CapaRua Tabajaras, 669 – Centro – Tupã – SP - CEP: 17601-120 – Tel.: (14) 3441-1208 Direção: Andréia Agostin e Márcio André Emídio. Capa: Mayke Valentin Branco, Zenaide Auxiliadora Pachegas. Leal, Célia Maria Giansante Braite. Mendonça, Elaine Moreno. Ribeiro, Dulcinéa. Caderno de Questões comentadas – 1ª Edição Tupã – SP – Maxi Educa, 2015. 351p. – 21x30cm. Inclui Bibliografia. ISBN: 978-85-68862-08-7 1. Interpretação de Texto. 2. Gramática. 3. Morfologia. 4. Fonologia. 5. Sintaxe. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução, salvo pequenos trechos, mencionando-se a fonte. A violação dos direitos autorais (Lei nº 9.610/98) é crime (art. 184 do Código Penal). Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme o Decreto nº 1.825, de 20/12/1907. O autor é seu professor; respeite-o: não faça cópia ilegal www.maxieduca.com.br As questões, por estarem relacionadas a textos e/ou abordarem vários conteúdos dentro da mesma questão, não permitiram que meu Sumário fosse elaborado seguindo uma sequência numérica “lógica”. Peço-lhe “desculpas!” Mas isso não impedirá sua compreensão das atividades, nem tampouco a realização das questões, as quais visam a contribuir com seu aperfeiçoamento e prática – o que, certamente, é o que nos leva à conquista do que tanto almejamos! ACENTUAÇÃO: Questões 19, 58, 91, 92, 165, 166, 169, 183, 200, 244, 282, 283, 295, 309, 315, 335, 341, 363, 393, 410, 431, 463, 470, 471, 474, 482 e 488. CLASSES DE PALAVRAS: Questões 11, 49, 52, 55, 59, 70, 72, 73, 79, 80, 84, 85, 90, 98, 104-106, 131, 157, 167, 178, 179, 198, 205, 219, 231, 233, 240, 241, 244, 248, 259, 279, 284, 290, 297, 303, 304, 306, 316, 317, 348, 373, 376, 386, 389, 397, 400, 414, 417, 425, 426, 439, 453, 461, 477, 482 e 485. COESÃO E COERÊNCIA: Questões 33, 35, 49, 51, 52, 59, 63, 66, 70, 72, 73, 77, 78, 84, 85, 100, 104-106, 118, 125, 128, 131, 142, 143, 153, 157, 168, 178, 179, 192, 198, 215, 218, 223, 231, 238, 248, 259, 284, 286, 287, 290, 297, 303, 311, 321, 326-329, 366, 373, 387, 389, 400, 413, 414, 417, 426, 439, 444, 485 e 493. COLOCAÇÃO PRONOMINAL: Questões 28, 53, 75, 114, 126, 135, 138, 149, 170, 214, 220, 227, 228, 243, 264, 267, 274, 306, 330, 353, 357, 362, 371, 380, 385, 399, 412, 419, 445, 455 e 500. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL: Questões 3, 12, 15, 36, 41, 42, 61, 68, 82, 83, 87, 93, 95, 96, 120, 121, 133, 134, 136, 144-146, 148, 154, 155, 158, 166, 172, 188, 212, 222, 224, 226, 229, 230, 262, 265, 268, 270, 271, 274-276, 278, 279, 282, 292, 302, 317, 330, 337, 352, 366, 367, 379, 382, 384, 386, 392, 409, 418, 429, 440, 447, 457, 459, 462, 465, 468, 472, 475, 478, 481, 486, 489 e 499. FIGURAS DE LINGUAGEM, FUNÇÃO DA LINGUAGEM, TIPOLOGIA TEXTUAL: Questões 159, 181, 187, 202, 322, 374, 378, 401, 421 e 423. FORMAÇÃO E ESTRUTURA DAS PALAVRAS: Questões 163, 325, 333, 402 e 422. INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: Questões 1, 2, 4, 6-10, 21-24, 27, 30, 31, 34, 37-39, 43-46, 48, 50, 51, 57, 67, 88, 89, 101, 102, 109, 110, 116, 117, 123, 129, 132, 140, 174-177, 179, 193, 196, 204, 207, 208, 221, 223, 233, 235, 236, 239, 246, 247, 249, 250, 252-257, 308, 312, 320, 323, 324, 339, 340, 343, 345, 358-360, 387, 388, 390, 394, 398, 401, 403-407, 411, 420, 421, 424, 428, 432, 436-438, 442-444, 458, 459, 466, 480, 490-493, 495, 496 e 500. LETRA, FONEMA, SÍLABA: Questão: 108, 203, 393, 451, 452, 484 e 487. ORTOGRAFIA: Questões 13, 16, 17, 54, 74, 94, 143, 201, 211, 241, 242, 266, 278, 280, 281, 288, 356, 369, 395 e 490. PERÍODO SIMPLES E COMPOSTO, FUNÇÕES SINTÁTICAS: Questões 52, 103, 127, 152, 184, 185, 189, 192, 195, 197, 199, 215, 217, 218, 293, 296, 298, 311, 313, 319, 321, 326, 327, 342, 349, 357, 372, 376, 377, 396, 400, 408, 425, 433, 448, 453, 454, 456, 473 e 493. PONTUAÇÃO: Questões 18, 26, 40, 56, 60, 76, 114, 122, 128, 162, 168, 180, 213, 234, 282, 285, 301, 314, 331, 355, 364, 387, 391, 427, 450 e 497. REDAÇÃO OFICIAL: Questões 55, 79, 99, 112, 113, 167, 347, 348, 381, 434, 435 e 460. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL, CRASE: Questões 5, 14, 20, 32, 81, 97, 115, 121, 139, 143, 155, 160, 161, 164, 171, 182, 190, 209, 210, 216, 245, 260, 263, 269, 273, 275, 277, 300, 305, 310, 332, 334, 338, 346, 351, 354, 375, 409, 416, 430, 440, 441, 446, 449, 464, 469, 476, 479, 483 e 498. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS: Questões 25, 45-48, 62, 65, 66, 78, 107, 125, 140, 141, 173, 237, 238, 244, 251, 272, 287, 289, 291, 293, 322, 329, 344, 361, 368 e 493. TIPOS DE DISCURSO, TIPOLOGIA TEXTUAL: Questões 370, 386, 387 e 415. VERBO – TEMPOS E MODOS: Questões 71, 86, 119, 124, 130, 137, 147, 151, 186, 194, 206, 232, 250, 258, 261, 299, 336, 350, 365, 408, 467, 472, 475 e 477. VOZES VERBAIS: Questões 64, 69, 111, 128, 150, 156, 225, 294, 307 e 383. Questões de 01 a 500 Comentadas pela Professora Zenaide Branco A cada dez questões, segue dez comentários na sequencia. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE – LABORATÓRIO – VUNESP/2014 adaptada) Texto para as questões 1 a 5. Cheguei domingo às oito da manhã, pé ante pé para não acordar minha mulher. Apesar do voo, que saíra de Manaus às três da madrugada, estava disposto: havia dormido algumas horas no barco-escola e durante toda a viagem, até aterrissarmos em São Paulo. Desfiz a mala, providência adotada desde que comecei a viajar feito cigano e sem a qual não sinto haver chegado a lugar nenhum, e fui correr no Minhocão. “Alegria de paulista”, disse uma amiga carioca, quando contei que aproveitava a interdição do tráfego aos domingos para correr na pista elevada que faz parte da ligação leste-oeste da cidade, excrescência do urbanismo paulistano acessível a quinhentos metros de casa, no centro. Minha amiga tem razão, talvez seja programa de quem vive numa cidade cinzenta, congestionada, gigantesca, na qual, para enxergar uma nesga de céu, é preciso correr risco de morte debruçado na janela. Compreendo o encanto de morar em meio a paisagens paradisíacas ou em cidades bucólicas onde todos se conhecem, mas para os neuróticos, fascinados pela velocidade do cotidiano, pelo convívio com a diversidade étnica e com as manifestações de criatividade que emergem nos aglomerados humanos, correr domingo de manhãzinha na altura do segundo andar dos prédios da avenida São João é um prazer. No interior dos apartamentos, o olhar bisbilhoteiro entrevê mobílias escuras, guarda-roupas pesados, estantes improvisadas e, claro, o televisor. Duvido que exista paisagem dominical mais urbana. A mulher de camisola florida e cabelo desgrenhado abre a cortina e boceja, despudorada; o senhor de pijama leva a gaiola do passarinho para o terraço espremido; o homem de abdômen avantajado escova os dentes distraído na janela. Havia planejado completar vinte e quatro quilômetros, mas, depois de percorrer seis vezes os três quilômetros de extensão, sucumbi ao peso da noite mal-dormida. Tomei água de coco, comprei pão e subi pela escada até o décimo quarto andar do prédio onde moro, exercício aprendido com um de meus pacientes, que aos setenta e seis anos subia dez vezes por dia doze andares. E, não satisfeito com a intensidade do esforço, fazia-o vestido com um blusão repleto de bolsos, nos quais distribuía vinte quilos de chumbo. (O Médico Doente, Drauzio Varella, Companhia das Letras. Adaptado) 01. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE – LABORATÓRIO – VUNESP/2014) De acordo com o texto, para o autor, correr no Minhocão, aos domingos de manhã, é (A) agradável, mesmo não sendo um lugar paradisíaco. (B) repreensível, porque se bisbilhota a vida alheia. (C) impraticável, sobretudo, depois de uma viagem. (D) arriscado, pois há muitas pessoas perigosas por lá. (E) saudável, já que a cidade é menos cinzenta aos domingos. 02. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE – LABORATÓRIO – VUNESP/2014) O trecho em destaque, no texto, (A) mostra pessoas em situações inusitadas. (B) denuncia a desigualdade no espaço urbano. (C) refere-se a uma realidade urbana agressiva. (D) apresenta cenas corriqueiras do cotidiano. (E) revela o preconceito do autor com pessoas simples. 03. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE – LABORATÓRIO – VUNESP/2014) Se usadas no plural as palavras destacadas nas frases – Talvez seja programa de quem vive em uma cidade cinzenta, na qual é difícil enxergar o céu. / Duvido que exista paisagem dominical mais urbana. – elas assumem versão correta em (A) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzenta na qual é difícil enxergar o céu./ Duvido que exista paisagens dominical mais urbanas. (B) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, nas quais é difícil enxergar o céu./ Duvido que exista paisagens dominicais mais urbanas. (C) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, na qual é difícil enxergar o céu./ Duvido que existam paisagens dominicais mais urbana. . 1 (D) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, nas quais são difíceis enxergar o céu./ Duvido que existam paisagens dominical mais urbana. (E) Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, nas quais é difícil enxergar o céu./ Duvido que existam paisagens dominicais mais urbanas. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE – LABORATÓRIO – VUNESP/2014 adaptada) Leia o trecho, extraído do livro O Médico Doente, de Drauzio Varella, para responder às questões de números 4 e 5. O ofício da enfermagem exige mais altruísmo que o nosso. Por mais atenção que dediquemos aos pacientes, quanto tempo passamos com eles? Nossas visitas duram minutos, enquanto esses profissionais ficam encarregados de administrar-lhes os medicamentos prescritos, puncionar veias invisíveis, fazer curativos, cuidar da higiene, ouvir reclamações, incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto, consolá-los, orientar e amparar os familiares, tarefas que requerem competência profissional, empatia e desprendimento. 04. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE – LABORATÓRIO – VUNESP/2014) Segundo o trecho, o ofício da enfermagem (A) requer conhecimentos em administração de negócios. (B) perde para o do médico em nobreza. (C) necessita de controle por parte dos médicos. (D) realiza-se com mais doação que o do médico. (E) acaba sendo uma prática de desgaste físico. 05. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE – LABORATÓRIO – VUNESP/2014) Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento indicativo da crase, tem-se: (A) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do desconforto, ... (B) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto, ... (C) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto, ... (D) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto, ... (E) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto, .. (UFSM- ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM – 2014 - adaptada) Para responder às questões de 6 a 10, considere o texto abaixo. Altas habilidades e superdotação: desafios à docência Elis Regina Fogaça Silveira Segundo a Organização Mundial de Saúde, os superdotados formam de 1% a 3% da população. Há quem diga, porém, que essa porcentagem se refere apenas aos talentos que se destacam nas áreas intelectuais ou acadêmicas. Porém, se avaliarmos as competências dessas crianças, referentes à liderança, criatividade, psicomotricidade e artes, as estatísticas aumentarão consideravelmente. Esse grupo tem sido mal identificado no Brasil, demonstrando como existem tabus a serem rompidos, pelo desconhecimento do tema por parte não só da sociedade, mas também da escola e família. Já é fato que, se uma criança com Altas Habilidades não é estimulada intelectualmente, podem ocorrer alterações de comportamento como Resposta à frustração vivenciada por ela. É comum que alunos se tornem entediados e retraídos diante da rotina escolar, e a falta de oportunidades do meio pode levar o sujeito à indiferença, à apatia e a reações agressivas, podendo chegar até mesmo a ocultar seus talentos. De acordo com as diretrizes da Secretaria de Educação Especial, a identificação da criança com Altas Habilidades deve ocorrer o mais cedo possível, já na pré-escola, visando ao pleno desenvolvimento de suas capacidades e ao seu ajustamento social. Cada aluno deve ser atendido em sua totalidade. A proposta é utilizar fontes múltiplas na identificação, não enfatizando resultados em testes de QI, mas considerando importante conhecer a história de vida familiar e escolar do aluno, seus interesses, suas preferências e padrões de comportamento social em variadas oportunidades e situações. O processo de identificação deve caracterizar um trabalho interdisciplinar e transdisciplinar, ressaltando um compromisso socioeducacional mais amplo. Sabe-se que a inteligência apresenta predisposição genética, mas o meio cultural é, sem dúvida, propulsor para o aperfeiçoamento das habilidades. Assim como os pássaros dependem das duas asas . 2 para levantar voo, as crianças portadoras de Altas Habilidades/Superdotação necessitam de um meio familiar e social acolhedores que possibilitem a sua integração. [Texto adaptado] Fonte: Aprender e ensinar: diferentes olhares e práticas. Maria Beatriz Jacques Ramos & Elaine Turk Faria (orgs.). Porto Alegre: PUCRS, 2011, p. 101. 06. (UFSM- ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM – 2014) A Organização Mundial de Saúde diz que o número de superdotados em nosso planeta fica entre 1% e 3% da população. Pelas informações contidas no texto, sabe-se que a OMS considera superdotadas as crianças que se destacam nas seguintes áreas ou competências: (A) criatividade e psicomotricidade. (B) liderança e estatística. (C) intelectual e acadêmica. (D) sensibilidade artística e musical. (E) talento e memória. 07. (UFSM- ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM – 2014) Que razão o texto apresenta para que alunos se tornem entediados e retraídos diante da rotina escolar? (A) A falta de estímulo intelectual. (B) A inexistência de equipamentos eletrônicos. (C) A violência no ambiente familiar. (D) O despreparo dos professores. (E) A pouca atratividade dos assuntos. 08. (UFSM- ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM – 2014) Os procedimentos para identificar as crianças portadoras de altas habilidades incluem os seguintes pontos: I – aplicação de testes de QI; II – levantamento do histórico familiar; III – avaliação do histórico escolar; IV – confronto entre interesses e preferências; V – prescrição do comportamento social. Quantas dessas indicações estão coerentes com o que o texto diz explicitamente? (A) Todas as cinco. (B) Apenas as três primeiras. (C) Apenas as três últimas. (D) Quatro delas. (E) Nenhuma delas. 09. (UFSM- ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM – 2014) Diz o texto que “o processo de identificação deve caracterizar um trabalho interdisciplinar e transdisciplinar, ressaltando um compromisso socioeducacional mais amplo.” Entende-se um trabalho interdisciplinar e transdisciplinar como aquele que (A) envolve mais de uma disciplina. (B) ultrapassa o conteúdo da grade curricular. (C) ajuda a controlar a disciplina na escola (D) ressalta um compromisso socioeducacional amplo. (E) é realizado antes dos conteúdos de cada disciplina. 10. (UFSM- ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM – 2014) O texto defende o seguinte ponto de vista: (A) Os pássaros dependem das duas asas para levantar voo porque não mostram capacidade de integração. (B) O meio cultural é fator decisivo para permitir a integração familiar como um ambiente social acolhedor. (C) A inteligência apresenta predisposição propulsora para o aperfeiçoamento das habilidades. (D) A predisposição genética não é o único fator que causa o desenvolvimento da inteligência. (E) As crianças superdotadas são acolhedoras e aperfeiçoam suas habilidades em ambientes culturais. . 3 01. Resposta: “A”. Recorramos ao texto: “correr domingo de manhãzinha na altura do segundo andar dos prédios da avenida São João é um prazer”, mesmo não sendo um lugar paradisíaco. 02. Resposta: “D”. Representam cenas comuns do dia a dia. 03. Resposta: “E”. Reescrevendo a passagem no plural: Talvez seja programa de quem vive em cidades cinzentas, nas quais é difícil enxergar o céu. / Duvido que existam paisagens dominicais mais urbanas. 04. Resposta: “D”. Os profissionais da Enfermagem dão mais atenção aos pacientes que os próprios médicos, portanto, são aqueles os que mais se doam. 05. Resposta: “A”. Incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto = incitá-los À reação e AO enfrentamento. 06. Resposta: “C”. Recorramos ao texto: (...) Há quem diga, porém, que essa porcentagem se refere apenas aos talentos que se destacam nas áreas intelectuais ou acadêmicas (...). 07. Resposta: “A”. Resposta no texto: (...) se uma criança com Altas Habilidades não é estimulada intelectualmente, podem ocorrer alterações de comportamento como Resposta à frustração vivenciada por ela. É comum que alunos se tornem entediados e retraídos diante da rotina escolar (...). 08. Resposta: “B”. Texto novamente! (...) A proposta é utilizar fontes múltiplas na identificação, não enfatizando resultados em testes de QI, mas considerando importante conhecer a história de vida familiar e escolar do aluno (...). 09. Resposta: “A”. Um trabalho interdisciplinar e transdisciplinar é aquele que envolve mais de uma disciplina, visando a abordar determinado assunto em um âmbito maior que o meramente pedagógico. 10. Resposta: “D”. A Resposta está no texto: (...) Sabe-se que a inteligência apresenta predisposição genética, mas o meio cultural é, sem dúvida, propulsor para o aperfeiçoamento das habilidades (...). 11. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) Observe o pronome relativo nas seguintes frases e assinale a alternativa correta: (A) Leve tantos brindes quanto quiser. (B) O caderno onde continha rasura é sigiloso. (C) Quem é o protagonista cujo trabalho é desconhecido? (D) O local aonde paramos era escuro. (E) Não aceito a forma que ele te tratou. 12. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A assertiva correta quanto à conjugação verbal é: (A) Houveram eleições em outros países este ano. (B) Se eu vir você por aí, acabou. (C) Tinha chego atrasado vinte minutos. (D) Fazem três anos que não tiro férias. (E) Esse homem possue muitos bens. . 4 13. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) Analise as assertivas abaixo: I. O ladrão era de menor. II. Não há regra sem exceção. III. É mais saudável usar menas roupa no calor. IV. O policial foi à delegacia em compania do meliante. V. Entre eu e você não existe mais nada. A opção que apresenta vícios de linguagem é: (A) I e III. (B) I, II e IV. (C) II e IV. (D) I, III, IV e V. (E) III, IV e V. 14. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) Assinale a assertiva cuja regência verbal está correta: (A) Ela queria namorar com ele. (B) Já assisti a esse filme. (C) O caminhoneiro dormiu no volante. (D) Quando eles chegam em Campo Grande? (E) A moça que ele gosta é aquela ali. 15. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) Aponte a alternativa cuja concordância verbal está correta: (A) A alta dos preços dos combustíveis irritam o povo. (B) Os Estados Unidos fica na América do Norte. (C) Minhas costas está doendo. (D) Ela foi uma das que chegou a tempo (E) A maioria dos brasileiros gosta de futebol. 16. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) De acordo com a nova ortografia, assinale o item em que todas as palavras estão corretas: (A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial. (B) supracitado – semi-novo – telesserviço. (C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som. (D) contrarregra – autopista – semi-aberto. (E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor. 17. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) O uso correto do porquê está na opção: (A) Por quê o homem destrói a natureza? (B) Ela chorou por que a humilharam. (C) Você continua implicando comigo porque sou pobre? (D) Ninguém sabe o por quê daquele gesto. (E) Ela me fez isso, porquê? 18. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) Verifique a pontuação nas frases abaixo e marque a assertiva correta: (A) Céus: Que injustiça. (B) O resultado do placar, não o abateu. (C) O comércio estava fechado; porém, a farmácia estava em pleno atendimento. (D) Comam bastantes frutas crianças! (E) Comprei abacate, e mamão maduro. 19. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A acentuação correta está na alternativa: (A) eu abençôo – eles crêem – ele argúi. (B) platéia – tuiuiu – instrui-los. (C) ponei – geléia – heroico. . 5 (D) eles têm – ele intervém – ele constrói. (E) lingüiça – feiúra – idéia. 20. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A regência nominal está correta em: (A) É preferível um inimigo declarado do que um amigo falso. (B) As meninas têm aversão de verduras. (C) Aquele cachorro é hostil para com desconhecidos. (D) O sentimento de liberdade é inerente do ser humano. (E) Construiremos portos acessíveis de qualquer navio. 11. Resposta: “C”. Fiz as correções nos itens incorretos: A) Leve tantos brindes quanto quiser = quantos. B) O caderno onde continha rasura é sigiloso = que continha / o qual continha. D) O local aonde paramos era escuro = onde (aonde é utilizado com verbos que indicam movimento: Aonde você vai?). E) Não aceito a forma que ele te tratou = a forma com que. 12. Resposta: “B”. Correções à frente: A) Houveram eleições em outros países este ano = houve C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos E) Esse homem possue muitos bens = possui 13. Resposta: “D”. Correções à frente: I. O ladrão era de menor = era menor II. Não há regra sem exceção = correta III. É mais saudável usar menas roupa no calor = não existe “menas”, é “menos” (sempre). IV. O policial foi à delegacia em compania do meliante = companhia V. Entre eu e você não existe mais nada = depois de preposição, usa-se o pronome “mim” – entre mim e você 14. Resposta: “B”. Correções: A) Ela queria namorar com ele = namorar “ele” (ou namorá-lo). B) Já assisti a esse filme = correta C) O caminhoneiro dormiu no volante = dormiu ao volante (“no” dá a entender “sobre” o volante!) D) Quando eles chegam em Campo Grande? = chegaram a Campo Grande E) A moça que ele gosta é aquela ali = a moça de quem ele gosta 15. Resposta: “E”. Correções: A) A alta dos preços dos combustíveis irritam o povo = irrita B) Os Estados Unidos fica na América do Norte = ficam (há a presença do artigo determinante, portanto o verbo deve ir para o plural. Se não houvesse, teríamos: Estados Unidos fica). C) Minhas costas está doendo = estão D) Ela foi uma das que chegou a tempo = uma das que chegaram E) A maioria dos brasileiros gosta de futebol = correta (poderia ser “gostam”, também) 16. Resposta: “A”. Correção: A) autoajuda – anti-inflamatório – extrajudicial = correta B) supracitado – semi-novo – telesserviço = seminovo C) ultrassofisticado – hidro-elétrica – ultra-som = hidroelétrica, ultrassom D) contrarregra – autopista – semi-aberto = semiaberto E) contrarrazão – infra-estrutura – coprodutor = infraestrutura . 6 17. Resposta: “C”. A) Por quê o homem destrói a natureza? = Por que (é uma pergunta, portanto: separado; está longe do ponto de interrogação: sem acento) B) Ela chorou por que a humilharam = porque (conjunção causal) C) Você continua implicando comigo porque sou pobre? = correta D) Ninguém sabe o por quê daquele gesto = porquê (precedido de artigo) E) Ela me fez isso, porquê? = por quê (perto do ponto de interrogação) 18. Resposta: “C”. Fiz as devidas correções: A) Céus! Que injustiça! B) O resultado do placar não o abateu = não há vírgula entre sujeito e predicado C) O comércio estava fechado; porém, a farmácia estava em pleno atendimento = correta D) Comam bastantes frutas, crianças! = vocativo (crianças) E) Comprei abacate e mamão maduro = sem vírgula na enumeração (dizem respeito ao mesmo assunto) 19. Resposta: “D”. Palavras corrigidas: A) eu abençoo – eles creem – ele argui. B) plateia – tuiuiú – instruí-los. C) pônei – geleia – heroico. D) eles têm – ele intervém – ele constrói = corretas E) linguiça – feiura – ideia. 20. Resposta: “C”. Correções: A) É preferível um inimigo declarado A um amigo falso. B) As meninas têm aversão A verduras. C) Aquele cachorro é hostil para com desconhecidos. = correta D) O sentimento de liberdade é inerente AO ser humano. E) Construiremos portos acessíveis A qualquer navio. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) Leia com atenção o texto de RAQUEL NAVEIRA e responda às questões a seguir: O Bem e o Mal O bem é ser livre E voar muito além dos pinheiros da montanha. O mal é ser cativo E ter olhos de pássaro cegados por agulhas. O bem é ser jovem E conquistar com passos decididos a estrada do ideal. O mal é ficar velho de repente E fazer um triste inventário de rugas. O bem é ser semente E fecundar de palavras o vento e a terra. O mal é ser solo estéril E não poder estalar de arroz e mistérios. Como é árduo escolher o bem! Voar pode ser extremamente perigoso, Melhor ficar cego às verdades mais simples. Como é difícil escolher o bem! O ideal é chama que se apaga, Melhor ficar velho diante da própria impotência. Como é amargo escolher o bem! A terra se cobre de ervas daninhas, Melhor ficar calcinado do silêncio do deserto. Mas se escolhermos o mal, . 7 Não veremos nunca a paisagem além da montanha, Não teremos o coração rejuvenescido do doce ideal, Nem provaremos o alimento capaz de nutrir nossas entranhas mais profundas! 21. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) De acordo com o texto, assinale a alternativa correta: (A) Ser livre é viver no meio da natureza. (B) Para se conseguir o bem, tem que ser jovem. (C) Para conquistar o bem, não se deve ficar inerte. (D) Para se obter o bem é melhor não saber das verdades alheias. (E) Só se consegue o bem se interagirmos com o meio ambiente. 22. (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) Conforme a poesia, é correto afirmar que: (A) É confortável escolher o mal, mas haverá um preço para isso. (B) O mal é um velho cego, cheio de rugas e impotente. (C) Escolher o mal nos alimenta de forma profunda. (D) Ao escolhermos o mal, permaneceremos na montanha e não teremos necessidade de alimento. (E) O mal nos cega como pássaros audazes. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP – 2014 - adaptada) Para responder às questões 23 a 25, leia o texto abaixo. Reúso de água A água, um dia, pode acabar. A frase soa alarmista demais, mas basta uma conversa com um especialista na área de recursos hídricos para perceber que o que parecia impossível – não haver água limpa para todos – é cada vez uma realidade mais próxima. Entre as soluções está o seu reaproveitamento. E é isso o que engenheiros, sanitaristas, biólogos, empresários e o poder público têm debatido nos últimos anos: formas de desenvolver processos produtivos mais limpos, com menor utilização de água e produção de esgoto também. A palavra da vez nesta área é reúso, que, simplificando, é o aproveitamento de uma água que já foi utilizada. Por exemplo: usar a água do banho para a rega de jardim ou aquela que foi utilizada em um processo de resfriamento industrial para lavagem de equipamentos. A vantagem disso? Redução nos gastos, na geração de esgotos e uma mudança cultural, que considera necessário usar água com responsabilidade. Existem no Brasil muitas pesquisas sobre formas de reúso e bons especialistas. Só que muitos desses estudos ainda não saíram do papel e o país ainda engatinha nisso. Um dos entraves para tanto é que não existem, por enquanto, leis que estabeleçam os sistemas de reúso, suas regras e padrões de qualidade definidos. Essa água pode conter uma quantidade elevada de micro-organismos que trazem danos à saúde, como bactérias, vírus e afins. Os padrões usados, até o momento, são os internacionais. Há diretrizes sobre o tema, mas nenhuma regra estabelecida ou políticas de incentivo ao sistema – o que vale, ainda, é a consciência de cada um em optar por formas que poluam menos e deem uma força para o meio-ambiente. As iniciativas de reúso ainda estão quase que limitadas à indústria, mas alguns novos condomínios residenciais já mostram essa preocupação. O reúso em conjuntos residenciais funciona da seguinte forma: a água usada no banho e na máquina de lavar roupa, por exemplo, é segregada; passa, então, para um sistema de tratamento e depois é direcionada para utilização na descarga sanitária e limpeza das áreas comuns. Comprovou-se que a economia acontece, tanto em pagamento de água como em lançamento de esgoto. (Ana Holanda. Reúso de água. SaneasAssociação dos Engenheiros da SabespEdição Especial/vol. 02/n.°23/agosto 2006. Adaptado). 23. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Segundo o texto, o reúso da água, no Brasil, (A) é impróprio, porque a água reutilizada é contaminada. (B) é obrigatório nos condomínios residenciais no brasil. (C) diminui o volume gasto de água, mas não o volume de esgoto lançado. . 8 (D) segue leis criadas por especialistas brasileiros. (E) é realizado mais amplamente pelas indústrias. 24. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Pela leitura do texto, pode-se concluir que o reaproveitamento da água (A) evitará que falte água limpa para a população do planeta. (B) não é recomendável para resolver o problema da falta de água limpa à população. (C) independe de políticas de incentivo. (D) é uma das alternativas para se evitar que a água limpa venha a faltar. (E) não integra processos produtivos mais limpos. 25. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Considere os períodos do texto: Um dos entraves para tanto é que não existem, por enquanto, leis que estabeleçam [...] (2.º parágrafo) [...] a água usada no banho e na máquina de lavar roupa, por exemplo, é segregada; passa, então, para um sistema de tratamento e depois é direcionada para utilização na descarga sanitária e limpeza das áreas comuns. (4.º parágrafo) As palavras destacadas podem ser substituídas, correta e respectivamente, sem prejuízo do sentido do texto, por (A) obstáculos; evaporada. (B) proveitos; decantada. (C) riscos; acumulada. (D) empecilhos; separada. (E) desígnios; descartada. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) 26. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em: (A) Hagar disse, que não iria. (B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir, bifes e lagostas, aos vizinhos. (C) Chegou, o convite dos Stevensens, bife e lagostas: para Hagar e Helga (D) “Eles são chatos e, nunca param de falar”, disse, Hagar à Helga. (E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e lagostas. 27. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Na tira, Hagar mostra-se ____________em relação aos vizinhos e _______________ em relação ao cardápio. As palavras que completam, correta e respectivamente, as lacunas são: (A) cordial ... Satisfeito. (B) implacável ... Descontente. (C) altruísta ... Displicente. (D) exasperado ... Interessado. (E) impaciente ... Ofendido. . 9 28. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Em - Os Stevensens, naquela noite, convidaram Helga e o esposo para o jantar. – os termos destacados estão substituídos pelo pronome pessoal oblíquo adequado, segundo a norma-padrão, em: (A) ... Convidaram-os para o jantar. (B) ... Convidaram-los para o jantar. (C) ... Convidaram-lhes para o jantar. (D) ... Convidaram-nos para o jantar. (E) ... Convidaram-nas para o jantar. 29. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste _______ grave ameaça ____ saúde humana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada _______ uma população de baixa renda, mais vulnerável devido _______condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada. (http://www.tratabrasil.org.br Adaptado) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma-padrão da língua portuguesa. (A) em ... A ... À ... A. (B) em ... À ... A ... A. (C) de ... À ... A ... As. (D) em ... À ... À ... Às. (E) de ... A ... A ... Às. 30. (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014) Leia o poema para responder à questão. Futebol Futebol se joga no estádio? Futebol se joga na praia, futebol se joga na rua, futebol se joga na alma. A bola é a mesma: forma sacra para craques e pernas-de-pau. Mesma a volúpia de chutar na delirante copa-mundo ou no árido espaço do morro. São voos de estátuas súbitas, desenhos feéricos, bailados de pés e troncos entrançados. Instantes lúdicos: flutua o jogador, gravado no ar — afinal, o corpo triunfante da triste lei da gravidade. Carlos Drummond de Andrade. http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/ 2010/06/25/interna_diversao_arte,199369/index.s). De acordo com o poema, o futebol é um esporte: (A) preconceituoso. (B) democrático. (C) arbitrário. (D) reacionário. (E) aristocrático. . 10 (CONAB - CONTABILIDADE - IADES – 2014 - adaptada) Considere o texto abaixo para responder às questões 31 a 33. Conab eleva estimativa da produção de grãos no Brasil A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou os dados relativos à produção de grãos no Brasil. O estudo indica uma colheita de 190,6 milhões de toneladas. O volume representa um aumento de 1,1% em relação à safra passada, que foi de 188,7 milhões de toneladas, segundo a estimativa do 7º Levantamento de Grãos da Safra 2013/2014. O maior destaque deste levantamento foi a cultura do trigo, em termos percentuais, que apresentou um incremento de 21,5% (1,1 milhão a mais), atingindo 6,7 milhões de toneladas. A soja continua com bom desempenho e o crescimento foi de 5,6% ou 4,6 milhões de toneladas a mais, atingindo 86,1 milhões de toneladas. O arroz teve também boa participação, com um aumento de 6,6% (779 mil toneladas), alcançando 12,6 milhões de toneladas. O feijão total cresceu 25,1% (704 mil toneladas), chegando a 3,5 milhões de toneladas. Disponível em: <http://www.integrada.coop.br/noticias/396/Conabeleva-estimativa-da-producao-de-graos-noBrasil.xhtml>,com adaptações. 21. Resposta: “C”. Pela leitura do poema chegamos à conclusão de que a alternativa que o “resume” é a de que não podemos ficar paramos se quisermos conquistar o bem. 22. Resposta: “A”. Com passagem do poema podemos assinalar a alternativa mais coerente com o texto: (...) Mas se escolhermos o mal (...). A conjunção adversativa dá-nos a ideia de que haverá consequências caso escolhamos o mal. 23. Resposta: “E”. A alternativa que se relaciona com o texto está no próprio texto: As iniciativas de reúso ainda estão quase que limitadas à indústria (...) 24. Resposta: “C”. Uma das passagens do texto relata que (...) Um dos entraves para tanto é que não existem, por enquanto, leis que estabeleçam os sistemas de reúso, suas regras e padrões de qualidade definidos (...), ou seja, depende de leis que regulamentem a reutilização da água. 25. Resposta: “D”. Questão que exige que o candidato entenda o sentido da palavra em um contexto. Lendo o texto e realizando as alterações adequadas, chega-se à conclusão de que “entrave” é algo que atrapalha – poderia ser “obstáculo” ou “empecilho”; já “água segregada” não poderia ser substituída por “evaporada”, pois como a reaproveitaríamos? Portanto, chegamos à Resposta: empecilhos e separada. 26. Resposta: “E”. Correções realizadas: A) Hagar disse que não iria. = não há vírgula entre verbo e seu complemento (objeto) B) Naquela noite os Stevensens prometeram servir bifes e lagostas aos vizinhos. = não há vírgula entre verbo e seu complemento (objeto) C) Chegou o convite dos Stevensens: bife e lagostas para Hagar e Helga. D) “Eles são chatos e nunca param de falar”, disse Hagar à Helga. E) Helga chegou com o recado: fomos convidados, pelos Stevensens, para jantar bifes e lagostas. 27. Resposta: “D”. A tirinha retrata que Hagar não quer ir à casa dos vizinhos, pois não gosta deles, mas quando Helga fala qual será o cardápio, Hagar muda de atitude, sugerindo que, para apreciar o jantar, ele pode ignorar as falas dos vizinhos. 28. Resposta: “D”. Dica: quando o verbo terminar em “m”, lembre-se do alfabeto: J, K, L,M – N – ou seja: levaraM-Na, venderaM-Na, convidaraM-Nos. . 11 29. Resposta: “B”. A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste EM grave ameaça À saúde humana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada A uma população de baixa renda, mais vulnerável devido A condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada. Temos: em, à, a, a. 30. Resposta: “B”. Futebol é um esporte que se pratica em qualquer lugar, e por qualquer pessoa, ou seja, é democrático! 31. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014) Com base nas informações veiculadas pelo texto, assinale a alternativa correta. (A) Conforme estudo da Conab, a safra atual de grãos no Brasil produziu 188,7 milhões a mais do que a passada. (B) O trigo foi o produto que mais se destacou, segundo o levantamento da Conab, já que apresentou um aumento de 6,7 milhões de toneladas em relação à safra passada. (C) O estudo realizado pela Conab engloba apenas a produção brasileira de trigo, soja, arroz e feijão referente à safra atual. (D) A produção de arroz no Brasil, segundo o estudo da Conab, apresentou um aumento de 6,6%, o que representa 779 mil toneladas a mais do que a safra passada. (E) Segundo a Conab, o aumento da produção de trigo, soja, arroz e feijão no Brasil foi de 1,1% em relação à safra passada. 32. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014) Considerando o trecho “atualizou os dados relativos à produção de grãos no Brasil.” (linha 2) e conforme a norma-padrão, assinale a alternativa correta. (A) a crase foi empregada indevidamente no trecho. (B) o autor poderia não ter empregado o sinal indicativo de crase. (C) se “produção” estivesse antecedida por essa, o uso do sinal indicativo de crase continuaria obrigatório. (D) se, no lugar de “relativos”, fosse empregado referentes, o uso do sinal indicativo de crase passaria a ser facultativo. (E) caso o vocábulo minha fosse empregado imediatamente antes de “produção”, o uso do sinal indicativo de crase seria facultativo. 33. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014) Com relação aos recursos de coesão responsáveis pela coerência do texto e às questões gramaticais que o envolvem, assinale a alternativa correta. (A) O substantivo “estudo” (linha 3) refere-se à atualização realizada pela Conab dos dados relativos à produção de grãos no Brasil. (B) Segundo a norma-padrão, o pronome destacado em “que foi de 188,7 milhões de toneladas” (linha 5) poderia ser substituído por os quais. (C) Segundo a norma-padrão, no lugar do pronome destacado em “O maior destaque deste levantamento” (linha 7), deveria ter sido utilizado daquele. (D) A conjunção destacada em “crescimento foi de 5,6% ou 4,6 milhões de toneladas a mais” (linha 11) estabelece uma relação de adição entre os termos por ela conectados. (E) No trecho “O arroz teve também boa participação” (linhas 12 e 13), empregou-se o vocábulo destacado para introduzir uma informação que se opõe às anteriores. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES – 2014 - adaptada) Responda às questões 34 e 35 com base no seguinte texto: O Brasil e o Café O café, no Brasil, destaca-se econômica e socialmente desde a chegada das primeiras mudas vindas da Guiana Francesa, em meados do século 18. Diante de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, transformando-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. A princípio restrita aos estados do Pará e do Maranhão, a produção . 12 de café se expandiu e, atualmente, são 15 estados produtores, com destaque para Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. Devido à diversidade de regiões ocupadas pela cultura do café, o País produz tipos variados do produto, fato que possibilita atender às diferentes demandas mundiais, referentes ao paladar e até aos preços. Essa diversidade também permite o desenvolvimento dos mais variados blends (misturas de grãos diferentes), tendo como base o café de terreiro ou natural, o despolpado, o descascado, o de bebida suave, os ácidos, os encorpados, além de cafés aromáticos, especiais e de outras características. Disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/cafe>. Acesso em: 5/5/2014, com adaptações. 34. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014) Considerando as informações do texto e a relação entre elas, assinale a alternativa correta. (A) O café tem maior destaque econômico do que social no Brasil desde o século 18. (B) A rápida adaptação do café ao solo e ao clima brasileiros é um dos principais responsáveis pela importância desse produto no mercado nacional e como o mais importante item de exportação. (C) Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia são os principais produtores de café no Brasil atualmente. (D) Os estados do Pará e do Maranhão não produzem mais café. (E) Embora o café tenha ocupado várias regiões do País, foi possível atender às diferentes demandas mundiais. 35. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014) Assinale a alternativa que preserva as relações morfossintáticas e semânticas do período “Diante de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, transformando-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais.” (linhas de 3 a 6). (A) Em face de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, porém transformou-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. (B) O produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, adquiriu importância no mercado e transformou-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. (C) O produto, por sua rápida adaptação ao solo e ao clima, adquiriu importância no mercado, todavia, desde o Império até os dias atuais, transformou-se, consequentemente, em um dos principais itens de exportação. (D) Face sua rápida adaptação ao solo e ao clima, o produto adquiriu importância no mercado, e, conquanto, transformou-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. (E) O produto transformou-se, desde o Império até os dias atuais, em um dos principais itens de exportação por que sua adaptação ao solo e ao clima foi rápida. 36. (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014) De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do emprego das classes de palavra e da concordância verbal, assinale a alternativa que apresenta outra redação possível para o período “A economia brasileira já faz isso há séculos.” (A) A economia brasileira já faz isso tem séculos. . 13 (B) A economia brasileira já faz isso têm séculos. (C) A economia brasileira já faz isso existe séculos. (D) A economia brasileira já faz isso faz séculos. (E) A economia brasileira já faz isso fazem séculos. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP – 2014 - adaptada) Utilize o texto abaixo para responder às questões 37 a 41. O tempo dirá se o Marco Civil da internet é bom ou ruim Foi aprovado o Marco Civil da internet: aquilo a que chamam de “Constituição da internet” e que será capaz de afetar diretamente a vida de milhões de usuários que já não usam mais a internet apenas para se divertir, mas para trabalhar. O Marco Civil garantirá a neutralidade da rede, segundo a qual todo o conteúdo que trafega pela internet será tratado de forma igual. As empresas de telecomunicações que fornecem acesso poderão continuar vendendo velocidades diferentes. Mas terão de oferecer a conexão contratada independentemente do conteúdo acessado pelo internauta e não poderão vender pacotes restritos. O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. O conteúdo poderá ser acessado apenas mediante ordem judicial. Na prática, as conversas via Skype e as mensagens salvas na conta de e-mail não poderão ser violadas, a menos que o Judiciário determine. Excluiu-se do texto aprovado um artigo que obrigava empresas estrangeiras a instalar no Brasil seus datacenters (centros de dados para armazenamento de informações). Por outro lado, o projeto aprovado reforçou dispositivo que determina o cumprimento das leis brasileiras por parte de companhias internacionais, mesmo que não estejam instaladas no Brasil. Ressalte-se ainda que a exclusão de conteúdo só poderá ser ordenada pela Justiça. Assim, não ficará mais a cargo dos provedores a decisão de manter ou remover informações e notícias polêmicas. Portanto, o usuário que se sentir ofendido por algum conteúdo no ambiente virtual terá de procurar a Justiça, e não as empresas que disponibilizam os dados. Este é o Marco Civil que temos. Se é o que pretendíamos ter, o tempo vai mostrar. Mas, sem dúvida, será menos pior do que não termos marco civil nenhum. (O Liberal, Editorial de 24.04.2014. Adaptado). 37. (TJ-PA - Médico psiquiatra - VUNESP - 2014) De acordo com o texto, o Marco Civil da internet: (A) exige que empresas estrangeiras instalem centros de armazenamento de dados e informações no Brasil se quiserem oferecer seus serviços a usuários brasileiros. (B) determina quais conteúdos podem ser considerados neutros ou polêmicos, orientando os usuários quanto aos sites moralmente idôneos. (C) dispõe sobre as relações entre empresas de telecomunicações e usuários da rede e defende o caráter inviolável dos conteúdos circulantes no ambiente virtual. (D) garante que órgãos do governo tenham livre acesso a conversas via Skype e a mensagens salvas na conta de e-mail dos usuários brasileiros. (E) foi criado para impedir que companhias internacionais atuem no mercado brasileiro, instalando seus centros de dados para armazenamento de informações no Brasil. 38. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Segundo informações textuais, com o Marco Civil da internet, (A) as informações que circulam na rede serão automaticamente excluídas pelo governo, caso sejam polêmicas. (B) o usuário da rede ganha o direito de requerer junto às empresas provedoras de dados e serviços a exclusão de conteúdo considerado ofensivo. (C) os provedores passam a ser responsáveis pelo conteúdo divulgado e são eles que decidem quando uma informação deve ser excluída. (D) as solicitações de exclusão de conteúdo da internet devem ser encaminhadas ao poder judiciário. (E) as ações dos provedores serão controladas pela justiça, que autorizará o acréscimo de conteúdos na rede após a certificação de que não são controversos. 39. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Conforme opinião expressa no texto, o Marco Civil da internet é (A) necessário, embora seja precoce tecer julgamentos a respeito de sua eficácia. . 14 (B) dispensável, pois as leis tradicionais eram suficientes para tratar do meio virtual. (C) ineficaz, uma vez que a maioria dos provedores atende a leis internacionais. (D) irretocável, apesar de não ter sido amplamente debatido com a população. (E) inconveniente, já que compromete a liberdade de expressão do cidadão. 40. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Assinale a alternativa em que a frase do texto permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, após o acréscimo das vírgulas. (A) As empresas de telecomunicações que fornecem acesso, poderão continuar vendendo, velocidades diferentes. (B) Mas terão de oferecer, a conexão contratada independentemente, do conteúdo acessado pelo internauta e não poderão vender pacotes restritos. (C) O Marco Civil garante, a inviolabilidade e o sigilo, das comunicações. (D) O conteúdo poderá ser acessado apenas, mediante, ordem judicial. (E) Ressalte-se, ainda, que a exclusão de conteúdo só poderá ser ordenada pela Justiça. 31. Resposta: “D”. Dados retirados do texto ajudam-nos a responder à questão: (...) O arroz teve também boa participação, com um aumento de 6,6% (779 mil toneladas) (...). 32. Resposta: “E”. “atualizou os dados relativos à produção de grãos no Brasil.” A) a crase foi empregada indevidamente no trecho = a regência nominal (de “relativos”) pede a preposição “a” – uso adequado B) o autor poderia não ter empregado o sinal indicativo de crase = o uso é obrigatório C) se “produção” estivesse antecedida por essa, o uso do sinal indicativo de crase continuaria obrigatório = não seria utilizado o acento grave D) se, no lugar de “relativos”, fosse empregado referentes, o uso do sinal indicativo de crase passaria a ser facultativo = também seria obrigatório devido à regência nominal E) caso o vocábulo minha fosse empregado imediatamente antes de “produção”, o uso do sinal indicativo de crase seria facultativo = correto 33. Resposta: “C”. A) O substantivo “estudo” (linha 3) refere-se à atualização realizada pela Conab dos dados relativos à produção de grãos no Brasil = correta B) Segundo a norma-padrão, o pronome destacado em “que foi de 188,7 milhões de toneladas” (linha 5) poderia ser substituído por os quais. O volume representa um aumento de 1,1% em relação à safra passada, que foi de 188,7 milhões de toneladas = o “que” refere-se a “volume”, portanto não poderia ser utilizado o termo “os quais” – no plural C) Segundo a norma-padrão, no lugar do pronome destacado em “O maior destaque deste levantamento” (linha 7), deveria ter sido utilizado daquele. (...) segundo a estimativa do 7º Levantamento de Grãos da Safra 2013/2014. O maior destaque deste levantamento (...) – “deste” retoma um termo citado anteriormente, portanto: uso correto D) A conjunção destacada em “crescimento foi de 5,6% ou 4,6 milhões de toneladas a mais” (linha 11) estabelece uma relação de adição entre os termos por ela conectados – relação de alternância, escolha E) No trecho “O arroz teve também boa participação” (linhas 12 e 13), empregou-se o vocábulo destacado para introduzir uma informação que se opõe às anteriores – informação de adição, igualdade 34. Resposta: “C”. Resposta presente no texto: (...) atualmente, são 15 estados produtores, com destaque para Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Paraná e Rondônia. . 15 35. Resposta: “B”. O item que reproduz o enunciado de maneira adequada é: O produto, em virtude de sua rápida adaptação ao solo e ao clima, adquiriu importância no mercado e transformou-se em um dos principais itens de exportação, desde o Império até os dias atuais. 36. Resposta: “D”. O “há” foi empregado no sentido de tempo passado, portanto pode ser substituído por “faz”, no singular: “faz séculos”. 37. Resposta: “C”. Basta retomar o texto lido. A única alternativa coerente é: dispõe sobre as relações entre empresas de telecomunicações e usuários da rede e defende o caráter inviolável dos conteúdos circulantes no ambiente virtual. 38. Resposta: “D”. Novamente a Resposta está clara no texto lido: as solicitações de exclusão de conteúdo da internet devem ser encaminhadas ao poder judiciário. 39. Resposta: “A”. Coerentemente, a única alternativa que pode ser assinalada é a de “o Marco Civil ser necessário”. 40. Resposta: “E”. Correções realizadas: A) As empresas de telecomunicações que fornecem acesso poderão continuar vendendo velocidades diferentes. B) Mas terão de oferecer a conexão contratada, independentemente do conteúdo acessado pelo internauta, e não poderão vender pacotes restritos. C) O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. D) O conteúdo poderá ser acessado, apenas, mediante ordem judicial. E) Ressalte-se, ainda, que a exclusão de conteúdo só poderá ser ordenada pela Justiça. = correta 41. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Feitas as adequações necessárias, a reescrita do trecho – O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. – permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em: A inviolabilidade e o sigilo das comunicações... (A) ... Mantêm-se garantidos pelo marco civil. (B) ... Mantém-se garantidos pelo marco civil. (C) ... Mantêm-se garantido pelo marco civil. (D) ... Mantém-se garantidas pelo marco civil. (E) ... Mantêm-se garantidas pelo marco civil. 42. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Assinale a alternativa que apresenta a frase cuja redação está condizente com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Existe algumas pessoas que questionam o Marco Civil da internet, alegando de que foi aprovado de maneira apressada. (B) É importante mencionar de que as empresas de telecomunicações poderão vender velocidades diferentes, mas está proibido a venda de pacotes restritos. (C) Os usuários devem estar atentos ao fato de que não haverá distinções no tratamento dos conteúdos que trafegam pela internet. (D) Os clientes devem conhecer seus direitos para que este se cumpra, por exemplo: é evidente de que as empresas precisam oferecer a conexão contratada. (E) Sempre pode ocorrer falhas técnicas, capaz de comprometer a qualidade dos serviços, mas as empresas devem ter consciência de que essas falhas precisam ser prontamente corrigidas. . 16 (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP – 2014 – adaptada) As questões 43 a 49 têm como base o seguinte texto: Nossas palavras Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. Não sei se no universo das pipas, lá fora, ocorrem os mesmos e magníficos embates que se verificam aqui, “cortando e aparando” os adversários. Outra situação: personagens estão jogando uma “pelada” enquanto outros estão “na grade”. Quem está na grade aguarda o desfecho da partida, para jogar contra o vencedor, certamente porque espera fora do campo, demarcado por uma grade. Vai explicar… E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa” até altas horas? Por aqui, beber de testa é quase um embate para saber quem vai desistir primeiro, empilhando as grades de cerveja ao lado da mesa. Penso que o uso das gírias – palavras bem locais, quase dialeto, que funcionam na melodia do nosso texto – é parte da nossa criatividade, uma qualidade da literatura brasileira. Quanto a mim, uso pouco, aqui e ali, nossas palavras. Procuro ser econômico. Mesmo assim, vou respondendo aos emails. Ele me diz que, enfim, está tudo pronto. (Edyr Augusto Proença, http://blogdaboitempo.com.br, 26.07.2013. Adaptado). 43. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) O autor, ao se referir aos e-mails trocados com o amigo que está traduzindo seus romances, sugere que a tradução: (A) necessita que o tradutor também seja escritor, para compreender o processo de criação artística. (B) requer acentuada erudição, a fim de se corrigirem os erros característicos do linguajar do povo. (C) deve ser realizada por romancistas adeptos do estilo regionalista e usuários de dialetos populares. (D) demanda um conhecimento profundo das obras literárias que influenciaram o autor traduzido. (E) envolve, além do domínio do idioma, o conhecimento da cultura retratada no texto original. 44. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) De acordo com o autor, o uso de gírias é: (A) intenso entre autores populares e, sendo ele um romancista popular, usa muitas gírias em sua obra. (B) característico da literatura brasileira, embora não seja muito recorrente em sua própria obra. (C) peculiar a autores que escrevem com concisão, o que não é o caso dele, que exagera no emprego das gírias. (D) indício de um estilo inusitado e inovador, por isso as gírias locais são frequentes em seus romances. (E) restrito a autores paraenses, cuja criatividade com as palavras se destaca no cenário da literatura brasileira. 45. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) A partir da leitura dos três primeiros parágrafos, é correto concluir que o autor enfoca, em seus romances, situações que, para o leitor paraense, são (A) atípicas. (B) insólitas. (C) exóticas (D) cotidianas. (E) anômalas 46. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) O termo destacado em – E aqueles dois bebedores eméritos que “bebem de testa” até altas horas? – está corretamente interpretado com o sentido de (A) ignóbeis. (B) experientes. (C) abastados. . 17 (D) falastrões (E) licenciosos. 47. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o trecho do primeiro parágrafo para responder à questão. Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. A expressão por conta de, em destaque, tem sentido equivalente ao de. (A) a despeito de. (B) com o intuito de. (C) em contrapartida a. (D) em detrimento de (E) em virtude de. 48. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o trecho do primeiro parágrafo para responder à questão. Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. O pronome possessivo em – “meu Pará” – atribui ao termo Pará a ideia de que se trata de um lugar: (A) adquirido pelo autor. (B) desdenhado pelo autor. (C) estimado pelo autor. (D) subjugado pelo autor. (E) abandonado pelo autor. 49. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o trecho do primeiro parágrafo para responder à questão. Meu amigo lusitano, Diniz, está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances, Os Éguas e Moscow. Temos trocado e-mails muito interessantes, por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. Às vezes é bem difícil explicar, como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”. Os termos muito e bem, em destaque, atribuem aos termos aos quais se subordinam sentido de: (A) comparação. (B) intensidade. (C) igualdade. (D) dúvida. (E) quantidade. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP – 2014 – adaptada) As questões 50 a 53 dizem respeito ao seguinte texto: Palavras voam no vento A pequena Dora adorava dizer coisas feias. Sim, ela tinha aquele terrível hábito de falar bobagens, xingamentos. Certa manhã, antes de sair para o trabalho, sua mãe disse: “Tu sabias que as palavras voam no vento? Se dizes coisas ruins, o mal sai por aí e se multiplica. Mas se dizes coisas belas... o vento faz com que a bondade se espalhe pelo mundo”. A jovenzinha ficou intrigada. Assim que a mãe se foi, decidiu testar a teoria. Encheu o peito e gritou com toda a força: AMOR!!!!... . 18 Uma enorme e fortíssima rajada de vento se fez. Uma borboleta começou a brincar no ar. Dora seguiu o bichinho. Viu quando ele se pôs a dançar ao redor de uma moça. Viu a moça sorrir com a borboleta e começar a dançar como uma bailarina. Seguiu a moça. Viu quando ela, cheia de alegria, mandou beijos para uma andorinha que sobrevoava um jardim. A andorinha, de repente, deu um rasante sobre um canteiro e pegou com seu bico uma delicada flor vermelha. Dora seguiu a andorinha. Viu quando o pássaro deixou a flor cair nas mãos de um rapaz que estava sentando num banco de praça. O moço, capturado por um imenso contentamento, tomou para si uma folha em branco e escreveu um poema. Dora viu quando o rapaz leu para o vento o poema. E os versos diziam: “Ame, porque o amor significa cantar. Cante, cante, cante. Por que quem canta encanta e sabe melhor amar”. Nossa amiga viu quando uma súbita ventania arrancou o papel da mão do jovem. Dora tentou correr para não perder de vista o escrito. Mas o vento foi mais ágil e o papel se perdeu. Cansada com toda aquela andança, a menina voltou para casa. Caía a tarde quando sua mãe retornou do trabalho e entregou à filha um presente: um pedaço de papel dobrado em quatro. Disse ela: “Tome, minha filha. É para ti. Eu estava na janela do escritório e o vento me trouxe esse pedaço de papel. Leia... É para ti”. Dora abriu o papel e chorou ao ler o poema que nele estava escrito. Diziam os versos: “Ame, porque o amor significa cantar. Cante, cante, cante. Porque quem canta encanta e sabe melhor amar”. (Carlos Correia Santos, http://www.amapadigital.net. Adaptado) 50. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) A partir da leitura do texto, é correto concluir que Dora (A) se recusa a ouvir os conselhos de sua mãe e vai à rua para testar se as palavras alteram os fatos. (B) descobre que sua mãe estava iludida ao crer que as palavras podem influenciar os acontecimentos. (C) deixa de “dizer coisas feias” após ver o impacto de uma palavra com sentido pejorativo sobre o real. (D) passa a dar mais valor às palavras ao ler um belo poema escrito por sua mãe. (E) aprende, na prática, que o ensinamento de sua mãe acerca do poder das palavras estava correto. 41. Resposta: “A”. O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações = O verbo “manter” será empregado no plural, concordando com “inviolabilidade” e “sigilo”, portanto teremos: mantêm-se. Descartamos os itens B e D. Como temos dois substantivos de gêneros diferentes, podemos usar o verbo no masculino ou concordar com o gênero do mais próximo, no caso, “sigilo”. Teremos, então: garantidos (plural, pois temos dois núcleos – inviolabilidade e sigilo). Assim, chegamos à Resposta: mantêm-se / garantidos. 42. Resposta: “C”. Correções à frente dos itens; incorreções indicadas com um (X): A) Existe algumas pessoas que questionam o Marco Civil da internet, alegando de (X) que foi aprovado de maneira apressada = existem. B) É importante mencionar de (X) que as empresas de telecomunicações poderão vender velocidades diferentes, mas está proibido (proibida) a venda de pacotes restritos. C) Os usuários devem estar atentos ao fato de que não haverá distinções no tratamento dos conteúdos que trafegam pela internet. = correta D) Os clientes devem conhecer seus direitos para que este (estes) se cumpra (cumpram), por exemplo: é evidente de (X) que as empresas precisam oferecer a conexão contratada. E) Sempre pode (podem) ocorrer falhas técnicas, capaz (capazes) de comprometer a qualidade dos serviços, mas as empresas devem ter consciência de que essas falhas precisam ser prontamente corrigidas. 43. Resposta: “E”. Segundo o texto, ao realizarmos uma tradução textual precisamos conhecer a cultura do país, pois não basta, apenas, traduzir “ao pé da letra”. . 19 44. Resposta: “B”. Recorramos ao texto: (...) Penso que o uso das gírias – palavras bem locais, quase dialeto, que funcionam na melodia do nosso texto – é parte da nossa criatividade, uma qualidade da literatura brasileira. 45. Resposta: “D”. No texto: (...) por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. 46. Resposta: “B”. Agora é questão de entender o sentido da palavra dentro do contexto em que foi empregada. Por eliminação, chegamos à conclusão de que os bebedores são experientes. 47. Resposta: “E”. A expressão “por conta de” pode ser substituída por “em razão de, em virtude de”. 48. Resposta: “C”. O pronome possessivo “meu” dá ao substantivo “Pará” uma ideia de carinho, proximidade. 49. Resposta: “B”. Muito interessantes / bem difícil = ambos os advérbios mantêm relação com adjetivos, dando-lhes noção de intensidade. 50. Resposta: “E”. Pela leitura do texto chegamos à conclusão de que Dora aprendeu, na prática, sobre o poder das palavras. 51. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) É correto afirmar que o segundo parágrafo apresenta ações que se sucedem em uma relação de (A) contradição e finalidade. (B) comparação e oposição. (C) causa e efeito. (D) proporção e retificação. (E) alternância e equivalência. 52. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Assinale a alternativa em que a seguinte passagem – Mas o vento foi mais ágil e o papel se perdeu. (terceiro parágrafo) – está reescrita com o acréscimo de um termo que estabelece uma relação de conclusão, consequência, entre as orações. (A) mas o vento foi mais ágil e, contudo, o papel se perdeu. (B) mas o vento foi mais ágil e, assim, o papel se perdeu. (C) mas o vento foi mais ágil e, todavia, o papel se perdeu (D) mas o vento foi mais ágil e, entretanto, o papel se perdeu. (E) mas o vento foi mais ágil e, porém, o papel se perdeu. 53. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Considere as seguintes passagens do texto. - [Viu a moça sorrir] com a borboleta e começar a dançar como uma bailarina. - Viu quando ela, cheia de alegria, mandou beijos para uma andorinha [que sobrevoava um jardim]. - Caía a tarde quando sua mãe retornou do trabalho e [entregou à filha um presente]... Assinale a alternativa que apresenta os trechos entre colchetes correta e respectivamente reescritos, com as expressões em negrito substituídas por pronomes, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa no que se refere ao uso e à colocação pronominal (A) Viu-a sorrir ... Que o sobrevoava ... Entregou-lhe um presente. (B) A viu sorrir ... Que sobrevoava-o ... Entregou-lhe um presente. (C) Viu-lhe sorrir ... Que sobrevoava-lhe ... Entregou-lhe um presente. (D) Viu-a sorrir ... Que lhe sobrevoava ... Entregou-a um presente. (E) Lhe viu sorrir ... Que sobrevoava-lhe ... Entregou-a um presente. . 20 54. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) (Chris Browne, Folha de S.Paulo, 08.12.2013. Adaptado) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas, de acordo com a normapadrão da língua portuguesa, considerando que o termo que preenche a terceira lacuna é empregado para indicar que um evento está prestes a acontecer (A) anúncio ... A ... Iminente. (B) anuncio ... À ... Iminente. (C) anúncio ... À ... Iminente. (D) anúncio ... A ... Eminente. (E) anuncio ... À ... Eminente. 55. (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual de Redação da Presidência da República, no qual expressões foram substituídas por lacunas. Senhor Deputado Em complemento às informações transmitidas pelo telegrama n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as medidas mencionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa). (http://www.planalto.gov.br. Adaptado) A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a normapadrão da língua portuguesa e atendendo às orientações oficiais a respeito do uso de formas de tratamento em correspondências públicas, é: (A) Vossa Senhoria … tua. (B) Vossa Magnificência … sua. (C) Vossa Eminência … vossa. (D) Vossa Excelência … sua. (E) Sua Senhoria … vossa. 56. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014) Sobre os SINAIS DE PONTUAÇÃO, observe os itens abaixo: I. "Calma, gente". II. "Que mundo é este que chorar não é "normal"? III. "Sustentabilidade, paradigma de vida" IV. "Será que precisa de mais licitações? Haja licitações!" V. "E, de repente, aquela rua se tornou um grande lago..." Sobre eles, assinale a alternativa CORRETA. (A) No item I, a vírgula isola um aposto. (B) No item II, a interrogação indica uma mensagem interrompida. (C) No item III, a vírgula isola termos que explicam o seu antecedente. (D) No item IV, os dois sinais de pontuação, a interrogação e a exclamação, indicam surpresa. (E) No item V, as vírgulas poderiam ser substituídas, apenas, por um ponto e vírgula após o termo "repente". . 21 (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014 - adaptada) Leia o texto para responder às questões 57 a 59. FUJA DO "BRANCO" NO CONCURSO Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso são elementos que podem ser considerados a fórmula infalível de aprovação para o candidato que pretende enfrentar uma seleção pública. Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado justamente na hora da prova? O conhecido "branco", problema que acomete muitos candidatos, não é tido como um simples imprevisto. Ele pode acontecer por influência de fatores diversos que ocorrem antes ou durante o exame. Jornal do Commercio. Emprego e Concurso. 07 de julho de 2014. p.10. 57. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014) Sobre o "branco" na hora da prova, tem-se como CORRETO que: (A) atinge, sobremodo, pessoas portadoras de problemas de memória. (B) é algo que atinge uma fatia irrisória de candidatos. (C) resulta, apenas, de problemas que antecederam o exame. (D) não é concebido como algo que surge inesperadamente. (E) atinge, apenas, candidatos portadores de distúrbios psicóticos. 58. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014) Sobre ACENTUAÇÃO, assinale a alternativa cuja tonicidade de ambos os termos sublinhados recai na antepenúltima sílaba. (A) "Ele pode acontecer por influência de fatores diversos..." - "infalível de aprovação para o candidato..." (B) "...que podem ser considerados a fórmula infalível...” – “que pretende enfrentar uma seleção pública." (C) "...quando o conteúdo não é lembrado justamente..." - "Ele pode acontecer por influência de fatores diversos..." (D) "Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso..." - "pretende enfrentar uma seleção pública." (E) “...quando o conteúdo não é lembrado..." – “pode acontecer por influência de fatores diversos..." 59. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014) Observe o fragmento de texto abaixo: "Mas o que fazer quando o conteúdo não é lembrado justamente na hora da prova?" Sobre ele, analise as afirmativas abaixo: I. O termo "Mas" é classificado como conjunção subordinativa e, nesse contexto, pode ser substituído por "desde que". II. Classifica-se o termo "quando" como conjunção subordinativa que exprime circunstância temporal. III. Acentua-se o "u" tônico do hiato existente na palavra "conteúdo". IV. Os termos "conteúdo", "hora" e "prova" são palavras invariáveis, classificadas como substantivos. Está CORRETO apenas o que se afirma em: (A) I e III. (B) II e IV. (C) I e IV. (D) II e III. (E) I e II. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014 - adaptada) Texto para as questões 60 e 61. "Já vi gente cansada de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conheci alguém sinceramente cansado de dinheiro." (Millôr Fernandes). 60. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014) Sobre as vírgulas existentes no texto, é CORRETO afirmar que: (A) são facultativas. . 22 (B) isolam apostos. (C) separam elementos de mesma função sintática. (D) a terceira é facultativa. (E) separam orações coordenadas assindéticas. 51. Resposta: “C”. As ações narradas geravam consequências, dando-nos noção de causa e efeito. 52. Resposta: “B”. Nas alternativas A, C, D e E são apresentadas conjunções adversativas – que nos dão ideia contrária à apresentada anteriormente; já na B, temos uma conjunção conclusiva (assim). 53. Resposta: “A”. Vamos à análise dos verbos: “viu” quem? Resposta: a moça (objeto direto – sem preposição) – portanto não podemos utilizar o pronome oblíquo “lhe”, que é para objetos indiretos. Descartamos as alternativas C e E. Segundo as regras de colocação pronominal, não podemos iniciar um período com pronome oblíquo, então descartamos, também, a alternativa B. Sobrou-nos: A e D. Segundo verbo: “sobrevoava” o quê? Resposta: um jardim (objeto direto). Esqueçamos o “lhe”, novamente. Ou seja, chegamos à Resposta apenas por exclusão! Mas continuemos: como temos a presença do “que” (independente de sua função), ele é partícula atrativa, exigindo o uso da próclise (pronome antes do verbo). Terceiro verbo: “entregou” o quê? Resposta: um presente (objeto direto); entregou o presente a quem? Resposta: à filha (objeto indireto). Agora, sim, utilizaremos o “lhe”. Assim, teremos: viu-a / que o sobrevoava / entregou-lhe. 54. Resposta: “A”. Primeiramente eliminemos as impossibilidades: tenho um ____ (objeto direto, substantivo), portanto: anúncio (“anuncio” é verbo). Assim, eliminamos as alternativas B e E; na segunda lacuna, o “a” virá antes de um verbo no infinitivo (fazer), o que nos permite chegar à conclusão de que não poderá haver acento indicativo de crase. Eliminemos, então, a alternativa C. Restou-nos A e D. Agora é questão de significado das palavras, no caso, parônimo (palavras com sentidos diferentes, porém de formas relativamente próximas; são parecidas na escrita e na pronúncia). Iminente é que está prestes a acontecer, e eminente é alto, elevado, excelente (memorização!). 55. Resposta: “D”. Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mesmo utilizando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas vezes confundido com “vós” e seu respectivo “vosso”), os pronomes que os acompanham deverão ficar sempre na terceira pessoa (do plural ou do singular, de acordo com o número do pronome de tratamento). Então, em quaisquer dos pronomes de tratamento apresentados nas alternativas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, então, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome adequado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual de Redação Oficial, temos: Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...). 56. Resposta: “C”. A) No item I, a vírgula isola um aposto = utilizada devido ao vocativo (gente) B) No item II, a interrogação indica uma mensagem interrompida = uma indagação C) No item III, a vírgula isola termos que explicam o seu antecedente = correta D) No item IV, os dois sinais de pontuação, a interrogação e a exclamação, indicam surpresa = questionamento e ironia E) No item V, as vírgulas poderiam ser substituídas, apenas, por um ponto e vírgula após o termo "repente" = jamais! 57. Resposta: “D”. A única alternativa coerente é a de que o “branco” não surge inesperadamente. . 23 58. Resposta: “B”. O exercício quer que localizemos palavras proparoxítonas A) influência = paroxítona terminada em ditongo / infalível = paroxítona terminada em L B) fórmula = proparoxítona / pública = proparoxítona C) conteúdo = regra do hiato / influência = paroxítona terminada em ditongo D) dedicação = oxítona / seleção = oxítona E) é = monossílaba / influência = paroxítona terminada em ditongo 59. Resposta: “D”. I. O termo "Mas" é classificado como conjunção subordinativa = é conjunção coordenativa adversativa II. Classifica-se o termo "quando" como conjunção subordinativa que exprime circunstância temporal = correta III. Acentua-se o "u" tônico do hiato existente na palavra "conteúdo" = correta IV. "Os termos "conteúdo", "hora" e "prova" são palavras invariáveis, classificadas como substantivos = são substantivos, mas variáveis (conteúdos, horas e provas. Lembrando que “prova” e “provas” podem ser verbo: Ele prova todos os doces! Tu provas também?) 60. Resposta: “C”. Os termos fazem parte de uma enumeração de exemplos, por isso estão entre vírgulas. Você poderia responder por eliminação, também. No item E: não temos orações coordenadas, pois não há verbos além do “vi” (pensando no primeiro período, no qual se encontram as vírgulas!); no D: se não tivéssemos a vírgula, entenderíamos “política de ideais”, o que mudaria o sentido do texto de Millôr; não são facultativas, já que mudaríamos totalmente o texto; sobram-nos B e C: aposto é um termo que explica um outro termo citado anteriormente, o que não é o caso de nosso exercício. 61. (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – UPENET/2014) Se no texto, o verbo fosse conjugado na 2a. pessoa do singular (mantendo-se o mesmo tempo verbal) e o termo "gente" fosse substituído por "mulheres e homens", estaria CORRETO o texto indicado na alternativa: (A) Já viste mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conheceste alguém sinceramente cansado de dinheiro. (B) Já vistes mulheres e homens cansadas de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conhecestes alguém sinceramente cansado de dinheiro. (C) Já vereis mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conhecereis alguém sinceramente cansado de dinheiro. (D) Já víeis mulheres e homens cansadas de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conhecíeis alguém sinceramente cansado de dinheiro. (E) Já vedes mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conheceis alguém sinceramente cansado de dinheiro. 62. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) Dificuldades no combate à dengue A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. Só este ano, já foram registrados cerca de 15 mil casos da doença, segundo dados da Prefeitura. As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor, depois que uma pessoa é infectada. Mas quando alguém fica doente e avisa as autoridades, não é bem isso que acontece. (Saúde Uol). A palavra “epidemia” tem como melhor significado: (A) doença que atinge grande número de pessoas. (B) enfermidade que é tratada com vacinas. (C) problema de saúde a ser tratado pelo poder público. (D) febre causada por motivo desconhecido. (E) doença trazida por mosquitos ou aranhas. . 24 63. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) “Só este ano...” O ano a que a reportagem se refere é o ano (A) em que apareceu a dengue pela primeira vez. (B) em que o texto foi produzido. (C) em que o leitor vai ler a reportagem. (D) em que a dengue foi extinta na cidade de São Paulo. (E) em que começaram a ser registrados os casos da doença. 64. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) Assinale a opção que indica a forma verbal que exemplifica a voz passiva. (A) Tem feito. (B) Foram registrados. (C) Dizem. (D) Identificar. (E) Avisa. 65. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) O texto afirma que foram registrados “cerca de 15 mil casos”. A expressão “cerca de” equivale a: (A) além de. (B) pouco mais de. (C) pouco menos de. (D) perto de. (E) longe de. 66. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) “depois que uma pessoa é infectada”. Essa frase do texto pode ser substituída, mantendo-se o seu sentido, por: (A) após uma pessoa ser infectada. (B) à medida que uma pessoa é infectada. (C) já que uma pessoa é infectada. (D) porque uma pessoa foi infectada. (E) imediatamente antes de uma pessoa ser infectada. 67. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) O segundo parágrafo do texto critica: (A) o avanço da doença. (B) a falta de cuidado dos doentes. (C) a desorganização das autoridades. (D) a burocracia exagerada. (E) a corrupção do poder público. 68. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) “existe um protocolo para identificar os focos”. Se colocássemos o termo “um protocolo” no plural, uma forma verbal adequada para a substituição da forma verbal “existe” seria: (A) hão. (B) haviam. (C) há. (D) houveram. (E) houve. 69. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) Astronautas da dengue Se uma dupla com roupas que parecem de astronauta tocar a campainha da sua casa, não se assuste. O traje especial é usado pelos exterminadores do mosquito da dengue. Mesmo fazendo um trabalho de interesse público, nem sempre eles são autorizados a entrar. (Bandnews). “O traje especial é usado pelos exterminadores do mosquito da dengue”. . 25 Essa frase do texto encontra-se na voz passiva. A forma correspondente na voz ativa é: (A) usa-se o traje especial pelos exterminadores do mosquito da dengue. (B) os exterminadores do mosquito da dengue usam o traje especial. (C) os exterminadores do mosquito da dengue usaram o traje especial. (D) Se o traje especial for usado pelos exterminadores do mosquito da dengue. (E) o traje especial sendo usado pelos exterminadores do mosquito da dengue. 70. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) “Mesmo fazendo um trabalho...” A substituição correta para esse segmento do texto, mantendo-se o sentido original do segmento, é: (A) “se fizerem um trabalho.” (B) “logo que fizerem um trabalho.” (C) “tão logo façam um trabalho.” (D) “fazendo, portanto, um trabalho.” (E) “apesar de fazerem um trabalho.” 61. Resposta: “A”. Com a substituição o texto ficaria assim: "Já viste mulheres e homens cansados de amor, de trabalho, de política, de ideais. Jamais conheceste alguém sinceramente cansado de dinheiro". 62. Resposta: “A”. Epidemia é o termo utilizado quando há um número elevado de pessoas com a mesma doença. 63. Resposta: “B”. O ano em questão corresponde ao ano em que foi feita a matéria. 64. Resposta: “B”. A voz passiva é aquela que apresenta “a ação sendo praticada pelo sujeito”. Temos, no mínimo, dois verbos presentes – o auxiliar e o verbo principal (que se apresenta no particípio). Já eliminamos três alternativas com estes dados, concorda? Na A: imaginemos uma voz ativa. “O aluno faz o exercício”. Na passiva teríamos: “O exercício é feito pelo aluno”. Geralmente, ao falarmos, empregamos o verbo auxiliar (ter) e não fazemos as conjugações mais “complicadas” e incomuns em nosso dia a dia. Por exemplo: usamos “eu tinha falado” e não “eu falara”. O “tem feito” representa uma ação começada no passado, mas que ainda não terminou. Quanto ao item B: construamos “Os concurseiros registraram os dados no gabarito”. Na passiva teríamos: “os dados foram registrados pelos concurseiros nos gabaritos”. Um caminho longo, mas chegamos à Resposta! 65. Resposta: “D”. A expressão “cerca de” equivale a “aproximadamente, perto de”. 66. Resposta: “A”. Chegamos à Resposta correta apenas lendo as alternativas: a única coerente com o texto é a “após uma pessoa ser infectada”. 67. Resposta: “C”. Segundo o texto, há um protocolo a ser cumprido ao detectar uma pessoa infectada, mas se não é isso que acontece, é sinal de que tal critério não é seguido, faltando, assim, organização. 68. Resposta: “C”. O verbo “haver”, quando utilizado no sentido de “existir” – como proposto no enunciado – não sofre flexão, não vai para o plural. Teríamos “existem protocolos”, mas “há protocolos”. 69. Resposta: “B”. Na voz passiva temos dois verbos, então na ativa teremos um: “Os exterminadores do mosquito da dengue usam traje especial”. 70. Resposta: “E”. A ideia expressa no segmento é a de concessão, ou seja, a quebra de uma expectativa, uma ação praticada não produz o resultado usualmente esperado. Portanto, devemos fazer a substituição por . 26 outra conjunção concessiva: dentre as apresentadas, a única que mantém o sentido do enunciado e também é concessão é a “apesar de”. 71. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) A forma do imperativo “não se assuste” é conjugada na terceira pessoa do singular. Se passarmos esse segmento do texto para a terceira pessoa do plural, a forma verbal adequada será: (A) não se assustam. (B) não se assustavam. (C) não se assustem. (D) não se assustariam. (E) não se assustassem. 72. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) “Se uma dupla com roupas...” O vocábulo “Se” indica, nesse caso, (A) um momento de tempo. (B) a condição para um fato vir a ocorrer. (C) a causa para um acontecimento. (D) a explicação de um fato. (E) a localização de uma ocorrência. 73. (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) “Se uma dupla com roupas que parecem de astronauta tocar a campainha da sua casa, não se assuste.” Nesse texto, o termo sublinhado tem por antecedente ou se refere a: (A) dupla. (B) astronauta. (C) campainha. (D) roupas. (E) casa. 74. (CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO/2014) Observe a grafia das palavras do trecho a seguir. A macro-história da humanidade mostra que todos encaram os relatos pessoais como uma forma de se manterem vivos. Desde a idade do domínio do fogo até a era das multicomunicações, os homens tem demonstrado que querem pôr sua marca no mundo porque se sentem superiores. A palavra que NÃO está grafada corretamente é (A) macro-história. (B) multicomunicações. (C) tem. (D) pôr. (E) porque. 75. (CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO/2014) Em qual período, o pronome átono que substitui o sintagma em destaque tem sua colocação de acordo com a norma-padrão? (A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – conhecia-o (B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá – tinha encontrado-o. (C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no Museu – relatá-las-ão. (D) Quem explicou às crianças as histórias de seus antepassados? – explicou-lhes. (E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de um museu virtual – Lhes vinham perguntando. 76. (CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO/2014) Que trecho está pontuado de acordo com a norma-padrão? (A) O filme Narradores de Javé, de Eliane Caffé, mostra como os relatos orais unem uma comunidade: quando descobrem que o vilarejo de Javé vai ser submerso pelas águas de uma represa, seus habitantes se organizam para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos da região. (B) O filme Narradores de Javé de Eliane Caffé, mostra como os relatos orais unem uma comunidade. Quando descobrem, que o vilarejo de Javé vai ser submerso pelas águas de uma represa, . 27 seus habitantes se organizam para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos, da região. (C) O filme Narradores de Javé, de Eliane Caffé, mostra como, os relatos orais unem uma comunidade, quando descobrem que o vilarejo de Javé vai ser submerso, pelas águas de uma represa, seus habitantes se organizam, para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos da região. (D) O filme Narradores de Javé de Eliane Caffé mostra como os relatos orais unem uma comunidade; quando descobrem, que o vilarejo de Javé vai ser submerso pelas águas, de uma represa, seus habitantes se organizam para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos da região. (E) O filme Narradores de Javé, de Eliane Caffé mostra como, os relatos orais unem uma comunidade — quando descobrem que o vilarejo de Javé vai ser submerso pelas águas de uma represa; seus habitantes se organizam para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos da região. 77. (CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO/2014) O seguinte período apresenta clareza, concisão e respeito à norma-padrão: (A) Ouvir histórias de vida é uma atividade muito prazerosa porque dá um imenso prazer para todos que as ouvem. (B) O bar do Zica ficava no térreo do edifício; aliás, nem era preciso subir as escadas para nele entrar. (C) Os povos colonizados não entendiam os colonizadores, apesar de falarem idiomas diferentes. (D) Quando eu era criança e me tornei escoteiro, que era uma atividade muito valorizada na época. (E) Os relatos orais são suscetíveis a alterações, ao passo que os registros escritos têm um caráter mais permanente. 78. (CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO/2014) Em qual dos períodos abaixo, a troca de posição entre a palavra sublinhada e o substantivo a que se refere mantém o sentido? (A) Algum autor desejava a minha opinião sobre o seu trabalho. (B) O mesmo porteiro me entregou o pacote na recepção do hotel. (C) Meu pai procurou uma certa pessoa para me entregar o embrulho. (D) Contar histórias é uma prazerosa forma de aproximar os indivíduos. (E) Grandes poemas épicos servem para perpetuar a cultura de um povo. 79. (CEFET/RJ - REVISOR DE TEXTOS – CESGRANRIO/2014) A norma para uso de pronomes de tratamento em redação de documento oficial exige que os pronomes possessivos e a concordância de gênero e número (considerando-se as especificidades do receptor que se encontram entre parênteses) se deem da forma como se exemplifica em: (A) Vossa senhoria terá vossas reuniões marcadas, conforme tua vontade. (Referindo-se a chefe de seção, nível superior, masculino singular) (B) Sua senhoria está convidado a comparecer à reunião. (Referindo-se a diretora de unidade, nível superior, feminino, singular) (C) Vossa senhoria está sendo esperada para a assembleia de seus funcionários. (Referindo-se a diretora geral de unidade, feminino, singular) (D) O Senhor Doutor precisa comparecer ao ato oficial. (Referindo-se a assessor jurídico da presidência de órgão público, sem pós-graduação, masculino, singular). (E) Vossas Excelências são esperadas para a reunião das suas áreas. (Referindo-se a gerentes de projeto, com doutorado, masculino, plural). 80. (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACAFE/2014) Na frase "Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, e eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da lua cheia”, as palavras destacadas correspondem, morfologicamente, pela ordem, a: (A) advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio, substantivo. (B) verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo, verbo. (C) verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo, substantivo. (D) advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo. (E) advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advérbio, verbo. . 28 71. Resposta: “C”. Lembre-se de que, para construirmos o Imperativo Negativo, devemos saber a conjugação do Presente do Subjuntivo, já que é uma cópia literal deste. Veja: que eu me assuste, que tu te assustes, que ele se assuste, que nós nos assustemos, que vós vos assusteis, que eles se assustem. O exercício quer a conjugação na terceira pessoa do plural (eles). Basta olharmos em nossa lista: eles se assustem. Adicionando um advérbio de negação (no caso, “não”): não se assustem. Chegamos à Resposta! 72. Resposta: “B”. Retomando o texto, vemos que a expressão refere-se à condição para uma determinada ação. Podemos substituir o “se” (conjunção condicional, no caso), por outra de igual valor: “caso uma dupla com roupas que parecem de astronauta tocar a campainha da sua casa, não se assuste”. 73. Resposta: “D”. Questão fácil: o pronome relativo retoma o termo “roupas”. 74. Resposta: “C”. O verbo “ter”, no plural, deve ser acentuado: têm (no caso do texto: os homens têm demonstrado). 75. Resposta: “C”. A) O porteiro não conhecia o portador do embrulho – não o conhecia B) Meu pai tinha encontrado um marinheiro na praça Mauá – tinha o encontrado C) As pessoas relatarão as suas histórias para o registro no Museu – relatá-las-ão = correta D) Quem explicou às crianças as histórias de seus antepassados? – explicou-lhes = quem lhes explicou E) Vinham perguntando às pessoas se aceitavam a ideia de um museu virtual = Vinham lhes perguntando. 76. Resposta: “A”. Indiquei com um (X) os locais com pontuação inadequada ou faltante: A) O filme Narradores de Javé, de Eliane Caffé, mostra como os relatos orais unem uma comunidade: quando descobrem que o vilarejo de Javé vai ser submerso pelas águas de uma represa, seus habitantes se organizam para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos da região. = correta B) O filme Narradores de Javé (X) de Eliane Caffé, mostra como os relatos orais unem uma comunidade. Quando descobrem,(X) que o vilarejo de Javé vai ser submerso pelas águas de uma represa, seus habitantes se organizam para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos,(X) da região. C) O filme Narradores de Javé, de Eliane Caffé, mostra como,(X) os relatos orais unem uma comunidade, quando descobrem que o vilarejo de Javé vai ser submerso,(X) pelas águas de uma represa, seus habitantes se organizam,(X) para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos da região. D) O filme Narradores de Javé(X) de Eliane Caffé (X) mostra como os relatos orais unem uma comunidade;(X) quando descobrem, (X) que o vilarejo de Javé vai ser submerso pelas águas,(X) de uma represa, seus habitantes se organizam para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos da região. E) O filme Narradores de Javé, de Eliane Caffé (X) mostra como,(X) os relatos orais unem uma comunidade — (X) quando descobrem que o vilarejo de Javé vai ser submerso pelas águas de uma represa;(X) seus habitantes se organizam para tentar salvá-lo por meio de narrativas sobre os acontecimentos da região. 77. Resposta: “E”. A única alternativa que apresenta clareza é a expressa na alternativa E. 78. Resposta: “D”. Farei a inversão para facilitar sua compreensão: A) autor algum desejava a minha opinião sobre o seu trabalho – mudamos o sentido da oração B) O porteiro mesmo me entregou o pacote na recepção do hotel – mudança de sentido C) Meu pai procurou uma pessoa certa para me entregar o embrulho – houve mudança D) Contar histórias é uma forma prazerosa de aproximar os indivíduos – mesmo sentido! E) Poemas grandes épicos servem para perpetuar a cultura de um povo – mudança de sentido 79. Resposta: “C”. Vamos às eliminações: ao utilizarmos pronomes de tratamento, os pronomes possessivos devem ficar na terceira pessoa do plural ou do singular, dependendo do número apresentado no pronome de tratamento (Vossas Senhorias – seus, Vossa Senhoria – seu, por exemplo). Portanto, descartemos a . 29 alternativa A, já que ela utiliza o pronome “vossas”. Em B, a referência é a uma diretora e o adjetivo empregado foi “convidado” (deveria ser “convidada”). Em D, o pronome de tratamento está errado, já que não se admite a forma “Doutor” como forma de tratamento (Segundo o Manual de Redação Oficial: Fica ainda dito que doutor não é forma de tratamento, mas titulação acadêmica de quem defende tese de doutorado. Portanto, é aconselhável que não se use discriminadamente tal termo.). No item E, o equívoco está claro no gênero empregado: deveria ser “esperados”. Quanto ao pronome de tratamento: Os Senhores. 80. Resposta: “C”. "Meu amigo fora (verbo) lá fora (advérbio) buscar alguma (pronome) coisa, e eu ficara ali, sozinho, (adjetivo) naquela janela, presenciando a ascensão (substantivo) da lua cheia”. Temos, então: verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo e substantivo. 81. (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACAFE/2014) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas da frase a seguir. Quando________ três meses disse-me que iria _________ Grécia para visitar ___ sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la _______ resgatar as milhas _________ quais tinha direito. (A) a - há - à - à - às (B) há - à - a - a – às (C) há - a - há - à - as (D) a - à - a - à - às (E) a - a - à - há – as 82. (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACAFE/2014) Assinale a alternativa que se reescrevem corretamente as frases abaixo, substituindo os verbos destacados em negrito pelo verbos sugeridos entre parênteses, no mesmo tempo e modo, e fazendo as alterações necessárias. - Espero que se encontrem pessoas capazes de levar o empreendimento a bom termo (haver). - Se não conseguirem novos clientes, vamos ter que implantar um programa de demissão de empregados (dispor - dispõe-se de algo). (A) Espero que haja pessoas [...]; Se não se dispõem de novos clientes [,..J (B) Espero que haverá pessoas [...]; Se não se dispuser de novos clientes [...] (C) Espero que hajam pessoas [...]; Se não se dispuserem de novos clientes [...] (D) Espero que haverão pessoas [...]; Se não se disponham novos clientes [...] (E) Espero que haja pessoas [...]; Se não se dispuserem de novos clientes [...] 83. (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACAFE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos indicados entre parênteses, fazendo a devida concordância. - O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque surgiram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pretérito perfeito do indicativo) - Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos postados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do indicativo) - Representantes do PCRT somente serão aceitos na composição da chapa quando se _________ de criticara atual diretoria do clube, (abster-se - futuro do subjuntivo) A sequência correta, de cima para baixo, é: (A) interveio - entretinham - abstiverem (B) interviu - entretiveram - absterem (C) intervém - entreteram - abstêm (D) interviera - entretêm - abstiverem (E) intervirá - entretenham - abstiveram 84. (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que a preposição em destaque vem seguida, entre parênteses, da correta relação que estabelece entre os termos. (A) Mas tive de parar de ler para entender... (finalidade) (B) Lia o jornal enquanto aguardava voo para São Paulo... (matéria) (C) Viajei muito de avião dentro do país desde um pouco antes do início da Copa... (causa) (D) Viajei muito de avião dentro do país desde um pouco antes do início da Copa... (posse) (E) ... entender o trambolho grande que um dos dois carregava com carinho... (direção) . 30 85. (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) Observe os períodos: - Estavam dispostos a sacrificar seu conforto para levar o instrumento para a Europa. - Mas seria de maior valor ainda se o Brasil soubesse aproveitar também algumas lições do Mundial. - A ideia é tão exótica que nunca ninguém aqui tinha pensado nela. Os termos em destaque estabelecem relações entre as orações, indicando, respectivamente, sentido de (A) finalidade, explicação e concessão. (B) condição, finalidade e oposição. (C) adição, condição e explicação. (D) consequência, causa e explicação. (E) finalidade, condição e consequência. 86. (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) A forma verbal em destaque está no tempo futuro, indicando uma ação hipotética, em: (A) Lia o jornal enquanto aguardava meu voo para São Paulo... (B) Meus voos todos saíram na hora. (C) Era um berimbau, meu Deus. (D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento musical. (E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, bonita... 87. (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014 adaptada) Considerando a concordância verbal, assinale a alternativa em que a frase do texto, reescrita, obedece à norma-padrão da língua portuguesa. (A) Chamou a minha atenção, nos dois sujeitos altos, esguios e endinheirados, um trambolho grande. (B) À minha frente, no caixa, haviam dois holandeses com vestes diferentes. (C) As verdadeiras intenções do forasteiro era conhecida da comissária de bordo brasileira. (D) Seria de muito valor se algumas lições do Mundial fosse aproveitadas pelo povo brasileiro. (E) A lição que os japoneses nos deixaram trarão um ganho histórico para o país. (MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS/RJ – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – IDECAN/2014 adaptada) Texto para as questões 88 a 91. Vacinação contra a gripe começa nesta terça-feira Até 9 de maio, poderão ser imunizadas pela rede pública pessoas do grupo prioritário. Ministério da Saúde pretende vacinar 49,6 milhões de indivíduos. A Campanha Nacional de Vacinação contra a gripe começa nesta terça-feira e se estenderá até o dia 9 de maio. Durante esse período, poderão ser imunizadas crianças de seis meses a menos de cinco anos de idade, pessoas com mais de 60 anos, indígenas, profissionais de saúde e do sistema prisional, população carcerária, gestantes, mulheres até 45 dias depois do parto e doentes crônicos (como obesos, diabéticos e pessoas com insuficiência cardíaca). A meta do Ministério da Saúde é vacinar 80% do público-alvo da campanha, o equivalente a 49,6 milhões de pessoas. A vacina oferece proteção contra três tipos do vírus influenza: o B, o H1N1 e o H3N2. Como o vírus da gripe é mutante, a vacina contra a doença também varia a cada ano. Por isso, pessoas do grupo prioritário que já foram imunizadas anteriormente devem ser vacinadas de novo em 2014. A principal mudança da campanha deste ano em relação a 2013 foi a ampliação da faixa etária de crianças que podem ser imunizadas – passou de seis meses a dois anos para seis meses a cinco anos. Pacientes com doença crônica precisam apresentar uma prescrição médica para que possam ser imunizados. O Ministério da Saúde garante que a vacina é segura e incapaz de desencadear uma gripe. Serão distribuídas 53,5 milhões de doses em todo o país. As pessoas que não fazem parte do público-alvo da campanha podem ser imunizadas em clínicas da rede privada. A vacina, no entanto, não é recomendada a determinados grupos – como crianças com menos de seis meses e pessoas que já apresentaram reação alérgica grave à vacina. (Disponível em: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/vacinacao-contra-a-gripe-comeca-nesta-terca-feira.) . 31 88. (MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS/RJ – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – IDECAN/2014) De acordo com o texto, o Ministério da Saúde assegura que a vacina contra a gripe (A) não varia a cada ano. (B) se estenderá até junho deste ano. (C) não é recomendada à população carcerária. (D) é segura e incapaz de desencadear uma gripe. (E) oferece proteção contra o H1N1, H3N2 e febre amarela. 89. (MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS/RJ – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – IDECAN/2014) De acordo com o texto, poderão ser imunizados, EXCETO: (A) Indígenas. (B) Gestantes. (C) Recém-nascidos. (D) Profissionais de saúde. (E) Pessoas com mais de 60 anos. 90. (MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS/RJ – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – IDECAN/2014) Em “A vacina, no entanto, não é recomendada a determinados grupos – como crianças com menos de seis meses e pessoas que já apresentaram reação alérgica grave à vacina.” (5º§), as palavras destacadas podem ser classificadas, respectivamente, como (A) adjetivo, artigo e conjunção. (B) substantivo, verbo e adjetivo. (C) verbo, substantivo e pronome. (D) advérbio, pronome e preposição. (E) preposição, pronome e substantivo. 81. Resposta: “B”. Quando HÁ (sentido de tempo) três meses disse-me que iria À (“vou a, volto da, crase há!”) Grécia para visitar A (artigo) sua tia, vi-me na obrigação de ajudá-la A (ajudar “ela” a fazer algo) resgatar as milhas ÀS quais tinha direito (tinha direito a quê? às milhas – regência nominal). Teremos: há, à, a, a, às. 82. Resposta: “E”. - Espero que se encontrem pessoas capazes de levar o empreendimento a bom termo (haver). Modo subjuntivo, tempo presente - Se não conseguirem novos clientes, vamos ter que implantar um programa de demissão de empregados (dispor) = modo subjuntivo, tempo futuro Dá para irmos por eliminação: B. Espero que haverá = futuro do presente do Indicativo D. Espero que haverão = futuro do presente do Indicativo Sobram-nos os itens A, C e E: A. Espero que haja pessoas (ok!) ; Se não se dispõem = está no presente do Indicativo C. Espero que hajam pessoas = no sentido de “existir”, o verbo “haver” fica invariável (haja pessoas); Se não se dispuserem (ok!) E. Espero que haja pessoas (ok!); Se não se dispuserem (ok!) 83. Resposta: “A”. O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este, no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio” (não existe “interviu”, já que ele não deriva do verbo “ver”). Descartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma opção, chegamos à Resposta rapidamente! 84. Resposta: “A”. Correções à frente: A) Mas tive de parar de ler para entender... (finalidade) = correta B) Lia o jornal enquanto aguardava voo para São Paulo... = destino C) Viajei muito de avião dentro do país desde um pouco antes do início da Copa... = tempo D) Viajei muito de avião dentro do país desde um pouco antes do início da Copa... = meio E) ... entender o trambolho grande que um dos dois carregava com carinho... = modo . 32 85. Resposta: “E”. Eliminemos: no primeiro item temos uma conjunção final (finalidade), portanto ficaremos apenas com as alternativas A e E. No segundo período, temos uma condição para melhoria (podemos substituir o “se” pelo termo “caso”. Havendo lógica, teremos uma conjunção condicional: Caso o Brasil soubesse aproveitar...). Chegamos à Resposta. 86. Resposta: “D”. Tal questão pode ser resolvida somente pela leitura das alternativas, sem a necessidade de classificar todos os verbos grifados. Farei a classificação por questão pedagógica! A) Lia o jornal enquanto aguardava = pretérito imperfeito do Indicativo B) Meus voos todos saíram na hora. = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo C) Era um berimbau, meu Deus. = pretérito imperfeito do Indicativo D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento musical. = futuro do pretérito do Indicativo (hipótese) E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, bonita...= pretérito mais-que-perfeito do Indicativo 87. Resposta: “A”. Correções à frente: A) Chamou a minha atenção, nos dois sujeitos altos, esguios e endinheirados, um trambolho grande. = correta B) À minha frente, no caixa, haviam dois holandeses = havia dois holandeses C) As verdadeiras intenções do forasteiro era conhecida = eram conhecidas D) Seria de muito valor se algumas lições do Mundial fosse aproveitadas = fossem E) A lição que os japoneses nos deixaram trarão = trará 88. Resposta: “D”. Busquemos a Resposta no texto: “O Ministério da Saúde garante que a vacina é segura e incapaz de desencadear uma gripe”. 89. Resposta: “C”. Na questão devemos atentar para a presença do EXCETO. Das cinco alternativas apresentadas, em uma delas consta um exemplo de quem não será imunizado. Texto: “poderão ser imunizadas crianças de seis meses a menos de cinco anos de idade, pessoas com mais de 60 anos, indígenas, profissionais de saúde e do sistema prisional, população carcerária, gestantes, mulheres até 45 dias depois do parto e doentes crônicos (como obesos, diabéticos e pessoas com insuficiência cardíaca)”. No texto não consta “recém-nascidos”. 90. Resposta: “B”. Vacina = substantivo / apresentaram = verbo / grave = adjetivo 91. (MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS/RJ – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – IDECAN/2014) A palavra “ministério”, transcrita do texto, é acentuada pela mesma razão que a palavra A) vírus. B) clínica. C) saúde. D) período. E) prioritário. 92. (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL – FUNDATEC/2014 - adaptada) Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica. I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa. II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ não é a mesma. III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente. IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de número. . 33 Quais estão corretas? (A) Apenas I e III. (B) Apenas II e IV. (C) Apenas I, II e IV. (D) Apenas II, III e IV. (E) I, II, III e IV. 93. (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – CEGRANRIO/2014) A frase em que a flexão do verbo auxiliar destacado obedece aos princípios da norma-padrão é (A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão inteligentes quanto o homem. (B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras tarefas destinadas aos robôs. (C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos para garantir a evolução da robótica. (D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de superar, como a locomoção e o diálogo. (E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista espacial. 94. (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – CEGRANRIO/2014) O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa é (A) gorjeta, ogeriza, lojista, ferrujem (B) pedágio, ultrage, pagem, angina (C) refújio, agiota, rigidez, rabujento (D) vigência, jenipapo, fuligem, cafajeste (E) sargeta, jengiva, jiló, lambujem 95. (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – CEGRANRIO/2014) A forma verbal destacada está empregada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa em: (A) Se os governantes verem o prejuízo causado pelas variações do clima, talvez tomem medidas cautelares. (B) A construção de novas hidrelétricas dependia de que as verbas se mantessem inalteradas. (C) As variações do clima não afetariam o meio ambiente se a população interviesse nas políticas públicas. (D) Todos ansiam que os eventos climáticos extremos não cheguem a causar problemas ambientais. (E) Um grupo de pesquisadores entreveu a possibilidade de prejuízos na produção de energia por causa das alterações das chuvas na Amazônia. 96. (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – CEGRANRIO/2014) A concordância verbal está de acordo com a norma-padrão EXCETO em: (A) As análises revelam que o valor das correlações entre a vazão dos rios e anomalias de temperatura do mar são pequenos. (B) Cerca de 20% das cavernas catalogadas em diversas regiões do Brasil situam-se nos geossistemas ferruginosos. (C) Medidas têm sido tomadas para avaliar a influência das mudanças do clima que comprometem a geração de energia. (D) Mudança anormal de variações que afetam a matriz energética nacional constitui motivo de preocupação. (E) Os problemas que associam a energia nuclear à possibilidade de acidentes e ao risco da confecção de bombas atômicas podem ser resolvidos. 97. (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CONTÁBEIS – CEGRANRIO/2014 adaptada) O emprego do acento grave que indica a crase é obrigatório, de acordo com a normapadrão, no a que está destacado em: (A) Antes de construir uma hidrelétrica, é importante avaliar a ocorrência de fenômenos climáticos prejudiciais à região. (B) Aplicar a ciência já adquirida e evoluir para uma nova realidade com respeito à natureza é responsabilidade de todos. (C) As secas prolongadas dificultam a sobrevivência da população ribeirinha e repercutem no potencial energético da região. (D) Empreendeu-se a inovadora pesquisa de adaptação de novas tecnologias para a geração de energia. . 34 (E) Eventos climáticos atípicos na Amazônia não causam estragos permanentes, e a vida retorna a situação normal. 98. (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014 - adaptada) Estaria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” caso se empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”. ( ) CERTO ( ) ERRADO 99. (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014) Considerando aspectos estruturais e linguísticos das correspondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República. O tratamento Digníssimo deve ser empregado para todas as autoridades do poder público, uma vez que a dignidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de cargos públicos. ( ) CERTO ( ) ERRADO (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – FGV/2014/adaptada) Texto para as questões 100 a 104. Alimentos especiais Gelatinas que podem se transformar em filezinhos ou pós que viram cenouras são alguns dos produtos específicos para idosos desenvolvidos pela indústria alimentícia japonesa, que encontrou um filão no envelhecimento da sua sociedade. Cada vez mais empresas japonesas apostam em produtos alimentícios exclusivamente dirigidos aos consumidores de idade avançada, com características como uma textura mais suave do que o habitual ou pré-cozidos e embalados individualmente. Esses produtos podem ser encontrados nos supermercados com rótulos como "sênior" e com características adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de consumo. Muitos japoneses da terceira idade, com mais de 65 anos, vivem e comem sozinhos – entre 20% e 40%, segundo dados da Associação Japonesa da Dieta –, o que tem feito os fabricantes optarem em apresentar os produtos em porções individuais e quase prontos para consumo. (Notícias Uol) 100. (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – FGV/2014) “Cada vez mais empresas japonesas apostam em produtos alimentícios”. Essa frase tem um problema de construção, que é (A) a dupla leitura do vocábulo “mais”, que se liga a diferentes termos. (B) a coincidência do mesmo som em “empresas japonesas”. (C) a utilização inadequada do verbo “apostar”. (D) a redundância existente na expressão “produtos alimentícios”. (E) a regência equivocada do verbo “apostar” com a preposição “em”. 91. Resposta: “E”. (Ministério = paroxítona terminada em ditongo) vírus = paroxítona terminada em “u” seguido de “s”. clínica = proparoxítona (todas são acentuadas) saúde = regra do hiato período = proparoxítona prioritário = paroxítona terminada em ditongo 92. Resposta: “C”. I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja retirado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa = teremos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta) II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ não é a mesma = vários é paroxítona terminada em ditongo; país é a regra do hiato (correta) III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato, por isso a acentuação (da - í) = incorreta. IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a terceira pessoa do plural (correta) . 35 93. Resposta: “B”. Os verbos auxiliares devem obedecer à regra do verbo principal que acompanham. Se este sofre flexão de número, aqueles também sofrerão. Exemplo: o verbo “haver”, no sentido de “existir”, é invariável. Então, na frase: “Podem haver mais fatos” temos um erro. O correto é “Pode haver”. Vamos às análises: A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs = pode haver B) Devem existir formas = o “existir” sofre flexão (correta) C) No futuro, devem haver = deve haver D) Pode existir obstáculos = podem existir E) Pode surgir novas tecnologias = podem surgir 94. Resposta: “D”. Correções à frente: A) gorjeta, ojeriza / ojeriza, lojista, ferrugem / ferrugem B) pedágio, ultraje / ultraje, pagem / pajem, angina C) refújio / refúgio, agiota, rigidez, rabugento D) vigência, jenipapo, fuligem, cafajeste = corretas E) sarjeta - sarjeta, jengiva / gengiva, jiló, lambujem 95. Resposta: “C”. Correções à frente: A) Se os governantes verem o prejuízo = virem B) A construção de novas hidrelétricas dependia de que as verbas se mantessem = mantivessem C) As variações do clima não afetariam o meio ambiente se a população interviesse nas políticas públicas. = correta D) Todos ansiam = anseiam E) Um grupo de pesquisadores entreveu = entreviu 96. Resposta: “A”. Cuidado com a pegadinha! EXCETO. Vamos às alternativas – teremos quatro corretas. A) As análises revelam que o valor das correlações entre a vazão dos rios e anomalias de temperatura do mar são pequenos = é pequeno. B) Cerca de 20% das cavernas catalogadas em diversas regiões do Brasil situam-se nos geossistemas ferruginosos. = correta * Regra: quando o sujeito é formado por expressão que indica quantidade aproximada (cerca de, mais de, menos de, perto de...) seguida de numeral e substantivo, o verbo concorda com o substantivo. C) Medidas têm sido tomadas para avaliar a influência das mudanças do clima que comprometem a geração de energia. = correta D) Mudança anormal de variações que afetam a matriz energética nacional constitui motivo de preocupação. = correta E) Os problemas que associam a energia nuclear à possibilidade de acidentes e ao risco da confecção de bombas atômicas podem ser resolvidos. = correta 97. Resposta: “E”. A) Antes de construir uma hidrelétrica, é importante avaliar a = avaliar o quê? Objeto direto – sem preposição, apenas artigo (sem acento grave) B) Aplicar a ciência = aplicar o quê? Objeto direto – sem preposição, apenas artigo (sem acento grave) C) As secas prolongadas dificultam a sobrevivência = dificultam o quê? Objeto direto – sem preposição, apenas artigo (sem acento grave) D) Empreendeu-se a inovadora = empreendeu-se o quê? Objeto direto – sem preposição, apenas artigo (sem acento grave) E) Eventos climáticos atípicos na Amazônia não causam estragos permanentes, e a vida retorna a situação normal = regência do verbo “retornar” pede preposição (retorna à situação normal) 98. Resposta: “ERRADO”. Após o pronome relativo “cujo” não deve existir artigo. . 36 99. Resposta: “ERRADO”. Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a dignidade é condição primordial para que tais cargos públicos sejam ocupados. Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_publicacoes_ver.php?id=2 100. Resposta: “A”. Pela leitura não sabemos se o “mais” faz parte da expressão “cada vez mais” ou se está relacionado à palavra “empresas” (mais empresas). Há ambiguidade (dupla leitura). 101. (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – FGV/2014) Assinale a opção que aponta a característica dos alimentos especiais que NÃO está adequada ao texto. (A) Facilidade na mastigação. (B) Rapidez no preparo. (C) Textura mais branda. (D) Apresentação individual. (E) Cozimento mais demorado. 102. (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – FGV/2014) “o que tem feito os fabricantes optarem em apresentar os produtos em porções individuais e quase prontos para consumo”. A opção dos fabricantes visa a (A) prevenir a obesidade e poupar energia. (B) evitar o desperdício e economizar tempo. (C) baratear o custo e causar pouco trabalho. (D) trazer mais facilidade e dar mais conforto. (E) obedecer à tradição e seguir os hábitos alimentares japoneses. 103. (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – FGV/2014) “Esses produtos podem ser encontrados nos supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e preparados para se encaixar em seus hábitos de consumo”. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma verbal reduzida adequadamente desenvolvida em (A) para se encaixarem. (B) para seu encaixotamento. (C) para que se encaixassem. (D) para que se encaixem. (E) para que se encaixariam. 104. (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – FGV/2014) “o que tem feito os fabricantes optarem em apresentar os produtos em porções individuais e quase prontos para consumo”. A expressão sublinhada pode ser adequadamente substituída por (A) para a sua consumação. (B) para que sejam consumidos. (C) a fim de que se consumem. (D) para serem consumados. (E) para que fossem consumidos. 105. (SEDUC/AM – ASSISTENTE SOCIAL – FGV/2014 - adaptada) “Maioria crescente dos brasileiros, portanto, terá nascido ou se tornado adulta na vigência do regime democrático.” Ao colocar o conectivo “portanto”, o autor do texto quer mostrar que todo esse período funciona como uma (A) conclusão. (B) explicação. (C) retificação. (D) adição. (E) alternativa. . 37 106. (SEDUC/AM – ASSISTENTE SOCIAL – FGV/2014) Assinale a opção que indica o segmento em que a conjunção e tem valor adversativo e não aditivo. (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação da população na escolha dos governantes,...”. (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, moderno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência eleitoral anterior”. (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distribuição de oportunidades e de mitigação de desigualdades de hoje”. (D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas ela na história nacional, inventou o que mais perto se pode chegar de um Estado de Bem-Estar num país de renda média”. (E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta de políticas públicas social-democratas”. 107. (SEDUC/AM – ASSISTENTE SOCIAL – FGV/2014 - adaptada) “Em termos de escala, assiduidade e participação da população na escolha dos governantes, o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, moderno e dinâmico, no cotejo com a restrita experiência eleitoral anterior.” Se o país de hoje é visto no texto como “moderno e dinâmico”, anteriormente ele seria, respectivamente, (A) ultrapassado e estático. (B) obsoleto e criativo. (C) antiquado e monótono. (D) antigo e desanimado. (E) velho e limitado. 108. (SEDUC/AM - MERENDEIRO – FGV/2014) Marque e opção que apresenta uma palavra classificada como trissílaba. (A) Alimentação (B) Carentes (C) Instrumento (D) Fome (E) Repetência (SEDUC/AM - MERENDEIRO – FGV/2014 - adaptada) Leia o texto abaixo para responder às questões. Os benefícios da merenda escolar A alimentação é uma necessidade básica ao desenvolvimento do ser humano. Nas fases da infância e da adolescência, alimentos de qualidade favorecem o crescimento tanto do aspecto físico, como do intelectual, do emocional e do social. Nesse sentido, a merenda escolar é fundamental, pois ela pode influenciar bastante no desempenho do aluno. Por isso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece como função do Estado assegurar a alimentação de qualidade na escola. A merenda escolar é um direito de meninos e meninas. Não pode ser pensada como “auxílio aos carentes", nem como instrumento de combate à fome ou à desnutrição. O período em que o aluno permanece na escola deve ser de bem-estar para facilitar o aprendizado. Uma boa alimentação contribui, portanto, para um melhor desempenho escolar e, consequentemente, diminui a repetência. A merenda pode contribuir, também, para formação de bons hábitos alimentares. (Agência Unama) 109. (SEDUC/AM - MERENDEIRO – FGV/2014) “Por isso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece como função do Estado assegurar a alimentação de qualidade na escola". De acordo com essa parte do texto, não é um alimento qualquer que deve ser servido nas escolas. É preciso que ele seja (A) lavado antes de cozinhar. (B) selecionado com cuidado. (C) com pouco sal. (D) sem gordura. (E) preparado fora da escola. . 38 110. (SEDUC/AM - MERENDEIRO – FGV/2014) A responsabilidade de fornecer a merenda escolar é (A) das grandes empresas. (B) das famílias em geral. (C) das nações ricas. (D) das autoridades públicas. (E) dos próprios alunos. 101. Resposta: “E”. Recorramos ao texto! Com o termo “pré-cozidos” concluímos que o cozimento não será mais demorado; pelo contrário, mais rapidez no preparo! As demais alternativas constam no texto. 102. Resposta: “B”. Texto: “Muitos japoneses da terceira idade, com mais de 65 anos, vivem e comem sozinhos - entre 20% e 40%, segundo dados da Associação Japonesa da Dieta –, o que tem feito os fabricantes optarem em apresentar os produtos em porções individuais e quase prontos para consumo”. Evitar desperdício. 103. Resposta: “D”. As orações subordinadas reduzidas são aquelas que não apresentam conjunção. Para torná-las desenvolvidas, basta acrescentarmos a conjunção: “para que se encaixem”. 104. Resposta: “B”. Podemos eliminar as alternativas incoerentes: A (consumação), C (de que se consumem) e D (consumados). Ficamos com B e E. Pela leitura do texto, o coerente é a que utiliza “para que sejam consumidos”, indicando a finalidade da apresentação dos produtos em porções individuais. Além disso, a expressão verbal “tem feito” indica tempo presente, e “fossem” está no pretérito (passado). 105. Resposta: “A”. “Portanto” é uma conjunção conclusiva, atribuindo a ideia de conclusão à oração com a qual ela se relaciona. 106. Resposta: “E”. (A) “Em termos de escala, assiduidade e participação = adição (B) “... o Brasil de 1985 a 2014 parece outro país, moderno e dinâmico = adição (C) “A hipótese de ruptura com o passado se fortalece quando avaliamos a extensão dos mecanismos de distribuição de oportunidades e de mitigação de desigualdades de hoje”. = adição (D) “A democracia brasileira contemporânea, e apenas ela na história nacional = adição (E) “A baixa qualidade dos serviços governamentais está ligada sobretudo à limitação do PIB, e não à falta = adversativa (dá para substituirmos por “mas”) 107. Resposta: “A”. Comecemos pelo antônimo de “dinâmico” = estático. Chegamos à Resposta: ultrapassado e estático. 108. Resposta: “B”. (A) Alimentação = a-li-men-ta-ção - polissílaba (B) Carentes = ca-ren-tes - trissílaba (C) Instrumento = ins-tru-men-to - polissílaba (D) Fome = fo-me - dissílaba (E) Repetência = re-pe-tên-cia – polissílaba 109. Resposta: “B”. Segundo o texto, a única alternativa que apresenta coerência quanto ao exposto é a de ter na merenda alimentos de qualidade, selecionados. 110. Resposta: “D”. Texto: “o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) estabelece como função do Estado assegurar a alimentação de qualidade na escola”. . 39 111. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a: (A) que o instituto Endeavor traz; (B) que o instituto Endeavor trouxe; (C) trazida pelo instituto Endeavor; (D) que é trazida pelo instituto Endeavor; (E) que traz o instituto Endeavor. 112. (POLÍCIA CIVIL/MG – INVESTIGADOR – FUMARC/2014) Sobre o uso de Correios Eletrônicos em Redação Oficial, é INCORRETO afirmar: (A) Deve-se solicitar confirmação de recebimento. (B) Não há formato estrutural rígido, mas deve conter linguagem compatível. (C) Não possui valor documental. (D) Trata-se da principal forma para transmissão de documentos. 113. (POLÍCIA CIVIL/MG – INVESTIGADOR – FUMARC/2014) O Pronome de Tratamento adequado às comunicações encaminhadas a Juiz de Direito é (A) Ilustríssimo Senhor. (B) Meritíssimo Juiz. (C) Vossa Excelência. (D) Vossa Senhoria. (INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – SECRETÁRIA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia trechos da letra da música dos compositores José Carlos Figueiredo, Antônio Carlos Marques Pinto e José Ubaldo Avila para responder às questões de números 114 e 115. Você abusou Me magoa, maltrata e quer desculpa Me retruca, me trai e quer perdão Me ofende, me fere e não tem culpa Jesus Cristo, eu não sei quem tem razão. Esse fogo, essa farsa, essa desgraça Me corrompe e corrói meu coração Há momentos que eu paro e acho graça Procuro, e não acho a solução. Você abusou, Tirou partido de mim, abusou Mas não faz mal É tão normal ter desamor É tão cafona sofrer dor Que eu já não sei Se é meninice ou cafonice o meu amor. Que me perdoem, se eu insisto neste tema Se o quadradismo dos meus versos, Vai de encontro aos intelectos, Que não usam o coração, Como expressão... 114. (INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – SECRETÁRIA) Considerando a normapadrão da língua portuguesa, assinale a alternativa cuja afirmação está correta. (A) No 1.º verso, a construção – Me magoa... é própria da linguagem coloquial. Na linguagem culta seria – Magoa-me... (B) No 4.º verso – Jesus Cristo, eu não sei quem tem razão. – não deveria haver vírgula após o nome Jesus Cristo, pois não se separa com vírgula o sujeito do verbo. . 40 (C) No 6.º verso – Me corrompe e corrói meu coração – as ações verbais em destaque são praticadas pelo “coração”. (D) No 7.º verso – Há momentos que eu paro e acho graça – se o verbo Haver for substituído por Existir, a construção correta será: Existe momentos... (E) No 7.º verso – Há momentos que eu paro e acho graça – se o verbo Haver for empregado no tempo futuro, considerando a correta concordância, será: Haverão momentos... 115. (INSTITUTO DE PESQUISAS TECNOLÓGICAS – SECRETÁRIA) Quanto à regência verbal ou nominal, assinale a alternativa que apresenta uma frase da letra da música, reescrita, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) A dor que ele se refere é a da traição. (B) Ela traiu aquele que merecia seu verdadeiro amor. (C) Ele tem esperança que seja encontrada solução para seu caso amoroso. (D) Muitos casos amorosos o perdão não deve ser negado. (E) Algumas pessoas têm convicção que sofrer por amor é cafonice. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o texto para responder às questões de números 116 e 117. Queixo duplo Psicólogos, pedagogos e linguistas advertem: o smartphone é antissocial – ao mesmo tempo em que parece conectar as pessoas, na verdade as afasta e faz com que se confinem individualmente na mediocridade de uma telinha de três polegadas. Pode-se estar num restaurante, teatro, praia ou até passeando em Paris – se o sujeito estiver empalmando um smartphone, nada e ninguém mais existirá. A badalhoca abole a vida ao redor. Apesar disso, raros se habilitam a tentar equilibrar essa servidão com a riqueza da vida real, onde as coisas têm forma, volume, peso, cheiros e cores. Neste momento, já há dezenas de milhões de crianças que não conheceram o mundo antes do smartphone. Mais um pouco e não acreditarão que esse mundo um dia existiu. Se as pessoas insistem em ignorar as conclusões de tais estudiosos e não se importam de reduzir suas mentes à condição de apêndice de um aparelho, talvez se assustem ao saber que o smartphone também as atinge em algo que ainda devem valorizar: o corpo. Cidadãos habituados a usar o smartphone enquanto caminham pela rua tendem a torcer o pé em buracos no calçamento, ser tragados por bueiros, tropeçar no meio-fio e abalroar-se uns aos outros. Os mais compenetrados não estão livres de ser atropelados pelo pipoqueiro. Se isto não basta para que as pessoas deem um pouco de sossego ao smartphone, resta informar que, para alguns fisioterapeutas, a postura curvada – a cabeça em ângulo reto em relação ao pescoço, exigida para se ler ou escrever na telinha – pode vergar a coluna mais ereta à forma de um ponto de interrogação. E o queixo cravado ao peito tantas horas por dia está levando as pessoas mais bonitas a desenvolverem queixo duplo. (Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 12.05.2014. Adaptado) 116. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) De acordo com o primeiro parágrafo do texto, o smartphone (A) contribui para que as pessoas se aproximem, por meio de seus diversos recursos de interatividade. (B) auxilia as pessoas a localizarem bons lugares, como restaurantes e teatros, onde possam interagir. (C) fez com que as conversas por telefone fossem substituídas por outras formas de interação, como as redes sociais. (D) coloca as pessoas em situação de isolamento, ao torná-las alheias à vida real, aos acontecimentos ao seu redor. (E) permitiu às pessoas se relacionarem melhor, por poderem se comunicar mesmo estando na praia, ou em Paris. . 41 117. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) É correto concluir, a partir da leitura do penúltimo parágrafo do texto, que o hábito de usar o smartphone enquanto caminham torna as pessoas (A) desacreditadas. (B) apreensivas. (C) cuidadosas. (D) prevenidas. (E) desatentas. 118. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014 - adaptada) Releia o seguinte trecho do texto para responder à questão. Se as pessoas insistem em ignorar as conclusões de tais estudiosos e não se importam de reduzir suas mentes à condição de apêndice de um aparelho, talvez se assustem ao saber que o smartphone também as atinge em algo que ainda devem valorizar: o corpo. O pronome as, em destaque no trecho, retoma a seguinte expressão: (A) as pessoas. (B) as conclusões. (C) tais estudiosos. (D) apêndice de um aparelho. (E) o smartphone. 119. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa que contém a expressão verbal flexionada no modo subjuntivo, indicando um fato incerto, uma possibilidade. (A) insistem. (B) reduzir. (C) se assustem. (D) atingem. (E) devem valorizar. 120. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir. Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam _________ motivos para associar alguns comportamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e _________ alertado os pais para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: (A) faz … haver … têm (B) fazem … haver … tem (C) faz … haverem … têm (D) fazem … haverem … têm (E) faz … haverem … tem 111. Resposta: “B”. Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito – assim como na passiva). 112. Resposta: “C”. Segundo o Manual de Redação Oficial: Valor documental - Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor documental, e para que possa ser aceito como documento original, é necessário existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei. Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_publicacoes_ver.php?id=2 Ou seja, os Correios Eletrônicos não têm valor documental. . 42 113. Resposta: “C”. Manual de Redação Oficial: Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: c) do Poder Judiciário: Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal, Presidente e Membros do Superior Tribunal de Justiça, Presidente e Membros do Superior Tribunal Militar, Presidente e Membros do Tribunal Superior Eleitoral, Presidente e Membros do Tribunal Superior do Trabalho, Presidente e Membros dos Tribunais de Justiça, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Federais, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais Eleitorais, Presidente e Membros dos Tribunais Regionais do Trabalho, Juízes e Desembargadores, Auditores da Justiça Militar. Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_publicacoes_ver.php?id=2 114. Resposta: “A”. Correções à frente: (A) No 1.º verso, a construção – Me magoa... é própria da linguagem coloquial. Na linguagem culta seria – Magoa-me... = correta (B) No 4.º verso – Jesus Cristo, eu não sei quem tem razão. – não deveria haver vírgula após o nome Jesus Cristo, pois não se separa com vírgula o sujeito do verbo = há vírgula porque “Jesus” é vocativo, no caso (incorreta) (C) No 6.º verso – Me corrompe e corrói meu coração – as ações verbais em destaque são praticadas pelo “coração”. = (“essa desgraça”) (D) No 7.º verso – Há momentos que eu paro e acho graça – se o verbo Haver for substituído por Existir, a construção correta será: Existe momentos... = existem (E) No 7.º verso – Há momentos que eu paro e acho graça – se o verbo Haver for empregado no tempo futuro, considerando a correta concordância, será: Haverão momentos... = haverá 115. Resposta: “B”. (A) A dor que ele se refere é a da traição. = a dor a que ele se refere (B) Ela traiu aquele que merecia seu verdadeiro amor. = correta (C) Ele tem esperança que seja encontrada = de que seja encontrada (D) Muitos casos amorosos o perdão não deve ser negado = A muitos casos amorosos. (E) Algumas pessoas têm convicção que sofrer por amor = de que sofrer 116. Resposta: “D”. Recorramos ao texto: “o smartphone é antissocial – ao mesmo tempo em que parece conectar as pessoas, na verdade as afasta e faz com que se confinem individualmente na mediocridade de uma telinha de três polegadas”. 117. Resposta: “E”. Texto: “Cidadãos habituados a usar o smartphone enquanto caminham pela rua tendem a torcer o pé em buracos no calçamento, ser tragados por bueiros, tropeçar no meio-fio e abalroar-se uns aos outros. Os mais compenetrados não estão livres de ser atropelados pelo pipoqueiro”. Ou seja: pessoas desatentas. 118. Resposta: “A”. O termo destacado refere-se à palavra “pessoas”. 119. Resposta: “C”. Analisando as alternativas dentro do texto: A) insistem = presente do indicativo B) reduzir = forma nominal (infinitivo) C) se assustem = presente do subjuntivo (talvez se assustem - hipótese) D) atingem = presente do indicativo. E) devem valorizar = presente do indicativo. 120. Resposta: “A”. Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam HAVER (sentido de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (concorda com o termo “os especialistas”) alertado os pais para que avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. Temos: faz, haver, têm. . 43 121. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à concordância e à regência das palavras, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Alguns problemas posturais são devidos do uso frequente do smartphone. (B) Alguns problemas posturais são devidos ao uso frequente do smartphone. (C) Alguns problemas posturais são devido o uso frequente do smartphone. (D) Alguns problemas posturais são devido a uso frequente do smartphone. (E) Alguns problemas posturais são devido do uso frequente do smartphone. 122. (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) A reescrita da frase – Como sempre, a Resposta depende de como definimos os termos da pergunta. – está correta, quanto à pontuação, em: (A) A Resposta como sempre, depende de, como definimos os termos da pergunta. (B) A Resposta, como sempre, depende de como definimos os termos da pergunta. (C) A Resposta como, sempre, depende de como definimos os termos da pergunta. (D) A Resposta, como, sempre depende de como definimos os termos da pergunta. (E) A Resposta como sempre, depende de como, definimos os termos da pergunta. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada) Atenção: Para responder às questões de números 123 a 127, considere o texto abaixo. O MAQUINISTA empurra a manopla do acelerador. O trem cargueiro começa a avançar pelos vastos e desertos prados do Cazaquistão, deixando para trás a fronteira com a China. O trem segue mais ou menos o mesmo percurso da lendária Rota da Seda, antigo caminho que ligava a China à Europa e era usado para o transporte de especiarias, pedras preciosas e, evidentemente, seda, até cair em desuso, seis séculos atrás. Hoje, a rota está sendo retomada para transportar uma carga igualmente preciosa: laptops e acessórios de informática fabricados na China e enviados por trem expresso para Londres, Paris, Berlim e Roma. A Rota da Seda nunca foi uma rota única, mas sim uma teia de caminhos trilhados por caravanas de camelos e cavalos a partir de 120 a.C., quando Xi'an − cidade do centro-oeste chinês, mais conhecida por seus guerreiros de terracota − era a capital da China. As caravanas começavam cruzando os desertos do oeste da China, viajavam por cordilheiras que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além. Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. Mas, à medida que a navegação marítima se expandiu e que o centro político da China se deslocou para Pequim, a atividade econômica do país migrou na direção da costa. Hoje, a geografia econômica está mudando outra vez. Os custos trabalhistas nas cidades do leste da China dispararam na última década. Por isso as indústrias estão transferindo sua produção para o interior do país. O envio de produtos por caminhão das fábricas do interior para os portos de Shenzhen ou Xangai − e de lá por navios que contornam a Índia e cruzam o canal de Suez – é algo que leva cinco semanas. O trem da Rota da Seda reduz esse tempo para três semanas. A rota marítima ainda é mais barata do que o trem, mas o custo do tempo agregado por mar é considerável. Inicialmente, a experiência foi realizada nos meses de verão, mas agora algumas empresas planejam usar o frete ferroviário no próximo inverno boreal. Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40 °C negativos. (Adaptado de: www1.folhauol.com.br/FSP/newyorktimes/122473) 123. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Depreende-se corretamente do texto: (A) A lendária Rota da Seda foi abandonada porque as caravanas de camelos e cavalos tinham dificuldade de enfrentar o frio extremo da região. (B) A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da China migrasse na direção da costa. (C) O frete ferroviário deve ser substituído pelo transporte marítimo no inverno, já que a carga a ser transportada pode ser danificada pelas baixas temperaturas. (D) A partir da retomada da Rota da Seda, as fábricas chinesas voltaram a exportar quantidades significativas de especiarias. . 44 (E) A navegação chinesa se expandiu e o transporte marítimo atingiu o seu auge durante a época em que Xi’an era a capital da China. 124. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) ... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Central até o mar Cáspio e além. (5º parágrafo) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: (A) ... e de lá por navios que contornam a Índia... (B) ... era a capital da China. (C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... (D) ... dispararam na última década. (E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas... 125. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Para isso adotam complexas providências para proteger a carga das temperaturas que podem atingir 40°C negativos. (último parágrafo). Sem que se faça nenhuma outra alteração no segmento acima, mantêm-se a correção e, em linhas gerais, o sentido original, substituindo-se (A) atingir por cair à. (B) adotam por recorrem. (C) para proteger por afim de proteger. (D) complexas por amplas. (E) isso por tanto. 126. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) cruzando os desertos do oeste da China − que contornam a Índia − adotam complexas providências Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome, respectivamente, em: (A) os cruzando - que contornam-lhe - adotam-as (B) cruzando-lhes - que contornam-na - as adotam (C) cruzando-os - que lhe contornam - adotam-lhes (D) cruzando-os - que a contornam - adotam-nas (E) lhes cruzando - que contornam-a - as adotam 127. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas... O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o da frase acima está em: (A) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... (B) Esses caminhos floresceram durante os primórdios da Idade Média. (C) ... viajavam por cordilheiras... (D) ... até cair em desuso, seis séculos atrás. (E) O maquinista empurra a manopla do acelerador. 128. (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Ela consagra a vitória da razão abstrata, que é a instância suprema de toda a cultura moderna, versada no rigor das matemáticas que passarão a reger os sistemas de controle do tempo e do espaço. Afirma-se corretamente sobre a frase acima: (A) As vírgulas isolam um segmento explicativo. (B) O verbo consagra, no contexto, não admite transposição para a voz passiva. (C) No segmento que passarão a reger os sistemas de controle do tempo e do espaço, o elemento sublinhado pode ser substituído por "com que", sem prejuízo para o sentido original. (D) O segmento versada no rigor está corretamente traduzido, no contexto, por “de acordo com os princípios”. (E) O segmento que passarão a reger os sistemas de controle do tempo e do espaço pode ser substituído por "cujos sistemas de controle do tempo e do espaço passarão a reger". . 45 (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada) Atenção: Para responder às questões de números 129 e 130, considere o texto abaixo. A guerra dos dez anos começou quando um fazendeiro cubano, Carlos Manuel de Céspedes, e duzentos homens mal armados tomaram a cidade de Santiago e proclamaram a independência do país em relação à metrópole espanhola. Mas a Espanha reagiu. Quatro anos depois, Céspedes foi deposto por um tribunal cubano e, em março de 1874, foi capturado e fuzilado por soldados espanhóis. Entrementes, ansioso por derrubar medidas espanholas de restrição ao comércio, o governo americano apoiara abertamente os revolucionários e Nova York, Nova Orleans e Key West tinham aberto seus portos a milhares de cubanos em fuga. Em poucos anos Key West transformou-se de uma pequena vila de pescadores numa importante comunidade produtora de charutos. Despontava a nova capital mundial do Havana. Os trabalhadores que imigraram para os Estados Unidos levaram com eles a instituição do “lector”. Uma ilustração da revista Practical Magazine mostra um desses leitores sentado de pernas cruzadas, óculos e chapéu de abas largas, um livro nas mãos, enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos com o que parece ser uma atenção enlevada. O material dessas leituras em voz alta, decidido de antemão pelos operários (que pagavam o “lector” do próprio salário), ia de histórias e tratados políticos a romances e coleções de poesia. Tinham seus prediletos: O conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, por exemplo, tornou-se uma escolha tão popular que um grupo de trabalhadores escreveu ao autor pouco antes da morte dele, em 1870, pedindo-lhe que cedesse o nome de seu herói para um charuto; Dumas consentiu. Segundo Mário Sanchez, um pintor de Key West, as leituras decorriam em silêncio concentrado e não eram permitidos comentários ou questões antes do final da sessão. (Adaptado de: MANGUEL, Alberto. Uma história da leitura. Trad. Pedro Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, Maia Soares. São Paulo, Cia das Letras, 1996, p. 134-136) 129. (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Depreende-se do texto que (A) a atividade de ler em voz alta, conduzida pelo “lector”, permitia que os operários produzissem mais, pois trabalhavam com maior concentração. (B) o hábito de ler em voz alta, levado originalmente de Cuba para os Estados Unidos, relaciona-se ao valor atribuído à leitura, que é determinado culturalmente. (C) os operários cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do escritor. (D) ao contratar um leitor, os operários cubanos podiam superar, em parte, a condição de analfabetismo a que estavam submetidos. (E) os charuteiros cubanos, organizados coletivamente, compartilhavam a ideia de que a fruição de um texto deveria ser comunitária, não individual. 130. (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Tinham seus prediletos ... (4º parágrafo). O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: (A) Dumas consentiu. (B) ... levaram com eles a instituição do “lector”. (C) ... enquanto uma fileira de trabalhadores enrolam charutos... (D) Despontava a nova capital mundial do Havana. (E) ... que cedesse o nome de seu herói... 121. Resposta: “B”. Alguns problemas posturais são devidos (concordância verbal e nominal) ao (regência nominal de “devidos” pede preposição) frequente do smartphone. 122. Resposta: “B”. No trecho, a expressão “como sempre” está no início do período. Ao ser deslocada, deverá permanecer entre vírgulas. Portanto, a oração com pontuação adequada é “a Resposta, como sempre, depende de como definimos os termos da pergunta”. . 46 123. Resposta: “B”. Interpretação que requer, apenas, uma leitura atenciosa do texto para que se chegue à Resposta correta: A expansão da navegação marítima colaborou para que, no passado, a atividade comercial da China migrasse na direção da costa. 124. Resposta: “B”. Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo A = contornam – presente do Indicativo B = era = pretérito imperfeito do Indicativo C = foi = pretérito perfeito do Indicativo D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo E = acompanham = presente do Indicativo 125. Resposta: “E”. Já podemos descartar a alternativa “C” de imediato, já que a ortografia correta seria “a fim” (com a intenção de), não “afim” (= afinidade); quanto à alternativa “A”, não teria acento grave (crase) no “a”, pois “graus” é palavra masculina; “complexas” e “amplas” não são palavras sinônimas, já que “as providências” podem ser “restritas”, mas complexas. 126. Resposta: “D”. Não podemos utilizar “lhes”, que corresponde ao objeto indireto (verbo “cruzar” pede objeto direto: cruzar o quê?), portanto já desconsideramos as alternativas “B” e “D”. Ao iniciarmos um parágrafo (já que no enunciado temos uma oração assim) devemos usar ênclise: (cruzando-os); na segunda oração temos um pronome relativo (dá para substituirmos por “o qual”), o que nos obriga a usar a próclise (que a contorna); “adotam” exige objeto direto (adotam quem ou o quê?), chegando à Resposta: adotam-nas (quando o verbo terminar em “m” e usarmos um pronome oblíquo direto, lembre-se do alfabeto: JKLM – N!). 127. Resposta: “E”. Acompanhar é transitivo direto (acompanhar quem ou o quê - não há preposição): A = foi = verbo de ligação (ser) – não há complemento, mas sim, predicativo do sujeito (rota única); B = floresceram = intransitivo (durante os primórdios = adjunto adverbial); C = viajavam = intransitivo (por cordilheiras = adjunto adverbial); D = cair = intransitivo; E = empurra = transitivo direto (empurrar quem ou o quê?) 128. Resposta: “A”. B = admite voz passiva: A vitória da razão abstrata é consagrada por ela. C = substituição adequada: as quais D = versada = baseada E = o pronome relativo “cujos” daria sentido diferente à frase, já que lemos “de trás para frente” (por exemplo: árvore cujas folhas – folhas das árvores). No segmento, “as matemáticas regerão os sistemas”. Com a alteração proposta pela alternativa, os sistemas que regeriam as matemáticas, e não seriam regidos por ela – diferente do que consta no enunciado. 129. Resposta: “C”. Interpretação textual. As alternativas estão relacionadas ao tema, mas a que foi abordada explicitamente no texto é: “os operários cubanos homenagearam Alexandre Dumas ao atribuírem a um charuto o nome de um dos personagens do escritor”. 130. Resposta: “D”. Tinham = pretérito imperfeito do Indicativo. Vamos às alternativas: Consentiu = pretérito perfeito / levaram = pretérito perfeito (e mais-que-perfeito) do Indicativo Despontava = pretérito imperfeito do Indicativo Cedesse = pretérito do Subjuntivo . 47 (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada) Atenção: Para responder à questão de número 131, considere o trecho abaixo. Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado de leitores. Embora alguns desses senhores afortunados ocasionalmente emprestassem seus livros, eles o faziam para um número limitado de pessoas da própria classe ou família. (Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) 131. (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabelecidas no texto, substituindo-se Embora (2º parágrafo) por (A) Contudo. (B) Desde que. (C) Porquanto. (D) Uma vez que. (E) Conquanto. (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada) Atenção: Para responder às questões de números 132 a 134, considere o texto abaixo. Foi por me sentir genuinamente desidentificado com qualquer espécie de regionalismo que escrevi coisas como: "Não sou brasileiro, não sou estrangeiro / Não sou de nenhum lugar, sou de lugar nenhum"/ "Riquezas são diferenças". Ao mesmo tempo, creio só terem sido possíveis tais formulações pessoais pelo fato de eu haver nascido e vivido em São Paulo. Por essa ser uma cidade que permite, ou mesmo propicia, esse desapego para com raízes geográficas, raciais, culturais. Por eu ver São Paulo como um gigante liquidificador onde as informações diversas se misturam, gerando novas interpretações, exceções. Por sua multiplicidade de referências étnicas, linguísticas, culturais, religiosas, arquitetônicas, culinárias... São Paulo não tem símbolos que deem conta de sua diversidade. Nada aqui é típico daqui. Não temos um corcovado, uma arara, um cartão postal. São Paulo são muitas cidades em uma. Sempre me pareceram sem sentido as guerras, os fundamentalismos, a intolerância ante a diversidade. Assim, fui me sentindo cada vez mais um cidadão do planeta. Acabei atribuindo parte desse sentimento à formação miscigenada do Brasil. Acontece que a miscigenação brasileira parece ter se multiplicado em São Paulo, num ambiente urbano que foi crescendo para todos os lados, sem limites. Até a instabilidade climática daqui parece haver contribuído para essa formação aberta ao acaso, à imprevisibilidade das misturas. Ao mesmo tempo, temos preservados inúmeros nomes indígenas designando lugares, como Ibirapuera, Anhangabaú, Butantã etc. Primitivismo em contexto cosmopolita, como soube vislumbrar Oswald de Andrade. Não é à toa que partiram daqui várias manifestações culturais. São Paulo fragmentária, com sua paisagem recortada entre praças e prédios; com o ruído dos carros entrando pelas janelas dos apartamentos como se fosse o ruído longínquo do mar; com seus crepúsculos intensificados pela poluição; seus problemas de trânsito, miséria e violência convivendo com suas múltiplas ofertas de lazer e cultura; com seu crescimento indiscriminado, sem nenhum planejamento urbano; com suas belas alamedas arborizadas e avenidas de feiura infinita. (Adaptado de: ANTUNES, Arnaldo. Alma paulista. Disponível em http://www.arnaldoantunes.com.br). 132. (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) No texto, o autor (A) descreve São Paulo como uma cidade marcada por contrastes de diversas ordens. (B) assinala a relevância da análise de Oswald de Andrade a respeito do provincianismo da antiga São Paulo. (C) critica o fato de nomes indígenas, ininteligíveis, designarem, ainda hoje, lugares comuns da cidade de São Paulo. (D) sugere que o trânsito, com seus ruídos longínquos, é o principal problema da cidade de São Paulo. . 48 (E) utiliza-se da ironia ao elogiar a instabilidade climática e a paisagem recortada da cidade de São Paulo. 133. (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) O verbo flexionado no plural que também estaria corretamente flexionado no singular, sem que nenhuma outra alteração fosse feita, encontra-se em: (A) Não é à toa que partiram daqui várias manifestações culturais... (B) Sempre me pareceram sem sentido as guerras... (C) São Paulo são muitas cidades em uma. (D) São Paulo não tem símbolos que deem conta de... (E) ... onde as informações diversas se misturam... 134. (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014) As regras de concordância estão plenamente respeitadas em: (A) O crescimento indiscriminado que se observa na cidade de São Paulo fazem com que alguns de seus bairros sejam modificados em poucos anos. (B) Devem-se às múltiplas ofertas de lazer e cultura a atração que São Paulo exerce sobre alguns turistas. (C) Apesar de a cidade de São Paulo exibir belas alamedas arborizadas, deveriam haver mais áreas verdes na cidade. (D) O ruído dos carros, que entram pelas janelas dos apartamentos, perturbam boa parte dos paulistanos. (E) Na maioria dos bairros de São Paulo, encontram-se referências culinárias provenientes de diversas partes do planeta. 135. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os (C) para fazer a dragagem = para fazê-la (D) que desviava a água = que lhe desviava (E) supriam a necessidade = supriam-na 136. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) Considerada a substituição do segmento grifado pelo que está entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá permanecer no singular está em: (A) ... disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores) (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima) (C) No sistema havia também uma estação... (várias estações) (D) ... a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central) (E) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser publicado). 137. (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) É importante que a inserção da perspectiva da sustentabilidade na cultura empresarial, por meio das ações e projetos de Educação Ambiental, esteja alinhada a esses conceitos. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o verbo grifado na frase acima está em: (A) ... a Empresa desenvolve todas as suas ações, políticas... (B) ... as definições de Educação Ambiental são abrangentes... (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... (D) ... e incorporou [...] também aspectos de desenvolvimento humano. (E)... e reforce a identidade das comunidades. 138. (SABESP – TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO - FCC/2014) Reconstroem o pátio da escola - entender essa estranha melancolia - restabelecer o elo Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em: (A) Reconstroem-no - entendê-la - restabelecê-lo . 49 (B) Reconstroem-lhe - a entender - restabelecer-lhe (C) O reconstroem - entender-lhe - restabelecê-lo (D) Reconstroem-no - lhe entender - restabelecer-no (E) O reconstroem - entendê-la - restabelecer-lhe 139. (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES – FCC/2014 - adaptada) No trecho Refiro-me aos livros que foram escritos e publicados, mas estão – talvez para sempre – à espera de serem lidos, o uso do acento de crase obedece à mesma regra seguida em: (A) Acostumou-se àquela situação, já que não sabia como evitá-la. (B) Informou à paciente que os remédios haviam surtido efeito. (C) Vou ficar irritada se você não me deixar assistir à novela. (D) Acabou se confundindo, após usar à exaustão a velha fórmula. (E) Comunique às minhas alunas que as provas estão corrigidas. (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014 - adaptada) Atenção: Para responder às questões de números 140 a 142, considere o texto abaixo. A marca da solidão Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente. Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. (SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 140. (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014) No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzido no qual o menino detém sua atenção é (A) fresta. (B) marca. (C) alma. (D) solidão. (E) penumbra. 131. Resposta: “E”. “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “conquanto”. 132. Resposta: “A”. Questão fácil! Ao ler o texto e analisar as alternativas, a única que está evidente no texto é: “descreve São Paulo como uma cidade marcada por contrastes de diversas ordens”. 133. Resposta: “C”. Vamos item a item: A = o verbo “partiram” não poderia ser utilizado no singular, já que está concordando com “várias manifestações”; B = “pareceram” concorda com “as guerras”, permanecendo no plural; C = o verbo “ser” pode concordar tanto com o sujeito (São Paulo) quanto com o predicativo “cidades” D = “deem” deve permanecer no plural, já que concorda com “símbolos” (lembrando: o verbo “deem” não é mais acentuado!) E = “misturam” fica no plural, pois concorda com “informações”. 134. Resposta: “E”. Corrigi os verbos em cada alternativa: A = fazem (faz) – concorda com “o crescimento” B = devem-se (deve-se) – concorda com “a atração” C = deveriam haver (deveria). O verbo “haver” é impessoal, não varia, portanto seu auxiliar também não. . 50 D = entram (entra) – concorda com “o ruído” E = correta (lembrando que, ao se utilizar a expressão “a maioria de”, o verbo pode estar no singular também: “a maioria dos bairros encontra-se”). 135. Resposta: “D”. (A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta (B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta (C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta (D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava (E) supriam a necessidade = supriam-na = correta 136. Resposta: “C”. (A) ... disse (disseram) (os pesquisadores) (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu (contribuíram) (as mudanças do clima) (C) No sistema havia (várias estações) = permanecerá no singular (D) ... a civilização maia da América Central tinha (tinham) (os povos que habitavam a América Central) (E) Um estudo publicado recentemente mostra (mostram) (Estudos como o que acabou de ser publicado). 137. Resposta: “E”. O verbo “esteja” está no presente do Subjuntivo. (A) ... a Empresa desenvolve = presente do Indicativo (B) ... as definições de Educação Ambiental são = presente do Indicativo (C) ... também se associa o Desenvolvimento Sustentável... = presente do Indicativo (D) ... e incorporou [...] = pretérito perfeito do Indicativo (E)... e reforce a identidade das comunidades. = presente do Subjuntivo. 138. Resposta: “A”. O verbo “reconstruir” é transitivo direto. O objeto direto será “no”, sobrando-nos as alternativas A e D. “Entender” também requer objeto direto (em D, o “lhe” exerce a função de indireto). Então, temos: reconstroem-no / entendê-la / restabelecê-lo. 139. Resposta: “D”. *Dica: Dá para substituirmos “à espera” por “esperando”. Se tem sentido, então o “a” tem acento grave. Diferente de: A espera deixou-me irritada! “Esperando deixou-me irritada...” Nesse caso, não “deu”! Então o “a” não tem acento grave. As alternativas A, B, C e D apresentam “à” devido à regência dos verbos (acostumou-se à, informou algo a alguém, assistir à (sentido de ver) e comunicou algo a alguém). A única que não obedece à regência, mas que nos dá uma noção de advérbio de modo (exaustivamente) é a alternativa D 140. Resposta: “A”. Com palavras do próprio texto responderemos: “o mundo cabe numa fresta”. 141. (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014) No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido figurado é (A) menino. (B) chão. (C) testa. (D) penumbra. (E) tenda. 142. (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 – FCC/2014) No primeiro parágrafo, o pronome “eles” substitui a palavra (A) bruços. (B) quentes. (C) paralelepípedos. (D) braços. (E) tufos. . 51 143. (TRF/3ª REGIÃO – PSIQUIATRIA – FCC/2014) Em nossa cultura, ...... experiências ...... passamos soma-se ...... dor, considerada como um elemento formador do caráter, contexto ...... pathos pode converter-se em éthos. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: (A) às - porque - a - em que (B) às - pelas quais - à - de que (C) as - que - à - com que (D) às - por que - a - no qual (E) as - por que - a - do qual 144. (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que a reescrita da frase – Os bons mecânicos sabiam lidar com máquinas e construir toda espécie de engenhoca. – está correta quanto à concordância, de acordo com a norma-padrão da língua. (A) Toda espécie de engenhoca eram construídas por bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas. (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas. (C) Toda espécie de engenhoca eram construída por bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas. (D) Toda espécie de engenhoca era construídas por bons mecânicos, os quais sabia lidar com máquinas. (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas. 145. (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Considerando as regras de concordância verbal, o termo em destaque na frase – Segundo alguns historiadores, houve dois sacolejões maiores na história da humanidade. – pode ser corretamente substituído por: (A) ocorreram. (B) sucedeu-se. (C) existiu. (D) houveram. (E) aconteceu. 146. (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à concordância das palavras, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Parece haver um descontentamento generalizado dos empresário em relação aos profissionais recém-formados, conforme a constatação de recentes pesquisas. (B) Parece haver um descontentamento generalizado dos empresários em relação aos profissionais recém-formados, conforme a constatação de recente pesquisas. (C) Parece haver um descontentamento generalizado dos empresários em relação aos profissionais recém-formados, conforme a constatação de recentes pesquisas. (D) Parece haver um descontentamento generalizado dos empresários em relação aos profissionais recém-formado, conforme a constatação de recentes pesquisas. (E) Parece haver um descontentamento generalizado dos empresários em relação aos profissionais recém-formados, conforme a constatação de recentes pesquisa. 147. (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01 – FCC/2014 - adaptada) ... a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX, começava em Araritaguaba... O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: (A) ... o Tietê é um regato. (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro ao rio. (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... (E) ... e traziam ouro. . 52 148. (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01 – FCC/2014) Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê ...... pela população, ...... das enchentes e do risco de doenças que ...... depois delas. Os espaços da frase acima estarão corretamente preenchidos, na ordem dada, por: (A) eram evitadas − temerosa − apareciam (B) era evitadas − temerosa − aparecia (C) era evitado − temerosas − apareciam (D) era evitada − temeroso − aparecia (E) eram evitadas − temeroso – aparecia 149. (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01 – FCC/2014 - adaptada) O segmento grifado está corretamente substituído pelo pronome correspondente em: (A) Sem precisar atravessar a cidade = atravessar-lhe (B) Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo = recebê-lo (C) Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto = tem-los (D) O primeiro envolve a construção de uma série de portos = envolve-lhe (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema em São Paulo = resolvê-lo 150. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL – FCC/2014 - adaptada) ...'sertanejo' indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: (A) vinham indicadas. (B) era indicado. (C) eram indicadas. (D) tinha indicado. (E) foi indicada. 141. Resposta: “E”. Novamente, responderemos com frase do texto: “seu rosto formando uma tenda”. 142. Resposta: “D”. *Lembre-se: durante a realização de sua prova, use o caderno de questões! Grife-o, faça flechas, sublinhe, enfim, destaque o que for necessário para facilitar a compreensão! Assim, você “liga” os termos que se relacionam. Retomando o texto: Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles. 143. Resposta: “D”. Em nossa cultura, às experiências (a dor é somada com as experiências, somada às experiências – objeto indireto) por que (= pelas quais) passamos soma-se a dor (objeto direto), considerada como um elemento formador do caráter, contexto no qual pathos pode converter-se em éthos. 144. Resposta: “E”. Fiz as correções entre parênteses: (A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas (construída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas. (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas. (C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída por bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas. (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (construída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas. (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas. 145. Resposta: “A”. Vamos por exclusão! Se substituíssemos “houve” por “existir”, esse deve ir para o plural, já que temos “dois sacolejões” e é com ele que o verbo concordará (sujeito). O mesmo aconteceria com os verbos: ”sucede” (sucederam-se) e “aconteceu” (aconteceram). “Houveram” é incorreta, já que no sentido de “existir” ele é invariável (“houve”, como no enunciado). . 53 146. Resposta: “C”. Já que os itens apresentam o mesmo texto, ao indicar a alternativa correta, automaticamente encontramos as incorreções presentes nas demais. 147. Resposta: “E”. “Começava” = pretérito imperfeito do Indicativo (A) ... o Tietê é um regato. = presente do Indicativo (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... = presente do Indicativo (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro ao rio.= pretérito perfeito do Indicativo (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... = presente do Indicativo (E) ... e traziam ouro. = pretérito imperfeito do Indicativo 148. Resposta: “A”. Destaquei os termos que se relacionam: Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê eram evitadas pela população, temerosa das enchentes e do risco de DOENÇAS que APARECIAM depois delas. Eram evitadas / temerosa / apareciam. 149. Resposta: “E”. (A) atravessar a cidade = atravessar-lhe (atravessá-la) (B) receber a enorme quantidade de lixo = recebê-lo (recebê-la) (C) tem um projeto = tem-los (tem-no) (D) envolve a construção de uma série de portos = envolve-lhe (envolve-a) (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema em São Paulo = resolvê-lo 150. Resposta: “C”. 'sertanejo' indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país. As música produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo, indistintamente. 151. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL – FCC/2014) ... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima se encontra em: (A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira. (B) As músicas eram todas de Vanzolini. (C) Por mais incrível que possa parecer... (D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. (E) ... porque não espalha... 152. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) ... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era também cantor-compositor. O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o destacado acima está empregado em: (A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator... (B) Primeiro surgiu o cantor-compositor... (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico... (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil... (E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução... (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – FCC/2014 - adaptada) Atenção: Leia o texto abaixo para responder às questões de números 153 e 154. O criador da mais conhecida e celebrada canção sertaneja, Tristeza do Jeca (1918), não era, como se poderia esperar, um sofredor habitante do campo, mas o dentista, escrivão de polícia e dono de loja Angelino Oliveira. Gravada por “caipiras” e “sertanejos”, nos “bons tempos do cururu autêntico”, assim como nos “tempos modernos da música ‘americanizada’ dos rodeios”, Tristeza do Jeca é o grande exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez que marca a transição entre os meios rural e urbano, pelo menos em termos de música brasileira. . 54 Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave, o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma da sua “falta de masculinidade”, choroso, melancólico, lamentando não poder voltar ao passado e, assim, “cada toada representa uma saudade”. O Jeca de Oliveira não se interessa pelo meio rural da miséria, das catástrofes naturais, mas pelo íntimo e sentimental, e foi nesse seu tom que a música, caipira ou sertaneja, ganhou forma. “A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música foi e é igualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana, de tal forma que, em todas essas composições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para registrar uma situação de desenraizamento, de dependência e falta”, analisa a cientista política Heloísa Starling. Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira: “foi entre 1902 e 1960 que a música sertaneja surgiu como um campo específico no interior da MPB. Mas, se num período inicial, até 1930, ‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no interior do país, tendo como referência o Nordeste, a partir dos anos de 1930, 'sertanejo' passou a significar o caipira do Centro-Sul. E, pouco mais tarde, de São Paulo. Assim, se Jararaca e Ratinho, ícones da passagem do sertanejo nordestino para o ‘caipira’, trabalhavam no Rio, as duplas dos anos 1940, como Tonico e Tinoco, trabalhariam em São Paulo”. (Adaptado de: HAAG, Carlos. “Saudades do Jeca no século XXI”. In: Revista Fapesp, outubro de 2009, p. 80-5.) 153. (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – FCC/2014) Os pronomes “que” (1º parágrafo), “sua” (2º parágrafo) e “a qual” (3º parágrafo), referem-se, respectivamente, a: (A) exemplo − Jeca − composições (B) fluidez − Jeca − voz exemplar do migrante (C) Tristeza do Jeca − homem − canção popular (D) exemplo − homem − voz exemplar do migrante (E) fluidez − homem − canção popular 154. (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO – FCC/2014) Substituindo-se o segmento grifado pelo que está entre parênteses, o verbo que se mantém corretamente no singular, sem que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está em: (A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as toadas) (B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os antropólogos)... (C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. (As canções populares) (D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os homens) (E) ...'sertanejo' passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras do Centro-Sul) 155. (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela normapadrão, deveria ser (A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador. (B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador. (C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador. (D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador. (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador. 156. (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada) Conforme a norma-padrão, a oração “As obras foram iniciadas em janeiro de 1992” poderia ser reescrita da seguinte maneira: (A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992. (B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992. (C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992. (D) Teve início as obras em janeiro de 1992. (E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992. 157. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV/2014) “se você quiser ir mais longe”; a única forma dessa frase que NÃO apresenta um equivalente semântico corretamente expresso é (A) caso você queira ir mais longe. (B) na hipótese de você querer ir mais longe. (C) no caso de você querer ir mais longe. (D) desde que você queira ir mais longe. (E) conquanto você queira ir mais longe. . 55 158. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV/2014) Na frase “se você quiser ir mais longe”, a forma verbal empregada tem sua forma corretamente conjugada. A frase abaixo em que a forma verbal está ERRADA é (A) se você se opuser a esse desejo. (B) se você requerer este documento. (C) se você ver esse quadro. (D) se você provier da China. (E) se você se entretiver com o jogo. 159. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem figurada denominada (A) metonímia. (B) eufemismo. (C) hipérbole. (D) metáfora. (E) catacrese. 160. (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECONOMIA – FGV/2014 - adaptada) Há, no texto, três ocorrências do acento grave indicativo da crase I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer” II. “Os xópis são civilizações à parte...” III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”. As ocorrências em que o acento grave da crase é resultante da junção de uma preposição solicitada por um termo anterior + artigo definido são: (A) I-II-III. (B) apenas I-II. (C) apenas I-III. (D) apenas II-III. (E) apenas II. 151. Resposta: “B”. Conciliava = pretérito imperfeito do Indicativo (A) Tem músicas = presente do Indicativo (B) As músicas eram todas de Vanzolini. = pretérito imperfeito do Indicativo (C) Por mais incrível que possa parecer... = presente do Subjuntivo (D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. = presente do Indicativo (E) ... porque não espalha... = presente do Indicativo 152. Resposta: “E”. Descobrir = exige objeto direto (A) E Adoniran estava = verbo de ligação (B) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo (C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo de ligação (D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de ligação (E) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto 153. Resposta: “B”. Recorramos ao texto: “que” (1º parágrafo) = fluidez que marca / “sua” (2º parágrafo) = o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma da sua “falta de masculinidade” / “a qual” (3º parágrafo) = haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir. Obtivemos: fluidez / Jeca / a voz exemplar do migrante. . 56 154. Resposta: “E”. (A) representa uma saudade... (todas as toadas) = representam (B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam (C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções populares) = conservam (D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os homens) = cantavam (E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras do Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas, significando um apelido) 155. Resposta: “E”. O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto. 156. Resposta: “C”. Podemos ir por eliminação: em “A”, o correto seria “iniciaram-se”; em “B”, não podemos iniciar um período com pronome (iniciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em “A”); em “D”: tiveram início; “E”: deu-se início às obras. Portanto, chegamos à Resposta correta – pelo caminho mais longo. O caminho mais curto é transformar a voz passiva analítica (a do enunciado) em sintética: Iniciaram-se as obras. *Dica: a passiva sintética tem o “se” (pronome apassivador). Sintética = Se (memorize!) 157. Resposta: “E”. Conquanto = conjunção utilizada para relacionar duas orações, sendo que a oração subordinada contém um fato contrário ao que foi afirmado na oração principal; embora, se bem que: Continuou trabalhando, conquanto exausto. Aparenta riqueza, conquanto seja pobre. (fonte: http://www.dicio.com.br/conquanto/) 158. Resposta: “C”. (A) se você se opuser a esse desejo. (B) se você requerer este documento. (C) se você ver esse quadro.= se você vir (D) se você provier da China. (E) se você se entretiver com o jogo 159. Resposta: “D”. A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas. (Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm) 160. Resposta: “C”. A questão quer saber se a preposição faz parte da regência ou não: I. “...dedicadas exclusivamente às compras e ao lazer” = faz parte (dedicada a quê?) II. “Os xópis são civilizações à parte...” = não faz parte III. “...pode vê-las como ataque (...) à civilização dos xópis”. = faz parte (ataque a quê? A quem?) 161. (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO – VUNESP/2014) A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de trabalho para proceder _____ medidas necessárias _____ exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, devido ____ uma parada cardíaca – que tem sido a versão considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve ______ envenenamento. (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,governo-cria-grupo-exumar--restos-mortais-de- jango,1094178,0.htm 07. 11.2013. Adaptado) Segundo a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas da frase devem ser completadas, correta e respectivamente, por (A) a ... à ... a ... a (B) as ... à ... a ... à (C) às ... a ... à ... a (D) à ... à ... à ... a (E) a ... a ... a ... à . 57 162. (EMPLASA/SP – ANALISTA JURÍDICO – DIREITO – VUNESP/2014) Segundo a normapadrão da língua portuguesa, a pontuação está correta em: (A) Como há suspeita, por parte da família de que João Goulart tenha sido assassinado; a Comissão da Verdade decidiu reabrir a investigação de sua morte, em maio deste ano, a pedido da viúva e dos filhos. (B) Em maio deste ano, a Comissão da Verdade acatou o pedido da família do ex-presidente João Goulart e reabriu a investigação da morte deste, visto que, para a viúva e para os filhos, Jango pode ter sido assassinado. (C) A investigação da morte de João Goulart, foi reaberta, em maio deste ano pela Comissão da Verdade, para apuração da causa da morte do ex-presidente uma vez que, para a família, Jango pode ter sido assassinado. (D) A Comissão da Verdade, a pedido da família de João Goulart, reabriu em maio deste ano a investigação de sua morte, porque, a hipótese de assassinato não é descartada, pela viúva e filhos. (E) Como a viúva e os filhos do ex-presidente João Goulart, suspeitando que ele possa ter sido assassinado pediram a reabertura da investigação de sua morte, à Comissão da Verdade, esta, atendeu o pedido em maio deste ano. 163. (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é formada pelo seguinte processo: (A) sufixação (B) prefixação (C) parassíntese (D) justaposição (E) aglutinação 164. (RIOPREVIDÊNCIA/RJ – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) “Um dos pontos básicos do projeto – e o que mais está em risco – refere-se à neutralidade de rede”. A mesma regra para o emprego do acento grave é observada em: (A) O funcionário chegou às sete horas no trabalho. (B) A cliente pagou à vista por todas as encomendas. (C) Os alunos assistiram integralmente à aula inaugural. (D) O projeto de trabalho foi concluído à custa de muito esforço. (E) Um dos convidados saiu à francesa da festa. 165. (RIOPREVIDÊNCIA/RJ – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “conteúdo” recebe acentuação pela mesma razão de: (A) juízo (B) espírito (C) jornalístico (D) mínimo (E) disponíveis 166. (PREFEITURA DE BELO HORIZONTE/MG – TÉCNICO NÍVEL SUPERIOR – INFORMÁTICA – FUMARC/2014) Na frase “Pelo menos 4,7 milhões de aposentados e pensionistas têm pouco mais de um mês para recadastrar a senha bancária”, o acento gráfico do verbo “ter” se justifica pela seguinte regra: (A) Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo “ter”. (B) O verbo "ter", no presente do subjuntivo, assume a forma "têm" (com acento) na terceira pessoa do plural. (C) O acento circunflexo é empregado para marcar a oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do plural. (D) Todas as palavras oxítonas são acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural. 167. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo estará corretamente empregado se dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa Excelência”. ( ) CERTO ( ) ERRADO . 58 168. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABALHO – CESPE/2014 - adaptada) A correção gramatical do trecho “Entre as bebidas alcoólicas, cervejas e vinhos são as mais comuns em todo o mundo” seria prejudicada, caso se inserisse uma vírgula logo após a palavra “vinhos”. ( ) CERTO ( ) ERRADO 169. (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABALHO – CESPE/2014) O emprego do acento gráfico em “incluíram” e “número” justifica-se com base na mesma regra de acentuação. ( ) CERTO ( ) ERRADO 170. (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo INCORRETO em: (A) Que permitiu à civilização = que lhe permitiu. (B) Envolveu diferentes fatores = envolveu-os. (C) Para fazer a dragagem = para fazê-la. (D) Que desviava a água = que lhe desviava. (E) Supriam a necessidade = supriam-na. 161. Resposta: “A”. A ministra de Direitos Humanos instituiu grupo de trabalho para proceder a medidas (palavra no plural, generalizando) necessárias à (regência nominal pede preposição) exumação dos restos mortais do ex-presidente João Goulart, sepultado em São Borja (RS), em 1976. Com a exumação de Jango, o governo visa esclarecer se o ex-presidente morreu de causas naturais, ou seja, devido a uma (artigo indefinido) parada cardíaca – que tem sido a versão considerada oficial até hoje –, ou se sua morte se deve a (regência verbal) envenenamento. A / à / a / a 162. Resposta: “B”. Assinalei com (X) as pontuações inadequadas e/ou faltantes: (A) Como há suspeita, por parte da família (X) de que João Goulart tenha sido assassinado; (X) a Comissão da Verdade decidiu reabrir a investigação de sua morte, em maio deste ano, a pedido da viúva e dos filhos. (B) Em maio deste ano, a Comissão da Verdade acatou o pedido da família do ex-presidente João Goulart e reabriu a investigação da morte deste, visto que, para a viúva e para os filhos, Jango pode ter sido assassinado. = correta (C) A investigação da morte de João Goulart, (X) foi reaberta, em maio deste ano (X) pela Comissão da Verdade, para apuração da causa da morte do ex-presidente (X) uma vez que, para a família, Jango pode ter sido assassinado. (D) A Comissão da Verdade, a pedido da família de João Goulart, reabriu (X) em maio deste ano (X) a investigação de sua morte, porque, (X) a hipótese de assassinato não é descartada, (X) pela viúva e filhos. (E) Como a viúva e os filhos do ex-presidente João Goulart, suspeitando que ele possa ter sido assassinado (X) pediram a reabertura da investigação de sua morte, (X) à Comissão da Verdade, esta, (X) atendeu o pedido (X) em maio deste ano. 163. Resposta: “B”. Infra = prefixo + estrutura – temos a junção de um prefixo com um radical, portanto: derivação prefixal (ou prefixação). 164. Resposta: “C”. refere-se à = regência verbal exige preposição. (A) O funcionário chegou às sete horas = locução adverbial de tempo (B) A cliente pagou à vista = locução adverbial de modo (C) Os alunos assistiram integralmente à aula = regência verbal exige preposição. (D) O projeto de trabalho foi concluído à custa = locução adverbial de modo (E) Um dos convidados saiu à francesa da festa. = locução adverbial de modo . 59 165. Resposta: “A”. (Conteúdo = regra do hiato) (A) juízo = regra do hiato (B) espírito = proparoxítona (C) jornalístico = proparoxítona (D) mínimo = proparoxítona (E) disponíveis = paroxítona terminada em ditongo 166. Resposta: “A”. (A) Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo do verbo “ter”. = correta (B) O verbo "ter", no presente do subjuntivo, assume a forma "têm" (com acento) na terceira pessoa do plural. (que eles tenham) (C) O acento circunflexo é empregado para marcar a oposição entre a 3ª pessoa do singular e a 2ª pessoa do plural. (entre as terceiras pessoas – do plural e do singular) 3ª pessoa do singular = ele tem / 2ª pessoa do plural = vós tendes (D) Todas as palavras oxítonas são acentuadas quando empregadas na terceira pessoa do plural. “Tem” não é oxítona, mas, sim, monossílaba. As palavras oxítonas recebem acento apenas quando terminadas em “a”, “e” ou “o”, seguidas ou não de “s” ou “m”. 167. Resposta: “ERRADO”. Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome de tratamento, apenas). 168. Resposta: “CERTO”. Não se deve colocar vírgula entre sujeito e predicado, a não ser que se trate de um aposto (1), predicativo do sujeito (2), ou algum termo que requeira estar separado entre pontuações. Exemplos: O Rio de Janeiro, cidade maravilhosa (1), está em festa! Os meninos, ansiosos (2), chegaram! 169. Resposta: “ERRADO”. Incluíram = regra do hiato / número = proparoxítona 170. Resposta: “D”. A alternativa que deve ser corrigida é: “que desviava a água = que a desviava” (a presença do “que” exige a próclise). 171. (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade de Tikal, na Guatemala. O a empregado na frase acima, imediatamente depois de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o segmento grifado seja substituído por: (A) Uma tal ilação. (B) Afirmações como essa. (C) Comprovação dessa assertiva. (D) Emitir uma opinião desse tipo. (E) Semelhante resultado. 172. (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) Considerada a substituição do segmento grifado pelo que está entre parênteses ao final da transcrição, o verbo que deverá permanecer no singular está em: (A) ...disse o pesquisador à Folha de S. Paulo. (os pesquisadores). (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu para a ruína dessa sociedade... (as mudanças do clima). (C) No sistema havia também uma estação... (várias estações). (D) ...a civilização maia da América Central tinha um método sustentável de gerenciamento da água. (os povos que habitavam a América Central). (E) Um estudo publicado recentemente mostra que a civilização maia... (Estudos como o que acabou de ser publicado). . 60 (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014 - adaptada) Para responder às questões 173 a 177, considere o texto: Além do combate aos crimes violentos, a segurança dos cidadãos também está ligada à prevenção de ataques no ciberespaço. Numa região em que o tema da segurança cibernética domina as agendas de todos os países, pouca atenção tem sido dada a outro tipo de crime silencioso que está se tornando rapidamente uma das maiores ameaças para cidadãos, empresas e governos. E na América Latina, com 40% da população online, qualquer pessoa com um computador ou um smartphone é uma vítima em potencial. Países como Brasil e Colômbia montaram operações de defesa cibernética em suas Forças Armadas. As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet. Entretanto, ainda estão muito longe de poder contar com uma capacidade de defesa hemisférica nesse campo, que é tão importante quanto qualquer outro relativo à segurança dos indivíduos na preservação do crescimento econômico e da competitividade. A América Latina e o Caribe são um rico terreno de caça para as gangues especializadas de criminosos extremamente habilidosos. Esses grupos aprenderam com a indústria do cibercrime da Europa Oriental como atacar os bancos e sabotar o comércio. As instituições financeiras são particularmente vulneráveis, porque qualquer pessoa pode adquirir um kit de cibercrime pela internet por apenas US$140, que facilita o roubo de senhas e de dados financeiros. Entretanto, essas instituições são frequentemente as menos acessíveis quando se trata de informar a ocorrência de ataques cibernéticos. Por que a região está tão atrasada na prevenção desse tipo de ataque? Por que ainda não foram criados arcabouços legais que permitam processar os responsáveis por esses crimes? O motivo real é que a América Latina e o Caribe passaram a abordar um pouco tarde a questão da segurança. Ao contrário dos crimes violentos contra pessoas, os crimes cibernéticos são sub-reptícios. No entanto, ninguém - nem governos, setor privado, nem a sociedade civil - pode ignorar as consequências do crime cibernético para a segurança dos cidadãos. O que pode ser feito para fazer frente a essa nova onda de criminalidade oculta? Em primeiro lugar, será essencial empreender campanhas de educação do público. Considerando que 65% dos usuários da internet têm menos de 35 anos, serão imprescindíveis campanhas de informação para ensinar aos novos usuários como impedir que os computadores se tornem vulneráveis aos ataques. Essencial é também uma maior difusão do uso de antivírus e de softwares antimalware. Pagar por esse software não é um luxo, mas uma necessidade. Em segundo lugar, cada país deve investir no treinamento de uma nova geração de combatentes em prol da segurança cibernética, capazes de defender o seu país contra as crescentes ameaças às redes nacionais computadorizadas. Segurança. Um profundo compromisso com a educação tecnológica permitirá aumentar a oferta de trabalhadores treinados. Finalmente, será preciso criar um arcabouço regulador regional para os crimes cibernéticos a ser usado em toda a região. A falta de leis comuns ou de definições dos crimes cibernéticos torna o trabalho das forças de segurança mais complicado, porque polícia e Exército não podem perseguir os criminosos pela inexistência de uma legislação clara para atacá-los judicialmente. As invasões dos criminosos cibernéticos, como o phishing e o hacking, custam milhões de dólares não revelados aos governos e às empresas. Os crimes cibernéticos, como todas as outras formas de atividades ilícitas, não desaparecerão. Neste exato momento, estamos testemunhando o lado negro da globalização em muitos países. Se os governos não agirem com rapidez para tratar das questões de segurança cibernética, veremos a América Latina tornar-se uma das plataformas preferidas para o malware, as fraudes eletrônicas e os spams. A segurança dos cidadãos não diz respeito apenas à prevenção dos crimes violentos, mas deve também incluir a segurança do ciberespaço a fim de garantir que os ganhos econômicos das últimas décadas sejam preservados e não roubados secretamente por meio do toque de uma tecla. Johanna Mendelson Forman. Latino-americanos chegaram tarde à questão. Trad. Anna Capovilla <http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,latino- americanos-chegaram-tarde-a-questao,1033234,0.htm> Acesso em: jul.2013. . 61 173. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) “Os crimes cibernéticos, com todas as outras formas de atividades ilícitas, não desaparecerão”. A palavra em destaque significa: (A) seguras. (B) permitidas. (C) oficiais. (D) evoluídas. (E) proibidas. 174. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) O título do texto destaca: (A) o investimento atrasado em defesa cibernética. (B) o baixo investimento dos países latinos em inclusão digital. (C) o número de usuários da população latina em expansão. (D) a atualização da América Latina em internet segura. (E) a quantidade de usuários da população latina em extinção. 175. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) O combate aos “cibercrimes” pode gerar: (A) proliferação de spams e vírus. (B) novos empregos na área tecnológica. (C) censura na rede. (D) diminuição de acessos. (E) extinção de spams e vírus. 176. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) As diversas perguntas apresentadas no texto são estratégias que: (A) questionam as informações relatadas no texto. (B) geram ambiguidade. (C) levam o leitor a refletir sobre o tema. (D) demonstram a parcialidade do narrador. (E) mostram insegurança do narrador com relação ao ponto de vista defendido. 177. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) A forma mais eficiente de combater a cibercrime é: (A) aumentar a fiscalização dos usuários da internet. (B) empregar novas estratégias de segurança. (C) buscar na iniciativa privada novas estratégias de segurança. (D) abolir o acesso a internet durante um certo período. (E) investir em campanhas educativas. 178. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Assinale a opção em que as orações I e II foram unidas num só período, com uma oração explicativa: I. As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet. II. Os crimes da internet estão crescendo ultimamente. (A) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, portanto eles estão crescendo ultimamente. (B) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, porém eles estão crescendo ultimamente. (C) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, pois eles estão crescendo ultimamente. (D) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, logo eles estão crescendo ultimamente. (E) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, no entanto eles estão crescendo ultimamente. . 62 179. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Leia o trecho a seguir: “Qualquer pessoa com um computador ou um smartphone é uma vítima em potencial de crimes da internet”. Uma conclusão possível para a oração é: (A) Pois a indústria do cibercrime está cada vez mais sofisticada. (B) Então a indústria do cibercrime está cada vez mais sofisticada. (C) Entretanto a indústria do cibercrime está cada vez mais sofisticada. (D) E a indústria do cibercrime está cada vez mais sofisticada. (E) Nenhuma das Respostas anteriores. 180. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Leia o texto a seguir: “Pagar por esse software não é um luxo, mas uma necessidade”. O uso da vírgula justifica-se porque: (A) estabelece a relação entre uma coordenada assindética e uma conclusiva. (B) separar a oração coordenada “não é um luxo” da adversativa “mas uma necessidade”, em que o verbo está subentendido. (C) liga a oração principal “Pagar” à coordenada “não é um luxo, mas uma necessidade”. (D) indica que dois termos da mesma função estão ligados por uma conjunção aditiva. (E) isola o aposto na segunda oração. 171. Resposta: “C”. (A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave antes de artigo) (B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes de palavra no plural e o “a” no singular) (C) Comprovação dessa assertiva – chegar à comprovação (D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir (verbo no infinitivo) (E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (palavra masculina) 172. Resposta: “C”. (A) ...disse o pesquisador - disseram os pesquisadores (B) Segundo ele, a mudança climática contribuiu - as mudanças do clima contribuíram (C) No sistema havia também uma estação – havia também várias estações (D) ...a civilização maia da América Central tinha - os povos que habitavam a América Central tinham (E) Um estudo publicado recentemente mostra - Estudos como o que acabou de ser publicado mostram 173. Resposta: “E”. Ilícitas é uma palavra com sentido de “ilegal”, “proibido”. 174. Resposta: “A”. Resposta no próprio texto: “A segurança dos cidadãos não diz respeito apenas à prevenção dos crimes violentos, mas deve também incluir a segurança do ciberespaço a fim de garantir que os ganhos econômicos das últimas décadas sejam preservados e não roubados secretamente por meio do toque de uma tecla”. 175. Resposta: “B”. Ao texto: “Um profundo compromisso com a educação tecnológica permitirá aumentar a oferta de trabalhadores treinados”. 176. Resposta: “C”. A intenção do narrador é fazer-nos pensar sobre o tema abordado. 177. Resposta: “E”. Ao texto: “O que pode ser feito para fazer frente a essa nova onda de criminalidade oculta? Em primeiro lugar, será essencial empreender campanhas de educação do público”. 178. Resposta: “C”. (A) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, portanto = conclusiva (B) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, porém = adversativa (C) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, pois = explicativa . 63 (D) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, logo = conclusiva (E) As unidades policiais estão mais atentas aos crimes da internet, no entanto = adversativa 179. Resposta: “A”. A alternativa que apresenta uma conjunção conclusiva é a “pois”. 180. Resposta: “B”. Deve haver vírgula antes de conjunções adversativas. 181. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Identifique a figura de linguagem presente na tira seguinte: (A) metonímia (B) prosopopeia (C) hipérbole (D) eufemismo (E) onomatopeia 182. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) O acento indicativo de crase está correto apenas na alternativa: (A) O prefeito viajou à serviço. (B) Dedicou-se à experiências importantes. (C) Deixou tudo às claras. (D) O grupo de turistas foi à Florianópolis. (E) O casal dirigiu-se à uma delegacia. 183. (PREFEITURA DE ARCOVERDE/PE - ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS – CONPASS/2014) Assinale a alternativa que apenas apresenta palavras paroxítonas: (A) ureter – mister – meteorito (B) inaudito – ínterim – hangar (C) nobel – aziago – mortadela (D) têxtil – condor – avaro (E) ibero – pudico – austero (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) A próxima questão refere-se à imagem abaixo. . 64 184. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em português da peça, funciona como: (A) objeto indireto. (B) complemento nominal. (C) adjunto adnominal. (D) adjunto adverbial. (E) agente da passiva. 185. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) Na afirmação abaixo, de Padre Vieira, “O trigo não picou os espinhos, antes os espinhos o picaram a ele... Cuidais que o sermão vos picou a vós” o substantivo “espinhos” tem, respectivamente, função sintática de, (A) objeto direto/objeto direto. (B) sujeito/objeto direto. (C) objeto direto/sujeito. (D) objeto direto/objeto indireto. (E) sujeito/objeto indireto. 186. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) Na oração “Que tu faças todas as atividades requeridas pelo treinador”, verifica-se que o verbo empregado está no presente do subjuntivo. A reescrita dessa frase no imperativo afirmativo é: (A) Fazes todas as atividades requeridas pelo treinador. (B) Faça todas as atividades requeridas pelo treinador. (C) Fazei todas as atividades requeridas pelo treinador. (D) Faças todas as atividades requeridas pelo treinador. (E) Faze todas as atividades requeridas pelo treinador. 187. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, horário do dia em que o calor é mais intenso, a temperatura do asfalto, medida com um termômetro de contato, chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local alcançasse aproximadamente 90 ºC. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso em: 22 jan. 2014. O texto cita que o dito popular “está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de linguagem? (A) Eufemismo. (B) Hipérbole. (C) Paradoxo. (D) Metonímia. (E) Hipérbato. 188. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) No primeiro quadrinho acima, a frase “No Brasil existem quatro poderes” pode ser modificada, de acordo com o português padrão, pela seguinte forma: . 65 (A) Hão quatro poderes no Brasil. (B) Podem haver quatro poderes no Brasil. (C) Pode ocorrer quatro poderes no Brasil. (D) Deve existir quatro poderes no Brasil. (E) Deve haver quatro poderes no Brasil. 189. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) Exílio Das tuas águas tão verdes Nunca mais me esquecerei. Meus lábios mortos de sede Para as ondas inclinei. Romperam-se em teus rochedos: Só bebi do que chorei. Perderam-se os meus suspiros Desanimados, no vento. Recordo tanto o martírio Em que andou meu pensamento! E meus sonhos ainda giram Como naquele momento. MEIRELES, Cecília. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987. p. 151. Os termos “das tuas águas”, “meus lábios mortos” e “os meus suspiros” funcionam, respectivamente, como: (A) objeto indireto, objeto direto e sujeito. (B) complemento nominal, objeto direto e sujeito. (C) objeto indireto, sujeito e objeto direto. (D) objeto indireto, sujeito e agente da passiva. (E) adjunto adverbial, sujeito e objeto direto. 190. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) Assinale a alternativa que completa corretamente a seguinte sentença. “Não me refiro a essas pessoas. Refiro-me...” (A) as maléficas, superficiais e a hipócritas. (B) às maléficas, superficiais e as hipócritas. (C) às maléficas, superficiais e às hipócritas. (D) à maléficas, superficiais e às hipócritas. (E) as maléficas, superficiais e às hipócritas. 181. Resposta: “D”. “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” no lugar de “que morreram por nós”. 182. Resposta: “C”. Correções: (A) O prefeito viajou a serviço = palavra masculina (B) Dedicou-se a experiências = “a” no singular e substantivo no plural (generalizando) (C) Deixou tudo às claras = noção de modo (claramente) – correto o acento (D) O grupo de turistas foi a Florianópolis = “vou A, volto DE, crase pra quê? Vou a Florianópolis, volto de Florianópolis. Sem acento grave” (E) O casal dirigiu-se a uma delegacia = antes de artigo indefinido 183. Resposta: “E”. (A) ureter – oxítona / mister – oxítona / meteorito - paroxítona (B) inaudito – paroxítona / ínterim – proparoxítona / hangar - oxítona (C) nobel – oxítona / aziago – paroxítona / mortadela - paroxítona . 66 (D) têxtil - paroxítona / condor – oxítona / avaro - paroxítona (E) ibero - paroxítona / pudico - paroxítona / austero – paroxítona 184. Resposta: “B”. O termo complementa a palavra “medo”, que é substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemento nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de objeto direto. 185. Resposta: “C”. Analisemos: O trigo não picou quem? Resposta: os espinhos = objeto direto (sem preposição) ...antes os espinhos o picaram a ele = os espinhos, aqui, praticam a ação, ou seja, funcionam como sujeito da oração. Temos, então: objeto direto e sujeito, respectivamente. 186. Resposta: “E”. Que tu faças todas as atividades requeridas pelo treinador – conjugaremos no Modo Imperativo Afirmativo, segunda pessoa do singular (tu). Lembremo-nos da regra: a segunda pessoa, tanto do singular quanto do plural, no Afirmativo, são “copiadas” – literalmente – do presente do Indicativo, sem o “s” final. Vamos lá: Eu faço, tu fazes, ele faz, nós fazemos, vós fazeis, eles fazem. Queremos o verbo referente ao tu: fazes, mas sem o “s” final = faze. Pronto! Teremos: “Faze todas as atividades requeridas pelo treinador”. 187. Resposta: “B”. A expressão é um exagero! Ela serve apenas para representar o calor excessivo que está fazendo. A figura que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a hipérbole 188. Resposta: “E”. O verbo “haver”, quando empregado no sentido de “existir”, não sofre flexão, é impessoal. Seus auxiliares devem obedecer à regra. Portanto, descartamos as alternativas A (o certo seria “há”) e B (correto: “pode haver”). Quanto ao verbo “existir”, este, sim, varia (concorda com o sujeito). Então, descartemos a C (deveria ser “podem ocorrer”) e a D (o correto seria “devem existir”). Sobrou-nos apenas a correta! 189. Resposta: “A”. Analisemos: o poema apresenta alguns versos na ordem indireta (o sujeito está depois do predicado). Veja: Das tuas águas tão verdes Nunca mais me esquecerei = Nunca mais me esquecerei do quê? Das tuas águas tão verdes. Encontramos a função do termo “das tuas águas” = objeto indireto (tem preposição). Ficamos, então, apenas com as alternativas que nos dão como primeira opção “objeto indireto”: A, C e D. Meus lábios mortos de sede Para as ondas inclinei – inclinei o quê? Meus lábios mortos (objeto direto). Encontramos a Resposta correta! Mas continuemos por questão pedagógica, já que, em um concurso, como não temos nenhuma alternativa que nos dê como segunda opção a função “objeto direto”, não precisaríamos continuar a análise. Seria perda de tempo (e este vale ouro em um concurso!). Perderam-se os meus suspiros – os meus suspiros perderam-se... é de meus suspiros que falo, e o sujeito de uma oração é quem pratica a ação ou sobre quem é expresso algo. 190. Resposta: “C”. Regência verbal: o verbo “referir” pede preposição, pois quem se refere, refere-se a algo ou a alguém. Refiro-me às maléficas... às hipócritas 191. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) . 67 Armandinho, personagem do cartunista Alexandre Beck, sabe perfeitamente empregar os parônimos “cestas” “sestas” e “sextas”. Quanto ao emprego de parônimos, dadas as frases abaixo, I. O cidadão se dirigia para sua _____________ eleitoral. II. A zona eleitoral ficava ___________ 200 metros de um posto policial. III. O condutor do automóvel __________ a lei seca. IV. Foi encontrada uma __________ soma de dinheiro no carro. V. O policial anunciou o __________ delito. Assinale a alternativa cujos vocábulos preenchem corretamente as lacunas das frases. (A) seção, acerca de, infligiu, vultosa, fragrante. (B) seção, acerca de, infligiu, vultuosa, flagrante. (C) sessão, a cerca de, infringiu, vultosa, fragrante. (D) seção, a cerca de, infringiu, vultosa, flagrante. (E) sessão, a cerca de, infligiu, vultuosa, flagrante. 192. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) No texto, “Arranca o estatuário uma pedra dessas montanhas, tosca, bruta, dura, informe; e, depois que desbastou o mais grosso, toma o maço e cinzel na mão para começar a formar um homem, primeiro membro a membro e depois feição por feição.” VIEIRA, P. A. In Sermão do Espírito Santo. Acervo da Academia Brasileira de Letras A oração sublinhada exerce uma função de (A) causalidade. (B) conclusão. (C) oposição. (D) concessão. (E) finalidade. 193. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) Dado o poema abaixo, “Imagino Irene entrando no céu: – Licença, meu branco! E São Pedro bonachão: – Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.” BANDEIRA, M. Antologia Poética. José Olympio: Rio de Janeiro, 1978. Quanto ao poema, é correto afirmar que há: (A) ausência de elementos que suscitem o diálogo. (B) estrutura poética com traços de texto narrativo. (C) construção poética sustentada em traços linguísticos rebuscados. (D) estrutura semântica dissociada de elementos coloquiais e cotidianos. (E) estrutura gramatical caracterizada pelas inversões sintáticas. 194. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014 - adaptada) Dado o trecho abaixo, “Passai, passai, desfeitas em tormentos, Em lágrimas, em prantos, em lamentos” SOUZA, Cruz e. Broqueis. São Paulo: L&PM Pochet, 2002. O verbo do primeiro verso, se utilizado na 2ª pessoa do singular, resulta na seguinte forma: (A) Passe, passe, desfeitas em tormentos. (B) Passem, passem, desfeitas em tormentos. (C) Passa, passa, desfeitas em tormentos. (D) Passas, passas, desfeitas em tormentos. (E) Passam, passam, desfeitas em tormentos. 195. (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/UFAL/2014) Dadas as orações: I. Ricardo é inteligente, mas é pouco trabalhador. II. Embora seja pouco trabalhador, Ricardo é inteligente. . 68 III. O automóvel é novo; por isso não pode ir a grande velocidade. IV. O automóvel não pode ir a grande velocidade, porque é novo. No tocante à classificação das orações coordenadas e subordinadas, tem-se, respectivamente, (A) Coordenada sindética adversativa, subordinada adverbial concessiva, coordenada sindética conclusiva e subordinada adverbial causal. (B) Coordenada sindética adversativa, coordenada sindética adversativa, subordinada adverbial consecutiva e coordenada sindética explicativa. (C) Subordinada adverbial consecutiva, subordinada adverbial concessiva, coordenada sindética explicativa e subordinada adverbial causal. (D) Coordenada sindética alternativa, subordinada adverbial proporcional, subordinada adverbial causal e coordenada sindética explicativa. (E) Subordinada adverbial concessiva, coordenada sindética adversativa, coordenada sindética explicativa e subordinada adverbial final. 196. (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) A ciência, o bem e o mal Marcelo Gleiser Em 1818, com apenas 21 anos, Mary Shelley publicou o grande clássico da literatura gótica, “Frankenstein ou o Prometeu Moderno”. O romance conta a história de um doutor genial e enlouquecido, que queria usar a ciência de ponta de sua época, a relação entre a eletricidade e a atividade muscular, para trazer mortos de volta à vida. Duas décadas antes, Luigi Galvani havia demonstrado que a eletricidade produzia movimentos em músculos mortos, no caso em pernas de rãs. Se vida é movimento, e se eletricidade pode causá-lo, por que não juntar os dois e tentar a ressuscitação por meio da ciência e não da religião, transformando a implausibilidade do sobrenatural em um mero fato científico? Todos sabem como termina a história, tragicamente. A “criatura” exige uma companheira de seu criador, espelhando Adão pedindo uma companheira a Deus. Horrorizado com sua própria criação, Victor Frankenstein recusou. Não queria iniciar uma raça de monstros, mais poderosos do que os humanos, que pudesse nos extinguir. O romance examina a questão dos limites éticos da ciência: será que cientistas podem ter liberdade total em suas atividades? Ou será que existem certos temas que são tabu, que devem ser bloqueados, limitando as pesquisas dos cientistas? Em caso afirmativo, que limites são esses? Quem os determina? Essas são questões centrais da relação entre a ética e a ciência. Existem inúmeras complicações: como definir quais assuntos não devem ser alvo de pesquisa? Dou um exemplo: será que devemos tratar a velhice como doença? Se sim, e se conseguíssemos uma “cura” ou, ao menos, um prolongamento substancial da longevidade, quem teria direito a tal? Se a “cura” fosse cara, apenas uma pequena fração da sociedade teria acesso a ela. Nesse caso, criaríamos uma divisão artificial, na qual os que pudessem viveriam mais. E como lidar com a perda? Se uns vivem mais que outros, os que vivem mais veriam seus amigos e familiares perecerem. Será que isso é uma melhoria na qualidade de vida? Talvez, mas só se fosse igualmente distribuída pela população, e não apenas a parte dela. Outro exemplo é a clonagem humana. Qual o propósito de tal feito? Se um casal não pode ter filhos, existem outros métodos bem mais razoáveis. Por outro lado, a clonagem pode estar relacionada com a questão da longevidade e, em princípio ao menos, até da imortalidade. Imagine que nosso corpo e nossa memória possam ser reproduzidos indefinidamente; com isso, poderíamos viver por um tempo indefinido. No momento, não sabemos se isso é possível, pois não temos ideia de como armazenar memórias e passá-las adiante. Mas a ciência cria caminhos inesperados, e dizer “nunca” é arriscado. Toquei apenas em dois exemplos, mas o ponto é óbvio: existem áreas de atuação científica que estão diretamente relacionadas com escolhas éticas. O impulso inicial da maioria das pessoas é apoiar algum tipo de censura ou restrição, achando que esse tipo de ciência é feito a caixa de Pandora. Mas essa atitude é ingênua. Não é a ciência que cria o bem ou o mal. A ciência cria conhecimento. Quem cria o bem ou o mal somos nós, a partir das escolhas que fazemos. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser/2013/09/1348909-a-ciencia-o-bem-e-o-mal.shtml. Acesso 24 nov. 2013. . 69 De acordo com o autor do texto, (A) os cientistas devem ter total liberdade para empregar seus conhecimentos. (B) a ciência vai contra os princípios religiosos ao tentar prolongar a vida humana. (C) algumas áreas da atuação científica estão relacionadas com escolhas éticas. (D) a imortalidade por meio da clonagem é uma técnica consagrada, porém polêmica. (E) a qualidade de vida tem como pressuposto básico a longevidade e o bem estar. 197. (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) Em “Não queria iniciar uma raça de monstros, mais poderosos do que os humanos, que pudesse nos extinguir.”, o pronome destacado funciona como (A) complemento nominal. (B) objeto direto. (C) objeto indireto. (D) adjunto adnominal. (E) sujeito. 198. (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) Em “Todos sabem como termina a história, tragicamente.”, a expressão destacada indica (A) meio (B) tempo. (C) fim. (D) modo. (E) condição. 199. (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) Em “Se a ‘cura’ fosse cara, apenas uma pequena fração da sociedade teria acesso a ela.”, a expressão em destaque funciona como: (A) objeto direto. (B) adjunto adnominal. (C) complemento nominal. (D) sujeito paciente. (E) objeto indireto. 200. (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) A palavra que está acentuada corretamente é: (A) Históriar. (B) Memórial. (C) Métodico. (D) Própriedade. (E) Artifício. 191. Resposta: “D”. Questão que envolve ortografia. I. O cidadão se dirigia para sua SEÇÃO eleitoral. (setor) II. A zona eleitoral ficava A CERCA DE 200 metros de um posto policial. (= aproximadamente) III. O condutor do automóvel INFRINGIU a lei seca. (relacione com infrator) IV. Foi encontrada uma VULTOSA soma de dinheiro no carro. (de grande vulto, volumoso) V. O policial anunciou o FLAGRANTE delito. (relacione com “pego no flagra”) Seção / a cerca de / infringiu / vultosa / flagrante 192. Resposta: “E”. A conjunção “para” é subordinativa final, ou seja, introduz orações subordinadas finais, que expressam a finalidade da ação praticada (ou a ser praticada) na oração principal. 193. Resposta: “B”. Há presença de marcas de diálogo (travessões), não há rebuscamento (palavras de uso formal). A única alternativa que analisa corretamente o poema é a que lhe atribui traços narrativos. . 70 194. Resposta: “C”. “Passai, passai, desfeitas em tormentos.” Os verbos estão no Modo Imperativo Afirmativo, segunda pessoa do plural (vós). Para descobrirmos como ficarão na segunda do singular (tu), conjuguemos o verbo “passar” no Presente do Indicativo (que é de onde copiamos o Afirmativo, sem o “s” final): Eu passo, tu passas, ele passa, nós passamos, vós passais, eles passam. Percebeu como o “passai” pertence a “vós”? Bastou retirar o “s” = passai (como no verso). Agora, retiremos o “s” do verbo conjugado com o “tu”: “passa”. Teremos, então, a construção: “Passa, passa...”. 195. Resposta: “A”. Classificarei as conjunções, o que justificará a classificação das orações: I. Ricardo é inteligente, mas é pouco trabalhador = conjunção adversativa II. Embora seja pouco trabalhador, Ricardo é inteligente = conjunção concessiva III. O automóvel é novo; por isso não pode ir a grande velocidade = conjunção conclusiva IV. O automóvel não pode ir a grande velocidade, porque é novo. E agora: conjunção explicativa ou causal? Analisemos: se a oração introduzida por ela é uma explicação do fato ocorrido na oração que ela acompanha, teremos uma “explicativa”; agora, se ela inicia uma oração que é a causa do fato narrado na outra oração, teremos uma “causal”. O fato de ser um carro novo impede-o de ir a grande velocidade. É uma oração causal. No concurso, nem precisaríamos ficar com tal dúvida, já que, sabendo a classificação das duas primeiras orações, eliminaríamos as demais, restando-nos apenas este item como correto. 196. Resposta: “C”. Resposta retirada do texto: “existem áreas de atuação científica que estão diretamente relacionadas com escolhas éticas”. 197. Resposta: “B”. Quem extingue, extingue algo ou alguém, portanto, pede objeto sem preposição – objeto direto. 198. Resposta: “D”. Geralmente, os advérbios terminados em “-mente” indicam “modo”. No caso, de maneira trágica, tragicamente. 199. Resposta: “C”. Cuidado com a pegadinha! Terei o quê? Acesso (objeto direto); ACESSO a quê? A ela (complemento nominal – relaciona-se ao termo “acesso”, não ao verbo “ter”). 200. Resposta: “E”. Correções: (A) Historiar. (B) Memorial. (C) Metódico. (D) Propriedade. (E) Artifício = correta 201. (SIMAE - AGENTE ADMINISTRATIVO - ASSCON-PP/2014) Assinale a alternativa que apresenta apenas palavras escritas de forma incorreta. (A) Cremoso, coragem, cafajeste, realizar; (B) Caixote, encher, análise, poetisa; (C) Traje, tanger, portuguesa, sacerdotisa; (D) Pagem, mujir, vaidozo, enchergar; 202. (SIMAE - AGENTE ADMINISTRATIVO - ASSCON-PP/2014) A hipérbole baseia-se no exagero proposital de ideias ou sentimentos. Neste contexto, assinale a alternativa que não é exemplo de hipérbole. (A) a cidade amanheceu sob um dilúvio; (B) ele come como um elefante; (C) aquele touro não deixa nenhum dos atacantes se aproximar do gol; (D) a tarde cai nostálgica, triste, deprimente; . 71 203. (SIMAE - AGENTE ADMINISTRATIVO - ASSCON-PP/2014) Quantos fonemas tem a palavra tampa? (A) 3. (B) 4. (C) 5. (D) 6. 204. (SIMAE - Agente Administrativo - ASSCON-PP/2014) Observe a charge abaixo: Disponível em: http://caroldaemon.blogspot.com.br/2011/10/consumo-de agua-x-aumento-da-populacao.html Pode-se afirmar que: (A) A charge mostra que no Brasil temos água em abundância; (B) A charge mostra que devemos sempre lavar as calçadas com água corrente; (C) Na charge é possível perceber que a água não está disponível a todas as pessoas; (D) Na charge pode-se observar a falta de manutenção das rodovias; 205. (AMEAS - ALVORADA DO SUL/PR - AGENTE ADMINISTRATIVO EDUCACIONAL – PROSPERITY/2014) Associe corretamente as palavras destacadas abaixo de acordo com o seu grau comparativo correto. I – Jaime é tão jovem quanto seu primo. II – A calça dela é mais velha que a minha. III – Para mim, ele é menos importante que você. (A) I- Superioridade; II- Igualdade; III- Inferioridade. (B) I- Igualdade; II- Inferioridade; III- Superioridade. (C) I- Superioridade; II- Inferioridade; III- Igualdade. (D) I- Igualdade; II- Superioridade; III- Inferioridade. 206. (AMEAS - ALVORADA DO SUL/PR - AGENTE ADMINISTRATIVO EDUCACIONAL – PROSPERITY/2014) Qual verbo abaixo está no pretérito perfeito? (A) Viajar. (B) Estudei. (C) Correndo. (D) Conheço. (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA – FCC/2014 - adaptada) Leia o texto para responder às questões 207 e 208. Ainda aluna de medicina, Nise da Silveira se horrorizou ao ver o professor abrir com um bisturi o corpo de uma jia e deixar à mostra, pulsando, seu pequenino coração. Esse fato define a mulher que iria revolucionar o tratamento da esquizofrenia e pôr em questão alguns dogmas estéticos em vigor mesmo entre artistas antiacadêmicos e críticos de arte. A mesma sensibilidade à flor da pele que a fez deixar, horrorizada, a aula de anatomia, levou-a a se opor ao tratamento da esquizofrenia em voga na época em que se formou: o choque elétrico, o choque insulínico, o choque de colabiosol e, pior do que tudo, a lobotomia, que consistia em secionar uma parte do cérebro do paciente. Tomou-se de revolta contra tais procedimentos, negando-se a aplicá-los nos doentes a ela confiados. Foi então que o diretor do hospital, seu amigo, disse-lhe que não poderia . 72 mantê-la no emprego, a não ser em outra atividade que não envolvesse o tratamento médico. - Mas qual?, perguntou ela. - Na terapia ocupacional, respondeu-lhe o diretor. A terapia ocupacional, naquela época, consistia em pôr os internados para lavar os banheiros, varrer os quartos e arrumar as camas. Nise aceitou a proposta e, em pouco tempo, em lugar de faxina, os pacientes trabalhavam em ateliês improvisados, pintando, desenhando, fazendo modelagem com argila e encadernando livros. Desses ateliês saíram alguns dos artistas mais criativos da arte brasileira, cujas obras passaram a constituir o hoje famosíssimo Museu de Imagens do Inconsciente do Centro Psiquiátrico Nacional, situado no Engenho de Dentro, no Rio. É que sua visão da doença mental diferia da aceita por seus companheiros psiquiatras. Enquanto, para estes, a loucura era um processo progressivo de degenerescência cerebral, que só se poderia retardar com a intervenção direta no cérebro, ela via de outro modo, confiando que o trabalho criativo e a expressão artística contribuiriam para dar ordem e equilíbrio ao mundo subjetivo e afetivo tumultuado pela doença. Por isso mesmo acredito que o elemento fundamental das realizações e das concepções de Nise da Silveira era o afeto, o afeto pelo outro. Foi por não suportar o sofrimento imposto aos pacientes pelos choques que ela buscou e inventou outro caminho, no qual, em vez de ser vítima da truculência médica, o doente se tornou sujeito criador, personalidade livre capaz de criar um universo mágico em que os problemas insolúveis arrefeciam. (Adaptado de: GULLAR, Ferreira. A Cura pelo Afeto. Resmungos, São Paulo: Imprensa Oficial, 2007). 207. (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA – FCC/2014) De acordo com o texto, Nise da Silveira: (A) propôs a prática artística como coadjuvante no tratamento de doenças mentais, ao lado dos procedimentos em voga à sua época. (B) introduziu mudanças na psiquiatria, deixando de ver a loucura como um processo de degeneração mental, além de pôr em xeque ditames da arte de seu tempo. (C) passou a trabalhar tendo como parâmetro os afetos dos pacientes, a despeito da prática artística envolvida no tratamento da esquizofrenia. (D) praticou o que havia de mais atual em termos de tratamento psiquiátrico, o que pressupunha o contato com artistas consagrados de então. (E) encontrou, já nas primeiras aulas de psiquatria, o fundamento de sua visão sobre terapia ocupacional, qual seja, a aceitação racional da doença por parte do paciente. 208. (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA – FCC/2014) O autor do texto considera que (A) os avanços obtidos por Nise da Silveira, por dizerem respeito ao tratamento de esquizofrenia, devem ser vistos com cautela em termos artísticos. (B) a dimensão afetiva fez com que os pacientes passassem a se adequar aos tratamentos psiquiátricos em voga, o que foi uma grande conquista em termos de terapia ocupacional. (C) o afeto pelo outro foi o diferencial oferecido por Nise da Silveira, que fez com que seus pacientes se tornassem verdadeiros agentes em seus próprios tratamentos. (D) a subjetividade tumultuada dos doentes adquiria ordem e equilíbrio quando eram submetidos a tratamentos clínicos, muito embora isso arrefecesse sua capacidade artística. (E) a arte contribui para a criação de um universo imaginário que distrai os pacientes do cerne de sua condição, servindo de cura para suas enfermidades. 209. (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA – FCC/2014) Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco metros do professor, sem grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tardes passava perambulando de uma praça ...... outra, lendo algum livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, entregue somente ...... discrição de si mesmo. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: (A) a - às - à - a (B) à - as - a - à (C) a - as - à - a (D) à - às - a - à (E) a - às - a - a . 73 210. (RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL – ESAF/2014) Assinale a opção que preenche as lacunas do texto deforma gramaticalmente correta e textualmente coerente. Sem __1__ pujança econômica de outrora, __2__ Europa registra nos últimos tempos o fortalecimento de pressões xenófobas e anti-imigração. Após __3__ crise global, iniciada em 2008, e o consequente aumento dos índices de desemprego no continente, grupos de extrema direita conquistaram níveis inéditos de participação nos Parlamentos nacionais da Suécia e da Grécia. Não satisfeitos em exercer __4__ representação política, tais agremiações têm protagonizado lamentáveis episódios de agressão __5__ minorias de outras nacionalidades. (Adaptado de Folha de S. Paulo, 12/02/2014.) (A) (B) (C) (D) (E) 1 à a a a à 2 a a à a à 3 à a a à a 4 a a à a à 5 as às as às as 201. Resposta: “D”. Cuidado! O exercício quer as INCORRETAS. (A) Cremoso, coragem, cafajeste, realizar; (B) Caixote, encher, análise, poetisa; (C) Traje, tanger, portuguesa, sacerdotisa; (D) Pagem (pajem), mujir (mugir), vaidozo (vaidoso), enchergar (enxergar) 202. Resposta: “D”. “a tarde cai nostálgica, triste, deprimente” = atribuição de ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características humanas a seres não humanos (prosopopeia ou personificação). 203. Resposta: “B”. Tampa tem cinco letras, mas apenas 4 fonemas, já que apresenta dígrafo “am”, assim representado: /ã/ = /tãpa/ 204. Resposta: “C”. Dá para eliminarmos a mais incoerente das alternativas: D. Analisando a figura, vemos que há alguém dentro do bueiro tentando, com uma canequinha, pegar um pouco de água, o que nos leva a pensar que não há água disponível a todas as pessoas. Enquanto um desperdiça nosso bem mais precioso lavando a calçada, o outro se esforça para conseguir alguns mililitros do líquido da vida. 205. Resposta: “D”. I – Jaime é tão jovem quanto seu primo = tão...quanto = comparativo de igualdade. II – A calça dela é mais velha que a minha = mais...que = comparativo de superioridade. III – Para mim, ele é menos importante que você = menos...que = comparativo de inferioridade. 206. Resposta: “B”. (A) Viajar = forma nominal - infinitivo. (B) Estudei = pretérito perfeito do indicativo. (C) Correndo = forma nominal - gerúndio. (D) Conheço = presente do indicativo. 207. Resposta: “B”. Com o texto: “a mulher que iria revolucionar o tratamento da esquizofrenia e pôr em questão alguns dogmas estéticos em vigor mesmo entre artistas antiacadêmicos e críticos de arte”. 208. Resposta: “C”. Texto: “Por isso mesmo acredito que o elemento fundamental das realizações e das concepções de Nise da Silveira era o afeto, o afeto pelo outro”. . 74 209. Resposta: “B”. Sentava-se mais ou menos À distância de cinco metros (palavra “distância” especificada) do professor, sem grande interesse. Estudava de manhã, e AS tardes (artigo + substantivo; lemos “e durante as tardes”) passava perambulando de uma praça A outra, lendo algum livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, entregue somente À (regência verbal de “entregue”: entregue algo a alguém) discrição de si mesmo. Temos: à / as / a / à. 210. Resposta: “B”. Sem A (artigo) pujança econômica de outrora, A (artigo) Europa registra nos últimos tempos o fortalecimento de pressões xenófobas e anti-imigração. Após A (artigo) crise global, iniciada em 2008, e o consequente aumento dos índices de desemprego no continente, grupos de extrema direita conquistaram níveis inéditos de participação nos Parlamentos nacionais da Suécia e da Grécia. Não satisfeitos em exercer A (artigo) representação política, tais agremiações têm protagonizado lamentáveis episódios de agressão ÀS (artigo + preposição = regência nominal de “agressão” pede preposição”) minorias de outras nacionalidades. Ficou: 1 – a / 2 – a / 3 – a / 4 – a / 5 – às. 211. (RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL – ESAF/2014) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra inserido na transcrição do texto. A Receita Federal nem sempre teve esse (1) nome. Secretaria da Receita Federal é apenas a mais recente denominação da Administração Tributária Brasileira nestes cinco séculos de existência. Sua criação tornou-se (2) necessária para modernizar a máquina arrecadadora e fiscalizadora, bem como para promover uma maior integração entre o Fisco e os Contribuintes, facilitando o cumprimento expontâneo (3) das obrigações tributárias e a solução dos eventuais problemas, bem como o acesso às (4) informações pessoais privativas de interesse de cada cidadão. O surgimento da Secretaria da Receita Federal representou um significativo avanço na facilitação do cumprimento das obrigações tributárias, contribuindo para o aumento da arrecadação a partir (5) do final dos anos 60. (Adaptado de <http://www.receita.fazenda.gov.br/srf/historico.htm>. Acesso em: 17 mar. 2014.) (A) (1). (B) (2). (C) (3). (D) (4). (E) (5). 212. (RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL – ESAF/2014) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de palavra inserido na transcrição do texto. No desenho constitucional, os tributos são fonte importantíssima dos recursos financeiros de cada ente político, recursos esses indispensáveis para que façam frente ao (1) seu dever social. Consequentemente, o princípio federativo é indissociável das competências tributárias constitucionalmente estabelecidas. Isso porque tal princípio prevê (2) a autonomia dos diversos entes integrantes da federação (União, Estados, DF e Municípios). A exigência da autonomia econômico financeira determina que seja outorgado (3) a cada ente político vários tributos de sua específica competência, para, por si próprios, instituírem (4) o tributo e, assim, terem (5) sua própria receita tributária. (Adaptado de: <http://www.ambito-juridico.com.br/site>. Acesso em: 17mar. 2014.) (A) (1) (B) (2) (C) (3) (D) (4) (E) (5) . 75 213. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - ANALISTA ADMINISTRATIVO – JORNALISMO – AOCP/2014) Em “Cabe a cada um, portanto, reconstruir os laços com a juventude.”, as vírgulas. (A) são facultativas, pois não é obrigatório o uso de vírgula em casos de conjunção concessiva deslocada. (B) são obrigatórias, pois a conjunção adversativa está deslocada. (C) são obrigatórias, pois a conjunção conclusiva está deslocada. (D) são facultativas, pois, independente da posição em que esteja a conjunção adversativa, não é necessário usar a vírgula. (E) são facultativas, pois, independente da posição em que esteja a conjunção conclusiva, pode-se ou não usar a vírgula. 214. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - ANALISTA ADMINISTRATIVO – JORNALISMO – AOCP/2014) Assinale a alternativa correta, considerando as regras formais de colocação pronominal, quanto ao que se afirma. (A) Em “São armas capazes de retardar o envelhecimento, nunca detê-lo.”, a expressão em destaque deve ser substituída por “nunca o deter”. (B) Em “Dê-se ao luxo de sentar no chão...”, a expressão em destaque deve ser substituída por “Se dê”. (C) Em “Sentiam-se jovens.”, a expressão em destaque deve ser substituída por “Se sentiam”. (D) Em “...você não se torna imortal...”, a expressão em destaque deve ser substituída por “torna-se”. (E) Em “Deem-se o benefício da dúvida.”, a expressão em destaque deve ser substituída por “Se deem”. 215. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - ANALISTA ADMINISTRATIVO – JORNALISMO – AOCP/2014) “Sinta-se ungido pela sorte de recomeçar. Quando seu filho crescer, ele irá entender - mais cedo ou mais tarde -...” No período acima, a oração destacada: (A) estabelece uma relação temporal com a oração que lhe é subsequente. (B) estabelece uma relação temporal com a oração que a antecede. (C) estabelece uma relação condicional com a oração que lhe é subsequente. (D) estabelece uma relação condicional com a oração que a antecede. (E) estabelece uma relação de finalidade com a oração que lhe é subsequente. 216. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - ANALISTA ADMINISTRATIVO – JORNALISMO – AOCP/2014) “A essência do comportamento jovem é ter curiosidade em relação à vida...” No período acima, a crase foi utilizada: (A) para atender à regência do verbo “é”. (B) para atender à regência do nome “relação”. (C) para atender à regência do verbo “ter”. (D) por tratar-se de locução adverbial de base feminina. (E) por tratar-se de locução conjuntiva de base feminina. 217. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - ANALISTA ADMINISTRATIVO – JORNALISMO – AOCP/2014) Em “...já deve ter assistido ao filme...”, o termo destacado exerce função de: (A) objeto direto. (B) objeto indireto. (C) complemento nominal. (D) predicativo do sujeito. (E) adjunto adnominal. 218. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS - ANALISTA ADMINISTRATIVO – JORNALISMO – AOCP/2014) “Não estou sugerindo que você vista as roupas do seu filho adulto de 20 anos para brincar com sua criança de quatro...” No excerto acima, a oração destacada estabelece: (A) uma relação de causalidade em relação à oração que a antecede. (B) uma relação temporal em relação à oração que a antecede. (C) uma relação de concessão em relação à oração que a antecede. (D) uma relação de conformidade em relação à oração que a antecede. (E) uma relação de finalidade em relação à oração que a antecede. . 76 219. (EMDEC - ANALISTA DA MOBILIDADE URBANA I – IBFC/2014) Apesar de não representar um vocábulo comum no uso corrente da Língua, o termo destacado em “Protege-se um tudo-nada o corpo”, em função do contexto em que se encontra, deve ser classificado, morfologicamente, como: (A) substantivo. (B) adjetivo. (C) advérbio. (D) pronome. 220. (EMDEC - ANALISTA DA MOBILIDADE URBANA I – IBFC/2014) Na oração “movendo-nos com desembaraço”, a posição do pronome átono é enclítica. Assinale a opção em que o pronome também deveria estar empregado nessa mesma posição. (A) Nunca me convidam para os grandes eventos. (B) Embora te encontre, ainda sinto tua falta. (C) Não encontrei a reposta que me indicaram. (D) Assim, se resolvem os problemas. 211. Resposta: “C”. O problema de grafia encontra-se na palavra “expontâneo”. O correto é “espontâneo”. 212. Resposta: “C”. No item 3, a forma correta do trecho é: “A exigência da autonomia econômico financeira determina que sejam outorgados a cada ente político vários tributos de sua específica competência”. 213. Resposta: “C”. Se reescrevêssemos a passagem acima, colocaríamos a conjunção conclusiva no início do período, comumente: “Portanto, cabe a cada um reconstruir os laços com a juventude”. Como no enunciado a conjunção foi deslocada, deve ficar entre vírgulas. 214. Resposta: “A”. (A) Em “São armas capazes de retardar o envelhecimento, nunca detê-lo.”, a expressão em destaque deve ser substituída por “nunca o deter” = correta. (B) Em “Dê-se ao luxo de sentar no chão...”, a expressão em destaque deve ser substituída por “Se dê” = não se inicia período com pronome oblíquo = errada. (C) Em “Sentiam-se jovens.”, a expressão em destaque deve ser substituída por “Se sentiam” = não se inicia período com pronome oblíquo = errada. (D) Em “...você não se torna imortal...”, a expressão em destaque deve ser substituída por “torna-se” = há o advérbio de negação, que atrai o pronome oblíquo, exigindo, assim, próclise = errada. (E) Em “Deem-se o benefício da dúvida.”, a expressão em destaque deve ser substituída por “Se deem” = não se inicia período com pronome oblíquo = errada. 215. Resposta: “A”. A conjunção “quando” é temporal, pois atribui ao período uma ideia de tempo. 216. Resposta: “B”. O substantivo “relação”, no caso, pede complemento preposicionado (regência nominal). Portanto, “à vida” é um complemento nominal. 217. Resposta: “B”. “Assistido” é verbo, e o que o complementa é o objeto. No caso, “assistir” está empregado com o sentido de “presenciar”, então sua transitividade é indireta (há preposição = objeto indireto). 218. Resposta: “E”. A oração destacada inicia-se com uma conjunção final – dá uma noção da finalidade, do porquê da realização da ação expressa no oração principal. 219. Resposta: “A”. Qualquer termo, precedido de um artigo – definido ou indefinido – passa a ser classificado como substantivo. Por exemplo: “verde” é adjetivo. Se dissermos “O verde das matas” – agora temos um substantivo (caso de derivação imprópria – mudança de classe gramatical sem alterar a palavra). . 77 220. Resposta: “D”. Correções à frente: (A) Nunca me convidam para os grandes eventos = correta. (B) Embora te encontre, ainda sinto tua falta = correta. (C) Não encontrei a reposta que me indicaram = correta. (D) Assim, se resolvem os problemas = resolvem-se. 221. (UFMT – ADMINISTRAÇÃO – UFMT/2014) Quem descobriu Cuiabá [...] Não houve dúvida, a riqueza estava no sertão. E os paulistas se movimentaram descendo o rio Tietê, estrada que anda e que facilitou a penetração, pois ele não é como a maioria dos rios que correm para o mar. Ele é um rio bem brasileiro, corre para o interior, por isso, graças ao Tietê, os Bandeirantes vieram à Cuiabá. E foi assim, chegaram, acharam ouro e ficaram. Mas, para chegar, subiram o rio e esse rio não tinha nome e daí vem a lenda de que um moço português que fazia parte da bandeira, indo beber água no rio, levou consigo uma cuia [...]. No momento em que a enchia, a cuia lhe escapou das mãos e, em seu sotaque lusitano, gritou para os companheiros vendo a cuia descer rolando água abaixo: cuia que ba, querendo dizer que se vá. Mas, isto é lenda. [...] (Cuiabá: SEC-MT; Integrar; Defanti, 2012. Reedição em comemoração ao centenário de nascimento do autor.) Sobre o texto, assinale a afirmativa correta. (A) O fato de o rio Tietê correr para o interior em nada contribuiu para que minérios fossem encontrados na região Centro-Oeste. (B) Os bandeirantes, ao virem à região Centro-Oeste, encontraram ouro às margens do rio Tietê. (C) A chegada dos paulistas à região de Cuiabá ensejou a criação da denominação do rio e da cidade. (D) O rio Tietê, comparado a uma estrada, à época dos bandeirantes era navegável. 222. (UFMT – ADMINISTRAÇÃO – UFMT/2014) Os verbos normalmente estabelecem entre si certas correlações, a fim de se adequarem às normas da língua. Assinale a afirmativa em que a correlação NÃO se apresenta adequada. (A) Por essas e outras, está longe o dia (se houver algum) em que nosso país seria potência mundial dominante. (B) Se os EUA contabilizassem um terço dos gastos mundiais em pesquisa e desenvolvimento, os trabalhadores seriam bem mais produtivos. (C) O PIB chinês pode ser o maior do mundo até 2020 ou mais, caso os EUA não mantiverem a posição de maior potência tecnológica do planeta. (D) Nosso presidente afirmou que o século XXI seria o século do Brasil, se os EUA não conseguissem sair da crise. 223. (UFMT – ADMINISTRAÇÃO – UFMT/2014 - adaptada) A carestia em Cuiabá Cuiabá sempre foi a terra de vida mais cara do BRASIL. Quem ler “Os Anais do Senado da Câmara de Cuiabá” certifica disso. Barbosa de Sá não fez segredo. Pintou as coisas com cores realistas. Conta o nosso primeiro cronista que, no ano de 1723, um tal Joaquim Pinto comprou um jaú no Porto Geral por uma quarta de ouro, fê-lo em postas e veio vendê-lo pelas lavras, em que dobrou a parada. Sabendo-o, os deputados confiscaram-lhe os bens para pagar o quinto a El-Rei do negócio que havia feito. Esse Joaquim Pinto foi o primeiro cambionegrista que aparece na nossa história. Outros vieram depois e hoje existem muitos. (Nos bastidores da História de Mato Grosso. Cuiabá: SEC-MT; Integrar; Defanti, 2012.) Sobre elementos coesivos no texto, analise as afirmativas. I - Na linha 2, “disso” refere-se à ideia de que Cuiabá tem a vida mais cara do país. . 78 II - Na linha 4, os pronomes “lo”, nas duas ocorrências, e “o” retomam o sentido do mesmo referente: jaú. III - Na linha 6, “Outros” e “muitos” recuperam o sentido da palavra cambionegrista. IV - Na linha 5, o pronome “lhe” refere-se aos bens dos deputados. Estão corretas as afirmativas (A) II, III e IV, apenas. (B) I, II e IV, apenas. (C) I e III, apenas. (D) I, II, III e IV. 224. (UFAC/AC – BIÓLOGO – MSCONCURSOS/2014 - adaptada) “O nível de confiança dentro de uma sociedade determina se ela está próspera ou se mantém-se na miséria”. O verbo “manter” está conjugado na terceira pessoa singular. Sem alterar o modo e o tempo, como ficaria esse verbo na terceira pessoa do plural? (A) mantenham. (B) mantiveram. (C) mantêm. (D) mantinham. (E) manteriam. 225. (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014) Transpondo-se para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do jeitinho, a forma obtida deverá ser: (A) tenha começado a ser desfavorecida. (B) comecem a desfavorecer. (C) terá começado a ser desfavorecida. (D) comecem a ser desfavorecidos. (E) estão começando a se desfavorecer. 226. (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014) As normas de concordância verbal e nominal estão plenamente observadas na frase: (A) Diante de cartas antigas, que há muito tempo já tinha sido esquecido, o narrador passou a reconstituir fatos e pessoas. (B) Por inúteis que possam parecer, cartas antigas estimulam em nossa memória cenas de que jamais nos lembraríamos não fosse o seu estilo. (C) O autor correspondia-se com vários amigos, a quem se ligava muito afetuosamente, mas que o tempo tornou anônimo no fundo da memória. (D) As cartas mais emocionais o autor pôs fora, para que não viesse a provocar-lhe fortes excitações antigas, que o deixaram perturbado. (E) Fazerem-se esquecido é um mistério que caracteriza aqueles fatos que pareciam muito importantes, mas que não sobreviveram à ação do tempo. 227. (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014) A educação para a cidadania é um objetivo essencial, mas comprometem essa educação para a cidadania os que pretendem praticar a educação para a cidadania sem dotar a educação para a cidadania da visibilidade das atitudes públicas. Evitam-se as repetições viciosas da frase acima se substituindo os segmentos sublinhados, respectivamente, por: (A) comprometem-lhe - praticá-la - dotar-lhe; (B) comprometem ela - praticar-lhe - dotá-la; (C) comprometem-na - praticá-la - dotá-la; (D) comprometem a mesma - a praticar - lhe dotar; (E) comprometem a ela - lhe praticar - a dotar; . 79 228. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à colocação pronominal. (A) Certamente delineou-se um cenário infernal com assassinatos brutais. (B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame. (C) Se completam, em 2014, 20 anos do genocídio em Ruanda. (D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se do vírus do ódio. (E) Com Kagame como presidente, têm feito-se mudanças em Ruanda. 229. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal, segundo a norma-padrão da língua portuguesa. (A) O governo hutu queria exterminar os tutsis e quaisquer outros que fizessem oposição. (B) Assassinatos brutais eram realizado por pessoas vizinhas, colegas ou mesmo amigas. (C) Os habitantes de Ruanda não conseguem sentir menas raiva dos que os fizeram sofrer. (D) As coisas, em Ruanda, certamente ficaram boa com Kagame presidente. (E) Em Ruanda, é promissor as chances de trabalho para os jovens. 230. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) Considerando as regras de concordância verbal, o termo em destaque na frase – Segundo alguns historiadores, houve dois sacolejões maiores na história da humanidade. – pode ser corretamente substituído por: (A) ocorreram. (B) sucedeu-se. (C) existiu. (D) houveram. (E) aconteceu 221. Resposta: “D”. Dentre as alternativas apresentadas, a única coerente com o texto: “descendo o rio Tietê, estrada que anda e que facilitou a penetração, pois ele não é como a maioria dos rios que correm para o mar”. 222. Resposta: “A”. Correções à frente: (A) Por essas e outras, está longe o dia (se houver algum) em que nosso país seria = será (B) Se os EUA contabilizassem um terço dos gastos mundiais em pesquisa e desenvolvimento, os trabalhadores seriam bem mais produtivos. = correta (C) O PIB chinês pode ser o maior do mundo até 2020 ou mais, caso os EUA não mantiverem a posição de maior potência tecnológica do planeta. = correta (D) Nosso presidente afirmou que o século XXI seria o século do Brasil, se os EUA não conseguissem sair da crise. = correta 223. Resposta: “C”. Recorramos ao texto: I - Na linha 2, “disso” refere-se à ideia de que Cuiabá tem a vida mais cara do país. Cuiabá sempre foi a terra de vida mais cara do BRASIL. Quem ler “Os Anais do Senado da Câmara de Cuiabá” certifica disso. = correta II - Na linha 4, os pronomes “lo”, nas duas ocorrências, e “o” retomam o sentido do mesmo referente: jaú. um tal Joaquim Pinto comprou um jaú no Porto Geral por uma quarta de ouro, fê-lo (fez ele - o jaú) em postas e veio vendê-lo (vender ele - o jaú), o “o” (sabendo-o) retoma “dobrou a parada” = incorreta III - Na linha 6, “Outros” e “muitos” recuperam o sentido da palavra cambionegrista. Esse Joaquim Pinto foi o primeiro cambionegrista que aparece na nossa história. Outros vieram depois e hoje existem muitos. = correta IV - Na linha 5, o pronome “lhe” refere-se aos bens dos deputados. um tal Joaquim Pinto comprou um jaú no Porto Geral por uma quarta de ouro, fê-lo em postas e veio vendê-lo pelas lavras, em que dobrou a parada. Sabendo-o, os deputados confiscaram-lhe os bens = “lhe” refere-se a “bens do Joaquim” – incorreta . 80 224. Resposta: “C”. “O nível de confiança dentro de uma sociedade determina se ela está próspera ou se mantém-se na miséria” – passemos a frase para a terceira pessoa do plural (eles): “O nível de confiança dentro das sociedades determina se elas estão prósperas ou se mantêm-se na miséria”. 225. Resposta: “A”. “É possível que os tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do jeitinho” – se na voz ativa temos três verbos, na passiva teremos quatro (lembrando que o verbo “ter” é auxiliar): “É possível que a solução do jeitinho tenha começado a ser desfavorecida pelos tempos modernos”. 226. Resposta: “B”. Correções à frente: (A) Diante de cartas antigas, que há muito tempo já tinha sido esquecido = tinham sido esquecidas (B) Por inúteis que possam parecer, cartas antigas estimulam em nossa memória cenas de que jamais nos lembraríamos não fosse o seu estilo = correta. (C) O autor correspondia-se com vários amigos, a quem = aos quais / mas que o tempo tornou anônimo = anônimos (D) As cartas mais emocionais o autor pôs fora, para que não viesse = viessem (E) Fazerem-se esquecido = esquecidos 227. Resposta: “C”. Lembrando o alfabeto: J - K - L - MN = comprometeM-Na. Eliminaremos, assim, todas as alternativas, ficando apenas com a correta! A dica, realmente, ajuda! Mas continuarei! Os verbos “praticar” e “dotar” pedem objeto direto (sem preposição), então não pode ser o “lhe” (que é para objetos indiretos). Teremos “praticá-la” e “dotá-la”. 228. Resposta: “B”. Correções: (A) Certamente delineou-se = certamente se delineou (advérbio) (B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame = correta. (C) Se completam = completam-se (início de período) (D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se = não se livraram (advérbio de negação) (E) Com Kagame como presidente, têm feito-se = têm-se feito 229. Resposta: “A”. Correções: (A) O governo hutu queria exterminar os tutsis e quaisquer outros que fizessem oposição = correta. (B) Assassinatos brutais eram realizado (realizados) por pessoas vizinhas, colegas ou mesmo amigas. (C) Os habitantes de Ruanda não conseguem sentir menas (não existe! Sempre MENOS!) raiva dos que os fizeram sofrer. (D) As coisas, em Ruanda, certamente ficaram boa (boas) com Kagame presidente. (E) Em Ruanda, é (são) promissor (promissoras) as chances de trabalho para os jovens. 230. Resposta: “A”. Podemos resolver por eliminação: dos verbos apresentados nas alternativas, o único que não sofre flexão é o “haver”, devendo, portanto, permanecer no singular. Eliminemos a D. Os demais, que deveriam estar flexionados (sucederam-se, existiram, aconteceram), não estão. Restou-nos a alternativa com a opção correta: ocorreram. 231. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) O termo destacado na frase – No mundo das sociedades científicas de então, os pesquisadores elucubravam, mas não sabiam fazer coisas, não conheciam a manufatura. – pode ser corretamente substituído, mantendo-se a relação de sentido estabelecida, por: (A) nem. (B) portanto. (C) porém. (D) assim. (E) pois. . 81 (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014 - adaptada) As questões 232, 233 e 234 têm como base a tirinha abaixo: 232. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) A forma verbal destacada em – Talvez você queira aumentar a aposta… – é utilizada pela menina para se referir a uma hipótese, uma possibilidade, como ocorre com a expressão verbal destacada em: (A) Afirma-se que elas foram a grande inovação de todos os tempos. (B) Com isso, gerou-se uma relativa abundância de alimentos.. (C) Um tecelão, em Constantinopla, trabalhava três horas para comprar um pão de meio quilo... (D) Perceberam que, se inventassem, se inovassem, poderiam abrir empresas... (E) Na ânsia de ficarem ricos, começaram a escarafunchar o que escreviam os cientistas. 233. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) Em – Você podia me dar os 25 centavos agora e evitar a humilhação depois! –, os termos destacados expressam, respectivamente, circunstâncias de: (A) afirmação e de afirmação (B) intensidade e de afirmação. (C) tempo e de tempo. (D) modo e de causa. (E) tempo e de modo. 234. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que a reescrita da fala da menina presente no primeiro quadrinho está correta quanto ao uso da pontuação, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) Desta vez, nem tente copiar minhas Respostas, Calvin, ou eu chamo a professora. (B) Desta vez nem tente, copiar minhas Respostas Calvin, ou eu chamo a professora. (C) Desta vez, nem tente, copiar minhas Respostas Calvin, ou eu chamo a professora. (D) Desta vez, nem tente copiar, minhas Respostas Calvin, ou eu chamo, a professora. (E) Desta vez, nem tente, copiar minhas Respostas Calvin ou eu chamo, a professora. . 82 (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014 - adaptada) Para as questões 235 a 237, considere o texto: “Geração do diploma” lota faculdades, mas decepciona empresários. Na última década, o número de matrículas no ensino superior no Brasil dobrou. Só entre 2011 e 2012, por exemplo, 867 mil brasileiros receberam um diploma, segundo a mais recente Pesquisa Nacional de Domicílio (Pnad) do IBGE. “Mas, mesmo com essa expansão, na indústria de transformação, por exemplo, tivemos um aumento de produtividade de apenas 1,1% entre 2001 e 2012, enquanto o salário médio dos trabalhadores subiu 169% (em dólares)”, diz Rafael Lucchesi, diretor de educação e tecnologia na Confederação Nacional da Indústria (CNI). O desapontamento do mercado com o que já está sendo chamado de “geração do diploma” é confirmado por especialistas, organizações empresariais e consultores de recursos humanos. “Os empresários não querem canudo. Querem capacidade de dar Respostas e de apreender coisas novas. E, quando testam isso nos candidatos, rejeitam a maioria”, diz o sociólogo e especialista em relações do trabalho da Faculdade de Economia e Administração da USP, José Pastore. Entre empresários, já são lugar-comum relatos de administradores recém-formados que não sabem escrever um relatório ou fazer um orçamento, arquitetos que não conseguem resolver equações simples ou estagiários que ignoram as regras básicas da linguagem. Isso significa que uma parte dos universitários no país até sabe ler textos simples, mas é incapaz de interpretar e associar informações. Um exemplo de descompasso entre as necessidades do mercado e os predicados de quem consegue um diploma no Brasil é um estudo feito pelo grupo de Recursos Humanos Manpower. De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão. É claro que, em parte, isso se deve ao aquecimento do mercado de trabalho brasileiro. Mas, segundo um estudo divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), os brasileiros com mais de 11 anos de estudo formariam 50% do contingente de desempregados. “Mesmo com a expansão do ensino e maior acesso ao curso superior, os trabalhadores brasileiros não estão conseguindo oferecer o conhecimento específico que as boas posições requerem”, explica Márcia Almstrom, do grupo Manpower. (Ruth Costas. http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131004_ mercado_trabalho_diplomas_ru.shtml. 09.10.2013. Adaptado). 235. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) De acordo com o texto, parte dos trabalhadores brasileiros com diploma de nível superior de ensino. (A) está sempre migrando de uma empresa para outra em busca de salários mais altos, impulsionada pelo bom currículo escolar e pelo desenvolvimento da competência profissional. (B) não consegue interpretar e associar informações mais complexas, o que constitui um obstáculo para a utilização dos conhecimentos específicos necessários para o desempenho de suas funções. (C) tem intenção de desempenhar funções mais complexas, que exijam boa formação, resultando em escassez de profissionais dispostos a desenvolver atividades corriqueiras, de baixa remuneração. (D) migra para outros países, em busca de salários mais atraentes e de reconhecimento, enquanto o mercado brasileiro continua com dificuldades para encontrar bons profissionais. (E) sofre com o constante assédio das grandes empresas, por causa do bom desempenho profissional, o que tem contribuído para que exija salários cada vez mais altos. 236. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) De acordo com as informações dos dois primeiros parágrafos do texto, embora o número de matriculados no ensino superior tenha dobrado nos últimos dez anos no Brasil e o salário médio do trabalhador brasileiro tenha se elevado, o aumento na produtividade tem se mostrado: (A) significativo. (B) elogiável. (C) expressivo. (D) empolgante. (E) decepcionante. . 83 237. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) No contexto, o termo destacado na frase – Um exemplo de descompasso entre as necessidades do mercado e os predicados de quem consegue um diploma no Brasil… – tem sentido equivalente ao de: (A) equívocos. (B) anseios (C) atributos. (D) receios. (E) propósitos. 238. (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VUNESP/2014) Considere a frase: De 38 países pesquisados, o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos, atrás apenas do Japão. A expressão destacada pode ser corretamente substituída, mantendo-se inalterado o sentido do texto original e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, por: (A) no qual. (B) pelo qual. (C) do qual (D) com o qual. (E) em cujo o qual. 239. (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALISTA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Chute inicial da Copa será dado por paraplégico (graças a exoesqueleto construído por brasileiro) Em 12 de junho, os olhares do mundo inteiro estarão voltados para o Brasil – mais especificamente para o Estádio do Itaquerão, em São Paulo. Os torcedores estarão ansiosos para assistir ao primeiro jogo da Copa do Mundo de 2014, mas acabarão presenciando também um dos mais recentes progressos tecnológicos feitos pela medicina. Durante a abertura do evento esportivo, o pontapé inicial na bola será dado por um brasileiro paraplégico, que estará de pé e andando (!). O episódio só será possível graças ao trabalho do neurocientista paulistano Miguel Nicolelis, que desde 2003 estuda como fazer um exoesqueleto mecânico capaz de devolver os movimentos para pessoas com limitações físicas. A ideia do pesquisador era criar uma estrutura que envolvesse o membro paralisado do usuário – no caso do paraplégico, as pernas – e se movimentasse a partir de comandos dados pelo próprio cérebro da pessoa. Mais de 10 anos depois, o projeto se concretizou, graças à iniciativa The Walk Again – uma parceria entre instituições de pesquisa dos EUA, Suíça, Alemanha e Brasil, que mobilizou mais de 100 cientistas, comandados por Nicolelis. O exoesqueleto será apresentado ao mundo durante a abertura da Copa do Mundo, mas depois do evento esportivo continuará rendendo bons frutos para o Brasil: três unidades do equipamento serão trazidas da Europa para São Paulo, para serem usadas na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). (...) São só seis passos, mas que têm muito valor para quem estava condenado a não andar nunca mais. Fonte: <http://super.abril.com.br/blogs/planeta/chute-inicial-da-copa-sera-dado-por-paraplegico-gracasa-exoesqueletoconstruido-por-brasileiro/> Considere as assertivas sobre o texto: I Quem irá dar o pontapé inicial na bola será o paulistano Miguel Nicolelis. II Os estudos do projeto do neurocientista ganharam vida 10 anos após seu início, em 2004, graças à iniciativa The Walk Again. III O exoesqueleto é uma estrutura colocada em todo o corpo do paraplégico, fazendo com que se movimente a partir de comandos dados pelo próprio cérebro. Com base no texto, está INCORRETO o afirmado em: (A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I, II e III. . 84 (D) III, apenas. (E) II e III, apenas. 240. (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALISTA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Considere os numerais sublinhados a seguir: I (...) Copa do Mundo de 2014 (...) II (...) primeiro jogo (...) III (...) três unidades (...) IV (...) mais de 10 anos. Tais numerais são classificados, CORRETA e respectivamente, de cima para baixo, como: (A) Cardinal, ordinal, cardinal e cardinal. (B) Cardinal, cardinal, ordinal e cardinal. (C) Cardinal, cardinal, ordinal e multiplicativo. (D) Cardinal, fracionário, ordinal e cardinal. (E) Cardinal, fracionário, multiplicativo e cardinal. 231. Resposta: “C”. Dentre as opções apresentadas, a única que também é uma conjunção adversativa - assim como “mas” - é “porém”. 232. Resposta: “D”. Os verbos do modo subjuntivo expressam hipótese. Verifiquemos: (A) Afirma-se que elas foram = pretérito perfeito (e mais-que-perfeito) do indicativo (B) Com isso, gerou-se = pretérito perfeito do indicativo (C) Um tecelão, em Constantinopla, trabalhava = pretérito imperfeito do indicativo (D) Perceberam que, se inventassem, se inovassem, poderiam abrir empresas = “Se”... conjunção condicional, hipotético = verbo no pretérito do subjuntivo (E) Na ânsia de ficarem ricos, começaram = pretérito perfeito (e mais-que-perfeito) do indicativo 233. Resposta: “C”. Questão de interpretação, também! Ambos os termos dão-nos a ideia de tempo. 234. Resposta: “A”. Para começarmos, lembremo-nos de que o vocativo - no caso, Calvin – deverá estar entre vírgulas. Sendo assim, descartemos TODAS as alternativas e fiquemos apenas com a correta! * Apenas uma informação básica quanto à pontuação (vocativo pede a presença de vírgula, seja antes ou depois. Por exemplo: Calvin, venha! Venha, Calvin!) fez com que chegássemos à Resposta correta (já que não há outra alternativa com vocativo entre vírgulas) o que nos permitiria, em um dia de concurso, passarmos a outra questão – ganharíamos tempo! 235. Resposta: “B”. Texto: “uma parte dos universitários no país até sabe ler textos simples, mas é incapaz de interpretar e associar informações”. 236. Resposta: “E”. No texto: ‘O desapontamento do mercado com o que já está sendo chamado de “geração do diploma”’, ou seja, os empresários estão decepcionados... 237. Resposta: “C”. O termo “predicado”, fora do contexto gramatical, é utilizado para se referir a qualidades, características, atributos de algo ou de alguém. 238. Resposta: “A”. Eliminemos o item E, já que não deve haver artigo após o pronome “cujo”. Precisamos de uma preposição que substitua o “em” – “no” = em + o, Portanto, a opção correta é “no qual”. . 85 239. Resposta: “C”. Voltemos ao texto: I Quem irá dar o pontapé inicial na bola será o paulistano Miguel Nicolelis. “o pontapé inicial na bola será dado por um brasileiro paraplégico, que estará de pé e andando (!). O episódio só será possível graças ao trabalho do neurocientista paulistano Miguel Nicolelis” = errada II Os estudos do projeto do neurocientista ganharam vida 10 anos após seu início, em 2004, graças à iniciativa The Walk Again. “Miguel Nicolelis, que desde 2003 estuda como fazer um exoesqueleto mecânico” = errada III O exoesqueleto é uma estrutura colocada em todo o corpo do paraplégico, fazendo com que se movimente a partir de comandos dados pelo próprio cérebro. “A ideia do pesquisador era criar uma estrutura que envolvesse o membro paralisado do usuário – no caso do paraplégico, as pernas – e se movimentasse a partir de comandos dados pelo próprio cérebro da pessoa” = errada 240. Resposta: “A”. Podemos responder por eliminação, o que nos ajudaria a chegar à Resposta correta rapidamente. Veja: ORdinal lembra ORdem = a alternativa que representa um numeral ordinal é a II – o que nos leva a procurar o item que tenha “ordinal” como segundo elemento da classificação. Chegamos à letra A – única Resposta correta! 241. (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALISTA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Qual frase abaixo está CORRETA com relação ao emprego de onde e aonde? (A) Aonde estão as provas do professor? (B) Em nossas férias, já sei aonde iremos, mas não sei onde ficaremos hospedados. (C) Onde você vai tão apressadamente? (D) No feriado, ficaremos aonde o sol estiver. (E) Gostaria que você me dissesse aonde estão os documentos do escritório. 242. (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALISTA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Leia as orações a seguir: 1. Minha mãe sempre me aconselha a evitar as _____ companhias. (mas/más) 2. A cauda do vestido da noiva tinha um _________ enorme. (cumprimento/comprimento) Precisamos fazer as compras do mês, pois a _________ está vazia. (despensa/dispensa). Completam, correta e respectivamente, as lacunas acima os expostos na alternativa: (A) mas – cumprimento – despensa. (B) más – comprimento – despensa. (C) más – cumprimento – dispensa. (D) mas – comprimento – dispensa. (E) más – comprimento – dispensa. 243. (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALISTA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Considere as orações a seguir: 1. Aquela situação me deixou preocupada. 2. Avise-me quando o professor chegar. 3. Planejar-se-ão todos os eventos deste ano. A alternativa que traz, CORRETA e respectivamente, a classificação da colocação pronominal das orações acima é: (A) Mesóclise, próclise e ênclise. (B) Mesóclise, ênclise e próclise. (C) Próclise, ênclise e mesóclise. (D) Próclise, mesóclise e ênclise. (E) Ênclise, mesóclise e próclise. . 86 244. (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALISTA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Nas alternativas abaixo, apenas UM vocábulo DEVE, NECESSARIAMENTE, ser acentuado. Assim, assinale a opção CORRETA. (A) Intimo. (B) Ate. (C) Miseria. (D) Policia. (E) Amem. 245. (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALISTA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Em qual oração a crase foi empregada INCORRETAMENTE? (A) Não assistimos à peça de Luiza. (B) Parabenizamos à todas pela vitória. (C) Cláudia se refere àquele rapaz de camisa azul. (D) Entreguei o teste à professora de matemática. (E) Fui dormir às duas da manhã. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014 - adaptada) Para as questões 246 e 247, considere o texto abaixo: Os produtos ecológicos estão dominando as prateleiras do comércio. Mesmo com tantas opções, ainda há resistência na hora da compra. Isso acontece porque o custo de tais itens é sempre mais elevado, em comparação com o das mercadorias tradicionais. Com os temas ambientais cada vez mais em pauta, é normal que a consciência ecológica tenha aumentado entre os brasileiros. Se por um lado o consumidor deseja investir em produtos menos agressivos ao meio ambiente, por outro ele não está disposto a pagar mais de cinco por cento acima do valor normal. É o que mostra uma pesquisa realizada pela Proteste – Associação de Consumidores. A análise foi feita a partir de um levantamento realizado em 2012. De acordo com a Proteste, quase metade dos entrevistados afirmaram que deixaram de comprar produtos devido às más condutas ambientais da companhia. Dos entrevistados, 72% disseram que, na última compra, levaram em consideração o comportamento da empresa, em especial, sua atitude em relação ao meio ambiente. Ainda assim, 60% afirmam que raramente ou nunca têm informações sobre o impacto ambiental do produto ou do comportamento da empresa. Já 81% das pessoas acreditam que o rótulo de sustentabilidade e responsabilidade social é apenas uma estratégia de marketing das empresas. (Ciclo vivo, 16.05.2013, http://zip.net/brl0k1. Adaptado). 246. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) De acordo com a pesquisa realizada pela Proteste, (A) uma parte dos consumidores brasileiros demonstra preocupar-se com questões ambientais. (B) consumidores brasileiros têm gastado 5% de sua renda com produtos ecologicamente corretos. (C) o custo dos produtos ecológicos tem aumentado de maneira gradativa no brasil. (D) o número de brasileiros que consideram o impacto ambiental do produto que consomem é irrisório. (E) a totalidade dos consumidores brasileiros recusa-se a comprar produtos que agridem o meio ambiente. 247. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Conforme as informações do texto, 81% dos entrevistados pela Proteste consideram que o rótulo de sustentabilidade e responsabilidade social da empresa seja (A) um fator que torna patente o engajamento genuíno em causas ecológicas. (B) um recurso usado para tornar o produto mais atraente ao consumidor. (C) um mecanismo usado para escamotear más condutas ambientais. (D) um estratagema para reduzir os custos envolvidos na fabricação do produto (E) uma manobra que revela o propósito de burlar o pagamento de impostos. . 87 248. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) (Folha de S.Paulo, 03.01.2014, http://zip.net/bblZ7P) Em ambas as falas do personagem, o termo para apresenta a noção de: (A) conformidade. (B) proporção. (C) alternância. (D) finalidade. (E) quantidade. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014 - adaptada) Leia o texto abaixo para responder às questões 249 a 251. Os turistas que visitarão o Brasil neste ano, atraídos, especialmente, pela Copa do Mundo, devem injetar US$ 9,2 bilhões na economia do País, estima o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). Em todo o ano de 2014, são esperados sete milhões de turistas estrangeiros no país, o que seria um recorde. Se for confirmada a previsão, esse valor representará um crescimento de 38,5% sobre os US$ 6,64 bilhões que ingressaram no País, trazidos pelos turistas, em 2013. “A presença de sete milhões de turistas significa, provavelmente, a geração de recursos superiores aos da indústria automobilística e aos da indústria de papel e celulose no Brasil, mostrando a importância econômica do turismo e, portanto, a necessidade de haver investimentos públicos e privados, como vem ocorrendo na expansão da rede hoteleira”, disse o presidente da Embratur, Flávio Dino. Segundo Dino, é preciso receber bem o turista estrangeiro e, para isso, é necessário ampliar investimentos em infraestrutura (como aeroportos) e ensinar línguas estrangeiras a profissionais que têm contato com esses turistas. “Tenho muita confiança na necessidade de haver investimentos e competitividade, ou seja, haver políticas públicas e ações privadas que garantam preços justos, para que esses turistas possam ser bem acolhidos e também economicamente estimulados a voltar ao Brasil”, disse. (Francisco Carlos de Assis, O Estado de S.Paulo, 01.01.2014, http://zip.net/bmlZTY. Adaptado). 249. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Afirma-se, corretamente, que um assunto tratado no texto é: (A) a ausência de investimentos públicos e privados na rede hoteleira no Brasil. (B) o crescimento da economia brasileira decorrente de investimentos estrangeiros na indústria. (C) o anúncio da destinação de verbas da Embratur para ampliar os aeroportos brasileiros. (D) a boa recepção que os turistas estrangeiros tiveram no Brasil em 2013 e sua intenção em retornar em 2014. (E) a importância da vinda de turistas estrangeiros, em 2014, para a economia brasileira. 250. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Na passagem que inicia o texto – Os turistas que visitarão o Brasil neste ano, atraídos, especialmente, pela Copa do Mundo, devem injetar US$ 9,2 bilhões na economia do País, estima o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). –, as expressões verbais em destaque indicam que o valor a ser introduzido pelos turistas na economia do Brasil em 2014. (A) não pode ser suposto antes do fim de 2014. (B) está exato, pois já se sabe quanto os turistas gastarão. (C) foi previsto por um cálculo aproximado. (D) foi calculado sem qualquer margem para erro. (E) não tinha sido orçado até a publicação do texto. . 88 241. Resposta: “B”. Verbos que indicam movimento pedem o uso do pronome “aonde”. Correções: (A) Aonde estão as provas do professor? = onde (B) Em nossas férias, já sei aonde iremos, mas não sei onde ficaremos hospedados. = correta (C) Onde você vai tão apressadamente? = aonde (D) No feriado, ficaremos aonde o sol estiver. = onde (E) Gostaria que você me dissesse aonde estão os documentos do escritório. = onde 242. Resposta: “B”. “Mas” é conjunção adversativa; “más” é adjetivo (antônimo de “boas”). Basta realizarmos a “troca” na primeira lacuna para identificarmos qual devemos utilizar. Vejamos: boas companhias / más companhias. Teremos, então, “más” - adjetivo. Descartemos os itens A e D. “Comprimento” é metragem, medida; “cUmprimento” é saUdação, “tchaU”. O item 2 está relacionado com medida do vestido, portanto: comprimento. “Dispensa” para IR embora... “Despensa” é um lugar para guardarmos gêneros alimentícios. Como a alternativa cita "compras do mês”, estas serão guardadas na “despensa”. 243. Resposta: “C”. 1. me deixou - pronome ANTES do verbo = próclise 2. Avise-me – pronome DEPOIS do verbo = ênclise 3. Planejar-se-ão – pronome no MEIO do verbo = MEsóclise 244. Resposta: “C”. (A) Intimo – eu a intimo a comparecer... (verbo) / amigo íntimo (adjetivo) (B) Ate – quer que eu ate o nó? (verbo) / Ele veio até mim (preposição) (C) Miseria. – deve ser acentuada (miséria – substantivo) (D) Policia – ela não se policia (verbo – igual “vigiar”, “controlar”) / Quero trabalhar na polícia! (substantivo) (E) Amem – (verbo) / amém (interjeição) Que Deus o abençoe! Amém! Que vocês se amem! Amém! 245. Resposta: “B”. (A) Não assistimos à peça de Luiza = correta - verbo no sentido de presenciar (B) Parabenizamos à todas pela vitória. = incorreta - antes de pronome indefinido (e no plural) (C) Cláudia se refere àquele rapaz de camisa azul = correta - refere-se a + aquele = àquele (D) Entreguei o teste à professora de matemática = correta - objeto indireto (com preposição) (E) Fui dormir às duas da manhã = correta - indicação de horas 246. Resposta: “A”. Texto: “quase metade dos entrevistados afirmaram que deixaram de comprar produtos devido às más condutas ambientais da companhia”. 247. Resposta: “B”. Texto: “Já 81% das pessoas acreditam que o rótulo de sustentabilidade e responsabilidade social é apenas uma estratégia de marketing das empresas”. 248. Resposta: “D”. Nas orações apresentadas acima, o termo “para” exerce a função de conjunção final (indicando a finalidade da ação praticada – ou a ser praticada – na oração que a acompanha). 249. Resposta: “E”. Segundo o texto, “A presença de sete milhões de turistas significa, provavelmente, a geração de recursos superiores aos da indústria automobilística e aos da indústria de papel e celulose no Brasil, mostrando a importância econômica do turismo”. 250. Resposta: “C”. Até no texto encontramos a Resposta: “Se for confirmada a previsão”. . 89 251. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Segundo Dino, é preciso receber bem o turista estrangeiro e, para isso, é necessário ampliar investimentos em infraestrutura (como aeroportos) e ensinar línguas estrangeiras a profissionais que têm contato com esses turistas. “Tenho muita confiança na necessidade de haver investimentos e competitividade, ou seja, haver políticas públicas e ações privadas que garantam preços justos, para que esses turistas possam ser bem acolhidos e também economicamente estimulados a voltar ao Brasil”, disse. Um antônimo para o termo estimulados, em destaque, é: (A) persuadidos. (B) desmotivados. (C) compelidos. (D) incitados. (E) coagidos. 252. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Leia a tira de Hagar, por Chris Browne. Considerando o contexto global da tira, com a frase – É hora de mostrar a eles quem vocês são! -, Hagar demonstra ter a expectativa de que seus homens. (A) sejam indiferentes à chegada dos inimigos. (B) mostrem-se subservientes aos inimigos. (C) tratem os inimigos com clemência. (D) demonstrem sua valentia aos inimigos. (E) furtem-se a enfrentar os inimigos. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014 - adaptada) Para responder às questões 253 a 257, leia o texto: Sob ordens da chefia Ah, os chefes! Chefões, chefinhos, mestres, gerentes, diretores, quantos ao longo da vida, não? Muitos passam em brancas nuvens, perdem-se em suas próprias e pequenas histórias. Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem nítidas na memória: são aqueles donos de qualidades incomuns. Por exemplo, o meu primeiro chefe, lá no finalzinho dos anos 50: cinco para as oito da noite, e eu começava a ficar aflito, pois o locutor do horário ainda não havia aparecido. A rádio da pequena cidade do interior, que funcionava em três horários, precisava abrir às oito e como fazer? Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário, precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e o locutor não chegava para os textos de abertura, publicidade, chamadas. Meu chefe, de lá, tomou a iniciativa: . 90 – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá pro estúdio e ponha a rádio no ar. Vamos lá, firme, coragem! – foi a minha primeira experiência: fiz tudo como mandava e ele pôde, assim, transmitir tudo sem problemas. No dia seguinte, muita apreensão logo de manhã, aguardando o homem. Será que tinha alguma crítica? Mas eis que ele chega, simpático e sorridente como sempre, e me abraça. – Muito bem! Você está aprovado. Quer começar amanhã na locução? Alguns meses antes do seu falecimento reencontrei-o num lançamento de livro: era o mesmo de cinquenta e tantos anos atrás: magrinho, calva luzidia, falante, sempre cheio de planos para o futuro. E o chefe das pestanas brancas, anos depois: estremecíamos quando ele nos chamava para qualquer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já suando frio e atentos às suas finas e cortantes palavras. Olhar frio, imperturbável, postura ereta, ágil, sempre trajando ternos impecáveis. Suas atitudes? Dinâmicas, surpreendentes. Uma vez, precisando de algumas instruções, perguntei a sua secretária se poderia “entrar”. – Não vai dar. – Respondeu-me ela. – Está ocupadíssimo, em reunião. Mas volte aqui um pouco mais tarde. Vamos ver! Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e quase não acreditei no que ouvi: – Sinto muito, o chefe está viajando para a Alemanha. Era bem diferente daquele outro da mesma empresa, descontraído, amigão de todos: não era somente um chefe, era um líder, bem conhecido entre os revendedores. Todos sentíamos prazer em trabalhar com ele, e para ele. Até quando o serviço resultava numa sonora bronca – sempre justificada, é claro. Jeitão simples, de fino humor, tratava tudo com o tempero da sua criatividade nata. “Punha para frente” até quem precisava demitir: intercedia lá fora em seu favor, o que víamos com nossos próprios olhos. Não chamava ninguém do seu pessoal a toda hora, a não ser que o assunto fosse sério mesmo: se tinha algo a tratar no dia a dia, chegava pessoalmente, numa boa, às vezes até sentava numa de nossas mesas para expor o assunto. Aliás, era o único chefe que se lembrava de me dar um abraço e dizer “parabéns” no dia do meu aniversário. (Gustavo Mazzola, Correio Popular, 04.09.2013, http://zip.net/brl0k3. Adaptado). 253. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) A respeito do segundo chefe, o autor conta: “... estremecíamos quando ele nos chamava para qualquer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já suando frio e atentos às suas finas e cortantes palavras”. Com isso, percebe-se que esse chefe. (A) portava-se com muita afabilidade. (B) incutia medo a seus funcionários. (C) era notável por sua humildade. (D) expressava-se com cortesia e serenidade (E) ficava encabulado diante dos funcionários. 254. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) De acordo com o autor, as atitudes do segundo chefe eram: (A) apáticas. (B) inesperadas. (C) previsíveis. (D) regradas. (E) vagarosas. 255. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) No contexto do penúltimo parágrafo, ao afirmar que o terceiro chefe “não era somente um chefe, era um líder”, o autor chama a atenção para o fato de que esse chefe despertava, naqueles com quem trabalhava, (A) respeito e consideração. (B) indisciplina e rebeldia (C) ansiedade e aflição (D) obediência e inveja. (E) submissão e temor. 256. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Uma característica que apenas o primeiro e o terceiro chefes têm em comum é a: (A) simpatia. (B) presunção. (C) negligência. (D) fanfarrice. (E) intransigência. . 91 257. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) O chefe que tratava o autor com maior intimidade é o: (A) segundo, porque este permitia que o autor entrasse em sua sala sem precisar avisar. (B) primeiro, porque este convidou o autor a trabalhar como técnico de som. (C) segundo, porque este sempre recebia o autor com palavras finas e ternos impecáveis. (D) terceiro, porque este cumprimentava o autor com um abraço no dia de seu aniversário. (E) terceiro, porque, após arrepender-se de demitir o autor, recomendou-o a um novo empregador. 258. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) As formas verbais conjugadas no modo imperativo, expressando ordem, instrução ou comando, estão destacadas em: (A) Mas há outros cujas marcas acabam ficando bem nítidas na memória: são aqueles donos de qualidades incomuns. (primeiro parágrafo). (B) Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e quase não acreditei no que ouvi... (nono parágrafo). (C) – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá pro estúdio e ponha a rádio no ar. (segundo parágrafo). (D) Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário, precisava “passar” a transmissão lá para a câmara, e o locutor não chegava para os textos de abertura, publicidade, chamadas. (segundo parágrafo). (E) ... Estremecíamos quando ele nos chamava para qualquer coisa, fazendo-nos entrar na sua sala imensa, já suando frio e atentos às suas finas e cortantes palavras. (sexto parágrafo). 259. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) Considere o termo destacado nas seguintes passagens do texto: - Por exemplo, o meu primeiro chefe, lá no finalzinho dos anos 50... (segundo parágrafo) - ... precisava “passar” a transmissão lá para a câmara... (segundo parágrafo) - ... intercedia lá fora em seu favor... (penúltimo parágrafo) O termo lá expressa, respectivamente, noção de: (A) tempo, lugar e modo. (B) causa, modo e lugar (C) lugar, lugar e modo. (D) causa, modo e tempo. (E) tempo, lugar e lugar. 260. (POLÍCIA CIVIL/SP - ESCRIVÃO DE POLÍCIA - VUNESP/2014) A passagem que permanece correta após o acréscimo do acento indicativo de crase, por seu uso ser facultativo no contexto, é: (A) ... O chefe está viajando para à Alemanha. (nono parágrafo). (B) .. Se tinha algo à tratar... (último parágrafo). (C) ... Perguntei à sua secretária... (sétimo parágrafo). (D) .. Ponha à rádio no ar. (segundo parágrafo). (E) não chamava ninguém do seu pessoal à toda hora... (último parágrafo). 251. Resposta: “B”. “Estimulados” tem o sentido de encorajados. Portanto, seu antônimo, dentre as alternativas apresentadas, é desmotivados, desencorajados. 252. Resposta: “D”. A expressão “É hora de mostrar a eles quem vocês são” equivale a “do que vocês são capazes”, representando a valentia que possuem – ou deveriam possuir! 253. Resposta: “B”. Só pela presença do termo “estremecíamos” sabemos qual a Resposta à questão: medo. 254. Resposta: “B”. No texto: “Suas atitudes? Dinâmicas, surpreendentes”. Se surpreendiam é porque não eram esperadas. . 92 255. Resposta: “A”. Texto: “Todos sentíamos prazer em trabalhar com ele, e para ele”. 256. Resposta: “A”. Dentre as características apresentadas, a única que, através das descrições realizadas no texto, percebemos em ambos os chefes é a simpatia. 257. Resposta: “D”. Texto: referindo-se ao terceiro chefe, o autor relata: “Aliás, era o único chefe que se lembrava de me dar um abraço e dizer “parabéns” no dia do meu aniversário”. 258. Resposta: “C”. (A) Mas há outros cujas marcas acabam – presente do indicativo (B) Voltei uns cinquenta minutos depois, cauteloso, e quase não acreditei – pretérito perfeito do indicativo (C) – Ei rapaz, deixe ligado o microfone, largue isso aí, vá pro estúdio e ponha a rádio no ar. (segundo parágrafo). – imperativo afirmativo (D) Bem, o fato é que eu era o técnico de som do horário, precisava – pretérito imperfeito do indicativo (E) ... Estremecíamos – pretérito imperfeito do indicativo 259. Resposta: “E”. - lá no finalzinho dos anos 50 – noção temporal, de tempo - lá para a câmara / lá fora – noção de lugar (ambos) 260. Resposta: “C”. (A) ... O chefe está viajando para à Alemanha. – uso incorreto (“para a” ou “à”) (B) .. Se tinha algo à tratar... – uso incorreto (verbo no infinitivo) (C) ... Perguntei à sua secretária... (sétimo parágrafo). – uso facultativo (pronome possessivo) (D) .. Ponha à rádio no ar. – uso incorreto (no caso, o “a” é artigo) (E) não chamava ninguém do seu pessoal à toda hora – uso incorreto (pronome indefinido) 261. (CGE-MA - AUDITOR - CONHECIMENTOS BÁSICOS - FGV/2014) “...Marx e Engels e outros pensadores previram um futuro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjugado de forma correta no pretérito perfeito do indicativo. Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está conjugada de forma errada. (A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. (B) Elas preveem coisas impossíveis (C) Espero que elas prevejam boas coisas. (D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar. (E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente. 262. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal. (A) Nas chuvas de viagem, relâmpagos são vistos a mostrar a paisagem. (B) Nas pedras quentes, as gotas de chuva caem e logo se evapora. (C) Nas terras inundadas, é tanta gente que suspiram por um raio de sol. (D) Na nossa cidade, desabamentos e destruições levou o povo ao pânico. (E) Nas terras secas, existe pessoas procurando um sinal de chuva. 263. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto ao uso do acento indicativo da crase. (A) Os meninos querem que a chuva comece à cair. (B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa. (C) As borboletas vão de um jardim à outro. (D) Mas a chuva não chega à ninguém. (E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva. . 93 264. (TRT-2ª REGIÃO/SP - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014 ADAPTADA) Nunca precisaram de adjetivos para distingui-los dos astrolábios... A forma pronominal acima, em negrito, será também encontrada em uma das frases abaixo, quando o termo nela sublinhado for substituído pelo pronome que lhe corresponde. Essa frase é: (A) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem para promoção. (B) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles a especial colaboração. (C) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário com coragem. (D) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino pelo seu aniversário. (E) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os rapazes. 265. (TRT-2ª REGIÃO/SP - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA - FCC - 2014) A frase em que a concordância respeita as regras da gramática normativa é: (A) É bilateral, sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões mútuas. (B) Cada um dos interessados em participar dos projetos devem apresentar uma proposta de ação e uma previsão de custos. (C) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, o que sugere que haverá de serem cumpridos fielmente. (D) Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do processo. (E) Procede, por uma questão técnica, segundo os especialistas entrevistados, as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de saneamento é indiscutível. 266. (TRT-2ª REGIÃO/SP - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA ADMINISTRATIVA - FCC - 2014) Está redigida com clareza e em consonância com as regras da gramática normativa a seguinte frase: (A) Queremos, ou não, ele será designado para dar a palavra final sobre a polêmica questão, que, diga-se de passagem, tem feito muitos exitarem em se pronunciar. (B) Consultaram o juíz acerca da possibilidade de voltar atraz na suspensão do jogador, mas ele foi categórico quanto a impossibilidade de rever sua posição. (C) Vossa Excelência leu o documento que será apresentado em rede nacional daqui a pouco, pela voz de Sua Excelência, o Senhor Ministro da Educação? (D) A reportagem sobre fascínoras famosos não foi nada positiva para o público jovem que estava presente, de que se desculparam os idealizadores do programa. (E) Estudantes e professores são entusiastas de oferecer aos jovens ingressantes no curso o compartilhamento de projetos, com que serão também autores. 267. (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reconhecem a informalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome, de acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a formulação apresentada em: (A) Há políticas que a reconhecem. (B) Há políticas que reconhecem-a. (C) Há políticas que reconhecem-na. (D) Há políticas que reconhecem ela. (E) Há políticas que lhe reconhecem. 268. (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) A concordância verbal está de acordo com a norma-padrão em: (A) Tratam-se de problemas nunca resolvidos. (B) Nunca se assistem a ações afirmativas nesses casos. (C) Em poucas cidades, apresentam-se soluções adequadas para o comércio ambulante. (D) A situação dos moradores de habitações precárias são as piores. (E) Antes haviam políticas que buscavam solucionar o problema do comércio ambulante. 269. (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRAÇÃO - CESGRANRIO/2014) O emprego do acento grave indicando crase NÃO está de acordo com a norma-padrão em: (A) O funcionário estava habituado a chegar sempre às nove. (B) Os trabalhadores realizam sua atividade à custa de muito esforço. (C) Ela preferia uma discussão às claras, em suas reuniões de trabalho . 94 (D) A prefeitura ainda será chamada à cumprir suas obrigações constitucionais. (E) Enquanto assistiam às remoções, os moradores iam ficando mais indignados. 270. (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRAÇÃO - CESGRANRIO/2014 - adaptada) De acordo com a norma-padrão, o pronome onde em “A demarcação de terras onde eles podem estar” poderá ser substituído pela palavra aonde, se o verbo estar for substituído por (A) ficar. (B) chegar. (C) trabalhar. (D) abrigar-se. (E) estabelecer-se. 261. Resposta: “A”. Cuidado com a pegadinha! O enunciado quer a alternativa Incorreta. Teremos 4 corretas! (A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. = quando ele previr (B) Elas preveem coisas impossíveis = correta (C) Espero que elas prevejam boas coisas = correta (D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar = correta (E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente = correta 262. Resposta: “A”. Correções à frente: (A) Nas chuvas de viagem, relâmpagos são vistos a mostrar a paisagem = correta (B) Nas pedras quentes, as gotas de chuva caem e logo se evapora = evaporam. (C) Nas terras inundadas, é tanta gente que suspiram = suspira (D) Na nossa cidade, desabamentos e destruições levou = levaram (E) Nas terras secas, existe pessoas = existem 263. Resposta: “B”. (A) Os meninos querem que a chuva comece à cair = a cair (verbo no infinitivo) (B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa = correta (dica: dá para substituir por “esperando”) (C) As borboletas vão de um jardim à outro = a outro (palavra masculina) (D) Mas a chuva não chega à ninguém = a ninguém (pronome indefinido) (E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva = a leva (objeto direto, sem preposição) 264. Resposta: “E”. Façamos as substituições: (A) Reconheceram o valor do auxiliar e indicaram o jovem = indicaram-no (B) Convocou todos os funcionários para agradecer a eles = agradecer-lhes (C) O sagaz lutador tem enfrentado seu adversário = tem o enfrentado (D) Viu o filho da vizinha e não cumprimentou o menino = não o cumprimentou (E) Sabia que os nadadores estariam lá e realmente chegou a encontrar os rapazes.= chegou a encontrá-los. 265. Resposta: “D”. (A) É (são) bilateral (bilaterais) , sem dúvida alguma, os interesses pela exploração desse tipo de negócio, por isso os países envolvidos terão de fazer concessões mútuas. (B) Cada um dos interessados em participar dos projetos devem (deve) apresentar uma proposta de ação e uma previsão de custos. (C) Acordos luso-brasileiros têm sido recebidos com entusiasmo, o que sugere que haverá (haverão – sentido de “terão”) de serem cumpridos fielmente. (D) Quanto mais discussão houver sobre as questões pendentes, mais se informarão, com certeza, os que têm de decidir os próximos passos do processo. = correta (E) Procede (procedem) , por uma questão técnica, segundo os especialistas entrevistados, as medidas divulgadas ontem, pois a urgência de saneamento é indiscutível. . 95 266. Resposta: “C”. Realizei correções gramaticais, mas as alternativas apresentam, também, incoerência! (A) Queremos, ou não, (??) ele será designado para dar a palavra final sobre a polêmica questão, que, diga-se de passagem, tem feito muitos exitarem (hesitarem) em se pronunciar. (B) Consultaram o juíz (juiz) acerca da possibilidade de voltar atraz (atrás) na suspensão do jogador, mas ele foi categórico quanto a (à) impossibilidade de rever sua posição. (C) Vossa Excelência leu o documento que será apresentado em rede nacional daqui a pouco, pela voz de Sua Excelência, o Senhor Ministro da Educação? = correta (D) A reportagem sobre fascínoras (facínoras) famosos não foi nada positiva para o público jovem que estava presente, de que (??) se desculparam os idealizadores do programa. (E) Estudantes e professores são entusiastas de (em) oferecer aos jovens ingressantes no curso o compartilhamento de projetos, com que serão também autores. (??) 267. Resposta: “A”. Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informalidade. Pergunta e Resposta sem preposição, então: objeto direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto. Como temos a presença do “que” – independente de sua função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a reconhecem. 268. Resposta: “C”. (A) Tratam-se de problemas nunca resolvidos. = trata-se de (presença de preposição, verbo não varia) (B) Nunca se assistem a ações afirmativas nesses casos. = nunca se assiste a (presença de preposição, verbo não varia) (C) Em poucas cidades, apresentam-se soluções adequadas para o comércio ambulante. = soluções são apresentadas (verbo transitivo direto – concorda com o objeto em número) (D) A situação dos moradores de habitações precárias são as piores = é a pior. (E) Antes haviam políticas que buscavam solucionar o problema do comércio ambulante = antes havia políticas (“haver” no sentido de “existir” não sofre flexão, é impessoal). 269. Resposta: “D”. (A) O funcionário estava habituado a chegar sempre às nove. = correta (horas) (B) Os trabalhadores realizam sua atividade à custa de muito esforço. = correta (locução prepositiva) (C) Ela preferia uma discussão às claras = correta (locução adverbial) (D) A prefeitura ainda será chamada à cumprir = a cumprir (verbo no infinitivo) (E) Enquanto assistiam às remoções = verbo com o sentido de presenciar (indireto) – correta 270. Resposta: “B”. Utilizaremos o pronome “aonde” apenas com verbo que indique movimento. Dentre as alternativas, o único é “chegar”. 271. (DESENVOLVE/SP – ECONOMISTA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que a concordância está em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) No futuro, um breve acesso a nossas lentes digitais permitirão obter as informações que buscamos. (B) Em um piscar de olhos, haverão diversos dados sobre aquela pessoa que julgamos conhecer de algum lugar. (C) Uma consulta ao acervo digital fornecerá informações precisas sobre eventos que poderiam ter ficado esquecido facilmente. (D) Nossas ações poderão ser constantemente filmadas por câmeras distribuídas pelos lugares que frequentamos. (E) Atualmente já são fabricados óculos que dispõem de câmeras minúsculas, capaz de filmar tudo aquilo que olhamos. . 96 272. (DESENVOLVE/SP – ECONOMISTA – VUNESP/2014) Leia a tira e, em seguida, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas. A frase Em tese!, no último quadrinho, equivale a __________ e expressa o desejo da personagem de __________ sua fala do primeiro quadrinho. (A) Potencialmente! … reforçar. (B) Eventualmente! … referendar. (C) Tecnicamente! … atestar. (D) Factualmente! … anular. (E) Teoricamente! … relativizar. 273. (DESENVOLVE/SP – ECONOMISTA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que o acento indicativo de crase está empregado corretamente. (A) Prefiro a solidão à ideia de ficar aqui contigo. (B) Prefiro os perigos do mar à essa embarcação. (C) Prefiro a morte à uma vida do teu lado. (D) Prefiro o silêncio à qualquer conversa contigo. (E) Prefiro os tubarões à você. 274. (UNESP - CAMPUS DE ARARAQUARA/FCL - ASSISTENTE OPERACIONAL II – JARDINAGEM – VUNESP/2014) Assinale a alternativa em que a concordância das palavras e a colocação dos pronomes estão de acordo com a norma culta da língua. (A) Os clientes não telefonou-lhes cancelando a reserva no restaurante. (B) Nos informaram que aquelas lojas cobrou juros excessivos. (C) Nunca avisaram-me que era tão alto os preços daqueles lugares. (D) Mesmo que me atendam bem, os donos dessa loja cobram preços abusivos. (E) Eles já enviou-nos mensagens pelo Facebook. 275. (UNESP - CAMPUS DE ARARAQUARA/FCL - ASSISTENTE OPERACIONAL II – JARDINAGEM – VUNESP/2014) As discussões na internet _____ o consumidor ______ buscar preços mais ______. (A) leva ... à ... vantajoso. (B) levam ... à ... vantajosos. (C) leva ... a ... vantajoso. (D) leva ... à ... vantajosos. (E) levam ... a ... vantajosos. . 97 276. (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014) A concordância verbal está de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa em: (A) A escolha das pessoas sobre os melhoramentos a serem implementados resultarão em uma linha contínua de indivíduos modificados pela tecnologia. (B) Alguns dos problemas que a nova tecnologia acarreta para a sociedade é o aumento da desigualdade social e a polarização entre os mais e os menos aptos. (C) Os jornais noticiaram que decorre das características do solo da mata atlântica os episódios de deslizamento que ocorreram na região serrana. (D) O emprego de técnicas mnemônicas praticadas por grande número de pessoas ajuda a memorização de certas informações importantes no dia a dia. (E) Um exemplo de progresso nos dias atuais que deixariam nossos tataravós boquiabertos é a comunicação instantânea com o outro lado do mundo. 277. (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014 - adaptada) No trecho “podemos utilizar essa mesma abordagem no nosso organismo, sem necessariamente nos limitarmos a meios tradicionais, como educação e desenvolvimento cultural.”, o verbo limitar, no sentido de restringir, exige a presença da preposição “a”. Essa exigência de preposição também se observa na regência da forma verbal destacada em: (A) A eliminação de doenças consideradas incuráveis representa a principal meta da tecnologia moderna. (B) A tentativa de criação de seres humanos superdotados confirma a nova perspectiva da ciência atual. (C) As pesquisas sobre o futuro da humanidade conduzem a descobertas inimagináveis há poucos anos. (D) Os desafios éticos acompanham a possibilidade de programar filhos capazes de se tornarem gênios. (E) Os novos tempos resgatam a crença de que haverá invenções importantes para prevenir as doenças. 278. (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014) A forma verbal em destaque está empregada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa em: (A) Crianças e adultos estarão mais protegidos de várias doenças mortais se disporem de melhores condições de saneamento básico. (B) Estudos concluídos recentemente preveram uma queda expressiva de produção nas culturas de soja, arroz e trigo nas próximas décadas. (C) Médicos e nutricionistas interviram na dieta de adolescentes para prevenir problemas futuros, como excesso de peso. (D) Parcerias poderão ser firmadas quando cientistas brasileiros verem os resultados obtidos por europeus na área de engenharia genética. (E) Pesquisadores brasileiros mantiveram o mesmo nível de publicações nas áreas de física e de ciências espaciais atingido no ano anterior. 279. (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014) O verbo auxiliar destacado está utilizado de acordo com a normapadrão da Língua Portuguesa em: (A) A comissão encarregada de analisar a reciclagem de materiais concluiu que têm havido boas soluções para os resíduos hospitalares. (B) As conclusões dos peritos comprovaram que já deviam fazer cinco horas que o acidente acontecera e o socorro ainda não chegara. (C) As experiências recentes tentam descobrir se pode existir outras formas de vida além dessa que conhecemos no nosso planeta. (D) Os oceanógrafos afirmam que deve haver espécies raras de esponjas no litoral do Nordeste que nunca chegaremos a conhecer. (E) Os representantes das grandes potências acreditam que podem haver pactos para impedir a explosão da terceira guerra mundial. 280. (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014 - adaptada) No trecho “Um mundo habitado por seres com habilidades sobre-humanas parece ficção científica”, a palavra destacada apresenta hífen porque a natureza das partes que a compõem assim o exige. O grupo em que todas as palavras estão grafadas de acordo com a ortografia oficial é . 98 (A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural (B) girassol, bem-humorado, batepapo (C) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé (D) pan-americano, inter-estadual, vagalume (E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal 271. Resposta: “D”. (A) No futuro, um breve acesso a nossas lentes digitais permitirão = permitirá (B) Em um piscar de olhos, haverão diversos dados = haverá (C) Uma consulta ao acervo digital fornecerá informações precisas sobre eventos que poderiam ter ficado esquecido = esquecidos (D) Nossas ações poderão ser constantemente filmadas por câmeras distribuídas pelos lugares que frequentamos. = correta (E) Atualmente já são fabricados óculos que dispõem de câmeras minúsculas, capaz (capazes) de filmar tudo aquilo que olhamos. 272. A expressão que poderia substituir a frase do quadrinho é “teoricamente”, que possui o mesmo valor semântico de “em tese”. Caso você ficasse em dúvida com “tecnicamente”, eliminaria devido ao uso do segundo termo: “atestar”, que não faria sentido se preenchesse a segunda lacuna da questão. 273. Resposta: “A”. (A) Prefiro a solidão à ideia de ficar aqui contigo. = correta (B) Prefiro os perigos do mar à essa embarcação. = a essa (pronome demonstrativo) (C) Prefiro a morte à uma vida do teu lado. = a uma (artigo indefinido) (D) Prefiro o silêncio à qualquer conversa contigo. = a qualquer (pronome indefinido) (E) Prefiro os tubarões à você. = a você (pronome de tratamento) 274. Resposta: “D”. (A) Os clientes não telefonou-lhes = não lhes telefonou (B) Nos informaram que aquelas lojas cobrou = Informaram-nos / cobraram (C) Nunca avisaram-me que era tão alto os preços = nunca me avisaram / eram tão altos os preços (D) Mesmo que me atendam bem, os donos dessa loja cobram preços abusivos. = correta (E) Eles já enviou-nos mensagens = eles já nos enviaram 275. Resposta: “E”. As discussões na internet levam o consumidor a buscar (verbo no infinitivo = sem acento grave) preços mais vantajosos. 276. Resposta: “D”. (A) A escolha das pessoas sobre os melhoramentos a serem implementados resultarão = resultará (B) Alguns dos problemas que a nova tecnologia acarreta para a sociedade é o aumento da desigualdade social e a polarização entre os mais e os menos aptos. = são o aumento e a polarização (C) Os jornais noticiaram que decorre (decorrem) das características do solo da mata atlântica os episódios de deslizamento que ocorreram na região serrana. (D) O emprego de técnicas mnemônicas praticadas por grande número de pessoas ajuda a memorização de certas informações importantes no dia a dia. = correta (E) Um exemplo de progresso nos dias atuais que deixariam (deixaria) nossos tataravós boquiabertos é a comunicação instantânea com o outro lado do mundo. 277. Resposta: “C”. (A) A eliminação de doenças consideradas incuráveis representa a principal meta = representa o quê? Pede objeto direto (sem preposição) (B) A tentativa de criação de seres humanos superdotados confirma a nova perspectiva da ciência atual = confirma o quê? Pede objeto direto (sem preposição) (C) As pesquisas sobre o futuro da humanidade conduzem a descobertas inimagináveis há poucos anos = conduzem, levam o que a quê? Verbo bitransitivo – pede objeto direto e indireto (D) Os desafios éticos acompanham a possibilidade de programar filhos capazes de se tornarem gênios = acompanham o quê? Pede objeto direto (sem preposição) (E) Os novos tempos resgatam a crença de que haverá invenções importantes para prevenir as doenças = resgatam o quê? Pede objeto direto (sem preposição) . 99 278. Resposta: “E”. (A) Crianças e adultos estarão mais protegidos de várias doenças mortais se disporem de melhores condições de saneamento básico = dispuseram (B) Estudos concluídos recentemente preveram uma queda expressiva de produção nas culturas de soja, arroz e trigo nas próximas décadas = previram (C) Médicos e nutricionistas interviram na dieta de adolescentes para prevenir problemas futuros, como excesso de peso = intervieram (D) Parcerias poderão ser firmadas quando cientistas brasileiros verem os resultados obtidos por europeus na área de engenharia genética = virem (E) Pesquisadores brasileiros mantiveram o mesmo nível de publicações nas áreas de física e de ciências espaciais atingido no ano anterior = correta 279. Resposta: “D”. (A) A comissão encarregada de analisar a reciclagem de materiais concluiu que têm havido boas soluções para os resíduos hospitalares = tem havido (haver – no sentido de existir - é impessoal, então seu auxiliar também). (B) As conclusões dos peritos comprovaram que já deviam fazer cinco horas que o acidente acontecera e o socorro ainda não chegara = devia fazer (fazer – no sentido de tempo passado – não sofre flexão, então seu auxiliar também). (C) As experiências recentes tentam descobrir se pode existir outras formas de vida além dessa que conhecemos no nosso planeta = se podem existir (existir sofre flexão, então seu auxiliar também). (D) Os oceanógrafos afirmam que deve haver espécies raras de esponjas no litoral do Nordeste que nunca chegaremos a conhecer = correta (E) Os representantes das grandes potências acreditam que podem haver pactos para impedir a explosão da terceira guerra mundial = pode haver (auxiliar não varia, assim como o haver) 280. Resposta: “A”. (A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural = corretas (B) girassol, bem-humorado, batepapo (bate-papo) (C) hiper-glicemia – (hiperglicemia), vice-presidente, pontapé (D) pan-americano, inter-estadual (interestadual) , vagalume (E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal (intermunicipal) 281. (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014) A expressão em destaque está grafada de acordo com a normapadrão da Língua Portuguesa em: (A) A internet, tal como a conhecemos, aberta, livre e democrática, é um fenômeno sem igual porquê é incontrolável. (B) As melhores universidades do mundo abrem as portas da excelência porque oferecem na rede cursos inteiros de graça. (C) Os professores que pesquisam os cursos a distância explicaram o por quê do sucesso atual da educação via internet. (D) Os cursos na internet começam a ter peso fora do mundo virtual por que várias instituições começaram a aceitar créditos conquistados on-line. (E) Porque a revolução da educação on-line de alto nível já se tornou, de fato, uma realidade em todo o mundo? 282. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Levando em consideração a frase “Caso as benesses sejam aprovadas, cabe ao governo vetá-las?” e as orientações da prescrição gramatical no que se refere a textos escritos na modalidade padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa incorreta. (A) É necessário utilizar uma vírgula após “aprovadas”, para isolar oração subordinada adverbial anteposta à principal. (B) Ao substituir-se “governo” por “governantes”, tornar-se-ia obrigatória a flexão do verbo “caber” no plural. (C) O verbo “caber” também pode ser conjugado no futuro do presente (“caberá”), sem que haja prejuízo para a correção gramatical e para o sentido da frase. . 100 (D) Uma reescrita semanticamente equivalente e sintaticamente adequada da primeira oração do trecho é “Se se aprovarem as benesses”. (E) O acento utilizado em “vetá-las” deve-se à mesma regra que o exige nas palavras “marajá” e “alvarás”. 283. (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assinale a alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mesma regra. (A) “Hambúrgueres” e “repórter”. (B) “Inacreditáveis” e “repórter”. (C) “Índice” e “dólares”. (D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”. (E) “Atribuídos” e “índice”. 284. (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV/2014) Assinale a opção em que o conectivo “e” tem valor adversativo (oposição) e não aditivo (adição). (A) “...longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste...” (B) “...recebeu considerável reforço de usinas termoelétricas e há uma crescente contribuição da energia eólica,...” (C) “...asseguram o suprimento de eletricidade do país por vários anos, e sim por meses” (D) “No passado, a população e os setores produtivos deram provas...” (E) “...o governo não deveria jogar com a sorte e expor a população a um risco...” 285. (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV/2014 - adaptada) “Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido o volume de chuvas não ultrapasse 67% da média histórica nas áreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétricas”. Nesse segmento, é correto colocar uma vírgula (A) após a forma verbal “abrigam”. (B) após o substantivo “áreas”. (C) após o substantivo “estimativa”. (D) após “de que” e antes de “o volume”. (E) após “chuvas” e antes de “nas áreas”. 286. (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV/2014) “o país teve de recorrer a um programa de racionamento”. Assinale a opção que apresenta a forma de reescrever esse segmento, que altera o seu sentido original. (A) O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa de racionamento. (B) O país teve como recurso recorrer a um programa de racionamento. (C) O Brasil foi levado a recorrer a um programa de racionamento. (D) O país obrigou‐se a recorrer a um programa de racionamento. (E) O Brasil optou por um programa de racionamento. 287. (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV/2014) “...todas as novas usinas hidráulicas operam a fio d’água, ou seja, dependem da vazão dos rios...”. No segmento acima, o termo sublinhado indica (A) uma retificação de um erro anterior. (B) uma explicação de um termo anterior. (C) uma conclusão de um pensamento anterior. (D) uma informação sobre dado anterior. (E) uma indicação de uma causa de um fenômeno anterior. 288. (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV/2014) Assinale a opção em que os dois vocábulos não fazem o plural da mesma forma. (A) previsão – vazão. (B) região – população. (C) transmissão – situação. (D) adoção – cidadão. (E) geração – contribuição. . 101 289. (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV/2014) “...seria um esforço em prol da racionalização...”. A expressão sublinhada significa (A) “com a finalidade de”. (B) “apesar da”. (C) “contrário à”. (D) “através da”. (E) “a favor da”. 290. (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – FGV/2014) “No entanto, como a situação dos reservatórios está em ponto crítico,...”. Assinale a opção que apresenta a conjunção que não substitui corretamente “no entanto”. (A) mas. (B) logo. (C) porém. (D) todavia. (E) entretanto. 281. Resposta: “B”. (A) A internet, tal como a conhecemos, aberta, livre e democrática, é um fenômeno sem igual porquê é incontrolável = porque (conjunção causal) (B) As melhores universidades do mundo abrem as portas da excelência porque oferecem na rede cursos inteiros de graça = correta (conjunção explicativa) (C) Os professores que pesquisam os cursos a distância explicaram o por quê do sucesso atual da educação via internet = o porquê (precedido de artigo) (D) Os cursos na internet começam a ter peso fora do mundo virtual por que várias instituições começaram a aceitar créditos conquistados on-line = porque (conjunção causal) (E) Porque a revolução da educação on-line de alto nível já se tornou, de fato, uma realidade em todo o mundo? = por que (em perguntas: SEMPRE separado; se está longe do ponto de interrogação: sem acento; se próximo, acentuado: por quê?) 282. Resposta: “B”. “Caso as benesses sejam aprovadas, cabe ao governo vetá-las?” (A) É necessário utilizar uma vírgula após “aprovadas”, para isolar oração subordinada adverbial anteposta à principal = correta (B) Ao substituir-se “governo” por “governantes”, tornar-se-ia obrigatória a flexão do verbo “caber” no plural = o verbo continuaria no singular: cabe aos governantes - incorreta (C) O verbo “caber” também pode ser conjugado no futuro do presente (“caberá”), sem que haja prejuízo para a correção gramatical e para o sentido da frase = correta (D) Uma reescrita semanticamente equivalente e sintaticamente adequada da primeira oração do trecho é “Se se aprovarem as benesses” = correta (utilizaria outra conjunção condicional – “se”). (E) O acento utilizado em “vetá-las” deve-se à mesma regra que o exige nas palavras “marajá” e “alvarás” = correta (a análise da acentuação em verbos com pronome oblíquo - no caso, ênclise – leva em conta apenas o verbo, nunca o pronome. Veja: atribuí-lo – é acentuada seguindo a regra do hiato; amá-lo – oxítona; e assim por diante). 283. Resposta: “B”. (A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona (B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona 284. Resposta: “C”. (A) “...longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste...” = adição (B) “...recebeu considerável reforço de usinas termoelétricas e há uma crescente contribuição da energia eólica,...” = adição (C) “...asseguram o suprimento de eletricidade do país por vários anos, e sim por meses” = podemos substituir o “e sim por meses” por “mas por meses” – ideia de adversidade, contrária (D) “No passado, a população e os setores produtivos deram provas...” = adição (E) “...o governo não deveria jogar com a sorte e expor a população a um risco...” = adição . 102 285. Resposta: “D”. “Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS) trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido o volume de chuvas não ultrapasse 67% da média histórica nas áreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétricas”. (A) após a forma verbal “abrigam” – incorreta (não posso separar o verbo de seu complemento objeto). (B) após o substantivo “áreas” – incorreta (mudaríamos o sentido do período, já que passaríamos uma oração adjetiva restritiva para uma explicativa – fato que generalizaria o termo “áreas”, dando a entender que todas abrigam reservatórios). (C) após o substantivo “estimativa” – incorreta (separaria substantivo de seu complemento). (D) após “de que” e antes de “o volume” – correta (não haveria mudança no período, dando ao termo uma função de aposto explicativo, por exemplo). (E) após “chuvas” e antes de “nas áreas” – incorreta – separaria sujeito de predicado 286. Resposta: “E”. “o país teve de recorrer a um programa de racionamento”. Assinale a opção que apresenta a forma de reescrever esse segmento, QUE ALTERA O SEU SENTIDO ORIGINAL. (A) O Brasil foi obrigado a recorrer a um programa de racionamento = mesmo sentido. (B) O país teve como recurso recorrer a um programa de racionamento = mesmo sentido. (C) O Brasil foi levado a recorrer a um programa de racionamento = mesmo sentido. (D) O país obrigou‐se a recorrer a um programa de racionamento = mesmo sentido. (E) O Brasil optou por um programa de racionamento = mudança de sentido (segundo o enunciado, o país não teve outra opção a não ser recorrer. Na alternativa, provavelmente havia outras opções, e o país escolheu a de “recorrer”). 287. Resposta: “B”. A expressão “ou seja” é utilizada para explicar um termo - ou período – anterior, ou seja ( ! ), antecede uma explicação. 288. Resposta: “D”. (A) previsão (previsões) – vazão (vazões). (B) região (regiões) – população (populações) (C) transmissão (transmissões) – situação (situações) (D) adoção (adoções) – cidadão (cidadãos) (E) geração (gerações) – contribuição (contribuições) 289. Resposta: “E”. A expressão é comum em campanhas beneficentes, quando realizamos ações em prol, em benefício de, a favor de uma comunidade/entidade. 290. Resposta: “B”. Todas as conjunções apresentadas são adversativas, por isso qualquer uma delas poderia substituir o “no entanto”, exceto a conjunção conclusiva “logo”. 291. (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à imprensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância – mas a forma conta”. (...) (Axé Silva, O Mundo, setembro 2013) O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mesma dois sentidos, que são (A) o barulho e a propagação. (B) a propagação e o perigo. (C) o perigo e o poder. (D) o poder e a energia. (E) a energia e o barulho. . 103 292. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – ATIVIDADES TÉCNICAS DE SUPORTE – FUNCAB/2014 - adaptada) “Neste relato pré-biogeográfico, aparece a riqueza e o uso da biodiversidade pelos povos nativos...” Na oração acima, a concordância verbal foi feita com o verbo no singular, num contexto em que o verbo também poderia ser expresso no plural. Das orações abaixo, aquela em que a concordância verbal também é facultativa, podendo o verbo ser expresso no singular ou no plural, é: (A) Sobre a vida do padre José de Anchieta deve haver vários trabalhos escritos. (B) Foi justo o reconhecimento histórico e a canonização de Anchieta. (C) Está José de Anchieta ligado à fundação de São Paulo. (D) Uma das muitas obras de Anchieta consistiu em escrever poemas. (E) Cada uma das obras de Anchieta colaborou para a formação de um conjunto extremamente representativo. 293. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adaptada) Atentando para o significado da palavra destacada em: “...não se trata apenas de uma vitória MENSURÁVEL em minutos e segundos.”, marque a opção em que ela foi corretamente transformada em uma oração adjetiva. (A) ainda que discutível (B) que deve ser mencionada (C) conforme se mede (D) que deve ser criticada (E) que pode ser medida 294. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: (A) consideravam. (B) consideram. (C) considerem. (D) considerarão. (E) considerariam. 295. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adaptada) Assinale a opção em que o par de palavras foi acentuado segundo a mesma regra. (A) saúde-países (B) Etíope-juízes (C) olímpicas-automóvel (D) vocês-público (E) espetáculo-mensurável 296. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adaptada) O termo destacado em “Conotações sociais, políticas, ideológicas são INEVITÁVEIS...” exerce a seguinte função sintática: (A) adjunto adnominal. (B) adjunto adverbial. (C) predicativo. (D) sujeito composto. (E) objeto direto. 297. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) A oração destacada no trecho “QUANDO O PEITO DO CORREDOR ROMPE A FITA NA CHEGADA DA PROVA, não se trata apenas de uma vitória mensurável em minutos e segundos.” expressa, no contexto, a seguinte ideia: (A) conformidade. (B) condição. (C) consequência. (D) tempo. (E) causa. . 104 298. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adaptada) Assinale a única opção em que o termo destacado funciona como objeto indireto. (A) “...foi o primeiro atleta a vencer DUAS MARATONAS OLÍMPICAS...” (B) “...assombrou O PÚBLICO na maratona de 1960...” (C) “...fraturou A PERNA ESQUERDA e teve de desistir.” (D) “...Hitler tentara transformar A OLIMPÍADA DE BERLIM num vasto espetáculo...” (E) “...ajudem a mostrar AOS OUTROS o que ele vale.” 299. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Em que tempo e modo encontram-se os verbos destacados no trecho: “... ASSOMBROU o público na maratona de 1960, em Roma, porque CORREU pelas ruas da cidade eterna descalço.”? (A) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo (B) Pretérito imperfeito do subjuntivo (C) Pretérito perfeito do indicativo (D) Futuro do subjuntivo (E) Pretérito imperfeito do indicativo 300. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Assinale a única opção correta quanto ao emprego do acento indicativo de crase. (A) Ele venceu os obstáculos um à um. (B) Às vezes é necessário desistir. (C) Ele assistia à um espetáculo inédito. (D) Todos estavam dispostos à colaborar. (E) Respondi à todas as cartas que recebi. 291. Resposta: “A”. Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora. Você pode responder à questão por eliminação: a segunda opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a alternativa A! 292. Resposta: “B”. (A) Sobre a vida do padre José de Anchieta deve haver vários trabalhos escritos = sempre no singular (haver não sofre flexão – no sentido de existir) (B) Foi justo o reconhecimento histórico e a canonização de Anchieta = foram justos (C) Está José de Anchieta ligado à fundação de São Paulo = no singular (D) Uma das muitas obras de Anchieta consistiu em escrever poemas = no singular (E) Cada uma das obras de Anchieta colaborou para a formação de um conjunto extremamente representativo = no singular 293. Resposta: “E”. Para que tenhamos uma oração adjetiva, precisamos de um pronome relativo (que). Temos, então, apenas as alternativas B, D e E. Dentre as três, basta apenas que saibamos o que significa “mensurável” (que pode ser medido). 294. Resposta: “B”. É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM: muitos o consideram o maior maratonista de todos os tempos. . 105 295. Resposta: “A”. (A) saúde = regra do hiato / países = regra do hiato (B) Etíope = proparoxítona / juízes = regra do hiato (C) olímpicas = proparoxítona / automóvel = paroxítona (D) vocês = oxítona / público = proparoxítona (E) espetáculo = proparoxítona / mensurável = paroxítona 296. Resposta: “C”. Sujeito composto: conotações sociais, políticas, ideológicas Verbo de ligação: são (ser) Predicado nominal: são inevitáveis Núcleo do predicado nominal (predicativo do sujeito) – inevitáveis 297. Resposta: “D”. “Quando” é uma conjunção subordinativa temporal, dando uma ideia de tempo à ação expressa na oração que ela acompanha. 298. Resposta: “E”. (A) “...foi o primeiro atleta a vencer DUAS MARATONAS OLÍMPICAS = objeto direto (B) “...assombrou O PÚBLICO na maratona de 1960 = objeto direto (C) “...fraturou A PERNA ESQUERDA = objeto direto (D) “...Hitler tentara transformar A OLIMPÍADA DE BERLIM = objeto direto (E) “...ajudem a mostrar AOS OUTROS o que ele vale.” = objeto indireto (há preposição: A + os) 299. Resposta: “C”. Assombrou / correu = pretérito perfeito do indicativo 300. Resposta: “B”. (A) Ele venceu os obstáculos um à um = um a um (palavra masculina e repetida) (B) Às vezes é necessário desistir = correta (C) Ele assistia à um espetáculo inédito = assistia a um (artigo indefinido). (D) Todos estavam dispostos à colaborar = a colaborar (verbo no infinitivo). (E) Respondi à todas as cartas que recebi = a todas (pronome indefinido) 301. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Em apenas uma das opções a vírgula foi corretamente empregada. Assinale-a. (A) No dia seguinte, estavam todos cansados. (B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas. (C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas. (D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental. (E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território. 302. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Apenas uma das frases está correta quanto à concordância verbal. Assinale-a. (A) Precisam-se de atletas dispostos a tudo. (B) Haviam muitas pessoas nas arquibancadas. (C) Devem haver muitos atletas nessa situação. (D) Surgiram, no final da pista, os dois atletas. (E) Eram uma hora da tarde e a maratona terminara. 303. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Que ideia expressa a oração coordenada destacada em: “Talvez seja, MAS É UM PRIMEIRO PASSO.”? (A) Adição (B) Oposição (C) Conclusão (D) Alternância (E) Explicação . 106 304. (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014) Que opção apresenta, correta e respectivamente, a classe gramatical a que pertencem as palavras destacadas no trecho abaixo? “Está pedindo A seu tronco, seus braços, suas pernas, seus músculos, seus NERVOS que O ajudem a mostrar aos outros o QUE ele vale.” (A) artigo-verbo-artigo-pronome (B) artigo-adjetivo-pronome-pronome (C) preposição-substantivo-pronome-pronome (D) pronome-substantivo-artigo-conjunção (E) preposição-adjetivo-artigo-conjunção 305. (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA/SP – ADMINISTRADOR – FUNDEP/2014) Leia: ____ um mês, uma turma de operários se posta ___ entrada da fábrica pela manhã e só sai ___ uma hora da tarde. Espera-se que a greve termine daqui ___ uma semana. Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacunas da frase acima, na respectivamente ordem. A) Há – à – a – a. B) Há – à – à – a. C) A – a – a – há. D) Há – a – à – há. 306. (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA/SP – ADMINISTRADOR – FUNDEP/2014) Assinale a alternativa em que o emprego do pronome pessoal segue a norma padrão. (A) Manda ele fazer o serviço sozinho. (B) Sinto muito, mas não posso lhe ajudar. (C) Há muito trabalho para mim fazer. (D) Entre mim e você não há mais nada. 307. (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA/SP – ADMINISTRADOR – FUNDEP/2014) Assinale a alternativa em que a correspondência entre a voz ativa e a voz passiva está INCORRETA. (A) As mudas foram produzidas pelos associados nos viveiros da sede. Os associados produziram as mudas nos viveiros da sede. (B) Algumas decisões do diretor têm levado os empregados ao desespero. Os empregados têm sido levados ao desespero por algumas decisões do diretor. (C) A TV local devia ter convidado o candidato para um debate. O candidato devia ser convidado para um debate pela TV local. (D) Dois navios serão lançados ao mar em julho próximo. Lançarão dois navios ao mar em julho próximo. (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IADES/2014 - adaptada) O texto abaixo serve de base para responder às questões 308 a 311. Concha Acústica Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. Foi o primeiro grande palco da cidade. Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa-cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, com adaptações. 308. (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IADES/2014) Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem compatível com o texto. (A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Oscar Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte. (B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF em 1969. (C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que hoje é a Secretaria de Cultura do DF. . 107 (D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura do DF. (E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. 309. (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IADES/2014) Os vocábulos “Paranoá” (linha 1) e “está” (linha 3) são acentuados graficamente por serem (A) proparoxítonos. (B) paroxítonos terminados em vogal. (C) oxítonos terminados em a. (D) oxítonos terminados em hiato. (E) proparoxítonos terminados em a. 310. (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IADES/2014) Acerca das regras prescritas pela norma-padrão a respeito do uso da crase, assinale a alternativa correta considerando o período “foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília” (linhas 4 e 5). (A) O período exemplifica um caso de emprego facultativo da crase. (B) O período exemplifica um caso de emprego obrigatório da crase. (C) Se o autor resolvesse empregar o pronome essa diante de “Fundação Cultural de Brasília”, o uso da crase seria obrigatório. (D) Outra redação possível para o período seria foi inaugurada oficialmente em 1969 e entregue pela Terracap a Fundação Cultural de Brasília. (E) Se o autor resolvesse empregar o pronome aquela diante de “Fundação Cultural de Brasília”, o uso da crase seria facultativo. 301. Resposta: “A”. (A) No dia seguinte, estavam todos cansados. = correta (B) Romperam a fita da vitória, os dois atletas = não se separa sujeito do predicado (o sujeito está no final). (C) Os seus hábitos estranhos, deixavam as pessoas perplexas = não se separa sujeito do predicado. (D) A luta em defesa dos mais fracos, é necessária e fundamental = não se separa sujeito do predicado. (E) As florestas nativas do Brasil, sobrevivem em pequena parte do território. = não se separa sujeito do predicado 302. Resposta: “D”. (A) Precisam-se de atletas dispostos a tudo = precisa-se. (B) Haviam muitas pessoas nas arquibancadas = havia. (C) Devem haver muitos atletas nessa situação = deve haver. (D) Surgiram, no final da pista, os dois atletas. = correta (E) Eram uma hora da tarde e a maratona terminara. = era uma hora 303. Resposta: “B”. O “mas” é uma conjunção adversativa, a qual expressa uma ideia de adversidade, contrariedade, oposição à ideia expressa na oração com a qual ela se relaciona. 304. Resposta: “C”. Podemos responder por eliminação. Pedindo algo a alguém: pedindo “para” seu tronco... = objeto indireto (“a” = preposição). Ficaremos apenas com as alternativas C e E. Em “seus nervos” temos um substantivo (precedido de pronome possessivo). Chegamos à Resposta correta: a única alternativa que apresenta a classificação encontrada até o momento (preposição – substantivo) é a C. O termo “que O ajudem” pode ser substituído por “que ajudem ELE”, assim você perceberá que se trata de um pronome oblíquo. 305. Resposta: “B”. HÁ (tempo passado) um mês, uma turma de operários se posta À (“na”) entrada da fábrica pela manhã e só sai À uma hora da tarde. Espera-se que a greve termine daqui A (tempo futuro) uma semana. Ficou: há / à / à / a. 306. Resposta: “D”. (A) Manda ele fazer o serviço sozinho = mande-o. (B) Sinto muito, mas não posso lhe ajudar = ajudá-lo. (C) Há muito trabalho para mim fazer = para eu fazer. (D) Entre mim e você não há mais nada = correta. . 108 307. Resposta: “C”. O exercício quer a INCORRETA: (A) As mudas foram produzidas pelos associados nos viveiros da sede. (passiva) Os associados produziram as mudas nos viveiros da sede. = correta (ativa) (B) Algumas decisões do diretor têm levado os empregados ao desespero. (ativa) Os empregados têm sido levados ao desespero por algumas decisões do diretor. (passiva) = correta (C) A TV local devia ter convidado o candidato para um debate. (ativa) O candidato devia ser convidado para um debate pela TV local. (passiva) – incorreta O candidato devia ter sido convidado... (D) Dois navios serão lançados ao mar em julho próximo. (passiva) Lançarão dois navios ao mar em julho próximo. (ativa) = correta 308. Resposta: “A”. Recorramos ao texto: “Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As informações contidas nas demais alternativas são incoerentes com o texto. 309. Resposta: “C”. Paranoá = oxítona terminada em “a” / está = oxítona terminada em “a”. 310. Resposta: “B”. “foi inaugurada oficialmente em 1969 e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília” (A) O período exemplifica um caso de emprego facultativo da crase – uso obrigatório (à Fundação exerce a função de objeto indireto – com preposição) (B) O período exemplifica um caso de emprego obrigatório da crase = correta. (C) Se o autor resolvesse empregar o pronome essa diante de “Fundação Cultural de Brasília”, o uso da crase seria obrigatório = incorreta. (D) Outra redação possível para o período seria foi inaugurada oficialmente em 1969 e entregue pela Terracap a Fundação Cultural de Brasília = incorreta (entregue à Fundação) (E) Se o autor resolvesse empregar o pronome aquela diante de “Fundação Cultural de Brasília”, o uso da crase seria facultativo = incorreta (seria obrigatório: àquela Fundação). 311. (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IADES/2014) No período “Foi o primeiro grande palco da cidade.” (linha 7), para retomar o termo “Concha Acústica do DF” (linha 3), sem repeti-lo, é correto afirmar que o autor fez uso do(a) (A) sujeito indeterminado. (B) oração sem sujeito. (C) sujeito representado por um pronome pessoal. (D) sujeito composto. (E) sujeito oculto ou desinencial. 312. (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IDECAN/2014) 50 anos depois [...] No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada que derrubou o Império em 1889. Nos 50 anos do Estado Novo, poucos deram atenção ao período que transformou a economia e a sociedade brasileiras. Pois hoje, dia 31 de março de 2014, 50 anos depois do golpe militar, o Brasil é tomado de debates inflamados e de um surto incomum de memória histórica. [...] Houve avanços em quase todas essas áreas. Estabilizamos a moeda, distribuímos renda, pusemos as crianças na escola. As conquistas não são poucas, vieram aos poucos e estão longe de terminadas. . 109 Todas elas são fruto do ambiente livre, em que diferentes ideias podem ser debatidas e testadas. Todas são fruto, numa palavra, da democracia. Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais. Se há pensamento autoritário no país, ele é minoritário. Nossas instituições democráticas deram prova de vitalidade ao promover o impeachment de um presidente, a condenação de corruptos poderosos no caso do mensalão e ao manter ampla liberdade de opinião e de expressão. A cada eleição, o brasileiro gosta mais da democracia. Nada disso significa, porém, que possamos considerá-la uma conquista perene e consolidada. Democracias jovens, como Venezuela, Argentina ou Rússia, estão aí para mostrar como o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade. A luta pela democracia e pelas liberdades individuais precisa ser constante, consistente e sem margem para hesitação. (Helio Gurovitz. Época, 31 de março de 2014. Adaptado.) Considerando as ideias e informações apresentadas no texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. ( ) 50 anos após o golpe militar de 1964, há uma divisão quanto às manifestações referentes a tal evento: de um lado, um grupo está desinformado e apático; de outro, há euforia e debates entusiasmados. ( ) Conquistas, como estabilidade da moeda e distribuição de renda, são alvos a serem alcançados em um futuro próximo. ( ) A coexistência de diferentes pensamentos é responsável pela promoção de avanços de grande importância no cenário nacional. A sequência está correta em (A) F, F, F. (B) V, V, F. (C) V, F, V. (D) F, F, V. (E) V, V, V. 313. (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IDECAN/2014) Dentre os termos destacados a seguir, identifique o que possui função sintática DIFERENTE dos demais. (A) “Nada disso significa, [...]” (4º§) (B) “[...] poucos deram atenção ao período [...]” (1º§) (C) “Houve avanços em quase todas essas áreas.” (2º§) (D) “[...] o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade.” (4º§) (E) “No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada [...]” (1º§) 314. (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IDECAN/2014) Em “Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais.”, quanto à utilização do sinal de dois pontos, é correto afirmar que (A) indica uma enumeração. (B) indica a separação de um paralelismo. (C) introduz um trecho de aspecto reflexivo. (D) tal sinal de pontuação pode ser omitido sem que haja qualquer tipo de prejuízo. (E) introduz um trecho de caráter explicativo que se liga diretamente à ideia anteriormente enunciada. 315. (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – IDECAN/2014) Os vocábulos “cinquentenário” e “império” são acentuados devido à mesma justificativa. O mesmo ocorre com o par de palavras apresentado em A) prêmio e órbita. B) rápida e tráfego C) satélite e ministério. D) pública e experiência. E) sexagenário e próximo. . 110 316. (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINISTRADOR – IADES/2014 - adaptada) Relacione adequadamente as classes gramaticais às respectivas classificações das palavras destacadas. 1. Vocativo. 2. Aposto. 3. Adjetivo. 4. Adjunto adverbial. ( ) “Na próxima vez que você, leitor do sexo masculino, disputar espaço com uma mulher no trânsito, pense duas vezes antes de soltar aquela frase machista:...” (1º§) ( ) “Incluem-se aqui aquelas práticas execráveis como dirigir embriagado, abusar da velocidade e andar colado ao veículo da frente.” (2º§) ( ) “Vai pra casa, dona Maria!” (1º§) ( ) “Muitos dos acidentes envolvendo mulheres acontecem porque as motoristas tentam virar à direita ou à esquerda repentinamente,...” (3º§) A sequência está correta em (A) 1, 2, 3, 4. (B) 2, 1, 4, 3. (C) 2, 3, 1, 4. (D) 3, 2, 1, 4. (E) 3, 4, 1, 2. 317. (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINISTRADOR – IADES/2014) Observe o emprego das palavras destacadas nas frases a seguir. - Quando elas dirigem, ficam meio nervosas. - As crianças estavam sós no carro. - Ela mesma se dirigiu ao DETRAN. - Os carros custam caro. Acerca das regras de concordância que justificam o emprego dos termos anteriores, analise. I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se flexionou. II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o sujeito. III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o pronome a que se refere. IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se flexionou. Estão corretas as afirmativas (A) I, II, III e IV. (B) I, II e IV, apenas. (C) I, II e III, apenas. (D) I, III e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas. 318. (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINISTRADOR – IADES/2014) Geralmente, as pessoas confundem o uso do acento grave, indicativo de crase, com o fenômeno linguístico. Em qual das situações o acento NÃO deveria ter sido utilizado, visto que não ocorre crase? (A) Não gosto de dirigir à noite. (B) Fugiu daquele trânsito às pressas. (C) Não responderei à Vossa Excelência. (D) Dedicou-se àquilo que gostava, dirigir. (E) O motorista dirigiu-se à criança nervoso. 319. (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINISTRADOR – IADES/2014) Relacione adequadamente a classificação das orações subordinadas substantivas às respectivas orações. 1. Subjetiva. 2. Objetiva direta. 3. Objetiva indireta. 4. Completiva nominal. . 111 5. Predicativa. 6. Apositiva. ( ( ( ( ( ( ) Cada situação permite que se aprenda algo novo. ) Só quero uma coisa: que tires a tua carteira. ) Tenho esperança de que o trânsito melhore. ) É importante que todos colaborem. ) Meu desejo é que sejas classificado. ) Lembrei-me de que já estava errado. A sequência está correta em (A) 1, 6, 3, 5, 2, 4. (B) 2, 6, 4, 1, 5, 3. (C) 1, 2, 3, 4, 5, 6. (D) 6, 5, 4, 3, 2, 1. (E) 2, 6, 4, 1, 3, 5. 320. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) A violência não é uma fantasia A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico. Somos esse novelo de dons. O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar, educação, exemplos, tendência pessoal, circunstâncias concretas, algumas escolhas individuais. Vivemos numa época violenta. Temos medo de sair às ruas, temos medo de sair à noite, temos medo de ficar em casa sem grades, alarmes e câmeras, ou bons e treinados porteiros. As notícias da imprensa nos dão medo em geral. Não são medos fantasiosos: são reais. E, se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados. A segurança, como tantas coisas, parece ter fugido ao controle de instituições e autoridades. Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings, onde, aliás, há mais tempo aqui e ali vêm ocorrendo furtos, às vezes assaltos, raramente noticiados. O que preocupa são movimentos adolescentes que reivindicam acesso aos shoppings para seus grupos em geral organizados na internet. (...) (Revista Veja. Editora ABRIL. Edição 2358 - ano 47 - nº 5. 29 de janeiro de 2014. Por Lya Luft - p. 20) De acordo com as ideias explicitadas no texto, a violência é um fenômeno (A) próprio da modernidade. (B) inerente à natureza humana. (C) dos grandes centros urbanos. (D) comum às pessoas desequilibradas. (E) desenvolvido no ambiente familiar. 311. Resposta: “E”. “Foi” retoma o termo “Concha Acústica”, utilizando o sujeito elíptico (ou oculto) na desinência verbal. 312. Resposta: “D”. ( F ) 50 anos após o golpe militar de 1964, há uma divisão quanto às manifestações referentes a tal evento: de um lado, um grupo está desinformado e apático; de outro, há euforia e debates entusiasmados. “Pois hoje, dia 31 de março de 2014, 50 anos depois do golpe militar, o Brasil é tomado de debates inflamados e de um surto incomum de memória histórica” ( F ) Conquistas, como estabilidade da moeda e distribuição de renda, são alvos a serem alcançados em um futuro próximo. “As conquistas não são poucas, vieram aos poucos e estão longe de terminadas.” ( V ) A coexistência de diferentes pensamentos é responsável pela promoção de avanços de grande importância no cenário nacional. “Todas elas são fruto do ambiente livre, em que diferentes ideias podem ser debatidas e testadas.” 313. Resposta: “C”. (A) “Nada disso significa = sujeito (B) “[...] poucos deram atenção ao período = sujeito . 112 (C) “Houve avanços em quase todas essas áreas.” = objeto direto (D) “[...] o espectro do autoritarismo pode abalar os regimes de liberdade = sujeito (E) “No cinquentenário da República, ninguém questionava a quartelada = sujeito 314. Resposta: “E”. “Eis a principal diferença entre os dois Brasis, separados por 50 anos: em 1964 havia, à direita e à esquerda, ceticismo em relação à democracia; hoje, não mais.” = os dois-pontos foram utilizados para introduzir uma explicação com relação ao que foi exposto anteriormente. 315. Resposta: “B”. Cinquentenário e império = ambas são paroxítonas. Cuidado! O exercício quer que encontremos o par que tem a mesma justificativa de acentuação entre as palavras que o compõem, não necessariamente igual às do enunciado. (A) prêmio = paroxítona / órbita = proparoxítona (B) rápida = proparoxítona / tráfego = proparoxítona (C) satélite = proparoxítona / ministério = paroxítona (D) pública = proparoxítona / experiência = paroxítona (E) sexagenário = paroxítona / próximo = proparoxítona Cuidado! O exercício quer que encontremos o par que tem a mesma justificativa de acentuação entre as palavras que o compõem, não necessariamente igual às do enunciado. 316. Resposta: “C”. 1. Vocativo. 2. Aposto. 3. Adjetivo. 4. Adjunto adverbial. ( 2 ) “Na próxima vez que você, leitor do sexo masculino, disputar espaço com uma mulher no trânsito, pense duas vezes antes de soltar aquela frase machista:...” (1º§) ( 3 ) “Incluem-se aqui aquelas práticas execráveis como dirigir embriagado, abusar da veloci- dade e andar colado ao veículo da frente.” (2º§) ( 1 ) “Vai pra casa, dona Maria!” (1º§) ( 4 ) “Muitos dos acidentes envolvendo mulheres acontecem porque as motoristas tentam virar à direita ou à esquerda repentinamente,...” (3º 317. Resposta: “A”. - Quando elas dirigem, ficam meio nervosas. - As crianças estavam sós no carro. - Ela mesma se dirigiu ao DETRAN. - Os carros custam caro. Acerca das regras de concordância que justificam o emprego dos termos anteriores, analise. I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se flexionou = correta. II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o sujeito = correta. III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o pronome a que se refere = correta. (Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite: Estas palavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo ou pronome a que se referem) IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se flexionou. = correta 318. Resposta: “C”. (A) Não gosto de dirigir à noite. = correta (B) Fugiu daquele trânsito às pressas. = correta (C) Não responderei à Vossa Excelência. = a Vossa (antes de pronome de tratamento) (D) Dedicou-se àquilo que gostava, dirigir. = correta (E) O motorista dirigiu-se à criança nervoso. = correta . 113 319. Resposta: “B”. 1. Subjetiva. 2. Objetiva direta. 3. Objetiva indireta. 4. Completiva nominal. 5. Predicativa. 6. Apositiva. ( ( ( ( ( ( ) Cada situação permite que se aprenda algo novo. ) Só quero uma coisa: que tires a tua carteira. ) Tenho esperança de que o trânsito melhore. ) É importante que todos colaborem. ) Meu desejo é que sejas classificado. ) Lembrei-me de que já estava errado. Podemos começar a classificação pela mais fácil! Lembra-se da dica quanto à apositiva? Há a presença de dois-pontos! Então, na segunda oração teremos o número 6. Descartamos, assim, os itens C e D. Vamos às demais dicas: quando houver um verbo de ligação entre a oração principal e a subordinada, provavelmente (99% das vezes!) esta será predicativa. Repare na antepenúltima frase: Meu desejo é que sejas classificado = temos um exemplo de subordinada substantiva predicativa. Voltando às alternativas: o antepenúltimo número deve ser 5. Ficamos agora somente com o item B! Mas farei a classificação das demais: - Cada situação permite que se aprenda algo novo. Permite o quê? A Resposta exercerá a função de objeto direto – objetiva direta ( 2 ) - Só quero uma coisa: que tires a tua carteira. = apositiva - Tenho esperança de que o trânsito melhore. Tenho o quê? esperança (objeto direto); esperança em quê? de que o trânsito melhore (função de complemento nominal, já que se liga ao termo “esperança” – completiva nominal ( 4 ) - É importante que todos colaborem. Dica: geralmente(também 99% das vezes!) quando a principal começa com verbo de ligação, a subordinada exercerá a função de sujeito (subjetiva) – ( 1 ) - Meu desejo é que sejas classificado. = predicativa ( 5 ) - Lembrei-me de que já estava errado. Lembrei-me do quê? de que já estava errado = presença de preposição, o termo completa um verbo, então: objeto indireto – objetiva indireta ( 3 ) A ordem ficou: 2 – 6 – 4 – 1 – 5 – 3. 320. Resposta: “B”. Retiremos do texto: “A violência nasce conosco. Faz parte da nossa bagagem psíquica, do nosso DNA, assim como a capacidade de cuidar, de ser solidário e pacífico”. 321. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014 - adaptada) “se não tivermos nenhum medo, estaremos sendo perigosamente alienados”. A relação sintático-semântica que se verifica entre as orações principal e subordinada desse excerto é de (A) causa. (B) condição. (C) conformidade. (D) consequência. (E) explicação. . 114 322. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) A linguagem por meio da qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir-se de nuances as mais diversas: pode apresentar-se em sentido literal, figurado, metafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se linguagem metafórica é (A) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar. (B) Temos medo de sair às ruas. (C) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos shoppings. (D) Somos esse novelo de dons. (E) As notícias da imprensa nos dão medo em geral. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014 adaptada) Texto para as questões 323 e 324. ESPADAS NENHUMA OUTRA ARMA TINHA O MESMO GLAMOUR Séculos depois de terem se tornado obsoletas, espadas ainda decoram brasões, bandeiras e insígnias militares por todo o mundo. "A história da espada é a história da Humanidade", afirmou o aventureiro, esgrimista e escritor britânico Richard Burton no século 19. Uma espada é inteira letal. Com a ponta, o inimigo podia ser trespassado, como uma lança. Com os lados, retalhado, como um machado - com a vantagem de a lâmina ser muito maior, e haver duas delas, nos modelos com dois gumes. Até a empunhadura servia para atacar, batendo-a contra a cabeça do inimigo - uma tática particularmente eficiente contra um oponente usando um elmo, que acabava desnorteado e vulnerável para ser finalizado. A espada também pode bloquear eficientemente ataques inimigos, dando origem à arte da esgrima, a complexa dança mortal entre movimentos defensivos e ofensivos. Ainda que raramente fosse a arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia nada mais eficiente para combate próximo e pessoal - por isso, mesmo guerreiros equipados com lanças ou outras armas longas, como os hoplitas espartanos, carregavam-na consigo como arma reserva, para um ataque final ou como último recurso, quando a situação se degenerava num salve-se quem puder. (...) (Revista Superinteressante, Editora Abril, Edição 329-A, Edição especial Armas, fevereiro-2014, p. 14) 323. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) Considerando-se o que é dito no texto, a espada é uma arma que (A) teve um lugar de destaque entre as outras armas e, se bem utilizada, era muito eficiente. (B) era uma arma de difícil manuseio e de pouca eficiência. (C) tornou-se obsoleta e, por isso, destinou-se ao uso em esportes como a esgrima. (D) servia como arma principal, nas grandes batalhas. (E) destacava-se, não por sua eficiência, mas por seu glamour. 324. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) O objeto espada é apresentado no texto ressaltando-se, especialmente, aspectos que dizem respeito a(o) sua (seu) (A) valor social e valor histórico. (B) valor monetário e glamour. (C) potencial letal e forma. (D) função e forma. (E) forma e valor histórico. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) Trecho para as questões de 325 e 326. A espada também pode bloquear eficientemente ataques inimigos, dando origem à arte da esgrima, a complexa dança mortal entre movimentos defensivos e ofensivos. Ainda que raramente fosse a arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia nada mais eficiente para combate próximo e pessoal - por isso, mesmo guerreiros equipados com lanças ou outras armas longas, como os hoplitas espartanos, carregavam-na consigo como arma reserva, para um ataque final ou como último recurso, quando a situação se degenerava num salve-se quem puder. . 115 325. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) Identificamos, no trecho acima, as seguintes palavras formadas pelo processo de derivação regressiva: (A) arma e formação . (B) combate e guerreiros . (C) combate e ataque . (D) lanças e armas . (E) ataque e situação . 326. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) Em: carregavam-na consigo como arma reserva, o segmento destacado cumpre uma função sintática e uma função textual de retomada de outro termo/palavra. A função sintática e a palavra recuperada são, respectivamente, (A) objeto indireto; e arma principal . (B) objeto direto; e espada (do início do trecho). (C) objeto indireto; e unidade. (D) termo componente de um aposto; e dança mortal. (E) complemento nominal; e arte da esgrima. 327. (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) Em: Ainda que raramente fosse a arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia nada mais eficiente para combate próximo e pessoal , a relação sintático-semântica que se estabelece entre a oração principal e a oração subordinada em destaque é de (A) finalidade. (B) comparação. (C) causalidade. (D) condição. (E) concessão. 328. (SAAE-SÃO CARLOS/SP – QUÍMICO – VUNESP/2014) O termo destacado na frase – É preciso, entretanto, racionalizar os modelos, retirando seus exageros... – estabelece sentido de (A) contraste, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por porém. (B) explicação, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por pois. (C) causa, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por visto que. (D) conformidade, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por conforme. (E) conclusão, podendo ser substituído, sem alteração de sentido, por assim. 329. (SAAE-SÃO CARLOS/SP – QUÍMICO – VUNESP/2014 - adaptada) Considere os seguintes trechos: - Se, até algumas décadas atrás, ainda dava para insistir em modelos que procuravam máxima segurança... - ... fazendo com que o cidadão só fosse para a Justiça ou para o hospital quando alternativas... - ... utilizar outros profissionais (...), para ajudar na difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. Os termos em destaque nos trechos indicam noção, respectivamente, de (A) tempo / restrição / finalidade. (B) tempo / causa / direção. (C) restrição / modo / finalidade. (D) afirmação / condição / finalidade. (E) restrição / afirmação / direção. 330. (SAAE-SÃO CARLOS/SP – QUÍMICO – VUNESP/2014 – adaptada) Leia o seguinte trecho: É perfeitamente possível e desejável utilizar outros profissionais (...), para ajudar na difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. Considerando-se as regras de concordância e de colocação pronominal, segundo a norma-padrão da língua portuguesa, o trecho apresenta sua reescrita correta em: (A) É perfeitamente possível e desejável que sejam designado outros profissionais (...), para que se dediquem à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. (B) É perfeitamente possível e desejável que sejam designado outros profissionais (...), para que dediquem-se à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. . 116 (C) É perfeitamente possível e desejável que seja designado outros profissionais (...), para que se dediquem à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. (D) É perfeitamente possível e desejável que seja designados outros profissionais (...), para que dediquem-se à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. (E) É perfeitamente possível e desejável que sejam designados outros profissionais (...), para que se dediquem à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. 321. Resposta: “B”. A oração subordinada é introduzida por uma conjunção condicional (se), a qual estabelece uma relação de condição para que a ação expressa na oração principal aconteça. 322. Resposta: “D”. A alternativa que apresenta uma linguagem metafórica (figurada) é a que emprega o termo “novelo” fora de seu contexto habitual (novelo de lã, por exemplo), representando, aqui, um emaranhado, um monte, vários dons. 323. Resposta: “A”. Segundo informações do texto, a espada ocupava um lugar de destaque e era muito eficiente, desde que bem utilizada. 324. Resposta: “D”. No segundo parágrafo, o autor descreve a espada segundo sua forma e função. 325. Resposta: “C”. Palavra formada pela derivação regressiva é aquela que resulta de um verbo transformado em substantivo, geralmente. Por exemplo: caça deriva de caçar; pesca, de pescar. Dentre as apresentadas nas alternativas, as que derivam de tal processo são: combate (combater) e ataque (atacar). 326. Resposta: “B”. Recorramos ao texto: “A espada também pode bloquear eficientemente ataques inimigos, dando origem à arte da esgrima, a complexa dança mortal entre movimentos defensivos e ofensivos. Ainda que raramente fosse a arma principal de uma unidade lutando em formação, não havia nada mais eficiente para combate próximo e pessoal - por isso, mesmo guerreiros equipados com lanças ou outras armas longas, como os hoplitas espartanos, carregavam-na consigo como arma” – o pronome obliquo “na” (carregavam QUEM? ela: OBJETO DIRETO = carregavam-na) retoma o termo “espada”. 327. Resposta: “E”. “Ainda que” é uma conjunção concessiva, pois estabelece uma quebra de expectativa com relação ao que se espera da ação expressa na oração que a acompanha. 328. Resposta: “A”. “Entretanto” é uma conjunção adversativa, de oposição. Poderia ser substituída por “porém” que não haveria mudança de sentido na frase. 329. Resposta: “A”. - Se, até algumas décadas atrás, ainda dava para insistir em modelos que procuravam máxima segurança = noção de tempo - fazendo com que o cidadão só fosse para a Justiça ou para o hospital quando alternativas = sentido de “apenas”, “somente” – restringindo as opções - utilizar outros profissionais (...), para ajudar na difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos = noção de finalidade da ação Tempo / restrição / finalidade 330. Resposta: “E”. É perfeitamente possível e desejável utilizar outros profissionais, para ajudar na difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. (A) É perfeitamente possível e desejável que sejam designado (designados) outros profissionais, para que se dediquem à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. (B) É perfeitamente possível e desejável que sejam designado (designados) outros profissionais, para que dediquem-se (se dediquem) à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. . 117 (C) É perfeitamente possível e desejável que seja designado (que sejam designados) outros profissionais, para que se dediquem à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. (D) É perfeitamente possível e desejável que seja designados (que sejam designados) outros profissionais, para que dediquem-se (que se dediquem) à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. (E) É perfeitamente possível e desejável que sejam designados outros profissionais, para que se dediquem à difícil tarefa de levar saúde e justiça para todos. = correta 331. (SAAE-SÃO CARLOS/SP – QUÍMICO – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à pontuação, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. (A) É preciso racionalizar os sistemas de saúde e de justiça, pois para o cidadão nada, é pior, do que a justiça e o atendimento médico que, nunca chegam. (B) É preciso racionalizar os sistemas de saúde e de justiça, pois para, o cidadão, nada é pior do que, a justiça e o atendimento médico, que nunca chegam. (C) É preciso racionalizar, os sistemas de saúde e de justiça, pois para o cidadão, nada, é pior do que a justiça e o atendimento médico que nunca chegam. (D) É preciso racionalizar os sistemas de saúde e de justiça, pois, para o cidadão, nada é pior do que a justiça e o atendimento médico que nunca chegam. (E) É preciso, racionalizar os sistemas de saúde e de justiça, pois, para o cidadão nada, é pior do que a justiça e o atendimento médico que nunca chegam. 332. (SAAE-SÃO CARLOS/SP – QUÍMICO – VUNESP/2014) Leia o texto para responder à questão. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligado _______ Presidência da República, aprovou resolução que, na prática, proíbe propaganda voltada ________ menores de idade no Brasil. O texto, que o órgão considera ter força de lei, torna abusivo o direcionamento de publicidade _______ esse público, com _______ intenção de persuadilo “para o consumo de qualquer produto ou serviço”. (http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em 24.03.2014. Adaptado) Considerando-se o uso do acento indicativo de crase, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com: (A) a ... à ... à ... à (B) à ... a ... a ... a (C) a ... à ... a ... à (D) à ... a ... à ... a (E) à ... a ... à ... à 333. (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é formada pelo seguinte processo: (A) sufixação (B) prefixação (C) parassíntese (D) justaposição (E) aglutinação 334. (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) “Um dos pontos básicos do projeto – e o que mais está em risco – refere-se à neutralidade de rede”. A mesma regra para o emprego do acento grave é observada em: (A) O funcionário chegou às sete horas no trabalho. (B) A cliente pagou à vista por todas as encomendas. (C) Os alunos assistiram integralmente à aula inaugural. (D) O projeto de trabalho foi concluído à custa de muito esforço. (E) Um dos convidados saiu à francesa da festa. 335. (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “conteúdo” recebe acentuação pela mesma razão de: (A) juízo (B) espírito . 118 (C) jornalístico (D) mínimo (E) disponíveis 336. (BANCO DA AMAZÔNIA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS 2, 3 e 4 – CESGRANRIO/2014 - adaptada) Em “‘quando poderiam pagar 500 milhões de euros, se o sistema tributário lhes fosse plenamente aplicado’”, o verbo “poder” está conjugado no futuro do pretérito do modo indicativo. De acordo com a norma-padrão, caso ele seja conjugado no futuro do presente, a forma fosse deverá ser alterada para (A) era (B) for (C) fora (D) será (E) seria 337. (BANCO DA AMAZÔNIA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS 2, 3 e 4 – CESGRANRIO/2014) A concordância está de acordo com a norma-padrão em: (A) A essa segmentação contextual e comportamental somam-se novas dimensões, fundadas na interação social. (B) A essas segmentações contextual e comportamental somam-se uma nova dimensão, fundada na interação social. (C) A essas segmentações contextuais e comportamentais somam-se uma nova dimensão, fundada na interação social. (D) A essa segmentação contextual e comportamental soma-se novas dimensões, fundadas na interação social. (E) A essas segmentações contextual e comportamental soma-se novas dimensões, fundadas na interação social. 338. (BANCO DA AMAZÔNIA – CONHECIMENTOS BÁSICOS – CARGOS 2, 3 e 4 – CESGRANRIO/2014) A palavra destacada deve levar o acento grave indicativo de crase, de acordo com a norma-padrão, em: (A) Não nos referimos a usuários que apagam cookies. (B) Essa segmentação comportamental soma-se a uma nova dimensão. (C) O Facebook foi obrigado a rever suas estratégias. (D) Essa simples ação do usuário dá a empresa milhões de euros. (E) Essas corporações enriquecem graças a informações privilegiadas. (BANCO DO BRASIL – CONHECIMENTOS BÁSICOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014 - adaptada) Leia o texto para responder às questões 339 e 340. Serviço de negro Um garoto negro termina um serviço que lhe havia sido solicitado e, orgulhosamente, garante ter feito “serviço de branco”. Várias moças respondem a anúncio para secretária; algumas perguntam se podem ser entrevistadas, “mesmo sendo negras”. Ser negro ou mulato e caminhar pela cidade é considerado “atitude suspeita” por muitos policiais. Como dizia um conhecido — para meu horror e indiferença dos demais participantes da conversa: “Não tenho nada contra o negro ou nordestino, desde que saibam seu lugar”. E esse lugar, claro, é uma posição subalterna na sociedade. Numa sociedade competitiva como a nossa, o ato de etiquetar o outro como diferente e inferior tem por função definir-nos, por comparação, como superiores. Atribuir características negativas aos que nos cercam significa ressaltar as nossas qualidades, reais ou imaginárias. Quando passamos da ideia à ação, isto é, quando não apenas dizemos que o outro é inferior, mas agimos como se de fato ele o fosse, estamos discriminando as pessoas e os grupos por conta de uma característica que atribuímos a eles. [...] Afirmações do tipo “os portugueses são burros”, “os italianos são grossos”, “os árabes, desonestos”, “os judeus, sovinas”, “os negros, inferiores”, “os nordestinos, atrasados”, e assim por diante, têm a função de contrapor o autor da afirmativa como a negação, o oposto das características atribuídas ao membro da minoria. Assim, o preconceituoso, não sendo português, considera-se inteligente; não sendo italiano, acredita-se fino; não sendo árabe, julga-se honesto; não sendo judeu, se crê generoso. . 119 É convicto de sua superioridade racial, por não ser negro, e de sua superioridade cultural, por não ser nordestino. É importante notar que, a partir de uma generalização, o preconceito enquadra toda uma minoria. Assim, por exemplo, “todos” os negros seriam inferiores [...]. A inferioridade passaria a ser uma característica “racial” inerente a todos os negros. [...] E o preconceito é tão forte que acaba assimilado pela própria vítima. É o caso do garoto que garantiu ter feito “serviço de branco”. Ou do imigrante que nega sua origem. Ou, ainda, da mulher que reconhece sua “inferioridade” [...] Seria, pois, errado falar em minorias? Não, uma vez que o conceito de minoria é ideológico, socialmente elaborado e não aritmeticamente constituído. Isto quer dizer que o negro de que se fala não é o negro concreto, palpável, mas aquele que está na cabeça do preconceituoso. E isto tem raízes históricas profundas. PINSKY, J. (Org.) 12 faces do preconceito. São Paulo: Contexto, 2000. p. 21-22. 339. (BANCO DO BRASIL – CONHECIMENTOS BÁSICOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014) Segundo o contexto do Texto, por “Serviço de negro” entende-se um trabalho socialmente considerado (A) importante (B) dispensável (C) incomum (D) suspeito (E) inferior 340. (BANCO DO BRASIL – CONHECIMENTOS BÁSICOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014) De acordo com o ponto de vista do enunciador do Texto, o preconceito sustentase, dentre outros aspectos, na(o) (A) alienação (B) ética (C) irresponsabilidade (D) inconformismo (E) respeito 331. Resposta: “D”. Assinalei com ( X ) as pontuações inadequadas ou faltantes: (A) É preciso racionalizar os sistemas de saúde e de justiça, pois (X) para o cidadão nada, (X) é pior, (X) do que a justiça e o atendimento médico que, (X) nunca chegam. (B) É preciso racionalizar os sistemas de saúde e de justiça, pois (X) para, (X) o cidadão, nada é pior do que, (X) a justiça e o atendimento médico, (X) que nunca chegam. (C) É preciso racionalizar, (X) os sistemas de saúde e de justiça, pois (X) para o cidadão, nada, (X) é pior do que a justiça e o atendimento médico que nunca chegam. (D) É preciso racionalizar os sistemas de saúde e de justiça, pois, para o cidadão, nada é pior do que a justiça e o atendimento médico que nunca chegam. = correta (E) É preciso, (X) racionalizar os sistemas de saúde e de justiça, pois, para o cidadão (X) nada, (X) é pior do que a justiça e o atendimento médico que nunca chegam. 332. Resposta: “B”. O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, ligado À (regência de “ligado” pede preposição) Presidência da República, aprovou resolução que, na prática, proíbe propaganda voltada A menores (palavra no plural, generalizando, e a preposição está no singular. Se fosse no plural, teríamos AOS – artigo masculino) de idade no Brasil. O texto, que o órgão considera ter força de lei, torna abusivo o direcionamento de publicidade A esse (pronome demonstrativo) público, com A (artigo) intenção de persuadilo “para o consumo de qualquer produto ou serviço”. Temos: à / a / a / a. 333. Resposta: “B”. Temos apenas a junção do prefixo “infra” ao radical “estrutura”, portanto: prefixação. 334. Resposta: “C”. - refere-se à neutralidade de rede = regência verbal de “referir-se” pede preposição (A) O funcionário chegou às sete horas no trabalho = indicando horas. (B) A cliente pagou à vista por todas as encomendas.= indicando modo . 120 (C) Os alunos assistiram integralmente à aula inaugural. = regência de “assistir” com o sentido de presenciar – transitivo indireto: pede preposição (D) O projeto de trabalho foi concluído à custa de muito esforço. = indicando modo (E) Um dos convidados saiu à francesa da festa. = indicando modo 335. Resposta: “A”. Conteúdo = regra do hiato (A) juízo = regra do hiato (B) espírito = proparoxítona (C) jornalístico = proparoxítona (D) mínimo = proparoxítona (E) disponíveis = paroxítona 336. Resposta: “B”. Passando o trecho para o futuro do presente teríamos a seguinte construção: quando PODERÃO pagar 500 milhões de euros, se o sistema tributário lhes FOR plenamente aplicado. 337. Resposta: “A”. (A) A essa segmentação contextual e comportamental somam-se novas dimensões, fundadas na interação social. = correta (B) A essas segmentações contextual e comportamental somam-se (soma-se) uma nova dimensão, fundada na interação social. (C) A essas segmentações contextuais e comportamentais somam-se (soma-se) uma nova dimensão, fundada na interação social. (D) A essa segmentação contextual e comportamental soma-se (somam-se) novas dimensões, fundadas na interação social. (E) A essas segmentações contextual e comportamental soma-se (somam-se) novas dimensões, fundadas na interação social. 338. Resposta: “D”. (A) Não nos referimos a usuários que apagam cookies. = correta (B) Essa segmentação comportamental soma-se a uma nova dimensão. = correta (C) O Facebook foi obrigado a rever suas estratégias. = correta (D) Essa simples ação do usuário dá a empresa milhões de euros. = dá à empresa (objeto indireto) milhões de euros (objeto direto) (E) Essas corporações enriquecem graças a informações privilegiadas. = correta 339. Resposta: “E”. Segundo informações do texto, “serviço de negro” está ligado a algo inferior. 340. Resposta: “A”. A alternativa que apresenta coerência com o que é apresentado pelo texto é a da alienação. 341. (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – ICMBIO – CESPE/2014) A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocábulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”. ( ) CERTO ( ) ERRADO (INSTITUTO RIO BRANCO – ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA – CESPE/2014 adaptada) Texto para as questões 342 a 345. A crônica não é um “gênero maior”. Não se imagina uma literatura feita de grandes cronistas, que lhe dessem o brilho universal dos grandes romancistas, dramaturgos e poetas. Nem se pensaria em atribuir o Prêmio Nobel a um cronista, por melhor que fosse. Portanto, parece mesmo que a crônica é um gênero menor. “Graças a Deus”, seria o caso de dizer, porque, sendo assim, ela fica mais perto de nós. E para muitos pode servir de caminho não apenas para a vida, que ela serve de perto, mas para a literatura. Por meio dos assuntos, da composição solta, do ar de coisa sem necessidade que costuma assumir, ela se ajusta à sensibilidade de todo dia. Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser mais natural. Na sua despretensão, humaniza; e esta humanização lhe permite, como compensação sorrateira, recuperar com a outra mão certa profundidade de significado e . 121 certo acabamento de forma, que de repente podem fazer dela uma inesperada, embora discreta, candidata à perfeição. Antonio Candido. A vida ao rés do chão. In: Recortes. São Paulo: Companhia das Letras, 1993, p. 23 (com adaptações). 342. (INSTITUTO RIO BRANCO – ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA – CESPE/2014) As formas verbais “imagina” (R.1), “atribuir” (R.4) e “servir” (R.8) foram utilizadas como verbos transitivos indiretos. ( ) CERTO ( ) ERRADO 343. (INSTITUTO RIO BRANCO – ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA – CESPE/2014) No trecho “Principalmente porque elabora uma linguagem que fala de perto ao nosso modo de ser mais natural” (R.12-14), o autor indica que a crônica e a linguagem falada é a que consegue a mais perfeita comunicação literária. ( ) CERTO ( ) ERRADO 344. (INSTITUTO RIO BRANCO – ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA – CESPE/2014) No trecho “certa profundidade de significado e certo acabamento de forma” (R.16-17), o adjetivo “certo” e sua forma flexionada no feminino foram utilizados com o sentido exato, preciso, correto. ( ) CERTO ( ) ERRADO 345. (INSTITUTO RIO BRANCO – ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA – CESPE/2014) Há elementos no texto que permitem deduzir que, segundo o autor, a crônica será um gênero maior quando o Prêmio Nobel for concedido a um cronista. ( ) CERTO ( ) ERRADO 346. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2014 - adaptada) No trecho “deu início à sua caminhada cósmica”, o emprego do acento grave indicativo de crase é obrigatório. ( ) CERTO ( ) ERRADO 347. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2014) Em toda comunicação oficial, exceto nas direcionadas a autoridades estrangeiras, deve-se fazer uso dos fechos Respeitosamente ou Atenciosamente, de acordo com as hierarquias do destinatário e do remetente. ( ) CERTO ( ) ERRADO 348. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2014) Os adjetivos empregados em referência aos pronomes de tratamento em uma comunicação oficial devem sempre estar flexionados no masculino, de maneira a resguardar o requisito da uniformidade na redação oficial. ( ) CERTO ( ) ERRADO 349. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) O termo destacado em: “...e contei A ELE que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo...” exerce a seguinte função sintática: (A) predicativo do sujeito. (B) complemento nominal. (C) adjunto adnominal. (D) objeto direto. (E) objeto indireto. 350. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014 - adaptada) As formas verbais abaixo foram retiradas do texto e apenas uma apresenta-se no pretérito imperfeito do subjuntivo. Assinale-a. (A) vinha (B) trouxe (C) tivesse (D) desceu (E) havia 341. Resposta: “CERTO”. Brasília = paroxítona terminada em ditongo / cenário = paroxítona terminada em ditongo / próprio = paroxítona terminada em ditongo . 122 342. Resposta: “ERRADO”. imagina uma literatura = transitivo direto atribuir o Prêmio Nobel a um cronista = bitransitivo (transitivo direto e indireto) pode servir de caminho = intransitivo 343. Resposta: “ERRADO”. O autor quis dizer que a crônica é o gênero textual que utiliza uma linguagem mais próxima da que utilizamos em nosso dia a dia: uma linguagem natural, informal. 344. Resposta: “ERRADO”. Os termos foram utilizados com o sentido de “alguma profundidade”, “algum acabamento”, e não como adjetivos. 345. Resposta: “ERRADO”. “Na sua despretensão, humaniza; e esta humanização lhe permite, como compensação sorrateira, recuperar com a outra mão certa profundidade de significado e certo acabamento de forma, que de repente podem fazer dela uma inesperada, embora discreta, candidata à perfeição” – o autor expressa características da crônica, as quais podem - quem sabe um dia - torná-la um gênero perfeito. 346. Resposta: “ERRADO”. “deu início à sua caminhada cósmica” – o uso do acento indicativo de crase, neste caso, é facultativo; foi utilizado para evitar ambiguidade. 347. Resposta: “CERTO”. Segundo o Manual de Redação Oficial: (...) Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as modalidades de comunicação oficial: (A) para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente, (B) para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente, Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do Ministério das Relações Exteriores. 348. Resposta: “ERRADO”. Ao utilizarmos os pronomes de tratamento (quaisquer deles), os adjetivos sofrerão flexão quanto ao gênero e número. Exemplos: - com a rainha: Vossa Majestade está nervosa? - com o rei: Vossa Majestade está preocupado? - Dirijo-me a Vossas Excelências. 349. Resposta: “E”. O verbo “contar” é transitivo direto (conto o quê?) e indireto (a quem?). No caso, conto A ELE = a quem – tem preposição = função de objeto indireto. 350. Resposta: “C”. Questão que requer conhecimento das conjugações dos tempos e modos verbais: (A) vinha – pretérito imperfeito do indicativo (B) trouxe – pretérito perfeito do indicativo (C) tivesse – pretérito imperfeito do subjuntivo (D) desceu - pretérito perfeito do indicativo (E) havia - pretérito imperfeito do indicativo 351. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Apenas uma das frases abaixo está correta quanto à colocação do acento indicativo de crase. Assinale-a. (A) O rapaz foi levado à presença do diretor. (B) Ele preferiu voltar para casa à pé. (C) Os dois motoristas infratores ficaram frente à frente. (D) Chegamos à um cruzamento e paramos o veículo. (E) Ele começou à perceber que não tinha razão. . 123 352. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Qual das frases abaixo está correta quanto à concordância verbal? (A) Agora sou eu que escolhe o trajeto. (B) Restaura-se pneus. (C) Haviam garrafas vazias ao lado do poste. (D) Faz cinco dias que ele não aparece por aqui. (E) Falta cinco minutos para as dez. 353. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a opção em que o pronome oblíquo foi corretamente colocado. (A) Ninguém avisou-me sobre isso. (B) Quem contou-te o que aconteceu? (C) A pessoa que ajudou-me era muito simpática. (D) Quando nos viu, deu uma freada e parou. (E) Não aproxime-se do alambrado. 354. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da língua quanto à regência verbal. (A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. (B) Eu esqueci do seu nome. (C) Você assistiu à cena toda? (D) Ele chegou na oficina pela manhã. (E) Sempre obedeço as leis de trânsito. 355. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a frase em que a vírgula foi corretamente empregada. (A) Todos os motoristas, estavam presos no trânsito. (B) Era muito importante que, você estivesse lá. (C) Os dois carros, estavam na oficina. (D) Naquela tarde, precisei ir ao mecânico. (E) Ele me disse, que consertaria o carro. 356. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Uma das palavras abaixo deve se preenchida com SS. Aponte-a. (A) a__ociação (B) a__ude (C) diver__ão (D) e__eção (E) in__êndio 357. (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a opção em que o pronome LHE foi corretamente empregado. (A) O dono da oficina recebeu-lhe com educação. (B) A atividade ilegal levara-lhe à prisão. (C) O cheiro de tinta contaminou-lhe. (D) Saiu do carro e abandonou-lhe na rua. (E) O passageiro pagou-lhe a corrida. 358. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014) Escrever é fácil? Para estimular crianças e jovens a escrever, há quem diga que escrever é fácil: basta pôr no papel o que está na cabeça. Na maioria das vezes, porém, este estímulo é deveras desestimulante. Há boas explicações para o desestímulo: se a pessoa não consegue escrever, convencê-la de que escrever é fácil na verdade a convence apenas da sua própria incompetência, a convence apenas de que ela nunca vai conseguir escrever direito; não se escreve pondo no papel o que está na cabeça, sob pena de ninguém entender nada; quem escreve profissionalmente nunca acha que escrever é fácil, nem . 124 mesmo quando escreve há muito tempo — a não ser que já escreva mecanicamente, apenas repetindo frases e fórmulas. Via de regra, nosso pensamento é caótico: funciona para alimentar nossas decisões cotidianas, mas não funciona se for expresso, em voz alta ou por escrito, tal qual se encontra na cabeça. Para entender o nosso próprio pensamento, precisamos expressá-lo para outra pessoa. Ao fazê-lo, organizamos o pensamento segundo um código comum e então, finalmente, o entendemos, isto é, nos entendemos. Não à toa o jagunço Riobaldo, personagem do escritor Guimarães Rosa, dizia: professor é aquele que de repente aprende. Todo professor conhece este segredo: você entende melhor o seu assunto depois de dar sua aula sobre ele, e não antes. Ao falar sobre o meu tema, tentando explicá-lo a quem o conhece pouco, aumento exponencialmente a minha compreensão a respeito. Motivado pelas expressões de dúvida e até de estupor dos alunos, refino minhas explicações e, ao fazê-lo, entendo bem melhor o que queria dizer. Costumo dizer que, passados tantos anos de profissão, gosto muito de dar aula, principalmente porque ensinar ainda é o melhor método de estudar e compreender. Ora, do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos que não conheço, pelo menos no começo dos meus cursos, quem escreve o faz para ser lido por leitores que ele potencialmente não conhece e que também não o conhecem. Mesmo ao escrever um diário secreto, faço-o imaginando um leitor futuro: ou eu mesmo daqui a alguns anos, ou quem sabe a posteridade. Logo, preciso do outro e do leitor para entender a mim mesmo e, em última análise, para ser e saber quem sou. Exatamente porque esta relação com o outro, aluno ou leitor, é tão fundamental, todo professor sente um frio na espinha quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério. Pela mesma razão, todo escritor fica “enrolando” até começar um texto novo, arrumando a escrivaninha ou vagando pela internet, não importa quantos livros já tenha publicado. Pela mesmíssima razão, todo aluno não quer que ninguém leia sua redação enquanto a escreve ou faz questão de colocá-la debaixo da pilha de redações na mesa do professor, não importa se suas notas são boas ou não na matéria. Escrever definitivamente não é fácil, porque nos expõe no momento mesmo de fazê-lo. [...] Quem escreve sente de repente todas as suas hesitações, lacunas e omissões, percebendo como o seu próprio pensamento é incompleto e o quanto ainda precisa pensar. Quem escreve de repente entende o quanto a sua própria pessoa é incompleta e fraturada, o quanto ainda precisa se refazer, se inventar, enfim: se reescrever. BERNARDO, G. Conversas com um professor de literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. Adaptado. De acordo com as ideias desenvolvidas pelo autor no texto, a dificuldade em escrever existe pela falta de (A) dedicação diária ao hábito da leitura (B) interesse verdadeiro do público leitor (C) relação direta entre pensamento e escrita (D) estímulo constante para a prática da redação (E) interação adequada entre professores e alunos 359. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014 - adaptada) Ao longo do texto, há marcas de linguagem que indicam uma aproximação, uma espécie de diálogo, que o autor estabelece com aqueles que estão lendo seu texto. Um trecho que contém uma dessas marcas de linguagem é: (A) “Na maioria das vezes, porém, este estímulo é deveras desestimulante.” (B) “Ao fazê-lo, organizamos o pensamento segundo um código comum” (C) “Todo professor conhece este segredo:” (D) “Ao falar sobre o meu tema, tentando explicá-lo” (E) “do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos” 360. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014) A atividade de escrita, de acordo com o texto, pressupõe o(a) (A) domínio das estruturas linguísticas prescritas pela norma (B) gosto bem desenvolvido pela leitura (C) clareza e completude nas intenções do falante (D) criação de imagem de um interlocutor (E) utilização mecânica dos tipos textuais 351. Resposta: “A”. (A) O rapaz foi levado à presença do diretor. = correta (B) Ele preferiu voltar para casa à pé. = a pé (palavra masculina) (C) Os dois motoristas infratores ficaram frente à frente. = frente a frente (palavras repetidas) (D) Chegamos à um cruzamento e paramos o veículo. = a um (palavra masculina) (E) Ele começou à perceber que não tinha razão. = a perceber (verbo no infinitivo) . 125 352. Resposta: “D”. (A) Agora sou eu que escolhe (escolho) o trajeto. (para deixarmos “escolhe”, deveríamos utilizar: Sou eu quem escolhe”) (B) Restaura-se pneus. = restauram-se pneus (pneus são restaurados) (C) Haviam garrafas vazias ao lado do poste. = havia garrafas (haver no sentido de existir não sofre flexão) (D) Faz cinco dias que ele não aparece por aqui. = correta (E) Falta cinco minutos para as dez. = faltam cinco 353. Resposta: “D”. (A) Ninguém avisou-me sobre isso. = ninguém me avisou (B) Quem contou-te o que aconteceu? = quem te contou (C) A pessoa que ajudou-me era muito simpática. = que me ajudou (D) Quando nos viu, deu uma freada e parou. = correta (E) Não aproxime-se do alambrado. = não se aproxime 354. Resposta: “C”. (A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir. = prefiro viajar de ônibus a dirigir (B) Eu esqueci do seu nome. = Eu me esqueci do seu nome (C) Você assistiu à cena toda? = correta (D) Ele chegou na oficina pela manhã. = Ele chegou à oficina pela manhã (E) Sempre obedeço as leis de trânsito. = Sempre obedeço às leis de trânsito 355. Resposta: “D”. Indiquei com ( X ) as pontuações inadequadas: (A) Todos os motoristas, (X) estavam presos no trânsito. (B) Era muito importante que, (X) você estivesse lá. (C) Os dois carros, (X) estavam na oficina. (D) Naquela tarde, precisei ir ao mecânico. = correta (E) Ele me disse, (X) que consertaria o carro. 356. Resposta: “A”. (A) aSSociação (B) aÇude (C) diverSão (D) eXCeção (E) inCêndio 357. Resposta: “E”. O pronome oblíquo “lhe” exerce a função de objeto indireto: (A) O dono da oficina recebeu-lhe com educação. = recebeu-o (B) A atividade ilegal levara-lhe à prisão. = levara-o (C) O cheiro de tinta contaminou-lhe. = contaminou-o (D) Saiu do carro e abandonou-lhe na rua. = abandonou-o (E) O passageiro pagou-lhe a corrida. = pagou o quê? = a corrida (objeto direto); pagou a quem? A ele (objeto indireto, com preposição) = correta 358. Resposta: “C”. Segundo o texto: “Escrever definitivamente não é fácil, porque nos expõe no momento mesmo de fazê-lo. [...] Quem escreve sente de repente todas as suas hesitações, lacunas e omissões, percebendo como o seu próprio pensamento é incompleto e o quanto ainda precisa pensar” = relação entre o que pensamos e o que escrevemos. 359. Resposta: “B”. Ao utilizar o verbo “organizamos”, o autor inclui não só ele, mas nós, leitores, na ação de expressar nosso pensamento. 360. Resposta: “D”. Retiremos do próprio texto a Resposta: “Ora, do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos que não conheço, pelo menos no começo dos meus cursos, quem escreve o faz para ser lido por leitores que ele potencialmente não conhece e que também não o conhecem”, ou seja, um leitor, um interlocutor. . 126 361. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014 - adaptada) Em “este estímulo é deveras desestimulante.”, a palavra em destaque expressa ideia de (A) tempo (B) dúvida (C) negação (D) condição (E) intensidade 362. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014 - adaptada) A expressão destacada está adequadamente substituída pelo pronome, de acordo com a norma-padrão, em: (A) “Para estimular crianças e jovens a escrever” - estimular-lhes (B) “organizamos o pensamento segundo um código comum” - organizamos-lhe (C) “Todo professor conhece este segredo” - conhece-o (D) “Mesmo ao escrever um diário secreto” - escrevo-no (E) “não importa há quantos anos exerça o magistério” - exerça-lo 363. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014) O acento diferencial é aquele utilizado para distinguir certas palavras homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia. Ocorre esse tipo de acento em: (A) é (B) está (C) fórmula (D) pôr (E) análise 364. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014 - adaptada) O uso do sinal de dois-pontos tem o objetivo de introduzir uma citação em: (A) “há quem diga que escrever é fácil: basta pôr no papel o que está na cabeça.” (B) “Via de regra, nosso pensamento é caótico: funciona para alimentar nossas decisões cotidianas” (C) “Não à toa o jagunço Riobaldo, personagem do escritor Guimarães Rosa, dizia: professor é aquele que de repente aprende.” (D) “Todo professor conhece este segredo: você entende melhor o seu assunto depois de dar sua aula sobre ele, e não antes.” (E) “Mesmo ao escrever um diário secreto, faço-o imaginando um leitor futuro: ou eu mesmo daqui a alguns anos” 365. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014) Em “a não ser que já escreva mecanicamente”, a forma verbal destacada expressa um fato provável, situado no tempo presente. A forma verbal que expressa um fato provável situado no tempo passado é (A) escrevia (B) escreveu (C) escrevera (D) escreveria (E) escrevesse 366. (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRANRIO/2014) A omissão do termo com o qual o verbo concorda por já ter sido expresso anteriormente é recurso linguístico importante para evitar a repetição desnecessária. O verbo destacado concorda com sujeito expresso em outra oração no seguinte trecho: (A) “Há boas explicações para o desestímulo” (. 5) (B) “quem escreve profissionalmente nunca acha que escrever é fácil” (. 11-12) (C) “precisamos expressá-lo para outra pessoa” (. 20-21) (D) “aumento exponencialmente a minha compreensão a respeito” (. 30-31) (E) “quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério” . 127 367. (TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL/DF – CONHECIMENTOS BÁSICO PARA OS CARGOS 1, 2, 3, 5, 6 E 7 – CESPE/2014 - adaptada) (...) Há décadas, países como China e Índia têm enviado estudantes para países centrais, com resultados muito positivos.(...) A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída por Fazem. ( ) CERTO ( ) ERRADO 368. (CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA/SP – TÉCNICO DE ENFERMAGEM – CETRO/2014) Leia a oração abaixo e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta um sinônimo para a palavra destacada. “Os dedos roçavam na nuca da pequena ou nas espáduas vestidas de chita, e a sensação era um deleite.” (A) Desgosto. (B) Dissabor. (C) Desarranjo. (D) Alquebramento. (E) Regozijo. 369. (CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA/SP – TÉCNICO DE ENFERMAGEM – CETRO/2014) Quanto à ortografia e de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa e o contexto, assinale a alternativa correta. (A) O xale de lã o aqueceu nos dias de frio. (B) Não poderia suavisar a situação, já que tudo estava acabado. (C) Fora encontrado na sargeta, sem documentos. (D) A moça foi tachada de vugar e fácil. (E) Fizemos uma grande pexinxa durante nosso passeio pela Europa. 370. (CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA/SP – TÉCNICO DE ENFERMAGEM – CETRO/2014)7. Leia a oração abaixo, que se apresenta em discurso direto, e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sua transformação correta para o discurso indireto. – Não faça nada – disse ao colega. (A) Disse ao colega que não fizesse nada. (B) Dizia ao colega que não faria nada. (C) Disse ao colega que não fará nada. (D) Diz ao colega que não faça nada. (E) Diria ao colega que não fizesse nada. 361. Resposta: “E”. “Deveras” significa realmente, muito. No caso, expressa intensidade (muito desestimulante). 362. Resposta: “C”. (A) “Para estimular crianças e jovens a escrever” - estimular-lhes = estimulá-los (B) “organizamos o pensamento segundo um código comum” - organizamos-lhe = organizamo-lo (C) “Todo professor conhece este segredo” - conhece-o = correta (D) “Mesmo ao escrever um diário secreto” - escrevo-no = escrevê-lo (E) “não importa há quantos anos exerça o magistério” - exerça-lo = exerça-o 363. Resposta: “D”. (A) é = monossílaba (B) está = oxítona (C) fórmula = proparoxítona (D) pôr = monossílaba terminada em “r” não é acentuada, portanto tal acentuação justifica-se para diferenciar “pôr” (verbo) de “por” (preposição). Lembrando que, com o Novo Acordo Ortográfico, mantiveram-se apenas os acentos diferenciais em “pôr” (verbo) e “pôde” (verbo “poder” no pretérito perfeito do indicativo) para diferenciá-lo de “pode” (verbo “poder” no presente do indicativo). “Pára” (verbo) não é mais acentuado (agora: para), sendo diferenciado de “para” (preposição/conjunção final) apenas pelo contexto. Cuidado! (E) análise = proparoxítona . 128 364. Resposta: “C”. O uso do sinal de dois-pontos tem o objetivo de introduzir uma citação em: (A) “há quem diga que escrever é fácil: basta pôr no papel o que está na cabeça.” = explicação (B) “Via de regra, nosso pensamento é caótico: funciona para alimentar nossas decisões cotidianas” = explicação (C) “Não à toa o jagunço Riobaldo, personagem do escritor Guimarães Rosa, dizia: professor é aquele que de repente aprende.” = citação da fala de Riobaldo (D) “Todo professor conhece este segredo: você entende melhor o seu assunto depois de dar sua aula sobre ele, e não antes.” = explicação (E) “Mesmo ao escrever um diário secreto, faço-o imaginando um leitor futuro: ou eu mesmo daqui a alguns anos” = explicação 365. Resposta: “E”. “a não ser que já escreva mecanicamente” = presente do subjuntivo a forma verbal que expressa um fato provável situado no tempo passado (pretérito imperfeito do subjuntivo): (A) escrevia = pretérito imperfeito do indicativo (B) escreveu = pretérito perfeito do indicativo (C) escrevera = pretérito mais-que-perfeito do indicativo (D) escreveria = futuro do pretérito do indicativo (E) escrevesse = pretérito imperfeito do subjuntivo 366. Resposta: “E”. Destaquei quais termos se relacionam: (A) “Há boas explicações para o desestímulo” (. 5) (B) “quem escreve profissionalmente nunca acha que escrever é fácil” (. 11-12) (C) “precisamos (nós) expressá-lo para outra pessoa” (. 20-21) (D) “aumento (eu) exponencialmente a minha compreensão a respeito” (. 30-31) (E) “quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério” Retornemos ao texto: “todo professor sente um frio na espinha quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério” = relaciona-se com um termo expresso em outra oração 367. Resposta: “ERRADO”. O verbo “fazer”, quando empregado no sentido de tempo passado, não sofre flexão. Portanto, sua forma correta seria: “faz décadas”. 368. Resposta: “E”. “Os dedos roçavam na nuca da pequena ou nas espáduas vestidas de chita, e a sensação era um deleite.” O termo é utilizado no sentido de prazer. Dentre as alternativas, a que mais se aproxima do sentido é “regozijo”. 369. Resposta: “A”. (A) O xale de lã o aqueceu nos dias de frio. = correta (B) Não poderia suavisar (suavizar) a situação, já que tudo estava acabado. (C) Fora encontrado na sargeta (sarjeta), sem documentos. (D) A moça foi tachada de vugar (vulgar) e fácil. (E) Fizemos uma grande pexinxa (pechincha) durante nosso passeio pela Europa. 370. Resposta: “A”. – Não faça nada – disse ao colega. = discurso direto. O discurso indireto ficaria: “disse ao colega que não fizesse nada”. 371. (CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA/SP – TÉCNICO DE ENFERMAGEM – CETRO/2014) Com relação à colocação pronominal e de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta. (A) Nada perturba-me mais. (B) Tornarei-me uma nova pessoa. (C) Me convidarão para a festa em breve. (D) Quanto me cobrará pelo serviço prestado? (E) Eles não importaram-se com a notícia trágica. . 129 372. (CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA/SP – TÉCNICO DE ENFERMAGEM – CETRO/2014) Assinale a alternativa que apresenta uma oração subordinada adjetiva restritiva. (A) Nós, que não somos seus parentes, estamos muito tristes com a notícia. (B) Os empresários que estavam presentes na reunião não saíram felizes. (C) Por mais que pensasse, não conseguia chegar a qualquer conclusão. (D) Expressava-se tão bem, que convencia a todos. (E) Pulava alto como um canguru. 373. (MAPA – ADMINISTRADOR – CONSULPLAN/2014 - adaptada) Os termos destacados em “Não como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.” indicam, respectivamente, uma relação de (A) ressalva e explicação. (B) oposição e finalidade. (C) oposição e explicação. (D) explicação e finalidade. 374. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS/AL – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – ANATOMIA E NECROPSIA – COPEVE/2014 - adaptada) Alô, alô, Marciano Aqui quem fala é da Terra Pra variar, estamos em guerra Você não imagina a loucura O ser humano tá na maior fissura porque Tá cada vez mais down o high society [...] LEE, Rita. CARVALHO, Roberto de. Disponível em: http://www.vagalume.com.br/ Acesso em: 30 mar. 2014. Os dois primeiros versos do texto fazem referência à função da linguagem cujo objetivo dos emissores é apenas estabelecer ou manter contato de comunicação com seus receptores. Nesses versos, a linguagem está empregada em função (A) expressiva. (B) apelativa. (C) referencial. (D) poética. (E) fática. 375. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS/AL – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – ANATOMIA E NECROPSIA – COPEVE/2014) Considere o trecho sublinhado em: “Apenas trinta e cinco pessoas assistiram à projeção de dez filmes de dois minutos de duração cada um, no dia 28/12/1895” (História Viva, janeiro/2005). Nas reescritas abaixo, em qual alternativa ocorreu danos à norma culta? (A) compareceram a projeção de dez filmes. (B) viram a projeção de dez filmes. (C) assistiram aos dez filmes. (D) foram assistir à projeção de dez filmes. (E) presenciaram a projeção de dez filmes. 376. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS/AL – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – ANATOMIA E NECROPSIA – COPEVE/2014 - adaptada) A questão refere-se ao fragmento abaixo. João amava Teresa que amava Raimundo que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili que não amava ninguém. ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia . São Paulo: M. Fontes, 1978. A palavra “que”, no último verso, é um(a) (A) pronome relativo. (B) conjunção integrante. (C) preposição. (D) conjunção subordinativa causal. (E) conjunção subordinativa consecutiva. . 130 377. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS/AL – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – ANATOMIA E NECROPSIA – COPEVE/2014 - adaptada) A questão refere-se ao texto abaixo. Numa noite em que voltei para casa muito bêbado de uma de minhas andanças pela cidade, achei que o gato evitava minha presença. POE, Edgar Allan. Histórias extraordinárias . São Paulo: Larousse Jovem, 2005. A oração “que o gato evitava minha presença”, sintaticamente, é (A) o sujeito do verbo “achar”. (B) um complemento verbal. (C) um complemento nominal. (D) um predicativo. (E) um aposto. 378. (PREFEITURA DE IGUARAÇU/PR – TÉCNICO EM ENFERMAGEM – FAFIPA/2014) SONETO DE MAIO (Vinícius de Moraes) Suavemente Maio se insinua Por entre os véus de Abril, o mês cruel E lava o ar de anil, alegra a rua Alumbra os astros e aproxima o céu. Até a lua, a casta e branca lua Esquecido o pudor, baixa o dossel E em seu leito de plumas fica nua A destilar seu luminoso mel. Raia a aurora tão tímida e tão frágil Que através do seu corpo transparente Dir-se-ia poder-se ver o rosto Carregado de inveja e de presságio Dos irmãos Junho e Julho, friamente Preparando as catástrofes de Agosto... Disponível em: http://www.viniciusdemoraes.com.br Em um poema, é possível afirmar que a função de linguagem está centrada na: (A) Função fática. (B) Função emotiva ou expressiva. (C) Função conativa ou apelativa. (D) Função denotativa ou referencial. 379. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO/PE – ANALISTA LEGISLATIVO – ESPECIALIDADE CONTABILIDADE – FCC/2014) Está correta a seguinte flexão para o plural: (A) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos. (B) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder: os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não tem tempo a perder. (C) é casca-grossa por natureza: são casca-grossas por natureza. (D) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos existem acima de qualquer dúvidas. (E) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos. 380. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO/PE – ANALISTA LEGISLATIVO – ESPECIALIDADE CONTABILIDADE – FCC/2014) Considerada a norma culta escrita, há correta substituição de estrutura nominal por pronome em: (A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-lhes antecipadamente. (B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do verbo fabricar se extraiu-lhe. (C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. (D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de conhecê-las. (E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. . 131 371. Resposta: “D”. (A) Nada perturba-me mais. = nada me perturba (B) Tornarei-me uma nova pessoa. = tornar-me-ei (C) Me convidarão para a festa em breve. = convidar-me-ão (D) Quanto me cobrará pelo serviço prestado? = correta (E) Eles não importaram-se com a notícia trágica. = não se importaram 372. Resposta: “B”. Para termos uma oração adjetiva, precisamos substituir o “que” por “o (s) qual (is)”. Se der sentido à frase, teremos um pronome relativo e, consequentemente, oração adjetiva. A restritiva é aquela que delimita o sentido da oração principal, não generalizando o fato expresso nesta. As alternativas que nos permitem a substituição são A e B. Lembre-se de que: na restritiva não há vírgulas. Então, chegamos à Resposta: os empresários que (os quais) estavam presentes na reunião não saíram felizes (somente os que estavam na reunião – assim, delimitamos a informação). 373. Resposta: “B”. “Não como afirmação da própria subjetividade, mas como caminho para alcançar uma verdade objetiva através das múltiplas subjetividades.” – o “mas” é uma conjunção adversativa (de oposição). Descartamos A e D. O “para”, geralmente, inicia orações subordinadas finais (finalidade da ação expressa na oração que ele acompanha). Encontramos a Resposta! 374. Resposta: “E”. A função da linguagem que é utilizada para estabelecer contato com o interlocutor - verificando se o emissor está sendo ouvido, entendido - é a fática. 375. Resposta: “A”. (A) compareceram a projeção de dez filmes. = compareceram à projeção (B) viram a projeção de dez filmes. = correta (C) assistiram aos dez filmes. = correta (D) foram assistir à projeção de dez filmes. = correta (E) presenciaram a projeção de dez filmes. = correta 376. Resposta: “A”. Lili que não amava ninguém = substituindo o “que” por “a qual”, a frase continua com sentido, então temos: “que” como um pronome relativo. Este inicia as orações subordinadas adjetivas. 377. Resposta: “B”. A oração “que o gato evitava minha presença” complementa o verbo “achei”, exercendo a função sintática de objeto direto (complemento verbal). 378. Resposta: “B”. A função da linguagem utilizada nos poemas, geralmente, é a poética – valorização da mensagem em si, revelando um cuidado especial com o ritmo das frases, com a sonoridade das palavras, com o jogo de ideias. Mas, como não há tal opção nas alternativas, a que mais se relaciona com o poema é a emotiva - valorização do “eu”; a linguagem está centrada no próprio emissor, revelando seus sentimentos, suas emoções. 379. Resposta: “E”. (A) Trata-se de um vocábulo: Tratam-se de vocábulos. = incorreta (o verbo deve permanecer no singular) (B) o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder: os meios digitais privilegiam as mensagens diretas e não tem (têm) tempo a perder. (C) é casca-grossa por natureza: são casca-grossas (cascas-grossas) por natureza. (D) o substantivo [...] existe acima de qualquer dúvida: os substantivos existem acima de qualquer (quaisquer) dúvidas. (E) se extraiu o substantivo: se extraíram os substantivos. = correta . 132 380. Resposta: “D”. (A) Agradeço antecipadamente sua Resposta // Agradeço-lhes = agradeço-a (B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do verbo fabricar se extraiu-lhe. = extraiu-o (C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. = não os faltam (D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de conhecê-las. = correta (E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. = incluindo-a 381. (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAMBUCO/PE – ANALISTA LEGISLATIVO – ESPECIALIDADE CONTABILIDADE – FCC/2014) Uma frase comum no início de certo tipo de documento oficial está corretamente redigida em: (A) Requeremos a Mesa, ouvido o Plenário e cumpridas as formalidades regimentais, seja realizado uma Reunião Solene... (B) Requeremos a Mesa, ouvido o Plenário e cumpridas às formalidades regimentais, que seja formulado um Voto de Aplauso pela beneficiência da senhora Ana Margarete da Silva... (C) Requeremos à Mesa, ouvido o Plenário e cumpridas as formalidades regimentais, que sejam transcritos os artigos sobre a ascensão da nova classe média em Pernambuco... (D) Requeremos a Mesa, ouvido o Plenario e cumpridas as formalidades regimentais, que, seja enviado Votos de Pesares aos familiares dos cabeleleiros... (E) Requeremos à Mesa, ouvido o Plenário e cumpridas as formalidades regimentais que seja realizado uma Audiencia Pública... 382. (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase: (A) As características a que (dever) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-prazeres. (B) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente inteiramente inútil de um livro. (C) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as páginas de um prefácio do que o texto principal de um livro. (D) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de Assis para glosá-las, dada a graça que há nelas. (E) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é possível gostar mais de um prefácio do que do restante da obra. 383. (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal resultante deverá ser (A) terei glosado (B) seria glosada (C) haverá de ser glosada (D) será glosada (E) terá sido glosada 384. (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para preencher corretamente a lacuna da seguinte frase: (A) ...... (ganhar) proeminência, entre as convicções de Montesquieu, a de que Deus nunca se afasta em definitivo de suas criaturas, ainda quando estas o esqueçam. (B) Às leis imutáveis do mundo físico não se ...... (ater) a legislação dos homens, caracterizada muitas vezes pela inconstância e pela dificuldade de cumprimento. (C) Dado que não ...... (competir) aos homens governar o mundo natural, deveriam eles buscar governar a si mesmos do modo mais justo e mais eficiente possível. (D) Montesquieu lembra que ...... (dever) caber aos filósofos alertar os homens para não se esquecerem das leis morais que devem ser cumpridas. (E) ...... (atuar) claramente nesse texto, onde tão bem se representa o pensamento de Montesquieu, os conceitos fundamentais de mundo físico e mundo inteligente. . 133 385. (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria reger as leis humanas. Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) desrespeitam a elas − destituem-nas − deveria reger-lhes (B) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regê-las (C) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger (D) lhes desrespeitam − destituem-lhes − deveria regê-las (E) desrespeitam-nas − destituem-nas − as deveria reger 386. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SC – ANALISTA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FEPESE/2014 - adaptada) Considere o trecho e analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a norma padrão da língua portuguesa. “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.” 1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o morto. 2. A expressão “meus senhores” é um vocativo e pode ser deslocada para o início do enunciado, ou para imediatamente após o pronome inicial, mantendo-se isolada por vírgulas. 3. A forma verbal “têm” não poderia estar no singular “tem”, pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo deve concordar com seu sujeito. 4. As palavras “sombrio”, “escuras” e “azul” estão empregadas como adjetivos. 5. As duas ocorrências de “tudo isso” fazem remissão anafórica a “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo”, e funcionam como aposto resumitivo. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. (A) ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. (B) ( ) São corretas apenas as afirmativas 2 e 5. (C) ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3. (D) ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5. (E) ( ) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5. 387. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SC – ANALISTA EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FEPESE/2014) O Brasil como problema Ao longo dos séculos, vimos atribuindo o atraso do Brasil e a penúria dos brasileiros a falsas causas naturais e históricas, umas e outras imutáveis. Entre elas, fala-se dos inconvenientes do clima tropical, ignorando-se suas evidentes vantagens. Acusa-se, também, a mestiçagem, desconhecendo que somos um povo feito do caldeamento de índios com negros e brancos, e que nos mestiços constituíamos e cerne melhor de nosso povo. Há quem se refira à colonização lusitana, com nostalgia por uma mirífica colonização holandesa. É tolice de gente que, visivelmente, nunca foi ao Suriname. Existe até quem queira atribuir o nosso atraso a uma suposta juvenilidade do povo brasileiro, que ainda estaria na minoridade. Esses idiotas ignoram que somos cento e tantos anos mais velhos que os Estados Unidos. Dizem, também, que nosso território é pobre – uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada – outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edificamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram. Trata-se, obviamente, do discurso ideológico de nossas elites. Muita gente boa, porém, em sua inocência, o interioriza e repete. De fato, o único fator causal inegável de nosso atraso é o caráter das classes dominantes brasileiras, que se escondem atrás desse discurso. Não há como negar que a culpa . 134 do atraso nos cabe é a nós, os ricos, os brancos, os educados, que impusemos, desde sempre, ao Brasil, a hegemonia de uma elite retrógrada, que só atua em seu próprio benefício. RIBEIRO, Darci. O Brasil como problema. Brasília: Editora da UnB, 2010. p. 23-24. [Adaptado] Considere o trecho abaixo, extraído do texto. “Dizem, também, que nosso território é pobre – uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada – outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edificamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram.” Assinale a alternativa correta. (A) O pronome “eles” faz referência anafórica aos portugueses do período colonial. (B) Os dois usos do travessão se justificam por inserirem o discurso direto de uma segunda voz, alheia e estranha ao texto. (C) Há uma relação de conformidade estabelecida entre o Brasil e a América do Norte, tendo como ponto de convergência a ideia de “riqueza”. (D) Para eliminar o traço de informalidade, o termo “balela” pode ser substituído, em suas duas ocorrências, por “traição”, sem prejuízo para o sentido do enunciado. (E) Subentende-se que as formas verbais “dizem” e “repetem”, na terceira pessoa do plural, fazem referência ao “discurso ideológico de nossas elites”. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SC – MOTORISTA OFICIAL – FEPESE/2014 - adaptada) Texto para as questões 388 a 390. Ler com pressa é pior do que não ler Quem acompanha a coluna já sabe minha opinião sobre a leitura dinâmica. Sou um cético. Ler mais rápido é possível, evidentemente, e não faltam manuais na internet para quem estiver disposto a tentar. Mas a velocidade tem seu preço. Mesmo quando não compromete a capacidade de compreender e memorizar, a rapidez nos dá menos tempo para pensar no que lemos. E, afinal, para que tanta pressa? Qualquer livraria de esquina tem muito mais livros do que seremos capazes de ler em toda a nossa vida. Os defensores da leitura dinâmica parecem não se importar, e continuam criando os métodos mais heterodoxos para acelerar seus olhos. De todos os métodos que já me apresentaram, o mais curioso é também o mais recente. No fim de fevereiro, a empresa americana Spritz anunciou uma tecnologia capaz de ensinar qualquer um a ler rápido instantaneamente, em qualquer tela de celular. Segundo seus fundadores, apenas 20% do nosso tempo de leitura é dedicado a decifrar palavras. Os outros 80% são gastos movendo os olhos em busca de uma boa posição para ler. A solução proposta para o suposto problema é simples: exibir apenas uma palavra por vez na tela, sempre na posição ideal para a leitura. As palavras se sucedem na velocidade escolhida pelo usuário. Com esse método, os criadores dizem que é possível ler e entender até 1000 palavras por minuto. Um romance curto como o primeiro Harry Potter, por exemplo, poderia ser lido em pouco mais de uma hora. Mesmo antes do lançamento, já há quem diga que o Spritz provocará uma revolução na leitura. Discordo. A tecnologia apenas nos tornará ainda mais apressados. Ler Harry Potter em uma hora e meia é uma péssima maneira de aproveitar o tempo. Nada contra o livro, mas tudo contra a velocidade. Um romance não foi escrito para ser absorvido num período tão curto. Não há tempo para se envolver com os personagens, imaginar cenas e tentar adivinhar o que vai acontecer a seguir. O livro se torna um borrão. No universo da cultura, a obsessão com a velocidade parece ser uma característica exclusiva dos leitores. Não existe cinema dinâmico, por exemplo. Cinéfilos sabem que um filme de três horas deve ser visto em três horas: nem um minuto a menos. O mesmo vale para a leitura. Ler um grande romance exige tempo. Se você não estiver disposto a gastá-lo, melhor fazer outra coisa. Programas como o Spritz só terão valor se os usarmos para ler textos pouco importantes: mensagens no celular, posts nas redes sociais, divagações semanais de colunistas. Será a revolução da leitura superficial. Se é para perder tempo com bobagens, que ao menos seja pouco. A internet está cheia de textos que merecem ser lidos a 1000 palavras por minuto. Um livro – qualquer livro – merece um destino melhor. VENTICINQUE, Danilo. http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/danilo-venticinque/noticia/2014/03/ bler-com-pressab-epior-do-que-nao-ler.html [Adaptado] Acesso em 13/03/2014. . 135 388. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SC – MOTORISTA OFICIAL – FEPESE/2014) Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto. (A) A velocidade da leitura, além de prejudicar a capacidade de reflexão, implica perda da capacidade de memorização. (B) Pode-se inferir que o autor não considera um desperdício o tempo gasto “movendo os olhos em busca de uma boa posição para ler”, pois pode ser um tempo útil para pensar no que foi lido. (C) Segundo o autor, qualquer tipo de leitura feita com pressa não tem valor, pois será uma leitura superficial. (D) A pressa é a marca incontestável da sociedade moderna, pois a exigência de rapidez está presente em todas as atividades no meio sociocultural. (E) Pode-se inferir que os defensores da leitura dinâmica são indivíduos com formação em novas tecnologias, preocupados mais com a qualidade da leitura do que com a quantidade de palavras decifradas num dado espaço de tempo. 389. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SC – MOTORISTA OFICIAL – FEPESE/2014) Assinale a alternativa correta em relação à análise dos elementos linguísticos destacados no trecho: “Com esse método, os criadores dizem que é possível ler e entender até 1000 palavras por minuto. Um romance curto como o primeiro Harry Potter, por exemplo, poderia ser lido em pouco mais de uma hora.” (segundo parágrafo) (A) A expressão “por exemplo” poderia ser deslocada para o início ou para o final da segunda frase, sendo delimitada por vírgula em ambos os casos (depois e antes, respectivamente). (B) O vocábulo “os” está empregado como artigo definido na primeira frase, e o vocábulo “uma” como artigo indefinido na segunda frase. (C) O vocábulo “que” está empregado como pronome relativo e funciona como sujeito de “é possível”. (D) O vocábulo “até” tem o significado de inclusão, podendo ser substituído por “inclusive” sem prejuízo do sentido do enunciado. (E) O uso da forma verbal “poderia” em lugar de “pode” acentua o valor de certeza do enunciado. 390. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SC – MOTORISTA OFICIAL – FEPESE/2014) Com base no texto, analise as frases abaixo e identifique as que expressam a opinião do autor. 1. “De todos os métodos que já me apresentaram, o mais curioso é também o mais recente.” (segundo parágrafo) 2. “As palavras se sucedem na velocidade escolhida pelo usuário.” (segundo parágrafo) 3. Mesmo antes do lançamento, já há quem diga que o Spritz provocará uma revolução na leitura. (terceiro parágrafo) 4. “Ler Harry Potter em uma hora e meia é uma péssima maneira de aproveitar o tempo.” (terceiro parágrafo) 5. “Se você não estiver disposto a gastá-lo, melhor fazer outra coisa.” (último parágrafo) Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. (A) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. (B) São corretas apenas as afirmativas 3 e 5. (C) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. (D) São corretas apenas as afirmativas 1, 4 e 5. (E) São corretas apenas as afirmativas 2, 4 e 5. 381. RESPOSTA: “C”. Correções à frente: (A) Requeremos a Mesa (requeremos à Mesa), ouvido o Plenário e cumpridas as formalidades regimentais, (que) seja realizado (realizada) uma Reunião Solene... (B) Requeremos a (à) Mesa, ouvido o Plenário e cumpridas às (as) formalidades regimentais, que seja formulado um Voto de Aplauso pela beneficiência (beneficência) da senhora Ana Margarete da Silva... (C) Requeremos à Mesa, ouvido o Plenário e cumpridas as formalidades regimentais, que sejam transcritos os artigos sobre a ascensão da nova classe média em Pernambuco... = correta (D) Requeremos a (à) Mesa, ouvido o Plenário (Plenário) e cumpridas as formalidades regimentais, que, (sem vírgula) seja (sejam) enviado (enviados) Votos de Pesares aos familiares dos cabeleleiros... (cabeleireiros) (E) Requeremos à Mesa, ouvido o Plenário e cumpridas as formalidades regimentais ( , ) que seja realizado (realizada) uma Audiência (Audiência) Pública... . 136 382. Resposta: “C”. (A) As características a que (dever) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-prazeres. = o verbo deve ficar no singular (B) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente inteiramente inútil de um livro. = o verbo deve ficar no singular (C) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as páginas de um prefácio do que o texto principal de um livro. = ganham mais destaque as páginas (D) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de Assis para glosá-las, dada a graça que há nelas. = o verbo deve ficar no singular (E) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é possível gostar mais de um prefácio do que do restante da obra. = o verbo deve ficar no singular 383. Resposta: “D”. “vou glosar uma observação de Machado de Assis” – “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na passiva: uma observação de Machado de Assis será glosada por mim. 384. Resposta: “E”. (A) (ganhar) proeminência, entre as convicções de Montesquieu, a de que Deus nunca se afasta em definitivo de suas criaturas, ainda quando estas o esqueçam. = no singular (B) Às leis imutáveis do mundo físico não se (ater) a legislação dos homens, caracterizada muitas vezes pela inconstância e pela dificuldade de cumprimento. = no singular (C) Dado que não (competir) aos homens governar o mundo natural, deveriam eles buscar governar a si mesmos do modo mais justo e mais eficiente possível. = no singular (D) Montesquieu lembra que (dever) caber aos filósofos alertar os homens para não se esquecerem das leis morais que devem ser cumpridas. = no singular (E) (atuar) claramente nesse texto, onde tão bem se representa o pensamento de Montesquieu, os conceitos fundamentais de mundo físico e mundo inteligente. = atuam (plural) 385. Resposta: “E”. As leis humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria reger as leis humanas. Desrespeitam quem? Elas (objeto direto), então não podemos utilizar “lhe” – que é para indireto. Descartemos as alternativas B e D. Destituem o quê? As leis (objeto direto). Descartemos a C. Reger o quê? As leis (objeto direto). Lembre-se de que: quando o verbo termina em “m”, a próxima letra no alfabeto é “n”! Por isso: desrespeitaM-Na / destitueM-Na / e na última opção: que as deveria reger. 386. Resposta: “D”. “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.” 1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o morto. = correta 2. A expressão “meus senhores” é um vocativo e pode ser deslocada para o início do enunciado, ou para imediatamente após o pronome inicial, mantendo-se isolada por vírgulas. = correta 3. A forma verbal “têm” não poderia estar no singular “tem”, pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo deve concordar com seu sujeito. = incorreta 4. As palavras “sombrio”, “escuras” e “azul” estão empregadas como adjetivos. = incorreta: Ar sombrio (adjetivo), nuvens escuras (adjetivo) o azul (devido à presença do artigo, azul funciona como substantivo – derivação imprópria) 5. As duas ocorrências de “tudo isso” fazem remissão anafórica a “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo”, e funcionam como aposto resumitivo. = correta Corretas: 1, 2 e 5. . 137 387. Resposta: “E”. “Dizem, também, que nosso território é pobre – uma balela. Repetem, incansáveis, que nossa sociedade tradicional era muito atrasada – outra balela. Produzimos, no período colonial, muito mais riqueza de exportação que a América do Norte e edificamos cidades majestosas como o Rio, a Bahia, Recife, Olinda, Ouro Preto, que eles jamais conheceram.” (A) O pronome “eles” faz referência anafórica aos portugueses do período colonial. = incorreta (B) Os dois usos do travessão se justificam por inserirem o discurso direto de uma segunda voz, alheia e estranha ao texto. = incorreta (C) Há uma relação de conformidade estabelecida entre o Brasil e a América do Norte, tendo como ponto de convergência a ideia de “riqueza”. = incorreta (D) Para eliminar o traço de informalidade, o termo “balela” pode ser substituído, em suas duas ocorrências, por “traição”, sem prejuízo para o sentido do enunciado. = incorreta (E) Subentende-se que as formas verbais “dizem” e “repetem”, na terceira pessoa do plural, fazem referência ao “discurso ideológico de nossas elites”. = correta 388. Resposta: “C”. Recorramos ao texto: “Ler um grande romance exige tempo. Se você não estiver disposto a gastá-lo, melhor fazer outra coisa”, “A internet está cheia de textos que merecem ser lidos a 1000 palavras por minuto. Um livro – qualquer livro – merece um destino melhor.” – dados que nos levam a responder como correta a alternativa C. 389. Resposta: “A”. “Com esse método, os criadores dizem que é possível ler e entender até 1000 palavras por minuto. Um romance curto como o primeiro Harry Potter, por exemplo, poderia ser lido em pouco mais de uma hora.” (segundo parágrafo) (A) A expressão “por exemplo” poderia ser deslocada para o início ou para o final da segunda frase, sendo delimitada por vírgula em ambos os casos (depois e antes, respectivamente). = correta (B) O vocábulo “os” está empregado como artigo definido na primeira frase, e o vocábulo “uma” como artigo indefinido na segunda frase. = “uma” está empregado como numeral (C) O vocábulo “que” está empregado como pronome relativo e funciona como sujeito de “é possível”. = incorreta (“que” é conjunção integrante) (D) O vocábulo “até” tem o significado de inclusão, podendo ser substituído por “inclusive” sem prejuízo do sentido do enunciado. = incorreta (noção de limite) (E) O uso da forma verbal “poderia” em lugar de “pode” acentua o valor de certeza do enunciado. = incorreta (dúvida) 390. Resposta: “D”. 1. “De todos os métodos que já me apresentaram, o mais curioso é também o mais recente.” (segundo parágrafo) = opinião 2. “As palavras se sucedem na velocidade escolhida pelo usuário.” (segundo parágrafo) = informação 3. Mesmo antes do lançamento, já há quem diga que o Spritz provocará uma revolução na leitura. (terceiro parágrafo) = informação 4. “Ler Harry Potter em uma hora e meia é uma péssima maneira de aproveitar o tempo.” (terceiro parágrafo) = opinião 5. “Se você não estiver disposto a gastá-lo, melhor fazer outra coisa.” (último parágrafo) = opinião Opiniões: 1, 4 e 5. 391. (PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC – GUARDA MUNICIPAL – FEPESE/2014) Analise o texto abaixo: Estava solitário mas não triste lembrei o velho ditado de meu pai a noite é uma criança. Assinale a alternativa que apresenta correta pontuação do texto. (A) Estava solitário mas não triste, lembrei o velho ditado, de meu pai; a noite é uma criança! (B) Estava solitário; mas não triste, lembrei o velho ditado de meu pai: “A noite é uma criança”. (C) Estava solitário: mas não triste, lembrei o velho, ditado de meu pai. A noite é uma criança! (D) Estava solitário, mas não triste; lembrei, o velho ditado de meu pai… a noite é uma criança? (E) Estava solitário, mas não triste; lembrei o velho ditado de meu pai: “a noite é uma criança”. . 138 392. (PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC – GUARDA MUNICIPAL – FEPESE/2014) Assinale a alternativa correta quanto à concordância nominal. (A) Ela mesmo fez a entrega da encomenda. (B) Estou meia preocupada, disse a jovem senhora ao seu colega de trabalho. (C) É proibida a entrada de mercadorias ilegais nesta cidade. (D) “Muito obrigado”, respondeu-me aquela senhora. (E) Custou muito caro, naquele contexto, as despesas assumidas pelo casal. 393. (PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC – GUARDA MUNICIPAL – FEPESE/2014) Assinale a alternativa em que todas as palavras são oxítonas. (A) pé, lá, pasta (B) mesa, tábua, régua (C) livro, prova, caderno (D) parabéns, até, televisão (E) óculos, parâmetros, título 394. (PREFEITURA DE FLORIANÓPOLIS/SC – AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS MUNICIPAIS – FEPESE/2014) Relatório Rio+20, o modelo brasileiro Agenda para o futuro Quarta de uma série de grandes conferências das Nações Unidas iniciadas em 1972, a Rio+20 renovou o compromisso político com o desenvolvimento sustentável, a partir da avaliação dos avanços e das lacunas existentes e do tratamento de temas novos e emergentes. O momento não poderia ter sido mais oportuno: neste início de século, o mundo atravessa múltiplas crises no âmbito dos três pilares do desenvolvimento sustentável. No pilar ambiental, intensifica-se a ocorrência de fenômenos climáticos, agravados pela perda da biodiversidade e pelo avanço de processos de desertificação; no social, aumentam o desemprego e as desigualdades sociais; e, no econômico, a crise econômico-financeira tem colocado em cheque o atual modelo produtivo – intensivo no uso de recursos naturais e frágil na eliminação da pobreza. Desde a Rio 92, as discussões sobre desenvolvimento sustentável têm se sobressaído na política externa brasileira. Aprovada na 64ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2009, a proposta para o Brasil sediar a Rio+20 alinhou-se a essa prioridade, criando a oportunidade para que o mundo voltasse a se reunir no Rio de Janeiro para discutir os rumos do desenvolvimento sustentável nos próximos 20 anos. Na qualidade de presidente da Conferência, o Brasil coordenou as discussões e tornou possíveis a formação de consensos e a adoção de decisões concretas sobre os objetivos do desenvolvimento sustentável. Como um dos principais legados do Rio de Janeiro, o documento final da Rio+20 – O Futuro que Queremos – aponta o combate à pobreza como o maior desafio atual e destaca sua erradicação como prioridade indissociável do desenvolvimento. Disponível em <http://www.itamaraty.gov.br/relatorio-rio20> [Adaptado] Acessado em 9 de março de 2014. Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ), com base no texto. ( ) O desenvolvimento sustentável se ancora no tripé que integra as dimensões ambiental, social e econômica. ( ) A motivação de realização da Rio+20 foi fundamentalmente a deterioração ambiental do planeta, que se intensificou na virada para o século XXI. ( ) É feita uma crítica ao modelo produtivo contemporâneo, que, de forma desequilibrada, prioriza a exploração econômica em detrimento da erradicação da pobreza. ( ) A decisão e aprovação internacional para a realização da Rio+20 aconteceu durante a Rio 92, em virtude do empenho brasileiro diante das questões ambientais e sociais. ( ) Da Rio+20, resultou a aprovação de um documento comprometido com o desenvolvimento social, atrelando a erradicação da pobreza ao desenvolvimento sustentável. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. (A) ( ) V – F – V – V – V (B) ( ) V – F – V – F – V (C) ( ) V – F – V – F – F (D) ( ) F – V – F – V – V (E) ( ) F – V – F – V – F . 139 395. (BANCO DO NORDESTE – ANALISTA BANCÁRIO – FGV/2014) O verbo “ressuscitar” mostra corretamente a grafia, com o emprego de SC; o vocábulo abaixo que está grafado erradamente por incluir essas mesmas consoantes é: (A) ascender; (B) adolescência; (C) fascismo; (D) indescente; (E) piscina. 396. (BANCO DO NORDESTE – ANALISTA BANCÁRIO – FGV/2014) “Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o gol de Alcides Gighia”. A forma desenvolvida adequada da oração reduzida sublinhada é: (A) para exorcizarmos o gol de Alcides Gighia; (B) para que exorcizemos o gol de Alcides Gighia; (C) para que exorcizássemos o gol de Alcides Gighia; (D) para o exorcismo do gol de Alcides Gighia; (E) para a exorcização do gol de Alcides Gighia. 397. (BANCO DO NORDESTE – ANALISTA BANCÁRIO – FGV/2014 - adaptada) “A única solução para tantos infortúnios seria convidar o papa Francisco para apitar a final do Mundial, desde que Sua Santidade não roube a favor da Argentina...”; se, em lugar de “o Papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua Santidade” deveria ser substituída adequadamente por: (A) Vossa Excelência; (B) Vossa Majestade; (C) Vossa Senhoria; (D) Sua Excelência; (E) Sua Majestade. 398. (BANCO DO NORDESTE – ANALISTA BANCÁRIO – FGV/2014) A abreviatura oficial dos meses do ano é feita com as três primeiras letras do mês seguidas de ponto; nesse caso, a única forma de abreviatura que, de fato, nada abrevia é: (A) Jan (B) Mai (C) Ago (D) Set (E) Dez 399. (BANCO DO NORDESTE – ANALISTA BANCÁRIO – FGV/2014) Se colocarmos o pronome oblíquo “o” após a forma do verbo “empobrecem”, a forma correta da frase seria: (A) empobrecem-o; (B) empobrecem-no; (C) empobrecem-lo; (D) empobrece-no; (E) empobrece-lo. 400. (DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JURÍDICA – FGV/2014) A alternativa em que os elementos unidos pela conjunção E não estão em adição, mas sim em oposição, é: (A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e fazer justiça com as próprias mãos...” (B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas instituições:...” (C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos anarquistas e mais nos fascistas italianos...” (D) “...desprezando o passado e a tradição...” (E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da velocidade e do progresso...” . 140 391. Resposta: “E”. Indiquei com ( X ) as pontuações inadequadas ou faltantes: Estava solitário mas não triste lembrei o velho ditado de meu pai a noite é uma criança. (A) Estava solitário (X) mas não triste, (;) lembrei o velho ditado, (X) de meu pai; (:) a noite é uma criança! (B) Estava solitário; (X) mas não triste, (;) lembrei o velho ditado de meu pai: “A noite é uma criança”. (C) Estava solitário: (,) mas não triste,(;) lembrei o velho, (X) ditado de meu pai. (:) A noite é uma criança! (D) Estava solitário, mas não triste; lembrei, (X) o velho ditado de meu pai… (:) a noite é uma criança? (!) (E) Estava solitário, mas não triste; lembrei o velho ditado de meu pai: “a noite é uma criança”. = correta 392. Resposta: “C”. (A) Ela mesmo (mesma) fez a entrega da encomenda. (B) Estou meia (meio) preocupada, disse a jovem senhora ao seu colega de trabalho. (C) É proibida a entrada de mercadorias ilegais nesta cidade. = correta (D) “Muito obrigado”, (obrigada) respondeu-me aquela senhora. (E) Custou (custaram) muito caro, naquele contexto, as despesas assumidas pelo casal. (caro – quando advérbio é invariável; quando adjetivo, concorda com o substantivo. Por exemplo: As calças custaram caro. As roupas estavam caras). 393. Resposta: “D”. (A) pé = monossílaba / lá = monossílaba / pasta = paroxítona (B) mesa = paroxítona / tábua = paroxítona / régua = paroxítona (C) livro = paroxítona / prova = paroxítona / caderno = paroxítona (D) parabéns = oxítona / até = oxítona / televisão = oxítona (E) óculos = proparoxítona / parâmetros = proparoxítona / título = proparoxítona 394. Resposta: “B”. ( V ) O desenvolvimento sustentável se ancora no tripé que integra as dimensões ambiental, social e econômica. Do texto: “No pilar ambiental, intensifica-se a ocorrência de fenômenos climáticos, agravados pela perda da biodiversidade e pelo avanço de processos de desertificação; no social, aumentam o desemprego e as desigualdades sociais; e, no econômico (...)” ( F ) A motivação de realização da Rio+20 foi fundamentalmente a deterioração ambiental do planeta, que se intensificou na virada para o século XXI. “as discussões sobre desenvolvimento sustentável têm se sobressaído na política externa brasileira. Aprovada na 64ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2009, a proposta para o Brasil sediar a Rio+20 alinhou-se a essa prioridade” ( V ) É feita uma crítica ao modelo produtivo contemporâneo, que, de forma desequilibrada, prioriza a exploração econômica em detrimento da erradicação da pobreza. ( F ) A decisão e aprovação internacional para a realização da Rio+20 aconteceu durante a Rio 92, em virtude do empenho brasileiro diante das questões ambientais e sociais. “Aprovada na 64ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2009, a proposta para o Brasil sediar a Rio+20” ( V ) Da Rio+20, resultou a aprovação de um documento comprometido com o desenvolvimento social, atrelando a erradicação da pobreza ao desenvolvimento sustentável. “o documento final da Rio+20 – O Futuro que Queremos – aponta o combate à pobreza como o maior desafio atual e destaca sua erradicação como prioridade indissociável do desenvolvimento.” Ficou: V – F – V – F – V. 395. Resposta: “D”. (A) ascender = correta (B) adolescência = correta (C) fascismo = correta (D) indescente = indecente (E) piscina = correta . 141 396. Resposta: “B”. “Sim, teremos uma Copa do Mundo para exorcizar o gol de Alcides Gighia” = para que tenhamos uma oração desenvolvida, devemos incluir uma conjunção. O período ficará: “para que exorcizemos o gol”. 397. Resposta: “E”. Primeiramente lembremo-nos de quando utilizar “Vossa” e “Sua”: aquele é para quando nos dirigimos à autoridade (“frente a frente”); este, quando falamos da autoridade (em sua ausência). Sendo assim, descartemos as alternativas A, B e C. Agora basta sabermos qual o pronome adequado a ser utilizado para reis: Majestade. 398. Resposta: “B”. A abreviatura oficial dos meses do ano é feita com as três primeiras letras do mês seguidas de ponto; nesse caso, a única forma de abreviatura que, de fato, nada abrevia é maio, já que sobra apenas uma letra (o), além de que, quase pronunciamos o nome do mês apenas com as três letras utilizadas. 399. Resposta: “B”. Os verbos terminados em “m” seguem a regrinha do “M-N”: empobreceM-No. 400. Resposta: “C”. (A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e fazer justiça com as próprias mãos = adição (B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas instituições = adição (C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos anarquistas e mais nos fascistas italianos = ideia de oposição (D) “...desprezando o passado e a tradição = adição (E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da velocidade e do progresso = adição 401. (FUNARTE – PSICÓLOGO – FGV/2014 - adaptada) A linguagem coloquial aparece seguidas vezes no texto. O segmento que a exemplifica é: (A) “A divulgação dessa nossa capacidade autóctone para a incessante delonga transpõe as fronteiras e o Atlântico”; (B) “Ainda há pouco, lendo um livro francês sobre o Brasil, incluído numa coleção quase didática de viagens, encontrei no fim do volume algumas informações essenciais sobre nós e sobre a nossa terra”; (C) “Ora, este francês astuto agarrou-nos pela perna. O resto eu adio para a semana que vem”; (D) “A primeira é ainda escassamente conhecida, e nada compreendida, no Exterior; a segunda, no entanto, já anda bastante divulgada lá fora, sem que, direta ou sistematicamente, o corpo diplomático contribua para isso”; (E) “Quanto à morte não devem ser esquecidos dois poemas típicos do Romantismo: na Canção do Exílio, Gonçalves Dias roga a Deus não permitir que morra sem que volte para lá, isto é, para cá”. 402. (FUNARTE – PSICÓLOGO – FGV/2014 - adaptada) No título dado à crônica – Brasileiro, homem do amanhã – a palavra sublinhada está empregada fora de sua classe gramatical (derivação imprópria). A frase em que ocorre o mesmo tipo de derivação é: (A) “Adiamos tudo: o bem e o mal, o bom e o mau, que não se confundem, mas tantas vezes se desemparelham”; (B) “Adiamos o trabalho, o encontro, o almoço, o telefonema, o dentista, o dentista nos adia, a conversa séria, o pagamento do imposto de renda, as férias, a reforma agrária, o seguro de vida, o exame médico, a visita de pêsames, o conserto do automóvel, o concerto de Beethoven, o túnel para Niterói, a festa de aniversário da criança, as relações com a China, tudo”; (C) “Até o amor. Só a morte e a promissória são mais ou menos pontuais entre nós”; (D) “Mesmo assim, há remédio para a promissória: o adiamento bi ou trimestral da reforma, uma instituição sacrossanta no Brasil”; (E) “Entre endereços de embaixadas e consulados, estatísticas, indicações culinárias, o autor intercalou o seguinte tópico...”. . 142 (UFSM - ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM/2014 - adaptada) Para responder às questões 403 a 406, considere o texto abaixo. Tecnologia educacional e digital no cenário contemporâneo Elaine Turk Faria O objetivo deste artigo é apresentar um estudo sobre as possibilidades e necessidade de utilização da tecnologia digital nas instituições de ensino, bem como da introdução da cultura tecnológica entre alunos e professores, onde se inclui a educação à distância e as disciplinas semipresenciais no ambiente acadêmico. Com frequência, lemos nos jornais, revistas e na literatura científica atual o quanto nossos jovens estão familiarizados com a tecnologia e têm facilidade no seu manuseio. Veem e Vrakking (2009) denominam os jovens desta época de “geração homo zappiens, que cresceu usando múltiplos recursos tecnológicos desde a infância”. Para estes autores, a geração homo zappiens é digital, e a escola é analógica. Reforçando essa posição, Marc Prensky, educador americano, escreveu um artigo em 2001 sobre os imigrantes digitais e os nativos digitais, em que faz uma divisão entre os que veem o computador como uma novidade e os que não imaginam a vida antes dele, pois têm contato com a tecnologia logo após o nascimento. Esta situação, vivenciada na sociedade contemporânea, tem implicações tanto nas escolas de educação básica quanto nas universidades, já que este é o novo perfil dos estudantes e dos acadêmicos. Consequentemente, os cursos de licenciatura, onde se inclui também o curso de Pedagogia, têm de preparar os futuros professores para atuarem neste contexto. [Texto adaptado] Fonte: Aprender e ensinar: diferentes olhares e práticas. Maria Beatriz Jacques Ramos & Elaine Turk Faria (orgs.). Porto Alegre: PUCRS, 2011, p. 13. 403. (UFSM - ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM – 2014) Ao mencionar os “imigrantes digitais” e os “nativos digitais”, o texto os identifica, respectivamente, como (A) quem vê o computador como uma invenção recente e quem vê o computador como um recurso bastante conhecido. (B) quem vê o computador como uma inovação e quem vê o computador como algo que sempre fez parte de sua vida. (C) quem vê no computador um aliado assustador e quem vê no computador uma ferramenta de auxílio. (D) quem vê no computador uma novidade intimidativa e quem vê no computador um companheiro inseparável. (E) quem vê um computador pela primeira vez e quem vê um computador todos os dias. 404. (UFSM - ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM/2014) Uma fonte citada no texto denomina os jovens de nossos tempos como “geração homo zappiens, que cresceu usando múltiplos recursos tecnológicos desde a infância”. O neologismo “homo zappiens” combina as formas “homo sapiens” e “zap”, com o intuito de (A) fazer uma associação entre o hábito de se usar frequentemente o controle remoto e estar em contato com variados recursos eletrônicos. (B) ironizar o excesso de utilização dos recursos tecnológicos por parte da juventude, que por isso mesmo pode deixar os estudos em segundo plano. (C) mostrar que o homem, desde os tempos mais remotos, sempre avançou em busca de conhecimento, o que justifica a metáfora com a palavra inglesa. (D) conectar criativamente a língua latina e a língua inglesa na formação de uma palavra que teria vida breve na língua portuguesa. (E) expressar uma crítica velada aos jovens que passam mais tempo diante dos computadores do que envolvidos nas tarefas propostas pela escola. 405. (UFSM - ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM/2014) Os autores citados no texto dizem que a geração homo zappiens é digital e que a escola é analógica. Isso contrasta, respectivamente, as atitudes de: (A) sentir inquietação & sentir quietude. (B) ter voluntarismo & ter sedentarismo. (C) adquirir universalidade e produzir resistência. (D) mostrar modernidade e estar superado. (E) preferir acomodação e semear precariedade. . 143 406. (UFSM - ODONTÓLOGO - COPERVES/UFSM – 2014) A autora do texto defende que todas as escolas dos dias de hoje precisam I – fomentar a cultura tecnológica no corpo discente; II – fomentar a cultura tecnológica no corpo docente; III – incluir a educação à distância; IV – oferecer disciplinas semipresenciais; V – preparar professores para lidar com a tecnologia. VI – utilizar tecnologia digital; Quantas dessas indicações estão coerentes com o que o texto diz explicitamente? (A) Todas as seis. (B) Apenas as quatro primeiras. (C) Apenas as quatro últimas. (D) Cinco delas. (E) Nenhuma delas. 407. (FUNARTE – PSICÓLOGO – FGV/2014) “Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país”. Em outras palavras, pode-se dizer que: (A) direitos geram deveres; (B) leis, quando justas, devem ser obedecidas; (C) deveres criam direitos que ultrapassam a lei; (D) cumprimento das leis cria direitos; (E) leis estabelecem deveres, mas não direitos. 408. (FUNARTE – PSICÓLOGO – FGV/2014) Os verbos de estado abaixo expressam valores diferentes; a alternativa em que o verbo de estado tem valor de “mudança de estado” é: (A) “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção”; (B) “Por exemplo: estou tranquilo na fila...”; (C) “...chega uma senhora que parece preocupada...”; (D) “Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal...”; (E) “aí temos o “jeitinho” virando corrupção”. 409. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL /DF – ARQUIVISTA – IADES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela normapadrão, deveria ser (A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador. (B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador. (C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador. (D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador. (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador. 410. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL /DF – ARQUIVISTA – IADES/2014 - adaptada) Nada tanto assim Só tenho tempo pras manchetes no metrô E o que acontece na novela Alguém me conta no corredor Escolho os filmes que eu não vejo no elevador Pelas estrelas que eu encontro Na crítica do leitor Eu tenho pressa E tanta coisa me interessa Mas nada tanto assim . 144 Eu tenho pressa E tanta coisa me interessa Mas nada tanto assim Só me concentro em apostilas Coisa tão normal Leio os roteiros de viagem Enquanto rola o comercial Conheço quase o mundo inteiro por cartão postal Eu sei de quase tudo um pouco e quase tudo mal. leoni & bruno fortunato. kid abelha e os abóboras selvagens. lp seu espião. warner music, 1984. Acerca da acentuação e da ortografia dos vocábulos utilizados no texto, é correto afirmar que (A) “metrô” é acentuado por ser um monossílabo tônico terminado em vogal. (B) “Alguém” ilustra um caso especial da língua portuguesa: quando empregado no plural, deixa de ser acentuado. (C) “crítica” e “Só” são acentuados por serem, respectivamente, proparoxítono e monossílabo tônico terminado em “o”. (D) os autores deveriam ter empregado Mais no lugar de “Mas”. (E) “mal” está grafado incorretamente, já que a forma correta seria mau. 401. Resposta: “C”. A alternativa que apresenta a expressão “agarrou-nos pelas pernas” é a que reproduz uma linguagem coloquial, pois faz uso de uma linguagem popular. Tal expressão não foi empregada em seu sentido denotativo, mas conotativo, figurado, recurso comum em nossa linguagem do dia a dia. 402. Resposta: “A”. Na alternativa A, os advérbios “bem” e “mal” foram empregados como substantivos – precedidos de artigo -, assim como os adjetivos “bom” e “mau”. 403. Resposta: “B”. Busquemos a Resposta no próprio texto: “(...) Marc Prensky, educador americano, escreveu um artigo em 2001 sobre os imigrantes digitais e os nativos digitais, em que faz uma divisão entre os que veem o computador como uma novidade e os que não imaginam a vida antes dele, pois têm contato com a tecnologia logo após o nascimento. (...)”. Ou seja, os imigrantes veem a tecnologia como uma novidade; os nativos, como parte integrante de sua vida. 404. Resposta: “A”. Questão que pode ser respondida até por eliminação de itens! Dentre os apresentados, a única que se relaciona com o texto é a primeira! 405. Resposta: “D”. Basta recorrermos às publicidades atuais: TV Analógica cedendo espaço à Digital, à moderna. 406. Resposta: “D”. Dentre as alternativas, a “I” é a que não é apresentada pelo texto, já que não há necessidade de fomentar a cultura tecnológica nos alunos (corpo discente), pois eles a dominam! 407. Resposta: “D”. “Eu pago meus impostos integralmente e por isso posso exigir dos funcionários públicos do meu país” – em outras palavras: “eu cumpro com meus deveres, portanto, exijo meus direitos”. 408. Resposta: “E”. O verbo “virando” dá ideia de mudança: o “jeitinho” transforma-se em corrupção. 409. Resposta: “E”. “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”: substituindo-se os verbos em destaque pelos indicados no enunciado teremos: “Esqueço os filmes dos quais eu não gosto no elevador”. . 145 410. Resposta: “C”. (A) “metrô” é acentuado por ser um monossílabo tônico terminado em vogal = oxítona, não monossílaba. (B) “Alguém” ilustra um caso especial da língua portuguesa: quando empregado no plural, deixa de ser acentuado. = “alguém” é invariável – não tem plural (C) “crítica” e “Só” são acentuados por serem, respectivamente, proparoxítono e monossílabo tônico terminado em “o”. = correta (D) os autores deveriam ter empregado Mais no lugar de “Mas”. = incorreta (mais é advérbio de intensidade; mas é conjunção adversativa, a conjunção adequada dentro do contexto do texto) (E) “mal” está grafado incorretamente, já que a forma correta seria mau. = incorreta (“mal” é advérbio; “mau”, adjetivo. Na música, o uso correto é do advérbio [mal sei]). 411. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) Gratuidades Crianças com até cinco anos de idade e adultos com mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF. Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um documento de identificação aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso. Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/ gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações. Conforme a mensagem do primeiro período do texto, assinale a alternativa correta. (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao Metrô-DF. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF. (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso livre ao Metrô-DF. (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm acesso livre ao Metrô-DF. 412. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) Caso fosse necessário substituir o termo destacado em “Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo com a norma-padrão, a nova redação deveria ser (A) Basta apresenta-lo. (B) Basta apresentar-lhe. (C) Basta apresenta-lhe. (D) Basta apresentá-la. (E) Basta apresentá-lo. 413. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) Conforme a norma-padrão, assinale a alternativa que apresenta outra redação possível para o período “Basta apresentar um documento de identificação aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso.” (A) Basta o qual seja apresentado um documento de identificação aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso. (B) Basta se apresentarem aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documento de identificação. (C) Basta que sejam apresentados aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documento de identificação. (D) Basta que seja apresentado aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documento de identificação. (E) Bastam se apresentarem aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documento de identificação. . 146 (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014 - adaptada) Texto para as questões 414 a 417. Velocidade do metrô supera muito a dos carros em SP 1 4 7 10 13 16 19 22 Os trens da Companhia do Metropolitano de São Paulo (metrô) circulam com velocidade média até quatro vezes maior do que a dos carros nas ruas da metrópole. No horário de pico da noite, entre 17h e 20h, os usuários do transporte público sobre trilhos deslocam-se a 32,4 quilômetros por hora (km/h), em média. Enquanto isso, os paulistanos que estão atrás do volante trafegam a 7,6 km/h, quase no ritmo de um pedestre. Na manhã, entre 7h e 10h, os números sofrem algumas alterações. O carro melhora seu desempenho e atinge a velocidade de uma bicicleta, 20,6 km/h. O metrô mantém os 32,4 km/h, conforme mostram os dados obtidos pelo estado por meio da Lei de Acesso à Informação. As velocidades dos carros foram medidas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) no corredor modelo da cidade – Avenidas Eusébio Matoso e Rebouças e Rua da Consolação. Circulam diariamente pela cidade 4,2 milhões de carros. O metrô paulistano recebe 4,7 milhões de passageiros, provenientes de toda a região metropolitana. Embora o metrô seja mais rápido, muitos paulistanos preferem usar carro. Disponível em: <http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/velocidadedo-metro-upera-muito-a-dos-carros-em-sp>. Acesso em: 7/3/2014, com adaptações. 414. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) Quanto à conjunção destacada no período “Embora o metrô seja mais rápido, muitos paulistanos preferem usar carro.”, é correto afirmar que ela tem sentido equivalente a (A) desde que. (B) caso. (C) quando. (D) enquanto. (E) ainda que. 415. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) Quanto à tipologia, o texto lido é, predominantemente, (A) descritivo, pois está voltado apenas para a representação das características dos trens do metrô e dos carros de São Paulo. (B) narrativo, pois desenvolve uma sequência de acontecimentos durante alguns períodos do dia em São Paulo. (C) dissertativo, pois apresenta e analisa dados sobre a velocidade dos trens do metrô de São Paulo e a dos carros que circulam pela metrópole. (D) narrativo, pois relata episódios sobre os horários de pico de São Paulo. (E) dissertativo, pois apresenta e discute uma opinião sobre a qualidade do serviço prestado pelo metrô de São Paulo. . 147 416. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) Considerando as regras prescritas pela norma-padrão acerca do uso da crase, assinale a alternativa correta. (A) No título, o uso da crase é facultativo, pois o substantivo “velocidade” está subentendido antes de “dos carros”. (B) O trecho “com velocidade média até quatro vezes maior do que a dos carros nas ruas da metrópole.” (linhas 2 e 3) também poderia ser reescrito assim: com velocidade média até quatro vezes maior do que à dos carros nas ruas da metrópole. (C) Em “os usuários do transporte público sobre trilhos deslocam-se a 32,4 quilômetros por hora (km/h), em média.” (linhas de 4 a 6), é possível o uso da crase. (D) Em “Lei de Acesso à Informação” (linha 13), o uso da crase é facultativo. (E) Na oração “O carro melhora seu desempenho e atinge a velocidade de uma bicicleta, 20,6 km/h.” (linhas 10 e 11), se o verbo em destaque fosse substituído por chega, o uso da crase seria obrigatório. 417. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) De acordo com a norma-padrão, em “O metrô paulistano recebe 4,7 milhões de passageiros, provenientes de toda a região metropolitana.” (linhas 19 e 20), a oração destacada poderia ser reescrita da seguinte maneira: (A) os quais são provenientes de toda a região metropolitana. (B) dos quais são provenientes de toda a região metropolitana. (C) ao qual são provenientes de toda a região metropolitana. (D) nos quais são provenientes de toda a região metropolitana. (E) em que são provenientes de toda a região metropolitana. 418. (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – ANALISTA – IADES/2014 - adaptada) Se, no lugar do trecho destacado em “e tomei conhecimento do trabalho das bandas que se apresentaram no festival”, o autor utilizasse a construção da maioria das bandas, conforme a norma-padrão, o verbo da nova redação (A) deveria obrigatoriamente permanecer na 3ª pessoa do plural. (B) deveria obrigatoriamente passar para a 3ª pessoa do singular. (C) poderia tanto ficar na 3ª pessoa do singular quanto na 3ª pessoa do plural. (D) poderia passar para a 2ª pessoa do plural. (E) poderia passar para a 1ª pessoa do plural. 419. (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – ANALISTA – IADES/2014 - adaptada) De acordo com a norma-padrão e as questões gramaticais que envolvem o trecho “Frustrei-me por não ver o Escola”, é correto afirmar que (A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que acompanha. (B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes do verbo que acompanha. (C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa. (D) a inclusão do advérbio Não, no inıć io da oração “Frustrei-me”, tornaria a próclise obrigatória. (E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014 - adaptada) Leia o texto abaixo para responder às questões 420 a 429. Cidadão (Zé Ramalho) Compositor: Lúcio Barbosa Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução Duas pra ir, duas pra voltar Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto Mas me vem um cidadão . 148 E me diz desconfiado “Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?” Meu domingo tá perdido Vou pra casa entristecido Dá vontade de beber E pra aumentar meu tédio Eu nem posso olhar pro prédio Que eu ajudei a fazer Tá vendo aquele colégio, moço? Eu também trabalhei lá Lá eu quase me arrebento Fiz a massa, pus cimento Ajudei a rebocar Minha filha inocente Vem pra mim toda contente “Pai, vou me matricular” Mas me diz um cidadão “Criança de pé no chão Aqui não pode estudar” Essa dor doeu mais forte Por que é que eu deixei o norte? Eu me pus a me dizer Lá a seca castigava Mas o pouco que eu plantava Tinha direito a comer Tá vendo aquela igreja, moço? Onde o padre diz amém Pus o sino e o badalo Enchi minha mão de calo Lá eu trabalhei também Lá foi que valeu a pena Tem quermesse, tem novena E o padre me deixa entrar Foi lá que Cristo me disse “Rapaz deixe de tolice Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar” 420. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) De acordo com o texto, a grande frustração do sujeito poético do texto é: (A) ser um operário. (B) não ter sido bem remunerado. (C) não poder visitar o que ajudou a construir. (D) não poder educar sua filha. . 149 411. Resposta: “C”. Dentre as alternativas apresentadas, a única que condiz com as informações expostas no texto é “Somente crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. 412. Resposta: “E”. Apresentar o quê? O documento = objeto direto, sem preposição – então esqueçamos o “lhe” (para objeto indireto). Restaram-nos os itens A, D e E. Em D, o pronome está no feminino (la), e o termo a ser substituído é masculino (um documento). Descartemo-la. A acentuação dos verbos com pronome oblíquo segue a regra de acentuação normalmente, desconsiderando-se o pronome, claro! = apresentálo (oxítona). Temos, então: “Basta apresentá-lo”. 413. Resposta: “D”. “Basta apresentar um documento de identificação aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso.” (A) Basta o qual (?) seja apresentado um documento de identificação aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso. (B) Basta se apresentarem (?) aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documento de identificação. (C) Basta que sejam apresentados (deveriam estar no singular) aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documento de identificação. (D) Basta que seja apresentado aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documento de identificação. = correta (E) Bastam se apresentarem (?) aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documento de identificação. 414. Resposta: “E”. “Embora” é uma conjunção concessiva (quebra a expectativa de uma ação esperada ao lermos a oração que é acompanhada por ela). A outra conjunção que poderia substituí-la dando ao trecho o mesmo sentido é “ainda que”. 415. Resposta: “C”. O texto apresenta características da descrição, mas, como é destacado no enunciado: predomina o dissertativo, analisando dados que dão ao autor base para argumentação. 416. Resposta: “E”. (A) No título, o uso da crase é facultativo, pois o substantivo “velocidade” está subentendido antes de “dos carros”. = o uso é proibido, já que o termo exerce a função de objeto direto (sem preposição) (B) O trecho “com velocidade média até quatro vezes maior do que a dos carros nas ruas da metrópole.” (linhas 2 e 3) também poderia ser reescrito assim: com velocidade média até quatro vezes maior do que à dos carros nas ruas da metrópole. ”. = o uso é proibido, já que não há preposição, somente artigo (C) Em “os usuários do transporte público sobre trilhos deslocam-se a 32,4 quilômetros por hora (km/h), em média.” (linhas de 4 a 6), é possível o uso da crase. = o acento indicativo de crase é proibido antes de numeral – a não ser que ele indique horas ou seja um numeral ordinal (D) Em “Lei de Acesso à Informação” (linha 13), o uso da crase é facultativo. = é obrigatório – devido à regência nominal de “acesso” (E) Na oração “O carro melhora seu desempenho e atinge a velocidade de uma bicicleta, 20,6 km/h.” (linhas 10 e 11), se o verbo em destaque fosse substituído por chega, o uso da crase seria obrigatório. = correta, pois a regência do verbo “chegar” pede preposição (chega à velocidade = chega até a velocidade [fazendo a substituição para que você perceba a necessidade da preposição]). 417. Resposta: “A”. A única alternativa que reescreve o período de maneira correta e mantendo seu sentido original é “os quais são provenientes de toda a região metropolitana”. . 150 418. Resposta: “C”. Ao utilizarmos a expressão “a maioria de”, o verbo pode ficar na terceira pessoa do plural ou do singular, tanto faz: “a maioria das bandas que se apresentou” ou “a maioria das bandas que se apresentaram”. Eu, particularmente, faço a opção pela forma no singular. 419. Resposta: “D”. “Frustrei-me por não ver o Escola” (A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que acompanha = Me frustrei = incorreta, pois não se inicia período com pronome oblíquo (é a regra!). (B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes do verbo que acompanha = respondi anteriormente! – na A (C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa. = incorreta. Como não há partícula que justifique a próclise, utiliza-se ênclise (D) a inclusão do advérbio Não, no inıć io da oração “Frustrei-me”, tornaria a próclise obrigatória. = Não me frustrei = correta (o advérbio de negação “atrairia” o pronome) (E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória. = incorreta (em termos!). Se houvesse partícula que justificasse a próclise, a ênclise seria descartada – por isso que não está correto afirmar “obrigatória”. 420. Resposta: “C”. Texto maravilhoso, se me permite opinar! Fica evidente a frustração do operário: não poder visitar as construções que ele ajudou a construir. 421. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) O desvio de concordância, presente na primeira estrofe do texto, revela: (A) o descuido do autor no trato da Língua. (B) a representação do discurso do possível leitor. (C) um exemplo de formalidade. (D) uma variante social do uso da Língua. 422. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) O vocábulo “entristecido”, presente na terceira estrofe, é um exemplo de: (A) palavra composta (B) palavra primitiva (C) palavra derivada (D) neologismo 423. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) No verso “Essa dor doeu mais forte”, pode-se perceber a presença de uma figura de linguagem denominada: (A) ironia (B) pleonasmo (C) comparação (D) metonímia 424. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) Na última parte do texto, estabelece-se uma importante comparação entre: (A) o operário e Cristo (B) o padre e Cristo (C) o operário e a Igreja (D) o padre e a Igreja 425. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) Em “Lá eu trabalhei também”, o termo em destaque pode ser classificado, sintaticamente, como: (A) adjunto adverbial (B) adjunto adnominal (C) objeto direto (D) complemento nominal . 151 426. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) Os versos “Lá a seca castigava/ Mas o pouco que eu plantava” são relacionados por um conectivo que apresenta sentido de: (A) conclusão (B) explicação (C) adição (D) oposição 427. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) As aspas, na segunda estrofe, foram utilizadas para: (A) dar ênfase ao que se diz. (B) introduzir um discurso que não é do enunciador. (C) indicar que os termos estão empregados em sentido figurado. (D) marcar uma conotação irônica. 428. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) O texto propõe uma reflexão e, em sua análise global, evidencia-se uma crítica em relação: (A) à diversidade no emprego de uma mesma Língua. (B) à religiosidade dos homens. (C) à realidade do sistema educacional brasileiro. (D) ao fato de todos os homens não receberem o mesmo tratamento. 429. (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) Ao observar a concordância verbal em “Fui eu quem criou a terra”, conclui-se que: (A) o pronome relativo “quem” é sujeito do verbo “criou”. (B) os dois verbos estão flexionados na mesma pessoa gramatical. (C) se fosse usado “que” no lugar de “quem”, não haveria alteração na concordância. (D) o pronome “eu” é sujeito das duas orações. 430. (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014 - adaptada) Analise as afirmativas. I. “O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não pode ser obrigado a prorrogar contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) a estudantes com baixo rendimento acadêmico.” II. “Em duas ações, as estudantes pediam a prorrogação do financiamento estudantil, independentemente do baixo rendimento acadêmico por elas apresentado. Uma das autoras alegava que enfrentou problemas pessoais, pois sua filha estaria doente, o que a levou a ter um baixo rendimento na universidade.” De acordo com as expressões destacadas nos trechos anteriores, assinale a alternativa correta. (A) Nas expressões destacadas nos dois trechos, o uso do sinal indicativo de crase é facultativo. (B) Em “a estudantes” (I), caso a flexão de número do substantivo fosse alterada, o sinal grave indicativo de crase seria obrigatório. (C) Em “as estudantes” (II), caso a flexão de número do substantivo fosse alterada, o sinal grave indicativo de crase seria obrigatório. (D) Apenas no trecho I existe a possibilidade da ocorrência do fenômeno da crase acrescentando-se o artigo definido feminino plural. (E) “a estudantes” (I) e “as estudantes” (II) são expressões que possuem o mesmo sentido, ocorrendo apenas mudança quanto à escolha discursiva do enunciador. 421. Resposta: “D”. Tá vendo aquele edifício, moço? Ajudei a levantar Foi um tempo de aflição Eram quatro condução (conduções) Duas pra ir, duas pra voltar . 152 422. Resposta: “C”. en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) = ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixação. Para o exercício, basta “derivada”! 423. Resposta: “B”. Repetição de ideia = pleonasmo (essa dor doeu). 424. Resposta: “A”. Foi lá que Cristo me disse “Rapaz deixe de tolice Não se deixe amedrontar Fui eu quem criou a terra Enchi o rio, fiz a serra Não deixei nada faltar Hoje o homem criou asas E na maioria das casas Eu também não posso entrar Comparação entre as obras do operário e as de Cristo, o qual também “não pode visitar o que ele ajudou a construir”, metaforicamente falando. 425. Resposta: “A”. “Lá” é, morfologicamente, um advérbio (de lugar). Os advérbios, geralmente, exercem a função sintática de adjuntos adverbiais – como é o caso no enunciado. 426. Resposta: “D”. “Lá a seca castigava/ Mas o pouco que eu plantava” = o conectivo é uma conjunção adversativa (estabelece ideia contrária, de oposição). 427. Resposta: “B”. Hoje depois dele pronto Olho pra cima e fico tonto Mas me vem um cidadão E me diz desconfiado “Tu tá aí admirado? Ou tá querendo roubar?” As aspas foram utilizadas para reproduzir a fala de um cidadão que se dirigiu ao operário. 428. Resposta: “D”. Questão fácil de ser respondida. A crítica (ironia) começa já no título do texto: Cidadão. As pessoas não são tratadas da mesma maneira, pois sua posição social, nível cultural ou cor de pele pesará na maneira pela qual serão tratadas pela sociedade, mesmo esta sabendo que somos todos iguais perante a lei. 429. Resposta: “A”. “Fui eu quem criou a terra” (A) o pronome relativo “quem” é sujeito do verbo “criou”. = correta (B) os dois verbos estão flexionados na mesma pessoa gramatical. = fui (primeira pessoa do singular) / criou (terceira pessoa do singular) = incorreta (C) se fosse usado “que” no lugar de “quem”, não haveria alteração na concordância. = Fui eu que criei (haveria alteração verbal) = incorreta (D) o pronome “eu” é sujeito das duas orações. = apenas do “fui” = incorreta 430. Resposta: “D”. I. “O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não pode ser obrigado a prorrogar contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) a estudantes com baixo rendimento acadêmico.” . 153 II. “Em duas ações, as estudantes pediam a prorrogação do financiamento estudantil, independentemente do baixo rendimento acadêmico por elas apresentado. Uma das autoras alegava que enfrentou problemas pessoais, pois sua filha estaria doente, o que a levou a ter um baixo rendimento na universidade.” (A) Nas expressões destacadas nos dois trechos, o uso do sinal indicativo de crase é facultativo. Em I, o acento grave é proibido, já que “estudantes” está no plural (generalizando) ; em II, também, pois “as” é artigo, sem necessidade de preposição (B) Em “a estudantes” (I), caso a flexão de número do substantivo fosse alterada, o sinal grave indicativo de crase seria obrigatório. = prorrogar contratos aos estudantes (se fosse às estudantes, o contrato seria apenas para alunas, o que não seria coerente) = incorreta (C) Em “as estudantes” (II), caso a flexão de número do substantivo fosse alterada, o sinal grave indicativo de crase seria obrigatório. = incorreta (“as estudantes” é sujeito da oração – artigo + substantivo) (D) Apenas no trecho I existe a possibilidade da ocorrência do fenômeno da crase acrescentando-se o artigo definido feminino plural. = correta. Mas teríamos a situação que comentei no item “B”. (E) “a estudantes” (I) e “as estudantes” (II) são expressões que possuem o mesmo sentido, ocorrendo apenas mudança quanto à escolha discursiva do enunciador. = incorreta. Em I, o termo tem a função de objeto indireto; em II, sujeito. 431. (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014 - adaptada) Assinale a alternativa em que a acentuação de todas as palavras está de acordo com a mesma regra da palavra destacada no título do texto: “Procuradorias comprovam necessidade de rendimento satisfatório para renovação do FIES”. (A) após / pó / paletó (B) moído / juízes / caído (C) história / cárie / tênue (D) álibi / ínterim / político (E) êxito / protótipo / ávido (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014 – adaptada) Texto para responder às questões 432 e 433. [...] Pesquisas mostraram baixo stress em advogados defendendo causas difíceis, o qual virava alto stress diante do trânsito engarrafado. Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, perseguem bêbados na estrada e terminam o dia na delegacia fazendo seu relatório. Supressa! O stress só aparece na delegacia, absolutamente segura. A lógica é cristalina. O advogado passou anos se preparando para lidar com o stress dos tribunais, mas não os imponderáveis do trânsito. O mesmo ocorre com o policial. Tomar facas é sua profissão. Escrever um relatório que pode ser criticado por seus superiores é terreno pantanoso. Em segundo lugar, stress não é necessariamente uma coisa ruim. Pode ser boa. O ato de criação pode ser estressante. Tarefas desafiadoras podem ser estressantes e boas. Portanto, evitar o stress pode significar distanciar-se de realizações. Entrar nas universidades de primeira linha é dificílimo. Mas é nelas que se concentram as melhores cabeças e de onde saem as melhores ideias e inovações. É por isso que ouvimos falar tanto de Harvard ou Stanford. [...] (Cláudio de Moura Castro – Veja, 23 de agosto de 2011.) 432. (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014) Assinale o trecho em que pode ser identificado o posicionamento do autor. (A) “O mesmo ocorre com o policial.” (B) “[…] stress não é necessariamente uma coisa ruim.” (C) “[…] virava alto stress diante do trânsito engarrafado.” (D) “Pesquisas mostraram baixo stress em advogados […]” (E) “Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, […]” 433. (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014) Acerca das relações sintáticas que ocorrem no interior do período a seguir “Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, perseguem bêbados na estrada e terminam o dia na delegacia fazendo seu relatório.”, é correto afirmar que . 154 (A) “o dia” é sujeito do verbo “terminar”. (B) o sujeito do período, Policiais de Los Angeles, é composto. (C) “bêbados” e “criminosos” apresentam-se na função de sujeito. (D) “facas” possui a mesma função sintática que “bêbados” e “relatório”. (E) “de criminosos”, “na estrada”, “na delegacia” são termos que indicam circunstâncias que caracterizam a ação verbal. 434. (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014) “Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elaboração for empregada a linguagem adequada.” (Manual de Redação da Presidência da República.) Acerca da linguagem utilizada nos atos e comunicações oficiais, é correto afirmar que se trata do uso de (A) uma linguagem erudita. (B) riqueza de figuras de linguagem. (C) norma padrão com presença de vocabulário técnico. (D) uma linguagem específica, restrita a determinado grupo. (E) expressões pessoais características de tal gênero textual. 435. (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014) Dentre outras partes do documento no Padrão Ofício estão: I. identificação do signatário; II. assinatura do autor da comunicação; III. tipo e número do expediente, seguidos da sigla do órgão que o expede; IV. local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita. Estão corretas as alternativas (A) I, II, III e IV. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) I, II e IV, apenas. (E) II, III e IV, apenas. Aviso e Ofício Definição e Finalidade Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: – nome do órgão ou setor; – endereço postal; – telefone e e-mail. . 155 Observação: Estas informações estão ausentes no memorando, pois se trata de comunicação interna - destinatário e remetente possuem o mesmo endereço. Se o Aviso é de um Ministério para outro Ministério, também não precisa especificar o endereço. O Ofício é enviado para outras instituições, logo, são necessárias as informações do remetente e o endereço do destinatário para que o ofício possa ser entregue e o remetente possa receber Resposta. (CEASA DE CAMPINAS/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – SHDIAS/2014 - adaptada) Texto para as questões 436 e 437. QUESTÃO SOCIAL Apesar da urgência da organização da sociedade para exigir segurança de fato das autoridades, a redução da violência exige mudança profunda no enfoque da administração dos problemas sociais pelos governos federal, estadual e municipal. Uma pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas, no ano passado, pelo pesquisador Teixeira, constatou que a violência no país nos últimos dez anos matou 350 mil pessoas no período, mais do que as guerras do Timor Leste e de Kosovo juntas e em menos tempo. O custo dessa violência, segundo o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), é de US$ 84 bilhões ao ano, ou 10,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Em São Paulo, cujo PIB nominal foi de US$ 241,58 bilhões em 1997, os custos da violência levantados em 1998 representam cerca de 3% do PIB, segundo dados da tese do sociólogo Rogério Sérgio de Lima. (Folha de São Paulo, domingo, 25 de fevereiro de 2001) 436. (CEASA DE CAMPINAS/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – SHDIAS/2014) Conforme o texto, a redução da violência: (A) É de extrema importância no momento econômico do país. (B) Derivará exclusivamente da cobrança feita às autoridades. (C) É de grande importância para o progresso econômico. (D) Exige organização social e mudanças governamentais. 437. (CEASA DE CAMPINAS/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – SHDIAS/2014) No texto, o fato das siglas estarem “traduzidas” entre parênteses mostra que: (A) O texto informativo “traduz” todas as siglas nele incluídas. (B) O Brasil é país de muitas siglas. (C) Os leitores de jornais pertencem à classe popular, menos informada. (D) Algumas siglas do texto, segundo o seu redator, necessitam de “tradução”. (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 adaptada) Texto para as questões 438 e 439. Por que educação é importante? Para um indivíduo prosperar, basta que ele consiga um trabalho. Mas, para a sociedade progredir, é preciso que as pessoas façam seu trabalho, ou seja, que efetivamente criem bens e serviços. Essa diferença já era conhecida dos economistas clássicos. Frédéric Bastiat (1801-50), em seus impagáveis “Sofismas Econômicos”, imagina uma petição ao rei para que todos os súditos sejam proibidos de usar a mão direita. A razão do pedido é explicada na forma de silogismo: quanto mais uma pessoa trabalha, mais rica ela fica; quanto mais dificuldades precisa superar, mais trabalha; logo, quanto mais dificuldades uma pessoa tem de superar, mais rica ela se torna. Quando a coisa é colocada assim de forma escancarada, percebemos o ridículo da situação. O problema é que raciocínios muito parecidos com esse, quando vendidos sob a palavra de ordem da preservação de empregos, ganham sólido apoio popular. Esse é, na opinião de Bryan Caplan, uma espécie de viés econômico que compromete a noção de democracia. Fazendo coro a Bastiat e a outros economistas ortodoxos, Caplan sustenta que, enquanto a população vê o desemprego como “destruição de postos de trabalho”, especialistas nele veem a “essência do crescimento econômico, a produção de mais com menos”. Um exemplo esclarecedor é o da evolução da mão de obra agrícola nos EUA: “Em 1800, era preciso utilizar quase 95 de 100 . 156 americanos para alimentar o país. Em 1900, 40%. Hoje, 3%... Os trabalhadores que deixaram de ser necessários nas fazendas foram usados na produção de casas, móveis, roupas, cinema...”. E onde entra a educação nessa história? Uma força de trabalho intelectualmente preparada não apenas produz com maior eficiência como ainda pode ser mais facilmente readaptada para outras funções, quando seus trabalhos se tornam obsoletos. Cada vez mais, a educação se torna matériaprima do crescimento. (Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 08 de janeiro de 2014) 438. (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014) A Resposta à pergunta contida no título do texto – Por que educação é importante? – pode ser encontrada na seguinte frase do texto: (A) Uma força de trabalho intelectualmente preparada (...) produz com maior eficiência (e) pode ser mais facilmente readaptada para outras funções,... (B) Para um indivíduo prosperar, basta que ele consiga um trabalho. (C) ... quanto mais dificuldades precisa superar, mais trabalha; logo, quanto mais dificuldades uma pessoa tem de superar, mais rica ela se torna. (D) ... especialistas nele [no desemprego] veem a “essência do crescimento econômico, a produção de mais com menos”. (E) “Os trabalhadores que deixaram de ser necessários nas fazendas foram usados na produção de casas, móveis, roupas, cinema...”. 439. (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014) Os trechos destacados em : – A razão do pedido é explicada na forma de silogismo: quanto mais uma pessoa trabalha, mais rica ela fica; quanto mais dificuldades precisa superar, mais trabalha; logo, quanto mais dificuldades uma pessoa tem de superar, mais rica ela se torna. – expressam, correta e respectivamente, ideia de (A) comparação e conclusão. (B) consequência e adversidade. (C) proporcionalidade e conclusão. (D) proporcionalidade e oposição. (E) conformidade e condição. 440. (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014) Considerando as regras de regência, de concordância e do emprego da crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto a seguir. Homens respondem pior ______ vacina da gripe Quanto maior o nível de testosterona, menor é a Resposta _____ imunização, revela novo estudo americano. [...] Altos níveis do hormônio masculino ___________ a um enfraquecimento do sistema imune. Mulheres respondem melhor _____ vacina contra a gripe do que os homens. [...] Pesquisas experimentais [...] já tinham levantado suspeitas _____ poderia haver uma interação entre testosterona e a Resposta autoimune. (Excertos de artigo publicado na Folha de S.Paulo, 22 de janeiro de 2014) (A) a ... à ... está associado ... a ... que (B) à ... à ... estão associados ... à ... de que (C) à ... à ... está associado ... à ... de que (D) à... a ... estão associado ... à ... a que (E) à ... a ... estão associados ... a ... que 431. Resposta: “C”. Satisfatório = paroxítona terminada em ditongo (A) após = oxítona / pó = monossílaba / paletó = oxítona (B) moído = regra do hiato / juízes = regra do hiato / caído = regra do hiato (C) história = paroxítona terminada em ditongo / cárie = paroxítona terminada em ditongo / tênue = paroxítona terminada em ditongo (D) álibi = proparoxítona / ínterim = proparoxítona / político = proparoxítona (E) êxito = proparoxítona / protótipo = proparoxítona / ávido = proparoxítona . 157 432. Resposta: “B”. (A) “O mesmo ocorre com o policial.” = informação (B) “[…] stress não é necessariamente uma coisa ruim.” = opinião particular (C) “[…] virava alto stress diante do trânsito engarrafado.” = informação (D) “Pesquisas mostraram baixo stress em advogados […]” = informação (E) “Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, […]”= informação 433. Resposta: “D”. “Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, perseguem bêbados na estrada e terminam o dia na delegacia fazendo seu relatório” (A) “o dia” é sujeito do verbo “terminar”. = incorreta (é objeto) (B) o sujeito do período, Policiais de Los Angeles, é composto. = incorreta (é simples: policiais) (C) “bêbados” e “criminosos” apresentam-se na função de sujeito. = incorreta (objetos) (D) “facas” possui a mesma função sintática que “bêbados” e “relatório”. = correta (objetos) (E) “de criminosos”, “na estrada”, “na delegacia” são termos que indicam circunstâncias que caracterizam a ação verbal. = incorreta (“na estrada” e “na delegacia” são adjuntos adverbiais, mas “de criminosos” – objeto). 434. Resposta: “C”. Segundo o Manual de Redação Oficial: “ Os textos oficiais, devido ao seu caráter impessoal e sua finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão, requerem o uso do padrão culto da língua”. 435. Resposta: “A”. Segundo o Manual de Redação Oficial, todas as afirmações estão corretas. Aviso e Ofício Definição e Finalidade Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares. Forma e Estrutura Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o destinatário, seguido de vírgula. Exemplos: Excelentíssimo Senhor Presidente da República Senhora Ministra Senhor Chefe de Gabinete Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do remetente: – nome do órgão ou setor; – endereço postal; – telefone e e-mail. Observação: Estas informações estão ausentes no memorando, pois se trata de comunicação interna - destinatário e remetente possuem o mesmo endereço. Se o Aviso é de um Ministério para outro Ministério, também não precisa especificar o endereço. O Ofício é enviado para outras instituições, logo, são necessárias as informações do remetente e o endereço do destinatário para que o ofício possa ser entregue e o remetente possa receber Resposta. 436. Resposta: “D”. No texto: “Apesar da urgência da organização da sociedade para exigir segurança de fato das autoridades, a redução da violência exige mudança profunda no enfoque da administração dos problemas sociais pelos governos federal, estadual e municipal”. . 158 437. Resposta: “D”. A alternativa coerente é a que justifica a “tradução” das siglas para auxiliar na compreensão do texto. 438. Resposta: “A”. No texto: “E onde entra a educação nessa história? Uma força de trabalho intelectualmente preparada não apenas produz com maior eficiência como ainda pode ser mais facilmente readaptada para outras funções”. 439. Resposta: “C”. “Quanto mais” é uma conjunção proporcional (apresenta uma relação de proporção entre a ação exposta em um período e a ação praticada em outro); “logo” é uma conjunção conclusiva. 440. Resposta: “B”. Homens respondem pior À (responde a quem? Presença da preposição) vacina da gripe Quanto maior o nível de testosterona, menor é a Resposta À (Resposta a quê?) imunização, revela novo estudo americano. [...] Altos níveis do hormônio masculino ESTÃO ASSOCIADOS a um enfraquecimento do sistema imune. Mulheres respondem melhor À (responde a quem? - presença da preposição) vacina contra a gripe do que os homens. [...] Pesquisas experimentais [...] já tinham levantado suspeitas DE QUE (suspeitas do quê?) poderia haver uma interação entre testosterona e a Resposta autoimune. Ficou: à / à / estão associados / à / de que 441. (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉDICO LEGISTA – VUNESP/2014 adaptada) Leia o seguinte trecho para responder à questão. A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com baixos níveis de testosterona tiveram uma Resposta imunológica melhor a essa medida, similar _______________ . A alternativa que completa, corretamente, o texto é: (A) das mulheres (B) às mulheres (C) com das mulheres (D) à das mulheres (E) ao das mulheres (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VUNESP/2014 - adaptada) Texto para as questões 442 a 444. A solidão do taxista Tive um tio taxista. Por incrível que pareça, de vez em quando, tio Fausto me levava para trabalhar junto com ele. Eram outros tempos. Eu tinha lá meus oito, nove anos e, quando o passageiro se surpreendia com a presença da menininha no banco de trás do carro, meu tio falava: “Se o senhor não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Ninguém se importava, ele nunca me levou ao dentista e ganhamos muitas histórias no fusquinha verde-água zanzando pelo Rio de Janeiro. Eu escutava as conversas, as notícias do rádio, dormia, acordava, ganhava balas dos passageiros e via a vida correndo pela janela. Era fã do meu tio e de seu jeito de flanar pela vida. Ele achava tudo divertido, adorava um bom papo. Meu tio me fez crer que uma das melhores profissões do mundo é taxista. Virei atriz. Mas, se há coisa de que gosto, é andar de táxi. Sento no banco de trás, abro a janela e, mesmo quando não rola conversa, o simples fato de ficar sacolejando no trânsito olhando pela janela é para mim algo de extremo prazer. É um descanso sem igual. Acontece que comprei um iPhone e, pouco a pouco, fui pedindo licença a meu amigo taxista para um telefonema aqui, um e-mail acolá e passei a interromper meu precioso flanar nos táxis com coisas que acho que precisam ser feitas naquela hora. . 159 Em dias mais corridos, entro dizendo o destino entre uma fala e outra ao telefone, pago a corrida com o troço no ombro e saio do carro com meu tio balançando a cabeça lá em cima. Que desperdício! Meu celular me abriu infinitas janelas, mas me roubou a mais preciosa de todas. Nossos eletrônicos vão sorrateiramente nos roubando a plenitude, ou seja, a simples sensação de estar em um lugar, sem achar que deveria estar em outro. Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo os absurdos que falamos ao celular ao ignorar o solitário taxista. Eles devem ter muitas histórias para contar quando chegam para jantar. Se as esposas não estiverem no Facebook... (Denise Fraga. Folha de S.Paulo, 12.06.2012. Adaptado) 442. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VUNESP/2014) De acordo com a leitura do texto, é correto afirmar que (A) os passageiros aceitavam fazer corridas no táxi de tio Fausto, mas se incomodavam com a presença de uma criança no veículo. (B) a autora, à época em que acompanhava o tio nas corridas de táxi, era uma garota tímida, porém gostava de conversar com os passageiros. (C) os trajetos de táxi são, até hoje, uma atividade prazerosa para a autora, pois lhe permitem contar histórias sobre seu tio Fausto a outros taxistas. (D) tio Fausto gostava muito de sua profissão, apesar de reconhecer que o trabalho de taxista era cansativo e perigoso. (E) os taxistas, quando retornam para casa, provavelmente têm histórias para compartilhar com as esposas, o que não ocorrerá se elas estiverem entretidas com a internet. 443. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VUNESP/2014) Nessa crônica, a autora faz uma reflexão a respeito (A) das décadas passadas, quando os taxistas eram mais educados e o valor das corridas era menos abusivo. (B) das mulheres, que têm mudado seu comportamento social, pois se tornaram mais dependentes do mundo virtual que os homens. (C) da ausência de afeto entre familiares, visto que atualmente os tios não se preocupam em educar e proteger os sobrinhos. (D) dos celulares, cujo uso descomedido tolhe das pessoas a oportunidade de aproveitar um momento de lazer e tranquilidade. (E) da profissão de atriz, que a obriga a hospedar-se em diferentes cidades para apresentar suas peças de teatro. 444. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VUNESP/2014) Considere o trecho do primeiro parágrafo. “Se o senhor não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está corretamente reescrito e mantém o sentido do texto em: (A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar minha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho e fazer sua corrida. (B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer sua corrida. (C) À medida que o senhor não se importe, vou levar minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho e fazer sua corrida. (D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha sobrinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer sua corrida. (E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer sua corrida. 445. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VUNESP/2014) Para atender à normapadrão da língua portuguesa e manter o sentido do texto, o trecho em destaque deve ser corretamente substituído por pronome como indicado na alternativa: (A) Eu escutava as conversas, as notícias do rádio, dormia... → Eu escutava-nas, dormia... (B) ... pouco a pouco, fui pedindo licença a meu amigo taxista para um telefonema aqui... pouco a pouco, fui pedindo-lhe licença para um telefonema aqui... (C) ... passei a interromper meu precioso flanar nos táxis... → passei a interromper-lhe... . 160 (D) ... e saio do carro com meu tio balançando a cabeça lá em cima. → e saio do carro com meu tio balançando-na lá em cima. (E) Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo os absurdos que falamos ao celular... → Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo-se ao celular... 446. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VUNESP/2014) Entre os trechos que completam a frase a seguir, assinale o que traz o sinal indicativo de crase empregado corretamente. O taxista... (A) chegou à sua casa com muitas novidades para contar. (B) informa à todos os passageiros o valor da corrida. (C) distribui seu cartão de visitas à vários clientes. (D) apressou-se à fazer a manobra indicada pelo agente de trânsito. (E) atende à turistas que visitam o Rio de Janeiro. 447. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VUNESP/2014) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, a concordância verbal está correta em: (A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois acabou os créditos. (B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis que executa diversos serviços para os clientes. (C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para os passageiros que chegavam à cidade. (D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas lembranças que seu tio lhe deixou. (E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi para bater um papo com o motorista. 448. (CIA DE SERVIÇOS DE URBANIZAÇÃO DE GUARAPUAVA/PR - AGENTE DE TRÂNSITO – CONSULPLAM/2014) Quanto à função que desempenha na sintaxe da oração, o trecho em destaque “Tenho uma dor que passa daqui pra lá e de lá pra cá” corresponde a: (A) Oração subordinada adjetiva restritiva. (B) Oração subordinada adjetiva explicativa. (C) Adjunto adnominal. (D) Oração subordinada adverbial espacial. 449. (CIA DE SERVIÇOS DE URBANIZAÇÃO DE GUARAPUAVA/PR - AGENTE DE TRÂNSITO – CONSULPLAM/2014) Aponte a opção que preenche os espaços em branco: Não alma sem corpo, que tantos corpos faça sem almas, como este purgatório que chamais honra. Onde inveja, não amizade; nem pode haver em desigual conversação. (Luis Vaz de Camões, Cartas) (A) há – há – há – há – a (B) a – há – a – a – há (C) há – a – há – há – há (D) há – a – há – há – a 450. (CIA DE SERVIÇOS DE URBANIZAÇÃO DE GUARAPUAVA/PR - AGENTE DE TRÂNSITO – CONSULPLAM/2014) Assinale o item com pontuação CORRETA. (A) Para cozinhar batatas, lave-as muito bem, faça alguns furinhos, leve, ao micro-ondas por dois minutos, vire-as para outro lado e deixe por mais dois minutos. (B) Para caramelizar o açúcar, numa jarra refratária, coloque, 200 g de açúcar e adicione 3 colheres de sopa de água. Deixe, de cinco a sete minutos em potência alta (100%) sem mexer, até que doure. (C) Aqueça sua bolsa de água quente ou seu pacote de gel para dor de cabeça no micro-ondas, contanto que não haja metal na embalagem. (D) Ficarão, crocantes e deliciosos, os seus amendoins, no forno micro-ondas, em dois ou três minutos, em potência máxima. Retire, dê uma mexidinha, coloque mais 1 minuto e meio, mexa, e faça de novo até torrar. 441. Resposta: “D”. Similar significa igual; sua regência equivale à da palavra “igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (subentendido: Resposta imunológica) das mulheres. . 161 442. Resposta: “E”. Dentre as alternativas apresentadas, a única que está presente no texto é a do retorno do taxista para casa. 443. Resposta: “D”. Ao texto: “Meu celular me abriu infinitas janelas, mas me roubou a mais preciosa de todas. Nossos eletrônicos vão sorrateiramente nos roubando a plenitude, ou seja, a simples sensação de estar em um lugar, sem achar que deveria estar em outro”. 444. Resposta: “D”. “Se o senhor não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua corrida” O primeiro período é introduzido por uma conjunção condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir adequadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a classificação das conjunções, conseguiria responder à questão apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não a têm. 445. Resposta: “B”. (A) Eu escutava as conversas, as notícias do rádio, dormia... → Eu escutava-nas, dormia = eu as escutava (B) ... pouco a pouco, fui pedindo licença a meu amigo taxista para um telefonema aqui... pouco a pouco, fui pedindo-lhe licença para um telefonema aqui... = correta (C) ... passei a interromper meu precioso flanar nos táxis... → passei a interromper-lhe... = passei a interrompê-lo (D) ... e saio do carro com meu tio balançando a cabeça lá em cima. → e saio do carro com meu tio balançando-na lá em cima. = meu tio balançando-a (E) Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo os absurdos que falamos ao celular... → Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo-se ao celular...= ouvindo-os 446. Resposta: “A”. O taxista... (A) chegou à sua casa com muitas novidades para contar. = correta (B) informa à todos os passageiros o valor da corrida. = a todos (pronome indefinido) (C) distribui seu cartão de visitas à vários clientes. = a vários (plural, palavra masculina) (D) apressou-se à fazer a manobra indicada pelo agente de trânsito. = a fazer (verbo no infinitivo) (E) atende à turistas que visitam o Rio de Janeiro. = a turistas (palavra generalizando – no plural) 447. Resposta: “C”. (A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois acabou os créditos. = acabaram (B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis que executa diversos serviços para os clientes. = mantém (singular) (C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para os passageiros que chegavam à cidade. = correta (D) Passou anos (passaram-se), mas a atriz não se esqueceu das calorosas lembranças que seu tio lhe deixou. (E) Deve (devem) existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi para bater um papo com o motorista. 448. Resposta: “A”. “Tenho uma dor que passa daqui pra lá e de lá pra cá”: podemos substituir o “que” por “a qual”. Se der sentido à frase, teremos um pronome relativo e estaremos trabalhando com uma oração subordinada adjetiva (se com vírgulas: explicativa; sem, restritiva). No enunciado, temos um exemplo de subordinada adjetiva restritiva. 449. Resposta: “D”. Não HÁ (= existe) alma sem corpo, que tantos corpos faça sem almas, como este purgatório A que chamais honra. Onde HÁ inveja, não HÁ amizade; nem A (= ela – pronome) pode haver em desigual conversação. Ficou: há / a / há / há / a. . 162 450. Resposta: “C”. Assinalei com ( X ) as pontuações inadequadas: (A) Para cozinhar batatas, lave-as muito bem, faça alguns furinhos, leve, (X) ao micro-ondas por dois minutos, vire-as para outro lado e deixe por mais dois minutos. (B) Para caramelizar o açúcar, numa jarra refratária, coloque, (X) 200 g de açúcar e adicione 3 colheres de sopa de água. Deixe, (X) de cinco a sete minutos em potência alta (100%) sem mexer, até que doure. (C) Aqueça sua bolsa de água quente ou seu pacote de gel para dor de cabeça no micro-ondas, contanto que não haja metal na embalagem. = correta (D) Ficarão, (X) crocantes e deliciosos, (X) os seus amendoins, (X) no forno micro-ondas, em dois ou três minutos, em potência máxima. Retire, dê uma mexidinha, coloque mais 1 minuto e meio, mexa, e faça de novo até torrar 451. (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LIBRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens destacados possuem o mesmo fonema consonantal em todas as palavras da sequência. (A) Externo – precisa – som – usuário. (B) Gente – segurança – adjunto – Japão. (C) Chefe – caixas – deixo – exatamente. (D) cozinha – pesada – lesão – exemplo. 452. (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LIBRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um dígrafo, EXCETO em (A) prazo. (B) cantor. (C) trabalho. (D) professor. 453. (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LIBRAS – FAFIPA/2014) Em “‘Não escutar com o volume muito alto...’”, a palavra em destaque exerce função de (A) advérbio de modo. (B) conjunção condicional. (C) advérbio de intensidade. (D) pronome indefinido. 454. (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LIBRAS – FAFIPA/2014) “Se estiver a 85 decibéis, por exemplo, é possível ficar 8 horas com o equipamento.” A oração em destaque (A) não indica hipótese, pois o verbo se encontra no futuro do modo indicativo, modo que indica certeza. (B) é uma oração adverbial que indica condição. (C) expressa causa. (D) expressa tempo decorrido. 455. (TRT-13ª REGIÃO/PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FCC/2014) Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a virtude de suas realizações... ... cessem de obedecer à sentença de Steiner. Esse novo espectro comprova a novidade... Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinhados acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem dada, em: (A) avaliaram-nas − obedecê-la − comprova-na (B) avaliaram-na − obedecer-lhe − comprova-a (C) avaliaram-lhe − a obedecer − lhe comprova (D) as avaliaram − obedece-a − comprova-lhe (E) lhes avaliaram − obedece-lhe − a comprova . 163 456. (TRT-13ª REGIÃO/PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FCC/2014) Ao mesmo tempo, as elites renunciaram às ambições passadas... O verbo que, no contexto, exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: (A) Faltam-nos precedentes históricos para... (B) Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro... (C) Esse novo espectro comprova a novidade de nossa situação... (D) As redes sociais eram atividades de difícil implementação... (E) ... como se imitássemos o padrão de conforto... 457. (TRT-13ª REGIÃO/PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FCC/2014) Nos trechos adaptados da entrevista de Luís Antônio Giron, as normas de concordância foram inteiramente respeitadas em: (A) Modas vem e vão e são tão antigas quanto a cultura. O que a faz tão presentes em nossa vida diária é o impacto da comunicação digital em tempo real associado a grandes redes de lojas. (B) Para que se dê uma oportunidade de mudar o cenário de desigualdades tal qual se apresentam hoje, os jovens precisam resistir às pressões da fragmentação; é preciso que troque o mundo virtual pelo real. (C) O sociólogo entrevistado denuncia a perda de referências políticas, culturais e morais da civilização atual e afirma que só os jovens, com sua indignação, pode resistir à banalização do mundo moderno. (D) O motor da moda arrasta as manifestações culturais e artísticas. A moda tem seus usos e uma demanda enorme e crescente. Ela fornece um modelo para a constante troca de identidades de nosso mundo. (E) Os jovens tem a oportunidade de consertar o estrago feito por gerações anteriores. Como e se serão capaz de pôr isso em prática, dependem da imaginação e da determinação deles. (MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS/SC – TÉCNICO EM CONTAS PÚBLICAS – FEPESE/2014 - adaptada) Texto para as questões 458 e 459. Nós estávamos indo de carro de Porto Alegre para Passo Fundo, onde se realizava mais uma Jornada de Literatura. Seria uma viagem de quatro horas e tínhamos combinado que na metade do caminho pararíamos para comer pastéis. Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do Homem é pastel de beira de estrada. Existe mesmo uma tese segundo a qual, quanto pior a aparência do restaurante rodoviário, melhor o pastel. Mas já estávamos no meio do caminho e nenhum dos lugares avistados nos parecera promissor, pastelmente falando. Foi quando o motorista revelou que conhecia um bom pastel. Nós talvez só não aprovássemos o local… Destemidos, aceitamos sua sugestão, antecipando o grau de sordidez do lugar e a correspondente categoria do pastel. E o motorista parou num shopping center que tem na estrada. Não me lembro se a loja de pastéis tinha nome em inglês. Podia bem se chamar “Pastel’s”, ou coisa parecida. A loja do lado provavelmente era da Benetton e o shopping center podia ser em qualquer lugar do mundo. Alguém que se materializasse ao nosso lado e olhasse em volta não saberia em que país estava, muito menos em que estado ou cidade. Estávamos, na verdade, no grande e prático Estados Unidos que se espalhou pelo mundo, e substituiu as ruas e as estradas dos nossos hábitos pela conveniência ar-condicionada. E nada disto doeria tanto se não fosse por um fato terrível: o pastel estava ótimo. Estamos perdidos. VERISSIMO, Luis Fernando. A Mesa Voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 85-86. [Adaptado] 458. (MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS/SC – TÉCNICO EM CONTAS PÚBLICAS – FEPESE/2014) Considere as afirmativas abaixo. 1. Não há ironia nas afirmações do autor, no segundo parágrafo do texto, na referência que faz à relação antagônica entre o pastel de beira de estrada e a aparência do restaurante que o vende nem quando ele aponta como verdade universalmente aceita que o pastel está entre os 17 maiores prazeres do ser humano. 2. A leitura do último parágrafo do texto permite ao leitor descobrir que os personagens estão de fato nos Estados Unidos e não no Brasil e que nossos hábitos alimentares tradicionais, como os pastéis de beira de estrada, foram adotados por aquele país. 3. O emprego das expressões “pastelmente falando”, no segundo parágrafo, e “conveniência arcondicionada”, no último parágrafo, acentua o caráter cômico do texto. . 164 Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. (A) ( ) É correta apenas a afirmativa 1. (B) ( ) É correta apenas a afirmativa 2. (C) ( ) É correta apenas a afirmativa 3. (D) ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. (E) ( ) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. 459. (MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS/SC – TÉCNICO EM CONTAS PÚBLICAS – FEPESE/2014) Considere as afirmativas abaixo. 1. Os tempos verbais predominantes no texto são o Pretérito Imperfeito e o Pretérito Perfeito, indicando que os fatos ocorreram no passado. No entanto, o verbo da última oração está no Presente, agregando maior comicidade à conclusão da crônica. 2. Se a frase “Alguém que se materializasse ao nosso lado e olhasse em volta não saberia em que país estava, muito menos em que estado ou cidade.” fosse reescrita segundo a norma culta substituindo-se alguém por pessoas, a redação correta seria: “Pessoas que se materializassem ao nosso lado e olhassem em volta não saberia em que país estavam, muito menos em que estado ou cidade.” 3. Na frase: “Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do Homem é pastel de beira de estrada.” (segundo parágrafo), o numeral cardinal um pode ser substituído pelo numeral ordinal primeiro sem prejuízo de sentido. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. (A) ( ) É correta apenas a afirmativa 1. (B) ( ) É correta apenas a afirmativa 3. (C) ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. (D) ( ) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. (E) ( ) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. 460. (MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS/SC – TÉCNICO EM CONTAS PÚBLICAS – FEPESE/2014) Indique se são verdadeiras ( V ) ou falsas ( F ) as afirmativas abaixo, de acordo com as normas da correspondência oficial. ( ) A redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Uma de suas características é a informalidade, ou seja, a ausência de impressões pessoais de quem comunica. ( ) O padrão culto é aquele em que se observam as regras da gramática formal e um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. ( ) Em países com grandes diferenças regionais, como o Brasil, aceitam-se regionalismos vocabulares ou jargões técnicos nas comunicações oficiais para facilitar a compreensão por parte do público em geral. ( ) O texto oficial deve ter como característica a concisão, isto é, transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. ( ) O memorando é a forma de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, portanto, eminentemente interna. Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. (A) ( ) V • V • V • F • F (B) ( ) V • V • F • F • V (C) ( ) F • V • V • V • V (D) ( ) F • V • F • V • V (E) ( ) F • F • V • V • F 451. Resposta: “D”. Coloquei entre barras( / / ) o fonema representado pela letra destacada: (A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/ (B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ (C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente /z/ (D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/ 452. Resposta: “A”. (A) prazo – “pr” é encontro consonantal (B) cantor – “an” é dígrafo (C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo (D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dígrafo . 165 453. Resposta: “C”. A palavra em destaque está relacionada com “alto” – no período funciona como adjetivo, pois qualifica o termo “volume” (substantivo). O termo que modifica um verbo, um advérbio ou um adjetivo é o advérbio. No caso, um advérbio de intensidade. 454. Resposta: “B”. A oração é iniciada por uma conjunção condicional – expressa uma hipótese, uma condição para que aconteça a ação expressa na oração que ela acompanha. 455. Resposta: “B”. Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a virtude de suas realizações... ... cessem de obedecer à sentença de Steiner. Esse novo espectro comprova a novidade... Avaliaram o quê? – pede objeto direto = avaliaram-na Obedecer a quê? A quem? – pede objeto indireto (com preposição) = obedecer-lhe Comprova o quê? – pede objeto direto = comprova-a Temos: avaliaram-na / obedecer-lhe / comprova-a. 456. Resposta: “A”. Ao mesmo tempo, as elites renunciaram às ambições passadas = transitivo indireto (A) Faltam-nos precedentes históricos para = transitivo direto e indireto (B) Nossos contemporâneos vivem sem esse futuro = intransitivo (C) Esse novo espectro comprova a novidade de nossa situação = transitivo direto (D) As redes sociais eram atividades de difícil implementação = verbo de ligação (E) ... como se imitássemos o padrão de conforto = transitivo direto 457. Resposta: “D”. (A) Modas vem (vêm) e vão e são tão antigas quanto a cultura. O que a (as) faz tão presentes em nossa vida diária é o impacto da comunicação digital em tempo real associado a grandes redes de lojas. (B) Para que se dê uma oportunidade de mudar o cenário de desigualdades tal qual se apresentam (apresenta) hoje, os jovens precisam resistir às pressões da fragmentação; é preciso que troque (troquem) o mundo virtual pelo real. (C) O sociólogo entrevistado denuncia a perda de referências políticas, culturais e morais da civilização atual e afirma que só os jovens, com sua indignação, pode (podem) resistir à banalização do mundo moderno. (D) O motor da moda arrasta as manifestações culturais e artísticas. A moda tem seus usos e uma demanda enorme e crescente. Ela fornece um modelo para a constante troca de identidades de nosso mundo. = correta (E) Os jovens tem (têm) a oportunidade de consertar (consertarem) o estrago feito por gerações anteriores. Como e se serão capaz (capazes) de pôr isso em prática, dependem (depende) da imaginação e da determinação deles. 458. Resposta: “C”. 1. Não há ironia nas afirmações do autor, no segundo parágrafo do texto, na referência que faz à relação antagônica entre o pastel de beira de estrada e a aparência do restaurante que o vende nem quando ele aponta como verdade universalmente aceita que o pastel está entre os 17 maiores prazeres do ser humano. = incorreta (há ironia em todo o texto!) 2. A leitura do último parágrafo do texto permite ao leitor descobrir que os personagens estão de fato nos Estados Unidos e não no Brasil e que nossos hábitos alimentares tradicionais, como os pastéis de beira de estrada, foram adotados por aquele país. = incorreta 3. O emprego das expressões “pastelmente falando”, no segundo parágrafo, e “conveniência arcondicionada”, no último parágrafo, acentua o caráter cômico do texto. = correta 459. Resposta: “A”. 1. Os tempos verbais predominantes no texto são o Pretérito Imperfeito e o Pretérito Perfeito, indicando que os fatos ocorreram no passado. No entanto, o verbo da última oração está no Presente, agregando maior comicidade à conclusão da crônica. = correta . 166 2. Se a frase “Alguém que se materializasse ao nosso lado e olhasse em volta não saberia em que país estava, muito menos em que estado ou cidade.” fosse reescrita segundo a norma culta substituindo-se alguém por pessoas, a redação correta seria: “Pessoas que se materializassem ao nosso lado e olhassem em volta não saberia em que país estavam, muito menos em que estado ou cidade.” = incorreta (a forma “saberia” deveria ficar “saberiam”) 3. Na frase: “Como se sabe, um dos 17 prazeres universais do Homem é pastel de beira de estrada.” (segundo parágrafo), o numeral cardinal um pode ser substituído pelo numeral ordinal primeiro sem prejuízo de sentido. = incorreta 460. Resposta: “D”. ( F ) A redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações. Uma de suas características é a informalidade, ou seja, a ausência de impressões pessoais de quem comunica. = formalidade ( V ) O padrão culto é aquele em que se observam as regras da gramática formal e um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma. = correta ( F ) Em países com grandes diferenças regionais, como o Brasil, aceitam-se regionalismos vocabulares ou jargões técnicos nas comunicações oficiais para facilitar a compreensão por parte do público em geral. = incorreta ( V ) O texto oficial deve ter como característica a concisão, isto é, transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. = correta ( V ) O memorando é a forma de comunicação entre unidades administrativas de um mesmo órgão, portanto, eminentemente interna. = correta Ficou: F – V – F – V – V. 461. (MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS/SC – TÉCNICO EM CONTAS PÚBLICAS – FEPESE/2014) Relacione os pronomes de tratamento (coluna 1) com as pessoas adequadas, de acordo com sua função ou posição que ocupam (coluna 2). Coluna 1 - Pronomes de Tratamento 1. Vossa Alteza 2. Vossa Eminência 3. Vossa Magnificência 4. Vossa Excelência 5. Vossa Senhoria Coluna 2 - Função ou posição ( ) funcionário graduado ( ) reitor de universidade ( ) ministro ( ) príncipe ( ) cardeal Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo. (A) ( ) 2 • 3 • 5 • 4 • 1 (B) ( ) 3 • 2 • 4 • 1 • 5 (C) ( ) 4 • 1 • 5 • 3 • 2 (D) ( ) 5 • 3 • 4 • 1 • 2 (E) ( ) 5 • 4 • 2 • 1 • 3 462. (PREFEITURA DE BRUSQUE/SC – EDUCADOR SOCIAL – FEPESE/2014) Assinale a alternativa correta, quanto à concordância verbal. (A) ( ) Admite-se técnicos com experiência. (B) ( ) Não se descobriram as causas do problema. (C) ( ) Necessitavam-se de mais informações sobre o projeto arquitetônico. (D) ( ) Na reunião de diretoria, não se analisou os novos planos da empresa. (E) ( ) A ameaça, o terror, a agressão, nada o deteriam ao desafio imposto. 463. (PREFEITURA DE BRUSQUE/SC – EDUCADOR SOCIAL – FEPESE/2014) Assinale a alternativa em que só palavras paroxítonas estão apresentadas. (A) ( ) facilitada, minha, canta, palmeiras (B) ( ) maná, papá, sinhá, canção (C) ( ) cá, pé, a, exílio (D) ( ) terra, pontapé, murmúrio, aves (E) ( ) saúde, primogênito, computador, devêssemos . 167 (PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PB – AGENTE EDUCACIONAL – FGV/2014 - adaptada) Texto para as questões que seguem: Remédios e Venenos No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína, puros e em vários remédios, para diversas finalidades, que eram consumidos livremente pela população, de crianças a idosos. Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de “dependente de drogas” não existia. Aracy de Almeida contava que, nos anos 30, se reunia com Noel Rosa, Mário Reis e outros artistas na Taberna da Glória e, quando a noite avançava e o cansaço chegava, mandavam um moleque à farmácia buscar “um bujãozinho de cocaína da Merck suíça”, que era vendido legalmente no Brasil até 1937. (....) Drogas sempre existiram, mas quando e como o consumo abusivo virou uma epidemia comportamental? Talvez nos anos 60, quando os hippies promoveram a cultura do LSD e da maconha, que eram associados ao ócio e à improdutividade, ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã. A reação conservadora veio, nos Estados Unidos, com Nixon e a “guerra às drogas”, que Reagan transformou em política de Estado, com os resultados desastrosos que se conhece e que fizeram tantos países repensar essa estratégia. Hoje a venda de maconha “medicinal” é livre em vinte estados americanos. Como no início do século XX. No Uruguai, ela será comercializada pelo Estado, a preços populares (um terço da cotação atual na rua), mas sujeita a inúmeras, e inúteis, restrições. Estrangeiros não podem comprar, só fumar, e os usuários locais têm cota mensal de 40 gramas, mas podem vender a um amigo. Só 30% da população apoiam, mas o tabu foi quebrado e a experiência deles será uma pesquisa valiosa para nós. (Motta, Nelson. O Globo, 13/12/2013) 464. (PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PB – AGENTE EDUCACIONAL – FGV/2014 - adaptada) No texto, observamos três ocorrências do emprego do acento grave indicativo da crase: I. “...mandavam um moleque à farmácia...” II. “...que eram associados ao ódio e à improdutividade...” III. “...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã”. Nesses casos, ocorre a junção da preposição “a” + artigo definido “a”. Os termos dessas frases que exigem a presença da preposição “a” são, respectivamente, (A) moleque / associados / comportamento. (B) mandavam / associados / associados. (C) mandavam / ódio / antissocial. (D) moleque / ódio / comportamento. (E) moleque / associados / comportamento. 465. (PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PB – AGENTE EDUCACIONAL – FGV/2014) Analise a frase a seguir: “30% da população apoiam”. Uma frase construída por uma porcentagem seguida de um partitivo tanto pode ter sua concordância verbal realizada com a porcentagem quanto com o partitivo. A esse respeito, assinale a alternativa que mostra uma concordância inaceitável. (A) 1,4 dos uruguaios apoiam. (B) 1,3 da população apoia. (C) 2,2 da população apoiam. (D) 3,3 dos uruguaios apoiam. (E) 1,8 da população uruguaia apoiam. 466. (PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PB – AGENTE EDUCACIONAL – FGV/2014) “No início do século XX, a indústria farmacêutica propagandeava as virtudes do ópio e da cocaína” O fragmento acima mostra que (A) a indústria farmacêutica trabalhava fora da lei. (B) o ópio e a cocaína não eram considerados drogas. (C) os cientistas não conheciam as drogas. (D) os usuários eram enganados pela indústria. (E) as drogas ainda não produziam males. . 168 467. (SEDUC/AM – PROFESSOR CICLO REGULAR – FGV/2014) Se colocarmos as formas de imperativo – faça, atenda, assista, descubra – na forma negativa, mantendo-se a pessoa gramatical, as formas adequadas serão: (A) não faça, não atenda, não assista, não descubra. (B) não faz, não atende, não assiste, não descobre. (C) não faças, não atendas, não assistas, não descubras. (D) não fazes, não atendes, não assistes, não descobres. (E) não faze, não atenda, não assiste, não descubra. 468. (EMPRESA MUNICIPAL DE ARTES GRÁFICAS/RJ – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – FJG/2014) Caso seja _______ atual projeto de lei, a criação de creches nos presídios femininos _____ obrigatória. O poder familiar das detentas ______ durante o período de recolhimento, sendo, na hipótese de adoção, _______ seu consentimento. As normas gramaticais relativas à concordância verbal e nominal são respeitadas se as lacunas da frase acima forem preenchidas com: (A) aprovado; serão; permanecerão; necessário (B) aprovado; será; permanecerá; necessário (C) aprovada; será; permanecerão; necessária (D) aprovada; serão; permanecerá; necessária 469. (EMPRESA MUNICIPAL DE ARTES GRÁFICAS/RJ – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – FJG/2014 - adaptada) “Fui ao presídio feminino Nelson Hungria...”. Destacou-se a combinação da preposição a com o artigo definido masculino o. Quando o artigo é feminino, ocorre contração ou crase das duas vogais a, marcada pelo acento grave – à. NÃO há crase em: (A) Fui a cerimônia ontem. (B) Fui a escola de meus filhos. (C) Fui a Bahia. (D) Fui a Copacabana. 470. (EMPRESA MUNICIPAL DE ARTES GRÁFICAS/RJ – AGENTE DE ADMINISTRAÇÃO – FJG/2014) Regras de acentuação diferentes justificam o acento gráfico das palavras do texto reunidas em: (A) silêncio; penitenciárias (B) duríssima; poética (C) presídio; juízes (D) através; virá 461. Resposta: “D”. Coluna 1 - Pronomes de Tratamento 1. Vossa Alteza 2. Vossa Eminência 3. Vossa Magnificência 4. Vossa Excelência 5. Vossa Senhoria Coluna 2 - Função ou posição ( 5 ) funcionário graduado ( 3 ) reitor de universidade ( 4 ) ministro ( 1 ) príncipe ( 2 ) cardeal Temos: 5 - 3 - 4 – 1 - 2. 462. Resposta: “B”. (A) ( ) Admite-se técnicos com experiência. = admitem-se (B) ( ) Não se descobriram as causas do problema. = correta (C) ( ) Necessitavam-se de mais informações sobre o projeto arquitetônico. = necessitava (D) ( ) Na reunião de diretoria, não se analisou os novos planos da empresa. = não se analisaram (E) ( ) A ameaça, o terror, a agressão, nada o deteriam ao desafio imposto. = nada o deteria 463. Resposta: “A”. (A) ( ) facilitada = paroxítona / minha= paroxítona / canta = paroxítona / palmeiras = paroxítona (B) ( ) maná = oxítona / papá = oxítona / sinhá = oxítona / canção = oxítona . 169 (C) ( ) cá = monossílaba / pé = monossílaba / a = monossílaba átona / exílio = paroxítona (D) ( ) terra = paroxítona / pontapé = oxítona / murmúrio = paroxítona / aves = paroxítona (E) ( ) saúde = regra do hiato / primogênito = proparoxítona / computador = oxítona / devêssemos = proparoxítona 464. Resposta: “B”. I. “...mandavam um moleque à farmácia...” II. “...que eram associados ao ódio e à improdutividade...” III. “...associados (...) ao comportamento antissocial e à sensualidade pagã”. Mandavam quem? Mandavam para onde (aonde)? Associados a quê? As palavras que exigem a preposição são: mandavam / associados / associados. 465. Resposta: “E”. (A) 1,4 dos uruguaios apoiam. (B) 1,3 da população apoia. (C) 2,2 da população apoiam. (D) 3,3 dos uruguaios apoiam. (E) 1,8 da população uruguaia apoiam. = apoia (tanto o numeral quanto o substantivo estão no singular) 466. Resposta: “B”. No texto: “Mas assim como não há registros da eficácia curativa dos remédios, também não há notícias de intoxicações e overdoses, e a ideia de ‘dependente de drogas’ não existia”. O ópio e a cocaína não eram considerados drogas. 467. Resposta: “A”. Primeiramente descubramos qual a pessoa gramatical dos verbos do enunciado: “eu faço, tu fazes”. Para o Imperativo Afirmativo, segunda pessoa (tu), copiamos a conjugação do verbo do presente do indicativo, apenas retirando o “s” final (de qualquer verbo que queiramos no modo imperativo). Para o verbo “fazer”, o imperativo afirmativo, segunda pessoa, teríamos: FAZE. Como no enunciado temos “faça”, então pertence a “você” (ele – terceira pessoa – que é retirado do presente do subjuntivo – literalmente: que eu faça, que tu faças, que ele FAÇA). Agora, basta conjugarmos os verbos solicitados no modo subjuntivo, tempo presente, depois “copiarmos”, acrescentarmos um advérbio de negação (o exercício pede o “não”) e, assim, estaremos conjugando o imperativo negativo: que ele ATENDA, que ele ASSISTA, que ele DESCUBRA. Ficará: Não faça / não atenda / não assista / não descubra. 468. Resposta: “B”. Caso seja APROVADO atual projeto de lei, a criação de creches nos presídios femininos SERÁ obrigatória. O poder familiar das detentas PERMANECERÁ durante o período de recolhimento, sendo, na hipótese de adoção, NECESSÁRIO seu consentimento. 469. Resposta: “D”. (A) Fui a cerimônia ontem. = fui à cerimônia ontem (há crase) (B) Fui a escola de meus filhos. = fui à escola de meus filhos (há crase) (C) Fui a Bahia. = fui à Bahia (Fui A, voltei DA, crase HÁ!) (D) Fui a Copacabana. = fui a Copacabana (fui A, voltei DE, crase pra quê?) – não há crase 470. Resposta: “C”. (A) silêncio = paroxítona terminada em ditongo / penitenciárias = paroxítona terminada em ditongo (B) duríssima = proparoxítona / poética = proparoxítona (C) presídio = paroxítona terminada em ditongo / juízes = regra do hiato (D) através = oxítona / virá = oxítona . 170 471. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – TÉCNICO EM AGRIMENSURA – FUNCAB/2014) A alternativa que apresenta palavra acentuada por regra diferente das demais é: (A) dúvidas. (B) muitíssimos. (C) fábrica. (D) mínimo. (E) impossível. 472. (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO – TÉCNICO EM AGRIMENSURA – FUNCAB/2014 - adaptada) No fragmento “Suspeita-se que o sol É uma bola acesa...”, a forma verbal destacada pode, de acordo com a gramática normativa e sem prejuízo de sentido, ser substituída por: (A) era. (B) fosse. (C) fora. (D) seja. (E) será. 473. (PRODAM/AM – ASSISTENTE DE HARDWARE – FUNCAB/2014) O termo destacado em: “As pessoas estão sempre muito ATAREFADAS.” exerce a seguinte função sintática: (A) objeto direto. (B) objeto indireto. (C) adjunto adverbial. (D) predicativo. (E) adjunto adnominal. 474. (PRODAM/AM – ASSISTENTE DE HARDWARE – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que todas as palavras foram acentuadas segundo a mesma regra. (A) indivíduos - atraí(-las) - período (B) saíram – veículo - construído (C) análise – saudável - diálogo (D) hotéis – critérios - através (E) econômica – após – propósitos 475. (PRODAM/AM – ASSISTENTE DE HARDWARE – FUNCAB/2014) No período: “SE USADA COM BONS PROPÓSITOS, como convém, a internet é uma ferramenta poderosa de transformações.”, se trocarmos o trecho destacado por SE FOR USADA COM BONS PROPÓSITOS, que forma deve assumir o verbo SER? (A) era (B) seja (C) seria (D) será (E) fora 476. (PRODAM/AM – ASSISTENTE DE HARDWARE – FUNCAB/2014) Assinale a única opção correta com relação ao emprego do acento indicativo de crase. (A) Ninguém à aguardava na sala ao lado. (B) As propostas começaram à chegar pela web. (C) Todos assistiram à palestra com muito interesse. (D) Ele se referia à uma das propostas populares. (E) Os diretores ficaram frente à frente com o técnico. 477. (COPASA/MG – AGENTE DE SANEAMENTO – TÉCNICO EM INFORMÁTICA – FUNDEP/2014) “- Não, meu filho, eu não estava descansando. Estava afiando o machado.” O verbo sublinhado nessa frase está na seguinte forma nominal: (A) Gerúndio. (B) Particípio. (C) Futuro do pretérito do indicativo. (D) Pretérito imperfeito do indicativo. . 171 478. (PREFEITURA DE BELA VISTA DE MINAS/MG – TELEFONISTA – FUNDEP/2014) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está INCORRETA. (A) Um conjunto amplo de pessoas respondeu ao questionário. (B) Falta apenas dois dias para o fechamento das inscrições. (C) A maioria das empresas ainda mantêm estruturas burocráticas. (D) Não basta as empresas disporem de uma tecnologia de ponta. 479. (SECRETARIA D ESTÃO DE DEFESA CIVIL/MG – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIO – IBFC/2014 - adaptada) Em “Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, “, ocorre a contração da preposição “a” com o artigo “a”. A ocorrência da preposição deve-se a uma relação de regência, na qual o termo regente é: (A) “assim” (B) “excitação” (C) “emoções” (D) “ligadas” (INSTITUTO GERAL DE PESQUISAS DE SANTA CATARINA/SC LABORATÓRIO – IESES/2014 - adaptada) Texto para as questões 480 e 481. – AUXILIAR DE CENSO DOS MAGISTRADOS Um terço das juízas diz ter mais dificuldades que homens na função Adaptado de em: http://www.conjur.com.br/2014-jun-27/terco-juizas- dificuldades-homens-funcao 27 de junho de 2014, 12:11h. Acesso em 25 jul. 2014. Aproximadamente um terço das juízas (29%) afirma enfrentar mais dificuldades no exercício da magistratura do que seus colegas homens. Os dados fazem parte do Censo dos Magistrados, feito pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ no fim de 2013. Dos cerca de 10,8 mil julgadores que participaram do levantamento, 36% são mulheres. A maioria das entrevistadas (87%) considera os concursos para a magistratura imparciais. Passada a fase de ingresso, 14% delas relataram ter mais problemas nos processos de remoção e promoção do que os juízes. Na Justiça Federal, esse índice dobra (28%). No exercício da função, parte das juízas afirmou que o fato de serem do sexo feminino causou reações negativas de jurisdicionados (25%) e de outros profissionais do sistema de Justiça (30%). De acordo com duas em cada três julgadoras entrevistadas, suas vidas pessoais são mais afetadas pela carreira que as dos colegas homens. O objetivo do estudo foi identificar o perfil da magistratura brasileira. Dos 16.812 magistrados em atividade no país, 10.796 responderam ao questionário eletrônico proposto pelo CNJ — um índice de 64%. Com informações da assessoria de imprensa do CNJ. 480. (INSTITUTO GERAL DE PESQUISAS DE SANTA CATARINA/SC – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – IESES/2014) O objetivo central desse texto é: (A) Identificar o perfil da magistratura brasileira. (B) Informar mulheres que desejam seguir a carreira da magistratura sobre dificuldades que enfrentarão no exercício da profissão. (C) Apresentar e analisar dados obtidos através de uma pesquisa sobre o perfil da magistratura brasileira. (D) Destacar as diferenças de tratamento entre homens e mulheres no exercício da magistratura. 471. Resposta: “E”. (A) dúvidas = proparoxítona (B) muitíssimos = proparoxítona (C) fábrica = proparoxítona (D) mínimo = proparoxítona (E) impossível = paroxítona 472. Resposta: “D”. “Suspeita-se” dá a entender que a oração abordará uma hipótese. Outro verbo que também terá tal sentido na oração é “seja”: Suspeita-se que o sol seja uma bola acesa... . 172 473. Resposta: “D”. As pessoas estão sempre muito ATAREFADAS Sujeito – as pessoas / estão – verbo de ligação / atarefadas – predicativo do sujeito. 474. Resposta: “B”. (A) indivíduos = proparoxítona / atraí(-las) = hiato / período = proparoxítona (B) saíram = hiato / veículo = hiato / construído = hiato (C) análise = proparoxítona / saudável = paroxítona / diálogo = proparoxítona (D) hotéis = oxítona (ditongo aberto) / critérios = paroxítona / através = oxítona (E) econômica = proparoxítona / após = oxítona / propósitos = proparoxítona 475. Resposta: “D”. “SE FOR USADA COM BONS PROPÓSITOS, como convém, a internet será uma ferramenta poderosa de transformações”. 476. Resposta: “C”. (A) Ninguém à aguardava na sala ao lado. = ninguém a aguardava (a = pronome: aguardava “ela”) (B) As propostas começaram à chegar pela web. = a chegar (verbo no infinitivo) (C) Todos assistiram à palestra com muito interesse. = correta (D) Ele se referia à uma das propostas populares. = a uma das propostas (artigo indefinido) (E) Os diretores ficaram frente à frente com o técnico. = frente a frente (palavra repetida) 477. Resposta: “A”. Quando o verbo termina em “NDO” (cantando, falando, sorrindo) ele está em uma de suas formas nominais: gerúNDIO. 478. Resposta: “B”. (A) Um conjunto amplo de pessoas respondeu ao questionário. = correta (B) Falta apenas dois dias para o fechamento das inscrições. = faltam apenas dois dias (C) A maioria das empresas ainda mantêm estruturas burocráticas. = correta (poderia ser “mantém”, também) (D) Não basta as empresas disporem de uma tecnologia de ponta. = correta (o “as” é artigo, não há junção com preposição. Cuidado com a frase: é uma oração subordinada substantiva subjetiva. “Isso não basta”.) 479. Resposta: “D”. O termo que “pede”, em sua regência, a preposição “a”, a qual se contrai com o “a” (artigo) que antecede o substantivo “excitação” é o adjetivo (nome) “ligadas”. 480. Resposta: “C”. O texto apresenta e analisa dados obtidos em uma pesquisa sobre o perfil da magistratura brasileira. 481. (INSTITUTO GERAL DE PESQUISAS DE SANTA CATARINA/SC – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – IESES/2014) Releia o segundo parágrafo do texto, prestando atenção aos mecanismos de concordância empregados: “A maioria das entrevistadas (87%) considera os concursos para a magistratura imparciais. Passada a fase de ingresso, 14% delas relataram ter mais problemas nos processos de remoção e promoção do que os juízes. Na Justiça Federal, esse índice dobra (28%).” Agora, assinale a única alternativa correta. (A) A simples substituição da expressão “a fase” por “o período” não alteraria a correção do período. (B) A concordância também estaria correta em: A maioria das entrevistadas (87%) consideram os concursos para a magistratura imparciais. (C) Também estaria correta a seguinte construção: 14% delas relataram terem mais problemas nos processos [...]. (D) A concordância também estaria correta em: 14% delas relatou ter mais problemas nos processos [...]. . 173 482. (INSTITUTO GERAL DE PESQUISAS DE SANTA CATARINA/SC – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – IESES/2014) O acento diferencial é usado para diferenciar palavras homógrafas. Esse tipo de acento ocorre em qual das alternativas? Assinale-a. (A) Amém. (B) Sábia. (C) Pública. (D) Pôde. 483. (INSTITUTO GERAL DE PESQUISAS DE SANTA CATARINA/SC – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – IESES/2014) Em qual das alternativas o sinal de crase é facultativo? (A) Fiz menção à teoria citada por você. (B) O sapato tinha detalhes à italiana. (C) Suas publicações são semelhantes às minhas. (D) Dirigi-me à Laura para saber como ela atendia os contribuintes. 484. (EBSERH/PB – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – INSTITUTO AOCP/2014) Assinale a alternativa em que NÃO há dígrafo na palavra. (A) Terreno. (B) Pouquinho. (C) Estresse. (D) Cumprimento. (E) Briga. 485. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014 - adaptada) “Segundo dados do Ministério, no Brasil, apenas 1,8% da população adulta faz doações regulares de sangue”. O segmento destacado expressa: (A) causalidade. (B) conclusão. (C) condição. (D) proporcionalidade. (E) conformidade. 486. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) Assinale a alternativa em que as normas da concordância foram cumpridas. (A) No ano passado, houve inúmeros doadores de sangue na campanha Bombeiro Sangue Bom . (B) Já fazem mais de cinco anos que a Ação Social 6 milhas Bombeiros acontece no Brasil. (C) Desde o início da campanha Bombeiro Sangue Bom foi registrado muitas doações de sangue. (D) Chega, a cada ano, novos doadores que desejam ajudar o próximo. (E) A Ação Social 6 milhas Bombeiros têm a expectativa de conseguir novos doadores. 487. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos duas letras representando um único fonema. Esse fenômeno também está presente em: (A) cartola. (B) problema. (C) guaraná. (D) água. (E) nascimento. 488. (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “O evento promove a saúde de modo integral.” A regra que justifica o acento gráfico no termo destacado é a mesma que justifica o acento em: (A) “remédio”. (B) “cajú”. (C) “rúbrica”. (D) “fráude”. (E) “baú”. . 174 489. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) A concordância está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa em: (A) Nestas férias de verão, as famílias têm lotado clubes e praias. (B) Nestas férias de verão, clubes e praias tem sido lotado pelas famílias. (C) Nestas férias de verão, clubes e praias ficam lotadas pelas famílias. (D) Nestas férias de verão, as famílias mantém clubes e praias lotado. (E) Nestas férias de verão, estão ficando lotado, pelas famílias, clubes e praias. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014 - adaptada) Texto para as questões 490 a 497. Ai que preguiça O corpo humano é uma máquina desenhada para o movimento. É dotado de dobradiças, músculos que formam alavancas capazes de deslocar o esqueleto em qualquer direção, ossos resistentes, ligamentos elásticos que amortecem choques e sistemas de alta complexidade para mobilizar energia, consumir oxigênio e manter a temperatura interna constante. Em 6 milhões de anos, a seleção natural se encarregou de eliminar os portadores de características genéticas que dificultavam a movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores. Se o corpo humano fosse projetado para os usos de hoje, para que pernas tão compridas e braços tão longos? Se fossem só para ir de um assento a outro, nossas pernas poderiam ter metade do comprimento. Se os braços servissem apenas para alcançar o teclado do computador, para que antebraços? Seríamos anões de membros atrofiados, mas com um traseiro enorme, acolchoado, para nos dar conforto nas cadeiras. A possibilidade de ganharmos a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. A disponibilidade de alimentos de qualidade acessíveis a grandes massas populacionais, mais recente ainda. Para quem já morou em cavernas, a adaptação a um meio com alimentação rica em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos foi imediata. Os efeitos adversos desse estilo de vida, no entanto, não demoraram para surgir: sedentarismo, obesidade e seu cortejo nefasto: complicações cardiovasculares, diabetes, câncer, degenerações neurológicas, doenças reumáticas e muitas outras. Se todos reconhecem que a atividade física faz bem para o organismo, por que ninguém se exercita com regularidade? Por uma razão simples: descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso. Vá ao zoológico. Você verá uma onça dando um pique para manter a forma? Um chimpanzé — com quem compartilhamos 99% de nossos genes — correndo para perder a barriga? É tão difícil abandonar a vida sedentária porque desperdiçar energia vai contra a natureza humana. Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais. Digo por experiência própria. Há 20 anos corro maratonas, provas de 42 quilômetros que me obrigam a levantar às cinco e meia para treinar. Fiz um trato comigo mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora. Ao contrário do que os treinadores preconizam, não faço alongamento antes, já saio correndo, única maneira de resistir ao ímpeto de voltar para a cama. O primeiro quilômetro é dominado por um pensamento recorrente: “Não há o que justifique um homem a passar pelo que estou passando”. Vencido esse martírio inicial, a corrida se torna suportável. Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz celestial. Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá. Praticar exercícios com regularidade exige disciplina militar, a mesma que você tem na hora de ir para o trabalho. (Drauzio Varella, Folha de S.Paulo, 11.01.2014, http://zip.net/bgl5Xn~. Adaptado ) . 175 490. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) No texto, o autor (A) oferece informações detalhadas sobre o corpo humano e sua disposição para a atividade física, sem opinar sobre o assunto. (B) dá informações e expõe sua opinião sobre a evolução do homem e sua relação com a prática de atividade física. (C) defende a tese de que a prática de exercícios físicos já não traz benefícios ao ser humano em seu estágio evolutivo atual. (D) informa que os seres humanos, assim como os chimpanzés, não são geneticamente preparados para praticar exercícios físicos. (E) explica, didaticamente, como foi difícil para o homem adaptar-se a um estilo de vida sedentário, promovido pelo progresso tecnológico. 481. Resposta: “B”. “A maioria das entrevistadas (87%) considera os concursos para a magistratura imparciais. Passada a fase de ingresso, 14% delas relataram ter mais problemas nos processos de remoção e promoção do que os juízes. Na Justiça Federal, esse índice dobra (28%).” (A) A simples substituição da expressão “a fase” por “o período” não alteraria a correção do período. = mudaria: “passado o período” (B) A concordância também estaria correta em: A maioria das entrevistadas (87%) consideram os concursos para a magistratura imparciais. = correta (C) Também estaria correta a seguinte construção: 14% delas relataram terem mais problemas nos processos [...]. = incorreta (relataram ter) (D) A concordância também estaria correta em: 14% delas relatou ter mais problemas nos processos [...]. = incorreta (14% delas relataram – numeral e pronome estão no plural = verbo no plural) 482. Resposta: “D”. Lembrete: o acento diferencial, após o Novo Acordo Ortográfico, continua nas palavras: “Pôr” (verbo) - para diferenciação com “por” (preposição); “pôde” (verbo no pretérito perfeito do indicativo) – para diferenciação de “pode” (verbo no presente do indicativo). Questão respondida! Nas demais palavras das alternativas, há a mudança da posição da sílaba tônica, mudando, também, o significado delas: (A) Amém = oxítona terminada em “em” / amem = verbo (paroxítona) (B) Sábia = paroxítona (adjetivo) / sabia = paroxítona (verbo) / sabiá = oxítona (substantivo) (C) Pública = proparoxítona (adjetivo) / publica = paroxítona (verbo) 483. Resposta: “D”. (A) Fiz menção à teoria citada por você. = obrigatório (regência nominal de “menção”) (B) O sapato tinha detalhes à italiana. = obrigatório (subentendida “à moda”) (C) Suas publicações são semelhantes às minhas. = obrigatório (semelhantes às publicações minhas – regência de “semelhantes”) (D) Dirigi-me à Laura para saber como ela atendia os contribuintes. = facultativa (antes de nome próprio – no caso, o sinal grave foi utilizado para evitar incompreensão) 484. Resposta: “E”. Dígrafo = duas letras que representam um fonema (um som). Indicarei os dígrafos à frente das palavras: (A) Terreno. = rr (B) Pouquinho. = nh (C) Estresse. = ss (D) Cumprimento. = um / en (E) Briga. = não há dígrafo 485. Resposta: “E”. A conjunção que inicia o período é conformativa (conforme números, segundo dados...), apresentando a informação baseada em um modelo, um dado fornecido na oração principal (que a acompanha). . 176 486. Resposta: “A”. (A) No ano passado, houve inúmeros doadores de sangue na campanha Bombeiro Sangue Bom. = correta (B) Já fazem mais de cinco anos que a Ação Social 6 milhas Bombeiros acontece no Brasil. = já faz mais de cinco anos (C) Desde o início da campanha Bombeiro Sangue Bom foi registrado muitas doações de sangue. = foram registradas muitas doações (D) Chega, a cada ano, novos doadores que desejam ajudar o próximo. = chegam, a cada ano, novos doadores (E) A Ação Social 6 milhas Bombeiros têm a expectativa de conseguir novos doadores. = a Ação Social 6 milhas Bombeiros tem 487. Resposta: “E”. duas letras representando um único fonema = dígrafo (A) cartola = não há dígrafo (B) problema = não há dígrafo (C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) (D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) (E) nascimento = dígrafo: sc 488. Resposta: “E”. “O evento promove a saúde de modo integral.” = saúde - segue a regra do hiato (A) “remédio” = paroxítona terminada em ditongo (B) “cajú” = oxítona terminada em “u” não é acentuada (caju) (C) “rúbrica” = paroxítona terminada em “a” não é acentuada (rubrica) (D) “fráude” = paroxítona terminada em “e” não é acentuada (fraude) (E) “baú” = regra do hiato 489. Resposta: “A”. (A) Nestas férias de verão, as famílias têm lotado clubes e praias. = correta (B) Nestas férias de verão, clubes e praias tem sido lotado pelas famílias. = têm sido (C) Nestas férias de verão, clubes e praias ficam lotadas pelas famílias. = ficam lotados (D) Nestas férias de verão, as famílias mantém clubes e praias lotado. = mantêm (E) Nestas férias de verão, estão ficando lotado, pelas famílias, clubes e praias. = lotados 490. Resposta: “B”. O autor dá informações e expõe sua opinião – de maneira divertida! – sobre as atividades físicas. 491. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) Em 6 milhões de anos, o ser humano adaptou-se ao movimento com o fim de (A) consumir oxigênio e manter a temperatura interna constante. (B) ir de um assento a outro e alcançar o teclado do computador. (C) buscar alimentos, construir abrigos e fugir de predadores. (D) permanecer saudável e obter uma boa aparência física. (E) combater doenças relacionadas à obesidade, como diabetes. 492. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) De acordo com o texto, a resistência que, atualmente, as pessoas demonstram ter com relação à prática regular de exercícios físicos justifica-se pelo fato de os seres humanos terem sido naturalmente projetados para (A) terem uma vida sedentária, com fácil acesso à alimentação. (B) gastarem energia somente em situações específicas. (C) locomoverem-se apenas durante a fase de aprendizado, na infância. (D) serem pouco ágeis, devido ao fato de terem os membros atrofiados. (E) permanecerem em repouso, para evitar complicações cardiovasculares. . 177 493. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) O termo ela, em destaque no último parágrafo, faz referência direta à (A) disposição física. (B) vadiagem. (C) chuva. (D) disciplina militar. (E) regularidade. 494. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) No trecho — Quando você ouvir alguém dizendo que, todos os dias, pula da cama louco de disposição para o exercício, pode ter certeza: é mentira. Essa vontade pode nos visitar num sítio ou na praia com os amigos, na rotina diária jamais. —, o autor sugere que a vontade intensa de praticar exercícios pode ocorrer (A) usualmente. (B) frequentemente. (C) esporadicamente. (D) assiduamente. (E) reiteradamente. 495. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) Ao referir-se à sua experiência particular, o autor (A) relata que foi preciso inscrever-se em maratonas para se obrigar a fazer exercícios físicos com certa regularidade. (B) revela que, só depois de 20 anos de treinos, passou a se sentir animado para correr 42 quilômetros pela manhã. (C) confessa ter preguiça de levantar cedo da cama para treinar para as maratonas, mas busca meios de superar essa preguiça. (D) conta que acorda empolgado para correr, só que perde essa empolgação conforme veste o calção, a camiseta e calça o tênis. (E) sugere que deixou de fazer alongamento antes da corri- da, pois viu que isso não influenciava sua atuação nas maratonas. 496. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) De acordo com o autor, (A) a corrida vai se tornando mais e mais aprazível a cada quilômetro percorrido. (B) assim que se completa o primeiro quilômetro, a corrida torna-se extremamente prazerosa. (C) a liberação de endorfinas no sangue permite que se tenha prazer durante a corrida. (D) o prazer proporcionado pela corrida só é experimentado depois que ela foi concluída. (E) é o prazer experimentado ao longo do percurso que leva o corredor a não desistir da corrida. 497. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) Após o acréscimo da vírgula, o trecho que se mantém pontuado corretamente, e com o sentido preservado, é: (A) A possibilidade de ganharmos, a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. (terceiro parágrafo) (B) ... a adaptação a um meio com alimentação rica, em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos foi imediata. (quarto parágrafo) (C) Você verá, uma onça dando um pique para manter a forma? (sétimo parágrafo) (D) Há 20 anos, corro maratonas... (nono parágrafo) (E) Praticar exercícios com regularidade exige, disciplina militar... (último parágrafo) 498. (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP – TÉCNICO LEGISLATIVO – VUNESP/2014) O acento indicativo de crase, em destaque nas frases, está empregado corretamente em: (A) A mesa farta dos nobres da Antiguidade já chegou à classe média. (B) O acesso à alimentos de qualidade foi facilitado recentemente. (C) O homem moderno habituou-se à uma vida sedentária. (D) Sedentarismo e obesidade podem levar à várias doenças. (E) Médicos aconselham seus pacientes à praticar atividade física. . 178 499. (FUNDUNESP/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014 - adaptada) Nas frases – Houve pulos, atropelos, pontapés... – e – Se ao menos na aula só houvesse rapazes... –, substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir, e mantendo-se o mesmo tempo verbal, tem-se, respectivamente, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa: (A) Existe; existam. (B) Existiam; existisse. (C) Existiu; existisse. (D) Existiram; existissem. (E) Existia; existiam. 500. (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTORIA – VUNESP/2014) Chuvas com lembranças Começam a cair uns pingos de chuva. Tão leves e raros que nem as borboletas ainda perceberam, e continuam a pousar, às tontas, de jasmim em jasmim. As pedras estão muito quentes, e cada gota que cai logo se evapora. Os meninos olham para o céu cinzento, estendem a mão – vão fazer outra coisa. (Como desejariam pular em poças d’água! – Mas a chuva não vem...) Nas terras secas, tanta gente a esta hora está procurando, também, no céu um sinal de chuva! E nas terras inundadas, quanta gente estará suspirando por um raio de sol! Penso em chuvas de outrora: chuvas matinais, que molham cabelos soltos, que despencam as flores das cercas, que entram pelos cadernos escolares e vão apagar a caprichosa caligrafia dos exercícios! Chuvas de viagens: tempestade na Mantiqueira, quando nem os ponteiros do para-brisa dão vencimento à água; quando apenas se vê, na noite, a paisagem súbita e fosfórea mostrada pelos relâmpagos. Chuvas antigas, nesta cidade nossa, de eternas enchentes: a de 1811, que com o desabamento de uma parte do Morro do Castelo soterrou várias pessoas, arrastou pontes, destruiu caminhos e causou tal pânico em toda a cidade que durante sete dias as igrejas e capelas estiveram abertas, acesas, com os sacerdotes e o povo a pedirem a misericórdia divina. Chuvas modernas, sem igrejas em prece, mas com as ruas igualmente transformadas em rios, os barracos a escorregarem pelos morros; barreiras, pedras, telheiros a soterrarem pobre gente! Por enquanto, caem apenas algumas gotas aqui e ali, que nem as borboletas percebem. Os meninos esperam em vão pelas poças d’água onde pulariam contentes. Tudo é apenas calor e céu cinzento, um céu de pedra onde os sábios e avisados tantas coisas liam, outrora... “São Jerônimo, Santa Bárbara Virgem, lá no céu está escrito, entre a cruz e a água benta: Livrai-nos, Senhor, desta tormenta!” (Cecília Meireles, Escolha o seu sonho. Adaptado) Com seu texto, a autora tem a intenção de (A) falar mal dos tempos de chuva. (B) mostrar que ninguém se importa com a chuva. (C) combater a ideia de que a chuva seja importante. (D) registrar com sensibilidade os efeitos da chuva. (E) comentar como é a chuva na sua velhice. 491. Resposta: “C”. No texto: “movimentação necessária para ir atrás de alimentos, construir abrigos e fugir de predadores”. 492. Resposta: “B”. Texto: “descontadas as brincadeiras da infância, fase de aprendizado, os animais nunca desperdiçam energia. Só o fazem atrás de alimento, sexo ou para escapar de predadores. Satisfeitas as três necessidades, permanecem em repouso”. 493. Resposta: “A”. Voltemos ao texto: “Por isso, caro leitor, se você está à espera da chegada da disposição física para sair da vadiagem em 2014, tire o cavalo da chuva: ela não virá”. . 179 494. Resposta: “C”. Pode ocorrer uma vez ou outra, esporadicamente. 495. Resposta: “C”. Texto: “Fiz um trato comigo mesmo: ao acordar, só posso desistir de correr depois de vestir calção, camiseta e calçar o tênis. Se me permitir tomar essa decisão deitado na cama, cada manhã terei uma desculpa. Não há limite para as justificativas que a preguiça é capaz de inventar nessa hora”. 496. Resposta: “D”. Texto: “Boa mesmo, só fica quando acaba. Nessa hora, a circulação inundada de endorfinas traz uma sensação de paz celestial”. 497. Resposta: “D”. Indiquei com (X) as pontuações inadequadas: (A) A possibilidade de ganharmos, (X) a vida sem andar é aquisição dos últimos 50 anos. (terceiro parágrafo) (B) ... a adaptação a um meio com alimentação rica, (X) em nutrientes e tecnologia para fazer chegar em nossas mãos tudo de que necessitamos foi imediata. (quarto parágrafo) (C) Você verá, (X) uma onça dando um pique para manter a forma? (sétimo parágrafo) (D) Há 20 anos, corro maratonas... (nono parágrafo) = ficaria correta (E) Praticar exercícios com regularidade exige, (X) disciplina militar... (último parágrafo) 498. Resposta: “A”. (A) A mesa farta dos nobres da Antiguidade já chegou à classe média. = correta (B) O acesso à alimentos de qualidade foi facilitado recentemente. = a alimentos (palavra masculina) (C) O homem moderno habituou-se à uma vida sedentária. = a uma vida (artigo indefinido) (D) Sedentarismo e obesidade podem levar à várias doenças. = a várias (palavra no plural, generalizando) (E) Médicos aconselham seus pacientes à praticar atividade física. = a praticar (verbo no infinitivo) 499. Resposta: “D”. O verbo “haver”, quando empregado com o sentido de “existir”, é impessoal – não sofre flexão. Mas o “existir”, sofre: “Existiram pulos...” “Se ao menos na aula existissem rapazes...”. 500. Resposta: “D”. Resposta clara, ainda mais em se tratando de Cecília Meireles: registrar com sensibilidade os efeitos da chuva. . 180 INTERPRETAÇÃO TEXTUAL: Questões 501 a 552. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL: Questões 553 a 563. REESCRITA TEXTUAL: Questões 564 a 572. CLASSES GRAMATICAIS: Questões 573 a 580. ACENTUAÇÃO: Questões 581 a 584. SINONÍMIA: Questões 585 a 599. CRASE: Questões 600 a 605. TIPOLOGIA TEXTUAL: Questões 606 a 614. FIGURAS DE LINGUAGEM: Questões 615 a 619. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL: Questões 620 a 622. LINGUÍSTICA TEXTUAL: Questão 623. NORMA CULTA: Questões 624 a 630. AMBIGUIDADE: Questões 631 a 637. PONTUAÇÃO: Questões 638 a 651. COESÃO E COERÊNCIA: Questões 652 a 680. TERMOS DA ORAÇÃO: Questões 681 a 682. FUNÇÕES DO SE: Questão 683. CONJUGAÇÃO VERBAL: Questões 684 a 692. MECANISMOS LINGUÍSTICOS: Questões 693 a 697. FONÉTICA: Questão 698. COMPREENSÃO DE TEXTO: Questões 699 e 700. ANTONÍMIA: Questão 701. LITERATURA: Questão 702 a 750. Questões de 501 a 750 Comentadas pela Professora Célia Leal . 181 O Brasil e as drogas Algumas recentes notícias divulgadas na mídia, especialmente a que dá conta de que o Brasil ocupa a 2ª colocação no ranking mundial de consumo de cocaína e derivados (crack, por exemplo), atrás apenas dos Estados Unidos, aumentaram a preocupação das autoridades e da população em geral com relação ao problema das drogas em nosso país. Certamente, a indesejada posição no ranking mundial de consumo de drogas levanta a questão sobre o papel de cada entidade pública e de cada cidadão no enfrentamento da questão das drogas. Contudo, é preciso avaliar inúmeros outros aspectos na constante busca de aperfeiçoamento da atividade de cada envolvido, de forma que se possa dar a devida contribuição para o enfrentamento da questão com eficiência. O combate militarizado ao tráfico, de forma isolada, certamente será medida ineficiente na luta contra as drogas. Seu efeito, ao contrário, somente aumentará o custo da operação do tráfico, o que aumentará ainda mais sua lucratividade e fomentará a corrupção. (Fábio Sérgio do Amaral) 501. (PC/MA - Delegado de Polícia - FGV/2012) "Algumas recentes notícias divulgadas na mídia, especialmente a que dá conta de que o Brasil ocupa a 2ª colocação no ranking mundial de consumo de cocaína e derivados (crack, por exemplo), atrás apenas dos Estados Unidos, aumentaram a preocupação das autoridades e da população em geral com relação ao problema das drogas em nosso país". Deduz-se desse primeiro parágrafo do texto que (A) não havia, no Brasil, preocupação com o problema das drogas antes de algumas notícias divulgadas pela mídia. (B) a notícia da 2ª. Colocação do Brasil no ranking mundial do consumo de cocaína e derivados fez com que algumas notícias fossem divulgadas pela mídia. (C) além do crack, não há outros derivados da cocaína que sejam consumidos no Brasil. (D) o problema das drogas preocupava somente as autoridades, mas agora chega também a preocupar a população em geral. (E) as informações prestadas pela mídia são dignas de confiança. 502. (PC/MA - Delegado de Polícia - FGV/2012) "O combate militarizado ao tráfico, de forma isolada, certamente será medida ineficiente na luta contra as drogas. Seu efeito, ao contrário, somente aumentará o custo da operação do tráfico, o que aumentará ainda mais sua lucratividade e formentará a corrupção". Deduz-se desse segmento do texto que (A) o combate às drogas deva ser feito não só pela polícia militar, mas também pela polícia civil. (B) o combate ao tráfico deve ser feito por aqueles setores da sociedade preparados para confrontos. (C) já que o combate social do tráfico vai dificultar a venda de drogas, seu preço se tornará mais alto. (D) os traficantes passam a ter mais lucros quando a polícia militar, por sua corrupção, deixa de combater o tráfico. (E) a luta contra as drogas só terá sucesso se a corrupção for combatida. 503. (PC/MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012) Considerações finais Percebeu-se que o campo de estudo da polícia é bastante vasto. A polícia está diretamente ligada à vida das pessoas e, por essa razão, o maior sentido dela é exatamente garantir que as pessoas vivam em comum, felizes, em paz, com qualidade de vida. Assim, percebe-se o detabe acirrado, quer pelos letrados, quer pelos cientistas, sobreturo, pelas pessoas comuns, na nova dimensão da teoria francesa. Esse é o início da parte final de um trabalho da autoria de um comandante de uma academia de polícia. Por esse segmento, percebe-se que a “teoria francesa” aludida no texto deve defender. . 182 (A) um debate mais aprofundado sobre as necessidades de segurança. (B) uma ligação mais intensa com a vida particular dos cidadãos. (C) a necessidade de segurança mais democrática. (D) uma nova dimensão intelectual dos policiais. (E) mais qualidade de vida para a população em geral. 504. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara". Ali, o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, o que, se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade, levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência. Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 28/10/2012) Atente para as afirmações abaixo. I. A ideia de que a vida animal na Terra estava fadada a surgir permite inferir as teorias criacionistas em que se baseiam os cientistas citados. II. Embora o fato ainda não seja comprovável cientificamente, é bastante alta a possibilidade de haver vida complexa em outros planetas, dada a inexorabilidade da inteligência. III. Uma das teorias científicas para o aparecimento de vida inteligente na Terra recai sobre coincidências e mecanismos de adaptação que dificilmente se repetiriam se houvesse qualquer alteração no processo. Está correto o que consta APENAS em: (A) II. (B) III. (C) I e III. (D) I e II. (E) I. 505. (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 Ouvir a voz da rua, por meio da literatura, constitui um bom começo para a apreensão dos espaços de interação das pessoas destinatárias do texto literário com o direito e com o 4 seu fenômeno de expressão mais notável, que é a lei. A leitura do texto literário que narra a perplexidade das pessoas em relação à lei pode interferir positivamente na compreensão 7 do problema da adesão aos centros de tutela que nela se estabelecem. A dialética própria do conhecimento aplica-se 10 especialmente ao direito como grande cena da cultura humana e lugar de residência ou de visibilidade do conflito. O texto . 183 13 16 19 22 25 literário pode mudar o leitor, pode confrontar suas crenças e fazê-lo pensar. Ele pode, também, fazer o apostolado das necessidades. Esse, porém, não é um processo automático e não prescinde de uma mobilização por aqueles que detêm as ferramentas operacionais de geração do direito — legisladores, professores, teóricos e agentes máximos da informação pelo argumento, como os juízes, os advogados, os promotores etc. — para chamar a atenção do leitor acerca do conteúdo proposto no texto literário. O texto literário pode mudar o leitor, dar-lhe voz, chamar-lhe a atenção para algo não percebido espontaneamente, preencher-lhe as lacunas com o alívio de ouvir o que queria que fosse dito. Esse texto pode abrir uma vereda para a expansão do conhecimento por meio das promessas e perguntas que faz. Mônica Sette Lopes. A imagem do direito e da justiça no Machado de Assis cronista. <www.amatra3.com.br> (com adaptações). O debate de diferentes aspectos pertinentes a determinados fatos regulados pela lei promovido pelos agentes que detêm as ferramentas operacionais de geração do direito é importante para que o texto literário possa levar o leitor a questionar seu modo de pensar e até a mudar seu ponto de vista a respeito dos assuntos nele abordados. Certo ( ) Errado ( ) 506. (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) No texto, caracteriza-se a dialética como “grande cena da cultura humana e lugar de residência ou de visibilidade do conflito” (L.10-11). Certo ( ) Errado ( ) 507. (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) Infere-se do texto que o texto literário é um dos agentes capazes de garantir que o cidadão comum tome conhecimento de seus direitos estabelecidos em lei. Certo ( ) Errado ( ) 508. (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) Depreende-se da leitura do texto que, de modo geral, os inconformados com o sistema judicial utilizam os escritos literários como meio de expressão. Certo ( ) Errado ( ) 509. (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) Julgue os itens a seguir, referentes aos sentidos e aos aspectos estruturais do texto. Do segundo período do texto depreende-se que os “centros de tutela” (L.7) são estabelecidos na lei. Certo ( ) Errado ( ) 510. (PM/RJ - Oficial da Polícia Militar - Inglês - IBFC/2012) Texto I A vida no lixão de Gramacho - RJ Considerado o maior aterro sanitário da América Latina, o Lixão de Gramacho é conhecido pelos seus diversos catadores e pelas histórias que ali com eles vivem. Histórias das Ruas foi até lá para conhecer um pouco dessa realidade e poder trazer para vocês alguns fatos que não apenas chocam mas incomodam até mesmo os mais desinteressados. . 184 O Lixão se localiza no bairro do Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias. O local recebe mais de 7 mil toneladas de lixo por dia. O bairro possui 20 mil habitantes que vivem na miséria e mais de 50% da população tiram sua renda da reciclagem de lixo que catam no aterro. As pessoas que vivem trabalhando com a reciclagem moram ao redor do aterro, em barracos de madeiras e papelão, em meio a muita lama e lixo, muito lixo. [...] Adentramos a favela e, tudo o que eu via, me impressionava muito. Mesmo não sendo a rampa (nome dado à montanha de lixo que é localizada dentro do aterro), a quantidade de lixo diante dos meus olhos era extremamente exagerada. Ficava difícil até ver o chão, forrado de lixo. Durante a nossa caminhada, João [um dos catadores] me explicou como era a vida no Lixão. “Aqui nós trabalhamos para duas empresas que são donas de todo esse lixo. Não podemos trabalhar por conta própria. Enquanto eles se enriquecem com esse lixo que nós catamos e reciclamos, nós vivemos assim, nessa situação.” O cenário daquela comunidade era praticamente um cenário de guerra. Carros tombados, pessoas com semblantes muito sofridos e crianças carregando crianças. O cheiro era muito forte, também devido à quantidade enorme de porcos que viviam no meio do monte de lixo, porcos que dividiam o espaço onde as crianças da comunidade brincavam. Além disso, percebi que não havia saneamento no local. Perguntei ao Sr. João se ele fazia ideia de quantas crianças viviam lá e ele me respondeu: “Não tem como ter ideia disso. São realmente muitas crianças que vivem no meio desse lixo e cada vez mais aumenta o número delas.”[...] Conversei com muitas pessoas e pude perceber que a maioria não queria contar a sua história de vida. Percebi que quase ninguém gostava de tocar no assunto de como foi parar ali; era um assunto que incomodava a todos e espalhava certa tristeza no ar, tristeza muito mais nítida do que a pobreza em que eles vivem. O Lixão será desativado até o dia 03/06. Para mim, ficou evidente que aquelas pessoas que vivem lá dependem daquele lixo para sobreviver, pois é de onde tiram o próprio sustento. Com todos os moradores que eu consegui conversar, perguntei o que eles iriam fazer e para onde pensarão ir depois que o Lixão fosse desativado. A Resposta era sempre a mesma: “Não sabemos, estamos esperando o governo decidir o que vai fazer com todo mundo que mora aqui.” Alguns até disseram estar tristes devido ao fato de que o lixão iria fechar.[...] No dia seguinte, voltando para São Paulo, vi algumas notícias em jornais de grande circulação em todo o país dizendo que o fim do Lixão de Gramacho marca um novo começo, uma nova vida para os moradores de lá. Fiquei chocado! Como a imprensa, que tem como principal missão reportar a verdade dos fatos com espírito crítico pode manipulá-los a ponto de “sugerir” que o mal é um bem? (Fonte: www.historiasdasruas.com/2012 ) Considerando o conteúdo da última frase do texto, o autor sugere que o “mal” faz referência: (A) Ao trabalho infantil no lixão. (B) Ao fim do lixão e às consequências desse fim para os catadores. (C) À sua visão crítica sobre a atuação da imprensa. (D) Às diversas formas de exploração às quais os catadores de lixo eram submetidos. 501. Resposta: “E”. Em A, vemos um erro em “não havia preocupação, no Brasil, com o problema das drogas...”, muito diferente do que se afirma neste 1° parágrafo: “... atrás apenas dos Estados Unidos, aumentaram a preocupação...”. Em B, o erro está em insinuar que o fato (a 2ª colocação no ranking de consumo de drogas), seja a causa da publicação de outras notícias, quando o fato em si é que é uma notícia. Em C, os parênteses (crack, por exemplo), apenas ilustra uma das drogas derivadas de cocaína e não significa que o crack seja a única droga derivada de cocaína, consumida no Brasil. Em D, O erro está em colocar que este problema preocupava somente as autoridades e que a partir desta notícia passa a preocupar também a população, pois, no texto, está claro que as recentes notícias aumentaram a preocupação das autoridades e da população. Portanto a letra E, está correta ao afirmar que as informações são dignas de confiança, uma vez que alertam as autoridades e a população em geral. 502. Resposta: “C”. Esta alternativa está muito evidente no texto, pois vem explícita em: “... da necessidade de segurança de forma mais democrática...”. . 185 503. Resposta: “C”. No segundo período deste parágrafo: “Seu efeito, ao contrário, somente aumentará, o custo da operação do tráfico”..., Deixa clara a intenção do autor em alertar a população sobre o risco de que, ao combater isoladamente o tráfico, este se torne ainda mais lucrativo, uma vez que, haverá uma maior dificuldade na venda de drogas, em alguns locais isolados. 504. Resposta: “B”. Somente o que se afirma em III está correto, pois em I, afirma-se que os cientistas baseiam suas ideias nas teorias criacionistas, em nenhum momento mencionadas no texto. Em II, afirma-se que é alta a probabilidade de haver vida complexa em outros planetas o que contradiz a tese do físico Marcelo Gleiser que afirma que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no universo. 505. Resposta: “Certo.” “A leitura do texto literário que narra a perplexidade das pessoas em relação à lei pode interferir positivamente na compreensão do problema na adesão aos centros de tutela que nela se estabelecem.” 506. Resposta: “Errado”. O texto cita o direito como dialética própria do conhecimento na medida em que apresenta uma grande cena da cultura humana e lugar de residência ou de visibilidade do conflito. Desta forma, a dialética do texto não pode ser “grande cena da cultura humana e lugar de residência ou de visibilidade do conflito”. 507. Resposta: “Errado”. Desse texto, não se infere que o texto literário é um agente capaz de garantir que o cidadão comum tome conhecimento de seus direitos estabelecidos em lei, mas sim, que o texto literário é um bom começo para a apreensão dos espaços de interação dos leitores do texto com o direito e, por conseguinte, com a lei. 508. Resposta: Errado. Em momento algum, este texto menciona os “inconformados com o sistema judicial”. 509. Resposta: “Certo”. Este parágrafo assim termina: ”... positivamente na compreensão do problema da adesão aos centros de tutela que nela se estabelecem.” Este pronome ela aglutinado da preposição em (em +ela), refere-se à lei. Portanto, daí depreende-se que os centros de tutela são estabelecidos na lei ou “nela se estabelecem”. 510. Resposta: “B” - O termo “mal”, empregado na última linha do parágrafo retoma, faz referência às notícias de jornais de grande circulação que diziam que o fim do lixão marca o novo começo, uma nova vida para os moradores; ou seja, este fim é mal e não bom, como manipulam os jornais. 511. (PM-RJ - Oficial da Polícia Militar - Inglês - IBFC/2012) “O cenário daquela comunidade era praticamente um cenário de guerra. Carros tombados, pessoas com semblantes muito sofridos e crianças carregando crianças. O cheiro era muito forte, também devido à quantidade enorme de porcos que viviam no meio do monte de lixo, porcos que dividiam o espaço onde as crianças da comunidade brincavam.” Para evidenciar o caráter descritivo do texto e construir uma imagem para o leitor, o autor combina os seguintes sentidos no trecho acima: (A) Visual e olfativo. (B) Táctil e visual. (C) Táctil e olfativo. (D) Visual e auditivo. . 186 512. (PC/MA - Delegado de Polícia - FuGV/2012) Com relação ao cartaz acima, analise as afirmativas a seguir. I. No contexto do cartaz, a palavra “drogas” tem valor de “morte”. II. A linguagem formal do cartaz pretende atingir a elite dominante do país. III. O enunciador das frases do cartaz é, hipoteticamente, um viciado em drogas. Assinale: (A) se apenas a afirmativa I estiver correta. (B) se apenas a afirmativa II estiver correta. (C) se apenas a afirmativa III estiver correta. (D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. (E) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 513. (ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 3, e 4 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro desde ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda acumulada apresentou crescimento de 7,30% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 75,57% em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. De janeira a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de 2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. Internet: www.anac.gov.br (com adaptações). . 187 Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. Depreende-se das informações do texto que o serviço de transporte aéreo doméstico de passageiros no Brasil enfrenta uma crise em consequência da retração da demanda. Certo ( ) Errado ( ) 514. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. A autora defende a ideia de que as elites intelectuais, na chegada da Corte ao Brasil, estavam muito insatisfeitas com a Corte portuguesa, razão pela qual defendiam veementemente a separação da colônia em relação à metrópole portuguesa. Certo ( ) Errado ( ) 515. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC - 2012) Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo, Ivan Lermolieff, e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. Somente alguns anos depois, o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. De fato, tratava-se do italiano Giovanni Morelli. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje. Os museus, dizia Morelli, estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo- nos frente a obras não assinadas, talvez repintadas ou num mau estado de conservação. Nessas condições, é indispensável poder dintinguir os originais das cópias. Para tanto, porém, é preciso não se basear, como normalmente se faz, em características mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros. Pelo contrário, é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés. Com esse método, Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa. Apesar dos resultados obtidos, o método de Morelli foi muito criticado, talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto. Posteriormente foi julgado mecânico, grosseiramente positivista, e caiu em descrédito. Por outro lado, é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E. Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os pormenores, de preferência à obra em seu . 188 conjunto. Em Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio, assimilado por ele na juventude, em contato com os círculos românticos berlinenses. (Adaptado de Carlo Ginzburg. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. S.Paulo: Cia. das Letras, 1989, p.143-5) O texto sugere que (A) a valorização dos pormenores de um quadro por Morelli resultava de sua crença de que eram determinantes para situar um pintor na escola a que havia pertencido. (B) Morelli considerava mais importante a atribuição de um quadro a seu verdadeiro autor do que o restauro de obras em mau estado de conservação. (C) o método de Morelli, a despeito dos bons resultados colhidos em muitas atribuições de quadros em museus europeus, acabou desacreditado devido à arrogância de seus críticos. (D) várias críticas feitas a Morelli eram inescrupulosas, pois seu método continuava sendo usado, sem a devida atribuição, por aqueles mesmos que o criticavam. (E) muito do malogro do método de Morelli pode ser creditado à sua crença, inspirada nos românticos, de que o artista era um gênio solitário e incompreendido. 516. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Com a expressão a dupla máscara, no primeiro parágrafo, o autor se refere (A) aos anos de 1874 e 1876, que escondem em um passado longínquo o autor de um método original e bastante moderno. (B) ao fato de morelli ter escrito sobre pintura italiana em uma revista alemã, o que acabava por encobrir sua nacionalidade italiana. (C) às cópias de quadros famosos em que a ausência de assinatura é mais um artifício para disfarçar a verdadeira autoria. (D) a morelli e ao método morelliano, que permaneceu muito tempo desconhecido e só foi revelado quando veio à luz o seu autor. (E) ao desconhecido estudioso russo e ao também desconhecido tradutor alemão, que encobriam o verdadeiro autor dos artigos. 517. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Um dos passos decisivos para diminuir a barbárie foi o surgimento dos Estados nacionais, com monopólio do uso da violência e autoridade sobre toda a população. Na Europa, essa inovação dez os indíces de violência despencaram de 10 a 50 vezes desde o século 16. No plano internacional, nada semelhante aconteceu. Não havia instituição alguma que pudesse reclamar o papel de autoridade central, com legitimidade para impor sanções e juridições sobre todos. Essa figura se materializa de modo ainda precário em instituições multilaterais como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Não obstante, houve significativa mudança na maneira de pensar e agir da comunidade internacional. Nas últimas duas décadas, ela se tornou bem menos tolerante com ditadores homicidas. Na semana passada, uma corte especial da ONU sobre a guerra civil da Serra Leoa condenou o expresidente da vizinha Libéria Charles Taylor por crimes de guerra e contra a humanidade. É a primeira vez desde os julgamentos de Nuremberg (1946), sobre crimes dos nazistas, que um ex-chefe de Estado é condenado por tribunal internacional. Taylor não representa, porém, um caso isolado. O ex-ditador da Sérvia Slobodan Milosevic morreu em 2006 enquanto era julgado por um tribunal internacional vinculado à ONU. Kieu Samphan, um dos liberes do Khmer Vermelho, regime responsável pela morte de milhões, está sendo julgado numa corte híbrida da ONU e do Camboja. Hissène Habré, do Chade, está sob custódia e deveria enfrentar um tribunal “ad hoc” africano. Laurent Gbagbo, responsabilizado por um conflito civil na Costa do Marfim, está sob a guarda do TPI. Com o argumento duvidoso de que ataques contra a população justificariam violar a soberania da nação tiranizada, parte da comunidade internaiconal se mobilizou militarmente para derrubar Muammar Gaddafi, da Líbia. Agora, pressiona Bashar Assad, da Síria. Há certa dose hipocrisia nesse tema. Ditadores alinhados com as potências militares tendem a continuar imunes à Justiça. Mas é preciso reconhecer que as coisas estão mudando para melhor. Até alguns anos atrás, a única preocupação de um tirano era evitar golpes de Estado. Hoje, autocratas já tem motivos para temer também a Justiça internacional. É parte do processo civilizatório. (Folha de S. Paulo, opinião A2, quarta-feira, 2 de maio de 2012) . 189 O editorialista (A) não reconhece mérito em instituições multilaterais como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC), dado seu caráter precário. (B) faz referência aos julgamentos de Nuremberg para reforçar seu ponto de vista acerca da debilidade de organismos internacionais, que não agem com presteza em casos que envolvem chefes de Estado. (C) confere superioridade a cortes híbridas em julgamentos de ex-governantes que praticaram crimes de guerra ou crimes contra a humanidade. (D) cita fato que evidencia a existência de tribunais constituídos especialmente para realizar um específico julgamento. (E) deixa entrever que há casos em que réus deixam de enfrentar um tribunal superior por estarem sob a tutela de organismos que defendem julgamentos justos. 518. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Considerado o parágrafo 8, compreendese corretamente que o autor, ao mencionar (A) (linha 36) o argumento duvidoso, restringe a avaliação positiva que se poderia fazer acerca da intervenção da comunidade internacional em nações tiranizadas. (B) (linhas 36 e 37) ataques contra a população, deixa consignada sua discordância quanto à parte da comunidade internacional que não se mobilizou contra gaddafi ou assad. (C) (linha 37) violar a soberania, expressa total recusa da ação executada pela comunidade internacional em territórios autônomos, ainda que tiranizados. (D) (linha 39) militarmente, manifesta desacordo quanto a essa forma de intervenção realizada por instituições multilaterais. (E) (linhas 39 e 40) o emprego de derrubar, no que se refere a gaddafi, e “pressionar”, no que se refere a assad, descreve as distintas ações adotadas, em função dos distintos perfis dos chefes de estado. 519. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) No último parágrafo do texto, (A) está implícita a ideia de que se considera avanço para a civilidade a palavra “tirano” dar lugar à palavra “autocrata”. (B) a expressão “golpe de estado” está empregada para significar o que está assim formulado no dicionário, sob o número 2: ato pelo qual um governo tenta manter-se no poder, pela força, além do tempo previsto. (C) a comparação estabelecida entre o que ocorria até alguns anos atrás e hoje objetiva demonstrar que tiranos têm sempre o que temer. (D) considerar o temor da justiça como “parte” do processo civilizatório implica considerá-lo secundário na busca pela civilidade. (E) o emprego de já indica avaliação de teor relativo, expressando que se deseja mais do que se conseguiu alcançar. 520. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Lista negra 1 *(jn) Relação de pessoas ou de assuntos vetados ou “indesejáveis” em um órgão de imprensa, isto é, proibidos de ser mencionados ou focalizados favoravelmente no noticiário, por determinação da 5 direção do veículo. Prática usual de alguns jornais. “Enquanto, em fins do século passado, o jornalismo americano já enveredava para a isenção ou indepêndencia com a famosa frase que acabou entronizada no cabeçalho do The New York Times - All the news 10 that fit to print (“todas as notícias que merecem Publicação”) - só agora, e mesmo assim com grande esforço, nos libertamos do cubismo. Tanto assim que quase todos os jornais ainda hoje conservam a sua . 190 15 20 25 30 lista de amigos e inimigos. Aos primeiros, tudo: destaque, nome completo, cobertura constante etc. Aos outros, silêncio ou, quando muito, críticas azedas. Desta forma, valorizam-se falsos valores e cometem-se graves erros de avaliação. Quantos pintores, poetisas, políticos, homens de governo e empresários apenas medíocres tornaram-se célebres graças aos círculos de amizade na imprensa? E quantos talentos vivem escondidos, na rua da amargura, porque não conquistaram uma infraestrutura promocional? A proliferação das colunas mundanas e artísticas, e a consagração deste esdrúxulo jornalismo-de-valor em quase todos os nossos jornais, é o melhor sintoma dessa maçonaria. Jornais rivais não se citam, articulistas ou colunistas inspiram-se me competidores mas não mencionam a fonte; há um mundo não existente para cada jornal ou jornalista. Desta forma, neste boicote, ficam formalizadas as informação incorreta e a injustiça histórica. Não tem importância: primeiro satisfaça-se o ego, a personalidade imperial; imparcialidade vem depois” (Alberto Dines) (Dines, A. In Carlos Alberto Rabaça/Gustavo Guimarães Barbosa. Dicionário de Comunicação. 2 ed. Rev. E atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001, 10ª reimpressão. p 436) Sobre o que se tem no verbete, afirma-se com correção: (A) (linha 2) é aceitável entender-se “indesejáveis” como forma de eufemismo. (B) (linhas 3 e 4) em proibidos de ser mencionados ou focalizados favoravelmente, a palavra destacada tem valor explicativo, introduzindo uma outra maneira de dizer o dito anteriormente. (C) (linha 6) enquanto estabelece conexão entre fatos que ocorrem em concomitância. (D) (linha 6) o século referido pode ser precisamente determinado a partir da data que se lê nas indicações bibliográficas que acompanham o texto. (E) (linhas 7, 11 e 12) a correlação estabelecida por já e só agora necessita, para adquirir sentido, da ideia expressa em e mesmo assim com grande esforço. 511. Resposta: “A” – Sem dúvida, a única afirmativa correta é I, pois “drogas” está sendo usada como oposição à vida. Se quer ter vida, há de se ficar fora (longe) das drogas. A afirmativa II está incorreta, pois não temos linguagem formal neste cartaz, ao contrário, a expressão “Tô fora”, é bastante informal e usada especialmente por jovens. Em relação à afirmativa III, não há qualquer indício de que o enunciador do cartaz seja um viciado. Pode-se até imaginar um enunciador, mas este será alguém que, aconselha a não usar drogas, por isso ele está fora (longe) delas, portanto, jamais será (nem hipoteticamente) um viciado. 512. Resposta: “Errado”. De acordo com o texto, a crise é em consequência da diminuição da demanda e não da retratação desta. 513. Resposta: “Errado”. O texto afirma que “àquela altura ninguém vislumbrava a ideia de uma separação...”, portanto não se pode afirmar que as elites defendiam veementemente a separação da colônia em relação à metrópole portuguesa. 514. Resposta: “A” - É normal o escritor se utilizar da exploração de nossos sentidos para causar no leitor a sensação de que ele (leitor) está vivendo aquilo que ele (autor) está descrevendo. No caso deste texto, o autor explora abundantemente a visão e o olfato ao descrever e comparar o ambiente do lixão a ambiente de guerra, à tristeza dos olhos dos moradores, à convivência com porcos e ao cheiro destes porcos. . 191 515. RespostaS: “D” - “É possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições”. 516. Resposta: E - “Somente alguns anos mais tarde o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera”. 517. Resposta: “D’. Os parágrafos 4, 5, 6 e 7 citam fatos que comprovam a existência de tribunais internacionais constituídos para realizar julgamentos específicos. 518. Resposta: “A” – Ao introduzir o parágrafo, com a expressão “argumento duvidoso”, o autor expressa claramente seu ponto de vista sobre os ataques contra a população, e, isso torna a avaliação da intervenção internacional nem tanto positiva, uma vez que esses ataques atingem inocentes e não seus ditadores. 519. Resposta: “E” – O emprego dos termos “já”, indica que se avançou, mas como ele encerra: “É parte do processo civilizatório”, fica implícito que se deseja mais avanços nesta área. 520. Resposta: “A” – O eufemismo é uma figura de linguagem cuja função é suavizar a mensagem. Pode ser empregada de modo cortês, ou irônico. O que se vê no texto acima é uma maneira irônica de chamar as pessoas das quais o jornal não têm interesse em divulgar nada a seu respeito. Estas são “indesejáveis”. 521. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Considere as assertivas abaixo. I. Sobre a frase citada, que Dines toma como expressão de imparcialidade, pode-se ter outro ponto de vista: ela não está isenta de subjetividade, pois implica apreciação de mérito, na determinação do que merece, ou não, ser publicado. II. Alberto Dines evidencia que é lícito atribuir à ausência de palavras o poder da eloquência. III. Alberto Dines caracteriza o jornalismo-de-favor como prática cujos meandros não são totalmente conhecidos. O verbete legitima o que se afirma em: (A) I, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I, II e III. (D) I e III, apenas. (E) II, apenas. 522. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Aos primeiros, tudo: destaque, nome completo, cobertura constante etc. Aos outros, silêncio ou, quando muito, críticas azedas. Desta forma valorizam-se falsos valores e cometem-se graves erros de avaliação. Considerado o trecho acima, afirma-se com correção: (A) A forma verbal implícita em cada uma das duas frases iniciais é “concedem-se”. (B) Os dois-pontos introduzem uma síntese coerente e precisa das coisas referidas genérica e informalmente por tudo. (C) Ao encadear dois segmentos, a conjunção ou vem reposicionar o primeiro termo na argumentação, colocando-o, então, como a primeira de duas possibilidades. (D) Ao caracterizar o silêncio, a expressão quando muito equivale a “no máximo”. (E) O emprego simultâneo de valorizam-se e valores constitui redundância condenável, visto que, nesse caso, o excesso não confere maior vigor ao que se exprime na frase. 523. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 . O mundo maravilhoso do conto infantil sempre me instigou. Esse tempo perdido nos tempos, em que tal narrativa se ancora, esses atores não individualizados, cuja roupa é fácil de vestir, de contar tão “ausente” e distante, que parece falar em nome de todos os contadores de histórias! Escolhi Perrault, o primeiro a tomar a voz da tradição oral e imprimi-la no mundo oficial da literatura. Escolhi Chapeuzinho Vermelho, Le petit chaperon rouge, que, por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a serviço de outras enunciações. Assim encaminhei este meu trabalho [...]. Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do folclore, e propunha-me entender as relações deste texto com suas variantes intertextuais. Sabia, então, que teria de transformar a antiga prática de trabalhar com uma obra como 192 10 15 20 25 um campo fechado em si mesmo. A obra não poderia mais ser vista como um monólogo de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, apenas um leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. Chapeuzinho Vermelho não era um todo autônomo, como não o eram suas variantes intertextuais. Não poderia, portanto, por analogia à língua-mãe, na história das línguas, ser considerado o primeiro, o único, já que, ele próprio, era atravessado pelas vozes milenares da tradição oral. [...] Desmoronava-se a ideia de centro, enquanto uma descentralização da língua e do discurso ia-se mostrando como uma frente muito nebulosa, difícil de ser praticada. Foi então que conheci o dialogismo bakhtiniano. Apenas o Adão mítico, que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua-orientação dialógica do discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar (Bakhtin, 1988, p. 88). Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro único. Era o diálogo que perpassa todo discurso; era o plurilinguismo social e histórico (Bakhtin, 1988b, p. 82). Teria de parar de pensar numa língua única, num único sujeito de um discurso. Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, junto daquela que eu julgo ser de um. Importava, e muito, o diálogo do eu com o outro, ou seja, a verdade de que o outro permeia todo o fio do meu discurso, permeia as variantes intertextuais, permeia o texto-base. Com esse outro inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco; posso até transfigurá-lo esteticamente. Isso, quando tenho consciência dele e represento-o no meu discurso, porque o tomo como sujeito-parceiro da construção da minha enunciação. Isso é intertextualidade. Assim esse conceito será trabalhado daqui para a frente. (Discini, N. Introdução. Intertextualidade no conto maravilhoso. São Paulo: Humanitas, 2002. p. 9-11) No primeiro parágrafo, a autora; (A) enfatiza o caráter sedutor dos contos infantis, mas aponta também as falhas desse tipo de texto, como as relativas ao modo caótico de demarcação do tempo e de caracterização das personagens. (B) destaca, surpreendida, um modo de contar tão obsoleto e impessoal, que não permite distinguir aspectos como autoria ou estilo dos contadores. (C) enxerga no mecanismo de não individualização um facilitador do processo de identificação do leitor com as personagens: é possível ao primeiro colocar-se sem dificuldade no lugar das últimas. (D) descreve detalhadamente as categorias que povoam o mundo maravilhoso do conto infantil, apresentando tanto elementos mais estruturais (tempo, atores), quanto elementos mais periféricos, como a roupa, considerada o item mais simples. (E) expressa sensação subjetiva, para, em seguida, enquadrar o texto numa esfera de forte objetividade e neutralidade, inerente ao discurso acadêmico. 524. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Depreende-se corretamente dos parágrafos 3 e 4: (A) a heterogeneidade de vozes, constitutiva do texto, tende a ser potencializada no estudo realizado pela autora, dada a natureza das relações que ela deseja investigar. (B) diferentemente do que se deu com a autora, outros analistas adotaram práticas e concepções consideradas antigas, realizando estudos de texto mais ingênuos. (C) é tarefa muito complexa lidar com a cronologia, isto é, determinar qual o texto-base (o primeiro), porque um conto infantil surge em variadas versões orais antes de ser fixado em uma definitiva versão escrita. (D) é pequeno o valor literário de Chapeuzinho Vermelho - havendo variantes, este texto não é único, motivo pelo qual lhe é atribuída falta de originalidade. (E) a analogia com a língua-mãe emerge desta noção consensual entre linguistas: os estudos históricos dispensam a descrição dos sistemas linguísticos de partida. 525. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) É correta a seguinte afirmação. (A) (linhas 12 e 13) Em já que, ele próprio, era atravessado pelas vozes, a segunda vírgula está empregada incorretamente, porque separa sujeito de predicado. (B) (linha 25) A sequência compactuo, entro em conflito, brinco dá conta de uma escala: da interação mais íntima e passional à mais afastada e racionalizada entre os sujeitos. (C) (linha 8) Em Sabia, então, que teria..., então, um advérbio de tempo, equivale à expressão “naquela época”. (D) (linhas 1 e 7) Em me instigou e propunha-me, a função sintática do pronome é exatamente a mesma. (E) No texto, a inserção do outro no discurso é enfatizada por vocábulos como atravessado, perpassa, permeia. . 193 526. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Está alinhada com ideias desenvolvidas no texto a seguinte consideração: (A) O sujeito que enuncia é autônomo para negociar ou não o seu papel de centro produtor de sentidos. O discurso é individual. (B) Para uma relação dialógica manifestar-se nos textos, é necessário usar os recursos que demarcam a presença da voz do outro: aspas, travessões, verbos dicendi, formatação diferenciada para citações etc. (C) A heterogeneidade é característica inerente ao discurso do homem concreto e histórico. (D) Há discursos homogêneos (dos quais está afastada a voz do outro) e discursos heterogêneos (em que as vozes se entrecruzam para produzir a significação). (E) Mais do que a conceitos teóricos e a técnicas, a boa análise textual está relacionada ao empenho e à intuição daqueles que a ela se dedicam. 527. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Neguinho Neguinho não lê, neguinho não vê, não crê, pra quê Neguinho nem quer saber O que afinal define a vida de neguinho Neguinho compra o jornal, neguinho fura o sinal Nem bem nem mal, prazer Votou, chorou, gozou: o que importa, neguinho? Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho Se o nego acha que é difícil, fácil, tocar bem esse país Só pensa em se dar bem − neguinho também se acha Neguinho compra 3 TVs de plasma, um carro, GPS e acha que é feliz Neguinho também só quer saber de filme em shopping Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho Se o mar do Rio tá gelado Só se vê neguinho entrar e sair correndo azul Já na Bahia nego fica den’dum útero Neguinho vai pra Europa, States, Disney e volta cheio de si Neguinho cata lixo no Jardim Gramacho* Neguinho quer justiça e harmonia para, se possível, todo mundo Mas a neurose de neguinho vem e estraga tudo Nego abre banco, igreja, sauna, escola Nego abre os braços e a voz Talvez seja sua vez: Neguinho que eu falo é nós Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho (Caetano Veloso (autor) in Costa, Gal. Recanto. Universal Music International. 2011) *Jardim Gramacho é um bairro do município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Lá estava localizado um dos maiores aterros sanitários do mundo, recentemente fechado. O aterro tornou-se internacionalmente conhecido com o documentário Lixo Extraordinário (2010), que acompanha 2 anos . 194 de trabalho do artista plástico Vic Muniz com catadores de lixo da região. O filme foi indicado ao Oscar de melhor documentário em 2011. Tendo em vista variedades atuais do português do Brasil, mostra-se adequado o seguinte comentário: (A) Nego/Neguinho é personagem identificada como um homem, cujas características físicas e preferências estão bem descritas ao longo do texto: Se o mar do Rio tá gelado / Só se vê neguinho entrar e sair correndo azul. (B) Nego/neguinho é forma de referir, de maneira indefinida, uma pessoa ou várias; pode corresponder, no primeiro caso, a “pessoa”, “sujeito”, “cara”, como se nota nas seguintes substituições: O cara compra 3 tvs de plasma, um carro, GPS e acha que é feliz; “O sujeito compra”; “A pessoa compra”. (C) Comprova-se, pelo uso de inicial maiúscula no verso Neguinho que eu falo é nós, que Neguinho é nome próprio, atribuído pelo enunciador a si mesmo e a uma terceira pessoa. (D) Nego/Neguinho é sinônimo, exclusivamente, de “todo mundo”, já que as ações realizadas pelo ator assim nomeado correspondem às de todo homem de nossos dias. (E) Neguinho, no diminutivo, é, exclusivamente, forma afetiva de se referir, em registro informal e familiar, a pessoa com quem se tem intimidade, como se nota no fragmento Neguinho compra o jornal, neguinho fura o sinal. 528. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) “Neguinho vai pra Europa, States, Disney e volta cheio de si Neguinho cata lixo no Jardim Gramacho” Considerados o contexto e a breve informação sobre o Jardim Gramacho, é correto afirmar que os versos acima (A) expõem a falta de planejamento financeiro do brasileiro: embora não tenha condições, faz viagens dispendiosas. (B) estabelecem uma equiparação: as localidades mencionadas estão para Jardim Gramacho, assim como viajar para contar vantagem está para catar lixo. (C) opõem uma situação de desperdício deliberado de recursos à realidade dura dos que trabalham em lixões, denunciando, assim, desigualdades sociais persistentes no país. (D) consideram as localidades turísticas mencionadas desmerecedoras do status que a maioria das pessoas lhes atribui. (E) lançam dura crítica ao sistema educacional brasileiro, quando, acionando um equívoco geográfico comum, tomam States e Disney como localidades completamente independentes. 529. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) No refrão, (A) a repetição de palavras e de segmentos sonoros contribui para o reforço de uma das linhas de interpretação do texto: embora Neguinho pareça se considerar socialmente “o máximo”, há dúvidas significativas sobre seu verdadeiro status. (B) o encadeamento mais ou menos aleatório de palavras semelhantes do ponto de vista fônico (rei, sei) tem como função exclusiva explorar as semelhanças sonoras sob a forma de rimas. (C) Sim, sei é equivalente a “Não tenho dúvida” e também a seu contrário, o que corresponde a uma ampliação, neste texto, do significado que a expressão tem na língua. (D) a sequência fônica grafada como , quando ocorre no começo dos versos, corresponde, inequivocamente, a uma interjeição; no final deles, à expressão do substantivo cujo conteúdo pode ser “monarca de uma nação”. (E) a presença ou a ausência da forma verbal é indiferente em neguinho rei e neguinho é rei: trata-se de estruturas absolutamente equivalentes, seja do ponto de vista sintático, semântico ou pragmático. 530. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Considere as seguintes afirmativas: I. Em só quer saber de filme em shopping (verso 14 ), o uso de forma singular do substantivo implica a consideração de uma única unidade, isto é, de um só filme. II. A ausência de um complemento em se acha (verso 12 ) insere a expressão no universo da gíria jovem, o que também se observa nesta construção: “Depois que faturou aquela dinheirama, ela está se achando”. . 195 III. No contexto, o uso do artigo definido em Neguinho compra o jornal, neguinho fura o sinal conduz à interpretação de que se trata de jornal e sinal definidos, específicos. IV. Em Já na Bahia nego fica den’dum útero , a unidade destacada conecta a oração àquela que corresponde ao primeiro verso da estrofe e introduz comparação. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) II e III. (C) II, III e IV. (D) I e III. (E) II e IV. 521. RESPÓSTA: “C”. As três estão corretas, uma vez que em I, ele afirma que Dines também não está sendo imparcial ao julgar a imparcialidade deste ou daquele veículo de comunicação. Em II, ao dizer que o silêncio é eloquente, ele afirma que muitos bons profissionais foram esquecidos, ou nem sequer chegaram a ser conhecidos, graças ao silêncio das grandes mídias. Em III, fica claro que Dines quer alertar o leitor sobre o perigo de se acreditar em tudo o que os jornais publicam, pois muitas vezes não sabemos se o que se publica é realmente digno de publicação, ou é apenas um favor que se presta aos amigos dos jornalistas e donos dos veículos de comunicação. 522. Resposta: “C”. A conjunção OU, tem valor alternativo (alternância, escolha). Ela nos leva a fazer uma opção por uma das possibilidades. Neste caso, podemos escolher entre o silêncio, OU entra as críticas azedas. 523. Resposta: “C”. O autor usa os termos: tempo perdido nos tempos, atores não individualizados e roupa fácil de vestir, que nos mostram o quanto os contos infantis se utilizam de mecanismos de não individualização para facilitar a leitura, colocando o leitor no lugar dos personagens. 524. Resposta: “A”. Em um texto narrativo, a heterogeneidade de vozes, significa as várias vozes, as várias possibilidades que o narrador tem de contar a mesma história. Neste texto, ao admitir que está colocando sob sua análise um texto que já nascera das vozes do folclore, a autora admite a dificuldade que terá, uma vez que o folclórico é, por natureza, narrado pelas mais diversas vozes, em tempo distintos, que permanecem em vozes atuais. 525. Resposta: “E” - Vocábulos como atravessado, perpassa e permeia estão sendo usados no texto sempre para se referir ao mundo do “outro”, portanto o mundo do “outro” é enfatizado com o uso desses vocábulos. 526. Resposta: “C”. “... somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua-orientação dialógica do discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano concreto e histórico, isso não é possível ...” (Bakhtin, 1968, p.88) 527. Resposta: “B”. Nego/neguinho é um vocativo (termo que indica chamamento), que é usado de modo indefinido para chamar a atenção do interlocutor. Nego /Neguinho pode ser qualquer um de nós. 528. Resposta: “B”. Ir pra Europa, Estados Unidos e Disney e voltar “cheio de si”, achando que a viagem vale para poder se exibir, mostra que o indivíduo não aproveitou o que deveria da viagem. A viagem para ele foi um desperdício, assim como no jardim Gramacho (antigo lixão), havia muito desperdício. Podemos ainda interpretar que o “neguinho” precisa catar lixo, mas consegue o dinheiro e vai viajar só para contar vantagens. 529. Resposta: “A”. No refrão, fica claro que se duvida realmente de que Neguinho seja Rei, em sua última linha: “sei não, neguinho”. . 196 530. Resposta: “E”. Não está correto o que se afirma em I pois essa maneira de empregar o substantivo no singular, generaliza e não especifica, ou seja, qualquer que seja o filme que “neguinho “ for assistir, ele irá querer assisti-lo em shopping. Em III, o artigo definido em o jornal e o sinal, também generaliza, passando a significar que sempre que “neguinho” passou a comprar jornais e a furar sinais. 531. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) Mídias Sociais 1 4 7 10 13 16 19 O que você está lendo, fazendo, pensando, seguindo, vendo, ouvindo? Onde você está? Quem é você? Essas são algumas perguntas que sedimentam e configuram aplicativos como Foursquare, Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Skype, blogs e afins, que promovem a expansão das relações interpessoais, mantendo e ampliando os laços sociais, a visibilidade pessoal e a propagação da informação. O uso desses aplicativos, que constituem as novas mídias sociais, ou redes sociais digitais, representa um novo momento para as relações interpessoais, não só por modificar a maneira como as pessoas se veem, consomem e se comunicam, mas também a forma como se comportam. Visualizar algo divertido ou curioso já não é suficiente. É preciso compartilhar a informação, contar a novidade para o maior número possível de amigos. Nesse sentido, as mídias sociais tornaram-se verdadeiras companheiras para quem deseja consumir informação em tempo real e, principalmente, dizer ao mundo tudo aquilo que lhe vier à cabeça. Wesley Moura. Mídias sociais. In: Informativo FolhaVerde, Brasília, n.º 5, maio de 2012 (com adaptações) Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. De acordo com o texto, as redes digitais foram concebidas para que as pessoas solitárias pudessem se divertir e fazer contatos, mudando, assim, seu comportamento, e para que todos os usuários dessas redes trocassem rapidamente informações importantes. Certo ( ) Errado ( ) 532. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. Infere-se da leitura do texto que as rede sociais estimulam o consumismo e transformam os usuários em pessoas competitivas, pois ter o maior número possível de amigos é o que importa. Certo ( ) Errado ( ) 533. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a rede mundial de computadores. A vivência nesse mundo tem 4 consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre no mundo físico. Umas das questões suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa trasnposição de fatos 7 do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no que se refere à sua interpretação jurídica. Como exemplos de situações problemáticas, podemos citar a palicação das normas . 197 10 comerciais e de consumo nas transações realizadas pela Internet, o recebimento indesejado de mensagens por email (spam), a validade jurídica do documento eletrônico, o conflito 13 de marcas com os nomes de domínio, a propriedade intelectual e industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de conteúdo e de terceiros na Web bem como os 16 crimes de informática. Considerando as ideias e as estruturas linguísticas do texto, julgue os itens subsequentes. Infere-se das informações do texto que no mundo virtual os problemas jurídicos e econômicos potenciais têm equivalência aos problemas do mundo físico. Certo ( ) Errado ( ) 534. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. Depreende-se do texto que as pessoas utilizam as mídias sociais apenas para se entreter. Certo ( ) Errado ( ) 535. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 Os idosos que participam do projeto Cabelos de Prata, mantido pela Prefeitura de Boa Vista, estão sendo estimulados a assistir sessões de cinema. O objetivo dessa atividade é fortalecer o vínculo comunitário do idoso, por meio de ações integrativas como a participação em manifestações artísticas e culturais. Segundo o coordenador do projeto, esses eventos são importantes para a valorização da terceira idade no meio social e familiar. O coordenador ressalta, ainda, que os principais objetivos desse projeto são, além de proporcionar momentos de lazer e entretenimento aos participantes, fazer que eles exercitem a cidadania e contribuir para a elevação da autoestima, autonomia e independência diante da comunidade — o que reverterá em melhoria da qualidade de vida dessa população. Internet: www.bvnews.com.br (com adaptações) Em relação às ideias e às estruturas gramaticais do texto acima, julgue os itens a seguir. De acordo com o texto, todos os idosos da cidade de Boa Vista irão ao cinema. Certo ( ) Errado ( ) 536. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) O avanço da educação dos trabalhadores brasileiros explica 60% da queda na informalidade do mercado de trabalho entre 2002 e 2009. Para o economista Barbosa Filho, “apesar da baixa qualidade da nossa educação, diversos efeitos positivos que estão acontecendo na economia estão atrelados ao processo de universalização da educação no país”. O Estado de S.Paulo, 8/7/2012, p. B7 (com adaptações). Considerando as ideias do texto acima e tomando o tema nele abordado como referência inicial no que se refere a aspectos da realidade educacional brasileira atual, julgue os itens seguintes. O grande problema da educação básica brasileira é a falta de escolas na maior parte do país. Certo ( ) Errado ( ) 537. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 O Senado Federal aprovou em plenário, em 31/10/2012, o projeto de lei originário da Câmara dos Deputados (PL n.º 2.793/2011) que tipifica como criminosas algumas 4 condutas cometidas no meio digital, sobretudo a invasão de computadores. A imprensa tem noticiado como se fosse a . 198 7 10 13 16 19 22 25 28 primeira aprovação desse tipo no Brasil e alguns setores comemoraram como se a existência de uma lei para os crimes eletrônicos fosse tudo o que faltava para diminuir a delinquência cibernética. Sendo o Brasil um país de tradições positivistas e sendo vedada a aplicação de analogia para criar tipos penais, não resta dúvida da necessidade de aprovação da lei. Talvez com a previsão dessas condutas específicas, haja melhores resultados punitivos. A falta de estrutura na maioria das delegacias civis do país e a ausência de previsão legal que estabeleça a obrigatoriedade da guarda de logs acabam por inviabilizar a investigação dos crimes digitais, em muitos casos. Com o Marco Civil da Internet (PL n.º 2.126/2011), o legislador poderia sanar esse problema ao prever o armazenamento de tais registros, sem dar margem à violação da privacidade, evidentemente. No entanto, no último parecer ao projeto, no mês julho, o deputado relator retirou a obrigatoriedade do armazenamento dos dados pelos provedores de aplicações à Internet, os chamados provedores de conteúdo, deixando essa previsão apenas aos provedores de conexão. O fato é que os registros de conexão nem sempre são suficientes para uma eficiente coleta de provas. O certo seria obrigar também os provedores de conteúdo a fazer esse registro, o que permitiria investigar e punir não só os crimes digitais como também outros, tais como os de difamação, calúnia e injúria, tão comuns nas redes sociais. (Rafael Fernandes Maciel. In: Consultor Jurídico, 9/11/2012. Internet <www.conjur.com.br> (com adaptações). A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens que se seguem. Infere-se da leitura do texto que seu autor não acredita que a mera existência de legislação específica para crimes eletrônicos reduza a incidência de delitos cibernéticos. Certo ( ) Errado ( ) 538. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens que se seguem. Depreende-se da leitura do texto que o projeto aprovado pelo Senado Federal, em 31/10/2012, não constitui a única iniciativa legislativa para o combate dos crimes eletrônicos no Brasil. Certo ( ) Errado ( ) 539. (TJ-AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) Aprovada pela Comissão Especial sobre igualdade de Direitos Trabalhistas da Câmara dos Deputados, a proposta de emenda à Constituição, (PE(C) nº 478/2010 poderá mudar as relações de trabalho de aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros. A proposta amplia os direitos dos empregados domésticos, igualando-os aos demais trabalhadores urbanos do país. O texto revoga o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal de 1988, que trata especificamente dos domésticos e lhes garante apenas alguns dos direitos a que tem acesso o conjunto dos trabalhadores. A PEC prevê 16 novos benefícios à categoria, incluídos a definição da carga horária semanal de 44 horas e o pagamento de hora extra e de adicional noturno para atividades entre as 22 horas e as 5 h. A proposta também torna obrigatória o recolhimento do fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), que representa o principal impacto da medida, caso seja aprovada e promulgada. “O recolhimento do FGTS até agora não é obrigatório e na prática quase nenhum patrão faz, dai, a aprovação da PEC significar uma mudança que terá efeitos imediatos”, explicou um advogado trabalhista. (Internet <www.cartacapital.com.br> (com adaptações). . 199 Em relação ao texto acima, julgue os itens subsequentes. Conclui-se da leitura do primeiro parágrafo do texto que mais de 6 milhões de trabalhadores brasileiros são empregados domésticos. Certo ( ) Errado ( ) 540. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Do chuchu ao xixi A concessionária Orla Rio subiu em 50%, de R$ 1 para R$ 1,50, o uso do banheiro público e de 60 para 65 anos o privilégio da gratuidade. A idade foi elevada com base em lei estadual de 2002, um ano antes de o Estatuto do Idoso (2003) favorecer pessoas “com idade igual ou superior a 60 anos”. Se o mal está feito, os economistas devem agora se preocupar com o choque do preço do uso do banheiro público na meta da inflação. Em 1977, rimos quando a ditadura culpou o chuchu. Não seria o caso de rir, na democracia, do impacto do xixi no custo de vida? (CartaCapital, 27.06.2012.) O autor mostra que a concessionária Orla Rio procedeu de forma (A) contrária ao que preceitua o Estatuto do Idoso. (B) incoerente em relação à lei estadual de 2002. (C) semelhante à da época da ditadura. (D) compatível com a atual meta de inflação. (E) favorável aos cidadãos mais jovens. 531. Resposta: “Errado”. De acordo com o texto, o uso desses aplicativos representa um novo momento para as relações interpessoais, mas em nenhum momento nos diz que esses aplicativos foram concebidos para que as pessoas solitárias pudessem se divertir, fazer contato e, por conseguinte mudar seu comportamento. 532. RespostaS: “Errado”. As mídias sociais estimulam o consumo de informação em tempo real, mas não transforma as pessoas em consumistas, tampouco as transforma em pessoas competitivas por um maior números de amigos. 533. Resposta: Certo. Isso está claro nesta passagem: “A vivência nesse mundo tem consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre no mundo físico”. 534. Resposta: Errado. As pessoas usam as mídias para ampliar seus laços sociais, para ter mais visibilidade pessoal e para propagar e consumir informações em tempo real. 535. Resposta: “Errado”. Irão somente os idosos que participam do projeto Cabelos de Prata. 536. Resposta: “Errado”. O grande problema da educação em nosso país é a baixa qualidade de nossa educação. 537. Resposta: Certo. O comentário: “... como se fosse a primeira aprovação desse tipo no Brasil...”, nos deixa claro que leis desse tipo já foram aprovadas anteriormente e não surtiram o efeito esperado. 538. Resposta: “Certo”. Quando o texto diz: “A imprensa tem noticiado como se fosse a primeira aprovação desse tipo no Brasil”, fica claro que esta não é a primeira iniciativa legislativa para o combate dos crimes eletrônicos no Brasil. 539. Resposta: Certo. “...poderá mudar as relações de trabalho de aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros.” . 200 540. Resposta: “A”. Enquanto o estado preceitua como idoso o público acima de 60 anos, para a concessionária Orla Rio este público só será considerado idoso, se tiver acima de 65 anos. 541. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) No texto, há uma crítica àqueles que (A) deixam de se preocupar com suas demandas pessoais, para se dedicarem a causas públicas irrelevantes. (B) desconsideram os interesses coletivos e encontram justificativas pouco plausíveis para as decisões que tomam. (C) aumentam os impostos, sem levar em conta os impactos que eles terão para as contas públicas. (D) entendem perfeitamente as necessidades sociais sem que, no entanto, lutem por uma sociedade melhor. (E) desqualificam as decisões públicas por acreditarem, na maioria das vezes, que estas prejudicam o povo. 542. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos. E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto. Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa. (Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.) Considerando os papéis desempenhados pelas personagens no texto, é correto afirmar que (A) o diplomata é oportunista; o velho, conservador; os rapazes usufruem exageradamente os prazeres da vida; e as moças são frívolas. (B) o diplomata é astuto; o velho, intimista; os rapazes usufruem a vida dentro de suas possibilidades; e as moças vivem de sonhos. (C) o diplomata é perspicaz; o velho, saudosista; os rapazes usufruem prazerosamente a vida; e as moças encantam a todos. (D) o diplomata é trapaceiro; o velho, desencantado; os rapazes usufruem a vida de modo fútil; e as moças investem tão-somente na beleza exterior. (E) o diplomata é esperto; o velho, avançado; os rapazes usufruem a vida com parcimônia; e as moças vivem de devaneios. . 201 543. (FATEC - Vestibular - Prova um - FATEC/2012) O labirinto dos manuais Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi. - Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta! Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*? Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano! Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo! Pelos comentários feitos pelo narrador, pode-se concluir corretamente que (A) a leitura de obras-primas da literatura é atividade mais produtiva do que utilizar celulares e computadores. (B) os manuais cujas diversas instruções os usuários não conseguem compreender e pôr em prática são improdutivos. (C) a vendedora foi convincente, pois o narrador comprou o celular, embora duvidasse das qualidades prometidas pelo aparelho (D) o manual sobre computadores, ao contrário de outros do gênero, cumpria a promessa assumida nos dizeres impressos na capa (E) os jovens deveriam ensinar computação aos mais velhos, pois, dessa forma, estes últimos entenderiam as funções básicas do equipamento. 544. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) Nenhum cidadão responsável pode deixar de estar preocupado com os estragos que sofre o meio ambiente. Por isso, seja no governo, seja fora dele, muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres. Os governantes passam leis com fé ingênua nos seus efeitos. Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa do meio ambiente. Economistas só pensam em prêmios e punições financeiras. Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura. O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica, está longe da lei que impediria suas aventuras com a motosserra. E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las. O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar. Não há altruísmo que convença os prefeitos a não jogar esgotos in natura nos rios, pois o tratamento é caro, não dá votos e os malefícios só prejudicam o município rio abaixo. Não funcionam as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção. [...] ( Claudio de Moura Castro. Revista Veja – set, 2012 – Com Adaptações) . . 202 O texto revela a preocupação do autor com estragos causados ao meio ambiente. Essa preocupação é gerada sobretudo pela insatisfação com (A) as pressões de leis punitivas impostas aos pobres isolados na floresta amazônica. (B) o entrave financeiro enfrentado pelos municípios no que tange ao tratamento de esgotos, o que gera impotência à ação dos dirigentes. (C) a fragilidade das leis governamentais por falta de diretrizes administrativas adequadas no que concerne à execução dessas leis. (D) o desconhecimento dos cidadãos a respeito de leis sobre a preservação do meio ambiente. (E) a apatia generalizada dos economistas no contexto das leis ambientais. 545. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) QUAL DELES É MAIS GÊNIO? 1 5 10 15 20 25 30 Na Olimpíada de Matemática, o ouro vai para quem soluciona melhor os desafios mais complexos. Os orientais domina o pódio, e vale a pena saber as razões disso. Ao ouvir o anúncio entusiasmado de seu nome, o jovem de paletó vermelho e calças curtas se ergue e caminha rumo aos holofotes. Do alto do palco, lança um olhar tímido para a plateia, onde centenas de admiradores se amontoam para aplaudi-lo de pé, enquanto ele recebe a merecida medalha de ouro. Não foi nenhuma modalidade dos jogos de Londres que cravou o nome de Jeck Lim, de Singapura, no panteão dos melhores do munda, mais a matemática, à qual ele se dedica desde pequeno como verdadeiro atleta. Aos 17 anos, Jeck conheceu a glória na recém-encerrada Olimpíada Internaciona de Matemática (IMO), a mais prestigiada e concorrida competição do gênero desde 1959. Nesta edição, 548 alunos dos ensinos fundamental e médio de 100 países disputaram medalhas em Mar del Plata, na Argentina. A equipe da Coreia do Sul teve a maior pontuação e venceu o duelo, seguida pela da China, mas foi o garoto de Singapura que se tornou herói, por meio raro: é dele a única prova perfeita, aquela que atingiu os 42 pontos em jogo. Todos ali ambicionavam ser um “ouro 42”, apelido que passa a ser confundido com o próprio nome dessas pessoas precoces estrelas da matemática. Dos seis brasileiros do páreo, cinco levaram medalhas - uma de ouro, uma de prata e três de bronze -, dando ao país a 19ª colocação no ranking. “Podemos ir mais longe. Vou fazer tudo para voltar em 2013”, diz Rodrigo Sanches, 16 anos, com sua reluzente medalha de ouro, uma das 51 distribuídas. [...] (Veja, 08 de agosto de 2012) Dentre as afirmativas abaixo, há uma que é ratificada pelas informações do texto. Identifique-a. (A) Os sul-coreanos foram os campeões da competição. (B) Os representantes do Brasil superaram as expectativas. (C) O ouro de Rodrigo Sanches colocou o Brasil entre os melhores do ranking. (D) A maioria dos alunos participantes do campeonato são orientais. (E) O garoto Jeck Lim foi o recordista de medalhas de ouro. . 203 546. (FATEC - Vestibular - Prova um - FATEC/2012) Como fazíamos sem botão Uma estatística curiosa: a gente aperta por dia, em média, 125 botões. Isso apenas nas geringonças que carregamos conosco: celular, laptop, iPod. Essa história do convívio humano com o botão começou por volta de 1893, quando a Central Electric Company, de Chicago, lançou o primeiro interruptor de luz, com dois botõezinhos: um branco para ligar e um preto para desligar. Até então, apertar uma tecla não era atividade desconhecida - já a utilizávamos em pianos, telégrafos e, a partir de 1888, nas máquinas fotográficas da Kodak. Mas foi só no fim do século XIX que ferramentas manuais consagradas, como sinos e manivelas, começaram a ser substituídas por similares movidos a eletricidade. E de utilização fácil: no século XX, para usar qualquer coisa, bastava apertar o botão. Em vez de tocar um sino, apertava-se a campainha. O preço disso? Quase ninguém sabe hoje fazer nada sem apertar um botão. Acender um lampião a gás ou manusear um elevador hidráulico, por exemplo, são tarefas consideradas dificílimas. Para comprovar essa situação, na Califórnia, em 2001, foi feita uma pesquisa em escolas de segundo grau. Resultado: constatou-se que quase 30% dos alunos não faziam ideia de como usar um telefone de disco. Com base nas informações do texto, é correto afrmar que a: (A) Central Electric Company, no final do século XIX, lançou os primeiros botões para acionar sofisticadas máquinas industriais. (B) pesquisa aplicada em escolas públicas de segundo grau comprovou que 30% dos alunos jamais haviam visto um telefone de disco. (C) estatística, citada no início do texto, é curiosa e surpreendente por constatar que, no dia a dia, esporadicamente apertamos botões. (D) falta de conhecimento no manuseio de equipamentos sem botão pode ser considerada um aspecto negativo da inovação trazida pela empresa americana. (E) substituição de sinos e manivelas por similares movidos a eletricidade ocorreu pela necessidade das empresas de baixar os altos custos de produção. 547. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) __________dois meses, a jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada, só que não levaram sua carteira ou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hacker invadiu e tomou conta de seu e-mail e - além de bisbilhotar suas mensagens e ter acesso a seus dados bancários - passou a escrever aos mais de 5 mil contatos de Rowenna dizendo que ela teria sido assaltada em Madri e pedindo ajuda em dinheiro. Quando ela escreveu para seu endereço do e-mail pedindo ao hacker ao menos sua lista de contatos profissionais de volta Rowenna teve como Resposta a cobrança de R$ 1,4 mil. Ele se negou a pagar, a polícia não fez nada. A jornalista só retomou o controle do e-mail porque um amigo conhecia um funcionário do provedor da conta, que desativou o processo de verificação de senha criado pelo invasor. (Galileu, dezembri de 2011. Adaptado.) As informações do segundo parágrafo permitem concluir que o hacker tentou (A) extorquir a jornalista. (B) pedir um donativo à jornalista. (C) negociar legalmente com a jornalista. (D) eximir-se da culpa pela invasão da conta do e-mail. (E) reconhecer seu erro. 548. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 O futuro desejado em relação à água é aquele em que esse recurso esteja disponível, em quantidade e qualidade adequadas, para as gerações atuais e futuras, e sirva para 4 o desenvolvimento sustentável, para a redução da pobreza e para a promoção do bem-estar e da paz social. No caso do Brasil, a . 204 7 10 13 16 19 22 região Norte possui diversos potenciais econômicos associados aos seus recursos naturais, entre os quais os recursos hídricos, que por si só representam grande parte da riqueza da região não somente em termos econômicos, mas também sociais e ambientais. Nesse contexto, por meio da Lei n.º 1.500/2003, o estado do Acre instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos, que deve ser conduzida com base no princípio de que a água é um bem de domínio público, essencial à vida, com disponibilidade limitada e dotada de valor econômico, social e ecológico. Em situações críticas de seca e enchente, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano, a dessedentação de animais domésticos e a manutenção da biota. Sob esse enfoque, na implementação da política e na gestão de recursos hídricos estaduais, o Poder Executivo do estado e o dos municípios deverão promover a integração das políticas de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do solo e de meio ambiente entre si e com a Política Nacional de Recursos Hídricos, do governo federal. Sheyla Regina Marques Couceiro e Neusa Hamada. Os instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos na região Norte do Brasil. Internet: <http://insetosaquaticos.inpa.gov.br> (com adaptações). Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima. Sustentam-se, no texto, as ideias de que o Norte do país detém reserva hídrica inesgotável e de que a escassez de água é uma particularidade restrita a outras regiões. Certo ( ) Errado ( ) 549. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) Julgue o seguinte item, a respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima. Infere-se do texto que, para atender o princípio preconizado pela lei que institui a Política Estadual de Recursos Hídricos no Acre, o estado deverá implementar instrumentos capazes de gerir os recursos hídricos e que tenham em vista, entre outros, a outorga do direito de uso e a cobrança pelo uso dos recursos hídricos, decorrentes da disponibilidade limitada e do valor econômico desse bem. Certo ( ) Errado ( ) 550. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) . 205 Relacionando-se as duas charges, conclui-se que: (A) É responsabilidade da família controlar o conteúdo da programação televisiva a que as crianças assistem. (B) Os meios de comunicação vêm abordando, com frequência, a problemática da alienação imposta pela TV. (C) A TV é ambivalente: por um lado, aliena as pessoas; por outro, desenvolve conhecimento e reflexão. (D) A censura aos programas de televisão acaba por impedir o acesso das crianças ao conteúdo cultural veiculado. (E) A TV é uma mídia capaz de veicular entretenimento e cultura, promovendo união familiar. 541. Resposta: “B”. A crítica está pautada de forma irônica, quando o autor pergunta se não seria o caso de culpar o impacto do xixi no custo de vida. 542. Resposta: “C”. A descrição minuciosa, coerente com a alternativa C, pode ser lida na íntegra a partir da linha 2 do texto acima, até a linha 7. 543. Resposta: “B”. “Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade”. 544. Resposta: “C”. “Não funciona, as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção...”. 545. Resposta: “A”. No lide da reportagem, o autor afirma que “os orientais dominam o pódio” e esta afirmativa da alternativa A, ratifica informação do lide. 546. Resposta: “D”. Pode-se verificar que o autor critica essa falta de conhecimento no manuseio de equipamentos sem botão, no último parágrafo, quando ele pergunta: “O preço disso?” 547. Resposta: “A”. “Rowenna teve como Resposta a cobrança de R$ 1,4 mi.”. 548. Resposta: “Errado”. Conforme linhas 11 a 15. 549. Resposta: “Certo”. Conforme último parágrafo. 550. Resposta: “C”. No 1° quadrinho vemos uma família alienada, hipnotizada, desligada, “off”, em frente a uma TV ligada, “on”. No 2° quadrinho, por outro lado, temos um menino assistindo a um documentário, que pode lhe trazer cultura e reflexão. 551. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões. Há tantos diálogos Diálogo com o ser amado o semelhante o diferente o indiferente . 206 o oposto o adversário o surdo-mudo o possesso o irracional o vegetal o mineral o inominado Diálogo consigo mesmo com a noite os astros os mortos as ideias o sonho o passado o mais que futuro Escolhe teu diálogo e tua melhor palavra ou teu melhor silêncio Mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos. (Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.) O eu lírico, ao mostrar as variedades do diálogo, revela que este (A) é uma forma que, na verdade, dissimula um monólogo. (B) é uma realidade inerente à condição humana. (C) implica necessariamente um outro, distinto do eu. (D) constrói a ideia de que comunicar exige afinidade. (E) concebe o presente desprovido das marcas do passado. 552. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Do chuchu ao xixi A concessionária Orla Rio subiu em 50%, de R$ 1 para R$ 1,50, o uso do banheiro público e de 60 para 65 anos o privilégio da gratuidade. A idade foi elevada com base em lei estadual de 2002, um ano antes de o Estatuto do Idoso (2003) favorecer pessoas “com idade igual ou superior a 60 anos”. Se o mal está feito, os economistas devem agora se preocupar com o choque do preço do uso do banheiro público na meta da inflação. Em 1977, rimos quando a ditadura culpou o chuchu. Não seria o caso de rir, na democracia, do impacto do xixi no custo de vida? (CartaCapital, 27.06.2012.) A relação de sentido entre “ditadura” e “democracia”, estabelecida no último parágrafo do texto, também ocorre na seguinte passagem, extraída do jornal Folha de S.Paulo, de 11.09.2012: (A) Alguns fatos empolgavam o país até outro dia. A volta do crescimento econômico, a descoberta do pré-sal, o desvencilhamento dos credores estrangeiros e a criação dos Brics animaram o espírito nacional. (B) Levantamento feito por esta Folha em todos os Estados do país mostrou que a Lei da Ficha Limpa barrou, até agora, 317 candidatos entre os 15.551 que disputam as prefeituras brasileiras. (C) “O dinheiro perdeu sua qualidade narrativa, tal como aconteceu com a pintura antes. O dinheiro agora fala sozinho.” (D) A evasão nas graduações em engenharia, assinalam os professores, é alta demais. Só um quinto a um quarto dos ingressantes termina por formar-se – segundo os autores, porque lhes faltam noções básicas de matemática, que deveriam adquirir no ensino médio. . 207 (E) “Até nas flores se encontra a diferença da sorte: umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte.” Esse poema se aprendia nas escolas do passado. Hoje, a diferença da sorte atinge até mesmo os partidos políticos, que podem ser resumidos em situação e oposição. 553. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) ____________________ dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a água, e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si _______________ diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre _______________________ a segunda opção. (CartaCapital, 20.06.2010. Adaptado) De acordo com a norma padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: (A) Restam … faça … será (B) Resta … faz … será (C) Resta … fazem … será (D) Restam … façam … serão (E) Restam … faz … serão 554. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Assinale a alternativa que apresenta concordância verbal de acordo com a norma-padrão. (A) A empresa atua no setor moveleiro já fazem mais de 50 anos, sempre com sucesso. (B) A análise dos casos revelou que se tratam de problemas de falta de comprometimento. (C) É possível que ainda exista no mercado brasileiro algumas empresas que não seguem o padrão ISO de qualidade. (D) Nas avaliações, destacam-se os servidores do legislativo comprometidos com o bom atendimento ao público. (E) Vi muitos professores deixarem de dar inúmeras aulas e nada acontecerem com eles. 555. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que a concordância nominal está de acordo com a norma-padrão. (A) Vê-se que ficou assegurado à família a guarda do menor. (B) Fica claro que o problema atinge os setores público e privado. (C) Ainda não identificada pela polícia, as pessoas responsáveis pelo assalto estão à solta. (D) Já foi divulgado na mídia alguma coisa a respeito do acidente? (E) Se foi incluso no contrato, a cláusula não pode ser desconsiderada. 556. (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Assinale a alternativa que apresenta concordância verbal de acordo com a norma-padrão. (A) A empresa atua no setor moveleiro já fazem mais de 50 anos, sempre com sucesso. (B) Vi muitos professores deixarem de dar inúmeras aulas e nada acontecerem com eles. (C) A análise dos casos revelou que se tratam de problemas de falta de comprometimento. (D) Nas avaliações, destacam-se os servidores do legislativo comprometidos com o bom atendimento ao público. (E) É possível que ainda exista no mercado brasileiro algumas empresas que não seguem o padrão ISO de qualidade. 557. (TJ-SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que a concordância nominal está de acordo com a norma-padrão. (A) Ainda não identificada pela polícia, as pessoas responsáveis pelo assalto estão à solta. (B) Já foi divulgado na mídia alguma coisa a respeito do acidente? (C) Vê-se que ficou assegurado à família a guarda do menor. (D) Se foi incluso no contrato, a cláusula não pode ser desconsiderada. (E) Fica claro que o problema atinge os setores público e privado. . 208 558. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Os magistrados não governam. O que eles fazem é evitar o desgoverno, quando para tanto são provocados. Não mandam propriamente na massa dos governados e administrados, mas impedem os eventuais desmandos dos que têm esse originário poder. Não controlam permanentemente e de forma imediatista a população, mas têm a força de controlar os controladores, em processo aberto para esse fim. Os magistrados não protaginozam relação jurídicas privadas, na qualidade de magistrados, porém se disponibilizam para o equacionamento jurisdicional de todas elas. Por isso justifica-se a menção do Poder Judiciário em terceiro e último lugar no rol dos poderes estatais (em primeiro, o Legislativo; em segundo, o Executivo), para facilitar essa compreensção final de que o poder que evita o desgoverno, o desmando e o descontrole eventual dos outros dois não pode, ele mesmo, se desgovernar, se desmandar, se descontrolar. Mais que impor respeito, o Judiciário tem que se impor o respeito. Discurso de posse do Ministrol Carlos Ayres Brito (com adaptações) A forma verbal “têm” em “têm esse originário poder” (L.5) está empregada no plural porque faz parte de uma cadeia coesiva cujos elementos se referem a “magistrados” (L.1). Certo ( ) Errado ( ) 559. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que, atualmente, no Brasil, estão disponíveis para a adoção 4.799 crianças e adolescentes. São 27.437 4 interessados, mas a maioria não quer crianças com mais de cinco anos de idade. A preferência brasileira de adoção é por crianças com até dois anos de idade, e boa parte dos 7 candidatos não aceita irmãos. Autoridades do Brasil, Peru, e Bolívia discutirão o assunto no VII Encontro Norte/Nordeste de Apoio à Adoção 10 e no I Encontro Trifronteiriço de Adoção Brasil/Peru/Bolívia, eventos que ocorrerão, pela primeira vez, no Acre. 13 A ideia é reunir famílias adotivas e pretendentes à adoção, conselheiros tutelares, profissionais dos sistemas de justiça, saúde e educação, assistência e promoção social, 16 e integrantes do Ministério Público, gestores e pessoas da comunidade em torno do tema Rompendo as Fronteiras da Adoção - desafios e perspectivas da integração entre os 19 povos do século XXI. A realização é do Grupo de Estudos de Apoio à Adoção do Acre em conjunto com o Ministério Público do 22 Estado do Acre e diversos parceiros. As discussões irão contemplar os avanços e entraves das leis da adoção nos três países, além da integração de 25 ações estratégicas com o Brasil para a consolidação de grupos de apoio a adoção no Peru e Bolívia. . 209 Com relação ao texto acima, julgue os seguintes itens. Não haveria prejuízo para a correção gramatical do texto se, na linha 4, a forma verbal “quer” estivesse flexionada no plural, concordando com a palavra “maioria”. Certo ( ) Errado ( ) 560. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) O espelho Falar mal da TV virou moda. É "in" repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. [...] Mas quando os “especialistas” criticaram a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita á nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. Macaqueia e realimenta nossos conceitos e preceitos quando ensina, diariamente, o bê-á-bá a milhões de crianças. Reclamamos que, na programção, só vemos sexo, violência e consumismo. Ora isso é o quevemos também ao sair á rua. E, se fitarmos o espelho do banheiro com um pouco mais de atenção, levaremos um susto com a reprise em cartaz. Talvez por isso a TV nos choque, por nos mostrar, sem rodeios, a quantas anda o inconsciente coletivo. E não adianta dourar a pílula; já tentaram, mas não deu ibope. Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. Mas a fração que lhes cabe esta la, escondididnha como é próprio as minorias. Esta nos bons documentários, nas belas imagens dos eventos esportivos, na dramaturgia sensível, no humorismo que supreeende, nos desenhos e nas áreas inteligentes, no entrevistador que sabe ouvir o entrevistado, nas campanhas altruístas. Reclama-se muito que, nas novelas, os negros fazem, quase sempre, papeis de subaltemos. Mas é ess acondiçao que a sociedade reserva á maioria deles, tamebm á maior parte dos nordestinos, na vida real. O que a televisão fornece é um retrato da desigualdade no país. [...] A televisão mostra muita violência o dia inteiro, gritam os pacifistas na sala de estar. Como se não houvesse milhões de Stallones, Gibsons, Bronsons, Van Dammes e Schwarzeneggers armados até os dentes no Afeganistao, Golfo Pérsico, Colúmbia, Mianamar, Favelas brasileiras ou tricheiras angolanas. É natural que uma parte de nós se revolte, o que parece tão compreensível quanto inócuo. Campanhas contra baixaria televisiva lembram a piada do marido traído que encontra a mulher com o amante no sofá da sala e, no dia seguinte, vende o móvel para solucionar o problema. Garrotear a Tv é tapar o sol com a peneira. Enquanto a discussão ganha adeptos, continuamos devorando nosso tubo de imagem de estimação. Depois, de barriga cheia, saímos á rua para ratificar, legitimar com pensamentos, palavras e atitudes, que as coisas são mesmo assim e que, pelo jeito, a reprise continuará. Aquele repórter sensacionalista que repete à exaustão a cena de linchamento, o apresentador tripudia sobre o drama do desvalido, a loura que vê na criança um consumidor a mais, o jovem que tem num “reality show” desumano a alternativa para sua falta de horizonte, a menina precocemente erotizada, no fundo, somo todos nós. (MIGLIACCIO, Marcelo. Folha de S.Paulo. 19/10/2013) Apenas uma das frases abaixo está correta quanto à concordância verbal. Assinale-a. (A) Aqui se encontra vários aparelhos à venda. (B) Devolve-se os valores retidos como sinal. (C) Percebe-se alguns defeitos de fabricação. (D) Elogiou-se as atitudes do vendedor. (E) Precisa-se de vendedores com experiência. 551. Resposta: “B”. O diálogo é tão inerente à condição humana, que mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos. 552. Resposta: “E”. Situação e oposição podem ser associadas a ditadura e democracia respectivamente. . 210 553. Resposta: “A”. Trata-se de uma questão simples sobre concordância verbal, cuja principal regra é a concordância do verbo com o seu sujeito. Basta-nos, portanto, identificar o sujeito de cada um destes verbos. Em “Restam”, perguntando “o que antes do verbo (o que resta?), a Resposta será dúvidas. (Dúvidas, está no plural, então, o verbo vai para o plural também - restam). “Em “faça”, perguntamos: “o que faz?” e teremos como Resposta: a ameaça dos preços do carbono e da água em si. Repare que a ameaça é o núcleo do sujeito e está no singular, portanto o verbo deve concordar com o sujeito mantendo-se no singular (faça). Em “será”, perguntamos: “o que será a segunda opção?” Teremos como Resposta: a maioria das políticas de crescimento verde. A maioria é uma expressão no singular que está seguida de uma palavra no plural. Estes casos admitem dupla possibilidade de concordância. 554. Resposta: “D”. Em A, o erro está no verbo fazer. O verbo fazer quando indica tempo, é impessoal, e, portanto, não admite plural, permanecendo na 3ª pessoa do singular. Em B, o erro está no verbo tratar, Por ser um verbo que requer preposição (de), não podemos pensar que problemas seja seu sujeito, portanto o verbo deve permanecer no singular, Em C, o erro está no verbo existir. Neste caso, o verbo deveria estar no plural, uma vez que o sujeito (algumas empresas), está no plural. Em E, o erro está no verbo acontecer, este verbo deveria estar no singular, pois seu sujeito (nada) é um pronome indefinido que requer sempre verbo no singular. A letra D está correta, uma vez que o sujeito da oração é “os servidores do legislativo” e são eles que se destacam, o verbo, portanto tem que estar no plural, de acordo com o seu sujeito. 555. Resposta: “B”. O adjetivo claro (masculino – singular) está em concordância com o substantivo ao qual se refere (o problema). Em A, o adjetivo assegurado (masculino – singular) não está em acordo com família (feminino). Em C, identificada está no singular e pessoas está no plural. Em D, divulgado está no masculino e alguma coisa está no feminino. E, em E, incluso está no masculino e cláusula está no feminino. 556. RespostaS: “D”. Em A, o erro está no verbo fazer. O verbo fazer quando indica tempo, é impessoal, e, portanto, não admite plural, permanecendo na 3ª pessoa do singular. Em B, o erro está no verbo tratar, Por ser um verbo que requer preposição (de), não podemos pensar que problemas seja seu sujeito, portanto o verbo deve permanecer no singular, Em C, o erro está no verbo existir. Neste caso, o verbo deveria estar no plural, uma vez que o sujeito (algumas empresas) está no plural. Em E, o erro está no verbo acontecer, este verbo deveria estar no singular, pois seu sujeito (nada) é um pronome indefinido que requer sempre verbo no singular. A letra D está correta, uma vez que o sujeito da oração é “os servidores do legislativo” e são eles que se destacam, o verbo, portanto tem que estar no plural, de acordo com o seu sujeito. 557. Resposta: “E”. Em E, temos uma oração em que há concordância adequada entre o sujeito e seu verbo e também com os termos a que ele se referem ou remetem. “O problema” atinge os setores e isto fica claro. 558. RespostaS: “Errado”. Está empregada no plural porque o sujeito está na 3ª pessoa do plural e, portanto, deve o verbo concordar com o sujeito mantendo-se no plural se o sujeito assim estiver. No caso, o sujeito do verbo têm é “dos que”. 559. Resposta: Errado. A forma verbal quer, precisa se manter no singular para que não haja prejuízo para a correção gramatical, uma vez que a expressão “a maioria” não vem seguida de nenhum substantivo no plural, deve portanto, nestes casos manter-se a concordância com a expressão “a maioria”. 560. Resposta: “E”. Nas alternativas A, B, C e D, a partícula se é pronome apassivador, ou partícula apassivadora. Em A, o sujeito está no plural (vários aparelhos) e o verbo no singular (encontra). Em B, idem (valores retidos) e o verbo (devolve). Em C também (alguns defeitos) e o verbo (percebe-se) e em D o sujeito também no . 211 plural (atitudes do vendedor) e o verbo elogiou no singular. Em E, o verbo está no singular porque o termo - “de vendedores com experiência”, não é seu sujeito e, sim, seu objeto indireto, portanto não devemos pôr o verbo no plural nestes casos. Dica: Um sujeito nunca começa por uma preposição (de, em, com, etc.) 561. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) Nenhum cidadão responsável pode deixar de estar preocupado com os estragos que sofre o meio ambiente. Por isso, seja no governo, seja fora dele, muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres. Os governantes passam leis com fé ingênua nos seus efeitos. Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa do meio ambiente. Economistas só pensam em prêmios e punições financeiras. Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura. O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica, está longe da lei que impediria suas aventuras com a motosserra. E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las. O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar. Não há altruísmo que convença os prefeitos a não jogar esgotos in natura nos rios, pois o tratamento é caro, não dá votos e os malefícios só prejudicam o município rio abaixo. Não funcionam as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção. [...] ( Claudio de Moura Castro. Revista veja – set, 2012 – com Adaptações) . A respeito de concordância nominal e de concordância verbal no texto, examine as afirmativas a seguir e assinale a CORRETA, conforme a gramática normativa. (A) A flexão de plural em “pregações” justifica a flexão plural em “-las”, no oitavo período. (B) A flexão de singular em “sofre” justifica-se pela flexão de singular em “Nenhum cidadão responsável”, no primeiro período. (C) A flexão de singular em “O pobre caboclo” justifica a flexão de singular da forma verbal “impediria”, no sétimo período. (D) A flexão de plural em “desastres” justifica-se pela flexão de plural em “muitos”, no segundo período. (E) A flexão de plural em “pensam” justifica-se pela flexão de plural em “prêmios e punições financeiras”, no quinto período. 562. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo, Ivan Lermolieff, e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. Somente alguns anos depois, o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. De fato, tratava-se do italiano Giovanni Morelli. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje. Os museus, dizia Morelli, estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo- nos frente a obras não assinadas, talvez repintadas ou num mau estado de conservação. Nessas condições, é indispensável poder dintinguir os originais das cópias. Para tanto, porém, é preciso não se basear, como normalmente se faz, em características mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros. Pelo contrário, é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés. Com esse método, Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa. Apesar dos resultados obtidos, o método de Morelli foi muito criticado, talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto. Posteriormente foi julgado mecânico, grosseiramente positivista, e caiu em descrédito. Por outro lado, é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E. Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os pormenores, de preferência à obra em seu . 212 conjunto. Em Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio, assimilado por ele na juventude, em contato com os círculos românticos berlinenses. (Adaptado de Carlo Ginzburg. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. S.Paulo: Cia. das Letras, 1989, p.143-5) Substituindo-se o segmento grifado pelo que se encontra entre parênteses ao final da frase, o verbo que deverá manter-se no singular está em: (A) um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. (novos métodos para a atribuição de um quadro antigo) (B) atitude que o leva... (atitudes marcadamente modernas) (C) Em Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio... (traços tendentes a exacerbar o culto pela imediaticidade do gênio) (D) De fato, tratava-se do italiano Giovanni Morelli. (de artigos escritos por Giovanni Morelli) (E) Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. (diversos ensaios sobre a pintura italiana) 563. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) A frase em que a concordância está em conformidade com o padrão culto escrito é: (A) O seu intenso trabalho em favor das pessoas desassistidas pelas diferentes instâncias governamentais tornaram-se exemplos dignos de referência, merecedores de aplausos. (B) Na região central, foi destinado aos jovens arquitetos uma área bastante grande para que nela se fizessem o maior número de melhorias urbanas possíveis. (C) Mais de um residente procurou o setor de instrumentos médico-cirúrgicos para solicitar que fosse preparados com urgência os que seriam utilizados pelo professor. (D) Apesar de ser os menos preparados tecnicamente, foram eles que se distinguiram no combate às chamas que, em segundos, chegou a destruírem uma vila inteira de casas. (E) Fossem quais fossem os escolhidos para a tarefa, certamente não haveriam de faltar com a palavra dada, pois o grupo todo já tinha se comprometido em dar o melhor de si. 564. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Com 87% de professores mestres ou doutores, a FaFiTa tem o ambiente ideal para o ensino de acordo com as exigências atuais. Você pode contar com a FaFiTa. Ela oferece uma verdadeira constelação de oportunidades para você conquistar o sucesso na vida real, com brilho e reconhecimento da plateia mais exigente: o mercado de trabalho. (Anúncio publicitário publicado no caderno Estadão edu. De 29.09.2012. Adaptado) Assinale a alternativa que reescreve trecho do texto de acordo com a norma-padrão e sem prejuízo da informação nele contida. (A) Desde que o aluno passa a contar com a FaFiTa, lhe é oferecido grandes oportunidades no mercado de trabalho. (B) O mercado de trabalho exige reconhecimento do público em geral para os egressos da FaFiTa garantir seu sucesso. (C) 87% do corpo docente da FaFiTa compõem-se de mestres e doutores, em um ambiente que atende às exigências contemporâneas para o ensino. (D) A atualidade exige ensino de qualidade, com o ambiente ideal que só na FaFiTa é propícia. (E) As estrelas da constelação da FaFiTa sempre dá oportunidade de conquista do sucesso, na realidade. 565. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) ____________________ dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a água, e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si _______________ diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre _______________________ a segunda opção. (CartaCapital, 20.06.2010. Adaptado) . 213 Assinale a alternativa em que o trecho – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. – está corretamente reescrito, de acordo com a norma padrão da língua portuguesa. (A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos seja quantificado. (B) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam quantificado (C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quantificarem os insumos básicos. (D) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos básicos. (E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até agora uma maneira adequada de os insumos básicos ser quantificados. 566. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) A Groelância nunca derreteu tanto No verão da Groelândia, é normal que suas camadas de gelo se derretam. Em julho de 2012, no entanto, em apenas 4 dias (de 9 a 12), a superfície gelada sofreu um derretimento nunca antes observado: a área descongelada passou de 40 para 97%. Apesar de os cientistas definirem o fenômeno como “extremo”, eles explicaram que não há motivos para alarde: experimentos apontaram que nos últimos dez milênios, houve um vasto derretimento a cada 150 anos. As informações são da Nasa. (IstoÉ 01.08.2012) O trecho – a superfície gelada sofreu um derretimento nunca antes observado: a área descongelada passou de 40 para 97%. – está corretamente reescrito em: (A) A superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes foi observado, logo a área descongelada passou de 40 para 97% (B) A superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes fora observado, haja vista que a área descongelada passou de 40 para 97% (C) A superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes se havia observado como a área descongelada passou de 40 para 97%. (D) A superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes era observado, que a área descongelada passou de 40 para 97%. (E) A superfície gelada sofreu um derretimento que nunca antes tivera sido observado, enquanto a área descongelada passou de 40 para 97%. 567. (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos -: CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 . Ouvir a voz da rua, por meio da literatura, constitui um bom começo para a apreensão dos espaços de interação das pessoas destinatárias do texto literário com o direito e com o seu fenômeno de expressão mais notável, que é a lei. A leitura do texto literário que narra a perplexidade das pessoas em relação à lei pode interferir positivamente na compreensão do problema da adesão aos centros de tutela que nela se estabelecem. A dialética própria do conhecimento aplica-se especialmente ao direito como grande cena da cultura humana e lugar de residência ou de visibilidade do conflito. O texto literário pode mudar o leitor, pode confrontar suas crenças e fazê-lo pensar. Ele pode, também, fazer o apostolado das necessidades. Esse, porém, não é um processo automático e não prescinde de uma mobilização por aqueles que detêm as ferramentas operacionais de geração do direito — legisladores, professores, teóricos e agentes máximos da informação pelo argumento, como os juízes, os advogados, os promotores etc. — para chamar a atenção do leitor acerca do conteúdo 214 proposto no texto literário. O texto literário pode mudar o leitor, dar-lhe voz, 22 chamar-lhe a atenção para algo não percebido espontaneamente, preencher-lhe as lacunas com o alívio de ouvir o que queria que fosse dito. Esse texto pode abrir uma 25 vereda para a expansão do conhecimento por meio das promessas e perguntas que faz. Mônica Sette Lopes. A imagem do direito e da justiça no Machado de Assis cronista. <www.amatra3.com.br> (com adaptações). Julgue os itens a seguir, referentes aos sentidos e aos aspectos estruturais do texto. O trecho “dar-lhe voz, chamar-lhe a atenção para algo” (L.21-22) poderia ser corretamente entendido da seguinte forma: dar voz ao leitor, chamar a atenção do leitor para algo. Certo ( ) Errado ( ) 568. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que, atualmente, no Brasil, estão disponíveis para a adoção 4.799 crianças e adolescentes. São 27.437 4 interessados, mas a maioria não quer crianças com mais de cinco anos de idade. A preferência brasileira de adoção é por crianças com até dois anos de idade, e boa parte dos 7 candidatos não aceita irmãos. Autoridades do Brasil, Peru, e Bolívia discutirão o assunto no VII Encontro Norte/Nordeste de Apoio à Adoção 10 e no I Encontro Trifronteiriço de Adoção Brasil/Peru/Bolívia, eventos que ocorrerão, pela primeira vez, no Acre. 13 A ideia é reunir famílias adotivas e pretendentes à adoção, conselheiros tutelares, profissionais dos sistemas de justiça, saúde e educação, assistência e promoção social, 16 e integrantes do Ministério Público, gestores e pessoas da comunidade em torno do tema Rompendo as Fronteiras da Adoção - desafios e perspectivas da integração entre os 19 povos do século XXI. A realização é do Grupo de Estudos de Apoio à Adoção do Acre em conjunto com o Ministério Público do 22 Estado do Acre e diversos parceiros. As discussões irão contemplar os avanços e entraves das leis da adoção nos três países, além da integração de 25 ações estratégicas com o Brasil para a consolidação de grupos de apoio a adoção no Peru e Bolívia. Com relação ao texto acima, julgue o seguinte item. O último parágrafo do texto poderia ser correta e coerentemente reescrito da seguinte forma: As discussões contemplaram aspectos positivos e negativos da legislação de adoção nos três países, a despeito da integração de estratégias que juntamente com o Brasil, consolidaram grupos de apoio à adoção peruana e boliviana. Certo ( ) Errado ( ) 569. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 . O Senado Federal aprovou em plenário, em 31/10/2012, o projeto de lei originário da Câmara dos Deputados (PL n.º 2.793/2011) que tipifica como criminosas algumas 215 4 condutas cometidas no meio digital, sobretudo a invasão de computadores. A imprensa tem noticiado como se fosse a primeira aprovação desse tipo no Brasil e alguns setores 7 comemoraram como se a existência de uma lei para os crimes eletrônicos fosse tudo o que faltava para diminuir a delinquência cibernética. Sendo o Brasil um país de tradições positivistas e 10 sendo vedada a aplicação de analogia para criar tipos penais, não resta dúvida da necessidade de aprovação da lei. Talvez com a previsão dessas condutas específicas, haja melhores resultados 13 punitivos. A falta de estrutura na maioria das delegacias civis do país e a ausência de previsão legal que estabeleça a 16 obrigatoriedade da guarda de logs acabam por inviabilizar a investigação dos crimes digitais, em muitos casos. Com o Marco Civil da Internet (PL n.º 2.126/2011), o legislador poderia sanar 19 esse problema ao prever o armazenamento de tais registros, sem dar margem à violação da privacidade, evidentemente. No entanto, no último parecer ao projeto, no mês julho, o deputado 22 relator retirou a obrigatoriedade do armazenamento dos dados pelos provedores de aplicações à Internet, os chamados provedores de conteúdo, deixando essa previsão apenas aos 25 provedores de conexão. O fato é que os registros de conexão nem sempre são suficientes para uma eficiente coleta de provas. O certo seria obrigar também os provedores de conteúdo a fazer 28 esse registro, o que permitiria investigar e punir não só os crimes digitais como também outros, tais como os de difamação, calúnia e injúria, tão comuns nas redes sociais. Rafael Fernandes Maciel. In: Consultor Jurídico, 9/11/2012. Internet <www.conjur.com.br> (com adaptações) A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens que se seguem. O trecho “Sendo o Brasil (...) aprovação da lei” (L.6-8) pode ser reescrito, com correção gramatical e sem prejuízo de seu sentido original, da seguinte forma: Dadas as tradições positivistas brasileiras e à vedação analógica de criação de tipos penais, não há dúvida a respeito da necessidade de aprovação da lei. Certo ( ) Errado ( ) 570. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens que se seguem. Não causaria prejuízo às relações sintáticas do período a substituição do trecho “é que os registros de conexão nem sempre são suficientes” (L.16-17) por de os registros de conexão nem sempre serem suficientes. Certo ( ) Errado ( ) 561. Resposta: “A”. Como “pregações” está no plural e “las” é um pronome que se refere a pregações, este pronome, também tem que estar no plural. 562. Resposta: “D”. Nesta alternativa a proposta de trocar o segmento grifado por “de artigos escritos por Giovanni Morelli”, em nada alteraria a conjugação do verbo (tratava-se), uma vez que nem o segmento grifado, tampouco o que se propõe como substituição entre parênteses é o sujeito da oração, devendo, portanto o verbo manter-se no singular. 563. Resposta: “E”. Em A, percebe-se o sujeito no singular (o seu intenso trabalho) e o verbo desse sujeito no plural (tornaram-se). Em B, o que foi destinado aos jovens arquitetos é uma área bastante grande, portanto, . 216 deveria ser: “...foi destinada aos jovens arquitetos uma área bastante grande..”. Em C, o auxiliar “fosse” deveria estar no plural como o verbo principal “preparados”. Em D, temos um desacordo com a norma culta em ser os menos preparados, pois o verbo ser deveria estar no plural (Eles serem – infinitivo pessoal), e outro desacordo está em chegou a destruírem. Neste caso, o sujeito é chamas, portanto, a conjugação correta do verbo com o seu auxiliar deveria ser “chegaram a destruir.”. 564. Resposta: “C”. Uma vez que se pede a reescrita sem prejuízo da norma culta, percebe-se em A, um erro gramatical de concordância verbal e nominal em “lhe é oferecido grandes oportunidades...”, em B, percebemos uma oração sem coerência, e, portanto, sem sentido. Em C, além da falta de coerência (nexo, sentido), há um erro de concordância nominal também em: “com o ambiente ideal que só na FaFita é propícia.” Em E, o sujeito está no plural (estrelas da constelação da FaFita) e o verbo no singular (dá). 565. Resposta: “C”. De acordo com a norma culta, em A deveria estar escrito: “...os insumos básicos sejam quantificados”, em B, falta a preposição de antes de certeza e há também a concordância inadequada em sejam quantificado. Em D, falta o de, antes de certeza e em E, está inadequado o verbo Ser no singular, uma vez que seu sujeito está no plural (insumos básicos). 566. Resposta: “B”. Os dois pontos estão substituídos corretamente pela expressão “haja vista”, que introduz o fato que comprova o derretimento da superfície gelada da Groenlândia (passou de 40% para 97%). 567. Resposta: “Certo”. Trata-se de uma questão em que se verifica a correta compreensão do candidato em relação à substituição dos pronomes pelos termos aos quais ele se refere. 568. Resposta: “Errado”. As discussões contemplarão os entraves (aspectos negativos) e não aspectos positivos e negativos do processo de adoção do Brasil, Peru e Bolívia. 569. Resposta: “Errado”. “Sendo vedada a aplicação de analogia para criar tipos penais..” significa que é proibido se criar tipos penais por semelhanças. Ao passo que a sequência reescrita desse trecho: “...à vedação analógica de criação de tipos penais...” significa proibição semelhante de criação de tipos penais. 570. Resposta: “Errado”. O trecho usa o verbo ser no presente do indicativo (são), e assim afirma uma situação concreta: os registros nem sempre são suficientes para uma eficiente coleta de provas. Se escrevêssemos o trecho usando o verbo ser no infinitivo pessoal (serem), precisaríamos de um complemento para a nossa ideia, pois a ideia ficaria incompleta: reparem – O fato de os registros de conexão nem sempre serem suficientes para uma eficiente coleta de provas, percebam que falta algo, não se disse o que aconteceria com essa insuficiência de registros de conexão. 571. (TJ-AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 . Aprovada pela Comissão Especial sobre igualdade de Direitos Trabalhistas da Câmara dos Deputados, a proposta de emenda à Constituição, (PE(C) nº 478/2010 poderá mudar as relações de trabalho de aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros. A proposta amplia os direitos dos empregados domésticos, igualando-os aos demais trabalhadores urbanos do país. O texto revoga o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal de 1988, que trata especificamente dos domésticos e lhes garante apenas alguns dos direitos a que tem acesso o conjunto dos trabalhadores. A PEC prevê 16 novos benefícios à categoria, incluídos a definição da carga horária semanal de 44 horas e o pagamento de hora extra e de adicional noturno para atividades 217 16 19 entre as 22 horas e as 5 h. A proposta também torna obrigatória o recolhimento do fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), que representa o principal impacto da medida, caso seja aprovada e promulgada. “O recolhimento do FGTS até agora não é obrigatório e na prática quase nenhum patrão faz, dai, a aprovação da PEC significar uma mudança que terá efeitos imediatos”, explicou um advogado trabalhista. Em relação ao texto acima, julgue os itens subsequentes. O último período do texto, que encerra um trecho de fala informal, poderia ser reescrito de acordo com as regras da escrita formal e sem prejuízo da informação prestada, do seguinte modo: Conforme explicou um advogado trabalhista, por não ser obrigatório, o recolhimento do FGTS não é feito, na prática, por quase nenhum empregador, por isso a aprovação da PEC representará uma mudança com efeitos imediatos. Certo ( ) Errado ( ) 572. (TJ-AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 Aprovada pela Comissão Especial sobre igualdade de Direitos Trabalhistas da Câmara dos Deputados, a proposta de emenda à Constituição, (PE(C) nº 478/2010 poderá mudar as relações de trabalho de aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros. A proposta amplia os direitos dos empregados domésticos, igualando-os aos demais trabalhadores urbanos do país. O texto revoga o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal de 1988, que trata especificamente dos domésticos e lhes garante apenas alguns dos direitos a que tem acesso o conjunto dos trabalhadores. A PEC prevê 16 novos benefícios à categoria, incluídos a definição da carga horária semanal de 44 horas e o pagamento de hora extra e de adicional noturno para atividades entre as 22 horas e as 5 h. A proposta também torna obrigatória o recolhimento do fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), que representa o principal impacto da medida, caso seja aprovada e promulgada. “O recolhimento do FGTS até agora não é obrigatório e na prática quase nenhum patrão faz, dai, a aprovação da PEC significar uma mudança que terá efeitos imediatos”, explicou um advogado trabalhista. Em relação ao texto acima, julgue os itens subsequentes. O primeiro período do segundo parágrafo do texto poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: A proposta amplia os direitos dos empregados domésticos. Os igualando aos dos demais trabalhadores urbanos do país. Certo ( ) Errado ( ) 573. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) Assinale a opção que apresenta, correta e respectivamente, a classe gramatical a que pertencem as palavras destacadas no trecho abaixo. “Aquele repórter SENSACIONALISTA que repete à exaustão a cena de LINCHAMENTO, o apresentador que tripudia sobre o drama do desvalido, a loura que vê na criança um consumidor A mais, o JOVEM que tem num ‘reality show’ desumano a alternativa para sua falta de horizonte, a menina PRECOCEMENTE erotizada, no fundo, somos todos nós.” . 218 (A) substantivo – substantivo – artigo – substantivo – adjetivo (B) advérbio – adjetivo – artigo – adjetivo – adjetivo (C) advérbio – verbo – artigo – adjetivo – advérbio (D) adjetivo – substantivo – preposição – substantivo – advérbio (E) adjetivo – verbo – preposição – adjetivo – advérbio 574.(TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) gênero de substantivos Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam mudança de sentido, se houver mudança de gênero, do feminino para o masculino. (A) Estudante e rádio. (B) Capital e moral. (C) Mártir e diabete. (D) Grama e doente. (E) Escrevente e capitalista. 575.(TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) ____________________ dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a água, e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si _______________ diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre _______________________ a segunda opção. (CartaCapital, 20.06.2010. Adaptado) A flexão de número do termo “preços-sombra” também ocorre com o plural de (A) guarda-costa. (B) reco-reco. (C) guarda-noturno. (D) sem-vergonha. (E) célula-tronco. 576. (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) A forma plural das palavras está correta na alternativa: (A) A empresa foi condenada por não pagar os salário-famílias. (B) Preferimos evitar males-entendidos; é melhor pacificar os ânimos. (C) As reuniões ocorrem sempre às segundas-feiras pela manhã. (D) Tomamos conhecimento dos abaixos-assinados apresentados pelos grevistas. (E) Já foram publicados os decreto-leis? 577. (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que todas as palavras apresentam mudança de sentido, se houver mudança de gênero, do feminino para o masculino. (A) Capital e moral. (B) Mártir e diabete. (C) Grama e doente. (D) Escrevente e capitalista. (E) Estudante e rádio. 578. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) _________dois meses, a jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. Só que não levaram sua carteira ou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hacker invadiu e tomou conta de seu e-mail e – além de bisbilhotar suas mensagens e ter acesso a seus dados bancários – passou a escrever aos mais de 5 mil contatos de Rowennas dizendo que ela teria sido assaltada em Madri e pedindo ajuda em dinheiro. Quando ela escreveu para seu endereço de e-mail pedindo ao hacker ao menos sua lista de contatos de volta, Rowenna teve como Resposta a cobrança de R$ 1,4 mil. Ela se negou a pagar, a policia não . 219 fez nada. A jornalista só retomou o controle do e-mail porque seu amigo conhecia um funcionário do provedor da conta, que desativou o processo de verificação de senha criado pelo invasor. (Galileu, dezembro de 2011. Adaptado) Assinale a alternativa em que, na reescrita do trecho, houve alteração da classe gramatical da palavra em destaque. (A) .Mas sua identidade virtual. = mas sua identificação virtual. (B) .Que desativou o processo de verificação de senha... = ... o qual desativou o processo de verificação de senha... (C) Só que não levaram sua carteira... = Só que não levaram a carteira dela... (D) A jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. = a britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. (E) E ter acesso a seus dados bancários... = ... e ter acesso a seus dados do banco... 579. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) Nenhum cidadão responsável pode deixar de estar preocupado com os estragos que sofre o meio ambiente. Por isso, seja no governo, seja fora dele, muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres. Os governantes passam leis com fé ingênua nos seus efeitos. Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa do meio ambiente. Economistas só pensam em prêmios e punições financeiras. Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura. O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica, está longe da lei que impediria suas aventuras com a motosserra. E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las. O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar. Não há altruísmo que convença os prefeitos a não jogar esgotos in natura nos rios, pois o tratamento é caro, não dá votos e os malefícios só prejudicam o município rio abaixo. Não funcionam as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção. [...] Claudio de Moura Castro. Revista Veja – set, 2012 – Com Adaptações. A sutileza crítica do autor é perceptível pelo expressivo emprego de adjetivos, conforme se vê em: (A) “para obrigar o seu cumprimento.” / “Quem confia na impunidade” / “pois, se alguém viu, não vai denunciar.” (B) “Economistas só pensam em prêmios...” / “E, se estivesse ao alcance de pregações...” / “muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres.” (C) “seja no governo, seja fora dele” / “é um no cravo e outro na ferradura.” / “não veria razões para segui- las.” (D) “Olhando os resultados...” / “está longe da lei” / “impediria suas aventuras com a motosserra.” (E) “fé ingênua nos seus efeitos.” / “Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa...” / “O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica...” 580. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) Releia o período a seguir e atente para as palavras destacadas. “O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar.” Quanto às classes de palavras e seu emprego, conforme a norma padrão da língua, estão em destaque, pela ordem, (A) um adjetivo, um pronome relativo, um pronome relativo, e uma conjunção condicional. (B) um adjetivo, uma conjunção integrante, um pronome relativo, uma conjunção condicional. (C) um substantivo, um pronome demonstrativo, um pronome relativo, uma conjunção concessiva. (D) um substantivo, um pronome relativo, uma conjunção integrante, uma conjunção condicional. (E) um adjetivo, um pronome indefinido, uma conjunção integrante, um pronome pessoal oblíquo. 571. Resposta: “Certo”. Esta reescrita está coerente com a linguagem formal escrita. . 220 572. Resposta: Errado. Não se pode jamais iniciar uma oração com um pronome pessoal do caso obliquo (pronome pessoal que exerce a função de objeto direto ou indireto), - neste caso específico, o último período: “Os igualando aos”. 573. Resposta: “D”. Sensacionalista é uma caraterística do repórter, portanto, adjetivo. Linchamento é o nome que se dá ao ato de linchar, portanto, substantivo. A, na expressão a mais é uma preposição. Show, também é um nome que se dá ao ato de se apresentar em público e precocemente é o modo como as meninas vêm se erotizando por causa dos programas de TV. 574. Resposta: “B”. Se usarmos o capital, estaremos nos referindo a bens materiais, mas a capital seria cidade mais importante de um estado. O moral é o ânimo, a moral é o conjunto de normas e bons costumes de uma sociedade. 575. Resposta: “E”. Em célula-tronco, assim como em preço-sombra, temos dois substantivos compostos em que o 2º elemento expressa semelhança ou finalidade (tronco é uma semelhança da célula e sombra é uma finalidade do preço), nestes casos o substantivo composto admite duas formas de plural: - Regra geral: as duas palavras que o constituem vão para o plural, se forem palavras que têm plural (preços-sombras e células-troncos); - Flexionando-se apenas o 1º elemento (preços-sombra e células-tronco). 576. Resposta: “C”. Os dois elementos da composição da palavra segunda feira são variáveis, portanto ambos vão para o plural. Em A deveria ter-se escrito salários-família, uma vez que família indica a finalidade do salário. Em B, a palavra mal é um advérbio, advérbios não têm plural, portanto deveria ser mantida no singular (mal - entendidos), assim como abaixo assinado em D. Em E, temos um caso semelhante à saláriofamília. Lei indica a finalidade do decreto, portanto: decretos-lei. 577. Resposta: “B”. Se usarmos o capital, estaremos nos referindo a bens materiais, mas a capital seria cidade mais importante de um estado. O moral é o ânimo, a moral é o conjunto de normas e bons costumes de uma sociedade. 578. Resposta: “D”. Em D, a palavra britânica é originariamente um adjetivo, entretanto, reescrevendo-a conforme proposto no exercício ela se transforma em um substantivo (a britânica), utilizado para substituir pessoa, mulher, jornalista. 579. Resposta: “E”. Os adjetivos: ingênua, referindo-se à fé; generosas e bem-intencionadas, referindo-se à almas e pobre, referindo-se à caboclo são adjetivos que nos mostram a sutiliza do autor ao criticar a impunidade com os agentes causadores de destruição e degradação do meio ambiente. 580. Resposta: “D”. Mal-educado é um substantivo, pois está precedido de um artigo (o). Que, é um pronome relativo, pois se refere a mal-educado. O segundo que, é uma conjunção integrante, pois liga a oração subordinada substantiva à oração principal, E o se, indica condição (algo não acontece sem outro fator, ou só acontece se o outro fator acontecer), portanto uma conjunção condicional. 581. (ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 3, e 4 - CESPE/2012) 1 4 . A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro desde ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda 221 7 10 13 16 19 22 25 acumulada apresentou crescimento de 7,30% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 75,57% em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. De janeira a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de 2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. Internet: www.anac.gov.br (com adaptações). Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. As palavras “início” e “série” recebem acento gráfico com base em regras gramaticais distintas. Certo ( ) Errado ( ) 582. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 . O Senado Federal aprovou em plenário, em 31/10/2012, o projeto de lei originário da Câmara dos Deputados (PL n.º 2.793/2011) que tipifica como criminosas algumas condutas cometidas no meio digital, sobretudo a invasão de computadores. A imprensa tem noticiado como se fosse a primeira aprovação desse tipo no Brasil e alguns setores comemoraram como se a existência de uma lei para os crimes eletrônicos fosse tudo o que faltava para diminuir a delinquência cibernética. Sendo o Brasil um país de tradições positivistas e sendo vedada a aplicação de analogia para criar tipos penais, não resta dúvida da necessidade de aprovação da lei. Talvez com a previsão dessas condutas específicas, haja melhores resultados punitivos. A falta de estrutura na maioria das delegacias civis do país e a ausência de previsão legal que estabeleça a obrigatoriedade da guarda de logs acabam por inviabilizar a investigação dos crimes digitais, em muitos casos. Com o Marco Civil da Internet (PL n.º 2.126/2011), o legislador poderia sanar esse problema ao prever o armazenamento de tais registros, sem dar margem à violação da privacidade, evidentemente. No entanto, no último parecer ao projeto, no mês julho, o deputado relator retirou a obrigatoriedade do armazenamento dos dados pelos provedores de aplicações à Internet, os chamados provedores de conteúdo, deixando essa previsão apenas aos provedores de conexão. O fato é que os registros de conexão nem sempre são suficientes para uma eficiente coleta de provas. 222 O certo seria obrigar também os provedores de conteúdo a fazer 28 esse registro, o que permitiria investigar e punir não só os crimes digitais como também outros, tais como os de difamação, calúnia e injúria, tão comuns nas redes sociais. (Rafael Fernandes Maciel. In: Consultor Jurídico, 9/11/2012. Internet <www.conjur.com.br> (com adaptações). A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens que se seguem. As palavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. Certo ( ) Errado ( ) 583. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) O espelho Falar mal da TV virou moda. É "in" repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. [...] Mas quando os “especialistas” criticaram a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita á nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. Macaqueia e realimenta nossos conceitos e preceitos quando ensina, diariamente, o bê-á-bá a milhões de crianças. Reclamamos que, na programção, só vemos sexo, violência e consumismo. Ora isso é o quevemos também ao sair á rua. E, se fitarmos o espelho do banheiro com um pouco mais de atenção, levaremos um susto com a reprise em cartaz. Talvez por isso a TV nos choque, por nos mostrar, sem rodeios, a quantas anda o inconsciente coletivo. E não adianta dourar a pílula; já tentaram, mas não deu ibope. Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. Mas a fração que lhes cabe esta la, escondididnha como é próprio as minorias. Esta nos bons documentários, nas belas imagens dos eventos esportivos, na dramaturgia sensível, no humorismo que supreeende, nos desenhos e nas áreas inteligentes, no entrevistador que sabe ouvir o entrevistado, nas campanhas altruístas. Reclama-se muito que, nas novelas, os negros fazem, quase sempre, papeis de subaltemos. Mas é ess acondiçao que a sociedade reserva á maioria deles, tamebm á maior parte dos nordestinos, na vida real. O que a televisão fornece é um retrato da desigualdade no país. [...] A televisão mostra muita violência o dia inteiro, gritam os pacifistas na sala de estar. Como se não houvesse milhões de Stallones, Gibsons, Bronsons, Van Dammes e Schwarzeneggers armados até os dentes no Afeganistao, Golfo Pérsico, Colúmbia, Mianamar, Favelas brasileiras ou tricheiras angolanas. É natural que uma parte de nós se revolte, o que parece tão compreensível quanto inócuo. Campanhas contra baixaria televisiva lembram a piada do marido traído que encontra a mulher com o amante no sofá da sala e, no dia seguinte, vende o móvel para solucionar o problema. Garrotear a Tv é tapar o sol com a peneira. Enquanto a discussão ganha adeptos, continuamos devorando nosso tubo de imagem de estimação. Depois, de barriga cheia, saímos á rua para ratificar, legitimar com pensamentos, palavras e atitudes, que as coisas são mesmo assim e que, pelo jeito, a reprise continuará. Aquele repórter sensacionalista que repete à exaustão a cena de linchamento, o apresentador tripudia sobre o drama do desvalido, a loura que vê na criança um consumidor a mais, o jovem que tem num “reality show” desumano a alternativa para sua falta de horizonte, a menina precocemente erotizada, no fundo, somo todos nós. (MIGLIACCIO, Marcelo. Folha de S.Paulo. 19/10/2013) Assinale a palavra do texto que foi acentuada seguindo a mesma regra de ALTRUÍSTAS. (A) sensível (B) país (C) inócuo (D) domicílios (E) séries . 223 584. (TJ-SP - Analista de Sistemas - VUNESP/2012) Justiça absolve frentista acusado de participação em furto O juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 22.ª Vara Criminal Central da Capital, julgou improcedente ação penal proposta contra frentista acusado de furto em seu local de trabalho. Segundo consta da denúncia, A. L. A. R. teria permitido que W. F. O., cliente do posto de gasolina, usasse a máquina de cartões de crédito do local para fazer saques, mesmo sabendo que o cartão era roubado. Ele afirmou que desconhecia a origem ilícita do cartão. Ao ser interrogado, W. F. O. caiu em contradição quando perguntado sobre a quantia paga ao funcionário para permitir as operações, fato que, no entendimento do magistrado, tornou o conjunto probatório frágil para embasar uma condenação. “Daí, insuficientes as provas produzidas para um decreto condenatório ante a falta de demonstração suficiente de que A. L. A. R. agiu com dolo, no que a improcedência da ação penal se impõe.” Com base nessa fundamentação, absolveu o frentista da acusação de furto qualificado. (Disponível em http://www.tjsp.jus.br/Institucional/CanaisComunicacao/Noticias/Noticia.aspx?!d=15378. Acesso em 22.08.2012) Seguem a mesma regra de acentuação gráfica relativa às palavras paroxítonas: (A) probatório; condenatório; crédito. (B) máquina; denúncia; ilícita. (C) denúncia; funcionário; improcedência. (D) máquina; improcedência; probatório. (E) condenatório; funcionário; frágil. 585. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara". Ali, o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, o que, se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade, levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência. Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 28/10/2012) A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Mantendo-se a correção, sem que qualquer outra alteração seja feita na frase, o verbo grifado acima pode ser substituído por: (A) acarreta. (B) traz. (C) produz. (D) estende. (E) conduz. . 224 586. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) A opulência dos nababos, o equivalente muçulmano dos marajás da Índia no século XVI, deu origem à expressão nababesca, sinônimo de_____________. Assinale a alternativa que completa a lacuna com as palavras adequadas. (A) ostentosa, luxuosa (B) especial, superior (C) faustosa, rara (D) preciosa, meticulosa (E) valiosa, surpreendente 587. (FATEC - Vestibular - Prova um - FATEC/2012) O labirinto dos manuais Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi. - Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta! Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*? Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano! Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo! Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta. (A) Em – Há alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver indica tempo decorrido e pode ser substituído, corretamente, por Fazem (B) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. –, o termo em destaque expressa a ideia de exclusão. (C) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em destaque foi empregado em sentido figurado, indicando confusão, incompreensibilidade. (D) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. –, o termo em destaque pode ser substituído, corretamente e sem alteração do sentido do texto, por limitada (E) Em – Mas não posso me alimentar só de pipoca! –, a conjunção em destaque expressa a ideia de comparação 588. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara". Ali, o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, o que, se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. . 225 Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade, levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência. Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 28/10/2012) “mundos inóspitos... Uma questão análoga ..”. Considerando-se o contexto, o sentido dos elementos grifados acima está reproduzido, respectivamente, em: (A) desacolhedores - semelhante (B) insólitos - ambivalente (C) ameaçadores - incomum (D) devolutos - comparável (E) ermos – sutil 589. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo, Ivan Lermolieff, e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. Somente alguns anos depois, o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. De fato, tratava-se do italiano Giovanni Morelli. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje. Os museus, dizia Morelli, estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo- nos frente a obras não assinadas, talvez repintadas ou num mau estado de conservação. Nessas condições, é indispensável poder dintinguir os originais das cópias. Para tanto, porém, é preciso não se basear, como normalmente se faz, em características mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros. Pelo contrário, é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés. Com esse método, Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa. Apesar dos resultados obtidos, o método de Morelli foi muito criticado, talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto. Posteriormente foi julgado mecânico, grosseiramente positivista, e caiu em descrédito. Por outro lado, é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E. Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os pormenores, de preferência à obra em seu conjunto. Em Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio, assimilado por ele na juventude, em contato com os círculos românticos berlinenses. (Adaptado de Carlo Ginzburg. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. S.Paulo: Cia. das Letras, 1989, p.143-5) De acordo com o contexto, o segmento cujo sentido está adequadamente expresso em outras palavras é: (A) grosseiramente positivista = dissimuladamente construtiva (B) atribuídos de maneira incorreta = alienados de maneira inequívoca (C) segurança quase arrogante = firmeza quase presunçosa (D) exemplo típico da atitude moderna = modelo relacionado ao novo arbítrio (E) propunham um novo método = proscreviam uma nova prática . 226 590. (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos -: CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 Ouvir a voz da rua, por meio da literatura, constitui um bom começo para a apreensão dos espaços de interação das pessoas destinatárias do texto literário com o direito e com o seu fenômeno de expressão mais notável, que é a lei. A leitura do texto literário que narra a perplexidade das pessoas em relação à lei pode interferir positivamente na compreensão do problema da adesão aos centros de tutela que nela se estabelecem. A dialética própria do conhecimento aplica-se especialmente ao direito como grande cena da cultura humana e lugar de residência ou de visibilidade do conflito. O texto literário pode mudar o leitor, pode confrontar suas crenças e fazê-lo pensar. Ele pode, também, fazer o apostolado das necessidades. Esse, porém, não é um processo automático e não prescinde de uma mobilização por aqueles que detêm as ferramentas operacionais de geração do direito — legisladores, professores, teóricos e agentes máximos da informação pelo argumento, como os juízes, os advogados, os promotores etc. — para chamar a atenção do leitor acerca do conteúdo proposto no texto literário. O texto literário pode mudar o leitor, dar-lhe voz, chamar-lhe a atenção para algo não percebido espontaneamente, preencher-lhe as lacunas com o alívio de ouvir o que queria que fosse dito. Esse texto pode abrir uma vereda para a expansão do conhecimento por meio das promessas e perguntas que faz. Mônica Sette Lopes. A imagem do direito e da justiça no Machado de Assis cronista. <www.amatra3.com.br> (com adaptações). Julgue os itens a seguir, referentes aos sentidos e aos aspectos estruturais do texto. A palavra “cena” (L.10) foi empregada no texto com o sentido de arte. Certo ( ) Errado ( ) 581. Resposta: “Errado”. Início e série recebem acento gráfico pelo mesmo motivo. Ambas são paroxítonas terminadas em ditongo crescente. 582. Resposta: “Errado”.. Em conteúdo, o u leva acento por formar hiato com a vogal anterior, ou seja, na separação silábica a letra u ficará sozinha na sílaba. Calúnia e injúria sim. São acentuadas pela mesma razão, as duas são paroxítonas terminadas em ditongo. 583. Resposta: “B”. Assim como em altruístas, país, recebe acento no “i” para formar hiato com a vogal anterior (hiato é quando, ao se separar as sílabas uma vogal fica numa sílaba e a seguinte vai para a outra: PA-ÍS). 584. Resposta: “C”. Todas as palavras da alternativa C são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente. 585. Resposta: “E”. O verbo conduzir, empregado no presente do indicativo, assim como leva no texto original, não modificaria o sentido, nem a correção gramatical da oração, uma vez que conduzir é sinônimo de levar e ambos estão empregados no mesmo tempo verbal (presente do indicativo). . 227 586. Resposta: “A”. Tanto os nababos quanto os marajás tinham uma vida de luxo e não só gostavam, como deviam mostrar (ostentar, exibir com orgulho) este luxo. Daí, vida ostentosa e luxuosa. 587. Resposta: “C”. Labirinto, neste contexto, apresenta-se como algo difícil, semelhante a um labirinto, onde entramos e não conseguimos sair. Daí o emprego do termo significando algo muito difícil de se compreender. 588. Resposta: “A”. Trata-se de uma questão de sinonímia, em que se verifica a capacidade do candidato em substituir termos usados por outros semelhantes, sem prejuízo, ou mudança de sentido frasal. 589. Resposta: “C”. Segurança é sinônimo de firmeza e presunçoso (a)) é aquele que é vaidoso, pretensioso, ou seja, arrogante. 590. Resposta: “Errado”. Neste texto a palavra cena tem o sentido de situação, acontecimento. 591. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 10 15 20 25 30 *(jn) Relação de pessoas ou de assuntos vetados ou “indesejáveis” em um órgão de imprensa, isto é, proibidos de ser mencionados ou focalizados favoravelmente no noticiário, por determinação da direção do veículo. Prática usual de alguns jornais. “Enquanto, em fins do século passado, o jornalismo americano já enveredava para a isenção ou indepêndencia com a famosa frase que acabou entronizada no cabeçalho do The New York Times - All the news that fit to print (“todas as notícias que merecem Publicação”) - só agora, e mesmo assim com grande esforço, nos libertamos do cubismo. Tanto assim que quase todos os jornais ainda hoje conservam a sua lista de amigos e inimigos. Aos primeiros, tudo: destaque, nome completo, cobertura constante etc. Aos outros, silêncio ou, quando muito, críticas azedas. Desta forma, valorizam-se falsos valores e cometem-se graves erros de avaliação. Quantos pintores, poetisas, políticos, homens de governo e empresários apenas medíocres tornaram-se célebres graças aos círculos de amizade na imprensa? E quantos talentos vivem escondidos, na rua da amargura, porque não conquistaram uma infraestrutura promocional? A proliferação das colunas mundanas e artísticas, e a consagração deste esdrúxulo jornalismo-de-valor em quase todos os nossos jornais, é o melhor sintoma dessa maçonaria. Jornais rivais não se citam, articulistas ou colunistas inspiram-se me competidores mas não mencionam a fonte; há um mundo não existente para cada jornal ou jornalista. Desta forma, neste boicote, ficam formalizadas as informação incorreta e a injustiça histórica. Não tem importância: primeiro satisfaça-se o ego, a personalidade imperial; imparcialidade vem depois” (Alberto Dines) (Dines, A. In Carlos Alberto Rabaça/Gustavo Guimarães Barbosa. Dicionário de Comunicação. 2 ed. Rev. E atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001, 10ª reimpressão. p 436) . 228 São semanticamente equivalentes os segmentos apresentados em: (A) (linhas 8 e 9) acabou entronizada no cabeçalho do The New York Times / chegou a ser tratada com sarcasmo na primeira página do The New York Times. (B) (linha 12) nos libertamos do cubismo / nos tornamos independentes da influência estrangeira. (C) (linha 23) não conquistaram uma infraestrutura promocional / não se beneficiaram dos sistemas públicos de incentivo a eventos e sua difusão. (D) (linha 24) colunas mundanas / seções jornalísticas dedicadas à vida em sociedade, em seus aspectos superficiais. (E) linha 25) esdrúxulo jornalismo-de-favor / ultra passada imprensa cuja prática não revela profissionalismo. 592. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Desta forma, neste boicote, ficam formalizadas a informação incorreta e a injustiça histórica. Não tem importância: primeiro, satisfaça-se o ego, a personalidade imperial; imparcialidade vem depois” (Alberto Dines). Considerado o trecho acima, em seu contexto, é correto afirmar que Alberto Dines, ao (A) referir-se a boicote, expressa seu entendimento de que, quando há uma recusa de articulistas ou colunistas a aceitar limitações em seu trabalho, eles podem sofrer injusta represália. (B) apresentar sua apreciação de que não tem importância, e especificar o fundamento dessa opinião, está se valendo da ironia, pois essa avaliação contraria o que se tem no restante do seu texto. (C) referir-se a ficam formalizadas, expressa a ideia de que cada jornal ou jornalista, mesmo trabalhando sob clima de rivalidade, é capaz de reparar a informação incorreta e a injustiça. (D) empregar satisfaça-se, ao lado de vem, produz correlação imperfeita, recusada pelo padrão culto, pois a ideia de presente, que vem exprime obrigatoriamente, é incompatível com a ideia de ação futura expressa pela primeira forma. (E) formular satisfaça-se o ego, a personalidade imperial, evidencia que se valeu de duas expressões técnicas para significar o amor exagerado pela própria personalidade. 593. (ANAC - Técnico Administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANA(C) aprovou, em setembro último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos. Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasíli(A), foram criadas novas estruturas nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SR(E) e de Infraestrutura Aeroportuária (SI(A). Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias. A nova estrutura, idealizada com a base na melhor definição de atribuições dos cargos da agência, não gerará ônus adicional para a União. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptação) . 229 Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. A substituição de “fazer frente aos” (L.3-4) por enfrentar os prejudicaria a correção gramatical do texto. Certo ( ) Errado ( ) 594. (ANAC - Técnico Administrativo - CESPE/2012) 1 A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro desde ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de 4 demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda acumulada apresentou crescimento de 7,30% e a oferta 7 ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito 10 anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação dos voos domésticos de 13 passageiros alcançou 75,57% em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação 16 registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. De janeira a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, 19 para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de 22 2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo 25 internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. Internet: www.anac.gov.br (com adaptações). Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. Depreende-se das informações do texto que o serviço de transporte aéreo doméstico de passageiros no Brasil enfrenta uma crise em consequência da retração da demanda. Certo ( ) Errado ( ) 595. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 . Os magistrados não governam. O que eles fazem é evitar o desgoverno, quando para tanto são provocados. Não mandam propriamente na massa dos governados e administrados, mas impedem os eventuais desmandos dos que têm esse originário poder. Não controlam permanentemente e de forma imediatista a população, mas têm a força de controlar os controladores, em processo aberto para esse fim. Os magistrados não protaginozam relação jurídicas privadas, na qualidade de magistrados, porém se disponibilizam para o equacionamento jurisdicional de todas elas. Por isso justifica-se a menção do Poder Judiciário em terceiro e último lugar no rol dos poderes estatais (em primeiro, o Legislativo; em segundo, o Executivo), para facilitar essa compreensção final de que o poder que evita o desgoverno, o desmando e o descontrole 230 eventual dos outros dois não pode, ele mesmo, se desgovernar, 16 se desmandar, se descontrolar. Mais que impor respeito, o Judiciário tem que se impor o respeito. (Discurso de posse do Ministro Carlos Aires Brito) Com base nos sentidos e nas estruturas linguísticas do texto, julgue os itens a seguir. As expressões “impor respeito” (L.16) e “se impor o respeito” (L.17) estão sendo empregadas com significado equivalente, ou seja, são sinônimas. Certo ( ) Errado ( ) 596. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 Os idosos que participam do projeto Cabelos de Prata, mantido pela Prefeitura e Boa Vista, estão sendo estimulados a assistir sessões de cinema. O objetivo dessa atividade é fortalecer o vínculo comunitário do idoso, por meio de ações integrativas como a participação em manifestações artíticas e culturais. Segundo o coordenador do projeto, esses eventos são importantes para a valorização da terceira idade no meio social e familiar. O coordenador ressalta, ainda, que os principais objetivos desse projeto são, além de proporcionar momentos de lazer e entretenimento aos participantes, fazer que eles exercitem a cidadania e contribuir para a elevação da autoestima, autonomia e independência diante da comunidade - o que reverterá em melhoria da qualidade de vida dessa população. Internet: <www.bvnews.com.br> (com adaptações). Em relação às ideias e às estruturas gramaticais do texto acima, julgue os itens a seguir. Não haveria prejuízo para os sentidos do texto se a forma “reverterá em” (L.13) fosse substituída por redundará. Certo ( ) Errado ( ) 597. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) O silêncio é a matéria significante por excelência, um continuum significante. O real da comunicação é o silêncio. E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do discurso. O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras, diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”: tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja. O homem está irremediavelmente constituído pela sua relação com o simbólico. Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos, se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e não-verbal) e significação. Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando uma redução pela qual qualquer matéria significante fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para que lhe seja atribuído sentido. Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal” em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras. Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade, enquanto matéria significante distinta da linguagem. (Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.) No segundo parágrafo do texto, empregam-se as aspas no termo “condenado” para (A) atribuir-lhe um segundo sentido, equivalente a culpado. (B) reforçar-lhe o sentido contextual, equivalente a predestinado. (C) marcá-lo com sentido conotativo, equivalente a reprovável. (D) enfatizar-lhe o sentido denotativo, equivalente a desgraçado. (E) destituí-lo do sentido literal, equivalente a buliçoso. . 231 598. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto I Antigas aeromoças 5 10 15 20 A associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhora, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com intusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abriram. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. O conectivo destacado nos trechos do Texto I introduz uma expressão com valor de modo no seguinte exemplo: (A) “hoje desativado por questões de segurança’” (L. 5-6) (B) “‘Entre as nuvens de fímbrias douradas” (L. 11) (C) “disputam com entusiasmo os carrinhos” (L. 15-16) (D) “Segue-se declamação de poesias” (L. 17-18) (E) “evocando os tempos heroicos da aviação” (L. 19-20) 599. (FATEC - Vestibular - Prova um - FATEC/2012) O labirinto dos manuais Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi. - Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta! Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando . 232 cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz? Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano! Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo! Analise as afirmações sobre trechos do texto e assinale a correta. (A) Em – Há alguns meses, troquei meu celular. –, o verbo haver indica tempo decorrido e pode ser substituído, corretamente, por Fazem (B) Em – Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. –, o termo em destaque expressa a ideia de exclusão. (C) Em – Virou um labirinto de instruções! –, o termo em destaque foi empregado em sentido figurado, indicando confusão, incompreensibilidade. (D) Em – Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. –, o termo em destaque pode ser substituído, corretamente e sem alteração do sentido do texto, por limitada (E) Em – Mas não posso me alimentar só de pipoca! –, a conjunção em destaque expressa a ideia de comparação 600. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A constituição é alicerce de toda a nossa ordem jurídica. É diploma inaugural do nosso direito positivo. A Constituição é a primeira e a mais importante voz do direito aos ouvidos do povo. Constitui, a um só tempo, caráter estruturante do Estado e da própria sociedade. É certidão de nascimento e carteira de identidade do Estado, projeto de vida global da sociedade. Esse diploma jurídico de nome Constituição provém diretamente da nação brasileira, única instância de poder que é anterior, exterior e superior ao próprio Estado. É por isso que, pela sua filha unigênita que é a Constituição mesma, a nação governa permanentemente quem governa transitoriamente e o faz do modo mais intrinsecamente meritório; do modo mais cristalinamente legítimo; pois o fato é que a menina dos olhos da nossa Constituição é a democracia. Democracia que nos confere o status de país juridicamente civilizado. Nossa Constituição é primeiro-mundista, pois os focos estruturais de fragilidade do país não estão em nosso arcabouço normativo, mas no abismo que se rasga entre a excelência da Constituição de 1988 e sua concreta incidência sobre a nossa realidade socioeconômica e política. Democracia, enfim, que se enlaça tão intimamente à liberdade de imprensa que romper esse cordão umbilical é matar as duas: a imprensa e a democracia. Com efeito, o mais refinado toque de sapiência política da nossa última Assembleia Nacional Constituinte foi irigir a democracia como sua principal ideia-força. Discurso de posse do Ministro Carlos Ayres Brito. O acento grave indicativo de crase em “à liberdade” (L.22) está corretamente empregado, visto que “intimamente” (L.21) rege complemento com a preposição “a”, e a palavra “liberdade” é antecedida pelo artigo definido feminino no singular. Certo ( ) Errado ( ) . 233 591. Resposta: “D”. Em se tratando de uma questão cuja comanda está nos pedindo que identifiquemos segmentos semanticamente equivalentes, temos que analisá-los à luz do contexto no qual estão inseridos. Fica claro, portanto, que “colunas mundanas”, refere-se às colunas sociais de nossos jornais. 592. Resposta: “B”. Se tomarmos o sentido 1 de ironia no dicionário Aurélio teremos: “Modo de exprimir-se em que se diz o contrário do que se pensa ou sente”, veremos então que no texto, “não tem importância, primeiro satisfaça-se o ego e a personalidade imperial, imparcialidade vem depois”, assume um caráter irônico, uma vez que ao longo de seu texto, Dines condena esta prática. 593. Resposta: “Errado”. Trata-se de uma expressão sinônima, podendo portanto ser substituída, sem prejuízo de sentido. 594. Resposta: “Errado”. De acordo com o texto, a crise é em consequência da diminuição da demanda e não da retratação desta. 595. Resposta: “Errado”. Impor respeito, no texto, significa, se fazer respeitar e se impor respeito, significa que o judiciário tem que ter respeito por ele mesmo, ou seja, se fazer respeitar entre si. 596. Resposta: “Errado”. Reverterá em, significa voltar para. Redundará significa transbordará, tornará excessivo. 597. Resposta: “B”. Ao usar aspas em condenado, Orlandi nos deixa claro que está empregando esta palavra com outro sentido que o de seu sentido literal. Assim sendo, neste contexto, condenado é empregado com o sentido de predestinado, inevitável. 598. Resposta: “C”. Com entusiasmo pode ser substituído por entusiasticamente (sufixo mente sempre designa advérbio de modo). 599. Resposta: “C”. Labirinto, neste contexto, apresenta-se como algo difícil, semelhante a um labirinto, onde entramos e não conseguimos sair. Daí o emprego do termo significando algo muito difícil de se compreender. 600. Resposta: “Errado.” O uso da crase se justifica pelo fato do verbo enlaçar reger preposição a e da palavra liberdade ser antecedida do artigo feminino a. 601. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos CESPE/2012) 1 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o 4 desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda 7 da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de 10 uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou . 234 13 as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, 16 mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. A ocorrência de crase em “Àquela” (L.9) indica que esse elemento é regido pela preposição a. Certo ( ) Errado ( ) 602. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 Aprovada pela Comissão Especial sobre igualdade de Direitos Trabalhistas da Câmara dos Deputados, a proposta de emenda à Constituição, (PE(C) nº 478/2010 poderá mudar as relações de trabalho de aproximadamente 6,6 milhões de brasileiros. A proposta amplia os direitos dos empregados domésticos, igualando-os aos demais trabalhadores urbanos do país. O texto revoga o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal de 1988, que trata especificamente dos domésticos e lhes garante apenas alguns dos direitos a que tem acesso o conjunto dos trabalhadores. A PEC prevê 16 novos benefícios à categoria, incluídos a definição da carga horária semanal de 44 horas e o pagamento de hora extra e de adicional noturno para atividades entre as 22 horas e as 5 h. A proposta também torna obrigatória o recolhimento do fundo de garantia do tempo de serviço (FGTS), que representa o principal impacto da medida, caso seja aprovada e promulgada. “O recolhimento do FGTS até agora não é obrigatório e na prática quase nenhum patrão faz, dai, a aprovação da PEC significar uma mudança que terá efeitos imediatos”, explicou um advogado trabalhista. Em relação ao texto acima, julgue os itens subsequentes. Na linha 12, “à categoria” equivale a para a categoria. Certo ( ) Errado ( ) 603. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) O espelho Falar mal da TV virou moda. É "in" repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. [...] Mas quando os “especialistas” criticaram a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita á nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. Macaqueia e realimenta nossos conceitos e preceitos quando ensina, diariamente, o bê-á-bá a milhões de crianças. Reclamamos que, na programção, só vemos sexo, violência e consumismo. Ora isso é o quevemos também ao sair á rua. E, se fitarmos o espelho do banheiro com um pouco mais de atenção, levaremos um susto com a reprise em cartaz. Talvez por isso a TV nos choque, por nos mostrar, sem rodeios, a quantas anda o inconsciente coletivo. E não adianta dourar a pílula; já tentaram, mas não deu ibope. Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. Mas a fração que lhes cabe esta la, escondididnha como é próprio as minorias. . 235 Esta nos bons documentários, nas belas imagens dos eventos esportivos, na dramaturgia sensível, no humorismo que supreeende, nos desenhos e nas áreas inteligentes, no entrevistador que sabe ouvir o entrevistado, nas campanhas altruístas. Reclama-se muito que, nas novelas, os negros fazem, quase sempre, papeis de subaltemos. Mas é ess acondiçao que a sociedade reserva á maioria deles, tamebm á maior parte dos nordestinos, na vida real. O que a televisão fornece é um retrato da desigualdade no país. [...] A televisão mostra muita violência o dia inteiro, gritam os pacifistas na sala de estar. Como se não houvesse milhões de Stallones, Gibsons, Bronsons, Van Dammes e Schwarzeneggers armados até os dentes no Afeganistao, Golfo Pérsico, Colúmbia, Mianamar, Favelas brasileiras ou tricheiras angolanas. É natural que uma parte de nós se revolte, o que parece tão compreensível quanto inócuo. Campanhas contra baixaria televisiva lembram a piada do marido traído que encontra a mulher com o amante no sofá da sala e, no dia seguinte, vende o móvel para solucionar o problema. Garrotear a Tv é tapar o sol com a peneira. Enquanto a discussão ganha adeptos, continuamos devorando nosso tubo de imagem de estimação. Depois, de barriga cheia, saímos á rua para ratificar, legitimar com pensamentos, palavras e atitudes, que as coisas são mesmo assim e que, pelo jeito, a reprise continuará. Aquele repórter sensacionalista que repete à exaustão a cena de linchamento, o apresentador tripudia sobre o drama do desvalido, a loura que vê na criança um consumidor a mais, o jovem que tem num “reality show” desumano a alternativa para sua falta de horizonte, a menina precocemente erotizada, no fundo, somo todos nós. (MIGLIACCIO, Marcelo. Folha de S.Paulo. 19/10/2013) Assinale a opção que completa, respectivamente, as lacunas da frase abaixo, de acordo com a norma culta da língua. Assistindo ___ novela na casa dos vizinhos e sem se preocupar com ___ presença dos estranhos, ela começou ___ chorar. (A) a – a – à (B) a – à – a (C) à – a – a (D) à – à – a (E) a – à – à 604. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) Os trechos a seguir foram extraídos de revistas de circulação nacional, com adaptações. Com relação à ocorrência de crase, assinale a alternativa em que o trecho se apresenta CORRETAMENTE acentuado. (A) Ficaram à favor das meritíssimas celebridades os culpados. (B) Foi aberta uma exceção à normas rígidas sobre as etiquetas dos tribunais. (C) Estão começando à incomodar os velhos sistemas viciados, disse o jornalista. (D) Os torcedores cobraram do árbitro uma dignidade superior à dos atletas. (E) A sociedade entende melhor esse julgamento ao acompanhar passo à passo os trabalhos processuais. 605. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) O emprego do acento grave pode ser determinado, entre outras razões, pela regência de um verbo. Em que frase o uso desse acento desrespeita a norma padrão? (A)(A) Assistiu às pressas o fim da apuração. (B) Retornarei à encomenda via Sedex. (C) Tive acesso à informação bancária. (D) Voltarei à casa dos meus pais, hoje. (E) Deixaremos alguns clientes à espera. 606. (ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 3, e 4 CESPE/2012) 1 4 . A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANA(C) aprovou, em setembro último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do número de 236 usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos. Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasíli(A), foram criadas novas estruturas nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SR(E) e de Infraestrutura Aeroportuária (SI(A). Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias. A nova estrutura, idealizada com a base na melhor definição de atribuições dos cargos da agência, não gerará ônus adicional para a União. 7 10 13 16 19 22 25 Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptação) Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. O texto, que se caracteriza como argumentativo, é utilizado para a defesa da necessidade de modernização da ANAC. Certo ( ) Errado ( ) 607. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. O texto em questão contém uma proposição e apresenta argumentos favoráveis à defesa de ponto de vista da autora, conforme se verifica no desenvolvimento do segundo parágrafo. Certo ( ) Errado ( ) . 237 608. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 10 15 20 25 O mundo maravilhoso do conto infantil sempre me instigou. Esse tempo perdido nos tempos, em que tal narrativa se ancora, esses atores não individualizados, cuja roupa é fácil de vestir, de contar tão “ausente” e distante, que parece falar em nome de todos os contadores de histórias! Escolhi Perrault, o primeiro a tomar a voz da tradição oral e imprimi-la no mundo oficial da literatura. Escolhi Chapeuzinho Vermelho, Le petit chaperon rouge, que, por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a serviço de outras enunciações. Assim encaminhei este meu trabalho [...]. Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do folclore, e propunha-me entender as relações deste texto com suas variantes intertextuais. Sabia, então, que teria de transformar a antiga prática de trabalhar com uma obra como um campo fechado em si mesmo. A obra não poderia mais ser vista como um monólogo de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, apenas um leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. Chapeuzinho Vermelho não era um todo autônomo, como não o eram suas variantes intertextuais. Não poderia, portanto, por analogia à língua-mãe, na história das línguas, ser considerado o primeiro, o único, já que, ele próprio, era atravessado pelas vozes milenares da tradição oral. [...] Desmoronava-se a ideia de centro, enquanto uma descentralização da língua e do discurso ia-se mostrando como uma frente muito nebulosa, difícil de ser praticada. Foi então que conheci o dialogismo bakhtiniano. Apenas o Adão mítico, que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua-orientação dialógica do discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar (Bakhtin, 1988, p. 88). Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro único. Era o diálogo que perpassa todo discurso; era o plurilinguismo social e histórico (Bakhtin, 1988b, p. 82). Teria de parar de pensar numa língua única, num único sujeito de um discurso. Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, junto daquela que eu julgo ser de um. Importava, e muito, o diálogo do eu com o outro, ou seja, a verdade de que o outro permeia todo o fio do meu discurso, permeia as variantes intertextuais, permeia o texto-base. Com esse outro inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco; posso até transfigurá-lo esteticamente. Isso, quando tenho consciência dele e represento-o no meu discurso, porque o tomo como sujeito-parceiro da construção da minha enunciação. Isso é intertextualidade. Assim esse conceito será trabalhado daqui para a frente. (Discini, N. Introdução. Intertextualidade no conto maravilhoso. São Paulo: Humanitas, 2002. p. 9-11) O texto (A) classifica-se como relato autobiográfico, pois, embora faça referências a questões importantes para as ciências da linguagem, mostra pouca preocupação em firmar conceitos ou em levar a discussão para um âmbito que ultrapasse o das percepções e sensações individuais. (B) instaura, a partir do uso da primeira pessoa e de outros artifícios de subjetivação, uma contradição à tese defendida, na medida em que mostra um enunciador soberano em relação a todas as suas escolhas linguístico-discursivas. (C) respeita certas exigências do discurso acadêmico: atende a mecanismos de citação e referência, define certa perspectiva de análise, apresenta justificativas para escolhas realizadas. (D) toma o mundo oficial da literatura (linha 4) como única forma de preservação e de difusão de um certo patrimônio imaterial: aquele representado pelas vozes da tradição oral, historicamente negligenciadas. (E) alerta para o perigo de não se notar que as sucessivas retomadas de Chapeuzinho Vermelho estão a serviço de outras enunciações, ou seja, daquelas que se descolam do mágico universo infantil no qual o texto-base se fundou. 609. (ANAC - Técnico Administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 . A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos. Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasília), foram criadas novas estruturas nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SRE) e de Infraestrutura Aeroportuária (SIA). Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma nova unidade, a 238 16 19 22 25 Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias. A nova estrutura, idealizada com a base na melhor definição de atribuições dos cargos da agência, não gerará ônus adicional para a União. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptação) Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. O texto, que se caracteriza como argumentativo, é utilizado para a defesa da necessidade de modernização da ANAC. Certo ( ) Errado ( ) 610. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que, atualmente, no Brasil, estão disponíveis para a adoção 4.799 crianças e adolescentes. São 27.437 4 interessados, mas a maioria não quer crianças com mais de cinco anos de idade. A preferência brasileira de adoção é por crianças com até dois anos de idade, e boa parte dos 7 candidatos não aceita irmãos. Autoridades do Brasil, Peru, e Bolívia discutirão o assunto no VII Encontro Norte/Nordeste de Apoio à Adoção 10 e no I Encontro Trifronteiriço de Adoção Brasil/Peru/Bolívia, eventos que ocorrerão, pela primeira vez, no Acre. 13 A ideia é reunir famílias adotivas e pretendentes à adoção, conselheiros tutelares, profissionais dos sistemas de justiça, saúde e educação, assistência e promoção social, 16 e integrantes do Ministério Público, gestores e pessoas da comunidade em torno do tema Rompendo as Fronteiras da Adoção - desafios e perspectivas da integração entre os 19 povos do século XXI. A realização é do Grupo de Estudos de Apoio à Adoção do Acre em conjunto com o Ministério Público do 22 Estado do Acre e diversos parceiros. As discussões irão contemplar os avanços e entraves das leis da adoção nos três países, além da integração de 25 ações estratégicas com o Brasil para a consolidação de grupos de apoio a adoção no Peru e Bolívia. Com relação ao texto acima, julgue os seguintes itens. Nesse texto, que se caracteriza como dissertativo- argumentativo, o autor se posiciona favoravelmente à adoção de crianças com mais de cinco anos e idade. Certo ( ) Errado ( ) 601. Resposta: “Certo”. Àquela altura é uma locução adverbial de tempo iniciada pela preposição em (Naquela), que, se iniciada pela preposição a, usará o acento. . 239 602. Resposta: “A” (A craseado) em à categoria equivale a para a categoria, ou seja uma preposição e um artigo feminino, daí a fusão de para + a e o surgimento da crase. 603. Resposta: “C”. Precisamos de crase no primeiro a porque o verbo assistir (quando significa ver), rege a preposição a, e novela, é um substantivo que aceita o artigo, portanto, temos a fusão de dois as, o que ocasiona o uso de crase. Em a presença, não precisamos de preposição, somente de artigo e em começou a chorar, antes de verbos não usamos crase. 604. Resposta: “D”. Em A, não se usa crase diante de palavra masculina. Em B, temos somente a preposição “a”, sem o artigo “a”, uma vez que o substantivo (normas) está no plural. Em C, não se usa crase antes de verbo e em E, não se usa crase antes de palavras repetidas. Em D está subentendido que cobraram uma dignidade superior a+a dignidade dos atletas, portanto à. 605. Resposta: “B”. Neste caso, não há necessidade de crase, pois, o verbo retornar só é regido de preposição quando se referir a um lugar (retornar a Brasília, São Paulo...). Neste caso, retornar, significa “mandar de volta”, portanto não é regido de preposição, logo o correto seria empregarmos somente o artigo “a”. Como não há fusão de preposição “a” + artigo “a”, não há o fenômeno crase, portanto, não há o acento grave. 606. Resposta: “Errado”. Não se trata de texto argumentativo. É um texto informativo que presta simplesmente um serviço de informação ao leitor, sem necessidade de argumentar, ele só apresenta fatos. 607. Resposta: “Certo”. O ponto de vista da autora (o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião, e, sobretudo a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino), é reforçado a partir do segundo parágrafo com a apresentação dos fatos novos que ocorreram em 1808 com a chegada da Corte ao Brasil, Fatos estes que vieram reforçar a opinião da autora, uma vez que o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal. 608. Resposta: “C”. Sem dúvida, trata-se de um texto cujas principais características são próprias de textos acadêmicocientíficos. 609. Resposta: “Errado”. Não se trata de texto argumentativo. É um texto informativo que presta simplesmente um serviço de informação ao leitor, sem necessidade de argumentar, ele só apresenta fatos. 610. Resposta: “Errado”. Esse texto não é dissertativo-argumentativo. É um texto informativo, Não traz, portanto, o ponto de vista do autor (posicionamento). 611. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que . 240 movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos. E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto. Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa. (Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.) A forma como se dá a construção do texto revela que ele é predominantemente (A) dissertativo, com o objetivo de analisar criticamente o que é um sarau. (B) descritivo, com o objetivo de mostrar o sarau como uma festa fútil e sem atrativos. (C) narrativo, com o objetivo de contar fatos inusitados ocorridos em um sarau. (D) descritivo, com o objetivo de apresentar as características de um sarau. (E) dissertativo, com o objetivo de relatar as experiências humanas em um sarau. 612. (FATEC - Vestibular - Prova um - FATEC/2012) Há alguns meses, troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções! Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi. - Manual só confunde - disse didaticamente. - Dá uma de curioso. Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta! Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” - um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz*? Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse... E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano! Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo! Entre as características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco: (A) a narração em 3ª pessoa e o uso expressivo d pontuação. (B) a criação de imagens hiperbólicas e o predomínio do discurso direto. (C) o emprego de linguagem acessível ao leitor e a abordagem de fatos do cotidiano. (D) a existência de trechos cômicos e a narrativa restrita ao passado do autor (E) a ausência de reflexões de cunho pessoal e o emprego de linguagem em prosa poética . 241 613. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) Nenhum cidadão responsável pode deixar de estar preocupado com os estragos que sofre o meio ambiente. Por isso, seja no governo, seja fora dele, muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres. Os governantes passam leis com fé ingênua nos seus efeitos. Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa do meio ambiente. Economistas só pensam em prêmios e punições financeiras. Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura. O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica, está longe da lei que impediria suas aventuras com a motosserra. E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las. O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar. Não há altruísmo que convença os prefeitos a não jogar esgotos in natura nos rios, pois o tratamento é caro, não dá votos e os malefícios só prejudicam o município rio abaixo. Não funcionam as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção. [...] Claudio de Moura Castro. Revista Veja – set, 2012 – Com Adaptações. Considerando as marcas predominantes quanto aos aspectos de construção da tipologia textual, o texto caracteriza-se como: (A) injuntivo. (B) argumentativo. (C) descritivo-narrativo. (D) narrativo. (E) dissertativo-descritivo. 614. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) QUAL DELES É MAIS GÊNIO? Na Olimpíada de Matemática, o ouro vai para quem soluciona melhor os desafios mais complexos. Os orientais domina o pódio, e vale a pena saber as razões disso. 1 Ao ouvir o anúncio entusiasmado de seu nome, o jovem de paletó vermelho e calças curtas se ergue e caminha rumo aos holofotes. Do alto do palco, lança um olhar tímido para a plateia, onde centenas 5 de admiradores se amontoam para aplaudi-lo de pé, enquanto ele recebe a merecida medalha de ouro. Não foi nenhuma modalidade dos jogos de Londres que cravou o nome de Jeck Lim, de Singapura, no panteão dos melhores do munda, mais a matemática, 10 à qual ele se dedica desde pequeno como verdadeiro atleta. Aos 17 anos, Jeck conheceu a glória na recém-encerrada Olimpíada Internaciona de Matemática (IMO), a mais prestigiada e concorrida competição do gênero desde 1959. Nesta edição, 548 alunos dos 15 ensinos fundamental e médio de 100 países disputaram medalhas em Mar del Plata, na Argentina. A equipe da Coreia do Sul teve a maior pontuação e venceu o duelo, seguida pela da China, mas foi o garoto de Singapura que se tornou herói, por meio 20 raro: é dele a única prova perfeita, aquela que atingiu os 42 pontos em jogo. Todos ali ambicionavam ser um “ouro 42”, apelido que passa a ser confundido com o próprio nome dessas pessoas precoces estrelas da matemática. Dos seis brasileiros do páreo, cinco 25 levaram medalhas - uma de ouro, uma de prata e três de bronze -, dando ao país a 19ª colocação no ranking. “Podemos ir mais longe. Vou fazer tudo para voltar em 2013”, diz Rodrigo Sanches, 16 anos, com sua reluzente medalha de ouro, uma das 51 30 distribuídas. [...] (Veja, 08 de agosto de 2012) . 242 Uma reportagem, além de oferecer dados, pode fornecer a opinião do jornalista e a sua posição em relação ao fato. Essa parcialidade está exemplificada no fragmento (A) “Não foi nenhuma modalidade dos jogos de Londres” (B) “e vale a pena saber as razões disso.” (C) “uma de ouro, uma de prata e três de bronze” (D) “Podemos ir mais longe. Vou fazer tudo para voltar em 2013” (E) “A equipe da Coreia do Sul teve a maior pontuação.” 615. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que está caracterizada a figura de sintaxe denominada pleonasmo. (A) Dizem que os brasileiros autênticos somos loucos por futebol. (B) Informaram que Sua Santidade continua adoentado. (C) Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos. (D) Esperamos, sinceramente, você compreenda nossos motivos. (E) Ele que era forte e corajoso, ei-lo fraco e covarde. 616. (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que está caracterizada a figura de sintaxe denominada pleonasmo (A) Esperamos, sinceramente, você compreenda nossos motivos. (B) Dizem que os brasileiros autênticos somos loucos por futebol. (C) Ao povo, nada lhe dão que não seja seguido de novos impostos. (D) Ele que era forte e corajoso, ei-lo fraco e covarde. (E) Informaram que Sua Santidade continua adoentado. 617. (PM/RJ - Oficial da Polícia Militar - Inglês - IBFC - 2012) Texto II O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira) No verso “O bicho, meu Deus, era um homem”, ocorre a figura de linguagem conhecida como: (A) Elipse. (B) Anáfora. (C) Assíndeto. (D) Apóstrofe. 618. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) . 243 O efeito de humor da tira advém, dentre outros fatores, da (A) ironia, verificada na fala da personagem como intenção clara de afirmar o contrário daquilo que está dizendo. (B) paronomásia, verificada pelo emprego de palavras parecidas na escrita e na pronúncia, à moda de um trocadilho. (C) metáfora, verificada pelo emprego de termos que podem se cambiar como formas sinônimas no enunciado. (D) metonímia, verificada pelo emprego de uma palavra em lugar de outra por uma relação de contiguidade. (E) onomatopeia, verificada pelo recurso à sonoridade das palavras, que atribui outros sentidos ao enunciado. 619. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) QUAL DELES É MAIS GÊNIO? 1 5 10 15 20 25 30 Na Olimpíada de Matemática, o ouro vai para quem soluciona melhor os desafios mais complexos. Os orientais domina o pódio, e vale a pena saber as razões disso. Ao ouvir o anúncio entusiasmado de seu nome, o jovem de paletó vermelho e calças curtas se ergue e caminha rumo aos holofotes. Do alto do palco, lança um olhar tímido para a plateia, onde centenas de admiradores se amontoam para aplaudi-lo de pé, enquanto ele recebe a merecida medalha de ouro. Não foi nenhuma modalidade dos jogos de Londres que cravou o nome de Jeck Lim, de Singapura, no panteão dos melhores do munda, mais a matemática, à qual ele se dedica desde pequeno como verdadeiro atleta. Aos 17 anos, Jeck conheceu a glória na recém-encerrada Olimpíada Internaciona de Matemática (IMO), a mais prestigiada e concorrida competição do gênero desde 1959. Nesta edição, 548 alunos dos ensinos fundamental e médio de 100 países disputaram medalhas em Mar del Plata, na Argentina. A equipe da Coreia do Sul teve a maior pontuação e venceu o duelo, seguida pela da China, mas foi o garoto de Singapura que se tornou herói, por meio raro: é dele a única prova perfeita, aquela que atingiu os 42 pontos em jogo. Todos ali ambicionavam ser um “ouro 42”, apelido que passa a ser confundido com o próprio nome dessas pessoas precoces estrelas da matemática. Dos seis brasileiros do páreo, cinco levaram medalhas - uma de ouro, uma de prata e três de bronze -, dando ao país a 19ª colocação no ranking. “Podemos ir mais longe. Vou fazer tudo para voltar em 2013”, diz Rodrigo Sanches, 16 anos, com sua reluzente medalha de ouro, uma das 51 distribuídas. [...] (Veja, 08 de agosto de 2012) Uma das formas de evitar a repetição de palavras é utilizar a elipse. Esse recurso está presente no trecho (A) “com sua reluzente medalha de ouro”. ( l 29) (B) “Nesta edição, 548 alunos”. ( l 14) (C) “Dos seis brasileiros do páreo”. ( l 24) (D) “é dele a única prova perfeita”. ( l 20) (E) “lança um olhar tímido para a plateia”. ( l 04) . 244 620. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) A frase que, segundo os preceitos da gramática normativa do português do Brasil, está correta quanto à regência é: (A) A cada pequena discussão, costumava lhe chamar de aventureiro e até como irresponsável, e disso já se havia coletado muitas provas. (B) Nada daquela maluca versão interessava a ele, principal testemunha do caso, e por isso manifestou- se quanto à imediata retirada do indesejável depoimento. (C) A afinidade entre os colegas intensificava-se ao mesmo tempo que seus estudos se desenvolviam, e disso surgiu uma amizade que todos tinham orgulho. (D) Sua obra é daquelas que se pode dizer tudo, menos que passará despercebida a futuras gerações, seja para negar-lhe méritos, seja para reconhecê-los. (E) Aquele professor é a verdadeira razão de que muitos estudantes decidiram dedicar-se à pesquisa, o que lhe faz ser constantemente mencionado como exemplo a ser seguido. 611. Resposta: “D”. Trata-se de um texto descritivo (descreve um ambiente), apresentando ao leitor, através dos olhos do autor, o que, e como era o sarau. 612. Resposta: “C”. Dentre as características da crônica, sem dúvida, as mais notáveis são a linguagem acessível e a abordagem cômica de temas cotidianos. 613. Resposta: “B”. Num texto argumentativo, o autor expõe seu ponto de vista e tenta nos convencer de que ele está certo. No texto acima, o ponto de vista dele é de que as leis precisa de poder para se fazer cumprir e ele nos mostra através de exemplos (o economista, o caboclo, o mal-educado...) que está certo. 614. Resposta: “B”. A expressão “vale a pena”, mostra com espontaneidade a opinião do jornalista que escreveu a repostagem. 615. Resposta: “C”. O pleonasmo é uma figura que se caracteriza pela repetição de um termo, com o intuito de intensificar a expressividade deste termo. Em C, percebe-se a repetição do objeto indireto através do uso do pronome lhe, que refere-se a ao povo. 616. Resposta: “C”. O pleonasmo é uma figura que se caracteriza pela repetição de um termo, com o intuito de intensificar a expressividade deste termo. Em C, percebe-se a repetição do objeto indireto através do uso do pronome lhe, que refere-se a ao povo. 617. Resposta: “D”. Apóstrofe é a figura de linguagem que consiste em fazer uma interrupção do que se está escrevendo para dirigir-se a uma pessoa. No caso: “ meu Deus” 618. Resposta: “B”. A paronomásia se caracteriza pela semelhança entre palavras de idiomas diferentes ou uso de palavras semelhantes no som, mas diferentes na significação. É o que acontece em sovaco e só vácuo, que dentro do contexto da charge gera este efeito de humor tão inteligente. 619. Resposta: “E”. Temos um caso de sujeito elíptico (oculto). Ele “lança um olhar tímido para a plateia”. 620. Resposta: “B”. Temos que observar atentamente cada uma das assertivas, uma vez que à primeira vista pode nos parecer que não há erro em algumas delas, pois na linguagem informal, realmente não há. Mas, observemos atentamente a alternativa A e veremos que o verbo chamar está seguido da preposição de . 245 (de aventureiro) e precedido do pronome lhe, que é um pronome objeto indireto. Portanto, temos um caso de uso indevido do pronome lhe, que deveria ser substituído por lo. Em C, sentimos a falta de uma preposição antes do pronome relativo que. Quem sente orgulho, sente orgulho de algo, portanto, “uma amizade da qual (ou de que) todos tinham orgulho. Em D, O verbo ‘dizer’, é transitivo direto e indireto (quem diz, diz algo de alguém ou de alguma coisa), portanto: “Sua obra é daquelas da qual se pode dizer...”. Em E, o nome razão em uso pede a preposição por, pelo (a)). Assim, a frase ganharia mais coesão se a escrevêssemos desse modo: “ Aquele professor é a verdadeira razão pela qual muitos estudantes...” Desse modo, observamos que em B, não há nada a ser reparado, portanto, B é alternativa correta. 621. (TJ-SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão de regência. Ainda não pagamos a conta____________hospital, porque estamos discutindo o valor que nos foi apresentado; essa solução é preferível______________qualquer outra, para que não haja prejuízo___________cliente. (A) ao – a - ao (B) ao - de que - para o (C) do – que - do (D) no – que - do (E) do - do que - para o 622. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 O futuro desejado em relação à água é aquele em que esse recurso esteja disponível, em quantidade e qualidade adequadas, para as gerações atuais e futuras, e sirva para 4 o desenvolvimento sustentável, para a redução da pobreza e para a promoção do bem-estar e da paz social. No caso do Brasil, a região Norte possui diversos potenciais econômicos associados 7 aos seus recursos naturais, entre os quais os recursos hídricos, que por si só representam grande parte da riqueza da região não somente em termos econômicos, mas também sociais e 10 ambientais. Nesse contexto, por meio da Lei n.º 1.500/2003, o estado do Acre instituiu a Política Estadual de Recursos 13 Hídricos, que deve ser conduzida com base no princípio de que a água é um bem de domínio público, essencial à vida, com disponibilidade limitada e dotada de valor econômico, social 16 e ecológico. Em situações críticas de seca e enchente, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano, a dessedentação de animais domésticos e a manutenção da biota. Sob esse enfoque, na implementação da política e na 19 gestão de recursos hídricos estaduais, o Poder Executivo do estado e o dos municípios deverão promover a integração das políticas de saneamento básico, de uso, ocupação e 22 conservação do solo e de meio ambiente entre si e com a Política Nacional de Recursos Hídricos, do governo federal. Sheyla Regina Marques Couceiro e Neusa Hamada. Os instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos na região Norte do Brasil. Internet: <http://insetosaquaticos.inpa.gov.br> (com adaptações). Julgue os seguintes itens, a respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima. Na primeira linha do texto, a organização da estrutura textual possibilita a substituição da segunda ocorrência do elemento “em” por de, sem que haja prejuízo à correção gramatical e à coerência argumentativa. Certo ( ) Errado ( ) . 246 623. (PM/RJ - Oficial da Polícia Militar - Inglês - IBFC/2012) Texto I A vida no lixão de Gramacho – RJ Considerado o maior aterro sanitário da América Latina, o Lixão de Gramacho é conhecido pelos seus diversos catadores e pelas histórias que ali com eles vivem. Histórias das Ruas foi até lá para conhecer um pouco dessa realidade e poder trazer para vocês alguns fatos que não apenas chocam mas incomodam até mesmo os mais desinteressados. O Lixão se localiza no bairro do Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias. O local recebe mais de 7 mil toneladas de lixo por dia. O bairro possui 20 mil habitantes que vivem na miséria e mais de 50% da população tiram sua renda da reciclagem de lixo que catam no aterro. As pessoas que vivem trabalhando com a reciclagem moram ao redor do aterro, em barracos de madeiras e papelão, em meio a muita lama e lixo, muito lixo. [...] Adentramos a favela e, tudo o que eu via, me impressionava muito. Mesmo não sendo a rampa (nome dado à montanha de lixo que é localizada dentro do aterro), a quantidade de lixo diante dos meus olhos era extremamente exagerada. Ficava difícil até ver o chão, forrado de lixo. Durante a nossa caminhada, João [um dos catadores] me explicou como era a vida no Lixão. “Aqui nós trabalhamos para duas empresas que são donas de todo esse lixo. Não podemos trabalhar por conta própria. Enquanto eles se enriquecem com esse lixo que nós catamos e reciclamos, nós vivemos assim, nessa situação.” O cenário daquela comunidade era praticamente um cenário de guerra. Carros tombados, pessoas com semblantes muito sofridos e crianças carregando crianças. O cheiro era muito forte, também devido à quantidade enorme de porcos que viviam no meio do monte de lixo, porcos que dividiam o espaço onde as crianças da comunidade brincavam. Além disso, percebi que não havia saneamento no local. Perguntei ao Sr. João se ele fazia ideia de quantas crianças viviam lá e ele me respondeu: “Não tem como ter ideia disso. São realmente muitas crianças que vivem no meio desse lixo e cada vez mais aumenta o número delas.” [...] Conversei com muitas pessoas e pude perceber que a maioria não queria contar a sua história de vida. Percebi que quase ninguém gostava de tocar no assunto de como foi parar ali; era um assunto que incomodava a todos e espalhava certa tristeza no ar, tristeza muito mais nítida do que a pobreza em que eles vivem. O Lixão será desativado até o dia 03/06. Para mim, ficou evidente que aquelas pessoas que vivem lá dependem daquele lixo para sobreviver, pois é de onde tiram o próprio sustento. Com todos os moradores que eu consegui conversar, perguntei o que eles iriam fazer e para onde pensarão ir depois que o Lixão fosse desativado. A Resposta era sempre a mesma: “Não sabemos, estamos esperando o governo decidir o que vai fazer com todo mundo que mora aqui.” Alguns até disseram estar tristes devido ao fato de que o lixão iria fechar. [...] No dia seguinte, voltando para São Paulo, vi algumas notícias em jornais de grande circulação em todo o país dizendo que o fim do Lixão de Gramacho marca um novo começo, uma nova vida para os moradores de lá. Fiquei chocado! Como a imprensa, que tem como principal missão reportar a verdade dos fatos com espírito crítico pode manipulá-los a ponto de “sugerir” que o mal é um bem? (Fonte: www.historiasdasruas.com/2012) Os modalizadores são palavras ou expressões que indicam intenções e pontos de vista do enunciador. O termo em destaque é um exemplo de modalizador em: (A) “Considerado o maior aterro sanitário da América Latina” (1º parágrafo) (B) “tudo o que eu via” (5º parágrafo) (C) “a quantidade de lixo diante dos meus olhos era extremamente exagerada.” (5º parágrafo) (D) “Além disso, percebi que não havia saneamento no local.” (6º parágrafo) 624. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) A frase redigida segundo as prescrições do padrão culto é: (A) Os gritos de “incendio tudo, incendio tudo”, ainda ecoavam nos ouvidos de todos quando o rapaz, ainda em surto, foi controlado pela população. (B) Tinha já espirado o prazo quando chegou lá com a presunção de inscrever-se, mas discretamente lhe notificaram que estava mau informado. (C) Quando resolveu apressar o carro que teria de vender para enfrentar as despezas da viagem, decepcionou-se tanto com o valor oferecido, que quase agrediu o rapaz. . 247 (D) Afirmou que não quis abrir precedente ao indicar a filha como responsável por soma tão vultosa e revelou também o temor de que alguém se opusesse à indicação. (E) Se aquelas acusações vão sortir efeito ou não, ninguém sabe, mas é bom que se procurem antever os novos rumos que o caso pode tomar. 625. (PC/MA - Delegado de Polícia - FGV/2012) Mantendo o mesmo nível de linguagem do cartaz, a forma plural da frase nele exposta é: (A) Vida nós queremos! Drogas, estamos fora! (B) Vida nós queremos! Drogas, estamos foras! (C) Vida nós quer! Drogas, tamos fora! (D) Vida nós queremos! Drogas, tamos fora! (E) Vida nós quer! Drogas, tamos foras! 626. (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Com 87% de professores mestres ou doutores, a FaFiTa tem o ambiente ideal para o ensino de acordo com as exigências atuais. Você pode contar com a FaFita. Ela oferece uma verdadeira constelacão de oportunidades para você conquistar o sucesso na vida real, com o brilho e reconhecimento da plateia mais exigente: o mercado de trabalho. (Anúncio publicitário publicado no caderno Estadão edu. de 29.09.2012. Adaptado) Assinale a alternativa que reescreve trecho do texto de acordo com a norma-padrão e sem prejuízo da informação nele contida. (A) Desde que o aluno passa a contar com a fafita, lhe é oferecido grandes oportunidades no mercado de trabalho. (B) As estrelas da constelação da fafita sempre dá oportunidade de conquista do sucesso, na realidade. (C) 87% do corpo docente da fafita compõem-se de mestres e doutores, em um ambiente que atende às exigências contemporâneas para o ensino. (D) A atualidade exige ensino de qualidade, com o ambiente ideal que só na fafita é propícia. (E) O mercado de trabalho exige reconhecimento do público em geral para os egressos da fafita garantir seu sucesso. 627. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 . A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a rede mundial de computadores. A vivência nesse mundo tem consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre no mundo físico. Umas das questões suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa trasnposição de fatos do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no que se refere à sua interpretação jurídica. Como exemplos de situações problemáticas, podemos citar a palicação das normas comerciais e de consumo nas transações realizadas pela Internet, o recebimento indesejado de mensagens por email (spam), a validade jurídica do documento eletrônico, o conflito de marcas com os nomes de domínio, a propriedade intelectual e industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de conteúdo e de terceiros na Web bem como os crimes de informática. 248 Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do texto ao se substituir “podemos citar” (L.9) por podem ser citados. Certo ( ) Errado ( ) 628. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura do hatha yoga, escrita no século 15 da era atual, diz que, antes de nos aventurarmos na prática de austeridade e códigos morais, devemos nos preparar. Autocontrole e disciplina sem preparação adequada__________ criar mais problemas mentais e de personalidade do que paz de espírito. A beleza dessa escritura é que ela resolve o grande problema que todo iniciante enfrenta: dominar a mente. Devido___________abordagem corporal, o hatha yoga ficou conhecido – de modo equivocado – como uma categoria de ioga___________trabalha apenas as valências físicas (força, flexibilidade, resistência, equilíbrio e outras), quase como ginástica oriental. Isso não é verdade. (Ciência Hoje, julho de 2012. Adaptado.) De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com (A) pode – a essa – aonde. (B) podem – a essa – que. (C) pode – à essa – o qual. (D) podem – essa – com que. (E) pode – essa – onde. 629. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) _________dois meses, a jornalista britânica Rowenna Davis, 25 anos, foi furtada. Só que não levaram sua carteira ou seu carro, mas sua identidade virtual. Um hacker invadiu e tomou conta de seu e-mail e – além de bisbilhotar suas mensagens e ter acesso a seus dados bancários – passou a escrever aos mais de 5 mil contatos de Rowenna dizendo que ela teria sido assaltada em Madri e pedindo ajuda em dinheiro. Quando ela escreveu para seu endereço de e-mail pedindo ao hacker ao menos sua lista de contatos profissionais de volta, Rowenna teve como Resposta a cobrança de R$ 1,4 mil. Ela se negou a pagar, a policia não fez nada. A jornalista só retomou o controle do e-mail porque um amigo conhecia um funcionário do provedor da conta, que destivou o processo de verificação de senha pelo invasor. (Galileu, dezembro de 2011. Adaptado) A lacuna do início do texto deve ser corretamente preenchida com (A) À. (B) Há cerca de. (C) Fazem. (D) Acerca de. (E) A. 630. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) O pronome onde vem sendo comumente utilizado de forma indevida, em textos orais e escritos, para iniciar orações relativas. Essa infração à norma padrão pode ser identificada em qual alternativa? (A) Os envolvidos ficarão onde os juízes do STJ determinarem. (B) Voltou ao aeroporto – embora cansada – onde havia esquecido a mala. (C) Deixarás o armário onde, se comprares aquela mesa maior? (D) Deixe as roupas onde possamos encontrar sem dificuldade. (E) Entrevistou a presidente, onde ela confirmou a demissão dos corruptos. . 249 621. Resposta: “A”. Nesta questão temos que estar atentos à regência dos verbos pagar, preferir e do nome (substantivo) prejuízo. Quem paga, paga algo a alguém, portanto, ao cliente. Quem prefere, prefere isto àquilo, portanto a qualquer outra. E para que não haja prejuízo a alguém, portanto ao cliente. 622. Resposta: “Errado”. Não se pode trocar em por de, pois em, está ligado à relação. Temos algo em relação à, ou em, mas nunca de. 623. Resposta: “C”. Neste trecho temos a expressão “diante dos meus olhos” que sinaliza a intenção do autor, de tornar real o que vai dizer: a quantidade de lixo era extremamente exagerada. 624. Resposta: “D”. Em A, o verbo incendiar deveria ter sido escrito incendeio em vez de incêndio. Em B, o verbo expiar deveria ter sido escrito com x e não com s (espirado) e a palavra mau, deveria ter sido escrita com L , uma vez que se trata de um advérbio, portanto: mal. Em C, despesa é com s, e não com z, e apreçar (verificar preço) escreve-se com Ç e não com “ss”, que passa a significar pôr pressa. E em E, o verbo surtir (causar) escreve-se com u e não com o. 625. Resposta: “D”. Devemos manter a linguagem informal, mas com concordância verbal adequada e usar adequadamente as regras do plural, respeitando as classes de palavras que não admitem plural (advérbios são invariáveis –fora – não tem plural). Como originalmente ele disse o enunciador disse: “Eu quero”, conjugando o verbo adequadamente na 1ª pessoa do singular, é obvio que devemos manter a adequação na 1ª pessoa do plural: “Nós queremos”. 626. Resposta: “C”. A reescrita deste trecho manteve as regras de concordância verbal e nominal (o corpo docente é composto 87% de mestres e doutores, portanto, mestres e doutores compõem o corpo docente) e exigências contemporâneas está de acordo com a norma culta também, uma vez que ambas são palavras femininas, no plural. Além disso, atentemos também para a regência de atender; corretamente colocado junto da preposição a. 627. Resposta: “Certo”. Tanto uma forma quanto a outra garantem uma impessoalidade em relação ao que se vai citar. Além disso, como ele citará várias situações problemáticas, o verbo tem que estar obrigatoriamente no plural. 628. Resposta: “B”. Podem é um verbo usado no plural devido ao sujeito composto (prática de austeridade e códigos morais). A essa deve ser usado como elemento de coesão textual para atrelar abordagem corporal a Hatha yoga. Como é usado o particípio passado do verbo dever (devido-, quem deve, deve algo a alguém), então há a necessidade de colocarmos a preposição a, antes de essa. Que é um pronome relativo, cujo antecedente é ioga, neste caso, caberia também “a qual”. 629. Resposta: “B”. Todas as vezes que se emprega o verbo haver, indicando tempo, ele deve permanecer no singular, posição tem sujeito. O verbo haver no presente do singular é grafado com H, portanto Há cerca. . 250 630. Resposta: “E”. O pronome “onde” só deve ser empregado quando for relativo a um lugar. 631. (PC/MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012) Considerações finais Percebeu-se que o campo de estudo da polícia é bastante vasto. A polícia está diretamente ligada à vida das pessoas e, por essa razão, o maior sentido dela é exatamente garantir que as pessoas vivam em comum, felizes, em paz, com qualidade de vida. Assim, percebe-se o detabe acirrado, quer pelos letrados, quer pelos cientistas, sobreturo, pelas pessoas comuns, na nova dimensão da teoria francesa. "Assim, percebe-se o debate acirrado, quer pelos letrados, quer pelos cientistas, quer, sobretudo, pelas pessoas comuns,..."; tomado literalmente, o segmento de texto destacado pode significar algo incoerente e inadequado, ou seja, que (A) só letrados e cientistas travam debates acirrados. (B) os cientistas não são letrados. (C) pessoas comuns pertencem ao grupo dos cientistas. (D) todas as pessoas da sociedade discutem o problema da segurança. (E) todos os cidadãos desejam participar dos debates sobre segurança. 632. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Quando o falante de uma língua depara um conjunto de duas palavras, intuitivamente é levado a sentir elas uma relação sintática, mesmo que estejam fora de um contexto mais esclarecedor. Assim além de captar o sentido básico das duas lavras, o receptor atribui-lhes uma gramatica – formas e conexões. Isso acontece porque ele traz registrada em sua mente toda a sintaxe, todos os padrões conexionais possíveis em sua língua, o que o torna capaz de reconhecê-los e identificá-los. As duas palavras não estão, para ele, apenas disposta em ordem linear: estão organizadas em uma ordem estrutural. A diferença entre ordem estrutural e ordem linear torna-se clara se elas não coincidirem como nesta frase que um aluno criou em aula de redação, quando todos deveriam compor um texto para outdoor, sobre uma fotografia da célebre cabra de Picasso: “Beba leite de cabra em pó!”. Pior a emenda do que o soneto. (Flávia de Barros Carone. Morfossintaxe, 1986. Adaptado.) Assinale a alternativa que traz uma explicação plausível para o riso dos alunos. (A) As expressões “de cabra” e “em pó” são regidas pelo mesmo termo – “leite” – e, da forma como são empregadas, geram enunciados ambíguos. (B) As expressões “de cabra” e “em pó” estão empregadas em sentido figurado, referindo-se ao mesmo termo regente – “leite”. (C) O verbo da oração – “Beba” – pode admitir dois complementos, havendo a falsa ideia de que “de cabra” seja um deles. (D) O contexto da oração é insuficiente para recuperar o referente das expressões “de cabra” e “em pó”, potencialmente referentes a “Beba” e “leite”. (E) O emprego da expressão “em pó” em sentido figurado cria duplo sentido ao enunciado, interpretando-a como complemento do verbo – “Beba”. 633. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) A ambiguidade ocorre quando o que é dito ou escrito admite mais de um sentido. Esse recurso foi explorado no seguinte texto publicitário: (A) A melhor opção para sua empresa é você quem escolhe. (Intel) (B) Seguro de vida Itaú. Você é importante demais para não ter. (Banco Itaú) (C) Cada garrafa tem uma história. (Coca-Cola) (D) Seu filho vai aprender inglês brincando. (Magic English, Abril Coleções) (E) Qual momento você vai tornar inesquecível? (Claro) . 251 634. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 10 15 20 25 O mundo maravilhoso do conto infantil sempre me instigou. Esse tempo perdido nos tempos, em que tal narrativa se ancora, esses atores não individualizados, cuja roupa é fácil de vestir, de contar tão “ausente” e distante, que parece falar em nome de todos os contadores de histórias! Escolhi Perrault, o primeiro a tomar a voz da tradição oral e imprimi-la no mundo oficial da literatura. Escolhi Chapeuzinho Vermelho, Le petit chaperon rouge, que, por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a serviço de outras enunciações. Assim encaminhei este meu trabalho [...]. Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do folclore, e propunha-me entender as relações deste texto com suas variantes intertextuais. Sabia, então, que teria de transformar a antiga prática de trabalhar com uma obra como um campo fechado em si mesmo. A obra não poderia mais ser vista como um monólogo de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, apenas um leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. Chapeuzinho Vermelho não era um todo autônomo, como não o eram suas variantes intertextuais. Não poderia, portanto, por analogia à língua-mãe, na história das línguas, ser considerado o primeiro, o único, já que, ele próprio, era atravessado pelas vozes milenares da tradição oral. [...] Desmoronava-se a ideia de centro, enquanto uma descentralização da língua e do discurso ia-se mostrando como uma frente muito nebulosa, difícil de ser praticada. Foi então que conheci o dialogismo bakhtiniano. Apenas o Adão mítico, que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua-orientação dialógica do discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar (Bakhtin, 1988, p. 88). Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro único. Era o diálogo que perpassa todo discurso; era o plurilinguismo social e histórico (Bakhtin, 1988b, p. 82). Teria de parar de pensar numa língua única, num único sujeito de um discurso. Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, junto daquela que eu julgo ser de um. Importava, e muito, o diálogo do eu com o outro, ou seja, a verdade de que o outro permeia todo o fio do meu discurso, permeia as variantes intertextuais, permeia o texto-base. Com esse outro inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco; posso até transfigurá-lo esteticamente. Isso, quando tenho consciência dele e represento-o no meu discurso, porque o tomo como sujeito-parceiro da construção da minha enunciação. Isso é intertextualidade. Assim esse conceito será trabalhado daqui para a frente. (Discini, N. Introdução. Intertextualidade no conto maravilhoso. São Paulo: Humanitas, 2002. p. 9-11) Nos dois últimos parágrafos, (A) o conceito de intertextualidade é delimitado com precisão, por meio da apresentação exaustiva, nos dois fragmentos, dos atributos e propriedades desse fenômeno discursivo. (B) as estruturas sintáticas iniciadas por teria de, nas quais o sujeito não aparece realizado, geram ambiguidade intransponível: não há como distinguir se se trata de primeira ou de terceira pessoa. (C) tem-se um eu minimizado e passivo diante do outro, este que é o verdadeiro agente no processo nomeado como intertextualidade. (D) a primeira pessoa é usada com referência àquele que diz, mas, no contexto, também pode ser lida como referência às pessoas de um modo geral, de forma análoga à que se verifica em: “a lei é precisa: se eu invadir a faixa de travessia, eu levo multa”. (E) são empregados, para criar efeito de sentido de objetividade, tempos e modos verbais que remetem a eventos concluídos, o que significa que se tem acesso aos resultados e não aos processos. 635. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) Mídias Sociais 1 4 7 10 13 . O que você está lendo, fazendo, pensando, seguindo, vendo, ouvindo? Onde você está? Quem é você? Essas são algumas perguntas que sedimentam e configuram aplicativos como Foursquare, Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Skype, blogs e afins, que promovem a expansão das relações interpessoais, mantendo e ampliando os laços sociais, a visibilidade pessoal e a propagação da informação. O uso desses aplicativos, que constituem as novas mídias sociais, ou redes sociais digitais, representa um novo momento para as relações interpessoais, não só por modificar a maneira como as pessoas se veem, consomem e se comunicam, mas também a forma como se comportam. Visualizar algo divertido ou curioso já não é 252 suficiente. É preciso compartilhar a informação, contar a 16 novidade para o maior número possível de amigos. Nesse sentido, as mídias sociais tornaram-se verdadeiras companheiras para quem deseja consumir 19 informação em tempo real e, principalmente, dizer ao mundo tudo aquilo que lhe vier à cabeça. Wesley Moura. Mídias sociais. In: Informativo FolhaVerde, Brasília, n.º 5, maio de 2012 (com adaptações) Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. Considerando o texto anterior e a charge acima, julgue os itens seguintes. O texto Mídias sociais, assim como a charge, explora o avanço das redes sociais. Certo ( ) Errado ( ) 636. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) A charge relaciona a evolução do homem à evolução das mídias sociais. Certo ( ) Errado ( ) 637. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) A charge mostra que a evolução das mídias sociais transformou o ser humano em um robô. Certo ( ) Errado ( ) 638. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) . 253 Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. A supressão da vírgula logo depois de “América” (L.15) preservaria a correção gramatical e o sentido original do texto. Certo ( ) Errado ( ) 639. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO - 2012) Texto I Antigas aeromoças 5 10 15 20 A associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhora, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com intusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abriram. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. No trecho do Texto I “São cem, cento e vinte senhoras” (L 3-4), em relação à quantidade de pessoas, a sequência de numerais separados por vírgula expressa a ideia de (A) exagero (B) imprecisão (C) alternância (D) minúcia (E) crítica 640. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto I Antigas aeromoças 5 . A associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhora, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado 254 10 15 20 por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com intusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abriram. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. No Texto I, a(s) vírgula(s) está(ão) empregada(s) para isolar o vocativo no seguinte trecho: (A) “O encontro, no velho aeroporto,” (L. 5) (B) “saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos” (L. 7-8) (C) “Repousam lembranças, por nós embaladas” (L. 11-12) (D) “‘Algo para beber, senhora?’” (L. 17) (E) “evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas” (L. 19-20) 631. Resposta: “B” Como ele separa os letrados dos cientistas e das pessoas comuns, se tomarmos “ao pé da letra” a reportagem (literalmente), pode-se sim, interpretá-la como uma “grosseria” em relação à comunidade científica, uma vez que esta comunidade está separada dos “letrados”. 632. Resposta: “A” As duas frases criadas pelo aluno geram ambiguidade (duplo sentido), o que provoca o riso dos interlocutores, ao interpretá-las com o outro sentido, Na primeira, pode-se entender que a cabra é em pó. Na segunda, que existe um pó de cabra. 633. Resposta “D” Ambiguidade é um texto que nos permite dupla interpretação. No caso, Seu filho vai aprender inglês enquanto brinca, ou vai aprender de modo fácil. 634. Resposta: D A primeira pessoa do discurso (eu), nestes dois últimos parágrafos pode ser qualquer pessoa que estiver lendo o meu texto. “Se eu invadir a faixa...”, quem quer que a invada levará multa. “... o outro permeia todo o fio do meu discurso...”, seja lá o discurso de quem for sempre será permeado pelo outro. 635. Resposta: Certa. Assim como as redes sociais avançam, a charge quer nos mostrar que quanto mais o homem avança em sua evolução, mais exigente ele se torna e passa a usar o google. 636. Resposta:Certa. As mídias avançam proporcionalmente à evolução do homem. 637. Resposta: Errada. A charge mostra que a evolução das mídias acompanhou a evolução do homem. . 255 638. Resposta: Errada. Não se pode suprimir uma vírgula quando ela vem separando um advérbio que está deslocado na oração. 639. Resposta: “B” Não se sabe exatamente o número de participantes, Crê-se que seja em torno de cem ou cento e vinte, daí o uso da vírgula para separar as expressões numéricas. 640. Resposta: “D” Das alternativas acima, a única que apresenta um vocativo é a alternativa D. Lembrando que vocativo é o termo que indica chamamento ( invocar), percebe-se que o termo “senhora” é um modo que as colegas têm de se chamarem, quando brincam de voltar a ser aeromoça. O vocativo sempre virá isolado por vírgulas. 641. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto I Antigas aeromoças 5 10 15 20 A associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhora, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com intusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abriram. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. O emprego das aspas em alguns trechos do Texto I desempenha principalmente a função de (A) indicar discurso de pessoa diferente do narrador. (B) iniciar apresentação de textos desconhecidos do leitor. (C) destacar elementos do enredo importantes para o leitor. (D) sugerir importância das falas do cotidiano para a narrativa. (E) demonstrar crítica do narrador ao conteúdo das frases. 642. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 O futuro desejado em relação à água é aquele em que esse recurso esteja disponível, em quantidade e qualidade adequadas, para as gerações atuais e futuras, e sirva para 4 o desenvolvimento sustentável, para a redução da pobreza e para a promoção do bem-estar e da paz social. No caso do Brasil, a região Norte possui diversos potenciais econômicos associados 7 aos seus recursos naturais, entre os quais os recursos hídricos, que por si só representam grande parte da riqueza da região . 256 10 13 16 19 22 não somente em termos econômicos, mas também sociais e ambientais. Nesse contexto, por meio da Lei n.º 1.500/2003, o estado do Acre instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos, que deve ser conduzida com base no princípio de que a água é um bem de domínio público, essencial à vida, com disponibilidade limitada e dotada de valor econômico, social e ecológico. Em situações críticas de seca e enchente, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano, a dessedentação de animais domésticos e a manutenção da biota. Sob esse enfoque, na implementação da política e na gestão de recursos hídricos estaduais, o Poder Executivo do estado e o dos municípios deverão promover a integração das políticas de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do solo e de meio ambiente entre si e com a Política Nacional de Recursos Hídricos, do governo federal. Sheyla Regina Marques Couceiro e Neusa Hamada. Os instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos na região Norte do Brasil. Internet: <http://insetosaquaticos.inpa.gov.br> (com adaptações). Julgue os seguintes itens, a respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima. A supressão do trecho “em quantidade e qualidade adequadas” (L.2-3) e das vírgulas que o isolam manteria a correção gramatical do período e a unidade semântica do trecho. Certo ( ) Errado ( ) 643. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) ____________________ dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a água, e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si _______________ diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre _______________________ a segunda opção. (CartaCapital, 20.06.2010. Adaptado) Na passagem – … e (na maioria dos países pobres) a terra. –, o uso dos parênteses indica uma informação (A) comum aos termos “carbono”, “água” e “terra”. Nesse contexto, eles poderiam ser substituídos por reticências. (B) específica relacionada ao termo “terra”. Nesse contexto, eles poderiam ser substituídos por travessões. (C) principalmente relativa ao termo “terra”. Nesse contexto, eles poderiam ser eliminados. (D) relativa aos termos: “carbono”, “água” e “terra”. Nesse contexto, eles poderiam ser substituídos por vírgulas. (E) excluída da referência ao termo “terra”. Nesse contexto, eles poderiam ser substituídos por dois pontos ou ponto e vírgula. 644. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5 - CESPE/2012) 1 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o 4 desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. . 257 7 10 13 16 Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. Na linha 1, feitas as necessárias adaptações, a expressão “Três séculos depois do descobrimento” poderia ser deslocada para logo depois do nome “Brasil”, sem que houvesse prejuízo à correção gramatical do período. Nesse caso, a referida expressão deveria ser isolada por vírgulas. Certo ( ) Errado ( ) 645. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5 - CESPE/2012) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. Sem que houvesse prejuízo para a correção gramatical, os dois períodos que iniciam o segundo parágrafo poderiam ser ligados pelo sinal de dois-pontos, da seguinte forma: (...) começaram a mudar: a vinda da Corte (...). Certo ( ) Errado ( ) 646. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) A frase que está pontuada segundo as orientações do padrão culto é: (A) Antecipando o destino que aquela relação amorosa conheceria - o convívio harmônico sempre celebrado -, os pais da jovem serenamente abençoaram a união. (B) Identificados, os documentos originalmente dispersos, nas pastas, passou-se a catalogá-los; o que se fez no prazo mais curto, que as circunstâncias permitiram. (C) A conferência que o autor pronunciou na Sorbonne, foi traduzida e publicada no Brasil, mas não, na íntegra. (D) Tanto os trajes masculinos quanto os femininos, foram incorporados aos bens da companhia, vendidos todos, a preço muito inferior ao de mercado. (E) A promessa inicial feita a si mesmo e à irmã, cumpriu-se quando tinham ainda pouca idade mas ao que tudo indica, conseguiram mantê-la em segredo por décadas. 647. (Técnico Judiciário - Programação - FCC/2012) Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior. O exterior é jogado contra um adversario para superar obstaculos exteriores e atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruçoes sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas instruçoes do que para executá-las. Minha tese é que nao encontramos maestia nem satisfaçao em algum jogo se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador e é jogado contra obstáculos como falta de concentração, nervosismo, ausencia de confiança em si mesmo e autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os habitos da mente que inibem a excelência do desempenho. . 258 Muitas vezes nos perguntamos: por que jopgamos tão bem num dia e tão mal no outro? Por que ficamos tensos numa competiçãoou desperdiçamos jogadas fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender um novo? As vitorias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus, mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem de forma significativa para nosso sucesso posterios, tanto na quadra como fora dela. (Adaptado de W. Timothy Galwey. O jogo interior de tênis, Trad. de Mário R. Krausz, S.Paulo Textonovo, 1996. p.13) Sobre a pontuação empregada em um segmento do texto, é correto afirmar: (A) Em mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem de forma significativa... (3º parágrafo), a retirada da vírgula implicaria prejuízo para o sentido. (B) Em Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior (1º parágrafo), os dois-pontos introduzem uma consequência do que foi enunciado. (C) Em Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como... (2º parágrafo), a retirada da vírgula implicaria prejuízo para a correção. (D) Em Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco... (1º parágrafo), a vírgula isola um segmento que indica causa em relação ao que vai ser enunciado. (E) Em Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador (2º parágrafo), uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois do termo jogo, sem prejuízo para o sentido e a correção. 648. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo, Ivan Lermolieff, e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. Somente alguns anos depois, o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. De fato, tratava-se do italiano Giovanni Morelli. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje. Os museus, dizia Morelli, estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo- nos frente a obras não assinadas, talvez repintadas ou num mau estado de conservação. Nessas condições, é indispensável poder dintinguir os originais das cópias. Para tanto, porém, é preciso não se basear, como normalmente se faz, em características mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros. Pelo contrário, é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés. Com esse método, Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa. Apesar dos resultados obtidos, o método de Morelli foi muito criticado, talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto. Posteriormente foi julgado mecânico, grosseiramente positivista, e caiu em descrédito. Por outro lado, é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E. Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os pormenores, de preferência à obra em seu conjunto. Em Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio, assimilado por ele na juventude, em contato com os círculos românticos berlinenses. (Adaptado de Carlo Ginzburg. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. S.Paulo: Cia. das Letras, 1989, p.143-5) Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada no texto. I. Em e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão (primeiro parágrafo), uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois de Schwarze sem prejuízo para o sentido e a correção. II. No segundo parágrafo, os dois-pontos empregados imediatamente depois da palavra difícil introduzem um segmento explicativo, ao passo que o mesmo sinal de pontuação empregado depois de pertencia introduz uma enumeração. . 259 III. Em que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os pormenores, de preferência à obra em seu conjunto (terceiro parágrafo), o travessão poderia ser substituído por uma vírgula sem prejuízo para a correção. Está correto o que consta em (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e III. (E) I e III, apenas. 649. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A constituição é alicerce de toda a nossa ordem jurídica. É diploma inaugural do nosso direito positivo. A Constituição é a primeira e a mais importante voz do direito aos ouvidos do povo. Constitui, a um só tempo, caráter estruturante do Estado e da própria sociedade. É certidão de nascimento e carteira de identidade do Estado, projeto de vida global da sociedade. Esse diploma jurídico de nome Constituição provém diretamente da nação brasileira, única instância de poder que é anterior, exterior e superior ao próprio Estado. É por isso que, pela sua filha unigênita que é a Constituição mesma, a nação governa permanentemente quem governa transitoriamente e o faz do modo mais intrinsecamente meritório; do modo mais cristalinamente legítimo; pois o fato é que a menina dos olhos da nossa Constituição é a democracia. Democracia que nos confere o status de país juridicamente civilizado. Nossa Constituição é primeiro-mundista, pois os focos estruturais de fragilidade do país não estão em nosso arcabouço normativo, mas no abismo que se rasga entre a excelência da Constituição de 1988 e sua concreta incidência sobre a nossa realidade socioeconômica e política. Democracia, enfim, que se enlaça tão intimamente à liberdade de imprensa que romper esse cordão umbilical é matar as duas: a imprensa e a democracia. Com efeito, o mais refinado toque de sapiência política da nossa última Assembleia Nacional Constituinte foi irigir a democracia como sua principal ideia-força. Discurso de posse do Ministro Carlos Ayres Brito. Emprega-se a vírgula imediatamente após o vocábulo “anterior” (L.9) para separar elementos que exercem mesma função sintática em uma enumeração. Certo ( ) Errado ( ) 650. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 . A constituição é alicerce de toda a nossa ordem jurídica. É diploma inaugural do nosso direito positivo. A Constituição é a primeira e a mais importante voz do direito aos ouvidos do povo. Constitui, a um só tempo, caráter estruturante do Estado e da própria sociedade. É certidão de nascimento e carteira de identidade do Estado, projeto de vida global da sociedade. Esse diploma jurídico de nome Constituição provém diretamente da nação brasileira, única instância de poder que é anterior, exterior e superior ao próprio Estado. É por isso que, pela sua filha unigênita que é a 260 13 16 19 22 25 Constituição mesma, a nação governa permanentemente quem governa transitoriamente e o faz do modo mais intrinsecamente meritório; do modo mais cristalinamente legítimo; pois o fato é que a menina dos olhos da nossa Constituição é a democracia. Democracia que nos confere o status de país juridicamente civilizado. Nossa Constituição é primeiro-mundista, pois os focos estruturais de fragilidade do país não estão em nosso arcabouço normativo, mas no abismo que se rasga entre a excelência da Constituição de 1988 e sua concreta incidência sobre a nossa realidade socioeconômica e política. Democracia, enfim, que se enlaça tão intimamente à liberdade de imprensa que romper esse cordão umbilical é matar as duas: a imprensa e a democracia. Com efeito, o mais refinado toque de sapiência política da nossa última Assembleia Nacional Constituinte foi irigir a democracia como sua principal ideia-força. Discurso de posse do Ministro Carlos Ayres Brito. O emprego de vírgulas na linha 4 justifica-se por isolar adjunto adverbial deslocado de sua posição padrão. Certo ( ) Errado ( ) 641. Resposta: “A” Neste texto, o uso das aspas é feito para indicar que uma das aeromoças está falando, ou seja, é uma maneira que o autor encontrou para fazer uso do discurso direto. 642. Resposta: Certa. A supressão do trecho e das vírgulas que o isolam manteria a correção gramatical e a unidade semântica do trecho, uma vez que estaria unindo o predicativo do sujeito (disponível) ao seu complemento nominal (para as gerações atuais e futuras). 643. Resposta: “B” O parênteses aberto imediatamente após a conjunção “e”, indica que o conteúdo deste parêntese é uma informação que se refere ao que vem depois deste “e”, no caso, terra. Além disso, o parênteses pode perfeitamente ser substituído por travessões, quando fornecem uma informação ou acrescentam detalhes num determinado período. 644. Resposta: Certa. A expressão “três séculos depois do descobrimento”, é um advérbio que expressa tempo. Todo advérbio, quando é deslocado ou se encontra entre o sujeito da oração e o verbo, deve vir entre vírgulas. 645. Resposta: Certa. Os dois pontos são usados para introduzir itens enumerativos, ou explicações sobre o que foi dito anteriormente. Neste caso, temos uma explicação: - a razão das mudanças de 1808. 646. Resposta: “A” Não se separa o sujeito de seu predicado com vírgulas. A única assertiva que não comete este erro é A. 647. Resposta: “A” Se retirarmos a vírgula, deixaremos de ter uma explicação e passaremos a ter uma restrição, o que significaria que nem todas as vitórias do jogo interior são valiosas, somente as que são permanentes. Com a vírgula significa que todas as vitórias do jogo interior são valiosas e que estas vitórias são permanentes. . 261 648. Resposta: “C” Em I, se colocássemos uma vírgula após Schwarze, estaríamos transformando a oração seguinte em uma subordinada adjetiva explicativa, o que passaria a atribuir uma característica de Schwarze, o que não faz sentido, uma vez que traduzir uma obra não é uma característica e sim, uma das atividades das quais a pessoa faz dentre outras. 649. Resposta: Certa. Anterior exterior e superior são adjetivos que se referem à instância, devem. Portanto ser separados por vírgulas. 650. Resposta: Certa. Todas as vezes que o adjunto adverbial estiver deslocado de sua posição padrão (início ou final de oração), deve vir isolado por vírgulas. 651. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a rede mundial de computadores. A vivência nesse mundo tem consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre no mundo físico. Umas das questões suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa trasnposição de fatos do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no que se refere à sua interpretação jurídica. Como exemplos de situações problemáticas, podemos citar a palicação das normas comerciais e de consumo nas transações realizadas pela Internet, o recebimento indesejado de mensagens por email (spam), a validade jurídica do documento eletrônico, o conflito de marcas com os nomes de domínio, a propriedade intelectual e industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de conteúdo e de terceiros na Web bem como os crimes de informática. Emprega-se a vírgula logo após “(spam)” (L.12) para isolar a expressão de natureza explicativa que se segue a esse termo. Certo ( ) Errado ( ) 652. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 Mídias Sociais O que você está lendo, fazendo, pensando, seguindo, vendo, ouvindo? Onde você está? Quem é você? Essas são algumas perguntas que sedimentam e configuram aplicativos como Foursquare, Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Skype, blogs e afins, que promovem a expansão das relações interpessoais, mantendo e ampliando os laços sociais, a visibilidade pessoal e a propagação da informação. O uso desses aplicativos, que constituem as novas mídias sociais, ou redes sociais digitais, representa um novo momento para as relações interpessoais, não só por modificar a maneira como as pessoas se veem, consomem e se comunicam, mas também a forma como se comportam. Visualizar algo divertido ou curioso já não é suficiente. É preciso compartilhar a informação, contar a novidade para o maior número possível de amigos. Nesse sentido, as mídias sociais tornaram-se verdadeiras companheiras para quem deseja consumir informação em tempo real e, principalmente, dizer ao mundo tudo aquilo que lhe vier à cabeça. Wesley Moura. Mídias sociais. In: Informativo FolhaVerde, . 262 Brasília, n.º 5, maio de 2012 (com adaptações) Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. Caso se retirasse o vocábulo “já” da frase “Visualizar algo divertido ou curioso já não é suficiente” (L.14-15), a afirmação permaneceria gramaticalmente correta. Certo ( ) Errado ( ) 653. (PC/MA - Delegado de Polícia - FGV/2012) O Brasil e as drogas Algumas recentes notícias divulgadas na mídia, especialmente a que dá conta de que o Brasil ocupa a 2ª colocação no ranking mundial de consumo de cocaína e derivados (crack, por exemplo), atrás apenas dos Estados Unidos, aumentaram a preocupação das autoridades e da população em geral com relação ao problema das drogas em nosso país. Certamente, a indesejada posição no ranking mundial de consumo de drogas levanta a questão sobre o papel de cada entidade pública e de cada cidadão no enfrentamento da questão das drogas. Contudo, é preciso avaliar inúmeros outros aspectos na constante busca de aperfeiçoamento da atividade de cada envolvido, de forma que se possa dar a devida contribuição para o enfrentamento da questão com eficiência. O combate militarizado ao tráfico, de forma isolada, certamente será medida ineficiente na luta contra as drogas. Seu efeito, ao contrário, somente aumentará o custo da operação do tráfico, o que aumentará ainda mais sua lucratividade e fomentará a corrupção. (Fábio Sérgio do Amaral) “Certamente, a indesejada posição no ranking mundial de consumo de drogas levanta a questão sobre o papel de cada entidade pública e de cada cidadão no enfrentamento da questão das drogas. Contudo, é preciso avaliar inúmeros outros aspectos na constante busca de aperfeiçoamento da atividade de cada envolvido, de forma que se possa dar a devida contribuição para o enfrentamento da questão com eficiência.” No segmento acima, o termo sublinhado que tem seu valor semântico corretamente identificado é: (A) certamente – dúvida (B) sobre – lugar (C) contudo – conclusão (D) de forma que – comparação (E) com – modo 654. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Nas últimas três décadas, as milícias, organizações criminosas, lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidara seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitraram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2010. Adaptado) Observe a expressão destacada na passagem – Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorai – e assinale a alternativa contendo aquela que substitui a original, sem prejuízo de sentido. (A) Porque. (B) Contanto que. (C) Conforme. (D) Logo. (E) Por que. . 263 655. (PC/MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012 "As leis são como teias de aranha: quando algo leve cai nelas, fica retido, ao passo que se for algo maior, consegue rompê-las e escapar" (Solon) Assinale a alternativa que mostra o comentário inadequado sobre os constituintes desse pensamento. (A) Ocorre nesse pensamento uma comparação entre as leis e as teias de aranha. (B) A frase “quando algo leve cai nelas” fala de um fato potencial. (C) “Algo leve” e “algo maior” são termos de sentido oposto. (D) O pronome “las” refere-se ao termo anterior “leis”. (E) A frase alude a certa deficiência da justiça. 656. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) A Groelância nunca derreteu tanto No verão da Groelândia, é normal que suas camadas de gelo se derretam. Em julho de 2012, no entanto, em apenas 4 dias (de 9 a 12), a superfície gelada sofreu um derretimento nunca antes observado: a área descongelada passou de 40 para 97%. Apesar de os cientistas definirem o fenômeno como “extremo”, eles explicaram que não há motivos para alarde: experimentos apontaram que nos últimos dez milênios, houve um vasto derretimento a cada 150 anos. As informações são da Nasa. (IstoÉm 01.08.2012) O sentido da conjunção destacada no texto também está presente na seguinte passagem, adaptada do editorial da Folha de S.Paulo, de 02.06.2012: (A) Heloisa, minha mulher, ficou logo sabendo, mas quis me poupar. Ele era nosso amigo. (B) No dia 26, voltei para casa. Horas depois, liguei o computador e abri a lista de mensagens. (C) Assim que abri os olhos, li a notícia: “Morreu Pery Ribeiro.”. (D) No dia 24 de fevereiro, eu estava no CTI de um hospital, recémsaído de uma cirurgia, quando morreu o cantor Pery Ribeiro. (E) O cuidado de Heloisa foi inútil, pois havia uma TV no CTI, bem à minha frente. 657. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo tanta negligência e falta de visão com relação a esse bem vital, é de se esperar que os seres humanos procurem preservar e manter os reservatórios naturais desse líquido precioso. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido, a menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos. Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa situação, responsável pelo consumo e também pela poluição da água em escala exponencial, tem conduzido à necessidade de reformulação do seu gerenciamento. No ambiente agrícola, as perspectivas de mudança decorrem das alterações do clima, que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água, mas também a sobrevivência de diversas espécies animais e vegetais. O atual estado de conhecimento técnico-científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação de técnicas direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio está em colocá-las em prática, uma vez que isso implica mudança de comportamento e de atitude por parte do produtor, aliadas à necessidade de uma política pública que valorize a adoção dessas medidas. Marco Antonio Ferreira e Lauro Charlet Pereira.Agua no seculo XXI: desafios e oportunidades <www.agsolve.com.br> . 264 Na linha 2, o elemento “Embora” poderia ser substituído por desde que, sem que se prejudicassem a correção gramatical e o sentido original do texto Certo ( ) Errado ( ) 658. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) (coerência e coesão) Embora sejam disputador regularmente desde 1960, apenas muito recentemente os Jogos Paraolímpicos passaram a contar com seu próprio símbolo oficial. (Veja, 3.10.2012) É correto afirmar que a oração que inicia esse período introduz, no contexto, sentido de: (A) concessão, podendo o trecho destacado ser substituído por – Apesar de serem. (B) proporção, podendo o trecho destacado ser substituído por – À medida que eram. (C) conformidade, podendo o trecho destacado ser substituído por – Conforme foram. (D) comparação, podendo o trecho destacado ser substituído por – Como eram. (E) causa, podendo o trecho destacado ser substituído por – Desde que sejam. 659. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Um dos passos decisivos para diminuir a barbárie foi o surgimento dos Estados nacionais, com monopólio do uso da violência e autoridade sobre toda a população. Na Europa, essa inovação dez os indíces de violência despencaram de 10 a 50 vezes desde o século 16. No plano internacional, nada semelhante aconteceu. Não havia instituição alguma que pudesse reclamar o papel de autoridade central, com legitimidade para impor sanções e juridições sobre todos. Essa figura se materializa de modo ainda precário em instituições multilaterais como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Não obstante, houve significativa mudança na maneira de pensar e agir da comunidade internacional. Nas últimas duas décadas, ela se tornou bem menos tolerante com ditadores homicidas. Na semana passada, uma corte especial da ONU sobre a guerra civil da Serra Leoa condenou o expresidente da vizinha Libéria Charles Taylor por crimes de guerra e contra a humanidade. É a primeira vez desde os julgamentos de Nuremberg (1946), sobre crimes dos nazistas, que um ex-chefe de Estado é condenado por tribunal internacional. Taylor não representa, porém, um caso isolado. O ex-ditador da Sérvia Slobodan Milosevic morreu em 2006 enquanto era julgado por um tribunal internacional vinculado à ONU. Kieu Samphan, um dos liberes do Khmer Vermelho, regime responsável pela morte de milhões, está sendo julgado numa corte híbrida da ONU e do Camboja. Hissène Habré, do Chade, está sob custódia e deveria enfrentar um tribunal “ad hoc” africano. Laurent Gbagbo, responsabilizado por um conflito civil na Costa do Marfim, está sob a guarda do TPI. Com o argumento duvidoso de que ataques contra a população justificariam violar a soberania da nação tiranizada, parte da comunidade internaiconal se mobilizou militarmente para derrubar Muammar Gaddafi, da Líbia. Agora, pressiona Bashar Assad, da Síria. Há certa dose hipocrisia nesse tema. Ditadores alinhados com as potências militares tendem a continuar imunes à Justiça. Mas é preciso reconhecer que as coisas estão mudando para melhor. Até alguns anos atrás, a única preocupação de um tirano era evitar golpes de Estado. Hoje, autocratas já tem motivos para temer também a Justiça internacional. É parte do processo civilizatório. (Folha de S. Paulo, opinião A2, quarta-feira, 2 de maio de 2012) Considerados especialmente os dois parágrafos finais, em seu contexto, é correto afirmar: (A) a hipótese expressa em Há certa dose de hipocrisia nesse tema é resultado direto do que se expôs sobre os julgamentos nos quatro parágrafos anteriores. (B) a frase iniciada por mas apresenta argumento cuja fundamentação é apresentada no parágrafo final. (C) a caracterização de Ditadores mantém o sentido e a correção originail se for expressa assim: “que se alinhem com as potências militares”. . 265 (D) nova redação para é preciso reconhecer mantém a correção e o sentido originais assim: “é preciso que se reconheçam”. (E) nova redação para Até alguns anos atrás mantém a correção e o sentido originais assim: “A alguns anos”. 560. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) A frase construída de modo a expressar clara e corretamente as ideias é: (A) O direito à alimentação adequada é direito mesmo quando cada homem, mulher e criança, sendo sozinhos ou com outros, têm acesso físico e econômico ininterrupto a ela, ou com meios para sua obtenção. (B) A incerteza do ritmo de crescimento daquele país tem sido foco de tensão no cenário global, sendo o temor de uma desaceleração abrupta, que é fator agravante dos países exportadores de matérias- primas. (C) As transações efetuadas com o cartão serão aprovadas só tendo a digitação da senha ou a assinatura que vem no comprovante, indicando-se sempre a conferência do seu valor antes de efetuálas. (D) O diretor começava muitas cartas às atrizes, sobretudo às que desejava como protagonistas de seus filmes, tentando convencê-las da excelência do papel que lhes oferecia, para só depois entrar em detalhes sobre a possível contratação. (E) No diário que elas encontraram no porão tinha muita coisa extraordinária, não pelo que lhes dizia pelo conteúdo, mas até porque a aparência era um testemunho da época que foi escrito, contando com os hábitos e manias da família. 651. Resposta: Errada. Emprega-se a vírgula após spam porque esta palavra está entre parênteses, e, deve-se pôr vírgulas após os parênteses nos textos. 652. Resposta: Certa. O vocábulo “já”, é um advérbio de tempo, que neste caso, especificamente está apenas enfatizando a insuficiência de se visualizar algo divertido ou curioso, portanto a sua omissão não causaria incorreção gramatical. 653. Resposta: “E” Com, vem seguido de eficiência, cujo significado (valor semântico) é fazer de modo eficiente (com eficiência), portanto, este com indica modo. Certamente indica certeza e não dúvida. Sobre indica a respeito de, e não lugar. Contudo indica contradição e, não conclusão e de forma que indica finalidade (a fim de que) e não comparação. 654. Resposta: “A” A conjunção como, no início de um período tem valor de causa (razão, motivo), assim sendo, a melhor conjunção para expressar uma causa, em substituição a como é PORQUE, expressão que, em si representa a apresentação de nossas causas em favor, ou contra a um determinado fato. 655. Resposta: “A” A conjunção como, no início de um período tem valor de causa (razão, motivo), assim sendo, a melhor conjunção para expressar uma causa, em substituição a como é PORQUE, expressão que, em si representa a apresentação de nossas causas em favor, ou contra a um determinado fato. 656. Resposta: “D” Como a questão pede para indicarmos o comentário inadequado, percebemos que a inadequação em D, é bastante evidente, pois o pronome “las” refere-se à teias de aranha e não às leis. 657. Resposta: Errada. A conjunção “embora” tem valor concessivo, isto é, exprime uma particularidade que, em princípio poderia impedir o fato, mas não o impede. “ A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo...” O fato da água ser essencial à vida, deveria impedir a negligência com que ela é tratada, mas não impede. Desde que pode ter valor de condição, tempo, mas jamais de concessão. . 266 658. Resposta: “A” A concessão exprime uma particularidade que, em princípio poderia impedir o fato da oração principal acontecer, mas não o impede. No caso, ser disputado regularmente seria um fato que tornaria os jogos paraolímpicos dignos de há tempo possuírem seu símbolo oficial, mas não, eles só passaram a tê-lo recentemente. 659. Resposta: “B” “Mas é preciso reconhecer que as coisas estão mudando para melhor.” Este mas introduz o ponto de vista do autor sobre o caso em questão (passos decisivos para diminuir a barbárie), que no último parágrafo fundamenta a razão de ter esse ponto de vista (até alguns anos atrás a única preocupação de um tirano era evitar golpes de estado. Hoje autocratas já têm motivos para temer também golpes de estado). 660. Resposta: “D” As alternativas A, B, C e E apresentam muitos problemas quanto à clareza, coesão e coerência. Observe como estão confusas, com afirmações ambíguas ou difíceis de serem entendidas. Precisamente a alternativa B, apresenta ainda uma total desconexão de ideias, sem ligação lógica com as palavras utilizadas, chegando a contradizer o que foi dito (a incerteza do ritmo de crescimento X desaceleração abrupta). 661. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) A frase construída de forma clara e correta é: (A) Se for o caso de manter-se a par das alterações que estão sendo feitas na legislação, ele interpõe recurso e pode ter chance, mas talvez é melhor não tentar sem sucesso, se não se mantem. (B) Caso ele se mantenha a par das alterações que estão sendo feitas na legislação, suas chances de interpor recurso com sucesso são grandes, caso contrário, é melhor nem tentar. (C) Mantendo a par das alterações que estão sendo feitas na legislação, ele pode ter chances de interpor recurso com grande sucesso, mas em vez disso, é melhor nem tentar e interpor. (D) É melhor nem tentar, pois não se mantendo a par das alterações que estão sendo feitas na legislação, se interpor recurso pode não ter sucesso, que as chances dependem disso. (E) Não tentando às vezes é melhor, visto que o sucesso de uma interposição de recurso depende de que se mantenha a par das alterações que estão sendo feitas na legislação, só assim tem-se chance. 662. (TJ-SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Embora sejam disputados regularmente desde 1960, apenas muito recentemente os Jogos Paralímplicos passaram a contar com seu próprio símbolo oficial. Veja, 3.10.2012) É correto afirmar que a oração que inicia esse período introduz, no contexto, sentido de: (A) conformidade, podendo o trecho destacado ser substituído por – Conforme foram. (B) proporção, podendo o trecho destacado ser substituído por – À medida que eram. (C) concessão, podendo o trecho destacado ser substituído por – Apesar de serem. (D) comparação, podendo o trecho destacado ser substituído por – Como eram. (E) causa, podendo o trecho destacado ser substituído por – Desde que sejam. 663. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo, Ivan Lermolieff, e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. Somente alguns anos depois, o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. De fato, tratava-se do italiano Giovanni Morelli. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje. Os museus, dizia Morelli, estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo- nos frente a obras não assinadas, talvez repintadas ou num mau estado de conservação. Nessas condições, é indispensável poder dintinguir os originais das cópias. Para tanto, porém, é preciso não se basear, como normalmente se faz, em características mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros. Pelo contrário, . 267 é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés. Com esse método, Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa. Apesar dos resultados obtidos, o método de Morelli foi muito criticado, talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto. Posteriormente foi julgado mecânico, grosseiramente positivista, e caiu em descrédito. Por outro lado, é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E. Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os pormenores, de preferência à obra em seu conjunto. Em Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio, assimilado por ele na juventude, em contato com os círculos românticos berlinenses. (Adaptado de Carlo Ginzburg. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. S.Paulo: Cia. das Letras, 1989, p.143-5) Para tanto, porém, é preciso não se basear, como normalmente se faz, em características mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros. Sem prejuízo da correção, da clareza e do sentido original, os elementos grifados na frase acima podem ser substituídos, respectivamente, por: (A) contudo - por conseguinte (B) embora - consequentemente (C) todavia - conquanto (D) porquanto - pois que (E) não obstante - entretanto 664. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A constituição é alicerce de toda a nossa ordem jurídica. É diploma inaugural do nosso direito positivo. A Constituição é a primeira e a mais importante voz do direito aos ouvidos do povo. Constitui, a um só tempo, caráter estruturante do Estado e da própria sociedade. É certidão de nascimento e carteira de identidade do Estado, projeto de vida global da sociedade. Esse diploma jurídico de nome Constituição provém diretamente da nação brasileira, única instância de poder que é anterior, exterior e superior ao próprio Estado. É por isso que, pela sua filha unigênita que é a Constituição mesma, a nação governa permanentemente quem governa transitoriamente e o faz do modo mais intrinsecamente meritório; do modo mais cristalinamente legítimo; pois o fato é que a menina dos olhos da nossa Constituição é a democracia. Democracia que nos confere o status de país juridicamente civilizado. Nossa Constituição é primeiro-mundista, pois os focos estruturais de fragilidade do país não estão em nosso arcabouço normativo, mas no abismo que se rasga entre a excelência da Constituição de 1988 e sua concreta incidência sobre a nossa realidade socioeconômica e política. Democracia, enfim, que se enlaça tão intimamente à liberdade de imprensa que romper esse cordão umbilical é matar as duas: a imprensa e a democracia. Com efeito, o mais refinado toque de sapiência política da nossa última Assembleia Nacional Constituinte foi irigir a democracia como sua principal ideia-força. Discurso de posse do Ministro Carlos Ayres Brito. Com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. A inserção do segmento e, por isso, seria correto dizer que é também o antes do vocábulo “projeto” (L.6) prejudicaria a correção gramatical e a coerência do texto Certo ( ) Errado ( ) . 268 665. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a rede mundial de computadores. A vivência nesse mundo tem consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre no mundo físico. Umas das questões suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa trasnposição de fatos do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no que se refere à sua interpretação jurídica. Como exemplos de situações problemáticas, podemos citar a palicação das normas comerciais e de consumo nas transações realizadas pela Internet, o recebimento indesejado de mensagens por email (spam), a validade jurídica do documento eletrônico, o conflito de marcas com os nomes de domínio, a propriedade intelectual e industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de conteúdo e de terceiros na Web bem como os crimes de informática. Mantêm-se a correção gramatical e as informações originais do período ao se substituir o conectivo “pois” (L.1) por já que, uma vez que, porquanto, visto que ou porque Certo ( ) Errado ( ) 666. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 O Senado Federal aprovou em plenário, em 31/10/2012, o projeto de lei originário da Câmara dos Deputados (PL n.º 2.793/2011) que tipifica como criminosas algumas condutas cometidas no meio digital, sobretudo a invasão de computadores. A imprensa tem noticiado como se fosse a primeira aprovação desse tipo no Brasil e alguns setores comemoraram como se a existência de uma lei para os crimes eletrônicos fosse tudo o que faltava para diminuir a delinquência cibernética. Sendo o Brasil um país de tradições positivistas e sendo vedada a aplicação de analogia para criar tipos penais, não resta dúvida da necessidade de aprovação da lei. Talvez com a previsão dessas condutas específicas, haja melhores resultados punitivos. A falta de estrutura na maioria das delegacias civis do país e a ausência de previsão legal que estabeleça a obrigatoriedade da guarda de logs acabam por inviabilizar a investigação dos crimes digitais, em muitos casos. Com o Marco Civil da Internet (PL n.º 2.126/2011), o legislador poderia sanar esse problema ao prever o armazenamento de tais registros, sem dar margem à violação da privacidade, evidentemente. No entanto, no último parecer ao projeto, no mês julho, o deputado relator retirou a obrigatoriedade do armazenamento dos dados pelos provedores de aplicações à Internet, os chamados provedores de conteúdo, deixando essa previsão apenas aos provedores de conexão. O fato é que os registros de conexão nem sempre são suficientes para uma eficiente coleta de provas. O certo seria obrigar também os provedores de conteúdo a fazer esse registro, o que permitiria investigar e punir não só os crimes digitais como também outros, tais como os de difamação, calúnia e injúria, tão comuns nas redes sociais. (Rafael Fernandes Maciel. In: Consultor Jurídico, 9/11/2012. Internet <www.conjur.com.br> (com adaptações). . 269 A respeito das ideias e de aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens que se seguem. Mantendo-se a relação de sentido estabelecida entre os períodos, a expressão “No entanto” (L.2021) poderia ser substituída, corretamente, por Com tudo. Certo ( ) Errado ( ) 667. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto I Antigas aeromoças 5 10 15 20 A associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhora, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com intusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abriram. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. No Texto I, a expressão destacada em “Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente” (L. 14-15) pode ser substituída, sem prejuízo do sentido original, por: (A) enquanto (B) conforme (C) antes que (D) assim que (E) apesar de 668. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) No trecho do Texto I “disputam com entusiasmo os carrinhos: querem servir” (L. 15-16), o sinal de dois-pontos pode ser substituído por um conectivo, mantendo-se a mesma relação de sentido entre as orações. Esse conectivo é (A) todavia (B) embora (C) porque (D) então (E) enquanto . 270 669. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) No trecho do Texto I “Alguns não abrirão.” (L. 21), o pronome e o verbo referem-se claramente ao substantivo paraquedas, anteriormente enunciado. Essa associação entre a frase e o substantivo anterior é possível em virtude de um aspecto linguístico, que é o(a) (A) sentido específico do verbo (B) sentido indefinido do pronome (C) distância entre os termos (D) ordem indireta da frase (E) estrutura composta do substantivo 670. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Ainda vamos ver sites como o Google com a mesma nostalgia que hoje dedicamos a máquinas de escrever e discos de vinil. Os atuais mecanismos de busca na rede já estão ultrapassados por projetos inovadores, que deixam esta tarefa mais fácil e precisa. Como você ainda não foi informado? Ainda são iniciativas experimentais. Falta mais dedicação dos pesquisadores e investidores dispostos a deixá-las acessíveis ao grande público. (Galileu, dezemro de 2011) No texto, a expressão “esta tarefa” diz respeito (A) às iniciativas experimentais. (B) à elaboração de projetos inovadores. (C) à implementação de projetos inovadores. (D) à busca de informações na rede. (E) ao propósito de acabar com o google. 661. Resposta: “B” Esta alternativa é a única que apresenta clareza, coesão e coerência em sua totalidade. As demais estão confusas, com afirmações ambíguas ou difíceis de entender, sem ligação lógica de ideias e há também contradição em A. Ou seja, a assertiva desdiz o que queria ou tentava dizer inicialmente. 662. Resposta: “C” A concessão consiste em ressaltar um acontecimento que normalmente não aconteceria. No caso, como as paraolimpíadas são disputadas regularmente desde 1960, era de se esperar que este símbolo oficial já existisse há mais tempo, mas isto não aconteceu, este símbolo só passou a existir recentemente. 663. Resposta: “A” As conjunções: porém e consequentemente, expressam respectivamente uma contradição e uma consequência. Temos, portanto que procurar alternativas em que haja sinônimos dessas conjunções, ou seja, que tenham o mesmo significado delas. Em A, temos, contudo, que também expressa essa contrariedade ou adversidade e consequentemente, que indica a consequência. 664. Resposta: Errada. Se inseríssemos o segmento sugerido, estaríamos nos servindo de uma sequência explicativa, mesmo valor explicativo atribuído à vírgula que precede a palavra projeto. 665. Resposta: Certa. Todas essas conjunções têm valor explicativo, assim como a conjunção “pois” o tem na linha 1 do texto. 666. Resposta: Errada. A expressão no entanto tem valor adversativo, só poderia portanto ser substituída por uma de igual valor ( mas, porém, contudo, entretanto, no entanto). 667. Resposta: “D” A expressão tão logo expressa circunstância temporal, assim como a expressão assim que. 668. Resposta: “C” Os dois pontos são usados para emitir uma explicação a seguir, por isso, eles podem ser substituídos por uma conjunção explicativa (porque). . 271 669. Resposta: “A” O verbo abrir (abrirão) só pode estar se referindo a paraquedas. 670. Resposta: “D” Nesta questão, pretende-se verificar se o leitor está atento aos mecanismos que funcionam como elemento de coesão, isto é, às expressões que retomam um elemento citado anteriormente. No caso, “esta tarefa”, nos remete à pergunta: “Qual tarefa?” E vamos a busca de saber a qual tarefa se refere o autor do texto. Veremos que ele se refere à tarefa de busca na rede, portanto alternativa D. 671. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) ____________________ dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a água, e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si _______________ diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das políticas de crescimento verde sempre _______________________ a segunda opção. (CartaCapital, 20.06.2010. Adaptado) Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, referem-se, respectivamente, a (A) dúvidas e preços. (B) políticas de crescimento e preços adequados. (C) companhias e preços do carbono e da água. (D) companhias e insumos básicos. (E) dúvidas e insumos básicos. 672. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo tanta negligência e falta de visão com relação a esse bem vital, é de se esperar que os seres humanos procurem preservar e manter os reservatórios naturais desse líquido precioso. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido, a menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos. Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa situação, responsável pelo consumo e também pela poluição da água em escala exponencial, tem conduzido à necessidade de reformulação do seu gerenciamento. No ambiente agrícola, as perspectivas de mudança decorrem das alterações do clima, que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água, mas também a sobrevivência de diversas espécies animais e vegetais. O atual estado de conhecimento técnico-científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação de técnicas direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio está em colocá-las em prática, uma vez que isso implica mudança de comportamento e de atitude por parte do produtor, aliadas à necessidade de uma política pública que valorize a adoção dessas medidas. Marco Antonio Ferreira e Lauro Charlet Pereira. Água no século XXI: desafios e oportunidades.<www.agsolve.com.br> (com adapatações). . 272 Os elementos “bem vital” (L.4), “líquido precioso” (L.6) e “recurso” (L.10) referem-se a “água” (L.1). Certo ( ) Errado ( ) 673. (ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 3, e 4 - CESPE/2012) (coesão) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro deste ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda acumulada apresentou crescimento de 7,03% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 75,57%, em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de 2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações) Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. O pronome “essa” (L.10) está empregado em referência à informação “queda de 2,13%” (L.9). Certo ( ) Errado ( ) 674. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 10 15 . O mundo maravilhoso do conto infantil sempre me instigou. Esse tempo perdido nos tempos, em que tal narrativa se ancora, esses atores não individualizados, cuja roupa é fácil de vestir, de contar tão “ausente” e distante, que parece falar em nome de todos os contadores de histórias! Escolhi Perrault, o primeiro a tomar a voz da tradição oral e imprimi-la no mundo oficial da literatura. Escolhi Chapeuzinho Vermelho, Le petit chaperon rouge, que, por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a serviço de outras enunciações. Assim encaminhei este meu trabalho [...]. Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do folclore, e propunha-me entender as relações deste texto com suas variantes intertextuais. Sabia, então, que teria de transformar a antiga prática de trabalhar com uma obra como um campo fechado em si mesmo. A obra não poderia mais ser vista como um monólogo de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, apenas um leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. Chapeuzinho Vermelho não era um todo autônomo, como não o eram suas variantes intertextuais. Não poderia, portanto, por analogia à língua-mãe, na história das línguas, ser considerado o primeiro, o único, já que, ele próprio, era atravessado pelas vozes milenares da tradição oral. [...] Desmoronava-se a ideia de centro, enquanto uma descentralização da língua e do discurso ia-se mostrando como uma frente muito nebulosa, difícil de ser praticada. Foi então que conheci o dialogismo bakhtiniano. Apenas o Adão mítico, que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente 273 20 25 este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua-orientação dialógica do discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar (Bakhtin, 1988, p. 88). Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro único. Era o diálogo que perpassa todo discurso; era o plurilinguismo social e histórico (Bakhtin, 1988b, p. 82). Teria de parar de pensar numa língua única, num único sujeito de um discurso. Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, junto daquela que eu julgo ser de um. Importava, e muito, o diálogo do eu com o outro, ou seja, a verdade de que o outro permeia todo o fio do meu discurso, permeia as variantes intertextuais, permeia o texto-base. Com esse outro inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco; posso até transfigurá-lo esteticamente. Isso, quando tenho consciência dele e represento-o no meu discurso, porque o tomo como sujeito-parceiro da construção da minha enunciação. Isso é intertextualidade. Assim esse conceito será trabalhado daqui para a frente. (Discini, N. Introdução. Intertextualidade no conto maravilhoso. São Paulo: Humanitas, 2002. p. 9-11) Considerados os três últimos parágrafos, assinale a alternativa correta. (A) (linha 27) A expressão daqui para a frente, embora mais comumente usada para referir espaço (“deste ponto em diante”), é empregada no texto exclusivamente para referir tempo, equivalendo somente a “a partir de agora”. (B) (linha 25) O uso de até sugere que a última forma de interação inevitável com o outro é concebida como mais rara que as anteriormente citadas. (C) (linha 26) O uso de hífen em sujeito-parceiro não só desrespeita preceitos da gramática normativa como também é desnecessário: a assim forjada “palavra composta” é inócua para a significação do texto. (D) (linha 25) O anafórico Isso remete exclusivamente ao segmento posso até transfigurá-lo esteticamente. (E) (linha 20) O ponto-final entre único e Era prejudica a interpretação do fragmento, pois torna ambígua a relação semântica entre os períodos. 675. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Assinale a alternativa em que a nova redação para o fragmento está clara e correta. (A) Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do folclore, e propunha-me entender as relações deste texto com suas variantes intertextuais. / Submetia a meu escrutínio um texto que, como se não bastasse haver nascido das vozes da cultura popular, eu desejava interpretar tendo em vista as relações que mantém com suas variantes intertextuais. (B) Escolhi Chapeuzinho Vermelho [...], que, por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a serviço de outras enunciações. / Elegi Chapeuzinho Vermelho, o qual foi recaptulado imensas vezes, a serviço de diferentes formações ideológico- discursivas - nem imagino por quê. (C) A obra não poderia mais ser vista como um monólogo de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, apenas um leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. / O trabalho estaria impedido de ser enxergado como fala de uma pessoa com ela mesma, o que implica, além de seus limites, num só leitor para a recepção, sendo que ele seja dotado de sensibilidade diferenciada. (D) Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro único. Era o diálogo que perpassa todo discurso. / Atinei que não só estava se dando a perca de um centro restrito, mas também do diálogo que atravessa todo discurso. (E) Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, junto daquela que eu julgo ser de um. / Haveria de compreender que permanece a palavra de outro, pegada naquela que eu penso ser do primeiro. 676. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) Mídias Sociais 1 O que você está lendo, fazendo, pensando, seguindo, vendo, ouvindo? Onde você está? Quem é você? Essas são algumas perguntas que sedimentam e 4 configuram aplicativos como Foursquare, Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Skype, blogs e afins, que promovem a expansão das relações interpessoais, 7 mantendo e ampliando os laços sociais, a visibilidade pessoal e a propagação da informação. O uso desses aplicativos, que constituem as novas 10 mídias sociais, ou redes sociais digitais, representa um novo momento para as relações interpessoais, não só por modificar a maneira como as pessoas se veem, consomem . 274 13 e se comunicam, mas também a forma como se comportam. Visualizar algo divertido ou curioso já não é suficiente. É preciso compartilhar a informação, contar a 16 novidade para o maior número possível de amigos. Nesse sentido, as mídias sociais tornaram-se verdadeiras companheiras para quem deseja consumir 19 informação em tempo real e, principalmente, dizer ao mundo tudo aquilo que lhe vier à cabeça. Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. A expressão “novas mídias sociais” (L.9-10) retoma os “aplicativos” exemplificados no segundo parágrafo. Certo ( ) Errado ( ) 677. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Os magistrados não governam. O que eles fazem é evitar o desgoverno, quando para tanto são provocados. Não mandam propriamente na massa dos governados e administrados, mas impedem os eventuais desmandos dos que têm esse originário poder. Não controlam permanentemente e de forma imediatista a população, mas têm a força de controlar os controladores, em processo aberto para esse fim. Os magistrados não protaginozam relação jurídicas privadas, na qualidade de magistrados, porém se disponibilizam para o equacionamento jurisdicional de todas elas. Por isso justifica-se a menção do Poder Judiciário em terceiro e último lugar no rol dos poderes estatais (em primeiro, o Legislativo; em segundo, o Executivo), para facilitar essa compreensção final de que o poder que evita o desgoverno, o desmando e o descontrole eventual dos outros dois não pode, ele mesmo, se desgovernar, se desmandar, se descontrolar. Mais que impor respeito, o Judiciário tem que se impor o respeito. Discurso de posse do Ministrol Carlos Ayres Brito O termo “esse fim” (L.7) retoma o antecedente “controlar os controladores” (L.6-7). Certo ( ) Errado ( ) 678. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que, atualmente, no Brasil, estão disponíveis para a adoção 4.799 crianças e adolescentes. São 27.437 4 interessados, mas a maioria não quer crianças com mais de cinco anos de idade. A preferência brasileira de adoção é por crianças com até dois anos de idade, e boa parte dos 7 candidatos não aceita irmãos. Autoridades do Brasil, Peru, e Bolívia discutirão o assunto no VII Encontro Norte/Nordeste de Apoio à Adoção 10 e no I Encontro Trifronteiriço de Adoção Brasil/Peru/Bolívia, eventos que ocorrerão, pela primeira vez, no Acre. 13 A ideia é reunir famílias adotivas e pretendentes à adoção, conselheiros tutelares, profissionais dos sistemas de justiça, saúde e educação, assistência e promoção social, 16 e integrantes do Ministério Público, gestores e pessoas . 275 da comunidade em torno do tema Rompendo as Fronteiras da Adoção - desafios e perspectivas da integração entre os 19 povos do século XXI. A realização é do Grupo de Estudos de Apoio à Adoção do Acre em conjunto com o Ministério Público do 22 Estado do Acre e diversos parceiros. As discussões irão contemplar os avanços e entraves das leis da adoção nos três países, além da integração de 25 ações estratégicas com o Brasil para a consolidação de grupos de apoio a adoção no Peru e Bolívia. Com relação ao texto acima, julgue os seguintes itens. Pela organização das ideias do texto, entende-se que “interessados” (L.4) e “candidatos” (L.7) são “pretendentes à adoção” (L.13-14). Certo ( ) Errado ( ) 679. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) O silêncio é a matéria significante por excelência, um continuum significante. O real da comunicação é o silêncio. E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do discurso. O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras, diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”: tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja. O homem está irremediavelmente constituído pela sua relação com o simbólico. Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos, se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e não-verbal) e significação. Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando uma redução pela qual qualquer matéria significante fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para que lhe seja atribuído sentido. Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal” em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras. Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade, enquanto matéria significante distinta da linguagem. (Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.) Na oração do 4.º parágrafo – [...] para que lhe seja atribuído sentido. –, o pronome “lhe” substitui a expressão; (A) um recobrimento. (B) uma redução. (C) linguagem e significação. (D) qualquer matéria significante. (E) o silêncio. 680. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Quando o falante de uma língua depera um conjunto de duas palavras, intuitivamente é levado a sentir entre elas uma relação sintática, mesmo que estejam fora de um contexto mais esclarecedor. Assim, além de captar o sentido básico das duas palavras, o receptor atribui-lhes uma gramatica – formas e conexões. Isso acontece porque ele traz registrada em sua mente toda a sintaxe, todos os padrões conexionais possíveis em sua língua, o que o torna capaz de reconhecê-los e indentificá-los em ordem linear: estão organizadas em uma ordem estrutural. A Diferença entre ordem estrutural e ordem linear torna-se clara se elas não se coincidem, como nesta frase que um aluno criou em aula de redação, quando todos deviam compor um texto para outdoor, sobre uma fotografia da célebre cabra de Picasso: “Beba leite de cabra em pó!”. Como todos rissem, o autor da frase emendou: “Beba leite em pó de cabra!”. Pior a emenda do que o soneto. (Flávia de Barros Carone. Morfossintaxe, 1986. Adaptado.) . 276 Considere as seguintes passagens do texto: – [...] é levado a sentir entre elas uma relação sintática, mesmo que estejam fora de um contexto mais esclarecedor. – Como todos rissem, o autor da frase emendou [...]. As conjunções destacadas expressam, respectivamente, relação de (A) alternância e conformidade. (B) conclusão e proporção. (C) concessão e causa. (D) explicação e comparação. (E) adição e consequência. 671. Resposta: “D” “Elas” é um pronome usado como sujeito da oração, para retomar o termo “companhias” usado na oração anterior. “Eles” é outro pronome pessoal usado para retomar o termo “insumos básicos” usado na oração anterior. 672. Resposta: Certa. O exercício que requer uma relida atenciosa do texto para verificação dos termos em destaque. 673. Resposta: Certa. “Essa” é um pronome demonstrativo, empregado em referência a um termo anterior para evitar repetição deste termo. No caso, “queda de 2,13%. 674. Resposta: “B” O uso de até, empregado como advérbio (sinônimo de ainda, também, mesmo), expressa uma concessão (algo que não acontece habitualmente, mas que nesse caso acontece), por isso intensifica a última forma de interação com o outro e a torna mais rara. 675. Resposta: “A” Além da falta de clareza e de nexo das alternativas, em B, vemos recapitulado escrito sem “i”. A alternativa C apresenta total desconexão lógico-expressiva. A alternativa D apresenta o substantivo perda grafado ora como perda, ora como perca (correto é sempre perda). Na alternativa E, é gritante o termo pegada significando apegada. 676. Resposta: Certa. A expressão “novas mídias sociais” está inserida numa oração explicativa que vem introduzida pelo pronome relativo que, cujo antecedente é “aplicativos”, portanto refere-se a “aplicativos”. 677. Resposta: Certa. “Esse fim” é um termo usado no final do período, que nos remete a outro. Devemos nos perguntar: “qual fim?” e encontraremos na linha anterior que o fim é controlar os controladores. 678. Resposta: Certa. Os termos interessados e candidatos são usados para não se repetir “pretendentes à adoção”. 679. Resposta: “D” O pronome Lhe está substituindo “qualquer matéria significante”. Para termos certeza, basta perguntarmos:” para que seja atribuído sentido a quem?” E veremos que a resposta será “qualquer matéria significante.” 680. Resposta: “C” Mesmo que, ainda que, embora, apesar de, são todas conjunções que expressam concessão (algo que não aconteceria normalmente, mas que devido a circunstâncias especiais acontece ou aconteceu). Como, utilizado no início da oração expressa uma causa, um motivo, uma razão para o acontecido. . 277 681. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 O futuro desejado em relação à água é aquele em que esse recurso esteja disponível, em quantidade e qualidade adequadas, para as gerações atuais e futuras, e sirva para o desenvolvimento sustentável, para a redução da pobreza e para a promoção do bem-estar e da paz social. No caso do Brasil, a região Norte possui diversos potenciais econômicos associados aos seus recursos naturais, entre os quais os recursos hídricos, que por si só representam grande parte da riqueza da região não somente em termos econômicos, mas também sociais e ambientais. Nesse contexto, por meio da Lei n.º 1.500/2003, o estado do Acre instituiu a Política Estadual de Recursos Hídricos, que deve ser conduzida com base no princípio de que a água é um bem de domínio público, essencial à vida, com disponibilidade limitada e dotada de valor econômico, social e ecológico. Em situações críticas de seca e enchente, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano, a dessedentação de animais domésticos e a manutenção da biota. Sob esse enfoque, na implementação da política e na gestão de recursos hídricos estaduais, o Poder Executivo do estado e o dos municípios deverão promover a integração das políticas de saneamento básico, de uso, ocupação e conservação do solo e de meio ambiente entre si e com a Política Nacional de Recursos Hídricos, do governo federal. Sheyla Regina Marques Couceiro e Neusa Hamada. Os instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos na região Norte do Brasil. Internet: <http://insetosaquaticos.inpa.gov.br> (com adaptações). Julgue os seguintes itens, a respeito das ideias e de aspectos gramaticais do texto acima. De acordo com as ideias do texto, subentende-se a presença da expressão “esse recurso” (L.2) — cujo referente textual é o termo a água, contido em “à água” (L.1) — imediatamente antes da forma verbal “sirva” (L.3). Certo ( ) Errado ( ) 682. (ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 3, e 4 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 . A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro deste ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda acumulada apresentou crescimento de 7,03% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 75,57%, em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados 278 por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de 22 2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo 25 internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações) Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. O emprego da partícula “se” em “ampliou-se” (L.7) indica que o sujeito da oração é indeterminado. Certo ( ) Errado ( ) 683. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) O espelho Falar mal da TV virou moda. É "in" repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. [...] Mas quando os “especialistas” criticaram a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita á nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. Macaqueia e realimenta nossos conceitos e preceitos quando ensina, diariamente, o bê-á-bá a milhões de crianças. Reclamamos que, na programção, só vemos sexo, violência e consumismo. Ora isso é o quevemos também ao sair á rua. E, se fitarmos o espelho do banheiro com um pouco mais de atenção, levaremos um susto com a reprise em cartaz. Talvez por isso a TV nos choque, por nos mostrar, sem rodeios, a quantas anda o inconsciente coletivo. E não adianta dourar a pílula; já tentaram, mas não deu ibope. Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. Mas a fração que lhes cabe esta la, escondididnha como é próprio as minorias. Esta nos bons documentários, nas belas imagens dos eventos esportivos, na dramaturgia sensível, no humorismo que supreeende, nos desenhos e nas áreas inteligentes, no entrevistador que sabe ouvir o entrevistado, nas campanhas altruístas. Reclama-se muito que, nas novelas, os negros fazem, quase sempre, papeis de subaltemos. Mas é ess acondiçao que a sociedade reserva á maioria deles, tamebm á maior parte dos nordestinos, na vida real. O que a televisão fornece é um retrato da desigualdade no país. [...] A televisão mostra muita violência o dia inteiro, gritam os pacifistas na sala de estar. Como se não houvesse milhões de Stallones, Gibsons, Bronsons, Van Dammes e Schwarzeneggers armados até os dentes no Afeganistao, Golfo Pérsico, Colúmbia, Mianamar, Favelas brasileiras ou tricheiras angolanas. É natural que uma parte de nós se revolte, o que parece tão compreensível quanto inócuo. Campanhas contra baixaria televisiva lembram a piada do marido traído que encontra a mulher com o amante no sofá da sala e, no dia seguinte, vende o móvel para solucionar o problema. Garrotear a Tv é tapar o sol com a peneira. Enquanto a discussão ganha adeptos, continuamos devorando nosso tubo de imagem de estimação. Depois, de barriga cheia, saímos á rua para ratificar, legitimar com pensamentos, palavras e atitudes, que as coisas são mesmo assim e que, pelo jeito, a reprise continuará. Aquele repórter sensacionalista que repete à exaustão a cena de linchamento, o apresentador tripudia sobre o drama do desvalido, a loura que vê na criança um consumidor a mais, o jovem que tem num “reality show” desumano a alternativa para sua falta de horizonte, a menina precocemente erotizada, no fundo, somo todos nós. (MIGLIACCIO, Marcelo. Folha de S.Paulo. 19/10/2013) Assinale a opção que apresenta, correta e respectivamente, a função sintática de cada um dos pronomes destacados em: “Mas a fração QUE LHES cabe está lá, escondidinha como é próprio às minorias.” (A) Sujeito – objeto indireto (B) Objeto direto – objeto indireto . 279 (C) Predicativo – objeto direto (D) Adjunto adverbial – sujeito (E) Complemento nominal – sujeito 684. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo tanta negligência e falta de visão com relação a esse bem vital, é de se esperar que os seres humanos procurem preservar e manter os reservatórios naturais desse líquido precioso. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido, a menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos. Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa situação, responsável pelo consumo e também pela poluição da água em escala exponencial, tem conduzido à necessidade de reformulação do seu gerenciamento. No ambiente agrícola, as perspectivas de mudança decorrem das alterações do clima, que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água, mas também a sobrevivência de diversas espécies animais e vegetais. O atual estado de conhecimento técnico-científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação de técnicas direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio está em colocá-las em prática, uma vez que isso implica mudança de comportamento e de atitude por parte do produtor, aliadas à necessidade de uma política pública que valorize a adoção dessas medidas. Marco Antônio Ferreira Gomes e Lauro Charlet Pereira. Água no século XXI: desafios e oportunidades. Internet:<www.agsolve.com.br> (com adaptações). O vocábulo “se” (L.2) funciona, no contexto, como elemento de natureza reflexiva e, por essa razão, o verbo que o acompanha deve ser flexionado na terceira pessoa do plural. Certo ( ) Errado ( ) 685. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) A gramática normativa recomenda como se deve falar e escrever segundo o uso e a autoridade dos escritores corretos e dos gramáticos e dicionaristas esclarecidos (cf. BECHARA, Moderna Gramática Portuguesa, 2009). Quanto ao emprego de formas verbais, qual das frases a seguir se apresenta de acordo com a recomendação gramatical? (A) Ontem mesmo requis a revisão de processos sobre crimes ambientais. (B) Se ele vim aqui amanhã, venha você também. (C) Quando você vir algum mal-educado nesta praça, avise-se imediatamente. (D) Se esta planta caber no vaso amarelo, vou comprá-la agora. (E) Não quero que eles perdam tempo com leis inadequadas na minha cidade. 686. (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos CESPE/2012) 1 . Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o 280 4 desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda 7 da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de 10 uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou 13 as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, 16 mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “deixasse” (L.11) poderia ser substituída por tivesse deixado. Certo ( ) Errado ( ) 687. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Nas últimas três décadas, as milícias, organizações criminosas, lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidara seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitraram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2010. Adaptado) Observe o verbo destacado na frase – as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. –, do qual derivam aqueles empregados nas alternativas, e assinale a que apresenta o verbo corretamente conjugado. (A) Os problemas que adviram da greve ainda não estão superados. (B) Se o problema proviesse do sistema informatizado, seria fácil resolvê-lo. (C) Para que os litigantes não se desavissem, foi proposto um acordo. (D) O Ministério Público interviu na questão e denunciou os envolvidos no escândalo. (E) As autoridades só agirão se lhes convir fazê-lo. 688. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão. (A) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício. (B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram. (C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos. (D) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização. (E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos. 689. (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Nas últimas três décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiaise ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os dominios do trafico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder á base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012. Adaptado) . 281 Observe o verbo destacado na frase – as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. –, do qual derivam aqueles empregados nas alternativas, e assinale a que apresenta o verbo corretamente conjugado. (A) O Ministério Público interviu na questão e denunciou os envolvidos no escândalo. (B) Para que os litigantes não se desavissem, foi proposto um acordo. (C) Os problemas que adviram da greve ainda não estão superados. (D) As autoridades só agirão se lhes convir fazê-lo. (E) Se o problema proviesse do sistema informatizado, seria fácil resolvê-lo. 690. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC - 2012) O desafio de compreender em que região do cérebro “nascia” o riso intrigou os cientistas durante anos. Hoje se sabe que não há um único local dedicado exclusivamente a essa função. Acredita-se, por exemplo, que o ato físico de rir seja deflagrado por um mecanismo no tronco encefálico que a respiração, garantindo a produção dos sons de uma boa risada. O curioso é que essa região funções fundamentais, o que leva a crer que rir foi importante para incluir nossos ancestrais nos grupos. Já o humor mais sutil e os jogos verbais, trabalho do lobo frontal, desenvolvido mais recentemente no cérebro. (http://www2.uol.com.br/vivermente/artigos/de_onde_vem_o_riso_.html) Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem dada: (A) modifica - regula - requerem (B) modifique - regularia - requererem (C) modificasse - regulasse - requereriam (D) modificasse - regula - requeriam (E) modifica - regulasse – requereram 681. Resposta: Certa. Trata-se de um recurso estilístico necessário para que não se repita o mesmo termo seguidas vezes num mesmo texto. Assim, “a água” (L.1), torna-se “esse recurso” (L.2) e, naturalmente espera-se que este recurso “sirva para o desenvolvimento sustentável...”. 682. Resposta: Errada. É um se que indica reciprocidade, ou um verbo pronominal. O sujeito desta oração é “oferta”. Sujeito simples e não indeterminado. 683. Resposta: “A” “Que” é sujeito, uma vez que está se reportando a “fração”. Fração é o sujeito de cabe e o pronome “que” é relativo à fração. “Lhes” é objeto indireto, uma vez que corresponde a alguns. A fração que cabe a alguns está substituída por lhes, ora, se a alguns é objeto indireto de cabe, então o pronome lhes, que substitui alguns, é também objeto indireto. 684. Resposta: Errada. O vocábulo se, na linha 2, funciona como pronome apassivador, uma vez que a frase pode ser reescrita sem prejuízo sintático/semântico da seguinte forma: “ Embora, sejam observados pelo mundo tanta negligência e...” 685. Resposta: “C” Em A, o verbo “requis”, deveria ser requereu, em B, o verbo “vim”, deveria ser vier. Em D, o verbo “caber”, deveria ser couber, em E, o verbo “perdam” deveria ser percam. 686. Resposta: Certa. Neste caso, as duas formas do pretérito imperfeito do subjuntivo são equivalentes, Ainda que classifiquemos gramaticalmente “deixasse” como pretérito imperfeito do subjuntivo e “tivesse deixado”, seja classificado como pretérito mais que perfeito, as duas formas são aceitas como aceitas gramaticalmente corretas neste trecho, sem prejuízo semântico. 687. Resposta: “B” O verbo empregado no texto é o verbo VIR (sinônimo de chegar, transportar-se), portanto seus derivados devem ser conjugados como ele. No exercício em questão, a única alternativa que segue esta regra é a alternativa B. Se dizemos viesse no pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo vir, dizemos PROVIESSE, no imperfeito do subjuntivo de PROVIR. . 282 688. Resposta: “E” O verbo entreter está conjugado corretamente no pretérito imperfeito do indicativo, de acordo com a regra de concordância verbal e flexão modo temporal. Em A, o verbo abster-se deveria ter sido conjugado corretamente da seguinte forma: absteve-se, em B, o verbo reaver, deveria ser reouveram, em C, o verbo ver, deveria ser virem e em D o verbo propor deveria ser propusermos. 689. Resposta: “E” Verbo vir, portanto, os verbos derivados deste verbo, devem apresentar a mesma conjugação dele. Em A, deveria ser interviu. Em B, desaviessem. Em C, advieram. Em D, convier. 690. Resposta: “A” Os verbos: modifica, regula e requerem estão conjugados no presente do indicativo para indicar a atualidade de suas ações e a veracidade delas e em concordância com seus respectivos sujeitos. 691. (TJ-SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que todos os verbos estão conjugados segundo a norma-padrão. (A) Só haverá acordo se nós propormos uma boa indenização. (B) Perderam seus documentos durante a viagem, mas já os reaveram. (C) Avisem-me, se vocês verem que estão ocorrendo conflitos. (D) Absteu-se do álcool durante anos; agora, voltou ao vício. (E) Antes do jantar, a criançada se entretinha com jogos eletrônicos. 692. (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP/2012) (www.acharge.com.br) As informações contidas nos quadrinhos permitem concluir que (A) a atitude da personagem que lê o jornal sugere que ela repudia a desigualdade. (B) o comportamento de ambas as personagens contraria a manchete do jornal. (C) a situação apresentada no último quadrinho ratifica a ideia da desigualdade social. (D) o comportamento da personagem que dorme no banco revela que ela desconhece seus direitos. (E) a relação cortês entre as duas personagens confirma a manchete do jornal. 693. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto II Sem medo de voar Atenção, passageiro: voe tranquilo. Se antes da decolagem seu medo vai às alturas, embarque com a gente para aprender a enfrentar as turbulências emocionais e viajar bem. Os brasileiros estão entre os passageiros que mais temem voar em todo o planeta. E já era assim antes de sofrerem o impacto dos dois últimos grandes acidentes no nosso espaço aéreo em um intervalo de apenas dez meses. . 283 5 10 Em 2003 uma pesquisa do Ibope revelava que 42% dos viajantes entravam em pânico logo no embarque. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos e na Alemanha só 23% das pessoas assumem o medo de avião. [...]pouco adianta citar dados e mais dados mostrando que o avião é muito mais seguro do que o carro ou que a probabilidade de um raio atingir alguém caminhando sossegado na rua é maior do que a de uma aeronave despencar dos céus. Os especialistas, porém, são unânimes: dá, sim, para apagar as fantasias de uma queda, de um defeito mecânico ou de uma falha humana. Mas a tarefa nem sempre é fácil. [...] Disponível em: <http://saude.abril.com.br/edicoes/0289/> Acesso em: 01 ago. 2012. Adaptado. O trecho do Texto II “Atenção, passageiro: voe tranquilo.” (L. 1) realiza uma paródia das chamadas, comuns em aeroportos, feitas para orientar os passageiros. Por se tratar de uma orientação ou pedido, o verbo voar encontra-se flexionado no (A) modo indicativo (B) modo imperativo (C) modo subjuntivo (D) infinitivo impessoal (E) particípio passado 694. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Lista Negra 1 5 10 15 20 25 30 *(jn) Relação de pessoas ou de assuntos vetados ou “indesejáveis” em um órgão de imprensa, isto é, proibidos de ser mencionados ou focalizados favoravelmente no noticiário, por determinação da direção do veículo. Prática usual de alguns jornais. “Enquanto, em fins do século passado, o jornalismo americano já enveredava para a isenção ou indepêndencia com a famosa frase que acabou entronizada no cabeçalho do The New York Times - All the news that fit to print (“todas as notícias que merecem Publicação”) - só agora, e mesmo assim com grande esforço, nos libertamos do cubismo. Tanto assim que quase todos os jornais ainda hoje conservam a sua lista de amigos e inimigos. Aos primeiros, tudo: destaque, nome completo, cobertura constante etc. Aos outros, silêncio ou, quando muito, críticas azedas. Desta forma, valorizam-se falsos valores e cometem-se graves erros de avaliação. Quantos pintores, poetisas, políticos, homens de governo e empresários apenas medíocres tornaram-se célebres graças aos círculos de amizade na imprensa? E quantos talentos vivem escondidos, na rua da amargura, porque não conquistaram uma infraestrutura promocional? A proliferação das colunas mundanas e artísticas, e a consagração deste esdrúxulo jornalismo-de-valor em quase todos os nossos jornais, é o melhor sintoma dessa maçonaria. Jornais rivais não se citam, articulistas ou colunistas inspiram-se me competidores mas não mencionam a fonte; há um mundo não existente para cada jornal ou jornalista. Desta forma, neste boicote, ficam formalizadas as informação incorreta e a injustiça histórica. Não tem importância: primeiro satisfaça-se o ego, a personalidade imperial; imparcialidade vem depois” (Alberto Dines) (Dines, A. In Carlos Alberto Rabaça/Gustavo Guimarães Barbosa. Dicionário de Comunicação. 2 ed. Rev. E atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001, 10ª reimpressão. p 436) . 284 Na estrutura do texto, o segmento apresentado como prova do que foi afirmado anteriormente é: (A) (linhas 1 e 2) Relação de pessoas ou de assuntos vetados ou “indesejáveis” em um órgão de imprensa. (B) (linhas de 3 a 5) proibidos de ser mencionados ou focalizados favoravelmente no noticiário, por determinação da direção do veículo. (C) (linha 5) Prática usual de alguns jornais. (D) (linhas de 6 a 9) o jornalismo americano já enveredava para a isenção e independência com a famosa frase que acabou entronizada no cabeçalho do The New York Times. (E) (linhas 13 e 14) quase todos os jornais ainda hoje conservam a sua lista de amigos e inimigos. 695. (UFMT - Vestibular - Conhecimentos Gerais - 01 - VUNESP/2012) O brasileiro sabe da importância da leitura para progredir na vida, ___________ continua considerando a atividade desinteressante. Este é o principal diagnóstico da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada nesta semana pelo Instituto Pró- Livro. Foram _________ mais de cinco mil pessoas em 315 municípios e os resultados apontam que apenas metade delas ____________ . O critério é ter lido pelo menos um livro nos últimos três meses. O estudo também demonstra que o hábito da leitura está conectado com a frequência à escola. Entre os que estudam estão apenas 16% do total da população de não leitores. Mesmo entre aqueles considerados leitores, a média de obras lidas é 1,4 para quem não está estudando ante 3,4 para quem estuda (considerando os últimos três meses). (http://noticias.uol.com.br. Adaptado.) As lacunas do texto são preenchidas, correta e respectivamente, por: (A) mas – entrevistadas – pode ser considerada leitora. (B) ainda assim – entrevistado – pode ser consideradas leitoras. (C) já que – entrevistada – podem ser considerada leitora. (D) por isso – entrevistado – podem ser consideradas leitoras. (E) apesar disso – entrevistados – podem ser consideradas leitoras. 696. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões: Há tantos diálogos Diálogo com o ser amado o semelhante o diferente o indiferente o oposto o adversário o surdo-mudo o possesso o irracional o vegetal o mineral o inominado Diálogo consigo mesmo com a noite os astros os mortos as ideias o sonho o passado o mais que futuro Escolhe teu diálogo e tua melhor palavra ou teu melhor silêncio Mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos. (Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.) . 285 “ Escolhe teu diálogo e tua melhor palavra ou teu melhor silêncio Mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos.” Nesses versos da última estrofe do poema, o sentido com que se emprega o imperativo afirmativo e a circunstância expressa pelas expressões “no silêncio” e “com o silêncio” são, respectivamente: (A) sugestão e modo. (B) sarcasmo e consequência. (C) advertência e lugar. (D) orientação e causa. (E) ordem e movimento. 697. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto I Antigas aeromoças 5 10 15 20 A associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhora, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com intusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abriram. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. No trecho do Texto I “‘Como você está bonita, como você está conservada.’” (L. 8-9), o emprego do vocábulo como expressa (A) comparação (B) conformidade (C) dúvida (D) consequência (E) ênfase . 286 698. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Lista Negra 1 5 10 15 20 25 30 *(jn) Relação de pessoas ou de assuntos vetados ou “indesejáveis” em um órgão de imprensa, isto é, proibidos de ser mencionados ou focalizados favoravelmente no noticiário, por determinação da direção do veículo. Prática usual de alguns jornais. “Enquanto, em fins do século passado, o jornalismo americano já enveredava para a isenção ou indepêndencia com a famosa frase que acabou entronizada no cabeçalho do The New York Times - All the news that fit to print (“todas as notícias que merecem Publicação”) - só agora, e mesmo assim com grande esforço, nos libertamos do cubismo. Tanto assim que quase todos os jornais ainda hoje conservam a sua lista de amigos e inimigos. Aos primeiros, tudo: destaque, nome completo, cobertura constante etc. Aos outros, silêncio ou, quando muito, críticas azedas. Desta forma, valorizam-se falsos valores e cometem-se graves erros de avaliação. Quantos pintores, poetisas, políticos, homens de governo e empresários apenas medíocres tornaram-se célebres graças aos círculos de amizade na imprensa? E quantos talentos vivem escondidos, na rua da amargura, porque não conquistaram uma infraestrutura promocional? A proliferação das colunas mundanas e artísticas, e a consagração deste esdrúxulo jornalismo-de-valor em quase todos os nossos jornais, é o melhor sintoma dessa maçonaria. Jornais rivais não se citam, articulistas ou colunistas inspiram-se me competidores mas não mencionam a fonte; há um mundo não existente para cada jornal ou jornalista. Desta forma, neste boicote, ficam formalizadas as informação incorreta e a injustiça histórica. Não tem importância: primeiro satisfaça-se o ego, a personalidade imperial; imparcialidade vem depois” (Alberto Dines) (Dines, A. In Carlos Alberto Rabaça/Gustavo Guimarães Barbosa. Dicionário de Comunicação. 2 ed. Rev. E atualizada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001, 10ª reimpressão. p 436) Considere o trecho de Lista negra transcrito abaixo. “Quantos pintores, poetisas, políticos, homens de governo e empresários apenas medíocres tornaram-se célebres graças aos círculos de amizades na imprensa? E quantos talentos vivem escondidos, na rua da amargura, porque não conquistaram uma infraestrutura promocional? A proliferação das colunas mundanas e artísticas, e a consagração deste esdrúxulo jornalismo-de-favor em quase todos os nossos jornais, é o melhor sintoma dessa maçonaria. Jornais rivais não se citam, articulistas ou colunistas inspiram-se em competidores mas não mencionam a fonte; há um mundo nãoexistente para cada jornal ou jornalista.” Afirma-se com correção: (A) O contexto evidencia que a sequência apresentada na frase inicial está organizada em ordem decrescente de relevância. (B) O emprego de apenas minimiza o peso da avaliação declarada. (C) Em Jornais rivais não se citam, expressa-se ação que implica reciprocidade. . 287 (D) Considerados os dois sentidos que o dicionário registra para “rua da amargura” - 1. Trajeto que Jesus Cristo percorreu para o Calvário e 2. Intensa aflição do espírito; sofrimento, tortura -, nota-se que o emprego dessa locução por Dines constitui apelo a valores religiosos. (E) A organização sintática do período evidencia que o emprego do verbo no singular, no segmento é o melhor sintoma, constitui um deslize do autor. 699. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Segundo os preceitos da gramática normativa do português do Brasil, a única palavra dentre as citadas abaixo que NÃO deve ser pronunciada com o acento tônico recaindo em posição idêntica àquela em que recai na palavra avaro é: (A) mister. (B) filantropo. (C) gratuito. (D) maquinaria. (E) ibero. 700. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 10 15 20 25 O mundo maravilhoso do conto infantil sempre me instigou. Esse tempo perdido nos tempos, em que tal narrativa se ancora, esses atores não individualizados, cuja roupa é fácil de vestir, de contar tão “ausente” e distante, que parece falar em nome de todos os contadores de histórias! Escolhi Perrault, o primeiro a tomar a voz da tradição oral e imprimi-la no mundo oficial da literatura. Escolhi Chapeuzinho Vermelho, Le petit chaperon rouge, que, por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a serviço de outras enunciações. Assim encaminhei este meu trabalho [...]. Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do folclore, e propunha-me entender as relações deste texto com suas variantes intertextuais. Sabia, então, que teria de transformar a antiga prática de trabalhar com uma obra como um campo fechado em si mesmo. A obra não poderia mais ser vista como um monólogo de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, apenas um leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. Chapeuzinho Vermelho não era um todo autônomo, como não o eram suas variantes intertextuais. Não poderia, portanto, por analogia à língua-mãe, na história das línguas, ser considerado o primeiro, o único, já que, ele próprio, era atravessado pelas vozes milenares da tradição oral. [...] Desmoronava-se a ideia de centro, enquanto uma descentralização da língua e do discurso ia-se mostrando como uma frente muito nebulosa, difícil de ser praticada. Foi então que conheci o dialogismo bakhtiniano. Apenas o Adão mítico, que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua-orientação dialógica do discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar (Bakhtin, 1988, p. 88). Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro único. Era o diálogo que perpassa todo discurso; era o plurilinguismo social e histórico (Bakhtin, 1988b, p. 82). Teria de parar de pensar numa língua única, num único sujeito de um discurso. Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, junto daquela que eu julgo ser de um. Importava, e muito, o diálogo do eu com o outro, ou seja, a verdade de que o outro permeia todo o fio do meu discurso, permeia as variantes intertextuais, permeia o texto-base. Com esse outro inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco; posso até transfigurá-lo esteticamente. Isso, quando tenho consciência dele e represento-o no meu discurso, porque o tomo como sujeito-parceiro da construção da minha enunciação. Isso é intertextualidade. Assim esse conceito será trabalhado daqui para a frente. (Discini, N. Introdução. Intertextualidade no conto maravilhoso. São Paulo: Humanitas, 2002. p. 9-11) O texto (A) acompanha as peripécias de um sujeito que, se no início não compreende bem o conto Chapeuzinho Vermelho, ao longo da narrativa expõe um completo e detalhado saber acerca desse texto. (B) organiza-se de modo a defender que a natureza complexa do que se deseja conhecer melhor exige mudança de ponto de vista, dada, por sua vez, em fases de construção da plena “verdade”. (C) expõe um percurso de pesquisa mal-sucedido, a fim de propor que o saber, sobretudo sobre as línguas e a literatura, nunca se estabiliza. (D) abandona, após breve exposição, o foco inicial - a natureza do conto infantil -, para introduzir longa digressão teórica, descolada da discussão daquele primeiro tema. (E) reconstrói os movimentos de um sujeito que, interessado em um tema, constata a necessidade de redimensionar seu conhecimento e, finalmente, mostra-se satisfeito com certo saber adquirido. 691. Resposta: “E” Em A, o correto seria propusermos, em B, seria reouveram, em C, virem e em D absteve-se. Somente o verbo entreter está conjugado de acordo com a norma padrão, na alternativa E. . 288 692. Resposta: “C” A manchete do jornal: “Brasil é o quarto mais desigual da América Latina”, é ratificada (confirmada) no último quadrinho, quando o personagem pega o jornal emprestado para lhe servir de coberta. 693. Resposta: “B” Sempre que se faz uma prescrição ou injunção deve-se recorrer ao modo imperativo, uma vez que esse modo comunica ao leitor uma ordem, pedido, advertência ou conselho. 694. Resposta: “E” Temos na alternativa E, o fato que comprova o que foi afirmado no início ser a prática usual de alguns jornais, ou seja, o fato de alguns veículos possuírem uma relação de pessoas ou de assuntos vetados ou “indesejáveis” em um órgão de imprensa, isto é, proibidos de ser mencionados ou focalizados favoravelmente no noticiário. 695. Resposta: “A” Mas é uma conjunção que indica contrariedade (adversidade), portanto cabe perfeitamente na sequência de encadeamento de ideias que se quer dar ao texto. Entrevistadas tem que estar no feminino singular, pois foram mais de cinco mil pessoas entrevistadas e, finalmente a sequência: pode ser considerada leitora tem que concordar com o núcleo do sujeito (metade). 696. Resposta: “A” Sugestão: Escolhe, com o emprego desse verbo no modo imperativo, o eu-lírico está nos sugerindo que escolhamos nosso diálogo, nossa palavra de um modo silencioso (com o silêncio). 697. Resposta: “E” O vocábulo como está sendo empregado para realçar, enfatizar as qualidades que as colegas veem uma na outra. 698. Resposta: “C” “Jornais rivais não se citam”, significa que um não cita o “outro” e o outro não cita o “um”. Ou seja, uma ação recíproca. 699. Resposta: “A” As palavras: avaro, filantropo, gratuito, maquinaria e ibero, possuem sua silaba tônica na penúltima sílaba ( a-VA-ro/, fi- lan- TRO- po/, gra- TUI- to/, ma-qui-na- RI-a/. I-BE-ro), sendo portanto, paroxítonas. Já na palavra mister, a sílaba tônica recai na última sílaba (mis-TER), sendo portanto oxítona. 700. Resposta: “E” O texto acima é a constatação de um pesquisador sobre a necessidade de se entender a intertextualidade para, então, se estudar o “mundo maravilhoso dos contos infantis”. Trata-se, portanto de um sujeito que constata a necessidade de redimensionar seus conhecimentos para esta finalidade. 701. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 10 e 11 - CESPE/2012) 1 Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que, atualmente, no Brasil, estão disponíveis para a adoção 4.799 crianças e adolescentes. São 27.437 4 interessados, mas a maioria não quer crianças com mais de cinco anos de idade. A preferência brasileira de adoção é por crianças com até dois anos de idade, e boa parte dos 7 candidatos não aceita irmãos. Autoridades do Brasil, Peru, e Bolívia discutirão o assunto no VII Encontro Norte/Nordeste de Apoio à Adoção 10 e no I Encontro Trifronteiriço de Adoção Brasil/Peru/Bolívia, eventos que ocorrerão, pela primeira vez, no Acre. 13 A ideia é reunir famílias adotivas e pretendentes à adoção, conselheiros tutelares, profissionais dos sistemas . 289 de justiça, saúde e educação, assistência e promoção social, 16 e integrantes do Ministério Público, gestores e pessoas da comunidade em torno do tema Rompendo as Fronteiras da Adoção - desafios e perspectivas da integração entre os 19 povos do século XXI. A realização é do Grupo de Estudos de Apoio à Adoção do Acre em conjunto com o Ministério Público do 22 Estado do Acre e diversos parceiros. As discussões irão contemplar os avanços e entraves das leis da adoção nos três países, além da integração de 25 ações estratégicas com o Brasil para a consolidação de grupos de apoio a adoção no Peru e Bolívia. Com relação ao texto acima, julgue os seguintes itens. Infere-se da leitura do texto que, tanto no Brasil quanto na Bolívia e no Peru, há aspectos legais que dificultam a adoção. Certo ( ) Errado ( ) 702. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto I Antigas aeromoças 5 10 15 20 A associação das Antigas Aeromoças celebra sua convenção anual a bordo de um velho Hércules C-130 doado por uma companhia aérea. São cem, cento e vinte senhora, todas alegres, todas nostálgicas. O encontro, no velho aeroporto, hoje desativado por questões de segurança, já é motivo de alegria e emoção: saúdam-se, abraçam-se, trocam cumprimentos: “Como você está bonita, como você está conservada.” Embarcam cantando o Hino das Antigas Aeromoças (“Entre as nuvens de fímbrias douradas/ Repousam lembranças, por nós embaladas”). Quando o avião decola, não podem conter as lágrimas nostálgicas. Mas tão logo a aeronave está nivelada a uma altura conveniente, disputam com intusiasmo os carrinhos: querem servir. “Posso lhe oferecer um lanche, senhora?” “Algo para beber, senhora?” Segue-se declamação de poesias, encenação de esquetes e por fim o momento culminante: evocando os tempos heroicos da aviação, todas se lançarão de paraquedas. Alguns não abriram. Mas isso está previsto. A vida nas alturas não seria possível sem um mínimo de titilantes incertezas. SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Cia das Letras, 1995, p. 211. Adaptado. O desfecho do texto apoia-se em uma aparente contradição, expressa pelo seguinte par de vocábulos: (A) fim (L. 19) – vida (L. 22) (B) culminante (L. 19) – mínimo (L. 22) (C) lançarão (L. 20) – abrirão (L. 21) (D) previsto (L. 21) – incertezas (L. 23) (E) possível (L. 22) – titilantes (L. 23) . 290 703. (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP/2012) Jantei fora. De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo, que eu não vira nem lera nunca; sabia apenas do assunto, e estimei a coincidência. Vi as grandes raivas do mouro por causa de um lenço – um simples lenço! – e aqui dou matéria á meditação dos psicológos deste e de outros continentes, pois não me pude furtar à observação de que um lenço bastou a acender o ciúmes de Otelo e compor a mais sublime tragédia deste mundo. Os lenços perderam-se, hoje são precisos os proprios lençois; alguma vez nem lençois há, e valem só as camisas. Tais eram as ideias que iam me passando pela cabeça, vagas e turvas, à medida que o mouro rolava convulso, e lago destilava a sua calúnia. Nos intervalos não me levantava da cadeira; não queria exporme a encontrar algum conhecido. As senhoras ficavam quase todas nos camarotes, enquanto os homens iam fumar. Então eu perguntava a mim mesmo se alguma daquelas não teria amado alguem que jazesse agora no cemitério, e vinham outras incoerencias, até que o pano subia e continuava a peça. O úlitimo ato mostrou-me que não eu, mas Capitu devia morrer. Ouvi as suplicas de Desdêmona, as suas palavras amorosas e puras, e a fúria do mouro, e a morte que este lhe deu entre aplausos frenéticos do público. (Machado de Assis, Dom Casmurro) O texto traz características da narrativa (A) modernista, uma vez que se apresenta um fato prosaico e sem relevância do cotidiano humano como objeto de reflexão literária. (B) árcade, uma vez que coloca a contenção dos sentimentos como forma de fazer o homem voltarse a si mesmo e evitar grandes desgraças. (C) romântica, uma vez que apresenta uma visão idealizada do amor, ainda que não realizado conforme os desejos do narrador. (D) realista, uma vez que se expõe uma visão próxima de uma realidade vivida, afetada pelo estado psicológico do narrador. (E) barroca, uma vez que as contradições do homem, dividido entre a vida espiritual e a carnal, são levadas às últimas consequências. 704. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Essa poesia não logrou estabelecer-se em Portugal. De origem francesa, suas primeiras manifestações datam de 1866, quando um editor parisiense publica uma coletânea de poemas; em 1871 e 1876, saem outras duas coletâneas. Os poetas desse movimento literário pregam o princípio da Arte pela Arte, isto é, defendem uma arte que não sirva a nada e a ninguém, uma arte inútil, uma arte voltada para si própria. A Arte procuraria a Beleza e a Verdade que existiriam nos seres concretos, e não no sentimento do artista. Por isso, o belo se confundiria com a forma que o reveste, e não com algo que existiria dentro dele. Daí vem que esses poetas sejam formalistas e preguem o cuidado da forma artística como exigência preliminar. Para consegui-lo, defendem uma atitude de impassibilidade diante das coisas: não se emocionar jamais; antes, impessoalizar-se tanto quanto possível pela descrição dos objetos, via de regra inertes ou obedientes aos movimentos próprios da Natureza (o fluxo e refluxo das ondas do mar, o voo dos pássaros, etc.). Esteticistas, anseiam uma arte universalista. Em Portugal, tentou-se introduzir esse movimento; certamente, impregnou alguns poetas, exerceu influência, mas não passou de prurido, que pouco alterou o ritmo literário do tempo. Na verdade, o modo fortuito como alguns se deixaram contaminar da nova moda poética revelava apenas veleidade francófila, em decorrência de razões de gosto pessoal ou de grupos restritos: faltou-lhes intuito comum. (Massaud Moisés. A literatura portuguesa, 1999. Adaptado.) As informações apresentadas no texto referem-se à literatura: (A) simbolista, cuja busca pelo Belo implicou a liberdade na expressão dos sentimentos. O texto deixa claro que essa literatura alcançou notável aceitação entre os poetas da época. (B) simbolista, cuja preocupação com a expressão do sentimento filia-se à tradição poética do Renascimento. O texto deixa claro que essa literatura teve um desenvolvimento tímido na cena literária portuguesa. (C) parnasiana, cuja preocupação com a objetividade a opõe ao subjetivismo romântico. O texto deixa claro que essa literatura não se impôs na cena literária portuguesa. . 291 (D) parnasiana, cuja liberdade de expressão e cujo compromisso social permitem fundamentar a Arte pela Arte. O texto deixa claro que essa literatura teve pouco espaço na cena literária portuguesa. (E) realista, cuja influência da tradição clássica é fundamental para se chegar à perfeição. O texto deixa claro que essa literatura teve uma disseminação irregular na cena literária portuguesa. 705. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Leia os versos de Cesário Verde Duas igrejas, num saudoso largo, Lançam a nódoa negra e fúnebre do clero: Nelas esfumo um ermo inquisidor severo, Assim que pela História eu me aventuro e alargo. (Disponivel em: www.astormentas.com) Em relação à Igreja, o eu lírico assume, nesses versos, uma posição. (A) anticlerical. (B) submissa. (C) evangelizadora. (D) saudosista. (E) ambígua. 706. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP) Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos. E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto. Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa. (Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.) Levando em conta o contexto em que floresceu a literatura romântica, as informações textuais refletem, com: (A) ufanismo, uma vida social de bem-aventurança. (B) desprezo, a cultura de uma sociedade poderosa. (C) entusiasmo, uma sociedade frívola e hipócrita. (D) nostalgia, os valores de uma sociedade decadente. (E) amenidade, uma visão otimista da realidade social. 707. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa. Senhor, a noite veio e a alma é vil. Tanta foi a tormenta e a vontade! Restam-nos hoje, no silêncio hostil, O mar universal e a saudade. . 292 Mas a chama, que a vida em nós criou, Se ainda há vida ainda não é finda. O frio morto em cinzas a ocultou: A mão do vento pode erguê-la ainda. Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –, Com que a chama do esforço se remoça, E outra vez conquistaremos a Distância – Do mar ou outra, mas que seja nossa! (Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.) Extraído do livro Mensagem, o poema pode ser considerado nacionalista, na medida em que o eu lírico: (A) apresenta Portugal como uma nação decadente, que não faz jus ao seu passado de heroísmo e glórias. (B) inspira-se no passado de heroísmo do povo português que, no presente, já não acredita na sua história. (C) busca reviver o sonho de uma da nação grandiosa, cantando um Portugal almejado por seus feitos gloriosos. (D) reconhece o desejo de o povo português glorificar seus heróis, o que não foi possível até o seu presente. (E) descreve o Portugal de seu tempo como uma nação gloriosa e marcada por histórias de heroísmo. 708. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Apóstrofe à carne Quando me pego nas carnes do meu rosto, Pressinto o fim da orgânica batalha: - Olhos que o húmus necrofágo estraçalha, Diafragmas, decompondo-se, ao sol-posto. E o Homem – negro e heteróclito composto, Onde a alva flama psíquica trabalha, Desagrega-se e deixa na mortalha O tacto, a vista, o ouvido, o olfato e o gosto! Carne, feixe de mônadas bastardas, Conquanto em flâmeo fogo efêmero ardas, A dardejar relampejantes brilhos, Dói-me ver, muito embora a alma acenda, Em tua podridão a herança horrenda, Que eu tenho de deixar para os meus filhos! (Augusto dos Anjos. Obra completa, 1994) No soneto de Augusto dos Anjos, é evidente (A) a visão pessimista de um “eu” cindido, que desiste de conhecer-se, pelo medo de constatar o já sabido de sua condição humana transitória. (B) o transcendentalismo, uma vez que o “eu” desintegrado objetiva alçar voos e romper com um projeto de vida marcado pelo pessimismo e pela tortura existencial. (C) a recorrência a ideias deterministas que impulsionam o “eu” a superar seus conflitos, rompendo um ciclo que naturalmente lhe é imposto. (D) a vontade de se conhecer e mudar o mundo em que se vive, o que só pode ser alcançado quando se abandona a desintegração psíquica e se parte para o equilíbrio do “eu”. (E) o uso de conceitos advindos do cientificismo do século xix, por meio dos quais o poeta mergulha no “eu”, buscando assim explorar seu ser biológico e metafísico. . 293 709. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012 No plano formal, o poema é marcado por: (A) versos brancos, linguagem obscena, rupturas sintáticas. (B) vocabulário seleto, rimas raras, aliterações. (C) vocabulário antilírico, redondilhas, assonâncias. (D) assonâncias, versos decassílabos, versos sem rimas. (E) versos livres, rimas intercaladas, inversões sintáticas. 710. (IBFC - 2012 - PM-RJ - Oficial da Polícia Militar - Inglês - IBFC/2012) Texto II O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira) Considerando-se a observação das características temático-formais do poema e sua relação com os estilos literários, é correto afirmar que se trata de um texto: (A) Romântico revelando forte subjetividade e escapismo. (B) Realista com linguagem rebuscada e análise psicológica do indivíduo. (C) Simbolista em virtude das imagens construídas e do desejo de sublimação da realidade. (D) Modernista ao fazer uso de um vocabulário simples e apresentar crítica social 701. Resposta: Certa. O último parágrafo do texto deixa isso claro. 702. Resposta: “D” A contradição consiste em algo previsto ser motivo de incerteza. 703. Resposta: “D” Trata-se, sem dúvida de um texto realista de Machado de Assis, considerado, até hoje, o nosso maior e melhor narrador realista, pois trabalhava muito bem o realismo psicológico, tornando suas obras verossímeis, isto é, possíveis de serem verdadeiras. 704. Resposta: “C” A poesia parnasiana apresenta um rigor formal tão grande que a torna frívola e, algumas vezes sem razão de ser. Daí se dizer que o Parnasianismo é o culto da "arte pela arte”, isto é uma arte voltada para si mesma. 705. Resposta: “A” Anticlerical é uma postura dos que são contrários ao clero (padres, bispos e cardeais católicos romanos), assim, percebe-se nitidamente nos versos 2 e 3 esta postura. 706. Resposta: “E” As informações textuais nos dão uma visão agradável de um tempo que já se foi, apresentando uma visão otimista da realidade da sociedade burguesa do Brasil, na segunda metade do século XIX. . 294 707. Resposta: “C” Trata-se de um poema em que Pessoa tenta restabelecer a grandeza da pátria, conquistada na época das grandes navegações marítimas e nunca mais recuperadas. Entretanto, o eu-lírico pede a Deus que dê o sopro, a aragem – ou a desgraça, para que outra vez reconquistem a Distância do mar ou outra, mas que seja nossa (ou seja, deles, portugueses), entende-se aqui que Portugal, no século XX, doaria à humanidade não mais a ousadia de enfrentar a grandeza do mar, mas a grandeza da poesia. 708. Resposta: “E” Augusto dos Anjos pertence ao pré-modernismo brasileiro, movimento que se caracterizou por uma busca de termos e temas não poéticos, para introduzi-los na poesia, desse modo queriam mostrar aos interlocutores que nem sempre o poético está no convencional. Daí os termos científicos empregados em seus textos e temas até então, considerados fora de cogitação para se abordar em poemas. 709. Resposta: “B” Os versos de Augusto dos Anjos, embora de temática pré-modernista, ainda têm composição formal, herdada dos parnasianos, cuja forma era impecável. 710. Resposta: “D” Sem dúvida, trata-se de um texto modernista que faz uso de um vocabulário simples e atual e traz implícita uma crítica social à miséria e à animalização do homem, por causa dessa miséria. Observe-se também a autoria do texto (Manuel Bandeira), um dos ícones da 1ª fase do modernismo no Brasil. 711. (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP/2012) Jantei fora. De noite fui ao teatro. Representava-se justamente Otelo, que eu não vira nem lera nunca; sabia apenas do assunto, e estimei a coincidência. Vi as grandes raivas do mouro por causa de um lenço – um simples lenço! – e aqui dou matéria á meditação dos psicológos deste e de outros continentes, pois não me pude furtar à observação de que um lenço bastou a acender o ciúmes de Otelo e compor a mais sublime tragédia deste mundo. Os lenços perderam-se, hoje são precisos os proprios lençois; alguma vez nem lençois há, e valem só as camisas. Tais eram as ideias que iam me passando pela cabeça, vagas e turvas, à medida que o mouro rolava convulso, e lago destilava a sua calúnia. Nos intervalos não me levantava da cadeira; não queria exporme a encontrar algum conhecido. As senhoras ficavam quase todas nos camarotes, enquanto os homens iam fumar. Então eu perguntava a mim mesmo se alguma daquelas não teria amado alguem que jazesse agora no cemitério, e vinham outras incoerencias, até que o pano subia e continuava a peça. O úlitimo ato mostrou-me que não eu, mas Capitu devia morrer. Ouvi as suplicas de Desdêmona, as suas palavras amorosas e puras, e a fúria do mouro, e a morte que este lhe deu entre aplausos frenéticos do público. (Machado de Assis, Dom Casmurro) No texto, duas narrativas entrecruzam-se: a história vivida pelo narrador e a história encenada na peça Otelo. A semelhança entre elas reside no fato de que ambas (A) têm em um simples lenço a motivação para o homem sentir ciúmes e desprezo por sua amada. (B) baseiam-se nos ciúmes, devido a uma suspeita de traição praticada pela mulher amada. (C) adquirem status de tragédia, pois se descobre que é fato o que se pensava apenas calúnia. (D) fazem os homens apaixonados tornarem-se cúmplices de uma situação que condenam. (E) condenam à morte as mulheres, como forma de vingar o amor traído e desprezado. 712. (TJ-SP - Analista de Sistemas - VUNESP/2012) Justiça absolve frentista acusado de participação em furto O juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 22.ª Vara Criminal Central da Capital, julgou improcedente ação penal proposta contra frentista acusado de furto em seu local de trabalho. Segundo consta da denúncia, A. L. A. R. teria permitido que W. F. O., cliente do posto de gasolina, usasse a máquina de cartões de crédito do local para fazer saques, mesmo sabendo que o cartão era roubado. Ele afirmou que desconhecia a origem ilícita do cartão. Ao ser interrogado, W. F. O. caiu em contradição quando perguntado sobre a quantia paga ao funcionário para permitir as operações, fato que, no entendimento do magistrado, tornou o conjunto probatório frágil para embasar uma condenação. “Daí, insuficientes as provas produzidas para um . 295 decreto condenatório ante a falta de demonstração suficiente de que A. L. A. R. agiu com dolo, no que a improcedência da ação penal se impõe.” Com base nessa fundamentação, absolveu o frentista da acusação de furto qualificado. (www.tjsp.jus.br/Institucional/CanaisComunicacao/noticias/noticia.aspx?Id=15378. Acesso em 22.08.2012) Considerado o contexto, assinale a alternativa em que a expressão destacada no 3.º parágrafo é substituída, sem alteração do tempo verbal, por correta forma verbal e adequada colocação pronominal. (A) contradiz-se. (B) contraditou-se. (C) se contradizeu. (D) se contraditou. (E) se contradisse. 713. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A constituição é alicerce de toda a nossa ordem jurídica. É diploma inaugural do nosso direito positivo. A Constituição é a primeira e a mais importante voz do direito aos ouvidos do povo. Constitui, a um só tempo, caráter estruturante do Estado e da própria sociedade. É certidão de nascimento e carteira de identidade do Estado, projeto de vida global da sociedade. Esse diploma jurídico de nome Constituição provém diretamente da nação brasileira, única instância de poder que é anterior, exterior e superior ao próprio Estado. É por isso que, pela sua filha unigênita que é a Constituição mesma, a nação governa permanentemente quem governa transitoriamente e o faz do modo mais intrinsecamente meritório; do modo mais cristalinamente legítimo; pois o fato é que a menina dos olhos da nossa Constituição é a democracia. Democracia que nos confere o status de país juridicamente civilizado. Nossa Constituição é primeiro-mundista, pois os focos estruturais de fragilidade do país não estão em nosso arcabouço normativo, mas no abismo que se rasga entre a excelência da Constituição de 1988 e sua concreta incidência sobre a nossa realidade socioeconômica e política. Democracia, enfim, que se enlaça tão intimamente à liberdade de imprensa que romper esse cordão umbilical é matar as duas: a imprensa e a democracia. Com efeito, o mais refinado toque de sapiência política da nossa última Assembleia Nacional Constituinte foi irigir a democracia como sua principal ideia-força. Discurso de posse do Ministro Carlos Ayres Brito. O emprego do pronome possessivo “nossa/nosso” (L.14, 16, 18, 20) consiste em recurso discursivo que, entre outras finalidades, busca incluir e envolver o leitor/ouvinte no texto. Certo ( ) Errado ( ) 714. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Neguinho Neguinho não lê, neguinho não vê, não crê, pra quê Neguinho nem quer saber O que afinal define a vida de neguinho Neguinho compra o jornal, neguinho fura o sinal Nem bem nem mal, prazer Votou, chorou, gozou: o que importa, neguinho? . 296 Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho Se o nego acha que é difícil, fácil, tocar bem esse país Só pensa em se dar bem − neguinho também se acha Neguinho compra 3 TVs de plasma, um carro, GPS e acha que é feliz Neguinho também só quer saber de filme em shopping Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho Se o mar do Rio tá gelado Só se vê neguinho entrar e sair correndo azul Já na Bahia nego fica den’dum útero Neguinho vai pra Europa, States, Disney e volta cheio de si Neguinho cata lixo no Jardim Gramacho* Neguinho quer justiça e harmonia para, se possível, todo mundo Mas a neurose de neguinho vem e estraga tudo Nego abre banco, igreja, sauna, escola Nego abre os braços e a voz Talvez seja sua vez: Neguinho que eu falo é nós Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho (Caetano Veloso (autor) in Costa, Gal. Recanto. Universal Music International. 2011) *Jardim Gramacho é um bairro do município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Lá estava localizado um dos maiores aterros sanitários do mundo, recentemente fechado. O aterro tornou-se internacionalmente conhecido com o documentário Lixo Extraordinário (2010), que acompanha 2 anos de trabalho do artista plástico Vic Muniz com catadores de lixo da região. O filme foi indicado ao Oscar de melhor documentário em 2011. Assinale a alternativa que contém comentário INCORRETO sobre o emprego de uma unidade linguística no texto. (A) (verso 20) O adjetivo azul é, no contexto, índice da sensação resultante do ato de entrar no mar gelado. (B) (versos 19 e 21) A análise baseada no contexto permite que se considerem mar gelado e útero como expressões de sentidos contrários. (C) (verso 14) A menção ao espaço em que se vêem filmes é forma indireta de criticá-los: com base no senso comum, deduz- se que se trata de obras mais fáceis. (D) (verso 24) Em face do que é desejado, o segmento se possível expressa uma condição que gera surpresa. (E) (versos 26 e 27) O verbo “abrir”, embora seja polissêmico, é usado na letra da canção em uma única acepção. 715. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) Mídias Sociais 1 4 7 . O que você está lendo, fazendo, pensando, seguindo, vendo, ouvindo? Onde você está? Quem é você? Essas são algumas perguntas que sedimentam e configuram aplicativos como Foursquare, Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Skype, blogs e afins, que promovem a expansão das relações interpessoais, mantendo e ampliando os laços sociais, a visibilidade 297 10 13 16 19 pessoal e a propagação da informação. O uso desses aplicativos, que constituem as novas mídias sociais, ou redes sociais digitais, representa um novo momento para as relações interpessoais, não só por modificar a maneira como as pessoas se veem, consomem e se comunicam, mas também a forma como se comportam. Visualizar algo divertido ou curioso já não é suficiente. É preciso compartilhar a informação, contar a novidade para o maior número possível de amigos. Nesse sentido, as mídias sociais tornaram-se verdadeiras companheiras para quem deseja consumir informação em tempo real e, principalmente, dizer ao mundo tudo aquilo que lhe vier à cabeça. Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. Se a expressão “vier à cabeça” (L.20) for substituída por subir à cabeça, serão mantidos o sentido e a correção gramatical do texto. Certo ( ) Errado ( ) 716. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a rede mundial de computadores. A vivência nesse mundo tem consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre no mundo físico. Umas das questões suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa trasnposição de fatos do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no que se refere à sua interpretação jurídica. Como exemplos de situações problemáticas, podemos citar a palicação das normas comerciais e de consumo nas transações realizadas pela Internet, o recebimento indesejado de mensagens por email (spam), a validade jurídica do documento eletrônico, o conflito de marcas com os nomes de domínio, a propriedade intelectual e industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de conteúdo e de terceiros na Web bem como os crimes de informática. O emprego da forma verbal “podemos” (L.9), no plural, evidencia que o texto foi escrito por mais de um autor Certo ( ) Errado ( ) 717. (UFMT - Vestibular - Conhecimentos Gerais - 01 - VUNESP/2012) Leia a charge. (www.acharge.com.br) . 298 A charge ironiza: (A) a velocidade na cobrança de impostos do cidadão brasileiro. O título contém um substantivo formado por hibridismo. (B) a carga tributária que recai sobre o cidadão brasileiro. O título contém um substantivo composto a partir de “imposto” e do radical grego “- metro”. (C) o método de cobrança de impostos do cidadão brasileiro. O título contém um substantivo composto a partir dos substantivos “imposto” e “metro”. (D) a falta de dinheiro do cidadão brasileiro. O título contém um substantivo derivado de “imposto” com o acréscimo do sufixo “- metro”. (E) a intensidade dos impostos cobrados do cidadão brasileiro. O título contém um substantivo formado a partir de um verbo. 718. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 Os idosos que participam do projeto Cabelos de Prata, mantido pela Prefeitura de Boa Vista, estão sendo estimulados a assistir sessões de cinema. O objetivo dessa atividade é fortalecer o vínculo comunitário do idoso, por meio de ações integrativas como a participação em manifestações artísticas e culturais. Segundo o coordenador do projeto, esses eventos são importantes para a valorização da terceira idade no meio social e familiar. O coordenador ressalta, ainda, que os principais objetivos 10 desse projeto são, além de proporcionar momentos de lazer e entretenimento aos participantes, fazer que eles exercitem a cidadania e contribuir para a elevação da autoestima, autonomia e independência diante da comunidade — o que reverterá em melhoria da qualidade de vida dessa população. Internet: www.bvnews.com.br (com adaptações) Em relação às ideias e às estruturas gramaticais do texto acima, julgue os itens a seguir. A expressão “elevação da autoestima” (L.12) é redundante, já que a ideia de “elevação” está contida no significado de “autoestima”. Certo ( ) Errado ( ) 719. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Examine a tira. (Folha de S. Paulo, 26.12.2011) O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos: (A) derivados de um mesmo verbo. (B) híbridos. (C) derivados de vocábulos distintos. (D) cognatos. (E) formados por composição. . 299 720. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) O espelho Falar mal da TV virou moda. É "in" repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. [...] Mas quando os “especialistas” criticaram a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita á nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. Macaqueia e realimenta nossos conceitos e preceitos quando ensina, diariamente, o bê-á-bá a milhões de crianças. Reclamamos que, na programção, só vemos sexo, violência e consumismo. Ora isso é o quevemos também ao sair á rua. E, se fitarmos o espelho do banheiro com um pouco mais de atenção, levaremos um susto com a reprise em cartaz. Talvez por isso a TV nos choque, por nos mostrar, sem rodeios, a quantas anda o inconsciente coletivo. E não adianta dourar a pílula; já tentaram, mas não deu ibope. Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. Mas a fração que lhes cabe esta la, escondididnha como é próprio as minorias. Esta nos bons documentários, nas belas imagens dos eventos esportivos, na dramaturgia sensível, no humorismo que supreeende, nos desenhos e nas áreas inteligentes, no entrevistador que sabe ouvir o entrevistado, nas campanhas altruístas. Reclama-se muito que, nas novelas, os negros fazem, quase sempre, papeis de subaltemos. Mas é ess acondiçao que a sociedade reserva á maioria deles, tamebm á maior parte dos nordestinos, na vida real. O que a televisão fornece é um retrato da desigualdade no país. [...] A televisão mostra muita violência o dia inteiro, gritam os pacifistas na sala de estar. Como se não houvesse milhões de Stallones, Gibsons, Bronsons, Van Dammes e Schwarzeneggers armados até os dentes no Afeganistao, Golfo Pérsico, Colúmbia, Mianamar, Favelas brasileiras ou tricheiras angolanas. É natural que uma parte de nós se revolte, o que parece tão compreensível quanto inócuo. Campanhas contra baixaria televisiva lembram a piada do marido traído que encontra a mulher com o amante no sofá da sala e, no dia seguinte, vende o móvel para solucionar o problema. Garrotear a Tv é tapar o sol com a peneira. Enquanto a discussão ganha adeptos, continuamos devorando nosso tubo de imagem de estimação. Depois, de barriga cheia, saímos á rua para ratificar, legitimar com pensamentos, palavras e atitudes, que as coisas são mesmo assim e que, pelo jeito, a reprise continuará. Aquele repórter sensacionalista que repete à exaustão a cena de linchamento, o apresentador tripudia sobre o drama do desvalido, a loura que vê na criança um consumidor a mais, o jovem que tem num “reality show” desumano a alternativa para sua falta de horizonte, a menina precocemente erotizada, no fundo, somo todos nós. (MIGLIACCIO, Marcelo. Folha de S.Paulo. 19/10/2013) O prefixo da palavra destacada em: “[...] quase sempre, papéis de SUBALTERNOS.” denota: (formação de palavras) (A) preconceito. (B) privação. (C) excesso. (D) inferioridade. (E) mudança. 711. Resposta: “B” Tanto em Otelo quanto em D. Casmurro, existe a suspeita da traição por parte da mulher amada. Esta suspeita gera um ciúme doentio em ambos os casos. 712. Resposta: “E” O verbo contradizer deve seguir as mesmas regras de conjugação do verbo dizer. O pronome “se”, deve ser colocado antes do verbo, pois não há razão para que ele seja posposto ao verbo. 713. Resposta: Certa. Todas as vezes em que se usa o pronome possessivo na primeira pessoa do plural, estamos fazendo a inclusão do ouvinte, refere-se a algo que é do falante e do seu interlocutor também. . 300 714. Resposta: “E” O verbo “abrir” nesta canção tem também sentido polissêmico. Em “nego abre banco, igreja, sauna, escola”, temos o sentido de instalar. Em ”Nego abre os braços e a voz”, temos o sentido de estender, soltar. 715. Resposta: Errada. “Vier à cabeça” é uma expressão da linguagem coloquial que significa (neste contexto), falar tudo o que lhe der vontade. Se o substituíssemos por “subir à cabeça”, estaríamos modificando totalmente o sentido do texto, uma vez que esta expressão (também da linguagem coloquial) significa passar a se considerar melhor que os outros. 716. Resposta: Errada. Trata-se de um caso de silepse de número, em que o autor inclui o leitor para que ele se sinta parte dos fatos que ele citará. 717. Resposta: “B” A charge ironiza a carga tributária que recai sobre o brasileiro que, pela manhã está com dinheiro e, ao anoitecer, não o tem mais. Além disso, a palavra impostômetro é um neologismo (novo termo) criado para designar uma meio de medir quanto se paga de imposto. Assim como temos: cronômetro (cronos + metro = tempo + medida), e hidrômetro (hidro + metro= água + medida), por exemplo. 718. Resposta: Erradao. Auto é um radical de origem grega que significa de si mesmo, por si mesmo. Não significa alto de estatura, do crescimento. Portanto, elevação da autoestima não é redundância. 719. Resposta: “D” Cognatos são vocábulos que possuem raiz comum entre si. No caso, carinho de carícia, é confundido com o diminutivo de caro ( algo preciso e de alto custo, ou querido). 720. Resposta: “D” O prefixo sub, significa posição inferior, abaixo. Ao contrário de sobre que significa, posição acima, superior. Portanto, neste caso, papéis subalternos, significa papéis inferiores na esfera social. 721. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Disponível em: http://aviadorbrasil.blogspot.com.br/>Acesso em: 03.ago.2012 No texto III, além do emprego das aspas, outro elemento linguístico revela que a pessoa da torre, prevendo o modelo de Resposta do piloto, resolveu incorporá-lo à comunicação e dizer algo para ser apenas repetido. Esse elemento linguístico, que demonstra a expectativa de que a fala fosse apenas repetida, está representado pelo emprego de: . 301 (A) vocábulos de natureza técnica (B) verbos próprios de ação (C) termos de sentido denotativo (D) palavras de linguagem formal (E) primeira pessoa gramatical 722. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Disponível em: http://aviadorbrasil.blogspot.com.br/>Acesso em: 03.ago.2012 Nos dois primeiros quadros do Texto III, as Respostas do piloto produzem humor na tirinha. Esse humor é baseado em uma atitude repetida pelo piloto, o qual: (A) simula desconfiar de orientações externas. (B) mostra ignorar procedimentos de aviação. (C) revela negligenciar a segurança do voo. (D) busca compreender linguagem técnica. (E) finge desconhecer o objetivo do pedido. 723. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) efeitos de humor Leia a charge. (www.acharge.com.br) Um dos efeitos de humor da charge reside no fato de as personagens entenderem “ROÇONA” e “ROCINHA” como (A) palavras sinônimas derivadas de “roça”. (B) aumentativo e diminutivo de “roça”, respectivamente. (C) áreas urbanas onde se trabalha pouco. (D) áreas rurais cuidadas pelo exército. (E) substantivos próprios relativos a logradouro. . 302 724. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto II Sem medo de voar 5 10 Atenção, passageiro: voe tranquilo. Se antes da decolagem seu medo vai às alturas, embarque com a gente para aprender a enfrentar as turbulências emocionais e viajar bem. Os brasileiros estão entre os passageiros que mais temem voar em todo o planeta. E já era assim antes de sofrerem o impacto dos dois últimos grandes acidentes no nosso espaço aéreo em um intervalo de apenas dez meses. Em 2003 uma pesquisa do Ibope revelava que 42% dos viajantes entravam em pânico logo no embarque. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos e na Alemanha só 23% das pessoas assumem o medo de avião. [...]pouco adianta citar dados e mais dados mostrando que o avião é muito mais seguro do que o carro ou que a probabilidade de um raio atingir alguém caminhando sossegado na rua é maior do que a de uma aeronave despencar dos céus. Os especialistas, porém, são unânimes: dá, sim, para apagar as fantasias de uma queda, de um defeito mecânico ou de uma falha humana. Mas a tarefa nem sempre é fácil. [...] Disponível em: <http://saude.abril.com.br/edicoes/0289/> Acesso em: 01 ago. 2012. Adaptado. No trecho do Texto II “embarque com a gente para aprender a enfrentar as turbulências emocionais” (L. 1-2), ocorre um emprego de palavras típicas do vocabulário da aviação em contexto distinto. No caso da palavra embarque, o sentido, no contexto, é definido como: (A) conotativo (B) denotativo (C) literal (D) próprio (E) descritivo 725. (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP/2012) Horóscopo Áries – Não subestime a sua incapacidade Touro – Fique tranquilo em relação à sua própria infelicidade Gêmeos – Uma semana vem, outra semana vai Câncer – Alguém telefonará e você atenderá e depois desligará Leão – A solução dos seus problemas só lhe dará tranquilidade Virgem – Nem que a tristeza lhe consuma, não morra, não esmoreça, sob hipótese nenhuma É ganhando que se ganha É empatando que se empata É nascendo que se nasce É morrendo que se morre É vivendo que se “veve” Libra – A lua em Saturno quer dizer alguma coisa Escorpião – não seja impertinente, você terá nas mãos os dez dedos sempre Sagitário – Uma pessoa idosa não fará nenhuma diferença Capricórnio – No entanto, aquele alguém, que goza de saúde, poderá pegar uma doença Aquário – No mais será tudo igual, pois o período propicia Peixes – E tudo se encaminha para um fimde semana com apenas dois dias (www.vagalume.com.br) O efeito de humor na canção do compositor cearense Falcão decorre do emprego, entre outros recursos, de: (A) linguagem redundante. (B) imprecisão semântica. (C) termos ambíguos. (D) expressões antônimas. (E) vocabulário obsceno. . 303 726. (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP/2012) Oh retrato da morte, oh Noite amiga Por cuja escuridão suspiro há tanto! Calada testemunha do meu pranto De meus desgostos secretária antiga! Pois manda Amor, que a ti somente os diga, Dá-lhes pio agasalho no teu manto; Ouve-nos, como costumas, ouve, enquanto Dorme a cruel, que a delirar me obriga: E vós, oh cortesãos da escuridade, Fantasmas vagos, mochos piadores, Inimigos, como eu, da claridade! Em bandos acudi aos meus clamores; Quero a vossa medonha sociedade, Quero fartar meu coração de horrores. (Bocage. Sonetos, 1994.) No contexto do poema, o verso – Por cuja escuridão suspiro há tanto! – equivale a (A) Há tanto suspiro a escuridão da noite amiga! (B) Há tanto suspiro quanto escuridão da noite amiga! (C) Suspiro na escuridão da noite amiga há tanto! (D) Suspiro há tanto pela escuridão da noite amiga! (E) Da escuridão da noite amiga suspiro há tanto! LEITURA DE IMAGEM E LEITURA VERBAL 727. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Examine a tira Níquel Náusea, do cartunista Fernando Gonsales. (Folha de S. Paulo, 18.10.2011) Com a fala – É o novo Drummond –, no último quadrinho, a personagem revela-se: (A) extasiada, pois considera que os versos declamados pelo amigo são líricos. (B) raivosa, pois considera que o amigo e Drummond são péssimos poetas. (C) irônica, pois sugere que os versos do amigo são de má qualidade. (D) perplexa, pois considera que os versos do amigo são arte legítima. (E) desdenhosa, pois sugere que Drummond é um poeta sem atrativos. 728. (ANAC - Técnico Administrativo - CESPE/2012) 1 4 . A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro deste ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda 304 7 10 13 16 19 22 25 acumulada apresentou crescimento de 7,03% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 75,57%, em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de 2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações) Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. O emprego da partícula “se” em “ampliou-se” (L.7) indica que o sujeito da oração é indeterminado. Certo ( ) Errado ( ) 729. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Assinale a alternativa que avalia, em conformidade com noções básicas da Linguística, a linguagem empregada no texto. (A) Além de variantes informais (furar o sinal, se dar bem), de uso mais ou menos generalizado entre os falantes da língua, estão presentes no texto variantes regionais exclusivas do meio rural (neguinho; se ach(A). (B) O texto mescla estruturas sintáticas características dos registros eruditos da língua (harmonia para, se possível, todo mundo) a um vocabulário extremamente informal (neguinho; gozou). (C) Formas como pra, tá, den’dum, que representam processos fônicos comuns na fala, emprestam à letra um tom mais informal e descontraído. (D) A frase Neguinho que eu falo é nós é estruturada de modo pouco usual: são raros na língua a ausência de preposição antes do pronome relativo e o tipo de concordância estabelecido entre os dois últimos termos. (E) O segmento Sei não, em que o advérbio de negação sucede verbo, é bom exemplo de estrutura mais produtiva entre os falantes mais jovens do português do Brasil. 730. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) Neguinho Neguinho não lê, neguinho não vê, não crê, pra quê Neguinho nem quer saber O que afinal define a vida de neguinho Neguinho compra o jornal, neguinho fura o sinal Nem bem nem mal, prazer Votou, chorou, gozou: o que importa, neguinho? . 305 Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho Se o nego acha que é difícil, fácil, tocar bem esse país Só pensa em se dar bem − neguinho também se acha Neguinho compra 3 TVs de plasma, um carro, GPS e acha que é feliz Neguinho também só quer saber de filme em shopping Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho Se o mar do Rio tá gelado Só se vê neguinho entrar e sair correndo azul Já na Bahia nego fica den’dum útero Neguinho vai pra Europa, States, Disney e volta cheio de si Neguinho cata lixo no Jardim Gramacho* Neguinho quer justiça e harmonia para, se possível, todo mundo Mas a neurose de neguinho vem e estraga tudo Nego abre banco, igreja, sauna, escola Nego abre os braços e a voz Talvez seja sua vez: Neguinho que eu falo é nós Rei, rei, neguinho rei Sim, sei: neguinho Rei, rei, neguinho é rei Sei não, neguinho (Caetano Veloso (autor) in Costa, Gal. Recanto. Universal Music International. 2011) *Jardim Gramacho é um bairro do município de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Lá estava localizado um dos maiores aterros sanitários do mundo, recentemente fechado. O aterro tornou-se internacionalmente conhecido com o documentário Lixo Extraordinário (2010), que acompanha 2 anos de trabalho do artista plástico Vic Muniz com catadores de lixo da região. O filme foi indicado ao Oscar de melhor documentário em 2011. - Na primeira estrofe, Caetano Veloso (A) enaltece a astúcia de quem, sem se abalar com eventuais opiniões desfavoráveis, age em conformidade com sua própria consciência. (B) retrata a vida tumultuada de quem, inserido no contexto acelerado da pós-modernidade, se esforça para otimizar seu tempo útil. (C) denuncia a falta de solidariedade que caracteriza a vida das grandes cidades: em meio à busca por informação e ao trânsito caótico, não se dá importância às diferentes emoções do sujeito. (D) sinaliza em tom reprobatório, a alienação das pessoas em relação a diferentes aspectos da vida: intelectual, civil, pessoal. (E) critica a indefinição e a apatia generalizada das pessoas diante das oportunidades oferecidas pelo mundo aos que realmente se empenham em melhorar. 721. Resposta: “E” O uso do verbo “solicito” e o pronome adjetivo possessivo “minha”, revelam que se o piloto pronunciasse apenas a repetição, como vinha fazendo anteriormente, estaria solicitando a suspensão de sua carteira de piloto, fato este, que o leva a mudar de atitude. 722. Resposta: “E” Ele finge desconhecer o objetivo do pedido, tanto é que, quando a torre de comando lhe pede para dizer que solicita suspender sua carteira de piloto, ele não diz, ao contrário, ele agora informa sua altitude. . 306 723. Resposta: “B” Quando se fala em efeito de humor, temos que ter em mente que este se dá ao final, com um desfecho inesperado. No caso desta charge, como só há dois quadrinhos e duas falas, temos que ler e entender rápido. Dois trabalhadores rurais, inocentes, que entendem o mundo em conformidade com a suas vidas, não conseguem atribuir à palavra “roça”, outro significado que não seja o do mundo no qual eles vivem. Portanto, ao ouvirem as notícias sobre a ocupação do exército na favela da Rocinha (RJ), só conseguem entender rocinha como uma pequena porção de terra a ser trabalhada e daí o julgamento: Vergonha! 724. Resposta: “A” “Embarque”, neste trecho, não tem o sentido de tomar assento para viagem, mas sim o sentido de ler o texto abaixo para perder o medo (enfrentar as turbulências emocionais) de viajar de avião. 725. Resposta: “A” Linguagem redundante é uma linguagem excessiva, uma linguagem que diz o que já foi dito, que transborda. Isso vemos de modo explícito nos versos: É ganhando que se ganha.. até É vivendo que se “veve” 726. Resposta: “D” O pronome relativo cujo(a)) estabelece uma relação de posse com o seu antecedente. No verso analisado, a escuridão é da noite e é por essa escuridão que ele suspira. 727. Resposta: “C” É óbvio que a personagem exprime o contrário do que ela pensa (nisso consiste a ironia), ao comparar a rima que o companheiro faz a ela aos versos de Drummond. 728. Resposta: Errada. É um se que indica reciprocidade, ou um verbo pronominal. O sujeito desta oração é “oferta”. Sujeito simples e não indeterminado. 729. Resposta: “C” Sem dúvida, esta maneira de escrever que representam a oralidade popular dão à letra da canção um tom bastante descontraído e popular. 730. Resposta: “D” Nesta estrofe, Caetano Veloso reprova a alienação das pessoas em geral (representadas por Nego/Neguinho) que não se importam com conhecimento, política, educação e solidariedade cívica. 731. (PM/RJ - Oficial da Polícia Militar - Inglês - IBFC/2012) Texto II O bicho Vi ontem um bicho Na imundície do pátio Catando comida entre os detritos. Quando achava alguma coisa, Não examinava nem cheirava: Engolia com voracidade. O bicho não era um cão, Não era um gato, Não era um rato. O bicho, meu Deus, era um homem. (Manuel Bandeira) . 307 A organização das palavras de um texto funciona como um recurso expressivo na criação artística. Manuel Bandeira, em seu primeiro verso, conseguiu dar maior destaque: (A) Ao sujeito realizador da ação. (B) À ação verbal propriamente dita. (C) À referência temporal. (D) Ao elemento passivo, o complemento da ação. 732. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 10 15 20 25 O mundo maravilhoso do conto infantil sempre me instigou. Esse tempo perdido nos tempos, em que tal narrativa se ancora, esses atores não individualizados, cuja roupa é fácil de vestir, de contar tão “ausente” e distante, que parece falar em nome de todos os contadores de histórias! Escolhi Perrault, o primeiro a tomar a voz da tradição oral e imprimi-la no mundo oficial da literatura. Escolhi Chapeuzinho Vermelho, Le petit chaperon rouge, que, por alguma razão, foi retomado tantas vezes, a serviço de outras enunciações. Assim encaminhei este meu trabalho [...]. Colocava sob minha análise um texto que já nascera das vozes do folclore, e propunha-me entender as relações deste texto com suas variantes intertextuais. Sabia, então, que teria de transformar a antiga prática de trabalhar com uma obra como um campo fechado em si mesmo. A obra não poderia mais ser vista como um monólogo de um sujeito independente, que pressupõe, além de seus limites, apenas um leitor receptivo, privilegiado por uma intuição especial. Chapeuzinho Vermelho não era um todo autônomo, como não o eram suas variantes intertextuais. Não poderia, portanto, por analogia à língua-mãe, na história das línguas, ser considerado o primeiro, o único, já que, ele próprio, era atravessado pelas vozes milenares da tradição oral. [...] Desmoronava-se a ideia de centro, enquanto uma descentralização da língua e do discurso ia-se mostrando como uma frente muito nebulosa, difícil de ser praticada. Foi então que conheci o dialogismo bakhtiniano. Apenas o Adão mítico, que chegou com a primeira palavra num mundo virgem, ainda não desacreditado, somente este Adão podia realmente evitar por completo esta mútua-orientação dialógica do discurso alheio para o objeto. Para o discurso humano, concreto e histórico, isso não é possível: só em certa medida e convencionalmente é que pode dela se afastar (Bakhtin, 1988, p. 88). Entendi que o que acontecia não era apenas a perda de um centro único. Era o diálogo que perpassa todo discurso; era o plurilinguismo social e histórico (Bakhtin, 1988b, p. 82). Teria de parar de pensar numa língua única, num único sujeito de um discurso. Teria de entender que há sempre a palavra de um outro, junto daquela que eu julgo ser de um. Importava, e muito, o diálogo do eu com o outro, ou seja, a verdade de que o outro permeia todo o fio do meu discurso, permeia as variantes intertextuais, permeia o texto-base. Com esse outro inevitável, compactuo, entro em conflito, brinco; posso até transfigurá-lo esteticamente. Isso, quando tenho consciência dele e represento-o no meu discurso, porque o tomo como sujeito-parceiro da construção da minha enunciação. Isso é intertextualidade. Assim esse conceito será trabalhado daqui para a frente. (Discini, N. Introdução. Intertextualidade no conto maravilhoso. São Paulo: Humanitas, 2002. p. 9-11) O exame do quinto parágrafo e da citação que o sucede permite notar corretamente que: (A) há redundância entre as vozes de Discini e Bakhtin; esta última, bem demarcada, é objeto da estrita paráfrase realizada no texto. (B) a citação recolhida, para comprovar que “Nada se cria, tudo se copia”, vale-se de desarticulada paródia do discurso mítico. (C) o dialogismo bakhtiniano, anunciado por Discini, é definido em formulação que destaca sua premissa essencial: a cultura mítica é o fundamento do discurso concreto e histórico. (D) há formulações que remetem aos temas da destruição e da incerteza e que ajudam a construir a imagem de um sujeito em crise ao longo de seu percurso de busca pelo saber. (E) a incorporação da citação ao texto permite ampliar a discussão que ele traz: de aspectos exclusivamente verificáveis no percurso particular de Discini passa-se a considerações acerca da relação dos sujeitos com a linguagem e o discurso. 733. (TJ/RR - Auxiliar administrativo - CESPE/2012) . 308 Considerando o texto anterior e a charge acima, julgue os itens seguintes. A charge aponta para uma verdade histórica ao relacionar o macaco à escrita. Certo ( ) Errado ( ) 734. (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP/2012) Oh retrato da morte, oh Noite amiga Por cuja escuridão suspiro há tanto! Calada testemunha do meu pranto De meus desgostos secretária antiga! Pois manda Amor, que a ti somente os diga, Dá-lhes pio agasalho no teu manto; Ouve-nos, como costumas, ouve, enquanto Dorme a cruel, que a delirar me obriga: E vós, oh cortesãos da escuridade, Fantasmas vagos, mochos piadores, Inimigos, como eu, da claridade! Em bandos acudi aos meus clamores; Quero a vossa medonha sociedade, Quero fartar meu coração de horrores. (Bocage. Sonetos, 1994.) Nesse poema, predomina (A) o sentimentalismo exagerado, pois o eu lírico expressa seu amor não correspondido. Trata-se de um poema romântico, que traduz o descontrole emocional. (B) o subjetivismo, pois o eu lírico expressa seu pessimismo existencial. Trata-se de um poema árcade, no qual há prenúncios de características românticas. (C) a idealização de uma relação amorosa, pois o eu lírico sugere poder reverter o amor não correspondido. Trata-se de um poema barroco, que expressa os dilemas do amor. (D) a sugestão de descontrole emocional, pois o eu lírico recorre à noite como forma de fugir da tristeza amorosa. Trata-se de um poema romântico, que traduz a ideia de morte. (E) a objetividade, pois o eu lírico analisa friamente a decepção amorosa por que passa. Trata-se de um poema árcade, que privilegia a expressão comedida do sentimento. 735. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões. Há tantos diálogos Diálogo com o ser amado o semelhante o diferente o indiferente o oposto o adversário o surdo-mudo o possesso o irracional o vegetal o mineral . 309 o inominado Diálogo consigo mesmo com a noite os astros os mortos as ideias o sonho o passado o mais que futuro Escolhe teu diálogo e tua melhor palavra ou teu melhor silêncio Mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos. (Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977) Na abordagem temática do poema, destaca-se a inserção do discurso (A) da metafísica, marcando-se com imagens que suscitam ideias relacionadas à morte e à fugacidade do tempo. (B) da ausência, marcando-se pela tensão existencial conflituosa e pela falta de sentimento entre as pessoas. (C) do desalento, expressando-se uma visão pessimista do mundo e das pessoas, decorrente da frustração com a vida. (D) da comunicação, estabelecendo-se por meio dela uma reflexão filosófica sobre o fazer poético. (E) da autobiografia, evidenciando-se com sutileza aspectos relacionados à vida do poeta em minas gerais. 736. (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP/2012) Leia os versos do poema Psicologia de um vencido, de Augusto dos Anjos. Já o verme – este operário das ruínas – Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! Nesses versos, o eu lírico enfatiza (A) o destino daqueles que morrem em uma guerra. (B) a resistência do homem ante a ação do tempo e dos vermes. (C) a miséria do homem pela decomposição de sua matéria. (D) a supremacia do homem sobre os seres inferiores. (E) o embate entre a matéria e o espírito. 737. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões. Há tantos diálogos Diálogo com o ser amado o semelhante o diferente o indiferente o oposto . 310 o adversário o surdo-mudo o possesso o irracional o vegetal o mineral o inominado Diálogo consigo mesmo com a noite os astros os mortos as ideias o sonho o passado o mais que futuro Escolhe teu diálogo e tua melhor palavra ou teu melhor silêncio Mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos. (Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977) A ideia comum entre o poema de Drummond e o texto de Eni Orlandi diz respeito ao fato de que o silêncio (A) consiste em repressão ao diálogo. (B) é sinônimo de ausência de sentido. (C) é também uma forma de comunicação. (D) permite a interpretação mais objetiva. (E) reconstrói a comunicação verbal. 738. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP - 2012) Instrução: Leia o texto para responder às questões. O silêncio é a matéria significante por excelência, um continuum significante. O real da comunicação é o silêncio. E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do discurso. O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras, diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”: tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem está irremediavelmente constituído pela sua relação com o simbólico. Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos, se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e não-verbal) e significação. Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando uma redução pela qual qualquer matéria significante fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para que lhe seja atribuído sentido. Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal” em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras. Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade, enquanto matéria significante distinta da linguagem. (Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.) Ao analisar a prevalência da linguagem verbal na comunicação social, a autora enfatiza que (A) a exigência da comunicação implica o fim do silêncio. (B) a essência do silêncio se perde, quando ele é traduzido pelas palavras. (C) a verdadeira linguagem prescinde do silêncio e das palavras. (D) as palavras recuperam satisfatoriamente os sentidos silenciados. (E) a comunicação pelo silêncio é, de fato, irrealizável. . 311 739. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) Texto II Sem medo de voar 5 10 Atenção, passageiro: voe tranquilo. Se antes da decolagem seu medo vai às alturas, embarque com a gente para aprender a enfrentar as turbulências emocionais e viajar bem. Os brasileiros estão entre os passageiros que mais temem voar em todo o planeta. E já era assim antes de sofrerem o impacto dos dois últimos grandes acidentes no nosso espaço aéreo em um intervalo de apenas dez meses. Em 2003 uma pesquisa do Ibope revelava que 42% dos viajantes entravam em pânico logo no embarque. Para se ter uma ideia, nos Estados Unidos e na Alemanha só 23% das pessoas assumem o medo de avião. [...]pouco adianta citar dados e mais dados mostrando que o avião é muito mais seguro do que o carro ou que a probabilidade de um raio atingir alguém caminhando sossegado na rua é maior do que a de uma aeronave despencar dos céus. Os especialistas, porém, são unânimes: dá, sim, para apagar as fantasias de uma queda, de um defeito mecânico ou de uma falha humana. Mas a tarefa nem sempre é fácil. [...] Disponível em: <http://saude.abril.com.br/edicoes/0289/> Acesso em: 01 ago. 2012. Adaptado. No segundo parágrafo do Texto II, os dados estatísticos são empregados principalmente para (A) comprovar afirmativa anterior. (B) exemplificar opinião subjetiva. (C) detalhar casos em exposição. (D) contrariar expectativa do leitor. (E) desconstruir tese central. 740. (DECEA - Controlador de Tráfego Aéreo Código - CESGRANRIO/2012) A mudança de comportamento do piloto, no último quadro da tirinha (Texto III), deve-se à reação da pessoa da torre que se comunica com ele. Pelo contexto, a reação dessa pessoa é caracterizada como (A) inércia (B) ameaça (C) indiferença (D) tolerância (E) incompreensão 731. Resposta: “B” “Vi” é um verbo e está no início do 1º verso. A ênfase recai mais sobre o elemento que inicia a oração (no caso, verso), deste modo, o destaque é para a ação verbal (ver) propriamente dita. 732. Resposta: “D” “Desmoronava-se”, Discini começa o parágrfo com este verbo que nos mostra claramente o tema da incerteza e da destruição de tudo o que ela havia pensado ser verdade até então. Essa incerteza a remete ao discurso de Bakhtin e, aí, ela entende tudo o que acontecia (recomeça a construção de seu saber). . 312 733. Resposta: Errado Não há menção nehuma à escrita e, além disso. Não podemos considerar como macaco a primeira fugura da esquerda, mas como um exemplo da espécie humana mais primitiva. 734. Resposta: “B” O subjetivosmo é característica marcante de quase a totalidade dos poemas. Entretanto, além do subjetivismo, existe o pessimismo exitencial (essa vontde que o eu-lírico tem de morrer),e, claro prenúncios do romantismo ( o pessimismo, a ideia de morte), que só podem estar na escola literária que antecede o romantismo – a Árcade. 735. Resposta: “D” É um texto que reflete sobre a comunicação, o diálogo. 736. Resposta: “C” “Já o verme este operário das ruínas... há de deixar-me apenas os cabelos, na frialdade inorgânica da terra!”. 737. Resposta: “C” “Mesmo no silêncio e com o silêncio dialogamos.” 738. Resposta: “B” “Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade...” 739. Resposta: “A” Dados estatísticos e citações de especialistas em assuntos diversos, quando usados em textos informativos e argumentativos servem, sobretudo para comprovar um fato ou uma opinião. 740. Resposta: “B” Ele o ameaça ao elaborar seu pedido de demissão, se o piloto o repetisse (como vinha fazendo),estaria solicitando sua demissão. 741. (TJ/AC - Técnico Judiciário - Informática - CESPE/2012) 1 Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça mostra que, atualmente, no Brasil, estão disponíveis para a adoção 4.799 crianças e adolescentes. São 27.437 4 interessados, mas a maioria não quer crianças com mais de cinco anos de idade. A preferência brasileira de adoção é por crianças com até dois anos de idade, e boa parte dos 7 candidatos não aceita irmãos. Autoridades do Brasil, Peru, e Bolívia discutirão o assunto no VII Encontro Norte/Nordeste de Apoio à Adoção 10 e no I Encontro Trifronteiriço de Adoção Brasil/Peru/Bolívia, eventos que ocorrerão, pela primeira vez, no Acre. 13 A ideia é reunir famílias adotivas e pretendentes à adoção, conselheiros tutelares, profissionais dos sistemas de justiça, saúde e educação, assistência e promoção social, 16 e integrantes do Ministério Público, gestores e pessoas da comunidade em torno do tema Rompendo as Fronteiras da Adoção - desafios e perspectivas da integração entre os 19 povos do século XXI. A realização é do Grupo de Estudos de Apoio à Adoção do Acre em conjunto com o Ministério Público do 22Estado do Acre e diversos parceiros. As discussões irão contemplar os avanços e entraves das leis da adoção nos três países, além da integração de 25 ações estratégicas com o Brasil para a consolidação de grupos de apoio a adoção no Peru e Bolívia. . 313 Com relação ao texto acima, julgue os seguintes itens. Infere-se da leitura do texto que, tanto no Brasil quanto na Bolívia e no Peru, há aspectos legais que dificultam a adoção. Certo ( ) Errado ( ) 742. (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Quando o falante de uma língua depara um conjunto de duas palavras, intuitivamente é levado a sentir elas uma relação sintática, mesmo que estejam fora de um contexto mais esclarecedor. Assim além de captar o sentido básico das duas lavras, o receptor atribui-lhes uma gramatica – formas e conexões. Isso acontece porque ele traz registrada em sua mente toda a sintaxe, todos os padrões conexionais possíveis em sua língua, o que o torna capaz de reconhecê-los e identificá-los. As duas palavras não estão, para ele, apenas disposta em ordem linear: estão organizadas em uma ordem estrutural. A diferença entre ordem estrutural e ordem linear torna-se clara se elas não coincidirem como nesta frase que um aluno criou em aula de redação, quando todos deveriam compor um texto para outdoor, sobre uma fotografia da célebre cabra de Picasso: “Beba leite de cabra em pó!”. Pior a emenda do que o soneto. (Flávia de Barros Carone. Morfossintaxe, 1986. Adaptado) De acordo com o texto, a ordem estrutural diz respeito à macroestrutura da frase e a ordem linear à manifestação concreta, palavra após palavra, dos constituintes da oração. Assinale a alternativa em que, no par de palavras em destaque, em texto de Paulo Cesarino Costa, publicado na Folha de S.Paulo de 02.08.2012, há coincidência entre essas duas ordens. (A) Exceto pelo fato de que dividirão, com outras dezenas de esportes, as atenções de tvs e rádios, portais de internet, jornais e revistas nos próximos dias numa rara disputa, de onde sairão dois retratos do Brasil. (B) Nas paredes do Instituto Moreira Salles, pode-se ver diferentes concepções de fotojornalismo: da beleza pouco comprometida com a veracidade de Jean Manzon à objetividade das imagens de guerra de Luciano Carneiro. (C) Num mundo cada vez mais dominado pela reprodução eletrônica e imagética dos acontecimentos, há uma interessante oportunidade de resgatar o momento em que a imagem começou a questionar o poder da palavra. (D) A revista O Cruzeiro seguia a cartilha da revista norte- americana Life, que preconizava “um novo jornalismo, no qual as imagens formam o texto e as palavras ilustram as imagens”. (E) Serão 11 estrelas na tela, mas os ministros do STF e suas capas negras pouco têm a ver com os 11 amarelinhos de Mano Menezes na busca do ouro olímpico. 743. (ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Área 2 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 . A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANA(C) aprovou, em setembro último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos. Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasíli(A), foram criadas novas estruturas nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SR(E) e de Infraestrutura Aeroportuária (SI(A). Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e Polícia 314 Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação 19 civil. A GGAF também será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período 22 de férias. A nova estrutura, idealizada com a base na melhor definição de atribuições dos cargos da agência, não gerará ônus 25 adicional para a União. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptação) Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. O segmento “em setembro último” (L.2) está empregado entre vírgulas por constituir expressão adverbial intercalada entre termos da oração de que faz parte. Certo ( ) Errado ( ) 744. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) O espelho Falar mal da TV virou moda. É "in" repudiar a baixaria, desancar o onipresente eletrodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que não falta é especialista no assunto. [...] Mas quando os “especialistas” criticaram a TV, estão olhando para o próprio umbigo. Feita á nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho globalizado. Macaqueia e realimenta nossos conceitos e preceitos quando ensina, diariamente, o bê-á-bá a milhões de crianças. Reclamamos que, na programção, só vemos sexo, violência e consumismo. Ora isso é o quevemos também ao sair á rua. E, se fitarmos o espelho do banheiro com um pouco mais de atenção, levaremos um susto com a reprise em cartaz. Talvez por isso a TV nos choque, por nos mostrar, sem rodeios, a quantas anda o inconsciente coletivo. E não adianta dourar a pílula; já tentaram, mas não deu ibope. Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. Mas a fração que lhes cabe esta la, escondididnha como é próprio as minorias. Esta nos bons documentários, nas belas imagens dos eventos esportivos, na dramaturgia sensível, no humorismo que supreeende, nos desenhos e nas áreas inteligentes, no entrevistador que sabe ouvir o entrevistado, nas campanhas altruístas. Reclama-se muito que, nas novelas, os negros fazem, quase sempre, papeis de subaltemos. Mas é ess acondiçao que a sociedade reserva á maioria deles, tamebm á maior parte dos nordestinos, na vida real. O que a televisão fornece é um retrato da desigualdade no país. [...] A televisão mostra muita violência o dia inteiro, gritam os pacifistas na sala de estar. Como se não houvesse milhões de Stallones, Gibsons, Bronsons, Van Dammes e Schwarzeneggers armados até os dentes no Afeganistao, Golfo Pérsico, Colúmbia, Mianamar, Favelas brasileiras ou tricheiras angolanas. É natural que uma parte de nós se revolte, o que parece tão compreensível quanto inócuo. Campanhas contra baixaria televisiva lembram a piada do marido traído que encontra a mulher com o amante no sofá da sala e, no dia seguinte, vende o móvel para solucionar o problema. Garrotear a Tv é tapar o sol com a peneira. Enquanto a discussão ganha adeptos, continuamos devorando nosso tubo de imagem de estimação. Depois, de barriga cheia, saímos á rua para ratificar, legitimar com pensamentos, palavras e atitudes, que as coisas são mesmo assim e que, pelo jeito, a reprise continuará. Aquele repórter sensacionalista que repete à exaustão a cena de linchamento, o apresentador tripudia sobre o drama do desvalido, a loura que vê na criança um consumidor a mais, o jovem que tem num “reality show” desumano a alternativa para sua falta de horizonte, a menina precocemente erotizada, no fundo, somo todos nós. (MIGLIACCIO, Marcelo. Folha de S.Paulo. 19/10/2013) A oração subordinada, destacada em “Macaqueia e realimenta nossos conceitos e preconceitos QUANDO ENSINA, DIARIAMENTE, O BÊ-Á-BÁ A MILHÕES DE CRIANÇAS.”, classifica-se como: . 315 (A) substantiva objetiva indireta. (B) substantiva predicativa. (C) adverbial final. (D) adverbial conformativa. (E) adverbial temporal 745. (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) Dependendo do contexto, as preposições podem expressar ideias diferentes. Na fala da segunda charge: “Mas é um documentário sobre oHenri Cartier-Bresson!”, a única preposição presente expressa: (A) contradição. (B) assunto. (C) espaço superior. (D) instrumento. (E) autoria. 746. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) Nenhum cidadão responsável pode deixar de estar preocupado com os estragos que sofre o meio ambiente. Por isso, seja no governo, seja fora dele, muitos tomam iniciativas para mitigar os desastres. Os governantes passam leis com fé ingênua nos seus efeitos. Almas generosas e bem-intencionadas pregam a defesa do meio ambiente. Economistas só pensam em prêmios e punições financeiras. Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura. O pobre caboclo, perdido na floresta amazônica, está longe da lei que impediria suas aventuras com a motosserra. E, se estivesse ao alcance de pregações, não veria razões para segui-las. O mal-educado que joga lixo na sua rua sabe que não será punido, pois, se alguém viu, não vai denunciar. Não há altruísmo que convença os prefeitos a não jogar esgotos in natura nos rios, pois o tratamento é caro, não dá votos e os malefícios só prejudicam o município rio abaixo. Não funcionam as leis que carecem de poder para obrigar o seu cumprimento. Quem confia na impunidade não presta atenção. [...] Claudio de Moura Castro Revista Veja - set., 2012 - Com adaptações. Figuras de palavras e ditos populares possibilitam dar um valor expressivo a pontos de vista ou opiniões de quem escreve. No contexto, o fragmento “Olhando os resultados, é um no cravo e outro na ferradura” permite depreender o emprego de (A) anáfora. (B) pleonasmo. (C) prosopopeia. (D) perífrase. (E) metáfora. . 316 747. (EMAP - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - FUNDAÇÃO SOUSÂNDRADE/2012) QUAL DELES É MAIS GÊNIO? 1 5 10 15 20 25 30 Na Olimpíada de Matemática, o ouro vai para quem soluciona melhor os desafios mais complexos. Os orientais domina o pódio, e vale a pena saber as razões disso. Ao ouvir o anúncio entusiasmado de seu nome, o jovem de paletó vermelho e calças curtas se ergue e caminha rumo aos holofotes. Do alto do palco, lança um olhar tímido para a plateia, onde centenas de admiradores se amontoam para aplaudi-lo de pé, enquanto ele recebe a merecida medalha de ouro. Não foi nenhuma modalidade dos jogos de Londres que cravou o nome de Jeck Lim, de Singapura, no panteão dos melhores do munda, mais a matemática, à qual ele se dedica desde pequeno como verdadeiro atleta. Aos 17 anos, Jeck conheceu a glória na recém-encerrada Olimpíada Internaciona de Matemática (IMO), a mais prestigiada e concorrida competição do gênero desde 1959. Nesta edição, 548 alunos dos ensinos fundamental e médio de 100 países disputaram medalhas em Mar del Plata, na Argentina. A equipe da Coreia do Sul teve a maior pontuação e venceu o duelo, seguida pela da China, mas foi o garoto de Singapura que se tornou herói, por meio raro: é dele a única prova perfeita, aquela que atingiu os 42 pontos em jogo. Todos ali ambicionavam ser um “ouro 42”, apelido que passa a ser confundido com o próprio nome dessas pessoas precoces estrelas da matemática. Dos seis brasileiros do páreo, cinco levaram medalhas - uma de ouro, uma de prata e três de bronze -, dando ao país a 19ª colocação no ranking. “Podemos ir mais longe. Vou fazer tudo para voltar em 2013”, diz Rodrigo Sanches, 16 anos, com sua reluzente medalha de ouro, uma das 51 distribuídas. [...] (Veja, 08 de agosto de 2012) A palavra enquanto ( l 06), utilizada no texto para fazer a coesão entre orações, estabelece uma relação de (A) concessividade. (B) causalidade. (C) adversidade. (D) simultaneidade. (E) consecutividade. 748. Camelôs Abençoado seja o camelô dos brinquedos de tostão: O que vende balõezinhos de cor O macaquinho que trepa no coqueiro O cachorrinho que bate com o rabo Os homenzinhos que jogam boxe A perereca verde que de repente dá um pulo que engraçado E as canetinhas-tinteiro que jamais escreverão coisa alguma. . 317 Alegria das calçadas Uns falam pelos cotovelos: — “O cavalheiro chega em casa e diz: Meu filho, vai buscar um pedaço de banana para eu acender o charuto. Naturalmente o menino pensará: Papai está malu...” Outros, coitados, têm a língua atada. Todos porém sabem mexer nos cordéis como o tino ingênuo de demiurgos de inutilidades. E ensinam no tumulto das ruas os mitos heroicos da meninice... E dão aos homens que passam preocupados ou tristes uma lição de infância. BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007. Uma das diretrizes do Modernismo foi a percepção de elementos do cotidiano como matéria de inspiração poética. O poema de Manuel Bandeira exemplifica essa tendência e alcança expressividade porque A) realiza um inventário dos elementos lúdicos tradicionais da criança brasileira. B) promove uma reflexão sobre a realidade de pobreza dos centros urbanos. C) traduz em linguagem lírica o mosaico de elementos de significação corriqueira. D) introduz a interlocução como mecanismo de construção de uma poética nova. E) constata a condição melancólica dos homens distantes da simplicidade infantil. 749. Talvez pareça excessivo o escrúpulo do Cotrim, a quem não souber que ele possuía um caráter ferozmente honrado. Eu mesmo fui injusto com ele durante os anos que se seguiram ao inventário de meu pai. Reconheço que era um modelo. Arguíam-no de avareza, e cuido que tinham razão; mas a avareza é apenas a exageração de uma virtude, e as virtudes devem ser como os orçamentos: melhor é o saldo que o déficit. Como era muito seco de maneiras, tinha inimigos que chegavam a acusá-lo de bárbaro. O único fato alegado neste particular era o de mandar com frequência escravos ao calabouço, donde eles desciam a escorrer sangue; mas, além de que ele só mandava os perversos e os fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado em escravos, habituara-se de certo modo ao trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio requeria, e não se pode honestamente atribuir à índole original de um homem o que é puro efeito de relações sociais. A prova de que o Cotrim tinha sentimentos pios encontrava-se no seu amor aos filhos, e na dor que padeceu quando morreu Sara, dali a alguns meses; prova irrefutável, acho eu, e não única. Era tesoureiro de uma confraria, e irmão de várias irmandades, e até irmão remido de uma destas, o que não se coaduna muito com a reputação da avareza; verdade é que o benefício não caíra no chão: a irmandade (de que ele fora juiz) mandara-lhe tirar o retrato a óleo. A SSIS, M. Memórias póstum as de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992. Obra que inaugura o Realismo na literatura brasileira, Memórias póstumas de Brás Cubas condensa uma expressividade que caracterizaria o estilo machadiano: a ironia. Descrevendo a moral de seu cunhado, Cotrim, o narrador-personagem Brás Cubas refina a percepção irônica ao A) acusar o cunhado de ser avarento para confessar-se injustiçado na divisão da herança paterna. B) atribuir a “efeito de relações sociais” a naturalidade com que Cotrim prendia e torturava os escravos. C) considerar os “sentimentos pios” demonstrados pelo personagem quando da perda da filha Sara. D) menosprezar Cotrim por ser tesoureiro de uma confraria e membro remido de várias irmandades. E) insinuar que o cunhado era um homem vaidoso e egocêntrico, contemplado com um retrato a óleo. 750. O exercício da crônica Escrever prosa é uma arte ingrata. Eu digo prosa fiada, como faz um cronista; não a prosa de um ficcionista, na qual este é levado meio a tapas pelas personagens e situações que, azar dele, criou porque quis. Com um prosador do cotidiano, a coisa fia mais fino. Senta-se ele diante de sua máquina, olha através da janela e busca fundo em sua imaginação um fato qualquer, de preferência colhido no . 318 noticiário matutino, ou da véspera, em que, com as suas artimanhas peculiares, possa injetar um sangue novo. Se nada houver, resta-lhe o recurso de olhar em torno e esperar que, através de um processo associativo, surja-lhe de repente a crônica, provinda dos fatos e feitos de sua vida emocionalmente despertados pela concentração. Ou então, em última instância, recorrer ao assunto da falta de assunto, já bastante gasto, mas do qual, no ato de escrever, pode surgir o inesperado. MORAES, V. Para viver um grande amor: crônicas e poemas. São Paulo: Cia. das Letras, 1991. Predomina nesse texto a função da linguagem que se constitui A) nas diferenças entre o cronista e o ficcionista. B) nos elementos que servem de inspiração ao cronista. C) nos assuntos que podem ser tratados em uma crônica. D) no papel da vida do cronista no processo de escrita da crônica. E) nas dificuldades de se escrever uma crônica por meio de uma crônica. 741. Resposta: Certa “As discussões irão contemplar os avanços e entraves das leis da adoção nos três países...”. 742. Resposta: “E” Somente na alternativa E houve uma troca: primeiramente o substantivo (ouro) para classificar o adjetivo olímpico, ou seja, o adjetivo que é normalmente usado para classificar vem nomeando e o que é usado normalmente para nomear, vem classificando. 743. Resposta: Certa Expressões adverbiais sempre vêm entre vírgulas quando estão intercaladas entre termos da oração. 744. Resposta: “E” As orações que indicam circusntâncias são chamadas de adverbiasi e as adverbiasi que indicam tempo são chadas de oração adverbial temporal. 745. Resposta: “B” Expressa assunto, sobre o que o documentário fala. 746. Resposta: “E” Metáfora é uma figura de linguagem que permite ao leitor imaginar uma comparação, pois o autor faz esta comparação sem usar conjunções comparativas. No caso, “Olhando os resultados...,” reparem que ele vai diretamente: “é um no cravo e outro na ferradura”. Ele não escreve: é como se puséssemos um olho no cravo e outro na ferradura. 747. Resposta: “D” A palavra “enquanto”, estabelece uma relação de simultaneidade entre as ações do texto, ou seja, duas coisas acontecem ao mesmo tempo: “centenas de admiradopres se amontoam para aplaudi-lo de pé, enquanto ele recebe a medalha de ouro.” 748. Resposta: “C”. Exatamente por ser o cotidiano uma das matérias de inspiração poética da 1ª fase modernista é que o eu-lírico vê poesia no cotidiano simples e ao mesmo tempo agitado dos camelôs e dos que compram deles, tornando assim, este comércio (universo), tão inexplicavelmente poético. 749. Resposta: “B”. Levando-se em consideração que ironia é um modo de exprimir-se, no qual se diz o contrário do que se pensa ou sente, percebe-se que o narrador-personagem (Brás Cubas), refina sua percepção irônica ao afirmar que o cunhado era injustamente chamado de bárbaro somente porque ele mandava com frequência escravos ao calabouço e de lá eles desciam a escorrer sangue. Percebe-se, na sequência uma refinada explicação da razão pela qual o cunhado fazia isso (como se houvesse justificativa para tal barbaridade), “... ele só mandava os perversos e fujões, ocorre que, tendo longamente contrabandeado em escravos, habituara-se de certo modo ao trato um pouco mais duro que esse gênero de negócio requeria...” E aí a conclusão “lógica” de Brás Cubas de que não se pode atribuir a Cotrim uma índole má, só porque ele maltratava seus escravos, já que isso era efeito de suas relações sociais. . 319 750. Resposta: “E”. Sem dúvida, Vinícius ao falar sobre as dificuldades de se escrever uma crônica, faz, ele também uma crônica, uma vez que esta é um gênero narrativo, no qual o narrador aborda um tema cotidiano e atual sob um olhar diferente. . 320 ACENTUAÇÃO: Questões de 751 a 761. CONCORDÂNCIA: Questões de 762 a 773. CONJUNÇÕES: Questões 774 e 775. CRASE: Questões de 776 a 781. INTERPRETAÇÃO DE TEXTO: Questões de 782 a 821. ORTOGRAFIA: Questões de 823 a 828. PONTUAÇÃO: Questões de 829 a 838. PRONOME: Questões de 839 a 868. REDAÇÃO OFICIAL: Questão 869. REGÊNCIA: Questões de 870 a 882. SINTAXE: Questões de 883 a 935. VERBO: Questões de 936 a 989. VOZES DO VERBO: Questões de 990 a 1000. Questões de 751 a 1000 Comentadas pela Professora Elaine M. Mendonça . 321 751 - (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE-2012) 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela. Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro dizer "não" ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. E isso faz com que as redes de "seguidores" e "seguidos" de alguém possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre si. Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-estamudandoamizade-619645.shtml>. Acesso em: 1º de outubro de 2012. . 322 Considere as seguintes afirmações sobre acentuação gráfica. I. A palavra têm (L. 08) recebe acento gráfico pela mesma regra que prescreve o uso do acento em alguém (L. 30). II. A palavra você (L. 18) é acentuada pela mesma regra que determina o uso do acento em saberá (L. 47). III. A palavra tuítes ((L. 50), distintamente da palavra fluida (L. 38), recebe acento gráfico porque apresenta duas vogais contíguas que pertencem a sílabas diferentes. Quais estão corretas A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas II e III. E) I, II e III. 752. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo tanta negligência e falta de visão com relação a esse bem vital, é de se esperar que os seres humanos procurem preservar e manter os reservatórios naturais desse líquido precioso. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido, a menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos. Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa situação, responsável pelo consumo e também pela poluição da água em escala exponencial, tem conduzido à necessidade de reformulação do seu gerenciamento. No ambiente agrícola, as perspectivas de mudança decorrem das alterações do clima, que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água, mas também a sobrevivência de diversas espécies animais e vegetais. O atual estado de conhecimento técnico-científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação de técnicas direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio está em colocá-las em prática, uma vez que isso implica mudança de comportamento e de atitude por parte do produtor, aliadas à necessidade de uma política pública que valorize a adoção dessas medidas. As palavras “negligência”, “reservatórios”, “espécie” e “equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em decorrência da mesma regra gramatical. Certo ( ) Errado ( ) 753. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Observe as palavras acentuadas, em destaque no seguinte texto: A Itália empreende atualmente uma revolução em sua indústria vinícola, apresentando modernos e dinâmicos vinhos, não abandonando seu inigualável caráter gastronômico. Assinale a alternativa cujas palavras são acentuadas, respectivamente, segundo as regras que determinam a acentuação das palavras destacadas no texto. (A) Saída; mostrará; hífen. (B) Comprá-la; político; nível. (C) Ócio; fenômeno; inútil. (D) Dá-lo; anônima; estéril. (E) Eólica; órfã; ninguém. . 323 754. (ANAC - Técnico Administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro desde ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda acumulada apresentou crescimento de 7,30% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 75,57% em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. De janeira a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de 2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. Internet: www.anac.gov.br (com adaptações). Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. As palavras “início” e “série” recebem acento gráfico com base em regras gramaticais distintas. Certo ( ) Errado ( ) 755. (TJ/RR - Auxiliar Administrativo - CESPE/2012) Mídias sociais 1 4 7 10 13 16 . O que você está lendo, fazendo, pensando, seguindo, vendo, ouvindo? Onde você está? Quem é você? Essas são algumas perguntas que sdimentam e configuram aplicativos como Foursquare, Orkut, Facebook, Twitter, MSN, Skype, blogs e afins, que promovem a expansão das relações interpessoais, mantendo e ampliando os laços sociais, a visibilidade pessoal e a propagação da informação. O uso desses aplicativos, que constituem as novas mídias sociais, ou redes sociais digitais, representam um novo momento para as relações interpessoais, não só por modificar a maneira como as pessoas se veem, consomem e se comunicam, mas também a forma como se comportam. Visualizar algo divertido ou curioso já não é suficiente. É preciso compartilhar a informação, contas a novidae para o maior número possível de amigos. Nesse sentido, as mídias sociais tornam-se 324 19 Verdadeiras companheiras para quem deseja consumir Informação em tempo real e, principalmente, dizer ao Mundo tudo aquilo que lhe vier à cabeça. Wesley Moura Mídias sociais. In Informativo. Folha Verde, maio de 2012 (com adaptações) Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. As palavras “mídias”, “número” e “possível” são acentuadas de acordo com a mesma regra gramatical. Certo ( ) Errado ( ) 756. (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 A dependência do mundo virtual é inevitável, pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a rede mundial de computadores. A vivência nesse mundo tem consequências jurídicas e econômicas, assim como ocorre no mundo físico. Uma das questões suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa transposição de fatos do mundo real para o mundo virtual, sobretudo no que se refere à sua interpretação jurídica. Como exemplos de situações problemáticas, podemos citar a aplicação das normas comerciais e de consumo nas transações realizadas pela Internet, o recebimento indesejado de mensagens por email (spam), a validade jurídica do documento eletrônico, o conflito de marcas com os nomes de domínio, a propriedade intelectual e industrial, a privacidade, a responsabilidade dos provedores de acesso, de conteúdo e de terceiras na Web bem como os crimes de informática. Renato M. Opice Blum. Internet www.bgbrasil.com.br (com adaptações) Os vocábulos “jurídicas” (L.4), “econômicas” (L.4) e “físico” (L.5) recebem acento gráfico com base em regras gramaticais diferentes. Certo ( ) Errado ( ) 757. (CRF/SC - Contador - IESES/2012) Assinale a alternativa com ERRO de acentuação. (A) O ítem do acordo relacionado à acentuação gráfica foi respeitado. (B) À medida que se distancia, o ímã deixa de atrair o metal. (C) O advogado redargui com propriedade durante o júri de seu cliente, o réu. (D) Aquele guri pareceu não entender a rubrica do diretor. 758. (CIAAR - Capelão Militar Católico - CIAAR/2012) Marque a alternativa em que todas as palavras estão corretamente acentuadas. (A) Árvore / difícil / país / tabú. (B) Bônus / café / rúbrica / vírus. (C) Álbuns / histórico / lápis / órfã. (D) Hífen / lâmpada / récorde / saída. 759. (EsSA - Sargento - Conhecimentos Gerais -Todas as Áreas - EB/2012) 01 Eu que nasci na Era da Fumaça: - trenzinho vagaroso com vagarosas paradas em cada estaçãozinha pobre 05 para comprar pastéis . 325 pés-de-moleque sonhos - principalmente sonhos! 10 porque as moças da cidade vinham olhar o trem passar; elas suspirando maravilhosas viagens e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando sempre...Nisto, o apito da locomotiva 15 e o trem se afastando e o trem arquejando é preciso partir é preciso chegar é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente! 20 ...no entanto eu gostava era mesmo de partir... e - até hoje - quando acaso embarco para alguma parte acomodo-me no meu lugar 25 fecho os olhos e sonho: viajar, viajar mas para parte nenhuma... viajar indefinidamente... como uma nave espacial perdida entre as estrelas. (QUINTANA, Mário. Baú de Espantos. in: MARÇAL, Iguami Antônio T. Antologia Escolar, Vol.1; BIBLIEX; p. 169.) Assinale a alternativa cujos vocábulos exigem acento gráfico pelo mesmo motivo dos existentes,respectivamente,nas palavras cosméticos, laboratórios e países(Os acentos gráficos das palavras abaixo estão omitidos.). (A) ilusorio, melancia, raiz (B) parafrase, arrogancia, saude (C) rubrica, barbarie, (D) catastrofe, metonimia, gratuito (E) misantropo, cranio, ruim 760. (IBAMA - Técnico Administrativo - CESPE/2012) Poluição No meio da mata o monstro soltando seus uivos de raiva veneno e poeira. Em volta, os arbustos cobertos de cinza, virando farrapos sem eira nem beira. Mais longe, as moradas com pele do pó, cadeias do homem, fazendo-o mais só. No céu, cabisbaixo, o sol a dizer: “as leis do progresso, quem pode entener?!” Maria Dinorah. In: Ver de ver. São Paulo: FTD, 1992, p.10. . 326 Em relação aos sentidos e aspectos gramaticais do poema acima, julgue os próximos itens. As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. Certo ( ) Errado ( ) 751 - Resposta “D” As afirmativas que compõem a questão acima podem ser respondidas sem que o candidato domine as “novas regras”. Na afirmativa I, o verbo TER, na terceira pessoa do plural recebe o acento circunflexo por causa da concordância; o motivo, portanto, de acentuação dessa forma verbal não é o mesmo que justifica o acento em ALGUÉM, oxítona terminada em EM com mais de uma sílaba. Na afirmativa II, VOCÊ e SABERÁ são acentuadas por serem oxítonas terminadas em E e A, respectivamente. Atendem as exigências da regra das oxítonas. Na afirmativa III, a palavra TUÍGUES é acentuada porque apresenta um hiato formado pelas vogais U e I, ao contrário de FLUIDA, que tem um ditongo crescente. 752. Resposta “CERTA” Essas palavras são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral, seguidas ou não de "s". 753. Resposta “C” terminada em ditongo; (Itália = Ócio) Proparoxítona; (vinícola = fenômeno) Paroxítona terminada em L. (inigualável = inútil) 754. Resposta ”ERRADA”. I-NÍ-CIO = Paroxítona terminada em ditongo; SÉ-RIE = Paroxítona terminada em ditongo. Exemplos: História, ignorância, relógio, sábia, comentário, critério... 755. Resposta “ERRADA” MÍDIAS = Paroxítona - acentua por ser terminada em ditongo crecente NÚMERO = proparoxítona - acentuam-se todas POSSÍVEL = paroxítona - acentua por ser terminada em L Portanto, são acentuadas por regras gramaticais diversas. 756. Resposta “ERRADA” Sãos regras iguais , pois as três palavras são PROPAROXÍTONAS . E A REGRA NOS DIZ QUE TODAS AS PROPAROXÍTONAS DEVEM SER ACENTUADAS ! 757. Resposta “A” O ítem do acordo relacionado à acentuação gráfica foi respeitado." Palavras terminadas em "EM" pertencem às regras das OXÍTONAS! EX: Contém , alguém , provém. 758. Resposta “C” Álbuns = Paroxítona terminada em uns.=; Histórico = Todos os proparoxítonas são acentuados; Lápis = Paroxítona terminada em is. Órfã = paroxítona terminada em ã . (ã tem som de AN, pois isso que são acentuados). 759. Resposta “B” Paráfrase - Proparoxítona Arrogância - Paroxítona terminada em ditongo crescente Saúde - Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", desde que não sejam seguidos por "-nh". . 327 760. Resposta “ERRADA” As palavras “pó” e “só” pertencem à regra dos monossílabos tônicos e a palavra “céu” dos ditongos abertos. 761. (TJ/RS - Juiz - OFFICIUM/2012) (adaptada) Sorria! 1 2 3 4 5 6 7 8 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 Na frente da câmara fotográfica, ninguém precisa nos dizer “Sorria!”; espontaneamente, simulamos grandes alegrias, sorrindo de boca aberta. Em regra, hoje, os retratos são propaganda de pasta de dentes – se você não acredita, passeie pelo Facebook, onde muitos compartilham seus .........., rivalizando para ver quem parece melhor aproveitar a vida. O hábito de sorrir nos retratos é muito recente. Angus Trumble, autor de A Brief History of the Smile (Uma Breve História do Sorriso, Basic Books), assinala que esse costume não poderia ter se formado antes que os dentistas tornassem nossos dentes apresentáveis. Além disso, os retratos pintados pediam poses longas e repetidas, para as quais era mais fácil adotar uma expressão “natural”. O mesmo vale para os daguerreótipos e as primeiras fotos: os tempos de exposição eram longos demais. Já pensou manter um sorriso por minutos? Outra explicação é que o retrato, até a terceira década do século 20, era uma ocasião rara e, por isso, um pouco solene. Mas resta que nossos antepassados recentes, na hora de serem imortalizados, queriam deixar à posteridade uma imagem de seriedade e compostura; enquanto nós, na mesma hora, sentimos a necessidade de sorrir ─ e nada do sorriso enigmático de Buda ou de Mona Lisa: sorrimos escancaradamente. Certo: o hábito de sorrir na foto se estabeleceu quando as câmaras fotográficas portáteis banalizaram o retrato. Mas é duvidoso que nossos sorrisos tenham sido inventados para essas câmaras. É mais provável que as câmaras tenham surgido para satisfazer a dupla necessidade de registrar (e mostrar aos outros) nossa suposta “felicidade” em duas circunstâncias que eram novas ou quase: a vida da família nuclear e o tempo de férias. De fato, o álbum de fotos das crianças e o das férias são os grandes repertórios do sorriso. No primeiro, ao risco de parecerem idiotas de tanto sorrir, as crianças devem mostrar a nós e ao mundo que elas preenchem sua missão: a de realizar (ou parecer realizar) nossos sonhos frustrados de felicidade. Nas fotos das férias, trata-se de provar que nós também (além das crianças) sabemos ser “felizes”. Em suma, estampado na cara das crianças ou na nossa, o sorriso é, hoje, o grande sinal exterior da capacidade de aproveitar a vida. É ele que deveria nos valer a admiração (e a inveja) dos outros. De uma longa época em que nossa maneira e talvez nossa capacidade de enfrentar a vida eram resumidas por uma espécie de seriedade intensa, passamos a uma época em que saber viver coincidiria com saber sorrir e rir. Nessa passagem, não há só uma mudança de expressão: o passado parece valorizar uma atenção focada e reflexiva, enquanto nós parecemos valorizar a diversão. Ou seja, no passado, saber viver era focar na vida; hoje, saber viver é se distrair dela. Ao longo do século 19, antes que o sorriso deturpasse os retratos, a “felicidade” e a alegria excessivas eram, aliás, sinais de que o retratado estava .......... seu tempo, incapaz de encarar a complexidade e a finitude da vida. Alguém dirá que tudo isso seria uma nostalgia sem relevância, se, valorizando o sorriso e o riso, .......... tornar a dita felicidade prioritária em nossas vidas. Se o bom humor da diversão afastasse as dores do dia a dia, quem se queixaria disso? (Adaptado de CALLIGARIS, Contardo. Folha de São Paulo, junho de 2012) Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto (linhas 04, 39 e 42). (A) albuns – delapidando – conseguíssemos (B) albuns – dilapidando – conseguissemos (C) álbuns – dilapidando – conseguíssemos (D) álbuns – delapidando – conseguíssemos (E) álbuns – delapidando – conseguissemos . 328 762. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM - 2012) A concordância realizou-se adequadamente em qual alternativa? (A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em breve, o ultrapassará. (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos que chegarão atrasados, tenho certeza disso. (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode comê-las sem receio! (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na janela do hotel! 763. (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem, (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) A frase em que se respeitam as normas de concordância verbal é: (A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. (B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos atraem. (C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. (D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos atraem. (E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. 764.- (TST - Analista Judiciário - Contabilidade - FCC/2012) Uma pergunta Frequentemente cabe aos detentores de cargos de responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a decisão: Quem sofrerá? Para um humanista, a dor humana é sempre prioridade a se considerar. (Salvador Nicola, inédito) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas mais graves decisões. C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) tomar decisões sem medir suas consequências. D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor humana. . 329 765. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara". Ali, o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, o que, se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade, levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência. Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 28/10/2012) A frase em que as regras de concordância estão plenamente respeitadas é: A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de criatividade e planejamento. C) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. E) A maioria dos organismos mais complexos possui um sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a mudanças ambientais, como alterações na temperatura. 766. (TRE/RJ - Técnico Judiciário - Operação de Computador - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 Sempre se soube o que um dos principais entraves ao crescimento do Brasil é o gargalo educacional. Novas pesquisas, porém, revelam que o problema é muito mais grave do que se supunha. A mais recente, elaborada pelo Instituto Paulo Montenegro e pela ONG Ação Educativa, mostrou que 38% dos estudantes do ensino superior no país simplesmente “não dominam habilidades básicas de leitura e escrita”. O Indicador de Analfabetismo Funcional, que resulta desse trabalho, não mede capacidades complexas. Ele é obtido a partir de perguntas relacionadas ao cotidiano dos estudantes, como o cálculo do desconto em uma compra ou o trajeto de um ônibus. Mesmo assim, 38% dos pesquisados não atingiram o nível considerado “pleno” de alfabetização, isto é, não conseguem atender o que leem nem fazer associações com as informações que recebem. Para os autores da pesquisa, os resultados indicam que o notável aumento da escolarização verificado nas últimas décadas ainda não se traduz em desempenho minimamente satisfatório em habilidades básicas, como ler e escrever, e isso em um ambiente em que essas etapas do aprendizado já deveriam ter sido plenamente superadas. Editorial, O Estado de S. Paulo, 19/7/2012. . 330 Julgue os itens que se seguem, relativos às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima. A forma verbal “mostrou” (L.5) está no singular porque concorda com a expressão “Instituto Paulo Montenegro” (L.4-5). Certo ( ) Errado ( ) 767. (Banco da Amazônia - Técnico Bancário - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 A evolução dos processos de automação permitiu a instalação dos primeiros caixas eletrônicos no Brasil, ainda na segunda metade da década de 80 do século passado, o que iria culminar na drástica redução no número de funcionários das agências, em especial dos que exerciam a função de caixa. Na década seguinte, o próprio pessoal do setor de processamento de dados começou a ser substituído pelos computadores centrais. A mesma tecnologia digital empregada nesses computadores também possibilitou a instalação de computadores nos postos de trabalho das agências, cada um deles apto ao desenvolvimento de diferentes funções. Esse processo de incorporação tecnológica, intensificação no final do século, permitiu à rede bancária implementar um sistema informatizado cuja rapidez acompanhava o ritmo de desvalorização da moeda imposto pelos altos índices de inflação registrados na década de 80. Isso possibilitou que os bancos obtivessem elevada lucratividade, o que propiciou a realização de novos investimentos em tecnologia da informação. Fonte: Bem, Ididem Na linha 1, a forma verbal “permitiu” poderia ter sido flexionada no plural — permitiram —, caso em que concordaria com “processos”. Certo ( ) Errado ( ) 768. (CPTM - Analista Administrativo Júnior - Makiyama/2012) Assinale a alternativa correta quanto à concordância. (A) Tratam-se de questões sociais. (B) Vendeu-se todos os ingressos. (C) Comentou-se as suas atitudes (D) Necessita-se de colaboradores. (E) Avaliou-se os riscos 769. (TJ/SP - Analista de Sistemas - VUNESP/2012) Considere o trecho. Dentro e fora de campo, a vida do juiz de futebol Juarez Gomes da Silva é uma eterna bola dividida. De ante mão, ele já carrega a fama de vilão de espetáculo: ao surgir no gramado ao lado dos bandeirinhas, a recepção vêm sob a forma de vaias, xingamentos e bombardeio de objetos. No texto apresentado, há (A) um erro de grafia (ante mão) e outro de concordância verbal (vêm). (B) dois erros de grafia (ante mão/ sob). (C) dois erros de concordância nominal (vaias/xingamentos). (D) um erro de grafia (sob) e um erro de concordância nominal (vaias) (E) um erro de grafia (recepção) e um erro de concordância verbal (vêm). 770. (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação - UNIRIO/2012) . 331 Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencêlo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria . 332 inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201 No entanto, aos ex cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes (...) [Texto 3] As alterações realizadas no período em destaque estão de acordo com o preconizado pela variedade culta da língua em: (A) aos ex-cativos não foram asseguradas a igualdade de tratamento e as oportunidades dadas aos imigrantes. (B) aos ex-cativos não foram asseguradas a igualdade de tratamento e os benefícios dados aos imigrantes. . 333 (C) aos ex-cativos não foi assegurada a igualdade de tratamento e os benefícios dada aos imigrantes. (D) aos ex-cativos não foi assegurado o tratamento e as oportunidades dado aos imigrantes. (E) aos ex-cativos não foi assegurado o tratamento e os benefícios dado aos imigrantes. 761. Resposta “C” Álbuns - paroxítona terminada em "uns" é acentuada. Dilapidar - significa "estragar", "arruinar", "demolir". Conseguíssemos - acentuam-se todas as proparoxítonas. 762. Resposta “C” O verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito, por isso alternativa C é a correta. 763. Resposta “A” Quando acompanhado de verbo auxiliar, o verbo impessoal transmite ao auxiliar a sua impessoalidade. EX.: Deverá haver feiras de artesanato na praça. Vai fazer cinco anos que te vi. 764. Resposta “C” A questão diz respeito a concordância verbal, logo, nesse tipo de questão, deve-se achar o sujeito pra analisar se o verbo vai pro plural ou não, dessa forma: A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. Colocando na ordem direta: Nossos valores éticos PODEM deixar de corresponder a nenhuma de nossas escolhas. (Sujeito no plural, verbo no plural!) B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas mais graves decisões. Colocando na ordem direta: Não se POUPEM os que governam... (A sentença está na voz passiva, tendo como sujeito paciente "Os que governam". Dessa forma, sujeito no plural, verbo no plural!!) C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) tomar decisões sem medir suas consequências. Colocando na ordem direta: Tomar decisões sem medir suas consequências não OCORRE aos governantes mais responsáveis. (Sujeito oracional, verbo no singular! Aqui está o nosso gabarito!) D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. Colocando na ordem direta: Consequências imprevistas e injustas COSTUMAM sobrevir a toda decisão tomada precipitadamente. (Consequências imprevistas e injustas é o sujeito, portanto, sujeito no plural, verbo no plural!) E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor humana. Colocando na ordem direta: Os critérios que levam em conta a dor humana GANHAM prioridade, diante de uma escolha, recomenda Gramsci. (Os critérios que levam em conta a dor humana é o sujeito, portanto, sujeito no plural, verbo no plural!) 765. Resposta “E” Segue alguns erros apontados: A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. ERRADA. Isso porque o "haver" está no sentido de existir e, portanto impessoal, transferindo a sua impessoalidade para o seu auxiliar. B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de criatividade e planejamento. ERRADA. A expressão "Cada um" pede verbo no singular, o correto seria VIVE C) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. ERRADA. Eu acredito que seja porque quem deve observar cuidados básicos são os organismos simples e portanto o verbo deveria estar no plural: Desde que observem... É isso? . 334 D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. ERRADO, o quê ou quem tem de se adaptar? Alguns animais, portanto deveria ser: Alguns animais têm de se.... E) A maioria dos organismos mais complexos possui um sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a mudanças ambientais, como alterações na temperatura. CERTO. A expressão "a maioria" seguida de substantivo no plural aceita tanto verbo no plural quanto no singular. 766. Resposta “ERRADA” o sujeito da oração é "pesquisa"... caso de sujeito lógico... a mais recente é PREDICATIVO do sujeito "pesquisa". "ELABORADA PELO INSTITUTO..." é aposto!!! Vamos ordenar todo o período numa só oração? A mais recente pesquisa, elaborada pelo Instituto..., mostrou que 38%... A PESQUISA MOSTROU (sujeito "pesquisa" concordando com verbo "mostrar"). essa é a real justificativa. 767. Resposta “ERRADA” A evolução dos processos de automação - SUJEITO Portanto, o verbo "permitiu" concorda com o sujeito, permanecendo no singular. evolução - NÚCLEO DO SUJEITO dos processos - ADJ. ADNOMINAL de automação - ADJ. ADNOMINAL 768. Resposta “D” Necessita-se de novos colaboradores Está correto, pois o verbo necessitar é transitivo indireto seu sujeito é indeterminado e "de novos colaboradores" é objeto indireto, o qual não concorda com o sujeito. 769. Resposta “A” Antemão: antecipadamente ,previamente. Vem: A concordância verbal deveria estar no singular, concordando com "a recepção" 770. Resposta “A” Na letra A os verbos estão no plural, respeitando as regras de concordância. 771. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - : IBAM - 2012) A concordância realizou-se adequadamente em qual alternativa? (A) Os Estados Unidos é considerado, hoje, a maior potência econômica do planeta, mas há quem aposte que a China, em breve, o ultrapassará. (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos que chegarão atrasados, tenho certeza disso. (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas, pode comê-las sem receio! (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na janela do hotel! 772. (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem. (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) . 335 A frase em que se respeitam as normas de concordância verbal é: (A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. (B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos atraem. (C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. (D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos atraem. (E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. 773. (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara". Ali, o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, o que, se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade, levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência. Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para eles, é apenas devido a uma sucessão de préadaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 28/10/2012) A frase em que as regras de concordância estão plenamente respeitadas é: (A) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. (B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de criatividade e planejamento. (C) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. (D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. (E) A maioria dos organismos mais complexos possui um sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a mudanças ambientais, como alterações na temperatura. 774. (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Nas últimas três décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram obre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012. Adaptado) Observe a expressão destacada na passagem – Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais … – e assinale a alternativa contendo aquela que substitui a original, sem prejuízo de sentido. (A) Por que. (B) Porque. (C) Contanto que. (D) Logo. (E) Conforme. . 336 775. (IFC - Auxiliar administrativo - IFC/2012) A partir do fragmento da poesia de Ferreira Gullar responda as questões 4 e 5: “Como dois e dois são quatro Sei que a vida vale a pena Embora o pão seja caro E a liberdade pequena (...)” A conjunção embora, sublinhada na estrofe supracitada, pode ser substituída sem alteração de sentido por: (A) Visto que (B) Ainda que (C) Por que (D) Se (E) Entretanto 776. (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning” . Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem, (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção às nossas convenções sociais. Sem prejuízo da correção, a crase empregada na frase acima poderá ser mantida caso o segmento grifado seja substituído por: (A) obedecem. (B) aceitam. (C) conhecem. (D) acatam. (E) seguem. 777. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) No Brasil, as discussões sobre drogas parecem limitar-se ...................... aspectos jurídicos ou policiais. É como se suas únicas consequências estivessem em legalismos, tecnicalidades e estatísticas criminais. Raro ler................. respeito envolvendo questões de saúde pública como programas de esclarecimento e prevenção, de tratamento para dependentes e de reintegração desses ..................... vida. Quantos de nós sabemos o nome de um médico ou clínica ............................ quem tentar encaminhar um drogado da nossa própria família? (Ruy Castro, Da nossa própria família. Folha de S.Paulo, 17.09.2012. Adaptado) As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: (A) aos … à … a … a (B) aos … a … à … a (C) a … a … a … a (D) a … a … à … à (E) à … à … à … à . 337 778. (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Observe o trecho a seguir e assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, suas lacunas. ________ pouco mais de um mês da próxima eleição presidencial dos Estados Unidos, o favoritismo de Barack Obama sofreu um arranhão. Não________que estranhar a dificuldade de Obama quando tem de falar de improviso ou exercer________queima-roupa o contraditório. Obama é instado, agora,______preparar-se muito melhor para os dois outros debates. (A) Há … há … à … à (B) Há … à … a … a (C) À … a … à … à (D) A … há … à … a (E) A … a … a … à 779. (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE/2012) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 . Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depos de interagir com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos - uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam exceções ______ qualquer regra, todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela. Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes - gerando uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro dizer “não’ ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. É verdade. Mas, com a chegada de sítios como O Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus Amigos tinham começado a se comunicar entre si Independentemente da mediação dele. Pessoas 338 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 cujo único ponto em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as pessoas que estão _______ nossa volta podem virar amigas entre si. Adaptado de: COSTA, C.C.. Disponível: http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-esta-mudando-amizade-619645.shtmal. Acesso em: 1º de outubro de 2012. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 13, 30, 32 e 52, respectivamente. (A) a – a – à – à (B) a – à – a – à (C) à – a – à – a (D) à – à – à – a (E) à – a – a – a 780. (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) O trecho a seguir reproduz uma parte de verbete do Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. Assistir (lat assistere) vti 1 Comparecer, estar presente: Assistir a um ofício divino. Tendo como base somente a informação gramatical acima, assinale a seguir a única alternativa de acordo com a norma padrão para a língua escrita. (A) Eu assisti a queda das torres gêmeas em 2001. (B) Quando ela gritou eu assisti a cobra subindo. (C) Ele assistiu o jogo do Brasil ontem. (D) Ela assistiu à apresentação do balé municipal. (E) Ele assistiu a criança brincando. 771. Resposta “C” o verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito, por isso alternativa C é a correta. 772. Resposta “A” O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número e pessoa. 773. Resposta “E” Cada um e Cada qual seguidos ou não de substantivo, o verbo ficará na 3º pessoa do singular. 774. Resposta “B” As conjunções subordinativas (também chamadas de circunstanciais), ligam orações que exercem uma função sintática em relação a outra oração denominada de "principal ou subordinante". Conjunções Subordinativas Causais - São conjunções que subordinam ideias em que se exprime a causa, o motivo, a razão de ser da ideia principal. Que, Porque, Porquanto, Como (no início da oração = já que), Desde Que, Pois Que, Visto Que, Visto Como, Uma vez Que, . 339 Como Quer Que, De Modo Que. Observações Para a conjunção "como" seja classificada como "causal", ela precisa vir no início do período e equivaler a "porque, Já que". - Como não chegou no tempo estipulado, foi demitido. (= já que) Nem sempre é fácil a distinção entre uma conjunção causal e uma conjunção explicativa. Para observar tal distinção, sugiro estudar as orações subordinadas adverbiais, em sintaxe no período composto. 775. Resposta “B” “Embora” pode ser substituída pela locução “Ainda que” sem nenhum prejuízo para o sentido da frase. 776. Resposta: “ A” Basta identificar a transitividade do verbo. A) VTI - exige como complemento um objeto indireto, no caso a preposição (A). QUEM OBEDECE, OBEDECE A ALGO OU OBEDECE A ALGUÉM. Uma vez que há fusão da preposição(A) + artigo(A), tem-se a crase B) VTD - exige um objeto direto como complemento, não necessita de nenhuma preposição. QUEM ACEITA, ACEITA ALGO OU ACEITA ALGUMA COISA. Portando, não há a crase C) VTD D) VTD E) VTD 777. Resposta “B” CASOS EM QUE SE EMPREGA A CRASE NA FRASE: O que é crase? É a fusão de (a+a = à), portanto o verbo pedirá uma posição junto com uma palavra feminina. Ex: Irei à festa de Sabrina. (à = a+a) Comemos a maçã inteira. Regra geral: Se der para trocar a palavra feminina por uma masculina e para obter coerência na frase for preciso usar (ao), haverá crase no A. Ex: Refiro-me às candidatas do concurso. (aos candidatos) Emprego da Crase: 1) Na indicação de LUGAR: > Se vou “a” e volto “da”, crase no à. > Se vou “a” e volto “de”, crase pra que ? (a). Ex: Cheguei a São Paulo. Fomos à Itália. 2) Na indicação de HORAS: > Se der para trocar as horas por “ao meio-dia” = À > Se der para trocar as horas por “ o meio-dia” = A Ex: Voltamos às duas horas da madrugada. (Voltamos ao meio-dia) Estou aqui desde as cinco da manhã. (Estou aqui desde o meio-dia) 3) Antes das locuções verbais femininas: >Indicam tempo, modo, lugar, dúvida. Ex: Virei à esquerda da rua. Gosto de andar a pé. > (pronome masculino) Comprei à vista. 4)Nas expressões que indicam “A MODA DE”: Ex: Fez um gol à Ronaldinho. Bife à cavalo. OBS.: Só se usa crase antes da palavra “Casa”, se estiver especificando. Ex: Volto a casa desanimado. Fomos à casa de Pedro ontem. CASOS EM QUE NÃO OCORRE A CRASE NA FRASE: . 340 1) Antes de verbo: Ex: Comecei a chorar, quando cheguei. Voltamos a caminhar, ontem à noite. 2) Entre palavras repetidas: Ex: Face a face. Boca a boca. Dia a dia. 3) Antes de palavras no plural, mantendo-se no singular. Ex: Adoro assistir a comédias. (Se o “a” fosse colocado no plural, receberia crase. Ficando assim > “às”) 778. Resposta “D” ___A_____ pouco mais de um mês -> Tempo futuro (a),Tempo passado (há) Não____há____que estranhar a dificuldade -> Verbo haver sentido existir exercer___à_____queima-roupa -> Expressão adverbial feminina ___A___preparar-se muito melhor-> Nunca haverá crase antes de verbo 779. Resposta “A” CRASE A palavra crase é de origem grega e significa "fusão", "mistura". Na língua portuguesa, é o nome que se dá à "junção" de duas vogais idênticas. É de grande importância a crase da preposição "a" com o artigo feminino "a" (s), com o pronome demonstrativo "a" (s), com o "a" inicial dos pronomes aquele (s), aquela (s), aquilo e com o "a" do relativo a qual (as quais). Na escrita, utilizamos o acento grave ( ` ) para indicar a crase. O uso apropriado do acento grave, depende da compreensão da fusão das duas vogais. É fundamental também, para o entendimento da crase, dominar a regência dos verbos e nomes que exigem a preposição "a". Aprender a usar a crase, portanto, consiste em aprender a verificar a ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome. 780. Resposta “D” Na alternativa D foi usada corretamente a crase por isso é a alternativa correta. 781. (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC/2012) Leia os períodos: I) Os alunos saíram mais cedo da aula para assistir ao novo episódio de Jornada nas Estrelas. II) Sou Frankenstein, o terrível, e sempre consigo o que estou a fim. III) Prefiro rosas, meu amor, à espinhos. IV) Depois da manifestação na prefeitura, os alunos retornaram à escola. V) A estrada corre paralelamente a ferrovia e chega a cidadezinha. Assinale a alternativa CORRETA: (A) somente a afirmativa I está correta. (B) somente as afirmativas II, III e IV estão corretas. (C) somente as afirmativas I, II, IV e V estão corretas. (D) somente as afirmativas I e IV estão corretas. (E) somente as afirmativas I e II estão corretas. 782. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012 - PM/BA - Soldado da Polícia Militar) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. . 341 Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) ... a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia ... (1º parágrafo) O sentido do segmento grifado acima está reproduzido com outras palavras, respeitando-se a lógica, a correção e a clareza, em: (A) o caminho da evolução da humanidade, apesar das limitações biológicas, passam ainda hoje pelo desenvolvimento cultural, que as possibilita. (B) o desenvolvimento cultural da humanidade permitiu descobrir as causas de problemas que afetavam a saúde das pessoas, bem como combater as doenças. (C) os problemas de origem física, como uma doença, nem sempre foi possível resolvê-la, com base nos problemas resultantes da biologia. (D) com o desenvolvimento da cultura humana, descobriu-se as leis da biologia e do ambiente que viviam, permitindo-os evoluir com mais saúde. (E) as descobertas científicas da biologia veio permitir que a humanidade fosse se tornando mais capaz de evoluir por um tempo mais longo e com saúde. 783. O desenvolvimento das ideias no editorial evidencia seu principal tema, este que dá com propriedade o seguinte título ao texto: (A) O Tribunal Penal Internacional e a Organização Mundial do Comércio. (B) A ONU e os julgamentos exemplares. (C) Golpes de estado. (D) Ontem, pressão sobre a Líbia; hoje, sobre a Síria. (E) Tirania e civilização. 784. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 10 15 20 25 . Um dos passos decisivos para diminuir a barbárie foi o surgimento dos Estados nacionais, com monopólio do uso da violência e autoridade sobre toda a população. Na Europa, essa inovação fez os índices de violência Despencarem de 10 a 50 vezes desde o século 16. No plano internacional, nada semelhante aconteceu. Não havia instituição alguma que pudesse reclamar o papel de autoridade central, com legitimidade para impor sanções e jurisdição sobre todos. Essa figura se materizaliza de modo ainda precário em instituições multilaterais como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Organização Mundia do Comércio (OMC). Não obstante, houve significativa mudança na maneira de pensar e agr da comunidade internacional. Nas últimas duas décadas, ela se tornou bem menos tolerante com ditadores homicidas. Na semana passada, uma corte especial da ONU sobre a guerra civil da Serra Leoa condenou o expresidente da vizinha Libéria Charles Taylor por crimes de guerra e contra a humanidade. É a primeira vez desde os julgamentos de Nuremberg (1946), sobre crimes dos nazistas, que um ex-chefe de Estado é condenado por tribunal internacional. Taylor não representa, porém um caso isolado. O ex-ditador da Sérvia Slobodan Milosevic morreu Em 2006 enquanto era julgado por um tribunal 342 30 35 40 45 Internacional vinculado à ONU. Kieu Samphan, um dos líderes do Khmer Vermelho, regime responsável pela morte de milhões, está sendo julgado numa corte híbrida da ONU e do Camboja. Hissèrie Habré, do Chade, está sob custódia e deveria enfrentar um tribunal “ad hoc” africano. Laurent Gbagbo, responsabilizado por um conflito civil na Costa do Marfim, está sob a guarda do TPI. Com o argumento duvidoso de que ataques contra a população justificariam violar a soberania da nação tiranizada, parte da comunidade internacional se mobilizou militarmente para derrubar Muammar Gaddafi, da Líbia. Agora, pressiona Bashar Assad, da Síria. Há certa dose de hipocrisia nesse tema. Ditadores alinhados com as potências militar tendem a continuar imunes à Justiça. Mas é preciso reconhecer que as coisas estão mudando para melhor. Até alguns anos atrás, a única preocupação de um tirano era evitar golpes de Estado. Hoje, autocratas já têm motivos para temer também a Justiça internacional. É parte do processo civilizatório. (Folha de S. Paulo. Opinião A2, quarta-feira, 2 de maio de 2012) Afirma-se com correção: (A) os citados Estados nacionais, ao impedirem atos de violência e abuso de autoridade, diminuíram sensivelmente a barbárie em seus territórios. (B) o texto legitima a suposição de que o século 16 foi citado como ponto de referência, por ser o século em que se iniciaram as pesquisas sobre a violência. (C) a análise da barbárie realiza-se tanto no plano das unidades nacionais, quanto no da comunidade internacional. (D) a inexistência de organismos com força para reivindicarem os direitos de todos perante as autoridades explica a persistência da barbárie no plano internacional. (E) nenhuma instituição, pública ou privada, pode legitimar o poder de um Estado que imponha sanções e ministre a justiça sobre toda a população que dele depende. 785. (IBAM - 2012 - Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM - 2012) A historieta a seguir deverá ser utilizada para resolver as questões 4, 5 e 6. Tendo por base a frase “Venha aqui, seu vagabundo”, analise as afirmações seguintes. I. Temos na oração, um verbo conjugado no modo imperativo. II. O vocábulo “seu”, no caso, é um pronome possessivo. III. A vírgula foi empregada para isolar o vocativo. É correto o que se afirmou em: (A) I, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e III. . 343 Observe abaixo um pouco do que diz o dicionário Houaiss sobre a utilização da palavra SEU como substantivo masculino: seu s.m. senhor ('tratamento respeitoso') (Empregado diante de nome de pessoa, ou de outro axiônimo, ou de palavra designativa de profissão.) (seu Joaquim) (seu doutor) (seu delegado). GRAM fem.: sinhá, sinha, siá, sia, senhora. Uso empregado também com valor afetivo (seu bobinho!), de forma jocosa (p. ex.: aposto que seu Tiago saberá a resposta - sendo Tiago uma pessoa jovem) ou disfêmica (seu pateta!), ou, ainda, com matiz interjetivo (tinha coragem de me enfrentar nada, seu!); nestes casos, há no Brasil os fem. sua, senha, sinha. Fonte: Dicionário Houaiss da língua portuguesa / Antônio Houaiss e Mauro de Salles Villar 786. (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE-2012) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 . Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depos de interagir com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos - uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam exceções ______ qualquer regra, todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela. Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes - gerando uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro dizer “não” ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. É verdade. Mas, com a chegada de sítios como O Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. E isso faz com que as redes de “seguidos” de alguém possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus Amigos tinham começado a se comunicar entre si Independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer 344 46 47 48 49 50 51 52 53 e começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as pessoas que estão _______ nossa volta podem virar amigas entre si. Adaptado de: COSTA, C.C. Disponível em: http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-esta-mudando-amizade619645.shtml. Acesso em: 1º de outubro de 2012. Considere as seguintes afirmações. I. Através do uso do advérbio sim (L. 15), o autor valida a assertiva de que as redes sociais tendem a transformar elos latentes (L. 09) em elos fracos (L. 11). II. Por meio da frase Isso não é inteiramente ruim (L. 17), o autor manifesta-se favorável à afirmação de que as melhores amizades são aquelas que descobrimos fora das redes sociais. III. Mediante o emprego do segmento É verdade (L. 33), o autor reitera sua opinião a respeito do caráter trivial que a concepção de amizade vem assumindo nas redes sociais. Quais estão corretas, de acordo com o texto? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas II e III. (E) I, II e III. 787. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Leia a tira. No segundo quadrinho, a fala da personagem revela (A) hesitação. (B) indiferença. (C) contradição. (D) raiva. (E) exaltação. 788. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Leia o texto para responder às questões de números 02 a 06. Saber é trabalhar Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de aprimorar a sua formação para obter um posto de trabalho. As empresas buscam os mais qualificados em cada categoria e excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não tem sido a lógica vigente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade (Sistema Estadual De Análise de Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentado quedas sucessivas de 2005 para . 345 cá. O desemprego em nove regiões metropolitanas medido pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010. A pesquisa do Dieese é u medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não só o desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o oculto (pessoas que desistiram de procurar ou estão em postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da própria pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados. A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em março, a pesquisa Carência de Profissionais no Brasil. A análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico e tático. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldade para contratar a mão de obra de que necessitam. (Língua Portuguesa, outubro de 2011, Adaptado) A frase inicial do texto – Geralmente, numa situação… um posto de trabalho. – expressa as condições gerais em uma situação de altos índices de desemprego. De acordo com essas condições, (A) o perfil de profissional pretendido nem sempre é bem definido nas empresas. (B) o desemprego aumenta em decorrência da qualificação profissional. (C) a formação de um profissional é, via de regra, questão secundária na sua contratação. (D) a qualificação profissional é um caminho para se conseguir um emprego. (E) o profissional deve ter qualificação inferior em relação às pretensões da empresa. 789. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) De acordo com o texto “Saber é Trabalhar” responda: O texto revela que, no Brasil, (A) as empresas estão mais rigorosas para selecionar os mais qualificados. (B) os índices de desemprego têm se elevado continuamente nas regiões metropolitanas. (C) os trabalhadores têm investido mais do que o necessário em sua formação profissional. (D) as pesquisas sobre emprego são pouco consistentes e confiáveis. (E) as empresas convivem com a carência de mão de obra qualificada. 790. (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) De acordo com o texto “Saber é Trabalhar” responda: No contexto em que se insere o período – A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. – (3.º parágrafo), entende-se que a expressão “A outra” refere-se a: (A) consequências. (B) lógica. (C) pesquisa. (D) situação. (E) metodologia. 781. Resposta “D” II incorreto, a frase certa é: sempre consigo o que quero. III incorreto, a frase certa é: a espinhos (sem crase) V incorreto, a frase certa é: à cidadezinha (a com crase) 782. Resposta “B” “Caminho evolutivo direcionado pela cultura em outras palavras”: o desenvolvimento cultural 783. Resposta “ E” Tirania é característica de governos opressores e cruéis que por sua vez é citado diversas vezes no decorrer do texto vamos lá - conferir ex: de governos tiranos. l - 20 e 21 o presidente da vizinha Libéria Charles Taylor que cometeu crimes de guerra conta a humanidade . l- 26 o ex -ditador da Sérvia Slobodan Milosevic um dos lideres do Khmer vermelho responsável pela morte de milhões. l-36 Hissene Habre do Chade -responsabilizado por um conflito civil na cosata do marfim. não podendo esquecer dos tiranos -Muammar Gaddafi da Líbia e Bashar Assad da síria . por fim a citação do último parágrafo que fala do processo civilizatório.............. . 346 784. Resposta “C” a análise da barbárie realiza-se tanto no plano das unidades nacionais (1º PARÁGRAFO: "um dos passos para diminuir a barbárie foi o surgimento dos Estados nacionais..."), quanto no da comunidade internacional (2º PARÁGRAFO: "no plano internacional, nada semelhante aconteceu..."), no decorrer do texto analisa-se mais a barbárie no plano internacional. 785. Resposta “B” SEU = pode ser empregado como pronome possessivo ou como substantivo masculino (forma utilizada na questão acima). Observe abaixo um pouco do que diz o dicionário Houaiss sobre a utilização da palavra SEU como substantivo masculino: seu s.m. senhor ('tratamento respeitoso') (Empregado diante de nome de pessoa, ou de outro axiônimo, ou de palavra designativa de profissão.) (seu Joaquim) (seu doutor) (seu delegado). GRAM fem.: sinhá, sinha, siá, sia, senhora. Uso empregado também com valor afetivo (seu bobinho!), de forma jocosa (p. ex.: aposto que seu Tiago saberá a resposta - sendo Tiago uma pessoa jovem) ou disfêmica (seu pateta!), ou, ainda, com matiz interjetivo (tinha coragem de me enfrentar nada, seu!); nestes casos, há no Brasil os fem. sua, senha, sinha. Fonte: Dicionário Houaiss da língua portuguesa / Antônio Houaiss e Mauro de Salles Villar 786. Resposta “D” No número II o autor deixa claro no texto, que as amizades formadas por redes sociais não são duradoras nem possuem uma base sólida. Já no número III, a concepção de amizade proveniente de redes sociais, esbarra em um ponto importante, aquela amizade de curtir fotos, comentários mas nada profundo com sentimento. 787. Resposta “B” Sim, o sentimento expresso no segundo quadrinho é de indiferença, visto que ele não se importa se a grama do vizinho é mais verde ou não. 788. Resposta “D” Aqueles que não possuem um diferencial, uma maior qualificação, estão sujeitos a ficar sem emprego, pois não possuem nada novo para oferecer às empresas. 789. Resposta “E” Segundo o texto, cada vez menos os candidatos a uma vaga de emprego se especializam ou possuem um diferencial na hora de concorrer à uma vaga de emprego. 790. Resposta: “A” Consequência, pois antes já estava enumerado outros motivos para a falta de qualificação dos candidatos a um emprego. 791. (PC/MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012) O cartaz abaixo faz parte de uma campanha sobre a violência contra os animais. Sobre os elementos constituintes do cartaz, assinale a afirmativa inadequada. (A) O cartaz apresenta um protesto amplo contra o sofrimento do animal racional (o homem) e do animal irracional (o boi). (B) A imagem do cartaz se apropria de uma placa de proibição empregada no trânsito. (C) As palavras do cartaz utilizam um processo de repetição próprio da poesia. (D) O significado das palavras do cartaz traz em si um protesto veemente contra a violência presente nos rodeios. (E) A imagem do cartaz pode ser vista como o desenho da própria arena onde se apresenta o rodeio. . 347 792. (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Judiciária - FCC/2012) Bom para o sorveteiro Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados em necrológico eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo. À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos, com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés, Por ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a repartir os bifes. Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva graças à religião ecológica anda na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de sangue frio. Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, espero que salva, a baleia de saquarema. O maior animal do mundo, assim frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo. (Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo) Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em (A) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito. (B) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de indeterminação do sujeito. (C) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa, sendo umas bugigangas o objeto direto. (D) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para outra voz verbal. (E) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto adverbial de tempo. 793. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 3 a 9 - CESPE/2012) 1 A água, ingrediente essencial à vida,, certamente é o recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo tanta negligência e falta de visão com 4 relação a esse bem vital, é de se esperar que os seres humanos procurem preservar e manter os reservatórios naturais desse líquido precioso. De fato, o futuro da espécie humana e de 7 muitas outras espécies pode ficar comprometido, a menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos. 10 Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa 13 situação, responsável pelo consumo e tambémm pela poluição da água em escala exponencial, tem conduzido à necessidade de reformulação do seu gerenciamento. 16 No ambiente agrícola, as perspectivas de mudança decorrem das alterações do clima, que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água, mas também a sobrevivência 19 de diversas espécies animais e vegetais. O atual estado de conhecimento técnico-científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação de técnicas direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio está em colocá-las em 22 prática, uma vez que isso implica mudança de comportamento e de atitude por parte do produtor, aliadas à necessidade de uma política pública que valorize a adoção dessas medidas. Marco Antônio Ferreira Gomes e Lauro Charlet Pereira. Água no século XXI: desafios e oportunidades. Internet:<www.agsolve.com.br> (com adaptações). . 348 O vocábulo “seu” (L.15) tem como referente “consumo” (L.13). Certo ( ) Errado ( ) 794. (TJ/AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Básicos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A água, ingrediente essencial à vida, certamente é o recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo tanta negligência e falta de visão com relação a esse bem vital, é de se esperar que os seres humanos procurem preservar e manter os reservatórios naturais desse líquido precioso. De fato, o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido, a menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos. Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa situação, responsável pelo consumo e também pela poluição da água em escala exponencial, tem conduzido à necessidade de reformulação do seu gerenciamento. No ambiente agrícola, as perspectivas de mudança decorrem das alterações do clima, que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água, mas também a sobrevivência de diversas espécies animais e vegetais. O atual estado de conhecimento técnico-científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação de técnicas direcionadas para o equilíbrio ambiental, porém o desafio está em colocá-las em prática, uma vez que isso implica mudança de comportamento e de atitude por parte do produtor, aliadas à necessidade de uma política pública que valorize a adoção dessas medidas. Marco Antônio Ferreira Gomes e Lauro Charlet Pereira. Água no século XXI: desafios e oportunidades. Internet:<www.agsolve.com.br> (com adaptações). Com referência às ideias e a aspectos gramaticais do texto acima, julgue os itens de 1 a 10. O vocábulo “seu” (L.15) tem como referente “consumo” (L.13). Certo ( ) Errado ( ) 795. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM/2012) O velho Chico Buarque O velho sem conselhos De joelhos De partida Carrega com certeza Todo o peso Da sua vida A vida inteira, diz que se guardou Do carnaval, da brincadeira Que ele não brincou. Me diga agora O que é que eu digo ao povo O que é que tem de novo . 349 Pra deixar Nada Só a caminhada Longa, pra nenhum lugar. Nos versos da música “O velho”, Chico Buarque de Holanda retrata a vida de um homem que: (A) temia envelhecer. (B) não soube aproveitar a vida. (C) foi apaixonado pelo carnaval. (D) tinha orgulho de suas conquistas. 796. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM/2012) A historieta a seguir deverá ser utilizada para resolver as questões 4, 5 e 6. Observando os quadrinhos acima, podemos concluir que: (A) os recrutas ficaram profundamente ofendidos com as palavras do sargento. (B) o tom afetuoso do sargento surpreendeu os soldados. (C) o recruta avaliou que há mais de um “vagabundo” no pelotão. (D) as palavras do sargento provocaram pânico entre os soldados. 797. (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM/2012) A historieta a seguir deverá ser utilizada para resolver as questões 4, 5 e 6. Ao declarar “vai ter que ser mais específico que isso”, o recruta avalia que o sargento: (A) terá de se acalmar antes de se dirigir aos seus comandados. (B) é um homem mal-humorado e impaciente. (C) não conseguirá resolver a situação de forma violenta. (D) terá que detalhar melhor a quem está se referindo. 798. (Rioprevidência - Assistente Previdenciário - CEPERJ/2012) Língua Portuguesa O necessário resgate dos direitos sociais Para nós, no Brasil, onde não vivemos, ainda, um estado social efetivo, que fosse capaz de oferecer saúde, educação e previdência de qualidade para todos, o caminho para a inclusão e efetiva participação do nosso povo como cidadão é o da fragmentação coordenada do poder, a descentralização radical de competências, fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder, com a criação de canais de participação popular permanentes, como os conselhos municipais, o orçamento participativo e outros mecanismos de participação, além do . 350 incentivo permanente à organização da sociedade civil e o fortalecimento dos meios alternativos de comunicação como as rádios, jornais e televisões comunitárias. Podemos – e assim estamos fazendo – construir uma democracia social e participativa a partir do poder local. No Brasil, menos de um ano após a promulgação da Constituição democrática e social de 1988, assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social prevista pela Constituição. Nesse mesmo momento, como suporte teórico do desmonte do estado social, cresceu a crítica simplificadora e reducionista, importada dos Estados Unidos e de alguns autores europeus, proveniente do novo pensamento neoliberal e neoconservador e ratificada por parte da nova esquerda (como o novo trabalhismo de Tony Blair). Essa crítica ao estador social, que vem dar suporte ao seu desmonte, aponta o caráter assistencialista como gerador de um exército de clientes que se amparam no Estado, não mais produzindo, não mais criando. Criticam o Estado social argumentando que este retira espaços de escolha individual, gerando o não cidadão uma vez que incentiva as pessoas a viverem à custa do Estado. Essa crítica, extremamente simplificadora e parcial, que toma uma parte de um problema pontualmente localizado no tempo e no espaço como sendo regra para explicar a crise do estado social, ganhou força inclusive à esquerda, o que muito contribuiu para a desconstrução do estado de bem-estar social em diversas partes do globo. Segundo esse discurso simplificador, o Estado não deve sustentar os que não querem trabalhar, pois essa postura do Estado incentiva a expansão do não cidadão e sobrecarrega os que trabalham e o setor produtivo com uma alta carga tributária. Logo, pobre deve trabalhar para ter acesso ao que necessita, e como não há trabalho para todos – nem mesmo o trabalho indesejável e mal pago destinado a esses excluídos -, aumenta a população carcerária. O Estado social Assitencialista é substituído pelo Estado penal da era neolioberal. O criticado clieten do assistencialismo da segurança social foi transformado em cliente do sistema penal da segurança policial. Nesse novo paradigma, a pobreza não decorre das barreiras sociais e econômicas, mas sim do comportamento do pobre. O Estado não deve atrair as pessoas a uma conduta desejável através de reconhecimento, mas deve punir os que não agem como o desejado. O não trabalho passa a ser um ato político que exige o recurso à autoridade. O estado social passa a ser visto como permissivo, pois não exige uma obrigação de comportamento a seus benefíciários. A direita conservadora mais reacionária e a autoprociamacia vanguarda da nova esquerda dão eco a vozes como a de Charles Murray, que afirma que as uniões ilegitimas e as famílias monoparetais seriam a causa da pobreza e do crime e, por sua vez, o estado social, com sua política permissiva, incetivava essas práticas. Essa absurda tese, sem nenhuma base científica, defendia cortes radicais nos orçamentos sociais e a retomada, por parte da polícia, dos bairros antes operários, hoje ocupados pelos clientes preferenciais do sistema social que tem de deixar de existir. O resultado dessas políticas (tanto da direita conservadora como da nova esquerda) é conhecido nosso século XXI: mais exclusão, mais concentração econômica econômica, mais violência, mais controle social, mais desemprego, menos estado de bem-estar e mais estado policial. O mais grave é o fato de que, ainda hoje, vozes que se dizem democráicas contunuam susentando o mesmo discurso contra o estado social, defendendo uma sonhada e desejável democracia dialógica, construída pela sociedade civil livre, sem perceber que os novos excluídos, social e economicamente, estão excluídos do diálogo democrático, passando a fazer parte da crescente massa de clientes do sistema penal em expansão. (...) (José Luiz Quadros de Magalhães (Adaptado de www.consciencia.br) O trecho que melhor expressa a visão do autor sobre os beneficiários das políticas sociais é: (A) “os novos excluídos, social e economicamente” (B) “um exército de clientes que se amparam no estado” (C) “incentiva as pessoas a viverem à custa do estado” (D) “o estado não deve sustentar os que não querem trabalhar” (E) “cliente do assistencialismo da segurança social” 799. (IFC - Auxiliar administrativo - IFC/2012) A partir do fragmento da poesia de Ferreira Gullar responda as questões 4 e 5: “Como dois e dois são quatro Sei que a vida vale a pena Embora o pão seja caro E a liberdade pequena (...)” . 351 O primeiro verso apresentado em destaque, nesse contexto, exprime: (A) A certeza do eu lírico de que a vida vale a pena; (B) A dualidade da vida; (C) A soma de dois fatores que faz o eu lírico acreditar na vida; (D) A importância da vida; (E) A exatidão da vida. 800. (Rioprevidência - Assistente Previdenciário - CEPERJ/2012) Língua Portuguesa O necessário resgate dos direitos sociais Para nós, no Brasil, onde não vivemos, ainda, um estado social efetivo, que fosse capaz de oferecer saúde, educação e previdência de qualidade para todos, o caminho para a inclusão e efetiva participação do nosso povo como cidadão é o da fragmentação coordenada do poder, a descentralização radical de competências, fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder, com a criação de canais de participação popular permanentes, como os conselhos municipais, o orçamento participativo e outros mecanismos de participação, além do incentivo permanente à organização da sociedade civil e o fortalecimento dos meios alternativos de comunicação como as rádios, jornais e televisões comunitárias. Podemos – e assim estamos fazendo – construir uma democracia social e participativa a partir do poder local. No Brasil, menos de um ano após a promulgação da Constituição democrática e social de 1988, assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social prevista pela Constituição. Nesse mesmo momento, como suporte teórico do desmonte do estado social, cresceu a crítica simplificadora e reducionista, importada dos Estados Unidos e de alguns autores europeus, proveniente do novo pensamento neoliberal e neoconservador e ratificada por parte da nova esquerda (como o novo trabalhismo de Tony Blair). Essa crítica ao estador social, que vem dar suporte ao seu desmonte, aponta o caráter assistencialista como gerador de um exército de clientes que se amparam no Estado, não mais produzindo, não mais criando. Criticam o Estado social argumentando que este retira espaços de escolha individual, gerando o não cidadão uma vez que incentiva as pessoas a viverem à custa do Estado. Essa crítica, extremamente simplificadora e parcial, que toma uma parte de um problema pontualmente localizado no tempo e no espaço como sendo regra para explicar a crise do estado social, ganhou força inclusive à esquerda, o que muito contribuiu para a desconstrução do estado de bem-estar social em diversas partes do globo. Segundo esse discurso simplificador, o Estado não deve sustentar os que não querem trabalhar, pois essa postura do Estado incentiva a expansão do não cidadão e sobrecarrega os que trabalham e o setor produtivo com uma alta carga tributária. Logo, pobre deve trabalhar para ter acesso ao que necessita, e como não há trabalho para todos – nem mesmo o trabalho indesejável e mal pago destinado a esses excluídos -, aumenta a população carcerária. O Estado social Assitencialista é substituído pelo Estado penal da era neolioberal. O criticado clieten do assistencialismo da segurança social foi transformado em cliente do sistema penal da segurança policial. Nesse novo paradigma, a pobreza não decorre das barreiras sociais e econômicas, mas sim do comportamento do pobre. O Estado não deve atrair as pessoas a uma conduta desejável através de reconhecimento, mas deve punir os que não agem como o desejado. O não trabalho passa a ser um ato político que exige o recurso à autoridade. O estado social passa a ser visto como permissivo, pois não exige uma obrigação de comportamento a seus benefíciários. A direita conservadora mais reacionária e a autoprociamacia vanguarda da nova esquerda dão eco a vozes como a de Charles Murray, que afirma que as uniões ilegitimas e as famílias monoparetais seriam a causa da pobreza e do crime e, por sua vez, o estado social, com sua política permissiva, incetivava essas práticas. Essa absurda tese, sem nenhuma base científica, defendia cortes radicais nos orçamentos sociais e a retomada, por parte da polícia, dos bairros antes operários, hoje ocupados pelos clientes preferenciais do sistema social que tem de deixar de existir. O resultado dessas políticas (tanto da direita conservadora como da nova esquerda) é conhecido nosso século XXI: mais exclusão, mais concentração econômica econômica, mais violência, mais controle social, mais desemprego, menos estado de bem-estar e mais estado policial. O mais grave é o fato de que, ainda hoje, vozes que se dizem democráicas contunuam susentando o mesmo discurso contra o estado social, defendendo uma sonhada e desejável democracia dialógica, construída pela sociedade civil livre, sem perceber que os novos excluídos, social e economicamente, estão excluídos . 352 do diálogo democrático, passando a fazer parte da crescente massa de clientes do sistema penal em expansão. (...) (José Luiz Quadros de Magalhães (Adaptado de www.consciencia.br) O emprego de uma única palavra revela toda a carga negativa na visão do autor ao processo nomeado em: (A) “efetiva participação do nosso povo como cidadão é o da frag- mentação coordenada do poder” (B) “assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social prevista pela constituição” (C) “fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder” (D) “gerador de um exército de clientes que se amparam no estado” (E) “as uniões ilegítimas e as famílias monoparentais seriam a causa da pobreza e do crime” 791. Resposta ”A” O cartão apresenta um protesto contra o sofrimento do animal (o boi) e não do homem. O boi é o que elemento que mais sofre nesse tipo de atividade. As outras alternativas estão corretas, tirando talvez alguma dúvida em relação a letra C, "As palavras do cartaz utilizam um processo de repetição próprio da poesia". Talvez essa repetição própria da poesia, que a alternativa fala seja a rima das palavras "odeio" e "rodeio", que apresentam o "io" no final. 792. Resposta “C” Uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa, sendo umas bugigangas o objeto direto. correto- "anunciava" é obj dir. e exige complemento sem prep. Logo, podemos passar para a voz passiva "bugigangas são anunciadas." 793. Resposta “ERRADA” Entre os fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão dos setores produtivos, como a agricultura e a indústria. Essa situação, responsável pelo consumo e também pela poluição da água em escala exponencial, tem conduzido à necessidade de reformulação do seu gerenciamento. O termo "seu", está se referindo ao gerenciamento do recurso, e não do consumo, como afirma a questão. 794. Resposta “ERRADA”. A resposta para a questão está no final do primeiro parágrafo: " (...) melhora significativa no GERENCIAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS". Portanto, o termo "seu" refere-se a " recursos Hídricos". 795. Resposta “B” No trecho que ele diz: “A vida inteira, diz que se guardou do carnaval, da brincadeira que ele não brincou”... com este trecho é possível chegar a resposta “B” ele não aproveitou a vida. 796. Resposta “C” Como todos os recrutas estavam deitados debaixo da árvore, entende-se que nenhum queria trabalhar ou exercitar-se. 797. Resposta “D” Como todos os recrutas agem como “vagabundos” por isso o sargento deverá especificar com qual vagabundo” ele quer falar. 798. Resposta “A” Após a promulgação da Constituição federal em 1988, assistimos ao desmonte da nova ordem econômica e social do país. Com isso formou-se uma legião de pessoas, que nada produziam e se escoravam no Estado, daí tem-se a alternativa A, uma legião de pessoas excluídas social e economicamente. . 353 799. Resposta “A” A certeza de que a vida vale a pena pode ser notada pela lógica matemática (como dois e dois são quatro), ele usa esse argumento para enfatizar e dar certeza do que está dizendo provando assim a certeza que a vida vale a pena. 800. Resposta “B” Desmonte é a palavra que revela a carga negativa da frase. Esta significa o ato de desmontar algo. 801. (IFC - Auxiliar administrativo - IFC/2012) De acordo com o texto publico na revista Veja no dia 22/08/2012, responda o que se pede. “Livros não concorrem com e-books: o segundo mais importante executivo da Amazon aproveitou a presença na vigésima segunda Bienal do Livro, em São Paulo, para tentar atenuar a resistência das editoras brasileiras aos livros digitais. Em palestra, Russ Grandinetti mostrou números e afirmou que os principais concorrentes dos e-books são outros produtos digitais, como músicas e filmes, e não a versão impressa dos livros”. Predomina no texto: (A) a informação (B) a argumentação (C) a qualificação (D) a admiração (E) a preocupação 802. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve início quando, ainda menino, cantava no coro da igreja com voz de baixo-cantante. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessário para a construção, já em terras cariocas, entre reis e rainhas do rádio, de um estilo inconfundível quase sem seguidores na música popular brasileira. No Rio, em 1938, depois de pegar um lia (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em busca de meihores oportunidades de emprego, Dorival Caymmi chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. No entanto, para felicidade de seu amigo Jorge Amado, acabou sendo cooptado pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação. A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples, eternizar o regional, declarar em música as tradições de sua amada Bahia, O mar, Itapoã, as festas do Bonfim e da Conceição da Praia, os fortes em ruínas, tudo sobrevive em Caymmi, que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia, junto aos pescadores, convivendo com o drama das mulheres que esperam seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas. (André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed, 2006 p 78) O texto deixa claro que Dorival Caymmi (A) tornou-se conhecido cantor de rádio, entre os cariocas, tal como havia projetado, ao sair da Bahia. (B) recebeu apoio e incentivo de Jorge Amado, para conseguir sucesso como cantor no Rio de Janeiro. (C) ê reconhecido na música popular brasileira pela originalidade e pela qualidade de suas composições. (D) era músico já bastante famoso e respeitado na Bahia quando se transferiu para o Rio de Janeiro. (E) conseguiu fama e prestigio como jornalista, antes de tomar-se músico conhecido no Rio de Janeiro. 803. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve início quando, ainda menino, cantava no coro da igreja com voz de baixo-cantante. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessário para a construção, já em terras cariocas, entre reis e rainhas do rádio, de um estilo inconfundível quase sem seguidores na música popular brasileira. No Rio, em 1938, depois de pegar um lia (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em busca de meihores oportunidades de emprego, Dorival Caymmi chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. No entanto, para felicidade de seu amigo Jorge Amado, acabou sendo cooptado pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação. . 354 A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples, eternizar o regional, declarar em música as tradições de sua amada Bahia, O mar, Itapoã, as festas do Bonfim e da Conceição da Praia, os fortes em ruínas, tudo sobrevive em Caymmi, que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia, junto aos pescadores, convivendo com o drama das mulheres que esperam seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas. (André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed, 2006 p 78 (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) O segmento colocado entre parênteses (A) enumera as possibilidades de transporte à disposição dos viajantes nessa ocasião. (B) assinala opinião pessoal do autor a respeito de um conhecido meio de transporte. (C) isola comentário desnecessário, que nada acrescenta ao que foi exposto. (D) esclarece o sentido da palavra que o antecede. (E) denota interrupção do pensamento inicial, que dificulta seu entendimento. 804. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Minha jangada vai sair pro mar Vou trabalhar, meu bem querer Se Deus quiser quando eu voltar do mar Um peixe bom eu vou trazer Meus companheiros também vão voltar E a Deus do céu vamos agradecer Os versos acima, de uma música de Dorival Caymmi, abordam predominantemente, (A) o trabalho dos pescadores, na busca de sua sobrevivência cotidiana. (B) o respeito às condições ambientais como garantia da preservação dos recursos da natureza. (C) a competição acirrada entre os pescadores pelos melhores pontos de pesca, (D) a religiosidade dos pescadores, em que se misturam elementos de origem africana. (E) a exploração a que estão sujeitos os trabalhadores que dependem do mar para sobreviver. 805. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) Há no texto: (A) dúvida expressa quanto às possíveis aplicações de recursos trazidos pelo avanço tecnológico para melhorar as condições de vida dos mais velhos. (B) certeza de que o extraordinário avanço tecnológico atual permite às pessoas, em geral, chegar a uma longa velhice, sem problemas de saúde. (C) crítica em relação à pouca atenção dos estudiosos quanto às conseqüências ao meio ambiente, trazidas pelo prolongamento da vida humana. (D) referência à preocupação de pesquisadores com a necessária preservação das condições ambientais como garantia de vida no planeta. (E) constatação de que pessoas idosas precisam receber cuidados que dependem do desenvolvimento da tecnologia, ainda não estudados pelos pesquisadores. . 355 806. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) A afirmativa correta, considerando-se o que diz o texto, é: (A) O prolongamento saudável da vida humana esbarra em problemas a serem solucionados, tais como a desigualdade socioeconômica e a preservação ambiental. (B) O maior desafio imposto aos estudiosos do processo evolutivo da humanidade é dispor de recursos suficientes para que toda a população possa ter acesso aos benefícios da tecnologia. (C) O acentuado desenvolvimento da tecnologia em nossos dias nem sempre favoreceu as condições de evolução da humanidade, em razão da degradação das condições ambientais (D) As pesquisas e o consequente desenvolvimento tecnológico permitiram que a vida humana no planeta se prolongasse além dos 100 anos, indistintamente, para todas as pessoas. (E) Cientistas divergem, em suas pesquisas, entre considerar os benefícios trazidos pela tecnologia às pessoas, ou defender o meio ambiente, posto em risco por essa mesma tecnologia. 807. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) O segmento cujo sentido está associado ao de cultura, empregado no texto, é: A) qualidade de vida dos seres humanos. B) um exercício de visionários. C) os açoites da natureza. D) capacidade de pensar e de se comunicar. E) um campo de pesquisa. 808. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em . 356 um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem, (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) De acordo com o texto, (A) as regras impostas ao convívio humano pelo próprio homem tornam a vida sem sentido e desprovida de emoções verdadeiras. (B) a índole dos cães costuma ser boa e. Quando não o é, a responsabilidade é dos seres humanos, que deturpam as características caninas naturais. (C) a liberdade e a autenticidade do comportamento canino são responsáveis, em grande parte, pelo encanto que os cães despertam nos seres humanos. (D) os cachorros se satisfazem com muito pouco, ao contrário dos seres humanos, que estão sempre insatisfeitos com a vida que levam. (E) o comportamento dos cães deveria servir de exemplo para os seus donos, que não deveriam, por sua vez, impor as próprias regras aos animais. 809. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning” . Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem, (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. A expressão que sintetiza o sentido da frase acima transcrita é: (A) fonte de diversão. (B) universo paralelo. (C) lógica interna. (D) liberdade de espírito. (E) convenções sociais. 810. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Disciplina: Português | Assuntos: Interpretação de Textos; Significação Contextual de Palavras e Expressões; De um início atribulado a uma carreira de sucessos, assim se resume a crônica de Capitães da Areia, hoje uma das obras mais apreciadas pelos leitores de Jorge Amado, tanto no Brasil como no exterior. Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Mas, como nova Fênix, ressurgiu das cinzas quando nova edição, em 1944, marcou época na vida literária . 357 brasileira. A partir de então, sucederam-se as edições, nacionais e em nove idiomas estrangeiros, e as adaptações para rádio, teatro e cinema. Comovente documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo poucas vezes igualados na literatura universal. Dividido em três partes, o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo “Canção da Bahia, Canção da Liberdade”, em que é narrada a emocionante despedida de um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia “na noite misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra". (Adaptado de: Texto de apresentação. Jorge Amado. Capitães da Areia. 57. ed. Rio de Janeiro: Record, 1983) O texto sugere que (A) ada um dos personagens de Capitães da Areia existiu realmente, nada havendo de ficcional no romance. (B) Capitães da Areia é um livro em que predomina o suspense e o mistério, quase como numa narrativa policial. (C) perseguição sofrida por Capitães da Areia foi empreendida não só pelo governo como pela igreja católica. (D) censura de que foi objeto o livro Capitães da Areia também se estendeu á sua divulgação no exterior. (E) o livro Capitães da Areia não enfrentou mais percalços depois de publicada a nova edição em 1944. 801. Resposta “A” Texto informativo é uma produção textual com informação sobre um determinado assunto, que tem como objetivo esclarecer uma pessoa ou conjunto de pessoas sobre essa matéria. Normalmente em prosa, o texto informativo elucida e esclarece o leitor sobre o tema em questão. Podem existir textos informativos sobre animais, com características e informações sobre os animais ou sobre doenças como a malária. 802. Resposta “C” Com este trecho do texto é possível chegar a Alternativa “C” como sendo a correta. “A obra de Caymmi é equilibrada pela qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples, eternizar o regional...” 803. Resposta “D” O comentário refere-se a LIA ele apenas explica o que significa esta palavra, que é: navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul 804. Resposta “A” Somente o o trecho: Se Deus quiser quando eu voltar do mar, um peixe bom eu vou traxer”, já é possível perceber qual é a ideia de sua canção. A volta dos pescadores depois de um período no mar. 805. Resposta “D” Com este trecho do texto, conseguimos chegar a resposta correta: “Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta.” 806. Resposta “A” Veja o fragmento de texto: “O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados.” De acordo com esta afirmação, o autor explica que “O prolongamento saudável da vida humana esbarra em problemas a serem solucionados, tais como a desigualdade socioeconômica e a preservação ambiental.” 807. Resposta “D” Podemos exemplificar a alternativa correta com este trecho do texto: “Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura.” . 358 808. Respostas “C” Este trecho do texto pode exemplificar bem a alternativa correta. “Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres.” 809. Resposta “E” Quando vivemos em sociedade existem regras as quais devem ser respeitadas para uma boa convivência entre as pessoas, o que não ocorre com os cães, que vivem livres e sem regras sociais. 810. Resposta “E” A partir deste trecho do texto exemplificamos a resposta correta: “Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Mas, como nova Fênix, ressurgiu das cinzas quando nova edição, em 1944, marcou época na vida literária brasileira.” 811. (IFC - Assistente Administrativo - IF/2012) O trecho do artigo publicado na Revista Veja de 22/08/2012 serve de base para as questões 11 e 12. ‘’A retina é a camada mais interna do olho, responsável por captar os estímulos que são transformados em imagens. O deslocamento ocorre por causa de uma rasgadura nessa camada, que permite a entrada de líquido, fazendo com que o tecido da retina se descole. Na grande maioria das vezes, o problema deriva do deslocamento do vítreo, substância gelatinosa que ocupa a maior parte do olho e fica em contato com a retina’’. O trecho do artigo tem como objetivo: (A) Transmitir anseios através da mensagem subjetiva. (B) Convencer ou influenciar o leitor por meio de um apelo. (C) Transmitir a informação de modo objetivo, sem emoções. (D) Informar e transmitir a importância de diagnósticos. (E) Alertar o leitor sobre a gravidade de doenças oculares. 812. (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC/2012) Texto 1 O futuro do trabalho “[...] Seja como for, é preciso resolver os problemas do desemprego e da informalidade, que são mais acentuados nos países subdesenvolvidos. O caminho é estabelecer políticas de geração de empregos, além de garantir melhores condições para os trabalhadores em ocupações precárias. Uma das saídas é a redução da jornada de trabalho: as pessoas trabalham menos para que se abram vagas para as desempregadas. Outra estratégia é instituir programas de formação profissional e de microcrédito para trabalhadores autônomos, desempregados e pequenas empresas.” (Vestibular-Editora Abril, nov., 2002.) Texto 2 Conflito de gerações “- Marquinhos... Marquinhos! [...] O filho tentou disfarçar, lá no fundo do quintal, tirando meleca do nariz, mas, quando a mãe chamava assim, era melhor ir. Na cozinha, a mãe ao lado da geladeira aberta, com uma garrafa e um saco plástico vazios nas mãos: - Você comeu toda a salsicha?! - Não é bem verdade...Eu só usei as salsichas pra acabar com a mostarda. Já estava até verde! Alguém ia acabar comendo estragado e ficar doente. [...] - Você tem resposta pra tudo, não?! - Não é bem verdade... é a senhora que sempre pergunta. - Você é uma gentinha! Só uma gentinha, tá entendendo? . 359 O filho ficou olhando praquela mãe batendo com o pé no chão, bem nervosa mesmo, mais alta que a geladeira e tudo. Aí foi obrigado a dizer: - É... isso eu acho que é verdade.” (BONASSI, Fernando. In: Folha de São Paulo, 23 nov. 2002). Ao analisar a linguagem e o discurso do texto 1 e do texto 2 respectivamente. Assinale a alternativa CORRETA: (A) no texto 1, a linguagem é mais informal, seguindo à norma padrão; utiliza-se ainda o discurso indireto, envolvendo questões sociais. No texto 2, percebe-se uma linguagem menos informal e um discurso direto entre mãe e filho. (B) no texto 1, a linguagem é coloquial, seguindo à norma padrão; tem-se ainda o discurso indireto e direto, aplicado à interpretação do cotidiano. Já no texto 2, a linguagem é formal, ocorre ainda um diálogo entre mãe e filho. (C) no texto 1, a linguagem é mais formal, obedecendo à norma culta; consegue-se ainda identificar um discurso indireto, aplicado interpretativamente às questões sociais. Já no texto 2, além de uma linguagem informal, em que se notam repetições e frases, ocorre, também, um diálogo entre mãe e filho. (D) no texto 1, a linguagem é formal, segundo à norma culta; tem-se ainda a presença do discurso direto que revela questões da comunidade. Já no texto 2, a linguagem é culta e o discurso é direto. (E) no texto 1, a linguagem é menos formal, no entanto, segue à norma culta; identifica-se ainda o discurso indireto, aplicado à análise do cotidiano. No texto 2, a linguagem é coloquial e o discurso é direto entre mãe e filho. 813. (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC/2012) Leia o texto abaixo para responder a questão. Desterritorializar As buscas mais radicais sobre o que significa estar entrando e saindo da modernidade são as dos que assumem as tensões entre desterritorialização e reterritorialização. Com isso refiro-me a dois processos: a perda da relação "natural" da cultura com os territórios geográficos e sociais e, ao mesmo tempo, certas relocalizações territoriais relativas, parciais, das velhas e novas produções simbólicas. Para documentar essa transformação das culturas contemporâneas, analisarei primeiro a transnacionalização dos mercados simbólicos e as migrações. Depois, proponho-me a explorar o sentido estético dessa mudança seguindo as estratégias de algumas artes impuras. 1. Houve um modo de associar o popular com o nacional que nutriu, conforme notamos em capítulos anteriores, a modernização das culturas latino-americanas. Realizada primeiro sob a forma de dominação colonial, logo depois como industrialização e urbanização sob modelos metropolitanos, a modernidade pareceu organizar-se em antagonismos econômico-políticos e culturais: colonizadores vs. colonizados, cosmopolitismo vs. nacionalismo. O último par de opostos foi o utilizado pela teoria da dependência, segundo a qual tudo se explicava pelo confronto entre o imperialismo e as culturas nacional-populares. Os estudos sobre o imperialismo econômico e cultural serviram para conhecer alguns dispositivos usados pelos centros internacionais de produção científica, artística e comunicacional que condicionavam, e ainda condicionam, nosso desenvolvimento. Mas esse modelo é insuficiente para entender as atuais relações de poder. Não explica o funcionamento planetário de um sistema industrial, tecnológico, financeiro e cultural, cuja sede não está em uma só nação, mas em uma densa rede de estruturas econômicas e ideológicas. Também não dá conta da necessidade das nações metropolitanas de flexibilizar suas fronteiras e integrar suas economias, sistemas educativos, tecnológicos e culturais, como está acontecendo na Europa e na América do Norte. A desigualdade persistente entre o que os dependentistas chamavam o primeiro e o terceiro mundo mantém com relativa vigência alguns de seus postulados. Mas ainda que as decisões e benefícios dos intercâmbios se concentrem na burguesia das metrópoles, novos processos tornam mais complexa a assimetria: a descentralização das empresas, a simultaneidade planetária da informação e a adequação de certos saberes e imagens internacionais aos conhecimentos e hábitos de cada povo. A disseminação dos produtos simbólicos pela eletrônica e pela telemática, o uso de satélites e computadores na difusão cultural também impedem de continuar vendo os confrontos dos países periféricos como combates frontais com nações geograficamente definidas. [....] CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas - estratégias para entrar e sair da modernidade Tradução de Ana Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: EDUSP, 1997. p. 283-350: Culturas híbridas, poderes oblíquos. . 360 Ao observar estruturação e articulação respectivamente presentes no texto. Assinale a alternativa CORRETA: (A) No desenvolvimento do texto, “disseminação dos produtos simbólicos” reave a ideia de “ nações em confronto.” (B) Na introdução do texto, “entrando e saindo da modernidade” retoma a ideia de “territorialização e desterritorialização.” (C) Na conclusão do texto, “postulados” assume a ideia de “decisões e produtos.” (D) Na introdução do texto, “assumem as tensões entre desterritorialização e reterritorialização” trata “da perda da relação da cultura e das produções simbólicas.” (E) No desenvolvimento do texto, “cosmopolitismo” trata “do funcionamento planetário.” 814. (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. . 361 Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e . 362 pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. (Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201) Na linguagem, o silêncio, tanto quanto as palavras, pode ter enorme carga expressiva. No texto 2, o fragmento em que as reticências expressam hesitação é: (A) -- Isaura!... Disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. (B) Pois que tem isso?.., continua a cantar... Tens a voz tão bonita!... (C) -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... (D) não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... (E) Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... Ah! Não devo falar... 815. (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie . 363 de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as . 364 desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. (Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201) Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. [fala de Malvina, Texto 2] Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. [fala de Isaura, Texto 2] A dicotomia existente entre as falas de Malvina e a de Isaura expressa uma tensão que se estabelece, sinteticamente, entre: (A) aparência e essência (B) justiça e injustiça. (C) bondade e maldade. (D) passado e futuro. (E) império e república. 816. (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. . 365 Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 . 366 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. (Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201) És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. [Texto 2] A fala de Malvina expressa a reprovável mentalidade da época, que parte de um ponto de vista branco e europeu, repleta, portanto, de um preconceito. O resultado histórico desse preconceito pode ser visto no seguinte fragmento do Texto 3: (A) Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. (B) A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. (C) Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. (D) Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. (E) O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior (...) 817. (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE/2012) 01. 02. 03. 04. 05. . Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará 367 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela. Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro dizer "não" ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. E isso faz com que as redes de "seguidores" e "seguidos" de alguém possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre si. Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-estamudandoamizade-619645.shtml>. Acesso em: 1º de outubro de 2012. Considere as seguintes afirmações sobre o conteúdo do texto. I. O primeiro parágrafo apresenta resultado de estudo realizado por uma universidade americana acerca das atividades mais comuns dos usuários de certa rede social. II. O segundo parágrafo informa que pessoas que frequentam as mesmas redes sociais inevitavelmente serão amigas. . 368 III. O terceiro parágrafo mostra como o Twitter vem contribuindo para o desenvolvimento de amizades geradas com o auxílio da Internet. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. (D) Apenas I e III. (E) I, II e III. 818. (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012 - PM/BA - Soldado da Polícia Militar) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) ... a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia ... (1º parágrafo) O sentido do segmento grifado acima está reproduzido com outras palavras, respeitando-se a lógica, a correção e a clareza, em: (A) o caminho da evolução da humanidade, apesar das limitações biológicas, passam ainda hoje pelo desenvolvimento c cultural, que as possibilita. (B) o desenvolvimento cultural da humanidade permitiu descobrir as causas de problemas que afetavam a saúde das pessoas, bem como combater as doenças. (C) os problemas de origem física, como uma doença, nem sempre foi possível resolvê-la, com base nos problemas resultantes da biologia. (D) com o desenvolvimento da cultura humana, descobriu-se as leis da biologia e do ambiente que viviam, permitindo-os evoluir com mais saúde. (E) as descobertas científicas da biologia veio permitir que a humanidade fosse se tornando mais capaz de evoluir por um tempo mais longo e com saúde. 819. (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) De acordo com o sentido semântico das frases a seguir, assinale a alternativa correta. I) Os alunos que são inteligentes fazem as tarefas; II) Os alunos, que são inteligentes, fazem as tarefas; (A) A primeira frase afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas. (B) Ambas as frases afirmam que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas. (C) Ambas as frases pressupõem que nem todos os alunos são inteligentes, portanto nem todos fazem as tarefas. (D) A primeira afirma que nem todos os alunos são inteligentes mas todos fazem as tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos fazem as tarefas. (E) A primeira frase pressupõe que nem todos os alunos são inteligentes, portanto nem todos fazem as tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas. . 369 820. (TST - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Um dos passos decisivos para diminuir a barbárie foi o surgimento dos Estados nacionais, com monopólio do uso da violência e autoridade sobre toda a população. na Europa, essa inovação fez os índices de violência despencarem de 10 a 50 vezes desde o século 16. No plano internacional, nada semelhante aconteceu. Não havia instituição alguma que pudesse reclamar o papel de autoridade central, com legitimidade para impor sanções e jurisdição sobre todos. Essa figura se materizaliza de modo ainda precário em instituições multilaterais como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Organização Mundia do Comércio (OMC). Não obstante, houve significativa mudança na maneira de pensar e agr da comunidade internacional. Nas últimas duas décadas, ela se tornou bem menos tolerante com ditadores homicidas. Na semana passada, uma corte especial da ONU sobre a guerra civil da Serra Leoa condenou o expresidente da vizinha Libéria Charles Taylor por crimes de guerra e contra a humanidade. É a primeira vez desde os julgamentos de Nuremberg (1946), sobre crimes dos nazistas, que um ex-chefe de Estado é condenado por tribunal internacional. Taylor não representa, porém um caso isolado. O ex-ditador da Sérvia Slobodan Milosevic morreu em 2006 enquanto era julgado por um tribunal Internacional vinculado à ONU. Kieu Samphan, um dos líderes do Khmer Vermelho, regime responsável pela morte de milhões, está sendo julgado numa corte híbrida da ONU e do Camboja. Hissèrie Habré, do Chade, está sob custódia e deveria enfrentar um tribunal “ad hoc” africano. Laurent Gbagbo, responsabilizado por um conflito civil na Costa do Marfim, está sob a guarda do TPI. Com o argumento duvidoso de que ataques contra a população justificariam violar a soberania da nação tiranizada, parte da comunidade internacional se mobilizou militarmente para derrubar Muammar Gaddafi, da Líbia. Agora, pressiona Bashar Assad, da Síria. Há certa dose de hipocrisia nesse tema. Ditadores alinhados com as potências militar tendem a continuar imunes à Justiça. Mas é preciso reconhecer que as coisas estão mudando para melhor. Até alguns anos atrás, a única preocupação de um tirano era evitar golpes de Estado. Hoje, autocratas já têm motivos para temer também a Justiça internacional. É parte do processo civilizatório. (Folha de S. Paulo. Opinião A2, quarta-feira, 2 de maio de 2012) O desenvolvimento das ideias no editorial evidencia seu principal tema, este que dá com propriedade o seguinte título ao texto: (A) O Tribunal Penal Internacional e a Organização Mundial do Comércio. (B) A ONU e os julgamentos exemplares. (C) Golpes de estado. (D) Ontem, pressão sobre a Líbia; hoje, sobre a Síria. (E) Tirania e civilização. . 370 811. Resposta “C” Texto informativo é uma produção textual com informação sobre um determinado assunto, que tem como objetivo esclarecer uma pessoa ou conjunto de pessoas sobre essa matéria. 812. Resposta “C” No texto 1 o autor descreve um problema e apresenta a solução, em uma linguagem mais culta. Já no texto 2 temos um diálogo entre mãe e filho, o que não é necessário o uso da linguagem formal. 813. Resposta “D” Com base no fragmento de texto a seguir, afirmamos a letra D como alternativa correta. “As buscas mais radicais sobre o que significa estar entrando e saindo da modernidade são as dos que assumem as tensões entre desterritorialização e reterritorialização. Com isso refiro-me a dois processos: a perda da relação "natural" da cultura com os territórios geográficos e sociais e, ao mesmo tempo, certas relocalizações territoriais relativas, parciais, das velhas e novas produções simbólicas.” 814. Resposta “E” Alternativa que apresenta hesitação, ou seja, indecisão é a E 815. Resposta “A” O trecho do texto a seguir, exemplifica a escolha da alternativa A como correta: “Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano.” 816. Resposta “B” O trecho a seguir exemplifica a alternativa B: “Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional.” 817. Resposta “D” No número I podemos notar que as atividades mais desenvolvidas por usuários de redes sociais (especificamente o Facebook), de acordo com a pesquisa, é a busca pelos perfis das pessoas aquelas que são interessantes para quem procura, é adicionada e ali inicia-se um primeiro contato. No número III percebemos que pelo Twitter pessoas podem curtir comentários das outras, e mesmo sem a interferência de uma pessoa em comum as pessoas podem iniciar um bate papo e tornarem-se amigas. 818. Resposta “B” “Caminho evolutivo direcionado pela cultura em outras palavras”: o desenvolvimento cultural. 819. Resposta “E” Polissemia e ambiguidade Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode ser ambíguo, ou seja, apresenta mais do que uma interpretação. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste caso podem existir duas interpretações diferentes. As pessoas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpretação. Para fazer a interpretação correta é muito importante saber qual o contexto em que a frase é proferida. . 371 820. Resposta “E” A ideia central do texto é a ditadura, civilização e a impunidade de alguns ditadores. 821. (PC/AL - Delegado de Polícia - CESPE/2012) Colonialismo 1 4 7 10 13 16 19 22 25 Se, durante os séculos XVI a XVIII, os interesses comerciais europeus haviam levado países como Portugal, Espanha, França e Inglaterra a explorar economicamente o continente americano, no século XIX foi a busca por novos mercados consumidores e por matérias-primas de baixo custo, em decorrência da Revolução Industrial, o que levou as nações europeias a voltarem-se para as regiões da África e da Ásia. Foi, portanto, durante o século XIX e início do século XX, que assistimos à dominação política e econômica de países considerados economicamente subdesenvolvidos pelas grandes potências da Europa. A França foi a pioneira na dominação do continente africano. A Inglaterra, no entanto, consagrada como grande potência marítima desde a queda de Napoleão, rapidamente assumiu a liderança da colonização. Alemanha, Itália, Espanha, Portugal e Bélgica também empreenderam áreas de dominação no continente. Chegaram a estabelecer regras de partilha para a ocupação de novos territórios na costa ocidental africana a partir de meados da década de 80 do século XIX, por meio da resolução firmada entre os países europeus durante a Conferência de Berlim. Na Ásia, a Inglaterra adotou uma política empenhada na conquista da Índia, que passou ao seu domínio após a Guerra dos Cipaios (1857-1858). Como garantiam o domínio sobre a Índia, os ingleses não se opuseram à penetração francesa na Ásia, particularmente no território da Indochina. Embora o Leste Asiático tenha se mantido independente, a China (com a Primeira Guerra do Ópio, de 1839 a 1842) e o Japão (com a ameaça naval do Comodoro Perry, em 1854) foram obrigados a abrir seus portos aos europeus, dando-lhes diversas vantagens comerciais. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a China se via imersa em uma crise política. Vários territórios asiáticos e africanos sofriam influência inglesa e francesa, e a Coreia havia sido anexada pelo Japão em 1910 — país que, a partir dos anos 30 do século XX, aumentou consideravelmente seu poder sobre o continente. Após a Segunda Guerra Mundial, os movimentos nacionalistas e independentistas que vinham se firmando desde o período entre-guerras ganharam força tanto na África quanto na Ásia. A luta contra o colonialismo britânico na Índia de Gandhi, com o movimento de resistência passiva não violenta, terminou com a independência, em 1947, mas foi seguida de violentos conflitos étnicos, principalmente em virtude de diferenças religiosas entre hinduístas e muçulmanos. A ocupação japonesa na Ásia favorecia a manifestação do nacionalismo, ao mesmo tempo em que as ideias revolucionárias de Marx e Engels ganhavam força. O processo que levou à partilha colonial de regiões africanas e asiáticas, criando países fictícios, culminou em longas batalhas por independência. Gerou, também, como consequência, movimentos separatistas, conflitos étnicos e religiosos, e guerras civis, com reflexos que perduram até os dias de hoje. Internet: <http://acervo.estadao.com.br> (com adaptações). Com relação ao sentido e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes. Na linha 18, o trecho “os movimentos nacionalistas e independentistas” exerce a função de sujeito da locução verbal “vinham-se firmando”. Certo ( ) Errado ( ) 822 - (IBAM - 2012 - Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM - 2012) A historieta a seguir deverá ser utilizada para resolver as questões 4, 5 e 6. Tendo por base a frase “Venha aqui, seu vagabundo”, analise as afirmações seguintes. I. Temos na oração, um verbo conjugado no modo imperativo. II. O vocábulo “seu”, no caso, é um pronome possessivo. III. A vírgula foi empregada para isolar o vocativo. É correto o que se afirmou em: A) I, apenas. B) I e III, apenas. C) II e III, apenas. D) I, II e III. . 372 823 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas segundo a ortografia oficial. A) Diante da paralização das atividades dos agentes dos correios, pede-se a compreenção de todos, pois ouve exceções na distribuição dos processos. B) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo será feito mediante sorteio, para que não ocorra descriminação. C) Durante o período de recessão, os chefes serão encumbidos de controlar a imissão de faxes e copias xerox. D) A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo ocorrendo com os casos de rescisão contratual. E) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia, para que o jovem haja sempre de acordo com a lei. 824 - (CIAAR - Capelão Militar Católico - CIAAR/2012) O “gilete” dos tablets Num mundo capitalista como este em que vivemos, onde as empresa concorrem para posicionar suas marcas e fixar logotipos e slogans na cabeça dos consumidores, a síndrome do “Gillete” pode ser decisiva para a perpetuação de um produto. É isso que preocupa a concorrência do iPad, tablet da Apple. Assim como a marca de Lâminas de barbear tornou-se sinônimo de todas categoria de barbeadores, eclipsando o nome das marcas que ofericiam produtos similares, o mesmo pode estar acontecendo com o tablet, lançado por Steve Jobs. O maior temor do mercado é que as pessoas passem a se referir aos tablets como “iPad” em geral, dizendo “iPad da Samsung” ou “iPad da Motorola”, e assim por diante. [...] O mesmo se deu com os lenços Kleenex, os curativos Band-aid e as fotocopiadoras Xerox. Resta saber se os consumidores se habituarão com outros nomes para o produto tecnológico. (Disponível em: http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-edgard/o-gilete-dos-tablets-260395-1.asp - Adaptado) No texto I, a palavra “gilete” (com inicial minúscula e apenas uma letra “L” na segunda sílaba) compõe o título, ao passo que no primeiro parágrafo tem-se a forma “Gillette” (com inicial maiúscula e duas letras “L” na segunda sílaba). Julgue as afirmativas a respeito dessa diferença. I. A diferença de grafia entre as duas formas é fruto de um erro de ortografia. II. A diferença de grafia se dá devido “gilete”, do título, ser um nome comum e “Gillette”, do primeiro parágrafo, um nome próprio. III. Há diferença entre as formas por “Gillette” ser parte do nome de um problema recorrente em economia chamado síndrome do “Gillette”. IV. Há diferença entre as formas por “gilete” ser a designação de qualquer lâmina descartável de barbear e “Gillette”, uma lâmina descartável de uma marca específica. Estão corretas apenas as afirmativas A) I e III. B) II e III. C) II e IV. D) III e IV. 825 - (CRF-SC - Operador de Computador - IESES/2012) Pra que serve um vereador? por César Cerqueira Disponível em Http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI3171-1-PRA+QUE+SERVE+UM+VEREADOR. Html/Acesso em 06 de outubro de 2012. (...) Mas se o prefeito e seus secretários planejam e coordenam toda a administração da cidade, o que sobre ao vereador, esse cargo que em 2012 será disputado por cerca de 440 mil pessoas? (Há mais candidatos a vereador do que a soma de budistas e judeus no Brasil segundo o Censo de 2010). A Constituição de 1988 ajudou a definir a função desses políticos, apontando suas comepetências genéricas. Segundo a Carta, as principais são legislar e fiscalizar. As leis que eles redigem e aprovam . 373 não podem contrariar as das esferas superiores (estadual e federal), mas podem regulamentar algumas coisas importantes, como restrições a fumo em locais fechados e regras para a venda de carne moída. Mas outras nem tanto, como o nome novo daquela rua que você nem sabe que existe. Na área de fiscalização, cabe a eles acompanhar gastos do município, avaliar ações do prefeito e cobrar trasnparência. Além disso, eles devem atuar como administradores das próprias Câmaras, e às vezes até como juízes, ao processar e julgar o prefeito e os próprios colegas em caso de irregularidades. Isso é o que diz a lei. No dia a dia, porém, a atividade que toma mais tempo dos vereadores é o atendimento de pedidos dos indivíduos, comunidades e outrosgrupos de eleições. Sabe aquelas faixam que dizem “Obrigado, vereador Fulano, por trazer o asfalto à comunidade da Vila Ribeirinha”? Pode ser asfalto, mas também pode ser emprego, remédios, óculos, dinheiro para pagar contas, material de construção. Ou seja, atender a demandas específicas e imediatas, sejam individuais ou coletivas. Isso é o que a maioria dos vereadores tenta fazer – até porque é justamente isso que os eleitores esperam dele. Uma pesquisa publicada pelo luperj (Instituto Universitário de Pesquisa do rio de Janeiro) em 2009 mostra como um vereador da zona oeste do Rio construiu sua fama a partir da manutenção de “centros sociais” privados, com 80 funcionários cada um, que ofereciam desde cursos de lambaeróbica até consultas médicas e jurídicas. O Brasil está cheio de exemplos assim. E como esas atividades não estão proibidas em lei – ao menos fora do período eleitoral -, é complicado dizer se isso é certo ou errado. “Medir o clientelismo, a troca de benefícios entre pessoas com diferentes níveis de poder, é muito difícil. A fronteira ética neste caso é muito borrada, porque, por mais que isso possa ter uma conotação negativa, o vereador é importante como canal para resolver problemas pontuais da população”, diz Felix Lopez, cientísta político do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Ele lembra que, afinal, esse é o representante político mais acessível ao cidadão comum. “A maioria dos eleitores acha inadequado o vereador dizer: “Meu papel é legislar e fiscalizar e não vou fazer isso que você está me pedindo”, afirma Lopez, coautor de um estudo que analisou em detalhes a rotina de vereadores de 12 cidades de Minas Gerais. Quando questionados sobre o que era mais importante em seu trabalho, 60% deles responderam que era “atender a pedidos individuais ou coletivos de eleitores” (...). Não por acaso, 44% deles disseram que essa era a atividade que mais ocupa seu tempo de trabalho. No estudo, os autores apontam três fatores que ajudam a explicar esse perfil assistencialista do vereador. Um deles é a natureza quase amadora da gestão municipal brasileira, baseada em redes de contato pessoal. Outro seria o tamanho relativamente pequeno dos municípios no país – nos 89% com menos de 50 mil habitantes, não existe mesmo tanta coisa sobre o que legislar. Inclusive, a maior parte das câmaras nessas cidades só tem uma ou duas sessões por semana. A última explicação seria o poder reduzido desses políticos: questões importantes, como a definição do orçamento, acabam na mão dos prefeitos. Para compensar e mostrar serviço na Câmara, os vereadores acabam sugerindo e aprovando um grande volume de leis que pouco ajudam a vida do cidadão (...) Analise as proposições a seguir e em seguida assinale a alternativa correta: I. O termo “isso”, destacado no terceiro parágrafo, retoma a expressão “pode ser asfalto, mas também pode ser emprego, remédio, óculos, dinheiro para pagar contas, material de construção”. II. No trecho: “Há mais candidatos a vereador do que a soma de budistas” temos a presença de palavras parônimas. II. Em: “consultas médicas e jurídicas”, as duas palavras acentuadas recebem acento pelo mesmo motivo. IV. O emprego dos parênteses no final do 1º parágrafo tem a função de indicar possibilidade alternativa de leitura. A) Apenas as assertivas II, III e IV estão corretas. B) Apenas as assertivas II e III estão corretas. C) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. D) Apenas a assertiva III está correta. . 374 826 - (MPE-RS - Técnico em Informática - Sistemas - MPE/2012) 01 02 03 04 05 06 0 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 A empresa de segurança móvel LookOut afirmou nesta segunda-feira que algumas redes de publicidade recolheram secretamente informações pessoais de usuários de aplicativos durante o ano passado e agora ________ acesso a milhões de smartphones em todo o mundo. Segundo a LookOut, essas práticas não regulamentadas estão em ________. Por essa razão, urge que desenvolvedores de aplicativos e anunciantes se unam na busca de soluções para que o consumidor não fique vulnerável a esse tipo de invasão. A empresa afirma que mais de 80 milhões de aplicativos que foram baixados carregam uma forma de anúncios invasivos que podem pegar os dados pessoais dos usuários a partir de telefones ou instalar software sem o conhecimento deles. Algumas redes mais agressivas conseguem até mesmo coletar endereços de e-mail ou números de telefone sem a permissão do usuário. As redes de publicidade atuam como intermediárias, ligando um grande número de anunciantes com editores de mídia. Os casos estão crescendo especialmente a partir da expansão da plataforma Android, do Google, onde aplicativos como o Angry Birds são distribuídos gratuitamente e financiados por meio de anúncios. As empresas de publicidade estão acompanhando de perto como o setor de anúncios móveis ________ representando uma oportunidade para novos fluxos de receita. Todavia, com consumidores cada vez mais conscientes das questões de privacidade, algumas dizem que práticas agressivas como essas poderiam ser ________ para o aumento da comercialização de smartphones. "Estamos vivendo os primórdios da publicidade móvel, e os modelos são muito similares aos da web, onde as práticas não são muito respeitosas", disse Anne Bezançon, presidente da Placecast, que fornece serviços baseados em localização de marketing, mas garante não vender as informações de seus 10 milhões de clientes. ―A experiência móvel é muito mais íntima e pessoal — um telefone é como se fosse uma extensão da pessoa. É o equivalente a alguém sussurrar em seu ouvido”, afirma Bezançon. Adaptado de:< http://oglobo.globo.com/tecnologia/empresadeseguranca-alerta-para-ameaca-privacidade-em-smartphones5429137>. Acesso em: 09 de julho de 2012. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 05, 07, 28 e 33, nesta ordem. A) têm – ascensão – vem – desastrosas B) tem – ascenção – vêm – desastrozas C) têm – ascensão – vem – desastrozas D) têm – ascenção – veem – desastrozas E) tem – ascenção – vêm – dezastrosas . 375 827 - (IFC - Auxiliar administrativo - IFC/2012) Assinale a opção em que todas as palavras são vocábulos de sentidos iguais ou aproximados: A) Escopo; Intento; Mira; Tronco. B) Adiado; Adiantado; Delongado; Moroso. C) Dúctil; Madeira; Lenha; Brando. D) Branco; Níveo; Cândido; Alvo. E) Tangerina; Bergamota; Jambo; Mexerica. 828 - (TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre ........................ praticar atividade física..........................benefícios para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para .......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avanço da idade. (Ciência Hoje, março de 2012) As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: A) porque … trás … previnir B) porque … traz … previnir C) porquê … tras … previnir D) por que … traz … prevenir E) por quê … tráz … prevenir 829 - (TST - Analista Judiciário - Contabilidade - FCC/2012) Intolerância religiosa Sou ateu e mereço o mesmo respeito que tenho pelos religiosos. A humanidade inteira segue uma religião ou crê em algum ser ou fenômeno transcendental que dá sentido à existência. Os que não sentem necessidade de teorias pra explicar a que viemos e para onde iremos são tão poucos que parecem extraterrestres. Dono de um cérebro com capacidade de processamento de dados incomparável na escala animal ao que tudo indica só o homem faz conjecturas sobre o destino após morte. A possibilidade de que a última batida do coração decrete o fim do espetáculo é aterradora. Do medo e do inconformismo gerado por ela, nasce a tendência de acreditar que somos eternos, caso único entre os seres vivos. Todos os povos que deixaram registros manifestaram a crença de que sobreviveriam à decomposição de seus corpos. Para atender esse desejo o imaginário humano criou uma infinidade de deuses e paraísos celestiais. Jamais faltaram, entretanto, mulheres e homens avessos à interferências mágicos em assuntos terrenos. Perseguidos e assassinados no passado para eles a vida eterna não faz sentido. Não se trata de opção ideológica: o ateu não acredita porque simplesmente não consegue. O mesmo mecanismo intelectual que leva alguém a crer leva outro a desacreditar. Os religiosos que têm dificuldade para entender como alguém pode discordar de sua cosmovisão devem pensar que eles também são ateus quando confrontados com crenças alheias. O ateu desperta a ira dos fanáticos porque aceitá-lo como ser pensante obriga-os a questionar suas próprias convicções. Não é outra a razão que os fez apropriar-se indevidamente das melhores qualidades humanas e atribuir as demais às tentações do Diabo. Generosidade, Solidariedade e compaixão e amor ao próximo constituem reserva de mercado dos tementes a Deus, embora em nome dele sejam cometidas as maiores atrocidades. Fui educado para respeitar as crenças de todos, por mais bizarras que a mim pareçam. Se a religião ajuda uma pessoa a enfrentar suas contradições existenciais seja bem-vinda desde que não a torne intolerante, autoritária e violenta. Quanto aos religiosos, leitor, não os considero iluminados nem crédulos, superiores ou inferiores os anos me ensinaram a julgar os homens por suas ações não pelas convicções que apregoam. (Drauzio Varella, Folha de São Paulo, 21/04/2012) 1) Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: A) O texto é polêmico, de vez que, busca estabelecer um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra dominam as paixões, já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto do conhecimento verdadeiro. B) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer, um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra dominam as paixões; já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto do conhecimento verdadeiro. . 376 C) O texto é polêmico, de vez que: busca estabelecer um equilíbrio de julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões já que tanto a religião, como a ciência, advogam para si mesmas o estatuto do conhecimento verdadeiro. D) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer um equilíbrio de julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões, já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas o estatuto do conhecimento verdadeiro. E) O texto é polêmico de vez, que busca estabelecer um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra, dominam as paixões já que, tanto a religião como a ciência, advogam, para si mesmas, o esta- tuto do conhecimento verdadeiro. 830 - (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. . 377 Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. . 378 Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201 -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. [Texto 2] No fragmento acima, o uso de vírgulas limitando a oração adjetiva produz um efeito semântico que pode ser descrito da seguinte maneira. A) Embora saiba o que dizem a respeito dela, Isaura continua se considerando uma escrava. B) Se Isaura não se queixa é porque reconhece o valor de seus dotes e vantagens no tipo de sociedade da época. C) Ainda que Isaura seja uma escrava, os atributos e as vantagens tornaram-na grata pelo que lhe deram. D) Mesmo conhecendo o que dizem a respeito dela, Isaura não compartilha do valor que a sociedade dá aos seus dotes e às suas vantagens. E) À medida que considera seus dotes e atributos, Isaura se sente impedida de reclamar, porque conhece seu lugar de escrava. 821. Resposta “ERRADA” Após a Segunda Guerra Mundial, os movimentos nacionalistas e independentistas que vinham se firmando desde o período 19 entre-guerras ganharam força tanto na África quanto na Ásia. " "Os movimentos nacionalistas e independentistas" é o sujeito de "ganharam força tanto na África quanto na Ásia." 822 - Resposta “B” SEU = pode ser empregado como pronome possessivo ou como substantivo masculino (forma utilizada na questão acima). Observe abaixo um pouco do que diz o dicionário Houaiss sobre a utilização da palavra SEU como substantivo masculino. Seu, senhor ('tratamento respeitoso') (Empregado diante de nome de pessoa, ou de outro axiônimo, ou de palavra designativa de profissão.) (seu Joaquim) (seu doutor) (seu delegado). GRAM fem.: sinhá, sinha, siá, sia, senhora. Uso empregado também com valor afetivo (seu bobinho!), de forma jocosa (p. ex.: aposto que seu Tiago saberá a resposta - sendo Tiago uma pessoa jovem) ou disfêmica (seu pateta!), ou, ainda, com matiz interjetivo (tinha coragem de me enfrentar nada, seu!); nestes casos, há no Brasil os fem. sua, senha, sinha. 823 - Resposta”D”. A) Diante da paralização das atividades dos agentes dos correios, pede-se a compreenção de todos, pois ouve exceções na distribuição dos processos. (paralisação - compreensão - houve) B) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo será feito mediante sorteio, para que não ocorra descriminação. (revezamento - funcionários - discriminação) C) Durante o período de recessão, os chefes serão encumbidos de controlar a imissão de faxes e copias xerox. (incumbidos - emissão - cópias) D) A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo ocorrendo com os casos de rescisão contratual. E) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia, para que o jovem haja sempre de acordo com a lei. (adolescência - aja) . 379 824 - Resposta “C”. A palavra “gilete” significa apenas uma lâmina de barbear, já a palavra “Gillette” está diretamente relacionada a uma marca de lâminas de barbear, escreve-se com letra maiúscula porque trata-se de um nome próprio. 825 - Resposta “D” As palavras a e há são HOMÓFONAS (Homo: IGUAIS; Fonas: SOM) ou seja, tem GRAFIAS DIFERENTES mas possuem o MESMO SOM. O Há descrito no texto vem do verbo Haver, no sentido de existir. e o "a" não é considerado uma palavra e sim é um artigo! Por isso a opção 2 está errada. Parônimos comparam palavras, e não palavras e conjunções, palavras e artigo, etc. 826 - Resposta “A” têm (ees) – ascensão – vem (ele)– desastrosas (na palavra desastrosas não há a utilização da consoante z). 827 - Resposta “D” Nesta alternativa todas as palavras significam algo claro, branco. 828 - Resposta “D” Por que - equivale a "por qual razão"; Traz -na oração o "traz" está no sentido de trazer, portanto com Z sem acento pois acentua-se os monossílabos tônicos apenas se estes terminarem com A,E,O (s). Trás - com S apenas se a oração der por entender que o "trás" está em sentido de posição posterior. 829 - Resposta “D” O texto é polêmico, (vírgula separa orações coordenadas) de vez que busca estabelecer um equilíbrio de julgamento num terreno em que, via de regra, (vírgula separa adjun adv deslocado) dominam as paixões, (vírgula separa oração principal de oração subord. adv causal) já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas o estatuto do conhecimento verdadeiro. 830 - Resposta “D” Apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. REESCREVENDO :o que quero dizer com isto é ISSO(conjunção integrante) ,apesar de todos esses dotes e vantagens(aposto isolado por vírgulas), O QUAL (pronome relativo-retoma o QUE conjunção integrante).... Oração subordinada adjetiva restritiva, que se encontra na Letra D... 831 - (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) . 380 Tales Castelo Branco. Todo réu pode ter defesa. Internet: http://super.abril.com.br (com adaptações) Julgue os próximos itens com base na estrutura morfossintática do texto. A omissão da vírgula empregada após a palavra “defesa” (L.7) acarretaria incorreção gramatical. Certo ( ) Errado ( ) 832 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Observe o texto dos quadrinhos. . 381 Considerando a norma-padrão de pontuação e de emprego dos pronomes de tratamento, assinale a alternativa que expressa com correção a notícia dada pelo repórter, à vista do texto dos quadrinhos. A) Em sua entrevista, Sua Senhoria o vereador Formigão declara que: a crise continua e ele, também – pois são inseparáveis. B) Em sua entrevista, Vossa Senhoria o ministro Formigão declara que, a crise continua, e ele também: pois são inseparáveis. C) Em sua entrevista, Vossa Excelência o deputado Formigão, declara que a crise continua e ele, também; pois são inseparáveis. D) Em sua entrevista, Sua Excelência, o senador Formigão, declara que a crise continua, e ele, também, pois são inseparáveis. E) Em sua entrevista Sua Excelência o Diretor-Presidente da empresa Formigão, declara que a crise continua; e ele também, pois, são inseparáveis. 833 - (IFC - Auxiliar administrativo - IFC/2012) Assinale dentre as alternativas a frase que apresenta pontuação adequada: A) Mãe, venha até meu quarto. B) Curitiba 27 de outubro de 2012. C) O menino, sentia-se mal. D) Onde estão os nossos: pais, vizinhos. E) Assim permite-se roupas, curtas. 834 - (IFC - Auxiliar administrativo - IFC/2012) Assinale a opção em que o uso da vírgula é utilizado em uma expressão conclusiva. A) O tempo está feio, isto é, choverá ainda esta manhã. B) Daqui a pouco, iremos todos ao mercado. C) O tempo está feio, portanto, choverá em breve. D) Gabriela, a bonita garota, está cheia de alegria. E) Cheios de esperança, os meninos saíram alegres. 835 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning” . Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. . 382 Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem, (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) Atente para as afirmações abaixo sobre a pontuação empregada no texto. I . Em “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?” (1º parágrafo), a vírgula poderia ser substituída por dois-pontos sem prejuízo para o sentido e a correção, II . Em Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito... (2º parágrafo), o travessão poderia ser substituído por uma vírgula sem prejuízo para a correção. III . Em Suas emoções estão à flor da peie e eles as manifestam sempre que as sentem (3º parágrafo), uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois da palavra pele, sem prejuízo para a correção. Está correto o que se afirma em A) I, somente. B) II e III, somente. C) I e III, somente. D) II, somente. E) I, II e III. 836 - (TST - Analista Judiciário - Contabilidade - FCC/2012) Intolerância religiosa Sou ateu e mereço o mesmo respeito que tenho pelos religiosos. A humanidade inteira segue uma religião ou crê em algum ser ou fenômeno transcendental que dê sentido à existência. Os que não sentem necessidade de teorias para explicar a que viemos e para onde iremos são tão poucos que parecem extraterrestres. Dono de um cérebro com capacidade de processamento de dados incompatível na escala animal, ao que tudo indica só o homem faz conjecturas sobre o destino depois da morte. A possibilidade de que a última batida do coração decrete o fim do espetáculo é aterradora. Do medo e do inconformismo gerado por ela, nasce a tendência a acreditar que somos eternos, caso único entre os seres vivos. Todos os povos que deixara, registros manifestaram a crença de que sobreviveriam à decomposição de seus corpos. Para atender esse desejo, o imaginário humano criou uma infinidade de deuses e paraísos celestiais. Jamais faltaram, entretanto, mulheres e homens avessos a interferências mágicas em assuntos terrenos. Perseguidos e assassinados no passado, para eles a vida eterna não faz sentido. Não se trata de opção ideológica: o ateu não acredita simplesmente porque não consegue. O mesmo mecanismo intelectual que leva alguém a crer leva o outro a desacreditar. Os religiosos que têm dificuldade para entender como alguém pode discordar de sua cosmovisão devem pensar que eles também são ateus quando confrontados com crenças alheias. O ateu desperta a ira dos fanáticos, porque aceitá-lo como ser pensante obriga-os a questionar suas próprias convicções. Não é outra a razão que os fez apropriar-se indevidamente das melhores qualidades humanas e atribuir as demais às tentações do Diabo. Generosidade, solidariedade, compaixão e amor ao próximo constituem reserva de mercado dos tementes a Deus, embora em nome Dele sejam cometidas as piores as piores atrocidades. Fui educado para respeitar as crenças de todos, por mais bizarras que a mi pareçam. Se a religião ajuda uma pessoa a enfrentar sujas contradições existenciais, seja bem-vinda, desde que não a torne intolerante, autoritária ou violenta. Quanto aos religiosos, leitor, não os considero iluminados nem crédulos, superiores ou inferiores, os anos me ensinaram a julgar os homens por suas ações, não pelas convicções que apregoam. (Drauzio Varella, Folha de S. Paulo, 21/04/2012) . 383 Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: A) O texto é polêmico, de vez que, busca estabelecer um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra dominam as paixões, já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto do conhecimento verdadeiro. B) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer, um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra dominam as paixões; já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto do conhecimento verdadeiro. C) O texto é polêmico, de vez que: busca estabelecer um equilíbrio de julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões já que tanto a religião, como a ciência, advogam para si mesmas o estatuto do conhecimento verdadeiro. D) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer um equilíbrio de julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões, já que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas o estatuto do conhecimento verdadeiro. E) O texto é polêmico de vez, que busca estabelecer um equilíbrio de julgamento, num terreno em que via de regra, dominam as paixões já que, tanto a religião como a ciência, advogam, para si mesmas, o esta- tuto do conhecimento verdadeiro. 837 - (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico . 384 intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais . 385 alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201 -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. [Texto 2] No fragmento acima, o uso de vírgulas limitando a oração adjetiva produz um efeito semântico que pode ser descrito da seguinte maneira. A) Embora saiba o que dizem a respeito dela, Isaura continua se considerando uma escrava. B) Se Isaura não se queixa é porque reconhece o valor de seus dotes e vantagens no tipo de sociedade da época. C) Ainda que Isaura seja uma escrava, os atributos e as vantagens tornaram-na grata pelo que lhe deram. D) Mesmo conhecendo o que dizem a respeito dela, Isaura não compartilha do valor que a sociedade dá aos seus dotes e às suas vantagens. E) À medida que considera seus dotes e atributos, Isaura se sente impedida de reclamar, porque conhece seu lugar de escrava. 838 - (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 O exercício da advocacia criminal constitui instrumento de equilíbrio social. Não haveria paz e tranquilidade se os julgamentos fossem realizados sem leis antecipadamente organizadas e se os réus — por mais graves que fossem os crimes cometidos — pudessem ser condenados sumariamente sem defesa. Quando se fala em defesa, trata-se da ampla defesa, que abrange o direito de recorrer, quando a decisão não for favorável. O recurso ampara-se em dois fundamentos de natureza psicológica. De um lado, o sentimento inato, inerente ao gênero humano, de inconformidade com a derrota. De outro, a certeza universal da falibilidade humana. Daí o impulso existencial legítimo de ver um julgamento desfavorável reexaminado, de preferência por quem lhe pareça mais qualificado por melhores dotes de sabedoria e experiência, e mesmo, ainda que por simples presunção, por melhores valores culturais e morais. Se, na vida, recorrer ao amparo dos nossos semelhantes é uma necessidade, a lei não poderia deixar de acolher a utilização de recursos para o seu trato diário, como uma forma de ver-se prestigiada, ou seja, para que as partes envolvidas no processo se sintam amparadas, com a sensação de que a decisão foi, tanto quanto possível, devidamente apreciada, imparcial e justa. Tales Castelo Branco. Todo réu deve ter defesa. Internet: <http://super.abril.com.br> (com adaptações). Tales Castelo Branco. Todo réu pode ter defesa. Internet: http://super.abril.com.br (com adaptações) . 386 Julgue os próximos itens com base na estrutura morfossintática do texto. A omissão da vírgula empregada após a palavra “defesa” (L.7) acarretaria incorreção gramatical. Certo ( ) Errado ( ) 839 - (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM - 2012) Observe as sentenças abaixo. I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam. II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo-nos inimigas desde aquele episódio. III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável. O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma culta da língua portuguesa em: A) apenas uma das sentenças B) apenas duas das sentenças. C) nenhuma das sentenças. D) todas as sentenças. 840 - (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE-2012) 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. . Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela. Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro dizer "não" ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. E isso faz com que as redes de "seguidores" e "seguidos" de alguém possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus 387 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. amigos tinham começado a se comunicar entre si independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre si. Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-estamudandoamizade-619645.shtml>. Acesso em: 1º de outubro de 2012. Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que se referem. I. No segmento que nascem (L. 15), a palavra que se refere a amizades (L. 14). II. O segmento elos fracos (L. 20) retoma o segmento uma forma superficial de amizade (L. 11-12). III. Na frase Nós não nos conhecemos (L. 46), o pronome Nós refere-se aos pronomes eu (L. 45) e você (linha 45). Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) I, II e III. 831 - Resposta “ CERTA” Esta é uma oração subordinada adverbial deslocada iniciando oração a vírgula é obrigatória. Sendo assim, acarretaria prejuízo gramatical a retirada da vírgula. 832 - Resposta “D” O pronome de tratamento Vossa Excelência e Sua Excelência tem uso distinto. Vossa Excelência = usar para falar com a autoridade. Sua Excelência = usar para falar da autoridade. Logo, não poderia ser a letra d ou e devido à uniformidade de tratamento. a) Se tiver adjunto adverbial deslocado, a vírgula é obrigatória, exceto se for de curta extensão (formada por 1 ou 2 palavras) Em sua entrevista, Sua Excelência... b) correta c) o vereador Formigão é aposto explicativo, logo deveria estar entre vírgulas, e não se admite usar travessão antes do "pois". 833 - Resposta “A” A vírgula aqui, está corretamente empregada pois trata-se de um Vocativo, um “chamamento” . 834 - Resposta “C” "Portanto" é uma conjunção coordenada conclusiva. O objetivo dela é trazer duas ideias, fazendo da segunda uma conclusão da primeira. Outras do mesmo valor semântico: Logo, por isso, então... . 388 835 - Resposta “B” VÍRGULA ( , ) É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática. TRAVESSÃO ( - ) a) dar início à fala de um personagem Ex.: O filho perguntou: - Pai, quando começarão as aulas? b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos - Doutor, o que tenho é grave? - Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom c) unir grupos de palavras que indicam itinerário Ex.: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado. Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe. 836 - Resposta “D” É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados, apesar de participarem da mesma frase ou oração, não formam uma unidade sintática. Utilizada para isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo. (via de regra). 837 - Resposta “D” Mesmo sabendo que possuía dotes diferentes dos demais, ela sabia que ainda assim era uma escrava. 838 - Resposta “CERTA” Quando se fala em defesa, trata-se da ampla defesa, que abrange o direito de recorrer, quando a decisão não for favorável. -Com a vírgula depois da segunda aparição de "defesa" temos Oração Principal e Oração Subordinada Adverbial Adjetiva EXPLICATIVA. Tirandoa a vírgula: Quando se fala em defesa, trata-se da ampla defesa que abrange o direito de recorrer, quando a decisão não for favorável. Temos: Oração Principal e Oração Subordinada Adverbial Adjetiva RESTRITIVA. 839 - Resposta: “B” Não se usa artigo definido entre o pronome ora em discussão (cujo) e o substantivo subsequente. Por isso o número III está incorreta. 840 - Resposta “ E” Todas as alternativas estão corretas e descritas no texto, essa é a ideia principal do autor. 841 - (PC/MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012) Observe a charge a seguir. . 389 Em relação à charge acima, assinale a afirmativa inadequada. A) A fala do personagem é uma modificação intencional de uma fala de Cristo. B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a pessoas distintas. C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no poder. D) A posição dos braços do personagem na charge repete a de Cristo na cruz. E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de forma equilibrada. 842 - (IFC - Auditor - IFC/2012) Leia o poema, do escritor modernista, Oswald de Andrade: Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. Assinale a alternativa INCORRETA referente ao uso da colocação pronominal: A) é aceitável utilizar a próclise na liberdade poética. B) mostra no poema os distintos usos do pronome. C) o pronome antes do verbo não é aceitável gramaticalmente. D) afirma que não há normas para o uso de pronomes. E) há transformação no uso do pronome. 843 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Texto associado à questão Ver texto associado à questão ... tudo sobrevive em Caymmi ... (3º parágrafo) 0 pronome grifado acima A) indica a presença de alguns temas, sobretudo ligados ás festividades da Bahia, que despertavam a curiosidade de alguns cantores nessa época. B) acentua a importância de Caymmi como um famoso compositor do rádio, o meio de divulgação mais conhecido no Rio de Janeiro. C) demonstra as influências recebidas por Caymmi de cantores famosos no Rio de Janeiro, que garantiram o sucesso de suas músicas. D) refere-se a presença dos diferentes elementos que serviram de inspiração para outros compositores, que também faziam sucesso no rádio. E) sintetiza a sequência, que vinha sido apresentada, dos temas referentes à Bahia abordados por Caymmi em suas músicas. 844 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Texto associado à questão Ver texto associado à questão A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada corretamente em: A) devoram alegremente a comida = devoram-a alegremente B) fazer alguma coisa = fazê-la C) metem o nariz = metem-lhe D) não compartilham [...] As nossas inibições = não lhes compartilham E) verbaliza um anseio = verbaliza-lo . 390 845 - (PC/MA - Delegado de Polícia - FGV/2012) Policial - mediador de conflitos No momento em que começa a existir essa transformação política e social, a compreensão da sociedade com um ambiente conflitivo, no qual os problemas da violência e da criminalidade são complexos, a polícia passa a ser demandada para garantir não mais uma ordem pública determinada mas sim os direitos, como está colocado na constituição de 88. Nesse novo contexto, a ordem pública passa a ser definida também no cotidiano, exigindo uma atuação estatal mediadora dos conflitos e interesses difusos e, muitas vezes, confusos. Por isso, a democracia exige justamente uma função policial protetora de direitos dos cidadãos em um ambiente conflitivo. A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas, ou seja, o policial, quando sai para a rua, não sabe o que vai encontrar diretamente; ele tem uma ação determinada fazer e entra num campo de conflitividade social. Isso exige não uma garantia da ordem pública, como na polícia tradicional, sustentada somente nas ações repressivas, pelas quais o ato consiste em reprimir para resolver o problema. O campo de garantia de direitos exige uma ação mais preventiva, porque não tem um ponto determinado e certo para resolver. (Azor Lopes da Silva Junior) "No momento em que começa a existir essa transformação política e social, a compreensão da sociedade como um ambiente conflitivo, no qual os problemas da violência e da criminalidade são complexos(...)" A presença do pronome demonstrativo essa na primeira frase desse segmento mostra que A) a transformação aludida está presente no momento em que o texto foi composto. B) esse segmento do texto não é o segmento inicial, já que se refere a algo dito antes. C) a transformação política e social acontecerá em futuro próximo. D) o autor apresenta uma visão depreciativa sobre a transformação referida. E) o autor do texto considera a transformação algo conhecido de todos. 846 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que os pronomes estão empregados e colocados na frase de acordo com a norma-padrão. A) Nos surpreende, a cada dia, constatar a invasão das milícias, que espalham-se pelas favelas, ditandoas suas leis. B) Depois de invadir vários territórios da cidade, as milícias dominaram eles e ali instalaram-se. C) Há candidatos que usam as gangues: as procuram movidos pelo interesse em ter elas como aliadas. D) Quase nunca vê-se reação das comunidades diante do terror que as milícias as impõem. E) Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder; consolidam-no pela prática do terror. 847 - (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que os pronomes estão empregados e colocados na frase de acordo com a norma-padrão. A) Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder; consolidam-no pela prática do terror. B) Nos surpreende, a cada dia, constatar a invasão das milícias, que espalham-se pelas favelas, ditandoas suas leis. C) Quase nunca vê-se reação das comunidades diante do terror que as milícias as impõem. D) Há candidatos que usam as gangues: as procuram movidos pelo interesse em ter elas como aliadas. E) Depois de invadir vários territórios da cidade, as milícias dominaram eles e ali instalaram-se. 848 - (PM/RJ - Oficial da Polícia Militar - Inglês - IBFC/2012) Texto I A vida no lixão de Gramacho - RJ Considerado o maior aterro sanitário da América Latina, o Lixão de Gramacho é conhecido pelos seus diversos catadores e pelas histórias que ali com eles vivem. Histórias das Ruas foi até lá para conhecer um pouco dessa realidade e poder trazer para vocês alguns fatos que não apenas chocam mas incomodam até mesmo os mais desinteressados. O Lixão se localiza no bairro do Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias. O local recebe mais de 7 mil toneladas de lixo por dia. O bairro possui 20 mil habitantes que vivem na miséria e mais de 50% da população tiram sua renda da reciclagem de lixo que catam no aterro. . 391 As pessoas que vivem trabalhando com a reciclagem moram ao redor do aterro, em barracos de madeiras e papelão, em meio a muita lama e lixo, muito lixo. [...] Adentramos a favela e, tudo o que eu via, me impressionava muito. Mesmo não sendo a rampa (nome dado à montanha de lixo que é localizada dentro do aterro), a quantidade de lixo diante dos meus olhos era extremamente exagerada. Ficava difícil até ver o chão, forrado de lixo. Durante a nossa caminhada, João [um dos catadores] me explicou como era a vida no Lixão. “Aqui nós trabalhamos para duas empresas que são donas de todo esse lixo. Não podemos trabalhar por conta própria. Enquanto eles se enriquecem com esse lixo que nós catamos e reciclamos, nós vivemos assim, nessa situação.” O cenário daquela comunidade era praticamente um cenário de guerra. Carros tombados, pessoas com semblantes muito sofridos e crianças carregando crianças. O cheiro era muito forte, também devido à quantidade enorme de porcos que viviam no meio do monte de lixo, porcos que dividiam o espaço onde as crianças da comunidade brincavam. Além disso, percebi que não havia saneamento no local. Perguntei ao Sr. João se ele fazia ideia de quantas crianças viviam lá e ele me respondeu: “Não tem como ter ideia disso. São realmente muitas crianças que vivem no meio desse lixo e cada vez mais aumenta o número delas.”[...] Conversei com muitas pessoas e pude perceber que a maioria não queria contar a sua história de vida. Percebi que quase ninguém gostava de tocar no assunto de como foi parar ali; era um assunto que incomodava a todos e espalhava certa tristeza no ar, tristeza muito mais nítida do que a pobreza em que eles vivem. O Lixão será desativado até o dia 03/06. Para mim, ficou evidente que aquelas pessoas que vivem lá dependem daquele lixo para sobreviver, pois é de onde tiram o próprio sustento. Com todos os moradores que eu consegui conversar, perguntei o que eles iriam fazer e para onde pensarão ir depois que o Lixão fosse desativado. A resposta era sempre a mesma: “Não sabemos, estamos esperando o governo decidir o que vai fazer com todo mundo que mora aqui.” Alguns até disseram estar tristes devido ao fato de que o lixão iria fechar.[...] No dia seguinte, voltando para São Paulo, vi algumas notícias em jornais de grande circulação em todo o país dizendo que o fim do Lixão de Gramacho marca um novo começo, uma nova vida para os moradores de lá. Fiquei chocado! Como a imprensa, que tem como principal missão reportar a verdade dos fatos com espírito crítico, pode manipulá-los a ponto de “sugerir” que o mal é um bem? (Fonte: www.historiasdasruas.com/2012 ) “Histórias das Ruas foi até lá para conhecer um pouco dessa realidade” O pronome em destaque presente no trecho acima, foi usado em uma referência: A) Textual retomando uma ideia que já foi expressa. B) Espacial apontando para uma realidade próxima ao interlocutor. C) Temporal uma vez que revela uma realidade futura. D) Textual antecipando uma ideia que será expressa. 849 - TRF/4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012 Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo, Ivan Lermolieff, e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. Somente alguns anos depois, o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. De fato, tratava-se do italiano Giovanni Morelli. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje. Os museus, dizia Morelli, estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo- nos frente a obras não assinadas, talvez repintadas ou num mau estado de conservação. Nessas condições, é indispensável poder dintinguir os originais das cópias. Para tanto, porém, é preciso não se basear, como normalmente se faz, em características mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros. Pelo contrário, é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés. Com esse método, Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa. . 392 Apesar dos resultados obtidos, o método de Morelli foi muito criticado, talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto. Posteriormente foi julgado mecânico, grosseiramente positivista, e caiu em descrédito. Por outro lado, é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E. Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os pormenores, de preferência à obra em seu conjunto. Em Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio, assimilado por ele na juventude, em contato com os círculos românticos berlinenses. (Adaptado de Carlo Ginzburg. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. S.Paulo: Cia. das Letras, 1989, p.143-5) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em: A) devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor = devolver-lhe cada quadro B) dintinguir os originais das cópias = distinguir-lhes das cópias C) que suscitou [...] Reações contrastantes = que as suscitou D) propunham um novo método = propunham-no E) examinar os pormenores = examiná-los 850 - (ANAC - Técnico Administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7,65% em setembro desde ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições, em 2000. De janeiro a setembro de 2012, a demanda acumulada apresentou crescimento de 7,30% e a oferta ampliou-se em 5,52% em relação ao mesmo período de 2011. Entretanto, a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK), no mês de setembro, apresentou queda de 2,13%, após oito anos consecutivos de crescimento, sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 75,57% em setembro de 2012, enquanto, no mesmo mês, em 2011, essa taxa foi de 68,71%, o que representou uma melhora de 9,99%. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. De janeira a setembro de 2012, a taxa de ocupação cresceu 1,69%, passando de 70,81%, em 2011, para 72,01%, em 2012. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados por empresas brasileiras alcançou 82,80% em setembro de 2012, ao passo que, no mesmo mês, em 2011, a taxa foi de 82,60%, o que representa uma variação positiva de 0,23%. Entretanto, a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2,43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. Internet: www.anac.gov.br (com adaptações). Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. O pronome “essa” (L.10) está empregado em referência à informação “queda de 2,13%” (L.9). Certo ( ) Errado ( ) . 393 841 - Resposta “B” Mas que eles(sujeito 1) sabem oque fazem isso eles(sujeito 1) sabem 842 - Resposta “D” Os pronomes são os átonos me, te, se, o, a, os, as, lhe, lhes, nos, vos. Eles sempre estão vinculados a um verbo e, de acordo com a posição, recebem a seguinte classificação: Próclise (antes do verbo): A pessoa não se feriu. Ênclise (depois do verbo): A pessoa feriu-se. Mesóclise (no meio do verbo): A pessoa ferir-se-á. 1 Não iniciar período com pronome átono Quando o verbo está abrindo um período, os pronomes átonos não podem ser colocados antes do verbo. Com isso, a próclise é proibida, será feito uso da mesóclise ou da ênclise. Exemplos: Diga-me toda a verdade. Recomenda-se cautela. Pedir-se-á silêncio. 2 Respeitar as palavras atrativas Há palavras e expressões que exigem que o pronome seja colocado antes do verbo. Nasce, assim, o uso obrigatório da próclise graças às palavras atrativas (confira a lista de palavras atrativas ao final do texto). Exemplos: Não se faz isso. Aqui se canta, lá se chora. Sei que se alcançará o resultado desejado. 3 Não colocar pronomes átonos após o particípio O correto é analisar cada situação para observar o lugar adequado, mas nunca após o particípio. Exemplos: Tínhamos nos referido ao caso certo. Havia-me pedido algo impossível. Tinham se queixado ao guarda. 4 Não colocar pronomes átonos após verbos conjugados no futuro do indicativo A depender do caso, caberá a mesóclise ou a próclise, mas nunca após o futuro do indicativo. Exemplos: Não se queixará novamente disso. Ver-se-á o valor novamente. Sabemos que se reverterá a situação. Detalhe Na língua portuguesa, a palavra “se” pode ser conjunção ou pronome átono e há situações em que ambos podem muito corretamente aparecer na mesma construção, cada um exercendo seu papel. Exemplos: Ele não sabia se se queixava comigo ou com você. Tudo ficará melhor se se dispuserem a ajudar. A mulher não conseguiu pensar se se mantinha calada ou gritava. Lista das palavras atrativas a) palavras com sentido negativo: não, nunca, jamais, ninguém, nada, nenhum, nem, etc. Exemplo: Nunca se meta em confusões. b) advérbios (sem vírgula): aqui, ali, só, também, bem, mal, hoje, amanhã, ontem, já, nunca, jamais, apenas, tão, talvez, etc. Exemplo: Ontem a vi na aula. Com a vírgula, cessa a atração: Ontem, vi-a na aula. Aqui, trabalha-se muito. c) pronomes indefinidos: todo, tudo, alguém, ninguém, algum, etc. Exemplo: Tudo se tornou esclarecido para nós. d) pronomes ou advérbios interrogativos (o uso destas palavras no início da oração interrogativa atrai o pronome para antes do verbo): O que ? Quem ? Por que ? Quando ? Onde ? Como ? Quanto ? Exemplo: Quem a vestiu assim? e) pronomes relativos: que, o qual, quem, cujo, onde, quanto, quando, como. Exemplo: Havia duas ideias que se tornaram importantes. f) conjunções subordinativas: que, uma vez que, já que, embora, ainda que, desde que, posto que, caso, contanto que, conforme, quando, depois que, sempre que, para que, a fim de que, à proporção que, à medida que, etc. Exemplo: Já era tarde quando se notou o problema. g) em + gerúndio: deve-se usar o pronome entre “em” e o gerúndio. Exemplo: Em se tratando de corrupção, o Brasil tem experiência. 843 - Resposta “E” “tudo” significa: pronome indefinido. A totalidade, a universalidade de coisas e pessoas: tudo passa na vida; mulheres e homens, crianças e velhos, tudo resvalou no sorvedouro da eternidade. Dentro do contexto, o autor utilizou este pronome para sintetizar o assunto que havia falado antes. 844 - Resposta “B” fazer Alguma coisa = fazê-la (esta é a afirmativa correta, porque se utiliza "la" após verbos terminados em "r,s ou z"; . 394 845 - Resposta “B” O pronome demonstrativo "essa" exerce função coesiva anafórica, visto que se refere a elementos ditos anteriormente à sua utilização. 846 - Resposta “E” Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder; consolidam-no pela prática do terror. Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder; Certos verbos da Língua Portuguesa expressam, na sua forma infinitiva, a ideia de ação reflexiva. Para indicar que o objeto da ação é a mesma pessoa que o sujeito que a pratica, é obrigatória a concordância em pessoa entre o pronome reflexivo e a pessoa à qual se refere. O pronome "se" torna-se, portanto, parte integrante dos verbos reflexivos. ...consolidam-no pela prática do terror. Em verbos terminados em -am, -em, -ão e -õe os pronomes se tornam no(s), na(s). 847 - Resposta “A” Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder; consolidam-no pela prática do terror. Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder; Certos verbos da Língua Portuguesa expressam, na sua forma infinitiva, a ideia de ação reflexiva. Para indicar que o objeto da ação é a mesma pessoa que o sujeito que a pratica, é obrigatória a concordância em pessoa entre o pronome reflexivo e a pessoa à qual se refere. O pronome "se" torna-se, portanto, parte integrante dos verbos reflexivos. ...consolidam-no pela prática do terror. Em verbos terminados em -am, -em, -ão e -õe os pronomes se tornam no(s), na(s). 848 - Resposta “A” ESSE: é retomando, ou seja, referindo-se ao passado ESTE: é antecipando uma ideia que será expressa 849 - Resposta “B” a) devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor = devolver-lhe cada quadroCORRETO. Quando a substituição do termo sublinhado se adequar a forma " A ELE" o pronome "lhe" estará correto. b) dintinguir os originais das cópias = distinguir-lhes das cópiasINCORRETO. O verbo exige como complemento um OD e em todo verbo transitivo direto terminado em R, S e Z usa-se as formas LO, LA, LOS, LAS. c) que suscitou [...] reações contrastantes = que as suscitouCORRETO. O verbo exige como complemento um OD d) propunham um novo método = propunham-noCORRETO. Verbo que exige um OD, na forma no, na, nos, nas e) examinar os pormenores = examiná-losCORRETO. O verbo exige um OD e que o pronome seja empregado na forma LO, LA, LOS, LAS, devido a sua terminação. 850 - Resposta “CERTA” Avaliando o pronome demonstrativo “essa” : “Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto, neste caso, a informação “queda de 2,13%”. Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, tempo ou discurso.” 851 - (TJ/RR - Auxiliar Administrativo - CESPE/2012) 1 4 7 10 . Os idosos que participam do projeto Cabelos de Prata, mantido pela Prefeitura de Boa Vista, estão sendo estimulados a assistir sessões de cinema. O objetivo dessa atividade é fortalecer o vínculo comunitário do idoso, por meio de ações integrativas como a participação em manifestações artísticas e culturais. Segundo o coordenador do projeto, esses eventos são importantes para a valorização da terceira idade no meio social e familiar. O coordenador ressalta, ainda, que os principais objetivos 10 desse projeto são, além de proporcionar momentos de lazer e entretenimento aos participantes, fazer que eles exercitem a 395 13 cidadania e contribuir para a elevação da autoestima, autonomia e independência diante da comunidade — o que reverterá em melhoria da qualidade de vida dessa população. Internet: www.bvnews.com.br (com adaptações) Em relação às ideias e às estruturas gramaticais do texto acima, julgue os itens a seguir. O pronome “esses” (L.7) está empregado em referência a “manifestações artísticas e culturais” (L.6). Certo ( ) Errado ( ) 852 - (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Instrução: Leia o texto para responder às questões. Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu; estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz, lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra, durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos. E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores, recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto. Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa Moreninha, princesa daquela festa. (Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.) Assinale a alternativa em que a eliminação do pronome em destaque implica, contextualmente, mudança do sujeito do verbo. A) Ali vê-se um ataviado dandy [...]. B) [...] Aqui uma, cantando suave cavatina, eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos [...]. C) O velho lembra-se dos minuetes e das cantigas do seu tempo [...]. D) [...] Mesmo na ocasião em que a moça se espicha completamente [...]. E) [...] Daí a pouco vão outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala [...]. 853 - (UNIFESP - Vestibular - Conhecimentos Gerais - VUNESP/2012) Examine a tira. Bastante comum na fala coloquial, o modo de se empregar o pronome na fala da personagem – Maneiro encontrar tu! – também ocorre em: . 396 A) Aquele livro era para nós uma joia, pois tinha sido de nosso avô e de nosso pai. B) Era uma situação embaraçosa e para eu me livrar dela seria bastante difícil mesmo. C) Todos tinham certeza de que ela ofereceria para mim o primeiro pedaço de bolo. D) Quando o pessoal chegou na frente do prédio, viu ali ele com a namorada nova. E) A todos volto a afirmar que entre mim e ti não existem mais rancores nem tristezas. 854 - (SEAD/PB - Técnico Administrativo - FUNCAB/2012) A que palavra do trecho abaixo o pronome destacado se refere? “Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não se sentem representados no vídeo. Mas a fração que LHES cabe está lá, escondidinha como é próprio às minorias.” A) alguns B) cultivam C) pensamentos D) nobres E) representados 855 - (TJ/SP - Analista de Sistemas - VUNESP/2012) Justiça absolve frentista acusado de participação em furto O juiz Luiz Fernando Migliori Prestes, da 22.ª Vara Criminal Central da Capital, julgou improcedente ação penal proposta contra frentista acusado de furto em seu local de trabalho. Segundo consta da denúncia, A. L. A. R. teria permitido que W. F. O., cliente do posto de gasolina, usasse a máquina de cartões de crédito do local para fazer saques, mesmo sabendo que o cartão era roubado. Ele afirmou que desconhecia a origem ilícita do cartão. Ao ser interrogado, W. F. O. caiu em contradição quando perguntado sobre a quantia paga ao funcionário para permitir as operações, fato que, no entendimento do magistrado, tornou o conjunto probatório frágil para embasar uma condenação. “Daí, insuficientes as provas produzidas para um decreto condenatório ante a falta de demonstração suficiente de que A. L. A. R. agiu com dolo, no que a improcedência da ação penal se impõe.” Com base nessa fundamentação, absolveu o frentista da acusação de furto qualificado. (Disponível em http://www.tjsp.jus.br/Institucional/CanaisComunicação/Notícias/Notícia.aspx?!Id=15378. Acesso em 22.08.2012) O substantivo “frentista”, do título, está substituído na sequência do texto por A) W. F. O; pelo substantivo “cliente”; pelo pronome “ele” B) A. L. A. R.; pelo pronome “ele”; pelo substantivo “funcionário”. C) A. L. A. R.; pelo substantivo “cliente”; pelo pronome “ele”. D) A. L. A. R.; pelo pronome “ele”; pelo substantivo “cliente”. E) W. F. O; pelo pronome “ele”; pelo substantivo “cliente” 856 - (PC/AL - Delegado de Polícia - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 . O filme Branca de Neve e o Caçador deveria chamar-se “Ravenna, a rainha má”. Interpretada pela atriz Charlize Theron, a mãe-madrasta-bruxa da princesa é o mais interessante do filme, assim como as questões tão atuais que ela nos traz. E a bela Charlize faz uma rainha inesquecível. Para não envelhecer, essa vilã dos contos de fadas ultrapassa todos os limites e quebra todos os interditos. Uma mulher da era a.CP (antes da cirurgia plástica), Ravenna suga a alma, a juventude e a beleza das adolescentes e devora corações puros, que arranca com suas unhas, enquanto chafurda na amargura. O filme, para quem não sabe e não viu, busca resgatar o conteúdo terrorífico das origens dos contos de fadas. Tudo o que hoje se conhece com esse nome foi um dia histórias para adultos, nas quais canibalismo e incesto eram ingredientes garantidos. Mantidas vivas pela tradição oral dos 397 16 19 22 25 28 31 camponeses medievais, as histórias eram contadas para entreter, mas não só. Os contos nasceram e permaneceram como uma forma de lidar com os riscos da vida real, em um tempo em que os lobos uivavam do lado de fora e também do lado de dentro, menos contidos pela cultura do que hoje. Depois, a partir do final do século XVII, com Charles Perrault, culminando no século XIX, com os Irmãos Grimm, os contos foram compilados, escritos e depurados como histórias para crianças. Nós, que nascemos no século XX, fomos alimentados por versões muito mais suaves e palatáveis a uma época sensível, em que os pequenos são vistos como o receptáculo tanto da inocência quanto do futuro, que, portanto, precisam ser protegidos dos males do mundo e de seus semelhantes, assim como convencidos de que sua “natureza” é boa e pura. Ainda que conheçamos, por experiência própria, que o pior também nos habita desde muito, muito cedo. E seria melhor para todos — e também para a vida em sociedade — poder olhar para ele de frente. Elaine Brum. Internet: (com adaptações) Com referência ao texto antecedente, julgue os itens a seguir. O pronome “que” (L.4) refere-se a “Charlize Theron” (L.3). Certo ( ) Errado ( ) 857 - (PRF - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela execução da lei: polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis e polícias militares e corpos de bombeiros militares. Dessas, as três primeiras são organizadas e mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União, as forças policiais federais realizam as funções que lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as forças policiais estaduais e distrital empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência. Internet: . Acesso em 8/11/2012 (com adaptações). No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue os itens subsecutivos.. Na linha 12, se o pronome “lhes” fosse deslocado para depois da forma verbal “realizam”, ligando-se a esta por meio de hífen, seriam mantidos o sentido original e a correção gramatical do texto. Certo ( ) Errado ( ) 858 - (TJ/SP - Técnico em Informática - VUNESP/2012) Sorria! Na frente da câmara fotográfica, ninguém precisa nos dizer “Sorria!”; espontaneamente, simulamos grandes alegrias, sorrindo de boca aberta. Em regra, hoje, os retratos são propaganda de pasta de . 398 dentes – se você não acredita, passeie pelo Facebook, onde muitos compartilham seus álbuns, rivalizando para ver quem parece melhor aproveitar a vida. O hábito de sorrir nos retratos é muito recente. Angus Trumble, autor de A Brief History of the Smile (Uma Breve História do Sorriso, Basic Books), assinala que esse costume não poderia ter se formado antes que os dentistas tornassem nossos dentes apresentáveis. Além disso, os retratos pintados pediam poses longas e repetidas, para as quais era mais fácil adotar uma expressão “natural”. O mesmo vale para os daguerreótipos e as primeiras fotos: os tempos de exposição eram longos demais. Já pensou manter um sorriso por minutos? Outra explicação é que o retrato, até a terceira década do século 20, era uma ocasião rara e, por isso, um pouco solene. Mas resta que nossos antepassados recentes, na hora de serem imortalizados, queriam deixar à posteridade uma imagem de seriedade e compostura; enquanto nós, na mesma hora, sentimos a necessidade de sorrir. O hábito de sorrir na foto se estabeleceu quando as câmaras fotográficas portáteis banalizaram o retrato. Mas é duvidoso que nossos sorrisos tenham sido inventados para essas câmaras. É mais provável que as câmaras tenham surgido para satisfazer a dupla necessidade de registrar (e mostrar aos outros) nossa suposta “felicidade” em duas circunstâncias que eram novas ou quase: a vida da família nuclear e o tempo de férias. De fato, o álbum de fotos das crianças e o das férias são os grandes repertórios do sorriso. Em suma, estampado na cara das crianças ou na nossa, o sorriso é, hoje, o grande sinal exterior da capacidade de aproveitar a vida. É ele que deveria nos valer a admiração (e a inveja) dos outros. De uma longa época em que nossa maneira e talvez nossa capacidade de enfrentar a vida eram resumidas por uma espécie de seriedade intensa, passamos a uma época em que saber viver coincidiria com saber sorrir e rir. A recente valorização do sorriso e do riso, entretanto, não garantiu a conquista da dita felicidade. E o bom humor da diversão não foi capaz de afastar as dores do dia a dia. Acabo de ler uma pesquisa de Iris Mauss e outros acerca dos efeitos da valorização da felicidade. Em tese, a valorização ajuda a alcançar o que é valorizado - por exemplo, se valorizo as boas notas, estudo mais etc. Mas eis que duas experiências complementares mostram que, no caso da felicidade, acontece o contrário: valorizar a felicidade produz insatisfação e mesmo depressão. De que se trata? Decepção? Sentimento de inadequação? Um pouco disso tudo e, mais redicalemnte, trata-se da sensação de que a gente não tem competência para viver - apenas para se divertir ou, pior ainda, para fazer de conta. (Contardo Calligaris, Folha de S. Paulo, 28.06.2012. Adaptado) Assinale a alternativa em que a palavra mesmo é empregada com sentido e função equivalentes aos observados na frase do penúltimo parágrafo – ... valorizar a felicidade produz insatisfação e mesmo depressão. A) O assunto da aula de hoje é o mesmo da aula passada. B) Machado de Assis é um escritor do século XIX; Aluísio Azevedo é do mesmo século. C) Aquele homem é extremamente egoísta; só pensa em si mesmo. D) O cigarro pode causar diversas doenças, levando mesmo à morte. E) João continua o mesmo garoto mimado de sempre. 859 - (FNDE - Técnico em Financiamento e Execução de Programas e Projetos Educacionais CESPE/2012) 1 4 7 10 13 . Mecanismos de avaliação são essenciais nos casos em que o objetivo é perseguir qualidade em alguma área, particularmente quando o que está em jogo são formas de aperfeiçoar o sistema educacional, adequando os objetivos às necessidades de quem tem por missão ensinar e de quem está em fase de aprendizado. O poder público, por sua vez, precisa mostrar-se capaz de motivar todos os agentes envolvidos na área de ensino a se integrarem nesse processo e, ao mesmo tempo, de colocar em prática sugestões consideradas procedentes. Como ficou claro a partir da origem do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), por exemplo, é importante aguardar um tempo considerável até que as resistências desapareçam ou, pelo 399 menos, se atenuem. O pior dos cenários é simplesmente rechaçar a ideia 16 de qualquer avaliação no setor educacional. O poder público terá melhores condições de reduzir objeções se conseguir passar a ideia de que as imperfeições apontadas deixarão de 19 constituir entraves para avanços no ensino. Zero Hora, Editorial, RS, 25/9/2012 (com adaptações) Considerando as ideias e aspectos linguísticos do texto acima, julgue os próximos itens. Em “mostrar-se” (L.7) o pronome “se” indica que o sujeito é indeterminado. Certo ( ) Errado ( ) 860 - (PRF - Agente Administrativo - Classe A Padrão I - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 O novo regime automotivo anunciado pelo governo federal incorpora algumas boas práticas de política industrial, como o incentivo à inovação, à eficiência energética e ao fortalecimento da cadeia de produção local — mas com a clara intenção de não privilegiar acintosamente a indústria nacional, para evitar questionamentos na Organização Mundial do Comércio. A nova política condiciona a isenção da alíquota adicional de 30% no imposto sobre produtos industrializados a contrapartidas mensuráveis das empresas. Para obter benefícios maiores, será obrigatório cumprir metas múltiplas. Exige-se, por exemplo, investimento crescente em pesquisa e desenvolvimento, até atingir 0,5% da receita líquida entre 2015 e 2017, além de 1% para engenharia, tecnologia industrial básica e capacitação de fornecedores. Não se fala mais em percentual mínimo de conteúdo nacional, mas as montadoras terão de realizar no Brasil ao menos seis de doze etapas fabris já em 2013. Outro requisito fundamental é a economia de combustível, com o objetivo de alinhar a produção às exigências de países líderes, como os da Europa. A marca de 17,3 km/L para os automóveis novos — uma redução de 12% do consumo atual — precisará ser atingida até 2017. Editorial, Folha de S. Paulo, 5/10/2012 (com adaptações). Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens que se seguem. O termo “Exige-se” (L.12), no qual o pronome “se” indica voz passiva, poderia ser corretamente substituído por É exigido. Certo ( ) Errado ( ) 851 - Resposta “CERTA” Certo! "esses" é uma palavra antecessora de "eventos" e de acordo com o paragrafo anterior, os eventos são as manifestações artísticas e culturais. 852 - Resposta “A” Em “Ali vê-se um ataviado dandy”, o pronome se está funcionando como partícula apassivadora, e “um ataviado dandy” é o sujeito determinado e passivo. Caso o pronome fosse suprimido, teríamos uma voz ativa, em que o agente da ação expressa pelo verbo “ver” seria “uma gorducha vovó”, termo implícito nessa oração, mas explicitado no período anterior. . 400 853 - Resposta “D” os pronomes pessoais retos não ocupam papel de objeto, logo deve usar o pronome oblíquo átono Quando o pessoal chegou na frente do prédio, viu-o ali com a namorada nova. 854 - Resposta “A” Alternativa A. Pergunta-se ao verbo Caber: Cabe a quem?? Cabe A alguns que vão argumentar que cultivam pensamentos....... Então, como o pronome LHES indica Objeto Indireto, o termo referente ao pronome é justamente esse ALGUNS. 855 - Resposta “B” Segundo consta da denúncia, A. L. A. R. teria permitido que W. F. O., cliente do posto de gasolina, usasse a máquina de cartões de crédito do local para fazer saques, mesmo sabendo que o cartão era roubado. Ele (A. L. A. R) afirmou que desconhecia a origem ilícita do cartão. Ao ser interrogado, W. F. O. caiu em contradição quando perguntado sobre a quantia paga ao funcionário (A. L. A. R) para permitir.... 856 - Resposta “ERRADA” O pronome relativo "que" refere-se a "questões". 857 - Resposta “ERRADA” o verbo "realizar" é transitivo direto, ou seja, não rege preposição. Por conseguinte, o pronome "lhes", carrega consigo a preposição "a", pois "lhes" é o mesmo que "a eles" ou "a elas". Assim, não é possível fazer tal substituição pronominal, pois a preposição contida no pronome "lhes" é incompatível com o verbo "realizar". A forma correta seria "realizam-no". 858 - Resposta “D” O "mesmo", neste caso, é pronome demonstrativo! Observe que ele acompanha substantivo, advérbio não faz isso. 859 - Resposta “ERRADA” Quem precisa mostrar? - O poder público! " Seu sujeito é "poder público 860 - Resposta “CERTA” Exige-se investimento... isso exige-se isso é exigido CERTO. Pois: "Exigir" é verbo transitivo direto, isso faz com que a frase aceite voz passiva. Exige-se é voz passiva sintética, passando para v.passiva analítica fica "é exigido investimento". O termo "investimento" é o sujeito. Voz passiva não há Objeto direto. O "se" é pronome apassivador. 861 - (PRF - Agente Administrativo - Classe A Padrão I - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 . A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre estradas federais, estaduais e municipais. Essa modalidade de transporte é responsável por 96,2% da locomoção de passageiros e por 61,8% da movimentação de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do Transporte. Foi a partir da década de 30 do século XX, com a expansão do desenvolvimento econômico também para o interior do país, que foram feitos os primeiros grandes investimentos em estradas nacionais. Entre as décadas de 50 e 60 daquele século, a implantação da indústria automobilística foi determinante para que essa modalidade de transporte se estabelecesse como a mais comum no Brasil até os tempos 401 16 19 22 25 atuais. Em agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em Logística: um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que irá injetar R$ 133 bilhões em infraestrutura nos próximos vinte e cinco anos. Serão concedidos à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de rodovias federais. Durante o primeiro período de investimentos, as concessionárias deverão realizar obras de duplicação, vias laterais, contornos e travessias. A empresa vencedora de cada contrato será aquela que propuser a menor tarifa de pedágio (que só poderá ser cobrado após a conclusão de 10% das obras previstas no contrato). No trecho urbano, o pedágio não será cobrado. Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações). Com base no texto acima, julgue os itens a seguir. A correção gramatical do período ficaria prejudicada caso se substituísse o termo “aquela” (L.24) por a. Certo ( ) Errado ( ) 862 - (PROCERGS - Técnico de Nível Médio - Técnico em Segurança do Trabalho FUNDATEC/2012) Escola ensina crianças a programar 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 No final de setembro, a escola primária St. Saviour, em Londres, viu seu famoso Cantinho da Leitura ser transformado no Cantinho da Programação. A escola recebeu 30 unidades de Raspberry Pi (placa de computador vendida a um baixo preço) e peças de Lego com sen__or, que se encai__avam para formar um crocodilo robô de brinquedo. Usando códigos simples, as crianças aprenderam a programar as peças para que a boca do crocodilo se fechasse, “mordendo” seus dedos cada vez que os aproximassem dela. “Queremos inspirar as crianças a criar e não só a consumir. Mesmo sendo divertido em pequenas doses, muito tempo gasto em coi__as como Angry Birds e jogos de videogame pode acabar estragando o cérebro desses garotos”, afirmou Nick Corston, cujos filhos estão matriculados no colégio. Corston é cofundador e diretor do projeto Little House of Fairy Tales. Inspirado numa palestra da TED de 2006, em que Sir Ken Robinson discutia como o sistema educacional da Grã-Bretanha pode matar a criatividade das crianças, Corston decidiu promover o valor dos códigos de informática para o currículo escolar. Segundo ele, o resultado foi bastante satisfatório. “Tanto os meninos quanto as meninas adoraram programação. Não houve nenhuma idade que se mostrou desinteressada ou sem habilidade”, disse Corston. “Não tiveram nenhum problema em entender os con__eitos de programação que mostramos a eles.” A escola St. Saviour espera agora que a simplicidade do seu Cantinho da Programação inspire outras escolas primárias a promover atividades semelhantes. (Fonte: <http://blogs.estadao.com.br/link/escola-ensina-criancas-a-programar//> – texto adaptado) O vocábulo dela (linha 06) é formado pela ___________da __________ com o pronome ________________ ela, retomando a expressão ________________. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. A) contração – preposição – possessivo – as crianças B) combinação – conjunção – demonstrativo – a boca do crocodilo C) contração – conjunção – possessivo – a boca do crocodilo D) combinação – preposição – pessoal – as crianças E) contração – preposição – pessoal – a boca do crocodilo . 402 863 - (IFC - Enfermeiro - IFC/2012) Dê-me um cigarro Diz a gramática Leia o poema, do escritor modernista, Oswald de Andrade: Pronominais Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. Assinale a alternativa INCORRETA referente ao uso da colocação pronominal: A) é aceitável utilizar a próclise na liberdade poética. B) mostra no poema os distintos usos do pronome. C) o pronome antes do verbo não é aceitável gramaticalmente. D) afirma que não há normas para o uso de pronomes. E) há transformação no uso do pronome. 864 - (Rioprevidência - Assistente Previdenciário - CEPERJ/2012) Língua Portuguesa O necessário resgate dos direitos sociais Para nós, no Brasil, onde não vivemos, ainda, um estado social efetivo, que fosse capaz de oferecer saúde, educação e previdência de qualidade para todos, o caminho para a inclusão e efetiva participação do nosso povo como cidadão é o da fragmentação coordenada do poder, a descentralização radical de competências, fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder, com a criação de canais de participação popular permanentes, como os conselhos municipais, o orçamento participativo e outros mecanismos de participação, além do incentivo permanente à organização da sociedade civil e o fortalecimento dos meios alternativos de comunicação como as rádios, jornais e televisões comunitárias. Podemos – e assim estamos fazendo – construir uma democracia social e participativa a partir do poder local. No Brasil, menos de um ano após a promulgação da Constituição democrática e social de 1988, assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social prevista pela Constituição. Nesse mesmo momento, como suporte teórico do desmonte do estado social, cresceu a crítica simplificadora e reducionista, importada dos Estados Unidos e de alguns autores europeus, proveniente do novo pensamento neoliberal e neoconservador e ratificada por parte da nova esquerda (como o novo trabalhismo de Tony Blair). Essa crítica ao estador social, que vem dar suporte ao seu desmonte, aponta o caráter assistencialista como gerador de um exército de clientes que se amparam no Estado, não mais produzindo, não mais criando. Criticam o Estado social argumentando que este retira espaços de escolha individual, gerando o não cidadão uma vez que incentiva as pessoas a viverem à custa do Estado. Essa crítica, extremamente simplificadora e parcial, que toma uma parte de um problema pontualmente localizado no tempo e no espaço como sendo regra para explicar a crise do estado social, ganhou força inclusive à esquerda, o que muito contribuiu para a desconstrução do estado de bem-estar social em diversas partes do globo. Segundo esse discurso simplificador, o Estado não deve sustentar os que não querem trabalhar, pois essa postura do Estado incentiva a expansão do não cidadão e sobrecarrega os que trabalham e o setor produtivo com uma alta carga tributária. Logo, pobre deve trabalhar para ter acesso ao que necessita, e como não há trabalho para todos – nem mesmo o trabalho indesejável e mal pago destinado a esses excluídos -, aumenta a população carcerária. O Estado social Assitencialista é substituído pelo Estado penal da era neolioberal. O criticado clieten do assistencialismo da segurança social foi transformado em cliente do sistema penal da segurança policial. Nesse novo paradigma, a pobreza não decorre das barreiras sociais e econômicas, mas sim do comportamento do pobre. O Estado não deve atrair as pessoas a uma conduta desejável através de reconhecimento, mas deve punir os que não agem como o desejado. O não trabalho passa a ser um ato político que exige o recurso à autoridade. O estado social passa a ser visto como permissivo, pois não exige uma obrigação de comportamento a seus benefíciários. A direita conservadora mais reacionária e a autoprociamacia vanguarda da nova esquerda dão eco a vozes como a de Charles Murray, que afirma . 403 que as uniões ilegitimas e as famílias monoparetais seriam a causa da pobreza e do crime e, por sua vez, o estado social, com sua política permissiva, incetivava essas práticas. Essa absurda tese, sem nenhuma base científica, defendia cortes radicais nos orçamentos sociais e a retomada, por parte da polícia, dos bairros antes operários, hoje ocupados pelos clientes preferenciais do sistema social que tem de deixar de existir. O resultado dessas políticas (tanto da direita conservadora como da nova esquerda) é conhecido nosso século XXI: mais exclusão, mais concentração econômica econômica, mais violência, mais controle social, mais desemprego, menos estado de bem-estar e mais estado policial. O mais grave é o fato de que, ainda hoje, vozes que se dizem democráicas contunuam susentando o mesmo discurso contra o estado social, defendendo uma sonhada e desejável democracia dialógica, construída pela sociedade civil livre, sem perceber que os novos excluídos, social e economicamente, estão excluídos do diálogo democrático, passando a fazer parte da crescente massa de clientes do sistema penal em expansão. (...) José Luiz Quadros de Magalhães (Adaptado de www.consciencia.br) O pronome tem por função retomar toda uma ideia, expressa anteriormente em: A) “Nesse mesmo momento, como suporte teórico do desmonte do estado social, cresceu a crítica” (2º parágrafo) B) “por sua vez, o estado social, com sua política permissiva, incentivava essas práticas” (3º parágrafo) C) “assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social” (2º parágrafo) D) “Criticam o estado social argumentando que este retira espaços de escolha individual” (2º parágrafo) E) “Essa absurda tese, sem nenhuma base científica, defendia cortes radicais nos orçamentos sociais” (3º parágrafo) 865 - (Rioprevidência - Assistente Previdenciário - CEPERJ/2012) Língua Portuguesa O necessário resgate dos direitos sociais Para nós, no Brasil, onde não vivemos, ainda, um estado social efetivo, que fosse capaz de oferecer saúde, educação e previdência de qualidade para todos, o caminho para a inclusão e efetiva participação do nosso povo como cidadão é o da fragmentação coordenada do poder, a descentralização radical de competências, fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder, com a criação de canais de participação popular permanentes, como os conselhos municipais, o orçamento participativo e outros mecanismos de participação, além do incentivo permanente à organização da sociedade civil e o fortalecimento dos meios alternativos de comunicação como as rádios, jornais e televisões comunitárias. Podemos – e assim estamos fazendo – construir uma democracia social e participativa a partir do poder local. No Brasil, menos de um ano após a promulgação da Constituição democrática e social de 1988, assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social prevista pela Constituição. Nesse mesmo momento, como suporte teórico do desmonte do estado social, cresceu a crítica simplificadora e reducionista, importada dos Estados Unidos e de alguns autores europeus, proveniente do novo pensamento neoliberal e neoconservador e ratificada por parte da nova esquerda (como o novo trabalhismo de Tony Blair). Essa crítica ao estador social, que vem dar suporte ao seu desmonte, aponta o caráter assistencialista como gerador de um exército de clientes que se amparam no Estado, não mais produzindo, não mais criando. Criticam o Estado social argumentando que este retira espaços de escolha individual, gerando o não cidadão uma vez que incentiva as pessoas a viverem à custa do Estado. Essa crítica, extremamente simplificadora e parcial, que toma uma parte de um problema pontualmente localizado no tempo e no espaço como sendo regra para explicar a crise do estado social, ganhou força inclusive à esquerda, o que muito contribuiu para a desconstrução do estado de bem-estar social em diversas partes do globo. Segundo esse discurso simplificador, o Estado não deve sustentar os que não querem trabalhar, pois essa postura do Estado incentiva a expansão do não cidadão e sobrecarrega os que trabalham e o setor produtivo com uma alta carga tributária. Logo, pobre deve trabalhar para ter acesso ao que necessita, e como não há trabalho para todos – nem mesmo o trabalho indesejável e mal pago destinado a esses excluídos -, aumenta a população carcerária. O Estado social . 404 Assitencialista é substituído pelo Estado penal da era neolioberal. O criticado clieten do assistencialismo da segurança social foi transformado em cliente do sistema penal da segurança policial. Nesse novo paradigma, a pobreza não decorre das barreiras sociais e econômicas, mas sim do comportamento do pobre. O Estado não deve atrair as pessoas a uma conduta desejável através de reconhecimento, mas deve punir os que não agem como o desejado. O não trabalho passa a ser um ato político que exige o recurso à autoridade. O estado social passa a ser visto como permissivo, pois não exige uma obrigação de comportamento a seus benefíciários. A direita conservadora mais reacionária e a autoprociamacia vanguarda da nova esquerda dão eco a vozes como a de Charles Murray, que afirma que as uniões ilegitimas e as famílias monoparetais seriam a causa da pobreza e do crime e, por sua vez, o estado social, com sua política permissiva, incetivava essas práticas. Essa absurda tese, sem nenhuma base científica, defendia cortes radicais nos orçamentos sociais e a retomada, por parte da polícia, dos bairros antes operários, hoje ocupados pelos clientes preferenciais do sistema social que tem de deixar de existir. O resultado dessas políticas (tanto da direita conservadora como da nova esquerda) é conhecido nosso século XXI: mais exclusão, mais concentração econômica econômica, mais violência, mais controle social, mais desemprego, menos estado de bem-estar e mais estado policial. O mais grave é o fato de que, ainda hoje, vozes que se dizem democráicas contunuam susentando o mesmo discurso contra o estado social, defendendo uma sonhada e desejável democracia dialógica, construída pela sociedade civil livre, sem perceber que os novos excluídos, social e economicamente, estão excluídos do diálogo democrático, passando a fazer parte da crescente massa de clientes do sistema penal em expansão. (...) José Luiz Quadros de Magalhães (Adaptado de www.consciencia.br) “Para nós, no Brasil, onde não vivemos (...)”. O uso da 1ª pessoa do plural, nesse trecho, provoca o efeito de: A) incluir o autor e o leitor em um sujeito coletivo B) imprimir tom pessoal à confissão realizada pelo autor C) indicar um plural aparente como estratégia de polidez D) reforçar carga afetiva, com predomínio da função emotiva E) contrapor-se explicitamente à regra de impessoalidade nos textos 866 - (Rioprevidência - Assistente Previdenciário - CEPERJ/2012) Língua Portuguesa O necessário resgate dos direitos sociais Para nós, no Brasil, onde não vivemos, ainda, um estado social efetivo, que fosse capaz de oferecer saúde, educação e previdência de qualidade para todos, o caminho para a inclusão e efetiva participação do nosso povo como cidadão é o da fragmentação coordenada do poder, a descentralização radical de competências, fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder, com a criação de canais de participação popular permanentes, como os conselhos municipais, o orçamento participativo e outros mecanismos de participação, além do incentivo permanente à organização da sociedade civil e o fortalecimento dos meios alternativos de comunicação como as rádios, jornais e televisões comunitárias. Podemos – e assim estamos fazendo – construir uma democracia social e participativa a partir do poder local. No Brasil, menos de um ano após a promulgação da Constituição democrática e social de 1988, assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social prevista pela Constituição. Nesse mesmo momento, como suporte teórico do desmonte do estado social, cresceu a crítica simplificadora e reducionista, importada dos Estados Unidos e de alguns autores europeus, proveniente do novo pensamento neoliberal e neoconservador e ratificada por parte da nova esquerda (como o novo trabalhismo de Tony Blair). Essa crítica ao estador social, que vem dar suporte ao seu desmonte, aponta o caráter assistencialista como gerador de um exército de clientes que se amparam no Estado, não mais produzindo, não mais criando. Criticam o Estado social argumentando que este retira espaços de escolha individual, gerando o não cidadão uma vez que incentiva as pessoas a viverem à custa do Estado. Essa crítica, extremamente simplificadora e parcial, que toma uma parte de um problema pontualmente localizado no tempo e no espaço como sendo regra para explicar a crise do estado social, ganhou força inclusive à esquerda, o que muito contribuiu para a desconstrução do estado de bem-estar . 405 social em diversas partes do globo. Segundo esse discurso simplificador, o Estado não deve sustentar os que não querem trabalhar, pois essa postura do Estado incentiva a expansão do não cidadão e sobrecarrega os que trabalham e o setor produtivo com uma alta carga tributária. Logo, pobre deve trabalhar para ter acesso ao que necessita, e como não há trabalho para todos – nem mesmo o trabalho indesejável e mal pago destinado a esses excluídos -, aumenta a população carcerária. O Estado social Assitencialista é substituído pelo Estado penal da era neolioberal. O criticado clieten do assistencialismo da segurança social foi transformado em cliente do sistema penal da segurança policial. Nesse novo paradigma, a pobreza não decorre das barreiras sociais e econômicas, mas sim do comportamento do pobre. O Estado não deve atrair as pessoas a uma conduta desejável através de reconhecimento, mas deve punir os que não agem como o desejado. O não trabalho passa a ser um ato político que exige o recurso à autoridade. O estado social passa a ser visto como permissivo, pois não exige uma obrigação de comportamento a seus benefíciários. A direita conservadora mais reacionária e a autoprociamacia vanguarda da nova esquerda dão eco a vozes como a de Charles Murray, que afirma que as uniões ilegitimas e as famílias monoparetais seriam a causa da pobreza e do crime e, por sua vez, o estado social, com sua política permissiva, incetivava essas práticas. Essa absurda tese, sem nenhuma base científica, defendia cortes radicais nos orçamentos sociais e a retomada, por parte da polícia, dos bairros antes operários, hoje ocupados pelos clientes preferenciais do sistema social que tem de deixar de existir. O resultado dessas políticas (tanto da direita conservadora como da nova esquerda) é conhecido nosso século XXI: mais exclusão, mais concentração econômica econômica, mais violência, mais controle social, mais desemprego, menos estado de bem-estar e mais estado policial. O mais grave é o fato de que, ainda hoje, vozes que se dizem democráicas contunuam susentando o mesmo discurso contra o estado social, defendendo uma sonhada e desejável democracia dialógica, construída pela sociedade civil livre, sem perceber que os novos excluídos, social e economicamente, estão excluídos do diálogo democrático, passando a fazer parte da crescente massa de clientes do sistema penal em expansão. (...) José Luiz Quadros de Magalhães (Adaptado de www.consciencia.br) “Essa crítica ao estado social, que vem dar suporte ao seu desmonte, aponta o caráter assistencialista (...)”. O pronome relativo “que” pode ser substituído, mantendo-se a estrutura da frase, por: A) pelo que B) onde C) cuja D) a qual E) em que 867 - (PRF - Agente Administrativo - Classe A Padrão I - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 . A malha rodoviária brasileira soma cerca de 1,7 milhão de quilômetros entre estradas federais, estaduais e municipais. Essa modalidade de transporte é responsável por 96,2% da locomoção de passageiros e por 61,8% da movimentação de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do Transporte. Foi a partir da década de 30 do século XX, com a expansão do desenvolvimento econômico também para o interior do país, que foram feitos os primeiros grandes investimentos em estradas nacionais. Entre as décadas de 50 e 60 daquele século, a implantação da indústria automobilística foi determinante para que essa modalidade de transporte se estabelecesse como a mais comum no Brasil até os tempos atuais. Em agosto de 2012, o governo federal lançou o Programa de Investimentos em Logística: um pacote de concessões de rodovias e ferrovias que irá injetar R$ 133 bilhões em infraestrutura nos próximos vinte e cinco anos. Serão concedidos à iniciativa privada 7,5 mil quilômetros de 406 22 25 rodovias federais. Durante o primeiro período de investimentos, as concessionárias deverão realizar obras de duplicação, vias laterais, contornos e travessias. A empresa vencedora de cada contrato será aquela que propuser a menor tarifa de pedágio (que só poderá ser cobrado após a conclusão de 10% das obras previstas no contrato). No trecho urbano, o pedágio não será cobrado. Internet: <www.brasil.gov.br> (com adaptações). Com base no texto acima, julgue os itens a seguir. A correção gramatical do período ficaria prejudicada caso se substituísse o termo “aquela” (L.24) por a. Certo ( ) Errado ( ) 868 - (PROCERGS - Técnico de Nível Médio - Técnico em Segurança do Trabalho FUNDATEC/2012) Escola ensina crianças a programar 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 No final de setembro, a escola primária St. Saviour, em Londres, viu seu famoso Cantinho da Leitura ser transformado no Cantinho da Programação. A escola recebeu 30 unidades de Raspberry Pi (placa de computador vendida a um baixo preço) e peças de Lego com sen__or, que se encai__avam para formar um crocodilo robô de brinquedo. Usando códigos simples, as crianças aprenderam a programar as peças para que a boca do crocodilo se fechasse, “mordendo” seus dedos cada vez que os aproximassem dela. “Queremos inspirar as crianças a criar e não só a consumir. Mesmo sendo divertido em pequenas doses, muito tempo gasto em coi__as como Angry Birds e jogos de videogame pode acabar estragando o cérebro desses garotos”, afirmou Nick Corston, cujos filhos estão matriculados no colégio. Corston é cofundador e diretor do projeto Little House of Fairy Tales. Inspirado numa palestra da TED de 2006, em que Sir Ken Robinson discutia como o sistema educacional da Grã-Bretanha pode matar a criatividade das crianças, Corston decidiu promover o valor dos códigos de informática para o currículo escolar. Segundo ele, o resultado foi bastante satisfatório. “Tanto os meninos quanto as meninas adoraram programação. Não houve nenhuma idade que se mostrou desinteressada ou sem habilidade”, disse Corston. “Não tiveram nenhum problema em entender os con__eitos de programação que mostramos a eles.” A escola St. Saviour espera agora que a simplicidade do seu Cantinho da Programação inspire outras escolas primárias a promover atividades semelhantes. (Fonte: <http://blogs.estadao.com.br/link/escola-ensina-criancas-a-programar//> – texto adaptado) O vocábulo dela (linha 06) é formado pela ___________da __________ com o pronome ________________ ela, retomando a expressão ________________. Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima. A) contração – preposição – possessivo – as crianças B) combinação – conjunção – demonstrativo – a boca do crocodilo C) contração – conjunção – possessivo – a boca do crocodilo D) combinação – preposição – pessoal – as crianças E) contração – preposição – pessoal – a boca do crocodilo 869 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) O segmento em que as normas estabelecidas para a redação de documentos oficiais estão inteiramente respeitadas é: A) Este setor, importante na segurança pública, estamos tomando as medidas determinadas por V. Sa., que acabamos de receber e estamos implantando, em obediência à elas, o que nos incumbe fazer imediatamente . 407 B) Em atendimento às determinações recebidas, cumpre-nos informar a V. Sa. As alterações imediatamente postas em vigor, medidas que propiciaram a melhoria dos serviços prestados à população, neste setor responsável pela segurança pública. C) V. Sa., determinando as medidas para prestar melhor atendimento á população na área da segurança pública, estamos tomando as providências necessárias para tal, como foi informado a este setor, obedecendo-as com presteza. D) Como responsável por toda a segurança pública, esse setor, é o que informamos a V. Sa.. Já está preparado para cumprir as ordens recebidas, com alterações em vigor, para atender os serviços prestados à população atingida. E) É toda a população a ser atingida pelas medidas que V.Sa. Determinou a ser posta em vigor, já estão sendo tomadas para sua segurança, o que faz parte de nossa atuação nesse setor, com as melhorias implantadas. 870 - (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC/2012) Todas as alternativas estão corretas quanto ao emprego correto da regência do verbo, EXCETO: A) Faço entrega em domicílio. B) Eles assistem o espetáculo. C) João gosta de frutas. D) Ana reside em São Paulo. E) Pedro aspira ao cargo de chefe. 861 - Resposta “ERRADA” Aquele é um pronome demonstrativo de terceira pessoa e por isso ele indica posição distante em relação aos falantes. Quanto a substituição, a regra é que a, o, as, os são pronomes demonstrativos quando se referem a aquele, aquela, aquilo e isso. 862 - Resposta “E” Contração - há perda de fonemas. Ex.: do = de + o (preposição + artigo) Combinação - não há perda de fonemas. Ex.: ao = a (prep) + o (artigo) Pronome possessivo: meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa, dele, dela Pronome demonstrativo - este, esse, aquele, esta, essa, aquela, isto, isso, aquilo Pronome pessoal do caso reto - eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas e) Correta - Dela = de (preposição) + ela (pronome pessoal reto) - há perda de fonema - portanto é uma contração. 863 - Resposta ”D” Segue um pequeno resumo sobre colocação pronominal: Próclise: Sua colocação pronominal ocorre com o uso do pronome oblíquo átono antes do verbo. EX: Ninguém me faltou com o respeito. Ênclise: Sua colocação pronominal ocorre com o uso do pronome oblíquo átono depois do verbo. EX: Diga-me o que pensas sobre o caso Mesóclise Na mesóclise o pronome fica no meio do verbo e essa colocação pronominal ocorre nos seguintes tempos verbais: futuro do presente ou futuro do pretérito. EX: O concurso realizar-se-á no próximo domingo. 864 - Resposta “E” “Essa” como um pronome demonstrativo, visa falar sobre algo que já foi anteriormente citado. 865 - Resposta “A” O uso do pronome pessoal “nós” nos faz entender que o autor se incluiu na ideia que estava defendendo. 866 - Resposta “D” Pergunta-se sempre ao verbo. No caso acima é: Quem vem? Resp.: Essa crítica. Portanto, sem preposição.(descarto pelo que, em que). Após isso, percebo que "onde" é usado em referência a lugares- "Essa crítica" não é lugar.(descartado). E, por último, a Tal "cuja"(para posses - Ex. Esse apagador é de João, "cujo" quadro é negro). Sobra apenas "a qual" sem preposição e perfeito para o caso. . 408 867 - Resposta “ERRADA” Aquele é um pronome demonstrativo de terceira pessoa e por isso ele indica posição distante em relação aos falantes. Quanto a substituição, a regra é que a, o, as, os são pronomes demonstrativos quando se referem a aquele, aquela, aquilo e isso. 868 - Resposta ”E” Contração - há perda de fonemas. Ex.: do = de + o (preposição + artigo) Combinação - não há perda de fonemas. Ex.: ao = a (prep) + o (artigo) Pronome possessivo: meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa, vosso, vossa, dele, dela Pronome demonstrativo - este, esse, aquele, esta, essa, aquela, isto, isso, aquilo Pronome pessoal do caso reto - eu, tu, ele, ela, nós, vós, eles, elas e) Correta - Dela = de (preposição) + ela (pronome pessoal reto) - há perda de fonema - portanto é uma contração. 869 - Resposta “B” Nesta alternativa, respeita-se os pronomes de tratamento corretamente de acordo com o Manual de Redação Oficial da Presidência. 870 - Resposta “B” A frase correta seria “Eles assistem ao espetáculo” O verbo “assistir” causa dúvidas porque pode ser transitivo direto ou indireto. No primeiro caso não admitirá preposição, já no segundo sim. Portanto, quando a pergunta (a quê?) for feita ao verbo, este será transitivo indireto e quando o complemento do verbo vir de forma direta, será transitivo direto. Veja: a) A enfermeira assistiu o paciente. (Assistiu quem? O paciente! Ou seja, a pergunta é respondida diretamente, sem intermediários, sem preposição). b) João assistiu ao programa do Jô! (Assistiu a quê? Ao programa! Logo, preposição a + artigo o). 871 (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) Assinale a alternativa que complete corretamente, pela ordem as lacunas: Esta é a moça __________ se refere Vinícius de Moraes. Aqui está a opção __________ propõe a chefe. O filme __________ assisti foi muito bom. Ela entendeu a poesia __________fala o poeta. A) que; a que; que; de que. B) de que; a que; que; que. C) a que; de que; a que; que. D) de que; a que; que; de que. E) a que; que; a que; de que. 872 - (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com . 409 ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. . 410 -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201 Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. [Texto 2] A regência do verbo recomendar, a exemplo de como foi empregado no fragmento do Texto 2, em destaque, está corretamente apresentada em: A) A tua boa sogra te recomendou aqueles professores exigentes. B) A minha boa sogra me recomendou a Vossa Senhoria. C) A nossa boa sogra nos recomendou à essas empresárias bem-sucedidas. D) A minha boa sogra te recomendou à nossas irmãs. E) A sua boa sogra lhes recomendou à você. 873 - (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação. A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros. B) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. . 411 C) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros. D) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros. E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros. 874 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão de regência. Ainda não pagamos a conta__________hospital, porque estamos discutindo o valor que nos foi apresentado; essa solução é preferível__________qualquer outra, para que não haja prejuízo____________cliente. A) do … que … do B) no … que … do C) ao … de que … para o D) do … do que … para o E) ao … a … ao 875 - (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 O exercício da advocacia criminal constitui instrumento de equilíbrio social. Não haveria paz e tranquilidade se os julgamentos fossem realizados sem leis antecipadamente organizadas e se os réus — por mais graves que fossem os crimes cometidos — pudessem ser condenados sumariamente sem defesa. Quando se fala em defesa, trata-se da ampla defesa, que abrange o direito de recorrer, quando a decisão não for favorável. O recurso ampara-se em dois fundamentos de natureza psicológica. De um lado, o sentimento inato, inerente ao gênero humano, de inconformidade com a derrota. De outro, a certeza universal da falibilidade humana. Daí o impulso existencial legítimo de ver um julgamento desfavorável reexaminado, de preferência por quem lhe pareça mais qualificado por melhores dotes de sabedoria e experiência, e mesmo, ainda que por simples presunção, por melhores valores culturais e morais. Se, na vida, recorrer ao amparo dos nossos semelhantes é uma necessidade, a lei não poderia deixar de acolher a utilização de recursos para o seu trato diário, como uma forma de ver-se prestigiada, ou seja, para que as partes envolvidas no processo se sintam amparadas, com a sensação de que a decisão foi, tanto quanto possível, devidamente apreciada, imparcial e justa. Tales Castelo Branco. Todo réu deve ter defesa. Internet: <http://super.abril.com.br> (com adaptações). Julgue os próximos itens com base na estrutura morfossintática do texto. Na linha 11, se fosse empregado o termo espécie humana em lugar de “gênero humano”, a substituição de “ao” por à seria obrigatória para a manutenção da correção gramatical do texto. Certo ( ) Errado ( ) . 412 876 - (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Examine a imagem. Na frase, há um erro de regência que se corrige com a seguinte redação: A) Será interessante correr na equipe a qual meu tio pilotou. B) Será interessante correr na equipe de que meu tio pilotou C) Será interessante correr na equipe em cuja meu tio pilotou. D) Será interessante correr na equipe aonde meu tio pilotou E) Será interessante correr na equipe em que meu tio pilotou. 877 - (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC/2012) Todas as alternativas estão corretas quanto ao emprego correto da regência do verbo, EXCETO: A) Faço entrega em domicílio. B) Eles assistem o espetáculo. C) João gosta de frutas. D) Ana reside em São Paulo. E) Pedro aspira ao cargo de chefe. 878 - (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. . 413 Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 . 414 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201 Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. [Texto 2] A regência do verbo recomendar, a exemplo de como foi empregado no fragmento do Texto 2, em destaque, está corretamente apresentada em: A) A tua boa sogra te recomendou aqueles professores exigentes. B) A minha boa sogra me recomendou a Vossa Senhoria. C) A nossa boa sogra nos recomendou à essas empresárias bem-sucedidas. D) A minha boa sogra te recomendou à nossas irmãs. E) A sua boa sogra lhes recomendou à você. 879 - (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que o período, adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012, está correto quanto à regência nominal e à pontuação. A) Não há dúvida que as mulheres ampliam, rapidamente, seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais notável em alguns países, o Brasil é um exemplo, do que em outros. B) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente, seu espaço na carreira científica, ainda que, o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. C) Não há dúvida de que, as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica; ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países, o Brasil é um exemplo!, do que em outros. . 415 D) Não há dúvida de que as mulheres, ampliam rapidamente seu espaço, na carreira científica, ainda que o avanço seja mais notável, em alguns países: o Brasil é um exemplo, do que em outros. E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica, ainda que o avanço seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros. 880 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Assinale a alternativa que preenche, respectivamente, as lacunas do trecho a seguir, de acordo com a norma-padrão de regência. Ainda não pagamos a conta__________hospital, porque estamos discutindo o valor que nos foi apresentado; essa solução é preferível__________qualquer outra, para que não haja prejuízo____________cliente. A) do … que … do B) no … que … do C) ao … de que … para o D) do … do que … para o E) ao … a … ao 871 Resposta “E” sempre quando fazemos referência a algo ou a alguém Quem precisa, precisa de algo ou de alguém. 872 - Resposta “B” Recomendar (Regência Verbal) algo A alguém (indicar, recomendar, sugerir). Aquela agência aconselhou aos turistas uma viagem à Nova Zelândia. 3. (se) COM alguém (pedir ou tomar conselhos). O coroinha aconselhou-se com o vigário. alguém PARA algo (designar, recomendar). A direção indica Luís para o cargo de tesoureiro. INDISPOR. 1. alguém COM alguém (colocar em conflito). A falsa denúncia indispôs Bernardo com os coordenadores do ... RECOMENDAR. 1. algo A alguém (aconselhar, indicar). O psiquiatra recomendou descanso ao paciente estressado. 2. alguém A, PARA alguém (indicar pedindo atenção). O professor recomendou Juliana ao (para o) ... 873 - Resposta “E” Quem tem dúvida, tem dúvida "DE" alguma coisa (já elimina a alternativa A e B) as mulheres ampliam. não se separa o sujeito do verbo (elimina a alternativa C e D)Só sobra alternativa E 874 - Resposta “E” Quem paga, paga algo a alguém: "não pagamos a conta ao hospital". Alguém prefere algo a alguma outra coisa: "essa solução é preferível a qualquer outra". O que gera prejuízo, gera prejuízo a alguém: "não haja prejuízo ao cliente". 875 - Resposta “CERTA”. Lembrando que a crase é o encontro de prep.(A, PARA) + (A) artigo. Com substantivo masculino, usamos artigo definido (O), resultando em (AO). Logo, ao gênero humano; à espécie humana. 876 - Resposta “E” e) Será interessante correr na equipe em que meu tio pilotou. Na verdade, a regência da preposição colocada antes do pronome QUE é feita sempre com o verbo posterior = PILOTAR. Quem pilota, pilota algo EM algum lugar, EM alguma equipe..... Como o pronome QUE em questão está relacionado com EQUIPE, a preposição correta é EM. . 416 A regência do comentário anterior é utilizada antes da palavra equipe, quem corre, corre EM alguma equipe -> correr (em+a) = NA equipe. Pode ser observado a falha na seguinte frase: Será interessante correr na equipe que meu tio construiu. 877 - Resposta “B” A frase correta é: “Eles assistem ao espetáculo” O verbo “assistir” Será VTI (verbo transitivo indireto) com a preposição a quando significar ver ou ter direito. Exemplo: Gosto de assistir aos jogos do Santos. 878 - Resposta “B” A minha boa sogra fez uma recomendação “para mim”, por isso o uso do pronome me. 879 - Resposta “E” Verbo haver é impessoal e não tem sujeito. -> Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapida-mente seu espaço na carreira científica (Ordem direta -> sem vírgulas) Verb. Comp. Comp. Nom. - O Brasil é um exemplo - = Termo Explicativo, obrigatório usar parênteses, travessão ou vírgulas. ainda que o avanço seja mais notável em alguns países do que em outros. adjunto adverbial -> vírgula é opcional. 880 - Resposta “E” O verbo PAGAR quando se referir a pessoa pede a preposição “A”, neste caso é VTI. Quando se referir a coisa será VTD. EX. Paguei ao livreiro (homem que vende livros)| Paguei o livro (objeto) Paguei o hospital - Paguei ao hospital? Qual está certa? Paguei ao hospital... mas espere... não acabei de dizer que quando se referir a coisa é VTD? Sim, eu disse, acontece que hospital é uma pessoa... PESSOA JURÍDICA. Lembrem-se, portanto, que quando for pessoa (física ou jurídica) pagar é VTI. 881 - (ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 3, e 4 CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos. Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de concessão de aeroportos (São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasília), foram criadas novas estruturas nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SRE) e de Infraestrutura Aeroportuária (SIA). Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias. A nova estrutura, idealizada com base na melhor definição de atribuições dos cargos da agência, não gerará ônus adicional para a União. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptações). . 417 Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. A substituição de “fazer frente aos” (L.3-4) por enfrentar os prejudicaria a correção gramatical do texto. Certo ( ) Errado ( ) 882 - (TJ/RR - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 22 O exercício da advocacia criminal constitui instrumento de equilíbrio social. Não haveria paz e tranquilidade se os julgamentos fossem realizados sem leis antecipadamente organizadas e se os réus — por mais graves que fossem os crimes cometidos — pudessem ser condenados sumariamente sem defesa. Quando se fala em defesa, trata-se da ampla defesa, que abrange o direito de recorrer, quando a decisão não for favorável. O recurso ampara-se em dois fundamentos de natureza psicológica. De um lado, o sentimento inato, inerente ao gênero humano, de inconformidade com a derrota. De outro, a certeza universal da falibilidade humana. Daí o impulso existencial legítimo de ver um julgamento desfavorável reexaminado, de preferência por quem lhe pareça mais qualificado por melhores dotes de sabedoria e experiência, e mesmo, ainda que por simples presunção, por melhores valores culturais e morais. Se, na vida, recorrer ao amparo dos nossos semelhantes é uma necessidade, a lei não poderia deixar de acolher a utilização de recursos para o seu trato diário, como uma forma de ver-se prestigiada, ou seja, para que as partes envolvidas no processo se sintam amparadas, com a sensação de que a decisão foi, tanto quanto possível, devidamente apreciada, imparcial e justa. Tales Castelo Branco. Todo réu deve ter defesa. Internet: <http://super.abril.com.br> (com adaptações). Julgue os próximos itens com base na estrutura morfossintática do texto. Na linha 11, se fosse empregado o termo espécie humana em lugar de “gênero humano”, a substituição de “ao” por à seria obrigatória para a manutenção da correção gramatical do texto. Certo ( ) Errado ( ) 883 - (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) . 418 O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. As frases acima estão reescritas em um único período, com correção, lógica e clareza, mantendo-se, em linhas gerais, o sentido original, em: A) Foi só com alguns pesquisadores que hoje se estuda seriamente a velhice saudável e respeitada, como uma probabilidade de se conseguir afastar as doenças que comprometiam. B) Com o devido respeito e seriedade, os estudiosos passaram a ser menos imaginativos nas pesquisas sobre velhice sem doenças, que era impossível de se prever anteriormente. C) Somente como probabilidade difícil de se aceitar, a velhice sem doenças tornou-se campo de estudos imaginários, impossível de ser levada a sério pelos pesquisadores. D) Atualmente os estudos a respeito da possibilidade de se desfrutar uma velhice saudável são aceitos com seriedade, embora tal hipótese já tenha sido vista como fato altamente improvável. E) Chegar à uma velhice sem doenças já foi motivo de estudos capazes de levar a tal ponto, porém já foi considerado hipóteses pouco prováveis, somente por pesquisadores. 884 - (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão a flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem, (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós. Humanos supersocializados... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em: A) Eles vivem em um universo paralelo... B) ... Jogam com as suas próprias regras... C) Suas emoções estão à flor da pele... D) ... Devoram alegremente a comida . E) Os cachorros são uma constante fonte de diversão... 885 - (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) De um início atribulado a uma carreira de sucessos, assim se resume a crônica de Capitães da Areia, hoje uma das obras mais apreciadas pelos leitores de Jorge Amado, tanto no Brasil como no exterior. Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Mas, como nova Fênix, ressurgiu das cinzas quando nova edição, em 1944, marcou época na vida literária brasileira. A partir de então, sucederam-se as edições, nacionais e em nove idiomas estrangeiros, e as adaptações para rádio, teatro e cinema. Comovente documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo poucas vezes igualados na . 419 literatura universal. Dividido em três partes, o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo “Canção da Bahia, Canção da Liberdade”, em que é narrada a emocionante despedida de um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia “na noite misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra". (Adaptado de: Texto de apresentação. Jorge Amado. Capitães da Areia. 57. ed. Rio de Janeiro: Record, 1983) ... um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia "na noite misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra”. Mantém-se correta a redação da frase acima caso o elemento grifado seja substituído por: A) na ocasião de B) em conformidade com C) no momento em que D) à medida em que E) durante o tempo que 886 - (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) O trecho a seguir reproduz uma parte de verbete do Michaelis - Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. As.sis.tir (lat assistere) vti 1 Comparecer, estar presente: Assistir a um ofício divino. Tendo como base somente a informação gramatical acima, assinale a seguir a única alternativa de acordo com a norma padrão para a língua escrita. A) Eu assisti a queda das torres gêmeas em 2001. B) Quando ela gritou eu assisti a cobra subindo. C) Ele assistiu o jogo do Brasil ontem. D) Ela assistiu à apresentação do balé municipal. E) Ele assistiu a criança brincando. 887 - (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) De acordo com o sentido semântico das frases a seguir, assinale a alternativa correta. I) Os alunos que são inteligentes fazem as tarefas; II) Os alunos, que são inteligentes, fazem as tarefas; A) A primeira frase afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas. B) Ambas as frases afirmam que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas. C) Ambas as frases pressupõem que nem todos os alunos são inteligentes, portanto nem todos fazem as tarefas. D) A primeira afirma que nem todos os alunos são inteligentes mas todos fazem as tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos fazem as tarefas. E) A primeira frase pressupõe que nem todos os alunos são inteligentes, portanto nem todos fazem as tarefas; a segunda, por outro lado, afirma que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas. 888 - (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC/2012) Leia os períodos: I) Os alunos saíram mais cedo da aula para assistir ao novo episódio de Jornada nas Estrelas. II) Sou Frankenstein, o terrível, e sempre consigo o que estou a fim. III) Prefiro rosas, meu amor, à espinhos. IV) Depois da manifestação na prefeitura, os alunos retornaram à escola. V) A estrada corre paralelamente a ferrovia e chega a cidadezinha. Assinale a alternativa CORRETA: A) somente a afirmativa I está correta. B) somente as afirmativas II, III e IV estão corretas. C) somente as afirmativas I, II, IV e V estão corretas. D) somente as afirmativas I e IV estão corretas. E) somente as afirmativas I e II estão corretas. . 420 889 - (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. . 421 -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201 . 422 O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável [Texto 1] No período acima, a função sintática do adjetivo grifado é: A) Sujeito B) Objeto direto C) Predicativo do sujeito. D) Complemento nominal E) Predicativo do objeto direto Exemplos: - Ele a viu sorridente. - Todos acusaram-no de desmotivado. - Por um substantivo: Exemplos: - A direção elegeu-o presidente. - Todos chamam-lhe mãe. Exemplos de predicativo do objeto direto: - Nós consideramos esta funcionária dispensável. - Ontem vi minha vizinha muito preocupada. Exemplos de predicativo do objeto indireto: - Eu chamei-lhe de falsa. - Os alunos chamaram-lhe incompetente. 890 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Nas últimas três décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex- policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012. Adaptado) Sabendo que o aposto é empregado para precisar, explicar um termo antecedente, assinale a alternativa contendo passagem do texto com essa função. A) …quem faz campanha em seu pedaço… B) …nomes egressos de suas próprias fileiras. C) …centenas de milhares de pessoas sob seu jugo… D) …quando são procuradas por candidatos em busca de apoio… E) …organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais… 881 - Resposta “ERRADA” A expressão "fazer frente aos" exigia a preposição "a" (de "aos"). Porém, a expressão "enfrentar os", o verbo enfrentar não exige preposição, e o referido "o" é artigo que acompanha o SUJEITO "novos desafios". Portanto, o erro da questão está em não flexionar o verbo enfrentar para o PLURAL da oração objetiva. O correto seria: A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de ENFRENTAREM OS novos desafios... 882 - Resposta “CERTA” Lembrando que a crase é o encontro de prep.(A, PARA) + (A) artigo. Com subst masculino,usamos artigo defnido (O), resultando em (AO). Logo,ao gênero humano;à espécie humana. . 423 883 - Resposta: “D” A alternativa “D”, conseguiu juntar as duas frases com clareza dos fatos, sem limitar-se a pequenos detalhes ou informações que não estavam contidas em ambas as frases. 884 - Resposta “D” Pressupõe-se que “alguém” devora “algo”, o mesmo ocorre com o verbo “verbalizar”. 885 - Resposta: “C” De acordo com a “conexão” do texto, temos: Tempo (frequência, duração, ordem, sucessão, anterioridade, posterioridade): então, enfim, logo, logo depois, imediatamente, logo após, a princípio, no momento em que, pouco antes, pouco depois, anteriormente, posteriormente, em seguida, afinal, por fim, finalmente agora atualmente, hoje, frequentemente, constantemente às vezes, eventualmente, por vezes, ocasionalmente, sempre, raramente, não raro, ao mesmo tempo, simultaneamente, nesse ínterim, nesse meio tempo, nesse hiato, enquanto, quando, antes que, depois que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, já, mal, nem bem. Ou seja, posso substituir sem danos, a palavra “enquanto” por ” no momento em que” 886 - Resposta “D” O verbo "assistir", dentre outras acepções, pode se apresentar como: - verbo transitivo indireto: aponta para o sentido de presenciar, ver, observar; rege a preposição "a" e não admite a substituição do termo regido pelo pronome oblíquo "lhe", mas sim "o(s)" e "a(s)"; - verbo transitivo indireto: aponta para o sentido de caber (direito a alguém), pertencer; rege a preposição "a" e admite a substituição do termo regido pelo pronome oblíquo "lhe(s)"; - verbo transitivo direto: aponta para o sentido de socorrer, prestar assistência e não rege qualquer preposição. A é determinante na construção correta de cada uma das expressões acima. Assim, quando o verbo "assistir" for empregado para indicar os sentidos apontados em (1) e (2), é obrigatória a presença da preposição regida. Exemplos: 1. Os mais velhos insistiam em querer assistir o jogo em pé. [Inadequado] Os mais velhos insistiam em querer assistir ao jogo em pé. [Adequado] Os mais velhos insistiam em querer assisti-lo em pé. [Adequado] ...[termo regente: assistir a = ver, observar] 2. Assiste o médico o direito de solicitar as informações sobre seu cliente. [Inadequado] Assiste ao médico o direito de solicitar as informações sobre seu cliente. [Adequado] Assiste-lhe o direito de solicitar as informações sobre seu cliente. [Adequado] ...[termo regente: assistir a = caber, pertencer] 3. Tua equipe assistiu aos processos de forma brilhante e participativa. [Inadequado] Tua equipe assistiu os processos de forma brilhante e participativa. [Adequado] Tua equipe os assistiu de forma brilhante e participativa. [Adequado] ...[termo regente: assistir = prestar assistência, socorrer] 887 - Resposta “E” I) Os alunos que são inteligentes fazem as tarefas; por virem com ausência de vírgulas, expressam que nem todos os alunos são inteligentes, logo nem todos fazem as tarefas. II) Os alunos, que são inteligentes, fazem as tarefas; quando o termo vem entre vírgulas, a frase demonstra uma totalidade, como no caso em questão que todos os alunos são inteligentes e fazem as tarefas. 888 - Resposta “D” I) assistir ao novo episódio (OK) II) sempre consigo aquilo de que estou a fim. sempre consigo tudo de que estou a fim. III) "prefiro rosas a espinhos", sem crase, pois espinhos é palavra masculina. IV) retornaram à escola (OK) V) corre paralelamente à ferrovia e chega à cidadezinha. . 424 889 - Resposta “E” O predicativo do objeto é o termo da oração que complementa e caracteriza, principalmente, o objeto direto, atribuindo-lhe uma qualidade. Pode caracterizar também o objeto indireto, sendo contudo mais raro, apenas utilizado com o verbo chamar. Aparece apenas com o predicado verbo-nominal. A função de predicativo do objeto pode ser desempenhada: - Por um adjetivo ou uma locução adjetiva: Exemplos: - Ele a viu sorridente. - Todos acusaram-no de desmotivado. - Por um substantivo: Exemplos: - A direção elegeu-o presidente. - Todos chamam-lhe mãe. Exemplos de predicativo do objeto direto: - Nós consideramos esta funcionária dispensável. - Ontem vi minha vizinha muito preocupada. Exemplos de predicativo do objeto indireto: - Eu chamei-lhe de falsa. - Os alunos chamaram-lhe incompetente. 890 - Resposta “E” APOSTO: É o termo da oração que se refere a um substantivo, a um pronome ou a uma oração, para explicálos, ampliá-los, resumi-los ou identificá-los. Mais comumente o aposto é marcado por uma pausa entre o termo que se refere, mas não é regra geral. Exemplos: • Àquela hora a avenida Brasil estava intransitável. • O resto, isto é, as louças, os cristais e os talheres, irá nas caixas menores. 891 - (PC/MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012) A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul vai disponibilizar 1.200 homens e mulheres para garantir a segurança no processo do Exame Nacional do Ensino Médio 2012, que será aplicado no sábado (3) e no domingo (4). Os policiais estarão em todos os locais de provas. Também haverá escoltas para transporte de cadernos e cartões-respostas. A operação começa amanhã (1º), devido à interiorização das provas. Os cadernos saem da distribuição no 18º Blog transportados pela Empresa de Correios e Telégrafos para os 40 municípios do interior que irão realizar o exame. Todo o trajeto será feito com escolta policial. Os PMs ainda farão a guarda dos locais de armazenamento. A PM irá acompanhar o transporte dos cadernos do centro de distribuição para os locais de exame, ficará de prontidão e depois escoltará o retorno dos cartõesrespostas. A seguir estão cinco segmentos retirados do texto nos quais foram sublinhados determinados elementos. I. transporte de cadernos II. interiorização das provas III. guarda dos locais IV. retorno dos cartões V. ficará de prontidão Assinale a alternativa que indica os elementos de mesma função. A) apenas I, II e III. B) apenas II e V. C) apenas I, II e IV. D) I, II, III, IV e V. E) apenas I e II. . 425 892 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Nas últimas três décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012. Adaptado) A passagem do texto em que se encontra adjunto adverbial expressando circunstância de modo é: A) …no Rio de Janeiro. B) …em períodos eleitorais… C) …à base do assistencialismo e do medo. D) …de suas próprias fileiras. E) …sobre os domínios do tráfico… 893 - (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma verbal “esperava” (L.10). Certo ( ) Errado ( ) 894 - TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012 Nas últimas três décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012, Adaptado) Sabendo que o aposto é empregado para precisar, explicar um termo antecedente, assinale a alternativa contendo passagem do texto com essa função. . 426 A) …nomes egressos de suas próprias fileiras. B) …organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais… C) …centenas de milhares de pessoas sob seu jugo… D) …quem faz campanha em seu pedaço… E) …quando são procuradas por candidatos em busca de apoio… 895 - (PM/RJ - Oficial da Polícia Militar - Inglês - IBFC/2012) Texto I A vida no lixão de Gramacho – RJ Considerado o maior aterro sanitário da América Latina, o Lixão de Gramacho é conhecido pelos seus diversos catadores e pelas histórias que ali com eles vivem. Histórias das Ruas foi até lá para conhecer um pouco dessa realidade e poder trazer para vocês alguns fatos que não apenas chocam mas incomodam até mesmo os mais desinteressados. O Lixão se localiza no bairro do Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias. O local recebe mais de 7 mil toneladas de lixo por dia. O bairro possui 20 mil habitantes que vivem na miséria e mais de 50% da população tiram sua renda da reciclagem de lixo que catam no aterro. As pessoas que vivem trabalhando com a reciclagem moram ao redor do aterro, em barracos de madeiras e papelão, em meio a muita lama e lixo, muito lixo. [...] Adentramos a favela e, tudo o que eu via, me impressionava muito. Mesmo não sendo a rampa (nome dado à montanha de lixo que é localizada dentro do aterro), a quantidade de lixo diante dos meus olhos era extremamente exagerada. Ficava difícil até ver o chão, forrado de lixo. Durante a nossa caminhada, João [um dos catadores] me explicou como era a vida no Lixão. “Aqui nós trabalhamos para duas empresas que são donas de todo esse lixo. Não podemos trabalhar por conta própria. Enquanto eles se enriquecem com esse lixo que nós catamos e reciclamos, nós vivemos assim, nessa situação.” O cenário daquela comunidade era praticamente um cenário de guerra. Carros tombados, pessoas com semblantes muito sofridos e crianças carregando crianças. O cheiro era muito forte, também devido à quantidade enorme de porcos que viviam no meio do monte de lixo, porcos que dividiam o espaço onde as crianças da comunidade brincavam. Além disso, percebi que não havia saneamento no local. Perguntei ao Sr. João se ele fazia ideia de quantas crianças viviam lá e ele me respondeu: “Não tem como ter ideia disso. São realmente muitas crianças que vivem no meio desse lixo e cada vez mais aumenta o número delas.”[...] Conversei com muitas pessoas e pude perceber que a maioria não queria contar a sua história de vida. Percebi que quase ninguém gostava de tocar no assunto de como foi parar ali; era um assunto que incomodava a todos e espalhava certa tristeza no ar, tristeza muito mais nítida do que a pobreza em que eles vivem. O Lixão será desativado até o dia 03/06. Para mim, ficou evidente que aquelas pessoas que vivem lá dependem daquele lixo para sobreviver, pois é de onde tiram o próprio sustento. Com todos os moradores que eu consegui conversar, perguntei o que eles iriam fazer e para onde pensarão ir depois que o Lixão fosse desativado. A resposta era sempre a mesma: “Não sabemos, estamos esperando o governo decidir o que vai fazer com todo mundo que mora aqui.” Alguns até disseram estar tristes devido ao fato de que o lixão iria fechar.[...] No dia seguinte, voltando para São Paulo, vi algumas notícias em jornais de grande circulação em todo o país dizendo que o fim do Lixão de Gramacho marca um novo começo, uma nova vida para os moradores de lá. Fiquei chocado! Como a imprensa, que tem como principal missão reportar a verdade dos fatos com espírito crítico, pode manipulá-los a ponto de “sugerir” que o mal é um bem? (Fonte: www.historiasdasruas.com/2012 ) A oração “Mesmo não sendo a rampa”, presente no quinto parágrafo, introduz o seguinte valor semântico no período em que está inserida: A) Adversidade. B) Conclusão C) Concessão D) Proporcionalidade. . 427 896 - (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara". Ali, o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, o que, se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade, levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência. Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 28/10/2012) ...complexidade engendra complexidade... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: A) ...a constatação [...] De que existem muitos planetas... B) ...o surgimento de vida multicelular na terra dependeu de muitas outras variáveis... C) ...mas seu argumento é mais matemático do que biológico... D) gleiser retoma as ideias de peter ward... E) ...levando a uma corrida armamentista entre espécies... 897 - (PC/AL - Delegado de Polícia - CESPE/2012) Colonialismo 1 4 7 10 13 16 19 22 25 Se, durante os séculos XVI a XVIII, os interesses comerciais europeus haviam levado países como Portugal, Espanha, França e Inglaterra a explorar economicamente o continente americano, no século XIX foi a busca por novos mercados consumidores e por matérias-primas de baixo custo, em decorrência da Revolução Industrial, o que levou as nações europeias a voltarem-se para as regiões da África e da Ásia. Foi, portanto, durante o século XIX e início do século XX, que assistimos à dominação política e econômica de países considerados economicamente subdesenvolvidos pelas grandes potências da Europa. A França foi a pioneira na dominação do continente africano. A Inglaterra, no entanto, consagrada como grande potência marítima desde a queda de Napoleão, rapidamente assumiu a liderança da colonização. Alemanha, Itália, Espanha, Portugal e Bélgica também empreenderam áreas de dominação no continente. Chegaram a estabelecer regras de partilha para a ocupação de novos territórios na costa ocidental africana a partir de meados da década de 80 do século XIX, por meio da resolução firmada entre os países europeus durante a Conferência de Berlim. Na Ásia, a Inglaterra adotou uma política empenhada na conquista da Índia, que passou ao seu domínio após a Guerra dos Cipaios (1857-1858). Como garantiam o domínio sobre a Índia, os ingleses não se opuseram à penetração francesa na Ásia, particularmente no território da Indochina. Embora o Leste Asiático tenha se mantido independente, a China (com a Primeira Guerra do Ópio, de 1839 a 1842) e o Japão (com a ameaça naval do Comodoro Perry, em 1854) foram obrigados a abrir seus portos aos europeus, dando-lhes diversas vantagens comerciais. Às vésperas da Primeira Guerra Mundial, a China se via imersa em uma crise política. Vários territórios asiáticos e africanos sofriam influência inglesa e francesa, e a Coreia havia sido anexada pelo Japão em 1910 — país que, a partir dos anos 30 do século XX, aumentou consideravelmente seu poder sobre o continente. Após a Segunda Guerra Mundial, os movimentos nacionalistas e independentistas que vinham se firmando desde o período entre-guerras ganharam força tanto na África quanto na Ásia. A luta contra o colonialismo britânico na Índia de Gandhi, com o movimento de resistência passiva não violenta, terminou com a independência, em 1947, mas foi seguida de violentos conflitos étnicos, principalmente em virtude de diferenças religiosas entre hinduístas e muçulmanos. A ocupação japonesa na Ásia favorecia a manifestação do nacionalismo, ao mesmo tempo em que as ideias revolucionárias de Marx e Engels ganhavam força. O processo que levou à partilha colonial de regiões africanas e asiáticas, criando países fictícios, culminou em longas batalhas por independência. Gerou, também, como consequência, movimentos separatistas, conflitos étnicos e religiosos, e guerras civis, com reflexos que perduram até os dias de hoje. Internet: <http://acervo.estadao.com.br> (com adaptações). . 428 Com relação ao sentido e aos aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes. Na linha 18, o trecho “os movimentos nacionalistas e independentistas” exerce a função de sujeito da locução verbal “vinham-se firmando”. Certo ( ) Errado ( ) 898 - (MPE/RS - Técnico Superior de Informática - MPE-2012) 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. . Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas amigas) em elos fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela. Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro dizer "não" ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. E isso faz com que as redes de "seguidores" e "seguidos" de alguém possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir 429 51. você. Em suma, nós continuaremos não nos 52. conhecendo, mas as pessoas que estão ________ 53. nossa volta podem virar amigas entre si. Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-estamudandoamizade-619645.shtml>. Acesso em: 1º de outubro de 2012. Considere o enunciado abaixo e as quatro propostas para completá-lo. Sem prejuízo da correção gramatical e sem modificação significativa do sentido contextual, é possível substituir 1. geralmente (L. 18) por por vezes. 2. reservadamente (L. 28) por às escondidas. 3. completamente (L. 35) por absolutamente. 4. independentemente (L. 42) por independente. Quais propostas estão corretas? A) Apenas 1 e 2. B) Apenas 1 e 3. C) Apenas 3 e 4. D) Apenas 2, 3 e 4. E) 1, 2, 3 e 4. 899 - (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão - 1 - VUNESP/2012) Leia o texto para responder às questões. SÃO PAULO - Se você leu Cândido, de Voltaire, e achou o Dr. Pangloss um sujeito muito otimista, é porque não abriu Abundance, de Peter Diamandis e Steven Kotler. Os autores, um milionário com formação em engenharia espacial, genética e medicina em um jornalista científico, dizem com todas as letras que a humanidade está para entrar numa era de superabundância, na qual técnologias tornarão itens essenciais tão baratos que todos os habitantes da Terra terão acesso a bens e serviços até há pouco ao alcance apenas dos muito ricos. E tudo isso no horizonte de uma geração. Os autores têm até explicação para o fato de não acreditarmos muito nessas promessas. Como fomos programados para ver o mundo como um lugar ameaçador, nutrimos um inescapável pessimismo global, que não nos deixa perceber as revoluções silenciosas de que participamos. Talvez sim, talvez não. Abundance é definitivamente um livro ousado, e mesmo que lhe apliquemos um deságio cético de, vá lá, 80%, ainda _________ coisas surpreendentes. (Hélio Schwartsman, Abundância e otimismo. Folha de S. Paulo, 16.09.2012. Adaptado) De acordo com a norma padrão da língua portuguesa, a lacuna da última frase do texto pode ser preenchida indiferentemente com A) sobra ou tem B) existe ou há C) sobram ou há D) existe ou têm E) sobram ou se vê 900 - (MI - Nível Superior - Conhecimentos Gerais - ESAF/2012) 5 . Garantir a plena mobilidade de pessoas, bens e serviços será crucial para o desenvolvimento econômico e social de qualquer cidade no mundo. O planejamento urbano não pode ser separado da política habitacional ou de mobilidade. Em última instância, uma importante decisão política deve ser tomada em 430 relação ao modelo de cidade em que queremos viver e ao destino dos investimentos públicos em mobilidade. Construir mais infraestrutura viária só consegue aliviar 10 congestionamentos temporariamente. Nenhuma cidade do mundo conseguiu resolver os desafi os da mobilidade construindo mais ou maiores avenidas. Existe consenso entre especialistas de que aumentar a densidade habitacional ao redor dos grandes eixos de transporte 15 público, bem como ampliar os investimentos no modelo que realmente pode chegar a todos os cantos da cidade - os corredores de ônibus -, será a chave do sucesso para qualquer cidade que almeja ser líder global. (adaptado de Adalberto Maluf Filho, A efi ciência operacional pela superfície é chave para o futuro. http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/16470 - acesso em 29/12/2011) Assinale a opção que interpreta de maneira incorreta o uso das estruturas linguísticas no texto. A) Considerando que o uso do presente do indicativo também preservaria a correção gramatical do texto, a opção pelo futuro do presente em “será” (L.2) indica que a argumentação focaliza situações futuras. B) A relação semântica entre as ideias do texto mostra que o termo “em que” (L.7) corresponde a onde. C) O emprego da preposição a antes de “o destino” (L.8) indica que esse termo complementa a expressão “em relação” (L.6 e 7), assim como “o modelo” (L.7) também a complementa. D) A presença do travessão depois de “ônibus” (L.17) torna desnecessário o uso da vírgula; por isso, sua omissão manteria a correção gramatical do texto. E) O valor semântico que o gerúndio assume em “construindo” (L.12) corresponde ao valor da expressão porque construiu. 891 - Resposta “A” I- Transporte de cadernos transporte = substantivo abstrato de cadernos – os cadernos são transportados - sofrem a ação. (complemento nominal) II- Interiorização das provas. Interiorização = substantivo abstrato das provas – as provas foram interiorizadas – sofreram a ação. (complemento nominal) III- Guarda dos locais. Guarda – substantivo abstrato – está se referindo à ação de guardar e não ao sujeito que guarda algo. dos locais – os locais são guardados – sofrem a ação. (complemento nominal) IV-Retorno dos cartões. Retorno = substantivo abstrato dos cartões – pode-se entender que os cartões retornam – praticam a ação (adjunto adnominal) V-Ficará de prontidão. Ficará = verbo Diante de verbo não pode haver adjunto adnominal nem complemento nominal. De prontidão = adjunto adverbial de modo. 892 - Resposta “C” …no Rio de Janeiro. (lugar) …em períodos eleitorais… (tempo) …à base do assistencialismo e do medo. (modo) - correta …de suas próprias fileiras. (posse) …sobre os domínios do tráfico… (posse) A única opção que satisfaz o enunciado (adjunto adverbial - junto a um adjetivo, verbo ou adverbio) é a opção C: à base do assistencialismo e do medo. Pois expressa a modo: medo. . 431 893 - Resposta “ERRADA” "...MAS SE ESPERAVA AO MENOS QUE A METROPOLE DEIXASSE..." ... MAS SE ESPERAVA AO MENOS ISSO = CONJUNÇÃO INTEGRANTE , LOGO ISSO O QUÊ? QUE A METROPOLE DEIXASSE DE SER TÃO CENTRALIZADORA EM SUAS POLITICAS. CONJUNÇÃO INTEGRANTE E COMPLEMENTO DIRETO (OBJETO DIRETO) , NÃO SE MISTURAM. 894 - Resposta “B” Aposto é um termo que empregamos para explicar, enumerar, resumir ou especificar outro termo como substantivo, pronome, etc, ou outra oração, aparecendo antes ou depois do termo ao qual se refere na frase. É uma parte da estrutura da frase, pois está relacionado ao sentido de um nome/termo. Entre ele e o termo quase sempre existe pausa, que é indicada por vírgula, dois pontos, travessão ou parênteses. Esta pausa, no entanto, não existirá se o aposto individualizar ou especificar um termo. O aposto também pode vir precedido por expressões explicativas (isto é, como, a saber) e preposições. Tipos de apostos Enumerativo Separado por vírgulas, enumera os apostos referentes a um termo. Exemplo: Sua mochila tinha muitas coisas: um livro, caderno, estojo, blusa de frio, carteira, chaves. Explicativo Como o nome diz, introduz uma explicação sobre o termo anterior. Exemplo: A matemática, ciência exata que lida com números, parece ser o curso perfeito para você. Comparativo Compara o termo da oração. Exemplo: O menino, que parece um porco, comia sem parar. Distributivo Retoma, separadamente, as informações do termo. Exemplo: Tinha dois amigos, este mais alto, aquele, mais baixo. Resumidor Resume todas as informações de uma oração em um só termo. Exemplo: Pratos, loucas, talheres, panelas, tudo isso deve ser lavado e guardado. Especificativo Não vem separado por pontuações. Este aposto prende-se a um termo “genérico” para especifica-lo. Pode aparecer acompanhado de preposições. Exemplo: O escritor Machado de Assis escreveu grandes obras. 895 - Resposta “C” As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. Observe este exemplo: Só irei se ele for. A oração acima expressa uma condição: o fato de "eu" ir só se realizará caso essa condição for satisfeita. Compare agora com: Irei mesmo que ele não vá. A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva. Observe outros exemplos: Embora fizesse calor, levei agasalho. Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da população continua à margem do mercado de consumo. Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embora não estudasse). (reduzida de infinitivo) . 432 896 - Resposta “D” -complexidade engendra (o quê?) complexidade (objeto direito) d) Gleiser retoma (o quê?) as ideias de Peter Ward...(objeto direito) 897 - Resposta “ERRADA” "Após a Segunda Guerra Mundial, os movimentos nacionalistas e independentistas que vinham se firmando desde o período 19 entre-guerras ganharam força tanto na África quanto na Ásia. " "Os movimentos nacionalistas e independentistas" é o sujeito de "ganharam força tanto na África quanto na Ásia." 898 - Resposta “C” As palavras “ completamente” e “independentemente” podem ser substituídas respectivamente por absolutamente e independente, visto que possuem o mesmo sentido e não causa prejuízo gramatical para as frases. 899 - Resposta “C” O sujeito da ultima oração é: coisas supreendentes. Vamos colocar a oração agora em ordem direta: Coisas supreendentes______ainda. O verbo deve concordar com o sujeito, porém o verbo "haver" no sentido de existir é impessoal e não concorda com o sujeito. Assim a única resposta correta que segue esta regra é a letra c. Coisas supreendentes sobram ainda. / Coisas supreendentes há ainda 900 - Resposta “D” o uso do ONDE está correto, pois se refere à cidade (lugar). Veja... cidade em que queremos viver. Apesar de "viver" ser VI, o "EM" é necessário, pois introduzirá um adjunto adverbial de lugar. Refazendo a oração subordinada adjetiva fica: Queremos viver na cidade ("na cidade" é adj. adv. de lugar). Outra coisinha... você pode colocar ONDE, mesmo que não se refira a lugar, MAS... para ser Pron. Relativo (e introduzir uma Or. Subord. Adjetiva) tem que, necessariamente, se referir a lugar. Ex: Ninguém sabe onde fica o teatro. Nesse caso, o "onde" não se refere a lugar, por isso não é considerado PR. Aqui, ele é apenas uma ADVÉRBIO, e introduz uma Or. Subord. Subst. Objetiva Direta: Ninguém sabe ISSO. Já na frase: Visitarei a cidade onde nasci. O "onde" se refere a um lugar (cidade) e por isso é um PR, introduzindo uma Or. Subor. Adjetiva. Refazendo a subordinada fica: Nasci na cidade ("na cidade" é adj. adv. lugar) 901 - (TRE/SP - Analista Judiciário - Área Administrativa - FCC/2012) Bom para o sorveteiro Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo. À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos, com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu centenas de picolés. Por ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a repartir os bifes. Em 1966, uma baleia adulta foi para ali mesmo e em quinze minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de sangue frio. Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, espero que salva, a baleia de Saquarema. O maios animal do mundo, . 433 assim, frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da inflação. A bordo, uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo. (Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo) Analisando-se aspectos sintáticos de frases do texto, é correto afirmar que em A) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito. B) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum configura-se um caso de indeterminação do sujeito. C) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas a voz verbal é ativa, sendo umas bugigangas o objeto direto. D) eu já podia recolher a minha aflição não há a possibilidade de transposição para outra voz verbal. E) Logo uma estatal, ó céus o elemento sublinhado exerce a função de adjunto adverbial de tempo. 902 - (TJ/RJ - Técnico de Atividade Judiciária - FCC/2012) Por mais de três séculos, do início da colonização ao ocaso do Império, a economia do Brasil foi sustentada pelos escravos. Os negros vindos da África trabalharam nas lavouras de cana-de-açúcar e café e nas minas de ouro e diamante. O tráfico negreiro, por si só, era um dos setores mais dinâmicos da economia. Os historiadores estimam que 4 milhões de africanos foram trazidos à força para o Brasil. Desse total, 1 milhão entrou no país pelo Valongo, um cais construído no Rio de Janeiro em 1758 especialmente para receber navios negreiros. Os escravos eram expostos e vendidos em lojas espalhadas pela vizinhança. O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831, quando foi proibida a importação de escravos. Logo foi apagado. Sobre ele, o Império construiu o Cais da Imperatriz, para o desembarque da mulher de D. Pedro II, Teresa Cristina. Mais tarde, a República aterrou aquela zona e a cobriu com ruas e praças. O maior porto de chegada de escravos desapareceu como se nunca tivesse existido. Quase dois séculos depois, o Brasil se vê obrigado a encarar novamente um dos cenários mais vergonhosos de sua história. Com o objetivo de embelezar o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, a prefeitura pôs em execução uma ampla reforma da decadente zona portuária. Na varredura do subsolo, exigida pela lei, para impedir que relíquias enterradas sejam perdidas, uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do Cais do Valongo. As ruínas foram localizadas debaixo de uma praça malcuidada entre o Morro da Providência, o Elevado da Perimetral e a Praça Mauá. O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas, na periferia da cidade. Antes de sua abertura os navios negreiros desembarcavam sua carga na atual Praça Quinze, no centro do Rio, justamente onde funcionavam as principais repartições públicas da Colônia. Com o tempo, os burocratas começaram a ficar perturbados com as cenas degradantes do mercado de escravos. O cais do centro continuou funcionando depois da criação do Valongo, mas sem mercadoria humana. (Ricardo Westin. Veja, 17 de agosto de 2011, p. 126-128, com adaptações) O verbo que NÃO admite transposição para a voz passiva está em: A) ... A república aterrou aquela zona ... B) o cais do valongo ficava longe da vista dos cariocas ... C) ... A prefeitura pôs em execução uma ampla reforma... D) ... Uma equipe de pesquisadores do museu nacional encontrou o piso do cais do valongo. E) ... E a cobriu com ruas e praças. 903 - (TJ/RJ - Técnico de Atividade Judiciária - FCC/2012) O dia 12 de outubro de 1822, data da aclamação do imperador Pedro I, amanheceu nublado e chuvoso no Rio de Janeiro. Mas nem a chuva nem as rajadas de vento conseguiram atrapalhar a primeira grande festa cívica do Brasil independente. Logo ao alvorecer, a cidade foi acordada por uma ensurdecedora salva de canhões, disparada das fortalezas situadas na entrada da baía de Guanabara e dos navios de guerra ancorados no porto. As ruas estavam ocupadas pela multidão e das varandas pendiam colchas, toalhas bordadas e outros adereços. Os moradores colocaram suas melhores roupas e saíram às janelas para ver o espetáculo. (Adaptado de Laurentino Gomes. 1822. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2011. p. 207) . 434 As ruas estavam ocupadas pela multidão... A forma verbal resultante da transposição da frase acima para a voz ativa é: A) ocupava-se. B) ocupavam. C) ocupou. D) ocupa. E) ocupava. 904 - (TJ/RJ - Analista Judiciário - Assistência Social - FCC/2012) Cafezinho Leio a reclamação de um repórter irritado que precisava falar com um delegado e lhe disseram que o homem havia ido tomar um cafezinho. Ele esperou longamente, e chegou à conclusão de que o funcionário passou o dia inteiro tomando café. Tinha razão o rapaz de ficar zangado. Mas com um pouco de imaginação e bom humor podemos pensar que uma das delícias do gênio carioca é exatamente esta frase: - Ele foi tomar café. A vida é triste e complicada. Diariamente é preciso falar com um número excessivo de pessoas. O remédio é ir tomar um “cafezinho” é qualquer coisa infinita e torturante. Depois de esperar duas ou três horas dá vontade de dizer: - Bem, cavalheiro, eu me retiro. Naturalmente o Sr. Bonifácio morreu afogado no cafezinho. Ah, sim, mergulhemos de corpo e alma no cafezinho. Sim, deixemos em todos os lugares este recado simples e vago: - Ele saiu para tomar um café e disse que volta já. Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes e perguntar: - Ele está? - alguém dará o nosso recado sem endereço. Quando vier o amigo e quando vier o credor, e quando vier o parente, e quando vier a tristeza, e quando a morte vier, o recado será o mesmo: - Ele disse que ia tomar um cafezinho... Podemos, ainda, deixar o chapéu. Devemos até comprar um chapéu especialmente para deixá-lo. Assim, dirão: - Ele foi tomar um café. Com certeza volta logo. O chapéu dele está aí... Ah! Fujamos assim, sem drama, sem tristeza, fujamos assim. A vida é complicada demais. Gastamos muito pensamento, muito sentimento, muita palavra. O melhor é não estar. Quando vier a grande hora de nosso destino nós teremos saído há uns cinco minutos para tomas um café. Vamos, vamos tomar um cafezinho. Rio, 1939. (Rubem Braga. O Conde e o passarinho & Morro do isolamento. Rio de Janeiro: Record, 2002. P. 156-7) A frase que admite transposição para a voz PASSIVA é: A) Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes... B) O chapéu dele está aí... C) ... Chegou à conclusão de que o funcionário... D) Leio a reclamação de um repórter irritado... E) ... Precisava falar com um delegado... 905 - (DETRAN/RJ - Todos os Cargos - Conhecimentos Gerais - EXATUS/2012) Felicidade clandestina Clarice Lispector 1º Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto enorme; enquanto nós todas ainda éramos achatadas. Como se não bastasse, enchia os dois bolsos da blusa, por cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai dono de livraria. 2º Mas que talento tinha para a crueldade. Ela toda era pura vingança, chupando balas com barulho. Como essa menina devia nos odiar, nós que éramos imperdoavelmente bonitinhas, esguias, altinhas, de cabelos livres. Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo. Na minha ânsia de ler, eu nem notava as humilhações _____________ela me submetia: continuava a _____________emprestados os livros que ela não lia. . 435 3º Até que veio para ela o magno dia de começar a exercer ___________ uma tortura chinesa. Como casualmente, informou-me que possuía as Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. 4º Era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindoo. E completamente acima de minhas posses. Disse-me que eu passasse pela sua casa no dia seguinte e que ela o emprestaria. 5º Mas o plano secreto da filha do dono de livraria era tranquilo e diabólico. No dia seguinte lá estava eu à porta de sua casa, com um sorriso e o coração batendo. Para ouvir a resposta calma: o livro ainda não estava em seu poder, que eu voltasse no dia seguinte. Mal sabia eu como mais tarde, no decorrer da vida, o drama do “dia seguinte” como ela ia se repetir com meu coração batendo. 6º Quanto tempo? Não sei. Eu ia diariamente à sua casa, sem faltar um dia sequer. Às vezes ela dizia: pois o livro esteve comigo ontem a tarde, mas você só veio de manhã, de modo que o emprestei a outra menina. E eu, que não era dada a olheiras, sentia as olheiras se cavando sob os meus olhos espantados. 7º Até que um dia, quando eu estava á porta de sua casa, ouvindo humilde e silenciosa a sua recusa, apareceu sua mãe. Ela devia estar estranhando a aparição muda e diária daquela menina à porta de sua casa. Pediu explicações a nós duas. Houve uma confusão silenciosa, entrecortada de palavras pouco elucidativas. A senhora achava cada vez mais estranho o fato de não estar entendendo. Até que essa mãe boa entendeu. Voltou-se para a filha e com enorme surpresa exclamou: mas este livro nunca saiu daqui de casa e você nem quis ler! 8º E o pior para essa mulher não era a descoberta do que acontecia. Devia ser a descoberta horrorizada da filha que tinha. Ela nos espiava em silêncio: a potência de perversidade de sua filha desconhecida e a menina loura me pé à porta, exausta, ao vento das ruas de Recife. Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser”. Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer. 9º Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. Clarice Lispector. O primeiro Beijo. São Paulo, Ed. Ática, 1996. (adaptado) Transpondo-se para a voz passiva a frase “Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo.” (2º parágrafo) a forma verba resultante será: A) é exercido. B) está sendo exercido. C) foi exercido. D) será exercido. 906 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Foram analisados os processos____________ autos se discutia a política de proteção ao menor____________se refere a legislação pátria. Houve várias sessões,________ foram convocados especialistas no assunto. Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas. A) em cujos … a que … para as quais B) que nos … à qual … as quais C) nos quais … no que … que D) de cujos … à que … a cujas E) que nos seus … que … a que 907 - (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Foram analisados os processos____________autos se discutia a política de proteção ao menor_______________se refere a legislação pátria. Houve várias sessões,___________foram convocados especialistas no assunto. Assinale a alternativa que preenche correta e respectivamente as lacunas. A) em cujos … a que … para as quais B) de cujos … à que … a cujas . 436 C) nos quais … no que … que D) que nos seus … que … a que E) que nos … à qual … as quais 908 - (TJ/RR - Nível Médio - Conhecimentos Básicos - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Os magistrados não governam. O que eles fazem é evitar o desgoverno, quando para tanto são provocados. Não mandam propriamente na massa dos governados e administrados, mas impedem os eventuais desmandos dos que têm esse originário poder. Não controlam permanentemente e de forma imediatista a população, mas têm a força de controlar os controladores, em processo aberto para esse fim. Os magistrados não protaginozam relação jurídicas privadas, na qualidade de magistrados, porém se disponibilizam para o equacionamento jurisdicional de todas elas. Por isso justifica-se a menção do Poder Judiciário em terceiro e último lugar no rol dos poderes estatais (em primeiro, o Legislativo; em segundo, o Executivo), para facilitar essa compreensção final de que o poder que evita o desgoverno, o desmando e o descontrole eventual dos outros dois não pode, ele mesmo, se desgovernar, se desmandar, se descontrolar. Mais que impor respeito, o Judiciário tem que se impor o respeito. Caso se substituísse “dos” (L.3) por daqueles, haveria prejuízo para as informações originais do texto. Certo ( ) Errado ( ) 909 - (MPE/PA - Técnico em Informática - FADESP/2012) Penalidade máxima Fernando Sabino 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 . Houve um tempo em que ele era moço e ia à praia. Agora era um homem de meia-idade, paletó e gravata, de regresso do trabalho, andando ao longo do mar. Lá na areia o futebol ia animado. Deteve-se, ficou olhando. Futebol de areia era uma coisa que ele nunca chegaria a entender: não tinha graça, a bola não pulava, ganhava efeito. E onde já se viu jogar descalço? Lembrava-se das pesadas chuteiras de seu tempo, com rodelas de couro no tornozelo, cordões compridos dando várias voltas em torno do pé. E os cravos na sola, deste tamanho! De meter medo nas bolas altas... Sorriu, ficou olhando; é verdade que esses meninos de hoje fazem miséria. Olha só como aquele mata a bola no peito, controla no joelho e vai levando a bichinha no ar. Mas chute forte como os de antigamente eles não têm. No seu tempo... Ia se afastando, depois de acompanhar um último lance do jogo lá na areia, quando um chute espirrado atirou a bola cá fora na rua e ela veio rolando até seus pés. Olhou para um lado e para outro: algum conhecido ali por perto, era uma vez a sua compostura. Não vendo ninguém, ajeitou cuidadosamente a pelota na marca do pênalti, para cobrar a penalidade máxima. Lá embaixo os rapazes aguardavam. Tomou distância, esperou o apito do juiz e, sob o silêncio de expectativa da torcida, deu um pulinho, veio correndo, desferiu o chute. Sensação no Maracanã! Gol do Brasil. O chute foi realmente perfeito e a bola executou a trajetória pretendida, indo cair na areia, entre os rapazes. Mas a compostura foi por água abaixo: atrás da bola, como a cápsula de um foguete-satélite, seguiu o sapato – sapato de verniz, fora a uma missa de sétimo dia naquela manhã. O sapato ultrapassou a bola e foi cair na areia lambida pelo mar. Desequilibrado, ele começou a rodopiar, saltitando numa perna só, acabou caindo. Um dos jogadores pescou o sapato e veio trazê-lo. Ajudou-o a erguer-se: – O senhor se machucou? – Não foi nada. – Antes assim. 437 26 27 28 29 30 31 – Isso acontece... O rapaz se despediu cordialmente, dando-lhe um tapinha nas costas. Tentou uma careta jovial, calçou o sapato molhado e saiu chapinhando com ele no asfalto. Fazia força para não capengar – fora como se tivesse querido atirar a distância, não a bola, mas a própria perna! Teria distendido algum tendão? Longe da vista dos jogadores, sentou-se no banco da praia com um gemido. Isso acontece – repetiu para si mesmo, conformado. Texto publicado na coletânea O mundo é uma bola: crônicas, futebol & humor. Editora Ática, 2006. Considerando as relações de regência, concordância e colocação pronominal no texto Penalidade máxima, julgue as afirmativas abaixo. I. No trecho “Agora era um homem de meia-idade, paletó e gravata, de regresso do trabalho, andando ao longo do mar.” (linhas 01 e 02), a preposição que sucede o substantivo regresso pode ser substituída pela preposição a sem alteração do sentido do texto. II. No trecho “Mas chute forte como os de antigamente eles não têm.” (linhas 09 e 10), o artigo definido deveria estar no singular, concordando com o substantivo chute. III. No trecho “Um dos jogadores pescou o sapato e veio trazê-lo.” (linhas 21 e 22), o pronome do caso oblíquo o pode ser substituído pelo pronome lhe, para fazer referência ao sujeito a quem será entregue o sapato. IV. No trecho “Ia se afastando, depois de acompanhar um último lance do jogo lá na areia, quando um chute espirrado atirou a bola cá fora na rua e ela veio rolando até seus pés.” (linhas 11 e 12), a colocação do pronome oblíquo não obedece ao padrão culto da língua. Estão corretas as afirmativas; A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) III e IV. 910 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) A forma plural das palavras está correta na alternativa: A) Preferimos evitar males-entendidos; é melhor pacificar os ânimos. B) As reuniões ocorrem sempre às segundas-feiras pela manhã. C) A empresa foi condenada por não pagar os salário-famílias. D) Já foram publicados os decreto-leis? E) Tomamos conhecimento dos abaixos-assinados apresentados pelos grevistas. 901 - Resposta “C” a) Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima - as formas verbais sublinhadas têm um mesmo sujeito. ERRADO - Sujeito de "lembravam" é "Muitos" e de "foram disputadas" é "As toneladas". b) todos se empenhavam no lúcido objetivo comum - configura-se um caso de indeterminação do sujeito. ERRADO - Sujeito Indeterminado ocorre com verbos na "terceira pessoa do plural" e na "terceira pessoa do singular + indice de interminação do sujeito (se)"; na alternativa a frase possui o sujeito "todos". c) uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas - a voz verbal é ativa, sendo umas bugigangas o objeto direto. CORRETO - "um tripulação de camelôs" é "sujeito ativo"; "anunciava" é "verbo transitivo direto"; "umas bugigangas" é "objeto direto"; portanto a frase está na voz ativa. d) eu já podia recolher a minha aflição - não há a possibilidade de transposição para outra voz verbal. ERRADO - o verbo é transito direto, portanto pode ser alterada para outra voz verbal. e) Logo uma estatal, ó céus - o elemento sublinhado exerce a função de adjunto adverbial de tempo. ERRADO - "Logo" tem sentido equivalente de "portanto, entretanto, por isso" e exerce a função de "conjunção coordenada conclusiva" . 438 902 - Resposta “B” Temos que analisar, pois, a transitividade dos verbos de cada letra. 1- Na "b" temos verbo de ligação "O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas ...", e eu não consigo, de forma alguma, transpô-la para a voz passiva. 2- na e, poderia gerar uma dúvida bem interessante. Mas "cobrir" não é verbo transitivo indireto? sim, mas ele também é transitivo direto, ou seja, temos o caso de um verbo VTDI, cuja transitividade não impõe empecilho algum para a transposição. Assim sendo, quando tivermos esse tipo de intriga (letra "e" foi muito bem bolada), não basta apenas olharmos para o complemento que vem na letra, temos que analisar a transitividade do verbo como um todo. Somente assim poderemos sanar a dúvida quanto à transposição ou não. 903 - Resposta “E” A multidão ocupava as ruas. Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase. Por exemplo: Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa) Sujeito da Ativa Objeto Direto A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva) Sujeito da Passiva Agente da Passiva 904 - Resposta “D” A única frase que possui um OBJETO DIRETO (pré-requisito da Voz Passiva) é a letra d. 1) Este O.D. será sempre o sujeito da voz passiva 2) O sujeito da voz ativa, após a transformação será o agente da passiva OBS: Um sujeito da voz passiva NUNCA poderá será proveniente de um objeto preposicionado. a) Quando a Bem-amada vier com seus olhos tristes... (VTI) - não admite passiva b) O chapéu dele está aí... (VL) - não admite passiva c) ... chegou à conclusão de que o funcionário... (VTI) - não admite passiva d) Leio a reclamação de um repórter irritado... (VTD) >>> De um repórter é lida a reclamação e) ... precisava falar com um delegado...(VI) - não admite passiva 905 - Resposta “C” Vamos ao enunciado: Comigo exerceu com calma ferocidade o seu sadismo - Verbo no pretérito perfeito Vamos ao gabarito: A) é exercido (Tempo presente) B) está sendo exercido (Tempo presente) C) Foi exercido (Tempo pretérito) D) Será exercido (Tempo Futuro) 906 - Resposta “A” Quem analisa, analisa alguma coisa em algum lugar (VTI): EM CUJOS AUTOS ----- cujo tem sentido de posse dos autos ---- .... Os processos foram analisados em cujos autos se discutia a política de proteção ao menor (quem se refere: refere-se alguma coisa a alguém (VTI)) a que se refere a legislação pátria. Houve várias sessões, para as quais foram convocados especialistas no assunto. 907 - Resposta “A” Foram analisados os processos em cujos autos se discutia a política de proteção ao menor a que se refere a legislação pátria. Houve várias sessões, para as quais foram convocados especialistas no assunto. . 439 a) em cujos discutir (em) VI ... a que preposição + Pronome"referir-se" (a) VTI ... para as quais foram convocados (para) (a) VTI 908 - Resposta “ ERRADA”. "(os magistrados) Não mandam propriamente na massa dos (daqueles) governados e administrados, mas impedem os eventuais desmandos dos (daqueles) que têm esse poder originário (os governantes)". --- o primeiro DOS (ou DAQUELES) faz referência e mantém a ideia de generalidade de GOVERNADOS. Já o segundo DOS (ou DAQUELES) faz referência aos GOVERNANTES, termo implícito no texto, também fazendo alusão aos governantes de maneira genérica - como àqueles que detêm o poder. Assim, tanto o DOS quanto DAQUELES preservam a ideia original do texto.. 909 - Resposta “D.” no item II a concordância ocorre com o substantivo meninos e não chute, por isso não se pode colocar o artigo no singular. Em relação ao item I, ao trocar pela preposição "a", deve-se fazer a contração com o artigo "o", ficando corretamente o uso de "ao" em substituição ao "do" sugerido pela questão. Então, itens I e II incorretos. No item III, o verbo trazer é VTDI, podendo usar OD (o - nesse caso, fazendo referência a sapato) ou OI (lhes- fazendo referência ao sujeito).Qto ao item VI, temos uma loc. verbal com o verbo auxiliar no futuro. Assim ficaria: ir-se-ia afastando. 910 - Resposta “B” a) advérbio + adjetivo = mal-entendidos b) numeral + substantivo = segundas-feiras c) substantivo + substantivo = salários-família / salários-famílias d) substantivo + substantivo = decretos-leis e) advérbio + adjetivo = abaixo-assinados 911 - (CRF/SC - Contador - IESES/2012) O nó da discórdia Luiz Costa Pereira Junior Disponível em: http://revistalíngua.uol.com.br/textos/80/cnodadiscordia>260789-1.asp Acesso em 03 de outubro de 2012 Reações dos dois lados do Atlântico contestam a nova ortografia já adotada no Brasil Menos de seis meses após adotar o novo acordo ortográfico, Portugal ameala mandar as favas a grafia que já vigorava no Brasil. O secretário da Cultura português, Francisco José Vegas, de 49 anos, defende que o país pode “corrigir” o acordo multilateral, conforme a conveniência de seu país. A manifestação é inédita entre altas autoridades portuguesas. O acordo ortográfico, assinado em Lisboa em 1990, começou a ser aplicado em 2009 no Brasil e, em Portugal, tem período de adaptação até 2015, durante o qual serão aceitas as duas grafias. Nos documentos do Estado, em escolas e serviços públicos, a adoção portuguesa começou em janeiro, seguindo o exemplo de imprensa editoras, que já o faziam. Consonantal Ao programa Política Mesmo, da TVI24, Vegas defendeu em fim de fevereiro que “a ortografia poderá ser corrigida” nos próximos três anos. Segundo ele, é preciso “aperfeiçoar o que há para aperfeiçoar”, pois o processo “não foi bem encaminhado” e foi decidido “à última hora”. Cada português poderá, até lá “escolher a ortografia que prefere”, pois “não há polícia da língua”. Vegas admite que o problema se concentra nas palavras de dupla grafia e nas sequencias consonantais. A regra seria evidência , avalia ele, de que o o acordo desagrada quando deveria unir, criando divergências que antes não havia, como a eliminação de consoantes não pronunciadas. (...) O gesto de Vegas sinaliza que o desconforto português com o acordo jpa envolve instituições, não só protestos isolados. Em fevereiro, a primeira medida do poeta Vasco Graça Moura ao assumir o Centro Cultural de Belém, uma referência cultural no país, foi abolir o acordo no órgão. A posição de . 440 Moura deu ânimo a um processo de inconstitucionalidade movido em fevereiro por Ivo Barroso, professor da Faculdade de Direito de Lisboa. Ele prestou queixa na Provedoria de Justiça portuguesa por considerar que o “novo idioma” fere a Constituição de 1976, escrita me grafia antiga (portanto, para tualizar a grafia do país, só por emenda constitucional, raciocina o professor). Em maio, um abaixoassinado, para que o parlamento extinga a lei ortográfica, tomou a 82ª Feira do Livro de Lisboa. O documento já circulara na internet em abril, em nome de um movimento chamado Iniciativa Legislativa de Cidadãos. Repercussão O presidente da Comissão de Língua Portuguesa do MEC brasileiro, Godofredo de Oliveira Neto, reagiu as iniciativas portuguesas. Considerou incompreensível que se reveja um processo que já concluiu seus trâmites jurpidicos e políticos, apesar de estar em curso um período de transição. Já Edviges Ferreira, presidenta da Associação de professores de Português, entidade lusa que organiza os docentes da área, também criticou Vegas. Afirmou que “é de lamentar que entre os governantes não haja acordo”. Faz referência à portaria do Ministério da Educação e Ciência (o MEC português) qe obriga os professores de lá a aplicarem o acordo desde 2011. (...) A orientação às escolas lusas parece mesmo ambígua. Nas aulas, os alunos são punidos por usarem a grafia anterior, mas a dupla grafia foi admitida em exames escolares até 2013. A justificativa é que manuais ecolares estão com grafia antiga. A grita não é só lusa. Em abril, num encontro de preparação para uma reunião de ministros da Educação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Angola se declarou favorável à ratificação do acordo, desde que se introduza nele o vocábulo angolano. A afirmação foi de Oliveira Encoge, diretor dos Ministérios das relações Exteriores do país africano. Brasil Aqui, uma ação civil foi esboçada em abril por entidadades como a Associação Brasileira de Imprensa. Elas alegam que setores importantes da sociedade, ligados à expressão escrita, como professores, linguistas, universidades, magistrados e imprensa, não foram ouvidos para a confecção do acordo. (...) Tornado lei, adotado pelo MEC, pelo mercado editorial e pela sociedade, a lei ortográfica é defendida pelo governo brasileiro. Desde abril, Vegas sinaliza ligeiro recuo. Agora, afirma que é a favor do acordo, mas mudanças pontuais estariam previstas no texto da lei e caberia às academiais, Brasileria de Letras e das Ciências de Portugal, realizá-las. O titular da Pasta de Cultura quer que até o fim de 2012 os portugueses sugiram mudanças à comissão multilateral que elabora o Vocabulário Ortográfico Comum. Tal Volp consensual (o brasileiro foi oficializado pela ABL em 2010) só será concluido em 2014, num trabalho desenvolvido, diz Vegas, por representantes de todos os países lusófonos. (...) (Colaborou, Josué Machado) “Em maio, um abaixo-assinado, para que o parlamento extinga a lei ortográfica, tomou a 82ª Feira do Livro de Lisboa.” O numeral ordinal destacado está corretamente escrito na alternativa: A) Oitogésima segunda. B) Octogésima segunda. C) Oitagésima segunda. D) Octagésima segunda. 912 - (TCE/ES - Auditor de Controle Externo - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos CESPE/2012) Leis anticorrupção não andam 1 4 7 . O Brasil é signatário de pelo menos quatro convenções internacionais que tratam do combate à corrupção. No entanto, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, desperdiça cerca de R$ 7 bilhões por ano com a perda de produtividade provocada por fraudes públicas, além de figurar entre os principais países onde a corrupção é um empecilho para o crescimento. De acordo com a organização não 441 10 13 16 19 22 governamental Transparência Internacional, o país ocupa a 73.ª posição no quesito corrupção, entre 182 países. Um dos motivos apontados por especialistas para esse mau desempenho é a falta de leis mais rígidas. Um levantamento da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção revela que aprová-las não tem sido prioridade do Congresso Nacional. A pesquisa mostra que, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, tramitam 139 projetos de lei que tratam, em algum ponto, do enfrentamento da corrupção. A maior parte impõe punições mais rigorosas para os corruptos, como o aumento de penas, a ampliação de prazos de prescrição e o enquadramento dos ilícitos ligados à corrupção em crimes hediondos e inafiançáveis. No entanto, as propostas estão paradas em comissões e no plenário à espera de um empurrão. Pelo menos dez projetos aguardam votação há mais de uma década. Correio Braziliense, 19/9/2012, p. 6 (com adaptações). Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue os itens que se seguem. Se o numeral ordinal “73.ª” (l.8) fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima terceira. Certo ( ) Errado ( ) 913 - (MF - Assistente Técnico Administrativo - ESAF/2012) Assinale a opção que corresponde a erro gramatical inserido na transcrição do texto. Juros altos, pobreza de planejamento financeiro e facilidade excessiva para obter crédito levam ao superendividamento do consumidor, conforme (1) pesquisam da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste). Avaliação semelhante fez o Fundo Monetário Internacional (FMI), em julho, em contraste com (2) o otimismo do Banco Central (BC). O presidente do BC defende os estimulos da Fazenda ao crédito e ao consumo para ajudar a empurrar a atividade econômica. As dívidas comprometem, em média, 42% da renda familiar – muito além dos 30% considerados pela Proteste como limite. O levantemento, baseado em entrevistas com 200 famílias de São Paulo e do Rio, constataram (3) que na Classe C o endividamento está acima (4) da média e compromente 46,2% da renda familiar. Em média, cada pesquisado tem três dívidas difeirentes. E pelo menos uma é no cartão de crédito, cujos (5) juros são exorbitantes, da ordem de 238% ao ano. Muitos devedores declaram nao ter condições de pagar as faturas no vencimento. (Adaptado de O Estado de S. Paulo, 19/8/2012) A) conforme (1) B) em contraste com (2) C) constataram (3) D) acima (4) E) cujos (5) 914 - (TJ/RS - Juiz - OFFICIUM/2012) Sorria! 01 02 03 04 05 06 07 08 . Na frente da câmara fotográfica, ninguém precisa nos dizer “Sorria!”; espontaneamente, simulamos grandes alegrias, sorrindo de boca aberta. Em regra, hoje, os retratos são propaganda de pasta de dentes – se você não acredita, passeie pelo Facebook, onde muitos compartilham seus .........., rivalizando para ver quem parece melhor aproveitar a vida. O hábito de sorrir nos retratos é muito recente. Angus Trumble, autor de A Brief History of the Smile (Uma Breve História do Sorriso, Basic Books), assinala que esse costume não poderia ter se formado antes que os dentistas tornassem nossos dentes apresentáveis. Além disso, os retratos pintados pediam poses longas e repetidas, para as quais era mais fácil adotar uma expres- 442 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 são “natural”. O mesmo vale para os daguerreótipos e as primeiras fotos: os tempos de exposição eram longos demais. Já pensou manter um sorriso por minutos? Outra explicação é que o retrato, até a terceira década do século 20, era uma ocasião rara e, por isso, um pouco solene. Mas resta que nossos antepassados recentes, na hora de serem imortalizados, queriam deixar à posteridade uma imagem de seriedade e compostura; enquanto nós, na mesma hora, sentimos a necessidade de sorrir ─ e nada do sorriso enigmático de Buda ou de Mona Lisa: sorrimos escancaradamente. Certo: o hábito de sorrir na foto se estabeleceu quando as câmaras fotográficas portáteis banalizaram o retrato. Mas é duvidoso que nossos sorrisos tenham sido inventados para essas câmaras. É mais provável que as câmaras tenham surgido para satisfazer a dupla necessidade de registrar (e mostrar aos outros) nossa suposta “felicidade” em duas circunstâncias que eram novas ou quase: a vida da família nuclear e o tempo de férias. De fato, o álbum de fotos das crianças e o das férias são os grandes repertórios do sorriso. No primeiro, ao risco de parecerem idiotas de tanto sorrir, as crianças devem mostrar a nós e ao mundo que elas preenchem sua missão: a de realizar (ou parecer realizar) nossos sonhos frustrados de felicidade. Nas fotos das férias, trata-se de provar que nós também (além das crianças) sabemos ser “felizes”. Em suma, estampado na cara das crianças ou na nossa, o sorriso é, hoje, o grande sinal exterior da capacidade de aproveitar a vida. É ele que deveria nos valer a admiração (e a inveja) dos outros. De uma longa época em que nossa maneira e talvez nossa capacidade de enfrentar a vida eram resumidas por uma espécie de seriedade intensa, passamos a uma época em que saber viver coincidiria com saber sorrir e rir. Nessa passagem, não há só uma mudança de expressão: o passado parece valorizar uma atenção focada e reflexiva, enquanto nós parecemos valorizar a diversão. Ou seja, no passado, saber viver era focar na vida; hoje, saber viver é se distrair dela. Ao longo do século 19, antes que o sorriso deturpasse os retratos, a “felicidade” e a alegria excessivas eram, aliás, sinais de que o retratado estava .......... seu tempo, incapaz de encarar a complexidade e a finitude da vida. Alguém dirá que tudo isso seria uma nostalgia sem relevância, se, valorizando o sorriso e o riso, .......... tornar a dita felicidade prioritária em nossas vidas. Se o bom humor da diversão afastasse as dores do dia a dia, quem se queixaria disso? (Adaptado de CALLIGARIS, Contardo. Folha de São Paulo, junho de 2012) Considere as assertivas abaixo sobre aspectos morfológicos de palavras do texto. I - Com o sufixo presente na forma verbal banalizaram (linha 16), existe uma forma verbal da mes ma família de finitude (linha 32). II - O radical presente em excessivas (linha 31) também está presente em excepcional. III - Com o prefixo presente em incapaz (linha 32), podem-se formar palavras da mesma família do adjetivo apresentáveis (linha 07). Quais são corretas? A) Apenas I B) Apenas II C) Apenas III D) Apenas I e III E) I, II e III 915 - (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM/2012) O VELHO Chico Buarque O velho sem conselhos De joelhos De partida Carrega com certeza Todo o peso Da sua vida A vida inteira, diz que se guardou Do carnaval, da brincadeira Que ele não brincou. Me diga agora O que é que eu digo ao povo O que é que tem de novo Pra deixar . 443 Nada Só a caminhada Longa, pra nenhum lugar. Chico Buarque utilizou-se, na letra da canção, de um recurso a que chamamos licença poética. A licença poética pode ser definida como uma permissão para ignorar a norma culta da língua, tolerando até mesmo desvios das regras gramaticais. Dos versos apresentados a seguir, assinale aquele em que ocorreu o desvio da norma culta, e a justificativa que define adequadamente o porquê de tal irregularidade. A) “O velho sem conselhos" - aqui constatamos um erro ortográfico, o vocábulo sublinhado foi grafado incorretamente. B) “A vida inteira, diz que se guardou” - nesse verso, temos um problema na pontuação, pois a vírgula não deve ser colocada após o sujeito da oração. C) “Me diga agora" - a colocação pronominal não está de acordo com a norma culta, pois a frase se iniciou com a próclise. D) “O que é que eu digo ao povo” - o correto, aqui, seria “o que eu digo para o povo” e não “ao povo”. 916 - (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM/2012) O VELHO Chico Buarque O velho sem conselhos De joelhos De partida Carrega com certeza Todo o peso Da sua vida A vida inteira, diz que se guardou Do carnaval, da brincadeira Que ele não brincou. Me diga agora O que é que eu digo ao povo O que é que tem de novo Pra deixar Nada Só a caminhada Longa, pra nenhum lugar. “A vida inteira, diz que se guardou”. Para que não haja alteração do sentido, a palavra sublinhada no verso acima pode ser substituída por: A) entristeceu. B) revoltou. C) alegrou. D) conteve. 917 - (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM/2012) Ainda com base nas orações apresentadas na questão anterior, as palavras sublinhadas em I, II, III e IV classificam-se, respectivamente, como: A) I. Advérbio; II. Advérbio; III. Artigo indefinido; IV. Adjetivo. B) I. Advérbio; II. Adjetivo; III. Artigo indefinido; IV. Adjetivo. C) I. Adjetivo; II. Pronome; III. Numeral; IV. Pronome. D) I. Preposição; II. Advérbio; III. Numeral; IV. Advérbio. . 444 918 - (IFC - Auxiliar administrativo - IFC/2012) Assinale a opção que apresenta o significado mais adequado da palavra em destaque no texto a seguir: “Os transplantes de medula na Bahia podem parar a partir de março. É que o Hemocentro do Estado, a quem compete realizar o teste de compatibilidade do doador e do receptor, não vem realizando o serviço, nem deixa outros fazerem. Se o impasse não for resolvido rapidamente, pacientes correrão risco de vida”. Texto publicado pela Revista ISTOÉ de 29/02/2012. A) lutar, provocar confusão. B) questionar, contestar. C) incerteza, vacilação sobre a realidade. D) discórdia, dissensão, rixa entre duas ou mais pessoas. E) situação que não oferece saída favorável. 919 - (Rioprevidência - Assistente Previdenciário - CEPERJ/2012) Língua Portuguesa O necessário resgate dos direitos sociais Para nós, no Brasil, onde não vivemos, ainda, um estado social efetivo, que fosse capaz de oferecer saúde, educação e previdência de qualidade para todos, o caminho para a inclusão e efetiva participação do nosso povo como cidadão é o da fragmentação coordenada do poder, a descentralização radical de competências, fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder, com a criação de canais de participação popular permanentes, como os conselhos municipais, o orçamento participativo e outros mecanismos de participação, além do incentivo permanente à organização da sociedade civil e o fortalecimento dos meios alternativos de comunicação como as rádios, jornais e televisões comunitárias. Podemos – e assim estamos fazendo – construir uma democracia social e participativa a partir do poder local. No Brasil, menos de um ano após a promulgação da Constituição democrática e social de 1988, assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social prevista pela Constituição. Nesse mesmo momento, como suporte teórico do desmonte do estado social, cresceu a crítica simplificadora e reducionista, importada dos Estados Unidos e de alguns autores europeus, proveniente do novo pensamento neoliberal e neoconservador e ratificada por parte da nova esquerda (como o novo trabalhismo de Tony Blair). Essa crítica ao estador social, que vem dar suporte ao seu desmonte, aponta o caráter assistencialista como gerador de um exército de clientes que se amparam no Estado, não mais produzindo, não mais criando. Criticam o Estado social argumentando que este retira espaços de escolha individual, gerando o não cidadão uma vez que incentiva as pessoas a viverem à custa do Estado. Essa crítica, extremamente simplificadora e parcial, que toma uma parte de um problema pontualmente localizado no tempo e no espaço como sendo regra para explicar a crise do estado social, ganhou força inclusive à esquerda, o que muito contribuiu para a desconstrução do estado de bem-estar social em diversas partes do globo. Segundo esse discurso simplificador, o Estado não deve sustentar os que não querem trabalhar, pois essa postura do Estado incentiva a expansão do não cidadão e sobrecarrega os que trabalham e o setor produtivo com uma alta carga tributária. Logo, pobre deve trabalhar para ter acesso ao que necessita, e como não há trabalho para todos – nem mesmo o trabalho indesejável e mal pago destinado a esses excluídos -, aumenta a população carcerária. O Estado social Assitencialista é substituído pelo Estado penal da era neolioberal. O criticado clieten do assistencialismo da segurança social foi transformado em cliente do sistema penal da segurança policial. Nesse novo paradigma, a pobreza não decorre das barreiras sociais e econômicas, mas sim do comportamento do pobre. O Estado não deve atrair as pessoas a uma conduta desejável através de reconhecimento, mas deve punir os que não agem como o desejado. O não trabalho passa a ser um ato político que exige o recurso à autoridade. O estado social passa a ser visto como permissivo, pois não exige uma obrigação de comportamento a seus benefíciários. A direita conservadora mais reacionária e a autoprociamacia vanguarda da nova esquerda dão eco a vozes como a de Charles Murray, que afirma que as uniões ilegitimas e as famílias monoparetais seriam a causa da pobreza e do crime e, por sua vez, o estado social, com sua política permissiva, incetivava essas práticas. Essa absurda tese, sem nenhuma base científica, defendia cortes radicais nos orçamentos sociais e a retomada, por parte da . 445 polícia, dos bairros antes operários, hoje ocupados pelos clientes preferenciais do sistema social que tem de deixar de existir. O resultado dessas políticas (tanto da direita conservadora como da nova esquerda) é conhecido nosso século XXI: mais exclusão, mais concentração econômica econômica, mais violência, mais controle social, mais desemprego, menos estado de bem-estar e mais estado policial. O mais grave é o fato de que, ainda hoje, vozes que se dizem democráicas contunuam susentando o mesmo discurso contra o estado social, defendendo uma sonhada e desejável democracia dialógica, construída pela sociedade civil livre, sem perceber que os novos excluídos, social e economicamente, estão excluídos do diálogo democrático, passando a fazer parte da crescente massa de clientes do sistema penal em expansão. (...) José Luiz Quadros de Magalhães (Adaptado de www.consciencia.br) “Logo, pobre deve trabalhar para ter acesso ao que necessita, e como não há trabalho para todos – nem mesmo o trabalho indesejável e mal pago destinado a esses excluídos –, aumenta a população carcerária”. Nesse trecho, a palavra “como” expressa valor semântico de: A) consequência B) conformidade C) causa D) condição E) comparação 920 - (IFC - Auxiliar administrativo - IFC/2012) A palavra em destaque pode ser substituída, sem alteração de sentido, por: “O dilema da poupança: o governo é pressionado a mexer na rentabilidade da aplicação preferida dos brasileiros, mas não sabe como escapar do ônus político da decisão” Adriana Nicacio. A) Embaraço B) Benefício C) Esquema D) Aperfeiçoamento E) Apelo 911 - Resposta “B”. O numero ordinal fracionário correspondente a 80 é OCTOGÉSIMO que vem do latim "octogesimus". Deste modo, 82° é "octogésimo segundo". Entretanto na questão o numeral concorda com feira do livro de Lisboa (octogésima segunda). 912 - Resposta “ERRADA” 20 - vigésimo 30 - trigésimo 40 - quadragésimo 50 - quinquagésimo 60 - sexagésimo 70 - septuagésimo ou setuagésimo 80 - octogésimo 90 - nonagésimo 913 - Resposta “C”. O levantamento, baseado em entrevistas com 200 famílias de São Paulo e do Rio, constataram que... O sujeito da frase é O levantamento, portanto o verbo deve concordar com ele que está no singular: O levantamento constatou... 914 - Resposta "D" I - Com o sufixo presente na forma verbal banalizaram (linha 16), existe uma forma verbal da mesma família de finitude (linha 32). SIM. O sufixo de banalizaram é o "izaram" que forma o verbo infinitivo "banalizar" com base na composição do substantivo "banal" (algo sem originalidade, comum, trivial, [me lembra a fruta banana!!] vulgar). Da mesma forma esta relação surge com a composição de . 446 "finalizaram" (forma verbal da mesma família de finitude [talvez sejam primos!!]) utilizando a base do substantivo "final" e o sufixo "izaram". II - O radical presente em excessivas (linha 31) também está presente em excepcional. NÃO. Ao menos não encontrei relação. O início do radicais até pode ser o mesmo "ex", mas em excepcional traz ideia de algo raro, fora do comum, ao passo que em excessivas traz ideia de sobrecarga, sobra. III - Com o prefixo presente em incapaz (linha 32), podem-se formar palavras da mesma família do adjetivo apresentáveis (linha 07). SIM. Com a mesma ideia do adjetivo incapaz (quem não é capaz, quem é inábil), onde o "in", traz sentido de "não", existe o adjetivo "inapresentável" (algo que não é apresentável, que não tem boa apresentação). 915 - Resposta “C” A-) Errada: ''Conselhos'' está escrita de acordo com nossa ortografia. B-) Errada: Existem vários casos em que nossa língua admite vírgula após o sujeito. Ex: Rodrigo (Sujeito), artilheiro do campeonato, na partida de ontem não fez gol. C-)Correta: A norma culta da língua portuguesa rege que as frases devem, se necessárias, começarem com Ênclise, por exemplo: ''Vende-se está casa.'', ou seja, por mais estranho que pareça, ''Se vende está casa'' está, pela norma culta, incorreto. Do resto, deve-se (Como agora, rs) usar próclise quando não for no início de uma sentença, mas existem algumas exceções. D-) Errada: Não existem restrições ''cultas'' para esta frase. 916 - Resposta “D” Podemos trocar a palavra “guardou” por “conteve” sem nenhum prejuízo no sentido da frase. 917 - Resposta “A” a)advérbio = é uma palavra invariável ; b)adjetivo = é variável (existe o plural), c) artigo indefinido; d) adjetivo 918 - Resposta “E” Impasse significa obstáculo, problema a ser resolvido, senão a situação não será favorável para os pacientes. 919 - Resposta “C” “Como” está devidamente empregado como sendo a causa, o motivo de uma ideia anterior. Por causa daquele motivo, o pobre não pode trabalhar, aumentando assim a população carcerária. 920 - Resposta “A” A palavra “dilema” pode ser substituída pela palavra “Embaraço” sem nenhum prejuízo de sentido na frase. 921 - (Rioprevidência - Assistente Previdenciário - CEPERJ/2012) Língua Portuguesa O necessário resgate dos direitos sociais Para nós, no Brasil, onde não vivemos, ainda, um estado social efetivo, que fosse capaz de oferecer saúde, educação e previdência de qualidade para todos, o caminho para a inclusão e efetiva participação do nosso povo como cidadão é o da fragmentação coordenada do poder, a descentralização radical de competências, fortalecendo os estados e, principalmente, os municípios, assim como tornar permeável o poder, com a criação de canais de participação popular permanentes, como os conselhos municipais, o orçamento participativo e outros mecanismos de participação, além do incentivo permanente à organização da sociedade civil e o fortalecimento dos meios alternativos de comunicação como as rádios, jornais e televisões comunitárias. Podemos – e assim estamos fazendo – construir uma democracia social e participativa a partir do poder local. No Brasil, menos de um ano após a promulgação da Constituição democrática e social de 1988, assistimos ao início do desmonte da nova ordem econômica e social prevista pela Constituição. Nesse mesmo momento, como suporte teórico do desmonte do estado social, cresceu a crítica simplificadora e reducionista, importada dos Estados Unidos e de alguns autores europeus, proveniente do novo pensamento neoliberal e neoconservador e ratificada por parte da nova esquerda (como o novo . 447 trabalhismo de Tony Blair). Essa crítica ao estador social, que vem dar suporte ao seu desmonte, aponta o caráter assistencialista como gerador de um exército de clientes que se amparam no Estado, não mais produzindo, não mais criando. Criticam o Estado social argumentando que este retira espaços de escolha individual, gerando o não cidadão uma vez que incentiva as pessoas a viverem à custa do Estado. Essa crítica, extremamente simplificadora e parcial, que toma uma parte de um problema pontualmente localizado no tempo e no espaço como sendo regra para explicar a crise do estado social, ganhou força inclusive à esquerda, o que muito contribuiu para a desconstrução do estado de bem-estar social em diversas partes do globo. Segundo esse discurso simplificador, o Estado não deve sustentar os que não querem trabalhar, pois essa postura do Estado incentiva a expansão do não cidadão e sobrecarrega os que trabalham e o setor produtivo com uma alta carga tributária. Logo, pobre deve trabalhar para ter acesso ao que necessita, e como não há trabalho para todos – nem mesmo o trabalho indesejável e mal pago destinado a esses excluídos -, aumenta a população carcerária. O Estado social Assitencialista é substituído pelo Estado penal da era neolioberal. O criticado clieten do assistencialismo da segurança social foi transformado em cliente do sistema penal da segurança policial. Nesse novo paradigma, a pobreza não decorre das barreiras sociais e econômicas, mas sim do comportamento do pobre. O Estado não deve atrair as pessoas a uma conduta desejável através de reconhecimento, mas deve punir os que não agem como o desejado. O não trabalho passa a ser um ato político que exige o recurso à autoridade. O estado social passa a ser visto como permissivo, pois não exige uma obrigação de comportamento a seus benefíciários. A direita conservadora mais reacionária e a autoprociamacia vanguarda da nova esquerda dão eco a vozes como a de Charles Murray, que afirma que as uniões ilegitimas e as famílias monoparetais seriam a causa da pobreza e do crime e, por sua vez, o estado social, com sua política permissiva, incetivava essas práticas. Essa absurda tese, sem nenhuma base científica, defendia cortes radicais nos orçamentos sociais e a retomada, por parte da polícia, dos bairros antes operários, hoje ocupados pelos clientes preferenciais do sistema social que tem de deixar de existir. O resultado dessas políticas (tanto da direita conservadora como da nova esquerda) é conhecido nosso século XXI: mais exclusão, mais concentração econômica econômica, mais violência, mais controle social, mais desemprego, menos estado de bem-estar e mais estado policial. O mais grave é o fato de que, ainda hoje, vozes que se dizem democráicas contunuam susentando o mesmo discurso contra o estado social, defendendo uma sonhada e desejável democracia dialógica, construída pela sociedade civil livre, sem perceber que os novos excluídos, social e economicamente, estão excluídos do diálogo democrático, passando a fazer parte da crescente massa de clientes do sistema penal em expansão. (...) José Luiz Quadros de Magalhães (Adaptado de www.consciencia.br) De acordo com a variante de prestígio, a única palavra que não expressa a flexão nominal de plural exatamente como “participação” é: A) inclusão B) cidadão C) constituição D) promulgação E) desconstrução 922 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) De um início atribulado a uma carreira de sucessos, assim se resume a crônica de Capitães da Areia, hoje uma das obras mais apreciadas peios leitores de Jorge Amado, tanto no Brasil como no exterior. Publicado em 1937, pouco depois de impiantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Mas, como nova Fênix, ressurgiu das cinzas quando nova edição, em 1944, marcou época na vida literária brasileira. A partir de então, sucederam-se as edições, nacionais e em nove idiomas estrangeiros, e as adaptações para rádio, teatro e cinema. Comovente documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo poucas vezes igualados na literatura universat. Dividido em três partes, o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo “Canção da Bahia, Canção da Liberdade”, em que é narrada a emocionante despedida de um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia “na noite misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra". . 448 (Adaptado de: Texto de apresentação. Jorge Amado. Capitães da Areia. 57. ed. Rio de Janeiro: Record, 1983) O segmento do texto cujo sentido está adequadamente expresso em outras palavras é: A) literatura universal = plenitude literária B) carreira de sucessos = segmento deslumbrante C) comovente documento = cândido relatório D) clímax inesquecível = auge memorável E) autoridades da ditadura = chefes da supremacia 923 - (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) Assinale a opção INCORRETA quanto ao uso dos porquês: A) Luto porquê preciso ganhar. B) Quero saber o porquê da discussão. C) Brigas, por quê? D) Por que sorrir? E) Por que você não compra chocolate? 924 - (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, fazse necessário convencê-lo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico . 449 intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as . 450 desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201 A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras. [Texto 3] A figura de linguagem que dá sustentação à ideia principal do período acima, extraído do Texto 3, é: A) símile. B) anáfora. C) metáfora. D) metonímia. E) hipérbole. 925 - (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM - 2012) Observe as sentenças abaixo. I. Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam. II. Aquela é a garota com cuja atitude discordei - tornamo-nos inimigas desde aquele episódio. III. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável. O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma culta da língua portuguesa em: A) apenas uma das sentenças B) apenas duas das sentenças. C) nenhuma das sentenças. D) todas as sentenças. 926 - (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. . 451 Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. As frases acima estão reescritas em um único período, com correção, lógica e clareza, mantendo-se, em linhas gerais, o sentido original, em: A) Foi só com alguns pesquisadores que hoje se estuda seriamente a velhice saudável e respeitada, como uma probabilidade de se conseguir afastar as doenças que comprometiam. B) Com o devido respeito e seriedade, os estudiosos passaram a ser menos imaginativos nas pesquisas sobre velhice sem doenças, que era impossível de se prever anteriormente. C) Somente como probabilidade difícil de se aceitar, a velhice sem doenças tornou-se campo de estudos imaginários, impossível de ser levada a sério pelos pesquisadores. D) Atualmente os estudos a respeito da possibilidade de se desfrutar uma velhice saudável são aceitos com seriedade, embora tal hipótese já tenha sido vista como fato altamente improvável. E) Chegar à uma velhice sem doenças já foi motivo de estudos capazes de levar a tal ponto, porém já foi considerado hipóteses pouco prováveis, somente por pesquisadores. 927 - (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) De um início atribulado a uma carreira de sucessos, assim se resume a crônica de Capitães da Areia, hoje uma das obras mais apreciadas pelos leitores de Jorge Amado, tanto no Brasil como no exterior. Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Mas, como nova Fênix, ressurgiu das cinzas quando nova edição, em 1944, marcou época na vida literária brasileira. A partir de então, sucederam-se as edições, nacionais e em nove idiomas estrangeiros, e as adaptações para rádio, teatro e cinema. Comovente documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo poucas vezes igualados na literatura universal. Dividido em três partes, o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo “Canção da Bahia, Canção da Liberdade”, em que é narrada a emocionante despedida de um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia “na noite misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra". (Adaptado de: Texto de apresentação. Jorge Amado. Capitães da Areia. 57. ed. Rio de Janeiro: Record, 1983) ... um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia "na noite misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra”. Mantém-se correta a redação da frase acima caso o elemento grifado seja substituído por: A) na ocasião de B) em conformidade com C) no momento em que D) à medida em que E) durante o tempo que 928 - (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) Assinale a alternativa que complete corretamente, pela ordem as lacunas: Esta é a moça __________ se refere Vinícius de Moraes. Aqui está a opção __________ propõe a chefe. O filme __________ assisti foi muito bom. Ela entendeu a poesia __________fala o poeta. . 452 A) que; a que; que; de que. B) de que; a que; que; que. C) a que; de que; a que; que. D) de que; a que; que; de que. E) a que; que; a que; de que. 929 - (UNIRIO - Analista de Tecnologia da Informação - Segurança da Informação - UNIRIO/2012) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”, geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e, depois, escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão, dos escravos e de uma população livre, mulata e de cor preta. O reverendo Roberto Walsh, por exemplo, que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820, deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga... soldado, o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal, acessível à disciplina, hábil em seus treinamentos, com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. Como cidadão, chamava a atenção pela aparência respeitável... E como padre... parecia até mais sincero em suas ideias, e mais correto em suas maneiras, do que seus companheiros brancos”. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro, Walsh pôde ver, pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?), indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo, soldado, cidadão e padre. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América, coisa que singularizou em muito a nossa história. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal, acertou apenas pela metade. Tratados como animais de carga eram mesmo, aos olhos do reverendo e aos nossos, de hoje em dia. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos. Não era. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Com animais tudo é fácil. A um cavalo, se o adestra. A outro homem, faz-se necessário convencêlo, todo santo dia, a se comportar como escravo. O chicote, o tronco, os ferros, o pelourinho, a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. Mas, me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco, o que contava mesmo, como ele disse, era a habilidade do senhor em infundir o medo, o terror, no espírito do escravo. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores, pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares, seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada), seja pelo puro e simples assassinato do algoz. Assim, uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. Desse modo, os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias, de suas roças e de suas tradições culturais. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário, era problema na certa, que resultava quase sempre na fuga dos cativos. A contar contra a sorte dos escravos, porém, estava o tráfico transatlântico intermitente, jogando mais e mais estrangeiros, novatos, na população escrava. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Fonte: GÓES, José Roberto Pinto de. Escravidão. [fragmento]. Biblioteca Nacional, Rede da Memória Virtual Brasileira. Disponível em http://bndigital.bn.br/redememoria/escravidao.html. Acesso em ago. 2012. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora, colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. -- Isaura!... disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. -- Ah! é a senhora?! - respondeu Isaura voltando-se sobressaltada. -- Não sabia que estava aí me escutando. . 453 -- Pois que tem isso?.., continua a cantar... tens a voz tão bonita!... mas eu antes quisera que cantasses outra coisa; por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste, que você aprendeu não sei onde?... -- Gosto dela, porque acho-a bonita e porque... ah! não devo falar... -- Fala, Isaura. Já não te disse que nada me deves esconder, e nada recear de mim?... -- Porque me faz lembrar de minha mãe, que eu não conheci, coitada!... Mas se a senhora não gosta dessa cantiga, não a cantarei mais. Não gosto que a cantes, não, Isaura. Hão de pensar que és maltratada, que és uma escrava infeliz, vítima de senhores bárbaros e cruéis. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. Gozas da estima de teus senhores. Deram-te uma educação, como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço. És formosa, e tens uma cor linda, que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher, e tu bem vês, sou mais tua amiga do que tua senhora. Oh! não; não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa, que tanto gostas de cantar. -- Não quero, -- continuou em tom de branda repreensão, -- não quero que a cantes mais, ouviste, Isaura?... se não, fecho-te o meu piano. -- Mas, senhora, apesar de tudo isso, que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação, que me deram, e essa beleza, que tanto me gabam, de que me servem?... são trastes de luxo colocados na senzala do africano. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. -- Queixas-te da tua sorte, Isaura?... -- Eu não, senhora; não tenho motivo... o que quero dizer com isto é que, apesar de todos esses dotes e vantagens, que me atribuem, sei conhecer o meu lugar. Fonte: GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. [1ª ed. 1875]. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . Disponível em http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000057.pdf. Acesso em ago.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888, a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. No entanto, aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes, que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. Foram mais de 122 anos desde a abolição, sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade, os quais são cerca de 52% da população brasileira. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada, em 2010, depois de dez anos de tramitação. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial, que oferece as possibilidades, através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional, de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que, com o trabalho escravo, foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro, bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público, e também no privado, na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Estabeleceu assim, uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea, para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras, e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. (...) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. Desta forma, podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. Daí então, em poucas décadas, e com a implementação das ações afirmativas, teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático, em que todos, independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia, poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades. Fonte: Governo Federal. Fundação Cultural Palmares. Disponível em http://www.palmares.gov.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. Acesso em ago. 201 . 454 O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável [Texto 1] No período acima, a função sintática do adjetivo grifado é: A) Sujeito B) Objeto direto C) Predicativo do sujeito. D) Complemento nominal E) Predicativo do objeto direto 930 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Nas última três décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26/09/2012, Adaptado) Sabendo que o aposto é empregado para precisar, explicar um termo antecedente, assinale a alternativa contendo passagem do texto com essa função. A) …quem faz campanha em seu pedaço… B) …nomes egressos de suas próprias fileiras. C) …centenas de milhares de pessoas sob seu jugo… D) …quando são procuradas por candidatos em busca de apoio… E) …organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais… 921 - Resposta “B” Participação = participações inclusão = inclusões cidadão = cidadãos constituição = constituições promulgação = promulgações desconstrução = desconstruções A única diferente é a palavra cidadão. 922 - Resposta “D” Podemos substituir a palavra “clímax” por “auge” sem nenhum prejuízo de sentido, as duas são sinônimas. 923 - Resposta “A” POR QUE A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo": Exemplos: Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. Por que você comprou este casaco? POR QUÊ Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a ser tônico. Exemplos: Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? . 455 PORQUE A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. Exemplos: Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. PORQUÊ A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", "motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, por exemplo). Exemplos: Não consigo entender o porquê de sua ausência. 924 - Resposta “C” Metáfora é uma figura de linguagem em que há o emprego de uma palavra ou uma expressão, em um sentido que não é muito comum, em uma relação de semelhança entre dois termos. Metáfora é um termo que no latim, "meta" significa “algo” e “phora” significa "sem sentido". Esta palavra foi trazida do grego onde metaphorá significa "mudança" e "transposição". Metáfora é a comparação de palavras em que um termo substitui outro. É uma comparação abreviada em que o verbo não está expresso, mas subentendido. 925 - Resposta “B” Não se usa artigo definido entre o pronome ora em discussão (cujo) e o substantivo subsequente. Por isso o número III está incorreta. 926 - Resposta “D” alternativa D nada mais é que uma paráfrase da frase original, uma vez que apresentou-se um novo enfoque para o seu sentido 927 - Resposta “C” no momento em que é sinônimo de enquanto. 928 - Resposta “E” sempre quando fazemos referência a algo ou a alguém Quem precisa, precisa de algo ou de alguém. 929 - Resposta “E” Considera-se “predicativo do objeto direto” o termo da oração que faz uma atribuição ao objeto por meio de um verbo. O predicativo pode ser expresso por um adjetivo ou substantivo. Na voz ativa, o “tráfico” é o objeto e “difícil” é a atribuição dada a esse “tráfico”. Por isso, temos um predicativo do objeto. 930 - Resposta “E” O aposto especificativo, difere dos demais por não ser marcado por sinais de pontuação (vírgula ou dois-pontos). O aposto especificativo individualiza um substantivo de sentido genérico, prendendo-se a ele diretamente ou por meio de uma preposição, sem que haja pausa na entonação da frase: Por Exemplo: O poeta Manuel Bandeira criou obra de expressão simples e temática profunda. A rua Augusta está muito longe do rio São Francisco. Atenção: Para não confundir o aposto de especificação com adjunto adnominal, observe a seguinte frase: A obra de Camões é símbolo da cultura portuguesa. Nessa oração, o termo em destaque tem a função de adjetivo: a obra camoniana. É, portanto, um adjunto adnominal. 931 - (PC/MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012) A polícia Militar de Mato Grosso do Sul vai disponibilizar 1.200 homens e mulheres para garantir a segurança no processo do Exame Nacional do Ensino Médio 2012, que será aplicado no sábado (3) e no domingo (4). Os policias estarão em todos os locais de provas. Também haverá escoltas para transporte de cadernos e cartões-respostas. . 456 A operação começa amanhã (1º), devido à interiorização das provas. Os cadernos saem da distribuição no 18º Blog transportados pela Empresa de Correios e Telégrafos para os 40 municípios do interior que irão realizar o exame. Todo o trajeto será feito com escolta policial. Os PMs ainda farão a guarda dos locais de armazenamento. A PM irá acompanhar o transporte dos cadernos do cetro de distribuição para os locais de exame, ficará de prontidão e despois escoltará o retorno dos cartõesrespostas. A seguir estão cinco segmentos retirados do texto nos quais foram sublinhados determinados elementos. I. transporte de cadernos II. interiorização das provas III. guarda dos locais IV. retorno dos cartões V. ficará de prontidão Assinale a alternativa que indica os elementos de mesma função. A) apenas I, II e III. B) apenas II e V. C) apenas I, II e IV. D) I, II, III, IV e V. E) apenas I e II. 932 - (TJ/SP - Assistente Social - VUNESP/2012) Nas últimas décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012, Adaptado) A passagem do texto em que se encontra adjunto adverbial expressando circunstância de modo é: A) …no Rio de Janeiro. B) …em períodos eleitorais… C) …à base do assistencialismo e do medo. D) …de suas próprias fileiras. E) …sobre os domínios do tráfico… 933 - TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012 Nas últimas décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012, Adaptado) Sabendo que o aposto é empregado para precisar, explicar um termo antecedente, assinale a alternativa contendo passagem do texto com essa função. A) …nomes egressos de suas próprias fileiras. B) …organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais… C) …centenas de milhares de pessoas sob seu jugo… D) …quem faz campanha em seu pedaço… E) …quando são procuradas por candidatos em busca de apoio… . 457 934 - (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Nas últimas décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012, Adaptado) A passagem do texto em que se encontra adjunto adverbial expressando circunstância de modo é: A) …no Rio de Janeiro. B) …sobre os domínios do tráfico… C) …à base do assistencialismo e do medo. D) …de suas próprias fileiras. E) …em períodos eleitorais… 935 - (TJ/SP - Psicólogo - VUNESP/2012) Nas últimas décadas, as milícias, organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais, vêm se alastrando no Rio de Janeiro. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico, passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, quando são procuradas por candidatos em busca de apoio, arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (Veja, 26.09.2012, Adaptado) Observe a expressão destacada na passagem – Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo, essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais … – e assinale a alternativa contendo aquela que substitui a original, sem prejuízo de sentido. A) Por que. B) Porque. C) Contanto que. D) Logo. E) Conforme. 936 - (TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até sabedoria popular. Agora, estudo levanta hipóteses sobre ........................ praticar atividade física..........................benefícios para a totalidade do corpo. Os resultados podem levar a novas terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para .......................... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avanço da idade. (Ciência Hoje, março de 2012) As lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com: A) porque … trás … previnir B) porque … traz … previnir C) porquê … tras … previnir D) por que … traz … prevenir E) por quê … tráz … prevenir 937 - (ANAC - Técnico em Regulação de Aviação Civil - Conhecimentos Básicos Áreas 1, 3, e 4 - CESPE/2012) 1 4 7 . A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANA(C) aprovou, em setembro último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de fazer frente aos novos desafios do setor de aviação civil, em razão de sua expansão e do considerável aumento do número de usuários do transporte aéreo no país nos últimos anos. Para cuidar do gerenciamento dos novos contratos de 458 10 13 16 19 22 25 concessão de aeroportos (São Gonçalo do Amarante, Guarulhos, Viracopos e Brasíli(A), foram criadas novas estruturas nas Superintendências de Regulação Econômica e Acompanhamento de Mercado (SR(E) e de Infraestrutura Aeroportuária (SI(A). Com o objetivo de intensificar as ações de fiscalização da agência, será criada também uma nova unidade, a Gerência-Geral de Ação Fiscal (GGAF), que, vinculada à Diretoria Colegiada, atuará com outros órgãos da administração pública, tais como Receita Federal e Polícia Federal, para coibir operações ilícitas relacionadas à aviação civil. A GGAF também será responsável pela fiscalização da prestação de serviços ao passageiro e pela coordenação de operações especiais, como as que ocorrem durante o período de férias. A nova estrutura, idealizada com a base na melhor definição de atribuições dos cargos da agência, não gerará ônus adicional para a União. Internet: <www.anac.gov.br> (com adaptação) Considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. A substituição de “fazer frente aos” (L.3-4) por enfrentar os prejudicaria a correção gramatical do texto. Certo ( ) Errado ( ) 938 - (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. No trecho “A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram” (L.6-8), o emprego da forma verbal no plural deve-se à presença do artigo “a” antes de “presença”, motivo pelo qual a supressão desse artigo levaria o verbo para a forma singular, mantendo-se, assim, a correção gramatical do trecho. Certo ( ) Errado ( ) . 459 939 - (Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Técnico em Radiologia - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 19 Postos da Polícia Rodoviária Federal poderão ter ambulâncias e paramédicos para atendimento às vítimas de acidentes durante 24 horas por dia. É o que propõe o Projeto de Lei n.º 3.111/2012. Pela proposta, os postos que distam mais de vinte quilômetros de centros urbanos deverão ter ambulâncias e pessoal treinado para prestar socorro. Segundo dados do Departamento da Polícia Rodoviária Federal, de janeiro a novembro de 2011, foram registrados mais de 170 mil acidentes nas rodovias federais do Brasil, sendo 57 mil com feridos e 6 mil com vítimas fatais. O assessor nacional de comunicação da Polícia Rodoviária Federal lembrou que a presteza no atendimento, muitas vezes, faz a diferença entre a vida e a morte. “Nós sabemos que existe uma regra chamada ‘a hora de ouro’. Se uma vítima politraumatizada dá entrada em um hospital em até uma hora após o acidente, a chance de sobrevida aumenta em até 80%.” A Polícia Rodoviária Federal fiscaliza mais de 61 mil quilômetros de rodovias e estradas federais e conta com 400 postos de fiscalização e 150 delegacias. Internet: <www2.camara.gov.br> (com adaptações) Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. A substituição de “foram registrados” (L.8-9) por registraram-se prejudica a correção gramatical do período e altera suas informações originais. Certo ( ) Errado ( ) 940 - (TRE/SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC/2012) Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A ideia foi excelente porque um compositor inventa antes de mais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes europeias. Adoniran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força de imaginação alimentada pelas heranças de fora. Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante. São Paulo muda muito, e ninguém é capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que se sobrepôs à velha cidadezinha provinciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar, porque graças a ele ela ficará, misturada vivamente com a nova mas, como o quarto do poeta, também “intacta, boiando no ar”. A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, no Brás genéricos, no recente Metrô, no antes remoto Jaçaná. Talvez João Rubinato não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, vindo dos carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra da poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira. (Adaptado de Antonio Candido. Textos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed. 32, 2002, p. 211-213) . 460 Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. No segmento grifado acima, Antônio Candido usou determinada forma verbal que poderia ser substituída, sem prejuízo para correção e a lógica, por: A) li. B) lia. C) lera. D) leria. E) leio. 931 - Resposta “A” Vamos analisar os itens da questão: I- Transporte de cadernos transporte = substantivo abstrato de cadernos – os cadernos são transportados - sofrem a ação. (complemento nominal) II- Interiorização das provas. Interiorização = substantivo abstrato das provas – as provas foram interiorizadas – sofreram a ação. (complemento nominal) III- Guarda dos locais. Guarda – substantivo abstrato – está se referindo à ação de guardar e não ao sujeito que guarda algo. dos locais – os locais são guardados – sofrem a ação. (complemento nominal) IV-Retorno dos cartões. Retorno = substantivo abstrato dos cartões – pode-se entender que os cartões retornam – praticam a ação (adjunto adnominal) V-Ficará de prontidão. Ficará = verbo Diante de verbo não pode haver adjunto adnominal nem complemento nominal. De prontidão = adjunto adverbial de modo. Lembre-se: Algumas pessoas definem substantivo abstrato como algo que se pode pegar, tocar (e pode dar certo para muitas palavras). Substantivo abstrato, no entanto, indica algo que só existe enquanto ocorre a ação. Exemplos de substantivos abstratos: beijo - só existe enquanto se pratica a ação de beijar (ativo ou passivo). transporte - só existe enquanto se pratica a ação transportar (ativo ou passivo). retorno - só existe enquanto se está realizando a ação de retornar (ativo ou passivo). Exemplos de substantivos concretos: ônibus, Deus, casa, anjo, anel - existem "indefinidamente" (não depende da prática de algo) 932 - Resposta “C” Adjunto Adverbial É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo, causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo: Eles se respeitam muito. Seu projeto é muito interessante. O time jogou muito mal. Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso, intensifica a forma verbal respeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo. . 461 933 - Resposta “B” O Aposto explicativo pode ser confundido com uma Oração Subordinada Adjetiva Explicativa, já que ambas são semelhantes por explicar o seu antecedente. O Aposto é um termo que se une a um substantivo ou pronome substantivo, esclarecendo-lhe o sentido. É geralmente separado por vírgula ou dois pontos. Ex.: Maria, minha melhor amiga, nunca me decepcionou. Só quero uma coisa: Chocolate. A Oração Subordinada Adjetiva: iniciadas por um pronome relativo e funcionando como adjunto adnominal da oração principal. Podem ser: a) Explicativa: explica alguma coisa sobre o antecedente. Separam-se da principal por meio de virgula. Assemelha-se a um aposto explicativo. Ex.: João, que (o qual) é empreendedor, dará dicas de empreendedorismo. b) Restritiva: Restringem, limitam o sentido do antecedente do pronome relativo. Ex.: O pingente que te dei sumiu. (o qual te dei) A pessoa de quem lhe falei é aquela (da qual lhe falei) A oração Subordinada Adjetiva é determinada pela identificação do Pronome Relativo. Reconheça o pronome relativo e se terá descoberto a oração subordinada adjetiva. 934 - Resposta “C” o adjunto adverbial de modo conecta-se ao VERBO indicando COMO acontece a ação por ele expressa. No texto em questão, a expressão "à base do assistencialismo e do medo" indica COMO as milícias consolidaram o seu poder. 935 - Resposta “B” Para visualizar melhor a questão, passaremos a frase para ordem direta, veja: essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais, (POIS, PORQUE, PORQUANTO,JÁ QUE, VISTO QUE)têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo. O porque na questão é conjunção explicativa. 936 - Resposta “D” Por que - equivale a "por qual razão"; Traz -na oração o "traz" está no sentido de trazer, portanto com Z sem acento pois acentua-se os monossílabos tônicos apenas se estes terminarem com A,E,O (s). Trás - com S apenas se a oração der por entender que o "trás" está em sentido de posição posterior. 937 - Resposta “ERRADA” A expressão "fazer frente aos" exigia a preposição "a" (de "aos"). Porém, a expressão "enfrentar os", o verbo enfrentar não exige preposição, e o referido "o" é artigo que acompanha o SUJEITO "novos desafios". Portanto, o erro da questão está em não flexionar o verbo enfrentar para o PLURAL da oração objetiva. O correto seria: A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) aprovou, em setembro último, alterações no seu regimento interno com o objetivo de ENFRENTAREM OS novos desafios... 938 - Resposta” ERRADA.” Sujeito composto, pergunte para o verbo: quem motivaram, resposta -“A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano........ motivaram”. Sujeito composto Havendo sujeito composto, o verbo vai para o plural: Homens e mulheres sempre tiveram atritos. 939 - Resposta “ERRADA” Não há prejuízo semântico e não há sujeito indeterminado. Trata-se de passagem da voz passiva analítica para a voz passiva sintética, pois há o pronome apassivador "se" na frase e isso configura a passagem para a voz passiva sintética. Foram registrados mais de 170 mil acidentes nas rodovias federais do Brasil. (voz passiva analítica) Registraram-se mais de 170 mil acidentes nas rodovias federais do Brasil (voz passiva sintética) Como se faz a mudança? . 462 Para passar da voz passiva analítica para a passiva sintética basta cortar o verbo "ser" e colocar o verbo no particípio no mesmo tempo e modo do verbo "Ser". O verbo, normalmente, inicia a oração e há a inclusão do pronome apassivador "se". (Foram: pretérito perfeito do indicativo.) Registraram-se mais de 170 mil acidentes nas rodovias federais do Brasil. (Pret.perf.do indic) com a inclusão do pronome apassivador "se" após o verbo, o que vier posposto ao verbo é o sujeito da oração. Regra de concordância verbal: Nas expressões "mais de", o verbo concordará com o que vier depois do "de". Se vier número no plural, o verbo concordará no plural. Só haverá indeterminação do sujeito na passagem da voz passiva analítica para a voz ativa quando não houver agente da passiva. Na passagem da passiva analítica para a sintética, não importa se há ou não o agente da passiva. Como ficaria na voz ativa: Registraram mais de 170 mil acidentes nas rodovias do Brasil. (Quem registrou? suj.indet.) Nota-se que por não haver a o agente da passiva, o sujeito da voz ativa seria indeterminado. Coloca-se o verbo na terceira pessoa do plural para indeterminar o sujeito. Não pode haver pronome apassivador. Lembrando que essas passagens só são possíveis quando houver Objeto direto na oração. 940 - Resposta “A” TENHO + PARTICÍPIO (PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO) TINHA + PARTICÍPIO (PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO) TEREI + PARTICÍPIO (FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO) TERIA + PARTICÍPIO (FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO) Pretérito perfeito do indicativo, simples: ontem eu li um bom livro; composto: tenho lido bons livros. 941 - (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC/2012) Assinale a opção em que o verbo se apresenta no modo subjuntivo: A) A professora leu o livro Machadiano. B) Plante as orquídeas. C) Se Joaquim plantasse as hortênsias. D) Maria assistiu ao programa do Jô ontem. E) João plantou as rosas. 942 - (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC/2012) Assinale a opção em que o verbo está no pretérito imperfeito: A) Já amei o marido da minha melhor amiga. B) Miguel amava loucamente a vizinha. C) Amaria ter um mordomo em minha casa. D) Amo homens com cabelos loiros. E) Amarei você eternamente. 943 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve início quando, ainda menino, cantava no coro da igreja com voz de baixo-cantante. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessário para a construção, já em terras cariocas, entre reis e rainhas do rádio, de um estilo inconfundível quase sem seguidores na música popular brasileira. No Rio, em 1938, depois de pegar um lia (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em busca de meihores oportunidades de emprego, Dorival Caymmi chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. No entanto, para felicidade de seu amigo Jorge Amado, acabou sendo cooptado pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação. A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples, eternizar o regional, declarar em música as tradições de sua amada Bahia, O mar, Itapoã, as festas do Bonfim e da Conceição da Praia, os fortes em ruínas, tudo sobrevive em Caymmi, que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia, junto aos pescadores, convivendo com o drama das mulheres que esperam seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas. (André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed , 2006 p 78 . 463 navios que faziam transporte de passageiros ... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: A) ... Que esperam seus maridos ... B) esse pontapé inicial foi o estímulo necessário ... C) ... Quando, ainda menino, cantava no coro da igreja ... D) ... Melodia e letra apresentam um grande poder ... E) ... Tudo sobrevive em caymmi... 944 - (TJ/SP - Escrevente Técnico Judiciário - Prova versão 1 - VUNESP/2012) Saber é trabalhar Geralmente, numa situação de altos índices de desemprego, o trabalhador sente a necessidade de aprimorar a sua formação para obter um posto de trabalho. As empresas buscam os mais qualificados em cada categoria e excluem os que não se encaixam no perfil pretendido. Nos últimos anos, essa não tem sido a lógica vidente no Brasil. Segundo a pesquisa de emprego urbano feita pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e pela Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), os níveis de pessoas sem emprego estão apresentado quedas sucessivas de 2005 para cá. O desemprego em nove regiões metropolitanas medido pela pesquisa era de 17,9% em 2005 e fechou em 11,9% em 2010. A pesquisa do Dieese é um medidor importante, pois sua metodologia leva em conta não só o desemprego aberto (quem está procurando trabalho), como também o oculto (pessoas que desistiram de procurar ou estão em postos precários). Uma das consequências dessa situação é apontada dentro da própria pesquisa, um aumento médio no nível de rendimentos dos trabalhadores ocupados. A outra é a dificuldade que as empresas têm de encontrar mão de obra qualificada para os postos de trabalho que estão abertos. A Fundação Dom Cabral apresentou, em março, a pesquisa Carência de Profissionais no Brasil. A análise levou em conta profissionais dos níveis técnico, operacional, estratégico e tático. Do total, 92% das empresas admitiram ter dificuldades para contratar mão de obra de que necessitam. (Língua Portuguesa, outubro de 2011, Adaptado) Na frase – … os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação A) concluída. B) hipotética. C) futura. D) atemporal. E) contínua. 945 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) De um início atribulado a uma carreira de sucessos, assim se resume a crônica de Capitães da Areia, hoje uma das obras mais apreciadas pelos leitores de Jorge Amado, tanto no Brasil como no exterior. Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Mas, como nova Fênix, ressurgiu das cinzas quando nova edição, em 1944, marcou época na vida literária brasileira. A partir de então, sucederam-se as edições, nacionais e em nove idiomas estrangeiros, e as adaptações para rádio, teatro e cinema. Comovente documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo poucas vezes igualados na literatura universal. Dividido em três partes, o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo “Canção da Bahia, Canção da Liberdade”, em que é narrada a emocionante despedida de um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia “na noite misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra". (Adaptado de: Texto de apresentação. Jorge Amado. Capitães da Areia. 57. ed. Rio de Janeiro: Record, 1983) . 464 Os verbos empregados nos mesmos tempo e modo estão agrupados em: A) teve - descreve B) marcou - resume C) ressoam - teve D) ressurgiu - atinge E) ressoam – resume 946 - (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) Na frase: “Maria plantou as rosas” o verbo está: A) No modo Indicativo B) No modo Subjuntivo C) No modo Imperativo D) No modo Pretérito E) No modo Futuro 947 - (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC/2012) Leia o texto abaixo para responder a questão. Desterritorializar As buscas mais radicais sobre o que significa estar entrando e saindo da modernidade são as dos que assumem as tensões entre desterritorialização e reterritorialização. Com isso refiro-me a dois processos: a perda da relação "natural" da cultura com os territórios geográficos e sociais e, ao mesmo tempo, certas relocalizações territoriais relativas, parciais, das velhas e novas produções simbólicas. Para documentar essa transformação das culturas contemporâneas, analisarei primeiro a transnacionalização dos mercados simbólicos e as migrações. Depois, proponho-me a explorar o sentido estético dessa mudança seguindo as estratégias de algumas artes impuras. 1. Houve um modo de associar o popular com o nacional que nutriu, conforme notamos em capítulos anteriores, a modernização das culturas latino-americanas. Realizada primeiro sob a forma de dominação colonial, logo depois como industrialização e urbanização sob modelos metropolitanos, a modernidade pareceu organizar-se em antagonismos econômico-políticos e culturais: colonizadores vs. colonizados, cosmopolitismo vs. nacionalismo. O último par de opostos foi o utilizado pela teoria da dependência, segundo a qual tudo se explicava pelo confronto entre o imperialismo e as culturas nacional-populares. Os estudos sobre o imperialismo econômico e cultural serviram para conhecer alguns dispositivos usados pelos centros internacionais de produção científica, artística e comunicacional que condicionavam, e ainda condicionam, nosso desenvolvimento. Mas esse modelo é insuficiente para entender as atuais relações de poder. Não explica o funcionamento planetário de um sistema industrial, tecnológico, financeiro e cultural, cuja sede não está em uma só nação, mas em uma densa rede de estruturas econômicas e ideológicas. Também não dá conta da necessidade das nações metropolitanas de flexibilizar suas fronteiras e integrar suas economias, sistemas educativos, tecnológicos e culturais, como está acontecendo na Europa e na América do Norte. A desigualdade persistente entre o que os dependentistas chamavam o primeiro e o terceiro mundo mantém com relativa vigência alguns de seus postulados. Mas ainda que as decisões e benefícios dos intercâmbios se concentrem na burguesia das metrópoles, novos processos tornam mais complexa a assimetria: a descentralização das empresas, a simultaneidade planetária da informação e a adequação de certos saberes e imagens internacionais aos conhecimentos e hábitos de cada povo. A disseminação dos produtos simbólicos pela eletrônica e pela telemática, o uso de satélites e computadores na difusão cultural também impedem de continuar vendo os confrontos dos países periféricos como combates frontais com nações geograficamente definidas. [....] CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas - estratégias para entrar e sair da modernidade Tradução de Ana Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: EDUSP, 1997. p. 283-350: Culturas híbridas, poderes oblíquos. Verifique nas frases abaixo a flexão das formas verbais e assinale a alternativa CORRETA: A) houveram modos de associar o popular com o nacional que nutria, conforme notavasse em capítulos anteriores, a modernização das culturas latino-americanas. B) haviam modos de associar o popular com o nacional que nutriam, conforme notavasse em capítulos anteriores, a modernização das culturas latino-americanas. C) o primeiro e o terceiro mundo mantêm com relativa vigência alguns dos seus postulados. . 465 D) o uso de satélites e computadores na difusão cultural, também, impede de continuarem vendo os confrontos dos países periféricos como combates frontais com nações geograficamente definidas. E) o último par de opostos foram utilizados pela teoria da dependência, segundo a qual tudo se explicava pelo confronto entre o imperialismo e as culturas nacional-populares. 948 - (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC/2012) A canção João e Maria, de Chico Buarque, usa o tempo linguístico como uma construção da linguagem. [...] Agora eu era o rei Era o bedel e era também juiz E pela minha lei A gente era obrigado a ser feliz E você era a princesa que eu fiz coroar E era tão linda de se admirar Que andava nua pelo meu país Assinale a alternativa CORRETA quanto ao emprego dos tempos verbais: A) utiliza-se em lugar do presente o pretérito imperfeito. B) tem-se no lugar do presente o pretérito perfeito. C) aparece no lugar do presente o pretérito mais que perfeito. D) usa-se no lugar do presente o pretérito do subjuntivo. E) tem-se no lugar do presente o imperativo negativo. 949 - (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Entre 1874 e 1876, apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo, Ivan Lermolieff, e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos, que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. Somente alguns anos depois, o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. De fato, tratava-se do italiano Giovanni Morelli. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje. Os museus, dizia Morelli, estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo- nos frente a obras não assinadas, talvez repintadas ou num mau estado de conservação. Nessas condições, é indispensável poder distinguir os originais das cópias. Para tanto, porém, é preciso não se basear, como normalmente se faz, em características mais vistosas, portanto mais facilmente imitáveis, dos quadros. Pelo contrário, é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis, e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas, as unhas, as formas dos dedos das mãos e dos pés. Com esse método, Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa. Apesar dos resultados obtidos, o método de Morelli foi muito criticado, talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto. Posteriormente foi julgado mecânico, grosseiramente positivista, e caiu em descrédito. Por outro lado, é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E. Wind, que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte - atitude que o leva a apreciar os pormenores, de preferência à obra em seu conjunto. Em Morelli existiria, segundo Wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio, assimilado por ele na juventude, em contato com os círculos românticos berlinenses. (Adaptado de Carlo Ginzburg. Mitos, emblemas, sinais: morfologia e história. Trad. Federico Carotti. S.Paulo: Cia. das Letras, 1989, p.143-5) ...e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia... O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima está em: A)...muitíssimas vezes encontramo-nos frente a obras não assinadas... B)...e caiu em descrédito. C)...muitos estudiosos que falavam dele com desdém... D) em morelli existiria, segundo wind, uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio... E)...e fora um igualmente desconhecido johannes schwarze que... . 466 950 - (UFTM - Vestibular - Prova 1 - VUNESP/2012) Horóscopo Áries - Não subestime a sua incapacidade Touro - Fique tranquilo em relação à sua própria infelicidade Gêmeos - Uma semana vem, outra semana vai Câncer - Alguém telefonará e você atenderá depois desligará Leão - A solução dos seus problemas só lhe dará tranquilidade Virgem - Nem que a tristeza lhe consuma, não morra, não esmoreça, sob hipótese alguma É ganhando que se ganha É empatando que se empata É perdendo que se perde É nascendo que se nasce É morrendo que se morre É vivendo que se “veve” Libra - A lua em Saturno quer dizer alguma coisa Escorpião - Não seja impertinente, você terá nas mãos os dez dedos de sempre Sagitário - Uma pessoa idosa não fará nenhuma diferença Capricórnio - No entanto, aquele alguém, que goza de saúde, poderá pegar uma doença Aquário - No mais será tudo igual, pois o período propicia Peixes - E tudo se encaminha para um fim de semana com apenas dois dias. (www.vagalume.com.br) A canção imita o gênero horóscopo, termo que inclusive é o seu título. Desse gênero, uma marca linguística que nela se encontra é A) a inversão sintática, indicando os sentidos dúbios expressos nas estruturas frasais. B) a voz passiva, indicando a intencionalidade de se omitir o agente das ações verbais. C) a ênfase em verbos e advérbios relativos ao tempo passado, indicando ações concluídas. D) a frase nominal, indicando a prevalência de enunciados de estado em relação aos de ação. E) o emprego do verbo no imperativo, indicando o sentido de orientação às pessoas. 941 - Resposta “C” Leu - modo indicativo, tempo pretérito perfeito. Plante - modo imperativo, afirmativo. Plantasse - modo subjuntivo, tempo pretérito imperfeito. Assistiu - modo indicativo, tempo pretérito perfeito. Plantou - modo indicativo, tempo pretérito perfeito. 942 - Resposta “B” O pretérito imperfeito é usado: 1. Para falar de hábito ou acontecimento que ocorria com frequência no passado: Antigamente ela fazia exercícios todos os dias. 2. Para indicar a continuidade de um acontecimento em relação a outro que ocorreu ao mesmo tempo no passado. Quando o marido chegou, ela dormia. Enquanto ele lia o jornal, ela fazia ioga ao seu lado. 3. Para falar do que era presente em um momento do passado que se está descrevendo. “Faltava um ponto a meu adversário para ganhar. A mim, faltavam-me não sei quantos: sei só que eram muitos.” (Álvares de Azevedo, 1965) 943 - Resposta “C” Faziam - pretérito imperfeito (modo indicativo) Cantava - pretérito imperfeito (modo indicativo). . 467 944 - Resposta “E” “Quedas sucessivas” pode ser substituída sem prejuízo no sentido da frase por: “contínua” 945 - Resposta “E” Ressoam - Tempo Presente, modo Indicativo Resume - Tempo Presente, modo Indicativo Nesse caso não importa a pessoa. 946 - Resposta “A” eu plantei tu plantaste ele plantou nós plantamos vós plantastes eles plantaram pretérito perfeito do indicativo 947 - Resposta “C” Presente do indicativo: Verbo “Manter” Presente do Indicativo eu mantenho tu manténs ele mantém nós mantemos vós mantendes eles mantêm (o primeiro e o terceiro mundo, conjugação correta do verbo) 948 - Resposta “A” O verbo SER foi conjugado no pretérito imperfeito. Pretérito imperfeito (Verbo SER) eu era tu eras ele/ela era nós éramos vós éreis eles/elas eram 949 - Resposta “C” A questão pede o Pretérito Imperfeito do Indicativo A: Pretérito Perfeito do Indicativo B: Pretérito Perfeito do Indicativo C: Pretérito Imperfeito do Indicativo D: Futuro do Pretérito E: Pretérito Mais que Perfeito 950 - Resposta “E” O imperativo é o modo verbal pelo qual se expressa uma ordem, pedido, orientação ou conselho. Este modo pode ser afirmativo ou negativo. 951 - (PRF - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - CESPE/2012) 1 4 . A Constituição Federal de 1988, com fundamento na prerrogativa do Estado de prover a segurança pública e fazer cumprir a lei, exercida para a manutenção da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, estabelece, em seu art. 144, cinco instituições policiais como responsáveis pela 468 7 10 13 execução da lei: polícia federal, polícia rodoviária federal, polícia ferroviária federal, polícias civis e polícias militares e corpos de bombeiros militares. Dessas, as três primeiras são organizadas e mantidas pela União e as duas últimas são subordinadas aos governos estaduais e distrital. Assim, quando infrações penais afetam bens, serviços e interesses da União, as forças policiais federais realizam as funções que lhes são delegadas pela Constituição Federal de 1988. Nos demais casos, as forças policiais estaduais e distrital empreendem essas atividades, no âmbito de sua competência. Internet:www.advogado.adv.br . Acesso em 8/11/2012 (com adaptações). No que diz respeito a aspectos gramaticais e semânticos do texto acima, julgue os itens subsecutivos.. A forma verbal “empreendem” (l.14) poderia corretamente ser substituída por emprendem, visto que ambas as formas são abonadas na língua portuguesa como sinônimas. Certo ( ) Errado ( ) 952 - (MF - Assistente Técnico Administrativo - ESAF/2012) Assinale a opção em que o texto foi transcrito com erro no uso do verbo sublinhado. Animado com os indicares positivos mais recentes, o governo reforçou ontem o tom otimista sobre a recuperação da atividade econômica, apesar de analistas do mercado financeiro estarem (A) ainda céticos sobre o ritmo do crescimento. O tom otimista foi usado em declarações da Presidenta, do Ministro da Fazenda e do presidente do Banco Central, a quem coube (B) o recado mais importante, ao afirmar (C) que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) vai acelerar nos próximos meses, mas com preços sob controle. Os estímulos dados pelo governo já obteram (D) uma resposta positiva da atividade econômica, mas aida não produziram plenamente seus efeitos. Por isso a tendência é de recuperação mais à frente, sem que exista (E) risco de a inflação fugir da meta estabelecida para este ano. (Adaptado do Correio Braziliense, 18 de agosto de 2012) A) A B) B C) C D) D E) E 953 - (TST - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC/2012) Todos os jogos se compõem de duas partes: um jogo exterior e um jogo interior. O exterior é jogado contra um adversário para superar obstáculos exteriores e atingir uma meta externa. Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre como utilizar uma raquete ou um taco e como posicionar os braços, as pernas ou o tronco para alcançar os melhores resultados. Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para lembrar estas instruções do que para executá-las. Minha tese é que não encontraremos maestria nem satisfação em algum jogo se negligenciarmos as habilidades do jogo interior. Este é o jogo que se desenrola na mente do jogador, e é jogado contra obstáculos como falta de concentração, nervosismo, ausencia de confiança em si mesmo e autocondenação. Em resumo, este jogo tem como finalidade superar todos os hábitos de mente que inibem a excelência do desempenho. Muitas vezes nos perguntamos: Por que jogamos tão bem num dia e tão mal no outro? Por que ficamos tensos numa competição ou desperdiçamos jogadas fáceis? Por que demoramos tanto para nos livrar de um mau hábito e aprender um novo? As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus, mas elas trazem recompensas valiosas, que são permanentes e que contribuem de forma significativa para nosso sucesso posterior, tanto na quadra como fora dela. (Adaptado de W. Timothy Gallwey. O jogo inteior de tênis. Trad. De Mário R Krausz. S. Paulo: Textonovo, 1996, p.13) . 469 O verbo empregado no plural que também poderia ter sido flexionado no singular, sem prejuízo para a correção, está em: A) Para o domínio desse jogo, especialistas dão instruções sobre ... B) Todos os jogos se compõem de duas partes ... C) As vitórias no jogo interior talvez não acrescentem novos troféus ... D) Mas, por algum motivo, a maioria das pessoas têm mais facilidade para ... E) ... Todos os hábitos da mente que inibem a excelência do desempenho. 954 - (EsFCEx - Todos os Cargos - Conhecimentos Gerais - EsFCEx/2012) Observe o verbo sublinhado na sentença abaixo. Que outro tempo verbal pode ser usado nesse verbo para que ele expresse uma ideia semelhante à ideia que está expressando no futuro do pretérito? Se eu pudesse, eu viajaria para o Havaí todo o ano. A) Pretérito imperfeito do Subjuntivo. B) Pretérito imperfeito do Indicativo. C) Pretérito mais-que-perfeito do Indicativo. D) Pretérito perfeito do Subjuntivo. E) Pretérito perfeito do Indicativo. 955 - (MPE/AP - Analista Ministerial - Administração - FCC/2012) Quando, em 1890, Vincent van Gogh (1853-1890) se dispôs a pintar uma noite estrelada e se pôs diante da tela em branco, nada ali indicava por onde começar. Mas acordara, naquele dia, decidido a inventar uma noite delirantemente estrelada, como imaginava frequentemente e não se atrevia a fazê-lo não se sabe se por temer errar a mão e pôr a perder o sonho ou se porque preferia guardá-lo como uma possibilidade encantadora, uma esperança que o mantinha vivo. Aliás, já tentara antes expressar na tela seu fascínio pelo céu constelado. Um ano antes, pintara duas telas em que fixava a beleza do céu noturno - uma dessas telas mostra a entrada de um café com mesas na calçada e, ao fundo, no alto, o céu negro ponteado de estrelas; a outra tela é uma paisagem campestre sob as estrelas. Mas eram como ensaios, tentativas de aproximação do tema que continuava a exigir dele a expressão plena, ou melhor, extrema, como era próprio de sua personalidade passional. Vincent van Gogh era uma personalidade difícil de explicar, mas um pintor genial ele foi, sem dúvida. E uma de suas obras-primas é, certamente, aquela “Noite Estrelada” de 1889. Imagino o momento em que se dispôs a pintá-la; tem diante de si a tela em branco e pode ser que esteja ao ar livre em plena noite. Mas a noite real é pouca. A noite que deseja pintar é outra, mais bela e mais feérica que a real. Por isso, a tela em branco é um abismo. Um abismo de possibilidades infinitas, já que a noite que gostaria de pintar não existe, mas deveria existir, pois o seu sonho a deseja. Como começar a pintá-la, se ela não existe? Diante da tela em branco, tudo é possível e, por isso mesmo, nada é possível, a menos que se atreva começá-la. E assim, num impulso, lança a primeira pincelada que, embora imprevista, reduz a probabilidade infinita do vazio e dá começo à obra. E assim foi que a sucessão de pinceladas, de linhas e cores, aos poucos definiu uma paisagem noturna que era mais céu que terra: um pinheiro que liga o chão ao céu e, lá adiante, a pequena vila sobre a qual uma avassaladora tormenta cósmica se estende, como se assistíssemos ao nascer do Universo. (Adaptado de Ferreira Gullar. Folha de S. Paulo, 17/06/12) ... ou se porque preferia guardá-lo... O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está também grifado em: A) ... Se dispôs a pintar uma noite estrelada... B) ... Em que fixava a beleza do céu noturno... C) ...se assistíssemos ao nascer do universo. D) ... Acordara, naquele dia... E) ... Mas deveria existir... 956 - (MPE/AP - Promotor de Justiça - FCC/2012) Não ignoro que muitos tiveram e têm a convicção de que as coisas do mundo sejam governadas pela fortuna e por Deus, sem que os homens possam corrigi-las com sua sensatez, ou melhor, não disponham de nenhum remédio; e por isso poderiam julgar que não vale a pena suar tanto sobre as . 470 coisas, deixando-se conduzir pela sorte. Essa opinião tem sido maios acreditada em nosso tempo pelas grandes mutações nas coisas que se viram e se veem todos os dias, fora de qualquer entendimento humano. Às vezes, pensando nisso, eu mesmo em parte me inclinei a essa opinião. Entretanto, para que nosso livre-arbítrio não se anule, penso que se pode afirmar que a fortuna decide sobre a metade de nossas ações, mas deixa a nosso governo a outra metade, ou quase. Comparo-a a um desses rios devastadores que, quando se enfurecem, alagam as planícies, derrubam árvores e construções, arrastam grandes torrões de terra de um lado para o outro: todos fogem diante dele, todos cedem a seu ímpeto sem poder contê-lo minimamente. E, como eles são feitos assim, só resta aos homens providenciar barreiras e diques em tempos de calmaria, de modo que, quando vierem as cheias, eles escoem por um canal ou provoquem menos estragos e destruições com seu ímpeto. Algo semelhante ocorre com a fortuna, que demonstra toda sua potência ali onde a virtude não lhe pôs anteparos; e para aí ela volta seus ímpetos, onde sabe que não se construíram barreiras nem diques para detê-la. (Fragmento de Nicolau Maquiavel. O príncipe. Trad. de Maurício Santana Dias. S. Paulo: Penguim Classics Cia das Letras,2010, p. 131-2) ... não disponham de nenhum remédio... O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: A) ... Derrubam árvores e construções... B) ... Nas coisas que se viram... C) ... Quando vierem as cheias... D) ... Todos fogem diante dele... E) ... Eles escoem por um canal... 957 - (TERMOBAHIA - Técnico de Administração e Controle Júnior - CESGRANRIO - 2012) Texto I Crescimento da população é “desafio do século”, diz consultor da ONU 1 5 10 15 20 25 30 . O crescimento populacional é o “desafio do século” e não está sendo tratado de forma adequada na Rio+20, segundo o consultor do Fundo de População das Nações Unidas, Michael Herrmann. “O desafio do século é promover bem-estar para uma população grande e em crescimento, ao mesmo tempo em que se assegura o uso sustentável dos recursos naturais” [...] “As questões relacionadas à população estão sendo tratadas de forma adequada nas negociações atuais? Eu acho que não. O assunto é muito sensível e muitos preferem evitá-lo. Mas nós estaremos enganando a nós mesmos se acharmos que é possível falar de desenvolvimento sustentável sem falar sobre quantas pessoas seremos no planeta, onde estaremos vivendo e que estilo de vida teremos”, afirmou. No fim do ano passado, a população mundial atingiu a marca de sete bilhões de pessoas. As projeções indicam que, em 2050, serão 9 bilhões. O crescimento é mais intenso nos países pobres, mas Herrmann defende que os esforços para o enfrentamento do problema precisam ser globais. “Se todos quiserem ter os padrões de vida do cidadão americano médio, precisaremos ter cinco planetas para dar conta. Isso não é possível. Mas também não é aceitável falar para os países em desenvolvimento ‘desculpa, vocês não podem ser ricos, nós não temos recursos suficientes’. É um desafio global, que exige soluções globais e assistência ao desenvolvimento”, afirmou. 471 O consultor disse ainda que o Fundo de População da ONU é contrário a políticas de controle compulsório do crescimento da população. Segundo ele, as políticas mais adequadas são aquelas que permi35 tem às mulheres fazerem escolhas sobre o número de filhos que querem e o momento certo para engravidar. Para isso, diz, é necessário ampliar o acesso à educação e aos serviços de saúde reprodutiva e planejamento familiar. [...] MENCHEN, Denise. Crescimento da população é “desafi o do século”, diz consultor da ONU. Folha de São Paulo. São Paulo, 11 jun. 2012. Ambiente. Disponível em:<http://www1.folha.uol.com.br/ambiente.1103277-crescimentoda-populacao-e-desafi o-do-seculo-diz-consultor-da-onu.shtml>. Acesso em: 22 jun. 2012. Adaptado. O modo subjuntivo dos verbos é aquele que pode expressar hipótese, dúvida.O trecho do Texto I que contém uma forma verbal no modo subjuntivo é: A) “muitos preferem evitá-lo” (l. 11) B) “a população mundial atingiu a marca de sete bilhões de pessoas.” (l. 17-18) C) “se todos quiserem ter os padrões de vida do cidadão americano médio” (l. 23-24) D) “vocês não podem ser ricos” (l. 27) E) “é um desafio global” (l. 28-29) 958 - (TJ/RS - Oficial de Transportes - Classe F - CETRO/2012) De acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta em relação ao verbo. A) A expectativa é a de que hajam mais alunos do que no ano passado. B) Houveram discussões sobre a implantação do novo curso. C) Se haver desistentes, a empresa adotará uma nova medida de contratação. D) Embora muitos tenham trabalhado no curso, somente alguns poderão continuar. E) Encerrou-se os prazos para candidatura ao novo cargo. 959 - (CPTM - Técnico de Segurança do Trabalho - Makiyama/2012) Texto para responder às questões 32 e 33. Elementar, meu caro Watson Sherlock Holmes e o Dr. Watson decidiram tirar férias acampando na selva. Logo depois do jantar, formam dormir. No meio da noite, Holmes acorda, gritando: - Watson! - O que foi, Holmes? - Olhe para cima me diga o que você vê. - Eu vejo milhões de estrelas, Holmes. - E o que você deduz disso? - Bem, astronomicamente, que há milhões de galáxias e potencialmente bilhões de planetas. Do ponto de vista astrológico, eu observo que Saturno está em Áries. Do ponto de vista teológico, que Deus é todo-poderoso e nós somos insignificantes. Do ponto de vista meteorológico, suspeito que teremos um dia maravilhoso amanhã. Watson pensa um pouco, vira-se para Holmes e pergunta: - E você, o que deduz disso? Sherlock acende o cachimbo, dá uma longa baforada e responde: - Elementar, meu caro Watson: roubaram a nossa barraca. Os verbos “vejo”, “há” e “é” estão conjugados no: A) pretérito perfeito do indicativo. B) pretérito mais-que-perfeito. C) presente do subjuntivo. . 472 D) futuro do presente. E) presente do indicativo 960 - (Transpetro - Médico do trabalho - CESGRANRIO/2012) LÍNGUA PORTUGUESA Science fiction O marciano encontrou-me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana. Como pode existir, pensou consigo, um ser que no existir põe tamanha anulação de existência? 5 Afastou-se o marciano, e persegui-o. Precisava dele como um testemunho. Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas. E fiquei só em mim, de mim ausente. ANDRADE, Carlos Drummond de. Science Fiction. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 330-331. Os alunos, em uma aula de Português, receberam como tarefa passar a frase abaixo para o plural e para o passado (pretérito perfeito e imperfeito), levando-se em conta a norma-padrão da língua. Há opinião contrária à do diretor. Acertaram a tarefa aqueles que escreveram: A) Houve opiniões contrárias às dos diretores / Havia opiniões contrárias às dos diretores. B) Houve opiniões contrárias à dos diretores / Haviam opiniões contrárias à dos diretores. C) Houveram opiniões contrárias à dos diretores / Haviam opiniões contrárias à dos diretores. D) Houveram opiniões contrárias às dos diretores / Haviam opiniões contrárias às dos diretores. E) Houveram opiniões contrárias às dos diretores / Havia opiniões contrárias às dos diretores. 951 - Resposta “ERRADA” Conjugação do verbo empreender: empreendo empreendes empreende empreendemos empreendeis empreendem Portanto, não existe a palavra emprender com apenas um “e” na língua portuguesa. 952 - Resposta “D” Basta lembrar que o verbo OBTER se conjuga seguindo o verbo TER Os estímulos dados pelo governo já tiveram...... Os estímulos dados pelo governo já obtiveram....... 953 - Resposta “D” Quando o sujeito é formado por expressões partitivas o verbo deverá concordar com o singular, com o núcleo dessas expressões ou com o termo da expressão explicativa ou especificativa que as acompanha. Uma parte de, a metade de, uma porção de, a maioria de. 954 - Resposta “B” o verbo viajar conjugado no pretérito imperfeito do indicativo não causaria prejuízo para o sentido da frase, que expressa uma situação futura. Pretérito Imperfeito do Indicativo (Conjugação do verbo Viajar) . 473 eu viajava tu viajavas ele viajava nós viajávamos vós viajáveis eles viajavam 955 - Resposta “B” Dica para resolver esse tipo de questão: Procure o tempo verbal usando as seguintes palavras: Hoje - Presente do Indicativo Ontem - Pretérito perfeito Antigamente - Pretérito imperfeito Outrora - Pretérito mais-que-perfeito Amanhã - Futuro do presente Que - Presente do Subjuntivo Se - Pretérito do Subjuntivo Quando - Futuro do subjuntivo Antigamente ele(ela) preferia - Pretérito imperfeito Agora vamos aos itens: a) Antigamente ele se dispôs- Não, o correto é: ele se dispunha b) Antigamente ele fixava - Correto c) Antigamente ele assistíssemos - Não, o correto é: ele assistia d) Antigamente ele acordara - Também não, o correto é: ele acordava e) Antigamente ele deveria - Também não, o correto é: devia 956 - Resposta “E” ... não disponham de nenhum remédio... pres. subjunt. e) ... eles escoem por um canal... pres. subjunt. As flexões de Modo determinam as diversas atitudes da pessoa que fala com relação ao fato enunciado. Uma atitude que revela uma incerteza, uma dúvida ou uma hipótese é característica do Modo Subjuntivo (ou Conjuntivo). Exemplos: Se eu trabalhasse… Quando eu ir… Futuro do Modo subjuntivo: assinala uma possibilidade a ser concluída em relação a um fato no futuro, uma ação vindoura, mas condicional a outra ação também futura. Quando eu voltar, farei tudo. Quando os sinos badalarem nove horas, voltarei para casa. Também pode indicar uma condição incerta, presente ou futura. Se ele estiver lá amanhã, certamente ela também estará. Emprega-se o presente do subjuntivo para: um fato presente, mas duvidoso ou incerto, um desejo ou um sentimento. Talvez eles façam tudo aquilo que nós pedimos. Pode ser que ele saiba sobre o que está falando. um fato futuro, mas duvidoso ou incerto Talvez eles venham amanhã. um desejo ou uma vontade Espero que eles façam o serviço corretamente. Espero que me tragam o dinheiro. 957 - Resposta “C” O modo subjuntivo é usado para indicar hipóteses, casualidade, desejos, incertezas, probabilidades, sentimentos ou possibilidade. Na alternativa “C” podemos verificar a presença da partícula "se" dando ideia de possibilidade. Em outras situações podemos identificar se a forma verbal está no modo subjuntivo caso o verbo venha antecedido das partículas "quando" e "que", com essa ideia de hipótese na oração. . 474 958 - Resposta “D” a) (interessar) concorda com a frase "estabelecer clara linha... " - INTERESSA b) (competir) concorda com a frase "Enfrentar dura troca de acusações no âmbito da vida privada" COMPETE; c) (estender) concorda com "a imprensa do país" - ESTENDA d) (vir) concorda com "a afastar os eleitores" - VIRÁ; e) (constituir) concorda com "os Estados Unidos" (que por estar iniciado pelo artigo OS) obrigatoriamente CONSTITUEM 959 - Resposta “E” Verbo Ver (presente do indicativo) eu vejo tu vês ele vê nós vemos vós vedes eles veem Verbo Haver (presente do indicativo) eu hei tu hás ele há nós havemos vós haveis eles hão Verbo Ser (presente do indicativo) eu sou tu és ele é nós somos vós sois eles são 960 - Resposta “A” Há opinião contrária à do diretor. (verbo haver = existir é impessoal e deve ficar sempre na 3ª pessoa do singular). a) Houve opiniões contrárias às (a + aquelas) dos diretores / Havia opiniões contrárias às dos diretores. 961 - (MPE/PE - Técnico Ministerial - Área Administrativa - FCC/2012) Indicado como presidente da Câmara de Comércio em 1908, Winston Churchill foi uma figura líder no amplo programa de reformas sociais do governo liberal. Em 1909, ele introduziu as “Câmaras de profissões”, organizações estatutárias que estabeleciam salários mínimos nas indústrias-chave. Churchill apoiou fortemente a introdução da Lei reguladora das minas de carvão, de 1908, que se tornou conhecida como “Lei das oito horas”, porque limitava o tempo que os mineiros permaneciam abaixo da superfície. Em 1908, também apresentou a Corte permanente de arbitragem − que muito mais tarde se tornaria o Serviço consultivo de conciliação e arbitragem − para cuidar das reivindicações dos sindicatos profissionais. Quando foi nomeado ministro do Tesouro, em 1924, Churchill continuou sua política de reformas sociais. Neville Chamberlain, secretário da Saúde, foi responsável por ampliar a abrangência da previdência social, com a introdução da Lei das viúvas, órfãos e da velhice. Churchill estava ansioso por colaborar com Chamberlain na implantação desse esquema, de modo que ele próprio o anunciou no orçamento de 1925. Chamberlain escreveu em 1º de maio em seu diário: “A exposição do orçamento de Winston foi um desempenho de mestre, e, embora o meu escritório e alguns de meus colegas estejam indignados por ele tomar para si mesmo o crédito de um esquema que pertence ao Ministério da Saúde, eu mesmo não pensei que tivesse qualquer razão para me queixar. Em certo sentido, é o seu esquema. Nós estávamos empenhados em algo do gênero, mas não acredito que o fizéssemos este ano se ele não o tivesse encampado no orçamento. Na minha opinião, ele merece crédito pessoal especial por sua iniciativa”. (Nigel Knight. Churchill desmascarado. Trad. Constantino Kauzmin-Korovaeff. São Paulo: Ed. Larousse do Brasil, p. 32-33) . 475 ... que estabeleciam salários mínimos nas indústrias- chave. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: A) ... Que muito mais tarde se tornaria o serviço consultivo de conciliação... B) ... Embora o meu escritório e alguns de meus colegas estejam indignados... C) ... De um esquema que pertence ao ministério da saúde... D) em 1908, também apresentou a corte permanente de arbitragem... E) ... Porque limitava o tempo que os mineiros ... 962 - (MPE/PE - Analista Ministerial - Área Jurídica - FCC/2012) Um dos poemas mais notáveis da língua inglesa é dedicado por Edgar Allan Poe a uma mulher a quem deu o nome de Helena. Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação da princesa homérica? Seja qual for a resposta, em seu poema ele lhe dizia que sua beleza era maior do que a de uma mortal. Ao contemplá-la, ele tinha consciência de reviver acontecimentos passados, que ainda lhe eram presentes e familiares, pois assim se via transportado de volta “à glória que foi a Grécia e à grandeza que foi Roma”. Esses versos tornaram-se um clichê usado para exprimir o que se considera um irreversível compromisso entre o passado e o presente. Eis aí duas culturas, a grega e a romana, que na Antiguidade se reuniram para criar uma civilização comum, a qual continua existindo como um fato histórico no interior de nossa própria cultura contemporânea. O clássico ainda vive e se move, e mantém seu ser como um legado que provê o fundamento de nossas sensibilidades. Poe certamente acreditava nisso; e é possível que isso em que ele acreditava ainda seja por nós obscuramente sentido como verdadeiro, embora não de modo consciente. Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa, em cujos familiares cômodos ele gostava de morar, se Roma e Grécia têm ainda alguma realidade atual para nós, esse estado de coisas funda-se num pequeno fato tecnológico. A civilização dos gregos e romanos foi a primeira na face da terra fundada na atividade do leitor comum; a primeira capaz de dar à palavra escrita uma circulação geral; a primeira, em suma, a tornar-se letrada no pleno sentido deste termo, e a transmitir-nos o seu conhecimento letrado. (Fragmento adaptado de Eric A. Havelock. A revolução da escrita na Grécia e suas consequências culturais. Trad. de Ordep José Serra. São Paulo: Editora da UNESP; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. P. 45-6) ... pois assim se via transportado de volta “à glória que foi a Grécia e à grandeza que foi Roma”. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: A) Poe certamente acreditava nisso... B) Se Grécia e Roma foram, para Poe, uma espécie de casa... C) ... Ainda seja por nós obscuramente sentido como verdadeiro, embora não de modo consciente. D) ... Como um legado que provê o fundamento de nossas sensibilidades. E) Seria ela efetivamente, para o poeta, uma encarnação da princesa homérica? 963 - (TJ/PB - Técnico Judiciário - Tecnologia da Informação - FAPERP/2012) Leia a tirinha abaixo para responder às questões de 7 a 10. . 476 Na tirinha, tem valor correspondente ao de futuro do pretérito do indicativo o tempo verbal da oração: A) "sabe de uma coisa". B) "se eu desaparecesse amanhã". C) "ninguém ia sentir sua falta". D) "eu acho que não". 964 - (TJ/PB - Analista - Desenvolvimento de Sistemas - FAPERP/2012) Leia o texto abaixo para responder às questões. Na ultima oração da frase "O texto informa que a Embraer está sendo combatida nos EUA para que não vença uma licitação." (paragrafo 8), o verbo é empregado no presente do subjuntivo. Assinale a alternativa em que há pelo menos um verbo empregado nesse mesmo modo. A) "jornalistas são levados a crer que as línguas podem ser exatas." (parágrafo 2) B) "ritmo e relevância deveriam ser traços fundamentais da manchete." (parágrafo 5) C) "não sei o que seria dos historiadores se sua única fonte fosse a mídia." (parágrafo 1) D) "peço ajuda aos universitários." (parágrafo 8) . 477 965 - (UFBA - Contador - UFBA/2012) As formas verbais “abalou” (l. 16) e “procura desmantelar” (l. 24) expressam, nos respectivos contextos, um processo em desenvolvimento no presente. Certo ( ) Errado ( ) 966 - (LIQUIGAS - Ajudante de Motorista - Granel - CESGRANRIO/2012) . 478 A frase do Texto II “Me liga mais tarde!” apresenta uma forma verbal na segunda pessoa do modo imperativo afirmativo. Se a frase fosse reescrita em terceira pessoa do singular do imperativo, o verbo ficaria flexionado da seguinte forma: A) liga B) ligas C) ligue D) ligues E) ligasse 967 - (Prefeitura de Petrópolis/RJ - Advogado - FUNDAÇÃO DOM CINTRA/2012) SINAIS DE ALERTA 1 2 3 4 5 6 . O câncer de cólon, o segundo maior causador de mortes de câncer nos Estados Unidos, está em queda. A última edição do “Vital Signs”, relatório estatístico do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) daquele país, registrou menos 32 mil óbitos provocados por esta doença entre os anos de 2003 e 2007. A redução, conclui o próprio estudo, deve-se ao aumento do check-up médico, prática que era adotada por 52%dos americanos em 2002 e subiu para 65% em 2010. No ano passado, quase dois terços dos americanos submeteram-se a exames preventivos, que permitem diagnosticar e tratar o câncer de cólon no nascedouro - com ampla possibilidade de cura, ressalte-se. No entanto, estes números, que revelam o crescimento do check-up médico entre homens com mais de 50 anos, não são os que estão na mira do CDC. O relatório adverte que um contingente de 22 milhões de americanos, nesta faixa etária, que não praticam a prevenção médica, pode engrossar as estatísticas de letalidade pelo câncer de cólon. No Brasil, a neoplasia colorretal é o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres e o terceiro em homens, sendo responsável em 2007 por 11.322 óbitos. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (lnca), no ano passado, foram registrados 28.110 novos casos, sendo 13.310 em homens e 14.800 em mulheres. Os sinais de alerta da doença são vários: anemia de origem indeterminada, diarreia, prisão de ventre, desconforto abdominal com gases ou cólicas, sangramento nas fezes e/ou anal e a sensação de que o intestino não se esvaziou. A melhor sinalização, porém, vem do check-up médico, que, ao diagnosticar a doença antes de os sintomas aparecerem, a torna mais fácil de ser tratada. A partir dos 50 anos todos devem se submeter à investigação de câncer de cólon. Em nossa clínica, constatamos uma incidência de 19% de pólipos identificados nos exames específicos que compõem a bateria de exames realizados no check-up. Os pólipos são em princípio lesões benignas, mas podem gerar tumores no intestino grosso e no reto. Detectados precocemente e devidamente retirados, na maioria dos casos não oferecem riscos. Nossa experiência de mais de 20 anos, ao longo dos quais realizamos mais de 55 mil check-ups médicos, nos 479 7 8 9 permite afirmar que o câncer de cólon está intimamente ligado ao estilo de vida do indivíduo. Dados recentes do banco de dados da clínica, único sobre a saúde dos executivos brasileiros, revelam que: a) 70% têm estilo de vida inadequado, com altos níveis de estresse; b) 60% mantêm alimentação desequilibrada; c) 50% são sedentários; d) 50% consomem regularmente bebidas alcoólicas; e) 45% estão acima do peso ideal; f) 15% são fumantes. Ora, quando observamos as condições descritas acima e as relacionamos com o desenvolvimento das doenças, concluímos que a saúde do homem moderno está ameaçada por vários fatores de risco, como obesidade, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e tabagismo. No caso específico do câncer de cólon pesam também a idade acima de 50 anos e os antecedentes familiares. A prevenção do câncer colorretal baseia-se em uma dieta rica em vegetais e laticínios, e pobre em gordura, principalmente a saturada, evitando-se sempre o consumo exagerado de carne vermelha. O ciclo da boa saúde se completa com a prática regular de atividade física. No plano pessoal, o check-up médico é a base para a promoção da saúde do indivíduo. No âmbito empresarial, constitui a preservação do maior patrimônio de uma organização, que são os seus colaboradores estratégicos, responsáveis pela sobrevivência, crescimento e perpetuação da empresa. Por isso, investir em prevenção é garantir não apenas qualidade de vida dos indivíduos, mas a segurança empresarial e o bom resultado dos negócios. (DUARTE, Rodrigo. O Globo, 04/11/11, p. 7.) No período “Em nossa clínica, constatamos uma incidência de 19% de pólipos identificados nos exames específicos que COMPÕEM a bateria de exames realizados no check-up” (parágrafo 5), verifica-se a ocorrência correta de forma flexionada do verbo COMPOR, derivado de PÔR. Nas frases abaixo, há flexão INCORRETA de verbo derivado de PÔR em: A) Se o médico propusesse o exame preventivo, o paciente não concordaria. B) O médico interpôs-se entre paciente e enfermagem para evitar conflito. C) O médico afirmou que repusera o resultado do exame no armário. D) O erro de diagnóstico exporia a equipe ao risco de vexame. E) Se o paciente se dispor a fazer o check-up, o risco será menor. 968 - (TJ-RJ - Técnico de Atividade Judiciária - FCC/2012) Fomos uma geração de bons meninos. E acreditem: em boa parte por causa dos heróis dos quadrinhos. Éramos viciados em gibis. Nosso ideal do bem e mesmo a prática do bem podem ser creditados ao Batman & Cia. tanto quanto ao medo do inferno, aos valores da família e aos ensinamentos da escola. Os heróis eram o exemplo máximo de bravura, doação pessoal e virtude. Gibis abasteciam de ética o vasto campo da fantasia infantil, sem cobrar pela lição. Não era só por exigência da família, da escola ou da religião que os meninos tinham de ser retos e bons; eles queriam ser retos e bons - como os heróis. Viviam o bem na imaginação, porque o bem era a condição do herói. A lei e a ordem eram a regra dentro da qual transitavam os heróis. Eles eram o lado certo que combatia o lado errado. Atualmente não sei. Parei de ler gibis, só pego um ou outro da seção nostalgia. Nos anos de 1970 e 80 ainda surgiram heróis interessantes, mas alguns parecem cheios de rancor, como o Wolverine, ou vítimas confusas sem noção de bem e mal, como o Hulk, ou exilados freudianos, como o belo Surfista Prateado, ou presas possíveis da vaidade, como o Homem- Aranha. Complicou-se a simplicidade do bem. Na televisão, os heróis urram, gritam, destroem, torturam, tão estridentes quanto os arqui-inimigos . 480 maléficos. Não são simples, e retos, e fortes, e afinados com seus dons, como os heróis clássicos; são complexos, e dramáticos, e ambíguos, como ficou o mundo. (Fragmento de Ivan Angelo. Meninos e gibis. Certos homens. Porto Alegre: Arquipélago, 2011. p.147-9) Fomos uma geração de bons meninos. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: A) Nos anos de 1970 e 80 ainda surgiram heróis interessantes... B) Os heróis eram o exemplo máximo de bravura, doação pessoal e virtude. C) Atualmente não sei. D) Gibis abasteciam de ética o vasto campo da fantasia infantil... E) ... Mas alguns parecem cheios de rancor... 969 - (TJ/RJ - Tecnico de Atividade Judiciária - FCC/2012) Por mais de três séculos, do início da colonização ao ocaso do Império, a economia do Brasil foi sustentada pelos escravos. Os negros vindos da África trabalharam nas lavouras de cana-de-açúcar e café e nas minas de ouro e diamante. O tráfico negreiro, por si só, era um dos setores mais dinâmicos da economia. Os historiadores estimam que 4 milhões de africanos foram trazidos à força para o Brasil. Desse total, 1 milhão entrou no país pelo Valongo, um cais construído no Rio de Janeiro em 1758 especialmente para receber navios negreiros. Os escravos eram expostos e vendidos em lojas espalhadas pela vizinhança. O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831, quan- do foi proibida a importação de escravos. Logo foi apagado. Sobre ele, o Império construiu o Cais da Imperatriz, para o desembarque da mulher de D. Pedro II, Teresa Cristina. Mais tarde, a República aterrou aquela zona e a cobriu com ruas e praças. O maior porto de chegada de escravos desapareceu como se nunca tivesse existido. Quase dois séculos depois, o Brasil se vê obrigado a encarar novamente um dos cenários mais vergonhosos de sua história. Com o objetivo de embelezar o Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, a prefeitura pôs em execução uma ampla reforma da decadente zona portuária. Na varredura do subsolo, exigida pela lei, para impedir que relíquias enterradas sejam perdidas, uma equipe de pesquisadores do Museu Nacional encontrou o piso do Cais do Valongo. As ruínas foram localizadas debaixo de uma praça malcuidada entre o Morro da Providência, o Elevado da Perimetral e a Praça Mauá. O Cais do Valongo ficava longe da vista dos cariocas, na periferia da cidade. Antes de sua abertura os navios negreiros desembarcavam sua carga na atual Praça Quinze, no centro do Rio, justamente onde funcionavam as principais repartições públicas da Colônia. Com o tempo, os burocratas começaram a ficar perturbados com as cenas degradantes do mercado de escravos. O cais do centro continuou funcionando depois da criação do Valongo, mas sem mercadoria humana. (Ricardo Westin. Veja, 17 de agosto de 2011, p. 126-128, com adaptações) ... justamente onde funcionavam as principais repartições públicas da Colônia. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está em: A) O tráfico negreiro, por si só, era um dos setores mais dinâmicos da economia. B) O Valongo deixou de ser porto negreiro em 1831 ... C) Os historiadores estimam ... D) ... A prefeitura pôs em execução uma ampla reforma da decadente zona portuária. E) ... Os burocratas começaram a ficar perturbados ... 970 - (TJ/RJ - Tecnico de Atividade Judiciária - FCC/2012) Só me faltam seis meses e 28 dias para estar em condições de me aposentar. Deve fazer pelo menos cinco anos que mantenho este cômputo diário de meu saldo de trabalho. Na verdade, preciso tanto assim do ócio? Digo a mim mesmo que não, que não é do ócio que preciso, mas do direito a trabalhar no que eu quiser. Por exemplo? Jardinagem, quem sabe. É bom como descanso ativo para os domingos, para contrabalançar a vida sedentária e também como defesa secreta contra minha futura e garantida artrite. (Mário Benedetti. A trégua. Trad. de Joana Angelica D’Avila Melo) . 481 Está adequada a flexão de todos os verbos da frase: A) É possível que ele requeira imediatamente sua aposentadoria; otimista, espera que o pedido não lhe seja denegado. B) O autor estaria disposto a trabalhar no que lhe conviesse, depois de aposentado, para assim imunizar- se contra os males do ócio. C) Se o autor manter com disciplina o cômputo diário do que resta para aposentar-se, fará contas pelos próximos seis meses e 28 dias. D) Se nos propormos a trabalhar depois de aposentados, evitaremos os males que costumam acometer os ociosos. E) Os que haverem de se aposentar proximamente serão submissos a uma averiguação, a fim de serem saldadas as dívidas pendentes. 961 - Resposta “E” ...“que estabeleciam salários mínimos nas indústrias- chave”. Pretérito Imperfeito do Indicativo a) ... que muito mais tarde se tornaria o Serviço consultivo de conciliação... Futuro do pretérito b) ... embora o meu escritório e alguns de meus colegas estejam indignados... Presente do Subjuntivo c) ... de um esquema que pertence ao Ministério da Saúde... Presente do Indicativo d) Em 1908, também apresentou a Corte permanente de arbitragem... Pretérito Perfeito e) ... porque limitava o tempo que os mineiros ... CORRETA Pretérito Imperfeito do Indicativo 962 - Resposta “A” Via: Pretérito Imperfeito a) Acreditava: Pretérito Imperfeito do Indicativo (CORRETA) b) Foram: Pretérito Perfeito do Indicativo c) Seja: Presente do Subjuntivo d) Provê: Presente do Indicativo e) Seria: Futuro do Pretérito 963 - Resposta “C” a) sabe = presente do indicativo b) desaparecesse = imperfeito do subjuntivo c) ia sentir = sentiria = futuro do pretérito do indicativo d) acho = presente do indicativo 964 - Resposta “C” Atenção para a pergunta: “Assinale a alternativa em que há pelo menos um verbo empregado nesse mesmo modo”. O modo em questão é o Subjuntivo. Verbo SER (Pretérito Imperfeito do Subjuntivo) Pretérito Imperfeito do Subjuntivo se eu fosse se tu fosses se ele fosse se nós fôssemos se vós fôsseis se eles fossem 965 - Resposta “ERRADA” "Abalou" é pretérito perfeito, ou seja, uma ação realizada e terminada no passado (errado). "Procura desmantelar" é um processo em desenvolvimento no presente (certo). 966 - Resposta “C” As conjugações da 3a pess.do singular, da 1° pess.do plural e da 3° pessoa do plural do modo Imperativo Afirmativo são obtidas do Presente do Subjuntivo. Não se conjuga a 1 pess.do singular ( Afirmativo/ Negativo) . 482 967 - Resposta “E” O correto seria: se o paciente se dispuser a fazer o check-up, o risco será menor. Futuro do Subjuntivo (verbo DISPOR) eu dispuser tu dispuseres ele/ela dispuser nós dispusermos vós dispuserdes eles/elas dispuserem Futuro do Subjuntivo (verbo PÔR) quando eu puser quando tu puseres quando ele puser quando nós pusermos quando vós puserdes quando eles puserem Verbos com uma conjugação similar a pôr propor - compor - impor - supor - depor - opor - interpor - expor - repor - dispor - transpor - apor predispor - contrapor - pressupor - sobrepor - antepor - pospor - recompor - indispor - decompor - superpor descompor - prepor - sotopor - entrepor - contrapropor - justapor - subpor - repropor 968 - Resposta “A” Fomos: 2ª pessoa do plural - Pretérito Perfeito do Indicativo Surgiram: 3ª pessoa do plural - Pretérito Perfeito do Indicativo 969 - Resposta “A” é importante prestar atenção em como alguns verbos ficam no pretérito imperfeito do indicativo. Ser - Era Por - Punha Ter - Tinha Vir - Vinha 970 - Resposta “B” a) É possível que ele requera imediatamente sua aposentadoria; otimista, espera que o pedido não lhe seja denegado. (errada) É possível que ele requeira imediatamente sua aposentadoria; otimista, espera que o pedido não lhe seja denegado. b) O autor estaria disposto a trabalhar no que lhe conviesse, depois de aposentado, para assim imunizarse contra os males do ócio. (correta) c) Se o autor manter com disciplina o cômputo diário do que resta para aposentar-se, fará contas pelos próximos seis meses e 28 dias. (errada) Se o autor mantivesse com disciplina o cômputo diário do que resta para aposentar-se, faria contas pelos próximos seis meses e 28 dias. d) Se nos propormos a trabalhar depois de aposentados, evitaremos os males que costumam acometer os ociosos. (errada) Se nos propuséssemos a trabalhar depois de aposentados, evitaríamos os males que costumam acometer os ociosos. e) Os que haverem de se aposentar proximamente serão submissos a uma averiguação, a fim de serem saldadas as dívidas pendentes. (errada) Os que haverão de se aposentar proximamente serão submissos a uma averiguação, a fim de serem saldadas as dívidas pendentes. 971 - (Transpetro - Médico do trabalho - CESGRANRIO/2012) Science fiction O marciano encontrou-me na rua e teve medo de minha impossibilidade humana. Como pode existir, pensou consigo, um ser que no existir põe tamanha anulação de existência? . 483 5 Afastou-se o marciano, e persegui-o. Precisava dele como um testemunho. Mas, recusando o colóquio, desintegrou-se no ar constelado de problemas. E fiquei só em mim, de mim ausente. ANDRADE, Carlos Drummond de. Science Fiction. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1988, p. 330-331. Num anúncio que contenha a frase “Vende-se filhotes de pedigree.”, para adequá-lo à norma-padrão, será necessário redigi-lo da seguinte forma: A) Vende-se filhotes que têm pedigree. B) Vende-se filhotes os quais tem pedigree. C) Vendem-se filhotes que tem pedigree. D) Vendem-se filhotes que têm pedigree. E) Vendem-se filhotes os quais tem pedigree. 972 - (MPE/MT - Promotor de Justiça - MPE/2012) Qual enunciado apresenta todas as formas verbais corretamente flexionadas? A) Ninguém mais acredita de modo pleno em mistérios a cercar os acidentes aéreos, mesmo se dizerem que os investigadores não encontraram outras causas. B) Na juventude, nossos pais se abstiveram de muita coisa, hoje, não nos contentamos com pouco, embora tenhamos seus exemplos. C) Se a turma exigir diferente metodologia, os facilitadores seriam obrigados a reverem sua prática pedagógica ou irão embora. D) Enquanto os funcionários não porem a limpo esse comentário, ordem expressa do chefe do departamento, não haverão vantagens financeiras. E) Morreria aquele que tiver menos paciência, como prevêm alguns homens religiosos a modo de cativar os fiéis. 973 - (ANATEL - Técnico Administrativo - CESPE/2012) 1 A análise dos dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios relativa ao ano de 2004 traz um resultado surpreendente: em todas as faixas de renda, o número de 4 domicílios que têm apenas telefone celular aumentou. O maior salto ocorreu nas faixas entre um e dois salários mínimos e entre dois e cinco salários mínimos: mais 7% em cada uma 7 delas. Entretanto, a presença unicamente do celular também expandiu-se na menor faixa de renda (menos de um salário mínimo), mais 4%, e na maior faixa de renda (mais de 20 10 salários mínimos), mais 0,32%. Em decorrência do fenômeno da expansão dos que só têm celular — a taxa de penetração passou de 11,20%, em 2003, para 16,47%, em 2004 —, houve 13 uma diminuição dos telefones fixos. A presença do telefone fixo na casa dos brasileiros caiu de 50,83% para 48,89%. Internet: <www.anatel.gov.br> (com adaptações). Com base nas informações e nas estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens a seguir. A forma verbal “têm” (L.11) está no plural porque concorda com o antecedente do pronome relativo. Certo ( ) Errado ( ) 974 - (Prefeitura de Praia Grande/SP - Agente Administrativo - IBAM/2012) Leia as transcrições a seguir. I. Por que gostamos tanto de tomar sorvete? II. Ele não tinha feito nada errado nem sofrido um crime. . 484 III. Uma frase que li em uma loja na China. IV. Tomar decisões assim é fácil. Transmitem ideia de ações que ocorrem no tempo presente as apresentadas em: A) I, apenas B) II e III, apenas. C) I e IV, apenas. D) I, II e IV, apenas. 975 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve início quando, ainda menino, cantava no coro da igreja com voz de baixo-cantante. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessário para a construção, já em terras cariocas, entre reis e rainhas do rádio, de um estilo inconfundível quase sem seguidores na música popular brasileira. No Rio, em 1938, depois de pegar um lia (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em busca de meihores oportunidades de emprego, Dorival Caymmi chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. No entanto, para felicidade de seu amigo Jorge Amado, acabou sendo cooptado pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação. A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples, eternizar o regional, declarar em música as tradições de sua amada Bahia, O mar, Itapoã, as festas do Bonfim e da Conceição da Praia, os fortes em ruínas, tudo sobrevive em Caymmi, que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia, junto aos pescadores, convivendo com o drama das mulheres que esperam seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas. (André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed , 2006 p 78) Ao substituir-se o elemento grifado pelo que está entre parênteses, a frase que permanecerá correta é: A) ... Pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação, (circulavam) B) ... Tudo sobrevive em cavmmi, que cresceu ouvindo histórias nas praias da bahia ... (cresceram) C) ... Quando, ainda menino, cantava no coro da fareja ... (cantavam) D) no entanto, para felicidade de seu amigo jorge amado, acabou sendo cooptado oelo mar de melodias e poesias ... (acabaram sendo cooptados) E) a obra de cavmmi é equilibrada pela qualidade ... (são equilibradas) 976 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning” . Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções so ciais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem, (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós... Sem prejuízo do sentido originai, o segmento grifado na frase acima pode ser substituído por: A) uma reação sentida. B) um pesar experimentado, C) uma aspiração sentida. . 485 D) um questionamento compartido. E) uma sensação experimentada. 977 - (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) A palavra em destaque no texto a seguir, publicado na Revista ISTOÉ de 29/2/2012, pode ser substituída sem prejuízo semântico por: “O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que será submetido pela segunda vez à cirurgia para a retirada de tumor na região pélvica. O abscesso tem cerca de dois centímetros e não se sabe se é decorrente do anterior (retirado em julho de 2011). Como da primeira vez, a cirurgia será realizada em Cuba. O anúncio acontece poucos meses antes das eleições presidenciais de outubro (Chavez já desponta como pré-candidato) e poucos dias depois da consolidação de seu principal oponente na disputa, o advogado Henrique Capriles”. A) Domina B) Lidera C) Desiste D) Supera E) Aparece 978 - (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente, por que eu não posso fazer isso também?”, pergunta Bob Dylan em “New Morning”. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós, humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres. Parece que eles jogam com as suas próprias regras, com a sua própria lógica interna. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso - um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitar-se dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. Metem o nariz onde não são convidados, pulam para cima do sofá, devoram alegremente a comida que cai da mesa. Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. Suas emoções estão a flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem, (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Cão que late não morde. Trad. de Cristina Cupertino. S.Paulo: Francis, 2005. p 250) Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós. Humanos supersocializados... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o verbo grifado acima está empregado em: A) Eles vivem em um universo paralelo... B) ... Jogam com as suas próprias regras... C) Suas emoções estão à flor da pele... D) ... Devoram alegremente a comida . E) Os cachorros são uma constante fonte de diversão... 979 - (TST - Analista Judiciário - Contabilidade - FCC/2012) Uma pergunta Frequentemente cabe aos detentores de cargos de responsabilidade tomar decisões difíceis, de graves consequências. Haveria algum critério básico, essencial, para amparar tais escolhas? Antonio Gramsci, notável pensador e político italiano, propôs que se pergunte, antes de tomar a decisão: Quem sofrerá? Para um humanista, a dor humana é sempre a prioridade a se considerar. (Salvador Nicola, inédito) . 486 O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: A) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. B) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas mais graves decisões. C) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) tomar decisões sem medir suas consequências. D) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. E) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor humana. 980 - (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. No trecho “A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram” (L.68), o emprego da forma verbal no plural deve-se à presença do artigo “a” antes de “presença”, motivo pelo qual a supressão desse artigo levaria o verbo para a forma singular, mantendo-se, assim, a correção gramatical do trecho. Certo ( ) Errado ( ) 971 - Reposta “D” Na nova gramática, permaneceram os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como seus derivados. Ele tem --> Eles têm Ele vem --> Eles vêm Ele mantém --> Eles mantêm Os verbos que perderam o acento foram aqueles terminados em oo e ee. Eles crêem: mudou para --> Eles creem Eles dêem: mudou para --> Eles deem Eles vêem: mudou para --> Eles veem Eu abençôo: mudou para --> Eu abençoo Assim, como as palavras: vôo --> voo enjôo --> enjoo. . 487 972 - Resposta “B” Vamos aos erros: A) Dissessem B) Correta C) Serão D) Puserem E) Tivesse Lembrando que estas não são as únicas correções possíveis, por exemplo, na letra "E" o verbo "tiver" poderia ser mantido, desde que o "Morreria", por sua vez, fosse substituído por "morrerá". 973 - Resposta “CERTA” A forma verbal 'têm' concorda com o antecedente 'dos'. Que leva o ^ justamente porque faz referência a uma palavra que funciona como substantivo e que está no plural. Ex.: Ele tem um livro./ Eles têm livros. 974 - Resposta “C” Os verbos nos números I e IV (gostamos e tomar) estão no presente do indicativo, tomar está no infinitivo, mas transmite a ideia deuma ação presente. 975 - Resposta “A” O verbo “circular” deveria vir no plural, concordando com “mar de melodias e poesias”. 976 - Resposta “C” “anseio sentido” pode ser substituído por “uma aspiração sentida” sem prejuízo no sentido da frase, visto que anseio e aspiração são palavras sinônimas. 977 - Resposta “E” O verbo “despontar” pode ser substituído sem prejuízo de sentido pelo verbo “aparecer” 978 - Resposta “D” (VTD – Verbo Transitivo Direto) São verbos que indicam que o sujeito pratica a ação, sofrida por outro termo, denominado <objeto direto>. Por essa razão, uma das maneiras mais fáceis de analisar se um verbo é transitivo direto é passar a oração para a voz passiva, pois somente verbo transitivo direto admite tal transformação. 979 - Resposta “C” O verbo “ocorrer”, está no singular porque concorda com o verbo seguinte, “tomar”. 980 - Resposta “ERRADA” Além de o sujeito ser composto (impedindo que o verbo vá para o singular), tem também a questão do paralelismo: "a vinda da Corte e a presença inédita..." - se o primeiro substantivo vem precedido do artigo, o segundo também deve vir para que não se prejudique o paralelismo sintático. 981 - (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara". Ali, o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, o que, se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? . 488 Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade, levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência. Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 28/10/2012) ...complexidade engendra complexidade... O verbo que exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima está empregado em: A) ...a constatação [...] De que existem muitos planetas... B) ...o surgimento de vida multicelular na terra dependeu de muitas outras variáveis... C) ...mas seu argumento é mais matemático do que biológico... D) gleiser retoma as ideias de peter ward... E) ...levando a uma corrida armamentista entre espécies... 982 - (TRE/SP - Técnico Judiciário - Área Administrativa - FCC/2012) Adoniran Barbosa é um grande compositor e poeta popular, expressivo como poucos; mas não é Adoniran nem Barbosa, e sim João Rubinato, que adotou o nome de um amigo funcionário do Correio e o sobrenome de um compositor admirado. A ideia foi excelente porque um compositor inventa antes de mais nada a sua própria personalidade; e porque, ao fazer isto, ele exprimiu a realidade tão paulista do italiano recoberto pela terra e do brasileiro das raízes europeias. Adoniran Barbosa é um paulista de cerne que exprime a sua terra com a força da imaginação alimentada pelas heranças de fora. Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. Não concordo. Da mistura, que é o sal da nossa terra, Adoniran colheu a flor e produziu uma obra radicalmente brasileira, em que as melhores cadências do samba e da canção se aliaram com naturalidade às deformações normais de português brasileiro, onde Ernesto vira Arnesto e assim por diante. São Paulo muda muito, e ninguém e capaz de dizer aonde irá. Mas a cidade que nossa geração conheceu (Adoniran é de 1910) foi a que e sobrepôs à velha cidadezinha provinciana, entre 1900 e 1950; e que desde então vem cedendo lugar a uma outra, transformada em vasta aglomeração de gente vinda de toda parte. Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar, porque graças a ele ficará, misturada vivamente com a nova mas, com o quarto do poeta, também “intacta, boiando no ar”. A sua poesia e a sua música são ao mesmo tempo brasileiras em geral e paulistanas em particular. Sobretudo quando entram (quase sempre discretamente) as indicações de lugar, para nos porem no Alto da Mooca, no Brás genérico, no recente Metrô, no antes remoto Jaçana. Talvez João Rubinato não exista, porque quem existe é o mágico Adoniran Barbosa, , vindo dos carreadores de café para inventar no plano da arte a permanência da sua cidade e depois fugir, com ela e conosco, para a terra poesia, ao apito fantasmal do trenzinho perdido da Cantareira. (Adaptado de Antonio Candido, Textos de intervenção. São Paulo, Duas Cidades, Ed. 34,2002. P. 211-213) Já tenho lido que ele usa uma língua misturada de italiano e português. No segmento grifado acima, Antônio Candido usou determinada forma verbal que poderia ser substituída, sem prejuízo para correção e a lógica, por: A) li. B) lia. C) lera. D) leria. E) leio. . 489 983 - (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC/2012) Assinale a opção em que o verbo se apresenta no modo subjuntivo: A) A professora leu o livro Machadiano. B) Plante as orquídeas. C) Se Joaquim plantasse as hortênsias. D) Maria assistiu ao programa do Jô ontem. E) João plantou as rosas. 984 - (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC/2012) Assinale a opção em que o verbo está no pretérito imperfeito: A) Já amei o marido da minha melhor amiga. B) Miguel amava loucamente a vizinha. C) Amaria ter um mordomo em minha casa. D) Amo homens com cabelos loiros. E) Amarei você eternamente. 985 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve início quando, ainda menino, cantava no coro da igreja com voz de baixo-cantante. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessário para a construção, já em terras cariocas, entre reis e rainhas do rádio, de um estilo inconfundível quase sem seguidores na música popular brasileira. No Rio, em 1938, depois de pegar um lia (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em busca de melhores oportunidades de emprego, Dorival Caymmi chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. No entanto, para felicidade de seu amigo Jorge Amado, acabou sendo cooptado pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação. A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples, eternizar o regional, declarar em música as tradições de sua amada Bahia, O mar, Itapoã, as festas do Bonfim e da Conceição da Praia, os fortes em ruínas, tudo sobrevive em Caymmi, que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia, junto aos pescadores, convivendo com o drama das mulheres que esperam seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas. (André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Jorge Zahar Ed , 2006 p 78) ... navios que faziam transporte de passageiros ... 0 verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: A) ... Que esperam seus maridos ... B) esse pontapé inicial foi o estímulo necessário ... C) ... Quando, ainda menino, cantava no coro da igreja ... D) ... Melodia e letra apresentam um grande poder ... E) ... Tudo sobrevive em caymmi... 986 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) De um início atribulado a uma carreira de sucessos, assim se resume a crônica de Capitães da Areia, hoje uma das obras mais apreciadas pelos leitores de Jorge Amado, tanto no Brasil como no exterior. Publicado em 1937, pouco depois de implantado o Estado Novo, o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. Mas, como nova Fênix, ressurgiu das cinzas quando nova edição, em 1944, marcou época na vida literária brasileira. A partir de então, sucederam-se as edições, nacionais e em nove idiomas estrangeiros, e as adaptações para rádio, teatro e cinema. Comovente documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador, Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de uma beleza, dramaticidade e lirismo poucas vezes igualados na literatura universal. Dividido em três partes, o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo “Canção da Bahia, Canção da Liberdade”, em que é narrada a emocionante despedida de um dos personagens da história, que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia “na noite misteriosa das macumbas, enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra". (Adaptado de: Texto de apresentação. Jorge Amado. Capitães da Areia. 57. ed. Rio de Janeiro: Record, 1983) . 490 Os verbos empregados nos mesmos tempo e modo estão agrupados em: A) teve - descreve B) marcou - resume C) ressoam - teve D) ressurgiu - atinge E) ressoam – resume 987 - (IFC - Assistente Administrativo - IFC/2012) Na frase: “Maria plantou as rosas” o verbo está: A) No modo Indicativo B) No modo Subjuntivo C) No modo Imperativo D) No modo Pretérito E) No modo Futuro 988 - (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC/2012) A canção João e Maria, de Chico Buarque, usa o tempo linguístico como uma construção da linguagem. [...] Agora eu era o rei Era o bedel e era também juiz E pela minha lei A gente era obrigado a ser feliz E você era a princesa que eu fiz coroar E era tão linda de se admirar Que andava nua pelo meu país Assinale a alternativa CORRETA quanto ao emprego dos tempos verbais: A) utiliza-se em lugar do presente o pretérito imperfeito. B) tem-se no lugar do presente o pretérito perfeito. C) aparece no lugar do presente o pretérito mais que perfeito. D) usa-se no lugar do presente o pretérito do subjuntivo. E) tem-se no lugar do presente o imperativo negativo. 989 - (IFC - Analista de Tecnologia da Informação - IFC/2012) Leia o texto abaixo para responder a questão. Desterritorializar As buscas mais radicais sobre o que significa estar entrando e saindo da modernidade são as dos que assumem as tensões entre desterritorialização e reterritorialização. Com isso refiro-me a dois processos: a perda da relação "natural" da cultura com os territórios geográficos e sociais e, ao mesmo tempo, certas relocalizações territoriais relativas, parciais, das velhas e novas produções simbólicas. Para documentar essa transformação das culturas contemporâneas, analisarei primeiro a transnacionalização dos mercados simbólicos e as migrações. Depois, proponho-me a explorar o sentido estético dessa mudança seguindo as estratégias de algumas artes impuras. 1. Houve um modo de associar o popular com o nacional que nutriu, conforme notamos em capítulos anteriores, a modernização das culturas latino-americanas. Realizada primeiro sob a forma de dominação colonial, logo depois como industrialização e urbanização sob modelos metropolitanos, a modernidade pareceu organizar-se em antagonismos econômico-políticos e culturais: colonizadores vs. colonizados, cosmopolitismo vs. nacionalismo. O último par de opostos foi o utilizado pela teoria da dependência, segundo a qual tudo se explicava pelo confronto entre o imperialismo e as culturas nacional-populares. Os estudos sobre o imperialismo econômico e cultural serviram para conhecer alguns dispositivos usados pelos centros internacionais de produção científica, artística e comunicacional que condicionavam, e ainda condicionam, nosso desenvolvimento. Mas esse modelo é insuficiente para entender as atuais relações de poder. Não explica o funcionamento planetário de um sistema industrial, tecnológico, financeiro e cultural, cuja sede não está em uma só nação, mas em uma densa rede de estruturas econômicas e ideológicas. Também não dá conta da necessidade das nações metropolitanas . 491 de flexibilizar suas fronteiras e integrar suas economias, sistemas educativos, tecnológicos e culturais, como está acontecendo na Europa e na América do Norte. A desigualdade persistente entre o que os dependentistas chamavam o primeiro e o terceiro mundo mantém com relativa vigência alguns de seus postulados. Mas ainda que as decisões e benefícios dos intercâmbios se concentrem na burguesia das metrópoles, novos processos tornam mais complexa a assimetria: a descentralização das empresas, a simultaneidade planetária da informação e a adequação de certos saberes e imagens internacionais aos conhecimentos e hábitos de cada povo. A disseminação dos produtos simbólicos pela eletrônica e pela telemática, o uso de satélites e computadores na difusão cultural também impedem de continuar vendo os confrontos dos países periféricos como combates frontais com nações geograficamente definidas. [....] CANCLINI, Néstor García. Culturas Híbridas - estratégias para entrar e sair da modernidade Tradução de Ana Regina Lessa e Heloísa Pezza Cintrão. São Paulo: EDUSP, 1997. p. 283-350: Culturas híbridas, poderes oblíquos. Verifique nas frases abaixo a flexão das formas verbais e assinale a alternativa CORRETA: A) houveram modos de associar o popular com o nacional que nutria, conforme notavasse em capítulos anteriores, a modernização das culturas latino-americanas. B) haviam modos de associar o popular com o nacional que nutriam, conforme notavasse em capítulos anteriores, a modernização das culturas latino-americanas. C) o primeiro e o terceiro mundo mantêm com relativa vigência alguns dos seus postulados. D) o uso de satélites e computadores na difusão cultural, também, impede de continuarem vendo os confrontos dos países periféricos como combates frontais com nações geograficamente definidas. E) o último par de opostos foram utilizados pela teoria da dependência, segundo a qual tudo se explicava pelo confronto entre o imperialismo e as culturas nacional-populares. 990 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) que a humanidade obteve os meios ... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: A) seria obtido. B) tinham obtido. C) foi obtida. D) teriam sido obtidos. E) foram obtidos. 981 - Resposta “D” o significado da palavra engendrar: v.t.d. Fazer existir; gerar: engendrar projetos. Criar de maneira imaginativa; inventar: engendrar desculpas. engendrar = vtd retomar = vtd . 492 982 - Resposta “A” TENHO + PARTICÍPIO (PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO) TINHA + PARTICÍPIO (PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO DO INDICATIVO) TEREI + PARTICÍPIO (FUTURO DO PRESENTE DO INDICATIVO) TERIA + PARTICÍPIO (FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO) TENHA + PARTICÍPIO (PRETÉRITO PERFEITO DO SUBJUNTIVO) TIVESSE + PARTICÍPIO (PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO DO SUBJUNTIVO) TIVER + PARTICÍPIO (FUTURO DO SUBJUNTIVO) 983 - Resposta “C” Leu - modo indicativo, tempo pretérito perfeito. Plante - modo imperativo, afirmativo. Plantasse - modo subjuntivo, tempo pretérito imperfeito. Assistiu - modo indicativo, tempo pretérito perfeito. Plantou - modo indicativo, tempo pretérito perfeito. 984 - Resposta “B” pretérito imperfeito é usado: 1. Para falar de hábito ou acontecimento que ocorria com frequência no passado: Antigamente ela fazia exercícios todos os dias. 2. Para indicar a continuidade de um acontecimento em relação a outro que ocorreu ao mesmo tempo no passado. Quando o marido chegou, ela dormia. Enquanto ele lia o jornal, ela fazia ioga ao seu lado. 3. Para falar do que era presente em um momento do passado que se está descrevendo. “Faltava um ponto a meu adversário para ganhar. A mim, faltavam-me não sei quantos: sei só que eram muitos.” (Álvares de Azevedo, 1965) 985 - Resposta “C” Faziam - pretérito imperfeito (modo indicativo) Cantava - pretérito imperfeito (modo indicativo). 986 - Resposta “E” Ressoam - Tempo Presente, modo Indicativo Resume - Tempo Presente, modo Indicativo Nesse caso não importa a pessoa. 987 - Resposta “A” eu plantei tu plantaste ele plantou nós plantamos vós plantastes eles plantaram pretérito perfeito do indicativo 988 - Resposta “A” Modo Pretérito Imperfeito pode ser usado mencionando fato passado que era presente. Ex. Ela cozinhava enquanto sua mãe reclamava da cozinha. 989 - Resposta “C” Mantêm = 3° pessoa do plural (presente do indicativo) 990 - Resposta “E”. Questão que envolve a passagem da voz ativa para a passiva. Neste tipo de questão a primeira coisa que temos que identificar é o verbo, ou seja, "obteve". Na passagem para a voz passiva SEMPRE aumentará em um a quantidade de verbos, ou seja, nesta questão terá que ter dois verbos na voz passiva. Que a humanidade obteve os meios.. Os meios FORAM OBTIDOS pela humanidade. . 493 991 - (TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Engenharia Elétrica - FCC/2012) Em um belo artigo, o físico Marcelo Gleiser, analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso, reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara, isto é, a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara". Ali, o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial, podendo pipocar até em mundos inóspitos; já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas, o que, se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas, ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Robert Wright diz que sim, mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade, levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência. Stephen J. Gould e Steven Pinker apostam que não. Para eles, é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início, seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (Adaptado de Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 28/10/2012) ...alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: A) transformam-se. B) foi transformada. C) foram transformados. D) é transformado. E) era transformada. 992 - (CRF-SC - Contador - IESES/2012) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à classificação das vozes verbais: A) Consertam-se bicicletas. (Voz passiva sintética) B) Machucou-se com o canivete. (Voz reflexiva) C) Estaremos aqui pelos mesmos motivos. (Voz ativa) D) Alugaram-se as casas daquele bairro. (Voz passiva analítica) 993 - (CPTM - Técnico - Licitações - Makiyama/2012) Amores fakes - ou quem é quem? Há alguns anos minha autoestima andava no dedão do pé. Sofrera uma rejeição terrível. Para compensar, me fartava de chocolates. Tinha dificuldade até de viajar de avião, porque está mal, inventa bobagem. Era a época de ouro do Orkut. Criei um fake, com um nome charmoso que não revelo nem sob tortura. Pesquisei na internet. Capturei umas fotos lindas de um ator pornô americano. Não usei as explícitas, minha loucura não chegou a tanto. Botei as melhores sem camisas, de sunga, até uma de terno e óculos. Imaginei uma biografia. Meu fake era um jovem estudante de arquitetura que parou o curso por falta de grana. Inscrevi-me nas comunidades em que logicamente ele se abrigaria: de arquitetura, decoração, filmes. E convidei gente para fazer “amizade”. Para minha surpresa, todos topavam sem muitas perguntas. Dali a pouco a página estava cheia, e os amigos atraíram outros contatos. Nas mensagens pessoais, contava minha saga, falava sobre minhas dificuldades financeiras, dizia buscar um grande amor. Em pouco tempo, tinha uma legião de fãs de ambos os sexos. Recebi dicas de empregos. Uma garota me convidou para um fim de semana em Búzios. (Bem, não sei se era uma jovenzinha, também podia estar me enganando). Um paulista fez confidências sobre sua picante vida amorosa e declarou que eu era seu melhor amigo. Várias pessoas tentaram marcar encontros. Fingia que topava, mas na última hora dava uma desculpa. Por uma questão, mas na última hora dava uma desculpa. Por uma questão de princípio, nunca deixei ninguém esperando. Finalmente, um booker . 494 de uma agência de modelos me convidou para fotos. Eu me senti realizado. Cheguei a me admirar no espelho, vitorioso: - Consegui! Consegui! Fui convidado para ser modelo. Passado o instante de glória suprema, refleti melhor. - Mas o convite é para o fake. Aquele corpo não é meu. Só então percebi o grau de piração em que tinha entrado. Aquele personagem já se tornara parte de mim. Reagia às cantadas, aos elogios, como se fossem dirigidos a mim mesmo. Só que, do outro lado do espelho, havia somente meu velho eu. Para minha própria saúde mental, abandonei o fake. Um amigo fez pior. Estava em crise no casamento. Entrou em sites de relacionamento com um perfil falso. Feminino. Fazia charme, viveu relacionamentos profundos. - Cheguei a ter envolvimento que durou seis meses. O sujeito nunca suspeitou que eu também fosse homem. Já falava em termos uma vida juntos! É incrível pretender se casar com alguém que só se conhece virtualmente. Mas acontece. Meu amigo destruiu o perfil e superou a crise matrimonial. Alguns atores globais, de nomes não revelados, se deram mal. Um safado criou um fake de uma mulher sensual. Não sei como fez tecnicamente, mas usou filmes pornográficos. Os cativados “conversavam” com a câmera aberta. O vigarista gravou tudo. Inclusive o “entusiasmo” dos famosos. Mais tarde, eles receberam o recado para depositar 50 mil em determinada conta. Ou os vídeos seriam expostos na internet. Conta-se que muitos pagaram. Outros acabaram na web. Sem nunca contar o que realmente aconteceu, para o mico não ser maior. No mundo dos adolescentes, os fakes se tornaram um problema. Garotas usam fotos de mulheres adultas, algumas seminuas. Meninos, de rapazes malhados. Estabelecem relacionamentos com pessoas acima de sua idade. Até figem relações amorosas. Discutem sexo. O encontro ao vivo não acontece. Mesmo assim, são experiências que não estão preparados para viver. Como aconteceu comigo, fatasiam ser outra pessoa. Um educador diz: - É mais comum do que se pensa. Adolescentes e até crianças se escondem atrás de fakes. Não é saudável. Substituem as experiências dessa fase da vida por uma falsa, virtual. Redes sociais como o Facebook estipulam uma idade mínima para participar. Com os fakes, a proibição torna-se nula. Viver um personagem pode ser mais agradável que enfrentar os desafios da realidade. Embora os adolescentes sejam mais frágeis, isso vale para todas as idades. É um risco para o equilíbrio psicológico. Reconheço que fiquei balançado ao me relacionar por meio de um fake. Desisti. Optei pela vida real. Às vezes, confesso, sinto saudades. Visito a página de meu personagem. Anos depois, ainda há quem envie poesias românticas ilustradas com rosas vermelhas. Sem dúvida, provoquei algumas paixões. A frase “Capturei umas fotos lindas”, está corretamente passada para a voz passiva analítica na alternativa: A) Umas fotos lindas eu capturei. B) Umas fotos lindas foram capturadas por mim. C) Umas fotos lindas são capturadas por mim. D) Umas fotos lindas foi capturada por mim. E) Umas lindas fotos serão capturadas por mim. 994 - (TRF/2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Taquigrafia - FCC/2012) . 495 ...a corrente dos jacobinos venceu a corrente dos girondinos... Transpondo a frase acima para a voz passiva, a forma verbal encontrada é: A) tinha sido vencida. B) eram vencidos. C) vencera. D) foi vencida. E) fora vencido. 995 - (TRF/2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Administrativa - FCC/2012) Divagação sobre as ilhas Minha ilha (e só de a imaginar já me considero seu habitante) ficará no justo ponto de latitude e longitude que, pondo-me a coberto de ventos, sereias e pestes, nem me afaste demasiado dos homens nem me obrigue praticá-los demasiado. Porque está é a ciência e, direi, a arte do bom viver: uma fuga relativa, e uma não muito estouvada confraternização. É por que nos seduz a ilha? As composições de sombra e luz, o esmalte da relva, a cristalinidade dos regatos - tudo isso existe fora das ilhas, não é privilégio delas. A mesma solidão existe, com diferentes pressões, nos mais diversos locais, inclusive os de população densa, em terra firme e longa. Resta ainda o argumento da felicidade - “aqui eu não sou feliz”, declara o poeta, para enaltecer, pelo contraste, a sua Pasárgada, mas será que se procura realmente nas ilhas a ocasião de ser feliz, ou um modo de sê-lo? E só de alcançaria tal mercê, de índole extremamente subjetiva, no regaço de uma ilha, e não igualmente em terra comum? Quando penso em comprar uma ilha, nenhuma dessas excelências me seduz mais do que as outras, nem todas juntas constituem a razão do meu desejo. A ideia de fuga tem sido alvo de crítica severa e indiscriminada nos últimos anos, como se fosse ignominioso, por exemplo, fugir de um perigo, de um sofrimento, de uma caceteação. Como se devesse o homem consumir-se numa fogueira perene, sem carinho para com as partes cândidas ou pueris dele mesmo. Chega-se a um ponto em que convém fugir menos da malignidade dos homens do que da sua bondade incandescente. Por bondade abstrata nos tornamos atrozes. E o pensamento de salvar o mundo é dos que acarretam as mais copiosas e inúteis carnificinas. A ilha é, afinal de contas, o refúgio último da liberdade, que em toda parte busca destruir. Amemos a ilha. (Adaptado de Carlos Drummond de Andrade, Passeios na ilha) Atentando-se para a voz verbal, é correto afirmar que em A) Por bondade abstrata nos tornamos atrozes ocorre um caso de voz passiva. B) A ideia de fuga tem sido alvo de crítica severa o elemento sublinhado é agente da passiva. C) Amemos a ilha a transposição para a voz passiva resultará na forma verbal seja amada. . 496 D) E por que nos seduz a ilha? Não há possibilidade de transposição para a voz passiva. E) tudo isso existe fora das ilhas a transposição para a voz passiva resultará na forma verbal tem existido. 996 - (MPE/RO - Técnico em Informática - FUNCAB/2012) Um peixe Virou a capanga de cabeça para baixo, e os peixes espalharam-se pela pia. Ele ficou olhando, e foi então que notou que a traíra ainda estava viva. Era o maior peixe de todos ali, mas não chegava a ser grande: pouco mais de um palmo. Ela estava mexendo, suas guelras mexiam-se devagar, quando todos os outros peixes já estavam mortos. Como que ela podia durar tanto tempo assim fora d’água?... Teve então uma ideia: abrir a torneira, para ver o que acontecia. Tirou para fora os outros peixes: lambaris, chorões, piaus; dentro do tanque deixou só a traíra. E então abriu a toneira: a água espalhouse e, quando cobriu a traíra, ela deu uma rabanada e disparou, ele levou um susto - ela estava muito mais viva do que ele pensara, muito mais viva. Ele riu, ficou alegre e divertido, olhando a traíra, que agora tinha parado num canto, o rabo oscilando de leve, a água continuando a jorrar da torneira. Quando o tanque se encheu, ele fechou-a. - E agora? - disse para o peixe. - Quê que eu faço com você? ... Enfiou o dedo na água: a traíra deu uma corrida, assustada, e ele tirou o dedo depressa. - Você tá com fome? ... E as minhocas que você me roubou no rio? Eu sei que era você: devagarzinho, sem a gente sentir ... Agora está aí, né? ... Tá vendo o resultado? ... O peixe, quieto num canto, parecia escutar. Podia dar uma coisa para ele comer. Talvez pão. Foi olhar na lata: havia acabado. Que mais? Se a mãe estivesse em casa, ela teria dado uma ideia - a mãe era boa para dar ideias. Mas ele estava sozinho. Não conseguia lembrar de outra coisa. O jeito era ir comprar um pão na padaria. Mas sujo assim de barro, a roupa molhada, imunda? - Dane-se - disse, e foi. Era domingo à noite, o quarteirão movimentado, rapazes no footing, bares cheios. Enquanto ele andava, foi pensando no que acontecera. No começo fora só curiosidade; mas depois foi bacana, ficou alegre quando viu a traíra bem viva de novo, correndo pela água, esperta. Mas o que faria com ela agora? Matá-la, não ia; não, não faria isso. Se ele já estivesse morta, seria diferente; mas ela estava viva, e ele não queria matá-la. Mas o que faria com ela? Poderia criá-la; por que não? Havia o tanquinho do quintal, tanquinho que a mãe uma vez mandara fazer para criar patos. Estava entupido de terra, mas ele poderia desentupi-lo, arranjar tudo; ficaria cem por cento. É, é isso o que faria. Deixaria a traíra numa lata d’água até o dia seguinte e, de manhã, logo que se levantasse, iria mexer com isso. Enquanto era atendido na padaria, ficou olhando para o movimento, os ruídos, o vozerio do bar em frente. E então pensou na traíra, sua trairinha, deslizando silenciosamente no tanque da pia, na casa escura. Era até meio besta como ele estava alegre com aquilo. E logo um peixe feio como traíra, isso é que era o amis engraçado. Toda manha - ia pensando, de volta para casa - ele desceria o quintal, levando pedacinhos de pão para ela. Além disso, arrancaria minhocas e de vez em quando pegaria alguns insetos. Uma coisa que podia fazer também era pescar depois outra traíra e trazer para fazer companhia a ela; um peixe sozinho num tanque era algo muito solitário. A empregada já havia chegado e estava no portão, olhando o movimento. - Que peixada bonita você pegou... - Você viu? - Uma beleza ... Tem até uma trairinha. - Ela foi difícil de pegar, quase que ela escapole; ela não estava bem fisgada. - Traíra é duro de morrer, hem? - Duro de morrer? ... Ele parou. - Uai, essa que você pegou estava vivinha na hora que eu cheguei, e você ainda esqueceu o tanque cheio d’água ... Quando eu cheguei, ela estava toda folgada, nadando. Você não está acreditando? Juro. Ela estava toda folgada, nadando. - E aí? - Aí? Uai, aí eu escorri a água para ela morrer; mas você pensa que ela morreu?Morreu nada! Traíra é duro de morrer, nunca vi um peixe assim. Eu soquei a ponta da faca naquelas coisas que faz o peixe nadar, sabe? Pois acredita que ela ainda ficou mexendo? Aí eu peguei o cabo da faca e esmaguei a . 497 cabeça dele, e foi aí que ele morreu. Mas custou, ô peixinho duro de morrer! Quê que você está me olhando? - Por nada. - Você não está acreditando? Juro; pode ir lá na cozinha ver: ela está lá do jeito que eu deixei. - Ele foi caminhando para dentro. - Vou ficar aqui mais um pouco - disse a empregada. - depois vou arrumar os peixes, viu? - Sei. - Acendeu a luz da sala. Deixou o pão em cimada mesa e sentou-se. Só então notou como estava cansado. (VILELA, Luiz. O violino e outros contos. 7ª ed. São Paulo: Ática, 2007, p. 36 - 38) Vocabulário: Capanga: bolsa pequena, de tecido, couro ou plástico, usada a tiracolo. Footing: passeio a pé, com o objetivo de arrumar namorado (a). Guelra: estrutura do órgão respiratório da maioria dos animais aquáticos. Vozerio: som de muitas vozes juntas. Todas as frases das alternativas abaixo admitem voz passiva, EXCETO: A) “Virou a capanga de cabeça para baixo,(...)” B) “E então abriu a torneira:(...)” C) “Enfiou o dedo na água:(...)” D) “Traíra é duro de morrer, hem?(...)” E) “... Esmaguei a cabeça dele,(...)” 997 - (ANAC - Especialista em Regulação de Aviação Civil - Área 5 - CESPE/2012) 1 4 7 10 13 16 Três séculos depois do descobrimento, o Brasil não passava de cinco regiões distintas, que compartilhavam a mesma língua, a mesma religião e, sobretudo, a aversão ou o desprezo pelos naturais do reino, como definiu o historiador Capistrano de Abreu. Em 1808, os ventos começaram a mudar. A vinda da Corte e a presença inédita de um soberano em terras americanas motivaram novas esperanças entre a elite intelectual luso-brasileira. Àquela altura, ningué, vislumbrava a ideia de uma separação, mas se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser taõ centralizadora em suas políticas. Vã ilusão: o império instalado no Rio de Janeiro simplesmente copiou as principais estruturas administrativas de Portugal, o que contribuiu para reforçar o lugar central da metrópole, agora na América, não só em relação às demais capitanias do Brasil, mas até ao próprio território europeu. Lucà Bastos Pereira das Neves. Independência: o grito que não foi ouvido. In Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n.º 48, set/2009, p. 19-21 (com adpatações) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. A oração “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” (L.10-11) exerce a função de complemento direto da forma verbal “esperava” (L.10). Certo ( ) Errado ( ) 998 - (Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Técnico em Radiologia - CESPE/2012) Postos da Polícia Rodoviária Federal poderão ter ambulâncias e paramédicos para atendimento às vítimas de acidentes durante 24 horas por dia. É o que propõe o Projeto de Lei n.º 3.111/2012. Pela proposta, os postos que distam mais de vinte quilômetros de centros urbanos deverão ter ambulâncias e pessoal treinado para prestar socorro. . 498 Segundo dados do Departamento da Polícia Rodoviária Federal, de janeiro a novembro de 2011, foram registrados mais de 170 mil acidentes nas rodovias federais do Brasil, sendo 57 mil com feridos e 6 mil com vítimas fatais. O assessor nacional de comunicação da Polícia Rodoviária Federal lembrou que a presteza no atendimento, muitas vezes, faz a diferença entre a vida e a morte. “Nós sabemos que existe uma regra chamada ‘a hora de ouro’. Se uma vítima politraumatizada dá entrada em um hospital em até uma hora após o acidente, a chance de sobrevida aumenta em até 80%”. A Polícia Rodoviária Federal fiscaliza mais de 61 mil quilômetros de rodovias e estradas federais e conta com 400 postos de fiscalização e 150 delegacias. Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. A substituição de “foram registrados” (L.8-9) por registraram-se prejudica a correção gramatical do período e altera suas informações originais. Certo ( ) Errado ( ) 999 - (PM/BA - Soldado da Polícia Militar - FCC/2012) Desde o desenvolvimento da linguagem, há 5.000 anos, a espécie humana passou a ter seu caminho evolutivo direcionado pela cultura, cujos impulsos foram superando a limitação da biologia e os açoites da natureza. Foi pela capacidade de pensar e de se comunicar que a humanidade obteve os meios para escapar da fome e da morte prematura. O atual empuxo tecnológico se acelerou de tal forma que alguns felizardos com acesso a todos os recursos disponíveis na vanguarda dos avanços médicos, biológicos, tecnológicos e metabólicos podem realisticamente pensar em viver em boa saúde mental e física bem mais do que 100 anos. O prolongamento da vida saudável, em razão de uma velhice sem doenças, já foi só um exercício de visionários. Hoje é um campo de pesquisa dos mais sérios e respeitados. Robert Fogel, o principal formulador do conceito da evolução tecnofísica, e outros estudiosos estão projetando os limites dessa fabulosa caminhada cultural na qualidade de vida dos seres humanos. Quando se dedicam a essa tarefa, os estudiosos esbarram, em primeiro lugar, nas desigualdades de renda e de acesso às inovações. Fazem parte das conjecturas dos estudiosos a questão ambiental e a necessidade urgente de obtenção e popularização de novas formas de energia menos agressivas ao planeta. (Adaptado de Revista Veja, 25 de abril de 2012 p 141) que a humanidade obteve os meios ... Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: A) seria obtido. B) tinham obtido. C) foi obtida. D) teriam sido obtidos. E) foram obtidos. A questão de número 1000 baseia-se no texto apresentado abaixo. Entre uma prosa e outra, “seo” Samuca, morador das cercanias do Parque Nacional Grande Sertão Veredas, no norte de Minas Gerais, me presenteia com um achado da sabedoria cabocla: “Pois é, não sei pra onde a Terra está andando, mas certamente pra bom lugar não é. Só sei que donde só se tira e não se põe, um dia tudo o mais tem que se acabar.” Samuel dos Santos Pereira viveu seus 75 anos campeando livre entre cerradões, matas de galeria, matas secas, campos limpos ou sujos e campos cerrados, ecossistemas que constituem a magnífica savana brasileira. “Ainda bem que existe o Parque”, exclama o vaqueiro, “porque hoje tudo em volta de mim é plantação de soja e pastagem pra gado.” Viajar pelo Cerrado do Centro-Oeste é viver a surpresa permanente. Na Serra da Canastra, em São Roque de Minas, nascente do Rio São Francisco, podem-se avistar tamanduás - bandeira, lobos-guarás e, com sorte, o pato-mergulhão, ameaçado de extinção. Lá está também a maravilhosa Casca D’Anta, primeira e mais alta cachoeira do Velho Chico, com 186 metros de queda livre. No Jalapão, no Tocantins, o Cerrado é diferente, parece um deserto com dunas de até 40 metros de altura. Mas, ao contrário dos Lençóis Maranhenses, tem água em profusão, nascentes, cachoeiras, . 499 lagoas, serras e chapadões. E uma fauna exuberante, com 440 espécies de vertebrados. Nas veredas, os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca descobriram o capim-dourado, uma fibra que a criatividade local transformou em artigo de exportação. Em Goiás, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, o viajante se extasia com a beleza das cachoeiras e das matas de galeria, das piscinas naturais, das formações rochosas, dos cânions do Rio Preto e do Vale da Lua. Perto do município de Chapadão do Céu, também em Goiás, fica o Parque Nacional das Emas, onde acontece o surpreendente espetáculo da bioluminiscência, uma irradiação de luz azul esverdeada produzida pelas larvas de vaga-lumes nos cupinzeiros. Pena que todo o entorno do parque foi drenado para permitir a plantação de soja. Agrotóxicos despejados por avião são levados pelo vento e contaminam nascentes e rios que atravessam essa unidade de conservação. Outra tristeza provocada pela ganância humana são as voçorocas das nascentes do Rio Araguaia, quase cem, com quilômetros de extensão de dezenas de metros de profundidade. Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio, inviabilizando sua navegabilidade. Apesar de tanta beleza e biodiversidade (mais de 300 espécies de plantas locais são utilizadas pela medicina popular), o Cerrado do “seo” Samuca está minguando e tende a desaparecer. O que percebo, como testemunha ocular, é que entra governo e sai governo e o processo de desertificação do país continua em crescimento assombroso. Como disse Euclides da Cunha, somos especialistas em fazer desertos. Só haverá esperança para os vastos espaços das Geraes, esse sertão do tamanho do mundo, celebrado pela genialidade de João Guimarães Rosa, se abandonarmos nosso conformismo e nossa proverbial omissão. (Araquém Alcântara, fotógrafo. O Estado de S. Paulo, Especial H 4-5) 1000. Agrotóxicos despejados por avião são levados pelo vento... (4˚ parágrafo). Há também emprego de voz passiva no segmento que se encontra em: A) ...que donde só se tira e não se põe... B) ...os habitantes da comunidade quilombola de Mumbuca descobriram o capim-dourado... C) ...o Cerrado do “seo” Samuca está minguando e tende a desaparecer. D) ...é que entra governo e sai governo... E) ...se abandonarmos nosso conformismo e nossa proverbial omissão. 991 - Resposta “B” alguns animais// transformaram// a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência. sujeito // verbo transitivo// complemento verbal A capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência FOI TRANSFORMADA por alguns animais. 992 - Resposta “D” a) certa. VTD ou VTDI + SE + SUJEITO (obj. direto) b) certa. Sujeito pratica e recebe a ação. c) errada. Voz Passiva Analítica = verbo SER + PARTICÍPIO. Precisa de um elemento que sofra ação. Precisa necessariamente de obj. direto. d) certa. Sujeito pratica ação 993 - Resposta “B” A voz passiva analítica é formada com o verbo auxiliar “ser”, conjugado no mesmo tempo verbal do verbo principal da voz ativa, seguido do particípio passado do verbo principal. “Fotos lindas foram capturadas.” O verbo está no plural, pois concorda com o substantivo (fotos) 994 - Resposta ‘D” a corrente dos girondinos foi vencida (verbo ser + verbo vencer no particípio) pela corrente dos jacobinos. 995 - Resposta “C” Amemos a ilha a transposição para a voz passiva resultará na forma verbal seja amada. Correto: Amemos a ilha está no imperativo. Amemos (nós) a ilha. Para voz passiva: seja (a ilha) amada. "Amar" é vt e por isso admite transposição para a voz passiva. . 500 996 - Resposta “D” Só o objeto da voz ativa pode transforma-se em sujeito da passiva. Ex: Assistimos ao filme(objeto indireto). Não devemos dizer " O filme foi assistido por nós" (Esta frase está errada, porque não se pode passar o objeto indireto da voz ativa para sujeito da passiva). OBS: São admitidos como exceções os verbos ODEDECER E DESOBEDECER. Estes verbos são os únicos transitivos indiretos que admitem voz passiva. Ex: Obedeço ao regulamento - O regulamento é obedecido por mim. Essa situação se justifica pelo histórico desses verbos. OBEDECER E DESOBEDECER eram transitivos diretos, sem uso de preposição. Contudo, começaram a ser utilizados com a preposição A e a gramática registrou essa alteração. O verbo passou a ser transitivo indireto, entretanto manteve a antiga possibilidade de reescritura na voz passiva. Não admite transposição de voz verbal: 1- oração sem sujeito; 2- verbo de ligação; 3- verbo intransitivo; 4- verbo transitivo indireto. 997 - Resposta “ERRADA” A oração composta "se esperava ao menos que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas." está na voz passiva sintética, logo o objeto direto da voz ativa passa a ser o sujeito da passiva. Uma maneira mais prática de se perceber isso é passando para a voz passiva analítica, que ficaria assim: Que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas era esperado. Desta forma, fica claro que o trecho “que a metrópole deixasse de ser tão centralizadora em suas políticas” é o sujeito da voz passiva e não complemento do verbo. 998 - Resposta “ERRADA” A semântica permaneceria correta também! Atenção: Sobre vozes do verbo, o que semrpe perguntam e é bom saber: Altera o sentido do texto passar da voz ativa para a passiva e vice versa? SIM! Há algum prejuizo gramatical?NÃO! Altera o sentido do texto passar da voz passiva sintética para a passiva analítica? NÃO! Há algum prejuizo gramatical? NÃO! 999 - Resposta “E” Voz ativa: A humanidade obteve os meios Suj.= A humanidade _ vira agente da passiva _ pela humanidade OD = Os meios _ vira sujeito. Verificar em qual tempo está o verbo na voz ativa, pois o verbo auxiliar da voz passiva vai ganhar o mesmo tempo que ele, e o principal ficará no particípio. Obteve= 3 P.S. pret. perf. ind. então o verbo auxiliar ser no mesmo tempo e concordando com o suj. ficará FORAM. Aplicando o Esquema : Os meios foram (3 P.P. pret. perf. ind.) obtidos(Particípio) pela humanidade. 1000. Resposta: “A”. Nas orações na voz passiva, não é o sujeito que pratica a ação, mas o agente da passiva. Acontece muitas vezes que a pessoa ou coisa a que se atribui a ação verbal, recebe a ação em vez de praticá-la. . 501 INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS - COMPREENSÃO: Questões 1001,1005, 1013, 1014, 1021, 1024, 1032, 1033, 1035, 1039, 1040, 1041, 1043, 1044, 1047, 1048, 1049, 1050, 1053,1056, 1057, 1058, 1062, 1063, 1064, 1065, 1073, 1082, 1088, 1093, 1096, 1099, 1100, 1101, 1102, 1103, 1106, 1107, 1109, 1110, 1111, 1112, 1127, 1128, 1129, 1130, 1133, 1134, 1135, 1136, 1137, 1138, 1142, 1143, 1147, 1152, 1153, 1154, 1170, 1186, 1187, 1191, 1193, 1194, 1195, 1197, 1206, 1208, 1209, 1213, 1214, 1215, 1216, 1217, 1218, 1220, 1221, 1222, 1223, 1244, 1245, 1251, 1255, 1256, 1258, 1270, 1274, 1275, 1276, 1277, 1278, 1279, 1282, 1283, 1284, 1285, 1289, 1290, 1291, 1292, 1297, 1298, 1299, 1302, 1303, 1310, 1311, 1312, 1316, 1324, 1328, 1333, 1334, 1346, 1347, 1351, 1352, 1353, 1354, 1356, 1358, 1364, 1365, 1366, 1367, 1370, 1373, 1374, 1375, 1378, 1379, 1380, 1382, 1385, 1388, 1389, 1390, 1391, 1392, 1394, 1398, 1444, 1449, 1459, 1460, 1462, 1463, 1464, 1467, 1468, 1470, 1471, 1473, 1475, 1476, 1477, 1478, 1479, 1480, 1482, 1483, 1484, 1486, 1487, 1488, 1489, 1490, 1495, 1496, 1497, 1498, 1499, 1500. SINONÍMIA: Questões 1002, 1004, 1019, 1020, 1021, 1024, 1029, 1035, 1053, 1059, 1070, 1078, 1081, 1085, 1086, 1128, 1156, 1171, 1192, 1252, 1272, 1317, 1332, 1336, 1345, 1377, 1387, 1400, 1439. RECURSOS LINGUÍSTICOS: Questões 1003, 1004, 1005, 1006, 1008, 1010, 1023, 1039, 1044, 1045, 1051, 1052, 1071, 1072, 1079, 1084, 1094, 1104, 1105, 1121, 1127, 1155, 1169, 1170, 1196, 1260, 1273, 1301, 1305, 1306, 1315, 1335, 1363, 1444, 1456, 1457, 1458. ORTOGRAFIA: Questões 1163, 1228, 1229, 1240, 1348, 1349, 1427, 1428, 1452, 1453, 1472, 1476. PONTUAÇÃO: Questões 1003, 1017, 1027, 1028, 1052, 1069, 1074, 1090, 1115, 1131, 1132, 1150, 1164, 1201, 1225, 1235, 1295, 1313, 1345, 1347, 1350, 1358, 1393, 1425, 1445, 1446, 1473, 1490. ACENTUAÇÃO: Questões 1006, 1072, 1157, 1158, 1159, 1226, 1448, 1449, 1450, 1451. CRASE: Questões 1016, 1124, 1146, 1176, 1181, 1202, 1231, 1237, 1262, 1309, 1325, 1395, 1424, 1444, 1469, 1475. PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS: 1262, 1325, 1430, 1475. CLASSE DE PALAVRAS: Questões 1011, 1012, 1015, 1018, 1025, 1026, 1030, 1045, 1051, 1055, 1060, 1066, 1068, 1070, 1071, 1075, 1076, 1087, 1091, 1095, 1097, 1098, 1116, 1118, 1122, 1126, 1139, 1140, 1144, 1145, 1149, 1151, 1165, 1166, 1168, 1173, 1174, 1175, 1178, 1182, 1183, 1184, 1185, 1188, 1189, 1193, 1204, 1205, 1210, 1212, 1219, 1224, 1227, 1232, 1239, 1243, 1244, 1247, 1253, 1254, 1257, 1261, 1266, 1267, 1269, 1271, 1280, 1286, 1288, 1294, 1298, 1300, 1304, 1326, 1327, 1329, 1330, 1331, 1337, 1338, 1343, 1344, 1355, 1360, 1362, 1368, 1369, 1371, 1372, 1373, 1376, 1380, 1381, 1383, 1384, 1386, 1422, 1429, 1431, 1434, 1437, 1457, 1462, 1463, 1464, 1466, 1467, 1468, 1470, 1471, 1477, 1478, 1479, 1480, 1483, 1484, 1485, 1486, 1488, 1489. 1054, 1120, 1180, 1233, 1293, 1361, 1433, 1481, SINTAXE: Questões 1007, 1009, 1023, 1028, 1029, 1031, 1034, 1036, 1037, 1038, 1046, 1061, 1067, 1079, 1080, 1081, 1083, 1086, 1092, 1113, 1114, 1125, 1162, 1167, 1179, 1190, 1195, 1198, 1200, 1230, 1234, 1236, 1238, 1245, 1246, 1263, 1264, 1281, 1287, 1298, 1307, 1308, 1313, 1314, . 502 1318, 1320, 1321, 1323, 1331, 1339, 1340, 1357, 1359, 1423, 1426, 1432, 1435, 1443, 1444, 1447, 1454, 1455, 1456, 1459, 1460, 1461, 1465, 1487, 1491. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL: Questões 1042, 1089, 1108, 1119, 1141, 1211, 1241, 1249, 1253, 1254, 1259, 1296, 1440, 1441, 1442, 1443. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL: Questões 1077, 1123, 1161, 1177, 1203, 1248, 1268, 1319, 1322, 1341, 1348, 1436, 1438. Questões de 1000 a 1500 Comentadas pela Professora Dulcinéa Ribeiro . 503 HISTÓRIA E CULTURA DE PRESIDENTE OLEGÁRIO O calendário de eventos da cidade de Presidente Olegário conta com algumas festas, religiosas e profanas. O evento de maior tradição é a Festa de Nossa Senhora da Abadia de Andrequicé, localidade situada cerca de 60 km da sede; esta festa acontece no mês de agosto, e a comemoração propriamente dita tem lugar no dia 15 deste mês. É importante lembrar que a Romaria de Andrequicé (festa irmã da Romaria de Água Suja), tem origens no final do século XIX, quando da doação do terreno e início das celebrações e peregrinações em homenagem à Nossa Senhora da Abadia. Nos dias hodiernos, a romaria conta com a presença de romeiros de diferentes partes do Estado de Minas Gerais e de filhos da terra residentes em outros estados e distritos. Ainda no âmbito das festas religiosas, durante o mês de janeiro, o município conta com uma gama de Folias de Reis, realizadas em diferentes localidades rurais e no distrito sede. Em janeiro acontece também a Festa em Louvor a São Sebastião, que tem lugar na localidade de Pissarrão. Até bem pouco tempo, contávamos ainda com a Congada em Louvor a Nossa Senhora do Rosário, festa bonita e interessante por sua natureza e constituição mas que, por motivos outros, deixou de acontecer nesta cidade gloriosa e triste pelo esquecimento de algumas tradições. Outra tradição que malgradamente caiu no ocaso foi a bela Contradança dos Godinhos, folguedo iniciado em princípios do século XX pela família que dá nome à dança e que transita entre o sagrado e o profano, constituindo um joguete em que homens constituem pares nos quais a outra parte é um homem vestido de mulher (talvez em protesto ao arraigado patriarcalismo católico cristão do estado das Gerais), dançando ao som de uma sanfona, baixos e um violão e ciceroneados por um palhaço. É interessante notar que a profanação está justamente no vestir-se de mulher e questionar os tabus estabelecidos pelos costumes civis e religiosos e a sagração, ou seja, a manutenção do sagrado nos símbolos sagrados do catolicismo estampados nas vestimentas dos participantes. A tradição, infelizmente, vem se perdendo, em parte por falta de investimentos de recursos públicos, através das secretarias de cultura, em parte pelo crescente afastamento das gerações hodiernas em manifestações culturais tradicionais, de forma que há apenas uma pessoa que ainda detém parte do conhecimento desta Contradança. Outra interessante Festa, que vem perdendo, infelizmente, suas forças ao longo dos anos, é a Festa da Produção, durante a qual o município, através da Prefeitura Municipal e do Sindicado dos Produtores Rurais, expõe, discute e negocia os produtos agropecuários da cidade, além de promover shows musicais no parque de exposições e atrações culturais em diferentes pontos da cidade. Infelizmente, como fora dito, esta festa também tem perdido suas forças, mas nada que não possa ser resolvido com força de vontade e investimentos efetivos nos setores de educação e cultura, principalmente. No distrito da Galena também existe uma festa tradicional que é a Festa de Reis, em devoção aos Três Reis que visitaram o menino Jesus após o seu nascimento, ela acontece a partir do dia 25 de dezembro, quando começa a visita da folia nas casas e nas fazendas e no dia 05 de janeiro (dia dos Santos Reis) o dia da Festa, quando todos se reúnem para rezar e comemorar o dia dos Santos Reis. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre) 1001. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) Com base no texto lido, é possível afirmar, EXCETO: (A) A cidade mantém tradições religiosas. (B) Os eventos da cidade atraem festas que atraem o profano e o sagrado. (C) A Festa da Produção, ao longo dos anos, igualmente a varias outras, esta perdendo a importância de anos anteriores. (D) As festas, profanas e sagradas, estão sendo substituídas por outras de valores bem mais simples e sem nenhuma importância para o local. 1002. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) Pode-se inferir que “profano” e “sagrado” a que se refere o texto são ideias (A) similares. (B) sinonímicas. (C) antagônicas. (D) próximas. 1003. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) Com relação ao texto, julgue como Verdadeira (V) ou Falsa (F) cada uma das assertivas abaixo: ( ) Os parênteses no primeiro parágrafo podem ser substituídos, sem nenhum prejuízo por duas virgulas. . 504 ( ) Na frase: “Em janeiro acontece também a Festa em Louvor a São Sebastião, que tem lugar na localidade de Pissarrão”. O termo “também” remete ao contexto a ideia de adição. ( ) A expressão: “Até bem pouco tempo,…” representa uma circunstancia temporal. Assinale a alternativa com sequência CORRETA, na ordem de cima para baixo: (A) (V) (F) (V). (B) (V) (V) (V). (C) (F) (F) (V). (D) (F) (V) (F). 1004. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) O recurso de linguagem que corresponde à estratégia de construção do texto é o uso de (A) uma linguagem mais formal. (B) coloquialismo. (C) termos figurados. (D) regionalismos. 1005. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) Leia e analise o fragmento abaixo: “Nos dias hodiernos, a romaria conta com a presença de romeiros de diferentes partes do Estado de Minas Gerais e de filhos da terra residentes em outros estados e distritos. Ainda no âmbito das festas religiosas, durante o mês de janeiro, o município conta com uma gama de Folias de Reis, realizadas em diferentes localidades rurais e no distrito sede.” Os verbos que se encontram no fragmento estão caracterizados em ações que (A) se estabelecem por meio de dúvidas. (B) apresentam fatos no mesmo instante em que o discurso e produzido. (C) determinam mudanças circunstanciais em um passado. (D) são indicadoras de um momento antecedido a um outro, no interior das ideias textuais. 1006. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) Todas as palavras estão acentuadas pela mesma razão que justifica o acento no vocábulo calendário, EXCETO em (A) Olegário. (B) Rosário. (C) Público. (D) Família. 1007. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) Em todas as alternativas, a circunstância expressa pelo termo ou expressão destacada foi corretamente identificada, EXCETO em (A) “... Deixou de acontecer nesta cidade gloriosa e triste pelo esquecimento de algumas tradições.” (lugar). (B) “… outra interessante festa, que vem perdendo, infelizmente, suas forças ao longo dos anos, é a festa da produção,…” (tempo). (C) “… quando começa a visita da folia nas casas e nas fazendas e no dia 05 de janeiro (dia dos santos reis)…” (lugar). (D) “… além de promover shows musicais no parque de exposições e atrações culturais em diferentes pontos da cidade”. (modo). 1008. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) Na frase: “... É interessante notar que a profanação está justamente no vestir-se de mulher e questionar os tabus estabelecidos pelos costumes civis e religiosos e a sagração, ou seja, a manteneção do sagrado nos símbolos sagrados do catolicismo…” O termo destacado está CORRETAMENTE atribuído a (A) retificacão. (B) adversidade. (C) adição. (D) conclusão. . 505 1009. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) Em todas as alternativas abaixo, o “que” apresenta a mesma função sintática, EXCETO em (A) “… iniciado em princípios do século XX pela família que dá nome à dança e que transita entre o sagrado e o profano, …”. (B) “… É interessante notar que a profanação está justamente no vestir-se de mulher …” (C) “… No distrito da Galena também existe uma festa tradicional que é a Festa de Reis, …” (D) “Outra tradição que malgradamente caiu no ocaso foi a bela Contradança dos Godinhos …” 1010. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG - Técnico em Informática – FUMARC/2011) O último parágrafo do texto apresenta um tipo de intertextualidade referente à (A) citação. (B) paródia. (C) alusão. (D) epígrafe. 1001. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta, pois a tradição foi se perdendo e modificando as festas da cidade em festas mais simples. 1002. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta, pois define exatamente a contrariedade de sentido entre “profano” e “sagrado”. Profano= tudo que é estranho à religião. 1003. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta, pois todas assertivas são verdadeiras, portanto os parênteses no primeiro parágrafo podem ser substituídos por vírgulas sem prejuízo ao sentido; também dá ideia de soma; e o tempo passado é entendido na expressão “Até bem pouco tempo,...” 1004. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta, pois a preocupação na construção do texto foi adotar uma linguagem formal, compreensiva, sem rebuscamentos. 1005. Resposta: “B” A alternativa “B” é a correta, pois mostra que o texto foi construído usando verbos no presente para relatar fatos atuais comparados a fatos do passado. 1006. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque apresenta uma palavra proparoxítona, e nas outras alternativas as palavras são paroxítonas terminadas em ditongo crescente. 1007. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque foi classificada erroneamente, pois é uma circunstância que indica lugar e não modo. 1008. Resposta: “A” A alternativa “A” é a correta porque, ou seja, é utilizado para retificar, corrigir pois é preciso manter os símbolos sagrados. 1009. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o “que” (pronome relativo) está completando o sentido de um verbo transitivo direto (notar), portanto tem o valor de Objeto Direto, nas outras alternativas, ele tem valor de sujeito. 1010. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque há uma alusão no último parágrafo do texto, pois cita uma Festa de Reis em outro local (Distrito de Galena) como em Olegário Mariano/MG. . 506 TEXTO 1 4 7 10 13 16 19 A montagem do espetáculo Calabar – O Elogio da Traição estava pronta, quando, em outubro de 1974, foi censurada e a exibição do espetáculo foi proibida nos palcos brasileiros. A repressão era tamanha que nem a notícia da proibição pôde ser divulgada. Escrita por Ruy Guerra e Chico Buarque, a peça recupera a saga histórica das invasões holandesas do século XVII. Domingos Fernandes Calabar (1600-1635), o protagonista, posiciona-se a favor da Holanda, o país invasor, contra os colonizadores portugueses. Os autores, no entanto, não têm uma visão negativa do episódio. Ao contrário, veem em Calabar um libertador da opressão portuguesa. A censura da ditadura militar enxergou na montagem um alto teor subversivo, por acreditar que o texto atentava contra os bons costumes e, principalmente, promovia uma inversão dos valores da história do Brasil ao mostrar um traidor como salvador da pátria. A suspeita dos censores não estava totalmente errada: após o fim da ditadura, os escritores confirmaram a analogia com a época vivida, em que Calabar representava a resistência ao autoritarismo do governo militar. O bom traidor. In: Revista de História, ano 7, n.º 73, out./2011 (com adaptações). 1011. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) O emprego da voz passiva, tal como em “foi censurada” (L.2-3) e “a exibição do espetáculo foi proibida” (L.3), e a atribuição de “censura” (L.12) e de “autoritarismo” (L.19) a referentes genéricos — tal como em, respectivamente, à “ditadura militar” (L.12) e ao “governo militar” (L.19) — são recursos linguísticos utilizados para se evitar a atribuição da responsabilidade das ações expressas pelos verbos a indivíduos específicos. (A) Certo (B) Errado 1012. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) Caso as formas verbais “recupera” (L.6), “posiciona-se” (L.8), “têm” (L.10) e “veem” (L.11) fossem substituídas, respectivamente, pelas formas recuperava, posicionava-se, tinham e viam, não seriam necessários ajustes gramaticais no restante do texto. (A) Certo (B) Errado 1013. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) O principal objetivo do texto é descrever como heroica a figura histórica de Domingos Fernandes Calabar, suposto traidor da coroa portuguesa. (A) Certo (B) Errado 1014. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) Entre as orações do período “A repressão era tamanha que nem a notícia da proibição pôde ser divulgada” (L. 4-5) estabelece-se uma relação de proporcionalidade. (A) Certo (B) Errado TEXTO 1 4 . No estudo da história, tem-se a impressão de que, quanto mais se recua no tempo, mais dura parece ter sido a vida das crianças do passado — e mais privilegiada parece a da garotada de hoje. Quando se pensa em como era a infância séculos atrás, uma das primeiras imagens que vêm à cabeça é a de meninos dando duro em minas ou limpando chaminés. A ideia de que essa fase da vida 507 7 era simplesmente ignorada e de que as pessoas passavam de bebês a trabalhadores, do dia para a noite, é reforçada por inúmeras pinturas antigas retratando crianças sérias, tristemente vestidas como 10 miniadultos. As fontes de informações medievais, entretanto, quando analisadas de perto, não oferecem evidência alguma de que as pessoas daquela época tivessem, com relação às crianças, atitudes 13 muito diferentes das de hoje — com exceção, talvez, apenas do uso em excesso de castigos físicos, que, de qualquer modo, também eram aplicados em adultos. Apesar de o estilo de vida da época ser 16 muito diferente do nosso, as crianças medievais cresciam, em muitos aspectos, de maneira semelhante à de seus “primos” modernos. Nicholas Orme e Fernanda M. Bem. Pequenos na Idade Média. In: BBC História, ano 1, ed. n.º 4 (com adaptações). 1015. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) Nas sequências “a da” (L.3), “a de” (L.5) e “das de” (L.13), sem núcleo nominal expresso, pode-se depreender que os artigos definidos “a”, “a” e “as”, na ordem das sequências, são portadores de propriedades anafóricas e retomam os seguintes referentes, respectivamente: “vida”, “imagem” e “crianças”. (A) Certo (B) Errado 1016. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) Na linha 17, é facultativo o emprego do acento indicativo de crase, dada a possibilidade contextual de emprego, apenas, da preposição a, exigida pela regência de “semelhante”. (A) Certo (B) Errado 1017. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) Na linha final do texto, as aspas duplas dão sentido particular ou figurado ao vocábulo por elas destacado. (A) Certo (B) Errado 1018. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) O vocábulo “entretanto” (L. 10) é um elemento coesivo que introduz uma relação de adversidade entre a informação expressa no período de que faz parte e as informações expressas nos períodos anteriores. (A) Certo (B) Errado TEXTO 1 4 7 As práticas judiciais e penais mobilizaram boa parte do debate sobre a Inquisição dos séculos XVI, XVII e XVIII. O Santo Ofício afirmou-se desde cedo como um tribunal que se sobrepunha a todos os privilégios de jurisdição existentes, mas a afirmação do seu poder contra os interesses de Estados particulares suscitou protestos, nomeadamente em Veneza, em Nápoles e nos Países Baixos. A prática de condenação na base de testemunha singular deflagrou a grande controvérsia penal do século XVIII. Francisco Bethencourt . Muito além do catolicismo. In: Revista de História, ano 7, n.º 73, out./2011 (com adaptações). 1019. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) A substituição de “deflagrou” (L.8) por tornou pública, embora não implique prejuízo estritamente gramatical para a estrutura da oração em que esse termo se insere, acarreta mudança no sentido do trecho. (A) Certo (B) Errado . 508 1020. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) A expressão “todos os privilégios” (L.4) poderia ser substituída por todas as prerrogativas, sem prejuízo para o sentido do período em questão e sem a necessidade de ajustes gramaticais no texto. (A) Certo (B) Errado 1011. Resposta: “A” A alternativa “A” é a correta, porque realmente foram utilizados recursos linguísticos no texto evitando, assim, atribuição de responsabilidades a indivíduos específicos. 1012. A alternativa “A” é a correta, porque ao se trocar as formas verbais que estão no Presente do Indicativo pelo Pretérito imperfeito do Indicativo não houve necessidade de outras alterações. 1013. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta, porque ele se posicionou a favor da Holanda como um libertador da opressão portuguesa, sem estar em sentido negativo. 1014. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta, porque não há regularidade nas ações: repressão-proibição, portanto não existe relação de proporcionalidade. 1015. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta, porque os artigos definidos não são portadores de propriedades anafóricas (Anafórico, genericamente, pode ser definido como uma palavra ou expressão que serve para retomar um termo já expresso no texto, ou também para antecipar termos.), só o seriam se estivessem como pronomes demonstrativos evitando um texto repetitivo. 1016. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta, pois não é facultativo o uso da crase nesta situação e sim obrigatório, pois há acento indicativo de crase em: a maneira semelhante à (vida) de seus “primos” modernos. 1017. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta, pois as “aspas duplas” são usadas para distinguir do resto do discurso, colocando em evidência. 1018. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “Entretanto” é um elemento coesivo que indica a relação de adversidade entre uma informação e outra: (entre acontecimentos antigos e atuais). 1019. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque Deflagrou: desencadeou, provocou> tornou pública, entende-se que no contexto a prática de condenação na base de testemunha singular deu início a uma grande controvérsia penal do século XVIII. 1020. Resposta: “A”. Alternativa “A” privilégios=prerrogativas=concessões=vantagens dadas ao réu no mundo jurídico. TEXTO 1 Olinda é conhecida no mundo inteiro pela fama dos seus mamulengos e bonecos carnavalescos gigantes, que, sendo tão populares, também participam dos festejos 4 da Semana Santa. A origem da arte de fazer bonecos gigantes em Olinda remete à Europa de séculos atrás, onde, durante a Idade Média, eram criadas figuras 7 enormes e malignas para criticar a repressão da Inquisição. A criação e a execução dos bonecos constituem uma arte que, passada de geração para geração . 509 10 familiar, é preservada por iniciativas como a do Museu do Mamulengo. Esse museu, além de realizar apresentações diárias, conta com cerca de mil e quinhentas peças em seu 13 acervo. Priscila Gorzoni. Olinda e a tradição dos bonecos. In: Língua Portuguesa, ed. 21 (com adaptações) 1021. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) O primeiro período do texto — “Olinda é conhecida (...) da Semana Santa.” — poderia ser reescrito, sem prejuízo gramatical para o texto, da seguinte maneira: A fama de seus mamulengos e bonecos carnavalescos gigantes, que, sendo tão populares, também participam dos festejos da Semana Santa, faz com que Olinda seja conhecida no mundo inteiro. (A) Certo (B) Errado 1022. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) Na linha 5, a presença do acento indicativo de crase em “à Europa” justifica-se pela regência de “remete” e pela relação de restrição estabelecida entre o vocábulo “Europa” e a expressão “de séculos atrás”; caso seja retirada do texto essa expressão, deve-se também suprimir o acento grave em “ à Europa”. (A) Certo (B) Errado 1023. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) Na oração “onde, durante a Idade Média, eram criadas figuras enormes e malignas” (L.6-7), o sujeito está explícito (A) Certo (B) Errado 1024. (Instituto Rio Branco - Diplomata - Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia - Objetiva – CESPE/2011) No segundo período do texto, ao se empregar, entre outros termos, a expressão “a repressão da Inquisição” (L.7-8), possibilita-se que o leitor recorra a conhecimentos intertextuais referentes a acontecimentos históricos da Idade Média. (A) Certo (B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 16 Eram 4 da manhã no edifício Justus Lipsius, em Bruxelas, quando, finalmente, veio a notícia de que, após quase dez horas de negociações tensas, os líderes da Zona do Euro haviam chegado a um aguardado acordo “abrangente” para salvar o euro. Diplomatas ligaram para seus contatos que estavam no local da cúpula para descobrir o que exatamente fora decidido. “Achamos que chegamos a um acordo, mas não sabemos bem em que ele consiste”, foi a resposta de um negociador exausto. Conforme eles mesmos admitem, os líderes às vezes tiveram dificuldade para entender a complexa engenharia financeira que deveriam aprovar para transformar seu “estilingue” financeiro inadequado na “grande bazuca” que o mundo lhes exigia. Ao amanhecer de 27 de outubro, porém, eles conseguiram anunciar, orgulhosamente, um “conjunto abrangente de medidas adicionais que reflete nossa forte determinação de fazer o que for preciso para superar as dificuldades que atravessamos”. O risco da morte prematura. In: CartaCapital, 9/11/2011 (com adaptações) . 510 1025. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue os itens a seguir. O complemento do verbo “descobrir” (L. 6) não está explícito no texto, devendo ser inferido pelo leitor. (A) Certo (B) Errado 1026. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue os itens a seguir. No texto, os pronomes “eles” (L.9), “lhes” (L.13) e “eles” (L.14) têm o mesmo referente. (A) Certo (B) Errado 1027. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue os itens a seguir. Em ‘abrangente’ (L.4), ‘estilingue’ (L.12) e ‘grande bazuca’ (L.12), as aspas foram empregadas para realçar ironicamente as duas primeiras palavras e a mencionada expressão. (A) Certo (B) Errado 1028. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) Acerca dos aspectos estruturais e interpretativos do texto acima, julgue os itens a seguir. O trecho “que estavam no local da cúpula” (L.5-6) poderia ser isolado por meio de vírgulas sem que houvesse prejuízo gramatical ou semântico para o contexto. (A) Certo (B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 16 19 As obras para melhoria das rodovias federais brasileiras viraram um jogo de faz de conta: as empresas responsáveis por elas fazem de conta que estão tocando os trabalhos, e o governo finge que acredita. Já os usuários dessas vias são obrigados a enfrentar a vida real, que é feita de trechos congestionados, esburacados e índices de acidentes que aumentaram mais de 50% nos últimos cinco anos. Em 2007, o governo licitou um pacote que incluiu a Régis Bittencourt, principal corredor entre São Paulo e o sul do país, a Fernão Dias, que une a capital paulista à mineira, e outras cinco rodovias importantes do Sul e do Sudeste do país. Com a Dutra, elas formam o cerne da malha rodoviária nacional. De acordo com o edital de privatização, as empresas que ganharam o direito de explorá-las deveriam ampliar o seu número de faixas e construir contornos e ramais com vistas a desatar os nós que as asfixiam. A reportagem percorreu de carro 4.500 quilômetros dessas estradas para chegar a uma conclusão assustadora. Quatro anos depois da privatização “baratinha”, nenhuma das grandes obras previstas saiu do papel. Kalleo Coura. O golpe do pedágio barato. In: Veja, 16/11/2011 (com adaptações) 1029. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) O elemento “que”, empregado nas linhas 5 e 6, retoma, respectivamente, os antecedentes “vida real” (L.5) e “índices de acidentes” (L.6). (A) Certo (B) Errado 1030. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) Na linha 16, o pronome oblíquo “as” também poderia ser empregado em posição pós-verbal, da seguinte forma: asfixiam-nas. (A) Certo (B) Errado . 511 1021. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta, porque a ideia é a mesma, apenas troca-se a ordem das orações sem prejuízo no sentido. 1022. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o acento permanece pela regência de “remete”, tendo ou não a relação de restrição, porque Europa é uma palavra feminina. 1023. Resposta: “A”. A alternativa “A” O sujeito está explícito em: figuras enormes e malignas. Figuras enormes e malignas eram criadas durante a Idade Média na Europa de séculos atrás. 1024. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta, pois a Inquisição é um acontecimento histórico da Idade Média. 1025. Resposta: “B”. Alternativa “B” O complemento do verbo “descobrir” é - “um aguardado acordo “abrangente” para salvar o euro”. 1026. Resposta: “A”. Alternativa “A”, pois todos estão relacionados a “ líderes” que é seu referente. 1027. Resposta: “A”. Alternativa “A”, pois “as aspas” realçam ironicamente. 1028. Resposta: “B”. Alternativa “B”, porque o “que” substitui “contatos” sujeito da oração: que estavam no local da cúpula. 1029. Resposta: “A”. A alternativa “A”, o primeiro “que” substitui “vida real” e o segundo “que”– “índices de acidentes”. 1030. Resposta: “B”. A alternativa “B”, porque o pronome relativo “que” atrai o pronome pessoal oblíquo “as” exigindo assim o uso da próclise. 1031. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens A expressão “com vistas” (L.15), bem como a palavra “para” (L.17), introduzem orações que expressam sentido de finalidade em relação às orações às quais se subordinam. (A) Certo (B) Errado 1032. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens Os dois últimos períodos do texto (L.16-20) poderiam ser reescritos em um só, sem que houvesse prejuízo para o sentido e a correção gramatical do trecho, da seguinte forma: A reportagem percorreu de carro 4.500 quilômetros dessas estradas para chegar à conclusão assustadora de que, quatro anos depois da privatização “baratinha”, nenhuma das grandes obras previstas saiu do papel. (A) Certo (B) Errado 1033. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) A respeito das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens Depreende-se da leitura do texto que “a Dutra” (L.12), apesar de ser uma das rodovias que formam o cerne da malha rodoviária nacional, não faz parte do grupo das rodovias licitadas pelo governo. (A) Certo (B) Errado . 512 TEXTO 1 4 7 10 13 16 19 “Não é difícil governar a Itália. É inútil.” O ditador Benito Mussolini cunhou essa frase com a pretensão de jogar sobre o povo italiano todas as mazelas do país. Contudo, a história vem mostrando que a famosa frase embute uma verdade, só que em um sentido invertido. Inúteis são governantes como Mussolini e Silvio Berlusconi, o bufão de 75 anos que foi primeiro-ministro por três vezes e agora cai por absoluta incapacidade de apresentar soluções para a brutal crise econômica da Itália. O último mandato de Berlusconi começou em 2008 e, desde então, ele parecia viver uma realidade paralela. Passou o tempo administrando denúncias — de fraude fiscal a sexo pago com belas garotas. Mas foi a economia que acabou com a sua condição de primeiro-ministro com mais tempo no poder italiano depois da Segunda Guerra Mundial. Sem respaldo político para adotar medidas de austeridade essenciais para impedir a quebradeira da Itália, a terceira maior economia da zona do euro, Berlusconi anunciou, no dia 8 de novembro, sua intenção de renúncia. Só não marcou a data. Como condicionou a saída à aprovação de um pacote de reformas econômicas, ele acabou provocando mais incertezas quanto ao futuro da economia italiana. Luiza Villaméa. A queda do bufão. In: IstoÉ, 16/11/2011 (com adaptações) 1034. (AL/CE - Analista Legislativo – Direito – CESPE/2011) O vocábulo “Contudo” (L.4) é um elemento coesivo que introduz uma relação de oposição entre as ideias expressas no período de que faz parte e as veiculadas nos períodos que o antecedem. (A) Certo (B) Errado TEXTO Perspectiva de Montesquieu O grande pensador francês Montesquieu (1689-1755) é um dos mais importantes intelectuais na história das ciências jurídicas. A grande originalidade de sua obra maior − O espírito das leis − consiste na revolução metodológica. O método de Montesquieu comporta dois aspectos inter-relacionados, que podem ser distinguidos com clareza. O primeiro exclui da ciência social toda perspectiva religiosa ou moral; o segundo afasta o autor das teorias abstratas e dedutivas e o dirige para a abordagem descritiva e comparativa dos fatos sociais. Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do fina lismo teológico e moral que ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimento histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos. Montesquieu, ao contrário, reduz as instituições a causas puramente humanas. Segundo ele, introduzir princípios teológicos no domínio da história, como fatores explicativos, é confundir duas ordens distintas de pensamento. Deliberadamente, dispõe se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandona tal projeto. Já nas primeiras páginas do Espírito das leis ele adverte o leitor contra um possível mal-entendido no que diz respeito à palavra “virtude”, que emprega amiúde com significado exclusivamente político, e não moral. Para Montesquieu, o correto conhecimento dos fatos humanos só pode ser realizado cientificamente na medida em que eles sejam visados como são e não como deveriam ser. Enquanto não forem abordados como independentes de fins religiosos e morais, jamais poderão ser compreendidos. As ciências humanas deveriam libertar-se da visão finalista, como já haviam feito as ciências naturais, que só progrediram realmente quando se desvencilharam do jugo teológico. Para o debate moderno das relações que se devem ou não travar entre os âmbitos do direito, da ciência e da religião, Montesquieu continua sendo um provocador de alto nível. (Adaptado de Montesquieu − Os Pensadores. S. Paulo: Abril, 1973) . 513 1035. (FCC - 2011 – TCE/PR - Analista de Controle - Engenharia Civil – FCC/2011) O método original pelo qual Montesquieu se orienta ao escrever O espírito das leis tem como primeira característica promover (A) uma convergência mais natural entre as bases do pensamento teológico e as das instituições civis. (B) o caráter dedutivo dos estudos jurídicos, a se desenvolverem com base em teses e hipóteses investigativas. (C) a separação radical entre o âmbito dos valores teológicos e morais e o das políticas e ciências humanas. (D) a supressão dos valores éticos morais, em nome de uma exclusiva ordem constitucional anticlerical. (E) o confronto entre as prioridades de um estado religioso e as de um estado laico, tendo em vista uma síntese conciliatória. 1036. (TCE/PR - Analista de Controle - Engenharia Civil – FCC/2011) Atente para as seguintes afirmações: I. Foi a grande importância que Montesquieu atribuía aos estudos de filosofia pura que o levou a compor um tratado como O espírito das leis, um monumento dedicado à metafísica do Direito. II. Para Montesquieu, as instituições humanas devem ser vistas como tais, ou seja, criações do homem, devendo por isso ser tratadas como fenômenos políticos, e não como manifestações místicas. III. Montesquieu, em suas reflexões sobre as instituições e as leis, deixava-se orientar pelo pensamento utópico, prefigurando, como homem de imaginação que era, a realização espiritual e ideal dos homens. Em relação ao texto está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 1037. (TCE/PR - Analista de Controle - Engenharia Civil – FCC/2011) A oração sublinhada exerce a função de sujeito dentro do seguinte período: (A) Montesquieu preferiu guiar-se pelos valores civis, em vez de se deixar levar pelo finalismo religioso. (B) A um espírito sensível e religioso não convém ler um filósofo como Montesquieu buscando apoio espiritual. (C) Um estudo sério da história das ciências jurídicas não pode prescindir dos métodos de que se vale Montesquieu em O espírito das leis. (D) As ciências humanas deveriam libertar-se da religião, assim como ocorreu com as ciências naturais. (E) O método de Montesquieu valorizou as instituições humanas e solapou o finalismo teológico e moral. 1038. (TCE/PR - Analista de Controle - Engenharia Civil – FCC/2011) Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período: (A) No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar, por um método original composto por dois aspectos interrelacionados: que serviam a seu propósito condenável para muitos, de ver como excludentes o finalismo religioso e o fenômeno político. (B) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por um método, original, composto por dois aspectos inter-relacionados, que serviam a seu propósito condenável, para muitos, de ver como excludentes, o finalismo religioso e o fenômeno político. (C) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por um método original, composto por dois aspectos interrelacionados que serviam a seu propósito, condenável para muitos, de ver como excludentes o finalismo religioso e o fenômeno político. (D) No século das Luzes Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar por um método original, composto, por dois aspectos inter-relacionados, que serviam a seu propósito condenável para muitos: de ver como excludentes, o finalismo religioso e o fenômeno político. (E) No século das Luzes, Montesquieu, em sua obra maior, deixou-se guiar, por um método original, composto por dois aspectos inter-relacionados, que serviam a seu propósito, condenável, para muitos de ver como excludentes o finalismo religioso, e o fenômeno político. 1039. (TCE/PR - Analista de Controle - Engenharia Civil – FCC/2011) Está INADEQUADA a correlação entre tempos e modos verbais na frase: (A) Enquanto não fossem abordados como independentes de fins religiosos e morais, os fatos humanos jamais seriam compreendidos, acreditava Montesquieu. (B) Deliberadamente, Montesquieu dispunha-se a permanecer nos estritos domínios dos fenômenos políticos, e jamais abandonaria tal projeto. . 514 (C) Ele mais de uma vez advertiu o leitor contra um possível mal-entendido no que dizia respeito à palavra “virtude”, que empregava amiúde com significado exclusivamente político. (D) O primeiro aspecto do método excluía da perspectiva social todo valor religioso, ao passo que o segundo afastasse o autor das abstrações teóricas. (E) Segundo a moral que predomina na época, o desenvolvimento histórico do homem deve subordinar- se ao cumprimento dos desígnios divinos. 1040. (TCE/PR - Analista de Controle - Engenharia Civil – FCC/2011) Quanto ao primeiro, constituía um solapamento do finalismo teológico e moral que ainda predominava na época, segundo o qual todo o desenvolvimento histórico do homem estaria subordinado ao cumprimento de desígnios divinos. Com base no trecho acima, é correto afirmar: (A) a palavra solapamento está empregada no sentido de implementação ou suprimento. (B) na expressão segundo “o qual”, o elemento sublinhado reporta-se diretamente a desenvolvimento histórico. (C) a expressão desígnios divinos tem sentido oposto ao da expressão finalismo teológico. (D) o desenvolvimento histórico do homem era visto, até então, em função do finalismo teológico e moral. (E) a expressão cumprimento de desígnios divinos deve ser entendida como extensão da autoridade de deus. 1031. Resposta: “B”. Alternativa “B”, pois “com vistas” expressa finalidade e “para” introduz uma oração reduzida de infinitivo que expressa conclusão. 1032. Resposta: “A”. A alternativa “A”. A reportagem percorreu de 4.500 quilômetros dessas estradas para chegar à conclusão assustadora que quatro anos depois da privatização “baratinha”, nenhuma das grandes obras previstas saiu do papel. 1033. Resposta: “A”. Alternativa “A”. Apesar de fazer parte do cerne da malha rodoviária nacional, a Dutra não foi licitada pelo governo. 1034. Resposta: “A” A Alternativa “A”. Realmente “contudo” é um elemento que liga as ideias expressando oposição entre elas. Contudo: conj. adversativa. Indicação de oposição, adversão, limitação; mas, porém...; representa divergência de ideias. 1035. Resposta: “C”. Alternativa “C” é a correta porque em: Uma revolução metodológica que se resume em: mais ciência social e menos moral e religião. 1036. Resposta: “B”. A alternativa correta é a “B”, porque a oração destacada funciona como sujeito da oração principal. Na alternativa “A” a oração sublinhada funciona como objeto direto da principal; na alternativa “C” a oração destacada funciona como objeto indireto da principal e na alternativa “D” a oração destacada é oração subordinada adverbial comparativa; e na alternativa “E” a oração destacada é coordenada sindética aditiva. 1037. Resposta: “B”. A alternativa correta é a “B”, porque a oração destacada funciona como sujeito da oração principal. Na alternativa “A” a oração sublinhada funciona como objeto direto da principal; na alternativa “C” a oração destacada funciona como objeto indireto da principal e na alternativa “D” a oração destacada é oração subordinada adverbial comparativa; e na alternativa “E” a oração destacada é coordenada sindética aditiva. . 515 1038. Resposta: “C”. A alternativa correta é a “C”. O adjunto adverbial inicial foi separado por vírgula do sujeito que também foi separado do aposto – em sua obra maior – a vírgula se faz presente na enumeração de adjuntos adnominais - original e composto – e o uso da vírgula separando o aposto explicativo de propósito – condenável para muitos. 1039. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o desenvolvimento histórico do homem era visto, até então, em função do finalismo teológico e moral. 1040. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque realmente o desenvolvimento do homem era visto como um desígnio divino em função do finalismo teológico e moral. Na alternativa “A” a palavra “solapamento” não está empregada com o sentido de implementação ou suprimento e sim, com o sentido de “esconder” toda perspectiva religiosa ou moral; na alternativa “B” “o qual” reporta-se ao solapamento do finalismo teológico e moral e não ao desenvolvimento histórico; na alternativa “C” a expressão desígnios divinos está relacionado ao finalismo teológico; e na alternativa “E” a expressão cumprimento de desígnios divinos está relacionada a todo desenvolvimento histórico do homem. 1041. (TCE/PR - Analista de Controle - Engenharia Civil – FCC/2011) Está inteiramente clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Montesquieu valeu-se, em O espírito das leis, do conceito político de “virtude”, escoimando essa palavra de qualquer ressonância de ordem moral ou religiosa. (B) Para que não se confundissem os leitores, Montesquieu advertiu-os que a palavra “virtude” ali empregada não detinha terminologia religiosa, conquanto apenas política. (C) Era mister de Montesquieu desconsiderar o desígnio divino, razão pela qual fixou no termo “virtude” o censo de sentido político que a palavra deveria transpirar. (D) Em O espírito das leis, propunha Montesquieu a tratar das instituições de fato humanas, tendo por isso empregado a palavra “virtude” em sentido material, e não teológico. (E) Ao conceito moral de “virtude” opôs-se Montesquieu, preterindo-o uma vez que lhe preferia no sentido político, tendo para isso alertado seus leitores em O espírito das leis. 1042. (TCE/PR - Analista de Controle - Engenharia Civil – FCC/2011) As normas de concordância verbal estão plenamente observadas em: (A) Para os leitores de qualquer época seriam úteis reconhecer os dois métodos que regiam Montesquieu em O espírito das leis. (B) Muito terão a ganhar, sejam quais forem as convicções de uma época, quem se disponha a refletir sobre as ideias de Montesquieu. (C) À exceção dos que professam ardentemente uma fé, leitores de Montesquieu haverão sempre, para endossar com ânimo suas teses. (D) Segundo Montesquieu, não cabem aos homens preocupar-se com a finalidade religiosa das instituições, mas sim com a finalidade política. (E) No século XVIII não se ateve aos princípios morais religiosos quem, como Montesquieu, os preterisse para priorizar os princípios da política. TEXTO Bárbaros A hipocrisia é uma característica comum dos impérios, mas alguns exageram. Quando a rainha Vitória se declarou chocada com os bárbaros chineses em revolta contra os ingleses, no fim do século XIX, não mencionou que a revolta era uma reação dos chineses à obrigação de importar o ópio que os ingleses plantavam na Índia, tendo destruído sua agronomia no processo. Os ingleses obrigavam os hindus a abandonarem culturas tradicionais para produzir o ópio e foram à guerra para obrigar os chineses a consumi-lo, num momento particularmente bárbaro de sua história. Havia sempre bárbaros convenientes nas fronteiras dos impérios: orientais fanáticos, monstros primitivos, tiranos sanguinários. Legitimavam a conquista colonial, transformando-a em missão civilizadora, enobreciam a raça conquistadora pelo contraste e – em episódios como o da Guerra do . 516 Ópio – disfarçavam a barbaridade maior dos civilizados alegando a truculência já esperada de raças inferiores. As razões do mais forte continuam chamando-se razões históricas. As razões dos mais fracos são “protestos raivosos desses bárbaros rebeldes”, que teimam em se opor à sua dominação pelos mais fortes. E como são os vencedores que se encarregam de contar a História... (Adaptado de Luís Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro) 1043. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) A hipocrisia dos impérios, tal como caracterizada no texto, está no fato de que (A) a razão real da dominação é declarada com todas as letras pelos mais fortes aos mais fracos. (B) os dominadores ocultam a razão da dominação, mostrando-se surpresos com a reação dos dominados. (C) os conquistadores alegam razões econômicas para encobrir uma opressão de natureza religiosa. (D) os dominados simulam aceitar a lógica da dominação, para evitar uma tragédia maior. (E) dominadores e dominados acabam por justificar a dominação considerando-a uma fatalidade. 1044. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) Na triangulação econômica entre ingleses, chineses e hindus, caracterizada no texto, fica claro que (A) o colonizador atua invariavelmente como consumidor final da produção das colônias. (B) cabe a um dos povos dominados colher os benefícios plenos da exploração do outro. (C) o dominador impõe o que produz aos povos dominados e se apossa do que eles produzem. (D) o colonizador impõe a um dos dominados o tipo de produção e ao outro o consumo do produto. (E) cabe ao colonizador administrar a distribuição da produção colonial entre os que a produzem. 1045. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) Os mais fortes empreendiam a conquista colonial, legitimavam a conquista colonial, atribuindo à conquista colonial o mérito de uma transformação civilizadora que tornava a conquista colonial uma espécie de benemerência. Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) legitimavam-na - atribuindo-lhe - a tornava (B) a legitimavam - atribuindo-na - tornava-lhe (C) legitimavam-na - lhe atribuindo - lhe tornava (D) legitimavam-lhe - a atribuindo - a tornava (E) legitimavam-a - lhe atribuindo - tornava-a 1046. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) O termo sublinhado em Sabe-se quão barbaramente os ingleses subjugaram os hindus exerce a função de ......, a mesma função sintática que é exercida por ...... na frase Cometeram-se incontáveis violências contra os hindus. Preenchem corretamente as lacunas do enunciado acima, respectivamente: (A) objeto direto - os hindus. (B) sujeito - os hindus (C) sujeito - violências (D) agente da passiva - os hindus (E) agente da passiva - violências TEXTO As comunicações e o colapso da ética O que leva um jovem profissional a considerar “normal” que uma empresa de comunicação se alie a um governo ou aos interesses de um poderoso grupo de anunciantes e que seu jornalismo deliberadamente omita, distorça e manipule informações? Por que as constatações de que “todos fazem do mesmo jeito”, “se não fizer assim não sobrevive”, “esse é o jogo jogado” etc. se tornam suficientes para que profissionais se ajustem inteiramente ao “sistema”? Essas, obviamente, não são questões novas e, certamente, não se restringem ao campo profissional das Comunicações – uma forte razão, aliás, pela qual não podem ser ignoradas. Em seu livro Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética, Bernardo Kucinski chama a atenção para o fato de que jovens jornalistas rejeitam a possibilidade de uma ética porque “o . 517 desemprego estrutural fez da competição com o próprio companheiro uma necessidade de sobrevivência, e nesse ambiente as éticas socialmente constituídas cederam espaço a uma ética de cada indivíduo. Cada um tem o dever de pensar antes de tudo em si mesmo, em seu projeto de vida. Uma ética em que o dever é definido como negação do social, como celebração da individuação ética". As ponderações de Kucinski nos ajudam a compreender o que está acontecendo com os jovens profissionais em disputa no mercado, e vão muito além do próprio campo das Comunicações. Falam dos valores e das práticas que dominam o nosso tempo de pensamento único e capitalismo globalizado. Que diferença entre essas práticas e a recomendação do velho jornalista norte-americano Joseph Pulitzer, que no tão remoto ano de 1904 alertava: “É a ideia de trabalhar para a comunidade, não para o comércio ou para si próprio que deve nortear as preocupações de todo jornalista”. Atravessamos no Brasil um período de profundas transformações que implicará importantes mudanças estruturais regulatórias da natureza e das atividades do sistema de comunicações. Dessas transformações vai surgir um novo perfil (já em construção, aliás) de profissionais e uma nova correlação de forças entre os envolvidos no setor. Cuidemos todos para que não se consagre de vez o prestígio cínico de um vazio ético. (Adaptado de Venício A. de Lima, Observatório da imprensa) 1047. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) O autor do texto analisa a atuação de profissionais da área das comunicações e constata que essa atuação, (A) diferentemente de outros campos profissionais, sofre os excessos de uma indesejável competição. (B) de forma preocupante e generalizada, já não leva em conta os valores éticos socialmente constituídos. (C) tal como ocorre em outros campos profissionais, preocupa-se apenas com o aprimoramento técnico. (D) particularmente no campo da informática, abandona os parâmetros mais rigorosos da ética profissional. (E) de modo progressivo e ameaçador, substitui os valores tradicionais por parâmetros ousados e ineficazes. 1048. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) deliberadamente omita (1º parágrafo) = explicitamente restrinja (B) distorça e manipule informações (1º parágrafo) = venha a destorcer e a manusear informes (C) éticas socialmente constituídas (2º parágrafo) = valores institucionalmente associados (D) celebração da individuação ética (2º parágrafo) = consagração da singularidade civil (E) prestígio cínico de um vazio ético (4º parágrafo) = valorização impudente da ausência de ética 1049. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Há quem suponha que o desemprego estrutural do nosso tempo propicie uma razão, ainda que justificável, para o fato de a competição abolir a ética e seus valores congêneres. (B) A disputa de mercado no campo das comunicações atuais trazem consigo uma irrelevância para com os valores éticos - razão de uma grande preocupação social. (C) Todas as perguntas elaboradas no início do texto dizem respeito a questões onde as respostas são difíceis, embora previsíveis, por conta do fatalismo e da acomodação ética. (D) A preocupação com os leitores, que deveria nortear a ação dos jornalistas, deu lugar a um inaceitável individualismo, de cínico prestígio entre os jovens profissionais. (E) Não há nem termo de comparação entre as preocupações do velho jornalista norte-americano citado com os profissionais da imprensa atual, cuja ética não os parece demover. 1050. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) Refletindo sobre a atuação dos jornalistas atuais, Bernardo Kucinski releva, em seu livro, o caráter (A) nefasto do rigor ético, quando aplicado em carreiras competitivas. (B) irrelevante do vazio ético, no caso de uma necessária modernização. (C) negativo do comportamento individualista, indiferente aos valores éticos. (D) acessório da preocupação ética, dentro de uma competição saudável. (E) traiçoeiro dos valores éticos, quando excessivamente interiorizados. . 518 1041. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque realmente Montesquieu escoimou a palavra “virtude” de qualquer ressonância de ordem moral ou religiosa. Escoimar = livrar de culpa, de defeitos. 1042. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta. Na alternativa “A” a forma correta: seria útil reconhecer e não seriam úteis reconhecer; na alternativa “B” quem se dispusesse e não quem se disponha; na alternativa ”C” haverá sempre - verbo haver no sentido de existir é impessoal; na alternativa “D” o correto é não cabe. (Observação: esta questão também foi assinalada como correta a alternativa “D”). 1043. Resposta: “B”. Alternativa “B” é a correta, pois a Rainha Vitória se declarou chocada com os bárbaros chineses em revolta contra os ingleses, que eram os dominadores. 1044. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque realmente os ingleses obrigavam os hindus a abandonarem culturas tradicionais para produzir o ópio e foram à guerra para obrigar os chineses a consumi-lo, num momento particularmente bárbaro de sua história. 1045. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta, pois usa-se o pronome pessoal oblíquo “a” e por ser 3ª pessoa do plural, verbo terminando em “m” fica “na”; atribuir – VTI- o pronome oblíquo a ser usado é “lhe” e o “que” antes de tornava pede próclise no pronome pessoal oblíquo “a”. 1046. Resposta: “C”. A alternativa “C” completa corretamente as lacunas, ingleses é sujeito na primeira e violências sujeito passivo na segunda. 1047. Resposta: “E” No site o gabarito aponta a alternativa “E” como a correta. O autor do texto analisa a atuação de profissionais da área das comunicações e constata que eles atuam de modo progressivo e ameaçador, substituindo os valores tradicionais por parâmetros ousados e ineficazes. 1048. Resposta: “A” O gabarito aponta a alternativa “A” como correta, A mim parece que a alternativa “D” esteja traduzindo melhor o sentido do segmento. 1049. Resposta: “C”. O gabarito aponta como correta a alternativa ”B”, mas o caráter negativo do comportamento individualista, indiferente aos valores éticos me parece ser o que Bernardo Kucinski releva, portanto alternativa ”C” é a correta. 1050. Resposta: “E”. O gabarito apontou como correta a alternativa ”E”, mas há um erro – que os velhos profissionais viessem a nos lembrar o nome de Pulitzer, portanto a única alternativa que está correta é a alternativa “A”. 1051. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) Estão plenamente adequadas a flexão e a correlação entre tempos e modos dos verbos na frase: (A) As ponderações de Kucinski seriam úteis se acatadas por todos os que estivessem envolvidos no campo de atuação que ele analisou. (B) Todo louvor aos que se disporem a assumir valores éticos, sem que se importassem com os sacrifícios que isso representaria. (C) Teria sido o mercado, e não a fraqueza moral de cada um, o fator que levará os jovens a uma competição cada vez mais violenta. (D) Os jovens jornalistas agem hoje como se nunca houvera necessidade de sobreviver ao tempo em que trabalhassem os veteranos. (E) Caso ninguém venha a se preocupar com a ética no trabalho, seria inútil que os velhos profissionais venham a nos lembrar o nome de Pulitzer. . 519 1052. (TRE/PE - Analista Judiciário - Análise de Sistemas – FCC/2011) Está plenamente adequada a pontuação da frase: (A) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo tentar justificar, suas ações pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas, igualmente pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos. (B) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo, tentar justificar suas ações, pela pressão do mercado de trabalho; pois os velhos jornalistas igualmente pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos. (C) Não cabe aos jovens, ao menos, os livres de cinismo, tentar justificar suas ações, pela pressão do mercado de trabalho, pois, os velhos jornalistas, igualmente pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos. (D) Não cabe aos jovens, ao menos os livres de cinismo, tentar justificar suas ações pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas, igualmente pressionados, não costumavam abdicar dos princípios éticos. (E) Não cabe aos jovens, ao menos, os livres de cinismo, tentar justificar suas ações, pela pressão do mercado de trabalho, pois os velhos jornalistas, igualmente pressionados não costumavam abdicar, dos princípios éticos. TEXTO 1 Os telejornais, de grande audiência em todas as camadas da população, nem sempre dedicam espaço à política. Nos jornais impressos de circulação nacional — considerados 4 os principais divulgadores da atividade legislativa e dos fatos de natureza política —, o noticiário, naturalmente, não abrange todas as atividades de plenário, das comissões e muito menos 7 dos parlamentares individualmente. O espaço dedicado aos assuntos políticos nos meios de comunicação é insuficiente para dar ampla cobertura e adequada divulgação às atividades 10 do Congresso. Jornalistas políticos de destaque, como o veterano Villas Boas Corrêa, já se manifestaram de maneira incisiva a respeito: “Acho que a imprensa merece seus puxões 13 de orelha porque não faz nenhum esforço para cobrir aquilo que ainda remanesce de importante no Congresso, como, por exemplo, o trabalho das comissões...”, disse o jornalista, em 16 depoimento ao Centro de Pesquisas e Documentação da Fundação Getúlio Vargas, em 1995. Sérgio Chacon. Congresso, imprensa e opinião pública: o caso da CPMI dos Sanguessugas, 2008. Internet:<www.bd.camara.gov.br> (com adaptações). 1053. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) O período “O espaço dedicado aos assuntos políticos nos meios de comunicação é insuficiente para dar ampla cobertura e adequada divulgação às atividades do Congresso” (L.7-10) poderia ser deslocado para a posição inicial do parágrafo, sem prejuízo para a organização e a coerência do texto. (A) Certo (B) Errado 1054. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) O pronome demonstrativo ‘aquilo’, em ‘para cobrir aquilo que ainda remanesce de importante no Congresso’ (L.13-14), refere-se a “atividades de plenário” (L.6). (A) Certo (B) Errado . 520 TEXTO 1 4 7 10 13 16 19 Conquanto a fórmula “Fica aprovado o texto...” venha tendo a preferência nas redações finais dos projetos de decreto legislativo desta década, o formato anterior, “É aprovado o texto...”, utilizado em décadas passadas, parece mais consentâneo com o bom português. Não apenas é o verbo ser o verbo auxiliar típico para a formação da voz passiva analítica, quanto é o mais adequado para formar locução verbal com o verbo aprovar. Ademais, em sua acepção intransitiva, ser tem a conotação de ter existência real, existir. Um ato internacional ao qual o parlamento brasileiro concede aprovação legislativa cumpre a etapa parlamentar deliberativa para a sua existência real como norma de direito positivo interno, com caráter de permanência (não se trata de alguma coisa qualquer que recebe um aval momentâneo para ali ficar transitoriamente). Conquanto as duas fórmulas tenham sido utilizadas, a opção pela utilização da locução verbal é aprovado soa, juridicamente, mais robusta, com maior força de comunicado de decisão peremptória à nação. Afinal, o que fica, pode, também, sair, partir... Maria Ester Mena Barreto Camino e Luiz Henrique Cascelli de Azevedo. Necessidade de uniformização dos projetos de decreto legislativo pertinentes a atos internacionais. Maio/2011. Internet: <www2.camara.gov.br> (com adaptações). 1055. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) O conectivo “Ademais” (L.9) estabelece uma relação de coesão entre o segundo e o primeiro parágrafos e, de maneira mais estrita, entre aquele e o período “Não apenas é o verbo ser o verbo auxiliar típico para a formação da voz passiva analítica, quanto é o mais adequado para formar locução verbal com o verbo aprovar” (L.5-8). (A) Certo (B) Errado 1056. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A argumentação desenvolvida no texto apresenta um tipo de raciocínio denominado pendular, defendendo ora o emprego da fórmula "Fica aprovado o texto...", ora o da expressão "É aprovado o texto...". (A) Certo (B) Errado 1057. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Sem prejuízo para a sua coerência, o texto poderia ser concluído com o seguinte período: Sugere-se, assim, que, ao minutar um projeto de decreto legislativo referente a instrumento internacional celebrado pelo Brasil, seja dada preferência à forma “É aprovado o texto...”. (A) Certo (B) Errado 1058. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No texto consta, a favor da fórmula "Fica aprovado o texto...", o argumento de uso, segundo o qual é mais adequado e consentâneo empregar a expressão mais usada no momento atual. (A) Certo (B) Errado . 521 1059. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Dada a organização dos argumentos e dos elementos estruturais do texto, a palavra “momentâneo” (l.15) poderia ser substituída pela palavra efêmero, sem prejuízo para a coerência textual e sem infringir o princípio de não contradição. (A) Certo (B) Errado 1060. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Ao afirmarem que ser é “o verbo auxiliar típico para a formação da voz passiva analítica” (L.6-7) e “o mais adequado para formar locução verbal com o verbo aprovar” (L.7-8), os autores apresentam argumentos favoráveis ao emprego da expressão "É aprovado o texto...". (A) Certo (B) Errado 1051. Resposta: “D”. A alternativa “D” está corretamente pontuada. Apostos entre vírgulas: ao menos os livres de cinismos e igualmente pressionados e vírgula antes de “pois”. 1052. Resposta: “D”. A alternativa “D” está corretamente pontuada. Apostos entre vírgulas: ao menos os livres de cinismos e igualmente pressionados e vírgula antes de “pois”. 1053. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta, pois mesmo se deslocando o período para o início do parágrafo, o sentido será o mesmo e não afeta sua estrutura. 1054. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “aquilo” se refere ao trabalho das comissões. 1055. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta, porque realmente o texto estabelece essa coesão entre os dois parágrafos iniciais do texto, quando cita a importância do verbo ser como auxiliar na formação da voz passiva analítica como em locução verbal. 1056. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a argumentação desenvolvida no texto apresenta preferência pela forma “É aprovado o texto...” 1057. Resposta: “A”. Alternativa “A” é a correta porque o texto mostra que a opção “É aprovado o texto...” como mais apropriada num ato internacional. 1058. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o autor é a favor da forma “É aprovado o texto” porque está de acordo com a norma padrão da língua. 1059. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque as palavras “momentâneo” e “efêmero” são sinônimas, portanto poderia fazer a substituição sem prejuízo para a coerência textual e sem infringir o princípio de não contradição. 1060. Resposta: “A” A alternativa “A” é a correta porque o verbo “ser” é típico auxiliar na formação da voz passiva analítica e adequado para formar a locução verbal com o verbo “aprovar”. 1061. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No início do segundo parágrafo, a invocação da acepção intransitiva do verbo ser no contexto da frase "É aprovado o texto..." constitui, em relação aos elementos estruturais do . 522 texto, uma argumentação frágil, dado que tal verbo foi empregado como transitivo direto na referida frase, na qual ‘o texto’ é o objeto direto. (A) Certo (B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 Uma vez, ouvi na televisão um político americano dizer: “É preciso limpar as palavras.” Se bem me lembro, ele falava a respeito de um escândalo que havia ferido injustamente a reputação de alguém. Era como se assinalasse que tínhamos que ter mais cuidado na escolha dos termos que utilizamos, mas chamou-me a atenção que ele se referisse às palavras como objetos que podem estar mais ou menos limpos. Tal afirmativa, na boca de um escritor, seria natural. Mas, dita por um político, soou como algo raro. Claro que, sendo ele um político americano, há uma explicação para isso. A cultura daquele país tem um substrato calvinista, e um dos itens da ética protestante é o confronto entre o limpo e o sujo, o puro e o impuro. Anotei a expressão “limpar as palavras”. Gostei da frase e da intenção. Assim como a gente manda uma roupa para a tinturaria, é preciso mandar limpar as palavras. Como se faz uma faxina na casa, pode-se faxinar o texto. Há até 19 especialistas nisto: o revisor, o copidesque, o redator. Eles pegam o texto alheio e começam a cortar aqui e ali as gorduras, os excessos, as impurezas gramaticais. Também os professores, os linguistas, os filólogos podem entrar nessa categoria, a exemplo dos dicionaristas. Mas como se limpa a palavra? Só uma palavra pode limpar outra. Cada um tem lá sua técnica para limpar as palavras. Lembro uma conhecida que sugeria que, para um jeans bem limpo, era necessário jogar na máquina de lavar roupas também um par de tênis. No fundo, era um pouco a imitação tecnológica do que as lavadeiras sempre fizeram na beira dos rios, batendo as roupas na pedra. Cada escritor coloca dentro de sua máquina de escrever um tênis diferente para clarear a escrita. São matreirices. O bate-enxuga das palavras. O publicitário também sabe o que é isso, o que é sacar a frase de efeito, revirar o texto para que ele tenha a força do slogan, do provérbio, do axioma. Os homens que tratam das leis também pensam nisso. Ficam ali burilando os termos pra evitar ambiguidades e subterfúgios. Às vezes conseguem, às vezes não. A lei deveria ser limpa, transparente. Às vezes é, às vezes, não. Limpar as palavras. Mas há palavra pura? Há algum tempo houve um movimento chamado “poesia pura”, “arte pura”. Existe alguma coisa pura? Há dúvidas. Hoje, que a ecologia está na moda, condena-se a poluição. A despoluição, na verdade, começa pela despoluição no discurso. Affonso Romano de Sant'Anna. Limpar as palavras. In: Coleção Melhores Crônicas. São Paulo: Global, 2003 (com adaptações). . 523 1062. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Do segundo parágrafo conclui-se que o uso de determinadas palavras e expressões em um texto justifica-se por aspectos históricos, políticos e sociais envolvidos na produção textual. (A) Certo (B) Errado 1063. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Acerca das ideias do texto acima, julgue os itens a seguir. Infere-se da leitura do sétimo parágrafo que é possível identificar ambiguidades e subterfúgios em textos legais. (A) Certo (B) Errado 1064. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Acerca das ideias do texto acima, julgue os itens a seguir. O ponto de vista do autor do texto é contrário à proposta de limpar as palavras, que ele considera reducionista. (A) Certo (B) Errado 1065. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Acerca das ideias do texto acima, julgue os itens a seguir. A temática tratada no texto é motivada pela linguagem figurada presente na fala de político americano em programa de televisão. (A) Certo (B) Errado 1066. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A respeito dos aspectos linguísticos do texto, julgue os itens que se seguem. No trecho “Há dúvidas” (L.43), o verbo é impessoal e, por isso, não se flexiona. (A) Certo (B) Errado 1067. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A respeito dos aspectos linguísticos do texto, julgue os itens que se seguem. No primeiro período do texto, o trecho ‘É preciso limpar as palavras’ (L.2) exerce a função de aposto explicativo. (A) Certo (B) Errado 1068. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A respeito dos aspectos linguísticos do texto, julgue os itens que se seguem. Não haveria prejuízo para o sentido original nem para a correção gramatical do texto, caso fosse suprimido do trecho “mas chamou-me a atenção” (L.6) o pronome pessoal “me”. (A) Certo (B) Errado 1069. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A respeito dos aspectos linguísticos do texto, julgue os itens que se seguem. Em “Tal afirmativa, na boca de um escritor, seria natural. Mas, dita por um político,...” (L.8-9), seriam mantidas a correção gramatical e a ênfase do trecho caso se substituísse o ponto final por dois-pontos e se trocasse a inicial maiúscula de “Mas” pela minúscula correspondente. (A) Certo (B) Errado . 524 TEXTO 1 4 7 10 13 16 Um dicionário analógico, ou de ideias afins, ou thesaurus, parte de um pressuposto semelhante àquele que rege a função de um dicionário de língua como o conhecemos. Este é uma ferramenta de busca de significados e informações de uso de palavras que conhecemos, ou seja, partimos de uma palavra conhecida para buscar-lhe as acepções e usos possíveis. O dicionário analógico pressupõe situação em que, ao contrário, temos noção de um significado, temos uma intenção de uso, mas não nos ocorre uma palavra satisfatória. O thesaurus, a partir de um contexto de possíveis significados, oferece uma grande quantidade de palavras em torno dessa significação, isto é, termos análogos com maior ou menor grau de proximidade em relação às acepções apresentadas, para que, nesse conjunto, possamos encontrar a palavra — ou expressão — que melhor nos convenha, em qualquer de suas mais prováveis funções gramaticais. Francisco Azevedo. Apresentação do dicionário analógico da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Lexicon, 2010. 1070. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Com relação a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes. O pronome “Este” (L.3) refere-se ao termo “dicionário analógico” (L.1). (A) Certo (B) Errado 1061. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o verbo “ser” não tem acepção intransitiva pois “o texto” é sujeito do verbo ser e “aprovado” seu predicativo. 1062. Resposta: “A”. Alternativa “A” é a correta, pois realmente conclui-se que o uso de determinadas palavras e expressões em um texto passa por várias influências que podem ser de ordem política, histórica e social. 1063. Resposta: “A”. Alternativa “A” é a correta porque mostra ambiguidade quando fala sobre o movimento “poesia pura”, será que existe alguma coisa pura? Usam de subterfúgios revirando textos para que tenham força com frases de efeito como em slogans, provérbios. 1064. Resposta: “B”. A alternativa “B” porque o autor do texto diz: gostei da frase e da intenção 1065. Resposta: “A”. Alternativa ”A” é a correta porque foi exatamente a partir da fala de um político americano em programa de televisão que o autor passou a refletir sobre “limpar as palavras”. 1066. Resposta: “A”. Alternativa “A” é a correta, pois realmente o verbo haver no sentido de existir é impessoal, não se flexiona. 1067. Resposta: “B”. Alternativa “B” é a correta, porque “É preciso limpar as palavras” é uma oração reduzida de infinitivo. . 525 1068. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque ao suprimir o “me” tira a ideia da preocupação dele em relação ao fato observado que chamou sua atenção. 1069. Resposta: “B”. Alternativa “B” é a correta porque ao mudar o ponto final por dois pontos seria necessário que a oração seguinte explicasse a anterior e isto não acontece neste caso e sim há uma contrariedade em relação à anterior. 1070. Resposta: “B”. Alternativa “B” porque este se refere ao “thesaurus” e não ao “dicionário analógico”. 1071. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Com relação a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes. O pronome “àquele” (L.2) refere-se a “Um dicionário analógico” (L.1). (A) Certo (B) Errado 1072. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Com relação a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes. A mesma regra de acentuação justifica o emprego do acento agudo nas palavras “dicionário” (L.1) e “possíveis” (L.6). (A) Certo (B) Errado 1073. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Com relação a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes. A palavra “thesaurus” é destacada no texto, de acordo com as normas vigentes com relação à escrita de termos em língua estrangeira. (A) Certo (B) Errado 1074. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Com relação a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes. Em “Um dicionário analógico, ou de ideias afins, ou thesaurus, parte de um pressuposto semelhante ...” (L.1-2), a supressão da vírgula após a palavra thesaurus acarretaria prejuízo gramatical a esse trecho, visto que essa vírgula, bem como as outras nele empregadas, sinaliza uma relação de equivalência entre termos. (A) Certo (B) Errado 1075. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Com relação a aspectos linguísticos do texto acima, julgue os itens subsequentes. Na oração “mas não nos ocorre uma palavra satisfatória”, a próclise do pronome deve-se à presença do advérbio de negação. (A) Certo (B) Errado TEXTO 1 As universidades corporativas surgiram no mercado educacional com o intuito de capacitar os funcionários de instituições e grandes empresas. No caso da Universidade do 4 Parlamento Cearense (UNIPACE), um dos seus principais . 526 7 10 13 16 19 22 25 focos foi contribuir com a educação dos servidores públicos. Criada em 2007, ela surgiu para aperfeiçoar a atuação do funcionalismo estadual, promovendo atividades direcionadas à formação e qualificação profissional dos servidores e agentes políticos vinculados às assembleias legislativas e às câmaras municipais conveniadas. A presidente da UNIPACE, Patrícia Saboya, define a educação como princípio da democratização de um povo, da manutenção da cultura e das tradições. Em consonância com o discurso do escritor e economista César Benjamin, que afirma: “O maior patrimônio de um país é seu próprio povo, e o maior patrimônio de um povo é a sua cultura”, ela acredita que a cultura permite ao cidadão comum expressar melhor conceitos e sentimentos, conhecer bem a língua que fala, reconhecer sua identidade e ampliar seu horizonte de direitos. O resultado disso, segundo a deputada, é um aumento de sua capacidade de organização e de comunicar-se melhor consigo e com outros povos, aprender novas técnicas. Enfim, ter acesso ao que de melhor a humanidade produziu na ciência e na arte. De acordo com a parlamentar, um dos objetivos da instituição é ampliar os cursos de formação na área de políticas públicas para capacitar os servidores públicos ao melhor atendimento à população. Internet: <www.al.ce.gov.br> (com adaptações). 1076. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No que se refere a aspectos gramaticais e formais do texto acima, julgue os itens seguintes. Em “comunicar-se melhor consigo e com outros povos, aprender novas técnicas. Enfim, ter acesso ao que de melhor...” (L.21-23), a substituição do ponto final por uma vírgula, iniciando-se o advérbio com letra minúscula, manteria a correção gramatical do trecho. (A) Certo (B) Errado 1077- (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No segmento “capacitar os servidores públicos ao melhor atendimento” (L. 26), caso a preposição “a” fosse substituída por para, a regência do verbo estaria igualmente correta. (A) Certo (B) Errado 1078. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A substituição de “com o intuito de capacitar os” (L.2) por objetivando à capacitação dos manteria a correção gramatical e o sentido do primeiro período do texto. (A) Certo (B) Errado 1079. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No período ‘O maior patrimônio de um país é seu próprio povo, e o maior patrimônio de um povo é a sua cultura’ (L.15-16), o emprego da vírgula justifica-se para indicar que o sujeito da segunda oração é diferente do da primeira. (A) Certo (B) Errado 1080. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No texto, as formas verbais “permite” (L.17) e “ter” (L.22) regem apenas complemento indireto. (A) Certo (B) Errado . 527 1071. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “aquele” se refere a um dicionário que conhecemos de uso normal. 1072. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque as duas palavras são paroxítonas terminadas em ditongo crescente, portanto acentuadas. 1073. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque palavras estrangeiras que não estão ainda incorporadas pelo nosso vocabulário são sempre destacadas e no caso está entre aspas. 1074. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque se não colocarmos uma vírgula, estaremos desfazendo a relação equivalente entre os termos, pois há relação entre os termos separados pela vírgula. 1075. Resposta: “A”. A alternativa “A” porque a partícula negativa atrai a “próclise”. 1076. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o uso dos dois pontos iria explicar a oração anterior o que não causaria prejuízo gramatical. 1077- Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque as preposições “a” e “para” atendem a regência do verbo igualmente, sem “alteração semântica”. 1078. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “com o intuito de capacitar” = “com a intenção de capacitar” é diferente de “por objetivando à capacitação” = “prepararando para um melhor trabalho” No primeiro caso a ação ainda é objetivo e no segundo já acontece. 1079. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o uso da vírgula indica que na primeira oração o sujeito é “O maior patrimônio de um país” e na segunda é “...o maior patrimônio de um povo” 1080. Resposta: “B”. A alternativa “A” é a correta porque o verbo “permite” é um VTI e pede um OI, mas o verbo “ter” é VTD e o OD (acesso) que pede complemento. 1081. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No trecho “define a educação como princípio da democratização de um povo, da manutenção” (L.11-13), o recurso de repetição do elemento “da” deve-se à preservação do paralelismo sintático na oração. (A) Certo (B) Errado TEXTO 1 O governo do estado do Ceará, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão, apresenta a segunda edição, revisada, do Manual do Servidor Público Estadual, com o 4 objetivo de orientar e facilitar o entendimento de assuntos relacionados à área de pessoal no que concerne aos direitos e deveres, às concessões e obrigações, tendo em vista as 7 constantes alterações da legislação aplicável ao servidor. As informações inseridas no documento apresentam-se de forma objetiva e em linguagem clara, garantindo às pessoas o 10 conhecimento permanente dessas informações para que não venham a sofrer prejuízo de qualquer natureza. . 528 Importa ressaltar que esse instrumento está aberto a 13 mudanças, para evitar a obsolescência e de modo a proporcionar aos servidores uma dinâmica eficiente das atividades e a possibilidade de cooperação intelectual. 16 O governo espera que o manuseio deste manual possa servir como importante instrumento de fortalecimento da conduta ética no trato dos assuntos relacionados ao serviço 19 público estadual, como fonte permanente de consulta para dirimir dúvidas e também como mecanismo facilitador dos procedimentos administrativos. Internet: <www.gestaodoservidor.ce.gov.br> (com adaptações). 1082. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No que concerne à organização textual, às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. Seriam preservadas a correção gramatical e a ideia principal do primeiro período do texto caso ele fosse reescrito sucintamente da seguinte forma: O governo do estado do Ceará apresenta nova edição do Manual do Servidor Público, para subsidiar a atuação de seus servidores. (A) Certo (B) Errado 1083. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No que concerne à organização textual, às ideias e às estruturas linguísticas do texto acima, julgue os itens subsecutivos. Na linha 4, considerando-se o sentido do texto, é correto afirmar que o verbo “orientar” não rege complemento e o verbo “facilitar” rege complemento direto. (A) Certo (B) Errado 1084. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Nesse texto de apresentação do manual, emprega-se a linguagem coloquial para facilitar o entendimento dos objetivos e das formas de uso do referido documento pelos servidores públicos do estado do Ceará. (A) Certo (B) Errado 1085. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A expressão “tendo em vista” (L.6) poderia ser substituída por haja vista, sem prejuízo para os sentidos do texto, uma vez que ambas as expressões estabelecem relação de causalidade entre ideias. (A) Certo (B) Errado 1086. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A vírgula empregada na linha 19 justifica-se para isolar expressão exemplificativa. (A) Certo (B) Errado 1087. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No trecho “para que não venham a sofrer prejuízo de qualquer natureza” (L.1011) o verbo vir está flexionado no plural para concordar com o termo “informações” (L.10). (A) Certo (B) Errado 1088. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) O segundo parágrafo do texto caracteriza-se como mera retomada das considerações expressas anteriormente, não sendo possível identificar em seu conteúdo dado novo a respeito do manual. (A) Certo (B) Errado . 529 TEXTO 1 4 7 10 Quando se fala em gramática, geralmente se pensa em um conjunto de ensinamentos sobre a maneira correta de falar e escrever uma língua ou em um livro que contenha esses ensinamentos. Trata-se de uma imagem construída ao longo de pelo menos vinte séculos, desde que os gregos — e, dando-lhes seguimento, os romanos — conceituaram gramática como a arte do uso correto da língua. Essa história abriga um extenso capítulo escrito a partir do final do século XV e recheado de episódios decisivos no curso dos séculos XVI e XVII, quando se consolidou o perfil das gramáticas normativas das línguas europeias modernas. José Carlos de Azeredo. Gramática Houaiss da língua portuguesa. 3.ª ed. São Paulo: Publifolha, Houaiss, 2010, p. 32 (com adaptações). 1089. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) A respeito dos aspectos sintáticos e semânticos do texto acima, julgue os itens que se seguem. No trecho “Trata-se de uma imagem construída ao longo de pelo menos vinte séculos” (L.4-5), a forma verbal sublinhada foi empregada no singular para concordar com “imagem”. (A) Certo (B) Errado 1090. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No trecho “— e, dando-lhes seguimento, os romanos —” (L.5-6), os travessões poderiam ser substituídos por parênteses, sem prejuízo gramatical para o texto. (A) Certo (B) Errado 1081. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque ao se repetir a preposição de ou sua combinação há a preservação do paralelismo sintático na oração. 1082. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a mudança não altera o sentido do texto, apenas há uma troca de termos de lugar na frase sem prejuízo semântico, estrutural. 1083. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque os dois verbos “orientar” é “facilitar” são VTD e pedem complemento: OD. 1084. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque na elaboração de um Manual usa-se a linguagem referencial: Transmite uma informação objetiva sobre a realidade. Dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias. É a linguagem característica das notícias de jornal, do discurso científico e de qualquer exposição de conceitos. Coloca em evidência o referente, ou seja, o assunto ao qual a mensagem se refere. 1085. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “tendo em vista” = aspirando, destinando-se, intentando, planejando, pretendendo; “haja vista” = tendo em conta, tendo em vista, a julgar por. É uma expressão que tem uma estrutura semântica invariável, e permanece inalterada independentemente da frase onde está inserida. A substituição de uma pela outra prejudicaria o entendimento do texto pois estabeleceria uma outra relação (consequência). . 530 1086. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a vírgula empregada separa orações subordinadas adverbiais comparativas. 1087. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “venham” concorda com “pessoas” e não com “informações”. 1088. Resposta: “B” A alternativa “B” é a correta porque não é uma retomada e sim uma expectativa em relação ao uso do Manual e sua utilidade aos usuários. 1089. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “trata-se” é oração sem sujeito, portanto não está concordando com “imagens” que é OD. 1090. Resposta: “A”. A alternativa “B” é a correta porque é possível a utilização de parênteses no lugar dos travessões sem prejuízo gramatical para o texto. São dois recursos idênticos que servem para explicar o termo anterior. 1091. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No segmento “quando se consolidou o perfil das gramáticas” (L.9-10), o elemento sublinhado indica a reflexidade do verbo. (A) Certo (B) Errado 1092. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Na linha 1, traria prejuízo para os sentidos e para a correção gramatical do texto o deslocamento do trecho “Quando se fala em gramática”, para imediatamente após “pensa”, efetuando-se a devida alteração de maiúsculas e acrescentando-se vírgula após “pensa”. (A) Certo (B) Errado 1093. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) O trecho “geralmente se pensa em um conjunto de ensinamentos sobre a maneira correta de falar e escrever uma língua ou em um livro que contenha esses ensinamentos” (L.1-4) poderia ser reescrito, sem prejuízo da correção gramatical e das informações nele apresentadas, da seguinte forma: na maior parte das vezes, é pensado um conjunto ou um livro de ensinamentos sobre a maneira correta de falar e escrever uma língua. (A) Certo (B) Errado 1094. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Haveria prejuízo semântico para o texto caso o segmento “sobre a” (L.2) fosse substituído pela locução acerca da. (A) Certo (B) Errado 1095. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No primeiro período do texto, o elemento “que” é classificado como pronome relativo. (A) Certo (B) Errado . 531 TEXTO 1 4 7 Os deputados e senadores devem ser eleitos para um período de cinco anos, tempo suficiente para que eles realmente tomem consciência dos problemas e soluções das regiões que representam e formulem projetos de interesse público dentro das leis vigentes. Um tempo menor pode dificultar os trabalhos dos representantes populares, e um maior pode consolidar no cargo a incompetência e a inutilidade de alguns senadores e deputados, o que frustraria a vontade e os interesses dos eleitores. Figueiredo, 1999 (com adaptações) 1096. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Considerando a organização das ideias e aspectos linguísticos do texto acima, julgue os seguintes itens. A proposta de mandato parlamentar apresentada pelo autor do texto apoia-se em verdade universalmente aceita: todos os deputados e todos os senadores precisam de cinco anos de mandato, uma vez que não cumprem suas atribuições. (A) Certo (B) Errado 1097. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Na linha 1, a substituição do conectivo “e” por ou não prejudica a coerência do texto. (A) Certo (B) Errado 1098. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) No último período, a conjunção “e”, em todas as ocorrências, exerce o mesmo papel: o de junção de elementos textuais de mesma natureza, no caso, núcleos de complementos verbais. (A) Certo (B) Errado 1099. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Segundo opinião do autor do texto, o mandato exercido por deputados e senadores é insuficiente para o cumprimento das atividades parlamentares. (A) Certo (B) Errado 1100. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Infere-se do texto que há deputados e senadores incompetentes. (A) Certo (B) Errado 1091. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o “se” não é pronome reflexivo neste caso pois o verbo não é pronominal e “se” é partícula apassivadora. 1092. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque no deslocamento do trecho, a oração subordinada adverbial aparece “intercalada”, no meio da oração principal, a vírgula torna-se obrigatória no começo e no fim da oração intercalada! . 532 1093. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque é possível notar a alteração gramatical com a substituição, pois na primeira maneira há sujeito indeterminado e com a mudança , a estrutura fica danificada, mudando o sentido do texto. 1094. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque não haveria prejuízo semântico para o texto, pois as duas possuem a mesma significação. “sobre” = a respeito de “Acerca da” = a respeito da, sobre 1095. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “que” é pronome relativo porque pode ser substituído por “o qual” .”...em um livro que contenha...” > “em um livro o qual contenha...” 1096. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque de acordo com o texto, "Os deputados e senadores devem ser eleitos para um período de 5 anos", no entanto, o autor deixa claro no texto que esse período não pode ser MENOR para não "dificultar os trabalhos dos representantes populares" e nem pode ser MAIOR para não "consolidar no cargo a incompetência e a inutilidade de alguns deputados e senadores". 1097. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “e” indica soma e “ou” indica alternância. 1098. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o primeiro “e” é uma conjunção aditiva unindo orações coordenadas, os outros unem termos com a mesma função (a incompetência e a inutilidade), (senadores e deputados) e (a vontade e os interesses). 1099. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o autor descreve assim: Tempo suficiente para que eles realmente tomem consciência dos problemas e soluções das regiões que representam e formulem projetos de interesse público dentro das leis vigentes. 1100. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o autor passa essa mensagem ao se referir a deputados e senadores como incompetentes. 1101. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) Ao expressar suas ideias acerca do mandato parlamentar, o autor do texto emprega o método indutivo de raciocínio, isto é, o tópico frasal inicial corresponde a uma proposição genérica, que, a seguir, é especificada. (A) Certo (B) Errado 1102. (AL/CE - Analista Legislativo - Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE/2011) O autor do texto parte da organização e análise de fatos da realidade para formular a conclusão. (A) Certo (B) Errado TEXTO E la nave va... 1 - Atenção, senhores passageiros! Lamentamos informar que neste momento navegamos pelo universo a bordo de uma nave que vem inspirando cuidados cada vez maiores em todos os passageiros. Tecnicamente estamos à deriva, mas não há motivo para pânico. Ainda é possível restabelecer as condições de voo, desde que todos colaborem. Os passageiros da primeira classe, principalmente. . 533 2 - A fumaça lançada no ar pelos mais ricos fez a temperatura da nave aumentar 0,6ºC no último século. Nesse ritmo, chegaremos ao final deste século com a temperatura aumentando de um a seis graus centígrados. Nosso sistema de refrigeração não é capaz de enfrentar esse aquecimento global. Não há água limpa suficiente para todos. Ou evitamos o desperdício, distribuindo melhor o que resta, ou teremos sérios problemas daqui para frente. 3 - Lembramos que dividimos espaço com outras formas de vida, que chegaram antes de nós e que estão desaparecendo rapidamente, numa velocidade dez mil vezes maior do que antes de nossa chegada. Cada um de nós, nesta nave, tem uma função, portanto cada espécie animal ou vegetal extinta produz impactos importantes no equilíbrio da vida. 4 - A distribuição dos passageiros pela nave se dá de forma desigual. Quase metade dos lugares é ocupada por passageiros que sobrevivem com apenas 2 dólares por dia. Pedimos desculpas pelas péssimas condições de viagem desse grupo, mas lembramos que a culpa não é da nave. Estamos equipados com recursos suficientes para que todos façam uma viagem tranquila, sem agonia ou sofrimento. 5 - Se a distribuição dos recursos não se dá de forma satisfatória, o problema é de quem se apossou de muito mais do que precisa, sem prestar atenção para o que acontece em volta. Registramos com desgosto que 800 mil passageiros se encontram subnutridos e 24 mil morrem todos os dias por causa da fome. 6 - A nave é de paz, mas alguns passageiros, não. Percebemos, constrangidos, que os gastos crescentes com a indústria bélica seriam mais do que suficientes para resolver o problema da fome. É importante frisar que nossa nave não dispõe de saídas de emergência, nem há outra opção para os passageiros a não ser permanecer aqui. De design arrojado e semblante azul, nossa nave foi concebida para ser o mais aconchegante abrigo do universo. 7- Agradecemos a boa vontade de todos em discutir o plano de voo que seguiremos daqui para frente. Lembramos que a responsabilidade é compartilhada e que todos contribuímos em maior ou menor grau para o sucesso desta viagem. 1103. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) A leitura global do texto nos permite reconhecê-lo como (A) alerta para a responsabilidade de todos pelo futuro do planeta. (B) relato das condições climáticas da atmosfera terrestre. (C) desabafo pessoal da insatisfação do autor com a natureza. (D) denúncia da situação irreversível de nossas florestas. 1104. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) Observe que todo o texto é construído em linguagem figurada, uma das características da função poética. No entanto, a função emotiva faz-se presente no seguinte trecho: (A) Atenção, senhores passageiros! (parágrafo 1) (B) [...] Cada espécie animal ou vegetal extinta produz impactos importantes no equilíbrio da vida. (parágrafo 3) (C) De [...] Semblante azul, nossa nave foi concebida para ser o mais aconchegante abrigo do universo.(parágrafo 6) (D) Percebemos, constrangidos, [...] Os gastos crescentes com a indústria bélica [...] (parágrafo 6) 1105. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) No texto, nosso planeta é comparado a uma nave espacial. Para reforçar essa metáfora, o autor emprega as seguintes palavras: (A) abrigo; universo; pânico. (B) viagem; voo; passageiros. (C) refrigeração; desperdício; problemas. (D) espaço; espécie; vida. 1106. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) O cientista Marcelo Gleiser fez a seguinte declaração: A Terra é quase um oásis sagrado, em uma galáxia extremamente hostil à vida. Essa constatação de Gleiser pode explicar a seguinte afirmativa do texto: (A) Ainda é possível restabelecer as condições de voo, desde que todos colaborem. (parágrafo 1) (B) [...] Dividimos espaço com outras formas de vida, que chegaram antes de nós [...] (parágrafo 3) . 534 (C) [...] Nossa nave não dispõe de saídas de emergência, nem há outra opção para os passageiros a não ser permanecer aqui. (parágrafo 6) (D) [...] Todos contribuímos em maior ou menor grau para o sucesso desta viagem. (parágrafo 7) 1107. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) Tripulação é o conjunto de pessoas encarregadas de dirigir um veículo. Passageiros são as pessoas que viajam no veículo. Leia a seguinte afirmação de Marshall McLuhan, teórico da comunicação e educador: Não há passageiros na nave espacial Terra; somos todos tripulação. Essa afirmativa corresponde à seguinte expressão: (A) responsabilidade compartilhada. (B) condições de voo. (C) equilíbrio da vida. (D) viagem tranquila. 1108. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) Compare a concordância do verbo com seu sujeito nos seguintes segmentos do texto: [...] desde que todos colaborem. (parágrafo 1) [...] todos contribuímos [...] para o sucesso desta viagem. (parágrafo 7) No segundo segmento, o emprego do verbo na primeira pessoa do plural (A) Compare a concordância do verbo com seu sujeito nos seguintes segmentos do texto: · [...] Desde que todos colaborem. (parágrafo 1) · [...] Todos contribuímos [...] Para o sucesso desta viagem. (parágrafo 7) No segundo segmento, o emprego do verbo na primeira pessoa do plural (B) está adequado, porque o verbo concorda preferencialmente na 1ª pessoa do plural, quando seu sujeito é “todos”. (C) justifica-se, porque a responsabilidade pelo sucesso da viagem é de todos nós. (D) é impossível, porque a forma correta deveria ser “todos contribuem para o sucesso desta viagem”. 1109. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) De acordo com o texto, o sofrimento dos subnutridos e dos que morrem de fome caracteriza injustiça, já que : (A) navegamos pelo universo a bordo de uma nave que vem inspirando cuidados. (parágrafo 1) (B) estamos à deriva, mas não há motivo para pânico. (parágrafo 1) (C) dividimos espaço com outras formas de vida, que chegaram antes de nós. (parágrafo 3) (D) estamos equipados com recursos suficientes para que todos façam uma viagem tranquila. (parágrafo 4) 1110. (FUNCEFET - 2011 - Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) Os problemas citados nos parágrafos 2 e 3 do texto comprovam a seguinte denúncia do teólogo e escritor Leonardo Boff: (A) “Há um descuido e uma falta de atenção na salvaguarda da nossa casa comum, o planeta Terra”. (B) “Há um descuido e um descaso pela vida inocente de crianças”. (C) “Há um descuido e um descaso imensos pela sorte dos desempregados”. (D) “Há um descuido [...] Dos ideais de liberdade [...] Para todos os seres humanos”. 1101. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o autor não emprega o método “indutivo” e sim o “dedutivo”, pois ele parte do geral para o específico quando ele cita tempo menor e tempo maior. 1102. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o autor começa apresentando uma explicação sobre o mandato de políticos, fazendo análise de fatos da realidade e depois faz sua conclusão. 1103. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o texto dá realmente um alerta sobre a responsabilidade de todos em relação ao futuro. 1104. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque há presença de emoção no uso de “percebemos”, “constrangidos”. . 535 1105. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “viagem; voo; passageiros” são elementos metafóricos necessários para o entendimento do texto. 1106. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque ao comparar a Terra com um oásis, o autor quer dizer que a vida aqui é isolada, única e não há como sair. 1107. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque somos responsáveis pelo futuro de todos os tripulantes desta nave. 1108. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque ao colocar o verbo na primeira pessoa do plural o autor passa a mensagem que todos nós somos responsáveis para o sucesso desta viagem. 1109. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a “Terra” é um planeta com muitos recursos e suficientes para uma viagem tranquila e o sofrimento dos subnutridos é de nossa responsabilidade e é possível reverter tal quadro para que todos tenham uma viagem tranquila. 1110. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque problemas citados mostram o descuido e falta de atenção em ajudar aos necessitados para uma viagem mais tranquila aqui em nosso planeta Terra. 1111. (Prefeitura de Nilópolis/RJ - Técnico de Informática – FUNCEFET/2011) O grande ambientalista brasileiro Chico Mendes fez a seguinte declaração: No começo pensei que estivesse lutando para salvar as seringueiras, depois pensei que estava lutando para salvar a Floresta Amazônica. Agora percebi que estava lutando para salvar a humanidade. Esse pensamento pode ser explicado pelo fato de que: (A) a fumaça lançada no ar pelos mais ricos fez a temperatura da nave aumentar 0,6ºc no último século. (parágrafo 2) (B) cada espécie animal ou vegetal extinta produz impactos importantes no equilíbrio da vida. (parágrafo 3) (C) a distribuição dos recursos não se dá de forma satisfatória, o problema é de quem se apossou de muito mais do que precisa. (parágrafo 5) (D) a distribuição dos recursos não se dá de forma satisfatória, o problema é de quem se apossou de muito mais do que precisa. (parágrafo 5) Um pé de Milho Os americanos, através do radar, entraram em contato com a Lua, o que não deixa de ser emocionante. Mas o fato mais importante da semana aconteceu com o meu pé de milho. Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa que pode ser um pé de capim – mas descobriu que era um pé de milho. Transplantei-o para o exíguo canteiro da casa. Secaram as pequenas folhas as pequenas folhas; pensei que fosse morrer. Mas ele reagiu. Quando estava do tamanho de um palmo, veio um amigo e declarou desdenhosamente que aquilo era capim. Quando estava com dois palmos, veio um outro amigo e afirmou que era cana. Sou um ignorante, um pobre homem da cidade. Mas eu tinha razão. Ele cresceu, está com dois metros, lança suas folhas além do muro e é um esplêndido pé de milho. Já viu o leitor um pé de milho? Eu nunca tinha visto. Tinha visto centenas de milharais – mas é diferente. Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido; junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente. Suas raízes roxas se agarram no chão e suas folhas longas e verdes nunca estão imóveis. Detesto comparações surrealistas – mas na lógica de seu crescimento, tal como vi na noite de luar, o pé de milho parecia um cavalo empinado, de crinas ao vento e em outra madrugada, parecia um galo cantando. Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou. Há muitas flores lindas no mundo, e a flor de milho não será a mais linda. Mas . 536 aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar como uma força e uma alegria que me fazem bem. É alguma coisa que se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um medíocre homem que vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos. (BRAGA, Rubem, 200 crônicas escolhidas 27. Ed. Rio de Janeiro 2007 p.77) 1112. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) A respeito do texto analise os itens a seguir: I. No segundo parágrafo da crônica, a sequência de acontecimentos parece querer apontar a tenacidade do pé de milho e o descrédito das pessoas em relação à sua verdadeira identidade vegetal. II. Ao afirmar que o fato mais importante da semana aconteceu com seu pé de milho, o cronista conduz seu olhar para um aspecto do cotidiano, o qual será esclarecido no decorrer do desenvolvimento do texto. III. O sentido de VER o pé de milho, no terceiro parágrafo, é captar a imagem, por meio dos olhos, de um vegetal que nasceu no jardim. Assinale: (A) se apenas I e III estiverem corretos. (B) se apenas II e III estiverem corretos. (C) se apenas I e II estiverem corretos. (D) se apenas II estiver correto. (E) se apenas I estiver correto. 1113. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) Todas as afirmativas a respeito dos elementos da frase “Sou um ignorante, um pobre homem da cidade” estão corretas, EXCETO: (A) POBRE, nesse contexto, anteposto ao substantivo, significa “digno de pena, insignificante” (B) Se o adjetivo da frase estivesse posposto ao substantivo, adquiriria o sentido de “DESPROVIDO DE RECURSOS FINANCEIROS”. (C) O gênero do substantivo IGNORANTE é marcado pela anteposição do artigo indefinido UM. (D) A expressão DA CIDADE é uma locução adjetiva e o seu adjetivo correspondente é CITADINO (E) O deslocamento do adjetivo POBRE para depois do substantivo provocaria alteração em sua classificação sintática. 1114. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) Sobre o fragmento “Aconteceu que, no meu quintal, em um monte de terra trazida pelo jardineiro, nasceu alguma coisa...” é correto afirmar que: (A) QUE NASCEU ALGUMA COISA é sujeito oracional de “aconteceu”. (B) o verbo ACONTECER é transitivo indireto. (C) ALGUMA COISA é objeto indireto na segunda oração. (D) possui dois advérbios de lugar. (E) MEU é um pronome substantivo possessivo. 1115. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) “Anteontem aconteceu o que era inevitável, mas que nos encantou como se fosse inesperado: meu pé de milho pendoou.” Os dois-pontos no trecho acima introduzem uma: (A) comparação (B) consequência. (C) concessão. (D) explicitação. (E) enumeração 1116. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) “É alguma coisa QUE se afirma com ímpeto e certeza. Meu pé de milho é um belo gesto da terra. Eu não sou mais um medíocre homem QUE vive atrás de uma chata máquina de escrever: sou um rico lavrador da Rua Júlio de Castilhos.” . 537 As ocorrências da palavra QUE no trecho acima são classificadas respectivamente como: (A) conjunção integrante e conjunção integrante. (B) pronome relativo e pronome relativo. (C) pronome relativo e conjunção integrante. (D) conjunção subordinativa e conjunção subordinativa. (E) conjunção integrante e pronome relativo. 1117. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) Assinale a figura de linguagem que predomina no trecho “Mas aquele pendão firme, vertical, beijado pelo vento do mar, veio enriquecer nosso canteirinho vulgar com uma força e uma alegria que me fazem bem.” (A) hipérbole (B) eufemismo. (C) prosopopeia. (D) antítese. (E) catacrese. 1118. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) Assinale a alternativa em que se passou, corretamente, a frase “MAS ELE REAGIU” para a forma de tratamento TU, mantendo o verbo no mesmo tempo e modo. (A) Mas tu reagias. (B) Mas tu reagia. (C) Mas tu reagirias. (D) Mas tu reagistes. (E) Mas tu reagiste. 1119. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) A concordância está de acordo com a norma padrão, na frase: (A) Tratam-se de opiniões diferentes sobre a identidade do pé de milho. (B) São opiniões – seja do primeiro amigo ou do segundo – que mantém a dúvida do leitor sobre a identidade do vegetal. (C) Há conceitos, no interior do texto, que podem ser interpretados de diferentes formas pelo leitor (D) Detesta-se comparações surrealistas, mas o vegetal parecia um cavalo. (E) Secou as pequenas folhas, pareciam que iam morrer. 1120. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) Se transpuséssemos o segmento “...aquele pendão firme fora beijado pelo vento do mar...” para a voz passiva sintética, como ficaria? (A) “...beijara-se aquele pendão firme...” (B) “...beijou-se aquele pendão firme...” (C) “...beijaram-se aquele pendão firme...” (D) “...tinha sido beijado aquele pendão firme... (E) “...beijava-se aquele pendão firme...” 1111. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque para se viver bem é preciso ter a preocupação com todos seres viventes do planeta e cuidando da proteção de animais em extinção e da Natureza. 1112. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque na proposição III o sentido do verbo “ver” é conotativo, uma forma de admirar e não simplesmente “ver” com os olhos. 1113. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque não provocaria nenhuma alteração em sua classificação sintática com seu deslocamento. 1114. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque é sujeito do verbo “acontecer” e o verbo é transitivo Direto e tem “alguma coisa” como seu complemento – objeto direto; e há dois adjuntos adverbias de lugar e não apenas advérbios; MEU é um pronome adjetivo possessivo. . 538 1115. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque após dois pontos vem uma explicação do termo ou oração anterior 1116. Resposta: “B” A alternativa “B” é a correta porque “que” pronome relativo porque podem ser substituídos por “a qual, o qual”. 1117. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta pôr atribuir características próprias de humanos ao pé de milho. 1118. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque conjugando o verbo na 2ª pessoa do singular fica: “tu reagiste”. 1119. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a; concordância está de acordo com a norma padrão: trata-se na alternativa “A” há presença de índice de indeterminação do sujeito “SE” e o verbo permanece no singular; Na alternativa “B” o verbo deve concordar com opiniões: mantêm; Na alternativa “D” há a presença de partícula apassivadora “SE” e o verbo concorda com comparações surrealistas – detestam-se; Na alternativa “E” o verbo concorda com as pequenas folhas – secaram. 1120. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque ao converter a voz passiva analítica em voz passiva sintética, o resultado é: “...beijara-se aquele pendão firme...” 1121. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) “Um pé de milho sozinho, em um canteiro espremido, junto do portão, numa esquina de rua – não é um número numa lavoura, é um ser vivo e independente.” A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: I. A palavra ESPREMIDO poderia ser substituída por ACUADO sem que houvesse mudança de sentido. II. A ocorrência da conjunção E tem valor aditivo. III. A expressão PÉ DE MILHO possui uma personificação. Assinale: (A) se apenas I e II estiverem corretas. (B) se apenas I e III estiverem corretas. (C) se apenas II e III estiverem corretas. (D) se apenas II estiver correta. (E) se apenas I estiver correta. 1122. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) Em “O pé de milho cresceu, POIS reagiu à mudança.”, o termo em destaque é: (A) conjunção subordinativa concessiva. (B) conjunção coordenativa explicativa. (C) conjunção coordenativa conclusiva. (D) conjunção subordinativa conformativa. (E) conjunção subordinativa causal. 1123. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) Todas as regências dos verbos destacados estão corretamente indicadas, EXCETO: (A) “...lança suas folhas além do muro...” (verbo transitivo indireto) (B) “...veio um amigo...” (verbo intransitivo) (C) “mas eu tinha razão.” (verbo transitivo direto) (D) “...declarou desdenhosamente que aquilo era capim.” (verbo transitivo direto) (E) “...o pé de milho parecia um cavalo...” (verbo de ligação) . 539 TEXTO [...] Ao acordar, disse para a mulher: – Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum. – Explique isso ao homem – ponderou a mulher. – Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar – amanhã eu pago. [...] O homem nu (SABINO, Fernando. O homem nu. In: Para gostar de ler, v.3 – Crônicas.8. ed. São Paulo: Ática, 1989. p.15 – 17.) 1124. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) De acordo com as regras para o uso do sinal indicativo da crase, assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas. “O marido pediu ___ mulher que mentisse ao cobrador, mas ela não se rendeu ___ seus apelos e, ___ medida que ele falava, percebia que não ___ convenceria, pois a mulher não se mostrou favorável ___ atitude dele. (A) à, a, à, à, a. (B) à, à, à, a, à. (C) à, a, à, a, à. (D) a, a, à, a, a. (E) à, à, à, à, à. 1125. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) No fragmento do texto “– Escuta, MINHA FILHA: hoje é...”, o termo destacado, sintaticamente, é: (A) sujeito. (B) aposto. (C) complemento nominal. (D) predicativo do sujeito. (E) vocativo. 1126. (Prefeitura de Várzea Grande/MT - Auditor de Controle Interno – FUNCAB/2011) Em “Deixa ELE bater até cansar – amanhã EU pago.” os termos em destaque são, respectivamente: (A) pronome substantivo pessoal reto e pronome substantivo pessoal reto. (B) pronome adjetivo pessoal reto e pronome substantivo pessoal reto. (C) pronome adjetivo pessoal oblíquo e pronome substantivo pessoal reto. (D) pronome substantivo pessoal oblíquo e pronome substantivo pessoal reto. (E) pronome substantivo pessoal reto e pronome adjetivo pessoal reto. TEXTO A extinção de espécies animais é natural. De todas aquelas que já viveram neste planeta, 99% estão agora desaparecidas, e deve-se contar com o sumiço de algumas subespécies. A questão é a rapidez com que isso ocorre. Estudos mostram que o impacto da humanidade acelerou em 100 vezes o ritmo natural de extinção de espécies. Muitos cientistas acreditam que estamos assistindo à sexta extinção; as outras cinco ocorreram em épocas pretéritas. O impacto do homem sobre o ambiente e seu efeito devastador para a sobrevivência de muitos animais podem ser separados em cinco ameaças, todas elas contornáveis, sem causar a ruína da economia humana: a perda ou fragmentação de hábitats, a caça predatória (a captura é mais rápida do que a capacidade de reprodução), a poluição, com destaque para pesticidas agrícolas e efluentes urbanos lançado sem águas, a alteração climática e a introdução pelo homem de animais estranhos a determinado bioma. O principal problema é, sem dúvida, a perda do hábitat. Quase 70% dos vertebrados que aparecem na lista de espécies ameaçadas são vítimas da expansão agrícola. Desmatamento, redução da camada polar, poluição dos oceanos destroem biomas, tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver. . 540 A atual extinção, não é, felizmente, um destino inevitável. "Tornou-se consenso em boa parte do mundo que devemos nos preocupar com a natureza e que só assim continuaremos a nos desenvolver", diz a diretora da Global Footprint Network, organização dedicada a calcular o impacto do homem na biodiversidade. "Há mais engajamento na luta pela conservação, sobretudo por parte das empresas", completa. (Filipe Vilicic. Veja, Edição Especial, Sustentabilidade, dez. 2010. p. 60-62, com adaptações) 1127. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Toda a exposição do texto caminha para a conclusão de que (A) deve haver maior controle da expansão agrícola para reduzir a degradação do meio ambiente e, por consequência, a extinção de inúmeras espécies animais. (B) a tentativa de algumas organizações no sentido de preservar a biodiversidade não tem produzido resultados relevantes, pois a extinção de espécies animais decorre naturalmente das alterações climáticas do planeta. (C) já se percebe maior conscientização, em quase todo o planeta, com relação à necessária preservação do meio ambiente no sentido de minimizar o impacto da ação humana como forma de garantir a biodiversidade. (D) ainda não há evidências a respeito dos resultados da atividade humana na diminuição da biodiversidade, embora a ameaça a algumas espécies esteja se tornando o foco principal de estudos científicos mais recentes. (E) a destruição da biodiversidade será inevitável, em pouco tempo, pois é preciso escolher entre a produção de alimentos necessários à sobrevivência humana e a destinação de áreas para a conservação de espécies animais. 1128. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Estudos mostram que o impacto da humanidade acelerou em 100 vezes o ritmo natural de extinção de espécies. (início do 2º parágrafo) Com a informação acima, o autor (A) busca comprovar a observação, apoiada em estudos científicos, de que A extinção de espécies animais é natural. (B) apresenta um fato que vem justificar a afirmativa expressa anteriormente de que A questão é a rapidez com que isso ocorre. (C) assinala certa desconfiança em relação às cinco ameaças para a sobrevivência das espécies, todas elas contornáveis, sem causar a ruína da economia humana. (D) condena algumas atividades decorrentes da presença humana, especialmente a expansão agrícola que, no entanto, considera ser inevitável. (E) discorda do posicionamento assumido pela diretora da organização dedicada a calcular o impacto do homem na biodiversidade. 1129. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) O sentido da expressão todas elas contornáveis (2 parágrafo) se relaciona com (A) o fato já constatado de que atualmente é quase impossível garantir a preservação da natureza em razão do atual desenvolvimento humano. (B) a constatação da inevitável extinção de espécies animais decorrente da atividade humana no planeta, que garante a sobrevivência da humanidade. (C) a importância da expansão das áreas de cultivo de alimentos, ainda que haja prejuízos a alguns biomas e às espécies animais que neles vivem. (D) as evidências trazidas por estudos recentes de que há ciclos naturais de extinção de espécies animais sem interferência direta da ação humana. (E) as atividades desenvolvidas por organizações voltadas para a preservação do meio ambiente no sentido de minimizar a possível extinção de espécies animais. 1130. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Identifica-se uma opinião pessoal e não um simples fato no segmento: (A) a atual extinção, não é, felizmente, um destino inevitável. (B) de todas aquelas que já viveram neste planeta, 99% estão agora desaparecidas, e deve-se contar com o sumiço de algumas subespécies. (C) quase 70% dos vertebrados que aparecem na lista de espécies ameaçadas são vítimas da expansão agrícola. (D) a extinção de espécies animais é natural. (E) desmatamento, redução da camada polar, poluição dos oceanos destroem biomas, tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver. . 541 1121. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque não se pode substituir “espremido”(apertado) por “acuado”(que fica parado diante do perigo), pois possuem significados diferentes, por isso não é correta; Pé de milho não é uma personificação (não tem propriedades humanas), portanto apenas a “II” é a correta, porque “E” é uma conjunção com valor aditivo, soma. 1122. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a conjunção coordenativa explicativa “POIS” explica a oração anterior. 1123. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o ” verbo lançar” é transitivo direto 1124. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque preenche acertadamente as lacunas. a+a=à (mulher, palavra feminina); a seus apelos (apenas preposição); a+a=à(medida) que palavra feminina formando locução adverbial); a (pronome pessoal oblíquo); a+a+= à (atitude – palavra feminina) 1125. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque “MINHA FILHA” é um vocativo. 1126. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “ELE” é um pronome substantivo pessoal oblíquo e “EU” é um pronome substantivo pessoal reto. 1127. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque sem dúvida, no final do último parágrafo, na fala da Diretora da Global Footprint Network: "Tornou-se consenso em boa parte do mundo que devemos nos preocupar com a natureza e que só assim continuaremos a nos desenvolver" 1128. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque apresenta um fato que vem justificar a afirmativa expressa anteriormente de que a extinção de espécies animais é natural. Na “A” busca comprovar a observação, apoiada em estudos científicos, de que a extinção de espécies animais é natural, De fato a extinção de espécies é natural, como afirma o item. Ocorre que a interferência do homem fez com que a velocidade da extinção de espécies fosse acelerada 100 vezes. O texto traz relação de causa e consequência; não pretende comprovar que a extinção de espécies é natural. Na “C” há relação de causa e consequência. Causa: o impacto da humanidade. Consequência: acelerou em 100 vezes o ritmo de extinção de espécies... e assinala certa desconfiança em relação às cinco ameaças para a sobrevivência das espécies, todas elas contornáveis, sem causar a ruína da economia humana. O autor refere-se ao final do primeiro parágrafo que versa sobre a rapidez da extinção de espécies. Na “D” condena algumas atividades decorrentes da presença humana, especialmente a expansão agrícola que, no entanto, considera ser inevitável. O problema da expansão agrícola só foi apresentado no terceiro parágrafo. A questão versa sobre causa e consequência: impacto da humanidade/aceleração da extinção de espécies. Na “E” discorda do posicionamento assumido pela diretora da organização dedicada a calcular o impacto do homem na biodiversidade. A diretora apenas afirma que a atual extinção não é um destino inevitável por causa da conscientização. Não há relação com a rapidez da extinção, conforme consta no primeiro parágrafo. 1129. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque as atividades desenvolvidas por organizações preocupadas com a preservação ambiental podem minimizar problemas de extinção de espécies animais. 1130. Resposta: “A”. . 542 A alternativa “A” é a correta porque o autor do texto expressa sua opinião neste segmento, pois é possível evitá-la. 1131. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Em relação ao emprego de sinais de pontuação no texto, está INCORRETA a afirmativa: (A) Muitos cientistas acreditam que estamos assistindo à sexta extinção; as outras cinco ocorreram em épocas pretéritas. (2º parágrafo) O ponto e vírgula surge para separar os dois segmentos do período por meio de uma pausa mais forte. (B) O longo segmento introduzido pelos dois-pontos no 2º parágrafo constitui uma enumeração especificativa. (C) ... Tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver. (3º parágrafo) A presença de uma vírgula após o pronome que seria facultativa, pois não traria nenhuma alteração à estrutura da frase. (D) (a captura é mais rápida do que a capacidade de reprodução) O segmento entre parênteses, no 2º parágrafo, contém sentido explicativo para a expressão caça predatória. (E) Os segmentos isolados por aspas no último parágrafo correspondem a transcrições das palavras de uma autoridade envolvida com o problema apontado no texto. 1132. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) ... e deve-se contar com o sumiço de algumas subespécies. (1º parágrafo) A mesma relação existente entre o verbo e seu complemento, grifados no segmento acima, está em: (A) ... 99% estão agora desaparecidas ... (B) ... Sem causar a ruína da economia humana ... (C) o principal problema é, sem dúvida, a perda do hábitat. (D) ... Que aparecem na lista de espécies ameaçadas ... (E) desmatamento, redução da camada polar, poluição dos oceanos destroem biomas ... 1133. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) A conservação de espécies animais pode ser considerada uma escolha racional. O respeito à vida pressupõe uma relação espiritual com a natureza. A natureza nos cerca. Necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência. As frases acima se articulam de modo lógico, claro e correto no período: (A) Já que a conservação de espécies animais pode ser considerada uma escolha racional, com que o respeito à vida pressupõe uma relação espiritual na natureza em nossa volta, porque necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência. (B) Além do respeito à vida, que pressupõe uma relação espiritual com a natureza que nos cerca, a conservação de espécies animais pode ser considerada uma escolha racional, tendo em vista que necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência. (C) Como a natureza nos cerca, e que necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência, a conservação de espécies animais vem a ser considerada uma escolha racional, como a relação espiritual com a natureza sendo o suposto respeito à vida. (D) A natureza nos cerca, de que necessitamos da biodiversidade para nossa sobrevivência, com a conservação de espécies animais devendo se considerar uma escolha racional, com o respeito à vida pressupondo uma relação espiritual com a natureza. (E) Tendo em vista que a conservação de espécies animais pode ser considerada uma escolha racional, com o respeito à vida que supõe a relação espiritual com a natureza, é ela que nos cerca, sendo necessário a biodiversidade para nossa sobrevivência. TEXTO Vivemos na muito alardeada Era da Informação. Por cortesia da internet, temos a impressão de ter acesso imediato a tudo que alguém poderia querer saber. Certamente somos mais bem informados em história, ao menos quantitativamente. Há trilhões e trilhões de bytes circulando no éter – tudo para ser colhido e ser objeto de pensamento. E é precisamente esta a questão. No passado, nós colhíamos informações não só para saber as coisas. Isso era apenas o começo. Nós também colhíamos informações para convertê-las em alguma coisa maior que fatos e, em última análise, mais útil: em ideias que explicavam as informações. . 543 Buscávamos não só apreender o mundo, mas realmente compreendê-lo, que é a função primordial das ideias. Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam uns aos outros. Karl Marx chamou a atenção para a relação entre meios de produção e nossos sistemas sociais e políticos. Sigmund Freud nos ensinou a explorar nossas mentes como meio para compreender nossas emoções e comportamentos. Einstein reescreveu a física. Mais recentemente, Marshall McLuhan teorizou sobre a natureza da comunicação moderna e seu efeito na vida contemporânea. Essas ideias permitiram que nos desprendêssemos de nossa existência e tentássemos responder às grandes e atemorizantes questões de nossas vidas. Mas se a informação foi um dia um alimento de ideias, na última década ela se tornou sua concorrente. Preferimos conhecer a pensar porque o conhecer tem mais valor imediato. Ele nos mantém "por dentro", nos mantém conectados com nossos amigos e nossa tribo. As ideias são tão etéreas, tão pouco práticas, trabalho demais para recompensa de menos. Poucos falam ideias. Todos falam informação, geralmente informação pessoal. [Neal Gabler (The New York Times, trad. de Celso M. Paciornik), A22, Internacional. O Estado de S. Paulo, 21 de agosto de 2011, com adaptações] 1134. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) No texto, o autor (A) reconhece a atual facilidade com que as pessoas conseguem obter as mais diversas informações, concluindo pela real importância desse amplo conhecimento. (B) lamenta a influência das informações disseminadas pela internet no pensamento dos grandes teóricos da humanidade. (C) defende a tese de que, apesar do enorme afluxo de informações, a sociedade moderna desconhece quase inteiramente os ensinamentos do passado. (D) condena os avanços tecnológicos, ainda que os meios eletrônicos possam favorecer a difusão de ideias grandiosas por todo o mundo. (E) deixa clara a diferença entre o que se percebe apenas como fatos, muitas vezes sem maior relevância, e aquilo que se entende usualmente por ideias. 1135. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) E é precisamente esta a questão. (2º parágrafo) A questão apontada refere-se à (A) superioridade do número de informações trazidas pelos meios de comunicação disponíveis atualmente sobre as grandes ideias do passado, que perderam parte de seu valor no mundo moderno. (B) convicção de que será possível retomar as grandes teorias formuladas por célebres pensadores a partir de um conhecimento histórico mais amplo, a ser oferecido pelos atuais sistemas de comunicação. (C) observação a respeito da enorme quantidade de informações disponíveis à curiosidade de qualquer pessoa e da pouca disposição para uma análise mais aprofundada do conteúdo trazido por essas mesmas informações. (D) valorização de todo o trabalho desenvolvido por grandes pensadores que vêm tentando explicar fenômenos da realidade que nos cerca, bem como as relações inerentes a toda a vida em sociedade. (E) importância da internet no mundo moderno, que permitiu a universalização do conhecimento, dando margem ao aprofundamento das discussões concernentes às relações humanas. 1136. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) O teor do 3º parágrafo (A) justifica, por meio de exemplos, a afirmativa de que Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam uns aos outros. (B) confirma a declaração de que Certamente somos mais bem informados em história, ao menos quantitativamente. (C) tenta comprovar que Há trilhões e trilhões de bytes circulando no éter – tudo para ser colhido e ser objeto de pensamento. (D) leva à conclusão lógica de que Preferimos conhecer a pensar porque o conhecer tem mais valor imediato. (E) realça a importância do conhecimento, porque Ele nos mantém "por dentro", nos mantém conectados com nossos amigos e nossa tribo. . 544 1137. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Isso era apenas o começo. (2º parágrafo) O sentido da frase acima reitera, no texto, o fato de que (A) o conhecimento da história deveria permitir aos cientistas a reformulação de suas hipóteses, nem todas devidamente comprovadas no decorrer do tempo. (B) a compreensão do mundo atual, movido por um enorme conjunto de informações transmitidas virtualmente, está além de qualquer tentativa de explicação teórica. (C) as teorias que explicavam o mundo perderam parte de sua utilidade diante do avanço vertiginoso da tecnologia, que permite acesso imediato a todas as informações. (D) a assimilação de informações, no passado, era o ponto de partida para a formulação de teorias no sentido de explicar o mundo, o homem e as relações sociais. (E) a utilização da imensa quantidade de informações trazidas pela internet tornou o homem mais capacitado a repensar as grandes questões da vida moderna. 1138. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Por cortesia da internet, temos a impressão de ter acesso imediato a tudo que alguém poderia querer saber. (1º parágrafo) Entende-se do segmento grifado acima: (A) crítica à capacidade e à rapidez na transmissão de informações que caracterizam a internet. (B) expressão que tenta ignorar a abrangência da internet e sua presença dominante no mundo todo. (C) aceitação de que o surgimento da internet permitiu a divulgação do conhecimento histórico no mundo todo. (D) observação irônica do autor, quanto ao acúmulo de informações obtidas facilmente na internet. (E) pleno reconhecimento da atual importância da internet na obtenção de múltiplas informações. 1139. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Poucos falam ideias. Todos falam informação, geralmente informação pessoal. (4º parágrafo) O emprego do verbo falar, nas frases acima, I. é coerente com o teor do texto, ao realçar o fato de que há interesse no maior número de informações, apenas, e não no desenvolvimento de ideias. II. se contrapõe ao que dita a norma culta quanto à regência desse verbo, indicando uso incorreto em um texto expositivo. III. indica ausência de clareza na exposição, pois deveria ter sido empregado o verbo dizer, cujo sentido se mostra mais adequado ao contexto. Está correto o que consta APENAS em (A) I. (B) III. (C) I e II. (D) I e III. (E) II e III. 1140. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) No passado, nós colhíamos informações não só para saber as coisas. O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está na frase: (A) Vivemos na muito alardeada Era da Informação. (B) ... Em ideias que explicavam as informações. (C) ... E nos explicam uns aos outros. (D) ... Que nos desprendêssemos de nossa existência ... (E) ... Nos mantém conectados com nossos amigos e nossa tribo. TEXTO Entrou na cidade por acaso. Cidade não, cidadezinha, um ovo de codorna, porque era tão pequenina que dava dó. Cinco ruas, ou quatro, e uma incompleta, uma bodega, um bar, uma padaria e a agência do correio, onde o funcionário dormia o dia todo por falta de carta e telegrama. Quase ninguém sabia ler, pudera. Missa, uma vez por mês, quando o padre da paróquia vizinha aparecia e, assim mesmo, com pressa. A praça era tão miúda que a igreja lhe tomou toda a área. Na feira, qualquer carneiro que se abatesse, em lugar da vaca, daria para a população inteira e ainda se jogaria a sobra para os cachorros, que não eram tantos assim. Urubu não aparecia, porque a carniça era diminuta, não dando para satisfazer a um bando, sendo melhor parar e pairar em lugar maior. A prefeitura funcionava numa casa alugada, duas salas e o sanitário no fundo do quintal, que, por muito tempo, foi a única obra . 545 erguida no centro urbano, e, assim mesmo, porque o prefeito sofria de incontinência urinária. Mas o motorista sentiu alguma coisa o atraindo, uma força o puxando para dentro da cidade, talvez um recado para dar, algo velho, que por ali ainda existisse, para comprar, talvez encomenda de algum doutor da capital, e entrou, com seu Opala, carro de praça, ruas adentro, nenhuma calçada. Ninguém melhor para fazer favor que o pessoal do interior. Não sabia ao certo por que deixou a estrada e entrou. (Wladimir Souza Carvalho. Valor do cão da rapariga do cabo. In: Feijão de Cego. Curitiba: Juruá, 2010. p. 131) 1131. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque mostra que tornando a vida difícil ou impossível para os animais que deles dependem para sobreviver. (3º parágrafo. A presença de uma vírgula após o pronome que seria facultativa, pois não traria nenhuma alteração à estrutura da frase, o que é errado. 1- a vírgula deve ser colocada ANTES do pronome “que” e não depois. 2 - A colocação da vírgula após o pronome “que” gera erro, portanto a vírgula é PROIBIDA e não facultativa. 3 - A questão diz: A presença de uma vírgula após o pronome "que" seria facultativa, pois não traria nenhuma alteração à estrutura da frase. "Alteração a estrutura" significa alteração GRAMATICAL e não alteração de sentido. 1132. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a mesma relação existe entre: deve-se contar com o sumiço de algumas subespécies = espécies ameaçadas (podem desaparecer) 1133. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o texto mostra que além do respeito à vida, existe uma escolha racional na preservação da Natureza, na conservação de espécies animais e da necessidade da biodiversidade para nossa sobrevivência. 1134. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o autor deixa claro que recebemos atualmente muitas informações pela internet que não são assimiladas como no passado, As informações são fatos muitas vezes sem maior interesse, 1135. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque no passado, nós colhíamos informações não só para saber as coisas. Isso era apenas o começo. Nós também colhíamos informações para convertê-las em alguma coisa maior que fatos e, em última análise, mais útil: em ideias que explicavam as informações. Buscávamos não só apreender o mundo, mas realmente compreendê-lo, que é a função primordial das ideias. Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam uns aos outros. 1136. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o autor cita pensadores como exemplos que explicam o mundo através de suas ideias para que possamos nos explicar uns aos outros. 1137. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque ela mostra que a assimilação de informações do passado como referencial para formular pensamentos que expliquem o mundo, o homem e as relações sociais. 1138. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o autor do texto deixa sua observação irônica sobre o acúmulo de informações recebidas pela internet. 1139. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque apenas a proposição I corresponde ao emprego do verbo falar nas frases, pois poucos “falam” ideais, informações, geralmente pessoais. 1140. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque buscávamos informações que nos permitiam analisar ideias e mudar comportamentos. . 546 1141. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) A concordância verbal e nominal está inteiramente respeitada na frase: (A) Apesar da grande divulgação de informações pela internet, falta interesse de pensadores que se debruce sobre as grandes questões do mundo moderno para atribuir sentido a elas. (B) Na era atual, ciência, argumentação lógica e debate foi suplantado pela quantidade, rapidez e consequente superficialidade das informações que se encontra sempre à disposição na internet. (C) É muitos os fatores que impedem um aprofundamento das grandes questões humanas, porque o acúmulo de ideias privilegiam a superficialidade das relações, ainda que não aceitemos esse fato. (D) A despeito dos gigantescos avanços tecnológicos, é possível perceber um retrocesso intelectual no modo de pensar as grandes questões da vida moderna, muitas delas originadas desse mesmo avanço. (E) Os sites de relacionamento pessoal tornou-se a principal forma de comunicação entre os jovens, e estão superando os meios impressos, onde geralmente se desenvolve as grandes ideias. 1142. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Entrou na cidade por acaso. A mesma ideia está reproduzida, com outras palavras, em: (A) ... E a agência do correio, onde o funcionário dormia o dia todo por falta de carta e telegrama. (B) ... Quando o padre da paróquia vizinha aparecia e, assim mesmo, com pressa. (C) urubu não aparecia, porque a carniça era diminuta, não dando para satisfazer a um bando ... (D) a prefeitura funcionava numa casa alugada, duas salas e o sanitário no fundo do quintal ... (E) não sabia ao certo por que deixou a estrada e entrou. 1143. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) A praça era tão miúda que a igreja lhe tomou toda a área. Entre as afirmativas que compõem o período acima identificam-se, respectivamente, (A) noção de causa e de consequência. (B) um fato real e uma opinião pessoal. (C) uma constatação e sua razão principal. (D) certa situação e sua finalidade. (E) uma observação e uma ressalva. 1144. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) A praça era tão miúda que a igreja lhe tomou toda a área. O sentido atribuído à frase pelo pronome lhe está corretamente reproduzido em: (A) Sem área maior, a igreja tomou a praça. (B) A igreja tomou toda a diminuta área de sua praça. (C) A área da praça, com sua igreja, era diminuta. (D) A igreja, com sua praça tão miúda, estendeu-se por ela. (E) A praça, com sua área diminuta, tomou a igreja. 1145. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) ... e ainda se jogaria a sobra para os cachorros ... O mesmo sentido que a forma verbal atribui à frase está corretamente reproduzido em: (A) e ainda os cachorros se jogariam sobre a sobra. (B) e a sobra ainda costuma ser jogada para os cachorros. (C) e ainda seria jogada a sobra para os cachorros. (D) e com a sobra ainda iria para os cachorros. (E) e seriam jogados aos cachorros a sobra. 1146. (TCE/SE - Técnico de Controle Externo – FCC/2011) Considere: Na pequena cidade várias pessoas estavam paradas ...... frente de uma casa. O motorista, atento ...... condições da estrada, resolveu entrar. Pretendia pedir informações ...... algum morador. As lacunas da frase acima devem ser corretamente preenchidas, respectivamente, por: (A) a - as - a (B) a - as - à (C) à - as - à (D) à - às - à (E) à - às – a . 547 1147. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Que a suposta longevidade dos índios fosse efeito dos bons céus, bons ares, boas águas de que desfrutavam eles, é o que a todos resulta patente. (A) Certo (B) Errado 1148. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Como explicar segundo as ideias do tempo, o fato de não graçarem aqui antes da conquista, várias enfermidades já notórias ao europeu? (A) Certo (B) Errado 1149. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Era coisa sabida que a ausência de tais enfermidades revelava não achar-se o ar corrupto nestes lugares pela ação da humidade e da podridão. (A) Certo (B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 16 19 22 25 Embora pareça absurdo, por muito tempo os exercícios físico-militares fizeram parte dos currículos das escolas civis brasileiras. Isso ocorreu na passagem do século XIX para o XX, período marcado por uma grande tensão política e militar entre as nações europeias, e que levou à Primeira Guerra Mundial. Os exercícios físico-militares eram ensinados por professores e militares e tinham como objetivo preparar os alunos para que pudessem defender a nação em conflitos armados no futuro. A prática dos exercícios físico-militares nas escolas fazia parte de uma filosofia educacional geralmente desconhecida por regentes e pais. Alguns desses acreditavam que seus filhos corriam o risco de ter de entrar para a carreira militar por estarem participando dessas aulas nas escolas. Também havia aqueles que não viam qualquer sentido ou utilidade nos exercícios. Outros apontavam os riscos para a saúde de crianças e jovens, especialmente por inexistirem espaços físicos para a realização das atividades. A falta de militares, professores mal preparados e a oposição dos pais criaram dificuldades para a realização dos exercícios nas escolas brasileiras. Havia um sentimento generalizado de que essas atividades representavam a formação de um espírito belicista, estranho à realidade brasileira. Em meados do século XX, esses exercícios caíram em desuso nas escolas. O fim da Segunda Guerra Mundial e a necessidade de se estabelecer um ambiente mais pacífico entre as nações certamente contribuíram muito para isso. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n.º 62, p. 74-7 (com adaptações). 1150. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto acima, julgue os itens subsequentes. No trecho "Em meados do século XX, esses exercícios caíram em desuso nas escolas" (L.23-25), a vírgula está empregada como marca de estilo e pode ser omitida sem que haja prejuízo para a correção gramatical do período. (A) Certo (B) Errado . 548 1141. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque respeita regras de concordância verbal e nominal na frase, enquanto que na “A” – pensadores que se debrucem – é o correto; na “B” “ ...ciência, argumentação lógica e debate foram suplantados...” ; na “C” – “São muitos os fatores...” “...o acúmulo de ideias privilegia...” ; na “E” “...tornaram-se a principal....” “...se desenvolvem as grande ideias.” 1142. “E”. A alternativa “E” é a correta porque apresenta semelhança no sentido entre “por acaso” e “não sabia ao certo por que deixou a estrada e entrou. 1143. Resposta: “A”. A alternativa “B” é a correta porque no texto se tem a ideia de consequência: a igreja tomou toda área . causa: a praça ser miúda – 1144. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “lhe” se refere a: praça tão miúda. 1145. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque em “...e ainda se jogaria a sobra para os cachorros...” o verbo “jogar” está na voz ativa e “...e ainda seria jogada a sobra para os cachorros...” o verbo está na voz passiva, mas o sentido da frase é o mesmo nas duas opções. 1146. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque completa corretamente as lacunas. (a+a=à)frente; (a+as=às) condições; a (apenas preposição) algum... Os fragmentos contidos nos itens seguintes, na ordem em que são apresentados, são trechos sucessivos e adaptados do livro Visão do Paraíso, de Sérgio Buarque de Holanda (São Paulo: Brasiliense, 2000, p. 31525). Julgue-os quanto à correção gramatical. 1147. Resposta: “A”. No gabarito consta como “certo”, o que concordo. A frase foi construída de forma inversa, pois se redigida assim: “Que a suposta longevidade dos índios fosse efeito dos bons céus, bons ares, boas águas de que “eles” desfrutavam, é o que resulta patente a todos.” Melhor entendimento dos fatos e não causaria desconforto. O que não se pode dizer que na forma inversa como foi redigida esteja errada, pois não afeta a correção gramatical. 1148. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque antes de “as ideias” há crase, pois (a+as = às) - segundo a as – a expressão é “segundo a”. 1149. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a partícula negativa atrai o pronome pedindo a próclise em ( “...não se achar...). 1150. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a vírgula foi usada para separar o adjunto adverbial antecipado e não como marca de estilo e não pode ser omitida. 1151. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto acima, julgue os itens subsequentes. O pronome demonstrativo "aqueles" (L.15) substitui "regentes e pais" (L.12). (A) Certo (B) Errado 1152. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto acima, julgue os itens subsequentes. Infere-se do texto que os profissionais que ministravam aulas nas escolas brasileiras tinham formação pedagógico-militar. (A) Certo (B) Errado . 549 1153. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto acima, julgue os itens subsequentes. No texto, estabelece-se uma relação entre a ocorrência das duas guerras mundiais e o surgimento e o desaparecimento de exercícios físico-militares nas escolas brasileiras. (A) Certo (B) Errado 1154. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto acima, julgue os itens subsequentes. Não haveria prejuízo para a informação histórica apresentada no texto caso a expressão "Embora pareça absurdo" (L.1) fosse suprimida. (A) Certo (B) Errado 1155. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto acima, julgue os itens subsequentes. O vocábulo "especialmente" (L.17) pode ser substituído por sumamente sem prejuízo para o sentido pretendido no texto. (A) Certo (B) Errado 1156. (STM - Analista Judiciário - Área Judiciária – Básicos – CESPE/2011) Com referência às ideias e às estruturas linguísticas empregadas no texto acima, julgue os itens subsequentes. O texto filia-se ao gênero informativo, o que justifica a predominância do emprego de linguagem denotativa. (A) Certo (B) Errado 1157. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que traz toda a acentuação correta: (A) Não duvida o órfão que tal benção no tatú é doida. (B) Coçá-lo é bem doído; é seriíssimo, sem dúvida. (C) Vanglória-te dos girassois cultivados no paraíso. (D) Favor apôr sua rubrica no documento, sem desdem. (E) O edil foi habil ao comprar toda a maquinária. 1158. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que NÃO apresenta erro de ortografia: (A) Esse assessor tem siso! (B) Colocou hifens nas excessões. (C) A freguesa está atrazada. (D) É impar a escassez de protons. (E) Favor por a chícara no balcão. 1159. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa verdadeira em relação às proposições: I - Ele é especial, sabes porquê? II - O casamento não precisa mais ser “até que a morte nos separe”, mas “bom enquanto durou”, até porque as pessoas atualmente só se mantêm casadas por opção. III - Abandonou a pós-graduação porque, tendo de dar aulas à noite e com um emprego de manhã, sentia-se assoberbado. IV - Calma... Não há por que se afobar. (A) Estão corretas somente as proposições II e IV. (B) Estão corretas somente as proposições I, II e III. (C) Estão corretas somente as proposições II, III e IV. (D) Estão corretas somente as proposições I, III e IV. (E) Todas as proposições estão corretas. . 550 1160. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Considerando o texto abaixo, assinale a alternativa correta: “Há nítida tendência dos tribunais em estender o liame de causalidade entre o ato médico danoso e a cooperativa sem a necessidade de comprovação da culpa in eligendo ou in vigilando.” (A) A palavra danoso poderia ser substituída, sem prejuízo para a compreensão do texto, por inócuo. (B) Existe erro de grafia na palavra causalidade, que deveria ser casualidade. (C) A palavra liame tem aí o significado de vínculo. (D) Expressões em espanhol, como a última citada, não podem ser usadas em texto jurídico. (E) O verbo estender apresenta grafia errada; deve ser extender, como extensão. 1151. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “aqueles” refere-se a alguns pais e não a regentes. 1152. Resposta: “B” A alternativa “B” é a correta porque não havia professores preparados para tal missão, pois faltavam militares e professores preparados segundo o texto. 1153. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque há realmente citação no texto sobre as duas guerras. Na primeira guerra os exercícios eram presentes na escolas em forma de preparação para a guerra, mas em meados do século XX, esses exercícios caíram em desuso nas escolas. O fim da segunda guerra e a necessidade de estabelecer um ambiente mais pacífico entre as nações, certamente contribuíram muito para isso. 1154. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a expressão “Embora pareça absurdo” é usada apenas para chamar a atenção do leitor, dar realce ao fato e não há prejuízo para a informação histórica apresentada no texto. 1155. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “especialmente” = principalmente ; “sumamente” = resumidamente sentidos diferentes, portanto prejuízo ao sentido pretendido no texto. 1156. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o uso do gênero informativo, pois utiliza a linguagem denotativa, referencial. (aquela que transmite uma informação objetiva sobre a realidade, pois dá prioridade aos dados concretos, fatos e circunstâncias). 1157. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque está toda correta em relação à acentuação. Na “A” há erros em: duvida (dúvida- palavra proparoxítona); benção (bênção – paroxítona terminada em “ão”); tatú (tatu – oxítona terminada em “u” não é acentuada); na “C” há erros em: vanglória (vangloria=verbo – palavra paroxítona formando hiato em “i-a”); girassois (girassóis=acentua-se ditongo aberto em oxítonas); na “D” há erro em: desdem (desdém – oxítona terminada em “em”); na “E” há erro em hábil (hábil – palavra paroxítona terminada em “L”) maquinária (maquinaria-conjunto de máquinas é maquinaria – ma/qui/na/ri/a) 1158. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a única que não apresenta erro de ortografia. Na “B” há erro em: hifens (hífens – paroxítona terminada em “S”) ; excessões (exceções); na “C” há erro em atrazada (atrasada); na “D” impar (ímpar paroxítona terminada em “r”), prótons (prótons – paroxítona terminada em “s”); na “E” há erro em chicara (xícara) 1159. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque apenas a proposição I não é verdadeira. Há um erro em “porquê?”, o correto é “por quê?” . 551 1160. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “liame” tem significado de vínculo no texto acima. Na “A” não se pode substituir “danoso” por “inócuo”(“inofensivo)”; na “B” a palavra causalidade = Condição segundo a qual uma causa produz um efeito ; é a relação entre um evento A (a causa) e um segundo evento seja uma consequência do primeiro; a palavra casualidade= acontecimento casual; acaso.. O uso da palavra causalidade no texto está correta, não houve erro de grafia. ; Na “D” as expressões em espanhol podem ser usadas no texto; Na “E” o verbo estender está grafado corretamente. (EXTENDER", com "x", NÃO EXISTE!) EXTENSÃO: 1. Efeito de estender(-se), ampliação; 2. Dimensão; 3. Duração; 4. Importância, alcance; 5. Desenvolvimento; 6. Aplicação extensiva do sentido de palavra ou frase; 7. Instalação telefônica ligada à mesma linha que outro(s) aparelho(s), em local diverso; 8. Sequência de caracteres adicionada ao final do nome de um arquivo, e que indica o tipo do arquivo, segundo sua função ou formato. ESTENSÃO, com "s", NÃO EXISTE 1161. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Aponte a alternativa que completa corretamente as frases quanto à regência: O mercado reagiu ___ inesperada decisão do Banco Central de reduzir o juro básico. Mas há consenso ___ subida dos índices em 2012. Disseram que o governo quer privilegiar a expansão do país em detrimento __ controle da inflação. (A) na – da – de (B) à – sobre a – o (C) a – sobre a – do (D) à – sobre a – do (E) à – da – ao 1162. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Os termos grifados NÃO exercem a função de sujeito da oração apenas em: (A) Segue em anexo o documento. (B) “Aprovado”, disse enfaticamente o magistrado. (C) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística divulgou os dados em sua sede. (D) Há dois ovos no ninho. (E) A brusca mudança indica preocupação com o nível de crescimento econômico. 1163. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que contém erro de grafia (falta de hífen) em uma das palavras grifadas: (A) A empresa começou a vender seus produtos em lojas multimarcas. (B) O advogado da parte apresentou suas contrarrazões. (C) O seu estilo hiperrealista agradou a poucos. (D) O superaquecimento do planeta foi a matéria principal da revista. (E) A companhia aérea ainda não respondeu se aceita a contraproposta. 1164. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Aponte o período em que a falta de vírgula(s) constitui erro: (A) O contrato não foi registrado não tendo eficácia contra terceiros. (B) Intelectuais e sociólogos que pesquisam a questão afirmam que a violência é sim uma epidemia. (C) Conclui-se que o condomínio somente poderá ser responsabilizado por danos ocorridos em veículo situado na garagem do prédio quando assume expressamente em sua convenção a responsabilidade de zelar pelos veículos. (D) Futuramente os ovos serão vendidos em embalagens a vácuo parecidas com as do comércio de carne e laticínios. (E) Os honorários advocatícios foram fixados em R$ 600,00 (seiscentos reais) a favor do defensor do requerido. . 552 1165. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Quanto à flexão das palavras em grifo, assinale a alternativa correta: I - Os alimentos com mais vitaminas A e caroteno são os vegetais de folhas verde-escuras ou aqueles de coloração amarela. II - O relatório versa sobre a nova situação médica-farmacológica do Estado. III - A força de trabalho a ser empregada na nova unidade industrial depende de vários fatores econômico-financeiros. IV - As pastas cor-de-rosa já foram expedida. (A) Estão corretas somente as proposições III e IV. (B) Estão corretas somente as proposições I, II e III. (C) Estão corretas somente as proposições II e IV. (D) Estão corretas somente as proposições I, III e IV. (E) Todas as proposições estão corretas. 1166. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que NÃO apresenta erro gramatical: (A) No último dia 4 foi apresentada ao Banco Central, pelos controladores dessas instituições (hora em liquidação extra judicial), uma proposta para pagamento integral aos credores. (B) Na Idade Média, os contratos receberam a influência do direito germânico, que preocupava com a inadimplemência na obrigação contratual e ensejava a escravidão ou a prisão do devedor. (C) O poder público e a sociedade têm como desafio a busca de mecanismos que protejam os cidadãos de abusos e de crimes potencializados pelo uso indevido da internet, que vão da difamação à pedofilia e até os furtos, mas sem sacrificar a liberdade de expressão. (D) No caso específico do Legislativo, as prioridades parecem não estarem coincidindo com as do bem comum. (E) A reviravolta favorável a elite funcional do Senado foi divulgada uma semana depois do Executivo ter vetado o aumento. 1167. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que NÃO contém uma oração reduzida subordinada: (A) Ao sair da sala, lembrou-se que tinha esquecido o celular lá dentro. (B) Estamos mandando mensagens aos clientes sobre a reposição da peça. (C) Absorvendo-se na leitura dos autos, esqueceu tudo à volta. (D) Iniciaremos a sessão mesmo não havendo quórum. (E) Tendo finalmente assinado o contrato, retirou-se. 1168. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale o período em que o uso do verbo no plural está errado: (A) No direito antigo exigiam-se as indagações prévias feitas pelos pontífices. (B) Todos os povos que se regem por leis e costumes usam de seu próprio direito e do direito comum de todos os homens. (C) Nesse caso, tratam-se de questões específicas de direito do consumidor. (D) Abriu-se um precedente no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde se tratam autoridades de todo o País. (E) Os relatores houveram por bem reexaminar os quesitos. 1169. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que NÃO apresenta o vício de linguagem denominado barbarismo: (A) Os políticos terão de correr atrás do prejuízo inflingido à sua credibilidade. (B) Depois de receber o ouro, o atleta disse que outras medalhas ainda podem vim. (C) Para que não mais infrinjamos as normas de trânsito, basta querermos. (D) Somas vultuosas serão gastas em reforma e construção de estádios. (E) Quando o sol se pôr, eles estarão longe. . 553 TEXTO 1 Sempre há grande preocupação com a realização de obras em um prédio, 2 especificamente em relação à sua segurança. Por força do art. 1.336, II, do Código_______ 3 Civil, é dever de todo condômino não realizar obras que comprometam a segurança 4 da edificação; dessa forma, o condomínio, representado por seu síndico, pode exigir o 5 cumprimento desse dever. A primeira dúvida que acomete os síndicos é se devem ou 6 não agir quando têm ciência da realização de alguma obra. Se ouvir uma martelada, o 7 síndico já deve solicitar informações sobre uma obra? Ou somente quando algum 8 vizinho reclama? Ou será que o síndico só deve se movimentar se houver algum 9 dano? A resposta é realmente simples: o síndico deve solicitar informações sobre 10 qualquer obra cujo volume justifique sua ação. Esse “volume” é avaliado, por 11 exemplo, com base no número de operários que entram e saem do condomínio, na 12 quantidade de carga e descarga de materiais ou entulhos dos imóveis, nos ruídos 13 gerados pelos trabalhos da obra etc. (André Luiz Junqueira, Revista Bonijuris, abril 2011) 1170. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) De acordo com as ideias do texto, indique a proposição verdadeira: (A) Ao saber de alguma obra no prédio, o síndico deve agir de imediato, não importa em que volume estejam os ruídos. (B) A segurança da edificação é o pressuposto para nela se realizar qualquer obra. (C) A desculpa para o síndico tomar informações com o condômino sobre obra no prédio é a pequena dimensão desta. (D) O síndico não pode representar o condomínio. (E) Nenhum condômino deve realizar obras, a menos que comprometam a segurança do prédio. 1161. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque completa corretamente as lacunas. (reagiu à inesperada – reagir a e não reagir em ); (há consenso sobre a subida – consenso sobre e não consenso de); (em detrimento do controle... – detrimento de e não detrimento). 1162. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o verbo “haver” no sentido de existir é impessoal, portanto oração sem sujeito. “Dois ovos” é objeto direto e não sujeito. 1163. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a palavra “hiperrealista” está errada e o certo é “hiper-realista”, pois tem hífen porque o prefixo “hiper” antes de palavras iniciadas por “h” ou “r” sempre separadas por hífen. 1164. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a vírgula daria entendimento ao texto, pois sem ela a frase é ambígua. Para dar mais entendimento, a vírgula colocada após registrado se entende que o contrato não foi registrado porque não tem eficácia contra terceiros: O contrato não foi registrado, não tendo eficácia contra terceiros. Nas outras alternativas a vírgula não interfere no entendimento, seria apenas para dar fôlego (pausa). 1165. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque: Na proposição I o adjetivo composto – “verde-escuras” – formado por dois adjetivos, apenas o segundo se flexiona conforme o nome que se relaciona - folhas); Na proposição II está errada quanto à flexão da palavra: “médica-farmacológica (médico-farmacológica).; adjetivo composto por substantivo + adjetivo e apenas o segundo elemento se flexiona conforme o nome que se relaciona (situação) Na proposição III está correta porque o adjetivo composto por adjetivo + substantivo e apenas o segundo elemento se flexiona conforme o nome que se relaciona (fatores. (fatores econômico-financeiros) Na proposição IV o adjetivo composto é formado por COR + substantivo é invariável. . 554 1166. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque não há erro gramatical. Na “A” o erro é hora (a palavra é orauma conjunção); na “B” o erro está em inadimplemência a palavra é inadimplência); na “D” o erro é parecem não estarem (o certo é parecem não estar); na “E” o erro está em não colocar o acento de crase no a (a+a=à) favorável à elite(palavra feminina) 1167. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a questão é formada por um período simples, apenas uma oração. (estamos mandando é uma locução verbal indicando apenas uma ação verbal – mandar) 1168. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o verbo “tratar” é um VTI e com SE o sujeito é indeterminado e fica sempre no singular: ” trata-se”. 1169. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque não houve barbarismo. Barbarismo é o erro de pronúncia, grafia ou uso de uma determinada palavra. Quando o erro é proposital, o barbarismo é uma figura de linguagem, que pode ter função estética em uma narrativa (por exemplo, ao se representar a fala corrente de uma personagem de baixa escolaridade em determinada história). Quando o uso é acidental, o barbarismo é um vício de linguagem, pois a violação da norma culta dá-se por desconhecimento ou descuido, podendo comprometer a função comunicativa. Na “A” a erro de grafia em inflingido – infligido: na “B” podem vir e não podem vim; na “D” vultosas (Vultoso se refere a alguém ou a alguma coisa volumosa, de grandes proporções),(. Vultuoso é um adjetivo pouco utilizado e se refere a uma pessoa que sofre de vultuosidade, ficando com a face e os lábios vermelhos e inchados, com os olhos salientes.) Na “E” Quando o sol se pôr > Quando o sol se puser). 1170. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque de acordo com o texto é importante a segurança da edificação no caso de realizar qualquer obra. 1171. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Considerando o texto acima, assinale a proposição verdadeira: (A) Os termos carga e descarga (linha 12) são parônimos. (B) A palavra ciência (linha 6) equivale nesse caso a conhecimento. (C) No lugar de realmente (linha 9) seria possível usar a palavra contestavelmente. (D) O particípio gerados (linha 13) tem como antônimo criados. (E) O dispositivo citado na linha 2 poderia ser redigido assim: na alínea II do artigo 1.336 do CC. 1172. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Ainda com referência ao texto, assinale a proposição verdadeira: (A) As vírgulas após exemplo e condomínio (linha 11) têm a mesma justificativa gramatical. (B) O uso da crase diante do pronome possessivo na linha 2 – à sua – é facultativo, embora seja recomendável. (C) As aspas na linha 10 foram usadas para indicar ironia. (D) Não seria cabível uma ênclise no segmento “só deve se movimentar” (linha 8). (E) A vírgula depois de martelada (linha 6) foi usada para separar um adjunto adverbial. 1173. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto: “A companhia aérea achou a bagagem e mandou ___ para o hotel. Quando os candidatos começam a fazer promessas, ninguém ___ tolera. Os estadistas, corruptos. A cliente pedia ao funcionário do mercado que ___ devolvesse a nota do caixa.” (A) -a – lhes – lhes – a (B) -a – os – lhes – lhe (C) -a – os – os – a (D) ela – lhes – lhe – lhe (E) lha – os – lhe – . 555 1174. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) O sentido da frase “Em Joinville ________ as prévias do partido e depois o registro das candidaturas” pode ser completado, sem prejuízo para a correção gramatical, por um dos termos abaixo, EXCETO: (A) aconteceram (B) realizaram-se (C) foram realizadas (D) ocorreram (E) houveram 1175. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que apresenta erro de concordância nominal: (A) A Prefeitura não se responsabiliza pelos muros e caixas de luz derrubados por motoristas imprudentes. (B) Ao meio-dia e meio vamos à TV tornar público nossas insatisfações com tais desvios. (C) Decidiram rever o estudo, dadas as divergências entre os colegas. (D) Ele dizia que tomava dois gramas diários de vitamina C. (E) Considerou desnecessários tantos conselhos. 1176. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Marque a proposição que NÃO contém erro no a ou à grifados: (A) Os municípios banhados pelo mar possuem forte tradição pesqueira, dedicando-se mais recentemente a maricultura. (B) A Lei nº 8.672/93 continha imperfeições como à de trazer em seu bojo uma esdrúxula regulamentação do bingo. (C) A evolução dos conhecimentos e técnicas de reprodução assistida tem sido surpreendente, graças a dedicação e trabalho de doutores e cientistas. (D) Ouviu-se um estampido mais ou menos a uma hora da madrugada. (E) A disputa se dava entre os Estados, uma vez que os limites de fronteira à época ainda não haviam sido estabelecidos. 1177. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa errada quanto à regência: (A) A ministra disse que o repasse visou a incentivar a autonomia das mulheres. (B) O jovem adentrou o campo vestindo a camisa do seu time. (C) Favor responder a três perguntas apenas. (D) Aspiramos a liberdade de pensamento. (E) Quero bem a meus amigos. 1178. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que NÃO contém erro gramatical: (A) Em suma, frisa a relatora, as consequências advindas de via de fato havidas entre condôminos, devem ser distribuídas por todos apenas quando aja expressa previsão em convenção condominial. (B) Assim, ficando o condomínio isento do pagamento de indenização pelos danos morais sofridos em decorrência de agressão física interna. (C) Onde houveram grandes negócios, da petroquímica à telefonia, passando pelo bilionário setor elétrico, Dilma esteve presente. (D) Foram ouvidas três testemunhas, que em resumo confirmaram encontrar-se o requerido na posse do imóvel desde o carnaval de 1980 pois participaram diretamente da construção do imóvel que ele hoje reside. (E) A política portuguesa de ocupação do território brasileiro somente se iniciou três décadas após o descobrimento, com a decadência do comércio oriental, período em que houve apenas a simples posse e ocupação jurídica do território. 1179. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Indique a alternativa em que está errada a classificação das orações sublinhadas: (A) Não se pode esquecer que o ministro havia dito o contrário um ano atrás. [subordinada substantiva objetiva direta] (B) A afinidade é o vínculo que existe entre um dos cônjuges e os parentes do outro. [subordinada adjetiva restritiva] . 556 (C) Quem faz a segurança dos magistrados é a Polícia Federal. [subordinada substantiva subjetiva] (D) Se a inflação recrudescer, o governo consumirá capital político. [subordinada adverbial temporal] (E) Como os meninos eram bagunceiros, o porteiro disse que ia impedir sua entrada. [subordinada adverbial causal] 1180. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa que contém erro gramatical: (A) Há apenas 50 dias o BC divulgou um documento alinhando as razões do controle. (B) A quinze meses de encerrar seu segundo mandato, o prefeito Kassab quer colocar no mercado dois bilhões em títulos. (C) Estão recuperando populações de peixes na província de Narathivat, há 750 km da capital. (D) Enviei um e-mail ao procurador há cerca de meia hora. (E) Até bem pouco tempo atrás não podíamos passar pela ponte a menos de 30 km por hora. 1171. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “Ciência” equivale a conhecimento. Na “A” carga e descarga são antônimos; na “C” não é possível usar contestavelmente no lugar de realmente(certeza), pois é discutivelmente(possibilidade); na “D” gerados e criados são sinônimos; Na “E” não pode ser redigido desta maneira. Alínea é a linha de um texto, cuja primeira palavra abre parágrafo. Parágrafo. P. ext. Cada uma das subdivisões de um artigo, designadas porA),B),C) etc. Linha representa a forma de expressão mais simples e pura, porém também a mais dinâmica e variada. 1172. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o uso da crase antes de pronome possessivo é facultativo Na “A” usa-se, por exemplo, entre vírgulas e colocou-se a vírgula depois de condomínio para separar complementos, na “C” as aspas não foram usadas para ironizar e sim para realçar; na “D” nada impede o uso da ênclise neste caso; na “E” a vírgula depois de martelada foi usada para separar uma oração da outra. 1173. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque completa corretamente as lacunas. ( a = pronome pessoal oblíquo), os.(pronome pessoal oblíquo),lhes (pronome pessoal oblíquo), lhe(pronome pessoal oblíquo) 1174. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque verbo haver no sentido de existir é impessoal e não tem sujeito, conjugado sempre na 3ª pessoal do singular “HOUVE”. 1175. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “meio-dia e meio” está errado porque o certo é meio dia e meia hora. (meio-dia e meia) 1176. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta por não conter erro . Na “A” o a deve receber o acento de crase por (dedicar-seA) a+a=à antes de palavra feminina; na “B” o a não recebe acento de crase por estar antes de verbo; na “C” o a deve receber o acento de crase antes de palavra feminina (a+a=à); na “D” a antes de hora especificada deve usar o acento de crase. 1177. Resposta: “D” A alternativa “D” é a correta porque de acordo com a significação no texto o a deve receber o acento de crase. (a+a=à) Aspirar - v.t. Atrair o ar às vias respiratórias. Elevar um líquido por ação do vácuo. Emitir um som com aspiração. Aspirar - V.t.ind. Desejar ardentemente, pretender: aspirar ao triunfo. . 557 1178. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque não contém erro gramatical. Na “A” o erro está em “aja” porque é verbo haver= haja; na “B” o erro está na concordância: pelos danos morais sofridos (sofrido> condomínio); na “C” o erro está em verbo haver no sentido de existir – houve grandes negócios...; na “D” antes de pois há vírgula porque inicia uma oração coordenativa explicativa. 1179. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a oração grifada é uma oração subordinada adverbial condicional e não temporal. 1180. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o erro no uso do verbo haver em vez de a (preposição) que é o correto. 1181. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa em que o uso da crase está errado: (A) As funções da Câmara Municipal estavam relacionadas à posturas policiais, aplicação das rendas e outras atribuições especificadas em Regimento. (B) O seminário será realizado das 9h às 12h e das 14h às 17h. (C) A cobrança de diferencial de alíquotas não é aplicável às empresas de construção civil estabelecidas em Santa Catarina. (D) Os fantasmas estão mais ligados às atividades neurológicas do que às espirituais. (E) A mineradora vende produtos à base de nióbio. 1182. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa verdadeira em relação às proposições: I - Sem a verba usual, boa parte do investimento federal foi paralisada. II - Entre esta e outras bebidas existe uma diferença que vocês não veem. III - Problemas de saúde causados pela poluição carbonífera vem recebendo mais atenção da classe empresarial. IV - As flores de papel, naquela parede, compõe um arranjo de gosto duvidoso. V - Os departamentos mantêm manual de instrução à disposição dos professores. (A) Estão corretas somente as proposições II e IV. (B) Estão corretas somente as proposições I, II e III. (C) Estão corretas somente as proposições I, III e V. (D) Estão corretas somente as proposições II, III, IV e V. (E) Estão corretas somente as proposições I, II e V. 1183. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa verdadeira em relação às proposições: I - Tens certeza de que não é para ti fazer o discurso? II - É difícil para mim fazer um diagnóstico sem o resultado dos exames clínicos. III - São terríveis as tarefas que ele deu para nós fazermos. IV - Ela avisou que é para mim ficar mais um dia. (A) Está correta somente a proposição III. (B) Estão corretas somente as proposições II e IV. (C) Estão corretas somente as proposições I, II e III. (D) Estão corretas somente as proposições I, III e IV. (E) Estão corretas somente as proposições II e III. 1184. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Indique a alternativa que apresenta erro gramatical: (A) Tal categoria profissional – os agentes públicos militares – tem seus direitos laborais diferentemente fixado pela ordem constitucional em relação aos demais agentes públicos, em face de suas atribuições ligadas diretamente a segurança pública. (B) Cachoeira Paulista é centro aglutinador dos estratos fundamentalmente populares do Brasil católico. (C) No arsenal de atuação mundial da Igreja havia comunidades de amplo espectro. . 558 (D) Todo planejamento há de prever o número de profissionais e o perfil da mão de obra em cada fase da construção, a estrutura para movimentação e a acomodação dos trabalhadores (vestiários, refeitórios e sanitários). (E) Muitas economias continuam cegas para o enorme valor e o papel da diversidade de animais, plantas e outras formas de vida num ecossistema saudável e funcional de florestas e água. 1185. (TJ/SC - Analista Administrativo – TJ/SC - 2011) Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma padrão, a colocação pronominal está INCORRETA: (A) Outra medida é cortar as despesas públicas, com o que se drena o dinheiro na praça e se amansam os preços. (B) Possuindo os emolumentos a natureza jurídica de taxa, não pode-se os utilizar como base de cálculo para exigir o imposto sobre serviço. (C) A presença de outras embarcações não portuguesas no litoral brasileiro se deu de forma mais intensa no Nordeste, onde a exploração portuguesa já se havia iniciado. (D) Dize-me com quem andar e te direi quem és. (E) O Código Civil alemão (BGB) caracteriza-se pelo tecnicismo e rigor dogmático. TEXTO A REDESCOBERTA DO BRASIL 1 5 10 15 20 25 30 Na segunda metade do século XVI, quando o rei D. Manoel, o capitão-mor Pedro Álvares Cabral e o escrivão Pero Vaz de Caminha já estavam mortos havia mais de duas décadas, começaria a surgir em Lisboa a tese de que o Brasil fora descoberto por acaso. Tal teoria foi obra dos cronistas e historiadores oficiais da corte. [...] Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais, os cronistas reais descreveram o descobrimento do Brasil com base na chamada Relação do Piloto Anônimo. A questão intrigante é que em nenhum momento o “piloto anônimo” faz menção à tempestade que, segundo os cronistas reais, teria feito Cabral “desviar-se” de sua rota. Embora a carta de Caminha não tenha servido de fonte para os textos redigidos pelos cronistas oficiais do reino, esse documento também não se refere a tormenta alguma. Pelo contrário: mesmo quando narra o desaparecimento da nau de Vasco de Ataíde, ocorrido duas semanas depois da partida de Lisboa, Caminha afirma categoricamente que esse navio sumiu “sem que houvesse tempo forte ou contrário para poder ser”. Na verdade, a leitura atenta da carta de Caminha e da Relação do Piloto Anônimo parece revelar que tudo na viagem de Cabral decorreu na mais absoluta normalidade e que a abertura de seu rumo para oeste foi proposital. De fato, é difícil supor que a frota pudesse ter-se desviado “por acaso” de sua rota quando se sabe – a partir das medições astronômicas feitas por Mestre João – que os pilotos de Cabral julgavam estar ainda mais a oeste do que de fato estavam. [...] Reescrevendo a História 35 . Mais de 300 anos seriam necessários até que alguns dos episódios que cercavam o descobrimento do Brasil pudessem começar a ser, eles próprios, re559 40 45 50 55 60 descobertos.O primeiro passo foi o ressurgimento da carta escrita por Pero Vaz de Caminha – que por quase três séculos estivera perdida em arquivos empoeirados. [...] O documento foi publicado pela primeira vez em 1817, pelo padre Aires do Casal, no livro Corografia Brazílica. Ainda assim, a versão lançada por Aires do Casal era deficiente e incompleta [...]. A “redescoberta” do Brasil teria que aguardar mais algumas décadas. Não por coincidência, ela se iniciou no auge do Segundo Reinado. Foi nesse período cheio de glórias que o país, enriquecido pelo café, voltou os olhos para a própria história. Por determinação de D. Pedro II, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (fundado em 1838) foi incumbido de desvendar os mistérios que cercavam o descobrimento do Brasil. [...] Ainda assim, a teoria da intencionalidade [...] e a tese da descoberta casual [...] não puderam, e talvez jamais possam, ser definitivamente comprovadas. Por mais profundas e detalhadas que sejam as análises feitas sobre os três únicos documentos originais relativos à viagem (as cartas de Pero Vaz de Caminha, do Mestre João e do “piloto anônimo”), elas não são suficientes para provar se o descobrimento de Cabral obedeceu a um plano preestabelecido ou se foi meramente casual. BUENO, Eduardo. A Viagem do Descobrimento. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. (Coleção Terra Brasilis, v. 1). p. 127-130. Adaptado. 1186. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) O surgimento da tese de que o Brasil foi descoberto acidentalmente teve como principal fonte documental, segundo o Texto I, a(o) (A) investigação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (B) carta de Pero Vaz de Caminha (C) medição de Mestre João (D) Relação do Piloto Anônimo (E) livro Corografia Brazílica 1187. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) Que trecho do Texto I revela uma tendência em favor da tese da intencionalidade? (A) “De fato, é difícil supor que a frota pudesse ter-se desviado ‘por acaso’ de sua rota quando se sabe – a partir das medições astronômicas feitas por Mestre João – que os pilotos de Cabral julgavam estar ainda mais a oeste do que de fato estavam.” (L. 28-32) (B) “Mais de 300 anos seriam necessários até que alguns dos episódios que cercavam o descobrimento do Brasil pudessem começar a ser, eles próprios, redescobertos” (L 34-37) (C) “O primeiro passo foi o ressurgimento da carta escrita por Pero Vaz de Caminha – que por quase três séculos estivera perdida em arquivos empoeirados.” (L. 37-40) (D) “A ‘redescoberta’ do Brasil teria que aguardar mais algumas décadas.” (L. 44-45) (E) “Foi nesse período cheio de glórias que o país, enriquecido pelo café, voltou os olhos para a própria história.” (L. 47-49) 1188. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) O verbo destacado em “tudo na viagem de Cabral decorreu [...]” (L. 26) pode ser substituído, sem alteração de sentido, por (A) dispensou (B) incorreu (C) ultrapassou (D) se eximiu (E) se passou . 560 1189. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) A palavra próprios, na expressão “eles próprios,” (L. 36) apresenta o mesmo sentido em: (A) Ele navegou em nave própria. (B) Chegaram em hora própria para o almoço. (C) O orgulho das descobertas é próprio de quem as faz. (D) O livro próprio para encontrar sinônimos é o dicionário. (E) Foi o próprio historiador que comprovou a tese. 1190. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) As orações que substituem “Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais” (L. 8-9), de acordo com a norma-padrão e sem alterar o sentido do trecho, são: (A) Caso narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais. (B) Quando narravam fatos ocorridos havia apenas meio século e tiveram acesso aos arquivos oficiais. (C) Se narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século e tivessem acesso aos arquivos oficiais. (D) Apesar de terem narrado fatos ocorridos havia apenas meio século e terem tido acesso aos arquivos oficiais. (E) Mas tendo narrado fatos ocorridos havia apenas meio século e tendo tido acesso aos arquivos oficiais. 1181. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque antes de palavra feminina no plural não há acento de crase no a. 1182. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque a proposição III há um erro em: vem – singular e o verbo vir deve concordar com a pessoa a que se refere, no caso (eles – problemas) vêm; e a IV proposição há erro na concordância do verbo compor. Ela compõe; elas (flores) compõem. 1183. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque as proposições II e III estão corretas, pois no II mim não é sujeito (que poderia causar dúvida) Na I o correto seria: Tens certeza de que não é para tu fazeres o discurso? Na IV Ela avisou que é para eu ficar mais um dia. 1184. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o erro está em: ele tem – eles têm (os agentes públicos militares têm... 1185. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a partícula negativa atrai o pronome e pede próclise. (não se pode...) 1186. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a principal fonte documental sobre o descobrimento do Brasil segundo o texto foi a Relação do Piloto Anônimo. 1187. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque há um trecho no texto I que realmente revela uma tendência em favor da tese que houve uma intenção na mudança de rota. 1188. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta, porque decorrer no texto pode ser substituído por “se passou” sem alteração do sentido. . 561 1189. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta, porque “próprios” (eles mesmos) por isso : Foi o próprio historiador que comprovou a tese. 1190. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “embora” e “apesar de” são conjunções subordinativas concessivas e imprimem o mesmo sentido ao texto, por isso estão de acordo com a norma-padrão. 1191. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) No trecho “Caminha afirma categoricamente que esse navio sumiu ‘sem que houvesse tempo forte ou contrário para poder ser’ ”(L. 21-23), infere-se que a expressão poder ser se refere ao fato de que (A) as tormentas são comuns naquela região do Atlântico. (B) a partida de Lisboa tinha acontecido apenas duas semanas antes. (C) o sumiço da nau de Ataíde não foi causado pelas condições climáticas. (D) o documento de Caminha foi redigido por um cronista contratado pela corte. (E) o desaparecimento da nau de Ataíde não foi comprovado. 1192. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) O verbo em negrito é o verbo principal da expressão na voz passiva em “O documento foi publicado pela primeira vez em 1817...” (L. 40-41). Integra igualmente uma expressão da voz passiva o item destacado em: (A) “Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século [...]” (L. 8-9) (B) “Embora a carta de Caminha não tenha servido de fonte [...]” (L. 15-16) (C) “[...] Por quase três séculos estivera perdida [...]” (L. 38-39) (D) “[...] Não puderam [...] Ser definitivamente comprovadas” (L. 54-55) (E) “Por mais profundas e detalhadas que sejam [...]” (L. 56) 1193. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) Sem prejuízo do sentido original apresentado no Texto I, a forma verbal que pode ser substituída pela locução ao lado é: (A) fora descoberto (L. 5) - tinha sido descoberto (B) descreveram (L. 10) - tenham descrito (C) estivera perdida (L. 39) - tem estado perdida (D) teria que aguardar (L. 44) - tivera que aguardar (E) foi incumbido (L. 51) - fora incumbido 1194. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) A sentença em que o verbo está corretamente flexionado de acordo com a norma-padrão, sem provocar contradição de significado, é: (A) O acaso ou a intencionalidade foi a causa da descoberta do Brasil. (B) Haviam 60% de possibilidades de o Brasil ter sido descoberto por acaso. (C) Eu e vocês acreditam na descoberta casual do nosso país. (D) Não gastava a corte tempo com as preocupações que ocupava os historiadores. (E) Devem haver mais evidências para a tese de descoberta casual do Brasil. 1195. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) A palavra do Texto I destacada em “[...] faz menção à tempestade que, segundo os cronistas reais, [...]” (L. 13-14) pertence à mesma classe da que se destaca em: (A) “[... ] a tese de que o Brasil fora descoberto por acaso” (l. 5-6). (B) “a questão intrigante é que em nenhum momento [...]” (l. 12-13) (C) “[... ] parece revelar que tudo [...]” (l. 25-26) (D) “– que por quase três séculos [...]” (l. 38-39) (E) “a ‘redescoberta’ do Brasil teria que aguardar [...]” (l. 44) . 562 TEXTO UM MORRO AO FINAL DA PÁSCOA 5 10 15 20 25 30 35 Como tapetes flutuantes, elas surgiram de repente, em “muita quantidade”, balançando nas águas translúcidas de um mar que refletia as cores do emtardecer. Os marujos as reconheceram de imediato, antes que sumissem no horizonte: chamavam-se botelhos as grandes algas que dançavam nas ondulações formadas pelo avanço da frota imponente. Pouco mais tarde, mas ainda antes que a escuridão se estendesse sobre a amplitude do oceano, outra espécie de planta marinha iria lamber o casco das naves, alimentando a expectativa e desafiando os conhecimentos daqueles homens temerários o bastante para navegar por águas desconhecidas. Desta vez eram rabos-de-asno: um emaranhado de ervas felpudas “que nascem pelos penedos do mar”. Para marinheiros experimentados, sua presença era sinal claro da proximidade de terra. Se ainda restassem dúvidas, elas acabariam no alvorecer do dia seguinte, quando os grasnados de aves marinhas romperam o silêncio dos mares e dos céus. As aves da anunciação, que voavam barulhentas por entre mastros e velas, chamavam-se fura-buxos. Após quase um século de navegação atlântica, o surgimento dessa gaivota era tido como indício de que, muito em breve, algum marinheiro de olhar aguçado haveria de gritar a frase mais aguardada pelos homens que se fazem ao mar: “Terra à vista!” Além do mais, não seriam aquelas aves as mesmas que, havia menos de três anos, ao navegar por águas destas latitudes, o grande Vasco da Gama também avistara? De fato, em 22 de agosto de 1497, quando a armada do Gama se encontrava a cerca de 3 mil quilômetros da costa da África, em pleno oceano Atlântico, um dos tripulantes empunhou a pena para anotar em seu Diário: “Achamos muitas aves feitas como garções – e quando veio a noite tiravam contra o su-sueste muito rijas, como aves que iam para terra.” BUENO, Eduardo. A Viagem do Descobrimento. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. (Coleção Terra Brasilis, v. 1). p. 7-8 1196. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) Que percepções sensoriais predominam no Texto II? (A) Audição e olfato (B) Audição e visão (C) Paladar e visão (D) Tato e visão (E) Tato e olfato 1197. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) Na sentença “Como tapetes flutuantes, elas surgiram de repente, [...]” (L. 1-2), o pronome elas refere-se a (A) águas (B) cores . 563 (C) algas (D) ondulações (E) naves 1198. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) No Texto II, a palavra (ou expressão) que completa sintaticamente o verbo avistara no período “Além do mais, não seriam aquelas aves as mesmas que havia menos de três anos ao navegar por águas destas latitudes o grande Vasco da Gama também avistara?” (L. 28-31) é (A) que (B) águas (C) as mesmas (D) aquelas aves (E) destas latitudes 1199. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) A sentença em que o verbo alimentar tem o mesmo sentido que apresenta no Texto II (L. 11) é: (A) Os fazendeiros alimentam os animais com uma ração especial. (B) Todos os médicos garantem que é importante que a criança se alimente bem. (C) Novas vacinas alimentam a esperança de que mais doenças sejam erradicadas no mundo. (D) A secretária alimentou a base de dados da firma com as informações sobre os funcionários novos. (E) Pesquisadores americanos estão utilizando o conceito de transmissão sem fios de energia elétrica para alimentar dispositivos cardíacos. 1200. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) O verbo em destaque, retirado do Texto II, tem seu complemento verbal explicitado em: (A) surgiram - em “muita quantidade” (. 1-2) (B) refletia - as cores do entardecer (. 3-4) (C) reconheceram - de imediato (. 4) (D) sumissem - no horizonte (. 5) (E) restassem - dúvidas (. 18) 1191. Resposta: “C” A alternativa “C” é a correta porque o sumiço não se deve às condições climáticas, pois segundo o texto sumiu “sem que houvesse tempo forte ...” 1192. Resposta: “D”. Comentário; A alternativa “D” é a correta por ser a única que apresenta verbo principal em voz passiva. “...Ser comprovadas” 1193. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque pode se transcrever usando-se a ação verbal no mesma pessoa, no mesmo tempo e no mesmo modo e assim foi feito. Na “B” o correto seria: tiveram descrito; na “C” tivera estado perdida; na “D” teria que guardar; na “E” ????? tinha incumbido. 1194. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “acaso” = (do latim a casu , sem causa) é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente “Intencionalidade” = é a intenção de fazer penetrar seus pensamentos na mente de quem o escuta. Para convencer alguém de seu modo de pensar e passar. Na “B” Havia 60% de possibilidades...(erro no verbo haver no sentido de existir); na “C”Eu e vocês acreditamos....; na “D” A corte não gastava tempo com as preocupações que ocupavam os historiadores.; na “E” Deve haver mais evidências... . 564 1195. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “que” é pronome relativo com função de sujeito. (Acredito que seja a palavra “que” a destacada pois veio sem ser destacada.) 1196. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque através da “audição” palavras como silêncio, barulho; “visão” palavras: olhar aguçado, avistara. 1197. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque chamavam-se botelhos as grandes algas que dançavam nas ondulações formadas pelo avanço da frota imponente. 1198. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta pois podemos colocar na seguinte ordem o trecho do texto: “...não seriam aquelas aves as mesmas que, o grande Vasco da Gama também avistara, que havia menos....” 1199. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o verbo “alimentar” é usado em sentido conotativo (alimentar sentimentos). 1200. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque é a única que contém “ verbo – seu complemento” (refletia – as cores do entardecer > VTD e OD) Nas outras alternativas não há relação verbo>complemento, pois são adjuntos; na “E” dúvidas(sujeito) de restassem. 1201. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) O sinal de dois pontos (:) está sendo empregado como em “... rabos-de-asno: um emaranhado de ervas felpudas ‘que nascem pelos penedos do mar’ ” (L. 14-15) em: (A) Os navios mais usados nas expedições marítimas eram as naus: uma evolução das caravelas que chegaram a ter 600 toneladas. (B) Ao avistar o Monte Pascoal, Cabral não ficou surpreso: desde o século IX falava-se de ilhas desconhecidas no Atlântico. (C) A armada de Cabral era composta de diversos navios: o rei queria mostrar a riqueza da corte. (D) Pedro Álvares Cabral foi muito bem remunerado pela viagem: sabe-se que ele recebeu cerca de 10 mil cruzados. (E) Um ditado da época do descobrimento do Brasil dizia: “Se queres aprender a orar, faça-te ao mar”. 1202. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) O sinal indicativo da crase está empregado de acordo com a norma-padrão em: (A) Depois de aportar no Brasil, Cabral retomou à viagem ao Oriente. (B) O capitão e sua frota obedeceram às ordens do rei de Portugal. (C) O ponto de partida da frota ficava no rio Tejo à alguns metros do mar. (D) O capitão planejou sua rota à partir da medição de marinheiros experientes. (E) Navegantes anteriores a Cabral haviam feito menção à terras a oeste do Atlântico. 1203. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) O verbo acabar apresenta-se com a mesma regência com que aparece na linha 18 do Texto II em: (A) O cantor mostrou muito talento e acabou aplaudido entusiasticamente. (B) As fortes chuvas acabaram com as plantações de grãos. (C) Eles acabaram de saber que foram aprovados no concurso. (D) Acabou por reconhecer que o adversário era superior. (E) A comemoração dos formandos acabou de madrugada. . 565 1204. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) A palavra cujo plural se faz do mesmo modo que fura-buxos (L. 22-23) e pelas mesmas razões é (A) navio-escola (B) surdo-mudo (C) bolsa-família (D) guarda-roupa (E) auxílio-educação 1205. (BNDES - Profissional Básico - Análise de Sistemas – Desenvolvimento – CESGRANRIO/2014) A transformação da oração “[...] e quando veio a noite [...]” (L. 36) de afirmativa para hipótese faz com que o verbo destacado se escreva como (A) vir (B) vier (C) vem (D) vêm (E) vim TEXTO Os privilegiados da Terra O fragmento de satélite artificial – só podia ser de satélite – caído sobre o povoado transformou de repente a vida dos moradores, que não chegavam a trezentos. Repórteres e cinegrafistas cobriram o fato com o maior relevo. Não houve ninguém que deixasse de dar entrevista. O fiscal do Governo apareceu para recolher o pedaço de coisa inédita, mas foi obstado pelo juiz de paz, que declarou aquilo um bem da comunidade. A população rendeu guarda ao objeto e jurou defender sua posse até o último sopro de vida. A força policial enviada para manter a ordem aderiu aos moradores, pois seu comandante era filho do lugar. Acorreram turistas, pessoas dormiam na rua por falta de acomodação, surgiram batedores de carteira, que foram castigados, e começou a correr o boato de que aquele corpo metálico tinha propriedades mágicas. Quem chegava perto dele seria fulminado se fosse mau caráter; conquistava a eterna juventude se fosse limpo de coração; e certa ardência que se evolava da superfície convidava ao amor. Não se desprendeu do satélite, diziam uns; veio diretamente do céu, emanado de uma estrela, alvitravam outros. De qualquer modo, era dádiva especial para o lugarejo, pois ao tombar não ferira ninguém, não partira uma telha, nem se assustaram os animais domésticos com sua vinda insólita. Tudo acabou com o misterioso desaparecimento da coisa. Seus guardas foram tomados de letargia, e ao recobrarem a consciência viram-se despojados do grande bem. Mas tinham assimilado esse bem, e passaram a viver de uma alegria inefável, que ninguém poderia roubar-lhes. Eram os privilegiados da Terra. (Carlos Drummond de Andrade, Contos plausíveis) 1206. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) O preceito moral que se deve concluir da leitura do texto encontra adequada formulação nesta frase: As coisas que efetivamente nos trazem benefícios (A) fazem-nos tão acomodados que passamos a viver desacreditando da existência de todo e qualquer mal. (B) trazem-nos também os dissabores que passamos a experimentar quando já não contamos com elas. (C) são as que nos legam o poder de desfrutá-los mesmo quando elas não mais se ofereçam ao nosso convívio. (D) são as que nos ensinam a desfrutá-los somente quando começamos a descrer deles. (E) fazem-nos conscientes tanto da alegria que elas nos dão quanto das tristezas que podem nos causar. 1207. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Considerando-se o contexto, deve-se entender que o segmento sublinhado em (A) só podia ser de satélite assegura a verdade de um fato que jamais suscitou qualquer dúvida. (B) cobriram o fato com o maior relevo corresponde ao verbo relevar, tal como empregado em não sei se relevo tua falta. (C) declarou aquilo um bem da comunidade deve ser entendido no sentido de benefício. (D) alvitravam outros relaciona-se ao nome alvitre, no sentido de sugestão. (E) tudo acabou com o misterioso desaparecimento da coisa faz ver que todos os benefícios cessaram com o desaparecimento do objeto. . 566 1208. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) A presença do misterioso objeto provocou várias reações entre os moradores do vilarejo, que passaram, por exemplo, a (A) adotar rituais de fanática adoração diante da coisa. (B) comprometer-se com sua permanente proteção. (C) condescender com os autores de pequenos delitos. (D) abandonar antigos hábitos religiosos. (E) resistir às tentações mundanas e aos apelos do corpo. 1209. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) É preciso corrigir um equívoco de redação da seguinte frase: (A) Não houve ninguém que se furtasse em dar entrevista. (B) A força policial solidarizou-se com os moradores. (C) Correu o boato de que o objeto contava com poderes sobrenaturais. (D) Em nada perturbou os animais a aparição do exótico objeto. (E) Afrouxou-se a vigilância dos guardas, acometidos por letargia. 1210. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Está plenamente adequada a articulação entre tempos e modos verbais na frase: (A) O fiscal recolheria a coisa misteriosa, mas terá sido obstado pelo juiz de paz, que declarava ser aquilo um bem da comunidade. (B) Os policiais acabarão por aderir aos moradores, uma vez que seu comandante fosse oriundo daquele lugar. (C) Quem chegar perto da coisa viria a ser fulminado, fosse uma pessoa de mau-caráter. (D) Se daquele objeto proveio algum mal, ele não seria considerado uma dádiva dos céus. (E) Tomados que foram de estranha letargia, não se deram conta os guardas do sumiço do objeto. 1201. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque é a única que o uso de dois pontos está correto, explicando um termo anterior, o que não acontece nas outras alternativas. 1202. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o uso da crase está correto. (Obedecer –VTI (preposição=palavra feminina a viagem). Na “A” retomar – VTD = a viagem(OD) não há preposição após o verbo, portanto não há crase; na “C” não existe acento de crase antes de pronome indefinido(alguns); na “D” não existe crase antes de verbo (partir); na “E” não existe crase antes de palavra feminino no plural) 1203. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o verbo “acabar” são seguidos de adjuntos adverbiais de tempo. Na “A” o verbo é seguido de adjunto adverbial de modo; na “B” ele é seguido de adjunto adverbial de finalidade; na “C” seguido de uma oração reduzida de infinitivo; na ”D” tbém seguido de oração reduzida. 1204. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “fura-buxos” e “guarda-roupa” são formadas por verbos e substantivos e por isso apenas o segundo elemento é flexionado. 1205. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o verbo “vir” no futuro do pretérito que o Modo hipotético fica : “vier” (Ela veio - presente do Indicativo > Quando ela vier) 1206. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque mesmo sem o objeto em questão por perto, estavam usufruindo dos benefícios deixados por ele. . 567 1207. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque alvitre : Opinião, parecer, proposta, sugestão, conselho. 1208. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque realmente os moradores passaram a proteger o objeto. 1209. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque ao contrário disso – todos deram entrevistas. 1210. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque tempo e modo verbais foram corretamente usados. Na “A” há desacordo nos verbos que não estão empregados no mesmo tempo e modo.(recolheria – futuro do pretérito; terá sido obstado (voz passiva); declarava (pretérito imperfeito do Indicativo); Na “B” (acabaram – acabarão; era oriundo.) na “C” (quem chegava- seria -); Na ”D” (proviesse ) 1211. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) As normas de concordância verbal estão observadas em: (A) Nenhum dos moradores poderiam imaginar que caísse do céu aquele estranho objeto, que tantas influências acabariam por acarretar à vida do lugarejo. (B) De repente, viu-se o lugar invadido por repórteres, turistas, curiosos, gente a quem movia irrefreáveis desejos de ver de perto a coisa que viera do céu. (C) Aos moradores jamais poderiam ocorrer que os policiais se solidarizassem com eles, mesmo considerando que o comandante ali havia nascido. (D) Das propriedades mágicas do objeto não advinha mal algum, pelo contrário: só trazia benefícios aos que dele se acercassem, apenas luzes benéficas irradiava. (E) Muitos moradores chegaram a pensar que, com o desaparecimento do objeto, também haveriam de desaparecer o que suas propriedades mágicas lhes propiciavam. 1212. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Está plenamente adequada a transposição de uma voz verbal para outra no segmento: (A) transformou de repente a vida dos moradores = a vida dos moradores fora de repente transformada (B) Repórteres e cinegrafistas cobriram o fato = o fato foi cobrido por repórteres e cinegrafistas (C) foi obstado pelo juiz de paz = obstou-o o juiz de paz (D) ao tombar não ferira ninguém = ninguém se ferira ao tombar (E) foram tomados de letargia = tomaram-se de letargia TEXTO Da política ao espetáculo A rebeldia voltou. E nos lugares mais inesperados. O rastilho foi aceso em Túnis, seguiu para o Cairo e depois para Sanaa, Manama, Damasco − cidades onde ação política não é um direito. Onde as praças tiveram de ser ocupadas com o risco de prisão, tortura e morte. Mesmo assim, as manifestações só ficaram violentas porque as autoridades as atacaram. A centelha da revolta atravessou o Mediterrâneo e acendeu outras centenas de milhares de pessoas na Grécia e na Espanha, países subitamente forçados ao empobrecimento. Na África, no Levante, no Oriente Médio e na Europa, o que se quer é liberdade, trabalho e justiça. Nenhuma mobilização foi tão inesperada quanto a que explodiu, no mês passado, do outro lado do Atlântico Norte, numa das cidades mais ricas do mundo: Vancouver, no Canadá. Sua motivação foi frívola. Por 4 a 0, o time local de hóquei no gelo perdeu a final do campeonato. Não houve reivindicação social ou política: chateada, a gente saiu à rua e botou fogo em carros, quebrou vitrines, invadiu lojas. Fizeram tudo isso com a leveza da futilidade, posando para câmeras de celulares, autorregistrandose em instantâneos ambivalentes de prazer e agressão. O impulso de se preservarem em fotos e filmes era tão premente quanto o de destruir. Alguns intelectuais poderiam explicar assim o fenômeno: se o espetáculo do jogo não satisfez, o do simulacro da revolta o compensará; o narcisismo frustrado vira exibicionismo compartilhado. Em meio ao quebra-quebra, um casal de namorados tentava fugir quando a moça foi atingida pelo escudo de um policial e caiu. O namorado deitou-se ao lado e, para acalmá-la, deu-lhe um beijo. . 568 Um fotógrafo viu apenas dois corpos que pareciam feridos no chão e, sem perceber direito o que fotografava, captou o beijo. Pronto: os jovens viraram celebridades. Namorando há apenas seis meses, o casal cancelou uma viagem à Califórnia para cumprir uma agenda extensa de entrevistas em Nova York. A sociedade do espetáculo não pode parar. (Adaptado da Revista Piauí, n. 58, julho 2001, p. 55) 1213. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Ao tratar de diferentes manifestações de rebeldia no mundo, o autor considera que elas (A) têm em comum tão somente o fato de irromperem e se extinguirem com a mesma velocidade, em países de regime político fechado. (B) diferem quanto às suas motivações políticas particulares, mas traduzem a mesma insatisfação com a economia global. (C) são todas inesperadas, uma vez que os fatores que as desencadeiam surgem de forma misteriosa, sem qualquer razão objetiva. (D) variam quanto às reivindicações políticas ou econômicas, podendo ocorrer até mesmo por força de uma motivação banal. (E) buscam conferir um grande peso político a algumas insatisfações menores, geradas pelas razões mais injustificáveis. 1214. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Considerando-se o contexto, estas duas expressões se aproximam e reforçam reciprocamente uma mesma linha de argumentação, referindo-se ao mesmo fenômeno: (A) a leveza da futilidade e a centelha da revolta. (B) o rastilho foi aceso e não houve reivindicação social. (C) sua motivação foi frívola e a leveza da futilidade. (D) forçados ao empobrecimento e exibicionismo compartilhado. (E) ação política não é um direito e sua motivação foi frívola. 1215. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Atente para as seguintes afirmações: I. Deve-se entender por sociedade do espetáculo, de acordo com o texto, a caracterização dos movimentos de massa que pretendem explicitar publicamente sua insatisfação política. II. O exibicionismo e o narcisismo estão na raiz de manifestações dos grupos que também as promovem para se dar a conhecer nas imagens que eles mesmos produzem e cultuam. III. O vandalismo das manifestações políticas acaba por desqualificar as justas reivindicações que deram origem a um legítimo movimento social. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 1216. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) O rastilho foi aceso (1º parágrafo) = inflamou-se em seu efeito (B) A centelha da revolta (2º parágrafo) = a meta da insubordinação (C) instantâneos ambivalentes (4º parágrafo) = encenações rápidas (D) simulacro da revolta (5º parágrafo) = sacralização insatisfeita (E) narcisismo frustrado (5º parágrafo) = autoadmiração baldada 1217. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Ao registrar a cena dos namorados caídos no chão, o fotógrafo, (A) imaginando-os vítimas, involuntariamente os promoveu a celebridades. (B) sabendo-os feridos, quis compensá-los com a notoriedade de um flagrante oportuno. (C) tomando-os por revoltosos, quis demonstrar que havia amor entre os manifestantes. (D) dando-os como mortos, quis perpetuar o beijo em que se imobilizaram. (E) não atinando bem com o que via, quis documentar o que imaginou mero exibicionismo. . 569 1218- (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) A sociedade do espetáculo à qual se refere o texto prima por se mostrar em todo o narcisismo humano, com o qual todo mundo pretende se alardear. (B) A sociedade do espetáculo, tal como sugere o texto, é aquela em que a meta social mais prestigiada é a celebração de imagens em que todos se espelham. (C) Na moderna sociedade do espetáculo, sugere o texto, mesmo um beijo involuntário tende a celebrarse, caso haja um flagrante condizente e oportunista. (D) Os que compõem uma sociedade do espetáculo são narcisistas que desejam o melhor registro de uma celebração que lhes venha a consagrar. (E) A crítica à sociedade do espetáculo costuma pautar se pelo vazio que assola seus defensores, incapazes de atestar a frivolidade em que erigem como meta social a celebração de imagens 1219. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em: (A) Há países aonde as praças, supostamente públicas, estão longe de constituírem um lugar em cujo se garanta a expressão do povo. (B) Os jovens aos quais se deparou o fotógrafo estavam dando um beijo, em cujo registro haveria por torná-los celebridades. (C) Países grandes, cuja economia foi sempre saudável, são hoje palcos de manifestações a que acorrem os cidadãos empobrecidos. (D) Cabe aos intelectuais a explicação de um fenômeno social onde a marca peculiar é a busca de imagens em cujas todos se espelham. (E) Com um beijo, o namorado visava à tranquilizar a moça, não imaginando que aquela demonstração de afeto adviesse tanta fama. TEXTO A dor como destino Outro dia, folheando desavisadamente um livro de Schopenhauer (há autores que jamais devemos frequentar desavisadamente...), deparei-me com este trecho: Trabalho, aflição, esforço e necessidade constituem durante toda vida a sorte da maioria das pessoas. De fato: se todos os desejos, apenas originados, já estivessem resolvidos, o que preencheria então a vida humana? Que se transfira o homem a um país utópico, em que tudo cresça sem ser plantado, em que as aves revoem já assadas, e cada um encontre logo sua bem-amada. Ali os homens morrerão de tédio ou se enforcarão; promoverão guerras, massacres e assassinatos para se proporcionarem mais sofrimento do que o posto pela natureza. Será mesmo que sofremos porque precisamos? É da nossa natureza ocupar- nos com nossos desejos insatisfeitos, sem os quais vivemos infelizes pela falta de uma causa para viver? Nosso grande poeta Drummond, um schopenhaueriano empedernido, chegou a escrever: “Estamos para doer, estamos doendo”. E outro Andrade, o Mário, garantiu-nos: “A própria dor é uma felicidade”. De minha parte modestíssima, ouso dizer: se um dia me sentir absolutamente feliz, tentarei não me matar. Talvez também não conte para ninguém, para que não me matem. De inveja. (Bráulio Ventura, inédito) 1220. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) A observação de que há autores que jamais devemos frequentar desavisadamente justifica-se em virtude de que há textos, como o transcrito de Schopenhauer, que (A) encerram uma lição pragmática e útil, que nos ajuda a viver. (B) representam uma falsa esperança para quem lhes dê crédito. (C) constituem um caminho sentimental, desviando-nos da razão. (D) formulam teses sedutoras, relevando a negatividade da vida. (E) elaboram interpretações apressadas acerca da justiça humana. . 570 1211. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a concordância foi bem aplicada. Na “A” – “Nenhum dos moradores poderia...; na “B” ...que movia...; no “C” ...poderia ocorrer os policiais...na “E” “...também haveria de desaparecer...” 1212. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta – Ele foi obstado pelo juiz de paz = obstou-o o juiz de paz. Na “A” o verbo transformou – pretérito perfeito do indicativo – foi de repente transformada (fora –mais que perfeito do indicativo); Na “B” – erro no particípio do verbo cobrir (coberto), na “D” é voz reflexiva ; na “E” não é possível fazer transposição sem OD. 1213. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque quando se trata de manifestação se rebeldia, o autor mostra no texto que elas variam quanto ás reivindicações políticas ou econômicas, podendo ocorrer até mesmo por força de uma motivação banal. 1214. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “frívola” = Do latim frivolu; Caracterizado por falta de seriedade ou sentido; Sem um objetivo sério; Dado a leviandades; “Futilidade” = Característica ou particularidade de fútil; caráter daquilo que é fútil. As duas expressões se aproximam. As outras alternativas apresentam palavras que não têm aproximação. 1215. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque de acordo com o texto sociedade do espetáculo é a que se exibe, gosta de estar em evidência e isto podemos ver na afirmativa II. 1216. Resposta: “E”. A alternativa ”E” é a correta porque “narcisismo = paixão por si mesmo; frustrado = desapontado, decepcionado > autoadmiração (paixão por si mesmo); baldado = malogrado, frustrado. Nas outras alternativas as palavras não se relacionam. 1217. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque os namorados confundidos como vítimas acabaram por se tornar celebridades. 1218- Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o autor mostra realmente a visão da sociedade do espetáculo em que tem como meta a celebração de imagens em que possam se admirar. 1219. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o emprego de ambos elementos estão corretos. Na “A” (Aonde: Indica também lugar em que algo ou alguém está, porém quando o verbo que se relacionar com "onde" exigir a preposição “a”, deve-se agregar esta preposição, formando assim, o vocábulo "aonde". Expressa a ideia de destino, movimento. Neste caso se usa onde apenas. Em cujo está errado, apenas cujo porque a palavra que o rege não pede preposição (lugar); Na “B” no lugar de aos quais o correto é usar “que”: O fotógrafo se deparou com os jovens > “Os jovens que se deparou o fotógrafo”...(ou os quais); Na “D” onde só deve ser usado para indicar lugar, no caso o certo é usar “cuja marca”, no lugar de cujas, usar que – em que todos se espelham Na ”E” não se usa crase antes de verbo – tranquilizar; àquela com crase porque se refere a uma demonstração antes citada. 1220. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o autor mostra uma realidade descrita numa tese sedutora com ênfase na negatividade da vida. 1221. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) O autor do texto se vale de citações de Carlos Drummond de Andrade e Mário de Andrade para (A) somar argumentos contra a tese apresentada no texto de Schopenhauer. (B) demonstrar que a poesia ajuda a iluminar nossos melhores sentimentos. (C) mostrar que a Natureza, ao contrário do que muitos afirmam, é mãe e amiga dos homens. . 571 (D) provar que esses dois poetas não aceitavam qualquer justificativa para as dores humanas. (E) lembrar que a tese de Schopenhauer pode ecoar em formulações outras e variadas. 1222. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Atente para estas afirmações: I. No trecho citado de Schopenhauer, a correlação estabelecida entre país utópico e tédio é muito reveladora de um espírito pessimista. II. Ao se valer da expressão de minha parte modestíssima, o autor acentua o fato de que sua aprovação da tese de Schopenhauer em nada a fortalece. III. No último parágrafo, há uma clara corroboração da crença de que os homens dependem do sofrimento para dar sentido às suas vidas. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. 1223. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) A frase se um dia me sentir absolutamente feliz, tentarei não me matar tem um efeito de humor irônico, equivalente ao da seguinte formulação: (A) buscarei não me matar, em caso de absoluta felicidade. (B) mesmo tomado por grande infelicidade, nunca me mataria. (C) sendo absolutamente feliz, não há razão para me matar. (D) conquanto possa me matar, creio numa felicidade absoluta. (E) se não vivesse em plena felicidade pensaria em me matar. 1224. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: (A) A poucos filósofos costuma-se ...... (atribuir) inflexões tão pessimistas como a Schopenhauer. (B) ...... (costumar) constituir um traço marcante do pensamento de Schopenhauer as sombras de uma implacável negatividade. (C) Às teses desse filósofo pessimista ...... (dever) corresponder, segundo alguns críticos, uma argumentação mais substantiva. (D) Dos nossos desejos insatisfeitos ...... (restar) sempre, de algum modo, o aprendizado dos nossos limites. (E) Mesmo que ...... (poder) haver muitas pedras no caminho, não há por que desistir desta grande viagem. 1225. (TCE/SE - Analista de Controle Externo - Coordenadoria de Engenharia – FCC/2011) Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase: (A) Há países em que numa estranha conjunção, o alto índice de desenvolvimento econômico e social, corresponde a um alto índice de suicídios: fato que traz muita água, como se vê, para o moinho de Schopenhauer. (B) Há países em que, numa estranha conjunção o alto índice de desenvolvimento econômico e social corresponde: a um alto índice de suicídios; fato que traz muita água, como se vê, para o moinho de Schopenhauer. (C) Há países, em que numa estranha conjunção, o alto índice de desenvolvimento econômico e social corresponde a um alto índice de suicídios, fato que traz muita água como se vê, para o moinho de Schopenhauer. (D) Há países em que, numa estranha conjunção, o alto índice de desenvolvimento econômico e social, corresponde a um alto índice de suicídios; fato que traz, muita água como se vê, para o moinho de Schopenhauer. (E) Há países em que, numa estranha conjunção, o alto índice de desenvolvimento econômico e social corresponde a um alto índice de suicídios, fato que traz muita água, como se vê, para o moinho de Schopenhauer. . 572 1226. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que apresenta erro de acentuação: (A) Não da para entender esse egoismo em deixar o ônus para alguém mais fraco. (B) Saúdo a todos que acaso saiam sem mágoa do episódio. (C) A máxima vantagem de ser vivíparo era o fato de não precisar sair da água para pôr os ovos em terra. (D) É preciso punir também os dirigentes que têm vínculo com alas irascíveis da torcida. (E) Faz um quinquênio que transito entre o setor têxtil e os trâmites bilíngues. 1227. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale o período em que, de acordo com a norma padrão, a colocação pronominal está INCORRETA: (A) Se caracteriza o BGB pela renúncia quase total à casuística. (B) No Código de Hamurabi regulamentou-se todo tipo de contrato. (C) O cumprimento do contrato se tornava uma questão de honra. (D) Os romanos empregavam o termo “convenção” e lhe davam o significado amplo de contrato. (E) Adotar-se-ão medidas sérias para coibir os abusos. 1228. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que apresenta erro de ortografia: (A) Usa muitos acessórios porque é vaidosa. (B) Ficamos extasiados com esse xampu. (C) Ela possui uma cortesia inexcedível. (D) Maria não exitou em mostrar-se pretenciosa. (E) Farei contensão de despesas em viagens. 1229. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Aponte o segmento sublinhado que traz grafia errada: (A) Ninguém procurou saber por que optaram por fazer da cidade natal apenas um retrato na parede. (B) Só por que errei uma nota você me critica? (C) Esse exame médico está sendo extinto porque ele já não atende a suas reais necessidades. (D) Porque o café estimula o sistema de vigília do cérebro, atuando nos neurônios, os jovens podem tomar café diariamente. (E) Não conseguiu explicar por que não compareceu na audiência. 1230. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Marque a alternativa em que o segmento sublinhado NÃO configura o sujeito da respectiva oração: (A) Agora, o pensar será privilegiado nas escolas públicas desde o ensino fundamental. (B) Seguem uns papéis para o senhor assinar. (C) É evidente que a adoção dessas medidas depende de acordos políticos. (D) Cada vez que o governo passa desses limites, ele está tirando o espaço do cidadão. (E) Há lugares no mundo que são inalcançáveis. 1221. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque mostra visões diferentes de enxergar a vida, de forma pessimista, diga-se de passagem. 1222. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o texto gira em torno de informações utópicas e o tédio presente num espírito pessimista em suas observações. 1223. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque é irônico em falar de felicidade e morte que são ideias contrastantes, por que alguém feliz desejaria a morte? Justifica o efeito de humor irônico. 1224. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “Costumamos constituir...”; Na “A” costuma-se atribuir Na “C” “ deve corresponder(uma argumentação mais substantiva); Na “D” Resta sempre, de algum modo, o aprendizado...; Na “E” “...mesmo que possa haver...” 1225. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque a vírgula depois de em que separa um adjunto e após suicídios separa a oração : fato que traz muita água; como se vê – expressão explicativa vem entre vírgulas. . 573 1226. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a palavra egoísmo é acentuada ( í – tônico). 1227. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque Não se inicia período com pronome pessoal oblíquo. 1228. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a palavra correta é “hesitou”. 1229. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta pois a palavra “porque” como conjunção explicativa é grafada junto= “porque”. Na “A” e na “E” – POR QUE significa por que motivo – advérbio interrogativo de causa; Na “C” é conjunção explicativa; e na “D” é advérbio interrogativo de causa, deve ser escrito separado POR QUE. 1230. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque verbo Haver no sentido de existir é impessoal, não tem sujeito, sempre na 3ª p. s. “lugares” é objeto direto. 1231. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa correta em relação ao uso ou não da crase: I - A OTAN prometeu manter ataques à Líbia. II - A audiência foi transferida para as 11h30 de amanhã. III - Está na pauta a adoção de cotas nos empregos ligados à Olimpíada de 2016. IV - A imagem das dezenas de camelos parados em frente às pirâmides de Gizé à espera de turistas está com os dias contados. (A) Todas as proposições estão corretas. (B) Estão corretas somente as proposições II e IV. (C) Estão corretas somente as proposições I, II e IV. (D) Estão corretas somente as proposições I e III. (E) Estão corretas somente as proposições I, III e IV. 1232. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Observe as palavras com grifo e aponte a alternativa errada: (A) Estavam casados havia dois anos quando emigraram para o Brasil. (B) Os vikings estiveram na América há mais de 500 anos. (C) É outubro, que bom! Já estamos há dois meses do Natal. (D) Só daqui a dez dias os clientes receberão o material. (E) A dois anos da Copa de 2014, muitas obras ainda estão por começar. 1233. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Indique a proposição que contém erro gramatical: (A) A doença mental é hoje a principal causa de incapacitação de crianças, bem à frente de deficiências físicas como a paralisia cerebral ou a síndrome de Down. (B) Esta ação trata-se de reivindicação de bem imóvel, com fulcro no art. 524 do Código Civil. (C) Agora vemos os saques em Londres varrer a Inglaterra de ponta a ponta também como numa pandemia. (D) Grande quantidade de nióbio é utilizada em superligas para a fabricação de motores a jato e subconjuntos de foguetes. (E) Talvez isso não aconteça com “Chico”, um belo disco, o qual dialoga com o amor ao estilo Buarque de Holanda, caprichando na ironia fina e na poesia sem lugar-comum. 1234 (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Indique a classificação sintática [entre colchetes] que NÃO corresponde ao segmento sublinhado: (A) A China, segunda maior economia mundial, está em busca de reservas estratégicas. [aposto] (B) Sua segurança era feita pela Polícia Federal. [agente da passiva] (C) No parentesco, consideram-se linhas e graus. [sujeito passivo] (D) O bispo argumenta que todos têm direito à vida. [objeto indireto] (E) A linha é colateral quando os descendentes provêm de um autor comum. [predicativo do sujeito] . 574 1235. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale o período com erro de pontuação: (A) Na língua tupi-guarani, Ituporanga significa “salto grande”. (B) Foram as mudanças jurídicas – como a lei do divórcio que hoje pode ser oficializado até em cartórios – e sociais dos últimos anos, que abriram brecha para os recasamentos. (C) Faltou, também, maior ênfase na prevenção da saúde – um dos pressupostos do SUS. (D) Além do aumento de passageiros, há uma agravante: a precariedade dos aeroportos. (E) Garcia S. E sua mulher, Aurélia S., brasileiros, casados, residentes e domiciliados na rua do Peixe nº 1, nesta cidade, por seu advogado devidamente habilitado, propuseram a presente Ação Reivindicatória. 1236. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Indique o período que traz uma oração reduzida subordinada: (A) Temos observado as reações químicas do produto diariamente. (B) Foi rotulado como um economista da corrente desenvolvimentista. (C) Embora o caso tenha sido resolvido, não estamos satisfeitos. (D) Feitos os cálculos, estima-se o prejuízo em mais de mil reais. (E) Estamos nos despedindo com lágrimas nos olhos. 1237. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas deste período: “São projetos referentes __ construção e __ modernização de museus, ao incentivo __ artistas contemporâneos, __ divulgação do tema nas mídias e __ uma série de outras finalidades.” (A) à – à – a – a – à (B) à – à – a – à – a (C) à – a – à – a – a (D) a – a – aos – a – à (E) à – à – a – à – à 1238. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Somente em um dos períodos abaixo o “que” grifado introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa. Assinale qual: (A) Projeções feitas por cientistas calculam que em 2025 cerca de 2,43 bilhões de pessoas estarão sem acesso à água. (B) Com base no princípio da hierarquia das leis é que passou a ser proibido qualquer trabalho a menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de 14 anos. (C) A primeira modalidade esportiva a ter uma dimensão mundial foi o futebol de campo, e a difusão só se tornou possível depois da unificação das regras, que eram diferentes em cada país. (D) Em virtude das paisagens bucólicas e da neve que se precipita em algumas cidades, todos os anos a serra recebe milhares de visitantes no inverno. (E) Essas são questões em relação às quais a sociedade deveria reagir com mais do que simplesmente indignação. 1239. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que NÃO contém nenhum erro gramatical: (A) O objetivo da presente ação não é julgá-la, mas sim reconhecer a ocorrência de um acordo firmado entre as partes, onde o réu se revestiu de boa fé, formando um ato jurídico. (B) Cabe ressaltar que há muito tempo antes de sua aquisição pelos autores, o corréu já havia adquirido o imóvel. (C) Como o réu preenche os requisitos necessários para tal aquisição e ante à prova de que não possui outro imóvel, acolheu-se a arguição apontada. (D) A lei não vedou o registro – o decreto é que o fez, seguramente por desconhecimento, por parte de seus autores, das implicações jurídico-desportivas oriundas de tal negativa regulamentar. (E) Determinadas as provas a serem produzidas e dando-se o feito por saneado, foi designado audiência de instrução e julgamento. 1240. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Indique a alternativa em que o uso do hífen está errado: (A) O sul do Estado tem estações hidro-termais e cânions ricos em biodiversidade. (B) Participou do megaevento a afro-americana Shirley Franklin, ex-prefeita de Atlanta. (C) Os pretores não podiam ab-rogar uma regra de direito. (D) Seria importante avaliar a qualidade de super-resistência mencionada no folheto. (E) O estudo considerou o desenvolvimento sócio-histórico e cultural do país. . 575 1231. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque todas as alternativas estão corretas quanto ao uso do acento de crase. 1232. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “há” indica tempo passado e no caso se usa apenas a preposição “a”. 1233. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o verbo “ tratar” não é pronominal, portanto não tem SE. “Esta ação trata de...” 1234 Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque Verbo “ter” é VTD (OD=direito) (à vida = CN) 1235. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “-como a lei do divórcio, que hoje pode ser oficializado até em cartórios – e.... Coloca-se a vírgula após divórcio separando o aposto. 1236. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a oração reduzida subordinada de particípio : “Feito os cálculos” 1237. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque preenche corretamente as lacunas: (á construção- palavra feminina; à modernização – palavra feminina; a artistas – apenas preposição, antes de palavras femininas no plural; à divulgação – palavra feminina; a uma série (antes de artigo indefinido não se usa crase) 1238. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a “oração “que eram diferentes em cada país” explica a oração anterior. Na “A” o “que” introduz uma oração subordinada substantiva objetiva direta; na “B” ele introduz uma oração Subordinada substantiva predicativa, na “D” o “que” introduz oração subordina substantiva subjetiva e na “E” inicia uma oração subordinada adverbial comparativa. 1239. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque não há erro em sua construção. Na “A” a palavra “ boa-fé” tem hífen; na “B” há redundância na expressão: “há muito tempo antes”, pois o verbo haver indica tempo passado, desnecessário “antes”; na “C” antes já é preposição e não há crase em à, apenas “a”; na “E” – “foi designada audiência...” 1240. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque é “hidrotermais”. 1241. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou nominal: (A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. (B) Na última reunião, ficou acordado que se realizariam encontros semanais com os diversos interessados no assunto. (C) Alguma solução é necessária, e logo! (D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a ocorrência de simulação na transferência do imóvel, o pedido não pode prosperar. (E) A liberdade comercial da colônia, somada ao fato de D. João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, possibilitou ao Brasil obter certa autonomia econômica. . 576 1242. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa em que a falta de uma vírgula implica erro: (A) Os livros espanhóis e franceses que lemos aqui tiveram esse apoio lá. (B) O apoio à publicação e divulgação em países lusófonos é mais um dos trabalhos que fizemos em parceria por cerca de 20 anos. (C) Wagner é um ator que se dedica a todos os papéis que assume na TV ou no cinema. (D) A operação urbana permite obter dinheiro do mercado imobiliário para fazer melhorias na cidade. (E) Foram essas as declarações da presidente do Brasil Dilma Rousseff. 1243. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que contém erro de flexão nominal: (A) Sindicato dos guardas-civis vai à Justiça contra improviso. (B) Favor deixar os guarda-chuvas molhados na portaria. (C) Os curto-circuitos causaram danos às telas. (D) Vimos apenas dois guarda-vidas no posto de salvamento. (E) Será que os barrigas-verdes conhecem sua origem? TEXTO 1 1 Conquista recente dos brasileiros, em fase de consolidação desde o 2 restabelecimento da democracia, a liberdade de expressão ainda se vê às voltas com 3 ameaças frequentes no mundo real e, mais recentemente, no virtual. Como a internet, 4 com seu dinamismo, se constitui hoje num meio pelo qual circulam todas as mídias – 5 do rádio à televisão, passando pelo jornal –, as tentativas de cerceamento só podem 6 ser recebidas com rechaço, como se constatou na última semana durante a realização 7 da sexta edição da Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão. A tentação 8 de cercear o direito dos cidadãos à informação livre, por meio de restrições a mídias 9 tradicionais ou novas, não é exclusividade de governos autocráticos. Neste mês, uma 10 manifestação do governo britânico surpreendeu o mundo. Pressionado pelo uso 11 massificado das novas tecnologias na convocação de recentes distúrbios registrados 12 na Inglaterra, o primeiro-ministro David Cameron não hesitou em defender o 13 bloqueio do acesso às redes sociais. Repetiu, assim, o posicionamento adotado por 14 governantes de países descompromissados com a democracia, como Egito, Síria, 15 Irã e Líbia. O equívoco, no caso, é responsabilizar a internet e não os indivíduos que 16 dela fazem mau uso. Esses, sim, merecem ser responsabilizados e, quando for o 17 caso, punidos na forma da lei. (Diário Catarinense, 28/8/2011) 1244. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Considerando as ideias do texto, assinale a opção correta: (A) A liberdade de expressão é a maior conquista dos brasileiros. (B) A liberdade de expressão está ameaçada pelo desenvolvimento tecnológico. (C) O Primeiro Ministro da Inglaterra, país de tradição democrática, contraditoriamente defendeu cerceamento à liberdade de expressão. (D) Países comprometidos com a democracia tendem a cercear a liberdade de expressão de seus cidadãos. (E) Pessoas que se aproveitam da internet para fins ilegais legitimam que o acesso a ela seja bloqueado. 1245. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) No texto I, ao usar o adjetivo “autocráticos” (linha 9) o autor quis se referir a governos: (A) que não conseguem ser abusivos. (B) que usam de arbitrariedade. (C) que agem com gravidade. (D) que visam à democracia. (E) que infringem leis autoritárias. 1246. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Considerando o texto I, assinale a proposição errada: . 577 (A) Os travessões das linhas 4 e 5 podem, sem prejuízo para a correção gramatical do período, ser substituídos por parênteses. (B) As duas vírgulas na linha 3 separam um adjunto adverbial intercalado. (C) As duas vírgulas na linha 13 isolam um adjunto adnominal. (D) A vírgula depois de mês (linha 9) separa um adjunto adverbial em início de frase. (E) O segmento “quando for o caso” (linhas 16 e 17) está entre vírgulas porque configura uma oração adverbial temporal intercalada. 1247. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Indique a única alternativa em que se empregou o pronome oblíquo INCORRETO segundo a norma padrão: (A) As histórias nem sempre são contadas por quem as viveu (B) Os estancieiros colocavam os animais no curral e marcavam-nos a ferro. (C) Chamou a esposa e revelou-lhe seu segredo. (D) O menisco do jogador foi afetado e isso não lhe permitirá entrar no próximo jogo. (E) Convido-lhe para o lançamento do meu livro de poemas. 1248. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale o período que contém erro gramatical: (A) O referido terreno foi vendido em 5.5.99 pelo preço de R$ 3.000,00, pagamento à vista. (B) Encontrando-se o réu desde então na posse do imóvel, tomaram-se as providências para a sua averbação. (C) O despacho saneador foi proferido à fl. 10, com deferimento da prova testemunhal requerida pelo réu, sendo designado o dia 20.10.2020, às 10 horas, para a realização da audiência de conciliação, instrução e julgamento. (D) O requerido, usando o disposto na Súmula 237, do STF, arguiu em sua defesa o reconhecimento de usucapião como modo originário de adquirir a propriedade, dado ao lapso temporal transcorrido. (E) Na data marcada, estando presentes a parte e seus procuradores, não logrou êxito a conciliação. 1249. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que contém erro de regência: (A) Ao aperfeiçoar seu desempenho profissional, eles estariam melhor servindo ao país. (B) Permita-me lembrar-lhe de que a reunião já começou. (C) Visaremos os certificados um a um. (D) As crianças preferem desenho animado a filmes. (E) A diretoria regional procederá a um levantamento pormenorizado das necessidades. 1250. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa correta no tocante à concordância verbal das proposições: I- Eu sempre me pergunto: como convivem no Japão o tradicional e o moderno? II - Permita V. Exa. e demais desembargadores que eu exponha meu ponto de vista. III - Em tese, haveria soluções para evitar o colapso. IV - Segue, em anexo, as recomendações do chefe. V - Bastou alguns minutos de sono para as atletas se sentirem restabelecidas. (A) Estão corretas somente as proposições I e II e IV. (B) Estão corretas somente as proposições II, III e V. (C) Estão corretas somente as proposições I, II e III. (D) Estão corretas somente as proposições I, III, IV e V. (E) Estão corretas somente as proposições I e III. 1241. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o correto é “ ...tenha ficado demonstrada cabalmente a ocorrência....” 1242. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o correto é: “Foram essas as declarações, da presidente do Brasil, Dilma Rousseff”. 1243. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o plural correto de curto-circuito, palavra formada por adjetivo + substantivo, duas palavras variáveis, portanto= “curtos-circuitos” . 578 1244. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque no texto foi mencionado o posicionamento do Primeiro Ministro da Inglaterra se posicionando contrário à liberdade de expressão. 1245. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “autocráticos” são arbitrários, usam de abuso de autoridade. 1246. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque as duas vírgulas isolam – assim – um adjunto adverbial de modo em início de frase. 1247. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque Convidar funciona como VTD nesta oração, por isso pede OD = (o=ele; a=ela, você) (Lhe = a ele- OI) 1248. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque não há erro gramatical em sua construção. Na “A” os numerais indicativos de datas foi erroneamente usado, em pagamento à vista; (05/05/1999); Na “B” Verbo “encontrar” não é pronominal e sua construção está errada: “Encontrando o réu...”; Na “C” em documentos oficiais, numerais devem ser escritos por extenso: vinte de outubro de dois mil e vinte, às dez horas; na “E” “...não lograram êxito à conciliação.” 1249. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “Permitir-se – verbo pronominal e Lembrar – verbo transitivo direto e indireto. Permita-me lembrar-lhe (OI = a ele) que a reunião (OD) já começou. 1250. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o erro da proposição IV é: “Seguem, em anexo, as recomendações do chefe” e o erro da proposição V é “Bastaram alguns minutos...” TEXTO II 1 A ministra acabou por conceder que “o maior problema do Judiciário é a 2 lerdeza”. Seu interlocutor ratificou a assertiva lembrando que isso não decorre apenas 3 da falta de juízes, mas também de problemas de gestão. Ao acúmulo de processos na 4 primeira instância e nos tribunais regionais agrega-se a enxurrada de recursos à mais 5 alta corte do país, provocada por brechas legais, das quais os advogados passaram a 6 tirar proveito para procrastinar decisões e, não raras vezes, evitar condenações pela prescrição de crimes. (adaptado do Diário Catarinense, 31 de agosto de 2011) 1251. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Considerando as ideias do texto II, assinale a opção correta: A) A ministra não admite que o Judiciário seja lento. B) Má gestão e falta de juízes configuram os únicos problemas da alegada lentidão do Judiciário. C) Os advogados se valem das brechas legais para levar os processos adiante. D) O interlocutor da ministra concorda que o Judiciário é moroso. E) Algumas vezes os crimes prescrevem por causa das decisões dos advogados. 1252. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Ainda considerando o texto II, assinale a opção correta: A) Ratificar (linha 2) é o antônimo de retificar. B) Um dos sinônimos de procrastinar (linha 6) é postergar. C) O a craseado (linha 4) poderia ser substituído simplesmente pela preposição “para”. D) O conectivo “das quais” (linha 5) está relacionado a “decisões”. E) A palavra assertiva (linha 2) tem o mesmo significado que assertividade. . 579 1253. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de gênero, número ou pessoa): A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a diferença.” B) Todos sabemos que a solução não é fácil. C) Essa gente trabalhadora merecia mais, pois acordam às cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã. D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de longe... E) Senhor diretor, espero que Vossa Senhoria seja mais compreensivo. 1254. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que apresenta erro de concordância verbal: A) Ele poderá pegar até 10 anos de cadeia, como prevê, para o seu caso, os artigos 136 e 137 do Código Penal. B) Nesses investimentos também se incluem amplos projetos de reflorestamento e um sofisticado esquema industrial antipoluição. C) Não restam dúvidas de que o governo fez uma grande obra. D) O número crescente de turistas estrangeiros que visitam o Brasil é animador. E) O objetivo da pesquisa é identificar as funções de genes cujo impacto ainda não foi descrito nas doenças. 1255. (TJ/SC - Analista Jurídico – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que NÃO apresenta vício de linguagem (barbarismo ou solecismo) A) Vamos se mandar que vem vindo alguém! B) Se ninguém se opor, vou fazer mais um aparte. C) Gostaríamos que V. Exa. recebesse o nosso muito-obrigado pela calorosa recepção. D) As pessoas preferem votar mau do que não votar. E) Quanto à verba sucumbencial, face à conduta profissional do patrono do réu, bem como a natureza e a importância da causa, deve fixar-lhe em R$ 1.500,00. TEXTO Amores silenciosos A gente se declara apaixonado porque está apaixonado ou pelo prazer de se apaixonar? Fazer e receber declarações de amor é quase sempre prazeroso. O mesmo vale, aliás, para todos os sentimentos: mesmo quando dizemos a alguém, olho no olho, “Eu te odeio”, o medo da brutalidade de nossas palavras não exclui uma forma selvagem de prazer. De fato, há um prazer na própria intensidade dos sentimentos; por isso, desconfio um pouco das palavras com as quais os manifestamos. Tomando o exemplo do amor, nunca sei se a gente se declara apaixonado porque, de fato, ama ou, então, diz que está apaixonado pelo prazer de se apaixonar. Simplificando, há duas grandes categorias de expressões: constatativas e performativas. Se digo “Está chovendo”, a frase pode ser verdadeira se estamos num dia de chuva ou falsa se faz sol; de qualquer forma, mentindo ou não, é uma frase que descreve, constata um fato que não depende dela. Se digo “Eu declaro a guerra”, minha declaração será legítima se eu for imperador ou será um capricho da imaginação se eu for simples cidadão; de qualquer forma, capricho ou não, é uma frase que não constata, mas produz (ou quer produzir) um fato. Se eu tiver a autoridade necessária, a guerra estará declarada porque eu disse que declarei a guerra. Minha “performance” discursiva é o próprio acontecimento do qual se trata (a declaração de guerra). Pois bem, nunca sei se as declarações de amor são constatativas (“Digo que amo porque constato que amo”) ou performativas (“Acabo amando à força de dizer que amo”). E isso se aplica à maioria dos sentimentos. Recentemente, uma jovem, por quem tenho estima e carinho, confiava-me sua dor pela separação que ela estava vivendo. Ao escutá-la, eu pensava que expressar seus sentimentos devia ser, para ela, um alívio, mas que, de uma certa forma, seria melhor se ela não falasse. Por quê? Justamente, era como se a falta do namorado (de quem ela tinha se separado por várias e boas razões), a sensação de perda etc. fossem intensificadas por suas palavras, e talvez mais que intensificadas: produzidas. . 580 É uma experiência comum: externamos nossos sentimentos para vivê-los mais intensamente – para encontrar as lágrimas que, sem isso, não jorrariam ou a alegria que talvez, sem isso, fosse menor. Nada contra: sou a favor da intensidade das experiências, mesmo das dolorosas. Mas há dois problemas. O primeiro é que o entusiasmo com o qual expressamos nossos sentimentos pode simplificá-los. Ao declarar meu amor, por exemplo, esqueço conflitos e nuances. No entusiasmo do “te amo”, deixo de lado complementos incômodos (“Te amo, assim como amo outras e outros” ou “Te amo, aqui, agora, só sob este céu”) e adversativas que atrapalhariam a declaração com o peso do passado ou a urgência de sonhos nos quais o amor que declaro não se enquadra. O segundo problema é que nossa verborragia amorosa atropela o outro. A complexidade de seus sentimentos se perde na simplificação dos nossos, e sua resposta (“Também te amo”), de repente, não vale mais nada (“Eu disse primeiro”). Por isso, no fundo, meu ideal de relação amorosa é silencioso, contido, pudico. [...] (CALLIGARIS, Contardo. Folha de São Paulo, 26 jun. 2008.) 1256. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) De acordo com o texto, a frase “Naquele dia eu declarei a guerra” NÃO é perfomativa porque: A) produz ou quer produzir um fato. B) é o próprio acontecimento do qual se trata. C) ao ser enunciada ela não realiza um ato. D) a pessoa que declara a guerra tem autoridade para isso. E) a declaração pode ou não ser legítima. 1257. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) “No entusiasmo do “te amo”, deixo de lado complementos incômodos (“Te amo, assim como amo outras e outros” ou “Te amo, aqui, agora, só sob este céu”) e adversativas que atrapalhariam a declaração com o peso do passado ou a urgência de sonhos nos quais o amor que declaro não se enquadra.” (parágrafo 10) Todas as alternativas abaixo apresentam possíveis adversativas que atrapalhariam a declaração “Eu te amo”, EXCETO: A) “Eu te amo, mas não posso continuar com você.” B) “Eu te amo, todavia não quero compromisso.” C) “Eu te amo, no entanto quero outras experiências.” D) “Eu te amo, porém sou muito jovem para isso.” E) “Eu te amo, portanto invisto nesse amor.” 1258. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Para o autor, externar um sentimento como o amor pode ser um problema porque: A) podemos acabar simplificando esse sentimento, deixando de lado conflitos e nuances incômodas que estão presentes nele. B) ao simplificarmos nosso sentimento, amedrontamos o outro, fazendo com que ele recue e também simplifique seus sentimentos. C) ao externarmos os sentimentos de amor, usamos palavras que intensificam-no e provocam desconfiança no outro, levando-o à paixão. D) ao fazermos declarações de amor, o medo da brutalidade de nossas palavras excluem a possibilidade de sofrimento. E) podemos declarar o prazer de amar e, assim, estimular o amor do outro, provocando a constatação do amor. 1259. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Com base no período “De fato, há um prazer na própria intensidade dos sentimentos; por isso, desconfio um pouco das palavras com as quais os manifestamos.”, analise os itens a seguir: I. O sujeito do verbo “haver” é oracional. II. O objeto indireto da forma verbal “desconfio” é: DAS PALAVRAS. III. O pronome oblíquo OS age como objeto direto de MANIFESTAMOS. Assinale: A) se somente I e II estiverem corretos B) se somente II e III estiverem corretos. C) se somente I e III estiverem corretos. D) se somente II estiver correto E) se somente I estiver correto. . 581 1260. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) “É uma experiência comum: externamos nossos sentimentos para vivê-los mais intensamente – para encontrar as lágrimas que, sem isso, não jorrariam ou a alegria que talvez, sem isso, fosse menor.” Em relação ao trecho após o travessão, é correto afirmar que: A) constitui uma explicação do sentido do termo imediatamente anterior. B) constitui uma retificação da ideia anteriormente exposta. C) explica, através da metalinguagem, o valor semântico do termo anterior D) aponta uma ampliação significativa do exposto imediatamente antes. E) provoca ratificação da ideia inicialmente exposta. 1251. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “Seu interlocutor ratificou a assertiva” 1252. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “procrastinar”( v.t.d. e v.i. Adiar; deixar alguma coisa para depois: procrastinei o começo do trabalho; estava na Internet para procrastinar. Transferir a realização de alguma coisa para um outro momento; prorrogar para outro dia: procrastinei a viagem para o ano que vem; não fazia nada e gostava de procrastinar. (Etm. do latim: procrastinare) “postergar” (v.t.d. Deixar de ter preferência por; colocar em segundo plano; desprezar, preterir. Possuir descaso em relação a alguém ou a alguma coisa; menosprezar. Adiar para depois; deixar para mais tarde; atrasar, transferir. Deixar de ter cuidado por; descuidar ou negligenciar. (Etm. do latim: postergare) Na “A” Ratificar é confirmar e retificar é corrigir. Não são antônimos.; Na “C” O “a” craseado não pode ser substituído por “para”(indica direção); Na “D” “das Quais” está relacionado a brechas legais; Na “E” “assertiva” = afirmação > assertividade = s.f. Particularidade ou condição do que é assertivo. 1253. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque não houve silepse pois a concordância foi feita pelas classes gramaticais. As outras alternativas apresentaram concordância com a ideia, com o significado que as palavras representam. (podem ser de gênero, número, pessoa). 1254. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o erro está em: “preveem os artigos...” 1255. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque foi construída sem erros. Na “A” Erro comum na linguagem popular: Vamos se mandar...em vez de Vamos nos mandar.; Na “B” “Se ninguém se opor em vez de “se opuser”; Na “D” v”>>>votar mau...” em vez de “...votar mal...”; Na “E” “verba sucumbencial...” em vez de “verba orçamentária....”. 1256. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a frase é constatativa porque o fato existe. Enunciados constatativos : são aqueles que descrevem ou relatam um estado de coisas e que, por isso, se submetem ao critério de verificabilidade, isto é, podem ser rotulados de verdadeiros ou falsos. Na prática, são os enunciados comumente denominados de afirmações, descrições ou relatos. 1257. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque “portanto” = “logo”. (concluindo). 1258. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque ao declarar o amor, passamos á vulnerabilidade de um sentimento que passa por conflitos e nuances incômodas, pois estão presentes nele. 1259. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque na proposição I não há sujeito em verbo haver por ser impessoal; as outras proposições estão corretas. . 582 1260. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque há um acréscimo de explicações sobre “sentimentos”. 1261. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Dos comentários seguintes, todos referentes a fatos linguísticos do texto, o único correto é: A) Em “Tomando o exemplo do amor, nunca SEI se a gente se DECLARA apaixonado...”, ambos os verbos em destaque, estão no presente, indicando uma ação pontual que pode ocorrer no momento da enunciação. B) A conjunção que inicia o parágrafo 4, “Se digo 'Está chovendo', a frase pode ser verdadeira...”, é subordinada substantiva subjetiva. C) O último período do texto, além de outras características, possui uma locução adverbial e três adjetivos. D) Se alterarmos a posição do adjetivo no trecho “...SELVAGEM de prazer.”, para “de prazer SELVAGEM”, haverá mudança morfológica, mas o sentido permanecerá inalterado. E) No fragmento “DE FATO, há um prazer na própria intensidade dos sentimentos...”, os elementos em destaque podem ser substituídos, sem prejuízo para o sentido, pelo advérbio DEVERAS. 1262. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Em “...externamos nossos sentimentos para vivê-los mais INTENSAMENTE” e “Os amores silenciosos podem provocar o CHORO”, as palavras destacadas são formadas, respectivamente, a partir de processos de: A) derivação sufixal e composição por justaposição. B) composição por justaposição e derivação regressiva. C) derivação sufixal e derivação regressiva. D) derivação regressiva e derivação parassintética. E) derivação parassintética e derivação prefixal. 1263. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) “O primeiro é QUE o entusiasmo com o qual expressamos nossos sentimentos pode simplificá-los. Ao declarar meu amor, por exemplo, esqueço conflitos e nuances. No entusiasmo do “te amo”, deixo de lado complementos incômodos (“Te amo, assim como amo outras e outros” ou “Te amo, aqui, agora, só sob este céu”) e adversativas QUE atrapalhariam a declaração com o peso do passado ou a urgência de sonhos nos quais o amor QUE declaro não se enquadra.” As ocorrências da palavra QUE no trecho acima devem ser classificadas, respectivamente como: A) conjunção subordinativa – conjunção integrante – pronome relativo. B) pronome relativo – conjunção subordinativa – conjunção integrante. C) conjunção subordinativa – conjunção subordinativa – pronome relativo. D) pronome relativo – pronome relativo – pronome relativo. E) conjunção integrante – pronome relativo – pronome relativo. 1264. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Assinale a alternativa que apresente análise coerente com o período “Digo QUE amo porque constato QUE amo”. A) A repetição da palavra QUE constitui caso de vício de linguagem, assim como a repetição da forma verbal “AMO”. B) A primeira oração possui sujeito indeterminado e verbo transitivo direto e indireto. C) O fragmento se constrói em um universo semântico que vai mostrando alternativas para o amor, constatadas pelas conjunções coordenativas QUE ...QUE. D) O período é formado por quatro orações, sendo que a 2ª e a 4ª são subordinadas substantivas objetivas diretas. E) Quanto à predicação verbal, os verbos que compõe messe período são intransitivos. 1265. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Dos sinônimos sugeridos para as palavras destacadas nos seguintes fragmentos do texto, o único adequado ao contexto é: A) “...confiava-me sua dor pela separação...” (contava-me) B) “tomando o exemplo do amor...” (criticando) C) “justamente, era como se a falta do namorado...” (contrariamente) D) “pois bem, nunca sei se as declarações...” (às vezes) E) “...nossa verborragia amorosa atropela o outro.” (criatividade) . 583 1266. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Assinale a alternativa em que se passou, corretamente, o verbo do trecho “...o medo da brutalidade de nossas palavras não exclui uma forma selvagem de prazer.” para a voz passiva analítica. A) “...uma forma selvagem de prazer não foi excluída pelo medo de nossas palavras.” B) “...uma forma selvagem de prazer não é excluída pelo medo de nossas palavras.” C) “...uma forma selvagem de prazer não fora excluída pelo medo de nossas palavras.” D) “...uma forma selvagem de prazer não seja excluída pelo medo de nossas palavras.” E) “...uma forma selvagem de prazer não fosse excluída pelo medo de nossas palavras.” 1267. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Assinale a frase em que a colocação do pronome pessoal oblíquo destacado NÃO obedece às normas do português padrão. A) Esses amores silenciosos alcançam - NOS todos os dias. B) Disseram - ME muito sobre os amores, resta agora a vocês oferecerem-nos à pessoa amada. C) Ele evitava os amores!... Ter – LHE - iam falado de suas dores? D) O que LHE restava era amar silenciosamente. E) Fostes alertado a manter os silêncios amorosos e cumpriste - NO com eficácia. 1268. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Assinale a alternativa em que a regência verbal NÃO siga o padrão culto de linguagem. A) O autor prefere os amores silenciosos do que os declarados. B) As expressões constatativas simplificam os amores. C) Expressamos nossos sentimentos ao outro com muito entusiasmo. D) O “Eu te amo” extravasa sentimentos. E) O silêncio implica em sentimento. 1269. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Em “A gente SE declara apaixonado porque está apaixonado ou pelo prazer de SE apaixonar?”, a palavra SE exerce, respectivamente, a função de: A) partícula apassivadora - índice de indeterminação do sujeito. B) pronome recíproco – índice de indeterminação do sujeito. C) pronome integrante do verbo – pronome integrante do verbo. D) índice de indeterminação do sujeito – pronome expletivo E) pronome de realce – pronome integrante do verbo. 1270. (FUNCAB - 2011 - Prefeitura de Várzea Grande/MT – Contador – FUNCAB/2011) Assinale a alternativa em que tenha havido uma troca da palavra correta por outra, provocando INADEQUAÇÃO de sentido na frase. A) A intensidade dos amores silenciosos ratificava o prazer da paixão. B) A complexidade de seus sentimentos cevava o amor C) Emergia dele o amor silencioso, contido, pudico. D) Os amores vultuosos provocam emoções. E) Os amores silenciosos surgem com muita intensão. 1261. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a locução adverbial é : “Por isso” e os adjetivos são: “silencioso, contido e pudico”...mas há também “amorosa”. Na “A” O indicativo presente é usado para expressar ações pontuais e simultâneas à emissão do discurso, mas ao usar o “se” deixa de ser uma ação pontual, simultânea; na “B” a conjunção “se” é subordinativa condicional; na “D” a palavra selvagem nos dois casos é “adjetivo”; na “E” “De fato” = deveras mas não podem ser substituídos porque deveras não pode ser isolado na frase. 1262. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque foi acrescentado um sufixo em “intensa”= intensamente e do verbo CHORAR houve a regressão em choro. 1263. Resposta: “E” A alternativa “E” é a correta porque o primeiro QUE (conjunção integrante) inicia uma oração subordinada substantiva predicativa e os outros são pronomes relativos, pois podem ser substituídos por (o qual, a qual, os quais, as quais). . 584 1264. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque realmente os verbos DIZER E CONSTATAR são Transitivos Diretos – Digo (primeira oração), que amo (segunda oração), porque constato (terceira oração) que amo (quarta oração). Os verbos transitivos precisam de complementos (OD) 1265. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “confiar” = “contar”; nas outras alternativas não há nenhuma relação significativa entre os verbos. 1266. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque na ativa há um verbo transitivo direto e seu complemento OD que será o sujeito da voz passiva analítica e o sujeito da ativa será o agente da passiva. O verbo ser formará a voz passiva como auxiliar e o verbo da ativa será o verbo principal no particípio na voz passiva. Voz Ativa - “O medo da brutalidade de nossas palavras (sujeito) não exclui uma forma selvagem de prazer”( predicado) ; exclui(VTD), OD= uma forma de prazer. Voz Passiva – Uma forma de prazer é excluída pelo medo da brutalidade de nossas palavras. 1267. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque “NO” só é usado após “M” final dos verbos na 3ª p.p (AM, EM, IM) e “cumpriste” é pretérito perfeito do indicativo na 2ª p.s, a conjunção “e” atrai próclise – “ e o cumpriste com eficácia”. 1268. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a regência de “preferir” pede um OI, pois o verbo é VTDI ´O autor prefere os amores silenciosos (OD) aos declarados.(OI) 1269. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque SE faz parte de um verbo pronominal pois SE é pronome reflexivo. 1270. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a troca de silenciosos por vultuosos provocou inadequação de sentido na frase. E vultosos seria a palavra correta. TEXTO Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação. Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado. 1271. (USP - Vestibular - Prova 1 – FUVEST/2011) Depreende-se do texto que uma determinada língua é um A) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e passa a ser considerada exemplar. B) sistema de signos estruturado segundo as normas instituídas pelo grupo de maior prestígio social. C) conjunto de variedades linguísticas cuja proliferação é vedada pela norma culta. D) complexo de sistemas e subsistemas cujo funcionamento é prejudicado pela heterogeneidade social. E) conjunto de modalidades linguísticas, dentre as quais algumas são dotadas de normas e outras não o são. . 585 1272. (USP - Vestibular - Prova 1 – FUVEST/2011) De acordo com o texto, em relação às demais variedades do idioma, a língua padrão se comporta de modo A) inovador. B) restritivo. C) transigente. D) neutro. E) aleatório. 1273. (USP - Vestibular - Prova 1 – FUVEST/2011) Considere as seguintes afirmações sobre os quatro períodos que compõem o texto: I. Tendo em vista as relações de sentido constituídas no texto, o primeiro período estabelece uma causa cuja consequência aparece no segundo período. II. O uso de orações subordinadas, tal como ocorre no terceiro período, é muito comum em textos dissertativos. III. Por formarem um parágrafo tipicamente dissertativo, os quatro períodos se organizam em uma sequência constituída de introdução, desenvolvimento e conclusão. IV. O procedimento argumentativo do texto é dedutivo, isto é, vai do geral para o particular. Está correto apenas o que se afirma em A) I e II. B) I e III. C) III e IV. D) I, II e IV. E) II, III e IV. TEXTO Leia o seguinte trecho de uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa: Entrevistador: – O protagonismo do STF dos últimos tempos tem usurpado as funções do Congresso? Entrevistado: – Temos uma Constituição muito boa, mas excessivamente detalhista, com um número imenso de dispositivos e, por isso, suscetível a fomentar interpretações e toda sorte de litígios. Também temos um sistema de jurisdição constitucional, talvez único no mundo, com um rol enorme de agentes e instituições dotadas da prerrogativa ou de competência para trazer questões ao Supremo. É um leque considerável de interesses, de visões, que acaba causando a intervenção do STF nas mais diversas questões, nas mais diferentes áreas, inclusive dando margem a esse tipo de acusação. Nossas decisões não deveriam passar de duzentas, trezentas por ano. Hoje, são analisados cinquenta mil, sessenta mil processos. É uma insanidade. Veja, 15/06/2011. 1274. (USP - Vestibular - Prova 1 – FUVEST/2011) Tendo em vista o contexto, a palavra do texto que sintetiza o teor da acusação referida na entrevista é A) “usurpado”. B) “detalhista”. C) “fomentar”. D) “litígios”. E) “insanidade”. 1275. (USP - Vestibular - Prova 1 – FUVEST/2011) No trecho “dotadas da prerrogativa ou de competência”, a presença de artigo antes do primeiro substantivo e a sua ausência antes do segundo fazem que o sentido de cada um desses substantivos seja, respectivamente, A) figurado e próprio. B) abstrato e concreto. C) específico e genérico. D) técnico e comum. E) lato e estrito. TEXTO Não era e não podia o pequeno reino lusitano ser uma potência colonizadora à feição da antiga Grécia. O surto marítimo que enche sua história do século XV não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora apenas provocado por uma burguesia comercial sedenta de lucros, e que não . 586 encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. A ascensão do fundador da Casa de Avis ao trono português trouxe esta burguesia para um primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar da ameaça castelhana e do poder da nobreza, representado pela Rainha Leonor Teles, cingira o Mestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções. Esgotadas as possibilidades do reino com as pródigas dádivas reais, restou apenas o recurso da expansão externa para contentar os insaciáveis companheiros de D. João I. Caio Prado Júnior, Evolução política do Brasil. Adaptado. 1276. (USP - Vestibular - Prova 1 – FUVEST/2011) Infere-se da leitura desse texto que Portugal não foi uma potência colonizadora como a antiga Grécia, porque seu A) peso político-econômico, apesar de grande para o século, não era comparável ao dela. B) interesse, diferentemente do dela, não era conquistar o mundo. C) aparato bélico, embora considerável para a época, não era comparável ao dos gregos. D) objetivo não era povoar novas terras, mas comercializar produtos nelas obtidos. E) projeto principal era consolidar o próprio reino, libertando-se do domínio espanhol. 1277. (USP - Vestibular - Prova 1 – FUVEST/2011) O pronome "ela" da frase "Era ela, portanto, quem devia merecer do novo rei o melhor das suas atenções", refere-se a A) “desmedida ambição”. B) “casa de avis”. C) “esta burguesia”. D) “ameaça castelhana”. E) “Rainha Leonor Teles”. 1278. (USP - Vestibular - Prova 1 – FUVEST/2011) No contexto, o verbo “enche” indica A) habitualidade no passado. B) simultaneidade em relação ao termo “ascensão”. C) ideia de atemporalidade. D) presente histórico. E) anterioridade temporal em relação a “reino lusitano”. TEXTO Crack avança na classe média e entra na agenda política Devastador como nenhuma outra droga no Brasil, ele se espalha pelo país e demanda ações mais contundentes das autoridades. A tragédia do crack não é nova para o Brasil. Há anos, o país convive com o drama de violência e morte. Novo e oportuno, contudo, é o fato de a elite política do país, enfim, reconhecer a emergência do problema. No último dia 31, em seu primeiro discurso como presidente eleita, Dilma Rousseff disse que o governo não deveria descansar enquanto "reinar o crack e as cracolândias". Poderia ter falado genericamente "drogas", mas referiu-se especificamente ao "crack". Não foi à toa. Estima-se que no mínimo 600.000 pessoas sejam dependentes da droga no país variante devastadora da cocaína que, como nenhuma outra, mata 30% de seus usuários no prazo máximo de cinco anos. A praga do crack nasceu e grassou entre os miseráveis, a tal ponto que "cracolândia" virou sinônimo de "local onde pobres consomem sua droga". É mais do que tempo de rever esse conceito. Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo divulgada em 2009 constatou que o crack avança rapidamente entre os mais abastados: o crescimento entre pessoas com renda superior a vinte salários mínimos foi de 139,5%. Além dos números, os dramas pessoais confirmam que a química do crack corrói toda a sociedade. Nas clínicas particulares, que custam aos viciados que tentam se livrar da cruz alucinógena milhares de reais ao mês, multiplicam-se universitários, empresários, professores, militares. [...] O crack se espraia pelas classes sociais e pelas paragens brasileiras. "Antes, São Paulo era o reduto. Falava-se do assunto como um fenômeno paulistano. Agora, ele chega com força em outras cidades e estados", diz Dartiu Xavier, coordenador do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). [...] Embora tardias, duas pesquisas em andamento na esfera do governo federal explicitam a preocupação das autoridades com a questão. Uma, a cargo do Ministério da Saúde, vai traçar o perfil do usuário de crack. Outra, nas mãos da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), pretende determinar padrões de consumo, barreiras para o tratamento e histórico social e médico de 22.000 usuários - que . 587 farão testes de HIV, hepatites (B eC) e tuberculose. Paulina Duarte, secretária adjunta da Senad e responsável técnica pelo estudo, acredita que será a maior pesquisa já realizada no mundo sobre o crack. "Um estudo dessa magnitude vai produzir um banco de dados gigantesco", diz. O levantamento pode ser um esforço hercúleo, mas não escapa das críticas dos especialistas. Ronaldo Laranjeira, psiquiatra da Associação Brasileira de Psiquiatria, diz que o governo deveria substituir pesquisas por ações. "Há doze anos, a comunidade científica aponta que o crack é uma droga diferente. Para que gastar dinheiro com um grande levantamento quando o que precisamos é de ação e de propostas?", questiona. O governo contra-ataca. Lembra que, em maio, lançou o Plano Integrado para Enfrentamento do Crack e outras drogas, com investimento estimado em 410 milhões de reais em pesquisa, prevenção, combate e tratamento. Droga nefasta - "Comparado a outras drogas, o crack é sem dúvida a mais nefasta, porque produz rapidamente a dependência: sob a compulsão pela substância, o usuário desenvolve comportamentos de risco, que podem chegar à atividade criminosa e à prostituição", diz Solange Nappo, da Unifesp. Pablo Roig, psiquiatra e dono de uma clínica de tratamento de dependentes químicos, acrescenta que a dependência chega a tal ponto que "o usuário perde a capacidade de decidir se usará ou não a droga". A mancha do crack se espalha entre usuários de drogas devido a uma combinação de acesso econômico e potência química. Jairo Werner, psiquiatra da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, chama a atenção para a relação "custo-efeito" da droga. "A relação entre preço e efeito faz do crack uma droga muito popular, de fácil acesso", diz. Ele explica ainda que os traficantes desenvolveram uma verdadeira estratégia para ampliar o mercado da droga: a "venda casada", de maconha mais crack. "No primeiro momento, a maconha dá um relaxamento e o efeito do crack é mitigado. Depois, o usuário resolve experimentar o crack puro e sente um efeito muito mais poderoso." Começam, então, as mudanças de comportamento. Além de graves consequências para a saúde, a droga provoca no dependente atitudes violentas. "Ele fica alterado, inquieto, irritado e, em geral, passa a se envolver com a criminalidade como nenhum outro usuário de drogas", diz Laranjeira, da Associação Brasileira de Psiquiatria. [...] 1279. (UFT - Vestibular - Prova 01 – COPESE – UFT/2011) Assinale a alternativa que expressa as ideias do texto. A) O crack é uma droga devastadora que está presente em diversas cidades e estados, mas que se limita apenas a algumas classes sociais. B) Ao afirmar que =Embora tardias, duas pesquisas em andamento na esfera do governo federal explicitam a preocupação das autoridades com a questão.‘ (4º parágrafo), o autor do texto se posiciona de maneira contrária à realização dessas pesquisas. C) As pesquisas realizadas pelo governo são consideradas pelos especialistas, como Ronaldo Laranjeira, exemplos de ações incisivas das autoridades. D) A relação "custo-efeito" é apresentada no texto como um fator que contribui para o consumo cada vez maior do crack. E) A expressão "venda casada", utilizada no texto, refere-se ao fato de os traficantes venderem aos usuários inicialmente o crack e, logo depois, a maconha. 1280. (UFT - Vestibular - Prova 01 – COPESE – UFT/2011) Assinale a alternativa em que o termo em negrito, ao ser substituído, altera o sentido. A) =A praga do crack nasceu e grassou entre os miseráveis, a tal ponto que "cracolândia" virou sinônimo de "local onde pobres consomem sua droga". (2º parágrafo) = propagou-se. B) =O crack se espraia pelas classes sociais e pelas paragens brasileiras‘. (3º parágrafo) = alastra C) =O levantamento pode ser um esforço hercúleo, mas não escapa das críticas dos especialistas.‘ (5º parágrafo) = árduo. D) "=Comparado a outras drogas, o crack é sem dúvida a mais nefasta, porque produz rapidamente a dependência: sob a compulsão [...]‘" (6º parágrafo) = trágica. E) "=No primeiro momento, a maconha dá um relaxamento e o efeito do crack é mitigado. [...]‘" (7º parágrafo) = potencializado. 1271. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque mais se aproxima do que se entende como: Língua é um conjunto de elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade: a língua portuguesa. . 588 1272. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação. A língua padrão se comporta de modo restritivo por delimitar regras de seu uso. Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e correspondem a sistemas e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável força contrária à variação. 1273. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o texto é dissertativo obedecendo os elementos próprios como: introdução, desenvolvimento e conclusão. 1274. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o STF tem ultimamente “usurpado”, se apossado das funções do Congresso, tirando-lhe a autoridade. 1275. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “o artigo define especificando prerrogativas (s.f. Privilégio, regalia, direito exercido e inerente a uma corporação, a um cargo, a uma profissão etc: prerrogativa) e dando uma ideia mais geral à competência (s.f. Atribuição, jurídica ou consuetudinária, de desempenhar certos encargos ou de apreciar ou julgar determinados assuntos: competência de um tribunal. Capacidade decorrente de profundo conhecimento que alguém tem sobre um assunto: recorrer à competência de um especialista.)” 1276. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque observa-se no texto esse objetivo através de: . O surto marítimo que enche sua história do século XV não resultara do extravasamento de nenhum excesso de população, mas fora apenas provocado por “uma burguesia comercial sedenta de lucros”, e que não encontrava no reduzido território pátrio satisfação à sua desmedida ambição. 1277. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque (Ela) burguesia quem provocara a mudança e merecia a melhor atenção do novo rei. 1278. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o texto se refere ao presente histórico com o surto marítimo do século XV. 1279. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque no texto há menção sobre este fato: Jairo Werner, psiquiatra da Universidade Federal Fluminense e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, chama a atenção para a relação "custo-efeito" da droga. "A relação entre preço e efeito faz do crack uma droga muito popular, de fácil acesso", diz. 1280. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque “mitigado” = adj. Adoçado, abrandado, atenuado e “potencializado” = Tornado (mais) eficaz ou (mais) ativo: potencializar uma ideia. Aumentado, reforçado os efeitos sobre o organismo de determinada substância ativa, especialmente de um medicamento (falando-se de outra substância): o álcool pode potencializar tal sonífero. Significados diferentes. . 589 1281. (UFT - Vestibular - Prova 01 – COPESE – UFT/2011) Assinale a alternativa CORRETA. A) Em =Há anos, o país convive com o drama de violência e morte‘ (1º parágrafo), a expressão em negrito atende à norma padrão e pode ser substituída nessa mesma norma por "Fazem anos". B) Em =Novo e oportuno, contudo, é o fato de a elite política do país, enfim, reconhecer a emergência do problema‘ (1º parágrafo), as palavras em negrito podem ser substituídas, respectivamente, por "todavia" e "finalmente", sem prejuízo para o sentido do texto. C) Em =Nas clínicas particulares, que custam aos viciados que tentam se livrar da cruz alucinógena milhares de reais ao mês [...]‘ (2º parágrafo), o "que" em negrito tem como referência as clínicas particulares. D) Em =O levantamento pode ser um esforço hercúleo, mas não escapa das críticas dos especialistas‘ (5º parágrafo), a oração destacada indica uma justificativa. E) Em =Além de graves consequências para a saúde, a droga provoca no dependente atitudes violentas‘ (8º parágrafo), o conectivo além de permite concluir que as consequências do crack limitamse apenas às mudanças de comportamento. TEXTO A internet produziu transformações espetaculares na sociedade na última década, mas a mais profunda só agora começa a ser estudada pela ciência. A facilidade e a rapidez com que se encontram informações na rede, sobre qualquer assunto e a qualquer hora, podem provocar alterações nos processos de cognição do cérebro. Até a popularização da web, as principais fontes de conhecimento com que todos contavam eram os livros e, evidentemente, a própria memória do que se aprende ao longo da vida. A internet mudou esse panorama: a leitura em profundidade foi substituída pela massa de informações, em sua maioria superficiais, oferecidas pelos sites de buscas, blogs e redes de relacionamento. A memória, por sua vez, perdeu relevância − para que puxar pela cabeça para se lembrar de um fato ou do nome de uma pessoa se essas informações estão disponíveis no Google, a dois toques do mouse? Quanto mais dependemos dos sites de busca para adquirir ou relembrar acontecimentos, mais nosso cérebro se parece com um computador obsoleto que necessita de uma memória mais potente. Na frase genial do cientista brasileiro Miguel Nicolelis, "o cérebro é uma orquestra sinfônica em que os instrumentos vão se modificando à medida que são tocados". Dificilmente alguém conseguirá explicar essa plasticidade com uma imagem mais exata e intrigante. Imagine-se um violino cerebral que, tocado de forma medíocre por anos a fio, vai se transformando aos poucos em um berimbau. Ou um piano martelado por um músico de uma nota só que, ao fim e ao cabo, vira um bumbo. Pode, com o passar do tempo, a facilidade de estocagem e recuperação de virtualmente qualquer tipo de informação atrofiar os instrumentos da orquestra cerebral humana especializados na busca e seleção de informações? É uma nova linha de investigação científica, que tem um grande futuro pela frente. (Alexandre Salvador e Filipe Vilicic. Veja, 20 de julho, 2011, pp. 87-88, com adaptações) 1282. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) De acordo com o texto, A) o cérebro humano, atualmente submetido a uma multiplicidade de estímulos virtuais, tem se mostrado capaz, pelo próprio processo evolutivo, de assimilar sempre novas informações. B) a quantidade de informações oferecidas pela internet deverá ampliar a capacidade de armazenamento inerente ao cérebro humano, bem além do conteúdo oferecido pelos livros. C) os cientistas estão se voltando para pesquisas sobre o impacto que a internet, com as facilidades trazidas pela divulgação de informações, pode provocar no funcionamento do cérebro humano. D) a relação entre a memória e as informações recebidas pela internet tem sido desvendada por estudiosos interessados no funcionamento do cérebro humano. E) os pesquisadores partem, em seus estudos, da possível ampliação da capacidade cerebral em razão do acúmulo de informações constantes e acessíveis, sempre à disposição na internet. 1283. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) Conclui-se corretamente do texto que A) a impossibilidade de controlar o afluxo de informações oferecidas pela internet dificulta o prosseguimento de estudos sobre o funcionamento do cérebro humano. B) o cérebro é uma estrutura que deve ser submetida a desafios, ou seja, a novos estímulos, para ampliar sua prontidão e eficiência no domínio do conhecimento. . 590 C) a facilidade com que se obtêm informações variadas e em maior quantidade na internet beneficia o funcionamento do cérebro, por estender o interesse a diferentes áreas do conhecimento. D) o intricado funcionamento cerebral impede a exata e correta avaliação de como se processam o aprofundamento e a assimilação das diversas informações recebidas. E) a ciência atual vem descobrindo métodos que permitem avaliar adequadamente a forma como o cérebro humano assimila as novas informações obtidas pela internet. 1284. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) Em relação ao último parágrafo, é correto afirmar que: A) Constitui a síntese de todo o texto, ao colocar uma questão, ainda sem resposta, como início da pesquisa a que se propõem os cientistas voltados para o estudo das funções cerebrais submetidas à influência da internet. B) Contém, em linhas gerais, a resposta provável a partir das dúvidas colocadas nos parágrafos anteriores, sujeita, portanto, à verificação científica, por meio da facilidade e da rapidez oferecidas pela internet. C) Somente nele é que fica evidente para o leitor o assunto abordado desde o início no texto, sem que, entretanto, seja possível obter-se uma resposta satisfatória e conclusiva para a questão ali colocada. D) Conclui corretamente que a conceituação das funções cerebrais será sempre imprecisa, em comparação com uma orquestra cuja perfeição dificilmente será atingida se não houver músicos capacitados, devidamente treinados. E) Torna-se repetitiva e, portanto, desnecessária a questão que ali se coloca, pois a resposta está devidamente exposta no próprio desenvolvimento dos parágrafos anteriores, que tratam da capacidade cerebral em processar informações. 1285. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) O segmento em que se identifica uma opinião pessoal, e não apenas uma informação, é A) A facilidade e a rapidez com que se encontram informações na rede, sobre qualquer assunto e a qualquer hora, podem provocar alterações nos processos de cognição do cérebro. B) Até a popularização da web, as principais fontes de conhecimento com que todos contavam eram os livros ... C) A internet mudou esse panorama ... D) Ou um piano martelado por um músico de uma nota só que, ao fim e ao cabo, vira um bumbo. E) Dificilmente alguém conseguirá explicar essa plasticidade com uma imagem mais exata e intrigante. 1286. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) "o cérebro é uma orquestra sinfônica em que os instrumentos vão se modificando à medida que são tocados". (3º parágrafo) A expressão pronominal em que, grifada acima, preenche corretamente a lacuna da frase: A) As questões ...... Se preocupam os cientistas dizem respeito às alterações cerebrais devidas ao uso indiscriminado da internet. B) É incalculável o número de informações, sobre os mais diversos temas, ...... O cérebro humano é capaz de processar. C) As hipóteses aventadas, ...... Se baseiam os especialistas, devem ainda ser comprovadas por exames acurados. D) As implicações causadas pela onipresença da internet, ...... Está sujeito o cérebro humano, são objeto de preocupação de cientistas. E) As informações ...... Dispõem os usuários da comunicação eletrônica são múltiplas, embora sejam superficiais. 1287. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) Quanto mais dependemos dos sites de busca ... (2º parágrafo) A mesma relação existente entre o verbo e seu complemento, grifados no segmento acima, está em: A) A internet produziu transformações espetaculares na sociedade na última década ... B) É uma nova linha de investigação científica. C) ... Se essas informações estão disponíveis no Google, a dois toques do mouse? D) ... Que necessita de uma memória mais potente. E) Ou um piano martelado por um músico de uma nota só que, ao fim e ao cabo, vira um bumbo. . 591 1288. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) ... a leitura em profundidade foi substituída pela massa de informações, em sua maioria superficiais ... (2º parágrafo) Com a transposição da frase acima para a voz ativa, o verbo passará a ser A) substituíram B) substituiu. C) substituíra. D) tinham substituído. E) substituiriam. TEXTO De acordo com a Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) a oferta mundial de alimentos precisa crescer cerca de 20%. A expectativa é de que o Brasil tenha de arcar com 40% desse aumento. Para isso, terá dois caminhos: incorporar novas áreas ou ampliar a produtividade. Embora domine as técnicas mais modernas, na média, a produtividade da agropecuária brasileira ainda está distante de alcançar seu pleno potencial. Em alguns casos, sobretudo na pecuária, ostenta índices medíocres. Grosso modo, as pastagens brasileiras possuem uma unidade animal por hectare. "Sem qualquer esforço sobrenatural, adotando-se uma tecnologia média e bastante acessível, o país poderia dobrar esse número" afirma José Vicente Ferraz, diretor-técnico da Informa Economics FNP, uma das mais respeitadas consultorias do setor. "Com a metade do rebanho brasileiro, os Estados Unidos produzem 50% mais carne", compara o especialista. Para Ferraz, a ampla disponibilidade de terras, somada à baixa formação técnica e à escassez de capital, desestimulam o pecuarista a investir. "O investimento visa a poupar um fator de produção, neste caso, a terra. Se sobram terras baratas, esse investimento muitas vezes não se justifica do ponto de vista estritamente econômico." O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirma que os ganhos da produtividade na pecuária poderiam liberar terras suficientes para dobrar a área plantada com alimentos, "sem derrubar uma única árvore". "Além disso, o Brasil ainda pode aumentar muito a produtividade de grãos, como o milho, o trigo e o feijão", afirma. Rodrigues sustenta, porém, que faltam políticas públicas capazes de assegurar a incorporação de tecnologia no campo, especialmente entre os pequenos. "As margens da agricultura são mínimas, então o produtor só consegue competir se tiver escala e tecnologia de ponta. Como faltam mecanismos para financiar a modernização, ele opta pela expansão da área, que é muito mais barata", explica. (Gerson de Freitas Jr. Carta Capital, 11 de maio de 2011, p. 24, com adaptações) 1289. (TRT/SE - Técnico Judiciário - FCC/2011) Os dois especialistas citados no texto A) divergem em relação aos problemas constatados quanto à baixa produtividade da pecuária brasileira, que não dispõe dos recursos necessários para uma infraestrutura adequada ao setor. B) refletem as dúvidas que cercam a maioria dos interessados em investir no desenvolvimento do setor agropecuário brasileiro, devido à sua constatada mínima produtividade. C) buscam justificar a baixa produtividade do setor agropecuário brasileiro em razão das dificuldades em torno da obtenção de terras disponíveis tanto para o cultivo de grãos quanto para o manejo do rebanho. D) constatam o desinteresse dos pecuaristas brasileiros em investir na produtividade do rebanho a partir da avaliação que se faz, no momento, da pequena margem de lucros que poderiam obter na comercialização da carne. E) dividem a mesma opinião em relação ao baixo custo das terras, como justificativa para a falta de interesse dos pecuaristas do setor em investir na tecnologia que, em princípio, exigiria mais recursos. 1290. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) A solução ideal para o setor agropecuário brasileiro, de acordo com o texto, é: A) aumento do rebanho nacional, para aproveitamento integral da área destinada à pecuária. B) respeito às leis que impedem o desmatamento para ampliação das áreas de cultivo. C) aumento da produtividade do setor agropecuário, com investimentos em tecnologia. D) abrangência das políticas públicas para ampliar a margem de lucros dos pecuaristas. E) incorporação de novas áreas de cultivo, mais produtivas, para aumentar a safra de grãos. . 592 1281. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “contudo” pode ser trocado por “todavia” pois são conjunções coordenativas adversativas que indicam a mesma coisa; “enfim” pode ser substituído por “finalmente” pois significam a mesma coisa e são advérbios de tempo. 1282. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque como um atrofiamento da memória que não tem sido ativada, pois as facilidades de pesquisas na internet estão deixando o cérebro humano obsoleto, por isso a preocupação dos cientistas. 1283. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o cérebro deve ser ativado não só na ampliação de sua prontidão e eficiência no domínio do conhecimento como também na ativação da memória. 1284. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque os cientistas ainda não têm uma resposta de como o cérebro humano permanecerá e as pesquisas estão sendo feitas para estudar as funções cerebrais submetidas à influência da internet. 1285. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o autor do texto faz comparações metafóricas entre o cérebro humano e uma orquestra sinfônica. 1286. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque preenche corretamente a lacuna e podemos analisar assim: o “que” – pronome relativo e a preposição “em” pedida por “baseiam”. Na ordem direta a frase fica assim: Os especialistas se baseiam nas (em+as) hipóteses aventadas, devem...” Nas outras alternativas não é possível preencher com “em que” porque mudam o sentido. 1287. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque quanto mais dependemos (VTI) sites de busca (OI), mais necessitamos (VTI) de uma memória mais potente.(OI) Os dois verbos são Transitivos indiretos e pedem um objeto indireto. 1288. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o verbo auxiliar da voz passiva “ser” está no pretérito perfeito do indicativo, portanto na voz ativa o verbo principal da passiva “substituir” será: “substituiu”. 1289. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque José Vicente Ferraz, e Roberto Rodrigues pensam da mesma forma, pois faltam políticas públicas capazes de assegurar a incorporação de tecnologias no campo especialmente entre os pequenos. 1290. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque os dois especialistas observaram que o aumento da produtividade do setor pecuário de pende de investimentos em tecnologia. 1291. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) "As margens da agricultura são mínimas, então o produtor só consegue competir se tiver escala e tecnologia de ponta. Como faltam mecanismos para financiar a modernização, ele opta pela expansão da área, que é muito mais barata", explica. (final do texto) O segmento grifado acima A) estabelece relação de causa e consequência entre as duas afirmativas que o compõem. B) indica a finalidade que justifica a afirmativa anterior, acrescentando uma razão lógica para ela. C) se apóia em condição anterior necessária para a comprovação do sentido de todo o contexto. D) assinala proporcionalidade entre as duas afirmativas, pois a segunda somente se concretiza a partir do que foi dito na primeira. E) aponta para uma relação de tempo e espaço, necessária para a clareza e a compreensão do assunto desenvolvido. . 593 1292. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) "Com a metade do rebanho brasileiro, os Estados Unidos produzem 50% mais carne", compara o especialista. (final do 2º parágrafo) A afirmativa reproduzida acima A) baseia-se nas explicações para a falta de investimentos no setor da pecuária. B) traz um dado estatístico, utilizado pelo especialista na defesa de sua opinião. C) constitui o modelo ideal para a reorganização do setor, proposta pelo especialista. D) tenta contestar as informações estatísticas atuais a respeito da pecuária no brasil. E) traduz uma informação sem maior importância no desenvolvimento do texto. 1293. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirma que os ganhos da produtividade na pecuária poderiam liberar terras suficientes para dobrar a área plantada com alimentos. (último parágrafo) O emprego da forma verbal grifada acima indica, considerando-se o contexto, A) certeza que consolida a afirmativa feita. B) ação habitual e repetitiva, em relação à pecuária. C) fato histórico, constante no tempo. D) realidade a ser confirmada num futuro imediato. E) hipótese, a partir de certa condição implícita. 1294. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) A expectativa é de que o Brasil tenha de arcar com 40% desse aumento. (1º parágrafo) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está também grifado na frase: A) Embora domine as técnicas mais modernas, na média, a produtividade da agropecuária brasileira ainda está distante de alcançar seu pleno potencial. B) Grosso modo, as pastagens brasileiras possuem uma unidade animal por hectare. C) Para isso, terá dois caminhos ... D) ... Esse investimento muitas vezes não se justifica do ponto de vista estritamente econômico. E) "Além disso, o Brasil ainda pode aumentar muito a produtividade de grãos, como o milho, o trigo e o feijão", afirma. 1295. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) Considere o que se diz a respeito do emprego dos sinais de pontuação nas frases abaixo: I. Para isso, terá dois caminhos: incorporar novas áreas ou ampliar a produtividade. (1º parágrafo) Os dois-pontos assinalam o sentido especificativo e explicativo do segmento introduzido por eles. II. "sem derrubar uma única árvore" (4º parágrafo) As aspas isolam a afirmativa que constitui a ideia principal, em torno da qual se desenvolve o texto. III. ele opta pela expansão da área, que é muito mais barata (final do texto) A vírgula pode ser retirada do período, que permanece correto, porém com alteração do sentido original. Está correto o que consta APENAS em . A) I. B) II. C) I e II. D) I e III E) II e III. 1296. (TRT/20ª REGIÃO (SE) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2011) As normas de concordância verbal e nominal estão inteiramente respeitadas na frase: A) O emprego de recursos tecnológicos no setor agropecuário, com vistas à produção de carne e à colheita recorde de grãos, deverão ser objetivos prioritários dos investidores. B) Deverá ser utilizado, como metas a ser atingidas pelo setor, os investimentos em infraestrutura para facilitar o escoamento da produção de grãos. C) Buscam-se, atualmente, soluções eficazes, por meio da tecnologia disponível, que venham propiciar melhor rendimento ao setor pecuário brasileiro. D) A determinação das atividades se concentrarão na ampliação de recursos aos pecuaristas, visando à obtenção de margens de lucro maiores. E) Ainda que os interesses de um investidor seja as possibilidades de lucro em determinado prazo, eles resultam em benefícios para o setor escolhido. . 594 TEXTO PROPAGANDA, PUBLICIDADE E CONSUMISMO 5 10 15 20 Hoje disseminado em praticamente todo o mundo, o fenômeno do consumismo não teria sido possível sem que o bombardeio incessante da publicidade tente nos convencer a comprar uma nova marca de sabão em pó, um novo modelo de eletrodoméstico, computador, automóvel etc. A publicidade nos persegue em toda parte, e muitas vezes não nos damos conta disso. Está nas ruas, nas fachadas dos prédios, nos ônibus e nas vitrines. Também chama a nossa atenção em bancos, escritórios, hospitais, restaurantes, cinema e outros lugares públicos. Em casa, basta abrir o jornal, ligar o rádio ou a televisão. Muitas vezes, ela vem pelo correio: são as ofertas que nos enviam os supermercados e as empresas, recomendando seus produtos e serviços. Mas existe um tipo de publicidade que nos atinge, fazendo de nós mesmos os veículos de divulgação da marca. Sem perceber, fazemos publicidade gratuitamente ao usar roupas, sapatos, bolsas e outros objetos com etiquetas visíveis. É realmente muito difícil não ser afetado por essa publicidade massiva, que se incorporou a todos os aspectos de nossa vida e nos emite mensagens o tempo todo, de forma direta ou velada. É preciso esclarecer que propaganda e publicidade são dois termos que geralmente se confundem. A primeira diz respeito à divulgação de idéias, e pode ter conteúdo político, religioso ou social. Em geral visa a orientar os cidadãos a respeito de questões de interesse público, como campanhas de saúde, trânsito, higiene e até programas políticos. Já a segunda é uma mensagem de interesse comercial – visa a apresentar vantagens de um determinado produto de forma a convencer o público da necessidade de adquiri-lo. A publicidade é um meio eficiente para tornar o produto conhecido e prestar informações para ajudar o consumidor a fazer uma escolha e até a aprender a consumir melhor. O problema é que, em vez de fornecer informações para um consumo racional e consciente, as mensagens publicitárias exploram pontos vulneráveis do público para convencê-lo de que o produto é realmente necessário. Assim, ela apela para os desejos, gostos, idéias, necessidades, vaidades e outros aspectos da nossa personalidade. (HTT://idec.org.br/biblioteca/mcs/publicidade.pdf) 1297. (Prefeitura de Cantagalo/RJ - Oficial Administrativo – CEPERJ/2011) Para estabelecer relações de coesão, todo texto apresenta uma série de mecanismos pelos quais se realiza a referência a termos anteriormente citados. A relação entre o termo assinalado e a referência está correta em: A) “Muitas vezes, ela vem pelo correio: são as ofertas que nos enviam...” (L.7) - publicidade B) “A primeira diz respeito à divulgação de ideias, e pode ter conteúdo político...” (L.13/14) publicidade C) “ Já a segunda é uma mensagem de interesse comercial – visa a apresentar...” (L.16) propaganda D) Assim, ela apela para os desejos, gostos, ideias, necessidades...” (L21/22) – propaganda 1298. (Prefeitura de Cantagalo/RJ - Oficial Administrativo – CEPERJ/2011) O valor gramatical do vocábulo que, no fragmento “...são as ofertas que nos enviam os supermercados e as empresas...” (L.7), é o mesmo que ele apresenta na alternativa: A) “...pontos vulneráveis do público para convencê-lo de que o produto é realmente...” (l.20/21) B) “o problema é que, em vez de fornecer informações para um consumo racional...” (l.19/20) C) “...propaganda e publicidade são dois termos que geralmente se confundem.” (l.13) D) “... Não teria sido possível sem que o bombardeio incessante da publicidade tente...” (l.1/2) 1299. (Prefeitura de Cantagalo/RJ - Oficial Administrativo – CEPERJ/2011) As palavras de uma língua podem ser usadas com sentido próprio ou figurado, dependendo do contexto de que fazem parte. Tem-se uma palavra usada em sentido figurado no fragmento: A) “Sem perceber, fazemos publicidade gratuitamente ao usar roupas, sapatos, bolsas e outros objetos com etiquetas visíveis.” (L.10/11) B) “É preciso esclarecer que propaganda e publicidade são dois termos que geralmente se confundem.” (L.13) C) “Também chama a nossa atenção em bancos, escritórios, hospitais, restaurantes, cinema e outros lugares públicos.” (L.5/6) D) “..não teria sido possível sem que o bombardeio incessante da publicidade tente nos convencer...” (L.1/2) . 595 TEXTO O QUE VOCÊ DEVE FAZER (Se for bom leitor de jornais e revistas, fiel ouvinte de rádio, obediente telespectador ou simples passageiro de bonde.) Consuma aveia, como experiência, durante 30 anos. Emagreça um quilo por semana sem regime e sem dieta. Livre-se do complexo de magreza, usando Koxkoax hoje mesmo. Procure nosso revendedor autorizado. Economize servindo a garrafa monstro de Lero-Lero. Ganhe a miniatura da garrafa de Lisolete. Tenha sempre à mão um comprimido de leite de magnólia. Resolva de uma vez o problema de seu assoalho, aplicando-lhe Sintaxe. Use somente peças originais, para o funcionamento ideal do seu W.Y.Z. Tenha sempre à mão uma caixa de adesivos plásticos. Faça o curso de madureza por correspondência. Aprenda em casa, nas horas vagas, a fascinante profissão de relojoeiro. [...] Carlos Drummond de Andrade (“A bolsa & a vida”. In: Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1973. p.1032.) 1300. (Prefeitura de Cantagalo/RJ - Oficial Administrativo – CEPERJ/2011) Na crônica “O que você deve fazer”, de Carlos Drummond de Andrade, ao utilizar a fórmula dos anúncios publicitários, o autor faz uma crítica: A) à campanha acirrada da publicidade sobre o ser humano B) a produtos anunciados em jornais populares C) aos leitores de periódicos e ouvintes de rádio D) aos passageiros dos transportes coletivos 1291. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque ”As margens são mínimas” - “...faltam de mecanismos para financiar a modernização” causas > “expansão da área, que é muito mais barata” – consequência. 1292. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o especialista cita este exemplo de dado estatístico para defender sua opinião. 1293. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque se a área ocupada pela pecuária fosse liberada para a agricultura dobraria a área de alimentos plantados. SE = indica hipótese. 1294. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “tenha” e “domine” estão no presente do subjuntivo. Na “B” o verbo “possuem” – presente do indicativo; na “C” o verbo “terá” – futuro do presente do indicativo; na “D” o verbo “justifica” – presente do indicativo; na “E” o verbo “pode” - presente do indicativo. 1295. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque em “sem derrubar uma única árvore” as aspas não isolam a ideia principal do texto. 1296. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque as normas de concordância foram respeitadas. Na “A” - “O emprego...de grãos, deverá ser objetivo prioritário dos investidores”; na “B” “Deverão ser utilizados, como metas a serem atingidas pelo setor, os investimentos...” ; na “D” “A determinação das atividades se concentrará na a...” ; na “E” “Ainda que...sejam as ...” 1297. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque (ela)- mensagem de lojas, supermercados , serviços de banco e escritórios enviadas pelo correio com publicidade de seus produtos. Na “B” “A primeira divulga ideias com poder político e não é publicidade – é propaganda política; Na “C” “Já a segunda é mensagem de interesso comercial e é publicidade – não propaganda.; Na “D” “Assim, ela - publicidade(mensagem de interesse comercial) – e não propaganda. . 596 1298. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o “que” tem função gramatical de pronome relativo ,funciona como sujeito e pode ser substituído por “as quais, os quais”. Na “A” o “que” é uma conjunção integrante e funciona como objeto indireto Na “B” o “que” é uma conjunção integrante e funciona como predicativo. Na “D” o “que” é uma conjunção integrante e funciona como complemento nominal. 1299. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “bombardeio” está com sentido figurado, pois não é possível “ataque de publicidade”. 1300. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque são tantos anúncios publicitários que o consumidor fica vendido e o autor fez uma crítica sobre isso. 1301. (Prefeitura de Cantagalo/RJ - Oficial Administrativo – CEPERJ/2011) No trecho “Se for bom leitor de jornais e revistas, fiel ouvinte de rádio, obediente telespectador ou simples passageiro de bonde.”, o adjetivo assinalado sugere que: A) o bom leitor é aquele que obedece à propaganda B) a propaganda busca atingir a todos indiscriminadamente C) o alvo preferido da propaganda é o leitor bom, fiel e obediente D) as boas qualidades das pessoas são exaltadas pela propaganda 1302. (Prefeitura de Cantagalo/RJ - Oficial Administrativo – CEPERJ/2011) Sempre que há comunicação há uma intenção, o que determina que a linguagem varie, assumindo funções. A função da linguagem predominante no texto com a respectiva característica está expressa em: A) referencial – presença de termos científicos e técnicos B) expressiva – predominância da 1ª pessoa do singular C) fática – uso de cumprimentos e saudações D) apelativa – emprego de verbos flexionados no imperativo 1303. (Prefeitura de Cantagalo/RJ - Oficial Administrativo – CEPERJ/2011) Muitos anúncios que aparecem no texto apresentam ideias opostas, como ocorre nos versos: A) “Use somente peças originais, para o funcionamento ideal do seu W.Y.Z. Tenha sempre à mão uma caixa de adesivos plásticos.” B) “Emagreça um quilo por semana sem regime e sem dieta. Livre-se do complexo de magreza, usando Koxkoax hoje mesmo.” C) “Faça o curso de madureza por correspondência. Aprenda em casa, nas horas vagas, a fascinante profissão de relojoeiro.” D) “Consuma aveia, como experiência, durante 30 anos. Tenha sempre à mão um comprimido de leite de magnólia.” 1304. (Prefeitura de Cantagalo/RJ - Oficial Administrativo – CEPERJ/2011) No período “Livre-se do complexo de magreza, usando Koxkoax hoje mesmo.”, se o verbo assinalado for flexionado na 1ª pessoa do plural, tem-se: A) Livremo-los do complexo de magreza, usando Koxkoax hoje mesmo. B) Livrem-se do complexo de magreza, usando Koxkoax hoje mesmo. C) Livremo-nos do complexo de magreza, usando Koxkoax hoje mesmo. D) Livrem-nos do complexo de magreza, usando Koxkoax hoje mesmo. TEXTO Após 24 anos, DNA em pontas de cigarro desvendam assassinato 1 2 3 4 5 . Um policial aposentado ajudou a desvendar um antigo caso de assassinato que o havia atormentado por toda sua carreira graças a pontas de cigarro guardadas por 24 anos. O detetive Tom Goodwin não conseguiu encontrar os 597 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel em 1986, quando ele foi morto a tiros dentro de seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York. Mas Goodwin insistiu que fossem guardadas quatro pontas de cigarro encontradas durante a investigação do crime, esperando que algum dia elas pudessem identificar os assassinos. Mais de 20 anos depois, graças aos avanços na tecnologia de identificação de DNA e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de criminosos, foi possível identificar os homens responsáveis pelo crime. Lewis Slaughter, 61 anos, foi condenado por assassinato em segundo grau e será sentenciado em dezembro. Ele pode receber pena de 25 anos a prisão perpétua pela morte de Quentzel, que era casado e pai de três filhos. Slaughter, que tem uma longa ficha criminal, já está preso por outro assassinato também ocorrido em 1986. "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, que se aposentou da polícia em 2000, ao New York Daily News. "Sempre que investigava um caso no Brooklyn ou em Queens, eu checava se uma arma .380 tinha sido usada, esperando encontrar uma ligação. Nunca deu certo". Na entrada de casa Realizado mais de 20 anos após o crime, o julgamento, em um tribunal em Long Island, estabeleceu que no dia 4 de setembro de 1986 Slaughter e seu cúmplice Clifton Waters se aproximaram de Quentzel, que estava em seu carro, logo após voltar do trabalho em sua loja de materiais de encanamento no Brooklyn. ... DNA A retomada do caso resultou de uma iniciativa da viúva e um filho de Quentzel, que, em maio de 2007, contataram a promotoria pública pedindo uma nova investigação sobre a morte de Samuel. A resolução do crime só foi possível graças à ampliação do banco de dados de DNA, que passou a exigir amostras de todos os condenados por crimes após 2006, mas que também valia retroativamente para os que estivessem presos ou em liberdade condicional na época. Foi assim que o Departamento de Justiça Criminal de Nova York ligou Roger Williams a uma ponta de cigarro encontrada na van mais de 20 anos antes. ... "A família Quentzel perseverou por mais de 24 anos com esperança de ver os assassinos de Samuel Quentzel enfrentarem a Justiça e esse dia finalmente chegou", disse a promotora pública no caso, Kathleen Rice. "Eu não poderia estar mais orgulhosa dos integrantes de meu gabinete e do departamento de polícia, que nunca desistiram de seu comprometimento em prender os homens responsáveis por esse crime terrível". (http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4792431-EI8141,00pos+anos+DNA+em+pontas+de+cigarro+desvendam +assassinato.html; 15/11/2010, 09h49 • atualizado às 11h04) . 598 1305. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) De acordo com o texto, pode-se afirmar SOMENTE que A) o carro era do detetive Tom Goodwin. B) Quentzel estava estacionado com seu carro na frente da casa de Clifton Waters. C) o detetive tinha emprestado o seu carro para Quentzel. D) o carro era da própria vítima, Samuel Quentzel. E) o carro e a casa eram do detetive Tom Goodwin. 1306. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Considere as afirmativas a seguir: I. A expressão homicídio de Samuel Quentzel em 1986 (linhas 6 e 7) foi retomada por esse crime terrível (linha 59). II. A expressão homicídio de Samuel Quentzel em 1986 (linhas 6 e 7) retoma um antigo caso de assassinato (linhas 1 e 2). III. A expressão uma nova investigação sobre a morte de Samuel (linhas 41 e 42) retoma A retomada do caso (linha 39). IV. A expressão os assassinos de Samuel Quentzel (linha 53) foi retomada por os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel (linhas 5 e 6). Com base na coesão textual, é correto APENAS o que se afirma em A) I. B) I e IV. C) II e III. D) III. E) I, II e III. 1307. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Considere as afirmativas a seguir e assinale a resposta correta. A) A função da conjunção que (linha 22) é ligar Slaughter a tem uma longa...em 1986 (linhas 22 e 23). B) A conjunção que (linha 21) se refere a era casado e pai de três filhos (linhas 21 e 22). C) A função da conjunção que (linha 9) é ligar o verbo insistiu (linha 9) ao complemento verbal fossem guardadas...do crime (linhas 9 e 10). D) A função do pronome que (linha 40) é fazer referência somente a um filho Quentzel (linha 40). E) O pronome que (linha 44) refere-se à expressão DNA (linha 44). 1308. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Das expressões em negrito, SOMENTE uma exerce a função de complemento. A) ...caso de assassinato que o havia atormentado ... (linha 2) B) ...20 anos após o crime, o julgamento ... (linha 31) C) foi assim que o departamento de justiça criminal ... (linha 48) D) ...esperança de ver os assassinos de... (linha 53) E) ...comprometimento em prender os homens... (linhas 58 e 59) 1309. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A crase é facultativa em SOMENTE uma alternativa abaixo. A) ...por toda sua carreira graças a pontas de cigarro... (linhas 2 e 3) B) ...chegou", disse a promotora pública no caso, kathleen rice. (linhas 54 e 55) C) ...receber pena de 25 anos a prisão perpétua... (linha 20) D) ...ligou roger williams a uma ponta de cigarro... (linha 49) E) ...dentro de seu carro em frente a sua casa... (linhas 7 e 8) 1310. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Com base no segundo parágrafo, podemos inferir SOMENTE: A) Goodwin sabia que encontraria os assassinos de Quentzel. B) A insistência de Goodwin para que preservassem as pontas de cigarro gerava a possibilidade da identificação dos assassinos de Quentzel. C) Goodwin tinha certeza de que as pontas de cigarro seriam a prova para condenar os assassinos de Quentzel naquela ocasião. D) Goodwin sabia que as pontas de cigarro continham marcas suficientes para incriminar os assassinos de Quentzel naquela ocasião. E) Goodwin sabia quem eram os assassinos, e sua dúvida para os descobrir provocou a condenação desses réus. . 599 1301. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque qualquer pessoa pode ser vítima do bombardeio de anúncios publicitários, até mesmo um simples passageiro de bonde. 1302. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a “função apelativa” chama a atenção do leitor. A ênfase está diretamente vinculada ao receptor, na qual o discurso visa persuadi-lo, conduzindo-o a assumir um determinado comportamento. A presente modalidade encontra-se presente na linguagem publicitária de uma forma geral e traz como característica principal, o emprego dos verbos no modo imperativo. Na “A” “função referencial” - Ocorre quando o objetivo do emissor é traduzir a realidade visando à informação. Sua predominância atém-se a textos científicos, técnicos ou didáticos, alguns gêneros do cotidiano jornalístico, documentos oficiais e correspondências comerciais. A linguagem neste caso é essencialmente objetiva, razão pela qual os verbos são retratados na 3ª pessoa do singular, conferindolhe total impessoalidade por parte do emissor. Na “B” “função expressiva” - há um envolvimento pessoal do emissor, que comunica seus sentimentos, emoções, inquietações e opiniões centradas na expressão do próprio “eu”, levando em consideração o seu mundo interior. Para tal, são utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, muitas vezes acompanhados de sinais de pontuação, como reticências, pontos de exclamação, bem como o uso de onomatopeias e interjeições. Na “C” – “função fática” - O objetivo do emissor é estabelecer o contato, verificar se o receptor está recebendo a mensagem de forma autêntica, ou ainda visando prolongar o contato. Há o predomínio de expressões usadas nos cumprimentos como: bom dia, Oi!. Ao telefone (Pronto! Alô!) e em outras situações em que se testa o canal de comunicação (Está me ouvindo?). 1303. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque Na primeira mensagem “Emagreça um quilo por semana sem regime e sem dieta” – há incentivo para emagrecer, enquanto que na mensagem – “Livre-se do complexo de magreza, usando Koxkoax hoje mesmo” a mensagem é contrária a outra que incentiva a magreza, nesta incentiva a engordar. 1304. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o verbo “livremos” ao encontrar o pronome pessoal oblíquo da 1ª p.p “nos” perde o “S”. 1305. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque Samuel Quentzel foi morto a tiros dentro de seu carro em frente a sua casa, em Long Island, Nova York. 1306. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque deveria ser o contrário “ Os responsáveis pelo homicídio de Samuel Quentzel (linhas 5 e 6) foi retomada em “A expressão os assassinos de Samuel Quentzel em 1986 (linha 53), por isso há erro. 1307. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a alternativa “A” é a correta porque o que não é conjunção e sim um pronome relativo; a alternativa “B” o que não é conjunção e sim pronome relativo funciona como sujeito; a alternativa “D” o que faz referência à viúva e ao filho; na “E” o que é pronome relativo e funciona como sujeito de banco de dados. 1308. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o “o” é complemento da locução verbal transitiva direta , por isso o pronome pessoal oblíquo “o” (ele) .. Os outros são apenas artigos definidos masculinos. 1309. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o uso do acento de crase é facultativo antes de pronomes possessivos. Na “A” antes de substantivo feminino no plural ”pontas” o “a” não tem acento de crase, é apenas uma preposição; na “B” o “a” é apenas artigo definido feminino; na “C” o “a” é apenas um artigo, porque é um OI; na “D” o “a” também é apenas uma preposição. . 600 1310. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta pois só por ela podemos inferir (deduzir) que as pontas de cigarro...” 1311. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A transformação da frase "Eu nunca parei de pensar sobre isso", disse Goodwin, (linhas 24 e 25) para discurso indireto é: A) Goodwin disse que nunca parara de pensar sobre aquilo. B) Goodwin diz que nunca tivera parado de pensar sobre aquilo. C) Goodwin disse: "Eu nunca parei de pensar sobre isso". D) Goodwin diz: "Eu nunca parei de pensar sobre isso". E) Goodwin disse o que pensava sobre aquilo. 1312. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Eliminando a expressão nunca da proposição Eu nunca parei de pensar sobre isso (linha 24), pode-se fazer somente uma inferência. Assinale a alternativa correta. A) O acarretamento de que Goodwin pensava sobre aquele crime. B) A pressuposição de que Goodwin não pensava sobre aquele crime. C) A pressuposição de que Goodwin não pensa mais sobre aquele crime. D) A pressuposição de que Goodwin pensava sobre aquele crime. E) O acarretamento de que Goodwin pensara sobre aquele crime. 1313. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A vírgula depois de Mais de vinte anos depois (linha 13) justifica-se porque é A) um adjunto adverbial intercalado. B) um adjunto adverbial deslocado. C) uma oração adverbial temporal deslocada. D) um adjunto adnominal com valor de advérbio e está deslocado. E) um advérbio em forma de oração e está deslocado. 1314. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Assinale a alternativa em que a oração NÃO é subordinada adjetiva explicativa. A) Na passagem Quentzel, que era casado... (linha 21). B) Na passagem Slaughter, que tem uma longa ficha criminal (linha 22). C) Na passagem Goodwin, que se aposentou da polícia (linha 25). D) Na passagem Quentzel, que estava em seu carro (linhas 34 e 35). E) Na passagem homicídio de Samuel Quentzel em 1986, quando ele foi morto a tiros (linhas 6 e 7). TEXTO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 EUA dizem que um ataque ao Irã uniria o país, hoje dividido WASHINGTON (Reuters) − Um ataque militar contra o Irã uniria o país, que está dividido, e reforçar a determinação do governo iraniano para buscar armas nucleares, disse o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, nesta terça-feira. Em pronunciamento ao conselho diretor do Wall Street Journal, Gates afirmou ser importante usar outros meios para convencer o Irã a não procurar ter armas nucleares e repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar − e não impedir – que o país obtenha essa capacidade. (http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/11/16/eua-dizem-queum-ataque-ao-ira-uniria-o-pais-hoje-dividido.jhtm?action=print,em 16/11/2010) 1315. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) descontextualizado, é possível inferir que o ataque uniria I. os EUA. II. o Irã. III. o Brasil. . Com base SOMENTE no título, 601 Está correto o que se afirma em A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e II, apenas. D) III, apenas. E) I, II e III. 1316. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) O adjetivo dividido (título) pode se referir à expressão I. país (linha 2). II. EUA (título), que retoma país (linha 2). III. Irã (linha 2), que retoma país (linha 2). Está correto o que se afirma em A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e II, apenas. D) III, apenas. E) I, II e III. 1317. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A palavra reforçar (linha 2) está mal flexionada, constituindo- se como um problema de A) metáfora. B) metonímia. C) concordância. D) solecismo. E) regência. 1318. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A palavra pronunciamento (linha 6) é transitiva e exige A) complemento nominal. B) objeto indireto. C) objeto direto. D) adjetivo. E) predicativo do sujeito. 1319. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A palavra para (linha 8) é uma A) preposição derivada da regência verbal da palavra meios (linha 8). B) conjunção que liga uma oração coordenada a uma subordinada. C) preposição que liga meios (linha 8) a um verbo intransitivo. D) preposição derivada da regência nominal da palavra meios (linha 8). E) proposição que liga meios (linha 8) a um verbo. 1320. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) O conetivo e (linha 9) está ligando A) dois verbos intransitivos. B) dois verbos transitivos indiretos. C) um verbo transitivo direto e outro indireto. D) dois verbos transitivos. E) dois verbos circunstanciais. 1311. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque há discurso indireto. Discurso Indireto é quando o narrador diz com suas próprias palavras o que teria dito o personagem. 1312. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque só ela faz uma suposição . Goodwin ao pedir para guardar como prova do crime as pontas de cigarro, ele possivelmente fez uma pressuposição, poruqe nunca parara de pensar sobre o crime. . 602 1313. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a vírgula foi colocada após um adjunto adverbial deslocado (fora da ordem direta da oração – no caso, antes do sujeito); 1314. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque "Quando" introduz uma oração subordinado adverbial temporal, ou seja, em qual tempo foi o homicidio de Samuel Quentzel.? 1315. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque fora do contexto podemos sugerir que o ataque ao Irã irá unir os dois. 1316. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o adjetivo dividido se refere a “país”. 1317. Resposta: “D”. A alternativa “D é a correta porque se trata de um “solecismo” – erro de sintaxe (regência, colocação pronominal, concordância, estrutura do texto), reforçar está no infinitivo e o correto: “e reforçaria a determinação...” houve erro na correlação dos verbos. 1318. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque Complemento Nominal (CN) ** completa o sentido de nomes transitivos - nome transitivo é aquele que não tem valor completo, precisa de um complemento. Estes nomes podem ser: substantivos abstratos, adjetivos ou advérbios. ** regido de preposição o termo regente será o NOME e o termo regido será o CN (complemento do nome) ** será sempre alvo do nome. Será sempre paciente. Na “B” – “OI” completa sentido de Verbo Transitivo Indireto; na “C” “OD” completa VTD; Na “C” adjetivo indica característica de substantivo; na “E” – predicativo do sujeito – qualidade do sujeito. 1319. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “para” é uma preposição derivada da regência nominal da palavra “meios”. 1320. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o conectivo “e” separa os verbos “afirmou” e “repetiu” que são Verbos Transitivos Diretos 1321. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) O fragmento frasal de que ações militares somente iriam retardar (linhas 9 e 10) é ...... do substantivo preocupações (linha 9). Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do texto acima. A) complemento verbal B) complemento nominal oracional C) adjunto verbal D) adjunto nominal E) complemento prepositivo-verbal 1322. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Em repetiu as suas preocupações de que ações militares somente iriam retardar - e não impedir - que o país obtenha essa capacidade (linhas 9 a 11), tem-se I. falta de crase porque o verbo repetiu (linha 9) é transitivo indireto e a sua regência exige a preposição a, que faz fusão com o artigo as do substantivo preocupações (linha 9). II. problema de regência entre retardar e que o país obtenha essa capacidade (linhas 10 e 11), provocado pela intercalação de - e não impedir - (linha 10). III. problema de paralelismo verbal porque o conetivo e (linha 9) está ligando o verbo ser (linha 7) e o verbo repetiu, os dois flexionados diferentemente. Está correto o que se afirma APENAS em A) I. B) II. C) III. D) I e II. E) II e III. 1323. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) O par gramatical que NÃO desempenha a mesma função sintática é a expressão A) para nas linhas 3 e 8. B) o nas linhas 2 (o primeiro) e 11. C) o nas linhas 2 (o segundo) e 4. . 603 D) e nas linhas 2 e 9. E) a nas linhas 2 e 8. 1324. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A notícia contém a expressão outros meios (linha 7 e 8) para A) retomar ataque militar contra o Irã (linhas 1 e 2). B) retomar a determinação do governo iraniano para buscar armas nucleares (linhas 2 a 4). C) retomar buscar armas nucleares(linha 3 e 4). D) fazer referência a algo que não está no texto. E) retomar impedir ? Que o país obtenha essa capacidade (linhas 10 e 11). 1325. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Das palavras a seguir, a única formada por derivação prefixal e sufixal é A) destinação. B) desocupação. C) criminológico. D) carcereiro. E) preventivamente. TEXTO Lição de bom senso 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 . O Ministério da Educação (MEC) contornou com habilidade e bom senso a polêmica gerada em torno do veto, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), de um livro do escritor Monteiro Lobato, sob o pretexto de que contém expressões racistas. A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar um esclarecimento de que, em 1933, quando a obra foi publicada pela primeira vez, o país tinha hábitos diferentes e algumas expressões não eram consideradas ofensivas, como ocorre hoje. É importante que esse tipo de decisão sirva de parâmetro para situações semelhantes, em contraposição a tentações apressadas de recorrer à censura. O caso mais recente de tentativas de restringir a livre circulação de ideias envolve a obra Caçadas de Pedrinho, na qual a turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo sai em busca de uma onça-pintada. Ocorre que, ao longo de quase oito décadas de carreira do livro, o Brasil não conseguiu se livrar de excessos na vigilância do politicamente correto, nem de intolerâncias como o racismo. Ainda assim, já não convive hoje com hábitos como o de caça a animais em extinção e avançou nas políticas para a educação das relações étnico-raciais. Assim como em qualquer outra manifestação artística, portanto, o livro que esteve sob ameaça de censura precisa ter seu conteúdo contextualizado. Se a personagem Tia Nastácia chegou a ser associada a estereótipos hoje vistos como racistas, é importante que os educadores se preocupem em deixar claro para os alunos alguns aspectos que hoje chamam a atenção apenas pelo fato de o país ter evoluído sob o ponto de vista de costumes e de direitos humanos. No Brasil de hoje, não há mais espaço para a impunidade em relação a atos como o racismo. Isso não significa, porém, que seja preciso revolver o passado, muito menos sem levar em conta as circunstâncias da época. 604 (Editorial Zero Hora, 18/10/2010) 1326. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A palavra estereótipos (linha 27) pode ser substituída, sem alteração de sentido, por A) protótipos. B) tipômetros. C) modelos sem definição. D) padrões formados por ideias preconcebidas. E) padrões formados por ideias pós-concebidas. 1327. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A passagem ..., em contraposição a tentações apressadas de recorrer à censura (linhas 11 e 12) contém o elemento gramatical a, que A) define quais são as tentações, porque é um artigo. B) não define quais são as tentações, porque é artigo. C) define quais são as tentações, porque é uma preposição. D) não define quais são as tentações, porque é artigo indefinido. E) não define quais são as tentações, porque é preposição. 1328. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Em A alternativa encontrada pelo ministro foi a de acrescentar (linhas 5 e 6), há uma elipse que faz referência à palavra A) expressão. B) elipse. C) polêmica. D) encontrada. E) alternativa. 1329. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A expressão na qual (linha 15) pode ser substituída, sem alteração de sentido, por A) que. B) por que. C) em que. D) na que. E) no qual. 1330. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) O pronome se (linha 18) pode se deslocar sintaticamente, sem provocar erro gramatical, na afirmativa A) não conseguiu livrar-se, porque é próclise ao verbo no infinitivo. B) não se conseguiu livrar, porque é próclise ao advérbio. C) não se conseguiu livrar, porque é ênclise ao auxiliar. D) não conseguiu livrar se, porque é próclise ao verbo principal. E) não conseguiu livrar-se, porque é ênclise ao verbo no infinitivo. 1321. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque complemento "completa" o sentido de uma palavra!! quem tem preocupação, tem preocupação sobre algo, de alguma coisa e esse complemento é uma oração. 1322. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque na I não há necessidade de crase porque o verbo “repetiu” é VTD e não pede preposição. Na II não há erro de regência, pois os verbos “retardar” e “obter” são VTD não pedem preposição, houve erro de construção da frase e deveria ter sido escrita assim: “,,,militares somente iriam retardar – e não impedir – que o país obtivesse essa capacidade.” . Na III - Podemos dizer que o paralelismo se caracteriza pelas relações de semelhança entre palavras e expressões, materializadas por meio do campo morfológico (quando pertencem à mesma classe gramatical), sintático (as construções das frases e orações são semelhantes) e semântico (quando há correspondência de sentido). Se detecta a falta de paralelismo morfológico em: Sua saída se deve a mágoas, humilhações, ressentimentos e a agressores que tanto pretendia ocupar seu cargo dentro da empresa. O discurso carece de reformulação: . 605 Sua saída se deve a mágoas, humilhações, ressentimentos e a agressões por parte daqueles que tanto pretendia ocupar seu cargo dentro da empresa. NOS TEMPOS VERBAIS: Se todos comparecessem, haveria mais cooperação. Se todos comparecem, haverá mais cooperação. => Inferimos que o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo (comparecessem), se adequa ao futuro do pretérito do indicativo (haveria), bem como o futuro do subjuntivo, se adequa ao futuro de presente. Fonte: http://www.brasilescola.com/redacao/paralelismo.htm 1323. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque na linha 2, o “a” é um artigo (objeto direto), já o “a” na linha 8 é uma preposição (objeto indireto), portanto funções diferentes no texto. Na “A” “para é uma conjunção subordinativa adverbial final; na “B” - “o” (país) na linha 2 e na linha 11 são artigos (adjuntos adnominais do sujeito); na “C” – “o” – objeto direto; na “D” – “e” conjunção coordenativa sindética aditiva. 1324. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque (meios se refere a algo que não está no texto, as subentende-se “impedimento” pra não ter armas.) 1325. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “des (prefixo)ocupa (ção) sufixo. Nas outras alternativas só há sufixação; 1326. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque estereótipos são padrões formados por ideias preconcebidas. Estereótipos são generalizações que as pessoas fazem sobre comportamentos ou características de outros. Estereótipo significa impressão sólida, e pode ser sobre a aparência, roupas, comportamento, cultura etc. 1327. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o “a” é preposição e não define quais são as tentações, pois não é artigo definido. 1328. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o ”a” está no lugar de “alternativa” por isso há “elipse” (é a supressão de uma palavra facilmente subentendida. Consiste da omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase com a intenção de tornar o texto mais conciso e elegante). 1329. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “na qual” equivale a “em que” pois “que” pode ser substituído por “o qual /a qual”. 1330. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque a “ênclise” no infinitivo está sempre correta. 1331. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) O conetivo portanto (linha 24) pode ser substituído, sem alteração de sentido, por A) porquanto. B) entretanto. C) no entanto. D) então. E) conquanto. 1332. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Na passagem como o de caça a animais (linha 21), uma lacuna pode ser preenchida com a retomada da expressão A) excessos. B) hábitos. . 606 C) vigilância. D) caça. E) animais. 1333. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A palavra animais (linha 21) estabelece ligações com espécies que estão em extinção. Qual a propriedade semântica dessa relação? A) Hiperonímia. B) Sinonímia. C) Homonímia. D) Paronímia. E) Antonímia. 1334. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A palavra revolver (linha 34) pode ter mais de um significado no texto. Altera-se o significado da frase substituindo- se essa palavra por A) examinar. B) retomar. C) mudar. D) remontar. E) recompor. 1335. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A palavra hoje (linha 29), no texto, refere-se deiticamente I. a 18/10/2010. II. ao ano de 2010. III. ao momento que abrange um período de tempo maior do que um dia. Está correto o que se afirma em A) I, apenas. B) II, apenas. C) III, apenas. D) I, II e III. E) I e III, apenas. TEXTO O dilema das definições A ciência estabelece que funções antes consideradas universais, como "sujeito" e "predicado", são mais arbitrárias do que se imaginava 1 3 2 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 . Você já deve ter ouvido estas definições muitas vezes: "Sujeito é aquele de quem se diz algo.", "Predicado é aquilo que se diz do sujeito.", "Objeto direto é aquele que sofre a ação.", "Objeto indireto é aquele que se beneficia da ação." É possível até que você use essas definições quando bate aquela dúvida sobre concordância ou regência, não é? No entanto, apesar de correntes, elas não têm fundamento científico, afinal são muito anteriores ao nascimento da ciência da linguagem (mais precisamente, 2 mil anos anteriores!). Além disso, por remontarem à Grécia antiga, são definições muito mais filosóficas do que linguísticas e absolutamente centradas na língua grega, sem qualquer consideração pela estrutura de outras línguas. Pode-se dizer que foram uma tentativa legítima (principalmente considerando-se a época em que foi feita) de explicar fatos linguísticos, mas que está longe de ter sido bem-sucedida. O fato é que a análise de línguas empreendida na primeira metade do século 20, aliada à coleta de dados 607 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 e ao estudo comparado de um número extraordinário de idiomas de várias partes do mundo, resultou na derrubada de muitos dogmas da gramática. Um exemplo foi a sintaxe translativa de Lucien Tesnière, publicada em 1959 no livro Éléments de Syntaxe Structurale, a qual demonstrou que o único termo essencial da oração nas línguas ocidentais é o verbo. ... Primeiro, nem todo verbo exprime ação. Afinal, que ação é expressa por "ser", "estar", "ter", "dormir"? Em segundo lugar, o sujeito só pratica a ação se o verbo estiver na voz ativa; na passiva, o sujeito sofre a ação. Aliás, há verbos supostamente ativos que não expressam ação realizada, mas sofrida: é o bebê que pratica a "ação" de nascer ou é a mãe que pratica a ação de parir? (Não por acaso, em inglês, "nascer" é to be born, literalmente, "ser parido".) Logo, essa definição de sujeito é, no mínimo, capenga. Quanto à ideia de que o sujeito é aquele sobre quem se declara algo, Marcos Bagno, da Universidade de Brasília, questiona: na oração "Nesta sala cabem trinta pessoas", o sujeito é "trinta pessoas", mas não se declara algo sobre as pessoas e sim sobre a sala. Tudo isso ocorre porque os conceitos de sujeito e objeto dados pela gramática foram tomados de empréstimo da filosofia: para os gregos, há uma realidade objetiva (em si, independente de qualquer julgamento) e uma subjetiva (tal qual vista por nós). Nesse sentido, o objeto é a realidade natural, inerte, impotente e inconsciente, e o sujeito é o ser humano, único capaz de tomar consciência da realidade ao redor e de agir sobre ela. Daí a ideia de que sujeito é quem pratica ações e objeto, quem as sofre. ... Em resumo, aquelas funções que aprendemos nas enfadonhas aulas de análise sintática são de natureza meramente convencional. É por isso que a fala popular simplifica as regências, elimina preposições desnecessárias e diz "assistir televisão", "atender o telefone", "responder a pergunta", "visar um objetivo", e assim por diante. E também põe na voz passiva verbos que, segundo a gramática normativa, são transitivos indiretos: "O programa foi assistido por milhares de pessoas", "Todas as perguntas foram respondidas", "O objetivo visado por nós é.". (Aldo Bizzocchi é doutor em linguística pela USP e autor de Léxico e Ideologia na Europa Ocidental (Annablume) e Anatomia da Cultura (Palas Athena) www.aldobizzocchi.com.br) 1336. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Com base SOMENTE nos dois primeiros parágrafos do texto, o autor A) informa o leitor de que as definições são filosóficas e linguísticas, com maior peso para a primeira. B) informa o leitor de que as definições não são filosóficas, mas linguísticas. C) informa o leitor de que as definições são filosóficas e não linguísticas. D) deixa claro que as definições não são científicas porque são filosóficas e não linguísticas. E) resolve a questão das definições porque não se embasa na ciência. 1337. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) O pronome elas (linha 8) refere-se A) a essas definições. B) a dúvidas nas definições. C) a concordância e regência. . 608 D) a possibilidades de dúvidas nas definições. E) ao que está fora do texto. 1338. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Em há verbos supostamente ativos que não expressam ação realizada (linhas 35 e 36), alterando a flexão dos verbos haver e expressar para o pretérito perfeito do indicativo, tem-se A) havia verbos supostamente ativos que não expressavam ação realizada. B) houve verbos supostamente ativos que não expressaram ação realizada. C) houveram verbos supostamente ativos que não expressavam ação realizada. D) haviam verbos supostamente ativos que não expressavam ação realizada. E) houve verbos supostamente ativos que não expressavam ação realizada. 1339. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A expressão essas definições (linha 6) refere-se A) às definições de somente sujeito e predicado. B) às definições científicas. C) a quando bate aquela dúvida sobre concordância ou regência (linhas 7 e 8). D) às definições de sujeito, predicado, objeto direto e objeto indireto. E) às definições filosóficas e não linguísticas. 1340. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A expressão à (linha 21) é constituída A) pela preposição oriunda da transitividade da palavra aliada (linha 21) mais o artigo feminino da expressão coleta de dados (linha 21). B) pela proposição oriunda da transitividade da palavra aliada (linha 21) mais o artigo feminino da expressão coleta de dados (linha 21). C) pela preposição oriunda da transitividade da expressão coleta de dados (linha 21). D) pela combinação do artigo e da preposição, nessa ordem. E) pela fusão da proposição a com o artigo feminino a. 1331. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque portanto é uma conjunção coordenativa conclusiva e “então” também é. Portanto =conjunção coordenada explicativa Na “A” porquanto. = conjunção coordenativa explicativa Na “B” entretanto. = conjunção coordenativa adversativa Na “C” no entanto. = conjunção coordenativa adversativa Na “E” conquanto. = conjunção coordenativa concessiva Conjunções coordenativas conclusivas: POIS, ASSIM, ENTÃO, LOGO, POR ISSO, PORTANTO. 1332. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “como o de caça a animais” se refere a “hábitos”. 1333. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque Hiperonímia É a palavra que dá ideia de um todo, do qual se originam várias partes ou ramificações. A palavra religião é um todo, ao qual estão ligados todos os tipos de religião. 1334. Resposta: “C”. A alternativa “D” é a correta porque revolver = mudar no texto é esta.. v.t.d. e v.pron. Revirar-se para trás; fazer com que se volte para trás; retorcer ou revirar: revolveu-se no chão. v.t.d. v.i. e v.pron. Mover alguma coisa para outro lugar; deslocar-se; mover: a tempestade revolvia as telhas; uma bola revolve-se sobre si mesma; o mar revolvia em suas marés. v.t.d. e v.pron. Mexer alguma coisa; remexer ou remexer-se: para misturar alguma coisa é preciso revolvê-la bem; as árvores revolviam-se durante a tempestade. Figurado. Da mesma acepção anterior: a notícia, revolveu-lhe a alma; revolviam-se tristes diante da tragédia. Ficar revoltado com alguma coisa; rebelar ou revoltar-se: a injustiça revolveu os empregados; os empregados revolveram-se contra a gerência. v.t.d. Mexer a terra; cavar. Fazer com que fique desarrumado; desarrumar ou revirar: revolver o quarto. . 609 Examinar ou analisar com minúcia; esquadrinhar: revolver um armário em busca de fungos. Pensar exaustivamente sobre alguma coisa: revolver as lembranças. Gram. Part. Pass. Revolvido ou revolto. (Etm. do latim: revolvere) 1335. Resposta: “C”. A alternativa “D” é a correta porque o "hoje" refere-se a atualidade portanto o correto é somente o item III. 1336. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque são definições muito mais filosóficas do que linguísticas e absolutamente centradas na língua grega, sem qualquer consideração pela estrutura de outras línguas. 1337. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “elas” refere-se “a essas definições”. 1338. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque alterando a flexão dos verbos para o pretérito perfeito do indicativo, tem-se: “houve verbos supostamente ativos que não expressaram ação realizada.” 1339. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque – “A ciência estabelece que funções antes consideradas universais, como "sujeito" e "predicado", são mais arbitrárias do que se imaginava. Você já deve ter ouvido estas definições muitas vezes: "Sujeito é aquele de quem se diz algo.", "Predicado é aquilo que se diz do sujeito.", "Objeto direto é aquele que sofre a ação.", "Objeto indireto é aquele que se beneficia da ação." A ciência estabelece que funções antes consideradas universais, como "sujeito" e "predicado", são mais arbitrárias do que se imaginava. Você já deve ter ouvido estas definições muitas vezes: "Sujeito é aquele de quem se diz algo.", "Predicado é aquilo que se diz do sujeito.", "Objeto direto é aquele que sofre a ação.", "Objeto indireto é aquele que se beneficia da ação." 1340. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a palavra “aliada”- (aliada a que ou a quem) é transitiva e pede um complemento – “coleta de dados”.(CN) 1341. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Dentre as questões linguísticas, o texto também apresenta discussão sobre a linguagem culta e a linguagem informal. Qual das alternativas expressa essas linguagens, respectivamente? A) "Assistir à televisão" e "visar a um objetivo". B) "Atender o telefone" e "responder a pergunta". C) "Responder à pergunta" e "assistir à televisão". D) "Responder a pergunta" e "visar um objetivo". E) "Visar a um objetivo" e "atender o telefone". 1342. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Assinale a alternativa que contém erro gramatical. A) Os porquês dos conceitos de sujeito e predicado na gramática. B) Por que os conceitos de sujeito e predicado têm problema? C) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema. Por quê? D) Os conceitos de sujeito e predicado têm problema. Porquê? E) Não se sabe por que os conceitos de sujeito e predicado têm problema. 1343. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) A expressão No entanto (linha 8) pode ser substituída, alterando o significado da frase, por A) entretanto. B) porquanto. C) todavia. D) porém. E) contudo. . 610 1344. (DPE/RS - Defensor Público – FCC/2011) Em relação à coesão textual por referenciação, analise as afirmações abaixo. I. O pronome estas (linha 1) refere-se a definições (linha 1) e ambas fazem referência ao que vem depois. II. O pronome essas (linha 6) refere-se a definições (linha 6) e ambas fazem referência ao que vem antes. III. A expressão pronominal disso (linha 11) está escrita de maneira errada, devendo ser disto, porque sua referência vem antes. Está correto o que se afirma em A) I, apenas. B) II, apenas. C) I e II, apenas. D) II e III, apenas. E) I, II e III. TEXTO 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 No que se refere ao direito das sociedades ditas arcaicas ou primitivas, cabe lembrar que toda cultura tem um aspecto normativo, o qual delimita padrões, regras e valores que institucionalizam modelos de conduta. Cada sociedade esforça-se para assegurar uma ordem social específica, instrumentalizando normas de regulamentação essenciais, capazes de atuar como sistema eficaz de controle social. Constata-se que, na maioria das sociedades, a lei é considerada parte nuclear de controle social, elemento material empregado para prevenir, remediar ou castigar os desvios das regras prescritas. A lei indica a presença de um direito ordenado com base na tradição e nas práticas costumeiras que mantêm a coesão do grupo social. Falar de um direito arcaico ou primitivo implica não só ter presente uma diferenciação entre pré-história e história do direito, mas também, nos horizontes de diversas civilizações, associar o momento do surgimento dos primeiros textos jurídicos à época do aparecimento da escrita. Faltam ainda uma explicação cientificamente correta e respostas conclusivas acerca das origens de grande parte das instituições jurídicas no período pré-histórico. O direito arcaico pode ser interpretado com base na compreensão do tipo de sociedade que o gerou. Se essa sociedade se fundamenta no princípio do parentesco, nada mais natural do que considerar que a base geradora do sistema jurídico se encontra, primeiramente, nos laços de consanguinidade, nas práticas de convívio familiar de um grupo social unido por crenças e tradições. Nesse sentido, é válido dizer que a lei primitiva da propriedade e das sucessões teve sua origem, em grande parte, na família e nos procedimentos que a circunscreveram, como as crenças, os sacrifícios e o culto aos mortos. Antonio Carlos Wolkmer. O direito nas sociedades primitivas. In: Antonio Carlos Wolkmer (org.). Fundamentos de história do direito. 4.ª ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2008, p. 1-2 (com adaptações). 1345. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) O trecho “nas práticas de convívio familiar de um grupo social unido por crenças e tradições” (L.26-28) pode ser interpretado como uma explicação para a expressão que o antecede, “laços de consanguinidade”; nesse caso, a vírgula empregada na linha 26 poderia ser corretamente substituída por dois-pontos. A) Certo . 611 B) Errado 1346. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) Embora o texto tenha como foco o direito arcaico, é correto inferir que as diferenças entre os diversos sistemas jurídicos existentes têm origem nas especificidades culturais e históricas das sociedades que respectivamente os adotam. A) Certo B) Errado 1347. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) O caráter religioso do direito arcaico, imbuído de sanções rigorosas e repressoras, permitia que os sacerdotes fossem também legisladores e os primeiros intérpretes e executores da lei. A) Certo B) Errado 1348. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) Nas manifestações mais antigas do direito, o ilícito confundia com a quebra da tradição e com a desobediência àquilo que a divindade havia proclamado por meio de regras reveladas aos sacerdotes. A) Certo B) Errado 1349. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) O direito antigo não é resultante das decisões de uma única pessoa, haja visto ter se imposto a qualquer tipo de legislador. Nasceu espontânea e inteiramente dos antigos princípios que constituíram a família e das crenças religiosas. A) Certo B) Errado 1350. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) Em um tempo em que inexistiam legislações escritas e códigos formais as práticas primárias de controle eram transmitidas oralmente, marcadas por revelações sagradas e divinas. A) Certo B) Errado 1341. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque –“Em visar a um objetivo” e “atender o telefone expressam adequadamente discussão sobre a linguagem culta e a linguagem popular, porque a fala popular simplifica as regências, elimina preposições desnecessárias e diz "assistir televisão", "atender o telefone", "responder a pergunta", "visar um objetivo", e assim por diante. E também põe na voz passiva verbos que, segundo a gramática normativa, são transitivos indiretos: "O programa foi assistido por milhares de pessoas", "Todas as perguntas foram respondidas", "O objetivo visado por nós é". 1342. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a palavra “porque” tem suas diferenças quanto ao uso: Usa “Por quê?” caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência. 1343. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a palavra “no entanto” é uma conjunção coordenativa adversativa e pode ser substituída por entretanto, todavia, porém e contudo sem prejuízo de significado, “porquanto” (conjunção subordinativa causal) a única que pode alterar o significado. 1344. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque na proposição I “estas definições” fazem referência a algo que se encontra no espaço próximo de quem fala.(esta = pronome demonstrativo feminino) Em relação ao tempo, é usado no presente. “Essas definições” - são usados para objetos que estão próximos da pessoa com quem se fala, ou seja, da 2ª pessoa (tu, você). Em relação ao tempo é usado no passado ou futuro. “Disso ”combinação da preposição “de” com o pronome demonstrativo isso” e a escrita está correta e no texto está formando uma conjunção . 612 “Além disso” expressão pela qual se acrescenta algo ao que já foi falado. 2. Que passa do limite de algo. O correto quanto ao texto está na proposição I e na proposição II. 1345. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a base geradora do sistema jurídico se encontra, primeiramente, nos laços de consanguinidade: nas práticas de convívio familiar de um grupo social unido por crenças e tradições. Os dois pontos no lugar da vírgula tem a mesma função, explicar que a base geradora do sistema jurídico se encontra “nos laços sanguíneos”. 1346. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque realmente a formação dos diversos sistemas jurídicos têm origem nas especificações culturais e históricas das sociedades que os adotam. Considerando que os fragmentos incluídos nos itens seguintes, na ordem em que são apresentados, são partes sucessivas do texto O direito nas Sociedades Primitivas, de Antonio Carlos Wolkmer, julgueos quanto à correção gramatical e ao emprego de elementos coesivos. 1347. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque as citações: “sanções rigorosas e repressoras” – “legisladores e s primeiros intérpretes e executores da lei foram ligadas pelo elemento coesivo “e” dando ideia sequencial dos fatos descritos. 1348. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque neste caso em questão, a regência verbal exige o verbo pronominal "confundir-se", o qual pede a preposição "com"; "o ilícito confundia-se com a quebra da tradição e com a desobediência" (...) 1349. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque está errado usar “haja visto” – o correto é “haja vista” 1350. Resposta: “B” A alternativa “B” é a correta porque depois de “formais” vem uma vírgula para separar as orações “Em um tempo em que inexistiam legislações escritas e códigos formais”, “as práticas primárias de controle eram transmitidas oralmente”.” marcadas por revelações sagradas e divinas”. No direito arcaico, as sanções legais estavam profundamente associadas às sanções rituais. O direito manifestava-se não por um conteúdo, mas pela repetição de fórmulas, por meio dos atos simbólicos, das palavras sagradas, dos gestos solenes e da força dos rituais. Idem, ibidem (com adaptações). 1351. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) O item subsecutivo apresenta reescritura do texto acima. Julgue-o quanto à correção gramatical e à manutenção do sentido original. As sanções legais do direito arcaico estavam profundamente vinculadas a ritos de punição. Mais que o seu conteúdo, o que caracterizava o direito era a repetição das fórmulas, dos atos simbólicos, das palavras sagradas, dos gestos solenes e da força dos rituais. A) Certo B) Errado 1352. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) Os trechos incluídos nos itens de 21 a 24 são partes de um texto adaptado do jornal O Globo de 14/12/2010. Julgue-os quanto à correção gramatical. Foi a Índia que quebrou agora o impasse sobre o monitoramento de emissões, e a China que propôs soluções para a retomada de Kyoto. Ambos os países confirmaram ainda sua disposição de considerar metas compulsórias de cortes de emissões. Cancún não alcançou o acordo abrangente que muitos ativistas e governos desejavam, mas podem ter estabelecido a plataforma sob a qual esse compromisso poderá ser construído. A) Certo B) Errado . 613 1353. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) Os trechos incluídos nos itens de 21 a 24 são partes de um texto adaptado do jornal O Globo de 14/12/2010. Julgue-os quanto à correção gramatical. A Conferência de Cancún criou mecanismos de incentivo à preservação de grandes florestas tropicais em países como Brasil, Indonésia e Congo, o que reduziu as emissões poluentes geradas pelo desmatamento, responsáveis por cerca de 15% da liberação global dos gases que provocam o efeito estufa. A) Certo B) Errado 1354. (STM - Analista Judiciário - Revisor de Texto – Específicos – CESPE/2011) Os trechos incluídos nos itens de 21 a 24 são partes de um texto adaptado do jornal O Globo de 14/12/2010. Julgue-os quanto à correção gramatical. O mecanismo denominado redução de emissões por desmatamento e degradação teve seus aspectos técnicos definidos e sua regulamentação concluída. Digna de registro também foi a mudança de postura da China e da Índia em relação à inflexibilidade exibida em Copenhague. A) Certo B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 16 Viver em ambiente sem gravidade faz coisas curiosas com o corpo — afinal, toda a fisiologia evoluiu na presença de gravidade. Nos primeiros dias no espaço, astronautas sentem enjoo, uma condição tratada no jargão da NASA como “consciência do estômago”. Fluidos corporais que, na Terra, ficam assentados, sobem para a cabeça, deixando os astronautas com as pernas finas e os rostos inchados, eliminando rugas e fazendo as tripulações parecerem anos mais jovens, ainda que temporariamente. Por outro lado, muitos astronautas se sentem congestionados no espaço e perdem parte dos sentidos do olfato e do paladar. Além disso, sem a gravidade, ossos e músculos também começam a se desgastar. Para cada mês no espaço, os astronautas perdem em torno de 2% da massa óssea e, por isso, a tripulação costuma passar pelo menos duas horas do dia se exercitando. The Guardian. In: O Estado de S.Paulo, 31/10/2010 (com adaptações) 1355. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) A substituição da forma verbal “parecerem” (L.8) por parecer acarretaria prejuízo para a correção gramatical do texto. A) Certo B) Errado 1356. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) O principal objetivo do texto é enumerar os efeitos causados no organismo humano pela falta de gravidade. A) Certo B) Errado 1357. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) Considerando-se apenas o trecho “Viver em ambiente sem gravidade faz coisas curiosas com o corpo” (L.1-2), não se pode determinar, do ponto de vista sintático, o sujeito da forma verbal “faz”. A) Certo B) Errado 1358. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) A relação entre o termo “Fluidos corporais” (L.5) e a oração “que, na Terra, ficam assentados” (L.5-6) é de explicação. A) Certo B) Errado TEXTO . 614 1 4 7 10 13 16 19 22 25 O cacique Dodonim Krahô, de 55 anos, da aldeia Manoel Alves Pequeno, e seu filho, Renato Yahé Krahô, de 25 anos, são alunos do curso de Licenciatura Intercultural Indígena da Universidade Federal de Goiás e deverão formar-se na primeira turma, em 2012. Apesar de estarmos em pleno século XXI, a aldeia deles ainda vive a realidade do subdesenvolvimento, sem luz elétrica, sem estradas, e quase todas as 300 pessoas que ali vivem dependem de programas como o Bolsa-Família. As pessoas juntam o dinheiro recebido desse benefício e compram gêneros alimentícios. No dia em que a reportagem do Estado esteve na aldeia, eles haviam comprado uma vaca. A carne foi dividida em quantias exatamente iguais, que foram distribuídas para todas as casas. “As coisas mudam. Estamos nos adaptando à sociedade. Aqui na aldeia, a vida é diferente, pois tudo é calmo, tudo é repartido de igual para igual”, contou Renato, que, um dia, será cacique. “Mas é preciso dar educação às crianças, prepará-las para esse novo mundo que se abre e que não nos vai tirar a sensibilidade indígena, mas vai nos integrar a um mundo do qual não podemos fugir”. Dondonim considera que o assistencialismo oficial prejudicou os índios. “Passaram a nos trazer farinha e arroz, o que nós já sabíamos produzir. Então, se nos davam esses produtos, produzi-los para quê?”. Isso fez que os índios parassem de plantar e optassem por viver à custa dos favores oficiais. “Temos debatido esse assunto com as autoridades e temos sido ouvidos”. João Domingos. In: O Estado de S.Paulo, 31/10/2010 (com adaptações). 1359. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) O complemento da forma verbal “considera” (L.21) consiste em uma oração. A) Certo B) Errado 1360. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) O pronome “Isso” (L.24) refere-se ao prejuízo advindo do assistencialismo oficial. A) Certo B) Errado 1351. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque As sanções legais do direito arcaico estavam profundamente vinculadas a ritos de punição. Mais que o seu conteúdo, o que caracterizava o direito era a repetição das fórmulas, dos atos simbólicos, das palavras sagradas, dos gestos solenes e da força dos rituais. As fórmulas repetiam-se por meio "dos atos simbólicos, das palavras sagradas, dos gestos solenes e da força dos rituais". Na reescritura, incorreta, há ausência da locução prepositiva "por meio de", que complementa o sentido da oração anterior - oração coordenada sindética adversativa -, e indica por quais meios as fórmulas se repetiam. 1352. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque há erros de concordância em: “ Ambos os países confirmaram ainda sua disposição de considerar metas compulsórias de cortes de emissões” – suas disposições – “Cancún não alcançou o acordo abrangente que muitos ativistas e governos desejavam, mas podem ter estabelecido a plataforma sob a qual esse compromisso poderá ser construído”. “Cancún pode” - e uso de sob em vez de sobre - SOB significa embaixo (de alguma coisa, ou de alguém) e SOBRE é o contrário, significa em cima Do latim super. Exprime a ideia geral de "em cima de", tendo ainda outros significados, tais a como: a respeito de; acima de; de encontro a; contra, além de; mediante; com a garantia de, dentre, entre. . 615 Sobre funciona também como elemento de formação de inúmeras palavras. Ex: sobreaviso; sobrecarregar, sobre-humano; sobreloja; sobremesa; sobremodo; sobressair; etc. 1353. Resposta: “A”.A alternativa “A” é a correta porque “A Conferência de Cancún criou mecanismos de incentivo à preservação de grandes florestas tropicais em países como Brasil, Indonésia e Congo, o que (retoma a conferência) reduziu as emissões poluentes geradas pelo desmatamento, responsáveis por cerca de 15% da liberação global dos gases que provocam o efeito estufa”. 1354. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a frase acima apresenta um recurso estilístico chamado Anástrofe, que a inversão simples dos termos de uma oração. “A mudança de postura da China e da Índia em relação à inflexibilidade exigida em Copenhague. Nesse caso, o predicado foi colocado antes do sujeito. Não se faz necessário o uso de vírgulas. Diferente seria se em vez do predicativo do sujeito ("Digna de registro") um adjunto adverbial extenso fosse colocado no início da frase, p. ex., "No local do evento, (...)". 1355. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o verbo “parecerem” está no infinitivo pessoal, ele é flexionado, mas substituindo por “parecer” que está no infinitivo impessoal e quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal, mas no texto parecerem concorda com tripulações, portanto flexionado. 1356. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque , sem a gravidade, ossos e músculos também começam a se desgastar. 1357. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque verbo “fazer” indicando tempo é impessoal, sempre na 3ª p.s., sujeito indeterminado. 1358. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque Fluidos corporais que, na Terra, ficam assentados, sobem para a cabeça, deixando os astronautas com as pernas finas..... Se "que na Terra ficam assentados" fosse oração adjetiva explicativa, existiria uma vírgula logo depois de "fluidos corporais" (antes do pronome relativo "que" que inicia a oração) , intercalando a oração adjetiva. Desta forma, não há relação de explicação o entre esses termos. 1359. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “Dondonim considera (o quê?) assistencialismo oficial prejudicou os índios.” = OD. - considera = VTD - “que o 1360. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “isso” se refere a causa do prejuízo advindo do assistencialismo oficial, porque os índios pararam de produzir , pois contavam com a ajuda oficial. “Passaram a nos trazer farinha e arroz, o que nós já sabíamos produzir. Então, se nos davam esses produtos, produzi-los para quê?” 1361. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) No primeiro parágrafo do texto, contrapõem-se duas realidades diferentes; tal raciocínio é evidenciado pelo emprego da locução “Apesar de” (L.5). A) Certo B) Errado 1362. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) Na forma verbal “formar-se” (L.5), o emprego da partícula “se” é opcional; portanto, caso ela seja omitida, serão mantidas a correção gramatical do texto e a adequação à modalidade escrita formal. A) Certo B) Errado 1363. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) Depreende-se do texto que o futuro cacique inclui o seu grupo social no que ele denomina de ‘sociedade’ (L.15). A) Certo B) Errado . 616 1364. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) De acordo com o futuro cacique, é preciso ensinar às crianças que o estilo de vida externo à aldeia, por ser diferente, deve ser evitado. A) Certo B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 O principal agente de transmissão das infecções hospitalares são os próprios profissionais de saúde. A maioria das contaminações ocorre pela falta de um hábito básico de higiene. “Por pressa ou até por falta de costume, alguns profissionais não lavam as mãos de forma adequada”, diz o infectologista Paulo Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. A experiência do Hospital Albert Einstein mostra como o problema pode ser resolvido de maneira simples. Até 2004, apenas metade dos profissionais da instituição cumpria o ritual completo de higienização das mãos exigido no ambiente hospitalar — a lavagem antes e depois de tocar no paciente. Com a instalação de um porta-gel antisséptico ao lado de cada leito, 80% dos funcionários passaram a fazer a limpeza como convém. Adriana Dias Lopes. In: Veja, 27/10/2010 (com adaptações). 1365. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) A expressão “o problema” (L.8) refere-se ao fato de que, por pressa, ou até por falta de costume, alguns profissionais de saúde não lavam as mãos de forma adequada, o que provoca as contaminações. A) Certo B) Errado 1366. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) Infere-se, a partir da leitura do texto, que, até 2004, não havia porta-géis instalados ao lado de todos os leitos do Hospital Albert Einstein. A) Certo B) Errado 1367. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) No trecho ‘Por pressa ou até por falta de costume, alguns profissionais não lavam as mãos de forma adequada’ (L.4-5), estabelece-se uma relação de condição. A) Certo B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 . No Brasil, 1.120 empresas não pagam salário a seus empregados. Acalmem-se, defensores dos direitos humanos, pois não estamos falando de trabalho escravo. Trata-se de uma modalidade de negócio que funciona com a mão de obra voluntária de estudantes universitários. O número de empresas juniores, como são chamados esses empreendimentos, teve um crescimento de 87% nos últimos cinco anos — cinco vezes o de instituições de ensino superior. Uma empresa júnior, sempre sediada em uma universidade, é formada e administrada por alunos interessados em pôr em prática o que aprendem nas salas de aula. Quando necessário, um professor é chamado para orientar e tirar dúvidas, mas, das funções mais simples de escritório até a direção executiva, todos os cargos são ocupados por estudantes. A companhia tem estatuto e regimentos 617 próprios, e o preço cobrado por seus produtos e serviços é 16 bastante inferior ao do mercado. Seus clientes são, quase sempre, micro e pequenas empresas para as quais contratar uma consultoria especializada sai muito caro. Julia Carvalho. In: Veja, 10/11/2010 (com adaptações). 1368. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) Os elementos “que” (L.4) e “as quais” (L.17) possuem, ambos, a propriedade de retomar referentes expressos no texto. A) Certo B) Errado 1369. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) O uso do imperativo “Acalmem-se” (L.2) é uma das estratégias utilizadas pelo autor para aproximar a linguagem do texto da modalidade oral e para envolver o leitor, pondo-o no centro da mensagem. A) Certo B) Errado 1370. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) O sentido e a correção gramatical de texto seriam mantidos se, no trecho “Uma empresa júnior, sempre sediada em uma universidade, é formada” (L.8-9), o segmento sublinhado fosse deslocado para o início do período, da seguinte forma: Sempre sediada em uma universidade, uma empresa júnior é formada. A) Certo B) Errado 1361. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a conjunção concessiva adverbial: “apesar de estabelece contrariedade à oração anterior sem anulá-la. (conjunções concessivas adverbiais: Apesar de, Posto que, embora, conquanto, em que pese a, ainda que.). “Apesar de estarmos em pleno século XXI, a aldeia deles ainda vive a realidade do subdesenvolvimento, sem luz elétrica, sem estradas, e quase todas as 300 pessoas que Apesar ali vivem dependem de programas como o Bolsa-Família.” 1362. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “formar-se” é verbo pronominal e o “SE” (pronome reflexivo) faz parte dele, não pode ser retirado, pois assim não serão mantidas a correção gramatical do texto e a adequação à modalidade escrita formal. 1363. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o cacique ao se referir à sociedade diz que na aldeia a vida é diferente, pois tudo é repartido de igual pra igual, ele não inclui seu grupo social na “sociedade”. 1364. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque ele não considera errado e sim, acredita que é preciso ensinar às crianças, porque elas precisam ser preparadas para esse novo mundo que se abre , sem que percam a sensibilidade indígena, mas que vai integrá-los a um novo mundo do qual não podem fugir”. 1365. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque eles não têm o hábito de se higienizar antes e depois de tocar um paciente, o que tem acontecido a transmissão das infecções hospitalares. 1366. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque realmente não havia a preocupação em exigir a higienização por parte dos profissionais de saúdo nos ambientes hospitalares até esta data.(2004). 1367. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a relação que se estabelece neste fato é de consequência e não de causa. . 618 1368. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque eles (pronomes relativos) ocupam o lugar do termo a que se referem. 1369. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o imperativo é quando uma pessoa, falando com outra, lhe faz um pedido, ou lhe dá uma ordem e usado pelo autor para aproximar a linguagem do texto da modalidade oral e par envolver o leitor, pondo-o no centro da mensagem. O imperativo também pode ser usado para sugerir uma hipótese, substituindo as asserções condicionais expressas por se + futuro do subjuntivo. 1370. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “ Sempre sediada em uma universidade, uma empresa júnior é formada e administrada por alunos interessados em pôr em prática o que aprendem nas salas de aula”. O sentido e a correção gramatical de texto seriam mantidos. 1371. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) O sentido original e correção gramatical do texto não serão prejudicados caso seu último período seja reescrito da seguinte maneira: Seus clientes são micro e pequenas empresas para as quais contratar uma consultoria especializada sai, quase sempre, muito caro. A) Certo B) Errado 1372. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) A substituição da palavra “regimentos” (L.14) pela sua forma singular, regimento, manteria a correção gramatical do texto. A) Certo B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 16 As benesses proporcionadas por um sistema imunológico mais eficiente vão além do ataque mais agressivo aos vírus e às bactérias. As últimas pesquisas da epidemiologia do curso de vida, uma área relativamente nova da medicina, têm argumentado que o surgimento de doenças infecciosas na infância pode favorecer a ocorrência de distúrbios crônicos degenerativos na vida adulta. A hipótese mais aceita é a de que, mesmo quando curadas, as infecções deixam para trás processos inflamatórios no nível molecular. Isso significa que, por exemplo, depois de uma inflamação na garganta, podem restar focos imperceptíveis de inflamação. A longo prazo, esses resíduos inflamatórios podem migrar para outras áreas do organismo, o que propicia o desencadeamento de doenças como infarto e Parkinson. Tais resquícios de inflamação estão diretamente ligados ao processo de envelhecimento, uma vez que podem favorecer a liberação exagerada de moléculas tóxicas, os radicais livres. Naiara Magalhães. In: Veja, 10/11/2010 (com adaptações) 1373. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) É possível a substituição de “aos” (L.3) por “a” sem prejuízo para a correção gramatical do trecho em questão. A) Certo B) Errado 1374. (IFB - Cargos de Nível Médio – CESPE/2011) A palavra “benesses” (L.1) está sendo empregada no sentido de privilégios. A) Certo B) Errado TEXTO . 619 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 Se você está lendo estas linhas, saiba que seu cérebro provavelmente difere do de quem não foi alfabetizado. Estudos de neurociência já demonstraram que aprender a ler, especialmente na infância, altera a anatomia do cérebro e engrossa uma estrutura chamada corpo caloso, responsável pela conexão entre os dois hemisférios cerebrais. Se aprender a ler pode ter um impacto tão profundo, vários cientistas e pensadores estão se perguntando qual será o efeito da Internet na nossa mente e na maneira como pensamos. Recentemente, uma série de estudos, livros e debates tem tentado deslindar essa questão. A indicação inicial é a de que, sim, a rede está alterando a forma como pensamos e, possivelmente, até a estrutura do cérebro humano. Por ser um fenômeno novo — ainda não temos uma geração que tenha sido completamente formada na era da Internet —, existem poucos trabalhos que confirmam o impacto no nível das sinapses. Um dos mais famosos nessa área foi realizado pelo neurocientista Gary Small, da Universidade da Califórnia. Small comparou a mente de adultos com pouca experiência em tecnologia com a de assíduos usuários da Internet. Todos realizaram testes na própria rede. A análise mostrou maior atividade na área de tomada de decisões e raciocínio complexo no cérebro das pessoas acostumadas à tecnologia. Apontou também que os inexperientes, após algum tempo, começavam a se igualar aos conectados. Descobertas como essa vêm motivando outros cientistas e pensadores a discutirem o assunto amplamente. Deve chegar, em breve, ao Brasil, por exemplo, o livro The Shallows (algo como O Raso), do editor americano Nicholas Carr, que expõe um ponto de vista mais negativo sobre o efeito da Web. A tese central de Carr resume-se na ideia de que a natureza caótica e descentralizada da Internet está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profundas. Mao Barros e Victor Guy. A Internet e a mente. In: Época Negócios, abr./2010, p. 82 (com adaptações). 1375. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Infere-se da leitura do texto que, no futuro, o modo de pensar das pessoas será diferente do atual. A) Certo B) Errado 1376. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Pesquisas científicas comprovam que o uso constante da Internet e o aprendizado da leitura afetam, de forma análoga, o cérebro. A) Certo B) Errado 1377. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Depreende-se da leitura do texto que o cérebro de uma pessoa alfabetizada na fase adulta não sofre alterações advindas desse aprendizado. A) Certo B) Errado 1378. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Deduz-se das informações do texto que pessoas que fazem uso frequente da rede mundial de computadores estão aptas a ocupar cargos de direção de empresas, dado o alto grau de desenvolvimento de sua capacidade de tomar decisões. A) Certo B) Errado . 620 1379. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Conclui-se da leitura do texto que a diferença entre o cérebro de uma pessoa alfabetizada e o de um analfabeto é geneticamente determinada. A) Certo B) Errado 1380. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) No trecho “está diminuindo a nossa capacidade de concentração e contemplação profundas” (L.32-33), a estrutura permaneceria correta caso o termo “profundas” estivesse no singular. A) Certo B) Errado 1371. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque da forma como está no texto, "quase sempre" = na maioria das vezes - é locução adverbial de tempo ,que complementa a oração "Seus cliente são(...)". Se deslocado, passará a complementar a frase "contratar uma consultoria especializada sai(...)". Observe: Seus clientes são micro e pequenas empresas, para as quais, contratar uma consultoria, sai quase sempre, muito caro. Reescrevendo desta forma a locução adverbial modificará “consultoria especializada, mudando o sentido do texto”. 1372. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque não mudaria o sentido porque o adjetivo “próprios” se refere aos dois substantivos do mesmo gênero – “ estatuto e “regimento” o adjetivo “próprios” concordará quanto ao gênero deles e quanto ao número irá para o singular ou plural: 1373. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “ataque” é uma palavra transitiva que pede complemento – nominal ligado por preposição – para não haver prejuízo é necessário a retirada dos artigos dos dois substantivos: “vírus” e “bactérias” . “ataque mais agressivo a vírus e a bactérias”. 1374. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “privilégio” = pressupõe que uma vantagem seja atribuída a certa pessoa com exclusão de outras, mas no texto foi empregada no sentido de vantagem, benefício. 1375. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque supõe-se que a evolução das mentes das pessoas que utilizam a internet será grande, pois há muitas influências de forma mais rápida e transformando-as em pessoas mais críticas. 1376. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque análoga = adjetivo que contém ou expressa analogia; comparável. Biologia. Que desenvolve as mesmas funções, quando comparada com outra(s),... O cérebro de quem está à mercê da tecnologia é afetado de forma diferenciada a cada internauta, pois depende de suas condições pessoais. 1377. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o estudo afirma especialmente na infância, altera a anatomia do cérebro e engrossa uma estrutura chamada corpo caloso, responsável pela conexão entre os dois hemisférios cerebrais, mas não faz nenhuma referência nesse sentido sobre cérebro de pessoa adulta.. 1378. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o texto não faz nenhum comentário sobre essa questão ”aptidão para tomar decisões” - A análise realizada mostra apenas uma maior atividade nas áreas do cérebro envolvidas nas tomadas de decisões e raciocínio complexo das pessoas acostumadas à tecnologia, o que não garante que elas tenham necessariamente tais qualidades. 1379. Resposta: “B”. . 621 A alternativa “B” é a correta porque não há nenhuma referência no texto sobre “genética” e a pessoa alfabetizada tem mais oportunidades de entendimento diante de situações em que seja preciso “ler” para melhor informação, melhor direção em suas atitudes diárias. 1380. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o adjetivo “profunda” se refere aos dois substantivos de mesmo gênero, vai para o plural ou concorda com o mais próximo, então a estrutura permaneceria correta com o termo no singular. 1381. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) A inclusão de e a escrever logo após o trecho “já demonstraram que aprender a ler” (L.3) não implicaria alteração das formas verbais “altera” (L.4) e “engrossa” (L.5), que devem permanecer no singular. A) Certo B) Errado 1382. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) A palavra “deslindar” (L.11) é empregada, no texto, com o sentido de sanar. A) Certo B) Errado 1383. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Na oração “que tenha sido completamente formada na era da Internet” (L.14-15), a forma verbal “tenha” poderia ser substituída por haja, sem alteração do sentido ou da correção gramatical do texto. A) Certo B) Errado 1384. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Na linha 26, a forma verbal “vêm” concorda com o termo “Descobertas” e estaria igualmente correta se fosse grafada sem o acento circunflexo, dada a possibilidade, nesse caso, de concordância verbal com o termo mais próximo, o pronome “essa”. A) Certo B) Errado TEXTO 1 4 7 10 13 16 19 22 . Uma das iniciativas mais interessantes em relação à discussão sobre os impactos da Internet na mente vem da Fundação Edge. No começo do ano de 2010, a instituição — criada para promover um debate multidisciplinar entre grandes nomes das ciências e das artes — lançou a pergunta sobre o impacto da Web a colaboradores como Kevin Kelly, Richard Dawkins e Nassim Taleb. As dezenas de textos produzidos estão reunidas no sítio da fundação. Um dos destaques é o pensador Kevin Kelly, que se vale de exemplos neurológicos já conhecidos para inferir que o impacto da Internet é real e lança, a partir de sua experiência pessoal, várias ideias sobre o modo como a rede está alterando o processo de pensamento. Ele argumenta, por exemplo, que, apesar de a rede nos ter tornado mais capazes de acessar conhecimento, ela também é responsável pela ampliação da incerteza em relação à informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez mental”: o pensamento tornou-se mais fluido. Agora a mudança de opinião é mais constante e os extremos de interesse e desinteresse em relação a vários assuntos se ampliaram. Kelly não está certo sobre as consequências desse processo, mas acredita que uma delas é tornar mais tênue a fronteira entre trabalho e lazer. “Não consigo mais distinguir quando estou trabalhando online de quando estou me 622 25 divertindo”, admite. A “perda de tempo com bobagens” seria, para ele, um fertilizante à criatividade. Muitos podem criticar o fenômeno. Para Kelly, porém, a confluência do “sério” e do 28 “lúdico” é um dos grandes feitos da Web. Ele também contesta a tese, defendida por Carr, de que a Internet está reduzindo nossa concentração (“é uma ideia 31 superestimada”) e acha que a diminuição da contemplação está longe de ser um problema. “Para alguns, a perda de contemplação é um dos maiores problemas da Internet. (...) Eu 34 me pergunto: comparado a quê? Assistir à televisão ou ler jornais que impõem sua opinião, ou simplesmente ficar sentado em casa meditando em círculos sobre coisas na minha cabeça 37 sem nenhuma informação nova?” Kelly acha que a Internet leva à ação, o que seria em geral preferível à contemplação. Em meio a essa conversa, o especialista em 40 comunicação espanhol Daniel H. Cabrera sugere olhar a questão pelo ângulo oposto. Para ele, a massa informe de conteúdo da Web é um reflexo da memória, da imaginação, do 43 pensamento humanos. Menos do que moldar o nosso cérebro, a Internet seria moldada por ele. Cabrera diz que nossa mente busca a formação de analogias o tempo todo. A prosa escrita 46 evoca um sabor, um som nos faz lembrar uma imagem, e assim por diante. Essas conexões seriam os nossos hiperlinks cerebrais, e a Internet seria uma das formas de comunicação 49 que mais se assemelha a nós próprios. Criador e criatura se influenciam de forma parecida. O debate continua... na rede. Idem, ibidem (com adaptações). 1385. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) De acordo com Kevin Kelly, a informação nos dias de hoje é mais vulnerável a mudanças e, por isso, tende a não ser mais vista como definitiva. A) Certo B) Errado 1386. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Conclui-se da leitura do texto que o acesso à rede mundial de computadores é capaz de promover maior satisfação das pessoas no ambiente de trabalho, visto que lhes permite trabalhar no que apreciam. A) Certo B) Errado 1387. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) De acordo com o texto, o tempo despendido na Internet é valioso porquanto promotor de mudanças sociais. A) Certo B) Errado 1388. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Conclui-se da leitura do texto que não há, entre estudiosos, consenso acerca dos impactos cerebrais provocados pela Web. A) Certo B) Errado 1389. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Carr manifesta-se em favor da tese segundo a qual, em virtude do uso da Internet, há redução da concentração e da capacidade contemplativa, o que para Kevin Kelly não representa um problema. (L.29-32) A) Certo B) Errado 1390. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Há dezenas de textos produzidos e reunidos no sítio da Fundação Edge cujo destaque é Kevin Kelly, um pensador que trabalha a partir de dados empíricos com a hipótese de que o impacto da Internet no cérebro é patente. (L.7-10) . 623 A) Certo B) Errado 1381. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque os verbos concordam com “anatomia e estrutura” respectivamente, portanto sem alteração nos mesmos. 1382. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “deslindar” = v.t. Remarcar; averiguar as demarcações de. Apurar, descobrir (coisa difícil ou embaraçosa): deslindar um crime não é sinônimo de “sanar” = v.t.d. Recuperar de uma doença; curar, sarar: sanar um doente. Corrigir uma eventualidade ... 1383. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o verbo “haver” pode ser usado como auxiliar no lugar de “ter” em tempos compostos sem alteração do sentido ou da correção gramatical do texto. 1384. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque não é possível porque o verbo concorda com o sujeito e o sujeito é “descobertas” e “essa” não é sujeito, se refere a um termo do período anterior. 1385. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a internet é responsável pela ampliação da incerteza em relação à informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez mental”: o pensamento tornou-se mais fluido. Agora a mudança de opinião é mais constante e os extremos de interesse e desinteresse em relação a vários assuntos se ampliaram. 1386. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque no texto não diz que o acesso ao computador está ligado à satisfação no trabalho, apenas comenta que Kelly não está certo sobre as consequências desse processo, mas acredita que uma delas é tornar mais tênue a fronteira entre trabalho e lazer. “Não consigo mais distinguir quando estou trabalhando online de quando estou me divertindo”, admite. A “perda de tempo com bobagens” seria, para ele, um fertilizante à criatividade. Muitos podem criticar o fenômeno. Para Kelly, porém, a confluência do “sério” e do “lúdico” é um dos grandes feitos da Web. 1387. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque não há referência alguma no texto quanto ao tempo gasto na internet. 1388. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque ainda não chegaram a uma conclusão, porque há discordância entre os dois estudiosos –“Kelly” e “Carr”. 1389. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque 1ª tese: Carr – a de que a Internet está reduzindo nossa concentração e para Kelly (“é uma ideia superestimada) e acha que a diminuição da contemplação está longe de ser um problema. Que a Internet leva à ação, o que seria em geral preferível à contemplação. “Para alguns, a perda de contemplação é um dos maiores problemas da Internet. (...) 1390. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque as dezenas de textos produzidos estão reunidas no sítio da fundação. Um dos destaques é o pensador Kevin Kelly, que se vale de exemplos neurológicos já conhecidos para inferir que o impacto da Internet é real e lança, a partir de sua experiência pessoal, várias ideias sobre o modo como a rede está alterando o processo de pensamento. O erro está na afirmação de que ele é o destaque, mas no texto diz que é um dos destaques. Hipótese: é uma suposição de natureza criativa e teórica, admissível ou provável, mas não comprovada. Empírico: se apoia exclusivamente na experiência e na observação, e não em uma teoria. . 624 Patente: que é evidente, claro, sem dúvida. 1391. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Um dos argumentos de Kevin Kelly diz respeito ao incremento de dúvidas relacionadas à informação, a despeito de haver, hoje, mais condições de acessá-la. (L.13-16) A) Certo B) Errado 1392. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) O vocábulo “confluência” (L.27) é sinônimo de convergência. A) Certo B) Errado 1393. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) Estaria correto o emprego de vírgulas para isolar a expressão “em geral” (L.38): o que seria, em geral, preferível à contemplação. A) Certo B) Errado 1394. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) No primeiro período do texto (L.13), a substituição de “sobre os” por “referente aos” não causaria prejuízo ao sentido nem à correção gramatical do trecho. A) Certo B) Errado 1395. (FUB - Médico - Clínica Médica – Básicos – CESPE/2011) O uso do sinal indicativo de crase em ‘à imediata erosão’ (L.16-17) é obrigatório. A) Certo B) Errado Texto: “ARTE COM CHICLETES” Pinturas em miniatura nas calçadas de Londres Conhecido por suas esculturas complexas, postas em lugares inesperados, nos últimos tempos Ben Wilson se tornou uma figura familiar nas calçadas de Londres. Depois de ter visto vários de seus trabalhos vandalizados e destruídos, ele saiu do mato e foi para as ruas a explorar uma nova mídia, num cenário diferente - pinturas em miniatura em chicletes jogados no chão. Ao longo dos anos, Wilson ficou cada vez mais irritado com o lixo, os carros e resíduos industriais que se tornaram parte integrante da sociedade urbana. Mesmo se refugiando no interior, ainda tinha que enfrentar a sujeira. Começou a trabalhar com o lixo que encontrava, catando bitucas de cigarro e pacotes de batata frita para incorporá-los a suas colagens. Trabalhar com chiclete mascado, in situ, foi uma evolução natural. Wilson começou a fazer pinturas em chiclete em 1998, mas só em outubro de 2004 decidiu trabalhar com esse meio em tempo integral. Há anos, vem tentando melhorar o ambiente urbano pintando em cima de outdoors e anúncios, mas a atividade ilegal o levou a conflitos com a lei. O uso de chiclete o libertou e lhe permitiu trabalhar de forma espontânea, sem ter de pedir permissão. "Nosso ambiente é muito controlado e o que mais precisamos é de diversidade", afirmou ele. "Mesmo galerias, museus e editoras são muito controlados." Saindo da Barnet High Street, Wilson começou a deixar um rastro de imagens do norte da cidade até o centro. Quase dois anos depois, no entanto, ele ainda permanece a maior parte do tempo na Barnet, a rua onde cresceu, e em Muswell Hill, onde mora com a mulher, Lily, e os três filhos. Como várias pessoas encomendaram retratos, ele se envolveu com os moradores da área. E explica: "Conheço ali muitos lojistas, varredores de rua e policiais. Quando ando pelas ruas, a cada passo penso em uma pintura que preciso fazer para alguém. Está tudo na minha cabeça, e isso faz com que me sinta mais próximo do lugar e do povo." Ele espera que seu trabalho aumente a percepção que os moradores têm do bairro, e que dê às crianças uma ligação maior com o ambiente. Wilson tem agora um livro de pedidos que inclui mensagens de amor e amizade, grafites, animais de estimação, anúncios de nascimento e morte. "Cada imagem que faço tem uma história diferente", explicou. "As pinturas refletem as pessoas que passam pela rua." Ele adora o relacionamento direto com as pessoas, os encontros que lhe dão o tema e a inspiração para seu trabalho. As pessoas lhe dizem do que gostam e o que querem, e ele interpreta cada assunto com base na intuição. O desafio de condensar a história de vida de uma família inteira em um único pedaço de chiclete o anima e a intimidade do meio o inspira. . 625 Cada peça começa da mesma maneira. Wilson seleciona um chiclete velho, derrete-o com um maçarico para endurecer a superfície, cobre-o com uma camada de esmalte acrílico branco e inicia a pintura. Com joelheiras amarradas na calça manchada de tinta e um descanso para apoiar o cotovelo, ele é capaz de passar várias horas debruçado sobre suas obras. Quando a pintura está pronta, Wilson usa a chama de um isqueiro para secá-la, aumentar a clareza das linhas e evitar o pó. Aí passa mais uma camada de esmalte, ou spray automotivo, para lhe dar um acabamento resistente. O método faz com que a obra dure seis meses ou mais. Wilson fotografa as pinturas para ter um registro. "As fotos têm vida própria depois que as tiro", observa. Nenhuma das obras em miniatura mede mais do que 5 centímetros de diâmetro. As pinturas em chicletes que ele fez para si mesmo guardam uma semelhança com seus desenhos em pastel, pinturas e obras de colagem tridimensionais, que, por sua vez, refletem as figuras, formas e símbolos de suas esculturas e os ambientes nos quais foram criadas. Os padrões de círculos, listras, rabiscos e contornos fortes destacam as imagens do fundo cinza. Padrões abstratos em forma de amebas, em cores deslumbrantes, contêm iniciais, nomes e datas celebrando encontros, amizades e outros relacionamentos. Como antigas placas de lojas, de cores vivas e letras claras, muitas das pinturas no chiclete representam pequenas empresas locais ou retratam personagens familiares em seus afazeres diários - uma escova e um pente na frente do cabeleireiro, o leiteiro fazendo entregas, o cachorro do dono da loja de ferragens. Uma pintura pequena e delicada relembra um pássaro que morreu lá perto. Apelidos, grafites e pedidos de torcedores de rúgbi e futebol aparecem nas imagens de calçada de Wilson. Enquanto trabalhava numa imagem pedida por uma policial, em memória dos que morreram nos ataques terroristas de Londres, de julho de 2005, Wilson foi abordado por um guarda de trânsito. Ele lhe contou uma história pessoal de morte e bravura altruísta. A seu pedido, Wilson pintou um chiclete para homenagear os trabalhadores envolvidos no resgate das vítimas dos atentados. Wilson admite que, enquanto muitas pessoas estão conscientes do que ele faz, outras podem andar sobre suas obras durante um ano e nem mesmo percebê-las. Mas ele espera que aqueles que notam sua arte tenham uma consciência maior do efeito que as pessoas exercem sobre o ambiente. O artista acredita que, em vez de apenas multar e deter, as autoridades devem lidar com as causas do comportamento antissocial, e incentivar os jovens a descobrir sua criatividade. Em junho de 2005, ele foi preso em Trafalgar Square por pintar um retrato do Almirante Nelson em um chiclete. Ele havia sido convidado pelo Conselho de Artes a participar do lançamento da Semana de Arquitetura, mas mais tarde foi informado de que não haviam conseguido obter autorização da prefeitura. "O evento procurava fazer pessoas criativas trabalharem de forma subversiva", explica, "mas parece que não conseguem suportar nada fora dos padrões: eles têm de saber quem, o que, quando e por quê." Ao tentar defender sua arte no palco temporário da Trafalgar Square, Wilson foi perseguido por policiais e levado sob custódia. Após ter suas impressões digitais colhidas, foi fotografado e interrogado. Seu punho foi ferido quando a polícia o deteve. Precisou usar uma tipoia, mas foi capaz de ver o humor da situação, observando as semelhanças entre ele e seu tema: "Fiquei parecido com Nelson, com o braço sangrando." ELMORE, Julia. Arte com chicletes. Piauí, São Paulo, n. 59, p. 39 – 43, ago. 2011. (adaptado) 1396. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Conhecido por suas esculturas complexas, postas em lugares inesperados, nos últimos tempos, Ben Wilson se tornou uma figura familiar nas calçadas de Londres.” A alternativa que contém a correta classificação, quanto à predicação, do termo em destaque, no contexto em que se apresenta é: A) Verbo transitivo direto. B) Verbo bitransitivo. C) Verbo de ligação. D) Verbo transitivo indireto. E) Verbo intransitivo. 1397. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Conhecido por suas esculturas complexas, postas em lugares inesperados, nos últimos tempos, Ben Wilson se tornou uma figura familiar nas calçadas de Londres.” A alternativa que contém a correta classificação dos termos em destaque, no contexto em que se apresenta, é, respectivamente: A) adjunto adnominal, predicativo do sujeito, núcleo do predicativo do sujeito. B) adjunto adnominal, adjunto adnominal, núcleo do predicativo do sujeito. C) aposto, núcleo do sujeito simples, agente da passiva. D) adjunto adnominal, núcleo do predicativo do sujeito, adjunto adnominal. E) adjunto adverbial, núcleo do objeto direto, adjunto adnominal. . 626 1398. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Começou a trabalhar com o lixo que encontrava, catando bitucas de cigarro e pacotes de batata frita para incorporá-los a suas colagens.” Assinale a alternativa que contém uma expressão que substitua, sem alteração de sentido e com correção gramatical, a expressão em destaque no excerto. A) à exatas colagens. B) as próprias colagens. C) às mesmas colagens. D) à suas colagens. E) às suas colagens. 1399. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Mesmo se refugiando no interior, ainda tinha que enfrentar a sujeira.” Assinale a única alternativa que NÃO contenha um período que substitua, com total adequação, o período entre aspas: A) Ainda que se refugiasse no interior, continuava tendo de enfrentar a sujeira. B) Mesmo que se refugiasse no interior, continuava tendo que enfrentar a sujeira. C) Por mais que se refugiasse no interior, seguia enfrentando a sujeira. D) Embora se refugiasse no interior, ainda seguia enfrentando a sujeira. E) Como se refugiasse no interior, ainda tinha de enfrentar a sujeira. 1400. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Trabalhar com chiclete mascado, in situ, foi uma evolução natural.” O período pode ser reescrito, sem alteração de sentido, da seguinte maneira: A) Trabalhar com chiclete mascado, nas pinturas, foi uma evolução de seus estudos. B) Trabalhar com chiclete mascado, nas pedras, foi uma evolução de seus esforços evolutivos. C) Trabalhar com chiclete mascado, no local em que se encontrava, foi uma evolução in natura. D) Trabalhar com chiclete mascado, no próprio local, foi uma consequência do progresso de seu trabalho. E) Trabalhar com chiclete mascado, no local adequado, foi uma consequência da exigência da matéria-prima. 1391. Resposta: “A” A alternativa “A” é a correta porque Ele argumenta, por exemplo, que, apesar da rede nos ter tornado mais capazes de acessar conhecimento, ela também é responsável pela ampliação da incerteza em relação à informação. “Tudo o que eu aprendo está sujeito à imediata erosão”, afirma. Isso provoca o que o autor chama de “liquidez mental”: o pensamento tornou-se mais fluido. Agora a mudança de opinião é mais constante e os extremos de interesse e desinteresse em relação a vários assuntos se ampliaram. 1392. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “confluência” - s.f Característica do que é confluente. Que se dirige para o mesmo ponto; “convergência”. São sinônimas. 1393. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “Em geral” é adjunto adverbial . Adjuntos Adverbiais são termos acessórios, que são dispensáveis na oração, servem para indicarem uma circunstância, podendo der isolados por vírgulas. 1394. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque são expressões com o mesmo valor semântico, portanto podem ser substituídos sem prejuízo ao sentido nem à correção gramatical do trecho. 1395. Resposta: “B”. A alternativa “B”- é a correta - “Tudo que eu aprendo está sujeito à imediata erosão.” - porque é facultativo o uso do sinal de crase, Erosão -substantivo em sentido genérico, não se trata de uma erosão específica, mas de uma erosão que pode acontecer a qualquer momento. E o adjetivo “imediata” não está em contraposição a estendida. Imediata não determina erosão a ponto de tirar seu caráter generalizador. É apenas um adjetivo modalizador. 1396. Resposta: “C”. . 627 A alternativa “C” é a correta porque o verbo “tornar-se” é um verbo de ligação. “Ben Wilson - (sujeito) se tornou uma figura...” predicado nominal – se tornou (verbo de ligação) uma figura familiar (predicativo do sujeito)...nas calçadas de Londres. (adjunto adverbial de lugar) 1397. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque uma = adjunto adnominal; figura = núcleo do predicativo do sujeito; familiar = adjunto adnominal. 1398. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque em “suas” pronome possessivo o acento de crase é facultativo e usar apenas a preposição não modifica o sentido, por isso é possível usar às suas colagens. 1399. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque ainda que, mesmo que, por mais que, embora são todas conjunções subordinativas adverbiais concessivas e “Como” conjunção subordinativa causal não podendo substituir o período entre aspas. 1400. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a expressão “in situ”(causa) = próprio local e “evolução” (consequência) = progresso de seu trabalho. 1401. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “O uso de chiclete o libertou e lhe permitiu trabalhar de forma espontânea, sem ter de pedir permissão.” Os termos em destaque se classificam, respectivamente, como: A) Objeto indireto, adjunto adnominal, oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de infinitivo. B) Agente da passiva, pronome oblíquo átono na função de sujeito, oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo. C) Objeto direto, objeto indireto, oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. D) Objeto direto, objeto indireto, oração subordinada substantiva objetiva indireta reduzida de infinitivo. E) Objeto indireto, objeto direto, oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo. 1402. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que contém o número correto de ocorrências de encontros consonantais perfeitos no período a seguir: “Como várias pessoas encomendaram retratos, ele se envolveu com os moradores da área.” A) Um. B) Dois. C) Três. D) Quatro. E) Cinco. 1403. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Na palavra “manchada”, encontramos: A) 8 letras e 8 fonemas. B) 8 letras e 6 fonemas. C) 9 letras e 7 fonemas. D) 7 letras e 7 fonemas. E) 8 letras e 7 fonemas. 1404. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que NÃO contém uma forma verbal arrizotônica: A) Começou. B) Fazer. C) Enfrentar. D) Passa. E) Cresceu. 1405. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “O uso de chiclete o libertou...” Assinale a alternativa que contém o correto processo de formação da palavra em destaque. A) derivação parassintética. B) composição por justaposição. C) derivação regressiva. D) derivação prefixal. . 628 E) derivação sufixal. 1406. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “...Wilson foi abordado por um guarda de trânsito.” A expressão grifada corresponde a: A) verbo na voz passiva sintética. B) tempo composto do indicativo. C) verbo na voz passiva analítica. D) verbo na voz passiva reflexiva. E) verbo na voz ativa. 1407. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “O desafio de condensar a história de vida de uma família inteira em um único pedaço de chiclete o anima e a intimidade do meio o inspira.” Assinale a alternativa que contém a correta classificação morfossintática dos termos em destaque: A) artigo definido na função de adjunto adnominal, artigo definido na função de sujeito, pronome oblíquo tônico na função de objeto direto, artigo definido na função de objeto direto. B) artigo definido na função de sujeito, artigo indefinido na função de sujeito, pronome oblíquo átono na função de objeto indireto, artigo definido na função de objeto direto. C) pronome oblíquo átono na função de adjunto adnominal, artigo definido na função de sujeito, pronome oblíquo tônico na função de objeto direto, artigo indefinido na função de objeto direto. D) pronome oblíquo tônico na função de adjunto adnominal, artigo definido na função de sujeito, pronome oblíquo átono na função de objeto direto, pronome oblíquo átono na função de objeto direto. E) artigo definido na função de adjunto adnominal, artigo definido na função de adjunto adnominal, pronome oblíquo átono na função de objeto direto, pronome oblíquo átono na função de objeto direto. 1408. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Ele havia sido convidado pelo Conselho de Artes a participar...” A expressão verbal destacada se classifica como: A) pretérito perfeito composto do indicativo. B) pretérito imperfeito composto do indicativo. C) presente composto do indicativo. D) pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo. E) pretérito imperfeito composto do subjuntivo. 1409. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Padrões abstratos em forma de amebas, em cores deslumbrantes, contêm iniciais, nomes...” Acentua-se como a palavra destacada, pela mesma regra, todas as palavras a seguir, EXCETO: A) Deter. B) Manter. C) Ter. D) Reter. E) Meter. 1410. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) "As pinturas refletem as pessoas que passam pela rua." Assinale a alternativa que contém a função sintática do pronome relativo destacado. A) sujeito. B) objeto direto. C) objeto indireto. D) predicativo do sujeito. E) agente da passiva. 1401. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “o” = objeto direto que completa o sentido do VTD “libertou”; “lhe” = objeto indireto que completa o sentido do VTI “permitiu”; “trabalhar de forma espontânea” = oração subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. 1402. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “apenas há encontro consonantal perfeito na palavra “retratos” 1403. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque há 8 letras (m a n c h a dA) e 6 fonemas (m ã x a dA). 1404. Resposta: “D”. . 629 A alternativa “D” é a correta porque “arrizotônica” é quando a sílaba tônica está depois do radical ( começou, fazer, enfrentar cresceu) e apenas em “Passa” pode-se observar a forma verbal rizotônica em que a sílaba tônica está no radical. 1405. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “uso” é a derivação regressiva de “usar” 1406. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a expressão destacada é verbo na voz passiva analítica (verbo auxiliar + verbo principal no particípio). 1407. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque “O” antes de substantivo determinando gênero e número na função de adjunto adnominal; “a” antes de substantivo determinando gênero e número na função de adjunto adnominal; “o” pronome pessoal oblíquo na função de objeto direto; “o” pronome pessoal oblíquo na função de objeto direto. 1408. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque O pretérito mais-que-perfeito composto é formado do imperfeito do subjuntivo do verbo "Ter" (ou haver) com o particípio do verbo principal na voz ativa e na passiva o sujeito passa a ser agente da passiva. O Conselho de Artes o havia convidado para participar – Voz Ativa; Ele havia sido convidado pelo Conselho de Artes a participar. – Voz Passiva 1409. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque o verbo “meter” na terceira pessoa do plural é “metem” e não é acentuado porque a sílaba tônica é “me”, sendo assim uma palavra paroxítona e os verbos “deter”, ”manter”, “ter”, “reter” seguem a regra de acento diferencial do singular e do plural dos verbo “ter” e “vir” e seus compostos. 1410. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “que” – pronome relativo (pode ser substituído por “as quais”) tem função de sujeito porque retoma a “pessoas” 1411. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa em que a regência verbal está correta. A) Ele sempre chega cedo em Florianópolis. B) Assistiu, de camarote, o jogo do Avaí contra a equipe do Internacional. C) Era exatamente este o planejamento de que precisávamos. D) Cumpriu às ordens recebidas sem questioná-las. E) O colega de trabalho informou-lhe acerca do início da reunião. 1412. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a frase em que há ERRO no emprego de o ou lhe. A) Eu disse a verdade: - Impediram-lhe de assinar o diploma. B) Consternado, assistiu-o durante a convalescença. C) Cabe-lhe o uso da prerrogativa conquistada. D) É preferível ouvi-lo a apenas lê-lo. E) Roubaram-lhe as esperanças de um mundo melhor. 1413. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa INCORRETA com relação à regência verbal. A) Mesmo assim, informaram-lhes de tudo. B) Mesmo assim, informaram-na sobre tudo. C) Mesmo assim, informaram-na acerca de tudo. D) Mesmo assim, informaram-nos de tudo. E) Mesmo assim, informaram-me tudo. 1414. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que contém os períodos corretos quanto ao uso da crase. I Fazem-se críticas às suas posições políticas. II A Agência Nacional de Combustíveis diz ainda ser vantajoso ter um carro à álcool. . 630 III Continuará fiel aqueles que julga serem seus melhores princípios. IV Chegando a casa, não se ocupou com as atividades domésticas. V Ele decidiu ir a cavalo até à cidade. A) I, II, III B) II, IV, V C) I, III, V D) I, IV, V E) II, III, V 1415. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que contém os períodos com concordância correta. I Poderão haver problemas nas ações interpostas. II Espera-se que também aos candidatos hajam ocorrido tais pensamentos. III A confiança são as expectativas de um povo crédulo. IV As Ilhas Virgens Americanas serviu de refúgio aos exilados. V Hão de existir fraudes e falcatruas totalmente condenáveis. A) II, IV, V B) I, II, III C) II, III, IV D) III, IV, V E) II, III, V 1416. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa INCORRETA quanto à concordância. A) O memorando e as fotografias estavam anexas ao processo. B) Estavam arraigados a vantagem e o privilégio imorais. C) Vivia afirmando que era necessário fé. D) Parece estarem averiguando fraudes e falcatruas incontestáveis. E) Deve ter havido negociações nebulosas acerca do imóvel em questão. 1417. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “O candidato e tu estão em desacordo com as normas de apresentação.” Essa oração, em relação à concordância, também estaria correta assim reescrita: A) O candidato e tu estamos em desacordo as normas de apresentação. B) O candidato e tu estávamos em desacordo com as normas de apresentação. C) O candidato e tu estáveis em desacordo com as normas de apresentação. D) O candidato e tu estiveste em desacordo com as normas de apresentação. E) O candidato e tu estivera em desacordo com as normas de apresentação. 1418. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) No período “Sou o que sou”, a função morfossintática do conectivo é: A) conjunção integrante introduzindo oração subordinada completiva nominal. B) partícula expletiva na função de sujeito. C) pronome adjetivo na função de objeto indireto. D) pronome relativo na função de predicativo do sujeito. E) conjunção explicativa introduzindo oração coordenada explicativa. 1419. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que contém a palavra “se” na função expletiva. A) A bela modelo olha-se, demoradamente, no espelho. B) Os rivais, mesmo em lados opostos, cumprimentaram-se. C) A amiga, durante o relato, partiu-se em prantos. D) Abstiveram-se de fazer quaisquer declarações, mesmo as não-comprometedoras. E) É-se feliz em paz com seus valores e princípios. 1420. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale o período pontuado de maneira INCORRETA. A) A guerra é uma desgraça social: destrói vidas inocentes, espalha o luto, promove a orfandade, empobrece a nação. . 631 B) Florianópolis, 18 de setembro de 2011. C) O reitor de uma, famosa, universidade portuguesa chegará a Florianópolis. D) Com as graças de Deus, águas turbulentas, teu mar deixou de fazer vítimas. E) Os candidatos esperavam, ansiosos, os resultados dos exames realizados. 1411. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “precisávamos”(VTI) - de (planejamento)” OI” Na “A” “chegar” VI – chegar a – Ele sempre chegou cedo a Florianópolis; Na “B” “assistir” VTD – ("Assistir" é Transitivo Direto (sem preposição), quando significa prestar assistência, confortar, ajudar, socorrer:); VTI (Nos sentidos de presenciar, estar presente a, comparecer, assistir -exige a preposiçãoA) – Assistiu, de camarote, ao jogo do Avaí contra a equipe do Internacional; Na “D” – verbo cumprir –VTD- Cumpriu as ordens recebidas sem questioná-las; Na “E” – verbo informar – VTDI – O colega de trabalho informou-lhe (OI) o início (OD) da reunião (CN). 1412. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque Eu lhe disse a verdade: - Impediram-no( em + o) de assinar o diploma. – seria a forma correta. 1413. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque o erro está em usar “lhes” (a eles) e “de tudo” – duas preposições após o verbo, o que é desnecessário, pois o sentido do verbo é de: (Informar = .t.d. v.bit. e v.pron. Fazer com que se torne conhecido; tomar conhecimento sobre; se o verbo tivesse o significado “prevenir” – a questão estaria certa. (v.bit. Impedir que (algo) aconteça antecipadamente; prevenir ou advertir: informaram o vizinho do perigo de enchentes). 1414. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque na proposição II não há acento de crase antes da palavra masculina “álcool; na proposição III o erro está em não colocar o acento em “aqueles”, pois “fiel” é uma palavra transitiva que pede um complemento regido de preposição “àquele- (preposição a + a de aquele= àquele). 1415. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque na proposição I verbo “haver” no sentido de existir é impessoal (sujeito indeterminado – verbo na 3ª p.s) poderá haver( verbo principal na locução verbal); na proposição IV o verbo “servir” deve concordar com seu sujeito (As Ilhas Virgens Americanas) – serviram. 1416. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque: Substantivo + substantivo ( gêneros diferentes ) + adjetivo: regra: Substantivos de gêneros diferentes -> adjetivo vai para o plural e o gênero masculino predomina. 1417. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque na concordância em sujeito composto por pessoas verbais diferentes segue a regra de preferência, no caso, “tu e “ele”- prevalece “tu”, por isso o verbo está na 2ª pessoa do singular. 1418. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o pronome relativo está na função de predicativo da primeira oração: Sou.(oração principal) > o que sou > oração subordinada substantiva predicativa. 1419. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “se” pode ser retirado sem prejuízo sintático ou ao sentido, pois acompanha um verbo intransitivo (partiu). Na “A” – “se” é pronome reflexivo; na “B” – “se” é pronome reflexivo ou recíproco; na “D” – “se” faz parte do verbo pronominal “abster” = Não realizar nem fazer; comportar-se de determinada forma; conter-se: muitos se abstiveram durante as manifestações populares; na “E” – “se” – pronome reflexivo. . 632 1420. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a vírgula deveria estar separando o aposto( de uma famosa universidade portuguesa) que faz parte do sujeito da oração. 1421. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) À época dos concursos, os candidatos conscientes, ansiosamente, queriam, ávidos, apreender a maior quantidade de conteúdos possível; os incautos, não obstante, satisfaziam-se com o que, julgavam, mais importante: protelavam, sempre que podiam, o início de seus estudos. A propósito da pontuação no período, assinale a alternativa INCORRETA. A) A primeira vírgula separa adjunto adverbial deslocado. B) Não estaria errado colocar uma vírgula antes da palavra conscientes. C) As vírgulas antes e depois da palavra ansiosamente separam circunstância de modo. D) As vírgulas que separam a palavra julgavam são obrigatórias. E) O ponto e vírgula do período não poderia ser substituído por travessão. 1422. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) As asperezas da vida proporcionaram-lhe o reconhecimento, ainda em tenra idade, daquilo que seria prudente evitar, e a bonança da mesma vida, já com as marcas do tempo em seu rosto, brindou-o com o desfrute de uma boa velhice. O uso de vírgula seguida de ‘e’, justifica-se porque: A) separa um falso paralelismo. B) separa sujeitos diferentes. C) separa dois complementos de funções morfológicas diferentes. D) separa oração intercalada. E) separa uma frase siamesa. 1423. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Os acentos, gráficos ou prosódicos, das palavras sequoia e anéis explicam-se, respectivamente, pelas regras: A) o “i” do vocábulo forma uma sílaba sozinho; paroxítona com ditongo. B) paroxítona com ditongo aberto; oxítona com ditongo aberto. C) oxítona com ditongo aberto; o “e” do hiato forma sílaba sozinho. D) paroxítona com ditongo fechado; paroxítona com ditongo aberto. E) hiato com vogal fechada; hiato com vogal aberta. 1424. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Nos conjuntos a seguir, cujos acentos foram omitidos propositadamente, quando procedentes, aquele(s) que apresenta(m) vocábulos acentuados gráfica ou prosodicamente, pela mesma razão é (são): I caos, lapis. II ideia, corticoide. III fez, gravidez. IV carater, caracteres. V hifen, hifens. A) I, II B) II, IV C) III, IV D) II E) III 1425. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que possui um exemplo de palavra esdrúxula. O(s) eventual(is) acento(s) foi (ram) omitido(s) propositadamente. A) Pudica. B) Interim. C) Hirsuto. D) Ruim. E) Ibero. 1426. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) A palavra que destoa da regra de acentuação seguida pelas demais é: A) Tertúlia. B) Memória. C) Secretária. . 633 D) Obséquio. E) Combustível. 1427. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Questão: “XS” é um dígrafo; a alternativa que contém uma palavra que NÃO deveria ser escrita com esse dígrafo é: A) exsisar B) exsudar. C) exseler. D) exsuar. E) exsolver. 1428. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que contém uma palavra com separação silábica ERRADA. A) su – bo –fi – ci – al B) ci – san – di – no C) ab –rup – to D) ob – ses – são E) su – bli – nhar 1429. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) A alternativa correta quanto à função do termo destacado em: “Ele se outorgou esse comportamento desde sua última promoção.” é: A) Índice de indeterminação do sujeito. B) pronome apassivador. C) objeto indireto. D) objeto direto. E) objeto indireto pleonástico. 1430. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) A alternativa correta quanto à função do termo destacado em: “Custou-lhe acreditar no que o suposto amigo causara a sua família.” é: A) objeto indireto. B) objeto direto. C) complemento nominal. D) adjunto adnominal. E) sujeito. 1421. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque as vírgulas que separam “julgavam” não são obrigatórias, e sim desnecessárias, pois não se separa o sujeito de seu predicado. 1422. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque separa sujeitos diferentes. “As asperezas da vida e a bonança da mesma vida proporcionaram-lhe o reconhecimento, ainda em tenra idade, daquilo que seria prudente evitar, já com as marcas do tempo em seu rosto, brindou-o com o desfrute de uma boa velhice”. 1423. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque no caso de sequoia teremos o acento prosódico( apenas o som), pois com a nova ortografia não se acentuam os ditongos abertos em palavras paroxítonas e quando oxítona (caso de anéis)os ditongos abertos mantêm o acento agudo. 1424. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas. Já o acento gráfico se caracteriza por marcar a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos empregados são: agudo (´); As palavras “ideia e corticoide” de acordo com a nova ortografia não têm mais acento gráfico, mas continuam com acento prosódico. 1425. Resposta: “B”. . 634 A alternativa “B” é a correta porque “esdrúxula” é uma palavra proparoxítona e “interim” é a única proparoxítona que o acento foi retirado propositadamente. 1426. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque é a única paroxítona acentuada que não termina em ditongo crescente. 1427. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque exsisar deve ter sido digitada errado a palavra é excisar =.t. Cortar ou extrair com instrumento cortante: excisar um tumor, uma verruga.; exsuar (ex+suar) V exsudar = v.i. Suar, transpirar. Segregar em forma de gotas: a resina exsudava do tronco dos pinheiros. Exseler não existe -exceler v.i. Sobrelevar-se, distinguir-se em seu gênero: por sua inteligência, excele entre os irmãos. Exsolver = (lat exsolvere) vtd e vpr 1 Dissolver(-se), solver(se): A polícia exsolveu o comício. Exsolvera-se a geada. vtd 2 Pagar, solver: Exsolvemos nossas dívidas. vtd 3 Exalar: Suave aroma exsolve esse arbusto. 1428. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque sub-li-nhar. Em: Sublinhar é uma palavra formada pelo prefixo "sub" acrescida do termo "linhar". Quando um prefixo entra na composição de uma palavra e o termo seguinte é iniciado por vogal, a consoante do prefixo se une à vogal, na separação silábica. É o caso, por exemplo, de su-pe-ra-bundan-te ou bi-sa-vô. Quando o termo seguinte é...iniciado por consoante, como em su-per-mer-ca-do, o prefixo tem seus termos separados. Em virtude de pronunciarmos su-bli-nhar, existe confusão. Entretanto, observe-se que depois da letra "b", em sub, segue a consoante "l", o que exige a separação: sub-li-nhar. Assim também é a separação silábica de sublinhado, sublinhava, sublinhei. 1429. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “outorgou” VTDI = esse comportamento = OD ; SE = OI( a si). 1430. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque Custou a ele acreditar- lhe = a ele. 1431. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa que contém um exemplo de elipse. A) Os candidatos, mesmo estudando um mundo de livros, não obtiveram êxito. B) “Tava cansado de carimbar postais...” C) Os candidatos soubemos lidar com as questões propostas. D) Aos candidatos, nós desejamos-lhes muita sorte. E) Ele vestia uma zorba dois números menores que o seu. 1432. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) Assinale a alternativa cuja palavra NÃO CORRESPONDE a um exemplo de adjetivo no grau superlativo sintético erudito. A) Acérrimo. B) Magérrimo. C) Nigérrimo. D) Aspérrimo. E) Celebérrimo. TEXTO: “Quem vai impor limites?” O sorteio para definir os grupos para o Mundial de 2014 deu algumas dicas de como poderá ser o evento em nosso imenso país. Fechamos o aeroporto Santos Dumont para que o movimento das aeronaves não interferisse nas transmissões internacionais. E pensar que nunca tivemos essas frescuras. Por outro lado, pensa-se em fazer ali, na Marina da Glória, o centro de imprensa para o Mundial. Está certo que o objetivo final é viabilizar com dinheiro público, jamais com investimentos privados, a construção de um shopping no local. Mas eu me pergunto: será que durante o megaevento e, principalmente, na final da Copa não teremos de fechar o aeroporto também? Seria uma maravilha para o Brasil e a cidade do Rio, não é mesmo? OLIVEIRA, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de. Quem vai impor limites? Carta Capital, São Paulo, n. 658, p. 76, 10/ago. 2011. (adaptado) . 635 1433. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Está certo (...) viabilizar com dinheiro público, jamais com investimentos privados, a construção de um shopping no local.” A classificação correta da oração destacada neste contexto é: A) oração subordinada substantiva completiva nominal. B) oração subordinada substantiva predicativa. C) oração subordinada adjetiva restritiva. D) oração subordinada substantiva subjetiva. E) oração subordinada adjetiva explicativa. 1434. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “...o objetivo final é viabilizar com dinheiro público, jamais com investimentos privados, a construção de um shopping no local.” A classificação correta da oração destacada neste contexto é: A) oração subordinada substantiva completiva nominal reduzida de infinitivo. B) oração subordinada substantiva predicativa reduzida de infinitivo. C) oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de infinitivo . D) oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo. E) oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de infinitivo. 1435. (TJ/SC - Técnico Judiciário - Auxiliar – TJ/SC/2011) “Fechamos o aeroporto Santos Dumont para que o movimento das aeronaves não interferisse nas transmissões internacionais.” A classificação correta da oração destacada neste contexto é: A) oração subordinada substantiva completiva nominal. B) oração subordinada adverbial condicional. C) oração subordinada adverbial final. D) oração subordinada substantiva subjetiva. E) oração subordinada adverbial concessiva. 1436. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Assinale a alternativa correta, em relação ao significado dos termos em negrito e sublinhados. A) “O conto é bem curto.” (qualidade) B) “Eu até aceitaria seu presente, se não fosse tão caro.” (modo) C) “Até as palavras não ditas possuem uma magia para aliviar a alma.” (intensidade) D) “Até as palavras não ditas possuem uma magia para aliviar a alma.” (direção) E) “Ficarei esperando você, ansiosa, até o amanhecer.” (tempo) TEXTO: “Nunca escreva um anúncio que você não gostaria que sua família lesse. Você não contaria mentiras para a sua própria esposa. Não conte para minha.” (David Ogilvy) 1437. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Assinale a alternativa correta quanto ao emprego das formas verbais. A) Caso a autor da frase preferisse usar o pronome tu, as formas verbais corretas seriam, respectivamente, escrevas, gostarias, lesses, contarias, conteis. B) Os verbos escreva, contaria e conte estão sendo usados no pretérito perfeito do indicativo. C) Se autor tivesse escolhido o pronome nós, as formas verbais corretas seriam, respectivamente, escrevemos, gostaríamos, lesses, contaríamos, contamos. D) Os verbos gostaria e lesse estão sendo usados, respectivamente, no futuro do pretérito do indicativo e no pretérito imperfeito do subjuntivo. E) Os verbos escreva e conte, se conjugados no imperativo afirmativo, na terceira pessoa do plural, teriam, respectivamente, as seguintes formas: escrevais e conteis. Identifique a alternativa correta quanto à classificação das palavras em negrito e sublinhadas, na ordem em que aparecem, presentes no trecho de O Apólogo, de Machado de Assis: 1438. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) “Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela.” [...] A) conjunção integrante, conjunção integrante, conjunção final. B) conjunção integrante, conjunção integrante, pronome relativo. . 636 C) conjunção condicional, conjunção causal, conjunção integrante. D) pronome relativo, conjunção integrante, conjunção integrante. E) conjunção condicional, pronome relativo, pronome relativo. TEXTO: “Quando eu passo no Saara amortalhada... Ai! dizem: “Lá vai África embuçada No seu branco albornoz. . .” Nem veem que o deserto é meu sudário, Que o silêncio campeia solitário Por sobre o peito meu. (…)” 1439. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) No texto, extraído de Vozes d’África, de Castro Alves, encontramos a seguinte figura de linguagem: A) Catacrese B) Assíndeto C) Anacoluto D) Polissíndeto E) Prosopopeia TEXTO: “Pobre velha música! Não sei por que agrado, Enche-se de lágrimas Meu olhar parado.” 1440. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) O sujeito de “enche-se”, no 3º verso é A) pobre velha música B) lágrimas C) meu olhar parado D) música E) eu 1431. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “Elipse é a omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas – Eu estava.= tava. 1432. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta - adjetivos terminados em -ro e –re mudam para a antiga forma latina e recebem –rimo: acérrimo, nigérrimo, aspérrimo e celebérrimo. Alguns adjetivos têm a forma superlativa absoluta sintética de duas formas: primeira é erudita/latina (antiga) e a segunda é vernacular (atual), sempre terminada em –íssimo. Magro = macérrimo ou magríssimo (magérrimo é forma coloquial, de acordo com muitos gramáticos). 1433. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque a oração destacada é sujeito de “está certo”. 1434. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a oração destacada é predicativo de “O objetivo é”... 1435. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque a oração destacada tem valor de adjunto adverbial de finalidade, por isso é oração subordinada adverbial final. 1436. Resposta: “E”. . 637 A alternativa “E” é a correta porque até o amanhecer “até” > indica tempo)Na “a” bem > indica intensidade; na “B” “até” > indica inclusão ; na “C” “ até” > indica inclusão; na “D” “para” > indica finalidade 1437. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “gostaria” > futuro do pretérito do indicativo; “lesse” > pretérito imperfeito do subjuntivo. Na “A” seria: tu escrevas, tu gostarias, tu lesses, tu contarias, tu contaste. Na “B” Os verbos “escreva” > presente do subjuntivo; “contaria” > futuro do pretérito do indicativo; “conte” > presente do subjuntivo; Na “C” seria assim: nós escrevemos, nós gostaríamos, nós lêssemos, nós contaríamos, nós contamos; Na “E” seria: escrevam, contei. 1438. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “se” > conjunção integrante (iniciando oração subordinada substantiva objetiva direta); “que” > conjunção integrante ( iniciando oração subordinada substantiva objetiva direta; “que” > pronome relativo(substitui por a qual) – (iniciando oração subordinada substantiva subjetiva. 1439. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque foi atribuída características próprios de “ser humano” a ser inanimado : Saara amortalhada, África embuçada, silêncio campeia . 1440. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque (quem enche-se de lágrimas?) meu olhar parado. 1441. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Na frase “Se o ______ , avisame.” , a alternativa que completa corretamente a frase é: A) veres B) vir C) reverdes D) vires E) ver 1442. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Assinale a alternativa em que a passagem do imperativo afirmativo para o imperativo negativo está correta. A) Saí daqui. / Não saies daqui. B) Deixai vir a mim as crianças. / Não deixeis vir a mim as crianças. C) O pão nosso nos dai hoje. / O pão nosso não nos dês hoje. D) Escreve ao diretor. / Não escreva ao diretor. E) Apõe a assinatura! / Não aponheis a assinatura! 1443. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Assinale a oração cujo sujeito é inexistente. A) Houve-se muito bem o rapaz na prova. B) Havia falado sobre tal assunto. C) Há de existir uma solução. D) Não há possibilidade de êxito. E) Havia-o por louco. “Foram-se os deuses, foram-se, em verdade; Mas das deusas alguma existe, alguma Que tem teu ar, a tua majestade, Teu porte e aspecto, que és tu mesma, em suma.” 1444. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) O fragmento acima, quanto à versificação, está classificado corretamente em qual das alternativas? A) rima alternada; verso livre B) rima emparelhada; verso branco C) rima interpolada; verso tradicional D) rima rara; verso branco . 638 E) rima alternada; verso tradicional 1445. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Em “Não me leves para o mar.”, quanto ao sentido, a frase é A) optativa. B) imprecativa. C) declarativa. D) imperativa. E) exclamativa. “Quando saí do tribunal, vim pensando na frase do Lopes, e pareceu-me entendê-la. ‘Suje-se gordo!’ era como se dissesse que o condenado era mais que ladrão, era um ladrão reles, um ladrão de nada.” ASSIS, Machado. Relíquias de Casa Velha. 1446 (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Em “...vim pensando...”, quanto ao aspecto verbal, a expressão é uma perífrase A) incoativa. B) durativa. C) pontual. D) descontínua. E) conclusiva. 1447. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente. A) cotelaria - majestade - giló - continue - viajem B) miçanga – dansar – ganço - possues - cafajeste C) chuchu – pajem – exceção - escárnio - atravéz D) cachimbo – capixaba – caxumba - coturno - vicissitude E) esteriótipo – analisar – catalizador - gesso – entopir 1448. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Em “Uns diziam que se matou, outros, que fora para o Acre.”, a vírgula em destaque, colocada depois da palavra “outros”, foi empregada do mesmo modo na alternativa: A) “O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos...” B) “A História, diz Cícero, é a mestra da vida.” C) “O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas do paletó.” D) “Eis que, aos poucos, lá para as bandas do oriente, clareia um cantinho do céu.” E) “As mãos eram pequenas e os dedos, finos e delicados.” 1449. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Quando a intenção do emissor está voltada para a própria mensagem, quer na seleção e combinação das palavras, quer na estrutura da mensagem, com as mensagens carregadas de significados, temos a função de linguagem denominada A) fática. B) poética. C) emotiva. D) referencial. E) metalinguística. 1450. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Quanto à estrutura e formação de palavras, assinale a alternativa correta. A) Perfeição e percurso são palavras cognatas. B) Em combatente, ocorre derivação parassintética. C) A palavra pontiagudo é formada por justaposição. D) Em exportar e êxodo, os prefixos têm sentido correspondente. E) Em hipótese, o prefixo indica “antes, anterioridade”. 1441. Resposta: “D”. . 639 A alternativa “D” é a correta porque “vires” – verbo ver – futuro do subjuntivo é a forma que completa corretamente a lacuna. 1442. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque Deixai vir a mim as crianças > Imperativo Afirmativo; Não deixeis vir a mim as crianças. - Imperativo Negativo. Na ”A” – seria: Saí daqui- Imperativo Afirmativo; Não saiais daqui; > - Imperativo Negativo; Na “C” – O pão nosso nos dá hoje – Imperativo Afirmativo > Não nos dê hoje. – Imperativo Negativo; Na “D” – Escreva ao diretor – Imperativo Afirmativo > Não escrevas ao diretor. Imperativo Negativo; Na “E” – Aponde a assinatura – Imperativo Afirmativo > Não aponhais a assinatura! 1443. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque quando verbo “haver” no sentido de “existir” é impessoal – sujeito inexistente.(oração sem sujeito) Vários significados do VERBO HAVER ha.ver transitivo direto [Datação: 1012] 1. (Formal) ser bem-sucedido na consecução de; obter o Não houve a prebenda a que almejava. o Houvemos-lhe o necessário alvará. 2. (Antigo) ser proprietário de; possuir o Aquelas famílias houveram de tudo e hoje nada possuem. 3. (Antigo) experimentar (uma sensação física, psicológica ou moral); sentir o Por presenciardes tais atrocidades, haveis receio de ali ficar. 4. (Impessoal) ter existência (material ou abstrata); existir o Para ela, só há no mundo o neto. o Haverá deuses, enquanto alguém neles acreditar. o Quando há paixão, não raro o ciúme aparece. 5. (Impessoal) estar ou encontrar-se concretamente em determinado lugar ou situação o Há alguém à porta, batendo. o Há árvores centenárias no parque. 6. (Impessoal) ter transcorrido ou ser decorrido (tempo) o Há cinco anos deixei de fumar o Estive naquele mesmo quarto, havia sete anos. 7. (Impessoal) ser ou tornar-se realidade no tempo e no espaço; acontecer, realizar-se o Não houve sessão de cinema. o Haverá reuniões aqui esta tarde. 8. (Impessoal) ocorrer por acaso ou como efeito de um processo; acontecer o Entre eles, jamais houve mal-entendidos. 9. receber de volta; reaver o Nada conseguiu haver do que lhe havia sido roubado. 10. (Formal) formar ou manter uma opinião ou ideia a respeito de; julgar, reputar, considerar o Os perseguidos houveram ser melhor fugir. o A justiça não houve por verdadeira a sua inocência. 11. proceder socialmente; conduzir-se o Elas se houveram com elegância na discussão. 12. dar conta de; lidar com, sair-se o Os alunos houveram-se muito bem nas provas. 13. andar às voltas com; arcar o Quem entra naquela repartição começa a se haver com as complicações da burocracia. 14. ter trato com o É melhor haver-nos com a secretária e não com o ministro. 15. prestar contas a; avir-se o Quem não obedecer vai haver-se comigo depois. 16. (Verbo auxiliar), (Antigo) verbo auxiliar nos tempos verbais compostos: pretérito perfeito, maisque-perfeito e futuro do presente (do indicativo e subjuntivo). o “Do ponto de vista de seu governo, era melhor que não houvesse dito nada.” (notícia do jornal Folha de S. Paulo de 13 de março de 2014) . 640 1444. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque primeiro verso rima com o terceiro verso (verdade > majestade); o segundo verso rima com o quarto verso (alguma > suma) verso tradicional - Versos tradicionais são os que apresentam o mesmo número de sílabas e a mesma sequência rítmica. 1445. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “imperativa”- expressa um pedido, um desejo. 1461 Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque em “...vim pensando...” o gerúndio exprime uma ação em curso ou simultânea, ou a ideia de progressão indefinida. Sua combinação com verbos auxiliares define uma “ação durativa”, cuja significação é determinada pelo auxiliar. A frase "Estou almoçando" indica que estou executando a ação durativa de almoçar neste exato e rigoroso momento, por exemplo. Já a expressão "A vida foi passando" denota uma ação durativa realizada progressivamente. Perífrase -s.f. Processo que consiste em expressar por muitas palavras o que se poderia dizer em poucos termos; rodeio, circunlóquio. Retórica: Emprego de um grupo de palavras em lugar do termo próprio. (Neste sentido, as perífrases assumem, quase sempre, a feição de figuras [metáforas, metonímias e, sobretudo, antonomásias]: mensageira da primavera por andorinha; o poeta dos escravos por Castro Alves.) Gramática: Perífrase verbal, locução formada de verbo principal acompanhado de auxiliar: estou trabalhando, tenho trabalhado, hei de vencer) Veja o exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo. Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia.” Na “C” – pontual - Exato; que faz as coisas em tempo devido; Na “D” - descontínua - adj. Não continuada, interrompida. Na “E” - conclusiva - adj. Que tem uma conclusão; próprio para se concluir. 1447. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque estão todas grafadas corretamente. Na “A”: cutelaria – majestade – jiló – continue- viajem; na “B”: miçanga – dançar – ganso - possuis – cafajeste; na “C” : chuchu- pajem – exceção – através; na “E” : estereótipo – analisar – catalizador – gesso – entupir; 1448. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque houve a supressão de termos das orações relacionadas: “Uns diziam que se matou, outros diziam, que fora para o Acre; “As mãos eram pequenas e os dedos eram finos e delicados, houve “zeugma” ocorre a omissão de um termo já expresso no discurso. 1449. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque Função emotiva ou expressiva - Função emotiva ou expressiva há um envolvimento pessoal do emissor, que comunica seus sentimentos, emoções, inquietações e opiniões centradas na expressão do próprio “eu”, levando em consideração o seu mundo interior. Para tal, são utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, muitas vezes acompanhados de sinais de pontuação, como reticências, pontos de exclamação, bem como o uso de onomatopeias e interjeições há um envolvimento pessoal do emissor, que comunica seus sentimentos, emoções, inquietações e opiniões centradas na expressão do próprio “eu”, levando em consideração o seu mundo interior. Para tal, são utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, muitas vezes acompanhados de sinais de pontuação, como reticências, pontos de exclamação, bem como o uso de onomatopeias e interjeições. 1450. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque prefixo “ex” – movimento para fora, posição exterior. Na “A” “cognatas”- formadas com a mesma raiz ou radical – “perfeição” e “percurso” formadas por radicais diferentes; Na “B” – combatente – derivação sufixal; Na “C” – pontiagudo – composição por aglutinação – ponta + agudo = pontiagudo; Na “E” Em “hipótese” Não é formada por prefixo, pois é uma palavra grega ''ὑπόθεσις'' . 641 1451. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Assinale a alternativa que melhor completa as lacunas do texto a seguir: Estar ob__e__ivamente ob__ecado pela beleza dessa mulher tra__ sempre uma sensação de impotência, e__e__ão feita quando, em raras vezes, ela olha para mim e sorri. A) c – ss – c – z – xc – ç B) s – c – c – z – xc – ç C) s – ss – c – z – xc – ç D) c – ss – c – z – xc – ç E) s – ss – s – z – xc – ç 1452. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Assinale a única alternativa em que o pronome relativo onde está corretamente empregado. A) Criou-se uma situação embaraçosa, onde as pessoas não sabiam o que dizer diante da presença do presidente da empresa. B) O arqueólogo relatou uma crença, onde se acredita que alguns homens possuem o poder de se transformar em jaguares durante a noite. C) Durante o evento, as pessoas respiravam uma tal felicidade, onde até o mal humorado do chefe contagiava-se. D) Não gosto de cidades onde faltam aspectos básicos como abastecimento regular de água e de eletricidade. E) O professor nos apresentou uma condição onde o trabalho não terá sentido. TEXTO “Língua torta: portão menor que porta.” 1453. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) Observando-se a frase acima, de Millôr Fernandes, pode-se inferir que A) a forma -ão não necessariamente funciona como sufixo aumentativo, como no caso da palavra irmão, por exemplo. Sendo assim, porta e portão são palavras completamente distintas e, portanto, a frase de Millôr Fernandes não faz sentido. B) a frase está em sentido denotativo e quer mostrar que, ao não dominar bem o próprio idioma, o falante mal consegue passar pelo portão da comunicação e, portanto, menos ainda conseguirá quando a exigência chegar a interpretações mais complexas. C) a forma portão, por ter o sufixo aumentativo -ão, indica aumento, ou seja, uma porta grande. Como existem portões menores que a forma normal porta, Millôr conclui que, nesse caso, a língua é torta, ou seja, defeituosa. D) o humorista faz uma brincadeira com o fato de a linguagem vir de dentro para fora na comunicação interpessoal. Sendo assim, para que as palavras entrem no mundo da comunicação, devem passar primeiramente pelo portão, representado pelos dentes, para só então entrarem pela porta, representada pela boca, cuja abertura, enquanto porta, é maior do que a da arcada dentária. E) o pensador Millôr Fernandes, por trás de uma frase curta e rimada, quer nos levar a imaginar que, quando não se domina a linguagem, a primeira barreira, representada pelo termo portão, precisa ser ultrapassada sem medo, porque, depois dessa entrada dificultosa, todo o resto será mais fácil, já que é comum as portas se abrirem para aqueles que falam bem. TEXTO “(Isto é talvez ridículo aos ouvidos De quem, por não saber o que é olhar para as cousas, Não compreende quem fala delas Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)” Fernando Pessoa, O Guardador de Rebanhos 1454. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) A preposição com pode assumir diferentes significados, de acordo com sua função na frase. Assinale a alternativa em que o sentido de com equivale ao do que se verifica no 4º verso da estrofe acima. . 642 A) No princípio de 1869, voltou Vilela da província, onde casara com uma dama formosa e tonta; abandonou a magistratura e veio abrir banca de advogado. (Machado de Assis, A Cartomante) B) D. Antônio tinha cumprido o seu juramento de vassalo leal; e, com a consciência tranquila por ter feito o seu dever, (...) Vivia feliz no seio de sua pequena família. (José de Alencar, O Guarani) C) Era, porém, preciso assustar os sertões com o monstruoso espantalho de aço, ainda que se pusessem de parte medidas imprescindíveis. (Euclides da Cunha, Os Sertões) D) E, pois, despediram-se amuados. Fabrício queria ainda demorar-se e mesmo ficar com Augusto, mas Leopoldo e Filipe o levaram consigo, à força. (Joaquim Manuel de Macedo, A Moreninha) E) Quando o escultor saiu, levantei os tijolos de mármore do meu quarto, e com as mãos cavei aí um túmulo. (Álvares de Azevedo, Noite na Taverna) TEXTO “De sorte que os jagunços os assaltaram, de surpresa, antes da chegada, ao meio-dia, no Angico. Foi mais sério o ataque, ainda que não valesse o nome de combate, que mais tarde lhe deram.” (Euclides da Cunha, Os Sertões) 1455. (EsPCEx - Aluno - EsPCEx - Língua Portuguesa – EsPCEx/2011) No trecho acima, a oração adverbial destacada expressa A) causa. B) consequência. C) proporção. D) finalidade. E) concessão. TEXTO Um código, mil interesses A votação do Código Florestal, que regulamenta a exploração de terras no Brasil, escancarou o tamanho de interesses divergentes que cercam o assunto. E mais: vem colocando à prova a eficácia de funcionamento da imensa base aliada que apoia o governo. Começando por esse capítulo, o leque de simpatizantes partidários do governo é de tal ordem que abriga, do mesmo lado, desde ambientalistas a ruralistas – segmentos sociais que vivem tradicionalmente às turras para fazer valer os seus direitos. No que se refere ao Código Florestal, um grupo levanta a bandeira da preservação ambiental a todo custo, enquanto o outro aponta que a atividade agrícola vem sendo tratada como algo ilegal, em diversas regiões, e que isso está comprometendo a competitividade do setor. O governo segue espremido entre os dois argumentos e a votação patina no Congresso. Quem está certo? (ISTO É, 18/05/2011) 1456. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) O título dado ao texto I se justifica: A) pelos numerosos interesses envolvidos no Código Florestal. B) pelos interesses, em número de mil, que participam da votação do Código Florestal. C) pelos interesses governamentais na aprovação do Código Florestal. D) pelos interesses econômicos dos ruralistas na produção agrícola. E) pelos interesses da oposição política ao governo na aprovação do Código Florestal. 1457. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Assinale a alternativa que apresenta o segmento que se refere à composição do próprio texto I. A) “A votação do Código Florestal, que regulamenta a exploração de terras no Brasil, escancarou o tamanho de interesses divergentes que cercam o assunto”. B) “Começando por esse capítulo, o leque de simpatizantes partidários do governo é de tal ordem que abriga, do mesmo lado, desde ambientalistas a ruralistas”. C) “E mais: vem colocando à prova a eficácia de funcionamento da imensa base aliada que apoia o governo”. D) “segmentos sociais que vivem tradicionalmente às turras para fazer valer os seus direitos”. E) “O governo segue espremido entre os dois argumentos...”. . 643 1458. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) No fragmento do texto I “...um grupo levanta a bandeira da preservação ambiental...”, a expressão sublinhada significa que o grupo referido: A) ataca a preservação ambiental apresentada pelo Código Florestal. B) chama a atenção para a preservação ambiental contida no Código Florestal. C) faz da preservação ambiental o tema de menor importância no Código Florestal. D) defende a preservação ambiental contra os inimigos dessa preservação. E) tenta atrair outros parlamentares para a defesa da preservação ambiental. 1459. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) As alternativas a seguir apresentam elementos que, no texto I, se opõem – clara ou implicitamente – na discussão do Código Florestal, à exceção de um. Assinale-o. A) Ambientalistas X Ruralistas. B) Preservação ambiental X Atividade agrícola. C) Conservação X Desmatamento. D) Base aliada X Simpatizantes do governo. E) Ecologia X Economia. 1460. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Assinale a alternativa que indique um dado contrário à posição dos ambientalistas. A) O Brasil está entre os países com mais áreas protegidas do mundo. B) O Brasil possui 2,4 milhões de quilômetros quadrados sob condição de controle absoluto. C) É no Brasil que ocorrem índices recordes de desmatamento. D) O Código Florestal deve harmonizar os diversos interesses em jogo. E) A atividade agrícola no Brasil não compromete as riquezas naturais. 1451. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque essas letras preenchem corretamente as lacunas.: “Estar obsessivamente obcecado pela beleza dessa mulher traz sempre uma sensação de impotência, e exceção feita quando, em raras vezes, ela olha pra mim e sorri.” 1452. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta . Onde: lugar em que alguém está ou onde acontece algum fato. Onde nos fornece a noção de permanência, ininterrupção, estaticidade. E completa verbos que manifestam, que comunicam estado ou continuidade (achar-se, encontrar-se, estar, ficar, morar, vir...). Podemos descobrir rápido se devemos usar onde, e não aonde, se na frase couber a preposição em (ou na, da): Onde ela se encontra agora? – Em casa, descansando. Onde fica a Argentina? - Na América do Sul. Onde mora Joana atualmente? – Na Europa. De onde veio esse povo todo? – Da procissão. Usa-se onde, portanto, com verbos que sinalizem, aludam ou evidenciem estado, duração, estabilidade: Onde vai ser o comício? Onde eu estava mesmo? Onde Marlene mora? Onde está Marcela, afinal? E enquanto isso, onde ficaremos?! Afinal, onde passaremos as férias? Joana mora em Paris. (Mora onde?) Paula está em Armação de Búzios. (Está onde?) Aonde (preposição a + advérbio onde) - a que lugar, para algum lugar. Transmite a ideia de aproximação, movimento, deslocamento, destino, partida ou regresso. Aonde se usa com os verbos ir, levar, chegar, retornar e outros que pedem a preposição a. Exemplos: Aonde ela irá amanhã? - A Iguaba Grande. . 644 Você sabe aonde eles foram? - Ao cinema. Aonde nos levará tanta discórdia? - A lugar algum. Não sei aonde o Homem pretende chegar... - Aos confins do Universo. Fui ontem à Prefeitura, aonde em breve retornarei. Sem ter aonde ir, vagavam pela cidade. Aonde assinala lugar real, concreto, perceptível pelos sentidos; seu uso abrange, pois, as ocorrências nas quais a noção de lugar se mostre explícita, inequívoca. Usa-se aonde se, na construção frasal (enunciado), existir a concepção de destino, subentendendo o deslocamento de um lugar para outro, em frases com verbos de movimento: 1 – Ir: Maria foi ao mercado. (Ela foi aonde?) 2 - Chegar: Márcia chegou ontem a São Paulo. (Ela chegou aonde?) Aonde você quer chegar? 3 – Levar: Carla levou o namorado ao Pão de Açúcar. (Ela o levou aonde?) 4 - Dirigir-se: Fabíola se dirigiu ao aeroporto. (Ela se dirigiu aonde?) Portanto, caso exista a preposição “a” indicando movimento (ir a, dirigir-se a, levar a, chegar a...), emprega-se “aonde”, e não “onde”. 1453. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque há um contraste no uso dessas palavras por isso sua conclusão: “Língua torta: portão menor que porta.” 1454. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “com” é preposição que significa “junto” - É uma preposição que introduz expressões que podem designar sentidos diversos. Por exemplo: companhia, causa, oposição, tempo, simultaneidade, entendimento, modo, conteúdo, adição. Preposição não exerce função sintática, mas participa da transitividade, introduzindo complementos (verbais, nominais), ou na construção de adjuntos (adverbiais, adnominais) Muitos verbos, substantivos, adjetivos e advérbios exigem complemento preposicionado, por isso ela é um conectivo subordinativo. 1455. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque “ainda que” – conjunção concessiva- exprime concessão: embora, ainda que, mesmo que, apesar de que, etc.; Exemplos: Quando fui dormir ainda estava claro, ainda que passasse das sete da noite. 1456. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque há muitos interesses envolvidos no que se refere ao Código Florestal, pois há quem levante a bandeira da preservação do meio ambiente e há que aponta que a atividade agrícola vem sendo tratada como algo ilegal, em diversas regiões, e que isso está comprometendo a competitividade do setor. 1457. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque é a ideia central do texto , o tema do texto, pois o leque de simpatizantes partidários do governo é de tal ordem que abriga, do mesmo lado, desde ambientalistas a ruralistas – segmentos sociais que vivem tradicionalmente às turras para fazer valer os seus direitos. No que se refere ao código. 1458. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque “levanta a bandeira” –defende a preservação ambiental e se posiciona contra os ruralistas. 1459. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta. A votação do Código Florestal, que regulamenta a exploração de terras no Brasil, escancarou o tamanho de interesses divergentes que cercam o assunto se opõem no campo das ideias, mas enquanto discutem não se sabe quem está certo. 1460. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o mais preocupante em questão de preservação: é o “desmatamento” que no Brasil ocorrem índices recordes. . 645 1461. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Na expressão “votação do Código Florestal”, o termo sublinhado é paciente do termo anterior, ou seja, o Código Florestal é votado. Assinale a alternativa em que o termo destacado exerce essa mesma função. A) Exploração de terras. B) Competitividade do setor. C) Tamanho de interesses divergentes. D) Funcionamento da base aliada. E) Leque de simpatizantes. 1462. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “A votação do Código Florestal, que regulamenta a exploração de terras no Brasil, escancarou o tamanho de interesses divergentes que cercam o assunto”. Os dois pronomes relativos sublinhados nesse segmento do texto I têm, respectivamente, como antecedentes: A) votação / tamanho. B) código / interesses. C) florestal / divergentes. D) votação / interesses. E) código / tamanho. 1463. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Assinale a alternativa que apresente a frase do texto I que pode ser entendida como crítica ao Governo Federal. A) “A votação do Código Florestal, que regulamenta a exploração de terras no Brasil, escancarou o tamanho de interesses divergentes que cercam o assunto” B) “E mais: vem colocando à prova a eficácia de funcionamento da imensa base aliada que apoia o governo”. C) “Começando por esse capítulo, o leque de simpatizantes partidários do governo é de tal ordem que abriga, do mesmo lado, desde ambientalistas a ruralistas – segmentos sociais que vivem tradicionalmente às turras para fazer valer os seus direitos”. D) “... E que isso está comprometendo a competitividade do setor”. E) “ambientalistas e ruralistas – segmentos sociais que vivem tradicionalmente às turras para fazer valer os seus direitos”. 1464. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Analise o fragmento do texto a seguir: “um grupo levanta a bandeira da preservação ambiental a todo custo”. Assinale a alternativa que apresenta a forma reescrita do fragmento acima que modifica seu sentido original. A) Um grupo levanta, a todo custo, a bandeira da preservação ambiental. B) A todo custo, um grupo levanta a bandeira da preservação ambiental. C) A bandeira da preservação ambiental é levantada, a todo custo, por um grupo. D) A bandeira da preservação ambiental é levantada por um grupo a todo custo. E) Uma bandeira é levantada pelo grupo da preservação ambiental a todo custo. 1465. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Assinale a alternativa em que o segundo termo não funciona como adjetivo do primeiro. A) Preservação ambiental. B) Código Florestal. C) Interesses divergentes. D) Base aliada. E) Diversas regiões. TEXTO Brasil tem carga tributária “leve” para ricos, diz estudo. Um levantamento de mais uma associação internacional de consultorias indicou que o Brasil tem uma carga tributária considerada leve para as classes mais altas. . 646 Segundo a rede UHY, com sede em Londres, um profissional que recebe até US$ 25 mil por ano cerca de R$ 3.300 por mês - no Brasil, leva, após o pagamento de imposto de renda e previdência, 84% do seu salário para casa. Já os profissionais que recebem US$ 200 mil por ano - cerca de R$ 26.600 por mês – recebem, no final, cerca de 74% de seu pagamento. Entre os 20 países pesquisados pela UHY, essa diferença de cerca de 10 pontos percentuais é uma das menores. Na Holanda, onde um profissional na faixa mais baixa recebe um valor líquido semelhante ao do Brasil após os impostos e encargos (84,3%), os mais ricos levam para casa menos de 55% do salário. A lógica também se aplica aos países do G7, o grupo de países mais industrializados do mundo (EUA, Canadá, Japão, Grã-Bretanha, Alemanha, França e Itália). Nos EUA, enquanto os mais ricos levam para casa 70% do salário, os profissionais na faixa dos US$ 25 mil anuais deixam apenas um décimo da renda para o governo e a previdência. 1466. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) O título do texto II mostra a palavra “leve” entre aspas. Nesse caso, as aspas são empregadas para: A) destacar uma palavra importante do texto. B) mostrar que se trata de um erro do estudo. C) indicar certa ironia no significado da palavra. D) enfatizar a justiça social no nosso país. E) identificar que se trata de uma opinião do estudo apresentado. 1467. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Brasil tem carga tributária “leve” para ricos”. Segundo o estudo, o título do texto II significa que: A) os ricos consideram a carga tributária leve. B) os ricos pagam poucos impostos. C) os impostos, no brasil, são pesados para os pobres. D) a carga tributária brasileira é enorme para todos os cidadãos. E) só os ricos acham a carga tributária leve. 1468. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Segundo a rede UHY, com sede em Londres, um profissional que recebe até US$ 25 mil por ano – cerca de R$ 3.300 por mês – no Brasil, leva, após o pagamento de imposto de renda e previdência, 84% do seu salário para casa. Já os profissionais que recebem US$ 200 mil por ano - cerca de R$ 26.600 por mês – recebem, no final, cerca de 74% de seu pagamento. Entre os 20 países pesquisados pela UHY, essa diferença de cerca de 10 pontos percentuais é uma das menores.” Com base nessas observações, segundo o estudo, é correto afirmar que a diferença citada: A) deveria ser bem menor, aumentando-se o imposto dos que ganham menos. B) teria que ser bem maior, aumentando-se o imposto dos que ganham menos. C) deveria ser bem menor, aumentando-se o imposto dos que ganham mais. D) teria que ser bem maior, aumentando-se o imposto dos mais ricos. E) deveria manter-se tal como está em função da estabilidade política. 1469. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Na Holanda, onde um profissional na faixa mais baixa recebe um valor líquido semelhante ao do Brasil após os impostos e encargos (84,3%), os mais ricos levam para casa menos de 55% do salário”. Esse comentário do texto II funciona como: A) um possível exemplo a ser seguido. B) uma denúncia de uma injustiça flagrante. C) um alerta para um perigo. D) uma demonstração de algo absurdo. E) uma indicação de algo correto a ser evitado. 1470. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) No penúltimo parágrafo do texto II, as palavras entre parênteses funcionam como: A) retificação de um erro. . 647 B) esclarecimento de uma informação. C) explicação de um termo anterior. D) destaque de algo importante. E) demonstração de um argumento. 1461. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “exploração” é um substantivo abstrato e pede um complemento (de terras) que é chamado de “complemento nominal”(termo paciente do termo anterior); como acontece em “votação do Código Florestal”. Na “B” – competitividade do setor – o termo destacado é “agente” do termo anterior – ( o setor compete), transformando o substantivo – competitividade > competir - em verbo).temos aí adjunto adnominal= “do setor”; o mesmo acontece na “D”; na “C” – o termo antecedente é adjetivo, portanto temos complemento nominal “de interesses divergentes”, mas não é termo paciente da expressão anterior é adjunto adnominal; na “E” o termo destacado é acessório do termo “leque” – adjunto adnominal. 1462. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “que” – pronome relativo substitui um termo(substantivo) anterior. O primeiro substitui “código” e o segundo substitui “interesses”. 1463. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque existe uma expressão de ironia do autor, dizendo que esse leque é de tal ordem, tão organizado, sem critério algum, que abriga ideias tão opostas de um mesmo lado do governo. 1464. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque a ideia é a mesma , pois apenas converteu-se oração ativa em passiva. 1465. Resposta: “E” A alternativa “E” é a correta porque “regiões” é substantivo e “diversas” adjetivo – houve inversão. 1466. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “leve” ironiza a ideia de que o Brasil tem carga “leve” para os ricos e dando entender que deveria ser diferente, pois podem pagar mais tributos. 1467. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque como na questão anterior, ricos pagam menos impostos que deveriam pagar por terem mais condições. 1468. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque os ricos, em comparação salarial de outros países, a diferença teria que ser bem maior, aumentando-se o imposto dos mais ricos. 1469. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque infelizmente aqui no Brasil, os mais ricos ficam cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres vendo seus salários serem consumidos nos impostos das necessidades básicas de sobrevivência e com certeza, é um exemplo a ser seguido. 1470. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a informação dada no penúltimo parágrafo complementa os comentários anteriores do texto. 1471. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) No texto II, a citação de vários países tem valor: A) comparativo. B) adversativo. C) alternativo. D) aditivo. . 648 E) conclusivo. 1472. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) No texto II aparecem algumas siglas. A respeito das siglas, assinale a afirmativa incorreta. A) São formas de abreviaturas. B) Podem causar problemas de entendimento. C) São formadas segundo processos variados. D) São sempre explicadas nos textos. E) São escritas predominantemente em letras maiúsculas. 1473. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Brasil tem carga tributária leve para ricos, diz estudo”. Dada a frase acima, assinale a alternativa que apresente a forma de reescrevê-la, alterando seu sentido original. A) Estudo diz que Brasil tem carga tributária leve para ricos. B) Estudo diz que, para ricos, Brasil tem carga tributária leve. C) Estudo diz que Brasil tem, para ricos, carga tributária leve. D) Brasil tem, para ricos, carga tributária leve, diz estudo. E) Estudo diz para ricos que Brasil tem carga tributária leve. 1474. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Assinale a alternativa em que o vocábulo “mais” não apresenta valor superlativo. A) “Um levantamento de mais uma associação internacional de consultorias indicou que o Brasil tem uma carga tributária considerada leve...”. B) “o Brasil tem uma carga tributária considerada leve para as classes mais altas”. C) “Na Holanda, onde um profissional na faixa mais baixa recebe um valor líquido semelhante ao do Brasil”. D) “após os impostos e encargos (84,3%), os mais ricos levam para casa menos de 55% do salário”. E) “A lógica também se aplica a todos os países do G7, o grupo de países mais industrializados do mundo (EUA, Canadá, Japão, Grã-Bretanha, Alemanha, França e Itália)”. 1475. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) O texto II deve ser classificado como: A) descritivo. B) narrativo. C) expositivo. D) publicitário. E) argumentativo. TEXTO Bebida e remédios Por precaução, a maioria dos médicos recomenda evitar a combinação de bebida e remédios. Mas não são todos os medicamentos que, misturados ao álcool, causam efeitos colaterais. Segundo Patrícia Moriel, professora do curso de farmácia da Unicamp e responsável pelo grupo de farmácia clínica, apenas 17% dos remédios podem causar danos ao serem consumidos com álcool. Desse total, 15% podem causar interações graves, com risco de morte. O problema, diz a também farmacêutica Amouni Mourad, é que há remédios que interagem com álcool nas principais classes de drogas, e cada organismo reage de forma diferente à mistura. "Na dúvida, deve-se optar pela segurança de não consumir álcool usando medicamentos", afirma Mourad, que é assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo. Segundo um estudo italiano de 2002, com 22.778 adultos, o uso moderado de álcool está associado ao aumento de 24% no risco de reações adversas a medicamentos. Os efeitos foram mais frequentes nas mulheres do que nos homens. Os mais comuns foram problemas gastrointestinais, seguidos por complicações hormonais, alergias e arritmias cardíacas. (Folha de São Paulo, junho de 2011) 1476. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Assinale a alternativa em que a relação entre bebidas e remédios está expressa de forma adequada ao que é dito no texto III. A) Bebida e remédio, quando ingeridos ao mesmo tempo, trazem invariavelmente problemas de saúde. . 649 B) A grande maioria dos remédios produz efeitos colaterais quando misturados a álcool. C) Pode-se tomar livremente álcool quando também se tomam medicamentos. D) Somente em alguns casos não se deve tomar álcool quando também se ingerem medicamentos. E) Reações adversas só ocorrem quando da ingestão de grande quantidade de medicamentos junto à ingestão de álcool. 1477. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) No texto III há muitas vozes e todas elas: A) fazem declarações contrárias entre si. B) corrigem os erros de declarações anteriores. C) aumentam a credibilidade do texto. D) produzem suspense na leitura. E) fornecem informações falsas. 1478. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) Assinale a alternativa em que os vocábulos destacados nos dois segmentos selecionados do texto III não possuem o mesmo valor. A) “...a maioria dos médicos recomenda evitar a combinação de bebida e remédios” / “Segundo Patrícia Moriel, professora do curso de farmácia da Unicamp e responsável pelo grupo de farmácia clínica”. B) “Segundo Patrícia Moriel,...” / “segundo um estudo italiano de feitos foram mais frequentes nas mulheres do que no homens2002,...”. C) “segundo um estudo italiano de 2002, com 22.778 adultos...” / “...remédios podem causar danos ao serem consumidos com álcool . D) “Os efeitos foram mais frequentes nas mulheres do que nos homens.”/ ”Os mais comuns foram problemas gastrointestinais.” E) “Mas não são todos os medicamentos que misturados com álcool, causam efeitos colaterais.”/ ”...afirma Mourad que é assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.” 1479. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Por precaução, a maioria dos medicamentos recomenda evitar a combinação de bebida e remédios. Mas não são todos os medicamentos que, misturados ao álcool, causam efeitos colaterais.” Assinale a alternativa que apresente as palavras do segundo período que repetem palavras do primeiro. A) Medicamentos / que / álcool / efeitos colaterais. B) Misturados/ álcool/ efeitos colaterais C) Todos/ que/ misturados D) Que/ álcool E) Medicamentos/ álcool 1480. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Segundo Patricia Moriel, professora do curso de farmácia da Unicamp e responsável pelo grupo de farmácia clínica, apenas 17% dos remédios podem causar danos...”. Nesse segmento do texto III usam-se vírgulas pelo mesmo motivo das que são empregadas em: A) “O problema, diz a também farmacêutica Amouni Mourad, é que há remédios que interagem com álcool nas principais classes de drogas...”. B) "...deve-se optar pela segurança de não consumir álcool usando medicamentos", afirma Mourad, que é assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.” C) “Segundo um estudo italiano de 2002, com 22.778 adultos, o uso moderado de álcool está associado ao aumento de 24% no risco de reações adversas a medicamentos”. D) “Os mais comuns foram problemas gastrointestinais, seguidos por complicações hormonais, alergias e arritmias cardíacas”. E) “Por precaução, a maioria dos médicos recomenda evitar a combinação de bebida e remédios”. 1471. A”. A alternativa “A” é a correta porque há explicação comparativa sobre o sistema salarial em vários países. 1472. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque nem todas as siglas foram explicadas no texto. Apenas G7 foi explicada. (aplica aos países do G7, o grupo de países mais industrializados do mundo: EUA, Canadá, Japão, Grã-Bretanha, Alemanha, França e Itália). -Sigla Consiste na utilização das letras iniciais de uma organização, entidade ou associação: ONU . 650 USP DETRAN NGB 1473. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque a ideia central do texto é “Brasil tem carga tributária leve para ricos, diz estudo”. e a única alternativa que muda o sentido desta frase é “Estudo diz para ricos que Brasil tem carga tributária leve.” Porque a questão não é dizer aos “ricos” que Brasil tem carga tributária leve e sim que a carga tributária é leve para os ricos. Assim o sentido foi alterado. 1474. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “mais” tem valor “de uma outra”, e nas outras alternativas “mais” noção de maior quantidade ou intensidade, de excesso.(superlativo) Mais pode ser um substantivo comum, uma conjunção, um advérbio de intensidade, uma preposição ou um pronome indefinido. Indica sempre uma noção de maior quantidade ou intensidade, de excesso. Pode significar ainda os outros, os demais, os restantes. 1475. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque “argumentativo” - é o texto em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando (por todos os meios) fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a, creia nela. 1476. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque em “Mas não são todos os medicamentos que, misturados ao álcool, causam efeitos colaterais "Na dúvida, deve-se optar pela segurança de não consumir álcool usando medicamentos” 1477. Resposta: “C”. A alternativa “D” é a correta porque o problema da mistura: “álcool – medicamento” é tema de discussão entre profissionais preocupados em esclarecer os problemas entre a mistura e todos aumentaram a credibilidade do texto. 1478. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque o primeiro “com” significa “meio” e o segundo significa “causa” 1479. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque no primeiro a palavra que resume a situação central do primeiro é “medicamentos” – repetida também no segundo período e “álcool” que aparece no primeiro período como “bebida” e especificada no segundo – álcool. – resumem todo texto. 1480. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque os dois segmentos apresentam apostos explicativos entre vírgulas: 1- “,professora do curso de farmácia da Unicamp e responsável pelo grupo de farmácia clínica.” 2- “que é assessora técnica do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.” 1481. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Por precaução, a maioria dos médicos recomenda evitar a combinação de bebida e remédios”. A preposição “por”, no fragmento acima, tem valor de: A) meio. B) modo. C) condição. D) consequência. E) causa. 1482. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) O texto III funciona como: A) uma crítica à medicina tradicional. B) uma condenação dos médicos modernos. C) uma sátira contra o saber da ciência. D) um alerta contra o consumo de álcool junto a medicamentos. E) uma informação indispensável aos alcoólatras. . 651 1483. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) No texto III, os segmentos “Mas não são todos os medicamentos que, misturados ao álcool, causam efeitos colaterais” e “apenas 17% dos remédios podem causar danos ao serem consumidos com álcool” funcionam como: A) alerta máximo para risco de morte. B) retificação de conhecimentos modernos. C) atenuantes de mensagens alarmistas. D) destaque de aspectos importantes. E) chamamento para pensamentos equivocados. 1484. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Na dúvida, deve-se optar pela segurança de não consumir álcool usando medicamentos”. Assinale a alternativa que indique o ditado popular que casa perfeitamente com a frase acima. A) Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém. B) Deus ajuda a quem cedo madruga. C) Não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe. D) Mais vale um pássaro na mão que dois voando. E) A grama do vizinho é sempre mais verde. 1485. (PC/RJ - Perito Legista - Clínica Médica – Necropsia – FGV/2011) “Na dúvida, deve-se optar pela segurança de não consumir álcool usando medicamentos”. A oração reduzida de gerúndio – usando medicamentos – pode ser adequadamente substituída por: A) depois de usar medicamentos. B) quando se usam medicamentos. C) antes de usar medicamentos. D) apesar de usar medicamentos. E) logo que se usam medicamentos. TEXTO I Espaço e tempo Tanto Aristóteles quanto Newton acreditavam no tempo absoluto. Isto é, acreditavam que se pode, sem qualquer ambiguidade, medir o intervalo de tempo entre dois eventos, e que o resultado será o mesmo em qualquer mensuração, desde que se use um relógio preciso. O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria das pessoas acredita; é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre espaço e tempo. Ainda que nossas noções, aparentemente comuns, funcionem a contento quando lidamos com maçãs ou planetas, que se deslocam comparativamente mais devagar, não funcionam absolutamente para objetos que se movam à velocidade da luz, ou em velocidade próxima a ela. […] Entre 1887 e 1905 houve várias tentativas [...] de explicar o resultado de experimentos [...] com relação a objetos que se contraem e relógios que funcionam mais vagarosamente quando se movimentam através do éter. Entretanto, num famoso artigo, em 1905, um até então desconhecido funcionário público suíço, Albert Einstein, mostrou que o conceito de éter era desnecessário, uma vez que se estava querendo abandonar o de tempo absoluto. Ponto semelhante foi abordado poucas semanas depois por um proeminente matemático francês, Henri Poincaré. Os argumentos de Einstein eram mais próximos da Física do que os de Poincaré, que abordava o problema como se este fosse matemático. Einstein ficou com o crédito da nova teoria, mas Poincaré é lembrado por ter tido seu nome associado a uma parte importante dela. O postulado fundamental da teoria da relatividade, como foi chamada, é que as leis científicas são as mesmas para todos os observadores em movimento livre, não importa qual seja sua velocidade. Isso era verdadeiro para as leis do movimento de Newton, mas agora a ideia abrangia também outras teorias e a velocidade da luz: todos os observadores encontram a mesma medida de velocidade da luz, não importa quão rápido estejam se movendo. Essa simples ideia tem algumas consequências notáveis: talvez a mais conhecida seja a equivalência de massa e energia, contida na famosa equação de Einstein E=mc2 (onde E significa energia; m, massa e c, a velocidade da luz); e a lei que prevê que nada pode se deslocar com mais velocidade do que a própria luz. Por causa da equivalência entre energia e massa, a energia que um objeto tenha, devido a seu movimento, será acrescentada à sua massa. Em outras palavras, essa energia dificultará o aumento da velocidade desse objeto. . 652 [...] Uma outra consequência igualmente considerável da teoria da relatividade é a maneira com que ela revolucionou nossos conceitos de tempo e espaço. Na teoria de Newton, se uma vibração de luz é enviada de um lugar a outro, observadores diferentes deverão concordar quanto ao tempo gasto na trajetória (uma vez que o tempo é absoluto), mas nem sempre concordarão sobre a distância percorrida pela luz (uma vez que o espaço não é absoluto). Dado que a velocidade da luz é apenas a distância que ela percorre, dividida pelo tempo que leva para fazê-lo, diferentes observadores poderão atribuir diferentes velocidades à luz. Segundo a teoria da relatividade, por outro lado, todos os observadores deverão concordar quanto à rapidez da trajetória da luz. Podem, entretanto, não concordar com a distância percorrida, tendo então, que discordar também quanto ao tempo gasto no evento. O tempo gasto é, no final das contas, apenas a velocidade da luz – sobre a qual os observadores concordam – multiplicada pela distância que a luz percorreu – sobre a qual eles não concordam. Em outras palavras, a teoria da relatividade sela o fim do conceito de tempo absoluto! Parece que cada observador pode obter sua própria medida de tempo, tal como registrada pelo seu relógio, e com a qual relógios idênticos, com diferentes observadores, não concordam necessariamente. HAWKING, Stephen W. Uma breve história do tempo. São Paulo: Círculo do livro, 1988. p.30-33. (adaptado) TEXTO II Inércia: a Primeira Lei de Newton As leis de Newton tratam da relação entre força e movimento. A primeira pergunta que elas procuram responder é: “O que acontece com o movimento de um corpo livre da ação de qualquer força?” Podemos responder a essa pergunta em duas partes. A primeira trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo parado ou em repouso. A resposta é quase óbvia: se nenhuma força atua sobre o corpo em repouso, ele continua em repouso. A segunda parte trata do efeito da inexistência de forças sobre o corpo em movimento. A resposta, embora simples, já não é óbvia: se nenhuma força atua sobre o corpo em movimento, ele continua em movimento. Mas que tipo de movimento? Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui, nem muda de direção. Portanto o único movimento possível do corpo na ausência de qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme. A primeira lei de Newton reúne ambas as respostas num só enunciado: um corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme se nenhuma força atuar sobre ele. Em outras palavras, a Primeira Lei de Newton afirma que, na ausência de forças, todo corpo fica como está: parado se estiver parado, em movimento se estiver em movimento (retilíneo uniforme). Daí essa lei ser chamada de Princípio da Inércia. O que significa inércia? Inércia, na linguagem cotidiana, significa falta de ação, de atividade, indolência, preguiça ou coisa semelhante. Por essa razão, costuma-se associar inércia a repouso, o que não corresponde exatamente ao sentido que a Física dá ao termo. O significado físico de inércia é mais abrangente: inércia é “ficar como está”, ou em repouso ou em movimento. Devido à propriedade do corpo de “ficar como está” depender de sua massa, a inércia pode ser entendida como sinônimo de massa. GASPAR, Alberto. Física: Mecânica. 1. ed. São Paulo: Ática, 2001. p. 114-115. (adaptado) TEXTO III Paciência Composição : Lenine e Dudu Falcão (1) Mesmo quando tudo pede (2) Um pouco mais de calma (3) Até quando o corpo pede (4) Um pouco mais de alma (5) A vida não para... . 653 (6) Enquanto o tempo (7) Acelera e pede pressa (8) Eu me recuso, faço hora (9) Vou na valsa (10) A vida tão rara... (11) Enquanto todo mundo (12) Espera a cura do mal (13) E a loucura finge (14) Que isso tudo é normal (15) Eu finjo ter paciência... (16) O mundo vai girando (17) Cada vez mais veloz (18) A gente espera do mundo (19) E o mundo espera de nós (20) Um pouco mais de paciência... (21) Será que é tempo (22) Que lhe falta para perceber? (23) Será que temos esse tempo (24) Para perder? (25) E quem quer saber? (26) A vida é tão rara (27) Tão rara... (28) Mesmo quando tudo pede (29) Um pouco mais de calma (30) Até quando o corpo pede (31) Um pouco mais de alma (32) Eu sei, a vida não para (33) A vida não para, não... (34) Será que é tempo (35) Que lhe falta para perceber? (36) Será que temos esse tempo (37) Para perder? (38) E quem quer saber? (39) A vida é tão rara (40) Tão rara... (41) Mesmo quando tudo pede (42) Um pouco mais de calma (43) Até quando o corpo pede (44) Um pouco mais de alma (45) Eu sei, a vida não para (46) A vida não para... (47) A vida não para... Disponível em:<http://www.vagalume.com.br/lenine/paciencia.html> Acesso em 01 jun 11. 1486. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/2011) Quanto aos três textos é possível dizer que: A) nada acrescentam sobre o conhecimento que se tem a respeito do tempo. Tanto para a física quanto para o eu lírico, que se revela estarrecido diante da vida, nada se pode fazer diante do tempo, que é inexorável. B) por serem de tipologias diferentes, é impossível dizer que há semelhança entre os temas. C) de alguma maneira, todos perpassam pela questão do tempo e das mudanças ou movimentos que acontecem entre os eventos. A ciência busca entender e formalizar essas percepções, enquanto o artista simplesmente revela suas emoções diante delas. D) compartilham a mesma percepção entre tempo e movimento, relação que é percebida pelo eu lírico do texto III E) embora sejam textos de tipologias semelhantes, seus enfoques temáticos são bastante distintos. 1487. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/2011) O texto I conclui que: . 654 A) por mais que se estude sobre o tempo, ainda não se pode afirmar que o conceito de tempo absoluto está equivocado. B) o conceito de movimento e sua relação com a velocidade nos levam a entender a necessidade do éter nos estudos feitos por Einstein. C) a teoria da relatividade, publicada em 1905 por um até então desconhecido funcionário público chamado Einstein, prega uma série de equívocos somente hoje constatados pelos físicos D) os estudos de Einstein, publicados em 1905, confirmam as ideias de Aristóteles e Newton sobre o conceito de tempo absoluto, isto é, o tempo é independente e completamente separado do espaço. E) a física, depois de Einstein, aponta que o tempo é algo relativo, pois a medida de tempo depende do referencial adotado pelo observador. 1488. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/2011) A respeito dos textos I, II e III, uma das opções abaixo é INCORRETA. Assinale-a: A) O texto I tem muitos aspectos de um texto narrativo, embora a narração esteja a serviço de uma argumentação a partir de achados científicos B) Os textos I e II, apesar de serem ambos exposições de caráter científico, tratam de assuntos divergentes. O texto I explica a teoria da relatividade publicada por Einstein e o texto II tem por objetivo estabelecer diferenças entre o significado de inércia para a Física e para a linguagem popular C) O texto II, apesar de ter sido extraído de um livro didático da disciplina de Física, explica diferentes usos e significados de uma mesma palavra (inércia) em linguagem popular, cotidiana e em linguagem acadêmica. D) O texto III revela uma constatação do eu lírico: a vida não para, nem mesmo para apreciar o quanto ela própria é rara. E) Para explicar o conceito de inércia, o autor do texto II precisa falar em movimento e repouso. Tanto o movimento quanto o repouso, por sua vez, estão relacionados à ideia de tempo, por isso o conceito de inércia, para a Física, acaba perpassando pela ideia de espaço e de tempo. 1489. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/2011) Assinale a opção em que as palavras do texto III pertencem ao mesmo campo semântico: A) veloz (v.17), pressa (v.7), calma (v.2) e corpo (v.3); B) paciência (v.15), calma (v.2), pressa (v.7) e cura (v.12) C) tempo (v.6), calma (v.2), veloz (v.17) e alma (v.4); D) veloz (v.17), pressa (v.7), calma (v.2) e tempo (v.6); E) veloz (v.17), calma (v.2), loucura (v.13) e paciência (v.15). 1490. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/2011) Quanto aos textos II e III é possível depreender que: A) o eu lírico, no texto III, faz um questionamento sobre a continuidade da vida que vai ao encontro do conceito acadêmico de inércia apresentado no texto II. B) só é possível relacionar as percepções do eu lírico ao conceito popular de inércia apresentado no texto II, já que se trata de uma canção C) os dois textos tratam de assuntos que não guardam semelhança alguma. D) o movimento de que trata o eu lírico no texto III não enfatiza o raciocínio físico que predomina no texto II. E) os dois textos buscam resposta para um questionamento científico 1481. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque “por” – foi usada no sentido de “causa”, “motivo”. 1482. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque o alerta dado no texto para que se tenha cuidado ao usar bebidas alcóolicas junto a medicamentos. 1483. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque ameniza o impacto do perigo em consumir álcool junto a medicamentos. . 655 1484. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque a frase (dito popular) que melhor define a mensagem do texto informativo sobre consumo de bebidas alcóolicas junto a medicamentos, procurando ter cautela. 1485. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o “Gerúndio” = Além do aspecto verbal expresso por tal forma, isto é, o de expressar uma ação em curso ou uma ação simultânea a outra ou exprimir a ideia de progressão indefinida, pode desempenhar a função de adjetivo ou advérbio. 1486. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque são textos produzidos abordando o “tempo” e das mudanças ou movimentos que acontecem entre os eventos, em linguagem referencial no primeiros textos e em linguagem poética no último texto. 1487. Resposta: “E”. A alternativa “E” é a correta porque em outras palavras, a teoria da relatividade sela o fim do conceito de tempo absoluto! Parece que cada observador pode obter sua própria medida de tempo, tal como registrada pelo seu relógio, e com a qual relógios idênticos, com diferentes observadores, não concordam necessariamente. Para cada um o tempo será medido de acordo com sua visão no momento de sua ação. As pessoas sofrem interferências, muitas vezes alheias à sua vontade, que obrigam a ser mais rápidas ou mais lentas em sua ações, o que não significa que o tempo-relógio pare em função disso, mas a avaliação do tempo será diferente da real. 1488. A alternativa “B” é a correta porque os Textos I e II tratam de exposições de caráter científico em teorias sobre o tempo e o movimento de objetos à velocidade da luz e não são assuntos divergentes, pois há relação entre eles. 1489. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque em “veloz” e “pressa” - veloz -Cuja duração é rápida: tempo veloz - pressa -Necessidade súbita de fazer ou de conseguir alguma coisa; urgência / calma – ausência de agitação, tranquilidade – “calor atmosférico” (hora do dia que faz mais calor) – tempo Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: Palavras pertencentes ao mesmo campo semântico. Na “A” – “corpo” não pertence ao mesmo campo semântico de calma; na “B” – “cura” não pertence ao mesmo campo semântico de pressa: na “C” “alma” não pertence ao mesmo campo semântico de veloz; na “E” “loucura” não faz parte do campo semântico de paciência. 1490. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque no texto poético há envolvimento pessoal, emocional, com emprego de uma linguagem com recursos poéticos e no texto II já se usa a função referencial da linguagem enfatizando o raciocínio físico. “O significado físico de inércia é mais abrangente: inércia é “ficar como está”, ou em repouso ou em movimento.” 1491. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/2011) Em um dos trechos abaixo destacados, o vocábulo sublinhado pertence a distintas classes gramaticais. Assinale-o: A) O tempo é independente e completamente separado do espaço. Isso é no que a maioria das pessoas acredita; é o consenso. Entretanto, tivemos que mudar nossas ideias sobre espaço e tempo.” (Texto I, 1º parágrafo) B) “Ponto semelhante foi abordado poucas semanas depois por um proeminente matemático francês, Henri Poincaré. Os argumentos de Einstein eram mais próximos da Física do que os de Poincaré, que abordava o problema como se este fosse matemático.” (Texto I, 2º parágrafo) C) “mas agora a ideia abrangia também outras teorias e a velocidade da luz: todos os observadores encontram a mesma medida de velocidade da luz, não importa quão rápido estejam se movendo.” (Texto I, 3º parágrafo) D) Por causa da equivalência entre energia e massa, a energia que um objeto tenha, devido a seu movimento, será acrescentada à sua massa. (Texto I, 3º parágrafo) E) “diferentes observadores poderão atribuir diferentes velocidades à luz. (Texto I, último parágrafo) . 656 1492. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/2011) Observe: “Coesão referencial é aquela que cria, no interior do texto, um sistema de relação entre palavras e expressões, permitindo que o leitor identifique os referentes sobre os quais se fala no texto. Coesão sequencial é aquela que cria no interior do texto, condições para que o discurso avance. ”Nos 03 (três) fragmentos destacados a seguir, algumas palavras fazem a coesão referencial e outras a coesão sequencial. Fragmento 1 “Essa simples ideia tem algumas consequências notáveis: talvez a mais conhecida seja a equivalência de massa e energia, contida na famosa equação de Einstein E= mc2 (...)”. (Texto I, 3º parágrafo).Fragmento 2 “Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta, nem diminui, nem muda de direção. Portanto o único movimento possível do corpo na ausência de qualquer força atuando sobre ele é o movimento retilíneo uniforme.” (Texto II, 2 º parágrafo).Fragmento 3 “um corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme se nenhuma força atuar sobre ele.” (Texto II, 3º parágrafo).Indique a opção em que se fez uma ANÁLISE EQUIVOCADA dos elementos coesivos destacados nos fragmentos acima. A) O uso de flexões do modo subjuntivo seja (fragmento 1) e atuar (fragmento 3), antecedidas pelo advérbio talvez e pela conjunção se, respectivamente, são exemplos de coesão sequencial. B) O uso do pronome essa (fragmento 1), que retoma um fato explicado anteriormente, e a substituição do termo corpo (fragmento 3) pelo pronome ele são exemplos de coesão referencial. C) O vocábulo como (fragmento 2) é uma conjunção que se refere ao substantivo corpo e o vocábulo sua (fragmento 2) é um pronome possessivo também relacionado ao substantivo corpo. Os dois elementos analisados são exemplos de recursos coesivos sequenciais. D) A conjunção portanto (fragmento 2) introduz uma ideia conclusiva em relação ao que foi enunciado anteriormente; a conjunção se (fragmento 3) introduz uma oração condicional e poderia ser substituída pela locução desde que sem prejuízo de significado. Ambas são exemplos de coesão sequencial. E) Como (fragmento 2) é uma conjunção subordinativa e, portanto, um recurso coesivo sequencial. 1493. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/201c1) Assinale a opção em que o emprego da vírgula justifica-se pelo mesmo motivo de sua ocorrência no trecho a seguir destacado: “Se nenhuma força atua sobre o corpo em repouso, ele continua em repouso.” A) “A resposta, embora simples...” (Texto II, 2º parágrafo) B) “Como não há força atuando sobre o corpo, a sua velocidade não aumenta,” (Texto II, 2º parágrafo) C) “a sua velocidade não aumenta, nem diminui,” (Texto II, 2º parágrafo) D) “Em outras palavras, a Primeira Lei de Newton...” (Texto II, 3º parágrafo) E) “parado se estiver parado, em movimento se estiver em movimento” (Texto II, 3º parágrafo) 1494. (IME - Engenheiro - Inglês e Português – QEM/2011) Quanto à função sintática de termos do texto III abaixo destacados: I - “tudo” (v. 1), “eu” (v. 8), “todo mundo” (v. 11), “mundo” (v. 16) e “nós” (v. 19) exercem a função sintática de sujeito. II - “Um pouco mais de calma” (v. 2), “um pouco mais de alma” (v. 4), “hora” (v. 8), “a cura do mal” (v. 12), “que isso tudo é normal”(v. 14) exercem função sintática de objeto direto. III - “Mais” e “veloz” (v. 17) são adjuntos adverbiais de intensidade: Assinale a alternativa correta. A) Os itens I, II e III estão corretos. B) Somente os itens I e II estão corretos. C) Somente os itens II e III estão corretos. D) Somente o item II está correto. E) Somente o item III está correto. O texto abaixo refere-se às questões a seguir PARA QUEM QUER APRENDER A GOSTAR (1) "Talvez seja tão simples, tolo e natural que você nunca tenha parado para pensar: aprenda a fazer bonito o seu amor. Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito. Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito. Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender. (2) Tenho visto muito amor por aí. Amores mesmo, bravios, gigantescos, descomunais, profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva. Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos. . 657 Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras. (3) Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebem ameaçados apenas e tão-somente porque não sabem ser bonitos: cobram, exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem; enchem-se de razões. Sim, de razões. Ter razão é o maior perigo do amor. Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem) de reivindicar, de exigir justiça, eqüidade, equiparação, sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um momento de sua vida no qual não possa ter razão. Nem queira. Ter razão é um perigo: em geral enfeia o amor, pois é invocado com justiça, mas na hora errada. Amar bonito é saber a hora de ter razão. (4) Ponha a mão na consciência. Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito? De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior beleza possível? Talvez não. Cheio ou cheia de razões, você espera do amor apenas aquilo que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que de vez em quando ele pode trazer. Quem espera mais do que isso sofre, e sofrendo deixa de amar bonito. Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança. E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito. (5) Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia. Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama. Saia cantando e olhe alegre. Recomendam-se: encabulamentos, ser pego em flagrante gostando; não se cansar de olhar, e olhar; não atrapalhar a convivência com teorizações; adiar sempre, se possível com beijos, 'aquela conversa importante que precisamos ter'; arquivar, se possível, as reclamações pela pouca atenção recebida. Para quem ama, toda atenção é sempre pouca. Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode ser toda a atenção possível. Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter. (6) Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como a criança de nariz encostado na vitrina cheia de brinquedos dos nossos sonhos); não teorize sobre o amor; ame. Siga o destino dos sentimentos aqui e agora. (7) Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como: a sinceridade; não dar certo; depois vir a sofrer (sofrerá de qualquer jeito); abrir o coração; contar a verdade do tamanho do amor que sente. (8) Jogue por alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas, atitudes sabidamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você que a vida impede de ser. Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs. Falando besteira, mas criando sempre. Gaguejando flores. Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil. Revivendo os carinhos que intuiu em criança. Sem medo de dizer eu quero, eu gosto, eu estou com vontade. (9) Talvez aí você consiga fazer o seu amor bonito, ou fazer bonito o seu amor, ou bonitar fazendo o seu amor, ou amar fazendo o seu amor bonito (a ordem das frases não altera o produto), sempre que ele seja a mais verdadeira expressão de tudo o que você é, e nunca: deixaram, conseguiu, soube, pôde, foi possível, ser. (10) Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto. Não se preocupe mais com ele e suas definições. Cuide agora da forma. Cuide da voz. Cuide da fala. Cuide do cuidado. Cuide do carinho. Cuide de você. Ame-se o suficiente para ser capaz de gostar do amor e só assim poder começar a tentar fazer o outro feliz." (TÁVOLA, Arthur da. "Para quem quer aprender a amar". In: COSTA, Dirce Maura Lucchetti et al. "Estudo de texto: estrutura, mensagem, re-criação". Rio, DIMAC, 1987. P. 25-6) 1495. (Professor – Português – Pref. Palestina/AL – CERCON/2011) O texto: A) ironiza o amor piegas B) enaltece o amor romântico C) critica o amor sincero D) racionaliza o amor 1496. (Professor – Português – Pref. Palestina/AL – CERCON/2011) Conforme o texto: A) o belo é amar racionalmente B) o amor bonito tem que ser puro C) a ansiedade é o melhor meio para amar D) os amantes devem ser muito realistas . 658 1497. (Professor – Português – Pref. Palestina/AL – CERCON/2011) Pelo texto, é correto afirmarse que: A) o amor e a infância têm algo em comum B) é difícil encontrar o conteúdo do verdadeiro amor C) a rotina valoriza o amor D) o egoísmo faz bonito o amor 1498. (Professor – Português – Pref. Palestina/AL – CERCON/2011) Depreende-se pelo texto que: A) para os pequenos amores, falta somente a beleza B) todos os amores nunca têm qualquer obstáculo C) existem grandes amores que são limitados D) o limite dos grandes amores está no romantismo 1499. (Professor – Português – Pref. Palestina/AL – CERCON/2011) É característica do amor bonito: A) haver uma terceira pessoa no namoro B) dar muitas explicações sobre o relacionamento amoroso C) cobrar muito da pessoa amada D) dar-se sem preocupação de mais receber 1500. (Professor – Português – Pref. Palestina/AL – CERCON/2011) Os "Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras", parágrafo 2 A) revelam cuidado e carinho B) significam opressão amorosa C) sugerem amor difícil e trabalhoso D) indicam egoísmo e desespero 1491. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque “proeminente matemático” – substantivo > problema matemático – adjetivo. 1492. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque “Como” – - (elemento coesivo sequencial) - conjunção subordinativa causal e está relacionada à força e não a corpo e “sua”- pronome possessivo ( elemento coesivo referencial)e se refere à velocidade e não ao substantivo corpo. 1493. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque a vírgula separa orações coordenadas conclusivas nos dois casos. Na ”A” a vírgula separa a oração principal da oração subordinada adverbial concessiva; na “C” a vírgula separa oração coordenada inicial da oração coordenada sindética aditiva; na “D” a vírgula separa adjunto adverbial de modo da oração principal; na “E” a vírgula separar períodos com paralelismo semântico. 1494. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque na proposição I no verso 19 “nós” (de nós) não é sujeito e sim objeto indireto; na proposição III “mais” é adjunto adverbial de intensidade, mas “veloz” é adjunto adverbial de modo. 1495. Resposta: “B”. A alternativa “B” é a correta porque o autor enaltece o amor romântico quando o compara com flores, crianças; 1496. Resposta: “B”. A alternativa ”B” é a correta porque o “amor bonito” deve ser regado como as flores, Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com carinho, cuidado e atenção. Amores levados com arte e . 659 ternura de mãos jardineiras. A pureza das flores é o parâmetro de comparação ao “amor” descrito no texto. 1497. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque em “Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores que vemos a vida como a criança de nariz encostado na vitrina cheia de brinquedos dos nossos sonhos); não teorize sobre o amor; ame. 1498. Resposta: “C”. A alternativa “C” é a correta porque quando o autor em: - “Aí esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais de repente se percebem ameaçados apenas e tão-somente porque não sabem ser bonitos, cobram, exigem; rotinizam; descuidam; reclamam; deixam de compreender; necessitam mais do que oferecem; precisam mais do que atendem” descreve suas limitações. 1499. Resposta: “D”. A alternativa “D” é a correta porque de acordo com o autor do texto “Quem ama bonito não gasta o tempo dessa atenção cobrando a que deixou de ter.” – o que significa – dar-se sem cobranças. 1500. Resposta: “A”. A alternativa “A” é a correta porque “mãos jardineiras” uma comparação empregada pelo autor para descrever os amores levados com arte e ternura. . 660 . 661
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