6645 Revista v.3 n.4.Indd Cristina

March 29, 2018 | Author: Luis Eduardo Figueredo Chacin | Category: Tooth, Average, Dentistry, Wellness


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Ortodontia: a simetria e a estética do sorrisoTrabalhos de pesquisa e estudos clínicos Ortodontia & Estética Ortodontia Virtual Ortoreview Marketing na Ortodontia Apoio cultural OrtodontiaSPO - Vol. 40, n. 4 (outubro/novembro/dezembro/2007) - São Paulo: VM Comunicações - Divisão Cultural, 2005 Periodicidade Trimestral ISSN 0030-5944 1. Ortodontia. 2. Ortopedia Funcional dos Maxilares. I. VM Comunicações - Divisão Cultural II. Título CDD 617.64 Black D4 256 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. 40 | No 4 com a colaboração de especialistas em Ortodontia. feita com muito carinho para você. Fisioterapia e Fonoaudiologia. como a que se refere ao evento. leitor. a seção Ortodontia & Estética chega a parte 4 da série de matérias sobre o tratamento ortodôntico precoce. Isso. fortalece nossa credibilidade e confirma a nossa responsabilidade em fazer uma publicação científica de qualidade. e deverá reunir cerca de 5. sem dúvida. COMPROMISSO COM A INFORMAÇÃO Esse comprometimento poderá ser comprovado no Orto2008SPO.Editorial M ais um ano que passa e com ele chegamos à quarta edição do volume 40 da revista OrtodontiaSPO. É só conferir. Enquanto você aguarda as novidades do Orto2008-SPO. no Anhembi. ávidos pelas informações que serão apresentadas por renomados Julio Wilson Vigorito Diretor Responsável pesquisadores. aprecie o conteúdo desta edição da revista. que chega à sua 16a edição como o segundo maior congresso de Ortodontia do mundo. maior entidade especializada em Odontologia na América Latina.000 participantes. E nesse momento de reflexão vale destacar a parceria com nossos leitores. publicação que há quatro décadas vem cumprindo o papel de levar informação e atualização em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares. O evento será realizado em outubro. A revista OrtodontiaSPO no 4 está pronta. Boa leitura! No 4 | V. abordando a Integração Profissional. Além desta. que vem nos acompanhando durante todo esse tempo. que traz artigos científicos e matérias especiais. O compromisso em ser um canal de comunicação e aprimoramento Jairo Corrêa Presidente da SPO constante para a classe odontológica reflete a missão da SPO. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 257 . ....Bibliografia Brasileira de Odontologia LILACS .................................. Gladys Cristina Domínguez) ........ 40 | No 4 . José Luiz Cintra Junqueira).......... 273 • Estudo cefalométrico-radiográfico das mudanças no perfil tegumentar de pacientes com má-oclusão de Classe I tratados com extrações dos primeiros prémolares Cephalometric radiographic study of soft tissue profile changes in Class I patients after orthodontic treatment with first premolars extractions (Milton Missaka........ Divisão 1a ...........................257 263 Editorial Compromisso com a informação ... Luiz Cesar de Moraes........ Kátia de Jesus Novello Ferrer. Renato Castro de Almeida....................... Maria Helena Castro de Almeida) ........... 281 293 Ortoclínica • O aparelho extrabucal conjugado na correção da má-oclusão Classe II......................................................... Anka Sapunar........ 257 Ortopesquisa • Comparação dos efeitos dentoesqueléticos decorrentes do tratamento realizado em duas fases (com aparelho de Herbst e aparelho fixo pré-ajustado) em adolescentes com retrognatismo mandibular Comparision of the dentoalveolar-skeletal effects of Two-Phase treatment (with the Herbst and preadjusted fixed appliance) in adolescents with mandibular retrognathism (Fábio de Abreu Vigorito..... Jeferson Xavier Oliveira........ Kátia de Jesus Novello Ferrer Indexada na: BBO .............................. 293 Capa: Imagens de paciente cedidas pela Dra... Guilherme Alves da Silva Cardoso............Relato de caso clínico Conjugated extra oral appliance for correction of Class II....Case report (Triuze Yano Barone....Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde 258 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. 263 • Maturação óssea das vértebras cervicais correlacionada com a maturação óssea de mão e punho e com a mineralização dentária pelo método radiográfico Cervical vertebrae bone maturation correlated with hand and wrist bone and dental maturation by radiographic method (Luiz Roberto Coutinho Manhães Júnior.......... Julio Cezar de Melo Castilho.............. Division 1st Malocclusion ...... Felipe Paes Varoli.... Emiko Saito Arita)... Mari Eli Leonelli de Moraes........ ................ Silvia Regina Miranda Mateus.. 331 • Normas de Publicação ........................................... Pedro Paulo Dias da Silva....... 328 • Eventos Orto-SPO chega à sua 16a edição em 2008 . 313 316 Ortoinformação • Ortoreview Resumo de artigos .. 320 • Ortodontia Virtual Previna-se dos vírus de computador ... Silvio Antonio Bertacchi Uvo....... Gustavo Augusto Grossi de Oliveira) ...................... 305 • Análise cefalométrica triangular basal Autor convidado: Nelson Junqueira de Andrade........................................................................................ 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 259 SUMÁRIO ......• Movimentação ortocirúrgica de dentes anquilosados Ortho surgical movimentation of ankylosed teeth (Paulo Renato Dias da Silva. 330 • Marketing na Ortodontia Ano que vem......................... 316 • Ortodontia & Estética Tratamento ortodôntico precoce ............................................. Vanessa Barbosa da Silva........... tudo vai ser diferente ......... 333 No 4 | V.......................................................................................................Parte IV: Integração Profissional ...................... Ligia Paula Tarosso Dias) ... 299 305 Ortodivulgação • Nanismo radicular Short root anomaly (Omar Gabriel da Silva Filho.................................................................. Todas as matérias inseridas nas edições da revista OrtodontiaSPO são de inteira responsabilidade dos respectivos autores. Dr.com. Moacyr Menéndez Castillero (São Paulo). Prof. Dr. João Grimberg (São Paulo). Dra. Dr. João Maria Baptista (Florianópolis) • SE: Prof. Hugo José Trevisi (Presidente Prudente). Dr. Valmy PamgrazioKulbersh • Itália: Prof. André Tortamano. Dr. Eduardo Sakai (São Paulo). Eduardo Rodriguez • Equador: Prof. Prof. Dr. Dr. Dra. C. Prof. Dr. Ilga Urtane • México: Prof.com. Luiz Eduardo Schroeder de Lima (Cruz Alta). 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Dr. Alfredo Manuel dos Santos Tesoureiro Geral Dr. Mário Wilson Corrêa. Jairo Corrêa) DIRETORIA SPO Central: Rua Tumiaru. Julio Wilson Vigorito (Quinto Presidente) Fundador do Boletim da Sociedade Paulista de Ortodontia Prof.Terceiro Presidente) Dr.spo.: (11) 3884-3113/9393 • Fax: (11) 3884-7575 secretaria@spo. Eduardo Sakai.br • www. Reynaldo Baracchini (Fundador .org. Duílio Mandetta Comissão Científica Prof. Dr. Muller de Araújo Fundador da Revista Ortodontia Dr.Segundo e atual Presidente) Dr. Profa.Ex-Presidentes Dr. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 261 . Seiti Ishi Assessoria Presidencial Prof. Jairo Corrêa (Fundador . Fernanda de Azevedo Corrêa. Paulo Affonso de Freitas (gestão Dr. José Eduardo Pires Mendes Assessor para assuntos Nacionais Dr. Sylvio Corrêa Fiúza Comissão Fiscal Dr. Reynaldo Baracchini. Prof. João Grimberg 1o Secretário Dr.br No 4 | V. Ager de Lorenzo Assessor para assuntos do Interior Prof.org. Lucy Dalva Lopes. Cleber Bidegain Pereira. 227 • Ibirapuera • São Paulo • SP • 04008-050 • Tels. Luiz Sérgio Alves Machado Diretor Social Dr.SOCIEDADE PAULISTA DE ORTODONTIA E ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES Presidente Dr. Nivan Marton 1o Tesoureiro Dr.Vera Claudia L Romain Assessor para assuntos Internacionais Prof. Profa. Manoel C. Gladys Cristina Dominguez Rodriguez Secretário Geral Prof. Norberto dos Santos Martins. Jairo Corrêa 1o Vice-Presidente Dr. Dra. Prof. Osny Corrêa (Quarto Presidente) Prof. Unitermos .Aprovado em: dez/2007 * Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Fundecto . De T2 a T3. Os resultados mostraram que de T1 a T2 tanto a maxila quanto a mandíbula se projetaram para anterior. Pode-se concluir que as mudanças caracterizaram diferencialmente as duas fases de tratamento. Facial type was preserved. ** Professora Livre-Docente da Disciplina de Ortodontia do Departamento de Ortodontia e Odontopediatria da Fousp. 1a de Angle e retrognatismo mandibular.Trabalho original COMPARAÇÃO DOS EFEITOS DENTOESQUELÉTICOS DECORRENTES DO TRATAMENTO REALIZADO EM DUAS FASES (COM APARELHO DE HERBST E APARELHO FIXO PRÉ-AJUSTADO) EM ADOLESCENTES COM RETROGNATISMO MANDIBULAR COMPARISION OF THE DENTOALVEOLAR-SKELETAL EFFECTS OF TWO-PHASE TREATMENT (WITH THE HERBST AND PREADJUSTED FIXED APPLIANCE) IN ADOLESCENTS WITH MANDIBULAR RETROGNATHISM FÁBIO DE ABREU VIGORITO* GLADYS CRISTINA DOMÍNGUEZ** RESUMO Neste estudo prospectivo foram avaliadas as mudanças dentoesqueléticas decorrentes do tratamento da má-oclusão de Classe II.Angle Class II. permitindo um ajuste maxilomandibular. enquanto que na Fase II houve uma desaceleração do crescimento em combinação com recidiva das posições dos molares e incisivos inferiores.USP. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 263 ORTOPESQUISA . The acrylic-splint Herbst appliance. Key Words . at the end of the post Herbst period. a maxila continuou a projetar-se para anterior e a mandíbula apresentou um incremento menor. Upper molars were distalized while the lowers ones mesialized and the overjet was diminished. div. Retrognatismo mandibular. obtidas em três tempos (T1-Início. Aparelho tipo Herbst com splint acrílico. em decorrência da soma das mudanças dentárias e esqueléticas. The patients were treated in two 13-month phases. It could be concluded that the changes characterized differently the two phases of the treatment: during phase I there was a bigger mandibular growth and dental changes that overcorrected the malocclusion while during phase II there was a decrease of the growth rate and a partial relapse of the position of the lower incisors and molars but without jeopardizing the ideal goals of the treatment. Mestre em Ortodontia pela Fousp. tratados em duas fases de 13 meses (I. As telerradiografias laterais. The upper incisors were inclined distally while the lowers were protruded. O tipo facial foi preservado. os molares superiores e os inferiores mesializaram. No 4 | V. os molares superiores distalizaram e os inferiores mesializaram e o trespasse horizontal diminuiu. porém. fase pós-Herbst). Recebido em: dez/2006 . The upper incisors stayed stable while the lowers were moved lingually. The mandible grew less than in phase I. porém com incrementos significativamente maiores na mandíbula. de 20 adolescentes consecutivos. sendo que na Fase I houve um maior incremento do crescimento mandibular e mudanças dentárias que sobrecorrigiram a má-oclusão. fase ativa de tratamento com Herbst e II. at the beginning of the treatment. Comparando T1 a T3 observou-se correção da má-oclusão.Má-Oclusão de Classe II. Upper and lower molars showed a mesial movement. Phase I was done with the Herbst appliance and Phase II was the period after Herbst removal. Divisão 1a de Angle. não comprometendo as metas ideais do tratamento. Comparing T1 with T3 a correction of the malocclusion was observed due to the sum of the skeletal and dental changes. T2 at the end of Herbst treatment and T3. Mandibular retrognathism. os incisivos superiores permaneceram estáveis e os inferiores lingualizaram. ABSTRACT The aim of this prospective study was to observe dental-skeletal changes occurring after the treatment of the Angle Class II/1 malocclusion and mandibular retrognatism. T2-no término da fase ativa e T3-término da fase pós-Herbst) foram traçadas e analisadas estatisticamente. Lateral cephalograms from 20 consecutive patients were obtained in 3 different times: T1. From T2 to T3 the maxilla continued to grow anteriorly. Division 1 malocclusion. os incisivos superiores retroinclinaram e os inferiores protruíram. The results showed that from T1 to T2 either the maxilla or the mandible were projected anteriorly with a significant major increase in the mandible allowing the maxillarymandibular adjustment. 3. T2 e T3) que consistiram de fotografias extrabucais e intrabucais. Pancherz3 (1988). no qual a mandíbula exibe um incremento de crescimento significativo. de mão e punho. Ruf. T2-azul e T3-vermelho. McNamara.P. as mudanças dentoesqueléticas. Howe15 (1988). conseqüentemente. denominada Fase Pós-Herbst. A Figura 3 exibe a sobreposição dos três traçados de um dos pacientes da amostra. Fackel19 (1990). Schütz et al (2003). D. modelos ortodônticos. 22 28 9 a aparelho tipo Herbst com splints acrílicos seguido de aparelho fixo pré-ajustado. conforme descrito por Pancherz18 (1982). Pancherz. MATERIAL E MÉTODOS A casuística consistiu de 20 pacientes adolescentes leucodermas brasileiros. Pancherz20 (1991). documentações ortodônticas completas nos três tempos do tratamento (T1. nas telerradiografias em norma lateral de adolescentes com má-oclusão de Classe II. visa corrigir não só as relações dentárias como também a discrepância esquelética sagital. radiografias panorâmicas. com má-oclusão de Classe II. decorrentes do tratamento com o aparelho de Herbst. Preocupados em esclarecer estes aspectos. em todos os pacientes. a linha oclusal (LO) e a linha oclusal perpendicular (LOp) da primeira telerradiografia de cada paciente foi usada como guia de referência. Porém. Nos traçados cefalométricos foram identificados os pontos apresentados na Figura 1 e as linhas de referência apresentadas na Figura 2. promovendo um avanço mediante o uso de Aparelhos Ortopédicos Funcionais. Divisão 1a de Angle e retrognatismo mandibular tratados com 264 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. McNamara. questiona-se o fato da estabilidade desses resultados após a fase ativa do tratamento e se o aparelho de Herbst de fato provoca mudanças terapêuticas suficientes para justificar seu uso. segundo avaliado pela idade óssea. com retrognatismo mandibular. As telerradiografias laterais obtidas nos três tempos foram traçadas e medidas e os resultados foram comparados e analisados estatisticamente. Burkhardt. As mudanças dentoesqueléticas observadas do término da fase ativa (T2) até 13 meses após a remoção do aparelho de Herbst (T3).P. sendo T1-amarelo. da seguinte maneira: Para todas as medições lineares das telerradiografias em norma lateral. um ano e quatro meses para o gênero masculino e média de idade de 11 anos e 11 meses. a proposta neste estudo prospectivo e longitudinal foi avaliar. Divisão 1a de Angle e retrognatismo mandibular. a correção da distoclusão dentoalveolar Herbst (1910). A partir dessas referências foram realizadas as sobreposições para a avaliação das diferenças entre os três tempos. com S (Sela) como ponto de indicação. selecionados de forma consecutiva (14 do gênero masculino e seis do gênero feminino. com média de idade de 12 anos e oito meses. As mudanças dentoesqueléticas observadas do início (T1) ao término do tratamento com aparelho de Herbst (T2). Foram obtidas. 40 | No 4 Figura 1 Pontos cefalométricos determinados nas telerradiografias em norma lateral. dez meses para o gênero feminino). na literatura estão descritos protocolos terapêuticos que sugerem a possibilidade de afetar o crescimento e a posição mandibular. D. destaca-se a eficiência do aparelho de Herbst que demonstra conseguir uma melhoria significativa do equilíbrio estrutural e muscular da face e. Pancherz (2003). McNamara1 (2003). Howe16 (1990).FÁBIO DE ABREU VIGORITO • GLADYS CRISTINA DOMÍNGUEZ INTRODUÇÃO O tratamento ortodôntico de pacientes adolescentes com má-oclusão de Classe II. totalizando um período médio de observação de 26 meses de tratamento nas duas fases. 2. Todos os pacientes se encontravam no surto de crescimento da adolescência. As mudanças dentoesqueléticas observadas do início (T1) até 13 meses após a remoção do aparelho de Herbst (T3). Entre os vários propostos. . A guia de referência foi transferida do primeiro traçado (T1) para os seguintes traçados (T2 e T3) por sobreposição dos traçados na linha SN (SelaNásio). Considerando o tratamento de indivíduos durante o surto do crescimento da adolescência. denominada Fase Ativa. com duração média de tratamento de cada fase de 13 meses. comparando: 1. telerradiografias em norma lateral e frontal. Windmiller29 (1993). Hägg. Divisão 1 de Angle. Análise estatística Variáveis cefalométricas consideradas Seguindo a metodologia proposta por Pancherz18 (1982). Co/LOp . SN. 14.Posição do côndilo. ms/LOp menos mi/LOp .Relação molar (um valor positivo indica uma relação distal. Pg/LOp . A média aritmética e o Desvio Padrão foram calculados para cada variável cefalométrica. Pg/LOp + Co/LOp . is/LOp . SN.vermelho). 9.Mudança na posição do primeiro molar permanente inferior na mandíbula.Mudança na posição do priFigura 2 Linhas de referência.T2 e T3). 5. a partir do cálculo do valor das diferenças entre as seguintes distâncias: 1. Para avaliar o erro do método.LO . T2-T3 e T1-T3. realizado em dois pacientes (10% da amostra) nos tempos (T1.GoMe . 3.Posição da cabeça condilar.Ângulo do Plano Oclusal.Sobressaliência. todos os traçados foram realizados e medidos duas vezes pelo mesmo operador.Posição do incisivo central superior. mi/LOp . um valor negativo indica uma relação normal). foi realizada para comparar as mudanças observadas entre os tempos T1-T2. 11. 4. 15. Figura 4 Variáveis cefalométricas propostas por Pancherz (1982). is/LOp menos ii/LOp . SS/LOp . mi/LOp menos Pg/LOp . ii/LOp menos Pg/LOp .Posição da base mandibular. Pg/LOp + Ar/LOp . ms/LOp . onde d é a diferença entre dois registros de um par e n é o número de registros duplos.Posição da base maxilar. meiro molar permanente superior na maxila. 6.Comprimento mandibular. 17.FÁBIO DE ABREU VIGORITO • GLADYS CRISTINA DOMÍNGUEZ 7.Posição do primeiro molar permanente superior. Figura 3 Sobreposição dos traçados (T1 amarelo. 16.Posição do primeiro molar permanente inferior. pelo teste “t” de Student.Mudança na posição do incisivo central superior na maxila.8 mm para qualquer das variáveis investigadas. T2 . 2. a distância de um mês. 13.Mudança na posição do incisivo central inferior na mandíbula.Comprimento mandibular. 12. O tamanho do erro do método combinado em localização.Posição do incisivo central inferior. is/LOp menos SS/LOp .Ângulo do Plano Mandibular (PM). 8. A comparação entre as medidas cefalométricas. Ar/LOp . foram estabelecidas as variáveis cefalométricas descritas abaixo. ms/LOp menos SS/LOp . sobreposição e medição de mudanças dos diferentes pontos de referência foi calculado pela fórmula de Dahlberg ±√∑d2/2n. 18. ii/LOp . 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 265 ORTOPESQUISA . No 4 | V. O erro do método combinado não excedeu ± 0.azul e T3 . 10. 28 1.19 0.94 91.69 -0.13 ± 4.05 ± 1. *** * * * * n.) DAS VARIÁVEIS CEFALOMÉTRICAS EM T1 E T2 COM DIFERENÇAS E SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA (TESTE “T” DE STUDENT) Variável Cefalométrica SN.52 98.P.86 -0.(p<0.15 0.00 ± 2.s.00 ± 2.25 ± 6.23 ± 1.57 10.(p<0.08 ± 1.27 1. DESVIO PADRÃO (D.73 ± 5.LO (°) is/LOp-ii/Lop ms/LOp-mi/Lop pg/LOp+ar/Lop pg/LOp+co/Lop is/LOp-ss/Lop ii/LOp-pg/Lop ms/LOp-ss/LOp mi/LOp-pg/LOp T2 (Final do Herbst) Média ± D.50 ± 1.30 ± 6.98 ± 1.68 22.s.57 61.68 22.61 92.05 9.65 8.80 ± 1.89 94.30 87.06 11.23 1.25 ± 2.não significante.36 3.04 13.41 6.(p<0.10 -24.68 ± 1.25 ± 1.13 T2-T1 (Fase ativa) Média ± D.23 ± 5.00 ± 3.71 99.01 -24.92 -1.18 ± 5.P.s.93 ± 4.23 1.01).93 3.42 -3.75 ± 1.P.23 -1.83 ± 2.90 5.10 ± 4.P.10 ± 2.73 85.001) TABELA 2 .13 -26.30 ± 2.78 ± 6.65 8.13 -26.13 T2 (Final do Herbst) Média ± D.83 90.80 ± 6.80 ± 5.03 ± 6.s.não significante.MÉDIA.10 ± 6.68 ± 1.67 0.74 1.73 90.P.50 ± 1.82 81.PM (°) is/Lop (mm) ii/Lop (mm) ms/Lop (mm) mi/Lop (mm) ss/Lop (mm) pg/Lop (mm) ar/Lop (mm) co/Lop (mm) SN.23 ± 7.66 0.46 82.64 1.19 3.30 ± 6.29 54. *** *** *** n.65 19.03 ± 6.P.10 ± 3.P.(p<0.36 4.12 -0. *** n.02 -0.) DAS VARIÁVEIS CEFALOMÉTRICAS EM T2 E T3 COM DIFERENÇAS E SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA (TESTE “T” DE STUDENT) Variável Cefalométrica SN.05 -0.81 0. ** .78 ± 2.82 13.00 ± 1.78 ± 6.24 81.07 0.s. 40 | No 4 .05).53 ± 6.10 ± 4.03 56.(p<0.83 Significância Estatística n.50 ± 4.52 98.25 ± 6.90 ± 3.90 ± 1.10 ± 1.31 1.48 ± 2.78 ± 6.30 87.03 ± 2.08 ± 4.73 85.98 ± 4.s.23 -5.75 ± 2.83 90.10 ± 3.35 ± 1.48 21.70 ± 2.71 4.s.001) 266 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V.58 1.15 ± 3..04 -24. *** *** *** * n.57 1.PM (°) is/Lop (mm) ii/Lop (mm) ms/Lop (mm) mi/Lop (mm) ss/Lop (mm) pg/Lop (mm) ar/Lop (mm) co/Lop (mm) SN. n.19 58.91 86. 33.58 ± 2.25 ± 6.33 ± 5.23 ± 5.48 0.70 ± 2.40 ± 1.10 ± 2.93 3.65 9. ** .FÁBIO DE ABREU VIGORITO • GLADYS CRISTINA DOMÍNGUEZ RESULTADOS TABELA 1 . DESVIO PADRÃO (D.33 ± 5.97 ± 2.10 ± 3. * *** * n.93 1.15 ± 3. -0.71 -6.33 ± 0.89 11.26 -2.92 59.80 ± 1.89 83.05).92 59. 33.s.28 ± 3. *** *** *** *** *** *** *** *** ** n.29 -25.57 10.LO (°) is/LOp-ii/Lop ms/LOp-mi/Lop pg/LOp+ar/Lop pg/LOp+co/Lop is/LOp-ss/Lop ii/LOp-pg/Lop ms/LOp-ss/LOp mi/LOp-pg/LOp T1 (Início) Média ± D.38 ± 2.57 97.58 ± 3.96 -0.88 ± 7.68 ± 4.05 ± 1.10 ± 4.68 ± 4.83 ± 3.46 -1.80 8.70 13.98 T3-T2 (Fase pós-Herbst) Média ± D.36 -0.33 ± 7. 33.35 ± 2.s.65 ± 3. 32. * .28 4. -0.68 Significância Estatística n.08 ± 2. * .s.s.(p<0.40 ± 1. n.29 -25.93 1.83 ± 3.23 ± 2.35 ± 3.03 ± 1.85 ± 2.42 -3.78 ± 6.37 -26.03 56.13 T3 (12 meses pós-Herbst) Média ± D.25 ± 6. n.80 ± 5.60 ± 2.61 80.15 ± 3. n.30 ± 3.48 ± 6.01).15 ± 5. *** .70 ± 3.90 ± 2.40 96.98 ± 4. *** .00 ± 2.00 ± 2.82 13.s.30 ± 3..48 ± 6.27 1.20 ± 1.73 ± 4.06 -0.s.40 2.P.MÉDIA. n.30 ± 4.50 56.46 82.73 ± 4.48 87.45 ± 4.28 ± 1.40 96. 65 ± 3.5 vezes maior que a da maxila. *** *** *** *** ** n.20 ± 1.6 mm ± 2.90 0.61 92.(p<0. DESVIO PADRÃO (D.57 61.13 T3 (12 meses pós-Herbst) Média ± D.50 56.24 81. na avaliação esquelética verificou-se projeção anterior significante da maxila em uma extensão de 1.82 81.68 ± 1.70 ± 3. atingindo as me- tas ideais de uma oclusão funcional e sua estabilidade.09 Significância Estatística n. A proporção do crescimento mandibular foi semelhante à observada por Pancherz21 (1997). -0.P.69 -0. n. n.83 ± 3.80 ± 1.19 58.21 1.18 ± 5.65 9.7°.MÉDIA.33 ± 5.PM (°) is/Lop (mm) ii/Lop (mm) ms/Lop (mm) mi/Lop (mm) ss/Lop (mm) pg/Lop (mm) ar/Lop (mm) co/Lop (mm) SN.05 9.57 97.00 ± 3. n.08 ± 4.90 ± 3. O valor médio observado para a variável SN.s. na seqüência. o que contribuiu de forma determinante para o ajuste ântero-posterior maxilomandibular.15 ± 3.14 0. *** . descrita na Tabela 1. A posição do ponto condílio não sofreu mudanças (variável co/LOp)..04 13.84 2.01 -24.35 ± 3. n.94 91.98 T3-T1 (Análise Geral) Média ± D.FÁBIO DE ABREU VIGORITO • GLADYS CRISTINA DOMÍNGUEZ TABELA 3 .48 21. com preservação do padrão facial.não significante. Esse período foi denominado Fase Ativa do Herbst e.33 ± 5.26 -2.50 ± 4. Conforme apresentado na Tabela 1.P.7 mm ± 1.30 ± 4.08 ± 3.03 ± 6. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 267 ORTOPESQUISA .73 ± 4.87 5.75 1.(p<0.18 ± 1.36 4.s.73 ± 5. 1988).50 ± 3.88 ± 7. ** .87 2.05 ± 2.61 80.12 -4.05).10 -24.91 86.48 87.89 83. Mudanças durante a Fase Ativa do Herbst (T1-T2) No término da primeira fase de tratamento observou-se que as características esqueléticas e dentoalveolares iniciais da má-oclusão modificaram-se de forma favorável. Cabendo destacar que a projeção mandibular foi 3.s.35 ± 2.00 ± 2. Referidas características foram identificadas na avaliação cefalométrica.45 ± 4. e pela variável pg/LOp que avalia a mandíbula.2 mm ± 1. que descreve o padrão facial foi de 33.73 90. e este período foi denominado de Fase Pós-Herbst.49 5.P.6.10 ± 6.83 ± 2.29 54.83 ± 2. *** *** *** *** *** n. realizar a segunda fase de tratamento com aparelho ortodôntico fixo (Straight Wire) para finalizar o tratamento. enquanto que o ponto articular No 4 | V.s.06 11.6.(p<0.48 ± 1.43 ± 2. com valor médio de 1.s.80 ± 2.P.78 ± 2. por meio de duas variáveis.3 e da mandíbula de 4.73 ± 4.38 ± 3. Divisão 1a de Angle e retrognatismo mandibular.3° ± 5.80 ± 6.85 5.3 mm ± 2 em relação à linha de referência LOp.04 -24. caracterizando um padrão mesofacial.05 ± 1. *** n. o que significa que existia um aumento na sobressaliência e uma relação de Classe II nos molares.PM.30 ± 1.89 94.96 -0.78 ± 2.00 ± 2. como observado pelo aumento da variável ss/LOp que avalia a maxila.08 ± 1.36 -5.31 6.58 ± 2.s.s.LO (°) is/LOp-ii/Lop ms/LOp-mi/Lop pg/LOp+ar/Lop pg/LOp+co/Lop is/LOp-ss/Lop ii/LOp-pg/Lop ms/LOp-ss/LOp mi/LOp-pg/LOp T1 (Início) Média ± D. durante um período de 13 meses. A primeira é a is/LOp-ii/LOp que descreve a sobressaliência com valor médio de 9.56 -1.89 11.03 0. porém com uma ampla dispersão que variou de 21° a 45°. 32.03 ± 6.84 5.23 ± 7.75 ± 2. As mudanças observadas durante os primeiros 13 meses dessa segunda fase de tratamento foram analisadas neste estudo.19 0.18 0.53 ± 6.01).65 19.33 ± 7.70 13.) DAS VARIÁVEIS CEFALOMÉTRICAS EM T1 E T3 COM DIFERENÇAS E SIGNIFICÂNCIA ESTATÍSTICA (TESTE “T” DE STUDENT) Variável Cefalométrica SN.10 ± 4. e a ms/ LOp-mi/LOp que descreve a relação molar.71 99.15 ± 5.60 ± 2. na qual foi utilizado um aparelho ortopédico funcional tipo Herbst sobre splints acrílicos (conforme descrito por McNamara15.13 ± 4. * .s.37 -26.93 ± 4.80 8.58 1. 33.001) DISCUSSÃO Todos os pacientes do grupo avaliado no presente estudo apresentavam no início do tratamento características típicas de má-oclusão de Classe II.10 ± 3. A proposta de tratamento para este grupo de pacientes foi a de corrigir as alterações sagitais em uma primeira fase. 15-16.19-20. somados ao incremento menor da mandíbula. em uma extensão de -1.6. como também a manutenção do padrão facial. o valor observado caracterizou uma sobrecorreção.3 e de 1 mm ± 2. Existem controvérsias na literatura a respeito do sentido de rotação mandibular que pode ocorrer após o tratamento com o aparelho ortopédico funcional de Herbst. foi observado que os molares superiores foram distalizados.2 mm ± 1.3 mm ± 1. em relação à linha S-N (SN. Em relação às suas respectivas bases ósseas.75 mm ± 1. A combinação desses movimentos dentários. se pode afirmar que a redução da sobressaliência aconteceu em virtude da soma das mudanças do componente esquelético e dentoalveolar. aumentou desfavoravelmente em T3 para 4 mm ± 1.7 mm ± 2.3 mm ± 0. Embora as variáveis individuais avaliadas acima não tenham sido significantes. os incisivos superiores não sofreram mudanças de inclinação significativa. este efeito é de natureza temporária. Conforme apresentado na Tabela 2. em uma extensão de -1 mm ± 2. mais uma vez. Todas estas mudanças são semelhantes às encontradas por Schütz 268 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. A combinação desses movimentos dentários.7. enquanto que o plano oclusal (SN. Na avaliação dentoalveolar registrou-se mesialização dos molares superiores de 1.5. crescimento diferencial mandibular somado às inclinações para a palatina dos incisivos superiores e para a vestibular dos inferiores.75. Pancherz (1997) que já tinha observado este efeito afirmou que sem retenção apropriada. enquanto que os incisivos inferiores inclinaram de forma significativa para lingual em direção contrária à observada na fase anterior. É sabido que o movimento fisiológico durante o crescimento é mesialização tanto dos molares superiores como dos inferiores. Deve ser destacado que em T2 a relação molar estava sobrecorrigida com média de -3. A inclinação do plano mandibular. que no final de T2 apresentava um valor médio de 3 mm ± 2.9. decorrentes da terapia com Herbst. respectivamente.6 mm ± 2. Mudanças durante a Fase Pós-Herbst (T2-T3) Nesta fase do tratamento. Os nossos resultados estão de acordo com Schiavoni et al26 (1992).8 (mi/LOp-pg/LOp). como conseqüência da força aplicada pelo mecanismo. No cálculo do comprimento sagital total da mandíbula. somada ao crescimento diferencial da mandíbula observado durante esta fase do tratamento.FÁBIO DE ABREU VIGORITO • GLADYS CRISTINA DOMÍNGUEZ (variável ar/LOp) se deslocou em média -0. não sofreu alteração. levou a apresentar uma recidiva parcial da relação molar. o significativo incremento da distância pg/LOp foi responsável pelo aumento total do comprimento mandibular. provocando um efeito comparável ao obtido quando utilizado um aparelho extra-bucal (AEB). que representa um resultado além do valor de normalidade.4. aumentando a sobressaliência. A sobressaliência. na qual a variável ms/LOp-mi/LOp apresentou uma diferença de 0. observado durante esta fase do tratamento em relação à fase anterior. levaram a apresentar um valor de -5.3 (ms/LOp-ss/LOp) e mesialização dos molares inferiores de 1. Porém.8 mm ± 1. Pancherz21 (1997) já tinham observado estes efeitos. no entanto.6 e mesialização dos molares inferiores de 0. Isto é. 40 | No 4 21 . observaram-se aumentos significativos de 1 mm ± 2. todos os pacientes estudados apresentaram a correção da má-oclusão de Classe II.7 mm ± 2 (is/LOp-ss/LOp).3.8 pode representar a soma das mudanças do componente esquelético e dentoalveolar.7 e 4.9 mm ± 1. A posição do ponto condílio e do ponto articular não sofreram mudanças estatisticamente significantes. enquanto que os incisivos inferiores sofreram inclinação significativa para vestibular. porém sem significância estatística.9 (ii/LOp-pg/LOp).5.9 em direção anterior. Foi observado um discreto incremento na mandíbula de 0.4 da variável ms/LOp-mi/LOp. correspondente a 17%. a eficiência deste tipo de procedimento no tratamento do retrognatismo mandibular.25.8 mm ± 1. passando para um valor de -2. os incisivos superiores sofreram inclinação significativa para a palatina. observaram-se aumentos significativos de 4 mm ± 1. Considerando que a norma para definir uma relação de Classe I corresponde a 3 m.PM). Então. na avaliação esquelética verificou-se projeção anterior significante apenas na maxila em uma extensão de 1 mm ± 1. já foram relatados por outros autores 1.4 mm ± 1. Franchi et al2 (1999).75 mm ± 2. Divisão 1a de Angle e do retrognatismo mandibular.6. no cálculo do comprimento sagital total da mandíbula. Muito embora o ponto articular tenha se aproximado de LOp e a distância co/LOp não tenha apresentado mudança. se pode afirmar que o aumento significante de 1 mm ± 2.1 mm ± 1. Isto .28-29 et al27 (2002). respectivamente. Em relação às suas respectivas bases ósseas. Na avaliação dentoalveolar registrou-se distalização dos molares superiores de -1.4 mm ± 2.4. Então. avaliado pelas variáveis pg/LOp+ar/LOp e pg/LOp+co/LOp. em uma extensão de 1. então no nosso estudo foi confirmado. A sobressaliência (is/LOp-ii/LOp) que no início apresentava um valor médio de 9.6 diminuiu de forma favorável para 3 mm ± 2.4.LO) apresentou rotação em sentido horário.22. O aumento no comprimento efetivo da mandíbula e seu deslocamento em direção anterior. 8 e da mandíbula de 5 mm ± 2. porém.95. Então. apresentaram mudanças de rotações considerando as duas fases de tratamento por separado. Em relação aos molares inferiores ocorreu mesialização gradativa de 1. A inclinação do plano mandibular foi mantida de T1 a T3. os movimentos dos incisivos inferiores são difíceis de controlar. O movimento foi neutralizado já que na Fase Ativa foram vestibularizados e na Fase Pós-Herbst houve uma recidiva no sentido lingual. De forma diferente. sem mudanças na posição do ponto condílio. a inclinação significativa para a palatina observada nos incisivos superiores. decorrente do comportamento da posição dos molares superiores e inferiores e das modificações de crescimento ósseo. a oclusão dentária normal. O movimento foi neutralizado já que. o sistema mastigatório eficiente e a estabilidade do tratamento foram obtidos. se pode afirmar que a redução em -5. Porém.8 mm ± 2. somado às inclinações em direção lingual dos incisivos inferiores e a tendência de protrusão dos superiores. em sentido contrário ao observado na fase anterior. enquanto que na fase pós-Herbst houve um incremento de apenas 15%.2 mm ± 1.25. embora tenham apresentado mudanças de posição considerando as duas fases de tratamento por separado.1 mm ± 1.6 diminuiu de forma favorável para 4. muito embora tenham apresentado mudanças de posição considerando as duas fases de tratamento por separado. Houve um maior incremento no comprimento absoluto da mandíbula decorrente da projeção anterior do pogônio observada na fase T1-T2 de 80% e os 20% restantes aconteceram na fase T2-T3.FÁBIO DE ABREU VIGORITO • GLADYS CRISTINA DOMÍNGUEZ é.6 mm ± 2. observaram-se aumentos significativos de 5 mm ± 2. Estes dados estão de acordo com Pancherz (1997) que relata que na Fase Ativa os dentes superiores são movidos no sentido posterior e os dentes inferiores são inclinados para vestibular. concordando com os achados de Schützt et al27 (2002). respectivamente. A inclinação do plano mandibular. com a preservação do padrão facial. foram distalizados e na Fase Pós-Herbst houve mesialização dos mesmos. O maior crescimento observado na primeira fase foi determinante para o ajuste ântero-posterior maxilomandibular.85 e de 5. Portanto.1 . no cálculo do comprimento sagital total da mandíbula. como a harmonia do padrão esquelético-facial. Cabendo destacar que a projeção maxilar para a anterior ocorreu de forma gradual. a estética facial.9° ± 2. Na avaliação dentoalveolar. tinha observado que aproximadamente 30% da sobressaliência sobrecorrigida e 25% da relação molar sobrecorrigida restabelecem-se após o acomodamento oclusal. Em T3 observou-se uma favorável correção da relação molar. Do início ao término das duas fases de tratamento a posição do ponto condílio e do ponto articular não sofreram mudanças estatisticamente significantes.3°. é importante garantir essa intercuspidação no término do tratamento. Pode-se afirmar então que houve uma desaceleração do crescimento. Aproximadamente 90% das mudanças oclusais pós-tratamento ocorrem durante os primeiros seis meses pós-tratamento e são pela maior parte de origem dentária: os dentes superiores movem-se anteriormente e os dentes inferiores movem-se posteriormente (os incisivos inferiores verticalizam). 12 ORTOPESQUISA . Embora as variáveis individuais avaliadas acima não tenham sido significantes. Conforme apresentado na Tabela 3. em relação à linha S-N não sofreu alteração. na avaliação esquelética verificou-se projeção anterior significante da maxila em uma extensão de 2. aconteceu essencialmente na Fase Ativa do Herbst. no geral não se registrou alteração dos molares superiores.5 mm ± 3. Pancherz. em 1998. enquanto que o plano oclusal apresentou rotação em sentido anti-horário de -1. da mesma forma como já tinha sido observado por Lai. Em relação às suas respectivas bases ósseas. A sobressaliência. concordando com os achados de Lai. independente do sistema de ancoragem usado. esta aconteceu essencialmente na Fase Ativa do Herbst. destaca a que a estabilidade em longo prazo parece ser dependente de uma intercuspidação estável. o equilíbrio neuromuscular da face. McNamara Jr (1998).55. um incremento menor mandibular. enquanto que os incisivos inferiores não sofreram inclinação significativa no geral. na Fase Ativa. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 269 Mudanças gerais após a Fase Ativa e a Fase Pós-Herbst (T1-T3) Em uma visão geral do tratamento. as metas ideais a serem alcançadas pelo tratamento ortopédico/ortodôntico. McNamara Jr12 (1998). observando-se um incremento de 85%. sendo 55% na Fase Ativa do Herbst (T1-T2) e 45% na Fase Pós-Herbst (T2-T3). Schützt et al28 (2003) e de Pancherz21 (1997).1 da sobressaliência aconteceu em virtude da soma das mudanças do componente esquelético e dentoalveolar. que no início apresentava um valor médio de 9. isto é. Isto é. na mandíbula embora tenha sido observada uma projeção anterior nas duas fases. O movimento de rotação foi neutralizado já que na Fase Ativa No 4 | V. sendo T1-T2 (58%) e T2-T3 (42%). decorrente do incremento no comprimento absoluto da mandíbula somado às inclinações para a palatina dos incisivos superiores. A inclinação do plano oclusal também foi mantida de T1 a T3.3 mm ± 2. Am J Orthod 1982. 18. Helm S. Rodríguez GCD.35(4):22-34. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2003. p. The effects. Pancherz H. A long-term study of Class II malocclusions treated with the Herbst appliance. Ruf S. Schütz TCB. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1993. 25.Ortodontia 2003. Avaliação cefalométrico-radiográfica das modificações dentoalveolares decorrentes do tratamento com o aparelho Herbst em adolescentes com maloclusão de Classe II. Pancherz H. Fackel U. Dentofacial orthopaedics in relation to chronological age. em sentido contrário ao observado na fase anterior. Lai M.227 .12:209-18. Burkhardt DR. A cephalometric comparison of treatment with the Twin-block and stainless steel crown Herbst appliances followed by fixed appliance therapy. Skeletal changes of Herbst appliance therapy investigated with more conventional cephalometrics and European norms. Hansen K. Baccetti T. Mills CM. What does headgear add to Herbst treatment and to retention? Semin Orthod 2003. Vigorito JW. teve impacto terapêutico determinante sobre os componentes dentoalveolares e esqueléticos que caracteri- Endereço para correspondência: Fábio de Abreu Vigorito Av. 9. Howe RP. Il trattamento delle malocclusioni di Classe II mediante l’apparecchio di Herbst.FÁBIO DE ABREU VIGORITO • GLADYS CRISTINA DOMÍNGUEZ houve rotação em sentido horário e na Fase Pós-Herbst houve rotação em sentido anti-horário. McNamara JA Jr. Treatment and posttreatment effects of acrylic splint Herbst appliance therapy.118(1):24-33.123(2):108-16. Hägg U. 5. Avaliação cefalométrico-radiográfica das modificações esqueléticas e do perfil facial decorrentes do tratamento com o aparelho Herbst em adolescentes com maloclusão de Classe II. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1997:112(1):92-103. Hägg U. McNamara JA Jr. 23. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1988. The mechanism of Class II correction in Herbst appliance treatment.104(1):73-84. CONCLUSÃO Com base nos resultados obtidos no presente estudo pode-se afirmar que na correção da má-oclusão de Classe II com retrognatismo mandibular deste grupo de pacientes.9(1):57-66. Pancherz H. limitations. Initial and late treatment effects of headgear-Herbst appliance with mandibular step-by-step advancement. The nature of Class II relapse after Herbst appliance treatment: A cephalometric long-term investigation. 10. Treatment of Class II high angle malocclusions with the Herbst appliance: A cephalometric investigation. Semin Orthod 2003. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1988. 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Dischinger TG.3(4):232-43. 26.Early or late? Semin Orthod 2003. McNamara JA Jr. Rodríguez GCD. An evaluation of two-phase treatment with the Herbst appliance and preadjusted edgewise therapy. Franchi L. 40 | No 4 . 27. McCulloch KJ. When is the ideal period for Herbst therapy . Grenga V . Baccetti T. sem comprometer as relações dentárias ideais. Björk A.4(1):46-58. Pancherz H. Hansen K. Atlas y Tratado de Ortodoncia (Ortopedia Dentaria). 13. Semin Orthod 2003.98(2):134-44. Du X. Mondo Ortod 1990:15(1):11-23. Short. Pancherz H. Madrid: Librería Acadêmica 1912. Howe RP. Rabie ABM. 22. 16.71(3):170-76. Manfredi C.115(4):429-38.São Paulo . An analysis of 72 male patients with Class II division 1 malocclusion treated with Herbst appliance. 8. Howe RP. Long-term effects of Herbst treatment on the mandibular incisor segment: A cephalometric and biometric investigation.br Referências 1. and long-term dentofacial adaptations to treatment with the Herbst appliance. 2. Divisão 1ª de Angle – Pt2. 21. Pancherz H.9(1):67-73. Baccetti T. 11. Bendeus M. Hägg U. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1990. p.102(5):393-409. Skeletal maturation of the hand in relation to maximum puberal growth in body height. 17. particularmente na mandíbula e recidiva dos movimentos dentários dos molares superiores e dos incisivos inferiores. 12. Rodrigues CRMD. Eur J Orthod 1988. 6. The acrylic-splint Herbst appliance: A cephalometric evaluation. Du X. 29.75:1223-34. 24. J Clin Orthod 1983. Nielsen SS. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1991.9(1):47-56. Schaefer AT. porém. The division of the handbooks is by sex however the association between the factors done in reference of the cervical vertebrae development classification. ABSTRACT The aim of this research was the correlation of the second (C2). Verificou-se que para o último estágio vertebral. enquanto os do masculino apresentavam-se com a união total das falanges distais e com o ápice formado. ***** Professor adjunto da Disciplina de Radiologia Odontológica . apresentaram uma alta correlação entre os fatores. A faixa etária ficou compreendida entre os cinco anos e zero mês a 16 anos e 11 meses.Faculdade de Odontologia e Centro de Pós-Graduação São Leopoldo Mandic . Osso e ossos. ****** Professor da Pós-Graduação da Disciplina de Radiologia e Imaginologia Dentomaxilofacial . Key Words . **** Professor titular da Disciplina de Radiologia Odontológica .Trabalho original MATURAÇÃO ÓSSEA DAS VÉRTEBRAS CERVICAIS CORRELACIONADA COM A MATURAÇÃO ÓSSEA DE MÃO E PUNHO E COM A MINERALIZAÇÃO DENTÁRIA PELO MÉTODO RADIOGRÁFICO* CERVICAL VERTEBRAE BONE MATURATION CORRELATED WITH HAND AND WRIST BONE AND DENTAL MATURATION BY RADIOGRAPHIC METHOD LUIZ ROBERTO COUTINHO MANHÃES JÚNIOR** MARI ELI LEONELLI DE MORAES*** LUIZ CESAR DE MORAES**** JULIO CEZAR DE MELO CASTILHO***** FELIPE PAES VAROLI****** JEFERSON XAVIER OLIVEIRA******* JOSÉ LUIZ CINTRA JUNQUEIRA******** RESUMO O objetivo nesta pesquisa foi a correlação da maturação óssea da segunda (C2).Cervical vertebrae.Unesp / São José dos Campos. Dente.Aprovado em: dez/2007 * Artigo elaborado a partir da tese de LRC Manhães Júnior. No 4 | V. ******** Professor titular Faculdade de Odontologia e Centro de Pós-Graduação São Leopoldo Mandic . São José dos Campos/ SP. third (C3) and fourth (C4) cervical vertebrae bone maturation with the phases of the hand-wrist bone maturation and dental mineralization of lower second molar.SLM/Campinas.Universidade Estadual Paulista . The statistical analyses were realized separately for each sex and factor and added in the finish to obtain the correlation of the hand-wrist bone maturation and dental mineralization with the cervical vertebrae. Considering the hand-wrist bone maturation and dental mineralization.Unesp / São José dos Campos. The conclusions were that the both sex showed a high correlation between the factors. Calcificação fisiológica. área Radiologia Odontológica. Programa de Biopatologia bucal. Calcification physiologic. Tooth. sendo notado um adiantamento dos indivíduos do sexo feminino em relação aos do masculino. The chronological age was between five years and zero months to 16 years and 11 months. Os prontuários foram divididos apenas por sexo.Universidade Estadual Paulista . terceira (C3) e da quarta (C4) vértebras cervicais com as fases de maturação óssea de mão e punho e mineralização do segundo molar inferior. Considerando a maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária. Conclui-se que tanto os indivíduos do sexo feminino quanto os do masculino. being noted that the female was earlier than the male. The sample was constituted of 252 children’s handbooks which had cephalometric. Recebido em: nov/2007 . ** Doutor em Radiologia Odontológica – Universidade Estadual Paulista . Unitermos . ******* Professor da Pós-Graduação da Disciplina de Radiologia e Imaginologia Dentomaxilofacial . hand-wrist and panoramic radiographies of the 138 female and 114 male. A amostra foi constituída de 252 prontuários nos quais continham radiografias cefalométricas laterais.SLM/Campinas. The last stage of cervical vertebrae was verified that the female was in the begin of the radio capping and two third of radicular formation of the second lower molar while the male showed with the total union of the distal phalange and complete radicular formation. Bone and bones. there weren’t differences statistically significant in the sequence of the events if compare both sex.Universidade Estadual Paulista .Unesp / São José dos Campos.Vértebras cervicais. já que a associação entre os parâmetros ocorreu a partir da classificação do desenvolvimento das vértebras cervicais. os indivíduos do sexo feminino estavam no início do capeamento do osso rádio e com dois terços de raiz formada do segundo molar inferior.Unesp / São José dos Campos. Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. *** Professora assistente doutora da Disciplina de Radiologia Odontológica . intitulada “Correlação entre a maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária pelo método radiográfico”. Professor de Radiologia da São Leopoldo Mandic/Campinas e Cesmac/Maceió. não houve diferença na seqüência de aparecimento dos eventos se comparado os sexos.SLM/Campinas. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 273 ORTOPESQUISA . As análises estatísticas foram realizadas separadamente para cada fator e sexo e unidas ao final para se obter a correlação da maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária com as vértebras cervicais. de mão e punho e panorâmicas de 138 indivíduos do sexo feminino e 114 do masculino.Faculdade de Odontologia e Centro de Pós-Graduação São Leopoldo Mandic . principalmente. 138 eram de indivíduos do gênero feminino. que a avaliação da maturação óssea pelas vértebras cervicais é um método útil. visualizadas pela radiografia cefalométrica lateral. Moraes et al22 (1998). de mão e punho e panorâmicas. M. prático e confiável na verificação do desenvolvimento humano. cefalométrica lateral. Atualmente. para a avaliação do desenvolvimento ósseo. nesta pesquisa serão correlacionados os estágios do desenvolvimento dos corpos da segunda (C2). C. Dada a importância da maturação óssea das vértebras cervicais. Concentra-se grande parte da atividade profissional na interpretação dos fatores relacionados ao crescimento e ao desenvolvimento facial dos indivíduos. Baccetti et al2 (2002) utilizaram a concavidade inferior das vértebras cervicais para classificar o indivíduo em relação ao surto de crescimento puberal. pois somente . Verifica-se que é um modo alternativo muito prático e confiável para ser utilizado como estimador de idade óssea.4.LUIZ R. San Roman et al25 (2002) analisaram a concavidade inferior. Destes. conforme destacaram alguns autores1. verificou-se que as modificações 274 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V.4. além da ficha de anamnese e cadastro de cada indivíduo. para análise da idade dentária e da cronologia de mineralização dentária. Sabe-se que atualmente. por meio das radiografias de mão e punho. Yanniello24 (1988) o estudo do desenvolvimento e idade óssea pelas vértebras cervicais são tão válidos e reprodutíveis quanto ao método que utiliza as radiografias de mão e punho. terceira (C3) e quarta (C4) vértebras cervicais aos estágios de desenvolvimento ósseo e dentário. na Odontologia. a determinação do desenvolvimento humano se baseia. para realização de traçados no planejamento. Kucukkeles et al15 (1999) salientaram. Carvalho13 (2000) salientaram que a determinação da maturidade esquelética. DE MORAES • LUIZ C. Não fizeram parte desta amostragem os indivíduos que tiveram histórias de má-formação congênita ou traumas na região de vértebras cervicais. a busca pela redução da radiação x aos pacientes. As radiografias são de brasileiros. mãos e punhos e face e que. CASTILHO • FELIPE P. DE MORAES • JULIO C. VAROLI • JEFERSON X. causado pelo uso das radiografias. apesar de ser necessário uma familiarização do assunto e do tipo de metodologia da análise para que se realize uma avaliação com destreza. Farman14 (1995) é o mais utilizado e pesquisado . fica explícito evidenciar que as radiografias mais utilizadas nas documentações ortodônticas ficam restritas à panorâmica.16 sobre a maturação óssea das vértebras cervicais. considerados saudáveis no momento em que os dados foram colhidos e com idade entre cinco anos a 16 anos de idade. Desta forma. Desde os primeiros estudos3. Tanto um fator quanto o outro não guardam estreita relação com a idade cronológica do indivíduo. OLIVEIRA • JOSÉ L. fez com que novos estudos2. Para não se considerar o fator étnico. Todos os prontuários contêm radiografias cefalométricas laterais.Unesp/SJC . nem distinção entre os indivíduos que se apresentaram no início. a altura e o contorno dos corpos vertebrais para avaliar a maturação óssea e. não realizaram os três exames radiográficos no mesmo dia. ainda. MATERIAL E MÉTODO Do total de 346 prontuários que fazem parte do acervo da Disciplina de Radiologia da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” . Mito et al20 (2002). sendo abordados distintamente conforme o sexo.25-29. o método idealizado por Lamparski16 (1972) e modificado por Hassel. que a maturação das vértebras cervicais está significantemente relacionada à maturação óssea da mão e do punho. acompanhamento e prognóstico do tratamento ortodôntico e de mão e punho. a mineralização dentária. Não houve divisão por grupos etários. faz parte da listagem dos exames complementares utilizados para diagnóstico e planejamento do tratamento ortodôntico. Deve-se destacar. embora mantenham próxima relação entre si. CINTRA JUNQUEIRA INTRODUÇÃO Tradicionalmente. Guzzi. apenas os indivíduos leucodermas foram selecionados. durante ou no término do tratamento ortodôntico. na maturação óssea e na mineralização dentária. Não houve diferenciação quanto ao tipo de má-oclusão dentária. da região do Vale do Paraíba. MANHÃES JR • MARI ELI L.foram utilizados 252. 40 | No 4 nas técnicas de avaliação estão eminentes ao dinamismo da ciência odontológica. é de grande valia no estudo de um indivíduo já que segue uma seqüência de desenvolvimento relativamente constante e é mais reprodutível na verificação da idade cronológica. idade óssea e potencial de crescimento do indivíduo.nesse método se analisa a maturação óssea da segunda à quarta vértebra cervical. filhos de pais brasileiros. ainda. por fim. Wang et al31 (2001) desenvolveram um método no qual se avalia a altura e largura das vértebras cervicais. Segundo O’Reilly. Mito et al21 (2003) calcularam a idade óssea pela altura e largura das vértebras cervicais. enquanto 114 eram do masculino.8 verificassem que é possível analisar o desenvolvimento humano com poucos exames radiográficos. Já para Ferreira Júnior et al7 (1993). avaliada pela radiografia panorâmica. Procurou-se estabelecer a seqüência dos eventos baseado em Greulich. o segundo molar inferior foi analisado para se verificar em qual estágio de desenvolvimento este se encontrava.RELAÇÃO DA SEQÜÊNCIA DAS FASES DE MATURAÇÃO ÓSSEA DE MÃO E PUNHO UTILIZADA NA AVALIAÇÃO Estágios 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 Siglas SL TTE apU <P FD= FP= FM= G1 Psi R= FDcap S G2 FPcap FMcap Rcap FDui FPui FMui FDut FPut FMut Riu Rut Definição Início do aparecimento do osso semilunar Início do aparecimento necessariamente do trapézio. Foi utilizado apenas um dos lados no qual o dente apresentou a melhor visualização na radiografia. DE MORAES • JULIO C. CASTILHO • FELIPE P. apresenta-se a seqüência em ordem de aparecimento da maturação dos centros de ossificação da mão e punho utilizados na classificação desta amostra (Quadro 1). Para realizar esta análise. uma vez que o início de sua formação se dá por volta dos seis anos e sua rizogênese completa ocorre por volta do final da puberdade. Todos foram realizados por meio dos exames radiográficos.LUIZ R. Após a seleção dos indivíduos. MANHÃES JR • MARI ELI L. a maturação (quinto estágio) e a finalização (sexto estágio). A seguir. Como método base de auxílio. por meio das radiografias panorâmicas. foram utilizadas as oito fases de formação dentária elaboradas por Nicodemo et al23 (1974). no Quadro 1. Para a verificação do desenvolvimento humano pelos três métodos. para que se obtenha uma padronização da análise. já que a associação entre os parâmetros foi realizada a partir da classificação do desenvolvimento das vértebras cervicais. trapezóide e escafóide Início do aparecimento da epífise distal do osso ulna Início da formação do ângulo do osso piramidal Epífises das falanges distais com a mesma largura das diáfises Epífises das falanges proximais com a mesma largura das diáfises Epífises das falanges médias com a mesma largura das diáfises Início do aparecimento do gancho radiopaco do hamato Ossificação do osso pisiforme Epífise do osso rádio com a mesma largura da diáfise Capeamento nas falanges distais Visualização do osso sesamóide Gancho nitidamente visível do osso hamato Capeamento nas falanges proximais Capeamento nas falanges médias Capeamento da epífise do rádio Início da união das falanges distais Início da união das falanges proximais Início da união das falanges médias União total epifisária nas falanges distais União total epifisária nas falanges proximais União total epifisária nas falanges médias Início da união epifisária do osso rádio União total epifisária do osso rádio sabido que seu desenvolvimento. denominado de processo odontóide ou dens. Neste método. em ambos os lados. ter um parâmetro relativamente constante para a análise de cada exame radiográfico. a desaceleração (quarto estágio). Por fim. foram associados os estágios da maturação óssea de mão e punho e. a transição (terceiro estágio). para a faixa etária utilizada neste trabalho. Manhães Júnior17 (2004). realizou-se a análise radiográfica No 4 | V. embora a seqüência de maturação seja a mesma para os dois sexos. foi realizada a análise das radiografias de mão e punho. Escolheu-se trabalhar com este dente. principalmente. Utilizou-se a última fase mais evidente observada em cada fase preconizado pelo atlas como forma de se padronizar as classificações deste método. a saber (Figura 1). Com o objetivo de diminuir o erro na avaliação. dando preferência ao esquerdo. independente dos sexos e da idade cronológica. C. Pyle12 (1959) que possibilitou a verificação do estágio de desenvolvimento ósseo em que o indivíduo se encontrava e. OLIVEIRA • JOSÉ L. foram utilizados os contornos anatômicos das vértebras C2. de acordo com os estágios de maturação das vértebras cervicais. VAROLI • JEFERSON X. M. Pyle12 (1959). Farman (1995) nos quais se considerou a forma do corpo vertebral cervical para classificá-las. Notou-se que os indivíduos do gênero feminino apresentaram-se mais adiantados em relação ao masculino. uma vez que é 14 QUADRO 1 . e das vértebras C3 e C4. Foram utilizados os seis estágios de desenvolvimento ósseo definidos por Lamparski16 (1972) e modificados por Hassel. CINTRA JUNQUEIRA ocorreu por gênero. Os escores que foram utilizados são: a iniciação (primeiro estágio). podem ser considerados homólogos de acordo com Médici Filho19 (1974). por fim. DE MORAES • LUIZ C. Moraes et al22 (1998). a mineralização dentária. a aceleração (segundo estágio). Por conseguinte. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 275 ORTOPESQUISA . foi usado o atlas de Greulich. todas as radiografias foram analisadas em um negatoscópio convencional e auxiliadas pelo gabarito dos escores como da Figura 1 e do Quadro 1. num segundo instante. CINTRA JUNQUEIRA óssea de mão e punho e mineralização dentária são distintas para cada estágio de maturação óssea das vértebras cervicais. Por este motivo. com intervalo de confiança de 95%. DE MORAES • JULIO C. Por fim. se estabelecerá uma confiabilidade na correlação estudada nesta pesquisa. Em se tratando da análise do teste não-paramétrico Kruskal-Wallis. que tanto para os indivíduos do gênero feminino quanto os do masculino.4 20. Em decorrência do resultado deste teste.5 42. utilizaram-se os valores obtidos pela mediana.6 9. os dados foram submetidos ao teste estatístico não paramétrico Kruskal-Wallis com intervalo de confiança de 95% para se saber qual a fase da maturação óssea de mão e punho e da mineralização dentária mais representativa de cada estágio de desenvolvimento ósseo das vértebras cervicais. quanto para os do masculino. Com o objetivo de se verificar se as fases de maturação TABELA 1 .000 p = 0. Pelas tabelas seguintes.000 Fases TTE SL <P TTE FD= FD= Psi FM= FPcap G2/FPcap Rcap Fdut Posto 7. podese verificar.6 47. por um mesmo radiologista experiente.4 22. com coeficiente de significância de 5%. realizou-se. CASTILHO • FELIPE P. VAROLI • JEFERSON X. RESULTADOS Tanto para as análises dos indivíduos do gênero feminino. Pelo teste comparativo não-paramétrico de Mann-Whitney. o teste não-paramétrico Mann-Whitney com intervalo de confiança de 95%.96 Mediana 2 1 4 2 5 5 9 7 14 13. Foi utilizado este teste porque não se baseia na média e desvio-padrão e sim nos postos (Rank = posição do indivíduo na amostra) das médias. MANHÃES JR • MARI ELI L. Primeiramente. pode-se observar tal afirmação. 40 | No 4 . C. que para cada estágio de maturação óssea das vértebras cervicais houve uma fase mais evidente de desenvolvimento ósseo da mão e punho e dentário.7 84. aplicou-se a correlação de Spearmann com nível de significância de 5%.8 132 112 276 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V.LUIZ R.VALORES ESTATÍSTICOS PARA AS ANÁLISES DA MATURAÇÃO ÓSSEA DE MÃO E PUNHO Estágios das vértebras cervicais Iniciação Aceleração Transição Desaceleração Maturação Finalização gl = 5 gl = 5 Gênero Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Número (n) 8 5 15 24 38 36 48 36 18 8 11 5 H = 118.21 H= 84.5 16 20 p = 0. inclusive com o mesmo intervalo de confiança. DE MORAES • LUIZ C. OLIVEIRA • JOSÉ L. a seqüência de execução quanto aos testes estatísticos utilizados foram os mesmos.3 100. M. Figura 1 Estágios da cronologia de mineralização que serão utilizados para obter as classificações de cada paciente.3 80. as fases subseqüentes da maturação óssea das vértebras cervicais em relação à matu- duas vezes com intervalo entre elas de uma semana. para a verificação da correlação das fases de maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária para cada estágio de desenvolvimento ósseo das vértebras cervicais na primeira e segunda leitura.2 117. M.000 p = 0.1 34. CASTILHO • FELIPE P.00 0.1 Aceleração Masculino Feminino Transição Masculino Feminino Desaceleração Masculino Feminino Maturação Masculino Feminino Finalização Masculino gl = 5 gl = 5 Feminino Masculino Figura 2 Representação gráfica da associação dos estágios de maturação óssea de mão e punho e da mineralização dentária em relação aos estágios de maturação das vértebras cervicais para os indivíduos do gênero feminino. Diferentemente foi observado para os indivíduos do gênero masculino que apenas na comparação entre os estágios 3 (transição) e 4 (desaceleração) de maturação óssea das vértebras cervicais apresentaram distintamente (p = 0.95 0.2 82.9 108.00 0. C.CONFIRMAÇÃO DA CORRELAÇÃO POSITIVA ENTRE OS FATORES TANTO PARA OS INDIVÍDUOS DO GÊNERO FEMININO QUANTO OS DO MASCULINO Figura 3 Gráfico da associação dos estágios de maturação óssea de mão e punho e da mineralização dentária em relação aos estágios de maturação das vértebras cervicais para os indivíduos do gênero masculino.00 ORTOPESQUISA . TABELA 3 .000 Posto 11 5 21. ração óssea de mão e punho foram distintas para ambos os gêneros. DE MORAES • JULIO C.64 H = 65. já que todas as outras se apresentaram com o valor No 4 | V.VALORES ESTATÍSTICOS PARA AS ANÁLISES DA MINERALIZAÇÃO DENTÁRIA Estágios das vértebras cervicais Iniciação Gênero Feminino Masculino Feminino Número (n) 8 5 15 24 38 36 48 36 18 8 11 5 H = 95.00 0. Já para a mineralização dentária.00 0.86 0.94 p-valor 0.00). OLIVEIRA • JOSÉ L.3 99.90 0.LUIZ R.87 0. para os indivíduos do gênero feminino.67 Mediana 2.16). VAROLI • JEFERSON X.4 48.95 0.7 45. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 277 Correlação de Spearmann (α=5%) rs (postos) Vértebras Cervicais Feminino Mão e punho Dente Vértebras Cervicais Masculino Mão e punho Dente 0.5 2 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 p = 0.8 75. MANHÃES JR • MARI ELI L.00 0.5 109. CINTRA JUNQUEIRA TABELA 2 . DE MORAES • LUIZ C.7 128. somente a comparação entre o primeiro (iniciação) e o segundo (aceleração) estágios de maturação vertebrais não apresentaram diferença estatisticamente significante (p = 0. Por se considerar a maturação óssea das vértebras cervicais como fator base desta pesquisa. Visto o largo uso da maturação óssea da mão e punho associado ao das vértebras cervicais.25. procurou-se verificar quais as fases mais evidentes tanto da maturação óssea de mão e punho quanto a mineralização dentária de cada estágio da maturação óssea das vértebras cervicais por meio do teste estatístico não-paramétrico de Kruskal-Wallis. EXPLORAR. DE MORAES • LUIZ C. DE MORAES • JULIO C.15. ou seja. pode-se verificar. a maioria dos pesquisadores prefere correlacionar com a maturação óssea de mão e punho 1. além desta consagrada relação. mão e punho e dente. A POUCA VARIABILIDADE DO DESENVOLVIMENTO DENTÁRIO22. Grave. segundo a Tabela 2.VÉRTEBRA CERVICAL. foi notada uma superioridade da fase em que se tem um terço da coroa formada.9. pela Tabela 2. Já para a mineralização do segundo molar inferior. O segundo molar inferior apresentou. a fase de transição entre a fase de um terço de coroa formada para dois terços foi a mais evidente. CASTILHO • FELIPE P. a fase de maturação óssea de mão e punho em que as epífises das falanges distais estão com a mesma largura das diáfises deteve a mediana (Tabela 1). ALÉM DESTA CONSAGRADA RELAÇÃO. pode-se afirmar que.13.27 VISTO O LARGO USO DA MATURAÇÃO ÓSSEA DA MÃO E PUNHO ASSOCIADO AO DAS VÉRTEBRAS CERVICAIS. Em seguida realizou-se o teste de Mann-Whitney para cada estágio subseqüente na expectativa da confirmação de que as fases de maturação 278 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. sendo verificado um alto valor do coeficiente de relação dos postos (rs) e por verificar que o p-valor estava abaixo do intervalo de confiança. procurou-se. Pela correlação de Spearmann com α = 5%. Para a mineralização dentária. já que o dimorfismo sexual é unânime nos três fatores estudado de acordo com os autores 5.7. que durante o primeiro estágio das vértebras cervicais. Durante a transição.29 PARA QUE SE TIVESSE UMA CORRELAÇÃO ENTRE OS TRÊS FATORES por acredi- tarem que há uma boa relação entre os dois tipos de maturação óssea. mas em se tratando de maturação óssea das vértebras cervicais. nesta pesquisa. segundo a mediana. Embora Cruz 5 (2002) tenha destacado que há um acompanhamento linear entre a maturação óssea das vértebras cervicais com a mineralização dentária mesmo tendo uma relação positiva .8. na fase de coroa completa (Tabela 2). pode-se observar que foram correlatas as duas avaliações. Primeiramente. a pouca variabilidade do desenvolvimento dentário22. trapezóide e escafóide esteve mais evidente. VAROLI • JEFERSON X. C. Para o segundo estágio de maturação óssea das vértebras cervicais – a aceleração – foi observado que início da formação do ângulo do osso piramidal esteve correlato com a mediana (Tabela 1).30 .vértebra cervical. Para os indivíduos do gênero feminino. MÃO E PUNHO E DENTE.11. com base na mesma Tabela. maturação óssea da mão e punho e mineralização dentária que se podem associar para avaliar o desenvolvimento humano. pela Tabela 1. óssea e mão e punho são distintas para cada um dos seis estágios vertebrais. MANHÃES JR • MARI ELI L. pela mediana que a fase de dois terços de coroa formada esteve como a mais evidente.23. a fase em que o início do aparecimento necessariamente dos ossos trapézio. Para os indivíduos do gênero masculino. A avaliação das vértebras cervicais se deu em três etapas.10-11. Yanniello24 (1988) afirmaram. foi notada que o início do aparecimento necessariamente dos ossos trapézio. PROCUROU-SE. para se verificar o comportamento da amostra. Para a mineralização dentária. terceiro estágio de maturação óssea das vértebras cervicais. a iniciação. DISCUSSÃO Muitos são os fatores como altura. Para o segundo molar inferior. 40 | No 4 . CINTRA JUNQUEIRA de confiança maior que o do teste.29 para que se tivesse uma correlação entre os três fatores . NESTA PESQUISA. moderada. sendo indicado como o melhor momento para o começo do tratamento ortopédico/ ortodôntico durante esta fase6. Townsend 11 (2003) destacaram que para este estágio foi verificado o início do aparecimento do osso pisiforme. peso. a amostra foi separada apenas por gênero. M. pode-se observar que os indivíduos apresentavam-se no início do aparecimento do osso semilunar. explorar. Nesta época é verificado que a maioria dos indivíduos femininos está iniciando o pico do surto de crescimento puberal conforme O’Reilly. Para os indivíduos do gênero masculino. trapezóide e escafóide está mais evidente (Tabela 1). OLIVEIRA • JOSÉ L.LUIZ R. No gênero masculino esteve caracterizado pela união total epifisária das falanges distais.25 relatarem que os fatores . DE MORAES • JULIO C. sendo possível de se conferir pelas Tabelas 2. Na desaceleração ou quarto estágio. a mediana esteve ímpar já que a fase de início de formação radicular foi a mais representativa. ficou denotado por uma fase de transição entre o gancho nitidamente visível do osso hamato e o início do capeamento das falanges proximais como é possível verificar pela Tabela 1. A seqüência de aparecimento das fases de maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária são constantes tanto para os indivíduos do sexo feminino quanto para os do masculino. que foi estatisticamente diferente. M. Pode-se verificar que. b. Armond et al1 (2001) relataram que um fator isolado não é capaz de dar todas as informações. a transição com a desaceleração. é possível verificar o desenvolvimento humano. mão e punho e dente – escolhidos nesta pesquisa são confiáveis. primeiro e segundo estágios vertebrais. principalmente a radiografia cefalométrica lateral. CINTRA JUNQUEIRA a fase em que se encontra coroa completa foi mais evidente. último estágio de maturação óssea das vértebras cervicais.8. OLIVEIRA • JOSÉ L. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 279 ORTOPESQUISA . ou seja. VAROLI • JEFERSON X. para a mineralização dentária. MANHÃES JR • MARI ELI L. para todos os fatores. para a avaliação óssea de mão e punho. Apesar de alguns autores3. somente a comparação No 4 | V. porém adiantados para os primeiros em relação ao segundo para todos os fatores. a mediana apresentou-se como a fase de ossificação do pisiforme como a mais proeminente para o feminino. conforme indica na Tabela 2. tanto para os indivíduos do gênero feminino quanto para os do masculino. foi obtido que as duas avaliações foram correlatas. com o capeamento nas falanges proximais. Ficou caracterizado pela fase em que as epífises distais das falanges médias estão iguais à diáfise para os indivíduos masculinos (Tabela 1). em todas as análises. a maturação das vértebras cervicais não será capaz de substituir os outros métodos de avaliação do desenvolvimento humano já que cada um tem a sua peculiaridade. aplicáveis e bons indicadores do desenvolvimento do organismo. pode-se concluir que: a. na correlação entre a maturação óssea das vértebras cervicais com as fases de maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária. Na mineralização dentária. Para a mineralização dentária. A fase em que as epífises das falanges distais estão iguais à diáfise foi encontrada como valor de mediana para o masculino. O penúltimo estágio de maturação óssea das vértebras cervicais para o gênero feminino. Para o segundo molar inferior. nos indivíduos do sexo feminino. Flores-Mir et al8 (2006) salientaram que em casos em que só tem apenas um exame radiográfico. De acordo com a Tabela 3. Na mineralização dentária.10. Na mineralização do segundo molar inferior.LUIZ R. a maturação. Na mineralização dentária. Apenas na comparação entre a iniciação e a aceleração. o capeamento da epífise do osso rádio foi a fase mais evidente segundo a mediana encontrada pelo teste não-paramétrico (Tabela 1). C. procurou-se realizar uma comparação entre a primeira e a segunda avaliação por meio da correlação de Spermann para se obter uma confirmação de tal. Na mineralização do segundo molar inferior o valor da mediana obtida pelo teste estatístico foi referente à fase em que o dente apresenta-se com o ápice fechado de acordo com a Tabela 2. Para os indivíduos do gênero masculino houve distinção de todas as fases de maturação óssea de mão e punho para os seis estágios de maturação óssea das vértebras cervicais. Já para a mineralização dentária apenas a comparação entre os estágios três e quatro.vértebra cervical. CASTILHO • FELIPE P. pela comparação par a par segundo o teste Mann-Whitney. CONCLUSÃO Ao término desta pesquisa. Acredita-se que mesmo assim. na fase em que o segundo molar inferior está com um terço de raiz formada deteve o valor da mediana. em todos os seis estágios da maturação óssea das vértebras cervicais. Na finalização. verificou-se que a mediana apresentou-se na fase em que se têm dois terços de raízes formadas. verificou-se que a fase de um terço de raiz formada deteve a mediana conforme se pode verificar na Tabela 2. que não houve semelhança das fases de maturação óssea de mão e punho e mineralização dentária nos seis estágios de maturação óssea das vértebras cervicais para os indivíduos do gênero feminino. que não ocorreu diferenciação entre as fases subseqüentes. Apesar de ter-se obtido uma alta correlação com apenas os três fatores Santos et al28 (1998). c. Na maturação para o gênero masculino.7. DE MORAES • LUIZ C. a fase com dois terços de raiz formada foi a representada pela mediana como se pode conferir pela Tabela 2.21. a fase mais representativa pela mediana foi a que o dente apresentava com início de formação radicular. ficou caracterizado.15. caracterizado como início do pós-pico de crescimento segundo os mesmos autores24. Nos indivíduos do sexo masculino. C. 280 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. CINTRA JUNQUEIRA entre a transição e a desaceleração – terceiro e quarto estágios vertebrais . Marques A et al.122(4):380-5. 27. Avaliação da reprodutibilidade do método de determinação da maturação esquelética por meio das vértebras cervicais. 22. Almeida. Tavano O. Rev Dental Press Ortod Ortop Facial 1998. 24(1):47-52. Maia J.32(2):33-45. 19(2): 33-45. Yanniello GJ. Wang JC. Predicting mandibular growth potencial with cervical vertebral bone age. Grave K. 1959. Rev Odontol Unesp 1993. Dorey FJ. Claessens A. 28. Flores L. Acar A. Marshall D.31(4):408-20. 24.: (19) 3211-3621 / 3211-3689 lrmradio@yahoo. Torre H. ed. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1995. OLIVEIRA • JOSÉ L. Faltin KJ. 2.com. face. Rev Odontol Unesp 1998. idade dentária e idade óssea – método radiográfico. Relação entre mineralização dentária.32(4):221-5.72(4):316-23. Pitcher MR. Moraes LC.br Referências 1. Baccetti T. Almeida RR. Moraes LC. Maturação das vértebras cervicais e desenvolvimento dentário em indivíduo de oito a quinze anos de idade [Tese].1(2):15-24. Estimativa do surto de crescimento puberal pela avaliação das vértebras cervicais em radiografias cefalométricas laterais. VAROLI • JEFERSON X.33(3): 49-58. Freitas D. Eur J Orthod 2002. Endereço para correspondência: Luiz Roberto Coutinho Manhães Júnior Rua José Rocha Junqueira. maturação óssea e mineralização dentária pelo método radiográfico [Dissertação]. Carvalho LS. 2. Henriques JFC. Santos Pinto LAM. Rea J. Biren S. Lima EMS. Mitani H. Mitani H. Estudo comparativo de dois métodos de avaliação da idade esquelética utilizando telerradiografias em norma lateral e radiografias carpais. J Bone Joint Surg Am 2001. An improved version of the cervical vertebral maturation (CVM) method for the assessment of mandibular growth. Angle Orthod 2003. Moraes LC. Médici Filho E. Lefevre J. Relationships between dental and skeletal maturity in Turkish subjects. Bertoz FA. Mito T. Franchi L. 26. Skeletal maturity and socio-economic status in Portuguese children and youths: the Madeira growth study. Comparisons between cervical vertebrae and hand-wrist maturation for the assessment of skeletal maturity. Castilho JCM. MANHÃES JR • MARI ELI L. Estágio de mineralização dental: 1. wrist. 17. Ann Hum Biol 2004. Stanford: Stanford University Press. Pyle SI. 18.3(3):67-78. Bench RW. J Clin Pediatr Dent 1999. Armond MC. and denture behavior. Am J Orthod 1963. Surto de crescimento médio: correlação entre a altura. 6. 21. Avaliação da maturação esquelética das vértebras cervicais através de telerradiografias de perfil. 13. 30. Tabela cronológica da mineralização dos dentes permanentes entre brasileiros.Campinas . Am J Orthod Dentofacial Orthop 2002. Burgess CA. 12. Cervical vertebral bone age in girls. 9. Santos ECA. 2004. Pittsburgh: University of Pittsburgh. Cohen B. 14. 23. Franchi L. Scoles PV . Angle Orthod 1988. Brücker MR. 1972. Growth of the cervical vertebrae as related to tongue. 13 .76(1):1-5. The cervical vertebrae as maturation indicators. Rev Fac Odontol São José dos Campos 1974. Am J Orthod Dentofacial Orthop 2003. Ortodontia 2001.124(2):173-7. Sato K. Sari Z.SP Tels. Cronologia de mineralização dos caninos. Médici Filho E. Beunen G. 31.34(1):51-60. Townsend G.49(3):183-214. Basciftci FA. Palma JC. Champney M. Faltin RM.107(1):58-66. Médici Filho E. DE MORAES • LUIZ C. Moraes MEL. 40 | No 4 . Skeletal maturation evaluation using cervical vertebrae. 4.22(2):303-13. Lamparski DG. Santos Pinto R. Jensen RJ. Skeletal age assessment utilizing cervical vertebrae [dissertation].LUIZ R.Swift 13045-755 . 255p. Nuccion SL. Rev Abro 2000. M. J Clin Orthod 1998. San Román P. Radiographic atlas of skeletal development of the hand and wrist. Rev Fac Odontol São José dos Campos 1974. Angle Orthod 2004. Sato K. 19. Reis PMP.10(2):62-8. São José dos Campos: Unesp. Nicodemo RA. Avaliação de um método de determinação do estágio de maturação esquelética utilizando as vértebras cervicais presentes nas telerradiografias em norma lateral. McNamara JA. Oteo MD. García-Fernandez P.83(8):1212-8. 11. Maturação das vértebras cervicais vistas através das radiografias cefalométricas laterais. Ramoglu SI. pré-molares e segundos molares permanentes entre leucodermas brasileiros. Guzzi BSS. Rev Dental Press Orthod Ortop Facial 2005. Ferreira Junior ER. Mandibular growth changes and maturation of cervical vertebrae: alongitudinal cephalometric study. idade cronológica. Growth and development of the pediatric cervical spine documented radiographically. Salvador: Universidade Federal da Bahia. Major PW. 29. Estudo da maturação óssea em pacientes jovens de ambos os sexos através de radiografias de mão e punho. Hand-wrist and cervical vertebral maturation indicators: how can these events be used to time Class II treatments? Aust Orthod J 2003. RR.que distinguiu para as fases subseqüentes tanto para a maturação óssea de mão e punho quanto para a mineralização dentária. Santos SCBN. Arun T.73(3):221-30. 5. 25. Skeletal maturation determined by cervical vertebrae development. Uysal T. Dent Radiogr Photogr 1976. 20.3(1): 57-64. CASTILHO • FELIPE P. Manhães Júnior LRC. Kucukkeles N. Long-term effectiveness and treatment timing for bionator therapy. 10. Arantes FM. 16.49(3):51-72. Almeida RR. Hassel B. Canali L.24(3):303-11.18(40):127-37. Surto de crescimento puberal. Correlation of skeletal maturation stages determined by cervical vertebrae and hand-wrist evaluation. 7.27(1):111-29. Cruz RCW. Angle Orthod 2006. Feighan JE. Farman AG. Santos SCBN. 3. 3(1):55-6. McNamara JA Jr. 2002. Ortodontia 1999. Generoso R. Radiographic correlation of hand. Ortodontia 2000. Nevado E. Mito T.74(5):657-64. Angle Orthod 2002. Ghiozzi B. 15. análise comparativa entre os sexos. O’Reilly MT. Bertoz FA.58(2):179-84. Armond MC. Rev Odonto Cienc 2003. Baccetti T. Flores-Mir C. and tooth development. DE MORAES • JULIO C. Greulich WW. 8. 56+ 5. Extractions. as well as incisors and alveolar profile posture were evaluated. the results showed that upper lip thickness increased in the vermillion and basal area. Cefalometria radiográfica. Upper incisor retraction correlated with upper lip as well as lower lip retraction. Foram constatadas correlações entre os movimentos do incisivo superior e os movimentos do lábio superior e do lábio inferior e entre os movimentos de retração do lábio inferior e do incisivo inferior.71 anos tomadas ao início e após o término do tratamento. After statistical analysis. Professora do curso de Pós-Graduação em Ortodontia da Universidade Finis Terrae. Soft tissue profile. The sample was composed of 52 lateral cephalometric roentgenogram from the beginnig and end of treatment of 26 white chilean patients (18 females and 8 males) with age average of 19. Likewise it was verified that lower lip vermillion retraction correlated with lower incisor retraction. ABSTRACT The purpose of this prospective cephalometric study was to evaluate soft tissue profile changes in biprotrusive Class I patients treated with first premolars extractions and maximum anchorage control. tratados ortodonticamente com extrações de quatro pré-molares. somente a espessura do vermelhão do lábio inferior apresentou aumento significativo.Trabalho original ESTUDO CEFALOMÉTRICO-RADIOGRÁFICO DAS MUDANÇAS NO PERFIL TEGUMENTAR DE PACIENTES COM MÁ-OCLUSÃO DE CLASSE I TRATADOS COM EXTRAÇÕES DOS PRIMEIROS PRÉ-MOLARES CEPHALOMETRIC RADIOGRAPHIC STUDY OF SOFT TISSUE PROFILE CHANGES IN CLASS I PATIENTS AFTER ORTHODONTIC TREATMENT WITH FIRST PREMOLARS EXTRACTIONS MILTON MISSAKA* ANKA SAPUNAR** EMIKO SAITO ARITA*** RESUMO O objetivo desta pesquisa foi realizar um estudo comparativo cefalométrico radiográfico com o propósito de avaliar as mudanças no perfil tegumentar em casos com más-oclusões de Classe I. biprotrusos. Unitermos . Lower lip thickness also increased in the vermillion area. Extrações.América Latina.Aprovado em: dez/2007 * Mestre em Ortodontia pela Fousp.71 years old. No lábio inferior. Orthodontics. com média de idade de 19. Linear and angular cephalometric values in relation to thickness. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 281 ORTOPESQUISA . ** Diretora e professora do Roth-Williams Center for Functional Occlusion . A amostra constou de 56 radiografias cefalométricas de 26 pacientes leucodermas chilenos. treated with Roth straight-wire technique. length.56 + 5.Angle Class I malocclusion. No 4 | V. Key Words . *** Professora associada da Disciplina de Radiologia da Fousp. Ortodontia. Cephalometrics. Professor adjunto da Disciplina de Clínica Infantil da UBC. convexity of the skeletal and integumental profile. Santiago/Chile. Foram realizadas comparações entre os valores iniciais e finais (“t” de Student) e correlações (Pearson) entre as variações das grandezas analisadas por meio de análises estatísticas. Perfil tegumentar. Upper lip total length increased while lower lip length showed no change.Má-Oclusão Classe I de Angle. Recebido em: dez/2006 . lips posture. Doutor em Diagnóstico Bucal pela Fousp. Após a análise dos resultados concluiu-se que a espessura e o comprimento do lábio superior apresentaram aumento estatisticamente significante. MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA INTRODUÇÃO A melhoria da estética dentofacial se constitui em uma das queixas de pacientes mais freqüentes nos consultórios odontológicos e é, portanto, um dos objetivos a serem alcançados na terapêutica. A estética facial sempre estará permeada pela subjetividade; entretanto, o estudo dos cânones e conceitos de beleza universais possibilitaram o estabelecimento de parâmetros objetivos importantes para o alcance da satisfação do cliente. Muitas análises cefalométricas utilizadas para o diagnóstico ortodôntico, nos dias atuais, foram resultado de seleções de amostras de casos com perfis agradáveis ao gosto dos autores, e a partir das quais estabeleceram grandezas lineares e angulares padrões. O alcance ou a presença dessas normas e padrões dentoesqueléticos, nem sempre, se traduzem pelas proporções estéticas e agradáveis21,27. Essa constatação se deve à imensa variação quantitativa em espessura, altura, bem como na composição adiposa, conjuntiva e tônus muscular, o que confere ao tegumento um comportamento apenas parcialmente dependente das estrutura dentoesqueléticas subjacentes5. Alguns autores descreveram a importância das características tegumentares no contexto morfofuncional da face, propondo diferentes métodos para a análise dos tecidos moles, contribuindo para a maior precisão no diagnóstico 5,9,11,17,20,24 entre a magnitude da resposta tegumentar e o movimento dentoalveolar6,7,14,16,23,26,30,31. Essa relação do perfil dentoesquelético e o tegumento vai se constituir em importante fator de estabilidade dos resultados atingidos ao final do tratamento. Os estudos com amostras de diferentes más-oclusões, tratadas por diferentes abordagens terapêuticas, permitem avaliar quantitativamente e qualitativamente a resposta terapêutica tegumentar específica, tornando-as mais previsíveis e essenciais para se delinar o prognóstico de cada caso. A literatura é rica em trabalhos dessa natureza, entretanto, ainda pairam indefinições e dúvidas sobre a relação entre as modificações tegumentares e o movimento dentoesquelético no tratamento ortodôntico nas diversas más-oclusões, o que motivou nosso estudo no sentido de contribuir para o maior entendimento do assunto. PROPOSIÇÕES O objetivo deste estudo foi analisar: 1. As alterações quantitativas na espessura e comprimento dos lábios superiores e inferiores decorrentes do tratamento ortodôntico. 2. As alterações posturais dos lábios superiores e inferiores entre o início e o témino do tratamento ortodôntico. 3. As correlações entre o movimento dos incisivos e as alterações tegumentares observadas. . Estudos morfológicos contribuíram para o entendimento das modificações que ocorrem nos tecidos moles durante o crescimento e permitiram constatar que determinadas áreas do perfil tegumentar exibem um incremento específico, que variou conforme a idade e o sexo18-19,29. A literatura compulsada demonstra que o crescimento esquelético e o tegumentar nem sempre caminham na mesma direção e esta relação varia na dependência de áreas específicas19,27. A própria reação do tecido tegumentar parece variar de acordo com as caraterísticas da má-oclusão presente e o tipo de abordagem terapêutica2,22,30. As respostas dos tecidos moles faciais frente às mudanças dentoesqueléticas, exibem variações dependendo da região facial3, da magnitude do movimento10, do tipo movimento dentário13, da tensão labial10,15,23, da idade, da raça, e postura ao início do tratamento. E essa resposta tegumentar se traduz por alterações em espessura, comprimento e postura4. Diversos estudos se empenharam em determinar a relação 282 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. 40 | No 4 MATERIAL E MÉTODOS Neste estudo, foram utilizadas 52 radiografias cefalométricas em norma lateral (26 ao início e 26 ao término do tratamento ortodôntico). As radiografias cefalométricas foram provenientes do acervo de documentações de casos tratados do Centro de Oclusão Funcional Sapunar-Roth-Williams, em Santiago, Chile). Os casos selecionados obedeceram aos seguintes critérios: pacientes leucodermas, sendo 18 do sexo feminino e oito do masculino, com dentadura permanente completa, biprotrusão dentoalveolar e má-oclusão de Classe I de Angle. Todas as arcadas exibiam discrepância de modelo superior e inferior nula ou positiva, isto é, não havia apinhamentos dentários que caracterizassem falta de espaço nos arcos dentários. A idade mínima dos pacientes ao início do tratamento foi de 16 anos, com média de 19,56 + 5,71 anos. Os pacientes foram tratados ortodonticamente, com extrações dos primeiros pré-molares superiores e inferiores, tendo-se empregado a técnica do aparelho de arco contínuo, MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA preconizado por Roth25. Foram selecionados somente pacientes que exigiram o controle máximo de ancoragem dos dentes posteriores para obtenção de máxima retração dos dentes anteriores. Os casos, em sua totalidade, mantiveram a relação molar de Classe I de Angle após o término do tratamento. Os tratamentos duraram em média 34 meses. Grandezas cefalométricas lineares As medidas de espessura e comprimento tegumentares seguiram as estabelecidas por Burstone4 (1959) - Figura 2. Obtenção das radiografias cefalométricas Durante a tomada radiográfica, os pacientes foram orientados a permanecer em posição labial de repouso e máxima intercuspidação dentária. A cabeça, em posição natural, com os braços lateralmente ao corpo. Figura 2 Grandezas cefalométricas lineares: 1. Sn – A; 2. A’- C; 3. Ls- Is; 4. Li – Ii; 5. B’- B; 6. P’- P; 7. A’A ; 8. Sto – IIs; 9. Sn – Sto; 10. B’- Bvert; 11. B’- Sto. Traçado do desenho anatômico Foram desenhados os contornos das estruturas anatômicas, de acordo com Interlandi12 (1968). Pontos cefalométricos (Figura 1) Ponto A (subespinhal), Ponto N (násio) Ponto S (sela), Ponto B (supramental), Ponto P (pogônio), Ponto C (cortical óssea alveolar), Ponto ENA (espinha nasal anterior), Ponto ENP (espinha nasal posterior), Ponto ls (incisivo superior), Ponto IIs (incisal do incisivo central superior), Ponto AIs (ápice radicular do incisivo central superior), Ponto Ii (incisivo central inferior), Ponto IIi (incisal do incisivo central inferior). Para a postura tegumentar foram utilizadas as seguintes variáveis: • Ls – Linha E e Li – Linha E de Ricketts (Figura 3). • Li – Linha H e Pn – Linha H de Holdaway (Figura 4). • A’ – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto A’ (Figura 5). • Ls – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto Ls (Figura 5). • Li – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto Li (Figura 5). • B’ – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto B (Figura 5). • P’ – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto P’ (Figura 5). Figura 1 Pontos cefalométricos e tegumentares. Pontos tegumentares (Figura 1) Ponto N’ (násio tegumentar), Ponto Pn (pronasal), Ponto Sn (subnasal), Ponto Ls (labrale superior), Ponto A’ (sulco do lábio superior), Ponto Sto (estômio), Ponto Li (labrale inferior), Ponto P’ (pogônio tegumentar), Ponto B’ (sulco do lábio inferior). No 4 | V. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 283 Figura 3 Grandezas cefalométricas lineares: 12. Ls - Linha E; 13. Li - Linha E. ORTOPESQUISA MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA • Is – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto Is. • IIs – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto IIs. • IIi – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto IIi. • Ii – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto Ii. • B – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular Figura 4 Grandezas cefalométricas lineares: 14. Li - Linha H; 15. Pn - Linha H. de ENAperp ao ponto B. • P – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto P. Grandezas cefalométricas angulares (Figuras 7 a 9) • Ângulo nasolabial (ANL) - Ângulo formado pela intersecção das linhas subnasal e labial superior (Figura 7). • Ângulo mentolabial (AML) - Ângulo formado pela intersecção das linhas labial inferior e mentoniana (Figura 7). Figura 5 Grandezas cefalométricas lineares: 16. A’- ENAperp; 17. Ls - ENAperp; 18. Li - ENAperp; 19. B’- ENAperp; 20. P’- ENAperp. • Násio - Subespinhal - Pogônio (N – A - P): Ângulo posterior formado pela intersecção das linhas N-A e A-P. Corresponde ao ângulo de convexidade esquelética (Figura 8). • Násio tegumentar – Subanasal – Pogônio tegumentar (N’- Sn - P’): Ângulo posterior formado pela intersecção das linhas N’- Sn e Sn – P’ (Figura 8). • Násio tegumentar - Pronasal - Pogônio tegumentar (N’- Pn - P’): Ângulo posterior formado pela intersecção das linhas N’- Pn e Pn - P’ (Figura 9) . • N’- P’- Ls (Ângulo H) - Ângulo agudo formado pela intersecção das linhas N’- P’e linha H (Figura 9). A postura dentoesquelética foi analisada pelas seguintes variáveis: (Figura 6) • A – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto A. • AIs – ENAperp - Distância medida de modo perpendicular de ENAperp ao ponto Ais. Figura 6 Grandezas cefalométricas lineares: 21. A - ENAperp; 22. AIs - ENAperp; 23. Is - ENAperp; 24. IIs - ENAperp; 25. IIi - ENAperp; 26. Ii - ENAperp; 27. B- ENAperp; 28. P - ENAperp. Figura 7 Grandezas angulares: 29. ANL; 30. AML. 284 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. 40 | No 4 efetuando-se duas mensurações de dois traçados cefalométricos realizados em intervalo de quatro semanas. ao mesmo tempo. é comum quantificar as movimentações dentárias que se deseja realizar à custa de um controle biomecânico com o intuito de atingir metas oclusais e. planejamento semelhante e onde o crescimento tegumentar na região em foco. representados pelo asterisco colocado à direita do número (*).P’ .05 e com valores de “r” superiores a 0. as diferenças entre os dados iniciais e finais foram consideradas significantes quando os valores de p foram inferiores a 0. encontra-se o resultado do teste de correlação de Pearson entre os valores das médias aritméticas das diferenças (dif) das variáveis tegumentares e dentoalveolares analisadas. A estética e a função adequada estão em íntima relação e é dessa associação que deriva o equilíbrio e a estabilidade do tratamento ortodôntico. como crescimento e tônus tegumentares. Para o cálculo do erro método. ORTOPESQUISA . implementar as mudanças previstas no perfil tegumentar. N’-Sn .40. 34. de cinco variáveis empregadas no estudo. contribuindo para a maior precisão do diagnóstico4. o reconhecimento de formas harmônicas e equilibradas Erro do método As medidas foram realizadas por um único operador e o erro intra-examinador foi calculado. a fim de podermos interpretar com mais No 4 | V. sobretudo.11. 2 e 3 encontram-se os valores das médias Figura 8 Grandezas angulares: 31.05 (nível de significância de 5%). N’. Na presença de uma face desproporcional e em desarmonia. aritméticas. No planejamento de um tratamento ortodôntico. oclusão ideal.MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA Foram calculadas e testadas as correlações de Pearson entre as variações das grandezas de interesse e foram mensuradas as relações entre as variações relevantes com uso de regressão linear.Pn .P’. mas buscaram associar normas para o perfil tegumentar que permitiram melhor definição das metas de tratamento. a existência de variáveis. foram realizadas as correlações intraclasses para avaliar a concordância entre as aferições e o erro casual pela fórmula de Dahlberg (1940): T2 =∑ d2/2(n-1). NAP. Neste teste.23. No entanto. ângulo H. de todos os pacientes pertencentes à amostra. RESULTADOS Nas Tabelas 1. fosse uma variável pouco influente. tratados com extrações de primeiros pré-molares. Na Tabela 4. para determinado caso é de grande importância para que estimativas de mudanças possam ser cogitadas. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 285 Método estatístico Foi aplicado o teste “t” de Student para comparação entre os dados pareados. DISCUSSÃO O tratamento ortodôntico visa.25 mm para cada variável estudada. Estudamos uma amostra de casos com má-oclusão semelhante. e a própria resposta adaptativa tecidual dificultam a associação precisa entre metas dentoesqueléticas e estéticas. Foi considerada correlação significante aquela com valores de “p” inferiores a 0. 32. variações e desvios-padrão das medidas tegumentares e dentoalveolares obtidas no início e no término do tratamento ortodôntico. representados pelo asterisco colocado à direita dos números (*) .20. Certas análises cefalométricas não se limitaram a descrever padrões dentoesqueléticos ideais. A amplitude média do erro do método não excedeu 2o e 0. empregando a mesma técnica ortodôntica. a harmonia e o equilíbrio das estruturas tegumentares associado a uma Figura 9 Grandezas angulares: 33. Staley22 (1993). sofreu um aumento significativo (Tabela 1).34 mm.65 2. Ricketts24 (1957) constatou ausência de alteração na espessura labial inferior.388 -1. a variável Li-Linha E aumentou significativamente (Tabela 2).001* 0.81 2.66 3.17 12. A espessura do vermelhão do lábio superior (Ls-Is).55 0.40 5.87 1.177 0.010* 0. portanto. em decorrência de algum aumento na projeção anterior do mento e do nariz (Tabela 2).26 2. Considerando que houve aumento no comprimento total do lábio superior. que representa a posição do lábio superior em relação à linha E.682 <0. A espessura do vermelhão do lábio inferior (Li-Ii).96 17.18 0. com um aumento significativo de 1. conseqüência da alteração postural decorrente do movimento das coroas dos incisivos superiores para posterior4.54 12.87 2.16 12.27 2.90 12. o crescimento labial estaria limitado ao 16 anos de idade e.03 2.519 -0. que representa a relação dos lábios com a projeção nasal. em decorrência do selamento labial alcançado à semelhança do ocorrido com o lábio superior4. uma conseqüência do tratamento ortodôntico exclusivamente.609 0.39 14.007* 0.46 -2.04 1.73 2.151 p Alterações posturais A resposta postural labial resulta do movimento de retração dos incisivos. 40 | No 4 . DESVIOS-PADRÃO E COMPARAÇÃO ENTRE AS MÉDIAS ARITMÉTICAS DOS VALORES DAS MEDIDAS TEGUMENTARES AO INÍCIO E AO TÉRMINO DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO (N = 26) Início Variável Média 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 Sn-A A’-C Ls-Is Li-Ii B’-B P’-P A’-Ai Sto-Ils Sn-Sto B’-Bvert B’-Sto 17. Guariza Filho 1 8 1 (1997).88 mm posterior à linha E. Alterações no comprimento tegumentar O comprimento total (Sn-Sto). apresentou uma aumento de 3.95 1. podemos considerar o aumento observado. Nosso resultado pode ser explicado pela alteração postural e diminuição da tonicidade do lábio inferior.MÉDIAS ARITMÉTICAS. Aumentos consideráveis na espessura labial foram verificados em estudos de crescimento por Mauchamp.73 2. Ricketts24 (1960). sofreu um aumento significativo (Tabela 1). A variável Ls-linha E. podemos supor que o deslocamento vertical dos incisivos superiores tenha ocorrido com a mesma magnitude.09 1. conforme mostra a Tabela 1. Apesar da aparente pequena variação.298 1. De acordo com estudos de Mamandras18 (1984). o crescimento da região labial superior estaria concluído até os 16 anos de idade.146 0. por sua vez. em concordância com as observações de Bravo3 (1994). Esses resultados de assemelham aos observados por Abrão (1985).54 5. Alterações na espessura tegumentar A variável Sn-A. mas também poderia ser decorrente de algum aumento da altura facial inferior. o que nos permitiria atribuir esse aumento à obtenção do selamento labial. Analogamente. Subtelny29 (1959). 286 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. Guariza Filho8 (1997).53 1.59 1. mais especificamente das bordas anteriores dos lábios superiores e inferiores sofreram deslocamento para posterior em relação à linha Estética. que persiste ao menos até os 18 anos.64 mm (Tabela 2). Tal deslocamento se deveu ao crescimento do mento e do nariz. TABELA 1 .58 15.32 13.48 DP 1.42 Término t Média 17. Sassouni19 (1973). Perkins. subtraindo-se os aumentos em espessura observados. que representa a região basal do lábio superior. As demais medidas de comprimento não apresentaram modificações significativas. A postura do lábio inferior em relação à linha H (Li – Linha H). Segundo Mamandras18 (1984).789 1.648 -0. o resultado posiciona o lábio superior próximo da meta de -4 mm preconizada por Ricketts23 (1957). segundo os estudos de Mauchamp. A postura espacial das estruturas tegumentares.48 0. e do inferior (li-Ii) também sofreu aumento significativo.968 -0. indicando modificação postural do lábio inferior de 2. com base nesses estudos.41 3.030* 0.29 1. Sassouni19 (1973).41 24. Já a grandeza Pn – Linha H. especialmente no lábio superior. aumentou 1. Subtelny29 (1959). descontando-se as alterações na espessura labial. apresentou aumento estatisticamente significante (Tabela 1). o que está de acordo com as observações de Abrão (1985).013 -2. acrescido do deslocamento anterior da linha E.11 14.40 15.517 0.415 -5.26 23.92 mm (Tabela 2).73 2.90 14.263 0. apresentou semelhante deslocamento para posterior.MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA clareza as possíveis alterações regionais do perfil mole. Esse aumento na espessura do vermelhão do lábio pode ser explicado pelo relaxamento da musculatura labial. O deslocamento posterior dos perfis labiais tomandose como referência a linha E foi resultado do movimento tegumentar que acompanhou a retração dos incisivos.73 1.657 -2.35 17.91 2. observaram diminuição na altura do vermelhão do lábio superior em casos tratados com extrações.27 1.92 DP 2.523 0.87 2. 93 4. a posição do ponto coronário vestibular do incisivo superior Is.44 10.001* 0.84 mm e 2.328 <0. Variável 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Ls-LinhaE Li-LinhaE Li-LinhaH Pn-LinhaH ANL AML A’-ENAperp Ls-ENAperp Li-ENAperp B’-ENAperp P’-ENAperp A-ENAperp Início Média -1. sofreram alterações significativas de 2.75 3. (Tabela 2).67 20.972 <0. o que concorda com os resultados de Bravo3 (1994).21 (Tabela 2). As variáveis Is – ENAperp e IIs – ENAperp que expressam respectivamente.36 2.94 3.79 13.93 3.703 0. superando o aumento em espessura observado (Tabela 2).288 3.37 -1.001* 0.44 1. esse valor é bem menor que o verificado quando utilizamos a linha estética de Ricketts como referência. e da incisal do incisivo inferior (IIi) em relação à linha de referência ENAperp.001* 11.70 1. DESVIOS-PADRÃO E COMPARAÇÃO ENTRE AS MÉDIAS ARITMÉTICAS DOS VALORES DA MEDIDAS POSTURAIS AO INÍCIO E AO TÉRMINO DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO (N = 26) da região do sulco labial ocorreu sem que hovesse mudança em sua espessura.72 3.77 -1. tiveram comportamentos distintos.001* <0. O aumento do ângulo nasolabial.186 0. As variáveis B– ENAperp e P– ENAperp.72 108.001* <0.771 1.33 DP 2. sofreram aumentos significativos de 2. Lo.568 3. o movimento labial em direção posterior ocorreu.15 24 AIs-ENAperp 25 26 27 28 29 30 Is-ENAperp Iis-ENAperp Ii-ENAperp IIi-ENAperp B-ENAperp P-ENAperp -4.14 121.10.358 1. observamos redução e aumento não significativos.38 DP 2.88 5.16 -9. Essa quantidade de retração é semelhante à observada quando utilizamos a linha H como referência.25 2. em concordância com as observações de Bravo3 (1994).39 -10.65 12. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 287 ORTOPESQUISA .50 -2.130 + No 4 | V.997 7.148 0.254 <0. O ângulo AML não sofreu mudanças significativas (Tabela 2). o incisivo inferior. embora tenha seu valor reduzido parcialmente pelo maior incremento na espessura do vermelhão labial superior (0.78 -4.04 -5. constatamos que a retração média 0 Alterações na convexidade facial A convexidade esquelética representada pelo ângulo NAP. Quando comparamos esses resultados com as alterações na espessura labial superior. As variáveis A’.001* O ângulo nasolabial.22 mm em nível incisal e coronário.54 0.77 4.21 3.04 3.59 2.411 <0. respectivamente (Tabela 2).71 3.69 3. em relação à linha ENAperp.56 -1.63 2.001* <0. respectivamente. nos casos onde houve rotação anti-horária da mandíbula.39 2.27 3. respectivamente.01 3.56 -9.200 + 5. também aumentou significativamente 6. confirma o movimento do lábio superior para posterior.73 Término Média -3.22 10.344 7 0.MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA TABELA 2 .649 7.48 9. sofreu aumento estatisticamente significante para 4.16 4. O vermelhão do lábio inferior representado pela variável Li – ENAperp sofreu retração significativa de 1.98 122.272 <0.22 mm e 2.90 -9. que representam a posição do ponto supramentual e do mento ósseo.30. Observou-se uma redução não significativa do primeiro.86 1.10 0.98 5. Na região do vermelhão do lábio superior.7.443 p <0. devido ao crescimento do nariz e mento ou pela própria projeção do mento. A retração do lábio superior acompanhando a retração dos incisivos superiores converge com os resultados de vários autores1.82 5.830.12 10. representantes das posições do sulco do lábio superior e do vermelhão do lábio superior.32 1. Analogamente. denotando a intensidade da retração dos incisivos superiores obtida (Tabela 2).91 2.61 -4.75 10. No entanto.903 5.003* 0.09 mm e 3.51 3. As variáveis Ii – ENAperp e IIi – ENAperp representantes da posição do ponto coronário do incisivo inferior (Ii).70 3.001* 6. Hunter16 (1982).ENAperp) e coronário (Ii – ENAperp). que indica o grau de prognatismo ou protrusão alveolar da maxila.491 -1.003* 0.001* -8.17 3.87 2.296 3.ENAperp e Ls – ENAperp.17 mm).80 mm) em relação ao aumento na espessura basal (1.34 1.001* 0.20 3. que apresentou valor médio inicial de 5.11 mm respectivamente.575 0.40 2.52 14.78 5.MÉDIAS ARITMÉTICAS. que representam a posição do sulco do lábio inferior e do mento tegumentar. que também observaram aumento desse ângulo. Guariza Filho8 (1997).006 <0.68 3. retraindo de 2. enquanto que o mento sofreu redução significativa (Tabela 2). sofreram retrações estatisticamente significantes (Tabela 2).55 2.84 mm.001* -5.73 5. respectivamente (Tabela 2).11 2.63 mm.17 2. Quando analisamos as variáveis B’– ENAperp e P’– ENAperp.101 0.45 t 8.54 -10. seguindo o movimento dos incisivos superiores.19 -0. e da incisal do incisivo superior (IIs) em relação à linha de referência ENAperp.03 -8. exibiu mudanças significativas em nível incisal (IIi .32 17.801 102.85 -5.79 2.31 1.44 2.16. conforme também observou Rudee26 (1964).001* p Correlações entre o movimento dos incisivos superiores e o movimento labial superior Quando correlacionamos o movimento dos incisivos superiores com o movimento labial.40 3.57 4. 40 | No 4 . constatou-se que a cada variação de 1 mm do movimento incisal. fato também constatado por Hershey10 (1972).040* 0. Quando a convexidade tegumentar do terço inferior da face foi analisada por meio da variável Ângulo H.ENAperp dif) e o do sulco labial superior (A ’ENAperp dif). Lo.711 0.505 0. Em casos com biprotrusão dos incisivos. Guariza Filho8 (1997). TABELA 3 . quanto 288 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. o lábio inferior contacta tanto os incisivos inferiores quanto os superiores. Rudee 30 6 7 26 Variável Ls .. p=0. Entre o movimento coronário (Is – ENAperp) e o do sulco (A ’. A convexidade tegumentar.14. Diels et al6 (1995). Garner (1974). não apresentou variação estatisticamente significante (Tabela 3).001 0.654 p 0.93 16. A quantidade de retração poderia ter influenciado na intensidade da correlação.90 2.MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA 5.83 4.18 131. IIi – ENAperp dif.23 DP 5. em concordância com o que observamos na maioria dos trabalhos da literatura6. Analogamente.745 0.572 0. dos resultados de King 16 26 14 (1960).327 mm. DESVIOS-PADRÃO E COMPARAÇÃO ENTRE AS MÉDIAS ARITMÉTICAS DOS VALORES DAS GRANDEZAS ANGULARES AO INÍCIO E AO TÉRMINO DO TRATAMENTO ORTODÔNTICO (N = 26) 0 incisal. tanto em nível coronário (Is – ENAperp dif) quanto em nível incisal (Iis – ENAperp dif) com o movimento do vermelhão do lábio superior (Ls – ENAperp dif).16.ENAperp dif) foi encontrada a proporção de 1 mm:0.14 18.630 0.53 132. observou-se uma redução estatisticamente significante de 2. acarretou retração labial de 0.647 0. Rudee (1964). o que significou um perfil esquelético menos convexo ao término do tratamento. no entanto. apenas quando analisamos a retração da incisal do incisivo inferior. tanto em nível coronário.549 0.04 Término t Média 4.001 0. também encontraram correlação entre o movimento de retração dos incisivos inferiores e dos lábios inferiores.521 6.002 0. com a retração da borda do vermelhão labial inferior. Diferem.163 0.001 0. TABELA 4 .596 0. A mesma constatação foi verificada para a variável que inclui o nariz. sem a influência do nariz.679 0.453 0.35 5.004 <0. representada pela variável N’-Sn–P’. N’-Pn– P’ (Tabela 3).001 <0.P’ N’-Pn-P’ Ângulo H 5. observamos correlação direta entre o movimento do sulco labial superior (A’-ENAperp dif) e o movimento do incisivo superior.ENAperp dif A’ – ENAperp dif Li – ENAperp dif Li – LinhaE dif Ls – ENAperp dif A’ – ENAperp dif Li – ENAperp dif Li – LinhaE dif Li-ENAperp dif B’-B dif’ Variável IIs – ENAperp dif IIs – ENAperp dif IIs – ENAperp dif IIs – ENAperp dif Is – ENAperp dif Is – ENAperp dif Is – ENAperp dif Is – ENAperp dif IIi –ENAperp dif AMLdif r 0.13 4.427 mm. segundo Hershey10 (1972).607 <0.12 4.374 0. porque em muitas situações. constatamos a ocorrência de correlação direta entre o movimento de retração dos incisivos superiores. Ao aplicarmos o teste de regressão linear. Essa proporção (1 mm:0.261 mm entre a variação do movimento da incisal do incisivo superior (Iis .453.13 160.RESULTADO DO TESTE DE CORRELAÇÃO LINEAR DE PEARSON ENTRE AS MEDIDAS QUE APRESENTARAM CORRELAÇÕES ESTATISTICAMENTE SIGNIFICANTE Início Variável Média 31 32 33 34 N-A-P N’-Sn.26.020).46 (Tabela 3).69 DP 5. Hunter (1982).10. (1964) e nos casos com grande sobressaliência observados por Wisth (1974). quando analisamos a variação de Li – ENAperp com IIs – ENAperp e a variação de Li-ENAperp com Is-ENAperp (Tabela 4).130 (Tabela 3).020 <0. Li – ENAperp (r=0. O teste de regressão linear revelou a proporção de 1 mm: 0.001 <0.001 Correlações entre o movimento dos incisivos inferiores e o movimento labial inferior O movimento dos incisivos inferiores correlacionou diretamente com o movimento dos lábios inferiores.124 0. entre as medidas correlacionadas.MÉDIAS ARITMÉTICAS.20 160. Garner7 (1974).327 mm) se aproxima dos resultados obtidos por Diels et al (1995). Tabela 4. Correlações entre o movimento dos incisivos superiores e o movimento labial inferior O movimento dos lábios inferiores correlacionou diretamente com o movimento dos incisivos superiores. a retração dos incisivos superiores influencia a postura do lábio inferior .009 0. 545 m entre o movimento da incisal do incisivo inferior e o movimento da borda anterior do vermelhão labial inferior. essas duas variáveis não tivessem apresentado alterações significativas. • O movimento de retração do vermelhão do lábio inferior correlacionou diretamente com o movimento da incisal do incisivo inferior e com o movimento do incisivo superior.ENAperp. quanto coronário. O comprimento do lábio inferior não apresentou modificações estatisticamente significantes. Ls – ENAperp. porém mais fortemente com o movimento em nível coronário que em nível incisal.C).com CONCLUSÃO A análise e discussão dos resultados e com base na metodologia empregada. tanto em nível incisal. • A espessura do vermelhão do lábio inferior (Li-Ii) também apresentou aumento significativo. mostrou uma proporção de 1 mm:0. Li . Ls – Linha E.ENAperp. Endereço para correspondência: Milton Missaka Rua do Livramento. 252 04008-030 . não sofreu alteração estatisticamente significante. enquanto que sua porção intermediária (A’. pode-se supor que a retração do lábio inferior depende das mudanças posturais dos incisivos superiores e inferiores. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 289 ORTOPESQUISA . Li – Linha H. exceto a variação do ângulo mentolabial (AML) que correlacionou com a variação do comprimento da base do lábio inferior (B’. mais forte neste último. não apresentou variação estatisticamente significante. quanto em nível coronário. para o lábio superior e Li – Linha E. as regiões intermediária (B’. Entretanto. Diante dos resultados encontrados. Não se constatou correlação entre a alteração postural dos lábios e as alterações tegumentares de espessura e comprimento em todas as variáveis estudadas. • O movimento de retração do sulco do lábio superior (ponto A’) correlacionou diretamente com o movimento do incisivo superior.B) e basal (P’-P) não apresentaram alterações significativas em sua espessura. • O movimento de retração do vermelhão do lábio superior correlacionou diretamente com o movimento do incisivo superior.MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA O resultado da regressão linear entre as duas medidas.São Paulo .A). tanto em nível incisal quanto em nível coronário. conclui-se que: • A espessura do lábio superior apresentou aumento na sua porção basal (Sn-A) e na região do vermelhão labial (LsIs).B) embora. A’.SP mmissaka1@gmail. para o lábio inferior. quando se considerou as variáveis No 4 | V. assim como o ângulo mentolabial (AML). • O comprimento total do lábio superior ( Sn – Stos) apresentou aumento estatisticamente significante. muito embora. • A postura da região basal do lábio inferior representado pela variação da medida B’ – ENAperp. • Os lábios superior e inferior sofreram retração estatisticamente significante. Os resultados obtidos dão ensejo a mais estudos sobre esse assunto e confirmam que o planejamento do tratamento ortodôntico deve contabilizar o crescimento tegumentar e as alterações advidas do movimento dentoalveolar. sob o risco de se produzirem resultados insatisfatórios. não foi observado aumento do comprimento parcial do lábio superior (A’. tanto em nível incisal. 290 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. Br J Orthod 1974.46(9):647-73. Proportional profile changes current with orthodontic therapy. and the law of lip relation. Weintraub NH. 23. 24. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP. The esthetic impact of extraction and nonextraction treatments on Caucasian patients. Vertical lip changes from maxilary incisor retraction. Angle Orthod 1959. O cefalograma padrão do curso de Pós-graduação de Ortodontia da Faculadade de Odontologia da USP. Jacobs JD. 6. Cephalometric analysis of dentofacial normals.12(2):129-34. Interlandi S.52(11):804-822. 5.64(1):83-94. Am J Orthod Dentofac Orthop 1993. Change in soft tissue profile of African-Americans following extraction treatment. Part I. Legan HL.45(7):481-507. Staley RN. Diels RM. Int J Adult Orthod Orthognath Surg 1997.66(4):367-77. Am J Orthod 1984. Hoffman DL. Hershey HG. Burstone CJ. Scheideman GB. Variations in profile change and their significance in timing treatment. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP. environment. Am J Orthod 1964. 7.50(6):421-34.29(2):93-104. 10.84(1):1-28. Changes in nasolabial angle related maxillary incisor retraction. Ayer W. Growth of lips in two dimensions: a serial cephalometric study. 12. Bravo LA. 8.6(1):63-74. Bell WH. 9. King EW. Am J Orthod 1983. Am J Orthod 1958. Bowman SJ. Garner LD. Johnston Jr LE . Finn RA. Hunter WS. Change in lip vermilion height during orthodontic treatment. Rudee DA.61(1):45-54. Am J Orthod 1960. Cephalometric syntesis – an exercise in stating objectives and planning treatment with tracing of the head roentgenogram. término e pós-contenção [Dissertação de Mestrado]. Am J Orthod 1978. Soft tissue response for upper incisor retraction in both. Am J Orthod 1980. 1997.90(1):52-62. Estudo do comportamento do perfil facial nos terços médio e inferior. 1985.103(2):147-54. Soft tissue profile – Fallacies of hard-tissue standards in treatment planning. 21. Longitudinal study of soft tissue facial structures and their profile characteristics define in relation to underlying skeletal structures. Ricketts RM. 17. Am J Orthod 1966. Sassouni V. 4.70(1):3-10. Roth-Williams International Seminary. 1997. 18. divisão 1a. The soft tissue covering of the skeletal face as related to orthodontic problems. Ricketts RM. The profile line as an aid in critically evaluating facial esthetics.74(4):394-404.30(3):141-49. DeLoach Jr. Lo FD. Burstone. 2000.78(4):404-20. Profile changes associated with maxillary incisor retraction in the postadolescent orthodontic patient. 2. Powers M. Nelson SS. 13. Am J Orthod 1984. Wisth PJ. 40 | No 4 .54(4):272-89.86(1):61-6. Guariza Filho O.44(1):1-25. 19. 29. Estudo comparativo cefalométrico radiográfico das mudanças no perfil tegumentar de adolescentes com maloclusão de Classe II. Am J Orthod 1972. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP. Abrão J. N. Angle Orthod 2000. A soft-tissue cephalometric analysis and its use in orthodontic treatment planning. Merrifield. Park YC.64(1):31-41. 15. tratados com Bionator de Balters [ Dissertação de Mestrado ].82(5):384-91. Integumental contour and extension patterns. 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Angle Othod 1960. 30.MILTON MISSAKA • ANKA SAPUNAR • EMIKO SAITO ARITA Referências 1. 14. 26. Am J Orthod 1964. divisão 1ª e retrognatismo mandibular. Mamandras AH. Am J Orthod 1982. decorrente do tratamento ortodôntico em pacientes portadores de maloclusões de Classe I e Classe II.65(4):285-92. Marshall SD. 3. Roth. esquelético ou uma combinação destes. ****** Mestre. por meio da apresentação de um caso clínico. The results showed that this appliance had great advantage in this malocclusion treatment. Recebido em: dez/2006 . DIVISÃO 1ª .Orthodontics/Orthopedics. Mecânica ortodôntica. No 4 | V. The purpose of our study is demonstrated. área de Ortodontia do CPO São Leopoldo Mandic/Campinas. *** Mestrando em Ortodontia pela CPO São Leopoldo Mandic/Campinas.Trabalho original O APARELHO EXTRABUCAL CONJUGADO NA CORREÇÃO DA MÁ-OCLUSÃO CLASSE II. allowing reducing the orthodontic treatment duration. treatment becomes complex with dentoalveolar or skeletal complication. Os resultados demonstraram que. dentoalveolar. Classe II. limiting the anteriorinferior displacement of the growing maxillary complex and avoiding first premolar extraction. na correção da Classe II.CASE REPORT TRIUZE YANO BARONE* KÁTIA DE JESUS NOVELLO FERRER** GUILHERME ALVES DA SILVA CARDOSO*** RENATO CASTRO DE ALMEIDA**** MARIA HELENA CASTRO DE ALMEIDA***** RESUMO A má-oclusão de Classe II apresenta alta incidência na população mundial e brasileira. O objetivo deste trabalho foi demonstrar. a eficácia do tratamento quando da utilização do aparelho extrabucal conjugado (AEB conjugado). a utilização deste aparelho apresentou grandes vantagens no decorrer do tratamento. by means of a clinical case. limitação do deslocamento ântero-inferior do complexo maxilar. Modified maxillary splint. Unitermos . Coordenadora e professora do curso de Mestrado em Ortodontia da CPO São Leopoldo Mandic/Campinas. Key Words . Aparelho extrabucal conjugado. the orthopedic treatment efficacy when a conjugated extra oral appliance or Modified Thurow Maxillary Splint is used in the Class II 1st division Malocclusion correction.Unicamp. como a redução do tempo de terapia ortodôntica. ***** Mestre e doutor em Ortodontia pela FOP – Unicamp.Aprovado em: dez/2007 * Mestre em Ortodontia pelo CPO São Leopoldo Mandic.Ortodontia. Professora assistente do Programa de Mestrado em Odontologia.RELATO DE CASO CLÍNICO ORTOCLÍNICA CONJUGATED EXTRA ORAL APPLIANCE FOR CORRECTION OF CLASS II. Devido à sua etiologia multifatorial. ** Mestre e doutora em Ortodontia pela FOP . o que torna o seu tratamento complexo. Divisão 1a. ABSTRACT Class II malocclusion shows high incidence in Brazilian population and due to its multifactorial etiology. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 293 . Coordenador e professor do curso de Mestrado da CPO São Leopoldo Mandic/ Campinas. esta má-oclusão pode ter comprometimento dentário. DIVISION 1ST MALOCCLUSION . ou splint maxilar de Thurow modificado. Professora do curso de Mestrado em Ortodontia da CPO São Leopoldo Mandic/Campinas. durante a fase de crescimento e a não necessidade de exodontia dos primeiros pré-molares. doutora e livre docente em Ortodontia pela FOP – Unicamp. Class II 1st division. Divisão 1a. prognatismo maxilar. devido às forças verticais distantes dos centros de resistência e serem limitadas apenas aos molares. Marchioro7 (1991). seguindo até a altura dos primeiros molares permanentes. e em diversas direções. com ligeira intrusão dos dentes superiores e redução da sobremordida. após análise de uma amostra de pacientes tratados com o splint maxilar com tração alta. A correção dessa má-oclusão sempre gerou muita controvérsia na Ortodontia. possibilitando um controle vertical eficiente e corrigindo deslocamentos mandibulares funcionais. nesses indivíduos. durante o uso da placa acrílica superior com tração extrabucal alta para correção da má-oclusão de Classe II. Segundo Joffe6 (1979). tanto a maxila. quanto no vertical. diagnosticar corretamente a má-oclusão. ao qual ele chamou de splint maxilar. principalmente. esse aparelho não possibilita ajustes na dimensão transversal. quanto a mandíbula tiveram o crescimento redirecionados. devido ao considerável comprometimento estético que ela pode estar relacionada. com a utilização do splint maxilar de Thurow. A força é direcionada . Contudo. portanto. os indivíduos portadores de Classe II esquelética podem apresentar retrognatismo mandibular. quando Norman Kingsley descreveu a utilização da ancoragem occipital para retruir os incisivos superiores. alterando o seu efeito no sentido ântero-posterior. Divisão 1a é uma das desarmonias mais freqüentes na população que busca por tratamento ortodôntico. Willy12 (1947). Camargo2 (1991). o que promove uma restrição do crescimento da maxila e extrusão dos molares superiores. além de causar a rotação horária do plano palatino. onde suas extremidades são curvadas para formação de ganchos onde serão utilizados elásticos de meia polegada de diâmetro acoplados ao casquete IHG (Interlandi Head Gear). evitando a sobrecarga de dentes individualmente e redirecionando de modo efetivo o crescimento do processo dentoalveolar maxilar. os molares apresentavam inclinação para distal resultando em espaços entre os primeiros molares e os segundos pré-molares ou segundos molares decíduos. principalmente. em todos os dentes superiores. a cobertura oclusal elimina possíveis interferências oclusais durante a aplicação de forças. e sugeriram a região dos pré-molares para a inserção do arco interno do extrabucal. os ossos maxilares são maiores e as mandíbulas menores. comentaram que. A Classe II. A Classe II apresenta algumas características quanto ao posicionamento maxilomandibular. As opções de tratamento da Classe II. principalmente. A partir de um diagnóstico precoce. o autor construiu o aparelho extrabucal acoplado a uma placa de acrílico com cobertura oclusal. observaram que a utilização do splint maxilar promoveu a correção da relação molar de Classe II. antes de determinar o tipo de aparelho a ser utilizado é necessário e importante o conhecimento dos efeitos que esses aparelhos produzem sobre os dentes e bases ósseas e. podem ser tratadas por ortopedia mecânica. promovendo uma distribuição da força gerada pela tração extrabucal por todo o arco maxilar. alterando o desenvolvimento vertical da maxila. ocorre liberação de forças em todos os dentes da maxila e no palato duro. Thurow11 (1975) criticou a forma convencional de utilização dos aparelhos extrabucais. combinação de ambas associadas ou não à dimensão vertical aumentada e. também pode ocorrer uma rotação mandibular posterior. segundo o autor. que tem como finalidade o redirecionamento do crescimento maxilar. um parafuso expansor para ajustes transversais e o arco vestibular para pequenos movimentos de inclinação dos incisivos superiores. Cadwell 294 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. relatou que as respostas a esta terapia foram predominantemente dentoalveolares. exceto no sentido mesiodistal. as más-oclusões de Classe II. De acordo com Dale3 (1994). tornando este aparelho propiciador de efeitos mais ortopédicos do que ortodônticos. quanto aos efeitos produzidos pelos aparelhos ortopédicos funcionais e. com protrusão maxilar. que fornece um controle em massa de todos os dentes superiores. 40 | No 4 et al1 (1984). pois. Goldreich4 (1994). para só depois escolher o melhor tipo de terapia a ser utilizada. resultando em correção do relacionamento maxilomandibular. com tração alta. Divisão 1a são inúmeras. ao que se refere à aplicação de forças extrabucais e ao crescimento dos complexos nasomaxilar e mandibular. enquanto a mandíbula continua a seguir o seu direcionamento normal de crescimento. estendendo-se anteriormente até a altura dos incisivos laterais. segundo Proffit10 (1978). A partir disso. e os aspectos biomecânicos na terapia ortodôntica têm sido foco de inúmeras discussões. Henriques et al5 (1991) denominaram o aparelho arco extrabucal (AEB) conjugado e propuseram uma modificação incorporando na placa de acrílico grampos de Adams para retenção nos molares.TRIUZE YANO BARONE • KÁTIA DE JESUS NOVELLO FERRER • GUILHERME ALVES DA SILVA CARDOSO • RENATO CASTRO DE ALMEIDA • MARIA HELENA CASTRO DE ALMEIDA INTRODUÇÃO Aparelhos com tração extrabucal têm sido muito utilizados para a correção da má-oclusão de Classe II desde 1875. tanto no sentido horizontal. Segundo Thurow11 (1975). sendo curvados para posterior. procurou tratamento ortodôntico com queixa principal de protrusão dentoalveolar dos incisivos superiores e falta de vedamento labial. permitindo posicionamento na comissura labial e vedamento labial de modo passivo. O tratamento ativo teve duração de dez meses. No 4 | V. verificou-se que a paciente possuía deglutição atípica com interposição lingual e respiração bucal. o que permite o uso da placa sem AEB. foi indicado o uso de AEB conjugado. dez anos e um mês. sendo utilizado para acompanhar o crescimento transversal e impedindo o cruzamento da mordida. do gênero feminino. O AEB conjugado foi adaptado a tubos telescópicos na região de pré-molares. Foi utilizado em conjunto ao AEB. afirmou que a tração alta (occipital). em norma lateral.TRIUZE YANO BARONE • KÁTIA DE JESUS NOVELLO FERRER • GUILHERME ALVES DA SILVA CARDOSO • RENATO CASTRO DE ALMEIDA • MARIA HELENA CASTRO DE ALMEIDA para o centro de resistência da maxila. sendo o período da dentição mista ou início do pico de crescimento puberal. podendo ser aplicada tanto na região anterior quanto na posterior do complexo maxilar em crescimento com um todo. um casquete tipo IHG. A paciente. a melhor época para o início do tratamento. O AEB conjugado está indicado para pacientes portadores de má-oclusão de Classe II. Pires (2003). apresentando má-oclusão de Classe II. é utilizada visando controlar o desenvolvimento dentoesquelético vertical. incisivos superiores mal posicionados com grande inclinação vestibular. sendo mantido por mais seis meses como contenção. uma vez que esse aparelho depende do crescimento e desenvolvimento craniofacial. após essa fase do tratamento. utilizando-se de recursos ortopédicos e ortodônticos devem ser realizadas em períodos favoráveis de crescimento. afirmou que o uso do aparelho AEB conjugado tipo splint maxilar. protrusão maxilar e vestibuloversão dos incisivos superiores e em pacientes em fase de dentição mista precoce ou tardia. Figura 1 Conjugado modificado. prescrição Roth. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 295 Figura 2 Conjugado modificado com tubo telescópico em região de molares. Divisão 1a. incisivos inferiores também mal posicionados e com inclinação lingual. associada ao AEB conjugado. podendo evitar extrações dentárias. A região anterior do AEB ficou afastada de 6 mm a 7 mm da face vestibular dos incisivos superiores. A interceptação e a correção precoce desse tipo de má-oclusão. o que mostra que o padrão de crescimento não é influenciado pelo tratamento ortopédico. Martins (1999). O aparelho foi constituído de uma placa de acrílico encapsulada com recobrimento total. deverá ser utilizado por 14 a 16 horas diárias. com a técnica Straigh-Wire. enquanto a mandíbula e as demais estruturas continuam com o crescimento normal. antes do pico de crescimento puberal. promove uma restrição do crescimento anterior da maxila. com aplicação de força de 450 g de cada lado e troca de elásticos. O exame da telerradiografia. O dispositivo. gerando forças de compressão perpendiculares às suturas frontomaxilar. duas vezes por semana. Por meios de anamnese e exame clínico. até o desenvolvimento final da oclusão permanente. com levantamento de Adams nos molares e um arco vestibular e um expansor acoplado e adaptado entre os pré-molares e os primeiros molares. ou seja. ou seja. pterigopalatina e zigomaticomaxilar. Ao finalizar foram utilizadas contenções tipo Hawley superior e contenção 3x3 no inferior. com força de 350 g a 500 g. sendo removível. com potencial de crescimento. foram confeccionados grampos RELATO DE CASO CLÍNICO Paciente CM. a 9 8 Após a realização do diagnóstico. oclusal e como retenção. ORTOCLÍNICA . por 14 horas diárias. segundo os autores. e dos dados cefalométricos revelou uma maxila protruída para a idade. leucoderma. Divisão 1 esquelética e dentoalveolar. com sobressaliência de 13 mm. Padrão de crescimento vertical. teve os aparelhos fixos instalados para correções individuais dentárias. suave deficiência mandibular e uma discrepância maxilomandibular acentuada. Figura 10 Fotografia intrabucal do lado esquerdo no início do tratamento. 40 | No 4 . Figura 6 Fotografia de perfil seis anos após o fim do tratamento. Figura 11 Fotografia intrabucal do lado direito seis anos após o fim do tratamento. Figura 4 Conjugado modificado com grade impedidora de língua (lateral). 296 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V.TRIUZE YANO BARONE • KÁTIA DE JESUS NOVELLO FERRER • GUILHERME ALVES DA SILVA CARDOSO • RENATO CASTRO DE ALMEIDA • MARIA HELENA CASTRO DE ALMEIDA Figura 3 Conjugado modificado com grade impedidora de língua (frente). Figura 8 Fotografia intrabucal do lado direito no início do tratamento. Figura 9 Fotografia intrabucal frontal no início do tratamento. Figura 12 Fotografia intrabucal frontal seis anos após o fim do tratamento. Figura 7 Fotografia de perfil 12 anos após o fim do tratamento. Figura 5 Fotografia de perfil no início do tratamento. a correta análise do posicionamento correto planejamento do tratamento de pacientes em fase de crescimento.São Paulo . CONCLUSÃO O AEB conjugado com tração alta é um aparelho que apresenta muitas vantagens no tratamento da má-oclusão de Classe II.SP Tel. No caso descrito. Divisão 1a como: diminuição do tempo de terapia ortodôntica fixa. Endereço para correspondência: Kátia J. limitação do deslocamento ântero-inferior Figura 15 Fotografia intrabucal frontal 12 anos após o fim do tratamento. correção da sobremordida e sobressaliência sem agravar o padrão de crescimento. limitação e redirecionamento do crescimento da maxila permitindo rotação mandibular no sentido anti-horário.br DISCUSSÃO A análise do caso permitiu observar que o controle das forças aplicadas no AEB conjugado. permitindo melhora do relacionamento maxilomandibular e do perfil mole da paciente proporcionando vedamento labial e equilíbrio muscular. associado ao correto uso de elásticos. contribuindo com a melhora da relação maxilomandibular e corrigindo a sobressaliência e as inclinações dentárias. com posicionamento do ponto de aplicação de força mais próximo do centro de No 4 | V. 48 .org. Figura 13 Fotografia intrabucal do lado esquerdo seis anos após o fim do tratamento Devido ao fato de existir várias opções de tratamento da má-oclusão de Classe II. da maxila e do complexo nasomaxilar. Novello Ferrer Rua Caputira. a paciente apresentava mandíbula levemente retruída e maxila protruída em relação à base do crânio. maxilomandibular é fator de extrema importância para o Figura 14 Fotografia intrabucal do lado direito 12 anos após o fim do tratamento.Mirandópolis 04052-070 . Figura 16 Fotografia intrabucal do lado esquerdo 12 anos após o fim do tratamento. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 297 ORTOCLÍNICA .: (11) 5071-1578 katiaferrer@apcd. proporcionam momentos menores e mais controlados com bom controle biomecânico. do complexo maxilar em crescimento. correção da inclinação vestibular dos incisivos superiores. o que promoveu controle do crescimento da maxila tanto no sentido vertical quanto ântero-posterior e permitiu uma rotação mandibular no sentido anti-horário permanecendo com seu potencial de crescimento normal. O aparelho de eleição para o tratamento foi o AEB conjugado com extrabucal removível.TRIUZE YANO BARONE • KÁTIA DE JESUS NOVELLO FERRER • GUILHERME ALVES DA SILVA CARDOSO • RENATO CASTRO DE ALMEIDA • MARIA HELENA CASTRO DE ALMEIDA resistência dos molares. treatment. Cadwell SF. 7. Ortodontia Contemporânea. Timm T. Modified Maxillary Splint for Class II.74(3):258-75. Willy WL. Maxillary traction plint: a cephalometric evaluation. Angle Orthod 1947. 1999: 535-615. Oliveira Jr. [Dissertação de Mestrado].75(1): 54-69. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1984. [Dissertação de Mestrado]. The maxillary orthopedic splint. division 1. Proffit WR. Camargo ES. Craniomaxillary orthopedic correction with masse dental control. Tamanho e localização da mandíbula nos casos de Classe II 1a div (Angle). Alternativas para o tratamento da maloclusão de Classe II. 5. 4a ed. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1978. 1994. 10. comparados à oclusão excelente (adultos não tratados ortodonticamente).8(45): 208-22.68(6): 601-24.85(5): 376-84.1975. Henriques WR et al. Dallas: Baylor College of Dentistry.17(3/4): 97-109. Interceptive guidance of occlusion with emphasis on diagnosis. Rio de Janeiro: Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Joffe L. considerando dois diferentes pontos de aplicação de força: anterior e posterior. Orthodontics current principles and techniques. Rio de Janeiro: Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Am J Orthod Dentofacial Orthop. 9. Oliveira AG. 1991. 2a ed. 1994. Goldreich HN. Pires AM.TRIUZE YANO BARONE • KÁTIA DE JESUS NOVELLO FERRER • GUILHERME ALVES DA SILVA CARDOSO • RENATO CASTRO DE ALMEIDA • MARIA HELENA CASTRO DE ALMEIDA Referências 1. 4. Jacobson A. 12. J Clin Orthod 1991. Bases para a iniciação. Avaliação cefalométrica comparativa da maxila na oclusão excelente e na maloclusão Classe II 1a Divisão (Angle). 40 | No 4 . A growth-related concept for squeletal class II treatment. Oliveira Jr. 1991. J Bras Ortodon Ortop Facial 2003. 8. In Interlandi S. 25: 239-45 6. Martins JCR et al. Estudo comparativo das alterações verticais ocorridas em pacientes submetidos ao uso do AEB ortopédico. In Graber TM. Hymast TA. 2. 2a ed. Dale J. Artes Médicas. 11. 3. São Paulo: Pancast. 298 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. Thurow RC. The assessment of anteroposterior dysplasia. Am J Orthod Dentofacial Orthop 1979. The effects of a modified maxillar splint combined with high pull headgear [Tese-Master of Science]. G. St Louis. Marchioro EM. Vanarsdall RL. JN. In this study it will be presented a case where it was attempted the movement of a canine tooth restrained for three year with the use of several traction techniques without having any success. **** Especialista em Ortodontia e Radiologia. ABSTRACT Autotransplantation of ankylosed teeth. it was performed the orthodontic-surgical traction with standard periapical radiographic controls every six months for a period of three years. Unitermos .Aprovado em: dez/2007 * Mestre e doutorando em Radiologia pela Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo. Key Words . a largura do osso no local era insuficiente para acomodar o diâmetro do dente transplantado. O dente transplantado permaneceu estável com o passar do tempo e o processo alveolar em condições normais. After the evidence of ankylosis. O diagnóstico clínico de anquilose poderá ser feito quando o dente afetado não sofrer movimentação pós-aplicação de força ortodôntica8. A bolsa foi reduzida após o tratamento periodontal. foi realizado controle radiográfico periapical padronizado semestralmente por três anos. Neste trabalho será apresentado um caso onde foi tentada a movimentação de um canino retido por três anos e várias técnicas de tracionamento.Ankylosis. Em condições normais. REVISÃO DA LITERATURA Em um caso de autotransplante de um canino superior incluso. associated with the bone fragment. INTRODUÇÃO A anquilose está definida como a fusão da superfície da raiz com o osso. como trauma mecânico local. Dente não-erupcionado. associado ao fragmento ósseo.Famema. No 4 | V. Due to the root integrity at the end of the control. Tooth unerupted. o ligamento periodontal separa a raiz do osso alveolar. distúrbios de metabolismo local. tem como maior indicação manter a integridade do ligamento periodontal. *** Professor doutor da Disciplina de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Marília . 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 299 . has as highest indication to keep the integrity of the periodontal ligament. morfologia facial. Transplantation autologous. Após o tracionamento ortocirúrgico. Foi então realizada uma técnica cirúrgica de transplante com apoio de osso e transposição gengival. A anquilose manteve-se presente e a perda óssea foi explicada pela falta de ligamento periodontal na porção distal da raiz do incisivo lateral antes do transplante. porém 1 nenhum destes fatores está consistentemente presente nos casos de anquilose6. irritação química ou térmica. sem sucesso. infecção localizada. força eruptiva deficiente. Os molares são os dentes mais acometidos e o diagnóstico deve basear-se em evidências clínicas e radiográficas. concluímos que a técnica apresentada foi segura na recuperação de dentes anquilosados. ** Especialista em Ortodontia. Devido à integridade radicular ao término do controle. Transplante autólogo. pressão anormal da língua. it was concluded that the technique presented was safe in the recovery of ankylosed teeth. Conclui-se que Recebido em: dez/2006 . porém basta uma pequena área de fusão do osso com a raiz para caracterizar uma anquilose . Vários fatores causais foram apontados.Anquilose.Trabalho original MOVIMENTAÇÃO ORTOCIRÚRGICA DE DENTES ANQUILOSADOS ORTHO SURGICAL MOVIMENTATION OF ANKYLOSED TEETH ORTOCLÍNICA PAULO RENATO DIAS DA SILVA* PEDRO PAULO DIAS DA SILVA** SILVIO ANTONIO BERTACCHI UVO*** LIGIA PAULA TAROSSO DIAS**** RESUMO O autotransplante de dentes anquilosados. sem apoio dental. Figura 2 Radiografia periapical inicial. restabelecendo uma boa oclusão para a paciente3. o que provocou a . o dente não sofreu movimentação (Figura 4). graças a esta combinação de 300 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. A técnica envolvia uma osteotomia segmentada. foi iniciado o tracionamento. o tratamento ortodôntico de dentes intruídos traumaticamente e anquilosados é um desafio clínico. Para o autor. cujo incisivo central superior esquerdo tinha sido avulsionado e reimplantado. Um trabalho científico relatou um caso de uma menina de 13 anos. seguida por distração osteogênica para reposição do osso alveolar e do dente anquilosado. Realizada a cirurgia para a colagem de botão (Figura 3). O resultado do reposicionamento ortodôntico pode variar e não ser previsível. O tratamento para dentes permanentes anquilolsados requer cirurgia em bloco.PAULO RENATO DIAS DA SILVA • PEDRO PAULO DIAS DA SILVA • SILVIO ANTONIO BERTACCHI UVO • LIGIA PAULA TAROSSO DIAS esta técnica permite restauração anatômica e um ambiente periodontal aceitável . e uso de forças ortodônticas mínimas2. foi tratado com sucesso após duas luxações e tracionamento ortodôntico. A anquilose pode resultar em tempo de tratamento ortodôntico prolongado. luxação repetitiva ou extração do dente envolvido. que estava incluso e aparentava normalidade. dano ao tecido periodontal e perda de dentes. gênero masculino. Foi montado aparelho fixo superior e inferior e preparado o espaço para alojar o dente. os resultados oclusais foram considerados bons. com resultados estéticos e funcionais aceitáveis. Concluíram os autores que houve sucesso no tratamento. RELATO DE CASO CLÍNICO Paciente adulto. resultando em dentes que gradualmente aparecem cada vez mais imprensados e exigem vários procedimentos de reconstrução cirúrgica. Fizemos então a tração com apoio em arcos de alinhamento e nivelamento. O incisivo lateral superior. verificou-se a presença do dente. sofreu reabsorção de raiz durante o tratamento ortodôntico e foi extraído. dois incisivos laterais anquilosados sofreram distintos tratamentos. 40 | No 4 7 ancoragem ortodôntica e cirúrgica. que foi avulsionado e reimplantado. 37 anos. Uma alternativa foi desenvolvida para salvar um dente anquilosado. Luxação cirúrgica com tração ortodôntica pode ser um efetivo tratamento. Figura 3 Cirurgia para a colagem do botão de tração. Podem ser usados tratamentos ortodôntico e cirúrgico para tratar dentes com demora para irromper. com queixa principal de espaço na região do dente 23 (Figura 1). O processo alveolar atrófico adjacente ao dente anquilosado foi reconstruído através de distração dento-óssea do segmento. dentes anquilosados não acompanham o desenvolvimento vertical do osso alveolar. Figura 1 Foto inicial da boca. Durante o crescimento. deformidade estética. Em trabalho clínico. O incisivo lateral inferior. Após o exame da radiografia periapical (Figura 2). controle adequado de inflamação gengival. com cirurgia de tracionamento. Dois anos depois de tratamento ortodôntico. em função do dano radicular5. usando o dente anquilosado como o ponto de aplicação de força. Após 18 meses do tratamento. traumaticamente intruído. apesar da sua localização ectópica. porém. Foi tentada por 18 meses a tração do dente por meio de um aparelho fixo no palato. oclusão e saúde periodontal. houve uma boa consolidação dos fragmentos ósseos e uma fisiológica remodelação do sulco gengival4. Uma taxa alta de sucesso pode ser alcançada em termos de estética. O dente tinha se tornado anquilosado e foi usado como ancoragem durante a distalização dos dentes maxilares. preservando o ligamento periodontal (Figura 6). apoiado nos dentes adjacentes (Figura 10). comprovando a não movimentação do canino retido (Figura 5). Optamos por aumentar o espaço para receber o dente 23 e realizar um autotransplante dental com osso alveolar. Figura 5 Intrusão dos dentes que ancoravam a tração. O tratamento endo- Figura 4 Tração por aparelho instalado no palato. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 301 ORTOCLÍNICA . Após 14 meses de tentativa de mover o canino. sem expor o ligamento periodontal. foi removida a fixação e após três meses. Figura 7 Conjunto dente e osso colocado no lugar e loja onde estavam antes da cirurgia. mantendo o ligamento periodontal íntegro. foi removido o aparelho ortodôntico. concluímos que o dente não se moveria por meios ortodônticos. e fio metálico e por resina acrílica. Colocamos colágeno sintético (Figura 8) no local onde estava o dente para auxiliar a neoformação óssea (Figura 9). Controle de seis meses (proporção de 3. Figura 8 Colágeno sintético. No 4 | V.PAULO RENATO DIAS DA SILVA • PEDRO PAULO DIAS DA SILVA • SILVIO ANTONIO BERTACCHI UVO • LIGIA PAULA TAROSSO DIAS intrusão dos dentes de apoio. Figura 6 Conjunto dente e osso. Figura 11 Radiografia Periapical. Removemos o dente juntamente transplantado para a região definitiva (Figura 7). O dente foi fixado por com o osso.22 mm). Após um mês. Figura 10 Conjunto dente e osso imobilizados. Figura 9 Loja cirúrgica preenchida por colágeno. dental. Em ambos os casos. afinal o dente já estava reposicionado.21 mm). A conclusão do autor foi a mesma que obtivemos neste trabalho. e depois de 36 meses foi finalizado o tratamento endodôntico. dôntico foi realizado após seis meses de tratamento. assim como o adequado controle da inflamação gengival e utilização de força ortodôntica mínima. com o sucesso do procedimento ortocirúrgico7. Controle de 24 meses (proporção de 3. Embora haja um diferencial na técnica cirúrgica usada neste trabalho. a intervenção cirúrgica deveria ser realizada com atenção aos tecidos periodontais e conhecimento do desenvolvimento Figura 15 Radiografia periapical. justificando a aplicação das técnicas quando da presença da anquilose dental4. da técnica de distração4. 40 | No 4 . com processo alveolar e raiz normais. Controle de 18 meses (proporção de 3. a intervenção cirúrgica era freqüentemente adotada em alguns dentes com irrupção atrasada. Figura 16 Radiografia periapical. sendo feito controle periódicos para troca do hidróxido de cálcio. DISCUSSÃO Assim como o trabalho que também realizou autotransplante de canino superior incluso. Controle de 30 meses (proporção de 3. os bons resultados são semelhantes. irrupção e anatomia periodontal. era insuficiente para acomodar o dente. fragmento ósseo é feito em uma única sessão cirúrgica. Como a anquilose já estava presente antes da fase cirúrgica. As exigências acima mencionadas. autores descreveram que no planejamento ortodôntico. embora nesta fase já não houvesse limitação. podem 302 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V.30 mm). a distração é feita em casa pelo próprio paciente. Enquanto o autotransplante dental junto com o Figura 14 Radiografia periapical. Independentemente da técnica.20 mm). pois havia em ambos os casos.PAULO RENATO DIAS DA SILVA • PEDRO PAULO DIAS DA SILVA • SILVIO ANTONIO BERTACCHI UVO • LIGIA PAULA TAROSSO DIAS Figura 12 Radiografia periapical. a largura do osso no local Figura 13 Radiografia periapical.30 mm). Em concordância à sequência deste trabalho clínico. ela se manteve. uma ligeira atrofia óssea.22 mm). Controle de 36 meses (proporção de 3. Porém. Controle de 12 meses (proporção de 3. os dentes permaneceram estáveis. ambos os tratamentos recuperaram o elemento dental e restabeleceram a oclusão do paciente. o que levou também ao aproveitamento do dente. o mesmo paciente apresentava outro dente anquilosado e o autor realizou a extração e reimplante. J Clin Orthod 1997. A ausência de reabsorções radiculares ao final de três anos. Am J Orthod Dentofac Orthop 2005. Thone M. Concordamos com o autor sobre a necessidade de preparar o espaço para acomodar o que requer a integração ortodontista e cirurgião durante o planejamento do tratamento ortodôntico3. Vanarsdall RL. mantendo a integridade do ligamento periodontal.103(5):288-93. também foi obtido por outro autor .38(11):612-20. pode apresentar variações (Tabela 1 e Gráfico 1).: (18) 3322-6759 prdias@radiodoc. A não manutenção do ligamento periodontal foi o diferencial entre este procedimento cirúrgico e o procedimento cirúrgico de nosso trabalho . Barton P.5(3):224-9. Teague AM. Movement of ankylosed permanent teeth with a distraction device. Zen EC. Su CP. Cheng CY. Apropos of a case.PROPORÇÃO COROA/RAIZ Referências 1. Os mesmos resultados com tecido mole e espessura de osso obtivemos. indicada para corrigir um defeito alveolar TABELA 1 . Case Report.Apto. Auto-transplantation of an impacted or retained maxillary canine.com. Dental Update 1999. As proporções encontradas tiveram valores aproximados. Kaklamanos EG. Kofod T.31(6):375:77. Endereço para correspondência: Paulo Renato Dias da Silva Av.22 3. O autor realizou a tração de um dente anquilosado com luxações e tracionamento ortodôntico.20 3. Orthodontic treatment of a traumatically intruded tooth with ankylosis by traction after surgical luxation. 3.127(2):233-41. RESULTADOS Controles radiográficos posteriores mostram a preservação da raiz do canino em três anos de acompanhamento até a finalização do tratamento endodôntico. Reychel H. Nas imagens radiográficas periapicais dos caninos foram traçadas retas sobre o longo eixo e sobre sua maior distância mesiodistal.26(7):292-6. com autotransplante associado ao fragmento ósseo. através de diferente procedimento cirúrgico.21 CONCLUSÃO O autotransplante de dentes anquilosados associado ao fragmento ósseo é um procedimento que permite o restabelecimento da oclusão.PAULO RENATO DIAS DA SILVA • PEDRO PAULO DIAS DA SILVA • SILVIO ANTONIO BERTACCHI UVO • LIGIA PAULA TAROSSO DIAS assegurar uma taxa mais alta de sucesso para tratamento de pacientes com problemas de irrupção atrasados . Razdolsky Y. Takahashi T.30 3. 7. Tsaolikis L.AVALIAÇÃO DA PROPORÇÃO COROA/RAIZ 5 5 2 severo. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 303 ORTOCLÍNICA . 6. mantendo a integridade do ligamento periodontal. Porém. Antoniades K. Wurtz V. 31 19800-000 . sendo que as diferenças podemos atribuir ao método radiográfico empregado. Rev Stomatol Chir Maxillofac 2002.br GRÁFICO 1 . El-Bialy TH. Aetiology. Sidiropoulou S. Moriyama K. Melsen B. permite concluir que a técnica pode ser indicada para recuperação de dentes anquilosados. diagnosis and potential consequences. Orthodontic and periodontal considerations in managing teeth exhibiting significant delay in eruption. Dessner S.30 3. Kavadia-Tsatala S. feitas as medições. Parry WJ. 5. Controles 6 meses 12 meses 18 meses 24 meses 30 meses 36 meses Proporção coroa/raiz 3. World J Orthod 2004. que embora tenha sido padronizado. Manegement of the submerged decíduos tooth I. Takagi T. 1.262 . Curr Opin Dent 1991. Treatment of an ankylosed central incisor by single tooth dento-osseus osteotomy and a simple distraction device. Orthod Dentofac Orthop 2005. 8. o dente a ser movido. A recolocação de um dente anquilosado em sua posição vertical no osso alveolar foi obtida pelo processo de distração osteogênica.127(1):72-80. 2. devido à sua habilidade em aumentar o tecido mole adjacente e o volume ósseo simultaneamente.SP Tel. Am J.1:622-33. 4. O sucesso deste trabalho com o autotransplante associado ao fragmento ósseo. onde. Complications of orthodontic treatment. com osseointegração do fragmento e sem complicações periodontais. Surgical-Orthodontic treatment of ankylosis.Assis . J Clin Orthod 2004. o que causou reabsorção radicular até a perda do dente. Buhler JEJr.22 3. No 4 | V. assim como impedir qualquer obstrução. Rui Barbosa. dividimos o valor longitudinal pelo transversal para obter uma proporção das dimensões do dente (Figuras 11 a 16). 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 305 ORTODIVULGAÇÃO . com intenção de aquilatar a ameaçadora predisposição desses dentes à reabsorção radicular.HRAC-USP/Bauru. Raiz dentária. Such problem does not counter-indicate orthodontic treatment.Anormalidades dentárias. Anodontia.Tooth abnormalities. or all the teeth. sendo a maior prevalência nos incisivos centrais superiores. Tooth root. **** Residente do curso de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital de Base/Bauru. razão pela qual as radiografias periapicais periódicas dos incisivos passaram a ser rotina durante o tratamento ortodôntico. However. Anodontia. Em situação de norma- Recebido em: ago/2007 . Women and orientals are more often affected. Key Words . encurtamentos radiculares.Aprovado em: dez/2007 * Ortodontista do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo – HRAC-USP/Bauru. do inglês short root anomaly9. ** Especialista em Ortodontia pela Profis . with higher prevalence in the maxillary central incisors. exige cautela durante a mecanoterapia. INTRODUÇÃO Desde que a reabsorção radicular causada pela movimentação dentária induzida se tornou assunto das pesquisas e debates acadêmicos. como por exemplo. It occurs symmetrically in contralateral teeth. Dito isto.HRAC-USP/Bauru. No 4 | V. sobretudo os incisivos superiores11. Unitermos . o clínico tem se inteirado que este fenômeno pode acometer todos os dentes permanentes movimentados. Essa afirmação fundamenta. Sua presença não contra-indica o tratamento ortodôntico. refere-se a uma condição congênita de encurtamento radicular sem causa aparente. Manifesta-se simetricamente em dentes contralaterais. Ocorre com maior freqüência em mulheres e em orientais e tem etiologia genética. and its etiology is genetic. contudo. pode-se entender porque a imagem dos incisivos superiores polariza a atenção dos ortodontistas durante o diagnóstico e representa motivo de inquietação diante de alterações prévias identificadas na raiz desses dentes. REVISÃO DA LITERATURA O nanismo radicular. *** Aluno do curso de Aperfeiçoamento em Ortodontia Preventiva e Interceptiva da Profis . Uma dessas condições é o nanismo radicular. it can also affect other teeth. recebendo a denominação de “nanismo radicular generalizado”. Pode também afetar outros dentes ou até todos os dentes. tema do presente artigo de divulgação.Trabalho original NANISMO RADICULAR SHORT ROOT ANOMALY OMAR GABRIEL DA SILVA FILHO* SILVIA REGINA MIRANDA MATEUS** VANESSA BARBOSA DA SILVA*** GUSTAVO AUGUSTO GROSSI DE OLIVEIRA**** RESUMO O nanismo radicular refere-se ao encurtamento radicular sem fator etiológico identificado. but it requires caution during mechanotherapy. when it is called “generalized short root anomaly”. ABSTRACT “Short root anomaly” consists of a shortening of the dental root without an identified etiology. com predileção pelos dentes anteriores. via de regra. durante a rizogênese.OMAR GABRIEL DA SILVA FILHO • SILVIA REGINA MIRANDA MATEUS • VANESSA BARBOSA DA SILVA • GUSTAVO AUGUSTO GROSSI DE OLIVEIRA lidade. motivo pelo qual pode ser considerado de natureza congênita. mesmo quando o processo de irrupção evolui avançado. já que a dimensão mesiodistal. Na condição de nanismo radicular a raiz atinge no máximo o comprimento da coroa do dente3. o comprimento da raiz dos incisivos centrais superiores corresponde entre 1. não está alterada (Figura 3). A A’ B B’ C C’ D D’ E E’ Figura 1 As radiografias periapicais mostram a proporção esperada entre o comprimento da coroa e da raiz para os incisivos centrais permanentes superiores. A proporção raiz/coroa aproximada. As raízes aparentam encurtamento durante a odontogênese dos dentes em questão. em média. No processo normal de odontogênese. sugerida na literatura. O nanismo radicular não se trata de encurtamento radicular por reabsorção e sim por incompletude na rizogênese.24 vezes o comprimento da coroa (Figura 1). os dentes emergem na cavidade bucal com meio a três quartos de seu comprimento radicular e continuam a desenvolver até dois anos após o início de sua irrupção clínica. varia entre 1. como se constata na Figura 2.2/1. e desconsiderando pequenas discordâncias. de comprimento da raiz em relação ao valor normativo9. Esse encurtamento radicular acaba por conferir à raiz uma morfologia rombóide. 306 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V.69 a 1. 40 | No 4 . terminando a formação radicular com 5 mm a menos. como se observa nos dados da Tabela 14.6/1 e 1. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 307 ORTODIVULGAÇÃO .COMPRIMENTO DA COROA E RAIZ DOS INCISIVOS CENTRAIS PERMANENTES SUPERIORES DE ACORDO COM A LITERATURA PERTINENTE4 Autores/Ano Aprile.6 10.4 12. Figun (1954) Black (1897) Bouland.0 11.0 22.0 16.6 10.0 22.0 10.0 12.35 21.44 11.5 24.4 12. Tandler (1942) Média entre os autores Comprimento total 22.0 Comprimento da raiz 12.9 10. Lebourg (1932) Diamond (1933) Broomel.0 12.0 22.0 11.0 9.0 12.5 12.5 22.0 28.0 10.52 Altura da coroa 10.0 10.0 12. Herpin (1925) Marseillier (1937) Mühlreiter (1891) Sauvez et al (1914) Sicher.0 23.0 12. No 4 | V.0 22.5 12.0 24.51 A B C D E F Figura 2 Evolução normal da rizogênese dos incisivos centrais superiores. Fischelis (1910) Dieulafé.OMAR GABRIEL DA SILVA FILHO • SILVIA REGINA MIRANDA MATEUS • VANESSA BARBOSA DA SILVA • GUSTAVO AUGUSTO GROSSI DE OLIVEIRA TABELA 1 . 9. A ocorrência familial9 tem levado vários autores a sugerir a associação do nanismo radicular com a genética3. taurodontistmo1-2 e dens in dens5.5-6. o tratamento ortodôntico. pré-molares superiores2. Contudo. Também tem sido mencionada associação com outras anomalias dentárias.6. com prevalência de 1. outros dentes podem estar envolvidos como os pré-molares superiores e inferiores1.5. não alcança seu comprimento esperado. incisivos laterais superiores2 e segundos pré-molares inferiores2. como por exemplo. O diagnóstico diferencial deve ser feito com a reabsorção radicular externa. destituída do vigor estrutural normal. impacção de dentes.9. A heterogeneidade genética do nanismo radicular na árvore genealógica dificulta a definição do modo de herança5. nos incisivos centrais permanentes superiores2. sobretudo.OMAR GABRIEL DA SILVA FILHO • SILVIA REGINA MIRANDA MATEUS • VANESSA BARBOSA DA SILVA • GUSTAVO AUGUSTO GROSSI DE OLIVEIRA A B C D E F G H Figura 3 A evolução da rizogênese nesse acompanhamento longitudinal revela a feição do nanismo radicular e ajuda na compreensão do fenômeno. 40 | No 4 superiores. Manifesta-se em dentes e pessoas saudáveis. A última tomada radiográfica ilustra a condição dentária ao final do tratamento ortodôntico. como agenesias1-2. justificando na literatura a transmissão auto-sômica recessiva1 e auto-sômica dominante5. A incidência de nanismo radicular em incisivos centrais superiores é mais comum em populações xantodermas3. dentes reconhecidamente vulneráveis à movimentação dentária induzida. Embora ambos os incisivos centrais superiores sejam os dentes mais afetados. “nanismo radicular” e “reabsorção radicular externa” constituem . no nanismo radicular não tem fator etiológico identificável normalmente relacionado com a reabsorção apical. O encurtamento radicular normal durante a mecanoterapia se incumbiu de salientar o nanismo radicular. sem nenhuma sintomatologia.9 (Quadro Sinóptico 1).3%2 e 2.9. O estágio de rizogênese dos incisivos centrais superiores próximo à emergência do dente na boca revela a condição de nanismo radicular. necrose pulpar ou lesão periapical.4%6. traumatismo. Ao final do processo irruptivo. ectopia de caninos1. visto que assintomático. O encurtamento radicular congênito manifesta-se comumente em par e. podendo alcançar até uma incidência de 10% da população em japoneses3. DISCUSSÃO O diagnóstico do nanismo radicular é acidental. a raiz. No entanto. Interessa sobremaneira o ortodontista por envolver com freqüência os incisivos 308 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V.9. acometendo um maior número de mulheres em relação aos homens2. é reconfortante pensar que esse encurtamento radicular não contra-indica o tratamento ortodôntico.RESUMO DA LITERATURA PERTINENTE AO ENCURTAMENTO RADICULAR IDIOPÁTICO Autor/Ano Origem Dentes 11 e 21. enquanto a reabsorção radicular externa reflete o encurtamento da raiz depois de completada a rizogênese. 15 e 25. Os incisivos centrais superiores foram acometidos pelo nanismo radicular e perderam comprimento radicular durante o tratamento ortodôntico. 47. 13 e 23.4%. 12 e 22. 14 e 24. Heterogeneidade genética 1. Finlândia Menina aos dez anos de idade. 38. com nanismo radicular generalizado Halland. força leve e intervalo suficiente entre as ativações. caninos ectópicos e taurodontismo Apajalahti et al (1999) Helsinki. Porcentagem H:M = 1:2. Os incisivos. aos 11 anos de idade. primeiros e segundos molares Incisivos centrais superiores. encontrando as mesmas características de um dente normal Origem genética H:M = 1/2. pré-molares e caninos Porcentagem/ Possível etiologia Transmissão auto-sômica dominante.OMAR GABRIEL DA SILVA FILHO • SILVIA REGINA MIRANDA MATEUS • VANESSA BARBOSA DA SILVA • GUSTAVO AUGUSTO GROSSI DE OLIVEIRA QUADRO SINÓPTICO 1 . Nanismo radicular generalizado. com nanismo radicular generalizado Halmstad. Finlândia Apajalahti et al (2002) Edwards.6 Anomalias dentárias associadas Agenesias. Suécia Paciente do sexo masculino. Tomando-se o cuidado mecânico habitual. Padrão dominante auto-sômico 2. pré-molares inferiores. Roberts (1990) Jakobsson. tio. com nanismo radicular generalizado Hipodontia e taurodontismo Agenesia 37. Gold (1977) Os incisivos foram extraídos e feita a análise histológica. 48 Dens in dens 22 Lerman. O nanismo radicular representa o comprimento original da raiz. aos 12 anos de idade. com nanismo radicular generalizado Paciente do sexo masculino. 12 e 22. pré-molares superiores. tia e primos paternos apresentavam nanismo radicular. e primeiros molares 11 e 21. No 4 | V. aos 17 anos de idade. 31 e 41. situações distintas. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 309 ORTODIVULGAÇÃO . associado ao controle periódico regular com radiografias periapicais e planejamentos coerentes.3% Maior prevalência em mulheres Pai. Lind (1973) Leonard et al (1972) Estudantes da universidade de Helsinki. como se infere a partir do acompanhamento radiográfico das Figuras 3 e 4.7 Paciente apresentava estatura baixa Reabsorção dos incisivos laterais superiores pelos caninos ectópicos Paciente apresentava estatura baixa. Apesar de não se entender claramente a etiologia do nanismo radicular. Suécia Paciente do sexo masculino. pré-molares e caninos com câmaras pulpares reduzidas ou obliteradas Lind (1972) Shaw (1995) Nanismo radicular e raízes cônicas generalizadas A B C Figura 4 As radiografias periapicais longitudinais ilustram o comportamento da raiz dos incisivos permanentes superiores com nanismo radicular durante a mecanoterapia. 35 e 45 Nanismo radicular generalizado com maior diminuição das raízes nos dentes permanentes anteriores Incisivos centrais superiores Nanismo radicular generalizado. com exceção dos segundos pré-molares. 40 | No 4 .OMAR GABRIEL DA SILVA FILHO • SILVIA REGINA MIRANDA MATEUS • VANESSA BARBOSA DA SILVA • GUSTAVO AUGUSTO GROSSI DE OLIVEIRA A B C D E F G H I J Figura 5 As radiografias periapicais na boca toda revelam um encurtamento generalizado nos pré-molares. caninos e incisivos. 310 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. A morfologia radicular difere do nanismo radicular restrito aos incisivos centrais permanentes superiores. As raízes aqui tendem a uma forma afilada. OMAR GABRIEL DA SILVA FILHO • SILVIA REGINA MIRANDA MATEUS • VANESSA BARBOSA DA SILVA • GUSTAVO AUGUSTO GROSSI DE OLIVEIRA é possível realizar movimentação ortodôntica. Ferreira FV. No 4 | V. Lind V . Short root anomaly in a patient with severe short-limbed dwarfism. Arte S. Ortodontia 1993. CONCLUSÃO O nanismo radicular e a reabsorção radicular externa. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 311 ORTODIVULGAÇÃO . J Nihon Univ Sch Dent 1967. Idiopathic short root anomaly.Vila Universitária 17012-900 .7-8. 10. Short root anomaly. Pirinen S. Turtola L. 6. 4. 2. Anatomia Dental. Edwards DM. São Paulo. Bereta EC. Pirinen S.80(2):85-93. Oral Surg Oral Med Oral Pathol 1972. Silva Filho OG. Kiyokawa K. sobretudo os superiores. Int J Paediatr Dent 1995. Acta Odontol Scand 2002. Estimativa de reabsorção radicular em 50 casos ortodônticos bem finalizados. Shibo K. 7. Leonard M. Behavior of short-rooted teeth in the upper bilateral central incisors. Ando S. Gold R. Nakashima T. Artes Médicas. Capelozza Filho L. Diminished root formation. em dentes com nanismo radicular.60(1):56-9.81(4):335-8.br Referências 1. Br Dent J 1990. Studies on the consecutive surgery of succedaneous and permanent dentition in the Japanese children. como os incisivos centrais superiores. In Della Serra O. os incisivos permanentes. 1981. publicaram artigos sobre pacientes com encurtamento radicular generalizado. mas com freqüência.5(4):249-52.Bauru .: (14) 3234-3348 [email protected]. p. Vários autores5. 11. Eur J Oral Sci 1999.SP Tel. Sanka Y. Cavassan AO. 5. Prevalence of shortroot anomaly in healthy young adults. Scand J Dent Res 1973. mas exige do profissional um monitoramento rigoroso do custo biológico durante a mecanoterapia. Lerman RL. Apajalahti S. 3. Shaw L. conseqüente à movimentação dentária induzida.107(2):97-101. 3-20 . Variation in root length of the permanent maxillary central incisor.10. Lind V .34(2):205-8.HRAC-USP Omar Gabriel da Silva Filho Rua Sílvio Marchione. Short root anomaly in families and its association with other dental anomalies. 9. Apajalahti S. 4.9(2):67-82.169(9):292-93.1(4):327-33. como demonstra as Figuras 3 e 4. Scand J Dent Res 1972. Della Serra O. Short root anomaly. Mais raro que o encurtamento radicular em dentes isolados. 8. Ferreira FV. Dentes incisivos permanentes. Jakobsson R. Roberts GJ. J Pedod 1977.26(1):24-37. Endereço para correspondência: Setor de Ortodontia . A presença do nanismo radicular na má-oclusão não contra-indica o tratamento ortodôntico. é o encurtamento generalizado ou de grande número de dentes (Figura 5). configuram situações distintas que acometem não só. Holtta P.com. 3a ed. “O que é óbvio não precisa ser provado”. temos que esclarecer que. preocupado com os movimentos de lateralidade da mandíbula. desprezando aspectos palpáveis e lógicos.Trabalho original ANÁLISE CEFALOMÉTRICA TRIANGULAR BASAL AUTOR CONVIDADO: NELSON JUNQUEIRA DE ANDRADE* RESUMO A análise cefalométrica triangular basal tem origem na análise cefalométrica triangular e o apoio da análise de Volta Redonda. Por que análise triangular? Porque o homem é cônico. com a cabeça do paciente orientada Figura 1 Cone cortado em diagonal. visto em Figura 2 Três análises cefalométricas superpostas à planimétrica. o mais anterior e o ínfero. só pode ser dividida no sentido da profundidade e na linha média. násio (N) e ínfero. visto em um corte anterior. násio e ínfero. Com isso. A conicidade humana foi falada em 1920. análise por superposição de arcos1 e a triangular basal. em azul. na análise cefalométrica triangular basal. principalmente. * Professor emérito da Faculdade de Odontologia de São José dos Campos . angular de Volta Redonda. o mais inferior. queremos dizer que a cefalometria da cabeça deve ser realizada com base na linha média. Numa figura plana. o espermatozóide é cônico (eram 15 citações)3. Anodontia. Rupert Hall. Quanto ao triângulo nasal só falamos de passagem que o nariz é cônico e. Figura 2. fizemos algumas considerações que podem ser Caso Clínico ou Resumo. por herança. a cabeça humana para ser dividida em duas partes iguais.Anormalidades dentárias. entretanto. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 313 ORTODIVULGAÇÃO . Raiz dentária. não explicou bem a razão da própria conicidade. quando Andrade3 (2006) ressuscitou-a. Por ser matéria muito nova. mostra a conicidade nasal dividida pelo septo em duas áreas triangulares e. Consiste em um triângulo baseado nos pontos: básio. não é de admirar a análise triangular basal não ter caso clínico. apoiando-se nos seguintes pontos: básio (Ba). Unitermos .Unesp. através de exemplos. os nossos dentes são cônicos. pelo Plano Horizontal de Broadabent. mas o autor. a convergência dos grandes eixos dos nossos dentes é cônica e. násio. como: O nosso nariz é cônico. em vermelho. No 4 | V. são pontos ósseos extremos da face: básio. a ponto da “Teoria Cônica”3 ficar esquecida até nossos dias. o vértice do ângulo mais posterior da face. sempre muito nítidos e indiscutíveis. A análise é baseada no triângulo nasobucal. De acordo com a nota prévia. o triângulo é concêntrico ao original. na Figura 4. As Figuras 3 e 4. deixam compreender melhor a razão de ser da análise triangular. O toque de um lado e do outro é também chamado de balanceio. em um sistema triangular (Figura 5). Trocamos o Impa pelo Imba porque o plano mandibular é apenas complementar na análise triangular basal. Lembre-se dos quatro tempos da oclusão funcional de Gyzi: são eles abertura da boca. na respiração bucal etc. ao todo são 52 . que tem a seu favor o Leeway. 40 | No 4 Curiosidade: quanto mais próximo o côndilo estiver do Eixo Y mais severa é a Classe 3. da oclusão fisiológica porque não abrimos a boca somente para mastigar e. o uso de um aparelho fixo ou removível. Esta criança entra agora numa fase crítica. porque. assim. 40° e de 100° pelos pontos J e Jr ou pela referência incisal preferida. no vômito. para evitar migrações indesejáveis. melhor. pelo transferidor redondo. o goníaco e o facial. Na mastigação. e a da mandíbula. mais claramente na Figura 4. Na Figura 3 nota-se que. no maxilar superior. Na mesma figura temos duas análises superpostas à planimétrica. para falar. Nas duas figuras encontramos o arco ideal com previsão da distribuição dentária. indefesa. da mastigação ou. A do maxilar é quadrangular e pode ser também dividida em dois triângulos: o dos dentes superiores e o da deglutição. na abertura da boca. são o da base do crânio. ambos. Há ainda os triângulos colaterais que. o triângulo da má-oclusão com os ângulos de 45°. só podendo contar com o apoio dos pais ou dos responsáveis. pois. para haver o equilíbrio de forças durante a mastigação. sorrir. também do lado direito. em inglês. da oclusão fisiológica.NELSON JUNQUEIRA DE ANDRADE corte de profundidade. com controle mensal 314 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. o fechamento é guiado para a normalidade ou volta à cêntrica. pelas inclinações dentárias. necessitando ser distalizado. o triângulo odontológico fica com três triângulos: o da deglutição. Observe o paralelismo transversal dos dentes. Na análise. portanto. fica substituído pelo Imba. dentro do triângulo basal. ao passo que. que posiciona a cabeça do paciente na horizontal. na fase da troca. fechamento à direita e à esquerda ou lado de trabalho e lado de equilíbrio (“balanceio”). como no caso da Figura 3. o paralelismo mesiodistal de cada dente é o lado de um triângulo. Na Figura 3. ao passo que a linha do básio é convergente. dele depende o toque das pontas de cúspides dos molares e pré-molares. cantar. do Arco Ideal. daí balanceio. os caninos superiores são os últimos a perderam o contato e no fechamento. Balance. pelos incisivos e. onde aparecem os dentes decíduos com uma cárie no segundo molar inferior direito. tem pela frente. com o recurso do desenho em cortes transversais e até mesmo sobre telerradiografias. O ideal seria. na idade adulta. Na Figura 2 o ângulo do grande eixo do incisivo inferior. marcar 90 pontos no perfil facial . quando o comando é passado para a maxila porque ela é fixa. os ângulos são de 40°. sim. O triângulo bucal é dividido pelo plano oclusal em duas partes. de Volta Redonda2. o canino é o último a ser trocado. os da saúde pública e do seu cirurgião-dentista. a do maxilar que é fixo. pela Figura 2. os primeiros a fazer o toque. os detalhes são sempre triangulares. Figuras 3 e 4 do ortodontista ou do odontopediatria. Com a divisão. nos movimentos de abertura da boca. que em português. ele sabe que até a troca de todos os dentes o comando da oclusão cabe à mandíbula. do grande eixo do incisivo inferior formando ângulo com a linha do ponto básio e o incisivo superior formando ângulo com a linha biespinhal. o Impa. Figuras 3 e 4. o superior fixo ou da oclusão e o inferior móvel. Não havendo o toque haverá má-oclusão. da oclusão corrigida ou clinicamente normal. até os 12 anos para completar a troca dos dentes. podendo.20 dentes decíduos e 32 dentes permanentes. gargalhar. nela a seqüência normal é do incisivo central inferior até o segundo pré-molar. 45° e 90°. tipo ou padrão Nance. ele é divergente da linha média. porque são guias para a cêntrica. significa equilíbrio. o molar superior já encostou na face distal do segundo molar decíduo. que é móvel. somente o tempo poderá nos mostrar a complexidade dos futuros casos clínicos. No 4 | V. o da ponta do nariz com 65° . p. que tem origem no Triângulo de Bonwill. zer somente um comentário a respeito de um assunto já publicado por nós: “Adriana M. 2. com as cores do arco-íris. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 315 ORTODIVULGAÇÃO quando surgiu a idéia de fa- Figura 6 A Grade Facial de Andrade. Na Figura 5 Os quatro tempos da oclusão funcional de Gyzi. São aspectos de figuras planas porque. e a mudança do gônio do pólo negativo para o positivo também. Anael Carlos Rodrigues. original. Andrade NJ. coincidentemente a terceira é a triangular do básio que. acrescida dos Eixos X e Y. 1986. Celestino Nóbrega. em última análise. nos casos de más-oclusões. CASO CLÍNICO? Era minha intenção apresentar um caso clínico. no momento só marcamos quatro pontos: o do násio com 86°. Figura 7 Classe 3. São José dos Campos: Editora própria. de Downs. para estudos do crescimento. In: Ortodontopedia. 89p. para elucidar que no caso da Análise Triangular a observação da proximidade do côndilo ao eixo Y. nos casos de terceira dimensão. sabendo-se. São José dos Campos: Gráfica e Editora JAC. de Downs. na nossa Cefalometria. Análise Planimétrica e Análise e Análise Angular. Figuras 6 e 7. desaparece Figura 8 É a Figura 75. pela configuração triangular conseqüente às modificações angulares dos triângulos. aqui.65.São José dos Campos: JAC. severa. cujas gravuras aqui repetimos. nas páginas 47 e 48. não deve fugir do rigor trigonométrico. Andrade NJ. 2005. Lucia Teramoto e Nelson Junqueira”. 2006. Ortodontia: análise por superposição de arcos. ela é excelente para a dentição mista (Figura 3). . do estômio 42° e do ínfero com 25° ou 360 em torno da cabeça. porque a Teoria da Análise Triangular Basal é nova. História da Teoria Cônica da Oclusão Dentária em Cefalometria. Junqueira de Andrade.NELSON JUNQUEIRA DE ANDRADE (ou 90 triângulos). no adulto. severa. 3. é confirmada. 1 na Figura 8. que o homem é cônico3. Andrade NJ. Referências 1. 2005. 162p. abaixo da linha básio-ponto ínfero. Classe 3. totalmente. Agora. mesma figura destacamos agora que o triângulo goníaco colateral. Cefalometria: Análise de Volta Redonda. no tecido mole. a segunda é a análise por superposição de arcos . na qual acrescentamos os eixos X e Y. sobre a Grade Facial de Andrade. nas cores do arco-íris. Ortoreview RESUMOS DE ARTIGOS CRISTINA DOMINGUEZ Professora doutora da Disciplina de Ortodontia da Fousp. a fim de evitar uma giroversão durante a intrusão.Os resultados mostraram que a mordida aberta anterior dos 12 pacientes foram todas corrigidas em uma média de 6.8 mm (P< .2 mm na préintrusão para 2 mm na pós-intrusão.7 anos) com mordida aberta anterior.A casuística estava composta de doze pacientes (idade entre 14.001).2 mm (P < . A sobremordida aumentou em uma média de 4. Os miniparafusos proporcionaram uma fixação esquelética estável para intrusão de molares. Objetivo . 40 | No 4 . respectivamente.Avaliar a eficácia da ancoragem com miniparafuso em casos de intrusão da região dentoalveolar posterior para corrigir mordida aberta (esquelética). resultando numa maior dimensão vertical facial e um plano mandibular íngremes. Materiais e Métodos .3 e 27.2 mm (P <. a impactação cirúrgica da maxila é na maioria das vezes a única forma de obter a rotação mandibular e a redução da dimensão vertical em pacientes adultos com severa mordida aberta (esquelética). Os primeiros molares superior e inferior foram intruídos em média de 1. o que levou a uma rotação no sentido anti-horário da mandíbula com uma diminuição significativa nas alturas ântero-faciais (média de 1. especialmente em pacientes adultos. A mordida aberta anterior (esquelética) é uma complicação de má-oclusão caracterizada principalmente pelo supercrescimento das alturas dentoalveolares posteriores da maxila e da mandíbula. O ângulo do plano mandibular foi reduzido em 2. Muitos métodos foram experimentados para intruir os dentes posteriores. XING WANG ANGLE ORTHOD.8 meses. 2007 JAN. Uma força de 150 gramas foi aplicada nos miniparafusos de cada lado para intruir os dentes posteriores. contudo.8 mm. estas técnicas tradicionais. Assim. sendo minimamente invasivo e exigindo mínima cooperação.001). não podem intruir os molares. Os arcos transpalatinos e linguais foram usados para manter os molares em seus respectivos lugares.001). muitas vezes. Todos os pacientes apresentaram um padrão esquelético Classe II e excessivo crescimento posterior. com média de 18. Neste espaço são apresentados resumos científicos internacionais selecionados.A ancoragem de microparafusos tem a vantagem de ser um procedimento mais simples. Conclusão .001 ).3º (P< .77(1):47-56.001) e 1. de -2. Colaboração: Kelly Sayuri Nagahachi TRATAMENTO DE MORDIDA ABERTA ANTERIOR COM ANCORAGEM ESQUELÉTICA DE MINIPARAFUSOS MICROSCREW ANCHORAGE IN SKELETAL ANTERIOR OPEN-BITE TREATMENT CHUNLEI XUN. Resultados . XIANGLONG ZENG. A mordida aberta esquelética pode ser efetivamente corrigida por esta opção ortodôntica de tratamento. P< .2 anos. Miniparafusos foram inseridos na área mais posterior do meio do palato e no osso alveolar entre os molares inferiores. 316 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. QUIZ 333. causado pela perda ou infra-oclusão dos dentes antagonistas. sem perda de ancoragem unitária. O uso de métodos convencionais pode gerar indesejáveis extrusões na ancoragem do dente. A ancoragem esquelética tem sido sugerida como um sistema ideal de intrusão dos molares sem efeitos colaterais. A extrusão dos molares é um problema comum em adultos.No Caso 1. Devido à intrusão tornou-se mais difícil a movimentação por causa do limite entre os ganchos e o miniparafuso. dois novos miniparafusos foram colocados mais apicalmente. No primeiro paciente os miniparafusos foram colocados no palato. 2004 JUN. Materiais e Métodos . No Caso 3. HYUN-SOOK LEE.5 mm e movidos distalmente. o tratamento todo se deu por 23 meses. Conclusão .Caso 1. apresentou-se ao Departamento de Prótese No 4 | V. ANCORAGEM COM MICROPARAFUSOS PARA INTRUSÃO DE MOLARES MICROSCREW ANCHORAGE FOR MOLAR INTRUSION YEON -JOO CHANG. molares da maxila podem ser intruídos com sucesso.INTRUSÃO DE MOLARES DA MAXILA ATRAVÉS DE ANCORAGEM COM MINIPARAFUSOS MAXILLARY MOLAR INTRUSION WITH MICRO-IMPLANT ANCHORAGE (MIA) HYO-SANG PARK. No terceiro paciente os miniparafusos foram colocados medialmente no palato. Muitos casos de movimentação ortodôntica podem ser executados com a ajuda de miniparafusos sem perda de ancoragem ou dependência da colaboração do paciente. Paciente de 30 anos. A intrusão de molares na maxila é difícil de ser realizada com métodos tradicionais de ancoragem. YOUN-SIC CHUN.38(6):325-30. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 317 ORTOINFORMAÇÃO .Neste artigo três métodos de intrusão de molares na maxila com o uso de miniparafusos foram descritos e ilustrados como relato de casos. Após duas semanas a força de intrusão foi novamente aplicada sobre os molares. Após sete meses de tratamento. realçando a importância do uso de um arco rígido de barra transpalatina. Foi aplicada uma força de intrusão por oito meses. a raiz do primeiro molar moveu-se para bucal. é difícil de ser realizada sem que haja efeitos secundários indesejáveis. Objetivo . sexo feminino. os molares superiores foram intruídos aproximadamente 2 mm. os molares foram intruídos 3 mm. após o tratamento. No Caso 2. Embora a intrusão ortodôntica seja uma abordagem mais conservadora. Após nove meses de tratamento os molares superiores foram intruídos Resultados .21(2):129-35. Uma barra transpalatina foi usada para prevenir a buco ou linguoversão dos molares durante a intrusão. É uma das grandes dificuldades enfrentadas na Ortodontia. Os dentes da maxila anterior foram retraídos e intruídos. Assim. os dentes posteriores da maxila foram intruídos 1. No segundo paciente os miniparafusos foram colocados entre primeiro e segundo molares. houve intrusão dos molares e a proximidade gerada entre o molar e o miniparafuso. Objetivo . BONG-KYU JANG AND HEE-MOON KYUNG AUST ORTHOD J 2005 NOV.Três pacientes adultos mostraram como os miniparafusos podem ser utilizados para a intrusão de molares na maxila. Microparafusos ortodônticos são amplamente utilizados devido à sua facilidade de colocação e relativo conforto no que diz respeito ao procedimento cirúrgico.Relatar dois casos de intrusão dos molares usando ancoragem esquelética de microparafusos.Com a ancoragem de microparafusos. Em uma radiografia frontal. entre o primeiro e segundo pré-molares. Materiais e Métodos . como uso de elásticos extrabucais. J CLIN ORTHOD. O resto do espaço vertical exigido poderia ser obtido a partir da intrusão simultânea do segundo pré-molar e primeiro molar antagonistas. OH-WON KWON. notava-se a presença de um cantiléver unido ao primeiro molar inferior esquerdo e extrusão. sem extrações e intruíndo os dentes posteriores superiores e inferiores com miniimplantes. cerca de 5 mm por palatino e 1. Dois microparafusos foram implantados por vestibular. além da margem adjacente do primeiro molar.AM J ORTHOD DENTOFACIAL ORTHOP.O microparafuso foi instalado entre o canino e primeiro pré-molar superiores esquerdos.Após cinco meses de intrusão. na mandíbula) foram colocados no osso alveolar perto dos dentes posteriores e usados como ancoragem para a aplicação da força.A mecânica mostrada aqui teve ancoragem absoluta. 40 | No 4 . isto se assemelha aos resultados do tratamento de impacção cirúrgica da maxila.Caso 1 . Caso 2 . Caso 2 . mais dois microparafusos foram colocados na área da sutura palatina. Para a ancoragem palatina. Os implantes (diâmetro 1. Barras conectoras foram ligadas aos parafusos em ambos os lados vestibular e palatino. o segundo molar superior esquerdo teve uma maior extrusão devido à falta de contato oclusal.5 mm por vestibular. 2006 SEP. comprimento 8 mm. A má-oclusão de mordida aberta foi considerada por muito tempo um dos problemas ortodônticos mais difíceis de corrigir porque sua etiologia é complicada e multifatorial. incluindo implantes dentais. Durante o período de osseointegração. O advento da ancoragem óssea expandiu os limites de tratamento ortodôntico. um entre o canino superior esquerdo e primeiro pré-molar e outro entre o primeiro e o segundo pré-molares. Devido à largura biológica dos molares. de buco- 318 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. TRATAMENTO DE UMA MORDIDA ABERTA SEM EXTRAÇÕES USANDO ANCORAGEM COM MINIIMPLANTES NONEXTRACTION TREATMENT OF AN OPEN BITE WITH MICROSCREW IMPLANT ANCHORAGE HYO-SANG PARK. na maxila e 6 mm. Na área correspondente aos segundos molares inferiores do lado esquerdo. As restaurações protéticas inadequadas foram removidas e um implante fixo de 11. Resultados . está crescendo agora em popularidade por causa da habilidade de fornecer o ancoragem absoluta. Objetivo . espaço suficiente vertical foi obtido e uma coroa temporária foi realizada para o primeiro molar inferior esquerdo. Materiais e Métodos .Paciente de 12 anos de idade e do sexo masculino foi encaminhado por um protesista devido à insuficiência de espaço vertical para tratamento restaurado do primeiro molar inferior esquerdo. facilmente e efetivamente. miniimplantes cirúrgicos e microparafusos. A ancoragem óssea.Depois de seis semanas.Uma menina de 16 anos com mordida aberta anterior foi tratada. A intrusão dos molares foi conseguida em mais de seis semanas e foi colocada uma prótese fixa. Até recentemente. Outro microparafuso foi colocado entre o primeiro e o segundo pré-molares inferiores esquerdos. a intrusão deste elemento teve de ser limitada a 1 mm.2 mm.Descrever o tratamento mecânico para mordida aberta anterior com miniparafusos. AND JAE-HYUN SUNGC DAEGU. Para impedir efeitos colaterais adversos. Conclusão .Ortoreview com queixa principal de dificuldade de mastigar e sensibilidade ao frio na região de molares inferiores do lado esquerdo. O tempo total de tratamento foi de cinco meses.130(3):391-402. a força de intrusão foi aplicada simultaneamente por ambos os lados.5 mm de comprimento foi colocado na mandíbula na região do segundo molar inferior do lado esquerdo. Os microparafusos permitem intrusão simultânea de molares. facilitando eventuais restaurações protéticas depois de um curto período de tratamento ortodôntico. A intrusão de molares com ancoragem óssea produz rotação da mandíbula. a cirurgia ortognática era considerada o tratamento de escolha para uma mordida aberta esquelética severa. Assim. um dos parafusos do meio do palato soltou. devido a infra-oclusão do pôntico oposto. SOUTH KOREA. Resultados . nenhuma recidiva foi evidente na posição vertical dos molares e do FMA. Com 23 meses de tratamento. miniimplantes e miniparafusos para proporcionar ancoragem absoluta. ao final do tratamento. tais como intrusão de dentes posteriores. Os miniparafusos oferecem boa ancoragem para tratamento de mordida aberta. A mordida aberta há muito tem sido considerada um problema de difícil tratamento na Ortodontia. CORÉIA DO SUL.Mostrar a eficácia e a simplicidade dos microparafusos no controle da mordida aberta anterior. Resultados . Entretanto.Este estudo demonstra que os miniparafusos oferecem ancoragem para intrusão de segmentos da mandíbula e da maxila.Os miniparafusos maxilares forneceram ancoragem para a retração dos dentes anteriores e simultaneamente intruir dentes posteriores. Conclusão .WON KWON TAEGU.Com 11 meses de tratamento. A barra transpalatina foi colocada para evitar distorções da forma do arco e bucoversão dos dentes posteriores durante a aplicação da força de intrusão.Uma mulher de 24 anos apresentou-se com uma mordida aberta anterior. Foi aplicada uma força de intrusão de 150 gramas. DE TAE . e os miniparafusos mandibulares impediram mesialização dos dentes durante fechamento do espaço. de 6 mm de comprimento e 1.A mordida aberta anterior de 3 mm foi corrigida em 11 meses de tratamento. uma pequena quantidade de mordida aberta nos dentes posteriores no lado direito que foi eliminada com uso de um ano de contenção. Conclusão . Os dentes posteriores mostraram uma considerável inclinação. TRATAMENTO DA MORDIDA ABERTA COM ANCORAGEM DE MICROPARAFUSOS TREATMENT OF OPEN BITE WITH MICROSCREW IMPLANT ANCHORAGE HYO-SANG PARK.KWON GOH E OH . O tratamento mecânico da mordida aberta anterior com intrusão posterior usando microimplantes foi eficaz. AM J ORTHOD DENTOFACIAL ORTHOP. o perfil facial da paciente mostrou melhora. após a intrusão dos dentes posteriores da maxila e mandíbula e autorotação da mandíbula. Recentemente tem sido utilizada a ancoragem esquelética. No exame intrabucal verificou-se relação de Classe II à direita. A paciente apresentava.126(5):627-36. em oito meses. com sobrecorreção e métodos rígidos de contenção. Materiais e Métodos . Apresentava perfil convexo causado pela retrusão da mandíbula.versão ou linguoversão dos dentes posteriores durante a intrusão foram utilizadas uma barra transpalatina e um arco lingual. mas requer ainda um protocolo apropriado de contenção. Miniparafusos de 8 mm de comprimento e 1. Classe III no lado esquerdo e mordida cruzada posterior esquerda nos segundos molares. mas é fundamental o controle vertical dos dentes posteriores durante o tratamento. os seis dentes anteriores foram retraídos simultaneamente. Propiciam rápido fechamento de mordida aberta anterior com rotação mandibular. muitos optam pela cirurgia ortognática. ainda há preocupação com a manutenção e um bom protocolo de contenção deve ser desenvolvido. um bom alinhamento da dentição e um harmonioso perfil facial foram obtidos. especialmente em adultos. overjet normal.5 mm).2 mm de diâmetro foram colocados na porção inter-radicular do osso. Devido à forte tendência de recidiva. com implantes dentários. A intrusão posterior recidivou num estágio adiantado da contenção. e extrusão de dentes anteriores. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 319 . No 4 | V.2 mm de diâmetro foram colocados no osso cortical mandibular entre primeiro e segundo molares. especialmente os primeiros molares da mandíbula e só os segundos molares tinham contato com o antagonista. Classe I de relação de caninos e molares. 2004 NOV. entre o segundo pré-molar e o primeiro molar da maxila e outros. O tratamento para fechamento de mordida aberta anterior com miniparafusos é efetivo. um grande overjet (5 mm) e uma mordida aberta anterior (2. duas semanas após a instalação dos miniparafusos. depois disso. por meio de aparelho ortodôntico pode ser uma opção. Compensações dentais. Objetivo . Após o alinhamento dos dentes da porção anterior da maxila. equipe TRATAMENTO ORTODÔNTICO PRECOCE PARTE IV: INTEGRAÇÃO PROFISSIONAL DEPOIS DE ABORDAR A ATRESIA MAXILAR E AS MÁS-OCLUSÕES DAS CLASSES II E III. As más-oclusões podem estar interligadas às disfunções miofuncionais e posturais. que passou a atuar em apenas uma área da Odontologia. anestesistas. é muito grande e independe da fase de atuação do ortodontista ou do desenvolvimento da dentição do paciente. DA INTEGRAÇÃO PROFISSIONAL. Afinal. A SEÇÃO ORTODONTIA & ESTÉTICA TRATA. otorrinolaringologista. entre outros. o planejamento integrado facilita os procedimentos ortodôntico e cirúrgico. Flávio Augusto Cotrim-Ferreira Colaboração na matéria: Ana Carla Nahás Heloísa Gandelman Luciana Badra Jabur de enfermagem. como também aos desvios corporais que comprometam a fisiologia do organismo. fisioterapeuta. o ortodontista precisa estar atento não só no diagnóstico de anomalias oclusais. Para que essa integração possa ser feita. NESTA EDIÇÃO. fonoaudiólogo. 320 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. psicólogo. Dr. RECURSO FUNDAMENTAL PARA OBTER O RESULTADO DESEJADO. que pode envolver. pela íntima relação do desenvolvimento ósseo com acontece em razão das imensas possibilidades de melhoria no prognóstico e tratamento das más-oclusões. muitas vezes. o trabalho multidisciplinar Coordenação de conteúdo: Prof. psiquiatra. A integração também é fundamental para o conhecimento das outras áreas sobre as reais possibilidades da Ortodontia. No caso da clínica ortodôntica. mas tornou-se mais evidente com a especialização do cirurgião-dentista. A freqüência do tratamento multidisciplinar.Ortodontia & Estética O tratamento integrado sempre foi necessário. minimiza o tempo de tratamento e potencializa resultados estéticos e funcionais. clínico geral. 40 | No 4 . que assegurem todos os aspectos a serem tratados. as possibilidades de tratamento da sua profissão. uma vez que cada especialista conhece. pesquisadora e responsável pelo setor de Fonoaudiologia do Curso de Pós-Graduação em Ortodontia da Unicid. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 321 ORTOINFORMAÇÃO . Por outro lado. tendo como resultado. envolvendo vários especialistas. corrigindo a oclusão e tornando possível um melhor posicionamento da coluna cervical”. por isso. que a integração entre as duas profissões é importante”. uma vez que minimiza as forças musculares contrárias à movimentação ortodôntica. “Atuamos com os distúrbios miofuncionais orofaciais. Outro exemplo muito comum é a falta de espaço para a língua conseqüente a um palato com atresia acentuada. Dessa forma. elevando a sua auto-estima e cooperando mais com o tratamento”. “Estamos passando por um momento científico em que a boca não pode ser mais considerada um órgão separado do corpo humano e sim parte vital desse sistema. o paciente perante este atendimento por equipe se sente bem cuidado. “Apesar da especialização. “Os profissionais devem ser conscientes e orientados a participar de programas terapêuticos interdisciplinares médico-odontológicos. a aceleração do processo”. a integração médica/ odontológica. No entanto. deve fazer uma análise apurada dos fatores interferentes. deve existir tanto em clínicas particulares quanto em ambiente ambulatorial. entre tantos fatores. a Fisioterapia é responsável pela avaliação e tratamento das alterações posturais. Esses contatos oclusais acontecem dentro de uma boca que faz parte de um crânio. especialidade que tem como finalidade trabalhar a respiração e as funções orofaciais . havendo na soma total das atenções das especialidades a manutenção da boa saúde geral do indivíduo a longo prazo”. ou seja.os diferentes músculos da cabeça. é necessário estar atento ao melhor momento de iniciá-la. Além disso. pondera Heloísa Gandelman. englobando todas as dificuldades encontradas para que seja assegurado o melhor prognóstico de tratamento e estabilidade dos casos tratados”. Segundo ela. DECISÃO PELA PARCERIA O tratamento integrado entre as especialidades da área da saúde só atingirá o objetivo se refletir soluções efetivas no tratamento do paciente. o qual se apóia em uma coluna cervical e assim por diante. Um exemplo clássico desta relação é a influência da mordida cruzada posterior unilateral sobre a mastigação e vice-versa. Já a integração entre a Fonoaudiologia e a Ortodontia denomina-se Motricidade Orofacial. “O fisioterapeuta qualificado tem papel importante no tratamento de dores e disfunções relacionadas à articulação temporomandibular. os fisioterapeutas. é o caminho que vem sendo seguido por muitos profissionais. em muitos casos. o desequilíbrio muscular e funcional é tão importante que paralisa a movimentação ortodôntica e o início da fonoterapia acaba tornando-se imprescindível para continuidade do mesmo. deglutição. “Em outros casos. mastigação. incluindo até posição dos pés que apóiam todo o conjunto”. para que a parceria seja bem-sucedida. quanto o outro especialista. mestre e doutora em Ortodontia e Ortopedia Facial pela Faculdade de Odontologia de Bauru. Na verdade. afirma Ana Carla Nahás. que aborde o indivíduo como um todo. Conclui-se. de acordo com a ortodontista. utilizando métodos terapêuticos eficazes e atualizados. do pescoço e das cadeias musculares que ligam a cabeça aos pés. ressalta Ana Carla. cuja terapia pode ser um importante auxiliar no tratamento ortodôntico. não existe saúde física equilibrada se a condição da saúde bucal for desfavorável”. a formação de equipes de profissionais de áreas afins possibilita a discussão dos casos em mesas-redondas. fala e hábitos deletérios. e os pacientes precisam ser informados e não alarmados da possível relação Medicina x Odontologia. é indispensável o tratamento ortodôntico. Nos casos mais extremos. assegura Ana Carla. desenvolver um estudo holístico. como no caso da relação forma e função. acrescenta. e as especialidades médicas a saúde oral. explica. É importante enfatizar que não há saúde sem saúde bucal. o ortodontista não pode avaliar um paciente apenas em relação a contatos oclusais e posição de mandíbula. os fonoaudiólogos e os otorrinolaringologistas devem encaminhar o paciente ao ortodontista para uma avaliação diagnóstica de uma possível alteração estática da oclusão.sucção. No 4 | V. USP. “Além do tratamento ser mais eficiente. Tanto o ortodontista. confirma Luciana. fisioterapeuta e pós-graduada pela Universidade Cidade de São Paulo (Unicid). destaca a fonoaudióloga Luciana Jabur. com mais precisão. Em alguns casos. a terapia fonoaudiológica simplesmente é necessária para favorecer a estabilidade do tratamento ortodôntico. “A Odontologia deve sempre recomendar saúde geral. por exemplo. Heloísa diz que a decisão depende do quadro apresentado pelo paciente. ortodontista e família – desejam tratamentos rápidos e eficientes”. O ideal é que se execute o tratamento na mesma época da colocação do aparelho ortodôntico. ou mesmo. Dependendo do padrão esquelético facial 322 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. nos dois exemplos. Essa especialidade da área da saúde tem papel multidisciplinar na melhoria das funções reparadoras e estéticas da Ortodontia”. informa. o tônus. Figura 2 Posição lingual anteriorizada em repouso contribuindo para a mordida aberta anterior. com certeza. pois por vezes se o tratamento é feito após a Ortodontia podem ocorrer mudanças na oclusão devido às correções posturais”. em casos em que a musculatura orofacial está impedindo. sua retirada é importante para a correção ortodôntica. completa. Nas crianças pequenas o trabalho é mais difícil.Ortodontia & Estética Figura 1 Mordida aberta anterior e mordida cruzada posterior pela sucção do polegar. Imagens cedidas pela doutora Ana Carla Nahás. deglutição e fonação. 40 | No 4 . Conforme Luciana. “A terapia miofuncional visa adequar a propriocepção.que (por sinal) exerce papel fundamental para o alcance deste objetivo”. no prejuízo estético. A fonoaudióloga lembra também de casos em que a atuação é conjunta. sendo este o sinal aparente que chama atenção dos familiares. “Nesses dez anos nos quais trabalho com disfunções de ATM e postura (Reeducação Postural Geral RPG) constatei que o melhor resultado é obtido quando o trabalho é realizado em conjunto e o mais precocemente possível”. destaca. por exemplo. as posturas de repouso de lábio e língua e as funções. avaliado em um simetrógrafo. além de refletir. A Fonoaudiologia é indicada. impossibilitando o paciente de exercer fisiologicamente as funções de mastigação. No caso da integração com a Fisioterapia. em alguns casos. pode interferir no padrão de crescimento facial e favorecer a má-oclusão como também alterações de fala. O fonoaudiólogo pode auxiliar. “O uso prolongado da chupeta. desviando o crescimento craniofacial. “Não existe idade ideal para se iniciar a RPG. até porque a permanência do hábito impede a automatização das posturas bucais corretas e afetará a fisiologia oral. Portanto. INDICAÇÕES Se a integração multidisciplinar for necessária é preciso indicar corretamente a especialidade a ser procurada. porém a partir dos 12 anos os resultados se tornam mais evidentes. tendo-se em mente que todos os envolvidos – fonoaudiólogo. sensibi- lizando e estimulando a criança. muitas vezes não é possível determinar qual a questão básica inicial “mas. Figura 3 Paciente exibindo má postura decorrente de hábitos posturais nocivos. como na retirada de um hábito bucal deletério. pois a RPG exige a colaboração do paciente. A identificação e retirada precoce dos hábitos deletérios também cabe à atuação do fonoaudiólogo. o meio oral não se apresenta favorável para a correção da função e por isso o início da terapia deveria ser postergado para que esta condição favorável seja alcançada. além de envolver a família . acrescenta. esclarece Ana Carla. rotação e inclinação da cabeça. Dessa forma. podendo em alguns casos. explica Ana Carla. possibilitam tratamentos que favorecem prognósticos melhores e terapias menos invasivas. bem como os distúrbios miofuncionais. “As más-oclusões. afirma. tensões e encurtamento dos músculos subióideos. A deglutição atípica. repercutindo numa postura cefálica para a frente e em intensidade que conduz a uma hiperatividade dos músculos cervicais anteriores e laterais. Conforme Ana Carla. N e L se correlacionaram com a presença de mordidas abertas anteriores. causando ou mantendo a mordida aberta. quando bem orientados e conduzidos pelos profissionais. obter a sua autocorreção”. daí a necessidade do tratamento precoce. foram examinados 333 prontuários clínicos pertencentes ao banco de dados do Departamento de Ortodontia da Unicid. “Neste trabalho. “Um exemplo. o ortodontista deve procurar observar alterações como anteriorização. uma criança com padrão esquelético mesofacial que chupa chupeta pode ter a oclusão normalizada após a retirada do hábito. na faixa etária dos três aos seis anos. prevenção é a chave do sucesso na promoção da saúde e bem-estar a longo prazo. Não só visualizando a proporção da magnitude do problefavoráveis para o crescimento ósseo se manifestar. se relacionam com algumas características de anormalidade da oclusão. pode haver incentivo de crescimento anômalo das bases ósseas. diz Luciana. porém os efeitos serão minimizados”. devese estar atento também a mastigação unilateral que pode ser causa ou efeito de mordida cruzada posterior. Outra indicação muito freqüente são os casos de alteração no posicionamento lingual durante o repouso e a deglutição. Se não houver equilíbrio adequado da cabeça sobre o tronco. comenta. escoliose e lordose (desvios ao nível do eixo corporal). 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 323 ORTOINFORMAÇÃO . Os pacientes dolicofaciais dificilmente terão a oclusão normalizada com a retirada do hábito. pois podem ter como conseqüência a mudança na postura da cabeça e esta sobre o posicionamento da língua dentro da cavidade bucal. referentes a crianças brasileiras. alinhamento da ma. z / caracterizando o ceceio anterior”. como mordidas abertas anteriores. Em uma pesquisa orientada por Ana Carla. já comprovado cientifi- camente. PREVENÇÃO Independentemente do contexto médico-odontológico. matriculadas em uma escola infantil. a retirada do hábito pode normalizar a oclusão. bem como. se desenvolve com as arcadas dentárias separadas e interposição lingual. Luciana cita. Este padrão incorreto de deglutição. incluindo registro postural. De acordo com Luciana. ela recomenda que pais/responsáveis procurem profissionais da área da saúde para avaliarem seus filhos. “Muitos outros fenômenos se mani- festam em cascata quando essa função vital é perturbada”. como exemplo. “È fundamental que se mastigue bilateralmente. nas crianças e pré-adolescentes. este deve encaminhar aos outros especialistas das áreas afins para o diagnóstico precoce e prevenção à instalação de doenças mais difíceis de serem tratadas no futuro. mordidas cruzadas posteriores e protrusão dos incisivos. em que a língua se interpõe erroneamente durante a pronúncia de alguns fonemas. justifica. miofuncionais e oclusais ocorrem. alterações na curvatura cervical. As alterações posturais. por sua vez. elevação da primeira costela e da clavícula. na Unicid. juntamente com a posição de repouso lingual anteriorizada. posturais e fonoarticulatórios. Neste caso. da zona leste da cidade de São Paulo” informa Ana Carla. é a projeção anterior da língua na emissão dos fonemas / s /. Estes quadros de más-oclusões se correlacionam. D. deglutição primária que persiste além dos quatro anos de idade. comprovou-se de modo estatisticamente significante que o ceceio anterior e a projeção lingual nos fonemas T. entre vários. Uma vez procurado um profissional. mamadeira e dedo). postura arredondada das costas. Mesmo após o descruzamento da mordida o paciente pode manter o hábito de mastigar unilateralmente”. com a documentação em mãos. com os hábitos orais deletérios (sucção de chupeta. quando diagnosticados logo cedo. E ainda naqueles em que a má-oclusão vem associada a qualquer alteração na fala. como possibilitando condições No 4 | V. O cirurgião-dentista costuma documentar detalhadamente seus casos. de modo significante.do paciente. mesmo que nunca tenham detectado no convívio familiar algum sinal de desvio anatomofuncional. é indicada em casos de cifose. Já a avaliação fisioterápica. a respiração bucal provoca modificações importantes na morfogênese craniofacial e na postura cervicocefálica. com os problemas fonoarticulatórios. elucidou os pais sobre conhecimentos básicos para nós profissionais da área. Figura 1 Distância crânio-acromio. menores serão os efeitos. “A atuação precoce poderia e até mesmo deveria se estender às fronteiras das clínicas. Figura 3 Alinhamento de cintura escapular. como por exemplo por meio de orientações às gestantes. mais de dez teses de mestrado. nem sempre é fácil. diz Ana Carla. no plano lateral. deve-se observar o alinhamento pavilhão auditivo – articulação do ombro – articulação coxofemoral – maléolo lateral”. Imagens cedidas pela doutora Heloísa Gandelman. tendo como resultado o favorecimento do crescimento harmônico da face”. Como já foi citado. Como exemplo. mais do que executar. que estimulem as crianças a mastigar. A cooperação entre a Odontologia e a Medicina contribui para promover a saúde geral do paciente. nossa função é encaminhar e orientar”. A esse propósito. contribuindo assim para a produção científica.Ortodontia & Estética cintura escapular (ombros). especialização e mestrado nas escolas municipais dos arredores da universidade. “Dessa forma. reflete Luciana. já embasou. e sempre que surgir alguma dúvida solicitar a avaliação de um fisioterapeuta. além de ter e estar fazendo um levantamento epidemiológico sobre hábitos orais e suas correlações com a má-oclusão e fala. Identificar o quanto antes as alterações. “Este trabalho. creches e berçários”. Além de promover educação para as crianças por meio de atividades lúdicas com finalidades educativas e orientações às famílias por com palestras informativas. posição do quadril. o início do Figura 3 Curva cervical. 40 | No 4 . “A postura ideal é aquela que apresenta quantidade mínima de esforço e sobrecarga e máxima eficiência do corpo. visando atender aos propósitos do tratamento multidisciplinar. Acredito que. Assim. rotação femural e curva plantar. destaca Heloísa. até o momento. Teoricamente. cirurgiões-dentistas e médicos precisam respeitar o limite de atuação de cada um. Figura 2 Cabeça anterior. 324 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. em 1999 a disciplina de Ortodontia da Unicid iniciou um projeto envolvendo a graduação. esclarece Luciana. a terapia miofuncional deve ser realizada pelo fonoaudiólogo e a fisioterápica pelo fisioterapeuta. mas desconhecidos para o grande público e que podem fazer a diferença no desenvolvimento da criança. joelhos e pés. foi apresentado aos pais a importância de seus filhos terem hábitos alimentares variados quanto à consistência alimentar. ODONTOLOGIA X MEDICINA Atuar em conjunto. embora traga resultados positivos. Além do que. de preferência durante o período de estudo do caso. é ele quem deve fazer o acompanhamento. ressalta. Da mesma maneira. segundo Luciana. ainda se constata na comunidade médica/odontológica um desajuste dentro do mecanismo multidisciplinar de tratamento. Elas geralmente são encaminhadas pelas escolas com queixas de fala ou aprendizagem. a integração profissional evoluiu consideravelmente e novas pesquisas deverão ser feitas para evoluir mais ainda. a partir do diagnóstico. o fonoaudiólogo que trabalha nesta especialidade tem um conhecimento maior sobre a Ortodontia e. tem mais condições de saber o que se espera do seu trabalho. permitiram um desenvolvimento qualitativo importante no trabalho com motricidade orofacial”. “Outro fator importante. portanto. já que a respiração oral apresenta uma relação estreita com falta de atenção”. Seria interessante a confluência de assuntos e interesses médico/odontológicos em eventos como congressos. a profissão de fonoaudiólogo é relativamente nova. Hoje.tratamento é o momento ideal para que o ortodontista encaminhe o paciente ao fonoaudiólogo. terapêutica adequada e individualizada a cada paciente.nos casos de alterações na postura corporal”. Quanto à Mo- tricidade Orofacial. venham a colher frutos em um futuro próximo. O que poderia ser um tratamento fácil. “A RPG é uma das técnicas mais conhecidas para o tratamento de alterações posturais. tem melhores condições de dialogar com os profissionais desta área discutindo. enumera. otorrinolaringologista. “Não se pode esquecer que não são raros os casos em que o fonoaudiólogo é o primeiro profissional a avaliar a criança. deve-se priorizar o tratamento multidisciplinar. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 325 ORTOINFORMAÇÃO . provenientes das entidades de classe. De acordo com Luciana. “Acredito que a falha no contato entre fisioterapeutas e cirurgiões-dentistas em geral seja causada principalmente por falta de divulgação dos próprios fisioterapeutas. adverte. fáscias e ligamentos se interligam por toda estrutura corporal”. “Acredito que a educação/orientação em massa aos profissionais da área da saúde. respeitando as limitações de trabalho dentro de cada especialidade. No caso do fonoaudiólogo. devem encaminhar o paciente ao ortodontista para avaliação e planejamento terapêutico multidisciplinar. além do fato de que nem todo profissional tem a formação técnica para esse tipo de trabalho. No meu dia-a-dia convivo com cirurgiõesdentistas habituados a esse tipo de tratamento pelo fato de estar próximo a profissionais ligados a instituições de ensino. Para Heloísa. se o paciente passar primeiro com algum desses profissionais e estes perceberem qualquer tipo de alteração oclusal. em fase precoce. baseando-se no estudo das cadeias musculares e levando em consideração que músculos. o momento mais apropriado para iniciar o processo terapêutico. com promoção da saúde bucal e geral. porém meus pacientes quase sempre desconhecem a existência de tratamentos que relacionem os dentes à postura”. Atualmente.no caso dos respiradores orais para se verificar se há impedimentos anatômicos ou funcionais que possam dificultar o fechamento dos lábios ou fisioterápico . que tende a favorecer sensivelmente esta integração profissional é o atual desenvolvimento dos estudos de fonoaudiólogos que. alerta. afirma Ana Carla. que formam profissionais capacitados para exercer com sucesso este trabalho integrado. lembra Luciana. há cursos de especialização nesta área. como já foi falado. passa a ser complexo. os especialistas devem adquirir o máximo de conhecimento possível. reuniões científicas e até mesmo fóruns específicos de inter-relacionamento das especialidades”. Além da ânsia constante pelo conhecimento. acrescenta. já que a primeira faculdade de Fonoaudiologia iniciou seu curso em 1961. simpósios. No Brasil. fisioterapeuta. além da obtenção de estabilidade pós-tratamento. invasivo por falta de encaminhamento por parte dos profissionais”. ocorridas em grande escala atualmente. CONHECIMENTO Outro item indispensável para que o tratamento atinja os resultados esperados. “Cada profissional trabalha com suas próprias ferramentas e ao final do No 4 | V. com suas pesquisas. “mas muitas vezes na avaliação ou mesmo durante o processo terapêutico percebe-se a necessidade de avaliações correlatas como a otorrinolaringológica . as limitações e possibilidades que cada caso apresenta e até entender os possíveis motivos de insucessos. “Infelizmente. observou-se um crescimento intenso na década de 90. o ortodontista deve sempre encaminhar o paciente a um fisioterapeuta que tenha formação nas técnicas de tratamento postural e bom conhecimento do funcionamento do aparelho estomatognático e sua interrelação. proporcionando dentro de seu atendimento específico um diagnóstico preciso. Utilizar-se da ergonomia ao sentar à frente do computador. O incentivo ao aleitamento materno. 40 | No 4 . a forma correta da amamentação. Ela lembra ainda que as mães. posturais e estéticos. “Há necessidade da implantação de um setor de avaliação e acompanhamento do desenvolvimento motor da criança dentro das escolas. só a integração entre as especialidades é importante para resultados positivos do tratamento. É importante ressaltar que não Figura 1a Posição habitual de repouso dos lábios alterada em conseqüência da respiração oral. durante a gestação ou mesmo na Figura 1b O trespasse horizontal contribui para dificultar o vedamento labial. avaliações periódicas. como a sucção de chupeta e polegar por períodos prolongados. maternidade. nas carteiras de sala de aula. delegado por uma equipe de profissionais especializados. Figura 4 Mordida aberta conseqüente do uso prolongado da chupeta. mas também a motivação do paciente e da família que. a introdução das diversas consistências de alimentos no momento certo e a atenção com relação aos possíveis hábitos deletérios da criança. orientação para a importância de bons hábitos posturais nas atividades diárias. Figura3 Ceceio anterior . o sucesso seja alcançado.Ortodontia & Estética tratamento. exige exercícios e cuidados diários até a sua automatização”. conjuntamente com a motivação constante e maturidade emocional do paciente e família cooperadora. pondera Ana Carla. Imagens cedidas pela doutora Luciana Jabur. devem ser orientadas quanto à prevenção de distúrbios oclusais. possibilitando uma boa biomecânica. muitas vezes. funcionais. no transporte do material Figura 2 Mordida aberta anterior com projeção anterior da língua durante a deglutição. 326 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. são fatores essenciais para evitar problemas no padrão de deglutição infantil e que podem ocasionar más-oclusões. onde os professores possam desenvolver programas de orientação e intervenção imediata em atividades físicas corretivas para os desequilíbrios posturais.projeção anterior da língua na emissão dos fonemas / s / e / z /. 3. 2008. Ocorrência de sigmatismo interdental em crianças de três a oito anos e sua relação com a idade e oclusão dental. Wijer A. /N/ e /L/. 38(2):186-7. Outra questão importante.53-9. 9. No 4 | V. In: Dominguez GC. 6a ed. complementa Heloísa.274-301. 1996. na emissão dos fonemas linguoalveolares /T/. v1. 7. Luciana alerta também os ortodontistas para a importância dos posicionamentos habituais labiais e linguais de repouso que são tão ou mais importantes que a deglutição atípica. 2006. (org) Tópicos em Fonoaudiologia. conclui. 102p. é começar a exercitar a observação das estruturas e funções orofaciais para fazer encaminhamentos a partir dos sintomas de alteração que a própria musculatura traz. 1998. Junqueira P. p. In: Ferreira FV . p. São Paulo: Artes Médicas. Ortodontia 2005. Fonoterapia em alterações miofuncionais orais . 1979. conseguir identificar o respirador oral pelas alterações musculares e não pela má-oclusão. Junqueira OS. relación entre cráneo-coluna cervical y sistema estomatognático.Rio de Janeiro: Editora Revinter. São Paulo: Pancast. v3. finalmente. Avaliação fonoaudiológica.manual de orientação. 2004. 1996. p. Jabur LB. Para alguns. esclarece Luciana. 2004. Navas DM. David RHF (org. alterações de oclusão. Zorzi JL. Steenks MH. In: Silva PB. 15. 11. enfim. Sahad MG. O posicionamento habitual de repouso da língua e dos lábios nos distúrbios miofuncionais orofaciais. Navas DM.Motricidade Orofacial . F. Amamentação. Nova visão em Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares. bem como a sua evolução. Ortodontia – diagnóstico e planejamento clínico.275-87. em todas as atividades diárias prevenindo a instalação de desvios posturais. D’arc GP. Guilherme A. 8. para um melhor acompanhamento da criança”. V. Apesar de toda a evolução das especializações o profissional da área da saúde sempre deve encarar o paciente como um organismo que deve funcionar em harmonia e não vê-lo tes”. 2003. cuidados e dicas . hábitos orais e mastigação . p. In: Ferreira. São Paulo: Editora Santos. em pacientes com ceceio anterior e/ou projeção lingual anterior. 2006.enfoque multidisciplinar. Mais um ponto a ser abordado é que o avaliador deve ser flexível para encarar cada caso como único. 10. nem que sejam mínimas podem desencadear uma alteração na função. explica Ana Carla. 14. como partes separadas e independen- Referências 1. Aliás. Disfunções da articulação temporomandibular do ponto de vista da Fisioterapia e da Odontologia – diagnóstico e tratamento. Prevenindo problemas na fala pelo uso adequado das funções orais . In:______Cabeza e Cuello – tratamento articular. Manchesan IQ. “Acredito que o trabalho multidisciplinar é mais enriquecedor e garante ao paciente melhora rápida e eficiente. Gomes ICD. por exemplo. São Paulo: Faculdade de Odontologia da Unicid.283-309. 6. Alvarez RMA.escolar. 1996. Sanseverino NT. Conhecimentos essenciais para entender bem a relação entre Fonoaudiologia e Ortopedia Funcional: esclarecendo dúvidas sobre o trabalho conjunto. 2007. Avaliação funcional.) Cadernos da Fonoaudiólogo. Faz-se necessário que os pais tomem conhecimento da condição postural de seu filho durante atividades escolares para que. Buenos Aires: Intermédica. Avaliação do trespasse vertical interincisivos na dentadura decídua. Uma visão compreensiva das práticas fonoaudiológicas: a influência da alimentação no crescimento e desenvolvimento craniofacial e nas alterações miofuncionais. Respiração oral abordagem interdisciplinar . Jabur LB. fator que pode levar à degeneração óssea em longo prazo”. dinámica de la articulación temporomandibular. Ortodontia – Diagnóstico e Planejamento Clínico. 4. La articulación temporomandibular. ainda que a duração seja uma variável”. 13. /D/. evitando fazer padronizações. Marchesan IQ. Fonoterapia aliada à Ortodontia. 2. Livraria Santos Editora. 12. Francisco RC Di. 5. [Dissertação de Mestrado]. é importante que o encaminhamento ao fonoaudiólogo seja feito com certa antecedência.São José dos Campos: Pulso. na realização das tarefas de casa. São Paulo: Lovise. lembrando que a posição dos dentes interfere tanto no posicionamento do côndilo dentro da cavidade articular (ATM) como no alinhamento da coluna cervical. pois a capacidade adaptativa de cada indivíduo é muito variável. uma vez que qualquer terapia necessita de alguns meses para obter resultados. conforme ela. abrir os olhos para as outras funções orofaciais é fundamental. Rocabado M.361-6. O ortodontista deve estar sempre atento à postura do paciente. 1999. “E. 2001. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 327 ORTOINFORMAÇÃO . São Paulo: Editora Artes Médicas. Cunha VLO.São Paulo: Editora Lovise. Marchesan IQ. pp.Orientações. Patti A. se necessário. Tratamentos ortodônticos precoces. “Negligenciar esses sinais pode levar ao mau posicionamento do disco articular da ATM e retificação da coluna cervical. seja encaminhado a um especialista. São José dos Campos: Pulso Editorial. Krakauer LH. Carapicuíba: Pró-Fono. Jabur LB. In: Marchesan IQ. São Paulo: Quintessence. enquanto para outros não. Não abra nenhum arquivo anexado a e-mail. Muitas vezes recebemos e-mails com ofertas tentadoras e. 1. se você recebe uma mensagem em que o assunto é duvidoso e ainda tem um arquivo em anexo. As observações anteriores também são válidas neste caso. como o Avast e o AVG. “zip”. 4. Tenha um. instalado no seu computador e.com. “sys” exclua imediatamente o e-mail. mas que na verdade trata-se de um vírus. selecionamos algumas dicas e cuidados básicos que devem ser sempre seguidos. A cada dia aparecem novos e perigosos vírus para os quais devemos estar preparados. Alguns vírus têm a capacidade de se instalar no computador e enviar cópias de si mesmo para todas as listas de e-mails do Outlook e outros programas de e-mail. 2. depois. bloqueie o remetente e. “doc”. conheça a pessoa que o enviou ou tenha sido solicitado por você. neste final de ano com as festas. pois pode se tratar de um arquivo malicioso que irá comprometer a sua segurança. Quando o link faz parte do seu email como se fosse uma página Web você poderá também clicar com o botão 2 do seu mouse e escolher a opção Propriedades. Mestre e doutor em Prótese Dental e ex-professor titular da Disciplina de Informática Odontológica do curso de Odontologia da Universidade de Guarulhos. a menos que você saiba exatamente do que se trata. Antes de fazer qualquer download de arquivos da internet. detectado pelo Norton Antivírus.gratis. Mantenha seu programa antivírus sempre atualizado. Você pode baixá-los dos sites www. “scr” . Cuidado! Não se deixe seduzir: estes e-mails trazem links que geralmente nos levam a sites fraudulentos ou a algum programa espião que.br. recebemos muitos cartões virtuais com promessas de preços e links para sites de comércio eletrônico com ofertas imperdíveis. Para se prevenir dessas pragas. Por isso. Existem vários antivírus gratuitos na Internet. uma vez instalado no seu computador. configure o antivírus para verificar o arquivo durante o download. Nunca faça o download de arquivos recebidos de estranhos. além de utilizar seu computador para lançar ataques a outros computadores. faça a verificação do mesmo com um programa antivírus. 3. 40 | No 4 . irá roubar seus dados mais importantes como número de contas e senhas.com.Ortodontia Virtual PREVINA-SE DOS VÍRUS DE COMPUTADOR MOACYR MENÉNDEZ Cirurgião-Dentista. apague a mensagem. “exe” . Já diz um velho ditado: “a curiosidade matou o gato”. Configure seu antivírus para fazer as atualizações automaticamente toda vez que o fabricante colocar novas versões na internet ou visite o site do fornecedor para 328 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. por exemplo. mas reporte como spam. capturar senhas e números de contas bancárias. pelo menos.br e www.baixaki. No exemplo da figura ao lado um arquivo anexado ao e-mail chama a atenção para um vídeo. geralmente na parte inferior esquerda da janela: se o final do arquivo que aparecer for. Os vírus são programas de computador que têm a finalidade maliciosa de destruir os dados armazenados no computador. Os vírus de computador invadem o microcomputador quando acessamos um site suspeito ou clicamos em alguma imagem ou link que nos foi enviado por e-mail por alguma pessoa conhecida ou não. Uma primeira providência que poderá nos salvar de um ataque é passar o mouse sobre o Link suspeito de um e-mail (não clique nele) e observar a barra de status do programa de e-mail. não a abra. ao fazer download de arquivos da internet. É de suma importância que instalemos outros sistemas de segurança como o firewall. um aumento de 291%. Preste atenção: você pode ter sido infectado por um spyware. Lembre-se: não é só ter o antivírus instalado.gratis. Para escolher entre os programas mais conhecidos. página inicial não selecionada. lentidão e travamento.br. Os preços estão cada dia mais acessíveis. No ano de 2005. suporte em casos de dúvidas ou suspeita de contaminação por vírus.br) é capaz de reconhecer centenas de programas ocultos. No 4 | V.br é o grupo de resposta a incidentes de segurança para a internet brasileira.cert.br. mantido pelo NIC.com.www. 6.com. como o aparecimento de barras não instaladas e de difícil remoção. temos problemas com o navegador. 5.br é responsável por receber. O programa Spybot (www. Muitas vezes. Estes relatórios dão uma idéia do avanço dos ataques aos computadores do Brasil. um para cada situação: pessoal.com. Ao comprarmos um programa antivírus. Para termos uma idéia do número de computadores contaminados com programas maliciosos. não faça o download. Antes de ler um disquete.892 em 2006.010 reclamações de incidentes no primeiro trimestre de 2007. faça vários.com. Uma de suas melhores ações é detectar parte de usuários externos. ele já deve estar dando a volta ao mundo e você recebendo muita correspondência não solicitada. A segurança que temos ao comprar um software antivírus dos mais conhecidos. como tentativas impróprias de conexão. ele protege o seu computador contra problemas de segurança comuns. entre outros).baixar as atualizações. Os programas antivírus são ferramentas indispensáveis nos dias de hoje.br / www. troque este e-mail. mas lamentavelmente isto não é suficiente. O CERT. pelo período de um ano. talvez compense a despesa com o mesmo. O firewall pessoal monitora a comunicação entre o seu computador e outros na internet. cookies e entradas no registro do Windows utilizados para rastreamento de sua navegação na web ou outros fins ilícitos.000 contra 197. Em caso de dúvida. Ao final de seis meses. visite os sites dos fornecedores: Norton . Um outro programa indispensável é antispyware. obtemos o direito a atualizações constantes do programa. mas que será superado sem dúvida neste ano. Os spywares são programas que recolhem informações sobre os hábitos do usuário na internet: seus dados confidenciais como logins bancários. sites de compra. um firewal é instalado. 7. posso recomendar a você não ter um só email. do Comitê Gestor da Internet no Brasil. formulários on-line. não execute nenhum arquivo anexado e não coloque um disquete recebido de terceiros em seu microcomputador.www. No gráfico acima podemos verificar que recebeu 129. Além disso. avisa-o sobre tentativas de conexão a partir de outros computadores e tentativas de conexão a outros computadores feitas por programas do seu computador. janelas que abrem sem explicação. listas de discussão. O CERT.symantec. Na instalação do programa Norton Internet Security. foram 68. inserindo-se nos arquivos copiados para as mídias magnéticas. programas específicos são transmitidos para um outro computador. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 329 ORTOINFORMAÇÃO e bloquear o tráfego e as tentativas maliciosas de ataque por . www.br ou VirusScan . ele deve sempre estar atualizado. analise-o com o software antivírus.mcafee. Vários tipos de vírus multiplicam-se automaticamente. analisaremos as estatísticas publicados no site do Cert dos incidentes virtuais (categoria formada por golpes virtuais e propagação de códigos maliciosos. disfarça as portas inativas do seu computador. Através deles podemos identificar nos e-mails ou páginas da internet os links e arquivos maliciosos. profissional e um que poderíamos chamar de entretenimento para utilizar nos blogs. como o Norton e o MacAfee. pendrive ou qualquer mídia magnética que contenha arquivos que irão para o seu computador.superdownloads. analisar e responder a incidentes de segurança envolvendo redes conectadas à internet no Brasil. não abra o arquivo anexado.br. sem o seu conhecimento ou autorização. Por último. sem que sejam percebidos. um dos eventos que mais contribuem para a atualização dos profissionais de Ortodontia e da Ortopedia Funcional dos Maxilares. Flávio Cotrim. Hee-Moon Kyung (Coréia) e Sheldon Pack (EUA). 200 conferências especiais. o evento tem tudo para ser a maior edição na história dos OrtoSPO. O Orto2008-SPO terá ainda cafés-da-manhã com professores nacionais e internacionais e palestras de marketing. estão programados eventos paralelos que enriquecerão ainda mais os conhecimentos dos ortodontistas. 330 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. já estão confirmadas as presenças de Richard McLaughllin (EUA). O Orto2008-SPO. 30 nacionais. Tiziano Baccetti a (Itália). Pesquisa Básica e Tecnologia. Confi ança. Oraci Morelli. Encontro do lançamento do Orto2008-SPO: da esq. E ainda o Ação Social Orto2008-SPO. Este é o tema central da 16 edição do Orto-SPO. Com toda essa dimensão. terá a melhor grade científica: são oito cursos internacionais. 40 | No 4 . para a dir. que contará com a presença de 55 empresas expositoras. abordando assuntos contemporâneos e técnicas inovadoras. Nos cursos internacionais.000 CONGRESSISTAS. Fábio Bibancos. 400 painéis científicos e mesas clínicas e workshops demonstrativos. presidido por Flávio Cotrim.Eventos ORTO-SPO CHEGA À SUA 16ª EDIÇÃO EM 2008 OS MELHORES E MAIS RENOMADOS PROFESSORES NACIONAIS E INTERNACIONAIS ESTARÃO PRESENTES AO EVENTO QUE PROMETE SER UM DOS MAIORES DA SUA HISTÓRIA. O participante poderá também conferir as novidades na Exposição Paralela Promocional. Flávio Vellini e Jairo Corrêa. biossegurança e treinamento de pessoal auxiliar. e trará o que há de melhor nas especialidades. segundo maior congresso de Ortodontia do mundo. COM A PARTICIPAÇÃO DE 5. mestre em Ortodontia pela USP e professor dos cursos de Mestrado e Especialização da Unicid. que incentivará a adoção e tratamento ortodôntico de 200 crianças carentes para colocação de aparelhos durante o evento no Anhembi. no Palácio das Convenções do Anhembi. o Prêmio Nacional SPO Incentivo à Pesquisa em Ortodontia contemplará os melhores trabalhos nas categorias Pesquisa Clínica. Além disso. O evento será realizado de 9 a 11 de outubro de 2008. doutor em Diagnóstico Bucal. estética e saúde. Dentre esses. 50 temas livres.: Haroldo Vieira. Há um versículo bíblico que está no livro de Provérbios (Prov 14:23). liderança. sugiro que pare imediatamente de misturar suas contas pessoais com as do consultório.. Para as classes C e D. primeiro e único. Antes de mais nada. como compras de Natal. 13 salário de funcionários e outras coisas pessoais. Faça provisões.35% das pessoas das classes socioeconômicas A e B como motivo suficiente para mudar de profissional. Pense nisso e comece a agir. Atualize-se. Ainda em provisões. e . do qual gosto muito. Consultor. Seja fanático por isso. O que quer conquistar profissionalmente nos próximos anos? 8. na substituição de equipamento. desatualização técnica é apontada por 70. 44. IPTU e outros impostos. 5. separe em uma conta (poupança por exemplo) 1/12 do salário de seus funcionários. um certo espírito motivador parece invadir as mentes humanas? É hora de planejar a dieta que finalmente irá fazer no ano que vem. atualizações.Marketing na Ortodontia PLÍNIO AUGUSTO REHSE TOMAZ Cirurgião-Dentista pós-graduado em Marketing.. também. planejamento. marketing..37% de ambos os grupos dizem que levam em consideração a tecnologia na escolha de seu cirurgião-dentista. sócio-diretor da Tomaz Marketing Solutions. esse percentual é um pouco menor. Faça cursos de gerenciamento de consultório. Janeiro? Tem impostos para chuchu e receita que é bom. o curso que tanto almejava fazer. os amigos que garante que irá rever. consultório por um outro prisma. vendas etc. Não basta ser tecnicamente bom. Se as coisas são assim.87%. que tal separar mensalmente 1/12 da anuidade do CRO. mas meras palavras só conduzem à pobreza”. ANO QUE VEM. a viagem. quase um viciado! Todos os meses. por exemplo. melhor. que diz: “Em todo o trabalho há proveito.. Além disso. 6. Não tenha medo de ousar. TUDO VAI SER DIFERENTE Já reparou que ao se aproximar o final do ano. ou seja. Consultório-Empresa e Alcançando o Alvo!. 4. Segundo pesquisas que temos feito. Autor dos livros: Marketing para Dentistas. tem que ser administrativamente bom. então que tal aproveitar esse entusiasmo quase que instintivo e programar sua atividade profissional para o próximo ano? Posso até ver você se descabelando com as infindáveis contas que esta época traz. 7. Essa confusão costuma dar muitos problemas e dificulta a visualização dos resultados. Separe também 1/11 de um salário que você dará a você mesmo (pro labore) para poder sair de férias sem ficar desesperado. ainda que no dia seguinte tudo pareça um pouco mais igual do que gostaria. dos seguros que tem contratado. Coloque para você mesmo um objetivo de longo prazo. aquisição de tecnologia etc. Você ficará surpreso como isso lhe fará enxergar seu Aqui vão algumas sugestões: 1. o livro que ficou de ler este ano mas não deu tempo. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 331 ORTOINFORMAÇÃO . mas ainda muito significativo. 65. 2. Seja diferente. a fortuna que irá fazer. taxas anuais etc? Fica muito mais leve. Com o estourar dos fogos de artificio e todo o champanhe que acompanha estas datas. a motivação aumenta e uma certa coragem parece que faz de você uma “promessa de nova pessoa”. incluindo encargos e 13o salário. Reserve um percentual (sugiro algo em torno de 5%) de sua receita bruta para usar em reinvestimentos futuros. quase nada! o 3. No 4 | V. 1. Unitermos e key words: máximo de cinco.1.Título em português. título em inglês. introdução e/ou proposição. Especificação de página: margens superior e inferior: 2. 3.Normas de Publicação 1. Os trabalhos deverão ser enviados em disquete (Word for Windows) acompanhados de uma cópia em papel com endereço completo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: máximo de 30. Titulação do(s) autor(es): citar até 2 títulos principais. em qualquer outra parte ou meio de divulgação de qualquer natureza. 2.4. nome(s) do(s) autor(es). discussão. A revista OrtodontiaSPO reserva todos os direitos autorais do trabalho publicado. unitermos. tamanho da fonte: 12. margens esquerda e direita: 3 cm. 40 | Out-Dez 2007 | OrtodontiaSPO | 333 . que decidirá sobre a sua aceitação. unitermos em inglês (“key words”) e referências bibliográficas.25 cm. não sendo permitida a sua apresentação simultânea em outro periódico. Trabalho científico . Resumos em português e inglês: máximo de 250 caracteres 3. Limites máximos: 7 páginas de texto. mediante o recebimento. br/decs/ 3. nome(s) do(s) autor(es). na forma sobrescrita. 2. referências à aprovação pelo Comitê de Ética.4. resumo. No caso de não-aceitação para publicação.: Vários autores 5.7.6. titulação do(s) autor(es). de ofício específico para esse fim. discussão. 2 gráficos e 32 figuras. As informações contidas nos trabalhos publicados são de responsabilidade exclusiva de seus autores. resumo em inglês (“abstract”). 4. Termo de Cessão de Direitos Autorais Eu (nós). 17. Os trabalhos enviados para publicação devem ser inéditos. [Data/assinatura(s)] 2. conclusões. resumos de teses. revisão da literatura. Os originais e as ilustrações publicados não serão devolvidos. [nome(s) do(s) autor(es)]. NORMAS 2. sendo vedada qualquer reprodução.5. declaro(amos) concordar. introdução e/ou proposição. conclusões. que os direitos autorais referentes ao citado trabalho tornem-se propriedade exclusiva da revista OrtodontiaSPO desde a data de sua submissão. 4.1. relato do(s) caso(s) clínico(s). controle de linhas órfãs/viúvas: desabilitado. avaliaram que a saúde geral e local do paciente é necessário para o sucesso do tratamento. Sua apresentação deve seguir a normatização do Estilo Vancouver.Título em português. números aleatórios devem ser separados por vírgula. destina-se à publicação de artigos originais. título em inglês. Números seqüenciais devem ser separados por hífen. A revista OrtodontiaSPO receberá para publicação trabalhos redigidos em português e/ou inglês. autor(es) do trabalho intitulado [título do trabalho]. 2.5. total ou parcial. por parte do autor. 4 gráficos e 16 figuras. unitermos em inglês (“key words”) e referências bibliográficas. Limites máximos: 14 páginas de texto. título em inglês. termo de consentimento do paciente nos casos clínicos. sem que a prévia e necessária autorização seja solicitada e obtida junto à revista OrtodontiaSPO. Ex. 2. 2. Relato de caso(s) clínico(s) . resultados. recuo especial da primeira linha dos parágrafos: 1. Os trabalhos desenvolvidos em instituições oficiais de ensino e/ou pesquisa deverão conter no texto: a. essa cessão de direitos autorais será automaticamente revogada após a devolução definitiva do citado trabalho por parte da revista OrtodontiaSPO.8. Consultar Descritores em Ciências da Saúde. Os nomes dos relatores permanecerão em sigilo e estes não terão ciência dos autores do trabalho analisado.9. o qual submeto(emos) à apreciação da revista OrtodontiaSPO para nela ser publicado.2. Os originais deverão ser entregues juntamente com o Termo de Cessão de Direitos Autorais. titulação do(s) autor(es).2.3. alinhamento do texto: justificado.5 cm. resumo em inglês (“abstract”). Título em português: máximo de 90 caracteres 3.1. nome(s) do(s) autor(es). conclusões. unitermos. espaçamento entre linhas: 1. Não citar os nomes dos autores e o ano de publicação. 2. as páginas devem ser numeradas. unitermos em inglês (“key words”) e referências bibliográficas.9. A exatidão das referências bibliográficas é de responsabilidade dos autores. 4 tabelas ou quadros. resumo. tipo de fonte: courier ou courier new. b. bem como a divulgação. tamanho do papel: carta. A revista OrtodontiaSPO submeterá os originais à apreciação do Conselho Científico.7. resumo. conforme orientações fornecidas pelo International Committee of Medical Journal Editors no “Uniform No 4 | V. 3. 4 tabelas ou quadros. discussão. artigos de divulgação e relato de casos clínicos no campo da Ortodontia e ciências afins. Recomendando-se que os autores retenham uma cópia em seu poder. introdução e/ou revisão da literatura. no qual somente os números-índices das referências.8. material(ais) e método(s).bireme. unitermos. 3. 2. Citações de referências bibliográficas no texto: 3. 3. APRESENTAÇÃO 3. 2. Bireme. OBJETIVO A revista OrtodontiaSPO. 3. 4 gráficos e 16 figuras.3.5 linhas.1.7. 3.9. proposição. um órgão oficial da Sociedade Paulista de Ortodontia e Ortopedia Funcional dos Maxilares. assinado pelo(s) autor(es). por meio deste suficiente instrumento. são indicados no texto.Título em português. Seguir o sistema numérico de citação. Revisão de literatura . site www. promoção e intercâmbio de informações científicas. Limites máximos: 10 páginas de texto. titulação do(s) autor(es). 2. 2 tabelas ou quadros. resumo em inglês (“abstract”).6. São Paulo . Cap. Devem constar sob a denominação de “Gráfico” e ser numerados com algarismos arábicos e fornecidos em folha à parte. “Slides”.SP 334 | OrtodontiaSPO | Out-Dez 2007 | V. In Profitt WR. 5. 7. itálico ou grifo. A legenda deve acompanhar o gráfico e ser posicionada abaixo deste. p. Fotografia em papel brilhante com formato mínimo 5 x 7 cm. 9. Sinais ou siglas devem estar traduzidos em sua legenda.292. 8. As grandezas demonstradas na forma de barra. 9. No caso de imagens obtidas através de câmera fotográfica digital. gravadas no formato TIF ou JPG e tamanho mínimo de 10 x 6 cm. 7. citam-se os seis primeiros e. resolução mínima de 300dpi. 1993. 7. Ortodontia Contemporânea. O planejamento do tratamento ortodôntico da lista de problemas ao plano específico.4.org).4.5. não devem ser incluídos na lista de referências. Estudo eletromiográfico da hipoatividade de músculos da mastigação em pacientes portadores de desordem cranio-mandibular (DCM).1. Artigo de periódico: Andreasen GF. 8. 40 | No 4 . volume. na ordem de sua numeração. Dissertações e teses: Régio MRS. 8.4. Guanabara Koogan. FIGURAS 7. 79p e Apêndice.40(3):151-8 5. deve-se utilizar o recurso de resolução máxima do equipamento. devem trazer a correta identificação em apenas um dos lados de sua moldura. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o “List of Journals Indexed in Index Medicus” (www. São Paulo p. 33 . Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos em nota colocada abaixo do corpo da tabela ou do quadro ou em sua legenda. 1a ed.5.2.170-205. na ordem de sua numeração. 5.3.3. sucessivamente.html) e impressos sem negrito. de maneira que permita a inequívoca distinção entre frente e verso. a menos que dê por escrito o seu consentimento. Devem constar sob a denominação de “Figura” e ser numeradas com algarismos arábicos. trabalhos em andamento e os não publicados. GRÁFICOS 9.2.2001. 5. Comparison of Alastik chains with elastics involved with intra-arch molar forces. 9. Deve-se evitar a citação de comunicações pessoais.3. 6. A(s) legenda(s) deve(m) ser fornecida(s) em folha à parte. CorelPaint etc). A vírgula só deve ser usada entre os nomes dos diferentes autores. Devem constar. 4. na ordem de sua numeração e auto-explicativos. sob as denominações de “Tabela” ou “Quadro” e ser numerados em algarismos arábicos e fornecidos em folha à parte. sucessivamente.5. Digitais 8. 6.2. Na apresentação de imagens e texto. IMAGENS Fotográficas 8.nih. 1979. Capítulo de livro: Profitt WR. com porte pago para: Ana Lúcia Zanini Luz Rua Capitão Rosendo. In: Anais do 5° Simpósio Brasileiro e Encontro Internacional sobre Dor. 4. 9. 2ª ed. a expressão latina “et al”.3.4. devem ter cores corrigidas por programas gráficos (Photoshop. Nas publicações com até seis autores. Devem ser obrigatoriamente citados no corpo do texto. São Paulo: Faculdade de Odontologia da USP.4. Propriedades Mecânicas de elásticos para fins ortodônticos [Dissertação – Mestrado]. nas publicações com sete ou mais autores. Osseointegration in rehabilitation.2.1. 9. em seguida.icmje. mas citados em notas de rodapé. sucessivamente. caso seja estritamente necessária sua citação. que devem ser seguidos pelos seus prenomes abreviados sem ponto ou vírgula. Incluir ano. lado esquerdo e direito e lado superior e inferior. 8. Quando originalmente capturadas por câmera digital. 7. A legenda deve acompanhar a tabela ou o quadro e ser posicionada abaixo destes. o qual deve acompanhar os originais.1. com dor miofacial.1.Vila Mariana 04120-060 . 6. Bishara SE. EXEMPLOS: 5. deve-se evitar o uso de iniciais. Devem ser obrigatoriamente citados no corpo do texto.nlm. Sinais ou siglas apresentados devem estar traduzidos em sua legenda. As referências devem ser numeradas em ordem alfabética pelos sobrenomes dos autores. 5.2. TABELAS OU QUADROS 6. 1995. nome e número de registro de pacientes. ENCAMINHAMENTO DOS ORIGINAIS: Os originais deverão ser enviados com registro e de preferência via Sedex. 4. 7.1.2.3. número (fascículo) e páginas do artigo logo após o título do periódico. setor.gov/tsd/serials/lji.Normas de Publicação Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals” (www.4. respectivamente. Angle Orthod 1970.3. O paciente não poderá ser identificado ou estar reconhecível em fotografias. Rio de Janeiro. 6. Trabalho apresentado em evento: Bérzin F.5. Devem possuir boa qualidade técnica e artística. curva ou outra forma gráfica devem vir acompanhadas dos respectivos valores numéricos para permitir sua reprodução com precisão. Livro: Naert et al. 7. London: Quintessence. Devem ser citadas no corpo do texto. citam-se todos.
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