7 - Coleção os pensadores - A sociologia de Durkheim

March 29, 2018 | Author: Ricardo Cristiane | Category: Émile Durkheim, René Descartes, Sociology, Science, Philosophical Science


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"@ J i " G "~""'{')' /I ~;Ji : \,.Y" tP.As4 /. ~ , F5K~~r~C?:'.·'::TF'".:{] .' : 1 \c.\ ~"_..".~_,L,,.,,·_·-·"--~"-.o ~ -r- ~tI~ U if'.: •.., Jh~J, c5ocÁo~ I, L0c,ófiAS c;~~'l::~.':/;.,~:~""-~ r>. jj v.....-·/ / !.. .' r; í'"r:' : ;:~ r) ~:5 rei i :::;- ~ A SOCIOLOGIA DE DURKHEIl\-1 1. Situação do Autor 1 ,1 , Marcos sociais] Na adolescência, o jovem David Emile presenciou uma série de acontecimentos que marcaram decisivamente todos os franceses em geral c a ele próprio em particular: a 1,0 de setembro de 1870, a. derrota de Scdan; 3. 28 de janeiro de 1871, a capitulação diante das tropas alemãs; de 18 de marco a 28 de maio, a insurreição da Comuna de Paris; a 4 de setembro, a proclamação da que ficou conhecida como Ill República, com a formação do governo provisório de Thiers até a votação da Constituição de 1875 e a eleição do seu primeiro l';csidente (Mac-Mahon ). Thiers fora encarregado tanto de assinar o tratado de Francfort como de reprimir os communards, até à liquidação dos últimos remanescentes no "muro dos íederados". Por outro lado, a vida de David Emile foi marcada pela disputa franco-alemã: em !871, com a perda de uma parte da Lorena, sua terra natal tornou-se uma cidade fronteiriça; com o advento da Primeira 1 O conceito de marcos sociais é emprestado de GURVITCH (1959a) e já aplicado, no caso de Durkheim, por N1SBET (1965) e SlCARD (1959). A mais recente e valiosa contribuição, na linha da Sociologia do Conhecimento, é devida a CU.RK, 1973. Trata-se também da mais original e profícua abordagem da Escola Sociológica Francesa, . ô.. _: -1. 1970: p....">/ em 1879. não pode o Estado desinteressar-se dela.. tudo o que seja educação deve estar até certo ponto submetido à sua influência".. ~ns --dos quais não regressaraE21_in<:L~_~iY~ :Jl_Wh.. Tudo ~L.À. -.0 .·-~. -Q-/ f1itos decorrentes da 020sição entre o capital e o trabalho._(':..--- . pelo rompimento com .c. as quais duas merecem destaque especial. ~ ~I ~J.2 .. O ambiente é por vezes assinalado como sendo o "vazio moral da II I República".. Sua posição nessa polêmica é clara: "Admitido que a educação seja função essencialmente social.. Sua posição...J .b~ t >.-r~r _ ). ~'.'1- r-..L·~ i!:PY (\.uen: h~-.../' \\~ . . ~ . ~omo Ministro da Instrução Pública. ~lJi~'1 '"~ '). A segunda é • . marcam o início do que ~'~ .ç:rYf.~.e sim a de um racionalista (ver p.U q . .. r.-0\ é o que se denominava quest ào social.:.Q 11:' s. Paris.. eomo o a\'ião..ra Mundial.'escaLo_se tornou gratuita para todos. _. Já em 1888 Science Sociale") reconhecia uma crise moral de seu tempo a argumennotre cons("Cours de (DUR.eJ 1__ ~ -tc-<riC." / .b.. concorda com tação do A. J969: p. outras se sucediam.~'-"'" J.. de !>U ~ l progresso e de esperança no futuro.. apesar dos traumas políticos e sociais que assinao início da IIIRepública. .9p.iL /) " ~ . . importantes. o automóvel.}1 e do Ii\TO capazes ç!e -rf.r..) ~~ tJu::. "1 acabara de publicar (La Franco au point de vue moral..t ~ cados pela concentração. monopolizar o ensino" (c/. ou seja.1' ~o.._ . __ ~ . 1899-1900) um livro que Alfred Fouilléc .~distância ...al~ ficar proibido formalmente o ensino da religião. 1V. dentre i..o.Jas tradiçÔes que elas representam. que aliás ele não tinha..egistrava-se uma série de inovações tec~' ''\ 110lógicas que fO"ocavam re ercussões imediatas no cam o . _'v . qual a. como Pode-se dizer mesmo que a análise J.prõdUÇ0cs baratas e de atingir \Im pÚblico cada vez maior... Iam f'. ri3.. I )(. Um marco dessa questão foi a criação.!ado) entre burguesia e proletariado.. por Jules Ferry.I tipo que tornaralll as inúústrias do jor·n.).. uma ~d-<t energia 'Iirnpa". _"::>.OJVI. a do motor de combusulO Interna e do dínamo. Alem..~-(. I. f\.~ado da eletriCIdade que se notabiliza p_or ser. .. 3 Em sua obra póstuma Education et Sociologie. r»--v ~ uPif ~ . A primeira é a chamada lei .uu visto mais adinnrc.pLv~~.Qbr~ ou pelo menos nas suas aula.-' . o final do século XIX e começo -J'y'-1 do século XX correspondem a uma certa sensação de euforia.\:.. '&.fYJ. encarregado de implantar o novo sistema.QL.víf.'.-.era do aço e da eletricidade gue se inaugura. -9 Com efeito. em 1895...0L.. necessariamente.o ~~s'1no tempo que essas questões políticas e sociais baJi.representada pela instruçào laica.1912-13) e os problemas colo.. marcada pelo advento ela teoria " :. +f~ .../. e afirma: "11 en r ésultc un vér iiablc vide dans cicnce rnorale" (DURKHEIM. uma outra questão de natureza econômica e .. 107).vL1":Y _'.:.. em 1882. mesmo contraditórias". Foi quando a ~·o-. não é 11 A'v-O-: . ~ Além dessas invenções. apesar de discordar das soluções apontadas para os problemas de criminal idade.1 fazer aparecer com o sistema facilmente o espírito da anarquia").1O isso J:eIletia um <:..-.J. port.Submarino. o cinema. Por outro lado. ele viu partir para ~meros~~Eiscípulos f-jY. ~ 6. . .0J-'t:~1mU:os não fossem de tal ordem que pudessem fazer esquecer a O-:L ~sucessão de crises (J900-0J. em última análise. e sua interveniêricia no quadro político e social do chamado iournant du siécle não deixava de ser perturbadora. respecrivamcnrc t . 1907./1 ~ ... . ' o :.~ .... A bipolarização social preocupava profundamente tanto a políticos Cõmo a intelectuais da época.'" .) //" parlamentares. Durkheim assistiu c participou de acontecimentos marcantes e que se refletem diretamente nas sua.' :fR.'. 2 marcado seja pelas . . ao lado da telegrafia. ~_.eJa. às vezes. de um moralista .. Mas adverte: "Isto niio quer dizer que o Estado deva.. as disputas e conv~ étf1' . :. Durkheim reconhece: "Estarnos divididos por concepções divergentes e. de uma maneira simplist a. 3-5 e 47.._ \3"" tenta-se preencher com uma pregação patriótica representada peja que ficou conhecida como "instrução moral e cívica". obrigatória dos 6 aos J 3 anos. O vazio correspondente à ausência do ensino de religião na escola pública Y.. Se bem que os êxitos econô.... i ~ .~'-'..e que.O-~nde a autoridade normalmente enfraquecida da disciplina tradicional pode ~. ~..~anço ela ciéncia.\1- ~".!1dres.. "ro--decJina"3 . Naquet. t:P~\>1900). nos A nnulcs (v.r. ~ . vale dizer. nós vivemos precisamente numa dessas épocas revolucionárias e crüicus.{cte-.)'/ "'. r.~~ '-~~ ~ ...de quem fala com respeito mas guardando a devida JP.... a trad.. polirico-social da 111 República será Seu cornprorne tirnc.O ': junto com o início do aproveitamento do petróleo como fonte de t:Jc. 48 e 47 lógica da moral que empreende (ver por ex..?tem~.B • . . .T ~ oJ:f' econômico. 303). Embora menos Â-V.o~~<2.KHEIM.. L'éducation mora/e) é lima análise laica.. -czavarn o seu tempo. Ao contrário.-'.. a . que instituiu o divórcio na França após acirrados debates . Durk heim mostra-se convencido pela argumentação relativa "à une dissolution de nos cr oyanccs rnor ales" e.r. cuja era . questão levantada na Assembléia :~)-("L.. "?J'-'.'1-.. seus.s.L. que se prolongaram de 1882 a 84...ú~e convencionou chamar de _"s~gunda revoJu~ão industrial". consegüências diretas da derrota francesa e das dívidas humilhantes ~~0Pda guerra.... '. ~0 ' '5.)-í~social riào deixava de apresentar continuadas repercussões políticas: /1 -«: .-~ ~ ~: V-p...--. g~e par~~~<: destinado a seguir a carreira J2. além das rotativas e do lino-~Q. -- r- Nesse entretempo.>.. seja por uma série de medidas de ordem política. em contraste com a negritude do carvao. c'). -t-:fU...:.:..~ ao . no sentido de não ser informada por uma posição conf'essional.-' Q. onde diz: "Porque J. ' p1"d~'2 Comentando . da Conlédération Générale du Travail (CGT).. ~. a prCOC\lfl:IÇ~O ele Durkhcim com prcosocioa n50 pode cupação moralista moral ser confundida de sua parte. p. eram sem dúvida mais espetaculares. entre patrão e empreí. progresso da democracia (resultante do voto secreto e da crescente participação popular Não é pois de se admirar que essa época viesse também a assistir a uma nova vaga de colonialismo. sobretudo na Alemanha de Bisrnarck. i :1 . como a das ondas hertzianas. o jovem David Emile tivera oportunidade de assistir às aulas de Boutroux. a 15 de abril de 1858. 4 ~'Qo r I .. tentada através de algumas "soluções milagrosas". es ntalhos do industrialismo. com os primeiros passos do seguro social e da legislação trabalhista. Também a Igreja se volta para o problema. 1926.-=-::. do automóvel e de toda a tecnologia implícita e eficiente.1 I I I ! 4 BOUTROUX. de Leão XIII. Não é pois de se admirar que vigorasse um ~tilo de \'ida bellc époque. . além da renovação da literatura.para se voltar aos grandes espaços abertos. atravessar a praça do Panthéon para atingir a famosa rue d'Ulm.10 dos quanta. representada pelo Weliare State. estamos diante do "espírito moderno". que lhe permitiu entrar para a Ecole Normale Superieure. tais como o cooperativismo. .sn~º ~opolista. com a Exposição Universal comemorativa do cente3-<. Durkheim e os homens de seu tempo Durkheim nasceu em Epinal. Aqui.2. 1:: a chamada "desproletarização" que se objetiva. que tirou a arte pictóriCã dos ambientes fechados. Vrin. sem sair portanto do mesmo quartier. Pretende-se ar várias maneiras. corporativismo. que fica exatamente entre a Alsácia e a Lorena. tornando-se porém agnóstico após a ida para Paris. pelo advento do impresslOnismo. da radioatividade. Enfim.da relatividade.~ Porque este homem comum é que se vê diante dos grandes .~h6-0nário da revolução. o mestre neokantiano ressalta as correntes de idéias derivadas. mas agora transformadora d a realidade).Como corolário desses tra. . Na' Ecole Normale Supérieure. que difunde a idéia de que o proletariado poderia deixar de ser revolucionário na medida em que se tornasse proprietário. entre a Sorbonne.:. Émile. O último quartel do século b>-~' i~ -LT I fora marcado. com o aparecimento simultâneo tanto do socialismo na Rússia como da nova roupagem do neocapitalismo. com a fundação da CGT no Con~esso de Limoges. pelo desemprego. o Collêge de France e a Faeulté de Droit). que inaugura. pois. das vacinas de Pasteur etc. a moral se confunde enfim com civilização . Ele não resistiu aos novos e marcantes acontecimentos políticos representados pela Primeira Guerra Mundial.Que usa a gre'. 367-69. para completar sua formação. seguida da exposição de Paris. para as cenas e os homens comuns para o quotidiano.da monumentalidade. 1 . ços. I ! .. Morreu em 1917. Ele é objeto de preocupação do movi~ I mente operário. Enfim. La philosophie de Kant. Paris.problemas representados pelo pauperismo. p.. De família judia. além da genera~ão e . com a encíclica Rerum Novarum (1891). portando o título V. simultânea com a inauguração do métro em 1900. 11 nos negócios públicos). cuja difusão viria encontrar eco na obra de Durkheim: aspira-se à constituição de uma moral realmente científica (o progresso moral ~uiparando-se ao prog~i1fífiCo). uma nova era do sindicalismo. contornar a uestã social e eliminar a luta de classes. no Lycée Louis-le-Grand (em pleno coração do Quartier Latin. participação nos lucros etc. J. além do progresso em outros setores mais diretamente voltados à aplicação. seu pai era rabino e ele próprio teve seu período de misticismo. dos grandes acontecimentos e das grandes personalidades . da teoria atômica. não mais o colonialismo da caravela ou do barco a vapor. mas agora o colonialismo do navio a diesel. Bastou-lhe. Mas se objetivarn também medidas tendentes a aumentar a produtividade do trabalho. B certo que algumas conquistas se sucedem. da locomotiva.o povo mais civilizado é o que tem mais direitos e o progresso moral consiste no domínio crescente dos povos cuja cultura seja a mais avançada. Entra em 1879 e sai em 1882. além das novas manifestações morais e culturais.~ .2o. como o "taylorisrno" (1912). preparou-se para o baccalauréat.extraordinár!Q progresso da instrução e do bem-estar. ~oral viria a ser considerada como um setor da ciência das conaições das sociedadtê~ iiUma~ (a moral é ela própria um fato social). Departamento de Vosges. do teatro e da música. pelos grandes fluxos migratórios. das vitaminasLd~~ de Koch. enfim . Durkheim foi um homem que assistiu ao advento e à expansão do neocapitalisrriõ:""ou do capi!~li. que assinala os principais traços característicos dessa época: progresso da ciência (não mais contemplativa.c como instrumento de reivindicação econômica e não mais exclusi~1têpolítica. Na Normale vai se encontrar com alguns homens que marcaram sua época. do aeroplano. cj período de somente sei: . ' e republicano.. c. em.~~ ':. ª?esa: de ser. =-.. SI.iJ.... que entrou igualem 1876 em 3.. 1892 mas em 1893. apesar de permanecer no index do Vaticano.• f ~-"~Lt sociologique e.y"-1- Achava-se.. p. publicou Les régles de Ia méthode ~(.. Assim. () portanto..~niver-' francesa.. A tese principal foi De la di\'ision du (ral'ail social.. SO? o titulo d:: ~lolZtesquieu ct ROllsseGl:. Le suicide.( • .. 330·36 (TIRYAKIAN. -~ara sua tipologia da Gemetnschaft e Gesellschaft. no Collêge de Frandas Nações e como Prêmio Nobel de Literatura 'v~""".~/ ano ... plenamente habilitado para iniciar em reo- que obtivera na agrégation mente tribuno.:c-/c~rreira política filósofo e muito alcançou em às vésperas de maior da deflagração expressão. fOI.. the essence sociology" (NISBET.. tendo sido.. . adotou da guerra uma em 1914. .. L 1 I I ( socla Iisrno. u> .:.'< além de tomar conhecimento direto da obra de Têinnies. d. .-. Durkheim não chegou a tomar conhecimento da obra de Weber _ e foi por este desconhecidr . and Durkheim ~ave no refer. Quentin.'1'1~ Para .. a pé~tn. 430). 1t::J.0.IOIO&Q. ~ ''''.::>C kheim nrou " if!.o sidade que se popularizou como de Dreyde tensão o segundo.12 de Agrégé Ali se tornara amigo íntimo de Jaures. of contemporary ~ C~c. tenha sido resl?onsavel pela das cIências sociais no século XX.LJa:d SocIal este.Bordcaux em publicada (1902). p. ' . .d?s neokantianos Renouvier e sobretudo o citado Boutroj0: l ~. que al~ ~'><. . Entre ~heim. _. sobressaem -0/4 ---. 15)..v' ~D<4.c. [! Socl~logla...!fTiento. .:: .• >. 1965: p. nU~l certo sentido... ~-v as 'ClenClas do espmto de Dilthey.~.C>..J.\:..ssor universitário.J<-I ..:0"-'-nrffZ' ~jJ2~ ce." Weber se identificar m ais como h'Iso. e t h. J ~8GLf -. do que como 50C.' '" n' c--Li . yolta seu interesse ~a~ª e. na Sociedade 1928..~Yl-~~.0 lugar na classificação de 1876 e saíra em 3.. 11' I \~~'r . Nessa cidade. dizer que ?urkheim. ~ssj...~rr 'der· c" .' .. apenas dOIS anos depois.j:~ ~Á~ . 428·34). _ a manutenção do ra- Durkheim a esses dois homens tão amigos mas tão adversos _ permaneceu no meio-termo e num plano mais discreto. . que os dOIS t~ata~ sem sere~ religiosos) e da PLeocupação metõCTõTõgfca..u.iP. de Weber e Sirnrnel. bo.a~ simililudes da obra (sobre :eligião.c/.~ O. e os píncaros da glória.-->1/ N.. 7f)/ &~ t ~~ G"Th ' ' . .. ..~L4f!1 latim. transformado em chaire magislrale em 1896. nas Academias. 'v\.'\_ específica 86) de formação. Sociology.~nc~~~. rientação .'-7 cit.. Foi ~-A) primeiro curso de Sociologia gue se ofereceu num. em meio linha mas sobretudo defensor clima menos ao como ~ "". ~ c0 c] ~ ~ d<l ~. das ~ historiador instituições que influencia Érnile no estudo mestres I!. D> &..o...C-~. '\ --s1'.. além do fato de ).. .c.:.. 1971: . crítico literário preocupado com a velha França e que chama a atenção do jovem Emile para a obra de Montesquieu. para o íormalismo de Sirnrnel. "A.v .:. cartesiano.fÍ) ~ép"'-cP' quartos d~ .fe. e:crita editada em frances so em ~ .ciona I' J. . participante íus e acabou yy--~. .a ~ . Problem for lhe Sociology of Knowledge: Tbe Mutual of Emile Durkheirn and Max Weber" originalmente publicado Joumalol O A. 3). a começar por suas teses de doutorabl~'". :(~.". num . !~ c-"-"~: .~ •. p. foi reeditada no en: que ~eixou A tese complement~r.-.-J r ' "..~~-/ ~' 5 Este ~roblcma é levantado de forma quase detetivesca por Tiryakian. ... I I 1 .-~~ . além das imciauvas editoriais paralela s (L'A nnee S OCIO Iogtque e o A rc I'l/ve [ii ' . .~ ~. compensar essa deficiência .::J-''\ }~ Se: J..í~'. .~ fJ'>~ e.0 lugar e saiu em 1881 em 2.. Dois colegas '-o de Philosophie.-~taJ0#\<.ree rmn d sare.."'í -r: ~t'r ~[)- artigo intitulado íf- Unawarcness em European p.. plina. ~'" I &vv. " .r> ~ . ~uQ.j:..-Logo apos.:@1éf1 .ro" à distância com o SOCIalismo. nao ofereCIa aInda um enSInO regular dessa dISCIextraordinária Iecundidade teonca. sua ~~ ~ que se notabilizaram: líder socialista.:Vundt e teve sua atenção . .J895.p>-".:.. por o primeiro ser assassinado como filósofo.. florescera um espírito burguês ...abra soclologlCa. endente verificar-se que.. A ~rança. . . cançou grande repercussão: .c Durante os anos em que enSInOU FIlosofIa em vanos IIceus~. ao ser indicado por-r~d e EsplOas 'para mlmstrar as aulas de Pedagogia e Ciência cJ "'-:cOe. . apesar de certa familiaridade com a litera\ tura filosófica e sociológica alemã...../'. ' IIr ~Sozialwissenschalr und Sozialpolitikv e do "namo. Tiryakian levanta a hipótese explicativa da "antipatia nacionalista"...':.&e--c~o(J e P~(.stiu aulas.Q. n isrno .'/--~í.0-'. foi colega de Bergson.j}. Mas uma COIsa e certa: "The published works of ~ebe~. "rfl' ~ Isto não impe~e a Nisbet de.. Mas e surpre.\. da pr~\'ín~ia (Sens.::.c • b1 -<'. J. simultâneo com . duzir o grosso de sua obra.. " f I .~.::JL' ' um ano de licença (188_ e se dirigiu a Alemanha.. pelo prestígio gue lhe emprestou Dur- mística...na or d a economIa t 'd -... por parte de ambos.SocLOlog:e.-:~ ~ (:: " 95?. na direção o jovem como Ainda Fustel de Coulanges. bril~ante de pro.~ompanhla c\. ..... publicada r J.0 de 1881. ressalta .. I _ ... de 1887 a 1902. /' Ja-C" cf" T~.". • :{. o 1.anos. . C . J1~' M.despertad~ para. •. <>~co.<-". (.1. foram e~itados praticamente três __ <.' .b.t...-. Troyes ) .' 1966. Diretor da Norma/c era Bersot.. m a very real sensc.P~ 'f' ."v-.rr.--. ~-v-... Dur~..~.. 'I' . f cJ. de renome da Grécia Sucede-o e Roma. ~e .. as IStO nao impediu M Dur kheirn de publicar uma resenha de um livro da mulher de Weber (ver p.C? CY" t:'.-~ ~'V e.h other" ibid. na Faculte de Lemes de Bordeaux.~. on~e. C s:~. que demonstra uma da SOCiologIa.AIO Jovem mestre encontrou condições adequadas para pro" .. . ~ . como conce que sofreu tanto a rCJ(...:.e Durk heim.ão antipositivista do fim do século uma certa confusão com socialismo havia uma certa ão de ue a Sociolor!ia constituía uma forma científica .'="11 L-' IV-l-'->' ~ oA'.S2 ' ------:-. que lan. précurseun~ de 19c :.... .também.cnce to eac. tão voltada para o comércio do Novo Mundo. 0..IT:.. ~. Sua primeira aula na universidade versou sobre a solidariedade social. cf cação de uma metodologia com sólidos fundamentos teóricos.-'~:J. ~<?1~ ... porém. a ~_olidariedade constitui o ponto de partida não apenas de :-t.~dêmic.. Quatro anos após. conhecidos fixa os momentos bordelenses de sua vida. que se notabilizaram nos estudos sobre ~ ~ Sua intensa atividade intelectual pode ser comprovada tarnI ~. histó~ia ?o das pesquisas que se fazem direi:o.• E preciso não se perder de vista ~ ' »:.emp2>_~?. L'Année Sociologique. Seu filho. _no se~.'i. de na expressão de Duvignaud.'. ~ pU'... penetra cop.-------~....L~2 __~~~~n.W anos incompletos e. exigindo um grande anfiteatro tos.. em 1902. ~ O Gcom a morte do titular. para comportar o elevado número de ouvintes. Em Bordeaux teve como colegas os filósofos Hamelin e Rodier.fl. _ J". mas sobretudo a relativa mocidade com ~\ LJc c'~ue produziu a maior parte de sua obra. ". 1\' v Talvez o curto lapso de tempo entre suas principais obras ~~~ .~ \ v. p.:.~.· ""o C-D"'J. . mas que...assim no recinto tradicional da maior instituição universitária fran~a.. l ournal Sociologique. estatisuca moral.L:"'" -õi--{ ~ c-: ra- J /fJ..~ót! 9ue Comte criara esta disciplina . (J. Q.'--'. \ 1. consolidando pois o .~.siyi. que parece ter interessado a Durkheim por suas preoc~açõeS-E.du. O que surpreende ainda em sua trajetória intelectual não é ~. ------ .:""). Em Paris é nomeado assistente de Buisson na cadeira de ..0l!1-ºL12I9.-/ só a referida fecundidade.~.:~~lfo-".~ ~Ias na Sorbonne transformaram-se em verdadeiros acontecirncnn _.~ . r ~ J.. I _ ••. d'une tache de laboratoire. ibid.como se viu.peciais..da. no decorrer de uma década.t.~~ - --------------- . pelas suas mãos.l..~~_ labo~tó!i~. tomada em J 896.. seu atual sucessor na Sorbonne escreve: "li s'agit.. sociológica. 644-49).~ncia da Educação na Sorbonne. que se converteu num --jt-c#''' . .1110 Webe~. este comentarista de Aristóteles e aquele. (.!'..2. Apud DURKHEIM.. discípulo de Renouvier. mas tam~ém da primeira obra estritamente ~. "é de ser regularmente informados Rebatendo as críticas de KROEBER (1935) sobre a ausência de pesquisas de campo nos trabalhos de Durkheim.. sobretudo seus cursos. c.}v~.. . Suas (Z.. C v ' 15 (. à proprement parler.ç.!..s . Mantém a orientação I . ..::.-~ \..nne WebelJ nada menos que a mulher de Max . . Grifos do original).&dormá-Ia em cátedra de Sociologia gue. seu antigo colega na Normale.1. ~ .hlemaSc..status a~.lmíli.ª_~imônio.: rnC" eram sempre escntos previamente. . 31).' ... trata-se de Ehejrau und Mutter in der Rechtsentwicklung. editados. foram decisivos.. Para ele.YJ" j(Y<.9lver sua tese de que a família patriarcal determinou uma completa sUDServiência da mulher (cf. o que os sociólogos necessitam I I.. 1906/1909) uma resenha de ) um livro de Marí..es.Ó_V':2· /=-.?2c:JJ..sua teoria._~@baJ.. laica imprimida por seu antecessor. >.i.~~!.. depois .~ade c!..-t. relacionada com o referido desconhecimento mútuo de Durkheim e Weber.. de fundar uma grande .n'jl.. empreende sua segunda migração da província para a capital.----. colaborador e co-autor de "De quelques formes primitives de classiíication" (p.... . I 1". I.. como todo intelectual francês que se projeta.-.. ~ ~ \Os propósitos enunciados no prefácio do volume I não são apenas '''apresentar um ~dro anual do estado em gue se e~~ontra a literatura propriamente ~ógica"! o que constituiria uma tar. mais para o idealismo hegeliano do que para o criticismo kantiano. :. tendendo. p.. por sua vez.. que '. tenha propiciado uma notável coerência na elaboração e na apli~Lv.C~. 16. mas ~m 1910 consegue transít.'.efa restrita e medíocre.2.dos costumes. sucedeu-o Gaston Richard. já havia feito suficiente para se tornar o mais notável sociólogo francês.. publicado em 1907.c. O ambiente intelectual foi para Durkheim o mesmo que a água para o peixe. re: Jigiõcs. as nenhum dos retratos ou fotos de Durkheim m 1:'. &. das. Este.. que afluíam por vezes com uma hora de antecedência para obter um lugar de onde se pudesse ver e ouvir o mestre.:r. .V-:"'bém pela iniciativa...•• "( \ .ei..\O~/ sociol~ica que publico~. t --"~ .. !-. Seu sobrinho MareeI Mauss tornou-se um dos grandes antropólogos.2..L cL (fC::-7 \ • 1 .L---:J. reside no fato de aquele ter publicado em L'Année (v. XI. mais tarde. crencias econormcas etc._~S2' Além disso.!..S:'. 183 desta coletânea).. refletindo uma preocupação muito em voga n~. Uma peculiaridade curiosa. já então definitivamente consagrado. 1969: p. A . :-: l~~..\.~ ~o. os quais. escreveu uma série de importantes artigos para publicação :~ imediata e outros. O esquema durkheimiano apresentado mais adiante procura fixar de maneira bem nítida essa característica.~_~~ disciplin~ . assume esse cargo.1:.-J~' qual seja.~.!:9~cl.~ Weber. morto na guerra. A família praticamente se estende aos seus discípulos. ·C'>. veio a se tornar um dos maiores críticos de Durkheim. "... en [in de com pt e aussi concrête que celle de l'observation sur le terrain" (DuvroNAUD.. Ele ( c!i!ica o simplismo da argumentação de 1\. o que ele herdou de seu pai e transmitiu aos seus fil~~s.: 1 :. porque e ai que se encontram os materiais com os quais se deve construir a Sociologia" (cf.~.--0 fato de que o prestígio intelectual era. dissidente mais tarde de L' A nnée. Fora para Bordeaux aos ~-nJ-'. preparava um ensaio sobre Leibniz~ua filha casou-se com o historiador Halphen. Ao deixar essa cidade. Além <'j~7f"'riSSO.[J.. ~ II ~as_ ciências . . Assim.~~ são orga-. Fauconnet.~ 1(5)"'v-'''''' '~~ _:c->' . I~ia é "uma ciência essencialmente francesa" p.?r. . a fim de diversificar os próprios problemas. ~. de Paris..Grécia da Africa numerosos ( Glotz ).~t.ffil~_q~e C~~~ havia chamado a era da especi<l:lidaçlJt (DURKHElM.:~ '... de idéias...1 ~g:'... A obra Sua posição no desenvolvimento da Sociologia . 125-26).. d' I f' "E tempo e entrar mais irctarnente em re açao com os atos."r '( rt- .j. -J.[l1e expusemos não é senão o resumo da nossa prática" .Q/>'/ . e'~ •. \ de adquirir com seu contato o sentimento de sua diversidade e éJu7 ! sua especif icidade. OIS fator~~ fav~reclam ISSO: pnmeiro. exigia um método. y. seja no seu funcionamento por meio da Estatística ict.1f-~ I {cv. Mas./ t".~} A superação dessa "rnetaíísica abstrata" como o fez em Les rêgles de Ia méthode não surgiram de elaborações abstratas sociologique. Nesse mesmo círculo circunscrito nos apegamos aos problemas mais e mais restritos. A tarefa a que se propos era.\ ~.~ . A França pós-napoleónica viveu num engourdissement mental.. com Spencer e o orga-~). Trata-se I ~ .:' . n~'~ •..r(o. «: . '\ 1 I de os determinar e aplicar-lhes um método que seja imediata'I mente apropriado à natureza especial das coisas coletivas" (id. segundo. 128). p.esemp~nhar o papel p~edes. Duguit.' --v1 Em artigo logie en France publicado ao XIX" em 1900 na Revue Bleue ("La Socio-" siccle"). c. Division du rral'ail] por meio da História e da Etnografia comparadas..<clV-~> -1'0 { oJ.·1 1~d-'0(). o direito romano (Declareuil). momentaneamente com a Revolucom a Com uno. p. 127)...amento de uma seria "~almia um 1 ~ "A reforma mais urgente era pois fazer descer a idéia sociológica nestas técnicas especiais e. estudadas seja no seu devir e sua gênese [ct. ~sforçamo-nos em ~ ~ue se refe_~Sociologia na . "desses filósofos que legiferam diariamente sobre o método S(1ciológico.. que Darbon.2)"(.Q9---ºue intelectual para desastre o antecedeu gue desonro~ a nação" (id .\".. CJoY _. . que não nos dera uma Jej Sociol ágica Francesa: Simiand. na Sociologia em que os sociólogos _ 7" d .:~ ESPinas.. ~ ~_ enquanto i~so. ~. de que a noção mais de orientada 't""-. li' ~ t ~~ t ~ ~ " eP (L//. .rend.~~ _. 126).f: Ii.o. ibid. Durkheim ao mostra~e tais formulacÕes procuram dos puramente ç:tz.é> í prias de uma fase heróica.tmado ~? ?esenvolvlmento SoclOl~gl..~ . ção de ~m ~e imediato: o meado uo que só se interromperia 1848 e. p. J I j ). ~. foi as linhas pelo mestras fato que de sua obra. Bouglé..-f1' .-{"\. Ela se tornou possível no final do século XIX devidQ à "reação científica" que estava oco.' Nada disso podia sequer. tal Mas estas ~01<"~ \_ ..>~ as socie. sem ter jamais entrado em contato com os fatos sociais. i ihid. 'tornam-se membros da que ficou conhecida além de Mauss.. Em uma palavra. O rné.~'-< '1' ~ Q. if. './. •./ ~ . o acentuad? Q( ~fraqueclmen o do tradlClOnahsmo e.t~ voltava.. na verdade de uma se P!212-ôs Durkheim.p..<. . scu c3minho na Inglaterra.x-" " ffl. ~ ~ . 2 . defende a tese de que a ~(DURKHEIM.ofoO ~ !~:. O revi1!oramento que introduziu dades ~ão organismos..... visavam à lite- é se\'er~o fala mesmo século e que julg.~9'Í. posteriormente. do perío. Davy. a atividade intelect~al soc~~lógica de seu~ dis~íp~los :oi sobrepujada pelas preocupaçoes políticas. oJ""{J:. todas Mas da Sociolocia distintos Rara se teria iniciado físicos com - • cJ-. ~ .~ nicismo. rI .~ o organicismo na França.1.f!~~--ª. p.~ JL ~~ Eis._~i'\Q. Lalo.!.. os celtas (Hubert).. Comte. as portas. E a SOCiologia Imoblll-'-~ zou-se durante toda uma ceração na França. é que ousamos traduzir em preceitos a técnica que havíamos elaborado.. escola { 2.. dado seu nascimento com Augusto 1970:~ morto "em lugar de tratar a Sociologia in genere. a China (Granel).p v~'(hl:. ~~ cJ. as ciências. p. 1970: p..16 \ 'h :..t_~a a que fazer o organicismo.P ~ -'".. ibid . Le suicide]. . (Maunier ). tornando realidade as ciências sociais" (id.pL~ eJ.... a d.. em suas próprias Sua preocupação palavras. somente depois que ensaiamos um certo número de estudos suficientemente variados.. pOIS.Joi-- etc.a- Nesse sentido.:. 136). - lei estava sempre ausente dos trabalhos ratura e à erudição do que à ciência.~ nizaçôcs .:Jsão prÓabranger ~~. ocupamo-nos apenas das regras jurídicas e morais.~ JJ-~\J.n íf}' o mestre. transformá-Ias. nós nos fechamos metodicamente numa ordem de fatos nitidamente delimitados: salvo as excursões necessárias nos domínios limítrofes daquele que exploramos.. consCIentemente da maIOr envergadura. o Norte Os mais como Escola Halbwachs.. não cerrou Milhau etc. _o estado de espl- r' ~ .ul81d.. a ~rança ~ ~. por isso mesmo.'. Mas prosseguira.-t?./ . . ~~l'V. ~ . como os meios físicos com relação aos organismos vivos" tid. J 98). Mas esse reino não se situa à parte dos demais. 77-J 10). 88) que se classificam em gêneros e espécies. no dia em que passou a tempestade revolucionária. foi convidado a proa aula inaugural do ano letivo de i 887-88. purkheim aponta um reino social.~0 ' antecipa várias colocações posteriores (como ~Iogia.. que G~~ ~ ~~.::.~ concluir que: \ :Al" '-\. '. dizem respeito \ i à. . desde os fatos físico-químicos até os fatos verdadeiramente sociais" ("1.! c"''' ..c9~ . : seres da natureza. p. ao Desde Comte a Sociologia tem um objeto. por sua vez..o-.. .p_or fenômenos .. ibid." 19 rito racionalista. 0'~' .. desde o mineral ate.. 78). morais: "Ela Ia Sociologia. .~lprorriados.S:. Sociologia -. Concepção de Ciência c de Sociologia '\ r.'7 tensão de suas investigações. o mctoco é a observação c a ex pcrimcntaçâo indireta. cf. face às consciências individuais.'estudo metódico" que ~onàuz ao estabelecimento das leis.~~é . conel ui: I i li! ~ ------?> \ \ "a vida social não é outra coisa que o meio moral..cP~~. 41). :79).zL. • c-- ~v-- n l"(. \Durkheim fala também de ~:.-r.) .- "porque não existe fenômeno que não se desenvolva na sociedade.:P. ibid.2 . suindo um caráter ahrangente. A França é o país de Descartes e. ibid. mas conservar esse culto das idéias distintas. publicada neste ... O objeto sao os faros sociais.a Sociologie e! son domaine scientifique. p. 1900). a Sociologia. ~ Ao iniciar suas Iunçóes em Bordcaux. cL--::J trapóe suas concepções àquelas íormalistas ~U-.-i{J/ld ClJVIl. O que falta atualmente é traçar c' quadros gerais da ciência c assinalar suas divisões essenciais./ tj. ~ II I I A provei ta para esclarecer o que entende . p'0s". para superá-Ia era mais importante ainda conservar 0. i\ ~ ) I "Qualificando-os de morais. e antes de tratar do tema a que se propusera. paulatinamente substituído reservando aquele ainda para designar empregava o termo "ciênpeJo de "sociologia".~-<11~eres propnos e que deve por ISSO ser explorado atraves de metados c. ~r "( . 135). :v. ) Uma ciência não se constitui verdadeiramente senão I \ quando é dividida e subdividida. mas a Sociedade não existe: "]1 y a dcs sociétés" (id.. ou melhor.p ~unciar Dentro da tradição positi\'ista de delimitar claramente os objetos das ciências para melhor situá-Ias no campo do conhecimento.~ 'c'_ o·. p. No início de sua carreira Durkheim cias sociais".... ibid. Mor~olog!a Social. .~ r. E por ciência positiva entende um .r~ .:... que permanece entretanto indeterrninado: ela deve estudar a Sociedade..t. que está na própria raiz do espírito franccs. em que conde Simmel..· '-\ :~'.. o homem. Trata-se de um camp~ com ~arac-_ .}-~"'" r .[~.. . Ele corresponde na verdade ~ um ?r."O que é certo é que. . a noção da ciência so- '1 1 . _~ . como os vegetais c os animais.. " 18 "IV / ~ '.. preocupação dominante de limitar e circunscrever ao máximo a 0. .. I' _ último ano sob o título de "Cours de Science Sociale" (DuRKHEiM. para mostrar como a Sociologia é uma ciência que se constitui num momento de crise . Nesse sentido. eles são. 100).<"/ .Zao divisões da SOCIOlogia. e onde sua divisão da Socioum reino moral. é. ibid.:.. que: tudo 'c passa segundo as' leis necessárias" t id. No mencionado artigo publicado na Revue Bleue.. <. \. \ o conjunto dos diversos meios morais que cercam o indivíduo" \ (ir/.ú. ibid..: tem um nhjet~ claramente d.).dos rcir~os animal e mineral.ograma de :.j-G.. • L-0 \ -:-yc>-'~~lares': _(i. isto é. queremos dizer que se trata de meios constituídos pelas idéias.. S::). em outros termos.\ -v.. 2 ." ... ~.UER. \.. ciência positiva.. portanto. p..C'-~ .. apesar de sua concepção ultrapassada de racionalisrno. mais bem feito pela experiment3ção: r.'> Fie..cfinido c. Após repassar os principais autores que lidaram com essa disciplina.. ~('>- Religiosa etc. um método para cstudá-lo. ----:. o método comparativo.'uma ciência no meio de outras ciências positivas" (id.. ~-. com mdlvldualidade dlstmta '~.5 seus princípios: "Devemos empreender maneiras de pensar mais complexas.. p. 195:1: p. faz algumas considerações de grande interesse..:. como na base de toda ciência" (id. mas as "ciências sociais 'parti- . Eis-nos portanto diante de um renascimento do iluminismo.I ti :1 o domínio da ciência. p. ...' CV" ~t.. l.~.':'~j. ibid. .fi ~'(:~/trabalho e serve para expressar suas concepçoes básicas e sua ~t1'. . corresponde ao universo empírico e não se preocupa senão com essa realidade... c:P\.. cNesse mesmo artigo (datado também de ~. p. a . ! ( . na figura desse Descartes moderno que foi Ernile Durkheim. -. quando compreende um certo número de problemas diferentes e solidários entre si" (id.::1953: p. cv- ~ "Se existe um ponto fora de dúvida atualmente é que todos os . S~~~ Vv~~~l>-~as w (.. CIS a idéia final do mencionado artigo a propósito de Sim mel : a Sociologia não corresponde a uma simples adição ao vocabulário. Estas duas monografias antecipam a última fase mciodológica de Durkheim.. a sucessiva introdução de elementos enriquecedores da analise adquire um significado metodológico especial. são imagens da realidade ernpírica. a i ~~~i~i_~~~~~ia:-~J!:_u. que efeitos indesejáveis podem impedir que ocorram e por que meio um ou outro resultado pode ser obtido. sendo estas destinadas a liberar o espírito.J.:r:\.. como representações mentais ou. 207)..a manipulação de dados etnog r áficr« permite a análise de representações coletivas. Porque estudar os fatos unicamente para saber o que eles são implica uma dissociação entre teoria e prática. 37-101). entre: artes mecânicas (carpintaria.relações necessárias.. melhor dito. informados por tal concepção. por exemplo. tal como se fazia na distinção que nos vem desde a antigüidade.. .' ~.mbrê. Durkheim concebe que as leis não podem penetrar senão a duras penas no mundo dos fatos sociais: "e isto foi o que fez com que a Sociologia não pudesse aparecer senão num momento tardio da evolução científica" i id. através da análise das religiões primitivas . preocupação prática.c. representações simbólicas que. apes:Jr do seu desenvolvimento tardio. na mencionada c\~{c.) e artes liberais (cf. aborda as coisas com o único fim de /' representá-Ias" (id. Como se viu. segundo a concepção de Montesquieu. na medida em que . p. O trivium e o quudrivium que formavam as sete artes do programa pedagógico greco-rornano ).. O método Parte de uma distinção entre ciência e arte.. 3.l.:. 1953: p. "Ar t.nasce à so.'Observe-se que Durkheim está usando arte não no sentido estético. só os considera para saber o que é possível fazer com eles. que culmina com a publicação relativamente tardia de Les [ormes clérncnt aircs de Ia vie religieuse ( J ') J 2). que são encaradas. Durkheim organiza uma outra de menor porte em J 896 ("La prohibition de J'inceste et ses origines.o totemismo como sua forma primeira e mais simples -.i~_~:i. ---~7 Les rêgles de Ia méthode sociologique (1895) constnui a primeira obra exclusivamente metodológica escrita por um sociólogo e voltada para a investigação e explicação sociológica. s ·. Sua originalidade consiste em que. () que supõe uma mentalidade relativamente avançada. por sua vez.. c\i-.. a esperança é a de que "ela seja e permaneça o sinal de uma renovação profunda de todas as ciências que tenham por objeto o reino humano" (apud CUVILLlER. como...) . como no caso de se chegar a estabelecer leis .'luLl inaugural de Bordcaux." Vocabulaire technique et critique de' I({ phílosoohi«. belas-artes (pintura... fazendo abstração de tod:.. Esta linha de investigação tem prosseguimento na sua não menos importante monografia publicada em 1901-02 . num sentido estrito. Durkheim empreende os primeiros delineamentos da sociologia do conhecimento. pois cons- I 1 I I ! I '! I ·:i il . Esta é uma 'j idéia repetidas vezes encontrada nos vários artigos que Durkheirn SU~\). elaborada de parceria com Mauss.'A ciência só aparece quando o espírito. em que fins úteis eles podem ser empregados. 115) um \ivo sentimento de unidade do saber humano. <':Ienclas natur ais. mas no sentido técnico. em que a manipulação de variáveis e dados empíricos é feita pela primeira vez num trabalho sociológico sistemático e devidamente delimitado. como eles próprios se organizam hierarquicamente. seus princípios metodológicos são inferidos dessa investigação (ainda que não fosse trabalho de campo). Ora. ~ " .. E importante ressaltar sua própria posição cronológica: publicada depois de Division du travail social (tese de doutoramento em 1893). -.." Dl:RKHEJI\f. por ex. Simultaneamente com a elaboração dessa monografia em que utiliza o método estatístico.!. o. Fica c\identc que. mais ainda.'>(iÚ~liC~~ na virada do ~é~~I(). ~ respeito à Sociologia. Aquela estuda os fatos unicamente para os conhecer e se desinteressa pelas aplicações que possam prestar às noções que elabora.1 Essa fase é de grande originalidade do ponto de vista métodológico. 395-460). 1969: p.Y- . ibid. ibid..20 cial se constituiu e quando domina como por encantamento" (id. Em outros termos. p. ibid . L~LANDE. -----. e onde o método de análise de dados ctnográficos é aplicado numa perspectiva sociológica. p. ibid. ao contrário.t. I 13). .. ibid.2. 112).c)5~ pp-0-' un...S..).•• ~tnC' ~Id'''''' ctP-~'."De quelques formes prirnitives de classif ication" (id. i i :::. p. "Mas não há arte que não contenha em si teorias em estado irnanerue " (id.. A arte. tais princípios por sua vez são postos à prova e aplicados numa monografia exemplar que é Le suicide (J 897). pode-se perceber <':0(110 os homens encaram a realidade e constroem uma certa concepção do mundo e.~r!Ei~ Ela .~JS~.!J e\''::. por ex. V. Rêgles. Existe pois lima ligaçiio estreita. o que era hábito do grupo de Port-Royal a que Descartes estava ligado. A questão cpistcrnológica que se levanta é da maior relevância científica e do maior interesse sociológico. As Rêgles de Descartes. lU Há uma vinculação direta com a Logique de Port-Royal de Antoine Arnaud. ihid. descrever c.). cujos méritos devem ser priorit ariamente creditados a Durkheim. "Montesquicu compreendeu não somente que as coisas sociais são objeto de ciência. Grifas nossos). 1895: p. 402. a lógica de Stuart Mill se preocupou sobretudo em passar sob o crivo da dia1ética as afirmativas de Comte. 1970: p. enquanto este lhe dedica um só capítulo de seu Cours de philosophie positive (v. JOWUJAN. Paris. Embora este não se mostre preocupado simplesmente em estabelecer leis explicativas dos fenômenos sociais. não é apenas através das vcrbalizaçóes que o homem procura representar a realidade: ele () faz até mesmo pela maneira C0l110 se dispõe tcrrito rialmentc. tal como no de Durkheim. ao se tomar a figura !. fica claro que suas regras não se limitam às matemáticas ali tomadas como protótipo das ciências. uma espécie de manual inacabado de metafísica e publicado post-mort em. essa classijicação dos hoGrifas do original).ao lado de conhecimentos pOSItIVOS que proporciona clara demonstração do processo de indução científica. 10 A primeira regra cartesiana poderia servir perfeitamente como epígrafe das Rêgles de Durkheim: "Os estudos devem ter por finalidade dar ao espírito [ingenium no original latino] uma direção que lhe permita conduzir a julgamentos sólidos e verdadeiros sobre tudo que se lhe apresente" (DESCARTES. I). 1953: capo 1.. 58. E suas formas organizacionais da vida social. ":25.• 22 tit ui -.0. itens II e III. é. mas contribuiu para estabelecer as noções-chave indispensáveis para a constituição dessa ciéncia. que constitui um dos primeiros estudos rnetodológicos da filosofia moderna. tal C0l110 desenvolveu Durkhcirn. são portadoras de uma ideologia implícita. a Regra XV (de Descartes) recomenda que. Nova ed. précedée d'une no/ice sur les travour philosophiqu es d'Antoin e Arnaud. p. pode-se perceber como este também influenciou Durkheim. a tese de Les formes é igualmente enunciada élémentaires e come segue: ·"En1 resumo. Mas talvez se deva a Montesquieu a maior dose de influência sobre o autor das Rêgles. Já na sua tese complementar sobre Montesquieu ele evidenciara sua preocupação com duas instâncias encadeadas de descrever e interpretar a realidade social. se não cstarnos bem certos de dizer que essa maneira de classificar as coisas está necessariamente implicada no iotcrnisrno. foram escritas antes de 1629 em latim. Essas noções são em número de dois: a noção de tipo e a noção de lei" (p. E necessário um método apurado. 396 p. assim Dur- se encontram em quadros li definidos e que se encaixam rcprodu.. mas não se pode deixar de assinalar certa semelhança na formulação de Les rêgles de Ia méthode sociologique com as Rêgles pau r Ia dir ection de l'esprit. VI. além ele mediações empíricas. Charles (org. entre esse sistema social c esse sist em« lógico·· (id. classiíicnção das coisas m cns" (DURKHEIM. j969: classificados Ora.:RKHEIM. 35 et seqs. O tratamento dos fenômenos como coisa é uma constante nesse trabalho de Descartes. J). Dt. p. Apesar de Descartes utilizar a aritmética e a geometria nas suas exemplificações e demonstrações. 1877. 9 Com respeito a Descartes. face a essa realidade. classificar a t s ) realidade(s). V. o que é mais importante do ponto de vista científico. 110). Em síntese. certo que ela se encontra muito fr eqiicntcrnente nas sociedades que são organizadas sobre uma base totêrnica. em todo caso. Na "Introdução" de Les rêgtes Durkheim chama a atenção para o fato 0e que 05 sociólogos se mostram pouco preocupados em caracterizar e definir o método que aplicam: está ausente na obra de Spencer. que. que forma um arcabouço interno -qua:. da o 23 Se nesse capítulo Com te se mostra largamente influenciado por Bacon e parcialmente por Descartes. p.a lição) . Essa nos parece uma das mais notáveis contribuições científicas da Sociologia. a vinculação é menos evidente. para que se possa ver. Assim. uns nos outros. naquele mesmo texto."o único estudo original e importante que temos sobre o assunto" (DURKHEI\1.c disfarçado se nào fora a agudeza de penetraçào do espírito científico do investigador susteruador virtual do sistema social. A Logique de Port-Rayal contém duas regras (XVII e XVII!) que são copiadas do manuscrito cartesiano que circulou por muito tempo antes de ser publicado. khcirn Em "De quclqucs formes e Mauss escrevem: ··Todos os membro. Essa é.. acha-se implícita a idéia das "relações necessárias" que se estabelecem no âmbito dos fenômenos da sociedade. Logique de Port-Royal. e não apenas 1/11/11 rclll(·iio acidental. . Hachette. em última análise. publicado em 1662. apesar de pub!icadas em 1701. primitives tribo de classiíication". ao lado de A Ética Protestante e o Espírito Capitaiisia de Weber (MERTO~.\ como fizera Wcber com seu conceito de ação social). M as nunca concretizou esse projeto senâo para f m os panicubres \ tipos ele' solidariedade social. p. se operassem as causas sociais..·I:. Tais colocações não deixam de estar presentes na rccorncndacâo básica de Durkheirn.. sobre para E na Regra \'1 faz uma recomendação que é largamente desenvolvida em Logiqu e de Port-Royal: distinguir as coisas mais simples daquelas mais complexas c que. • Rosenberg mostra como Durkheirn pôs em prática a general ização descritiva do tiro replicação. ihid. recorre a Le suicide para mostrar como a prova múltipla de uma teoria é mais convincente do que a prova simples c para ilustrar um "experimento crucial" (no sentido baconiano): Durkheirn pôs à prova a noção vulgar de seu tempo de que o suicídio resultaria de urna enfermidade mental.'ial<' ([)l:j{KHEI\1.ificar as sociedades segundo o grau de c. p..unpos içào que estas apresentam. HAGENBUCH.s. na Inglaterra.cirh: Furrher em NISIIC'I.) e nunca chegou a ser um conceito sistê mico (1.icional i c]. no que se refere constituição (h)' upos sociais (cap. 1965: p. Descartes Regra "Todo método consiste na ordem e arranjo dos objetos l)~ quais se deve coriduz ir a penetração da inteligência descobrir qualquer verdade (ia .. W. conforme ' Sl' í'wJlIza ou nào um" coalescência completa dos segmentos ini. tipos de direito. Spaulding e George Sirnpson.rdo "ainda um modeio de pesquisa social". Na Regra XIl essa colocação é retomada. i .I Riglc. é preciso disccrnir nestas o que é mais simples. após a tradução inglesa feita em 1951 por John A.") urna "cla5~iflcaç:. ao mesmo tempo que. Rowntree e Bowley usam métodos estatísticos refinados no estudo de problemas ligados ao pauperismo.24 de um corpo. Zahar Ed.. sentidos )'\.J deve-se iruçá-!a define e apresentá-Ia o método: ordinariamente aos externos. ~6). 1\'): "ClJnICç. que envolve diferentes populações para a análise comparativa de um fenómeno (ROSENBERG. fez inserir um arug o no AI7lt'ricm. II Durl.. Economia Social. se fosse o caso. Rio de Janeiro. ISLJ5: p.C 70 anos após SU. ao estudar as formas fundamentais da iníerência científica. r li~l) "Sociologic et Sciences Soei ales" ]Y70: p.lUc!O de: Durkhcirn c' considcr.(~· 3. meramente oper.o metódica dos fatos sociais" considerada então prcmatu. j 13·36. 12. I'. Mas foi a descoberta americana de Le suicide que veio colocar definitivamente esta obra no rol dos clássicos imperecíveis e sempre modernos. esp. Lc suicide: uma monografia exemplar Ou:!. se a enfermidade mental causasse o suicídio. capo IV. ou seja. seja p:1I'<l fins classi íicatór ios. para mostrar todos os recursos necessários para se ter uma intuição distinta das proposições simples. com introdução assinada pelo último. L1'..eneralizacócs sc~ur:1S).\1I. 29). l:! • Stinchcornbe. 165 et seqs. Booth.c. seja para fins comparativos. Sclvin. 1~ Segundo o citado artigo de Selvin (apud NISDET. Observe-se ainda que o conceito de [uto social é restrito. 1965: p. em seu . 1961. "Dur- . Durkheim realizou depois estas observações e a correlação entre taxas de enfermidade mental c taxas de suicídio resultou insignificante. 224).. 1968: capo lI. onde o método ccntr al utilizado é o da análise rnul rivar iuda (" mtroducào de propessiv<ls variáveis adicionais permite aprofunuar (1 tratamento do problema Lllé garantir g. esp. um sociólogo americano. e comparou populações diferentes para mostrar que. 121). l~ O artigo foi iccditudo khcirns .".1. tornando por base a socicJ"dc pc rIrit arncntc simples ou de segmento único. como todas as coisas podem ser distribuídas em séries. II à A utilização da estatística como instrumento de análise é feita aí por Durkheim. Isto refutou a teoria l2e CI. I DL'nKIIU'l. 59 e 63).u.hcim ~lnun('i. C outro resultado diferente (correlação insignificante). Algumas valorizações específicas devem ser citadas: • Merton apresenta-a como um dos melhores exemplos do que ele veio a chamar "teoria de médio alcance" . no interior dc~.t publicação. 1968: p.c distinguirà0 as diferentes variedades. Th()ll~hl' 011 " ivlclhndological sob o título Classic".uma generalização segura à base de dados empíricos tratados com precisão e segurança .l-'C p(1r clas. rcplicação "é o reesiudo sistemático de uma dada relação em diferentes contextos". p. as populações com altas taxas de enfermidade mental teriam alias taxas de suicídio: "Assim Durkheim póde descrever um conjunto de observações (as ~-::lações entre taxas de enfermidade mental e taxas de suicídio para várias regiões) que dariam um resultado (correlação positiva).~". t'ipos de suicídio). V. l ournal oí Sociotoev em que l! C. 3 . Ed. 1895: p. "Époques critiques et époques organiques..~U!ldusu:iali. I 959: p. Buscando uma "emancipação da Sociologia" (DURKHEIM. BOUGLÉe HALÉVY(org. Paris. As concepções são diferentes. p. uma reação contra a ~pção mecânica da sociedade. 1970: capo 2.93 __ d~isão do trabalh?~_al?!~sent~omo ~.. p. por conseguinte. enfim (last but not least). São Paulo. de dissolução) e "épocas orgânicas" (períodos em que reina um pensamento unificado e uma concepção coletiva da vida). c) é exclusivamente sociológico e os fatos sociais são antes de tudo coisas sociais. Posição mctodológica Lcs Rêgles constituem um esforço sistemático com vistas à elaboração de uma "teoria da investigação sociológica" (FERNANDES. p. "Durkhcim estava absolutamente seguro de sua tarefa. premiêr e année. p. Em sua obra metodológica Dur)< O termo orgânico ocupa uma importante posição entre os saint-simonianos. 204-05). ibid.s. de negação. ~4 Na verdade. que apenas uma cultura especial!!lcnte. ao mesmo tempo. 1959. que se trata meramente de um organicista. esp. estritamente sociológica. Ao concluir Les rêgles. 1967: capo 2. Nacional. A Sociologia não é.. capo VII.2. 2) existe muita estatística a respeito: 3) é uma questão de considerável importância. que é possível chegar a conclusões úteis que podem ajudar com proposições práticas as ações futuras" (MADGE. p.. 1924. que instruiu tanto concepções conservadoras tal com~. . voltada para a busca de regularidades que são próprias do "reino social" e que permitem explicar os fenômenos que ocorrem nesse meio sem precisar tomar explicações emprestadas de outros reinos. 1959: p.oQ1Üj_t_'! do espírito inventiva do homem. qualquer tentativa de simplesmente explicar o social pelo orgânico esbarraria com os preceitos metodológicos explicitados nas Rêgles. e o sentimento do que tem de especial a realidade social é de tal' maneira necessário ao sociólogo. 1829. p.-André. esp.--ª---º-~.Qcc." Cahiers l nt ernation aux de Sociologie. --. antes do advento do organicismo. sociológica pode prepará-Io para_a compreensão d~_ fat~_sociais" (id. a tal ponto que se torna difícil enquadrá-Ia numa determinada corrente sociológica sem correr o risco ele toma r a parte pelo todo. Segunda sessão. mediante a apresentação sistemática de fatos existentes.~ 26 27 alternativa (tal como estava formulada) c fez com que sua teoria fosse muito mais veraz" (STINCHCOMBE.---Essa reação visava antes de tudo a uma valorillião do homem. Ex position. Fr. 140) e procurando dar-lhe "uma personalidade independente" (id. p. ela mesma. Florestan Fernandes ressalta que "a primeira formulação adequada dos fenômenos de função e da utilização da explicação funcionalista na Sociologia surge com A Divisão do Trabalho Social e As Regras do Método Sociológico de Durkheim" (FERMNDES. sua tipolcgia social evolutiva estabelecida a partir da solidariedade social mecânica e orgânica poderia sugerir. Para eles o desenvolvimento da humanidade se alternou em "épocas críticas" (períodos de crise. Cia. que era demonstrar que as ciências sociais podem examinar urna questão social importante. 143) diz claramente nas páginas finais: "Fizemos ver que um fato social não pode ser explicado senão por um outro fato social e.). Doctrine de Saint-Simon. • Madge. b) é objetivo. e pôde mostrar.Rrªn. esp. v. Marcel Riviêre. Daí uma série de esforços no sentido detuma concepção oruànica da sociedade. o anexo de qualquer outra ciência. mostramos como esse tipo de explicação é possível ao assinalar no meio social interno o motor principal da evolução coletiva. 161). 157-78. -' . Spencer quanto soclarlstas tal como a de John -R_~_kin.o. Mas o problema n30 se coloca de maneira tão simplista. 3> ~ª-~~_<: ~ •. 131-52. também WILLlAMS. 152-55. Tal emprego é feito pelo carbonário Buchez (cf. para superar a excessiva valorização da máquina. pois. Assim. fruto desse mesrr:!. ISAMBERT. XXVII (nova série).quando surgiu. A~ O enquadramento que se pode fazer de Durkheirn numa ou noutra corrente sociológica só é válido para aspectos parciais de sua obra. 140) e pelas exposições gerais dessa escola (ci . Cultura e Sociedade. 78). C]. Para compreendê-I o é preciso levar em conta o ambiente intelectual do. p. esp. sobre a qual outras pessoas haviam filosofado por muito tempo. principalmente na Inglaterra mergulhada no industrialismo. Une contribution de Buchez à l'élaboration de Ia théorie sociale des saint-simoniens. tal como as primeiras páginas de La division du travail poderiam confirmar. A posição metodológica de Durkheirn é. uma ciência distinta e autônoma. mostra como Durkheirn escolheu esse tema por três razões: 1) o termo "suicídio" poderia ser facilmente definido.m.~culo XIX. 16). 36). ibid. por exemplo. esp. Durkheim sintetiza seu método em três pontos básicos: a) independe de toda filosofia. é. Nova ed.). 1969. mas é certo que se tratava de um termo em voga.Rayrnond. a metodologia !á mencionada cio ícnôcartcsiunn . explicar o social membros na obra os fenômenos só se explica componentes.a durkheimiana. que não vem Após conclusões a análise que não constituam elaboradas. levariam que Assim ocorre Iuncicnalistas funcionalista secundariamente Outras dram-no a ciência positiva cognitiva possível" para do homem quem à realidade está positivista o "fator com a explicação genética. comumente e/ou feitas de Durkheirn Sua enqua- predominantemente de elemento lugar e que tinham social ao status e decisivo social". face seu positivismo constitui externa.\ os fenômenos sociais scnâo nos fatores sociais. COSER. sobre Concretiza-s. coerentcs com soljº-?~eB~.Qg~c:~i!iscute.. Em suas obras está que tanto posteriores.t. indepen- como socioJogista.•. ldenti- . A posição das relações indivíduo-sociedade talvez e coerentes interpretação em toda muito durkheiseja uma nã. por em de partida religiosas _ localizado seguida conseguinte.~!Óprja. em sc'guida.e. essencialmente individualistas e em linha com a tradição liberal do século XIX com que. Durk heirn. científico fazer em das a chegar teorias ciências de só caracterizem Nesse de em definitivo estu- citações a seguir. básico de Durkheim a tradição Ele para e que de seus elevou antecessores.. das manifestações chama principais a atenção antiga de Durkheim individuais (Division du travai/) se encontram p. modernos. nessa corrente entre e mesmo outras não se funcionalista que. solidariedade. ficando-o implica única Parsons ciar-se sido que pelo dente Parsons mais linhas "o posição como ponto "herdeiro de que vista espiritual de que de Comte". Nesse e se antepõe à abordagem de "Uma. acréscimo sentido. 141. 460 et scqs. Outra. tal como faz Sorokin. o ponto - anteriormente constituem sociais fenômeno cil. na medida em que desenvolve sua mediante a adoção de conceitos básicos autoridade. sua própria doutrina. ausente (Le suicide) ou aparece esporádica (Les formes élémentaires de Ia vil' religieuse).e. estará ~ct52 ~ Com efeito... etc. 1'. 1:. mais aspectos simples o totemismo se atingir \ meno. 329 et seqs. (' cussão \ I dado. mas assinala igualmente a ocorrência de outros procedimentos analíticos.. metodológica duas caracterizações sociologista no "reino a sociedade para como positivista. 1938: capo VIII. modelos isolado. ressalta de seus a originalidade individualista. 400) em artigo recente. . a clareza das posições conceituais d_~. e interpretação ernpíricos. 307. ver p. 1(0'-' 1:. por exemplo. posteriormente chamada (embora não revestida de preocupações teleoJógicas a confusões enquadram com a filosofia).S. Aquela interpretação estaria baseada numa acumulação de erros cometidos por Parsons. coloca-o ao lado de Corntc e serve sobretudo para marcar uma linha divisória entre Durkheirn e Tarde. capo IX. Este da mais para análise antigas Le suicide e Les formes de trabalho seja de um da vida no os e a demonstração como religiosa./17 . é uma crítica do nível metodológico das concepções subjacentes do individualismo utilitarista. ó I e 343 respectivamente). vistas o fenômeno das das seja a disa Apesar de urna ao C:.lSO discutir aqui das formulações dur kheimianas.. "I -J valorativo no um que campo estudo. 1968: v. Na opinião de Pope. 1'. sua representações preocupado coletivas de coerção. esp._~QP. assim. sempre Dur khcirn permaneceu um reulista social. O enquadrurnento feito por Parsons de Durkheim como um positivisiu foi formalmente contestado por POPE (1973: p. tinha social" em diferena ele. p. estudo um difí- fenômeno de delimitação manifestações mais complexos influência mais é o caso foi e. segundo explicações repudiam os a abordagem e a contradizem. para. mentalmente sentido.~~ concepções correntes (vulgares ou não) a respeito de um Ienôme- miaria das contribuindo a propósito universais para o bem-estar social. que jamais buscou outras e xplicacôes par. este caracterizado como psicologista (SORO"J~.~_· estritamente mais a sua pessoal tLuÍda em sociológica. Parsons ressalta que a metodologia de Durkheim é a do "positivisrno sociologista" (PARSO:--.p'riTI1cir~f!1~!!~~.s.!!Jkheim obedece a uma constante metodo!. polêmica. A divergência e da teoria de pensamento: básica consiste na precedência ou proeminência do indivíduo sociedade. a que a maior parte do argumento deste estudo se refere".28 . uma interpretação --. está na realidade funda- posição é antiatornistu com a manutenção da ordem social. termos aprcsc-. IlJ7I: p.. reconhece o conceito de f unçào como dcsernpenhando um papel crucial na obra de Dur k heirn. I. caracterização é um fenômeno o fato de que sui generis. para as teórica mas do problema também é retomada. é um desenvolvimento da tradição posítivista geral. Spencer e Tarde sobretudo." kheirn coloca a explicação. .---------dos dados com obra. na medida em que o indivíduo busca sua rcalizacào pessoal (sobretudo sua riqueza). quando ela afrouxa seus laços c permite a desorganização individual. de não ter percebido senão o Jado cristalizado. os fenômenos que concernern à estrutura têm qualquer coisa de mais estável que os fenômenos funcionais.. O leitor pode encontrar no esquema os principais elementos contidos na teoria durkheimiana. cr. 1953: p. mas entre as duas ordens de fatos não existem senão diferenças de graus. e distingui-Ia da vida de onde ela deriva ou da vida que ela determina. a(/) cr. corresponde a uma certa violentação.é' 30 4. mas é explicado por ela . o que é. .tal como uma estrutura J~ ---' a partir de um fundamento "Sem dúvida.~~ . Cuvillier. não encontra ali suas formulações. ela é a vida que atingiu um certo grau de consolidação. ou ausência dos liames e normas da solidariedade.- Ü o·~ (1) (I) õ5.I j i S2 z o O a: I<l: o o ::t: -. por se supor que arnbas as direrivas podem ser encontradas na teoria sociológica de Durkheim. justificada porém numa coleção para fins didáticos.I I I « o«: I I I I . evidentemente. O esquema teórico ANOMIA o I<l: CJ o esquema aqui apresentado para sintetizar a teoria sociológica durkheimiana constitui antes uma leitura dessa teoria que uma criação original propriamente dita do chefe da Escola Sociológica Francesa. visando à integração dos textos adiante selecionados. O esquema pretende ser tanto diacrónico como sincrónico. o esquema não explica propriamente a teoria.J o ~ Q) ~ o o O u.. .ou pretende sê-I o. I I . (I) o''. estereotipado Uigé] da vida social". defeito e qualidade do esquema. a um só tempo.« o a: . Assim sendo. onde as vinculações entre as partes selecionadas da obra podem ser vistas. J~ o o :J (/) ::J LU a: o •••• .. A diacronia é representada horizontalmente.o I c? e~ c.'(ij -- c: o I/) Q)'(3 O I I I I I I I I I o o sn a o -.- <-'. .~ I I I I I 1 LU~ o~ Cl.. o esquema funciona como um guia para o leitor.como ponte de partida também da organização social. -c o -c~ W (1) . . m Q) ~Q) . em nota a essa página.-:J :JI- (/)0 ~I I I g:ü cr. Estas podem ser encontradas nos textos selecionados. I .J I- mO« WIJOS 30V0318VOnOS >Olll . ml o -c o W ü (/) "'I/) o. tal como ainda se faz comumcnte [por Gurvitch].: ~ 0(1) a: LU I I~ ~I 01 o' -I 3m I «:«: ~> zLU~ m~ LUO LU I .. ainda que esquematizadas. ü:1 o~ a: O ~ '~""6lo I a I I I e 2: o z o :J . tendo a solidariedade social .. 190).~ z -.ponto de partida da teoria durkheimiana ao iniciar seus cursos em Bordeaux . melhor dito. A sincronia é simultaneamente representada na vertical . Ela se forma e se decompõe sem cessar.J ~ «o ~I -J.!:? o (1) 2 O> . Assim. mas.. Nesse sentido. . os quais podem ser melhor situados no conjunto da obra de Durkheirn e no esquema em foco. e a anemia como fim desta. diz: "Vê-se aqui o quanto é falso se acusar Durkheim. na forma em que foi graficamente construído. equivale a dissociar coisas inseparáveis" i apud CUYILLlER. A própria estrutura se reencontra no vir a ser [devcnirj e não se pode esclarecê-Ia senão com a condição de não perder de vista esse processo de vir a ser. isto não diminui o seu valor específico. J:' Apesar de suas de Durkheirn Sociologia de sua época hígico. É sobrinho dileto de Durao mesSociolóde k hc irn. idéia -. por Kroeber. J 925: p. tal como declara no seu estudo "La prohibition de linccsre et ses origines" (DURKHEIM. aberta a reformulações. um marco involuntário do iournant durkheimienne. 100). a religião. 27). Nos quatro cantos do esquema são colocados a que correspondem direito. ibid. qualidade talvez a continuia prioridade J 969: na consolidação do social na explicação da realidade que vive o homem. bem como a ausência da pesquisa de campo notada não seriam antes fruto de indagações e preocupações a ele c não propriamente de seu tempo? e discípulo Essa "falha". Daí esta colocação complementar: "A moral não é pois apenas um sistema de hábitos. ou mesmo uma forma de concerç~lodo mundo. canto superior quatro obras vinculada às 5. núcleos primordiais da produção importantes. cuja monografia logia: a que permite grupal e o que reflete propiciou mostrar a frouxidão a elaboração de uma outra tipoo comportamento individualista. onde a moral é definida como "um sistema de regras de ação que predeterminam a condu Ia". Essas qualidades estão presentes por toda sua obra. Síntese Em síntese. assim que definida perspectiva vinculada aos básica tipos de quase morfológica social. 1953: p. mo tempo que assinala um declínio intelectual da Escola gica Francesa. cujo consumo não fruir nos produtos Se ela apresenta natural. que refletem a influência organicista revelada especialmente nesta parte. p. mas continua a e leitores. até atingir a fisio- mente solidariedade logia social. como os fenômenos culturais sagrados ou profanos. 200-01). que tanto e diacronia se situa pode ser apreendida coercitivos sobre simbolizados no esquema pelas funções. No cruzamento a sociedade como pelos fatos sociais das linhas organização e de onde de sincronia central. que só a desenvolveu em cursos publicados postumamente.por fragmentária nados. é um sistema de comando" (id. as quais nos dizem como devemos agir . das classes sociais de seus discípulos lacunas - a ausência é um exemplo -. No canto superior esquerdo.32 trabalho. o das normas sociais que conduzem à anemia. j" . morfologia próprio: social. a obra sociológica não a etapa Sua maior mais de Durkheirn decisiva é mas seja um exemplo aca- de obra dades dêmica - imperecível. ela está estreitamente vinculada à educação como forma de socialização dos homens. emanam efeitos indivíduos e grupos como fenômenos abstratos de consciência coletiva e suas manifestações concretas que são as representações coletivas a própria matéria da Sociologia. as quais determinam por sua vez dois tipos diferentes e evolutivos de organização social. concreto e objetivo. os e estreitaquais são é 3. convém remeter o leitor à 2" lição de L'éducation mora/e. No canto inferior direito. que é a primeira da obra de Durkheim. a preocupações da sociedade respondendo representações coletivas. só compensado pelo renascimento americano Na organização dos textos foram suprimidas algumas notas de rodapé consider adas dispensáveis numa coletânea deste tipo. 2 J). e os dois tipos de direito (repressivo e restitutivo ) vinculados diretamente aos tipos de solidariedade social (mecânica e orgânica). situou-se o suicídio. Jk Na falta de um texto especial nesta seleção. clara a vinculação com a autoridade."e bem agir é obedecer bem" (DuRKHEJM. p. No durkheirniana. física e mental em que se exigem de um clássico e da qual se procura dar uma selecioa obra e da que seja nos textos adiante raizes no tempo em que viveu. ou de iniernalizaçào de traços constitutivos da consciência coletiva. Foram porém rnanti<1:1' lodas as que continham referências hibliopr áf icas. posteriores Lé vi-Str auss vê em Mauss.. is No canto inferior esquerdo situou-se a divisão do constitui um modelo do produto sociose esgota na leitura. pelo "Essas normas impessoais do pensamento e da ação são aquelas que constituem o fenômeno sociológico por excelência e se encontram com relação à sociedade da mesma forma que as funções vitais com respeito ao organismo: elas exprimem a maneira como se manifestam a inteligência e a vontade coletivas" (apud CUVILlIER. constitui a via através da qual veio a elaborar os primeiros delineamentos da sociologia do conhecimento a religião é uma forma de representação do mundo. a moral representa uma preocupação constante do autor. e que marca da Sociologia. Não se pode perder de vista a lição básica das Rêgles de que a moral é um fato social e que se impõe aos indivíduos por intermédio da coerção social. Daqui surgem manifestações polares. Félix • A bibliografia completa de Durk heirn é apresentada por LUKES. PUF. De /a méthode dans /es sciences. 1972) Le suicide. São Paulo. Alcan. uma série daquilo que Merton repete de Salvernini dos 1 1963) Le socialisme. reconhece ser a obra sociológica de Durk heirn "o esforço mais bem sucedido. d.I r" '34 Durkheirn nos anos t 50. A\can. Apresentação 3 v. Alcan. F.\ de Ia méthode sociologique. Physique des moeurs et du droit. (Nova ed. 1959. 1959b: p. A. PUF. Masters o] Sociological court. Mareei Riviere. além de apêndices do maior interesse (títulos dos cursos. (7. PUF/Faculté de Droit. Alean. n50 obstante. Nelson. Paris. que. Paris. Bouglé. ! - os libri fecondatori capazes de aguçar as faculdades leitores exigentes. Galli- i \ ARON. l o urnal Sociologique. f:. (5. 1969) Paris. Cambridge. de Maria Isaur a Pereira de Queiroz. port. Brace. PUF. Mi- Les n~f?le. Paris. de J. F. et ai. 1909. David Érnilc. Le systême toté mique cn A ustralie. Paris/lstambul. (Trad. M. PUF.. Mass. L'év olution Halbwachs. Paris. Apresentação de Hüseyn Nail Kubali. justamente quando e onde a Sociologia moderna deslancha suas grandes contribuições renovadoras que não deixam de reconhecer uma posição proeminente a Sociologia de Durkheirn. d u trnvoil social. de junção entre teoria sociológica e pesquisa cmpírica" (GURVJ1CH. Paris.a ed. seus discípulos. Paris. PUF. Ela foi posteriormente complemen tada por Kar ady (DURKHEIM. F. Paris.3 Les formes éleme nt air es de Ia vil' religieuse . 1975). Introdução de G. e apresentação 1893 1895 - De III division PUF. O mérito creditado a estes está sobretudo em proporcionar a todos nós. Paris. Filho. Ed. ed. 1%0) 1970 1975 - La science sociale et l'action . Paris. Davy. Jovanovich. PUF. J. précurseurs de Ia Sociologie. Paris. port. (2. participação em bancas de doutoramento com trechos das argüições e colaboradores do Année Sociologique no período de vida de Durkheirn ). Introdução Paris. Mortt esquieu e/ Rousseau. São Paulo. . Harvard University Press. F. Paris. (Trad. Raymond. 1925 1928 volve e se completa na medida em que assimila as contribuições de seus grandes mestres. Pragmatisme ct Socioiogic. de J. Davy. SOUZA SAMPAIO. H. Vitória. de Victor Karady. Ses débuts. [s.]) de mais 1 severos de Durkheim achavam-se nos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial. Prefácio de C. A1can. CLARK. Paris. O fato importante a ressaltar é que I 1 Sociologie et Philosophie. BOUASSE. Introdução F. completada por uma "Cornpr ehensive Bibliography of Writings on or Directly Rclcvant to Durk heim". La doctrine de Mareei Mauss. 1970) L'éducation morale. curioso que dois dos críticos 20 35 1922 1924 Education Lourenço et Sociologie. até o presente. Alean. Salvador. Alcan. 1953 Bibliografia de Durkheim * 1955 1969 - DL'RU!E!M. F. A1can. é Gurvitch. 1969) Leçons de Sociologie. mard. J 897 1912 - (11. Alcan. Prophets and Patrons : The French Urtiv ersity and lhe Ernergence o] lhe Social Sciences. 1971) de M. Cuvillicr. e apresentação Paris. F. Prefácio de A. Introdução Duvignaud. Thales de.a ed. Forense. saint-simoniennc. Har- ~j r: !i l . PUF. (Nova ed. Nota introdutória de G. Te xt es. 1968) I l Bibliografia sobre Durkheím Les étapes de Ia pensée sociologique. 3). Introdução de J ean-Claude Filloux. Melhoramentos (Trad. 1973. Étud e sociotogique. Sa déiínition. New York. L. nuit. 1967. Rio de Janeiro. Vrin. I il COSER. só se desen- . Thought.a ed. 1938 1950 - pédagogique en France. Terry Niehols. de Toledo Camargo. MACHADO NETO. Atualidade de Durkheim. F. 1972. Paris. 20 O outro AzEVEDO. 1971. Companhia Editora Nacional. Lewis A. Paris.'IU!). Ernile.i. FER~"\:-. o'A Sociedade como Técnica da Razão: Um Ensaio sobre Durkhcirn. cxposé 1938. "La GUR\'ITCH. v. GIA:--:l\:OTTI. W. Fundamentos Em piricos da Explicação Socio(I" cd. J 973. aurncn- Prcss. "Classic on Classic: Parsons' Interpretation heirn.! Critical John.:. 1()~5. 43-o~ (Sào Paulo. G. sc ne. Paris. New York. 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J 959 [b]. n. p.. wood C!iffs. o] Social 1968. Tlie Structurc Press.II. 1968." Revista Mexicana de Sociologia. :. 11(11'. par -. I Robert h. Exercícios de' Filosofia. Arthur L. Paris. PUF. Documents Similar To 7 - Coleção os pensadores - A sociologia de DurkheimSkip carouselcarousel previouscarousel nextIntelectuais e Classe Dirigente - Sergio MiceliDurkheim pdfResumo de Direito e SociedadeFERNANDES, F. Fundamentos Empíricos da Explicação Sociológica.Parte IDurkheimTexto 3a - COULON, A A Escola de Chicago.pdfASP 1QUEIROZ Maria Isaura Pereira, O Pesquisador, o problema da pesquisa, a escolha das tecnicas algumas reflexões. in Lang Alice Beatriz da S. G. 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