LÍNGUA PORTUGUESA1. LEITURA, COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. O primeiro passo é memorizar o nome do autor e a edição do livro, fazer um folheio sistemático: ler o prefácio e o índice (ou sumário), analisar um pouco da história que deu origem ao livro, ver o número da edição e o ano de publicação. Se falarmos em ler um Machado de Assis, um Júlio Verne, um Jorge Amado, já estaremos sabendo muito sobre o livro. É muito importante verificar estes dados para enquadrarmos o livro na cronologia dos fatos e na atualidade das informações que ele contém. Verifique detalhes que possam contribuir para a coleta do maior número de informações possível. Tudo isso vai ser útil quando formos arquivar os dados lidos no nosso arquivo mental. A propósito, você sabe o que seja um prólogo, um prefácio e uma introdução? Muita gente pensa que os três são a mesma coisa, mas não: Prólogo: é um comentário feito pelo autor a respeito do tema e de sua experiência pessoal. Prefácio: é escrito por terceiros ou pelo próprio autor, referindo-se ao tema abordado no livro e muitas vezes também tecendo comentários sobre o autor. Introdução: escrita também pelo autor, referindo-se ao livro e não ao tema. O segundo passo é fazer uma leitura superficial. Pode-se, nesse caso, aplicar as técnicas da leitura dinâmica. O Terceiro Nível é conhecido como analítico. Depois de vasculharmos bem o livro na pré-leitura, analisamos o livro. Para isso, é imprescindível que saibamos em qual gênero o livro se enquadra: trata-se de um romance, um tratado, um livro de pesquisa e, neste caso, existe apenas teoria ou são inseridas práticas e exemplos. No caso de ser um livro teórico, que requeira memorização, procure criar imagens mentais sobre o assunto, ou seja, veja, realmente, o que está lendo, dando vida e muita criatividade ao assunto. Note bem: a leitura efetiva vai acontecer nesta fase, e a primeira coisa a fazer é ser capaz de resumir o assunto do livro em duas frases. Já temos algum conteúdo para isso, pois o encadeamento das ideias já é de nosso conhecimento. Procure, agora, ler bem o livro, do início ao fim. Esta é a leitura efetiva, aproveite bem este momento. Fique atento! Aproveite todas as informações que a pré-leitura ofereceu. Não pare a leitura para buscar significados de palavras em dicionários ou sublinhar textos, isto será feito em outro momento. O Quarto Nível de leitura é o denominado de controle. Trata-se de uma leitura com a qual vamos efetivamente acabar com qualquer dúvida que ainda persista. Normalmente, os termos desconhecidos de um texto são explicitados neste próprio texto, à medida que vamos adiantando a leitura. Um mecanismo psicológico fará com que fiquemos com aquela dúvida incomodando-nos até que tenhamos a resposta. Caso não haja explicação no texto, será na etapa do controle que lançaremos mão do dicionário. Veja bem: a esta altura já conhecemos bem o livro e o ato de interromper a leitura não vai fragmentar a compreensão do assunto como um todo. Será, também, nessa etapa que sublinharemos os tópicos importantes, se necessário. Para ressaltar trechos importantes opte por um sinal discreto próximo a eles, visando principalmente a marcar o local do texto em que se encontra, obrigando-o a fixar a cronologia e a sequência deste fato importante, situando-o no livro. Aproveite bem esta etapa de leitura. Para auxiliar no estudo, é interessante que, ao final da leitura de cada capítulo, você faça um breve resumo com suas próprias palavras de tudo o que foi lido. 1 O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os conceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. Ler é uma atividade muito mais complexa do que a simples interpretação dos símbolos gráficos, de códigos, requer que o indivíduo seja capaz de interpretar o material lido, comparando-o e incorporando-o à sua bagagem pessoal, ou seja, requer que o indivíduo mantenha um comportamento ativo diante da leitura. Os diferentes níveis de leitura Para que isso aconteça, é necessário que haja maturidade para a compreensão do material lido, senão tudo cairá no esquecimento ou ficará armazenado em nossa memória sem uso, até que tenhamos condições cognitivas para utilizar. De uma forma geral, passamos por diferentes níveis ou etapas até termos condições de aproveitar totalmente o assunto lido. Essas etapas ou níveis são cumulativas e vão sendo adquiridas pela vida, estando presente em praticamente toda a nossa leitura. O Primeiro Nível é elementar e diz respeito ao período de alfabetização. Ler é uma capacidade cerebral muito sofisticada e requer experiência: não basta apenas conhecermos os códigos, a gramática, a semântica, é preciso que tenhamos um bom domínio da língua. O Segundo Nível é a pré-leitura ou leitura inspecional. Tem duas funções específicas: primeiro, prevenir para que a leitura posterior não nos surpreenda e, sendo, para que tenhamos chance de escolher qual material leremos, efetivamente. Trata-se, na verdade, de nossa primeira impressão sobre o livro. É a leitura que comumente desenvolvemos “nas livrarias”. Nela, por meio do salteio de partes, respondem basicamente às seguintes perguntas: - Por que ler este livro? - Será uma leitura útil? - Dentro de que contexto ele poderá se enquadrar? Essas perguntas devem ser revistas durante as etapas que se seguem, procurando usar de imparcialidade quanto ao ponto de vista do autor, e o assunto, evitando preconceitos. Se você se propuser a ler um livro sem interesse, com olhar crítico, rejeitando-o antes de conhecê-lo, provavelmente o aproveitamento será muito baixo. Ler é armazenar informações; desenvolver; ampliar horizontes; compreender o mundo; comunicar-se melhor; escrever melhor; relacionar-se melhor com o outro. Pré-Leitura Nome do livro Autor Dados Bibliográficos Prefácio e Índice Prólogo e Introdução Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Um Quinto Nível pode ser opcional: a etapa da repetição aplicada. Quando lemos, assimilamos o conteúdo do texto, mas aprendizagem efetiva vai requerer que tenhamos prática, ou seja, que tenhamos experiência do que foi lido na vida. Você só pode compreender conceitos que tenha visto em seu cotidiano. Nada como unir a teoria à prática. Na leitura, quando não passamos pela etapa da repetição aplicada, ficamos muitas vezes sujeitos àqueles brancos quando queremos evocar o assunto. Para evitar isso, faça resumos. Observe agora os trechos sublinhados do livro e os resumos de cada capítulo, trace um diagrama sobre o livro, esforce-se para traduzi-lo com suas próprias palavras. Procure associar o assunto lido com alguma experiência já vivida ou tente exemplificá-lo com algo concreto, como se fosse um professor e o estivesse ensinando para uma turma de alunos interessados. É importante lembrar que esquecemos mais nas próximas 8 horas do que nos 30 dias posteriores. Isto quer dizer que devemos fazer pausas durante a leitura e ao retornarmos ao livro, consultamos os resumos. Não pense que é um exercício monótono. Nós somos capazes de realizar diariamente exercícios físicos com o propósito de melhorar a aparência e a saúde. Pois bem, embora não tenhamos condições de ver com o que se apresenta nossa mente, somos capazes de senti-la quando melhoramos nossas aptidões como o raciocínio, a prontidão de informações e, obviamente, nossos conhecimentos intelectuais. Vale a pena se esforçar no início e criar um método de leitura eficiente e rápido. Ideias Núcleo O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura, em suas “ideias básicas ou ideias núcleo”, ou seja, um trabalho analítico buscando os conceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Esta operação fará com que o significado do texto “salte aos olhos” do leitor. Exemplo: “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique humana: o incosciente e subconsciente. Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais. Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília. Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual.” (Salvatore D’Onofrio) Primeiro Conceito do Texto: “Incalculável é a contribuição do famoso neurologista austríaco no tocante aos estudos sobre a formação da personalidade humana. Sigmund Freud (1859-1939) conseguiu acender luzes nas camadas mais profundas da psique humana: o incosciente e subconsciente.” O autor do texto afirma, inicialmente, que Sigmund Freud ajudou a ciência a compreender os níveis mais profundos da personalidade humana, o incosciente e subconsciente. Segundo Conceito do Texto: “Começou estudando casos clínicos de comportamentos anômalos ou patológicos, com a ajuda da hipnose e em colaboração com os colegas Joseph Breuer e Martin Charcot (Estudos sobre a histeria, 1895). Insatisfeito com os resultados obtidos pelo hipnotismo, inventou o método que até hoje é usado pela psicanálise: o das ‘livres associações’ de ideias e de sentimentos, estimuladas pela terapeuta por palavras dirigidas ao paciente com o fim de descobrir a fonte das perturbações mentais.” A segunda ideia núcleo mostra que Freud deu início a sua pesquisa estudando os comportamentos humanos anormais ou doentios por meio da hipnose. Insatisfeito com esse método, criou o das “livres associações de ideias e de sentimentos”. Terceiro Conceito do Texto: “Para este caminho de regresso às origens de um trauma, Freud se utilizou especialmente da linguagem onírica dos pacientes, considerando os sonhos como compensação dos desejos insatisfeitos na fase de vigília.” Aqui, está explicitado que a descoberta das raízes de um trauma se faz por meio da compreensão dos sonhos, que seriam uma linguagem metafórica dos desejos não realizados ao longo da vida do dia a dia. Quarto Conceito do Texto: “Mas a grande novidade de Freud, que escandalizou o mundo cultural da época, foi a apresentação da tese de que toda neurose é de origem sexual.” Por fim, o texto afirma que Freud escandalizou a sociedade de seu tempo, afirmando a novidade de que todo o trauma psicológico é de origem sexual. Podemos, tranquilamente, ser bem-sucedidos numa interpretação de texto. Para isso, devemos observar o seguinte: - Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto; - Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; - Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo menos umas três vezes; - Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; - Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; - Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; - Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para melhor compreensão; - Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do texto correspondente; - Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada questão; - Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e o que se pediu; - Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a mais exata ou a mais completa; 2 Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA - Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um fundamento de lógica objetiva; - Cuidado com as questões voltadas para dados superficiais; - Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto; - Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras denuncia a resposta; - Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; - O autor defende ideias e você deve percebê-las; - Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são importantíssimos na interpretação do texto. Exemplos: Ele morreu de fome. de fome: adjunto adverbial de causa, determina a causa na realização do fato (= morte de “ele”). Ele morreu faminto. faminto: predicativo do sujeito, é o estado em que “ele” se encontrava quando morreu. - As orações coordenadas não têm oração principal, apenas as ideias estão coordenadas entre si; - Os adjetivos ligados a um substantivo vão dar a ele maior clareza de expressão, aumentando-lhe ou determinando-lhe o significado; - Esclarecer o vocabulário; - Entender o vocabulário; - Viver a história; - Ative sua leitura; - Ver, perceber, sentir, apalpar o que se pergunta e o que se pede; - Não se deve preocupar com a arrumação das letras nas alternativas; - As perguntas são fáceis, dependendo de quem lê o texto ou como o leu; - Cuidado com as opiniões pessoais, elas não existem; - Sentir, perceber a mensagem do autor; - Cuidado com a exatidão das questões em relação ao texto; - Descobrir o assunto e procurar pensar sobre ele; - Todos os termos da análise sintática, cada termo tem seu valor, sua importância; - Todas as orações subordinadas têm oração principal e as ideias se completam. Vícios de Leitura Por acaso você tem o hábito de ler movimentando a cabeça? Ou quem sabe, acompanhando com o dedo? Talvez vocalizando baixinho... Você não percebe, mas esses movimentos são alguns dos tantos que prejudicam a leitura. Esses movimentos são conhecidos como vícios de linguagem. Movimentar a cabeça: procure perceber se você não está movimentando a cabeça enquanto lê. Este movimento, ao final de pouco tempo, gera muito cansaço além de não causar nenhum efeito positivo. Durante a leitura apenas movimentamos os olhos. Regressar no texto, durante a leitura: pessoas que têm dificuldade de memorizar um assunto, que não compreendem algumas expressões ou palavras tendem a voltar na sua leitura. Este movimento apenas incrementa a falta de memória, pois secciona a linha Didatismo e Conhecimento 3 de raciocínio e raramente explica o desconhecido, o que normalmente é elucidado no decorrer da leitura. Procure sempre manter uma sequência e não fique “indo e vindo” no livro. O assunto pode se tornar um bicho de sete cabeças! Ler palavra por palavra: para escrever usamos muitas palavras que apenas servem como adereços. Procure ler o conjunto e perceber o seu significado. Sub-vocalização: é o ato de repetir mentalmente a palavra. Isto só será corrigido quando conseguirmos ultrapassar a marca de 250 palavras por minuto. Usar apoios: algumas pessoas têm o hábito de acompanhar a leitura com réguas, apontando ou utilizando um objeto que salta “linha a linha”. O movimento dos olhos é muito mais rápido quando é livre do que quando o fazemos guiado por qualquer objeto. Leitura Eficiente Ao ler realizamos as seguintes operações: - Captamos o estímulo, ou seja, por meio da visão, encaminhamos o material a ser lido para nosso cérebro. - Passamos, então, a perceber e a interpretar o dado sensorial (palavras, números, etc.) e a organizá-lo segundo nossa bagagem de conhecimentos anteriores. Para essa etapa, precisamos de motivação, de forma a tornar o processo mais otimizado possível. - Assimilamos o conteúdo lido integrando-o ao nosso “arquivo mental” e aplicando o conhecimento ao nosso cotidiano. A leitura é um processo muito mais amplo do que podemos imaginar. Ler não é unicamente interpretar os símbolos gráficos, mas interpretar o mundo em que vivemos. Na verdade, passamos todo o nosso tempo lendo! O psicanalista francês Lacan disse que o olhar da mãe configura a estrutura psíquica da criança, ou seja, esta se vê a partir de como vê seu reflexo nos olhos da mãe! O bebê, então, segundo esta citação, lê nos olhos da mãe o sentimento com que é recebido e interpreta suas emoções: se o que encontra é rejeição, sua experiência básica será de terror; se encontra alegria, sua experiência será de tranquilidade, etc. Ler está tão relacionado com o fato de existirmos que nem nos preocupamos em aprimorar este processo. É lendo que vamos construindo nossos valores e estes são os responsáveis pela transformação dos fatos em objetos de nosso sentimento. Leitura é um dos grandes, senão o maior, ingrediente da civilização. Ela é uma atividade ampla e livre, fato comprovado pela frustração de algumas pessoas ao assistirem a um filme, cuja história já foi lida em um livro. Quando lemos, associamos as informações lidas à imensa bagagem de conhecimentos que temos armazenados em nosso cérebro e então somos capazes de criar, imaginar e sonhar. É por meio da leitura que podemos entrar em contato com pessoas distantes ou do passado, observando suas crenças, convicções e descobertas que foram imortalizadas por meio da escrita. Esta possibilita o avanço tecnológico e científico, registrando os conhecimentos, levando-os a qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo, desde que saibam decodificar a mensagem, interpretando os símbolos usados como registro da informação. A leitura é o verdadeiro elo integrador do ser humano e a sociedade em que ele vive! o que atrapalharia a leitura. levantarmos para pegar algum objeto que julguemos importante. existe algo que descongela essa imagem: nosso olhar. Variam. Fotografias Toda fotografia é um portal aberto para outra dimensão: o passado. os níveis de percepção de uma fotografia. além de necessitar de um bom léxico internalizado. e cada pessoa que mergulha nesse espelho de papel sai numa dimensão diferente e vivencia experiências diversas. Didatismo e Conhecimento 4 . um fotógrafo profissional lê as imagens fotográficas de modo diferente daqueles que desconhecem a sintaxe da fotografia. ventilado. e nosso olhar é a varinha de condão que descongela o instante aprisionado nas geleiras eternas do tempo fotográfico. Para isso. evitando que os aspectos sublinhados parecem-se mais com um mosaico de informações aleatórias. (C) aos graus de insensibilidade de alguns diante de uma foto.Objetos necessários: para evitar que. (B) às diferenças de qualificação do olhar dos observadores. será que esta mesma pessoa se interessa por um livro que fale sobre História ou esportes? No caso da leitura. a referência aos vários níveis de percepção de uma fotografia remete (A) à diversidade das qualidades intrínsecas de uma foto. Além disso. Quanto a iluminação. com todas as artes: um músico. o candidato deve compreender os níveis estruturais da língua por meio da lógica. o significado de uma imagem muda com o passar do tempo. para ser realmente eficaz. Se você pretende acompanhar a evolução do mundo. até para o mesmo observador. imagem e magia contêm as mesmas cinco letras: image e magie. . pois a retenção da informação será inversamente proporcional. (Adaptado de Pedro Vasquez. A pessoa que se preocupa com a qualidade de sua leitura e com o resultado que poderá obter. agradável. também. Todavia. (D) o significado de uma imagem muda com o passar do tempo. . Em francês. Isso ocorre. por exemplo. preservando um momento passageiro para toda a eternidade. Torna-se. necessário sempre fazer um confronto entre todas as partes que compõem o texto. mas leitores interessados. (B) a fotografia congela o tempo. 2. não existe livro interessante. durante a leitura. (E) Mas é difícil imaginar alguém que seja insensível à magia de uma foto. Quanto sublinhar os pontos importantes do texto. com uma cadeira confortável para o leitor e mesa para apoiar o livro a uma altura que possibilite postura corporal adequada.Ambiente: o ambiente de leitura deve ser preparado para ela. Este procedimento justifica-se por um texto ser sempre produto de uma postura ideológica do autor diante de uma temática qualquer. Deve ser um local tranquilo. transformando o que é naquilo que já não é mais. 2010) 1. e isso não deixa de ser verdade. As frases produzem significados diferentes de acordo com o contexto em que estão inseridas. Nada de ambientes com muitos estímulos que forcem a dispersão. No contexto do último parágrafo. Observe: você pode gostar de ler sobre esoterismo e uma pessoa próxima não se interessar por este assunto. Costumamos dizer que a fotografia congela o tempo. A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tempo. deve vir do lado posterior esquerdo. a “escrita da luz”. Exercícios Atenção: As questões de números 1 a 5 referem-se ao texto seguinte. marca-texto e dicionário sempre à mão. Toda fotografia é uma espécie de espelho da Alice do País das Maravilhas. Portanto. na verdade. Por outro lado. para nos mantermos atualizados e competitivos. Uma alimentação adequada é muito importante. Não o fazer na primeira leitura. (E) aos vários tempos que cada fotografia representa em si mesma. manter-se em dia. Manter-se descansado é muito importante também. precisa preocupar-se com a qualidade da sua leitura. é preciso aprender a técnica adequada.LÍNGUA PORTUGUESA O mundo de hoje é marcado pelo enorme fluxo de informações oferecidas a todo instante. .Atitude: pensamento positivo para aquilo que deseja ler. Não adianta um desgaste físico enorme. atualizado e bem informado. Toda imagem é magia. porque o que temos diante dos olhos é transmudado imediatamente em passado no momento do clique. é fundamental apreender as informações apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele remete. assim. haveria a formação de sombra nesta página. Além disso. Os concursos apresentam questões interpretativas que têm por finalidade a identificação de um leitor autônomo. em Por trás daquela foto. Da mesma forma. (D) às relações que a fotografia mantém com as outras artes. é capaz de perceber dimensões sonoras inteiramente insuspeitas para os leigos. pois o movimento de virar a página acontecerá antes de ter sido lida a última linha da página direita e. pois o lado de lá é como o albergue espanhol do ditado: cada um só encontra nele o que trouxe consigo. Mas é difícil imaginar alguém que seja insensível à magia de uma foto. É preciso também tornarmo-nos mais receptivos e atentos. devemos colocar lápis. de outra forma. deve pensar no ato de ler como um comportamento que requer alguns cuidados. (C) nosso olhar é a varinha de condão que descongela o instante aprisionado. O segmento do texto que ressalta a ação mesma da percepção de uma foto é: (A) A câmara fotográfica é uma verdadeira máquina do tempo. é imprescindível leitura que nos estimule cada vez mais em vista dos resultados que ela oferece. São Paulo: Companhia das Letras. discriminar é dar atenção às diferenças. Discriminar ou discriminar? Os dicionários não são úteis apenas para esclarecer o sentido de um vocábulo. por outro lado. é disseminar o juízo preconcebido. um indivíduo ou grupo de indivíduos. (E) desdobra-se em acepções contraditórias que correspondem a convicções incompatíveis. essa imagem descongela algo. conforme sugere o terceiro parágrafo. convicções etc. (E) Critérios diferentes implicam desigualdades tais que os injustiçados são sempre os mesmos. (C) I.. nem se imagine os tempos a que suscitarão essa imagem aparentemente congelada. a fotografia nos faz desfrutar e viver experiências de natureza igualmente temporal. 5. entre outras. 4. (D) Uma forma de perpetuar a igualdade está em sempre tratar os iguais como se fossem desiguais. desigual. Um fotógrafo profissional. (D) II. 8. deixar de discriminar (no sentido de discernir) é permitir que uma discriminação continue (no sentido de preconceito). No contexto do primeiro parágrafo. por: (A) Tendo isso em vista. (B) um preciso discernimento (2º parágrafo) = uma arraigada dissuasão. Nesse caso. (D) a forma mais censurável (3º parágrafo) = o modo mais repreensível. II. Vamos ao Dicionário Houaiss.. há mais que uma imagem descongelada. Discriminar alguém: fazê-lo objeto de nossa intolerância. não obstante. e lá encontramos. mas estão no mesmo verbete do dicionário e se mostram vivas na mesma sociedade. (D) Tal como ocorrem nos espelhos da Alice.. A afirmação de que os dicionários podem ajudar a incendiar debates confirma-se. pelo fato de que o verbete discriminar (A) padece de um sentido vago e impreciso. discriminar é deixar agir o preconceito. o que faz essa imagem descongelar. III. Considerando-se o contexto. (D) Há. supõe um preciso discernimento. no primeiro parágrafo. Mas há. classe social. ao verbete discriminar. (E) Há algo. (B) Ainda assim. Já na segunda acepção. b) tratar mal ou de modo injusto. Na primeira acepção. ajudam. (D) faz pensar nas dificuldades que existem quando se trata de determinar a origem de um vocábulo. Discriminar o certo do errado é o primeiro passo no Didatismo e Conhecimento 5 caminho da ética. está correto o que se afirma SOMENTE em (A) I e II. que essa imagem descongelará. (B) II e III. (B) A igualdade só é alcançável se abolida a fixação de um mesmo critério para casos muito diferentes. vê não apenas uma foto. que a fotografia congela o tempo. cor da pele. cujo sentido positivo ou negativo depende da convicção de quem a avalia. existe algo que descongela essa imagem pode ser substituído.LÍNGUA PORTUGUESA 3. Em relação ao texto. outrossim. (Aníbal Lucchesi. (C) abona tanto o sentido legítimo como o ilegítimo que se costuma atribuir a esse vocábulo. em razão de alguma característica pessoal. variante de seu sentido principal. (E) III. com frequência. a iluminar teses controvertidas e mesmo a incendiar debates. quem veja nessas propostas afirmativas a forma mais censurável de discriminação. distinguir. Ao dizer. (C) disseminar o juízo preconcebido (2º parágrafo) = dissuadir o julgamento predestinado. a menção ao ditado sobre o albergue espanhol tem por finalidade sugerir que o olhar do observador não interfere no sentido próprio e particular de uma foto. Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar a desigualdade. estas duas acepções: a) perceber diferenças. Da afirmação acima é coerente deduzir esta outra: (A) Os homens são desiguais porque foram tratados com o mesmo critério de igualdade. . Atenção: As questões de números 6 a 9 referem-se ao texto seguinte. (E) As acepções são inconciliáveis (3º parágrafo) = as versões são inatacáveis. 7. No segundo parágrafo. as experiências físicas de uma fotografia podem se inocular em planos temporais.. (C) Apesar de tudo. (C) Quando todos os desiguais são tratados desigualmente. Atente para as seguintes afirmações: I. (B) apresenta um sentido secundário. Diz-se que tratar igualmente os desiguais é perpetuar a desigualdade. uma foto leva-nos a viver profundas experiências de caráter temporal. (C) Conquanto seja o registro de um determinado espaço. (B) Na superfície espacial de uma fotografia. o termo transpira o sentido positivo de quem reconhece e considera o estatuto do que é diferente. As acepções são inconciliáveis. mas os recursos de uma linguagem específica nela fixados. há que se descongelar essa imagem. discernir. (E) Nenhuma imagem fotográfica é congelada suficientemente para abrir mão de implicâncias semânticas no plano temporal. no texto. o segmento Todavia. a desigualdade definitiva torna-se aceitável. traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) iluminar teses controvertidas (1º parágrafo) = amainar posições dubitativas. gerando por isso inúmeras controvérsias entre os usuários. inédito) 6. que não é reconhecido por todos. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o texto: (A) Apesar de se ombrearem com outras artes plásticas. Estamos vivendo uma época em que a bandeira da discriminação se apresenta em seu sentido mais positivo: trata-se de aplicar políticas afirmativas para promover aqueles que vêm sofrendo discriminações históricas. o autor defende a ideia de que a realidade apreendida numa foto já não pertence a tempo algum. É o caso das cotas especiais para vagas numa universidade ou numa empresa: é uma discriminação. sem prejuízo para a correção e a coerência do texto. III. ou a diversão. o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. ó céus. (B) I e III. Considerando-se o contexto. lá se foi. a baleia de Saquarema. Por ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Atenção: As questões de números 10 a 14 referem-se à crônica abaixo. A analogia entre a baleia e a União Soviética insinua. ó céus. (E) Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás e Logo uma estatal. com simples cordas e as próprias mãos. num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. II. vírgula (2º parágrafo) = Geral. Em relação ao texto. traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em: (A) em necrológio eufórico (1º parágrafo) = em façanha mortal. O sorveteiro vendeu centenas de picolés. (C) que se desse por perdida a batalha (2º parágrafo) = que se imaginasse o efeito de uma derrota. A bordo. II e III. É preciso reelaborar. Tudo fala. apenas. À noite. a redação da seguinte frase: (A) O autor do texto chama a atenção para o fato de que o desejo de promover a igualdade corre o risco de obter um efeito contrário. entre outros termos de aproximação. espero que salva. Logo uma estatal. 11. (D) estabeleceu uma trégua entre todos nós (3º parágrafo) = derrogou uma imunidade para nós todos. há desequilíbrios sociais tão graves que tornam necessários os desequilíbrios compensatórios de uma ação corretiva. como foi dito por locutores especializados em necrológio eufórico. O maior animal do mundo. assim frágil. à primeira vista. (D) o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar e lá se foi. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a repartir os bifes. acima das diferentes providências. Até a União Soviética acabou. Bom para o sorveteiro Por alguma razão inconsciente. (E) Em nossa época. apenas. A expressão Tudo é símbolo prende-se ao fato de que o autor aproveitou o episódio da baleia encalhada para também figurar o encalhe de um país imobilizado pela alta inflação. sem recursos. (E) o aproveitamento comercial da situação e a força descomunal empregada pela jubarte.LÍNGUA PORTUGUESA 9. (Otto Lara Resende. o encalhe dos gigantes. Mas o drama da baleia não acabava. para se promover a igualdade. uma tripulação de camelôs anunciava umas bugigangas. (C) II e III. À noite. (C) o fato de a jubarte ser um animal de sangue frio e o prestígio dos valores ecológicos. Afinal. (B) em quinze minutos estava toda retalhada e foram disputadas as toneladas da vítima. cessava o trabalho. vírgula. 13. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima. à mercê de curiosos. depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela da televisão. Até no avião. Tudo é símbolo. visto que desconsideram o risco do contrário. o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar. apenas. Essa de agora teve mais sorte. Em 1966. Mas já ao raiar do dia. sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da inflação. Atente para as seguintes afirmações sobre o texto: I. As reações dos envolvidos no episódio da baleia encalhada revelam que. Foi salva graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua entre todos nós. Paulo) 10. uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava toda retalhada. eu já podia recolher a minha aflição. tal como se observa na relação entre estas duas expressões: (A) drama da baleia encalhada e três dias se debatendo na areia. parecem em si mesmas distorcidas. Didatismo e Conhecimento 6 . (D) o fato de a Petrobrás ser uma empresa estatal e as iniciativas que couberam a uma traineira. apenas. Metáfora fácil. está correto o que se afirma em (A) I. (D) Muitas vezes é preciso corrigir certas distorções aplicando-se medidas que. O cronista ressalta aspectos contrastantes do caso de Saquarema. De qualquer forma. (E) é preciso dar provas da eficácia (4º parágrafo) = convém explicitar os bons propósitos. (E) III. (B) o prestígio dos valores ecológicos e o empenho no lúcido objetivo comum. animais de sangue quente ou de sangue frio. atinham-se todos a um mesmo propósito. eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia. espero que salva. (B) Comum. (C) Quem vê como justa a aplicação de um mesmo critério para julgar casos diferentes não crê que isso reafirme uma situação de injustiça. (D) I e II. Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. mas nem tanto. Um belo espetáculo. para sanar falha estrutural. todos se empenhavam no lúcido objetivo comum. Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Comum. 12. (B) Embora haja quem aposte no critério único de julgamento. Foram irrelevantes para a salvação da baleia estes dois fatores: (A) o necrológio da União Soviética e os serviços da traineira da Petrobrás. (C) se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência e levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. a baleia de Saquarema. Folha de S. 16. caso a caso. Essas questões vêm à tona quando. bem distintos. (D) I e II. reconhecendo numa assembleia a “soberania” que a qualifica para a tomada de qualquer decisão. o cronista não obsta em tratar de assuntos da pauta nacional. o prestígio do “assembleísmo” surge como absoluto. como a inflação ou o processo empresarial das privatizações. onde se decidirá os rumos do nosso movimento reinvindicatório. de um sindicato deve ocorrer em conformidade com o desejo da maioria. irritado com a campanha pelas eleições diretas para presidente da República. A argumentação do ministro. já que numa votação não se leva em conta nenhuma questão de mérito. haja vista a inflação nacional ou a escalada das privatizações. sejam o crescente prestígio das privatizações. (C) Vimos. (D) O incidente da jubarte encalhado não impediu de que o cronista se valesse de tal episódio para opinar diante de outros fatos. Entre a escolha pelo mérito e a escolha pelo voto há necessidades muito distintas. é rebatida pelo autor do texto por ser falaciosa e escamotear os reais interesses de quem a formula. (C) excludentes. (E) II e III. em Em relação ao texto. inédito) 15. são expressões bastante próximas quanto ao sentido: (A) fazer uma eleição e confiar no mérito do profissional. (C) classificação de profissionais e escolha da liderança. No fundo. a avaliação do mérito pessoal do candidato se impõe sobre qualquer outra. Num concurso público. aonde se decidirá os rumos do nosso movimento reinvindicatório. 17. 7 Didatismo e Conhecimento . a menos que uma situação de real impasse imponha a resolução pelo voto. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o último parágrafo do texto. Há quem pretenda decidir tudo no voto. A conotação pejorativa que o uso de aspas confere ao termo “assembleísmo” expressa o ponto de vista dos que desconsideram a qualificação técnica. (A) Apesar de tratar do drama ocorrido com uma baleia. Entre a especialidade técnica e a vocação política há diferenças profundas de natureza. que a razão do mérito e a razão do voto devem ser consideradas. convocá-lo para a assembleia geral da próxima sexta-feira. (A) complementares. Assim. (B) Mormente tratando de uma jubarte encalhado. (E) Ao bom cronista ocorre associar um episódio como o da jubarte com a natureza de outros. lembrando a razão do mérito. Eis aí uma tarefa para nós todos: reconhecer. (B) Viemos por este intermédio convocar-lhe para a assembleia geral da próxima sexta-feira. Já a escolha da liderança de uma associação de classe. (C) III. referida no primeiro parágrafo. As falhas do texto encontram-se plenamente sanadas em: (A) Vimos. Não por acaso. está correto SOMENTE o que se afirma (A) I. 18. que pedem distintas formas de reconhecimento. a legitimidade que tem a decisão pelo voto ou pelo reconhecimento da qualificação indispensável. (B) II. o papel tanto de um repórter curioso como analisar fatos oportunos. desde que as mesmas pessoas que votam sejam as que decidam pelo mérito. com base no texto. pois em separado nenhuma delas satisfaz o que exige uma situação dada. quando se decidirão os rumos do nosso movimento reivindicatório. Atente para a redação do seguinte comunicado: Viemos por esse intermédio convocar-lhe para a assembleia geral da próxima sexta-feira. buscou minimizar a importância do voto com o seguinte argumento: − Será que os passageiros de um avião gostariam de fazer uma eleição para escolher um deles como piloto de seu voo? Ou prefeririam confiar no mérito do profissional mais abalizado? A perfídia desse argumento está na falsa analogia entre uma função eminentemente técnica e uma função eminentemente política. por este intermédio. não elegeremos deputado alguém sem espírito público. o cronista não deixa de aludir a circunstâncias nacionais. (E) transparência do método e desejo da maioria. A seleção e a classificação de profissionais devem ser processos marcados pela transparência do método e pela adequação aos objetivos. (Júlio Castanho de Almeida. II. (B) especialidade técnica e vocação política. O autor do texto manifesta-se francamente favorável à razão do mérito. qual seja a escalada inflacionária ou a privatização. diante da tomada de uma decisão.LÍNGUA PORTUGUESA 14. quando alguém se opõe a essa generalização. em cuja se decidirão os rumos do nosso movimento reivindicatório. ao tempo do governo militar. (E) independentes. como aqui ocorreu. (D) avaliação do mérito e reconhecimento da qualificação. Atenção: As questões de números 15 a 18 referem-se ao texto abaixo. por exemplo. que escolhe livremente seu representante. em certas instituições. Atente para as seguintes afirmações: I. como o impulso para as privatizações e os custos da alta inflação. o ministro queria dizer que o governo estava indo muito bem nas mãos dos militares e que estes saberiam melhor que ninguém prosseguir no comando da nação. III. Deve-se presumir. sejam os da economia inflacionada. (C) Vê-se que um cronista pode assumir. (B) excludentes. convocar-lhe para a assembleia geral da próxima sexta-feira. (D) conciliáveis. ouvem-se diatribes contra a “meritocracia”. A razão do mérito e a do voto Um ministro. visto que cada uma atende a necessidades de bem distintas naturezas. por este intermédio. Considerando-se o contexto. nem votaremos no passageiro que deverá pilotar nosso avião. já que a qualificação por mérito pressupõe que toda votação é ilegítima. inteligência tarda. E para expressarmos por escrito. grande demais. . . . objetos. animal.apresentação de um conflito. portanto. Reunia a isso grande medo ao pai.expõe características dos seres ou das coisas. . . . Ao seu redor havia ruídos serenos. porém. . O mestre era mais severo com ele do que conosco. 1974.) Esse texto traça o perfil de Raimundo. (Machado de Assis. uma pessoa ou uma paisagem a alguém. pessoa. aplicado. . emoção vivida ou sentimento. É qualquer elemento que seja apreendido pelos sentidos e transformado. existem alguns modelos de expressão escrita: Descrição – Narração – Dissertação Descrição . cheiro de árvores.frequente emprego de metáforas. Dissertação . Deve-se notar: .expõe um fato. e era mole. enredo. . não será para outro.é um tipo de texto sequencial. raramente estava alegre. personagens. lugar. Ática. Dessa forma. . relaciona mudanças de situação. analisa. .geralmente.” (extraído de “Amor”. o que será importante ser analisado para um.uso de verbos de ligação.predomínio da linguagem objetiva. está fazendo uso da descrição. o ano de 1840. Fazer um texto. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinquenta minutos. 8 2. uma vez que o ponto de vista do observador varia de acordo com seu grau de percepção. mas sim. em que se decidirão os rumos do nosso movimento reinvindicatório. cena. A vivência de quem descreve também influencia na hora de transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto. c) fechamento. Clarice Lispector) (II) Chamava-se Raimundo este pequeno. avalia. Contos. Didatismo e Conhecimento .relato de fatos. Sempre que se expõe com detalhes um objeto.o diálogo direto é frequente. São Paulo. em que o escritor frequentava a escola da rua da Costa) e. ambiente. a ordem dessas duas ocorrências é indiferente: o que o escritor quer é explicitar uma característica do menino. Exemplos: (I) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda. retirava-se).presença de narrador. cenário.predomínio de atributos. .defesa de um argumento: a) apresentação de uma tese que será defendida. págs. Todo o jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde.ainda que se fale de ações (como entrava. não existe uma ocorrência que possa ser considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de vista do relato (no nível dos acontecimentos. Raimundo tinha grande medo ao pai). . não denota nenhuma transformação de estado. todas elas estão no pretérito imperfeito. explica. vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Para escrever um texto. Temos dois momentos: o de formular pensamentos (o que se quer dizer) e o de expressá-los por escrito (o escrever propriamente dito). (E) Viemos. durante e depois dos acontecimentos (geralmente). . Laços de Família. Tudo era estranho. o filho do professor da escola que o escritor frequentava.por isso. ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS.expõe um tema. com palavras. entrar na escola é cronologicamente anterior a retirar-se dela. ambientes. pálida. suave demais.que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os outros levavam trinta ou cinquenta minutos. organizar ideias sobre determinado assunto. em imagens. apresenta uma visão. é mesclada de descrições. em que se decidirá os rumos do nosso movimento reivindicatório. seja ele de que tipo for.retrato de pessoas. situação ou coisa.prevalece a denotação. b) desenvolvimento ou argumentação. 3ed. Não é necessário que seja perfeita.LÍNGUA PORTUGUESA (D) Vimos por esse intermédio convocá-lo para a assembleia geral da próxima sexta-feira. tempo. Era uma criança fina. onde procuramos mostrar os traços mais particulares ou individuais do que se descreve. Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho. Narração . por este intermédio. Respostas: 01-C / 02-B / 03-E / 04-D / 05-C / 06-E / 07-B / 08-D / 09-B / 10-C / 11-B / 12-E / 13-B / 14-A / 15-E / 16-A / 17-D / 18-A Descrição É a representação com palavras de um objeto. e não traçar a cronologia de suas ações). cara doente. comparações e outras figuras de linguagem. não significa apenas escrever de forma correta.tem como resultado a imagem física ou psicológica. que indica concomitância em relação a um marco temporal instalado no texto (no caso. 3132. “Conto de escola”. classifica. . De onde vinha o meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de abelhas e aves. convocá-lo para a assembleia geral da próxima sexta-feira. . . necessitamos de técnicas que implicam no domínio de capacidades linguísticas. .é um tipo de texto argumentativo. pequenas surpresas entre os cipós. aponta antes. no nível do relato. .é um tipo de texto figurativo. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes.uso de verbos de ação. . farto. Como. comparações e inúmeros elementos sensoriais. . e as orelhas grandes muito despegadas do crânio.) consideradas fora da relação de anterioridade e de posterioridade. pelo contraste.é impossível separar narração de descrição. precisamos fazer algumas alterações. Se tomarmos uma descrição como As flores manifestavam todo o seu esplendor. que podem perder sua função e assim não ser compreendidos... Mais tarde. enquanto que o enunciado descritivo. Por todas essas características. estar.” (Entrevista gravada para o Projeto NURC/RJ) 9 Didatismo e Conhecimento . O rosto aguçado no queixo ia-se alargando até à calva. Características Linguísticas: O enunciado narrativo.se invertêssemos a sequência dos enunciados.” (Eça de Queiroz . bastaria dizer: Reunia a isso grande medo do pai.. com o pescoço entalado num colarinho direito.Todavia deve predominar o emprego das comparações.Utilizam. ficar). desde que eles sejam sempre simultâneos. uma grade de ferro. . eu morei numa casa. etc. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. usados principalmente no presente e no imperfeito do indicativo (ser. preferencialmente. um pouco amolgado no alto. Evidentemente. atitudes. que era o lugar da bagunça. Exemplo: “(.As personagens podem ser caracterizadas física e psicologicamente. Elas manifestavam todo o seu esplendor.Predominância de verbos de estado.Emprego de figuras (metáforas.. ao invertermos a ordem das frases. depois tinha uma escadinha que ia dar no quintal e atrás ainda tinha um galpão. . era um desses exemplares excessivos do sexo que parecem conformados expressamente para esposas da multidão (. Lemos um velho de pequena estatura. Características: .Ênfase na adjetivação para melhor caracterizar o que é descrito. Era muito pálido. Para transformar uma descrição numa narração. como este. tinha certa vivacidade buliçosa e saltitante que lhe dava petulância de rapaz e casava perfeitamente com os olhinhos de azougue. situação ou indicadores de propriedades. comparações. No caso do texto II inicial.Como na descrição o que se reproduz é simultâneo. uma casa velha. em relação a um marco temporal pretérito instalado no texto.O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes. dando-se sempre preferência aos verbos que indiquem estado ou fenômeno.e aquele preto lustroso dava. etc. que se usem então as formas nominais. carnuda. aquele.A descrição pode ser considerada um dos elementos constitutivos da dissertação e da argumentação. por ter a representação de um acontecimento. numa descrição. parecia mais velha pelo desenvolvimento das proporções.) Ângela tinha cerca de vinte anos. . . libertouse desse medo.Ao fazer a descrição enumeramos características. aí você entrava na sala da frente. sanguínea e fogosa... ou catafóricos (palavras que anunciam o que vai ser dito. dos adjetivos e dos advérbios. . precisamos fazer certas modificações no texto. mas não tingia o bigode. diz-se que o fragmento do conto de Machado é descritivo.. destacam-se marcas sintático-semânticas encontradas no texto que vão facilitar a compreensão: . nunca tirava as lunetas escuras. situar-se. Quando alteramos a ordem dos enunciados. Descrição é o tipo de texto em que se expõem características de seres concretos (pessoas. Tinha uma covinha no queixo. qualidades. na versão original. como ele. vestido todo de preto. Exemplo: “Era o Sr. bastaria introduzir um enunciado que indicasse a passagem de um estado anterior para um posterior. tinha-o grisalho. se alterarmos a ordem das frases ele perderá o sentido. precisamos mudar a palavra flores para a primeira frase e retomá-la com o anafórico elas na segunda. está-se pensando apenas na ordem cronológica. fazer transformador. para que o texto possa ser compreendido: O Sol fazia as flores brilhar. para transformá-lo em narração. mas rolho e bojudo como um vaso chinês. A característica fundamental de um texto descritivo é essa inexistência de progressão temporal. é marcado pela temporalidade. mas sim a capacidade de observação que deve revelar aquele que a realiza.Senhora) .)” (Raul Pompéia – O Ateneu) . O Sol fazia-as brilhar. no final do corredor tinha a cozinha.. não indicando progressão de uma situação anterior para outra posterior.. pois este contém anafóricos (palavras que retomam o que foi dito antes. mais brilho à calva. tingia os cabelos que de uma orelha à outra lhe faziam colar por trás da nuca . e essa casa era assim: na frente. a ordem em que os elementos são descritos produz determinados efeitos de sentido. situações. que conferem colorido ao texto. depois você entrava tinha um jardinzinho. Exemplo: “Até os onze anos. Grande. vasta e polida. não muito gordo. Tanto é que uma das marcas linguísticas da descrição é o predomínio de verbos no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo: o primeiro expressa concomitância em relação ao momento da fala. haver.Devem-se evitar os verbos e. existir. caído aos cantos da boca. sinestesias).” (José de Alencar . etc. verbos de ligação. Por isso.O Primo Basílio) . objetos. . metonímias. Pode-se apresentar. o segundo. no final tinha uma escadinha que devia ter uns cinco degraus. até mesmo ação ou movimento.Uso de advérbios de localização espacial. como veremos adiante..LÍNGUA PORTUGUESA . o presente e o pretérito imperfeito do indicativo. se isso não for possível. Exemplo: “Era alto.). não tendo transformação. ou pelas ações. os. é atemporal. dali tinha um corredor comprido de onde saíam três portas. o pronome oblíquo as é um anafórico que retoma flores. não existe relação de anterioridade e posterioridade entre seus enunciados. magro. na relação situação inicial e situação final. Apesar de seu corpo rechonchudo. quando se diz que a ordem dos enunciados pode ser invertida. não correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológica poderíamos mesmo colocar o último período em primeiro lugar e ler o texto do fim para o começo: O mestre era mais severo com ele do que conosco. Na dimensão linguística. pois. pele bronzeada. 1968. luminosidade e aroma (se houver).Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um todo (externamente) formato. a cena.. dentro de uma estrutura de cantos e apoios de madeira-de-lei. concretamente. janelas. ombros largos.) . com porta central que se alcançava por três degraus de pedra e quatro janelas de guilhotina para cada lado. 497. Ex: “Sua altura é 1.Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global do ambiente: paredes.Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto em sua totalidade.. Ex: As criaturas humanas transpareciam um céu sereno. o mesmo de figura. Pintada de roxo-claro. Porto. o ser. Moreno. de sobregoverno. mais propenso ao furor do que à ternura. Exemplo: “ A casa velha era enorme. Ex: Vida simples.” (“O Ateneu”. cor/ brilho.Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentários das partes que compõem o objeto. na linha de passagem da variante do Caminho Novo que veio a ser a Rua Principal. O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a visualizar uma cena.. Ex: “Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. exatas.Introdução: comentário de caráter geral. . .85m. triste de facha. Raul Pompéia) “(. pois as características físicas perderiam qualquer relevo. soberanos. os gestos. do detalhe para o todo ou do todo para o detalhe cria efeitos de sentido distintos. peso. textura. Devia ser mais velha que Juiz de Fora.. pessoa etc. muito crente. Se fizesse o inverso. apontando suas características exteriores. bem servido de pés. uma pureza de cristal. após escrever seu texto. carão moreno. dimensões. altura. ou seja. Para facilitar o aprendizado desta técnica. a paisagem são transfigurados pela emoção de quem escreve.As sensações de movimento e cor embelezam o poder da natureza e a figura do homem. frio. Descrição de objetos constituídos por várias partes: . Seu peso. 70kg. a ordem dos enunciados na descrição é indiferente. facilmente identificáveis (descrição objetiva). nariz alto no meio. a cena. podendo opinar ou expressar seus sentimentos. Tudo simples. depois a Rua Direita – sobre a qual ela se punha um pouco de esguelha e fugindo ligeiramente do alinhamento (. . Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio. cor e brilho.. Telhado de quatro águas. uma vez que eles indicam propriedades ou características que ocorrem simultaneamente. Roupa simples. toda em largura. e não pequeno. capaz de tomar conta deste sertão nosso. Aparência atlética. Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. próprias.. concretas. cabelos negros e lisos”. Ex: Era um verde transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um.LÍNGUA PORTUGUESA Recursos: . Ex: O dia transcorria amarelo. teto.Desenvolvimento: detalhes (lª parte) formato (comparação com figuras geométricas e com objetos semelhantes). portas. olhos negros. associados à explicação de como as partes se agrupam para formar o todo. provavelmente sede de alguma fazenda que tivesse ficado. capricho da sorte. calmos. o ser. ausente do calor alegre do sol. calmos.Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas. mandando por lei. 10 Didatismo e Conhecimento . sublinhe todos os substantivos.” (Pedro Nava – Baú de Ossos) Descrição Subjetiva: quando há maior participação da emoção. par-de-frança. de olhos azuis. Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos.Introdução: observações de caráter geral referentes à procedência ou localização do objeto descrito. ela não é indiferente do ponto de vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para baixo ou viceversa. . Descrição de ambientes: . Joca Ramiro era único homem. Era feita de pau-a-pique barreado. É como traçar com palavras o retrato de um objeto.Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) material. sugere-se que o concursando. A descrição pode ser apresentada sob duas formas: Descrição Objetiva: quando o objeto. lugar. O poeta descreve-se das características físicas para as características morais.) Quando conheceu Joca Ramiro. Descrição de objetos constituídos de uma só parte: . O pessoal. comprimento. do ponto de vista da progressão temporal. material. Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio”. meão de altura. o sentido não seria o mesmo. . . textura. pág. dimensões (largura. diâmetro etc.. acrescentando antes ou depois deste um adjetivo ou uma locução adjetiva. peso. eram de um rei. ou suas características psicológicas e até emocionais (descrição subjetiva). também denominado adjetivação. de Bocage: Magro. a passagem são apresentadas como realmente são. quando o objeto.” (Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas) Os efeitos de sentido criados pela disposição dos elementos descritivos: Como se disse anteriormente. . Lello & Irmão. então achou outra esperança maior: para ele. bebendo em níveas mãos por taça escura de zelos infernais letal veneno.A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do texto. Incapaz de assistir num só terreno. Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de adjetivos. No entanto.Usar o vigor e relevo de palavras fortes. chão. Obras de Bocage.Introdução: observações de caráter geral referentes à procedência ou localização do objeto descrito.Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto como um todo. .). . Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos lá existentes: móveis. etc. situações e coisas. eletrodomésticos. A descrição.O tanque de combustível é confeccionado em plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras. Esse elemento da narrativa é o tempo. para descrever experiências. olhos. . O Passat e o Passat Variant possuem direção hidráulica e ar condicionado de elevada capacidade. nariz. Quando o narrador conta um episódio. . com o encosto do banco traseiro rebaixado. .O compartimento de bagagens possui capacidade de 465 litros. . roupas). e não simultâneos como na descrição. É uma série de fatos situados em um espaço e no tempo. Esse tipo de texto é usado para descrever aparelhos. não supõe ação. pelo desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita. organizados por uma narração feita por um narrador.É impossível falar de conforto sem incluir o espaço interno. idade. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo. Textos descritivos não-literários: A descrição técnica é um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usando uma linguagem científica. cabelos.Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer aspecto de caráter geral. peso. caráter. .Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter geral. boca. Na descrição não-literária. assim sendo.Desenvolvimento: observação dos elementos mais próximos do observador explicação detalhada dos elementos que compõem a paisagem. voz. o meio. postura. o narrador acaba sempre contando onde. Conforme o objetivo a alcançar. . processos. Por ser objetiva. Porque toda técnica descritiva implica contemplação e apreensão de algo objetivo ou subjetivo. Didatismo e Conhecimento 11 Exemplo: Folheto de propaganda de carro Conforto interno .Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer outra referência de caráter geral. paisagens. Narração A Narração é um tipo de texto que relata uma história real. que pode ser ampliada para até 1500 litros. cenários. .Desenvolvimento: análise das características físicas. Textos descritivos literários: Na descrição literária predomina o aspecto subjetivo. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço. a história que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de enredo. Descrição de pessoas (I): . concluindo acerca da impressão que a paisagem causa em quem a contempla. o narrador também pode esclarecer “quando” ocorreram as ações da história. o seu funcionamento. É por isso que numa narração predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações. temperamento. . espaço. que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado. proporcionando a climatização perfeita do ambiente. precisa possuir certo grau de sensibilidade. preferências. a descrição pode ser não-literária ou literária. mas principalmente pelos advérbios de tempo. conforme o permita sua sensibilidade. ao descrever. Tanque . objetivos). Os seus interiores são amplos. . o redator. Todas as vezes que uma história é contada (é narrada). representado no texto pelos advérbios de lugar.Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter geral. tendo mudança de um estado para outro. em que os aspectos sensoriais predominam. a maioria dos verbos que compõem esse tipo de texto são os verbos de ação. O lugar onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espaço. quadros. passa por uma introdução (parte inicial da história. segundo relações de sequencialidade e causalidade. Além de contar onde.Conclusão: comentários de caráter geral.Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no ambiente. há maior preocupação com a exatidão dos detalhes e a precisão vocabular. o “miolo” . ambientes. cor da pele. Descrição de pessoas (II): . de acordo com determinada ordem. acomodando tranquilamente passageiros e bagagens. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor “como” o fato narrado aconteceu. com ênfase no conjunto de associações conotativas que podem ser exploradas a partir de descrições de pessoas.Desenvolvimento: observação do plano de fundo (explicação do que se vê ao longe). por isso. esculturas ou quaisquer outros objetos. inclinações. as peças que os compõem. precisa. fictícia ou mescla dados reais e imaginários. As personagens são identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos próprios. também chamada de prólogo). quando. o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens.Desenvolvimento: análise das características físicas. para evitar a deformação em caso de colisão. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas telas. ou seja. As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas personagens.Desenvolvimento: características físicas (altura. Descrição de paisagens: . representado no texto narrativo através dos tempos verbais. utilizando situações que contêm essa vivência. às vezes (mesmo sem querer) ele acaba contando “onde” (em que lugar) as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. A história contada.Desenvolvimento: características psicológicas (personalidade. há predominância da denotação.LÍNGUA PORTUGUESA . associadas às características psicológicas (1ª parte). Vale lembrar que textos descritivos também podem ocorrer tanto em prosa como em verso. . como e com quem ocorreu o episódio. ao contrário da narrativa.Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer aspecto de caráter geral. os conflitos e as ligações afetivas entre esses indivíduos e o mundo. associadas às características psicológicas (2ª parte). Porta-malas . Expressa as relações entre os indivíduos. É uma estrutura pictórica. Psicológico: o tempo interior. Mesmo que essa personagem não apareça no texto. O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada. se o menino ganhou um porquinho-da-índia. 12 Observe que. Assim.) ou impessoal (narra em 3ª pessoa: Ele. .. o avarento etc. como simples exemplos de uma narração. conforme o papel que desempenham no enredo.Narrador: é quem conta a história. revelando seus pensamentos e sentimentos íntimos. formando uma rede: a própria história contada. Tipos de Personagens: Os personagens têm muita importância na construção de um texto narrativo. o espaço confortável de debaixo do fogão). José Olympio. Nesse caso ele é narrador e personagem ao mesmo tempo.Quando? Época em que ocorreu o fato Espaço .Fechado ou Aberto.Tempo: época em que se passa a ação. Estrela da vida inteira. 1973. que pode ser pessoal (narra em 1ª pessoa: Eu. exceto as personagens ou o fato a ser narrado. o texto narrativo é sempre estruturado por verbos de ação. já a apresentação indireta se dá quando os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo. aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos verbos.Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo e as personagens. levá-lo para a sala ou para outros lugares é passar da situação de ele estar debaixo do fogão para a de estar em outros lugares. Estrutura: . esses não estão. Exemplo: Porquinho-da-índia Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índía.Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens. que nesse texto há um grande conjunto de mudanças de situação. há um conjunto de transformações de situação: ganhar um porquinho-da-índia é passar da situação de não ter o animalzinho para a de tê-lo.Como? De que forma ocorreu o fato Causa . Didatismo e Conhecimento . é uma transformação de situação. Esses elementos estruturais combinam-se e articulam-se de tal forma. heróis ou antiheróis. no texto acima. Assim. a história é contada em 3ª pessoa.). . retratando suas características físicas e/ou psicológicas. Encadeados. são elementos vitais. a partir de suas ações. .Enredo: desenrolar dos acontecimentos. complexos. burguês etc. é porque alguém lhe deu o animalzinho.Complicação: é a parte do texto em que se inicia propriamente a ação. muitas vezes. pág. da voz que conta a história. por advérbios de tempo.) ou tipos humanos (o medroso..Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico. Narra em 3ª pessoa e sua voz.previsível ou imprevisível. 4ª ed. . subjetivo.Narrador-personagem: é aquele que conta a história na qual é participante. Manuel Bandeira. por advérbios de lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens. “não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas” dá a entender que o menino passava de uma situação de não ser terno com o animalzinho para uma situação de ser. Final .. Assim. Os personagens podem ser lineares (previsíveis).. Quanto aos elementos da narrativa. no último verso tem-se a passagem da situação de não ter namorada para a de ter. dois tipos de mudança: aquele em que alguém recebe alguma coisa (o menino passou a ter o porquinho-da-índia) e aquele alguém perde alguma coisa (o porquinho perdia.Espaço: local da ação. que não é possível compreendê-los isoladamente. temos dois tipos de narrativas: de aquisição e de privação. do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo. ou seja. a história é contada em 1ª pessoa. ou seja. . Tudo na narrativa depende do narrador. ou seja. Revelam-se por meio de características físicas ou psicológicas.Quem? Protagonista/Antagonista Acontecimento . dias. Elementos Estruturais (I): . Aquele que conta a história é o narrador.Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história. Elementos Estruturais (II): Personagens . aparece misturada com pensamentos dos personagens (discurso indireto livre). Verifica-se. a cada vez que o menino o levava para outro lugar.Onde? Lugar onde ocorreu o fato Modo . . 110. meses). É isso que define o que se chama o componente narrativo do texto. ele não gostava: “queria era estar debaixo do fogão” implica a volta à situação anterior. Podem ser principais ou secundários. Pode ser físico ou psicológico. o tímido. tipos sociais (trabalhador. conduzindo ao clímax. podem ser apresentados direta ou indiretamente. os episódios se sucedem.O quê? Fato Tempo .LÍNGUA PORTUGUESA da narrativa. Cronológico: o tempo convencional (horas. como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá. há basicamente. se relacionam e dão lugar à trama que se estabelece na ação. A apresentação direta acontece quando o personagem aparece de forma clara no texto.Narrador-observador: é aquele que conta a história como alguém que observa tudo que acontece e transmite ao leitor. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas.). obrigatoriamente sempre presentes no discurso. . protagonistas ou antagonistas.. Há uma relação de implicação mútua entre eles. por exemplo. Existem três tipos de foco narrativo: . . narrativa é uma mudança de estado pela ação de alguma personagem. Que dor de coração me dava Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. Assim. tornando o desfecho inevitável. ela está logicamente implícita. também chamada de trama) e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). Rio de Janeiro.. estudante.Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato Resultado . para garantir coerência e verossimilhança à história narrada. pois. . que são os agentes do texto.Personagens: são seres que se movimentam. sem lhe passar diretamente a palavra.” (Ilka Laurito. doutor. à espera. de forma canhestra. morrendo de vergonha da malha de cetim.Em 1ª pessoa: Personagem Principal: há um “eu” participante que conta a história e é o protagonista. e passar ao quintal vizinho. dois guaranás e dois pãezinhos. Exemplo: . da cara à mostra. eu estava lá e vi. Os três sentam-se numa das mesas. Por isso não pôde defender-se. Simões Lopes Neto – Contrabandista) .. mas ambos com menos de dez anos. um neto casado. O céu lá em cima. Fui jogado na estrada. nunca errou vau. sem máscara piedosa para disfarçar o sentimento impreciso de ridículo. sem a sua interferência. Exemplo: Caso de Desquite __ Vexame de incomodar o doutor (a mão trêmula na boca). num pratinho. Severino..) (Dalton Trevisan – A guerra Conjugal) Discurso Indireto: o narrador conta o que o personagem diz. Os meninos aguardam que a mão adulta leve solene o copo de cerveja até a boca. e se dirigem para o cômodo dos fundos. na escuridão das noites. um que foi capitão duma maloca de contrabandista que fez cancha nos banhados do Ibirocaí. E saiu à rua com ar menos carnavalesco deste mundo. cuidadosamente. no desmaiado da Lua.. Agora com mania de mulher. atordoado. o coração parecendo querer sair-me pela boca fora. Didatismo e Conhecimento 13 __ Duzentos e vinte. está bom? Ela não contribuiu com nada. Sal do Lírico) Narrador Objetivo: não se envolve. como se o estivessem fazendo pela primeira vez na vida. (J. mais ainda. E permanecem para sempre.) Fiquei verdeando. Eles não têm pressa. A mula vendeu e a potranca. __ Para onde foi a lavadeira? __ Quem? __ A mulata. Os três atravessam o salão. pague uma pensão.) Aqui há poucos – coitado! – pousei no arranchamento dele. das asas e das antenas e. Bisavô. Fica muito mais gostoso. onde há seis mesas desertas.. (Wander Piroli) Tipos de Discurso: Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamente para o personagem. é uma terceira pessoa. Exemplo: “Parei na varanda. está bom? __ Se ficar doente. humanos e indestrutíveis. Exemplo: Festa Atrás do balcão. noite e dia o hominho aqui na carroça. (. O grande homem e seus dois meninos. Esse gaúcho desabotinado levou a existência inteira a cruzar os campos da fronteira. quem é que fazia roça? __ Isso naquele tempo. conta a história como sendo vista por uma câmara ou filmadora. enquanto o rapaz cúmplice se retira. à luz do Sol. e andava outra vez e estacava.” (Machado de Assis. aritmético. O homem pergunta em quanto fica uma cerveja. (. Desde onze anos estou no mundo sem ninguém por mim. __ Eu arranjo. acompanhado de dois meninos de tênis branco. ia tonto. um prato de comida e roupa lavada. (. estacando para amparar-me. Exemplo: “Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a fantasiaram de borboleta. este velho caducando.. na cerração das madrugadas. O hominho aqui se espalhava. O rapaz de cabeça pelada vai ver o que eles querem. Veja. doutor. observando criteriosamente o menino mais velho e o menino mais novo absorvidos com o sanduíche e a bebida.. e confirma o pedido. __ Se quer sair de casa. as pernas bambas. nunca perdeu atalho. __ Está certo. depois cada um prova o seu guaraná e morde o primeiro bocado do pão. Só não me pise. ainda que chovesse reunimo-nos acolherados ou que ventasse como por alma de padre. doutor.. A carroça e os dois cavalos. __Você desempregado. Sempre o mais sacrificado. __ Só a troco de dinheiro elas querem você. deixou morrer. afamilhado. Só deu de mamar no primeiro mês. Tenho culpa? Só quero paz.. Casado ou doutro jeito. pode acreditar. __Que tal o pão com molho? – sugere o rapaz. Agora tem dois cavalos. Não me atrevia a descer à chácara. o rapaz de cabeça pelada e avental olha o crioulão de roupa limpa e remendada. __ Dobre a língua.. o que há de melhor. __ Na sua idade. mas resolutamente. nunca desandou cruzada!. Comecei a andar de um lado para outro. Exemplo: “Batia nos noventa anos o corpo magro. __ O preço é o mesmo – informa o rapaz. Sempre tem um cristão que enterra o pobre. O homem olha para os meninos. mulher. sentados naquela mesa. um mais velho e outro mais novo. O homem toma a cerveja em pequenos goles. os dois pães com meia almôndega cada um.. Não no víamos desde muito tempo. em seguida. __ Essa aí tem filho emancipado. doutor.LÍNGUA PORTUGUESA . __ Como? __ Passar o pão no molho da almôndega.Em 3ª pessoa: Onisciente: não há um eu que conta... Dom Casmurro) Observador: é como se dissesse: É verdade. Criei um por um. O homem e (mais do que ele) os meninos olham para dentro dos pães. fico uma jararaca. quem é que o atende? __ O doutor já viu urubu comer defunto? Ninguém morre só.. sem os cuidados de uma mulher. O hominho é muito bom. mas sempre teso do Jango Jorge. Todo velho é sem-vergonha. e fui dando um ajutório na matança dos leitões e no tiramento dos assados com couro. O rapaz de cabeça pelada traz as bebidas e os copos e. O preto concentra-se. Vai me deixar sem nada? __ Você tinha a mula e a potranca. . . sabe. Ele ia pelas beiradas. No começo pensou num bonde.. a sequência temporal foi modificada. Rosinha está dormindo... mesmo que a sequência linear da temporalidade apareça alterada. é necessário apanhar um bambu ou outro instrumento para derrubá-la. Quando em quando.. quando e onde.) Ele vai tirar Rosinha da cama. Por exemplo. ao longo da leitura. o que aconteceu. ou seja. (João Antônio – Malagueta. A narrativa típica tem quatro mudanças de situação: .. pois contém uma mudança de situação: do não incentivo ao incentivo da imigração européia. Não! E esses tambores? Ui! Que venham. Com efeito. para isso...uma em que uma personagem passa a ter um querer ou um dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo). muita atenção nos autos. o ato de comprar um apartamento: quando se assina a escritura. Não acordem Rosinha.é um texto figurativo.Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos personagens. O céu baixou.uma em que se constata que uma transformação se deu e em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens (geralmente os prêmios são para os bons. apresenta um componente narrativo. Toda narrativa tem essas quatro mudanças. pois elas se pressupõem logicamente.Introdução: citar o fato.. isto é. que. No entanto. Fugir com ela. (Aníbal Machado) Sequência Narrativa: Uma narrativa não tem uma única mudança. Por que não está malhando em sua cabeça?. Tenham paciência. . quando o narrador começa contando sua morte para em seguida relatar sua vida. por exemplo. É guerra. ele vai se espalhar. por exemplo. assomava um guarda nas esquinas. porque Rosinha não sai.. que por seu turno é anterior ao de o porquinho-da-índia voltar ao fogão). mas várias: uma coordena-se a outra.. que ele não está bêbado. A narratividade é um componente narrativo que pode existir em textos que não são narrações.. .. Ia firme e esforçando-se para não pensar em nada. (. Devagar. o leitor reconstitui. quando se constata a realização de uma mudança é porque ela se verificou. por ter sido despejado. Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem feito que trazia. Perus e Bacanaço) Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre a fala do personagem e a fala do narrador.. e depois?. Larguem os seus braços. Ignorava a exatidão de seus cálculos. (Nos bondes.. Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto narrativo: . à noite. as coisas. para os maus). as três características explicadas acima (transformação de situações. Quase meia hora andando. Sempre ficam mulheres vagabundeando por ali.LÍNGUA PORTUGUESA Frio O menino tinha só dez anos. . Não é preciso segurá-lo. Como fazia nos dias comuns. Assim.é um conjunto de transformações de situação (o texto de Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”. . Resumindo: na narração. ele seguiu. preenche essa condição). ele não larga não.. uma implica a outra. é preciso antes conseguir o dinheiro. . pelos escuros da Alameda Cleveland. O seu coraçãozinho se apertava. existe sempre uma relação de anterioridade e posterioridade (no texto “Porquinho-da-índia” o fato de ganhar o animal é anterior ao de ele estar debaixo do fogão.as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal que... Que é que diria a Paraná?) Andando. quer ou deve fazê-la.. Assim.. Rosinha.. é necessário poder (ter dinheiro) e querer ou dever comprar (respectivamente. __ Olho vivo – como dizia Paraná. para apanhar uma fruta. se abriu. A narrativa é a transformação de situações. nem olhar muito para nada. incentivou-se a imigração de europeus”. por exemplo).. Para ter um carro. Algumas mudanças são necessárias para que outras se deem.uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma competência para fazer algo). e ela efetua-se porque Didatismo e Conhecimento 14 quem a realiza pode. Surgiu com romancistas inovadores do século XX. Ela lhe deu. os prédios. poderiam roubá-lo. Largar Rosinha ali.. Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto. o tempo e o lugar. e os castigos. temos um texto dissertativo. . o que é narração? A narração é um tipo de narrativa. É um recurso relativamente recente. na travessia das ruas. quando se diz “Depois da abolição. opera com personagens e fatos concretos (o texto “Porquinho-da-índia” preenche também esse requisito).. Tomemos. Abraçá-la no alto de uma colina. as relações de anterioridade e de posterioridade. querer deixar de pagar aluguel ou ter necessidade de mudar. como vimos.. para o fundo do País. sem que percebesse. . no entanto. entre elas. Narrativa e Narração Existe alguma diferença entre as duas? Sim.Desenvolvimento: detalhes do fato. Pelo jardim.. mas provavelmente faltava mais ou menos uma hora para chegar em casa. Tem ela três características: .uma em que a personagem executa aquilo que queria ou devia fazer (é a mudança principal da narrativa). Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre pertinente num texto narrativo. realiza-se o ato de compra. Esse temporal assim é bom. Ele está dormindo.Conclusão: consequências do fato. Paraná mandara-lhe não ficar observando as vitrines. àquela hora da noite. Exemplo: A Morte da Porta-Estandarte Que ninguém o incomode agora. no romance machadiano Memórias póstumas de Brás Cubas... Os bondes passavam. . Na estação da Sorocabana perguntou as horas a uma mulher. Um texto que tenha só uma ou duas dessas características não é uma narração. uma subordina-se a outra. que por sua vez é anterior ao de o menino levá-lo para a sala. afastou a idéia como se estivesse fazendo uma coisa errada. figuratividade e relações de anterioridade e posterioridade entre os episódios relatados) devem estar presentes conjuntamente. O aspecto narrativo apresenta. Assim é de grande importância saber se o relato é feito em primeira pessoa ou terceira pessoa.auditiva: narrativas radiofonizadas. analisar algum tema. A dentadura postiça. como trair ou solapar os predecessores. conservam-se no poder esses ministros subordinando a maioria do senado. pois os tais fanáticos sempre se revelam os mais obsequiosos e subservientes à vontade e às paixões do amo. ou grande conselho. p. discussão ou interpretação de uma determinada ideia. 5O) Exemplo . Amâncio não viu a mulher chegar. a mudança de atitude dos que clamam contra a corrupção da corte no momento em que se tornam primeiros-ministros).visual: texto escrito. . é feita com a finalidade de desenvolver um conteúdo científico. até certo ponto. 1979. coerência. Caminhos Cruzados. sobretudo. Mas um príncipe discreto prefere nomear os que se valem do último desses métodos. pois analisa e interpreta a realidade com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um homem particular e do que faz para chegar a ser primeiro-ministro. .4) Tipologia da Narrativa Ficcional: . Érico. e o terceiro. Esse texto explica os três métodos pelos quais um homem chega a ser primeiro-ministro. a narração terá diversas abordagens. Quanto à temporalidade. Ieda. moço? Estava um caco: mal vestida. através de argumentos.Notícias .” (Linda.LÍNGUA PORTUGUESA Caracterização Formal: Em geral. Porto Alegre: Mercado Aberto.Anedota .” (Kiefer. a redondeza escura e uniforme dos seixos. afinal. 234235. teatro e narrativas televisionadas. É em função da capacidade crítica que se questionam pontos da realidade social. Características: .Tempo “Sete da manhã.Lenda .” (Veríssimo. As amazonas segundo tio Hermann. como negar-lhe a insipidez. alguma subjetividade. pois o que importa é a relação de implicação (clamar contra a corrupção da corte implica ser corrupto depois da nomeação para primeiro-ministro). um planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão. Exemplo . porquanto a criação e o colorido do contexto estão em função da individualidade e do estilo do narrador. Mas os olhos. objetividade na exposição. fitas gravadas e discos. há uma inferência do último através da onipresença e onisciência. como servir-se de uma pessoa. Vemos também. por via de um expediente chamado anistia (cuja natureza lhe expliquei). o segundo.Personagens “Aboletado na varanda.o texto é temático. doutrinário ou artístico. cheirando a fumaça. aconselha o príncipe discreto a escolhê-lo entre os que clamam contra a corrupção na corte e justifica esse conselho. legendas + desenhos (história em quadrinhos) e desenhos. os olhos). p. 51) Exemplo .existe mudança de situação no texto (por exemplo. Viagens de Gulliver. Dissertação A dissertação é uma exposição. No primeiro caso. em todo o caso.Parábola . .Relatos . a narrativa se desenvolve na prosa. Seria o leito seco de algum rio.Espaço Considerarei longamente meu pequeno deserto. lógica.. Dependendo do enfoque do redator. p.Memorialismo . É.História da Civilização Didatismo e Conhecimento 15 Apresentação da Narrativa: . e.Crônica . Não quer que se carpa o quintal. Não havia. que a dissertação no seu significado diz respeito a um tipo de texto em que a exposição de uma ideia. Jonathan Swift. Honorato Madeira acorda e lembrase: a mulher lhe pediu que a chamasse cedo. Exemplo: Há três métodos pelos quais pode um homem chegar a ser primeiro-ministro. de uma filha ou de uma irmã. garantem-se contra futuras prestações de contas e retiram-se da vida pública carregados com os despojos da nação. segundo.a progressão temporal dos enunciados não tem importância. Tendo à sua disposição todos os cargos. (sempre guardam alguma coisa do passado. Observe-se que: .Conto .Romance . . Abril Cultural. raciocínio. O primeiro é saber. transgredindo o aspecto linear e constituindo o que se denomina “flashback”. p. 1981. O Dr. a face escalavrada. Pressupõe um exame crítico do assunto. com zelo furioso.audiovisual: cinema. clareza..Poema Épico Tipologia da Narrativa Não-Ficcional: .Fábula . contra a corrupção da corte. O narrador que usa essa técnica (característica comum no cinema moderno) demonstra maior criatividade e originalidade. com prudência. não há rigor na ordenação dos acontecimentos: esses podem oscilar no tempo. podendo observar as ações ziguezagueando no tempo e no espaço. Charles. lendo Graciliano Ramos. São Paulo. histórica e psicológica do mundo e dos semelhantes. Porto Alegre: Movimento. há a participação do narrador. como clamar. mas do homem em geral e de todos os métodos para atingir o poder). . .Narração: narrar um fato. ele mostra mudanças de situação.” . . principalmente a urbana.. Ex: “Em 1982. . mesmo que as empresas sejam automatizadas. de seu prazer e de suas necessidades. ter o sucesso pretendido? Não entre pelo cano! Faça parte desse time de vencedores desde a escolha desse momento! . Já a estrutura. . . obriga que seja feita uma lei. defendendo o meio ambiente..624 repetidoras (que apenas retransmitem sinais recebidos). . velocidade. etc. (D) Didatismo e Conhecimento .Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato. . . o conteúdo e a estilística possuem características próprias a cada tipo de texto. . Ex: Você quer estar “na sua”? Quer se sentir seguro. nasce um novo modelo econômico: o capitalismo. implicação.Citação: opinião de alguém de destaque sobre o assunto do texto. (B) Segundo a Constituição.Conclusão Aberta: levanta uma hipótese. existem no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar programas) e 2.LÍNGUA PORTUGUESA . Ex: “A principal característica do déspota encontra-se no fato de ser ele o autor único e exclusivo das normas e das regras que definem a vida familiar.Definição: não basta citar. sem. outra que olha de fora para dentro. incentivando a reflexão de quem lê.ao contrário do texto narrativo e do descritivo. não perderão eles seu mercado de trabalho. apontando para prováveis resultados. triunfo das massas. . o espaço privado. nele as relações de anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm maior importância o que importa são suas relações lógicas: analogia.. em que será dada absoluta garantia aos trabalhadores. pertinência. esclarecendo o conceito ou a definição. Hoje. Tipos: . Ao todo. . Para ela convergem todas as ideias anteriormente desenvolvidas.” . Seu poder. projeta um pensamento ou faz uma proposta. a violência. escreve Aristóteles.Interrogação: questionamento. Entre eles.a estética e a gramática são comuns a todos os tipos de redação.Oposição: abordar um assunto de forma dialética.ao contrário do texto narrativo. pois decorre exclusivamente de sua vontade. comunicação. . é arbitrário. no entanto. todo esse entusiasmo pelo futebol não é uma prova de alienação?” . São partes da dissertação: Introdução / Desenvolvimento / Conclusão. desemprega milhares deles. antecipar seu desenvolvimento. .Convite: proposta ao leitor para que participe de alguma coisa apresentada no texto. “preocupada” com essa crise social que provém dessa automatização e qualificação. se apresenta a ideia principal.Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova com este tipo de abordagem. que até o século XX agia por meio da inclusão de trabalhadores e hoje passou a agir por meio da exclusão. eram 15. .como o texto narrativo.)” .Contestação: contestar uma idéia ou uma situação.Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve apresentar questionamento e reflexão. (.Comparação: social e geográfica. Ex: “Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora.Suspense: alguma informação que faça aumentar a curiosidade do leitor.Causa e Consequência: estruturar o texto através dos porquês de uma determinada situação. são 34 milhões (o sexto maior parque de aparelhos receptores instalados do mundo). . juízos.Exemplificação: dar exemplos. Ex: “A crise econômica que teve início no começo dos anos 80. Conclusão: é uma avaliação final do assunto. . linha de montagem.Enumeração: enumerar as informações. mas é preciso desdobrar a idéia principal ao máximo.Comparação: estabelecer analogias.” . com os conhecidos altos índices de inflação que a década colecionou. confrontar situações distintas. agravou vários dos históricos problemas sociais do país.. Introdução: em que se apresenta o assunto. Holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses 100 últimos anos..Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. de gastos.Hipótese: antecipa uma previsão. Ex: “Ação à distância.8 milhões os domicílios brasileiros com televisores. É a parte maior e mais importante do texto. aparece a verdadeira doença do século.Proposição: o autor explicita seus objetivos.Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou descrever uma cena.Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados estatísticos. proibindo a queima da cana de açúcar para a colheita e substituindo-os então pelas máquinas. Outro fator que também leva ao desemprego de um sem número de trabalhadores é a contenção de despesas. (C) Não é uma utopia?! Um exemplo vivo são os bóias-frias que trabalham na colheita da cana de açúcar que devido ao avanço tecnológico e a lei do governador Geraldo Alkmin.Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese. . o que provoca o desemprego.Refutação: questiona-se praticamente tudo: conceitos. . de forma organizada e progressiva. devido à evolução tecnológica e a necessidade de qualificação cada vez maior. de que. . . Ex: “É importante que o cidadão saiba que portar arma de fogo não é a solução no combate à insegurança. (A) A tendência do mundo contemporâneo é tornar todo o trabalho automático. correspondência. causalidade. . ele é temático. Podem ser desenvolvidos de várias formas: .Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona a um fato presente.Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos que compõem o texto. 16 Desenvolvimento: é a argumentação da ideia inicial. coexistência.” . um fechamento integrado de tudo que se argumentou. Exemplo: Direito de Trabalho Com a queda do feudalismo no século XV.” .Divisão: quando há dois ou mais termos a serem discutidos.Características: caracterização de espaços ou aspectos..Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta pontos favoráveis e desfavoráveis. Ex: “Volta e meia se faz a pergunta de praxe: afinal de contas. isto é. cuja escalada tem sido facilmente identificada pela população brasileira. valores. de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. a classe de trabalhos informais. daí a necessidade de pleno domínio do assunto e habilidade de argumentação. Exemplo: 1. pois a alta concentração de elementos tóxicos põe em risco a vida de milhares de pessoas. Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade de quem propõe soluções.impõem-se sempre o raciocínio lógico. com urgência esse processo de desníveis gritantes e criar soluções eficazes para combater a crise generalizada (F). natural. Vejamos: Ideia central: A poluição atmosférica deve ser combatida urgentemente. é grande o número de emissoras que dedicam parte da sua programação à veiculação de programas religiosos de crenças variadas. funções. Argumentação: é um conjunto de procedimentos linguísticos com os quais a pessoa que escreve sustenta suas opiniões. Estes assuntos serão vistos com mais afinco posteriormente. Tema: Desemprego no Brasil. E. pois a uma nação doente. . Argumento 2: Considerações a respeito de outro dado da realidade. classificação ou aleatoriamente. uma a uma. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição.A televisão é um dos mais eficazes meios de comunicação criados pelo homem. para não perderem o mercado de trabalho. eletricista. com isso. É fornecer argumentos. Deve ser clara. Presta-se bem à indicação de características. .A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem levado muita gente ao vício. Contextualização: decorrência de um processo histórico problemático. deter.O adolescente moderno está se tornando obeso por várias causas: alimentação inadequada.toda dissertação é uma demonstração. miserável e desigual.O problema dos sem-terra preocupa cada vez mais a sociedade brasileira. preferência. O texto conclui que desigualdade não se casa com modernidade.a linguagem deve ser objetiva. situações. nobre. sempre oferecendo o complemente necessário à afirmação estabelecida na frase nuclear. para se diferenciarem e ainda estão desempregados?. o assunto que vai ser abordado. marcenaria. Pode-se enumerar. O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras: Enumeração: Caracteriza-se pela exposição de uma série de coisas. . . É bom lembrarmos que é praticamente impossível opinar sobre o que não se conhece. Exemplo: “A televisão mostra uma realidade idealizada (ideia central) porque oculta os problemas sociais realmente graves. (ideia secundária)”. falta de exercícios sistemáticos e demasiada permanência diante de computadores e aparelhos de Televisão. denotativa. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que remetem a uma análise do tema em questão.O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise atualmente. 2. havia até advogado na fila de inscrição. seguindo-se os critérios de importância. (E) Já que a Constituição dita seu valor ao social que todos têm o direito de trabalho. impõem-se à fidelidade ao tema.Devido à expansão das igrejas evangélicas. qualquer ambiguidade pode ser um ponto vulnerável na demonstração do que se quer expor. como vimos no último concurso da prefeitura do Rio de Janeiro para “gari”. . . essencial no desenvolvimento de um texto dissertativo.A violência tem aumentado assustadoramente nas cidades e hoje parece claro que esse problema não pode ser resolvido apenas pela polícia. (G) 1º Parágrafo – Introdução A. razões a favor ou contra uma determinada tese. Didatismo e Conhecimento 17 . Debater e pesquisar são atitudes que favorecem o senso crítico. aumentando. Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo discutido.LÍNGUA PORTUGUESA Em troca os sindicatos dos trabalhadores rurais dão cursos de cabeleireiro. precisa.a coerência é tida como regra de ouro da dissertação. O discurso deve ser impessoal (evitar-se o uso da primeira pessoa). D.em consequência disso. O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apresentar: uma frase contendo a ideia principal (frase nuclear) e uma ou mais frases que explicitem tal ideia. sobretudo daquelas que sofrem de problemas respiratórios: . 7º Parágrafo: Conclusão F. Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são: . correta gramaticalmente. G. 2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento B. cabe aos governantes desse país. que almeja um futuro brilhante. A leitura de bons textos é um dos recursos que permite uma segurança maior no momento de dissertar sobre algum assunto. ou seja. Como ficam então aqueles trabalhadores que passaram à vida estudando. original. se especializando. não compete a tão sonhada modernidade. . . Desenvolvimento: A poluição atmosférica deve ser combatida urgentemente. C. Uma possível solução é apresentada. processos. Ainda temos: Tema: compreende o assunto proposto para discussão. todas as artérias contém sangue vermelho-vivo. seus limites. Exemplo: “Artéria é um vaso que leva sangue proveniente do coração para irrigar os tecidos. pelo contrário.Existem várias razões que levam um homem a enveredar pelos caminhos do crime. Contém a proposição do tema. . Se. que confronta ideias. acrescida da argumentação básica empregada no desenvolvimento. Deve. por exemplo.Terço Bizantino. a velhice. . ângulo de análise e a hipótese ou a tese a ser defendida. um segmento indicando consequências (fatos decorrentes).Igreja da Graça no Lar.O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua sobrevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer. em outras situações. fatos. fenômenos e apresenta-lhes a semelhança ou dessemelhança. . . Primeiro. Didatismo e Conhecimento 18 . de modo que hoje somos obrigados a viver numa sociedade fria e inamistosa. No desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos forem necessários para a completa exposição da ideia. porém. Muito depois. A estrutura do texto dissertativo constitui-se de: Introdução: deve conter a ideia principal a ser desenvolvida (geralmente um ou dois parágrafos). Exemplo: “A juventude é uma infatigável aspiração de felicidade. os solos são profundos. da causa e da consequência. (Arthur Schopenhauer) Causa e Consequência: A frase nuclear. uma forte transformação da rocha em terra pela umidade e calor.O homem. deve fazer a estruturação do texto. 4. (Melhem Adas) Explicitação: Num parágrafo dissertativo pode-se conceituar. porque pode trazer muitas consequências indesejáveis. É a abertura do texto. Deve ser clara e chamar a atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento.O espírito competitivo foi excessivamente exercido entre nós. Conclusão: é a retomada da ideia principal.O solo é influenciado pelo clima. o tema é a questão indígena. que o coração remete para os pulmões para receber oxigênio e liberar gás carbônico”. pois. o objetivo proposto na instrução. perde a dimensão de humanidade que abriga em si. Antes de se iniciar a elaboração de uma dissertação. da ilustração. corre sangue venoso. . encontra no seu desenvolvimento um segmento causal (fato motivador) e. Exceto no cordão umbilical e na ligação entre os pulmões e o coração. mais escuro e desoxigenado. o homem aprendeu a grunhir. isto é.O surgimento de várias entidades de defesa das populações indígenas. de pormenores. . da interrogação e da citação. da ordenação cronológica. E esses parágrafos podem ser estruturados das cinco maneiras expostas acima.Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo brasileiro diante de tantos desmatamentos. . . porque já estamos nos convencendo de que a felicidade é uma ilusão. Exemplos: . processos. Nos climas úmidos. ela poderá ser desenvolvida a partir das seguintes ideias: .A gravidez na adolescência é um problema seríssimo.Despertar da Fé.A Santa Missa em seu lar. Depois de delimitar o tema que você vai desenvolver.A comunicação de massas é resultado de uma lenta evolução. recém oxigenado. Tempo e Espaço: Muitos parágrafos dissertativos marcam temporal e espacialmente a evolução de ideias. a camada do solo é pouco profunda. desequilíbrios sociológicos e poluição.A visão idealizada que o europeu ainda tem do índio brasileiro. dos dados estatísticos. porque os seus olhos teimam apenas em ver as coisas imediatistas e lucrativas que o rodeiam. Exemplos: Tempo .Palavra de Vida. Depois deu um significado a cada grunhido. . Comparação: A frase nuclear pode-se desenvolver através da comparação. . . inventou a escrita e só muitos séculos mais tarde é que passou à comunicação de massa. . por isso é fundamental. Na artéria pulmonar. conter de forma sintética. muitas vezes. deve delimitar-se o tema que será desenvolvido e que poderá ser enfocado sob diversos aspectos. exemplificar e aclarar as ideias para torná-las mais compreensíveis. dia a dia. Desenvolvimento: exposição de elementos que vão fundamentar a ideia principal que pode vir especificada através da argumentação. é dominada por um vago e persistente sentimento de dor. que agora deve aparecer de forma muito mais convincente. Nas regiões temperadas e ainda nas mais frias. Espaço .O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas em várias categorias.A violência contra os povos indígenas é uma constante na história do Brasil.A invasão da Amazônia e a perda da cultura indígena. uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação (um parágrafo). que só o sofrimento é real”. Existe nessas regiões uma forte decomposição de rochas. a confirmação da hipótese ou da tese.LÍNGUA PORTUGUESA 3. das definições. ” A forma verbal “fará” retoma a perífrase verbal vai inaugurar e seu complemento. pois se trataria de outro açúcar. No exemplo a seguir. Sirva.Em princípio. Exemplos: “Ele era muito diferente de seu mestre. acrescente o arroz. o pronome relativo “que” estabelece conexão entre as duas orações. Toda receita culinária tem duas partes: lista dos ingredientes e modo de preparar. p.” Nesse período. senão a coesão fica comprometida. as.” Coesão Uma das propriedades que distinguem um texto de um amontoado de frases é a relação existente entre os elementos que os constituem.” O advérbio “lá” recupera a expressão ao cinema. o qual exerce. enquanto “aqueles” recupera a palavra homens. a de indicar que o termo determinado por ele se refere ao mesmo ser a que uma palavra idêntica já fizera menção. a relação. a quem sucedera na cátedra de Sociologia na Universidade de São Paulo. abandonar a faculdade no último ano?” São anafóricos ou catafóricos os pronomes demonstrativos. Começou a namorá-la há vários meses. fiquei desanimado com a fila. “Os dois homens caminhavam pela calçada. O pronome relativo é um elemento coesivo.” Nesse período. então. “Fui ao cinema domingo e. No nosso texto. A coesão textual é a ligação. a pitada de sal e mexa sem parar até cozinhar o arroz. diverso daquele citado no rol dos ingredientes. As informações apresentadas na primeira são retomadas na segunda. Cozinha Clássica Baixo Colesterol. Se dissesse apenas adicione açúcar. quando se diz que se adiciona o açúcar. “O governador vai pessoalmente inaugurar a creche dos funcionários do palácio. Os termos que servem para retomar outros são denominados anafóricos. que servem para estabelecer vínculos entre os componentes do texto. o artigo citado na primeira parte. lhe. e a conexão entre as duas orações. entre outras funções. retomando na segunda um dos termos da primeira: bloquinho. desta antecipa abandonar a faculdade no último ano: “Já viu uma loucura desta. o. lhes). elas o veem como um pensador cín iço e descrente do amor e da amizade. a conexão entre palavras. por exemplo. os. InCor. NEXOS. os que servem para anunciar.LÍNGUA PORTUGUESA 3. e o fará para demonstrar seu apreço aos servidores. os pronomes pessoais de 3ª pessoa (ele. lá). Adicione o açúcar e deixe no fogo por mais 2 ou 3 minutos. um fenômeno de coesão. os nomes mencionados pela primeira vez na lista de ingredientes vêm precedidos de artigo definido. Retomada ou Antecipação por meio de uma palavra gramatical (pronome. certos advérbios ou locuções adverbiais (nesse momento. ambos trajando roupa escura. ARTICULAÇÃO DO TEXTO: PRONOMES E EXPRESSÕES REFERENCIAIS.” O pronome relativo “quem” retoma o substantivo mestre. Didatismo e Conhecimento 19 .” O pronome pessoal “elas” recupera o substantivo pessoas. Despeje em um recipiente. Nesta. “As pessoas simplificam Machado de Assis. expressões ou frases e encadeamento de segmentos. os pronomes indefinidos. o pronome demonstrativo “estas” retoma o termo mulheres. . expressões ou frases do texto. São Paulo. o pronome pessoal “o” retoma o nome Machado de Assis. Há dois tipos principais de mecanismos de coesão: retomada ou antecipação de palavras. verbos ou advérbios) “No mercado de trabalho brasileiro. OPERADORES SEQUENCIAIS. nº4. que segurava na mão. para antecipar outros são chamados catafóricos. polvilhe a canela. Observe: “O iraquiano leu sua declaração num bloquinho comum de anotações. ainda hoje não há total igualdade entre homens e mulheres: estas ainda ganham menos do que aqueles em cargos equivalentes. chegando lá. o verbo fazer. o termo a que o anafórico se refere deve estar presente no texto. como neste exemplo: “André é meu grande amigo. Leia o texto que segue: Arroz-doce da infância Ingredientes 1 litro de leite desnatado 150g de arroz cru lavado 1 pitada de sal 4 colheres (sopa) de açúcar 1 colher (sobremesa) de canela em pó Preparo Em uma panela ferva o leite.” O numeral “ambos” retoma a expressão os dois homens. a. deveria adicionar. O iraquiano leu sua declaração num bloquinho comum de anotações e segurava na mão. 42. o artigo definido. Ela manifesta-se por elementos gramaticais. agosto de 1999. os pronomes relativos. pois. O noivo já estava desesperado. ou apenas existiam. o desespero só pode ser pelo atraso da noiva (representada por “ela” no exemplo citado). Antonomásia é a substituição de um nome próprio por um nome comum ou de um comum por um próprio.” . a ligação entre o segundo e o primeiro períodos se faz pela repetição da palavra humores. sabe-se que o pronome “ela” é um anafórico que só pode estar-se referindo à palavra noiva. Curiosamente. pois toda rosa é uma flor. pois não está retomando nenhuma das palavras citadas antes.” Não se sabe se o anafórico “que” está se referindo ao termo amiga ou a ex-namorado.” “O herói de dois mundos (=Garibaldi) foi lembrado numa recente minissérie de tevê. e esta palavra é hipônimo daquela.” Ziraldo. Um presidente deve começar a trabalhar ao raiar do dia e terminar sua jornada altas horas da noite. pois este é que tem a função de indicar que o termo por ele determinado é idêntico.18. O significado do termo rosa está contido no de flor e o de flor contém o de rosa. É preciso que o texto seja escrito de tal forma que o leitor possa determinar exatamente qual é a palavra retomada pelo anafórico. respectivamente. entre o terceiro e o segundo se faz pela utilização do sinônimo fluidos. os satélites. há uma ruptura de coesão. É preciso manejar com muito cuidado a repetição de palavras. precisa a todo momento tomar graves decisões que afetam a vida de muitas pessoas. satélites. visitantes estrangeiros. nº3. se ela não for usada para criar um efeito de sentido de intensificação. Hiperônimo é um termo que mantém com outro uma relação do tipo contém/está contido. ou sentido bastante aproximado: injúria e afronta. “Ele é um hércules (=um homem muito forte). “Eles (os alquimistas) acreditavam que o organismo do homem era regido por humores (fluidos orgânicos) que percorriam. com a evidente intenção de ridicularizar a condição secundária que um provável flamenguista atribui ao Vasco e ao seu Vice-presidente: . . É o caso de um exemplo como este: “O casamento teria sido às 20 horas. E eram também estes quatro fluidos ligados aos quatro elementos fundamentais: ao Ar (seco). em termos de valor referencial. Didatismo e Conhecimento 20 Hipônimo é uma palavra que mantém com outra uma relação do tipo está contido/contém. quando uma pessoa célebre é designada por uma característica notória ou quando o nome próprio de uma personagem famosa é usada para designar outras pessoas que possuam a mesma característica que a distingue: “O rei do futebol (=Pelé) som podia ser um brasileiro. no entanto. In: Revista Vozes. Referência à força física que caracteriza o herói grego Hércules.” Referência ao fato notório de Giuseppe Garibaldi haver lutado pela liberdade na Europa e na América. abril de 1970. hipônimo ou antonomásia. Quando elas forem retomadas. “Um presidente da República tem uma agenda de trabalho extremamente carregada. p. por exemplo. ao Fogo (quente) e à Terra (frio). Exatamente por isso. embaixadores.” A repetição do termo presidente estabelece a coesão entre o último período e o que vem antes dele. principalmente. alegre e contente. Num casamento. No trecho transcrito a seguir. Sinônimo é o nome que se dá a uma palavra que possui o mesmo sentido que outra. necessita acompanhar tudo o que acontece no Brasil e no mundo. hiperônimo de rosa. fica claro o uso da repetição da palavra vice e outras parecidas (vicissitudes. o ator principal brigou com o diretor por causa da sua arrogância. constituirá uma falha de estilo. Retomada por palavra lexical (substantivo. porque ocorre uma ambiguidade insolúvel. Pode ocorrer. Nesse texto.” Por dados do contexto cultural. hiperônimo. pois. Eram quatro os humores: o sangue. “Observava as estrelas. estando presente o noivo. deverão ser precedidas do artigo definido. em maior ou menor intensidade em nosso corpo. os planetas. vicejam. parlamentares. planetas. Flor é.LÍNGUA PORTUGUESA A rigor. o sentido da frase fica totalmente prejudicado: não há possibilidade de se depreender o sentido desse pronome. que recupera os hipônimos estrelas. mas nem um documento sequer. que por uma repetição. que o anafórico não se refira a nenhuma palavra citada anteriormente no interior do texto. a fleuma (secreção pulmonar). Deve receber ministros. “André brigou com o ex-namorado de uma amiga.O artigo indefinido serve geralmente para introduzir informações novas ao texto. o anafórico pode referir-se a dois termos distintos. que trabalha na mesma firma. essa ambiguidade seria desfeita. mas nem toda flor é uma rosa. “Durante o ensaio. “O encarregado da limpeza encontrou uma carteira na sala de espetáculos. à Água (úmido). a carteira tinha muito dinheiro dentro. viciem). não se pode dizer que o pronome “la” seja um anafórico. Os dois períodos estão relacionados pelo hiperônimo astros. adjetivo ou verbo) Uma palavra pode ser retomada. a um termo já mencionado. mas que possa ser inferida por certos pressupostos típicos da cultura em que se inscreve o texto. Ela ocorre.Quando. porque eram 21 horas e ela não havia comparecido. a bile amarela e a bile negra. Permutando o anafórico “que” por “o qual” ou “a qual”. Os astros sempre o atraíram. em dado contexto. quer por uma substituição por sinônimo.” O anafórico “sua” pode estar-se referindo tanto à palavra ator quanto a diretor. diferentemente. o verbo dizer. no entanto. Em “Implico e dispenso sem dó os estranhos palpiteiros”. Chegará a ser pelo menos diretor da empresa.III. é o sujeito meu pai que vem elidido (ou apagado) antes de sentiu e parou: “Meu pai começou a andar novamente. como contrariedade. inclusive. ser sedutor é considerado o argumento mais forte. em dois subtipos: os que indicam o argumento mais forte de uma série: até. como. Veja que.” Quando se faz essa elipse por antecipação com verbos que têm regência diferente. até. antes das aspas. no entanto aparece apenas depois do segundo verbo: “Ficou muito deprimido com o fato de ter sido preferido. pois esse operador discursivo liga dois segmentos com a mesma orientação argumentativa.) Mas a lua. no Brasileiro de basquete e na Taça Guanabara.. “Ele não é bom aluno. pois é o apagamento de um termo que seria repetido. consequência. ainda. Afinal. vice-campeão carioca e bi vice-campeão mundial. .. a coesão é rompida. pelo menos e no mínimo ligam argumentos de valor positivo. e a elipse retoma o complemento inteiro. Se fosse utilizado. conclusão. v. nem. no máximo. ser presidente da empresa) e que se está usando o menos forte. Essas relações exercem função argumentativa no texto. Vejamos estes versos do poema “Círculo vicioso”. por exemplo. fica subentendido. sendo o segmento introduzido por ele a conclusão do anterior. de Machado de Assis: (. etc. No exemplo que segue. 1979. o conector “portanto”. e o preenchimento do vazio deixado pelo termo apagado (=elíptico) exige. conhece bem o assunto de que fala e é até sedutor. São vicissitudes que vicejam. mas também. subentende que há argumentos mais fortes para comprovar que ele tem as qualidades requeridas dos que vão longe (por exemplo. no Carioca de basquete.” Segundo o texto. além de. “Ele é um bom conferencista: tem uma voz bonita. é omitido por ser facilmente presumível. com azedume: “Mísera! Tivesse eu aquela enorme. ao menos. Rio de Janeiro. e os que subentendem uma escala com argumentos mais fortes: ao menos.. ou seja. dentro dessa série. 151. no complemento em elipse faltaria a preposição “com” exigida pelo verbo implicar. p. 4-7. No máximo vai terminar o segundo grau. Nova Aguilar. nesse caso. fitando o sol. acrescentando a preposição devida (Conheço este livro e gosto dele) ou eliminando a indevida (Implico com estranhos palpiteiros e os dispenso sem dó). Na frase “O time apresentou um bom futebol. ora. mas tudo leva a crer que o remetente seja um flamenguista. “Ele é ambicioso e tem grande capacidade de trabalho. Também constitui um expediente de coesão. 21 Coesão por Conexão Há na língua uma série de palavras ou locuções que são responsáveis pela concatenação ou relação entre segmentos do texto.. no máximo e quando muito estabelecem ligação entre argumentos de valor depreciativo. . que toda a luz resume!” Obra completa. Por exemplo. quando muito. isto é. a par de. 08/03/2000. aquela promoção é complemento tanto de querer quanto de desejar. no mínimo. pelo menos. Por exemplo: visto que. o recomendável é colocar o complemento junto ao primeiro verbo. Faltam-me provas. Didatismo e Conhecimento . supõe que há uma escala argumentativa (por exemplo. Nesse caso. A elipse é o apagamento de um segmento de frase que pode ser facilmente recuperado pelo contexto. Note-se que eles fazem mais do que ligar partes do texto: estabelecem entre elas relações semânticas de diversos tipos. contudo.” Pelo menos introduz um argumento orientado no mesmo sentido de ser ambicioso e ter grande capacidade de trabalho.Gradação: há operadores que marcam uma gradação numa série de argumentos orientados para uma mesma conclusão. que se faça correlação com outros termos presentes no contexto. fazer uma faculdade) e que se está usando o argumento menos forte da escala no sentido de provar a afirmação anterior.. Espero que não viciem. necessariamente. aquela Claridade imorta. In: Folha de S. Dividem-se eles. Eurico nasceu para ser vice: é vice-presidente do clube. mesmo.LÍNGUA PORTUGUESA “Recebi por esses dias um e-mail com uma série de piadas sobre o pouco simpático Eurico Miranda. também. não só. Esses elementos denominam-se conectores ou operadores discursivos.” Pode ocorrer também elipse por antecipação. causa. no exemplo abaixo. Paulo. até mesmo. é bem articulado. pois o verbo conhecer rege complemento não introduzido por preposição. p. ou seja.. respeitando sua regência. ou referidos na situação em que se desenrola a fala. que seria enunciado antes daquilo que disse a lua. mas não alcançou a vitória”. Nesses casos. o conector “mas” está adequadamente usado. e retomá-lo após o segundo por um anafórico. o resultado seria um paradoxo semântico. sentiu a pontada no peito e parou. portanto teríamos uma preposição indevida: “Conheço (deste livro) e gosto deste livro”. por isso os operadores discursivos não podem ser usados indiscriminadamente.” No máximo introduz um argumento orientado no mesmo sentido de ter muita dificuldade de aprender. não se deve dizer “Conheço e gosto deste livro”. por outro lado.Conjunção Argumentativa: há operadores que assinalam uma conjunção argumentativa.” Toda a série de qualidades está orientada no sentido de comprovar que ele é bom conferencista. E isso sem falar do vice no Carioca de futsal. para assegurar a coesão. pois ele liga dois segmentos com orientação argumentativa contrária. Qualquer segmento da frase pode sofrer elipse. desejava ardentemente aquela promoção. queria muito. tanto. José Roberto Torero. ligam um conjunto de argumentos orientados em favor de uma dada conclusão: e. condição. ” O comparativo de igualdade tem no texto uma função argumentativa: mostrar que o problema da fuga de presos cresce à medida que aumenta a corrupção entre os agentes penitenciários. seja. pelo menos. “Essa guerra é uma guerra de conquista. por isso.... a primeira oração conduz a uma conclusão negativa sobre um processo ocorrido com o atleta.Conclusão: existem operadores que marcam uma conclusão em relação ao que foi dito em dois ou mais enunciados anteriores (geralmente.” Arrolam-se três argumentos em favor da tese que é o interlocutor quem pode tomar uma dada decisão. o que se quer dizer é que a simpatia é suplantada pela falta de beleza. em hipótese nenhuma. entretanto. como. . fazem uma conexão entre segmentos que levam a conclusões opostas. ou seja. Por conseguinte.. posto que. para. __Qualquer atleta das divisões de base é tão bom quanto os do time principal. ajudei a separar a briga. que a falta de beleza perde relevância diante da simpatia. no entanto.. mas não é bonita” com “Ela não é bonita. se tanto umas como outras ligam enunciados com orientação argumentativa contrária? Nas adversativas. Com as conjunções concessivas. Suponhamos. pois. introduz-se um argumento com vistas a determinada conclusão. a repetição do que já foi dito. que têm orientação argumentativa diferente: ou. que indica um argumento final na mesma direção argumentativa dos precedentes.Explicação ou Justificativa: há operadores que introduzem uma explicação ou uma justificativa em relação ao que foi dito anteriormente: porque. mais. já que. para que ele não apanhasse.. Esses operadores introduzem novos argumentos. que. que ligam enunciados com orientação argumentativa contrária. apresentar um argumento decisivo para uma conclusão contrária. o que significa que estes não primam exatamente pela excelência em relação aos outros. Ao contrário. Compare-se. apesar de. pois ele declara que qualquer atleta das divisões de base tem. todavia. “Ela é simpática. ainda que.” Nesse caso. com vistas a uma conclusão contrária ou favorável a certa ideia: tanto.” Já que inicia um argumento que dá uma justificativa para a tese de que os Estados Unidos devam arcar sozinhos com o custo da guerra contra o Iraque. o mesmo nível dos do time principal. É possível dizer “Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e continuou seu discurso”. . o seguinte diálogo entre o diretor de um clube esportivo e o técnico de futebol: “__Precisamos promover atletas das divisões de base para reforçar nosso time. apesar de que. No primeiro caso.LÍNGUA PORTUGUESA “Se alguém pode tomar essa decisão é você. são as conjunções adversativas (mas. “Já que os Estados Unidos invadiram o Iraque sem autorização da ONU. devem arcar sozinhos com os custos da guerra. superioridade ou inferioridade entre dois elementos. a orientação argumentativa que predomina é a do segmento não introduzido pela conjunção. .” Por conseguinte introduz uma conclusão em relação à afirmação exposta no primeiro período. ao contrário. 22 Muitas vezes a permutação dos segmentos leva a conclusões opostas: Imagine-se. quanto. pois ele estaria declarando que os atletas do time principal são tão bons quanto os das divisões de base. por manifestar uma voz geral. ou então. os segmentos podem até ser permutáveis do ponto de vista sintático.. por exemplo. O último deles é introduzido por “e também”.. quer. seja. portanto. pois não há igualdade argumentativa proposta. só podem ser ligados com conectores de conjunção segmentos que representam uma progressão discursiva.” O argumento introduzido por ao contrário é diametralmente oposto àquele de que o falante teria agredido alguém. no segundo. em seguida.” Nesse caso. mas não o são do ponto de vista argumentativo. Qual é a diferença entre as adversativas e as concessivas. agora. Quando se usam as conjunções adversativas. uma das afirmações de que decorre a conclusão fica implícita. mas é simpática”. conquanto. enquanto a começada pela conjunção “mas” leva a uma conclusão positiva. mas se levanta mais decidido a vencer. tão. . Não teria cabimento usar operadores desse tipo para ligar dois segmentos como “Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e escondeu o choro que tomou conta dele”. “O atleta pode cair por causa do impacto. “Tanto maior será a corrupção entre os agentes penitenciários quanto mais grave for o problema da fuga de presos”. por exemplo. porque o segundo segmento indica um desenvolvimento da exposição.Comparação: outros importantes operadores discursivos são os que estabelecem uma comparação de igualdade.” Nesse caso.Contrajunção: os operadores discursivos que assinalam uma relação de contrajunção.Disjunção Argumentativa: há também operadores que indicam uma disjunção argumentativa. “Não agredi esse imbecil. Essa segunda orientação é a mais forte. que o técnico tivesse invertido os segmentos na sua fala: “__Qualquer atleta do time principal é tão bom quanto os das divisões de base. o argumento do técnico é a favor da promoção. Didatismo e Conhecimento . porém) e as concessivas (embora. não é moralmente defensável. quer. Ou seja. por conseguinte. Você é o diretor da escola. prevalece a orientação do segmento introduzido pela conjunção. seu argumento seria contra a necessidade da promoção. pois (o pois é conclusivo quando não encabeça a oração). se bem que). “Os problemas de fuga de presos serão tanto mais graves quanto maior for a corrupção entre os agentes penitenciários. uma verdade universalmente aceita): logo. pois visa ao controle dos fluxos mundiais de petróleo. . é muito respeitado pelos funcionários e também é muito querido pelos alunos.. contudo. caso contrário. não significam. (do) que. isto é.. dessa maneira. a realidade mostrou-se mais complexa (argumento mais forte). é verdade que. O conector introduz uma generalização ao que foi afirmado: não “ele”. além disso. os interesses dos fabricantes mais uma vez prevaleceram sobre os da saúde. Exemplo: “Quando a atual oposição estava no comando do país. mas todos os técnicos do nosso futebol são retranqueiros. uma confirmação. uma correção do que foi afirmado antes: ou melhor. exemplifica a afirmação de que a violência não é um fenômeno adstrito aos membros das “camadas mais pobres da população”. .” . foi promovido na empresa. . Ou melhor. enquanto se processavam as negociações. etc. a oração principal conduz à direção argumentativa contrária. “Uma semana antes de ser internado gravemente doente. ou seja. De fato.Sequenciadores Temporais: são os indicadores de anterioridade. Quando se utilizam conjunções concessivas. mas apresentando-o como se fosse um acréscimo. Exemplo: “A última tentativa de proibir a propaganda de cigarros nas corridas de Fórmula 1 não vingou.” A oração iniciada por “embora” apresenta uma orientação argumentativa no sentido de que saber escrever e saber gramática são duas coisas interligadas. uma redefinição do conteúdo enunciado anteriormente. Estava alegre e cheio de planos para o futuro.Explicação: há operadores que desencadeiam uma explicação. além disso. Examinemos os principais sequenciadores. ao contrário. ademais. mas a realidade mostrou-se mais complexa (argumento mais forte). como. é de estratégia argumentativa. essa prova é apresentada como se fosse apenas mais uma. Assim. A diferença entre as adversativas e as concessivas. só o crescimento econômico leva ao aumento de renda da população. como aliás o são todos os que atualmente militam no nosso futebol.” O conector introduz um esclarecimento sobre o que foi dito antes. De fato. Por exemplo. dos menos aos mais graves. . Servem ainda para assinalar uma atenuação ou um reforço do conteúdo de verdade de um enunciado.Generalização ou Amplificação: existem operadores que assinalam uma generalização ou uma amplificação do que foi dito antes: de fato. etc. será anulado por outro mais forte com orientação contrária.” O conector introduz uma amplificação do que foi dito antes. Coesão por Justaposição É a coesão que se estabelece com base na sequência dos enunciados.” . quer dizer. é crescente o número de jovens da classe média que estão envolvidos em toda sorte de delitos. um desenvolvimento. . Compare os seguintes períodos: “Por mais que o exército tivesse planejado a operação (argumento mais fraco). junto de. (são usados principalmente nas descrições). trata-se de capacidades diferentes. em outras palavras. além de tudo. desse modo. Ao contrário. pelo contrário. de fato. como se fosse apenas algo mais numa série argumentativa: além do mais. à direita. Exemplo: “Vou-me casar neste final de semana. a estratégia argumentativa é a de introduzir no texto um argumento que. “Ele está num período muito bom da vida: começou a namorar a mulher de seus sonhos. recebeu um prêmio que ambicionava havia muito tempo e. isto é. (são utilizados predominantemente nas narrações). também. como aliás. “O problema da erradicação da pobreza passa pela geração de empregos. realmente. uma ilustração do que foi afirmado antes: assim. uma semana antes. suas políticas iam na direção contrária do que prega atualmente.Argumento Decisivo: há operadores discursivos que introduzem um argumento decisivo para derrubar a argumentação contrária.” O operador introduz uma confirmação do que foi afirmado antes. não fez o que exige hoje que o governo faça. Esses operadores servem também para marcar um esclarecimento.” Didatismo e Conhecimento 23 Por exemplo assinala que o que vem a seguir especifica.” “O exército planejou minuciosamente a operação (argumento mais fraco). portanto. concomitância ou posterioridade: dois meses depois. embora tido como verdadeiro. . ele esteve conosco.” O conector inicia um segmento que retifica o que foi dito antes. um pouco mais tarde. atacou de surpresa. vou passar a viver junto com minha namorada. no entanto.” O operador discursivo introduz o que se considera a prova mais forte de que “Ele está num período muito bom da vida”.Especificação ou Exemplificação: também há operadores que marcam uma especificação ou uma exemplificação do que foi afirmado anteriormente: por exemplo.LÍNGUA PORTUGUESA “Embora haja conexão entre saber escrever e saber gramática. . ganhou uma bolada na loteria. “A violência não é um fenômeno que está disseminado apenas entre as camadas mais pobres da população. marcada ou não com sequenciadores. “Ele é um técnico retranqueiro. “O exército inimigo não desejava a paz. O conector introduz um argumento que reforça o que foi dito antes.Retificação ou Correção: há ainda os que indicam uma retificação.Sequenciadores Espaciais: são os indicadores de posição relativa no espaço: à esquerda. para a vida cotidiana de todos os habitantes do planeta. a não ter o sentido desejado. Exa. etc. isto é. duas estatuetas de bronze dourado. em seguida. É preciso ficar atento aos fenômenos de coesão.que anunciaram (oração subordinada adjetiva restritiva da primeira oração) Didatismo e Conhecimento 24 . representando o amor e a castidade. Assim.Sequenciadores de Ordem: são os que assinalam a ordem dos assuntos numa exposição: primeiramente. dois-pontos. inicialmente. . falarei. 160-161. Quebras de coesão desse tipo são mais comuns em períodos longos. “Para mostrar os horrores da guerra. Amadeu Participam a V. etc. mas voltando ao assunto.que foi lançada pelo governo federal (oração subordinada adjetiva restritiva da terceira oração). Analisemos este exemplo: “As empresas que anunciaram que apoiariam a campanha de combate à fome que foi lançada pelo governo federal.” . fazendo um parêntese. “A reforma política é indispensável. portanto. Quem escreveu o período começou a encadear orações subordinadas e “esqueceu-se” de terminar a principal. vírgula.” Todas as frases são coesas.que apoiariam a campanha de combate à fome (oração subordinada substantiva objetiva direta da segunda oração) . elas não passarão de um amontoado injustificado. Sem a existência da fidelidade partidária.” O período compõe-se de: .As empresas . donde se desdobram até o pavimento bambolins de cassa finíssima. exporei suas consequências para a economia mundial e. 1974. cada parlamentar vota segundo seus interesses e não de acordo com um programa partidário. Portanto o ponto-final do primeiro período está no lugar de um porque. Poesias reunidas. No entanto. estabelecendo uma relação entre o segundo e o primeiro períodos. pelo menos. pois não apresenta unidade de sentido. portanto. (. vinculando o terceiro ao segundo período. ainda na maior força do inverno. das agruras por que passam as populações civis. a seguir. No entanto. Coerência Infância O camisolão O jarro O passarinho O oceano A vista na casa que a gente sentava no sofá Adolescência Aquele amor Nem me fale Maturidade O Sr. é condição necessária. e a Sra. ponto-e-vírgula. Apresentamos os principais e explicamos sua função. Observe-se que falta o predicado da primeira oração. pelos sinais de pontuação: ponto-final. O operador também realiza uma conjunção argumentativa. a partir da ordem dos enunciados..” . o leitor deverá inferir. Nesses casos. não de fogo. FTD. Para que um conjunto de frases constitua um texto. relacionando o quarto período ao terceiro. finalmente. para produzir um texto. O segundo indica a causa de a reforma política ser indispensável. São Paulo. Exemplo: “Vivo há muitos anos em São Paulo. A cidade tem excelentes restaurantes. os lugares dos diferentes conectores estarão indicados.LÍNGUA PORTUGUESA “A um lado. sustentam uma cúpula oval de forma ligeira. não há bases governamentais sólidas. o que leva o texto a não ter sentido ou. que o dispensa nosso ameno clima fluminense. finalmente. servem para introduzir um tema ou mudar de assunto: a propósito. há uma lareira. 77. A coesão. esse conjunto não é um texto. A propósito. p. mesmo que aparentemente organizadas. 4ª Ed. .Sequenciadores para Introdução: são os que. por falar nisso.” José de Alencar. em segunda. na escrita.Operadores discursivos não explicitados: se o texto for construído sem marcadores de sequenciação. Mostramos que o uso inadequado dos conectores e a utilização inapropriada dos anafóricos ou catafóricos geram rupturas na coesão. Ela tem bairros muito pobres. Também o Rio de Janeiro tem favelas. na conversação principalmente. Rio de Janeiro Civilização Brasileira. não tem coerência. “Joaquim viveu sempre cercado do carinho de muitas pessoas. A língua tem um grande número de conectores e sequenciadores. p. Senhora. não basta que elas estejam coesas: se não tiverem unidade de sentido.. era um homem que sabia agradar às mulheres. 1992. O hiperônimo cidade retoma o substantivo São Paulo.” Esse texto contém três períodos.) Do outro lado. mas não suficiente. O pronome “ela” recupera a palavra cidade. Outra falha comum no que tange a coesão é a falta de partes indispensáveis da oração ou do período. discorrerei sobre a vida dos soldados na frente de batalha. O feliz nascimento De sua filha Gilberta Velhice O netinho jogou os óculos Na latrina Oswaldo de Andrade. os operadores discursivos não explicitados na superfície textual. mesmo quando se elaboram períodos curtos é preciso cuidar para que sejam sintaticamente completos e para que suas partes estejam bem conectadas entre si. num raciocínio como este: Há muitos servidores públicos no Brasil que são verdadeiros marajás. não se pode concluir nada com certeza baseado em duas premissas particulares. Uma ideia ajuda a compreender a outra. é preciso que ele tenha competência para tanto. Esse texto. pois esta depende. Abaurre e Y. da não-contradição entre as partes. Como se explica que sejamos capazes de entender esse poema em seus múltiplos sentidos. Da mesma forma. É o que se vê neste diálogo: Didatismo e Conhecimento . In: Folha de Londrina. pela formalidade e pela responsabilidade indicadas pela participação formal do nascimento da filha. sem mencionar nenhuma mudança dessa situação. o mais rico sempre é quem vence! Apud: J. Muitas vezes. lemos um texto incoerente. 25 Nesses parágrafos. pois possibilita que todas as suas partes sejam englobadas num único significado que explique cada uma delas. 1987. A surpresa implica o inesperado. Com essa informação. da continuidade semântica. isto é. por ações (o jarro. No poema acima. que certamente a criança quebrara. de que não se quer mais falar. que predomina o capitalismo. p. ele diz que se encostou a uma coluna e passou a observar as pessoas. em síntese. Dizer que muitos servidores públicos são marajás não permite concluir que qualquer um seja. a terceira. portanto. M. M. porém aparentemente desgarrada das demais. a adolescência. Quando esse sentido não pode ser alcançado por faltar relação de sentido entre as partes.LÍNGUA PORTUGUESA Talvez o que mais chame a atenção nesse poema. O repórter queria saber o que tinha acontecido. os subtítulos “Infância”. Segundo uma lei da lógica formal. Em outros termos. vemos três temas (direito de opção. a participação do nascimento de uma filha. B. Unicamp. Há no texto. Se o narrador diz que não podia enxergar nada. “Maturidade” e “Velhice” garantem essa unidade. como este: A todo ser humano foi dado o direito de opção entre a mediocridade de uma vida que se acomoda e a grandeza de uma vida voltada para o aprimoramento intelectual. A coerência é um fator de interpretabilidade do texto. por exemplo. e a quarta. percebemos nele um sentido unitário. podemos imaginar que se trata de flashes de cada uma das quatro grandes fases da vida: a infância. Colocar a participação formal do nascimento da filha. que eram ruivas. No país em que vivemos. Isso por respeito às leis da coerência narrativa. por isso. a coesão funciona apenas como um mecanismo auxiliar na produção da unidade de sentido. é incoerente defender o respeito à lei e à Constituição Brasileira e ser favorável à execução de assaltantes no interior de prisões. do Paraná Clube. impede a apreensão do todo e. comprova que um conjunto de enunciados pode formar um todo coerente mesmo sem a presença de elementos coesivos. adolescência e escolha profissional. configura um texto incoerente. De repente vejo que não sou mais uma “criancinha” dependente do “papai”. fomos surpreendidos pelo ataque do Guarani. Esse fato. a última. costuma-se falar em vários níveis de coerência. pela condescendência para com a traquinagem do neto (a quem cabe a vez de assumir a ação). incoerência narrativa o seguinte exemplo: o narrador conta que foi a uma festa onde todos fumavam e. vários tipos de relação entre as partes que o compõem. prejudicando a continuidade semântica entre as partes. O candidato a governador é funcionário público. das relações subjacentes ao texto. seja a ausência de elementos de coesão. uma oração completa. esse desempenho não pode ocorrer. da coerência. por isso. No entanto. A. alguns dias antes. uma frase em que falta um nexo sintático. como outros do mesmo tipo. Portanto o candidato é um marajá. Que é a unidade de sentido resultante da relação que se estabelece entre as partes do texto. para que um sujeito realize uma ação. Coerência Narrativa A coerência narrativa consiste no respeito às implicações lógicas entre as partes do relato. o passarinho que ela caçara) e por experiências marcantes (a visita que se percebia na sala apropriada e o camisolão que se usava para dormir). entrevistado por um repórter da Rádio Cidade. Edinho não teve dúvida sobre os motivos: __ Como a gente já esperava. Constitui. Não há coerência. a maturidade e a velhice. a segunda é caracterizada por amores perdidos. A primeira parte é uma sucessão de palavras. então. de repente. 53. à luz do qual cada uma das partes ganha sentido. A primeira é caracterizada pelas descobertas (o oceano). A magia da mudança. morenas. na verdade. ou seja. se nega a competência para a realização de um desempenho qualquer. é incoerente dizer que via as pessoas com tanta nitidez. ou seja. por exemplo. sob o título “Maturidade” dá a conotação da responsabilidade habitualmente associada ao indivíduo adulto e cria um sentido unitário. A falta de relação entre o que se diz e o que foi dito anteriormente também constitui incoerência. as conclusões não são adequadas às premissas. Observe outro exemplo: “Pior fez o quarto-zagueiro Edinho Baiano. loiras. Chegou a hora de me decidir! Tenho que escolher uma profissão para me realizar e ser independente financeiramente. Campinas. Vieira (orgs). A adolescência é uma fase tão difícil que todos enfrentam. Não é possível alguém dizer que é a favor da pena de morte porque é contra tirar a vida de alguém. a espessa fumaça impedia que se visse qualquer coisa. e.” Ernâni Buchman. mesmo sem a presença explícita de marcadores de relação entre as diferentes unidades linguísticas. que saiba e possa efetuá-la. “Adolescência”. relações sociais sob o capitalismo) que mantêm relações muito tênues entre si. produzindo um sentido global. Não se pode ser surpreendido com o que já se esperava que acontecesse. apesar da falta de marcadores de coesão entre as partes? A explicação está no fato de que ele tem uma qualidade indispensável para a existência de um texto: a coerência. Durigan. quer encadeando segmentos textuais. as quatro estações. a segunda. Em outros termos. F. a terceira. Por exemplo. quer retomando o que foi dito antes. sobretudo se soubermos que o seu título é “As quatro gares”. ao menos à primeira vista. Coerência Argumentativa A coerência argumentativa diz respeito às relações de implicação ou de adequação entre premissas e conclusões ou entre afirmações e consequências. O Paraná tinha tomado um balaio de gols do Guarani de Campinas. afinal. Exª. Ocorre incoerência relacionada ao nível de linguagem quando. depois. para a oração. Temos. 58. o enunciador dá a entender que seu pronunciamento está sendo feito de algum lugar distante do interior. o enunciador utiliza um termo chulo ou pertencente à linguagem informal num texto caracterizado pela norma culta formal. Em síntese.” Apud: J. Dizendo lá no interior. de 0. Tanto sabemos que isso não é permitido que. porcelana finíssima. Francamente. Deve ser ciado novos métodos criativos nos ensinos de primeiro e segundo grau: estimulando o aluno a formação crítica de suas ideias as quais. . por conseguinte. flores. por exemplo. Ninguém há de negar a incoerência de um texto como este: Saltou para a rua. se me permitem dizer. à cultura de um povo. por exemplo. em que há evidente violação da lei sucessivamente dos eventos. o léxico usado no último período do texto destoa completamente do utilizado no período anterior. Entretanto talvez nem todo mundo concorde que seja incoerente incluir guardanapos de papel no jantar do Itamarati descrito no item sobre coerência figurativa. dizer: “O assassino foi executado na câmara de gás e. A exterioridade a que o conteúdo do texto deve ajustar-se pode ser: . o seguinte texto: “O filme ‘A Marvada Carne’ mostra a mudança sofrida por um homem que vivia lá no interior e encanta-se com a agitação e a diversidade da vida na capital. porque o IPTU foi aumentado. justifica-se perguntar: o que. Não se poderia. depois de falar de baixela de prata. alguém poderia objetivar que é preconceito considerá-los inadequados.os mecanismos semânticos e gramaticais da língua: o conjunto dos conhecimentos sobre o código linguístico necessário à codificação de mensagens decodificáveis por outros usuários da mesma língua. o texto. Observe um exemplo de incoerência nesse nível: “Tendo recebido a notificação para pagamento da chamada taxa do lixo. portanto ele não poderia usar o advérbio “aqui” para localizar “a mesmice” e “o tédio” que caracterizavam a vida interiorana da personagem. o período. a palavra. por exemplo. etc. achei uma sacanagem esta armação da Prefeitura: jogar mais um gasto nas costas da gente. A. Coerência Temporal Por coerência temporal entende-se aquela que concerne à sucessão dos eventos e à compatibilidade dos enunciados do ponto de vista de sua localização no tempo. para expor-lhe minha inconformidade diante dessa medida.” Coerência Figurativa A coerência figurativa refere-se à compatibilidade das figuras que manifestam determinado tema. uma incoerência figurativa extratextual. argumentativa. cit. à adequação. quando o fazemos. abriu a janela do 5º andar e deixou um bilhete no parapeito explicando a razão de seu suicídio. ao descrever um jantar oferecido no palácio do Itamarati a um governador estrangeiro. serão a praticidade cotidiana.. no governo anterior.” Como se vê. para o período. não é coerente usar “lá” e “aqui” para indicar o mesmo lugar. p. Seria estranho (para dizer o mínimo) que alguém. então. o senhor é a favor ou contra o pagamento de pedágio para circular no centro da cidade? __ É preciso melhorar a vida dos habitantes das grandes cidades. condenado à morte”. para a sílaba. Durigan et alii. acrescentamos uma ressalva: com perdão da palavra.LÍNGUA PORTUGUESA “__ Vereador. pois nosso conhecimento do mundo diz que homens não vêem através das paredes. pois aqui já não suportava mais a mesmice e o tédio”. . ao conteúdo das ciências. temos duas espécies diversas de coerência: . que constitui o repertório com que se produzem e se entendem textos.6% para 1% do valor venal do imóvel exatamente para cobrir as despesas da muDidatismo e Conhecimento 26 nicipalidade com os gastos de coleta e destinação dos resíduos sólidos produzidos pelos moradores de nossa cidade. Fatores de Coerência . e assim por diante. Então. determina se um texto é ou não coerente? A natureza da coerência está relacionada a dois conceitos básicos de verdade: adequação à realidade e conformidade lógica entre os enunciados. candelabros. para a palavra. O texto seguinte. estas precisam ser compatíveis umas com as outras. O período “O homem olhou através das paredes e viu onde os bandidos escondiam a vítima que havia sido sequestrada” é incoerente. Aptidões pessoais serão associadas a testes vocacionais sérios de maneira discursiva a analisar conceituações fundamentais. ouso dirigir-me a V. senhora prefeita. A degradação urbana atinge a todos nós e. Coerência do Nível de Linguagem Utilizado A coerência do nível de linguagem utilizado é aquela que concerne à compatibilidade do léxico e das estruturas morfossintáticas com a variante escolhida numa dada situação de comunicação. Em cada nível. é necessário reabilitar as áreas que contam com abundante oferta de serviços públicos. a oração.o conhecimento do mundo: o conjunto de dados referentes ao mundo físico. por exemplo.O contexto: para uma dada unidade linguística.extratextual: aquela que diz respeito à adequação entre o texto e uma “realidade” exterior a ele. figurativa. está absolutamente sem sentido por inobservância de mecanismos desse tipo: “Conscientizar alunos pré-sólidos ao ingresso de uma carreira universitária informações críticas a respeito da realidade profissional a ser optada. . incluísse no percurso figurativo guardanapos de papel. toalhas de renda. Vimos que temos diferentes níveis de coerência: narrativa. Seria incoerente. à não-contradição entre os enunciados do texto. Op. etc. Para que o leitor possa perceber o tema que está sendo veiculado por uma série de figuras encadeadas.intratextual: aquela que diz respeito à compatibilidade. funciona como contexto a unidade linguística maior que ela: a sílaba é contexto para o fonema. Coerência Espacial A coerência espacial diz respeito à compatibilidade dos enunciados do ponto de vista da localização no espaço. José Paulo Paes. falta coerência temporal a esse poema: o que significa “ontem foi hoje” ou “hoje é que foi ontem?”... discurso religioso. Cruzar a Ipiranga com a av.: ele inclui também os mundos criados pela linguagem nos diferentes gêneros de texto. seus olhos de raios X permitem-lhe ver através de qualquer corpo. quando ultrapassa essa velocidade. O polpettone do Jardim de Napoli (. o “Parmera”. Muitos textos retomam outros. etc.. só ganham coerência nessa relação com o texto sobre o qual foram construídos. ao que se pode ver.. mas é completamente coerente no mundo criado pelas histórias de super-heróis. em outro. etc. esse texto é absurdo..” Essa frase é incoerente no discurso cotidiano. o período pode ser lido da seguinte maneira: “As idéias ambientalistas sem atrativo estão latentes. são perfeitamente compreendidos: __ O empregado da companhia telefônica que vinha consertar o telefone está aí. Quando ficamos sabendo. p 79.) 45. as duas datas colocadas no início do poema e o título remetem a um episódio da História do Brasil. Op. no entanto.As regras do gênero: “O homem olhou através das paredes e viu onde os bandidos escondiam a vítima que havia sido sequestrada. a um prato que tornou conhecido o restaurante chamado Jardim de Napoli. __ Era hoje que ele viria? . Assim.. o último à obediência a uma lei que na época ainda não vigorava no resto do país.) 43.. tem força praticamente ilimitada. ficção científica. No entanto. parece não haver nenhuma coerência na enumeração desses elementos. todo mundo estar usando cinto de segurança. o que aparentemente era caótico torna-se coerente: 100 motivos para gostar de São Paulo 1. a distâncias infinitas.” À primeira vista. o terceiro. assim como o detalhe de que ele ocorreu no dia 1º de abril. __Era hoje? Esse diálogo não seria compreendido fora da situação de interlocução. por exemplo. em que o Super-Homem. dentro dela. necessariamente. regidos por outras lógicas. vence a barreira do tempo e pode transferir-se para outras épocas. ou seja. Para compreendê-lo. à maneira como os dois times mais populares da cidade são denominados na variante linguística popular.. que eles fazem parte de um texto intitulado “100 motivos para gostar de São Paulo”. O “Parmera” (.A situação de comunicação: __A telefônica.O intertexto: Falso diálogo entre Pessoa e Caeiro __ a chuva me deixa triste. por isso. o termo ideias não pode ser qualificado por adjetivos de cor. __ a mim me deixa molhado. Cit. porque deixa implícitos certos enunciados que. o que é incoerente num determinado gênero não o é. . mas poderão manifestar-se a qualquer momento. .. O “Curíntia” (.O conhecimento de mundo: 31 de março / 1º de abril Dúvida Revolucionária Ontem foi hoje? Ou hoje é que foi ontem? Aparentemente.” Tomando em seu sentido literal. pode voar no espaço a uma velocidade igual à da luz.. etc. não se podem atribuir ao mesmo ser. pois. o quarto. chamado Revolução de 1964. Todo mundo estar usando cinto de segurança (. e todos convergem para um único significado: a celebração da capital do estado de São Paulo no seu aniversário. Nosso conhecimento de mundo não é restrito ao que efetivamente existe. a um verso da música “Sampa”. o sexto e o sétimo..O sentido não literal: “As verdes ideias incolores dormem.) 59. São João (.) O texto apresenta os traços culturais da cidade. o “Curíntia”. E dois pastel (. dois pastel.) 5. mas uma individualidade lírica distinta da do autor (o ortônimo). que heterônimo não é pseudônimo. mitos. para evitar relações entre o evento e o “dia da mentira”.LÍNGUA PORTUGUESA “Um chopps. se entendermos ideias verdes em sentido não literal. mas poderão explodir a qualquer momento. nessa acepção. . é preciso saber que Alberto Caeiro é um dos heterônimos do poeta Fernando Pessoa. No entanto. que para Caeiro o real é a exterioridade e não devemos acrescentar-lhe impressões subjeti27 Didatismo e Conhecimento . as qualidades verde e incolor. como concepções ambientalistas. Esse fato deve fazer parte de nosso conhecimento de mundo. cruzar a Ipiranga com a avenida São João. tocar. constroem-se com base em outros e. mas sua comemoração foi mudada para 31 de março.. o verbo dormir deve ter como sujeito um substantivo animado. na relação de intertextualidade. Um chopps 2.” .) 30. contos maravilhosos. o polpettone do Jardim de Napoli.. de Caetano Veloso. É o caso desse poema.. Os dois primeiros itens de nosso exemplo referem-se a marcas linguísticas do falar paulistano. ao mesmo tempo. o golpe militar de 1964.. o leitor não pode ter certeza de que se trata de uma quebra de coerência proposital. uns são próprios da fala corrente. A valsa nos levou nos giros seus. confrontar a lógica do senso comum com outras. . assim como existem outros que fazem da não-coerência o próprio princípio constitutivo da produção de sentido. Dissemos também que há outros textos que fazem da inversão da realidade seu princípio constitutivo. apagar. falando em voz muito alta e em linguagem chula. num texto que mostra uma festa muito luxuosa. por sua ingenuidade e falta de traquejo social. com vistas a produzir determinado efeito de sentido. para que o leitor perceba que ela faz parte de um programa intencionalmente direcionado para veicular determinado tema. as palavras são divididas nas seguintes categorias: Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado. 1986. SIGNIFICAÇÃO CONTEXTUAL DE PALAVRAS E EXPRESSÕES. pois todo o enredo converge para que o espectador se solidarize com eles. que nosso conhecimento de mundo inclua o poema: O Adeus de Teresa A primeira vez que fitei Teresa.Colóquio e diálogo.Transformação e metamorfose. Para ficar no exemplo da festa: em filmes como “Quero ser grande” (Big. em nossa língua.Moral e ética. abecedário. Quando se trata de incoerência proposital. há cenas em que os respectivos protagonistas exibem comportamento incompatível com a ocasião. 214. uns dos outros. Quanto à significação. o enunciador dissemina pistas no texto. cinzento e cinéreo). ostentando sua últimas aquisições. ao Romantismo. . . falando da solidão interior. 4. do tédio. por exemplo. de numerosos pares de sinônimos. . oculista e oftalmologista. ao invés. Aguilar. Como as plantas que arrasta a correnteza. Poderia alguém perguntar. que percebamos sua lógica interna. dirigido por Penny Marshall em 1988. aparecem figuras como pessoas comendo de boca aberta. por inabilidade. se aparece num texto uma figura incoerente uma única vez. estes têm sentido mais amplo..Oposição e antítese. vai pensar que se trata de contradição devida a inabilidade. suprimir. que sua posição é antimetafísica.Adversário e antagonista. Blake Edwards. é preciso. é preciso saber que o ortônimo (Fernando Pessoa ele mesmo) exprime suas emoções. . . certo. outros.Justo. os sinônimos diferenciam-se. Sem dúvida existe: é aquele em que a incoerência é produzida involuntariamente. que façamos uma leitura não literal. Para percebermos a coerência desse texto. grito. mas não há incoerência nisso. Reproduzimos um poema de Manuel Bandeira que contém mais de um exemplo do que foi abordado: Teresa A primeira vez que vi Teresa Achei que ela tinha pernas estúpidas Achei também que a cara parecia uma perna Quando vi Teresa de novo Achei que seus olhos eram muito mais velhos [que o resto do corpo (Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando [que o resto do corpo nascesse) Didatismo e Conhecimento 28 Da terceira vez não vi mais nada Os céus se misturaram com a terra E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face [das águas. São exemplos as obras de Lewis Carrol “Alice no país das maravilhas” e “Através do espelho”.Extinguir. que pretendem apresentar paradoxos de sentido. . pertencem à esfera da linguagem culta. reto. vulgar. Exemplo: . Incoerência Proposital Existem textos em que há uma quebra proposital da coerência. imparcial. entretanto. com Peter Sellers). Se.Brado.Contraveneno e antídoto. . descuido ou ignorância do enunciador. é preciso ter lido textos de Caeiro. científica ou poética (orador e tribuno. que não devemos interpretar a realidade pela inteligência. . então. etc. da incoerência. um fator de coerência. mas o da vulgaridade dos novos-ricos. e não usada funcionalmente para construir certo sentido. por matizes de significação e certas propriedades que o escritor não pode desconhecer. Mas. subverter o princípio da realidade. Exemplos: . Rio de Janeiro. íntegro. criada pela disseminação proposital de elementos que pareceriam absurdos em outro contexto. que tenhamos noção da crítica do Modernismo às escolas literárias precedentes. clamor. descuido ou ignorância do enunciador.LÍNGUA PORTUGUESA vas. com Tom Hanks) e “Um convidado bem trapalhão” (The party. aqueles. Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo pelo outro. com vistas a criar determinado efeito de sentido. mostrar as aporias da lógica.Translúcido e diáfano. Castro Alves Para identificarmos a relação de intertextualidade entre eles. em que nenhuma musa seria tratada com tanta cerimônia e muito menos teria “cara”. no caso. se realmente existe texto incoerente. p. . Poesias completas e prosa. Com efeito. no mínimo. pois essa interpretação conduz a simples conceitos vazios.Alfabeto. em síntese.. desataviada. abolir. Por outro lado. literária. A contribuição Greco-latina é responsável pela existência. o enunciador certamente não está querendo manifestar o tema do luxo. . Embora irmanados pelo sentido comum. exato. do requinte.Semicírculo e hemiciclo. 1968. mais restrito (animal e quadrúpede). osso e ouço. No primeiro exemplo.. árvore frutífera.. ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto.incipiência b) sessão . sessão musical) e conserto (ato de consertar).. O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico (som) e o gráfico (grafia). Exemplos: . dar deferimento) e diferir (ser diferente. nos erros do passado.. simpático/antipático.insipiência Didatismo e Conhecimento . descrição e discrição. . Estava . A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo.. . Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia. . pelo (verbo) e pelo (contração de per+o). são (forma do verbo ser) e são (santo).Rego (substantivo) e rego (verbo).Cessão (ato de ceder). deferir (conceder.Providência (substantivo) e providencia (verbo). ocultar.As águas pingavam da torneira. grande curral de gado. Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação.Caça (ato de caçar). comunista/anticomunista. . degradar e degredar. emendar).São (sadio)...Acender (atear. era (verbo). (sentido figurado). .Mal e bem. .Construí um muro de pedra.flagrante . deflagração. sentimentos.Às (substantivo). a palavra ouro denota ou designa simplesmente o conhecido metal precioso.. . Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia. (sentido figurado).Cerrar (fechar) e serrar (cortar). sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder).incipiência d) cessão . . ceifar). concórdia/discórdia. solene era . sela (arreio) e sela (verbo selar). . livre (verbo livrar).. . pré-nupcial/pós-nupcial. . Antônimos: são palavras de significação oposta.. muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). e às vezes a mesma grafia. que têm dezenas de acepções. .Fulano nadava em ouro. esperar/desesperar. . vigiar. .Hera (trepadeira) e era (época). . possui várias conotações (ideias associadas. . Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. a .. (sentido próprio)... cesta e sesta. denotativo..Pena: pluma.Pomos (substantivo). . reincidiram c) eminente. tem o sentido conotativo. prescrever e proscrever. A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. Exemplos: . Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e diferentes na escrita.Apoio (verbo) e apoio (substantivo). . pois os homens . eminente e iminente. como exemplos de palavras polissêmicas.Jogo (substantivo) e jogo (verbo). mas significação diferente. poder. . progredir/regredir. . adiar).Louvar e censurar. cético e séptico. o verbo dar e os substantivos linha e ponto.As horas iam pingando lentamente. punição. o desinteresse do mestre diante da .. conflagração.. a) eminente..Ordem e anarquia..Comprei uma correntinha de ouro.Colher (verbo) e colher (substantivo). luxo.. No segundo exemplo.Ênio tem um coração de pedra.. .Pelo (substantivo).Soberba e humildade. comprimento e cumprimento.fragrante . A homonímia pode ser causa de ambiguidade.. cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = anular). tetânico e titânico. flagração.LÍNGUA PORTUGUESA O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia. . infligir (aplicar) e infringir (transgredir). . . Daí serem divididos em: Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade das vogais.Para (verbo parar) e para (preposição).Somem (verbo somar). 29 Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pronúncia: Coro e couro. . . palavra que também designa o emprego de sinônimos.. (sentido próprio). evocações que irradiam da palavra). . reincidiram d) preste.... Exercícios 01. atoar e atuar.Apreçar (determinar o preço. alude (verbo aludir). relativo ao véu do palato. deflagração. . glória.. .. avaliar) e apressar (acelerar).Cegar (tornar cego) e segar (cortar.. . Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. repartição) e sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo). seção (divisão. caminhada (verbo). às (contração) e as (artigo). .Concertar (harmonizar) e consertar (reparar.flagrante . somem (verbo sumir). ...fragrante . pôr fogo) e ascender (subir). Exemplos: . . tem sentido próprio.insipiência c) sessão .. Exemplos: .flagrante . real.Censo (recenseamento) e senso (juízo)... da guerra. por isso é considerada uma deficiência dos idiomas. Exemplos: Bendizer/maldizer.Cela (pequeno quarto). “Durante a .Caminhada (substantivo).. ouro sugere ou evoca riquezas.Aço (substantivo) e asso (verbo).. demonstrada pelo político”. simétrico/ assimétrico. conflaglação. cuidar. Podemos citar ainda. ostentação.Paço (palácio) e passo (andar). a) seção .Livre (adjetivo). dó.Concerto (harmonia. divergir. pomos (verbo pôr).Velar: cobrir com véu.incipiência e) seção . .. corrigir). recindiram 02. vultoso (volumoso. . incidiram e) prestes..Alude (avalancha). . incidiram b) iminente.. ativo/ inativo.Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as plantas ou apagar incêndios. explícito/implícito. peça de metal para escrever.Cedo (verbo). cedo (advérbio). Denotação e Conotação: Observe as palavras em destaque nos seguintes exemplos: . . coser = costurar b) imigrar = sair do país.. que é o primeiro círculo social para uma criança.” a) insipiência tachar expertos b) insipiência taxar expertos c) incipiência taxar espertos d) incipiência tachar espertos e) insipiência taxar espertos 10.estrangeiros b) seção . As palavras adequadas para preenchimento das lacunas são: a) censo . Variedades Linguísticas Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta.sessão . plenária estudou-se a . c) Sua ascensão foi rápida.. c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche...lasso .. Ainda assim.eminentes b) senso .] baseada no valor social atribuído às [. regionais e históricas em que é utilizada.A)(04. sendo assim classificados os cidadãos nascidos e criados em zona urbana e com grau de instrução superior completo.B)(06... a norma culta ou norma padrão.. É a variedade linguística ensinada na escola. . de feiticeiros os . Todas as variedades linguísticas são adequadas. retifiquei d) proscrever. dos surfistas). na rua.caçado b) mandato . Um jovem falante também vai exercitando o aparelho fonador..laço ..seção .. d) Ascenderam o fogo rapidamente.. Assinale-a: a) A eminente autoridade acaba de concluir uma viagem política..... percebe que nem todos falam da mesma forma..cessão . os maxilares. de acordo com as condições sociais. Há uma alternativa errada.... frases e textos. prescrevi e) retificar. em astronomia.sessão . EQUIVALÊNCIA E TRANSFORMAÇÃO DE ESTRUTURAS. Norma culta ou linguagem culta é uma expressão empregada pelos linguistas brasileiros para designar o conjunto de variedades linguísticas efetivamente faladas. de tarefas ..cumprimento .iminentes Didatismo e Conhecimento 30 c) senso .estrangeiros c) secção . xácara = verso 06.. 05.... ....iminentes Respostas: (01. e) Reacendeu o fogo do entusiasmo. os lábios.B)(03. a língua.” a) ratificar..... em alguns programas de televisão. Marque a alternativa cujas palavras preenchem corretamente as respectivas lacunas.estrangeiros 04.. Aquisição da linguagem Iniciamos o aprendizado da língua em casa. desde que cumpram com eficiência o papel fundamental de uma língua.LÍNGUA PORTUGUESA . Quando um falante entra em contato com outra pessoa.D)(05. O Instituto Camões entende que a “noção de correção está [. científica do povo levou-o a . isto é. Assinale-a: a) cozer = cozinhar.. as cordas vocais para produzir sons que se transformam. no contato com a família.extrangeiros d) sessão .lasso . 07. o vocabulário e as leis combinatórias da língua. 03. a comunicação.laço . concertar = harmonizar e) chácara = sítio. Essas diferenças no uso da língua constituem as variedades linguísticas. cumprimento = saudação d) consertar = arrumar.cumprimento . refere também que se aceita no Brasil como norma-padrão a fala do Rio e de São Paulo. Há uma alternativa errada.E)(09. o número do cartão do PIS.cassado 08.. na vida cotidiana. etc.comprimento .. aos poucos.eminentes e) censo .. no .... de direitos territoriais a a) sessão . são chamadas genericamente de dialeto popular ou linguagem popular. ou por terem idade diferente da nossa...iminentes d) senso . proscrevi b) prescrever.cumprimento . ou por fazerem parte de outro grupo ou classe social. Apesar disso. pelos falantes cultos.casçado e) mandado . culturais.. ratifiquei 09. do prefeito foi . O .. As demais variedades.] formas [linguísticas]. Há pessoas que falam de forma diferente por pertencerem a outras cidades ou regiões do país.caçado d) mandado . na escola ou em qualquer outro local.... imitando o que se ouve e aprendendo... b) A justiça infligiu a pena merecida aos desordeiros. nunca teve muito . a gíria ou calão. Na ..B)(02. a data de meu nascimento. em palavras.. como a regional. discriminei c) descriminar. b) A catástrofe torna-se iminente. dos jogadores de futebol. ou seja.. apresentava-se sempre . Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada: a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. contida na maior parte dos livros e revistas e também em textos científicos e didáticos...lasso . e) A cessão de terras compete ao Estado. emigrar = entrar no país c) comprimento = medida.. “A .B) 5.. na frase seguinte: “Necessitando ..cessão .estrangeiros e) seção .... informa que a norma-padrão do português europeu é o dialeto da região que abrange Lisboa e Coimbra. tem maior prestígio social.. a) mandado ..B) (08..cassado c) mandato . mais tarde. .comprimento . dos metaleiros. Na oração: Em sua vida.... os dentes.. o de permitir a interação verbal entre as pessoas..A)(10. d) Devemos ser fiéis ao cumprimento do dever. uma dessas variedades... ontem. o jargão de grupos ou profissões (a linguagem dos policiais.C)(07. acendido..a meu ver – e não ao meu ver . a priori – não tem valor temporal . mediante. caracterizando-se por construções gramaticais mais livres. Expressões que demandam atenção . . aceito .a ponto de – e não ao ponto de . em consequência de. frases curtas e conectores simples. no qual. Opção: compelir.junto a – usar apenas quando equivale a adido ou similar . graças a. tendo em vista. com ser e estar. por causa de. para. em face de. senão – quando se pode substituir por caso não.. não tem a finalidade de condenar ou eliminar a língua que falamos em nossa família ou em nossa comunidade.sob um prisma. por causa de. Saber usar bem uma língua equivale a saber empregá-la de modo adequado às mais diferentes situações sociais de que participamos.através de (para exprimir “meio” ou instrumento).sob um ponto de vista.principalmente. valendo-se de. conforme . Língua Culta na Escola O ensino da língua culta. fazer que. s) mesmo (a. Opção: já que.em vez de – em lugar de .. . separado. nos quais. etc. que se caracteriza pelo uso de ortografia simplificada.à medida que – à proporção que. Ao contrário.ir de encontro a – chocar-se com . . até nossos valores. com a sintonia entre interlocutores. constranger. às vezes. Opção: em que. por meio de.aceitado. .enquanto que – o que é redundância . Opção: especialmente. sobre nossa capacidade de nos adaptarmos e situações novas.LÍNGUA PORTUGUESA Propósito da Língua A língua que utilizamos não transmite apenas nossas ideias.onde (quando não exprime lugar). perante. uma vez que ..em função de. levar a. Opção: por (ou através de) um prisma. como skate. Ela pode tanto facilitar quanto dificultar o nosso relacionamento com as pessoas e com a sociedade em geral. com o modo de expressão. diante. Opção: de um ponto de vista. ao anunciar e a que se está tratando) . . o coloquial. na qual. junto .a posteriori. nossa insegurança.devido a. ao nível.sendo que. . que envolve aspectos como graus de cortesia. O uso da língua também pode informar nossa timidez. ainda. em particular. somado ao domínio de outras variedades linguísticas.ir ao encontro de – concordar com . círculo de amizades e hobbies. . também. qual nosso nível social e escolar. . a futuro próximo. em vista de. por intermédio de. o informal. uma vez que. Expressões não recomendadas .implicar em – a regência é direta (sem em) .não-pagamento = hífen somente quando o segundo termo for substantivo . em especial. em que região do país nascemos. . nossa formação e.em termos de – modismo. deferência.. Opção: ao passo que.na medida em que – tendo em vista que. Opção: citado. em virtude de. Opção: em virtude de. evitar . Opção: (medidas) destinadas a.à custa de – e não às custas de . . A língua é um poderoso instrumento de ação social. na escola. Opção: ante. isto é.de modo (maneira. Opção: suprimir a expressão. visto que. etc. tomando-se por base.o (a.a partir de (a não ser com valor temporal). mesmo. tecnicidade (domínio de um vocabulário específico de algum campo científico. Opção: a fim de. segundo.no sentido de.ao invés de – ao contrário de . em razão de. forçar. igualmente. aceito – com ter e haver.todo o mundo – o mundo inteiro .esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte (tempo futuro. Atitudes não recomendadas Expressões Condenáveis . sorte) que – e não a .inclusive (a não ser quando significa incluindo-se).fazer com que. torna-nos mais preparados para nos comunicarmos. . frente a. no nível. mensionado. . . caso – com se. com a finalidade de.se não. desejo de distância.todo mundo – todos . que não tem um planejamento prévio. quando se pode. . se trata de um registro formal ou escrito. ou seja. com o fito (ou objetivo. . construções simples e usado entre membros de uma mesma família ou entre amigos. Opção: com base em.(medidas) visando. Graus de Formalismo São muitos os tipos de registro quanto ao formalismo. aceso (formas similares) – idem . Opção: por. ao mesmo tempo que. caso rejeita o se . ou distante ao já mencionado e a ênfase).este e isto – referência próxima do falante (a lugar. . o domínio da língua culta.enquanto. aceitado. notadamente. com vistas a. tais como: o registro formal.. rock. . por. mormente.pois (no início da oração). Opção: até. a tempo presente. surfe. transmite também um conjunto de informações sobre nós mesmos. e não a . Opção: em razão de.face a. sobretudo.a nível de. Opção: em nível. s) – uso condenável para substituir pronomes .como sendo. Didatismo e Conhecimento 31 . porque.dito. que é uma linguagem mais cuidada. Opção: e. tempo passado próximo do presente. ou intuito) de. por exemplo). repetições frequentes. use acaso. nas quais. Certas palavras e construções que empregamos acabam denunciando quem somos socialmente.acaso. As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente na situação de comunicação.entre um e outro – entre exige a conjunção e. / Sobravam ideias. Não existe o sinal entre o predicado e o complemento: O prefeito prometeu novas denúncias.) mostrou que ele não era maligno”. Temos aí um exemplo de uso inadequado do pronome relativo. . . / Entre eles e ti. A boa qualidade do texto fica comprometida.“Houveram” muitos acidentes. Você percebe aí a incapacidade do concursando ou vestibulando organizar sintaticamente o período. É bom a gente pensar como vai fazer para. Assim: O resultado do jogo não o abateu. . . é impessoal: Faz cinco anos. construir um texto sem erros. . Portanto. ganhar grátis.“Mal cheiro”. “pixar” (pichar). Haver. a menos que esteja subentendida a palavra moda: Salto à (moda de) Luís XV. . pois não consegue perceber a que antecedente ele se refere. veja se não há falta de correspondência entre o tema proposto e o texto criado. como existir.Não há regra sem “excessão”. “. / Eles obedeceram (desobedeceram) aos avisos. Após longo suplício. “frustado” (frustrado). O certo: entrar em. mandou-me. Não existe crase antes de palavra masculina. O texto escrito deve se apresentar desprovido de marcas de oralidade. 20 anos. . “zuar” (zoar). Não utilize provérbios ou ditos populares. Outros verbos com a: A medida não agradou (desagradou) à população. felizes núpcias. Evite pensamentos radicais. assim. “previlégio” (privilégio). / Respondeu à carta. entre parênteses. / Faltavam poucas peças. monopólio exclusivo. . mas na vida tudo tem o seu valor e os homens a todo momento necessitam de descobrir todos os mistérios da vida que nos cerca a todo instante”. . mal-intencionado. . restar e sobrar admitem normalmente o plural: Existem muitas esperanças. Você pode ter conhecimento do vocabulário e das regras gramaticais e. Escrever com clareza é muito importante. “benvindo” (bem-vindo). Eles empobrecem a redação. mal-humorado (bem-humorado). acho que .Quebrou “o” óculos.“Uma biópsia do tumor retirado do fígado do meu primo (. Você não deve falar de sua redação dentro do próprio texto.você sabe .“Fazem” cinco anos. .O resultado do jogo. Nos demais casos: A salvo. / Pagou ao amigo. Ele provoca falta de coesão. / Explique por que razão você se atrasou. É recomendável não generalizar e evitar.Preferia ir “do que” ficar. Depois de preposição.é aos dezoito anos que se começa a procurar o caminho do amanhã e encontrar as perspectiva que nos acompanham para sempre na estrada da vida”. Selecionar as frases e organizar as ideias é necessário. Igualmente: mau humor. viúva do falecido. . como já diziam os sábios: depois da tempestade sempre vem a bonança. Também: Deixe-os sair. Prefere-se sempre uma coisa a outra: Preferia ir a ficar. novas denúncias. / Deve haver muitos casos iguais. mas você sabe . . nós. Há e atrás indicam passado na frase. vulgarizadas pelo uso contínuo. / Sucedeu ao pai.“Existe” muitas esperanças. usa-se mim ou ti: Entre mim e você. Mal opõe-se a bem e mau. / Fazia dois séculos. a pé. nossas férias. Da mesma forma: Meus parabéns. a bom. se você reproduz sem nenhuma crítica ou reflexão expressões gastas. faltar. piloto de cart. “xuxu” (chuchu).“Há” dez anos “atrás”. Mim não faz.“Estou sem inspiração para fazer uma redação. quando exprime tempo. meus pêsames. Entretanto. acho que ele não vai concordar com a decisão que você tomou. Assim: Comprei-o para você. Assim: Para eu fazer.“Todos os deputados são corruptos”. bastar. Assim: mau cheiro (bom cheiro). ele. . / Bastariam dois dias. pois fazer parecer que seu autor não tem criatividade ao lançar mão de formas já gastas pelo uso frequente. Esquematize suas ideias. a bordo. “Tudo começou naquele baile de quinze anos”. para eu dizer. meus óculos. moreno. posições extremistas. Antes de começar o seu texto leia atentamente todos os elementos que o examinador apresentou para você utilizar. “impecilho” (empecilho). assim. não o abateu. Veja outras redundâncias: Sair fora ou para fora. Não se separa com vírgula o sujeito do predicado. .“Tenho uma prima que trabalha num circo como mágica e uma das mágicas mais engraçadas era uma caneta com tinta invisível que em vez de tinta havia saído suco de lima”. . “advinhar” (adivinhar). meu coração apaziguava as tormentas e a sensatez me mostrava que só estaríamos separadas carnalmente”. a relação adversativa introduzida pelo “mas” no fragmento acima produz uma ideia absurda. à missa. pois não se sabe se o pronome ele refere-se ao fígado ou ao primo. já não há mais. quero dizer. os fatos levam você a isso. Fazer. / Fez 15 dias.Comprei “ele” para você.“Ainda brincava de boneca quando conheci Davi.todos sabem . . O conectivo mas indica uma circunstância de oposição.LÍNGUA PORTUGUESA Erros Comuns . / Aspirava ao cargo de diretor. Assistir como presenciar exige a: Vai assistir ao jogo. porque não pode ser sujeito. mas eu era apenas uma criança”. . / Visava aos estudantes. / Havia muitas pessoas. portanto nada conecta e produz relação absurda. Para se evitar a ambiguidade. enfim. Didatismo e Conhecimento . Existir.“Bem. para ele entender a decisão”. seus ciúmes. a forma correta: “paralizar” (paralisar). . use por que separado: Por que (razão) você foi? / Não sei por que (razão) ele faltou. .Vai assistir “o” jogo hoje. 32 . É preferível segue a mesma norma: É preferível lutar a morrer sem glória. Outro erro: O prefeito prometeu. “vultuoso” (vultoso).. também é invariável: Houve muitos acidentes. vós e eles não podem ser objeto direto. tu. .Entre “eu” e você.não é fácil dizer essas coisas. para eu trazer. viu-a. “mau-humorado”. Veja outras grafias erradas e.Tema: Para você. “cincoenta” (cinquenta).“Entrar dentro”. Porque é usado nas respostas: Ele se atrasou porque o trânsito estava congestionado. a caráter..ele pensa diferente.“Ele me tratava como uma criança. de ideia contrária a. . a esmo. “envólucro” (invólucro). à sessão. com olhos cor de mel. “calcáreo” (calcário). Não se esqueça que o ato de escrever é diferente do ato de falar. . Escrever sobre a situação dos sem-terra? Bem que o professor poderia propor outro tema”. . Eu. Concordância no plural: os óculos. mal-estar. as experiências genéticas de clonagem põem em xeque todos os conceitos humanos sobre Deus e a vida? “Bem a clonagem não é tudo.“Venda à prazo”. você deve observar se a relação entre cada palavra do seu texto está correta. Esta frase está ambígua. Use apenas há dez anos ou dez anos atrás.Para “mim” fazer. elo de ligação. “beneficiente” (beneficente).. / Restaram alguns objetos. mau jeito. a cavalo. “ascenção” (ascensão). O certo é exceção.“Entretanto. mandou-nos entrar..“Porque” você foi? Sempre que estiver clara ou implícita a palavra razão.“Hoje ao receber alguns presentes no qual completo vinte anos tenho muitas novidades para contar”. É importante você escrever atendendo ao que foi proposto no tema. Olhe. perfizera. “Chego” não existe. / Ela o ama. / Compram-se terrenos. / Dão-nos. O certo: Não sabiam onde ele estava. / Precisa-se de empregados. . o certo é fique: Fique você comigo. na. O plural de cidadão é cidadãos. vai deixar a empresa. interviemos.A questão não tem nada “haver” com você.Chegou “a” duas horas e partirá daqui “há” cinco minutos. ão ou õe.ª pessoa. são a agravante. o plural é o normal: Ternos azuis. entrevimos. recórde. seniores. / Obrigado pela atenção. vitamina C de dois gramas. . Repare nesta concordância: Pediu emprestadas duas malas. mantivesse. No caso de adjetivo. . seção de brinquedos. . / Aqui se faz. e regular: A corrida custa 5 reais. e não “qualquer”. fitas amarelas. . repartição. nos. disse a moça. / Muito obrigados por tudo. / Chegue aqui. Há indica passado e equivale a faz. / Promoção implica responsabilidade. Emprestar é ceder. apenas: Não sei aonde ele quer chegar. . .Vou “emprestar” dele.Soube que os homens “feriram-se”. a eles. por isso. põe-nos. como de repente e a partir de. / Procuram-se empregados. Alguma coisa se inicia.A feira “inicia” amanhã. assim como circúito..Foi “taxado” de ladrão.“Por isso”. não varia: meio louca. predisse. . Veja outros: caracteres (de caráter). O certo: Tinha chegado atrasado. condisser. condôr. Tachar é que significa acusar de: Foi tachado de ladrão. .Chegou “em” São Paulo. / Foi tachado de leviano. . / Fazem-se consertos. meio esperta. pressupusesse. / Não o convidei.Todos somos “cidadões”. os pronomes o.Vocês “fariam-lhe” um favor? Não se usa pronome átono (me. ele foi um). / Ele partiu há (faz) pouco menos de dez dias. convidam-na. pólipo. futuro do pretérito (antigo condicional) ou particípio. / Ele talvez o convide para a festa. te.. “ciclo” (círculo) vicioso. intervim. . aváro. Intervir conjuga-se como vir..O processo deu entrada “junto ao” STF.Tinha “chego” atrasado. . aqui se paga. / Embora tente negar. quando expresso por substantivo. assim como embora e talvez: Ministro nega que seja negligente. / Quando se falava no assunto. não tem nada a ver ou nada que ver. conviesse. a cal. / Tendo-me formado (e nunca tendo “formado-me”). .Atraso implicará “em” punição. e não tomar por empréstimo: Vou pegar o livro emprestado.“Fica” você comigo. / A reclamação foi apresentada ao (e não “junto ao”) Procon. . pressupor: Atraso implicará punição.. escrivães. Lhe substitui a ele. Um dos que faz a concordância no plural: Ele foi um dos que chegaram antes (dos que chegaram antes. / É assim que se evitam acidentes. Assim: Vocês lhe fariam (ou far-lhe-iam) um favor? / Ele se imporá pelos conhecimentos (e nunca “imporá-se”).O ingresso é “gratuíto”. meio amiga.O peixe tem muito “espinho”.Queria namorar “com” o colega. camisas creme. O verbo concorda com o sujeito: Alugam-se casas. . / Venha pra Caixa você também. Verbos de movimento exigem a. O verbo seguido de preposição não varia nesses casos: Trata-se dos melhores profissionais. disse a moça.Ela era “meia” louca. Seção de Esportes. a alface.“Cerca de 18” pessoas o saudaram. / Conta-se com os amigos. e não em: Chegou a São Paulo. ibéro. Grama. intervieram.Nunca “lhe” vi. se. Quando o verbo termina em m. por exemplo. / A festa que se realizou. advérbio. na verdade. O que atrai o pronome: Soube que os homens se feriram. a.LÍNGUA PORTUGUESA . etc. O mesmo ocorre com as negativas. . canetas pretas.Vendeu “uma” grama de ouro. Seção significa divisão. . . . juniores. é palavra masculina: um grama de ouro. as conjunções subordinativas e os advérbios: Não lhe diga nada. Outros verbos derivados: entretinha. “cabeçário” (cabeçalho). Para a 3.. os e as tomam a forma no. blusas rosa. e não “em vias de”: Espécie em via de extinção. Femininas. Fica é imperativo do pronome tu. gravatas cinza. / O atirador estava a (distância) pouco menos de 12 metros. . / Era um dos que sempre vibravam com a vitória. . . Implicar é direto no sentido de acarretar. / Nenhum dos presentes se pronunciou.As pessoas “esperavam-o”. / Casa “germinada” (geminada). gângsteres. / Apela-se para todos. . / Como as pessoas lhe haviam dito. não varia: Tons pastel.“Tratam-se” de. etc. Aonde se usa com verbos de movimento. / A mulher o deixou.Não viu “qualquer” risco.Tons “pastéis” predominam. Nome de cor. Da mesma forma: flúido. O certo: Vive à custa do pai. . peso. / Ninguém lhe fez nenhum reparo. vos. / Depois o procuro. . A moeda tem plural.“Obrigado”. nos e nas: As pessoas esperavam-no. intúito e fortúito (o acento não existe e só indica a letra tônica).O governo “interviu”. .“Aluga-se” casas. enquanto a exprime distância ou tempo futuro (não pode ser substituído por faz): Chegou há (faz) duas horas e partirá daqui a (tempo futuro) cinco minutos. Negar que introduz subjuntivo. A questão. a atenuante. . sessão do Congresso.Não sabiam “aonde” ele estava. que se emprega depois de negativas: Não viu nenhum risco. lhes) depois de futuro do presente. Veja outras confusões desse tipo: O “fuzil” (fusível) queimou.Ele foi um dos que “chegou” antes. tabeliães. Da mesma forma: Tem tudo a ver com você. Processo dá entrada no STF. Use também em via de. sessão de pancadas. impõem-nos. Assim: O governo interveio. Da mesma forma: intervinha. lhe. a você e a vocês e por isso não pode ser usado com objeto direto: Nunca o vi.A corrida custa 5 “real”. / Era grande a sua dívida com o (e não “junto ao”) banco. Peixe tem espinha. A pronúncia correta é gratúito. . / Aonde vamos? . Meio.A última “seção” de cinema.Ministro nega que “é” negligente. / Vai amanhã ao cinema.Vive “às custas” do pai. Obrigado concorda com a pessoa: “Obrigada”. É nenhum. Duas palavras. função: Seção Eleitoral. / O jogador negou que tivesse cometido a falta. . e sessão equivale a tempo de uma reunião. Didatismo e Conhecimento 33 . / Levou os filhos ao circo. sessão de cinema. se inaugura: A feira inicia-se (inaugura-se) amanhã. Ou: Vou emprestar o livro (ceder) ao meu irmão. reteve. Igualmente: O jogador foi contratado do (e não “junto ao”) Guarani. / Cresceu muito o prestígio do jornal entre os (e não “junto aos”) leitores. . / Os amigos nos darão (e não “darão-nos”) um presente. / Nunca promoveu nenhuma confusão. Cerca de indica arredondamento e não pode aparecer com números exatos: Cerca de 20 pessoas o saudaram. .. O com não existe: Queria namorar o colega. . / Trabalho em via de conclusão. Assim: Já foi informado (cientificado.. “reavê”. zero hora. atribui. não se o diz (não se diz isso). . .O time empatou “em” 2 a 2. Explodir só tem as pessoas em que depois do “d” vêm “e” e “i”: Explode. etc. / A decisão foi comunicada aos empregados. Tem é a forma do singular.LÍNGUA PORTUGUESA . Usa-se de.Já “foi comunicado” da decisão. puséssemos. Sentar-se (ou sentar) em é sentar-se em cima de. Em vez de indica substituição: Comeu frango em vez de peixe. .Evite que a bomba “expluda”. só pode resultar cumprimentar.. / Era difícil apontar todas as contradições do texto. Zero indica singular sempre: Zero grau. impuser. eles têm.Estávamos “em” quatro à mesa. O em não existe: Estávamos quatro à mesa. mas ninguém “é comunicado” de alguma coisa. . . Quem pousa é ave. ansiar e incendiar também seguem essa norma: Remedeiam. . Precaver-se também não se conjuga em todas as pessoas. . / Ficamos cinco na sala.. receeis (só existe i quando o acento cai no e que precede a terminação ear: receiem. só o último elemento varia: acordos político-partidários. A preposição é por: O time empatou por 2 a 2. se eu tiver (de ter). é variável: Ela mesma (própria) arrumou a sala. por exemplo. ... Existe ainda na medida em que (tendo em vista que): É preciso cumprir as leis.À medida «em» que a epidemia se espalhava. Favorecer. etc.Ele “intermedia” a negociação. estátua de madeira.A artista “deu à luz a” gêmeos. não existem as formas “precavejo”.) . nunca use: Fazendo-se-os. este dia. ceaste. nas pessoas de querer e pôr: Quis. quisesse. .Acordos “políticos-partidários”. . .“Todos” amigos o elogiavam. vê-se-a. casa de alvenaria. No plural. convier. . . revir. enfearam. atenue. e não em.. Não confunda também iminente (prestes a acontecer) com eminente (ilustre). Didatismo e Conhecimento . A forma verbal é viajem (de viajar): Espero que viajem hoje. Portanto. à máquina. / Toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. mas apenas aquelas em que o acento cai no a ou o: adequaram. enfeiam). “precavês”. Viagem.Ninguém se “adequa”. Igualmente: Comprido (extenso) e cumprido (concretizado). atue.. substituindo essas formas por rebente.Sentou “na” mesa para comer. / A faixa em que ele canta. polui.Se eu “ver” você por aí.A modelo “pousou” o dia todo. Por isso. No plural. pôs. a locução não existe. mantiver. É errado juntar o se com os pronomes o. quiseram. passeias. / Ele doara sangue ao filho havia (fazia) poucos meses. puseram. reaverá. (O havia se impõe quando o verbo está no imperfeito e no mais-que-perfeito do indicativo. . Outra forma errada: A diretoria “comunicou” os empregados da decisão. ele põe. pus. Nos demais casos. todos exige os: Todos os amigos o elogiavam.A tese “onde”. “adeque”. na medida em que elas existem. Mesmo. . eles vêm. . apenas: A artista deu à luz quíntuplos. nesse sentido. avisado) da decisão. etc. pusesse.Favoreceu “ao” time da casa. Nem tráfico (contrabando) com tráfego (trânsito). Infligir (e não “inflingir”) significa impor: Infligiu séria punição ao réu. / As vítimas mesmas recorreram à polícia. Infringir é que significa transgredir: Infringiu o regulamento. têm é assim.Governo “reavê” confiança. “precaveja”. Embora popular. . / Veja o jardim onde as crianças brincam.Chamei-o e “o mesmo” não atendeu. se ele puser (de pôr). adequasse. partidos social-democratas. O certo é: À medida que a epidemia se espalhava. reouve. Modelo posa (de pose).“Inflingiu” o regulamento. avião. . . incendeio. .Espero que “viagem” hoje. Opções corretas: A diretoria comunicou a decisão aos empregados. Uma decisão é comunicada. A expressão é dar à luz.O homem “possue” muitos bens. / O livro em que. Da mesma forma: passeemos. Nos adjetivos compostos.Eles “tem” razão. É este que designa o tempo no qual se está ou objeto próximo: Esta noite. não existem “reavejo”. / Na entrevista em que.. “precavenho”. Ao invés de significa apenas ao contrário: Ao invés de entrar. quanto equivale a próprio. Haver concorda com estava. “precavenha”. Comprimento é extensão.A moça estava ali “há” muito tempo. . mas apenas nos casos em que este tem a letra v: Reavemos. previr. “precavém”. adequou.Blusa “em” seda.Comeu frango “ao invés de” peixe. . reouvesse. Da mesma forma: empate por. / Éramos seis. Evite também “comprimentar” alguém: de cumprimento (saudação).. / Os funcionários públicos reuniram-se hoje: amanhã o país conhecerá a decisão dos servidores (e não “dos mesmos”). Use porque: Ficou contente porque ninguém se feriu. ele vem. com acento. Assim. . se nós dissermos (de dizer). se ele fizer (de fazer). O i não existe: Não queria que receassem a sua companhia. O certo é: Se eu vir. / Sentou ao piano.A temperatura chegou a 0 “graus”.. quiséssemos..Não “se o” diz. este jornal (o jornal que estou lendo). saiu.Andou por “todo” país. é o substantivo: Minha viagem. etc. Não existe z.. Assim. use em que: A tese em que ele defende essa ideia. . Também é errado dizer: Deu “a luz a” gêmeos. os e as. . ao computador. mas apenas s. todo quer dizer cada. com g. / Toda nação (qualquer nação) tem inimigos.Disse o que “quiz”..Ela “mesmo” arrumou a sala. zero-quilômetro. etc. explodiram. Onde só pode ser usado para lugar: A casa onde ele mora. . etc. Outros exemplos: Bandeiras verde-amarelas. não escreva nem fale “exploda” ou “expluda”. Verbos em uar é que admitem ue: Continue. qualquer: Todo homem (cada homem) é mortal. a. / Estava sem dormir havia (fazia) três meses. Reaver segue haver. 34 . predissermos. Todo o (ou a) é que significa inteiro: Andou por todo o país (pelo país inteiro). / A decisão favoreceu os jogadores. Repare que ele ganha por e perde por. recue. .. . . Veja o certo: Sentou-se à mesa para comer. Equivalente: Governo recupera confiança.Ficou contente “por causa que” ninguém se feriu. Da mesma forma: Se eu vier (de vir). Não se pode empregar o mesmo no lugar de pronome ou substantivo: Chamei-o e ele não atendeu. para definir o material de que alguma coisa é feita: Blusa de seda.Não queria que “receiassem” a sua companhia. medidas econômico-financeiras. Verbos em uir só têm a terminação ui: Inclui.. medalha de prata. desfizer. viajante. Portanto: A moça estava ali havia (fazia) muito tempo. rejeita a: Favoreceu o time da casa. eles põem. que eles anseiem. esta semana (a semana em que se está). O certo: O homem possui muitos bens. Remediar. Sem o. Não existem as formas “adequa”. este século (o século 20). etc. O mesmo ocorre com vem e vêm e põe e põem: Ele tem.Vou sair “essa” noite. Mediar e intermediar conjugam-se como odiar: Ele intermedeia (ou medeia) a negociação. o amigo a que se referiu.“Haja visto” seu empenho.. Veja outro exemplo: Foram iniciadas esta noite as obras (e não “foi iniciado” esta noite as obras). Exemplos: Pegou fogo no prédio. pois é comum o erro de concordância quando o verbo está antes do sujeito. . Não existe artigo nessas expressões: A meu ver. uma oração) Quero que você aprenda.O fato passou “desapercebido”. Horas e as demais palavras que definem tempo variam: Já são 8 horas. duas orações) Há três tipos de período composto: por coordenação. uma relação de sentido.A moça “que ele gosta”. / Dado o resultado.. Num período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele existentes. por subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo (também chamada de misto).. Exemplo: Pegou fogo no prédio. A expressão é haja vista e não varia: Haja vista seu empenho. 2 km (e não “kms. duas orações) Está pegando fogo no prédio. As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e sindéticas.O pai “sequer” foi avisado. 5 m. calda.” (Antônio Olavo Pereira) “O ferro mata apenas. (um verbo. / brincamos.) Existe uma maneira prática de saber quantas orações há num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Sequer deve ser usado com negativa: O pai nem sequer foi avisado. / Não disse sequer o que pretendia. chamada absoluta. avilta.. SINTAXE: PROCESSOS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO. etc. . / Dadas as suas ideias. Igualmente: Isto é para o senhor (e não “para si”).. / Haja vista seus esforços. por exemplo. Da mesma forma: Transmissão em cores.. não foi notado. A concordância é normal: Dados os índices das pesquisas.. já é meio-dia. já é meia-noite. . / Haja vista suas críticas.). Há entre elas. ... (dois verbos. o ouro infama. Veja o correto: Comprou uma TV em cores (não se diz TV “a” preto e branco).. a prova de que participou. / vibraram..É hora «dele» chegar. e o período formado só de orações coordenadas é chamado de período composto por coordenação. . uma não depende da outra sintaticamente. / sofreram.Ficou “sobre” a mira do assaltante. Não se deve fazer a contração da preposição com artigo ou pronome. nos casos seguidos de infinitivo: É hora de ele chegar.As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando não vêm introduzidas por conjunção. a nosso ver.”). . As abreviaturas do sistema métrico decimal não têm plural nem ponto... apanhei o embrulho e segui. / Partiu sem sequer nos avisar. Orações Coordenadas Considere. Como se gosta de. o filme a que assistiu (e não que assistiu). 6. uma oração) Deves estudar para poderes vencer na vida. desenho em cores. / A troca de agressões entre os funcionários foi punida (e não “foram punidas”). Cuidado: palavra próxima ao verbo não deve influir na concordância. o certo é: A moça de que ele gosta. / Falou sobre a inflação. (Período simples. / Escondeu-se sob a cama. o período é composto quando traz mais de uma oração. mas.Vou “consigo”. OCA OCA OCA “Inclinei-me. oração absoluta.. Quero que você aprenda. que se encerra com ponto de exclamação.” (Coelho Neto) 35 Didatismo e Conhecimento . desonra. Cuidado. Período Composto por Coordenação.Comprou uma TV “a cores”.” (Machado de Assis) “A noite avança. . EMPREGO DE TEMPOS E MODOS VERBAIS. . Desapercebido significa desprevenido. Sobre equivale a em cima de ou a respeito de: Estava sobre o telhado. Igualmente: O dinheiro de que dispõe. com o senhor. como já dissemos. Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um período. (uma locução verbal. ponto de interrogação ou com reticências. . este período composto: Passeamos pela praia. alguém traz alguma coisa e alguém vai para trás. a seu ver. / Apesar de o amigo tê-lo convidado. O período é simples quando só traz uma oração. (Período composto. o fato passou despercebido. As orações independentes de um período são chamadas de orações coordenadas (OC).Já “é” 8 horas. E lembre-se: O animal ou o piano têm cauda e o doce. 10 kg. . Portanto: Vou com você. (duas locuções verbais. Use o certo: Causaram-me estranheza as palavras. 1ª oração: Passeamos pela praia 2ª oração: brincamos 3ª oração: recordamos os tempos de infância As três orações que compõem esse período têm sentido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: elas são independentes. .”. . Sob é que significa debaixo de: Ficou sob a mira do assaltante. / Depois de esses fatos terem ocorrido. . . é claro. vou com o senhor. / recordamos os tempos de infância.“Causou-me” estranheza as palavras.“Ao meu ver”.“Dado” os índices das pesquisas. Exemplo: Os torcedores gritaram. Por isso: A realidade das pessoas pode mudar.A realidade das pessoas “podem” mudar. Na verdade.LÍNGUA PORTUGUESA . Assim: 8 h. / Já é (e não “são”) 1 hora. há uma paz profunda na casa deserta. Da mesma forma. Consigo só tem valor reflexivo (pensou consigo mesmo) e não pode substituir com você.A festa começa às 8 “hrs. no entanto. seja..Orações coordenadas sindéticas explicativas: que. Os primeiros foliões surgiram. b) Não durma sem cobertor. A noite está fria. Vives mentindo. porém. “É dura a vida. A doença vem a cavalo e volta a pé. ou seja.” (Machado de Assis) “Em aviação. mais consigo encontrá-los. “Não só findaram as queixas contra o alienista. “Jacinta não vinha à sala. entretanto ninguém trabalhava. “A mim ninguém engana. OCA OCS Aditiva Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa idéia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior. Seja mais educado / ou retire-se da reunião! OCA OCS Alternativa Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha com referência à oração anterior. não só. OCA OCS As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as introduzem. OCA OCS Adversativa Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa idéia de oposição à oração anterior. entretanto.. Não durma sem cobertor. Vamos andar depressa / que estamos atrasados. pois. tudo precisa ser bem feito ou custará preço muito caro. pois.. ou. pois. mas também. Exemplo: O homem saiu do carro / e entrou na casa. não mereces fé. ouviam-se amplos bocejos. mas ainda. conquista-a. Pode ser: . contudo não te exaltes. OCA OCS Conclusiva Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa idéia de conclusão de um fato enunciado na oração anterior. logo.. Havia muito serviço.” (Machado de Assis) . Exercícios 01. fortes como o marulhar das ondas. logo. de justificativa em relação à oração anterior. / portanto merece minha gratidão. portanto deve trabalhar. “Entrando na faculdade.. Didatismo e Conhecimento 36 Venha agora ou perderá a vez. Raimundo é homem são. ora.. por uma conjunção coordenativa aditiva. a vontade. As pessoas não se mexiam nem falavam. Leve-lhe uma lembrança..LÍNGUA PORTUGUESA .” a partícula como expressa uma ideia de: a) causa b) explicação c) conclusão d) proporção e) comparação Resposta: E A conjunção como exercer a função comparativa. por uma conjunção coordenativa explicativa.” (Renato Inácio da Silva) “A louca ora o acariciava. Estudei bastante / mas não passei no teste. Ele me ajudou muito.Orações coordenadas sindéticas aditivas: e. que te abençôo. ou seja.. seja.. Relacione as orações coordenadas por meio de conjunções: a) Ouviu-se o som da bateria. 02. Quero desculpar-me. ou retirava-se logo.. Ele é teu pai: respeita-lhe.ou. mas aceitam-na. ora o rasgava freneticamente. mas não convence.Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto.Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas. porquanto. ou seja. quer. Os amplos bocejos ouvidos são comparados à força do marulhar das ondas. por uma conjunção coordenativa adversativa. porque... que não nasci ontem. mas até nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.” (Luís Jardim) .. Respostas: Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram. 03..As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm introduzidas por conjunção coordenativa.Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou. não só. Saí da escola / e fui à lanchonete. por isso. . todavia. contudo. pois arfava muito. por uma conjunção coordenativa alternativa. Em: “. quer. OCA OCS Explicativa Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa idéia de explicação. por uma conjunção coordenativa conclusiva.” (Cecília Meireles) Tens razão. A espada vence. pois a noite está fria. ou seja. . procurarei emprego”. oração sublinhada pode indicar uma ideia de: a) concessão b) oposição c) condição d) lugar e) consequência Resposta: C A condição necessária para procurar emprego é entrar na faculdade. ou seja.. Não consigo encontrá-los.. que ela aniversaria amanhã. nem. . c) Quero desculpar-me. ora.” (Fernando Sabino) O cavalo estava cansado.” (Érico Veríssimo) “Qualquer que seja a tua infância. 5. não balançava uma folha. portanto Resposta: B Por isso – conjunção conclusiva. Faço sempre.. Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica. a filha saiu. 4. (oração subordinada com função de objeto direto) Não pude sair / porque estava chovendo. para meu desânimo. No período “Penso. A água do mar ainda estava fria. 1. portanto. Resposta: Os dias já eram quentes. Dormiu mal. mas ao mesmo tempo extremamente representativos como população. 37 Didatismo e Conhecimento . usando conjunções adequadas. temos riqueza suficiente para distribuir. Porque – conjunção explicativa. os sonhos não o deixaram em paz. a) porque. mas. d) Sejamos francos. porém.. logo existo”. e) Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica. logo. os candidatos entregaram a prova. portanto.” (“Discurso de Semler aos empresários”. sendo. é capaz de descrever as personagens com detalhes. mas d) porém. subordinada a ela. Assinale a sequência de conjunções que estabelecem.. Assinalar a alternativa correspondente a este período: a) A frustração cresce e a desesperança não cede.Não caía um galho. Sejamos francos. Digamos. 3. todavia. pois.O fiscal deu o sinal. porque. porque. a segunda oração exerce uma certa função sintática em relação à primeira. um é composto por coordenação e contém uma oração coordenada sindética adversativa. Leu o livro. O que dizer sem resvalar para o pessimismo. . Reúna as três orações em um período composto por coordenação. “Vivemos mais uma grave crise. é ingenuidade imaginar que a vontade de distribuir renda passe pelo empobrecimento da elite. caiu. É também ocioso pensar que nós. que c) logo. Que – conjunção explicativa. Por definição. Correu demais. Quando um período é constituído de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da outra (principal).d.O filho chegou. (oração subordinada com função de adjunto adverbial de causa) Em todos esses períodos. Acabara o exame. . a crítica pungente ou a autoabsorvição. A matéria perece. Guarde seus pertences. mas a mãe nem notou. da tal elite. que.a Resposta: A 07. temos riqueza suficiente para distribuir. (objeto direto) Não pude sair por causa da chuva. oração em destaque é: a) coordenada sindética conclusiva b) coordenada sindética aditiva c) coordenada sindética alternativa d) coordenada sindética adversativa e) n. a soma do faturamento das nossas mil maiores e melhores empresas.. agora.. . Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação equilibrada precisa ter. Portanto – conjunção conclusiva. A frustração cresce e a desesperança não cede. As praias permaneciam desertas. oração coordenada que seja desprovida de conectivo é denominada assindética. Empresários empurrados à condição de liderança oficial se reúnem. 06. mas a água do mar ainda estava fria. Mas – conjunção adversativa. . pois. uma correta relação de sentido. Resposta E Período Composto por Subordinação Observe os termos destacados em cada uma destas orações: Vi uma cena triste. pois. III. mas o mesmo tempo extremamente representativos como população. porque. a alma é imortal. a crítica pungente ou a autoabsorvição? É da história do mundo que as elites nunca introduziram mudanças que favorecessem a sociedade como um todo. b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo.. a Mitsubishi e mais um pouquinho. II. (oração subordinada com função de adjunto adnominal) Todos querem / que você participe. substantivas e adjetivas. todavia. porque e) entretanto. podem servir mais tarde. por isso as praias permaneciam desertas. Folha de São Paulo) Dentre os períodos transcritos do texto acima. c) É também ocioso pensar que nós. Aliás.. Os dias já eram quentes. entre as orações de cada item. . 2. Nota-se que existe coordenação assindética em: a) I apenas b) II apenas c) III apenas d) I e III e) nenhum deles Resposta: D 08. como podemos transformar esses termos em orações com a mesma função sintática: Vi uma cena / que me entristeceu. e chego a um número menor do que o faturamento de apenas duas empresas japonesas. Observando os períodos seguintes: I. em eventos como este.. repetitiva dentro do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação. portanto.. para lamentar o estado de coisas. de tal elite. 05. As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem: adverbiais. logo. (adjunto adnominal) Todos querem sua participação. ele é classificado como período composto por subordinação.LÍNGUA PORTUGUESA 04.. (adjunto adverbial de causa) Veja. entretanto b) por isso. como sabemos. como no exemplo acima. Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. OP OSA Concessiva Admirava-o muito. tristezas não pagam dívidas. como (= porque). Ela saiu à noite / embora estivesse doente. Como diz o povo. .. Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. quando escurecia. OSA Proporcional OP . tanto como. Conjunções: como.” (Marquês de Maricá) Ela o atraía irresistivelmente.Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. sem. a menos que. caso a experiência tenha êxito.Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enunciado na oração principal. não o condenarias.: As orações comparativas nem sempre apresentam claramente o verbo. de maneira que pude prolongar minha viagem. como (= porque). todos o procuravam.” (Machado de Assis) (não deixasse = para que não deixasse) . “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de Andrade) A cápsula do satélite será recuperada. Conjunções: para que.LÍNGUA PORTUGUESA Orações Subordinadas Adverbiais As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal (OP).Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal. OP OSA Condicional Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos ofensores.. a fim de que. As notícias de casa eram boas. sempre que. Irei à sua casa / se não chover. visto que esteve doente. mal (=assim que). A chuva foi tão forte / que inundou a cidade. logo que. Conjunções: conforme. Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. .Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência à oração principal. OP OSA Causal O tambor soa porque é oco. pois que. OP OSA Final “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos. Conjunções: à medida que. contanto que. Cumpriremos nosso dever. (tão). que. Conjunções: embora. como (=conforme). os povos se levantam. desde que. que (combinado com menos ou mais). O jornal.” (Arlindo de Sousa) . Veiga) De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. enquanto. . OP OSA Comparativa A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro. ao passo que. que.Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com outro. Conjunções: porque.Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Conjunções: porque. que. ainda que. Se o conhecesses. tal qual. pois que. Ela é bonita / como a mãe. assim minha alma se abriu à luz daquele olhar. Por mais que gritasse. OP OSA Conformativa O homem age conforme pensa. quanto menos. embora (ou conquanto ou posto que ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. mesmo que. Como não me atendessem. “Lá pelas sete da noite. Não fui à escola / porque fiquei doente. Conjunções: se. apesar de. “Faltou à reunião. Como ele estava armado. em que está subentendido o verbo ser (como a mãe é).Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocorrência do que foi enunciado na principal. cria asas. OP OSA Temporal Didatismo e Conhecimento 38 Formiga.” (Marquês de Maricá) Enquanto foi rico. assim como. . assim que.” (José J. como o imã atrai o ferro. é um grande veículo de informação. OP OSA Consecutiva Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. ainda assim arriscou uma opinião.” (Machado de Assis) (que = para que) “Instara muito comigo não deixasse de freqüentar as recepções da mulher.Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração principal. visto que. por mais que. como. à proporção que. se bem que. quanto mais. ninguém ousou reagir. . São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa que as introduz: . não me ouviram. O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado. quando quer se perder. repreendi-os severamente. segundo. impedir sua realização. as casas se esvaziam. ainda que (ou mesmo quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem. Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. no entanto. tal como. . depois que. “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos. a não ser que.” (Marquês de Maricá) Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.” (Carlos Povina Cavalcânti) “Quando os tiranos caem. Embora não possuísse informações seguras. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia. visto que. Obs. “Fiz-lhe sinal que se calasse. porque (=para que). Como a flor se abre ao Sol.Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal. Conjunções: quando. : É certo que ele voltará amanhã. Não sou quem você pensa. vindo sempre depois do verbo ser.depois de expressões na voz passiva. Exemplos: Não sei quando ele chegou. como. é certo.) Aconselha-o a que trabalhe mais. Podem vir. OP OSS Apositiva Só desejo uma coisa: que vivam felizes. tais como quando. Observe como podemos transformar um adjunto adnominal em oração subordinada adjetiva: Desejamos uma paz duradoura. OP OSS Objetiva Direta O mestre exigia que todos estivessem presentes.Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É aquela que exerce a função de complemento nominal de um termo da oração principal. . . OP OSS Predicativa Seu receio era que chovesse. as orações substantivas podem ser introduzidas por outros conectivos. (complemento nominal) Estou convencido / de que ele é inocente. Ex. (= Sua colaboração é necessária.) Mariana esperou que o marido voltasse.” (Graciliano Ramos) . constar.Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. Importa que saibas isso bem. Orações Subordinadas Substantivas As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas que. exercem funções sintáticas próprias de substantivos. Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício do país.) Parece que a situação melhorou.Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. ao passo que os preços sobem. Daremos o prêmio a quem o merecer. Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. Sê grato a quem te ensina.depois de um verbo de ligação + predicativo.depois de verbos como convir.) Minha esperança era que ele desistisse. Observe: O importante é sua felicidade. Observe: Estou convencido de sua inocência.Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal. etc. mais se aprende. num período. tornou-se realidade. (oração subordinada adjetiva) 39 Didatismo e Conhecimento . (objeto direto) O grupo quer / que você ajude.Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. que o filho recuperasse a saúde. como sabe-se. Observação: Além das conjunções integrantes que e se. etc. Aconteceu que não o encontrei em casa. É necessário que você colabore. Ex. vai diminuindo. (objeto indireto) Necessito / de que você me ajude. urgir. Lembre-se de que a vida é breve. . À proporção que avançávamos. cumprir. (sujeito) É importante / que você colabore.. Observe: É importante sua colaboração. O fiscal verificou se tudo estava em ordem. (= Não me oponho à sua viagem. (= Sou favorável à prisão dele. Ex. diz-se. Elas podem ser: . (Só desejo uma coisa: a sua felicidade) Só lhe peço isto: honre o nosso nome. quanto. OP OSS Objetiva Indireta Não me oponho a que você viaje. . “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de que virias a morrer. etc. ocorrer. também. O valor do salário. geralmente são introduzidas pelas conjunções integrantes que e se. .Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. (= O mestre exigia a presença de todos.LÍNGUA PORTUGUESA À medida que se vive. (Seu receio era a chuva. Exemplo: Seu desejo. Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. entre vírgulas. as casas iam rareando. é conveniente. “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo. é útil. (adjunto adnominal) Desejamos uma paz / que dure. (predicativo) O importante é / que você seja feliz.: Sabe-se que ele saiu da cidade. Orações Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal. quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos das conjunções que ou se. em construções do tipo é bom. . essa proposta traz algum motivo oculto?” (Machado de Assis) As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois-pontos. Observe: O grupo quer a sua ajuda. Diga-me como resolver esse problema. (aposto) Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do país. OP OSS Subjetiva A oração subjetiva geralmente vem: ..: Convém que todos participem da reunião.” (Osmã Lins) “Mas diga-me uma cousa. conta-se. Observe: Necessito de sua ajuda. OP OSS Completiva Nominal Sou favorável a que o prendam. intercaladas à oração principal.) Estava ansioso por que voltasses. Exemplos: Preciso terminar este exercício. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra. esclarecendo um pouco mais seu sentido. porque seus olhos estão vermelhos. que é nosso pai. já que ambas podem ser iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a diferença entre explicativas e causais. que é efeito. indicando que o público não aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar. que nasceu rico. orações reduzidas que não são passíveis de desenvolvimento. / telefone-me.Acabado o treino. Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas escreveram. cujo. O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. Ele tem amor às plantas. / os jogadores foram para o vestiário. OSA Condicional Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial condicional. encontrei o professor de inglês.Precisando de ajuda. Quando entrei na escola.Uma oração coordenada também pode vir sob a forma reduzida. (gerúndio) . reduzida de infinitivo. Além desse tipo de orações subordinadas há outras que se apresentam com o verbo numa das formas nominais (infinitivo. qual. A oração reduzida terá a mesma classificação da oração desenvolvida. nos salvará. Valério. Se precisar de ajuda. Rosa chorou. / encontrei o professor de inglês.) e podem ser classificadas em: . Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas e as orações subordinadas causais. o que não acontece com a oração adverbial causal. Note-se também que há pausa (vírgula. O período agora é composto por coordenação. conforme o caso. os jogadores foram para o vestiário. telefone-me. poderá ser assaltado. Orações Reduzidas Observe que as orações subordinadas eram sempre introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do subjuntivo. Observações: . (infinitivo) .Ao entrar nas escola.” (Olegário Mariano) . OP OSA Explicativa OP Deus. Essa casa foi construída por meu pai. Não existe aí relação de causa e efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela ter chorado. Pedra que rola não cria limo. Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto. mas sem restringi-lo ou especificá-lo. o gerúndio e o particípio não constituem orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. / lançou um novo livro. etc. Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por coordenação. Para classificar a oração que está sob a forma reduzida. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa cidade. reduzida de particípio. mas como o próprio nome indica. reduzida de gerúndio. Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal. na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é. Exemplo: O homem fechou a porta. visto que a surra foi sem dúvida a causa do choro. que passe por ali à noite.O infinitivo. a oração que ganhou o 1º lugar especifica o sentido do substantivo cantor. Ao entrar na escola. que cultiva com carinho. OSA Temporal Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal. Exemplo: O escritor Jorge Amado. Acabado o treino. Os animais que se alimentam de carne chamam-se carnívoros.Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se referem. Alguém.Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem.Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de desenvolvimento. Assim que acabou o treino. OP OSA Comparativa SA Condicional 40 Didatismo e Conhecimento . telefone-me. OSA Temporal Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal. . muitas vezes. / que mora na Bahia. “Há saudades que a gente nunca esquece. (oração coordenada sindética aditiva) Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de gerúndio. Ele está jantando na sala. gerúndio e particípio). . encontrei o professor de inglês. que traz o efeito. (particípio) As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das formas nominais são chamadas de reduzidas. quem. OP OSA Restritiva Nesse exemplo. isto é. Exemplos: . acabou na miséria. Exemplo: O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. Precisando de ajuda. saindo depressa de casa. imperativa.LÍNGUA PORTUGUESA As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por um pronome relativo (que . pois a oração iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou na coordena anterior. as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na oração principal. os jogadores foram para o vestiário. Há casos também de orações reduzidas fixas. devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo. objetiva direta e) predicativa. os verbos estão agrupados em três conjugações: 1ª conjugação – ar: cantar. d) Precisa-se de operários. No seguinte grupo de orações destacadas: 1. adverbial temporal. entramos na escola. b) Não lhe tocara no assunto. mudança de estado. orações subordinadas adjetivas. e) Era difícil para o ladrão procurar os engenhos da várzea. dispor. passado e futuro) e apresenta voz (ativa. orações subordinadas adverbiais comparativas 08. subjetiva. Em todos os períodos há orações subordinadas substantivas. objetiva indireta 05. a oração “para cortar” em relação a “não bate” . pelo respeito. d) O oficial perguntou de onde vinha. impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem latina poer. exceto em: a) O fato era que a escravatura do Santa Fé não andava nas festas do Pilar. 06. infinitivo e particípio). orações subordinadas adverbiais comparativas c) agentes da passiva. Chegados que fomos. É bom que você venha. objetiva direta. rir. Não esqueças que é falível. adverbial temporal d) subjetiva. compor. adverbial temporal. Na passagem: “O receio é substituído pelo pavor. formas nominais: gerúndio. De acordo com a vogal temática. e se não sabia notícias de Antônio Silvino. A palavra “se” é conjunção integrante (por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações seguintes? a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão. fenômenos da natureza. A segunda oração do período? “Não sei no que pensas” . depor. faria o mesmo com o engenho que ele fundara com o suor de seu rosto. coordenadas entre si d) objetos diretos. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na realidade. subjuntivo e imperativo. pessoa (primeira. correr. pela emoção que emudece e paralisa. pular. movimento. 41 Didatismo e Conhecimento . passiva. e) Não sei se o vinho está bom. respectivamente: a) objetiva direta. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe”. “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. coordenadas entre si e) objetos indiretos. segunda e terceira). é classificada como: a) substantiva objetiva direta b) substantiva completiva nominal c) adjetiva restritiva d) coordenada explicativa e) substantiva objetiva indireta 03. não há uma atitude inventada. c) Um dia aquele Lula faria o mesmo com a sua filha. “Na ‘Partida Monção’. coordenadas entre si b) adjuntos adnominais. Temos orações subordinadas. dançar. subjetiva b) subjetiva. é: a) a causa b) o modo c) a consequência d) a explicação e) a finalidade 09. a oração grifada é: a) substantiva subjetiva b) substantiva objetiva direta c) substantiva completiva nominal d) substantiva apositiva e) adjetiva restritiva Respostas: (01-B) (02-E) (03-A) (04-D) (05-E) (06-B) (07-C) (08-E) (09-C) (10-E) Verbo Verbo é a palavra que indica ação. reflexiva). c) O aluno fez-se passar por doutor. 3. não vivia no coco como a do Santa Rosa. 2ª conjugação – er: beber. objetiva direta. orações subordinadas adverbiais concessivas.” A oração sublinhada é: a) subordinada substantiva completiva nominal b) subordinada substantiva objetiva indireta c) subordinada substantiva predicativa d) subordinada substantiva subjetiva e) subordinada substantiva objetiva direta 07. orações subordinadas adjetivas. ou meter-se para os lados de Goiana 10. 3ª conjugação – ir: partir. b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. objetiva direta c) objetiva direta. mas teve vontade de tomar o trem e ir valer-se do presidente. Neste período “não bate para cortar” . Flexiona-se em número (singular e plural).” Os termos sublinhados são: a) complementos nominais. a oração destacada é: a) subordinada substantiva objetiva indireta b) subordinada substantiva completiva nominal c) subordinada substantiva predicativa d) coordenada sindética conclusiva e) coordenada sindética explicativa 02. estado. entreter. O verbo pôr e seus derivados (repor. 2. Em .“Há enganos que nos deleitam”. modo (indicativo.LÍNGUA PORTUGUESA Exercícios 01.” A oração sublinhada é: a) adverbial conformativa b) adjetiva c) adverbial consecutiva d) adverbial proporcional e) adverbial causal 04. tempo (presente. abrir. uma vontade. Para expressar um fato que ocorre com frequência. dançarias. chorei. dançais. dançávamos. dançaríeis.Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza. ou seja. dançaram. dançam. Quando o vir. . 2ª conjugação: e. comias. comiam. Ex: Estou feliz hoje. dançava. esper é o radical do verbo esperar.Futuro do Presente: Na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala. brincar. comeis. Pretérito Imperfeito: dançava. tu pega. tu pegas.Futuro do Pretérito: Para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado. dançaremos. . 2ª Conjugação: -ER Presente: como. imperfeito e mais que perfeito. pulei.. dançara. pode já ter ocorrido ou não. .. Eu cantava muito bem. 3ª conjugação: i. . dançáramos. Se não houver a vogal temática. cont é o radical do verbo contar. . Indica uma ordem. . inodora.Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem. usam o pronome tu de forma diferente da fala culta. brinc é o radical do verbo brincar. esperar. Lourdes. dançou. Ex: Cantarei domingo no coro da igreja matriz. nota-se que há uma parte que não muda. uma súplica. Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal temática: contar: -cont (radical) + a (vogal temática) = tema. . dança.vós estudais – 2ª pessoa do singular. Ex: A água é incolor. pretérito perfeito. exigida pela gramática oficial. dançamos. . pretérito imperfeito e futuro. desinências modo temporais e número pessoa.LÍNGUA PORTUGUESA Elementos Estruturais do Verbo: As formas verbais apresentam três elementos em sua estrutura: Radical. .Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza. O subjuntivo expressa uma incerteza.Presente do Indicativo: Para enunciar um fato momentâneo. Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual conjugação pertence o verbo. Flexionando esses verbos. dançavam. Observe as formas verbais da 1ª conjugação: contar. . hipótese. uma solicitação. dançaríamos. comestes. dançará. Essas três possibilidades básicas. Se tiramos as terminações ar. Ex: Eu almoço todos os dias na casa de minha mãe. dançarão. Vogal Temática e Tema. Os pronomes: você. ou ao tema. mas não únicas. Apresenta presente. desinências número pessoais. come.tu estudas – 2ª pessoa do singular. 42 Didatismo e Conhecimento . comíamos. er. comia. um desejo. Na indicação de ações ou estados permanentes. Ex: Nós comíamos pastel na feira. danças. dançariam. tu foi. Ex: Cantei. tu tem.Pretérito Perfeito: É usado na indicação de um fato passado concluído. são: presente. futuro do presente e futuro do pretérito. dê lembranças minhas. insípida. pode estar em plena ocorrência. Desinências: são elementos que se juntam ao radical. O pronome vós aparece somente em textos literários ou bíblicos. dançáveis. um pedido. dançamos. dançaste. .ele estuda – 3ª pessoa do singular. Apresenta presente. possibilidade. Futuro do Pretérito: dançaria. . ir do infinitivo dos verbos. verdades universais. dançarás. Há três vogais temáticas: 1ª conjugação: a. Futuro do Presente: dançarei. dormi. Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara.eu estudo – 1ª pessoa do singular. Pretérito Imperfeito: comia.nós estudamos – 1ª pessoa do plural. Se tivesse dinheiro compraria um carro zero. e que nela está o significado real do verbo. que levam o verbo na 3ª pessoa. não concluído. exprime uma possibilidade. precisão: o fato é ou foi uma realidade.Flexão de tempo e de modo – os tempos situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento. o tema será apenas o radical: contei = cont ei. comem. Ex: Nós cantáramos no congresso de música. Ex: Compraria um carro se tivesse dinheiro 1ª conjugação: -AR Presente: danço. tu tens. dançastes. comemos. comíeis. comemos. comes. Também podemos antepor prefixos ao radical: des nutr ir / re conduz ir. comeu. Pretérito Perfeito: dancei. em vez de: tu fostes. comeste.eles estudam – 3ª pessoa do plural. dancei. dançaria. dançavas. Apresenta imperativo afirmativo e imperativo negativo Emprego dos Tempos do Indicativo . Ex: Tenha paciência. dançaras. de dúvida. futuro. pretérito. Contávamos Cont = radical a = vogal temática va = desinência modo temporal mos = desinência número pessoal Flexões Verbais: Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar o número e a pessoa. . vocês. dúvida. teremos o radical desses verbos. Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o significado essencial do verbo. comeram. O modo indica as diversas atitudes do falante com relação ao fato que enuncia. . é o mais usado no Brasil. dançáreis. .Algumas regiões do Brasil.Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado. dançaram. Pretérito Perfeito: comi.Pretérito Imperfeito: Para expressar um fato passado. São três os modos: . para indicar as flexões de modo e tempo. dançareis. quando ele comer. Presente do Indicativo: eu amo. partiremos. que tu ames. que nós comamos. que vós partais. comeremos. nós amamos. partiriam. Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal. Era preciso ter lido este livro. Futuro do Presente: partirei. amai vós. se ele dançasse. se vós partísseis. É indispensável combater a corrupção. comeram. que vós comais. que eles amem. se ele partisse. Emprego do Imperativo Imperativo Afirmativo: . . quando eles comerem.O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”. será generosamente gratificado. quando ele partir. que tu ames. isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido. Didatismo e Conhecimento 43 Futuro: quando eu partir. Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético. não ame você. Pretérito Imperfeito: se eu comesse. . partiríeis. que tu dances. se eles dançassem. embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo impessoal). Emprego dos Tempos do Subjuntivo Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou duvidoso. partimos. se vós dançásseis. partistes. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago. quando tu comeres. comerias. (1ª pessoa). que ele ame. Para ler melhor. considera-se apenas o processo verbal. partirias. . recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase. comerão. Imperativo Negativo: . comereis. que vós ameis. se eles partissem. se ele comesse. partireis. quando eles dançarem. Além dos três modos citados. não amemos nós. vós amais. partiste. comêreis. 3ª conjugação – IR Presente: que eu parta. voltaria à universidade.LÍNGUA PORTUGUESA Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera. e sua forma é invariável. Futuro: quando eu comer. comeríeis. gerúndio e particípio. 1ª Conjugação –AR Presente: que eu dance. Por exemplo: É preciso ler este livro. 3ª Conjugação: -IR Presente: parto. (= vida é luta). que vós ameis. Que surjam novos e honestos políticos. ela usa estes óculos. Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma condição ou hipótese: Se recebesse o prêmio. quando vós dançardes.O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo. partimos. amem vocês. que eles partam. Futuro do Presente: comerei. partiram. comerá. à suposição: Duvido de que apurem os fatos. apresenta desinências de número e pessoa. tu amas. Futuro do Pretérito: partiria. Futuro do Pretérito: comeria. partiria.Não retira os “s” do tu e do vós. que ele coma. se tu comesses. partis. (= combate à) O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Pretérito Imperfeito: partia. quando nós comermos. Por exemplo: Amar é sofrer. Pretérito Imperfeito: se eu partisse. partirão. se nós dançássemos. comeriam. ame você. eles amam. quando vós partirdes. Por exemplo: Para ler melhor. . (3ª pessoa) As regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). não relacionado a nenhuma pessoa. não ameis vós. comeria.É formado através do presente do subjuntivo sem a primeira pessoa do singular. ama tu. Por exemplo: Viver é lutar. Presente do subjuntivo: que eu ame. partíamos. partiram. se nós comêssemos. Imperativo afirmativo: (X). comerás. partíreis. que eles comam. partiras. se tu partisses. partirá. . partiam. que vós danceis. Presente do Subjuntivo: que eu ame. que tu comas. partem. quando vós comerdes. comeríamos. que nós partamos. que ele ame. pode ou não acontecer. Pretérito Perfeito: parti. amemos nós. partíeis. partiu. 2ª Conjugação -ER Presente: que eu coma. quando tu dançares. Pretérito Imperfeito: se eu dançasse. que nós amemos. partiríamos.É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do subjuntivo. comeras. por sua vez. e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado. se vós comêsseis. O infinitivo pessoal. eu uso estes óculos. Infinitivo Impessoal: Exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido. ele ama. comera. não ames tu. partia. que eles amem. Imperativo negativo: (X). podendo ter valor e função de substantivo. parte. partias. não amem vocês. que nós amemos. quando nós dançarmos. que ele parta. quando tu partires. partirás. comêramos. muitas vezes ligados ao desejo.Não apresenta a primeira pessoa do singular. se nós partíssemos. quando eles partirem. que nós dancemos. Assim. partíramos. se eles comessem. os verbos apresentam ainda as formas nominais: infinitivo – impessoal e pessoal. Futuro: quando eu dançar. que eles dancem. quando ele dançar. que tu partas. se tu dançasses. que ele dance. quando nós partirmos. partira. Quando/Se você fizer o trabalho. partes. Observe que. Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira. Por exemplo: .O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo. contudo. já estão condenadas à fome muitas crianças.Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação. Por exemplo: Querer é poder. “ouvir”. Quando o infinitivo preposicionado. Ex. .Pediu para que Carlos entrasse (errado). enferrujem.). Temos de agir assim para nos promoverem.Vamos pensar no seu caso. . viajasses.. No entanto. Por exemplo: Faço isso para não me acharem inútil.: terem (eles) Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo. enferrujarão. Nas locuções verbais. enferrujaria. O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: . (Lembre. estaremos sempre dispostos. nas demais. . .Quando tiver o valor de Imperativo. deve-se também deixar o infinitivo sem flexão. Por exemplo: Eram pessoas difíceis de serem contentadas. . marchar! (= Marchai!) .Antes de nascerem. Aqueles remédios são ruins de serem tomados. Por exemplo: Vi-os entrar atrasados.: teres (tu) 1ª pessoa do plural: Radical + mos. na voz passiva dos verbos “contentar”. O guarda fez sinal para os motoristas pararem. . que o substantivo ferrugem é grafado com “g”. Com os verbos causativos “deixar”. Por exemplo: Enferrujar: enferrujou. Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal. Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo. Infinitivo Pessoal: É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Mandei as meninas olharem-se no espelho. Por exemplo: O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova. enferrujassem.Pediu para Carlos entrar (errado). adjetivo ou verbo da oração anterior. “sentir” e sinônimos. Perdôo-te por me traíres. Por exemplo: eu dirijo/ eu ajo . que se revela.Foram dois amigos à casa de outro. assumindo a mesma forma do impessoal. O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial. genérica. etc.Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo. Por exemplo: Eles não têm o direito de gritar assim. Fumar prejudica a saúde. pede-se o emprego do pronome pessoal “eu”. etc. viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo. não apresenta desinências. É inadequado o emprego da preposição “para” antes dos objetos diretos de verbos como “pedir”.Para estudarmos. Por exemplo: Vi os alunos abraçarem-se alegremente. Ex. . pode ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. Neste . o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser flexionado.Eles foram condenados a pagar pesadas multas. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior. flexionando-se. Didatismo e Conhecimento 44 Em orações como “Esta carta é para mim!”. Por exemplo: Soldados. Outros exemplos: . Quando “parecer” é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir.Esta salada é para eu comer? . por exemplo.LÍNGUA PORTUGUESA O Infinitivo Impessoal é usado: . Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos. Ex. sem se referir a um sujeito determinado. . Convém vocês irem primeiro. . .Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural). esse “j” aparecerá em todas as outras formas. como na oração “Este trabalho é para eu fazer”.Ela me deu um relógio para eu consertar.Tenho ainda alguns livros por (para) publicar. .Devemos sorrir ao invés de chorar. não confundir com o substantivo viagem) viajarão. . como em “dirigir” e “agir” este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. viajaria. Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza. “mandar” e “fazer” e seus sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue.Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso.Quando apresenta uma ideia vaga. Por exemplo: Se tu não perceberes isto.Pediu que Carlos entrasse (correto). a preposição está ligada somente ao pronome.Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal. a fim de jogarem futebol.. Por exemplo: . sujeito implícito = nós). Ex. Ouvi-as dizer que não iriam à festa. . Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta. . . .Na esperança de sermos atendidos. ou não. que deve se apresentar oblíquo tônico. Viajar: viajou. É proibido colar cartazes neste muro.Eles não podiam reclamar do colégio. flexiona-se da seguinte maneira: 2ª pessoa do singular: Radical + ES.Quando o verbo tem o infinitivo com “g”. Com os verbos sensitivos “ver”. Como se pode observar. neste caso. “tomar” e “ouvir”. “dizer”. preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente).Queremos acordar bem cedo amanhã. isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal. Na 1ª e 3ª pessoas do singular.: terdes (vós) 3ª pessoa do plural: Radical + em. Elas parece mentirem.Aquele exercício era para eu corrigir.. As meninas foram impedidas de participar do jogo. muito lhe agradecemos. como sujeito. Por exemplo: .Se o infinitivo de um verbo for escrito com “j”.: termos (nós) 2ª pessoa do plural: Radical + dês. . Eu os convenci a aceitar. Por exemplo: Deixei-os sair cedo hoje. “falar” e sinônimos. eles são. aprenderás o valor do dinheiro. ele seria. ele fora. 2ª Conjugação –ER Infinitivo Impessoal: comer. aprendeu o valor do dinheiro. ele estaria. os candidatos saíram. eles estiveram. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse sido. 1ª Conjugação –AR Infinitivo Impessoal: dançar. se nós fôssemos. Gerúndio: dançando. tu estavas. que vós estejais. nós éramos. comerem eles. quando vós fordes. tu estás. Pretérito Imperfeito: se eu estivesse. dançardes vós. vós sois. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu estivera. comermos nós. Pretérito Perfeito Composto: tenho sido. tu foste. quando eles forem. não sejamos nós. por ser ele. nós estaríamos. Futuro do Presente: eu serei. o gerúndio expressa uma ação em curso. Particípio: dançado. Mais-que-perfeito simples: eu fora. sejamos nós. Nas ruas. Pretérito Perfeito Simples: eu fui. Imperativo Negativo: não sejas tu. comer ele. Haver Ser Modo Indicativo Presente: eu sou. Infinitivo Pessoal: dançar eu.LÍNGUA PORTUGUESA exemplo ocorre. quando eles estiverem. quando tu estiveres. se vós estivésseis. tu estarias. quando vós estiverdes. quando ele estiver. eles eram. Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. não sejais vós. 3ª Conjugação –IR Infinitivo Impessoal: partir. Infinitivo pessoal: partir eu. eles serão. Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: sê tu. quando nós estivermos. vós estaríeis. assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). dançarmos nós. Futuro do Pretérito simples: eu seria. Futuro do Pretérito Simples: eu estaria. Particípio: partido. ele esteve. Futuro Composto: tiver sido. tu estiveste. partires tu. uma ação concluída. por seres tu. por serdes vós. ele estava. não sejam eles. se vós fôsseis. Gerúndio: partindo. ele estará. “Parece” é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “elas mentirem”. vós seríeis. que ele esteja. nós estivéramos. eles estão. vós estivéreis. eles seriam. vós fôreis. que eles sejam. vós fostes. se eles estivessem. tu serás. Futuro do Pretérito Composto: teria estado. vós estáveis. Modo Subjuntivo Presente: que eu seja. que tu sejas. partir ele.” Gerúndio: O gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. eles estavam. ele é. quando ele for. ele foi. encontrei alguns amigos. comeres tu. que vós sejais. ele estivera. Particípio: comido. Como desdobramento dessa reduzida. nós seríamos. vós éreis. partirmos nós. quando nós formos. vós estais. ele está. que nós estejamos. dançar ele. havia crianças vendendo doces. Pretérito Perfeito Composto: tenho estado. . dançarem eles. podemos ter a oração “Parece que elas mentem. eles foram. (função adjetivo) Na forma simples. tu estarás. Por exemplo: Saindo de casa. Pretérito Imperfeito: se eu fosse. o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada. partirdes vós. Futuro do Presente Composto: terei estado. comerdes vós. Por exemplo: Terminados os exames. tu eras. que ele seja. se nós estivéssemos. sede vós. tu estiveras. Estar. Pretérito Mais-que-perfeito Composto: tinha estado Futuro do Presente Simples: eu estarei. vós estareis. nós estaremos. vós sereis. Futuro do Pretérito Composto: terei sido. Infinitivo pessoal: comer eu. Quando o particípio exprime somente estado. Pretérito Imperfeito: eu era. flexionando-se em gênero. dançares tu. se ele estivesse. Verbos Auxiliares: Ser. partirem eles. seja ele. que tu estejas. se eles fossem. Tendo trabalhado. número e grau. Gerúndio: comendo. tu foras. na forma composta. Futuro do Pretérito Composto: Teria sido. eles estariam. Pretérito Perfeito Simples: eu estive. ele será. tu serias. Ter. tu és. Infinitivo Pessoal: por ser eu. ele era. Futuro Simples: quando eu for. nós estamos. por serem eles. por sermos nós. quando tu fores. sejam eles. (função de advérbio). se tu fosses. um período composto. na verdade. nós estávamos. Por exemplo: Trabalhando. que nós sejamos. eles estarão. se ele fosse. eles foram. Futuro Composto: Tiver estado. Particípio: Quando não é empregado na formação dos tempos compostos. que eles estejam. Modo Subjuntivo Presente: que eu esteja. nós seremos. se tu estivesses. Didatismo e Conhecimento 45 Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha sido. nós fomos. Pretérito Imperfeito: eu estava. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse estado Futuro Simples: quando eu estiver. nós somos. sem nenhuma relação temporal. vós estivestes. nós estivemos. eles estiveram. Formas Nominais Infinitivo: ser Gerúndio: sendo Particípio: sido Estar Modo Indicativo Presente: eu estou. não seja ele. nós fôramos. por estarem eles. eles terão. Comera. Amaria. que vós hajais. quando tu houveres. eles teriam. Imperativo Negativo: não estejas tu. ele havia. tu houveras. ele haveria. Comerei. Amarei. Futuro do Presente Simples: eu haverei. quando vós houverdes. por haverdes vós. não tenham eles. Partira. estejamos nós. eles têm. por estares tu. tu haverás. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse havido. Modo Subjuntivo Presente: que eu haja. Futuro do Pretérito Simples: eu teria. por estar ele. vós tendes. Pretérito Imperfeito: se eu houvesse. nós havíamos. quando tu tiveres. Didatismo e Conhecimento 46 . Verbos Irregulares: São os verbos que sofrem modificações no radical ou em suas desinências. não hajamos nós. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu tivera. não hajam eles. que tu tenhas. nós haveríamos. nós teremos. Modo Subjuntivo Presente: que eu tenha. Pretérito Perfeito Simples: eu tive. hajamos nós. ele tem. quando nós houvermos. Pretérito Perfeito Composto: tenho tido. se vós tivésseis. estejam eles. por haveres tu. Futuro do Presente: terei tido. Coma. Pretérito Perfeito Composto: tenho havido. eles houveram. Parta. Pretérito Imperfeito: eu havia. tende vós. por ter ele. por teres tu. nós houvéramos. Futuro: quando eu tiver. Formas Nominais Infinitivo: estar Gerúndio: estando Particípio: estado Ter Modo Indicativo Presente: eu tenho. quando ele tiver. que tu hajas. tu havias. estai vós. Comi. que ele tenha. se vós houvésseis. ele houvera. vós tivéreis. se tu tivesses. Pretérito Imperfeito: eu tinha. que eles tenham. vós haveis. tu tinhas. que nós tenhamos. não tenhamos nós. Futuro Simples: quando eu houver. tu tens. por havermos nós. Futuro do Presente Simples: eu terei. tenhamos nós. vós houvéreis. hajam eles. Infinitivo Pessoal: por haver eu. ele tivera. se nós tivéssemos. Pretérito Imperfeito: se eu tivesse. eles tinham. tu terias. que nós hajamos. não esteja ele. tu hás. eles hão. Partia. vós havereis. vós havíeis. vós teríeis. tenham eles. eles tiveram. não haja ele. Ame. Formas Nominais Infinitivo: ter Gerúndio: tendo Particípio: tido Haver Modo Indicativo Presente: eu hei. Futuro do Pretérito Simples: eu haveria. Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: haja ele. Formas Nominais Infinitivo: haver Gerúndio: havendo Particípio: havido Verbos Regulares: Não sofrem modificação no radical durante toda conjugação (em todos os modos) e as desinências seguem as do verbo paradigma (verbo modelo) Amar: (radical: am) Amo. que ele haja. nós tínhamos. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tinha tido.LÍNGUA PORTUGUESA Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: está tu. eles haverão. ele há. nós tivemos. Futuro do Presente Composto: terei havido. Partirei. vós haveríeis. quando vós tiverdes. Futuro do Pretérito composto: teria tido. nós temos. tu haverias. tu tiveste. eles haviam. Comesse. Imperativo Negativo: não tenhas tu. Partir: (radical: part) Parto. havei vós. que eles hajam. quando eles tiverem. Comeria. vós houvestes. Comer. não hajais vós. quando eles houverem. não tenhais vós. por estarmos nós. Amasse. vós tínheis. se nós houvéssemos. não tenha ele. se eles tivessem. eles houveram. Comer: (radical: com) Como. por estardes vós. quando nós tivermos. nós teríamos. tu houveste. quando ele houver. não estejamos nós. se tu houvesses. se ele tivesse. ele teria. Amava. Futuro do Pretérito Composto: teria havido. ele terá. nós houvemos. tenha ele. se ele houvesse. por haver ele. Partiria. Comia. não estejais vós. ele haverá. ele teve. que vós tenhais. tu terás. Futuro Composto: tiver tido. ele houve. por terem eles. vós tivestes. Pretérito Mais-que-Prefeito Composto: tinha havido. Futuro Composto: tiver havido. por termos nós. Partir. Parti. por haverem eles. tu tiveras. Amara. se eles houvessem. Pretérito Mais-que-Perfeito Composto: tivesse tido. por terdes vós. Amei. Partisse. eles tiveram. nós havemos. Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: tem tu. eles haveriam. Pretérito Mais-que-Perfeito Simples: eu houvera. nós haveremos. Imperativo Negativo: não hajas tu. nós tivéramos. Infinitivo Pessoal: por ter eu. Infinitivo Pessoal: por estar eu. Amar. Pretérito Perfeito Simples: eu houve. vós tereis. ele tinha. esteja ele. não estejam eles. Aceso. agredia. Por exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente. irem eles. Ex: Eu me despedi de mamãe e parti sem olhar para o passado. der Caber: caibo. vós ireis. dera. . Por exemplo: Para você ter comprado esse carro. agredisse. necessitou de muito dinheiro 47 vão. Particípio Regular: Aceitado.Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio.Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio. eles foram. agredir. aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado. agrediria. não vamos nós. eles iam. Expelir. irmos nós. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi. quando conheci Magali.Futuro do Presente Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no particípio. . vós ides. tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Desenvolto.Infinitivo Pessoal Composto: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio. Infinitivo Pessoal: ir eu. vós fostes. dava. indicando ação passada em relação ao momento da fala. Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. no segundo. . eu já terei partido. vá ele. Expelido. tu vais. quando eles forem. telefonarei a Manuel. ele foi. dei. vós iríeis. . agredira. Por exemplo: Quando você tiver terminado sua série de exercícios. Não têm todos os modos. nós iríamos. Acender. geralmente de particípio. tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. agredi. ele ia. agrida. Formas Nominais: Infinitivo: ir Gerúndio: indo Particípio: ido Verbos Defectivos: São aqueles que possuem um defeito. eles Tempos Compostos: São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal. quando ele for. dê.Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no particípio. agredirei. já terei telefonado a Manuel. teria aprendido. não vá ele. Por exemplo: Eu já tinha estudado no Maxi. tu foras. se não me tivesse mudado de cidade. Ser. qualquer verbo no particípio. caiba. eles foram. No primeiro caso. irdes vós. Agredir: agrido. que ele vá. Assim. quando nós formos. Emergir. tu irias. para conseguir a aprovação. vós íeis. praticar a minha. Anexado. tu irás. se não me tivesse mudado de cidade. não vão eles. se tu fosses. telefonarei a Manuel. quando o dia amanhecer. Pretérito Imperfeito: se eu fosse. se nós fôssemos. desse. ele vai. ele fora. . nós fôramos. que vós vades. cabia. Emergido. Perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. Por exemplo: Espero que você tenha estudado o suficiente. eles irão. Futuro do Presente: eu irei. Emerso. Futuro do Pretérito: eu iria. Pretérito Imperfeito: eu ia. ir ele. primeiro praticarei a minha. quando vós fordes.Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio. caberia. ide vós. Expulso. Futuro: quando eu for. Anexar. São eles: . vamos nós. Ir Ir Modo Indicativo Presente: eu vou. Desenvolvido.Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio. tu foste. Quando você chegar à minha casa. Verbos Abundantes: “São os verbos que têm duas ou mais formas equivalentes. Desenvolver. Particípio Irregular: Aceito. daria. Anexo. darei.Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio. eu caminharei 6 Km. Por exemplo: Amanhã. ele iria. caberei. Modo Imperativo Imperativo Afirmativo: vai tu. esperarei “você” praticar a sua ação para.LÍNGUA PORTUGUESA Dar: dou. Didatismo e Conhecimento . indicando fato que tem ocorrido com freqüência ultimamente. Modo Subjuntivo Presente: que eu vá. Pretérito Perfeito: eu fui. couber. coube. já terei telefonado a Manuel. Veja os exemplos: Quando você chegar à minha casa. que eles vão. se vós fôsseis. Acendido. . observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir: Quando você tiver terminado o trabalho. que tu vás. eles iriam. tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo. Anômalos: São aqueles que têm uma anomalia no radical. nós íamos.” (Sacconi) Infinitivo: Aceitar. tu ias. vão eles. tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo simples. . coubera. se eles fossem. Verbo Pronominal: É aquele que é conjugado com o pronome oblíquo. que nós vamos. A frase Se eu estudasse. nós iremos. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi. Imperativo Negativo: não vás tu. nós vamos. Pretérito Mais-que-Perfeito: eu fora. Por isso o uso do advérbio “já”. indicando desejo de que algo já tenha ocorrido. ele irá. quando tu fores. vós fôreis. ires tu. nós fomos. depois. coubesse. não vades vós. tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. se ele fosse. tempos ou pessoas. Quando você tiver terminado o trabalho. . revês.se precaveu . a gente do ofício ficaria exultante. ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS.não percais vós Didatismo e Conhecimento 48 07.. ou. talvez . vê-la. mas não . .. e) Por não se cumprirem as cláusulas propostas. ver-vos.. b) Ele antevira o desastre. d) Eu não intervi na contenda porque não pude. Pontuação Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada. vê-lo. pagarei a dívida.. quando menos....... e) Ainda hoje requero o atestado de bons antecedentes. a festa terá ares aristocráticos.. b) Se a testemunha depor favoravelmente. seu c) procura.. vê-la....no futuro do subjuntivo. possuir o teu retrato. ver-vos. Ex. revestes. ) . Assinale a alternativa em que uma forma verbal foi empregada incorretamente: a) O superior interveio na discussão.. Se todos nós .. Vi.. mas nem sempre .. revistes. as seguintes formas verbais: advertir .. proveste e) n. Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empregada em relação à norma culta da língua: a) Se o compadre trouxesse a rabeca.... mas desejava ver-te.não sejais vós d) ide vós .. seu 06. e) Ele trará o filho.. e) Todas estão incorretas.se precaveio . jogo de silêncio.no imperativo afirmativo.. proviste d) adverti. as seguintes formas: a) procurais.precaviram . b) Se advierem dificuldades.. confia em Deus. tais como: entonação.” Se o pronome tu fosse substituído por Vossa Excelência. .não ameis vós c) sede vós . segunda pessoa do singular a) adverti. Respostas: 01-B / 02-E / 03-E / 04-D / 05-D / 06-D / 07-E / 08-B / 09-D / 10-A / 7...houvéssemos contido .precavêssemo-nos não houvesse e) intervim .. c) Quando eu reouver o dinheiro.. d) Se o Leonardo quiser. d) Os pareceres que forem incursos na Resolução anterior são de responsabilidade do Governo Federal.não teria havido c) me contive . e não . Indique a incorreta: a) Estão isentados das sanções legais os citados no artigo 6º.d..... d) Quando você vir Campinas..interviu . se vier a São Paulo. b) Quando verem o Leonardo. vosso d) procurais.nos precavíssemos . Assinale a única alternativa que contém erro na passagem da forma verbal. vosso e) procurais.. compuserdes. segunda pessoa do plural prover ..no perfeito do indicativo. o réu será absolvido. Ponto ( . V. Assinale a frase em que há erro de conjugação verbal: a) Os esportes entretêm a quem os pratica. 09. reveis.contiveram . e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho. respectivamente. etc. . d) Eles se desavinham frequentemente. tantas mortes.teríamos evitado b) me precavi . ficará extasiado..se conteve .intervieram . o policial viu.não partais vós b) amai vós ... em ti. “Eu não sou o homem que tu procuras.no perfeito do indicativo. provistes c) adverte.. a) intervir .. na ordem em que aparecem nesta questão... dois agentes secretos viram.se precaveram . 10.duvides 03. c) Só ficarei tranquilo. segunda pessoa do plural rever . diga-lhe que o advogado reteve os documentos. b) Estão suspensas as decisões relativas ao parágrafo 3º do artigo 2º...interveio . e também não . evitando a briga.. compordes.indicar o final de uma frase declarativa: Lembro-me muito bem dele. a) Creias – duvidas b) Crê – duvidas c) Creias – duvida d) Creia – duvide e) Crê . as partes desavieram-se e requereram rescisão do contrato. c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.... ficarão surpresos com os trajes que usava.a 05... do imperativo afirmativo para o imperativo negativo: a) parti vós . dos outros.. componhais. 02. Assinale a alternativa incorreta quanto à forma verbal: a) Ele reouve os objetos apreendidos pelo fiscal..ª . segunda pessoa do plural compor .separar períodos entre si: Fica comigo. Não vá embora... c) Se você o vir. em lugar das palavras destacadas no texto acima transcrito teríamos. 04. Dê.. PONTUAÇÃO..não vais vós e) perdei vós ..LÍNGUA PORTUGUESA Exercícios 01.. pausas..tivéssemos intervido .. . compondes...tivéssemos intervindo houvéssemos evitado 08. c) Fica revogado o ato que havia extinguido a obrigatoriedade de apresentação dos documentos mencionados.. vosso b) procura.tivéssemos impedido d) me precavi . provistes b) adverti.nas abreviaturas: Av.. quando vir o resultado. era pronunciadamente vultuoso. o inferior um tanto tenso (. numa quietude apática. esteve aqui ontem. juntamente com o ponto de exclamação: Quem ganhou na loteria? Você.demissão.)” (Visconde de Taunay) Dois-Pontos ( : ) . .objeto de verbo.quando a conjunção e assumir valores distintos que não seja da adição (adversidade. (omissão do verbo preferir) Termos coordenados ligados pelas conjunções e..” Ponto de Interrogação ( ? ) .separar o adjunto adverbial antecipado ou intercalado: Chegando de viagem.Senhor. Podemos concluir que. quando há uma relação sintática entre termos da oração.separar conjunções intercaladas: Não havia. traga-me uma xícara de café.separar as orações intercaladas: “. consequência. mas que seja infinito enquanto dure. Ponto-e-Vírgula ( . .isolar expressões de caráter explicativo ou corretivo: Amanhã. o uso da vírgula passa a ser obrigatório: Não fui nem ao velório.cassação de aposentadoria ou disponibilidade. muitas vezes. minha antiga empregada.advertência. cada vez mais pobres.predicado de sujeito.José de Alencar) . e ri. de uma petição. quando a bronquite crônica de que sofria desde moço se foi transformando em opressora asma cardíaca. não formam uma unidade sintática: Lúcia. .” (O selvagem .separar o vocativo: Maria. é fundamental para o progresso do país. meus amigos.Em perguntas diretas: Como você se chama? .disse o velho .separar alguns apostos: Valdete. comi algo e saí para o trabalho. e grita.antes de citação: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não seja eterno posto que é chama. 26 de janeiro de 2011. curvou-se ainda mais. o que mais se acentuava no fim da vida.quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes: Os ricos estão cada vez mais ricos.. e fugindo com o corpo apresentou o gancho. . foi a ganhadora única da Sena.predicativo do objeto do objeto. Eu?! . .” . A vírgula entre orações É utilizada nas seguintes situações: . de uma sequência. V das penalidades Direito Administrativo) . .separar elementos de uma enumeração: Precisa-se de pedreiros. esposa de João.separar as orações coordenadas sindéticas e assindéticas (exceto as iniciadas pela conjunção “e”: Acordei. IV. III.separar orações coordenadas muito extensas ou orações coordenadas nas quais já tenham tido utilizado a vírgula: “O rosto de tez amarelenta e feições inexpressivas. e os pobres.antes de apostos ou orações apositivas.Às vezes. (cap.. motivo para tanta raiva. Estudou muito.separar os itens de uma lei. por exemplo): Coitada! Estudou muito.oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa). religião e política.destituição de cargo em comissão. lua. . porém. são falsas.separar orações subordinadas adverbiais (desenvolvidas ou reduzidas). ): É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados. mestre-de-obras. serventes.marcar a omissão de um termo (normalmente o verbo): Ela prefere ler jornais e eu. . . . ) .. . se essas conjunções aparecerem repetidas. Essas orações poderão ter suas vírgulas substituídas por duplo travessão: “Senhor . revistas. os lábios grossos. de quem guardo amargas lembranças. nem dispensam o uso da vírgula: Conversaram sobre futebol. . lua. . . enumerações ou sequência de palavras que explicam. .iniciar a fala dos personagens: Então o padre respondeu: __Parta agora.complemento nominal de nome.. .separar o complemento pleonástico antecipado: A mim. nada me importa. resumem ideias anteriores: Meus amigos são poucos: Fátima..adjunto adnominal de nome. disse o velho.suspensão. mora no Rio de Janeiro. procurarei por você. principalmente se estiverem antepostas à oração principal: “No momento em que o tigre se lançava. Não se separam por vírgula: . . não se pode separá-los por meio de vírgula.tenho grandes contentamentos em a estar plantando. com a finalidade de dar ênfase. Entretanto. Não se falavam nem se olhavam. e pula de alegria.LÍNGUA PORTUGUESA Vírgula ( . depois de amanhã podemos nos encontrar para acertar a viagem.separar termos coordenados assindéticos: “Lua. A educação.isolar o nome de lugar na indicação de datas: Belo Horizonte. Ainda não me decidi se viajarei para Bahia ou Ceará. tomei meu banho.. e ainda assim não foi aprovada. II. mas não foi aprovado no exame. de um decreto. ou. VI-destituição de função comissionada. lua. Didatismo e Conhecimento 49 Há três casos em que se usa a vírgula antes da conjunção: .” (Caetano Veloso) . . V. .separar as orações subordinadas adjetivas explicativas: Meu pai.quando a conjunção e vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto): E chora. tenho grandes contentamentos em a estar plantando. A vírgula no interior da oração É utilizada nas seguintes situações: . etc: Art. nem ao enterro. por um momento meu canto contigo compactua.separar as orações substantivas antepostas à principal: Quanto custa viver. Rodrigo e Gilberto.”. 127 – São penalidades disciplinares: I. As pessoas.. nem à missa de sétimo dia. realmente não sei. ou melhor. apesar de participarem da mesma frase ou oração. assinale a que não está pontuada corretamente: a) Os candidatos. ficou mais animada. d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve. o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros. Heliel!” ( As violetas de Nossa Sra. em fila. o resultado do concurso. isto se passava. neologismos.... c) A estes.Após imperativo: Cale-se! . frases intercaladas de caráter explicativo e datas: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945). numa sala pequena. o resultado do concurso.Após interjeição: Ufa! Ai! . que me achava lá. o juízo fraco.. Das redações abaixo.” (Cecília. (O milagre das chuvas no nordeste. c) Ansiosos. quando começarão as aulas? . os candidatos aguardavam.. quando chegaram. aguardavam ansiosos o resultado do concurso. outras pessoas a reunião ficou mais animada.isolar palavras. se fizer necessário a utilização de novas aspas. como os pedaços da carta de ABC..Graça Aranha) Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão. bufando. e) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou. d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião. como gírias. desfiz e refiz a mala”. Hífen (−) Usado para ligar elementos de palavras compostas e para unir pronomes átonos a verbos. começa por letra maiúscula.Após vocativo: “Parte.ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia: “Sua tez. com todo o sangue na face. e em vão tentava emendar-me: provocava risos. . o resultado do concurso. A festa na casa de Lúcio estava “chocante”.interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta: Alô! João está? Agora não se encontra.. é uma simples infecção. Exemplo: guarda-roupa Exercícios 01.dar início à fala de um personagem: O filho perguntou: __ Pai. . 02. __Doutor. estrangeirismos. Instruções para as questões de números 03 e 04: Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação.unir grupos de palavras que indicam itinerário: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado. Parágrafo Constitui cada uma das secções de frases de um escritor.eu queria te dizer que. c) Pouco depois. Conversando com meu superior. em fila.indicar mudança do interlocutor nos diálogos.. alva e pura como um foco de algodão. assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta: 03. É só tomar um antibiótico e estará bom. arcaísmos e expressões populares: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu admirador. . aguardavam ansiosos.. a) Pouco depois.isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta. sem que este riso os impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado. Trinta e quatro vezes. aguardavam. b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou mais animada. a reunião ficou mais animada.Eça de Queirós) Se.indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita: “Quando penso em você (. Assinale o texto de pontuação correta: a) Não sei se disse.. . dentro de um trecho já destacado por aspas. palavrões. e) Os candidatos.José de Alencar) . quando chegaram outras pessoas.. Quem sabe se ligar mais tarde. d) Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado do concurso. Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas: Xuxa – a rainha dos baixinhos – é loira. que. b) Eu tinha. Travessão ( __ ) .esquece. e) Conduziram-me à rua da Conceição. (O prazer de viajar .indicar dúvidas ou hesitação do falante: Sabe.indicar uma citação textual: “Ia viajar! Viajei.Humberto de Campos). Didatismo e Conhecimento 50 Colchetes ( [] ) Utilizados na linguagem científica. em fila. mas só mais tarde notei. muxoxos. b) Em fila. Barra ( / ) Aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas. Asterisco ( * ) Empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação). triturados soltos no ar. às pressas. . “Uma manhã lá no Cajapió (Joca lembrava-se como se fora na véspera).Após palavras ou frases que denotem caráter emocional: Que pena! Reticências ( . estas serão simples.” (Canteiros Raimundo Fagner) Aspas ( “ ” ) . ansiosos. um pouco além do ponto em que começam as outras linhas. em casa de uma comadre. ocorreu inúmeras perdas humanas. ) . em fila. . minha avó. mais animada. tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa. os candidatos. porém. dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido. palavrões.) menos a felicidade. ( ‘ ‘ ) Parênteses ( () ) . o que tenho é grave? __Não se preocupe.LÍNGUA PORTUGUESA Ponto de Exclamação ( ! ) . acordara depois duma grande tormenta no fim do verão”.. e) Prima faça calar titio. ao parafrasear o que ouvir. empregou na execução do canto. mesmo sérias. deturpamos o que ouvimos. de mim. trazem impresso constante sorriso. sol. procure-me. meio gordo. d) José dos Santos. Vogal Temática: elementos modificadores da significação dos primeiros . a) Deixo ao leitor calcular quanta paixão a bela viúva. paulista. empregou na execução do canto.indica que a palavra se encontra no plural Morfemas: unidades mínimas de caráter significativo. 06. compreendemos melhor o significado de cada uma delas. Consoante de Ligação: elementos de ligação ou eufônicos. b) Prima. b) Era um homem de quarenta e cinco anos. ao parafrasear o que ouvir. Existem palavras que não comportam divisão em unidades menores. conhece pouco os deveres da hospitalidade. d) Era um homem de quarenta e cinco anos. que eu venho. d) Entra a propósito. 10. deturpamos o que ouvimos. a bela viúva. ou melhor. d) Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir. d) Deixo ao leitor calcular. ao parafrasear o que ouvir! Nossa capacidade de retenção é variável e muitas vezes inconscientemente. vive no Rio. meio gordo.Vogal de Ligação.e muitas vezes inconscientemente . disse Alves. é variável e . no Rio.LÍNGUA PORTUGUESA 04.este é o elemento base da palavra. 05. c) Precisando. destas que. destas que. baixo. impresso constante sorriso. e) José dos Santos. aquele que contém o significado. ou melhor telefone que eu venho. nossa capacidade de retenção. disse Alves o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade. procure-me ou melhor.deturpamos. a) Entra a propósito. Respostas: 01-C / 02-E / 03-C / 04-D / 05-E / 06-B / 07-D / 08-B / 09-E / 10-B Estrutura e Formação das Palavras Estudar a estrutura é conhecer os elementos formadores das palavras. vive no Rio. c) Prima faça calar titio.muitas vezes inconscientemente. tais como: mar. empregou na execução do canto. baixo. muitas vezes. b) Deixo ao leitor calcular quanta paixão a bela viúva empregou na execução do canto. trazem impresso constante sorriso. melhor telefone que eu venho. 08. mesmo sérias. Didatismo e Conhecimento 51 d) Prima. suplicou o moço com um leve sorriso que imediatamente se lhe apagou. e) Era um homem de quarenta e cinco anos. 23 anos vive no Rio. lua. inconscientemente. c) Era um homem de quarenta e cinco anos.indica que a palavra é um diminutivo a . Tema: elementos básicos e significativos . etc. fisionomia insinuante. d) Precisando de mim. os períodos foram pontuados de cinco formas diferentes. fisionomia insinuante. São elementos mórficos: . que eu venho. deturpamos o que ouvimos. Sufixos). calcular quanta paixão a bela viúva. paulista 23 anos. inh . Nossa capacidade de retenção é variável . Radical. b) Precisando de mim procure-me. empregou na execução do canto. As palavras podem ser divididas em unidades menores. disse Alves. c) José dos Santos. o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade. disse Alves. constante sorriso. b) Tenha cuidado ao parafrasear o que ouvir: nossa capacidade de retenção é variável e. telefone. ou seja. de mim. vive no Rio. mesmo sérias trazem impresso constante sorriso. e) Deixo ao leitor. baixo. meio gordo. Assim. meio gordo. a) Precisando de mim procure-me. fisionomia insinuante. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta: a) José dos Santos paulista. Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação. destas que mesmo sérias trazem. baixo. Nas questões 07 a 10. o seu moleque. o seu moleque conhece pouco os deveres da hospitalidade. 23 anos.indica que a palavra é feminina s . e) Precisando. Vamos analisar a palavra “cachorrinhas”. Nessa palavra observamos facilmente a existência de quatro elementos. o seu moleque conhece pouco. imediatamente se lhe apagou. trazem impresso. Leia-os todos e assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta: 07. telefone. b) Entra a propósito disse Alves. e) Tenha cuidado. o que ouvimos. . procure-me ou. Nossa capacidade de retenção é variável e muitas vezes inconscientemente. deturpamos o que ouvimos. a) Era um homem de quarenta e cinco anos. c) Tenha cuidado. b) José dos Santos paulista 23 anos. faça calar titio suplicou o moço com um leve sorriso que imediatamente se lhe apagou. destas que mesmo sérias. melhor telefone que eu venho. meio gordo. fisionomia insinuante. c) Deixo ao leitor calcular quanta paixão. faça calar titio. São eles: cachorr . a) Prima faça calar titio suplicou o moço. suplicou o moço com um leve sorriso que. baixo. ou. suplicou o moço com um leve sorriso que imediatamente se lhe apagou. c) Entra a propósito. e) Entra a propósito. 09.Afixos (Prefixos.Raiz. paulista 23 anos vive. A alternativa com pontuação correta é: a) Tenha cuidado. fisionomia insinuante. destas que. quanta paixão a bela viúva. com um leve sorriso que imediatamente se lhe apagou. Desinência. os deveres da hospitalidade. a que damos o nome de elementos mórficos ou morfemas. cafe-t-eira. não temos desinência nominal de gênero. preparando-o para receber as desinências.LÍNGUA PORTUGUESA Raiz: É o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras. Nos verbos. . o sufixo -ção transforma em substantivo o verbo alfabetizar. comum às palavras da mesma família etimológica. surgem depois do radical. enquanto no processo de composição sempre haverá mais de um radical.Caracteriza os verbos da 1ª conjugação: buscar. é desinência modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretérito imperfeito do indicativo. ou seja. Radical: Observe o seguinte grupo de palavras: livr-o. pois indica que o verbo está na primeira pessoa do singular. riso – risonho.Derivação Sufixal ou Sufixação: resulta de acréscimo de sufixo à palavra primitiva.descrer. at-ivo. Observe que a. etc. Sabemos que o acréscimo do morfema “-mente”. os afixos recebem o nome de prefixos. terra (enterrar. na 1ª conjugação. Por meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) e verbos. A presença de apenas um desses afixos não é suficiente para formar uma nova palavra. . marinheiro. em-pobr-ecer. ac-ionar. possibilitam a formação de outras. mar e terra são palavras primitivas. Verbal. chamada primitiva. Formação das Palavras: existem dois processos básicos pelos quais se formam as palavras: a Derivação e a Composição. inócuo. lápis. que tem o seu significado alterado: crer. rompemos. Adverbial. livr-eco. ense=sufixo. nocividade. at-or. gas-ô-metro. ônibus não temos desinência nominal de número. e a ela se prendem. por meio do acréscimo de um sufixo ou prefixo. pela origem comum. rompe-. partimos sempre de um único radical. como nos exemplos acima. Do radical “trist-” formamos o verbo entristecer através da junção simultânea do prefixo “en-” e do sufixo “-ecer”. Desinências: são os elementos terminais indicativos das flexões das palavras.Derivação Parassintética ou Parassíntese: Ocorre quando a palavra derivada resulta do acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Vogal Temática: é a vogal que se junta ao radical. No exemplo. aterrar). buscavas. terreiro. por exemplo. o acréscimo dos morfemas “a-” e “-ar” à forma “cert-” cria o verbo acertar.e -ar são morfemas capazes de operar mudança de classe gramatical na palavra a que são anexados. A desinência “-o”. marujo). etc.Desinências Verbais: indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. os afixos são chamados de sufixos. De maneira semelhante. por sua vez. etc. como acontece com “a-”. Exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significação geral de causar dano. os temas são: busca-. pe-z-inho.incapaz. . . por exemplo. Já em pires.Caracteriza os verbos da 2ª conjugação: romper. Considere o adjetivo “triste”.Derivação Prefixal ou Prefixação: resulta do acréscimo de prefixo à palavra primitiva. cria uma nova palavra a partir de “certo”: certamente. Elemento básico e significativo das palavras. Quando são colocados antes do radical. tribo. cert-eza. Você reparou que há um elemento comum nesse grupo? Você reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento é chamado de radical (ou semantema). inocentar.Caracteriza os verbos da 3ª conjugação: proibir. a partir de outra já existente. Quando. pois em nossa língua não existem as palavras “entriste”. Didatismo e Conhecimento 52 Tema: é o grupo formado pelo radical mais vogal temática. Exemplo: cert-o. Logo. Exemplos: parisiense (paris= radical.Desinências Nominais: indicam as flexões de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes. tecn-o-cracia. Só podemos falar em desinências nominais de gêneros e de números em palavras que admitem tais flexões. “-va”. chamada derivada. pau-l-ada. consideradas sob o aspecto gramatical e prático. livr-inho. Exemplos: emudecer mudo – palavra inicial e – prefixo mud – radical ecer – sufixo desalmado alma – palavra inicial des – prefixo alm – radical ado – sufixo . Uma raiz pode sofrer alterações: at-o. inter-nacion-al. nem “tristecer”. telefonema. Exemplo: in-at-ivo. formando substantivos e adjetivos: papel – papelaria. etc.reler. livr-eiro. derivadas. alv-i-negro. presente em “am-o”. ler. Derivação: é o processo pelo qual se obtém uma palavra nova. . capaz. Afixos: são elementos secundários (geralmente sem vida autônoma) que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. e as demais. formando verbos: atual . Em palavras como mesa. no processo de derivação. Existem dois tipos: . Tipos de Derivação . as palavras nocivo. distinguem-se três vogais temáticas: . Este. etc. Exemplos: aluno-o / aluno-s. A derivação sufixal pode ser: Nominal. alun-a / aluna-s. já é derivado do substantivo alfabeto pelo acréscimo do sufixo -izar. pobr-e-tão. de “ama-va”. É encontrado através do despojo dos elementos secundários (quando houver) da palavra. in-cert-eza. mas. Nos verbos citados acima. consideradas do ângulo histórico. Observamos que «mar» e «terra» não se formam de nenhuma outra palavra. cha-l-eira. inocente. que pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramatical: alfabetização. proibirá. proibiVogais e Consoantes de Ligação: As vogais e consoantes de ligação são morfemas que surgem por motivos eufônicos. é uma desinência número pessoal. formando advérbios de modo: feliz – felizmente. para facilitar ou mesmo possibilitar a pronúncia de uma determinada palavra. É a raiz que encerra o sentido geral. como “-ar”. vogal de ligação=i). aç-ão.atualizar. inset-i-cida. A diferença entre ambos consiste basicamente em que. Exemplo: Mar (marítimo. advérbio de modo. ao contrário. Por isso. urrar. de um e outro lado. será palavra derivada. porém. compra (substantivo). micro . a língua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo. O mesmo não ocorre. .Hibridismo: ocorre hibridismo na palavra em cuja formação entram elementos de línguas diferentes: auto (grego) + móvel (latim). beijo (substantivo). antagonista. negação. arquétipo. planalto (plano alto). Outros. Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego. recebem o nome de substantivos deverbais. cata-: movimento de cima para baixo: cataplasma. zumzum.Onomatopeia: numerosas palavras devem sua origem a uma tendência constante da fala humana para imitar as vozes e os ruídos da natureza. . podemos seguir a seguinte orientação: . o do último componente. apologia. No entanto. amoral. são frequentes os exemplos de palavras formadas por derivação regressiva. Logo.. arqui-. Observe: auto . .. em torno. repetição: analogia. an-: afastamento.referindo-se a família nobre). Ao aglutinarem-se.. apocalipse. hidrelétrico (hidro + elétrico). piar. couve-flor. são palavras derivadas. primazia. anfíbio.. não ocorre alteração fonética: passatempo. chocalhar. os componentes subordinam-se a um só acento tônico. com a palavra âncora. entendemos o motivo pelo qual é denominada “imprópria”. . com casos como os das palavras desvalorização e desigualdade. sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma. Como exemplo de redução ou simplificação de palavras. sub. Neste caso. Em «girassol» houve uma alteração na grafia (acréscimo de um «s») justamente para manter inalterada a sonoridade da palavra. . raramente esses morfemas produzem mudança de classe gramatical. Nessas palavras.LÍNGUA PORTUGUESA Não devemos confundir derivação parassintética. arquimilionário. cocoricar. que por sua vez provém de valor. muito frequentes na comunicação atual. ateu. em- (ou en-) . carência: anônimo. insuficiência. Prefixos de Origem Grega a-. super. o comuna (de comunista). Neste processo: Os adjetivos passam a substantivos: Os bons serão contemplados. ana-: inversão. arcebispo. quinta-feira.Se o nome denota algum objeto ou substância. mas por redução: comprar (verbo). Existem dois tipos: . Prefixos: os prefixos são morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido. Por essa razão. privação. que provém de valorizar.por automóvel. tinir. As onomatopeias são vocábulos que reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres: miau. formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. agito (de agitar). Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam ações. Na derivação regressiva. tiveram grande vitalidade na formação de novas palavras: a. os afixos são acoplados em sequência: desvalorização provém de desvalorizar.. muda de classe gramatical. apóstolo. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. duplicidade: anfiteatro. Os particípios passam a substantivos ou adjetivos: Aquele garoto alcançou um feito passando no concurso. logo. entre. separação: apoteose. Os substantivos passam a adjetivos: O funcionário fantasma foi despedido. Note que na linguagem popular. fidalgo (filho de algo . 53 Composição: é o processo que forma palavras compostas. como vocábulos autônomos. o boteco (de botequim). anacrônico. catarata. expropriar provém diretamente de próprio. um substantivo primitivo que dá origem ao verbo ancorar.. Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrário. a partir da junção de dois ou mais radicais. pois tais palavras não existem.Derivação Regressiva: ocorre derivação regressiva quando uma palavra é formada não por acréscimo. excesso: arquiduque.por microcomputador. chego (de chegar) O processo normal é criar um verbo a partir de um substantivo.Composição por Aglutinação: ao unirmos dois ou mais vocábulos ou radicais. É impossível fazer o mesmo com palavras formadas por parassíntese: não se pode dizer que expropriar provém de “propriar” ou de “expróprio”.Derivação Imprópria: A derivação imprópria ocorre quando determinada palavra. por sua vez. Substantivos próprios tornam-se comuns: Aquele coordenador é um caxias! (chefe severo e exigente) Os processos de derivação vistos anteriormente fazem parte da Morfologia porque implicam alterações na forma das palavras. des. o portuga (de português). apo-: afastamento. línguas em que funcionavam como preposições ou advérbios.por José. anti-. girassol. anagrama. afônico. anfi-: em redor. anti-: oposição. verifica-se o contrário. antipatia. em que o acréscimo de sufixo e de prefixo é obrigatoriamente simultâneo. contra. . beijar (verbo). Os infinitivos passam a substantivos: O andar de Roberta era fascinante. Os adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que ninguém escutasse. o que acaba caracterizando um processo semântico. ao lado de sua forma plena. Por derivação regressiva. ação contrária: antídoto. amasso (de amassar). Zé .. uma forma reduzida. ocorre supressão de um ou mais de seus elementos fonéticos: embora (em boa hora).Composição por Justaposição: ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais. anfibologia. arce-: superioridade hierárquica. catálogo. a derivação imprópria lida basicamente com seu significado. antítese. que é um objeto.Se o substantivo denota ação.Redução: algumas palavras apresentam. pelo acréscimo concomitante de prefixo e sufixo.por cinema. mudança. etc. podem ser citadas também as siglas. cine . Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em português. Palavras invariáveis passam a substantivos: Não entendo o porquê disso tudo.re. Didatismo e Conhecimento . O menino prodígio resolveu o problema. es. logo. análise. . e o verbo palavra primitiva. Sufixos: são elementos (isoladamente insignificativos) que. concomitância: colégio. de-: movimento de cima para baixo. introvertido. procedência: antebraço. dilema. soto-pôr. reatar. sin-. -ança – mudança. bondade: eufemismo. Dessa forma. antessala. separação: desventura. depor. ex-. tresnoitar. separação. ambiente. disenteria. reduzir. retro-: movimento para trás: retrospectiva. ditongo. peripécia. exo-. -ção – emoção. eu-: excelência. expelir. em-. perfeição. negação: ilegal. hemiplégico. in-: movimento para dentro. posterior. privação: dispneia. di(s)-: negação. euforia. bimestral. poli-: multiplicidade: polissílabo. introspectivo. eufonia. -nte – feirante. ab-. impossível. profeta. tras-. bi-: repetição. enterrar. peri-: movimento ou posição em torno de: periferia. excesso: supercílio. -ura – formatura. hipo-: posição inferior. extraordinário. disfasia. dispepsia. ambiguidade. pro-: posição em frente. -ença – presença. justa-: posição ao lado: justapor. importar. de(s)-. en-. anterioridade: prólogo. eucaristia. sobre-: posição superior. meio: hemisfério. com-: companhia. ectoderma. em adição a: prosélito. visconde. ec-. im-: sentido contrário. obstáculo. começo. contrapor. excesso: extradição. ob-. discussão. evasão. privação. supra-. tres-. intraverbal. excelência de fato ou ação: benefício. contradizer. revestimento: imergir. diagrama. ultraleve. pós-graduado. -ista – manobrista. ofuscar. es-. metacarpo. São os que formam nomes de ação e os que formam nomes de agente. bis-. prognóstico. -ância – abundância. tra-: movimento para além. oposição: obstruir. embrião. intravenoso. endosmose. i-. advir. so-. separação: aversão. prosódia. simpatia. por exemplo. -or – lutador. intro-: movimento para dentro: introduzir. beleza. passagem para um estado ou forma. pos-: posterioridade: pospor. anteontem. supérfluo. proto-: início. cisplatino. ambivalente. hipótese. discórdia. ante-: anterioridade. vice-almirante. intensidade: paralelo. retrógrado. pro-: movimento para frente: progresso. a ele são incorporadas as desinências que indicam as flexões das palavras variáveis. elipse. extraviar. prosseguir. sota-: posição inferior: soto-mestre. Sua principal característica é a mudança de classe gramatical que geralmente opera. biscoito. tradição. -tude – amplitude. negação: decapitar. condutor. exorcismo. inferioridade: soterrar. tele-: distância. telepatia. e-: posição interior. epílogo. extra-: posição exterior. sob-. bendito. inter-. sim-: simultaneidade. abs-: afastamento. bisavô. epitáfio. perfurar. sobpor. contra-: oposição: contrapeso. hipertrofia. acrescentados a um radical. injetar. -mento – casamento. super-. Como o sufixo é colocado depois do radical. en-. Sufixos que formam nomes de ação: -ada – caminhada. Didatismo e Conhecimento 54 e-. metáfora. epidemia. in-. trans-. semelhança. subestimar. êxodo. perplexo. hipérbole. em-. movimento para: epiderme. intra-: posição interior: intramuscular. pre-: anterioridade: prefácio. ultrassom. ex-: movimento para fora: excêntrico. escassez: hipocrisia. endo-: movimento para dentro: endovenoso. interplanetário. movimento através: transatlântico. epi-: posição superior. ultra-: posição além do limite. . -dão – solidão. podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo. sub-. Existem dois grupos de sufixos formadores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da língua. -ismo – civismo. hemistíquio. sucessão: metamorfose. para-: proximidade. retrocesso. ad-: aproximação. antever. anterioridade: proto-história. movimento para junto: adjunto. -são – compreensão. duas vezes: bisneto. con-. parasita. promover. entusiasmo. per-: movimento através: percorrer. telégrafo. sinfonia. politeísmo. período. periscópio. prever. prefixo. diafragma. preliminar. abstração. ben(e)-. Prefixos de Origem Latina a-. su-: movimento de baixo para cima. retroagir. cooperativa. cis-: posição aquém: cisalpino.advogado. co-. rebater. re-: repetição. a-. ação contrária. afastamento: televisão. improdutivo. afastamento: diálogo. dia-: movimento através de. circunscrito. justalinear. vice-. embeber. ultrarromantismo. sinopse. bem-: bem. soto-. aposto. projeção. vis-: em lugar de: vice-presidente. movimento para dentro: encéfalo. pros-: adjunção. hemi-: metade. abuso. protótipo. protomártir. hiper-: posição superior. excesso: hipertensão. ambi-: duplicidade: ambidestro. sota-voga. diagonal. companhia: síntese. -ez(a) – sensatez. abstinência. exportação. circulação. entre-: posição intermediária: internacional. meta-: mudança. ultravioleta. excesso: ultrapassar. ocupar. endocarpo. paradoxo. polissíndeto. cisandino. perverter.LÍNGUA PORTUGUESA di-: duplicidade: dissílabo. circu(m)-: movimento em torno: circunferência. o-: posição em frente. decair. -eiro(a) – ferreiro. ecto-: movimento para fora: eclipse. Sufixos que formam nomes de agente: -ário(a) – secretário. paradigma. reciprocidade: rever. programa. hipodérmico. formam nova palavra. dis-: dificuldade. 4. analisar. fraca-mente. -este – agreste. -udo – barrigudo. -(d)ouro. -ar – escolar. “Sarampo” é: a) forma primitiva b) formado por derivação parassintética c) formado por derivação regressiva d) formado por derivação imprópria e) formado por onomatopéia 05. -al – anual. -il – febril. na forma feminina. -ado – barbado. Em seguida. estado – semelhante.cafeína. punível. -ivo – lucrativo. factício. referência – movediço.-(t)ório: ação. semantema (ciência linguística). doutrinas filosóficas. cloreto. -esco – pitoresco. seguinte.de verbos: -(a)(e)(i)nte: ação.bronquite. hepatite (inflamação). -ol .LÍNGUA PORTUGUESA Sufixos que formam nomes de lugar.sódio. -eno – terreno. -ina . -onho – tristonho. comunismo. -ario(a) . 5. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. perecível. codeína (alcaloides. -estre – terrestre. -áceo(a) . via de regra. entre outras ideias. -ada – papelada. radiograf-ar. A palavra “aguardente” formou-se por: a) hibridismo b) aglutinação c) justaposição d) parassíntese e) derivação regressiva 03. -eo – róseo. 4. doente. pois esses adjetivos eram outrora uniformes. 5. -(á)(í)vel: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação – louvável. limpar -ear: guerrear. Verbo Diminutivo: é aquele que exprime ação pouco intensa. 5. -ico – geométrico. -aico – prosaico. sulfito (sais). aglomeração. 3. -or – corredor. modo de ser – tardio. -ício – alimentício. preparatório. liquidificar -izar: finalizar. granito (pedra). 6 c) 1. -ático – problemático. os verbos novos da língua formam-se pelo acréscimo da terminação-ar. -az – mordaz. selênio (corpos simples) Sufixo que forma nomes de religião. 6. semema. Assinale a opção em que todas as palavras se formam pelo mesmo processo: a) ajoelhar / antebraço / assinatura b) atraso / embarque / pesca c) o jota / o sim / o tropeço d) entrega / estupidez / sobreviver e) antepor / exportação / sanguessuga 02. -ame – gentame. afirmativo. 4. o espírito. 1.mioma. 6 Didatismo e Conhecimento . Sufixos que formam nomes indicadores de abundância. 3. o intento”. etc. depositório: -aria – churrascaria.fenol. -ário – herbanário. 1. -eria – correria. -ato.diário. -io – mulherio.morfema. 4. carcinoma (tumores). quebradiço. Verbo Factitivo: é aquele que envolve ideia de fazer ou cau- sar. Exemplos: esqui-ar. -tório – dormitório. -ar: cruzar.sulfato. bondosa-mente. -eiro – açucareiro. portugues-mente. 3. 3. nervosa-mente.ismo: budismo. Exemplos: altiva-mente. nivel-ar.Este sufixo juntou-se a adjetivos. a prática de ação. 1. Sufixos Adverbiais: Na Língua Portuguesa. amotite (fósseis). qualidade. -edo – arvoredo. infantaria. 4. Já os advérbios que se derivam de adjetivos terminados em –ês (burgues-mente. eto. -engo – mulherengo. -oso – bondoso. 6. 1. 6 d) 2. . golear -entar: afugentar. -io .) não seguem esta regra. -ário . kantismo. 1. (a)doç-ar. epitelioma. (a)portugues-ar. -ento – cruento. -oma . -ino – cristalino. -(d)iço. existe apenas um único sufixo adverbial: É o sufixo “-mente”. 55 Os verbos exprimem. brava-mente. pia-mente. especialmente a de modo. 2.pé-de-cabra c) encruzilhada – estremeceu d) supersticiosa – valiosas e) desatarraxou – estremeceu 04. -ume – negrume. liláceas.casario. 5. derivado do substantivo feminino latino mens. -al – capinzal. pertinência – casadouro. pensativo. -agem – folhagem. para indicar circunstâncias. 4. amamentar -ficar: dignificar.herbáceo. álcalis artificiais). 4. marque a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada: ( ) aguardente 1) justaposição ( ) casamento 2) aglutinação ( ) portuário 3) parassíntese ( ) pontapé 4) derivação sufixal ( ) os contras 5) derivação imprópria ( ) submarino 6) derivação prefixal ( ) hipótese a) 1. Sufixos Verbais: Os sufixos verbais agregam-se. 5. ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos.de substantivos: -aco – maníaco. -(t)ício: possibilidade de praticar ou sofrer uma ação. -enho – ferrenho. telefon-ar. sistemas políticos: . Que item contém somente palavras formadas por justaposição? a) desagradável – complemente b) vaga-lume . -(t)ivo: ação referência. 3. mentis que pode significar “a mente. (a)fin-ar. Em geral. naftol (derivado de hidrocarboneto). Exemplos: cabrito montês / cabrita montês. Sufixos que formam nomes técnicos usados na ciência: -ite . 6 e) 2. -ema . organizar Verbo Frequentativo: é aquele que traduz ação repetida. coleção: -aço – ricaço. 1 b) 4. ordinário. potássio. Ito . Sufixos Formadores de Adjetivos . Exercícios 01. -tério – cemitério. -io. fonema. passional. inteireza. Tomou decisões as mais oportunas. ao mesmo tempo.. Substantivo é tudo o que pode ser visto. Bobagens. cada. . exceto antes de numeral não seguido de substantivo.Toda cidade / toda a cidade. Assinale a alternativa em que uma das palavras não é formada por prefixação: a) readquirir. etc. deslealdade. Vou a Paris. O Rio de Janeiro. umas. . O artigo indefinido. No superlativo relativo. FUNÇÕES DAS CLASSES DE PALAVRAS. Pode ou não ocorrer crase antes dos nomes de cidade. gênero e número. O Cairo. Não se usa artigo antes dos nomes de cidades. . prever e) dever. esburacar. geral: Viajei com um médico. Se o possessivo não vier seguido de substantivo explícito é obrigatória a ocorrência do artigo.Estou em Paris / Estou na famosa Paris. demover c) remeter. De maneira geral. b) Pereirinha estava mesmo com a razão. impreciso. As formas de + um e em + um podem-se usar contraídas (dum e num) ou separadas (de um. Mas com alguns nomes de cidades conservamos o artigo. Dividem-se os artigos em: definidos: o. Todas as cidades vieram. macróbio. Osmírio andaria desorientado.Em um / num. Substantivo Substantivo é tudo o que nomeia as “coisas” em geral. Estava numa cidade grande. Usa-se o artigo entre o numeral ambas e o substantivo: Ambas as mãos são perfeitas. Tomou as decisões mais oportunas. Os definidos determinam os substantivos de modo preciso. As palavras couve-flor. O Porto. de + a= da. toda a designam totalidade.Tua decisão / a tua decisão. corrupção.Faz uns dez anos. posto antes de um numeral. predestinado. hidrogênio. propor b) irregular. Todos cinco são concorrentes. Estava em uma cidade grande. indicando. particular: Viajei com o médico.. É errado: Tomou as decisões as mais oportunas. Indique a palavra que foge ao processo de formação de chapechape: a) zunzum b) reco-reco c) toque-toque d) tlim-tlim e) vivido 07. bibliografia. a.. pego ou sentido. Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago. toda designam qualquer. Vim de Paris Vim da luminosa Paris. Vou à Paris dos museus. Aplaudiram a tua decisão e não a minha. despedaçar. No plural. Todos os cinco clubes disputarão o título. antípoda. . Todo o. . Conheci toda a cidade (a cidade inteira). Aplaudimos a tua decisão. os. amanhecer b) solução. antever Respostas: 1-B / 2-B / 3-B / 4-C / 5-E / 6-E / 7-D / 8-A / 9-D / 10-E / . as e indefinidos: um.. uma. Toda cidade pode concorrer (qualquer cidade). usa-se todos os. Substantivo é tudo o que pode ser precedido de artigo . Os artigos definidos e indefinidos contraem-se com preposições: de + o= do. 56 8. é facultativo o uso do artigo antes dos possessivos. as eleições continuariam sendo uma farsa! d) Não chegaram a trocar um isto de prosa. Sigilo.Decisões as mais oportunas / as mais oportunas decisões. planalto e aguardente são formadas por: a) derivação b) onomatopeia c) hibridismo d) composição e) prefixação 10. Assinale a série de palavras em que todas são formadas por parassíntese: a) acorrentar.Ambas as mãos. designa quantidade aproximada: Faz uns dez anos que saí de lá. senão bufando de raiva. e se entenderam. uns. e) Dr. Didatismo e Conhecimento . a menos que venham determinados por adjetivos ou locuções adjetivas. .LÍNGUA PORTUGUESA 06. conter. bobagens! c) Sem radical reforma da lei eleitoral. em um). litografar. idiotismo 09. Todo. Aplaudimos tua decisão. deter. tortura. visionário c) enrijecer. todas as. vidente d) biografia. Artigo Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná-los. não se usa o artigo antes e depois do substantivo. amoral. asteróide e) acromatismo. 08. antegozar d) irrestrito. Voto secreto. Em que alternativa a palavra sublinhada resulta de derivação imprópria? a) Às sete horas da manhã começou o trabalho principal: a votação. conforme venham ou não precedidos de artigo. pedreiro.comitiva. Substantivo Composto: É composto o substantivo formado por dois ou mais radicais.formado de um só radical. mau e maus. gatarrão. brasileiro. Por exemplo: pedreiro. Por exemplo: pedra. Número dos Adjetivos Plural dos adjetivos simples: Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos simples.não vem de outra palavra portuguesa. Uniformes .classe . judeu e judia.aluno . etc. cambuiense. Restritivo . jornalista. Substantivo Derivado: É derivado o substantivo que provém de outra palavra da língua portuguesa. Ex: fruta madura. brasileiro.amigo . Por exemplo. Por exemplo. Por exemplo. computador. Se o adjetivo é composto e biforme. Exceção = surdo-mudo e surda-muda. saudade. homens com aptidão (aptos).enxame. enfiada.de superioridade: analítico (mais bom do que) e sintético (melhor que). colmeia . bandeira da Irlanda (irlandesa).tem origem em outra palavra portuguesa. Por exemplo. Londrina. . . Primitivo . Formação dos substantivos Substantivo Primitivo: É primitivo o substantivo que não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa.alho . cachorro.têm duas formas. Substantivo Concreto: Substantivo concreto é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em nossa imaginação como se existissem por si. Locução Adjetiva É toda expressão formada de uma preposição mais um substantivo. Por exemplo: ar. .os adjetivos compostos formados de adjetivo + adjetivo flexionam somente o último elemento. Por exemplo.LÍNGUA PORTUGUESA Classificação e Formação Substantivo Comum: Substantivo comum é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica. . ruim e ruins.exprime qualidade própria do se. . sendo uma para o masculino e outra para o feminino. boa e boas. franco-brasileiro.abelha . Se o adjetivo é composto e uniforme. bondoso Simples . mau e má. individualizando-o. cambada . jornal. homem feliz ou cruel e mulher feliz ou cruel. Composto . Por exemplo. defeito. Por exemplo: pedra-sabão. Deus. tal) bom como (quão. luso-brasileiro e luso-brasileiros.as expressões formadas de cor + de + substantivo também ficam invariáveis. bom e mau. dois graus: Comparativo . jornal. Por exemplo. ele flexiona no feminino somente o último elemento. homúnculo.os adjetivos compostos formados de adjetivo + substantivo ficam invariáveis. Por exemplo: saída (prática de sair). séquito . conflito político-social e desavença político-social. homem. Exceções: surdo-mudo e surdos-mudos. Por exemplo. computador. jornalista. Por exemplo. origem.exprime qualidade que não é própria do ser. Plural dos adjetivos compostos: Os adjetivos compostos flexionam-se no plural de acordo com as seguintes regras: .acompanhante . Por exemplo.(quando em assembleia) tertúlia Adjetivo É a classe gramatical de palavras que exprimem qualidade. Substantivo Abstrato: Substantivo abstrato é aquele que designa prática de ações verbais. fica invariável no feminino. som. Por exemplo: pedra.de inferioridade: menos bom que (do que). Ester.de igualdade: tão (tanto. homem. beleza (existência do belo). o motivo sócio-literário e a causa sócio-literária. determinado. quanto). . Gêneros dos Adjetivos Biformes . Ester. mal-educado e mal-educados. para o adjetivo. equivalente a um adjetivo. carro(s) verde-canário. Por exemplo: pedra. Existem. E ficam invariáveis os seguintes adjetivos compostos: azul-celeste e azul-marinho.(quando entrelaçados) réstia.é o adjetivo que indica a naturalidade ou a nacionalidade do ser. Pátrio . feliz e felizes. Dílson. cabelo(s) cor-de-ouro. Por exemplo. Substantivo Próprio: Substantivo próprio é aquele que designa um ser específico. Graus dos Adjetivos O adjetivo flexiona-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. cortiço. Por exemplo. estado do ser. passatempo. gato. cortejo. existência de qualidades ou sentimentos humanos. Por exemplo. Por exemplo. . Classificação dos Adjetivos Explicativo .têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: Maxi. caderno. homem-rã. Por exemplo. Substantivo Coletivo: É coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espécie.os adjetivos compostos formados de palavra invariável + adjetivo flexionam também só o último elemento. Didatismo e Conhecimento 57 Derivado . Substantivo Simples: É simples o substantivo formado por um único radical. neve fria.formado de mais de um radical. Por exemplo. O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula. els.tu/vós 3ª pessoa . classifica-se como pronome substantivo e constitui o núcleo de um grupo nominal. Por exemplo.maior. terceiro… Fracionários: indicam a divisão dos seres.a pessoa que fala . .: Nenhum aluno se calou. de grande .a pessoa de quem se fala . (o sujeito “nenhum aluno” tem como núcleo o substantivo “aluno” e como palavra dependente o pronome adjetivo “nenhum”) Pronomes Pessoais: São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso: 1ª pessoa . Veja-os: de bom . erudito. Para estes seis adjetivos. um. Ex.meu acompanha “o livro de matemática” . ela se calou. terço. comigo ti. Classificação Cardinais: indicam contagem.: Quando cheguei.eu substitui “Ana” . consigo as. Por exemplo. quíntuplo … um dois três quatro cinco seis sete oito nove dez primeiro segundo terceiro quarto quinto sexto sétimo oitavo nono décimo vinte trinta cinquenta sessenta setenta cem quinhentos seiscentos mil milhão vigésimo trigésimo quinquagésimo sexagésimo septuagésimo centésimo quingentésimo sexcentésimo milésimo milionésimo Pessoas do Discurso Singular 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa 1ª pessoa Plural 2ª pessoa 3ª pessoa Flexão: Quanto à forma. quarto. quádruplo.pior.o substitui “o livro de matemática” .absoluto: analítico (muito bom) e sintético (ótimo. si.: Ana disse para sua irmã: . de alto .relativo: de superioridade (o mais bom de) e de inferioridade (o menos bom ). conosco vós convosco se. ordem.melhor. Ex. medida. Por exemplo. divisão e multiplicação dos seres na natureza. usamos a forma analítica do grau comparativo de superioridade.ele/ela/eles/elas Pronomes pessoais retos: são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo. 1.a pessoa com que se fala .ele substitui “o livro de matemática” 58 se. três… Ordinais: indicam a ordem do ser numa série dada. contigo Faz-se a leitura do numeral cardinal. Ele é mais bom que inteligente.203. popular). de mau .eu/nós 2ª pessoa . Por exemplo. dispondo-se a palavra “e” entre as centenas e as dezenas e entre as dezenas e unidades. (ela é o núcleo do sujeito da segunda oração e se trata de um pronome substantivo porque está substituindo um nome) Referir-se ao nome: Nesse caso. Ex. Por exemplo. de pequeno . quinto … Multiplicativos: indicam a multiplicação dos seres. Pronomes pessoais oblíquos: são os que podem exercer função de complemento. primeiro. Pronome A palavra que acompanha (determina) ou substitui um nome é denominada pronome. triplo. Você não o encontrou? Ele estava aqui em cima da mesa. ou boníssimo. dobro. ele. .menor. os.Eu preciso do meu livro de matemática. o. número e pessoa: Gênero (masculino/feminino) Ele saiu/Ela saiu Meu carro/Minha casa Número (singular/plural) Eu saí/Nós saímos Minha casa/Minhas casas Pessoa (1ª/2ª/3ª) Eu saí/Tu saíste/Ele saiu Meu carro/Teu carro/Seu carro Função: O pronome tem duas funções fundamentais: Substituir o nome: Nesse caso. o pronome varia em gênero. quando se comparam duas qualidades do mesmo ser. Por exemplo. Usa-se a forma sintética do grau comparativo de superioridade. Pronomes pessoais retos eu tu ele/ela nós vós eles/elas Pronomes pessoais oblíquos Átonos me te Tônicos mim. consigo lhe nos vos nós. lhes Didatismo e Conhecimento .inferior. quando se comparam dois seres através da mesma qualidade. Numeral É a classe de palavras que exprimem quantidade. Por exemplo: Ela é melhor que você.LÍNGUA PORTUGUESA Superlativo . segundo. Somente seis adjetivos têm o grau comparativo de superioridade sintético. meio.superior. classifica-se como pronome adjetivo e constitui uma palavra dependente do grupo nominal.726 = um milhão duzentos e três mil setecentos e vinte e seis. de baixo . dois. a. si. assumem as formas lo. pois é sujeito) Pronomes de Tratamento: São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. la. essa. -s. a. -em.: Tenho boas recordações de 1960.). o pronome usado deverá ser o reto. -õe). nas. Passado ou futuro remotos Ex. qualquer.: O professor trouxe o livro para mim. Ex. tenho realizado bons negócios.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a pergunta à autoridade. mas esta é mais oprimida que aquele. ao tempo. Eu não consegui controlar-me diante do público. Pronomes Demonstrativos: Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas.LÍNGUA PORTUGUESA Pronomes Oblíquos . Ex. mas esta é mais oprimida.): para príncipes.: Esta afirmação me deixou surpresa: gostava de química.Sª. Revmª.): para pessoa de cerimônia . demais. Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem.M. . (pronome oblíquo.senhorita (Srta.Vossa Majestade Imperial (V. indicam a pessoa gramatical possuidora. sem que estejamos nos dirigindo a elas. assumem as formas no. Ex. Ex. Perto da 3ª pessoa. qual.: Ele afagou-lhe (seus) os cabelos. Pronomes Indefinidos: São pronomes que acompanham o substantivo. Além de indicar a coisa possuída. pois é um complemento). Referente aquilo que já foi dito. mais. Ex. princesas e duques 1. os. distante dos interlocutores. aquilo. Ex.Emª.: Não gostei daquele livro que a Roberta trouxe.): para imperadores . mas a uma terceira pessoa do discurso) Pronomes Possessivos: São aqueles que indicam ideia de posse. Passado ou futuro próximos Ex. Didatismo e Conhecimento 59 .Quando apenas nos referimos a essas pessoas.): para altas autoridades . tudo.: Fizeram um relatório. tava de química. realizei bons negócios Ex. Perto de quem ouve (2ª pessoa).Vossa Alteza (V. diversos.: Maria olhou-se no espelho. cada.Vossa Excelência (V. muito nenhum. pois será sujeito do verbo no infinitivo.): para reis e rainhas . estes. essas Ex.Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao sujeito da oração. Ex. Pronomes Espaço Perto de quem fala (1ª pessoa). caindo as consoantes. esta.Vossa Eminência (V.): para cardeais .: Neste ano. senhora (Srª. Alguns são usados em tratamento cerimonioso e outros em situações de intimidade.: Não gostei desse livro que está em tuas mãos. bastante.S. aqueles.): tratamento de respeito . O professor trouxe o livro para eu ler. outro. todo. nos. Ex. los.): moças solteiras .: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual.I. certo. Enumeração Referente ao último elemento citado em uma enumeração. Ex.Antes do infinitivo precedido de preposição. isto. esses.Vossa Santidade (V. Tempo Presente Ao dito Referente aquilo que ainda não foi dito.senhor (Sr. aquela.Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa. mas não o determinam de forma precisa: algum. e sua posição no interior de um discurso.A.): tratamento familiar .: O homem e a mulher são massacrados pela cultura atual. Ex. um. Fizeram-no. pois naquele ano realizei bons negócios.: Carlos quer convencer seu amigo a fazer uma viagem. las.Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am.Exª.Vossa Reverendíssima (V. esse.): para o Papa . na.: Gos. pouco.você (v.Vossa Majestade (V.M. estas Existem palavras que eventualmente funcionam como pronomes possessivos. quanto. diferentes. -z. Essa afirmação me deixou surpresa Referente ao primeiro elemento citado em uma enumeração.: Vossa Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a pergunta à autoridade) 2. menos. Ex.Associação de pronomes a verbos: Os pronomes oblíquos o. vários. . tanto.): para sacerdotes . as. Conheça alguns: . o pronome “vossa” se transforma no possessivo “sua”. Masculino Singular meu teu seu nosso vosso seu Plural meus teus seus nossos vossos seus Singular minha tua sua nossa vossa sua Feminino Plural minhas tuas suas nossas vossas suas este.: Não gostei deste livro aqui. -ão.Vossa Senhoria (V. (pronome reto. Ex. . aquele. aquelas Ex. quando associados a verbos terminados em -r.: Nesse último ano. (A mulher que parece interessada comprou o livro. Pronome relativo antecedido de preposição: de quem. no sentido de completamente. pular.” (advérbio de intensidade) Todo: É usado como pronome indefinido e também como advérbio.) Pronomes Interrogativos: Os pronomes interrogativos levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases interrogativas diretas ou indiretas.Maria enviuvou na semana passada. (fenômeno – presente) . pões. Antecedente: menina. assim como seus derivados (compor. ex: eles cantam Didatismo e Conhecimento .” Os pronomes relativos quanto(s) e quanta(s) aparecem geralmente precedidos dos pronomes indefinidos tudo. tais e tais. Ex. A vogal “e”.A 2ª que tem como vogal temática o ‘’e’’. como por exemplo: que. .: “A rua onde moro é muito escura à noite. Este pronome indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em plural (cada férias).: “Cada homem tem a mulher que merece”.” (advérbio) Cada: Possui valor distributivo e significa todo.Venta muito na primavera. (ação – pretérito) . etc. (estado .” 60 Os pronomes relativos.” O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção do enunciador. Ex: cantar. Ex. seja qual for. “Dinheiro algum terá sido deixado por ela. “da qual”. mas possuindo flexão de gênero e número. ter valor intensificador: “Mário diz cada coisa idiota!” Pronomes Relativos: São aqueles que representam nomes que já foram citados e com os quais estão relacionados. a rua: antecedente do pronome “onde”. que.” (pronome indefinido = os outros) “Maria esperou demais.: “Aquela menina de quem lhe falei viajou para Paris”. Alguns pronomes que podem funcionar como pronomes relativos: Masculino (o qual.quando posposto ao substantivo dá ideia de negação.). cuja sempre precedem a um substantivo sem artigo e possuem o significado “do qual”. quantos. ex ele: canta Primeira pessoa do plural – nós.Aquele pedreiro trabalhou muito. quanto. quem. .” . abrir etc. qualquer dentre certo número de pessoas ou de coisas. Ex. ex: nós cantamos Segunda pessoa do plural – vós. “Qual foi o motivo do seu atraso?” Verbo Quando se pratica uma ação. Invariável (quem. todo aquele (que). todos. sofrer etc. (mudança de estado – pretérito) . Feminino (a qual. depor.: “Você é tudo quanto queria na vida. O nome citado denomina-se antecedente do pronome relativo.” (pronome indefinido) “Por causa da chuva.” (locução adverbial) “Maria esperou os demais. os quais. (qualidade – presente) Conjugação Verbal: Existem 3 conjugações verbais: . permitindo-nos unir duas orações em um só período. tal qual. Não existem pronomes exclusivamente interrogativos e sim que desempenham função de pronomes interrogativos. onde: pronome relativo que representa “a rua”. o que é raro em um advérbio. Pessoas: 1ª.: A mulher parece interessada. porque na sua forma antiga a sua terminação era em er: poer. Uso de alguns pronomes indefinidos: Algum: . na maioria das vezes. quantos. Exemplos: .LÍNGUA PORTUGUESA Algumas locuções pronominais indefinidas: cada qual. chover. sejam quem for. sonhar etc. ex: vós cantais Terceira pessoa do plural – eles. Ex. quer uma ou outra.: “O livro cujo autor não me recordo. comer.”. seja qual for. Ex.. 2ª e 3ª pessoa são abordadas em 2 situações: singular e plural.quando anteposto ao substantivo da ideia de afirmação.. cuja.A 1ª que tem como vogal temática o ‘’a’’.”. Os pronomes relativos cujo..: “Quantos livros teremos que comprar?”. etc.” O pronome relativo onde tem sempre como antecedente palavra que indica lugar. Ex. ex: eu canto Segunda pessoa do singular – tu. é confundido com o advérbio “demais” ou com a locução adverbial “de mais”. põem etc. funcionam como conectivos. Ex. O pronome relativo quem sempre possui como antecedente uma pessoa ou coisas personificadas. quantas. muitas vezes. todo aquele. A mulher comprou o livro. quanta.A serra azula o horizonte. “Ele perguntou quantos livros teriam que comprar. Demais: Este pronome indefinido.Ana ficará feliz com a tua chegada. a roupa estava toda molhada.: “A casa onde moro é muito espaçosa. repor. tanta(s). as quais. apesar de haver desaparecido do infinitivo. qualquer um. Ex: partir.futuro) .. Ex. a não ser que o substantivo venha antecedido de numeral (cada duas férias).. Ex. “Algum dinheiro terá sido deixado por ela. a palavra que representa essa ação e indica o momento em que ela ocorre é o verbo.A 3ª que tem como vogal temática o ‘’i’’. o pronome demonstrativo ou outro pronome. pertence à 2º conjugação. tanto(s). todas. Ex: vender. vem sempre antecedido de preposição e possui o significado de “o qual”. quem (que). 1º CONJUGAÇÃO 2º CONJUGAÇÃO 3º CONJUGAÇÃO verbos terminados verbos terminados verbos terminados em AR em ER em IR cantar amar sonhar vender chover sofrer partir sorrir abrir OBS: O verbo pôr. revela-se em algumas formas de verbo: põe.: “Quero agora aquilo que ele me prometeu..: “Maria não criou nada de mais além de uma cópia do quadro de outro artista. ex: tu cantas Terceira pessoa do singular – ele.. às vezes. sorrir. tal e qual. qual. Ex. cujas).. onde). dividir. Ex.: “Percorri todo trajeto. cujos). Primeira pessoa do singular – eu. Pode.” O pronome relativo que admite diversos tipos de antecedentes: nome de uma coisa ou pessoa. cujo. Futuro do presente .ER 3º CONJUGAÇÃO PART .indicar frequência.Pretérito. Particípio . o fato verbal pode expressar negação ou afirmação. Ex: para poder trabalhar melhor. partir (eu). etc. Subjuntivo: Presente .Imperativo. etc. Ex: Eu li o ultimo romance de Rubens Fonseca. partires (tu) Impessoal .venda. etc. Descanse bastante nestas férias. São.futuro do Pretérito. (irei). .Expressar cortesia ou timidez. conselho ou súplica. invadiram) O Pretérito Imperfeito do Indicativo pode: . etc.ser empregado no lugar do futuro.Imperativo Negativo: Não falem alto. Ex: Ele terá. Pretérito mais-que-perfeito . Apresenta o fato de maneira real.AR 2º CONJUGAÇÃO VEND . portanto. . (continuarem. O Presente do Indicativo pode: .cantarei. . Se continuam as indiretas.cantado. . Ex: Fez .Indicativo.Perfeito.Imperativo Afirmativo: Falem mais alto.cantando.cante. venderes (tu). vender. Ex: embranquecer é começar a ficar grisalho e envelhecer é ir ficando velho. Ex: Queria que me levasses ao teatro. .Substituir o imperativo. Futuro do pretérito . vender (eu). Ex: Eu tenho estudado (eu estudei até o presente momento). etc.canto. Ex: Faz . parta. partiria. vendia. . partisse. (a vida é boa).vendido. se tivesse ouvido para a música (aqui indica condição). O futuro subdivide-se em futuro do presente e futuro do pretérito. partindo. Ex: o senhor podia fazer o favor de me emprestar uma caneta? (pode) Futuro do Presente pode: .Indicar probabilidade. etc. partira. Os verbos invocativos (terminados em “ecer” ou “escer”) indica uma continuidade gradual. Ação acabada. Exemplos: viver é bom. vinculada a um momento já passado. Neste caso.Futuro. Pretérito imperfeito . ocorrida antes de outro fato passado. Pretérito perfeito . Ex: Fará O pretérito subdivide-se em perfeito. compraria um carro. acorda-me. duas as formas do imperativo: . parto. Voltou para casa. referindo-se a uma ação futura. etc. . certa. Se eu tivesse dinheiro. Ex: amanhã vou ao teatro.cantara.Substituir o futuro do pretérito. partirei. Eles gostariam de convidá-la para a festa.partido. Ex: Limpa a cozinha. Quando o relógio despertar. vendesse. Ação inacabada no momento a que se refere à narração. não é flexionado nas 1ª e 3ª pessoas do singular e flexionadas nas demais: Falar (eu) – não flexionado Falares (tu) – flexionado Falar (ele) – não flexionado Falarmos (nós) – flexionado Falardes (voz) – flexionado Falarem (eles) – flexionado Ex: É conveniente estudares (é conveniente o estudo). Ex: O sol nasce para todos. 1º CONJUGAÇÃO CANT . Maria. hipotético. vendendo.cantar.parti. Pode indicar condição. Gerúndio .cantaria. Imperativo: Ao indicar ordem.cantasse. Ex: Aprenderia tocar violão.futuro do Presente.cantar (eu). positiva. Ex: se eu soubesse. revela de certa forma a ideia de continuidade. venderia. etc.ser empregado no lugar do pretérito (presente histórico). (diria) . venderei. Fato ocorrido depois. Ex: É 1939: alemães invadem o território polonês (era. ela dividira a turma em dois grupos. As formas nominais do verbo são Três: infinitivo. Imperativo negativo: É formado do presente do subjuntivo. . perco a paciência. Impessoal: Uma forma em que o verbo não se refere a nenhuma pessoa gramatical: é o infinitivo impessoal quando não se refere às pessoas do discurso. vendera.cantava. Fato ocorrido antes. O Pretérito Perfeito Composto: indica um fato concluído. conselho.Mais-que-perfeito. Refere-se a um fato imediato e certo.subjuntivo. Modos Verbais . uns 70 quilos.LÍNGUA PORTUGUESA Tempos e Modo de Verbo . pedido. imperfeito e mais-que-perfeito. partia. (não mates) Tempos Simples e Tempos Compostos: Os tempos são simples quando formados apenas pelo verbo principal. Ex: comprarei ingressos para o teatro. gerúndio e particípio. (é proibido o fumo) Pessoal: Quando se refere às pessoas do discurso. É proibido fumar. Ex: não matarás.Presente. . não dizia aquilo. Ação acabada. Futuro . Indicativo: Presente . É útil pesquisarmos (é útil a nossa pesquisa) Aspecto: Aspecto é a maneira de ser ação.cantei. cantares (tu).cantar. Fato ocorrido no momento em que se fala. Ex: Ele olhava o mar durante horas e horas. Ex: Eu estudo geografia Iremos ao cinema. partir. Senhor tende piedade de nós. partir. Pode exprimir um desejo e apresenta o fato como possível ou duvidoso. vendo. Exprime ordem. .vendi. vender. Pretérito imperfeito . no máximo. Infinitivo: Pessoal .IR Não cantes Não cante Não cantemos Não canteis Não cantem Não vendas Não venda Não vendamos Não vendais Não vendam Não partas Não parta Não partamos Não partais Não partam Didatismo e Conhecimento 61 . perderei) .Imperfeito. ampliando a informação nele contida. docemente. atrás.terei cantado. mesmo. perto. talvez. às claras. nada. salvo. à esquerda. em volta. tão. Tipos de Advérbios . senão. Infinitivo: Pretérito impessoal composto . adiante. menos. unicamente.: Antônio construiu seu arraial popular ali.tenho cantado. sucessivamente. externamente.: Realmente eles sumiram. antigamente. quiçá. mal. pior. à distancia de. Futuro composto . Por circunstância entende-se qualquer particularidade que determina um fato. em excesso. tinha vendido. Cantar (1ª conjugação) vender (2ª conjugação) partir (3ª conjugação) todos que se conjugarem de acordo com esses verbos serão regulares.ter (teres) cantado. detrás. nunca. Advérbio modificando outro advérbio: Ocorre quando o advérbio modifica um adjetivo ou outro advérbio. teria partido. etc. quem sabe. amorosamente. Não.: Emocionalmente o indivíduo também amadurece durante a adolescência. Ex. então.tinha cantado. desse jeito. etc. tudo. alhures. tendo vendido. inclusivamente. acinte. amanhã. propositadamente. tiver vendido. escandalosamente. etc. etc. constantemente. demasiado. provavelmente. somente. de forma nenhuma. Tempos são compostos quando formados pelos auxiliares ter ou haver. antes. de modo algum.tendo cantado. pouco. terei partido. Pretérito pessoal composto . adentro. indubitavelmente. mais. de todo. embaixo. . só.: Talvez ela volte hoje. etc. . às cegas. Ex.ter cantado. aos poucos. à direita. afora. debaixo. que (equivale a quão). assaz. . jamais. à tarde.de afirmação: Ex.tiver cantado. decerto.: Sei muito bem que ninguém deve passar atestado da virtude alheia. aí. além. tivesse partido. de jeito nenhum. quão. deveras. em cima. aquém. de muito. a qualquer momento. a distancia.tenha cantado.teria cantado.: De modo algum irei lá. certamente. realmente. longe. quase. porventura. primeiro. amiúde. Gerúndio pretérito composto . abaixo. bondosamente. 62 Advérbio modificando uma oração inteira: Ocorre quando o advérbio está modificando o grupo formado por todos os outros elementos da oração. indicando uma circunstância. Advérbio modificando um verbo ou adjetivo: Ocorre quando o advérbio modifica um verbo ou um adjetivo acrescentando a eles uma circunstância. afinal. debalde.: Leia e depois me diga quando pode sair na gazeta. Acaso. Advérbio Palavra invariável que modifica essencialmente o verbo.: Lamentavelmente o Brasil ainda tem 19 milhões de analfabetos. tenha partido. etc. exclusivamente. de cor. Futuro do presente composto . tristemente. às escondas. imediatamente. certo. tanto. Indicativo: Pretérito perfeito composto . possivelmente. . de tempos em tempos. ter partido. dentro. devagar.bem (quando aplicado a propriedades graduáveis). dantes. a pé. Ex.: Acho que. casualmente. Pretérito mais-que-perfeito composto . pacientemente. antes. efetivamente. à toa. às vezes. Bem. o pedido ou o conselho a si mesmo. de vez em quando. desse modo. à vontade. Hoje. exprimindo uma circunstância. tenho vendido. hoje em dia. você já ouviu bastante. frente a frente. Pretérito mais-que-perfeito composto . depressa.: A senhora sabe aonde eu posso encontrar esse pai de santo? Aqui. nenhures. tarde outrora.tiver partido. Ainda. tenha vendido. dessa maneira. ás pressas. ao lado. nenhures. pouco. quanto. Subjuntivo: Pretérito perfeito composto . ali. Locução Adverbial: É um conjunto de palavras que pode exercer a função de advérbio. decididamente. Sim. algures. logo. em geral. por hoje. à noite. ter (teres) vendido. Estradas tão ruins.de inclusão: Ex.de dúvida: Ex. ter (teres) partido.: Grande parte da população adulta lê muito mal. também Didatismo e Conhecimento . ainda. acolá. cá. teria vendido. por certo. . pois não se prevê a ordem. aquém. Futuro do pretérito composto . acima.de exclusão: Apenas.: De modo algum irei lá. lado a lado.de lugar: Ex. tinha partido. aonde. jamais. .de tempo: Ex. Muito. provisoriamente. de longe. defronte. em breve. entrementes. .de intensidade: Ex. etc. Regulares: Regulares são verbos que se conjugam de acordo com o paradigma (modelo) de cada conjugação.tivesse cantado. demais. menos. melhor. até. realmente. sempre. já. de manhã. enfim. doravante. terei vendido. bastante. generosamente. com exceção da 2º pessoa do singular e da 2º pessoa do plural. Ex.LÍNGUA PORTUGUESA Imperativo afirmativo: Também é formado do presente do subjuntivo. tampouco. ontem. simplesmente. breve. primeiramente. nem. de perto. nunca. que são retiradas do presente do indicativo sem o “s”. agora. Ex: Canta – Cante – Cantemos – Cantai – Cantem O imperativo não possui a 1º pessoa do singular. ter vendido. tivesse vendido. por completo. cedo. etc. de repente. em vão e a maior parte dos que terminam em -mente: calmamente. lá. tendo partido. fora. de quando em quando. ora. onde. geralmente intensificando o significado. tenho partido.de negação : Ex. . adrede. todo. assim.de modo: Ex. depois. .de interrogação: Ex. para. Ainda bem.: Imediatamente convoquei os alunos.: Chegarei tão cedo quanto você. perante. por exemplo. .comparativo de inferioridade. Quando esta ligação acontece.: Cheguei tardíssimo. durante. só.Situação: Ex. desde. embora pertençam à categoria das palavras invariáveis.comparativo de superioridade. Ainda.: Cheguei muito tarde. . Preposição É uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. também. entre. acima de.Adição: Ex.LÍNGUA PORTUGUESA . Ex. Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos: . Até. falou clara. acerca de. nas férias. franca e nitidamente.Inclusão: Ex. preposição a + artigos definidos o. como? (modo). . por isso elas são chamadas simplesmente de palavras denotativas. Grau dos Advérbios: Os advérbios. para com. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em gênero ou em número. . sem.: Nada omitiu de seu pensamento. . segundo. Didatismo e Conhecimento 63 . de acordo com. O grau superlativo do advérbio pode ser formado tanto pelo processo sintético (acréscimo de sufixo). felizmente. podem apresentar variações com relação ao grau.Afetividade: Ex. Além do grau normal. ao lado de.Grau Superlativo: nesse caso. Ex: por + o = pelo. com. Tipos de Preposição . com. cerca de. lá por. primeiramente. graças a. mas. ainda. lá. mediante. visto. sobre. contra. . por causa de. menos.de ordem: Depois.: Somos três. por trás de. mais…que. na língua portuguesa.Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição. somente. Embora. a respeito de. em frente a.: Até ele irá viajar. Ex. é invariável.: Foi embora daqui. atrás de. . inclusive.: Eis nosso novo carro. mas. quanto? (preço e intensidade). junto a.Designação: Ex.Limitação: Ex. unicamente. ante. Ex. pode-se acrescentar o sufixo apenas no ultimo. porque? (causa). a circunstância expressa pelo advérbio aparecerá intensificada. além disso. por cima de. somente. salvo. por. normalmente há uma subordinação do segundo termo em relação ao primeiro. Como. após. isto é.Contração: Quando a preposição sofre alteração. exclusive. os a + o = ao preposição a + advérbio onde a + onde = aonde .Aproximação: quase. . A preposição.Realce: Ex. exceto. infelizmente. ou melhor. quatro. Ex. Eis.comparativo de igualdade.: Todos irão. de.: Chegarei mais cedo que você. não.de designação: Eis .Combinação: A preposição não sofre alteração.: Apenas um me respondeu.Retificação: Ex. é porque. Ex. . sequer. a saber. As preposições são muito importantes na estrutura da língua pois estabelecem a coesão textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto. .superlativo (ou absoluto) analítico: expresso com o auxilio de um advérbio de intensidade.Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições.: Comeu tudo e ainda queria mais.Explicação: Ex. perto de. fora. uns. por + a = pela Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição e sim das palavras a que se ela se une. Quando se empregam dois ou mais advérbios terminados em –mente. A. Abaixo de. ou antes.superlativo (ou absoluto) sintético: formado com o acréscimo de sufixo. em cima de.Grau Comparativo: quando a circunstância expressa pelo advérbio aparece em relação de comparação. em. cá.: Afinal. ultimamente . para que? (finalidade). ao redor de. . ademais.: E você lá sabe essa questão? É que. Ex. . Só.Afastamento: Ex. . bem. trás. menos…que. apenas. Quando se quer realçar o advérbio. Para indicar esse grau utilizam as formas tão…quanto. . ou seja. Pode ser: .: E então? Quando é que embarca? onde? (lugar).: Chegaremos menos cedo que você. o advérbio pode-se apresentar no grau comparativo e no superlativo. . como pelo processo analítico (outro advérbio estará indicando o grau superlativo). ou melhor. O advérbio não é flexionado no grau comparativo. senão. sob. agora.Exclusão: Ex.Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições. pode-se antecipá-lo. quando? (tempo). .: Ainda bem que passei de ano. ou seja. sobretudo. Aliás. senão. dentro de. Palavras Denotativas: Há. quem perguntaria a ele? Então. afinal. sendo que a última palavra é uma delas. até. A Nomenclatura Gramatical Brasileira não faz nenhuma classificação especial para essas palavras. Apenas. mesmo. salvo. . se.: Viajaremos em julho. uma série de palavras que se assemelham a advérbios. menos ele. . Preposição + Artigos De + o(s) = do(s) De + a(s) = da(s) De + um = dum De + uns = duns De + uma = duma De + umas = dumas Em + o(s) = no(s) Em + a(s) = na(s) Em + um = num . exceto. embaixo de. por volta de. só. Ex. Isto é. O “a” pode funcionar como preposição..[sentença (sugestão): “Foi muito bom! Repitam!”] . Companhia: Estarei com ele amanhã. 2..Psiu! .Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé. Assunto: Escrevi um artigo sobre adolescência.Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! . Como distingui-los? ..Caso o “a” seja um artigo.. pronome pessoal oblíquo e artigo.Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! .Não queria.[significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! Ei. por outro lado.. o tom da fala é que dita o sentido que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação..Quando é preposição.[significado da interjeição (sugestão): “Por favor. . (ai: interjeição) .Temos Maria como parte da família.Preposição + Pronomes De + ele(s) = dele(s) De + ela(s) = dela(s) De + este(s) = deste(s) De + esta(s) = desta(s) De + esse(s) = desse(s) De + essa(s) = dessa(s) De + aquele(s) = daquele(s) De + aquela(s) = daquela(s) De + isto = disto De + isso = disso De + aquilo = daquilo De + aqui = daqui De + aí = daí De + ali = dali De + outro = doutro(s) De + outra = doutra(s) Em + este(s) = neste(s) Em + esta(s) = nesta(s) Em + esse(s) = nesse(s) Em + aquele(s) = naquele(s) Em + aquela(s) = naquela(s) Em + isto = nisto Em + isso = nisso Em + aquilo = naquilo A + aquele(s) = àquele(s) A + aquela(s) = àquela(s) A + aquilo = àquilo 1. Observe: .A dona da casa não quis nos atender.(tom da fala: euforia) . Meio: Nós vamos fazer um passeio de barco.....Como posso fazer a Joana concordar comigo? .Cheguei a sua casa ontem pela manhã. Matéria: Farei um cartão de papel reciclado. / A temos como parte da família.Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém.. liga dois termos e estabelece relação de subordinação entre eles. Exemplos: .. .(puxa: interjeição) . um estado da alma decorrente de uma situação particular. Origem: Nós somos do Nordeste. além de ser invariável.(tom da fala: decepção) Didatismo e Conhecimento 64 .(contexto: alguém pronunciando essa expressão na rua) .. . ou seja.[sentença (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”] O significado das interjeições está vinculado à maneira como elas são proferidas.Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou a função de um substantivo. Fim ou finalidade: Vou ao médico para começar o tratamento. como são as sentenças da língua. .. As interjeições. Lugar: Vou ficar em casa.. Oposição: Esse movimento é contra o que eu penso.locução interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença. Autoria: Esse livro de Machado de Assis é muito bom.LÍNGUA PORTUGUESA Em + uma = numa Em + uns = nuns Em + umas = numas A + à(s) = à(s) Por + o = pelo(s) Por + a = pela(s) . Exemplos: . virá precedendo a um substantivo...(contexto: alguém pronunciando essa expressão em um hospital) . faça silêncio!”] . Trata-se de um recurso da linguagem afetiva.Ah. Ele servirá para determiná-lo como um substantivo singular e feminino. em que não há uma ideia organizada de maneira lógica. há uma idéia expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras . Preço: Essa roupa sai por R$ 50 à vista.. como eu queria voltar a ser criança! (ah: expressão de um estado emotivo = interjeição) . espere!”] .Bravo! Bravo! Bis! (bravo e bis: interjeição) . Causa: Ela faleceu de derrame cerebral.Hum! Esse cuscuz estava maravilhoso! (hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição) As sentenças da língua costumam se organizar de forma lógica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui em posições adequadas a cada um deles. Instrumento: Escreveu a lápis. Modo: Chegou em casa aos gritos.. ..(puxa: interjeição) .. / Creio que a conhecemos melhor que ninguém. são uma espécie de palavra frase. Interjeição É a palavra que expressa emoções.Psiu! . . Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das preposições: Destino: Irei para casa. um momento ou um contexto específico. mas sim a manifestação de um suspiro. Posse: Não posso doar as roupas da mamãe. . mas vou ter que ir a outra cidade para procurar um tratamento adequado. Tempo: A prova vai começar em dois minutos. e você? Conteúdo: Quebrei dois frascos de perfume. sentimentos ou pensamentos súbitos. Desse modo.. Deve-se ter claro. Assinale o par de frases em que as palavras sublinhadas são substantivo e pronome. nem de número. entre. b) crê . / O consumo de drogas é condenável. e) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. acima 03. admitem a flexão de número: singular e plural: animal – animais. b) visse – fará. e) vir – faria. depois c) para. número e grau como os nomes.” c) “Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis. a forma verbal está no: a) imperfeito do subjuntivo. até loguinho.” Elas são. bonito – bonitos. c) mais-que-perfeito composto do indicativo. 10. Didatismo e Conhecimento 65 . c) Fale sobre tudo o que for preciso. b) A Inglaterra é responsável por sua economia. substantivo e) pronome. Respostas: 01-E / 02-A / 03-C / 04-E / 05-D / 06-E / 07-B / 08-D / 09-E / 10-D 9. substantivo b) verbo.duvide. mas tão só uma variação que a linguagem afetiva permite.” d) “Expliquei em resumo a prensa. de modo geral. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor adjetivo: a) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a utilizar com receio. 09. / É dever cristão praticar o bem. acrescenta-se S: ponte – pontes. Flexão Nominal Flexão de número: Os nomes (substantivo. 02. advérbio c) verbo. substantivo. Assinale a alternativa que completa adequadamente a frase: “___ em ti. Senhoria cópia autêntica do Edital nº 19/82. d) mais-que-perfeito composto do subjuntivo.” b) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos. mas nem sempre ___ dos outros”. algumas interjeições sofrem variação em grau. respectivamente: a) A imigração tornou-se necessária. adjetivo d) pronome. d) creia . c) creais . e) futuro composto do subjuntivo. atrás. O “que” está com função de preposição na alternativa: a) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga! b) Diz-me com quem andas. e) Não chore que eu já volto. e) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. substantivo. por d) em. . sobre. d) vir – fará. pessoa. Exemplos: oizinho. bravíssimo. / Havia muito movimento na praça. isto é. c) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. substantivo.” a) 1 preposição b) 3 adjetivos c) 4 verbos d) 7 palavras átonas e) 4 substantivos 07. adjetivo. neste caso.LÍNGUA PORTUGUESA As interjeições são palavras invariáveis. “Saberão que nos tempos do passado o doce amor era julgado um crime. b) futuro do presente composto. exceto em: a) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. após e) após. d) O Fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro. 08.” e) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem escrúpulos não se apoderassem do que era delas. Em “__ como se tivéssemos vivido sempre juntos”. adjetivo etc. aspecto e voz como os verbos.duvidas. Observe as palavras grifadas da seguinte frase: “Encaminhamos a V..Na maioria das vezes. respectivamente: a) verbo. e) crê . d) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim. c) João não estudou mais que José..). gio. c) ver – fazerá. tempo. não sofrem variação em gênero. adjetivo 04. modo. Se ele ____ (ver) o nosso trabalho _____ (fazer) um eloa) ver – fará. adjetivo.” 05. as serras. As expressões sublinhadas correspondem a um adjetivo. caso. o dínamo. / Pesca-se muito em Angra dos Reis. em uso específico. que não se trata de um processo natural dessa classe de palavra. b) Demorava-se de propósito naquele complicado banho.duvides. FLEXÃO NOMINAL E VERBAL. sob.duvidas. / Não entendi o que você disse. a) creias . mas entrou na Faculdade. 06. que eu te direi quem és. d) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. Exercícios 01. sobre b) com. Assinale o item que só contenha preposições: a) durante. No entanto.duvides. pingue-pongue − pingue-pongues.Com a troca de o ou e por a: lobo – loba. A exceção é surdo-mudo. o cônjuge. navio-escola − navios-escola (a finalidade é a escola). corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou zinhas): coraçãozinho – corações – coraçõe – coraçõezinhos. muitas vezes com alterações do radical: ateu – atéia. couve-flor − couves-flores.Plural com metafonia (ô . louva-a-deus. alemães. Quando o segundo substantivo determina o primeiro (fim ou semelhança): banana-maçã − bananas-maçã (semelhante a maçã).São invariáveis arco-íris. como os dois últimos.Casos especiais: aval. possuem uma única forma para masculino e feminino. bispo – episcopisa. marajá – marani. . Sem metafonia singular (ô) plural (ô): adorno-adornos. caráter – caracteres. numeral. Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero.Nenhum elemento varia. Em ães: escrivães. o ônibus − os ônibus . guardiões/guardiães. O pronome qualquer faz o plural no meio: quaisquer . fruta-pão − frutas-pães ou frutas-pão. Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos.Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero. bel-prazer − bel-prazeres. terra-nova − terras-novas ou terra-novas. Quando o composto é formado por verbo ou qualquer elemento invariável (advérbio.ó). A palavra Caracteres é plural tanto de caractere quanto de caráter. tabeliães. Nas frases substantivas (frases que se transformam em substantivos): O maria-vai-com-as-outras − os maria-vai-com-as-outras. bem-te-vi − bem-te-vis. tônico: plural em ÉIS: carretel – carretéis. Quando há preposição no composto. Em ões. . transtorno-transtornos. pronome): amor-perfeito − amores-perfeitos. feles e féis – mal e males – cônsul e cônsules.Apenas o último elemento varia. . admite-se também pôr os dois no plural: pisca-pisca − pisca-piscas ou piscas-piscas . Quando há verbo mais palavra invariável: O cola-tudo – os cola-tudo. . podendo então ser masculinos ou femininos: o estudante − a estudante. Quando há dois verbos de sentido oposto: o perde-ganha – os perde-ganha. Algumas palavras. Em ões ou ães: charlatões/charlatães. ou seja. outras não.Palavras terminadas em IL: átono: trocam IL por EIS: fóssil – fósseis. mesmo que oculta: pé-de-moleque − pés-de-moleque. sempre-viva − sempre-vivas. Com metafonia singular (ô) plural (ó): coro-coros. Em ãos: pagãos. . ou seja. o patriota − a patriota. bolso-bolsos. prefixo etc. ães e ões. o lugar-tenente − os lugar-tenentes. A flexão de feminino pode ocorrer de duas maneiras.Só o primeiro elemento varia. ou seja. discutível.Palavras terminadas em X são invariáveis: o clímax − os clímax. duque – duquesa. órgãos. avestruz – avestruzes. Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que o acompanham na frase admitem a flexão de gênero: masculino e feminino: Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário. As paroxítonas e as proparoxítonas são invariáveis: o pires − os pires. guarda-marinha − guardas-marinhas ou guardas-marinha. analisando bem as outras opções. sempre fazem o plural em ãos. sem-teto e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. sandeu – sandia. Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos. o cientista − a cientista. designando os animais: O jacaré. sultão – sultana. gaviões. Admitem mais de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos. o polvo . Quando dizemos (e isso vai ocorrer outras vezes) que é uma situação polêmica. Coloca-se a palavra no plural. super-homem − super-homens. bênçãos. em que os dois adjetivos se flexionam: surdos-mudos. ilhéu – ilhoa. a cobra. píton – pitonisa. grã e bel: grão-duque − grão-duques. . pode haver alguma alteração nos elementos. destroço-destroços. a testemunha. cirugiões/cirurgiães. Nos compostos em que aparecem os adjetivos grão. podendo designar os dois sexos: a pessoa.LÍNGUA PORTUGUESA . cidadãos.Os dois elementos variam. . verões/verãos. corvo-corvos. o mapa-múndi − os mapas-múndi. abrem o timbre da vogal “o”. Os paroxítonos.Há palavras cuja sílaba tônica avança: júnior − juniores. sem-vergonha. interjeição. tônico: trocam L por S: funil – funis. Quando os elementos são repetidos ou onomatopaicos (representam sons): reco-reco − reco-recos. padre-nosso − padres-nossos ou padre-nossos. substantivo. Epicenos: admitem apenas um artigo. quando vão ao plural. . mestre – mestra. capelães. segunda-feira − segundas-feiras. Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras: o bem-me-quer − os bem-me-queres.) mais substantivo ou adjetivo: arranha-céu − arranha-céus. É uma situação polêmica: mangas-espada (preferível) ou mangas-espaDidatismo e Conhecimento 66 das. Minha amiga diretora recebeu a primeira prestação. conde – condessa. Se forem verbos repetidos. cristãos. . Como se vê pelo segundo exemplo. xeque-mate − xeques-mates ou xeques-mate.Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES: éter – éteres. Em ões: balões. cavalo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor).Plural dos diminutivos com a letra z. Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos. ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães. salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos. . . corações. grilhões. frade – freira. judeu – judia. pigmeu – pigmeia. não serem iguais. o joão-ninguém − os joões-ninguém. avales e avaiscal − cales e caiscós − coses e cós – fel. Quando os elementos são adjetivos: hispano-americano − hispano-americanos.Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES: ananás – ananases. grã-cruz − grã-cruzes. capitães.Palavras terminadas em ão fazem o plural em ãos.Palavras terminadas em EL: átono: plural em EIS: nível – níveis. anões/ anãos. Podem ser: Sobrecomuns: admitem apenas um artigo. ermitões/ermitãos/ermitães . convém ter em mente que a questão do concurso deve ser resolvida por eliminação. melões. monje – monja. Quando os compostos são formados por substantivo mais palavra variável (adjetivo. . Procuro alguém que seja meu companheiro para sempre. Aliá é correto. Ele é o pior do grupo. analítico. grama (peso).Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. (ou do que). feroz – ferocíssimo. e pior constituem sempre graus de superioridade: O carro é menor que o ônibus. eles. ou com duração no tempo: Naquela época eu cantava como um pássaro. imposição. modo e pessoa da seguinte forma: O tempo indica o momento em que ocorre o processo verbal. respectivamente: a) cristão / guarda-roupa b) questão / abaixo-assinado c) alemão / beija-flor d) tabelião / sexta-feira e) cidadão / salário-família 02. érrimo ou imo) ou uma palavra de apoio. .Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda não aconteceu: Farei essa viagem no fim do ano. Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem. (ou como) . Ainda que ele queira. deve ser considerado epiceno. sagrado – sacratíssimo. sério – seriíssimo. como muito. pior (mais mau): superlativo relativo de superioridade. plasma. Duvido que ele seja o culpado. . irei para as praias do nordeste. menor (mais pequeno): comparativo de superioridade. Relativamente à concordância dos adjetivos compostos indicativos de cor. O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do adjetivo. No português brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento você (s) em lugar do tu e vós. passado histórico (nos contos. Espero que ele fique contente. pedido ou solicitação: Vai e não voltes mais. Modo Subjuntivo: Expressa incerteza. elas. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo. do passado (pretérito) e do futuro. . Flexão Verbal As flexões verbais são expressas por meio dos tempos. magro – macérrimo. Assinale o par de vocábulos que formam o plural como órfão e mata-burro. Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três pessoas: Singular: eu . . bastante. Flexão de Grau: Grau do substantivo .Normal ou Positivo: João é forte. Há substantivos de gênero duvidoso. geral – generalíssimo. b) Os filhos de Clotilde são dois espalhas-brasas. dentre as seguintes. Indique a frase correta: a) Mariazinha e Rita são duas leva-e-trazes. não lhe será concedida a vaga. grafite.Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior a um processo que já passou: Eu faria essa viagem se não tivesse comprado o carro. Plural: nós. A pessoa marca na forma do verbo a pessoa gramatical do sujeito. e) Alfredo e Radagásio são dois gentilhomens.Pretérito Imperfeito: Exprime um processo habitual. É possível que ele seja honesto. fato corriqueiro. Grau do adjetivo . para alguns gramáticos.).Comparativo: de superioridade: João é mais forte que André. Modo Modo Indicativo: Indica uma certeza relativa do falante com referência ao que o verbo exprime. habitual: Compro livros nesta livraria. Há três tempos: presente. Tempos: Há tempos do presente. Não pise na grama. Mamão. imperfeito e futuro. Exercícios 01. tu . dó. possibilidade ou dúvida em relação ao processo verbal e não está ligado com a noção de tempo. impossibilidade. pobre – paupérrimo. chapéu reduzido etc. cataplasma. mas designa apenas uma espécie de elefanta. É algo discutível. narrativas) Tempos do Pretérito (passado): Exprimem processos anteriores ao ato da fala. Relativo: de superioridade: João é o mais forte da turma. soberbo – superbíssimo. de inferioridade: João é o menos forte da turma.Pretérito Perfeito: Exprime uma ação acabada: Paulo quebrou meu violão de estimação.). que as pessoas costumam trocar: champanha aguardente. fiel – fidelíssimo. ele nunca deixou de estudar.LÍNGUA PORTUGUESA O feminino de elefante é elefanta . Analítico: chapéu grande. Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acontecer: . pedido. Quando eu tiver dinherio. Usa-se também o presente com o valor de passado. passado ou futuro: 67 Presente: Processo simultâneo ao ato da fala. enorme etc. está errada. etc. c) O ladrão forçou a porta com dois pés-de-cabra. fácil – facílimo. Existem substantivos que admitem os dois gêneros: diabetes (ou diabete). vós. amigo – amicíssimo. Quero que voltes para mim. . Um grau é sintético quando formado por sufixo. antigo – antiqüíssimo. demasiadamente. cruel – crudelíssimo. de igualdade: João é tão forte quanto André. melhor. Analítico: chapéu pequeno. As palavras maior. d) Godofredo almoçou duas couves-flor. musse. forte demais etc. eclipse. e não elefoa. acre – acérrimo. suéter. negro – nigérrimo. pode ocorrer no tempo presente. Didatismo e Conhecimento . ela. preá. uma.Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração. calformicida. (ou do que). analítico: João é muito forte (bastante forte. telefonema. alface. São eles: . Qual? a) saia amarelo-ouro b) papel amarelo-ouro c) caixa vermelho-sangue d) caixa vermelha-sangue e) caixas vermelho-sangue 03. milhar libido. O modo indica a atitude do falante (dúvida. chapéu enorme etc. de inferioridade: João é menos forte que André.Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo. amargo – amaríssimo. menor. certeza.Aumentativo: Sintético: chapelão. soprano. humilde – humílimo. Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apresentar dúvidas. doce – dulcíssimo. estaria na Rússia. por meio de outras palavras.Pretérito Mais-que-Perfeito: Exprime um processo anterior a um processo acabado: Embora tivera deixado a escola. . ele. Se eu fosse bailarina. laringe. usucapião etc. LÍNGUA PORTUGUESA 04. o= sujeito do verbo mandar. vos. seu. interrogativos e relativos. sentir e ver+verbo no infinitivo. Põe-nos sobre a mesa. ela (singular) eles. los. lhe. nos. . os bota-fora b) tico-ticos. nosso. o pronome é. ão. (eis. se. os.Colocados depois do verbo. ti. assumem as formas: lo. consequentemente. o. sextas-feiras. os pronomes oblíquos da 3ª pessoa. mulas-sem-cabeças Respostas: 1-A / 2-D / 3-C / 4-D / 5-E / 6-E / 7-A / 8-A / 9-B / 10-E / 1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou emissor. os. o. Na sentença “Há frases que contêm mais beleza do que verdade”. a.pronome oblíquo) . tu. vosso: Os anos roubaram-lhe a esperança. me. ouvir. lo. (Deixe que eu sinta seu perfume me sujeito do verbo deixar Mandei-o calar. Não varia no plural: a) tique-taque b) guarda-comida c) beija-flor d) para-lama e) cola-tudo 07. a. Os pronomes são classificados em: pessoais. salários-família. (ela pronome reto / vai verbo / conosco complemento nominal. com + vós. (sua. dele. te. pães-de-ló e) pisca-piscas. . 2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se fala ou receptor. demonstrativos. a. dela possessivo) as formas conosco e convosco são substituídas por: com + nós. Aponte a alternativa em que haja erro quanto à flexão do nome composto: a) vice-presidentes. vós. as. convosco. Pronomes Pessoais: Os pronomes pessoais dividem-se em: . nos. o pronome oblíquo funciona como sujeito com os verbos: deixar. lhes. te. apresentam sempre a forma: o. as: Eu os vi saindo do teatro. obras-primas c) reco-recos. fazer. perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido. nos. Mesma pronúncia de “bolos”: a) tijolos b) caroços c) olhos d) fornos e) rostos 06. FORMAS DE TRATAMENTO E COLOCAÇÃO. lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural. as terminações R. õe: Deram-na como vencedora. de tratamento. vos: quando colocado com verbos transitivos diretos (TD). seguidos de: ambos. nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m.Eu dou atenção a ela. (= Mandei que ele calasse). possessivos. Fiz os exercícios a lápis. átonos sem preposição: me. cartões-postais. eles: . todos. teu. elas (plural): aquela de quem se fala ou referente. chefes-de-seção. = Fi-los a lápis.Ela não vai conosco. las. mesmos. Flexão incorreta: a) os cidadãos b) os açúcares c) os cônsules d) os tóraxes e) os fósseis 05.oblíquos exercem a função de complemento do verbo (objeto direto / objeto indireto) ou as.si. conosco. outros. comigo. lhe. relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. O tempo nos dirá. temos grau: a) comparativo de superioridade b) superlativo absoluto sintético c) comparativo de igualdade d) superlativo relativo e) superlativo por meio de acréscimo de sufixo 09. .retos exercem a função de sujeito da oração: eu. = no-lo dirá. É a palavra que acompanha ou substitui o nome. PRONOMES: EMPREGO. mandar. os. as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral: Encontrei-a sozinha. numeral: Mariane garantiu que viajaria com nós três. los. Preciso pagar ao verdureiro. ele. vos perdem o S) no. 68 10. (o S permanece) nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural.Colocados antes do verbo. Vejo-os diariamente. respectivamente: pronome substantivo ou pronome adjetivo. Está mal flexionado o adjetivo na alternativa: a) Tecidos verde-olivas b) Festas cívico-religiosas c) Guardas noturnos luso-brasileiros d) Ternos azul-marinho e) Vários porta-estandartes 08. lhe. perdendo. precedidos de verbos terminados em: R/S/Z. próprios. indefinidos. As três pessoas do discurso são: Didatismo e Conhecimento . contigo. Z. = Ei-la. Assinale a alternativa em que a flexão do substantivo composto está errada: a) os pés-de-chumbo b) os corre-corre c) as públicas-formas d) os cavalos-vapor e) os vaivéns 10. dele. os. na. 3ª pessoa: ele. os pronomes oblíquos da 3ª pessoa apresentam as formas: o. equivalendo a meu. S. la. Dependendo da função de substituir ou acompanhar o nome. Deixe-me sentir seu perfume.As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os pronomes pessoais do caso reto: Eu vi só ele ontem. nos. sempre-vivas d) pseudo-esferas. Ia. consigo. São: tônicos com preposição: mim. (eu pronome reto / dou verbo / atenção nome / ela pronome oblíquo) Saiba mais sobre os Pronomes Pessoais . terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia do contrato. amores-perfeitos. têm sentido possessivo. las: se vierem depois de: eis / nos / vos Eis a prova do suborno. a. = pagá-lo. nós. LÍNGUA PORTUGUESA os pronomes pessoais oblíquos nos, vos, e se recebem o nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados. (pronome recíproco, nós mesmos). Nunca diga: Eu se apavorei. / Eu já se arrumei; Eu me apavorei. / Eu me arrumei. (certos) - Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituídos por mim e ti após preposição: O segredo ficará somente entre mim e ti. - É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu, quando funcionarem como Sujeito: Todos pediram para eu relatar os fatos cuidadosamente. (pronome reto + verbo no infinitivo). Lembre-se de que mim não fala, não escreve, não compra, não anda. Somente o Tarzã e o Capitão Caverna dizem: mim gosta / mim tem / mim faz. / mim quer. - As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos ao passo que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos de verbos transitivos indiretos; Dona Cecília, querida amiga, chamou-a. (verbo transitivo direto, VTD); Minha saudosa comadre, Nircleia, obedeceu-lhe. (verbo transitivo indireto,VTI) - É comum, na linguagem coloquial, usar o brasileiríssimo a gente, substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve fazer caridade com os mais necessitados. - Os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas, nós e vós serão pronomes pessoais oblíquos quando empregados como complementos de um verbo e vierem precedidos de preposição. O conserto da televisão foi feito por ele. (ele= pronome oblíquo) - Os pronomes pessoais ele, eles e ela, elas podem se contrair com as preposições de e em: Não vejo graça nele./ Já frequentei a casa dela. - Se os pronomes pessoais retos ele, eles, ela, elas estiverem funcionando como sujeito, e houver uma preposição antes deles, não poderá haver uma contração: Está na hora de ela decidir seu caminho. (ela sujeito de decidir; sempre com verbo no infinitivo) - Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes pessoais que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. (eu 1ª pessoa sujeito / me pronome pessoal reflexivo) - Os pronomes pessoais oblíquos se, si e consigo devem ser empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa, cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares. (Nicole sujeito, 3ª pessoa/ levantou verbo 3ª pessoa / se complemento 3ª pessoa / levou verbo 3ª pessoa / consigo complemento 3ª pessoa) - O pronome pessoal oblíquo não funciona como reflexivo se não se referir ao sujeito: Ela me protegeu do acidente. (ela sujeito 3ª pessoa me complemento 1ª pessoa) - Você é segunda ou terceira pessoa? Na estrutura da fala, você é a pessoa a quem se fala e, portanto, da 2ª pessoa. Por outro lado, você, como os demais pronomes de tratamento senhor, senhora, senhorita, dona, pede o verbo na 3ª pessoa, e não na 2ª. - Os pronomes oblíquos me, te, lhe, nos, vos, lhes (formas de objeto indireto, 0I) juntam-se a o, a, os, as (formas de objeto direto), assim: me+o: mo/+a: ma/+ os: mos/+as: mas: Recebi a carta e agradeci ao jovem, que me trouxe. nos +o: no-lo / + a: no-la / + os: no-los / +as: no-las: Venderíamos a casa, se no-la exigissem. te+ o: to/+ a: ta/+ os: tos/+ as: tas: Deite os meus melhores dias. Dei-tos. lhe+ o: lho/+ a: lha/+ os: lhos/+ as:lhas: Ofereci-lhe flores. Ofereci lhas. vos+ o: vo-lo/+ a: vo-la/+ os: vo-los/+ as: vo-las: Pedi-vos conselho. Pedi vo-lo. Didatismo e Conhecimento 69 No Brasil, quase não se usam essas combinações (mo, to, lho, no-lo, vo-lo), são usadas somente em escritores mais sofisticados. Pronomes de Tratamento: São usados no trato com as pessoas. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos, do seu cargo, idade, título, o tratamento será familiar ou cerimonioso: Vossa Alteza-V.A.-príncipes, duques; Vossa Eminência-V.Ema-cardeais; Vossa Excelência-V.Ex.a-altas autoridades, presidente, oficiais; Vossa Magnificência-V.Mag.a-reitores de universidades; Vossa Majestade-V.M.-reis, imperadores; Vossa Santidade-V.S.-Papa; Vossa Senhoria-V.Sa-tratamento cerimonioso. - São também pronomes de tratamento: o senhor, a senhora, a senhorita, dona, você. - Doutor não é forma de tratamento, e sim título acadêmico. Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente dois fechos: - Respeitosamente: para autoridades superiores, inclusive para o presidente da República. - Atenciosamente: para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. - A forma Vossa (Senhoria, Excelência) é empregada quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à reunião dos sem terra? (falando com a pessoa) - A forma Sua (Senhoria, Excelência ) é empregada quando se fala sobre a pessoa: Sua Eminência, o cardeal, viajou para um Congresso. (falando a respeito do cardeal) - Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria, Excelência, Eminência, Majestade), embora indiquem a 2ª pessoa (com quem se fala), exigem que outros pronomes e o verbo sejam usados na 3ª pessoa. Vossa Excelência sabe que seus ministros o apoiarão. Pronomes Possessivos: São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas da fala. Singular: 1ª pessoa: meu, meus, minha, minhas; 2ª pessoa: teu, teus, tua, tuas; 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas; Plural: 1ª pessoa: nosso/os nossa/as, 2ª pessoa: vosso/os vossa/as. 3ª pessoa: seu, seus, sua, suas. Emprego dos Pronomes Possessivos - O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode provocar, às vezes, a ambiguidade da frase. João Luís disse que Laurinha estava trabalhando em seu consultório. - O pronome seu toma o sentido ambíguo, pois pode referir se tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. No caso, usa-se o pronome dele, dela para desfazer a ambiguidade. - Os possessivos, às vezes, podem indicar aproximações numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus trinta anos. - Na linguagem popular, o tratamento seu como em: Seu Ricardo, pode entrar!, não tem valor possessivo, pois é uma alteração fonética da palavra senhor - Os pronomes possessivos podem ser substantivados: Dê lembranças a todos os seus. - Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações. - Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me, te, lhe, nos, vos, com o valor de possessivos. Vou seguir-lhe os passos. (os seus passos) LÍNGUA PORTUGUESA - Deve-se observar as correlações entre os pronomes pessoais e possessivos. “Sendo hoje o dia do teu aniversário, apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns; Peço a Deus pela tua felicidade; Abraça-te o teu amigo que te preza.” - Não se emprega o pronome possessivo (seu, sua) quando se trata de parte do corpo. Veja: “Um cavaleiro todo vestido de negro, com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada em sua, mão”. (usa-se: no ombro; na mão) Pronomes Demonstrativos: Indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas do discurso, situando-os no espaço ou no tempo. Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis. - Em relação ao espaço: Este (s), esta (s), isto: indicam o ser ou objeto que está próximo da pessoa que fala. Esse (s), essa (s), isso: indicam o ser ou objeto que está próximo da pessoa,com quem se fala, que ouve (2ª pessoa) Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam o ser ou objeto que está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa) - Em relação ao tempo: Este (s), esta (s), isto: indicam o tempo presente em relação ao momento em que se fala. Este mês termina o prazo das inscrições para o vestibular da FAL. Esse (s), essa (s), isso: indicam o tempo passado há pouco ou o futuro em relação ao momento em se fala. Onde você esteve essa semana toda? Aquele (s), aquela (s), aquilo: indicam um tempo distante em relação ao momento em que se fala. Bons tempos aqueles em que brincávamos descalços na rua... - dependendo do contexto, também são considerados pronomes demonstrativos o, a, os, as, mesmo, próprio, semelhante, tal, equivalendo a aquele, aquela, aquilo. O próprio homem destrói a natureza; Depois de muito procurar, achei o que queria; O professor fez a mesma observação; Estranhei semelhante coincidência; Tal atitude é inexplicável. - para retomar elementos já enunciados, usamos aquele (e variações) para o elemento que foi referido em 1º lugar e este (e variações) para o que foi referido em último lugar. Pais e mães vieram à festa de encerramento; aqueles, sérios e orgulhosos, estas, elegantes e risonhas. - dependendo do contexto os demonstrativos também servem como palavras de função intensificadora ou depreciativa. Júlia fez o exercício com aquela calma! (=expressão intensificadora). Não se preocupe; aquilo é uma tranqueira! (=expressão depreciativa) - as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de então ou nesse momento. A festa estava desanimada; nisso, a orquestra atacou um samba é todos caíram na dança. - os demonstrativos esse, essa, são usados para destacar um elemento anteriormente expresso. Ninguém ligou para o incidente, mas os pais, esses resolveram tirar tudo a limpo. Pronomes Indefinidos: São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo vago indefinido, impreciso: Alguém disse que Paulo César seria o vencedor. Alguns desses pronomes são variáveis em gênero e número; outros são invariáveis. Didatismo e Conhecimento 70 Variáveis: algum, nenhum, todo, outro, muito, pouco, certo, vários, tanto, quanto, um, bastante, qualquer. Invariáveis: alguém, ninguém, tudo, outrem, algo, quem, nada, cada, mais, menos, demais. Emprego dos Pronomes Indefinidos Não sei de pessoa alguma capaz de convencê-lo. (alguma, equivale a nenhum) - Em frases de sentido negativo, nenhum (e variações) equivale ao pronome indefinido um: Fiquei sabendo que ele não é nenhum ignorante. - O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um substantivo ou numeral, nunca sozinho: Ganharam cem dólares cada um. (inadequado: Ganharam cem dólares cada.) - Colocados depois do substantivo, os pronomes algum/alguma ganham sentido negativo. Este ano, funcionário público algum terá aumento digno. - Colocados antes do substantivo, os pronomes algum/alguma ganham sentido positivo. Devemos sempre ter alguma esperança. - Certo, certa, certos, certas, vários, várias, são indefinidos quando colocados antes do substantivo e adjetivos, quando colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da situação. (antes do substantivo= indefinido); Eles voltarão no dia certo. (depois do substantivo=adjetivo). - Todo, toda (somente no singular) sem artigo, equivale a qualquer: Todo ser nasce chorando. (=qualquer ser; indetermina, generaliza). - Outrem significa outra pessoa: Nunca se sabe o pensamento de outrem. - Qualquer, plural quaisquer: Fazemos quaisquer negócios. Locuções Pronominais Indefinidas: São locuções pronominais indefinidas duas ou mais palavras que esquiva em ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou outro / tal qual (=certo) / tal e, ou qual / Pronomes Relativos: São aqueles que representam, numa 2ª oração, alguma palavra que já apareceu na oração anterior. Essa palavra da oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que é movido a álcool e à gasolina. É Flex Power. Percebe-se que o pronome relativo que, substitui na 2ª oração, o carro, por isso a palavra que é um pronome relativo. Dica: substituir que por o, a, os, as, qual / quais. Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e invariáveis. Variáveis: o qual, os quais, a qual, as quais, cujo, cujos, cuja, cujas, quanto, quantos; Invariáveis: que, quem, quando, como, onde. Emprego dos Pronomes Relativos - O relativo que, por ser o mais usado, é chamado de relativo universal. Ele pode ser empregado com referência à pessoa ou coisa, no plural ou no singular: Este é o CD novo que acabei de comprar; João Adolfo é o cara que pedi a Deus. - O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome demonstrativo o, a, os, as: Não entendi o que você quis dizer. (o que = aquilo que). LÍNGUA PORTUGUESA - O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre precedido de preposição: Marco Aurélio é o advogado a quem eu me referi. - O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que, do qual, de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e o termo seguinte. (cujo, vem sempre entre dois substantivos) - O pronome relativo pode vir sem antecedente claro, explícito; é classificado, portanto, como relativo indefinido, e não vem precedido de preposição: Quem casa quer casa; Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade; Estas são as pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. - Só se usa o relativo cujo quando o consequente é diferente do antecedente: O escritor cujo livro te falei é paulista. - O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois de si. - O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: em que, no qual: Desconheço o lugar onde vende tudo mais barato. (= lugar em que) - Quanto, quantos e quantas são relativos quando usados depois de tudo, todos, tanto: Naquele momento, a querida comadre Naldete, falou tudo quanto sabia. Pronomes Interrogativos: São os pronomes em frases interrogativas diretas ou indiretas. Os principais interrogativos são: que, quem, qual, quanto: Afinal, quem foram os prefeitos desta cidade? (interrogativa direta, com o ponto de interrogação) - Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. (interrogativa indireta, sem a interrogação) Exercícios Reescreva os períodos abaixo, corrigindo-os quando for o caso: 01. “Jamais haverá inimizade entre você e eu “, disse o rapaz lamentando e chorando”. 02. “Venha e traga contigo todo o material que estiver aí!” 03. “Ela falou que era para mim comer, e depois, para mim sair dali.” 04. Polidamente, mandei eles entrar e, depois, deixei eles sentar” 05. “Durante toda a aula os alunos falaram sobre ti e sobre mim.” 06. “Comunico-lhe que, quanto ao livro, deram-no ao professor.” 07. “Informamo- lhe que tudo estava bem conosco e com eles.” 08. “Espero que V. Exa. e vossa distinta consorte nos honrem com vossa visita. 09. “Vossa Majestade, Senhor Rei, sois generoso e bom para com o vosso povo.” 10. “Ela irá com nós mesmo, disse o homem com voz grave e solene. 11. “Ele falou do lugar onde foi com entusiasmo e saudade ao mesmo tempo” 12. “Você já sabe aonde ela foi com aquele canalha? 13. “Espero que ele vá ao colégio e leve consigo o livro que me pertence. 14. “Se vier, traga comigo o livro que lhe pedi” 15. “Mandaram-no à delegacia para explicar o caso da morte.” 16. Enviaremos lhe todo o estoque que estiver disponível. 17. “Para lhe dizer tudo, eu preciso de muito mais dinheiro.” 18. “Ela me disse apenas isto: me deixe passar que eu quero morrer.” Didatismo e Conhecimento 71 19. “Me diga toda a verdade porque, assim as coisas ficam mais fáceis.” 20. “Tenho informado-o sobre todos os pormenores da viagem.” 21. “Mandei-te todo o material de que precisas.” 22. “Dir-lhe-ei toda a verdade sobre o caso do roubo do banco.” 23. Espero que lhe não digam nada a meu respeito. 24. “Haviam-lhe informado que ela só chegaria depois das três horas.” 25. “Nesse ano, muitos alunos passarão no vestibular.” 26. “Corria o ano de 1964. Neste ano houve uma revolução no Brasil.” 27. “Estes alunos que estão aqui podem sair, aqueles irão depois.” 28. “Os livros cujas páginas estiverem rasgadas serão devolvidos.’ 29. “Apalpei-lhe as pernas que se deixavam entrever pela saia rasgada.” 30. “Agora, pegue a tua caneta e comece a substituir, abaixo os complementos grifados pelo pronome oblíquo correspondente: a) Mandamos o filho ao colégio. b) Enviamos à menina um telegrama c) Informaram os meninos sobre a menina. d) Fez o exercício corretamente. e) Diremos aos professores toda a verdade. f) Ela nunca obedece aos superiores. g) Ontem, ela viu você com outra. h) Chamei a amiga para a festa. 31. Indique quando, na segunda frase, ocorre a substituição errada das palavras destacadas na primeira, por um pronome: a) O gerente chamou os empregados. O gerente chamou-os b) Quero muito a meu irmão. Quero-lhe muito. c) Perdoei sua falta por duas vezes. Perdoei-lhe por duas vezes d) Tentei convencer o diretor de que a solução não seria justa Tentei convencê-lo de que a solução não seria justa. e) A proposta não agradou aos jovens A proposta não lhe agradou. 32. Numa das frases, está usado indevidamente um pronome de tratamento. Assinale-a: a) Os Reitores das Universidades recebem o título de Vossa Magnificência. b) Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração. c) Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade. d) Procurei a chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir minhas explicações. 33. Em “O que estranhei é que as substâncias eram transferidas........! a) artigo - expletivo b) pronome pessoal - pronome relativo c) pronome demonstrativo - integrante d) pronome demonstrativo - expletivo e) artigo - pronome relativo .. 20. e significam... Exemplo: Não encontramos as pessoas que saíram.. ou com o substantivo mais próximo.. a palavra que não exerce função sintática. Concordância Verbal: variação do verbo. “Concordar” significa “estar de acordo com”... Exemplo: O alto ipê cobre-se de flores amarelas.. 31-A / 32-C / 33-A Partícula expletiva ou de realce: pode ser retirada da frase.... Didatismo e Conhecimento 72 Como Pronome.. Quando for pronome substantivo. Concordância Nominal Concordância do adjetivo adjunto adnominal: a concordância do adjetivo..Pronome Relativo: retoma um termo da oração antecedente..”. objeto indireto. Concordância Nominal: adequação entre o substantivo e os elementos que a ele se referem (artigo. As palavras destacadas são. 15 .... a) Mandamos-o.... 23 . sem prejuízo algum para o sentido.... mandei-os entrar . REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL.Pronome Adjetivo: determina um substantivo... 30... traga consigo.. .. entre você e mim.. os elementos que compõem a frase devem estar em consonância uns com os outros. pode funcionar como pronome substantivo ou pronome adjetivo..bem com nós 08 .Elas é que conseguiram chegar. enviar-lhe-emos 17 ..... Respostas: 01 .. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL... com valor estilístico). poderá concordar no masculino plural (concordância mais aconselhada).. Tenho.. 28 .. Assim. a palavra que pode ser: ... Como partícula expletiva.. etc.. na concordância... 03 . Essa concordância poderá ser feita de duas formas: gramatical ou lógica (segue os padrões gramaticais vigentes). 16 .seu povo. Nesse caso. h) Chamei-a .... É o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes se harmonizam..deixe-me passar 19.Traga consigo.. é usada apenas para dar realce. Nesse caso. 25 .Pronome Substantivo: equivale a que coisa.. 27 . 10 . a palavra que exercerá as funções próprias do substantivo (sujeito. pronome.. 11 . Equivale a o qual e flexões.. Em “Todo sistema coordenado é.... quando posposto. tanto nominal quanto verbal. com a função de adjunto adnominal. exerce a função sintática de adjunto adnominal. 29 .o....... c) Informaram-nos d) Fê-lo e) Dir-lhes-emos f) Ela nunca lhes obedece g) .. conformando-se ao número e à pessoa do sujeito.é generoso e . para eu sair 04 .. b) Enviamos-lhe.).... 18 .Pronome Indefinido: nesse caso. atrativa ou ideológica (dá ênfase a apenas um dos vários elementos. 06 .sobre ele. aonde 12 ... Exemplo: ....” (Machado de Assis) . O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de gênero ou número diferentes. aparece também na expressão é que. 14 . 24 . Exemplo: .. Concordância Nominal e Verbal A concordância consiste no mecanismo que leva as palavras a adequarem-se umas às outras harmonicamente na construção frasal.”..... Exemplo: Que aconteceu com você? . deixei-os sair 05 .. com as palavras de que dependem.. como o próprio nome indica.. 02 .. Exemplo: Que vida é essa? 34-D 11.Quase que não consigo chegar a tempo.. .ela o viu. adjetivo). 21... ..para eu comer. nas suas flexões. respectivamente: a) pronomes substantivos indefinidos qualquer e qualquer b) pronomes adjetivos indefinidos qualquer e inteiro c) pronomes adjetivos demonstrativos inteiro e cada um d) pronomes adjetivos indefinidos inteiro e qualquer e) pronomes adjetivos indefinidos qualquer e qualquer. “Mas o propósito de toda teoria física é.te. Diga-me .LÍNGUA PORTUGUESA 34. com sua visita 09 .. 13 .. objeto direto.ei 22 ... efetua-se de acordo com as seguintes regras gerais: O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Mandar. projetando-o na oração consequente. neste ano 26 . 07 ...sua distinta ......No masculino plural: “Tinha as espáduas e o colo feitos de encomenda para os vestidos decotados... LÍNGUA PORTUGUESA “Os arreios e as bagagens espalhados no chão, em roda.” (Herman Lima) “Ainda assim, apareci com o rosto e as mãos muito marcados.” (Carlos Povina Cavalcânti) “...grande número de camareiros e camareiras nativos.” (Érico Veríssimo) - Com o substantivo mais próximo: A Marinha e o Exército brasileiro estavam alerta. Músicos e bailarinas ciganas animavam a festa. “...toda ela (a casa) cheirando ainda a cal, a tinta e a barro fresco.” (Humberto de Campos) “Meu primo estava saudoso dos tempos da infância e falava dos irmãos e irmãs falecidas.” (Luís Henrique Tavares) - Anteposto aos substantivos, o adjetivo concorda, em geral, com o mais próximo: “Escolhestes mau lugar e hora...” (Alexandre Herculano) “...acerca do possível ladrão ou ladrões.” (Antônio Calado) Velhas revistas e livros enchiam as prateleiras. Velhos livros e revistas enchiam as prateleiras. Seguem esta regra os pronomes adjetivos: A sua idade, sexo e profissão.; Seus planos e tentativas.; Aqueles vícios e ambições.; Por que tanto ódio e perversidade?; “Seu Príncipe e filhos”. Muitas vezes é facultativa a escolha desta ou daquela concordância, mas em todos os casos deve subordinar-se às exigências da eufonia, da clareza e do bom gosto. - Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo determinado pelo artigo, ocorrem dois tipos de construção, um e outro legítimos. Exemplos: Estudo as línguas inglesa e francesa. Estudo a língua inglesa e a francesa. Os dedos indicador e médio estavam feridos. O dedo indicador e o médio estavam feridos. - Os adjetivos regidos da preposição de, que se referem a pronomes neutros indefinidos (nada, muito, algo, tanto, que, etc.), normalmente ficam no masculino singular: Sua vida nada tem de misterioso. Seus olhos têm algo de sedutor. Todavia, por atração, podem esses adjetivos concordar com o substantivo (ou pronome) sujeito: “Elas nada tinham de ingênuas.” (José Gualda Dantas) Concordância do adjetivo predicativo com o sujeito: a concordância do adjetivo predicativo com o sujeito realiza-se consoante as seguintes normas: - O predicativo concorda em gênero e número com o sujeito simples: A ciência sem consciência é desastrosa. Os campos estavam floridos, as colheitas seriam fartas. É proibida a caça nesta reserva. - Quando o sujeito é composto e constituído por substantivos do mesmo gênero, o predicativo deve concordar no plural e no gênero deles: Didatismo e Conhecimento 73 O mar e o céu estavam serenos. A ciência e a virtude são necessárias. “Torvos e ferozes eram o gesto e os meneios destes homens sem disciplina,” (Alexandre Herculano) - Sendo o sujeito composto e constituído por substantivos de gêneros diversos, o predicativo concordará no masculino plural: O vale e a montanha são frescos. “O céu e as árvores ficariam assombrados.” (Machado de Assis) Longos eram os dias e as noites para o prisioneiro. “O César e a irmã são louros.” (Antônio Olinto) - Se o sujeito for representado por um pronome de tratamento, a concordância se efetua com o sexo da pessoa a quem nos referimos: Vossa Senhoria ficará satisfeito, eu lhe garanto. “Vossa Excelência está enganado, Doutor Juiz.” (Ariano Suassuna) Vossas Excelências, senhores Ministros, são merecedores de nossa confiança. Vossa Alteza foi bondoso. (com referência a um príncipe) O predicativo aparece às vezes na forma do masculino singular nas estereotipadas locuções é bom, é necessário, é preciso, etc., embora o sujeito seja substantivo feminino ou plural: Bebida alcoólica não é bom para o fígado. “Água de melissa é muito bom.” (Machado de Assis) “É preciso cautela com semelhantes doutrinas.” (Camilo Castelo Branco) “Hormônios, às refeições, não é mau.” (Aníbal Machado) Observe-se que em tais casos o sujeito não vem determinado pelo artigo e a concordância se faz não com a forma gramatical da palavra, mas com o fato que se tem em mente: Tomar hormônios às refeições não é mau. É necessário ter muita fé. Havendo determinação do sujeito, ou sendo preciso realçar o predicativo, efetua-se a concordância normalmente: É necessária a tua presença aqui. (= indispensável) “Se eram necessárias obras, que se fizessem e largamente.” (Eça de Queirós) “Seriam precisos outros três homens.” (Aníbal Machado) “São precisos também os nomes dos admiradores.” (Carlos de Laet) Concordância do predicativo com o objeto: A concordância do adjetivo predicativo com o objeto direto ou indireto subordina-se às seguintes regras gerais: - O adjetivo concorda em gênero e número com o objeto quando este é simples: Vi ancorados na baía os navios petrolíferos. “Olhou para suas terras e viu-as incultas e maninhas.” (Carlos de Laet) O tribunal qualificou de ilegais as nomeações do ex-prefeito. A noite torna visíveis os astros no céu límpido. - Quando o objeto é composto e constituído por elementos do mesmo gênero, o adjetivo se flexiona no plural e no gênero dos elementos: LÍNGUA PORTUGUESA A justiça declarou criminosos o empresário e seus auxiliares. Deixe bem fechadas a porta e as janelas. - Sendo o objeto composto e formado de elementos de gênero diversos, o adjetivo predicativo concordará no masculino plural: Tomei emprestados a régua e o compasso. Achei muito simpáticos o príncipe e sua filha. “Vi setas e carcás espedaçados”. (Gonçalves Dias) Encontrei jogados no chão o álbum e as cartas. - Se anteposto ao objeto, poderá o predicativo, neste caso, concordar com o núcleo mais próximo: É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins. Segue as mesmas regras o predicativo expresso pelos substantivos variáveis em gênero e número: Temiam que as tomassem por malfeitoras; Considero autores do crime o comerciante e sua empregada. Concordância do particípio passivo: Na voz passiva, o particípio concorda em gênero e número com o sujeito, como os adjetivos: Foi escolhida a rainha da festa. Foi feita a entrega dos convites. Os jogadores tinham sido convocados. O governo avisa que não serão permitidas invasões de propriedades. Quando o núcleo do sujeito é, como no último exemplo, um coletivo numérico, pode-se, em geral, efetuar a concordância com o substantivo que o acompanha: Centenas de rapazes foram vistos pedalando nas ruas; Dezenas de soldados foram feridos em combate. Referindo-se a dois ou mais substantivos de gênero diferentes, o particípio concordará no masculino plural: Atingidos por mísseis, a corveta e o navio foram a pique; “Mas achei natural que o clube e suas ilusões fossem leiloados.” (Carlos Drummond de Andrade) Concordância do pronome com o nome: - O pronome, quando se flexiona, concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere: “Martim quebrou um ramo de murta, a folha da tristeza, e deitou-o no jazido de sua esposa”. (José de Alencar) “O velho abriu as pálpebras e cerrou-as logo.” (José de Alencar) - O pronome que se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes, flexiona-se no masculino plural: “Salas e coração habita-os a saudade”” (Alberto de Oliveira) “A generosidade, o esforço e o amor, ensinaste-os tu em toda a sua sublimidade.” (Alexandre Herculano) Conheci naquela escola ótimos rapazes e moças, com os quais fiz boas amizades. “Referi-me à catedral de Notre-Dame e ao Vesúvio familiarmente, como se os tivesse visto.” (Graciliano Ramos) Os substantivos sendo sinônimos, o pronome concorda com o mais próximo: “Ó mortais, que cegueira e desatino é o nosso!” (Manuel Bernardes) 74 - Os pronomes um... outro, quando se referem a substantivos de gênero diferentes, concordam no masculino: Marido e mulher viviam em boa harmonia e ajudavam-se um ao outro. “Repousavam bem perto um do outro a matéria e o espírito.” (Alexandre Herculano) Nito e Sônia casaram cedo: um por amor, o outro, por interesse. A locução um e outro, referida a indivíduos de sexos diferentes, permanece também no masculino: “A mulher do colchoeiro escovou-lhe o chapéu; e, quando ele [Rubião] saiu, um e outro agradeceram-lhe muito o benefício da salvação do filho.” (Machado de Assis) O substantivo que se segue às locuções um e outro e nem outro fica no singular. Exemplos: Um e outro livro me agradaram; Nem um nem outro livro me agradaram. Outros casos de concordância nominal: Registramos aqui alguns casos especiais de concordância nominal: - Anexo, incluso, leso. Como adjetivos, concordam com o substantivo em gênero e número: Anexa à presente, vai a relação das mercadorias. Vão anexos os pareceres das comissões técnicas. Remeto-lhe, anexas, duas cópias do contrato. Remeto-lhe, inclusa, uma fotocópia do recibo. Os crimes de lesa-majestade eram punidos com a morte. Ajudar esses espiões seria crime de lesa-pátria. Observação: Evite a locução espúria em anexo. - A olhos vistos. Locução adverbial invariável. Significa visivelmente. “Lúcia emagrecia a olhos vistos”. (Coelho Neto) “Zito envelhecia a olhos vistos.” (Autren Dourado) - Só. Como adjetivo, só [sozinho, único] concorda em número com o substantivo. Como palavra denotativa de limitação, equivalente de apenas, somente, é invariável. Eles estavam sós, na sala iluminada. Esses dois livros, por si sós, bastariam para torná-los célebre. Elas só passeiam de carro. Só eles estavam na sala. Forma a locução a sós [=sem mais companhia, sozinho]: Estávamos a sós. Jesus despediu a multidão e subiu ao monte para orar a sós. - Possível. Usado em expressões superlativas, este adjetivo ora aparece invariável, ora flexionado: “A volta, esperava-nos sempre o almoço com os pratos mais requintados possível.” (Maria Helena Cardoso) “Estas frutas são as mais saborosas possível.” (Carlos Góis) “A mania de Alice era colecionar os enfeites de louça mais grotescos possíveis.” (ledo Ivo) “... e o resultado obtido foi uma apresentação com movimentos os mais espontâneos possíveis.” (Ronaldo Miranda) Como se vê dos exemplos citados, há nítida tendência, no português de hoje, para se usar, neste caso, o adjetivo possível no plural. O singular é de rigor quando a expressão superlativa inicia com a partícula o (o mais, o menos, o maior, o menor, etc.) Didatismo e Conhecimento LÍNGUA PORTUGUESA Os prédios devem ficar o mais afastados possível. Ele trazia sempre as unhas o mais bem aparadas possível. O médico atendeu o maior número de pacientes possível. - Adjetivos adverbiados. Certos adjetivos, como sério, claro, caro, barato, alto, raro, etc., quando usados com a função de advérbios terminados em – mente, ficam invariáveis: Vamos falar sério. [sério = seriamente] Penso que falei bem claro, disse a secretária. Esses produtos passam a custar mais caro. [ou mais barato] Estas aves voam alto. [ou baixo] Junto e direto ora funcionam como adjetivos, ora como advérbios: “Jorge e Dante saltaram juntos do carro.” (José Louzeiro) “Era como se tivessem estado juntos na véspera.” (Autram Dourado). “Elas moram junto há algum tempo.” (José Gualda Dantas) “Foram direto ao galpão do engenheiro-chefe.” (Josué Guimarães) - Todo. No sentido de inteiramente, completamente, costuma-se flexionar, embora seja advérbio: Esses índios andam todos nus. Geou durante a noite e a planície ficou toda (ou todo) branca. As meninas iam todas de branco. A casinha ficava sob duas mangueiras, que a cobriam toda. Mas admite-se também a forma invariável: Fiquei com os cabelos todo sujos de terá. Suas mãos estavam todo ensangüentadas. - Alerta. Pela sua origem, alerta (=atentamente, de prontidão, em estado de vigilância) é advérbio e, portanto, invariável: Estamos alerta. Os soldados ficaram alerta. “Todos os sentidos alerta funcionam.” (Carlos Drummond de Andrade) “Os brasileiros não podem deixar de estar sempre alerta.” (Martins de Aguiar) Contudo, esta palavra é, atualmente, sentida antes como adjetivo, sendo, por isso, flexionada no plural: Nossos chefes estão alertas. (=vigilantes) Papa diz aos cristãos que se mantenham alertas. “Uma sentinela de guarda, olhos abertos e sentidos alertas, esperando pelo desconhecido...” (Assis Brasil, Os Crocodilos, p. 25) - Meio. Usada como advérbio, no sentido de um pouco, esta palavra é invariável. Exemplos: A porta estava meio aberta. As meninas ficaram meio nervosas. Os sapatos eram meio velhos, mas serviam. - Bastante. Varia quando adjetivo, sinônimo de suficiente: Não havia provas bastantes para condenar o réu. Duas malas não eram bastantes para as roupas da atriz. Fica invariável quando advérbio, caso em que modifica um adjetivo: As cordas eram bastante fortes para sustentar o peso. Os emissários voltaram bastante otimistas. Didatismo e Conhecimento 75 “Levi está inquieto com a economia do Brasil. Vê que se aproximam dias bastante escuros.” (Austregésilo de Ataíde) - Menos. É palavra invariável: Gaste menos água. À noite, há menos pessoas na praça. Exercícios 01. Assinale a frase que encerra um erro de concordância nominal: a) Estavam abandonadas a casa, o templo e a vila. b) Ela chegou com o rosto e as mãos feridas. c) Decorrido um ano e alguns meses, lá voltamos. d) Decorridos um ano e alguns meses, lá voltamos. e) Ela comprou dois vestidos cinza. 02. Enumere a segunda coluna pela primeira (adjetivo posposto): (1) velhos (2) velhas ( ) camisa e calça. ( ) chapéu e calça. ( ) calça e chapéu. ( ) chapéu e paletó. ( ) chapéu e camisa. a) 1-2-1-1-2 b) 2-2-1-1-2 c) 2-1-1-1-1 d) 1-2-2-2-2 e) 2-1-1-1-2 03. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos parênteses. a) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/ necessária) b) Quero que todos fiquem ____. (alerta/ alertas) c) Houve ____ razões para eu não voltar lá. (bastante/ bastantes) d) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios) e) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino. (meio/ meia) 04. “Na reunião do Colegiado, não faltou, no momento em que as discussões se tornaram mais violentas, argumentos e opiniões veementes e contraditórias.” No trecho acima, há uma infração as normas de concordância. a) Reescreva-o com devida correção. b) Justifique a correção feita. 05. Reescrever as frases abaixo, corrigindo-as quando necessário. a) “Recebei, Vossa Excelência, os processos de nossa estima, pois não podem haver cidadãos conscientes sem educação.” b) “Os projetos que me enviaram estão em ordem; devolvê-los-ei ainda hoje, conforme lhes prometi.” 06. Como no exercício anterior. a) “Ele informou aos colegas de que havia perdido os documentos cuja originalidade duvidamos.” Assinale a alternativa em que. uma angústia repentina começou a me apertar à alma. mas poderão ser importante para a pesquisa que estou fazendo. d) Quando foi encontrado. e) Ela própria nos procurou. com ele concordará o verbo em número e pessoa. (você e ele = vocês) Muitas vezes os escritores quebram a rigidez dessa regra: . 10. disse ela. Exemplos: Verbo depois do sujeito: “As saúvas eram uma praga. com ar entristecidos. irmãos. eu preferia ficar no pátio a continuar dentro da classe. Vossa Excelência. pois não pode haver cidadãos conscientes sem a educação. o que me deixa meio apreensivo.” b) A frase está correta.Quando o núcleo dos sujeitos são sinônimos: “A decência e honestidade ainda reinava. a) necessária b) alerta c) bastantes d) vazia e) meio 04. quando este se pospõe ao verbo: “O que resta da felicidade passada és tu e eles.O sujeito é composto e da 3ª pessoa O sujeito. A quem pertencem essas terras? . Assinale o erro de concordância nominal. uma aflição. não faltaram..Quando os núcleos do sujeito formam sequência gradativa: Uma ânsia. que revolução será capaz de perturbar esta serenidade?” (Graciliano Ramos) .” (Carlos Povina Cavalcânti) . a) Andei por longes terras.” (São Paulo) Verbo antes do sujeito: Acontecem tantas desgraças neste planeta! Não faltarão pessoas que nos queiram ajudar. em harmonia com as seguintes regras gerais: Didatismo e Conhecimento 76 . pluralizando-se a frase. Exemplos: “A esposa e o amigo seguem sua marcha. d) Já era meio-dia e meia. que seria de Elisa?” (Jorge Amado) “Enquanto ele não vinha.” (Carlos de Laet) Aconselhamos. (A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª. Respostas: 01-A / 02-C 03. c) Carla anda meio aborrecida. ficaram tristes.” (José de Alencar) “Poti e seus guerreiros o acompanharam.Ora fazendo concordar o verbo com o sujeito mais próximo. e) Sós. escorriam-lhe da alma como de uma fonte perene.” 07-E / 08-E / 09-D / 10-C Concordância Verbal O verbo concorda com o sujeito.. o verbo se flexiona no plural e na pessoa que tiver prevalência. nesse caso.O sujeito é simples: O sujeito sendo simples. a) “Ele informou aos colegas que havia perdido (ou: ele informou os colegas de que havia perdido os documentos de cuja originalidade duvidamos. meio tom . b) Só as mulheres foram interrogadas.” (Ricardo Ramos) “Ali estavam o rio e as suas lavadeiras. casa abençoada onde paravam Deus e o primeiro dos seus ministros. 08. e) Só estudei o elementar. a 2ª prevale sobre a 3ª): “Foi o que fizemos Capitu e eu. ele apresentava feridos a perna e o braço direitos. graça. acreditei. d) Elas não progredirão por si mesmo. eu preferia mais ficar no pátio do que continuar dentro da classe.LÍNGUA PORTUGUESA b) “Depois de assistir algumas aulas. . pois em sua meia promessa.” (Carlos Povina Cavalcânti) “Tu não és inimiga dele. usar o verbo no plural. as palavras destacadas permanecem invariáveis: a) Este é o meio mais exato para você resolver o problema: estude só. apareceram um jornal e uma vela. não? (Camilo Castelo Branco) “Vós fostes chamados à liberdade.” (Camilo Castelo Branco) “Que barulho. c) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na sua pacata e linda chácara do interior.O sujeito é composto e de pessoas diferentes Se o sujeito composto for de pessoas diversas.” b) Concorda com o sujeito “argumentos e opiniões”.” 07.. no momento em que as discussões se tornaram mais violentas. d) Passei muito inverno só. sendo composto e anteposto ao verbo. mas estava totalmente lúcido.” (Machado de Assis) É licito (mas não obrigatório) deixar o verbo no singular: .. os protestos de nossa estima.” (Machado de Assis) (ela e eu = nós) “Tu e ele partireis juntos. 06.índice de sua sensatez.” b) “Depois de assistir algumas aulas. novidade. Sendo o sujeito composto e posposto ao verbo.” (Mário Barreto) (tu e ele = vós) Você e meu irmão não me compreendem. b) Meia palavra. a) “Na reunião do colegiado. Aponte o erro de concordância nominal. a) “Receba. argumentos e opiniões veementes e contraditórias. b) Ela chegou toda machucada.” (Mário Barreto) “A coragem e afoiteza com que lhe respondi.” (José de Alencar) “Vida. a) – Muito obrigada.” (Camilo Castelo Branco) . perturbou-o. b) Eles. dirigiram-se ao salão onde se encontravam as vítimas do acidente. leva geralmente este para o plural. e) Esses livro e caderno não são meus. c) Eles estavam só. este poderá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo: “Não fossem o rádio de pilha e as revistas. 09. A frase em que a concordância nominal está correta é: a) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo era o melhor sinal de prosperidade da família. 05. c) Estava só naquela ocasião. ” (Camilo Castelo Branco) “Ele com mais dois acercaram-se da porta. “Eu com outros romeiros vínhamos de Vigo. em bons autores.. nem a alegria das flores. Nem eu nem ele o convidamos. nem dinheiro. Didatismo e Conhecimento 77 “Nem o mundo. da situação e do clima emocional que envolvem o falante ou o escrevente. caso contrário. estouvado. Exemplos: “Aleluia! O brasileiro comum.. Exemplos: Manuel com seu compadre construíram o barracão. .) .Deus e tu são testemunhas. o protesto. freqüentemente.O verbo irá para o plural se a idéia por ele expressa se referir ou puder ser atribuída a todos os núcleos do sujeito: “Era tão pequena a cidade.” (Alexandre Herculano) “Tanto Noêmia como Reinaldo só mantinham relações de amizade com um grupo muito reduzido de pessoas.Núcleos do sujeito são infinitivos: O verbo concordará no plural se os infinitivos forem determinados pelo artigo ou exprimirem idéias opostas.LÍNGUA PORTUGUESA “Faze uma arca de madeira.” (Machado de Assis) “Um príncipe ou uma princesa não casa sem um vultoso dote. não se recusa trabalho. nem nada a ninguém..” (José Condé) “Tanto a lavoura como a indústria da criação de gado não o demovem do seu objetivo. porquanto a escolha desta ou daquela concordância depende.” (Machado de Assis) . tudo.” (Luís de Camarões) . Exemplos: Nem a riqueza nem o poder o livraram de seus inimigos. Ainda não foi encontrado o autor ou os autores do crime. espetáculos. chegou a Paris às 5h da tarde. nada. com sua comitiva.como. fica o registro. o homem do povo.” (Camilo Castelo Branco) Há...Núcleos do sujeito designando a mesma pessoa ou coisa: O verbo concorda no singular quando os núcleos do sujeito designam a mesma pessoa ou o mesmo ser.” (Alexandre Herculano) “Nem a Bíblia nem a respeitabilidade lhe permitem praguejar alto.. “Na fazenda. nada pôde satisfazê-lo.Núcleos do sujeito unidos por nem: Quando o sujeito é formado por núcleos no singular unidos pela conjunção nem.. ninguém saiu do campo.” (Eça de Queirós) É preferível a concordância no singular: .Núcleos do sujeito unidos pela preposição com: Usa-se mais frequentemente o verbo no plural quando se atribui a mesma importância.” (Viriato Correia) . alguns goles de vinho. ninguém. etc.00!” (Carlos Drummond Andrade) “Embora sabendo que tudo vai continuar como está. tanto. ocorrência de verbo no singular: “A glória ou a vergonha da estirpe provinha de atos individuais. mas também.” (Aníbal Machado) (Tanto um grito como uma gargalhada atravessavam a cidade. Exemplos: O comer e o beber são necessários.” (Machado de Assis) Jogadores. tudo isso me levou a fazer uma coisa única. . etc.” (Camilo Castelo Branco) Pode se usar o verbo no singular quando se deseja dar relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando o verbo vier antes deste. muitas vezes. “Já num sublime e público teatro se assenta o rei inglês com toda a corte. viagens. não só como também. no singular. do contexto. assistentes.Núcleos do sujeito unidos por ou Há duas situações a considerar: .” (Cassiano Ricardo) . Exemplos: Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres. “O entusiasmo.Quando o verbo precede o sujeito: “Não lhe valeu a imensidade azul. nem Deus teriam força para me constranger a tanto. atualmente. o verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo: Paulo ou Antônio será o presidente. Exemplos: O bispo. o verbo concorda. O presidente. o verbo no plural. (Só uma cidade pode sediar a Olimpíada. no entanto.) “Naquela crise. só Deus ou Nossa Senhora podiam acudir-lhe.Sujeitos resumidos por tudo.Ora preferindo a 3ª pessoa na concorrência tu + ele (tu + ele = vocês em vez de tu + ele = vós): “. iniciou solenemente a missa...” (Almeida Garrett) “Juro que tu e tua mulher me pagam. tanto é lícito usar o verbo no singular como no plural.) Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre. o gênio imperioso.Núcleos do sujeito correlacionados: O verbo vai para o plural quando os elementos do sujeito composto estão ligados por uma das expressões correlativas não só.. tua mulher e teus filhos. agora é cédula de Cr$ 500.. árbitro. em nome dos telespectadores. .Quando há exclusão. com o pronome resumidor. .Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação. usa-se.” (Guimarães Rosa) . isto é. entra nela tu.” (Coelho Neto) As normas que a seguir traçamos têm. (Só um candidato pode ser eleito governador. nada.” (Vivaldo Coaraci) “Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. Exemplos: Jogos. O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio. o João-ninguém.” (Valério Andrade) Advogado e membro da instituição afirma que ela é corrupta. ninguém: Quando o sujeito composto vem resumido por um dos pronomes. comumente.” (Machado de Assis) Não o convidei eu nem minha esposa. com dois sacerdotes. quando o fato só pode ser atribuído a um dos elementos do sujeito: Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima Olimpíada. . que um grito ou gargalhada forte a atravessavam de ponta a ponta.. nem a pompa das folhas verdes. aos elementos do sujeito unidos pela preposição com. diversões. no processo verbal. valor relativo.” (Alexandre Herculano) “Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto inocentes. . no plural. como Didatismo e Conhecimento 78 se pode perceber relendo as frases citadas de Machado de Assis. pode ir para o singular ou para o plural. Exemplos: A multidão vociferava ameaças. não é prática condenável fugir ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração adjetiva no singular (fazendo-o concordar com a palavra um). porque têm tradição na língua. este poderá ir para o plural. o verbo concorda. etc: Sendo o sujeito uma das expressões quantitativas a maior parte de. como nos dois últimos exemplos.” (Hernâni Cidade) “Um e outro descendiam de velhas famílias do Norte. Exemplos: A maior parte dos indígenas respeitavam os pajés.. Ondina Ferreira e Aurélio Buarque de Holanda. .. parte de. uma das que: Quando. o verbo. a maioria de.” (Fernando Namora) . só Jairo não sabe ler. expressiva. Uma junta de bois tirou o automóvel do atoleiro.Um dos que. em orações adjetivas restritivas.” (Machado de Assis) “Areteu da Capadócia era um dos muitos médicos gregos que viviam em Roma. efetuando a concordância não com a forma gramatical das palavras.” (Machado de Assis) Uma e outra família tinham (ou tinha) parentes no Rio.” (Carlos Povina Cavalcânti) (ou davam) . Predicado Sujeito Oracional Estas são realidades que não adianta esconder. Cabe a quem fala ou escreve escolher a que julgar mais adequada à situação.” (Machado de Assis) “Havia na União um grupo de meninos que praticavam esse divertimento com uma pertinácia admirável. de mulheres penetraram na caverna. nem um nem outro: O sujeito sendo uma dessas expressões.” (Gilberto Freire) “A maior parte dos doidos ali metidos estão em seu perfeito juízo. a concordância se efetua no singular. (Jairo é o único empregado que não sabe ler.” (Moacyr Scliar) Ele é desses charlatães que exploram a crendice humana. um prato de carne e um prato de legumes. conforme se queira efetuar uma concordância estritamente gramatical (com o coletivo singular) ou uma concordância enfática.LÍNGUA PORTUGUESA Rir e chorar fazem parte da vida Montar brinquedos e desmontá-los divertiam muito o menino.Sujeito oracional: Concorda no singular o verbo cujo sujeito é uma oração: Ainda falta / comprar os cartões.. Essa é a concordância lógica.” (Machado de Assis) “Sempre tem um ou outro que vai dando um vintém. . quando posposto ao sujeito.Um ou outro: O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro: “Respondi-lhe que um ou outro colar lhe ficava bem. Exemplos: “Um e outro gênero se destinavam ao conhecimento. Pode-se. seguida de substantivo ou pronome no plural. que nesse caso é preferível construir a frase de outro modo: Jairo é um empregado meu que não sabe ler. de velhos. geralmente preferida pelos escritores modernos. no caso em foco. mas com a ideia de pluralidade que elas encerram e sugerem à nossa mente. grande número de. Ramalho Ortigão.” (Ramalho Ortigão) “A maior parte dos nomes podem ser empregados em sentido definido ou em sentido indefinido. em regra.” (Alexandre Herculano) “Uma grande vara de porcos que se afogaram de escantilhão no mar.” (Raquel de Queirós) . Se o coletivo vier seguido de substantivo plural que o especifique e anteceder ao verbo. Essa concordância ideológica é bem mais expressiva que a gramatical. Por coerência. “Depois nem um nem outro acharam novo motivo para diálogo.” (Alexandre Herculano) “A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam de nós.” (Machado de Assis) “Uma ou outra pode dar lugar a dissentimentos. Um bloco de foliões animava o centro da cidade.. “Já tinha ouvido que plantar e colher feijão não dava trabalho.Sujeito Coletivo: O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo no singular. usar o verbo no plural. quando se deseja destacar o indivíduo do grupo. e cotejando-as com as dos autores que usaram o verbo no singular. O exército dos aliados desembarcou no sul da Itália. dando-se a entender que ele sobressaiu ou sobressai aos demais: Ele é um desses parasitas que vive à custa dos outros. como no exemplo: Jairo é um dos meus empregados que não sabe ler. etc. “Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a originalidade e importância da literatura brasileira.. com a idéia de pluralidade sugerida pelo sujeito. Dos meus empregados. mas a dos indivíduos. Sujeito de adianta: esconder que (as realidades) . quando se quer salientar não a ação do conjunto. as duas concordâncias são igualmente legítimas.” (Carlos Povina Cavalcânti) . portanto. o verbo da oração adjetiva flexiona-se. efetuando-se uma concordância não gramatical. o pronome que vem antecedido de um dos ou expressão análoga. de preferência. Como se vê dos exemplos supracitados..) Ressalte-se porém.Um e outro. no plural: “O príncipe foi um dos que despertaram mais cedo. Todavia.” (Camilo Castelo Branco) “Reconheceu que era um par de besouros que zumbiam no ar.A maior parte de.” (Mário Barreto) Quando o verbo precede o sujeito.” (João Ribeiro) Há gramáticas que condenam tal concordância. mas ideológica: “Uma grande multidão de crianças.” (Machado de Assis) “A maior parte das pessoas pedem uma sopa. grande número de. deveriam condenar também a comumente aceita em construções anormais do tipo: Quais de vós sois isentos de culpa? Quantos de nós somos completamente felizes? O verbo fica obrigatoriamente no singular quando se aplica apenas ao indivíduo de que se fala. é oportuno lembrar que. o que é mais lógico.” (Osmã Lins) Todavia.. Eram eles que mais reclamavam. caso contrário. (Todos os cinco homens assistiam à cena. Férias de El-Rei). Sertões. Eram elas quem fazia a limpeza da casa. ao empregar as expressões em foco. Lusíadas. é comum deixar o verbo no singular. . Exemplos: Mais de um excursionista já perdeu a vida nesta montanha. foi chamar o pai. “Os Lusíadas” imortalizaram Luís de Camões. o verbo concorda no singular. “Eras tu quem tinha o dom de encantar-me.Concordância com os pronomes de tratamento: Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa.” (Paulo Coelho) “Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico. poucos. Andes. “Espero que V. . Campinas. não é gramatical. sobretudo com o verbo ser seguido de predicativo no singular: “As Férias de El-Rei é o título da novela. na 3ª pessoa. em regra.Sª. levam o verbo para o plural quando se usam com o artigo. nas orações adjetivas explicativas. seguidos dos pronomes nós ou vós.. etc. Vossas Excelências não ficarão surdos à voz do povo.” (Ricardo Ramos) Didatismo e Conhecimento 79 “És tu quem dás frescor à mansa brisa. com estes últimos... És tu que vens conosco? Somos nós que cozinhamos. mas com a ideia por ela sugerida (obra ou livro). porém.) Um dos cinco homens. na 3ª pessoa do plural: “Quantos dentre nós a conhecemos?” (Rogério César Cerqueira) “Quais de vós sois. . embora se refira à 2ª pessoa do discurso: Vossa Excelência agiu com moderação.quantos dentre vós estudam conscienciosamente o passado?” (José de Alencar) Alguns de nós vieram (ou viemos) de longe. Assim: Sou eu que pago. que assistiam àquela cena estupefatos.” (Eduardo Prado) Os Andes se estendem da Venezuela à Terra do Fogo. no singular (3ª pessoa) ficará o verbo: Qual de vós testemunhou o fato? Nenhuma de nós a conhece. como Estados Unidos. o mais acertado é usar no plural o verbo da oração adjetiva: O Japão é um dos países que mais investem em tecnologia. portanto não necessários ao enunciado. Devem ter fugido mais de vinte presos. como eu. (=Nós cozinhamos) Foram os bombeiros que a salvaram. por atração.LÍNGUA PORTUGUESA Na linguagem culta formal. (Só um menino estava sentado. neste caso.. o importante é saber que. com os pronomes quem e que.) Seja qual for a interpretação. muitos. soltou um grito de protesto. Mais de um dos circunstantes se entreolharam com espanto.?” (Alexandre Herculano) “. que é também correto usar o verbo no plural: As Valkírias mostram claramente o homem. O sertão cearense é uma das áreas que mais sofrem com as secas. não me faça mal. mas ideológica. Ressalte-se. Gandhi foi um dos que mais lutaram pela paz.. a linguagem enfática justifica a concordância com o sujeito da oração principal: “Sou eu quem prendo aos céus a terra. o verbo concordará.” (Camilo Castelo Branco) “Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe matem o tempo e os vassalos. em regra. Em construções desse tipo. tanto o verbo ser como o outro devem concordar com o pronome ou substantivo que precede a palavra que.. Nenhum de vós a viu? Qual de nós falará primeiro? . porque se efetua não com a palavra (Valkírias. em frases como estas: Sou eu quem responde pelos meus atos.Concordância com certos substantivos próprios no plural: Certos substantivos próprios de forma plural. ou. O plural será de rigor se o verbo exprimir reciprocidade. “Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo.Pronomes quem. no singular. (=Eu pago) Somos nós que cozinhamos. Tratando-se de títulos de obras.) .” (Gonçalves Dias) “Nós somos os galegos que levamos a barrica. Embora o caso seja diferente. (= Os bombeiros a salvaram. Heráclito foi um dos empresários que conseguiram superar a crise. é lícito considerar o verbo ser e a palavra que como elementos expletivos ou enfatizantes. Somos nós quem leva o prejuízo.” (Celso Luft) A concordância. ou se o numeral for superior a um.” (Camilo Castelo Branco) A concordância do verbo precedido do pronome relativo que far-se-á obrigatoriamente com o sujeito do verbo (ser) da oração principal.Mais de um: O verbo concorda. Campinas orgulha-se de ter sido o berço de Carlos Gomes.” (Gonçalves Dias) “Não sou eu quem faço a perspectiva encolhida. Estando o pronome no singular. que estava sentado à porta da casa.Quais de vós? Alguns de nós: Sendo o sujeito um dos pronomes interrogativos quais? quantos? Ou um dos indefinidos alguns. a concordância é determinada pelo sentido da frase: Um dos meninos.” (Rebelo da Silva) . etc. como sujeitos: O verbo concordará. em frases do tipo: Sou eu que pago.. desterrados. nas quais o pronome que é separado de seu antecedente por pausa e vírgula. que...” (Rebelo da Silva) “As Valkírias mostra claramente o homem que existe por detrás do mago. neste caso. ” (Ferreira de Castro) . “Sou aquele sobre quem mais têm chovido elogios e diatribes. “Quando se joga. Há de haver.. Nem faltam exemplos em escritores modernos: “No centro do pátio tem uma figueira velhíssima.” (Camilo Castelo Branco) Na literatura moderna há exemplos em contrário. deixa de ser impessoal e. “Não. predicado: deve-se) Em síntese: de acordo com a interpretação que se escolher. tanto é lícito usar o verbo auxiliar no singular como no plural. Gataram-se milhões.” (Machado de Assis) “Aqui faz verões terríveis. .Verbos impessoais: Os verbos haver. no quintal. Vai haver grandes festas. o verbo auxiliar concordará com o sujeito. não há locução verbal e o verbo auxiliar concordará no singular.” (Rubem Braga) Nas locuções verbais formadas com os verbos auxiliares poder e dever. é também lícita: “Tudo é flores no presente. Portanto: Não se podem (ou pode) cortar essas árvores. existir. portanto concordará com o sujeito: Choviam pétalas de flores. isso.” (Carlos de Laet) “Choveram comentários e palpites.Quando o sujeito é um dos pronomes tudo.” (Ricardo Ramos) “Em Paris há coisas que não se entende bem.” (Camilo Castelo Branco) (Tem = Há) . deve-se aceitar as regras.Na língua popular brasileira é generalizado o uso de ter. embora menos comum. isto. sem que se vissem resultados concretos.. fortíssimas razões para ele não aceitar o cargo.” (Raquel de Queirós) . locução verbal: devem-se ler) “Nem de outra forma se poderiam imaginar façanhas memoráveis como a do fabuloso Aleixo Garcia.Concordância do verbo ser: O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos seguintes casos: . (sujeito: ler bons livros. Começou a haver abusos na nova administração. impessoal.Concordância do verbo passivo: Quando apassivado pelo pronome apassivador se.Quando o sujeito é um nome de coisa. nem tudo são dessemelhanças e contrastes entre Brasil e Estados Unidos.LÍNGUA PORTUGUESA “Os Sertões são um livro de ciência e de paixão.. passar de (na indicação de horas).” (Gonçalves Dias) “O que de mim posso oferecer-lhe é espinhos da minha coroa. o verbo concordará normalmente com o sujeito: Vende-se a casa e compram-se dois apartamentos. respondeu Ângela.” (Carlos Drummond de Andrade) Esse emprego do verbo ter.” (Carlos Drummond de Andrade) “E nem lá (na Lua) chovem meteoritos. Não deviam (e não devia) existir crianças abandonadas.” (Machado de Assis) . Portanto: Nesta cidade existem ( e não existe) bons médicos.” (Ledo Ivo) “Tudo isto eram sintomas graves. locução verbal: podem cortar) Devem-se ler bons livros.” (Viana Moog) A concordância com o sujeito. e o predicativo um substantivo plural: . Exemplos: Não se podem cortar essas árvores. permanentemente.Existir não é verbo impessoal. (sujeito: cortar essas árvores. . Devem-se (ou deve-se) ler bons livros.” (Sérgio Buarque de Holanda) “Em Santarém há poucas casas particulares que se possam dizer verdadeiramente antigas. quando usados como impessoais.o verbo chover. (sujeito: árvores. não é estranho ao português europeu: “É verdade. cravavam-se pregos necessários à segurança dos postes.” (Machado de Assis) Na mocidade tudo são esperanças. “Correram-se as cortinas da tribuna real. nesse caso.” (Camilo Castelo Branco) “Faz hoje ao certo dois meses que morreu na forca o tal malvado.” (Ledo Ivo) “Concluo que não se devem abolir as loterias. fazer (na indicação do tempo)..Também fica invariável na 3ª pessoa do singular o verbo que forma locução com os verbos impessoais haver ou fazer: Deverá haver cinco anos que ocorreu o incêndio.” (Monteiro Lobato) “Havia já dois anos que nos não víamos.” (Camilo Castelo Branco) Didatismo e Conhecimento 80 Observações: .” (Almeida Garrett) Entretanto. na voz passiva sintética. ficam na 3ª pessoa do singular: “Não havia ali vizinhos naquele deserto.” (José Geraldo Vieira) “Soube que tem um cavalo morto. por haver. Assim: Não se pode cortar essas árvores. no singular. chover e outros que exprimem fenômenos meteorológicos. Tem dias que sai ao romper de alva e recolhe alta noite.” (Camilo Castelo Branco) O verbo ser fica no singular quando o predicativo é formado de dois núcleos no singular: “Tudo o mais é soledade e silêncio. impessoal. de análise e de protesto.” (Rebelo da Silva) “Aperfeiçoavam-se as aspas. no sentido figurado (= cair ou sobrevir em grande quantidade). sem dúvida. pode-se considerar sujeito do verbo principal a oração iniciada pelo infinitivo e. o. ou aquilo: “Tudo eram hipóteses. com um banco embaixo. (=Devem ser lidos bons livros) (sujeito: livros.” (Alfredo Bosi) . mas que não devem ser seguidos: “Vendia-se seiscentos convites e aquilo ficava cheio. predicado: não se pode) Deve-se ler bons livros. ” (Machado de Assis) “Vida de craque não são rosas.” (Machado de Assis) “Era perto de duas horas quando saiu da janela.) . medida. Doze metros de fio é demais. . .” (Álvaro Lins) “A não serem os críticos e eruditos. . Dá-se também a concordância no singular com o sujeito que: “Ergo-me hoje para escrever mais uma página neste Diário que breve será cinzas como eu. entretanto na linguagem espontânea.” (Eça de Queirós) .Era uma vez: Por tradição.) Nós é que trabalhávamos.” (Camilo Castelo Branco) “A causa eram os seus projetos.” (Camilo Castelo Branco) Mas: Eu não sou ele. hesitam os escritores entre o plural e o singular: “Eram perto de oito horas. “Os bastidores é só o que me toca. etc. a não serem dívidas e desgostos. preço.” (Said Ali) “. mantém-se invariável a expressão inicial de histórias era uma vez.) Os astros é que os guiavam. (= olhe-se para..” (Latino Coelho) . é pouco. deixar o verbo no singular. “Era hora e meia. vejam-se) Haja vista os livros desse autor. com ele concordará o verbo ser: Emília é os encantos de sua avó. a não ser bonecos sem pescoço.. (= tenham vista.O verbo passar. A não ser alguns pescadores.” (Correia Garção) “Mentiras.” (Alexandre Herculano) “O dono da fazenda serás tu. aquela obra.) 81 “Hoje é dez de janeiro.” (Eça de Queirós) . “Nunca pensara no que podia sair do papel e do lápis. cujo sujeito exprime quantidade. passava das sete horas. Matoso Câmara Jr. (= por exemplo. a não ser escombros.” (Celso Luft) .” (J. sois vós. é menos que (ou do que).” (Camilo Castelo Branco) . e não haja visto. convertido em sujeito da oração infinitiva.” (Machado de Assis) “.. pouca gente manuseia hoje.” (Machado de Assis) Observações: .mas a minha riqueza eras tu. ainda quando seguida de substantivo plural: Era uma vez dois cavaleiros andantes. com ênfase: “Vocês são muito é atrevidos. etc. é demais.) (Hoje é dia seis de março.” (Camilo Castelo Branco) .Na indicação das horas. equivalente a exceto.Nas locuções é muito.Haja vista: A expressão correta é haja vista. Exemplos: “As dissipações não produzem nada. veja) Haja vista aos livros desse autor. atente-se para os livros) Didatismo e Conhecimento . referente a horas.” ( Fernando Namora) “Os responsórios e os sinos é coisa importuna em Tibães. o verbo ser é impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão designativa de hora.Quando o predicativo é um pronome pessoal ou um substantivo.. data ou distância: Era uma hora da tarde.. . e o predicativo um substantivo no plural: “A maioria eram rapazes.. ninguém o tratava pelo nome próprio. em frases como: Quando o trem chegou.) Da mesma forma se diz. (= Então os dois se desentenderam. Vós não sois eles. ninguém conhecia aquela praia. e o sujeito não é pronome pessoal reto: “O Brasil. (= Eram os astros que os guiavam.) Foi então que os dois se desentenderam. (= Sou eu que mantenho a ordem aqui.: “Seis anos era muito.A não ser: É geralmente considerada locução invariável. fazendo-o concordar com o substantivo seguinte. “A maior parte dessa multidão são mendigos.” (Graciliano Ramos) “Por que era que ele usava chapéu sem aba?” (Graciliano Ramos) Observação: O verbo ser é impessoal e invariável em construções enfáticas como: Era aqui onde se açoitavam os escravos. O resto (ou o mais) são trastes velhos. (= Aqui se açoitavam os escravos. Tu não és ele..” ( Raquel de Queirós) “Eram duas horas da tarde.” (Machado de Assis) “A não serem os antigos companheiros de mocidade..Pode-se. Exemplos: Nada restou do edifício. Abílio era só problemas.” (Aníbal Machado) A maior parte eram famílias pobres.” (Carlos Drummond de Andrade) Mas não constitui erro usar o verbo ser no plural.” (Raquel de Queirós) “Sentia era vontade de ir também sentar-me numa cadeira junto do palco. era o que me pediam.era perto das cinco quando saí. é suficiente. foi pôr o chapéu. Cinco mil dólares era quanto bastava para a viagem.” (Rui Barbosa) “Nas minhas terras o rei sou eu. é mais que (ou do que).Quando o sujeito é uma palavra ou expressão de sentido coletivo ou partitivo.Estando a expressão que designa horas precedida da locução perto de. (= São as mães que devem educá-los.Quando o predicativo é o pronome demonstrativo o ou a palavra coisa: Divertimentos é o que não lhe falta. senão.Locução de realce é que: O verbo ser permanece invariável na expressão expletiva ou de realce é que: Eu é que mantenho a ordem aqui.LÍNGUA PORTUGUESA “A cama são umas palhas.” (Raquel de Queirós) Sua salvação foram aquelas ervas. senhores.” (Camilo Castelo Branco) Dois mil dólares é pouco. datas e distância . (= Éramos nós que trabalhávamos) As mães é que devem educá-los.” (Eça de Queirós) “Seriam seis e meia da tarde. fica na 3ª pessoa do singular. salvo. sempre mentiras.. O sujeito sendo nome de pessoa. Pode ser construída de três modos: Hajam vista os livros desse autor. concordando com a idéia implícita de “dia”: “Hoje é seis de março. ) Essa dualidade de sintaxe verifica-se também com o verbo ver na voz passiva: “Viam-se entrar mulheres e crianças. bilhão e milhar são substantivos masculinos. Acabe-se de vez com esses abusos! Para ir de São Paulo a Curitiba. Meio milhão de refugiados se aproximam da fronteira do Irã...” (Camilo Castelo Branco) “Bateram quatro da manhã em três torres a um tempo. Exemplos. ou.. objeto direto: vista. .” (José Gualda Dantas) Dois terços da população vivem da agricultura.Bem haja. . com referência a horas. (faltava adquirir os livros) Esses fatos. Sujeito: os livros. os três milhares de plantas.Concordância com o sujeito oracional: O verbo cujo sujeito é uma oração concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular: Parecia / que os dois homens estavam bêbedos. com o sujeito oracional em destaque: Não me interessa ouvir essas parlendas. Em casa.Concordância com numerais fracionários: De regra. parecia que não podiam com a enxada.” (Camilo Castelo Branco) . esses bilhões de criaturas. a expressão.” (Cecília Meireles) “Outros..” (Graça Aranha) Usando-se a oração desenvolvida. Observações: . que pode ser hora. já passa das oito horas – disse ela ao filho. de aparência acabadiça. badaladas ou relógio: “Nisto. ..Concordância do verbo parecer: Em construções com o verbo parecer seguido de infinitivo. haja vista o incidente de sábado. importa (ou convém) não esquecê-los. alguns milhares de telhas. Detesta-se (e não detestam-se) aos indivíduos falsos. Verbo sujeito (oração subjetiva) Outros exemplos.” (Autran Dourado) “Um quinto dos bens cabe ao menino. que pareciam estourar no minuto seguinte. parecer concordará no singular: “Mesmo os doentes parece que são mais felizes. A situação é preocupante. verbo hajam (=tenham). Foram colhidos três milhões de sacas de trigo. pode funcionar como índice de indeterminação do sujeito. (construção literária) Análise da construção dois: parecia: oração principal. Anotei os livros que faltava adquirir.” (Machado de Assis) “Deu uma e meia. Exemplos: Um milhão de fiéis agruparam-se em procissão. Os dois milhões de árvores plantadas estão altas e bonitas. passava das 16 horas. deu três horas o relógio da botica. respectivamente.” (Mário Barreto) “Tinham batido quatro horas no cartório do tabelião Vaz Nunes. levava-se doze horas. Outros exemplos: “Nervos.. em ritmo moroso.Concordância com os numerais milhão.Concordância com sujeito indeterminado: O pronome se. Mal haja: Bem haja e mal haja usam-se em frases optativas e imprecativas. de preferência.” (Alexandre Herculano) “. hajam vista os incidentes de sábado. Por isso. as paredes estremeceram: oração subordinada substantiva subjetiva. Vamos. levam.” Ou “Via-se entrarem mulheres e crianças. etc.. Seguida de substantivo (ou pronome) singular.” .” (Fernando Namora) “Referiu-me circunstâncias que parece justificarem o procedimento do soberano. no masculino. fica-se mais à vontade. com o substantivo feminino plural: Dois milhões de sacas de soja estão ali armazenados (ou armazenadas) no próximo ano. permanece invariável: A situação é preocupante. . no feminino. numerais e pronomes que os precedem: os dois milhões de pessoas..Se o sujeito da oração for milhões. parecia caminharem no céu.” (Latino Coelho) “As lágrimas e os soluços parecia não a deixarem prosseguir. o particípio ou o adjetivo podem concordar.” (Said Ali) Pasar. São gastos ainda um milhão de dólares por ano para a manutenção de cada Ciep.LÍNGUA PORTUGUESA A primeira construção (que é a mais lógica) analisa-se deste modo.Concordância dos verbos bater.quando as estrelas. 82 Didatismo e Conhecimento . evidentemente. horas (claro ou oculto). (construção corrente) As paredes parecia estremecerem. por isso fica na 3ª pessoa do singular: Quando chegamos ao aeroporto. no sentido de ser mais de. com milhões. os três verbos acima concordam regularmente com o sujeito. O verbo concordará normalmente com o sujeito. o verbo concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular. a concordância do verbo efetua-se com o numerador. Exemplos: “Mais ou menos um terço dos guerrilheiros ficou atocaiado perto. pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo que o acompanha: As paredes pareciam estremecer.” (Oto Lara Resende) (Isto é: Parece que as notícias têm asas. é verbo impessoal. dar e soar: Referindo-se às horas. Meio milhão de pessoas foram às ruas para reverenciar os mártires da resistência.. que vem sempre posposto: “Bem haja Sua Majestade!” (Camilo Castelo Branco) Bem hajam os promovedores dessa campanha! “Mal hajam as desgraças da minha vida. devem concordar no masculino os artigos. Verbo sujeito (oração subjetiva) Faltava / dar os últimos retoques. bilhão e trilhão: Estes substantivos numéricos. quando seguidos de substantivo no plural. São viáveis as reformas que se intenta implantar? . Nesse caso..Milhão. o verbo ao plural. .” (José Américo) “As notícias parece que têm asas. por atração. Um quinto dos homens eram de cor escura. ou.” (Machado de Assis) . b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha. de acordo com a norma culta: a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.” (Rebelo da Silva) Segundo alguns autores. por se considerar a porcentagem um conjunto numérico invariável em gênero. entretanto. embora houvessem muitas ciladas em seu caminho. insatisfeitos. pode-se.Concordância com percentuais: O verbo deve concordar com o número expresso na porcentagem: Só 1% dos eleitores se absteve de votar. e) Nem uma nem outra questão é difícil. no masculino.) Os dois vivíamos felizes. Só 2% dos eleitores se abstiveram de votar. . ninguém foram demitidos.Mais de. (=Nós dois vivíamos felizes. a concordância efetua-se. Exercícios 01. b) Apesar da greve. d) Seus apartes eram sempre o mais pertinentes possíveis. Indique a opção correta. c) Deve haver bons motivos para a sua recusa. 06. senão ruínas. diretores. como nos exemplos: Um terço das mortes violentas no campo acontecem no sul do Pará. no que se refere à concordância verbal. d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou. efetuar a concordância do verbo no singular com o sujeito subentendido nada: Do antigo templo grego não resta senão ruínas. Didatismo e Conhecimento 83 . (Isto é: não restam outras coisas senão ruínas. fazendo-o concordar com o sujeito oculto outras coisas. e) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que ampara sua petição. “Para os lados do sul e poente. mas só a primeira tem tradição na língua. tem o numerador 1. mercadores não tem a força de vendilhões. Exemplos: Do antigo templo grego não restam senão ruínas. pela lógica. d) Fomos nós quem resolvemos aquela questão. os seus amigos. Gastaram-se menos de dois galões de tinta. e) Era a mim mesma que ele se referia. “Cerca de 40% do território ficam abaixo de 200 metros. professores.” (Antônio Hauaiss) Em casos como o da última frase. c) José chegou ileso a seu destino. em tais frases. 04.) “Ficamos por aqui. b) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da imigração. e) Choveram papéis picados nos comícios. Assinale a opção em que há concordância inadequada: a) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução para o problema. c) Os livros estão custando cada vez mais caro. (= A palavra elas é um pronome pessoal.Concordância com formas gramaticais: Palavras no plural com sentido gramatical e função de sujeito exigem o verbo no singular: “Elas” é um pronome pessoal. e vem seguido de substantivo no plural. incorreto usar o verbo no plural.LÍNGUA PORTUGUESA Não nos parece. Há erro de concordância em: a) atos e coisas más b) dificuldades e obstáculo intransponível c) cercas e trilhos abandonados d) fazendas e engenho prósperas e) serraria e estábulo conservados 05. c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem aqui. costuma-se usar o verbo no plural. 03. d) Deve existir problemas nos seus documentos. menos de: O verbo concorda com o substantivo que se segue a essas expressões: Mais de cem pessoas perderam suas casas. disse a moça. . (Ou seja: não resta nada. sem acento. Sobrou mais de uma cesta de pães. Foram destruídos 20% da mata. e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.” (Carlos Drummond de Andrade) . Menos de dez homens fariam a colheita das uvas. .) Na placa estava “veiculos”. b) A maioria dos conflitos foram resolvidos. seguido de substantivo no plural. funcionários.Não restam senão ruínas: Em frases negativas em que senão equivale a mais que. Assinale a frase em que há erro de concordância verbal: a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade. b) A casa estava meio desleixada. na enchente. 02. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal: a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram. quando o número fracionário. não se viam senão edifícios queimados. seguindo o uso geral. (= Todos nós estávamos preocupados.” (Alexandre Herculano) “Por toda a parte não se ouviam senão gemidos ou clamores. c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada.) Da velha casa não sobraram senão escombros. “Contudo. Indique a alternativa em que há erro: a) Os fatos falam por si sós. no feminino (oitenta e duas entre cem mulheres).Concordância com o pronome nós subentendido: O verbo concorda com o pronome subentendido nós em frases do tipo: Todos estávamos preocupados. d) De casa à escola é três quilômetros.) Ali não se via senão (ou mais que) escombros. As duas interpretações são boas. a não ser. .afável com. . para com. No estudo da regência nominal.. .foram feitos b) Chega . d) Devem haver aqui pessoas cultas. . ...ser b) hajam . Soube que mais de dez alunos se . por: Sempre tive aversão à política.gosto de. Na regência nominal o principal papel é desempenhado pela preposição. .. é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição “a”. para: A medida foi necessária para acabar com tanta dúvida. . . .dúvida em sobre: Anotou todas as dúvidas sobre a questão dada.basta . .fértil: de. para: A reforma foi benéfica a todos.aliado: a... de.suspeito: de. Observe-os atentamente e procure. mas não ..versado: em. . de: Tinha horror a quiabo refogado. .. pessoas interessadas: são muitas as formalidades a .bastam . a participar dos jogos que tu e ele . .serem d) haja . .hostil: a. Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem.vazio: de. por: Ele demonstrava grande amor à namorada. . por.junto a... . . .. de: Sua saída não foi agradável à equipe..alheio: a. . .próximo: a. .rente: a... de. . . b) Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro.existe .impróprio para: O filme era impróprio para menores.acessível a: Este cargo não é acessível a todos.desprezo: a.foi feito 10. a) negou – organizou b) negou – organizastes c) negaram – organizaste d) negou – organizaram e) negaram .vizinho: a.alusão a: O professor fez alusão à prova final. entre. de.. . .amor a.. de. . por sua causa? a) Chega .coerente: com. Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência.acostumado a.respeito a. por: Sentia antipatia por ela. para: Estava apto para ocupar o cargo...benéfico a. . para com: Nunca deu atenção a ninguém.sito em: O apartamento sito em Brasília foi vendido..existe . . .existem . Didatismo e Conhecimento 84 .. por.contíguo: a.sensível: a.situado em: Minha casa está situada na Avenida Internacional. em. de exigências! Ou será que não . . com. . . cumpridas. .preferível a: Tudo era preferível à sua queixa. .agradável a. Conhecer o regime de um verbo significa. .. em: Tenho muito gosto em participar desta brincadeira..análogo: a. com.serem 09.apto a. por.. com...antipatia a.aflito: com. . . .grato a: Grata a todos que me ensinaram a ensinar. adjetivo ou advérbio) e o termo por ele regido. para com: Tinha um jeito afável para com os turistas.semelhante: a.LÍNGUA PORTUGUESA 07. . .existem . c) Eles parece estarem doentes.. . os sacrifícios que .. encontrei este documento. sempre que possível. . . de.residente: em. . de: Junto com o material.bastam .basta .. . É provável que . .foi feito d) Chegam . e) Todos parecem terem ficado tristes.bastam .. 08.foi feito c) Chegam . de..existem . Obedecer a algo/ a alguém. nesses casos. . com: Todos estavam acostumados a ouvi-lo.ser e) hajam ..compatível: com.acesso a.ser c) haja . com..foram feitos e) Chegam .favorável a: Sou favorável à sua candidatura. a) hajam ..aversão a. em..certeza de. ...equivalente: a. para: O acesso para a região ficou impossível. em.. conhecer o regime dos nomes cognatos. para com.atenção a.empenho: de. associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. .. A concordância verbal está correta na alternativa: a) Ela o esperava já faziam duas semanas. .lento: em...organizastes Respostas: (01-C) (02-D) (03-D) (04-D) (05-D) (06-D) (07C) (08-C) (09-A) (10-E) Regência Nominal Regência nominal é a relação de dependência que se estabelece entre o nome (substantivo.adaptado a: Foi difícil adaptar-me a esse clima.passível de: As regras são passíveis de mudanças.satisfeito: com.. vagas na academia. . por: É necessário o respeito às leis..horror a.inerente: a. ....necessário a. .. Obediente a algo/ a alguém.. por. em: A certeza de encontrá-lo novamente a animou.útil: a. para. ..... cujo e) que. (agradar significa acariciar. prejudicou toda uma família.. oneroso d) orgulhoso. Assinale-a: a) Ele não é digno a ser seu amigo. 08. odioso. I. menos 03... O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). III e) I.estão dando andamento é incompatível. Abdicar: renunciar ao poder. A oração “Cheguei no metrô”. as d) à que. conclui-se que “agradar alguém” é diferente de “agradar a alguém”.(VTI): A banda Legião Urbana agrada aos jovens. a) II... Cheguei ao metrô. “As mulheres da noite. A vencedora abdicou o seu direto de rainha. menos c) a. e) O sol é indispensável da saúde. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser seguidos pela mesma preposição: a) ávido. (VTI) Agradar: emprega-se com preposição no sentido de contentar. involuntariamente.. contentar) A mãe agrada ao filho.... Dentre as frases abaixo. bom. uma apenas apresenta a regência nominal correta. b) Baseado laudos médicos. cotidiana de alguns verbos. satisfazer. Pode ser intransitivo (VI não exige complemento) / transitivo direto (TD) ou transitivo indireto (TI + preposição): D. 06. desmaiou. ele.. Cheguei no metrô. d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio.. por. satisfazer) Logo. de cujo b) a que.. Emprega-se sem preposição no sentido de acariciar. Aliás. Abraçou-se a mim. com as 02. (VTD). Visando apenas os seus próprios interesses.LÍNGUA PORTUGUESA Exercícios 01. com. rico. III. a um cargo. Assinale a alternativa correta quanto à regência: a) A peça que assistimos foi muito boa. título desistir. o qual d) às quais. Quanto a amigos.. (VI). simpatia. menos e) do que.. sentido diferente. por. O projeto.. No primeiro caso. d) Costumo obedecer a preceitos éticos. a) de que. é o meio de transporte por mim utilizado.. A mãe agrada o filho. II 07. para. popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai... Respostas: 01-B / 02-A / 03-D / 04-D / 05-D / 06-A / 07-C / 08-C Regência Verbal A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais).. em cujo 05.Paulo. Nunca abdicarei de meus direitos. e) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o doente. (VTD) 85 Didatismo e Conhecimento ...quem sinto.. no qual c) de que.. Pedro abdicou em 1831. III. a) a. menos d) do que. às e) que. limpo. com as b) a que. c) Informo-lhe de que paguei o colégio. II. concedeu-lhe a licença. para. no silêncio”. (VTI). (agradar significa “causar agrado ou prazer”. c) A atitude do Juiz é isenta de qualquer restrição. embora fosse tão humilde. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala. e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos.tradições da firma. pálido. IV d) I. O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva. (VTI) Abraçar: emprega-se sem / sem preposição no sentido de apertar nos braços: A mãe abraçou-a com ternura.. chorando.. d) Ele se diz especialista para com computadores eletrônicos. c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram. é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial. mimar: Márcio agradou a esposa com um lindo presente. Como era orgulhoso. pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. b) Estes são os livros que precisamos... Assinale o item em que há erro quanto à regência: a) São essas as atitudes de que discordo.. sábio 04.coração bate de noite. IV b) I. III. IV. no segundo caso. sedento e) oposto.o poeta faz alusão a colorir Aracaju. preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro. (VTD). Assinale a alternativa que contém as respostas corretas. III e) I. menos b) do que. no padrão culto da língua. o metrô é o lugar a que vou. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque. possui. e a regência culta. II. A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é: a) as quais.. inconsequente b) indigno. As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito.. b) Há muito já lhe perdoei. com as c) que.. prefiro João. perito c) leal. envolver. Atenda o telefone. (VTI) Emprega-se sem preposição no sentido de acarretar. Informar: o verbo informar possui duas construções. (VTI) Ansiar: emprega-se sem preposição no sentido de causar mal-estar. Ela casou antes dos vinte anos. ajudar: A professora sempre assiste os alunos com carinho. (VTI) Emprega-se com preposição no sentido de ouvir com atenção o que alguém diz: Atenda ao telefone. construído com objeto + predicativo: Chamou-o covarde. (VID). ambos os verbos. isto é. Nos exemplos. por favor. presenciar: Todos assistíamos à novela Almas Gêmeas. Emprega-se com preposição no sentido de desejar ardentemente por: Ansiava por vê-lo novamente. (VTI com preposição). no campo. ter direito ou razão: O direito de se defender assiste a todos. Contento-me em aplaudir daqui. e seu sujeito é uma oração reduzida de infinitivo: Custou-me pegar um táxi. emprega-se com preposição: Na conversa aludiu vagamente ao seu novo projeto. (VTD) É inadequada a regência do verbo implicar em: Implicou em confusão. o verbo chegar exige a preposição a quando indica lugar: Chegou ao aeroporto meio apressada. Contentar-se: emprega-se com as preposições com. lhe. de. Lembrei um caso interessante. conceder: Deus atendeu minhas preces. (VTI) Assistir: emprega-se com preposição a no sentido de ver. os verbos esquecer e lembrar quando usados com a preposição de. Informou-se das mudanças logo cedo. Custar: é transitivo direto no sentido de ter valor de. Esqueci-me do endereço dele. (preferência brasileira) Avisar: avisar alguém de alguma coisa: O chefe avisou os funcionários de que os documentos estavam prontos. não são pronominais. (VTD). era preciso bater na porta de seu quarto. Cheguei-me a ele. exigem o pronome e a preposição de. (VTD sem preposição. (VTDI) Ensinar: é intransitivo no sentido de doutrinar.(foi difícil). (VI não exige complemento). Nervoso. Implicar: emprega-se com preposição no sentido de ter implicância com alguém. não exigem os pronomes me. (VTD) Emprega-se sem preposição no sentido de embaraçar. em: Contentam-se com migalhas.(fechou com força). Chamar: emprega-se sem preposição no sentido de convocar. é TD: O vizinho implicou-o naquele caso de estupro. verbo pronominal) 86 Didatismo e Conhecimento . Chamava por Deus nos momentos difíceis. (VTD) / Chamou-o de covarde. (VTI) Emprega-se com preposição no sentido de caber. ter por objetivo: Gincizinho aspira ao cargo de diretor da Penitenciária. pregar: Minha mãe ensina na FAI. É transitivo direto e indireto no sentido de dar instrução sobre: Ensino os exercícios mais difíceis aos meus alunos. angustiar: A emoção ansiava-me. O verbo casar pode vir acompanhado de pronome reflexivo: Ela casou com o seu grande amor. Chamou-lhe covarde. Todos querem assistir a ele. O carro custou-me todas as economias. Lembrei-me de um caso interessante. Lembra-me um caso interessante. referir-se a alguém). para alguém abrir). (VTI) Emprega-se sem / com preposição no sentido de socorrer. Emprega-se com preposição no sentido de dar atenção a alguém: Lamento não poder atender à solicitação de recursos. (bater junto à porta. é TI: Nunca implico com meus alunos. é TD: A queda do dólar implica corrida ao poder. (VTD) No sentido de ouvir. residir é intransitivo e exige a preposição em: Assiste em Manaus por muito tempo. Informei-lhe que sua aposentaria. Já tem tradição na língua o uso de avisar como OI de pessoa e OD de coisa. com. O juiz chamou o réu à sua presença. (VTI). Atenderemos quaisquer pedido via internet. (VTD) Aludir: (=fazer alusão. esquecer e lembrar. (VTD) No sentido de ser difícil é TI. (VTI) No sentido de morar. Este computador custa muito caro. Esqueceu-me seu endereço. (VTD) Emprega-se com ou sem preposição no sentido de denominar. e o verbo lembrar está empregado no sentido de vir à memória. cheirar: Aspiramos um ar excelente. (VT). Você é realmente digno de casar com minha filha. (VTD) Emprega-se com preposição no sentido de querer muito. É conjugado como verbo reflexivo. Você pode observar que no 1º exemplo tanto o verbo esquecer como lembrar. (VTI) Nesse caso. (VTI) Chegar: como intransitivo. No exemplo o verbo esquecer está empregado no sentido de apagar da memória. comprometer. o verbo não aceita o pronome lhe. objeto direto de pessoa: Eu ajudava-a no serviço de casa. mas apenas os pronomes pessoais retos + preposição: O filme é ótimo. em: Entretinham-nos em recordar o passado. exigem os pronomes. na 3ª pessoa do singular. Como transitivo direto (VTD) e intransitivo (VI) no sentido de aproximar. apelidar. se. É transitivo direto e indireto (TDI) no sentido de acarretar: A imprudência custou-lhe lágrimas amargas. É transitivo direto no sentido de educar: Nem todos ensinam as crianças. Esquecer / Lembrar: estes verbos admitem as construções: Esqueci o endereço dele. Na língua culta. entrou em casa e bateu a porta. são transitivos diretos (TD). (dar pancadas) Casar: Marina casou cedo e pobre. (VTD). O desestímulo ao álcool combustível implica uma volta ao passado. VTD e VTI: Informei-o que sua aposentaria saiu. (VTI). Avisaremos os clientes da mudança de endereço. Avisamos aos clientes que vamos atendê-los em novo endereço. Bater: emprega-se com preposição no sentido de dar pancadas em alguém: Os irmãos batiam nele (ou batiam-lhe) à toa. (VTD ). (VTD). ou Ela casou-se com seu grande amor.(VTD). (VI) Atender: empregado sem preposição no sentido de receber alguém com atenção: O médico atendeu o cliente pacientemente.LÍNGUA PORTUGUESA Ajudar: emprega-se sem preposição. (VTI) / Chamou-lhe de covarde. A professora sempre assiste aos alunos com carinho. (VTI) Aspirar: emprega-se sem preposição no sentido de respirar. Entreter: empregado como divertir-se exige as preposições: a. Foi logo batendo à porta. Para que ele pudesse ouvir. (inteirar-se. ser caro. são transitivos indiretos e pronominais. (VTD). (VTE). Simpatizei com você. isto é. constrói-se com a preposição em: Residimos em Lucélia. ( adequado) Subir: Subiu ao céu. (VTDI) Emprega-se no sentido de responder a uma carta. é TD: Nós investimos parte dos lucros em pesquisas científicas. (VTI) Emprega-se como verbo transitivo direto e indireto. nos. etc: Simpatizei-me com você. Perdoar: emprega-se sem preposição no sentido de perdoar coisa. Necessitar: emprega-se com verbo transitivo direto ou indireto. vir depois: O descanso sucede ao trabalho. diz-se pedir que. Marcelo namora Raquel. do que. é VTI: Cida pagou ao padeiro. Emprega-se como transitivo indireto com a preposição a. (VTD) Emprega-se com preposição no sentido de remunerar pessoa. no sentido de ter necessidade: A mãe perdoou ao filho a mentira. (VTD) Morar: antes de substantivo rua. Responder: emprega-se no sentido de responder alguma coisa a alguém: O senador respondeu ao jornalista que o projeto do rio São Francisco estava no final. Paguei a costura. Residir: como o verbo morar. com sujeito indeterminado: Precisa-se de funcionários competentes. a língua moderna tenDidatismo e Conhecimento 87 de a dispensá-la: Você é rico. na Avenida Internacional. entre pedir e o para. Caso contrário. (VI) Emprega-se com a preposição de no sentido de originar-se. no sentido de ter preferência. Não se usa a preposição de antes de oração infinitiva: Os pais não lhe permite ir sozinha à festa do Peão. não exigem os pronomes me. ter afeto. com a preposição a: O reitor presidiu à sessão. Prefiro chocolate a doce de leite. Usa-se. . Pagar: emprega-se sem preposição no sentido de saldar coisa. Marina Falcão mora na rua Dorival de Barros. Subir ao trono. se. A secretária pediu para sair mais cedo.(VTD) Preferir: emprega-se sem preposição no sentido de ter preferência. muito mais. mas não sabe precisar a quantia. comparecessem à reunião. (VTI) Quando o verbo precisar vier acompanhado de infinitivo. mil vezes mais. culta. Simpatizar / Antipatizar: empregam-se com a preposição com: Sempre simpatizei com pessoas negras.(VTDI) Obedecer / Desobedecer: emprega-se com verbo transitivo direto e indireto no sentido de cumprir ordens: Obedecia às irmãs e irmãos. é VTI: As crianças carentes precisam de melhor atendimento médico. usase morar com a preposição em: D. no sentido de dar início: Procederemos a uma investigação rigorosa. Reverter: emprega-se no sentido de regressar. quando. é TD: Devemos perdoar as ofensas. Preveni minha turma. (sujeito indeterminado) Emprega-se sem preposição no sentido de indicar com exatidão: Perdeu muito dinheiro no jogo. (VTI) Emprega-se como verbo transitivo direto e indireto.LÍNGUA PORTUGUESA Investir: emprega-se com preposição (com ou contra) no sentido de atacar. Prevenimo-nos para o exame final. Quero preveni-los. Na linguagem formal. O reitor presidiu a sessão. Prevenir: admite as construções: A paciência previne dissabores. é TI: O touro Bandido investiu contra Tião. (inadequado). (VTD ) Emprega-se com preposição no sentido de conceder o perdão à pessoa. (não exige a preposição no) Precisar: emprega-se com preposição no sentido de ter necessidade.(VTD) Emprega-se com preposição no sentido de gostar. namora Cristiane. Necessitávamos de seu apoio. enrolou e não respondeu à pergunta do professor. Suceder: emprega-se com a preposição a no sentido de substituir. exige a preposição a: Prefiro dançar a nadar. vir de: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo. Emprega-se no sentido de destinar-se: A renda da festa será revertida em beneficio da Casa da Sopa.a posse de alguém: As jóias reverterão ao seu verdadeiro dono.. (VTD) Preferir VTDI. à secretária. Paguei à costureira. Pedir: somente se usa pedir para. voltar ao estado primitivo: Depois de aposentar-se reverteu à ativa. é inadequado usar este verbo reforçado pelas palavras ou expressões: antes. Permitir: empregado com preposição. Proceder: emprega-se como verbo intransitivo no sentido de ter fundamento: Sua tese não procede. Namorar: a regência correta deste verbo é namorar alguém e NÃO namorar com alguém: Meu filho. pagar alguma coisa a alguém: Cida pagou a carne ao açougueiro. às vezes na voz passiva. Estes verbos não são pronominais. (pediu licença). a uma pergunta: Enrolou. Paulo César. puder colocar a palavra licença. no sentido de precisar: Necessitávamos o seu apoio. Essas expressões exigem a preposição a. exige objeto indireto de pessoa: O médico permitiu ao paciente que falasse. A direção pediu que todos os funcionários. não precisa trabalhar muito. Subir ao poder. (sem escolha): Prefiro dias mais quentes. (VTI) Constrói-se com o pronome lhe e não o: O assistente permitiu-lhe que entrasse. o verbo responder. amar: Quero muito bem às minhas cunhadas Vera e Ceiça. (VTI) Querer: emprega-se sem preposição no sentido de desejar: Quero vê-lo ainda hoje. no sentido de dar posse: O prefeito investiu Renata no cargo de assessora. Antipatizei com ela desde o primeiro momento. Emprega-se no sentido de voltar para. Empregado como verbo transitivo direto e indireto. (e não de ir sozinha) Pisar: é verbo transitivo direto VTD: Tinha pisado o continente brasileiro. mais. Subir à cabeça. Presidir: emprega-se com objeto direto ou objeto indireto. avenida. Residente e residência têm a mesma regência de residir em. (VTDI) Emprega-se sem preposição no sentido também de empregar dinheiro. (VTDI) Por alguma coisa: Quanto pagou pelo carro? Sem complemento: Assistiu aos jogos sem pagar. é TI: Perdoemos aos nossos inimigos. (VTDI) Admite voz passiva: Todos serão perdoados pelos pais. Não desobedecia às leis de trânsito. é VTI): Cida pagou o pão. pode-se usar a preposição de. Todos visavam ao cargo. sempre foi assistido por bons conselheiros. o verbo grifado foi empregado com regência certa. tocar em alguém: Não deixava tocar o / no gato doente. . não admitem voz passiva. chamaram-lhe o salvador da pátria. e) o padre lhe assistiu nos derradeiros momentos. taciturno e mudo”: a) pelos seus feitos. d) o chefe chamou-os para um diálogo franco. Corrija-se para: Entrou na casa e saiu dela.” (Graciliano Ramos) Observações Finais Os verbos transitivos indiretos (exceção ao verbo obedecer). e) mandou chamar o médico com urgência. Emprega-se no sentido de ser da competência de. eu lhe perdoaria os defeitos. Emprega-se no sentido de comover.expressão concessiva equivalendo a ainda que custe a. d) redobrou de intensidade. e aspiro sociedade e luz. b) bateram à porta. caber: Ao prefeito é que toca deferir ou indeferir o projeto. enquanto as formas lhe. c) naquele momento difícil. O mesmo se dá com: dar-se ao / o incômodo. chamei-lhes de discriminadores. os. 05. 02. pretender: Todos visam ao reconhecimento de seus esforços. e) antes preferia sair do que ficar em casa. a. lhes funcionam como transitivos indiretos que exigem a preposição a. b) é dever do médico assistir a todos os enfermos. Obedeço-lhe. O gerente visou a correspondência. como se obedecesse a voz do mágico. poupar-se ao /o trabalho. dispor-se a. por herança. Emprega-se com preposição como VTI no sentido de desejar. As formas oblíquas o. d) avisei-lhe de que não desejava substituir-lhe na presidência. b) como ninguém assumia. Passar revista a ou passar em revista? Ambas estão corretas. usa-se com OD: O nascimento do filho tocou-o profundamente. que elas chamaram de maternidade. não obstante: “Em que pese aos inimigos do paraense. e) avisei-o de que não desejava substituí-lo na presidência. Convidei-as. d) não se pode assistir indiferente a um ato de injustiça. tocar alguém. Os exemplos citados abaixo são considerados inadequados. Assinale a opção em que o verbo chamar é empregado com o mesmo sentido que apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara.LÍNGUA PORTUGUESA Tocar: emprega-se no sentido de pôr a mão. b) preferia sair a ficar em casa. a) avisei-o de que não desejava substituí-lo na presidência. Convidei as amigas. b) avisei-lhe de que não desejava substituí-lo na presidência. pois apesar de ter sempre servido à instituição. sinceramente confesso que o admiro. pois você legitima a submissão das mulheres. jamais aspirei a tal cargo. Em todas as alternativas. em que está bem empregada a construção com o verbo preferir: a) preferia ir ao cinema do que ficar vendo televisão. jamais aspirei a tal cargo. Assisti à peça e gostei dela. b) estou deserto e noite. c) custa-me dizer isto. Quaresma ficou reservado. Assinale a única alternativa que está de acordo com as normas de regência da língua culta. jamais aspirei tal cargo. O cargo era visado por todos. Visar: emprega-se sem preposição como VT13 no sentido de apontar ou pôr visto: O garoto visou o inocente passarinho. o chefe não chamou às feministas a sua seção. d) apesar de a hora ter chegado. houve um nervosismo geral e chamaram-nas de feministas. chamou por Deus e pelo Diabo. como: Entrou e saiu de casa. c) preferia antes sair a ficar em casa.lhe na presidência. mas antes peque por excesso. Obedeço ao mestre. exceto em: a) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera. pois apesar de ter sempre servido a instituição. Exercícios 01. Emprega-se no sentido de caber por sorte. apesar de. A primeira é mais aceita: Dava-se ao trabalho de responder tudo em Inglês. O verbo chamar está com a regência incorreta em: a) chamo-o de burguês. Propor-se alguma coisa ou propor-se a alguma coisa? Propor-se. 06. pode vir com ou sem a preposição a: Ela se propôs levá-lo/ a levá-lo ao circo. c) em sua administração. d) preferia mais sair do que ficar em casa. herança. Casos Especiais Dar-se ao trabalho ou dar-se o trabalho? Ambas as construções são corretas. jamais aspirei tal cargo. Os estudantes assistiram ao filme. no sentido de ter em vista. e) as mulheres foram para o local do movimento. 04. c) de repente. jamais aspirei a tal cargo. 03. Assinale a opção em que o verbo assistir é empregado com o mesmo sentido que apresenta em “não direi que assisti às alvoradas do romantismo”. Didatismo e Conhecimento 88 c) avisei-o de que não desejava substituir. pois apesar de ter sempre servido à instituição. Não se deve dar o mesmo complemento a verbos de regências diferentes. pois apesar de ter sempre servido à instituição. a) não assiste a você o direito de me julgar. Em que pese a . e) quando ela morresse. Assisti e gostei da peça. as funcionam como complemento de verbos transitivos diretos. O filme foi assistido pelos estudantes. pois apesar de ter sempre servido a instituição. porém a segunda construção é mais frequente: O presidente passou a tropa em revista. Assinale o exemplo. dar-se ao /o luxo. sensibilizar. é OI: Tocou-lhe. chamando Rodrigo. uma linda fazenda. e) na hora das promoções./ enraivecido. . não bebas desta água.Quando. Crase é a superposição de dois “a”.). . = prefiro terninho a vestido). Assinale a opção em que o verbo lembrar está empregado de maneira inaceitável em relação à norma culta da língua: a) pediu-me que o lembrasse a meus familiares. a tratamento prolongado. às vezes. d) onde encontraremos quem nos forneça as informações de que necessitamos. /usei de todos os ritmos da metrificação portuguesa./ cuidado. em vez de escrevermos “entregamos a mercadoria a a vendedora”. d) precisou a quantia que gastaria nas férias. pois. Não existe Crase . Eles queriam oferecer flores a você. e) os processos onde podemos encontrar dados para o relatório estão arquivados Respostas: 1-A / 2-A / 3-D / 4-B / 5-D / 6-B / 7-B / 8-E / 9-D / 10-B / O acento grave que aparece sobre o “a” não constitui. . . o sentido ficaria ambíguo: a água inundou a rua até a casa de Maria (= inundou inclusive a casa). “esta blusa é igual a a que compraste” ou “eles deveriam ter comparecido a aquela festa”. Por isso. b) cuidado. existir preposição: Ela compareceu perante a direção da empresa. às vezes. c) a atitude tomada implicou descontentamento. mas é um mero sinal gráfico que indica ter havido a união de dois “a” (crase).Antes de verbo: Ficamos a admirá-los. o superintendente nos ajudou. OCORRÊNCIA DE CRASE. c) não sei bem onde foi publicado o edital. custei a encontrar um táxi disponível.Quando o “a” estiver no singular e a palavra seguinte estiver no plural: Falei a vendedoras desta firma. Quando até significa “perto de”.Antes de palavra masculina: Chegou a tempo ao trabalho./ precisou da quantia que gastaria nas férias. Os críticos não deram importância a essa obra. c) lembrou-se mais tarde que havia deixado as chaves em casa. c) enraivecido. Exceção feita. podendo ser também a preposição “a” e o pronome demonstrativo a(s) ou a preposição “a” e o “a” inicial dos pronomes demonstrativos aqueles(s). a crase. devemos sobrepor os dois “a” e indicar esse fato com um acento grave: “Entregamos a mercadoria à vendedora”. . pegou a vara e bateu no animal. . geralmente a preposição “a” e o artigo a(s). é preposição. Dirigiu-se a mim com ironia.Antes dos pronomes indefinidos com exceção de outra: Direi isso a qualquer pessoa. Vende-se a prazo. 89 12.Antes de artigo indefinido: Levamos a mercadoria a uma firma. e) àquela hora. Assim. O verbo sublinhado foi empregado corretamente. Para haver crase.” Didatismo e Conhecimento . Refiro-me a uma pessoa educada. Ele começou a ter alucinações. . antes do “a”. exceto em: a) aspiro à carreira militar desde criança. pegou da vara e bateu no animal.Antes de expressão de tratamento introduzida pelos pronomes possessivos Vossa ou Sua ou ainda da expressão Você. . A entrada é vedada a toda pessoa estranha. mais fácil será para ele ter o domínio sobre a crase. encontrávamos colegas. Enfrentaram-se cara a cara. Vieram a pé. Assinale o mau emprego do vocábulo “onde”: a) todas as ocasiões onde nos vimos às voltas com problemas no trabalho. não bebas esta água. etc. forma reduzida de Vossa Mercê: Enviei dois ofícios a Vossa Senhoria. por motivo de clareza: A água inundou a rua até à casa de Maria (= a água chegou perto da casa). . quando significa “inclusive”.Antes dos pronomes demonstrativos esta e essa: Não me refiro a esta carta. pode haver crase porque ele. para até. Refiro-me a pessoas curiosas. é partícula de inclusão.Antes dos pronomes pessoais: Nada revelei a ela. Traremos a Sua Majestade. b) por toda parte. é indispensável a presença da preposição “a”. uma mensagem de paz.LÍNGUA PORTUGUESA 07. aquela(s) e aquilo. Essa superposição é marcada por um acento grave (`). que é um problema de regência. “Esta blusa é igual à que compraste”. . b) dado o sinal. Em qual das opções abaixo o uso da preposição acarreta mudança total no sentido do verbo? a) usei todos os ritmos da metrificação portuguesa. e) a enfermeira tratou a ferida com cuidado. / a enfermeira tratou da ferida com cuidado. lembre-se de mim. ficaria “os cartões estavam colocados uns aos outros”). “Eles deveriam ter comparecido àquela festa.Com expressões repetitivas: Tomamos o remédio gota a gota.Com expressões tomadas de maneira indeterminada: O doente foi submetido a dieta leve (no masc. d) não me lembrava de ter marcado médico para hoje. Com o pronome indefinido outra(s). 08. se não houvesse o sinal da crase. Os papéis estavam sob a mesa. aceita o artigo definido a(s): As cartas estavam colocadas umas às outras (no masculino. onde quer que fôssemos. Prefiro terninho a saia e blusa (no masc. d) prefiro estudar Português a estudar Matemática. b) é preciso lembrá-lo o compromisso que assumiu conosco. procedemos à leitura do texto. = foi submetido a repouso. 10. quanto mais conhecer a regência de certos verbos e nomes. o rei Hubertus. 09. . Mas.). quando a palavra terra significa o oposto a “mar”. então haverá crase: Levaram-me à casa de Lúcia.Pronome Relativo: Todo pronome relativo tem um substantivo (expresso ou implícito) como antecedente. A Crase é Facultativa . mas não o exige (“Minha secretária é exigente. há as que admitem artigo antes de si e as que não o admitem. vim de Porto Alegre). “domicílio” e não vem acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva. [A (artigo) Candinha do Major Quevedo é fanática por seresta. Casos Especiais . quando vierem determinados. haverá crase porque o artigo definido estará presente. vim de Santa Catarina). Portanto. antes de um nome de pessoa. Os astronautas desceram a terra na hora prevista. não ocorre crase: A que artista te referes? . a menos que se trate de distância determinada: Via-se um monstro marinho à distância de quinhentos metros. devemos sobrepor essa preposição à primeira letra dos demonstrativos e indicar o fenômeno mediante um acento grave: Enviei convites àquela sociedade (= a + aquela). . Os nomes de localidades que não admitem artigo passarão a admiti-lo. pois resolveram ir a terra.Palavra “casa”: quando a expressão casa significa “lar”. aquela(s). apenas o artigo definido). respectivamente. para maior segurança. Enviamos um telegrama a Marisa./ A solução era esta apresentada ontem. passará a admiti-lo: Vou à grande Porto Alegre (estou na grande Porto Alegre. pois o “a” é artigo definido: Parodiando Fernando Pessoa. Voltei à terra onde nasci. Por isso.Na expressão valer a pena (no sentido de valer o sacrifício. diante das segundas. “ar” ou “bordo”: Os marinheiros ficaram felizes. Dedico esta canção à Candinha do Major Quevedo. se a palavra casa estiver modificada por adjetivo ou locução adjetiva. Mas: A distância.. Como se viu. “planeta” ou “lugar onde a pessoa nasceu”: O colono dedicou à terra os melhores anos de sua vida. pode ocorrer crase. não haverá crase: Enviou seus representantes à Paraíba (estou na Paraíba. mesmo com a presença da preposição. no masculino. O avião dirigia-se a Santa Catarina (estou em Santa Catarina. pode-se ou não empregar o artigo “a” (“A Marisa é uma boa menina”. o uso de acento indicativo de crase não é facultativo (conforme o caso.Palavra “distância”: Não se usa crase diante da palavra distância./ Não dei atenção a isto. estará comprovada a hipótese do acento de crase sobre o “a” inicial dos pronomes aquele(s). Para se saber se o nome de uma localidade aceita artigo. acompanhando-se de uma expressão que a determine. Quando o nome próprio feminino vier acompanhado de uma expressão que o determine. não. a crase é facultativa. Se ocorrer “em” ou “de”. esta(s). A solução era aquela apresentada ontem. Se ocorrer a combinação “na” com o verbo estar ou “da” com o verbo vir. aquilo. Se o “a” se transforma em “ao”. vim da Paraíba). .Com o pronome substantivo possessivo feminino singular.Antes de nomes próprios feminino: Enviamos um telegrama à Marisa. Iremos a casa à noitinha. A explicação é idêntica à do item anterior: o pronome adjetivo possessivo aceita artigo. o esforço). Há crase. diante das primeiras. deve-se substituir o verbo da frase pelos verbos estar ou vir. Iríamos à Madri das touradas para ficar três dias. Esta gravura é semelhante à nossa. A solução não se relaciona àqueles problemas. (O trabalho ao qual aspiro é almejado por muitos. Não dei atenção àquilo. desde que comprovada a presença de preposição. haverá crase com o “a” da frase original. não há crase: Chegamos alegres a casa.Nomes de localidades: Dentre as localidades./ A solução não se relaciona a estes problemas. aquilo pelos demonstrativos este(s). Porto Alegre indeterminadamente não aceita artigo: Vou a Porto Alegre (estou em Porto Alegre.Antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular: Pediu informações à minha secretária. 90 Didatismo e Conhecimento . A solução não se relaciona àqueles problemas (= a + aqueles). Pediu informações a minha secretária. deve-se substituir esse antecedente por um substantivo masculino. quando a palavra significa “solo”. no masculino. (O escritório a que me refiro precisa de empregados. Estávamos à distância de dois quilômetros do sítio. Olhava-nos a distância. Mas. se o “a” permanece inalterado ou se transforma em “o”.. Ou “Marisa é uma boa menina”). Mas. Assim que saiu do escritório. a crase é facultativa.). quando aconteceu o acidente. Em português.Palavra “terra”: Não há crase. Na passagem do antecedente para o masculino. aquela(s).] . aquela(s). Entretanto. estará negada a hipótese de crase. A carreira à qual aspiro é almejada por muitos. . A simples interpretação da frase já nos faz concluir se o “a” inicial do demonstrativo é simples ou duplo. isto.Pronomes demonstrativos aquele(s). . Viriam à Terra os marcianos? . não ocorre crase. ficaria assim: O meu sítio é melhor que o teu (não há preposição. vim da grande Porto Alegre). Iremos à encantadora casa de campo da família Sousa. surgir a preposição “a”. Não dei atenção àquilo (= a + aquilo).LÍNGUA PORTUGUESA . mas o pronome relativo que não foi substituído por nenhum outro (o qual etc. mesmo que a preposição esteja presente. O acento indicativo de crase é obrigatório porque. vim da Europa). Iríamos a Madri para ficar três dias. Dirigiram-se à casa das máquinas. tudo vale a pena quando a alma não é pequena. Enviei cartas àquela empresa. dirigiu-se a casa. podemos usar o seguinte artifício: Substituir os demonstrativos aquele(s). ficaria assim: Este quadro é semelhante ao nosso (presença de preposição + artigo definido). Para saber se existe crase ou não diante de um pronome relativo. será proibido ou obrigatório): A minha cidade é melhor que a tua.” Ou: “A minha secretária é exigente”). Se. substituímos festa por baile./ Enviei cartas a esta empresa. via-se um barco pesqueiro. Pretendo ir à Europa (estou na Europa. há crase diante do relativo.Antes de pronome interrogativo. antes destes últimos. aquilo: quando a preposição “a” surge diante desses demonstrativos.). Por aí se deduz que. o pronome relativo não pode ser substituído. Se não surgir a preposição “a”. O acento indicativo de crase é proibido porque. então não há crase: é preposição pura ou pronome demonstrativo: A fábrica a que me refiro precisa de empregados. sob pena de falsear o resultado: A festa a que compareci estava linda (no masculino = o baile a que compareci estava lindo). que reconheça os obstáculos que estamos enfrentando. A crase não é admissível em: a) Comprou a crédito. o violinista faz as vezes de regente (= o violinista substitui o maestro). etc.à . O professor chamou a aluna. ___ tarde. 04. “certeza”. Em qual das alternativas o uso do acento indicativo de crase é facultativo? a) Minhas idéias são semelhantes às suas. às oito horas. para muitos. a) à . Nos anos 60. às vezes. os. Telefonem à Guaíba (= telefonem à rádio Guaíba). É necessário então frisar que não há necessidade alguma de que a palavra masculina tenha qualquer relação de sentido com a palavra feminina: deve apenas ter a mesma função sintática: Fomos à cidade comprar carne. mas a guarda oficial ia à cavalo.Quando as expressões “rua”. consiste em descobrir o masculino de certas palavras como “conclusão”. às tontas. 05. O problema.aquilo e) à .. d) Fizemos alusão à mesma teoria. Pedro saiu daqui há uma hora (= faz 60 minutos que ele saiu). . Se ocorrer “a” ou “o” no masculino. pois. indiferente ___ que acontece ao seu redor”. etc. às escuras. haverá crase no “a” do feminino. a algumas horas de Manaus.). Assinale a opção em que falta o acento de crase: a) O ônibus vai chegar as cinco horas. já tinha mudado todos os seus planos (= quando ela saiu. as): a primeira expressão pede preposição “a”.à . “A casa fica ___ direita de quem sobe a rua.aquilo b) a ..Sempre haverá crase em locuções que exprimem hora determinada: Ele saiu às treze horas e trinta minutos. à tarde. . houve. (a cravo). c) Não sei como responder a essa pergunta. “O pobre fica ___ meditar. e) A sentença foi favorável a ré.. Paula saiu daqui à uma hora. não havendo. locuções adverbiais ou locuções conjuntivas que tenham como núcleo um substantivo feminino: à queima-roupa. à moda de. 91 Exercícios 01. duas horas depois. (ao supermercado). serviram lagosta à Termidor.àquilo c) a . à noite. o relógio marcava 1 hora). Teresa telefonará de São Paulo (= faltam 60 minutos para o telefonema de Teresa). (ao diretor). (ao sofrimento). Assinale a alternativa correta: a) O ministro não se prendia à nenhuma dificuldade burocrática. É bom não confundir a locução adverbial às vezes com a expressão fazer as vezes de.a . à medida que. à maneira de. c) Ouviu-se uma voz igual à que nos chamara anteriormente. daqui a uma hora. Fomos à Renner (fomos à loja Renner). (o aluno). etc.Quando está implícita uma palavra feminina: Esta religião é semelhante à dos hindus (= à religião dos hindus). . Pedimos um favor à diretora. à falta de cuidados. b) De hoje à duas semanas estaremos longe. a) à . Devido à discussão de ontem. Se ocorrer “ao” no masculino. c) Fui a Bahia. c) Dei um presente à Mariana. “estação de rádio”.à . às mil maravilhas.há b) a . __ duas quadras da Avenida Central”.). 06. b) Os policiais chegarão a qualquer momento. estiverem subentendidas: Dirigiu-se à Marechal Floriano (= dirigiu-se à Rua Marechal Floriano). devemos substituir a palavra feminina por outra masculina da mesma função sintática.LÍNGUA PORTUGUESA A Crase é Obrigatória . (o escritório)..a . d) Cheguei as doze horas. O perfume cheira a rosa. d) À qualquer distância percebia-se que. “loja”. b) Vou a casa de Maria.. crase): Dada a questão primordial envolvendo tal fato (= dado o problema primordial.Quando a expressão “à moda de” (ou “à maneira de”) estiver subentendida: Nesse caso. às pressas. à e há com a expressão uma hora: Disseram-me que. à vontade (de). 02. Muitos são incensíveis à dor alheia.a e) à . . havendo crase antes de palavra feminina determinada pelo artigo definido. o aluno conferiu a prova (= dados os resultados. Excluída a hipótese de se tratar de qualquer um dos casos anteriores. a lavoura amarelecia e murchava. Os empregados deixam a fábrica. à custa de.àquilo d) à . às cegas. Quando o maestro falta ao ensaio. Chegamos à uma hora. b) O presidente ia a pé.àquilo 07. Marque a alternativa correta quanto ao acento indicativo da crase: a) A cidade à que me refiro situa-se em plena floresta. as mulheres se apaixonavam por homens que tinham olhos à Alain Delon.à c) a . a gozar nossas merecidas férias. em que não há crase porque o “as” é artigo definido puro: Ele se aborrece às vezes (= ele se aborrece de vez em quando). Cuidado para não confundir a. e) Cortou o cabelo à Gal Costa. à força de. d) Não cheguei a nenhuma conclusão. às dezesseis horas. a muitos quilômetros daqui. 03.à Didatismo e Conhecimento .Sempre haverá crase em locuções prepositivas. Dadas as respostas.Não confundir devido com dado (a. “vezes”. mesmo que a palavra subsequente seja masculina. A segunda expressão não aceita preposição “a” (o “a” que aparece é artigo definido. c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa estão há muito tempo à disposição de todos. “morte”.. d) Solicito à V.). houve um mal-estar no ambiente (= devido ao barulho de ontem. . haverá crase: No banquete. b) Ele tem um estilo à Eça de Queiroz.há d) à . não haverá crase no “a” do feminino. Exa. baianada. hem?.j.à 12.a .p. boliche.Sempre haverá crase em locuções prepositivas.à e) as . hum!. As letras “k”.r. por força da etimologia e da tradição escrita. ora aquilo.y.x. A alusão ___ lembranças da casa materna trazia ___ tona uma vivência ___ qual já havia renunciado.Sª __ alguns dias”. a) às . hipótese. em certas interjeições: ah!.m.à . hangar. Alfabeto: a. Vogais: a. porém. flecha companhia.l.f.s.aquelas .há .à .y.r.à .a 09.há 10.a 92 Respostas: (1-A) (2-A) (3-C) (4-C) a – é facultativo o uso de crase antes de pronome adjetivo possessivo feminino singular (nossa). e) Ora aspirava a isto.p. é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. os derivados baianos. Didatismo e Conhecimento . volto ___ referir-me ___ problemas já expostos __ V.w. O Ministro informou que iria resistir __ pressões contrárias __ modificações relativas __ aquisição da casa própria. e se exibe diariamente ___ hora do almoço”. obedecendo a uma combinação de critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos (ligados aos fonemas representados).i.z.n.à – a d) à . a) às .a . húmus. playground.a e) o .à e) às . a) a . d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. “O grupo obedece ___ comando de um pernambucano.c. o.g.a c) às .há b) a . Emprega-se o H: .há c) a .à – a b) à .àqueles . à . palavras estrangeiras e outras palavras em geral.k. Somente a intimidade com a palavra escrita.a d) o .há . etc. como integrante dos dígrafos ch. Emprego da letra H Esta letra. etc.m. . .aquelas . porque esta palavra vem do latim hodie.a b) as .a d) às . hipocrisia.a . precisamente as dez horas. i. estou ___ seu inteiro dispor para ouvir o que tem ___ dizer. a) à . hélice.k.w. e.há 13. watt.a . Assinale a frase gramaticalmente correta: a) O Papa caminhava à passo firme. William. harmonia. heliporto.a .q.h. hérnia. hífen.h.a e) a .a e) À . conservou-se apenas como símbolo. por isso temos até 2016. Deve-se também criar o hábito de consultar constantemente um dicionário.Inicial. baião.à b) as . hesitar. Desde o dia primeiro de Janeiro de 2009 está em vigor o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. nomes próprios.à . lh e nh: chave.a .t.a .àquelas . Exemplos: km. a) após às b) após as c) após das d) após a e) após à 14. “w” e “y” não eram consideradas integrantes do alfabeto (agora são).x.àquelas .q.e.a . a) Há . kafkiano. hemisfério. Kafka. hera.à – à e) a . hábil.a d) Há . (5-C) (6-C) (7-D) (8-B) (9-B) (10-D) (11-A) (12-D) (13-B) (14-D) (15-B) 13. u. ora a nada.a d) à .àqueles . Esse material já se encontra segundo o Novo Acordo Ortográfico.d. hilaridade.aqueles . herói.z.àqueles . Alfabeto O alfabeto passou a ser formado por 26 letras.a c) À . b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.a .v. telha.à d) às .a .a . quando etimológico: hábito.à .s. ORTOGRAFIA OFICIAL. não tem valor fonético. A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos orto “correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras da língua portuguesa. Grafa-se.g.àquelas . .l. kg.à . Consoantes: b. locuções adverbiais ou locuções conjuntivas que tenham como núcleo um substantivo feminino (à disposição).u.LÍNGUA PORTUGUESA 08. radicado __ tempos em São Paulo. . ___ dias não se consegue chegar ___ nenhuma das localidades ___ que os socorros se destinam. Fique __ vontade.t. por exemplo.j.a b) A .há c) as .a 15. etc. haurir. 11.Final e inicial. a) o .c.Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito. hemorragia.o.v. em início ou fim de palavras.à .b.à c) ao . etc.aqueles . “Nesta oportunidade. hoje.a b) ao .a .Medial.f. Essas letras são usadas em unidades de medida. homenagear. hipocondria.d. hematoma. c) Chegou à noite. Use a chave ao sair ou entrar ___ 20 horas.a – a c) à .Sem h.n. ih!. baianinha. -ugem: garagem. lajiano. diminuir.Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/– oer /–uir: cai. mágoa. . O e U Na língua falada. Manuel. Quase. cimento. g e j. antedatar. ferruginoso (de ferrugem). faringite (de faringe). digladiar. ato de cumprir costear = navegar ou passar junto à costa custear = pagar as custas. tonitruante. ferrugem. tribo. pátio. rebotalho. Seringa. apogeu. Desperdício. cumbuca. chuviscar. mas de acordo com a origem da palavra. gesto. trégua. rabugento. herege. inigualável. egrégio. invólucro. Exemplos: gesso (do grego gypsos). sugestão. Indígena.(contra): antiaéreo. variado surtido = produzido. giz. ecoar.A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: continue. origem. grafam-se com h: herbívoro.. Emprego das letras E. moela. engessar (de gesso). terebintina. -ígio.LÍNGUA PORTUGUESA Não se usa H: . incinerar. Senão. etc. antiestético. lanugem. possui. . . frontispício. gíria. embora etimológico. Encarnar. entretanto. gibi. anterior): antebraço. sai. bulir. mocambo. passar a vau vadiar = viver na vadiagem. habitue. tigela. Cemitério. escárnio.Os substantivos terminados em –agem. Casimiro. aumentar descrição = ato de descrever discrição = qualidade de quem é discreto emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrar = sair do país imigrar = entrar num país estranho emigrante = que ou quem emigra imigrante = que ou quem imigra eminente = elevado. influi. . Sicília (ilha). Grafam-se com a letra O: abolir. ocorrência. lampião. -ógio. respectivamente do latim. etc. açoriano. megera. penicilina. óbolo. . bolacha. perdoe. Irrequieto. herba. jabuti. . burburinho. cutucar. urtiga.Nos seguintes vocábulos: aborígine. hispânico. -úgio: contágio. crânio. herbicida. silvícola. Mimeógrafo. pôr no chão. Os derivados eruditos. angico. intitular. magoe. Virgílio. antediluviano. Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/. vagabundear. banto. Escrevem-se com a letra E: .No início de alguns vocábulos em que o h. privilégio. artifício. divergir delatar = denunciar dilatar = distender. Seriema. Fixemos a grafia e o significado dos seguintes: área = superfície ária = melodia. hegemonia. requisito. etc. Confete. estrangeiro. etc. Ifigênia. prodígio. entupir. goela.Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagista (de massagem). Lacrimogêneo. auge. Cumeeira. I. moleque. curtume. É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase. mágoa. Exceção: pajem . criador. Disenteria. Umedecer. retribui.Os seguintes vocábulos: algema.As palavras formadas com o prefixo ante– (antes. estágio. antitetânico. tangerina. Emprega-se a letra I: . engolir. /o/ e /u/. inverno. Escrevem-se com G: . tabuada. etc. hibernar. financiar deferir = conceder. gengiva. hibernal. cantiga arrear = pôr arreios. a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/. Romênia. atender diferir = ser diferente. enfeitar arriar = abaixar. Anticristo. inclinar. chefiar. boate. transpirar sortir = abastecer surtir = produzir (efeito ou resultado) sortido = abastecido. foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua por via popular. botequim. repercutir suar = expelir suor pelos poros. feminino. mutuca. criação. camoniano. Orquídea. . névoa. jabuticaba.Em palavras formadas com o prefixo anti.A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: abençoe. Filipe. Didatismo e Conhecimento 93 . Quepe. cair comprido = longo cumprido = particípio de cumprir comprimento = extensão cumprimento = saudação. -égio. jeito (do latim jactu) e jipe (do inglês jeep). íngua. siri.As palavras terminadas em –ágio. e Espanha. Grafam-se com a letra U: bulir. vertigem. tábua. corrói. Grafa-se este ou aquele signo não de modo arbitrário. em que ocorrem aquelas vogais. etc. chover. nódoa. Cadeado. Peru. viagem.Os seguintes vocábulos: Arrepiar. boletim. displicente. Tibiriçá. levar vida de vadio Emprego das letras G e J Para representar o fonema /j/ existem duas letras. criar. crioulo. cobiça. concorrência. relógio. camundongo. causado vadear = atravessar (rio) por onde dá pé. costume. massagem. antecipar. Mexerico. lóbulo. rebuliço. pontiagudo. antevéspera. artimanha. /o/ e /u/ nem sempre é nítida. hibernus e Hispania. Destilar. etc. gilete. Candeeiro. bem provido. Creolina. cúpula. Empecilho. monge. selvageria (de selvagem). erisipela. refúgio. etc. ginete. mosquito. como é o caso de erva. bússola. Sequer. -igem. pontue. vertiginoso (de vertigem). ilustre iminente = que ameaça acontecer recrear = divertir recriar = criar novamente soar = emitir som. trajeto. cansado. dança. etc. lisonja (lisonjear.Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (laranjeira). seiscentos. etc. massa. . fase. prezado. utensílio. gorjear (gorjeia). Inês. azedo. hesitar. pajé. . expressão. fascinar. sossegar.Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje (lajedo). ressuscitar.Adjetivos com os sufixos –oso. anoitecer. -zita: cafezal. nojo (nojento). Jeremias. evasiva. piscina. berinjela. pretensão. amizade. ultraje. ansiar. projeção. deve ser escrita com J. consciente. manjericão. presídio. profissão. .S: ânsia. paraíso. inglês. gorjeio). granja (granjeiro. -zeiro. discernir. próximo. viajem) – (viagem é substantivo). sucessivo. como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim. sinal gráfico assento = lugar para sentar-se acético = referente ao ácido acético (vinagre) ascético = referente ao ascetismo. enraizar (de raiz). tesoura. jiboia. quiseram. . etc. pretensioso. ojeriza. pêssego. presa. ansiedade. . . concessão. Luís. etc. Sufixo –ÊS e –EZ . trouxer. obus. alisar (de liso). canjica. proximidade. Valdês. vizinho. jenipapo. etc. pança. Queirós. Jericó. viajar (viajei.C. granjense). tenso. paisagem. chafariz. trouxe. esplêndido. maçaroca. etc. massagista.Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis. Ç: acetinado. . . apresar (de presa). frieza (de frio). milanês. azeite. carrossel. chinês (de China).Os derivados em –zal. surpresa. burguês (de burgo). almaço. visita. excelência. escassez. país. Jerônimo. alforje. acessório. avisar. Suíça. . camponesa. etc. missão. etc. miçanga. Representação do fonema /S/ O fonema /s/. . profissional. gorja (gorjeta. majestoso. procissão. prezar. limpeza (de limpo).Substantivos abstratos em –eza. descansar. cortesia.As seguintes palavras: alfanje. civilizar. vicissitude. remorso. opressão. oscilar. muçulmano. francês (de França). fracasso. quis. Goiás.Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus. sarja (sarjeta). traje. -zinho. jegue. teimoso. exceto. frase. revés.Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: analisar (de análise). suscetibilidade. assar. . três. crescer. Teresinha. ojeriza. obséquio. excêntrico. néscio. convés. freguesia. florescer. acessível. . Iguaçu.Adjetivos pátrios com os sufixos –ês. sujeito. submissão. jirau. dançar. xadrez. cresço. . heresia. imprescindível. auxílio. aprazível. escasso. obsessão. etc. cerejeira. ansioso. rejeitar. espontâneo. Emprego da letra Z . . . .As seguintes palavras: azar. defesa. maciço. excesso. vigésimo. camponeses. disciplina.X: aproximar. retrós. feminino –esa: burguês. trejeito). jiló. maçarico. gracioso. despejar (despejei). avezinha. . empresa. cereja (cerejeira). Garcês. Isabel. consciência. místico cesta = utensílio de vime ou outro material sexta = ordinal referente a seis círio = grande vela de cera sírio = natural da Síria Didatismo e Conhecimento 94 cismo = pensão sismo = terremoto empoçar = formar poça empossar = dar posse a incipiente = principiante insipiente = ignorante intercessão = ato de interceder interseção = ponto em que duas linhas se cruzam ruço = pardacento russo = natural da Rússia Emprego de S com valor de Z . cicatriz. cortês (de corte). contorção. derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre). necessário. jeito (jeitoso. anis. -esa: português. lisonjeiro). açafrão. varejista. lojeca). etc. burgueses. cafajeste. excedente. conforme o caso. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a grafia com G. -zinha. compôs. atrasar (de atrás). suíço. essencial. impuser. auxiliar. milanesa. sessenta. muçurana. jequitibá. arnês. SÇ: acréscimo. Eliseu. teimosa. reses. .Substantivos e adjetivos terminados em –ês. Luísa. gás. ás. presépio. excelente. jerimum. vaselina. trouxeram. discussão. Sousa. pegajento. cassino. buzinar. ases. exceder. cafezinho. inglesa.SC. extravasar (de vaso). manjedoura. pusemos. asseio. -osa: gostoso. usina. ressurreição. jeca. hortênsia. excitar. baliza. extasiar (de êxtase). enjeitar. exceção. rijeza. montanhês (de montanha). desço. pinça. suscitar.Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em –jar ou –jear: arranjar (arranje). fregueses. adolescente. esvaziar (de vazio). bazar. descer.Atenção: Moji palavra de origem indígena. freguês. representa-se por: . pêsames. Baltasar. cortês. camponês.O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte).SS: acesso. graciosa. impressão. farsa. loja (lojista. majestade. censura. paçoca. cimento. Brás. . excursão. jiu-jítsu. freguesa. gostosa. besouro. Heloísa. desça. mesada. vazar. raposa. excelso. cafezeiro. endereço. excepcional. -zito. ganso. máximo. intrujice. cansar. groselha. vasilha. Resende. sabujice. Homônimos acento = inflexão da voz. colisão. Isaura. descanso. Tomás. excessivo. . jérsei. represa.Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: canjerê. civilização. etc. azáfama. discípulo. fertilizante. cãozito. sossego. burguesa. mês.LÍNGUA PORTUGUESA Escrevem-se com J: . assinar.Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás. querosene. Teresa.XC: exceção. tesouro. através. sebo. sujeira. avezita. manganês. propensão. rês.Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: fertilizar. pesquisa. proeza. etc. ascensão. suscetível. portuguesa. etc. fusível. diversão. víscera. requisito.Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro (de cruz). . despesa. maço. excêntrico. graxa. tóxico.Não soa nos grupos internos –xce. lixa. enxurrada. etc. mochila. Nos substantivos derivados dos verbos: ter e torcer e seus derivados: ater. excelso. occipital. lagartixa. fricção. conta. rouxinol. enfim. empresa (empreender). fachada. missão. ferro. máximo. excessivo. enxerto. enxuto. Se o radical não terminar em –s. Emprego do dígrafo CH Escreve-se com ch. excelente. xale. acidez (de ácido). lição. texto. êxodo. deslizar (deslize + izar). retenção. faxina. colonizar (colono + izar). látex. . girassol. grisar (gris + ar). encher e seus derivados (enchente. mudez (de mudo) avidez (de ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido). etc. caldeira. depois de ditongo: caixa. holandesa (de holandês). xaxim. Z – exame. duquesa. exceção. ameaça. cicatrizar (cicatriz + izar). êxtase. milanesa (de milanês). feixe. . cobiça. camponesa (de camponês). xampu. etc. depois da sílaba inicial en-: enxada.Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotado qualidades. etc. etc. experiente. excitar. contorção. caxambu. preencher). chuchu. facção. condição: beleza (de belo). distorcer. força. toda vez que se trata do prefixo en. toesa. frisar (friso + ar).Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C. infusão de folhas do chá ou de outras plantas Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã) Cheque = ordem de pagamento Xeque = no jogo de xadrez. Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi. prioresa. etc. orixá. escravizar (escravo + izar). etc. princesa. mexer. etc. torcer. Homônimos Bucho = estômago Buxo = espécie de arbusto Cocha = recipiente de madeira Coxa = capenga. sobremesa. lesa. etc. matizar (matiz + izar). Indica que o Ç passa a ter som de /S/: almaço. faixa. S – sexto. palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado. seixo. abster. representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante. cochilo. pobreza (de pobre). Geralmente. estado.Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando. etc. SS – auxílio. S. respectivamente: carro. analisar (análise + ar). . marquesa. tarifa Chá = planta da família das teáceas. sucção. maxixe. enxaqueca. pequeno prego. etc. mecha.+ palavra iniciada por ch. frustração. justiça. defeito.Escreve-se x e não ch: Em geral. enxoval. Emprego do X . amenizar (ameno + izar).Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ender: defesa (defender). etc. enxagar.e –xci-: exceção. turquesa. doença. Quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir. torção. contorcer. lixo. . chimarrão. oxalá. civilizar (civil + izar). presa (prender). puxar. . coaxar. correlação. preço de serviço público. etc.LÍNGUA PORTUGUESA . surpresa (surpreender). bruxa. bissemanal. vexame. enxergar. chavena. R. xavante. xingar. enxofre. pêssego. etc. .Nas seguintes palavras femininas: framboesa. enxame. alisar (a + liso + ar). Teresa. . atenção. repisar (piso + ar).Grafam-se com x e não com s: expectativa. CS – sexo. geringonça. abstenção.O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: aridez (de árido). exceder. eleição. represa (prender). miçanga. próximo. obesa. friccionar. ficha. pesquisar (pesquisa + ar). . O Ç só é usado antes de A. reter. tocha. xarope. entre outros os seguintes vocábulos: bucha. francesa (de francês). raça. etc. baixo. inexcedível. pressupor. expirar. catalisar (catálise + ar). etc. extasiado. etc. extensão. sem interposição do hífen. extrair. frouxo. cocção. enchumaçar (de chumaço). etc. dogesa. mesa. rapidez (de rápido).Esta letra representa os seguintes fonemas: Ch – xarope. bisar (bis + ar). . consulesa. recauchutar e recauchutagem. Nas seguintes palavras: bexiga. expiar. distorção. expoente. vexame. anarquizar (anarquia + izar). paralisar (paralisia + ar). caxinguelê. pisar. charque. expectativa. manco Tacha = mancha. texto. exílio. Usa-se –eza (com z): . charrua. franqueza (de franco). minissaia. grafa-se –izar (com z): avisar (aviso + ar). mexerico. prego de cabeça larga e chata. preguiça. Excepcionalmente. canalizar (canal + izar).O. grafam-se com ch: encharcar (de charco). Verbos terminados em –ISAR e -IZAR Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em –s. praxe. enxaDidatismo e Conhecimento 95 mear. despesa (despender). léxico.Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção. fênix. Sufixo –ESA e –EZA Usa-se –esa (com s): . enchova. enxugar.cedilha É a letra C que se pôs cedilha. etc. xícara. CÊ .Nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliárquicos: baronesa. Taxa = imposto. lance em que o rei é atacado por uma peça adversária Consoantes dobradas . intervocálicos. Excetuam-se caucho e os derivados cauchal. tesa. indefesa.Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: burguesa (de burguês). motorizar (motor + izar). estupidez (de estúpido). flecha. rixa. leveza (de leve). improvisar (improviso + ar). pechincha. ameixa.U. vulgarizar (vulgar + izar). bacanais. “inverso”. o Dia das Mães. etc. . incenso. mitológicos. Centenário da Independência do Brasil. Mas: Corri o país de norte a sul. festas religiosas: Idade Média. Há cerca de dias resolvemos este caso. . Cruzeiro do Sul. com suas dádivas: ouro. Os Lusíadas.Nomes de épocas históricas. topônimos.A primeira palavra de período ou citação. Senhor Diretor. estabelecimentos. grafam-se com inicial minúscula. em. Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses. o Ódio.Nomes de ruas. órgãos públicos. Manchete. etc. “inverso”. Ao par: indica relação (de igualdade ou equivalência entre valores financeiros – câmbio): O dólar e o euro estão ao par. Sr. “avesso”. Presidente. não se tratando de citação direta: “Qual deles: o hortelão ou o advogado?”. Pátria. Afim: é um adjetivo e equivale a (igual. sem problemas. Apreender: prender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. pode assumir o significado de “ao invés de”. ao invés de ficar me cobrando! Quantas vezes usamos “ao invés de” quando queremos dizer “no lugar de”! Contudo. nomes gentílicos. uma vez que “invés” significa “contrário”.´ Faça você a sua parte. Não que seja absurdamente errado escrever “ao invés de” em frases que expressam sentido de “em lugar de”. Didatismo e Conhecimento 96 . Tiradentes. Banco do Brasil. ficou só. nomes sagrados. o pico da Neblina. Dicionário Geográfico Brasileiro. com. Observe: Em vez de conversar. isto é um pleonasmo. “Chegam os magos do Oriente. A fim de: locução prepositiva que indica (finalidade): Vou a fim de visitá-la. sem.Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima. . Amazônia. Colégio Santista. Diz um provérbio árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. Campinas. Via-Láctea. . títulos de produções artísticas. coloca-se “ao invés de” onde não poderia. as palavras átonas. depois de dois pontos. . datas e fatos importantes. Não há necessidade de usar atrás.Nomes dos pontos cardeais. etc.Substantivos próprios (antropônimos. Em vez de: equivale a (no lugar de): Em vez de acompanhar-me. . Tupã.Nomes de altos cargos e dignidades: Papa. Praça da Paz. Porém. um havana. etc. ave-maria. choque): Minhas opiniões vão de encontro às suas.Nomes comuns. quando empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. literárias e científicas. astronômicos): José. semelhante): Somos almas afins. Emprego das iniciais minúsculas . . República. No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula. Correio da Manhã. o Natal. Algumas palavras ou expressões costumam apresentar dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar ou redigir português culto. nomes próprios tornados comuns: maia. O Guarani. Teatro Municipal. etc. Deus. Presidente da República. de. No entanto. “em oposição a”. Todos amam sua pátria. edifícios. Marte. Nação. mas é preferível optar por “em vez de”. preferiu gritar para a escola inteira ouvir! (em lugar de) Ele pediu que fosse embora ao invés de ficar e discutir o caso.Nomes de meses. O Sol nasce a leste. o falar do Norte. ciências. . o que ocorre é justamente o contrário. Excelentíssimo Senhor Ministro. esse emprego é equivocado. União. Preste atenção e tente incorporar tais palavras certas em situações apropriadas. Brasil. Ao encontro de: equivale (estar a favor de): Sua atitude vai ao encontro da verdade. Acerca de: equivale a (a respeito de): Falávamos acerca de uma solução melhor. a Morte. Há cerca de: equivale a (faz tempo). ciente): Estamos a par das boas notícias. etc.Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio Amazonas.No interior dos títulos. Esta é uma oportunidade para você aperfeiçoar seu desempenho. de festas pagãs ou populares. ingleses. etc. Estado. . agremiações. a baía de Guanabara.” (gravação: Nenhum de Nós) Atenção: Há muito tempo já indica passado. etc. Minerva. . . o Jabuti (nas fábulas).Expressões de tratamento: Vossa Excelência.Palavras. Academia Brasileira de Letras. carnaval. Renascença. mirra”. Arquitetura. Ao invés de: equivale (ao contrário de): Ao invés de falar começou a chorar (oposição).Nomes de artes. . a. como: o. etc. (ao contrário de) Use “ao invés de” quando quiser o significado de “ao contrário de”. A par: equivale a (bem informado. A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à Europa. quando personificados ou individuados: o Amor. títulos de jornais e revistas: Medicina. De encontro a: equivale a (oposição. etc: Rua do Ouvidor. alcunhas. etc. a Páscoa. quando designam regiões: Os povos do Oriente. .LÍNGUA PORTUGUESA Emprego das iniciais maiúsculas . Aprender: tomar conhecimento de: O menino aprendeu a lição.Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja. praças. Use “em vez de” quando quiser um sentido de “no lugar de” ou “em lugar de”. “Procure o seu caminho Eu aprendi a andar sozinho Isto foi há muito tempo atrás Mas ainda sei como se faz Minhas mãos estão cansadas Não tenho mais onde me agarrar. Maria Santíssima. /Os negros ainda são discriminados. no folder. Câmera: aparelho que fotografa. Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios ou veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas semanas. jovem. 3ª pessoa do singular . nos atentando ao fato de que a finalidade é que vale: a entrega será feita no (em+o) domicílio de uma pessoa. absolver de crime). Vamos comemorar. Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A sessão do filme durou duas horas. temos que ter cuidado. Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto. Meu dia a dia é cheio de surpresas.do verbo haver . Espectador: é aquele que vê. deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal. equivale a cotidiano. como: levar. Discriminar: equivale a (diferençar. os preços funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos supermercados. No entanto. caras! Demais: pode ser usado como substantivo. pessoal! Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da gasolina.do verbo agir . Portanto. opõe-se a de menos. entrega algo em algum lugar. doação: Foi confirmada a cessão do terreno. Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe. enviar. Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi perfeita. obedecendo às normas gramaticais. As expressões “entrega em domicílio” e “entrega a domicílio” são muito recorrentes em restaurantes. com um mesmo sentido. Era impossível discriminar os caracteres do documento. Por quê? A regra estabelece que esta última locução adverbial deve ser usada nos casos de verbos que indicam movimento. dirigir-se. refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca do carro era fluorescente. pois “a domicílio” não é aceita. no catálogo. no outdoor. Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas normalmente): Vivia na boêmia/boemia. ir. Fluorescente: adjetivo derivado de flúor. “A loja entregou meu sofá a casa” não está correto. adjetivos ou o próprio advérbio. Bem-Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem vindo aqui. aparece intensificando verbos. Porém. Já a locução adverbial “em domicílio” é usada com os verbos sem noção de movimento: entregar. Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A estada dela aqui foi gratificante. Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo. quando falamos de gramática normativa. reservado: Você foi muito discreto. À toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo). equivale a diariamente. uma vez que quem entrega. Aja . elemento químico. O réu foi descriminado. Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem os vereadores. Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um botijão/bujão de gás. A dúvida surge com o verbo “entregar”: não indicaria movimento? De acordo com a gramática purista não. na propaganda televisa. os demais devem aguardar. era grafado dia-a-dia) Dia a dia: é uma expressão adverbial. separar).LÍNGUA PORTUGUESA À toa: é uma locução adverbial de modo. Foi uma atitude à toa e precipitada. Dia a dia: é um substantivo. Seção/Secção: repartição pública. distinguir. Expectador: é aquele que está na expectativa.É preciso que não haja descuido. Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor de vinho. que brilha no escuro: Este material é fosforescente. O álcool aumenta dia a dia. Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/ champanhe está bem gelado. Cumpre discriminar os verdadeiros dos falsos valores. Pode isso? Didatismo e Conhecimento 97 Descriminar: equivale a (inocentar. Carlinhos. departamento: Visitei hoje a seção de esportes. refere-se sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de mais em sua decisão. Haja . Chamaram mais dez candidatos. Vocês falam demais.Aja com cuidado. Convivem juntas sem problemas maiores porque são entendidas da mesma forma. (até 01/01/2009 era grafada: à-toa) Baixar: os preços quando não há objeto direto. Este bebedouro está funcionando bem. seguido de artigo. Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as compras a domicílio. equivale a os outros. assiste: Os espectadores se fartaram da apresentação. devemos usar “entrega em domicílio”. na fala. fazer. que espera alguma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada. desprezível). trazer. pois quem entrega se desloca de um lugar para outro. há aqueles que afirmam que este verbo indica sim movimento. Cessão: equivale ao ato de doar. Bebedouro: é o aparelho que fornece água. cortar. Houve: pretérito perfeito do verbo haver. pra sorte dele. equivale a (inutilmente. dar. que faz ou acontece todo dia. equivale a muito. Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em domicílio. equivale a (inútil. no panfleto. (até 01/01/2009. conduzir. tira fotos: Comprei uma câmera japonesa. sem razão): Andava à toa pela rua. De mais: é locução prepositiva. 3ª pessoa do singular Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir. diário. Demais: é advérbio de intensidade. Contudo. preposição por+que – pronome relativo pelo/a qual. inicia oração subordinada substantiva (Não sei por que tomaram esta decisão. nem um único. Levantar-se: pôr de pé: Luís e Diego levantaram-se cedo e. pelos/as quais (A cidade por que passamos é simpática e acolhedora. já que.. programa. café. pé. papel.do jornaleiro é amável. equivale a (também não): Não compareceu. um bom aproveitamento.. homem. Passe para o plural diminutivo: trem... b) Na. beneficente. jornal.. animal.estragada.advérbio interrogativo (Por que você mentiu?).. Mal: advérbio de modo. tampouco apresentou qualquer justificativa.escolar indicou péssimo aproveitamento. a palavra um expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la.) (=pela qual). automóvel... país.musical os pequenos cantores apresentaram-se muito bem. devendo. .... porque não venhamos a ser julgados... farol. pode vir antecedido de artigo. concerto a) O pequeno jornaleiro foi à. equivale a porém.. rosa... enfermidade. de exclamação. Empregue as palavras acima nas frases: a) O.. (final de frase)... avô.. Passe as palavras para o diminutivo: . são advérbios Traz ..porque comeu. sessão. plural=maus.do verbo trazer Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. a não ser): Não fazia coisa nenhuma senão criticar. japonês. Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado. Nem um: equivale a nem um sequer. Observe a ortografia correta das palavras: disenteria. pai. casa. eu mesmo. a+onde. mercadoria.. mão.. razão de que. razão) Didatismo e Conhecimento 98 Por quê: final de frase. Mais: pronome ou advérbio de intensidade. Por hora: locução equivale a (cada sessenta minutos): Você deve cobrar por hora. opõe-se a menos: Há mais flores perfumadas no campo.” (gravação: Barão Vermelho) Por ora: equivale a (por este momento. pois.beleza. 04. Mas: conjunção adversativa (ideia contrária). conjunção subordinativa final (verbo no subjuntivo. vem antes de um substantivo. cão. português... Senão: equivale a (caso contrário. mortadela.. equivale a para que): “Mas não julguemos. reticências..: sua.. b) O superpai protegeu demais seu filho e este lhe trouxe um. permanência: Onde fica a farmácia mais próxima? Aonde: indica (ideia de movimento). logo que: Mal chegou começou a chorar desesperadamente. Oscar. por enquanto): Por ora chega de trabalhar.. Nenhum: pronome indefinido variável em gênero e número. Conjunção subordinativa temporal. Aonde vão com tanta pressa? “Pode seguir a tua estrada o teu brinquedo de estar fantasiando um segredo o ponto aonde quer chegar. problema. conserto. preposição por+que – conjunção subordinativa integrante.. só.. princesa. vem sempre acompanhado de um artigo ou determinante: Não foi fácil encontrar o porquê daquele corre-corre. pai. equivale a erradamente.. comprimento. ser acentuado: __O show foi cancelado mas ninguém sabe por quê.. cessão.. c) O. pé. entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu..... Trás ou Atrás = indicam lugar. .. 02. bom. pelo fato... flor. em orações adverbiais condicionais: Se não houver homens honestos. só. balão. Tampouco: advérbio.” Porquê: funciona como substantivo. adjetivo ou pronome: A comida fez mal para mim. Você é um mau exemplo (bom).. rua.. dirigiram-se ao aeroporto. 03. é oposto de algum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.. equivale a assim que. arroz. por isso.asa.. Onde: indica o (lugar em que se está). eu próprio. Equivale a nocivo. caderneta. é oposto de bem: Dormi mal. antes de um ponto final. cumprimento..teve um bom. Seu mal é crer em tudo... oposto de bom.e. Se não: equivale a (se por acaso não). Mau: adjetivo. Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada. Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão pouco esta semana. eu própria. Substantivo: Os maus nunca vencem. equivale a ruim.do jornal.... Exercícios 01...”.. visto que: “Mas a minha tristeza é sossego porque é natural e justa.. lápis.flor. __Por quê? (isolado) Porque: conjunção subordinativa causal: equivale a: pela causa. Preencha as lacunas com as seguintes palavras: seção.LÍNGUA PORTUGUESA Levantar:é sinônimo de erguer: Ginês.. Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está vultuosa e deformada. anel.. rei. motivo de que: Não fui ao encontro porque estava acamado. feminino=má. mendigo.. levantou sozinho a tampa do poço. quando ocorre: preposição por+que .. Por que: escreve se separado. . ou seja. contudo. (=por que motivo. equivale (para onde) somente com verbo de movimento desde que indique deslocamento. refere-se a verbos que exprimem estado. o monossílabo que passa a ser tônico (forte). de interrogação. chapéu.. uma vez que... meu estimado cunhado.teve.. (bem). eu mesma.. c) A festa. o país não sairá desta situação crítica. conjunção subordinativa explicativa: equivale a: pois. prejudicial. adeus.. .a..três dias que todos se preparam para a festa do Natal.. bonito.. e) O frio não prejudica ...... suave.. d) ..jamais ser repetidas...ficou irritado.. colônia. dei.. aver. êxito............ humano. humano..... ergar..... oficial........... 9..... na bondade do que no ódio.... más = feminino de mau. monopólio.......... b) Você quer.....tortas grandes... e) O.......o.... 18.. e) O.. proximidade....iclete... exibir-se.. paralisia.. anarquia.... magro..... d) ... g) Todas as atitudes ... sexo... en........... atrás e traz...... grande... .. tímido.. lúcido...... oxigênio.consigo graves consequências...o.. lindo.. ....a. bravo... da árvore.. A letra X representa vários sons. Complete com MAL ou MAU: a) Disseram que Carlota passou... Leia atentamente as palavras oralmente: trouxemos.... me...sujeito... real.....não durou muito tempo.... b) Todos eram calmos..... gentil. civilização... conforme o som do X. China. 13.LÍNGUA PORTUGUESA d) O...aleira.. ontem... surdo.. escasso. a) .ele tem razão. h) .... capri.. c) O rei descobriu a verdade. Complete as lacunas com as seguintes formas verbais: Houve e Ouve.... ...... Complete as frases com a palavra MENOS: a) Conheço todos os Estados brasileiros.... g) A.. Atenção para as palavras: por cima.. bai. arpa..ocolate............ d) Faça sua tarefa... c) Desejamos que ... você está chateada? b) Cuidar do animal é mais importante. .....se aprende. executarei...... orrível.... devagar. de casa havia um pinheiro.... onra.. e) ...a professora porque não a compreende.. umilde. uma bola atingiu o cenário e o derrubou...... .. muitos erros....mamãe.......... depressa.meu amigo com amabilidade.... g) Ele estava. de sua vestimenta real. d) Mamãe fazia doces e salgados... .ada.a.. 10. c) Quero levar.do sapato custou muito caro....... Use haja ou aja para completar as orações: a) .Som de KS. Forme substantivos dos adjetivos: honrado.......a....er..se vive.a Bahia.. f) Infelizmente Tico morreu....Som de Z.. ora......razões para acreditar em seu pai? c) Pessoas... c) A criança não.... dois quarteirões existe uma bela árvore de Natal.comprarei outro cãozinho. das roupas é feito pela mãe do garoto.indica tempo passado. b) Ele ficou de........... rápido.. Preencha as lacunas com: HÁ . a) O menino ... experiência. extensão....u..... esitar.. meu filho! 19...o povo começou a se retirar.o Tico.. estúpido.... central.. óspede.. mais = indica quantidade. frou. b) Talvez . fraternidade nessa escola........ certo.. c) Amarre-o por.. existir..muita confusão na cabeça do pequeno. A palavra MENOS não deve ser modificada para o feminino... de comentários bobos... três passos da casa de André. belo. para podermos ir ao dentista. quanto......a.. ácido.. cai. i) Os pequenos violinistas participaram de um... .. o rei usava um manto. Didatismo e Conhecimento 99 .i.de cinema foi um sucesso......... pálido. Dê a palavra derivada acrescentando os sufixos ESA ou EZA: Portugal. é preciso que..festa do Dia do Índio.. de repente...... fle...ingar. ábil. pouco quilômetros daqui.... frio. oje. Preencha as lacunas com: trás... Preencha as lacunas com: mas = porém..ele fica limpinho. abitar.. Use o H quando for necessário: alucinar. sintonia.... d) Carlota sofria de um. d) Na escola.. ....... êxito..... irônico.. duque.... pequeno... ei....... limpo. f) Eu. Agora...é se ter afeiçoado às coisas materiais.... final.. élice... . en. revisão..muitas recomendações de seu pai....... 15....ar. 07......precisamos cuidar dos animais de estimação.a. a) A loja fica ..ontem...... exame.......... g) Mas o..eirosos... h) O vestido tem um. pobre. Haja ou aja. empregue-as nas frases: a) .. árido.. canal.devem ser perdoadas... A tempo futuro e espaço....u. ma.. ria..erica..... exercícios..curável... .instantes li sobre o Natal. 17... táxi..... Complete com X ou CH: en...... a) A mãe e o filho discutiram... f) Os alunos da escola dramatizarão a história do Natal daqui .. f) Ele não é um.não chegaram a um acordo.. e) Esse fato aconteceu .. amei..Som de S..preparado para tal jogo..deveriam fazer reflexões para acreditar... tóxico... auxílio.... b) A poluição.. aviso.sanduíches do que na semana passada..bom.... 14. pois....depois vou brincar.... c) O time se considera... fraco...........ucar.... mais de dois dias a mercadoria acabou. d) Não vou...... ....humor após ter agido daquela forma.. 05......eiro.. . b) .. nacional. 06.... 16... b) .. por isso....o. 12..... Complete as frases com porque ou por que corretamente: a) .. e) . c) .... c) Eles não vão à loja porque .... b) Bem.... 8.. com atenção para que não ... você não limpou o tapete? d) Concordo com papai... cuidado e atenção.. 11.......o. salsi........... Forme novas palavras usando ISAR ou IZAR: análise... abaca.. fai... muito tempo.. duro.oito dias. pesquisa. d) Eu limpo..... Separe as palavras em três seções. exercer. greve. com docilidade..... .ejamos... nature... abacaxi. 03. braveza.são felizes. finalizar... surdez. Positiva.... caixa..... sozinho.... ...o. podero..ar..a....... haver.. estranho. de. produ...... Presente... e.belezinha. i) O.trangeiro... pequenez.. paralisar. árido.. centralizar.. pobreza... Som de KS: táxi. paisinho.. frieza. Desejamos..to.. cãezinhos. faroizinhos.... capricho. avozinho. torrão...... enxada.ceção.? g) Eis o motivo. e.. reizinho. arte..clusivo.. cheirosos. Chinesa. trenzinhos... balõezinhos... Oscarzinho. princesinha. beleza.. a) tão poucas b) tão poucos c) tampouco d) tão pouco e) tampouco f) tampouco g) tão poucas h) tampouco ...oportunidades! b) Tenho.... rosinha.. revisar.. Texto. e.. ..io. exercer.. hora. portuguesinho. frouxo.. surpre . escravi.. estupidez.pulsar.. Use por que .... animaizinhos.. 06... Caso. 10.terior. Vaso. h) Creio que vou melhorar.. a) Aja haja b) haja haja c) haja d) Aja 19. lindeza.. experiência e auxílio. lapisinho..viemos era tortuoso. 18... magreza.. grandeza. sintonizar.o... estrangeiro. Complete com X ou S e copie as palavras com atenção: e... Asa... pezinho.. 04.. a) seção b) sessão c) cumprimento d) conserto e) conserto f) cumprimento g) sessão h) comprimento i) concerto. oxigênio. pezinhos. ca. harpa.. honra.tensão.. po. hóspede.. hesitar. palidez. tóxico e sexo. os índios estão revoltados? k) O caminho . a) mendigo disenteria mortadela b) problema caderneta c) beneficente programa 02. e. monopolizar. flecha.. Teste. 21.. h) O governo daquele país não resolve seus problemas.. arrozinho............ Fazer... a) Por que b) porque c) Por que d) porque e) Porque 13... Civilização. é difícil de ser estudado. chiclete. oficializar... alucinar. pre.. f) Você está assustado.? e) Aproximei-me .. hoje.. e. Misto.a. a) Atrás b) traz c) trás d) atrás 15.. duquesa....virão seus amigos. te.o. atra.. proximidade. Presidente. Exceção. paizinhos. humilde. ... d) Ela não aprendeu... extensão. extenso.tempo para estudar.inho. f) As pessoas que não amam. portuguesa... habitar. Frase... 08. 11. bonzinho.... Exterior. deixar.. e. humano. extensão.. civili.. de. Produzirem.. baixa. eixo. salsicha..... Horizonte. Som de S: trouxemos... Natureza..asinha......tranho.il. ontem.ados.. se preocupa em resolvê-los.. êxito e exame. escassez. avisar. 22. chuchu.. anarquizar.para tocar piano. japonesinho...... e. Atrasados. fa. g) As pessoas têm.itiva. que cabem todos naquela salinha.onte.. A seguir. homenzinho....o.. c) Eis os princípios . casinha. realizar. intru .. Intruso. estender.. encher... 07... mi.. a) Por que b) porquê c) por que d) por quê e) porque f) por quê g) por que h) porque i) porquê j) Por que k) por que 21. Complete as palavras com S ou Z..atitudes de amizade... jornaizinhos. hélice... va... a) a b) Há c) há d) Há e) há f) a g) a h) A 16... humanizar. . Tão Pouco / Tampouco Complete as frases corretamente: a) Eu tive . Uso do S e Z. mexerica. a) mas b) mais c) más mais d) mas e) mais f) mas g) más mas mais mais 14..e.estudei muito. cheiro.. Som de Z: exercícios.... er.. Escravizar.. a) mal b) mau c) mal d) mal e) mau f) mau g) mal 12. horrível.. boniteza... automoveizinhos.. e. hori. lucidez.ando.... Brasil. Vazio.irem....errei... acidez.. a) ouve b) Houve c) ouve d) houve 09.a. ninguém ri.. a) menos b) menos c) menos d) menos 20.. adeusinho... Colonização. rapidez. mercadoriazinhas. limpeza.... j) . papeizinhos.. d) Eu tenho ... pre.idente.ninguém ri agora? b) Eis. riacho.. chaleira. dureza.florzinha. enxergar... Poderoso.. gentileza.. chocolate.. colonizar.. Respostas 01..to.. Bra. honradez. anelzinho.. machucar.. va.te.. existir. fra. e. a. e) Nunca tive gosto para dançar. civilizar. faixa. 23. Artesanato. Presença.. chapeuzinhos.. e. Espontâneo.ação...ença. êxito. porque e porquê: a) . fraqueza.gotar.plêndido..anato. alunos. pesquisar. Esplêndido..todos queriam me ouvir.. Expulsar... 22. nacionalizar...ente.. Exclusivo. irônico... por quê . certeza. hábil. florezinhas. suavizar.. Pousando... mãozinhas. pre.. ruazinhas... paizinho.. timidez.ação..pontâneo. Surpresa. Didatismo e Conhecimento 100 05..... cafezinho. exibir-se. a) De repente b) devagar c) por isso d) depressa e) Por cima 17. Desenvolvido...... e.. analisar.. 23....LÍNGUA PORTUGUESA 20. canalizar. executarei. c) Ele não veio... Torrãozinho.. te. .envolvido.. coloni.. Esgotar...tenso. sozinhos. xingar.. ameixa.tender..luto... copie as palavras na forma correta: pou.. látex. ói. armazéns. pronomes oblíquos. guam. etc. eu. Monossílabos são palavras de uma só sílaba. ps: fácil. troféu. De acordo com a posição da sílaba tônica. heroico. Acentuação dos Ditongos Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi. saímos. uns: táxi. um. boléia. lágrima. os. nódua. r. janela. que. planície. de s: sábio. tu conténs. Seguem esta regra os infinitivos seguidos de pronome: cortá-los. órgão. freguês. Nela recai o acento tônico.Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada ou nasal: lâmpada. eles intervêm. dói. elétrons. maracujá. nos. siri. . ou não. etc. ele mantém. etc. rapaz. déssemos. Exemplo: cedo. médico. destruí-lo. us. . tatus. socorro. juízo. de. podem ser tônicos ou átonos. céu. espelho. pôr. e. ACENTUAÇÃO GRÁFICA. bônus. e. etc. quando tônicos. enxáguam. proíbem. ré. binóculo. lhe. paranóico. lápis. Descabido seria o acento gráfico. Exemplo: montanha. ãs. enxáguem. lêssemos. . quilômetro. lápis. um. o abertos: xícara. instruí-la. colmeia. ons. mês. reúne. árdua. imensidade. chapéu. platéia. Coreia. aparelho. janela. espontâneo. o. etc. bote. ão. avós. heroína. Ficando: Assembleia. saúde (sa-ú-de).LÍNGUA PORTUGUESA 14. paranóia. etc. país. a. o. papéis. este. esforços. dores. abacaxis. seguidos ou não de s: há. caí.em. Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em éi. x. anéis. etc. esplêndido. nó. flores. saíra. baú. etc. doído e doido. uísque. ímãs. Esse material já se encontra segundo o Novo Acordo Ortográfico. Exemplos: café. influí. hífen. colméia. bênçãos. compô-lo.i. te.Acentuam-se em regra. inúmeros. éu. álbum. paranoico. A sílaba tônica nem sempre é acentuada graficamente. as. término. Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa. Tonicidade Num vocábulo de duas ou mais sílabas. cela. pêssego.a. éu e ói e monossílabas o acento continua: herói. má. constrói. polígono. plateia. conforme estejam antes ou depois da sílaba tônica. faísca. Luís. também chamado acento de intensidade ou prosódico. Acentuação dos Monossílabos Acentuam-se os monossílabos tônicos: a. Xuí. boia. colocássemos. guem: ímã. em cedo. por exemplo. Márcio. facilmente. senhor. pessoa. si. heróico. balaústre. . caíra. quilômetro. montanha. nós. etc. flores. egoísta. . estômago. paranoia. elementos de ligação. O acento tônico é um fato fonético e não deve ser confundido com o acento gráfico (agudo ou circunflexo) que às vezes o assinala. . eletroímã. etc. Acentuação dos Vocábulos Oxítonos Acentuam-se com acento adequado os vocábulos oxítonos terminados em: . fáceis. tu. uns. construía. .Com acento agudo se a vogal tônica for i.l. Acentuação dos Hiatos A razão do acento gráfico é indicar hiato. Após várias tentativas de se unificar a ortografia da Língua Portuguesa. como se fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam. pajé. fôssemos. pessoa. formando sílabas sozinhos ou com s: saída (sa-í-da). México. nó. queríamos. Coréia. Didatismo e Conhecimento 101 Acentuação dos Vocábulos Paroxítonos Acentuam-se com acento adequado os vocábulos paroxítonos terminados em: . apoio. serás. sendo proferidos fracamente. e. boleia. Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética. em geral. ens: ninguém. e podem ser pretônicas ou postônicas. pá. idéia. n. conjunções: o. pé. pôs. e. ideia. vovô. uma que se destaca por ser proferida com mais intensidade que as outras: é a sílaba tônica. se. jóquei. bóia. dólar. cafeína. u ou a. heroizinho. baús. me. o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com vogal ou ditongo anterior. seguido. pêndulo. vôlei. colecionador. em. úmido. régua. escritor. sôfrego. ele convém. róseo. etc. Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: árvore. Compare: caí e cai.ã. ele intervém. Monossílabos tônicos são os que têm autonomia fonética. fórceps. a partir de 1º de Janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro de 2016. etc. Grajaú. caju. eles mantêm. vendê-los. dó. ãos. sendo proferidos fortemente na frase em que aparecem: é. etc. os vocábulos com mais de uma sílaba classificam-se em: Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café. apóio. As sílabas que não são tônicas chamam-se átonas (=fracas). lógico. seguidos ou não de s: xará. preposições. São palavras vazias de sentido como artigos. álbuns. Acentuação dos Vocábulos Proparoxítonos Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados na vogal tônica: . Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói” não são mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia. sonâmbulo etc. jibóia. ele contém.ditongo crescente. há. is. conforme a intensidade com que se proferem. impedir a ditongação. estômago. fluído e fluido. solo. Não se acentua um paroxítono só porque sua vogal tônica é aberta ou fechada. jiboia. Exceto as de língua estrangeira: Günter. Acento Diferencial Emprega-se o acento diferencial como sinal distintivo de vocábulos homógrafos. amendoim.gavião ou falcão com menos de um ano) para diferenciar de polo (combinação popular regional de por com os artigos o. . órgãos. a) sofismático/ insondáveis b) automóvel/fácil c) tá/já d) água/raciocínio e) alguém/comvém 06. bocaiuva. feiúme. relêem. exceto: a) herbivoro-ridiculo b) logaritmo-urubu c) miudo-sacrificio d) carnauba-germem e) Biblia-hieroglifo 07. creem. exceto: a) sururu b) peteca c) bainha d) mosaico e) beriberi 04.Os dois vocábulos de cada item devem ser acentuado graficamente.para diferenciar de coa. etc.é facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma.. balõezinhos. bocaiúva.Não se acentua o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha. Ficaram: enjoo. dêem. lêem. com + as). Trema (o trema não é acento gráfico) Desapareceu o trema sobre o /u/ em todas as palavras do português: Linguiça. Bagaceira). leem. pelar) . cauim. etc. etc. müleriano. nos seguintes casos: . os). abençôo. . crêem. põe. barões. exceto: a) xadrez b) faisca c) reporter d) Oasis e) proteina 05. moinho.verbo poder (pôde.Todos os vocábulos devem ser acentuados graficamente. Em alguns casos. perdão.pôlo (substantivo . ainda. as).Nenhum vocábulo deve receber acento gráfico. os). saiu.pôr (verbo) .preposição) e pêra (substantivo). veem. boiúna. instruiu.“Andavam devagar.pólo (substantivo) . os). . Raul. etc. abençoo. cristãmente. .para diferenciar de polo (combinação popular regional de por com os artigos o. 102 Exercícios 01. coas (com + a.LÍNGUA PORTUGUESA .pêlo (substantivo) e pélo (v. etc. grã-fino. feiura. voo. contribuiu.tônica: maçã. povoo. Os hiatos “ôo” e “êe” não são mais acentuados: enjôo.péra (substantivo .péla (do verbo pelar) e em péla (jogo) .A. releem. de Almeida-Américo A. Pode figurar em sílaba: .para diferenciar de pera (forma arcaica de para . . quando usado no passado) .” (J.pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo parar) . olhando para trás. ruim. diurno.côa(s) (do verbo coar) . povôo. sairmos. vêem. . Assinale o item em que nem todas as palavras são acentuadas pelo mesmo motivo da palavra grifada no texto.Assinale a opção em que o par de vocábulos não obedece à mesma regra de acentuação gráfica. cãibra. feiúra.pretônica: romãzeira.para diferenciar de pela (combinação da antiga preposição per com os artigos ou pronomes a. . o uso do acento deixa a frase mais clara. etc. som e sentido diferentes) como: . saindo. fuinha. averiguei.para diferenciar de por (preposição). Segundo as novas regras da Língua Portuguesa não se acentua mais o /i/ e /u/ tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo: baiúca. Gisele Bündchen. perdôo. Emprego do Til O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal.. bênçãos.O acento gráfico de “três” justifica-se por ser o vocábulo: a) Monossílabo átono terminado em ES. . linguístico. tal não acontece com uma das seguinte formas do verbo concluir: a) concluia b) concluirmos c) concluem d) concluindo e) concluas 03. lagoinha.para diferenciar de pelo (combinação da antiga preposição per com os artigos o. delinquente. Ficaram: baiuca. . feiume. vôo. perdoo.átona: órfãs. b) Oxítono terminado em ES c) Monossílabo tônico terminado em S d) Oxítono terminado em S e) Monossílabo tônico terminado em ES 02.para diferenciar de para (preposição).Se o vocábulo concluiu não tem acento gráfico. boiuna.pedra) . juiz. e quando formam sílaba com letra que não seja s: cair (ca-ir). tranquilo. a) Más – vês b) Mês – pás c) Vós – Brás d) Pés – atrás e) Dês – pés Didatismo e Conhecimento . deem. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? Segundo as novas regras da Língua Portuguesa não existe mais o acento diferencial em palavras homônimas (grafia igual. etc. . aquele.Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente: a) lapis.. raiz d) Ângela. momento. orquídea d) flores...Até .. ... se lembrava de que o antiquário tinha o . assim. traiu c) saudade...... virus. sótão c) baínha. e) voo.LÍNGUA PORTUGUESA 08. grau. abacaxi. açucar.. que procurávamos.... onix. tenis 09. a acentuação gráfica está correta em todas as palavras. flúor 10.. canoa. espádua e) gráfico. exceto: a) jesuíta.. album... a) Aquêle-ninguém-baú b) Aquêle-ninguém-bau c) Aquêle-ninguem-baú d) Aquele-ninguém-baú e) Aquéle-ninguém-bau Respostas: (1-E) (2-A) (3-E) (4-A) (5-A) (6-B) (7-D) (8-B) (9-C) (10-D) ANOTAÇÕES ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ANOTAÇÕES ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— ————————————————————————— Didatismo e Conhecimento 103 . b) ruim. caráter b) viúvo. legua.. sozinho..Nas alternativas. jovens. LÍNGUA PORTUGUESA ANOTAÇÕES ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ——————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— ———————————————————————————————————————————————————— Didatismo e Conhecimento 104 .