TESTES PSICOLÓGICOS MAIS CONHECIDOS E UTILIZADOS POR PSICÓLOGOS DE UMUARAMA/PR E REGIÃOBruna Larissa de Oliveira Sossai1 Daiany Lara Massias Lopes1 Francielly Caroline Manzani1 Kamila Pronçate Zanin1 Lediane Cristina Pereira1 Leila Cavernagui Cordeiro1 Monique Casacchi Mariussi1 Talita Martins1 Orlete Maria Pompeu de Lima2 SOSSAI, B. L. O.; LOPES, D. L. M.; MANZANI, F. C.; ZANIN, K. P.; PEREIRA, L. C.; CORDEIRO, L. C.; MARIUSSI, M. C.; MARTINS, T.; LIMA, O. M. P. Testes psicológicos mais conhecidos e utilizados por psicólogos de Umuarama/PR e região. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 11, n. 2, p. 149-137, maio/ago. 2007. RESUMO: O objetivo desta pesquisa foi realizar um levantamento dos testes psicológicos conhecidos e utilizados por psicólogos de Umuarama/PR e região. Participaram 77 psicólogos de ambos os gêneros. O material utilizado constituiu-se de um questionário com uma relação de 69 testes psicológicos com parecer favorável pelo Conselho Federal de Psicologia, no qual os participantes tiveram quatro possibilidades de resposta para cada teste psicológico listado, a saber: (a) conheci na graduação/pós-graduação; (b) já utilizei; (c) conheci por procura espontânea; (d) sei que existe, desejo conhecer. Os resultados indicaram que 90% dos testes psicológicos mais conhecidos foram aprendidos nos cursos de graduação/pós-graduação e 60% são os mais utilizados. Estes dados estão em concordância com pesquisas realizadas em relação à manutenção do uso de testes psicológicos comumente aprendidos durante a formação e confirmam a necessidade de investimento do psicólogo em sua atualização (NORONHA, 2002; NORONHA et al., 2002, 2003 e 2005). PALAVRAS-CHAVE: Avaliação Psicológica; Formação Profissional; Testes Psicológicos. THE MOST KNOWN AND USED PSYCHOLOGICAL TESTS IN UMUARAMA-PR AND ITS SURROUNDING AREAS ABSTRACT: This paper surveys the most known and used psychological tests in Umuarama-PR and its surrounding areas. 77 psychologists – male and female – took part in this study. The material consisted on a questionnaire with 69 psychological tests accredited by the Psychology Federal Council, in which the participants had four possibilities of answer for each psychological test: (a) I have known during graduation/post graduate; (b) I have already used; (c) I have known by myself; (d) I know it exists, and I would like to know it. The results indicate that 90% of the most known psychological tests were studied during graduation / post graduation, as well as 60% of the most used. These data agree with studies related to the prevalence of using the psychological tests often learned in graduation, and confirm the need for the psychologist to invest in its own update (NORONHA, 2002; NORONHA et al., 2002, 2003 e 2005). KEYWORDS: Psychological Assessment; Professional Formation; Psychological Tests. Introdução A avaliação psicológica é um processo de coleta de dados utilizada, dentre outros objetivos, para a investigação da subjetividade humana. Sua utilização auxilia o psicólogo na identificação do problema e facilita a tomada de decisão, tanto para o diagnóstico quanto para a intervenção (HAYNES, 1995). É uma atividade primordial e exclusiva do profissional de Psicologia (CFP, 1979) que dispõe de vários recursos para avaliar, tais como a observação, a entrevista, os questionários, as escalas e os testes psicológicos (PASQUALI, 1999). Alguns autores fazem distinção entre avaliação psicológica e teste psicológico. Para Meyer et al (2001), a avaliação psicológica está relacionada mais ao contexto clínico, que abrange uma variedade de resultados de testes, geralmente obtidos de múltiplos métodos de testagem e são também considerados os dados de história, informação de terceiros e observação do comportamento, para entender a pessoa que é 1 avaliada. Envolve uma resposta à queixa ou problema e, então, os resultados são comunicados ao paciente ou a seus responsáveis. Em contraste, segundo os autores, o teste psicológico é um processo relativamente direto, em que uma escala particular é administrada para se obter uma resposta específica. Subseqüentemente, um significado descritivo pode ser aplicado ao resultado com base em normas, tornando-se parte do processo de avaliação psicológica. Os testes psicológicos se constituem como testes úteis às atividades profissionais dos psicólogos, mas vêm sendo questionados, recebem muitas críticas e são muitas vezes discriminados pela própria comunidade psicológica. Noronha (1999) identifica que a maioria dos psicólogos não utiliza testes psicológicos, principalmente devido à formação insatisfatória em relação à área. Almeida et al. (1998) destacam os seguintes problemas na prática da avaliação psicológica: usar materiais inadequados para os objetivos da avaliação, fotocopiar as folhas de respostas, realizar avaliações incorretas, não ter clareza das limitações Alunos de graduação do Curso de Psicologia, Universidade Paranaense, Campus Umuarama – participantes do Programa de Iniciação Científica – PIC/ UNIPAR 2 Mestre em Avaliação Psicológica, docente do Curso de Psicologia da Universidade Paranaense - UNIPAR Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v.11, n.2, p. 129-137, maio/ago. 2007 149 os testes de capacidade avaliam a aptidão geral.11. um conteúdo psicológico. de acordo com as diferentes técnicas utilizadas. p. 1991). atitudes e valores (ANASTASI. Os testes psicológicos para esses diferentes usos variam na maneira como são aplicados. tanto para a construção. Os testes referentes a construto são construídos e validados para representar e medir um traço latente. A pesquisa científica é a solução para o desenvolvimento e conseqüente crescimento da área de avaliação psicológica. Kline (1993) classificou os testes psicológicos em termos dos traços latentes. fazer um teste é dar um testemunho ou fazer uma prova. a qual classifica os testes psicológicos em: (1) testes referentes a construto. podendo ser na forma individual.SOSSAI. em grandes grupos. Saúde Unipar. desde o ponto de vista psicológico. (3) testes centrados em critérios. a construção e a comercialização dos testes psicológicos e as recentes discussões em relação à eficiência e eficácia das práticas profissionais. em sua prática profissional. que regulamenta o uso. por computador. na forma coletiva. tal como as provas educacionais. outros oferecem medidas de variáveis afetivas ou de personalidade. podem ser classificados em termos de objetividade e padronização (testes psicométricos e impressionistas).. às aptidões específicas. por um examinador. 2003 e 2005) e a formação do psicólogo tem sido inadequada quanto ao uso da avaliação psicológica no exercício profissional (SBARDELINI. Segundo Pasquali (1999).. tais como os testes de inteligência. e sim verificar se as respostas dos sujeitos atingem ou não um dado de conteúdo. A interpretação do escore do sujeito se faz por um critério prévio e teoricamente definido. os questionários de personalidade. um construto. (6) novas tecnologias. O seu uso freqüentemente inclui desde a natureza e seqüência do desenvolvimento mental. os testes de interesses e motivação e outros tipos de testes psicológicos.CFP. 2003). interesses. os testes objetivos e projetivos de personalidade. 2007 . os inventários de personalidade e de psicopatologia e as escalas de atitudes. segundo Cronbach (1996). Nesse tipo de teste se encontram a maioria dos testes psicológicos utilizados atualmente. tais como traços emocionais ou motivacionais. um processo psíquico. estando implícito o sentido da medida. com um ponto de referência. nos aspectos 150 comportamentais que abrangem. maio/ago. também. citando como exemplo o teste do desenho da figura humana e os de interpretação de borrões de tinta. Os testes psicométricos têm como base a Psicometria para descrever os fenômenos psicológicos. Diferem. Quanto ao construto. 18) definem teste psicológico como sendo “. que devem ser demonstrados por experimentos científicos. motor e computadorizado). de personalidade e de grupos menos típicos como os superdotados. (4) testes comportamentais.51) “um teste é um procedimento sistemático para observar o comportamento e descrevê-lo com a ajuda de escalas numéricas ou categorias fixas”. 2000). isto é. Tendo isso em vista. na Resolução CFP 002/2003 (CFP. Considerando as diretrizes do Conselho Federal de Psicologia .2. o critério de comparação. p. Suas características são descritas a seguir. os valores e os interesses. Van Kolck (1981. ou na forma informatizada. (2) testes referentes a conteúdo. Ciênc. et al. aos conhecimentos escolares. 15) cita que originalmente a palavra teste vem do latim – testis = testemunha e do inglês – test = prova. por exemplo. utilizando números como. Portanto. neuróticos e psicóticos. assim como os resultados podem ser melhorados de modo mais preciso do que de outros tipos de avaliação. educacional. Na prática profissional do psicólogo a utilização dos testes psicológicos é variada. p. Alguns se centram na avaliação de traços cognitivos ou habilidades. Os testes foram criados e são utilizados para determinar e analisar diferenças individuais em relação à inteligência. sociológico e até cultural. uma vez que não existe uma fundamentação teórica estabelecida para isso.. 2002. usar testes não adaptados para as diferentes realidades. Uma outra taxionomia foi sugerida por Pasquali (1999). escrito. Umuarama. dentre outros. Os testes tipo impressionistas ou projetivos utilizam a descrição lingüística para caracterizar os atributos dos indivíduos. a aspectos intelectuais. URBINA. Tomando como foco de discussão os testes psicológicos. Os testes de preferência caracterizam a personalidade. os testes de habilidades e desempenho. isto é. as atitudes. Etimologicamente. uma vez que a qualidade das interpretações e das regras de decisão podem ser verificadas. quanto para a aferição dos parâmetros de validade e precisão. o presente estudo visa contribuir. dos testes. pelos mesmos. Arq. as aptidões específicas e a psicomotricidade. como os testes de inteligência e de aptidões. v. Anastasi e Urbina (2000. os testes que medem a inteligência e as escalas de atitudes. p. à adaptabilidade vocacional e às dimensões não intelectuais da personalidade.essencialmente uma medida objetiva e padronizada de uma amostra do comportamento”. comportamento interpessoal. “um teste é um teste de medida”. n. do construto que medem (capacidade e preferência) e da forma de resposta (verbal. não visa discriminar características dos sujeitos nem mesmo medir traços latentes. NORONHA et al. eles podem proporcionar mais confiança aos diversos tipos de avaliação. 2002. (5) levantamentos. Os testes referentes a conteúdo são os testes que analisam um conteúdo qualquer. com o objetivo de identificar o conhecimento que psicólogos têm a respeito dos testes utilizados. 129-137. Para Cronbach (1996. pessoas com comprometimento mental. Classificar os testes psicológicos é uma tarefa muito arbitrária. pesquisas enfatizam que os psicólogos não conhecem a maioria dos testes de avaliação psicológica (NORONHA. os testes de aptidões. 2003 e 2005. oriundas do avanço da informática. podendo informar ao examinando o seu grau de compreensão das instruções. n. Também procuram estabelecer uma relação de função entre estímulos ambientais (físicos e sociais) e o comportamento do indivíduo. os quais devem conter informações sobre a fundamentação teórica dos construtos a serem medidos. em substituição aos utilizados em suas atividades. Saúde Unipar.. pretendendo investigar sua origem e fazendo comparações entre diferentes comportamentos do organismo observado e de diferentes organismos. só reafirmou a necessidade de implantação de melhor compreensão dos conceitos de qualidade de um teste psicológico. como uma tendência mundial. verificou-se que a diferença na quantidade de testes conhecidos. mas ainda há que se caminhar muito no que se refere à qualidade do exercício e da formação profissional (LIMA. 1999. tais como suas idéias. por isso. a qual.11. p. utilizados com freqüência em psicologia aplicada. devido ao fato de que qualquer contexto de atuação profissional necessita de dados sobre estes construtos e de que a maioria das provas psicológicas existentes têm como objetivo medi-los. desenvolvido por Noronha. Atualmente o CFP disponibiliza. Será necessário. por parte dos psicólogos. No que se refere ao movimento de busca de qualidade dos testes psicológicos.. diversas pesquisas (NORONHA. 129-137. O trabalho do psicólogo está sendo fortemente atingido por estas pressões. avaliação e interpretação dos resultados e indicação da literatura científica utilizada. como qualquer outro profissional. crenças. a fiscalização. v. Os testes comportamentais utilizam exclusivamente a observação do comportamento e as escalas psicofísicas.pol. com a publicação da lista dos testes psicológicos avaliados. diante de uma competitividade cada vez maior. NORONHA et al. As novas tecnologias. entre os dois grupos. 2003).. Ciênc. educacionais e financeiras e se constituem na forma de questionários. 2003) é a importância da clareza e objetividade dos manuais dos testes psicológicos. Os testes de levantamentos se referem aos delineamentos de pesquisas para coleta de informações variadas sobre os sujeitos. previamente definido. maio/ago. que facilita a busca e a escolha de instrumentos de avaliação psicológica confiáveis para suas atividades. devido à resistência às mudanças e tendência de continuar com o que está acostumado a fazer. (2002a). evidenciando o baixo investimento dos profissionais na atualização de seus conhecimentos. causou um grande transtorno na rotina de trabalho do psicólogo. ALCHIERI. 151 Arq. ainda por um bom tempo. São utilizados quando se quer discriminar sujeitos em termos de pertencer a uma ou outra classe e são. descrição da aplicação. A questão da qualidade de produtos e serviços. deve manter-se atualizado e dar sempre continuidade à sua formação. na procura de identificar os testes psicológicos com parecer favorável. seleção de pessoal. em que os sujeitos são solicitados para dar sua opinião. uma listagem dos testes psicológicos avaliados pelo Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos – SATEPSI (CFP. condições sociais. informação e orientação por parte dos Conselhos Regionais de Psicologia quanto à construção de novos testes. planos. Pesquisas têm sido realizadas no Brasil.org. Acredita-se que o movimento dos psicólogos. com o objetivo de identificar os instrumentos mais conhecidos e utilizados por estudantes e profissionais de Psicologia do Estado de São Paulo. confirmam a ausência de cumprimento dos requisitos mínimos exigidos pela Resolução CFP nº 002/2003 (CFP. os resultados apresentaram um certo despreparo dos alunos em relação à avaliação psicológica. 2007 . precisão. é pequena. em especial a avaliação psicológica.2. NORONHA. em 06 de novembro de 2003. SCHEFFEL. 2004). Em outro estudo com características semelhantes. Os testes psicológicos já foram submetidos a avaliações. São também utilizadas as denominações de testes referentes a objetivos ou testes referentes a domínio. 2000). pelo CFP. Em um estudo realizado por Noronha et al. 2006). Umuarama. entre estudantes e profissionais de Psicologia. 2002b. 2004). revisão dos antigos e ao uso somente dos testes com parecer favorável. LIMA. O psicólogo. Os testes informatizados permitem um retorno imediato dos resultados. 2000.Testes psicológicos mais conhecidos e utilizados. utilizando as escalas psicofísicas. melhorando a motivação na participação do teste. no sitio http://www. visando identificar a abrangência e amplitude do uso de instrumentos de avaliação psicológica. seja por acomodação e/ou por falta de informação. tornaram possível ampliar a coleta de dados em psicologia e viabilizar os modelos multivariados.br. sentimentos. Os instrumentos de avaliação psicológica mais utilizados pelos psicólogos são os testes de inteligência e de personalidade (AZEVEDO et al. com o objetivo de identificar os instrumentos mais conhecidos e utilizados por estudantes de Psicologia de Instituições de Ensino da região sul do Estado de Minas Gerais. devido à baixa média de conhecimento da relação de testes psicológicos apresentada. Oliveira e Beraldo (2003). Têm por objetivo relatar a ocorrência (freqüência) e configuração. tem sido cada vez mais acirrada. diagnóstico psicopatológico e orientação acadêmica e vocacional. exigindo que garantias sejam dadas ao mercado. A conceituação e a descrição de procedimentos das características fundamentais que definem a qualidade de um teste psicológico (validade. Um outro destaque da Resolução nº 002/2003 (CFP. Os testes centrados em critérios são construídos para diferenciar grupos distintos naquilo que o teste pretende medir e são validados pela capacidade de poderem ou não diferenciar claramente os gruposcritério. 1996. Cruzeiro do Oeste. São João. instituições e editores. como vários profissionais desempenham suas atividades em duas ou mais.79% (N=6) atuam em pesquisa.UNIPAR (67. No caso de ocorrência. Ciênc. Perobal. os dados foram compilados e analisados a partir da freqüência das respostas e das respectivas porcentagens. Mariluz. O tempo de formação variou entre cinco meses e 26 anos.2.86% (N=33) em escolas.SOSSAI. Portanto. com média de 28. o presente trabalho teve como objetivo realizar um levantamento dos testes psicológicos mais conhecidos e utilizados por psicólogos de Umuarama/PR e região. (b) já utilizei. e 7. Icaraíma. em terceiro. São Jorge do Patrocínio. 80% (N=62) responderam ter cursado ou estão cursando. Douradina.77% (N=26) em empresas. Umuarama. para caracterização dos participantes quanto ao tempo e local de formação e área de atuação. abrangendo todas as áreas. foram procurados por telefone. posteriormente.47). Saúde Unipar. 8ª região. No que se refere a cursos de especialização. pressupondo um nível de confiança de 95%. sub-sede de Umuarama/PR. N= 4) e o Centro de Ensino Superior de Londrina – CESULON ( 5. Brasilândia do Sul. com 93.2%. sendo que 75.99% (N=10) não responderam.53%. abrangendo os municípios de Altônia. predominou o gênero feminino. n. participantes da pesquisa. N=6) e. Quanto à caracterização da amostra de participantes. foi composto o grupo dos acadêmicos e estes passaram por um período de capacitação.2% (N=1) 152 outros cursos 16.32% (N=58) atuam na área clínica em consultório. como trânsito. além da avaliação e da classificação do instrumental disponível. (c) conheci por procura espontânea. em segundo lugar a Universidade Estadual de Maringá – UEM (7.49% (N=5) em hospital. visando à adequação aos objetivos e à metodologia do trabalho.8%. Tuneiras do Oeste. Alto Piquiri. Fizeram curso em nível de Mestrado 14. comercialização e utilização.56. Os psicólogos. Procedimentos: O projeto foi submetido à aprovação do Comitê de Ética e. A segunda parte consistiu em uma relação contendo 69 testes psicológicos comercializados no Brasil e com parecer favorável do CFP. porque. O participante pode assinalar mais de uma alternativa. Pérola. a saber: (a) conheci na graduação/ pós-graduação. a metodologia da investigação e da avaliação e os procedimentos estatísticos”. Cianorte. Francisco Alves.53% (N=52) já o concluíram. Segundo Noronha e Alchieri (2002). Ivaté. padronização e normatização) não garantem a confiabilidade e a legitimidade dos testes utilizados nos processos de avaliação psicológica. Moreira Sales. desejo conhecer. (d) sei que existe. p. somente de testes com qualidade. a maior parte corresponde à Universidade Paranaense . com média de 7.38% (N=18) são docentes. Cafezal do Sul. N= 4). Para responder ao questionário. Umuarama. 23. a Universidade Estadual de Londrina – UEL ( 5. a idade variou de 23 a 62 anos.30% (N=1) não respondeu. foi levantada a freqüência. A pesquisa foi realizada no período de julho 2005 a julho 2006.79% (N=6) outras áreas. Cidade Gaúcha. conforme Freire e Almeida (2001. trata-se de uma tarefa multidimensional.19% (N=4) e 1. p. v. desde que não houvesse incoerência. Material: Foi utilizado um questionário composto de duas partes. Quanto à instituição de formação. pelos acadêmicos. As cidades de procedência não foram pesquisadas para garantir o anonimato dos participantes. Vila Alta e Xambrê.88% (N=13) e 12. acadêmicos. Iporã. 7. devido a serem poucos os representantes de alguns municípios. Guaíra. para garantir a qualidade esperada pela área de avaliação psicológica será preciso aprimorar a formação profissional em Psicologia. Levando em consideração a necessidade de mais estudos na área da avaliação psicológica. sem ser identificado e teve quatro possibilidades de resposta para cada teste psicológico listado. Tapejara. de Doutorado 1. o item foi desconsiderado. maio/ago. seguindo os objetivos do estudo. (DP=6. Quanto à área de atuação.27 (DP=17. com o envolvimento e o compromisso de professores. a média foi Arq.51% (N=72).92). 6. Os profissionais que responderam ao questionário foram selecionados a partir do cadastro profissional do Conselho Regional de Psicologia. Os resultados foram organizados em tabelas. 129-137. N=52). Nova Olímpia. et al. Em relação ao objetivo de identificar os testes psicológicos mais conhecidos pela amostra.2%. Maria Helena. 2007 . programa social e jurídica. o masculino com 5. para a construção. com 10% de precisão. o participante informou seus dados pessoais. A primeira parte continha um levantamento dos dados pessoais. sendo que 67. São Tomé.28% (N=11). Foi dado um prazo de uma semana para o participante responder o questionário. Resultados e discussão Após a coleta. como assinalar (a) e (d).11. Terra Roxa. Material e Métodos Participantes: O estudo foi realizado com uma amostra de 77 participantes. o qual foi recolhido pelos acadêmicos. Esperança Nova. “avaliar dimensões e processos psicológicos é uma tarefa que trespassa o conhecimento científico da Psicologia. 33.127). 42. receberam explicações sobre o projeto e foi agendado um horário para a coleta de assinatura no termo de consentimento livre e esclarecido e entrega do questionário. Ciênc.88 15.78 20.39 10.Teste não verbal de inteligência G 38 .48 18.Inventário dos Cinco Fatores de Personalidade HTM – Teste de Habilidade Mental 21 20 19 17 16 16 16 16 15 15 14 13 13 13 13 12 27.73 68.78 20.Bateria de Provas de Raciocínio RORSCHACH Clínico RORSCHACH – Sistema Compreensivo Teste das Fábulas AC – 15 Teste de Atenção Concentrada TDE – Teste de Desempenho Escolar Escalas BECK EFE – Entrevista Familiar Estruturada IHS – Inventário de Habilidades Sociais F 65 61 56 53 52 50 49 45 42 38 35 32 29 29 28 27 27 25 25 24 23 23 23 23 22 % 84. o que indica um conhecimento de 25.Testes psicológicos mais conhecidos e utilizados.36 35.09%.44 54.Escala de Transtorno do Déficit de Atenção / Hiperatividade IFP – Inventário Fatorial de Personalidade BPR–5 .87 28.97 24.47 31.Teste de Raciocínio Analógico Dedutivo ICFP – R .17 29.88 16.22 72.35 45.58 12 12 10 10 8 8 8 7 15. Os testes psicológicos assinalados como conhecidos pelos profissionais. p.48 19. TADIS 1 e2 SDT – Teste do Desenho de Silver – Cognição e Emoção ESI – Escala de Stress Infantil Teste das Linhas – Atenção / Percepção Visual de Orientação EFN – Escala Fatorial de Ajustamento Emocional / Neuroticismo CPS – Escala de Personalidade de Comrey TRAD .87 29.45 41.58 15.88 16. 129-137. são indicados na Tabela 1.47 32.Inventário Fatorial de Personalidade revisado FTT – Teste Contos de Fadas QSG – Questionário de Saúde Geral de Goldberg ISSL – Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lip QUATI – Questionário de Avaliação Tipológica – versão II TMV . maio/ago. 2007 153 . de 19.99 10. v.39 10..56 37. em relação ao total de testes apresentados.66 37.64 58.Bateria Geral de Funções Mentais (Atenção Concentrada) IECPA – Inventário de Expectativas e Crenças Pessoais acerca do Álcool R–2 Teste Não Verbal de Inteligência para crianças BFM – 1 .42 79.2. TADIM 1 e 2.Teste de Memória Visual Teste de Zulliger – Vaz V – 47 Teste Verbal de Inteligência Teste AC BGFM2 . Umuarama.32 (DP=15.78 20.06 35.87 29.Bateria de Funções Mentais para Motorista – Testes de Atenção: TACOM A e B. Teste Psicológico WISC – III – Escala de Inteligência Weschler para crianças RAVEN – Escala Geral PMK – Psicodiagnóstico Miocinético Colúmbia – CMMS The House-Tree-Person (HTP) de John Buck RORSCHACH – Sistema da Escola Francesa O Desenho da Figura Humana – DFH III TAT – Teste de Apercepção Temática RAVEN – Escala Especial WAIS III .Teste não verbal de inteligência Teste D2 – Atenção Concentrada TDAH .18 16. Tabela 1.78 19.39 9.88 16. n. Saúde Unipar. Distribuição das freqüências e porcentagens referentes aos testes psicológicos mais conhecidos e utilizados por psicólogos de Umuarama e região.58 12 15.55 49.87 29.83 63..53 68.Escala de Inteligência Weschler para adultos As pirâmides coloridas de PFISTER G 36 .57 R–1 Teste Não Verbal de Inteligência O Teste Palográfico na Avaliação da Personalidade Desenvolvimento do Comportamento da Criança no Primeiro Ano de Vida EMEP – Escala de Maturidade para a Escolha Profissional IFP – R .09 Arq.66).99 12.11.08 20.68 22.27 25.06 32.66 36.58 12.83 67. que indica que 9. 129-137.Escala de Assertividade Rathus EAC-IJ .64% N=49).64 57. n.83% N= 53). RAVEN . E. TAT – Teste de Apercepção Temática (8). Teste de Apercepcão Temática – TAT (58.Bateria de Funções Mentais para Motorista – Testes de Memória: TEMPLAM BGFM1 .90 3. RAVEN Escala Especial (9).60 1. N=65). 154 Quanto aos testes psicológicos mais utilizados. N=61).Bateria de Funções Mentais para Motorista – Testes de Raciocínio Lógico: TRAPI 1 RAS .49 6. A seguir encontra-se a seqüência dos 10 testes mais utilizados e entre parênteses apresenta-se a respectiva posição em relação aos testes mais conhecidos: RAVEN Escala Especial (9). A média dos testes conhecidos durante a formação profissional foi de 11.14 50. Distribuição das freqüências e porcentagens referentes aos testes psicológicos conhecidos na graduação/ pós-graduação.79 6 6 5 5 5 5 4 4 3 3 2 2 1 7. RAVEN Escala Geral (2).Bateria Geral de Funções Mentais (Atenção Difusa) Teste dos Círculos – Atenção / Percepção de Distância ETPC – Escala de Traços de Personalidade para Crianças Testes de Torrance – Avaliação da Criatividade por Figuras e Palavras BBT – Teste de Fotos de Profissão TEI – Teste Equicultural de Inteligência L.35% N=38).Escala de Autoconceito Infanto Juvenil STAXI – Inventário de Expressão de Raiva como Estado e Traço BFM – 2 . Distribuição das freqüências e porcentagens referentes aos testes psicológicos mais utilizados por psicólogos de Umuarama e região.6).SOSSAI. BFM – 4 .79 Os testes psicológicos conhecidos na graduação/pós-graduação assinalados por até 50% dos participantes são apresentados na Tabela 2 e são.79 6. A média desses testes é 7. Psicodiagnótico Miocinético – PMK (72.79 7.22%.53.86 40. Colúmbia – CMMS (4). B.90 2.30 WISC – III – Escala de Inteligência Weschler para crianças PMK – Psicodiagnóstico Miocinético RAVEN – Escala Geral RORSCHACH – Sistema da Escola Francesa Colúmbia – CMMS RAVEN – Escala Especial Os testes psicológicos conhecidos por mais de 50% dos participantes da pesquisa são 10. et al. Escala de Inteligência Weschler para crianças – WISC III (1). R-1 Teste Não Verbal de Inteligência (26) e o AC 15 Teste de Atenção Concentrada (24) Tabela 3. The House-Tree-Person de John Buck – HTP (5). na maioria.64 63.49 5. Ciênc.35 49.Bateria de Funções Mentais para Motorista – Testes de Atenção Concentrada: TACOM C e D BFM – 3 . Agressividade e Inibição Bateria K2 TCA Visual – Teste Computadorizado de Atenção BRD .09 9.42%. apresenta-se a respectiva posição em relação aos testes mais conhecidos: WISC III . O Desenho da Figura Humana – DFH III (63.44% N=45). que indica 14. A seguir encontra-se a seqüência desses testes e. entre parênteses. estes são.55% N=42).19 3. e estão descritos a seguir: Escala de Inteligência Weschler para crianças – WISC III (84.38 (DP=12. na maioria. Escala de Inteligência Weschler para Adultos – WAIS III (49. Teste Psicológico RAVEN – Escala Especial WISC – III – Escala de Inteligência Weschler para crianças The House-Tree-Person (HTP) de John Buck F 36 33 31 % 46. SMHSC – Sistema Multimídia de Habilidades Sociais de Crianças Teste dos Relógios (B e C) EdAAI .09 7 7 7 6 9. 2007 .19 5.73% dos testes avaliados são ou já foram utilizados. também os mais conhecidos. p. maio/ago.60 2.26 Arq.11. L. Umuarama.09 7. Teste Psicológico F 49 49 44 39 38 38 % 63.78% da relação apresentada.73% N=56).09 9. RORSCHACH – Sistema da Escola Francesa (6). PMK – Psicodiagnóstico Miocinético (3). Teste D 2 – Atenção Concentrada (13).49 (DP=7. Saúde Unipar.Escala de Inteligência Weschler para crianças (1).35 6 7. Colúmbia – CMMS (4). v. RORSCHACH .Sistema de Escola Francesa (64. RAVEN Escala Especial (54. O Desenho da Figura Humana – DFH III (7). A.65 49. N=52). Tabela 2. Colúmbia – CMMS (68.49 6.94% N=50).Escala de Autenticidade.2.76).Escala Geral (79. The House-Tree-Person de John Buck – HTP (67.49 6. RAVEN Escala Geral (2). também os mais conhecidos.75 42.Bateria de Raciocínio Diferencial 7 9. 88 (DP=4.56% dos testes desconhecidos.. n. E. apresentados na Tabela 3 foram: Bateria de Provas de Raciocínio – BPR-5.27 20 25.69 10. Tabela 5.EAC-IJ ESI – Escala de Stress Infantil Escala de Assertividade Rathus – RAS R – 2 Teste Não Verbal de Inteligência para crianças F % RAVEN – Escala Geral O Desenho da Figura Humana – DFH III 26 25 33. Umuarama. Rorschach Clínico. A. estes foram em média 4.39 10. Os testes procurados espontaneamente por mais de 10% dos participantes. AC15 Teste de Atenção Concentrada.Testes psicológicos mais conhecidos e utilizados.08 20.77 32. Distribuição das freqüências e porcentagens referentes aos testes psicológicos que os participantes sabem que existem e desejam conhecer. indicando que os participantes se interessam por conhecer 18.11.Bateria de Funções Mentais para Motorista – Testes de Atenção: TACOM A e B. QSG . Tabela 4.Teste não verbal de inteligencia F 10 10 10 10 10 9 8 8 8 % 12.68 18 23.39 10. p.88 BFM – 2 . Arq.18 16.Bateria de Funções Mentais para Motorista – Testes de Raciocínio Lógico: TRAPI 1 IECPA – Inventário de Expectativas e Crenças Pessoais acerca do Álcool BFM – 1 . indicando que os participantes buscam conhecer apenas 5. 2007 155 .48 18.28 (DP=2. Na Tabela 5 são apresentados os testes que mais de 20% dos participantes da pesquisa se interessaram por conhecer.38 SSL – Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lip TCA Visual – Teste Computadorizado de Atenção Bateria de Raciocínio Diferencial – BRD Escala de Autenticidade.Bateria de Funções Mentais para Motorista – Testes de Memória: TEMPLAM BFM – 3 .08 A média dos testes psicológicos assinalados como alternativa D . maio/ago.99 12.99 12. L.2. v. Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lip. Distribuição das Freqüências e Porcentagens referentes aos testes psicológicos conhecidos pelos participantes por procura espontânea. 129-137. B. Teste de Memória Visual – TMV. Ciênc. Teste das Fábulas. TADIM 1 e 2.62).97 19 24.57 Considerando os testes psicológicos conhecidos pelos participantes por procura espontânea. Teste Psicológico Bateria de Provas de Raciocínio – BPR –5 ISSL – Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lip QSG – Questionário de Saúde Geral de Goldberg Teste das Fábulas AC – 15 Teste de Atenção Concentrada IFP – Inventário Fatorial de Personalidade Teste de Memória Visual – TMV Rorschach Clínico G 38 .Questionário de Saúde Geral de Goldberg. TADIS 1 e2 BFM – 4 (Bateria de Funções Mentais para Motorista – Testes de Atenção Concentrada: TACOM C e D) EFN – Escala Fatorial de Ajustamento Emocional / Neuroticismo Bateria Geral de Funções Mentais (Atenção Difusa) – BGFM1 Escala de Autoconceito Infanto Juvenil . IFP – Inventário Fatorial de Personalidade.47 22 28. Agressividade e Inibição – EdAAI Inventário dos Cinco Fatores de Personalidade – ICFP – R Inventário Fatorial de Personalidade revisado – IFP – R Testes de Torrance – Avaliação da Criatividade por Figuras e Palavras L. Rorschach Clínico STAXI – Inventário de Expressão de Raiva como Estado e Traço Teste dos Relógios (B e C) 17 22. G-38 – Teste Não Verbal de Inteligência. Saúde Unipar.99 12..78 19. (alternativa C).99 12. Testes Psicológicos Colúmbia – CMMS Teste D2 – Atenção Concentrada TAT – Teste de Apercepção Temática R – 1 Teste Não Verbal de Inteligência AC – 15 Teste de Atenção Concentrada 17 16 15 14 13 22.“sei que existe.39 21 27. desejo conhecer” foi de 13.63).99 11.03% de novos testes. Desenvolvimento do Comportamento da Criança no Primeiro Ano de Vida SDT – Teste do Desenho de Silver – Cognição e Emoção Teste D2 – Atenção Concentrada Teste das Linhas – Atenção / Percepção Visual de Orientação ETPC – Escala de Traços de Personalidade para Crianças 16 20. Porto Alegre: Artmed. 2000. este terá que saber justificar a escolha dos testes e a pertinência das interpretações dadas aos resultados.). O uso dos testes em Portugal. A. 2002. Belo Horizonte. 27-40. sendo necessário que este tipo de pesquisa seja realizado. a necessidade de aperfeiçoamento na formação profissional e da ampliação do conhecimento em testes psicológicos. fica identificada para novas pesquisas. pode ser o indicador dessa média mais baixa que de outros estudos. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA – CFP. dos 69 testes da lista dos testes psicológicos com 156 parecer favorável do CFP. M. precisamente na região de Umuarama. Belo Horizonte: PUC Minas. 17 testes e deste total. DP=6. Saúde Unipar. p.56. CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: FORMAS E CONTEXTOS. v. Anais. sobretudo as que se referem à formação profissional. 20. In: ALMEIDA. S. que investiguem seus conhecimentos de testes psicológicos utilizados nas práticas profissionais. caso um laudo ou uma decisão tomada por um psicólogo seja levado à justiça. conhecimentos confusos quando à utilidade do teste para cada área de trabalho do psicólogo e ainda uma grande porcentagem de psicólogos que não os utilizam. Outros achados destas pesquisas apresentam. 4. enquanto grande parte se satisfaz com os conhecimentos adquiridos na graduação.11. são necessários para nortear as necessidades de aprimoramento e de mudanças. et al. Espanha e Países Ibero-Americanos..78 Conclusão O objetivo do presente estudo foi realizar um levantamento dos testes psicológicos conhecidos e utilizados por psicólogos de uma região geográfica do país. 2003) causou uma redução na quantidade do conhecimento destes profissionais sobre testes psicológicos. 213-219. aproximadamente. Umuarama. S. L. quais os testes utilizados para quais áreas de atuação. Quanto à utilização dos testes psicológicos. Tal constatação pode significar a tendência de se reproduzir o conhecido e dominado e a falta de abertura para o novo. Portugal: Braga.47). n. não se tem conhecimento de pesquisas efetuadas com psicólogos. L. et al. p. Psychologica. n. M. realizadas em várias regiões do país. In: ENCONTRO MINEIRO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: TEORIZAÇÃO E PRÁTICA. Utilização dos testes psicológicos no Brasil: dados de estudo preliminar em Brasilia. SCHEFFEL.. Com a realização desta pesquisa e verificando os resultados de outras pesquisas (NORONHA. v. Isto pode também demonstrar que apenas uma pequena parcela da comunidade se atualiza e continua a estudar. C. et al. Testagem psicológica.2. 129-137. o corte efetuado pela Resolução 002/2003 (CFP. Avaliação psicológica: formas e contextos. o resultado apresentado na Tabela 2 indica que 46. NORONHA et al. 2000. M. A análise da média de conhecimento da relação de testes psicológicos apresentada à amostra que fez parte desse estudo revelou que eles conheciam. 8. 5. (Org.. 2000. Os resultados indicaram que 90% dos testes psicológicos mais conhecidos foram aprendidos nos cursos de graduação/pós-graduação e 60% são os mais utilizados.. também. Estes dados estão em concordância com pesquisas realizadas em relação à manutenção do uso de testes psicológicos comumente aprendidos durante a formação e confirmam a necessidade de investimento do psicólogo em sua atualização. a elaboração e a comercialização de testes psicológicos e revoga a Arq. Brasília. foi possível identificar que os mais usados e mais conhecidos são também os preferencialmente ensinados nas universidades brasileiras. S. p. Resolução no 002 de 26 de março de 2003. 0. como o presente. 1979. ANASTASI. ALMEIDA. Define e regulamenta o uso. porque a listagem somente apresentava os testes com parecer favorável pelo CFP e os demais estudos apresentavam todos os testes comercializados no Brasil. devido à maioria dos psicólogos atuarem na área clínica. Ciênc. 1996. dada a complexidade inerente ao processo de avaliação psicológica. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA – CFP. maio/ago. provocando a perpetuação do ensino das mesmas técnicas e impossibilitando abordagens mais recentes e atuais. Edição Especial. O tempo de formação da amostra (média=7. quatro foram conhecidos por procura espontânea e 13 interessam aos psicólogos. 2003 e 2005) sobre o conhecimento e uso de testes psicológicos. Referências ALCHIERI. clínica privada ou órgão público. 10 foram conhecidos na graduação/pós-graduação. 1998. sete testes são ou já foram utilizados. No Paraná. Portanto.. 2002. Estudos. et al.. porque. Não foram identificados. 99. 2007 . Muitos dos testes psicológicos conhecidos das outras pesquisas não foram apresentados nesta. seja consultório particular. Este estudo não esgota a necessidade de investigação do tema. bem como de outros estudos envolvendo maior número de participantes e maior diversidade de testes de avaliação psicológica. v. Revista Psicologia Ciência e Profissão. J. revertendose numa preocupação pelo conhecimento científico deste domínio da Psicologia. portanto. Indicadores da produção científica brasileira em avaliação psicológica: resultados da elaboração de uma base de dados dos artigos publicados em periódicos brasileiros de 1930 a 1999.SOSSAI.. nesse estudo.75 são utilizados no contexto clínico. URBINA. p. AZEVEDO. Métodos e técnicas de avaliação. Psychological testing and psychological assessment. 1993. ALCHIERI. S. J. London: Routledge. B. NORONHA. PRIMI. O.). L. 2001. P. Belo Horizonte. ______.. 1. In: ENCONTRO MINEIRO DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: TEORIZAÇÃO E PRÁTICA. 2001. E. 390-401. 5.org. P. Itatiba. 15-18. Disponível em: <www. Temas em avaliação psicológica..Testes psicológicos mais conhecidos e utilizados. 1999. NORONHA.2. 1999. American Psychologist. S. 2000. Campinas: IBAP. 8. v. In: FERNANDES. J. MEYER. P. VAN KOLCK. et al. Petrópolis: Vozes. The handbook of psychological testing. CRONBACH. ALCHIERI. Estudo para a construção de um instrumento de avaliação da qualidade de testes psicológicos. v. p. R. Saúde Unipar. S. L. M.. K.SATEPSI. HAYNES. A. n. L. O.17. L. NORONHA. OLIVEIRA. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade São Francisco. ______. Portugal: Minho. LIMA. E. Instrumentos psicológicos mais conhecidos e utilizados por estudantes e profissionais de psicologia. Psicologia Escolar e Educacional. Sistema de avaliação de testes psicológicos.. Acesso em: 30 maio. p. 1991.. T. Resolução CFP no 025/2001. G.. Feb. Universidade do Minho. 2004. 129-137. A. p. 3.2.br>. maio/ago. 2002b. Ciênc. p. P. ALMEIDA. (Org. Psychological Assessment.br>. FREIRE. P. R. 67-68. N. M. p. a. Centro de Estudos em Educação e Psicologia. 7-16. Os mitos que envolvem os testes psicológicos. 123 f. Tese (Doutorado em Psicologia) . P. 127 f. v. n. 2004. 151-158. P.18. Avaliação psicológica segundo psicólogos: usos e problemas com ênfase nos testes. C. T. 2006. Instrumentos Psicológicos mais conhecidos por estudantes do sul de Minas Gerais. Porto Alegre: Artes Médicas.Pontifícia Universidade de Campinas. CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA: FORMAS E CONTEXTOS. Acesso em: 10 jul. ALMEIDA. L. v. J. Instrumentos psicológicos: manual prático de elaboração. IBAP. Fundamentos da testagem psicológica.. 2000. 1. 3. v. A. CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA – CFP. P. F. n. n. 2006.. Documenta CRP 08. _________________________ Recebido em: 10/06/2007 Aceito em: 08/10/2007 Received on: 10/06/2007 Accepted on: 08/10/2007 Arq. Técnicas de exame psicológico e suas aplicações no Brasil. p 3-4. 1995 KLINE. 53-58. Brasília: LabPAM. Avaliação psicológica e os instrumentos psicológicos mais utilizados por psicólogos.. BERALDO. P.pol. 7. Reflexões sobre os instrumentos de avaliação psicológica. Avaliação Psicológica. Anais. A. SBARDELINI. PASQUALI. 1999. 2007 157 . Campinas.. M. L. v.1. Instrumentos de avaliação mais conhecidos / utilizados por psicólogos e estudantes de psicologia. Psicologia: Reflexão e Crítica. Umuarama.. p. n. P. 1981. J. NORONHA. N.11. 2002. Introduction to the Special Section on Chaos Theory and Psychological Assessment.pol. 2003. Escalas de avaliação: construção e validação.. In: PRIMI.org.. 2003. Disponível em: <www. C. 1. 1996. 2005. Belo Horizonte: PUC Minas. 2007 . 129-137. Saúde Unipar. 158 Arq. Umuarama. et al.2. n. p.SOSSAI. v. maio/ago.11. Ciênc.