Semiologia Médica – FEBRE Febre é um assunto muito importante a ser estudado.Pois, nós vamos nos deparar muito nos ambulatórios, em nível hospitalar, com pacientes se queixando de febre. Conceito: Febre é a temperatura corporal acima da faixa de normalidade. Ela é considerada uma síndrome por apresentar sinais e sintomas. Pode ser causada por: distúrbios do próprio cérebro (do próprio organismo) ou por substâncias tóxicas que influenciam os centros termorreguladores. Então, no nosso organismo, há um termômetro que regula a temperatura do corpo, por exemplo: se aumentarmos a potência do ar condicionado e baixarmos muito a temperatura nosso corpo poderia até sentir frio, mas a temperatura térmica se colocasse o termômetro estaria dentro da faixa de normalidade (até certo ponto). Outro exemplo: caso desligássemos o ar condicionado nós iríamos suar (iria ocorrer sudorese e com o aumento da sudorese, a temperatura iria ficar regulada). Fisiopatologia da Febre Esse centro que regula a nossa temperatura do corpo é influenciado por substancias que no qual são denominadas de pirogênios. Os pirogênios são substâncias tóxicas muito freqüentemente encontradas nos agentes que penetram em nosso organismo e provocam infecção, principalmente as bactérias, vírus, fungos. Então, os pirogênios são secretados por bactérias e liberados por tecidos em degeneração. Quando o ponto de ajuste do termostato hipotalâmico é elevado a um nível mais alto que o normal, todos os mecanismos de elevação da temperatura corporal são postos em ação, inclusive os mecanismos de conservação e de aumento da produção de calor. Temperatura Corporal A temperatura interna do corpo permanece quase constante com uma pequena variação de 0,6°C mesmo quando temos essa mudança da temperatura externa. Os lugares mais freqüentemente utilizados para verificar a temperatura do corpo são: • Temperatura axilar (mais utilizada na prática). A temperatura normal varia de 35,5°C a 37°C, com uma média de 36°C a 36,5°C. • Temperatura bucal • Temperatura anal – esta apresenta uma variação de 0,5°C maior que a axilar. Hipertermia Hipertermia é diferente de febre. Ela é geralmente provocada pela exposição excessiva ao calor com desidratação, perda de eletrólitos e falência dos mecanismos termorreguladores corporais. As principais causas de hipertermia são: • Exposição direta e prolongada ao calor • Permanência em ambiente muito quente • Deficiência dos mecanismos de dissipação do calor corporal Febre de Origem Obscura Podemos dizer que uma febre é considerada de origem obscura quando você está investigando e não encontra causas, como por exemplo: • Paciente que passa 03 dias internado no hospital (internação hospitalar) • Ou quando não se tem definição diagnóstica após 03 dias de investigação hospitalar ou em 3 consultas ambulatoriais ou 03 semanas. Febre A regulação da temperatura do corpo requer um equilíbrio entre a produção e a perda de calor. E é o hipotálamo que tem o centro regulador. Esta produção de calor não é inibida, mas a dissipação do calor está ampliada pelo fluxo sanguíneo aumentado através da pela, aumentando assim a sudorese. E. perda de peso. exoftalmia. Causas de Febre As principais causas de febre são: • Infecções viróticas. É por isso que quando se prescreve um analgésico ele também é antitérmico e anti-inflamatório. é através da sudorese que o corpo elimina o calor. se tivermos aumento da temperatura tanto interna com a febre. pensamento lento. fúngicas. ausência congênita de glândulas sudoríparas. Ex: tumores. Sintomas Varia muito de pessoa para pessoa. • Existem aquelas doenças que causam dificuldade ou bloqueio da perda de calor. Com o seu aumento há um equilíbrio da temperatura corpórea. a medicação que deve ser usada para baixar a febre são os inibidores de prostaglandinas. a pessoa com calor. mal estar. A pele do paciente que apresenta esta doença é quente.Como já foi dito. sensibilidade ao frio. . • O pirogênio. atinge o sistema nervoso central e estimula a liberação de prostaglandinas. Seria uma “explosão” interna. o Já o hipotireoidismo – obesidade. taquicardia. uma vez liberado dentro da circulação geral. com febre. supondo que uma pessoa não tenha glândulas sudoríparas funcionando normalmente ocorreria uma desativação das proteínas do nosso corpo. como por exemplo. sonolência. Sinais e Sintomas • Astenia • Inapetência • Cefaléia • Taquicardia • Taquipnéia • Taquisfigmia • Oligúria • Dor no corpo • Calafrios • Sudorese • Náuseas • Vômitos • Confusão mental • Convulsões (alguns casos) – principalmente em recém-nascidos e crianças. pensamento rápido. aumenta a sudorese. apresenta sudorese. Estas prostaglandinas sensibilizam a área pré-óptica do hipotálamo aumentando assim a temperatura. Se você está com febre e sabe que é causada por muitas vezes pela liberação de pirogênios e que o pirogênio estimula a produção de prostaglandina. bacterianas. Grupos de Doenças Causadoras de Febre • Hipertireoidismo – há um aumento da produção de calor. pouca sudorese. insônia. • Lesões teciduais – qualquer parte do traumatismos. como a externa com a hipertermia. Então. O calafrio é um sintoma importante – o paciente sente muitas vezes calafrio no inicio febre. • Processos inflamatórios • Neoplasias • Outras infecções corpo danificada. Informações Básicas Sobre a Febre • As endotoxinas bacterianas estimulam a síntese de pirogênio endógeno a atuar sobre os neutrófilos. AUMENTO DO TRABALHO E DA FREQÜÊNCIA CARDÍACOS. Hipertermia Benéfica ou Maléfica? Em alguns casos de sífilis. doença hemolítica. alguns autores dizem que a febre talvez seja boa para combater aquela infecção. perda de apetite. Ela ocorre quando há comprometimento/lesão de qualquer tecido do organismo. são causas de febre de longa duração. brucelose. Ocorre sudorese. ansiedade. ASPECTOS NOCIVOS: PERDA DE PESO. doenças virais de um modo geral. como por exemplo: neoplasias e hemorragias do SNC. • Modo de evolução o Febre contínua – aquela que permanece sempre acima do normal. ESPOLIAÇÃO DO NITROGÊNIO. • Intensidade o Febre leve ou febrícula – até 37.5°C As viroses de um modo geral costumam causar febre alta. principalmente as bactérias. doença oncológica. o Gradual – às vezes o paciente não percebe o início. Origem psicogênica – encontrada principal em pacientes com esteria. A FORMAÇÃO DE ANTICORPOS OU QUAISQUER OUTROS MECANISMO DE DEFESA. pneumonia. cefaléia.5°C o Febre alta ou elevada – acima de 38. Embora ela geralmente seja controlada. o Longa duração Linfomas.• • • • Há também aquelas em que há lesão de tecidos que resulta em produção de substâncias pirogênicas. Patogenia A febre é a manifestação de diversos tipos de processos patológicos. Mas. geralmente acompanhada de calafrios. Por exemplo: febre tifóide. A SUDORESE AGRAVA A PERDA DE LÍQUIDOS E SAIS. ÀS VEZES MELHORAM APÓS PIRETOTERAPIA. as temperaturas baixas são . NÃO OBSTANTE. TAIS COMO A ARTRITE REUMATÓIDE E UVEÍTE. mal estar. na maioria das vezes é maléfica. tuberculose. E é importante que a maior parte dos trabalhos experimentais foram realizados com agentes infecciosos. fadiga. **retirado do slide estes dois pontos abaixo: NEURO-SÍFILIS. As que determinam estimulação do centro regulados da temperatura corporal. Febre por ação medicamentosa provocada por mecanismos não conhecidos. com variações de até 1°C e sem grandes oscilações. Classificação da Febre/Características Semiológicas • Início o Súbito – elevação rápida da temperatura. ALGUMAS OUTRAS DOENÇAS. • Duração o Curta duração – até 10 dias Dengue. distúrbios do sono. por exemplo: neoplasias.5°C o Febre moderada – de 37. INDISPOSIÇÃO GERAL OU UMA DESAGRADÁVEL SENSAÇÃO DE CALOR. pois quem tem febre tem mialgia. MAL-ESTAR. NA IMENSA MAIORIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS NÃO HÁ RAZÃO PARA SE ACREDITAR QUE A HIPERPIREXIA ACELERA A FAGOCITOSE. INFECÇÕES GONOCÓCICAS E BRUCELOSE CRÔNICA. CEFALÉIA.5°C a 38. endocardite. Neste tipo de febre. o Febre irregular ou séptica – aquela que passa muito tempo com febre e outro tempo sem febre. FOTOFOBIA. o Febre quartã – é quando a pessoa passa dois dias sem apresentar febre. A amputação fisiológica do membro é possível ocorrer. o Febre cotidiana – é uma febre diária com variações de turno. Por exemplo: septicemia. sinusites. embora. perda de peso. os sinais e sintomas localizam-se preferencialmente na extremidade do membro acometido. a lesão periférica de um nervo ou outro tecido. o Febre intermitente – é quando a hipertermia é interrompida ciclicamente por um período de temperatura normal. “FISIOPATOLOGIA A fisiopatologia ainda é incerta e pouco progresso tem sido observado no entendimento dos processos que ocorrem na doença. distonias. onde durante avaliação clínica podem ser identificados pontos dolorosos. eritema e a perda da função se fazem presentes em seguida à lesão. pneumonia. As alterações psiquiátricas são pouco freqüentes. Como a resposta inflamatória é local. . As alterações vasomotoras. amigdalites. podendo. enquanto que entre os homens são os quadros de ansiedade. tuberculose.” **Outro caso: paciente com Dor neuropática – foi uma paciente que perdeu o dedo em um acidente numa fábrica. serotonina. Há evidências. quando presentes. manifestam-se como diferenças de temperatura e coloração de um membro. Exemplo: Malária o Em lise – é quando a hipertermia vai desaparecendo gradualmente até atingir os níveis normais. eventualmente acometendo o contralateral. a propagação dos sinais e sintomas para áreas distantes da lesão sugere o envolvimento do sistema nervoso central e periférico. entretanto. Mas também pode ocorrer nas infecções urinárias. O edema varia de intensidade. Como por exemplo: septicemia. Como desordens sudomotoras. aumento do tono e dificuldade de movimentação do membro. nos linfomas. histamina e prostaglandinas. ou seja.• compreendidas no período de apirexia (sem febre). mas quando presentes. No caso da paciente que foi mostrada houve um aumento dos pêlos. mudanças de temperatura e estresse emocional. Exemplos: pneumonias. embora novos estudos tenham que ser realizados para que esta hipótese seja comprovada e validada. Há autores que postulam que o fenômeno inicial seja o processo inflamatório desproporcional 19. calor. Entre as mulheres. resultantes da liberação de mediadores químicos no local. dormência. Exemplo: linfomas de Hodgkin. o Febre remitente – aquela em que a hipertermia é diária. sejam elas agudas ou crônicas. desde discreto até intenso e as alterações tróficas da pele e fâneros podem ou não estar presentes. Dor miofascial se estabelece por desuso do membro acometido e/ou por excesso de uso do membro sadio contralateral. tuberculose. alguns pacientes e autores a descrevam como sendo profunda. o Febre recorrente ou ondulante – caracteriza-se por período de temperatura normal que dura dias ou semanas até serem interrompidos por períodos de temperatura elevada. os quadros de depressão são mais freqüentes. Brucelose Término o Em crise – ocorre quando a febre desaparece subitamente. mas nega febre no período da tarde.29 desencadeado após a lesão tecidual. onde a oscilação é de mais de 1°C. Os componentes da resposta inflamatória como o edema. Sem períodos de apirexia. nas septicemias. os distúrbios afetivos são os mais comuns. O exemplo mais comum é a malária. também. Neste tipo de dor o paciente sente dor do tipo queimação ou do tipo choque. Depois dessa aula sobre febre o professor começou a fazer as propagandas dele e começou a falar sobre dor novamente!!! Eu transcrevi somente as doenças importantes que ele falou!!! **Síndrome Regional Complexa – a paciente fez fratura do membro superior e desenvolveu esta síndrome. A dor caracteriza-se por ser do tipo em queimação. sem que haja alterações nervosas associadas. estabelecer-se em outros locais do corpo que não um membro. o paciente tem febre pela manhã. Desta forma. lancinante e quente. tremores. Os distúrbios de motricidade presentes na SDCR caracterizam-se por fraqueza.” “MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS De acordo com os critérios do consenso da AIED. Pode ser desencadeada por contato físico. podendo ocorrer fenômeno semelhante na medula espinhal. em relação ao seu contralateral. denominados pontos de gatilho. a sudorese ou anidrose estão presentes na região acometida. Aceita-se que mudanças adaptativas ocorram no sistema nervoso central após a lesão. espasmos musculares. parestesia. rubor. o Febre terçã – é quando a febre ocorre em um dia e no outro não ocorre. A sensibilização dos nociceptores no local da lesão se estabelece por causa de mediadores liberados como bradicinina. leucotrienos. de que radicais livres de oxigênio podem estar envolvidos com a patogênese da SDCR. Em alguns pacientes a dor miofascial mostra-se mais importante que a própria SDCR. causa alterações neuroplásticas no cérebro. Ocorre na região proximal dos membros. Ela apresenta edema. Irradiam se para o restante do mesmo membro. **Um caso de fibromialgia acomete mais o sexo feminino. alteração do humor. É a paralisia mais comum. **Artrite Reumatóide (ele não falou nada sobre. Diferentemente da fibromialgia que a dor é difusa. redução do peso. Se o paciente for do sexo feminino. acupuntura. recomenda-se o uso de sandália alta. fadiga. **Síndrome Miofascial – a pessoa tem uma dor localizada. acompanhada de depressão. O paciente pisa. O paciente queixa-se de dor no corpo. fura os tecidos e. **Movimentos característicos da Síndrome de Parkinson – movimento dos membros quando ele se encontra em repouso. **Paralisia Facial de Bell – o paciente sente uma dor/compressão do nervo facial (VII par). há liberação de prostaglandinas sensibilizando os nociceptores desencadeando o processo doloroso. neste momento. em um segmento. Quando os pontos/nós são desativados (massagens. **Sinal da fóvea ou cacifo – procurar edema. insônia. Caso ele tenha manchas escuras na língua tem que investigar alguma doença debilitante que venha a acometê-lo futuramente. **Cervicalgia – na maioria das vezes é provocada pela tensão e pela síndrome miofascial. ansiedade. mas disse que era muito importante que a gente estudasse sobre esta doença). crônica. **Atenção! É importante observar a língua do paciente.**Outro caso: Esporão de calcâneo – provoca uma fasceíte plantar. . uso de palmilhas para evitar o impacto. fisioterapia). distúrbio do sono. difusa. **Dor em Botas ou em Luvas – típico da neuropatia diabética.
Report "7. Transcrição - Febre - Prof. Levi - 08.11.doc"