1. Modelos e Filosofias Da Manutenção

May 12, 2018 | Author: Ricardo Ramos | Category: Economics, Time, Quality (Business), Conservation (Ethic), Industries


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Modelos e Filosofias da ManutençãoApós longo período em que a Manutenção foi considerada o “mal necessário” da função produtiva, reconhece-se, hoje, na Manutenção uma das áreas mais importantes e atuantes da atividade industrial através do seu contributo para o bom desempenho produtivo, a segurança de pessoas e bens, a qualidade do produto, as boas relações interpessoais, a imagem da empresa e a rentabilidade económica do processo. Este reconhecimento é adicionalmente reforçado pelas crescentes exigências das normas de qualidade relativas à Manutenção dos meios produtivos. 2014/2015 Helena V. G. Navas 1 Modelos e Filosofias da Manutenção Para atingir ótimos níveis de Qualidade e de Produtividade é necessário que todas as funções da empresa contribuam para o mesmo objetivo, ou seja, a obtenção de lucro resultante da venda dos produtos e/ou serviços que a empresa comercializa. Entre estas funções, a Manutenção tem a desempenhar um papel importante e decisivo. Para agravar esta situação, por vezes, o parque de máquinas que dispomos está envelhecido ou em fracas condições de funcionamento. 2014/2015 Helena V. G. Navas 2 Modelos e Filosofias da Manutenção Qualquer equipamento, sistema ou instalação, seja ele mecânico, elétrico, eletrónico, hidráulico ou pneumático, está sempre sujeito a um progressivo processo de degradação. Para que uma instalação assegure a função para que foi concebida, é necessário que os seus equipamentos e máquinas estejam mantidos em boas condições de funcionamento. 2014/2015 Helena V. G. Navas 3 Modelos e Filosofias da Manutenção Isto requer que sejam efetuadas reparações, inspeções, rotinas preventivas, substituição de órgãos ou peças, mudanças de óleo, limpezas, correção de defeitos, fabricação de componentes, pinturas, etc., para que se possa repor os níveis de operacionalidade. Este conjunto de ações formam o leque de atividades da Função Manutenção. 2014/2015 Helena V. G. Navas 4 Modelos e Filosofias da Manutenção Evolução Histórica da Função Manutenção Até 1914 Inexistência de serviço de manutenção; reparação de avarias com recurso ao pessoal da produção. 1914 a 1930 (consequência da 1ª Guerra Mundial) A manutenção (corretiva) aparece no organigrama de empresas, ao nível de secção. 1940 (consequência da 2ª Guerra Mundial) Aparece a manutenção preventiva. O organigrama passa a integrar um órgão de supervisão da conservação ao mesmo nível da produção em empresas de maior exigência (aviação comercial, centrais nucleares...). 2014/2015 Helena V. G. Navas 5 Atualmente Dispõe de sofisticados meios de trabalho. Navas 6 . Modelos e Filosofias da Manutenção 1970 O órgão da engenharia da manutenção assume posição destacada. 2014/2015 Helena V. chegando a ser um dos maiores departamentos da organização. G. passando a desenvolver controlos e análise visando a otimização económica – Gestão. reconhece-se na Manutenção uma das mais importantes e atuantes funções de uma empresa. hoje. A evolução da manutenção fez-se sentir desde o inicio do século XX. Modelos e Filosofias da Manutenção Após um período em que a Manutenção foi considerada um “mal necessário” da produção industrial. na qualidade e na própria imagem da empresa. passando de uma atividade subsidiária da função Produção até uma função autónoma dentro da estrutura da empresa. 2014/2015 Helena V. com um peso decisivo na rentabilidade. em especial ao nível orgânico. G. Navas 7 . caracterizada pela intervenção após a ocorrência da avaria. em que as intervenções são efetuadas periodicamente e em função de um valor da vida esperada dos equipamentos e sistemas. Assim. G. da Manutenção Corretiva de Emergência (MCE). a constante atualização tecnológica e científica. 2014/2015 Helena V. Navas 8 . bem como. Modelos e Filosofias da Manutenção A evolução foi em muitos casos resultante da necessidade da redução dos custos de paragens devido a avarias. passou-se à Manutenção Preventiva Sistemática (MPS). a Manutenção Condicionada (MC). Modelos e Filosofias da Manutenção Finalmente. não conseguida pela MPS. a qual tentando maximizar a utilização de equipamentos e sistemas. Navas 9 . baseia as intervenções no controlo da condição do equipamento. 2014/2015 Helena V. G. de tal modo que a intervenção só tem lugar no momento em que a condição de funcionamento deixe de estar adequada. podendo por em risco a produção e/ou segurança de pessoas e instalações. Na indústria portuguesa. G. muitas das atividades de Manutenção estão enquadradas na MCE. dos quais o não reconhecimento da importância da manutenção e a ignorância dos custos da não-Manutenção são uns dos mais importantes. Navas 10 . Esta situação fica a dever-se a vários fatores. Isto mostra facilmente o descuido a que a função Manutenção foi votada. quando comparado com a maioria das filosofias de gestão da produção. 2014/2015 Helena V. Modelos e Filosofias da Manutenção Esta evolução decorreu num período bastante alargado. neste contexto de integração. têm surgido várias ideias que defendem a analise da Manutenção na análise total da fábrica. Modelos e Filosofias da Manutenção Modernamente. a Manutenção tem sido abordada de forma diferente. Navas 11 . G. Já não se pode analisar uma função de uma empresa sem abordar aquelas funções que direta ou indiretamente jogam com esta. 2014/2015 Helena V. Assim. Modelos e Filosofias da Manutenção Definição A AFNOR define Manutenção como sendo um conjunto de ações que permitem manter ou restabelecer um bem num estado especificado ou com possibilidade de assegurar um serviço determinado. a um custo global otimizado. G. aplicadas a bens. para otimização dos seus ciclos de vida 2014/2015 Helena V. Navas 12 . De outra forma. técnicas e económicas. pode-se definir Manutenção como a combinação das ações de gestão. G. 2014/2015 Helena V. segurança e qualidade. hospitais e serviços em geral. como é o caso da manutenção dos equipamentos da produção. como é o caso de serviços prestados na área dos transportes. • seja fornecido um serviço nas melhores condições de conforto e custo. Navas 13 . Modelos e Filosofias da Manutenção Em termos operacionais pretende-se que: • seja permitida uma execução normal das operações fabris nas melhores condições de custo. Modelos e Filosofias da Manutenção Função Manutenção Os equipamentos de produção têm sofrido ao longo dos tempos evoluções importantes. d) A exigência imposta por novos métodos de gestão da produção. ou seja: a) Os equipamentos são cada vez mais automatizados. c) Os tempos de indisponibilidade de um processo são economicamente mais críticos do que de um parque de máquinas em linha. b) Os equipamentos são mais caros (investimentos mais elevados) com períodos de amortização mais pequenos. G. Navas 14 . 2014/2015 Helena V. mais complexos e são utilizados de forma mais intensa. Tornam-se mais compactos. de corrigir ou de renovar um parque material. Modelos e Filosofias da Manutenção A função Manutenção evolui do conceito original de Conservação para o de Manutenção: Conservação: “Desenrascar” e reparar um parque material a fim de assegurar a continuidade da produção. 2014/2015 Helena V. Navas 15 . G. seguindo critérios económicos. com vista a otimizar o custo global de posse do equipamento. Manutenção: É escolher os meios de prevenir. o estudo do espaço envolvente para a sua implantação (de modo a garantir as acessibilidades e todo o tipo de intervenções ao longo da vida útil). as questões específicas do projeto relacionadas com a manutibilidade (facilidade de realização de ações de manutenção) e a formação de operadores de manutenção do equipamento (atuais e futuros). 2014/2015 Helena V. mas também as ações relacionadas com a fase de decisão sobre o tipo de equipamento a adquirir (sem incluir a decisão da própria aquisição). G. Modelos e Filosofias da Manutenção A Função Manutenção deve compreender não apenas o conjunto de intervenções realizadas diretamente sobre o equipamento. Navas 16 . Modelos e Filosofias da Manutenção Função Manutenção Aprovisionamento POLÍTICA Recursos humanos Pós-venda Segurança Sub-contratação Meio-ambiente DIREÇÃO COMERCIAL PESSOAL MANUTENÇÃO ESTUDOS PRODUÇÃO Planeamento Engenharia Controlo Modificações Disponibilidade Manutibilidade Melhoramento Interfaces de um Serviço de Manutenção 2014/2015 Helena V. Navas 17 . G. Modelos e Filosofias da Manutenção Tipos de Manutenção São vários os Tipos de Manutenção utilizados no mundo industrial. 2014/2015 Helena V. G. Navas 18 . essencialmente. G. Modelos e Filosofias da Manutenção Manutenção Planeada e Manutenção não Planeada De acordo com a forma de atuar em relação a uma dada avaria ou anomalia. as intervenções de manutenção podem ser. de que é exemplo um ruído crescente e. no caso em que as avarias ocorrem de forma súbita e imprevisível. no caso de a degradação de um dado equipamento se dar de uma forma progressiva. permitir o planeamento da ação de manutenção no momento mais oportuno. 2014/2015 Helena V. portanto. • Manutenção Planeada. de duas naturezas: • Manutenção Não Planeada. Navas 19 . G. A cessação da aptidão não depende apenas do tempo total de reparação. mas também dos tempos de diagnóstico. Navas 20 . o custo das reparações é baixo e não existem problemas a nível de segurança. 2014/2015 Helena V. O modelo de Manutenção Corretiva é mais adequado quando o funcionamento do equipamento não é vital para o processo produtivo. destinada a restaurar a aptidão desse equipamento para realizar essa função. Modelos e Filosofias da Manutenção Manutenção Corretiva Realizada depois da ocorrência de uma avaria com cessação da aptidão de um equipamento para realizar a função requerida. logística e das afinações necessárias ao equipamento. G. Modelos e Filosofias da Manutenção Tempo de reparação e tempo de paragem 2014/2015 Helena V. Navas 21 . Modelos e Filosofias da Manutenção Manutenção Corretiva Curativa É a ação corretiva total que tem por objetivo tratar a causa da cessação da aptidão do equipamento. Navas 22 . 2014/2015 Helena V. G. sendo precedida de uma análise de causas primárias. Realizada no sentido de recuperar a capacidade de um equipamento realizar a função requerida. e é objeto de relatório após a ocorrência. afim de verificar se existe degradação forçada ou natural. Este tipo de manutenção deverá ser sempre objeto de decisão entre Fabricação / Manutenção. Navas 23 . com cessação da aptidão mas com o objetivo apenas do “desenrasque” (desenrascar. 2014/2015 Helena V. G. desempanar). Modelos e Filosofias da Manutenção Manutenção Corretiva Paliativa Realizada após ocorrência de avaria. deixando a ação curativa futura em programação. diz-se que a manutenção é de melhoria. Manutenção Preventiva Realizada em intervalos de tempo pré-determinados ou de acordo com critérios prescritos com o objetivo de reduzir a probabilidade de avaria de um equipamento. tendo em vista a melhoria da manutibilidade e/ou da fiabilidade. Modelos e Filosofias da Manutenção Manutenção de Melhoria Quando o restabelecimento das condições de funcionamento só é possível através de alguma alteração ao equipamento ou quando as condições de manutenção. G. recomendam que essas alterações se façam. Navas 24 . 2014/2015 Helena V. G. É de natureza cíclica. nº de ciclos. por exemplo. horas de funcionamento.. estabelecida em função do tempo ou numero de unidades de utilização. Navas 25 . etc. realizada em intervalos constantes. tempo de calendário. Modelos e Filosofias da Manutenção Manutenção Preventiva Sistemática As intervenções de manutenção preventiva sistemática desencadeiam-se periodicamente.. 2014/2015 Helena V. com base no conhecimento da lei de degradação aplicável ao caso do componente particular e de um risco de falha assumido. unidades produzidas. Navas 26 . Modelos e Filosofias da Manutenção Manutenção Preventiva Condicionada A decisão de intervenção é tomada no momento em que há evidências experimentais de defeito iminente ou quando há um patamar de degradação predeterminado. A deteção de anomalias pode ser obtida de várias formas: análises de vibrações. É também conhecida por preditiva. de temperaturas. G. 2014/2015 Helena V. de contaminantes nos óleos ou outras formas de diagnóstico. e expressões como “manutenção por diagnóstico” e “manutenção baseada na avaliação da condição” exprimem bem o seu conceito. o M. melhorar o M. projeto e realização de algumas alterações nos equipamentos no sentido de reduzir ou eliminar operações de manutenção.T. Modelos e Filosofias da Manutenção Manutenção Corretiva Programada Estudo.T. Navas 27 . componentes críticos/condicionantes. G..R.B. e/ou alterações de aspetos legais.T.. … 2014/2015 Helena V.F. Modelos e Filosofias da Manutenção Preparação da Manutenção Corretiva Diagnóstico: Identificação da causa de uma avaria utilizando um raciocínio lógico. 2014/2015 Helena V. G. Navas 28 . sobretudo. G. As normas AFNOR definem 5 Níveis de Manutenção. Modelos e Filosofias da Manutenção Níveis de Manutenção Os vários Níveis de Manutenção dependem não só das tarefas a executar mas. caracterizados por: 2014/2015 Helena V. Navas 29 . das competências e meios à disposição requeridos para as executar. 2014/2015 Helena V. fusíveis. Local de execução: No equipamento. (+) 50% de gestão visual.: lâmpadas. G. Meios de apoio à execução: Instruções de funcionamento e sem utilização frequente de ferramentas. Modelos e Filosofias da Manutenção Nível I: Regulações simples previstas pelo construtor através de elementos acessíveis sem desmontagem ou abertura do equipamento. Quem executa: Operador do equipamento. Materiais consumíveis. Navas 30 . …). substituição de elementos consumíveis acessíveis com toda a segurança ( ex. Meios de apoio à execução: Instruções de manutenção e segurança. 2014/2015 Helena V. tais como lubrificação ou controlo de bom funcionamento do bem / equipamento. Ferramentas portáteis definidas pelas instruções de manutenção. Local de execução: No equipamento. o operador. Modelos e Filosofias da Manutenção Nível II: Reparações efetuadas à base de substituição de elementos normalizados e operações simples de manutenção preventiva. Em algumas situações. Materiais de uso corrente. G. Navas 31 . Quem executa: Técnico habilitado de qualificação média. diagnóstico. reparações mecânicas simples e todas as operações correntes de manutenção preventiva. localização e reparação de avarias por substituição de componentes ou elementos funcionais. Modelos e Filosofias da Manutenção Nível III: Identificação. Ferramentas e aparelhagem de medida previstas nas instruções de manutenção. tais como regulações gerais e calibração de aparelhagem de medida e controlo. Quem executa: Técnico especializado ou equipa de manutenção. Materiais de uso corrente e peças de reserva standard / específicas. 2014/2015 Helena V. Local de execução: No equipamento ou em oficina local de apoio. Banco de ensaio e controlo de equipamentos. Meios de apoio à execução: Instruções de manutenção. G. Navas 32 . Modelos e Filosofias da Manutenção Nível IV: Todos os trabalhos importantes de manutenção corretiva e preventiva com exceção de renovação e reconstrução. limpeza. Quem executa: Equipas de manutenção com enquadramento técnico especializado. Meios de apoio à execução: Máquinas ferramenta. soldadura. Documentação técnica especializada geral e particular. Equipamentos de elevação e movimentação. Inclui também a calibração dos aparelhos de medida utilizados nas operações de manutenção e verificação das fases de trabalho por organismos ou empresas especializadas em inspeção e controlo. Meios mecânicos de cablagem. Local de execução: Em oficina central ou externa de trabalho especializada e devidamente equipada. G. Navas 33 . Bancos de aferição de aparelhagem de medida e controlo. 2014/2015 Helena V. reconstrução ou execução de reparações importantes confiadas a uma oficina central ou exterior. Navas 34 . Fabricante do equipamento. 2014/2015 Helena V. G. Modelos e Filosofias da Manutenção Nível V: Renovação. Meios de apoio à execução: Meios definidos pelo construtor e próximos dos necessários à fabricação. Quem executa: Equipas completas de manutenção polivalentes e respetivo enquadramento técnico altamente especializados. Local de execução: Oficina externa ou oficina do construtor/fornecedor do equipamento. Modelos e Filosofias da Manutenção Fiabilidade – Manutibilidade – Disponibilidade 2014/2015 Helena V. G. Navas 35 . G. ou de um dos seus componentes. λ. é dada pela expressão: λ = N avarias / Tempo total de funcionamento 2014/2015 Helena V. Navas 36 . Se se considerar o funcionamento de um equipamento. durante um dado período de tempo. a Taxa de Avarias. Modelos e Filosofias da Manutenção Fiabilidade MTBF – Tempo Médio de Bom Funcionamento Característica de um equipamento expressa pela probabilidade de este exercer uma função requerida sob condições especificas e por um período de tempo pré- determinado. 2014/2015 Helena V. Navas 37 . G. Modelos e Filosofias da Manutenção Então a média dos tempos de bom funcionamento será origem na seguinte expressão: MTBF = 1 / λ = Σ Tfi / Nav onde: Tfi = tempo de funcionamento no período Nav = numero de avarias no período O MTBF dá-nos uma medida da fiabilidade do equipamento. da sua aptidão para funcionar durante um determinado período de tempo em boas condições. isto é. A Não Fiabilidade (F). 2014/2015 Helena V. de um equipamento pode ser definida como a probabilidade do equipamento falhar no cumprimento das especificações para as quais foi concebido. de um dado equipamento pode então ser definida como a probabilidade que um dado equipamento tem em continuar a respeitar as especificações para que foi concebido. G. Navas 38 . Modelos e Filosofias da Manutenção A Fiabilidade (R). num dado período de tempo e em condições de operação bem definidas. num dado período de tempo e em condições de operação bem definidas. etc. A Fiabilidade e Não Fiabilidade variam com o tempo. e a sua soma é sempre igual a 1. Modelos e Filosofias da Manutenção As falhas nos equipamentos podem ocorrer. como o envelhecimento. as fraturas ou fadigas mecânicas. resultado de uma grande variedade de situações. o desgaste. G. ou seja: R (t) + F (t) = 1 O conceito de Fiabilidade sempre esteve ligado ao conceito Qualidade. negligências. Navas 39 . 2014/2015 Helena V. 2014/2015 Helena V. Navas 40 . Modelos e Filosofias da Manutenção A Fiabilidade de um equipamento representa a sua capacidade em reter as suas características de qualidade à medida que o tempo progride. G. de adaptação e conhecimento geral do ambiente de trabalho. 2014/2015 Helena V. de aplicação e fabrico. G. Navas 41 . Modelos e Filosofias da Manutenção A “Curva da Banheira” consiste em 3 fases distintas: 1) Fase inicial: Caracterizada pelas falhas de inicio de atividade e relacionadas com elementos como problemas de montagem e instalação. a fatores como excesso de carga. 3) Fase final: Caracterizada pelo aumento do numero de avarias ou falhas e normalmente adivinha o final. bem como a outras causas imprevistas: falhas aleatórias (forçadas e/ou naturais). Navas 42 . É um período onde a taxa de falhas desce drasticamente e estabiliza no tempo. 2014/2015 Helena V. politicas de manutenção e rigor nas rotinas. Modelos e Filosofias da Manutenção 2) Fase de vida útil: período caracterizado por uma taxa de falhas praticamente constante. essencialmente. G. negligência no uso do equipamento. A origem das falhas neste período fica a dever-se. sempre no respeito das regras de segurança vigentes e normas ambientais em vigor. G. Navas 43 . tem por objetivo de repor o equipamento nas condições operacionais. e no caso de este falhar. Modelos e Filosofias da Manutenção Manutibilidade MTTR – Média dos tempos de reparação Capacidade de um equipamento ser mantido em boas condições operacionais. 2014/2015 Helena V. com um tempo de reparação o mais curto possível. Navas 44 . Modelos e Filosofias da Manutenção A média dos tempos de reparação é dada pela expressão: MTTR = Σ Tri / Nav onde: Tri = tempo de reparação no período 2014/2015 Helena V. G. Modelos e Filosofias da Manutenção Disponibilidade Intrínseca Disp. Navas 45 . 2014/2015 Helena V. Disp. G. Probabilidade de assegurar a função requerida a um determinado equipamento. = MTBF / ( MTBF + MTTR ) A Fiabilidade é a probabilidade de um equipamento falhar. – Combinação dos níveis de fiabilidade e manutibilidade de um equipamento. enquanto que a Disponibilidade é probabilidade do equipamento garantir a função pretendida aquando da sua aquisição. Navas 46 . G. Modelos e Filosofias da Manutenção 2014/2015 Helena V. G. Modelos e Filosofias da Manutenção Objetivos da Função Manutenção A Estratégia ou Politica de Manutenção consiste em definir os objetivos técnicos. Navas 47 . económicos e humanos relativos aos serviços efetuados numa empresa pelos serviços de manutenção. 2014/2015 Helena V. sendo estes os responsáveis por conceber e explorar os meios adaptados a esses objetivos. Melhorar a fiabilidade dos equipamentos. .Organizar as intervenções. . diminuindo o número de avarias verificadas. . através do aumento da relação (tempo de funcionamento) / (tempo de não funcionamento).Melhorar a manutibilidade dos equipamentos. Navas 48 . .Manter o equipamento num estado pré-definido.Obter o máximo rendimento do equipamento. . . G. Modelos e Filosofias da Manutenção Objetivos Técnicos Os Objetivos Técnicos integrados na politica de Manutenção de uma empresa são: .Prolongar o mais possível a vida do equipamento. diminuindo os tempos de reparação. 2014/2015 Helena V.Assegurar a disponibilidade do equipamento ao nível pretendido. redução de agressões ao ambiente e de acidentes. .). garantia de prazos de entrega e de qualidade.Assegurar a máxima segurança de pessoas e bens. eles são: .Melhorar as relações pessoais entre a produção e a manutenção. .Aumentar o “know-how” adquirido ao longo de anos na área da manutenção. Navas 49 .Sociais Em relação aos Objetivos Económico-Sociais. etc.Reduzir o imobilizado em forma de stocks de peças de substituição. através da maior produtividade do trabalho conseguida pela maior fiabilidade obtida nos equipamentos. 2014/2015 Helena V. G. . a sua organização e análise. Modelos e Filosofias da Manutenção Objetivos Económico . . . .Garantir a economia de energia como resultante do melhor rendimento dos equipamentos.Diminuir os custos diretos e indiretos das avarias.Melhorar as relações com os clientes (redução das quebras na produção e na qualidade. 2014/2015 Helena V. . Modelos e Filosofias da Manutenção Objetivos Humanos Os aspetos respeitantes à componente humana. . têm em conta as seguintes vertentes: . G. . Navas 50 .competências requeridas.nível motivacional.análise de cargas de trabalho.acidentes de trabalho / absentismo. a Função Produção ou os utilizadores dos equipamentos alvo de manutenção. Modelos e Filosofias da Manutenção Funções que Interagem com a Manutenção A Manutenção interage com outras funções da organização que serve. . 2014/2015 Helena V. G. .a Função Segurança. Navas 51 .a Função Qualidade. De entre elas destacam-se: .a Função Aprovisionamento (de peças de reserva. . componentes e consumíveis).a Função Contabilística (que define os centros de custo). .
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