1.4. ELSTER. Pecas e Engrenagens Das Ciencias Sociais. 1994 (Capitulos I, II, III, IV, X, XII, XI
Comments
Description
'" il-- '(13) c, " -~ Peças e Engrenagens 1,1:'1' 1-, I' I1 ,dás Ciências 'S ociais ',',: ' ~. i\ ç" {:: PASTA, ,;8 ... DATA /O,/LillLZti. ,;; R$ K ~~ \ ,~ . \~'~ 055: ~', , "15:· =iíL: , JON ELSTER h ~~; ,})) p. ~, ~fj ifi f !\ el i"1 1 'I ri I .~ Tradução Antônio Trânsito ~W1 ~;I ·~t' ~I Revisão Técnica Plínio A. S. Dentzien I I 300'~ ',' Eq9 ~:\ ....?-~. .-,,- ;. L:.,. 'T RE LU ME ~ ,D UMA R Á ':'~ " '. r I .. !;el::lU~IO , j L--F ri ·1 1= ~' S ,<x: /XI aP ,= ::> ler> • ,o ~.' t~' <x: .... ,~~!"~. ....V ..o "".... ('() ..."" j)~ ....q .~ t:4} ZI :n- g s: ...... ,~ \i'.'O '>- ':.o: .~' lT!u o::;:. ~.n §'.. . := ; --J 'OQ , <x: t-1 o:: l' ~ --t .: -;;:; ::: . o z: o e i oJ) O"- --.. .1 C"".I -..4; ,\,~;: ~ ~~ UOO-l t--..-4 \..a.. )\ I CIP ..B rasil.Catalcgação-na-fonte, Sindicato Nacional dos Editores de Uvros, RI. Elster, Jon, 1940~ Peças e engrenageos das ciências sociais / Jon E1ster; tradução Antônio Trânsito; revisão técnica, Plínio A. S. Deatzien. ~ Rio de Janeiro: Relume-Dumarã, 1994. Tradução de: NulS and Bolts for the Social Sciences. Inclui bibliografia. ISBN 85-85427-91-4 . 94-1053 Prefácio e agradecimentos 13 I .... - .t-t <J: iCO'O::: zr., 1. Ciências Sociais 1.Título. 7 ParteUm Introdução .... 0/ O'- 1..:1 Ú'):~,-,-,' Capa Gustavo Meyer sobre Mareei Duchamp,LesTamis(l965-1966). Detalhe do GrQnd Verre. E44p Prefácio à edição brasileira .... j(,.) JJ ;,.~;~;o I .o ;~ ;:;co o. cc Editoração Kaoa 'PiIi Serviços de Editoração Ltda. MIl ~ifl,' .'," "I ~L.. '~ ~' a :04- F j? :'# ~. "-t* . i~ ~ '''''' -i:::> = e:lQIOllq/n SUMÁRIO ..,.;~~ ... • J~ -ec !:?uewnH , "'" -, . i~ I ;'-'-' 9 ~Yi, 'f ~ , çr~~. ~"Ô...·'" ,.' ep \1 O 3 1 O 11 a I ! ~ 4l "- '..... o 'J-:/=ln o~ ..a::InP3 j ,~~~~ Título,'originai: Nuts andBolts, for lhe, SocialScietlces CCopyright 1989,Jon Elster' C Copyrightda edição brasileira, 1994 DUMARÁ DISTRIBUIDORA DI!PuBUCAçOliS LIDA. Rua Barata Ribeiro, 17 -sala 202 22011..(J()()-RiodeJaneiro, PJ tel.: (021)542-0248 fax: (021)275-Q294 1 i I~: >::ll ~ [~t-- :f";;, . Metodologia. 2. Inte~ação social, CDD-300.1 CDU-301 . Todos os direitos reservados, A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer meio, seja ela total ou parcial, constitui víolação da lei 5.988. i;:'·' Mecanismos 17 Parte Dois Açao humana 11 . Desejos e oportunidades III Escolha racional IV Quando a racionalidade falha V Miopia e previsão VI Egoísmo e altruísmo VII Emoções . VIÍI Seleção natural e social IX Reforço 29 38 47 60 71 80 91 103 Parte Três Interação t "",,;r'l to'c'ii j~ ;,'iJ ,~~ '~I~ ~: ;i~' , , ~~',,~ s::11 {~íG'~' X XI XII XIII XIV XV XVI Conseqüências'não-intencionais Equilíbrio Normas sociais Ação coletiva Negociação Instituições sociais Mudança social Ensaio bibliográfico 113 124 137 149 161 174 187 20i >, I MECANISMOS · .11 :í-'J '.~ .,i\ ;} i~ ..?.' ESTE livro a ênfase está nare-;~o Ror mecanismol~O n. N vro oferece uma c-aixa de ferramentas de ~çªnisIllºsJ Qorcas ~I!..arafusos, engretlãgefrs-e pôl~ podem sef"USaj 1 Ldas-"p_ara~plicãrTênôm~JLs.QCiais-aeYeras-c_QmQle~~~\. As ciências sociais, como as outras ciências empíricas~ I9plicar dois tipos de fenômenos: eventos e fatos. IKe1eição de ' Geocge BuslfC~é um evento. A presença de uma maioria de votantes republicanos no eleitorado é um fato, ou um ~~ de cois~.J Não é1iTIéd~~~e~t~ óbvio õ-~~-e ~aisfun~l ( dame~t!I., ~v~t110s Q.!J_fªlQs.\ Poder-se- la, bastante plausIverffien~ \ te~plicar a maioria republicana como sendo o resultado de uma série de eventos, cada um dos quais assumiu o caráter de formação de crença por um eleitor individual. segunaa pers-} p ectivã é mais fundamental:explicar eventos é logicamente anterior a explicar fatos1 Um fato é um instantâneo temporal de uma torrente de eventos, ou uma pilha de tais instantâneos. Nas ciências sociais, os eventos elementares são ações humanas individuais, incluindo atos mentais tais como f<>.®~ção de crençÇ Explicar um evento é fazer um relato de por que o mesmo ~nteceu. Geral~ente, e sempre _~~.~~anális·e."!1 isso assu~l me a forn1ãdé CItar um evento previo como a causa do evento que ~sejamos explicar.Junto com algum relato do mecanism2 I .} ,',~ 'IA 1 1 Às vezes as pessoas explicam eventos citando outros eventos que ocorrem de modo geral mais tarde do que mais cedo no tempo. Quando válidas, tais explicações conformam-se em ültirna análise ao padrãoprincipal. O tópicoé adicionalmente discutido nos capítulos VIII e XI. . 01IJ~ ~V G c~ ~~ \Nv8vv\~,~ do1F, z: WV~~ Y 1r0~ ~(>v~ 'w':f@1w>nnrpt1ff'ft%i:il!f@W'iíifftfl@J''ff?FrlW'i'fif:2i]ff'rltw"f:t'f\iWfifUreWW'IW1IM'f"'W''S'rtí'P!ffi'''''@'··-' iI!i:lli:I!.f1i'R1t'Iiii"Wi5tiW!IiI§Il!I§"iWfítiW n,"rillWWWfif.. ..wm 1i'ft'I'II1/lFt'iMi-!!W'$T5W"'i"r·WjH~l:t6i@r .,3' 2 mI... "ij ' _ _= . ' ~_,, _ _ , _ ' iF :>, Mecanismos .' Introdução causal que conecta os dois eventos. Aqui está um exemplo simples, paradigmâtico. Queremos saber por que alguém mudou de idéia a respeito de um emprego que -prevlamenteconsíderava muito desejável, mas agora acha totalmente desprovido de interesse. A explicação tem dois elementos. Primeiro, antes de mudar de idéia ele descobriu que não tinha chances de obter o emprego. Segundo, há um mecanismo causal, com freqüência referido como redução de dissonância cognitiva, que faz as pessoas cessarem de desejar o que não podem obter, como na história da raposa e das uvas verdes. Um evento mais complexo poderia ser uma queda na média de manutenção de emprego. O evento prévio teria sido legislação destinada a aperfeiçoar a estabilidade no emprego ~través da determinação de que os empregadores assegurassem a estabilidade no emprego a todos que te· nhamestadoernpregados por, digamos, dois anos{b mecaniSmO) causale a adaptãçâo raciónal-ã legislação' pelOSempregadores, que descobrem ser de seu interesse' demitir trabalhadores justa, ', _m~!1_t~_~~tesdoexpiramento do perí090 de doisanosr--Proposições qüe-prefenoem-:-êxpliCãr:üm-evel1l0-Uevem ser) cuidadosamente distinguidas de diversos outros tipos de proposi- lagosta. Dizer que morreu porque comeu alimento ao qual tinha alergia seria verdadeiro, mas enganoso. Iria sugerir o mecanismo causal errado. Dizer que morreu porque comeu lagosta seria verdadeiro, mas não-informativo. Não irie sugerir qualquer .mecanismo causal e excluir muito poucos. Com efeito..o mecanismo de fato poderia ser quase qualquer coisa, desde, ser atropelado até ser atingido por uma bala, se qualquer desse eventos fosse d~adeado ~ fato de a pessoa comerlagosta. ,','. ,; .. _ _I segu.ndo, as explicações causais deve.m ser distinguidas de\\ afirmações sobre correlação. As vezes estamos em posição de dizer que um evento de certo tipo é ínvenavetmerae ou usual- ! mente seguido por um evento de outra eS.Pécie. Isso nãonos per-,! mite dizer que eventos do primeiro tipo causam eventos do segundo, porque há outra possibilidade: os dois poderiam ser efeitos ~uns de um ,terceiro,evento.! Consideremos 'a descoberta de que as crianças em.casos âe custódia litigiosa,sofrem mais do que as crianças cujos pais alcançaram um acordo particular sobre a custódia. Poderia ser que o próprio julgamento da custódia explicasse a diferença, causando dor e culpa nas crianças. Também poderia ser, entretanto, que as disputas pela custódia tivessem mais probabilidade de ocorrer quando os pais são amargamente hostis um ao outro e que os filhos de tais pais tendam a ser mais infelizes. Para distinguir entre as duas interpretações teríamos que medir o sofrimento antes e depois do divórcio. ':' , Eis um exemplo mais complexo, meu exemplo favorito, com efeito, dessa espécie de ambigüidade. Em Democracia na América, Alexis de Tocqueville discute a alegada conexão causalentre casar-se por amor e ter um casamento infeliz.' Ele salienta que essa conexão ocorre apenas em sociedades onde- tais casamentos são a exceção e os casamentos arranjados a regra. Apenas pessoas teimosas irão contra a corrente e duas pessoas-teimosas 'provavelmente não terão um casamento muito felíz.? !I· 1d i I, ~ ~çõ. es.! Primei,ro,. exp li.C.. ,a,ções .cau,sais de,v,.em,· 's,er distingUida,s. de \ proposições causais verdadeiras, Citar a causa não é suficiente: o , mecanismo causal tarpbém dé'~ ser proporcionado, oi! ao menos su~rido.ZNa linguagem cotidiana, na maioriãdos éScritos históricos e em muitas análises sociais científicas, o mecanismó não é explicitamente citado. Ao invés, é sugerido pelo modo pelo qual a causa é descrita. Qualquer evento dado ,pode ser descrito de muitos modos, Em explicações narrativas pressupõe-se tacitamente que apenas aspectoscausalménte relevantes do evento são usados para identificá-lo. Se informados de que alguém morreu em conseqüência de ter comido alimento estragado, supomos que o mecanismo foi intoxicação alimentar. Se informados de que morreu em conseqüência de comer alimento ao qual era alérgico, supomos que, o mecanismo foi' reação alérgica. Supo, nhamosagora que realmente morreupor causa de intoxicação alimentar, mas que também era alérgico ao alimento 'em questão, 18 ~ " J 1 ':tJ ,'(I ~~ ~ ·fr~ i~ 2 Aqui o "terceiro fator" não é um evento, mas um traço de caráter: teimosia. Paraexplicaro traçode caráter,entretanto, teríamos que invocar eventos (genéticos e sociais). Issoilustrao ponto,destacado anteriormente, de que a priorida" de dos eventos sobreos fatosocorreem última instância, não imediatamente. 19 -: c ,I " .... .. ',.. i 11 ;1 .: ! Introdução .Adicionalmente, pessoas que v~_ª corrente são maltratadas .por seus pares mais conformistas, induzindo amargura e mais infelicidade. O primeiro desses argumentos apóia-se numa correlação não-causal, entre' casar-se por amor e infelicidade. O . segundo aponta para uma conexão causal verdadeira, se bem que não a que os críticos dos casamentos por amor a quem Tocqueville dirigiu seu argumento tinham em mente. Casar-se 'por amor causa infelicidade apenas num contexto onde essa prãtica é excepcional. Os biólogos com freqüência ser referem a tais efeitos como "dependentes de freqüência". Discuto essa noção no capítulo IX. ~Têfceiro, expliCãÇãescauSãisoevem ser âistiilguiOas rações sobre necessitação. Explicar um evento é fazer um relat9 ~e por que est~ aconteceu como aconte~eu. O f~to de que podei pa ter acontecido de alguma outra maneira, e teria acontecido de ~lgum~ outr~ m~eira se ~ão tiv~sseacontecido com~ aco~e} ,ceu, nao está agUl nem ahJlConslderemos alguém. que sofre de uma forma incurável de câncer, que com certeza irá matá-lo dentro de um ano. Contudo é morto num acidente de automóvel. . Para explicar por que morreu dentro de um certo período de tempo, é fora de propósito dizer que tinha que morrer nesse período porque tinha câncer. Se tudo o que sabemos a respeito do caso é o estabelecimento do câncer, a limitada expectativa de vida de pessoas com esse tipo de câncer e a morte da pessoa, é plausível inferir que morreu por causa do câncer. Temos o evento anterior e .ull~t:me.c_anismº_~ªº_@L!uficiente p'~a pr~v~ar o event.º-p,Qs..~. flor.1 Mas o mecamsm~. não énecessano: poaenaser} \ subst!tUldo por outrofPara aescoonr o que realrrrenteaconteceuí \necessitamos de um conhecimento mais refinado. A busca nunca termina: até o último segundo alguma outra coisa poderia ter ocorrido em lugar do câncer. No entanto, quanto mais sabemos, mais confiança temos de ter a explicação correta.! oeafIrf 3 . A preempção causaldeveria ser distinguida da sóbredetermlnação causal. Esta ::úItima' é ilustrada por uma pessoa sendoatingida simultaneamente por duas ba"h:. las;cada umadas quaisseria suficiente para matá-la. Aprimeira é ilustradapor . uma pessoa sendo atingida por uma bala e tombando em conseqüência disso, 20 ij Os dois problemas que acabamos .de discutir' somam-se formando uma debilidade na mais .conhecida teoria da -explícação científica, aquela proposta por Carl Hempel. Ele diz que a explicação é a dedução lógica do evento aser explicado, com leis gerais e· colocações de condições iniciais como .premissas.: Uma objeção é que as leis gerais poderiam refletir .correlação.vnão causalidade. Outra é que as leis, mesmo que genuinamentecau-. sais, poderiam ser substituídas por outros mecanismos, É por isso que aqui coloquei a ênfase em mecanismos, e não em leis. Esta não é uma discordância filosófica profunda. Um mecanismo causal tem um número finito de elos. Cada elo. terá que ser descrito por uma lei geral; e nesse sentido por uma"caixa 'preta" sobre cujas engrenagens e polias permanecemos ignorantes.' No entanto, para propósitos práticos - os propósitos do. cientista social atuante - o lugar da ênfase é importante. Áo concentrarnos em mecanismos captamos o aspecto dinâmico da explicação científica: o impulso de produzir explicações cada vez-mais .re_. .~_._ . . . finadas ~--~------. ~'~ ~ Quarto, as explicações causais devem ser distinguidas do con, ""tãr histórias. Uma explicação genuína dá conta do que aconteJ ceu, como aconteceu. Contar uma história é dar conta do que acont~eu.como p-oderia ter acontecíd..o_(~IDI v~z_tenha...aç0fl.teci-\ / do).(Acabo de argumentar que as explicações genuínas diferem de relatos do que tinha que acontecer. Estou dizendo agora que também diferem de relatos do que pode ter acontecido. O ponto pode parecer trivial, ou estranho. Por que iria alguém querer vir com um relato puramente conjetural de um evento? Há algum lugar na ciência para especulações dessa espécie? A resposta é sim - mas este não deve ser confundido com o das explicações. Contar histórias pode sugerir explicações novas, parcimoniosas. Suponhamos que alguém afirme que o auto-sacrifício ou o comportamento de ajuda é prova conclusiva de que nem toda ação resulta do auto-interesse ou que o comportamento ernocio, .. : , ..~ : evitando dessa forma ser atingida por outra bala, que de outro modo..a.teria matado. . : L :::'~r' '" 21 ~.~,,;, i:: 'li • •1 1. .os eXPlicaro.enquanto que antes não tinha tal pensamento em mente..' . Mesmo' o comportamento que parece pernicioso e inadaptadodeveria ser mostrado como útil e. A questão agora é se as premissas da história são verdadeiras. ) \predições.im podem. racional e não-egoísta e irracional.: I:" i !J 'I' I..ê Não poderia estar no auto-interesse de alguém ajudar outros? Não poderia ser racional sofrer influência das próprias emoções? O primeiro passo na direção de encontrar uma resposta positiva é contar uma história plausível 'para mostrar como essas possibilidades poderiam realizar-se. não se é possível ou. Outro exemplo ajudará a estabeleceresse ponto.. de Kipling.com o exatamente oposto.avel~rite g!Lando irá º~(ar:\.-l'''''''''' ..AlgúmáSirãó pensar assim: "Se a maioria dos outros cooperar. : . I ~ 'I. O que é inadaptávelpara o indivíduo pode ser bom para a sociedade." . Para demonstrar função e utilidade.:.9!:1e as coisas-sãocoloeg. menos complexos... impossível explicar uma faixa de fenômenos em termos de outros fenômenos.. mento cooperativo.'.'il .1 11: ''I' I":! . não há necessidade de eu fazê-lo." Com efeito.s_ir-ª-ºp~~. que pessoas ajudam-os outros porque esperam reciprocidade ou que pessoas ficam zangadas porque isso as ajuda a conseguir o que desejam.seja metafísico em um que seja tratâvel pela pesquisa empírica.j nhecemo-lo ime~iata"mente e aSS.•• ".s~capa1. . na! é prova conclusiva de que nem toda ação é racíonal. não terei obrigação de fazer isso. o contar histórias pode ser pernicioso se for confundido com a coisa real.eJ-~e-explic~rj Ê verêtãde.. . Ao mesmo tempo.~. por exemplo. I'.\Quando-·um-dêies opera. minha obrigação de fazê-lo será maior. :il\ 22 I' .O .. mas se não cooperar.o. Construa uma cerca ao redor de alguém.'·nrais-:-doqJe as Just so Stories.. elas com freqüência procurain saber o que os outros estão fazendó.sses-"mecanismo.~ . As vezes parece que as pessoas querem ser infelizes. tal como recolher o lixo do gramado ou votar numa eleição nacional. As vezes podemos explicar sem sermos capazes 'de Jpredi~r.1 1 ." pode-se sempre contar uma histór~ eIll.' Comportamento 'que não é ótimo agora pode tê-lo.~:" . 90 . ' . Até onde eu saiba..' e muitos estudiosos têm bastante - " I'.. ser explicado .11 !:III 1 ).~. Quando as pessoas tentam resolver-se quanto a participar numémpreend]. l a 23 ._de. lo entanto.é Poderse-ia concluir que há três formas irredutivelmente' diferentes de comportamento: rácional e egoísta.. Têm'umnümero considerável de expedientes à disposição. nos digamquan<!~t.111 .:fazer-nos suspeitar da tendência simpllstade acreditar que todas as tentativas _ reducionistas terão suces$O.p. Se poucos dos outros c()operarem. explicaÇõeS causais devem ser disdnguiO~. Mas níio podemos predi?er co~fj. e ele imediatamente quer sair.. Em muitas pessoas esse mecanismo coexiste . Muito da ciência social é guiado pela idéia de que "tudo tem uma função".." . A' propensão à parcimônia que caracteriza a boa ciência deveria levar-nos a questionar esse ponto de vísta." .iTFinãíffien. consideremos mais uma vez a redução dadissonância cognitiva.Introdução Mecanismos 11. os estudiosos com freqüência recorrem a contar histórias..I i " i~ 'il!i 'li i'! .ii I 1 1' i l .. ! :11 .I "I .~. e às ve..rmo.zes p~izeU~Ill.' expU-" ) ~ !cam como o leopardo ganhoY-ªS_m~ou o etlo~ sua cQt. Comportamento que não é ôtímo tomado isoladamente pode ser um ingrediente necessário numa solução de pacote ótimo.. li 11. (§l..sido sob outras circunstâncias no passado.te." Outras irão raciocinar de forma exatamente oposta: "Se maioriacooperar.. Para ver por que podemos ter poder explicativo sem poderde predição. .ern termos de sua utilidade. não temos teorias que.alémdisso.. reco.m.eu também farei a minha parte. . 1. Com algum engenho .. o sentido de realismo que também caracteriza a boa ciência deveria . a fi .. das de cabeça para baixol Mas isso não prõva que elas reàlrrrerlté7 )se.rtamento que gera.. ..fora de. j~ ::1" 4 Um conhecido exemplo de outro domínioé proporcionado pelos numerosos biólogos que afirmaram não haver possibilidade de explicar os organismos vivos por teorias químicas e físicas. Contando-se uma história é possível transformar um tema que . .. '.. mas acredito que nas ciências sociais isso é mais ã exceção que a regra. '" . capturado por ditos familiares como: :"A grama é sempre mais verde outro lado da cerca" e "Afruta proibida é a mais gostosa".'m_Q"LOU"tI:.. seu alcance simplesmente porque estão fora de alcance. . desejando objetos demonstravelmente .E. cO.! i .fãn1ãssim...<. Poderia ocorrer.1. em muitos casos uma só e mesma teoria Irá capacitarnos a ambas as coisas. de modo que para proIpósitos d. i:i li! " li ~ 6 "Oposto"deve ser tomado antes no sentido de negação interna do que externa.1 11 I. não importa para os propósitos de predição se um mecanismo. Em qualquer caso podemos usar a ocorrência do primeiro tipo de evento parapredizer a ocorrência do segundo. é 24 8 "No máximo". o conhecimento progrediu porque acrescentamos um novo item a nosso repertório de modos pelos quais as coisas acontecem. porque.li :1 '11 1 :.---por contraste. A negação externa da primeira colocação é simplesmente que "As pessoas não preferem o que po. ' I I :\.ji i." As ciências.rOs mecariisrrfa-s-. ' Contrariamente.sociais oferecem várias ilustrações dessa verdade profunda. dem ter ao que não podem ter". Saber que uma pessoa tem câncer incurável permitenos dizer que ela morrerá.'. aconteça isso ou não de fato devido ao câncer.' .racionais. no máximo.colocações produzem percepções verdadeiras e importantes. ~ 25 .e predição não há necessidade de decidir entre eles. Ele proporciona compreensão onde a predição oferece.lâe há uma regularidade com aspecto de lei entre um tipo de evento e outro. podemos predizer que as pessoas irão comprar menos da mercadoria simplesmente porque podecJ:iio .1 :::1 [lI 1.i I' i 'i . por sua natureza._~ªo_P9s. e é difícil dizer.ili li': . Podem isolar tendências. o entantolPara propósitos explicativos. de necessitação poderia ser substituído por outro. o que importa é o mecani~ mo.não q'! . O que só mais raramente são capazes de fazer é estabelecer condições necessárias e suficientes sob as guais os vários mecanisJ:!1..1 i "li I~ 1: t Introdução maioria dos indivíduos está sujeita a ambos os mecanismos psíquicos. propensões. Não se pode ter uma lei para oJ J~feito-de-qu~se-p. .." Ambas as . .' Mecanismos ii!i: ':'I r:ill l'i( (.0.<. tradicionais ou simplesmente aleatórias .. !il '~~l I' \1 1 .menos deloJAqni há váiios mecaniSmrnr'l~~ forçados a levar ao mesmo desenlace.1 ~ão gerais e não sofrem exceções. uma colocação que não sugere quaisquer percepções importantes. necessitação e explicação fica sem sentido. IM'11:!\I :I "1. Embora Sidney Morgenbesser tenha sugerido como"primeiralei da lógicaju. Sejam quais forem as molas da ação individual . "I : :1 I~ '. não têm pretensões à generalidade.1:1 \ i. As leis. qual irá predominar.arcar. antes do fato. controle. Para predizer que menos mercadoria será comprada quando seu preço subir não há necessidade de formar-se uma hipótese sobre o comportamento doscorisumidores.:I~ '. por razões discutidas no capítulo 11.9_S.~if~:':. A negação interna de "As pessoas preferem o que podem ter ao que não podem ter" "As pessoas preferem o que nãopodem ter ao que podemter.tQs. Ninguém acredita que os primeiros sintomas de uma doença mortal causam a posterior morte.li!. e mecanismos.com. T . a distinção entre correlação. 1.eles-q:.As vezes se diz que o oposto de uma verdade profunda é outra verdade profunda.eIIlJuncionamento. também. se p. não importa se o mesmo se deve a uma relação causal entre eles ou a serem efeitos comuns de uma terceira causa. Quando identificamos um mecanismo através do qualp leva a q.IEstaé outra razão para enfã-1 ftizar mecanismos de preferência a leis. no entanto eles são regularmente usados para predizer esse eventoí Similarmente. podemos ter poder de predição sem poder ex·· plicativo..s Com propósitos de predição. e mostrar que têm implicações freqüentemente surpreendentes e contra-intuitivas para o comportamento.entãÇ)-a-lgl:1'maS-y.::' d. -~ ~ --~ . primeiro fir.! . . . II DESEJOS E OPORTUNIDADES i 11 .2 j I um 11 ~ '~~' 'li" }.'j I j. tro é constituído por todas as coerções fíSicas.. " jl P . > .Nesta ~osJÇ1l2 os prfiiêIPãis mecanismos a serem consiCfêi1Klos-são a scolha racionar (capítulo Il~~ormas s~iarS\(~apítulo XII)..ções filtrad.•. \ . elas pról?rias. necessitam e:plicaçãoL JUm esquema sImples para explIcar uma ação é ve-la como r~-f (Sultado final de duas _~pera. na minha" opinião.. econômicas. '-dual. 1111111 i•. entretanto. 2 Poder-se-iaargumentar. como firmas ou governos.• I.I :I ~! iII :i . trivialmente verdadeira. Muitos pensam diferentemente..~_~~~i~idu~is. Essa visãQ. ~ o termo "indlvíduo'' será usado num sentido ampliado que também inclui res: ponsãvels por decisõescorporativas.~ ~.\' .que'as normassociais estão entre as coerções . legais e psicológicas com que o indivíduo se depara.. colocadas diante de um indivíduo. i . suspender a gravidadeou votar em ocasiões diversas que dias de eleições. com_freQüência'chamada individualismd metodológico~ é. 29 ' .:(Mas veja o capitulox v . . mas pode violar a norma que impede usar sapatos marrons com roupasde noiteou a de reciprocidade de favores. UNIDADE ! ' divíduos. Uma pessoa não pode gastar mais que sua renda.Qras sucessfv~fcorneça mos com grande conjunto de todas as ações_a~mente possíveis que um indivíduo Qoderia empreender. Explicar elementar da vida social é a ação humana indivr--' A instituições sociais e mudança social é 'mostrar como elas surgem como resultado da ação e interaçãodein- . '•.I I ! i~ . e alguns de seus argumentos serão mostrados no capítulo XV:. 11 1 ' ~jl li r} ~J 11\ li\ ''''li ."lAqui desejo salien~ \ que as aç~~.'{ .. ao invés. As ações consistentes com essas coerções formam seu conjunto de oporuni~es10 segundo filtro é um mecanismo qiieaeternllna quãf\ ão do conjunto de oportunidades será de fato executaºª'-. Considero mais útil pensar nas coerções como criando uma forte distinção entre o que é factível e o que não é. ~: . ___ íNessa perspectiva as ações são explicadas por oportunidades recrese. pooemõ'S'í1õtar (!ueTí1emsémpre preci~amosj apelar·tanto para oportunidades como para preferências. ~ ~ ~. comprarão menos da mercadoria simplesmente porque poderão arcar com menos.' .1"·. apenas as oportunidades diferem._--..:. .que as pessoas aduzein para argumentar.. sugeriram duas explicações diferentes na baixa taxa de investimentos nessas sociedades.. .>. O comportamento criminoso proporciona um exemplo mais complexo. desejos. 3 .ltidcul! uma únic_La.1 Isso tambémme-pe'rmitil'â~discüfiralgumas das razões -. em casos particulares ainda há espaço para debate. l. ·.explicaçãodàqua~ escolhas (ou normas) não • • • . li" I". o fato de que as pessoas (globalmente) comprammenos •de uma mercadoria quando seu preço sobe pode ser explicado independentemente do que motiva as pessoas (individualmente) a comprar ou não comprar. eles são levados. Tentarei i. paradoxalmente a argumentar que a escolha quase não importa porque quaisquer variações em comportamento devem ser explicadas por variações em oportunidades._.. " . o furto sem riscos seda uma de minhas oportunidades.:: .9~e g~ LL~er! O comportamento dos consumidores é um exemplo simples. Alguns argumentaram que aos proprietários de escravos faltavam oportunidades para investimento. Se os seus rendimentos permanecem os mesmos.q "I'.: .1 II\i.Q. freqüentemente referidas como "estruturalistas".literalmente umaopçãofísica.~ l ~l . mo quandonão houvesse risco de descoberta e punição. entretanto.. i_i~ ~li' . dos cientistas sociais. preferências. II ~ 11....'1.Pode haver ainda umaescolha não trivial como sob que ponte o pobredeveria dormir._..1!. Os estudiosos discordam da importância relativa das preferências e oportunidas na explicação do comportamento. têm nenhum papel..is>"~. desejos.. ou . 'li!' i.i 1...... Embora comumente.~ ''''. .Para começar. 30 31 lil' . Dadas as coerções. 'exatamente como estes são forçados pela competição a exploraros trabalhadores.normas sociais internalizadas poderiam impedir-me de furtar mes. <. "I !I'I! I!: ~I': JI.mPQr_alg~~eestnituraa essa atordoante ~~~de prátic~s..!. Para ver a falha no argumento é suficiente notarque ninguém é forçado a ser um capitalista:sempreexiste a opçãode tornar-se umtrabalhador. não ter outras oportunldades.. 4 O rico e o pobre igualmente têm a oportunidade de dormir sob as pontes deParís. na antiguidade clássica no sul dos Estados Unidos.li..f. Os historiadores da escravidão. boas e não tão boas . . Sem essas coerções.:'~ :. e essa visão parece-me obviamente correta de modo a não exigir defesa ulterior. enquanto a perda é protelada e incerta.~e2.~idad~~é redl.ç~ ~a.n.. mas torná-las mais dispendiosas.> Há. -lMü"ITodil" ciê'ilCíã"soê1ãfCõnsiste em variações interminaVel-){ mente elaboradas sobre o tema das oportunidades e desejos.P1:10.i'l '.: . 1 1 !II. Se vou a uma loja com vinte dólares no bolso e a firme intenção de gastá-los (queimarão um buraco em meu bolso se não o fizer).~ S't j ..:i! ~I Ut'.li! !I. A 'maioria. !iil ~ ~ti ~~IIJ '1 ~ "1 li!'I :. Depende dos ganhos certos e possíveis perdas associados com as alternativas e. Os escravos tratavam-suas ferramentas 4 Há escolas de'teoria social... .osl a mas também porque acredito sere I estes mais· fundamentais que os gerados por nOPllas.não é tornar as ações criminosas impossíveis.odeQl~. de minhas preferências de tempo (capítulo v) e de minha atitude em relação ao risco.exp.' . que os trabalhadores são forçados pelas circunstâncias a vender seu labor aos capitalistas. I'l I:"!I". O ponto é geral: o conjunto de oportunidades raramente se reduza.'M' .. \~._-~---~--_..[~ o" . 'i:'. 5 . que as pessoas diferem em seus'desejos assim como em suas oportunidades..~l1elOgueas Qess~Q.. Alguns economistas argumentam que todas as pessoas têm essencialmente as mesmas preferências e.:.ê .i.. por exemplo. : ' i.-" ~! '. casos em que a natureza do segundo filtro não afeta o resultado.rnas o pobre pode.de combinações de mercadorias com as quais poderei sair. fiéis defensores da teoria da escolha racional.. Irei concentrar-me ~em mecanismos gerados pela esc~ principalmente pela'::iiiêilidade-de.! r. desde que o ganho do furto é imediato e certo. Como foi observado no. minha escolha está entre o comportamento submisso à lei e o furto arriscado.1' . Quais delas realmente terminarei por comprar depende de minhas carências.eJ~~~todç~ortUJ. Desejos e oportunidades Ação humana U1 '1. No entanto. acreditá. ..t i I' I! . Os marxistas freqüentemente argumentam. O efeito das coerções legais . também.~ I . que afirmam que toda explicação de comportamento assume essa forma-. li I'i. As vezes as coerções são tão fortes que não é deixado espaço para qu~ o segundo filtro~Qp.rtunidadessão mais fundamentais que p~ferênçjpso-.? ~.capítulo I. \ )\\.Alérndísso. \ ['1~~~. ..~ '1. há um sem-número . .. como se argumenta mais adiante. ~ . oportunldades~ ---r . Em contraste.. e sabe que o outro lado está fai zendo.'-~ (A) desejos t -----.-. como até os desvia de desejarem a 6 Adicionalmente.-ºportunidades são rastreadoa...' . ~ar~ casos em que podem i. e dePOis. " dar suas opiniões pode ser mudarsuas circunstâncias. questões m~todológicas. e no entanto ser incapaz de' fazer qualquer coisa a respeito.s independentemente uns dos outros e pUdes-~ sem variar independentemente uns dos outros...!!fluenciar diretaJ11eIJ!~ . :I . I. Os fatores que i Ili!r 111:.. diz Tocqueville.----. Em A Democracia na America abundam instãn.~' tas -. ' JAté aqui .. mas tamOém por outros indivíduos na sociedad~tra tégia militar um ditado básico é que se deve fazer os' planos na base das capacidades (verlficãveisjdo oponente. As crianças de famílias de classes trabalhadoras abandonam a escola cedo porque não têm recursos para continuar ou porque seus valores diferem dos das crianças com uma formação de classe média? Esses temas não podem ser resolvidos em bases metodológicas. o ~esmo.o melhor caminho para mu.. desejos (8) (C) Figura n.J As oportunidades são mais' básicas que os desejosemu~as.estive argumentando como se os desejos e oportuniJ dades fossem dado. tão mal que o investimento em produção mecanizada.!:!dar suas opiniões. Ação humana " Desejos e oportunidades ".. Volto-me agora para casos em que ambos são influenciados por um terceiro far tor. os sindicatos podem ser controlados até certo ponto por.. . Para ilustrações do caso A na Fig.. Mas esse é um argumen.. .. to à parte.. Amãã uma outra razão pela qual as oportunidades pOderiamjF parecer mais fundamenta.não um argumento sobre poder explicativo relativo.1).}ª-º_ª~º-ªª-~ientis~ social.... Debates similares são encontrados na sociologia da educação..r estão sob controle do governo' não são sempre os causalmente importantes. Suponhamos que um desempenho econômico fraco possa ser rastreado até chegar homens de negócios avessos à riscos e a sindicatos fortes. E no entanto são freqüente mas desorientadoramente apresentados como '.cias nas quais desejos~ e.políticas salariais. ._~ns ~LO~ (ver Fig. O governo pode estar plenamente convencido de que a atitude mental dos administradoresseja a causa mais importante..-. . 11.. açao l ç.. . Devem ser discutidos caso por caso.\Assim. causa'comum 32 ':: 33 . . 11.I .' .: ----.\ Ipecto: são mais fáceis de o~ervar.1 remeto-me inicialmente. Com freqüência isso implica planejar a partir de uma suposição de pior-das-hipóteses: ó oponente tratará de ferir-nos se puder fazê-Io. Mesmose o governo tem uma boa teoria que permite tanto a explicação como a predição. . "'Y'"" oportunidades ".f' t ~ . suas verdad~~~~refer!~cias p~dem não inf p-º-rtar mUltd. a Tocquevílle. não era uma opção real. . Comumente é mais fácil mudar as circunstâncias e oportunidades das pessoas do que lE. ~ oportun!dades~açao . a escravidão não apenas impede que os homens brancos façam fortuna. Outros argumentaram que aos proprietários de escravos faltava motivação para investir porque preferiam uma vida de consumo luxuoso e conspícuo. . desejos ..is que osdesejos tem a ver com a possíbilidade de influenciar o comportamento.fEsse é um argumento ê1e cusfo-oenefíCiõ sobre a eficáciíCnronetária de pol]iticas alternativas' . não de suas intenções (não-verificáveis).. ""'&. ela pode não permitirmuito controle.§e caêlalaêlo'pranejã combãSê capacidades do outro lado..devolta até uma causa comum'IAs vezes ambos agem em conjunto. considerando a evidência empírica. '.i~l.~ntretanto.... .: 34 35 .\I"!I I. '~e ~q!!! o ~. O que é verdade é que quando as pessoas estão em situação muito má a sua motivação para inovar ou rebelar-se é muito alta. ca~. há a fraqueza da vontade.! '1: 1 'I:: " li: '.. áfirma ele. dí I. Nos Estados Unidos a religião . i : '11 ".s.s~s...I . argumenta Tocqueville .'.. Discuto esse fenômeno mais~xtensamente nos capítulos IY . mais perversamente.11' !' 'I ~ I ". os historiadores sociais com freqüência supõem que a privação é a mãe da revolta e de outras formas de ação coletiva. '.afasta o desejo de fazer o que. I .J:'q mecarnsmo das "uvas verdes" asse~ã011aJa õpção fora do conjunto de oportunidades que' seja preferida à opção preferida dentro do mesmo.~L. A inovação requer recursos..' 1 .'a a preferida.'~' " r:· . o que não podem conseguir.. . .-4n I ". C da Fig.'I'ij:1 :1" '\ 11. "I '''I. e ond~.•.mas é exatamente com isso que o trabalhador ou camponês empobrecido não pode arcar.J'J lmedlatas da açao. não po.o~~ tocou em. .demos dizer a priori que nivelde adv~rsidade tenderá a favoreL cer o efeito em guestão~ Marx argumentou que a civffizaçãosurgiu nas zonas temperadas porque apenas ali a necessidade de \ 'Jf'I'~1(g. donde a ausência de norte-americanos bemeducados.. uma vez que também modelam os dese 'os. 'r: . mas sua motiv!1çã2. Na América os eleitores numca elegem homens de distinção.1. nõ qual os mesmos tenham tanto o lazer como a inclinação a estudar. mas a uma distância maior apenas' as oportunidades importam. .'.! ! 1::1 iI ~II': il.I.I") [.11.~ é relevante aq~i.1111 .·1.: I::' )'1"~:! . Há um ditado segundo o qual a necessidade é a mãe da inventiva. a democracia permite que as pessoas façam. e uma vez que estes variam eITf direções opostas com a adversidade das circunstâncias.. Similarmente." ~ melhoramentos encontrou-se com oportunidades para melhorarnentos.. ~er~s pessoas nao podem confiar sempre emquengnao racionalmente.~ . em parte porque não têmoportunidade de fazê-lo (homens de distinção não desejam entrar.:1. . :-::" '.li I .'1'1': iil.~l.S> efeito sobre oportunid~es trabalham em diref l ções opostas A Não há tempo nas vidas dos norte-americanos. Como ilustra a história de1Ulis~e~.' mas é exatamente com isso que empresas à beira da falência não podem arcai.i.é ~gassa dem~ há op~~~nidades.'.e v .' 1:11 11.. estes aparczesse~. oPortU?i~.I.. 7 Ou. -'. t. Primeiro. n.\í i. nte na p. mas isso não faz com que qualquer opção factível em Qarticul ... 1:-'~ -.ad:~ e desejos são as.' i.I.' cau.J: "I~" ' I·'] Il' .' g e-s-. . i.alguns modos atS as oportunídadse podem afetãroscl'e-seJos· as ssoas podem terminar por desejar o Que podem conseguir.:III! Ação humana Desejos'e'opoftunidades . ou uma maldição última essa disposição da alma que dá aos homens uma espécie de gosto depravado pela causa de suas aflições?" Isso proporcionaria uma razão a: mais para acreditar as oportunidades como mais básicas gtié as prefe~ :~. .' Empresas prósperas podem arcar com inovações . é drástico dem.. operar·IAs vezes o conjunto de oportunidadesé-creTil5efãaamenté \ \ modelado p~os desej<?!.l \ bre os desejos-!. tempo. é a maisbaixa quando estão em circunstâncias difíceis. e e Q. Onde a natureza é pródiga demais não há necessidade. .. O camponês médio e o trabalhador que conseguiu poupar um pouco podem arcar com juntai-se a uma rebelião ou gr-eve.: t li: .··.ej expandir o ~~e oportunId~des.'e-da-P1~l.2e uma pesso~I''1ão tentio em mente"" Rorta. Discutirei' duas razões pelas quais as pessoas podem adotar tal comportamento autolimitador ou auto-restritivo. Nenhuma das afirmações é obviamente válida. também pode ~ . j :.fUma vez que tantõàJ :e'f~Jivªjnovaçãocomo a efêtiVãpãitlcipáÇão dependem tanto deI desejos.rá. Mais uma vez p emos citar Toçqueville sobre a escravidão: "Será uma bênção de Deus.-é menos aguda.-n'b"squals as pessoas podenam empenhar-se ~e?UZIrJo conjunto de opções disponíveis.em si mesma um efeito da democracia . como dê-oportunidades. .. mas os caso~ m. entretanto. i .e. ~ Desejos e oportunidadés tamoempodem afetãi'-se uns ao-s-olf'/ I tros diretamente~Consloeremo-s-jn--rctãIÍllente o mecanismo indicado pelo. Sua capacidade ou oportunidade de fazê-lo.mas podem não .IÊffi outros casos.~rConjun:amente. i! :. o efeitõSõ. '. investimentos caros com um resultado protelado e incerto .tica mas teoricamente tri~. para a política) e em parte porque não elegeriam candidatos_ sqp~~.1' . !:~ modo de colocar o assuntQ.l:_as.Ili: I :il ~ • ~ ~. •. [: " I: fazê-lo... A participação na ação coletiva requer a capacidade de retirar tempo de atividades diretamente produtivas .:: 'I" . " \Q me~anismo oposto o do caso.incomodar-se em fazê10.I'" .. I l'. " 1I1I11 !il Ação humana lil Desejos e oportunidades ::/'1 . caso em que ambos recebem um prêmio de 3.. se se mover para a direita. ou terminar o jogo movendo-se para a esquerda. E menos claro como elementos objetivos e subjetivos po'dem interagir para produzir Uma ação. dessa maneira.i: :1:. 11 pode garantir 2 para si mesmo e 4 para I ao mover-se para a esquerda.3 1.1 11 . ele se moverá para a direita.1'1 1 lil!:: ! J." .amente....~. Se I escolher o ataque. Porque a guerra seria muito destrutiva. ambos receberão 1. Note-se. O primeiro movimento de I corresponde à escolha entre abrir negociações e atacar. objetivamente falando. li' 1 . As oportunidades são objetivas.' '!i ..1 :1. caso em que II tem o mov imento seguinte. Posso decidir não irà festa escritório se estiver com receio e fazer algo tolo. Nesse caso. para a esquerda. A pessoa pode deixar de perceber certas oportunidades e por isso não escolher o melhor meio disponível de realizar o seu desejo. a distinção não é trivial. :. há algo de incongruente em explicar uma ação em termos de oportunidades e desejos. o 'que explica .~ ~. /: ! . que o resultado (4. ~ ~:!i 1 ~ J.~ ! i~ [.2)nãó é o que II preferiria.sobre o que são políticas econômicas exeqüíveís.~ t. Um governo pode entregar o controle da política financeira ao Fundo Monetário Internacional para impedir-se a si mesmo de ceder a exigª--l}. por exemplo. li I. 11. Seria ingênuo pensar. tomar a retirada fisicamente impossível e.2 V'i 'i." .4~po~nidades'IPara ver como.' 1 II I .'i .."'". a ação são os desejos da pessoa juntamente com ~uas crenças a respeito das oportunidades.i . Entretanto.QQpulares de aumento de salários. "'" .conf junto. enquanto que.f I Se-PQdemantecipar o tipo ôêSituaçÕesnasquais poooriam per der a cabeça.' IHII i illiil ]:) Ilil'l (111 i . podem agir estratl. Nesse caso I saberá que o resultado de ir para a direita r 'In 1)' º 36 1II 1.plicada pelos objetivos do governo e as oportunidades que.i! '111 I1 l 1IIIi '. externas a uma pessoa.ffi.:11 /"'. 3. 'PõOê--s--e"""'-às::-':v::-:-e=-=z::-:-e=-s=m=-=et lihorar os próprios resultados ao _~. suponhamos que I e 11 sejam dois exércitos oponentes. os objetivos interagem com as crenças -. A 1 de janeiro posso pedir ao meu dentista para enviar-me a conta integral se a. I.§es do . Um rriodo pelo qual 11 pode alcançar esse objetivo é eliminar sua opção de ir para a esquerda no segundo estágio. o interesse de 11 seria recuar. Nesse jogo lé o primeiro a mover-se. ~' .. l~ :. Com efeito. entretanto.li':' 1'1 11 ao '. 11 pode usar o clássico estratagema de queimar suas pontes e. ' 37 IfI::. Como as crenças podem ser equivocadas. I 1 I.se antecipasse que a fraqueza de vontade poderia evitarque lutasse caso tivesse outra sarda.20 de janeiro eu cancelar minha consulta de 21 de janeiro. consideremos um jogo entre dois agentesou-jõgaetores. a ação pode ter resultados desastrosos. lhe estão abertas. Mais concretamente.i[".:. :::1 : /ji"._ na 'verdade. ao invés. Ele gostaria mais que I se movesse para a"esquerda. Similarmente.Çias.1).' será (1.2 ~!hi . I e 11 (Fig. " :11 " ~"Il'~'~lil i:' i.. Mais exat. se acreditar que certas opções não exeqüíveis sejam exeqüíveís. il l II " 4. 11 terá então a escolha entre recuar e lutar.1 ::I !!I:l ~~ " 1 '1".11 I'i '1'1'1 I:.1 di: ~) ~. para o resultado (3.8 O jogador 11 também poderia queimarsuas pontes. li I I 11::'. Os desejos são subjeti"vos e internos. ' ' \Ém seguida11r~ a Ínteração estiãiegíca.8 Falando estritamente. se I é racional e sabe que pode contar com a racionalidade de Il." .3). que a política pública pode ser e?. teorias altamente polêmicas . Não temos problemas em compreender como os objetos externos podem agir um sobre o outro para produzir um resultado. Naturalmente. se II é racional. nem emcaptar a noçãode causalídade puramente 'psíquica. '1:. ou mover-se para a direita.2).1 li::. ele se moverá para a esquerda.icamente para impedirdesde " iníci0---9ue a oportunidade sur.iminar certas-Ep_ç. Ele pode. il 'I:' ill .1 '. Inversamente. Para evitar isso ele vai. como conseqüêneía.: 11" /"Figura 11. trazer I à mesa de negociações. ' ' _~.1. 'I: ! 1)11'I.. .comº:p-r.: . Para alcançar essa finalidade ele considera cuidadosamente 9U~. issonão é motivo para dizer'que não sejam racionais.1 II I 11' d Escolha racional -"'" ." .I :'._Acii.ÚLe.' 2 Entretanto. As ações são avaliadas e escolhidas não por elas mesma..deve também preferira laranja à pera. mas como meios mais-ou-l1WR0S-e. .nlterícr.. de a .~j -. estão realizando ele. '.\1 I'i '1' '1 '\i1i "I. ' . "i "'1. 3 Essas opções podem estar dentro de' seu conjunto de oportunidades ou fora dele.Clai'de uma pessoa. ma~:scalh:r CinCO ma.':1l. .I 'I il. . .. mesmos um raciocínio similar.r. I. ":" .5.i:. Deve preferir um-deles.ori..:.~~~'pçõeS. com efeito. g:.para um flm.I: I ' ~I ~il'Ii. Essa sente~_g~nt~s.' . I1. Ele está considerando meios alternativos visando o mesmo fim.Hc. u'" ""I' ." '..te.~9fere?e~!.~~m }ug~~~~~ jas.. . .'~ . . .1 . Perguntando-se ao indivíduo ou observando-se o seu comportamento pode-se descobrir como ele . .. ESCOLHA RACIONAL '. '. " . . Essecontrasteé.I iiil ...' ill: " . .~..i:. '1 nr 'li j. 'I! 38 39 'f.:' i ~~~.' çõesde paladar.:tte-a-çãn. Uma lista de tais opçoes emparelhadas e chamaqa a. não é necessário ter qualquer objetivo comum para o qual as duas ações sejam meios alternativos. (3) A pessoadeve ser capazde negociarentre valores que se encontram opostos.1. .l~vez~Sããistil1çãõel1tre meiõ':"e fim parecesemsen@õl'Se.. ou acreditá-los igualmente bons. ' li .: j 1'...oduzi::. "il: :1'".cionalmente. Quando decido que gostaria mais de passar algum tempo com um amigo do que ficar até mais tarde no escritório.!ça~ 'uiilidade:lque é uma maneira de atribuir números às opções. (1) A pessoadeve ser capazde comparar qualquerpar de opçõescom qualqueroutro.m contraste.es:tão cientes desses cálculos e.'i: i ' IQ' ~-' ÚANI5bõeffónfáããSêõm 'vâ'fiós'C:ü-fl)"Os'. .I""1 .kna-l ~do derrotar o exército inimigo Qu~lgyer custol[ara si próprio. .!2§t Um exemplo mais complex() é o general a quem fOI orc.· .1 :"1. deve tomar§edidas p~ dar ao inimigo uma idéia errada Isobre os se~ própnos Qlanos~J1mivez que sabe que os generais inimigos . Há um modo. "11.ao ser-me oferecida a esc~a hranjae uma maçã.3!(Jfuãpê~-põâêr~ã-prefêfirtrê-0a:anjã"S-a7 (~tro ma~as.Um exemplo simples é oempreendedor que deseja maximizar o lucro. .'I: ij'! '~: j.. Três condições devem.d~scolharaciona:ql~estee no próximo C~@. ~ escolha racional ê instrumental: é guiada pelo resultado da . ' :...s .. ":: f. entretanto" pelo qual tais escolhas podem ser assimiladas à ação instrumental..ítUlOS ten.odJJ.'1! 1 '.modo que as opções preferidas recebam números mais altos. '.:.' '~"'. como veremos no capitulo IX. Não é como se eu escolhesse a laranja para criar certa sensação em minhas papilas gustativas. . ser' preenchidas.li (1 ':11 1":1\1 1 '." .'..: 'lii'1' II~:I ! I : 11 'I!I..i.1 11\' I) 'I . preferir o outro. : 1. ocomportamento orientado por normas sociais não estã preocupado com resultados.. " . Para explicaressa condiçãoé maisfácil usarum exemplo que a viola: umeleitorque classificaos candidatos apenas por seus pontos de vista sobre a política fiscal. 'li 11' 1].s. eu escolher a laranja.':\1 1 .. não será por qualquer resultado que eu queira provocar. rejeitando a ll\aioria deles e finalmente aceitando um..qu8:nto. 'fi._tarei mos~~plexidades §Curtas nessa form~ção.1 h a criação de um trabalho que tenha valor estético. 'li"l. 1.i'" '1s. (2) A pessoadeve ser consistente em suaspreferências: se prefereuma laranja a uma maçãe umamaçãa umapera.as sensa..a.ê Eu a pego porque preferiria uma laranja a uma maçã.r'ii ti I:!. Um exemplo mais polêmíC'()é-o-d ator que está experimentando diferentes maneiras de desempenhar uma cena até que' "acerta na mosca"...·i: j l!. 4 Esse passo das preferências às funções de utilidade é possívelapenasse as preferências são "bem-comportadas".explorado no capitulo Xlii •..gel~ª-p.. 1. Antes que possa distribuir os seus soldados.. ' i .""I . Embora essas categorias' não se encaixem na categoria meio-para-um-fim.aspessõãS' I comumente fazem o queacreditamque levará ao melhor resuliàdo global.' j·i.. I":I .!I': '.vercom... deve tentar adiv~orreta ente suas intençõe~e vencê-los em esperteza..es-t:esumG-a. Vamos supor que seja simplesmente mais importante para mim estar com meu amigo do que terminar meu trabalho..!.:e. j:\~ 'li.Ylºª. . i. a minhaescolhada laranjaobviamente tem algoa . Pelo uso de um truquematémâti:~ ctfta"qrQem-de-~referências podeser convertida Í1umal.lU.ll! l ~i:1 ~. .. ~ :~ i I~ 'I .ientes. " " '.~.111. '.imp1. ele precisa formar uma opinião sobre os planos iriirrijgd. iI1f :.::~l .P~. ação. '. oraenzae prê!i.'i:i I'" "I'" '1 ::1 1 . " ". Em cont. Não podemos acreditar ~ vontade ou esquecer à vontade. busca encontrar os melhores meios para! i. uma vez qu~ a pessoa racional pode esco.emo. há o risco de reunir evidência demais.ideVem<ls-edgir nm apenãSque as crenças sejam ràcíonals e~ relação aos indíciot disponíveis.operá-lo. Por outro lado. exceto 'quando ocorre manterem a mesma posição sobre esse tema. surpreender a n6s mesmos ou enganar deliberadamente a n6s mesmos. a crença de Otelo bem poderia ser racional. algumas formas de ~ção i~s~mental sã~ positiv~ente .a asserção poderia não ser . desde que tenhamos em mente que isso nada mais é senão uma maneira conveniente' de dizer que ela faz. :5 Digo mais a esse respeito no capitulo VI. prazer a outros c nenhum a si mesma.:~ i{ t j ~l '. Não podemos fazer cócegas em nós mesmos. • ~ A escolha racional.te_a_e.mas isso não é algo que possa ser resultado de uma ação. Se o exame do médico for Ix. que a q~anti.ltYméôiCõ deve examinar ó paciente antes de .raste.dade de. No próximo capítulo discuto algumas maneir~~a quais a formação de crenças pode deixar de ser rar'. não pode ser o propósito único da políticajOu tomemos o ponto de vista de TocquevilIe de que o principal valor da democracia política é o de que a mesma gera incessante atividade e energia superabundante na sociedade e desse modo a toma próspera./0 . São mais passíveis de desaparecer quando se pára de . A luz dos indícios apresentados a ele por Iago.jAqui o meu-pontoesimplesmenie que o processo pode ser racional e ainda assim deixar de alcançar a verdade. a racionalidade é uma relação entre uma crença e a premissa sobre a qual esta é mantida. Embora a ação racional seja instrumental.por engano.lher apenas o que acredita ser o melhor meiohsomo fOi exphca~ Oõ-rnrfiõãfdO capítulo 11. Um importante exemplo no campo da política é o da criação de emyregos com o propósito de aumentar a auto-estima das pessoas.L .. caso no . ~}: li ~ '11 11 I .' ~ '. mas tam. importante de auto-estima" mas apenas sob a condição de que o ponto principal do emprego seja produzir um bem ou serviço que os consumidores ou contribuintes valorizem a ponto de pagar por ele. Podemos desejar ser estimados e admirados pelos outros.n ns dados. No mínimo ele deveria ter investigado mais sobre o que Desdêmona havia feito.fOtel o acredita que Desdêmona o está enganando e ela não está.: 41 ' 1" : 1I I! 11' / . Não apenas errar é humano: pode ser mesmo racio~" ~ nal fazê-lo.~ preocupação com resultados pode causar o pr6prio fracasV r so.t': . ao menos não no sentido em que podemos erguer o braço à vontade. por mais que assim o desejássemos. '11i No entanto esse exemplo sugere a necessidade de ir além. indício. 40 Embora possivelmente verdadeira. Maisgeralmente. soB o riséo de cortar no lugar errado.Qlha.Por um lado há o risco de reunir'ev' _ dência insuficiente. A adaptação 6tima também pode ser obtida por meios ou( tros gl. A pessoa pode deixar escapar algumas oportunidades ou tropeçar . um argumento suficiente para apresentar as instituições' democráticas. E verdade que ter um emprego regular é uma fonte.ção entre uma çrellÇ_a e aguHo sobre o qU€LLa. se acontecer de todos os indícios apontarem na direli ção errada.1. ele está alimentando uma falsa crença.raciQnalFE~derados nos capítulOs ~VIII e Aqui de.li \. I porque não pensamos realmente que a crença de Otelo seja racional. A espontaneidade nos fugirá se tentarmos agir espontaneamente..c. . lA auto-estima é essencialmente um subproduto de ações empreendidas com outras finalidades -. __ . essa crença bem ~e ser errônea.vemos notar que a escoltia racional não é urnol mecanismo infalível. qual ele os classifica de acordocom seus pontosde vistasobredesarmamento.de alcançar esse fim irão minar a si mesmas.~nal. mas as ações que nós ou outros empreenderem com o único propósito.l ! k ·'~I lJ .Ação humana Escolha racional Então podemos dizerque a pessoa age--àssim pãfa maXimizar-r-utilidade.s reunid~s seja de celta forma ôtimá. Para que a democracia tenha a prosperidade como subproduto é preciso que seja antes levada a sério como forma de go_y. i~ionai~ A insônia.--sua-opçã preferida poderia ser uma que dá. pensar a respeito . Naveroacre-. a rmpotêncía e a gagueira ficam piores quanô<H(nenta fazer algo a respeito. E um modo de adaptar-se otimamente às circunstâncias. o que pre\LienJ Nã<rl1ãiítijillCãção de hedolUsmo.s. A verdade é u~la. bé~. cren~t Quando . ' i >.} decrescentej.000(10) 30.e. ou acreditamos que não o s~jii:7Mui~as vezes chegamos a :. No en. t 11 '1: . a custódia de filhos proporcionam uma boa ilustração. posso contar com não set:atingido por um nieteoro ~ . Escolha racional exaustivo demais. I. O paciente poderá estar morto. a custódia é dada àquele dos pais que a corte considera-maispreparado para cuidar da criança. 4L. A renda dos cultivosemambas as condições está dada na tabelaaseguír.q.rstos pode não ser a melhor.ele se sairá pior com A 6 Nos casos de custÓdia de crianças li 'demora na apuração dos fatos pode também' modificar o que é o' interesse da criança. ..queo mesmo tem um resultado médio maior.: 8 A honestidade intelectual requer que eu sublinhe que o conceito de utilidade ~" aqui empregado é menos inocente do que aquilo ao que -me referi antes como "nada mais que" a expressão de preferências... ~II ri i': :f ~t '. .! !lI c-:':" se J:.i. ':~ _ g§Q:c.~ 1 ~ I ~! li. que se supõe serem igualmente prováveis.'p 1i j Médio II . 'Em muitas situações de escolha as pr~~abilidades dc~em ser c~~i?cradas~~it~~se~iamen_t4~~= cólher entre plantios.i. As outras coisas sendo iguais. .modo. . uma conclusão desse. Na maiona dos países ocidentais estes são decididos na base dos "melhores interesses da criança". que se toma mais forte à medida que o caso se arrasta.custôdia obedeça aos melhores interesses da criança.!.. A decisão que teria sido a melhor se alcançadainstantaneamente e sem .1 IJ!!! "''._ "'~1 ' 11 : :~ .de outra maneir~'No entanto. Desde que as cortes colocam grande ênfase na contínuldade do relacionamento criança-progenitor. e no enta to ex. 'Bom e Ruim.s.500 (45) ./ . Há dois cultivos. Quando tivermos alcançado uma decisão.u. Nos anos ruins. isto é.r·' . a firm. de escassez de chuva na primavera e excesso no verão. r~il 'i: li: :::! 1'1 ~. Vamos supor queno final seja selecionado o mais apto dos pais.' os custos da delibêi ~o ~odem . a favor do progenitor que tem a custódia temporária. Deverse-ia perguntar está no melhor interesse da criança deixar que a.quase universal de cada dólar extra de renda proporcionar incrementos sempre menores de utilidade (o princípio da utilidade marginal !!:J 'III!I :~i: !i~. Ou acreditamos : :.J ·i~ I Tempo A (US$) B (US$) Ruim Bom 10. 7 Issonãodeve ser confundido com a seguinte verdade lógica. argumentavelrnente maiores que os que resultariam se a custódia fosse concedida ao menos preparado dos pais. Esse princípio requer comparações cuidadosas e demoradas entre os pais para decidir-se qual está mais bem preparado. .~~ J.. Com freqüência eles garantem seus palpites escolhendo um cultivo que lhes resulte razoavelmente bem independentemente do tempo.' . entretanto.1 !~ ' .!!11 I '! :I~... :. os agncultores devem considerar a possibilidade de geada precoce' no outono.. mas as outras coisas não são sempre iguais.: . ou não acreditamos que o seja (a distinção entre negação ~ ot interna e externaj.exceder os ~enefíciost O~ c~sos Nlitígio so~re. o litígio de custódia impõe grandes danos emocionais à criança. Ae B.tanto. se os custos da tomada de decisão forem levados em conta. e duas condições possíveis do tempo.! .tudo considerado.I" I'. o paciente pode morrer. o agricultor ganhará mais com o cultivo A do R.' i. a ocasião de agir pode ter passado. ter ido à falência ou a batalha perdidaJ Menos dramaticamente. em princípio tõdãsáS crenças fac:. adecisão provavelmente será melhor' quanto mais indícios reunirmos e quanto mais tempo deliberarmos.Õ 1 c. .1u' 1 li: .i..6 I lugar da crença na escolha' racional requer uma discussão Imaiscuida~osa. 'tuais são uma questão de probabilidades." .1 Ijll:. existe a pressuposição.000 (60) 20. Ação humana. .~. w. Para todos os fins prál ticos. Um exemplo numérico pode ajudar.me elabo.sJe_UnlfLp. Estão escolhidos 'pará refletir a.j quealgo seja o caso. rar sobre o segundo desses perigos.000 (50) 15.~I I li li !III: -. e muitas vezes seria ~dante faz~19 . Até-aqui àrgU1ne~te~. 1 oe \1 I" .c om? se as crenças fos~em luma ~uestão de {2reto oubranco[ou acreditamos que algo seja o caso.quanto escrevo este capítulo.l'e com o cultivo B.Permitam.11 ~: '~: A longo prazo.: J I ':'I! ~" ~.000(50) 17. uma vez. Os númerosentreparênteses indicam a utilidade que um agricultor obtém dos vários níveis de renda. O escopo da presente exposição não me dá margem para entrar em detalhes.. tendência.000 (36) 20.ê . 42 43 '"( •.ella 'chance de ue isso aconte a. Quando dois ou mais indivíduos interagem. Se os cultivos também apresentassem uma variação maiselevada. a utilidade d... a decisão de 11 de queimar suas pontes iria basear-se em sua análise do que I faria se forçado a escolher entre negociar e lutar. renda média de B é 45.. Cada·conjunto deescolhas gera um conjunto de recompensas. porque cada um deve tomar sua decisão na base de sua antecipação do que o(s) outro(s) ir(á/ão) fazer. Com efeito. em seus pal~sJnfolmªc.. mais próxima à lógica que a uma disciplina empírica... A teoria' manda empreender a a~que_se-assoc-iQ\. :~ l . essa proposição iria. . A polícia diz a cada um que será libertado (4) se denunciar o outroe este não o denunciar.se economizasse nos anos bons. . para cobrir situações de escolha que não se repetem dia após dia ou ano após ano. Q agricultor não pode viver na base da renda médía. ou a teoria das decisões interdependentes.!. é claro. Essa 1 percepção é talvez a principal conquista prática da teoria dos jO-/ gos.s. uma vez que aI-I guérn chegue a examiná-la plenamente. . Em outro sentido. :Ii l V!I r 'I:'. eles podem ':Ik . o Dilema do Prisioneiro.1": .. . será condenado a cinco anos (I). A utilidade média é de 35.000 com um nível de utilidade correspondente de 50. enquanto que a utilidade média é 43. '.i. 11. envolver duplacontagem.12 ambos os jogadores têm uma estratégia dominante.. em Iinguagern menos solene.:i I1 1II1 ". Não há nenhum ano. contudo. No mais conhecido de todos os jogos. Se ele não denunciaro outro. isso significa o mesrno queamédiade utilidade alcançada em muitos períodos.. para produzir a utilidade esperada da ação. não apenas de sua própria decisão. a polícia tem provas suficientes para mandar cada um à prisãopor um ano (3). 45 11 I" ! I" I~ . mas não se mantém ou cai com o teste empíricof ~Os·-princípios oáslcõs da teófia dos jogos são ilustrados pelo jogo da Fig. 011 mais jogadores...')'. Correspondentemente.apoiar-se em suas "probabilidades subjetivas" ou. Supõe-se que. ~stehdidi!Z entretanto. J ~. isto é.'! Uma vez que a utilidade média é mais alta com B. mas o contexto natural e indispensável para compreender a interação humana. 1". no qual a renda média e o nível de utilidade correspondente sejam realizados.tos.oria.. Contrariamente. 'II[ :1 1 1 111. O que conta é a média dos níveis de utilidade realizados.os participantes façam suas escolhas independentemente de cada um dos outros. I: .<'. suspeitos de terem colaborado num crime.2 filhos. 11 O leitor poderia justificadamente perguntar se a aversão ao risco não poderia levaro agricultor a também levarem conta a diferença entre os níveis de utilidade dos anos bons e ruins. ela mostra ser não uma teoria no sentido ordinário.I! IA:: lilll:1 lill!:! illll! 1 jlll. Comoa.11 lilllll li:: '.. Mas a teoria também é útil de vários outros modos. Escolha racional :.. No jogo da Fig.à teoria da to~~ilitd-edecisõesSõDriscoaconselnaaspesscnr~ a maximizarem a uti. noção de utilidade usadaaqui é definidade um modo que já incorpora atitudes em relação a riscos. a reridamédia é de US$20.:" :'11':: I"" j1ul: ['i ~]1". entretanto.'~:' él 9 Por issonão há necessidade de estipular o conservadorismo camponês para explicara resistência a alguns dos cultivos de alta produção introduzidos pela Revolução Verde nos Estados Unidos..'? mais do que pode ter uma família média de 2. II 44 \ "fazer muito pior por si mesmos do: que agindo isolados. entretanto.2. É. 11. areslstênciapoderia tersidoperfeitamente racional. ~ eJ11I1 . Os ingredientes desse exemplo são comuns a todos os jogos.são colocados em celas separadas. Ação humana ..~'IEm casos como o queaci~ bo de discutir. Doisprisioneiros. -1Agir racionãImente éfazer tãõbem por si mesmo quanto se lcapaz. nesse sentido. as escolhas são interdependentes. mas o outro o denunciar.2 o jogador I deve colocar-se na posição de n antes de poder tomar sua decisão. esse o cultivo escolhido. ':/: 12 O dilema deriva seu nome da seguinte anedota (com os números dos prêmios inseridos).1 . Se nenhum denunciar o outro. Toma-se uma teoria empírica uma vez que acrescentemos princípios de comportamento que possam ser testados e verificados verdadeiros ou falsos. Há dois. no sentido de que não podem estabelecer alianças para coordenar suas decisões.111 '11 11 1:1 1. ambos receberão três anosde reclusão (2).••1 I . .i ri l'ii J . será '. ::1-: ::.em relação a essa extensãoJia_te.9 Se for escolhido o cultivo A. 10 Ele poderia fazê-lo. n·. Se denunciarem um ao outro. Nesse caso o tomador da decisão é solicitado a .jA útilidade de caaa resultado possivelOeüiTIã ação é ponderada pela probabilidade estimada desse resultado.dm1ee. A recompensa de cada jogador depende das escolhas feitas por todos os outros.. Cada um deles tem a escolha entre duas ou mais estratégias. A renda média (e portanto a utilidade da renda média) é mais alta com A. .I--eêm a ~~próximo caQítul~ apresento as razões de meu')c'efiCiª!Iio.1 :i~: i do que com BrPor essa razão irá preferir B a A. O primeiro passo é . I' f. A escolha racional pode ser substituídapor outro mecanismo. (' I' i ._~~dasocial~ AqU.i desejo 3imples~ente. 2. O capítulo XIII é dedicado ~. .poderiapor acidentefazer o que a racionalidade exigiria que fizesse. ." ai ~: !il 1 1 ~ :~. .d~~~~~~~e:J~ff~f~~i~e~~~of:". j II ãs suas predições .da importância que atribui à decisão .{. de_~mais..determinaro que uma pessoa racional faria nas circtinstâncias.1 1.ô que a teoria predisse que fana.duo. Ou a pessoa. Vemos que para cada jogador a nãocooperação domina a cooperação.como de suascrenças relativas aos custos e benefícios de reunir mais informação. então.1. Vivida~-e.nem demais nem de menos. como sabemos do capítulo I.L~e um indivíduo tem uma opção que é superior a suas outras opções independentemente do que as outras pessoas fazem. eles não podem realmente ser racionais. maj. para ser racional. ' i ~!I. deve ser o melhor modo dereâlizar o -desejo de O urna pessoa.' . .~.Segundo.~. '" IV bl ' b2 QUANDO A RACIONALIDADE FALHA 3.2 I I I ai a2 .:~.~~~W~) t~inadas predições". deve sero resultado detrêsdecisões óti).O fato de que todos se. ser elas mesmas ótimas.! proceder em dois passos. comportamento humano.indivíduos..o~-:.' dadas as evidências disponíveis à pes~II soa. a Fig. pode ser visualizado como mostra.gadores agissem como um. uma estratégia que é a melhor resposta a todos os movimentos do oponente.". não e.verificar isso é .~ 'pe~~. ' 46 47 IJ'." .' sabendo perfeitamente que o outro fará o mesmo e o resultado proporcionado por sua ação será pior para ambos do que o que eles poderiam alcançar cooperando. vamos 'inicialmente resumir o principal argumento do capítulo 111..~ 't~ Ação humana 'I I. Depois. Finalmente.' li! como não o fazem. Uma ação.11 :!1 ·!. Para isso deve. dores conscientemente fazem pior para si próprios do que poderiam fazer.i 'I 1'11 ii :'.t~!. IV.: ' 1 I" Denominemos ai e bi estratégias cooperativas e a2 e bi estratégias não-cooperativas.O"sêgundó~paSSo-é . I 1(' -..<?âfe. apessoai~~lment~. urna maior discussão des~e dl!e~~~s.{l' f i s: I racionalment~ TEORIA da 'e~lha "rãciõilãrtem o oó]efivoae. q racional é definida para um indiví.{Sé. esse argumento seria.. ser diferente.':1 1: :. ele seria irracional se não a praticasse.3 4.1 prevenir contra a tentação dê argumentar que.'essas crenças. devem W~I . jO.embora não racional. em qualquer caso. exptTêãfo. O processo todo.podetllIomp-ortar-se irracionalmentV'~)'c. . Primeiro. Essa quantidade deI pende tanto de seus desejos . 'as pessoas podem não se'àj~ '. Um jogador racional irá escolher a estratégia não-cooperativa."I" A explicação correta pode ainda.:'ocaso pode ser acrescêntàdoã A )6~~~in.ara uma cole. Para explicar como se originam esses problemas. a pessoa deve reunir uma quantidade ótima de evidência . Se os doi~ I. desde que os Joga.beneficiariam se todos agissem ir- ~t...~~tr.'lI'. o mesmo não é válido. A noção de escolh. mas.4 . dadas suas crenças. correto. para dadas crenças e desejos. escolher a opção de menor volume. Sou trivialmente indiferente entre duas latas idênticas de sopa CampbeIl's no supermercado. Não há situações de escolha nas quais múltiplos ótimos tendam a surgir sistematicamenteê Casos nos quais.~I ).:)1nara~avé~ da indeterminaç~o.! I~:": i .. devem ter algum grau de independência e autonomia de execução. tenho certeza.. ele não teria sancionado que o-poder das paixões agisse diretamente sobre as crenças de alguém. como o seguinte.i "1"1' ""I :.\ Figura IV. ' ' . posso ser incapaz de dizer qual delas prefiro e I '~: ':.1 1 I. Claramente." '\\'1\\ 1I'11'. Em g:r. mas se o lucro é tudo com. mas no mais as paixões não estão sujeitas ao tributo racional. i' l i II 'I 48 49 I i i ~ . mas não faz sentido desacreditá-lo como irracional. Uma pessoa pode não gostar de um desejo.!~.~rEle não quis dizer. receberei umarecompensa em dólares igual a ! dividido por esse número. Essa visão também é a dominante na ciência social contemporânea. a~ fo~.set=-apenaS:.'A 3 Uma exceção é o comportamento de equilíbrio com escolha aíeatoria-de estratégia.p."<:. Paul Veyrne. Desejo uma delas. dadas nossas crenças e desejos.\.\\1: 1 \1\\1\1 . Múltiplos ótimos surgem com freqüência. No entanto tais casos ocorrem apenas por acidente. Dizem-me que se eu escreverum número positivo (estritamente maiorque zero). .I!:I. Ou pode nao haver nenhuma ~çao gue seja ao menos tão boa como todas as demaisf ~ Considêremos primeiro a indete~inação da ação. l' .!iJ'f.1 1 li :".ail.. em particular. ele não será capaz de explicar por que escolhe uma opção de preferência à outra.li \:I"i\"I\ 1'1 .. A razão não pode ditar às paixões quais devem ser os seus objetos. Em particular.! "I Quando a racionalidade falha Ação humana . . . desejos e preferências são simples- \11"."'""li "'!.. O que ele fará pode ser altamente importante para os empregados que serão demitidos se ele. Ela implica que a noção de desejos racionais é sem sentido..rprffiiê'iro expl"icãi'ei comoã1éõria da escolha racional põdefãJ 60 II .~.\1 l\j~1 \'1.! Ilill\. .. pois os escravos./89-4-+ !I: ~ Posteriormente " II1 desejos 'li!I! li'I:l!iI. :.. porta qual.'1: :00 . 11.as de i. para bem servir aos seus senhores. vamos olhar mais de perto a afirmação de Hume.1..:' .. que a razão deveria dobrar-se a cada capricho das paixões. .W.!'li' .11~I I.:inente como paladares e "degustibus nonest disputandum": irei questionar essa vísão.'1 I11 I\I ~. mas apenas por acidente que estas sejam também as mais bem classificadas no conjunto de oportunidades. Pode haver cJ:versas açoes que seJ~ Igual ~ Ot1~ crenças t1 :.. Menos trivialmente.1.' . '. i lill. . (Na ilustração. como caso do wishful thinking."'\ !\(:\\! \i.a es~a_das. para '. .li I .'.qualquer número que eu escrever há um número menorque me proporcionaria . Antes de continuarmos.i!lli il. dU.. um administrador poderia maximizar os lucros de dois modos diferentes: por um baixo volume de vendas com altos lucros por venda ou um alto volume de vendas com baixos lucros por venda.:. . " ?"".Ess tópicoé discutido no capitulo Xl. f"ll. Hume certamente' teria concedido que a razão pode ajudar a eliminar desejos logicamente incoerentes. . 1II "11'11 jli\l! '11!:"i' :!.I:1 :iiI 11'1!\ 111"'. que se importa.s. 1'1'1i~1 ' .~1 ~c.I' i\i! [illl li 'li . talvez considerá-lo imoral. como querer assobiar e chupar cana ao mesmo tempo.~'" !!!.al há.' 4 "Também podem surgir casos bizarros. ." Se há várias ações entre as quais nenhuma é melhor.\ I\I! i'""1\' II'I\ il"1111\ .\ :I~I i 1 .' !'IIII ". umarecompensa maior.. isso está indicado pela seta bloqueada..lllj Ih11-il.' .. .<. crenças nascidas da paixão servem mal à paixão.' lil . e deveria.'"1". . Para a maioria dos economistas.õ. evidência .." li 1 2 Iremos verquealguns efeitos dos desejos sobreo processo de remlr evidências são ilegltimos porrazõessimilares.llul i'~'.J[Aqui os-desejOs são o único elemento independente. Pode acontecer com facilidade que uma pessoa seja indiferente entre duas opções qualitativamente diferentes..:..~."1 rnarnente boas.II'I! 1.. não há ação ótima surgem quando as pessoas são incapazes de comparar e ordenar todas as opções..~ "~J ".. " .e. mas não im. ao quàl) tOOos osoutros são subordinados. Como escreveu David Hume:[ \ "~ razão é. .f Como colocou o historiador francês..? determinação. Ora.• . não tenho dificuldade em comparar umdólarcom nenhum dólar.. --_ _.se a minhuida. ' ~ . Ação humana .~ iffi ". Quando a racionalidade falha também incapaz de dizer que elas são igualmente boas. entretanto.. •. at. _ ' !Decisóes importantes com freqüência envolvem opções inco t rmensuráveis.:. desde que sempre temos algum confiêcirnento sobre a situa-I ção-da.. O problema. . Isso é \incom~nsurabilidad~.todas idv-rstirem pesadamente. .I!i..e. eu não preferir x-mais-um-dólar a y. deverei sempre preferir x mais-um dólar extra a y..----_.. .-As crenças são indeterminadas quando a evidência é insufi-h ciente para justificar. Na realidade. especialmente sobre o futuro.a formação de crença racional. Em minha ignorâncir fl respeito da primeira casa decimal . e conseqüentemente. Mas.como advogado ou engenheiro florestall~ eu me volto para a segunda. entre fazer o curso de direito L~ o de engenharia florestal. é uma escoií1i de carreira e estilo de vida. entretanto. Não há base aqui para . Talvez eu opte pela faculdade 4e direito porque com isso me será mais fácil visitar meus pais nos fins-de-semana. Se eu for indiferente entre elas. Outras firmas. J.lj ' ". Isso pode acontecer de duas maneiras principais: através da incerteza. isso é crucial.. Se todas decidirem investir pouco. r i li . _ _--_ ' - ._deve ser melhor usá-lo para formar estimativas] I 5 Mesmo que eu não possa comparar x e y. .assim como os investimentos feitos por '.são chamados)os te6ricos da decisão bãYesilfriãj -quefd1SCõroari'ãtn/ do que acabo de dizerJE!es argumentam rue.mas não é aquela que pode ser ratificada pela teoriada escolha racional como superior a. nãoHndiferençapJm teste simples permi'te-nos distinguir entre aml>as. sei~ouco de!!l. Existe umequilíbrio no qual todas as empresas usam um instrumento aleatorizante para decidirquanto gastar em pesquisa e desenvolvimento...JU~ jlho. o resultado de atividades inovadoras. estão presumivelmente fazendo os mesmos cálculos. ' ílil: i"i !\ f:l 1 If. A escolha.tm\r. a nossa tem poucas chances de vencer. a firma deve estimar o resultado provável do investimento . maiores as suas chances de chegar lá antes. Para decidir racionalmente. Quanto mais uma empresa investe em pesquisa e desenvolvimento. .. I . A empre".'l ~J' I ./'--.!-assumfnâo que amDos me atrai~ fortemente. isso mostra quex e_~ são incomensuráveis..ta.r. não observamos' empresas usando roletas ". para duas opções x e y. eunão tenha preferência por nenhuma.. poderia ser capaz de realizar urna escolha informada entre eles.J) que acontece com freqüência em tais casos é que consider rações periféricas se movem para o centro.o nível de probabilidade de que suas atividades inovadoras levarão à inovação lucrativa .' outras firmas e o resultado provável desses Investimentos.sc.a. esse raciocínio aplica-se igualmente às outras e.~.c 'c. ' ou dados parachegar às suasdecisõesde investimento. 1 '. digamos.e. . ela não poderia estar certa de chegar à mesma antes que as outras firmas.: j 'I' 4 : :. e. apenas jogar uma moeda.~l2-eit{Ldeles_p-ar. A decisão racional bem poderia ser não investir nada. através da interação estratégica.. . Bmpírlcarnente. Mesmo que a empresa pudesse estimar. se.. _.' ~-'---~"-'-.' "" r: "c .. . uma decis&. ~ Consideremos a decisão de uma firma sobre quanto investir em pesquisa e desenvolvimento.1'Estamos'anoando em círculos: cada empresa deve investir muitoj' se e apenas se as outras investirem pouco. digamos.&s. é \l i ".m. ". sa não pode prever com qualquer.uma vez mais." Se outras empresas investem grandes quantias. Há ~~guns ..'t :.ê Essa maneira de decidir é tão boa como qualquer outra . 1'. : 7 Isso não é bem verdade.l13!.t:á.Q .------. nãdhá baSe\ firme para a açãojl-Para explicar as decisões de investimento poderíamos sair-nos melhor seguindo Keynes e invocando 'os "espíritos animais" dos empresários. é que o equilíbrio é altamente instável. sobre o futuronão n?s penn~te diz~r qualquercoisa sobrequão grandes são as chances em vãrlos nlvelsde investimento. Se.' .precisão se-vai acertar na mosca ou sair de mãos vazias: No panorama de uma tecnologia constantemente mutável. .." : 50 51 :.~ .se.Suponhamos que. nossa empresa deveria cair fora. os registros passados não são boas garantias de sucesso futuro. como explicado no capitulo XI.. Sob condições de o-vencedorleva-tudo. Se eu tivesse experimentado ambos por uma vida inteira. um julgamento sobre a probabilidade dos vários resultados da ação.olha.._---_. as chances de fazer uma inovação lucrativa._.$>. 6 Essa colocação se mantém verdadeira mesmo se a incerteza. ~ I 1 ·l!\. . a nossa deveria investir pesadamente.é altamente incerto. . o resultado não deveria depender do método de mensuração.1' l!d.:!:".•YaleUniversity Press. sei que deveria gastar mais tempo procurando um bom lugar e também que seria inútil continuar procurando até que escureça.'. US$49.cast-DQ~s~e ..II.e um risco de protelar até que seja tarde demais. colocar sua confiança em 1I ..~i i ' il..•1'1 "11"" ' ' ' ' '!." (P.214.534. Uma coisa que fazemos às vezes é negar a indeterminação.apenas negar que são confiáveis e que é racional usá-las '. mas não acho que seja válido. US$4. JQuando a escolha racional é inoetenninada. Devo procurar por algum tempo e então parar de procurar e começar a colher.ma d.. de escolher algo que seja suficientemente bom. O valor de p para o qual ela ficaria indiferente entre as duas apostas é a probabilidade subjetiva que ela atribui à guerra.a.. o valor resulta muito mais baixo do que se começássemos com um valor alto de p e nos movêssemos para baixo.' I. Os seres humanos têm um forte desejo de ter razões para o que fazem e ach~I difícil aceitar a indeterminaç~ I en<Iem a fugir aos processos:a~ aecisao sugeriôos pela indeterminação.llji" :I ~ ir~'i I I ill!I'.". algum outro me] ~anismo deve preencher a brecha. tais como resolver-se jogando uma moeda.r . s~6 conhecimento sobre a segun<Iacasa decimal de um nÚ-1 .mã) teoria do que as pessoas azem quando gostariam de agir racionalmente mas a escolha racional é indeterminada./' "II!I . onde "por algum tempo" poderia ser qualquer coisa entre dez minuto~e_ll1JJ-paule.1' ' II::II!.. Se começamos com um valor baixo de p e nos movemos para cima.150. não temos U.ill . Até que seja conhecido mais a respeito de por que os níveis de aspiração das pessoas diferem.' :Iill 'U:~I!i . i I I 1 :'1 lill: '.0/ 'I' it . Ação humana subjetivas de probabilidade do que não usá-lo em absoluto.p por cento.ii '1 !'~:~l"I"rl 'I': .li. adicional.11 'i.ii. 9 "Para detectar câncer intestinal tomou-se comum realizar uma série de seis testes simples e pouco dispendiosos. tomado em si mesmo.j":! :11 . Como isso oç"Qrre_. -.]! I áêfciúirir tal conhecimento.custos e benefícios da informação.. . '11i I1 lil::!!i.como base para a aç~ Podemos oferecer a uma pessoa a escõ-' lha entre duas apostas.l! iiih 'Iil. respectivamente. .tll 1..:.'!. 1 '..eClsão.'1"": l i 8 Época em que escrevo: outubro de 1987. que determina o que conta como "suficientemente bom". ~ â ~ ir' .-:j' '.W7.'1 l. a teoria de "satisfazer" permanece insatisfatória. I'I"I!! :111 11 . Se estivermos de fato medindo algo na mente da pessoa..~~Lprobabilidade é um artefato do procedimento.Como não p~o eSl jp.I .tlm.i. ·'. 6. li il'il!'II:' !II .' 11 ::1. não um mero suplemento li mesma.ractonalídade falha j'" i'il i.i!1 1' '. entretanto.. como uma alternativa li escolha racional. !/ pen!r~xa e~is~!ndete~~nação. i!.'li ::[!... :1. ..são_al~e~ /. .:' II"!'I 1'1'" :~:! !I' ".-f I" jl:1 1:1 1.. A outra aposta diz que ela receberá mil dólares com uma probabilidade de p por cento e nada com uma probabilidade de 100 . 't~ mais ou menos arbitrariamente. Ali. Embora saibamos muito sobre o Golfo Pérsico..''.' . . como íuternuma batalha ou ajudaravítima de umaci~ •.I. quando são feitos cálculos para cada um dos quatro ültímos testes para determinar o custo de detectar um caso de câncer (sem sequer curá-lo).móv~o_c.1983. ' menos .I" I:. Medical costs..Jl ma ~ja ~'glll~~nten~!1teb<>a". com informação de . O argumento é sedutor.' I' li I" 11:1': j.~ II1 '. Resulta.1 I.~s~b~nefícios.1' ~:! ' -I. Podem.1 í r' ··lill...! ~{ ". 1Decidir quanta evidêncià reunir pode ser comp'!!cadol Sea si~uâÇão é altamente estereotipada. A carga explicativa é então transferida à noção de um nível de aspiração. li 52 . conhecemos muit ia..I. :1 'I. horas..' mcert0FHá um fiSCO de agir cedo-demais. ao invés. Entre esses dois extremos entra. t.~ .'11 I i ~: .. '~ I ." .i i .•.? Em situações que são úni. . não há modo pelo qual possamos reunir nossos fragmentos de informação de modo a chegar a uma probabilidade subjetiva confiável de uma guerra írrompendo entre o Irã e os Estados Unidos dentro dos próximos seis me. entretanto.soubéssemos mais. Os benefícios dos dois primeiros testes são significativos. que esse valor depende fortemente do procedimento usado para inferi-lo. '!~lli. como o é um diagnóstico médico.:~ J iv l .er.a. lO A brecha também poderia ser preenchida por algo como as normas sociais.~ .695 e US$47. a serem discutidas no capitulo xm.t: f 1'11"11: '11. é estritamente inúti!L_'_ .r .' 1". Entretanto.i ri: . I De modo mais geral. •• !'~" tl .moral choices.'~ [ Quando a . 1' I. 11." ~' ] .:i ":1 I .'I.ornar u.II. .724.. p.ero. considero as normas sociais .lJsso não ê negar que tais pro5aõihdades possam ser inferidas] 'I .~ Este poaeila ser o principIO <Ie "satisfazer".i l{ " i .l!l' mil! i ~ 'i ": .. Se .llll. lit i .i. 11 li!!'! I! 1 'I 1 1" !11 1:111 :'1 . 1I ':.:. Ó.': ''11: ' 1'llcl . liij:' Ild '~€mte-s. poderíamos dizer qual risco era o maior _ mas Inãotemos base para decidknicionalmente se arriscamosl.:. New Haven. US$469. ..'!t"" .' 1' :li. ' a maioria das situações de escolha da vida cotidialliLl Se sai~ PãfãCõíher'cogumelos.Udente de ~uto.' 6 ~. li i 53 I. ' . Conn.' " 1'.~ contentar-me cOW. '~: i" .) '1111. descobre-se que os custos são de. Assim simplesmente temos que agir. '{". terel.!'i·. r. P. Uma delas diz que se houver uma guerra ela receberá mil dólares e de outro modo nada.111'1 11'. MENZEL.. meus desejos dizemme para recusar.~. O último mecanismo. 13 Isso não explicaa tendência do pessimista empedernido a acreditar que as colsas são como ele gostariaque não fossem.exatamenteporque não se pode obtê-lo.sente ou egoísticas têm maior peso que as exigências do futuro ou de outras pessoas.ao apertar o botão errado . A culpada aqui é a fraqueza de vontade. 'é:jSuponhamôS que me.S!Q wi§. Avaliando. nãaãe Ifiál. Passo então a reunir mais evidência.~ "s . Freud explicou-o em termos do "princípio do prazer". como gostariaque fossem. Posso dobrar-me ao egoísmo quando acredito que os reclamos de outras pessoas são realmente mais fortes.SfãCiõhãTão que a aoa1cação da razão. fui thmking . IV. Ou como no caso da custódia de uma criança. il ' 1'1 '1: A·· ~~ . a desejar o que nãose podeobter. Mas a fraqueza de vontade pode assumir muitas.Nãoconheço nenhuma explicação satísfatóriapara'essaspropensões autodestrutivas. IV. outras formas.. Melhor dizendo.tlÜQJ!I. a vulnerabilidade a desejos que eu próprio reconheço como mais fracos que os desejos que apontam na direção oposta. porque..sub '1:v~J!!das pelas paixões a que supostamente devem serv!ifO wish-.!ij .~~ "S) . praticas representam 'uma \cr~1!.l .l? Sinto-me melhor se acredito que as coisas são como eu gostaria que fossem. Análoga desse mecanismo perverso é a tendência. d~en:ntel1!entt.. Outrasormas de trraci diõã'aê\ podem ser localizadas em vários níve da FIg.pura turbulência psíquica. e no entanto posso aceitá-lo. Se em algum ponto a soma total das evidências até então reunidas der sustentação minha crença preferida. através da seta bloqueada da Fig. 14 Na Fig.~ 1 r 'i. IV. Se consciente e deliberadamente agem contra seus de~ sejos.): ~f. irracionais.J.lher~o-que acreditam ser o melhor meio de realizar seus desejos I Se acontece por engano . através da coleta de evidências. que minhas preocupações orientadas para o pre. Muito conspicuamente.. uma seta bloqueada de desejos para evidência. derivar de crenças . opera como segue.Quàndo a racionalidade falha Ação humana : probabilidades subjetivas fictícias... ou indiretamente. cuja im•• portância nos negócios humanos dificilmente pode ser superestimada. porém mais fortes como.r~s. "pelasminhas costas.'i! ~1 ..b/u. a tendência da mente a buscar gratificação imediata. as crenças podem ser . Suponhamos inicialmente quea evidência não. deve ser porque são mais· fortes em algum sentido . I ã ~ .irmcion~Lno Pi'der da rac!Qn.. Desejaria não gostar.o mecanismo operainconscientemente.não é ir.a tendência a acreditar que os fatos são como a pessoa gostaria que fossem .não mais fortes como razões.!" O wishful thinking. discJllido-no-capÍ. mesmo que eu estivesse mais bem servido acreditando-as como são de fato. Quando os desejos mais fracos vencem. mencionada no capítulo I. parô:-~õSSõ entãÕ-diZei-ver<fâdei. às vezes l l Aqui há um exemplo mais complicado: desejo queeu não desejasse nãodesejar comer bolo de creme.é um fenômeno difuso. posso pensar. Contrariamente..iJ:. embora indesejável emsi mesmo. por esse motivo.rc:ontinuam em frentê) ~~ decisão que teria sido ótima caso encontraa instantânea e gratuitamente. racional.I. Mas desejaria ser menos vaidoso. mesmo ignorantes a re~pe~!o da' primeiJ1l. '~ .sejã-Cif'erecidcrtmrdgantrqmmdô ~'itO'ü1entando deixar de fumar. A acumulação compulsiva pode uma expressão de • fraqueza de vontade tanto quanto o dispêndio impulsivo.11JilJ:#ngnu e crullfüe s"Í'm-=' pIesmente desaparece em face da evidência. I I ~ I. Ou decidem na base da segunda casa decimal. adicionalmente à seta indicando a influência justificada dos desejos sobrea decisãoquaIlto à quantidade de evidência a reunir. 1J O wishful thinking pode operar diretamente. e ainda assim ser incapaz de conceder-me uma folga. ajustando e colocando em dia asminhas crenças à medida que avanço.~' ~': /g. (Mas penso nisso apenasquandodesejocomerbolode creme?) 12 Não é uma questão de adotar deliberadamente a crença de que os fatos são . No próximo capítulo discuto um caso especial de fraqueza de vontade que é causado pelo maior imediatismo do presente e o efeito correspondenternentemenor do futuro. mais sutil. comopessoa moderadamente vaidosa acho mais importante permanecer esbelto.. I . em alguma ocasião dada. Desejo comer bolode cremeporque gosto do mesmo.'iffil (~esmo e aos outros que minha crença é apoiada pela evidência I disR2!ili'e1. Como disseno capitulo ~I1. lidadefA primeira tarefrd'é=l:J-ffia-ree>riaê:leesêólha racional é s~ \êlãíi1obre seus próprios limitest*s~zes. 54 55 .I deveria aparecer. dá suporte ã crença que eu gostaria que fosse verdadeira. comoã'isse Pasca ./lI' iUlI 'inl : ''i:i'l' I".IJÀS vezes ~eixam ae esco..rnmêiíTe a m. umapessoa não pode se decidir a acreditar mais do que pode decidir-se a esquecer. '1 i JÕeompor"iãmentô irracional"tariíbéilíPod. . \Eles não estavam. fazer ~a.~._9~~:_.~' ·1 ! ).Ipanha. Na campanha presidencial de 1972. .'> Esse exemplo sugere uma definição de desejos racionais: são desejos tais que.lli!~ continuar a viver. conscientes do simples princíPi.irracion.s d~g~e de fato e9demosjJm certo grau de WishM l. os londrinos notaram que as bombas caíam em grupos e inferiram.0_~osta~. A força aérea israelense notou em certa ocasião que. mas as multidões loucamente entusiasmadas que haviam visto com seus . nos tomam tão felizes quanto possível. Tendem.<' Ifllili" li ~í Ação humana Quando a. Após alguma reflexão.. seguido por um melhor.. enquanto que o elogio tem o efeito oposto. rística é outro problema comum. Durante a blitz. repórteres treinados predisseram que McGovem não podia perder por mais que dez pontos.----:---:-_-:-. por exemplo.:~I que 1I I . Se meus desejos se enfocam fortemente no presente. Se há uma oposição interna de dissi- .~ . que havia um padrão intencional no bombardeio alemão.~:resta56 . começo com um exemplo que é relativamente não controvertido. é o preço que pagamos pela motivaç!2.::.' após uma .~~~~d~e~. \. não se saem tão bem na seguinte são com freqüência injustamente criticados por treinadores ou fãs como estragados pelo sucesso.. é atribuir excesSíVãj Importância à expérlênõia pessoal e eventos correntes às ex~~ sas de font~sjmp-essoais e event.. poderei sair perdendo a longo prazo.. são excessivamente influenciados pelo desempenho corrente de empresas e insuficientemente por seus registros passados.?utras cois~. Como disse antes c irei explicar no próximo capitulo. porém mairs'áoÍos-:1nversamente.. desejos orientados para o presente bem poderiam ser racionais. a subestimar o volume de agrupamento-num processo aleatório.uma ~ deseeberta'dã pSicologIa SOCial é que os mdlvldUo~ ~~?~melhorjulgamentd'==isto e~são mais capãZes oe . Para uma pessoa com uma constituição férrea. pessoas em estado hedônico nonnal-' que não são maníacas nem depressivas .al.geral.. ~n~~ãSõ~~!~~êfôSêleme!!~~e:!nféfênc. nossas vi11as_~-emirmal1-p=o~r=-:q~u:-:::e-:n:-::o:':s:::'so:::-s::-aesej~ ~ão irraci~aiJõ'esde qu~ a própria noção de aesejus I acionai~ °maciofiãis ê contestada. ao serem criticados após um mau desempenho. . Especialmente ao lidar com a~s. ser guiaaos' pelõPnriciPlõ--áarealida[e iqUr ~elo princípio do prazer ~lini~ntedeprimidas São mais tristes. Os instrutores concluíram que a crítica é efetiva I'!') treinamento de pilotos.nôs somos mais bem servidos preocupando-nos tanto com álgumas coisas que acabamos por perder a cabaça por elas.o es-\ tatístico de que um desempenho muito bom tende a ser seguido por um medíocre.. presumivelmente forçando-os a se concentrarem.gimes totalitários estáveis. ~bora nossas pàixõespossam ser mal ser[ viOâ'SPéfás~ que geram.' 57 . dadas nossas oportunidades. Consideremos pessoas que vivem em re.fJogadores de beisebol que. . próprios olhos lhes falaram mais alto. uma grande fortuna e um bom advogado. as pessoas têm dificuldade em compreender a noção de aleatoriedade. deve!1!0s acreditar que p'QQgnos .~ã. pode haver impulsividade sem fraqueza de vontade. Sabiam que ele estava vinte pontos abaixo nas pesquisas e que em vinte e quatro anos nem uma única pesquisa importante havia errado por mais que 3 por cento.untos estatísticosfnoS'sus-metites sao sujettas-aiJttsü~ias foram mapeadas com fascinante detalhamento durante os últimos dez ou quinze anos. mas para aqueles com menos oportunidades é necessária alguma preocupação com o futuro. Também.racionalidade falha ac0rt. os pilotos tendiam a sair-se melhor na vez seguinte._--.' tendem a superestimar suas habilidades e a acreditar que outras pessoas as têm em melhor conta do que de fato ocorre. Tenho mais a dizer sobre as emoções -::-. entretanto. no capítu lo VII.hiiiKing-.15 Não me refiro aqui à fraqueza de vontade. Muitas foram inicialmente demonstradas em expe(imentos-eJTIai-s-tar~hecida~m situações de vid~Um erro comum.os Rass~l~Os-pre-ç\)s âeãÇões. por exemplo.~_.t . incorretamente. . jkrormação de crenças também pode sair errada sem qualquer interferência das paixões.. enquanto um mau desempenho é'Sffi-. a definição proposta não é adequada. . de modo que não me empenho em planejamento de longo prazo. temporaaa-excepciõi1almente boa. presumivelmente estra-' gando-os.Finalmente.. Se queremos alcançar alguma coisa que seja. tro lado. d~ 11 I~I~: .mesmo quando se pu.d~0-J:'ie-i0. porque não alimentam desejo de liberdade e encontram toda sorte de defeitos em sociedades que a oferecem. Entretanto.' r 1+.. O mecanismo das"uvasverdes"nãoé prejudicial. " !~.qll~? podemos co.( 11. .' i. 58 59 . penso..:. mesmo quando realizados.11l 1'1 '! I" 1. Recomenda reduzir-seos desejos a pontode se estarsatisfeito com pouco..i :.. de política.'!. l" I ':.'I ~ 1 J :I~'I' 16 Estou supondo aqui que sua Incapacidade de consegui-ia não é a causade a de' sejarem. mas desvalorizar o que não se pode conseguir..:. Isso assume a forma. muitas pessoas estarão relativamente. mas sugerem que o lugar da razão poderia ser mais importante do que uma leitura literal do aforismo de Hurne indica. dizer que os primeiros são irracionais e os últimos. Podemos emendar um pouco a definição distinguindo entre dois mecanismos que têm mais ou menos o mesmo resultado.r) Ij~:. se algu.rnente no futuro. ~.espontaneidade.:". ('I 1"1): .1'"\1 'i'I'~II' :. j~ . 17 O que o budismo advoga é na realidade um poucodiferente.1. A espontaneidade é um valor que deve ser pro:. : ":!"!. seria estranho dizer que os desejos resultantes são racionais.~los estóicos e Ror Espinoza 17 Nessa construção de desejos racionais não seríaillôS compeJ:t os a dizer que OS que.:\ ':: li!:..1 \. que é exatamente o que não podem obter. satisfeitas.'1 . "1 111/1': ' ! Jj~I. tegido por preocupações não-espontâneas com o futuro. conforme ilustrado na fábula da raposa e das uvas verdes. desse ter muito . Quando nossas mentes nos pregam esse tipo de peça. São. .t" Esses exemplos não constituem uma definição. ..!~ciona~APor~. são írraclonaís.: I!'} 1:. Seu maior desejo é o de liberda-. produzem maisdor que prazer. 11 i~1 1 . Embora os dirigentes de regimes totalitários tendam a trancafiar dissidentes em hospitais pisquiátricos.' .: reduzo o . Rendendo-me hoje à . Seria absurdo.o.". o desejo é tantoprejudicial quanto produto de um mecanismo causa! ignominioso. porque tendem anos prejudicar. ' " .1\ '!:~l 'W' !I'~ 11'1 "!II.""~k.j. tenderão a ser infelizes.~!:.:\.l~ . 18 Quando desejo algo simplesmente porque não posso consegui-lo. contrariand2 noções pré-analíticas intuitivas do que é ser racional. "I !.Qoss. Esse é o métode de planejamento raciona~do caráter advogado .U: 'i . não de valorizar o que se pode conseguir.jIIJ: . :.JNão-sei como resolver essa charad~" Desejos altamente impulsivos podem plausivelmente ser ditos irracionais. existe a adaptação e ajustamento inconsciente ao çonjunto. operando pelas costas de uma pessoa de' um modo do qual ela ficaria envergonhada caso deles tivess consciência.de oportunidades.' não devemos aceitar seus diagnósticos."f li ii ji i li ri .1' '1'" '~!IH: . . H iL :~ I I.:1':1 (I !"lI.ii '1>1". 16 Inversamente./..'.' :. ':'I !~i\!1 '1'1 L' ..porque os desejos. I I li p 11 :t i! H ! 1-a- II 'l . Ii~ ~:J'. põdimos·culTivar de'i liberadamente o lado bom do que podemos obter e tentar reduzlr a inten39flde. I'~" . tal como a doçura dos morangos (ou limões).~10 budismo. racionais.nseguit:l. li.~ 'I :1. Por um lado. .~m~.I". .l'j I! .. Ação humana Quando a racionalidade falha dentes.:: 1')il11". tipicamente..:\. I lr I:li~~ 'i. ainda teríamos que dizer que os dissidentes são irracionais.número de ocasiões em que posso comportar-me espontanea.' ~ .i: .I'I':f[. totalitários são racionais. ' j.~I" '! ll \ .S2!§fLf~.1'. apóiam os regimes.. {Iil.:'::11. Há também um argumento para dizer que os desejos que se tomam realidade por meio de mecanismos causais ignominiosos. ~'f'~' il'1 'I. i.. ação também pode dar forma a oportunidades e desejos." I I!' li. há a idéia -.li:.mais amplamente discutida no próximo capítulo . _CONSEQÜÊNCIAS NÃO-INTENCIONAIS i "I/li ~\ (.1'1' . . "A História é o resultado u da ação humana.de ajustamento mútuo entre planos individuais.. Mas a ..simples.:~t_ \~:: . Como na memorável frase de Adam Ferguson. \. Essas duas imagens ainda estão conosco. Por um lado. Antes de considerar as conseqüências que se originam da interação e interferência sociais.'\ rli I . referiu-se a uma "mão invisível" que molda os assuntos humanos.1 :l!'l~ "I: ' : I :i' . seqüências não-intencionais da ação foi uma das . há algumas vezes um não-intencional: uma mudança de desejo. I . Hegel invocou a "astúcia da Razão". Conforme explicado antes. I 1'.~1/\ 1 i ' I i~ ! '~l i:l11. mas o que obtenho pode ser o gole e um desejo mais forte.. permitindo que todos sejam desenvolvidos sem distorção.I). s coisas nem sempre saem como esperamos que saiam. c trinta anos depois dele Marx falou sobre a "alienação" das pessoas em relação à própria ação. A Muitos eventos ocorrem não-intencionalmente.. Yl I.I ji :1\1. O vício é um exemplo. Se eu sou- . gostaria de sublinhar alguns mecanismos que operam dentro da mente. sendo a outra a visão da sociedade como uma unidade orgânica.~"'1~J'''' . O que eu desejo pode ser um outro gole. X. 1 I " I L i' 1 :1 I I:'1:::~.. uma ação é o resultado de desejos e oportunidades. não do desígnio humano." Seu contemporâneo.1 '. de modos não-intencionais (Fig.-x Ili': i' iti '~ I. Meio século depois.I. O tema das con.' 113 fI. Por outro lado.: i ! 'liiil i : '.' I 'I.' !:! i'. há a idéia de ações individuais interferindo uma com a outra para produzir um resultado não pretendido. I . Adicionalmente ao resultado intencional da ação. Adam Smith.duas -preocupações centrais das ciências sociais emergentes nesse período. Masurna pessoa-pode ser atingidapelo que todasas outras fazem. A curiosidade e a sede de novidades são desencadeadas por opções que não são nem similares demais nem dissimilares demais do. '".i '. • Sei que beber afeta meu bolso.. a vaca é trocada por um carneiro. • • ". .----- .I'.. poderia não aventurar-se por ela. " '" ". 1. '*1I J' ~I'I I . tem menos.. " . Um aumento no preço esperado induzirá os fazendeiros a produzirem mais. estado corrente.:."':~ . Primeiro. Se eu sempre fizer o que parece melhor no momento. B .'- ·~I. entretanto. ele adquire um novo gosto inesperado. . ação --. também chamada "ciclo do porco" porque. 1' ~~ rl~ !:I 1. ... . .rufna. Então.' . I. As flutuações na indústria da construção naval em 'décadas recentes tiveram um padrão praticamente igual.~~ 'i!...ganso. to d os poder ..'~9.cons. imaginemos Uma pessoa que ajuste regularmente (embora ". ":. . . bem do qual correntemente.: . asvezes.:::::<'..l . da qual gosta tanto que a troca pelo cavalo. Suponhamos que seja exposto à se. 1~~ •.. capaz de antecipar a rampa escorregadia. A interferência entre as escolhas' de uma pessoa em diferentes pontos no tempo éum pouco como a interferência entre.. Os criadores de porcos devem decidir um ano antes o quanto pretendem !evar ao mercado no ano seguinte.! A cada vez o fazen-deíro'acreditasalr-se melhor com a troca.!.r. 1..' . mas essa é uma das conseqüências esperadas que são parte de minha decisão. C.. t r l ~. l~ ':l~. Embora a história não o diga.Mai$ formalmente.:-" .convergé pára zero..: ... . Se fosse... ...! Se .. as escolhas de diferentes pessoas. parao periodo seguinte. 1 'c" C:.. que beber também afeta minha saúde e."._.se num dado momento ele estiver consumindo a combinação ~if~J~le~:~üênda e lhe for oferecida.' . . por uma inclinação à novidade. (3/4. como se vê refletido pela . um fazendeiro vai ao mercado de manhã para vender ou trocar seu cavalo. ! I. er ._ Voltando-nos agora para asconseqüênciasnão'2ifitériéiohais que ocorrem por causa da interação entre'diversãS'Péssóas..~. O caminho do fazendeiro para a ruína é "pavimentado de melhoramentos-graduaís.. 3/4). mos começar com um exemplo famoso 'da teoria' econôriiíca-á "teia".. ..-:2 '/"'-..~ -<-i. mas o resultado Iíquidó de' todas as trocas é desastroso.~. -.. ". encontra um homem com uma vaca."O'guirite seqüênciade combinações de dois bens: (1/2..J. Em transações sucessivas..s O que sai errado é que.' i~ ." ..". poderia não ter tomado aquele gole.1 Conseqüências não-intencionais Interação / '.'. dessa forma. Os desejos também 'podem ser afetados do modo oposto.. .tarde ainda não pode feri-Ia. beber poderá parecer uma boa idéia.'':. "'_ .'::.'. ele sempre irá escolher a (iltima~ que ofeo. ' ". ". .lva. Posso não saber.. pelo custo de produzi-los. precerto"..~i r.''~. Á'.n) ~I. posso terminardando-me mal em todas.1 11\ ii (it1! ~. "' 2. Mas desde que a se 'r2G·Qi f qílêricili'. 'rece mais do bem do qual correntemente ele tem menos.11' §~ :~.ras maçãs. Em um dado momento no tempo uma pessoa pode sofrer dano apenas do que fez em momentos anteriores:o que ela fizer mais.' .. finalmente. .foiexposta inicialmente como explicação das flutuações cíclicas na produção de porcos. 01' ". .. 114). . . '.'.I.~ ~" . posso terminar em muito mau estado. .~ i·f} ~!lll! :tt ~ provável que o fazendeiro se recusasse a trocar seu cavalo por um saco de maçãs podres.1: N~ verdadeele não fica arruinado porque um par de turistas ingleses faz e per'\ "de'umaaposta de que sua mulher ficaria zangada com ele quando voltasse com -:. com: um mercado vendedor seguido por superinvestimentos e superabundância.. desdeque na ocasiãoda primeirabebida posso desfrutar tanto da bebidacomo de boa saúde.. a 'galinha por um saco de maçãs podres.tl}!>~~~~ão neac~mbil1ação n +'1. ". minha capacidade futura de derivar prazer de outras atividades. mas se eu aproveitar todas as ocasiões para beber.. Andersen "O que o pai faz está sem . é .~ . 'I. :desejos ' mudança não-lntenclonal de dtJSeJos "::.: .'.:~~~. o carneiro por um .tão.t. juntamente com cada novo objeto..:-" :r?Ai:.~. tem uma aplicação muito mais ampla.. resultado pretendido . "I mil i ~ ··1 115 I .i.besse. A qualquer tempo dado. a escolha entre a 'Y.-Li I I. 1/2).cientemente) seus desejos de modo que prefira com m~is intensidade o . (1/4...m:...312)..' -l·(-·····l:'"'··i!. . esses melhoramentos graduais pavimentam o ca . Entretanto.' oportunidades mudança nâo-Intenclonal de oportunidades FiguraX." clona emper:der. o ganso por uma galinha e. -1'~ .'" >'. (3/8. .'Na história de H.: I' ~ f i:l ::Í!I !li !U 11.. 3 Isso não pode ser literalmente verdadeiro..-{'<. . As ações também podem ter um impacto não-intencional sobre as oportunidades.1." . '. "i· 114 " J ·~.cada pessoa fizer:Oqúe':é:m.' ~.." .li... uma decisão que é determinada pelo preço que esperam que os porcos alcancem e .. ~' . O comportamento eleitoral pode ilustrar o mesmo mecanís. mento individual mostra o volume de maximização do lucroparao preçodado. os produtores oferecem um volume a no ano 2. ..j: .2.'. o custo marginal (o custo de produzir mais um porco) igualao '\>j".~(.. >... "'l:tEssa curva de oferta é na realidade a somade muitas curvas de abastecimento <. .~'" Conseqüências não-intencionais oferta ~ .nte!~Se os produtores.' "''. 1 'i. mas para vendê-lo devem aceitar o preço mai.. Os consumidores. . o raciocínio faz sentido apenas se todos ou a maioria dos outros eleitores se conformarem às predições das pesquisas .i< .. uma para cada fazendeiro.'.I"~.'J' :~ . Esperando que r prevaleça no ano." Os preçose osfâ~u ramentos são alternadamente mais altos e mais baixos do que os esperados.' galo quando a produção se expande.' ."'.) possam ser. : i. a competição 2:..'.:. talvez porque acreditem importante que o perdedor não perca por muita margem. é a somade muitas curvas de demanda individual de '9por~s. i .. b '.\·.c.'. JI' I~ ~l II t~ !.. .~!..quanto os ~rh{. a competição entre consumidores irá forçar o mer.. entretanto.qutros produtos ~ medida que os porcosficam maiscaros..'. Figur-aX.: ' 1 'i( I· ••• ' . esperando um preço. ':. Pesquisas publicadas antes do dia das eleições podem influenciar de várias maneiras a votação efetiva. Surpresas agradâveis alternam-se com surpresas de.' :f~.ptre .. Alguns eleitores querem embarcar na caravana da alegria e mudam seu voto para o candidato com a maior posição na pesquisa. . oferecerem mais f%i. o preço realizado r excede o preço esperado.<t·\q~e. . :' '1\"" .. entretanto.:.'~.'I~i... Agindo sobre a suposição de que o preço irá permanecer constante do ano 2 ao ano 3. :-}l~.. ... ~ I ~. não estão dispostos a comprar essa quantidade por aquele preço.::. O raciocínio lanterninha poderia..Nesse volume. s.. II ..·I. 4 O preço .~ Essacurva. sagradáveis.g~. I 6 Com inclinações diferentes das curvas de abastecimento e demanda..rj (construções etc.. ~ '.. X._. 4.. lr 't~ ~ IJ ~ t'l'. Esperando que esse preço prevaleça no ano 2 também.. .2 l. p. os produtores oferecem um volume b no ano 3. e o preço é forçado para baixo até q.. Mas se muitos passarem a apoiar o lanterninha na suposição de que poucos o farão. omovímento teri. o preço no ano 1 seja p.-<' " • a c I. A maneira mais simples de formar uma expectativa de preço é supor que o preço do próximo ano será como o preço deste ano. O customarginal cres~k ce porque cada fazenda opera com dadoequipamento.i~ Y :..tk/·. .ioutras (notadamente a capacidade de tomardecisões) nãopodem.1~\1! fl\11': ~ : 11' '" .il~ Vi l ~.( . como se vê refletido na curva desce~ ~~~?. . .1 r" I. Cada ponto em uma curva de abasteci. Embora algumas partes do equipamento ~. fi!?i. Q. 1-çad.· !.03 produtores oferecem o volume c. Suponhamos que.isto é.os produtores irá forçar o preço para baixo até que o mer~~:f~.-:{. na Fig. facilmente expandidas sem perda de eficiência.npreço de um porco. \~.cado para cima até que o mercado se aclare. eles terão pro- II~ í". convergindo parao eqililtbrio.j:.ose aclare. O movimento de preços e volumes forma uma espécie de teia de aranha..s baixo.9S consumidores irão comprar por esse preço.e.:~ua inclinação tendepara baixoporque os consumidores voltam-se pa.!.ocorre quando o preço es- i~.individuais.l '?'J ê.fi~\· . Quando Opreço sobe. .~ I' r 117 '"..mo. 116 perado iguala o' preço realizado e os produtores vendem tudo o que produziram ao preço que os induziu a produzi-lo em primeiro lugar. O equilíbrio ..n~umidores comprarão... real pelo qual os porcos são vendidos irá determinar . ._.""I~'~ .. se eles não se comportarem como ele.'ra. Como resultado.: "curva" de oferta de inclinação ascendente na Fig..n'. Outros favorecem o lanterninha. Se oferecerem menos do que os consumidores i!I:~:.~:!.~i.e. O resultado esperado nunca ocorre..:... . ser autoderrotante se um número suficientemente grande de pessoas agisse segundo ele. ' .' espiralando parafora do ponto deequllíbrío. :5.~ :}lc ~ :~ I " . '.·.. X..9. '..2. Para cada votante..J marcado comasteriscos na figura . jrão comprar. similarmente. a produção expande-se até o ponto á:k· fi: :'emqueo customarginal é mais uma vez igual ao preço. o qual se torna um gar" .. sidoumaespiral voltada paradentro.' . itosfilhosque possam cuidar deles na . objetivos .~li t. de . em situação pior. ' entretanto. <:::." ~:"qo~seqüências não-intencionais mais surpreendentes pioiY'ai'isitúàção :pará todos. a perda re. velhice..Y":~:jdos:!. Quando todos os chefes-de-família deci'd~rriterniu.Jtpró.? As pessoas.~~. os filhos de todos recebem maior proteção. Quan.~~~~g~dosrecebessem salários baixos enquanto os trabait'l.. Quando to'OO$~fsão:inotivados pelo desejo de ganhar um pouco mais que vizinhos. O que é logicamente impossível..Bt:>:'b's fazendeiros tentam obter mais terras derrubando árvores..':{::: dõr~s':deseus produtos.Pôdeni'acabar perdendo terras porque o desmatamento emgran')':'de' escala leva à erosão. a firma individual gostaria que . ·S~~!· ..empregados por todas as outras firmas recebessem altos Sãláriôs.emboratipicamente uma parte muito pequena. "Vícios privados. :":~·f.... Se todos os membros de. ..ero':sáládosbaixos.para outras pessoas. . " " . ' . . ::Ô~r Quando todos ficam em pé para ter uma visão melhor do jogo. elas têm interesse em salários altos.. ' • "0 seus ~"" ~R~~f:!J::. com os produtos da firma. também afeta outras pessoas (e com freqüência a si mesmej'? de um 'inesmas 8 A crença de que o que poderia ser verdadeiro para qualquer unidade tomada separadamente também poderia ser verdadeiro para todas as unldades. mas. todos podem perder seus depósitos. consumo (ou insumos usados por outras firmas) menos caros. a pagar salários baixos a seusempregados. embora num mercado de trabalho competitivo ~.resultante..uma vez que eles gastamparte de-sua renda.- c.~::~~"~é~presaS 'mantêm Um relacionamento duplo com os emprega~"':'-.e.éiri. '" . Uma firma que introduz nova tecnologia é motivada exclusivamente por seus próprios lucros.. prejudica um poucoao cortaros saláriosde seus própriosempregados.1tante de poder aquisitivo pode transformar a recessão numa ~i.(~\~.' que cada uma' e. :~::'.'~:'ilNam:os considerar o último exemplo mais detalhadamente. Jean-Paul Sartre referiu-se a isso :dm({~'cô'ntrafinalidade". usando a erosão como exemplo.:bi.do 'mesmo 'lugar.simultaneamente é 'às vezeschamadade "faláciade composição".Q~hihdó todos tentam simultaneamente retirar seus depósitos do PM~O.fi~é1ores.1I. de modo que os resultados efetivos correspondessern sultados preditos.e. Uma pessoa age de modo a beneficiar-se.que os trabalhadores possam gastar mais. Instâncias de contrafinalidade abundam. Ao fazê-lo. Quando todas as flr#las:tehtarii suportar uma recessão cortando salários.:~o'" ' .não-in.que o efeito lanterninha fosse superadopelo efeí~~an~~. ' . '. BernardMandeville. A contrafinalidade e a mão invisível têm uma estrutura comum.'. '.' . ." .c>. produzindo produtos para. beneficios públicos" é talvez a primeira afirmaçãodo mecanismo da mãoinvisível." .. _ sóletivàniente' poderiam terminar colocando o' canf<)1i1'ôlg~i:Hneté'quando. esquecendo assim que apenas um dólar pode. ' 'la.~Co. ' .119 . "' ". no entanto.:". uma comuni<1á9~.'iJ. assim. de ~..:'. .. terminam por correr tão rápido quanto podem sem o~ãír:. 9 Essa era uma idéia acalentada pelo precursor de AdamSmith. as estão brincando. Ou consideremos uma finna de computadores que surge com um novo designo O beneficioprimáriopara a firma é que ela tem um lucro vendendo o novo computador. ._J~.~:jlÍ~9. Cometemo-la quando aplicamos a taxa marginal de imposto para calculare custo real de-todos os itens com dedução no imposto. Mas corno as . não podem evitar estar vigiànd<?~b.~a alegria.~.dêpressão a profunda. oportunidades de consumo . isso não aconteça.'..ilr.é que todas as empresas alcancem ambos os. queriam apenas asflit':'lhepma posição decente... ~~~:. Mas as conseqüências não-intencionais também podem deixar todos em situação melhor.•. elas têm jnteresse ~~in. serve indiretamente o interesse comum. .. le dos outros. Conseqüência$._~"'!":: .urila vez que necessitam de trabalhadores corno consumi. .e~i1'pfesas:tãInbém empregam trabalhadores. 10 Uma empresase.individualmente. ser o último dólar. Como resultado. ' .. .l1tecer. 1~Z:Ii. toda empresa seja a única.Idealmente.m~tiY. Um beneficiose" cundárioé que pode usar o computador em suaspróprias operações.::'nil1guémOconseguee todos se cansam de ficar em pé.: rem um olho sobre suas própriascrianças enquanto..pintam suas casas para protegê-las contra o mau tempo.pe)pópula~ão ..\vi:s~tj.1~'i:. 118 .uma visão agradável. a su.tencionais .'" ". Essa é a mão irivisível de Adam Smith: a perseguição do auto-interesse serve ao interesse comum. As ~{~.~Nãoháobstáculológicopara que uma empresa alcance õstCí(jis'fóbjetivós.su. O consumo para benefício próprio cria empregos . fazendo isso também podem oferecer a outros o benefício. cujo slogan. pode deixar todos. ~ r\\. ~l 'i.': porém. Ou a soma total dos mui•'. pois estes também tendem a obtermelhores salários paraseusmembros.) Se o efeito secundá':'rioé PositiV9.. entretanto. Na vída social.~n~{:!'~):i'~. antes do desmatamento. .. 'não~intencionais são . presumivelmente. não . No entanto. Para explicar uma ação devemos apelar para algum evento ..dido.P Quando os sindi. as pessoascujas ações têm conseqüências ".~i~~. ilustrar também esse caso.>Amda assim.~.1 !~ " A !.. por puro acidente. . uma vez ').1' r ~.~~q~'I~pi~l.. Na "China tradicional. ' 14 Podemos restringir-nos a conseqüências que sejamem certosentidobenéficas. O primeiro ataque de raiva ocorre. Os benefícios não precisam. : 12 Poder-se-ia dizerque os ricos foram vitimas de suas próprias atitudes. .também aquelas que sofrem ou se beneficíamdelas. os camponeses dispusessem de dez "' .'exefuplós de contrafinalidade sugeridos antes poderiam. Muitos cientistas buscam rotineiramente financiamento do Departamento de Defesá/-para realizar trabalho motivado por preocupações puramente intelectuais.~11l:1áI101 m~en91~n}~1. com respeito a um padrão ou seqüência de ações em lugar de uma única ação. O reforço proporciona outro mecanismo pelo qual as conseqüêncías não-intencionais poderiam explicar a persistência do comportamento que as causa. mas a quantidade de terra cultl(. '. As vítimas do banditismo eram principalmente os senhores de terras e camponeses prósperos. : têm em mente os interesses da firma. se todos agem dessa forma. ""j~. "}:~~FoFüm efeitoda exploração que. poderiam as conseqüências não-intencionais de algo que faço hoje explicar porque eu também o faço amanhã?14 A variação casual com seleção subseqüente é um modo pelo qual isso poderia acontecer. Igualmente importantes e numerosos são os casos .~. . que não praticavam o infanticídio de meninas . que a precedeu no tempo. 120 Conseqüências não-intencionais . menos beneficiados do que esperavam.' . metade cultivável e metade em mata..[nteração. é explicado em grande parte pelos benefícios desejados pelas instituições financíadoras. não podem.' '. porque a criança é frustrada por não obter algo que ·.é.. conforme demonstrado peloexemplo do financiamento de pesquisas no texto... . . 15 Muito trabalho em lingüística pura. muitas famílias pobres praticavam o infanticídio de meninas.:nvávelsubiu de cincomilparaoito mil acres. o impacto secundário. Todos saem beneficiados 'ao agir do modo especifi'.'J." ..P Mecanismos como esses são o material daciência social..~M9 s~~nçi.em que 'as conseqüências são sentidas por outras pessoas.~(Esses pequenos efeitos colaterais são .~.: . . ~ li. as taxas mais baixas de rotatividadeaumentam a produtividade ao reduzir os custos de treinamento:e recrutamento.) " Sinalização Naval norte-americano.. 121 ~ IM ~. ~II ':'11 1 I!~~' ~ . 11 Suponhamos que....na mesma extensão...' tos . qüência não-intencional. como conse. temos um mecanismo de mão invisível.ou:o benefício primário excede o dano "cumulativo. O futuro não pode causar o passado.. Em um sentido óbvio.. resultar para os próprios agentes. seja nega- ..:.lffiente. é o mecanismo mais plausível.~X~.que-a pobreza era devida principalmente à exploração dos senhores de terras.. O resultado foi um excesso de meninos e um número substancial de jovens adultos solteiros que constituíam excelente material para recrutamento por bandidos. Após o desmatamento.~:os':éianos. 'mas não intencionais para os cientistas. .)·l.. financia os pedidos que julga terem o maior potencial militar.. 1.. há duas possibilidades.~ ~ ~:l ~ ~ 1'~~l ~IIil I~t"~I.i.. . suponhamos.ls O Departamento de Defesa. por exemplo.. entretanto. A alocação resultante de fundos para pesquisa é explicada por conseqüências que são incidentais do ponto de vista dos cientistas."!:pequenos 'danos 'excede o benefício primário (isso é contrafinalidade)..I I1I ~.~~ '.catos insistem na segúrança de trabalho para seus membros..'!I...~u'itÓ1!i'peg.~.·. " '.ti(.Nessás ilustrações. A predação dos ricos foi uma conseqüência não-intencional das autodefesas dos pobres. gerou umcontrapeso à ex·~ploração: ~'" ': . a seleção artificial.'! ' . ~~ ~~ ..mil acresde terra. t·... de for'ma modificada.I· ~.JJ. Mas podemos fazer a pergunta diferentemente. Se o rnes:'"Jll~fnegativo.it. O padrãodasatividades de pesquisa. .:. geralmente'referidos 'corno externalidades. foi financiado pelo Corpode .\ "" ~"" . e não a natural.:~:.~' ' 'I ' I~ 13 Não é Claro que as empresas devam aplaudir os sindicatos.}·~~I~entep~queno comparado ao beneficio . '~I 'I j . ""cadà'pessôà s'e tomá' oalvo de muitos pequenos benefícios ou .:o~::~'s.. "":'irtdois mil acres são perdidos devido à erosão.. por exemplo. Nesse caso. . Alguns '..!~llh :' . ~i !. Um antigo enigma na filosofia da explicação social é se as conseqüências não-intencionais podem entrar na explicação da ação ou ações que as causaram.:. Nas complexas sociedades modernas o ambiente poderia muito bem mudar tão rapidamente que o processo de adaptação tivesse poucas chances de acompanhâ-Io.a gratifica~ôJpor te~sldo ouvId~ fica as. obter atençao nunca se torna o ' .mecanismo "1. corno declarariam muitos sociólogos.. um outro exemplo poderá ser mais útil. Esta última de. O argumento não explicaria por que uma organização qualquer em particular permite o conflito. Mais cedo ou mais tarde irá surgir uma forma estável.(7' '. Se não permite. mas explicaria porque uma maioria delas o faz. o processo de adaptação deve ser bastante rápido comparado à taxa de modificação. Ora. mas 'traz algo mais importante: coesão social e solidariedade.'. Esse argumento é um pouco como o argumento da seleção social discutido no capítulo VIII. Para funcionar. que a função do conflito é manter a organização em boa forma e que o conflito é explicado.. é . Ou a nova forma permite o conflito. função. AInda assim.de adaptação também dependededois fatores:. No entanto a alternativa pode ser pior. A rapidez. Podemos concluir. Se todo conflito suprimido. JL'. E explicaria esse fato em termos de uma conseqüência não-intencional e útil do conflito.:. e vulnerável a objeção similar. quebrará novamente. ' :'.não.~paí8.-:' 122 123 . seguinte poderia apoiarurnaresposta afirmati. Se permite. "'" .queé o que queria. ela ob- 'J~t:te~ . geralmente não têm em mente nem a . função do ritual é manter a coes~o social é dizer mais do que dizer que o ritual tem esse efeito.'"qüências não-intencionais. . Após algum tempo. Após . A coesão social é difícil de medir.seleção e nem o reforço. é difícil organizar os fatos corretamente em tais casos. viável e pode-se esperar que persista por algum tempo. nam obsoletas. r algum tempo ela quebra e ressurge de uma forma nova.1> -:.o reforça. A dança não traz chuva.jque não era pane de sua. Poder-se-ia ..~óbjetivo pretendi~o do comp0:tamento da criança. Um exemplo muito discutido é a dança da chuva executada em certas sociedades.socIada com o _comportamento de . como daríamos o passo seguinte explicar o ritual em termos da contribuição não-intencional à coesão social? Uma vez que a noção de coesão social é tão fugidia de qualquer modo. por essa conseqüência não-in':. ir à igreja pode ter um efeito muito parecido ou.~... :p.~iílo' um pouco de sorvete.1.-D: algum. modificada. {ptftéi"' pé e.pensar que o conflito declarado dentro de uma organização seja ruim para sua eficiência.' pende de duas coisas:· a velocidade . Se descobrimos que a maioria das organiza~oes existentes permitem o conflito.em que novas organizações são criadas e a velocidade em que as antigas organizações se to~~ . Infelizmente. . ' < é tenclonal? '.'i -s-Imeraçãa Conseqüências não-tntencionais . " . E afirmar que o efeito explica o ritual. No entanto. Uma organização que não permiteo cQnWto é instável.Quando os sociólogos explicam o comportamento por conse.vá. intenção ' . E também obtém algo mais Dáftãrite~l. Em nossas sociedades. ~~i'f&b'. a tensão se acumula até que um dia a organização quebraE muito melhor se os membros puderem deixar escapar pequenos jatos de vapor a intervalos regulares do que ver a máquina toda explodir. a explicação é que as que não o permitem são instáveis e estarão fortemente representadas na população de organizações. é difícil dizer o que eles têm em mente. supondo que de algum modo poderíamos 'estabelecer que a coesão social é melhorada por esses rituais.. ou não.o tempo necessário a uma organização instável para quebrar e a probabilidade de que a sucessora de uma organízação instável venha a ser estável.Dizer que a .m~o . . a partir disso.a atenção de lb. sabemos como .'. do ambiente.ó). está relacionada a resultados.~R.tiD. ' . a t..você fize~'Y~r. " .. VIII) é a suposição de que as sociedades são estáveis.~~ara>9s fracos. Algumas normas são um pouco como convenções.es~úvlsão.'!" IUl :.'_' . .r.~ímente preferem a lei e a ordem inclinadas a seu favor à lei e .poestado de natureza . .il li': .l. !I .\1 .'L'.ei e. I 11 . Quando são. .'"...eles não sobreviveriam.: "'.r.. i ~: -Intéração :1"1 :l : I .~ • ~~~.'I i iH. s~~'equilíbrio preferido..ordema favor dos mais fracos. Digo mais a esse respeito no capítulo t). têm maior poder de barganha. . . . Sem lei..2).elas existem 'porque servem àquele propósito.· ..~ ~.llil 1.'"..'. .li!il '." .".~~~:. culpa e vergonha no violador. Muitas vezes uma norma para se fazer X é acompanhada por uma norma de nível mais elevado para punir aqueles que violam a norma de primeira ordem..uI ~ ·H . p:o.'. eles. Discutirei as objeções mais adiante. .:'à'...'1" . A ação orientadapor normas sociais não é orientada por resultados.. que .iHi " t'l [1i.seja ela econômica ou politicamente moA tivadaracional .! NORMAS SOCIAIS .li !\::n: I""" tr. . 'tes.:)jmIegado desastroso da abordagem biológica à sociedade . Se o processo não converge (como na Fig. !i ' i'l'.:1 . :...'+. e nae.'f'l .i' :I:! I'!~ ~'. qualquer afastamento do equilíbrio coloca em '" riÍoyiiiiento forças que o' restabelecem.' ...~..'" 1 !i~ .~arece..l....rPa~s complexas têm forma condicional: "se. de modo semelhante a " como-qualquer desvio da temperatura corporal normal desenca. .". X.<: ~.:quando fortemente Inclinadas contra eles. f' P..~ . A racionalidade diz.:equilí~riO. automaticamente cancelado. a ação política o fará. então faça X".f.. Algúns desequilíbrios são eliminados pela simples convergência '.1.a ordem são muito importantes. Os for~ítarnbém. se em algum sentido são úteis para o indivíduo ou para a sociedade.ent&o~..i.. não 'deveríamos concluir sem maiores argumentações.'"::'i~~i:'!I '~. i'~ .:W~.~ _ ..'.' 1.ti:.·':. \ . l.01'1 '.. 1 . uma vez que estão envolvidas duas com- §mq. mais simples são do tipo "façaX" ou '.'. (Iei~'processos (transpirar outremer) que a reconduzem ao nor. Uma' norma ainda mais complexa diz: "Se seria bomque.1'.~~lj'l ri! !~~ 'Fijl !'!i!:JI o. Tipicamente são tambémsustentadas pelas emoções que se desencadeiam quando as normas são violadas: embaraço. . o que é uma outra maneira de dizerque .XII' ". isto é..tl'.1 ri'.'. (Gapí~ulo."!!' I ~ II "'.'fi'1.('.I II ~ }I!!~! r' ml'l .éní4o ' faça X". ' ''..!íl" If:':'~ r:.. eles poderiam sobreviver no estado de natureza.. I I I:~i i:~ :~.1' 1 ::I:' .:. . ~áI.J'"1 . Para que tais normas .l'. ainda mais talvez que a maioria dos outros argumentos neste livro.~ ' II . Se isso não funcionar ~bém." l:'.' mas sociais. . que podem usar para impor ".onde a punição pode variar desde sobrolhos erguidos a ostracismo social. AÇÃO "Se você quer alcançar Y.. 'entretanto. ou "se outros fizerem Y. ' . . 0~.. Não há razão para acreditá-las tão 'maraviIhosamente desenvolvidas que qualquer desvio do equilíbrio seja .i!i\! . '~. Ili li: 1..º. .L.l u .?. A caracterização das normas sociais é controversa.l. i. porque são for(·r. ~!i ~ 1 137 ' 11~'11 .todos fizessemX.. Não obstante.:'..."...f~çâ X".~~~. exceto . o". .' '". então faça X". Há menos ..~ '-'~f'f!: ~ .~ 'Ii :. Abordarei a questão de se as normas sociais servem a um propósito ulterior.~.'não façaX'\NoqUãs.Asnonnas 'sociais . :fi '. . As sociedades não são como orgmlismos.' elas devem ser compartilhadas por outras pessoas e em parte sustentadaspor ' sua aprovação e desaprovação. ".sejam sociais.\ I..I :li.'.fl . i"o .I.ii?"jogopara os fortes.[. :)1 'ii"~ "II'J i ~liI Id1{ 1..p. mas primeiro precisamos de algumas ilustrações do que tenho em mente quando falo sobre nor. expectativas adaptáveis o estabilizarão.'1."1 136 i' .' I ""... raiva e indignação nos observadores.!'. I'.preferem a lei e a ordem ao estado de natureza.. : . .Consideremos dessa perspectiva o ciclo da teia de aranha. . e or. . lil i. Suponhamos que o proprietário de uma casa estejadisposto a pagar dez dólares ao filho de seu vizinho para aparar-lhe o gramado. mas.x~~se sendo servido pelo código. . . por exemplo.Interação Normas sociais rf. ·qúando. 2 Perguntei a vâriascentenas de pessoas se acreditam queexistasemelharitenorma. entretanto. existir uma norma social contra alguém dirigir-se a uma pessoa na fila do cinema e pedir-lhe que lhe venda seu lugar. não precisam cuidadosas. Embora a propensão a vingar-se não seja orientada por . !III . embora a pessoa que é fiel :. ""11: '1I1! . embora tal comportamento seja também um modo de ostentar a riqueza.~Assim poderia parecer como se um propósito ulterior \ ~~~~Ji. 139 !II 'lii !Il 'I~I :~ I'III:! . 16Sf~t:d'de não ser claro que qualquer propósito ulterior esteja ~êid·()servido. Se aceitasse. tanto ela quanto o comprador ganhariam com a troca.".. Foi sugerido que essa norma' é um caso especial de uma norma mais geral contra a ostentação de riqueza. provavelmente com alguma indignação.'. licitada a vender seu lugar estaria livre para recusar."tJ:. . (~i~:"nutras normas sociais assumem a forma de códigos de honra. . consideremos uma comunidade suburbana onde todas as casas tenham pequenos gramados do mesmo tamanho. não é racionalmente verossímil.:YJ'::~I gra de trânsito. r . . ·T ~d Talvezseja por isso que os mafiosos se dêem melhor nos Estados Unídosque ' " .{. " } ~.'\: racionais.' rão por-minhas más maneiras. Parece. elas tomarão cuidado para não ofender-me.'------ }~~('::. uma vez que ser.. Do ponto de vista racional. I' I"" l~\ I . " . regras de etiqueta e regras >de'dietas entram nessa categoria. dentemente. duas coisas ruins podem acontecer-me. . desencadeada por uma ofensa ':')mterjor. Ameaçar matar a si mesmo. A vingança não é orientada pela ~JJ~rSpeCtlva'de ganho futuro.I:i 11 1 II1 '!~III 1. Mas essa norma 9'Pera dentro de uma comunidade de pessoas que conhecem umas às outras.. mesmo a um grande risco para mim próprio. apenas quando for de meu interesse reagir.riáin ser censurados. Se apanho o garfo errado à mesa do jantar. ": ~. ambas poderão-sairse pior do que se tivessem concordado em deixar que o sistema' legal resolvesse seu conflito. Há normas regulando o que o dinheiro pode comprar. mas um' momento de . Imaginemos agora que essa mesma pessoa receba a oferta de vinte dólares para aparar a grama de outro vizinho..verossímil a menos que seja de interesse de quem ameaça cumpri-la quando chegar o tempo. com vendetséestendendo por gerações.:.i:I.ã9 cumpridas mesmo que seja contra o interesse de quem amea'Ç(?. A ação ':'Y:Y1}ãQ:-:in~trumental pode ser instrumentalmente útil.~~~:':~~)' .. Mas por que fariam isso? Eles não " sofrem dano ou risco se eu apanhar o garfo errado..' Uma vez que estamos falandosobre códigos de honra que são normas sociais compartilhadas. ' Como outro exemplo. pêssoas acreditarem que eu me vingo invariavelmente pelas ofensas...:t{?reflexão de' mostra que a analogia é enganosa..ip.. ~' I '11:. As ameaças apoiapor um código de honra são muito eficazes.<unesrno não seja motivada por um propósito ulterior. .. . volver-me num acidente e posso ser culpado pelos circunstantes. dá a entender que meia hora de~e~ 138 ". uma pessoa guiada por um código de honra. a primeira geralmente conseguirá se impor. rÃ. As outras pessoas na fila não perderiam seu lugar. No entanto :~~p. 2 Notemos que ninguém seria prejudicado por essa prática. Se acreditam que irei reagir ~ ofensa. uma ameaça não . Se as outras .Apenas 5%disseram que emsuaopinião nãoe x i s t e . E fácil imaginar que recusaria. não entre estranhos esperando numa fila. Eles pode. Se violo uma re. ". Ao recusar a oferta de ter o filho de seu vizinho aparando-lhe a grama por onze dólares. se não me censurarem. ~I'F 'l~ . . ~:Muitas sociedades têm regras estritas de vingança. Ele preferiria passar meia hora aparando a grama ele próprio do que pagar onze dólares para que alguém mais o faça.J:. o "último caso é o típico.1l10mçQt() de reflexão mostra que' esse'caso é uma exceção. Normasde como se vestir. porque coisas ruins podem acontecer a eles se eu dirigir impru(." "'\'1 na Sidlia. uma norma que serve a um propõslto ulterior de reduzir a inveja e o conflito. .-. -. Numa rusga entre duas pessoas guiadas pelo código.tf/. . .Não há normas contra estar em fila compeles ou jóias caras. Posso en'. ela pode ter boas conseqüências.sertão das ~:~~\ i~.li !~. por exemplo. A pessoa so.. porém não mais. a única coisa ruim que pode acontecer-me é que os outros me censura'.. Mas isso tem uma aparência de irraclonalidade. Algumas vezes essas nor{mas são comparadas a regras de tráfego.: I:>~" . tem uma rusgacom urna que é motivada exclusivamente porconsidrações :JàS ã .. conseqüências. A norma nãoinstrumental da vingança tem conseqüências úteis para o indivíduo que' a segue. As normas de cooperação têm conseqüências úteis para outras pes-..Similannente. ao menos sob a maior parte das circunstâncias.no entanto. se:Xé uma atividade que beneficiaria a todos se todos se engajassem nela. uma vez que sua influência para' viabilidade. com efeito.da democracia é quase nula. se engajarem na atividade que beneficiaria todos se todos se engajassem nela. É uma norma contra a carona."".I'i \1 j Normas sociais 'Interação. A norma da eqüidade diz às pessoas que .ninguém. E.'. porém não todos.1' tempo vale no máximo onze-dólares. As normas para' votar são um exemplo importante entre .ülJ. .'" 1i~f: "!: I! q! ':1: ". esses -casos são pouco freqüentes. :':j: 'I . Se alguns. mas apenas.detalhes do argumento são examinados no próximo capítulo.{f 'f. mais o fizer." lili .. Isso não se faz. Mesmo se em qualquer ocasião dada elas possam funcionar contra o interesse geral. as normas não-instrumentais. resultados e pode.'I"" • ". As relações sociàis ~ntre vizinhos seriam 'perturbadas se diferenças de riqueza fossem espalhfatosamente expostas e se alguns deles tratassem os outros corno empregados assalariados. Um importante conjunto de normas diz às pessoas para cooperarem em situações do tipo Dilema do Prisioneiro. Suponhamos que minha mulher e eu estejamos oferecendo um-jantar para oito e que já tenham sido con-.. Mas ela não pode ao mesmo tempo valer menos que onze e mais que vinte dólares. soas. Não há dúvida de que essas normas servem a um propósito ulterior.'~'f. entretanto. I. Os. É melhor para quase todos se a maioria das pessoas votar. Destas" as duas últimas são: normas sociais nos termos 'de minha deflniçãof o kantianismo diz às pessoas para fazerem X.1: II ~iR li'. '. se . Para qualquer indivíduo. Como explicação foi sugerido que as pessoas avaliam diferentemente perdas e ganhos passados. Isso simplesmente não re~ ' . faz pouco sentido votar. que pelo custo extra para pagar 'com o cartão. ou uma versão mais impessoal do mesmo. uma ver.liÜ "ill' '1'. poderia ser :\lniándfnl1~ moral (capítulo vi). Uma' vez mais. em termos de altruísmo.1 " . são imensamente benéficas. sob certas circunstâncias.'/" !:". O portador do cartão de crédito é. não poderia existir sem elas. Ao recusar a oferta 'para aparar o gramado do outro vizinho por vinte dólares. o proprietário da casa é mais afetado pelas despesas que sairiam de' seu' bolso para pagar a alguém para aparar seu gramado do que pela perda de uma renda inesperada. todos poderiam sair pior do que sairiam se ninguém se engajasse nela.. para usar uma frase reveladora que com freqüência acompanha as normas sociais. eqüidade.muítos outros. A civilização. ou para não fazê-la.. ~ili i ~111' "'. kantianismo 'e.. vidadas quatro pessoas. ser um exemplo.I'1 'IJr. a maioria das pessoas vota nas sociedades democráticas.menos afetado pela chance perdida de obter o desconto. ter más conseqüências.' No capítulo IV foram consideradas várias explicações. O desarmamento unilateral poderia. No entanto.i! • 'I' . Aqui é plausível que um propósito ulterior esteja' sendo servido. podem ter conseqüências instrumentalmente úteis. Parte da explicação deve ser que ele não pensa em si mesmo como o tipo de pessoa que apara os gramados dos outros por dinheiro.I'.I ::.. No todo.~ç 3 Altruísmo. pelo pagamento em dinheiro do. :' ~j~ i~1!t IPi. Não é orientada pelos. • .. :. As companhias de cartões de crédito exploram' essaciferença quando insistem que -as lojas anunciem descontos para pagamento em dinheiro de preferência a taxas de juros para cartões de crédito.: . . porque não explica por que' o proprietório da casa deveria ficar indignado com a proposta." l. Mas não é orientada por resultados.:'r::. porque de outra forma a democracia poderia ser minada e dar lugar a um regime autoritário. como a conhecemos. em qualquer Ocasião dada isso geralmente não é razão ou motivo para recusar a oferta. que insta U'TIa pessoa a cooperar mesmo quando todos estariam melhor se ela pegasse uma carona.!!! I '1 l .. Discutimos se convidar um casal-em 140 141 'a a "i rftt)'~·r:.'1'.~I "I' . Mas essa não pode ser história completa.! 1 lil H l '~ li i iti!! II I' 1'1 li ~'Ii I ~'.1'i1 'll'j I lil. dá a entender que ela' 'vale no mínimo vinte dólares.façamX se a maioria das outras pessoas fizer X. Mas isso não quer dizer que as pessoas ajam para manter a civilização quando seguem essas normas. Às vezes as pessoas invocam uma norma social para racionalizar o auto-interesse. se alguém se beneficiar por elas fazerem X e se alguém se beneficiar por elas não fazerem X. .< ramnormas para propósitos auto-interessados. Minha mulher invoca outra norma: "Uma vez que já convidamos dois homens solteiros. obviamente ultra-passamo auto-interesse.. Í. ou . entretanto. Tendo invocado a norma de reciprocidade em uma ocasião. mesmo aqueles que apelam à norma geralmente acreditam na mesma. -~.tsvlnteração Normas sociais ~ulaifp'a:tai os últimos dois lugares e percebemosestar em l6ordo~por. usados para vestir o auto-inte. Suponhamos que eu me defronte com a escolhaentrevínger-me por um insulto à minha irmã e não fazer nada. Mesmo que a norma não tenha controle sobre sua mente.. 'ão. que outros estão dispostos a deixar que as normas tenham precedência sobre o auto-interesse. dizendo: "Co}mo-. O apelo a normas sociais aceitas também · pode ter certa eficácia. O custo da vin-. como a norma da vingança.f. citada no capítulo VI.' é gança é que eu poderia por isso tomar-me alvo decontra-víngan-. A contra-vingança é incerta. Fingir emoção é possível. devemos convidar duas mulheres. Eu gosto da mulher do t~ê.goste dela. mas não · quando ganharem mais. os trabalhadores quando ela .I ~I ~i. diferenças entre salários. ele deve agir como se tivesse. O custo de não fazer nada é que minha família e meus ami-. uma vez que poderiaserdirigi~j'. O comportamento guiado por normas é apoiado pela ameaça de sanções sociais que torna racional obedecer a normas. à declaração de que o comportamento guiado por normas não é orientado para resultados. Uma análise de cll~to--be"j. ele se comprometeu com a norma de uma divisão justa do excedente. ou então 6 apelo poderia não ter muito poder. Para justificar os aumentos salàriais. exposto aos predadores. Um argumento mais geral contra a vis~oúcínicadas normas é que se ninguém.. ._~ . O poder das normas deriva da . Ao fazer o apelo anterior. Os empregadores usam argurnen-~_ tossimilares para resistir a exigências de aumento de salários. Há uma norma de divisão equânime do excedente entre capital e trabalho.rêsse com trajes mais adequados. as 143 r ) (" "Ii !!lli" li. Quando pessoas obedecem a normas.:haveria-nada a manipular. Quando as mudanças estiverem sendo comparadas. Em vez disso. em particular.'rndq:.I . 'ça. o percentual de aumentos salariais em outras empresas ou ocupações. A descrição Colin Tumbull so. Um empregador pode ser bemsucedido em apelar aos funcionários e conseguir que eles corn-' partilhem dos ônus de um ano ruim.razões um tanto turvas. _ . estiver bem. Mas isso não pode ser verdade: -r AlgU'masnormas. é um excelente exemplo Se algumas pessoas com sucessoexpJo.) tem muito peso._ . O preço que ele paga é que num ano favorável poderá precisar compartilhar também oslucros.lll: e .. para criar um equilíbrio". Mas não que- remos>ldeclarar essas razões. ~!'Alguns argumentam que é a isso que se resumem as normas: são-instrumentos de manipulação. Os empregadores apelarão para essa norma quando a empresa estiver indo mal.' tonalidade emocional que lhes dá um controle sobre a mente.n~fiCio poderia bem dizer-me que a vingança é a escoliía. . gos certamente me abandonarão. de convidá-los agora". não posso simplesmente ignorá-la quando minha mulher apela para a mesma em outra ocasião. Os empregados irão apelar para essa norma quando ganharem menos que empregados de firmas similares. também pode ser explorada com pro· p6sitos de negociação.:. só pode ser por. os trabalhadores podem referir-se ao faturamento da empresa.eles nos convidaram para jantar em casa deles. Há uma norma de pagamento igual por trabalho igual. Cada argumento pode ser apoiado por uma norma de salários . eles podem escolher o ano de referência de modo a tomar seu próprio · casotão forte quanto possível.i de 142 I' bre a manipulação de normas entre os Ik.nal.minha-mulher não-gosta que eu . Além disso. O manipulador de normas em perspectiva também é constrangido pela necessidade de ser consistente. com freqüência têm um resultado particular em mente: desejam evitar a desaprovação de outraspessoas.. o nível dos salários em outras empresas e ocupações.. deixando-me por minha própria conta. A norma de preservação de status. .. apelamos para nor:mas~sociais. -. i. é nossa vez ~.justos.Etr1 negociações salariais o puro' poder de barganha (capítulo Xi-. acreditasse em normas. É tempo de encarar uma objeção óbvia ao meu relato sobre as normas e. mas a coisa real é mais convincente.. Eu invoco a norma da reciprocidade. por não exprimi-Ia. Argumenta-se às vezes que elas servem à útil função de confirmar a identidade ou filiação a um. Se a punição não fosse nada mais que o preço do crime. é difícil avaliar. Argumentei no parágrafo precedente que às vezes há um movimentador não movido no próprio início da cadeia.seqüências de permanecer passivo. Conseqüentemente. Aqui argumentei que toda cadeia deve ter um. A natureza humana sendo o que é. " :'. pessoas. Uma fraqueza do ar- . . As con-' . quando urna pessoa se move para cima na cadeia de ações. elas ainda poderiam entrar na explicação das normas. são certas. I([!. A utilidade das outras é mais duvidosa. As pessoas não franzem o cenho para outras quando estas deixam de sancionar pessoas que deixam de sancionar pessoas que deixam de sancionar pessoas que deixam de sancionar uma violação de norma..·á norma mesmo quando não observado é. i. 5 Na linguagem do capítulo precedente. Como a noção de identidade social é fugidia. trem que passa. Ora. ninguém sentiria vergonha ao ser apanhado. . O leitor é encorajado a pen.'~ . há com freqüência. o custo de receber desaprovação cai rapidamente para zero.~.\ 4' Elas poderiam ser mesmo o alvoda desaprovação pela primeiraparte-.nada. algumas dentre as normas que mencionei são inquestionavelmente úteis. mesmo se tiver certeza de que todos são perfeitos estranhos a quem não irei ver nunca mais e que não têm poder de me impor sanções. mas uma vez que o processo foi completado as normas permanecem como se ~. grupo social.[. Quando as normas são internalizadas. as sanções externas são um contrapeso útil para a fraqueza de vontade. Interação . Pode-se alienar ou provocar o indivíduo-alvo a certo custo ou risco para si mesmo. 'a pessoacujas violações elas deixam de sancionar. Não jogo lixo no parque. fosse por si. ganhar e nada a perder por violar uma norma '. posso ser observado por. ! que teria muito a. nãose tratade um equllíbrlo. Não funcionará argumentar que ~eguir. por.s Mesmo que as conseqüências não sejam parte da motivação próxima do comportamento guiado por normas. Por outro lado.: i . -Bnquanto o custo de exprimir desaprovação é menor que o custo de receber desaprovação. -.. da contra outro membro de minha família.í " . corno disse. a partir da violação original. Isso não quer dizer que as . No processo de internalizar normas.. Essa afirmação é um pouco como o argumento da dança da chuva mencionado no capítulo x. elas próprias serão o alvo da desaprovação de terceiros." zada. ' r ' . As regras de etiqueta. mesmas. . tais como as normas de cooperação. Não cutuco em meu nariz quando.em exemplos! . 144 145 l: 1'1:" '. em um. Como mínimo absoluto. Precisamos perguntar também por que as pessoas iriam san~. da mesma é uma sanção interna suficiente..\i .contraste. um modo racional de I'~ economizar nos custos de decisão. Ora. A vergonha ou antecipação. mesmo que não haja ninguém ao redor observando. •t sanções são supérfluas uma vez que uma norma fui internali. Às 'vezes uma pessoa s a b e . exceto o auto-respeito..i I~ . seja qual for o comportamento alvo.~·li. se o comportamento guiadopor normas é sustentado apenas porsanções externas. cionar' outras por violarem normas. isto é. As normas poderiam existir porque são úteis ou para o indivíduo ou para o grupo que as segue. 11" il!. O que ganham com isso?' elas não exprimirem sua: deUma resposta poderia ser que saprovação da violação.faz parte do auto-interesse racional de uma pessoa exprimi-la. as atitudes de outras pessoas são essenciais.. E poderia haver mesmo uma norma para sancionar pessoas que deixam de sancionar se Normas sociais :li! pessoas que deixam de fazer X. uma norma de ordem mais elevada para sancionar pessoas que deixam de fazer X. clã ou tribo.~.' . . normas de como se vestir e semelhantes não parecem ter quaisquer. exprimir desaprovação é sempre caro.vQuando há uma norma para fazer X..l: . .1 Ilil l ii . o rígido controle dessas normas sobre a mente parece criar um bocado de miséria sem sentido. são seguidas mesmo que a violação sejainobservada e não exposta a sanções.conseqüências úteis. exige energia' e atenção que poderiam ser usadas para outros fins.sar . algumas sanções devem ser executadas por motivos diferentes que o medo de ser sancionado. isto é-.h~: rw~ '11.:' Em resposta a esse argumento podemos observar primeiro que normas não necessitam de sanções externas para serem efetivas. Ao contrário. 'úmavez" que seria seu interesse dissipar o receio dos trabalhador~s~~~h1-~ .A:.. . E de qualquer modo as sociedades dominadas pela vendetta têm uma incidência muito alta de mortes por violência. Masa norma contra os.'.\'<.. .~" prometer-se a um padrão. Poder-se-ia provavelmente eliminar quase todo o comportamento. Mas . numa ma de cinema tenha conseqüências úteis. . Mas uma conseqüência não-intencional de muitos negócios monetários entre vizinhos poderia ser a perda do comportamento.' plicação usual dessa norma é que os aumentos de ritmo induzem os empregadores a elevar os padrões. pudesse tê-las. a de manter fora os de fora e por baixo os inicianteso É fácil imitar uma forma de comportamento. As normas que regulam o papel do dinheiro são igualmente ". .. . Uma resposta é que a complexidade das regras serve a uma função adicional. Mas não é claro que isso seria bom.. corretamente. 147 " -. uma vez que todos saberão que elas poderão ter conseqüênciasdesastrosas.Z!.. de modo que no final todos os trabalhadores perdem. tentar riqueza pode ser apenas um caso especial de urna norma de ordem mais elevada: Não tente aparecer. poucas tentam passar por operãriosf .. freqüentemente há {iUiipla redundância..~ .:. . história"sobre as coisas' ruins que aconteceriam se não tívéssemos essa nonria. de ajuda mútua espontânea que é.:. Mas esse argumento se esvazia diante do fato de a vida da classe trabalhadora ser não menos regulada por normas que a das classes superiores. Impedindo os negócios.. '1 . mas o custo de criar-se esse regime de terror seria proibitivo. ' 149 " .:. Ao contrário.. que prevalece em muitas comunidades pequenas.~f~\~~.'. (. que uma transação não pode fazer diferença./...contar uma história não é apresentar um '. .vo'.ê~de.dHI 1\ .grama. aceitar ou 'fazer ..'.encontrem-tacílídade para abandonar a classe. entretanto.o mesmo não explica porque essas regras são ~m~:frÇq·üênciaconiplicadas. "Não penses queés melhor do que nõs.e um crachá ou gravata. .elirj~S'.é~q~e..' .. . A norma poderia também .li Ili l "'j~1 1i!~.. <seja do interesse da classe trabalhadora como um todo que seus membros não . '. O problema com esse relato que ela faz os empregadores parecerem realmente irraciomiis.As normas da vingança também são ambíguas a esse respeito.a pena de morte.a:to. não te comportes de maneiras que nos façam pensar que pensas ser melhor do que nós. O impacto geral da norma de não aparecer prova\iélriiérit'-é .1~\'I mente." Essa norma.a comunidade. rr. umavezque os primeiros a fazêo. " ambíguas... I.ter um aspecto mais indecoroso..\.-'- poderia. ' ' .J á~" . • ofertas para aparar os gramados de outros por dinheiro parece mais prometedora a esse respeito..~.". contar uma '. .com. posso ficar tentado a aceitar ou solicitar uma oferta.... pré-estabelecido.natural~1~'.. como Q:usQ.~t.. É verdade que se eu oferecer dinheiro a meu vizinho para aparar a minha . criminoso se todos os crimes fossem punidos .Ô . .d. argumento. Eu não acho que a norma contra comprar lugares ~~. faço uma ostentação de riqueza de um modo disruptivo para a comunidade.lll.. pensando. Enquanto muitas pessoas da classe média gostariam de se fazer passar por membros da classe superior. Talvez -. poderia ser um em termos de normas sociais.alterp~~j.·.. A norma que nos previne contra. confonnismo.um dos principais benefícios de viver numa comunidade. A ex. mas difícil aprender mil regras sutilmente diferentes. veja. se lhe for dado o tempo de cinco minutos.· . ' .Interação Normassociais eíÍ~6:. Pode desencorajar os mais dotados de usarem seus-talentos.'. ' A norma contra aumentar o ritmo encontrada na maioria dos ambientes de trabalho pode ser vista nessa perspectiva. Qualquer economista que honre o título . . o::.-'.e acima de tudo.i'àIguéina um grupo um sinal deveria ser suficiente.:i>:. também seuslideres otenclaís. Poder-se-ia argumentar que haverá menos rixas em sociedades reguladas por códigos de honra.I' . Um reI.::.~. embora.:i'~c:11~ãqé menos diflcll livrar-se das normas de etiqueta do que adquiri-Ias.. a norma preserva.tenderiam ~ ser seus membros maisdotados e. . pode ter conseqüências muito ruins. Para sinalizar pu confirmar a miaÇã. ' . portanto. e pode levar a que sejam rotulados de feiticeiros se ainda assim os usarem.6'~!Para maior certeza-poder-se-la contar uma história sobre esse caso também.." II!ijll. A'maneíra de falar de uma pessoa educada emOxford difere do inglês falado padrão de muitos modos além " dós <necessários para sinalizá-la como graduada por Oxford. Se eu estiver sem dinheiro.. . Herman..I ~ 148 149 ~~~' 1 '1di1\: . l .. Uma Bandeira pe. '.~l -: .. Aspessoas queriam uma chance de subirpara o telhado e testemunhar o espetáculo por si ..'.!!\I ·./. exatamente quando Herman disse. "Como vocês podem subir se devem estaraqui embaixo?" disse Herman.. I. . fi 1. /. uÉ isso! Fiquem assim agora!" umdos vermelhos abriu moabrecha -subiu voando quatro lances de degraus até o telhado. [:r 1 11 . também. infelizmente. -.. " .'.' l ~j.lnteração. chegaram a VetaBandeira real. vermelhos e brancos e distribuiu-os às pessoas da cidade de modo que pudessem marchar através das ruas como uma Bandeira Viva.. "Desça para cá! Precisamos demoa fotografia!" berrou . :~i~ . :-rr':. '11."':}"."Osvermelhos tãobrilhantes! Ele não conseguia desviar os olhos.. 'XIII !\ M Lake Wobegon Days Garrison Keillor descreve o. Apenas Herman é Mr. '1:1' '.:~.~r l 7 Como foi notado no capitulo VIII. )iM ~~~ t. Logo-após a guerra. o organizador da parada. "J . .eramoavisão magnífica. a: fotogI-afia no jornal eraempreto e branco.. embora mais tarde se tomasse um obstáculo ao progresso.rnllo' é bom.. .nado à inveja. Embora preserve a comunidade.' s .-(::' . buraco quehavia deixado atrás de si.' ~..li" ~~..\ ~ . 'nossos ancestrais.c<.:>. ' .li i 't :~~ t1ji ~! 1i '~. Mesmo como '.. ! . A Bandeira Viva enchia a rua embaixo.' . "-1. ...yamos supor que descobrimos que dada norma deixa a todos em situação melhor do que estariam sem ela... Isso poderia dar uma história. eqüidade. .. .~: ~~ "I' !ti! . . resultam de propensões psicológicas sobre as quais sabemos pouco. ~!l' ~~! :~} '. A seleção natural poderia explicar as normasde cooperação."3."'.. :i"" ff.? nada tenho a dizer sobre como realmenteemergiram.. Hansoli .l' ~'r' "! I 'i' :$- .: ~..1.>r. ela impede o progresso. r.. comprou uma quantidade de bonés azuis.~ !ii:1 ': ~ FI" 1 ':. aspessoas ficàrainJeHiês em comparecer. . "Vocês sobem ali para vere não vão ternada para olhar. ~ . mesmas. A não ser que especifiquemos o mecanismo pelo qual os benefícios não-intencionais do comportamentoguiado por normas sustêm a norma.: } Uma causa de ressentimento erao fato de quenenhum rtpl~s" " chegou avera Bandeira queestavam formando. Outra história evolucionária é que o conformismo pode ter sido uma eficiente estratégia de sobrevivencia para.' '.~ ~ t A!iti ~f~~ .~. . ~ 0i ~..l"" '.3!!'I.'não posso propor qualquer outra explicação de normas. ." Talvez tenhasido assim que o leopardo adquiriu Suas manchas e o etíopea sua .e talveznão. ~ ~ . Algum comportamento guiadopor normas é intimamente relacio.:.. dever..-. 1'" i.'. porém mais tardereéonsideraram:"YrJ..' ' . . De outra forma..~.~ ~~ '11\i ~: • .:.. e alguns meninos muito baixos para serem necessários lá embaixo.~. : .pia da E Bandeira em sua cidade mítica. As normas.: . .'" " '. disse ele.:i[l'..I' .:: .I!. Embora eu pudesse contar uma hist6ria ou duas sobre como as normas poderiam ter -ernergido.. embora não nos ajude a compreender porque elas variam tanto..l.' s..t " ':y.~ ". . . entre as sociedades e assumem tantas formas diferentes: altruísmo. . dteís. 11: r.enquanto ele se postaria sobre o teto do Edifício Central para 'tirar uma fotografia..- lj I' .. ' " . " . no meu entender. .. •. não vejo quaisquer candidatos plausíveis para o mecanismo pelo qual as conseqüências benéficas das normas as mantêm no lugar. a inveja bem poderia ser favorecida pela seleçãonatural. inclinou-se e olhou demoradamente.J"". . Não basta saberem queestão fazendo suaparte?" NoDia da Bandeira de 1949. .: : "Inacreditável! Não consigo descrevê-lo". embora ocasionalmente possa ter conseqüências .: ~J'..(" I/! f ~' ''.~ Ú.~: ~'::'.~ ~tilf liJI {~. ' . " .: ." ~''AçÃO CÓLETIVA .. essa visão é uma afirmação gratuita.i ' '..'..'. "Corno estáaparecendo?" gritavam-lhe as pessoas. Herman. Ainda falta um grande passo até a conclusão de que a norma existe porque faz com que todos fiquem em situação melhor." i ~ r·jl~:~?' :~ ~!.' :..rfeita!. Um ano experimentaram com um grandeespelho segurado por dois homens para forada beirado . "Dez minutos ··'j. masquando as pessoas inclinaram as cabeças para trás e olharamparacima. Suponhamos que cada membro de um grupo tenha a escolha entre empenhar-se numa certa atividade e não empenharse na mesma.I~ K ::.:' . i .I'l' gritou Herman...! Pode ser ou não melhor para todos se todos o fizerem do que se ninguém o fizer. agirem daquela forma. :>~r~~:1~ fazi(â ~ente ref1et~ sobreeste grande p~s e no lugarde Lake 'j7.eI1!~nte. coor- :. reservando as soluções centralizadas para o capítulo xv . '.' . :i' I!..'. f '. pouco sentido em formar uma Bandeira que ninguém Pôdê\ver. Cooperar é agir contra o próprio auto-interesse de um modo que beneficie a todos se alguns.~' . 3 Aqui "melhor" significa melhor pela visão puramente auto-interessada. . por causa de deserções. incomum.-.' AJl!irtd~ira Yiva'oferece uma ilustração literaldessafrase.Desdeentãoos Knutes conseguiram várias Bandeiras boas. entretantó'.há inumeráveis exemplos dessa perversa tendência de a racionalidade individual gerar o desastre coletivo.''. O grupo tem um problema de ação coletiva se for . comoficaráclaro maisadiante.' I . Ct.' • :..tinhamquedar uma olhada.:...: durante toda a tardee simplesmente absorvera visão. "Depressa! Pare de embromar! Voc2 já viu! Desça paracãe dê umachance para alguém mais!" Hennanmandava as pessoas subirem em grupos de quatro. telhado.. trinta.os enfrentam um problema de ação coletiva.a Bandeira se desfaz e não há nada para seolhar.que enfureceu os que aindanão haviamsubido.·I:. Vamos definir uma ação coletiva um pouco mais cuidadosamente.( q i· ' :: f. -\. :150 . .antas que não fique nada para observar.:. inquietos.melhor para todos se alguns o fizerem do que se ninguém o fizer.! U' ". _~~.J~dassím...\ II 2 Deus podia vê-la. No mais conhecido problema de ação coletiva é melhor para todos se todos cooperarem..'( 'J~Í'eni issô.':::..Yt'~begoniM. olhar para o espelho.V.. ..~ ~' .Trazla lãgrimas aos olhos.todos.' . ..emborana maiorpartedos anoso comparecimento tenhasido pobre.f:ú. t. . . apoiada por sanções ou ao menos pela" autoridade.. "~:adminiraril-na.j). niaS~\não.. ~ Os:..posterior. l'...i~~~~::túfi sorteios. 151 :1\. . Era maravilhosal. canhão.' .:. Vocêprecisade ao menosquatrocentos para fazeruma boa.. em 1.. I Interação Ação coletiva .: " :<na~x~riência.:':íf~"Wobegon em tudo ISSO. "Melhor para todos" é uma frase ambígua. Mas uma vez que Deus podia vê-los. que não haviam sido inventados quando elas foram construídas. .:. mas melhor para cada um não fazê-Io.a Bandeira desapareceu.para o último a ir vê-laerawna Bandeiraperfurada por fogode '. #*. As outras asseguram que algumas pessoas observem. .~_\ ~' Z -i1.' 'quando a primeira hora se passoue apenàs quarenta dos A..:.' :x. 4 É melhor para todos os trabalhadores se todos fizerem greve por salários mais altos doque se ninguém o fizer. As pessoas quenam ficar ali paradas .' 11:' 'It.. Knutes estabeleciam umaregrade "não olhar". naturalmente." ."não . Neste capítulo discuto as soluções descentralizadas para o problema da ação coletiva..sc fala de cooperação"se desfazendo". mas cada trabalhador se sairá melhor peJma- . h ~ .!:~/f. e depois dez. Cada um é tentado a subir para o teto ou. outrosanos organizavam um sorteio. 'Mas se todos fize). .· eles recorrem a técnicas clássicas de.~~~~V.. Esta é uma extensão do Dilema do Prisioneiro..tt:. ou possivelmente todos.~ -. Exigem..olhar".? "coordenação centralizada. a Bandeira que ficou ~~"~ . é claro.... ... .. ~~iJ~~p~~r uni.'. masdez minutos Se transfonnacam em ·..'l.. quinhentos haviam estadono alto. mesmo que.: . 4t(re~oIXêt·(rproblemã. '.'...~·. e as pessoas escapuliam e. Em 1950os Sonsof Knute assumiram o Dia da Bandeira.i:.:J('.' Para ·'·L". . duas horasa Bandeira Vivatomou-se a Bandeira Sentadae :~.. Assim.fi.4t!~ e." depois começou a erodir._~ i· "I' s~ :'. àmedida que os membros que haviam « dado uma olhada pensavam em dirigir-se paracasa para o jantar. mas após r.:." '~ ~~. os . os outrosficaram mais e mais .v'Não!" disse eríiWí~'rnãs'eles fizeram umavotação ea coisafoi unânime.i ' ". -. .o.Em alguns anos. eol:llll. generalizado a partir de duas pessoas para grupos de qualquer tamanho. ?-~" f::\~. primeira não é muito sa~isfatória: urrí~'(~~z~g~.req~e!l. -". y.~(- .ma!s.:' '.I f': t: -'i'.. ' denação: impor uma . isso não importava. 4 A contrafinalidade está estreitamente ligadaao problema da açãocoletiva. Nas catedrais medievais muitos capltéls mara~ilho.' o.1I~' :'l!. . . sos estão tão altoque ninguém pode ver os detalhes sem binóculos. .~t-~.. para suplementar aqueles citados no capítulo x.regra de . . Os Íne~bros ~ Bandeira Yiva ~ubiram parao teto e '. Herman deu-lhes as caixasde bonés. Os wobegonianos não parecem ter tido o mesmofervorreligioso. ...t.:. ~ 1. .1" . . Na vida social.. E que todos o façam pode ser ou não o melhor. Aqui estão alguns exemplos. ' ...' Podem aumentar seja a quantidade do bem posto em disponibilidade. . mas para cada um é sempre melhor ir de carro. '. ~. ~. Quando mais e mais pessoas se juntam a uma campanha para manter aberta a escola local.:: . as chances de que isso seja conseguido ficám muito melhores. i i . Na figura o custo não varia com o número de cooperadores. $i ~. ela deve começar em O e terminar em B. As duas linhas maisgróssas mostram como seus benefícios esperados variam com o número de cooperadores.'..lixo. formar lobby para manter aberta a escola local. Ambos os casos são cobertos se pensarmos nos beneficios cornobeneflcíos esperados. mas os Indivíduos não têm incentivo para abster-se de jogar . e seeles não o fizerem.. !f.i . . :'--. ele não poderá fazer nada por si mesmo. número de cooperadores A ... mas na ausência de um sistema de patentes pode ser melhor para cada empresa emprestar das oputras.. O custo também pode decrescer: à medida que mais pessoas aderem a um movimento revolucionário... ele colherá o benefício do esforço deles sem pagar o preço. À medida que mais pessoas se juntam a campanhas de rádio que' pedem ligações telefônicas.. A linha fina mostra como o benefício médio para todos os membros do grupo.' ó. seja a probabilidade de que o mesmo seja tomadodisponfveI. . A distância entre as duas curvas representa o custo (por cooperador) da cooperação. E melhor para todos se ninguém jogar lixo no parque..J>' Interação Ação coletiva beneffclos benefrclo por não-cooperador c 1 beneffclo por cooporador B . Quando mais e mais pessoas usam o ônibus para ir ao trabalho em vez de irem em seusprõpríos carros..00-.t.. No caso A. XIII.l mostra o caso mais simples do Dilema do Prisioneiro para muitas pessoas. nos diagramasA B.~- . É melhor para todas as empresas se todas investirem em pesquisa e desenvolvimento.! O fato de que a não-cooperação é individualmente racional.~. enquanto que o pior resultado A é reservado para o cooperador unilateral.· !iJI.. . Jil tjt I são chamadas não-cooperadores.' . ' '. ' J~~': ". Figura XIII.2. ~:' i: ~:. ou todos os membros da OPEP. manter estações de rádio públicas e juntarse aum movimento revolucionário conformam-se a um mesmo padrão.' ~.:~:: 1/ necendo no emprego.'rt I .:.~ <T' i. A Figura XIII. respectivamente... Aqui as pessoas que fazem o que é melhor se todos o fizerem são chamadas cooperadores... 't. mas este é um caso um tanto atípico.~ '1<' l·'... e 5 Hã duas maneiras pelas quais os cooperadores adicionais beneficiam os outros. Esses dois casos são mostrados na Fig. mas cada um tiver um incentivo pare sair fora. Que é melhor para todos se todos cooperarem do que ninguém é mostrado pelo fato de que B está acima de O. eles farão melhor por si mesmos do que se ninguém cooperar.. E melhor para todas as empresas de um ramo. Se há ao menos D cooperadores.~.. o custo da cooperação aurnen-." j ~.· ~..' !i! .'[t.... cooperadores e não-coopera'dores. 153 + .. Votar.-.. .. as outras 152 'r" i.': .. ''''. O custo da cooperação pode aumentar à medida que mais pessoas cooperarem. declarar sua renda corretamente. ..l .~' or \i\'t' I I :. se todos se fixarem numa cota de produção ou num preço de cartel do que se todos se comportarem competitivamente. :k f '1\ . Por definição. o congestionamento diminui consideravelmente e todos ganham tempo. :7". em termos de-beneficios egoístícos. o não-cooperador unilateral ou participante independente obtém o maior benefício C. as linhas ficam congestionadas e leva mais tempo para conseguir completá-Ias. asforças do governo devem distribuir-se mais esparsamente..jirnostrado pelo fato de qua a linha mostrando a recompensa aos não-cooperadores está consistentemente acima da outra. varia com o número de cooperadores. É melhor para todos os que vão diariamente à cidade se todos forem de ônibus do que se todos forem de carro. Como no Dilema do Prisioneiro de duas pessoas. Se os outros fizerem greve. os cooperadores à esquerda de m causam mais mal do que bem. I . a situação típica é. Os primeiros cooperadores.: .s Uns poucos revolucionários não fa- f. Quando os cooperadores fazem mais mal do que bem. Dizerque os últimos votantes acrescentam muitopoucoé dizer que o beneficio criado numa situação em que todos votam é quaseque inteira--:. ~t.•.~. Cada cooperador adicional acrescenta a mesma quantidade ao bem-estar de todos. No último caso. "meio" e "último"podem referir-se aos tempos em que cooperadores sucessivos se juntam(comona organização de um movlmen. é por que o mal que fazem a si mesmos.•.: 154 .ao cooperador. expressam uma comparação de duas situações.•.curva de benefício médio alcança seu ponto mais alto quando cercade metade dos indivíduos coopera. assim como os à direita de n. 6 As expressões "primeiro".~·i>'" Figuraxm. tomam a situação pior.'. atos unilaterais de cooperação causam danos a todos. narão os benefícios. "". ~". através do custo de cooperar.'.! e XIII.2 são observados. Ora. As Figs. Como foi mencionado no capítulo VI..' .3 l. o custo da cooperação é muito alto quando há poucos cooperadores. {o (A) (6) . faz pouca diferença se os poucos que não estãocomprometidos também o fizeram.que o primeiro e o ültímo contribuintes acrescentam pouco. ta tão rapidamente que.•. na verdade. supondo que os custos de operação sejam constantes. I.ti. Às vezes a unanimidade é importante: uma' única firma que venda mais barato que um cartel pode monopolizar' o mercado se.~ .. Mas também podem referir-se a atos simultâneos de cooperação (como em votações).3 mostra esse caso.':<1". . No caso R. Na realidade.2 sãó atípicas pelo fato de que os benefícios da cooperação são mostrados Como constantes. A Figura XIII. excede o bem que fazem a todos os outros (e a si mesmos). o custo excede não apenas o beneficio. mente igualao beneficio criadoquando quase todosvotam. à medida que mais e mais se juntam. Com respeito ao benefício médio.mas a soma total dos beneficios de todos. XIII.4 ilustra casos nos quais atos de cooperação são positivamente prejudiciais. '{". No caso A.. Geralmente. alguns poucos aventureiros independentes não elimi.·: . o desarmamento' uni- 155 . zemmuita coisa. . ~I.. Isso é mostrado pelo fato de que a .Interação Ação coletiva n '~. XIII.to revolucionário).. -'.2 ". tiver capacidade produtiva suficiente. essa frase é um tanto enganadora.li!'!'! . . A" Figura XIIl. . entretanto. mas quando quase todo mundo aderiu. . Figura XIII. .: I. 1 . Eles não prejudicam outras pessoas efetivamente.. Ambos os fenômenos ilustrados nos diagramas A e B da Fig. . enquanto que os que chegam no meio são mais éficezes. . . :. os mecanismos descentralizados podem render cooperação demasiada ou insuficiente.! '. ~:.(1 ' :~ .:' iIl '~íI.que explique todas as instâncias da cooperação. dependendo de requererem indução e força externamente impostas. e que todos se precipitem para recolhê-lo. Na realidade. 'i !.•1 1l'. ação coletiva vezes '..(.1 . ~> . uma vez que assegurar a concordância com uma instituição central é em si mesmo um problema de ação coletiva (capítulo xv). de modo que não fique ninguém trabalhando nas indústrias que são vitais para o esforço de guerra.Interação Ação coletiva i c'".n : wi' '. Há dois equívocos a serem evitados ao tentar explicar o comportamento cooperativo." f~ . XI1I.'.. na Fig. XlII. As soluções podem ser centralizadas ou descentralizadas.c: ~: ~. Atos individuais derebelíão podem criar' um pretexto para que as autoridades caiam não apenas sobre os rebeldes.. a cooperação universal é indesejável. Podemos imaginar que após uma festa haja uma grande quantidade de lixo no gramado. Embora não seja um Dilema do Prisioneiro para muitas pessoas. XIII.!H. pisoteando o gramado no processo.i. Os problemas de ação coletiva surgem porque é difícil conseguir queas pessoas cooperem para seu benefício mútuo. 'i' [.' tralizadas são mais básicas que as centralizadas. . mas também sobre os circunstantes.f .~.1 ill ~fll I.i ~+t: . é pior se todos cooperarem do que se ninguém o fizer. Antes que os trabalhadores estivessem organizados não era possível dirigir só alguns para a greve: era todos ou nenhum. a cooperação ocorre quando e porque diferentes motiva' ções se reforçam entre si. Soluções descen. ~.ação coletiva tal como a defini. os últimos cooperadores desfazem parcialmente. por exemplo . O auto-interesse poderia parecer uma motivação improvável. ... .. :~ \ '" -~ " "'. I. " da Fig. ~. .' f (6) (A) J . ~i. . No caso B. Um erro mais sutil é acreditar que cada instância da cooperação pode ser explicada por uma motivação.. t ")- ~:._l I::: : '. A relação entre greves e sindicatos é um bom exemplo. num problema isolado isso é efetivamente verdadeiro. > 157 • • " .: 11: !III :'n . $' 1 " tI' ! t . "Resolver'voproblema é atingir a cooperação mutuamente benéfica. li ~ "1:: .· (C) FiguraXIII. i l ~ f :. & :~ . altruísmo. . 1 . é um problema de.. uma vez que o problema de ação coletiva é definido em parte.I~ ~~. :L. " 'I.!~I il I'!' :!:'1 : 111 .. & .i :1: t tll i. Quando. No caso C. ~:. t:r" i 'j.11 11 :" I. o trabalho dos anteriores. Quando as mesmas pessoas enfrentam problemas de.' [4'. Quando a cooperação universal for indesejável.3 e em todos os três diagramas .'.:.:~!.2.' 7 Como no diagrama A da Fig.: .!i' .4 ' lateral ilustra essa possibilidade. 156 J. O mais cru é acreditar que exista uma motivação privilegiada-' auto-interesse. '.'1 ::J "j . uma solução centralizada pode ser necessária. pela cláusula de que não é egoisticamente racional cooperar. entretanto. ~ljl 'ilHi! 1:1.!~. nornias sociais ou alguma combinação dos mesmos.4. Nesses casos.. Isso sugere um processo em dois passos: a ação coletiva descentralizada com participação universal estabelece uma instituição central com capacidade para forçar a participação seletiva. Como em Lake Wobegon. Ou suponhamos que em tempo de guerra todos insistam em entrar para o exército. "t *' ~~.: lrl )' . ft. E. No capítulo IV dei o exemplo da limpeza após uma festa. As soluções descentralizadas podem ocorrer por uma variedade de motivações individuais: auto-interesse.? uma solução deve definir quem deve cooperar e quem não. é difícil determinar por meio de uma solução descentralizada quem vai cooperar e quem não vai. por isso.rl~'I! ::il :Ií dr 'I: 1. cadeia pode continuar em frente até 'a cooperação universal ou parar antes dela. Alguns são facilmente induzidos à cooperação pela vergonha. Alguns são utilitaristas: querem promover o bem: comum. Em alguns.r1 ). utilitaristas e aqueles que foram induzidos pela soma total de kantianos e utilitaristas pode ser suficiente. i I~ li ~i :1 "I . Nunca há muitoskantianos. que fazem assim porque outros cooperaram no passado. . Alguns são motivados pela norma daeqüidade: elesnão querem andar de carona na cooperação dos outros. ilustrado pela Fig. uma vez que nesse intervalo cada ato adicional de cooperação aumentaria o benefício médio.1111 . Para serem movidos por retaliação e retribuição futuras. ninguém pode fazer melhor que adotá-lo ele próprio. A comunidade dos banqueiros ocidentais aparentemente consegue manter uma frente kiUnida diante dospaíses devedores do Terceiro Mundo pela crença de que uma ~ 'i. com muitas .a:reação em. Os utilitaristas poderiam agir eles próprios como catalisador para pessoas que são motivadas pela norma da eqüidade. grupos pequenos. pequena. embora inferior. guntadas por que cooperam. d ~.? Muitas pessoas.·'1' . várias motivações coexistem e reforçam umas às outras. Se todos adotarem esse princípio. Uma vez que não há estratégia dominante. interações repetidas.'[:rll' r. I\. mas também não querem cooperar quando poucos outros o fazem. Tipicamente. "pagar na mesma moeda". a soma tota! de kantianos e utilitaristas pode ser suficiente.l} coletiva Interação evezes repetidas-pode estar em seu auto-interesse cooperar. Quando o fazem. voltemos ao que acredito ser o caso típico de ação coletiva... Oskantianos poderiam agir como gatilho ou catalisador para o comportamento utilitarista. A adoção universal do princípio "nunca cooperar" também é um equilíbrio. Os indivíduos devem não ser muiTu míopes. em função do que ela e os outros fizeram em interações prévias. o ganho da não-cooperação unilateral não demasiadamente grande. Para alguns. 111'[111 :. a adoção universal de "pagar na mesma moeda" é um equilíbrio.g '~~ . As condições nas quais as pessoas cooperarão porauto-interesse são realmente rigorosas.- t )":1 'i·~ :~ ~. cooperar em qualquer rodada posterior se e apenas se todos os outros cooperaram na rodada precedente. .ij I . a soma total dos kantianos. e suponhamos que os indivíduos tenham as várias motivações não-egoísticas discutidas no capítulo VI.AÇã. esperança de reciprocidade. todos cooperarão em cada interação. ünicadeserçãodesmanchariatudo. Em .. bastante unidos. .~ i.1: 'i:"I' '). Se outros o adotarem.1:1 '::1 I. . diz às pessoas para começarem cooperando na primeira rodada e então. XIII.l: '..i: '1I'~ .. Para outros. Dependendo da constelação de motivações.1'.mas podem ser tornadas precisas.. mas isso é mais reflexo de uma norma de eqüidade do que um mecanismo de reação num equilíbrio auto-interessado. > Essascolocaçõessão aproximadas.: .U) de reação que lhe diga o que fazer em qualquer interação dada. Enquanto o número de outros cooperadores esteja entre m e n.[i'l :.. '~ . por .. e a perdada cooperação unilateral. Alguns são kantianos: querem fazer aquilo que seria melhor se todos o fizessem. Para cada um dos últimos.. :':~ ':-1 \ '11 :T~ :. Uma função de reação particularmente simples. i)~ I. enquanto outros se aproximam apenas quando quase todos já aderiram. esta última condição é de realização irnprovâvel.' LI i". se per- . medo de retaliação ou ambos. um utilitarista também desejaria cooperar. o auto-interesse de longo prazo pode substituir a moralidade ou as . . que a maior parte da cooperação é devida a "motivações não-egoísticas de uma espécie ou de outra.: '~ : t . 8. Os ganhos da cooperação universal devem ser substanciais. I ~ 'I ·'I. cada pessoa precisa escolher um mecanis... e os utilitaristas como multiplicador para os kantianos. 8 Finalmente.racionais e plenamente informados sobre a situação.~~ ~.. precisam importar-se com o futuro. ele não adotará "pagar na mesma moeda" a não ser que esteja certo de que outros farão isso também. Ij fI::I' :11111 158 159 lil i" lJ . isso pode ser realizado. Em grupos grandes. mas suponhamos que seu número sejam. cada indivíduo deve estar realmente confiante de que os outros indivíduos são. Acredito..normas sociais. supondo-se que algumas condições adicionais sejam satisfeitas. Para ilustrar essa proposição.li: '. provavelmente responderiam.3. Como a norma da eqüidade é insensível a resultados não há nada para impedi-la de . há certo número de 'outros cooperadores que serão induzidos à cooperação. Sob certas condições.pessoas que não conhecem umas àsoutras. E assim por diante. . 9 . Os benefícios da divisão do trabalho são mais um exemplo. que significa cooperar com outras pessoas .:Yjajardê:~á.. um boné vermelho na cabeça..1 cisão de votar ou nãoem dada eleição podedependerda afluência à última elei-' ::hj)Ç~O. cotidiano. deve haver um mecanismo.':. aponta numa direção exatamente oposta. . . naturalmente. Assim poderiamser gerados ciclos pollticosdo tipo teia de aranha.i continuar até o fim mesmo que fosse melhor para todos que não .neficiaria a ninguém.para dividir os benefícios da cooperação. Em' casos onde a cooperação universal é sem sentido. mesmo se apenas porque é difícil imaginar a forma da curva dos benefícios médios. Ou consideremos a cooperação de trabalhàdorcs e capitalistas na produção.h mecanismo para decidir a quem deve ser peririitidô.r. ~~.dando-lhes as mãos e caminhando lado a lado com elas. É preciso um número substancial de pessoas para formar qualquer coisa que se pareça a um padrão de bandeira. O kantianismo por definição não é sensível ao que os outros fazem.. Neste' capítulo considero a cooperação nesse segundo sentido.. Remover o lixo do parque ou pagar os próprios impostos são exemplos do primeiro. Isso se aplica mesmo quando as decisões s110 tomadas simultaneamente.161 .j iI .. devem interagir na produção. . Em uni deles. e vice-versa.. não be. . Isso é cooperação no sentido literal. digamos. dois problemas. 160 XIV NEGOCIAÇÃO E XISTEM dois tipos de cooperação..' A cooperação bem-sucedida nesse~e~Ud~~yquer. interativo. o fizesse. se es. c1êveh~v~r tampérri ur. . Uma firma que se especialize na impressão de livros será improdutiva a não ser que haja outra firma que se especialize em composição tipográfica. São atos que beneficiam outros.um conjunto de atos de cooperação. 1. . Mas há evidência de que algumas pessoas têm o instinto caracteristicamente utilitário de cooperar mais quando outras fazem menos. mesmo se ninguém mais cooperar. Se um único indivíduo saísse para a rua com. .:' • colhas simultâneas tiverem que ser feitas em muitas ocasiões sucessivas. ~::. . .a solução de . ' : c" . Quase nada é conhecido sobre a distribuição dessas motivações na população e o modo pelo qual elas interagem para produzir cooperação descen' tralizada.ona..a unidade básica é um padrão cooperativo de comportamento .' A Bandeira Viva ilustra o segundo. A de.Cada. No outro. Interação . Para fazê-lo. Na vida real. ninguém age como utilitarista. . faz sentido falar sobre atos individuais de cooperação. 10 A norma de eqüidade. Em geral. O trabalho sozinho ou o capital sozinho não produzirão qualquer valor.problema pode ser resolvido de modo descentralizado ou centralizado. . " . I I c~ ~ ~ t I. Uma igreja pode punir o divórcio récüsandô~se. a "ferrugem das sociedades".Instituições sociais xv INSTITUIÇÕES SOCIAIS s instituições evitam que a sociedade se desmantele. Embora a última seja mais fundamental. . Por um lado." . Suponhamos que oestadoaplique um imposto sobre bebidas para evitar que as pessoas bebam. multas e prisão. Se não houver outras-pessoas nas imediações.'.~Ii: . forçando-nos a financiar atividades pelas quais não pagaríamos de outro modo. Se opropôsíto do imposto é simplesmente gerar renda. apenas' o segundo tipo de força está envolvido. capacitando-nos a fazer coisas que não poderíamos fazer de outro modo. . incluem subsídios. dependendo .desde salários ou diplomas até a absolvição de pecados. formais..:. As regras governam o comportamento de um grupo bem definido de pessoas. Para esse propósito.hásiéô6u .•. desde A .. " <'. sindicatos. escolher e decidir como se fora um grande indivíduo.: .' F 'lII.': As instituições privadas também us~·foIÇ~.tipican1énte. As instituições podem ser privadas ou públicas. mas também é criada e formada por indivíduos. a Comissão de Seguridade e Intercâmbio. pode punir um empregado negligente negandO. Uma instituição apresenta como se fora duas faces. As instituições nos afetam de muitas maneiras: forçando-nos ou induzindo-nos a agir de certas maneiras.II. ameaçando de expulsão.. elas oferecem benefícios que variam .nã?~~piu. A renda do estado. Aqui "força" signiflcaqualquer . apoiadas pelo . infonnais. "'!I '. mas também usa a força contra os vendedores. As instituições públicas. As regras que vigoram incluem leis.\. Isso envolve dois tipos de força.'a:toinar parte em novos casamentos. decretos administrativos e or• dens executivas.. uma instituição pode ser definida como um mecanismo de imposição de regras. Uma firma.o Congresso. ação designada a tomar uma prática indesejável mais carapara aqueles que poderiam sentir-se tentados a empenhar-se nela'. • • . minha própria consciência pode ser impedimento suficiente.~ '$ Kc -~ ~f' . ' . Considerarei esses mecanismos nessa ordem. O contraste aqui implicado é com as normas sociais.~.t tituições públicas incluem .. instituições se desmantelem.'~ usada para financiar bens públicos que de' outro p100~ 'rião sériam produzidos. tornando mais caro ou arriscado vender bebidas contrabandeadas.' tais como conheciméntocienttficô. A ameaça últimâ é.'. mais familiar. 175 > " . imediações.sistema de aplicação das leis.a'expulsão. que impõem regras por meio de sanções ex-: temas. outras pessoas podem olhar-me ferozmente. particularmente. Suas sanções. . comecom a primeira face.que haja algo para evitar que as. Um policial pode multar-me se eu jogar lixo no parque.. taxas.' '. . as instituições nos protegem contra as conseqüências destrutivas da paixão e do auto-interesse. da natureza das sanções. e mudando o contexto das negociações entre partes privadas. Para fa-zer as pessoas aderirem. por meio de sanções externas. as próprias instituições correm o risco de ser minadas pelo auto-interesse. As ins- ço 174 i . Cada face merece atenção. As instituições privadas incluem empresas. A principal sanção à suadisposição é a expulsão do grupo.': .defesa nacional. .de' .'ltier:cátgos'~9'{:promo ções. organizações religiosas e universidades. decisões judiciais. Modificar o comportamento pelo uso da força é o aspecto mais' notável das instituições. a Suprema Corte e o Conselho de Educação.~:. . mas por outro lado. '·. Parece agir.e com regras internalizadas. Uma associação de empregadorespode multar empresas-membros que violem suasinstruções sobre até que ponto podem ir em concessões salariais. por tomar mais difícil para nós fazer coisas do que seria de outro modo.'. como o chamou Tocqueville.~: ~j. O estado usa a força contra os' compradores de bebidas tomando o hábito de beber mais caro. '. Senão houver policial nas . . •) . apóiam-se fortementenesse modo de impor suas regras.. mente uma boa coisa não haver instituições dessa espécie. poderia dar boas vindas à oportunidade de assumir. Finalmente. às vezes compulsório. As partes de uma constituição que tornam mais difícil mudar a constituição do que promulgar legislação ordinária são análogas às leis do di-. É clara..t ~ d.I mas a forçar as pessoas a pensar duas vezes antes de mudá-la. . Elas não forçam as pessoas a permanecer casadas. que são o outro lado da moeda.~. Se desejo deixar de fumar. mas criam um contrapeso a desejos impulsivos de romper. são restritivas: elas tomam difícil desfazer o compromisso. Nas sociedades modernas. As mais importantes instituições desse tipo são as constituições.~ :'â. f: ./l. são garantidoslegalmente.! Subsidia firmas em regiões periféricas ou universidades que aceitam alunos de grupos minoritários.. : . As leis do divórcio.... um compromisso "Obrigatório de pagar mil dólares para uma obra beneficente no caso de voltar a fumar. Por ser restritiva.. E mais enigmático por que não existem meios instituicionais para aperfeiçoar o autocontrole. mas usualmente a instituição tem um '.'o . por contraste. i· d d . A ameaça de matar-me a não ser que as coisas sejam feitas a meu modo poderia ser tomada verossímil se houvesse uma instituição à qual fosse legalmente permitido e obrigatório matar-me se eu não o fizesse. mas nunca '(ao que eu saiba) induzido por recompensas. . E interessante que não haja instituições que ajudem as pessoas a assumir compromissos verossímeis de causar dano a si próprias ou a outras pessoas. Sem garantias constitucionais contra o confisco de propriedades.&. •. as induções pressupõem força. distribuição (como é discutido mais adiante). em favor da eficiência ou por propósitos de. " . ..~. O estado oferece isenções de impostos para investimentos ou doações beneficentes. l obrigatório processar-me por danos se eu não o fizesse.1 ': I .. . Enquanto a força pretende tomar... Na Atenas clássica. Partes externas.. As leis do casamento são capacitadoras: sem elas não seria possível estabelecer com outra pessoa um compromisso verossímil por toda a vida. ! . o planejamento econômico de longo prazo por indivíduos seria impossível..' . .. Com freqüência há uma escolha entre a força e a indução. também podem querer modificar a situação. Não são destinadas a criar uma estrutura perene. uma vez qu. Interação missão ou excomunhão. ~. O resultado da negociação coletiva é afetado por limites legalmente impostos li jornada de trabalho" e por leis que exijam permitam arbi- ou .: espectro mais amplo de sanções. voráveis. 2 Essa função capacitadora também se apóia na força. Os trabalhadores podem ser forçados a aderir ao sindicato se este tiver um controle sobre o emprego. os cidadãos eram pagos para comparecer à assembléia.J. votar c$ geralmente voluntário.e os contratos . uma constituição também é capacitadora. . . as instituições podem afetar o comportamento alterando o contexto das negociações para os individuccrNo capítulo precedente eu disse que uma vez que o resultado da negociação é determinado em grande parte pelo conjunto de acordos exeqüíveis e pelo resultado da discordância.. : { . as partes têm um incentivo para agir estrategicamente sobre esses elementos da situação.=l-~ '1' . a indução funciona tomando um comportamento desejável menos dispendioso.~If: 3 Como dizem os especialistas em leis. As leis contratuais servem o propósito de capacitar as pessoas a fazer acordos com compromissos que de outra forma não mereceriam crédito.i q. -. Em alguns países ajuda os fazendeiros a cultivarem a terra. a constltulçãonão é um pacto de suicídio. o comportamento indesejável mais dispendioso. ou induzidos por esquemas de pensão ou seguro fa.' ~ Instituições sociais . 4 Se o poder de barganha é afetado pelo melhor resultado que as partes podem 'li 177 ~I~ 176 I1 . r i 1.. ! j :•. uma vez que a instituição pode ser punidase deixarde entregara recompensa./. tais como o 'estado. "/' . ". por exemplo. A ameaça de retirar o meu negócio da firma a não ser que eu obtenha um desconto poderia ser tomada merecedora de crédito se houvesse uma instituição à qual fosse permitido e Indiretamente.ê Sem contratos garantidos" a interação eo planejamento de longo prazo se apoiariam nas frágeis bases da honestidade e de ameaças verossímeis. em outros a não a cultivarem. Algumas instituições são estabelecidas mais para capacitar as pessoas a fazer certas coisas do que para detê-las ou induzi-las. !' f ·-t{ J . võrcio. .. uma vez que retêm a renda totalde cada hora adicionalde trabalho. .linha EF representamdistribuições .' \r: .quepossa chegar 1\re~lizllJ. entretanto.í: 'li.no caso de as partes não alcançarem acordo. .' enquanto que os não-fazendeiros perdem bastante. não precisa sê-lo se alguém sair pior.r-a.: ·1 .n_tc::.1. XV. ' ' Quando as instituições afetam o bem .: ri!l: .· mentode C para B.i1 1 I\~B . .'!! :!:! . Um estado em queninguém pode ficar melhor sem que alguémfique pior é chamadoParetoótimo. que alguém invente uma fonn{i:imeligen!~ de recolhimento de impostos.: ' ·il:1 . a distribuição da renda está em A na Fig. na qual é atribuído às pessoas um imposto que é independente de quanto trabalham e ganham. como no movimento de C para A. .'. 1. '.o estado Pareto ótimo pode ser um melhoramento Pareto.t.como rio' 'fiiovi. lembrando o economista italiano Paréto. " .. como no movimento de A para C. assim como o enfraquecimento do princípio de caução ao comprador.Su.de produção.'as pessoas podem trabalharmaispara mantero padrão de vida a nlrJquese acostumaram: Mas usualmente esse efeito é dominadopela tendência a ·1.b.estar das pessoas.:.- . isso pode ser alcançadoatravés de "taxação sobre o rendimento bruto". mas não precisa .. A abolição da prisão para devedores teve enorme impacto sobre os contratos privados.~ :..d~ mesmo' os fazendeiros terminarem por perder.l :1\ 7II.~: lil!: 1 :11'1 1 !ll:.f "i ' I .mesmo se uma negociação sem restrições tivesse condúzidoa uma jornada de trabalho maiacurta que o limite legalmenteimposto.é' ~i<J<> pensado no início. . Quando a ··.lf~. as instituições podem:pro<i~zk<?~~~9..~ tragern obrigatória .Cada.. .t->. .i:ul preferir o lazerao trabalhoquandoo trabalhose toma menosremuneratívo. poderia facilmente . . :~ l dos os pontos da. elas não têm motivos para trabalhar menos. Consideremos um imposto sobre atividades não-agrícolas para subsidiar fazendeiros. c': ' ./ "1'1' :111:. 8 Isto é. Outros ainda 'alcançam a efíciênciaê com prejuízo i:'I! ui . ou de D para A. po. uma vez que aqueles que são taxados tenderão a trabalhar menos."'·":. ." O · ~.Em Cós fazen'deiros ganham pouco relativamente-a A. e na realidade pode ser falso. iI~III -:II~I' '" I ~< 178 179 iI!:I!."..s Tal desenvolvimento pgd.4~ A para B. deixar alguns em melhor situação à custa de outros ou deixar todos em situação pior.renda é taxada..-.11 ."". Um melhoramento Pareto pode ser um movimento para um estado Pareto ótimo.#~ pos de efeitos..i . : i'1":'1" . o movimento poderia ter . ..dlstríbuíção após transferência deve estar em algum ponto Cabaixo dessa linha .j.~ i .? Alguns são puramente redistributivos: transferem renda sem qualquer desperdício. '.. s Como toobter. " 6 Em teoria..'iJraI\~fe7 rências sem perda. como no movimento de A para B. '~. sendo então D á distribuição finaI. -Interação Instituições sociais renda de nâo-fazendelros E 'O-f· ! . Inicialmente.~~ ..~ I~ :1'I~. Um movimento para . ". sê-lo se houver espaço para ulteriormelhoramento Pareto.'.yess.'\ ~f' 'I: __ i } . especialmente o último. "''i'' """""'<.. por produtos agrícolas ao ponto .Poderiamesmo acontecer que a que• bra de renda dos não-fazendeiros -diminuara demanda.d!( i~ . ponhamos.L Um imposto percentual sobre a renda das atividades não-agrícolas geralmente levará a uma perda na renda total.t:i 11".levar . S .h.!:! Ih': ::1 .'" Como nesse exemplo.. Sob esse esquema. isso se mantém verdadeiro .de renda que somamo rnesmototal.um.ilf i)i..ij . dem deixar todos em melhor situação. t . (. j. conforme'discutido no capítulo precedente.a pressão política para abolir o imposto e reverter à situaçãoA. Algumas ações institucionais são pupíméÍlte~çfi~ cientes: fazem com que todos fiquem melhor.:<1 I'. mas não é..' .sido ~ire~aI1l:e.dos resultados.'mas. jJl.eri~ levar a um movimento de C para B! Se 9 dispcsitivo Ji. Isso-pode parecer óbvio. Outras ações alcançam 'a redistribuição ao custo de certo desperdício. Mudanças que deixam todos em melhor suituação são chamadas melhoramentos Pareto. ' . ' . ~ C F ..: .~!l . a otimizaçãoPareto. 7 Há duas noções deeficlênela que são facilmente confundidas.renda de fazendeiros FiguraXV. como quando empresas são multadas por poluir ou inventores recebem pensão do estado. ~:~ '1":11 11' :~~ .:1 "j. Naturalmente. nos quais exatamente k . Esses efeitos podem ser intencionais ou não-intencionais. .~ ~. ~ I~ I 11'1'. 'IF :i. como é ilustrado pela falha em antecipar a queda de demanda provocada por um novo imposto.. benetrclo por cooperador I :. As instituições podem deixar todos em situação melhor resolvendo problemas de ação coletiva. li!!: l. como no movimento de C para A. ~ " ·I·:~!j~'Il . Ou a instituição podia não antecipar que os indivíduos se adaptam estrategicamente às suasações. todas as outras o farão. como no movimento de A para D. LI I!. -"o . Outro exemplo da crença ingênua de que indivíduos regulados por uma lei irão continuar a comportar-se como se não fossem regulados foi mencionado no capítulo I. O problema de ação coletiva na Fig. Um sindicato pode induzir os trabalhadores a aderir eseguir ordens de greve oferecendo benefícios especiais a seus membros. são puramente destrutivos. Com uma pequena multa.: beneffclo por não-cooperador com multa grande . Com freqüência -o efeito esperado é alcançar a redistribuição. muitas pessoas serão demitidas após dezoito meses. "-"/ "i colheita. Se uma grande multa é imposta por comportamento não-cooperativo..~"J'''' beneffclos . esse movimento alcança a redistribuição a favordosnão-fazendeiros.{. 1 liili' . A cooperação é unia estrãtégia.f.1 . beneficio por' '. Um partido revolucionário pode forçar o campesinato a aderir ameaçando-o de violência. deixando todos em situação pior. ~"\' ~ não-cooperador.It:l 'ir Ili I[~ '-f. entretanto. !I~~ ~ ! t.\ li li. finalmente. As vezes o objetivo é frustrado porque a instituição não antecipa os efeitos de segunda e terceira ordem de suas ações. os legisladores não anteciparam que a nova lei iria privar as mulheres de um trunfo que poderiam usar na negociação de um acordo financeiro... i~'~.2. i~ :~ li:. caracterizado por benefícios constantes e custos decrescentes de cooperação. e então apresenta efeitos redistributivos indesejáveis. H~f li" i~!1 u I I:'~ ~. Se o estado toma obrigatório para empregadores dar estabilidade a pessoas que estiveram empregadas por dois anos. 1~lr 1" I: f: 1.os cooperadores sempre se sairão 'melhor que os não-cooperadores.I~: . mostra como variados graus de força poderiam fazer as pessoas COO~ . Interação do objetivo redistributivo. '~. pessoas cooperam. "I. o estado pode forçâ-los a pagar impostos e usar a renda para produzir bens públicos. dominante. todos os outrosdeixarão de fazê-lo. lO A cooperação será alcançada apenas se as pessoas estiverem bem informadas. com o desperdício como efeito colateral não-intencional.I~ .)il! • Figura XV. . tanto a cooperação universal como a não-cooperação universal são equilíbrios. perarem.'j rÍ I sem nenhuma C": multa .. O resultado 'final poderia ser menos segurança no trabalho em vez de mais.9 E .'! ''.. I'!I' Instituições sociais :. ou induzi-lo oferecendo programas educacionais ou ajuda com a 9 .~I . T 'I:. XV. Alternativamente.·I~i ·~II . Se uma pessoaadicional cooperar. uma vez que cooperadores agora funcionammelhor que não-cooperadores. Eles são altamente instáveis. Quando a legislação sobre custódia dos filhos mudou de uma regra de pressuposição a favor da mãe para a regra de que a custódia deveria seguir os melhores interesses da criança. um efeitoque bem poderiaser a motivação real por trás da abolição de impostos mesmo queo motivooficial sejao ganhode eficiência. benetrclo por não-cooperador com pequena multa !I .2 ~ '~ 0(" .I} :~Ir 'ili: 10 Adicionalmente. Ou o objetivo é alcançar eflciêncía. há um grande número de equilíbrios. de' ( ~. :"1 180 181 I!I1"IIid 1"'' 1 I~ j!P!J .! ( :~!~!! 'Iill. Para superar' a propensão dos cidadãos a pegar carona.l i~i!11 'Ir . pode forçá-los ouinduzilos a agir cooperativamente. Se umapessoa deixade cooperar.alguns.. como ria falha em antecipar a quebra na produção causada por um novo imposto.1:. umavezqueagoraos cooperadores se saempior. conformeo estereõtí-.-~ . Uma instituição pode ser dídgida em linhas ditatoriais ou democráticaso No primeiro caso. mas poderia . especificamente. Se pensarmos em instituições como indivíduos em gl"wxie escala e esquecermos que as instituições são compostas de :n. Pensemos. mas falando e1Uitamente.' .. isso é bobagem.~J~~qii~~s~~m"cõnW·-êiilrS'~Cooperação umas' das outras. Vamos supor também que. eles classificam as oções como segue:. '. particularmente. mais.'. culdade em escolher.'! e suponhamos que tenham que decidir entre três propostas. " nidade? Umalinhade argumentação é que a disi::ussãoracio~~:>. geralmente há alguma coisa que uma pessoa realmente quer. de "vontade JX'PUlar". i~ ':'.como uma expressão do que a comunidade realmente quer.~~ ".seriaes~ contra desertores.:-. Poderia parecer que quando há um conflito de interesses. popular é que é melhor ter um campo de golfe do que subsidiar a orquestra.' . 'o negociantes trabalhadores profissionais. . possa não ser fácil executá-los. .ajj.7. !} . E isso pode significar apenas que a noção de vontade popular é incoerente." . pois os negociantes e os profissionais juntos formam uma maioria com essa preferência.~lciiliçada. Consideremos uma assembléia em que cada membro é um representante perfeito dos interesses de seu eleitorado. embora possa ter alguma. a escvlha dessa opção pode plausívelI:?ente ser cham~ uma expressão da vontade popular. . Apenas indivíduos podem agir e praender. embora.».: ~\' 182 183'~: ' .. como veremos. é claro que nenhuma representação é perfeita. Mas a vontade popular também apóia a piscina acima do campo de golfe. difi..~ . iríamos pensar que ele não compreende o que significa preferir alguma coisa ou que ele sim. porque os rnem: bros do eleitorado-têm 'interesses dlvergelltes. não é claro como a vontade ou o interesse da instítuíção devem ser definidos. :f".• plesmente está embananado e confuso. Se um.'f~<i:ir."" Instituições sociais ximadamente igual. II Na realidade.:.A escolha de uma pessoa para representar os interesses de umaparte'CIO' eleitorado cria. enquanto que uma indução pequena criaria um c:qttílibrio cooperativo e um nãocooperativo./._'~ ~. a vontade popular é que subsidiar a orquestra é melhor que construir uma piscina. .Um.jiiiK~ .representando a comunidade .f I .j é: . exatamente os mesmos -problemas que os discutidos maisadiante no texto. L. " ~Ji.. .' .-r_ --1 -~ t: .. po desses grupos. Em política. subsidiar a orquestra sinfônica local ou criar um campo de golfe. No outro caso. Ora. os trabalhadores industriais e os profissionais dos:ser:yiços:éle...No caso individual.divíduos com interesses divergentes.'. As noções. ínteressante./' . Então a vontade. .ria' a cooperação uma -estraté~ dominante. de chocolate ao de morango e de morango ao de baunilha. lf.rt{h~Ê. Similarmente.. a unanimidade 6 a exceção. isso ou aquilo.negõcíos.- r-: . entretanto. Certamente não tomaríamos sua declaração como expressão do que ele realmente quere E nem devemos tomar as preferência cíclicas da maioria.i :. Estive' dizendo que as instiiWções "fazem" ou "pretendem" . se há uma alternativa que todos acreditem a melhor. Simil~1 uma grande indução toma':~:'<_ .indivíduo disser que prefere. ':-i~ ·'. de tamanho apror-. entretanto. ou que a própria vontade popular é incoerente. como se preferir. Mas essa proposição não tem consistência. o y?to majoritário expressará ou efetivamente constituirá a vontade popular.( " i' 1 Iu . ' saúde e social.: . o "interesse nacional" e o "planejamento social" devem JUa existência a essa confusão.~i.dos.' . numa câmara municipal que deve escolher entreconstruir uma piscina coberta. uma vez que os negociantes ~ os trabalhadores juntos formam uma maioria com essa preferênda.: '> {~h1. podemos ficar irremediavelmente perdidos.:' . ." -l' . Suponhamos que há três blocos nn assembléia.1 Suponhamos que a votação. desde que os traba-lhadores e profissionais juntos têm tal preferência. ._!'- . a instituição tem uma "vontade" e um "interesse". majoritária seja tomada como I! uma expressão da vontade popular ou do interesse da comunida-' de.: 'ser díãcildealcànçar. Poderíamos afirmar o mesmo da comu-. '".. sorvete de baunilha ao de chocolate..' .r campo de golfe orquestra piscina coberta 1 2 3 2 3 1 3 1 2 !: -':W.~. ::.Instituições sociais tunismo é a corrupção. Os métodos de recolhimento de impsotos que são menos vulneráveis à corrupção podem não trazer muita renda. Se os agentes buscam o poder antes que a riqueza. Às vezes jurados.:to~ldas'por comportamento em benefício próprio dos agentes quedevemexecutá-las.. Pode haver recompensas p'à(a indivíduos que denunciem práticas corruptas..\. Essa proposta logo se depara com profundas complicações filosóficas. . Um indivíduo geralmente sabe o que quer.zá~ veis por suas ações. alcançado. O tempo com freqüência "/'... ' -I . ou seja. parece que subsidiar a orquestra é a escolha acertada. Para o indivíduo não há brecha entre a decisão e a execução. rtais bemfundamentada que as outras. enquanto os outros não se importam muito com uma coisa ou outra.são eleitos e não nomeados.iér. Para fazer frente a essas -tendências. Se as pessoas têm idéias diferentes sobre o que gostariam de fazer em seu tempo de lazer. pode-se colocar a confiança no desenho institucional. I 184 185 I: :. Se uma instituição deve vigiar a outra. . J I I . argumentei que . podem procurar inflar a máquina burocrática e aumentar sua equipe além do que é necessário para a tarefa. juízes e funcionários públicos são escolhidos ao acasovdernodo qUe seja mais difícil suborná-los.''':(curto e as decisões devem ser tomadas antes que o acordo seja . Uma instituição. devemos perguntar: -quem vai guardar os guardiães? Um sistema de vigilância mútua é vulnerável ao conluio. Alguns funcionários públíccs .-/·.' " . Os de fora podem subornar funcionários para moldarem as regras ou violarem as regras em seu favor.' :1 ::\ i! . como quando são cobrados impostos sobre a terra e não sobre a produção. eleição e escolha aleatória de funcionários trabalham contra a estabilidade e a eficiência. -" ·'r ":i . Embora seja difícil provar. Outra linha de argumentação poderia parecer mais promissora. deve depender de indivíduos com interesses pró.rr>/>:. Se os amantes da música têm preferências muito fortes. de modo que sejam maislesp~)J'~sáqili.prios. . Se pudéssemos medir e comparar os níveis de -bem-estar de diferentes pessoas. Essas soluções tendem a criar seus próprios problemas. e às vezes o acordo não seria alcançado mesmo que a discussão continuasse pará sempre. Os impérios chineses adotavama prãtica ~a rotação de funcionários para evitar que se familiari.Jnteração ntre\ri1~mbros da câmara pode .decisões institucionais são facilmente defletidas e dis\. Os administradores com freqüência são recompensados com bônus em ações para assegurar que seus interesses privados coincidam com os da firma. nenhuma quantidade de discussão irá persuadi-las de que a música é inerentemente mais valiosa que os esportes. que o voto majoritário é falho porque negligencia a intensidade das preferências. qualquer mecanismo que seja designado a detectar e agir contra a formação de ferrugem na máquina institucional é por si mesmo sujeito à ferrugem. algo como isso pode :r.superar o conflito de interesses.. Se o objetivo das instituições é promover a eficiência. O mecanismo de transmissão entre o cérebro e a mão não tem vontade ou interesse próprios para opor-se à ordem do cérebro. desprezando ordens de cima.--.. f ~ -"~~'" . mas não sempre. Um indivíduo geralmente pode fazer o que decidiu fazer. Os objetivos institucionais podem ser formulados para reduzir o escopo da fraude e da corrupção. argumentarei que a sociedade não pode.( . Não existe nenhum procedimento confiável para medir a intensidade das preferências.'·. ie~Dlod(): que-todos terminem por ver que uma reivindicação está t }.~. Um indiví-. poderíamos decidir que a vontade 'popular reside na alternativa que melhora o bem-estar total da comunidade em maior escala. não faz sentido atar as mãos de funcionários para evitar que aceitem subornos. uma sociedade não sabe. pois isso de qualquer modo é totalmente impraticável..verdade às vezes. que não precisam preocupar-nos aqui.As . Em geral. .. . A rotação. por contraste. mesmo se apenas porque as pessoas poderiam achar ser de seu interesse representá-las falsamente. Ora. exceto a fraqueza de vontade e a incapacidade física. A forma mais visível e viciosa de opor- 1I ~. Uma instituição pode vigiar outra. duo que detecta uma prática corrupta poderia lucrar mais chantageando as partes corruptas do que denunciando-as. c mesmo apanhá-Ia por tentativa de corrupção.\~~·_=-"'". .zaSseirúIema-:siadamente com a nobreza local.... Às vezes eles agem por sua concepção •privada do interesse da instituição.·. acredito que a variação em corrup- ... ''. mais' que... para que a bala alcance o ponto mais alto de sua trajetória..:g.. _..' Olhada de perto. Essa formulação do problema ~"" poderia ser enganadora. tammais que as oportunidades.:JiIJ. ê óbvio que as instituições não são entidades monolítlcas com as quais se possa contar para transmitir e então executar decisões do alto. A bala alcança sua velocidade máxima no momento de deixar a boca <la arma e continuaria à mesma velocidade na ausência da resistência do ar e gravidade. Dois países poderiam ter o mesmo desenho institucional e a mesma mistura de motivações individuais.'.. XV.: ~\fi0e. - .' . e ainda assim..aS4.:'i'.}':: senho institucional.)$.. > : ()1I. . Se dermos um passo atrás. a pessoa acaba perdendo a força..O metabolismo orgânico apresenta outra ambigüidade.. Falar sobre instituições é apenas falar sobre indivíduos que interagem uns com os outros e com pessoas de fora das instituições.Siª$ai:J)iJ..palses é explicada em grande parte pelo grau de es.· A moralidade e as normas sociais parecem :~~~t. Seja qual for o resultado da inte'ração.'W.li. após o que. um poderia estar infestado de corrupção e o outro livre da mesma. O que parece ser motivações de espirito público pode ser apenas comportamento calcado no espírito público.Jnteração çã~I~~tre. vemos quehá um padrão na mudança.:p{ritQ. mas eu poderia-estar errado. construídas no século . ela deve ser explicada em termos dos motivos e oportunidades desses indivíduos. motivado por auto-interesse num equilíbrio no qual vale a pena ser honesto.<. g %.:....'. ··. ... Foinecessário o gênio de Galileu e de Descartes para ver que o.&&JUà4MM"::. acidente e história poderiam proporcionar a explicação.hâ igrejas de. a não ser se perturbado por forças externas. "" . até que ela alcance sua velocidade máxima...2 ilustra o ponto.&&&i.iJ . r 1 t .. 'r" 186 187 li '~ && :--'t. ·1.:·!r"-··~~~.-\Wjm.~"'·~'~:' Infelizmente. um determinado tipo estão sendo criadas à mesma taxa à qual as células antigas estão sendo destruídas. . :il li' " ... . . público de seus funcionários. leva algum tempo.Zrn.. por fim. \ ~:.$i~~ih.o auto-interesse esclarecido. Não acredito que isso possa valer para toda a variação entre os países.:U:.. Quando uma pessoa começa I à correr.c' i". da <.. mento não é um processo.~ rr:.: [li il: . .. também. A idéia de um crescimento gradual e depois gradual enfraquecimento de forças é compulsiva.p '.. "Emqualquer caso. movi. aduelas de madeira. i :iJ I" li: li1: il'i.> 1630 encontramos Descartes discutindo com um P.." i Ili . \i\!\iiiiii1ffi&."Na No: ruega .. A crençado amigo é bastante natural. Leva algum tempo.g.@lWé-i#Bg. isso não é verdade para as célulascerebrais (ou é meno~~étdad~'i' do que no caso de outrascélulas). . Ç<)Qtàr. Se há múltiplos equilíbrios.$K. não pela inteligência do de.4JLnQ@mW: :. Os desejos imporH' i: . porém. quase caos. "Plus ça change. 1 sendo o reSUIUldo líquido que a estrutura celular como um todo é mantida inalterada.'XVI MUDANÇA SOCIAL. A Fig.. mas um estado que irá persistir indefinidamente. '.:.JL. .. ' ' . amigovoltaquedeacredita que uma bala de canhão alcança sua mais OR alta velocidade algum tempo após deixar a boca do mesmo.i1L. Novas células de. entretanto. a destruição e criação de células parece ser um processo de mudança incessante. plus c' est la même chose. Documents Similar To 1.4. ELSTER. Pecas e Engrenagens Das Ciencias Sociais. 1994 (Capitulos I, II, III, IV, X, XII, XISkip carouselcarousel previouscarousel nextO que é ideologiaA Causalidade Na Contemporaneidade Na Filosofia Analítica - Max KistlerEstudo de CasoC.G.jung - Prefácio Ao I ChingPRINCÍPIO ÉTICO DO BEM COMUM E A CONCEPÇÃO JURÍDICA DO INTERESSE PÚBLICOMarilena Chauí Filosofia Moderna (excerto)Equidade e Epidemiologiascheler_ordo_amorisA Força Ocultaannie besant - un estudo sobre o karmaPrincípio de paretoComo Acompanhar a Publicação de Artigos Científicos Em Sua Área de Pesquisa – Bibliotecários Sem FronteirasMax Scheler - Ordo AmorisInterpretação Racional e Causalidade Histórica_Max WeberWeber Max Interpretacao e Causalidade Historica(2) Contestação Semco Rgis x Marcos Oliveira Do Nascimento - CópiaAristóteles-revisão__3º_anoMacroproposição - estudosA Crise Das Ciencias SociaisCasos Práticos de Dto Das ObrigaçõesMACHADO, Fábio Guedes de Paula. Culpabilidade No Direito PenalAula 2_História Do Prevencionismo No Brasilrengue-ii-o-carma-nao-atrapalha-sua-iluminacaoGuilherme de OckhamCRP - Comparação entre as Tábuas dos Juízos e das categorias, esquema transcendental e princípios - KANT - Fil ModernaAÇAO.2- Penal - Resumo Livro Zaffaroni IITempo, Mecanismos e Identidade SocialG. W. F. Hegel - Enciclópedia - A Ciência Da Lógica - Primeira ParteDavid HumeMore From ClaudiaSantosSkip carouselcarousel previouscarousel next98042345.unlockedPolitical Motherhood5031-19835-1-SMDUPAS; VIGEVANI. Israel-Palestina - A Construção Da Paz Vista de Uma Perspectiva GlobalLatin American Perspectives-2014-Wilson-3-18 (1).pdfa lógica dos jogos de dois níveisNye cap 2James RosenauA & Q Das Grandes Pot. Cap. INye cap 2Footer MenuBack To TopAboutAbout ScribdPressOur blogJoin our team!Contact UsJoin todayInvite FriendsGiftsLegalTermsPrivacyCopyrightSupportHelp / FAQAccessibilityPurchase helpAdChoicesPublishersSocial MediaCopyright © 2018 Scribd Inc. .Browse Books.Site Directory.Site Language: English中文EspañolالعربيةPortuguês日本語DeutschFrançaisTurkceРусский языкTiếng việtJęzyk polskiBahasa indonesiaSign up to vote on this titleUsefulNot usefulYou're Reading a Free PreviewDownloadClose DialogAre you sure?This action might not be possible to undo. Are you sure you want to continue?CANCELOK
Copyright © 2024 DOKUMEN.SITE Inc.