28.08 Release Nacional Verequete

March 27, 2018 | Author: Diego Sousa | Category: Pop Culture, Arts (General)


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Sugestão de PautaCultura Pará homenageia os 90 anos de Mestre do Carimbó Projeto patrocinado pela CVRD resgata contribuição de Mestre Verequete para a cultura, a música e a arte paraenses Um homem simples, de chapéu na cabeça e voz firme se transforma em rei quando está em meio a tambores, numa roda de carimbó. Esse é Augusto Gomes Rodrigues, o Mestre Verequete, ícone da cultura paraense que completou 90 anos e recebe uma homenagem inédita com o Verequete: Rei dos Tambores, projeto que realizou show para o Mestre no centro histórico de Belém no dia Municipal do Carimbó, 26 deste mês, e lançará uma coleção inédita sobre a obra do cantor e compositor no dia 14 de setembro, no majestoso Theatro da Paz. O projeto é uma realização da Associação Amazônica de Difusão Cultural, Social e Ambiental, que inaugurou a terceira etapa do projeto Cultura Pará, da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD). A festa é uma resposta à contribuição do Mestre à música local, com a valorização do carimbó, ritmo que reúne heranças indígenas, africanas e dos colonizadores da Amazônia. Foi Mestre Verequete um dos primeiros divulgadores do carimbó nos subúrbios da capital Belém, na nova fase da Música Popular Paraense, e quem despertou o interesse dos meios de comunicação de massa para o ritmo. O lançamento da coleção Verequete: o Rei dos Tambores, que irá popularizar ainda mais a obra do compositor, também será marcada por um grande show com Mestre Verequete e músicos convidados. A coletânea é composta por uma caixa com o CD “Verequete é o Rei”, o DVD com o filme “Chama Verequete” e o livro “Som dos Tambores”. Como nas etapas anteriores do Cultura Pará 2006, a Vale levará o projeto aos municípios onde atua no interior do estado, fechando a terceira etapa do projeto que festeja os 90 anos de Verequete. O ônibus-expositor percorrerá os municípios de Marabá, Parauapebas, Canaã dos Carajás e Paragominas com a versão resumida do show musical dedicado a Verequete, no qual participarão também artistas locais. A coleção O CD “Verequete é o Rei”, gravado em 2005, contém 14 faixas, sendo uma música inédita que dá título ao CD, gravada nos estúdios da Universidade da Amazônia. As outras composições foram remasterizadas a partir de vinil. As músicas foram cuidadosamente selecionadas de uma obra de 200 composições do Mestre. Verequete foi um dos primeiros divulgadores do carimbó nos subúrbios de Belém. figura conhecida nos terreiros mina-nagô nos subúrbios de Belém. 04 da série projeto Uirapuru. cad B. responsável pela transcrição das partituras musicais. um dos mais importantes do país. com duração de 18 minutos. lançando o CD Vol. O livro “Som dos Tambores” conta a história de Verequete e traz também a coletânea inédita de 30 partituras das principais composições do Mestre. A relevância desse trabalho está na catalogação de obras que nunca foram registradas. Quando o ritmo paraense começou a despertar interesse nos meios de comunicação de massa. Tinhorão – “Carimbó está aí para caboclo nenhum botar defeito”. Carimbó Oirapuru do Verequete (só podia ser). Lançou mais tarde. organizando o conjunto O Uirapuru. tem a marca da autenticidade. gravou no estúdio da Rádio Marajoara uma série de temas do carimbó que constituiu o primeiro disco. cantor e compositor de carimbós. na vila de Icoaraci. em 1974. . O carimbó do Verequete.Sugestão de Pauta A coleção trará ainda o curta-metragem “Chama Verequete”. com uma seleção de 10 obras de Verequete.2). dirigido por Luiz Arnaldo Campos e Rogério Parreira. 01/07/1975. Mestre Verequete Augusto Gomes Rodrigues.Pará reconheceu também essa “superioridade” do Mestre do Carimbó paraense. já que Mestre Verequete não teve formação musical. o LP O Legítimo Carimbó Verequete e seu conjunto Uirapuru. a começar pela manutenção dos instrumentos típicos e o respeito às raízes negras do carimbó. que teve a participação do artista Fábio Cavalcante. Em 1995 a SECULT . lançado em 1998 e já recebeu diversos prêmios em festivais nacionais. p. O trabalho foi organizado pela musicóloga Laurenir Peniche. nem instrução escolar. Novamente em 1974 lançou O Legítimo Carimbo VOL-II. gravadoras do sul do país lançaram oito LP’s com o autêntico carimbó de Verequete.R. O DVD também contém imagens inéditas de shows e entrevistas com o Mestre do Carimbó. Em 1970. na nova fase da Música Popular Paraense. inclusive no Festival de Cinema de Gramado. jornal do Brasil. sobre o qual o jornal do Brasil escreveu: “revelando ainda mais uma vez sua incontestável superioridade sobre todos os outros conjuntos e artistas que se aventuraram a explorar o ritmo do Carimbó no Sul do país” (J. contendo 12 carimbós. assim denominado em homenagem a Toya Verequete. melodias tradicionais nos terreiros de Belém (Fonte: Vicente Sales / Dicionário Crioulo). Gênero nascido no interior. do negro vem o batuque (dança de roda onde há cantorias e utilização de vários tambores. proveniente da necessidade de uma manifestação legítima de povos que respondiam as suas atividades cotidianas para transformar o árduo trabalho escravo e caboclo em momentos de descontração e leveza no interior do Estado do Pará. ritmo e dança da Amazônia Pesquisas históricas demonstram que o carimbó. elevando os braços batendo palmas e estalando os dedos . palmas e no gingado do corpo. com gestos. além maior movimentação no estilo dançante. o contato físico não é uma freqüente. Com a presença das rodas e arrumação para dançar os Portugueses impõem a sua herança com um tipo de dança que lembra a corte. acompanhando o gingado do corpo. incluindo a síncopa que amoleceu a dança. dança paraense. apresentando um andamento monótono. insinuando um convite para a dança e a partir daí. dando uma maior flexibilidade ao seu ritmo. com os braços abertos estendidos marcando acentuadamente o ritmo e dançando com a dama várias vezes fazendo o cortejo. em que a dança pode ser caracterizada como uma suíte (uma forma de dança e música muito comum e usada na corte para animar os bailes e outras manifestações sociais) que veio a influenciar o carimbó. Os dançarinos de Carimbó apesar de se apresentarem em pares dançam soltos. continuando a brincadeira na qual o homem (cavalheiro) marca o pulso com as pernas arrastando para a direita e para a esquerda e vice-versa. forma-se um círculo girando no sentido contrário ao relógio. e em alguns movimentos (como a curvatura do corpo para frente) que marcam um ritmo acentuado. Por sua vez. A contribuição indígena tornou-se mais evidente na “moleza” imposta ao ritmo. nasceu graças à criatividade dos índios Tupinambás e com o passar do tempo adquiriu características que enriqueceram sua forma musical. o carimbó. Assim logo após o flerte. numa espécie de samba) que influencia o carimbó. ao redor das saias das mulheres. Ao iniciar a música os homens vão em direção às mulheres batendo palmas. formam-se pares que saem girando em torno de si mesmos. na dança. Respondendo ao flerte os homens curvam o corpo para frente puxando o pé para frente e para os lados. com seus passos marcados e também por poder ser dançada em pares ou individualmente.Sugestão de Pauta Carimbó. com o tempo urbanizou-se e passou por um processo de modernização. Entretanto as damas utilizam as suas saias e braços para dar segmento ao flerte. assim como na posição dos braços erguidos em forma de “L”. A influência européia é resultante de todo o processo de colonização. A dança do carimbó funciona como uma brincadeira apresentada por pares iniciando-se com duas fileiras de homens e mulheres ambos voltados para o centro. que fotografaram e foram fotografadas para compor a exposição que dá nome ao projeto. de autoria do francês Jean-Claude Denis. Em junho de 2005. A primeira atividade do Cultura Pará foi marcada pela exposição arqueológica “O Homem e a Pedra: A Pré-História na Amazônia”. a Vale patrocinou a exposição fotográfica Arraial da Luz. alguns movimentos das danças folclóricas lusitanas e espânicas. montadas no ônibus-expositor. CVRD . em certas passagens. Na primeira.Companhia Vale do Rio Doce Lívia Amaral – Assessora de Imprensa . Na segunda etapa. uma parceria entre a Vale e o Museu Paraense Emílio Goeldi que colocou os visitantes em contato com vestígios da presença humana na região datados de 11 a sete mil anos atrás. palestras e oficinas. houve o lançamento do livro Cidades Ilustradas Belém. seja nas artes plásticas. Cultura Pará Em 2005. teve início a interiorização da etapa Landi: Cidade Viva. Somente em 2005. Antar Rohit. a vida. como os dedos castanholando na marcação certa do ritmo agitado e absorvente. Parauapebas. com desenhos feitos à mão livre e uma produção inspirada na Belém vista pelos olhos de um estrangeiro. 100 obras de 30 anos de trabalho do fotógrafo paraense Luiz Braga. Arraial da Luz 2006 e Verequete: o Rei dos Tambores também percorrerão essas cidades até o final deste ano. Em junho. o projeto Arraial da Luz 2006 deu espaço a 90 crianças carentes de Belém. que contou com a participação do artista norte-americano radicado em Belém. a Vale já apresentou duas etapas do Cultura Pará. O Cultura Pará 2006 também acontece no interior do estado. Em 2006. nas cidades onde a Vale está presente. projeto de patrocínio que visa valorizar a cultura regional e possibilitar o acesso gratuito da população ao que de melhor o estado tem a oferecer. que reuniu.Sugestão de Pauta lembrando. Em setembro. o Cultura Pará atraiu mais de 30 mil pessoas para as exposições realizadas. Marabá e Paragominas receberão todas as três etapas do projeto. promovendo a democratização da cultura regional proposta pelo projeto. aproximadamente. a Companhia Vale do Rio Doce lançou o Cultura Pará. Canaã dos Carajás. um profissional conhecido internacionalmente. música e outros estilos artísticos. arquitetura. por meio de exposição. as obras e a contribuição do arquiteto italiano Antonio José Landi para o estado foram resgatadas com o projeto Landi: Cidade Viva. 3214-5433/ 9942.0260 [email protected]/ 9942.br Assessoria Externa – Gaby Comunicação Yvana Crizanto Tel: 91.6425 [email protected]ão de Pauta Tel: 91.br .
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