de nações gentias – Raabe e Rute – e duas eram adúlteras – Tamar e Bate-Seba. Também é de observar, que a última não é citada pelo nome, sendo a referência tanto uma delicadeza como uma censura. Dos reis e príncipes, que Mateus enumera, havia alguns velhacos muito maus, como lemos no livro dos Reis. Deus, no entanto, permitiu-lhes que entrassem e fossem tão preciosos que ele quis nascer deles. Ele também não descreve nenhuma mulher piedosa. As quatro mulheres mencionadas eram consideradas como velhacas e ímpias pelo povo, e consideradas mulheres más, como Tamar que recebeu Perez e Zera de Judá, o pai de seu esposo, como está escrito em Gn.38.18. Raabe é chamada prostituta, Js.2.1. Rute era uma mulher gentia, Rt.1.4. Ainda que fosse piedosa na honra, visto que não se lê algo de mau sobre ela, no entanto, porque era uma gentia, ela era desprezada qual cachorro pelos judeus e considerada como uma indigna diante do mundo. Bate-Seba, a mulher de Urias, foi uma adúltera antes que Davi a tomasse por mulher e gerasse dela a Salomão, 2.Sm.11.4. Sem dúvida, todas elas são enumeradas para que nós pudéssemos ver o quanto quis espelhar a todos os pecadores, e que Cristo foi enviado a pecadores e quis nascer de pecadores. Sim, quanto maior o pecador, tanto maior o refúgio que teriam com o misericordioso Deus, Sacerdote e Rei. Ele é nosso irmão, em quem e em nenhum outro, somos capazes de cumprir a lei e receber a graça de Deus. Ele, para isto, veio do céu, e de nós não deseja mais do que isto, que permitamos que ele seja o nosso Deus, Sacerdote e Rei. Então tudo será bom e claro. Somente por ele nos tornamos filhos de Deus e herdeiros do céu 7. A tabela de Mateus finda com as palavras, v. 16a: “E Jacó gerou a José, marido de Maria”. Este fato, e as circunstâncias adicionais em Lucas cap.3, que tem uma lista bem diferente dos ancestrais de Jesus, precisam ser considerados como prova positiva de que temos em Mateus a genealogia de José, o pai adotivo de Jesus. Por isso, o objetivo do evangelista foi, sem dúvida, apresentar Jesus em seu nascimento, como filho legal de José, esposo de Maria, e, como tal, sendo o herdeiro legítimo do trono de Davi. José foi, perante a lei, o pai de Jesus. Todos os seus direitos e privilégios foram, em vista do seu nascimento e descendência, pela lei transferidos ao seu filho. José, enquanto vivia, continuou no seu papel de antepassado paterno legal de Jesus, Mt.13.35; Jô.6.42. Desta maneira o nome e a posição de Jesus, especialmente durante seu ministério, estavam acima da censura, Dt.23.2, e a sua pretensão de ser o herdeiro da linhagem de Davi, estava sobre bases sadias, até aos olhos dos obstinados defensores da lei.Observem a fraseologia cuidados empregada por Mateus nesta sentença, v.16b: “Maria, da qual nasceu Jesus”. O Salvador não foi gerado dos dois, como de pais naturais, mas só de Maria. Desta maneira o evento que Mateus está por relatar, está colocado fora do curso da natureza, para além do nível da compreensão humana. O nome de seu filho é Jesus, segundo a realização da grande obra para a qual ele veio ao mundo – a salvação da humanidade. E ele é chamado o Cristo, que tem exatamente o mesmo significado como o hebraico Messias – o Ungido de Deus. Era o seu título oficial, segundo o seu ofício triplo, como o legítimo descendente de Davi, que a genealogia mostrou dele. Só ele é, acertadamente, chamado o Cristo, acima de todos os seus companheiros segundo a carne. Ele é o Rei dos reis e o Senhor dos senhores. O grande Rei que com seu poder onipotente governa o universo inteiro, e que reina nos corações dos seus seguidores com sua misericórdia benigna. Ele é o Profeta, maior do que Moisés, que tem uma mensagem divina de verdade e amor e graça para todas as pessoas. Ele é o grande 6 7 Expositor’s Greek Testament, 1.63. Lutero, 11.2346. 1-2. achou-se grávida pelo Espírito Santo. sendo justo e não a querendo infamar. tomando sobre si mesmo a forma da nossa carne pecaminosa.20. Concluindo esta genealogia. e depois que lhe dera seu penhor de ser sua prometida noiva. Neste ínterim. que imediatamente coloca Jesus o Cristo no centro diante das mentes e corações de seus leitores. introduzido com o reinado luxurioso de Salomão e caracterizado pelo conflito contínuo e desvantajoso com a idolatria. Jo. com todas as manifestações do zelo do primeiro amor e fervor a Deus. Como esposo prometido em casamento. amontoar sobre ela ignomínia e vergonha. que se passava algum tempo antes que uma noiva virgem era dada formalmente em casamento e levada à casa de seu esposo. Pois.7. casualmente. as três formas de governo que os judeus tiveram: A teocracia. e a mais firme confiança em Deus. A referência não diz respeito tanto ao real processo de gerar. Se neste contraste algo se ressalta. mas a mais angustiante e humilhante que podia cair sobre o destino duma jovem pura. Commentary.14. reto e respeitador da lei a qual. são catorze. Mas. seu esposo. José mostrou-se em tudo. era muito rija e descomprometedora. tendo juizes. escreve o evangelista.1.22-24. mas internamente arruinada.Sumo Sacerdote. desposada como José.39. reis e sacerdotes em sua liderança. ainda assim. de acordo com as divisões da história judaica. nesta situação crítica. E o evangelista relata esta origem. sua honra e sua vida” 8. . até mesmo da menor transgressão. V. tinha os direitos e as responsabilidades dum esposo. Os três períodos representam. catorze.7-8. ela era a mulher a quem ele votara o amor 8 Clarke. no tempo antes da celebração das núpcias. podia esperar que ninguém acreditaria em sua defesa. Como Filho de Deus. e inteiramente convicta do fato que sua situação era devida unicamente ao agir sobrenatural do Espírito Santo. é isto. que a redenção foi desejada intensa e urgentemente.1.22. como à idéia geral de origem. Incapaz de acreditar na inocência dela. o nascimento de Jesus Cristo foi assim. em relação ao assunto da infidelidade da mulher. achou uma saída deste dilema tão difícil. em seu próprio corpo e pelo derramamento do seu próprio santo e precioso sangue. “Nada. O Anúncio a José e o Nascimento de Jesus – Mt. Foi desta forma que o Messias assumiu a natureza humana. sem que tivessem antes coabitado. Maria havia entrado numa promessa de casamento ou num contrato nupcial com José. ainda que o contrato matrimonial fosse legal e obrigatório. que culminou no reinado de Davi. Dt. 5. Primeiro veio a época do crescimento lento mas constante. 15. Como ser humano. Ela havia concordado com o casamento. ele dá um resumo breve. respectivamente. E ele era um homem justo. Foi. como um verdadeiro cristão deve ser. diante das evidências que eram maiores do que a força duma pessoa comum.18. É esta a introdução de Mateus ao seu evangelho. porém.18a: Ora. que Maria esteve grávida dum filho.18-25. duma ortodoxia morta e dum ritualismo insípido. E por fim veio o período duma igreja restaurada. a monarquia e a hierarquia. fez plena propiciação pelos pecados do mundo inteiro.18b: Estando Maria.17: De sorte que todas as gerações desde Abraão até Davi. a mesma divisão resume a sorte de Israel. V. ela ainda vivia em sua própria casa ou na de seu pa. 19: Mas José. em que estavam em jogo a sua reputação. Dt. Sua situação não era só delicada. Enquanto Maria estava neste compromisso com José. e. caso tentasse faze-lo. podiam suporta-la numa situação. sua mãe. ainda assim. ele não teve começo mas está desde a eternidade no seio do Pai.i. ele teve princípio. José. desta maneira. que. Jz. ou havia empenhado sua palavra a José que desta forma estava preso a ela pela sua promessa de noivado. e desde o desterro de Babilônia até Cristo. resolveu deixa-la secretamente. não ocorria a coabitação. Era regra. não desejava expor Maria publicamente. ele. desde Davi até ao desterro para a Babilônia. Após veio o período do declínio lento e a desintegração gradual. ela. V. catorze. V. a não ser a mais plena consciência de sua própria integridade. Mesmo sabendo que era inocente. 13.Este é. A mente de José. só ele. séculos antes. dizendo: José. que tudo ocorreu do modo como o evangelista o registra. revelar o futuro.20: Enquanto ponderava nestas coisas. tudo isto acontece. para lhe assegurar que os . Pois. filho de Davi”. O ponto alto da mensagem do anjo. Estava decidido no conselho de Deus: Ela dará à luz uma criança. para que a vida dela fosse salva.22-23: Ora. para salvar a ele a sua noiva duma ação que teria dado em conseqüências desastrosas. Pois. livre salvação. V. O anjo se dirige a José: “José. dando à criança este nome. em sonho. um anjo do Senhor. sem dar qualquer motivo para tanto. Foi neste ponto que Deus interferiu em favor da mãe de seu Filho. como foi sugerido. seu afeto. e. ele traz ao seu povo este benefício inestimável. As palavras. A justiça havia sido temperada com a misericórdia. mas para enfatizar o pensamento do reconhecimento da adoção legal da criança. A visão veio a José num sonho. ela se tornará mãe. mas não como mera denominação para o distinguir de outras pessoas. iria reconhecer publica e formalmente adota-la como seu filho legal. mas também da sua culpa. em casos especiais. antes. o fim e o objetivo da sua vinda. Esta aceitação singela das palavras do anjo significou para José um ato de fé. a criança que dela devia nascer era do Espírito Santo. se referiam a um sinal ou milagre. Ele não devia temer levar para casa. resolveu cancelar secretamente o laço do noivado. não só da poluição e poder do pecado. Agora. eis que lhe apareceu.14. havendo uma ação ativa de ambos os sexos. não temas receber Maria. como aconteceu com Sara e Isabel.17. Mas eis! Uma manifestação vívida dum anjo. de aceitar publicamente. seu expediente tão bondoso. e ele em sua inteireza. Estava lutando com pensamentos dolorosos. Cristo não tolera o pecado. como no caso do sinônimo hebraico Josué.de um esposo. resumido numa frase. pelo Senhor. não para lhe despertar o humor heróico. Mateus junta uma nota explicativa. Zc. ele traz pleno perdão. Nm. Esta é uma ordem na forma duma predição. V.1. mas por uma maravilhosa suspensão do processo usual da natureza. não que Jesus fez pouco caso do pecado. que o Senhor prometeu ao rei Acaz. filho de Davi. Esta é a mensagem do evangelho. mas que ele fez sua expiação. e. por isso. semelhante aos realizados pelos grandes heróis do Antigo Testamento. para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. apesar de todas as evidências dos sentidos. até lhe parecia duro demais. para enfatizar a intervenção de Deus. como escritas pelo profeta. Este reconhecimento público salvaria a honra de Maria.18. conforme a sua humanidade. V. Mas o resultado da sua avaliação do caso foi. haviam sido postos num teste severo. ainda.11. talvez.10-14.13. mas a todos que estão em necessidade um Salvador. não só por uma intervenção sobrenatural em que Deus dará nova vida a órgãos que já haviam passado da idade de conceber. José. O nome da criança deve ser Jesus. tua mulher. para mostrar o cumprimento dos tipos e das profecias do Antigo Testamento na pessoa e obra de Cristo. e o produto duma coabitação muito ímpia. porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.3. da criança. Mt. também. e ele será chamado pelo nome de Emanuel que quer dizer:Deus conosco! Não foi por um incidente. isto é. ou para. Gn. e ninguém outro.18. salva. como uma expressão da real essência da personalidade divina que era. José devia dar o nome Jesus a este filho de Maria. estava ativamente envolvida com o embaraçoso problema. não somente aos membros de sua nação segundo a carne ou seja ao povo judeu. a saber: crer inteiramente no Senhor. Lc.Este é o recado e a missão do anjo: Ele. mas ele o destrói. mas. libertação total. capítulo 7.21: Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus. expõe o nome: “Ele salvará o seu povo dos pecados deles”. O anjo. Sua humanidade e bem-querer. não tomar medidas rigorosas. segundo a qual as pessoas nascem do desejo da carne e do desejo do homem. concebida pela deliberada intervenção de Deus agindo contra o curso da natureza.1. angustiantes e confusos. foi ele que falou a profecia através de Isaías. Maria como sua mulher. pela qual seria alcançada a salvação das pessoas . mas foi uma ocorrência definitivamente decidida e totalmente planejada.7.18. em vez de ser um fruto dum relacionamento adúltero e licencioso. A aparição dum anjo num sonho era um dos métodos usados por Deus para tornar conhecida a sua vontade. mas conforme sua bondade amável e suas ternas misericórdias. a ordem divina. depois que José. que os “irmãos” de Jesus. incidentalmente. fora instruído por meio duma . seguindo. As palavras do Credo Apostólico: “Concebido pelo Espírito Santo. a quem pôs o nome de Jesus.19. seu pai adotivo. § 276. o Senhor onipotente. mas aquela designada e escolhida por Deus.14. depois da ascensão de Cristo e da fundação da igreja cristã. não conforme sua justiça condenatória. calmamente. chamariam seu nome Emanuel: Deus conosco.16. mas os homens e o povo que o conheceriam.1. .conselhos e planos dos inimigos de Israel não ficariam de pé mas que. mas tão só por motivos de reverência. Agora o sinal será dado e a profecia seria cumprida. tratou as histórias da natividade de Cristo como mitos. Sumário: Jesus Cristo. 1 Tm. Agindo assim. Mas a era do racionalismo ou de crer somente o que a razão admite como verdade. Outro declarou que José foi o pai de Jesus.6. nascidos a José dum casamento anterior. At. Teólogos da igreja católica e muitos comentaristas protestantes argumentam.55.9. que o primogênito de Maria foi seu único filho. seriam totalmente frustrados. Seu filho é o próprio Deus. que homens se sentiram movidos a insistir no alegado fato da perpétua virgindade de Maria. fez como lhe ordenara o anjo do Senhor. Alguns asseguraram com um dos pais da igreja. O Nascimento duma Virgem O fato do nascimento duma virgem não foi questionado e as doutrinas consoladoras tiradas dela eram aceitas universalmente. citados em várias passagens.12.46. não só seus pais. enquanto ela não deu à luz um filho. a virgem mãe.A virgem. o pai dos fiéis de todos os tempos.1.Jô. Diante do Deus eterno.3. além do qual sua genealogia pode ser traçada até Abraão. o Filho e herdeiro legítimo de Davi.25: Contudo. V. Certo crítico atacou a idéia duma origem sobrenatural de Jesus e tentou achar uma explanação natural para o caso. em especial. trouxe uma nova concepção de criticismo bíblico e causou destruição em nossa doutrina. foi concebido e nasceu de Maria. Estas palavras se cumpriram no filho de Maria. rapidamente. Conduziu Maria para casa como sua esposa. está conosco.9 O evangelista conclui a narrativa. e recebeu sua mulher. os filhos de Alfeu.2. os que aceitaram sua salvação. 12. nasceu da virgem Maria” eram confessadas e cridas em toda a igreja cristã. não qualquer uma das virgens.14. É questão discutível. Mt. não a conheceu. E eles.1. recebeu agora esta posição aos olhos de todos.13. 24: Despertado José do sono.Lc. a mulher de Alfeu. Jô. Em sua pessoa o próprio Deus forte. sendo o resgate a redenção conseguida pelo Messias. Dando este sinal. Mas o casamento não foi consumado nesta ocasião. por quase XVIII séculos. Gl. Celebrou o noivado com todas as cerimônias costumeiras dos judeus. afirmando que José pôs o nome de Jesus ao filho de Maria.1. Tão logo que acordou do sono.5. se Maria e José alguma vez viveram juntos no relacionamento conjugal e se geraram filhos. o Senhor teve em mente o Israel espiritual e seus inimigos. Jr. o espaço de setecentos anos é como a vigília da noite. eram os primos do Senhor. Um terceiro. estando grávida. José não consumou as relações naturais do casamento com Maria. assumindo a paternidade legal da criança e.3. O resultado da visão Angélica.31. Book of Books. e cunhada (não irmã) da mãe do Senhor. Outro mantiveram que eles eram os meio-irmãos de Jesus.14.maravilhosa visão angélica quanto à intervenção de Deus. a questão é de somenos importância e não consegue ter significado doutrinário. V. irmão de José e de Maria. 9 Veja Schaller. expressando sua esperançosa crença no Salvador da humanidade.8. Aquela que era sua mulher pelo noivado. assim. exegéticas ou dogmáticas. o Messias prometido. com muito ânimo. 7. Não foi por razões históricas.Mc. até que nasceu seu filho. estava no tempo de dar à luz um filho. o relato inteiro da Bíblia foi. finalmente. Na verdade. esteve imediata e decididamente ativo e começou a pôr em prática as instruções divinas. Ele. O Dr. casta e convincente da narrativa da Bíblia. usada na passagem. Mas precisou ser a nossa natureza elevada acima de si mesma. declarando que lendas e mitos brotaram. sendo assumida. outros uma grega. não sendo a base física da existência de Cristo mas o caráter moral e espiritual de sua personalidade que estão envolvidos na redenção. não podem agir diferentemente. Mo. que ele purificou em sua formação. separada.40. Apoiemo-nos. para combater estes ataques. referindo-se. Is. temos todas as razões para dizer: “Por isso. Cremos que isto é essencial para uma apreciação total do caráter sobrenatural.Syn. O nascimento duma virgem é ensinado de modo mais decisivo na passagem acima. não há mais lugar para eles. Mt. os falsificadores são esses homens e críticos estudados e os visionários e os que escrevem lendas.4.20-25. mas não os apóstolos e evangelistas. como a doutrina da necessidade do nascimento inocente do Salvador. em relação ao desenvolvimento de todas as religiões. estando ambos cheios de milagres. a palavra hebraica. de que o criticismo histórico e textual provou que houve edições seguidas das histórias do Novo Testamento. a saber destruir a fé dos cristãos bem como a verdadeira história da Bíblia. e eles já receberam a sua recompensa. com também em Lc. não concordam entre si. como uma parte necessária da nossa fé. O diabo lhes agradece por isso” 11. a fim de estar organicamente unido com a raça humana. por isso. 1904.1. os exemplos deles são uma escolha muito fraca. para constituir uma pessoa divino-humana. purificada.desacreditado. “O divino ser. Pois. transmutada – uma natureza humana que. Mich. Gl. divino. Die ersten zwoelf Kapitel. carne de nossa carne. do Salvador. Uma terceira classe de críticos é a favor da explanação mitológica. uma jovem que não conheceu a um homem. Além disso. À luz destas passagens tão evidentes. Commentary. Está claramente escrito. mas um virgem. É deles a experiência dos judeus. Clarke.29. Precisou ser osso de nosso osso. ao fato que os mitos gentios sobre tais histórias são de um caráter incrivelmente vil e imoral. podia ser 10 11 Der Prophet Jesaias.15. nas armas que o próprio Cristo nos indicou. Synodalbericht.. concorda com a profecia de Gn. Do ponto de vista da sua incredulidade. e outros uma hindu.1.30.3.14. A sua pesquisa histórico-crítica é pura fraude. até. não meramente “uma mulher em idade para casar”. enquanto que nada consegue ser igual à linguagem simples. uma paternidade divina por meio dum relacionamento carnal. Esta posição. infelizmente. Têm olhos mas não vêem. além disso. quando fala do Filho de Deus. assumindo alguns deles uma origem hebraica da história. Mas tais afirmações revelam o fato de que eles estão muito bem informados da conecção vital que há entre a doutrina do nascimento duma virgem e a fé na divindade de Cristo. e se unir pessoalmente com ela. que o Messias deveria nascer duma virgem. além disso. como tendo nascido de mulher. e ouvidos para ouvir e não ouvem. teve que entrar na profundeza procriadora da humanidade. E um escritor recente mostrou que todas estas teorias são insustentáveis e que não semelhantes. de modo muito estranho e misterioso. Queremos conservar a doutrina do nascimento duma virgem.4. 84.18-20 10. designa. É afirmado que o mundo moderno já não pode crer em milagres. sim. tanto o fato do nascimento duma virgem. sendo negados. até.7. Dist. que o nascimento duma virgem tem nenhum significado doutrinário. a saber: “Está escrito”. e selecionar e assumir uma natureza humana. evidentemente. Stoeckhardt provou este significado. revela a sua ansiosa intenção que querem pôr em prática. onde a Semente só da mulher é citada como o esmagador da cabeça da serpente. e. em todos os tempos. Os próprios críticos.. na passagem de Pr. Ele encontra sua confirmação total no fato a que São Paulo se refere no modo mais manifesto. 5. na maioria das vezes. alma de nossa alma. tanto pela sua etimologia como pelo emprego. e que há a presença de material alheio às fontes essenciais do evangelho. derruba toda a Bíblia e a história da igreja. Alguns têm afirmado. O argumento final dos críticos.34-35. . tendo em vista que está na ordem do dia brincar com a santidade do laço matrimonial. Cf. filha de Labão.98. Gn. temos uma concepção e nascimento pecaminosos. só dizem respeito aos judeus. mais tarde. Encontramos em todas estas passagens. Caso semelhante é o de nossa passagem. o casamento. Lc. e pelo seu próprio consentimento livre e mútuo.18-20. e. fez com que seu ser fosse colocado sob a lei e fê-lo cumprir perfeitamente a lei. O grande “mistério” a respeito de Cristo e sua 12 13 Keyser. é inconsistente com a exigência que. tanto do Antigo como do Novo Testamento. Em adição a estas passagens claras e óbvias. era noivo de Raquel. o equivalente ao alemão Braut. temos outra razão para considerar um noivado legítimo como equivalente ao casamento. Entra-se num noivado legítimo. Quando Jacó.19. Esta é a visão escriturística dum noivado legítimo. no que concerne à indissolubilidade do laço matrimonial. sem que tivessem coabitado”. por natureza. tornou possível toda a sua obra da redenção. uma mulher noiva). mas sem pecado’” 12. Quando Ló foi instado a sair da amaldiçoada cidade de Sodoma. prometem um ao outro ser e permanecer marido e mulher em união vitalícia. e ela é chamada a “mulher desposada de José”. que os termos “esposado” ou “noiva” (no texto original. faz da Bíblia a regra do viver como também a norma de doutrina. com a vontade e o consentimento dos pais dos dois lados.. sem tomar em consideração os regulamentos estatais e eclesiásticos dos judeus. é equivalente ao casamento. para que ele não fosso concebido e nascesse sob a maldição. mas Cristo tem uma concepção e um nascimento puros e santos.13. sua mãe precisou ser uma virgem. mas que não foi concebida e nasceu em pecados. pelos anjos foi enviado a falar aos seus “genros. assim.27.77. José é chamado seu “esposo”.2676. tendo o consentimento expresso ou implícito de seus pais ou responsáveis.14. que nos são assegurados pelo seu nascimento duma virgem. Eles haviam noivado com elas e tencionavam. aos que estavam para casar como suas filhas”. The Rational Test. para agradecer a Deus que ele purificou a nossa concepção e nascimento impuros e pecaminosos pela sua concepção e pelo seu nascimento. à nossa semelhança. nas quais se fala da união de Cristo com sua Igreja. é necessário enfatizar a visão escriturística do dever dum noivado legítimo. Quando Maria estava “desposada com José. 97. Lutero 13. Cristo “de fato se tornou uma natureza humana real e verdadeira.21. e. Um tal noivado. Manter que passagens desta espécie só têm valor histórico.22-29..28.4.30.2679.29. Gn. Gn.2. E por meio da sua concepção e do seu nascimento santos são abençoados e santificados a nossa natureza. que homem nenhum havia tocado. Dt. e para que o diabo não tivesse direito ou poder sobre ele. Assim ele tirou de nós a maldição e nos trouxe a bendição. . e que suas ordens não são obrigatórias aos cristãos de hoje. estando em idade de casar e não estando impedidos por empecilhos da Escritura ou legais. e que elas. Por isso. Os. e “mulher” são usados como sinônimos e de modo totalmente indiscriminado.29. quando um e uma mulher.28.18-19. por isso. como indicado no texto acima Vv. falou dela como de sua “mulher”. Nós. de modo correto.2. O Compromisso Dum Noivado Legítimo Tendo em vista o fato. e isto é por analogia com trechos das Escrituras Sagradas. como os demais filhos de Adão. Celebramos tal misericórdia neste dia.1. Cf. Pieper.76. mas sem pecado. mesmo antes que as núpcias haviam sido realizadas.O fato da santa humanidade de Cristo. sangue e carne” 13. Christliche Dogmatik.22. que o conceito moderno do laço matrimonial está afundando rapidamente ao nível da idéia gentia em suas manifestações mais imorais.‘tentada em todas as coisas. Estes dois acontecimentos ocorreram antes que existissem as leis eclesiásticas judaicas. 7. grande em sagacidade diplomática. o consentimento mútuo legítimo e incondicional dum homem e duma mulher que podem casar. Is. Depois. 76. desposar-te-ei comigo em justiça. e julgarmos conforme a razão. Keuschheit und Zucht. ele. “Porque o teu Criador é o teu marido.242. 1. assim teus filhos te esposarão a ti. perderia seu sentido. e à tua terra: Desposada. A história o chama de Herodes o Grande. A seguir se tornou governador da Celessiria (hoje. A rescisão de esponsais legítimos ou dum noivado válido é deserção ilegal do laço matrimonial. V. ) Lehre und Wehre. 3.. Is. A transição que o evangelista emprega. e em misericórdia”. Mt. Vem. rejeição pelos judeus”16 . ele foi feito tetrarca pelo triúmviro romano. incluíndo o sul da Síria e Decápolis. só há uma conclusão: “Um noivado válido. e em benignidade. especialmente. o vale fértil entre o Líbano e a cordilheira dos montes Anti-Líbano. como empregados na Palavra de Deus. apropriadamente. É um relato da “recepção dada pelo mundo ao recém-nascido rei Messias. como equivalente ao casamento. cuja esposa a si mesma já se ataviou”. pelo macabeu Antígono. de modo muito notável. Ef. Lutero.. assim de ti se alegrará o teu Deus”. menciona um ponto muito importante. para serem marido e mulher. nem a tua terra se denominará jamais: Desolada.19.1a: Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia. Jahn. Comparem com elas ainda as seguintes passagens: “São chegadas as bodas do Cordeiro. Capítulo 2 Os Magos do Oriente.Co.69. Porque. da parte de Deus. Os. E muitas outras afirmações em que a falta de lealdade e fidelidade do povo de Israel é comparada com o adultério.21. Sua ambição teve sucesso. Ef. amai vossas mulheres. Ap. 2.2. Von der Verlobung. noiva minha”.5. de acordo com a compreensão da moral natural. conecta. visto que foi grande em astúcia política. foi declarado rei da Judéia. Herodes fugiu para Roma. “Nunca mais te chamarão Desamparada. tal como o temos hoje.1-12. o Senhor dos Exércitos é o seu nome”. tal como o temos hoje. . não fossem idênticos. Afastado de sua província. “Maridos. isto é. Cantares de Salomão 4.4-5. 714 anos após a fundação de Roma e 37 a. como Lucas.C. Homenagem de longe.2. ataviada como noiva adornada para o seu esposo. tendo apenas vinte e cinco anos. Ap. em dias do rei Herodes.77.A parte da doutrina das Escrituras a respeito do compromisso do noivado.19. procurador romano da Judéia. como o jovem esposa a donzela. 136-143. Jô. onde conseguiu o auxílio de Antonio e Augusto. “O que tem a noiva é o noivo”.. Ele era o filho do idumeu Antipater.2.21. 16 ) Expositor’s Greek Testament. essencialmente marido e mulher diante de Deus. Quart. que descia do céu.. Theol. conquistou para si o governo da Galiléia. a narrativa das circunstâncias que envolvem o nascimento do Salvador com a história da adoração dos magos. onde sua situação sempre estivera insegura. caso noivado e casamento. Cf. mas chamar-te-ão: Minha-delícia. clara é 2. 20.Enquanto Mateus não fixa o tempo do nascimento tão exato.Igreja. Antonio. porque o Senhor se delicia em ti.54.1915. de modo quase incrível.655.408. pelo senado romano.43.. quando. vale de Bekaa).350.2. “Vem comigo do Líbano.. a nova Jerusalém.5. Uma passagem que é. como o noive se alegra da noiva. 15. e em juízo. como também Cristo amou a igreja”. da mesma forma como se ocorresse após a consumação do casamento” 14. com sua obrigação. grande em capacidade de gastar em obras de beleza e grandeza exterior.2. hostilidade em casa! Um prenúncio das venturas da nova fé: aceitação pelos gentios. Dados estes fatos. Kretzmann.62.9. torna as partes. Herodes era rei nesta época. por meio deste pacto. em maldade. Pois.3. precisamos considerar o noivado. e a tua terra se desposará. “Vi também a cidade santa. mostrar-te-ei a noiva. que confirma a profecia do Antigo Testamento. Foi-lhe necessário 14 15 ) Theol.29. ainda assim. e.1-2.5.11. se olharmos somente o noivado.32. Quart. Lc. a esposa do Cordeiro”.8-12.10. “Desposar-te-ei comigo para sempre. mas também grande. e foi culpado que três de seus filhos. Jesus nasceu em Belém da Judéia. este primeiro estrangeiro havia governado trinta anos e trazido o regime sob o seu poder.40. e com a introdução de costumes gregos. como o registra a lenda medieval. prossegue. ) Lutero. para que eu chegue e também me torne um Rei. em muitas côrtes. Era um nome bem apropriado para um povoado que produziu. e foram enviados exatamente. Sem mencionar a multidão de outras execuções que foram tão cruéis quanto injustas. o governo pertence a mim” 17. e a astronomia. 11. O povoado do nascimento de Cristo é chamado Belém da Judéia. Então veio Cristo e nasceu sob este primeiro estrangeiro. Este foi o caráter de Herodes o Grande. como se clérigos e sábios de universidades de hoje fossem enviados a um príncipe” 18. a medicina. então. ciências naturais. De suas dez esposas. que disse. ou homens sábios. Lisonjeou o partido influente dos fariseus com a construção do magnífico templo e por outros sinais fingidos de zelo religioso.10. de modo mais literal. tendo também em mente ressaltar o contraste entre o rei que governava a Judéia e estes estrangeiros duma terra gentia. não eram reis. tendo derramado muito sangue e morto os melhores dentre eles. filha de Hircano. Isto aconteceu por meio deste Herodes.48. que Cristo só então teve que aparecer quando o reino ou o governo dos judeus tivesse sido tirado deles. Com tal grau de sangüinolência. Ele introduz este novo tema. o evangelista cita o rei Herodes.17. 11.3.. aquele que apropriadamente é chamado o “pão da vida”. que significa “casa de pão”. Esta Belém é outra do que a vila do mesmo nome na Galiléia.35-48. na antiga tribo de Zebulom. mas. “Por isso.logo que o teve por posse. de um modo vívido. intencionalmente.48.2. Js. “O cetro não se arredará de Judá. eles eram os teólogos e sábios da Arábia Fênix. Eram os cientistas daquele tempo que. ou. com grande indignação dos judeus.1b: Eis que vieram uns magos do Oriente a Jerusalém. Mas. 5. É provável que Mateus usa. fossem mortos. formavam o conselho privado do rei.12.19. sendo um estrangeiro que foi estabelecido pelos romanos como rei dos judeus. agora é a hora. executou a asmonea Mariana. especialmente em seus usos ocultos. na maioria das vezes. Cf. a morte dos inocentes de Belém passa desapercebida por escritores seculares. Gn. Cortejava a favor de Roma com uma servidão bajuladora. por ser considerada algo insignificante. Como se dissesse: O cetro de Judá acabou.299. Desta profecia está claro. com que seu reino esteve caracterizado. nem um mestre dos seus lombos.6. que não era da tribo nem do sangue de Judá mas era de Edom.10: O cetro não se arredará de Judá.40. Está situada numa estreita crista ou elevação contemplando uma região de rica agricultura. Daí seu nome sugestivo. O evangelista. Com o estabelecimento final e definitivo do seu reino. e apareceu.15. até que venha aquele que deve vir. Eles eram magos do Oriente. então havia chegado a hora. os magos. tendo indicado o lugar e o tempo da natividade. Jô. V.conquistar seu reino pela força das armas. de magos. Antípater. Gn.27.2. mas pessoas estudadas e peritas em ciências naturais. conforme a profecia. fazendo várias concessões ao paganismo. assim que por trinta anos ele se esfregou com eles sobre o caso. de acordo com o dito profético. Não os chama de reis. Quando. usou seu poder de maneira cruel e implacável para o seu próprio engrandecimento. Dn.. Jr.7. assim que se pôde assentar tranqüilo e os judeus se acalmado por não terem mais esperança de se livrarem dele. cumpriu-se a palavra do Senhor. e Efrat ou Efrata. até os atordoar e forçar à submissão.49. Eles cultivavam. 1. Os magos não eram algo outro do que foram os filósofos da Grécia e os sacerdotes do Egito e os homens eruditos das nossas universidades. a 17 18 Lutero. como seu filho maior. Alexandre e Aristóbulo. para lembrar a profecia do patriarca Jacó.39. Gn.296. . Ele os chama de homens sábios. até que venha Siló”.Sm. não se assentando nele algum rei ou governante provindo da tribo de Judá. “ Em primeiro lugar. e tendo-se cumprido a profecia de Jacó. Em resumo.. Mq.. a interpretação de sonhos. um estrangeiro está assentado sobre o meu povo. Herodes sentia grande temor. V. E a consciência de Herodes não estava limpa. Fora de dúvida. por diversos motivos. do outro lado. é que estes estrangeiros de uma terra distante vêm. Tendo ouvido isto. porém. com ele. mas que eles iriam aprender dele. por meio de métodos que não eram em tudo inquestionáveis.3. dada a Abraão. não uma junção extraordinária de planetas. gentios e estrangeiros” 19. acalentada pelos fariseus. a quem os sábios e sacerdotes não quiseram chegar para o adorar.2: Onde está o recém-nascido Rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no Oriente. a Jerusalém.4: Então. alarmou-se o rei Herodes e. Tudo isto significa nada. tanto os atuais incumbentes dos cargos como também os antigos sumo sacerdotes. Mas. O povo. uma prova certa do cumprimento duma profecia. Herodes avalia enfrentar a emergência. 300. A consternação de Herodes pode ser exposta de duas maneiras. O mais importante. A mensagem dos magos foi breve. A evidência que os magos citam para a sua convicção é sensacional. O tirano temia a alegre aceitação deste rival pelo povo. estava a excitação da espera dum libertador do jugo de Roma. Ou. com absoluta certeza. toda Jerusalém. da Babilônia ou da Partia. assistindo aos magistrados civis no papel de secretários 19 ) Lutero. uma estrela que foi colocada no firmamento. “Aquele. mas a SUA estrela. não um cometa de brilho singular. V. . carinhosamente. por meio dum gesto de extrema humildade. Pouco interessa se os homens vieram da Arábia. no exato momento em que o fenômeno aconteceu. convocando todos os principais sacerdotes e escribas do povo. como rei e tendo em vista sua posição de rei. a fim de lhe dar honra e adoração divina. a este vêm os adivinhos e astrônomos. não um meteoro providenciado para a ocasião. estas pessoas estranhas e estrangeiras procuraram numa jornada de tantos dias. Herodes.haviam vindo para adorar aquele cuja vinda a estrela indicava. Não uma estrela qualquer. da Média. como diz a lenda medieval que foi acolhida no poema “The Heliand” dos antigos saxões tenha transmitida aos sábios do Oriente uma tradição a respeito desta peculiar estrela. certamente. Ao mesmo tempo. O efeito deste anúncio alarmante. a profecia de Balaão. de uma a outra geração. colocando à sua disposição tanto a si mesmos. como a se referir a uma estrela verdadeira e física. O alarme dele era devido à má consciência e ao sentimento de culpa. ou que irradiou com brilho intenso. que ele nasceu. por causa de sua hipocrisia e egoísmo que. estava preocupado. pois isto também incluiria os anciãos dos quais Herodes matara a muitos. porque fora abertamente predito que um personagem ilustre.17.indicação vaga da localidade. Tendo ele próprio alcançado sua posição de governo absoluto. Talvez. Isto. Nm. V. Sabiam. sua realeza já está estabelecida. como a todas as suas posses. seriam notados pelo Messias. de estranhos. o Rei dos judeus. na mesma hora. a saber que Cristo havia nascido em sem meio. tradição ou revelação que lhes foi dado a conhecer. Não foi todo o sinédrio. lhes tivesse sido exposta pelos seus mestres. misturado a isto. Havia nascido uma criança que era o Rei dos judeus. Daniel. que era uma esperança. certamente. que descendiam de Abraão e Quetura. também chamado o grande conselho do povo judeu. exatamente. foi uma desgraça imensa para toda a terra e povo dos judeus. O aparecimento e. indagava deles onde o Cristo deveria nascer. A tradição dos judeus afirma que houve profetas nos reino da Sabá e Arábia. de acordo com o versículo nove. talvez. Havia uma afirmação em sua pergunta. Isto lhes era um fato inquestionável e indiscutível. De qualquer maneira. que os seus próprios moradores e cidadão não quiseram. os quais transmitiram a promessa de Deus. Haviam visto o surgimento duma estrela. este estrangeiro e usurpador temia um rival. também a condução desta estrela foi-lhes um sinal definitivo. mas os principais dos sacerdotes. numa missão tão extraordinária.24. da Pérsia. primeiramente. o Messias. estava excitado.Também foram convocados os escribas que eram funcionários políticos. Aquele. julgaria tanto a nação como o mundo. e viemos para adora-lo. era saber do tempo exato do primeiro aparecimento da estrela. até que. ele não queria dobrar-se diante do menino para o adorar em devoção. de modo algum. sem terem suspeição. que fará da devoção vigilante do pastor de ovelhas sua missão de vida sobre aqueles que lhe foram confiados. e. não citam literalmente a passagem do Antigo Testamento. quando comparada com o seu vizinho metropolitano. mesmo que cruel. é o lugar do nascimento de Cristo? A resposta dos teólogos judeus traz em si o gosto uma satisfação oculta. do que o resultado favorável de sua busca. não és de modo algum a menor entre as principais de Judá.2. Belém. enviando-os a Belém. em sincera confiança. Ele coroa sua hipocrisia como uma última mentira deslavada. Necessita. “Não és tu a menor?” pergunta o texto.Sm. responderam eles. Tudo não passava duma hipocrisia muito repugnante.5. E Herodes. fazei vossa busca a mais completa. tenha sido considerada pequena e insignificante entre os milhares de Judá. E não só isto. terra de Judá. porque assim está escrito por intermédio do profeta: 6) E tu.5: Em Belém. Mas. V. V. Herodes executa seu esquema. Isto refletia a opinião corrente e concordava com a tradição do Talmude. Ele.8a: E. Os magos. ele resolveu eliminar algum possível rival por meio dum método rápido e completo. Pois. foi teológica: Onde.confidenciais e como estatísticos. terra de Judá. Mas. para que o menino seja encontrado. avisai-me. bem de acordo com suas trapaças políticas.9: Depois de ouvirem o rei.6b: Porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo Israel. as cidades que se podiam orgulhar com uma população de mil ou mais famílias. V. Ele os despediu imediatamente com o urgente pedido. é a mais inferior em dignidade e distinção. que o nascimento da criança tivesse ocorrido naquele mesmo tempo. será um Príncipe e um Guia. que lhes submeteu. acostumado como estava a dar ordens.5. de mais informação. seja pequena em tamanho e em influência.2 com 2. Ocultou sua solicitação em termos polidos. Por isso. O texto sugere a idéia de muita pressa. poderiam ser persuadidos a falar livremente e sem ficarem alarmados. de acordo com os registros transmitidos. Pois. Tivesse ele feito seus inquéritos numa assembléia pública. Em sua comprovação das Escrituras. ainda assim. então seus próprios palacianos poderiam ter-se tornado suspeitos. Belém.8b: Para eu também ir adorá-lo. V. neste caso foi muito cauteloso. Mq. tinha a reivindicação melhor fundamentada pela excelência entre os principais de Judá. e eis que a estrela que viram no Oriente os precedia. disse-lhes: Ide informar-vos cuidadosamente a respeito do menino. tendo chamado secretamente os magos. ser convocado para uma reunião secreta podia ser considerado uma distinção rara pelos líderes judeus. que é quase uma ordem: Ide e procurai. um fingimento dum interesse gentil em tudo o que se relacionava com a criança em cujo destino as próprias estrelas pareciam envolvidas. consegue que seus sinceros visitantes sentem que ele não tem mais em mente. cujo nascimento daria distinção a Belém de Judá. prosseguem. ainda que urgentes. mas intentava prostrar a alma do menino no pó da morte. numa assembléia privada. de acordo com a tradição aceita. inquiriu deles com precisão quanto ao tempo em que a estrela aparecera. Talvez. sua resposta foi um pouco formatada conforme os ensinos rabínicos. quando o tiverdes encontrado. V. seus visitantes. partiram. Desta vila desprezada virá. Herodes se convenceu que a informação recebida era confiável. considerará a ela como sua cidade natal. aquele que combinará as qualidades dum governante com as dum amigo terno e amável e dum guarda vigilante. assumindo. Especialmente. mas combinam as palavras do profeta. provavelmente. Todos eram pessoas estudadas. A propósito. Neste ponto também foi planejada uma mudança política para fortalecer o prestígio vacilante de Herodes. ainda assim. não deixeis nada por realizar. O que Herodes queria. V. Sua opinião foi dada sem hesitação. Ansioso pelo sucesso dos seus planos. . mas ela. ele. porém. Foi uma conferência secreta. talvez. A questão. agindo segundo as palavras do rei.7: Com isto Herodes. o Messias. um prazer de estase. o que. como um onipotente Rei. No texto não transparece que a confiança singela dos magos lhes desse espaço para suspeitar da intenção do rei. até que. Via de regra se afirmou. sua mãe. Pois. como sua arrogância. 11. Sua longa peregrinação teve sucesso. parou sobre onde estava o menino. V. parou exatamente sobre a casa onde o menino estava. os magos. não se preocupam. Herodes não queria que algum dos seus adeptos fosse o portador das notícias. o versículo do profeta e o testemunho da estrela. afastam de seus olhos e mentes tudo o que a natureza. olhando para o céu. A explicação de Lutero é simples: “Ainda que eles (os magos) entrem numa casa pobre. ia de morte a sul. tendo as mãos cheias. mas uma estrela livre que podia subir a descer e girar para todos os lugares” 20. se cada um do grupo teve a visão. adoram-no. sendo que o servo deles é mais digno e ilustre. foi criada exatamente para este objetivo: ela andou de norte a sul. no princípio. como sendo Sacerdote de sacerdotes. abrindo os seus tesouros. ou um sentido místico nestes dons. simplesmente. ele foi o alvo de sua procura. Mas. ) Lutero.7. lhes chamara a atenção ao milagre. que.60. Eles. mas. como para assinalar para o enterro”. visto que indicou exatamente para a casa em que o menino estava.355. O efeito de sua aparição sobre os magos. “Mas esta estrela. Deixaram Jerusalém. curso e lugar diferentes do que as estrelas no firmamento. eles mesmos. também. como dedicado a Deus. Se há algum significado especial. por ordem de Deus. Uma outra prova é que a estrela. e lhe dão presentes”21 . . Abrem suas caixas de tesouros.11b: E. Uma rima medieval o tem assim: “O primeiro foi ouro. V. àquele que tinham desejado contemplar. resinas preciosas e aromáticas. porém.10. lá um aspecto tão desigual a um rei. Imediatamente cumprem o propósito de sua peregrinação. a Criança. o adoraram. Is. prostram0se.chegando. o terceiro foi incenso. o metal mais precioso. vendo eles a estrela.12: Sendo por divina advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes. eles receberam u8m conselho decisivo. como o evangelista o expressa. como convém aos que desejam achegar-se à presença duma realeza. V. estabelece claro que ela era de espécie. 2113. Reconheceram o sinal celeste que. aparentemente sozinhos e. incenso e mirra. A descrição de Mateus é tão vívida. Não tem maior importância. 11a) Entrando na casa. como destinado a quem deve morrer. ou se o líder recebeu a ordem de Deus. Aproximaram-se. Sua busca ardente estava no fim.6. haviam encontrado abrigo numa casa da vila. caindo sobre seus joelhos e tocando o chão com seus frontes. para não voltar em seu caminho a Jerusalém. possa apresentar e produzir. tendo somente indicações gerais para os guiar. e a mirra. que as palavras lhe fluem de modo honrado num fluxo jubiloso. destiladas de árvores e muito usadas em cerimônias religiosas. por isso. Não foi uma estrela fixa. 2105. Basta que eles concordaram com 20 21 ) Lutero. V. Sl. que o ouro deve ser destinado para o Rei. e crêem que este é o Rei. como os astrônomos chamam as estrelas. Sua mãe Maria e seu padrasto. Apresentam ouro. é uma especulação ociosa que preocupou a muitos comentaristas. segundo o costume oriental. a prometida Estrela de Judá. viram o menino com Maria. tão somente. alegraram-se com grande e intenso júbilo. aqui referida. e que tivessem pedido a Deus por algum sinal.10: E. E a ele foram dirigidos. Seguem. o segundo foi mirra. Mateus encerra a narrativa da adoração. viram novamente seu guia no firmamento.331. Os magos adoraram ao menino. encontram uma mulher jovem e pobre. 11. que é omitido intencionalmente. com um menino pobre. Prostrando-se. forte e plena. Tomou posse deles o mais intenso júbilo. É dito. incenso e mirra. Há. entregaram-lhe suas ofertas: ouro. chegando a Belém. o incenso. numa completa entrega. regressaram por outro caminho a sua terra. Ela deve ter parado bem mais baixo do que as demais estrelas. em fé imensa. E esta estrela continuou a andar diante deles em todo o trajeto. porque vai com eles de Jerusalém a Belém.Aqui está um outro exemplo da intervenção divina para frustrar os desígnios sanguinários de Herodes em relação ao Salvador. Os magos viram. antes que a alma lhe saísse do corpo. que os relatos sobre a estada de Cristo no Egito.1. eis que aparece um anjo do Senhor a José em sonho. quando. foge para o Egito. Seus corações estavam plenos daquela satisfação que sente a alma crente que viu a salvação do Senhor. a qual. pega logo. tal como encontrados em fontes apócrifas. De passagem. uma outra exposição verdadeira. e fugiram para o seu próprio país. com a ordem de matar todas as crianças que fossem encontradas na própria vila e nos seus arredores. mostrando que a profecia se refere ao menino Jesus em sua peregrinação segura mo país. nisso o cumprimento duma profecia do Antigo Testamento. capítulo 1. Fez do Egito o seu lar. Haviam visto a Luz dos gentios.20.a ordem. para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor. Cf. Herodes foi que. nem mesmo. por isso. e permanece lá até que eu te avise. Mas é de interesse encontrar. dando as necessárias instruções a José. inclusive no distrito rural que o circundava. toma o menino e sua mãe. Até o lugar de refúgio do menino é citado na divina mensagem. A Fuga para o Egisto e o Retorno a Nazaré. V. até ao tempo. e com os que lhe era confiados. Herodes enviou executores a Belém. feito um bobo. Agora o Senhor também frustrou o desígnio contra a vida do menino. . o Espírito Santo dá-nos. diz o anjo. entre seus concidadãos e entre uma província romana onde a fúria de Herodes não os podia perseguir. iria permitir sua volta à pátria. Guardemos na mente a referência à inspiração divina da profecia! V. Ainda qu8e nela seja referida a libertação de Israel da escravidão do Egito. e longe da vizinhança perigosa de Herodes. sem perda de tempo. o seu próprio filho. mais uma vez. a fim de mostrar a índole submissa de José. Partiram. O Egito seria. ocorreu naquele mesmo ano. também nesse ponto. 16: Vendo-se iludido pelos magos. como uma ordem ou comunicação futura a José. Quando esteve convicto que eles não retornariam a Jerusalém para relatar o que haviam achado em Belém. de dois anos para baixo. Mt. e diz: Dispõe-te. indica para o nascimento duma virgem. por intermédio do profeta: Do Egito chamei o meu Filho. Naquela mesma noite ele escapou calmamente. mais uma vez. porque Herodes há de procurar o menino para o matar.13: Tendo eles partido. deve ser observado. José. temporariamente. e de seu retorno ileso do mesmo. pelos magos. fazendo com que. Ela só podia ser apagada com sangue. aqui. enfureceu-se Herodes grandemente. afastaram-se. com exatidão. usa uma visão angelical para proteger seu Filho. foi obediente à palavra do anjo. e lá ficou até à morte de Herodes. Nem um só foi poupado. ele já fosse um cadáver horrendo. segundo relato antigo. Haviam alcançado seu objetivo. Os. Uma parte do plano de Herodes não funcionou: Os magos não retornaram para lhe revelar o paradeiro exato do menino. indo por um caminho diferente daquele que as caravanas usavam. que fez que suas carnes lhe apodrecessem nos ossos. tendo o propósito de mata-lo. Mais uma vez o menino é citado primeiro. em que seus antepassados haviam sido conservados em cativeiro. tomou de noite o menino e sua mãe. Herodes tem a idéia. Ele morreu de uma doença singular e repugnante. Deus. A fraseologia é muito cuidadosa e. segundo os cálculos históricos mas próximos.2.13-23. a fim de prevenir delonga. A santa família estaria. 14-15: Dispondo-se ele. são totalmente fantasiosas e peças de superstição. seu novo lar. Também está exposta a razão da ordem dada. Está manifesta a necessidade da pressa: Dispõe-te. V. Tudo gira em redor do seu bem-estar.11. “E sua mãe”. conforme o tempo do qual com precisão se informara dos magos. e mandou matar todos os meninos de Belém e de todos os seus arredores. ele planejou e está à procura do menino. É provável que o Egito foi escolhido. fora enganado. O evangelista. depois de sua breve digressão. ou. até à morte de Herodes. também. do seu ponto de vista. Esta cólera exigia uma saída. Estava enraivecido duma fúria irracional. porque nele se haviam fixado muitos judeus. retorna para sua história propriamente dita. e partiu para o Egito. Mateus narra o cumprimento da ordem nas palavras exatas em que o anjo as havia falado. enfureceu-se em extremo. V. provavelmente.16-20. eis que o anjo do Senhor apareceu em sonho. Assim.4. ouvido que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes. não literal mas típico. como única reação. a Batânia. Assim ele deve ser guardado nas mentes e corações de todos os leitores. V. porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino. E seu filho Antípatro. 22b-23: E. semelhante ao pai.Jô. em vista disso. que Mateus sempre dá ao menino Jesus a posição proeminente a que o elevava sua divindade. e vai para a terra de Israel. confrontou-se com um novo perigo que lhe causou renovados temores. a mando deste tirano. há um comprimento. Jr.12. O caminho mais natural a seguir. por divina advertência prevenido em sonho. para que se cumprisse o que fora dito. Aqui. não longe de . até.35. V.Fixando a idade de suas vítimas.4. A passagem. por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno. 18-18: Então se cumpriu o que fora dito. em Jerusalém. Os dois últimos receberam o título de tetrarca. e disse-lhe: Dispõe-te.choro e grande lamento.2. O evangelista retorna à história do Salvador. Raquel é representada como a mãe de Belém e de sua vizinhança.15. era um tirano suspeito e cruel. Mt. cinco dias antes que ele próprio rendeu sua alma. após a fundação de Roma. E José se desviou. tomou o menino e sua mãe. mais uma vez. se entregaram diante da flagrante. A superior era a Galiléia propriamente dita. E Filipe. por isso: Vão. tendo. talvez. Herodes. resolvendo a dificuldade e i8ndicando-lhe um lugar bem mais seguro. usa o concurso dum anjo. temeu ir para lá. duma profecia. Herodes Antipas. toma o menino e sua mãe. restando a elas. uma certa páscoa. V. deu a ordem a José. era Raquel chorando por seus filhos e inconsolável porque não mais existem. José não se delongou em obedecer a ordem. Foi assim. Nenhum perigo imediato ameaçava a vida do Salvador. para retornar à terra de Israel.22a: Tendo. era fixar-se na Judéia. Sua dor pelo infortúnio de seus filhos levaram-na a um choro e lamento tão amargo. e Rama tendo sido uma fortaleza de Israel junto à fronteira onde os cativos deviam se juntados. retirou-se para as regiões da Galiléia. como o profeta a escreveu. sendo elas forçadas a testemunhar o massacre de seus filhos diante dos seus próprios olhos. Gn. revoltante e tola crueldade de Herodes. E foi habitar numa cidade chamada Nazaré. sendo que Raquel era a mãe representativa da nação. Iduméia e Samaria. a José no Egito. pranto. Nazaré era uma pequenina cidade a sudoeste do Mar da Galiléia. quando muito. Arquelau. Arquelau obteve Judéia. Herodes não seria muito escrupuloso: duma hora de vida a dois anos. já não existiam mais aqueles cujo propósito assassino era mais ostensivo. Foi aqui que ela morreu quando deu à luz. e regressou para a terra de Israel. é a narração duma visão sobre a deportação de Israel ao cativeiro.31. quanto à segurança de suas tarefas. novamente. fazendo a viagem até a Galiléia que é a parte norte da Palestina. recebeu a Galiléia e a Peréia. V. recebendo o título de etnarca. Palavras de consolo e conforto pouco adiantavam. massacrou três mil pessoas no templo e na cidade. Conta-se dele que. anteriormente dividida em Galiléia superior e baixa. porém. Mas Augusto havia dividido o seu reino entre seus três filhos. Não admira que José estivesse cheio de apreensões. Herodes morreu no ano 750. contorcer as mãos em desesperada tristeza e agonia. Não precisava haver qualquer apreensão em relação à sua segurança. assegurava-lhe uma ampla margem de acerto nas duas direções. Como se dissesse: Não há nada e nenhuma pessoa a temer. Traconites e Auranites. O anjo.19-20: Tendo Herodes morrido. mais uma vez.26. ele fez uso da informação repassada pelos magos. 21: Dispôs-se ele. E foi para a Galiléia baixa que se José se dirigiu com a criança e sua mãe.13. Notemos. que também fora o lar de Maria. estava morto. Mas Deus. Lc. que tinha herdado o caráter cruel do pai. Mateus aplica esta passagem à matança dos inocentes. quando chegou à Judéia.4. A Galiléia baixa compreendia o antigo território de Zebulom. não interessava.1. herdeiro natural do trono. Mas. com certeza. aumentado o tempo para se certificar que nenhum pudesse escapar. havia sido morto. que José retornou para sua antiga cidade. por intermédio do profeta Jeremias: Ouviu-se um clamor em Rama. como ao que as mães de Belém. de fato. . Mas. O método.Mt. Estamos no tempos em que Jesus morou em Nazaré.Jr. Mas.Jô. sempre causou dificuldades. E esta passagem é análoga a expressões usadas em Is. mesmo antes de nascer.3. que conduz José. 76-77. solenemente.13.2. proclamando ou anunciando. que a referência diz respeito a Jz. Foi aqui que Jesus viveu até principiar seu ministério. quando tranqüilamente crescia em sabedoria e estatura.3. é o que os santos escritores empregam para se referir a uma data ou ocorrência do passado. então. encontras um novo sentido na música. Aqueles era dias e anos memoráveis. Tudo isto. Mt. tu não estás no seu íntimo. por isso não podes contar o que significa a música que ouves. visto que seu domicílio ficava no deserto da Judéia.1-2.5.2. As profecias são a música. com o conteúdo exato do citado. Algo bem curioso. Is. É assim que o Messias é chamado. que foi o período de sua obscuridade.16. e de outras descrições da manifestação humilde do Messias.15. Pois. “O que foi referido pelos profetas” indica antes para um tipo geral do que a um texto explícito. por intervenção divina. 4.1b: pregando no deserto da Judéia. apareceu naqueles dias. A explicação mais razoável é: “Nazareno” ou “o homem de Nazaré” acomoda a referência. enquanto a vida do Salvador é preservada da crueldade de Herodes. como convém a um historiador tão preciso.1.8. distante da assiduidade humana. e nas planícies ou campos que de lá se estendiam para o vale do Jordão.15-17.6. que os corações do povo estivessem devidamente preparados. não há uma passagem individual. mas que os olhos de nosso espírito não se atrevem a encarar.1a: Naqueles dias apareceu João Batista. visto que batizava aqueles que confessavam seus pecados. Cf. e em favor diante de Deus e do homem. Lc. entre os escritos referidos. “Com as referências proféticas nos evangelhos ocorre o que acontece com hinos sem palavras. Para isto veio João.2. e.33.12. para o qual fora preparado. apelidado de “o Batista”. 1. para que isto acontecesse. Mas a presente passagem é dramaticamente mais impressionante. Ele se distingue do apóstolo João e tem o nome Batista por causa da principal tarefa do seu trabalho público.38. quando se te dá a solução.3. ficando a oeste o Monte Tabor. V. ao Egito. e sob sua inspiração se põe a escrever. porque muito diferente! 22 ) Expositor’s Greek Testament. rendem ao menino Jesus divina adoração.52. a vinda do reino do céu.78. Antes de tudo. Is. Era necessário. Lc.2. a história é a solução” 22. ele veio. Principiou seu ministério. primeiro. se caracteriza por uma fixação mais precisa do tempo. CAPITULO 3 O Ministério de João Batista. não como um mestre.51. à Galiléia. usado por Mateus para introduzir uma nova secção em sua história do Salvador. V.1. João. A narrativa de Lucas. Esta referência do evangelista ao cumprimento duma profecia do Antigo Testamento.11. neste ponto. Lc. Ex.1. Sumário: Os magos.16.23. a que se volta o nosso olhar atento e reverente e cheio de expectativa. circundada por um cenário lindo e agradável.53. nas montanhas e terras ásperas em direção do Mar Morto.1-12.11.7. O compositor tem em mente uma certa cena ou situação. com a máxima impressão. o nome Nazaré é derivado dum radical hebraico que significa ramo ou broto tenro. Pois.13. Localizava-se no declive duma colina.3.4. Lc.Caná que ficava no lado leste. sendo dirigidos a Belém por meio duma estrela especial e por direção profética.1. mas como um pregador e admoestador. Outros têm sugerido.23. Zf. Mt. ou o “mel-de-árvore” que segrega de figueiras. João foi um antítipo de Elias.11. como nas dificuldades peculiares sob as quais sua mensagem ecoou. e fico aterrado de todo o meu coração. A aparência austera e ascética e o modo de vida de João correspondem à sua mensagem. e um cinto de couro. que o acharei. “Mas. me deixo direcionar para Jesus. palmeiras e outras árvores.A ênfase da João se fixou num só fato. firmemente. alguma variação à dieta. Arrependimento sincero. em sua fraqueza e humildade. porém. que era uma proteção áspera e não confortável contra os elementos da natureza. Este é o homem que Isaías teve em mente. para nele procurar misericórdia e socorro. os corações e as mentes do povo. Seus membros eram tirados e o restante.3: Porque este é o referido por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor.3. Está iminente que ele se revele em toda sua glória. tecida de pêlos de camelo. o grande profeta e pregador de Israel. ou para se sustentar quando os gafanhotos escasseavam.1. É um reino dos céus. João comia mel silvestre. é seu governante.17.4: Usava João vestes de pêlos de camelo. seguido por uma fé singela. e não possuía qualquer ornamento. que era depositado por abelhas em fendas de árvores e rochas. como a preparação necessária para o advento do Messias. O propósito do seu ministério foi preparar. que ordenava a renúncia ao mundo e o arrependimento. Pois. abre o caminho para toda esta grandeza. 2. todos aqueles que de corações compungidos e contritos aceitaram o Salvador. V. Pois Seu reino. sem dar as voltas e curvas do egoísmo. Cf.1.1. Temos aqui uma alusão ao costume muito conhecido do oriente. Lc. como citadas em Lv. cuja beleza no mundo está muitas vezes oculta pela miséria da vida presente. A aparência e os costumes do Batista também devem ser notados. Is. 17. ele é o Cordeiro de Deus. tanto em sua aparência e comportamento pessoal. mas uma cobertura ou peça de vestuário atirada sobre seu ombro. que ele carregue os pecados do mundo inteiro e por eles pague com sua própria morte”23 . e porque este reino.3.10. V.4. é peculiar no caso presente. porque sempre tenho sido desobediente ao meu Deus. Mas. João foi o arauto de Jesus. para expor a passagem profética. está próximo. o Senhor do céu. porque está próximo o reino dos céus. isto é arrependimento. 23 ) Lutero. será revelado plenamente na luz da glória futura lá no alto.689. cap. de anunciar a vinda de um príncipe e preparar-lhe o caminho em suas viagens. Lá. Suas vestes usuais não eram uma vestimenta ou manto completo. com o qual os judeus sonhavam.Rs19. a carga. V. a sua alimentação era gafanhotos e mel silvestre. A maneira de Mateus.8. desde a eternidade destinado para este propósito.11. ainda assim. ou a substância. serão participantes de seu reino.11. 7. quando escreveu as palavras de conforto a Jerusalém. por meio da pregação e do batismo. A admoestação ao arrependimento foi a divisa que caracterizava sua pregação. .40. para a vinda do grande Rei da Misericórdia.Pe. Ele o separa de quaisquer outros. Ml. ou o reino de Deus e dos céus.6. endireitai as suas veredas.22. se creio na Palavra de Deus que me revela e me acusa de ser um pecador e um condenado diante de Deus.14. Este foi o conteúdo maior. sem os desvios da hipocrisia. ao menos. cozido ou assado. Ele se fixava numa mudança completa de mente e coração. A avenida do Rei precisa ser reta. Para dar. e creio. também. Este é o impacto da voz que clama no deserto. 1. em oposição ao reino terreno.10. A profecia típica de Isaías se tornou um anúncio distinto em Malaquias. e que ainda são usados como comida no Oriente. a respeito dos quais houve alguma profecia. não desespero. Muito menos guardei o maior ou o menor deles. porque Jesus. Não olhei nem considerei corretamente seus mandamentos. de sua mensagem. Estava juntada por um cinto de couro em seus lombos.2: Arrependei-vos. Seu alimento principal eram gafanhotos de u8ma espécie comestível. tendo eterno esplendor e majestade. foi coisa nova em Israel. porém. Mas não havia uma confissão pessoal espontânea para almas penitentes – cada pessoa por si mesma. Até parecia que eles fugiam da ira vindoura. finalmente. todas as razões para desconfiar da sua sinceridade. apropriada no caso dos fariseus. citando a capital em primeiro lugar. imbuídas com a natureza desses répteis magros e peçonhentos. sua religião era nada mais do que uma magra casquinha de forma e ostentação de pompa. voluntariamente. Ef. Sua recepção diante dele foi tudo menos agradável. Em ambos os casos. sem a aceitação do coração. Talvez houvesse neles alguma curiosidade e fascinação que os levou a João. faziam confissão franca e pública dos seus pecados. cujas moradias ficavam perto ou no próprio ermo. Seu chamado poderoso e insistente ao arrependimento teve efeito. frutos esses que têm um aroma divino. V. especialmente. Os saduceus eram racionalistas. Era gente de ambos os lados do Jordão. o grande movimento se espalhou em círculos crescentes para dentro da Judéia. carregados de culpa. A notícia correu célere. ora de modo geral.4. Havia. 1. em sua insistência na observância exterior da lei e das tradições dos anciãos. V. se achegavam e confessavam seus pecados.81. “Raça de víboras” é o título que lhes dá. assim. Sua advertência seguinte é. como a terra não havia experimentado desde os tempos dos antigos profetas. fruto digno do arrependimento.6: E eram por ele batizados no rio Jordão. uma confissão individual. visto que não podiam ficar indiferentes diante dum movimento que assumira tais proporções. antes que possa concordar de lhes administrar o batismo. V. confessando os seus pecados. o Batista faz sua exigência. a Jerusalém arrogante e desdenhosa é arrastada para a agitação.2. disse-lhes: Raça de víboras. Tendo-os desmascarado. cujas vidas se haviam passado em simulação e engano. que muitos fariseus e saduceus vinham ao Batismo.8: Produzi. particularmente. Até a Jerusalém conservadora vai ao deserto. descobriram o local dos acontecimentos.3.O efeito de sua pregação. porém.59. É um testemunho extraordinário a favor do poder da Palavra. pois. onde a principal exigência era o arrependimento ou a mudança de coração. insiste na sua produção adequada. E. comparecendo ao batismo de João. As pessoas acorriam em número sempre crescente. apelando por entrada no reino. ao próprio castigo. em certos casos. É um penitente que atende ao chamado de João. Primeiro vieram os da circunvizinhança. quem vos induziu a fugir da ira vindoura? Mateus inclui os adeptos das duas seitas numa só e na mesma categoria de intrusos indignos. Is. Deve ter sido uma cena comovedora” 24. por isso. Uma situação perplexa e desagradável. Sl.7: Vendo ele. Rm. conforme eram envolvidos pela mensagem e a pessoa de João. publicamente. na medida que. Rejeitavam todos os escritos inspirados. De qualquer maneira.3.18.5. ora de modo específico. É impossível escapar da ira que a santa justiça punitiva de Deus trará sobre os hipócritas. O sucesso foi rápido. Uma mudança completa de coração precisa anteceder a produção de boas obras que preencham a medida dum arrependimento sincero e que se conformem a uma mudança real de vida. Os fariseus sobressaiam.29. Foi um despertamento tal.58. O evangelista anuncia isto.1. Crias de serpentes. É uma explosão de aversão moral intensa que o levaram a recuar desses visitantes e a.5. .14. quando proclamada de maneira pública e destemida. e. Havia uma confissão coletiva no grande Dia da Expiação e.5: Então saíam a ter com ele Jerusalém. João exerce seu ministério para com todos. feita por indivíduos. Depois. numa fila contínua. Sl. V. V. “Esta confissão de pecados. evidente. e compareceram ao lugar onde João batizava. denunciá-los como mentirosos e maliciosos. menos os livros de Moisés. Homens e mulheres.7. João. toda a Judéia e toda a circunvizinhança do Jordão. E. apropriada e suficiente dum verdadeiro arrependimento. também eram batizados por João nas águas do rio Jordão. Tanto mais repreensível é. se não instantâneo. Nm.140. seu insulto.9: E não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão: 24 ) Expositor’s Greek Testament. para si filhos mais genuínos na fé do que eram os fariseus e os saduceus.8. A ele compete a onipotência. Aqui está referido um efeito duplo da obra de Cristo: Aos que. e esteve totalmente satisfeito com sua posição secundária e inferior. Já está pronto para iniciar seu trabalho de justa retribuição. ele as preparava para compreender a missão superior do Messias. o arauto. é cortada e lançada ao fogo. os pais. “Somos. e sermos salvos? Tudo isto. Levando as pessoas ao arrependimento e administrando-lhes o batismo.33. E. sempre havia sido o argumento dos fariseus.11: Eu vos batizo com água. . que. sem uma referência àquele cujo caminho ele foi enviado a preparar. Mas é exigido que a árvore produza bom fruto. o templo. O fato que eram. tão exaltado.1. pois.5. rejeita-los como filhos espúrios.1. ele mergulhará em fogo. Pois. Até que esta exigência seja preenchida. Por isso temos que observar a lei. Jo. não interessa. e exercitar-nos em préstimos santos que o próprio Deus ordenou. mas aos que de coração impenitente rejeitarem a salvação adquirida. Divina dignidade está unida com seu poder. o fato que eram descendentes diretos de Abraão. com a qual Ele vos dotou e ornamentou diante de todas as demais nações”25 .4. diz ele. visitar o templo de Deus em Jerusalém. membros do povo escolhido de Deus. que provou ser desesperadamente estéril. Ml. E isto não é tudo. Ele vos batizará. o aceitarem como Salvador. At. Ele é tão ilustre. O machado já está posto. assim como os dois foram estabelecidos e ordenados pelo mandamento de Deus por meio de Moisés. Jo. ) A expressão “com o Espírito Santo e com fogo” também pode ser tomado como um ‘hendiadyoin’ e ser entendido sobre o poder purificador do Espírito Santo. que João não se sente digno. Cada árvore. é maior do que eu.1.33. Sua missão foi meramente temporária e simbólica. até mesmo. Além disso. O ministério deste homem se salientará por um contraste maravilhoso. Somos também o sangue e a tribo dos santos patriarcas: Abraão é nosso pai. de coração penitente. toda árvore. com o Espírito Santo e com fogo. que obedeçais e aceiteis àquele que ele vos prometeu e agora envia. etc. Eles recusaram aceitar o Espírito com o seu poder que dá vigor e ilumina. segue imediatamente a mim. Contudo. sob certas circunstâncias. mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu. até. Mc. dar-vos-á um batismo peculiar. estes.porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão. Mas aquele que está vindo. V. e a quem ele concedeu a circuncisão. para arrependimento. etc. tão augusto.8.682. não poderá escapar da próxima inevitável ruína. 7. a onipotência de sua insultada os consumirá e devorará. de despir-lhe as sandálias. Ele quer que temais a Ele e que creiais em sua promessa.26.Ele foi só o precursor. nós nos dirigimos. amados e agradáveis a Deus. que não produz bom fruto.39. por causa disso e a qualquer momento. Do contrário. poderão ser ruins e. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. Deus não está interessando em saber que sois hábeis e orgulhar-vos muito intensamente sobre a lei. V. Não somente são exigidos frutos. o povo de Deus que ele escolheu de todas as nações da terra. diziam eles. não há outra alternativa: A árvore inútil está condenada a servir de lenha ao fogo.1. cujas sandálias não sou digno de levar. em assuntos de governo espiritual e mundano. E João usa palavras cuidadosamente escolhidas. por meio do qual Ele examina e purifica os corações. Seu batismo era só de preparação. 10: Já está posto o machado à raiz das árvores. uma mera filiação externa na igreja de Deus tem nenhuma valia. O que ainda nos falta para sermos piedosos e santos. que no oriente era a tarefa do escravo mais humilde. O judeu descrente estará excluído do reino do Messias. e pode. de acordo com a carne. ele dará o valioso favor do Espírito Santo com todos os seus gloriosos dons e poderes. 25 26 ) Lutero. seria facílimo para Deus criar das próprias pedras do deserto. por isso. quanto ao tempo. ele vos rejeitará e exterminará com toda vossa glória. venenosos. Pois. O sermão de João teria estado incompleto. de justiça severa sobre cada descendente espúrio de Abraão. Ele é o Juiz dos corações e das mentes. Em resumo. só aconteceu depois do batismo. certamente. o sinal que realmente o identificou.691.13: Por esse tempo. Lc. não à semelhança dos fariseus e saduceus. não por si mesmo. 7. V.4. Ele permite por este motivo ser batizado e com esta ação confessa ser pecador.Este pensamento é exposto ainda mais. dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão. e limpará completamente a sua eira. e julga necessário que o menor receba o batismo do maior. mas numa maneira franca e amigável. Chegara o tempo para Jesus dar início ao seu ministério.33. João. Contudo. O Batismo de Jesus.13-17. O quadro é o duma eira no Oriente: um espaço plano e aberto calçado com pedras. o peso dos pecados que ele carrega” 27. Daí sua hesitação. não somente do juízo. seja por causa de sua confiança em sua própria justiça ou porque consideravam uma mera associação exterior à igreja como suficiente garantia das alegrias do céu.2130.14: Ele. é o maior dos pecadores. por meio do qual ele separa o trigo da palha.1. Ma. e tu vens a mim? Esta passagem não está em desacordo com Jô. O dono da casa já tocou seus bois sobre a eira. mas do próprio inferno. Mateus escreve: V. visto que todos. impedi-lo de cumprir o seu desejo. e a aeração do material solto. encontrar-se-ão sujeitos ao fogo violento e inextinguível. porém. mas por nós. O teste.31. Aqueles que por meio da fé são encontrados firmes em sua redenção. veio a hora de Jesus deixar sua obscuridade. 27 ) Lutero. Ou os seus escravos o debulharam com seus malhos. impressionado pela elevação moral que provinha da pessoa que o visitava. Mas. que. a majestade e dignidade do seu comportamento levaram João a presumir sua identidade. Pois. “Por que vem ele e busca o batismo. procurava. que pisam e debulham os grãos. como o testificam muitos salmos.3. visto que nele não há pecado e impureza que o Batismo precise remover? Isto deverá ser um batismo bendito. na verdade. dissuadi-lo e. Ele assume a forma de nossa carne cheia de pecados e lamenta na cruz sob muita dor. . ele precisa se tornar pecador em lugar de todos.4l. 11. Quando Jesus veio. pelo qual ele decide o destino de cada pessoa no mundo. de ser instalado em seu ofício por meio dum ato público.12: A sua pá ele a tem na mão. assim. para entrar num relacionamento sincero com ele. sempre rejeitaram o desígnio de Deus para com eles. Agora vem a limpeza da eira para separar dos grãos as astes e cascas.25. e também para receber o batismo de suas mãos. e se coloca em pé em nosso lugar – de nós que somos pecadores. não havia qualquer diferença entre o seu desejo pelo batismo e o das multidões. o dissuadia. e. A grande eira de Deus é a Terra. com alguma persistência. como (o evangelista) João relata em seu evangelho. se perguntava pela razão que motivava Cristo a vir e buscar o batismo com ele. que tem e carrega em si o pecado do m8undo inteiro.1. recolherá o seu trigo no celeiro. ainda assim. não queremos ser pecadores. João. No que diz respeito à maneira de sua vinda. mas não o conhecia pessoalmente. João tem diante de si um pecador que em si mesmo não tem pecado algum. de que este homem é maior do que ele. Enquanto isso. estar certo da identidade”. Desceu até João. João sabia da existência do Messias. mas queimará a palha em fogo inextinguível. Ele não consegue livrar-se da impressão. a fim de que João o batizasse. A palavra usada no original significa “reconhecer para além da possibilidade de dúvida. aqui ele toma o meu e o teu lugar. V. Mas aqueles que forem encontrados em falta. A aparente contradição acontece só na tradução. seja por parte de sua mãe ou por revelação direta. são recolhidos a salvo ao celeiro do céu.30. E. Contudo. Estando João no auge de sua carreira evangelística. dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti. é o relacionamento com Jesus e sua salvação. que desfez todas as dúvidas e tornou absoluto o reconhecimento. usando uma peneira para que o vento carregue a palha mas deixe o que é mais pesado que são os grãos. em especial os santos arrogantes.7. Mt. onde João diz que não conhecia a Jesus. Mt. para que eles se possam tornar justos por meio de mim” 28. já eram conhecidas diversas abluções e formas levíticas de batismo.2139. visto que manifestou o relacionamento existente entre ele e as outras pessoas de Deus.45. Hb. 1575.16-17: Batizado Jesus. no qual teve a oportunidade de administrar uma repreensão severa a fariseus e saduceus.12. Então ele o admitiu. da qual nunca tinham ouvido. que os pobres pecadores venham à justiça e sejam salvos. ele quis cumprir. e foi estendida para abranger todas as formas de purificação levítica. Gn.9. Cristo entre em seu ministério. Gn. amado por ele num sentido todo especial.10. é o verdadeiro Filho de Deus. E eis uma voz dos céus.. Nisto é que Jesus insistiu. inquirir porque uma pomba foi escolhida e julgar que a comparação esteja na perfeita mansidão. todos os usos religiosos que eram impostos ao povo. A ocasião precisa ser marcada por acompanhamentos sobrenaturais. 11. e eis que se lhe abriram os céus. Obedecer e cumprir eram as características principais da obra vicária do Messias. mais uma vez. 10. É especulação fútil. em lugar disso. Jesus. por isso. e viu o Espírito de Deus descendo como pomba.2. At. “Jesus diz:. com a mensagem e o batismo de arrependimento. não podia admitir oposição. Mateus. na realização diária de seus 28 ) Lutero. Cf. At. Os céus se abriram na mais gloriosa das visões. Uma das formas mais antigas de abluções com água foi o batismo dos sacerdotes no ato de sua consagração. O rito originou da purificação cerimonial dos impuros.28. O Batismo de João João Batista. depois da sua ordenação. Ao contrário. Ex. Esta era a coisa apropriada.7. depois do que ocorreu uma revelação maravilhosa do Deus trino. em que me comprazo.10. Sl.10.11. subiu à margem do rio. Sl. uma alusão a este lavar. Preciso. Há..15: Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto. O Deus trino. Os mestres da igreja. contraída pelos sacerdotes.7.19. Judite 12.Is.7. identificando tanto a ele como ao Filho.35. feitas com água. Jesus também recebeu o batismo de suas mãos. Este homem.É assim que Jesus rejeita as objeções de João. vindo sobre ele. 40. Qualquer impureza do corpo. Aqui ocorreu uma revelação da essência divina.55-56.10. pureza e autonomia deste pássaro.19. As maravilhas ainda não acabaram. Porque foi por causa dos pecadores que eu me tornei um pecador. Foi um acontecimento real e não uma visão. tão logo batizado.22. Estevão e outros. exclama: Eis! Deus Pai também está manifesto por uma voz do céu. Se isto for realizado.12. De maneira maravilhosa. Nm. porque assim nos convém cumprir toda a justiça. V. de acordo com sua natureza humana. Sumário: No transcurso do ministério de João Batista.9.2. de modo gentil mais firme. desde tempos antigos. Sendo fiel a isto. junto ao batismo de Jesus. como nos casos de Jacó. E foi assim que João concordou. quando apareceu no deserto da Judéia. Seu batismo fora necessário.7. Cada regulamento legítimo. que dizia: Este é o meu Filho amado. tu me deves batizar. Vv. Ex. que desta forma foi inteiramente distinto e separado das demais pessoas que estavam presente.38. foi ainda mais importante.1.1.1-9. causando uma exclamação de surpresa na narrativa do evangelista. .8. 13. em Hb. desde os tempos de Moisés. fazer o que Deus impôs aos pecadores como obrigação. mas o milagre que ocorreu a seguir. Hb. certa e conveniente a ser feita.29. não estava impingindo no povo uma cerimônia nova e estranha. tendo consciência de que tem o favor do Pai e o seu pleno consentimento e bênção.42. têm encontrado aqui uma referência maior e extensa. imprime o seu selo da aprovação sobre a obra da redenção. o fato que Deus transmitiu uma concessão ilimitada do Espírito Santo a seu Filho. saiu logo da água. Enfatizamos. Pieper.30-32. Era administrado só a adultos. Quando Paulo veio para Éfeso.3.8. 7. Minn. At. Lv. e tendo feito recente confissão de sua fé. Mas. 5. Jô. O sacerdote e os dois leigos que haviam preparado as cinzas da novilha vermelha. dum lado. realizava abluções muito cuidadosas. Nm.39. Nm. ) Syn.2.1733.4.5.3.11-22.8..19.6. 29 30 ) Theol.1-29. tanto no início como no fim dos seus serviços. 2.30. É a esta cerimônia que o batismo de João. .4. como um dom que foi adquirido. tinham que banhar seu corpo em água. por vir a ser realizada por Jesus Cristo.1. O batismo de Jesus opera e transmite o perdão de pecados. Havia. para perdão dos pecados. havia sido dedicado publicamente ao seu ministério. ele não deveria iniciar logo sua pregação. Mc.3. Christliche Dogmatik. incluídas as crianças.16. Mt. entre o batismo de João e aquele instituído por Cristo. .273. Lv. pelo seu batismo e pelas manifestações sobrenaturais que acompanharam o fato. eles eram respingados com água.2. Os principais pontos de diferença entre os dois batismos estão indicados nesta passagem. Sl. Precisa ser notado.2.1. precisando lavar suas vestes e corpo. Lutero.3. eram obrigados a banharem seu corpo em água. O sumo sacerdote. 40. Mc.15. O glorioso cumprimento veio em e com Cristo.33. era um batismo para arrependimento. depois de terem sido instruídos em certas partes da lei.25.24-28. Mo.19.26.36-41. Lc. At.deveres. precisava ser removida pelo lavar dos membros afetados.1-11 Jesus. uma diferença entre o batismo de João e o de Cristo.24.3.5-7. Havia o batismo daqueles que haviam curado da lepra. Havia ainda outras abluções ou batismos cerimoniais.745. Ex. contudo.16. era considerado impuro.26-28.Syn.22.19. Quando um israelita havia tocado nalgum esqueleto de animal ou havia removido alguma parte dele. Lc.4-6. eram mergulhados em água.1. 13. Lv.6. encontrou certos discípulos que somente haviam sido batizados com o batismo de João.Duas passagens dos salmos referem a este costume. preparatório.21.23.41.2.4. 1912. O homem que havia levado o bode emissário ao deserto e.39. 23. Dt. Lc.40.30 Capitulo 4 A Tentação no Deserto – Mt.3.34.Dist.13. para a conquista do precioso dom pela redenção. em especial.1-9.219-232. se relacionou 29. Cl.377-339. Mt.17-21. enquanto o batismo de Cristo é para todas as pessoas. tal como foi sua pregação... aquele que levara o novilho e o bode da oferta pelo pecado para fora do arraial. Lv.21. Ele os batizou em o nome do Senhor Jesus. que. Mas a mais interessante das abluções religiosas dos judeus era o batismo dos prosélitos.7. III. Edersheim.21. pelo contato de suas mãos e pés com coisas impuras. em sua forma externa. o batismo de João foi típico. e que tinham atingido a idade de discrição.30. Quando levitas eram consagrados. Lv. Em todas estas partes ele concordava com o batismo de Cristo. Mt. bMc. Outra pergunta curiosa é a que diz respeito à diferença.73. após isto. sendo. Em suma. João batizava por ordem divina.O batismo de João indica para adiante.. ao entrarem no santuário.6. em tudo considerados israelitas plenos. também.10-11. Quart.7-10.11. caso haja. O batismo de João é chamado claramente um “batismo de arrependimento”. Lc.3. que há muitos pontos de concordância.1. que confessaram seus pecados.11. 1.1-16.11. Life and Times of Jesus the Messiah. Era um batismo em e com água.Ber.13. com os quais os judeus eram familiares.16. no grande dia da expiação. 3. Finalmente. Nm. A expressão indica que foi um espontâneo e voluntário abster-se de comida. como em relação à sua habilidade de.5344 (traduzi do alemão). obstruindo e frustrando a obra da redenção. Sl. não fazia parte da natureza dum exercício ascético. tanto em relação à filiação divina do Salvador. imediatamente após seu batismo ou logo que recebera a participação extraordinária do Espírito. Mc.Ts.Ela enfraquece e inquieta a mente. pode.1. Este Espírito enchia agora sua humanidade e dirigia suas ações.34. por isso. Lc. para que lá jejuasse e fosse tentado. “Esta é também a razão porque o evangelista registra e diz: Ele foi impelido pelo Espírito ao deserto. “ tentado pelo diabo” – que contraste forte! Um teste duro. Uma simples afirmação da verdade escriturística. sua obra má. sejam tornadas em pães”.7-8.1: A seguir.8. Em harmonia com seu caráter.4. V.4: Jesus.19. V.2. por um milagre. menciona três ocorreram no fim deste período. 1. espalhadas ao acaso pelo deserto. Jesus. Hb. que a ordem cronológica dos fatos. Ex. Dos muitos e variados assaltos que o diabo empregou durante os quarenta dias. teria significado falta de confiança na providência e apoio divinos. simplesmente.28. semelhante ao caso de Moisés.7. Mc. respondeu: Está escrito: Não só de pão viverá o homem. descreve. manda que estas pedras se transformem em pães. como se ele estivesse dizendo: “Não consigo acreditar que tu és o Filho de Deus. 31 ) Lutero. é de menor consideração. mas para ser tentado pelo diabo. Foi uma viagem voluntária da parte de Jesus. podendo ter acontecido que a fraqueza de sua natureza humana tenha requerido algum estímulo.9. “A seguir”. 1. Fala.Rs.1. Até o fraseado da insinuação do diabo deve ser notado. por escolha própria. o objetivo deste retiro não foi. ou sua ocupação preferida e seus ataques incessantes. depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites. Este combate ao diabo fez parte do ofício e obra para os quais ele havia sido enviado pelo Pai e ungido com o Espírito. oculta na forma duma frase.13. Dt. o imite no exemplo. como também Lucas. Pois. A palavra “tentador”. lugar da prática da abnegação. tanto física como mentalmente. com facilidade. para ser tentado pelo diabo. a preocupação mental causada pelas tentações reprimia-lhe o desejo natural por alimento. fazendo disso um jeju8m egoísta.12. encontrar uma recepção favorável. até do ponto de vista da natureza física de Cristo.1. e Elias. A severidade dos testes. Notemos. está uma dúvida. aqui narrados.2: E. Esta tentação ocupou todo o período desse viver solitário. É natura que a fome abala a resistência do corpo. lhe disse: Se és Filho de Deus. . Mc. Lc.V. o que também incluía abstinência de bebida. o qual lhe enviará o suficiente de jejum e tentação” 31). que em tudo tinha como única preocupação cumprir a vontade de seu Pai celeste.3. Tanto o tempo como a forma desta tentação foram escolhidos com astuta avaliação. para que estas pedras. Mateus. assim ele também se propôs vencer ao segundo Adão.3. para que ninguém.13. aproximando-se. foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto. Eis a arma mais poderosa e eficiente. Render-se ao que foi pedido.3: Então o tentador. nem para se dedicar a uma incômoda contemplação quanto aos métodos para se revelar ao seu povo. Mas toda esta abstinência de comida. mas de toda palavra que procede da boca de Deus. aplicada ao diabo. prover alimento par si. A sugestão ardilosa. obstinado e auto-assumido. O Salvador está á altura da ocasião: V. Tal como o arquiinimigo da humanidade havia tentado e vencido o primeiro Adão.22. deixando que o egoísmo reinasse e.31. conseguir algum tempo para um abençoado repouso e alegria. dá-me. prontamente. mas espere pelo Espírito. teria significado entregar-se ao espírito do mal e das trevas.5. chamado o covil de animais selvagens e não a morada dos homens. conduzindo-o a fazer o trajeto para a solidão do deserto. porém. 11. e interfere no juízo sadio. por isso alguma prova.40. com muita propriedade. “Levado pelo Espírito”.10. É.8. por meios milagrosos. teve fome. precipitando por meio dela a humanidade inteira na condenação. O objetivo principal do evangelista é retratar a maneira astuto da tentação. como o fizeram Buda e Maomé. . Um fato 32 33 ) Lutero. Este se refere. mas unicamente nos caminhos que concordam com a ordem racional e as leis do universo. 13. ele teria ganho numa hora mais seguidores. na presença da multidão reunida. mas só no poder de sua palavra. pode fazer sem eles – e realmente faz. Não é nos caminhos que o próprio homem escolheu. “Aquele que quiser precaver-se contra tal tentação. e o leva para Jerusalém.7: Respondeu-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus. O diabo. O inimigo. V. Entregando-se ao diabo por meio desta sugestão. 11. de cujo cimo estonteante se via a profundeza do Vale do Cedrom. está determinado a se desviar duma segundo citação das Escrituras. Ele não oferece uma contestação.reconhece a ordem natural das coisas: Quanto aos meios ordinários de viver. mas pode sustentar a vida por meio duma palavra da sua boca. Estando certos. V. colocou-o sobre o pináculo do templo. Isto está implícito na resposta do Senhor. que nem por isso desesperemos.91. não em qualquer tolo interferir nos meios de Deus. sabe citar as Escrituras em favor dos seus fins. Com uma tal fé se vence. No texto a que se refere. busca uma nova linha de ataque. 5-6a: Então o diabo o levou à cidade santa. Mas o usemos quando o temos. tenho o primeiro e o melhor. e: Eles te susterão nas suas mãos. do que todo o número de discípulos reunido pelo método desgastante do ensino. que ele. que a mão protetora de Deus lhe é assegurada. coloca sua confiança em seu Pai.539. Notemos.6b: porque está escrito: Aos seus anjos ordenará a teu respeito. para que nós nos atenhamos tão somente à sua Palavra. que desce do céu. então o pão terreno também não faltará ou ficará longe. que ele permite agirem por meio dele e ele ajuda que façam muitas coisas. acertadamente. E isto sempre é verdade. mas. havendo ou não havendo pão. que não confiemos no pão. Satanás. se tivesse jogado deste ponto proeminente abaixo e alcançado ileso o chão. se não o houver. levando Jesus consigo como se fosse seu companheiro. antes. omitindo alguma parte essencial. ele cita uma passagem em seu favor. é o pão terreno que cresce do solo. O primeiro e melhor pão. aqui pode aprender de Cristo que uma pessoa tem duas espécies de pão. que ele nem mesmo se preocupa em repreender Satanás por ter citado mal as Escrituras. por isso. tendo falhado no seu intento de provocar desconfiança na habilidade de Deus. de modo franco. e na maneira que lhe é peculiar. dependendo.1687. Teria sido um salto ousado. Aqui ele o coloca no pináculo do templo. nem em esquemas e ações satânicas. O diabo. Ou. se apossa dele. ao ângulo sudoeste do pátio do templo onde Herodes havia erigido uma galeria de grande altura. É assim. as pedras se transformarão em pão” 33. que Deus não está preso a estes meios. Ele também declara. talvez. para não tropeçares nalguma pedra. de sustentar a vida por meio de condições incomuns. Ele mostra maior audácia. um milagre aparatoso. Ou. quando quiser. a saber o pão do céu. realmente. que ele. pelo evangelista . “Todas as criaturas são máscaras e fantoches de Deus. Praticamente. mas uma qualificação para enfatizar a necessidade de expor a Escritura com a Escritura. a glutonaria e a preocupação terrena da alimentação” 32. que te aguardem. Por isso. atira-te abaixo. e lhe disse: Se és Filho de Deus. e que é a Palavra de Deus. V. ) Lutero. Se. tenta plantar no coração de Jesus a semente da auto-glorificação e da presunção. quando não há. e não permito que seja afastado dele. quanto à conservação de sua vida terrena. tendo sido tornado mais cauteloso por meio de sua primeira experiência. O outro pão. as palavras “para te guardar em todos os teus caminhos” são indispensáveis para uma interpretação correta. que é o menos importante. Mateus tem em mente o telhado do Santo dos Santos. carinhosamente. o homem depende do alimento. Sl. e passemos sem ele. Se for pão. a ganância. chamada a “cidade santa”. Nesse caso o perigo dum salto teria dado maior impacto ao estímulo do diabo. repelido mas não desmantelado. que ainda assim vivemos e somos alimentados em ambas as épocas pela Palavra de Deus.11-12. que era o lugar mais alto do próprio templo. se Jesus. que ele permaneça singelamente na Palavra. porque ele não só interfere no trabalho messiânico de Cristo. O tentador ataca mais uma vez. Seus empenhos para destruir a obra de Deus. e os confins da terra como sua propriedade! A condição de Satanás.12. por isso. deixando de cumprir o seu dever. por isso. a não ser que a tenha vivido.Pe.4. Para um ser humano comum.significativo: Jesus cita no singular a passagem a que se refere. quanto a si mesma. podia ser mais atraente. assim. que ninguém entende.14. não. No grego temos aqui uma só palavra: Fora! Some da minha frente! É uma ordem peremptória. isto é. desde o início. nenhuma proposta. 13. Ela acaba com a companhia desagradável que o diabo estendera ao Senhor.6.31. O salto do pináculo.6. e não de outro. Aqui o diabo empregou um estratagema de encantamento. referido aqui. Ef. Em tal situação um cristão deve andar o caminho do meio. Ambos são contra a Palavra de Deus. tendo verdadeira confiança e fé.6. Pois. irado. um desafio atrevido da providência. como sendo o maior. e eis que vieram anjos. porque está escrito: Ao Senhor teu Deus adorarás.1690. aqui.16. E ele. primeiramente. numa figura cativante. Dt. adversário ou inimigo. Mas.6. louvor e adoração. repele a sugestão satânica.5. . uma tal tentação. Lc. Mas o diabo ainda não está derrotado. 1. V. na presença daquele que. 14. e o serviram. fazendo.13. prostrado.Rs. O método do Senhor de administrar a situação deve ser básico para cada cristão.8: Levou-o ainda o diabo a um monte muito alto. Jesus passa com a adequada dignidade pelo insulto. como sua herança35.11: Com isto o deixou o diabo. até certo ponto. “Esta é. que ele adapta às circunstâncias presentes. não cessam. O mesmo acontece com a pergunta. Lc. Que quadro fascinante do domínio absoluto sobre o mundo e a posse de sua glória foi. mas em dar-lhe a confirmação do 34 35 ) Lutero. Somente o Senhor dos Exércitos (Javé) é digno de honra. 16. Aqui Jesus se ergue no poder de sua suprema autoridade e. quanto ao caso presente. Por ora.109. e por isso em si mesmo pecaminoso. como o príncipe da potestade do ar. Ef.11. totalmente ingênua e desastrada. apelativa e quase irresistível. os anjos devem ficar com ele 34). citando um texto da Escritura. mas é. Por um certo tempo. E anjos vieram e agiram como seus servos. o Senhor condescende dar suporte à sua majestosa despedida.2. as forças e a riqueza da terra. o diabo o deixou.10: Então Jesus lhe ordenou: Retira-te. mantém todas as nações da terra. tem grande poder. não somente sobre o homem. A localização do monte muito alto. por direito. me adorares.2.5. e só a ele darás culto. O fato principal da narrativa de Mateus é a referida subtilidade e também a extrema estupidez do tentador. Cf. assim esta induz ao atrevimento e a tais atos que não têm o mandamento da Palavra de Deus. evocando.9: E lhe disse: Tudo isto te darei se. Ele dá o epíteto “Satanás”. Mas ele empenhou tudo neste seu último apelo por ambição terrena. V. assim como a primeira induz ao desespero. O ministrar culto. não é importante. Foi estabelecida a gloriosa supremacia do Senhor. Esta última demonstração de onipotente autoridade concluiu o dia. o arqui-inimigo de toda a humanidade. A expulsão do inimigo foi completa. que envolvia o desejo voluntário à forma mais abjeta de idolatria.11. não somente teria significado a busca dum escape da cruz. mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles. porque baseado numa compreensão falsa da Bíblia. a veneração religiosa.13. exigindo adoração.12. em lhe trazer comida. por um momento as riquezas e as glórias de todos os reinos da terra. se a cena foi uma demonstração física ou uma sugestão mental. ao tentador. mas teria sido. V.8. mas também sobre o mundo espiritual. V. Controla. foi. Deste modo. para que não desanime nem seja atrevido. oferecido ao descendente humilde e rejeitado de Davi! Mas que bobice é querer tirar vantagem da disposição ilimitada da riqueza do mundo e do seu fausto. 1. neste caso. deve ser dada só a ele. Sl. Dt. Satanás.Jô.30.4. aplicação da sua verdade a si mesmo. que não o precisa. Aqui ele omite o retorno de Jesus para o Jordão. Ele dá. são muitos os anjos que nos servem. isto está escrito para o nosso conforto.1. que.4. de 36 35) Barton. devíamos estar bem equipados com a Palavra de Deus. Estes. João Batista. o etnarca de Galiléia e Peréia. terra de Naftali. precisarão vir os anjos do céu e se tornar nossos padeiros. O que Isaías havia escrito. Deus não permitirá que soframos falta do que é necessário. As tribos de Zebulom e Naftali tinham aqui. porém. V.12: Ouvindo. em Cafarnaum.14-16: Para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Terra de Zebulom.3. Jesus que João fora preso. delineia o começo da obra messiânica de Cristo na Galiléia. nossos cozinheiros. nos dê força. sua morada. em meio às ruínas de cidades. neste ponto. Lc. um resumo das diferentes atividades de Cristo no norte. em tempos antigos. Estes ele. que seja suficiente para ajustar seu itinerário para um outra referência profética. que o façam também conosco. Era uma cidade progressista junta ao Mar da Galiléia. por todos os relatos do evangelho. sua jornada para a Galiléia. O último campo de atividade de João havia sido no vale de Enom. que o encolerizado príncipe o prendeu.fez seu lar. o casamento de Cana. foi morar em Cafarnaum. com uns poucos lances rápidos. A conseqüência foi.16-30. para nos servir em tudo o que é necessário. Nosso querido Senhor Jesus Cristo. destruída tão completamente. nossos garçons. o serviram com um conforto que visava su8portá-lo nos dias futuros. agora.1. na grande estrada de Damasco ao Mediterrâneo. situada à beira-mar. V. mas sobre como agrupar os incidentes de tal forma que apresentem um relato contínuo. Jô. resplandeceu-lhes a luz. Jô. como introdução. . Lc. retirou-se para a Galiléia. Galiléia dos gentios! O povo que jazia em trevas viu grande luz. que por nós subjugou estas tentações.30. Era um lugar onde as raças se misturavam. Ele não está muito preocupado sobre o fornecimento duma seqüência cronológica dos fatos. tendo. Todos os cristãos deviam observar: “Contudo. O Início do Ministério da Galiléia e a Vocação dos Quatro – Mt. esta metrópole comercial foi.23. Se nós lutarmos e nos mantivermos bravamente. enquanto um diabo nos tenta. Quando a boca deste testemunha fiel havia sido silenciada.41. Jô.36 O evangelista localiza a cidade só tanto.solidário apoio e suporte divino. Mt. e o seu ministério na Samaria. Archeology and the Bible.23. para que por meio dele vençamos e sejamos salvos”34}. Jesus reconheceu que para ele havia chegado o tempo de entrar publicamente em seu trabalho profético. usufruiu da parte dos espíritos bons. mais tarde. até. ou além do Jordão. motivou-o a ficar lá por pouco tempo. que saibamos que. que. formando uma população de fronteira. foi a primeira. antes. Por isso. Em cumprimento à profecia de Cristo. Seu território se estendia em direção ou no encosto do mar. Mc.Isto não está escrito. para que nos defendamos e mantenhamos com ela.19-20. além do Jordão. o seu lugar. naturalmente.11. Instalou-se.12-25. deixando Nazaré.6. sua sobrinha que já era esposa de seu meio-irmão Herodes Filipe.1-2. A recepção desagradável que lhe fora dada em Nazaré. Se os anjos o serviram. especialmente deste lado – o lado oeste do Jordão – de acordo com o emprego hebraico do termo. nos confins de Zebulom e Naftali. O evangelista. V. Mas. sendo Tell Hum tida. cumpriu-se no ministério de Jesus nesta região. Jo. estendido seu trabalho até a Galiléia.4. Jo.22 e 9.35. em sua habitual maneira destemida. desta foram.3. Seu ministério na Galiléia principiou quando o de Batista chegara ao fim.3. comumente.17. a viagem para Cafarnaum e aquela para Jerusalém antes da prisão de João. capítulo 8. é incerto. como o seu antigo lugar. Sua cidade natal. provavelmente. aparece como o centro do ministério do Senhor na Galiléia. 98. caminho do mar. não hesitara em provocar Herodes Antipas. por causa de Cristo.3 e 4. por causa da sua união adúltera com Herodias.13: E. e aos que viviam na região e sombra da morte. Jesus. Reinava uma atitude indiferente e preguiçosa. que eram de Betsaida e estavam empenhados em seu negócio.40-42. que significava um crescimento na cegueira espiritual.18: Caminhando junto ao mar da Galiléia.19-20: E disse-lhes: Vinde após mim. Pois. Já eram seus discípulos. mais apropriadamente. e seu irmão André.5. uns 700 anos antes.21. Lc. A sombra da morte espiritual os havia envolvido. A condição espiritual do povo era tal. V. são muito mais altas.5. da profecia e do tipo para o cumprimento. Esta não foi uma solicitação para mero companheirismo. ao apostolado. e. E o evangelista repete no verbo “viviam” o mesmo sentido de “jaziam”. e foi assim que a profecia se cumpriu”36. brilhou na beleza da santidade e da verdade. Tendo vindo com Jesus para a vizinhança de sua morada.acordo com o emprego grego. expressa em palavras que apelaram às suas mentes incultas. acompanhado por uma grande multidão que persistia no desejo de ouvir seus sermões. eles. o equivalente aramaico de Pedro. retornaram à sua antiga ocupação. Ele precisa pregar o arrependimento para preparar o caminho da proclamação da salvação. movidos pela palavra do Senhor. “Este foi o começo e a primeira vocação.10” 37. treze milhas de comprimento e sete de largura. Agora eles foram escolhidos como seus constantes seguidores. chamado Pedro. tendo já estado com ele nas campinas do Jordão. Depois disso. porque está próximo o reino dos céus. mas uma vocação poderosa. De fato.11.4-6. mais ou menos. ainda que genial.1. o Senhor os chamará por uma outra vocação e lhes dá a ordem como e em que deveriam concordar.1. é uma pequena porção d’água formada por rio Jordão. especialmente. seguiu o atalho pela costa desde Cafarnaum. depois. havia chamado de Cefas. Foi aqui que sua pregação era. a verdadeira Luz. em cujo meio os governantes gregos haviam fundado novas cidades com costumes e instituições gentias. Jô. quando deveriam pregar a outrem. que ele. “pescadores de homens”. Mas. para ouvir o evangelho de Cristo o Senhor. Isto já havia sido proclamado por João Batista em seu apelo urgente por uma mudança de coração.17: Daí por diante passou Jesus a pregar e a dizer: Arrependei-vos.1. 11. agora. Seu apelo foi por uma mudança do velho para o novo. que se erguem na margem direita. que lançavam rede ao mar. mas sem obrigações especiais. pois eram pescadores. em Caná. Mas com Jesus isto teve significado ainda maior. “Jesus Cristo. A forma da mensagem de Cristo era familiar ao povo. Foi então. V. V. Lc. tendo.42. As colinas à sua margem oeste são de natureza baixa e calcária. A vocação dos discípulos. o Senhor precisava deles. que ele enxergou Simão. quanto ao segui-lo. .5. numa referência à Peréia que também foi cenário da atividade de Cristo. Então eles deixaram imediatamente as redes. 37 ) Lutero. no primeiro encontro. Jô.1. o deveriam ouvir e aprender. visto que queria treina-los para ganhar almas imortais para o céu. e agora começou a brilhar sobre os que estavam envoltos em trevas. Lc. até mesmo no tempo de Isaías.1910. e o seguiram. É desse população mista de judeus e gentios. necessária. com abundância de peixes. e eu vos farei pescadores de homens.Simão. primeiro. e Mar de Tiberíades. aplicando as palavras do profeta. mas como o arauto do reino da graça que nele estava à mão. porque eram pescadores. Jesus chama-os. O Mar da Galiléia. Cristo iniciou seu ministério na Galiléia e freqüentou este lugar inculto mais do que Jerusalém e outros lugares da Judéia. Mt. e André. lançam suas redes ao mar para uma pescaria maravilhosa. para que vissem esta luz e regozijassem em sua luz e calor misericordiosos. Foi assim que a estrela d”alva raiou em Cristo e seu evangelho. para serem treinados para o seu importante e elevado chamado. também chamado Lago de Genezaré. Jô. Eles também. se havia apagado a luz da vida que irradiava das profecias do Antigo Testamento. Os dois não eram desconhecidos do Senhor. Suas águas são frescas e claras. a saber. As montanhas. deliberadamente. se devessem pregar a outrem. que o evangelista diz que jazia em trevas. um dos primeiros atos oficiais de Cristo. Mas. Ele não agiu como um guia para uma salvação distante que se aproxima. viu dois irmãos. 21-22 Passando adiante. A extraordinária impressão que este profeta de Nazaré criou não ficou limitada à Galiléia. Segue uma lista de doenças. que estavam aleijados. que não houve nenhuma hesitação. ainda que estivessem dedicadamente empenhados na rotina de sua vocação. desistiram de sua vocação terrena. em especial as fases da lua. A Galiléia inteira era seu campo de atividade. tornando-se seus discípulos e estudantes de teologia. do qual Mateus dá.24: E a sua fama correu por toda a Síria. seu ministério na Galiléia. Tiago. mas com a aplicação deliberada do seu poder divino sobre qualquer forma de mal e doença que se manifestasse. para que cada um pudesse entender que isto não feito por poder humano. V. estava dedicadamente engajado e constantemente ativo nas três funções do seu ministério. Jesus principiou. do relato recém descrito. no mesmo instante. João. neste sentido. expondo o Antigo Testamento. abandonaram a tudo. Jô. neste ponto. brevemente. No mesmo dia outros se juntaram a eles: V. Seu emprego secular serviu. trouxeram-lhe. e João. que estavam no barco em companhia de seu pai. A força da doença precisou render-se diante da onipotência do divino médico. mesmo na pobreza e humildade. Jerusalém. com seus muitos vilarejos pontilhando a paisagem. lunáticos e paralíticos. 11. Então eles. O impacto forte que ap presença e o ensino de Cristo deve ter provocado nestes pobres pescadores galileus. e chamou-os. e por eles o realiza. Judéia e dalém do Jordão numerosas multidões o seguiam. como a Galiléia baixa. no Jordão. esteve entre os que. Havia os paralíticos.25: E da Galiléia.23: Percorria Jesus toda a Galiléia. havia contado sua experiência maravilhosa ao irmão mais velho. como núcleo de um grupo leal de discípulos. filho de Zebedeu. os que. mas unicamente pelo poder e força divina” 38. principalmente. Por isso.que Ele principiou este trabalho tão imenso com pessoas tão humildes e simples. “para que o poder e a força de Deus fossem apontados nisso.mesmo que fossem tão somente homens simples e incultos. todos os doentes. A honra de servir seu Senhor. Com estes homens. ensinando nas sinagogas. O resultado foi evidente. aparece no fato. e logo em seguida. provavelmente. sobre os quais mudanças dos astros influenciavam. mais provavelmente ao longo da estrada freqüentada pelas caravanas. a gloriosa nova da redenção messiânica. E ele os curou. Com sua fama cresceu também o número dos seus seguidores. seu irmão. em suas idas e vindas. Imediatamente deixaram suas redes.1. e. Pregava o evangelho do reino.10. na forma de uma introdução aos capítulos seguintes. e ainda que a vocação de Jesus implicava em cortar as relações familiares. nenhuma consulta a carne e sangue. não só por uma mera sugestão mental como tantos o fazem.1917. E assim todos aqueles que estavam atormentados ou aflitos de qualquer espécie de doença eram trazidos a Cristo. não havia neles a menor hesitação. um resumo. Jesus. e o seguiram. elimina todas e quaisquer considerações temporais. Os relatos sobre os poderes miraculosos do Senhor se espalharam por toda a Síria . haviam seguido Jesus. Havia os endemoninhados. o que ele faz em três palavras: “Ele os curou”. deixando o barco e seu pai. ou seja. o seguiram.5. como o símbolo do seu chamado espiritual. pelos seus familiares ou amigos. Havia os lunáticos ou epilépticos. .35-40. tanto a Galiléia superior. Lc. V. pela influência de espíritos imundos. agora. estavam sujeitos a doenças. Mas. Ensinava nas sinagogas ou escolas dos judeus. consertando as redes. Decápolis. acometidos de várias enfermidades e tormentos: endemoninhados. pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo. então. Pessoas vinham de 38 ) Lutero. Tiago. viu outros dois irmãos. Curava os enfermos. Isto aconteceu na mesma vizinhança. Havia as indisposições doloridas menores que exigiam o toque da sua mão curadora. de todos estes o evangelistas tem a dizer a mesma coisa. em resultado de desordens nervosas e das mudanças do tempo. V. com seus vales férteis. provavelmente. Dt. e. com sua luz eterna. eram de forma retangular. Até mesmo em vilas pequenas. por dois. contendo os rolos da lei e dos profetas. Todos queriam ver e ouvir o homem. tendo uma nave central e corredores de ambos os lados. estão no Mishnah. Após a lei seguia a leitura dos profetas. Sumário: Jesus. sendo possível afirma que já estavam em uso no tempo do Senhor.7. enquanto quem pregava ou expunha o texto. pregando e curando. 9. sentida por todos.5. depois de 40 dias de jejum. ficavam de pé. Consistiam de dezoito eulogias ou bendições.15. Em dias da semana. se pouco. A lâmpada sagrada. principiou seu ministério da Galiléia.usualmente. No tempo de Jesus. onde sentavam os anciãos. Estas orações. apoiada nestas colunas. do qual a lei era lida. enquanto. O púlpito ou cátedra. quando era assistida por vizinhos caridosos. ou as casas de reuniões. resistido com sucesso à tentação do diabo. no tom geral dos salmos. Bem em frente da arca e direcionado para as pessoas. Não tomaram em consideração a viagem longa desde o extremo sul da arrogante Judéia. e degraus conduziam a ela. Numa das pontas se localizava o cofre sagrado ou arca.Decápolis. que estavam escritos em longas folhas de pergaminho ou papiro e enrolados de ambas as pontas sobre uma vara roliça. Nm. a não ser. o resultado da grande necessidade em conjunto. sendo que os acentos ou bancos para os homens preenchiam o espaço restante. ou. 460.4-9. construía sua própria sinagoga. proferida pelos descendentes de Arão ou pelo líder das devoções. e as leituras eram arranjadas de tal forma. cuja população era. geralmente. O culto público na sinagoga era iniciado com o Shema. que o Pentateuco (os Livros de Moisés) fosse lido duas vezes em sete anos. A arca estava protegida por uma cortina.Geralmente havia uma galeria para as mulheres. No que diz respeito à sua disposição e mobília. dalém do Jordão na Judéia. a sudeste do Lago de Genezaré. Estas são orações de beleza singular. isto . grega. chamadas Tephillah. sendo Pedro. As orações eram proferidas em voz alta por um homem escolhido para a ocasião. praticamente. era precedido por dois votos de bendição. André. Sete pessoas eram pedidas a ler. Em Jerusalém havia 480. A Sinagoga Judia As sinagogas. Depois vinham as orações diante da arca. que. da Jerusalém que não se misturava. as sinagogas. toda leitura era acompanhada duma tradução ao aramaico por um “meturgo” ou intérprete. tendo. permaneceram inalteradas até o dia de hoje. e a congregação respondia com amém. Após isto seguia a leitura da lei. mas um orador dava uma transcrição popular da discussão com ele. da bem distante Peréia. por generosidade privada. que corriam por fora das colunas que sustentavam o telhado. de manhã. até.37-41. se originaram durante ou em conseqüência do cativeiro babilônico. Lc. Foram. Uma comunidade. ou. estavam os acentos de honra. e seguido. antes e depois do Shemá. A parte litúrgica do culto era concluída com a bênção araônica. são citadas no Novo Testamento. No tempo de Jesus estavam espalhadas por toda a terra da Palestina. Tiago e João os seus primeiros discípulos. De manhã e de tarde. o fazia sentado. As três primeiras e as trtês últimas elogias são muito antigas. ele não falava diretamente ao povo.6. O sermão mais popular do ancião ou mestre era chamado de “meamar”. predominantemente. tão freqüente. sendo que dez pessoas honradas era o suficiente para compor uma sinagoga. destas casas de culto.13-21. só eram pedias três pessoas para ler a lei. Depois da leitura dos profetas vinha o sermão ou alocução. cujos milagres estavam deixando perplexa a nação. particularmente nos evangelhos e em Atos. quando o templo estava em ruína. ensinando. nunca faltava. Os que a liam. que de tarde. por um voto de bênção. estava no meio da construção. Quando aparecia um mestre muito instruído. O povo. como escreve Lutero. subiu ao monte.6. não podem fazer nada e. Nas encostas mais elevadas ele estava livre do aperto do povo. cap. mas seus discípulos em geral. Edersheim. Saber seu nome e localização. miseráveis. com particular cuidados. que já era um grupo considerável.17-19.47.430-450. Commentary. Depois do sermão o culto era encerrado com breve oração. . havia separado doze dos seus discípulos para serem apóstolos.1b: E como se assentasse.39 Capítulo 5 As Bem-aventuranças.1a: Vendo Jesus as multidões. 39 )Clarke. ainda que estivessem entre os primeiros. cap. Seu discurso se dirigiu. longe do ruído da multidão que se acotovelava e acima do alvoroço e do calor abafado da planície. Life and Times of Jesus the Messiah. 5. se agrupava a ele. XVII. seria interessante. e serem curadas de várias doenças. cap. I. The Ethipic Liturgy. a eles. Lc. Mercer. V. baseada numa passagem da Escritura.12-16. A secção do evangelho de Mateus. As pessoas vinham para ouvi-lo. Pois. em números crescentes.é um discurso ou conversa. neste trecho e na linguagem mais simples. porém com força singular e pertinência. Lc. Jesus.5. incidentalmente. Lc. Ele havia passado a noite em oração num monte.1-12. a doutrina “dos frutos e boas obras dum cristão”. Commentary. o “sermão da montanha” não é a proclamação do evangelho mas a pregação da lei. deu um resumo do seu ensino moral. Gwinne. Este foi o alvo de Cristo ao proferir este maravilhoso sermão. após. Jesus. V. Quer ensinar aos regenerados que. Book II. principalmente. Ele quer causar a convicção humilhante mais.I. Insistiam em tocá-lo. que está nos capítulos 5 a 7.62. A ocasião e o lugar para esta grandiosa lição foram escolhidos por Jesus. e. In the Days of Christ. cegos e nus em coisas espirituais.6. cuja ânsia ameaçava esmaga-lo. Ap. Jesus objetiva despertar e promover a conscientização e a percepção. Feito isto. 95. mas os demais não estiveram excluídos. Primitive Woship and the Prayer Book. O lugar era ideal para repassar um ensino sem distração.17. desta forma. a mais bendita convicção. aproximaram-se os seus discípulos. 29. via de regra. guia-los pelo caminho da verdadeira santificação.4. é uma das mais belas e impressionantes de todo o Novo Testamento. mas duma total e absoluta incapacidade de pensar. quanto a sermos infelizes. subiu novamente ao monte. pobres. não só duma relativa fraqueza e insuficiência em coisas espirituais. sem ele. estava a caminho do vale.I. Schaff. Matthew. Não só os apóstolos. falar e agir conforme a santa vontade de Deus. Jewish Services in Synagog and Home. se reuniram ao seu redor. só por razões sentimentais. para se livrar das multidões abaixo.3. Dembitz. Mt. no que concerne às bênçãos espirituais.26-28. Foi um ensinamento.25. com diligência ainda maior. uma informação confidencial e que inspirava temor. Pois. como acontece em outras passagens do Novo Testamento.21. Mt. Jô 3.2. At.61.Suas conseqüências.78. iriam iludir-se com uma falsa segurança. Lc. V. o reino dos céus é a totalidade de todos os dons de Deus em Cristo Jesus. em cultivar a pobreza que o Senhor elogia. como afirmado acima. Este pesar. 40 41 ) Lutero.Co.353.5. O próprio reino do Messias. V. veja 7. que estão consciente e dolorosamente informadas. para pregar a verdade e tudo o mais que lhe foi incumbido. em que. da parte do grande Mestre. o Senhor chama bemaventuradas. deixando que acerte a quem e o que quer que seja” 40. pertence a um pregador. Mas em suas reais condições.Suas primeiras palavras tangem a nota-chave de todo o discurso. não o evangelista e profeta.11. Sua amarga tristeza será convertida em consolo e júbilo abundante e final. que não cale sua boca. no reino da glória. que não somente em público exerça seu ofício. para que não levem ao desespero. e sendo já agora sua a posse das riquezas do reino. Do contrário. nem se deixem apagar e roubar a alegria de coração. o motivo principal do seu lamento está no fato que sentem sua pobreza espiritual.1. daqueles que se encolhem e recuam de medo e terror. se jamais tivessem consolo e alegria. foi feita referência a condições deploráveis que existiam.6.3: Bem-aventurados os humildes de espírito. isto é.1. É dado um discurso bem preparado e cuidadosamente disposto. Sl.5. Sl. é chamado a consolação de Israel.368. porque deles é o reino dos céus. nada mais do que um grande vazio e desespero em suas próprias habilidades.354.2. não somente seus discípulos. é uma tristeza profunda e enorme. assim que todos devam calar-se e permitir que ele siga em frente como quem tem direito e ordem divinos. O que segue está intimamente conectado com este pensamento. sem considerar ou poupar qualquer pessoa. (traduzi do alemão) . Mas. Para uma aplicação prática e extensa do Sermão da Montanha. V.17.16. 62. que lhes causam ou ocasionam choro. 1. Aqui a referência de Jesus. Jo. porque serão consolados. com sua mensagem de esperança. Pessoas. tanto naquele que lamenta.Uma descrição solene e dramática do começo dum discurso de peso. dos que de modo assustado estão conscientes das carências e necessidades de sua alma. que lhes dirigiu. de que eram espiritualmente ricas e sem carências em qualquer coisa.20. “Pois. ou à miséria terrena. de suas deficiências morais. Sendo isto verdade. felizes. ) Lutero. dizendo: Esta foi. Is. que os separa do manancial das bem-aventuranças.16. Rm. não é para a pobreza temporal. como nos demais.2: E ele passou a ensina-los. antes de tudo. Se ainda estivessem sob a impressão enganosa. Seu pesar está sobre a esterilidade de sua natureza carnal. não um sermão. com total destemor. Aqui Jesus é o Mestre e Professor. isto é. Ela.14. Jesus ensinou-os. precisariam enfraquecer e secar de sede” 41. 7. mas que ele também abra sua boca de modo alegre e confiante. mas sem ansiedade e sem temor confessar e falar francamente.22. nenhum falso orgulho irá impedi-los de aceitar as riquezas insondáveis do reino dos céus. e exercitar-se nela diariamente. que os impediria de alcançar a verdadeira riqueza ou a única felicidade que é eterna. Tg.10. Dn. faz compreender o pecado e suas conseqüências. contudo.28.25. assim como são desfrutados aqui na terra na Igreja Cristã. em agudo arrependimento. mas a todos que sua voz podia alcançar.350-677.5. lá em cima. por causa da ausência e da perda das posses espirituais.2.70. registrada pelo evangelista. Por isso serão confortados.14. que são suas de graça. 11. mas misturem tal tristeza com o consolo e o refrigério. os discípulos devem empenhar-se.1. Ele está falando dos pobres e miseráveis “de espírito”. Lc.2. Os discípulos estão sujeitos a condições e circunstâncias tais. “Também isto. Não calar ou falar de modo confuso. a saber. dos que sentem em seu próprio coração. como estas.4: Bem-aventurados os que choram. finalmente. que também Cristo coloca exatamente estas palavras e promete o consolo. para que não desesperem na sua dor. e. precisam ser barradas. o significado destas palavras: Esta é verdadeiramente. concedida pela misericórdia de Deus. atentará contra ti. com boa consciência.373.372. neste lugar.5: Bemaventurados os mansos. porque herdarão a terra.10. Sl. mas de tê-las feito de acordo com a vontade de Deus e que disso recebe uma recompensa temporal. certamente recebem. por isso. quando lhe dá mulher.25. 42 43 ) Lutero. tendo enumerado algumas poucas virtudes negativas. passa a mencionar algumas qualificações positivas. Sl. 1. Deus deveria criar mais mundos. contudo. Jesus enfatiza o fato. ainda que estes.369. É a justiça exterior diante do mundo. a piedade no viver que ele recomenda. gado. a dons espirituais. como recompensa misericordiosa.37. ou seja. tu o piorarás. como o Senhor a usa. e. é muito estranha. como nos comportamos um perante o outro. indo além do que deve. ) Lutero. (traduzi do alemão). por mais insignificantes que possam ser ante a avaliação do próprio cristão. conselhos e ação. Um coração pleno de profunda simpatia e de sincera compaixão pela necessidade temporal e espiritual do próximo. “ Entenda. esta uma sentença de evangelho estaria fora de lugar nestes admoestações a respeito da vida e do comportamento dos seus seguidores. e estarão certos que a generosidade de Deus haverá de prover. lar. . coopera a manter e fomentá-las. estão prontos e voluntários a perseverar. para que permaneça decididamente na terra onde vive e seja dono de suas posses. por não querer ou poder suportá-lo. 7. Sl. em sua forma paradoxal. não tendo você paz e nem sendo capaz de servir-te tranqüilamente do que é teu”42 . casa. sem dúvida. tão somente. tendo corações mansos e ternos. a saber. V. a fim de receberem a bênção de se sentirem plenamente satisfeitos.3.7: Bem-aventurados os misericordiosos.6: Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça. não se pode referir. pela vontade de Deus. Ap. de orgulho e presunção.15. Is. que devem caracterizar seus discípulos. O Senhor. serão abençoados e felizes. aqueles a que a promessa de Cristo diz respeito.” 44) Os discípulos de Cristo deviam ter fome e sede. estejam incluídos. Não. Quando foi por engano. Pr. Os discípulos de Cristo. V. A expressão. V. de n ao só ter a satisfação de ter feito bem as coisas. que é imputada pela fé.37. em especial. Que isto é.16. “Porque não deixará de acontecer. tendo um espírito dócil. com palavras e atos. Esta é a recompensa desta virtude. 7.11. como a Escritura em geral o afirma” 43. uma pessoa bem-aventurada que sempre persevera e com todas as suas forças por isso. 7. é uma “máxima que conquista o mundo”. seja por engano ou propositalmente. Neste caso. pois têm a promessa da terra como sua herança. “A expressão ‘herdarão a terra’ significa. porque serão fartos. e por isso.18. Como senhores legítimos da criação. quando hostilmente esgravateias e reclamas. que a mansidão. mas os bens que Deus confere a cada um.Estas duas condições formam o pré-requisito da terceira bem-aventurança. Uma das provas maiores da piedade do cristão é a misericórdia. e o que a isso pertence. a compaixão do próprio Deus. A característica deles é sofrer e suportar sem resmungar. Esta justiça não é a de Cristo. que teu vizinho. possuir todas as maneiras de bens na terra. Mas.19. Em seu comportamento não há arrogância obstinada. que todas as coisas em todos os lugares estejam em ordem e que cada pessoa faça o que é certo. pelos que são da família da fé este é do agrado do Senhor. ser extremamente desejosos pela posse duma tal piedade.3. os dons temporais de Deus. às vezes. Eles estão curvados de pesar. um coração que está intimamente preocupado e sinceramente empenhado pelo bem de todos. de maneira breve e simples.7. 44 ) Lutero. da tua parte não o tornarás em bem. tu.17. porque alcançarão misericórdia. se foi propositalmente. filhos. Seu coração não está cheio de auto-justiça. usarão.22. E todos os esforços feitos neste sentido. caso contrário. enquanto ele ri e tem seu prazer em ver-te zangado e aflito.Co. Esta afirmação. que cada um vá ocupar um país inteiro.11. aqui a justiça externa diante do mundo. 17. vos injuriarem e vos perseguirem e.34. Usando seus melhores préstimos para acalmar as paixões. Uma terceira virtude cristã positiva.Co. aos menos nesse sentido. pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Outro conforto que os conserva fortes.7. são mentiras deslavadas. 2 Co. porque carregam o seu nome.15.6. Felizes.27. Ele deseja corações tais. nesta vida verão a Deus com os olhos do espírito.1.14. ao Deus de sua salvação. Eles serão mais do que amplamente recompensados por toda a desagradável demonstração de ódio que foram obrigados a suportar aqui. que será particularmente dura de suportar por causa das mentiras maldosas com que apontam e acusam aos discípulos como praticantes de todas as espécies de males.4.Pe. não somente têm paz em suas almas. E o ódio das pessoas fere a eles por causa do Seu nome. ainda assim. É esperada uma demonstração irresistível de exultação dos seguidores de Cristo. lhes são mais do que compensados pela sua herança que é o reino dos céus.12.11: Bem-aventurados sois quando. Jó 19. Por isso. Sl.Mas.7. 1.4. Jesus aplica isto aos seus mais próximos discípulos. Mas a essência real da felicidade celeste será o ver Deus de face a face na vida que há de vir. sabendo que os antigos profetas foram martirizados da mesma forma mas.9: Bemaventurados os pacificadores.19. Este é seu galardão gracioso: Deus é seu Pai. devido a este seu pensamento. Os discípulos de Cristo são filhos da paz. quando provados: por meio disso eles se tornam.2. As afirmações.15. a retidão das vidas dos cristãos tende a torna-los notados diante das pessoas.15. erguendo-os. Jesus acrescenta. alegremente suportaram as . o consolo dos seguidores de Cristo é que as várias evidências de ódio que precisam suportar. até. V.22.15. porque serão chamados filhos de Deus.10: Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça. por minha causa. É inevitável. Is. Rm. Eles. da concupiscência dos olhos e da soberba da vida.Tm. 42. Mq. as suas mais agradáveis esperanças. Eles. não pode ser medido com e nem mesmo entrar em consideração com o galardão da graça no céu. apesar da perseguição. porque verão a Deus. mais uma vez.2.3. do interesse partidário e de todas as formas de alienação. Hb. por causa do ódio. resulta em perseguição. Mas esta pureza também encontra sua expressão na coerência de propósito que rejeita qualquer pensamento que possa restringir ou distrair. V. Is. Estas são algumas das formas em que o ódio dos inimigos. que têm somente pensamentos de paz para com todas as pessoas.10-11.16. Sl. mentindo. pela pureza do seu viver. Neste caso. V. Rm. para acomodar bairrismos. incontaminados das concupiscências da carne. Uma pureza meramente exterior no cumprimento das injunções cerimoniais da lei não basta na economia de Deus. provavelmente.50. Sl.12. E. mas de coração sincero busca ao Senhor e ao seu reino. É uma perseguição persistente e contínua por palavras e atos.8: Bemaventurados os limpos de coração. Há dois fatos que servem para consola-los. sofrer por sua causa. não pode ser só uma fonte de tristeza que precisa ser suportada por um certo tempo. por isso. Alegria e júbilo em máxima medida são algo possível. se manifestará. porque deles é o reino dos céus. que se guardam a si mesmos puros. bem-aventurados são os que são encontrados praticando esta pureza.17-18.3. É uma distinção.9. feitas dessa maneira. que a censura a Cristo acertará os discípulos em seu empenho de seguir estas regras. os filhos do mundo se ressentirão com este seu distanciamento. apropriadas a preconceitos violentos. Fp.12. Pois. eles se afirmam como verdadeiros filhos de Deus.17.17. Cristo é seu irmão. Tg. iguais aos profetas. e o céu é sua herança e seu lar. e faze-los parecer diferentes e moralmente mais puros do que os outros.57. Vivendo estes princípios de Cristo diante das pessoas. Mc.7. Ser odiado.25. todo o ódio que for possível ser derramar pelos inimigos. Is.18. Por isso.8. O ódio do mundo. em jubilosa confiança. interpretando sua atitude como uma crítica ao seu comportamento.2. porque é grande o vosso galardão nos céus. inteiramente. V. 2. pois o seu galardão ultrapassa. V.12: Regozijai-vos e exultai. 2.17. uma honra. Jô. disserem todo mal contra vós. que reflete a perfeição do próprio Cristo. um comportamento hipócrita não resistirá o teste de Seu exame criterioso.8. mas são promotores ativos e fervorosos da paz num mundo que está rebentado em pedaços. são luz. 12. Então ele nos diz: Vós sois o sal da terra.406. provavelmente.5. Ele faz com que o alimento seja palatável e saudável.5.35. que o artigo central da fé seja enfatizado. Pois. em e por meio dele. está correto quando diz: “Por isso sempre admoestei. e semelhantes a uma tal cidade. Onde esta palavra ilumina o coração. O Senhor ainda se dirige aos seus discípulos. 1913. Fl.413. então quem não quiser sorrir que fique zangado. e assim não mais influenciam seu meio para o bem. não podiam ser escondidas. Hb.5. Cidades.Cr. a figura de Cristo é particularmente inteligente. Ef.33. a única e verdadeira luz do mundo. Notemos as quatro qualidades principais do sal. e suportem os sofrimentos daqueles que os precederam. V. sendo exposto à chuva.36. Ele preserva seu valor e o sabor. V. são semelhantes a uma tal luz. bem como o poder de alcançar luz aos outros. e já não há mais fé nem entendimento. Isto acontece só com sal que é submetido a um processo químico. por si mesmo uma contradição. então. sabendo que o galardão também será de vocês. 7. tendo experimentado o poder santificador da palavra e do Espírito de Cristo. que Cristo se refere a ele como u8m fato bem conhecido aos seus ouvintes. semelhante ao de Cristo. tal como o faz Cristo aqui.aflições por causa do seu nome.16. lançado fora.13-16. Lehre und Wehre. 47 ) Lutero. 7. mas está implícito que se estenda até aos confins da terra. Isto acontecia com uma certa espécie de sal betuminoso. É sua a tarefa de preservá-la da corrupção e da putrefação. todos os judeus eram familiares com o Monte de Sião. 1. que rapidamente se tornava enfadonho e sem gosto. 1. incorrerão no juízo do mundo. Assim. ora. Os cristãos.2. encontrado na Judéia.como gostam de ser. Os discípulos. Sua verdadeira diferença 45 46 ) Cf.5. Por isso.5. assim que. Da mesma forma os cristãos que deixaram de aplicar-se na tarefa de agir como um poder moral no mundo. Eles. empenhando-se com todas as forças para que a corrupção moral dos filhos do mundo não se torne excessiva e por sua contaminação torne mal-cheirosa todas as classes e idades da sociedade. nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire. sem vacilar. Ele previne de uma corrupção rápida.14-15: Vós sois a luz do mundo.15. quando isto acaba. também perderam sua condição de discípulos. Eram os alvos mais notáveis em toda a paisagem. 8. O seu irradiar luz. A mesma admoestação sob uma figura diferente.12. Cristo é. que o sal permanece sal e não se torna insípido. Como exemplo. ser pisado pelos homens. assumam o trabalho. violentos. provavelmente. e tudo já está perdido. Os cristãos são o sal da terra. ele se torna insípido. Este pensamento é tão evidente. 9.11. assim situadas. em sentido restrito. isto é. e ninguém já não mais ensina ou aconselha de modo correto” 47. do que eles colocam em seu poder. 2.Ts. Muitas cidades da Terra Santa. se o sal vier a ser insípido. e alumia a todos que se encontram na casa. 45. O sal que não sabor não tem valor algum e é tratado como lixo. como lhe restaurar o sabor? Para nada mais presta senão para.13: Vós sois o sal da terra. nem mesmo um só pedaço sobrará. este sal perde o seu sabor. Os Principais Encargos dos Discípulos no Mundo – Mt. Jó.33-40. e são. algumas menores visíveis da colina onde estavam reunidos. que não tem gosto de sal. em virtude de sua condição de discípulos. “este é o nosso desafio. sendo. não está limitado à sua vizinhança mais próxima. espadas e armas” 46. Mas os seus discípulos partilham de sua natureza. Recebem Dele luz. Um sal insípido.Co. Ele é branco e puro. é. Mai-Juni. por isso.15. era espalhado pelo pátio do templo para prevenir que se tornasse escorregadio em tempo de chuva. são sal. segundo relatam viajantes da Terra Santa. ou sendo armazenado por muito tempo. pois. localizavam0se sobre elevações maiores. Lutero. e. quando as coisas vão mal e quando o mundo e o diabo nos dirigem olhadelas perversas. Mas eu posso e vou colocar mais desafio e jactância em uma só de Suas palavras. Mas. Se.8. na verdade. mas no velador. confie e se glorie nisso que somos o sal de Deus. ) Lutero. Cristãos que perderam suas propriedades distintivas. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte. Isto não é tarefa fácil. . Somente assim uma lâmpada pode servir ao seu propósito. é uma doutrina radicalmente diferente do ensino de Moisés. nesta passagem e com um juramento solene. nem um i ou um til jamais passará da lei. Ele continua. cancela a lei da letra.103. o medo das conseqüências desagradáveis que poderão sobrevir a própria pessoa” 48. na igreja 48 ) Expositor’s Greek Testament. Notemos a ênfase de sua afirmação. Elas devem ser vistas por todas as pessoas.torna-os em pessoas marcadas. Tão pouco como a lâmpada pode gabar-se de sua luz. de evitar a ruptura porque se falou atrevidamente. antes. que podia abolir todas as suas ordenanças. Mas a verdadeira razão é. a luz que deve ser irradiada deles em todas as direções. será colocada lá onde. expor inteiramente o verdadeiro significado da lei. podia ocorrer por razões especiais. recomendada por cristãos mornos. 1. Jesus aplica a parábola. Mas o objetivo deste acender foi. Qualquer coisa na revelação do Antigo Testamento. Assim. que.4. V. Jesus acabou de enfatizar as boas obras. Gl. sendo o objetivo não fazer tua pessoa ser proeminente mas o teu cristianismo. é infidelidade deliberada a Cristo. Cristo Confirma e Expõe a Lei de Moisés. Acender uma vela ou uma lâmpada. em toda a sua força. Cl. Todas as pessoas que entram em contato com suas obras. “razões de prudência e sabedoria. Pensar e agir assim. seja um tipo ou profecia. coloca-se sob a lei.17-37. A lâmpada deve ser colocada no velador. não pouco. uma pedra que se projetava da parede na cabana dos pobres. Ele também cumpre os profetas. de ocultar crenças e convicções. vim para cumprir.16: Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens. a novas idéias. V. para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus. enfatiza a compreensão correta da lei. Assim é que deve ser. mas para brilhar. gradualmente. facilmente. não é para ser usada conforme a conveniência.4. afirma que a lei também deverá ser retida. Ele. assim chamadas.5. e.17.2. um utensílio de barro para medir grãos que continha um pouco mais do que nove litros. mas a tua luz. então em voga. Os cristãos. A tua luz. a honra.17: Não penseis que vim revogar a lei ou os profetas: não vim para revogar. Ele coloca a claro sua posição em relação à lei. cumprindo cada uma de suas letras. Este fato torna urgente a admoestação e lhe dá sua verdadeira base. um (modius). visando isto. encontra seu cumprimento. Jesus. tanto individual como coletivamente. A fé é a lâmpada. deve estar: será dada ao Pai no céu. diante de todas as pessoas. O amor é a luz. tão pouco podem os cristãos gloriar-se em suas boas obras. dando uma definição de boas obras. para contrapor-se à influência da exposição rasa e superficial. de acostumar as pessoas. expõe com seriedade o seu conteúdo espiritual. que do alto foi dada a ti. que é alumiar a casa. Ele quer cumprir. é. e então colocá-la sob uma bacia emborcada. Cristo. correta e exclusivamente. o evangelho que ele veio proclamar. Não tu deves brilhar. V. podia ser trocado de lugar na casa. com base na lei. sua realização em Cristo o Redentor. Ele não coloca em seu lugar uma nova lei moral. por vezes. ou uma estante na forma dum tripé. Toda glória precisa ser de Deus. A política da obscuridade. O ensino do Reino. que tem o poder para modificar qualquer uma das suas injunções. e apresentar uma obediência perfeita da lei. a glória. via de regra. Mt. consiste em suas boas obras que são os frutos de sua regeneração e a prova de que foram iluminados por Jesus. evidentemente. de fazer deferências aos preconceitos das pessoas de bem. devem ser levadas a concluir sobre a força que as inspira. pois isto concorda com a natureza e o alvo da sua vocação. como sendo algo totalmente evidente. como ensinadas por Moisés. São as. Mas. . devem cumprir esta tarefa como seu encargo constante. ele não invalida as exigências da lei moral. uma daquelas lâmpadas pequenas usadas na Palestina. até que tudo se cumpra. As boas obras são a irradiação da luz. Pois. outro. e.18: Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem. esse terá um nome ilustre no reino dos céus. que não faz qualquer acréscimo nem tira qualquer coisa da lei.Era isto que estavam acostumados a ouvir nos serviços religiosos regulares das sinagogas. Cf. A sinceridade de suas convicções não será aceita como escusa. Gn.5. está registrada em muitas passagens do evangelho. seu menor preceito tem significado religioso que deve encontrar reconhecimento e compreensão apropriados em o Novo Testamento. Aqui há uma conclusão. Visto que o dito acima é a visão de Cristo. Mas por esta explicação o significado de “matar” ficou restrito só ao assassinato propriamente dito. eram conhecidos. em verdadeiro amor ao próximo.13. dos fariseus. posto que dos menores. Mt.. naquele tempo. mesmo que o coração esteja cheio de raiva.esse cai sob a sentença condenatória de Cristo. de modo forte. A seguir. segundo o seu pleno sentido espiritual. inferindo um cumprimento de deveria ser realizado – e. e não nos mestres do povo. realmente. ou um “til”. nos preceitos entregues pela tradição de pai a filhos. como. que se pode manter puro e permanecer piedoso. que violar um destes mandamentos. V. 23. Mas a adição que fixava os castigos foi feita na interpretação dos rabis. que. Enquanto a terra existir. nenhuma idéia de entrar no reino dos céus. será considerado mínimo no reino dos céus.17. e o mandamento de Deus se tornou em mero decreto externo. Foi penalizada a consumação da transgressão. enquanto não se mata com a mão. nos desejos. Aqui há o cintilar da glória do evangelho em meio à proclamação da lei. a sacralidade das Escrituras mais antigas deve permanecer tão absolutamente forte.20: Porque vos digo que. mantendo uma conduta apropriada diante dos cristãos. aquele que não se cala em relação a nada. cairão por terra. Todo o Antigo Testamento é revelação divina. e receberá a recompensa da fidelidade.do Novo Testamento. do partido. que os observar e ensinar.19: Aquele. Esta característica e ressaltada. V. revoga ou põe de lado. e sua culpa pela propalação de sua opinião falsa que está em seus ensinos. pelo contraste. aquele que despreza algo tão insignificante como um daqueles sinais ou ganchos cuja presença ou ausência. pois. se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus. esta é a bela santidade dos fariseus. que não somente prega o evangelho mas também a lei com seu grande objetivo de preparar os corações. e também a língua cheia de maldições e blasfêmias” 49. Ex. que lhes deu diante do povo grande ostentação de piedade. A principal acusação que Cristo trouxe contra eles. bem como pelos mestres do povo. aquele sinal pequenino que aparece em algumas de suas letras. esse será considerado grande no reino dos céus. mesmo aqueles mandamentos que parecem pequenos e de pouca importância. com a exposição de alguns mandamentos da lei. Enquanto isto. ódio e inveja. Por outro. O resultado disso foi uma observação servil das coisas externas. Dt. provando suas afirmações condenatórias. onde nunca faltava a leitura da lei. pode mudar o significado de toda uma passagem. há o cumprimento perfeito do ensino e do agir. nem mesmo um “i” que é a menor letra do alfabeto hebraico. jamais entrareis no reino dos céus. não foi restringida. É declarado como o menor no reino dos céus. foi realizado – em e por meio da pessoa de Jesus Cristo. . . o divino por amor ao tradicional. e pelos antigos. . mas a sua origem. e muitos deles eram membros da seita. 2.9. e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Será rejeitado do Seu reino e excluído de Sua glória.17. Será chamado o menor. Os escribas eram os mestres reconhecidos da lei. “Vede. e assim ensinar aos homens. aquele que ensina em total conformidade com o Antigo Testamento.7-9. fazer a vontade de Deus por meio de palavra e ação. Tão somente Nele. por isso. por isso. 21: Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás.Cr. Aquele que dissolve. o que eles alimentavam com muito carinho. As duas afirmações foram ditas aos de antigamente. por isso.20.429. aquele. todas as pessoas devem saber. o Senhor procede. porém. V. essencial na educação das pessoas sobre a verdadeira justiça no viver. Este ensino é. 7. Sempre que este é o caso. pensamentos e palavras. Mas em relação à maioria deles. e. ele está obrigado a assumir sua função em referência aos transgressores dessa norma. não há fé. de fato. 49 ) Lutero.5-6. O feitio da doutrina e vida deles era que eles trocavam o grande pelo pequeno. seus corações estavam distantes da piedade e da justiça daquele coração que busca. cai sob a jurisdição do conselho ou corte. da última fração dum centavo. e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal. o juiz ao oficial de justiça. Este era usado para apontar um tolo imprestável.16.Is. rápido. Isto garantirá ao credor uma decisão favorável. no exato momento de entrega-lo ao sacerdote que oficia junto ao altar. O período breve da vida vai. Então todas as esperanças de alcançar misericórdia. Um insulto ainda maior está no epíteto “tolo”. A mesma condenação. muitas vezes. vai primeiro reconciliar-te com teu irmão. Este é um falar relativo.8. contudo. porém. Cf. Mt. entregue ou. pois. Ap. A raiva contra um irmão. perdendo inteiramente a paciência. se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento. 25. mas que. A pessoa que dá lugar a ira é um ofensor tão grande aos olhos de Deus.8. vos digo que todo aquele que.5. Seria exigido o pagamento.22: Eu. uma ofensa igual a dum assassino. O conselho é. enquanto estás com ele a caminho. com qualquer pessoa a que devamos a mão da paz.15. seu dom. A atitude perdoadora é ilustrada com um acontecimento que era muito freqüente entre os judeus. 23. que ele foi culpado dum ato ou palavra que poderá ter provocado um irmão. e. o vale em que era queimado o lixo de Jerusalém. e quem lhe chamar: Tolo.Jo. e expressava desprezo quanto à alma e caráter de alguém. provavelmente. enquanto não pagares o último centavo. ninguém excluído. o perigo está nisso que o adversário. 2. A maneira usual de lidar com a situação poderia ser. com muita propriedade. Uma ira que não é controlada rapidamente. A pessoa que emprega tais epítetos irados. No caso de não ser encontrada um acerto.3. Pois. Dt. de buscar.9. correr e fazer a paz com o ofendido.3. É punível com o fogo do vale do Hinom. Esteja pronto e desejoso para falar francamente e sem demanda sobre o problema.8.1. A afirmação do Senhor é genérica: Todos.21. Gl.Pe. 1. encontrará no Senhor um Juiz igualmente insensível. sendo o caso executado pelo oficial de justiça.3. ao trazeres ao altar a tua oferta. estariam perdidas. voltando. Dt. poderia estar disposto a acertarse fora do tribunal. seria-lhe requerido. se tornará em ira combinada com desprezo que abertamente se satisfaz em revidar. é culpada de julgamento e condenação. escolhido de qualquer espécie de sacrifício sangrento ou não. Esta expressão de máximo desprezo sobre a posição dum companheiro é. qualquer membro da família humana. até mesmo o último “quadrante” que é a quarta parte dum “assarion” romano. nos diz que interrompamos nosso culto e realizemos a missão. que era trazido ao templo. Em verdade te digo que não sairás dali. e.5. estará sujeito ao inferno de fogo. V. moralmente imprestável.20.Cr.8. ao passado e quem é insensível e recusa entrar em acordo. e ele terá a satisfação de ver o devedor ser levado à prisão. 15. mas com maior ênfase. mesmo que possa parecer humilhante proceder assim. Mas. É uma proibição universal da explosão raivosa. V.5.18. quando fala do castigo do fogo do inferno.21. faze a tua oferta. por Jesus. sem motivo. continuar com o culto. que não esperemos ou hesitemos sobre a reconciliação com o nosso adversário. então.A exposição de Cristo não é tão restrita. aos olhos de Deus. é culpada do sinédrio. então.19. Cristo. sem esperança. é pecado mortal. irremediável. cai sobre aquele que não consegue controlar sua ira. Cl.4-7. É mais importante que o coração esteja livre da ansiedade por causa da paz de consciência dum irmão. sendo-lhe inteiramente familiar. “Raça” é uma palavra aramaica que significa “cabeça oca” ou estúpido. como aquele que abate friamente seu irmão. permitindo que ela irrompa em maldições.4.19-20. . E.25-26: Entra em acordo sem demora com o teu adversário.1. arraste o devedor à força diante do juiz. até. desta forma. V. A mesma verdade em outra parábola. primeiro. Com ele está o seu credor que é seu adversário. a corte suprema dos judeus que julgava as ofensas piores e que impunha as penas mais severas. É uma admoestação muito séria.58. e sejas recolhido à prisão. perdão. A pessoa que dá lugar à cólera. Repentinamente lampeja em sua mente. até. O quadro é o de um devedor a caminho do tribunal. Um judeu tinha o direito de trazer o seu “corbã”. que é uma figura empregada. do que ser cumprido um ato externo: misericórdia antes do sacrifício. É um pecado abominável. Haverá abundância de tempo para o sacrificar posterior. Tg. deixa perante o altar a tua oferta.18. que o devedor tenha uma índole muito conciliadora. Jesus apresenta o lado positivo de sua exposição. acontece a lembrança. que não valia dois cents de dollar. para que o adversário não te entregue ao juiz.23-24: Se. 1. ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti. então. então. quando este acorda no coração.27-28: Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Mas. mais uma vez. falando simbolicamente. Ex. O conselho de Cristo ao tentado é. Pois. A lei mosaica foi dada no interesse da mulher. Cristo fala figuradamente. Mais uma ilustração. porém. Dt. Martelando sobre a frase: “Ela não encontrou favor aos seus olhos”. Jesus. um tal rompimento proposital do laço matrimonial. no coração já adulterou com ela. Pois. O olho direito e a mão direita são citados como os membros que são proeminentes na consumação do pecado. então o olho também não pecará nem te ofenderá. vos digo: Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura. casada ou solteira. quando o olhar dirigido sobre qu8alqauer mulher. 27. Cada membro do corpo deve ser controlado e governado de tal modo pela vontade santificada.20. a saber. preocupados somente com a forma exterior e sobre a concessão legal duma carta de divórcio. sem que haja algo errado no ato. arranca este olho ou visão. como se nem a tivesses visto. sobre v. e tu olharás esta mesma mulher com os mesmos teus olhos do corpo. estes membros e todos os demais do corpo precisam ser controlados. seria impossível um relacionamento humano normal. pelos quais o mau desejo do coração encontra sua manifestação. “Este é. vos digo: Qualquer que repudiar sua mulher. e isto é seguido por um desejo impuro de cobiçá-la com intenções imorais. Eu. São apresentados como os órgãos da tentação.. pelo castigo do inferno. ao menos. que incitam à real consumação do pecado. A explanação de Cristo abre o sentido mais profundo do mandamento. porém. mas não matará o desejo. dê-lhe carta de divórcio. uma mutilação. Por isso. tendo encontrado uma esposa idônea. ou do relacionamento carnal dos não casados.29-30: Se o teu olho direito te faz tropeçar.24. A única coisa em que se insistia. Mesmo que o olho do corpo permaneça sem dano” 51. por meio duma renúncia incondicional e dolorosa. V. tão somente. .Uma lição do sexto mandamento. Bergrede Christi. Uma mulher pode ser vista. foi dado “aos antigos”. O sexto mandamento.31-32: Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher. o significado: Quando sentes que olhas com mau desejo uma mulher. mesmo que o pecado esteja profundamente oculto no coração. ) Lutero.1. Suas palavras precisam ser entendidas no sentido espiritual. pois te convém que se perca um dos teus membros.448. Mas os doutores judeus. Ele vê o início do adultério no fomento deliberado do desejo. A forma em que Jesus fala neste ponto. evidentemente. V. corta-a e lança-a de ti. já não haverá mais aquele olho que havia antes. não do corpo mas do coração. Pois. de fato. O Senhor reconhece. era que a carta de divórcio fosse elaborada. alguma aparência de direito. pode entrar na linha de visão dum homem. usa a figura do fogo constante do vale de Hinom. do que ter condenado todo o corpo. Sem isto. de dar-lhe. uma razão para o divórcio. De acordo com a opinião popular. V. permitiram uma autorização que logo se desviou para excessos escandalosos e criminosos. É melhor estar sem alguns órgãos e membros individuais do corpo. Mas foi entendido pelos mestres judeus somente sobre o pecado consumado da deliberada infidelidade daqueles que estão unidos em casamento. se necessário. assim o terás extraído corretamente. arranca-o e lança-o de ti. mesmo que sancionado pelo tribunal civil. onde o refugo e o lixo da cidade de Jerusalém era queimado. Eu.5. não tem validade perante Deus. e te será. Dt. que não se renda ao pecado. por ser contra o mandamento de Deus. comete adultério. indica que ele desaprova a interpretação literal da permissão dada por Moisés. mas sem desejo. eles são os membros que ofendem. Muitos “rabis” afirmavam expressamente. de fato.18. como a uma pessoa do sexo oposto. consciente e persistente. e não seja todo o teu corpo lançado no inferno. permitiam o divórcio a um homem que. que é chamado o olho do ardor ou do desejo. não se agradando do seu jeito de cozinhar ou de suas maneiras. 7. foi cometido adultério.14. é deliberado e intencional. do qual procedem o ardor e o desejo. Mas. quando o mau desejo está longe do coração. pois te convém que se perca um dos teus membros e não vá todo o teu corpo para o inferno. poderá prevenir o ato externo. que o mau pensamento não devia ser considerado igual ao ato pecaminoso 50.levando o corpo inteiro à condenação. tornando o caso formal. pois. e aquele que casar com a repudiada. 50 51 ) Tholuck. exceto em caso de relações sexuais ilícitas. a expõe a tornar-se adúltera. E se a tua mão direita te faz tropeçar. Era coisa de mero subterfúgio sofístico.33-37: Também ouvistes que foi dito aos antigos: Não jurarás falso. que é Jerusalém. o invocar incessante e frívolo da Divindade e em quaisquer formas distorcidas.22. O próprio Cristo fez um juramento diante do sumo sacerdote”53). por isso. para que haja uma dependência imperturbável sobre todas as afirmações. V. por ser o trono de Deus. A lei do amor em relação ao inimigo. da obrigação do juramento. a tua palavra: Sim. O Senhor condena. não sejam legítimos e corretos. até tem cheiro da influência do maligno. 21. Nm. por ser cidade do grande Rei. aquele que casa com uma mulher divorciada de seu esposo legítimo. Ex.. ele não peca contra os ensinos de Cristo.12. . E todos eles. sem a necessidade dum juramento. é cometido adultério. Isto está escrito para o governo.38-48. 7.111. que. encontradas na lei. e que o cônjuge inocente seja reconciliado com o culpado (caso este for humilde e disposto a se emendar) e a perdoar em amor cristão” 52. na vida civil. como ele distintamente os identifica. O que disto passar. e o divórcio for efetuado. Da mesma forma. Se esta. são supérfluos. mas cumprirás rigorosamente para com o Senhor os teus juramentos. e não negou a necessidade de juramentos num mundo cheio de falsidade. mas deixamos que neste caso o governo aja. quanto a graus de juramentos. Qualquer coisa que ultrapassa esta definição simples. Não se enfatizava a sinceridade do coração. fugindo eles. sim. vem do maligno. )Expositor’s Greek Testament. para dar conselho aos que desejam ser cristãos. As palavras. eram um jugo nas nucas dos judeus mas não em seus corações. nem jures pela tua cabeça. de fato. “Nós não ordenamos nem impedimos um tal divórcio.13.452. que lhes permitia toda sorte de afirmações em que de Deus não era mencionado diretamente.5. Ele não afirma que juramentos.19. nem pela terra. de adultério. e é um princípio sadio para a instrução do juiz: Compensação justa deve ser 52 53 ) Lutero. como. são. porém. em certas circunstâncias. Porém. Caso seja alegada qualquer outra razão. desta forma. Vede que o mal não esteja em vós”. Ali a afirmação terá o valor total e a força do “Sim”. Dt. porque não podes tornar um cabelo branco ou preto. como ditas. seria melhor admoestar e instar ambos os lados a permanecerem juntos. Jesus introduz o assunto. por causa da falsidade e da conseqüente desconfiança que prevalece no mundo. parece que ele diz. a cabeça ou a vida duma pessoa. falta.3. Seja. do mal da falsidade. Eu. Aqui. Lv. que. e a negativa terá o poder singelo do “Não”. referindo-se à leitura costumeira da lei e ao ensino que a acompanhava.24. daquilo que ouvia. procedendo assim.não. mas isto não é lei. em certas circunstâncias. quando o coração é puro e sincero. dente por dente. a terra que é o estrado dos seus pés. será requerido de vós algo que vai além do sim e do não. o diabo que é o pai da mentira. Dt. Mas isto provém do mal. Jesus se refere à lei da retribuição. Todos estes juramentos envolvem uma referência a Deus. porém. “Eu sei. 1. Jesus se expressou meigamente como uma situação que acontece. A implicância de Cristo é que o povo havia sido mantido numa impressão falsa. um após o outro. nem por Jerusalém. ou aqueles sobre os quais só Deus tem o controle: Sua cidade.. como antes. Mas sua interpretação deixava muito a desejar. expressamente. e. visto que ela ainda lhe pertence perante Deus.6. ou da compensação.38: Ouvistes que foi dito: Olho por olho. de qualquer relacionamento ilícito duma pessoa casada com qualquer outra pessoa do que com quem é seu consorte legal. vos digo: De modo algum jureis: Nem pelo céu.23. Não há a menor diferença entre um juramento em nome de Deus e quaisquer afirmações que substituam os nomes das coisas santas.quando há um caso manifesto de infidelidade. e. “O homem mais fiel.30. Uma ilustração do segundo mandamento. é adúltero aos olhos do Senhor. como pelo acusado que permite a dissolução leviana. por ser estrado de seus pés. V. não. podia tirar a conclusão de que eram as próprias palavras de Moisés. porém. um divórcio pode ser conseguido. Neste caso. de perjúrio. do céu. Mt. como registrada nas ordenanças levíticas. tem de fazer um juramento. que sentido têm todos os juramentos? Todas as distinções cuidadosas. é do mal. tanto pelo queixoso quando rompe o laço matrimonial. Sua exigência é absoluta fidelidade e honestidade no trato das pessoas umas com as outras. por isso. o cristão estará pronto a oferecer. Um discípulo de Cristo tem obrigações para como sua família. um tal comportamento submisso deve cessar. afirmando algo bem diferente desta explanação: V. e um cristão perderia casa e lar. que conduz às injúrias. Lv.42: Dá a quem te pede.18. vos digo: Não resistais ao perverso. V.39b-41: Mas a qualquer que te ferir na face direita.45: Para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste. acima de tudo. mulher e filhos. Em todas estas passagens. porém. suportar a repetição da mesma injúria: A desgraça de ser batido com a palma da mão. os filhos de Israel. O seu argumento. A segunda parte da sentença é uma adição feita pelos rabinos. coação vem. porém. esse supera. ganhá-los para o Senhor. V. sua comunidade. executavam unicamente a justiça punitiva de Deus. tirada da lei geral do amor. porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons. Cristo expõe este caso com alguns exemplos. Cristo continua. mesmo que seja permitido a defesa do que é justo. até.18. Ensinavam e declaravam que cada um tinha o direito de vingar-se e exigir compensação. Ele tinha apropriada autoridade para a sua explanação. O amor cristão precisa estar disposto a carregar e a conter-se. Dt.19. e odiarás o teu inimigo. que entra em conflito com a lei do amor. Mas os escribas e fariseus aplicavam a afirmação para o relacionamento de cada pessoa para com seu próximo.3. argumentando das muitas passagens da lei em que Deus ordenou aos filhos de Israel a destruir as nações gentias. Em vez de abrigar pensamentos e desejos maus e vingativos. A sua lei é diferente. A injúria vai de mal a pior. 18. At. tendo em vista Ex. pacientemente. A ingenuidade do amor encontrará um meio para subjugar com a bondade toda e qualquer mesquinhez que os inimigos possam imaginar. V. 23. fará mais do que lhe foi imposto. Os mordomos dos dons de Deus deverão dar contas no último dia. volta-lhe também a outra. e sua sentença poderá depender. o obriga a proteger e defende-los contra injustiça e insulto. seguiria que toda injúria ficaria sem cobrança. que culmina na perseguição que acontece por causa do ódio religioso. em sujeitarse ao que lhe foi imposto. Um cristão irá. Não fosse também isto verdade. seu objetivo sempre é achar caminhos e meios para vencer o adversário e. Tal comportamento está de acordo com a verdadeira natureza dos cristãos. 19.33. Pr. quando o amor estará pronto a. ou repelindo um ultraje com outro.44: Eu. Mas um discípulo de Cristo devia ser disposto e paciente no sofrer. tentando evitar injúria ou exigindo vingança do mal sofrido. com o fazer do bem.22. deixalhe também a capa. até. Lv. sendo ambas guiadas pela prudência e pelo interesse para com o próximo. V. O amaldiçoar é confrontado com o abençoar. às vezes. Jo. e vir chuvas . perdoando. Lv. sempre que for preciso. 22.10. Haverá tempos e circunstâncias. em grande parte. sendo que a demanda e.17. da maneira em que eles estimaram o encargo de Deus. porém. 24. 41) Se alguém te obrigar a andar uma milha.25. especialmente.43: Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo. da parte dum soldado que exige que se o acompanhe por alguma distância ajudando-o a carregar o seu equipamento. vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Há um clímax nos exemplos escolhidos por Cristo. seja.18-19.19. a humilhação de entregar manto ou toga juntamente com a túnica ou roupa íntima. e não procurar vingança nem retribuir mal com mal. A grande impressão da passagem é destacada pelo contraste apresentado em cada parte da expressão. é contrastado com a oração e a intercessão.dada por injúrias que se recebeu. Pr. seus pais. O primeiro imperativo se encontra na lei. 27. no que concerne à sua própria pessoa.9.29. Eles. Toda e qualquer assistência ao próximo necessitado deve ser feita alegremente.3. contudo.21. mesmo que seja injustamente. realizar alegre este trabalho que lhe foi imposto e. sem se mostrar emburrado.4.23. Dar e emprestar são duas obrigações da caridade que Cristo coloca no mesmo nível. O ódio. Mas para a própria pessoa é verdade: Aquele que carrega. sem qualquer idéia de recompensa. como afirma Lutero. provavelmente. Jesus insiste que todo e qualquer ódio é contrário ao que é humano e oposto ao espírito que ele se empenha a promover.20.9a: Eu. 2.19. 40) e ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica. compreendiam as palavras “próximo” só dos membros de sua própria nação.10. tão logo. Uma ilustração final. a oferecer assistência. E o abuso de todas as espécies. o que. Doutro lado. vai com ele duas. e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes.23. Pois.Ts.24. não podia valer. O imperativo recebe sua aplicação em todos os tempos e em todas as ocasiões. V. realmente. deveis destacarvos em contraste àqueles cuja idéia de altruísmo está modelada pelos padrões convencionais. a consumação de todo o bem. possuindo e mostrando a semelhança do Pai celeste. que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo? A maneira usual ou ordinária do proceder no mundo é esta: Atos gentis são recompensados com atos gentis. V.6. Resumo: Cristo inicia o sermão da montanha com as bem-aventuranças. A referência a uma prática generalizada logo iria ser entendida por todos. V. da Oração e do Jejum – Mt. ela pode incluir relações de amizade e uma disposição de servir. Um fato significativo: Jesus encontra algo de bom.48: Portanto. Este último espírito podia ser esperado dos publicanos. em sua providência. como uma mera saudação. superior ao espírito caracterizado por pequenez e mesquinhez. palavras amigas são correspondidas com palavras amigas.1-18. mas o desejo íntimo de estar acima duma etiqueta e mero costume. Ele espera que eles se destaquem sobre a moral vigente. com absoluta imparcialidade e sem referência ao caráter pessoal. Visto que todos estes argumentos devam ser aceitos. que realizem a ambição de excederem. Capítulo 6 A Respeito do Dar Esmolas. o Senhor traça sua conclusão: Vós. que recompensa tendes? Não fazem os publicanos também o mesmo? 47) E se saudardes somente os vossos irmãos. Ou. se empenham para se parecerem com o grande Amigo e Benfeitor. . com o fim de serdes vistos por eles. que eles. porque ele. Bem da mesma forma. se mais avarento ou mais generoso.sobre justos e injustos. Eles deverão compartilhar da natureza de seu Pai. É assim. Pois. e por suas trapaças e extorsões. até que o dia de sua final perfeição raie no céu. que eram muito detestados por serem os representantes do poder de Roma. são renovados no conhecimento. E a perfeição dos cristãos consiste no esforçar-se pelos ideais que Deus lhes colocou em sua santa vontade. não faz distinção entre bom e mau. que ele mostrou por meio de muitos exemplos. Ele faz seu sol nascer e envia sua chuva. porque Seu coração está cheio de bondade para com todas as criaturas. de serem. A primeira parte do sermão de Cristo havia tratado da correta interpretação da lei. mostra o entendimento espiritual da lei por meio dum bom número de exemplos. 46: Porque se amardes os que vos amam. doutra sorte não tereis galardão junto a vosso Pai celeste. É uma advertência contra a forma usual . que é seu Pai celeste. na santidade e na justiça. não devia haver indiferença nem ignorância. até. que quereis ser contados como meus discípulos. até isso os judeus negavam aos gentios. Para além disso eles nada sabiam e se negavam realizar. Pois. V. sinceramente. sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste. segundo a imagem daquele que os criou e redimiu. Uma característica muito marcante na vida religiosa dos fariseus.96. dá uma breve disposição da vocação dos discípulos no mundo. Para os discípulos de Cristo não serve um nível moral tão baixo. e ensina o amor para com o inimigo e o verdadeiro altruísmo. Esta é a altura moral humana. eles devem esforçar-se pela perfeição que é de acordo com seu grande modelo. diária e constantemente. os cobradores de impostos da Palestina. nos socialmente banidos! O resumo desta secção. Jo. Nada abaixo deste grande ideal deve satisfazer-vos. A palavra “saudar” pode ser tomada em seu sentido literal. Agora ele passa da lei dos escribas para a prática farisaica. descrito acima.tornar-se e ser realmente filhos de Deus. Eles sustentavam a justiça falsa e oca em suas zombarias. Com uma coerência de propósito. que deixa de lado os demais. e visto que o amor é o cumprimento da lei. E há também a distinção moral.4. 1: Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens. Não é um orgulho e arrogância farisaica que o Senhor deseja despertar. como acontecia entre os que estavam unidos na mesma confissão. a plenitude. que se podem tornar na mais refinada forma de crueldade. Deus é a perfeição. mas preocupação séria e terna benevolência nos corações daqueles que. É estranho que a hora da oração sempre os surpreendia nos lugares mais públicos! A correta maneira de orar. É o compartilhar confiante de todas as necessidades. Dá com simplicidade de coração. para serem glorificados pelos homens. Eles não têm mais nada a esperar. pois. parados nos lugares mais destacados. Nisto estava o objetivo da sua ostensiva postura de orar em pé. Isto lhes afagava os corações. Faziam dela uma prática que agrada sua própria vaidade e orgulho. quando orardes. mas que a pessoa que as pratica deve permanecer totalmente no fundo. V. como fazem os hipócritas. primeiro se certificavam da atenção de todos os transeuntes. ainda que não na oferta. Quando era procedida a arrecadação das ofertas nas sinagogas. era serem vistos dos homens. porém. e. e com tão pouca ostentação de auto-glorificação. Que a obra brilhe intensamente. fechada a porta. te recompensará. entra no teu quarto. Queriam a floria que. tanto na sinagoga diante da congregação reunida. O contraste é enfático. no tempo próprio. o chamar a atenção era seu alvo. Cristo não condenou o ato de dar esmolas. julgavam boas. que.2: Quando.6: Tu.229. Sê o quanto mais diferente possível destes hipócritas. Estão agindo por causa do efeito. mas que é culpada de uma tal ostentação. V. At. porque gostam de orar em pé nas sinagogas e nos cantos das praças. erradamente.de ostentar probidade. Mas os fariseus se revelaram verdadeiros atores.5: E. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. porque praticaste mais uma boa obra. A idéia de Cristo é que boas obras devem ser vistas e que devem falar por si mesmas. O tocar trombetas. que já possuem sua recompensa. não te prive da glória de Deus. Cristo.1. É doido quem se satisfaz como uma confiança baseada sobre tal base falsa. dará o galardão misericordioso. fosse em seus lares ou nalgum lugar solitário do templo. mas com palavras caracteriza àqueles que fazem ostentação de sua caridade. a mão esquerda não possa participar neste sigilo. a não ser diante de Deus. para serem vistos dos homens.3.3: Tu. porém. nas sinagogas e nas ruas. Buscavam somente sua própria honra e a reputação de serem santos. e não a ajuda aos pobres. ao dares a esmola. Os israelitas crentes tinham o costume de observar as horas de oração. 54 ) Deismann. Bibelstunden. onde podiam esperar grande número de desocupados e transeuntes pasmados a observá-los. A virtude deles era teatral. 4) para que a tua esmola fique a secreto: e teu Pai que vê em secreto. por assim dizer. Não receberão nada de Deus. Cristo não restringe a oração a horas fixas. A maneira errada de orar. como nas esquinas das ruas e nas encruzilhadas. e ele. Ele fará a proclamação pública no dia em que ele revelará todas as coisas. . orarás a teu Pai que está em secreto. Os fariseus se preocupavam muito em serem observados enquanto realizavam obras que eles. mas que o doador permaneça oculto. “Tu. “Eles podem assinar o recibo de sua recompensa. fazendo assim uma ostentação no dar esmolas. atraírem a sua atenção. Não tem nada em comum com a índole do Senhor. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. Caso contrário a tua maneira de orar terá o cheiro da hipocrisia deles. que sabe os segredos dos corações e das ações das pessoas. como se eles já tivessem passado recibo por ele” 54 .6. A oração é a comunhão da alma com Deus. só pertence a Deus. não pode esperar qualquer recompensa do Pai celeste.16. não toques trombeta diante de ti. afirma deles. Ele sabe de todos os sacrifícios que são trazidos. ignore a tua esquerda o que faz a tua direita. em amarga ironia. te recompensará. deres esmola. V. Mas não há nada verdadeiro e sadio quanto à justiça que pretendem. propriamente. eles eram os mais proeminentes no ato. Qualquer pessoa que pensa que é discípulo de Cristo. como está em 5. A obra lhe agradava. mas somente a maneira. Dn. V. por isso. tendo a intenção de trazer sua própria pessoa para a proeminência. Seu real objetivo. estes. A maneira correta de praticar a caridade. para que a satisfação que possas sentir. A maneira falsa de dar esmolas. desejos e situações de sentimento com o Pai celeste. Faziam suas orações. não sereis como os hipócritas. quando orares. A palavra é buscada da linguagem bancária. exatamente. São hipócritas e atores. de praticar a caridade diante de todas as pessoas. está executado o seu direito de receber a recompensa. Quando os mendigos forçavam aos fariseus a parar na estrada.10. porém”. e teu Pai que vê em secreto. Cristo não cita nomes. Gostavam de ficar de pé. para enfatizar a intimidade que um tal orar sugere. tenho ainda assim aqui a determinação de Deus.26. ) Clarke. vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus. misericordioso. ser-te-á o lugar mais apropriado para isso. a eles.Sempre que sentires a necessidade da comunhão com Deus. até mesmo em relação a assuntos que. 7. mas por amor de Cristo o Senhor. Cristo.84. 5. que me ordena a orar. diferenciar-se dos gentios. Aqui. Advertência contra tais práticas absurdas. cuja onipresença te convida a confiar sinceramente nele. parece ter sido que a própria abundância de palavras argumentava pela sinceridade da pessoa q eu prestava culto e condicionava os deuses a consentir em seus desejos. Commentary. diferente da dos gentios. não useis de vãs repetições. fazendo. o que convida e impele para uma fé e confiança filiais. antes que nós as comuniquemos em nossas orações. . A eloqüência da oração consiste no fervor do desejo e na simplicidade da fé. longe de qualquer interferência e intromissão. com ninguém presente. V. está preocupado a respeito das necessidades e ansiedades dos seus filhos. mas não para que o instruamos com nossa oração sobre o que nos deva dar. Uma oração modelo para mostrar que uma variedade infinita de necessidades e de pedidos pode ser reduzida numas poucas e modestas petições. A abundância de idéias esplêndidas. Nossa fé e confiança devem proceder do que Deus é capaz de realizar em nós. que o Senhor diz “teu Pai”. essencialmente. que reconheçamos e confessemos que espécie de bens ele nos dá. santificado seja o teu nome.65.9: Portanto. antes que lho peçais. e ajoelhar confiadamente e orar. sabe o de que tendes necessidade.506. bem como aos galileus. até. Sua idéia de oração é. me ouvirá. porém. por meio duma clara distinção. Assim. “Mesmo que eu seja um pecador e um indigno. então. apropriadamente. Is. como um verdadeiro Pai. antes que eles estejam conscientes das suas próprias insuficiências. Ele. “Deus manda que oremos.18. Alguma sala no interior da casa ou sobre o seu eirado.34. mas não uma oração humilde e cristã. 57 ) Lutero. A maior característica no culto gentio é um falar confuso ou um tagarelar. poderás abrir francamente teu coração.24. e que ele quer e pode dar-nos ainda muito mais. desta foram. em especial. A maravilha de sua beleza está nisso. Outro ponto que ressalta o absurdo de orações tagarelas. é: As nossas necessidades são sabidas de Deus. A idéia. por causa da população mista e da presença de estrangeiros em seu meio. que muitas das suas palavras e pensamentos são encontradas no Antigo Testamento e nas fórmulas. 1. aconselha fechar a porta.8: Não vos assemelheis. Não diminui o valor da oração. não por causa da minha dignidade. 7. 55 56 ) Lutero. que suportava tais repetições sem sentido. pois. Os cristãos deviam. que o Senhor arranjou as petições. Não deve haver qualquer ponto de referência entre o seu culto e o dos gentios. em uso entre os judeus. porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos. não considerando a tua dignidade ou indignidade. mas a tua aflição e a sua palavra na qual ele manda que confies”55 Uma lição com respeito à forma de orar. segundo esta descrição do Senhor. são coisas que compõem tão só uma arenga humana. antes.503. “A oração requer mais do coração do que da língua. pela nossa oração instruímos muito mais a nós mesmos do que a ele”57. Seu coração foi treinado a centrar-se só no Senhor e a banir todas as idéias de distração.7: E. tantas vezes quantas sentires estar imperturbável e a sós com ele. Não devem ser parecidos com os gentios.Rs. orando. o vosso Pai. Todo aquele que está acostumado à oração particular. e não do que nós somos capazes de lhe dizer”56. e já conseguiu suas informações.33. como ele destaca esta ponto. porque Deus. a não ser aquele que está em secreto. emoções veementes e intencionais. repetindo sem cessar as mesmas formas de palavras. também encontrará plena edificação na oração pública nas devoções domésticas e no culto congregacional. Notemos. em muitos casos. e sua promessa de que ele. com ninguém a te perturbar. esta breve fórmula a oração mais perfeita que há no mundo. V. At. tomando em conta a importância das necessidades humanas e as impregnou com o seu espírito. Com esta fé podes afugentar quaisquer pensamentos de dúvida. V. Vejam. devam permanecer ocultos aos olhos do mundo inteiro. Tais costumes eram familiares aos judeus.19. e a ordem e polidez das expressões. como os gentios. poder e força. Não são muitos os que alcançam as alturas do heroísmo moral pelo qual. que ele se agrada impornos. deve vir. onipresença e onisciência. sendo uma conta de Deus contra nós. seja o pecado cometido diretamente contra ele ou fira ao próximo. tem o poder voluntarioso de ouvir nossas orações. e que ele. que seja feita a sua vontade. Esta petição conclui que tal é a boa e graciosa vontade de Deus. que no céu reina sobre todo o universo e. Deus precisa outorgar a fé e conservar-nos na fé. quando suplica esta petição. por sua natureza. que é a suma total dos dons e misericórdias de Deus em Jesus.1.14-15. cap. estar no coração de qualquer pessoa. Esta dívida.11: O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. por fazê-lo o único objeto de culto por toda a terra. Oramos para o dia de hoje.7. ou a revelação do seu ser. por render-lhe a posição que é sua por direito eterno. aceitam as perseguições. Mr. por vezes. por aquilo que é o suficiente para o dia presente. a vossa oração habitual deve ser segundo esta maneira e não segundo a maneira dos gentios. tornando-nos sujeitos à condenação dum devedor. para destacar a filiação dos crentes. Quanto mais alguém está cônscio de seus próprios erros e falhas. desta forma. em sua bondade infinita. de bom grado.66.18. Isto é feito. em todos os lugares e em tudo. 4. V. que esta vontade de Deus deve ser feita e cumprida de modo pleno. V. tolera e permite que 58 ) Cf. não nos entregando a cuidados ansiosos. 182-193. VV. mas por levar vidas tais que cada desejo. a não ser que recebamos da imensa misericórdia de Deus em Jesus o perdão total e gracioso que aqui suplicamos.48. para mera carne e sangue. tanto mais indulgente será seu coração para com as faltas de outros. Cristo. O pensamento de perseguição e provação é.15. tanto mais cônscios ficamos de nossos defeitos. V. Ef.10. É pelo pão diário que devemos rogar. certamente.11. então. não somente por tê-lo em toda estima e reverência. .5. colocando esta petição desta forma. Leva-lo-ia à eterna condenação.55-56. quanto mais desejamos o cumprimento das primeiras petições. devem ser derrotadas e impedidas. nos precisa ser imposta para sempre. é muito necessária a petição para não ser exposto à tribulação moral. seja santificado. a quem devem ser dirigidas todas as orações. são extremamente duras de carregar. Sejam quais forem os sofrimentos e as provocações. Jo. Ele o chama Pai. Is.25-43. Por isso. E. louvado e glorificado. pensamento. irá absorver a igreja militante na igreja triunfante.13a: E não nos deixes cair em tentação. no sentido mais completo.24-25. em todos os tempos. Dons temporais também estão inclusos. que é a inteira manifestação de sua essência.1.22. como mostra Lutero em sua exposição desta petição. assim na terra como no céu.14-15. e. contraímos um volume enorme. visto que os próprios anjos são exemplos no fazer a vontade de Deus. Vós conheceis o único e verdadeiro Deus. Tg. Nós.58 Deus. Theol.Deus. transgredindo assim a lei de Deus. o suficiente para nos alimentar dia por dia. como pela da redenção. eles devem ser suportados de bom grado. Mas a nossa prece também é pelos outros.1. nos ensina humildade e frugalidade. que ele intentou para todas as pessoas e que se cumpre nos fiéis. de dívidas perante Deus. caso seu perdão não fosse modelado segundo o de seu Pai celeste.. não nos preocupando pelo amanhã. mas livra-nos do mal. O reino do céu. Incidentalmente. até. Oramos.Vingança e ódio não podem. inacreditável.1-5. tanto pela sua obra da criação. o pensamento continua. para o cristão em geral. Segue. diariamente. Seu nome. em si mesmo deprimente. mesmo quando cometidas contra ele. Uma súplica final por amparo. Sl. Mt.5.6. Ele é o nosso Pai. 10: Venha o teu reino.12: E perdoa-nos as nossas dívidas. 3.11. Sua confiança e fé nele é a de filhos que estão certos do amor de seu pai. Ml. Potwin.Quart.16. palavra e ato redunde em sua glória. Tendo confessado sua majestade. e por razões que só ele sabe. Ele é o Deus e Senhor onipotente. enviando-lhes pastores e missionários fiéis. faça-se a tua vontade. Pois. desta forma. também em nossas vidas a sua vontade e concordância devem ser cumpridas. em breve. que o distingue e nos dá uma idéia de sua grandeza. a assaltos violentos de Satanás.Assim.2. V. como sendo o reino da graça. Here and There in the Greek New Testament. assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. inclui muito mais do que nos é necessário para a nossa existência. que Deus abra seus corações e mentes à gloriosa nova da sua salvação. sois um povo que está numa situação diferente em relação a Deus. At. Uma das maiores necessidades espirituais e materiais. em seu reino. e a tais circunstâncias que. e que todas as forças que se lhe opõem. 15) se. 59 Uma advertência necessária. para testar e fortalecer sua fé. nós nos voltamos a Deus. Eles. deve ser evitada toda ostentação. fazendo-o. não perdoardes aos homens as suas ofensas. Dez. que concluímos a Oração do Senhor com um fervente “Amém”. também vosso Pai celeste vos perdoará. pondo em prática sua ação em tudo. certamente. É um costume louvável e proveitoso.6. Hom. O coração. ao teu Pai em secreto. por sua vez. mas que o resultado final sempre seja proveitoso. tão liberalmente. Uma mera ostentação externa de arrependimento.13b: Pois teu é o reino. Mas. . 59 ) Sobre a autenticidade da doxologia. nos livre do maligno que é o diabo. 408-409. Em verdade vos digo que eles já receberam a recompensa. em cujo poder está o cumprimento de todas as nossas necessidades. Ele. é que deve sentir a tristeza e humildade. que vive em secreto. que tem na alma o nosso bem-estar. Estamos tão certos disso.10. Amém. do seu cativeiro. 1918.alguma tentação se aproxime dum cristão.16: Quando jejuardes. V. e prova que a misericórdia de Deus não é valorizada. é. e eles se amontoaram em horrível rapidez. Desta forma a doxologia é muito apropriada. Isto está dentro do “livra” da última petição. Gag. depende da maneira em que damos provas da condição correta de nossos corações quanto ao próximo. e o poder. por isso. sim. depende do nosso relacionamento correto em relação a Deus. que vê em secreto. Suplicamos. Tendo o objetivo de mostrar arrependimento e humildade. V. o qual aproveita cada ocasião para nos colocar sob seu poder. e não o corpo. V. não só adicionando aos já prescritos na lei judaica a observação de outros dias de jejum. Mas os hipócritas. e a glória. Ele é o nosso grande Rei e Governador. 567568. não vos mostreis contristados como os hipócritas. para alcançar maior hegemonia e uma reputação se serem mais piedosos. Eles têm o galardão que sempre terão. era um costume que não merecia censura. loucura. faz chover sobre nós. e. cuja onisciência examina mentes e corações. Os pecados de nosso próximo contra nós são descritos como meros tropeços e faltas no cumprimento do seu dever. Desta forma tudo foi providenciado para toda e qualquer contingência na vida das pessoas em geral. podem praticar o jejum. Ele é o Deus onipotente. Era uma demonstração vazia. para indicar nossa fé e confiança em nosso Pai. por si mesmo. não condiz aos seguidores de Jesus. que provações e tentações. Do Senhor não precisam esperar nada. a fim de que as pessoas não saibam do caso. para que nos livre de suas armadilhas. realmente. ocorrem. Ser vingativo. te recompensará. A maneira correta de jejuar. e. A escuta de nossa oração. 14: Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas. porque desfiguram o rosto com o fim de parecer aos homens que jejuam. porém. Caso. veja Lehre und Wehre. o saberá. V. em tais circunstâncias. mas. o usual e diário lavar e ungir-se não devia ser omitido. primeiro. Visto.13. A ele. Negligenciavam o cuidado diário do rosto. para tornar mais triste o efeito do jejum que faziam no meio da semana. o Pai celeste. O Senhor enfatiza novamente o contraste. desejamos o perdão de Deus. Por isso. 1. Deus. até. perdoando os pecados ao próximo.Co. unge a cabeça e lava o rosto. para que nenhum mau resultado da tentação nos acerte. e teu Pai. O jejum fazia parte dos ritos religiosos dos judeus. também fingindo um rosto melancólico para despertar dó e elogios. especialmente. Uma lição sobre o jejum. desejamos dar toda honra e glória por todos os dons e benefícios que.17:Tu. fará as revelações necessárias e concederá a recompensa misericordiosa. 18) com o fim de não parecer aos homens que jejuas. E isto. para sempre. porém. devemos mostrar que estamos conscientes da nossa própria pecaminosidade e merecida punição. tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas. no tempo apropriado. que é realizado pela garantia e certeza do perdão dos pecados. 1919. sem uma mudança de coração. a outorga dos benefícios pedidos. Advertência contra a avareza e a preocupação – Mt. Nossos pecados contra Deus foram chamados dívidas. que nos guie de tal forma e nos induza a caminharmos cautelosamente. quando jejuares. faziam do seu jejum uma outra forma de auto-glorificação.19-34. para cumprir corretamente a sua função. 2. incidentalmente. tesouros celestes. que introduz uma exposição da primeira taboa da lei. deve ser a luz do corpo. ao menos.É um novo trecho. e. tapeçarias e tapetes. Quão tolo é tal acumular! O Senhor. que grandes trevas serão! Aqui está registrado o absurdo e o perigo da cobiça. Não podeis servir a Deus e às riquezas. 23) se. com referência aos fariseus. V. Mas. ser um escravo das riquezas. empenhai-vos por aqueles tesouros que vos são guardados no céu. se haviam tornado cegos espirituais. e que. dando luz aos movimentos e atividades do corpo. e amar ao outro. Que tesouros incertos. 1. Quando o olho da alma está nas condições apropriadas.vós não deveis permitir que vossos corações sejam tornados cativos aqui no mundo. um interesse muito forte. mas não fará caso do outro. tingidas com a maldição desta terra. Pois. mas da espécie verdadeira. sujeitas à corrupção da terra. assim como o apagar da lâmpada.539.Tm. A repetição das mesmas palavras serve de ênfase. Cristo não condena a posse mas o culto das riquezas. Entesourai tesouros da única espécie duradoura. “Mas vós.. para que neles depositeis vossa confiança! Os únicos tesouros seguros. O olhos sincero. eles estão dispostos assim. Os tesouros dos cristãos estão. a sede da expressão facial. provavelmente. que não sois do mundo. ou. coração e mente estão cegados. e só não há nada mais do que resultados maus. o juízo é pervertido. então o verdadeiro conhecimento cristão pode comandar e dirigir a pessoa para toda boa obra. prestará este serviço de modo correto. Ou. todo o teu corpo será luminoso. fazendo delas um ídolo. ao menos. porque o olho conduz a luz para dentro do corpo e a torna proveitosa ao corpo. O olho é o órgão da visão. Se os teus olhos forem bons. V. requeria uma discussão relacionada com a justiça das obras e a presunção. 21) porque onde está o teu tesouro. e sua plenitude e eterno gozo se realizam no céu. Pois é o presunçoso que está sujeito a se tornar um viciado da avareza. onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam. A pessoa só pode ter um bem e objetivo supremo de vida.Pe. Advertência contra a ganância por riquezas. mesmo que vos encontreis numa situação tal. V. caso a luz que em ti há sejam trevas. em vista disso. que ilumina uma sala escura. 7. mesmo sendo preciso que devam cavar um buraco pela parede da casa.1.14. sobre seu maior tesouro. que sempre permanecem sadios e novos. Um servir sincero e íntegro pressupõe amor e união firme. que todos aceitam: É impossível a um escravo servir a dois senhores. que precisais lidar com ela.1. o mofo e o cancro vão corroê-los. Valorizai estes. e tão seguros que ninguém consegue escava-los”60. quando paixões sórdidas dominam a alma. É verdade geral. ao mesmo tempo. não a almejeis nem sirvais. Ele. no céu. A parábola do olho. acima de todas as jóias e riquezas de todo o mundo.24: Ninguém pode servir a dois senhores. porque ou há de aborrecer-se de um. 20: Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu. Estes são verdadeiros tesouros. ladrões descobrirão um meio para os roubar. livre do desejo de entesourar. .22: São os olhos a lâmpada do corpo. Por isso os corações e mentes dos fiéis estão centrados no céu. O olho mau e indisposto fará com que o corpo inteiro esteja em trevas.12. O 60 ) Lutero. aí estará também o teu coração. Portanto.4. que traça nem ferrugem conseguem corroer. Considerará a um com devoção. Podeis e deveis ter tesouros. sem um só raio de luz. mesmo que a pessoa esteja em meio à luz. tesouros desta vida. castiga este pecado – o amontoar riquezas. mesmo agora. V. Então reina a treva espiritual. e onde ladrões não escavam nem roubam. cujo cuidado e afetos estavam divididos entre as coisas espirituais e temporais. Conclusão: É impossível ser fiel a Deus e.19: Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra. . A ferrugem. o culto às riquezas. franco e sadio. então o conhecimento cristão está suprimido. mas. seguro nas mãos de Deus. Sejam vestimentas. para eles. mas pertenceis ao céu e sois comprados pelo meu sangue com o fim que tenhais uma outra e eterna possa que vos está pronta e encomendada. aumenta ainda mais as trevas. sendo ouro e prata e jóias. seguramente colocados na Palavra de misericórdia. Em outras palavras: O olho é a luz do corpo. mas ao outro com aversão. a traça os destruirá. que vos são dom e posse concedida graciosamente por Deus. porém. ou se devotará a um e desprezará ao outro. Ao contrário. proverá por ele. os teus olhos forem maus. e seguros contra todos os que os queiram devorar e roubar. ou. todo o teu corpo estará em trevas. Assumirá a parte dum. em amargo desdém. o0nde traça nem ferrugem corrói. A pergunta do armazenar. não devem ser objetos de preocupação. ou. em aumentar seu tempo de vida? Sl. com os melhores alimentos.39. Estes dois não podem ser reconciliados.serviço do céu não pode ser misturado com as inclinações terrenas. não fazem nada para produzir uma veste apropriada para si. Por isso. se vestiu como qualquer deles. e. incluindo na expressão todas as flores. 28: E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham nem fiam. não se pode confiar no que dá o maior ou o mais importante. causando a falta de confiança que precede a negação. A situação exige uma afirmação forte. Não é a vida mais do que o alimento. até. antes. ainda assim. para cobrir a nudez. Na terra. do que com as estupefação dos tesouros. O alimento. V. e sereis mais fortes para resistir à outra. Para elas não há nem tempo de sementeira e nem de colheita. Elas crescem e se tornam adultas. nada consegue ser igual à rica mistura de cores. O argumento de Cristo vai do mais importante ao menos importante: A vida natural é mais importante do que o alimento que a sustém. em seguida. às vezes. Ele as alimenta.constantemente. são mais suscetíveis às circunstâncias dos discípulos. Em seu programa diário não há nem trabalho pesado ou leve. Se Ele cuida destas criaturas humildes e por elas provê. vos afirmo que nem Salomão.5. e a vestimenta. no auge de sua glória. Incidentalmente. não podia ser comparado. Assim que já não são mais capazes de realizar as tarefas da vocação diária. em toda a sua glória. Não penseis só neles.4. V. como estender os dias de sua vida. observai bem. por ansioso que esteja. até. outras. como o clímax e o sumo da magnificência. Pr.25: Por isso vos digo: Não andeis ansiosos pela vossa vida. fugirão da cobiça. não valeis vós muito mais do que as aves? Elas são exemplos de confiança perfeita em Deus. pode alcançar o proveito de aumentar sua altura. impossível para uma pessoa. não colhem. E esta falta de confiança se manifesta na preocupação ansiosa. 29) Eu. que se preocupa com elas. contudo vosso Pai celeste as sustenta. mesmo o necessário para o sustento da vida. que por eles sempre provê. que ele também dará o menos importante? A ansiosa solicitude por comida e vestes. sendo que as da Palestina eram muito belas. pelos desatentos. V. e o corpo mais do que as vestes? A ligação de pensamento é esta: A avareza flui da falta de confiança em Deus.6. no qual habitas esta vida. cuja preocupação seria mais vezes sobre as necessidades da vida. e. quem. cujas riquezas e luxo eram proverbiais entre os judeus. Acaso. com qualquer desses flores. mas também enfraquecem os membros do corpo. dadas aqui.6. Uma consideração adicional para os de pequena fé. Considerai. V. 26: Observai as aves do céu: não semeiam. Os discípulos de Cristo. E. As aves realizam. e darão a devoção de suas vidas ao seu Deus e Salvador. nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir. Conselho contra a preocupação sobre comida e vestimenta. Porventura. não só fazem esquecer o Doador de todas as boas dádivas e dons. afligindo-se com algo. contudo. Os cuidados dividem e desviam a mente. deve parecer-nos estranho diante dos milhares de milagres que nos circundam. é mais importante do que a veste que o protege. ainda assim. como exemplos do cuidado amável de Deus. nem ajuntam em celeiros. Evitai à primeira. riqueza e magnificência. e ele perde a bendição real e eterna. Salomão. 20. Mas. menos do que o que se espera das pessoas no prover pelo futuro. acaso não há razões para crerdes que seus filhos não vão carecer pão? Quão inútil e a preocupação. diz ele. são desprezadas como inço . Preocupar-se com o vestuário. simplesmente. se preocupa com estas coisas. por que não deixar estes assuntos à Providência? Cristo. É. o servir a Deus está fora de questão. Elas não têm celeiros e silos para armazenar alimentos como segurança diante da penúria. produzir tanto o crescimento que provém do alimento. mesmo a que é exigida para o aquecimento. à aveludada textura das pétalas de algumas das mais vulgares flores que. aponta para as criaturas inanimadas. 27: Qual de vós. não vos interesseis com eles e não vos preocupeis com eles. as advertências. observai-as! Fixai os olhos nelas e pensai naquele que as conserva na vida. com o mínimo necessário para a vida. quanto ao que haveis de comer e beber. aprendei a lição dos lírios. Se alguém escolhe o lucro imundo como seu bem maior. pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? Será que haverá um caso em que. usando todas as forças da alma. A mesa delas sempre está posta. quanto ao esplendor de seu traje. e Jesus a dá. E o corpo. Falando comparativamente. ‘Bens dão confiança’. Por outro. mas quer apegar-se a elas. é pelos gentios. vestes. Desta forma. que ele as veste de roupas esplendidas. também serão resolvidas com naturalidade. Por isso. beba e se vista. deve ser um sinal de pequenina fé. E. ou desejar sinceramente. É na forma dum epílogo apaixonado. Rm. É. Estas condições precisam ser vividas com paciente alegria. em nossos dias. tendo sido resolvido o assunto principal da questão. o restolho. lá em cima. Pois. sendo as coisas supremas e mais importantes na vida. Uma preocupação muito necessária aos discípulos de Cristo. Quanto a vós.33: Buscai. acaso. homens de pequena fé? Os lírios. segundo o exigem a necessidade da vida e do corpo. ‘a preocupação’ significa entregar meu coração a elas. mais uma vez. quando sua abundância e persistência interfere no cultivo do solo. como se diz. como uma adição ao grande negócio que a nossa busca alcançou. a ponto de usálas como combustível. V. que coloque o conforto e confiança nisso.17. dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? 32: porque os gentios é que procuram todas estas coisas. de modo que formem o peso de vossa conversa. sito.561. V. e sejais levados a adorar as riquezas. tidas. pleno de amor por vós.Aplicação do argumento.”61 O cuidado que Deus ordena. sabe e está plenamente informado de vossas necessidades. Deviam. que não consegue conter-se. Pois. Os nativos da Palestina. ou tornar-se rico em obras verdadeiramente boas. V. ou aos filhos de Deus. ainda assim. Mas.14. empregam o feno. as preocupações que o futuro possa trazer. não vos inquieteis com o dia de amanhã. além disso. logo que surge. ser classificadas como inço. Cristo renova sua exortação contra as preocupações. que hoje existe e amanhã é lançada ao forno. 7. e os inimigos. é preciso que meu coração deseje. mas justiça e paz e alegria no Espírito Santo. não me preocupo com o que o coração não intenta e ama. cujas flores ensinam tão grande lição. para aquecer seus fornos de barro que. 61 ) Lutero. quanto mais a vós outros. asfixiar toda ansiedade e preocupação desta vida. num contínuo insistir neste um tema. que ela tenha alimento e vestes. o seu reino e a sua justiça. Uma tal busca constante por pureza de coração e santidade de vida irá. tão estimadas pelo Senhor. pertencem às criaturas de pouco valor. Sua idéia não vai para além da gratificação dos seus desejos corporais. V. isto é. são. ou estar cheio dos frutos desta justiça. É pecaminoso e gentio todo cuidado e preocupação em prover alimento e vestes. Seu coração paterno. basta ao dia o seu próprio mal. que pão. por cima.k ou colocar todo o coração na conquista do reino de Deus. em tão baixa estima.30: Ora. certamente. em primeiro lugar. não aliviará a situação que enfrentais. este reino não é comida e bebida. aquilo pelo que anseio. atirai para longe todo o cuidado tolo. estas plantas do campo. a preocupação não está na veste e no alimento. estão rodeados de panelas. sendo que cada problema. se Deus veste assim a erva do campo. Pois. Pois. é pecado. Somar às dificuldades do dia de hoje. também. tanto de fora como de dentro. e todas estas coisas vos serão acrescentadas. como se fossem um lucro. então as necessidades pequeninas do corpo e vida terrenos. que ela se preocupe. Pois. . o futuro que traz ansiedade. é buscar. Um alvo digno da ambição do cristão é possuir esta justiça que agrada a Deus. estão sempre ocupados a encontrar projetos para cercar o coração com preocupações. Restringir toda a solicitude ao momento em que o problema começa a fustigar. Serão lançadas em nossos colos. pelas pessoas. até. é vence-lo por completo. a fim de que vossa preocupação não vos conduza à falta de confiança. Também não é pecado. são buscados ansiosamente. Por isso. até. pois o amanhã trará os seus cuidados. deve receber o nosso cuidado. está disposto a fazer o que é melhor para vós. pertencem às ervas. mas no fu8ndo do coração. que o Senhor argüi com os ouvintes. pois. sim. e ervas secas. e seja o único alvo que envolve todo vosso tempo e energia. “Não é pecado ou culto às riquezas que uma pessoa coma. riquezas e todos os bens que o mundo tem a oferecer. Cada dia traz consigo o seu próprio mal. Podem. Por isso.34: Portanto. sendo elas mais maravilhosas do que a magnífica roupa do rei mais rico de Israel. filhos de Deus permitir que seja perturbados pela solicitude ansiosa das vestes que precisam? Uma tal conduta. o mundo é mau.31: Portanto não vos inquieteis. pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas.142 (traduzi do alemão). vosso Pai. que ela busque e consiga seu alimento. tão somente. e sobre a oração e o jejum. O Senhor. 130. presunção e egoísmo são revelados. quanta ignorância.Jr. é realmente visto e comentado. que está no olho do outro.3. com muitas ofertas de ajuda para remover o objeto desagradável. The New Archeological Discoveries. uma pequenina partícula de pó. O provérbio do cisco e da trave. e devem corrigir qualquer tendência e comportamento errados. assim como ele acontece. a pessoa pronuncia sua própria condenação. Isto trará. com real ênfase. quando tens a trave no teu? 5) Hipócrita. no olho próprio. Este exemplo ou parábola é uma comparação excelente para ressaltar. Uma lição do oitavo mandamento. os votantes de todas as formas democráticas de governo – todos estes têm o poder e o dever de exercer o juízo em sua esfera particular. Mt. incidentalmente. nem mesmo notada. as diretorias da igreja e da congregação.1. os professores nas escolas. pressa. e com a medida como que tiverdes medido vos medirão também. tira primeiro a trave do teu olho e então verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão. Até mesmo uma expressão pública de nossa opinião pode fluir a um excesso pecaminoso. Uma única expressão descuidada é severamente criticada.1-12. para imprimir sua admoestação nas mentes de seus ouvintes. têm o direito e dever de velar sobre os que lhes foram confiados. tanto aqui como no além. E a 62 ) Cf. adverte contra a avareza. nas sentenças que profere! Quanto desprezo pela lei do amor! Quão fácil. contra Cofern. substituindo “lasca” por “trave”62.Colocai cada dia. uma tora ou viga. O cisco. a própria ajuda e resgate. Isto foi e é costume generalizado. O contraste é essencial para o sucesso de seu ensino. não autorizado e condenatório. Mt. Muitos relatos maus a nosso respeito podem ser uma recompensa justa por um juízo impiedoso que proferimos. medida por medida. tantas vezes.6. sereis julgados. E não nos cabe enfraquecer seu quadro. porém. de madeira ou palha. Resumo: O Senhor dá instruções sobre o dar esmolas. desagradável. mas da desonestidade e da negociata comercial. nas mãos de Deus. Gl. Moulton and Milligan. a advertência contra o julgamento impassível. de fato.1. V. Um julgamento impiedoso e não autorizado será punido. Vocabulary. não caridoso. De acordo com a criação e ordem do próprio Deus. contra a cobiça e os cuidados da vida. não é tomada conhecimento. os cabeças de cada família. mas o uso contínuo de epítetos blasfemos anda solto sem qualquer reprovação.1: Não julgueis. por razões políticas. Os dirigentes executivos e judiciais do país ou da cidade. Ao mesmo tempo. usa um exagero. Lm. No que se refere ao caluniar. para que não sejais julgados.18. seja por irreflexão ou por rancor.15. Um roubo insignificante é propagado largamente. Rm. “especialmente em círculos religiosos do tipo farisaico”.7. As palavras. V.2. porém não reparas na trave que está no teu próprio? 4) Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho. um criticismo permissível está envolvido com personalidades! Por isso a advertência: Para que não sejais julgados da mesma forma. a trave de madeira.3: Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão. Um golpe injusto retornará àquele que o desferiu. até mesmo. . é. não excluem todos os julgamentos. Via de regra. que causa nenhum desconforto.23. do amor do Pai celeste. algo tão generalizado. destacando. propositalmente. em conecção a isto. E esta condenação se tornará plena na severidade da transgressão original: Julgamento por julgamento. aqueles que ele colocou como superiores. Capítulo 7 Advertência contra o juízo não autorizado e admoestação à perseverança na oração. preconceito. A palavra usada pelo Senhor aponta para um juízo pessoal. a busca do reino de Deus como o principal encargo de cada cristão. 2) Pois com o critério com que julgardes. leviandade. que um pai que é digno deste nome fosse substituir uma pedra pelo pão. cale-se um minuto! Como se os motivos mais desinteressados e caridosos causassem a pergunta. tanto com sinceridade como com perseverança. 11. Cada um. a repetição: “Pedi”. o que busca. É impensável. porém. como não natural. propositalmente. As promessas de Deus são evidentes demais.1. de quem toda a força espiritual deve provir. mas também à medida em que ela é feita – . chama tal ofensor um hipócrita. também culpado diante de Deus. e abrir-se-vos-á. ou uma serpente pelo peixe. sempre se provará ser o melhor. abrir-se-lhe-á. tão somente. Uma parábola para tornar familiar esta verdade. As sagradas doutrinas de Cristo são. Atirar estas diante de cães e porcos. Ele nos abrirá. propositalmente. é expor a mais sagrada beleza à vulgaridade. por isso. por natureza e após a conversão. mas também com esmerado cuidado. lhe dará uma cobra? 11) Ora. diz ele. Será responsável pela profanação. O ensino religioso não pode ser descartado. que não permitirá que dureza e insensibilidade ganhem a supremacia. especialmente. “Batei”. Uma lição enorme e árdua. ao lado do filho. exatamente. ou fazer sua a missão. aqui empregado. Sl. para que não as pisem com os pés. até entre as pessoas. Um conselho adicional. não falhará: Algo da sujeira respingará naquele que faltou no julgamento. Seria. que pode ser culpado duma falta. em fazer um cuidadoso levantamento. a suma tolice e o oposto do juízo desautorizado. um comportamento desta espécie. e a quem bate.5-10. Eles possuem a compreensão e o senso comum. Ele nos deixará achar. se lhe aproximarmos com súplica persistente. com toda a humildade. sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos. quanto à necessidade e possibilidade de remover o cisco do olho do irmão. Mas aquele.hipocrisia sobressai tanto mais gritante. que exige mais capacidade de qualquer pessoa. 8) Pois todo o que pede recebe. a serem inoportunos na súplica. que sois maus. buscai. maldoso e medíocre é considerado. Observem. para cristãos. antes de tudo. não somente à qualidade da bondade. V. V. nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas. de dar somente boas dádivas aos filhos. quanto mais vosso Pai que está nos céus dará boas coisas aos que lhe pedirem? Ele apela para o amor paterno deles. e estará em posição melhor para prestar assistência gentil e cuidadosa para um irmão. por causa da fingida solidariedade: Com permissão. Nisso há. vos dilaceram. “Buscai”. de considerá-lo um assunto apropriado para ataques blasfemos. A construção gramatical é. que blasfemam a tudo o que é santo. mas. voltando-se. no final. Jesus acumula os verbos por causa da ênfase. do que mesmo o cristão mais consagrado possui. V. está disposto a socorrer-nos em nossas fraquezas. se porventura o filho lhe pedir pão. O termo. se vós. Nem sempre será exatamente no tempo e na maneira que nós julgamos a melhor. Ao simples pedir deve ser acrescido um ávido buscar. o empecilho maior em seu próprio olho. que seus filhos lhe pedem. um vil ambicioso de santificação. Mas. Um tal espírito egoísta.9: Ou qual dentre vós é o homem que. Métodos tais não podem falhar. O afeto natural. não importando as condições em que esteja. os sentimentos ternos e as convicções morais.7:Pedi. uma semelhança. em que o segundo verbo se refere ao primeiro sujeito. em geral. Deus ouvirá. batei. tornada difícil para colocar o pai contra e. Ele erige um duplo clímax para ensinar as pessoas a orar sempre e não esmorecer. lhe dará pedra? 10) Ou se lhe pedir um peixe. descarregar as convicções e experiências religiosas. e este deve ser suplementado com um bater persistente. estas pessoas são encorajadas a profanar o santo nome de Deus.50. se refere. e achareis. em justa indignação.6: Não deis aos cães o que é santo. com incansável dedicação. segundo a depravação natural do coração. mas ele não se rebaixará. E o resultado é que. ainda assim.18. Observe a figura de linguagem usada pelo Senhor. Então sua inclinação para um julgamento insensível será reduzida consideravelmente. Cristo. as pérolas preciosas no anel de sua misericórdia. diante de pessoas a que nada é sacro. é tão forte em mãe e pai. desde que venha como um filho ao seu pai. ele poderá considerar. e o primeiro ao segundo sujeito. Uma admoestação à oração. e. O sermão inteiro do Senhor tratou da justiça de vida das pessoas. Ele dará. Lc. e manda-o remover. zombando dele. receberá. A crítica moral é necessária. encontra. Um pai poderá achar necessário recusar sinceramente o pedido dum filho. e dar-se-vos-á. como esperada por Deus. sobre qualquer um que passa.16. e. podendo-se dele esperar. Tendo feito isto. mas em firme confiança. caso o fizerem. convenças os outros a te fazerem o bem. esse modelo de bondade e amor para com todos os seus filhos. ela conduz através dum porta duma porta estreita e pequena. em quantidades maiores do que os filhos pedem. em todas as suas relações.609-616 (traduzi do alemão). de fato. pode ser perdida.. Mas esta estrada e este portão. com certeza. que não o possa colocar mais perto..12: Tudo quanto. como conclusão. Duas estradas são traçadas resumidamente.20. 7. que envolve em uma só breve sentença todas as admoestações para a caridade. Ao seu fim há um portal amplo e convidativo. do 63 ) Lutero. A regra áurea.generosamente. Mas ele é estreito. certamente.. que. com todos os convites para satisfazer-se no viver livre e desenfreado do mundo. As duas estradas. Tens tantos pregadores. pelo teu exemplo.. . Está tão deserta. que dizem: Com prazer faria o que devo. assim como querias que o teu próximo lidasse com o seu bem contigo. E os reúne todos num pequeno feixe. se os outros me fizessem primeiro o que devem. assim fazei-o vós também a eles. encontradas no sermão inteiro. e diz tudo o que foi estabelecido nos escritos sacros com respeito ao comportamento das pessoas umas para com as outras. acima de tudo que pedimos e pensamos. 7. cujo poder benevolente e bondade benfazeja vos foi declarada. que. Eles evitam esta estrada larga e convidativa. não tem nada que a recomenda. as pessoas devem direcionar sua conduta segundo este exemplo. Comparativamente. se eles não o quiserem. tantos negócios.13: Entrai pela porta estreita.. Desta forma poderá acontecer que.13-25. aplicando-a.. assim. ele dará boas dádivas. só poucos encontram esta estrada.. Em medida generosa.3. tu mesmo és tua Bíblia. mestre. Ef. E. E há alguns. porque esta é a lei. ferramenta e outros instrumentos em tua casa e pátio. se queres que os outros o façam a ti. uma estrada comum. conduz à destruição. larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela. umas poucas advertências e dá algumas sugestões com vistas a várias ofensas em doutrina e vida. que ele não usa nenhum outro exemplo do que a nós mesmos. mas: Vós o deveis fazer às outras pessoas. Elas conduzem da vida presente a do além-túmulo. não fará menos. Seu fim é a eterna condenação. o que cada um gosta é que o outro lhe faça o bem. V. E o melhor nesta sentença é.... e os profetas. não sobrará nenhum vestígio de dúvida. mercadoria. Pois. e haveria no mundo perfeita paz. por ser o caminho da carne. amor e harmonia. ele adiciona. aqui. Fosse esta regra seguida sempre.”Ele encerra com estas palavras seus ensinos. ou. sendo cada um descrito pelos seus marcos visíveis e pelo seu fim. que ele não diz: As outras pessoas devem fazê-lo a ti. ampla. Mas. da qual ninguém está excluído.. em nosso coração. como a bondade de Deus é abundante para com todas as pessoas. com todas as qualidades que a recomenda.. exteriormente. Um destes caminhos é. certamente. foi sutil. e nolo coloca tão próximo. 14) porque estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida. numa medida completa de generosidade. quereis que os homens vos façam. Quem quer ser piedoso. e são poucos os que acertam com ela. A conclusão do sermão.. corpo e vida e em todos os nossos membros.. E os dois caminhos são contrastados. Mas. esse não deve preocupar-se com o exemplo dos outros. ninguém precisa correr para longe nem empenhar grande esforço e custos para o alcançar. feitos nestes três capítulos.. usa-me para com teu próximo. de irmão a irmão. doutor e pregador. Mt. que Cristo o estabelece assim. em que cada um os pode encontrar e cada um os pode tomar em seu íntimo para os guardar em segurança. com as quais os discípulos se podem encontrar. Temos aqui um sumário. até mesmo. não dando espaço para liberdades frívolas para qualquer um dos lados. V. pois. Desta forma. Por outro. isto é. anteriormente. faze-o tu ainda assim. Mas esta sentença diz assim: Tu deves começar a ser o primeiro. Com tal afirmação. Tal. Isto clama a ti em voz alta: Amigo. Agora ele argumenta do menos ao mais importante.. isto é. há uma avenida larga. com muitos fatores que convidam e que impelem a progredir nela. O Senhor concluiu o sermão propriamente dito. os que. te fizeram o mal”63. Ao fim. Não há uma advertência especial e necessária para os discípulos de Cristo. Esse Pai celeste. facilmente. espaçosa e extensa. ainda assim.Os cristãos são capazes de provar os espíritos – até têm o sagrado dever de faze-lo – e de examinar e testar a doutrina que lhes é oferecida. para a única vida que vale a pena viver. “Nenhuma doutrina falsa ou heresia. e que uma árvore má não produzirá bom fruto – e nem o poderá -. porém a árvore má produz frutos maus. pois. mas. que não oferece qualquer promessa atraente. à vida eterna com quem cuja estrada também foi um trilho humilde. Este juízo. Quanto ao que diz respeito ao teste de árvores. nem a árvore má produzir frutos bons. podem identificar estes falsos mestres. Ap. Advertência contra os falsos profetas. perfeitamente. com uma olhadela. Mas a outra estrada. Pois. devem julgar. jamais. São assassinos de almas humanas. sem serem convidados. mas também as obras dos mestres falsos. Colhem-se. não tende nada a ver com pseudo-profetas. O final é digno de mil batalhas. irão revelar a condição de suas almas. surgiu sem ter o sinal que o 64 ) Clarke. Esta é uma das maneiras pelas quais os discípulos de Cristo poderão ser desviados do caminho ao céu. uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17) Assim toda árvore boa produz bons frutos. da árvore doente. degenerada por causa do mau solo.15: Acautelai-vos dos falsos profetas que se vos apresentam disfarçados em ovelhas. Conforme este critério e padrão. As pessoas nunca imaginam colher uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos.97. na qual não há uma multidão barulhenta que se acotovela e espanta seu tédio. 18) Não pode a árvore boa produzir frutos maus. com a intenção deliberada de induzi-las a abandonarem a verdade. é seu chamado amável. também sabemos que.2. Enquanto isto. ou que. já não produz mais fruto. porventura. a que está em boas condições e sadia. Eles colocam suas próprias mentiras e a sabedoria de pessoas falíveis no lugar da verdade eterna. mesmo lá onde não acontece tanto o conhecimento botânico. Chegam. sem chamado. 5. Entrar por esta porta. Elas sabem muito bem. os cristãos não devem esquecer seu dever de testar e examinar a doutrina e as obras dos mestres falsos. com profetas falsos. apontará a variedade venenosa de fruta ou dum cogumelo duma boa. O fim dos impostores. V. que para aquela árvores é totalmente impossível produzir. não importando a aparência em que se apresentem. por inclinação e treinamento. São gananciosos por dinheiro. é. ambiciosos por poder. Mas. um desfiladeiro pedregoso. aqui.11. para que não se tornem culpados de negligência em assuntos espirituais. não só a doutrina.16: Pelos seus frutos os conhecereis. enquanto o viver é impiedoso. finalmente. “Como. são lobos vorazes. conservai-vos longe. são chamadas de seus frutos. como prática. as quais. deliberadamente. Até mesmo é loucura parar e discutir com eles. Confessam ter autorização do próprio Deus. ela conduz à vida. 3. mas por dentro são lobos roubadores. V. . por causa da idade. Eles não são enganados por falsas aparências. o julgamento das pessoas é tão claro e absoluto. mesmo no próximo ano. a Palavra da Verdade. sabemos que uma árvore boa não produzirá fruto mau. são ansiosos para destruir almas. Na força de Cristo subjugam todas as fraquezas da carne. porém. a Palavra de Deus. tal com o botânico que. Todas estas árvores carregam fruto de acordo com sua natureza própria. Falsificam. a confissão de piedade é impossível. Este teste nunca falha.19: Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Pois. o que torna o fato uma advertência necessária. mas é hipocrisia e engano”64. Commentary. que é o ensino de Cristo. se distingue imediatamente a árvore boa. fruto bom. a escolha do Senhor. Chegam numa forma muito humilde. pelos seus frutos os conhecereis. Será sua a punição do fogo do inferno.mundo e do diabo. 20) Assim. Eles têm uma regra infalível. mas o Senhor espera que os reconheçam porque estudaram seus métodos e maneira de viver. à árvore da vida. cujos frutos. mas que entrou na glória de seu Pai. por si mesmos.10. V. assim. Vencem por ele todos os assaltos do mundo e de Satanás. Têm. que elas não hesitam em cortar e queimar uma árvore ruim. O princípio de testar mestres falsos e todos os fraudes. visto que. São sábios em sua própria presunção e nas formas do engano. ir àquelas pessoas que são membros duma igreja. acima de tudo. também acertará aqueles que são culpados de doutrina e vida falsas. Um ponto importante: Não só os discípulos de Cristo. e são adeptos de fingida amabilidade. eles são profetas falsos. na vestimenta da inocência e inofensividade. Tomai cuidado. Sua natureza é devorar. Mas seu verdadeiro caráter se mostrará depois. sejam sinceros. Recebem dele. Não tinham fé. Ele. The New Archeological Discoveries. Pois. Apartai-vos de mim.Nunca. que eles são operadores da iniqüidade. o casamento. continuamente. até mesmo. pensando que ele os deva admitir. Eles. como Cristo te ensina a conhecê-los pelos seus frutos. e.641. são. Eles nunca se tornaram seus íntimos. realizando o que ele não lhes autorizou nem aprovou. que não poderá falhar. ou alguma outra obra maravilhosa.tudo isto nada lhes aproveitará. O discipulado falso. Pois. quando os pensamentos e desejos de mente e alma serão revelados. poder espiritual e. são capacitados para realizar a vontade do Pai celeste em suas vidas. 65 66 ) Lutero. apegando-se a isto.66 o que está implícito neste título. no grande e terrível dia do julgamento. não levará ninguém ao céu. estando em bendita união com Cristo. hão de dizer-me: Senhor! Senhor! Porventura. Mas. como os que receberam Cristo na fé e por ele foram renovados de alma e mente. e em teu nome não expelimos demônios.25. Mas ele imprime em seus ouvintes a santidade da vontade revelada de Deus. ) Cobern. outros. que eles produziram outras obras do que aquelas mandadas e ordenadas por Deus. em sua profunda humildade. escolhendo cada um o seu próprio. Mas um cristianismo de boca nunca pode ser um substituto válido para um cristianismo de coração. Mas. não há nada mais do que condenação. enquanto usavam o nome do Senhor em vão. Um proibiu comer de tudo. outro naquele artigo. para as colocar ao lado da Palavra e dos mandamentos de Deus. Concluo que todos eles andam neste trilho”65. da glória e beleza que provém do íntimo relacionamento comigo. Cristo chama Deus “meu Pai”. usando o Seu nome sem autorização ou ordem. ou um expelir de demônios. com o fim de promover seu próprio ganho. dando. na verdade. a ele honra e glória divinas. A sentença é breve. reconhecendo e confessando publicamente Jesus como seu Senhor.640. haverá muitos. assim. . esta expressão que provará a sua omissão. Isto deve encontrar expressão em suas vidas. talvez. todas as obras deles provam ao Senhor. V. exatamente. Desta forma possuis um juízo seguro. O cumprimento da vontade de Deus se torna. há. Ele os conheceu.Senhor indica aqui. Assim ele verá. o critério pelo qual a sinceridade do seu discipulado é testada. A advertência de Cristo quanto ao juízo. se eles concordam entre si.. Separado dele.Deixem que aquele. Agora são descritos os discípulos espúrios. O fato que os lábios. um nesse. prontamente.. isto é. Naquele dia. também. Mt. os que praticais a iniqüidade. faça como Cristo lhe ensina aqui.22 Muitos. enquanto se enganavam a si mesmos e conduziam outros ao engano. em toda a carreira deles.. Nem todos os que praticam a confissão pública. Pois ele. também tem uma confissão a fazer. naquele dia. ou seja. Ele tem o direito de usar o nome Senhor e exigir obediência à sua vontade. quanto a si. deva reconhecê-los. . e têm o costume de repeti-lo. será. que deseja julgar corretamente. mesmo que seja profecia. estejais para sempre longe da salvação.21: Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus. Indicarão para todas as espécies de feitos que se parecem com milagres. Seus corações sempre estiveram longe dele. pegando suas obras e frutos. nem lhe permitirá entrar na bendita comunhão daqueles que são um em Cristo. um grande número. formulam o nome de Cristo. como a uma esperança longínqua que possa comover o coração do Juiz. e verifiquei que eles sempre produziram e trouxeram algo que foi diferente daquilo que Deus ordenou e impôs. V.. tenho estudado a respeito de todos os heréticos e seitas. O segundo. Até mesmo um mero ouvir com admiração e apreciação dos ensinos do Senhor nada lhe adiantará. que farão um apelo em seu próprio favor. desta forma. 7. Ele. 127. Podem estar tentando encobrir sua hipocrisia. Ele julga necessário expor o vazio da sua confissão. tudo é céu. O terceiro condenou qualquer governo. porém.11. imediatamente. Por isso. Mesmo que repitam a frase “em teu nome”. não busca sua própria glória. mas terrível: “Apartaivos de mim”. e em teu nome não fizemos muitos milagres? 23) Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. desta forma e publicamente. Os falsos mestres foram caracterizados. como o Senhor. entre aqueles que professam Cristo. mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. a saber. tem outra opinião. confessores. não temos nós profetizado em teu nome. que os milagres foram expressamente feitos em nome de Cristo e ostensivamente em seu poder. por isso. rio contra o fundamento. em profunda tristeza. . que se destinaram a ensinar sabedoria e compreensão no viver de seus discípulos. Ele falava as palavras da vida eterna. nova força. 25) e caiu a chuva. para representar o de-repente e a fúria dos elementos em fúria: chuva sobre o telhado. sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa. e é mais do que um conquistador. nesta vida. transbordaram os rios. As suas afirmações não somente eram claras. ouve as palavras de Cristo. Aqui estava um mestre que tinha uma mensagem. eles não só arremeteram. Ele. Prudente é aquele que faz. que ouve estas minhas palavras e as pratica.1. destaca o caminho seguro ao céu. V. que edificou a sua casa sobre a rocha. E. mas não apresenta qualquer evidência de obras que fluam da obediência cristã. Não. se possível.8. Ele pregava a Palavra de Deus. ela não terá segurança.28: Quando Jesus acabou de proferir estas palavras.Uma parábola de conclusão. cuja aparência exterior em nada difere da pessoa sábia. com a admoestação de guardar suas palavras. Escolheu um lugar formado de areia solta. que cumpre. Aqui. Os elementos. até. Este poder. a comparação que prova ser verdadeira. Ele baseia sua afirmação na máxima. entoando as tradições e preceitos e injunções duma lei que. mais uma vez. Nada restou de sua vaidosa beleza. que não caiu. Quando constrói uma casa. Mas ela negligenciou o cuidado com a fundação apropriada. Mas tolo é quem. 26) E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica. mas ele tinha uma missão de professoro. A impressão que o sermão de Cristo causou. porque fora edificada sobre a rocha. pois eles ensinavam só porque haviam recebido autorização. vento contra as paredes. Mas sua vida está arraigada em sua fé em Cristo. até o fim dos tempos. racional e experta. na rocha. próximo à torrente que vinha das montanhas. sendo uma emanação da intimidade com ele e do poder da fé. dá as provas de que a fé. Ele vence. seu espanto. pela fé. que um ouvir apropriado sugere a obediência no viver. Sem a fé em Cristo. incluídas todas as suas lições. atravez disso. que cuidadosamente avalia todas as proposições e seleciona judiciosamente o que serve aos seus propósitos. 29) porque ele as ensinava como quem tem autoridade. Ele permanecerá firme em meio a todos os assaltos dos inimigos. seus argumentos fortes. Tribulação e tentação encontrarão tal pessoa despreparada. só distingue duas classes de pessoas. prudente. Jesus. sua presença arrebatadora. neste caso. só com os ouvidos. Mas. que o seu fazer e o seu obedecer o fazem firme. sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa. mencionada por Cristo. Sumário: Jesus adverte contra o juízo incompassivo. Existe a pessoa sábia. e que expressam. porque seu fundamento foi lançado sobre a firmeza da resistente rocha. será comparado a um homem insensato. V. Tg. sendo grande a sua ruína. será comparado a um homem prudente.22-25. Refere-se ao discurso inteiro. urge perseverança na oração.12. e não como os escribas. estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina. ele faz a distinção. e assim lança o fundamento de sua vida espiritual em uma rocha. ou morreu em seu coração. transbordaram os rios. com relação ao fundamento que as pessoas escolhem para a estrutura de sua fé e vida. O vento soprou com fúria.37. Veio a chuva torrencial. e ele precisava ser escutado. tal como em outras parábolas e afirmações.24: Todo aquele. Dele ele recebe. Ela poderá construir uma casa. como se fossem um inimigo ou uma besta fera que ainda podem ser postos em fuga. imediatamente. Cristo falava com autoridade. mostra como distinguir profetas falsos e se guardar contra um discipulado falso. Mt. A maneira de Cristo para ensinar diferia da dos escribas. mas arrasaram esta casa. Rm. lança o fundamento firmemente em terra sólida. É um pronunciamento majestoso. seus exemplos inteligentes. mas a casa permaneceu de pé. diariamente. na verdade. que usa corretamente sua razão. pois. Veio o rio impetuoso. há também a pessoa tola. que as pessoas estavam muito surpresas e admiradas. Observam a eloqüência da descrição. ou nunca lançou pé em sua vida. e conclui seu poderoso sermão. Ela é a pessoa que negligencia a prudência e o senso comum. como sendo a sua própria palavra.30. estava morta em suas próprias vidas. e a sua ruína foi completa. e ela desabou. e perecerá do modo mais miserável possível. Não admira. Era sua a autoridade de ensinar todas as pessoas. 27) e caiu a chuva. foram desprendidos. os dizeres de Cristo. que edificou a sua casa sobre a areia. também se evidenciou em seus ensinos que arrebatavam seus ouvintes com uma convicção maior do que a dum orador eloqüente. Tudo isto seria perfeitamente encantador. desta forma. tem despertado a atenção. Outro declara: “Quando a vontade de Deus é feita na terra como é feita no céu. Ele tentava uni-los na fraternidade universal.. Influence of Christ. não só de comentaristas e teólogos em geral. seus discípulos por causa do seu sonho dum reino terreno. Alguns escritores afirmaram. nos quais é colocada uma religião das obras diante das pessoas e um reino meio espiritual e meio temporal. que. que distingue este livro sagrado do leste.3. e procurarão enriquecer os ensinos da religião cristã.J... no primeiro estágio do seu desenvolvimento. Jesus expressou. Veja também Rauschenbusch. não tivesse Jesus declarado expressamente: “O meu reino não é deste mundo”. como mostra sua comparação aguçada. A livre salvação de todas as pessoas pelo expiador poder do sangue de Cristo é aquele um raio maravilhoso de luz na Bíblia. 82. Jo. Estas passagens representam a doutrina característica. recentemente.. quando judeus e gentios se dobrarão juntos diante do trono de Jesus. que ele descreveu como sendo o reino ou o governo de Deus. nos purifica de todo pecado”.75. chamaram-no o credo da cristandade.7. numa maneira análoga. pela onda de literatura quiliástica que está inundando o país. vivendo todas as pessoas em amor e harmonia. causas e hábitos errados de viver. É um documento político muito impressionante”68. toda a economia política está sendo re-escrita no modelo do sermão da montanha. uma concepção superior da nova ordem social”70. moral e espiritual completa. The New World Religion. a carta magna da comunidade do céu. se ele não tivesse repreendido. Christ in the Social Order. mental. fundamental e essencial da cristandade. 1. a saber. o propósito de sua vinda: “O Filho do homem veio salvar o que estava perdido”.6-8. mais tarde. na epístola de Tiago.. Jo. 56-57. Ele quis destacar-lhes a total impropriedade da compreensão literal e da 67 68 ) Kent. 127-128. de modo breve mas compreensivo.Tm. em especial. seu Filho.17. em algum tempo. Todos os problemas sociais estarão resolvidos.1.18.. de algum modo. o evangelho do reino.1. amanhã. o reino de Deus e do céu terá vindo de fato. 10.O Significado do Sermão da Montanha A posição do “sermão da montanha” no Novo Testamento.11. 69 ) Clow. Life and Teachings of Christ. At.36. nos ensinos de Jesus. em especial aqueles que tinham o epíteto “hipócritas” da sua letargia de sua negligente justiça. de mentes mais audaciosas. tão propalado pelo mundo. O sermão da montanha é um exemplo do ensino de Cristo. no sermão da montanha nos dá um quadro perfeitamente claro e adequado da sua compreensão dum mundo ideal. E. Em primeiro lugar. Certo escritor declarou com seriedade: “Seu primeiro alvo foi livrar as pessoas dos efeitos das crenças. Todas elas estão imbuídas da idéia do milênio. bem distinto dos seus sermões. que tudo isto esteja contido no sermão da montanha. 98. e restaurá-las `saúde física. sem a qual a religião haveria de cair ao nível do paganismo. é exposta. de trabalhadores sociais de todas as classes. desenvolver uma ordem social perfeita”67. ) Hillis. ainda mais detalhado: “Jesus. E um novo ímpeto foi dado às várias investigações.15. 1. para que todo o que nele crê não pereça. Hoje. relerão o sermão da montanha. quis ele despertar seus ouvintes.1.. e acalmadas todas as inquietações sociais”69. mas. .48. 70 )Strong.16. Lc. sendo o pecado totalmente desconhecido. se ele não tivesse dito aos fariseus: “Não vem o reino de Deus com visível aparência”. também. São João escreve: “O sangue de Jesus. e. Christianity and Social Crisis.47. Ele tinha dois objetivos em mente. de todos os demais escritos religiosos. Supõe-se.18.. distintiva. como alvo de sua ambição terrena. provavelmente em conecção com o estabelecimento do milênio. de modo gentil mas firme. mas tenha a vida eterna”.. que o sermão da montanha apresenta a doutrina de Cristo..Jo.W. São Paulo enfatiza o fato que “Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores”.20. acontecerá a perfeita ordem social. Outros. Outro afirma: “Educadores. tal como.M. mesmo que brandamente. O número de tais passagens de livros recentes poderia ser multiplicada indefinidamente. Mt.W. E ainda: “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito. Estes dois sempre precisam andar juntos. Pois.12. A lepra é uma doença particularmente maligna e contagiosa (não infecciosa). Não admira que o pobre homem do texto estava tão ansioso para ser curado. num gesto de súplica humilde. pústulas e tubérculos. redundará no benefício bendito e duradouro de todos quantos. Pois. a fé viva é esta que .19 (nota do tradutor: Lv. deviam gritar: “Impuro! Impuro!” Eram obrigados a viver fora do acampamento ou da cidade. É um modelo quanto à forma e ao conteúdo. mas. atrofia e perda de partes de ossos. agora. as multidões que.13. onde proferira seu grandioso sermão. E tudo que tocavam. não pode orar corretamente. tendo-se aproximado. chegara a uma cidade na vizinhança. Está muito difundida no mundo. Apressa-se a ter com Jesus. ao aproximar-se alguma pessoa. quando. “Isto significa. contudo. Enquanto descia do monte. Mas. estando plenamente cônscio de sua própria indignidade e da grande superioridade Daquele de quem pede um favor.8. descendo ele do monte. e que. Usar o sermão da montanha. primeiro. Sua oração é breve. grandes multidões o seguiram. novamente o seguiram. Entre os judeus. Uma intenção de viver conforme as injunções do sermão da montanha. de acordo com estes objetivos evidentes.14). com o orar. da inabilidade da pessoa de viver conforme a interpretação espiritual da lei. até. O rosto. mas também orar corretamente. Em alguns casos afortunados. Quis. caso houver uma purificação por meio da cura. Concorda em deixar para o amor e a misericórdia do Senhor a maneira e o tempo do cumprimento de sua prece. dando-lhe a honra divina do prometido Messias. Para sua purificação havia sido elaborado um detalhado cerimonial na lei judaica. se queres.Ele é insistente. assume uma aparência estúpida. Quem crê corretamente. imediatamente.1-4. não somente crer corretamente. a morte ocorre dentro de pouco tempo. em especial. as regras que haviam sido feitas com vistas aos afligidos por esta doença. estavam impressionadas com seus ensinos. podes purificar-me.guarda literal das coisas externas da lei. este ora corretamente. Chama-o “Senhor”. também. Jesus realizou. o que pode causar buracos fundos e. o haviam seguido. Um leproso ceio a Jesus. de fato. e mais do que nunca.5. mesmo se cresse que Cristo fosse onipotente e capaz e sábio para todas as coisas. então que seja logo. realmente. Então começa ulceração. ou a casa em que entravam. este. Eram obrigados a rasgar suas vestes. se quiseres. um milagre. convencerá. leprosos eram considerados impuros. depois de ter descido até a planície.1:Ora. e. ainda que não seja hereditária.44-46. em sua ansiedade e desejo sincero por socorro. não deve ser compreendido assim. Depois. A doença. mas. era declarado impuro. adorou-o. que. E o segundo objetivo de Cristo foi dar uma lição sobre a verdadeira santificação para aqueles que pela graça entraram no reino e são desejosos de viver de acordo com a mais alta compreensão da vontade de Deus. dizendo: Senhor.2: E eis que um leproso. a perda de membros inteiros. deve ser real que o coração já está firme que Deus lhe seja tão gracioso e misericordioso. São conhecidas diversas espécies da doença. Lc. Ele não tinha a menor dúvida sobre o poder e a capacidade de Cristo. mas compreensiva. E. rapidamente. o mais otimista. queira mudar nossa angústia e nos socorrer. V. a doença perdura por anos a fio. Que o leproso modera tanto sua prece e diz: ‘Senhor. em outros. alegremente. de fato. ela ocorre freqüentemente no Leste e ao longo das costas do Mar Mediterrâneo. Lv. em pouco tempo. Manchas de várias cores aparecem no corpo. mas humilde. O evangelista usa esta fórmula para introduzir uma narrativa que estimula o interesse. quem não crê corretamente. mostrar a todas as pessoas. até. depois que o gérmen que a causa foi encontrado. de perto e de longe. Capítulo 8 A cura dum leproso – Mt. também.. a fé seria nada. podes purificar-me’. Lv.. V. segue o mesmo curso comum. se preocupam viver como filhos do Pai celeste. quão distantes estão os seus melhores esforços do cumprimento correto e adequado da vontade de Deus. em todos os casos. Prostra-se ao chão. mas não quanto à sua vontade de ajudar. transgredindo. cobrir os rostos. Pois. Mas. “Se queres”. A humildade de sua fé deixa a decisão para Cristo. viver sem a preocupação usual por higiene. Nas sinagogas havia lugar especial para eles. que ele tenha duvidado da bondade e da graça de Cristo. de modo correto. sabendo ele. não o dê.5.1-10. estudara a Escritura. diz ele.41. também o fez.3. certamente. E o seu onipotente “eu quero”. não o digas a ninguém. uma dispersão prematura da notícia podia alcançar os ouvidos dos sacerdotes antes que o próprio leproso se apresentasse.7. para fazer o que lhe pedimos.10-32.482-483 (traduzi do alemão). sua mensagem. nesta ocasião. de modo muito delicado.1.Ele estava limpo. O essencial é pressa. podendo a inimizade deles levá-los a lhe negar o reconhecimento de limpo. uma mensagem a ele (Jesus). Faça a oferta que a lei manda. Lc. Era estrangeiro e não da nação e igreja judia. com que Jesus tratou aqui. Mas. mas um milagre: A lepra. que teria estado pronto a aclamá-lo. ou se ele se valeu dos bons serviços de outros. Por isso a fé pede assim.não duvida que Deus também seja de vontade bondosa e graciosa. Isto teria atiçado precocemente o ódio dos líderes judeus e causado suspeição e inveja da parte do governo. O povo. realmente. o meu criado jaz em casa. tinha razões para evitar uma falsa popularidade. queria observar os preceitos da religião oficial.. dizendo: Quero. por meio duma delegação dos mais estudados e respeitados da cidade. 4) Disse-lhe então Jesus: Olha. Além disso. Cumpra as injunções prescritas para o seu caso. levado pelos ensinos de Cristo e por causa de seus muitos milagres. desapareceu imediatamente. Fazendo assim. mesmo que seja uma só palavra. tocou-lhe. que tudo deixa aos cuidados da vontade graciosa de Deus. O Centurião de Cafarnaum.14. estendendo a mão. Consiga das autoridades constituídas um atestado de limpeza. apresentou-se-lhe um centurião. Ele. . porque vê que é melhor não concedê-lo. Jesus havia entrado em Cafarnaum. Observe! Olhe!. ) Lutero.. o antigo leproso poderia espalhar a notícia do milagre. O centurião. seguindo sua falsa compreensão do reino messiânico.13. movida por graça imensa. Para que ele viesse. e muito provavelmente era a guarnição romana da cidade. Com tudo isto a fé. do Messias 71 72 ) Lutero. ou só algum tempo depois. se para sua glória e para o nosso proveito.1184. contudo. não para os legalistas. Mas. com tranqüilidade. sofrendo horrivelmente. implorando: 6) Senhor. quando não é possível concedê-lo. vai com eles. Mas deve ser entendido assim: A fé não duvida. e eu estou inteiramente satisfeito”72. Mt. seu rei terreno. envia mais outros mensageiros e roga: Oh! Não! Quem sou eu que ele se preocupa em vir pessoalmente? É suficiente que diga. se é bom e proveitoso. Isto só Deus sabe.15. estava excitado a tal ponto. Mc.15. V. para servir de testemunho ao povo. fica limpo! E imediatamente ele ficou limpo da sua lepra. Lv. também. Cristo está disposto a ir e. 12. por causa do servo que ele amava muito. Cristo. não duvida da verdade de que Deus o dará. É aqui que ele entra em contacto com um centurião. sendo que tudo isto teria obstruído o ministério do Senhor. permanece certa e firme na graciosa vontade de Deus. a cidade que escolhera como lar em seu ministério naquela região. não está em nosso saber. mas também para as pessoas em geral. Jesus foi movido de compaixão. Mt. dando-o ele ou não”71 O milagre.3 : E Jesus. sendo a última opção a mais provável.167. sem dúvida. como os racionalistas o querem. talvez ocorreu imediatamente após a cura do leproso. de cama.5: Tendo Jesus entrado em Cafarnaum. aqui narrado. numa ordem rápida e decisiva. Quando o centurião ouve que Cristo vem em pessoa. porque o centurião é uma pessoa digna disso. aquilo que a fé suplica e pretende. 11. mas vai mostrar-te ao sacerdote e fazer a oferta que Moisés ordenou.8. quando vão e apresentam. Não é importante.. E. num gesto íntimo que mostra completa compreensão e desperta confiança. se o centurião atendeu pessoalmente o caso aqui relatado. ou. 13. pressupõe a autoridade soberana para esta demonstração de poder ilimitado. que Deus tenha boa vontade para com a pessoa. Não uma mera declaração de estar limpo. era um comandante de cem soldados. assim. Não perca tempo em conversas desnecessárias e sem valor. Sua solidariedade e boa vontade em querer ajudar levam-no a estender a mão e tocar ao leproso. Jesus. ele havia aprendido a conhecer o Deus verdadeiro. Mc. que já havia tornado o homem numa caricatura horrenda e infeliz da criação de Deus. quando Jesus realizou viajou pela Galiléia. e. Isto deve ser um testemunho. v.1. O incidente. que sua vontade divina. “Ele envia. ainda que cordial. paralítico. queira e deseje-lhes tudo o que é bom. uma constatação de aflição e necessidade. o qual. “O argumento do centurião parece assim: Se eu. Sua porção seriam as trevas exteriores em vez da luz dos céus. dando ordens aos homens do batalhão e ao seu escravo pessoal. ou não estou em condições. para que isto aconteça. ali haverá choro e ranger de dentes. A compaixão de Cristo é despertada. O centurião. Mas.3. Aqui não aparece uma gavolice presunçosa. e digo a este: Vai. estando por juramente preso ao governo e a tudo que isto compreendia. Rm. . porque dá a Cristo a honra que por justiça lhe pertence. e a outro: Vai. Cf. falta de fé. V. Ele declara expressamente sua disposição de vir e ajudar: Eu vou curá-lo. ainda assim. Isaque e Jacó no reino dos céus. a expectação de todos os infiéis. V. até.9.100. 12) Ao passo que os filhos do reino serão lançados para fora. Esta é. Enquanto isto. e ele vai. Esta situação extraordinária leva-o a proferir uma profecia a respeito da conversão dos gentios.9: Pois também eu sou homem sujeito à autoridade. 73 ) Clarke.vindouro. Commentary. mas que tenho alguns tão completamente sujeitos a mim. ocupava uma posição subalterna. porque teimavam em não aceitar Jesus como seu Salvador. como a sua própria e total indignidade. Em sincera devoção.15. Mt.28. Qualquer evidência de uma fé real e confiante sempre influenciou profundamente a Jesus. e ele vem. para se reclinarem em sua mesa para participar de seus dons. não por causa duma prece por auxílio. de modo digno. Porque sofria dum mal que era uma foram de paralisia. Em Israel. que impediam que a pessoa doente fosse transportada numa maca. línguas. Nisso tudo há uma referência ao poder onipotente da palavra de Cristo. 8) Mas o centurião respondeu: Senhor. ou festa. e ele o faz. a um grande banquete. mas sua humildade. já fazia algum tempo. na forma duma parábola. até ao dia de hoje.2. Impediam-no de receber ao Senhor. onde as riquezas da misericórdia de Deus concedidas à mão cheia. mas apenas manda como uma palavra. O fato atual encheu-o de muita surpresa e admiração. e ao meu escravo: Faze isto. quanto à sua própria pessoa. nas trevas.Mt.quanto mais podes tu alcançar tudo o que queres. e ele vai. sua situação o levara a muita fraqueza. mas basta. A enfermidade dos nervos.7. Doutro lado. e ao meu servo: Faze isto. que lhe causava dores horríveis. o que se refletirá de modo muito vexatório sobre seus próprios concidadão. que era uma choupana. estando sujeito a ninguém e tendo tudo sob teu comando”73.11. morte e vida. devia ser a regra. admirou-se Jesus. não encontrara fé tão grande.10 Ouvindo isto. O centurião representa.5. os primeiros frutos das grandes multidões que o Senhor chamaria de todas as raças. Esta é uma convicção que nasceu da confiança absoluta no poder onipotente e misericordioso do Senhor. Um argumento tirado de sua própria experiência. . e a outro: Vem. os filhos do reino.5. povos e nações. É uma fé sublime: Meu servo particular será sarado. com os patriarcas. choro num remorso que veio tarde demais. perderiam sua herança. Só uma palavra bastará.4-5. não somente sua condição de gentio. e ele o faz. Lv. Tinha uma mensagem urgente e cheia de súplica em favor do seu criado que era o mandalete de sua casa. estava de cama. presunção e ignorância impedem qualquer comunhão entre Deus e a pessoa humana. Ele representa o reino de Deus. 11) Digo-vos que muitos virão do Oriente e do Ocidente e tomarão lugares à mesa com Abraão.7: Jesus lhe disse: Eu irei cura-lo. Uma resposta surpreendente: Não sou digno. ranger de dentes em raiva impotente. e ele vem. construíra a sinagoga dos judeus. Ele reconhece tanto a necessidade da misericórdia de Cristo. neste caso. que são os pais dos fiéis de todos os tempos. e o meu rapaz será curado. que são os filhos daqueles aos quais as promessas haviam sido feitas. era acompanhada de dores incomuns. que posso dizer a um deles: Vem. tinha a autoridade que o posto lhe dava. Ele se refere depreciativamente à sua casa.3. e disse aos que o seguiam: Em verdade vos afirmo que nem mesmo em Israel achei fé como está. onde uma tal fé ou uma confiança tão marcante em seu poder. que são os judeus que confiavam no parentesco terreno dos pais nas sem a sua fé. que sou pessoa sujeita ao controle de outros. A oferta de Jesus e a resposta do centurião. quando o Senhor se aproxima. V. A admiração de Jesus. tenho soldados às minhas ordens. É a soberania de Cristo que decide doença e saúde. mas uma humildade que torna o seu argumento ainda mais forte. neste caso. não sou digno de que entres em minha casa. Cristo fala sob grande emoção.9. V. 17) para que se cumprisse o que fora dito por intermédio do profeta Isaías: Ele mesmo tomou as nossas enfermidades e carregou com as nossas doenças. em quem ela se agarra. A referência do profeta é sobre as magoas e tristezas.5. Toda Galiléia encheu-se das notícias a respeito de Cristo.8. tendo-se mudado de Betsaida para aqui. teve compaixão. Mt. misericórdia e todo o bem. a enfermidade desapareceu. Nenhuma havia. Podia servir à mesa. Ao seu toque milagroso. da sua influência destrutiva sobre o corpo e a alma. semelhante a todo o mundo dos espíritos.15.53. por causa dos resultados e conseqüências do pecado. à morte. Tomou a mulher enferma pela mão para a erguer. porque o mercado de peixes parecia melhor.8.14: Tendo Jesus chegado à casa de Pedro. O Discipulado de Cristo. Lv. Já não precisavam hesitar. É muito apropriada a referência de Mateus à profecia.38-39. Qualquer dom que recebemos do Senhor devia dispor-nos ao serviço pessoal mais dedicado. O dia fora de muita ocupação para Jesus: Havia ensinado e . V.18-22. E uma fila constante de doentes e seus parentes. no exato momento em que Jesus o dissera. devido ao pecado e sua maldição. Como foi a fé. desta forma.4.23. era comum ver afluir de todas as direções. conforto. e ocorreram todos os efeitos que seguem.Co. 15) Mas Jesus tomou-a pela mão. Jesus foi movido de compaixão. e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos. Jesus se deparou com ocorrências tristes. porque o Senhor havia escolhido esta cidade como sua morada. Lc. e ordenando a ele e aos seus mensageiros. Ele não se entregara à falsa santidade. havia ido à sinagoga. Notemos: Pedro possuía uma casa em Cafarnaum. Com meiga bondade curou todas as outras doenças. A cura duma febre. Desta forma a fé recebe de Cristo. Estava anoitecendo. Is. com uma só palavra. A fama da notícia que o Senhor havia curado um endemoninhado pela manhã. Vários Milagres e Curas. Fatos que ocorreram ao entardecer do sábado. A confiança no poder da palavra trouxe a palavra que tinha o poder de curar.16: Chegada a tarde. e fazer quaisquer serviços. mas. Mas o evangelista argumenta corretamente: Aquele que carrega o maior também é senhor sobre o menor. estava aflita com a mesma e terrível doença. que aqui leva seu nome de discípulo. Mt. V. E naquela mesma hora o servo foi curado. Ele.29-31. as doenças e dores da alma. E. ele sabe da sua maldição. pois. do outro. Talvez. Repreendeu a febre. amparo. o nosso Sumo Sacerdote. Ele carregou e removeu os nossos pecados e fraquezas.18: Vendo Jesus muita gente ao seu redor.2. e seja feito conforme a tua fé.5. As doenças da pessoa humana estão conectadas. V. 1. dum lado. a um ascetismo perigoso. em sua gratidão. concedendo o benefício no qual a confiança do capitão se agarrava.A recompensa da fé. Ela se levantou da cama. A maioria dos que lhe foram trazidos. Mc.14-1.32. havia-se espalhado qual fogo em palha seca. ao pecado. Hb. ordenou passar para a outra margem.4. Naquela mesma hora. que fossem e testemunhassem o cumprimento de sua oração. pensando que pudessem transgredir a lei. Preparativos para a partida. lhe precisam estar sujeitos.13: Então disse Jesus ao centurião: Vai-te. Eles já não são mais uma maldição para os fiéis. Tudo aconteceu depois do fim do sábado. e. estando possessa de espírito mau. foi realizado o milagre.1. em certo sábado. sem qualquer sinal de fraqueza ou falta de equilíbrio.4. mais provavelmente. especialmente aquele a quem devia sua plena recuperação. como é exigido pela igreja católica para seu clero. que pudesse resistir à sua onipotente misericórdia. e a febre a deixou. viu a sogra deste acamada e ardendo em febre. A sogra de Pedro está de cama com febre. Ela se levantou e passou a serví-lo. sentindo o peso das nossas doenças. destacando. Jesus. Pedro era casado. expelia os demônios que. trouxeram-lhe muitos endemoninhados. Regressando e chegando à casa de Pedro. e curou todos os que estavam doentes. assim foi a cura. mas deu-se o direito de possuir uma irmã na fé por esposa. daquela classe que era totalmente contra os caminhos de Jesus. embalado pelo movimento oscilante do barco. os que são mortos em relação ao chamado do reino. faze tu do reino de Deus a tua preocupação.23-27. abalou-se sobre o pequeno lago uma daquelas tempestades tão temidas pela sua violência. Jesus o havia chamado. lhe mostra o verdadeiro significado do discipulado. isto é a tarefa do agente funerário. Outra lição. que havia decidido permanecer nos arredores de Cristo. sendo um indeciso.3. citado por Stöckhardt. O Senhor. encobrindo-o. como de suas posses. só um provérbio judeu.feito curas. sendo que a maioria delas. Era como se fosse um maremoto ou um tufão violento. Indeciso. o que pode ter sido um mero pretexto para ganhar tempo. 24) E eis que sobreveio no mar uma grande tempestade. como foram todos os meus pais” 74.23: Então. desta forma. Jesus lhe dá uma resposta que parece dura.9. porém. Jesus dormia. “Todos os verdadeiros cristãos procedem assim: Usam seus bens e possuem ninhos e abrigos. não te preocupes com a casca mortal de teu pai. 22) Replicou-lhe. e dizem: Sou hóspede sobre a terra.21: E outro dos discípulos lhe disse: Senhor.6. aqui. As raposas têm covis onde podem descansar em segurança. Inesperada e repentinamente. Mt. inúteis. aproximando-se dele um escriba. bem mais alto do que o barco. Era um testemunho forte em favor do poder da pregação de Cristo e do magnetismo de sua pessoa. sob certas circunstâncias. quando a necessidade exige que os abandonem por causa de Cristo. V. Mt. mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça. outros bem próximos a ele. Havia. Uma interrupção. Seguindo instruções anteriores. Jesus foi dormir. tomou-se da coragem de lhe falar. havia uma multidão que o pressionava. tanto o que significa. entrando ele no barco. permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Biblische Geschichte des Neuen Testaments.19: Então. e. para escapar da importunação da multidão e para evitar uma explosão de entusiasmo falso. os discípulos haviam preparado o barco. ninhos. 74 ) Lutero. Jesus: Segue-me. seguir-te-ei para onde quer que fores. Lc. porém. seu significado pode ser: Deixem os espiritualmente cegos. A Tempestade no Lago. Estão contentes em serem forasteiros no mundo. mas que se poderão tornar numa amarga irritação a quem não está consciente daquilo que seja exigido dos seguidores do modesto Nazareno. . e. ainda. E. Os pássaros do céu têm lugares para dormir.35-39.8. busca a mesma árvore para abrigo. enterrar os naturalmente mortos. embarcaram com ele. as pessoas que lhe estavam mais próximas e que formavam o círculo íntimo de seus seguidores. Ele não tinha compreensão do custo de ser um discípulo de Cristo. V. Jo. absolutamente. pensar que se é capaz de seguir Cristo em qualquer caminho que ele escolher ou nos imponha a seguir. Entretanto. sem esta suposição. até. Mas sua natureza era vacilante. Mas é uma presunção ignorante. o Filho do homem. ser a sorte dos cristãos. Mas. diante do qual os experientes pescadores eram. quando Jesus embarcou. está em tal pobreza e desamparo que. eles o fazem.59. V. Eis aí um homem que pertencia ao círculo maior de discípulos. 69. Caso Cristo esteja citando. e deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos.10. se há um conflito de interesses. Pobreza. que um dos escribas. privações e perseguições. de sorte que o barco era varrido pelas ondas. foi arrebatado pelo seu entusiasmo e pediu para ser aceito no círculo mais íntimo dos apóstolos. disse-lhe: Mestre. alegremente se mudam tanto do lugar onde podiam reclinar a cabeça. ainda: Sou um peregrino. ele pede por licença para sepultar seu pai. E ordenou que partissem para o outro lado. Um desses. noite após noite. As ondas se erguiam de ambos os lados. mas. O discipulado de Cristo é muito mais importante do que todas as demais obrigações. contudo. podem. E. E. Cansado pelo volume de um dia de trabalho mental e físico. 20) Mas Jesus lhe respondeu: As raposas têm seus covis e as aves do céu. seus discípulos o seguiram. as palavras de Cristo se referem ao uso aramaico da palavra “morte”. Já estava junto à margem do Lago de Genezaré. como o que ele requer. em seu estado de humilhação. além de seus discípulos. que era escriba. Jesus. que poderia macular o trabalho do seu ministério. a um jgo de palavras que significam: Deixe que os mortos sejam cuidados por aqueles cujo negócio é enterrar os restos terrenos. só pode haver uma escolha. quando Deus o permite.15. lhe são um fardo voluntário. até mesmo para com os parentes mais chegados. com uma só palavra. 13.O território dos gadarenos e dos girgaseus ficava ao leste do Mar da Galiléia. dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem? Os discípulos.31-37. chegando a Cristo. e também sobre o seu cuidado amoroso aos que escolhera como discípulos. por um pequeno período. Por isso. 27) E maravilharam-se os homens. concedidos à sua humanidade. ouviram desta história. Jesus: Por que sois tímidos. sendo testemunha ocular. propositalmente. Mas seu medo se torna tão grande. A natureza estava em revolta. que acreditaram que Cristo era só um espírito e não um verdadeiro homem. Ao soar da sua voz. torna audacioso. parar a turbulência do mar. Aqui dois endemoninhados correm ao encontro do Senhor. visto que o repentino aquietar do mar deve ter sido observado da praia. “Mas.4. Mt. O evangelho diz que Cristo dormiu no barco. O evangelista deseja mostrar-nos a Cristo como homem real e natural. dá este número.que formava a parte mais ao sul de Gaulanites O nome lhe foi dado em virtude das cidades principais da .”76 O efeito deste milagre sobre os discípulos e sobre todos os que.região. Pr.28-34.8.1627. acordaram-no. V. A confiança em Deus e em seu poder e ajuda. ele provou. que já não mais se contém. Por que estar cheio de medo? Por que tão pouca fé? A repreensão. até mesmo quando a fé for pequena. do que uma informação. Anotemos o contraste: Cristo a dormir tranqüilo em meio a toda esta confusão. foi áspera no tom. quando ele repreende o mar e o vento. Um ponto importante: O primeiro pensamento de Cristo é pela fé dos discípulos. sono e outras tarefas naturais que são feitas sem pecado.39. um silêncio obediente sobreveio à turbulência dos ventos e das ondas. um grito. Mc. 13. A voz humana de Cristo.1628. à terra dos gadarenos. Gerasa. Pois. Das suas bocas sai. por isso. agora. esta dirigida ao vento impetuoso e às ondas agitadas. salva-nos! Perecemos! 26) Acudiu-lhes. aquietar o mar e fazer cessar o vento. então. antes. a sua onipotente divindade. depois. Mas. e que é Senhor sobre o vento e o mar. estava localizada à beira do lago. Jesus e os gadarenos. mas tinha oculta em si muita ternura. tinha necessidade de comida e bebida. Mc. saindo dentre os sepulcros.1. É necessário poder divino para. O onipotente Governador do universo havia falado. só um destes enfermos foi tão excepcionalmente violento. A falta de fé sempre torna medroso. por respeito ao mestre amado. vieram-lhe ao encontro dois endemoninhados. que ninguém podia passar por aquele caminho. que despertou a atenção de todos e. encheram-no gradualmente d’água. Ele está pronto e disposto a dissipar-lhes todo e qualquer temor. Podem ter hesitado. e que. É um quadro terrível: Os 75 76 ) Lutero. com corpo e alma.25: Mas os discípulos vieram acordá-lo. e a tal ponto furiosos. Lc. e dar cuidadosa atenção a todas as suas preces. repreendeu os ventos e o mar. foi enchê-los de espanto. clamando: Senhor. V. Que homem é este? Donde é ele? Havia diante deles uma evidência adicional sobre a sua divindade. Mateus. ergueu-se de seu travesseiro e proferiu uma segunda repreensão. ) Lutero. Cristo não é só homem natural. Eles habitavam nas cavernas das rochas calcáreas da costa leste.28: Tendo ele chegado à outra margem. Uma delas. tal como as temos nós também.4. levantando-se.30. Em sua hora extrema Cristo é seu único pensamento.75 O terror dos discípulos diante da repreensão de Cristo. Jesus. com este ato. com só uma palavra. controlaram as forças da natureza. Seu destemor pessoal e total devia acalmar o pânico deles. ser capaz de. e fez-se grande bonança. e tendo o mar e o vento lhe obedecido. . sendo inútil querer esvaziá-lo. por isso.4. não é obra humana. mas é também verdadeiro Deus. é mencionado em outros relatos. o dormir natural é uma indicação certa para um homem real e natural. Para que não caiamos no erro dos maniqueus. não sendo afetado pela grande agitação que levara os homens mais fortes a tremer de medo. não pelo alívio do seu medo. por virtude do seu poder e majestade divinos.quebrando sobre ele. tendo resolvido o mais importante. “Mas. que também eram usadas como sepulturas. Vento e mar haviam conspirado para destruir tanto o barco como seus passageiros. homens de pequena fé? E.23-27. “Paz! Aquietai-vos!” É Ele quem lhes deu ordens. valendo-se da língua de um dos possessos. ordena. 32) Pois ide. e fê-los voltar às pressas para a cidade. que. Preferiram mais seus porcos e seu viver pecaminoso.8. Contudo. Resumo: Cristo cura um leproso. Estes formam. nada pode fazer. Seu grito e confissão. um assassino. A perda dos porcos foi-lhes uma calamidade. foram afogados no mar. restaura o servo enfermo do centurião cuja fé o maravilhou. Sentiram-se inconfortáveis na presença do Santo de Deus. eles têm. em certas ocasiões. não longe deles. Mas. mata animais mudos. vendo-o. V. até certo ponto.33: Fugiram os porqueiros.maníacos desnudos. aprenderam a verdade. saíram.Jo. estava grande manada de porcos. Desprezaram esta oportunidade da graça. Eles lhe rogaram que saísse do litoral onde moravam e deixasse sua terá. Precipitando0se do declive. V. e eis que toda a manada se precipitou. de pronto. Eles temem o juízo final como a sua condenação. Os espíritos maus. despenhadeiro abaixo. No dia do juízo final. um quadro apropriado do poder do diabo. Ele. Mas. estão excluídos da bendita comunhão de Deus. mesmo assim. Os espíritos maus reconhecem nele o futuro juiz. uma grande manada de porcos. 1. cujo poder sobre os demônios fora plenamente demonstrado. e o que acontecera aos endemoninhados. eles aterrorizavam a vizinhança. provavelmente. até o dia final. para executar alguma punição de Deus. O diabo é. sem a permissão de Deus. para serem amarrados com cordas ou correntes. manda-nos para a manada dos porcos. E. Segundo o que viram e segundo as conclusões que tiraram. sujos e berrando ameaçadoramente. 31) Então os demônios lhe rogaram: Se nos expeles. a certa distância do lugar onde Jesus estava. o instinto natural da auto-preservação. o seu relato foi fantasioso e muito distorcido. acalma a tempestade. e. Esta era também uma região em que o elemento gentio predominava na população. Os guardadores dos porcos fugiram. ó Filho de Deus! vieste aqui atormentar-nos antes de tempo? Jesus. aos espíritos maus que saíssem das pessoas. Os espíritos maus. que pudessem ser compelidos a suportar dano ainda maior.29. ordenou-lhes Jesus. saindo. do que da Sua presença pura. Tendo recebido a permissão. E a sua atitude vingativa deu lugar a um rogo respeitos.29: E eis que gritaram: Que temos nós contigo. esta permissão é dada.30: Ora. o poder e a autorização de destruir e torturar as criaturas de Deus.8. V. rogaram que lhes fosse permitido descarregar sua ação demoníaca nos porcos. Mas. sob a permissão de Deus. serão condenados ao abismo do inferno. fortes demais. mais ainda ao alcance da visão. Temiam. rogaram para não serem atormentados antes do tempo. até mesmo. eram animais impuros ao povo judeu. Eram. Mas. porém. enquanto estiveram na colina. quando Deus lhe impede a destruição dos seres humanos. e nas águas pereceram. para tomar vingança de qualquer um que fosso julgado culpado da perda dos seus porcos. Lc. realiza um grande numero de milagres. andava pastando. Nas cercanias. O desastre que caiu sobre seus rebanhos encheu seus corações de terror supersticioso. O “Filho do Homem” . desde o começo. pela lei do Antigo Testamento. chegando à cidade. dá uma lição de discipulado. que veio para destruir as obras do diabo. o inferno lhes é um lugar de excruciante e incessante tortura. A expulsão dos espíritos maus. e expulsa os demônios de dois gadarenos endemoninhados. Foram tomados de temor pela presença daquele. reconhecendo que seu poder sobre estas pessoas chegara ao fim. Todos os que ouviram o relato e eram livres. O resultado. sua entrada nos porcos tirou deles. especialmente durante os dias que precedem ao juízo final. rogaram-lhe que não os atormentasse. para dentro do mar.3. fazendo com que o rigor da lei já não era mais tão reconhecido. e lá serão acorrentados para sempre com cadeias de trevas. lhe rogaram que se retirasse da terra deles. passaram para os porcos. já agora. contaram todas estas coisas. associados com as trevas e a morte e com as sepulturas e com a destruição. 34) Então a cidade toda saiu para encontrar-se com Jesus. E eles. e. Por isso. de redimir as pessoas de sua sinistra influência e do seu poder destruidor. Lembremos: O diabo sabe que o homem Jesus é o Filho de Deus. mas sempre com a intenção de destruí-los. 18. escolheu esta designação do Messias do Antigo Testamento. mas. na opinião deles. ao mesmo tempo. Mt. Um mero homem ideal. e sua forma de existência no tempo. a fé pessoal dos escritores. esse precisa ter autoridade divina. E uma comparação cuidadosa das outras passagens. Se Cristo assume este poder. 17. ao mesmo tempo. Commentary. com o objetivo de redimir o gênero humano. com certeza.. o homem em quem se realiza a história e o destino humano inteiro. diferente de outros. Mt.12. como ‘o Filho do homem’ se está arrogando um direito divino. porém. que ele fosse um homem para sofrer e (era necessário) que fosse Deus. Matthew. É uma descrição de sua pessoa maravilhosa e misteriosa. que sua definição é simplesmente homem. enfrentou as esperanças mórbidas e fantásticas de seus contemporâneos – e entre estes. participou da verdadeira humanidade. o homem ideal que vem do alto.Co. com toda a majestade do Pai e acompanhado de todos os santos anjos. somente para expressar a fraqueza e humildade de Cristo.142. o verdadeiro Filho de Deus. anterior ao início do tempo. tal como Pedro. Se alguém um assume o direito de mudar as instituições do Antigo Testamento. na maioria dos casos. anteriormente. Dizem. ele.” “Não é duma mera humanidade que ele se chama o Filho do homem. confessou dele.6. Seu alvo sublime era que o povo o visse como um verdadeiro homem – na humildade de sua aparência exterior – mas. o ser humano natural. que contém a expressão. Um mero homem ideal não pode usurpar o direito que é exclusivo de Deus que é o de perdoar pecados na terra. Com este nome ele pretende distinguir. ) Schaff. o homem original. fazendo-se senhor de seu próprio direito. não sendo nenhuma exceção quanto à regra da existência humana ordinária de lhes ser melhor.. tal como encontrada nos evangelhos. que o Filho do homem em sua humilhação é.16. ou para designar o segundo ou divino homem. como o Filho do homem. não é o Senhor do sábado.13. é “o Filho do homem. É usado. Ser um homem para se tornar um substituto das pessoas e em lugar delas. Mas ele deseja conduzir ao mistério de sua pessoa. 1. claramente.15) ”78. 160. que ocorre oitenta e quatro vezes no Novo Testamento. agindo segundo a sua própria vontade.22-30. como o homem ideal. se tornou carne. o eterno Filho de Deus. confessa e quer anunciar o fato que ele. aparentemente. Os muitos comentários e livros sobre a pessoa de Jesus refletem. Isto jamais. porque. Um mero homem ideal não podia falar dos últimos dias do mundo como os dias do Filho do homem. simplesmente. num sentido extraordinário e singular. Os críticos. sendo uma exceção na maneira de ser pior. agindo assim.Esta expressão. o homem sem privilégios. O “Filho do homem”. e que nisso está implícito muito mais do que mera humanidade ou do que um mero homem ideal. o segundo Adão conforme Paulo. de modo mais marcante. como Jesus de Nazaré. duas formas de existência: Sua existência como o eterno Verbo de Deus. que virá sobre as nuvens dos céus para realizar o juízo. inteiramente alheias ao assunto ou não vão o suficientemente a fundo. e Deus para que pudesse reconciliar e satisfazer 77 78 ) Expositor’s Greek Testament. Mt.13. pelo qual pode ser caracterizada a atitude dum teólogo em relação à pessoa e à obra de Cristo. Nosso Senhor. já se tornou uma pedra de toque. “Jesus. e que ele adotaria este título somente por ocasião de sua exaltação. Elas não cobrem todo o significado da expressão.9. conforme muitos. significa o homem ideal. com este título. como se o nome Filho de Deus não lhe pertencesse em seu presente estado de humilhação. Jesus.7. Era necessário. o segundo Adão que veio do céu (1. ou um “shiboleth”. Estas explanações estão.8. Lc. . conforme sua natureza divina e humana.77 Há outros críticos que se empenham mais seriamente para dar à expressão o seu valor e força totais. também em seu elevado caráter. Tal pessoa também era exigida para ser o Mediador entre Deus e as pessoas. Ele. somente servirá para fortalecê-la. provavelmente. isto é. do Filho do homem é afirmado. também o escriba do texto – colocando ênfase em sua genuína e verdadeira humanidade de Messias. Perdoar pecados é prerrogativa de Deus. Dn. tem chegado ao ponto em que negam qualquer significado especial nesta frase peculiar. Mas. antes. não havia sido pervertida grosseiramente para alimentar a expectação carnal dos judeus. para dar uma valor eterno aos seus sofrimentos. mas o reconhecimento de toda a nossa desgraça e a aceitação de todos os dons de Deus. Jesus estava ensinando e seu se manifestava na cura dos doentes. disse: Por que cogitais o mal nos vossos corações? 5) Pois qual é mais fácil. Foi um dia cheio de graça para toda a cidade.. Houve um incidente que chamou a atenção. Nele não existe obra alguma. anunciando. O resultado de sua busca fê-lo tão satisfeito.11. porém. dizer: Estão perdoados os teus pecados. filho.2: E eis que lhe trouxeram um paralítico deitado num leito. Um lembrete: O Senhor. que escalaram o telhado plano.a justiça ultrajada de Deus por meio duma satisfação proporcional. 4) Jesus. Deus e homem unidos em uma só pessoa. Nele ecoam estas palavras. que. Toda a retórica do evangelho está unida a esta palavra: Filho. e anda? 79 ) Lehre und Wehre. . Ele demanda fé. faze dele uma exibição. Isto é o evangelho. que ele aplica à pessoa em particular. para a cidade de Cafarnaum. Entrando no mesmo barco em que viera com seus discípulos. tem-no realmente. voltou ao lado oeste do Mar de Genezaré. Mt. Meyer.1: Entrando Jesus num barco. Lietzmann. sê alegre. tem bom ânimo. Pois. Este é o reino de Cristo. provavelmente por causa duma má consciência. O enfermo ansiava pelo consolo de sua alma. Der Menschensohn.1920. em virtude de sua onisciência. ânimo. 140-149.. e sem cessar: Alegra-te. isto aponta que o coração precisa ser instigado com todos os argumentos e exemplos que glorificam a misericórdia de Deus contra todos os argumentos e exemplos que falam da ira de Deus. estão perdoados os teus pecados.3. como o pecado é o maior mal sobre a terra e arrasta após si todos os demais males que sobrevêm à carne. a absolvição ou o perdão é o maior bem que Deus pode dar à pessoa. Vendo-lhes a fé. o paralítico. 80 ) Lutero. conhecendo-lhes os pensamentos.103. por meio dela tu recebes e reténs estas palavras. foi colocado no espaço aberto perante Jesus. 12. “Esta é a voz do evangelho: Tem bom ânimo. 9.5.3) Mas alguns escribas diziam consigo: Este blasfema. passou para a outra banda. e não é por causa de tuas obras” 80. que o represento. Lc. 360-369. e foi para a sua própria cidade. Jesus. para que o evangelho não seja proclamado em vão. dom real. que o fato se tornou conhecido e que multidões se congregassem na casa e na rua. Foi assim. assim. mas. longe com os teus temores de consciência por causa dos teus pecados. Capítulo 9 A Cura dum Homem Paralítico. primeiro. Isto os outros evangelistas contam em detalhes. não há mérito. que dirigiu palavras de conforto ao homem doente. acima de tudo. preso à cama e desamparado como estava. filho!Não há o menor motivo para temer que o Pai celeste e eu. e que removeram as telhas. Nele. V.1716. o condenemos. que lhes foi impossível abrir caminho por entre as multidões. encontrou fé nos homens. Nas palavras de Cristo há uma ternura infinita: Coragem. Jesus Muttersprache. A melancolia. que quatro homens carregaram este fardo. Jesus trata. vive. e que não fizeste muito bem. por isso. V. Quem o possui.1-8. Nele não há nada mais do que consolo. tão só. da doença da alma. o fato do perdão dos pecados. V. Mateus não diz expressamente que o procedimento de trazer este homem paralítico foi longo. A condenação aos escribas. Jesus disse ao paralítico: Tem bom ânimo. Cf. finalmente. Mas não chegou antes. No caso presente. eu a tudo perdoarei. orgulha-te com o meu perdão. com absoluta autoridade. precisava ser removida. pois eu perdôo os pecados. para unir Deus e as pessoas em um só espírito”79. Pois. do que o Senhor a nos dizer: Tem bom ânimo. ou dizer: Levanta-te. A intuição do Salvador leu nos seus olhos a necessidade de algo que envolvia mais do que mera recuperação física. onde havia instalado sua base durante seu ministério na Galiléia. Sl. 11. olha pela fé. Jesus concordou com a solicitação dos gerasenos de sair da sua vizinhança. 1907.Então tens motivos para te orgulhar e engrandecer. pois. tanto no paralítico como nos seus amigos. Tal. sê preservado. não temos outro desafio com o qual ele deseja que nos vangloriemos. por isso. V. Pois. também uma prerrogativa divina na cura do corpo. e. Trazem a acusação de blasfêmia e uma pretensão ímpia dos direitos e poderes divinos. como privilégio de Javé. `influência do seu ensino e dos seus milagres. “Todas as pessoas que são cristãs e são batizadas. . 13. mas. o Filho do homem. “Este poder. V. como sobre o corpo! Também pode ser que o espírito de Cristo pulsasse em muitos corações e lutasse com a incredulidade dos escribas. Isto é. tem bom ânimo. repreendeu a maldade deles. que Deus dirige a nós no Batismo. que até agora havia sido entronada no Santíssimo. de assombro e de reverência. concedeu às pessoas o poder de perdoar pecados. Aparecera um Médico em seu meio. Jesus. presenteia-te todos os teus pecados. e achamos perdão dos pecados” 82. agora estava encarnada diante deles. para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados – disse então ao paralítico: Levanta-te. tanto sobre a alma. Não foi uma interrupção brusca que eles aqui intentaram. A estes devemos crer. Lc. ) Lutero.1722. e a isto ele junta a expressa repreensão: Para que? com que finalidade? – que pretendeis alcançar com os pensamentos maus em vossos corações? Pergunta-os: Sendo ambos igualmente fáceis de dizer. sendo verdadeira pessoa humana. Mas. pelo exame e conhecimento de seus corações.. agora colocou nos ombros a mesma cama e sai caminhando na plenitude de vitalidade perfeita. Esta voz não deverá jamais se calar entre os cristãos. ele. se possível. eles glorificaram. Tivesse ele sido culpado de blasfêmia. 7) E. para que. e vai para tua casa. Commentary. O homem. dá ordens à doença e restaura o enfermo à saúde plena. as multidões.8) Vendo isto. tenham o poder para dizer: Veja. A Vocação de Mateus e a Recepção que Ofereceu. O efeito sobre o povo. com isto louvam a Cristo e carregam em sua boca a palavra do perdão.5. pois. mas. Deus. através do servo da igreja e por meio de outros cristãos. no púlpito e no sacramento. Desafiam sua prerrogativa. Mt. Ou o diga em outras palavras. 167. aos que o seguiam. quando expressa corretamente que o ofício de Deus era perdoar pecados. não é mero homem. quando quiserem e quantas vezes for necessário. Daí a expressão jubilosa deles: Ele concedeu este poder ao Filho do homem. por Cristo.. toma o teu leito. que podes falar e ensinar a outros a respeito do perdão dos pecados. o que teria sido uma blasfêmia. Aprende. para reagir. Crê somente. teus pecados estão perdoados. Jesus leu os pensamentos deles. 81 82 ) Schaff. Encheram-se de temor. a Deus por ter dado tal poder aos homens.21. até o dia final: Teus pecados te são perdoados. ?Deus te oferece sua graça. resolveu o problema. com uma palavra do seu onipotente poder. possuídas de temor.9.Como era costume. glorificaram a Deus. tal como leu a situação mental do paralítico. assume. manifestando autoridade. É o poder peculiar da Igreja. proferida contra o Senhor. Matthew. louvaram.9-11. por meio dele. As pessoas não estavam preocupadas com os escrúpulos dos escribas e fariseus. ao final. partiu para sua casa. O milagre. A maior inclui a menor: O direito e a autoridade de perdoar pecados inclui o poder e a habilidade de sarar meras doenças corporais. que dera tal autoridade aos homens. era tão manifesta como se a tivessem berrado a toda voz. assumindo e exercendo direitos divinos. pelo qual os pecados dos pecadores penitentes lhes são remitidos. quanto à preocupação deles. pois. levantando-se. 11. por isso. Longe de admitir da sua parte qualquer presunção. aos próprios homens”81. isto é absolutamente certo. ainda assim. propositalmente. alegra-te muito e consola-te!. na absolvição. qual deles exige mais poder e autoridade? Qual deles atesta mais forte a autoridade divina? Seria a cura do corpo ou a cura da alma? O verdadeiro argumento. os inimigos de Cristo tinham seus representantes entre o povo que circundava a Jesus. (homem). não teria tido a autoridade de curar o homem doente por meio duma ordem com autoridade. que havia estado preso à sua cama de lona e estava em total desamparo.6) Ora. têm este poder. não somente a este um homem que era Jesus. Ele.2442. mas sua objeção. resistem à sugestão dum médico para eles. Misericórdia vem antes de sacrifícios. esperando. que. ou seja. Jesus recorda aos fariseus. e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu. deixou a casa para descer até o mar. e aprendei o que significa: Misericórdia quero. e criticam severamente aos que seguem suas instruções na busca de pecadores. pois não vim chamar justos.11) Ora. que manifesta sua compaixão em obras de misericórdia. aqueles que os fariseus haviam excomungado das sinagogas. contém a posição deles. em que lhes será tirado o noivo. Acham o comportamento do Senhor. Um médico. Jesus ouviu as murmurações e chama dos acusadores à conta. Mas. todos eles dos humildes e socialmente excluídos da cidade. ouvindo. Somente os mansos e humildes de coração. que sentem seu pecado e sua maldição. os doentes. Lc. como cheirando à sarjeta. que é justo e perfeito.6. apoiados por alguns discípulos de João Batista. V.29. registra o fato no relato do seu chamamento. possivelmente centenas. à mesa. Ainda que não haja pessoa justa sobre a terra. e. Agora. ou seja.9) Partindo Jesus dali. Estavam presente vintenas. uma justiça perfeita. enquanto o noivo está com eles? Dias virão. porém. Calados em um ponto. Talvez tenha-o conhecido antes. ou entre aqueles que sentem a necessidade de seus serviços. contudo. Qualquer culto dos lábios e sacrifícios das mãos. ou os que se enganam com a idéia de que esteja em perfeita saúde. os fariseus atacam noutro. tem seu campo de ação entre os doentes. . que estava aos cuidados de Levi. vêm ao Amigo dos pecadores e da sua mão aceitam a cura. 13) Ide. por esta mesma razão. Mateus. V. e.13. viu um homem. porém.2. Pelo caminho. por isso. Foi o arrolamento direto do publicano entre aqueles que estavam mais próximos do Senhor. sentado na coletoria. perguntavam aos discípulos: Por que come o vosso Mestre com os publicanos e pecadores? Eles consideraram toda esta recepção como algo escandaloso. ao mesmo tempo. possa pertencer à classe dos justos. com penosa regularidade. Faltava-lhes. é pedra de tropeço a todos os corações presunçosos e vaidosos. disse: Os sãos não precisam de médico. V. e.Cristo é o verdadeiro médico das almas. ao mesmo tempo. Aquele que está espiritualmente bem. Esta coletoria de impostos era lugar de muito trabalho. que doravante foi chamado Mateus que.V.15. o fato significativo é: Publicanos e pecadores foram os hóspedes ao lado de Cristo e de seus discípulos. conseguir afastar os discípulos do Mestre. o Redentor. Uma questão sobre o jejum. Mc. provavelmente. Jesus.2. Não desejam nada com Jesus. os quais. Segundo o costume oriental. Os sadios. ou seja. que. Agrada-lhe um coração misericordioso. vendo isto os fariseus. Para explanar sua conduta. é uma abominação diante do Senhor. estando ele em casa. qualquer culto exterior e toda e qualquer ortodoxia morta. eles estavam reclinados sobre sofás especiais providos com travesseiros. visto que a estrada das caravanas entre o Egito e Damasco passava pela cidade. visto ser difícil que não o tenha ouvido antes. sim. Mc. e sem pecado. e não holocaustos. Mateus. e nesses dias hão de jejuar. Mas os fariseus de todos os tempos nunca sentiram a necessidade da misericórdia de Deus.14) Vieram depois os discípulos de João. porém. com justiça.12) Mas Jesus. Todos quantos são chamados pelo nome de Jesus. organizou e ofereceu uma recepção. cheio de brios. A recepção que o publicano ofereceu.10) E sucedeu que. pecadores ( ao arrependimento). Estes últimos se ofenderam. diante do convite característico de Cristo. e lhe perguntaram: Por que jejuamos nós e os fariseus (muitas vezes). por iniciativa própria ou por sugestão de Jesus. filho de Alfeu. guardando. A defesa de Cristo. o amigo dos pecadores. não sentem misericórdia para com seus semelhantes. é normal. Eles. precisam estar plenos de entusiasmo pela missão de Jesus. O chamado foi mais do que mero convite. entenderam a dedução buscada na palavra do profeta Os. muitos publicanos e pecadores vieram e tomaram lugares com Jesus e seus discípulos. chamado Mateus. sim. V. nunca sentiram sua sublime doçura. passou pela alfândega de Cafarnaum. cita um provérbio.Tendo Cristo realizada a cura do homem paralítico. a grande maioria alega perfeição. a coragem de se dirigir diretamente a Cristo sobre o assunto. para si. e teus discípulos não jejuam? 15) Respondeu-lhes Jesus: Podem acaso estar tristes os convidados para o casamento.6.5. Todos eles rigorosos em seu ascetismo. prontamente acede. não sente a necessidade do Salvador dos pecadores. todos os jejuns prescritos. Somente os corações meigos e humildes e crentes aceitarão o evangelho. para ser breve. e seu subterfúgio miserável lhe fará a incongruência parecer ainda mais flagrante. ela já está morta.16: Ninguém põe remendo de pano novo em vestido velho. estão perdidos. sendo mais resistente. V. impõe a tua mão sobre ela. por amor duma alma sempre pronto a ir para junto ao leito dos enfermos. mas o toque da mão do grande médico poderá restaurá-la para a vida. Sua fé na habilidade de Cristo para curar. e disse: Minha filha faleceu agora mesmo.bem como muitos que eles próprios haviam escolhido. V.18-26. aos que pertencem a família. e mesmo para fazer retornar da morte. que pertencem ao círculo mais íntimo. Mas odres novos e vinho novo se prestam perfeitamente um para o outro. depois que recebeu a notícia da morte de sua filha. Mateus. 21) porque dizia consigo mesma: Se eu apenas lhe tocar a veste. quando o noivo lhes é tomado. O doce evangelho do perdão dos pecados pela misericórdia de Deus não se ajusta a corações carnais e farisaicos. doutro lado. o uso correto das coisas. certamente. e serão guardados pelo poder de Deus para a salvação. visto que o pedaço de pano. Então. a tua fé te salvou. É outro aspirante por ajuda. O resultado é desastroso. rompem-se os odres. nem um pouquinho gasto. o seguia. em especial. e vendo-a. veio por trás dele e lhe tocou na orla da veste. prostrou-se em atitude de súplica perante o Senhor.16. ofendidos com a ausência desta tendência legalista no círculo de discípulos ao redor de Jesus. que é permitir-se todas as espécies de atitudes lamentosas. dum lado. Jesus ainda estava em conversa séria com os fariseus e os discípulos de João. derrama-se o vinho. entrando. e ambos se conservam. eis que um chefe. Um dos líderes. não podiam pensar em jejum e lamentação. Outros pronunciamentos em parábola. via de regra. esse só vai encontrar um conforto miserável. e o vinho se derrama. E desde aquele instante a mulher ficou sã. mesmo que se tinham superiores a estes pescadores galileus. o mosto de uva ainda em seu primeiro estágio de fermentação. . porque o remendo tira parte do vestido. e então acredita que seja possível encobrir com o evangelho algum pecado que se mostra especialmente claro. resultará num desastre. Um interlúdio. o adorou. em odres velho que já perderam sua elasticidade.5. quando acontecerem aqueles dias. foi com o confuso pai. Quando o evangelho é pregado aos que só acreditam em obras. 19_ E Jesus. suas riquezas são desperdiçadas. eles lamentarão. Tais corações não o podem entender ou guardar.35. então haverá uma grande diferença. que é a pregação da graça livre de Deus por meio do seu sangue. um dos anciãos. que durante doze anos vinha padecendo de uma hemorragia. quando Jesus cumprirá seu destino em sua paixão e morte. e a doutrina de Jesus. Costurar um pedaço de pano novo e forte.20a. filha. quando foi interrompido. da sinagoga de Cafarnaum.18) Enquanto estas coisas lhes dizia. Mt. e viverá. nunca concordarão. fazendo com que o rasgo se torne maior. A piedade dos fariseus. Sim. apesar do evangelho. rasgará nas costuras. Tal como Cristo havia enfatizado. 17) Nem se põe vinho novo em odres velhos. Mas. menciona o clamor do líder. do contrário. Jesus. levantando-se. ficarei curada. toda sua vida na companhia de Cristo foi qual contínua festa nupcial. Enquanto isto. V. é total. Jo. 22) E Jesus. enquanto o noivo está ainda com eles. nas formas externas. Os odres se rompem. Seu coração ainda está envolto nas velhas vestes.9. Sentiam-se. Mas. em sua defesa dos discípulos. Se alguém insiste no trajar sua velha veste da justiça própria e das obras. Mc. e pediram por uma explicação. e fica maior a rotura. uma doença desagradável e enfraquecedora. havendo somente alegria e felicidade. aproximando-se. e também os seus discípulos. sendo pessoa de alguma influência. A Filha de Jairo. põe-se vinho novo em odres novos. aqui ele insiste na correta conveniência em religião. sobre uma veste velha. tal como se afirma. sempre cheio de amável compaixão. ou seja a religião das obras que eles alardeavam perante os olhos do povo. Isto é tão imbecil. Uma mulher que sofria dum fluxo de sangue. Jesus os esclarece: Os amigos do noivo. como é guardar vinho novo. e os odres se perdem. Eles só se ofendem na pregação do evangelho e.20) E eis que uma mulher. disse: Tem bom ânimo. mas vem. voltando-se. ordenou-lhes com firmeza: Retirai-vos. aqui não é vosso lugar. Mas Jesus sentiu o toque. “Assim também aprendemos a encarar a nossa própria morte de modo correto. afastando o povo. e lhe dá a honra devida. como num leito. Segurou a mão da menina. Baseada em sua fé simples. a tornara impura. diante do seu tom de voz meigo. e.26. os desejos secretos do coração. A menina se pôde erguer. beber. Ela. Tiago e João. despendendo algum tempo com a mulher. nos chamará à glória e alegria eterna”84. Em Cristo ela. que já gastara todos os seus bens na busca infrutífera de saúde. Com a casa limpa da presença detestável destas pessoas. Jesus. mesmo que. A morte de todos os fiéis é mero e breve sono no leito da sepultura. crê somente”. certamente. 26) E a fama deste acontecimento correu por toda aquela terra. momentaneamente e de modo exterior. Jesus destaca a fé desta mulher diante do povo.5. ) Lutero. Mc. e vendo os tocadores da flauta. 11. como o faz a descrença. com sua voz humana. motivado. pode devolver à vida. O rir debochado. porque não está morta a menina. não é uma morte mas um sono breve. e realizar todos os atos comuns a uma pessoa viva. de que um mero toque bastaria para sará-la. seguros e sem qualquer preocupação. Ele lhe prova seu socorro e poder. Todo e qualquer temor precisa desaparecer diante de suas palavras amáveis. comer. que para ele e por meio dele deseja ouvir e ajudar-nos. pôde caminhar. Em sua ação não havia malícia ou superstição. do pecado e da verdadeira preocupação e temor da morte. mais com o desejo de participar no alimento e nas bebidas que eram oferecidos nestas ocasiões. Pedro. ma só dorme. e. quando o coração participa de Cristo e o invoca.5. Ela já é uma mulher sadia. até que venha o tempo quando ele nos acordará e. Neste momento um corpo que fora reclamado como posse pela morte. na verdade. por um breve momento. Mc. ide embora. em parte. lindo e doce. a chacota zombeteira da multidão não desanimaram o Senhor.1857. que um mero toque na borda da veste iria restaurá-la à saúde. Lv.15. pela fé.que. inclusive.1865. Nele. pelo qual Deus se revela e nos prometeu sua graça. acrescentou ao milagre que acabara de acontecer a confortadora certeza. esperava permanecer oculta na densa multidão que se acotovelava ao redor do Senhor. ouvindo a forte lamento da confusa multidão. segundo as leis levíticas. Este é o culto verdadeiramente espiritual e eterno.23) Tendo Jesus chegado à casa do chefe. . os que já foram subjugados ao cruel ceifeiro. somente o exterior das quatro borlas de enfeite. Para ele seu ser sem vida mostrava só uma menina que dorme. Para Cristo ela não estava sob o poder final da morte. entrara no relacionamento íntimo e honrado de ser sua filha. para que não nos apavoremos diante dela. levando consigo os pais e os três discípulos prediletos.30-32. em parte. foi restituído à vida em todas as suas manifestações. entrou Jesus. para lembrar os mandamentos. a encorajar o chefe da sinagoga com as palavras: “Não temas. quando se apega à pessoa de Cristo. Ao mesmo tempo. até mesmo. e vendo-a. estando diante da casa e vendo os tocadores de flauta e a multidão barulhenta da carpideiras que já se haviam reunido. sendo o Filho de Deus. não permita que seja sentido e tratado como nós julgamos”83. Ele. E riam-se dele. mas dorme. disse: 24) Retirai-vos. Na casa de Jairo. e ordenou-lhe que se levantasse. E esta mesma fé recebeu dele o cumprimento do seu desejo. e o povo em alvoroço.15. mesmo que não diga uma só palavra. A menina não está morta. se atrasou no caminho para a casa do chefe. Mas agora. com todos os seus queridos filhos. Cristo. por humildade. como a fonte da vida. Nm. da mesma forma como achou necessário. libertos da miséria atual. V. Este é um coração que o considera seu Senhor e Salvador. ele foi ao quarto da morta. a soar em cadência ritmada. 25) Mas. que Jesus usava legalmente. tão bem como soube da sua presença e desejo sincero. tomou a menina pela mão. e ela se levantou. 11.Ela desejava tocar só na orla do seu manto. “Desta forma vês o que é a fé e como ela age. Crê que é seu verdadeiro Salvador que sabe e ouve. Ela veio por detrás dele. repousamos. tinha a firme convicção no poder onipotente dele. do qual haverá um glorioso acordar quando Deus reunirá alma e corpo. Voltou-se. levantou 83 84 ) Lutero. Somente uma fé viva e forte podia ter tal certeza. pelo mesmo momento.38. pela vergonha de ser uma impura e pelo sentimento enfermo que sua condição lhe causava. bem para além dos limites de Cafarnaum. V. clamando: Tem compaixão de nós. como sempre acontecia. . que não quis notoriedade para si. A natureza humana de Cristo.27) Partindo Jesus dali. a fama. de modo tão público. confia no sangue e nos méritos de Jesus o Salvador.12. pelo qual o povo da Galiléia poderia ser levado a rebelar-se contra os romanos. 22. ordena-lhes com muita seriedade ou muito enfaticamente lhes cobra. e Jesus lhes perguntou: Credes que eu posso fazer isto? Responderam-lhe: Sim.9. como fora sua fé. 33) E. em secreta gratidão. ou o elo de ligação entre o nosso vazio e a plenitude de Deus. foi a sua recompensa. O Senhor. Jo. nenhuma exigência por um justo alívio dum castigo não merecido. 29) Então lhes tocou os olhos. Neste caso. sofrendo duma aflição muito comum no leste. muitos conheciam seu poder sobre as doenças. 15. os dois confessaram sua fé no poder de Jesus e lhe deram a devida honra como sendo o Senhor do céu. talvez. eles foram direto a ele. expelido o demônio. no Egito. ao despedir os homens que desta forma haviam recebido sua generosidade. ou seja. Mt. foi-lhe trazido um mudo endemoninhado. Mas esta fé sempre é um desenvolvimento da fé que nos redime e que. 21. chamando-o o Filho de Davi. porém. que. dizendo: Jamais se viu tal coisa em Israel! 34) Mas os fariseus murmuravam: Pelo maioral dos demônios é que expele os demônios. É a fé que abre o coroação de Jesus e rompe os portais do próprio céu. Uma enfermidade os cegara. O fato que estes cegos. redundou numa profissão destacada da messianidade de Jesus. A cura e o seu efeito. Mt. mas quis que os pais da menina. enquanto estes deixavam a casa. Na estrada. Pois. Tal. sem qualquer hesitação.15. e as multidões se admiravam. e convencido pela força de sua súplica na fé. aproximaram-se os cegos. e suplicaram ajuda. estavam dois desafortunados. 30) E abriram-se-lhes os olhos. que não espalhem a notícia. na Palestina e na Arábia. coisa jamais ouvida. 22. Eles. Por isso. até no estado da humilhação. o invocaram. provavelmente. seguiram-no dois cegos. era que o Messias seria o Filho de Davi.30-31. em especial. Jesus não deu atenção aos brados dos homens. Filho de Davi! Já não havia descanso para o Senhor. A seguir. V. deram-lhes a convicção de que este homem devia ser o o Messias. dizendo: Acautelai-vos de que ninguém o saiba.7. Lembremos: Naquele tempo a opinião. ou mais exato. o relato desta ressurreição. sob pena de se magoar com eles. Eles. Senhor. falou o mudo. e já é trazido um outro sofredor ao grande médico. O Senhor só tem uma pergunta a lhes fazer. dizendo: Faça-se vos conforme a vossa fé.28: Tendo ele entrado em casa. até então. era conhecido como vindo desta família. Quando chegou em casa ou alojamento. enquanto o seguiam. porque temia despertar falsas expectativas ou para testar-lhes a fé. Era. contemplassem o milagre. geralmente tida na Judéia. Esperando-o junto à porta.41-45. foram persistentes em sua importunação. O endemoninhado mudo. ele. se crêem em seu poder de ajuda. porém. O perigo dum movimento carnal. Mal apenas os homens do milagre anterior haviam deixado a sala.9. divulgaram-lhe a fama por toda aquela terra. tocou seus olhos e os abriu e lhes deu a visão.a menina do sono da morte. Isto. se empenharam no máximo para espalhar sua feliz notícia em toda sua terra. Contra a vontade de Jesus. comoveu a Jesus. publicamente. crendo. V. porém. é a origem e fonte da vida. Outros Milagres Daquele Dia. Senhor”.42. Só pediram misericórdia. os advertiu severamente. Eles o afirmaram com um jubiloso “Sim. 31) Saindo eles. para que ninguém fique sabendo da cura. Ela é o órgão espiritual que apropria. que era por humildade que o Senhor fora motivado a fazer tal exigência. Os relatos que haviam ouvido sobre o poder curador de Jesus e as palavras que tiveram ocasião da boca do próprio Senhor. A fé é a mão que apega o que Deus oferece.22. Assim. contudo. firmemente. gritavam alto. visto que. tornou necessário que lhes impusesse silêncio. Jesus temia manifestações entusiastas. Jesus. e cheios de júbilo pela ajuda experimentada. que uma pessoa morta fosse erguida e vivesse novamente.23. se espalhou por toda a região.32) Ao retirarem-se eles. a saber. Jesus. também o grito suplicante: Tem misericórdia de nós! Não houve nenhum resmungar contra o destino.27-34. 12. É. viaja pelas regiões da Galiléia. 11. nem um principado temporal ou uma reforma social. O povo que encontrou estava fraco. Quando as almas se tornaram cansadas e oprimidas por causa da palha das doutrinas e tradições humanas. como acontecia com muitos dos judeus. Por isso. A maioria do povo estava na mais triste desgraça espiritual. Não aparecia algum defeito físico. facilmente. a seu bem querer. se preciso. por isso. repetidamente e sem se cansar. que estivera mudo. finalmente. Nunca se ouvira que um homem tivesse um poder tão ilimitado. e comprovando seu caráter divino por meio dos milagres de cura que realizava. aqueles que estão dispostos a trabalhar por Cristo. o homem.35) E percorria Jesus todas as cidades e povoados. . algo daquela comiseração divina que moveu o coração de Cristo. nem lhe deram o conforto do evangelho. sendo semelhante ao capítulo 4. nunca antes. preparando-o para a aceitação da mensagem que lhe trazia.24-28.9. se sou um membro vivo na cristandade. ainda que.35-38. Um espetáculo de dar pena! Isto acontece. É um resumo da obra profética de Cristo. não somente conhecer a verdade. pregando o evangelho do reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades. 85 ) Lutero. mas os trabalhadores são poucos. lhes ensinaram onde conseguir a força para tanto. que se externou nas palavras: Algo assim jamais foi visto em Israel. Cristo. mas. irritavam e molestavam suas almas. fora compreendida tão plenamente. As multidões presentes. mas o poder do diabo prendia a língua e tirou do homem a capacidade de falar. de sofrer. “Isto significa estar no reino do céu. pregando as verdadeiras novas do evangelho. trabalhavam para o reino. aqui e ali. Não só visitou todas as suas cidades. estressado. levado sem rumo.23-25. abatido.espíritos maus haviam tirado a faculdade da fala. mas a comunhão dos fiéis com ele. A colheita de Deus é sempre grande. só o Senhor e.36) Vendo ele as multidões. É necessário algo daquela disposição de trabalhar e. Ensinou o povo. pois. desde que ele deseja que todas as pessoas sejam salvas. V.490. ensinando nas sinagogas. se podia expressar em frases conexas. por meio duma teoria que haviam elaborado: Ele expulsa demônios em e por meio do principal dos demônios. 37) E então se dirigiu a seus discípulos: A seara na verdade é grande. ou seja. Os trabalhadores são poucos. O povo da terra tinha a oportunidade plena de. aflito. se encheram de admiração. compadeceu-se delas. jamais. no caso presente. pudesse tê-los calado. e uma colheita a se perder por falta de ceifeiros. dando-lhes milhares de preceitos que determinavam os menores detalhes de sua vida. Jesus. Não tinha pastores fiéis. tornar-se mais prontas para sentir e compreender sua necessidade do evangelho de Cristo. A Continuação do Ministério de Cristo de Ensino e Cura. pode. Insinuam que há íntima relação e comunhão entre Cristo e os poderes do mal. até sobre os demônios. que caracterizou o ministério de Cristo. que ele está coligado a Satanás e. Os fariseus e escribas. mas também as vilas. Ele anunciava o evangelho do reino. É preciso algo da própria compaixão de Cristo. Mt. desde a muito exausto. para que sejam movidos à ação. Do mesmo modo. mas de nela se aprofundar. O ministério de Cristo colocou-o no contacto mais íntimo com o povo e deu-lhe a compreensão mais exata da sua condição moral e religiosa. e não só ouço o evangelho mas o creio” 85. Os fariseus tentaram enfraquecer a impressão do milagre. porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. 38) Rogai. sendo ele sua cabeça. Um ministério do evangelho. V. Não dum reino deste mundo. algum israelita verdadeiro. Mt. com suas esfolações legalistas. A revelação messiânica entrava gradativamente na consciência do povo. Sua mente lhe sugeriu dois quadros: Um rebanho de ovelhas abandonado no deserto. Naquele tempo. só quando o espírito mau foi expelido. são aqueles que estão cheios de solidariedade com os ensinos do evangelho. ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara. completamente esgotado e disperso. dar-lhes ordens. A compaixão de Cristo. a vinda da final redenção. propositalmente ignorou a observação. mais uma vez. necessário o poder de oração que sobem com ímpeto ao céu e chegam ao Senhor da colheita, ao grande Senhor do reino, rogando que ele precisa intervir com poder, exortando os corações dos trabalhadores e fazendo-os voluntários, quando ele os envia para ceifa as almas para o seu reino eterno. Resumo: Jesus sara um paralítico, chama Mateus, janta com ele, e dá uma lição sobre a humildade e o jejum, ressuscita a filha de Jairo, sara a mulher que tinha hemorragia, dá a visão a dois cegos, expulsa um demônio mudo, e extrai uma lição sobre o seu ministério. O Governo Romano e os Coletores de Imposto na Palestina. Roma foi o quarto poder mundial que tomou posse da Palestina e dos judeus fez seus vassalos. Estes últimos, enquanto retinham as características de sua nacionalidade e colocavam, mais do que nunca dantes, grande ênfase nas coisas externas de sua religião, não foram, desde os tempos iniciais do cativeiro babilônico, uma nação independente, por um tempo mais longo. Até o reino dos macabeus provou ser, tão somente, uma última e desesperada tentativa de retornar ao poder e glória dos tempos antigos. Rompida pela guerra civil entre os saduceus asmoneus e os fariseus, a nação não estava em condições de apresentar uma frente unida contra qualquer inimigo de fora. O general Pompeu, que, naquele tempo, conduzia uma campanha contra a Síria, com muita satisfação se utilizou da ocasião para intervir. O ódio dos partidos opostos tornou impossível qualquer acomodação de suas diferenças, e Pompeu tomou a cidade no dia 23 de sivã, um dia de jejum, do ano 63. a.C. Mesmo que tenha entrado no templo e, até, visitado o Santo dos Santos, não interferiu no culto dos judeus, dando-se por satisfeito por tê-los tornado tributários do poder de Roma. No começo da era cristã, o idumeu Herodes era rei da Judéia, o que incluía, praticamente, toda a terra que uma fora de Davi. Após sua morte, Arquelau se tornou governador da Iduméia, Judéia e Samaria, sob o título de etnarca. No ano 06 A.D., foi banido para Viena, na província da Gália, e seus domínios foram anexados à província romana da Síria. Foi assim que a parte meridional da Palestina foi dirigida por governadores, entre os quais estavam Pôncio Pilatos, Feliz e Festo Estes estavam sob a supervisão do legado romano da Síria. Fizeram Cesaréia sua capital, visitando, ocasionalmente, Jerusalém. Herodes Antipas tornou-se tetrarca da Galiléia e da Peréia. Filipe recebeu Batânia, Traconites, Auranites, Gaulanites, Panias e Ituréia, morando em Citópolis mas depois em Cesaréia Filipe. Com sua morte os territórios foram incluídos na província da Síria, e dados a Agripa, no ano 37. No caso da Judéia, os romanos seguiram a mesma política que haviam aplicado a outras províncias e territórios vassalos. Não interferiam na religião dum povo nem impediam quaisquer costumes religiosos, enquanto não conflitavam com a glória de Roma. As leis de Roma, porém, fazia-se cumprir, e guarnições romanas estavam estacionadas nas cidades principais, sendo que as de Jerusalém ocupavam a torre Antônia, adjacente ao templo. A acomodação das diferenças religiosas estava nas mãos das autoridades eclesiásticas. Mas a punição de natureza civil e criminal estava nas mãos do governo, inclusive a sentença de morte pronunciada sobre alguém que incorrera numa transgressão religiosa. A presença de soldados romanos sempre foi muito ressentida pelos judeus, em especial, pelos fariseus, como sendo uma usurpação injustificável das antigas liberdades. A maior dificuldade e o maior ponto de atrito entre judeus e o governo romano estava na questão dos tributos. Os membros da igreja judia, tanto na Palestina como na diáspora, Jo.7.35, já sentiam a obrigação de manter sua forma detalhada de culto, como sendo uma carga pesada.As contribuições voluntárias, as oblações e ofertas não juntavam a entrada necessária para manter o templo e pagar os muitos sacerdotes e levitas. Assim fora necessário impor mais taxas sobre cada membro da igreja. No tempo de Jesus, o imposto anual do templo sobre todos os recenseados era de meio “shekel” ou um duplo “dracma”, o que equivale a uns 60 cents de dólar, Mt.17.24,27. A coleta de impostos para o governo romano estava nas mãos da ordem dos cavaleiros. Os membros desta ordem, por sua vez, vendiam este privilégio a homens proeminentes nas províncias., os quais, depois de calcular um bom lucro, entregavam o assunto aos coletores de impostos propriamente ditos, que todos também estavam ansiosos para guardar uma moeda em seu própria conta. O resultado disso foi um sistema de roubalheira, por assim, quase perfeito. Avaliação injusta, extorsão e chantagem estavam na ordem do dia, e o povo tinha que suportar a tudo. O Talmude distingue duas classes de publicanos, a saber o coletor de impostos em geral e o oficial de alfândega. Os primeiros coletavam os impostos geralmente devidos, que consistiam em taxas sobre as terras, de renda e per capita. Nisso ocorria a oportunidade para exações injustas, visto que o imposto sobre a terra subia a dez ou vinte por cento do seu valor. O imposto de renda era um por cento. Mas a crueldade do sistema se tornava, especialmente, clara no caso do oficial da alfândega. Lá havia taxa e obrigação sobre todas as importações e exportações, sobre tudo o que era comprado e vendido. Havia taxa de travessia, taxa de uso de estrada, obrigações portuárias, de cidade, etc. O caminho dum mercador era tudo menos agradável, quando precisava descarregar seus animais de carga, abrir cada fardo e pacote, e via violadas todas as cartas pessoas que levava. No tempo de Jesus, um decreto de César mudara um pouco o sistema da coleta de impostos, fazendo com que as taxas fossem arrecadadas pelos publicanos da Judéia e pagas diretamente ao governo. Mas esta mudança aliviou muito pouco o fardo do povo, e só tornou os publicanos ainda mais impopulares, visto serem os encarregados diretos do poder gentio. Pouco importava se o publicano era grande, como foi Zaqueu, Lc.19.2, e empregava auxiliares, ou era pequeno e pessoalmente cuidada do posto, Mt.9.9. Os publicanos, ainda que na sua membros da nação e igreja judia, eram desqualificados para servirem de juizes e testemunhas, e, em geral, eram tratados como socialmente excluídos, estando no mesmo nível dos pecadores manifestos.86. Capítulo 10 O Comissionamento dos doze, Mt.10.1-15. Trabalhadores para a ceifa, V.1) Tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir, e para curar toda sorte de doenças e enfermidades. Estava encerrada a primeira parte do ministério de Cristo na Galiléia. A mensagem do evangelho fora espalhada, pregando ele pessoalmente em partes do norte da região. Mas, como acabara de afirmar aos discípulos, as condições exigiam um trabalho mais amplo e intensivo.isso o levou a comissionar seus doze discípulos, aqueles doze que receberam este nome mais tarde, e cuja relação com o Senhor fora, desde o começo, muito especial. Possuía muitos outros discípulos ou adeptos. Sua palavra não havia voltado vazia. A maioria dos que haviam experimentado seu poder curador, havia aceito seu evangelho e se tornado seus verdadeiros discípulos. Deles, muitos permaneceram em casa, onde, sempre que possível, testemunhavam do Senhor. outros, e destes os doze foram os mais proeminentes, acompanharam o Senhor em todas – ou quase todas – as viagens. Os doze ele convoca agora para uma missão especial. O resumo da tarefa que lhes confiou é: Poder sobre espíritos imundos e poder para curar tanto as doenças mais graves, como as pequenas enfermidades e fraquezas do povo. A autoridade de realizar curas foi, especialmente, necessária para seu trabalho na Galiléia, visto que a fama de Jesus repousava, em muitos casos, sobre seus milagres. Se afirmassem terem sido enviados por Cristo, o povo simples, certamente, iria exigir alguma prova para o seu comissionamento. 86 ) Schaller, Book of Books, 123-127; Josefo, Antiquities of the Jews, livro XIV, cap.IV; Edersheim, Life and Times os Jesus the Messiah, I.514-519. Os apóstolos são enumerados, V.2) Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; 3) Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4) Simão o Zelote, e Judas Iscariortes, que foi também quem o traiu.Eles são chamados apóstolos, por serem as testemunhas especiais de Cristo, e serem seus representantes na propagação de sua igreja, At.1.8,21, tendo sido enviados por ele com autoridade extraordinária. Lembremos: Pedro esta no alto da lista, porque ele foi chamado primeiro seu discípulos, At.4.18. Seu nome, Pedro, dado pelo próprio Senhor, aqui o distingue do outro Simão da lista. Bartolomeu comumente é identificado com Natanael, Jo.1.46. Mateus junta, propositalmente, seu epíteto “o publicano” em modesta autohumilhação e, também com um certo orgulho de que a misericórdia de Cristo escolheu ,até, a um cobrador de impostos que pertencia à classe mais baixa, como seu amigo íntimo. Simão o cananeu, ou Simão de Cana, às vezes, foi chamado de Zelote, provavelmente, para fazer referência à sua característica mais marcante. Como último da lista o nome Judas, o traidor. Sua cidade natal foi “Charioth”, na Judéia, sendo ele o único discípulo não Galileu.A vocação de Jesus a este homem foi tão sincera como a dos outros apóstolos. Mas, Judas, levado por sua própria maldade e pela tentação de Satanás, arremessa de si a misericórdia do Senhor. Ele, de roubos insignificantes caiu na maior fundura a que um ser redimido pode cair – traiu seu Salvador. Instruções quanto ao lugar onde deviam pregar, V.5) A estes doze enviou Jesus, dando-lhes as seguintes instruções: Não tomeis rumo aos gentios, nem entreis em cidade de samaritanos; 6) mas, de preferência, procurai as ovelhas perdidas da casa de Israel. Estes, que ao todo eram doze, e que depois foram conhecidos por esta designação, Jesus enviou com o encargo definido quanto ao lugar e a esfera de seu trabalho. Deviam ficar fora das terras dos gentios e das cidades dos samaritanos. Esta ênfase é expressa de modo solene e em cadência rítmica. A primeira oferta de salvação, segundo a intenção de Deus, devia ser feita ao povo judeu. Visto terem sido seu povo escolhido no Antigo Testamento, ele restringe seu próprio trabalho, agora realizado por seus discípulos, principalmente a Israel, ainda que não fosse contra que os gentios ocasionalmente recebessem alguma migalha, Mt.15; Jo.4. O cuidado principal dos discípulos devia ser pelas ovelhas perdidas da casa de Israel, ou seja, aqueles que andavam longe do caminho, sem o saberem ou quererem, tendo sido molestados e esfolados e desencaminhados deliberadamente por mercenários. Tinham sido negligenciados e estavam no iminente perigo da perdição final, mas que, provavelmente, poderiam ser ganhas para a salvação por meio dum trabalho evangelístico pleno, sendo o mais importante a pregação e não as curas. A mensagem e os sinais que a acompanharam V.7) e à medida que seguirdes, pregai que está próximo o reino dos céus. 8) Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de graça recebestes, de graça daí Enquanto estiverdes em vossa, pregai. A pregação é a primeira e maior obrigação e necessidade. Seu assunto: O reino dos céus está presente. Na pessoa do humilde Nazareno, Jesus Cristo, cumpriram-se todos os tipos e profecias. Quem o aceita pela fé, esse tem o reino, esse é um membro do reino. Por isso, realizai vosso trabalho de arautos, indo de casa em casa. E, sempre que necessário, eles foram revestidos de poder para confirmar a palavra com sinais que seguiam, Mc.16.20. Não só as doenças comuns deviam render-se diante de sua autoridade, mas, até, as impurezas dos leprosos. Foi-lhes confiado, até, o poder de ressuscitar mortos e a autoridade sobre os maus espíritos. As circunstâncias, talvez, não requereram o uso de todos estes milagres em alguma cidade ou povoado. Também é possível que os apóstolos não ressuscitaram alguém da morte, antes que o próprio Cristo ressuscitasse da morte. Também existe a probabilidade que, naquele tempo, sua fé não fosse tão forte para realizar o maior milagre, Mt.17.20. Mas, no que se referia ao comissionamento de Cristo, receberam toda autoridade necessária para apoiar sua pregação com tais obras que deviam ser aceitas como provas positivas de sua missão divina. Mas este poder não devia servir de torpe ganância, ou ser feito por dinheiro. Instruções quanto a vestes e equipamento, V.9) Não vos provereis de ouro, nem de prata, nem de cobre nos vossos cintos; 10) nem de alforge para o caminho, nem de duas túnicas, nem de sandálias, nem de bordão: porque digno é o trabalhador do seu alimento.Não provede nem comprai para vossa jornada. Vossa missão deve ser sem recompensa material. Avareza e o acumular bens prejudicaria vosso trabalho. Não devia ser aceito dinheiro de qualquer espécie, muito menos ouro, prata e nem mesmo uma moeda de cobre, para que o dom e benefício do evangelho não pareça mercadoria. O cinto sobre a veste exterior era usado, não só para juntar o manto solto, mas também para fixar a bolsa que continha o troco. Também não foi permitida uma sacola ou alforge para provisões, nem uma segunda camisa ou roupa-de-baixo, nem sapatos de viagem, nem cajado pesado.Tudo isto seria um entrave para a vossa jornada atual. Deveis ser como pessoas muito apressadas, que estão desejosas para iniciar e realizar este imenso trabalho. “Era proibido, até mesmo, o menor lucro do seu ofício, mas não apelando para um voto de pobreza ou de mendigância, à moda papal. Deviam adotar a grande máxima de que os mensageiros do evangelho tinham o direito ao sustento diário e à hospitalidade”87. Digno é o trabalhador da sua manutenção, Mc.6.8; Lc.9.3. Este é um axioma que, na boca de Cristo também contém um grande conforto. O trabalhador que segue as demais injunções do Senhor, não precisa preocupar-se sobre comida e vestes. Ele proverá. A maneira de abordar, V.11) E em qualquer cidade ou povoado em que entrardes, indagai quem neles é digno; e aí ficai até vos retirardes. 12) Ao entrardes na casa, saudai-a. Esta deverá ser uma regra constante. O mesmo procedimento deverá ser seguido, não interessando a cidade ou a povoação. Deverão anunciar e inquirir, acuradamente, quanto à dignidade moral do provável hospedeiro. Pois, uma escolha errada poderia prejudicar seriamente o trabalho. Não deveis procurar uma passagens melhor ou uma companhia mais aprazível, para que não sejais marcados como homens egoístas. O melhor é estabelecer sempre um centro de atividade, do que depender duma atividade transitória e frustrada. Aqui há também uma insinuação a respeito do tagarela, do vagabundo, do intrometido que freqüenta as estradas e a companhia daqueles que possam favorecer sua ambição, em vez de encontrar tempo para a oração e o estudo em casa. Deverá ser distinguida com o cumprimento de paz, aquela casa em que isto acontece, que é um lugar digno de ficar, como o deverão ser todas as casas que estão abertas aos servos do Senhor.Tal saudação não é uma fórmula vazia, mas um abençoar em o nome do Senhor, concedendo a bênção do Senhor. Ele habita lá onde habita seu servo. Aceitação e rejeição, V.13) se, com efeito, a casa for digna, venha sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, torne para vós outros a vossa paz. 14) Se alguém não vos receber, nem ouvir as vossas palavras, ao sairdes daquela casa ou daquela cidade, sacudi o pó dos vossos pés. Se, após vossa saudação, a casa for digna de honra algum servo do Senhor permaneça nela, então vossa paz, que significa a bênção do Senhor, virá e repousará sobre ela. Mas, depois de terdes sido humilhados, vosso juízo e o de outros ainda poderá estar errado, contudo, vossa saudação de paz não terá sido pronunciada em vão, antes, retornará a vos e abençoará quem veio para proclamar a boa vontade do Senhor. O tratamento indelicado, em nenhum caso, deve provocar-vos. O modo de agir em tal caso, todavia, quando, tanto a casa escolhida como base do trabalho, e toda a comunidade se unem na rejeição dos apóstolos do Senhor, está prescrito. O Senhor fala com grande emoção, como mostra a forma da sentença. Não há um corte definitivo reservado a pessoas culpadas dessa rejeição. O ato simbólico de sacudir o pó dos pés ou dos sapatos significa a final rejeição do impuro Isso deve ser feito, não no espírito de irritação nem de vingança, mas de tristeza que, sem sombra de dúvida, enchia o coração do Senhor diante da constatação de tal cegueira. A vingança sobre uma tal cidade será tomada pelo próprio Senhor. Até Sodoma e Gomorra, tipos e exemplos da justiça punitiva de Deus, não seriam tão severamente rejeitadas no juízo final, como o serão os habitantes duma cidade ou povoado que recusa aceitar os servos de Cristo e, 87 ) Schaff, Commentary, Matthew, 185. Neles. Por causa da depravação natural das pessoas e do ódio contra a redenção. Mt.7.11.24. por sua onisciência.visto acontecer por causa dele e por sua conta. sede.58. os oficiais e os servidores da corte. Uma indiferença cordial pode parecer um paradoxo. . Gn. ainda assim.mas não sob o poder dos lobos! O perigo poderá sempre estar a rondar de perto. pronunciar o juízo contra os servos de Cristo. Desde que está estabelecido o fato que tais perseguições e provocações hão de vir.5. A hostilidade das pessoas é dirigida. V.22. este testemunho teria como objetivo chamar pecadores ao arrependimento e endurecer aos deliberadamente obstinados para sua própria condenação. Tende vosso coração e mente colocados assim. no começo eram os judeus. mas ela descreve a atitude acertada. ou o que haveis de falar. O Senhor se refere não só aos governadores provinciais da Palestina. Os.Isto seria. na verdade. 2. Sua proteção graciosa os assistiria em meio às circunstâncias perigosas. ele. Pensamentos ansiosos e preocupações provam desconfiança para com Deus. cujas assembléias.24. em geral. Não confieis. exerciam disciplina e impunham castigos. No caso presente. terão a gloriosa oportunidade de testemunhar do Mestre. . prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. porque vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas. tal como se diz que as serpentes. que vos faz ser dependentes das pessoas. A atenção dos apóstolos é dirigida para a importância das suas instruções. os admoesta que sejam prudentes como as serpentes.deliberadamente.624. mas. sendo exigida vigilância incansável. o profeta prometido.3.Co. Ele. falando dele em meio a circunstâncias tão adversas aos inimigos que. também a honestidade. mas olha. 18) por minha causa sereis levados à presença de governadores e de reis. mas a missão precisa ir avante. mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós. por isso. 19) E. Cuida-vos daquelas pessoas que possam revelar-se lobos disfarçados. a eles e aos gentios. seriam usados pelos inimigos. Tanto os tribunais maiores de justiça. sua posição seria a de ovelhas rodeadas de lobos. A palavra dum homem sempre é imperfeita. A causa da Palavra eterna é muito maior. ele na hora crítica proverá um advogado. Como sempre. onde a punição poderia assumir uma forma muito séria. até em assuntos que só dizem respeito a este mundo. não cuideis em como. para lhes servir de testemunho. “Eu vos envio” é enfático.11. portanto. Guardai-vos da confiança cega. como cortes menores. as cortes civis poderiam ser invocadas para. quando em combate. uma honra.19. e aos gentios que compreendiam os governadores. V. 1. como o açoitamento. Os Riscos do Apostolado. contra a Palavra. 20) visto que não sois vós os que falais. isto é. e levam à confusão. A situação requer a sabedoria. cuidam em proteger sua cabeça com especial esperteza”88 A hostilidade das pessoas. realmente. porque naquela hora vos será concedido o que haveis de dizer. Discursos 88 ) Lutero. e as sinagogas. por outro. desprezam a oferta da graça do Redentor. Sl.16-25. a prudência e a inteligência das serpentes. At. para épocas futuras distantes. também. nas pessoas. que possais suportar o julgamento. onde enxerga seus confessores sendo intimados a comparecer diante dos governadores mais poderosos do mundo. É tanto que Cristo valoriza as boas novas. uma tribulação mas. “Ainda que Cristo ordena que seus discípulos sejam inofensivos como as pombas. Jo. há por dentro nada mais do que fraqueza e timidez natural. haverá ocasiões em que ela explodirá em perseguição contra os portadores da Palavra. a mensagem do evangelho com a qual ele comissionou os doze. A incredulidade é o maior dos pecados.1. Um conselho contra a ansiedade.16) Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos. Visto que ela é a causa de Cristo e de Deus. quando vos entregarem. a inocência e a simplicidade das pombas. A base da conduta dos apóstolos. até.10. Pois. isto é. Os discípulos não se empenham numa defesa pessoal mas por uma causa.17) E acautelai-vos dos homens. e por fora somente crueldade e ganância. faz uso do seu poder ao comissioná-los como seus assistentes.2. em qualquer situação de acusação inventada. que diligentemente se guardem de pessoas falsas e cheias de dolo. que sejam íntegros e sem amargura. preparai-vos para elas. “Quando uma pessoa aceita a Palavra de Deus.apologéticos bem elaborados. 21) Um irmão entregará à morte outro irmão. O tempo é breve e o trabalho é grande. fazendas e prados. 1. 22) Sereis odiados de todos por causa do meu nome. Aquele que persevera. até a minha entrada na glória e o começo do meu trabalho como a cabeça todo-poderosa da minha igreja. Ap. V. . sua casa. de acordo com minha divindade e humanidade. Seria presunção dos seus seguidores esperar menos do que isso. Uma boa consciência. podem ter seu valor. Os inimigos haviam ido ao ponto de aplicar a Cristo o epíteto Belzebu. Jesus adiciona outra admoestação confortadora. esse será salvo A indescritível depravação do coração humano causa tanto ódio contra a pureza do evangelho. a escolha devia ser esta. provavelmente. lar. tornando os membros da própria família em inimigos mortais: irmão contra irmão. e os matarão. sem a negação da verdade e sem abandonar o rebanho das ovelhas para o lobo. fazendo com que sejam esquecidos todos os afetos naturais e familiares.2. depois da sua glorificação. O mundo. o ódio ao evangelho puro e seus arautos se há de espalhar sobre a terra. Cristo faz. como se fosse uma febre infecciosa e. 3. ante a mais fraca e só aparente provocação. sua própria vida. Sua porção natural e bem assim honrosa é suportar as mesmas perseguições. é antes um privilégio do que uma provação. porém. mesmo que se tagarele muito sobre tolerância.26. pai e mãe. tudo é por causa dele. At. que não pense mais do que isso.23) Quando. uma declaração solene: A “vinda do Filho do homem” é um termo que aponta para a fundação e para a propagação do reino de Cristo. e. filhos haverá que se levantarão contra os progenitores. de pronto irromperá em perseguição. e. a acertam 89 ) Expositor’s Greek Testament. tornam em tal tempo o discurso humano chegar ao que é sublime”89. eles podiam confiar. tranqüilidade de espírito e a convicção da grandeza do assunto envolvido. “Alguns dos maiores e mais inspirados pronunciamentos têm sido os discursos feitos por pessoas julgadas por causa de suas convicções religiosas. 25) Basta ao discípulo ser como o seu mestre. Em tempos de tenção incomum. quando vier o livramento (visto que a provação nunca será só momentânea e nem perpétua) achará salvação pronta para ele. A perseguição no círculo da família. numa situação assim. sempre odiou os servos de Cristo. Mártires auto-indicados.12. verdadeira insurreição dos filhos contra a autoridade paterna terminando em assassinato. e o pai ao filho. até que venha o Filho do homem. para estimular coragem e alegria. e ao servo como o seu senhor.11-12. Não deviam esperar sair-se melhor do que seu Senhor e Mestre. sofrer as mesmas injúrias e ser cumulado com as mesmas maldições. fugi para outra. Quando. quanto mais aos seus domésticos? Aqui há um alerta distante de fugir do martírio. que ela naquela hora entrou na zona de risco em relação a seus bens. Tg. mesmo em nossos dias. Não tereis concluído ou completado vossas tarefas nas cidades mas tereis o tempo suficiente para ela. Será para o bem da causa. pai contra filho. Se chamaram Belzebu ao dono da casa. diferente e a causa de Cristo é favorecida. que perseverar até ao fim. até. onde a recepção é. quando a veracidade e o poder do evangelho estão no banco dos réus. sua esposa e filhos. aquele. Mais uma vez. Na forma dum provérbio. que á a Cabeça da família cristã. 24) O discípulo não está acima do seu mestre. Por isso Cristo. e a regra do ódio contra eles nunca mudou. com respeito aos apóstolos. Conselho e conforto para a perseguição.10. mantém a promessa da recompensa de misericórdia. porém. De certa forma esta promessa se comprova verdadeira para todos os tempos. senhor da idolatria e principal dos diabos. Quando é possível a fuga das perseguições. muitas vezes. que rompe os laços naturais mais íntimos. vos perseguirem numa cidade. Energia e coragem são urgentemente necessárias. como tal. a principiar com o milagre do Pentecostes. porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel. porém. neste ponto.1. buscam a auto-glorificação. O Espírito Santo lhes daria as palavras exatas que deveriam dizer em sua defesa. que tem paciência perseverante até ao fim. de deixar a prudência e convidar os inimigos para afogar suas vingança. nem o servo acima do seu senhor. inteiramente na inspiração do alto.163. quando o trabalho é suspenso numa cidade e se foge para outra.então. por isso. ou o evangelho. Mas. por sua vez. seu trabalho precisa ir avante. No entanto: Nem ao menos um dos pássaros mais pequenos cai por terra sem o consentimento de Deus. temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo. é o corpo. diante de todo o mundo. 29) Não se vendem dois pardais por um asse? E nenhum deles cairá em terra sem o consentimento de vosso Pai.1079. 33) mas aquele que me negar diante dos homens. Os meios devem ser usados só para servir ao evangelho. No corações dos discípulos de Cristo devia haver somente um temor profundamente fixo. Os discípulos. 30) E quanto a vós outros. estão contados. o resumo da dissertação ao povo. Seu princípio. Dois provérbios são oferecidos por Cristo para suportar sua admoestação premente. Temos aqui uma referência solene ao juízo final. o que.28) Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma. permitirá que algum dano atinja aos que nele sua total confiança? Será que ele. pode levar a nega-lo e. no dia do juízo. Pois. que no Oriente eram chatos e o permitiam. As coisas encobertas serão reveladas. As informações confidenciais e os privados que receberam do Senhor. o qual. vos domine. colocará tudo sob a luz correta e pagará a cada um o que lhe é devido. que não venha a ser conhecido. É Exigida uma Confissão Destemida de Cristo. V. todo aquele que me confessar diante dos homens. porque pensa: Já sabia bem claro que isso iria acontecer assim comigo”90. visto que os que são vossos inimigos e tentam ferir-vos. contudo. também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus . quando preciso. Por que embarcar no medo? Tudo o que os inimigos podem destruir ou prejudicar. De cada seguidor de Cristo é exigida uma confissão de Cristo em palavras e 90 ) Lutero. A nota chave desta secção é “não temais”. porém. na obscuridade. 31) Não temais pois! Bem mais valeis vós do que muitos pardais. não seres humanos.32) Portanto. proclamai-o dos eirados. Mas ele é o grande Deus. nem oculto. muitas vezes. Quanto a vós. que é tão natural nestas circunstâncias. V. os discípulos de Cristo deviam usar todas as maneiras legítimas para espalhar a verdade do evangelho tão longe quanto possível. Mt. cujo zelo envolve os menores detalhes da vida diária. não os temais: pois nada há encoberto. até os cabelos todos da cabeça estão contados. e hoje mais do que nunca. quando Deus assim o permite. Mais consolo. servia de intérprete. Mesmo em nossos dias. o pardal vale tão pouco que qualquer um deles é vendido por meio “assarion” ou menos do que “um cent de dollar”. Vede que a perda de um fio de cabelo é coisa tão mínima que nem se o nota. assim. . levar à condenação. Os doutos mestres judeus tinham o costume de proferir na sinagoga seus discursos só a um dos anciãos. Não permitais que o temor. para que o principal não seja tornado de segunda importância. foi obscuro e foi realizado. O ódio e a perseguição do mundo. também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus.26) Portanto. o próprio Juiz divino. Deus. e as coisas secretas serão tornado conhecidas. expondo-o. como na luz do meio-dia. que afirma que nos prefere muito mais do que muitos pardais. ser-lhe-á tanto mais fácil. em linguagem popular.perigo e infortúnio. e o que se vos diz ao ouvido. dizei-o a plena luz. E mais uma vez: Por que medo? Vede. um por um. devia ser realizado o trabalho dos apóstolos. devem dar-lhe a devida publicidade. por necessidade. estão disfarçadas sob a forma de patriotismo e bondade ou com a necessidade de união. Será que aquele.26-36. A doutrina que receberam de Cristo. devem ser tornados propriedade comum. Ter medo de inimigos humanos é incorrer em falta de fé em Deus. e os cabelos da vossa cabeça. sem esquecer jamais que os meios de atrair as pessoas ao evangelho nunca podem ser um fim em si mesmos. V. devem proclamar em alta voz dos telhados. dando.10. 27) O que vos digo às escuras. que não venha a ser revelado. Enquanto isso. porém. assumi o risco de vosso elevado chamado. 3. etc. um temor e reverência que não temem o castigo mas que treme de modo santo diante daquele que julga e condena tanto o corpo como a alma para a eterna destruição. este não é um mero tentador humano que tenta prejudicar a alma do próximo quando o leva ao pecado. Nem é Satanás que não tem poder absoluto sobre corpo e alma. então. permitirá que os inimigos façam mão ao nosso corpo? A conclusão. De modo semelhante. Lc. causa inimizades persistentes entre os membros da mesma família. se apartará daqueles que pela sua negação de Cristo se afastam da graça de Deus. 36) Assim os inimigos do homem serão os da sua própria casa. Ela torna os amigos mais íntimos em estranhos. Não há ódio e briga mais amarga do que a que surge por causa das diferenças de religião. a salvação da alma. muitas vezes. Esta é uma ordem expressa da preferência acima de todos os interesses terrenos. porém. destrói famílias. Divisão.Co. Isto é tanto mais necessário. estava preparando seus discípulos para o fado que os esperava. por outro. encontraria sua expressão real na perseguição física. que laços terrenos.10. Ele também soube que o conflito espiritual. não é digno de mim. se refere ao segundo e terrível efeito da pregação do evangelho. seus discípulos se mostrariam indignos. que o amor dos pais e o afeto entre irmãos e irmãs são mais fortes e se arraigaram mais firmemente no coração. O resultado destas exigências descomprometidas.1. e se esquece de cuidar de sua alma. assim ele. Há aqui também uma referência profética. V. não é digno de mim. por causa de Cristo e em sua confissão firme.36) Não penseis que vim trazer paz à terra. que surgiria por causa da inimizade carnal. Mt. significa a rendição por parte dos crentes que redunda em negação a Cristo. como colocados por Cristo nesta passagem. aparentemente. Consagração total a Cristo. então acontece uma negação expressa.16. tão somente. ou ao menos implícita. Ficar firme com Cristo exige o máximo de destemor. 2. calamidades repentinas e ardentes seguiriam a introdução do evangelho. tais como os romanos impunham àqueles que eram condenados ao lenho da maldição. não é digno de mim. O Senhor. como no versículo 21. Jesus usa aqui a palavra “vida” alternadamente pela vida corporal e a vida eterna. V. perderá a salvação de sua alma. e ele deseja esta graça a cada um que nele crê. da oração em particular. suportou tudo. como provavelmente o fariam. podem tornar necessária uma decisão muito penosa entre os parentes e a verdade. não vim trazer paz. Aqui há o mesmo pensamento. caso alguém. a perderá. ganha sua vida aqui no mundo. sendo esta a maneira. Quando sucede qualquer frouxidão de princípios. de Cristo por parte daquele que não é digno dele. quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim. por mais horrível que seja. contenda. sob certas circunstâncias. usando expressões como estas. Não há algum campo neutro: a escolha de cada um está. Acaso. Os fatos. que então haveria um reino de quietude e paz terrena. porque na graça de Cristo fazemos esta confissão. confessando-nos. guerra. 38) e quem não toma a sua cruz.2.37-42. Isto dá a entender. na busca de lucros temporais. de ir aos cultos divinos. até a morte na cruz. com todas as bênçãos que a palavra contém.37) Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim. Ele. de ressentir-se com blasfêmias.18-19. a achará. a confissão escrupulosa de Cristo resultará em não ser agradável e colocará muitas cruzes sobre o cristão sincero. por isso. 2. Na verdade. sabendo que uma tribulação de poucos anos lhes trará eterna alegria? A vida do discípulo de Cristo não lhe pertence para fins egoístas. todavia. Is. Isto. 39) Quem acha a sua vida. Quando surgem dissensões na família. entre confessar e negar a Cristo. a política e a experiência sugerem que se siga o meio-termo. estará por aqueles que alegremente o confessam. E a paz na terra foi conseguida pelo Redentor. do que os comandos expressos de Jesus. Rm. Da mesma forma. da leitura das Escrituras. Mas.53. Que seus discípulos não imaginassem.14.5. Estas coisas acompanharão a propagação da nova religião.5.e vem após mim. comprovamos que nos afastamos totalmente da graça e carecemos inteiramente da fé. perde a vida por minha causa. quem. ela significa para nós salvação. mas espada. perde a vida terrena com tudo o . no caso daqueles que persistente recusam aceitar a redenção pelo sangue de Jesus. recusando-se a segui-lo no caminho do sofrimento. Agora o Senhor. entre a filha e sua mãe e entre a nora e sua sogra. geralmente aceita.atos. Aquele que busca e. Paz na terra foi prometida no nascimento de Jesus. por meio duma confissão e defesa franca.5. 35) Pois vim causar divisão entre o homem e seu pai. em nossos dias para acomodar tudo.2. Cristo anteviu esta oposição hostil à sua mensagem. como o é a proclamação franca da verdade e defesa firme da verdade. Negando-o. Mas.Co. A crucificação era uma morte terrível. que ele. foi declarada impossível. receberá o galardão de justo. não só terá a aprovação de Cristo. Ele também terá uma recompensa de misericórdia. As objeções contra os relatos de milagres da Bíblia. O elemento miraculoso. visto que os homens que envia são seus próprios mensageiros que se consagrarão por inteiro a ele. este achará mais do que uma compensação total e satisfatória no prêmio de misericórdia da mão de seu Senhor. receberá a recompensa do profeta de Deus. O trato dado a eles. afirma Cristo com grande ênfase. A. teor de pregação. de modo análogo. tendo sempre este fato em mente. 42) E quem der a beber ainda que seja um copo de água fria. quem recebe um justo. Mas ele emite a afirmação de modo mais geral. Aquele que recebe ou mostra alguma bondade a um profeta ou a um que é comissionado por Deus para ensinar a verdade da vida eterna. que são criações duma era crédula e supersticiosa. G. Declara-se que milagres estão excluídos pela harmonia da natureza. e. A primeira classe nega totalmente a possibilidade de milagres. receberá o galardão de profeta. Cristo fala com grande emoção. têm-se mostrado sempre mais ativos.começando uns três séculos atrás. As estórias miraculosas. e em cada passo acharam o relato de milagres como mítico ou lendário. Os assim chamados eruditos “examinaram. V. Sumário: Cristo comissiona doze de seus discípulos como apóstolos transmitindo-lhes poderes miraculosos. tanto dentro como fora da igreja. Religion and Miracle. Um pronunciamento animador. neles é dado a Cristo. ainda que a experiência em si seja alterável e indefinida. Os inimigos da Bíblia. Toda e qualquer atenção que os vá suportar na realização da grande obra da proclamação do evangelho de modo mais alegre... ou algum sofredor. recebe aquele que me enviou. que o corpo inteiro das ciências modernas se dobra diante do fato enorme que o sobrenatural não existe. no fim. com juros de mil por cento.que ela oferece. em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão. Eles acreditam que milagres não acontecem. e que jamais acontecerão. pode ser dividido em duas classes – a radical e a conservadora. com espírito científico. nossa Bíblia. que foram invenções espúrias duma época supersticiosa. que tal pessoa não ficará sem sua recompensa. 23. Certo crítico pergunta. maneira de iniciar. E mesmo que isto fosse tão pouco. pois o assunto o afeta muito intimamente. a um destes pequeninos. 41) Quem recebe um profeta. até aos nossos dias. no caráter de justo. . achará um reconhecimento que irá retribuirlhe. Tem sido afirmado que milagres são violações às leis da natureza. e exigindo consagração total a ele. é o acompanhamento constante e supersticioso de todo e qualquer movimento religioso dos tempos antigos”91. que nunca aconteceram. no caráter de profeta. Durante a idade média a fé neles foi expandida. levar como equipamento. dando-lhes instruções sobre o que vestir. ao próprio Deus. assim se o mantém mais e mais. para descartar o elemento miraculoso da Bíblia.45. porque o Mestre e Deus são um. e por isso aos próprios milagres. bem como para fazer que sejam indiscutíveis. um benefício bem-vindo para um viajor sedento. com referência à 91 ) Goordon.. e quem me recebe. um co-discípulo. Os milagres caracterizaram os primeiros séculos da igreja cristã. a muito. por ser este meu discípulo. no nível dos grandes feitos de Deus. diz-se. Os críticos disseram que a mente humana se afasta dos milagres. a mim me recebe. ainda que a afirmação concede a existência dum autor das leis que tem também o direito de suspendê-las.40) Quem vos recebe. revigorar um irmão.. MILAGRES A crença singela nos milagres da Bíblia. a sua bondade. ao menos no grande dia da prestação de contas. como um simples copo de água. a saber as glórias da vida eterna. assim. Os apóstolos ou os mensageiros de Cristo são seus representantes. mas. à credulidade que colocou os assim chamados atos dos santos. sem dar justificativa ou defesa. como fato que não pode ser crido. nas condições modernas. Argumenta-se que não é preciso um esforço mental para tirar o elemento miraculoso do Novo Testamento. de recepção e rejeição do evangelho. O mesmo é verdade daquele que mostra favor semelhante para qualquer irmão cristão ou justo. reter a ele? É afirmado abertamente que o defensor de hoje tem algum interesse em minimizar o miraculoso dos milagres e em fazê-los parecer tão naturais quanto possível. tão inverossímil que uma única referência da Bíblia basta como refutação. Há os milagres ou ocorrências dentro do curso comum da natureza. pois é impossível separar o miraculoso da religião cristã. que incluem todas as mudanças fisiológicas adequadas ao viver nos organismos vivos. Garvie. Os milagres foram feitos em defesa duma religião da justiça mais perfeita e da verdade universal.44. Brace. mas absolutamente. Desta forma os milagres são o sinal e selo da aprovação divina. é negar a evidência de todas as percepções e o resultado de séculos de pesquisa.VIII.Y.. C.. lição V-VIII. Há os milagres ou fenômenos fora do curso da natureza e das leis estabelecidas. é. e que estas estão confinadas ao Êxodo e às vidas de Elias e Eliseu. É suficiente que nós saibamos. argumentando que milagres não precisam ser cridos. tornou à vida. o testemunho suficiente para mostrar que um homem realmente morto. com estas evidências. A religião foi introduzida por meio do miraculoso entre os inimigos. Dizem eles. The Miraculous Element in the Gospel.. teria tido vida muito breve e participado do fato de todas as ilusões. C..1. que a força e o saber humano. como foi afirmado. E todos os demais milagres são críveis. crendo. ) Bruce. 165. não posso. realizados por uma suspensão proposital da ordem física do universo. . é tirar a essência da narrativa do evangelho. Há os milagres da revelação constante de Deus na natureza e história. ainda assim. Jefferson. antes de tudo. para que persista para sempre para mostrar o favor da beleza moral imaculada da Cristo e da vocação divina dos seus discípulos. Acaso. e que os milagres do Novo Testamento foram registrados para que creiamos que Jesus é o Cristo.. negar os milagres da Escritura é negar a veracidade de todo o relato bíblico. porque foram sinais e características essenciais de sua missão. acaso.11. Com esta explicação.. que Ele. sinais e maravilhas.20. passou por portas fechadas e ascendeu ao céu?” E acrescenta: “Não posso falar por outros. afirmando que eles são meros adornos poéticos e que não possuem qualquer conecção essencial com o fato. R. o Filho de Deus. revelou sua glória.E. não conseguem realizar. A maioria dos milagres do Antigo Testamento são negados. Os milagres de Jesus foram selos e credenciais. cap.VIII. saibamos o que é um milagre. On Evidences of Christianity. O evangelho surgiu do ver milagres e é um registro e exposição desses fatos. 2. Mullins.14. Jo. 21. cap. Chr. que pode acontecer que tenhamos os milagres do Senhor sem ter o próprio Senhor. e o fato que o Senhor assim achou necessário. onde há a presença dum poder pessoal que está acima do plano físico e humano. devia bastar como justificativa de terem acontecido. Whately. que afirmam ser aqueles restos dos quais concedem serem verdadeiros. citado em Bruce.E. Negar a existência de milagres na natureza que nos cerca. Apologetics. Separar o elemento miraculoso dos relatos do evangelho. que inclui milagres.94 92 93 ) Parker. O humor atual do público religioso gostaria de naturalizar não só os milagres. Deus não teria sancionado tais acontecimentos se tivessem sido mentira.ressurreição de Cristo: “É. Why is Christianity True? Cap. Por outro. E. tenhamos vida em seu nome.93 Tendo estes fatos em vista. 80-83. Quanto à necessidade de milagres. conduto. jaz perante nós um evangelho em ruínas. A. é essencial que. que incluem tanto os milagres da Escritura e os muitos casos de preservação sobrenatural. 1. porque a religião toda é um milagre. A Handbook of Apologetics. III.L. Nenhum mágico poderia realizá-los. Introductory Lessons on Morals and Christian Evidences.e. e que. nos é possível dividi-los em três classes.31. crer tais fatos monstruosos”92.. Disc.XII. que atua para uma finalidade moral”. Linberg. que são as muitas evidências de sua intervenção sobrenatural. manifesto.. Caso removermos todas as referências a milagres.C. mas todo o mundo espiritual. 94 ) Cf. Se a ressurreição de Jesus tiver sido uma ilusão. Jo. não segue disso que possamos perder os milagres do Senhor. sem o poder criativo e providencial de Deus. 34. Gesta Christi. e. por meio deles. A classe de críticos conservadores desejam salvar a Bíblia.. Benson. e que eles não são necessários para a verdade das Escrituras e da fé cristã.c. Things Fundamental.. Que o Antigo Testamento contém só poucas histórias milagrosas. A definição seguinte é aceita em geral: “Um milagre é um acontecimento revelado aos sentidos. porque estão associados com o milagre da ressurreição.
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