Empresa Maranhense de Serviços HospitalaresEMSERH - Enfermeiro Fundamentos do Exercício da Enfermagem ........................................................................................ 1 Lei do Exercício Profissional (n° 7.498/1986), regulamentada pelo Decreto nº 94.406/1987. .............. 6 Código de Ética e Deontologia de Enfermagem: análise crítica. ........................................................ 12 Bioética. ............................................................................................................................................. 25 Processo Social de Mudança das Práticas Sanitárias no SUS e na Enfermagem. ............................ 26 Administração dos Serviços de Enfermagem. .................................................................................... 28 Normas, Rotinas e Manuais: elaboração e utilização na enfermagem. .............................................. 31 Enfermeiro como líder e agente de mudança..................................................................................... 34 Concepções teórico-práticas da assistência de enfermagem. ............................................................ 36 Sistematização da assistência de enfermagem ................................................................................. 38 Política Nacional de Atenção às Urgências. ....................................................................................... 43 Assistência de enfermagem em nível ambulatorial. ........................................................................... 66 Normas do Ministério da Saúde para atuação: programa nacional de imunizações, programas da mulher, da criança, do adolescente, do idoso, para DST e AIDS, para hanseníase, para pneumologia sanitária, para hipertensão e de diabético. ............................................................................................. 87 Planejamento da assistência de enfermagem. ................................................................................. 171 Processo de enfermagem teoria e prática. ....................................................................................... 174 Consulta de enfermagem. ................................................................................................................ 177 Medidas de higiene e de segurança nos serviços de enfermagem .................................................. 179 Emergências clínico-cirúrgicas básicas, e a assistência de enfermagem ......................................... 185 Primeiros socorros. .......................................................................................................................... 204 Ensino ao paciente com vistas ao autocuidado: promoção e prevenção da saúde. ......................... 223 Questões ......................................................................................................................................... 227 Candidatos ao Concurso Público, O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail
[email protected] para dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho na prova. As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em contato, informe: - Apostila (concurso e cargo); - Disciplina (matéria); - Número da página onde se encontra a dúvida; e - Qual a dúvida. Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. Bons estudos! . 1 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Fundamentos do Exercício da Enfermagem A assistência da Enfermagem baseia-se em conhecimentos científicos e métodos que definem sua implementação. Assim, a sistematização da assistência de enfermagem (SAE) é uma forma planejada de prestar cuidados aos pacientes que, gradativamente, vem sendo implantada em diversos serviços de saúde. Os componentes ou etapas dessa sistematização variam de acordo com o método adotado, sendo basicamente composta por levantamento de dados ou histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, plano assistencial e avaliação. Interligadas, essas ações permitem identificar as necessidades de assistência de saúde do paciente e propor as intervenções que melhor as atendam - ressalte-se que compete ao enfermeiro a responsabilidade legal pela sistematização; contudo, para a obtenção de resultados satisfatórios, toda a equipe de enfermagem deve envolver-se no processo. Na fase inicial, é realizado o levantamento de dados, mediante entrevista e exame físico do paciente. Como resultado, são obtidas importantes informações para a elaboração de um plano assistencial e prescrição de enfermagem, a ser implementada por toda a equipe. A entrevista, um dos procedimentos iniciais do atendimento, é o recurso utilizado para a obtenção dos dados necessários ao tratamento, tais como o motivo que levou o paciente a buscar ajuda, seus hábitos e práticas de saúde, a história da doença atual, de doenças anteriores, hereditárias, etc. Nesta etapa, as informações consideradas relevantes para a elaboração do plano assistencial de enfermagem e tratamento devem ser registradas no prontuário, tomando-se, evidentemente, os cuidados necessários com as consideradas como sigilosas, visando garantir ao paciente o direito da privacidade. O exame físico inicial é realizado nos primeiros contatos com o paciente, sendo reavaliado diariamente e, em algumas situações, até várias vezes ao dia. Como sua parte integrante, há a avaliação minuciosa de todas as partes do corpo e a verificação de sinais vitais e outras medidas, como peso e altura, utilizando-se técnicas específicas. Na etapa seguinte, faz-se a análise e interpretação dos dados coletados e se determinam os problemas de saúde do paciente, formulados como diagnóstico de enfermagem. Através do mesmo são identificadas as necessidades de assistência de enfermagem e a elaboração do plano assistencial de enfermagem. O plano descreve os cuidados que devem ser dados ao paciente (prescrição de enfermagem) e implementados pela equipe de enfermagem, com a participação de outros profissionais de saúde, sempre que necessário. Na etapa de avaliação verifica-se a resposta do paciente aos cuidados de enfermagem a ele prestado e as necessidades de modificar ou não o plano inicialmente proposto. O hospital, a assistência de enfermagem e a prevenção da infecção O termo hospital origina-se do latim hospitium, que quer dizer local onde se hospedam pessoas, em referência a estabelecimentos fundados pelo clero, a partir do século IV d.C., cuja finalidade era prover cuidados a doentes e oferecer abrigo a viajantes e peregrinos. Segundo o Ministério da Saúde, hospital é definido como estabelecimento de saúde destinado a prestar assistência sanitária em regime de internação a uma determinada clientela, ou de não internação, no caso de ambulatório ou outros serviços. Para se avaliar a necessidade de serviços e leitos hospitalares numa dada região faz-se necessário considerar fatores como a estrutura e nível de organização de saúde existente, número de habitantes e frequência e distribuição de doenças, além de outros eventos relacionados à saúde. Por exemplo, é possível que numa região com grande população de jovens haja carência de leitos de maternidade onde ocorre maior número de nascimentos. Em outra, onde haja maior incidência de doenças crônicodegenerativas, a necessidade talvez seja a de expandir leitos de clínica médica. De acordo com a especialidade existente, o hospital pode ser classificado como geral, destinado a prestar assistência nas quatro especialidades médicas básicas, ou especializado, destinado a prestar assistência em uma especialidade, como, por exemplo, maternidade, ortopedia, entre outras. Outro critério utilizado para a classificação de hospitais é o seu número de leitos ou capacidade instalada: são considerados como de pequeno porte aqueles com até 50 leitos; de médio porte, de 51 a 150 leitos; de grande porte, de 151 a 500 leitos; e de porte especial, acima de 500 leitos. Conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), os serviços de saúde em uma dada região geográfica - desde as unidades básicas até os hospitais de maior complexidade - devem estar integrados, constituindo um sistema hierarquizado e organizado de acordo com os níveis de atenção à saúde. Um . 1 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA sistema assim constituído disponibiliza atendimento integral à população, mediante ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. As unidades básicas de saúde (integradas ou não ao Programa Saúde da Família) devem funcionar como porta de entrada para o sistema, reservando-se o atendimento hospitalar para os casos mais complexos - que, de fato, necessitam de tratamento em regime de internação. De maneira geral, o hospital secundário oferece alto grau de resolubilidade para grande parte dos casos, sendo poucos os que acabam necessitando de encaminhamento para um hospital terciário. O sistema de saúde vigente no Brasil agrega todos os serviços públicos das esferas federal, estadual e municipal e os serviços privados, credenciados por contrato ou convênio. Na área hospitalar, 80% dos estabelecimentos que prestam serviços ao SUS são privados e recebem reembolso pelas ações realizadas, ao contrário da atenção ambulatorial, onde 75% da assistência provem de hospitais públicos. Na reorganização do sistema de saúde proposto pelo SUS o hospital deixa de ser a porta de entrada do atendimento para se constituir em unidade de referência dos ambulatórios e unidades básicas de saúde. O hospital privado pode ter caráter beneficente, filantrópico, com ou sem fins lucrativos. No beneficente, os recursos são originários de contribuições e doações particulares para a prestação de serviços a seus associados - integralmente aplicados na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos sociais. O hospital filantrópico reserva serviços gratuitos para a população carente, respeitando a legislação em vigor. Em ambos, os membros da diretoria não recebem remuneração. Para que o paciente receba todos os cuidados de que necessita durante sua internação hospitalar, faz-se necessário que tenha à sua disposição uma equipe de profissionais competentes e diversos serviços integrados - Corpo Clínico, equipe de enfermagem, Serviço de Nutrição e Dietética, Serviço Social, etc., caracterizando uma extensa divisão técnica de trabalho. Para alcançar os objetivos da instituição, o trabalho das equipes, de todas as áreas, necessita estar em sintonia, haja vista que uma das características do processo de produção hospitalar é a interdependência. Outra característica é a quantidade e diversidade de procedimentos diariamente realizados para prover assistência ao paciente, cuja maioria segue normas rígidas no sentido de proporcionar segurança máxima contra a entrada de agentes biológicos nocivos ao mesmo. O ambiente hospitalar é considerado um local de trabalho insalubre, onde os profissionais e os próprios pacientes internados estão expostos a agressões de diversas naturezas, seja por agentes físicos, como radiações originárias de equipamentos radiológicos e elementos radioativos, seja por agentes químicos, como medicamentos e soluções, ou ainda por agentes biológicos, representados por microrganismos. No hospital concentram-se os hospedeiros mais susceptíveis, os doentes e os microrganismos mais resistentes. O volume e a diversidade de antibióticos utilizados provocam alterações importantes nos microrganismos, dando origem a cepas multirresistentes, normalmente inexistentes na comunidade. A contaminação de pacientes durante a realização de um procedimento ou por intermédio de artigos hospitalares pode provocar infecções graves e de difícil tratamento. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos invasivos, como diálise peritoneal, hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas imunossupressoras, são fatores que contribuem para a ocorrência de infecção. Ao dar entrada no hospital, o paciente já pode estar com uma infecção, ou pode vir a adquiri-la durante seu período de internação. Seguindo-se a classificação descrita na Portaria no 2.616/98, do Ministério da Saúde, podemos afirmar que o primeiro caso representa uma infecção comunitária; o segundo, uma infecção hospitalar que pode ter como fontes a equipe de saúde, o próprio paciente, os artigos hospitalares e o ambiente. Visando evitar a ocorrência de infecção hospitalar, a equipe deve realizar os devidos cuidados no tocante à sua prevenção e controle, principalmente relacionada à lavagem das mãos, pois os microrganismos são facilmente levados de um paciente a outro ou do profissional para o paciente, podendo causar a infecção cruzada. Atendendo o paciente no hospital O paciente procura o hospital por sua própria vontade (necessidade) ou da família, e a internação ocorre por indicação médica ou, nos casos de doença mental ou infectocontagiosa, por processo legal instaurado. A internação é a admissão do paciente para ocupar um leito hospitalar, por período igual ou maior que 24 horas. Para ele, isto significa a interrupção do curso normal de vida e a convivência temporária com pessoas estranhas e em ambiente não familiar. Para a maioria das pessoas, este fato representa desequilíbrio financeiro, isolamento social, perda de privacidade e individualidade, sensação de insegurança, medo e abandono. A adaptação do paciente a essa nova situação é marcada por dificuldades pois, aos fatores acima, soma-se a necessidade de seguir regras e normas institucionais . 2 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA quase sempre bastante rígidas e inflexíveis, de entrosar-se com a equipe de saúde, de submeter-se a inúmeros procedimentos e de mudar de hábitos. O movimento de humanização do atendimento em saúde procura minimizar o sofrimento do paciente e seus familiares, buscando formas de tornar menos agressiva a condição do doente institucionalizado. Embora lenta e gradual, a própria conscientização do paciente a respeito de seus direitos tem contribuído para tal intento. Fortes aponta a responsabilidade institucional como um aspecto importante, ao afirmar que existe um componente de responsabilidade dos administradores de saúde na implementação de políticas e ações administrativas que resguardem os direitos dos pacientes. Assim, questões como sigilo, privacidade, informação, aspectos que o profissional de saúde tem o dever de acatar por determinação do seu código de ética, tornam-se mais abrangentes e eficazes na medida em que também passam a serem princípios norteadores da organização de saúde. Tudo isso reflete as mudanças em curso nas relações que se estabelece entre o receptor do cuidado, o paciente, e o profissional que o assiste, tendo influenciado, inclusive, a nomenclatura tradicionalmente utilizada no meio hospitalar. O termo paciente, por exemplo, deriva do verbo latino patiscere, que significa padecer, e expressa uma conotação de dependência, motivo pelo qual cada vez mais se busca outra denominação para o receptor do cuidado. Há crescente tendência em utilizar o termo cliente, que melhor reflete a forma como vêm sendo estabelecidos os contatos entre o receptor do cuidado e o profissional, ou seja, na base de uma relação de interdependência e aliança. Outros têm manifestado preferência pelo termo usuário, considerando que o receptor do cuidado usa os nossos serviços. Entretanto, será mantida a denominação tradicional, porque ainda é dessa forma que a maioria se reporta ao receptor do cuidado. Ao receber o paciente na unidade de internação, o profissional de enfermagem deve providenciar e realizar a assistência necessária, atentando para certos cuidados que podem auxiliá-lo nessa fase. O primeiro contato entre o paciente, seus familiares e a equipe é muito importante para a adaptação na unidade. O tratamento realizado com gentileza, cordialidade e compreensão ajudam a despertar a confiança e a segurança tão necessárias. Assim, cabe auxiliá-lo a se familiarizar com o ambiente, apresentando-o à equipe presente e a outros pacientes internados, em caso de enfermaria, acompanhando-o em visita às dependências da unidade, orientando-o sobre o regulamento, normas e rotinas da instituição. É também importante solicitar aos familiares que providenciem objetos de uso pessoal, quando necessário, bem como arrolar roupas e valores nos casos em que o paciente esteja desacompanhado e seu estado indique a necessidade de tal procedimento. É importante lembrar que, mesmo na condição de doente, a pessoa continua de posse de seus direitos: ao respeito de ser chamado pelo nome, de decidir, junto aos profissionais, sobre seus cuidados, de ser informado sobre os procedimentos e tratamento que lhe serão dispensados, e a que seja mantida sua privacidade física e o segredo sobre as informações confidenciais que digam respeito à sua vida e estado de saúde. O tempo de permanência do paciente no hospital dependerá de vários fatores: tipo de doença, estado geral, resposta orgânica ao tratamento realizado e complicações existentes. Atualmente, há uma tendência para se abreviar ao máximo o tempo de internação, em vista de fatores como altos custos hospitalares, insuficiência de leitos e riscos de infecção hospitalar. Em contrapartida, difundem-se os serviços de saúde externos, como a internação domiciliar, a qual estende os cuidados da equipe para o domicílio do doente, medida comum em situações de alta precoce e de acompanhamento de casos crônicos - é importante que, mesmo neste âmbito, sejam também observados os cuidados e técnicas utilizadas para a prevenção e controle da infecção hospitalar e descarte adequado de material perfurocortante. O período de internação do paciente finaliza-se com a alta hospitalar, decorrente de melhora em seu estado de saúde, ou por motivo de óbito. Entretanto, a alta também pode ser dada por motivos tais como: a pedido do paciente ou de seu responsável; nos casos de necessidade de transferência para outra instituição de saúde; na ocorrência de o paciente ou seu responsável recusar(em)-se a seguir o tratamento, mesmo após ter(em) sido orientado(s) quanto aos riscos, direitos e deveres frente à terapêutica proporcionada pela equipe. Na ocasião da alta, o paciente e seus familiares podem necessitar de orientações sobre alimentação, tratamento medicamentoso, atividades físicas e laborais, curativos e outros cuidados específicos, momento em que a participação da equipe multiprofissional é importante para esclarecer quaisquer dúvidas apresentadas. Após a saída do paciente, há necessidade de se realizar a limpeza da cama e mobiliário; se o mesmo se encontrava em isolamento, deve-se também fazer a limpeza de todo o ambiente (limpeza terminal): teto, paredes, piso e banheiro. . 3 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA As rotinas administrativas relacionadas ao preenchimento e encaminhamento do aviso de alta ao registro, bem como às pertinentes à contabilidade e apontamento em censo hospitalar, deveriam ser realizadas por agentes administrativos. Na maioria das instituições hospitalares, porém, estas ações ainda ficam sob o encargo dos profissionais de enfermagem. O paciente poderá sair do hospital só ou acompanhado por familiares, amigos ou por um funcionário (assistente social, auxiliar, técnico de enfermagem ou qualquer outro profissional de saúde que a instituição disponibilize); dependendo do seu estado geral, em transporte coletivo, particular ou ambulância. Cabe à enfermagem registrar no prontuário a hora de saída, condições gerais, orientações prestadas, como e com quem deixou o hospital. Um aspecto particular da alta diz respeito à transferência para outro setor do mesmo estabelecimento, ou para outra instituição. Deve-se considerar que a pessoa necessitará adaptar-se ao novo ambiente, motivo pelo qual a orientação da enfermagem é importante. Quando do transporte a outro setor ou à ambulância, o paciente deve ser transportado em maca ou cadeira de rodas, junto com seus pertences, prontuário e os devidos registros de enfermagem. No caso de encaminhamento para outro estabelecimento, enviar os relatórios médico e de enfermagem. Sistema de informação em saúde Um sistema de informação representa a forma planejada de receber e transmitir dados. Pressupõe que a existência de um número cada vez maior de informações requer o uso de ferramentas (internet, arquivos, formulários) apropriadas que possibilitem o acesso e processamento de forma ágil, mesmo quando essas informações dependem de fontes localizadas em áreas geográficas distantes. No hospital, a disponibilidade de uma rede integrada de informações através de um sistema informatizado é muito útil porque agiliza o atendimento, tornando mais rápido o processo de admissão e alta de pacientes, a marcação de consultas e exames, o processamento da prescrição médica e de enfermagem e muitas outras ações frequentemente realizadas. Também influencia favoravelmente na área gerencial, disponibilizando em curto espaço de tempo informações atualizadas de diversas naturezas que subsidiam as ações administrativas, como recursos humanos existentes e suas características, dados relacionados a recursos financeiros e orçamentários, recursos materiais (consumo, estoque, reposição, manutenção de equipamentos e fornecedores), produção (número de atendimentos e procedimentos realizados) e aqueles relativos à taxa de nascimentos, óbitos, infecção hospitalar, média de permanência, etc. As informações do paciente, geradas durante seu período de internação, constituirão o documento denominado prontuário, o qual, segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução nº 1.331/89), consiste em um conjunto de documentos padronizados e ordenados, proveniente de várias fontes, destinado ao registro dos cuidados profissionais prestados ao paciente. O prontuário agrega um conjunto de impressos nos quais são registradas todas as informações relativas ao paciente, como histórico da doença, antecedentes pessoais e familiares, exame físico, diagnóstico, evolução clínica, descrição de cirurgia, ficha de anestesia, prescrição médica e de enfermagem, exames complementares de diagnóstico, formulários e gráficos. É direito do paciente ter suas informações adequadamente registradas, como também acesso - seu ou de seu responsável legal - às mesmas, sempre que necessário. Legalmente, o prontuário é propriedade dos estabelecimentos de saúde e após a alta do paciente fica sob os cuidados da instituição, arquivado em setor específico. Quanto à sua informatização, há iniciativas em andamento em diversos hospitais brasileiros, haja vista que facilita a guarda e conservação dos dados, além de agilizar informações em prol do paciente. Devem, entretanto, garantir a privacidade e sigilo dos dados pessoais. Sistema de informação em enfermagem Uma das tarefas do profissional de enfermagem é o registro, no prontuário do paciente, de todas as observações e assistência prestada ao mesmo, ato conhecido como anotação de enfermagem. A importância do registro reside no fato de que a equipe de enfermagem é a única que permanece continuamente e sem interrupções ao lado do paciente, podendo informar com detalhes todas as ocorrências clínicas. Para maior clareza, recomenda-se que o registro das informações seja organizado de modo a reproduzir a ordem cronológica dos fatos, isto permitirá que, na passagem de plantão, a equipe possa acompanhar a evolução do paciente. Um registro completo de enfermagem contempla as seguintes informações: . 4 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Considerando-se sua legalidade.. a sociedade. encaminhamentos e realização de exames externos. curativos realizados.. MMSS e MMII. por exemplo. digo. Nessa circunstância.. drenos. identificar sempre a folha. a seguir. quando é o paciente que informa.. postura.A assistência de enfermagem prestada e as intercorrências observadas. destacamos algumas significativas recomendações para maior precisão ao registro das informações: .. evitar palavras desnecessárias como. entre outros.ler a anotação anterior. A seguir. 5 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . . tais como. .jamais deve-se rasurar a anotação.. .como não se deve confiar na memória para registrar as informações. euforia. portanto.. o que permite avaliar a atuação da equipe e o efeito. adicionar informações. o registro deve ser realizado em seguida à prestação do cuidado. . como a instalação de solução venosa. após efetivar sua visita... sono e repouso. calma. por exemplo. mudanças de decúbito. Incluem-se neste item. Para o registro das informações no prontuário.. apatia ou agressividade. a enfermagem faz o registro correspondente. diminuição da temperatura corporal após banho morno. quando identificada a necessidade de o paciente ser atendido por outro componente da equipe de saúde. identificando a hora exata do evento. administração de dietas. na evolução do paciente. melhora da dispneia após a instalação de cateter de oxigênio. Por ser um importante instrumento de comunicação para a equipe.. recomenda-se evitar pular linha(s) entre um registro e outro. restrição ao leito. intencionalmente. integridade cutaneomucosa.. . .Observação do estado geral do paciente. é necessário explicitar o motivo. . se necessário.. para o noturno.A ação de medicamentos e tratamentos específicos. curativos. Em geral. Por exemplo: o paciente apresenta mancha avermelhada na face.verificar o tipo de impresso utilizado na instituição e a rotina que orienta o seu preenchimento. deixar parágrafo ao iniciar a frase. cateteres. . esquerdo. Ou: . hidratação. indicando manifestações emocionais como angústia. faz-se necessário ressaltar que servem de proteção tanto para o paciente como para os profissionais de saúde. utiliza-se o verbo na terceira pessoa do singular: Informa que . Não é aconselhável deixar espaços entre um registro e outro. registrar. deve-se registrar esse fato e o motivo da negação. e continuar a informação correta para concluir a frase.A realização das prescrições médicas e de enfermagem.. indicativa do referente. administrada uma ampola de Voltaren IM no glúteo direito. no glúteo esquerdo.. ou Segundo a nutricionista . Caso o tratamento não seja realizado.os dados devem ser sempre registrados a caneta. a instituição e.. o profissional é notificado e. não apagar nem rasurar. por exemplo: A mãe refere que a criança . se o paciente recusa a inalação prescrita. .atentar para a utilização da sequência céfalocaudal quando houver descrições dos aspectos físicos do paciente. Refere que . existência e condições de sondas.. ou riscar o registro com uma única linha e escrever a palavra. utilizando a cor de tinta padronizada no estabelecimento. não usar corretor de texto. antes de realizar novo registro. entre vírgulas. os dados referentes aos cuidados higiênicos. considerando-se que é muito comum o esquecimento de detalhes e fatos importantes durante um intensivo dia de trabalho. papeleta trocada. a cor azul é indicada para o plantão diurno. oxigenação. . por exemplo: alergia após a administração de medicamentos. indicando alterações relacionadas ao estado nutricional. aspiração de sondas e orientações prestadas ao paciente e familiares. . Erro. recebimento de informação ou tomada de conduta. bem como outras ocorrências atípicas na rotina do paciente. erro. em letra legível e sem rasuras..distinguir na anotação a pessoa que transmite a informação. a enfermagem geralmente utiliza um roteiro básico que facilita sua elaboração. preenchendo ou completando o cabeçalho. as informações devem ser objetivas e precisas de modo a não darem margem a interpretações errôneas. mesmo. manter espaço em branco entre o ponto final e a assinatura.. para verificação da resposta orgânica manifesta após a aplicação de determinado medicamento ou tratamento. Procedimentos rotineiros também devem ser registrados. condições físicas. o que evita que alguém possa. eliminações. fazer o registro correto . movimentação. Queixa-se de . assim. observação de intercorrências. interesse.. pois as rasuras ou alterações de dados despertam suspeitas de que alguém tentou deliberadamente encobrir informações. imobilizações.quando do registro. pois a folha de anotação é individualizada e. . utilizar a palavra.As ações terapêuticas aplicadas pelos demais profissionais da equipe multiprofissional. caso se cometa um engano ao escrever. . paciente. a vermelha. digo.indicar o horário de cada anotação realizada. colheita de material para exames. já quando a informação é fornecida por um acompanhante ou membro da equipe. Portanto. padrão da fala. em caso de troca de papeleta... riscar um traço em diagonal e escrever. em casos de erro.exemplo: Refere dor intensa na região lombar.. da terapêutica medicamentosa e não-medicamentosa. depressão. equipamentos em uso. segue em observação de enfermagem. exceto as padronizadas institucionalmente.º (vetado) . Cap. Apresenta cefaleia contínua . sem queixas. As etapas do ato de morrer são: Negação: quando o paciente toma conhecimento pela primeira vez de sua doença terminal. ao pessoal do hospital. a sua própria família etc..utilizar a terminologia técnica adequada.. 1. Barganha: apesar de haver uma aceitação da morte por parte do paciente. Ou em tempo. observadas as disposições desta Lei. pode haver uma tentativa de negociação de mais tempo de vida junto a Deus ou com o seu destino. o paciente aceita a inevitabilidade e a iminência de sua morte. Ira: uma vez que o paciente parando de negar a morte. e não necessariamente na ordem mostrada o entendimento de tais sentimentos pode ajudar a satisfação dos pacientes.º – A programação de Enfermagem inclui a prescrição da assistência de Enfermagem. para acrescentar informações que porventura tenham sido anteriormente omitidas.. dos profissionais de saúde. da família.º – É livre o exercício da Enfermagem em todo o território nacional.º – (vetado) § 1. por exemplo: Contido por apresentar agitação psicomotora. É possível que deseje simplesmente o acompanhamento de um membro da família ou um amigo.º – O planejamento e a programação das instituições e serviços de saúde incluem planejamento e programação de Enfermagem... Lei do Exercício Profissional (n° 7. aumento da fadiga e falta de cuidados pessoais. pelo Técnico de Enfermagem.organizar a anotação de maneira a reproduzir a ordem em que os fatos se sucedem. ou. Art. pois se decorridas várias horas nenhuma anotação foi feita podese supor que o paciente ficou abandonado e que nenhuma assistência lhe foi prestada..406/1987 LEI N 7. 76. 4.498/86. Parágrafo único.. . 2. entrada tardia. 5. Utilizar a expressão. Art. .evitar anotações e uso de termos gerais como. É possível que venha sofrer de inapetência. regulamentada pelo Decreto nº 94.registrar todas as medidas de segurança adotadas para proteger o paciente. Art.. que não fornecem nenhuma informação relevante e não são indicativos de assistência prestada. 3. Art. Assistência de enfermagem aos pacientes graves e agonizantes O paciente pode passar por cinco estágios psicológicos em preparação para morte.º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício. . pode ocorrer uma recusa em aceitar o diagnóstico. Apesar de serem percebidos de forma diferente em cada paciente. A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro. 6 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .498/1986).º (vetado) § 2. DE 25 DE JUNHO DE 1986 Dispõe sobre a regulamentação do exercício da Enfermagem e dá outras providências. VI do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem). Depressão: é possível que o paciente se afaste dos amigos. por. Art. . . bem como aquelas relativas à prevenção de complicações. evitando abreviaturas.. Aceitação: Nessa fase.assinar a anotação e apor o número de inscrição do Conselho Regional de Enfermagem (em cumprimento ao art. é possível que apresente um profundo ressentimento em relação aos que continuarão vivos após a morte. respeitados os respectivos graus de habilitação. pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira.realizar os registros com frequência. Por exemplo: Apresenta dor de cabeça cont. º 3.º – São Auxiliares de Enfermagem: I – o titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem. e chefia de serviço e de unidade de enfermagem. até 2 (dois) anos após a publicação desta Lei.Art. de 17 de setembro de 1955. de 28 de fevereiro de 1967. conferido por escola ou curso estrangeiro. Art.640. execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. d) (VETADO). 10 – (vetado) Art.º 8. cabendo-lhe: I – privativamente: a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde. II – o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro. do Decreto-lei n.º 4. registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil.º 8.778. j) prescrição da assistência de enfermagem. i) consulta de enfermagem. VI – o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro. V – o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem. de 20 de dezembro de 1961. c) planejamento. ou equivalente. 1.º – São enfermeiros: I – o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituição de ensino. Art. registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro. 2. registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem. II – o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obstétrica. 8.387. 6. observado o disposto na Lei n. .604. de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz. nos termos do Decreto-lei n.º do Decreto-lei n. f) (VETADO). Art.º 23. expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia. de 14 de junho de 1956. II – a titular do diploma ou certificado de Parteira. conferido por instituição de ensino nos termos da Lei e registrado no órgão competente. 7.024. nos termos da lei. IV – o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem. expedido até a publicação da Lei n. IV – aqueles que. coordenação. expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente. II – o titular do diploma a que se refere a Lei nº 2. de 22 de janeiro de 1946.774. não abrangidos pelos incisos anteriores. conferido por escola estrangeira segundo as leis do país. g) (VETADO).640. 11. segundo as leis do país. de 10 de outubro de 1959.º 299.º da Lei nº 2. como certificado de Parteira. III – o titular do diploma ou certificado a que se refere o inciso III do Art. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem.778. ou equivalente. segundo as leis do país. organização. 7 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . obtiverem título de Enfermeiro conforme o disposto na alínea “d” do Art. ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação. auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem. 9.º 3.822.º – São técnicos de Enfermagem: I – o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem. de 22 de janeiro de 1946. conferidos nos termos da lei. de 10 de outubro de 1959.º do Decreto nº 50. Art. do Ministério da Saúde. registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem. e da Lei n. h) consultoria. e) (VETADO). 3. de 22 de janeiro de 1934. nos termos do Decreto-lei n. de 28 de março de 1961. b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços. III – o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz. pública e privada.º – São Parteiras: I – a titular de certificado previsto no Art. º . exceto as privativas do Enfermeiro. cabendo-lhe especialmente: § 1.º . g) assistência de enfermagem à gestante.l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida. § 3. . d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação. j) educação visando à melhoria de saúde da população. de natureza repetitiva.Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente. 15 – As atividades referidas nos artigos 12 e 13 desta Lei. no provimento de cargos e funções e na contratação de pessoal de Enfermagem.º . quando necessária. Às profissionais referidas no inciso II do art. do Distrito Federal e dos Territórios observarão. Art. e em programas de saúde.º . Art.Participar da programação da assistência de Enfermagem. i) execução do parto sem distocia. federal. somente podem ser desempenhadas sob orientação e supervisão de Enfermeiro. 19 – (vetado) Art. reconhecer e descrever sinais e sintomas. os preceitos desta Lei. execução e avaliação da programação de saúde. 11 desta Lei. Art. c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local. 18 – (vetado) Parágrafo único. § 2. Parágrafo único. b) participação na elaboração. 16 – (vetado) Art. 8 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 17 – (vetado) Art. parturiente e puérpera. cabendo-lhe especialmente: § 1.º . 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio. quando exercidas em instituições de saúde. bem como a participação em nível de execução simples.Participar da equipe de saúde. Parágrafo único – Os órgãos a que se refere este artigo promoverão as medidas necessárias à harmonização das situações já existentes com as disposições desta Lei. execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde. e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral.º . 20 – Os órgãos de pessoal da administração pública direta e indireta. e participação no planejamento da assistência de Enfermagem. envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar. § 4. estadual. h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto.Executar ações de tratamento simples.º . de todos os graus. em processos de tratamento.Executar ações assistenciais de Enfermagem. § 4. (vetado) Art. II – como integrante da equipe de saúde: a) participação no planejamento. observado o disposto no Parágrafo único do Art. f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem. § 2.º . 14 – (vetado) Art. envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão. b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico. Art.Participar da equipe de saúde. ainda: a) assistência à parturiente e ao parto normal.º desta lei incumbe.Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar. respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários. públicas e privadas. 6. municipal. § 3. c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde.Observar. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio. m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. 2. sem possuir formação específica regulada em lei. o exercício das atividades elementares da enfermagem.São técnicos de Enfermagem: I – o titular do diploma ou do certificado de técnico de Enfermagem. será autorizado. 15 desta Lei. conferidos nos termos da lei. e dá outras providências. Art. 1. 6. 27 – Revogam-se (vetado) as demais disposições em contrário.º – São Enfermeiros: I – o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituição de ensino. e respeitados os graus de habilitação.º – A prescrição da assistência de Enfermagem é parte integrante do programa de Enfermagem. observado o disposto em seu artigo 15. a exercer atividades elementares de Enfermagem. 3. III – o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz. admitidos antes da vigência desta Lei.º . 9 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Art. Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região. de 25 de junho de 1986. Art. que dispõe sobre o exercício da Enfermagem. 4. Art.º – As instituições e serviços de saúde incluirão a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programação. Art. expedido de acordo com a legislação e registrado no órgão competente. II – o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro.387. pelo Conselho Federal de Enfermagem. é privativo de Enfermeiro. Art. de 28 de março de 1961. 24 – (vetado) Parágrafo único – (vetado) Art. 22 – (vetado) Art. de 25 de junho de 1986.º 2. observado o disposto no Art.406/87 Regulamenta a Lei n. não abrangidos pelos incisos anteriores. em virtude de carência de recursos humanos de nível médio nesta área.São Auxiliares de Enfermagem: I – o titular do certificado de Auxiliar de Enfermagem.º – O exercício da atividade de Enfermagem. Técnico de Enfermagem. 25 – O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 120 (cento e vinte) dias a contar da data de sua publicação.822. . registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de técnico de Enfermagem. obtiveram título de Enfermeira conforme o disposto na letra “d” do Art.Art. II – o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica. Art.498. Art. IV – aqueles que. 21 – (vetado) Art. registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro. de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz. Art. de 14 de junho de 1956. conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis.º 50. II – o titular do diploma a que se refere a Lei n. 23 – O pessoal que se encontra executando tarefas de Enfermagem.498. Parágrafo único – É assegurado aos atendentes de enfermagem.º do Decreto-lei Decreto n. 3. nos termos da lei.º . conferido por instituição de ensino nos termos da Lei e registrado no órgão competente. observadas as disposições da Lei n. ou equivalente. 5. 26 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.º 7.º 7. DECRETO N 94. expedido até a publicação da Lei n. execução e avaliação dos serviços da assistência de Enfermagem. segundo as leis do país.º 3. nos termos do Decreto-lei n. da família e da população em geral.º 23.III – o titular do diploma ou certificado a que se refere o item III do Art. como certificado de Parteiro. do Ministério da Saúde.º 3. execução e avaliação da programação de saúde.640. c) planejamento. p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contrarreferência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde. f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem. o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho. registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como certificado de Auxiliar de Enfermagem. e da Lei n. VI – o titular do diploma ou certificado conferido por escola ou curso estrangeiro. nos termos do Decreto-lei n. puérpera e ao recém-nascido. i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos.º 299. do Decreto-lei n. coordenação. . V – o pessoal enquadrado como Auxiliar de Enfermagem. de 22 de janeiro de 1946. d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação. particularmente nos programas de educação continuada. até 26 de junho de1988. 1.640.778. n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde. Art. inclusive como membro das respectivas comissões. e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar. auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem.024. de 10 de outubro de 1959. de 22 de janeiro de 1934.604.º – São Parteiros: I – o titular de certificado previsto no Art.º 4.778. ou equivalente. de 22 de janeiro de 1946. f) prescrição da assistência de Enfermagem. j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto.º 8. 8. 7. 2. II – o titular do diploma ou certificado de Parteiro. g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica. de 10 de outubro de 1959. h) prestação de assistência de enfermagem à gestante. de 28 de fevereiro de 1967. d) consultoria. visando à melhoria de saúde do indivíduo.º da Lei n. organização.º do Decreto-lei n. particularmente daqueles prioritários e de alto risco. l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia. e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem. IV – o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem.º – Ao enfermeiro incumbe: I – privativamente: a) direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde.774. ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação. conferido por escola ou curso estrangeiro. segundo as respectivas leis. expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia. b) organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços. de 17 de setembro de1955. registrado em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil. c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde. m) participação em programas e atividades de educação sanitária. parturiente. execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde. de 20 de dezembro de 1961. Art.º 8. II – como integrante da equipe de saúde: a) participação no planejamento. g) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida. 10 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . b) participação na elaboração. e) consulta de Enfermagem. observado o disposto na Lei n. h) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas.º 2. pública ou privada. ao nível de sua qualificação. ou de rotina. nos concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem. c) fazer curativos. inclusive: a) orientar os pacientes na pós-consulta. enema e calor ou frio. II – observar. VIII – participar dos procedimentos pós-morte.º deste Decreto. instrumentar. III – realização de episiotomia e episiorrafia com aplicação de anestesia local. além das atividades de que trata o artigo precedente.º. e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas. quanto ao cumprimento das prescrições de Enfermagem e médicas. e III – cuidar da puérpera e do recém-nascido. de equipamentos e de dependência de unidades de saúde. VI – participar de atividades de educação em saúde. programação. l) executar atividades de desinfecção e esterilização. VII – executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares. inclusive: a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se. nebulização. b) realizar controle hídrico. em matérias específicas de Enfermagem. 9. Art. cabendo-lhe: I – assistir ao Enfermeiro: a) no planejamento. Art. V – integrar a equipe de saúde. 11 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . g) realizar testes e proceder à sua leitura. exames e tratamentos. c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância epidemiológica. r) participação em bancas examinadoras. incumbe: I – prestação de assistência à parturiente e ao parto normal. reconhecer e descrever sinais e sintomas. orientação e supervisão das atividades de assistência de Enfermagem. tais como: a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral. inclusive em domicílio. i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios. f) na execução dos programas referidos nas letras “i” e “o” do item II do Art. de nível médio técnico. h) colher material para exames laboratoriais. II – executar atividades de assistência de Enfermagem. para subsídio de diagnóstico. j) circular em sala de cirurgia e. 9. e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante a assistência de saúde. III – integrar a equipe de saúde. Art. 11 – O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares. atribuídas à equipe de Enfermagem. b) zelar pela limpeza e ordem do material. cabendo-lhe: I – preparar o paciente para consultas. d) aplicar oxigenoterapia. . quando necessária. atribuídas à equipe de Enfermagem. II – identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico. além de outras atividades de Enfermagem.º – Às profissionais titulares de diploma ou certificados de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica. b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a saúde. enteroclisma. d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar. III – executar tratamentos especificamente prescritos. se necessário.q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde. IV – prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança. 12 – Ao Parteiro incumbe: I – prestar cuidados à gestante e à parturiente. f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis. Art. de nível médio. b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave. II – assistir ao parto normal. 8. excetuadas as privativas do Enfermeiro e as referidas no Art. mas não conseguiu se desenvolver na mesma proporção naquilo que se refere à elevação de espírito. porque na ação humana “o fazer” e “o agir” estão interligados. está fundamentada nas ideias de bem e virtude. 13 – As atividades relacionadas nos artigos 10 e 11 somente poderão ser exercidas sob supervisão. conjunto de normas e princípios que norteiam a conduta do ser humano”. quando realizadas em instituições de saúde. as medidas necessárias à adaptação das situações já existentes com as disposições deste Decreto. Art. para fins estatísticos. A ética é indispensável ao profissional. estadual. Código de Ética e Deontologia de Enfermagem: análise crítica Ética “A ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. em articulação com o Conselho Federal de Enfermagem. mantendo com os outros relações justas e aceitáveis. Art. quando realizadas em domicílio ou onde se fizerem necessárias. 17 – Revogam-se as disposições em contrário. municipal.Parágrafo único – As atividades de que trata este artigo são exercidas sob supervisão de Enfermeiro Obstetra. 15 – Na administração pública direta e indireta. estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são boas ou más. Embora relacionadas com o agir individual. de todos os graus. Art. A Ética no Trabalho A ética está ligada à verdade e este é o primeiro passo para aproximar-se do comportamento correto. 12 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . por esta razão. a ética está relacionada com o sentimento de justiça social. respeitados os direitos adquiridos quanto a vencimentos e salários. à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a . II – quando for o caso. anotar no prontuário do paciente as atividades da assistência de Enfermagem. uma espécie de "consciência moral". O fazer diz respeito à competência. é um elemento vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético. federal. enquanto valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz. certas ou erradas. os consumidores de seus serviços: clientes internos e externos entre outros membros da comunidade em geral. essas classificações sempre têm relação com as matrizes culturais que prevalecem em determinadas sociedades e contextos históricos. No campo do trabalho. do bem e do mal. A ética é uma característica inerente a toda ação humana e. de uma esfera do comportamento humano. sob controle e supervisão de unidade de saúde. A ética proporciona equilíbrio no convívio social. 16 – Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. sempre que possível. justas ou injustas. Art. É a ciência da moral. Art. Parágrafo único – Os órgãos e entidades compreendidos neste artigo promoverão. do Distrito Federal e dos Territórios será exigida como condição essencial para provimento de cargos e funções e contratação de pessoal de Enfermagem.” (VASQUEZ) Conforme o dicionário Mini Aurélio (FERREIRA. a ética tem sido cada vez mais exigida. Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do certo e errado. Via de regra. a prova de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região. A ética está relacionada à opção. 14 – Incumbe a todo o pessoal de Enfermagem: I – cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da Enfermagem. e. orientação e direção de Enfermeiro. provavelmente porque a humanidade evoluíra em tecnologia. 2010) o conceito de ética é o “estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana do ponto de vista do bem e do mal. A atitude ética determinará como um profissional trata os outros profissionais no ambiente de trabalho. isto é. fazendo com que ninguém seja prejudicado. neste sentido. ao desejo de realizar a vida. Nesse sentido. entendendo que é negligente quem. Face à dinamicidade cultural contemporânea. além de discutir com os profissionais da área de saúde sobre as possibilidades diagnósticas e terapêuticas pretendidas. Alguns pacientes querem participar de seus cuidados e compreenderem o que está ocorrendo no seu processo de hospitalização. por ter consciência de seus direitos de consumidor. 1 Texto extraído de FREITAS. agravar-lhe o mal. passividade ou omissão. passando pelas ações educativas. podendo ou devendo agir de determinado modo. por parte do profissional. É imprudente quem expõe o cliente a riscos desnecessários ou que não se esforça para minimizá-los. n. 56. em seu artigo 951. o agir se refere à conduta do profissional. O cliente usuário dos serviços de saúde tem o direito de receber informações claras. sempre que estes atos violarem os direitos de terceiros protegidos por Lei. ao cuidar de um cliente. o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Surgem. Ocorrências éticas na enfermagem. 6. os problemas éticos relativos ao desempenho da profissão de Enfermagem. tem deixado de ser tão passivo a tudo. imperícia ou imprudência. OGUISSO. O trabalho de Enfermagem2 tem se diversificado. família e grupo da comunidade. até a participação no planejamento em saúde.sua profissão. inércia. v. bem como o direito de acessar o seu prontuário. Rev Bras Enferm. expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física ou moral. Trata-se. O paciente dos dias de hoje. causar a morte do paciente. p. nov-dez. por negligência. exigindo-se a comprovação de que o profissional agiu culposamente e deu ensejo ao risco ou ao dano alegado pelo cliente ou responsável legal. Karelline Izaltemberg Vasconcelos et al. Aspectos Éticos no Exercício da Enfermagem. é muito claro ao assegurar ao cliente o direito de que lhe seja prestada uma assistência de enfermagem livre de danos decorrentes de negligência. Taka. imprudente ou negligente do profissional de enfermagem. A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar determinada atribuição. o profissional de enfermagem se depara com questionamentos éticos e legais a respeito da sua atuação. exigindo competência ampla diante de tantas inovações. 13 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . A negligência consiste na inação. pesquisas. por indolência ou preguiça mental. exigindo dos profissionais de enfermagem o aprimoramento constante de seus conhecimentos. . de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do profissional. 2 ROSENSTOCK. a responsabilidade profissional é subjetiva. O Código Civil. A responsabilidade é o dever jurídico de responder pelos próprios atos ou de outrem. caso ocorra algum tipo de prejuízo ao cliente. Genival Fernandes de. sendo necessário que esse profissional tome conhecimento de seus direitos e deveres éticos e legais. seja do indivíduo. no caso de indenização devida por aquele que. no exercício de atividade profissional.legalmente resguardado pela capacidade jurídica. Em contrapartida. o que requer mais atenção. garantindo o ressarcimento de danos causados culposamente. 727-33. consentindo ou não. portanto. não se obriga a curá-lo. Revisão Integrativa da Literaturas. evitando possíveis complicações legais posteriores. junto com este avanço. respeito e habilidade por parte do enfermeiro. 2011. contudo deve utilizar todos os recursos humanos e técnicos possíveis e disponíveis para garantir uma assistência de enfermagem segura e eficaz. administrativas. não age ou se comporta de modo diverso. Brasília (DF) n. precipitada e sem a devida precaução. objetivas e compreensíveis sobre as medidas diagnósticas e terapêuticas propostas. Assim. tendo como desvelo a conduta inapta. previstas tanto no Regulamento do Exercício Profissional (Lei n. os exames médicos solicitados e os resultados. assim.. dispõe: “. Com isso. a imprudência decorre da ação açodada. a segurança em suas ações e a possibilidade de estar exercendo as suas atividades dentro daquilo que lhe cabe. isto é. em seu artigo 16. negligência ou imprudência. 7498/86) como no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (Resolução COFEN 311/07). imprudência ou imperícia.. 16. p. de acordo com o livre arbítrio . ampliando. Ética na Enfermagem1 Os dilemas éticos surgem a cada dia. indo desde o cuidado.. seja por imperícia. out/dez. ou através de seu representante legal. 2003. isenta de riscos de ocorrências prejudiciais. Cogitare Enferm. ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão. sabe-se que é incontestável o direito do cliente de acessar as informações e orientações a respeito da assistência de enfermagem que lhe está sendo prestada. 637-639. O enfermeiro tem avançado no controle das suas atividades. v. causar-lhe lesão. A equipe de enfermagem. 4. ou inabilitá-lo para o trabalho”. º. e questionadora.gov. portanto. Ocorre sempre antes da ação (exemplo: não verificar os freios do automóvel antes de colocá-lo em movimento). XVII e XLIX. inciso III. c. inciso II do Código Penal: .º – Este ato resolucional entrará em vigor a partir de 12 de maio de 2007. É a prática de um fato perigoso. 13. são capazes de alienar a atividade profissional. os cuidados de Enfermagem devem estar relacionados a ações livres de danos decorrentes de imperícia. em seu artigo 8. Art.º . numa determinada sociedade. .Este Código aplica-se aos profissionais de Enfermagem e exercentes das atividades elementares de enfermagem. www. em seu art.º .br e requerê-lo no Conselho Regional de Enfermagem do Estado onde exercem suas atividades.A ética profissional é uma parte da ciência moral e tem como função detectar os fatores que. RESOLVE: Art. 3. incisos IV. a Resolução COFEN-242/2000. XV. Modalidades de Culpa.br. no uso de sua competência estabelecida pelo art.portalenfermagem. abrange comportamentos e ações que envolvem conhecimentos.Imprudência: É a culpa de quem age (exemplo: passar no farol fechado). 18. Resolução COFEN n. 240/2000. 14 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 4. 2.Negligência: É a culpa de quem se omite. 45/92. CONSIDERANDO a Lei nº. correspondendo a 90 (noventa) dias após sua publicação. conforme o art. CONSIDERANDO o resultado dos estudos originais de seminários realizados pelo COFEN com a participação dos diversos segmentos da profissão. negligência ou imprudência. 179/91. realizada em 30. revogando a Resolução COFEN nº.ª ROP. é tarefa da ética profissional realizar uma reflexão crítica. é uma ação descuidada. 2. A ética. É a falta de cuidado antes de começar a agir.c. V. Art. acessando o site www. . 119/92 e 63/2002. Decorre de uma conduta comissiva. no contexto da Enfermagem. que tenha por finalidade salvar e dar segurança à sociedade no que diz respeito à atividade profissional. 1. Assim.º.º 311/2007 Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem O Conselho Federal de Enfermagem – COFEN.gov.Todos os Profissionais de Enfermagem deverão conhecer o inteiro teor do presente Código.Imperícia: É a falta de habilidade no exercício de uma profissão ou atividade. Art. .portalcofen. valores. 31 de janeiro de 2007. habilidades e atitudes no sentido de favorecer as potencialidades do ser humano com a finalidade de manter ou melhorar a condição humana no processo de viver e morrer. ou seja. CONSIDERANDO o que consta dos PADs COFEN nos 83/91. 5.905/73. CONSIDERANDO a deliberação do Plenário em sua 346.º – Fica aprovado o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem para aplicação na jurisdição de todos os Conselhos de Enfermagem. integralidade da assistência. 15 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . . 1. deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de Enfermagem. Ministério da Saúde (1996)). pesquisa e assistência. inclui discussões com a categoria de Enfermagem. . Realiza-se na prestação de serviços à pessoa.exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade. científicas e legais. ainda.participa. prevenção. no seu contexto e circunstâncias de vida. das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais. 2. de acordo com os princípios da ética e da bioética. hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. A trajetória da reformulação. direitos. O presente Código teve como referência os postulados da Declaração Universal dos Direitos do Homem. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida da pessoa. coordenada pelo Conselho Federal de Enfermagem e com a participação dos Conselhos Regionais de Enfermagem. a dignidade e os direitos humanos. entendeu ter chegado o momento de reformular o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE).º . de acordo com os princípios da ética e da bioética. .º – Aprimorar seus conhecimentos técnicos. éticas e políticas que se processa pelo ensino. família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de Enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda população. o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (1993) e as Normas Internacionais e Nacionais sobre Pesquisa em Seres Humanos (Declaração Helsinque (1964). . recuperação e reabilitação da saúde. participação da comunidade. revista em Tóquio (1975) e a Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde. preservação da autonomia das pessoas. os interesses do profissional e de sua organização. O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios.CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PREÂMBULO A Enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos. em todas as suas dimensões. face às transformações socioculturais. CAPÍTULO I DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS DIREITOS Art. leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em Enfermagem da população.respeita a vida.Exercer a Enfermagem com liberdade. O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo de construção de uma consciência individual e coletiva. Art. responsabilidades. . família e coletividade. como integrante da equipe de saúde. A Enfermagem Brasileira. resolutividade.atua na promoção. promulgada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra da Cruz Vermelha (1949). pelo compromisso social e profissional configurado pela responsabilidade no plano das relações de trabalho com reflexos no campo científico e político. científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional. o Código de Deontologia de Enfermagem do Conselho Federal de Enfermagem (1976).exerce suas atividades com competência para a promoção da saúde do ser humano na sua integridade. éticos e dos direitos humanos. está centrado na pessoa. autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais. O Profissional de Enfermagem: . família e coletividade. construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais. com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais. contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de Enfermeiros (1953) e no Código de Ética da Associação Brasileira de Enfermagem (1975). que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde. Teve como referência. Art. Art.Art. éticos e culturais. competência. necessárias ao exercício profissional.Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão.º – Fundamentar suas relações no direito. ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições quando capaz de desempenho seguro para si e para outrem.º – Praticar e/ou ser conivente com crime. relacionadas à pessoa. . SEÇÃO I DAS RELAÇÕES COM A PESSOA.º .º . conforto e bem-estar. ética e legal ou que não ofereçam segurança ao profissional. 7. família e coletividade. à pessoa. família e coletividade e do desenvolvimento da profissão. que infrinja postulados éticos e legais. por meio do Conselho Regional de Enfermagem. Art. resolutividade. Art. Equipe de Saúde e de trabalhadores de outras áreas. mesmo em caso de suspensão das atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da categoria. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art.º . 8.Exercer a profissão com justiça. 5. equidade. dignidade. 15 . na solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica. científica.º . RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. negligência ou imprudência.Garantir a continuidade da Assistência de Enfermagem em condições que ofereçam segurança. benefícios e intercorrências acerca da Assistência de Enfermagem. 12 . 3. 9. científica.Ter acesso às informações. família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia. 16 . 18 . de tomar decisões sobre sua saúde.Assegurar à pessoa.Promover e ser conivente com a injúria. Art. PROIBIÇÕES Art. família e coletividade. de organizações da categoria ou instituições. na prudência. 10 . fatos que infrinjam dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional.Prestar adequadas informações à pessoa. responsabilidade. Art. FAMILIA E COLETIVIDADE DIREITOS Art. 17 . Art. 11 . em benefício da pessoa. família e coletividade a respeito dos direitos. Art.º . compromisso. riscos. 14 – Aprimorar os conhecimentos técnicos.Avaliar criteriosamente sua competência técnica.Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes. 6. reconhecer e realizar ações que garantam o direito da pessoa ou de seu representante legal. tratamento.Respeitar. no respeito. 4. calúnia e difamação de membro da Equipe de Enfermagem.Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência técnica. 13 . Art. Art. científicos.Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. contravenção penal ou qualquer outro ato. 16 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . honestidade e lealdade.Prestar Assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer natureza. Art. Proteger a pessoa. exceto nos casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência. família e coletividade a respeito dos direitos. benefícios e intercorrências acerca de seu estado de saúde e tratamento.Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade dos riscos. sem pleitear vantagens pessoais. Art. ser conivente ou omisso com qualquer forma de violência. 22 . 19 . Art.Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente. que comprometam a segurança da pessoa. . 21 . 28 . 32 . Art. Art. 31 . PROIBIÇÕES Art. 23 . família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia.Nos casos previstos em Lei.Participar da prática profissional multi e interdisciplinar com responsabilidade. riscos. em todo seu ciclo vital. 27 – Executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da pessoa ou de seu representante legal.Colaborar com a Equipe de Saúde no esclarecimento da pessoa. a privacidade e a intimidade do ser humano.Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico. negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da Equipe de Saúde. cooperar. 24 – Respeitar.Provocar. exceto em iminente risco de morte. 17 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Art. Art.Executar prescrições de qualquer natureza. Art. exceto em caso de emergência.Art. as normas relativas à preservação do meio ambiente e denunciar aos órgãos competentes as formas de poluição e deteriorização que comprometam a saúde e a vida. 36 . autonomia e liberdade. epidemia e catástrofe. Parágrafo único . 26 .Registrar informações parciais e inverídicas sobre a assistência prestada. 30 . Art. 35 . nos termos da lei.Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência. 25 – Registrar no Prontuário do Paciente as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar. Art. Art. ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação. o profissional deverá decidir. 33 . Art. SEÇÃO II DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM.Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência ou emergência. SAÚDE E OUTROS DIREITOS Art.Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional.Respeitar o pudor. 34 . 29 . Art.Provocar aborto. Art. inclusive nas situações de morte e pós-morte.Encaminhar a pessoa. 20 . família e coletividade aos serviços de defesa do cidadão. Art. sobre a sua participação ou não no ato abortivo. de acordo com a sua consciência. no exercício da profissão. Art. Art. Art. fecundação artificial e manipulação genética. completas e fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da assistência. 46 – Requerer em tempo hábil informações acerca de normas e convocações. 47 – Requerer. Art. 51 – Cumprir. Art. riscos e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos. direta ou indiretamente com outros profissionais de saúde. 41 . 49 – Comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que firam preceitos do presente Código e da legislação do exercício profissional. onde não conste a assinatura e o número de registro do profissional.Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem. bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional.Prestar informações. SEÇÃO III DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA DIREITOS Art. . RESPONSABILIDADES E DEVERES Art.Associar-se. independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. Art. no prazo estabelecido. 48 . motivado pela necessidade do profissional em cumprir o presente Código e a legislação do exercício profissional. no descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos.Participar da orientação sobre benefícios. esterilização.Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais.Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão.Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica. 38 . 37 . RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. função ou emprego. 43 – Colaborar. escritas e verbais. exceto em situações de urgência e emergência. imprudência ou negligência. Art. ao Conselho Regional de Enfermagem. Parágrafo único – O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade. Art. exercer cargos e participar de Entidades de Classe e Órgãos de Fiscalização do Exercício Profissional. 44 . Art. medidas cabíveis para obtenção de desagravo público em decorrência de ofensa sofrida no exercício profissional. 42 . 50 – Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo. quando impedido de cumprir o presente Código. Art. 18 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 40 – Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja por imperícia. tecidos.Art. Art. a legislação do Exercício Profissional e as Resoluções e Decisões emanadas pelo Sistema COFEN/COREN. PROIBIÇÕES Art.Assinar as ações de Enfermagem que não executou. 39 . as determinações e convocações do Conselho Federal e Conselho Regional de Enfermagem. na condição de membro da equipe de saúde. 45 . Art.Recusar-se a desenvolver atividades profissionais na falta de material ou equipamentos de proteção individual e coletiva definidos na legislação específica.Suspender suas atividades. Art. . trabalho e remuneração. quando no exercício profissional.Formar e participar da comissão de ética da instituição pública ou privada onde trabalha. Art. e dispor de material e equipamentos de proteção individual e coletiva. 64 . 66 . 54 – Apor o número e categoria de inscrição no Conselho Regional de Enfermagem em assinatura. 52 – Colaborar com a fiscalização de exercício profissional. Art. SEÇÃO IV DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES EMPREGADORAS DIREITOS Art. omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o exercício profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de Enfermagem. Art. bem como participar de sua elaboração. 60 . do seu aprimoramento técnicocientífico. 63 . Art.Participar de movimentos de defesa da dignidade profissional. Art. função ou emprego vago em decorrência de fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo. 53 – Manter seus dados cadastrais atualizados.55 – Facilitar e incentivar a participação dos profissionais de enfermagem no desempenho de atividades nas organizações da categoria. 65 . e regularizadas as suas obrigações financeiras com o Conselho Regional de Enfermagem. a jornada de trabalho. 57 – Aceitar cargo. a complexidade das ações e responsabilidade pelo exercício profissional. função ou emprego motivado pela necessidade do profissional em cumprir o presente código e a legislação do exercício profissional. quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições dignas para o exercício profissional ou que desrespeite a legislação do setor saúde. 56 – Executar e determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e às demais normas que regulam o exercício da Enfermagem. 61 . Art. segundo as normas vigentes. Art. bem como de comissões interdisciplinares. família e coletividade sob seus cuidados. devendo comunicar imediatamente por escrito sua decisão ao Conselho Regional de Enfermagem.Desenvolver suas atividades profissionais em condições de trabalho que promovam a própria segurança e a da pessoa. 58 – Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio ou comprometam a finalidade para a qual foram instituídas as organizações da categoria. PROIBIÇÕES Art. Art. gestão e coordenação na área de seu exercício profissional e do setor saúde. Art. 59 . ressalvadas as situações de urgência e emergência. 67 . individual ou coletivamente.Exercer cargos de direção. 19 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Art.Receber salários ou honorários compatíveis com o nível de formação. do exercício da cidadania e das reivindicações por melhores condições de assistência. Art.Negar. 62 .Ser informado sobre as políticas da instituição e do Serviço de Enfermagem. Art. colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou jurídicas que desrespeitem princípios e normas que regulam o exercício profissional de Enfermagem. como forma de garantir Assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem. Art. que não seja Enfermeiro. 72 – Registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar de forma clara. ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem. utilizando-se de concorrência desleal. Art. função ou emprego ocupado por colega. empresa. Art. 79 – Apropriar-se de dinheiro. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. Art. 81 – Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu exercício profissional a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo. 68 – Registrar no prontuário e em outros documentos próprios da Enfermagem informações referentes ao processo de cuidar da pessoa. promover e criar condições para o aperfeiçoamento técnico. 75 – Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital. CAPÍTULO II DO SIGILO PROFISSIONAL DIREITOS Art. atentar contra o pudor. valor. 80 .Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional. 70 . Art. bem móvel ou imóvel. opiniões. curso. pesquisa e extensão. ambulatório. Art.Receber vantagens de instituição. 78 – Utilizar. público ou particular de que tenha posse em razão do cargo. Art.Estimular. clínica. empresa ou estabelecimento congênere sem nele exercer as funções de Enfermagem pressupostas.Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com pessoas físicas ou jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem. assediar sexual ou moralmente. escola. 71 . pessoa. de forma abusiva. ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal. 20 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . além do que lhe é devido. científico e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua orientação e supervisão. 74 . facilitar e promover o desenvolvimento das atividades de ensino. 73 – Trabalhar. 69 – Estimular. . devidamente aprovadas nas instâncias deliberativas da instituição. 77 .Incentivar e criar condições para registrar as informações inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar.Art. 76 . unidade sanitária.Pleitear cargo. exceto casos previstos em lei. ordem judicial. inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissional. Art. para impor ordens. o poder que lhe confere a posição ou cargo. família e coletividade. Art. Art.Delegar suas atividades privativas a outro membro da equipe de Enfermagem ou de saúde. objetiva e completa. PROIBIÇÕES Art. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. casa de saúde. 82 . 87 – Ter conhecimento acerca do ensino e da pesquisa a serem desenvolvidos com as pessoas sob sua responsabilidade profissional ou em seu local de trabalho.Realizar e participar de atividades de ensino e pesquisa.Disponibilizar os resultados de pesquisa à comunidade científica e sociedade em geral. 89 – Atender as normas vigentes para a pesquisa envolvendo seres humanos. 91 . CAPÍTULO III DO ENSINO. na condição de docente.Promover a defesa e o respeito aos princípios éticos e legais da profissão no ensino. exceto nos casos em que possa acarretar danos ou riscos ao mesmo. mesmo quando a revelação seja solicitada por pais ou responsáveis. § 4. 86 . se for o caso. 92 . 85 . situações ou fatos de forma que os envolvidos possam ser identificados. em que o direito inalienável da pessoa.Realizar ou participar de atividades de ensino e pesquisa. 84 . § 3. 90 . Art.º .Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa.Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo à vida e à integridade da pessoa. Enfermeiro responsável ou supervisor. 93 . Art.Em atividade multiprofissional. Art. Art. na condição de Enfermeiro. Art. especialmente na divulgação dos seus resultados. § 2. exceto nos casos previstos na legislação vigente ou por ordem judicial.Respeitar os princípios da honestidade e fidedignidade. Art. 88 – Ter reconhecida sua autoria ou participação em produção técnico-científica. 94 .Divulgar ou fazer referência a casos. a equipe sob sua responsabilidade sobre o dever do sigilo profissional.§ 1. DA PESQUISA E DA PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DIREITOS Art. PROIBIÇÕES Art. desde que o menor tenha capacidade de discernimento. família ou coletividade seja desrespeitado ou ofereça qualquer tipo de risco ou danos aos envolvidos.O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido.O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer perante a autoridade e.º . Art. 95 . Art. o fato sigiloso poderá ser revelado quando necessário à prestação da assistência. PROIBIÇÕES Art. 21 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 96 . segundo a especificidade da investigação. Art.Eximir-se da responsabilidade por atividades executadas por alunos ou estagiários.Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa envolvida. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. respeitadas as normas ético-legais. Art.º . .º . na pesquisa e produções técnico-científicas.Franquear o acesso a informações e documentos a pessoas que não estão diretamente envolvidas na prestação da assistência. 83 – Orientar. declarar seu impedimento de revelar o segredo. família ou coletividade. bem como os direitos autorais no processo de pesquisa. 103 – Utilizar-se de veículo de comunicação para conceder entrevistas ou divulgar eventos e assuntos de sua competência. Art. Art. 101 – Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas. 111 – Anunciar a prestação de serviços gratuitos ou propor honorários que caracterizem concorrência desleal. Art.Utilizar sem referência ao autor ou sem a sua autorização expressa. 100 .Inserir imagens ou informações que possam identificar pessoas e instituições sem sua prévia autorização. 104 – Anunciar a prestação de serviços para os quais está habilitado.Considera-se Infração Ética a ação. com finalidade educativa e de interesse social. em seu nome. omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Art. em proveito próprio. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. Art. 112 . Art. . Art. 110 – Omitir. CAPÍTULO IV DA PUBLICIDADE DIREITOS Art. bem como usá-los para fins diferentes dos pré-determinados. 22 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . dados. 97 – Falsificar ou manipular resultados de pesquisa. implantadas em serviços ou instituições sob concordância ou concessão do autor. Art. Art. ou opiniões ainda não publicados. produção técnico-científica ou instrumento de organização formal do qual não tenha participado ou omitir nomes de coautores e colaboradores.Art. 98 . 106 – Zelar pelos preceitos éticos e legais da profissão nas diferentes formas de divulgação. 105 – Resguardar os princípios da honestidade. informações.A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a aplicação das respectivas penalidades regem-se por este Código. referência a pessoas ou instituições. Art. 102 – Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu nome como autor ou coautor em obra técnico-científica. veracidade e fidedignidade no conteúdo e na forma publicitária. 108 . CAPÍTULO V DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES Art. 107 – Divulgar informação inverídica sobre assunto de sua área profissional. sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos legais.Publicar trabalho com elementos que identifiquem o sujeito participante do estudo sem sua autorização. das quais tenha participado como autor ou não. Art. 109 – Anunciar título ou qualificação que não possa comprovar. 113 . PROIBIÇÕES Art. Art. 99 – Divulgar ou publicar. Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem.São consideradas circunstâncias atenuantes: I . Art.As infrações serão consideradas leves. V .Cassação do direito ao Exercício Profissional. jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos empregadores. Art. são as seguintes: I . censura e suspensão do exercício profissional. perda ou inutilização de membro. ainda. Art.A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator. II . multa.121 . § 2.905. evitar ou minorar as consequências do seu ato. debilidade temporária de membro.Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de Enfermagem. Art. segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso. ou dela obtiver benefício. 115 . II . § 4. sentido ou função em qualquer pessoa ou as que causem danos patrimoniais ou financeiros. II . § 5. Art. 18.º . IV . parágrafo primeiro. § 1.As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração.Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se: I . . função ou. 114 . da Lei n° 5. que será registrada no Prontuário do mesmo. na presença de duas testemunhas.º .º . logo após a infração.Art. sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar organizações da categoria ou instituições.A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da Enfermagem por um período não superior a 29 (vinte e nove) dias e serão divulgados nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem.º . IV . III . conforme o que determina o art.119 . deformidade permanente.º . são da alçada do Conselho Regional de Enfermagem. em vigor no ato do pagamento.º .A cassação consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem e será divulgada nas publicações dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem.A maior ou menor gravidade da infração.A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos do Código de Processo ético das Autarquias dos Profissionais de Enfermagem. quando cometida por outrem.A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o infrator. 18.Ter bons antecedentes profissionais.º .Os antecedentes do infrator. Art. Parágrafo único .A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise dos fatos do dano e de suas consequências. 118 . por sua espontânea vontade e com eficiência. III . dano moral irremediável em qualquer pessoa.São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida. § 2.Ter o infrator procurado.Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática. 122 .905/73.Suspensão do Exercício Profissional. serão registradas no prontuário do profissional de Enfermagem.O dano causado e suas consequências. § 3. 116 . graves ou gravíssimas.Censura.São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte.São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física. referentes à advertência verbal. § 3.º . a pena de cassação do direito ao exercício profissional é de competência do Conselho Federal de Enfermagem. da Lei n. 120 .° 5.Advertência verbal. de 12 de julho de 1973. de forma reservada. 23 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . conforme o disposto no art.A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação. Art. mental ou moral de qualquer pessoa. sentido. § 1.Multa. 117 . Art.As penalidades. terá como instância superior a Assembleia dos Delegados Regionais. 51. 25. 15. 106. CAPÍTULO VI DA APLICAÇÃO DAS PENALIDAES Art. 28 a 35. 126 . 94 a 102. II .º. 41 a 43. 56 a 59 71 a 80. 30 a 35. 84. a impunidade ou a vantagem de outra infração.º. 35. 29. 90. 82 a 85. 85. 72.º a 9. durante a Segunda Guerra . 78 e 79 deste Código. 54.Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem. 57. 84. V . revogadas as disposições em contrário. 30. 85. 73.III . Art. 12. 32. quando houver infração a mais de um artigo. 25. 16. 19. 107 e 108 deste Código. IV . 85.Cometer a infração por motivo fútil ou torpe.Ter maus antecedentes profissionais.Ter confessado espontaneamente a autoria da infração. 105. 28. 127 . VIII . 124 . 12. 90. e 111 deste Código. VI .º. 38 a 40. 16. 91. 108. Art. 9.Realizar atos sob coação e/ou intimidação. 26. 110. 89 a 95. cumulativamente. 123 .A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 9. Art. 94. por iniciativa própria ou mediante proposta de Conselhos Regionais. 48. 107 a 111 deste Código.Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou função. 56 a 59. 31.º a 7. 48. 90. 97 a 102.Aproveitar-se da fragilidade da vítima. V . 98 a 102. 96 a 102. 34.Facilitar ou assegurar a execução. 13. a ocultação. coordenada pelos Conselhos Regionais. A Ética na Pesquisa em Enfermagem A enfermagem tem o dever de utilizar a pesquisa para buscar novos meios científicos e métodos racionais para melhorar a prática assistencial da enfermagem. VII . 12. 16. 105. 128 . 82. Dois documentos básicos têm orientado o desenvolvimento das normas e códigos de ética na investigação biomédica e em saúde: o Código de Nuremberg: teve sua origem na devastadora pesquisa realizada sem nenhum conceito de participação ou consentimento voluntário. 78.A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 5. 12 a 14. Art. 59. 107. 12. 15. 29. CAPITULO VII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 96. 48 a 51. 125 . 105.Ser reincidente. Art. 15.º.São consideradas circunstâncias agravantes: I . 58.Realizar ato sob emprego real de força física. 131 . 132 . Art. 53.Causar danos irreparáveis.º. Art.A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 8.O presente Código entrará em vigor 90 dias após sua publicação.Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem. 69 a 71. 49 a 55. 24 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Cometer infração dolosamente.A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 5. III .As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas. 72 a 80. IV . 130 . 33 a 35.º. 13. 75 a 80. 28. 24. 82. 16 a 24. 129 . 41 a 43.A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 8. 74. 94. 25. 38 a 43. 108 a 111 deste Código. 89. 26. Art. 105. 56.A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria. 82. 27. 26. 84. Parágrafo único . O Consentimento Esclarecido é guiado por três princípios: 1. tais como a Biotecnologia. O sujeito tem o direito de desistir de participar da pesquisa. os sujeitos de pesquisas sejam informados sobre os riscos potenciais. Os docentes possuem mais obrigações e possuem o dever desenvolver pesquisar. metodologia. O LEGAL OU JURÍDICO. Assim. duração prevista da pesquisa. Incorpora. CIENTÍFICO. saúde dos pacientes mentais. também. saúde e integridade física de todos os seres humanos. como por exemplo. São os mesmos aplicáveis na Pesquisa em Enfermagem daqueles utilizados na prática de Enfermagem. 2. com os objetivos.Mundial. beneficência e justiça. diferir de uma cultura para outra. utilizar os princípios éticos conforme a Resolução 196/96 do CNS do Ministério da Saúde. O pesquisador deve ter conhecimento do contexto em que os cuidados são prestados. experiências com seres humanos e animais em geral. É o processo pelo qual pesquisadores asseguram que. assim como os benefícios de participarem num estudo. informando-lhes sobre seu direito de não participar e tal informação é apresentada de maneira livre e sem coerção. 3. aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisa envolvendo seres humanos. Bioética (ética da vida) é parte da filosofia que se dedica a estudar a moral e as obrigações humanas. recursos financeiros. 2º . eutanásia.Envolve o convite aos participantes para conhecer o estudo e se há interesse em participar. constitui responsabilidade de cada pesquisador conhecer as normas legais para obter o consentimento livre e esclarecido. informações aos sujeitos. Justiça e Autonomia. Importante saber que a Bioética não trata somente da relação entre médico e paciente. entre outros. Os Professores têm responsabilidade ética para ensinar. desconfortos e incômodos. mas pode haver riscos de conflitos. a não-maleficência.Apresentação de um protocolo da pesquisa. Neles estão inclusos a autonomia. caso não haja na região ou país. Nãomaleficência. Mesmo que os resultados da pesquisa não tenham alcançado os objetivos ou seus resultados sejam inconclusivos. aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. modelo do instrumento a ser realizado. diversos temas sociais como Saúde Pública. o pesquisador tem o dever moral de divulga-los. meio ambiente e relações jurídicas. e a Declaração de Helsinque: desenvolveu uma compreensão crescente das diferenças entre a investigação terapêutica e a não-terapêutica e ampliou a compreensão dos tipos de informação que devem receber os sujeitos potenciais da investigação. A pesquisa envolvendo seres humanos requer o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado. 25 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Seu nome indica uma forma especial de ética em que se conjugam o aspecto biológico e as relações de deveres profissionais. orientar e servir de modelo profissional para os alunos. mas também se preocupa com especialidades vinculadas ao campo da Medicina. sensibilizando o desenvolvimento social. A obtenção do consentimento deve obedecer duas fases distintas: 1º . O ÉTICO. numa determinada situação. clonagem humana e outros temas. que vincula as relações humanas com a vida. . Se for favorável a participar o sujeito deve assinar o formulário de consentimento em duas vias. um documento contendo a descrição da pesquisa. A Resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde. Na pesquisa como na prática o paciente tem direitos e o enfermeiro tem a responsabilidade de proteger e defender esses direitos. Bioética. ou seja. a Engenharia Genética. mas a maneira como eles são aplicados podem. para identificar possíveis zonas de coação. qualificação do pesquisador. Guia a obtenção do consentimento esclarecido. Estes princípios sob o ângulo da pesquisa são: Beneficência. Uma para o sujeito e a outra para o pesquisador. transplantes de órgãos. A orientação constitui a essência do ensino de pós-graduação. formulário ou termo de consentimento. O pesquisador deve entender os benefícios e riscos possíveis para o sujeito. São universalmente importantes para todas as práticas de saúde. oferta de recompensas financeiras para participar no estudo. questões sobre início e fim de vida – como a interrupção da gravidez frente a um diagnóstico de um feto com múltiplas malformações congênitas. surge uma nova reflexão para a ética tradicionalista. Justiça: todo ser humano merece atenção e cuidado e deve ser tratado com igualdade e com imparcialidade na distribuição dos riscos e benefícios perante toda atenção à saúde. 1992). de ensino e de pesquisa. concebida como prática social. o campo de saber da enfermagem vem se estruturando em função de um permanente refletir sobre as suas práticas e sobre a construção do seu objeto de atenção. Tom Beauchamp e James Chidress. Trata-se da capacidade de decisão do paciente. nos ambulatórios e postos de saúde. na formação de novos profissionais de enfermagem ou participando da formação de outros da área da saúde. A Bioética possui como uma de suas características principais a de ser uma ciência na qual o Homem é sujeito e não somente objeto. a enfermagem tem procurado definir o seu processo de trabalho em consonância com os outros processos de trabalho do campo da saúde. Beneficência: trata-se do critério mais antigo da ética médica. publicaram o seu livro Principles of Biomedical Ethics. No ensino. a partir das especificidades da própria profissão. o que tem trazido à inserção da profissão na atenção pública à saúde grande visibilidade importância social e política. para que os objetivos do SUS sejam atingidos. GONÇALVES. beneficência. torna-se importante o diálogo multidisciplinar. normalmente. O “fazer” da Enfermagem. Decidir em não aceitar determinado tratamento ou mesmo medicação. por estar ligado diretamente a processos invasivos nos pacientes. o processo de trabalho dos enfermeiros caracteriza-se pelo desenvolvimento de ações que apresentam maior proximidade com os usuários e. os enfermeiros atuam na concretização dos princípios do SUS. mas especialmente pela mudança impressa nas formas de direcionar. e também das políticas nas quais se insere (OLIVEIRA. A autonomia dá ao ser humano a capacidade para agir de acordo com sua vontade por meio de escolhas que estão ao seu alcance e diante de objetivos por ele estabelecidos. que vem se diversificando em atividades assistenciais. Resume-se em fazer o bem ao paciente. desperta nos profissionais questões como “Que atitude deve ser tomada?”. assim como com toda a sociedade a fim de decidir sobre alocação de recursos em Saúde Pública. O Sistema Único de Saúde (SUS) reveste-se de importância no quadro sanitário brasileiro não somente como estrutura de organização institucional da área da saúde e modelo de atendimento à clientela. em 1978. “Até onde o profissional de enfermagem deve ir com o intuito de salvar vidas?” ou ainda.No século XX. ressalta-se a presença desse profissional em todas as unidades de internação. quanto na . Processo Social de Mudança das Práticas Sanitárias no SUS e na Enfermagem. No cenário de dilemas morais. a Bioética chama para si a responsabilidade de refletir sobre questões e valores que surgem em decorrência do avanço da Biotecnologia sobre a vida humana. No que tange às ações assistenciais. que é sua autonomia para tomar decisões em situações relacionadas à própria saúde. 26 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Assim. de gerência. 1990). exige-se o desenvolvimento de determinado processo de trabalho de enfermagem. Não maleficência: resume-se em não prejudicar o paciente. em diferentes níveis governamentais. 2001. imprimindo características próprias à gestão e ao desenvolvimento do sistema de saúde brasileiro. Destaca-se ainda como característica do processo de trabalho dos enfermeiros no contexto nacional atual a frequente assunção de cargos de direção e de gerência nas instituições de saúde. com destaque para a humanização da assistência e para o trabalho multidisciplinar. pensar e fazer a assistência à saúde no país (BRASIL. na gerência. que consagrou o uso dos princípios na abordagem de dilemas e problemas bioéticos fundados em quatro princípios: autonomia. Precisa-se de muita cautela para que não haja injustiça social. Também pode decidir o melhor horário para o seu banho no leito. “Auxilie ou não prejudique o paciente. o processo de trabalho dos enfermeiros envolve tanto atividades acadêmicas em todos os níveis (da capacitação profissional ao doutorado). justiça e não maleficência. tomado como campo de produção intelectual. representam o maior quantitativo de profissionais dentro das instituições. No âmbito do SUS. conforme proposto por Bourdieu (1989). conceber. Simultaneamente. o paciente avançou na conquista de um direito humano tido como fundamental. ambos vinculados ao Kennedy Institute of Ethics. estando presente praticamente em todos os momentos de contato entre a população e os serviços e em todos os atendimentos realizados. Nesse sentido.” (Hipócrates) Autonomia: um dos norteadores da Bioética. Nesse contexto. Saiu de uma condição passiva para assumir papel ativo no relacionamento com profissionais de Saúde. “Que fazer diante de pacientes que recusam determinados tratamentos ou medicamentos?”. entre o profissional de saúde e o usuário. e participação comunitária. Nos dias atuais. em questão o enfermeiro. no que tange a construção e consolidação do SUS.080/90). Particularmente do atendimento integral ao paciente. que responda aos anseios da sociedade e para a implementação de um atendimento humanizado e eficaz. a qual definiu saúde como dever do Estado e direito da população e. de vínculo com os usuários das ações e serviços de saúde e. permitindo a atuação do profissional. no nível terciário de atenção à saúde estão os hospitais de referência. onde o diálogo entre paciente e enfermeiros é primordial. atendimento integral. A integralidade sugere a ampliação e o desenvolvimento do cuidar na profissão da saúde. e desta forma. econômicos e culturais. mando único em cada esfera do governo. a educação. por parte dos profissionais de saúde. Art. os autores destacam nas considerações finais: “a importância dos enfermeiros para o Sistema Único de Saúde na sua concretização como política de saúde. O nível secundário. como forma de identificação dos elementos representacionais reconstruídos pelos sujeitos e pelo grupo social e da forma como o cotidiano foi recriado a partir das vivências práticas e das diversas ideologias difundidas no meio social. A ação integral pressupõe mudanças nas relações de poder entre os profissionais de saúde e. bem como na concretização da integralidade na Rede Básica de Saúde. a moradia. o nível primário está qualificado para atender e resolver os principais problemas que demandam serviços de saúde. na busca por uma melhor assistência à saúde faz-se necessário o cumprimento das diretrizes e princípios do SUS. Em um estudo realizado por Gomes. ao longo do tempo. 8. onde o profissional de saúde. nº. Conforme a Lei Orgânica da Saúde. que desenvolva capacidade de análise crítica de contextos.3°. a renda. Esta assistência proporciona tanto o bem-estar físico como mental e ambiental. Os níveis de complexidade do sistema estão dispostos em três. o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. o enfermeiro aí se insere objetivando responder a problemas oriundos do cotidiano profissional ou relativos à construção/aplicação de teorias que conformem uma profissão cada vez mais orientada a dar respostas aos problemas emanados da realidade de saúde observada (BARBOSA et al. o Brasil vem vivenciando ao longo das últimas décadas mudanças operadas na política de saúde. exigido para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema” (Lei 8. são os centros de especialidades e. deve engajar-se na luta dos valores preconizados pelo SUS. a fim de formar profissionais mais responsáveis pelos resultados das práticas de atenção. a alimentação. na Rede Básica. por fim. mais capazes de acolhimento.. onde o município passa a ser o condutor responsável por sua política de saúde.implementação de ações de educação em saúde. Essa memória se expressa a partir das representações sociais construídas e transformadas pelos profissionais acerca da saúde de um modo geral.” O enfermeiro como um profissional participante da equipe multiprofissional. o que tem permitido a construção de uma memória coletiva acerca das diversas dimensões presentes nos sistemas de saúde que o país. entre outros. sendo que. também. Os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país. que as ações e os serviços de saúde são de importância pública e devem ser providos por um Sistema Único de Saúde (SUS). também na prevenção de doenças. especialmente no processo de municipalização. Todo cidadão tem direito a uma assistência global. com vistas à elevação dos índices de qualidade de vida e de saúde da população. é possível perceber a importância do conhecimento da integralidade. tendo em vista sua implicação numa prática de qualidade. Em 1988. a importância da utilização do referencial teórico das representações e das memórias sociais. deve ter uma visão holística. que é entendida como “conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos. a organização dos serviços de saúde está estruturada em Redes de Atenção em Saúde. individuais e coletivos. Atualmente. elaborou e vivenciou.080. do seu papel profissional e do próprio sistema de saúde. Destaca-se. tendo como base a diretriz da descentralização estabelecida a partir da reforma sanitária. cujas diretrizes são: descentralização. o transporte. . Título I. mais sensível às dimensões do processo saúde /doença inscrita nos âmbitos da epidemiologia ou terapêutica. 27 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . a saúde tem como fatores determinantes e condicionantes. Oliveira e Sá (2007) sobre a Enfermagem no SUS. de 19 de setembro de 1990. Como é de conhecimento de todos. o trabalho. a integralidade de assistência. e. a relação entre o enfermeiro e o paciente deve discorrer de tal forma que sejam considerados os aspectos emocionais. o saneamento básico. O SUS preconiza dentro de seus princípios e diretrizes. o meio ambiente. foi promulgada a Constituição Federal. no campo da pesquisa. ainda. Os que não forem resolvidos neste nível deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. Além desses elementos. a existência e o desenvolvimento do processo de trabalho de enfermagem considerado profissional na rede de saúde do Brasil datam da última década do século XIX. Assim sendo. 2005). No estudo de Borges e Nascimento (2004). em suas ações administrativas. Brasília. nov/dez. Maria Ângela Alves do. Antonio Marcos Tosoli. além de suas práticas políticas ainda incipientes. voltadas para a atenção a saúde da população nos serviços de saúde. esses conselhos que. SA.” Ainda sobre o SUS. num movimento histórico e dinâmico. Josilucy Cristine Brito Aguiar. Mendes afirma que “o SUS. v. na administração do pessoal de enfermagem. o enfermeiro incorpora. o processo de municipalização não vem acontecendo de forma homogênea em sua implantação nos municípios em decorrência dos entraves político. Distritais e Locais de Saúde. 2004. n. p. 2006. 666-70. 9. em muitos lugares. PINHO. AS PERCEPÇÕES DO ENFERMEIRO ACERCA DA INTEGRALIDADE DA ASSISTÊNCIA. Nessa perspectiva. Bras. do planejamento. Celso Pereira de. Algumas experiências municipais avançam para propiciar a capacitação dos conselheiros mediante cursos regulares e de prover. O sistema único de saúde um processo social em construção. de forma sistemática. como em outras profissões. começam a controlar o sistema de saúde. 01. SIQUEIRA. por consequência. Lícia Maria Oliveira. a municipalização possibilita a ampliação do campo de atuação da enfermeira. clientelistas ou corporativas. em que a sociedade vive a relação Estado/População e constrói seu conceito de direito à saúde. que analisam a contribuição da enfermeira no espaço do SUS local através do processo de municipalização. principalmente. o resultado global é positivo e aponta para um movimento democratizador na saúde. como processo social. Dentre elas. Na prática social. 2007 . 28 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Texto de Apoio/Unidade 1. v. Administração dos Serviços de Enfermagem Na enfermagem. Na sua curta existência. Municipais. Referências BORGES. favorecendo a participação da sociedade na gestão desse processo já garantido em lei. A participação da enfermagem no SUS tem sido objeto de estudo de pesquisadores. A enfermagem no Sistema Único de Saúde (SUS): repensando os princípios e conceitos de sustentação da atenção à saúde no Brasil. 2. 57 n. IIka Chediak. sem precedentes em nenhum outro espaço social da vida nacional. Assim.Descentralização das ações. v. . MENDES. Dessa forma. a proposta do SUS encontra-se como a melhor doutrina da construção da cidadania. executando. Psicol.. Maria Aparecida Santa Fé. Rev. teor. direito dos cidadãos e seus serviços. o SUS tem estimulado o controle social dos serviços de saúde mediante a criação e o desenvolvimento de Conselhos Estaduais. Denize Cristina de. PINHO. muitas vezes envolto num contexto desfavorável. em sua formação profissional. n. prat. têm surgido. Dessa forma. as informações necessárias para o exercício do controle social da saúde. São Paulo . dos recursos financeiros e principalmente do poder político. OLIVEIRA. 6. em que se apresentam. NASCIMENTO. A enfermeira no processo de descentralização do sistema de saúde. GOMES. a ABEn discute em forma de oficinas em vários estados da federação o processo de municipalização e a prática da enfermagem no sentido de compreender e direcionar a prática da enfermagem nas transformações das políticas de saúde e a reformulação do sistema de saúde. esses conselhos sejam motivo de distorções partidárias. CADRHU. hoje. a importância do enfermeiro é ressaltada nas considerações finais: “ressaltamos a importância da participação da enfermeira na efetivação do Sistema Único de Saúde mediante o desenvolvimento de sua prática sanitária e sua participação política enquanto sujeito social desse sistema. tem dimensão política dado que vai sendo construído em ambiente democrático.. há mais conselheiros municipais de saúde que vereadores em nosso país. em inúmeros municípios brasileiros. na arena sanitária. frente às transformações ocorridas. mesmo enfrentando barreiras. 08. Enferm. desafios. Revista Eletrônica de Enfermagem. de modo mais ou menos consciente. financeiro e administrativo. o saber de várias ciências. Esses estudos corroboram na importância da participação da enfermeira em diversos estados e Municípios brasileiros na construção do SUS. esse exercício de cidadania tem sido realizado por meio da instituição dos Conselhos de Saúde. Há quem estime que. Eugênio Vilaça. diferentes atores sociais portadores de projetos diversificados. 42 – 51. Saúde é. bem como aponta as dificuldades na construção do novo modelo de atenção à saúde. p. assistenciais e educativas. No entanto. a ciência da administração contribui com uma parcela que se concretiza. Ainda que. supervisionando e coordenando as ações de atendimento à população. dez. e suas ações devem ser providos de forma descentralizada e submetidas ao controle social. Organização do cuidado ao doente. et al. 1997). em decorrência do acompanhamento da tecnologia e de seu aproveitamento no desenvolvimento de sua prática profissional. 1994). 3. organização. a administração científica se difundiu. pois ao inserir-se na sociedade brasileira. 1996). iniciativa. constituindo um saber de administração em enfermagem cuja gênese se deu juntamente com a organização das técnicas. Assim. por exemplo (FELLI. direção e controle através do esforço de todos. A partir da década de 70. Organização do ambiente terapêutico através da discussão das condições de trabalho e do meio ambiente. sendo que nos dois momentos o enfermeiro assiste e administra em níveis diferentes. Em síntese. Administração em enfermagem é uma função inerente ao trabalho do enfermeiro. buscou na administração a utilização do método científico capaz de tornar o trabalho operacionalmente racional. o marco tradicional da administração aplicada a enfermagem vem sendo substituído por um novo marco progressista. provisão de recursos necessários à implantação do plano terapêutico de Enfermagem. “é a área de atividade humana que se ocupa de conseguir fazer coisas com e através de pessoas” (FONSECA. a enfermagem passou a ser compreendida como parte do processo de produção em saúde. a função administrativa. estabelece relações sociais com outros trabalhos. 2005). A utilização dos conhecimentos administrativos pela enfermagem parte da necessidade de organizar um ambiente terapêutico nos hospitais. ou seja. PEDUZZI.Para CHIAVENATO (1993) administrar nos dias de hoje significa fazer uma leitura dos objetivos propostos pelas instituições e empresas e transformá-los em ação organizacional partindo das funções administrativas. A enfermagem moderna surgiu na segunda metade do século XIX. através de concepções que passam pela sensibilidade. Sabe-se que a enfermagem é uma profissão que tem evoluído muito nos últimos anos. 1994). não devendo ser definida como uma profissão isolada dos outros trabalhos da saúde. pelo modo de organização do processo de produção em saúde e das instituições de saúde de modo geral. 1991). do planejamento. utilizando no decorrer desse processo ações de comando. ROCHA. a fim de alcançar os objetivos propostos da maneira mais adequada à situação. ou seja. toda enfermeira é uma administradora. à família e à comunidade. com o único propósito de prestar assistência ao paciente. de sua própria vida e dos cuidados de seus pacientes. uma vez que ela complementa e é interdependente dos demais processos de trabalho. consiste no planejamento da assistência. criatividade. 1997). ela é marcada por determinações sociais. Com o desenvolvimento do capitalismo industrial. GRAY. acompanhamento. não dá pra fazer enfermagem sem utilizar os conhecimentos da administração. através do treinamento e desenvolvimento do pessoal (GOMES. bem como a tomada de decisão. orientação e avaliação da equipe de trabalho (VICENTIN et al. caminhando para um referencial humanístico da administração das organizações e dentre elas da enfermagem (ERDMANN. tanto no modelo individual como no de saúde coletiva (ALMEIDA et al. Antes de qualquer coisa. pode-se dizer que o trabalho da enfermagem se organizou em três direções: 1. et al. na supervisão e na liderança da equipe de enfermagem. econômicas e políticas. Assim. e consequentemente. 1989). o que vem influenciar a enfermagem que incorpora os princípios de controle. humanos. Organização da equipe de enfermagem. realizado em todas as áreas e em todos os níveis da organização. visão estratégica. como uma prática social e não apenas técnica. historicamente estruturada. Nos dias atuais. de modo que pudesse atender as suas necessidades. participação e liderança integrativa. A administração coordena as ações de todas as áreas de uma organização. coordenação. consolidando a divisão técnica do trabalho. Por se constituir num conjunto de ciências humanas e sociais. sendo que seu início como profissão científica se deu juntamente com o surgimento da administração como ciência. através da sistematização das técnicas de enfermagem. 29 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . hierarquia e disciplina. materiais e financeiros. Assim ela tem que desenvolver a capacidade de administração (KRON. Do mesmo modo a Administração em Enfermagem pode ser pensada a partir de dois momentos: a gerência do cuidado e a gerência da unidade. instrumentos de trabalho para o cuidado (ALMEIDA. . 2. no provimento de recursos físicos. pode-se dizer que na enfermagem. com Florence Nightingale. Os estilos de chefia são iguais aos de liderança: democrático. na enfermagem. juntar as informações e colocálas de forma ordenadas. sociograma e layout. liderança. consideradas como a base da teoria em administração e aplicadas aos objetivos e problemas das ações de assistência à saúde e às áreas de interesses mais amplos nos assuntos de saúde da comunidade. Em particular. supervisão.Execução: é o processo de realizar tarefas e consumir recursos cuja sua eficácia depende da forma pela qual a motivação e influência foi exercida através do líder. é necessário que haja uma influência sobre as pessoas que irão realizar determinadas tarefas.Liderança: após o planejamento e a organização. controle concorrente e controle por feedback. organizar. estilos de administração e o processo decisório. muito diversificado. devido à própria natureza e filosofia do serviço de enfermagem que obrigatoriamente faz uso dos princípios administrativos propostos por Taylor.Planejamento: planejar se consiste em arquitetar um plano. Convém lembrar que as teorias da administração são universais e facilmente absorvidas em qualquer área do conhecimento. mas uma função de cada componente da equipe de enfermagem distribuída gradativamente. cronograma. c) Teoria das relações humanas: humanização da organização. rotinas e manual. Consiste em integrar o elemento humano e material de forma sistemática. auto avaliação e auditoria. Fayol. Consiste num agrupamento de atividades necessárias para alcançar os objetivos. três fatores estão presentes: DECISÃO – ORGANIZAÇÃO . . é que o enfermeiro pode escolher o método para planejar. As funções básicas da direção são: delegação.EXECUÇÃO. ou seja. O controle no serviço de enfermagem envolve: controle de qualidade e controle de quantidade. . d) Teoria comportamental: motivação humana. coordenar e controlar). Processo Gerencial do enfermeiro A seguir apresenta-se a definição comum de administração como sendo o processo que inclui o administrar na esfera do trabalho do enfermeiro: . autocrático e liberal. fluxograma. Arndt e Huckabay lembram que a prática eficaz da administração depende de uma síntese de conhecimento das quatro escolas de pensamento administrativo. executar e avaliar as ações na prática do serviço de enfermagem. confiança em si e eficácia.Portanto. Por tudo isso. somente conhecendo os princípios em que se fundamentam a administração e possuindo habilidades para tomar decisões. organograma. A direção também faz parte do processo administrativo. motivando-as a realizarem o trabalho de uma forma eficaz. o enfermeiro necessita. comunicação e dinâmica de grupo. Dentre as inúmeras contribuições das teorias de administração para enfermagem. a fim de alcançar os objetivos preestabelecidos. 30 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Portanto. não é um privilégio exclusivo do gerente. O mecanismo de controle é determinado pelo objetivo traçado no planejamento. normas. Maslow e outros. criar uma estratégia para realização de um objetivo. portanto. Consiste em determinar até que ponto está sendo atingido os objetivos. As funções do controle são: controle de pré-ação. podem-se destacar as seguintes: a) Administração científica de Taylor: organização racional do trabalho. conhecer o processo administrativo e suas teorias. . liderança. b) Teoria clássica de Fayol: princípios gerais de administração (planejar. para aplicá-los nas decisões de sua competência. comandar.Organização: este processo se dá logo após o planejamento e se consiste em colocar cada etapa do planejamento em seu devido lugar. conforme o nível de responsabilidade e hierarquia. O controle pode ser considerado como a quarta função do processo administrativo. motivação. Os Instrumentos técnicos relacionados com a organização são gráficos. Em qualquer trabalho que o enfermeiro desenvolva. analisar recursos. delegar funções e atribuir responsabilidade e autoridade a pessoas. . A Organização compõe mais uma função do processo administrativo. O processo de avaliação é a última etapa do processo administrativo. sua influência foi relevante. A administração pode ser considerada a base de todo o processo de enfermagem. Outros instrumentos: regimento. sendo. coordenação e controle. e) Teoria sistêmica: visão sistêmica das organizações. além dos conhecimentos específicos. Tipos de avaliação: avaliação formativa e somativa. com habilidade. Do outro lado. Cortez. Essas funções coexistem no desempenho do trabalho do enfermeiro. dada a divisão social e técnica do trabalho. de. V. ser associado imediatamente ao planejamento da assistência de enfermagem ou ainda.. empresa e outros.) O trabalho de enfermagem. M. P. Normas são estabelecidas com o propósito de orientar o desenvolvimento dos indivíduos na busca dos objetivos determinados pela administração superior. Costuma também. Desse modo. GOMES. A partir do planejamento. onde prevalecem os objetivos individuais. PEDUZZI. das G. L. instituição. Florianópolis. ou seja. VICENTIM. definir funções e cargos. Por outro lado. L. P. A organização é um dos meios de que se utilizam as organizações para atingirem eficientemente seus objetivos. custos. 1991. A fase de planejamento do processo administrativo é um elemento essencial que antecede todas as demais funções. P. 1997. Enfim. Rotinas e Manuais são consideradas ferramentas básicas relacionadas com a Organização do Serviço de Enfermagem. T.Controle: é onde se realiza o feedback da realização de um objetivo. O trabalho gerencial em enfermagem. considera Marquis. 1997 KRON. (apostila de curso). CHIAVENATO. organização será situada neste trabalho sob o prisma da administração. Na enfermagem. suprimentos. L. Acima foi apresentado de forma breve o conceito dos termos chaves que caracterizam a definição da administração. Determinar quem faz o que e onde nas organizações. organizar o trabalho. P. planejar pode ser considerado como uma função proativa. João Pessoa: Ideia. 1994. portanto. Sérgio Ribeiro dos. A situação da enfermagem nos anos 80. cada uma fazendo uma determinada tarefa sem obedecer a uma sequência ou regras definidas. M. SANTOS. In: ANAIS Congresso Brasileiro de Enfermagem 41º. O trabalho de enfermagem. S. Mas. GRAY. todos os aspectos relacionados com os órgãos. cargos e ocupantes. podendo incluir os demais dois elementos: a liderança e o controle. Por exemplo.3. Guanabara/Koogan. (org. M. seria muito confuso. está a organização informal. ERDMANN. o controle essencial de horas. R. patrimônio. Rio de Janeiro: Interlivros. etc. M. ocorre fracasso no processo administrativo. Administração da assistência de enfermagem e a atuação do enfermeiro. De um lado. Administração dos cuidados de enfermagem ao paciente. 17-23.-dez. 1993. está a organização formal que compreende a estrutura organizacional. Cortez. Gerenciamento em enfermagem. Normas. É necessário. ordem. M. São Paulo. qualquer que seja seu tipo ou objetivo de sua atividade. ALMEIDA. E. que são as pessoas associadas em obediência às leis naturais. assim como evidenciar as relações de autoridade e poder existentes entre os componentes organizacionais. tais como: arrumação.131-142. as diretrizes. C. Rio de Janeiro. Normas. Administração aplicada à enfermagem. planejar e executar atividades são imprescindíveis para garantir assistência com qualidade. M. deparase com duas situações distintas. São Paulo. MAKRON BOOKS. 3. necessária a todos os enfermeiros para que as necessidades e os objetivos pessoais e organizacionais possam ser alcançados. E. a política.. Imagine uma empresa. C. ocorre a organização. execução do trabalho. A disciplina de administração da assistência de enfermagem: culpada? Rev. como uma função das enfermeiras que desenvolvem predominantemente o processo de trabalho de gerenciamento do serviço ou da unidade assistencial. Jubileu de Ouro do Curso de Graduação em Enfermagem da Escola Paulista de Medicina – Departamento de Enfermagem. é a análise do decorrer e da conclusão de uma determinada tarefa. p. M.ed. estruturar formalmente o comportamento dos indivíduos na instituição. um chefe que dá ordens e recebe ordens dos empregados. salários. 2007. 31 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Dimensão histórica da gênese e incorporação do saber administrativo na enfermagem In: ALMEIDA. Sem planejamento adequado. et al. Rotinas e Manuais: elaboração e utilização na enfermagem. 1989. Organização é uma palavra que tem diversos significados. ausência de doença. ROCHA. A. de et al. M. nesse processo.2. Administração geral e a enfermagem. Teoria Geral da Administração. n.. mas interdependentes. de. Texto & Contexto. Faculdade de Enfermagem/ Departamento EBA. et al. In: Anais. C. São Paulo. 2005. A função de planejamento costuma figurar como uma das atividades desenvolvidas predominantemente pela enfermeira. p. S. onde se verifica a mudança de estratégia. ROCHA. onde as pessoas se encontram trabalhando desordenadamente. 237p. a fim de que seus objetivos sejam alcançados. Realmente. Referências ALMEIDA. as normas e regulamentos da empresa. M. 1994 FELLI. estabelecer normas e padrões. et al. horas extras. A administração de uma organização. 1996. I. não deixa de se fazer presente no processo gerencial do enfermeiro. In: KURCGANT. A. FONSECA. . v. E. jul. Diminuir erros e acidentes. na enfermagem. .Linguagem simples e de fácil compreensão. devem ser considerados os seguintes critérios: . . as rotinas são guias para a execução de tarefas.Racionalizar o trabalho. Feldmann citado por Hendrikx. Assim. As normas são classificadas por muitos autores em: . Basicamente. dando segurança ao pessoal do serviço de enfermagem e ao paciente.As normas devem ser estabelecidas de acordo com os objetivos e a filosofia do serviço de enfermagem. . quanto as sua formulação. Rotinas .Abordagem resumida.Rotina para uso dos impressos.Proporcionar segurança aos pacientes. Seus programas devem estar de acordo com as leis e os regulamentos da organização.Devem proporcionar meios para economizar tempo e esforço. . de fácil acesso ao funcionário.Rotinas administrativas. . as normas são técnicas. . As rotinas são fundamentadas no estudo e na vivência adquirida no dia – a – dia do trabalho. .Necessidade de avaliação contínua. . apresentam características peculiares.Enunciado apresentado no modo indicativo.Devem oferecer condições para a segurança e satisfação do pessoal. .serviço de enfermagem deve encaminhar o orçamento à administração superior.Estabelecer com precisão de que forma o trabalho deve ser desenvolvido. . . 32 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Prestar orientação segura aos funcionários. afirma que. a rotina estabelece as tarefas em forma sistemática e na sequência em que devem ser executadas.Rotinas gerais.Normas administrativas (o que deve ser feito). contendo orientações acerca da execução de tarefas. . garantindo a eficiência no trabalho. Hendrikx conceitua rotina como a descrição sistemática dos passos a serem dados para a realização das ações componentes de uma atividade.funcionário deve bater o seu cartão de ponto sempre uniformizado. visando: .Normas técnicas (como deve ser feito).Rotinas específicas para cada especialidade. visando ao conforto e à segurança do paciente. proporcionando um melhor e mais rápido andamento de qualquer serviço. geralmente. . uma comissão designada pela chefia de enfermagem elabora textos que devem constituir a realidade do trabalho planejado. as normas no serviço de enfermagem precisam ser específicas e completas com diretrizes que delineiam o seu campo de ação. . destacando-se: . As normas têm como finalidade fornecer informações gerais do trabalho (o que deve ser feito e como deve ser feito) e dos padrões comportamentais.Devem ser elaboradas. São baseadas em princípios estabelecidos por autoridade.De acordo com Holle e Blatchley citados por Kron e Gray. . facilitando o treinamento dos funcionários. . . possibilitando um melhor desempenho do pessoal em suas atribuições.Flexibilidade e atualização.em todo o serviço de enfermagem devem existir rotinas de serviço.Incluir os padrões ou métodos de procedimento. elaboradas com redação clara. as normas são guias para auxiliar no alcance seguro e eficiente dos objetivos organizacionais. Para elaboração das normas. padrões ou métodos costumeiros para conduzir e guiar a vasta complexidade de funções. Ou seja. No serviço de enfermagem podem ser destacadas as seguintes rotinas mais usadas nos hospitais: . . Exemplos de normas: . As normas. .Devem deixar claras as funções dos serviços de enfermagem. Dessa forma. A confecção de rotinas tem como finalidade guiar e fornecer dados. supervisor e enfermeiro – chefe.Evita desordens no trabalho. . . . sendo extensa a sua atuação. Portanto. definiu o manual como uma coleção sistematizada de instrumentos normativos e atos de interesse de consulta de setores ou de ocupante de cargos e funções.Normas e rotinas. com folhas de fácil substituição.Ainda com referência às rotinas. . .Planta física do serviço de enfermagem e das unidades de trabalho. .Minimiza o desperdício de material e de energia. Daí a exigência de flexibilidade. . Portanto. .Utilizar desenhos e esquemas ou impressos. . a rotina explica a ação do operante e a própria operação.Orienta no desenvolvimento das atividades do serviço.Descrição do funcionamento e manuseio dos aparelhos ou equipamentos usados pelo serviço de enfermagem. o assunto da rotina é dividido em três itens: . Há várias formas para a elaboração de rotinas. o manual assume um caráter flexível. quanto à sua elaboração.Competência – é a designação das pessoas envolvidas na rotina e suas funções quanto à execução.Modelo do uniforme usado pelo pessoal de enfermagem.Protege os serviços e a administração contra possíveis equívocos.Normas a seguir – são os procedimentos sistematizados com ações. um orientador escrito. geralmente. que traz instruções gerais e específicas do funcionamento do serviço.Protege o paciente. . Ou seja.Introdução – é a abordagem geral sobre o tipo de rotina e seus objetivos. o manual é um guia.Manter as rotinas em processo de revisão contínua e atualizada. . Alguns esclarecimentos devem ser observados durante a sua elaboração e montagem: . através da Coordenadoria de Assistência Médica e Hospitalar. No caso da enfermagem essa comissão poderá ser composta pelos seguintes profissionais: chefe do serviço de enfermagem. quando necessário. . podendo ser mais ou menos detalhados. visando proporcionar um melhor e mais rápido andamento do serviço.Inventário do material permanente e equipamentos.Usar linguagem simples e acessível a todos os funcionários.Tornar as rotinas de fácil manuseio e protegê-las em folhas plásticas.Proporciona segurança para o funcionário. . . . . destacando-se duas delas: a) Elaboração em colunas: nessa forma. quem elabora rotinas deve ter em mente os seguintes requisitos: .Impressos usados pelo serviço de enfermagem. de acordo com o fim a que se destina. é um instrumento básico para uma boa organização e indispensável em qualquer serviço. .Regimento do serviço de enfermagem. O manual deve ser elaborado por uma comissão designada pela administração superior do hospital.Cada folha deve versar sobre um único assunto. enfermeiro assistencial. material/equipamentos e riscos.Mapas da cota de material de consumo. a primeira coluna apresenta o agente e a segunda cada etapa da operação até alcançar o seu objetivo ou destino final. . Considerando-se que o serviço de enfermagem é um processo dinâmico. devem ser observados alguns princípios técnicos de elaboração. sujeito as reavaliações no desenvolvimento de suas atividades. .Ser sintético. deveres.Organograma do serviço de enfermagem: hierárquico e das áreas de trabalho. as rotinas se destinam a todos os funcionários. .Descrição de cargos e funções. .Direitos. Assim. . A composição do manual. Manual: o Ministério da Saúde.Técnicas de enfermagem. Apesar de serem guias orientadoras flexíveis e estarem sujeitas a modificações no decorrer do andamento dos trabalhos. porém elucidativo. proibições referentes aos funcionários. 33 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . A utilização do manual de serviço possibilita as seguintes vantagens: . b) Elaboração textual: nessa forma. . segue os seguintes itens: . coordenação da equipe e planejamento para atingir objetivos da organização e dos clientes. 109-115. As dificuldades dos enfermeiros parecem apontar para seu preparo no sentido de desenvolver competências necessárias à gestão e em especial à liderança. mediação de conflitos. p. Sheila Lopes dos.ed. resolução de problemas. 2007. 237p. principalmente dentro da Enfermagem. . ao se modificar uma rotina. tornando o ambiente de trabalho mais ameno onde todos possam contribuir com as suas ideias. a partir de 2000 o desafio da liderança e do líder é desenvolver-se a si próprio e levar sua equipe ao crescimento. além de características pessoais que os diferem entre si. que para ser um bom líder e exercer uma liderança eficaz é necessário conhecerse muito bem. . Administração aplicada à enfermagem. autoritário 3 Texto adaptado de RIBEIRO. proposto no século XIX.As folhas devem ser destacáveis de maneira que. com isto não será necessário criar gratificações ou instituir punições para que as tarefas sejam cumpridas com qualidade. flexibilidade. etc. João Pessoa: Ideia. Taziane Graciet Balieira Martins. mas um recurso organizacional. enquanto líder da equipe de enfermagem sobressair-se-á se apresentar alguns requisitos indispensáveis para atuar no contexto do mundo globalizado e de mudanças em que vivemos: procurar o autodesenvolvimento. já que nesta fazem-se e encontram-se líderes de vários tipos e estilos. 3.. 1. Precisa o tempo todo motivar a equipe. Mirtes. As dificuldades do enfermeiro neste período estão relacionadas à integrar administração e assistência. 34 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Enfermeiro como líder e agente de mudança Os conceitos sobre liderança e as características do líder sofreram diversas alterações e que muitos autores conceituam-na como influência sobre outra pessoa para atingir-se objetivos.As folhas devem ser devidamente protegidas em folha plástica. desenvolver um relacionamento interpessoal amigável e baseado na confiança da equipe e buscar o trabalho integrado. pois começase a defender a ideia de que a pessoa não nasce com características de líder mas que a liderança pode ser aprendida. A liderança é vista não mais como característica individual. MEIRA. 2006. Na década de 1980 autores defendiam ainda a ideia de que a liderança estava relacionada à influência que uma pessoa exerce sobre outras pessoas. Sérgio Ribeiro dos. O enfermeiro na sua prática diária depara-se com situações diversas que exigem tomada de decisão. SANTOS. Apesar disso ainda é vista pela equipe como prerrogativa do enfermeiro. rotina. Porém começava-se a perceber que o líder para obter sucesso precisava cada vez mais inteirar-se com a equipe e não apenas comandá-la. Já neste século. em busca de uma melhor assistência de enfermagem. a folha correspondente à mudança possa ser simplesmente substituída. a liderança em enfermagem passou por transformações. começando assim a dar valor ao relacionamento entre o líder e o liderado. n. Anna Nery. pois é preciso estar atento às limitações e a como lidar com os sentimentos. Na década de 1990 a preocupação maior está voltada para a formação do enfermeiro. e fazer com que o trabalho seja algo gratificante e que toda equipe o execute com amor. Referência SANTOS. Na década de 1970 ela era confundida como chefia e supervisão. O enfermeiro. para poder crescer junto com a equipe. a estabelecer relacionamentos efetivos com a equipe e a delegação de tarefas. As dificuldades neste período estavam relacionadas ao enfermeiro manter a produção e não ser agente de mudanças. v. Vai desde o controle total à permissividade completa. técnica. Segundo o modelo Nightgaleano. como algo próprio do enfermeiro e considerada uma forma de dominação e de influência. 10. O grande desafio do líder parece ser ter flexibilidade para lidar com os problemas e a equipe. As dificuldades do enfermeiro neste período não são apontadas. a liderança consistia no poder centralizador. Liderança em Enfermagem3 A liderança é um tema bem discutido atualmente. Caracteriza-se por estilo de liderança a forma como os líderes conseguem influenciar as pessoas para que desempenhem suas atividades para a consecução de um objetivo comum. ainda. Assim como na administração. Esc. mas percebe-se que parecem estar relacionadas à subordinação deste à equipe de saúde e a delegação do cuidado aos auxiliares de enfermagem. Acredita-se. Refletindo sobre liderança em Enfermagem. entre elas podemos citar a situacional. Assim. tendo ainda em vista que cada um deles pode abordar o grupo de acordo com suas características. disponibilidade de tempo. descentralizando o poder e possibilitando que cada membro reconheça o propósito e o significado de seu trabalho. indagamos até que ponto pode este utilizar o poder a ele concedido. transmitindo segurança na tomada de decisões. maturidade dos componentes. a liderança é marcada pelo fortalecimento do grupo. De fato. O enfermeiro é um formador de opiniões. de serem criadas novas perspectivas de trabalho. um sistema de valores que permitam promover o essencial e uma energia psíquica que inicie a ação das pessoas. ou seja. percebe-se a impossibilidade de classificar qual seria a melhor forma de liderar. . Perfil desafiador e questionador enquadram-se nas características do enfermeiro líder contemporâneo. motivação e valorização do indivíduo. comunicação. nem por isso. 35 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Nessa perspectiva. o enfermeiro líder exerce poder. O mercado necessita do líder flexível. acreditando-se que. tendências construtivas seriam neutralizadas por dois elementos: o direito de admissão e demissão por parte desse líder gerente e a busca constante de lucro pela instituição. a democrática. ditador de regras. Frente ao exposto. um caráter controlador do processo decisório. negando a liderança que controla. mais orientado para o futuro. sejam elas assistenciais ou administrativas. sendo que a coexistência das duas características no pessoal de enfermagem contribui para que assim possa ocorrer o sucesso organizacional mediante o alcance dos objetivos da Instituição pelo profissional de saúde. de um novo modelo de liderança: descentralização do processo decisório. além da fiscalização de ações desenvolvidas pela equipe de enfermagem. assim como a gerência. a responsabilidade por toda atenção ao paciente durante todo o processo clínico é do enfermeiro. mas este deve ser dosado tendo em vista as relações interpessoais e o desenvolvimento de cada um dentro da organização. e por isso necessita desenvolver habilidades que favoreçam a condução equilibrada de um grupo heterogêneo. o profissional deve propiciar um ambiente favorável para a execução das atividades em seu cotidiano de trabalho. em contraposição ao papel controlador. Segundo Kurcgant. demanda de liderados e outros. na enfermagem.descendente. Levando em consideração um líder gerente. Entretanto. Nessa gerência. dinâmico e disposto a assumir riscos. a liderança se inclui num processo de aprendizado. o enfermeiro deve estar orientado para as possibilidades de desempenhar esse novo papel de líder. com aquisição de novos conhecimentos e habilidades. Recentemente. adquirindo. torna-se cada vez mais urgente a necessidade de enfrentar as mudanças. ênfase das relações interpessoais. a permissiva e a autocrática. uma habilidade para mobilizar as pessoas em torno de um projeto coletivo. disposição para assumir riscos. Diante de diferentes estilos de liderança. mas. entendemos que. o poder tem conotações de submissão e domínio. pois. O enfermeiro é fundamental na engrenagem de uma instituição de saúde. dita as regras e normas. por isso deve sempre se embasar teórica e cientificamente para transmitir a outrem informações fidedignas e ser capaz de imprimir questionamentos e propor mudanças em busca de melhorias na sua assistência. o "sucesso de liderança" requer uma planificação racional da ação. a fim de que o enfermeiro apresente um melhor desempenho de suas funções. valorização das competências individuais. Outro problema na caracterização do tipo de liderança ideal para determinado setor é o fato de que nem sempre teremos total satisfação dos participantes com o processo escolhido para a organização. na idade contemporânea. desempenho. seja no ambiente hospitalar ou na saúde pública. fatores determinantes de melhor prática assistencial e a consequente satisfação do cliente e da instituição de saúde. cada uma com suas características próprias podendo funcionar bem com um grupo e não com outro. Muitas teorias sobre liderança foram criadas. Diante desse contexto de transformação que se percebe. tomada de decisão e resolução de problemas. Esse profissional assume a difícil tarefa de coordenar a equipe de enfermagem. de controle e consentimento. uma forma de organização do trabalho utilizado pela enfermagem que associa ações administrativas e assistenciais. a forma de administrar tendo sido mais bem aceita pela maioria e atingindo a satisfação da empresa deve ser abandonada. passou-se a ocupar cargos gerenciais atrelados à capacidade de liderança. Um exemplo é a gerência de caso. dinâmico e disposto a assumir riscos. observa-se a existência. que utiliza a liderança em todas as fases do processo que incluem análise. um importante agente de mudanças e um educador por excelência. ou seja. de uma função de supervisão do serviço de enfermagem e prestação de cuidados aos casos mais complexos. A liderança é exigida nas mais diversas atuações de enfermagem. normas e procedimentos. também a mudança de papéis no âmbito da enfermagem. mais flexível. No exercício da liderança. desvinculado de um modelo que privilegia a cura de doenças que afetam as pessoas. ou seja. Enferm. Mirtes. correr riscos. somando-se ao reconhecimento e cooperação do grupo de trabalho. A exigência para esse comprometimento leva à reflexão de que é imprescindível à enfermagem reconstruir o seu modo de cuidar específico e. CUNHA. Desse modo. Refere-se à responsabilidade pessoal de cada um na promoção de sua saúde. Anna Nery. desafiando o medo do desconhecido e enfrentando riscos inerentes ao crescimento. Taziane Graciet Balieira Martins. a busca por menores custos da assistência. Esc. determinar um objetivo. Lilian Freitas da. espaço institucional e liberdade. cada vez mais competitivo. Refletindo sobre liderança em Enfermagem. n. 10. 2005. 2006. A arte de cuidar consolidase na parceria profissional/cliente. com qualidade para vivê-la. 109-115. demonstrando a necessidade de intervenções de enfermagem para o atendimento aos clientes. fomentar o entusiasmo. evolução e dificuldades dos enfermeiros. UNISA. dessa maneira o saber/fazer que condiciona as ações e intervenções do profissional dessa área do conhecimento. Defende-se que a orientação principal para cuidar de pessoas considera a sua própria possibilidade de se tornar independente dos cuidados profissionais de baixa complexidade. é necessário pensar em outras concepções aplicáveis a uma ciência que. A nova proposta atual de gerenciamento exige do enfermeiro inúmeras habilidades intimamente influenciadas pela sua capacidade de liderança: dar crédito a quem merece. por exemplo. SANTOS. principalmente. 1. SILVA. a intuição e a experiência no trato com a imprevisibilidade dos seres humanos ressaltam a cientificidade dos enfermeiros. neste caso. p. ser competente. Pois cuidando com intenções e ações a partir do compartilhamento de saberes entre enfermeiro e cliente descaracteriza um cuidar vendo as pessoas apenas como objeto de trabalho. a orientação de enfermagem para o autocuidado institui o exercício da cidadania para o profissional e promoção da independência do cliente. através de empenho e confiança em suas habilidades. Referências RIBEIRO. Isabel Cristina Kowal Olm.As mudanças que estão ocorrendo no processo do cuidar como. p. v. considera-se também que pensar em saúde e em enfermagem é pensar em promoção da vida. ao se reconstruir a cada dia. . Cuidar em enfermagem é busca de integração. 6. 58-63. Rev. entendemos que é de fundamental importância o preparo dos profissionais de enfermagem no que concerne às habilidade de liderança. Essas transformações se refletirão em uma assistência de qualidade e na satisfação do cliente. MEIRA. Os desafios do cuidar assumindo o verdadeiro papel profissional conduzem o enfermeiro e o cliente à sua autonomia. Além dessas concepções. o que pode se caracterizar como seu principal alvo no cotidiano de trabalho. Fazer enfermagem aplicando seu conhecimento específico ressalta o exercício da autonomia de saber dos enfermeiros. reflete-se sobre a enfermagem no sentido de que sua cientificidade pode ser estabelecida através dessa sensibilidade impregnada no seu saber/fazer e em produzir conhecimentos. cultivar a fé e delegar são características que podem ser adquiridas pelo enfermeiro no dia-a-dia de seu trabalho. para que as ações de enfermagem atrelada à liderança seja encarada de forma natural e encorajadora. Portanto. 36 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . ou seja. para implementar uma perspectiva que torne viável a parceria cliente/profissional na promoção de suas vidas com bem-estar. Num mercado. então. exige que os líderes sejam cada vez mais fortes e eficientes para lidarem com essas constantes mudanças no setor saúde. no seu direito de bem viver a vida. Assim. é a teorização de Nola Pender sobre o deslocamento do modelo assistencialista de saúde para uma perspectiva de comprometimento do cliente quanto ao seu bem-estar no decorrer de sua vida. Entende-se. acrescenta mais sensibilidade ao seu desenvolvimento. O enfoque. Sendo assim. v. A questão da implementação do processo de trabalho do enfermeiro volta-se. o reconhecimento de que suas habilidades contribuem para a construção de um novo paradigma científico. A aplicação dos sentidos humanos. desempenhar o papel. Liderança em enfermagem: conceitos. Sheila Lopes dos. o enfermeiro precisa estar preparado para assumir as inúmeras funções a ele atribuídas. Concepções teórico-práticas da assistência de enfermagem Considerar o cuidado como a essência da profissão enfermagem conduz à reflexão sobre o compromisso dos profissionais de saúde com a orientação dos seus clientes centrada no autocuidado. considera-se que. para a identificação de diagnósticos que lhe permite estabelecer um sistema de classificação de cuidados. bem como fortalece sua identidade profissional. os quais podem ser compartilhados com a equipe de saúde. 37 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . A apropriação desse princípio possibilita entender o sentimento de humanidade ao considerar que os corpos das pessoas (profissional e cliente) estão comprometidos com o ato de cuidar. o corpo como instrumento do cuidar prevê o potencial cognitivo das sensações. tratar o humano com humanidade. emoções. que possibilita aprendizagem mútua entre ambos. Considerar os sujeitos de pesquisa como co-pesquisadores A ideia de um grupo pesquisador composto por profissionais e clientes justifica-se neste dispositivo analítico do método. emoções. As pessoas se fortalecem e se ajudam no cuidar de si mesmas e no autocuidado de outras. sensível. que se refere à criação coletiva Relacionando esse neologismo à prática de enfermagem. da verificação de possibilidades de apropriação de seus fundamentos teóricos e princípios filosóficos por parte dos enfermeiros. Esse princípio revela a necessidade de o enfermeiro ter consciência de si e dos clientes. prático. Lembra-se o significado do neologismo "sociopoética". gestualidade. Essa abordagem orienta-se por cinco princípios. um sentido de coletivo. dos mesmos interesses. sensibilidade. A importância do corpo como fonte de conhecimento Recomenda-se um cuidar não só eminentemente técnico. Cuidar em enfermagem se articula com a aplicação desses princípios e dos fundamentos teóricos da sociopoética. Assim. que tem como princípios filosóficos: a importância do corpo como fonte de conhecimento. das categorias e dos conceitos que elas produzem Refere-se à preocupação com valores. É preciso que o enfermeiro forme grupos com seus clientes. a união de socius e poîen formou o neologismo sociopoética. Inicia-se com as possibilidades de apropriação desses princípios no cuidar específico de enfermagem. as sensações. visando à satisfação do cliente e do profissional. O princípio refere. baseadas no poder da crença no self ou na dimensão espiritual. visões próprias. emocional."o que compartilha do mesmo pão". e poîen do grego. ou seja. a importância das culturas dominadas e de resistência e dos conceitos que elas produzem. mas um cuidar com todo o corpo. 3.se à parceria com o cliente.Assim. ou seja. Pensar na contribuição de uma abordagem para fundamentar a prática do conhecimento específico de enfermagem depende. humano. de grupo. a importância do sentido espiritual. concernente a socius da raiz latina . não se considerando o único detentor do saber em saúde e enfermagem. 1.responsáveis pelo conhecimento produzido. com os clientes. entendendo que ele tem saberes próprios para cuidar de si. das formas e conteúdo do processo da construção do conhecimento. teórico. descrevem-se os princípios filosóficos e os fundamentos da sociopoética. Se assim for. no conhecer e no investigar. 2. gestual). além da razão. inicialmente. A importância das culturas dominadas e de resistência. mental e espiritual. humana e política do cuidar em enfermagem a fim de implementar cuidados e desenvolver projetos de ensino e de investigação de qualidade. pode-se dizer: quem compartilha da mesma realidade de cuidar e ser cuidado. viabilizada no cotidiano do trabalho de enfermagem.criar. solidariedade. encontramos na sociopoética uma abordagem no conhecimento do homem como ser político e social. crenças. formulando-se a seguinte questão: é possível extrair concepções de cuidar a partir de conhecimentos produzidos com essa abordagem? Para respondê-la tem-se como objetivo: identificar a aplicação dos princípios filosóficos e dos fundamentos teóricos da sociopoética em novas concepções de cuidar produzidas em pesquisas utilizando o método sociopoético. a sociopoética defende a construção coletiva do conhecimento tendo como premissa básica que todas as pessoas possuem conhecimentos (intelectual. considerando. Para tanto. visando ao equilíbrio físico. A apropriação deste princípio possibilita a aprendizagem de alternativas de cuidar. intuitivo. ocorrerá a valorização de experiências de vida e aprendizagem adquiridas através da expressão das características e qualidades humanas. aqui explicitados como uma proposta de perspectiva para cuidar de pessoas a ser desenvolvida pela equipe de enfermagem. Assim sendo. das formas e dos conteúdos no processo de construção de saberes Atentar para a dimensão espiritual. interações com variadas culturas e experiências pessoais de crescimento. Assim. Portanto. a equipe de enfermagem pode utilizar seus sentidos corporais no cuidar do humano no ser humano. o papel da criatividade no aprender. criação. 4. o papel dos sujeitos de investigação como co. sensibilidade e intuição natural das pessoas. criado por Jacques Gauthier. imaginação. intuição e a razão do cliente e . ajudando-os a aceitar alternativas de cuidado. depende da aceitação e disposição dos comprometidos com esta atividade. A importância do sentido espiritual e humano. como metodologia da assistência. Na literatura brasileira. lê-se que o PE deve ser realizado. organizar e explicar como o paciente responde aos problemas de saúde. por admitir o uso da emoção. processo do cuidado. fortalecendo o auto crescimento e a auto realização de ambos. aspirando ao bem-estar e eliminando o mal-estar. A SAE é baseada em princípios e regras conhecidos por promover cuidado de enfermagem eficiente. que dispõe sobre a SAE e a implementação do Processo de Enfermagem (PE) em ambientes públicos ou privados. consulta de enfermagem e processo de atenção em enfermagem. prevenção. compreender. descrever. Revela necessidades e desejos de saber sobre seu viver e conviver no mundo. sensibilidade e a consequente interação entre cliente e profissional. metodologia do cuidado. o princípio onde nasce o cuidado. visando sua efetiva participação no promover. “Cuidar é uma tecnologia do sensível". A tecnologia de enfermagem se concretiza no ato de cuidar. Tal método busca a identificação das situações saúde/doença dos indivíduos por meio de uma estratégia que subsidiará as ações de enfermagem. o cuidar é uma tecnologia complexa. processo de assistência. e encontra-se muito bem fundamentada pela Resolução COFEN nº 358/2009. da intuição. A partir desta interação nasce a intimidade e a sensação de segurança. há que se conhecerem muitas coisas. interagir. Essa concepção encontra apoio nas seguintes afirmações: .do profissional. a enfermagem vai trilhando espaços geográficos. Assim é que o sensível. Conhecer. Assim. recuperação e reabilitação da saúde dos indivíduos. visando alcançar uma vivencia prazerosa desse período. a tecnologia compreende o conhecimento humano (científico e empírico) sistematizado e se evidencia na presença humana. Assim. através da arte de enfermagem. mediante um processo reflexivo e o respeito à dignidade humana. o respeito/acolhimento aos seres humanos potencializa forças de luta visando à autonomia em nosso viver individual e profissional. quem é o outro. quais os seus poderes e limitações. sociais e de cientificidade. pois a dor pode ser induzida ou exacerbada pela solidão.A equipe de enfermagem não deve subestimar a dor do cliente considerando a reação por ele apresentada. sentimentos. o emocional. além da razão na elaboração do cuidado. da espiritualidade. quais as suas necessidades e o que conduz ao seu crescimento. Sistematização da assistência de enfermagem A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é o método que permite identificar. da sensibilidade. Precisamos saber como responder às suas necessidades e quais são nossos próprios poderes e limitações. aprender sobre o outro. . deve ser. por exemplo. São energias vitais na composição da uma ciência sensível. pois busca descobrir com o cliente formas de conciliar diferentes sensações desencadeadas pelo viver e por seus desdobramentos em situações especiais. 38 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . dando-lhe coragem e àqueles com quem ele interage. mas investigar e avaliar as possíveis causas do seu desconforto para intervir escutando e confortando. articulando saberes de outras áreas para fundamentar o seu ideal de integralidade no atendimento ao cliente. afastando-se da geralmente observada submissão ao modelo biomédico. determinando as ações de enfermagem desde o planejamento até a execução e a avaliação da assistência prestada. contribuindo para promoção. pois. Aprender sempre. políticos. uma série de denominações diferentes é utilizada como sinônimo à SAE. o surgimento de pulsações e saberes inconscientes. planejamento da assistência.Na enfermagem. A sensibilidade e a criatividade caracterizam e autenticam o enfermeiro. O papel da criatividade de tipo artístico na aprendizagem. no conhecimento e na pesquisa Favorece a dialogicidade e a criatividade das pessoas. tratar e/ou recuperar sua qualidade de vida. desconhecidos. Para cuidar de alguém. . imprescindível para a compreensão integral do ser humano no cuidar em enfermagem. visando à qualidade de vida. pois é aberta. o profissional busca a utilização criativa do seu próprio corpo. No artigo 1º da Resolução COFEN nº 358/2009. . inesperados. Possibilita. a origem. Isso pode ser feito promovendo-se práticas artísticas que viabilizem a expressão de emoções. 5. Visando compreender o cliente. o intuitivo são modos de conhecer o mundo. relacional e incorporadora de vários saberes.Em enfermagem obstétrica. É de sua responsabilidade o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa. que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam. executando o plano desenvolvido. 39 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . em todos os ambientes públicos ou privados em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem. A SAE tem cinco etapas distintas. Segundo o artigo 4º da Resolução nº 358/2009 do COFEN. e para se melhorar a comunicação entre os membros da equipe e entre ela e os pacientes. NANDA e a Classificação dos Resultados de Enfermagem (NOC). normas. fase em que se definem também ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa. levantam-se dados subjetivos registrando o que a pessoa diz sobre si mesma. pelos demais membros da equipe de enfermagem e pelo paciente e direcionado à assistência integral e individualizada. prevenindo erros e repetições desnecessárias e contribuindo para dar mais segurança ao paciente. que contém. A operacionalização da proposta da SAE esbarra em muitas dificuldades. Por meio do histórico de enfermagem. para se criar um plano capaz de fornecer subsídios para cálculo da eficácia de custos. combina-se a história aos dados objetivos obtidos ao exame físico e nos exames laboratoriais. Nessa fase. identificadas na etapa de diagnóstico de enfermagem.de modo deliberado e sistemático. crenças. com mais exatidão. os cuidados de enfermagem ou as atividades necessárias para resolução dos problemas priorizados e para os quais foram prescritos. determinam-se as prioridades diárias. Planejamento de enfermagem: os resultados esperados são determinados durante o planejamento de enfermagem. o enfermeiro pode estabelecer o planejamento e as prescrições de forma individualizada. radiológicos e complementares para constituir uma base de dados que forneça subsídios para avaliação do paciente. como redução da incidência e do tempo de internações hospitalares uma vez que fornece subsídios para se agilizar o diagnóstico e o tratamento de problemas de saúde. prevalecendo na prática clínica a organização do cuidado centrado em tarefas. habilidades técnicas e intelectuais) e na posição da chefia de enfermagem que valoriza mais a documentação à implementação dessa metodologia de forma efetiva na prática. a família ou a coletividade e sobre suas respostas em dado momento do processo saúde e doença. bem como a prescrição das ações ou das intervenções de enfermagem a ser realizadas de acordo com as respostas. Embora a importância da SAE seja reconhecida mundialmente e tenha havido incentivo para sua utilização no Brasil. Fases da SAE Coleta de dados: sua finalidade é obter informações sobre o indivíduo. Outros fatores que interferem na realização da SAE estão no âmbito organizacional (políticas. por escrito. implementação e avaliação. de sua família ou da coletividade em dado momento do processo saúde e doença e constituem a base para seleção das ações ou das intervenções com as quais se espera alcançar os resultados esperados. Planejamento da assistência de enfermagem é um dos meios que o enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência ao paciente e caracterizar sua prática profissional. A utilização da SAE traz muitos benefícios. cabe ao enfermeiro a liderança na execução e na avaliação do PE para que a enfermagem alcance os resultados esperados. A maior parte das prescrições de enfermagem é executada por técnicos e por auxiliares que devem ser treinados . da sua família ou da coletividade em dado momento do processo saúde e doença. valores. sob a forma de prescrição de enfermagem. porém inter-relacionadas: coleta de dados. missão e objetivos dos serviços). Diagnóstico de enfermagem: compreende o processo de interpretação e de agrupamento dos dados coletados na primeira etapa. Posteriormente. O ideal é que o histórico seja feito na admissão. determina-se um objetivo ou uma meta a ser alcançada. diagnóstico. no cotidiano dos profissionais (atitudes. no primeiro contato com o paciente. Prescrição de enfermagem é um conjunto de medidas decidido pelo enfermeiro. para se elaborar cuidados centrados no indivíduo e em sua família e não apenas na doença. Tem início após o diagnóstico e a formulação dos problemas identificados e finaliza com a documentação real do plano de cuidados. Quando se identifica um diagnóstico de enfermagem. Implementação: é a realização de ações ou de intervenções determinadas na etapa de planejamento de enfermagem. no qual o cumprimento de uma série de afazeres é o foco principal das atividades e não o paciente. planejamento. A partir dessa fase. da família ou da coletividade em dado momento do processo saúde-doença. Utiliza-se a Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). as respostas da pessoa. ainda existem obstáculos para sua aplicação. família e comunidade. para determinar se as ações ou as intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado e para verificar a necessidade de mudanças ou de adaptações nas etapas do PE. Referência CHANES. sendo atividade privativa do enfermeiro. devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas. exame físico. sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas do paciente. recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo.SAE. no uso de suas atribuições legais e regimentais. prevenção. 1º . que compreende as seguintes etapas: Consulta de Enfermagem Compreende o histórico (entrevista). explicitados nas intervenções de enfermagem propostas. a equipe analisa todas as outras fases da SAE. São Caetano do Sul: Yendis. bem como os resultados do planejamento da assistência de enfermagem. Avaliação de enfermagem: ou evolução de enfermagem é um processo deliberado. de sua família ou da comunidade em dado momento do processo saúde e doença. CONSIDERANDO que a Sistematização da Assistência de Enfermagem . Por fim. aprovado pela Resolução COFEN 240/2000. execução e avaliação do processo de enfermagem. diagnóstico.c. Para a implementação da assistência de enfermagem. "e" e "f". Mavilde da Luz Gonçalves. nos autos do PAD-COFEN Nº 48/97. respectivamente no artigo 11. Resolução nº 272 de 27/08/2002 / COFEN . HARADA. assim como a identificação de problemas. alíneas "c". Daniella Cristina.e orientados sobre a importância de checar os cuidados prestados e registrá-los na forma de anotação de enfermagem. alíneas "c". XII e 197. utiliza método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença. CONSIDERANDO a Lei nº 7. 267/2001 e 271/2002. subsidiando ações de assistência de Enfermagem que possam contribuir para a promoção. CONSIDERANDO a institucionalização da SAE como prática de um processo de trabalho adequado às necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as áreas de assistência à saúde pelo enfermeiro. pois para realiza-la o enfermeiro avalia se as prescrições atingiram os objetivos delineados pelas fases anteriores.COFEN. CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTA/COFEN. 40 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . do planejamento ao acompanhamento dos resultados. planejamento. efetivamente.Conselho Federal de Enfermagem Ao Enfermeiro incumbe: (Ver Resolução nº 358 de 2009) | (Ver Resolução COFEN nº 339 de 2008) O Conselho Federal de Enfermagem . CONSIDERANDO o disposto nas Resoluções-COFEN nºs 195/1997. prescrição e evolução de enfermagem. organização. KUSAHARA. devem ser registradas de modo sistematizado em todas as unidades de atendimento hospitalar. facilitando uma nova tomada de decisão ou a manutenção da prescrição anterior. incluindo aspectos relativos à terapia medicamentosa.Ao Enfermeiro incumbe: I . promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5º. CONSIDERANDO que a implementação da SAE constitui. a partir de diagnósticos ou de problemas de enfermagem identificados pelo enfermeiro. melhora na qualidade da Assistência de Enfermagem. .Privativamente: A implantação.498/86 c. ressalta-se que todas as atividades de enfermagem executadas junto ao paciente.406/86. É feita diariamente pelo enfermeiro que deve sistematizar o perfil evolutivo do paciente. Denise Miyuki. CONSIDERANDO o contido no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. 2009. In: PEDREIRA. Sistematização da Assistência de Enfermagem – Ferramenta para Segurança do Paciente. conforme descriminados a seguir: Histórico: Conhecer hábitos individuais e biopsicossociais visando a adaptação do paciente à unidade de tratamento. Enfermagem dia a dia: segurança do paciente. Na etapa de avaliação. o Decreto nº 94. RESOLVE: Art. "i" e "j" e artigo 8º. Maria de Jesus Castro Sousa. CONSIDERANDO a Constituição Federativa do Brasil. em suas respectivas jurisdições. no uso de suas atribuições legais que lhe são conferidas pela Lei nº 5. de 25 de junho de 1986. para subsidiar técnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem. .A Sistematização da Assistência de Enfermagem . CONSIDERANDO os princípios fundamentais e as normas do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Inciso XIII. de 12 de julho de 1973. Prescrição de Enfermagem: É o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro.Exame Físico: O Enfermeiro deverá realizar as seguintes técnicas: inspeção. processos de vida vigentes ou potenciais.deve ocorrer em toda instituição da saúde.Os CORENS. revogando disposições em contrário. recuperação e manutenção da saúde. Resolução COFEN 358 / 2009 Dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes. fazendo julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo. O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).HOME CARE .SAE . aos problemas. CONSIDERANDO a Lei nº 7.A presente resolução entra em vigor na data de sua publicação. 196 da Constituição da República Federativa do Brasil. Artigo 3º . Evolução de Enfermagem: É o registro feito pelo Enfermeiro após a avaliação do estado geral do paciente. Diagnóstico de Enfermagem: O Enfermeiro após ter analisado os dados colhidos no histórico e exame físico. identificará os problemas de enfermagem.É de responsabilidade dos CORENS. Artigo 6º .A implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem . pública e privada. e dá outras providências. 41 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .este prontuário deverá permanecer junto ao paciente/cliente/usuário assistido. efetuando o levantamento de dados sobre o estado de saúde do paciente e anotação das anormalidades encontradas para validar as informações obtidas no histórico. da família e comunidade. serão resolvidos pelo COFEN. devendo ser composta por: -Histórico de enfermagem -Exame Físico -Diagnóstico de Enfermagem -Prescrição da Assistência de Enfermagem -Evolução da Assistência de Enfermagem -Relatório de Enfermagem Parágrafo único: Nos casos de Assistência Domiciliar .406. de 08 de fevereiro de 2007.498. de 31 de agosto de 2000. que direciona e coordena a assistência de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e contínua. de forma criteriosa. CONSIDERANDO a evolução dos conceitos de Consulta de Enfermagem e de Sistematização da Assistência de Enfermagem. seminários. bem como atender o disposto no Código de Defesa do Consumidor. objetivando otimizar o andamento do processo.Os casos omissos. ausculta. palpação e percussão. aprovado pela Resolução COFEN nº 311. na implementação da Sistematização da Assistência de Enfermagem .SAE deverá ser registrada formalmente no prontuário do paciente/cliente/usuário. e o Decreto nº 94.SAE. públicos ou privados. e o art. zelar pelo cumprimento desta norma. promoção. eventos. as necessidades básicas afetadas e grau de dependência. aprovado pela Resolução COFEN nº 242. Artigo 5º . Artigo 7º . CONSIDERANDO o art. Artigo 2º . deverão promover encontros. um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequentes. proteção. 5º. e pelo Regimento da Autarquia.905. Artigo 4º . objetivando a prevenção. promulgada em 05 de outubro de 1988. em suas respectivas jurisdições. Desse registro constam os problemas novos identificados. que a regulamenta. de 08 de junho de 1987. em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas.realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem.Diagnóstico de Enfermagem . interdependentes e recorrentes: I . e CONSIDERANDO tudo o mais que consta nos autos do Processo nº 134/2009. cabendo-lhe. que a regulamenta. sistemático e contínuo. que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam. Art.Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) . associações comunitárias. em todos os ambientes. privativamente. V . família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença.Avaliação de Enfermagem .quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde. face a essas respostas. entre outros.Implementação . que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa. § 2º . 42 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas. com mais exatidão.CONSIDERANDO que a Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método. II .determinação dos resultados que se espera alcançar. de modo deliberado e sistemático. pessoal e instrumentos.os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar. o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa. domicílios. sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa. CONSIDERANDO resultados de trabalho conjunto havido entre representantes do COFEN e da Subcomissão da Sistematização da Prática de Enfermagem e Diretoria da Associação Brasileira de Enfermagem. Gestão 2007-2010. família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem. . observadas as disposições da Lei nº 7. de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94. associações comunitárias. Art. e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa. 4º Ao enfermeiro. RESOLVE: Art. fábricas. domicílios. CONSIDERANDO que a operacionalização e documentação do Processo de Enfermagem evidencia a contribuição da Enfermagem na atenção à saúde da população. e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas. aumentando a visibilidade e o reconhecimento profissional. entre outros. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença.498. e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. CONSIDERANDO que o processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. § 1º . 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado. III .Planejamento de Enfermagem . as respostas da pessoa. incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem.processo deliberado. IV . família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.processo deliberado. escolas. o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem. identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde. públicos ou privados. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados. o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. escolas.406. de modo a alcançar os resultados de enfermagem esperados. Art. e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados. para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado. de 08 de junho de 1987.processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa. .SAMU 192. b) os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da pessoa. naquilo que lhes couber. a organização da Rede de Urgência e Emergência (RUE) tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde com o objetivo de ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência/emergência nos serviços de saúde. Política Nacional de Atenção às Urgências. no ato que lhes couber. garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços. recuperação e reabilitação. . traumas. organizando a assistência desde as Unidades Básicas.Inovações tecnológicas nas linhas de cuidado prioritárias: AVC. DE 7 DE JULHO DE 2011 Reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). .Atenção domiciliar – Melhor em Casa. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE. participam da execução do Processo de Enfermagem. d) os resultados alcançados como consequência das ações ou intervenções de enfermagem realizadas. A Política Nacional de Atenção às Urgência. . PORTARIA Nº 1. . promover as condições. 5º O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem. Ministério da Saúde – Departamento de Atenção Básica. inicialmente. em especial. IAM. A Atenção às Urgências deve fluir em todos os níveis do SUS.UPA e outros serviços com funcionamento 24h. que a regulamenta. 6º A execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada formalmente. Art. em conformidade com o disposto na Lei nº 7.406. São componentes e interfaces da Rede de Atenção às Urgências e Emergências: . Art. de forma ágil e oportuna. revogando-se as disposições contrárias. no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. instituída pela Portaria GM nº 1863 de 29 de setembro de 2003. e do Decreto 94. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. No Portal da Saúde. sob a supervisão e orientação do Enfermeiro.498.Atenção primária: Unidades Básicas de Saúde.Promoção e prevenção. . consta a Rede de Atenção às Urgências e Emergências: Saúde toda Hora.Art. . entre as quais. de 08 de junho de 1987. de 25 de junho de 1986. Art. nos termos do que dispõe o artigo 196 da Constituição Federal. c) as ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos diagnósticos de enfermagem identificados. Equipes de Saúde da Família até os cuidados pós-hospitalares na convalescença.Portas hospitalares de atenção às urgências – SOS Emergências. 7º Compete ao Conselho Federal de Enfermagem e aos Conselhos Regionais de Enfermagem. 87 da Constituição. a Resolução COFEN nº 272/2002. foi. . e Considerando o conceito da saúde como direito social e de cidadania e como resultante das condições de vida da população. para o cumprimento desta Resolução. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Atualmente tal política é regulada pela Portaria nº 1600/2011.Enfermarias de retaguarda e unidades de cuidados intensivos. firmar convênios ou estabelecer parcerias. 43 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Buscando sempre o acolhimento com classificação de risco e resolutividade. envolvendo: a) um resumo dos dados coletados sobre a pessoa.600. atuando desde a promoção e prevenção. para um serviço de maior complexidade. pediátricas e às relacionadas a causas externas (traumatismos. resolve: Art. de 30 de dezembro de 2010.Mobilizando a Sociedade e Promovendo a Saúde. Considerando a Portaria n° 687/GM/MS. que define o processo da Programação Pactuada e Integrada da Assistência à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 44 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . organizado em redes regionais de atenção às urgências enquanto elos de uma rede de manutenção da vida em níveis crescentes de complexidade e responsabilidade.garantia da universalidade. e Considerando o imperativo de prover a atenção qualificada à saúde de toda população brasileira.080. de 22 de maio de 2006.559/GM/MS. que aprova a Política Nacional de Atenção Básica. Considerando a Portaria n° 344/GM/MS. psiquiátricas. possibilitando a resolução integral da demanda ou transferindo-a. que institui a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências.657/GM/MS. de 16 de maio de 2001. de 1º de agosto de 2008. que prioriza a organização e implementação das RAS no país. passando pelo diagnóstico. responsavelmente. além dos sofrimentos enfrentados pelas pessoas acometidas por acidentes de trânsito. Considerando a Portaria n° 2048/GM/MS. mas também a evidente necessidade de superar a fragmentação das ações e serviços de saúde e qualificar a gestão do cuidado. Considerando que para organizar uma rede que atenda aos principais problemas de saúde dos usuários na área de urgência é necessário considerar o perfil epidemiológico no Brasil. Considerando que será necessária a decisão política do conjunto dos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) para estímulo à organização e à implantação das Redes de Atenção à Saúde (RAS). monitoramento e tratamento. gineco-obstétricas. de 05 de novembro de 2002.097/GM/MS. violências e acidentes). conforme caminho apontado na Portaria n° 4. de 16 de dezembro de 2004. Considerando que o atendimento aos usuários com quadros agudos deve ser prestado por todas as portas de entrada dos serviços de saúde do SUS. violências e doenças cardiovasculares no Brasil e a necessidade de intervir de forma mais organizada e efetiva sobre estas doenças e agravos. que estabelece as atribuições das centrais de regulação médica de urgências e o dimensionamento técnico para a estruturação e operacionalização das Centrais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192). buscando um pacto cooperativo entre as instâncias de gestão e governança do sistema para garantir os investimentos e recursos necessários a esta mudança. de 28 de março de 2006. Considerando o alto custo socioeconômico. que institui o Projeto de Redução da Morbimortalidade por Acidentes de Trânsito . Considerando a Portaria n° 648/GM/MS. uma alta morbimortalidade relacionada às violências e acidentes de trânsito até os 40 (quarenta) anos e acima desta faixa uma alta morbimortalidade relacionada às doenças do aparelho circulatório. Considerando a Portaria n° 2. CAPÍTULO I DAS DIRETRIZES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS Art.ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção. equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas. de 19 de fevereiro de 2002. II . de 30 de março de 2006. Considerando a Portaria n° 1. incluindo o atendimento ágil e resolutivo das urgências e emergências.Considerando a necessidade de se trabalhar dentro de um conceito amplo de saúde que direcione a intervenção e resposta às necessidades de saúde. 2° Constituem-se diretrizes da Rede de Atenção às Urgências: I . . que regulamenta tecnicamente as urgências e emergências. que institui a Política Nacional de Promoção da Saúde. 1° Esta Portaria reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). dentro de um sistema hierarquizado e regulado. cirúrgicas. Considerando a Portaria n° 737/GM/MS. Considerando o avanço nestes últimos anos no processo de implementação do SUS no Brasil. Considerando a Portaria n° 1. contemplando a classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos. que institui a Política Nacional de Regulação do SUS. de 19 de setembro de 1990. segundo dados da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS).279/GM/MS. mas também recuperação conforme dispõe o artigo 2º da Lei nº 8. onde se evidencia. definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações. atenção e mitigação dos eventos. VII .garantia de implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional. VI . instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas de cuidado. constituindo redes de saúde com conectividade entre os diferentes pontos de atenção. e VIII .humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde. XII .monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços através de indicadores de desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção. CAPÍTULO II DOS COMPONENTES DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS E SEUS OBJETIVOS Art.articulação Inter federativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária.regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção às Urgências com garantia da equidade e integralidade do cuidado.articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de saúde. 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes: I . de participação e mobilização da sociedade visando a promoção da saúde. e XIV .Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências. 45 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Sala de Estabilização. II .regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde. gradativamente. § 3º O acolhimento com classificação do risco.Hospitalar. VIII . prevenção de agravos e vigilância à saúde. de forma ágil e oportuna. Art. § 4º A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular. cerebrovascular e traumatológica.Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas. compartilhado por trabalho em equipe. de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas.Atenção Domiciliar. VII .III .qualificação da assistência por meio da educação permanente das equipes de saúde do SUS na Atenção às Urgências. Prevenção e Vigilância à Saúde.Promoção. no âmbito do SUS. a qualidade e a resolutividade na atenção constituem a base do processo e dos fluxos assistenciais de toda Rede de Atenção às Urgências e devem ser requisitos de todos os pontos de atenção. a Rede de Atenção às Urgências. Prevenção e Vigilância à Saúde tem por objetivo estimular e fomentar o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas para a vigilância e prevenção das violências e acidentes. . III . § 2º A Rede de Atenção às Urgências deve ser implementada. respeitando-se critérios epidemiológicos e de densidade populacional.fomento. das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis. § 1 º A organização da Rede de Atenção às Urgências tem a finalidade de articular e integrar todos os equipamentos de saúde.participação e controle social dos usuários sobre os serviços. IV . contínuas e que busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde. V . de caráter urgente e transitório. em todo território nacional.atuação profissional e gestora visando o aprimoramento da qualidade da atenção por meio do desenvolvimento de ações coordenadas.Força Nacional de Saúde do SUS. a partir da construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção. objetivando ampliar e qualificar o acesso humanizado e integral aos usuários em situação de urgência e emergência nos serviços de saúde. XIII . 3º Fica organizada. 5º O Componente Promoção. responsável e compartilhada. em acordo com os princípios da integralidade e humanização. V . VI . X .Atenção Básica em Saúde. XI . além de ações intersetoriais. IX . Art. seus riscos e vulnerabilidades específicas.atuação territorial. IV . decorrentes de situações de perigo iminente. coordenação e execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde. as Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 h) e o conjunto de Serviços de Urgência 24 Horas não hospitalares devem prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza clínica e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica ou de trauma. psiquiátricas. definindo. fortalecimento do vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado às urgências e emergências. vinculado a um equipamento de saúde. Art. 12. mas que necessita ser conduzido a outro serviço de maior complexidade para a continuidade do tratamento.Art. articulado e conectado aos outros níveis de atenção. em ambiente adequado. pelas enfermarias de retaguarda. 13. O Componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas está assim constituído: I . sequelas ou mesmo à morte. O Componente de que trata o caput deste artigo não se caracteriza como novo serviço de saúde para assistência a toda demanda espontânea. Art. pediátricas. 7º O Componente Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica. constituindo-se nova modalidade de atenção à saúde que acontece no território e reorganiza o processo de trabalho das equipes. estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial. com condições de garantir a assistência 24 horas. 6º O Componente Atenção Básica em Saúde tem por objetivo a ampliação do acesso. mas sim para garantir a disponibilidade de atendimento para estabilização dos agravos críticos à saúde. de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade. Art. O Componente de que trata o caput deste artigo pode se referir a atendimento primário quando o pedido de socorro for oriundo de um cidadão ou de atendimento secundário quando a solicitação partir de um serviço de saúde no qual o paciente já tenha recebido o primeiro atendimento necessário à estabilização do quadro de urgência apresentado. Art. até a transferência/encaminhamento a outros pontos de atenção. . a necessidade ou não. obstétrica. 9º O Componente Força Nacional de Saúde do SUS objetiva aglutinar esforços para garantir a integralidade na assistência em situações de risco ou emergenciais para populações com vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso. cirúrgica. Parágrafo único. devendo com estas compor uma rede organizada de atenção às urgências. que ocorrem no domicílio. sendo necessário. e II . Art. pelos leitos de cuidados intensivos. em todos os casos. Parágrafo único. entre outras) que possa levar a sofrimento. considerando-se seus riscos. para posterior encaminhamento à rede de atenção a saúde pela central de regulação das urgências. 10. com a implantação de acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades. CAPÍTULO III DA OPERACONALIZAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS Art. prevenção e tratamento de doenças e reabilitação. A operacionalização da Rede de Atenção às Urgências dar-se-á pela execução de 5 (cinco) fases: I . pelos serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório e pelas linhas de cuidados prioritárias. O Componente Hospitalar será constituído pelas Portas Hospitalares de Urgência. traumática. O Componente Atenção Domiciliar é compreendido como o conjunto de ações integradas e articuladas de promoção à saúde.a Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h) é o estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e a Rede Hospitalar.Fase de Adesão e Diagnóstico: a) apresentação da Rede de Atenção às Urgências nos Estados e no Distrito Federal. 11. pautando-se pela equidade na atenção. Art. garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao SUS. ambulatorial e hospitalar. 8º O Componente Sala de Estabilização deverá ser ambiente para estabilização de pacientes críticos e/ou graves. 46 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . quando necessário. que realizam o cuidado domiciliar na atenção primária. metas a serem cumpridas. com apoio institucional da SES.Fase da Certificação: a certificação será concedida pelo Ministério da Saúde aos gestores do SUS. Estado.Fase da Qualificação dos Componentes: a qualificação dos Componentes da Rede de Atenção às Urgências será definida na portaria específica de cada um dos Componentes.Fase do Desenho Regional da Rede: a) realização de análise da situação dos serviços de atendimento às urgências. mecanismos de regulação. descritas na alínea "c" do inciso I do art. do transporte para as urgências. com o(s) ponto(s) de atenção à saúde da Rede de Atenção às Urgências sob sua gestão. com apoio institucional do Ministério da Saúde. IV . da avaliação. o estabelecimento de responsabilidades e o aporte de recursos pela União. Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS) e apoio institucional do Ministério da Saúde. dimensionamento da demanda das urgências. e d) elaboração dos Planos de Ação Municipais dos Municípios integrantes da CIR.b) realização de diagnóstico e aprovação da região inicial de implementação da Rede de Atenção às Urgências na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nos Estados e no Colegiado de Gestão da Secretaria de Estado da Saúde do Distrito Federal (CGSES/DF). e 4.Fase da Contratualização dos Pontos de Atenção: a) contratualização pela União. e b) instituição do Grupo Condutor Municipal em cada Município que compõe a CIR. 14. e terá as mesmas atribuições do Grupo Condutor Estadual. III . mobilizar os dirigentes políticos do SUS em cada fase. de acordo com o Plano de Ação Regional e os Planos de Ação Municipais. formado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES). 13. identificar e apoiar a solução de possíveis pontos críticos em cada fase. do controle. § 1º As Secretarias Municipais de Saúde deverão constituir e coordenar Comitês Gestores Municipais da Rede de Atenção às Urgências. Os Comitês Gestores de Atenção às Urgências já existentes deverão ser mantidos e deverão ser apresentadas propostas de estruturação e funcionamento de novos Comitês nos âmbitos Estadual. monitoramento e avaliação. com detalhamento técnico de cada componente da Rede. que terá como atribuições: 1. pelo Estado. da vigilância epidemiológica. monitorar e avaliar o processo de implantação/implementação da rede. após a etapa de qualificação dos Componentes da Rede de Atenção às Urgências. e V . CAPÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. incluindo dados demográficos e epidemiológicos. do apoio diagnóstico. § 3º A contratualização dos Pontos de Atenção é o meio pelo qual o gestor. § 1º O Grupo Condutor da Rede de Atenção às Urgências no Distrito Federal será composto pela Secretaria de Saúde e pela CGSES/DF. Regional e Municipal nos locais onde ainda não existem. com o apoio da Secretaria de Saúde. § 2º O Plano de Ação Regional e o Plano de Ação Municipal serão os documentos orientadores para a execução das fases de implementação da Rede de Urgência e Emergência. . no CGSES/DF e na CIB. seja ele o Município. com avaliação periódica. apoiar a organização dos processos de trabalho voltados a implantação/implementação da rede. 3. b) elaboração da proposta de Plano de Ação Regional. c) aprovação do Plano de Ação Regional na CIR. com dados primários. pelo Distrito Federal ou pelo Município dos pontos de atenção da Rede de Urgência e Emergência. observadas as responsabilidades definidas para cada Componente da Rede de Atenção às Urgências no desenho regional. assim como para o monitoramento e a avaliação da implementação da Rede pelo Grupo Condutor Estadual e pelo Ministério da Saúde. cronograma de implantação. Distrito Federal e Municípios envolvidos. II . o Estado. pela Comissão Intergestores Regional (CIR) e pelo CGSES/DF. estabelece metas quantitativas e qualitativas do processo de atenção à saúde. da auditoria e do controle externo. em consonância com o Plano de Ação Regional. onde constarão as responsabilidades que deverão ser cumpridas e as ações que serão desenvolvidas. dimensionamento da oferta dos serviços de urgência existentes e análise da situação da regulação. e c) instituição de Grupo Condutor Estadual da Rede de Atenção às Urgências. garantindo a adequada articulação entre os entes gestores e os executores das ações e as Secretarias Estaduais de Saúde deverão constituir e coordenar os Comitês Gestores Estaduais e os Comitês Gestores Regionais do Sistema de Atenção às Urgências. 47 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 2. o Distrito Federal ou a União. contemplando o desenho da Rede Atenção às Urgências. representante do gestor municipal da área de trânsito.representante do Corpo de Bombeiros.representantes dos serviços de saúde (prestadores da área das urgências). de 6 de outubro de 2003.048/GM/MS. e Considerando a Portaria nº 2. 56. Seção 1. 87 da Constituição. os indicadores deverão ser analisados segundo critérios de regionalização. em suas instâncias de representação institucional que permitirão que os atores envolvidos na estruturação da atenção às urgências possam discutir. IV . onde essas corporações atuem na atenção às urgências.§ 2º Os Comitês Gestores da Rede de Atenção às Urgências representarão o espaço formal de discussão e implementação das correções necessárias à permanente adequação do sistema de atenção integral às urgências. III . Art. Fica revogada a Portaria nº 1863/GM/MS.representante da Defesa Civil. . de 5 de novembro de 2002. § 3º Nos Comitês Gestores Estaduais da Rede de Atenção às Urgências. das empresas concessionárias de rodovias. DE 7 DE JULHO DE 2011 Estabelece diretrizes para a implantação do componente Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgências. avaliar e pactuar as diretrizes e ações prioritárias.representantes dos serviços de saúde (prestadores da área das urgências). subordinadas às estruturas de pactuação do SUS nos seus vários níveis. § 4º O relatório da situação da atenção estadual às urgências elaborado nos termos do parágrafo anterior será remetido à Coordenação-Geral de Urgência e Emergência (CGUE/DAE/SAS/MS). pela Defesa Civil Estadual. e VII -conforme a necessidade justificar. tenham a seguinte composição: I . p. Guarda Municipal. buscando-se construir um quadro descritivo completo da atenção estadual às urgências. pelo COSEMS. IV . de 29 de setembro de 2003. 48 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . limites e necessidades a serem enfrentadas no contexto da macro e micro regulação (regional e local). apontando aspectos positivos.representante do Conselho Municipal de Saúde. II . V . representantes do Corpo de Bombeiros. Civil e Militar. e VIII . em conformidade com a Política Nacional de Atenção às Urgências.conforme a necessidade justificar. Polícias Rodoviária. II . III . V . Marinha e Exército brasileiros. 16. representado por Coordenadores Municipais de Atenção às Urgências. onde comporá a base nacional de dados relativa à atenção às urgências. PORTARIA Nº 1. § 6º Fica recomendado que os Comitês Gestores das Redes Regionais de Atenção às Urgências. Civil e Militar. Polícias Rodoviária. no uso das atribuições que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. dentro das diretrizes estabelecidas pelos Planos de Atenção às Urgências. que institui o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência.representante dos gestores municipais e estadual da área de trânsito e transportes. VI .Coordenadores Municipais da Atenção às Urgências. 15. representantes da Aeronáutica.601. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE.representante da Defesa Civil Municipal. com sugestão de estudar a necessidade ou oportunidade de se incorporarem a eles representantes das Forças Armadas Brasileiras. publicada no Diário Oficial da União nº 193.Coordenador Regional da Rede de Atenção às Urgências ou outro representante da SES que assuma tal função. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Marinha e Exército brasileiros. Art. da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Polícia Rodoviária e do Conselho Estadual de Saúde.Coordenador Municipal da Rede de Atenção às Urgências. dificuldades. sob coordenação estadual e com fluxo operacional compatível e de acordo com a realidade regional. § 7º Fica recomendado que os Comitês Gestores das Redes Municipais de Atenção às Urgências tenham a seguinte composição mínima: I . § 5º Fica recomendado que os Comitês Gestores Estaduais da Rede de Atenção às Urgências sejam compostos pelo Coordenador Estadual do Sistema de Atenção às Urgências. onde essas corporações atuem na atenção às urgências.representante do Corpo de Bombeiros. representantes da Aeronáutica. VI . de 28 de março de 2006. Considerando o perfil de morbimortalidade do Brasil onde os quadros relativos às urgências são de alta relevância epidemiológica e social. § 1º A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24 h) é o estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e a Rede Hospitalar. resolve: Art. unidades hospitalares. que aprova a Política Nacional de Atenção Básica e no item 5 do Anexo estabelece como característica do processo de trabalho das equipes neste nível de atenção a realização de primeiro atendimento às urgências médicas e odontológicas. construindo fluxos . materiais e equipamentos mínimos obrigatórios. de 30 de dezembro de 2010. considerando a identificação do paciente que necessite de tratamento imediato.gov. em Defesa do SUS e de Gestão. Considerando a Política Nacional de Humanização e suas diretrizes relativas aos serviços de urgência.saude. qualificada e pactuada ao atendimento móvel. atendimento clínico. conforme a Portaria nº 399/GM/MS. e Considerando a necessidade de aprimorar as condições para a implementação de todos os componentes da Política Nacional de Atenção às Urgências. Considerando a Portaria nº 204/GM/MS. notadamente no que diz respeito às responsabilidades do Termo de Compromisso de Gestão Federal. de 7 de julho de 2011.quanto ao mobiliário.acolher os pacientes e seus familiares sempre que buscarem atendimento na UPA 24 h.Pactos pela Vida.implantar processo de Acolhimento com Classificação de Risco. V . em conformidade com a lógica de acolhimento e de classificação de risco. Considerando a Portaria nº 1600/GM/MS.estabelecer e adotar o cumprimento de protocolos de acolhimento. 49 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . II . com o respectivo monitoramento e controle. atualizando-os sempre que a evolução do conhecimento tornar necessário. que regulamenta o financiamento e a transferência dos recursos federais para as ações e os serviços de saúde.279.funcionar de modo ininterrupto nas 24 horas. de 11 de novembro de 2010. de 22 de fevereiro de 2006. § 3º As ações a serem desenvolvidas constarão no Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências e deverão considerar as seguintes diretrizes: I . Art. que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS. no endereço http://www. III . agravos à saúde ou grau de sofrimento.gov.quanto à definição dos fluxos e da estrutura física mínima para UPA 24 h. e III . SAMU 192. que estabelece critérios para alimentação dos Bancos de Dados Nacionais dos Sistemas de Informação da Atenção à Saúde.Considerando as Diretrizes Operacionais do Pacto pela Saúde . devendo com estas compor uma rede organizada de atenção às urgências.saude. Considerando a prioridade de pactuação de diretrizes para financiamento de ações voltadas à organização da rede de atenção à urgência e emergência. 1º Esta Portaria estabelece diretrizes para implantação do componente Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas da Rede de Atenção às Urgências. por porte. IV . 2º A UPA 24 h tem as seguintes competências na Rede de Atenção às Urgências: I . de 29 de janeiro de 2007. deverá ser observado o modelo disponível no portal do Ministério da Saúde. Considerando a Portaria nº 4. deverá ser considerado o modelo disponível no portal do Ministério da Saúde. Estaduais e Municipais. no endereço http://www. em todos os dias da semana. com estabelecimento do potencial de risco. que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Considerando a Portaria nº 3.br/sas.quanto à caracterização visual das unidades deverá ser observado o modelo disponível no portal do Ministério da Saúde. de classificação de risco e de procedimentos administrativos conexos.462/GM/MS.br/sas. II . unidades de apoio diagnóstico e terapêutico e com outros serviços de atenção à saúde.articular-se com unidades básicas de saúde/saúde da família. Considerando a expansão da Rede Nacional do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e a necessidade de dar retaguarda adequadamente estruturada.gov. incluídos feriados e pontos facultativos. Considerando a Portaria nº 648/GM/MS. na forma de blocos de financiamento. § 2º As Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24 h) devem ser implantadas em locais/unidades estratégicas para a configuração da rede de atenção às urgências.saude. em ambiente especifico. de modo a priorizar atendimento em conformidade com o grau de sofrimento ou a gravidade do caso. por porte.br/sas. no endereço http://www. além de incentivo de mobiliário. de modo a definir. XV . Art. XI . gestão de pessoas e a capacidade diária de realizar atendimentos médicos. II .fornecer retaguarda às urgências atendidas pela Rede de Atenção Básica.prestar apoio diagnóstico e terapêutico ininterrupto nas 24 horas. e XVIII . 3º As UPA 24h são classificadas em três (3) diferentes portes.000 200.UPA Ampliada: aquela unidade que receberá incentivo financeiro de investimento para acréscimo de área a uma edificação já existente. além de incentivo de mobiliário.possuir equipe multiprofissional interdisciplinar compatível com seu porte.UPA Nova: aquela unidade que receberá incentivo financeiro de investimento para nova construção.garantir apoio técnico e logístico para o bom funcionamento da Unidade.000 a 100. materiais e equipamentos. deverá contemplar o Plano de Ação Regional de forma que seja garantido o atendimento de urgência. por período de até 24 horas. em todos os casos. a capacidade instalada (área física).prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza clínica. inclusive pediátrica. conforme antes mencionado.001 a 1. de acordo com a população do Município sede.prover atendimento e/ou referenciamento adequado a um serviço de saúde hierarquizado.solicitar retaguarda técnica ao SAMU 192. IX .001 a 1. VIII . estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial. § 1º Para a UPA Nova serão destinados os valores definidos conforme o quadro a seguir: . cirúrgica e traumática do usuário. no conjunto de serviços de urgências 24 horas da rede de atenção.realizar atendimentos e procedimentos médicos e de enfermagem adequados aos casos demandados à unidade. a necessidade ou não de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade.funcionar como local de estabilização de pacientes atendidos pelo SAMU 192. 50 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .UPA Reformada: aquela unidade que receberá incentivo de custeio para alteração em ambiente já existente sem acréscimo de área.000 habitantes m² até 300 pacientes 4 médicos 11 leitos 200.coerentes e efetivos de referência e contra referência e ordenando esses fluxos por meio de Centrais de Regulação Médica de Urgências e complexos reguladores instalados na região.000 habitantes PORTE I II PORTE III 700 m² até 150 pacientes 2 médicos 7 leitos 100. XII . considerandose: I . para elucidação diagnóstica e/ou estabilização clínica.300 300. 4º Fica instituído incentivo financeiro de investimento e custeio para as UPA 24 h. X . mobiliário. Art. A composição da equipe médica. XIII . XIV -encaminhar para internação em serviços hospitalares os pacientes que não tiverem suas queixas resolvidas nas 24 horas de observação.manter pacientes em observação. materiais e equipamentos. VII . XVI . conforme o quadro a seguir: UPA POPULAÇÃO DA ÁREA NÚMERO DE NÚMERO NÚMERO ÁREA DE FÍSICA ATENDIMENTOS MÍNIMO DE MÍNIMO DE ABRANGÊNCIA DA MINÍMA MÉDICOS EM 24 MÉDICOS POR LEITOS DE UPA HORAS PLANTÃO OBSERVAÇÃO PORTE 50. e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica e de trauma. materiais e equipamentos.realizar consulta médica em regime de pronto atendimento aos casos de menor gravidade. número de leitos disponíveis. por meio das centrais reguladoras. sempre que a gravidade/complexidade dos casos ultrapassarem a capacidade instalada da Unidade. proporcionando continuidade ao tratamento com impacto positivo no quadro de saúde individual e coletivo. VI .contra referenciar para os demais serviços de atenção integrantes da Rede de Atenção às Urgências. III . XVII .000 habitantes m² até 450 pacientes 6 médicos 15 leitos Parágrafo único. de acordo com as especialidades. regulado e integrado à Rede de Atenção às Urgências a partir da complexidade clínica. PORTE Incentivo Financeiro de investimento (edificação/mobiliário, materiais e equipamentos) UPA Porte I R$ 1.400.000,00 UPA Porte II R$ 2.000.000,00 UPA Porte III R$ 2.600.000,00 § 2º Os recursos financeiros referentes ao incentivo para a UPA Ampliada e para a UPA Reformada serão discriminados em normatização específica da Secretaria de Atenção a Saúde (SAS/MS) nos valores máximos a serem repassados de acordo com o previsto no artigo 4º. § 3º No caso das UPA existentes e cadastradas no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) que pleitearem ampliação e reforma, bem como aquisição de equipamentos, materiais e mobiliários, levar-se-á em consideração a relevância das mesmas na rede de atenção às urgências com suas responsabilidades assistenciais devidamente definidas e pactuadas com os demais componentes dessa rede e o porte populacional conforme o artigo 3º. § 4º Os incentivos de que tratam o § 1º deste artigo dizem respeito aos valores máximos a serem repassados pelo Ministério da Saúde para implantação das unidades, de acordo com o respectivo porte. § 5º Na eventualidade do valor das propostas apresentadas pelos gestores serem maiores que o estabelecido no § 1º deste artigo, a diferença deverá correr por conta dos gestores locais, de acordo com pactuação na Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Art. 5º Fica estabelecido que o repasse dos incentivos financeiros de investimento para a UPA Nova seja realizado pelo Fundo Nacional de Saúde, de forma regular e automática, na forma abaixo definida: I - primeira parcela, equivalente a 10% do valor total aprovado: após a publicação da portaria específica de habilitação para o recebimento; II - segunda parcela, equivalente a 80% do valor total aprovado mediante apresentação dos documentos relacionados abaixo e autorizado pela Secretaria de Atenção à Saúde: a) ordem de início do serviço, assinada pelo Gestor Local e por profissional habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA); b) documento comprobatório da posse e/ou propriedade pública do terreno; c) projeto básico de arquitetura; d) memorial descritivo da obra; e e) cronograma físico-financeiro; III - terceira parcela, equivalente a 10% do valor total aprovado: após a conclusão da edificação da unidade, e a apresentação do respectivo atestado, assinado por profissional habilitado pelo CREA e autorizado pela SAS/MS. Parágrafo Único. Em caso da não aplicação dos recursos ou do descumprimento por parte do beneficiário dos compromissos assumidos, os respectivos recursos deverão ser imediatamente devolvidos ao Fundo Nacional de Saúde, acrescidos da correção monetária prevista em lei, cuja determinação decorrerá das fiscalizações promovidas pelos órgãos de controle interno, compreendendo os componentes do Sistema Nacional de Auditoria do SUS (SNA) em cada nível de gestão, e órgãos de controle externo. Art. 6º Fica estabelecido que o repasse dos incentivos financeiros de investimento para UPA Ampliada e/ou UPA Reformada de que trata esta Portaria seja realizado pelo Fundo Nacional de Saúde, de forma regular e automática, em duas parcelas, na forma abaixo definida: I - primeira parcela, equivalente a 30% do valor total aprovado: após a publicação de portaria específica de habilitação para o recebimento do recurso, II - segunda parcela, equivalente a 70% do valor total aprovado: após a apresentação da seguinte documentação e autorização pela Secretaria de Atenção à Saúde: a) ordem de início do serviço, assinada pelo Gestor Local e por profissional habilitado pelo CREA; e b) documento comprobatório da posse e/ou propriedade pública do terreno. § 1º Para o recebimento da segunda parcela, é necessário que o gestor apresente previamente, para análise e aprovação da CGUE/DAE/SAS/MS, o projeto básico de arquitetura, o memorial descritivo da obra e o cronograma físico-financeiro, ficando a liberação da segunda parcela vinculada à apresentação dos documentos previstos no inciso II do caput deste artigo. § 2º Em caso da não aplicação dos recursos ou do descumprimento por parte do beneficiário dos compromissos assumidos, os respectivos recursos deverão ser imediatamente devolvidos ao Fundo Nacional de Saúde, acrescidos da correção monetária prevista em lei, cuja determinação decorrerá das . 51 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA fiscalizações promovidas pelos órgãos de controle interno, compreendendo os componentes do SNA em cada nível de gestão, e órgãos de controle externo. Art. 7º Fica estabelecido que o repasse de recurso de custeio para reforma de que trata esta Portaria seja realizado pelo Fundo Nacional de Saúde, de forma regular e automática, após a publicação específica de habilitação para o recebimento do recurso. § 1º Em caso da não aplicação dos recursos ou do descumprimento por parte do beneficiário dos compromissos assumidos, os respectivos recursos deverão ser imediatamente devolvidos ao Fundo Nacional de Saúde, acrescidos da correção monetária prevista em lei, cuja determinação decorrerá das fiscalizações promovidas pelos órgãos de controle interno, compreendendo os componentes do SNA em cada nível de gestão, e órgãos de controle externo. Art. 8º Fica estabelecido prazo máximo de 90 (noventa) dias após a conclusão da obra e/ou reforma para que a UPA Nova, Reformada ou Ampliada inicie efetivo funcionamento e, caso haja descumprimento do disposto neste artigo, o gestor estará sujeito à devolução imediata dos recursos financeiros repassados. Art. 9º Fica definido que, para a habilitação aos recursos financeiros para construção, ampliação e reforma de UPA 24 h, os gestores do SUS deverão submeter as respectivas propostas à SAS/MS. § 1º Para fins desta Portaria, define-se habilitação como sendo o processo no qual o Estado, Município ou o Distrito Federal cumpre determinados requisitos e fica apto para o recebimento dos recursos financeiros repassados pelo Ministério da Saúde, tanto para investimento quanto para custeio. § 2º O detalhamento técnico do componente UPA 24 h e o conjunto de serviços de urgência 24 horas deve constar do Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências e será encaminhado à SAS/MS para avaliação e aprovação utilizando o Sistema de Proposta de Projetos Fundo a Fundo, disponível no sitio eletrônico do Fundo Nacional de Saúde (FNS/SE/MS). § 3º O detalhamento técnico do componente UPA 24 h e o conjunto de serviços de urgência 24 horas do Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências deverá conter: I - compromisso formal do respectivo gestor de prover a UPA 24 h com equipe horizontal de gestão do cuidado na unidade, sendo de responsabilidade dos gestores a definição de estratégias que visem garantir retaguarda médica, de enfermagem, de pessoal técnico e de apoio administrativo, nas 24 horas, possibilitando o primeiro atendimento/estabilização a pacientes acometidos por qualquer tipo de urgência; II - quantitativo populacional a ser coberto pela UPA 24 h, devendo esse quantitativo ser compatível com os respectivos portes de UPA 24h estabelecidos pelo artigo 3º da presente Portaria; III - informação da existência, na área de cobertura da UPA 24 h, de SAMU-192 habilitado e, na ausência deste, apresentação de termo de compromisso de implantação de SAMU dentro do prazo de implantação da UPA 24 h; IV - informação da cobertura da Atenção Básica de, no mínimo, 50% do Município sede da UPA 24 h; V - compromisso e programação da implantação da classificação de risco no acolhimento dos usuários à unidade, de acordo com padrões nacionais e/ou internacionais reconhecidos; VI - grades de referência e contra referência pactuadas em nível loco regional com as Unidades de Atenção Básica/Saúde da Família, como também com os hospitais de retaguarda, o Serviço de Atendimento Móvel às Urgências e, quando houver, o transporte sanitário; VII - compromisso formal do respectivo gestor da retaguarda hospitalar; VIII - adesão ao Pacto pela Saúde ou a demonstração do processo de adesão em curso; IX - ato de designação da Coordenação da Rede de Urgência, conforme a Portaria nº 2048/GM/MS, de 5 de novembro de 2002 (Resolução da Secretaria Estadual ou Municipal de Saúde); e X - declaração do gestor local da exclusividade de aplicação dos recursos financeiros repassados pela União para implantação da UPA 24 h, com garantia da execução desses recursos para este fim. § 4º O componente UPA 24 h e o conjunto de serviços de urgência 24 horas do Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências deve ser enviado ao Conselho de Saúde do Município-sede da UPA 24 h para análise e aprovação e pactuado na Comissão Intergestores Regional (CIR) e na CIB. § 5º Uma vez aprovada a proposta pelo Ministério da Saúde, será emitida Portaria específica de habilitação. Art. 10 Para fins desta portaria, define-se qualificação como sendo o processo pelo qual a UPA 24 h habilitada contempla os requisitos abaixo mencionados: . 52 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA I - verificação dos compromissos assumidos do componente UPA 24 h e o conjunto de serviços de urgência 24 horas no Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências através de relatório de visita técnica realizada pela CGUE/DAE/SAS/MS; II - classificação de risco implantada com horizontalização da gestão do cuidado, validado em relatório de visita técnica realizada pela CGUE/DAE/SAS/MS; III - inserção da unidade nas centrais de regulação que garanta o atendimento de urgência, além da retaguarda de leitos, de consultas especializadas, de cirurgias, procedimentos, dentre outras; IV - comprovação do efetivo funcionamento da grade de referência e contra referência instituída nas centrais de regulação, validado em relatório de visita técnica realizada pela CGUE/DAE/SAS/MS; V -estabelecimento e implantação de protocolos de atendimento clínico, de classificação de risco e de procedimentos administrativos, verificados através de visita técnica realizada pela CGUE/DAE/SAS/MS; VI - comprovação da cobertura do SAMU 192 através da portaria de habilitação publicada no Diário Oficial da União (DOU); VII - avaliação da articulação da UPA 24 h, SAMU 192 e Atenção Básica através de relatório da visita técnica realizada pela CGUE/DAE/SAS/MS; VIII - comprovação de desenvolvimento de atividades de educação permanente por iniciativa própria ou por meio de cooperação; IX - comprovação da cobertura da Atenção Básica do Município sede da UPA 24 h, subscrito pelo gestor municipal, que não deverá ser menor do que o informado na data de habilitação da unidade; X - relatório anual de indicadores de desempenho do serviço; e XI - relatório de visita técnica realizada pela CGUE/DAE/SAS/MS que ateste a manutenção da padronização da estrutura física visual da unidade. Parágrafo único. Para recebimento do recurso de custeio, as UPA Ampliadas e Reformadas devem obrigatoriamente ser qualificadas, sendo facultativa a qualificação para as UPA Novas. Art. 11 O processo de qualificação obedecerá ao seguinte fluxo: I - a unidade interessada deverá inserir as informações referentes ao cumprimento dos requisitos mencionados no artigo 8º desta Portaria no sitio eletrônico do FNS/SE/MS, com utilização do Sistema de Proposta de Projetos Fundo a Fundo; II - após verificação do cumprimento dos requisitos, será emitido parecer conclusivo da CGUE/DAE/SAS/MS; e III - A qualificação da unidade se dará através de Portaria Ministerial, publicada no DOU. Parágrafo único. A qualificação será válida por 02 (dois) anos, devendo ser renovada em novo processo de reavaliação, com possibilidade de cancelamento ou suspensão a qualquer momento se descumpridos os requisitos obrigatórios. Art. 12 Fica definido que as despesas de custeio das UPA 24 h são de responsabilidade compartilhada, de forma tripartite, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. § 1º O Ministério da Saúde repassará, a título de participação no custeio mensal da UPA Nova, os valores a seguir discriminados. UPA UPA HABILITADA (VALOR UPA HABILITADA E CUSTEIO/MÊS) R$ QUALIFICADA (VALOR CUSTEIO/MÊS) R$ PORTE I 100.000,00 170.000,00 PORTE II 175.000,00 300.000,00 PORTE III 250.000,00 500.000,00 § 2º Para as UPA Ampliada e Reformada, o Ministério da Saúde repassará, a título de participação no custeio mensal, os valores a seguir discriminados. UPA UPA HABILITADA E QUALIFICADA (VALOR CUSTEIO/MÊS) PORTE I 100.000,00 PORTE II 175.000,00 PORTE III 300.000,00 . 53 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA § 3º Para recebimento dos valores relacionados ao custeio, o gestor deverá demonstrar o funcionamento da unidade e a implantação do Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências, o que gerará a publicação, pelo Ministério da Saúde, de portaria específica de habilitação e qualificação da unidade para fins de torná-la apta ao recebimento do custeio. § 4º A demonstração de funcionamento da unidade pelo gestor ocorrerá através da apresentação da seguinte documentação: I - declaração de equipamentos instalados; III - declaração de RH da UPA e, III - declaração de funcionamento da unidade. § 5º Aos gestores que pleitearem somente o custeio de UPA 24 h existente, será necessária, além da apresentação dos documentos do parágrafo anterior, a apresentação dos documentos exigidos pelo art. 6º. § 6º Habilitada e/ou qualificada a unidade, o Fundo Nacional de Saúde repassará, de forma regular e automática, os recursos destinados a despesas com custeio aos respectivos fundos de saúde para manutenção dos serviços efetivamente implantados, devendo compor o Bloco de Financiamento da Atenção de Média e Alta Complexidade Ambulatorial e Hospitalar. § 7º A complementação dos recursos necessários ao custeio da UPA 24 h é de responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, em conformidade com a pactuação estabelecida na respectiva CIB. § 8º É obrigatória a inscrição da UPA 24 h no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) e a alimentação dos Sistemas de Informação do SUS (SIA e SIH) com os dados de produção de serviços das unidades habilitadas, mesmo que não-geradores de pagamento de procedimentos por produção, ficando estabelecido que a não-alimentação dos bancos de dados nacionais por 3 (três) meses consecutivos implicará a suspensão do repasse de recursos de custeio, de acordo com a Portaria nº 3462/GM/MS, de 11 de novembro de 2010. Art. 13 Os recursos orçamentários de que tratam esta Portaria são oriundos do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar o Programa de Trabalho 1220 -Assistência Ambulatorial e Hospitalar Especializada, nas seguintes ações: I - 10.302.1220.8933 - Serviço de Atenção às Urgências e Emergências na Rede Hospitalar; II - 10.302.1220.8585 - Atenção à Saúde da População para Procedimentos de Média e Alta Complexidade; e III - 10.302.1220.8535 - Estruturação de Unidades de Atenção Especializada em Saúde. Art. 14 Fica definido, para os efeitos do disposto nesta Portaria, que o Distrito Federal seja tratado como Estado, no que couber, e de acordo com as suas peculiaridades de ente federado, nos termos da Constituição Federal. Art. 15 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 16 Fica revogada a Portaria nº 1.020/GM/MS, de 13 de maio de 2009, publicada no Diário Oficial da União nº 91, Seção 1, pág. 58, sem prejuízo dos financiamentos concedidos durante a vigência da Portaria. PORTARIA Nº 2.026, DE 24 DE AGOSTO DE 2011 Aprova as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação Médica das Urgências, componente da Rede de Atenção às Urgências. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso da atribuição que lhe conferem os incisos I e II do parágrafo único do art. 87 da Constituição, e Considerando o Decreto nº 5.055, de 27 de abril de 2004, que institui o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em Municípios e regiões do território nacional; Considerando o quadro brasileiro de morbimortalidade relativo às urgências, inclusive as relacionadas ao trauma e à violência, contempladas no Anexo da Portaria nº 737/GM/MS, de 16 de maio de 2001, que aprova a Política Nacional de Redução da Morbimortalidade por Acidentes e Violências; . 54 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Considerando a necessidade de implantação e implementação do processo de regulação da atenção às urgências, a partir de Centrais de Regulação Médica das Urgências, que integram o Complexo Regulador da Atenção, conforme previsto na Portaria nº 356/SAS/MS, de 22 de setembro de 2000; Considerando a Portaria nº 2.048/GM/MS, de 5 de novembro de 2002, que institui o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência; Considerando a Portaria nº 2.657/GM/MS, de 16 de dezembro de 2004, que estabelece as atribuições das Centrais de Regulação Médica de Urgências e o dimensionamento técnico para a estruturação e operacionalização das Centrais SAMU 192; Considerando a Portaria nº 399/GM/MS, de 22 de fevereiro de 2006, que divulga o Pacto pela Vida e que estabelece a regionalização como uma das diretrizes para a gestão dos sistemas de saúde; Considerando a Portaria nº 2.971/GM/MS, de 8 de dezembro de 2008, que institui o veículo motocicleta - motolância como integrante da frota de intervenção do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência em toda a Rede SAMU 192 e define critérios técnicos para sua utilização; Considerando a Portaria nº 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS); Considerando a Portaria nº 1.600/GM/MS, de 7 de julho de 2011, que reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no SUS; Considerando a baixa cobertura populacional e a insuficiente oferta de serviços de atendimento móvel com estrutura e funcionamento adequados à legislação vigente; Considerando o empenho do Ministério da Saúde em estimular a implantação de serviços de saúde responsáveis pelo atendimento móvel no País -SAMU 192; Considerando a premente necessidade de integrar e promover o sistema de captação de órgãos às necessidades de transplantes da população brasileira; Considerando a diversidade dos SAMU 192 implantados até o momento, quanto à abrangência populacional e à extensão territorial; Considerando a necessidade de extensão da cobertura do atendimento realizado pelo SAMU 192 a toda a população brasileira, ampliando o acesso e a abrangência do serviço; e Considerando a necessidade de qualificação da atenção à Urgência e Emergência nos pequenos Municípios, por meio de ganho de resolutividade para a Rede de Atenção à Saúde, resolve: Art. 1º Esta Portaria aprova as diretrizes para a implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e sua Central de Regulação Médica das Urgências, componentes da Rede de Atenção às Urgências. CAPÍTULO I DAS DEFINIÇÕES Art. 2º Para efeito desta Portaria, considera-se: I - SAMU 192: componente assistencial móvel da Rede de Atenção às Urgências que tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras) que possa levar a sofrimento, a sequelas ou mesmo à morte, mediante o envio de veículos tripulados por equipe capacitada, acessado pelo número "192" e acionado por uma Central de Regulação Médica das Urgências; II- Central de Regulação Médica das Urgências: estrutura física constituída por profissionais (médicos, telefonistas auxiliares de regulação médica (TARM) e rádio operadores (RO)) capacitados em regulação dos chamados telefônicos que demandam orientação e/ou atendimento de urgência, por meio de uma classificação e priorização das necessidades de assistência em urgência, além de ordenar o fluxo efetivo das referências e contra referências dentro de uma Rede de Atenção; III - incentivo: modalidade de repasse de recurso financeiro a ser utilizado tanto para investimento, quanto para custeio; IV - investimento: modalidade de repasse de recurso financeiro para construção, compra de unidades móveis, aquisição de equipamentos permanentes de saúde, de tecnologia de informação e mobiliário; V - custeio: modalidade de repasse de recurso financeiro para capacitação e educação permanente, manutenção das equipes efetivamente implantadas, reformas, insumos, manutenção de equipamentos e das unidades móveis de urgência; VI -habilitação: processo pelo qual o SAMU 192 e as Centrais de Regulação Médica das Urgências cumprem determinados requisitos do processo de habilitação, tornando-se aptos ao recebimento dos incentivos financeiros repassados pelo Ministério da Saúde, tanto para investimento quanto para custeio; . 55 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA podendo-se reduzir ou aumentar o quantitativo desses profissionais. nos termos definidos em ato do Ministro de Estado da Saúde. passando a fazer jus a novos valores de custeio. alimentação. por provocação do gestor local. um enfermeiro e um médico.Equipe de Aero médico: composta por no mínimo um médico e um enfermeiro.Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo 3 profissionais. de acordo com o tipo de atendimento a ser realizado.Equipe de Embarcação: composta por 2 (dois) ou 3 (três) profissionais. as Centrais de Regulação Médica das Urgências já existentes ou as novas Centrais que venham a se configurar deverão seguir os quantitativos mínimos de profissionais estabelecidos na Tabela 1 do Anexo a esta Portaria. CAPÍTULO III DA REGIONALIZAÇÃO Art. e um médico e um enfermeiro. V . 6º O componente SAMU 192 será regionalizado. com base em estudos dos padrões locais das demandas de chamada à Central de Regulação Médica das Urgências. desde que não comprometa a assistência. e III .TARM.Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo 2 (dois) profissionais. conforme definido no Plano de Ação Regional. CAPÍTULO II DA COMPOSIÇÃO Seção I Da Central de Regulação Médica das Urgências Art.Base Descentralizada: infraestrutura que garante tempo-reposta de qualidade e racionalidade na utilização dos recursos do componente SAMU 192 regional ou sediado em Município de grande extensão territorial e/ou baixa densidade demográfica. contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/técnico de enfermagem. a fim de ampliar o acesso às populações dos Municípios em todo o território nacional. em casos de suporte básico de vida. 3º Compõem a equipe da Central de Regulação Médica das Urgências: I -Médicos com capacitação em regulação médica das urgências (MR). IV . § 1º Cada região terá um Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências. sendo um condutor de veículo de urgência e um técnico ou auxiliar de enfermagem. II .RO.VII -qualificação: processo pelo qual o SAMU 192 e as Centrais de Regulação Médica das Urgências já habilitados cumprem requisitos de qualificação estabelecidos nesta Portaria. . 4º A partir da publicação desta Portaria. com a configuração mínima necessária para abrigo. 5º As Unidades Móveis para atendimento de urgência podem ser das seguintes espécies: I . por meio de diretrizes e parâmetros técnicos definidos pela presente Portaria.Veículo de Intervenção Rápida (VIR): tripulado por um condutor de veículo de urgência. sendo um condutor de veículo de urgência. e VI . 56 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . § 2º A mudança dos parâmetros numéricos dos profissionais médicos nas centrais de regulação prevista no §1º deste artigo deverá ser aprovada pela Comissão Intergestores Regional (CIR) e pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e validada pela Coordenação-Geral de Urgência e Emergência (CGUE/DAE/SAS/MS). um médico e um enfermeiro. II . e VIII . Art. § 1º O parâmetro numérico de médicos reguladores descritos na Tabela 1 do Anexo a esta Portaria poderá sofrer variação. conforto das equipes e estacionamento da(s) ambulância(s). III . em casos de suporte avançado de vida.Motolância: conduzida por um profissional de nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento para condução de Motolância. excepcionalmente. Seção II Das Unidades Móveis Art. Parágrafo único. 13. Parágrafo único. deverá ser utilizado.gov. 57 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . b) quantitativo de bases descentralizadas. tendo como base as diretrizes estabelecidas no Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências e na presente Portaria.fns. .br). consideradas as peculiaridades e as especificidades respectivas. a adequada atenção aos pacientes. A capacitação será promovida preferencialmente de forma direta pela Rede de Atenção às Urgências.§ 2º Para o planejamento. interiorização e ampliação do acesso ao SAMU 192. c) CEP e complemento do endereço das bases descentralizadas. na CIR e na CIB. CAPÍTULO V DO PROCESSO PARA IMPLANTAÇÃO E HABILITAÇÃO Art.Resolução da CIB. O componente SAMU 192 deverá dispor de programa de capacitação permanente. Parágrafo único. 7º A regionalização é pré-requisito para análise do componente SAMU 192 do Plano de Ação Regional e poderá ocorrer das seguintes formas: I -regionalização do SAMU 192 com proposta de agrupamento de Centrais de Regulação Médica das Urgências municipais ou regionais já existentes. O detalhamento técnico do componente SAMU 192 deve conter: I .implantação de novas Centrais Regionais de Regulação Médica das Urgências. o tempo adequado tecnicamente transcorrido entre a ocorrência do evento de urgência e emergência e a intervenção necessária. garantindo a integralidade do cuidado e a melhoria do acesso. implantação e implementação da regionalização.000 (trezentos e cinquenta mil) habitantes. Art. Art. II . 11. § 2º A Rede de Atenção às Urgências estará integrada por sistemas de informação e comunicação que lhe permita a perfeita compreensão das várias situações. II .saude. 8º Os Municípios com população igual ou superior a um milhão de habitantes poderão constituir por si só uma região. Art. 12. Art. § 3º As Coordenações Técnicas dos serviços do componente SAMU 192 deverão buscar atingir o parâmetro de tempo-resposta em cada região. O detalhamento técnico do componente SAMU 192 será encaminhado por meio do Sistema de Proposta de Projetos Fundo a Fundo. § 1º O componente SAMU 192 contemplará a rede de urgência em caráter regional. e III . o exercício da Teles saúde e. prioritariamente. 9º Somente serão implantados novos serviços SAMU 192 em caráter regional e só farão jus ao financiamento de investimento e/ou custeio as centrais com população coberta superior a 350. corroborando os propósitos da assistência nas redes de atenção e de acordo com o Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências. Art. 10. o parâmetro de tempo-resposta.regionalização do SAMU 192 com proposta de incorporação de novos Municípios às Centrais de Regulação Médica das Urgências já existentes. disponível no sitio eletrônico do Fundo Nacional de Saúde (www.informação dos Municípios abrangidos pelo componente SAMU 192 e do Município da Central de Regulação Médica das Urgências: a) CEP e o complemento do endereço da Central de Regulação Médica das Urgências. consequentemente. para fins de implantação de Central de Regulação Médica das Urgências. no sentido de se buscar a adequação da cobertura do componente SAMU 192 às peculiaridades regionais. A captação dos recursos federais necessários à implantação do componente SAMU 192 e sua Central de Regulação Médica das Urgências ficará condicionada ao envio do respectivo detalhamento técnico para a Secretaria de Atenção à Saúde. CAPÍTULO IV DA CAPACITAÇÃO Art. ou seja. O detalhamento técnico do componente SAMU 192 e sua Central de Regulação Médica das Urgências deve ser aprovado pelos gestores do Sistema Único de Saúde (SUS). do Ministério da Saúde (SAS/MS). Situações excepcionais serão analisadas pela área técnica da CGUE/DAE/SAS/MS. § 2º Caberá a SAS/MS avaliar a documentação encaminhada e emitir parecer técnico de aprovação da obra concluída e das demais condições de funcionamento do componente SAMU 192 e da Central de Regulação Médica das Urgências.termo de compromisso do gestor acerca da manutenção da padronização visual da Central de Regulação Médica das Urgências. aquisição de materiais. Para fins de recebimento dos valores destinados ao custeio do componente SAMU 192 e da Central de Regulação Médica das Urgências.projeto arquitetônico. IV . por meio do envio da documentação descrita a seguir: I . será editada portaria específica de liberação dos recursos financeiros de incentivo para construção. Art. V . II -cópia autenticada do Seguro contra Sinistro (além do DPVAT) das Unidades de Suporte Básico (USB) e/ou Unidades de Suporte Avançado (USA) ou documento do gestor contendo termo de compromisso de existência do Seguro contra Sinistro (além do DPVAT). II .documento solicitando o recurso para construção.documento de Adesão ao SAMU 192 dos Municípios integrantes.documento solicitando a liberação de ambulâncias. para que o componente SAMU 192 inicie efetivo funcionamento.Memorial Descritivo da Obra. 58 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .III .saude. 15. disponível no sitio eletrônico do Fundo Nacional de Saúde (www.fns. médico e enfermagem do SAMU. Após a conclusão da obra da Central de Regulação Médica das Urgências. 14.documento do gestor solicitando custeio. deverá ser encaminhada à SAS/MS a documentação descrita a seguir: I -portaria de nomeação do Coordenador Geral.termo de compromisso do gestor acerca da garantia de manutenção das ambulâncias. XIV . XII . . VIII . e V . 17.parecer do Coordenador-Geral do SAMU 192 Regional informando a data de início de funcionamento/operacionalização do serviço. IX -Termo de Compromisso de aplicação de recursos financeiros e descrição da localidade de repasse de recursos financeiros. III -documento comprovando funcionalidade do dígito 192 para recebimento de chamados (tronco 192) em toda área de cobertura e de que forma será o sistema de comunicação entre as ambulâncias e a Central de Regulação Médica das Urgências. e XV .documento Grade de Referência. conforme normatização específica.documento de Adesão ao Pacto pela Saúde. Fica estabelecido prazo máximo de 90 (noventa) dias.cronograma físico e financeiro da obra. V . Uma vez aprovado o detalhamento técnico pela SAS/MS. e VII .documento de finalização da obra da Central.documento de aprovação da obra pela Vigilância Sanitária Local.ata de aprovação do SAMU 192 pelo Comitê Gestor de Atenção às Urgências. Em caso de descumprimento do prazo estabelecido no caput. das bases descentralizadas das ambulâncias e dos uniformes para as equipes. § 1º A documentação descrita no caput será encaminhada por meio do Sistema de Proposta de Projetos Fundo a Fundo.gov.documento de Registro de Imóvel. III .cópia autenticada do licenciamento da USB e/ou USA. a contar do recebimento das ambulâncias. Parágrafo único. Art.documento solicitando curso de Regulação Médica. IV .documento Retaguarda Hospitalar.br). VI .escala de profissionais da Central de Regulação Médica das Urgências e das Unidades Móveis SAMU 192. ampliação ou reforma. ampliação ou reforma da Central de Regulação Médica das Urgências. com caracterização de vínculo empregatício. Art. mobiliário. XIII . equipamentos de tecnologia da rede de informática e demais equipamentos. IV . X . VI -Plano de Ação Regional de Atenção Integral às Urgências. devendo-se pormenorizar todas as Unidades Móveis que compõe a Central de Regulação Médica das Urgências. 16. Art. o gestor deverá demonstrar o funcionamento efetivo da unidade. VII . XI . o gestor estará sujeito à devolução imediata dos recursos financeiros repassados. declaração do gestor acerca do funcionamento da Rede de Atenção às Urgências. XI . ficando o valor do repasse vinculado ao processo de habilitação. 59 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . atestando a manutenção da padronização da estrutura física visual da Central de Regulação Médica e bases descentralizadas do SAMU 192. de 7 de julho de 2011. 18. VI .relatório de capacitação permanente dos servidores vinculados ao componente SAMU 192. CAPÍTULO VI DA QUALIFICAÇÃO Art.comprovação de habilitação da Central de Regulação Médica das Urgências e de todas as Unidades Móveis a ela vinculadas. mediante avaliação técnica do funcionamento da Central de Regulação Médica das Urgências e das Unidades Móveis. conforme o estabelecido no art. 19. com carga horária e conteúdo programático.Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências. com o software de regulação médica para a central. o Ministério da Saúde publicará portaria específica de habilitação da Central de Regulação Médica das Urgências e/ou das Unidades Móveis para fins de torná-las aptas ao recebimento dos recursos de custeio. IX .declaração da empresa de telefonia de que o dígito 192 está em funcionamento em toda a área de abrangência da Central de Regulação Médica das Urgências.relatório anual de indicadores de desempenho do serviço. Art.relatório com escala profissional atual da Central de Regulação Médica das Urgências e das equipes das Unidades Móveis seguindo o disposto nos arts. Parágrafo único. viabilizando a geração de relatórios estatísticos. Aprovada a documentação listada nos incisos do caput deste artigo. O descumprimento dos requisitos de qualificação ensejará a suspensão ou o cancelamento do repasse de recursos destinados às unidades qualificadas. com base na análise da documentação listada no art. mediante a apresentação ao Ministério da Saúde dos seguintes documentos: I . VIII . e XVI . devendo ser renovada em novo processo de avaliação pela CGUE/DAE/SAS/MS. contemplando a organização de toda a Rede de Atenção às Urgências em cada um de seus componentes. mecanismos de regulação. 20. 18. quando solicitada.comprovação de que a estrutura física está em conformidade com o disposto nesta Portaria. gravação de ligações. como forma de garantia de qualificação do serviço. X . XII -escala de serviço dos profissionais da Central de Regulação Médica e das equipes das Unidades Móveis. conforme diretrizes estabelecidas pela Portaria nº 1. II . discriminando situação atual. padronização visual dos uniformes das equipes.4º e 21 desta Portaria.relatório anual da instituição/empresa/órgão responsável pela manutenção preventiva e corretiva das Unidades Móveis e equipamentos médicos. 2º do Decreto nº 5. . A qualificação caberá a CGUE/DAE/SAS/MS. XV . 18. monitoramento e avaliação e o estabelecimento de responsabilidades de cada esfera de gestão. III . com a alteração de valores de custeio de que trata esta Portaria. IV -declaração do gestor acerca da existência e funcionamento de sistema de comunicação entre Central de Regulação e equipes das Unidades Móveis. cronograma de implantação. bem como as condições de funcionamento do serviço e avaliação do cumprimento do Plano de Ação Regional da Rede de Atenção às Urgências. sem a geração de ônus retroativo para o Ministério da Saúde. XII .600/GM/MS. de 27 de abril de 2004.cópia autenticada do licenciamento da Unidade Móvel. podendo ainda ser cancelada ou suspensa a qualquer momento.055. se descumpridos os requisitos obrigatórios estabelecidos no art. Art. cadastro de profissionais e gestão integral do funcionamento do serviço. VII .Parágrafo único. além do DPVAT.cópia autenticada do seguro contra sinistro da Unidade Móvel. metas a serem cumpridas. A Central de Regulação Médica das Urgências e o componente SAMU 192 já habilitados terão direito à qualificação.comprovação de que a identidade visual da Central de Regulação Médica das Urgências e suas bases descentralizadas está em conformidade com o preconizado pelo Ministério da Saúde. XIV -Relatório de Visita Técnica realizada pela CGUE/DAE/SAS/MS. V . observadas as peculiaridades da assistência em cada região.grade de referência atualizada da rede de assistência à saúde. A qualificação será válida por 2 (dois) anos. 23.R$ 20. Serão destinados recursos financeiros de investimento para a aquisição de materiais e mobiliário para as Centrais de Regulação Médica das Urgências. Art. 60 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 21.00 (sete mil reais) por mês.00 (doze mil e quinhentos reais) por mês. Art.R$ R$ 45. II . 27.R$ R$ 45.00 (quarenta e cinco mil novecentos e vinte e cinco reais) por mês. com consequente mudança no porte populacional. observado os valores máximos previstos na Tabela 2 do Anexo a esta Portaria.500.Equipe de Aero médico: a) aeronave habilitada . III .Equipe de Embarcação: a) Embarcação habilitada . § 2º A habilitação das novas equipes ficará sujeita ao encaminhamento à CGUE/DAE/SAS/MS da seguinte documentação: I . segundo parâmetros estabelecidos na Tabela 3 do Anexo a esta Portaria. desde que observado o art. Serão destinados recursos financeiros para a aquisição de Equipamentos de Tecnologia de Rede de Informática.500. será repassado o recurso financeiro complementar. b) Motolância habilitada e qualificada .00 (quarenta e cinco mil novecentos e vinte e cinco reais) por mês. Art.00 (vinte e sete mil e quinhentos reais) por mês. conforme Tabela 2 do Anexo a esta Portaria. 4º desta Portaria. e b) aeronave habilitada e qualificada .R$12. .00 (vinte e sete mil e quinhentos reais) por mês.R$27. Serão destinados recursos financeiros para construção de novas Centrais de Regulação Médica das Urgências do componente SAMU 192 ou ampliação/construção daquelas já existentes.R$27. segundo valores fixados na Tabela 4 do Anexo a esta Portaria. 4º. b) Unidade habilitada e qualificada .500.875. b) Unidade habilitada e qualificada . e II -planta de área física de adequação da Central de Regulação Médica das Urgências para os novos postos de trabalho. 25.00 (vinte mil oitocentos e setenta e cinco reais) por mês.R$ 7. para adequação dos novos postos de trabalho. Seção II Do Custeio das Unidades Móveis Art.00 (vinte e sete mil e quinhentos reais) por mês. 24. Em caso de aumento de cobertura populacional de uma Central de Regulação Médica das Urgências.925. V . O repasse de recursos financeiros para custeio das Centrais de Regulação Médica das Urgências habilitadas e qualificadas observará o disposto na Tabela 5 do Anexo a esta Portaria. IV .R$7. O repasse de recursos financeiros para manutenção das Unidades Móveis efetivamente implantadas observará o seguinte: I . b) Embarcação habilitada e qualificada -R$ R$ 45.CAPÍTULO VII DO CUSTEIO Seção I Do Custeio da Central de Regulação Médica das Urgências Art.Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre: a) Unidade habilitada -R$27.500.00 (quarenta e cinco mil novecentos e vinte e cinco reais) por mês. 22. desde que observado o disposto no art. § 1º Os recursos financeiros complementares serão repassados após a habilitação e o início do funcionamento efetivo das novas equipes. conforme disposto no art.Motolância: a) Motolância habilitada .Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre: a) Unidade habilitada . 4º.000. 26. Art.925.000 (sete mil reais) por mês.documento do gestor informando e justificando a mudança do porte populacional.925. Art. O repasse de recursos financeiros destinados à reforma das Centrais de Regulação Médica das Urgências já existentes será regulado posteriormente em ato específico. Art.R$ R$ 45. e II .09. correrão por conta do orçamento do Ministério da Saúde.10. 30. 34.00 (quarenta e cinco mil novecentos e vinte e cinco reais) por mês. no primeiro semestre do ano de 2011. 25% (vinte e cinco por cento) do valor de referência. nos seguintes Programas de Trabalho: I -10. 33.500. deverão continuar utilizando os procedimentos Trauma I e Trauma II da Tabela SIA/SUS. Parágrafo único.00 (vinte e sete mil e quinhentos reais) por mês.048/GM/MS. Os recursos financeiros de investimento serão repassados às Secretarias de Saúde municipais ou estaduais qualificadas que se responsabilizarem pela gestão da Central de Regulação Médica das Urgências. a do Estado. 31. do Fundo Nacional de Saúde aos fundos municipais ou estaduais de saúde. § 3º Os valores do repasse financeiro para o custeio da Central de Regulação Médica das Urgências (habilitadas e qualificadas) são considerados de referência e foram calculados com base em pesquisa amostral de custos de centrais de regulação das urgências existentes no País. Desde que pactuado no Plano de Ação Regional.VI . de forma tripartite. de 5 de novembro de 2002. de forma regular e automática. § 1º Os valores referentes à parcela da União estão definidos no art. O repasse de recursos financeiros de custeio mensal pelo Ministério da Saúde para as Centrais de Regulação Médica das Urgências com população inferior a 350 mil habitantes. Os recursos de custeio repassados pelo Ministério da Saúde no âmbito desta Portaria deverão ser destinados exclusivamente à manutenção e qualificação do componente SAMU 192 e da Central de Regulação Médica das Urgências. Art.VIR: a) VIR habilitado -R$27. Os recursos financeiros a serem transferidos pelo Ministério da Saúde em decorrência do disposto nesta Portaria não poderão ser utilizados para o financiamento de prestadores da iniciativa privada. Art. Art. As despesas da Central de Regulação Médica das Urgências e das Unidades Móveis serão de responsabilidade compartilhada. Os recursos orçamentários correspondentes à contrapartida da União. Art. Estados e Municípios.2011) Parágrafo único. 25% (vinte e cinco por cento) e a do Município. entre a União. Os recursos financeiros de custeio serão repassados para manutenção da Central de Regulação Médica das Urgências e das Unidades Móveis efetivamente implantadas e habilitadas/qualificadas. A liberação dos recursos de que trata esta Portaria ficará condicionada à disponibilidade orçamentária e financeira do Ministério da Saúde. correspondendo a parcela da União a 50% (cinquenta por cento). 35. no mínimo.925.0023. 29. CAPÍTULO VIII DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art.4307 -Atendimento Ambulatorial. para efeitos de registro e faturamento de suas ações. 27 e na Tabela 5 do Anexo a esta Portaria. Art.4306 -Atendimentos Ambulatorial Emergencial e Hospitalar em regime de Gestão Plena do Sistema Único de Saúde. mesmo não se convertendo em pagamento. 61 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .302. cujos projetos foram analisados e aprovados anterior à publicação desta Portaria e aos projetos que serão . § 2º A participação dos Estados e Municípios no custeio das despesas referidas no caput será estabelecida no detalhamento técnico apresentado pelo gestor. 28.302. o Corpo de Bombeiros e a Polícia Rodoviária Federal cadastrados no SUS e que atuam de acordo com as recomendações previstas na Portaria nº 2. (Redação dada pela PRT GM/MS nº 2301 de 29.0023. objeto desta Portaria. no máximo. b) VIR habilitado e qualificado . 32. das Secretarias que se responsabilizarem pela gestão e gerência da Central de Regulação Médica das Urgências e/ou das Unidades Móveis. Art. Os custos do componente SAMU 192 e da Central de Regulação Médica das Urgências devem estar previstos no Plano de Ação Regional e o registro da produção no Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS) é obrigatório. Emergencial e Hospitalar prestado pela Rede Cadastrada no SUS. 000 habitantes a R$ 30.100.2011) Habilitada (valor Habilitada e Qualificada (valor repassado pelo MS) repassado pelo MS) População Inferior 350. TIPO C . 62 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Para os efeitos do disposto nesta Portaria.1 .09. Art. de 29 de setembro de 2003.970/GM/MS. será conforme tabela a seguir: (Redação dada pela PRT GM/MS nº 2301 de 29. Compete ao Departamento de Atenção Especializada (DAE/SAS/MS) e à Coordenação-Geral de Urgência e Emergência (CGUE/DAE/SAS/MS). não classificado com potencial de necessitar de intervenção médica no local e/ou durante transporte até o serviço de destino. publicada no Diário Oficial da União nº 193. aquático e em alturas). 40 Ficam revogadas as Portarias nº 1.864/GM/MS. seção 1. nos termos da Constituição. aprovação e implantação deste componente são as estabelecidas no art. adotar todas as providências necessárias à plena aplicação das recomendações contidas nesta Portaria. com equipamentos de salvamento (terrestre. de 08 de dezembro de 2008. sem prejuízo dos projetos já encaminhados. (Redação dada pela PRT GM/MS nº 2301 de 29. 22 da Portaria nº 699/GM/MS.analisados em conformidade ao art. Art. aéreo ou aquaviário) que se destine exclusivamente ao transporte de enfermos. Esta Portaria entra em vigor na data da sua publicação.Ambulância de Resgate: veículo de atendimento de urgências pré-hospitalares de pacientes vítimas de acidentes ou pacientes em locais de difícil acesso. para remoções simples e de caráter eletivo.saude. TIPO D – Ambulância de Suporte Avançado: veículo destinado ao atendimento e transporte de pacientes de alto risco em emergências pré-hospitalares e/ou de transporte inter-hospitalar que . (Modelo Simples Remoção) TIPO B – Ambulância de Suporte Básico: veículo destinado ao transporte inter-hospitalar de pacientes com risco de vida conhecido e ao atendimento pré-hospitalar de pacientes com risco de vida desconhecido. Art. As Ambulâncias são classificadas em: TIPO A – Ambulância de Transporte: veículo destinado ao transporte em decúbito horizontal de pacientes que não apresentam risco de vida. seção 1 páginas 57 a 59.000. segundo suas regras e dos pedidos de habilitação apresentados ao Ministério da Saúde durante sua vigência. Art. páginas 68 a 72.09. análise. de 09 de dezembro de 2008. de 30 de março de 2006. parágrafo único.gov.00 R$ 50. de 29 de setembro de 2003. publicada no Diário Oficial da União nº 239.00 Art.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2026_24_08_2011. As dimensões e outras especificações do veículo terrestre deverão obedecer às normas da ABNT – NBR 14561/2000. de julho de 2000. e nº 2. desta Portaria.2011) (Esta Portaria contém Anexo Disponível em: <http://bvsms. 39. 37.html>) DEFINIÇÃO DOS VEÍCULOS DE ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL conforme a Portaria nº 2048 de 05 de novembro de 2002 que aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência 2. 36.AMBULÂNCIAS Define-se ambulância como um veículo (terrestre. o Distrito Federal reúne as competências atribuídas a Estados e Municípios. 38. As regras e fluxos para os processos de recursos referentes ao processo de negociação. 9°. cilindro de oxigênio portátil com válvula. TIPO E – Aeronave de Transporte Médico: aeronave de asa fixa ou rotativa utilizada para transporte inter-hospitalar de pacientes e aeronave de asa rotativa para ações de resgate. fitas e cones sinalizadores para isolamento de áreas. tesoura reta com ponta romba. equipamento de radiocomunicação fixo e móvel. estilete estéril para corte do cordão.OUTROS VEÍCULOS: Veículos habituais adaptados para transporte de pacientes de baixo risco. esfigmomanômetro adulto/infantil.2 . luvas descartáveis. sentados (ex. prancha curta e longa para imobilização de coluna. bandagens triangulares. fluxômetro e umidificador de oxigênio e c . protetores para queimados ou eviscerados. 8 metros cúbicos. dos seguintes materiais e equipamentos ou similares com eficácia equivalente: 3.3 – Ambulância de Resgate (Tipo C): Sinalizador óptico e acústico.VEÍCULOS DE INTERVENÇÃO RÁPIDA Este veículos. saco plástico para placenta. coletes refletivos para a tripulação.2 . óculos. cobertores. dotada de equipamentos médicos homologados pelo Departamento de Aviação Civil . compressas cirúrgicas e gazes estéreis. 2. veículos rápidos ou veículos de ligação médica são utilizados para transporte de médicos com equipamentos que possibilitam oferecer suporte avançado de vida nas ambulâncias do Tipo A. 3. colete imobilizador dorsal. pacotes de gaze estéril.necessitam de cuidados médicos intensivos. etc. 3. clamps umbilicais. ressuscitador manual adulto/infantil. garantindo um salão de atendimento às vítimas de. suporte para soro. material mínimo para salvamento terrestre. 63 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . frascos de soro fisiológico e ringer lactato. braceletes de identificação. válvula.8 Kg.DAC.aspirador tipo Venturi). cobertores. cânulas orofaríngeas de tamanhos variados.3 . DEFINIÇÃO DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DAS AMBULÂNCIAS conforme a Portaria nº 2048 de 05 de novembro de 2002 que aprova o Regulamento Técnico dos Sistemas Estaduais de Urgência e Emergência As ambulâncias deverão dispor. ataduras de 15 cm. instalação de rede de oxigênio com cilindro. C e F. suporte para soro. também chamados de veículos leves. lanterna de mão. esparadrapo. aquático e em alturas. As ambulâncias de suporte básico que realizam também ações de salvamento deverão conter o material mínimo para salvamento terrestre. talas para imobilização de membros e conjunto de colares cervicais. equipamento de radiocomunicação fixo e móvel.1 . maleta de ferramentas e extintor de pó químico seco de 0.). máscaras e aventais de proteção. destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. Este transporte só pode ser realizado com anuência médica. maca articulada e com rodas. no mínimo. maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas.Ambulância de Transporte (Tipo A): Sinalizador óptico e acústico. colete imobilizador dorsal. TIPO F – Embarcação de Transporte Médico: veículo motorizado aquaviário. bandagens triangulares. manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação. óculos.Ambulância de Suporte Básico (Tipo B): Sinalizador óptico e acústico. cobertor. pacientes crônicos) que não se caracterizem como veículos tipo lotação (ônibus. maca com rodas. B. ainda com compartimento isolado para a sua guarda. talas para imobilização de membros e conjunto de colares cervicais. oxigênio com régua tripla (a. maleta de urgência contendo: estetoscópio adulto e infantil. prancha curta e longa para imobilização de coluna. cateteres para oxigenação e aspiração de vários tamanhos. 2. peruas. aquático e em . manômetro em local de fácil visualização e régua com dupla saída. pelos serviços. no mínimo. Deve possuir os equipamentos médicos necessários ao atendimento de pacientes conforme sua gravidade. frascos de soro fisiológico. coletes refletivos para a tripulação. suporte para soro e oxigênio medicinal. equipamento de radiocomunicação em contato permanente com a central reguladora. compressas cirúrgicas estéreis. lanterna de mão. devendo contar. Deve contar com os equipamentos médicos necessários para esta função. máscaras e aventais de proteção e maletas com medicações a serem definidas em protocolos.alimentação do respirador. luvas de procedimentos. b . maca com rodas e articulada. máscaras e aventais. equipo de infusão de 3 vias. equipamentos de proteção à equipe de atendimento: óculos. compressas cirúrgicas e gazes estéreis. protetores para eviscerados ou queimados. ringer lactato e soro glicosado. tesoura. manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação. régua tripla para transporte. adaptadores para cânulas.Aeronaves de Asas Rotativas (Helicópteros) para atendimento pré-hospitalar móvel primário: . seringa de 20 ml. luvas de procedimentos. sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos. maleta de acesso venoso contendo: tala para fixação de braço. luvas descartáveis. monitor cardioversor com bateria. cilindro de ar comprimido e oxigênio com autonomia de pelo menos 2 horas. torneiras de 3 vias. estetoscópio. manômetro em local de fácil visualização e régua com dupla saída. cateteres específicos para dissecção de veias. bisturi descartável. 3. estetoscópio. ressuscitador manual adulto/infantil com reservatório. campo cirúrgico fenestrado. prancha longa para imobilização de coluna.5 . fios-guia para intubação. Para o atendimento a neonatos deverá haver pelo menos uma Incubadora de transporte de recém-nascido com bateria e ligação à tomada do veículo (12 volts). garrote. respirador mecânico de transporte. cateteres nasais. luvas estéreis. 3.Aeronave de Transporte Médico (Tipo E): 3. cateteres para oxigenação e aspiração de vários tamanhos. Quando realizarem também o suporte básico de vida. no mínimo 8 metros cúbicos.Conjunto aero médico (homologado pelo Departamento de Aviação Civil – DAC): maca ou incubadora. bomba de infusão. maleta de parto como descrito nos itens anteriores. fios. adaptadores para cânulas. sondas nasogástricas. maleta de ferramentas e extintor de pó químico seco de 0. eletrodos descartáveis. esfigmomanômetro adulto/infantil. recipiente de algodão com antisséptico. cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo.8 Kg. esfigmomanômetro adulto/infantil. além de compartimento isolado para a guarda de equipamentos de salvamento e deverão estar equipadas com: maca articulada e com rodas. pinça de Magyll. ressuscitador manual adulto/infantil. cobertor. lidocaína geleia e “spray”. . oxigênio com régua tripla (a .Equipamentos médicos fixos: respirador mecânico. sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos. saco plástico para placenta. seringa de 20ml.Ambulância de Suporte Avançado (Tipo D): Sinalizador óptico e acústico. cadarços para fixação de cânula. cateteres de aspiração.. pacotes de gaze estéril. pinça de Magyll. almotolias com antisséptico. cânulas para traqueostomia. estilete estéril para corte do cordão. maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas. seringas de vários tamanhos. oxímetro portátil.1 . cânulas para . cadeira de rodas dobrável. conjunto de colares cervicais. ressuscitador manual adulto/infantil completo. tesoura reta com ponta romba. maleta de vias aéreas contendo: máscaras laríngeas e cânulas endotraqueais de vários tamanhos. esfigmomanômetro adulto/infantil. lidocaína geleia e spray. espátulas de madeira. laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas curvas e retas. sondas vesicais. cateteres nasais.aspirador tipo Venturi).alturas. equipo para bombas de infusão. . cânulas orofaríngeas de tamanhos variados. máscara para ressuscitador adulto/infantil. coletores de urina. cânulas orofaríngeas adulto/infantil. cânulas endotraqueais de vários tamanhos. cateteres de aspiração. equipamento de radiocomunicação fixo e móvel. suporte para fixação de equipamentos médicos.alimentação do respirador. instalação de rede portátil de oxigênio como descrito no item anterior (é obrigatório que a quantidade de oxigênio permita ventilação mecânica por no mínimo duas horas). cortadores de soro. fitas e cones sinalizadores para isolamento de áreas. A incubadora deve estar apoiada sobre carros com rodas devidamente fixadas quando dentro da ambulância e conter respirador e equipamentos adequados para recém natos. maleta de emergência contendo: estetoscópio adulto e infantil. fios guia para intubação. compressas cirúrgicas estéreis. as ambulâncias de resgate deverão ter uma configuração que garanta um salão de atendimento às vítimas de. esparadrapo. frascos de soro fisiológico. material para cricotiroidostomia. bomba de infusão com bateria e equipo. monitor cardioversor com bateria e instalação elétrica disponível (em caso de frota deverá haver disponibilidade de um monitor cardioversor com marca-passo externo não-invasivo). lâminas de bisturi. plásticas e agulhas especiais para punção óssea. ataduras de 15 cm. equipos para drogas fotossensíveis. esparadrapo. tamanho adulto/infantil. equipos de macro e micro gotas. cadarços para fixação de cânula. clamps umbilicais.Equipamentos médicos móveis: maleta de vias aéreas contendo: conjunto de cânulas orofaríngeas. caixa completa de pequena cirurgia. instalação de rede de oxigênio com cilindro. cilindro de oxigênio portátil com válvula. oxímetro não-invasivo portátil. bisturi descartável. protetores para queimados ou eviscerados. 64 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . circuito de respirador estéril de reserva.5.4 . pacotes de gaze estéril. braceletes de identificação. prancha longa para imobilização da coluna. conjunto de drenagem torácica. material para punção de vários tamanhos incluindo agulhas metálicas. válvula. dois suportes de soro.fluxômetro e umidificador de oxigênio e c . pinça de Kocher. laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas. conjunto de drenagem de tórax. campo cirúrgico fenestrado. sondas vesicais. almotolias com antisséptico. pacotes de gaze estéril. maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas. equipamentos de proteção à equipe de atendimento: óculos. bomba de infusão. equipos para bombas de infusão. equipos de macro e micro gotas.Aeronaves de Asas Fixas (Aviões) e Aeronaves de Asas Rotativas (Helicópteros) para atendimento pré-hospitalar móvel secundário ou transporte inter-hospitalar: . material para cricotiroidostomia. conjunto de colares cervicais. conjunto de drenagem de tórax. torneiras de 3 vias. cilindro de oxigênio portátil com válvula.6 – Embarcação de Transporte (Tipo F): Este veículo motorizado aquaviário. sondas nasogástricas. circuito de respirador estéril de reserva. poderá ser equipado como indicado para as Ambulâncias de Tipo A. pinça de Kocher. maleta de acesso venoso contendo: tala para fixação de braço. coletores de urina. coletes reflexivos para a tripulação. 3. cilindro de ar comprimido e oxigênio com autonomia de pelo menos 4 horas. sondas vesicais. maleta de parto contendo: luvas cirúrgicas. capnógrafo. luvas de procedimentos. cateteres nasais. recipiente de algodão com antisséptico. laringoscópio infantil/adulto com conjunto de lâminas curvas e retas. sondas para aspiração traqueal de vários tamanhos.traqueostomia. saco plástico para placenta.5. ringer lactato e glicosada para infusão venosa. cortadores de soro. talas para imobilização de membros. monitor cardioversor com bateria com marcapasso externo não-invasivo. destinado ao transporte por via marítima ou fluvial. manômetro e fluxômetro com máscara e chicote para oxigenação. absorvente higiênico grande. cânulas orofaríngeas adulto/infantil. dependendo do tipo de assistência a ser prestada. pinça de Magyl. ou D. ringer lactato. tesoura. B. cânulas para traqueostomia. caixa completa de pequena cirurgia. régua tripla para transporte. protetores para eviscerados ou queimados.Equipamentos médicos móveis: maleta de vias aéreas contendo: cânulas endotraqueais de vários tamanhos. . lanterna de mão. material para punção de vários tamanhos. 65 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . compressas cirúrgicas estéreis. plásticas e agulhas especiais para punção óssea. incluindo agulhas metálicas.2. cobertor ou similar para envolver o recém-nascido. máscaras. equipo de infusão polivias. suporte para fixação de equipamentos médicos. adaptadores para cânulas. frascos de solução salina. luvas estéreis. caixa de pequena cirurgia. equipamentos de proteção à equipe de atendimento: óculos. bisturi descartável. oxímetro portátil. máscaras. seringas de vários tamanhos. sondas nasogástricas. compressas cirúrgicas estéreis.Equipamentos médicos fixos: respirador mecânico.Conjunto aero médico (homologado pelo Departamento de Aviação Civil – DAC): maca ou incubadora. luvas. esparadrapo. máscaras. maleta de acesso venoso contendo: tala para fixação de braço. seringa de 20 ml. pacotes de gases estéreis e braceletes de identificação. espátulas de madeira. estetoscópio. equipos para drogas fotossensíveis. pinça de Kocher. equipos de macro e micro gotas. prancha longa para imobilização de coluna. equipo de infusão polivias. . plásticas e agulhas especiais para punção óssea. clamps umbilicais. pacotes de gaze estéril. protetores para eviscerados ou queimados. equipos para bombas de infusão. coletores de urina. cortadores de soro. cateteres de aspiração. cadarços para fixação de cânula. cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo. torneiras de 3 vias. fios-guia para intubação. esfigmomanômetro adulto/infantil. garrote. conjunto de colares cervicais. lâminas de bisturi. eletrodos descartáveis. cateteres específicos para dissecção de veias tamanhos adulto/infantil. saco plástico para placenta. tesoura. eletrodos descartáveis. lâminas de bisturi. lidocaína geleia e spray. cateteres específicos para dissecção de veias tamanhos adulto/infantil. garrote. absorvente higiênico grande. bandagens triangulares. . e glicosada para infusão venosa. equipamentos de proteção à equipe de atendimento: óculos. 3.Outros: colete imobilizador dorsal. . clamps umbilicais. campo cirúrgico fenestrado. frascos de solução salina. luvas. material para punção de vários tamanhos. recipiente de algodão com antisséptico. incluindo agulhas metálicas. ressuscitador manual adulto/infantil completo. equipos para drogas fotossensíveis. estilete estéril para corte do cordão. luvas. esparadrapo. espátulas de madeira. estilete estéril para corte do cordão. luvas estéreis. fios. pacotes de gases estéreis e braceletes de identificação. seringas de vários tamanhos. cobertor ou filme metálico para conservação do calor do corpo. almotolias com antisséptico. circuito de respirador estéril de reserva. material para cricotiroidostomia. monitor de pressão não-invasiva. cobertor ou similar para envolver o recém-nascido. Assistência de enfermagem em nível ambulatorial Serviço de Atendimento Ambulatorial Consulta de Enfermagem: orientações para pessoas com doenças crônicas como hipertensão. o PSF elege como ponto central o estabelecimento de vínculos e a criação de laços de compromisso e de corresponsabilidade entre os profissionais de saúde e a população.Controle dos Sinais Vitais (temperatura axilar. entendida a partir do ambiente onde vive. apresentam avanços e retrocessos e seus resultados têm sido pouco perceptíveis na estruturação dos serviços de saúde. No entanto. hipercolesterolemia. forma de atuação e organização geral dos serviços. nos projetos de criação dos distritos sanitários e dos sistemas locais de saúde. de 28 de dezembro do mesmo ano. . cujas repercussões culminaram na redação do artigo 196 da Constituição de 1988 –. por si sós. relacionadas à descontinuidade do processo de descentralização e ao desenho de um novo modelo. essas realizações não foram ainda suficientes para transformar a prática sanitária brasileira e suas reais condições de garantir a melhoria da qualidade de vida e saúde dos cidadãos brasileiros. surgem situações contraditórias para estados e municípios. Essa perspectiva faz com que a família passe a ser o objeto precípuo de atenção. 66 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . o processo de descentralização foi deflagrado através dos convênios do Sistema Descentralizado e Unificado de Saúde (SUDS). traduzidas.Imunizações: aplicação das vacinas contra Hepatite B. . . entre outras. Sarampo. traduzido nos instrumentos gerenciais. frequência respiratória. Caxumba e Rubéola.Grupos de orientação. inalatória.Encaminhamento do usuário para atendimento de saúde em situações específicas. Com relação aos estados e municípios. reorganizando a prática assistencial em novas bases e critérios. oral. o setor saúde tem se destacado pela efetiva proposta de mudança. o que gera um hiato entre os direitos sociais constitucionalmente garantidos e a efetiva capacidade de oferta dos serviços públicos associados aos mesmos. Assim. a efetiva consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS) está diretamente ligada à superação dessa problemática. Mais que uma delimitação geográfica. enquanto se realizavam os debates para aprovação da Lei nº 8. Sob essa ótica. várias propostas de mudanças – inspiradas pela Reforma Sanitária e pelos princípios do SUS – têm sido esboçadas ao longo do tempo. Por isso. Em vista da necessidade do estabelecimento de mecanismos capazes de assegurar a continuidade dessas conquistas sociais. a estratégia Saúde da Família (ESF) visa a reversão do modelo assistencial vigente.142. a crise estrutural do setor público é entrevista pela fragilidade apresentada tanto na eficiência como na eficácia da gestão das políticas sociais e econômicas. frequência cardíaca). . .Assessoria de enfermagem às Unidades e Divisões da Universidade. exatamente por não promover mudanças significativas no modelo assistencial.Administração de medicamentos por via tópica. nesse. entretanto. Nessa perspectiva. políticas e organizativas a partir do novo desenho de modelo público de oferta de serviços e ações. Nas últimas décadas. de 19 de setembro de 1990. técnicos e de democratização da gestão.Realização de curativos e retirada de pontos. complementada pela Lei nº 8. nos casos indicados ou mediante solicitação médica. diabetes. Difteria e Tétano. gestantes antes da licença maternidade e durante a mesma. o qual foi seguido pelo movimento denominado Reforma Sanitária – amplamente debatido por ocasião da VIII Conferência Nacional de Saúde. Como continuidade ao processo iniciado com as Ações Integradas de Saúde (AIS).Verificação da glicemia através de Hemoglicoteste. . somente com receita médica. sendo um dos que mais tem avançado nas reformas administrativas. . pressão arterial. e Influenza (durante a campanha de vacinação do Ministério da Saúde e de acordo com os critérios do Ministério). é nesse espaço que se constroem as relações intra e extrafamiliares e onde se desenvolve a luta pela melhoria das condições de vida – . Essas iniciativas. . sua compreensão só é possível através da mudança do objeto de atenção. outros com alguma necessidade de atendimento e orientação na área da saúde. No campo das políticas públicas. intramuscular e endovenosa.080. Febre Amarela. Para planejar e organizar adequadamente as ações de saúde. . podendo oferecer assistência odontológica e de outros profissionais de nível superior. denomina-se Unidade de Saúde da Família. devem ser valorizadas fontes qualitativas e de informações da própria comunidade. podendo.dentro do território pelo qual tem responsabilidade sanitária. A implantação da Família no Brasil. A unidade de Saúde da Família nada mais é que uma unidade pública de saúde destinada a realizar atenção contínua nas especialidades básicas. mas substitui as práticas convencionais pela oferta de uma atuação centrada nos princípios da vigilância à saúde. Atenção Básica: USF e UBS Centro de Saúde/Unidade Básica de Saúde: Unidade para realização de atendimentos de atenção básica e integral a uma população. deverão ser também utilizadas as diversas fontes de informação que possibilitem melhor identificação da área trabalhada. Para UBS com Saúde da Família em grandes centros urbanos . também. A Saúde da Família é uma estratégia de caráter substitutivo da Atenção Básica tradicional. de forma programada ou não. sobretudo as oficiais. proteção e recuperação. a equipe deve realizar o cadastramento das famílias da área de abrangência e levantar indicadores epidemiológicos e socioeconômicos. garantindo os princípios da Atenção Básica.desde que trabalhando dentro de uma nova lógica. A unidade de Saúde da Família caracteriza-se como porta de entrada do sistema local de saúde. com as mudanças dos hábitos e padrões de vida. Podendo ou não oferecer: Serviço de Apoio Diagnóstico e Tratamento (SADT) e Pronto atendimento 24 Horas. Para tal. características do nível primário de atenção. compromissada com a promoção à saúde. A Unidade Básica de Saúde (UBS) onde atuam as ESF pode ser o antigo Centro de Saúde reestruturado ou a antiga Unidade Mista . Uma unidade de Saúde da Família pode atuar com uma ou mais equipes de profissionais. Representa o primeiro contato da população com o serviço de saúde do município. Não significa a criação de novas estruturas assistenciais. acima de tudo. A assistência deve ser permanente e prestada por médico generalista ou especialista nestas áreas. É responsável pela atenção integral continuada à saúde de uma população até quatro mil pessoas residentes em seu território de abrangência. utilizar o termo Unidade Básica de Saúde da Família. mediante o empoderamento dos indivíduos e famílias frente à vida. com uma equipe multiprofissional habilitada para desenvolver as atividades de promoção.parâmetro de uma UBSF para até 12 mil habitantes . criada em 1994. Além das informações que compõem o cadastramento das famílias. Igualmente. trabalham e se relacionam. A unidade de Saúde da Família deve trabalhar com a definição de um território de abrangência. desde que identificada a necessidade de maior complexidade tecnológica para a resolução dos problemas identificados. Os estabelecimentos denominados Postos de Saúde poderão estar sob a responsabilidade e acompanhamento de uma unidade de Saúde da Família. que significa a área sob sua responsabilidade. consolidou-se como a estratégia de organização da Atenção Básica do Sistema Único de Saúde (SUS) propondo uma mudança de modelo e contribuindo para a efetiva melhoria das condições de vida da comunidade. nas especialidades básicas. segundo classificação do Ministério da Saúde. ainda.dentro do território pelo qual tem responsabilidade sanitária. Para a implantação de uma nova Unidade Básica de Saúde com a dinâmica de trabalho nos modelos da ESF.permitindo. assegurando a referência e contrarreferência para os diferentes níveis do sistema. a Equipe de Saúde da Família tem composição multiprofissional e trabalha de forma interdisciplinar. exceto em áreas desprovidas. dependendo do número de famílias a ela vinculadas. Para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da Família em grandes centros urbanos . garantindo os princípios da Atenção Básica. como dados do IBGE. cartórios e secretarias de saúde. uma compreensão ampliada do processo saúde/doença e. 67 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .parâmetro de uma UBS para até 30 mil habitantes . da necessidade de intervenções de maior impacto e significação social. portanto. com maior capacidade de ação para atender às necessidades de saúde da população de sua área de abrangência. As ações sobre esse espaço representam desafios a um olhar técnico e político mais ousado. que rompa os muros das unidades de saúde e enraíze-se para o meio onde as pessoas vivem. como Centros de Saúde. Corresponde aos estabelecimentos denominados. valorizar os profissionais de saúde por meio do estímulo e do acompanhamento constante de sua formação e capacitação. o controle do diabetes mellitus. a prevenção e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. Orienta-se pelos princípios da universalidade. com território adscrito de forma a permitir o planejamento e a programação descentralizada. na complexidade. da equidade e da participação social.organizar.DAS RESPONSABILIDADES DE CADA ESFERA DE GOVERNO Os municípios e o Distrito Federal. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade. a eliminação da desnutrição infantil. pela organização e execução das ações em seu território. prevenção de agravos. A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade. vigilância à saúde. que abrangem a promoção e a proteção da saúde. Outras áreas serão definidas regionalmente de acordo com prioridades e pactuações definidas nas CIBs.possibilitar o acesso universal e contínuo a serviços de saúde de qualidade e resolutivos. V .Compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito Federal: I . que devem resolver os problemas de saúde de maior frequência e relevância em seu território. 68 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .realizar avaliação e acompanhamento sistemático dos resultados alcançados. da responsabilização.efetivar a integralidade em seus vários aspectos. dentro do seu território. do vínculo e continuidade.estimular a participação popular e o controle social. a reabilitação e a manutenção da saúde. É o contato preferencial dos usuários com os sistemas de saúde. a saúde do idoso. como gestores dos sistemas locais de saúde. a prevenção de agravos.DOS PRINCÍPIOS GERAIS A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde. pelas quais assume a responsabilidade sanitária. dirigidas a populações de territórios bem delimitados. como parte do processo de planejamento e programação. articulação das ações de promoção à saúde. definem-se como áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional a eliminação da hanseníase. a saúde bucal e a promoção da saúde. o tratamento. É desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitárias democráticas e participativas. o controle da tuberculose. caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de saúde. A Atenção Básica tem como fundamentos: I . e em consonância com o princípio da equidade. 2. e VI . O processo de pactuação da Atenção Básica seguirá regulamentação específica do Pacto de Gestão. a saúde da criança. executar e gerenciar os serviços e ações de Atenção Básica. na integralidade e na inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde.desenvolver relações de vínculo e responsabilização entre as equipes e a população adscrita garantindo a continuidade das ações de saúde e a longitudinalidade do cuidado.CAPÍTULO I Da Atenção Básica 1 . Visando à operacionalização da Atenção Básica. incluindo as unidades próprias e as cedidas pelo estado e pela União. o diagnóstico. . tomando como objeto as metas anuais a serem alcançadas em relação a indicadores de saúde acorda dos. de forma universal. IV . da integralidade. da acessibilidade e da coordenação do cuidado. III . II . no âmbito individual e coletivo. tratamento e reabilitação. sob forma de trabalho em equipe. a saúde da mulher. 2 . considerando a dinamicidade existente no território em que vivem essas populações. são responsáveis pelo cumprimento dos princípios da Atenção Básica. da humanização.1 . A Atenção Básica tem a Saúde da Família como estratégia prioritária para sua organização de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. e coordenação do cuidado na rede de serviços. Os gestores poderão acordar nas CIBs indicadores estaduais de Atenção Básica a serem acompanhados em seus respectivos territórios. a saber: integração de ações programáticas e demanda espontânea. trabalho de forma interdisciplinar e em equipe. Para o processo de pactuação da atenção básica será realizado e firmado o Pacto de Indicadores da Atenção Básica. o controle da hipertensão arterial. garantir infraestrutura necessária ao funcionamento das Unidades Básicas de Saúde. disponíveis nos sistemas de informação.inserir preferencialmente. de serviços e de estabelecimentos ambulatoriais.acompanhar e avaliar o trabalho da Atenção Básica com ou sem Saúde da Família. divulgando anualmente os resultados alcançados. nos Planos de Saúde municipais e do Distrito Federal. metas e prioridades para a organização da Atenção Básica no seu território. V .definir estratégias de articulação com os serviços de saúde com vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica. com orientação para organização dos serviços que considere a incorporação de novos cenários epidemiológicos. mantendo atualizado o cadastro de profissionais.destinar recursos estaduais para compor o financiamento tripartite da Atenção Básica. de acordo com sua capacidade institucional. das equipes regionais e da gestão municipal. divulgando anualmente os resultados alcançados. III .programar as ações da Atenção Básica a partir de sua base territorial.elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e avaliação da Atenção Básica na esfera estadual. visando à organização sistêmica da atenção à saúde. 69 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . IX . mantidos os princípios gerais regulamentados nesta Portaria. X .estabelecer outros mecanismos de controle e regulação. no Plano de Saúde Estadual e do Distrito Federal. sob sua gestão. VI . VIII . utilizando instrumento de programação nacional ou correspondente local.Compete às Secretarias Estaduais de Saúde e ao Distrito Federal: I . estratégias. contratar e remunerar os profissionais que compõem as equipes multiprofissionais de Atenção Básica. XVI .contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde por meio do apoio à Atenção Básica e estímulo à adoção da estratégia Saúde da Família pelos serviços municipais de saúde em caráter substitutivo às práticas atualmente vigentes para a Atenção Básica.organizar o fluxo de usuários.firmar. IX .alimentar as bases de dados nacionais com os dados produzidos pelo sistema de saúde municipal. visando a garantia das referências a serviços e ações de saúde fora do âmbito da Atenção Básica.pactuar. monitorar e avaliar os indicadores do Pacto da Atenção Básica no território estadual. monitoramento e avaliação da Atenção Básica. em conformidade com a legislação vigente. inclusive os da Saúde da Família. dotando-as de recursos materiais. XIII . IV .desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação de recursos humanos para gestão.estabelecer.verificar a qualidade e a consistência dos dados alimentados nos sistemas nacionais de informação a serem enviados às outras esferas de gestão. não governamentais e com o setor privado para fortalecimento da Atenção Básica no âmbito do seu território. XI . monitoramento e avaliação da Atenção Básica.pactuar com a Comissão Intergestores Bipartite e informar à Comissão Intergestores Tripartite a definição da utilização dos recursos para Compensação de Especificidades Regionais. X . VII . III . monitoramento e avaliação das ações da Atenção Básica e da estratégia Saúde da Família no âmbito estadual ou do Distrito Federal.selecionar. XII . equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas. IV .2 . V . divulgando as informações e os resultados alcançados. XIV .II . planejamento. VIII . e XVII .desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação de recursos humanos para gestão.consolidar e analisar os dados de interesse das equipes locais.incluir a proposta de organização da Atenção Básica e da forma de utilização dos recursos do PAB fixo e variável.definir estratégias de articulação com as gestões municipais do SUS com vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica. a estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços. XI .elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e avaliação da Atenção Básica na esfera municipal. planejamento.prestar assessoria técnica aos municípios no processo de qualificação da Atenção Básica e de ampliação e consolidação da estratégia Saúde da Família. II . com a Comissão Intergestores Bipartite. públicos e privados.estimular e viabilizar a capacitação e a educação permanente dos profissionais das equipes. XV . VII .buscar a viabilização de parcerias com organizações governamentais. . divulgando os resultados obtidos.firmar. monitorar e avaliar os indicadores do Pacto da Atenção Básica no seu território. VI . diretrizes e normas de implementação da Atenção Básica no Estado. 2. visando à formação de profissionais com perfil adequado à Atenção Básica. divulgar os resultados obtidos e utilizá-los no planejamento.consolidar. de acordo com o processo de pactuação acordado na Comissão Intergestores Tripartite. para capacitação e garantia de educação permanente para os profissionais de saúde da Atenção Básica. VII . XXI .assessorar estados.verificar a qualidade e a consistência dos dados enviados pelos municípios por meio dos sistemas informatizados. b) comunicação ao Ministério da Saúde. XIII . X . 70 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . XVII .contribuir para a reorientação do modelo de atenção à saúde no País.analisar os dados de interesse estadual. Municipais e do Distrito Federal. XV .elaborar metodologias e instrumentos de monitoramento e avaliação da Atenção Básica de âmbito nacional. IX . em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde.estabelecer diretrizes nacionais e disponibilizar instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de capacitação e educação permanente dos profissionais da Atenção Básica. municípios e o Distrito Federal na implantação dos sistemas de informação da Atenção Básica.definir estratégias de articulação com as gestões estaduais e municipais do SUS com vistas à institucionalização da avaliação da Atenção Básica. monitoramento e avaliação da Atenção Básica. ao Distrito Federal e aos municípios no processo de qualificação e de consolidação da Atenção Básica e da estratégia de Saúde da Família. XVI . analisar e transferir os arquivos dos sistemas de informação enviados pelos municípios para o Ministério da Saúde. para capacitação e garantia de educação permanente aos profissionais de saúde das equipes de Atenção Básica e das equipes de saúde da família. IV .articular com o Ministério da Educação estratégias de indução às mudanças curriculares nos cursos de graduação na área da saúde. retornando informações aos gestores municipais.viabilizar parcerias com organismos internacionais.assessorar os municípios para implantação dos sistemas de informação da Atenção Básica. . VI . 2.monitorar e avaliar os indicadores do Pacto da Atenção Básica. com organizações governamentais. divulgando anualmente os resultados alcançados. e XXII . no âmbito nacional.promover o intercâmbio de experiências entre os diversos municípios. visando: a) aprazamento para que o gestor municipal corrija as irregularidades. de acordo com os fluxos e prazos estabelecidos para cada sistema.disponibilizar aos municípios instrumentos técnicos e pedagógicos que facilitem o processo de formação e educação permanente dos membros das equipes.garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento do Piso da Atenção Básica – PAB fixo e variável. pelo monitoramento da utilização dos recursos da Atenção Básica transferidos aos municípios e ao Distrito Federal. em especial de medicina. em parceria com as Secretarias de Saúde Estaduais. enfermagem e odontologia. III . relacionados com a Atenção Básica.3 . com vistas ao fortalecimento da capacidade de planejamento municipal.submeter à CIB. junto ao Ministério da Saúde.Compete ao Ministério da Saúde: I . e c) bloqueio do repasse de recursos ou demais providências consideradas necessárias e regulamentadas pela CIB.articular instituições.prestar assessoria técnica aos estados. XIV .apoiar a articulação de instituições.XII . para resolução acerca das irregularidades constatadas na execução do PAB fixo e variável. XX . II . V . como instrumentos para monitorar as ações desenvolvidas. divulgando os resultados obtidos. XI . nãogovernamentais e do setor privado para fortalecimento da Atenção Básica no âmbito do estado e do Distrito Federal. gerados pelos sistemas de informação em saúde. XII .analisar dados de interesse nacional. XIX . por meio do apoio à Atenção Básica e do estímulo à adoção da estratégia de Saúde da Família como estruturante para a organização dos sistemas municipais de saúde. planejamento. VIII . gerados pelos sistemas de informação.ser corresponsável. XVIII -assessorar municípios na análise e gestão dos sistemas de informação.desenvolver mecanismos técnicos e estratégias organizacionais de qualificação de recursos humanos para gestão. para disseminar tecnologias e conhecimentos voltados à melhoria dos serviços da Atenção Básica. auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e agente comunitário de saúde. garantindo os princípios da Atenção Básica. uma sala de vacina e sanitários. para fortalecimento da Atenção Básica e da estratégia de saúde da família no País. e XV .DO PROCESSO DE TRABALHO DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA São características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica: I .Unidade(s) Básica(s) de Saúde (UBS) com ou sem Saúde da Família inscrita(s) no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde.desenvolvimento de ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população e ampliar o controle social na defesa da qualidade de vida. com organizações governamentais. Para Unidade Básica de Saúde (UBS) sem Saúde da Família em grandes centros urbanos. consultório odontológico e consultório de enfermagem para os profissionais da Atenção Básica. de apoio diagnóstico e terapêutico. VI . localizada dentro do território pelo qual tem responsabilidade sanitária. por unidade. recomenda-se o parâmetro de uma UBS para até 12 mil habitantes. entre outros. VI .DO CADASTRAMENTO DAS UNIDADES QUE PRESTAM SERVIÇOS BÁSICOS DE SAÚDE O cadastramento das Unidades Básicas de Saúde será feito pelos gestores municipais e do Distrito Federal em consonância com as normas do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde. de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica. considerando a responsabilidade da assistência resolutiva à demanda espontânea. localizada dentro do território pelo qual tem responsabilidade sanitária.garantia dos fluxos de referência e contra referência aos serviços especializados. disponibilizem: III . de acordo com o desenvolvimento de suas ações.desenvolvimento de ações focalizadas sobre os grupos de risco e fatores de risco comportamentais. 4 .realização de primeiro atendimento às urgências médicas e odontológicas. alimentares e/ou ambientais. V . 5 .definição do território de atuação das UBS. com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a manutenção de doenças e danos evitáveis.área de recepção.programação e implementação das atividades.equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações propostas. garantindo os princípios da Atenção Básica. recomenda-se o parâmetro de uma UBS para até 30 mil habitantes. com garantia de acesso ao apoio diagnóstico e laboratorial. VII .estabelecer outros mecanismos de controle e regulação. e VIII . uma sala de cuidados básicos de enfermagem. com a priorização de solução dos problemas de saúde mais frequentes. IV . II – UBS com ou sem Saúde da Família que. 71 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . incluindo dispensação de medicamentos pactuados nacionalmente.XIII . 3 . V . não governamentais e do setor privado.equipe multiprofissional composta por médico.DA INFRA-ESTRUTURA E DOS RECURSOS NECESSÁRIOS São itens necessários à realização das ações de Atenção Básica nos municípios e no Distrito Federal: I . ambulatorial e hospitalar. Para UBS com Saúde da Família em grandes centros urbanos.viabilizar parcerias com organismos internacionais.promover o intercâmbio de experiências e estimular o desenvolvimento de estudos e pesquisas que busquem o aperfeiçoamento e a disseminação de tecnologias e conhecimentos voltados à Atenção Básica.implementação das diretrizes da Política Nacional de Humanização. . de acordo com as normas sanitárias vigentes. de monitoramento e de avaliação das ações da Atenção Básica e da estratégia de Saúde da Família no âmbito nacional.assistência básica integral e contínua.existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento das unidades básicas de saúde. XIV . II . III . auxiliar de consultório dentário ou técnico em higiene dental. IV . local para arquivos e registros. organizada à população adscrita. cirurgião dentista. enfermeiro. incluindo o acolhimento. VII .consultório médico. IV . os diversos entes federados têm as seguintes responsabilidades: 2. III . no Plano de Saúde. a estratégia Saúde da Família deve: I . 7 .atuar no território. acrescidos das prioridades estaduais. 2 .inserir a estratégia de Saúde da Família em sua rede de serviços visando à organização do sistema local de saúde. Além dos princípios gerais da Atenção Básica. com .PRINCÍPIOS GERAIS A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País.desenvolver atividades de acordo com o planejamento e a programação realizados com base no diagnóstico situacional e tendo como foco a família e a comunidade.buscar a integração com instituições e organizações sociais. municipais e do Distrito Federal.1 Compete às Secretarias Municipais de Saúde e ao Distrito Federal: I . ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua. dotando-as de recursos materiais. Os serviços de atenção básica deverão adequar-se à integração ensino-aprendizagem de acordo com processos acordados na CIT e nas CIBs. para o desenvolvimento de parcerias.definir. II . acordadas na CIT. e X .DAS RESPONSABILIDADES DE CADA NÍVEL DE GOVERNO Além das responsabilidades propostas para a Atenção Básica. e V .desenvolvimento de ações intersetoriais.ser um espaço de construção de cidadania. de Saúde Bucal e das unidades básicas de referência dos Agentes Comunitários de Saúde. equipamentos e insumos suficientes para o conjunto de ações propostas.DAS ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO BÁSICA As atribuições específicas dos profissionais da Atenção Básica deverão constar de normatização do município e do Distrito Federal. Devem compor o financiamento da Educação Permanente recursos das três esferas de governo acordados na CIT e nas CIBs.VIII .garantir infraestrutura necessária ao funcionamento das equipes de Saúde da Família. voltados para a promoção da saúde.participação das equipes no planejamento e na avaliação das ações. mantendo sempre postura pró-ativa frente aos problemas de saúde doença da população. em especial em sua área de abrangência.ter caráter substitutivo em relação à rede de Atenção Básica tradicional nos territórios em que as Equipes Saúde da Família atuam. 72 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .apoio a estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social. realizando cadastramento domiciliar. IV . II . e da Secretaria de Saúde do Distrito Federal. os objetivos. III .assegurar o cumprimento de horário integral – jornada de 40 horas semanais – de todos os profissionais nas equipes de saúde da família. CAPÍTULO II Das Especificidades da Estratégia de Saúde da Família 1 . Os conteúdos mínimos da Educação Permanente devem priorizar as áreas estratégicas da Atenção Básica.DO PROCESSO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE A educação permanente dos profissionais da Atenção Básica é de responsabilidade conjunta das SMS e das SES. buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo. as metas e os mecanismos de acompanhamento da estratégia Saúde da Família. integrando projetos sociais e setores afins. de acordo com as prioridades definidas pela respectiva gestão e as prioridades nacionais e estaduais pactuadas. de saúde bucal e de agentes comunitários de saúde. IX . 6 . em relação à estratégia Saúde da Família. as características. diagnóstico situacional. nos estados. de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde. submeter à CIB.analisar e consolidar as informações enviadas pelos municípios.4 Compete ao Ministério da Saúde: I . e IV .submeter à CIB.realizar e manter atualizado o cadastro dos ACS. identificando e adequando situações em desacordo com a regulamentação e divulgando os resultados alcançados. na Comissão Intergestores Tripartite.pactuar com a Comissão Intergestores Bipartite estratégias.acompanhar.definir e rever. IV . V . monitorar e avaliar o desenvolvimento da estratégia Saúde da Família nos municípios. e VI . . mantidos os princípios gerais regulamentados nesta Portaria. monitorar e avaliar o desenvolvimento da estratégia Saúde da Família no Distrito Federal. de Saúde Bucal e ACS nos sistemas de informação nacionais. de Saúde Bucal e ACS.3. III . no prazo máximo de 30 dias após a data do protocolo de entrada do processo. 2.2 Compete às Secretarias Estaduais de Saúde: I .estabelecer no Plano de Saúde estadual metas e prioridades para a Saúde da Família. no Plano de Saúde do Distrito Federal.acompanhar. II . VI . autorizando a transferência dos incentivos financeiros federais aos municípios. para resolução. IX . mensalmente. 73 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . visando à regularização das equipes que atuam de forma inadequada. o fluxo de acompanhamento do cadastramento dos profissionais das Equipes de Saúde da Família.prestar assessoria técnica aos municípios no processo de implantação e ampliação da SF. referentes à implantação e ao funcionamento das Equipes de Saúde da Família. o controle e a avaliação da utilização dos recursos de incentivo da Saúde da Família transferidos ao Distrito Federal. garantindo suporte às adequações necessárias e divulgando os resultados alcançados. de Saúde Bucal e ACS. ESB e ACS elaborada pelos municípios e aprovada pelos Conselhos de Saúde dos municípios. identificando situações em desacordo com a regulamentação. e XI . definidos para esse fim.estimular e viabilizar a capacitação específica dos profissionais das equipes de Saúde da Família. ao Ministério da Saúde o consolidado das informações encaminhadas pelos municípios. nos Sistemas Nacionais de Informação em Saúde definidos para esse fim. II . para resolução. residências médicas e multiprofissionais em Saúde da Família e educação permanente. a proposta de implantação ou expansão de ESF. II . conforme regulamentação específica da Política Nacional dos Hospitais de Pequeno Porte.submeter à Comissão Intergestores Bipartite (CIB).exceção daqueles que devem dedicar ao menos 32 horas de sua carga horária para atividades na equipe de SF e até 8 horas do total de sua carga horária para atividades de residência multiprofissional e/ou de medicina de família e de comunidade. VIII .enviar. o fluxo de descredenciamento e/ou o bloqueio de recursos diante de irregularidades constatadas na implantação e no funcionamento das Equipes de Saúde da Família.estabelecer. bem como da população residente na área de abrangência das equipes de Saúde da Família.responsabilizar-se perante o Ministério da Saúde pelo monitoramento. de Saúde Bucal e ACS.responsabilizar-se junto ao Ministério da Saúde pelo monitoramento.analisar e consolidar as informações referentes à implantação e ao funcionamento das equipes de Saúde da Família. III . as diretrizes e as normas da Saúde da Família. diretrizes e normas de implementação e gestão da Saúde da Família no Estado. de acordo com demandas e necessidades identificadas nos municípios e pactuadas nas CIBs. X . a ser publicado como portaria de resolução da CIB. 2. metas e prioridades para a Saúde da Família. ou trabalho em hospitais de pequeno porte. V .garantir fontes de recursos federais para compor o financiamento da Atenção Básica organizada por meio da estratégia Saúde da Família.articular com as instituições formadoras de recursos humanos do estado estratégias de expansão e qualificação de cursos de pós-graduação. de forma pactuada. o controle e a avaliação da utilização dos recursos de incentivo da Saúde da Família transferidos aos municípios no território estadual. de Saúde Bucal e ACS. Compete ao Distrito Federal: I . dos enfermeiros da equipe PACS e dos profissionais das equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal. 2. VII . apoiar a articulação de instituições. às quais está vinculada. auxiliar de consultório dentário e técnico de higiene dental. de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica à saúde.a existência de uma Unidade Básica de Saúde. o cálculo da cobertura populacional pelas ESF. para capacitação e garantia de educação permanente específica aos profissionais da Saúde da Família. o que constitui uma equipe de ACS.a existência de um enfermeiro para até 30 ACS. São itens necessários à incorporação de profissionais de saúde bucal nas Equipes de Saúde da Família: I .garantia dos fluxos de referência e contra referência aos serviços especializados. II . 3 . ESB e ACS será realizado a partir da população cadastrada no sistema de informação vigente. e VI .000 habitantes. de forma a garantir a resolutividade da Atenção Básica à saúde.analisar dados de interesse nacional relacionados com a estratégia Saúde da Família.existência e manutenção regular de estoque dos insumos necessários para o funcionamento da UBS. .para a análise de indicadores. IV . com composição básica de cirurgião dentista e auxiliar de consultório dentário. 74 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . com trabalho integrado a uma ou duas ESF. II . III . V . e com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus componentes. de acordo com as necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de sua competência. e b) equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas. de referência para os ACS e o enfermeiro supervisor. com responsabilidade sanitária pela mesma população e território que as ESF às quais está vinculada.articular com o Ministério da Educação estratégias de expansão e de qualificação de cursos de pós-graduação. no máximo. com trabalho integrado a uma ou duas ESFs. residências médicas e multiprofissionais em Saúde da Família e em educação permanente. divulgando os resultados obtidos. É prevista a implantação da estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde como uma possibilidade para a reorganização inicial da Atenção Básica. que possua minimamente: a) consultório odontológico para a Equipe de Saúde Bucal. ambulatorial e hospitalar. dentro da área para atendimento das equipes de Saúde Bucal. e V . modalidade 1: existência de equipe multiprofissional. II . com um máximo de 750 pessoas por ACS e de 12 ACS por equipe de Saúde da Família. por unidade. c) equipamentos e materiais adequados ao elenco de ações programadas. médico. sendo a média recomendada de 3. 4.no caso das ESB. e com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus componentes. no mínimo.000 habitantes. enfermeiro. local para arquivos e registros. modalidade 2: existência de equipe multiprofissional. uma sala de vacina e sanitários. dentro da área para o atendimento das Equipes de Saúde da Família que possua minimamente: a) consultório médico e de enfermagem para a Equipe de Saúde da Família. auxiliar de enfermagem ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde. de acordo com as necessidades de desenvolvimento do conjunto de ações de sua competência. São itens necessários à organização da implantação dessa estratégia: I . em parceria com Secretarias de Saúde Estaduais. b) área/sala de recepção. de índices de valorização de resultados e de outros parâmetros.no caso das Equipes de Saúde Bucal (ESB). de apoio diagnóstico e terapêutico.DA INFRAESTRUTURA E DOS RECURSOS NECESSÁRIOS São itens necessários à implantação das Equipes de Saúde da Família: I .número de ACS suficiente para cobrir 100% da população cadastrada.III .existência de Unidade de Saúde inscrita no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde. com composição básica de cirurgião dentista. com responsabilidade sanitária pela mesma população e território que as ESFs. IV . com jornada de trabalho de 40 horas semanais para todos os seus integrantes e composta por. Municipais e do Distrito Federal.existência de Unidade Básica de Saúde inscrita no Cadastro Geral de Estabelecimentos de Saúde do Ministério da Saúde. gerados pelos sistemas de informação em saúde.existência de equipe multiprofissional responsável por. III . uma sala de cuidados básicos de enfermagem. inscrita no Cadastro Geral de estabelecimentos de saúde do Ministério da Saúde. Os conteúdos mínimos do Curso Introdutório e da Educação Permanente para as ESFs serão objeto de regulamentação específica editada pelo Ministério da Saúde. os dados para a análise da situação de saúde considerando as características sociais.o cumprimento da carga horária de 40 horas semanais dedicadas à equipe de ACS pelo enfermeiro supervisor e pelos ACS. VIII .a responsabilidade da realização do curso introdutório e/ou dos cursos para educação permanente das equipes. Na ausência de regulamentação específica. em municípios com população inferior a 100 mil habitantes.DO PROCESSO DE IMPLANTAÇÃO I . integrando áreas técnicas e profissionais de diferentes formações.o exercício da profissão de Agente Comunitário de Saúde regulamentado pela Lei nº 10. no planejamento. cuja população não deve ser superior a 750 pessoas. demográficas e epidemiológicas do território.prática do cuidado familiar ampliado.DA CAPACITAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE DAS EQUIPES O processo de capacitação deve iniciar-se concomitantemente ao início do trabalho das ESF por meio do Curso Introdutório para toda a equipe. II . das famílias e da própria comunidade. VI . econômicas. V . II .o Curso Introdutório seja realizado em até 3 meses após a implantação da ESF. seja da Secretaria de Estado da Saúde em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. No Distrito Federal. visando à readequação do processo de trabalho. poderão ser utilizados os quadros constantes no Anexo II a esta Portaria. possibilitando a criação de vínculos de confiança com ética. mapeamento e reconhecimento da área adstrita. efetivada por meio do conhecimento da estrutura e da funcionalidade das famílias que visa propor intervenções que influenciem os processos de saúde-doença dos indivíduos. Recomenda-se que: I .promoção e estímulo à participação da comunidade no controle social. são características do processo de trabalho da Saúde da Família: I . voltados para a promoção da saúde. que compreenda o segmento populacional determinado.definição das micro áreas sob responsabilidade de cada ACS. VII . que poderá realizar parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. de forma sistemática.valorização dos diversos saberes e práticas na perspectiva de uma abordagem integral e resolutiva. DO PROCESSO DE TRABALHO DA SAÚDE DA FAMÍLIA Além das características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica. 75 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . de acordo com prioridades e sob a coordenação da gestão municipal.manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos e utilizar. de Saúde Bucal. e IX . IV . em municípios com população superior a 100 mil habitantes.diagnóstico. A proposta deve definir: . compromisso e respeito. ACS e enfermeiros das equipes PACS estão descritas no Anexo I. com atualização contínua.acompanhamento e avaliação sistemática das ações implementadas.507/2002. culturais. ESB e ACS e em conformidade com a regulamentação estadual aprovada pela CIB. 5 . a sua Secretaria de Saúde é responsável pela realização do curso introdutório e/ou dos cursos para educação permanente das equipes. IV .definição precisa do território de atuação. e da Secretaria Municipal de Saúde. e V . III . buscando parcerias e integrando projetos sociais e setores afins.O município e o Distrito Federal deverão elaborar a proposta de implantação ou expansão de ESF.promoção e desenvolvimento de ações intersetoriais.a responsabilidade da realização do curso introdutório e/ou dos cursos para educação permanente das equipes. na execução e na avaliação das ações. 4. priorizando solução dos problemas de saúde mais frequentes. 6 . programação e implementação das atividades segundo critérios de risco à saúde. e III . As atribuições dos diversos profissionais das Equipes de Saúde da Família.trabalho interdisciplinar e em equipe.III . A Secretaria Estadual de Saúde ou sua instância regional terá o prazo máximo de 30 dias após a data do protocolo de entrada do processo para sua análise e encaminhamento à Comissão Intergestores Bipartite (CIB). da forma de acompanhamento do Pacto dos Indicadores da Atenção Básica e da utilização dos dados dos sistemas nacionais de informação. f) implantação do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). com estimativa da população residente. com as equipes previamente credenciadas pelo estado. d) processo de gerenciamento e supervisão do trabalho das equipes. e da alimentação de dados no sistema que comprovem o início de suas atividades. Os recursos do Teto Financeiro do Bloco Atenção Básica deverão ser utilizados para financiamento das ações de Atenção Básica descritas nos Planos de Saúde do município e do Distrito Federal.DO PISO DE ATENÇÃO BÁSICA O Piso da Atenção Básica . Saúde Bucal – SB. após a aprovação por seu Conselho de Saúde. nos serviços assistenciais de média complexidade ambulatorial. O Distrito Federal. seleção e contratação dos profissionais das equipes.Após aprovação na CIB. sendo composto de uma fração fixa e outra variável. IV . em Defesa do SUS e de Gestão. VI . II . O Piso da Atenção Básica (PAB) constitui-se no componente federal para o financiamento da Atenção Básica. o número de ESF. e VII .O fluxo dos usuários para garantia da referência e contra referência à atenção especializada. levando em conta os padrões mínimos de oferta de serviços de acordo com os protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e a proposta para garantia da assistência farmacêutica básica devem constar no Plano Municipal de Saúde. a partir do cadastro de profissionais no sistema nacional de informação definido para esse fim. deverá encaminhar sua proposta para o Ministério da Saúde. 2 . incluindo apoio diagnóstico laboratorial e de imagem . O PAB é composto de uma parte fixa (PAB fixo) destinada a todos os municípios e de uma parte variável (PAB variável) que consiste em montante de recursos financeiros destinados a estimular a implantação das seguintes estratégias nacionais de reorganização do modelo de atenção à saúde: Saúde da Família – SF. os estados e os municípios terão o prazo de até 180 dias para implantação do novo fluxo de credenciamento e implantação de ESF. 76 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . definição do número de equipes que deverão atuar e com o mapeamento das áreas e micro áreas. O somatório das partes fixa e variável do Piso da Atenção Básica (PAB) comporá o Teto Financeiro do Bloco Atenção Básica conforme estabelecido nas diretrizes dos Pactos pela Vida. saúde mental e internação hospitalar. III .a) território a ser coberto. contemplando o cumprimento da carga horária de 40 horas semanais. conforme decisão da CIB. .RX e ultrassom. e) forma de recrutamento. h) a contrapartida de recursos do município e do Distrito Federal. V . especialmente nas áreas prioritárias definidas no âmbito nacional. de ESB e de ACS que fazem jus ao recebimento de incentivos financeiros do PAB variável. cabe à Secretaria de Saúde dos Estados e do Distrito Federal informar ao Ministério da Saúde. Compensação de Especificidades Regionais.O município.A proposta elaborada deverá ser aprovada pelos Conselhos de Saúde dos Municípios e encaminhada à Secretaria Estadual de Saúde ou sua instância regional para análise. explicitando o número e o local das unidades onde irão atuar cada uma das equipes. b) infraestrutura incluindo área física. Agentes Comunitários de Saúde – ACS. g) processo de avaliação do trabalho das equipes. de ESB e de ACS. c) ações a serem desenvolvidas pelas equipes no âmbito da Atenção Básica.O Ministério da Saúde. e Saúde no Sistema Penitenciário. até o dia 15 de cada mês. equipamentos e materiais disponíveis nas UBS onde atuarão as equipes. incluindo recursos humanos e materiais para operá-lo.CONSIDERAÇÕES GERAIS O financiamento da Atenção Básica se dará em composição tripartite. Saúde Indígena – SI. CAPÍTULO III Do Financiamento Da Atenção Básica 1 .PAB consiste em um montante de recursos financeiros federais destinados à viabilização de ações de Atenção Básica à saúde e compõe o Teto Financeiro do Bloco Atenção Básica. passará a receber o incentivo correspondente às equipes efetivamente implantadas. no âmbito dos Municípios. do Distrito Federal e dos órgãos de fiscalização federais. Os municípios deverão remeter por via eletrônica o processamento da produção de serviços referentes ao PAB à Secretaria Estadual de Saúde. que constarão nos respectivos avisos de crédito. ao Conselho de Saúde. dos estados e do Distrito Federal. fundo a fundo. de 18 de novembro de 1999. e IV . Os municípios que já recebem incentivos referentes a equipes de projetos similares ao PSF. . do Decreto nº 1. que trata das transferências. com o objetivo de facilitar o acompanhamento pelos Conselhos de Saúde no âmbito dos municípios.232/94. do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde e do Distrito Federal. mediante a apresentação de: I . observando cronograma estabelecido pelo Ministério da Saúde. seja na Prestação de Contas. Da mesma forma. A demonstração da movimentação dos recursos de cada conta deverá ser efetuada. terão os valores correspondentes incorporados a seu PAB fixo a partir da publicação do teto financeiro do Bloco da Atenção Básica. Os recursos serão repassados em conta específica denominada “FMS – nome do município – PAB” de acordo com a normatização geral de transferências fundo a fundo do Ministério da Saúde. liquidação e efetivação do pagamento). ao Poder Legislativo e ao Ministério Público dos respectivos níveis de governo. permanentemente.relatórios mensais da origem e da aplicação dos recursos. empenho. O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a aplicação dos recursos financeiros resultou em ações de saúde para a população. Da parte fixa do Piso da Atenção Básica Os recursos do PAB serão transferidos mensalmente. na forma do Decreto nº 1. II . a prestação de contas dos valores recebidos e aplicados no período deve ser aprovada no Conselho Municipal de Saúde e encaminhada ao Tribunal de Contas do Estado ou Município e à Câmara Municipal. deve ser apresentada ao Ministério da Saúde e ao Estado. 2.demonstrativo detalhado das principais despesas.demonstrativo sintético de execução orçamentária. de acordo com Portaria nº 1. conforme resolução das Comissões Intergestores Bipartites. incluindo quantitativos mensais e anuais de produção de serviços de Atenção Básica. de acordo com cronograma por ela estabelecido.502/GM. dos Estados. e Incentivos de Descentralização de Unidades de Saúde da FUNASA. de acordo com a Portaria nº 1.651/95. Os registros contábeis e os demonstrativos gerenciais mensais devidamente atualizados relativos aos recursos repassados a essas contas.1. ficarão.Os repasses dos recursos dos PABs fixo e variável aos municípios são efetuados em conta aberta especificamente para essa finalidade. de 22 de agosto de 2002. os recursos do PAB correspondentes à população de municípios que não cumprirem com os requisitos mínimos regulamentados nesta Portaria podem ser transferidos. de forma regular e automática. Os municípios e o Distrito Federal deverão efetuar suas despesas segundo as exigências legais requeridas a quaisquer outras despesas da administração pública (processamento. O Ministério da Saúde definirá os códigos de lançamentos. ao Fundo de Saúde.relatório de gestão. de controle interno e externo. para tornar claro o objeto de cada lançamento em conta. aos Fundos Estaduais de Saúde. por meio de relatório de gestão. será mantido o maior valor. III .348/GM. O aviso de crédito deverá ser enviado ao Secretário de Saúde. assim como seus identificadores literais. transitoriamente. seja quando solicitada pelos órgãos de controle. aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde. As Secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal devem enviar as informações ao DATASUS. a comprovação da aplicação dos recursos transferidos do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Estaduais e Municipais de Saúde. 77 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . De acordo com o artigo 6º. A população de cada município e do Distrito Federal será a população definida pelo IBGE e publicada em portaria específica pelo Ministério da Saúde. Nos municípios cujos valores referentes já são superiores ao mínimo valor per capita proposto. Excepcionalmente. à disposição dos Conselhos responsáveis pelo acompanhamento. e a fiscalização. estaduais e municipais. A parte fixa do PAB será calculada pela multiplicação de um valor per capita fixado pelo Ministério da Saúde pela população de cada município e do Distrito Federal e seu valor será publicado em portaria específica. o DATASUS remeterá à Secretaria Estadual de Saúde o recibo de entrada dos dados na Base Nacional do SIAB. cujo financiamento global se dá em composição tripartite. no mês anterior ao da respectiva competência financeira. IV . II . da Internet. III .7 e população de até 50 mil habitantes nos Estados da Amazônia Legal e até 30 mil habitantes nos demais Estados do País. até o dia 15 de cada mês.os dados serão transferidos. ou por disquete. V .Saúde da Família (SF). IV .777. dentro do escopo das ações previstas nesta Política. da Secretaria de Atenção à Saúde. Os valores dos componentes do PAB variável serão definidos em portaria específica pelo Ministério da Saúde. tendo como base o número de Equipe de Saúde da Família (ESF) registrados no cadastro de equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB. dos ACS e da SB tem por base os dados de alimentação obrigatória do SIAB. respeitando os limites orçamentários. localizada no Departamento de Atenção Básica.Saúde no Sistema Penitenciário.Saúde Indígena (SI). na Tabela do Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde que permanecem como referência para a alimentação dos bancos de dados nacionais.Saúde Bucal (SB).O DATASUS atualizará a Base Nacional do SIAB. 78 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . A transferência dos recursos financeiros que compõem os incentivos relacionados ao PAB variável da Saúde no Sistema Penitenciário se dará em conformidade ao disposto na Portaria Interministerial nº 1. de Saúde Bucal e de ACS a serem financiadas pelo Ministério da Saúde. e VI .DATASUS.Agentes Comunitários de Saúde (ACS). A transferência dos recursos financeiros que compõem os incentivos relacionados ao PAB variável da Saúde Indígena – SI será regulamentada em portaria específica. ou . São estabelecidas duas modalidades de financiamento para as ESF: 1. Para fazer jus ao financiamento específico do PAB variável. será definido em portaria específica. Equipe de Saúde da Família (ESF) Os valores dos incentivos financeiros para as Equipes de Saúde da Família implantadas serão transferidos a cada mês. cuja responsabilidade de manutenção e atualização é dos gestores do Distrito Federal e dos municípios: I .estiverem implantadas em municípios com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual ou inferior a 0.Ficam mantidas as ações descritas nos Grupos dos Procedimentos da Atenção Básica.Compensação de Especificidades Regionais. ESF Modalidade 1: são as ESF que atendem aos seguintes critérios: I .2. a cada ano. Do Piso da Atenção Básica Variável Os recursos do PAB variável são parte integrante do Bloco da Atenção Básica e terão sua utilização definida nos planos municipais de saúde. II . O número máximo de ESF pelas quais o município e o Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula: população / 2400. O PAB variável representa a fração de recursos federais para o financiamento de estratégias nacionais de organização da Atenção Básica. e V . A fonte de dados populacionais a ser utilizada para o cálculo será a mesma vigente para cálculo da parte fixa do PAB. III . por via magnética.os dados a serem transferidos referem-se ao período de 1º a 30 do mês imediatamente anterior ao do seu envio. A efetivação da transferência dos recursos financeiros que compõem os incentivos relacionados ao PAB variável da SF. o Distrito Federal e os municípios devem aderir às estratégias nacionais: I . de 9 de setembro de 2003. até o dia 20 de cada mês. O número máximo de equipes de Saúde da Família.a transferência dos dados para a Base Nacional do SIAB se dará por meio do BBS/MS. pelas Secretarias Estaduais de Saúde e do Distrito Federal para o Departamento de Informática do SUS . 2. Maranhão e Mato Grosso. bem como a forma de utilização desses recursos de acordo com as especificidades regionais e/ou municipais de cada estado. tendo como base o número de Equipes de Saúde Bucal (ESB) registrados no cadastro de Equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB. a partir de critérios regionais. a exemplo de sazonalidade. 1 auxiliar de consultório dentário e 1 técnico de higiene dental. indicadores de resultados. A CIB selecionará os municípios a serem contemplados. Farão jus ao recebimento dos incentivos financeiros referentes a Equipes de Saúde Bucal (ESB). migrações. 79 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Saúde da Família. na respectiva competência financeira. Os valores dos componentes do PAB variável para as ESF Modalidades I e II serão definidos em portaria específica publicada pelo Ministério da Saúde. educação permanente. definida pelo IBGE e publicada pelo Ministério da Saúde.Equipe de Saúde Bucal Modalidade 2: composta por no mínimo 1 cirurgião-dentista. Equipes de Saúde Bucal (ESB) Os valores dos incentivos financeiros para as Equipes de Saúde Bucal implantadas serão transferidos a cada mês. desde que não ultrapassem o número existente de Equipes de Saúde da Família. publicado em portaria específica. O número máximo de ACS pelos quais o município e o Distrito Federal podem fazer jus ao recebimento de recursos financeiros específicos será calculado pela fórmula: população IBGE/ 400.estiverem implantadas em municípios que integraram o Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde (PITS) e que não estão enquadrados no estabelecido na alínea I deste item. registrados no cadastro de equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB. II . São estabelecidas duas modalidades de financiamento para as ESB: I . Será repassada uma parcela extra. e III . Compensação de Especificidades Regionais Os valores do recurso Compensação de Especificidades Regionais serão definidos em Portaria Ministerial especifica para este fim.II . . tendo como base o número de Agentes Comunitários de Saúde (ACS). a proposta de aplicação deste recurso deverá ser submetida à aprovação pelo Conselho de Saúde do Distrito Federal. e considerem a lógica de organização da Atenção Básica . Para municípios dos estados da Região Norte. no último trimestre de cada ano. A fonte de dados populacionais a ser utilizada para o cálculo será a mesma vigente para cálculo da parte fixa do PAB. registrados no cadastro de equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB. No caso do Distrito Federal. Os critérios definidos devem ser informados ao plenário da CIT. respeitado o número máximo de equipes por município.estiverem implantadas em municípios não incluídos no estabelecido nas alíneas I e II e atendam a população remanescente de quilombos ou residente em assentamentos de no mínimo 70 (setenta) pessoas. IDH.Equipe de Saúde Bucal Modalidade 1: composta por no mínimo 1 cirurgião-dentista e 1 auxiliar de consultório dentário. na respectiva competência financeira. quantas equipes estiverem implantadas no SIAB. formação de ACS. A utilização dos recursos de Compensação de Especificidades Regionais será definida periodicamente pelas CIBs. dificuldade de fixação de profissionais. 2. Os municípios passarão a fazer jus ao recebimento do incentivo após o cadastramento das Equipes de Saúde da Família responsáveis pelo atendimento dessas populações específicas no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). ESF Modalidade 2: são as ESF implantadas em todo o território nacional que não se enquadram nos critérios da Modalidade 1. cujo valor será calculado com base no número de Agentes Comunitários de Saúde. a fórmula será: população IBGE da área urbana / 400 + população da área rural IBGE/ 280. no mês de agosto do ano vigente. Agentes Comunitários de Saúde (ACS) Os valores dos incentivos financeiros para as equipes de ACS implantadas são transferidos a cada mês. e deverá ser apresentado anualmente para apreciação e aprovação pelo Conselho Municipal de Saúde. 4 . a equipes de Saúde Bucal e a de Agentes Comunitários de Saúde. discriminando a competência financeira correspondente e identificando a equipe. para que os valores sejam transferidos do FNS para os FMS. permite o repasse dos recursos pleiteados. os indicadores de acompanhamento para fins de reajuste do PAB fixo. os municípios e o Distrito Federal deverão: I . o Distrito Federal e os estados. O Ministério da Saúde publicará anualmente.REQUISITOS MÍNIMOS PARA MANUTENÇÃO DA TRANSFERÊNCIA DO PAB Os requisitos mínimos para a manutenção da transferência do PAB são aqueles definidos pela legislação federal do SUS.imprimir o relatório de produção.preencher a planilha constante do Anexo III a esta Política. A Secretaria de Atenção à Saúde – SAS/MS. para: a) média anual de consultas médicas por habitante nas especialidades básicas. No caso do Distrito Federal. na competência reclamada. pleiteando a complementação de crédito. O Relatório de Gestão deverá demonstrar como a aplicação dos recursos financeiros resultou em ações de saúde para a população. 80 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . realizada pelos municípios. procederá à análise das solicitações recebidas. deve especificar a proposta de organização da Atenção Básica e explicitar como serão utilizados os recursos do Bloco da Atenção Básica. Excepcionalmente o não alcance de metas poderá ser avaliado e justificado pelas Secretarias Estaduais de Saúde e pelo Ministério da Saúde de maneira a garantir esta correção. Esta retroatividade se limitará aos seis meses anteriores ao mês em curso. após analisarem a documentação recebida dos municípios.Cobertura firmada pelo gestor municipal e do Distrito Federal para o ano anterior no Pacto da Atenção Básica. em portaria específica.enviar ofício à Secretaria de Saúde de seu estado. o ofício deverá ser encaminhado ao Departamento de Atenção Básica da SAS/MS. aprovado pelo respectivo Conselho de Saúde e atualizado a cada ano. se houve suspensão do crédito em virtude da constatação de irregularidade no funcionamento das equipes e se a situação de qualificação do município ou do Distrito Federal. Para solicitar os créditos retroativos. no caso de equipes de Saúde da Família.DA SOLICITAÇÃO DE CRÉDITO RETROATIVO Considerando a ocorrência de problemas na alimentação do Sistema de Informação de Atenção Básica – SIAB. 3 . II . acompanhado da planilha referida no item I e do relatório de produção correspondente.FNS/SE/MS poderá efetuar crédito retroativo dos incentivos financeiros a equipes de Saúde da Família. acompanhada dos documentos referidos nos itens I e II. Os valores do PAB fixo serão corrigidos anualmente mediante cumprimento de metas pactuadas para indicadores da Atenção Básica.As Secretarias Estaduais de Saúde enviarão a listagem de municípios com os valores e o período de transferência dos recursos pactuados nas CIBs ao Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde. O Plano de Saúde municipal ou do Distrito Federal. e na transferência dos arquivos. com os respectivos profissionais que a compõem ou o agente comunitário de saúde que não gerou crédito de incentivo. e II . verificando a adequação da documentação enviada. Os indicadores de acompanhamento para 2006 são: I .Cobertura vacinal da terceira dose de tetravalente em menores de um ano de idade maior ou igual a 95%. deverão encaminhar ao Departamento de Atenção Básica da SAS/MS solicitação de complementação de crédito dos incentivos tratados nesta Portaria. b) proporção de nascidos vivos de mães com quatro ou mais consultas de pré-natal. com base em solicitação da Secretaria de Atenção à Saúde SAS/MS. . Os municípios e o Distrito Federal de vem manter a guarda desses Planos por no mínimo 10 anos. e III . por parte dos municípios e/ou do Distrito Federal. para informar o tipo de incentivo financeiro que não foi creditado no Fundo Municipal de Saúde ou do Distrito Federal. monitoramento e auditoria. incluindo quantitativos mensais e anuais de produção de serviços de Atenção Básica. por meio do Departamento de Atenção Básica. As Secretarias Estaduais de Saúde. o Fundo Nacional de Saúde . referente à equipe e ao mês trabalhado que não geraram a transferência dos recursos. c) razão entre exames citopatológico cérvico-vaginais em mulheres entre 25 e 59 anos e a população feminina nessa faixa etária. para fins de avaliação. 1. A suspensão será mantida até a adequação das irregularidades identificadas. por meio do monitoramento e/ou da supervisão direta do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de saúde ou por auditoria do DENASUS.descumprimento da carga horária estabelecida nesta Política. a saber: a) Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) – para os municípios e o Distrito Federal.SISVAN. a cada ano. c) Sistema de Informações sobre Mortalidade . contados a partir do recebimento do incentivo de estruturação. por meio do monitoramento e/ou da supervisão direta do Ministério da Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde. malversação ou desvio de finalidade na utilização dos recursos. d) Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos . 5. do estado ou do município. III . o município ou o Distrito Federal não farão jus a novos recursos de implantação até que seja alcançado o número de equipes já implantadas anteriormente. por período superior a 90 (noventa) dias consecutivos.inexistência de unidade de saúde cadastrada como referência para a população cadastrada pelos ACS e/ou. ou por auditoria do DENASUS.SIA. com exceção dos períodos em que a contratação de profissionais esteja impedida por legislação específica e/ou. f) Sistema de Informações de Agravos de Notificação . nos casos em que forem constatadas. Da suspensão do repasse de recursos do PAB variável O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos dos incentivos a equipes de Saúde da Família ou de Saúde Bucal ao município e/ou ao Distrito Federal.DOS RECURSOS DE ESTRUTURAÇÃO Na implantação das Equipes de Saúde da Família e de Saúde Bucal os municípios e/ou o Distrito Federal receberão recursos específicos para estruturação das Unidades de Saúde de cada Equipe de Saúde da Família e para Equipes de Saúde Bucal.SIM.ausência de qualquer um dos profissionais da equipe por período superior a 90 (noventa) dias. . visando à melhoria da infraestrutura física e de equipamentos das Unidades Básicas de Saúde para o trabalho das equipes. por meio de auditoria federal ou estadual. Considera-se alimentação irregular a ausência de envio de informações por 2 meses consecutivos ou 3 meses alternados no período de um ano. nos quais será considerada irregular a ausência de profissional por e/ou. recursos destinados à estruturação da rede básica de serviços de acordo com sua disponibilidade orçamentária. A CIT pactuará os critérios para a seleção dos municípios e/ou do Distrito Federal.DA SUSPENSÃO DO REPASSE DE RECURSOS DO PAB O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos do PAB aos municípios e ao Distrito Federal. e g) Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações SIS-PNI. O Ministério da Saúde disponibilizará. alguma das seguintes situações: I . o valor recebido será descontado de futuros valores repassados aos Fundos de Saúde do Distrito Federal. 81 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .5 . II . alguma das seguintes situações: I .ausência de enfermeiro supervisor por período superior a 90 (noventa) dias. 6 . Em caso de redução do número de Equipes de Saúde da Família ou de Saúde Bucal. por parte dos municípios e do Distrito Federal. relativos aos Agentes Comunitários de Saúde. ao município e/ou ao Distrito Federal. IV . quando: I . Caso a equipe implantada seja desativada num prazo inferior a 12 (doze) meses. e/ou. com exceção dos períodos em que a legislação eleitoral impede a contratação de profissionais.inexistência de unidade de saúde cadastrada para o trabalho das equipes e/ou. b) Sistema de Informações Ambulatorial .SINAN.Não houver alimentação regular. e) Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional . caso tenham implantado ACS e/ou ESF e/ou ESB. O Ministério da Saúde suspenderá o repasse de recursos dos incentivos. III .SINASC.Forem detectados.o descumprimento da carga horária para os profissionais das Equipes de Saúde da Família ou de Saúde Bucal estabelecida nesta Política. dos bancos de dados nacionais de informação. Esses recursos serão repassados na competência financeira do mês posterior à implantação das equipes. II . nos casos em que forem constatadas.ausência de ACS. para os profissionais. II . de acordo com o planejamento da equipe. VI . . sob coordenação da SMS. a forma de repasse. e XIII .Que em suas Unidades Básicas de Saúde recebam alunos de Cursos de Graduação contemplados no PROSAUDE.responsabilizar-se pela população adscrita. a listagem de contemplados e o cronograma de desembolso. quando necessário.trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida. 82 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS. 1 . cabendo ao gestor municipal ou do Distrito Federal ampliá-las. V .Que realizem residência médica em medicina de família e comunidade credenciada pelo CNRM. bem como as previstas nas prioridades e protocolos da gestão local. IX .promover a mobilização e a participação da comunidade. são atribuições mínimas específicas de cada categoria profissional.cadastrar todas as pessoas de sua micro área e manter os cadastros atualizados.realizar outras ações e atividades a serem definidas de acordo com as prioridades locais. prevenção de agravos e curativas. buscando efetivar o controle social. VIII . O Ministério da Saúde publicará portaria especifica com o montante disponibilizado.Para o ano de 2006 serão disponibilizados recursos aos municípios: I .SÃO ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS Além das atribuições definidas. inclusive aqueles relativos ao trabalho. entre outros). X . de acordo com as especificidades locais.identificar parceiros e recursos na comunidade que possam potencializar ações intersetoriais com a equipe. Anexo I As atribuições dos profissionais das equipes de saúde da família. II . II .orientar famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis. priorizando as situações a serem acompanhadas no planejamento local. 2 . e II . identificando grupos. IV . e da garantia de atendimento da demanda espontânea. XII . Do Agente Comunitário de Saúde: I . de saúde bucal e de acs As atribuições globais abaixo descritas podem ser complementadas com diretrizes e normas da gestão local.garantir a qualidade do registro das atividades nos sistemas nacionais de informação na Atenção Básica. proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo. e depositados em conta específica. XI .participar do processo de territorialização e mapeamento da área de atuação da equipe.realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local. III . IV . a micro área.SÃO ATRIBUIÇÕES COMUNS A TODOS OS PROFISSIONAIS: I . no domicílio e nos demais espaços comunitários (escolas.realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações. prioritariamente no âmbito da unidade de saúde. famílias e indivíduos expostos a riscos.participar das atividades de educação permanente. mantendo a coordenação do cuidado mesmo quando esta necessita de atenção em outros serviços do sistema de saúde. a partir da utilização dos dados disponíveis. Esses recursos serão transferidos fundo a fundo aos municípios que se adequarem a esses critérios. visando à promoção da saúde e a prevenção das doenças.garantir a integralidade da atenção por meio da realização de ações de promoção da saúde. VII . III . V .realizar ações de atenção integral conforme a necessidade de saúde da população local. da realização das ações programáticas e de vigilância à saúde.estar em contato permanente com as famílias desenvolvendo ações educativas. considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade. e da atualização contínua dessas informações.participar das atividades de planejamento e avaliação das ações da equipe.realizar o cuidado em saúde da população adscrita. associações. V .realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e. conforme a Portaria nº 44/GM. por meio de visita domiciliar. e de vigilância à saúde. II . respeitando fluxos de referência e contra referência locais. pequenas urgências clínico-cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos. diagnóstico. VI . reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF e. quando indicado ou necessário. e VII .encaminhar.indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar.cumprir com as atribuições atualmente definidas para os ACS em relação à prevenção e ao controle da malária e da dengue. no domicílio e na comunidade. Do Enfermeiro do Programa Agentes Comunitários de Saúde: I . observadas as disposições legais da profissão. de prevenção das doenças e de agravos. Nota: É permitido ao ACS desenvolver atividades nas unidades básicas de saúde. e VII . pediatria. quando necessário. III .realizar consultas e procedimentos de enfermagem na Unidade Básica de Saúde e. VII .participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da UBS. .realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica. em todas as fases do desenvolvimento humano: infância. coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS. e VIII . V . realizar consulta de enfermagem. contribuindo para a organização da demanda referenciada.planejar. adolescência.participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF.realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde. usuários a serviços de média e alta complexidade.solicitar exames complementares e prescrever medicações. III . e VI . por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade. ACD e THD. idade adulta e terceira idade.contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS. quando indicado ou necessário. Do Enfermeiro: I . no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas.acompanhar. diagnóstico. associações etc). de 3 de janeiro de 2002. mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário. II . quando necessário.desenvolver atividades de promoção da saúde. mantendo a equipe informada. com vistas ao desempenho de suas funções.VI .facilitar a relação entre os profissionais da Unidade Básica de Saúde e ACS.realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde. prevenção de agravos. de acordo com as necessidades definidas pela equipe.organizar e coordenar grupos específicos de indivíduos e famílias em situação de risco da área de atuação dos ACS. gerenciar.planejar.supervisionar. VI . adolescência. solicitar exames complementares e prescrever medicações. prevenção de agravos. reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: infância.conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal. coordenar e realizar atividades de qualificação e educação permanente dos ACS. tratamento. II . V . mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário. III .supervisionar. coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da equipe de enfermagem. proposto pela referência. tratamento. 83 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Do Médico: I . cirurgias ambulatoriais.contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem. principalmente a respeito daquelas em situação de risco. associações etc). desde que vinculadas às atribuições acima. conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal. IV . coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS.participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. ACD e THD. IV . no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas. IV . idade adulta e terceira idade. todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade. gerenciar. Auxiliares de Enfermagem. ginecoobstetrícia. observadas as disposições legais da profissão. Do Auxiliar e do Técnico de Enfermagem: I - participar das atividades de assistência básica realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc); II - realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em situação de risco, conforme planejamento da equipe; e III - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Do Cirurgião Dentista: I - realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento e a programação em saúde bucal; II - realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais; III - realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade; IV - encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do tratamento; V - coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais; VI - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar. VII - contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do THD, ACD e ESF; VIII - realizar supervisão técnica do THD e ACD; e IX - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Do Técnico em Higiene Dental (THD): I - realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção, prevenção, assistência e reabilitação) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, segundo programação e de acordo com suas competências técnicas e legais; II - coordenar e realizar a manutenção e a conservação dos equipamentos odontológicos; III - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe de Saúde da Família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar. IV - apoiar as atividades dos ACD e dos ACS nas ações de prevenção e promoção da saúde bucal; e V - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Do auxiliar de Consultório Dentário (ACD): I - realizar ações de promoção e prevenção em saúde bucal para as famílias, grupos e indivíduos, mediante planejamento local e protocolos de atenção à saúde; II - proceder à desinfecção e à esterilização de materiais e instrumentos utilizados; III - preparar e organizar instrumental e materiais necessários; IV - instrumentalizar e auxiliar o cirurgião dentista e/ou o THD nos procedimentos clínicos; V - cuidar da manutenção e conservação dos equipamentos odontológicos; VI - organizar a agenda clínica; VII - acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da equipe de saúde da família, buscando aproximar e integrar ações de saúde de forma multidisciplinar; e VIII - participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Portaria nº 649/GM de 28 de março de 2006 Define valores de financiamento para o ano de 2006, com vistas à estruturação de Unidades Básicas de Saúde para as equipes Saúde da Família, como parte da Política Nacional de Atenção Básica. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e considerando a Política Nacional de Atenção Básica definida por meio da Portaria de Diretrizes e Normas para a Atenção Básica, Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 2006, que regulamenta o desenvolvimento das ações de atenção básica à saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) e define critérios para uso dos recursos da atenção básica, RESOLVE: . 84 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Art. 1º Definir, para o ano de 2006, a transferência, em parcela única, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) por curso de graduação, aos municípios que aderiram ao PROSAÚDE e recebem alunos de enfermagem, medicina e/ou odontologia nas Unidades Básicas de Saúde municipais das equipes de Saúde da Família. Art. 2º Definir, para o ano de 2006, como valor de transferência para estruturação de Unidades Básicas de Saúde municipais das equipes Saúde da Família, aos municípios que recebem nessas unidades, médicos residentes de Medicina de Família e Comunidade, cadastrados na Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), parcela única de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) por aluno residente. Art. 3º Definir que os recursos tratados nos artigos 1º e 2º desta Portaria sejam transferidos do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos Municipais de Saúde para reformas, adequações de área física e equipamentos. Art. 4º Definir que cabe à Secretaria de Atenção à Saúde (SAS/MS), em conjunto com a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES/MS), a publicação da listagem de municípios que atendam aos critérios desta Portaria, com seus respectivos valores. Art. 5º Definir que os recursos orçamentários, de que trata a presente Portaria, corram por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar os seguintes Programas de Trabalho: I - 10.846.1214.0587 - Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros; e II - 10.845.1214.0589 - Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso da Atenção Básica - PAB para a Saúde da Família. Art. 6º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. SARAIVA FELIPE Portaria nº 650/GM de 28 de março de 2006 Define valores de financiamento do PAB fixo e variável mediante a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a estratégia de Saúde da Família e para o Programa de Agentes Comunitários de Saúde, instituídos pela Política Nacional de Atenção Básica. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, no uso de suas atribuições, e considerando a Política Nacional de Atenção Básica definida por meio da Portaria de Diretrizes e Normas para a Atenção Básica, Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 2006, que regulamenta o desenvolvimento das ações de atenção básica à saúde no SUS e define critérios para repasse do Piso de Atenção Básica, fração fixa e variável, RESOLVE: Art. 1º Definir que o valor mínimo per capita do Piso de Atenção Básica - PAB, fração fixa (PAB fixo) corresponde a R$ 13,00 (treze reais) / habitante por ano. Parágrafo único. Prevalecerá o maior valor per capita do PAB fixo nos municípios cujos valores referentes já são superiores ao mínimo valor per capita proposto, com base na data da publicação desta Portaria. Art. 2º Incorporar ao PAB fixo dos municípios que recebem incentivos referentes a equipes de projetos similares, em acordo com a Portaria nº 1.348/GM, de 18 de novembro de 1999 (Anexo I), os valores correspondentes aos pagos pelas equipes de saúde dos projetos similares ao PSF e os Incentivos à Descentralização de Unidades de Saúde da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), de acordo com a Portaria nº 233/GM, de 24 de março de 1999, e a Portaria nº 1.502/GM, de 22 de agosto de 2002 (Anexo II), a partir da competência março de 2006. Art. 3º Criar duas modalidades de Incentivo Financeiro para as Equipes de Saúde da Família, implantadas em conformidade aos critérios estabelecidos pela Política Nacional de Atenção Básica. § 1º O valor dos Incentivos Financeiros referentes às Equipes de Saúde da Família na Modalidade 1 é de R$ 8.100,00 (oito mil e cem reais) a cada mês, por equipe. § 2º Fazem jus ao recebimento na Modalidade 1 todas as Equipes de Saúde da Família dos municípios constantes do Anexo III a esta Portaria e as Equipes de Saúde da Família dos municípios constantes do . 85 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Anexo IV a esta Portaria, que atendam a populações residentes em assentamentos ou remanescentes de quilombos, respeitado o número máximo de equipes definido neste Anexo IV. § 3º O valor dos Incentivos Financeiros referentes às Equipes de Saúde da Família na Modalidade 2 é de R$ 5.400,00 (cinco mil e quatrocentos reais) a cada mês, por equipe. Art. 4º Definir que o valor do Incentivo Financeiro para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) seja de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais) por ACS a cada mês, a partir da competência financeira abril de 2006, estabelecendo como base de cálculo, o número de ACS registrados no cadastro de equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB), na respectiva competência financeira. Parágrafo único. No último trimestre de cada ano, será repassada uma parcela extra, calculada com base no número de Agentes Comunitários de Saúde registrados no cadastro de equipes e profissionais do Sistema de Informação de Atenção Básica (SIAB) no mês de agosto do ano vigente, multiplicado pelo valor do incentivo fixado no caput deste artigo. Art. 5º Definir os seguintes valores de Incentivo Financeiros das Equipes de Saúde Bucal (ESB) nas Modalidades 1 e 2, segundo critérios estabelecidos pela Política Nacional de Atenção Básica: I - Para as ESB na Modalidade 1 serão transferidos R$ 1.700,00 (um mil e setecentos reais) a cada mês, por equipe; e II - Para as ESB na Modalidade 2 serão transferidos R$ 2.200,00 (dois mil e duzentos reais) a cada mês, por equipe. Parágrafo único. Fazem jus a 50% a mais sobre os valores transferidos referentes as ESB implantadas de acordo com as modalidades definidas no caput deste artigo, todas as Equipes de Saúde Bucal dos municípios constantes do Anexo III a esta Portaria e as Equipes de Saúde Bucal dos municípios constantes no Anexo IV a esta Portaria, que atendam a populações residentes em assentamentos ou remanescentes de quilombos, respeitado o número máximo de equipes definido neste Anexo IV. Art. 6º Definir como valor de transferência para cada Equipe Saúde da Família implantada R$ 20.000,00 (vinte mil reais) a ser transferido em duas parcelas de R$ 10.000,00 (dez mil reais) nos meses subsequentes ao mês de implantação, como recurso para investimento nas Unidades Básicas de Saúde e realização do Curso Introdutório. Art. 7º Definir como valor de transferência para cada Equipe Saúde Bucal implantada R$ 7.000,00 (sete mil reais) a ser transferido em parcela única no mês subsequente ao de implantação, como recurso para investimento nas Unidades Básicas de Saúde e realização do Curso Introdutório. Art. 8º Atualizar a base populacional para o cálculo do PAB fixo e variável com base na população IBGE 2005 e população assentada de 2005, segundo informação do Ministério do Desenvolvimento Agrário, conforme Anexo V a esta Portaria. Art. 9° Definir que os recursos orçamentários, de que trata esta Portaria, corram por conta do orçamento do Ministério da Saúde, devendo onerar os seguintes Programas de Trabalho: I - 10.846.1214.0587 - Atendimento Assistencial Básico nos Municípios Brasileiros; e II - 10.845.1214.0589 - Incentivo Financeiro a Municípios Habilitados à Parte Variável do Piso de Atenção Básica - PAB para a Saúde da Família. Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a partir do mês de competência abril de 2006. SARAIVA FELIPE Portaria nº 822/GM de 17 de abril de 2006 Altera critérios para definição de modalidades das ESF dispostos na Política Nacional de Atenção Básica. O MINISTRO DE ESTADO DA SAÚDE, INTERINO, no uso de suas atribuições; Considerando o disposto na Política Nacional de Atenção Básica definida por meio da Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 2006, que estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização Atenção Básica, para o Programa de Saúde da Família - PSF e o Programa Agentes Comunitários de Saúde -PACS; . 86 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Considerando o disposto na Portaria nº 650/GM, de 28 de março de 2006, que define valores de financiamento do PAB fixo e variável; e Considerando o pactuado na Reunião da Comissão Intergestores Tripartite - CIT, de 30 de março de 2006, sobre a necessidade de alteração de critérios para definição de modalidades das ESF, dispostos na Política Nacional de Atenção Básica, RESOLVE Art. 1º Alterar a Portaria nº 648/GM, de 28 de março de 2006, publicada no Diário Oficial da União nº 61, de 29 de março de 2006, Seção 1, página 71, os critérios para que as Equipes Saúde da Família – ESF enquadrem-se na Modalidade 1, dispostos no item 2.2 do Capítulo III da Política Nacional de Atenção Básica, que passam a vigorar com a seguinte redação: “Equipe de Saúde da Família I - ESF Modalidade 1 são: - Todas as ESF implantadas em municípios: a) com população de até 50 mil habitantes nos Estados da Amazônia Legal, ou b) com população até 30 mil habitantes e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) igual ou inferior a 0,7, nos demais Estados do País; ou c) que já fazem jus ao recebimento de acréscimo de 50% no valor dos incentivos referentes ao total de ESF e ESB que implantar; e As ESF implantadas em municípios não incluídos no estabelecido na alínea I e atendam a população remanescente de quilombos e/ou residente em assentamentos de no mínimo 70 (setenta) pessoas, respeitado o número máximo de equipes por município, publicado em portaria específica.” (NR) Art. 2º Alterar os Anexos III e IV da Portaria nº 650/GM, de 28 de março de 2006, publicada no Diário Oficial da União nº 61, de 29 de março de 2006, Seção 1, página 76, que passam a vigorar com a redação constante dos Anexos I e II a esta Portaria, respectivamente. Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos financeiros a contar do mês abril de 2006. JOSÉ AGENOR ÁLVARES DA SILVA Normas do Ministério da Saúde para atuação: programa nacional de imunizações, programas da mulher, da criança, do adolescente, do idoso, para DST e AIDS, para hanseníase, para pneumologia sanitária, para hipertensão e de diabético. PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO. Considerações Gerais Em 1973 foi criado o Programa Nacional de Imunizações – PNI, como parte de um conjunto de medidas que visavam redirecionar a atuação governamental, ajustando-se aos objetivos e diretrizes do Programa Ampliado de Imunizações – PAI da Organização Mundial de Saúde – OMS (lei 6259 de 30-10-1975; decreto 78.231 de 12-08-1976). Anteriormente as ações de imunização eram marcadas pela atuação isolada de programas nacionais para o controle de doenças específicas como a Campanha de erradicação da Varíola, Plano Nacional de Controle da Poliomielite e controle da Tuberculose. A partir de então o Ministério da Saúde define as vacinas obrigatórias do calendário vacinal, permitindo às unidades federadas propor medidas complementares no âmbito de seu território. O êxito das Campanhas de Vacinação contra a varíola na década dos anos sessenta, mostrou que a vacinação em massa tinha o poder de erradicar a doença. O último caso de varíola notificado no Brasil foi em 1971 e, no mundo em 1977 na Somália. Em 1975 foi institucionalizado o PNI, resultante do somatório de fatores, de âmbito nacional e internacional, que convergiam para estimular e expandir a utilização de agentes imunizantes, buscando a integridade das ações de imunizações realizadas no país. O PNI passou a coordenar, assim, as atividades de imunizações desenvolvidas rotineiramente na rede de serviços e, para tanto, traçou . 87 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA diretrizes pautadas na experiência da Fundação de Serviços de Saúde Pública (FSESP), com a prestação de serviços integrais de saúde através de sua rede própria. A legislação específica sobre imunizações e vigilância epidemiológica (Lei 6.259 de 30-10-1975 e Decreto 78.231 de 30-12-76) deu ênfase às atividades permanentes de vacinação e contribuiu para fortalecer institucionalmente o Programa. Em seguimento à erradicação da varíola, inicia-se em 1980 a 1ª CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A POLIOMIELITE, com a meta de vacinar todas as crianças menores de 5 anos em um só dia. O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu na Paraíba em março de 1989. Em setembro de 1994 o Brasil junto com os demais países da região das américas, recebeu da Comissão Internacional para a Certificação da Ausência de Circulação Autóctone do Poliovírus Selvagem nas Américas, o Certificado que a doença e o vírus foram eliminados de nosso continente. De 1990 a 2003, o PNI fez parte do CENEPI/FUNASA - Fundação Nacional de Saúde. A partir de 2003, passou a integrar a DEVEP/SVS - Secretaria de Vigilância em Saúde, inserido na Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações - CGPNI. Ao longo do tempo, a atuação do PNI, ao consolidar uma estratégia de âmbito nacional, apresentou, na sua missão institucional precípua, consideráveis avanços. As metas mais recentes contemplam erradicação do sarampo e a eliminação tétano neonatal. A essas, se soma o controle de outras doenças imunopreveníveis como Difteria, Coqueluche e Tétano acidental, Hepatite B, Meningites, Febre Amarela, formas graves da Tuberculose, Rubéola e Caxumba em alguns Estados, bem como, a manutenção da erradicação da Poliomielite. Cabe também a CGPNI adquirir, distribuir e normatizar o uso dos imunobiológicos especiais, indicados para situações e grupos populacionais específicos que serão atendidos nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais - CRIEs. É também de responsabilidade desta coordenação a implantação do Sistema de Informação e a consolidação dos dados de cobertura vacinal em todo o país. Destacamos que o objetivo principal do Programa é de oferecer todas as vacinas com qualidade a todas as crianças que nascem anualmente em nosso país, tentando alcançar coberturas vacinais de 100% de forma homogênea em todos os municípios e em todos os bairros. O PNI é, hoje, parte integrante do Programa da Organização Mundial de Saúde, com o apoio técnico, operacional e financeiro da UNICEF e contribuições do Rotary Internacional e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A informatização do PNI foi desenvolvida pelo DATASUS (GEIPS), segundo especificação da CGPNI. A década de 1990 foi repleta de marcos importantes para a saúde brasileira e para o PNI. A vacina Bacillus Calmette-Guérin Intra Dérmica (BCG-ID) começou a ser distribuída em grandes maternidades. Na Amazônia Ocidental, implantava-se a vacina contra hepatite B e introduzia-se a imunização contra a febre amarela nas áreas endêmicas. Ainda em 1991, cerca de 42 mil casos de sarampo foram registrados. Por isso, no ano seguinte, foi instituído o Plano Nacional de Controle e Eliminação de sarampo, tendo como marco a realização da campanha de vacinação indiscriminada do grupo de nove meses a 14 anos de idade. O resultado não podia ser outro: redução de 81% no número de casos. Após este período, a tríplice vital – contra sarampo, caxumba e rubéola – foi introduzida gradualmente no País. Em 1992, também foi implantado o Plano de Eliminação do Tétano Neonatal, priorizando a vacinação das mulheres em idade fértil, entre 15 e 49 anos, com a vacina dupla adulto (tétano e difteria). No ano seguinte, os povos indígenas que residem em locais isolados no País foram beneficiados pela “Operação Gota”. Em 1994, ficou estabelecida pela 24ª Conferência Sanitária Pan-Americana a erradicação do sarampo até o ano 2000. Com o intuito de corrigir falhas primárias da vacinação contra a doença, o programa promoveu a primeira de cinco campanhas nacionais contra o sarampo para crianças menores de cinco anos. Dois anos depois, a vacina contra hepatite B passou a ser produzida no Brasil e, em 1998, já era aplicada em crianças com menos de um ano em todos os municípios. Por conta da redefinição das áreas de risco para febre amarela em 1998, uma imunização massiva aconteceu até 2001. Ao todo, 55,5 milhões de doses foram aplicadas. No último ano da década, as campanhas de vacinação contra a gripe em pessoas com mais de 60 anos também foram marcantes. Logo no início do século XXI, o último caso autóctone de sarampo foi confirmado. Em 2001, foi iniciada a campanha contra a rubéola, utilizando a vacina dupla viral. A meta era vacinar 15 milhões de mulheres em idade fértil, visando ao controle da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC). Ainda nesse ano, a vacinação contra febre amarela tornou-se obrigatória em áreas portuárias, aeroportuárias, de terminais e passagens de fronteira. Em 2003, a vacina combinada tetravalente (DTP + Hib) substituiu as vacina tríplice bacteriana e Hib monovalente. A vacina monovalente sarampo também foi definitivamente trocada pela tríplice viral. Neste mesmo ano, surgiu a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), responsável pelas ações nacionais de . 88 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA O ano de 2008 foi marcado por uma megaoperação contra a rubéola: 67. Constituem competências da esfera estadual: . Confira as principais ações do Programa Nacional de Imunizações. Referências BRASIL. do adolescente e do idoso – com nove imunobiológicos – foram instituídos em 2004. Já em 2013. a rede de serviços e as tecnologias disponíveis. que passou a substituir a segunda dose da vacina tríplice viral para as crianças de 15 meses de idade. Disponível em: <http://pni.a coordenação do componente estadual do PNI. resultou em uma campanha nacional de vacinação contra o vírus em 2010. Na mesma época.Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. As diretrizes e responsabilidades para a execução das ações de vigilância em saúde. A campanha contou com um sistema de informação online que permitiu aos gestores e técnicos monitorarem o avanço das coberturas. SI-PNI .datasus. É considerado uma das principais e mais relevantes intervenções em saúde pública no Brasil. o tétano neonatal deixou de ser problema de saúde pública no País. Saúde. para meninas de 9 a 13 anos. que serão protegidas contra os principais vírus que causam o câncer de colo de útero. aprimorando cada vez mais as ações ofertadas pelo Sistema Único de Saúde. Constituem competências da esfera federal: . a vacina dTpa (tétano. crianças.a gestão do sistema de informação do PNI. trabalhadores de saúde.br/apresentacao. estão definidas em legislação nacional que aponta que a gestão das ações é compartilhada pela União. prevenção e controle de doenças – inclusive pelo gerenciamento do Programa Nacional de Imunizações. indígenas.brasil. As ações devem ser pactuadas na Comissão Intergestores Tripartite (CIT) e na Comissão Intergestores Bipartite (CIB). . a vacina meningocócica C conjugada e pneumocócica 10 valente foi introduzida no calendário de vacinação da criança. considerados insumos estratégicos. portadores de doenças crônicas e adultos com idade entre 20 e 39 anos. Ministério da Saúde.gov. a imunização oral de rotavírus humano (VORH) foi introduzida no calendário da criança.vigilância. Os calendários de vacinação da criança. no âmbito do Ministério da Saúde. . em especial pelo importante impacto obtido na redução de doenças nas últimas décadas. O PNI ainda terá muitos desafios para enfrentar para continuar contribuindo com manutenção da saúde da população brasileira.a coordenação do PNI (incluindo a definição das vacinas nos calendários e das campanhas nacionais de vacinação). o PNI está sob responsabilidade da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (Devit) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde.o provimento dos imunobiológicos definidos pelo PNI. tendo por base a regionalização. as vacinas poliomielite inativada (VIP) e penta (DTP+Hib+hepatite B) foram introduzidas no calendário da criança. incluindo a consolidação e a análise dos dados nacionais e a retroalimentação das informações à esfera estadual. Noventa milhões de doses foram aplicadas em gestantes. No mesmo período. 89 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . a erradicação e a eliminação de doenças imunopreveníveis. Uma comissão foi criada com o intuito de acompanhar a eliminação do sarampo e da rubéola. difteria e coqueluche acelular) para gestantes e a vacina contra o HPV (papiloma vírus humano). Destaca-se ainda as novas incorporações realizadas em 2014: a vacina hepatite A para crianças de um ano de idade. O PNI continua avançando. pelo Distrito Federal e pelos municípios. Responsabilidades das esferas nacional e estadual Na esfera federal.8 milhões de homens e mulheres com idade entre 20 e 39 anos foram vacinados. Disponível em: <http://www. Portal Brasil. e . foi a vez da tetraviral (tríplice viral + varicela) e da incorporação da vacina varicela. pelos estados. Os principais aliados no âmbito do SUS são as secretarias estaduais e municipais de saúde. declarada como emergência de saúde pública de importância internacional. A pandemia causada pelo influenza A H1N1.asp> BRASIL. as estratégias e as normatizações técnicas sobre sua utilização.br/saude/2014/04/confira-as-principais-acoes-do-programa-nacional-de-imunizacoes-1> O PNI organiza toda a política nacional de vacinação da população brasileira e tem como missão o controle. entre as quais se incluem as ações de vacinação. Dois anos depois.gov. Em 2012. além de uma Central Nacional de Armazenamento e Distribuição de Insumos (Cenadi). sendo fundamental o fortalecimento da esfera municipal. localizada na Unidade VI do MS – Distrito Federal.Local A Instância Nacional é representada pela Coordenação-Geral do PNI (CGPNI). avaliação e financiamento que visa à manutenção adequada da Cadeia de Frio. incluindo o armazenamento e o transporte para seus locais de uso. 90 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . seringas e agulhas utilizados. A Instância Nacional conta com área física para a estrutura gestora da CGPNI.Estadual . conforme Fluxograma 1. As campanhas.a coordenação e a execução das ações de vacinação integrantes do PNI.600 m³ de área refrigerada em temperatura de +2°C a +8°C e 2.Sistema de Informação. Constituem competências da esfera municipal: . possui 17. Rede de Frio é um sistema amplo. a consolidação e a avaliação da qualidade dos dados provenientes das unidades notificantes. estrutura técnico-administrativa da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS). incluindo a vacinação de rotina. . conforme as normas técnicas vigentes.Apoio à gestão. . as operações de bloqueio e as atividades extramuros são operacionalizadas pela equipe da atenção primária.Apoio administrativo.a gerência do estoque municipal de vacinas e outros insumos. incluindo a consolidação e a análise dos dados municipais. estadual e federal.Gestão de Insumos. . Fazem parte do Sistema as seguintes instâncias: . .o provimento de seringas e agulhas.Regional . armazenamento. ao lado das demais ações de vigilância epidemiológica. sendo responsável pelas seguintes atividades de imunização desenvolvidas pelas equipes técnicas especializadas: . assegurando a preservação de suas características originais.Gestão de Incorporação técnica. . desde o laboratório produtor até o usuário.Nacional . o envio dos dados ao nível federal dentro dos prazos estabelecidos e a retroalimentação das informações à esfera municipal. incluindo as etapas de recebimento.a gestão do sistema de informação do PNI. . itens que também são considerados insumos estratégicos. incluindo a coleta. e . regional.. as estratégias especiais (como campanhas e vacinações de bloqueio) e a notificação e investigação de eventos adversos e óbitos temporalmente associados à vacinação. e . de forma oportuna e eficiente. o processamento. as intensificações. científica e de normatização. Contudo. por meio de normatização.Municipal . A estrutura da Rede de Frio permeia as três esferas administrativas organizando-se em instâncias com fluxos de distribuição e armazenamento basicamente verticalizados.646 m³ de área de congelados em temperatura de -20°C. planejamento. inclui uma estrutura técnico-administrativa orientada pelo PNI. de acordo com as normas vigentes.a gestão do sistema de informação do PNI. unidade gestora. além de 800 m² de área de temperatura controlada entre +16°C a +17ºC para atividades de preparo de recebimento e distribuição. A Cenadi é o complexo logístico que representa o nível central da cadeia de frio. a depender de situações epidemiológicas e/ou emergenciais específicas podem ocorrer de forma horizontalizada. bem como a transferência dos dados em conformidade com os prazos e fluxos estabelecidos nos âmbitos nacional e estadual e a retroalimentação das informações às unidades notificadoras. Cadeia de Frio Cadeia de Frio é o processo logístico da Rede de Frio para conservação dos imunobiológicos. . vem ao longo do tempo perdendo o caráter verticalizado e se incorporando ao conjunto de ações da atenção primária em saúde. Responsabilidades da esfera municipal A vacinação. com apoio dos níveis distrital.o descarte e a destinação final de frascos. distribuição e transporte. No que cerne aos imunobiológicos adquiridos pela CGPNI, todos são incialmente armazenados na Cenadi, passando pelo controle de qualidade do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS), para posterior distribuição às instâncias estaduais. O INCQS realiza o controle da qualidade por meio da análise das amostras de todos os lotes dos imunobiológicos, sejam eles nacionais ou importados. A Instância Estadual organiza-se em 27 centrais estaduais de armazenamento e distribuição de imunobiológicos, geralmente, localizadas nas capitais das unidades federadas do Brasil e sob responsabilidade técnico-administrativa das coordenações estaduais de imunizações das secretarias estaduais de Saúde. A Instância Estadual estabelece um planejamento compartilhado das atividades de vacinação com a Instância Nacional, em função dos Calendários de Vacinação Nacional e da situação epidemiológica. O planejamento visa ao abastecimento otimizado, considerando-se a demanda específica da unidade federada, às capacidades de armazenamento da Central Estadual de Rede de Frio (Cerf) e à distribuição na logística da cadeia de frio às centrais vinculadas. A Instância Regional incorpora as Centrais Regionais de Rede de Frio (CRRFs) que estão subordinadas às secretarias estaduais de Saúde ocupando posição estratégica para distribuição. Em relação aos municípios de sua abrangência, assumem responsabilidades compatíveis com as centrais estaduais, observada a estrutura hierarquizada da Rede de Frio. Dispõem de área para armazenamento dos imunobiológicos geridos no âmbito de sua abrangência, de almoxarifado para outros insumos, de área de acesso aos veículos de carga, de área destinada ao recebimento, à preparação e à distribuição dos imunobiológicos, além de estrutura apropriada às atividades de apoio administrativo, técnico especializado, logístico e de ensino/pesquisa (desejável). Na Instância Municipal encontra-se a Central Municipal de Rede de Frio (CMRF), incluída na estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Saúde. Tem como atribuições o planejamento integrado e o armazenamento de imunobiológicos recebidos da Instância Estadual/Regional para utilização na sala de vacinação. As estruturas das CMRFs devem prever espaço para acondicionamento de imunobiológicos e almoxarifado para outros insumos (seringas, agulhas, caixas térmicas, bobinas reutilizáveis, entre outros), área de acesso aos veículos de carga, área destinada ao recebimento, à preparação e à distribuição dos imunobiológicos (sala de preparo) e área com grupo gerador. A Instância Local é destinada às atividades operacionais de vacinação, está em contato direto com o usuário final desta cadeia. Sala de Vacinação A Sala de Vacinação (SV) representa a instância final da Rede de Frio, sendo responsável exclusivamente pelos procedimentos de vacinação de rotina, campanhas, bloqueios e intensificações. Consideradas suas atribuições, as salas localizam-se em unidades/serviços da Rede de Atenção Básica de Saúde e hospitais que ocupam posição estratégica em relação à Rede de Frio. Para a realização de sua atividade, é fundamental o armazenamento dos imunobiológicos aplicáveis em suas rotinas em equipamentos para refrigeração apropriados e dentro de condições ideais. O dimensionamento dos equipamentos deve prever o prazo de um mês de armazenamento dos imunobiológicos, o quantitativo populacional de sua abrangência e a sua respectiva programação de abastecimento. As necessidades e frequência de execução de atividades extramuros e/ou situações emergenciais são aspectos a serem considerados para seleção e dimensionamento dos equipamentos e insumos. Recomenda-se a utilização de freezers exclusivos para guarda das bobinas reutilizáveis, em número suficiente às demandas locais. É recomendada, também, a climatização da sala de vacinação (aparelhos de ar-condicionado, para clima quente, e aquecedores, para clima frio), de forma a minimizar os riscos indesejados de alterações de temperatura dos imunobiológicos. Os imunobiológicos são produtos farmacológicos produzidos a partir de micro-organismos vivos, subprodutos ou componentes, capazes de imunizar de forma ativa ou passiva. São produtos termolábeis, sensíveis ao calor, ao frio e à luz. Assim, de forma a manter sua potência, devem ser armazenados, transportados, organizados, monitorados, distribuídos e administrados adequadamente. O PNI, atualmente, disponibiliza 42 imunobiológicos, entre vacinas, soros e imunoglobulinas, conforme disponível no Sistema de Informação de Insumos Estratégicos (Sies/SVS). Os imunobiológicos requerem condições de armazenamento especificadas pelos laboratórios produtores, segundo suas respectivas composições e formas farmacêuticas (liofilizadas ou líquidas). . 91 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Estes laboratórios padronizam também a apresentação, podendo haver vacinas em frascos multidoses ou unidose. Na apresentação multidose deve ser observada a validade da vacina após abertura do frasco, em conformidade com as orientações contidas na bula do fabricante e nas notas técnicas do PNI. Calendário de Vacinação Nacional Vacinação é a administração de vacinas (substâncias preparadas) para a estimulação da resposta imunológica com a finalidade de prevenir doenças em uma população. . 92 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Observações referentes às vacinas do Calendário Nacional de Vacinação Vacina BCG – dose única, o mais precoce possível, preferencialmente na maternidade, logo após o nascimento. Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias, ainda não vacinadas. Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz vacinal após 6 meses devem revacinar apenas uma vez. Crianças prematuras ou com baixo peso: adiar a vacinação até que atinjam 2 kg. Contraindicada para indivíduos a partir de 5 anos de idade portadores de HIV. Nos contatos prolongados de portadores de hanseníase, realizar a vacinação seletiva, conforme normas do Programa Nacional de Imunizações. Para os indivíduos expostos ao HIV: a. Crianças filhas de mão HIV positiva podem receber a vacina o mais precocemente possível até os 18 meses de idade, se assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência; b. Crianças com idade entre 18 meses e 4 anos, 11 meses e 29 dias, não vacinadas, somente podem receber a vacina BCG após sorologia negativa para HIV; para estes indivíduos, a revacinação é contraindicada; c. A partir dos 5 anos de idade, indivíduos portadores de HIV não devem ser vacinados, mesmo que assintomáticos e sem sinais de imunodeficiência. Vacina Hepatite B- Uma dose ao nascer o mais precocemente possível, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade. Completar o esquema de vacinação contra hepatite B com a vacina penta (vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilus influenzae B (conjugada), aos 2,4 e 6 meses de idade. Para crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de idade até 4 anos, 11 meses e 29 dias, administrar três doses da vacina Penta (vacina adsorvida diferia, tétano, pertussis, hepatite B (recombinante) e Haemophilusinfluenza b (conjugada), com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Para indivíduos de 5 a 49 anos: a. Sem comprovação vacinal: três doses com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda doses e seis meses entre a primeira e a terceira doses (0,1,6); b. Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas a completa-lo conforme situação encontrada. Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional administrar três doses, devendo-se considerar o histórico de vacinação. Para indivíduos integrantes dos grupos vulneráveis, independe da faixa etária (trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, caminhoneiros, carcereiros, coletores de lixo, agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue, homens e ,mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSB e MSM); lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT); pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores e forças armadas, entre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; potenciais receptores de transfusões de sangue ou politransfundido, profissionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis, inalienáveis e pipadas, portadores de DST; e população indígena); três doses, com intervalo de 30 dias entre a primeira e a segunda doses e de seis meses entre a primeira e a terceira doses. Vacina penta- administrar três doses, aos 2,4 e 6 meses de idade com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Deverão ser administrados dois reforços com DTP: o primeiro aos 15 meses de idade e o segundo aos 4 anos de idade. Contraindicados (pena e DTP) para crianças a partir de 7 anos de idade. Na rotina dos serviços, em crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias, que vão iniciar esquema vacinal, administrar três doses com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Esquema Sequencial VIP-VOP- administrar três doses, aos 2 meses (VIP), 4 meses (VIP) e 6 meses (VOP) de idade, intervalo d e60 dias. Também devem ser administrados dois reforços com VOP, o primeiro aos 15 meses e o segundo aos 4 anos de idade. Em situação epidemiológica de risco, o intervalo pode ser de 30 dias. Este esquema sequencial está indicado para crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias. Em indivíduos com 5 anos de idade ou mais: - Sem comprovação vacinal: administrar três doses da VOP, com intervalo de 60 dias, mínimo de 30 dias. - Com esquema incompleto: completar esquema com a VOP; - Nesta faixa etária não há necessidade de reforço. Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar. . 92 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Vacina Rotavírus humano – administrar duas doses, aos 2 e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A segunda dose pode ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. Manter intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Contraindicada para crianças com histórico de invaginação intestinal ou malformação do aparelho digestivo. Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a vacinação, não repetir a dose. Vacina Meningocócica C – administrar duas doses, aos 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Administrar o reforço entre 12 e 15 meses, preferencialmente aos 15 meses. Para crianças que iniciam o esquema básico após 5 meses de idade, considerar o intervalo mínimo entre as doses e administrar a dose reforço com intervalo de dois meses após a última dose. Crianças entre 12 e 23 meses de idade sem comprovação vacinal: administra dose única. Vacina Febre Amarela (FA) – administrar uma dose a partir dos 9 meses de idade. Indicada para residentes ou viajantes para as áreas com recomendação da vacina (pelo menos 10 dias da data da viagem): todos os estados das regiões Norte e Centro Oeste; Minas Gerais e Maranhão; alguns estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Indicada também para pessoas que se deslocam para países em situação epidemiológica de risco. Contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade. Vacina Hepatite A – administrar aos 12 meses. A idade máxima para administração é 1 ano, 11 meses, 29 dias. Esta vacina encontra-se em processo de introdução. Vacina Tríplice Viral – para indivíduos de 12 meses a 19 anos de idade, administrar duas doses, conforme situação vacinal encontrada. Administrar a 1ª dose aos 12 meses de idade (tríplice viral) e a 2ª dose aos 15 meses de idade (tetra viral) para as crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. Para indivíduos de 10 a 49 anos de idade, administrar uma dose, conforme situação vacinal encontrada. Vacina Tetra Viral – administrar uma dose aos 15 meses de idade em crianças que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. Corresponde a uma dose de varicela e a 2ª dose da tríplice viral. Vacina HPV – administrar 3 doses (0, 6 e 60 meses) com intervalo de 6 meses entre a primeira e a segunda doses e 60 meses entre a primeira e a terceira doses. Vacina Dupla Adulto – para os indivíduos a partir de 7 anos, com esquema incompleto para difteria e tétano, completar esquema com um total de três doses, considerando as doses anteriores, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Indivíduos sem comprovação vacinal para difetria e tétano, administrar três doses com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. Nas mulheres grávidas, administrar a vacina considerando o histórico vacinal para difteria e tétano: a) gestante com comprovação vacinal de três doses de vacina com componente tetânico, sendo a última dose feita há mais de cinco anos, administrar um reforço; b) esta vacina pode ser administrada a partir da comprovação da gravidez, em qualquer período gestacional; c) a última dose ou reforço deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provável do parto. Uma dose de reforço deverá administrada a cada 10 anos. Em casos de ferimentos graves, comunicantes de casos de difteria ou gestação, antecipar a dose quando a última foi administrada há mais de 5 anos. Vacina dTpa – apenas para gestantes. Administrada após a 20ª semana, se não houver comprovação de dose anterior de dTpa. Completar o esquema vacinal com a vacina dT até 20 dias antes do parto. Gestante com esquema completo da vacina dT: administrar uma dose de dTpa como reforço. Caso o reforço seja inferior a 5 anos, administrar uma dose da vacina. Esta encontra-se em processo de introdução. Referência Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/197-secretaria-svs/13600-calendario-nacional-de-vacinacao> . 93 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Por isto.384. à década de 70. do parto e do puerpério. Em busca de reconhecimento e valorização do seu trabalho. através do chamado Movimento de Mulheres. Estas causas estão diretamente relacionadas às condições e hábitos de vida. valorizados (as) e entendidos (as). quando esses se fizerem necessários. as mulheres. Nesse mesmo ano. para que ela possa expressar o que sente e. sendo baseado no respeito mútuo. por terem adquirido o hábito de fumar. Se voltarmos um pouco. esperando que sejam atendidas. onde a história do seu corpo e de sua vida tem importância fundamental. podemos dizer que as mulheres. como apresentam suas necessidades e como querem ser aceitos (as). Entre as ações desenvolvidas pelas equipes de Atenção Básica. vamos encontrar propostas de programas para dar assistência à saúde da mulher. não havendo uma igual preocupação com outros problemas relacionados à mulher. 94 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . vêm participando da formulação das políticas públicas. Desta forma. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. de forma organizada. prevenção e detecção precoce. que garantam ações relacionadas ao controle dos cânceres do colo do útero e da mama como o acesso à rede de serviços quantitativa e qualitativamente. que possuem uma dupla jornada de trabalho – pois. que eram mais frequentes nos homens. Daí vem a definição de área materno-infantil. que precisam ser analisados de maneira sensível. não só do ponto de vista físico e biológico. do câncer cérvico-uterino (colo do útero) e mamário. com um olhar de mulher. abordando os problemas desde a adolescência até a terceira idade. ao longo dos anos foram aumentando o número de casos de doenças do coração. obedecendo a uma tradicional visão onde a maternidade era a única forma da mulher ser reconhecida socialmente e consequentemente receber benefícios. Destacando uma importante ação para todos os profissionais. Como exemplo. A maior parte dos adultos que procuram os serviços de saúde são mulheres que apresentam diversas necessidades. as questões que estão relacionadas com as ações preconizadas para atender às demandas de saúde da mulher. Portanto. o que torna o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. compreender. Tem como objetivos reconhecer a mulher como cidadã dotada de direitos e como um pessoa inteira. dão conta de todas as tarefas domésticas. possa ser ouvida e compreendida nas suas necessidades. enfatizando a atenção integral à saúde da mulher. a assistência para concepção e contracepção. a partir deste fundamento. que se preocupava com a mãe e a criança.155 casos novos de câncer da mama em todo o mundo. destacam-se as ações relacionadas ao controle dos cânceres do colo de útero e da mama. Com a influência do movimento das mulheres. capazes de suprir essas necessidades em todas as regiões do País. em 1983. que eram destinadas à mulher-mãe. em 2008. é de fundamental importância a elaboração e a implementação de Políticas Públicas na Atenção Básica. além de trabalhar fora. nem sempre muito valorizada. Segundo a Organização Mundial da Saúde. ocorreram 1. foi formulado pelo Ministério da Saúde o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). o PAISM propõe novas formas de relacionamento entre profissionais de saúde e as usuárias dos serviços. Muitas famílias hoje são chefiadas por mulheres. É importante ressaltar que o índice de abandono dos tratamentos de saúde é significativo e relaciona-se com a dificuldade em receber atendimento e a forma como os profissionais atendem as pacientes. foram registrados cerca de 530 mil casos . como infarto do miocárdio e outros problemas ligados à circulação sanguínea. uma melhor assistência pré-natal. Assegura à clientela o conhecimento necessário para que ela tenha um maior controle sobre sua saúde. portanto.Programas da mulher O mundo feminino é cheio de detalhes próprios. Entender que mulheres e homens são diferentes. com controle das doenças transmitidas sexualmente (DST). significa analisar estas questões sob a ótica do gênero. Os elevados índices de incidência e mortalidade por câncer do colo do útero e da mama no Brasil justificam a implantação de estratégias efetivas de controle dessas doenças que incluam ações de promoção à saúde. cobrando ações que sejam coerentes com o que precisam para sua saúde. tratamento e de cuidados paliativos. que propõe fornecer uma assistência integral clínico-ginecológica. para compreendermos os seus problemas de saúde é importante pensar como as mulheres vivem atualmente e os novos hábitos que vêm adquirindo. associado ao estresse. muitas vezes de forma desinteressada e desrespeitosa. Faz-se necessário. Inúmeras são as causas que levam a mulher ao adoecimento e à morte o que chamamos morbimortalidade feminina. mas também na forma como entendem o mundo. sob vários aspectos. de suas necessidades de saúde. oferece assistência à mulher através da educação em saúde. Acompanhar e tratar todas as mulheres positivas. Prevenção e detecção precoce . 2011a). segundo as Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero (INCA. Será organizada a partir de algumas diretrizes. . qualificado e em tempo oportuno. o câncer.Estruturar os serviços de saúde para rastrear todas as mulheres de 25 a 64 anos a cada três anos.Garantia de citologias de alto padrão. No Brasil. ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado. 2008).novos de câncer do colo do útero (WHO. As pessoas devem ser vistas como sujeitos a singularidade de sua história de vida.680 casos novos de câncer de mama feminino e 17. no tratamento.Garantia do acesso ao tratamento adequado da lesão precursora em tempo oportuno. que consistem em captar precocemente alguém que já tem sintomas ou alterações no exame físico. que consistem em realizar sistematicamente testes ou exames em pessoas sadias. seja em momentos coletivos.540 casos novos de câncer do colo do útero (INCA. As abordagens educativas devem estar presentes no processo de trabalho das equipes. como grupos. A organização da Linha de Cuidado envolve intervenções na promoção da saúde. . 2. entre elas: 1. EZT e utilizar o método “ver e tratar”. a maior parte dessas ações também ocorre na atenção básica. 95 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . na prevenção. a custos compatíveis. . Programa Nacional de Qualidade da Citologia . com base na evidência disponível na literatura científica. seja em momentos individuais de consulta. A abordagem dos indivíduos com a doença deve acolher as diversas dimensões do sofrimento (físico. No contexto da Rede Temática de Oncologia. englobando diferentes pontos de atenção à saúde. atividades do Programa de Saúde na Escola. devem ser realizadas no cotidiano das equipes. 3. para o ano de 2012.Garantir referência para cito e histopatologia. as Linhas de Cuidado dos Cânceres do Colo do Útero e da Mama implicam na organização de um conjunto de ações e serviços de saúde. Com relação à detecção precoce. que está mais próxima do cotidiano das mulheres e as acompanha ao longo da sua vida. Linha de cuidado para o controle dos cânceres do colo do útero e da mama O modelo assistencial deve organizar e articular os recursos nos diferentes níveis de atenção. para que seja garantido o acesso aos serviços e ao cuidado integral.Implantar centros qualificadores de ginecologistas para atuarem na unidade de referência para diagnóstico e tratamento da lesão precursora. além de atender todas as mulheres que apresentam sinais de alerta. A Linha de Cuidado do Câncer do Colo do Útero tem a finalidade de assegurar à mulher o acesso humanizado e integral às ações e aos serviços qualificados para promover a prevenção do câncer do colo do útero. bem como dos sinais de alerta que podem significar câncer.Definir e pactuar que a unidade de referência deve realizar todos os procedimentos: colposcopia. estruturados com base em critérios epidemiológicos e de regionalização para dar conta dos desafios atuais onde os quadros relativos a esses cânceres são de alta relevância epidemiológica e social. acesso ao rastreamento das lesões precursoras. nas condições socioculturais. biópsia. com o objetivo de alcançar bons resultados clínicos. É fundamental a disseminação da necessidade dos exames e da sua periodicidade. outras abordagens grupais da equipe. em muitos anos. As ações de promoção ocorrem sobremaneira na atenção básica.Fortalecer e ampliar o acesso às informações sobre o câncer do colo do útero para todas as mulheres. Acesso à confirmação diagnóstica . 2012). espiritual e psicossocial) e buscar o controle do câncer com preservação da qualidade de vida. são estimados 52. quanto as ações de diagnóstico precoce. nos anseios e nas expectativas. . . na reabilitação e nos cuidados paliativos. ressaltando que o câncer do colo do útero é prevenível pela detecção e pelo tratamento das lesões precursoras que antecedem. . Tanto as ações de rastreamento. espiritual e psicológico. propiciando que casos referenciados pela atenção primária com lesão palpável. 2.Garantir que todo hospital que trate câncer da mama tenha Registro Hospitalar de Câncer em atividade. .Garantir que toda mulher com câncer do colo de útero receba cuidados em um ambiente hospitalar que acolha suas expectativas e respeite sua autonomia. . dignidade e confidencialidade. .Garantir que toda mulher com câncer do colo do útero tenha direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social. quimioterapia e radioterapia. . qualificado e em tempo oportuno. . .4.Definir e pactuar serviços de referência para confirmação diagnóstica dos casos suspeitos.Permitir que as mulheres com câncer do colo de útero sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar especializada. Prevenção e detecção precoce .Garantir que toda mulher com câncer da mama tenha seu diagnóstico complementado com a avaliação do receptor de estrogênio e progesterona.Definir e pactuar serviços terciários para procedimentos especializados. são formas de preveni-lo. 4. acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado. Acesso à confirmação diagnóstica . iniciem seu tratamento o mais breve possível.Alertar médicos e população sobre os riscos associados à terapia de reposição hormonal. enfatizando que o controle do peso e da ingestão de álcool. . .Fortalecer e ampliar o acesso às informações relativas à prevenção do câncer da mama. . enfermeiros. A Linha de Cuidado do Câncer da Mama tem a finalidade de assegurar à mulher o acesso humanizado e integral às ações e serviços qualificados para promover a prevenção do câncer de mama. ressaltando o alerta para os primeiros sinais e sintomas do câncer da mama.Regular o acesso à confirmação diagnóstica.Realizar o diagnóstico precoce de lesões sugestivas de câncer de mama e encaminhá-las com prioridade para atenção especializada.Garantir que todas as mulheres.Garantir que todo hospital que trata câncer do colo do útero tenha Registro Hospitalar de Câncer em atividade. . Será organizada a partir das seguintes diretrizes: 1. 96 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Tratamento adequado e em tempo oportuno .Fortalecer e ampliar o acesso às informações sobre a detecção precoce do câncer da mama para todas as mulheres. assistentes sociais e fisioterapeutas. ou outros sinais e sintomas suspeitos tenham prioridade. com diagnóstico de câncer de mama confirmado. além da amamentação e da prática de atividades físicas. .Garantir que toda mulher com câncer da mama receba cuidados em um ambiente hospitalar que acolha suas expectativas e respeite sua autonomia.Garantir imagens radiográficas de alto padrão com doses mínimas de radiação.Definir e pactuar com unidade terciária de referência para tratamento dos casos confirmados. como conização. que inclua médicos (cirurgião. .Garantir que toda mulher com câncer da mama tenha direito aos cuidados paliativos para o adequado controle dos sintomas e suporte social. . dignidade e confidencialidade.Garantir que todas as mulheres iniciem seu tratamento o mais breve possível. nutricionistas. . 3. . .Incluir todos os serviços de mamografia no Programa Nacional de Qualidade em Mamografia. Programa Nacional de Qualidade da Mamografia (PNQM) .Organizar o rastreamento das mulheres de 50 a 69 anos em áreas cuja elevada ocorrência deste tipo de câncer justifique esta iniciativa. .Permitir que as mulheres com câncer da mama sejam acompanhadas por uma equipe multidisciplinar especializada. oncologista clínico e radioterapeuta). psicólogos. Tratamento adequado e em tempo oportuno . espiritual e psicológico. . Independente da forma de abordagem. b. No caso da mamografia. bem como avaliação dos resultados dos exames e dos exames insatisfatórios no caso do colo do útero. Além de solicitar o exame. na UBS ou no domicílio da usuária. verificando a adesão ao tratamento. o profissional deve realizar a conduta de acordo com o resultado. como visita domiciliar. As ações de prevenção da saúde são uma estratégia fundamental. a solicitação deve ser realizada pelo profissional da unidade. que devem ser observados pelas usuárias. . a partir daí. o exame deve ser coletado mediante a técnica descrita no capítulo específico. Vão desde cadastro e identificação da população prioritária ao acompanhamento das usuárias em cuidados paliativos. como para reforçar sinais e sintomas de alerta. é fundamental realizar uma solicitação de encaminhamento qualificada. a equipe deve estar preparada para acolher essa usuária e propiciar o seu tratamento. Avaliar resultados dos exames solicitados e coletados. É fundamental que a equipe conheça a sua população. Realizar consulta de enfermagem e a coleta do exame citopatológico. constando as informações das datas de solicitação e de realização do exame. durante a consulta ou em estratégias de busca ativa de mulheres. gestantes. com os dados relevantes sobre a usuária. de acordo com a faixa etária e quadro clínico da usuária. Além disso. A estratégia de mutirão em horários alternativos permite atingir mulheres que geralmente não conseguem ter acesso ao exame. Realizar consulta de enfermagem e o exame clínico das mamas. Grande parte das necessidades em cuidados paliativos pode ser realizada pela equipe. ela deve conseguir identificar todas as mulheres da faixa etária prioritária. d. podendo ser realizado durante a consulta ou em agendamentos específicos para esse fim. é fundamental que os processos educativos ocorram em todos os contatos da usuária com o serviço. e.Ações da Atenção Básica no controle dos cânceres do colo do útero e da mama As ações da Atenção Básica são diversas no controle dos cânceres do colo do útero e da mama. é necessário que a equipe acompanhe essa mulher. A realização do citopatológico deve ocorrer na própria unidade básica de saúde. com cadastro sistemático de todos os usuários da sua área adscrita. Usuárias que não comparecem espontaneamente podem ser convocadas para realização do exame. sobre o quadro clínico e sobre o resultado do exame. realizar o encaminhamento para os serviços de referência em diagnóstico e/ou tratamento dos cânceres de mama e do colo do útero. Avaliar a cobertura do exame é tarefa fundamental das equipes. de acordo com os protocolos e diretrizes clínicas. c. ela deve acompanhar as usuárias durante todo o tratamento. O resultado deve ser informado à mulher. A partir desse cadastro. cabe realizar um cadastro manual dos exames encaminhados para poder acompanhar o retorno dos laudos. e a mulher deve ser respeitada e abordada integralmente. Em unidades não informatizadas. cabe realizar orientações sobre a forma que o exame é feito. É fundamental que nas consultas o profissional realize o exame clínico das mamas para detectar lesões palpáveis. de acordo com a faixa etária e quadro clínico da usuária. Cabe o mesmo em relação às solicitações de mamografia. idosas). Atender as usuárias de maneira integral. não só para aumentar a frequência e adesão das mulheres aos exames. Solicitar exames de acordo com os protocolos ou normas técnicas estabelecidos pelo gestor local. é possível definir a cobertura e. estimulando-a a realizar os exames de acordo com a indicação. cabe à Atenção Básica encaminhar o material para análise. Em especial no caso do cuidado paliativo. avaliando a necessidade de intervenções durante esse processo. preferencialmente durante uma consulta. bem como a sua importância para fortalecer a aderência da usuária à sua realização. mães de crianças em puericultura. bem como identificar aquelas que têm risco aumentado para a doença. De posse do resultado. pensar em ações para ampliar o acesso ao exame. Após a realização da coleta do citopatológico. informada pelo serviço de mamografia ou pela própria usuária. f. e. Ao realizar o cruzamento entre as mulheres que deveriam realizar o exame e as que o realizaram. Como a AB é a coordenadora do cuidado. Atribuições do enfermeiro da Atenção Básica no controle dos cânceres do colo do útero e da mama a. Caso o resultado determine encaminhamento a outro serviço. Examinar e avaliar pacientes com sinais e sintomas relacionados aos cânceres do colo do útero e de mama. Além de abordagens para grupos específicos (por exemplo. 97 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . e aguardar o recebimento dos laudos. Secretaria de Atenção à Saúde. de acordo com os protocolos ou normas técnicas estabelecidos pelo gestor local. orienta-se especificamente por ações preventivas e educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações. incluindo a assistência ao pré-natal. o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM). coleta do esfregaço. – coleta de material para o exame de Papanicolaou (preventivo ou colpocitológico): consiste no preparo e orientação prévia da mulher. Avaliar periodicamente. se necessário. O câncer do colo do útero é uma doença possível de ser prevenida e curada. consiste em um conjunto de ações educativas que visam aumentar o conhecimento da população-alvo sobre o câncer de colo do útero. Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da unidade básica de saúde. As questões referentes à saúde reprodutiva da mulher convergem para a abordagem sobre o exercício responsável do seu direito reprodutivo. bem como treinamento e reciclagem constantes dos profissionais. parto e puerpério (ciclo gravídico-puerperal). como DSTs. responsável pelo desenvolvimento das ações referentes ao ciclo reprodutivo. pelo impacto psicológico que provoca. métodos e técnicas disponíveis para a regulação . – avaliação do resultado. A ocorrência destes tipos de neoplasias expressa a baixa cobertura dos exames preventivos e pouco investimento em atividades de educação em saúde. A principal e mais efetiva arma que contra ele dispomos é o seu diagnóstico precoce mediante realização do autoexame das mamas . Realizar cuidado paliativo. 2. de acordo com as necessidades da usuária. k. Este programa prevê a assistência à mulher de forma integrada. na UBS ou no domicílio. – descrição detalhada das atribuições de cada profissional no controle e tratamento. ed. Este programa. 13) Assistência à saúde da mulher A assistência à saúde da mulher está organizada num programa do Ministério da Saúde. O Programa de Planejamento Familiar. realizar o encaminhamento para unidades de internação ou Emad. sobretudo. Seu públicoalvo são as mulheres entre 35 e 49 anos de idade. e sempre que ocorrer alguma intercorrência. Na assistência clínico-ginecológica há especial preocupação com a prevenção do câncer de mama e do câncer cérvico-uterino. e. Ressalte-se. Ministério da Saúde. o Ministério da Saúde desenvolveu o Programa Nacional de Controle de Câncer de Colo Uterino – o qual utiliza as estratégias de ações educativas e aumento da qualidade dos serviços prestados pelo sistema de saúde. 98 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . meios. pois 70% dos casos diagnosticados já estão em fases avançadas. (Cadernos de Atenção Básica. ser uma doença que incide mais em mulheres de baixo nível socioeconômico. do Ministério da Saúde. Brasília: 2013. assistência clínico-ginecológica (prevenção e controle do câncer ginecológico e de mama e prevenção das DST) e climatério. na oportunidade do rastreamento. abordando-se as várias fases de sua vida. é operacionalizado pelas unidades básicas de saúde. provavelmente. uma vez que possibilita a identificação precoce de quaisquer alterações das mamas.procedimento que permite à mulher participar do controle de sua saúde. Entretanto. consideradas como a população de maior risco. Para reduzir a incidência e a mortalidade por câncer de colo do útero. tratamento e acompanhamento do tratamento do câncer de colo do útero. da adolescência à menopausa. Referência BRASIL. O câncer de mama é um grave problema de saúde pública. as pacientes acompanhadas em AD1. Departamento de Atenção Básica. As etapas do Programa de Prevenção de Câncer do Colo do Útero (PCCU) são: – recrutamento. visto envolver negativamente as percepções da sexualidade e autoestima. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama. como os demais. i. realizar e participar das atividades de educação permanente de todos os membros da equipe. h. tanto por sua alta frequência como. É. o câncer mais temido pelas mulheres.g. em nosso país representa a segunda causa de óbitos por neoplasia em mulheres. processamento e leitura do esfregaço no laboratório. responsável por significativo número de óbitos entre mulheres adultas. ainda. planejamento familiar (ciclo reprodutivo). quando se fizer necessário. Prescrever tratamento para outras doenças detectadas. n. Contribuir. como forma de vivenciar sua sexualidade e ter liberdade sobre a escolha de tornar-se mãe ou não. j. O objetivo do programa é melhorar as condições de saúde da mulher e reduzir as taxas de morbidade e mortalidade maternas. 000 mulheres morrem em alguma fase do ciclo gravídico-puerperal. mulheres e crianças. a mulher deve receber atendimento clínico e esclarecimentos sobre o retorno à vida sexual. não se faz necessário qualquer tratamento para a menopausa. o que não significa o fim de sua sexualidade. As ações básicas previstas neste Programa preconizam. pois neste período há uma concentração de morbimortalidade para a mãe. Anualmente. Para operacionalizar essa assistência. realizada por alguém conhecido (pai. A assistência à mulher durante as fases do ciclo gravídico-puerperal compreende todas as ações previstas no Programa de Assistência Pré-Natal – o qual deve ser estruturado com ações clínicas e educativas que visem garantir a saúde da mulher e de seu filho. mastite e doenças circulatórias obstrutivas. ou pelo menos com dois filhos. o que reflete desvalorização e desrespeito à vida. que podem resultar em óbito materno e ou fetal. visando promover uma vida digna nesta faixa etária. é dever do Estado. marido. No Brasil. e de investimentos na segurança propriamente dita. métodos anticoncepcionais. parto e puerpério (período até 6 semanas após a gestação). Dentre todas as formas. os coeficientes de morte materna são considerados incompatíveis com o nível de desenvolvimento do país. para que a mulher possa fazer a opção que a ela melhor se adeque. A assistência à mulher vítima de violência sexual tornou-se uma necessidade devido ao aumento.pois uma gestação nessa fase se caracterizaria em risco de vida tanto para a gestante como para o concepto. tanto nos espaços urbanos como nos rurais. O objetivo destas atividades relaciona-se à redução das complicações durante a gestação. No puerpério. inclusive a esterilização voluntária . mas há muitas barreiras para enfrentar tal problema.). ocorre dentro de sua própria casa. vem se destacando. Por não mais se preocupar com a hipótese de uma possível gravidez. namorado. Normalmente. passou a ser uma necessidade devido ao aumento da expectativa de vida da população brasileira como um todo . o que a faz acreditar que não corre o risco de adoecer. e baixa qualidade dos serviços de saúde. a mulher sente-se mais livre para os relacionamentos sexuais. assim como a saúde. Outro aspecto é o fato de a mulher viver um relacionamento duradouro e estável.da fecundidade. Muitas vezes. seu funcionamento. receio de “não ser mais mulher como era antes”). há uma divisão pautada nas fases do ciclo: pré-natal (gestação). tanto física quanto sexual. cujas causas residem principalmente nas condições de desigualdade social e falta dos recursos necessários para reduzir as desigualdades. irmão. vantagens e desvantagens – tudo isto realizado através de metodologia de práticas educativas e acesso a todos os métodos. mas sim acompanhamento às situações que possam oferecer algum risco à mulher ou impliquem perda de sua autonomia e/ou comprometimento de sua integridade física (como a predisposição à osteoporose) e emocional (baixa autoestima. ainda. Como o climatério é um período de transição. Embora recente. Orientá-la nesta fase é sempre um desafio. A assistência à saúde da mulher no climatério. por exemplo. infecção vaginal. a violência contra a mulher. para garantir que o a uso por ela sofrido gere o mínimo de medo. que sejam repassadas informações sobre a anatomia e fisiologia do corpo feminino. é importante ressaltar a atenção que deve ser dada às questões reprodutivas pelo menos até um ano após a menopausa . cerca de 3. 99 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .para 75 anos de idade. A segurança. a utilização de estratégias voltadas para a assistência no puerpério devem ser rotineiramente implementadas. hormonais (queda progressiva dos níveis de estrogênio). o profissional de saúde deve estar capacitado nos programas especiais de atenção. ficando exposta a adquirir uma DST/Aids caso não adote comportamento seguro. Além disso. Esta fase do ciclo vital feminino indica que a mulher passou da fase reprodutiva. culpa e baixa autoestima. etc. incentivo ao aleitamento materno. seja nos aspectos físicos seja nos psicológicos. . Ao ser procurado por uma mulher que sofreu violência. da violência contra homens. expressa em distúrbios psíquicos. Nesta faixa etária deve-se atentar para o aumento da ocorrência de DST/Aids. genitais (ressecamento da mucosa vaginal) e psicológicas (depressão). planejamento familiar. O climatério inicia-se gradualmente e está associado a uma série de alterações em decorrência da perda de atividade dos ovários. entre outros sintomas. em média. É um período de transformações e ocorre entre os 40 e 65 anos. sendo mais difícil mudá-las. ou quando há risco de vida à saúde da mulher ou do concepto. o serviço de acompanhamento ginecológico e obstétrico das unidades de saúde deve estar estruturado para realizar as condutas e os encaminhamentos necessários.permitida tanto para homens como para mulheres com mais de 25 anos. práticas de puericultura e direitos previstos em lei para as mães que trabalham ou contribuem com a Previdência Social. pois suas opiniões já estão formadas. causando mudanças metabólicas (modificações das lipoproteínas). mas é aconselhável que a mulher faça este procedimento com. como cabelo. São prescritos hormônios num prazo de até 72 horas após o ocorrido. Isto é. no endométrio. após este prazo pode vir a ter sérias complicações. ou durante algum período após. em decorrência da violência do ato sexual. e cuidados para que a cliente se sinta menos desconfortável após a agressão. em ambos os casos. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa. para impedir a implantação. até 20 semanas de gestação.é necessário que a vítima de violência sexual seja acompanhada para avaliação tanto das repercussões do ato sexual em seu corpo como da eficácia do tratamento instituído. além da gamaglobulina hiperimune contra a hepatite B (HBIg). de um possível óvulo fecundado. Se não quiser assumir a maternidade da criança. Ministério da Saúde.procurando garantir que a mulher não adquira algumas destas doenças. valorizando as questões subjetivas expressas pela mulher (sentimentos. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Este é um dos poucos casos em que a lei permite a interrupção da gravidez. . 4 Texto adaptado de BRASIL. é importante que os profissionais de saúde envolvidos sejam sensíveis às dificuldades que a mulher apresenta para relatar o acontecido. – Prevenção das DST mais comuns . além de necessária é muito importante para garantir os resgates da identidade e dignidade da mulher. No entanto. deve ser orientada quanto aos mecanismos disponíveis para o processo de adoção. 100 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 2008. se a mulher vier a desenvolver alguma doença decorrente do ato sexual deve ter a garantia de que receberá tratamento. Questão fundamental é a gravidez indesejada decorrente de violência sexual. A menopausa é um marco dessa fase. Atenção à mulher no Climatério4 O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde como uma fase biológica da vida e não um processo patológico. Cabe neste momento reforçamos a necessidade de que seja prestado um atendimento humanizado.deve ser oferecida vacinação contra a hepatite B. prevenção e ou recuperação. é fundamental que haja. auxiliando-a na superação do sofrimento gerado. – Prevenção da infecção pelo HIV . constituindo-se em provas do crime.Durante o atendimento. – Exame de corpo delito – realizado por profissionais de saúde e por peritos policias. nessa fase da vida. Os serviços de saúde precisam adotar estratégias que evitem a ocorrência de oportunidades perdidas de atenção às mulheres no climatério. a mulher deve ser encaminhada à assistência pré-natal. O climatério não é uma doença e sim uma fase natural da vida da mulher e muitas passam por ela sem queixas ou necessidade de medicamentos. medo. Os profissionais de saúde que atendem a clientela feminina devem cuidar para que haja a maior efetividade possível. dúvidas. decorrente de um ato de violência sexual. faz-se preciso realizar sutura do períneo ou vulva. tecido de roupa e outros vestígios que possam viabilizar a identificação do agressor. A assistência a essa mulher compreende: – Atendimento psicológico . Apesar de todas as condutas implementadas.são indicados cremes ou pomadas para auxiliar na cicatrização das lesões.o médico deve prescrever os medicamentos antirretrovirais. quando este for desconhecido. correspondendo ao último ciclo menstrual. Periodicamente. desde que tomados num período curto (de 24 a 36 horas) após a exposição. somente reconhecida depois de passados 12 meses da sua ocorrência e acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade. – Apoio laboratorial . o tratamento imediato dos agravos e a prevenção de danos. Brasília: Ministério da Saúde. evitar ocasiões em que as mulheres entram em contato com os serviços e não recebem orientações ou ações de promoção. no máximo.a presença de um psicólogo acompanhando o atendimento prestado à vítima imediatamente após a agressão. de acordo com o perfil epidemiológico deste grupo populacional. Caso decida prosseguir com a gestação. geralmente prescreve-se antibióticos de amplo espectro. – Contracepção de emergência . e sorologia para sífilis. incertezas). – Alívio da dor e tratamento das lesões . o diagnóstico precoce. com coleta de sêmen e de outros materiais biológicos ou não. Secretaria de Atenção à Saúde. havendo inclusive recusa em ser assistida por profissionais do sexo masculino. – Prevenção da hepatite B . Às vezes. devem ser realizadas pesquisas do vírus da hepatite B e do HIV. que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher.recurso utilizado para evitar a ocorrência de uma gestação totalmente indesejada. Outras têm sintomas que variam na sua diversidade e intensidade. procurando proporcionar-lhe algum conforto para que possa sentir-se menos constrangida diante de toda a situação em que está envolvida. um acompanhamento sistemático visando à promoção da saúde. colaborar para manter o trofismo da pélvis e da mucosa vaginal. ortopedia. diminuir sua capacidade produtiva. a visão e a prática da sexualidade podem se tornar mais amplas e livres. na orientação sobre sexualidade. sem saber bem o quê. O metabolismo como um todo sofre algumas alterações. Frequentemente. cefaleia. a mulher vivencia mudanças de diversas naturezas. Esses sintomas podem influenciar a sexualidade da mulher. O hipoestrogenismo pode acarretar alterações do aparelho geniturinário que. depressão. até que um novo equilíbrio seja encontrado. Ao longo da vida. do que das circunstâncias da idade. Como já mencionado. que estão presentes durante toda a vida e nesta fase encontram menor contraposição estrogênica. que a vida é um caos. alimentação saudável. no elenco de exames solicitados. da iniciação sexual.As oportunidades ocorrem durante a anamnese que valoriza a escuta. se não forem corrigidas. cardiologia. o evento da menopausa pode ser vivenciado. especialmente na relação sexual com penetração. psicológicas e emocionais. É uma sensação de que tudo se desorganizou. por algumas mulheres. predispô-las à fadiga e irritabilidade. Manter uma atividade sexual desejada e prazerosa é saudável e o orgasmo pode melhorar a irrigação pélvica e. da gravidez e da menopausa. prevenção do câncer e das DST/aids. Os pelos pubianos tornam-se escassos. que muitas vezes são os primeiros a surgir (distúrbios vasomotores. Os epitélios vaginal e uretral possuem receptores de estrogênio. em outros serviços públicos e na comunidade. Os profissionais de saúde podem apoiar a mulher ajudando-a a encarar essa fase com mais tranquilidade e a vislumbrar novas possibilidades. sinais de envelhecimento. como a paralisação do próprio fluxo vital. consequentemente. com o uso sistemático de hormônios durante o climatério tem sido uma prática usual na medicina. gradualmente. vários autores ressaltam que algumas . A genitália feminina e as vias urinárias têm origem embriológica comum. aparecendo em conversas informais. diminuição da libido. O maior efeito da deficiência estrogênica sobre a pelve é a diminuição do fluxo sanguíneo. há redução de parte do tecido adiposo dos grandes lábios e retração dos pequenos lábios e do clitóris. O declínio da função hormonal ovariana no climatério determina modificações significativas nos órgão genitais internos e externos que podem influenciar a resposta sexual. A libido é influenciada pela presença de outros hormônios. As mulheres no climatério não sofrem de uma doença (de carência hormonal) e o tratamento hormonal deve ser encarado como uma opção terapêutica para os casos em que existam indicações específicas.). podem afetar a qualidade de vida da mulher no climatério. Contudo. Assim. expô-las a respostas de ampla labilidade emocional. seus sintomas irão se modificando. cada mulher vivencia seu climatério de acordo com sua singularidade. na oferta de atividades de promoção da saúde e outros recursos disponíveis na rede. 101 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . prurido. ardência e sensação de pressão. na medida em que integre em sua vida as mudanças. não aparecem durante a anamnese clínica em que os interrogatórios médicos e dos demais profissionais da saúde estão baseados. da circunferência abdominal e da pressão arterial. causando dor (dispareunia). no processo de transformação. exigem adaptações físicas. Também as alterações hormonais podem trazer algum desconforto para as mulheres ante o imprevisível. entre outros motivos. O desejo sexual depende muito mais da natureza e da qualidade do relacionamento em si. como o evento da menarca. É importante que ela compreenda que. fadiga. determinar disfunções em seu ritmo de sono-vigília. de maneira que ambos são comprometidos com a queda dos níveis estrogênicos e respondem à terapia hormonal (TH). É possível que ocorram sintomas neuropsíquicos. Também no encaminhamento para grupos psico-educativos ou para outros profissionais (saúde bucal. Se insatisfeitas e desmotivadas. podem ser subliminados. como os androgênios. impedindo o aparecimento de disfunções sexuais decorrentes da deficiência hormonal. O mito de que o fim da menstruação significa o fim da sexualidade é totalmente falso. da altura. no exame clínico que inclui aferição do peso. ansiedade. irritação. com a sensação de que tudo está errado. marcado pela menopausa. que pode promover alterações no aparelho genital. As alterações hormonais que levam ao fim do período reprodutivo. etc. pela ausência da possibilidade de uma gravidez indesejada. As alterações observadas na vagina devido à diminuição dos níveis estrogênicos são. Os órgãos genitais assim como o restante do organismo mostra. os sintomas do climatério podem ser aliviados ou mesmo eliminados. insônia. endocrinologia. Muitas se referem a uma “sensação de tragédia eminente”. especialmente relacionadas às funções do sistema endócrino e diminuição da atividade ovariana. entre outros). mais marcantes do que as da genitália externa. Antigos conflitos podem emergir e são revividos nesta fase. por via local ou sistêmica. podem colocar em dúvida tudo o que têm feito. A medicalização do corpo das mulheres. as queixas das mulheres no período do climatério. frequentemente. Os sintomas clássicos relacionados com o processo de hipotrofia genital que podem ocorrer devido ao hipoestrogenismo são: ressecamento vaginal. É fundamental que os profissionais de saúde estejam informados e atualizados para procederem a uma abordagem menos agressiva e invasiva possível. Quando são empregados esquemas adequados de esteroides sexuais. oftalmologia. Ao contrário. a possibilidade de diversas orientações sexuais e o estímulo ao protagonismo da mulher.estimular o “reaquecimento” da relação ou a reativação da libido por diversas formas. . valorizando a experiência e o autoconhecimento adquiridos durante a vida.esclarecer às mulheres que utilizam a masturbação como forma de satisfação sexual. que essa é uma prática normal e saudável. pulmonares. . cumprir seu papel no auxílio da resolução dos problemas.mulheres mesmo não fazendo tratamento hormonal. algumas mulheres relatam quadros clínicos que são sugestivos de concentrações séricas de estrogênios elevadas.apoiar iniciativas da mulher na melhoria da qualidade das relações. independente de faixa etária. a integralidade na atenção. representados pelos fenômenos atróficos geniturinários. Avaliar cuidadosa e individualmente cada caso com objetivo de identificar quais os fatores relacionados à etiologia das dificuldades referidas. entre outros aspectos. Atitudes positivas por parte dos profissionais devem incluir diversas ações. que influencia positivamente na melhora da autoestima e da insegurança que pode acompanhar esta fase. étnicos raciais. com sensação de ardor e prurido. Podem aparecer de forma isolada. Inicialmente pode ocorrer uma tendência ao encurtamento gradativo da periodicidade. A atuação dos profissionais de saúde deve incorporar aspectos como a escuta qualificada. Em adição aos sintomas clássicos de hipoestrogenismo. São representados pelos clássicos sintomas neurovegetativos ou vasomotores como os fogachos. devido à maturação folicular acelerada e consequente ovulação precoce. que também pode ser tratados com outros meios não hormonais. necessitando de uma abordagem clínica e terapêutica específica e individualizada. psiquiátricas (depressão). revistas ou por meio de outros recursos de mídia qualificada – programas direcionados sobre o assunto) que estiverem disponíveis. Ajudar as pessoas a aceitar as mudanças físicas e a buscar sua própria forma de exercer a sexualidade é fundamental neste processo. Esse fato é atribuído à regularidade da prática sexual. É necessário que os profissionais de saúde busquem informações na literatura recomendada (ver bibliografia utilizada no final deste manual) sobre a sexualidade humana e entendam as particularidades dessa faixa etária. . níveis socioeconômicos e culturais relatam a ocorrência de sintomas associados ao climatério. iniciando-se o maior espaçamento entre as menstruações. No atendimento a essas mulheres. 102 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . principalmente na perimenopausa. favorece sensivelmente o resultado da conduta adotada. continuam mantendo atividade sexual sem dificuldade.estimular o autocuidado. e não transitórios. tais como distensão abdominal e mastalgia. nos casos de indicação cirúrgica. ou ajuste do tratamento. e muitas vezes até omitidas.encaminhar para os serviços de referência para avaliação. o que pode ser seguido por uma fase lútea com baixa produção de progesterona e instalação de ciclos próio ou polimenorréicos. . segundo o desejo e os valores das mulheres. Após esta fase inicial comumente passam a ocorrer ciclos anovulatórios. Durante a fase da transição menopausal. . como ocorre com mais frequência. o profissional precisa entender as diferenças e semelhanças de cada uma. distúrbios no metabolismo lipídico e ósseo. A maioria dos estudos mostra que há um aumento na perimenopausa. na mulher que ainda menstrua regularmente ou. Um dos sintomas mais incômodos relatados pelas mulheres nessa fase da vida é a fragilidade da mucosa vaginal. representados pelas alterações do ciclo menstrual e pela sintomatologia mais aguda. Os sinais e sintomas clínicos do climatério ainda podem ser divididos em transitórios. tais como: . doenças endócrinas. os ciclos menstruais apresentam variações na regularidade e nas características do fluxo. . com produção irregular de estrogênios podendo levar a ciclos espaniomenorréicos e a períodos de amenorreia. Essas manifestações clínicas refletem a intensa flutuação que os estrogênios apresentam nessa fase. de modo a abordar a mulher de forma integral. O número de mulheres portadoras do HIV nesta faixa etária é relevante por diversos motivos já mencionados sobre “DST e HIV/aids no climatério. . Isto ocorre em consequência de uma persistência folicular longa.estimular a aquisição de informações sobre sexualidade (livros.oferecer tratamento para as queixas relacionadas ao climatério. Nesta fase o fluxo poderá apresentar aumento da duração e intensidade em consequência . sendo que mais de 50% das mulheres nos países ocidentais industrializados os apresentam. em busca de resolução do fator primário correlacionado. com ou sem sudorese e uma variedade de sintomas neuropsíquicos. respeitando sempre seu protagonismo. quando iniciam as alterações do ciclo menstrual. com fluxo diminuído ou aumentado. Existe uma ampla variação na frequência e intensidade com que as mulheres de diferentes grupos etários.estimular a prática do sexo seguro em todas as relações sexuais. e antes de qualquer julgamento ou atitude preconceituosa. Do ponto de vista biológico. BRUNNER & SUDDARTH: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. baixa de autoestima. Embora o aparecimento da depressão no climatério seja mais comum que em outras etapas da vida. sugerindo uma etiologia multifatorial (ambiental. e as mulheres retêm suas respostas sexuais usuais ao sexo por muito tempo depois do início 5 Texto adaptado de SMELTZER. raramente acompanhada por sintomas ou doença do sistema nervoso.A gestação inesperada é possível quando a contracepção efetiva não é utilizada. ex: filhos adolescentes ou em crescimento. gerando desconforto e mal-estar. podendo relacionar-se a um aumento dos casos de depressão durante o climatério. Não existe nenhuma relação entre menopausa e problemas de saúde mental. O atual espectro de vida previsto depois da menopausa para a mulher média é de 30 a 35 anos. Esses sintomas podem apresentar-se isoladamente ou em conjunto em algum período do climatério em intensidade variável. A duração pode ser de alguns segundos a 30 minutos. Suzanne C. É importante salientar que estas manifestações podem ocorrer em qualquer outra fase da vida.Os contraceptivos orais podem fornecer alguma proteção às mulheres contra o câncer. sociocultural e individual). estresse.Sexualidade. no entanto. pescoço e face que pode apresentar hiperemia.Cerca de 16% dos casos de câncer de mama ocorrem nesse grupo de mulheres. Brenda G. 2000. tristeza e depressão. contudo. (volume 3) . melancolia. podendo ocorrer em qualquer fase do climatério. Manifestam-se como sensação transitória súbita e intensa de calor na pele. os estrogênios podem desempenhar uma ação moduladora sobre os neurotransmissores cerebrais. As enfermeiras podem encorajar as mulheres a visualizar a menopausa como uma alteração natural que resulta em libertar-se das menstruações e dos sinais relacionados às alterações hormonais. que muitas vezes são relacionados a etiologias diversas ao climatério. Perimenopausa5 Trata-se do período que se estende desde os primeiros sinais oriundos da menopausa (ondas de calor. A enfermeira pode explicar à paciente que a cessação das menstruações é uma função fisiológica. Devem ser empreendidas medidas para promover a saúde geral. especialmente a serotonina. O consumo de bebidas alcoólicas ou líquidos e alimentos quentes. câncer de ovário. torna-se muito difícil a comprovação de que somente o hipoestrogenismo seja a sua origem. principalmente do tronco. a insônia ou sono agitado. ansiedade. parestesias. irritabilidade. sempre que necessário. fertilidade. anemia. uma mudança completa da vida. ed.. . a investigação do endométrio. A menopausa não é. os exames físicos rotineiros e as mamografia são essenciais. . ocorrendo esporadicamente ou várias vezes ao dia. gestação e alterações fibrocísticas da mama. acompanhada na maioria das vezes de sudorese. emoções intensas. dificuldade para tomar decisões. 9. levando a um aumento na noradrenalina e aumento dos pulsos de GnRH e do LH. uso de roupas quentes estão associadas com o desencadeamento dos fogachos. vertigens. Outros sintomas neurovegetativos encontrados frequentemente são os calafrios. o que não deve descartar. Os sintomas neuropsíquicos compreendem a labilidade emocional. contracepção e DSTs podem ser preocupantes para as mulheres na perimenopausa. aglomerações de pessoas. ambientes abafados. ambientes com alta temperatura. Sua intensidade varia muito. sensação de desfalecimento. Os fogachos ou “ondas de calor” constituem o sintoma mais comum nas mulheres ocidentais. (As mulheres que fumam e que tem 35 anos de idade ou mais não devem tomar contraceptivos orais devido ao risco aumentado de doença cardiovascular). nervosismo. A etiologia das ondas de calor é controversa. ressecamento vaginal e menstruações irregulares) até depois da cessação completa da menstruação (um ano depois do último período menstrual). parceiros doentes e pais dependentes ou doentes) podem produzir estresse.das alterações endometriais expressando as alterações hormonais. relacionada ao humor. A diminuição do estrogênio poderia influenciar os níveis de serotonina. o que pode englobar um número igual de anos em relação à fase reprodutora de sua vida. Alguns fatos sobre a perimenopausa devem ser considerados pela enfermeira ao cuidar ou ensinar a paciente durante esse período: . devendo ser evitadas. sendo atribuída na maioria dos estudos a alterações no centro termorregulador provocadas pelo hipoestrogenismo. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. bem como alívio dos sintomas da perimenopausa. de modo que o autoexame da mama (AEM). Os desejos sexuais normais continuam. . diminuição da memória e fadiga. BARE. em mulheres predispostas. Além disso. 103 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . pode ocorrer palpitação e mais raramente. desde muito leves a intensos. as alterações sociais que geralmente coincidem com a menopausa (p. Realização do cadastro da gestante. Deve-se garantir a possibilidade de que as mulheres realizem o teste de gravidez na unidade de saúde sempre que necessário. . BRUNNER & SUDDARTH: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. . BARE. As ações de saúde devem estar voltadas para a cobertura de toda a população-alvo da área de abrangência da unidade de saúde. . mediante a utilização dos conhecimentos técnico-científicos existentes e dos meios e recursos disponíveis mais adequados para cada caso. Suzanne C. Brenda G.Acolhimento imediato e garantia de atendimento a todos os recém-natos e à totalidade das gestantes e puérperas que procurarem a unidade de saúde. a assistência pré-natal deve ser organizada para atender às reais necessidades da população de gestantes. 9° PASSO: Toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz (vinculação). Muitas mulheres apreciam melhor a saúde após a menopausa. incluindo a elaboração do "Plano de Parto". Referências BRASIL. afete sua relação emocional à menopausa.da menopausa. após confirmada a gravidez. 7° PASSO: Garantir o acesso à unidade de referência especializada. assim como com a qualidade técnica da atenção. considerando aspectos intelectuais. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.. quando necessário. durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)". materiais e técnicos necessários à atenção prénatal. físicos. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa. . Assistência pré-natal No contexto da assistência integral à saúde da mulher. assegurando minimamente 6 (seis) consultas de pré-natal e continuidade no atendimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.Identificação precoce de todas as gestantes na comunidade e o pronto início do acompanhamento pré-natal. ed. 9. 5° PASSO: Garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal. Para uma assistência pré-natal efetiva. para que tal início se dê ainda no 1º trimestre da gravidez. realização e avaliação em termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal. SMELTZER. sejam elas preventivas e/ou terapêuticas. 8° PASSO: Estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico. no acompanhamento e na avaliação do impacto destas ações sobre a saúde materna e perinatal. Secretaria de Atenção à Saúde. (volume 3) 10 Passos para o Pré-Natal de Qualidade na Atenção Básica 1° PASSO: Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce) 2° PASSO: Garantir os recursos humanos. 3° PASSO: Toda gestante deve ter assegurado a solicitação. agora e no futuro. fornecendo e preenchendo o Cartão da Gestante. 6° PASSO: É direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas. O início precoce da assistência pré-natal e sua continuidade requerem preocupação permanente com o vínculo entre os profissionais e a gestante. 4° PASSO: Promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes. 10° PASSO: As mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídicopuerperal.Discussão permanente com a população da área (em especial com as mulheres) sobre a importância da assistência pré-natal na unidade de saúde e nas diversas ações comunitárias. exames e ter acesso a informações) antes. deve-se procurar garantir: . por intermédio do preenchimento da ficha de cadastramento do SisPreNatal ou diretamente no sistema para os serviços de saúde informatizados. Ministério da Saúde. emocionais. Brasília: Ministério da Saúde. 2008. caso seja necessário. isso é particularmente verídico para aquelas que experimentavam dismenorreia. 104 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 2000. sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas de gestantes". objetivando intervenções oportunas em todo o período gestacional. É provável que a avaliação individual de si própria por parte da mulher e de seu conceito. (e) os direitos da gestante e do pai. quando necessário.).Incentivo ao parto normal e à redução da cesárea. psicológica etc. do uso de álcool e de outras drogas. principalmente no último mês de gestação e na primeira semana após o parto. orientar cuidados adequados.. com uso recomendado desde o período pré-concepcional e durante o primeiro trimestre de gestação). da consulta de puerpério e do planejamento familiar. incluindo avaliação do índice do líquido amniótico e monitoramento cardíaco fetal. física. às maternidades. mediante vaga assegurada em outra unidade. (f) os riscos do tabagismo. para assegurar seu seguimento durante toda a gestação. além do registro do nome do hospital ou da maternidade ou da casa de parto ou das residências de parto domiciliar no Cartão da Gestante. ao prénatal de alto risco ou à urgência/emergência obstétrica. sala de espera. com o objetivo de monitorar a mulher e a criança.Oferta de medicamentos necessários (inclusive sulfato ferroso. bem como em reuniões comunitárias.Visita domiciliar às gestantes e puérperas. 105 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . a fim de evitar sofrimento fetal por pós-datismo. . bem como informações sobre o motivo do encaminhamento e os dados clínicos de interesse.Vinculação das unidades básicas de saúde (UBS) aos hospitais. . para tratamento e profilaxia de anemia.Acompanhamento periódico e contínuo de todas as gestantes. . Toda gestante deve ser orientada a procurar o referido serviço quando apresentar intercorrências clínicas/obstétricas ou quando estiver em trabalho de parto. conforme fluxograma local.Atenção à adolescente conforme suas especificidades. .Avaliação do estado nutricional e acompanhamento do ganho de peso no decorrer da gestação.Realização de práticas educativas. deve-se assegurar o retorno da gestante à unidade básica de origem. . .Realização de anamnese. às residências de parto domiciliar (feito por parteira) de referência e aos serviços diagnósticos. . . semanalmente. agendar a visita por volta do sexto mês de gestação. e (g) o uso de medicações na gestação. (d) a importância do acompanhamento pré-natal. . .Transferência da gestante e/ou do neonato em transporte adequado (Samu). objetivando seu encaminhamento oportuno ao centro obstétrico. abordando principalmente: (a) o incentivo ao aleitamento materno. acompanhando-as tanto nas unidades de saúde quanto em seus domicílios. até o momento do pré-parto/parto. Toda gestante encaminhada para um diferente serviço de saúde deverá levar consigo o Cartão da Gestante. ao parto normal e aos hábitos saudáveis de vida. Tais práticas podem ser realizadas de forma individual ou coletiva. de modo a garantir a internação da parturiente e do recém-nascido nos casos de demanda excedente. intervenções comunitárias etc. Da mesma forma. da 28ª até a 36ª semana. até a 28ª semana.Atendimento às intercorrências obstétricas e neonatais. às casas de parto.Classificação do risco gestacional (em toda consulta) e encaminhamento. exame físico e exames complementares indicados.Sistema eficiente de referência e contrarreferência. referenciandoa para equipes especializadas e/ou encaminhamento para serviços específicos.. conforme definição do gestor local. . identificar possíveis fatores de risco e realizar os encaminhamentos necessários. . por meio de grupos de gestantes. . que está de posse de todas as informações necessárias para o seu seguimento. . quinzenalmente. . seja àquela em risco de depressão pós-parto. . (c) os cuidados com o recém-nascido. . e ácido fólico. .Oferta de atendimento clínico e psicológico à gestante vítima de violência. conforme a exigência de cada caso.Vinculação à central de regulação obstétrica e neonatal. caso seja de seu interesse. em intervalos preestabelecidos (mensalmente. no termo). quando necessário.Imunização antitetânica e para hepatite B. sexual. Deve-se informar à gestante a possibilidade de realizar uma visita ao serviço de saúde onde provavelmente se realizará o parto e. seja esta de qualquer tipo (doméstica. quando existente. Toda gestante com 41 semanas deve ser encaminhada para a avaliação do bemestar fetal. .Diagnóstico e prevenção do câncer de colo de útero e de mama. (b) a identificação de sinais de alarme na gravidez e o reconhecimento do trabalho de parto. objetivando garantir a continuidade da assistência pré-natal (em todos os níveis do sistema de saúde) para todas as gestantes.Busca ativa das gestantes faltosas ao pré-natal e à consulta na primeira semana após o parto.Identificação do risco de abandono da amamentação e encaminhamento da gestante aos grupos de apoio ao aleitamento materno e/ou ao banco de leite humano (BLH) de referência. assim como controle de doenças crônicas e profilaxia de doenças infecciosas. sempre. ii) teste rápido de triagem para sífilis e sorologia para sífilis (VDRL/RPR). no Cartão da Gestante e no SisPreNatal. bem como no desempenho do serviço. vi) grupo sanguíneo e fator Rh. (k) pinças de Cheron. para permitir o acompanhamento sistematizado da evolução da gravidez. .Distribuição das gestantes por trimestre de início do pré-natal (1º. viii) glicemia em jejum. . v) dosagem de hemoglobina (Hb) e hematócrito (Ht). xv) eletroforese de hemoglobina. Deve conter as informações mínimas necessárias de cada consulta prestada. e (n) gestograma ou disco obstétrico. do recém-nascido e do puerpério. no sistema de referência e contrarreferência. inclusive com preenchimento da Ficha Perinatal. (f) esfigmomanômetro. seja na unidade ou no domicílio. (m) sonar doppler (se possível). no mínimo. (g) estetoscópio clínico. assim como apoio laboratorial.Medicamentos básicos e vacinas (contra tétano e hepatite B).Realização de testes rápidos na unidade básica de saúde. garantindo a realização dos seguintes exames de rotina: i) teste rápido de gravidez. Deve subsidiar. A avaliação deve utilizar. ix) teste de tolerância com sobrecarga oral de 75g de glicose em 2 (duas) horas (dextrosol). . 106 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . iii) teste rápido diagnóstico para HIV e sorologia para HIV I e II. devendo ser garantida a existência de: (a) mesa e cadeiras para acolhimento e escuta qualificada. deve ser garantido. . (i) fita métrica flexível e inelástica. sendo importante para a referência e a contrarreferência. quando necessário. as intercorrências e as urgências/emergências que requeiram avaliação hospitalar. xiv) bacterioscopia do conteúdo vaginal. xii) exame parasitológico de fezes. x) exame sumário de urina (tipo I). (b) mesa de exame ginecológico. O fluxo de informações entre os serviços de saúde. . com a gestante. . Para tanto. devem ser utilizados e realizados os seguintes instrumentos e procedimentos: . A avaliação será feita segundo os indicadores construídos a partir dos dados registrados na ficha perinatal. (h) estetoscópio de Pinard. vii) teste de Coombs.Registro das informações em prontuário. (e) balança para adultos (peso/altura) com capacidade para até 300kg.Área física adequada para o atendimento da gestante e dos familiares nos serviços de saúde com condições adequadas de higiene e ventilação.. 2º e 3º). (j) espéculos.Instrumentos de registro. faz-se necessário haver: . Deve conter os principais dados de acompanhamento da gestação. (c) escada de dois degraus. xi) urocultura com antibiograma. . A privacidade é um fator essencial nas consultas e nos exames clínicos e/ou ginecológicos. Para que tais práticas sejam desenvolvidas. do parto. a mudança da estratégia de ação e da organização dos serviços com a finalidade de melhorar a qualidade da assistência. .Avaliação permanente da assistência pré-natal: procedimento com foco na identificação dos problemas de saúde da população-alvo. os seguintes indicadores: . Deve conter os principais dados de acompanhamento da gestação.Ficha Perinatal: instrumento de coleta de dados para uso dos profissionais da unidade. (l) material para realização do exame colpocitológico. (d) foco de luz. do parto e do puerpério.Cartão da Gestante: instrumento de registro. mediante a coleta e a análise dos dados obtidos em cada encontro.Atenção à puérpera e ao recém-nascido na primeira semana após o parto e na consulta puerperal (até o 42º dia após o parto). abordando a história clínica perinatal. . nos relatórios obtidos por intermédio do SisPreNatal e n processo de referência e contrarreferência.Equipamento e instrumental mínimo. processamento e análise dos dados disponíveis.Recursos humanos que possam acompanhar a gestante no seu contexto familiar e social e segundo os princípios técnicos e filosóficos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher. .Mapa de Registro Diário: instrumento de avaliação das ações de assistência pré-natal. no Cartão da Gestante. nos Mapas de Registro Diário da unidade de saúde. Deverá ficar. iv) proteinúria (teste rápido). xiii) colpocitologia oncótica. Porcentagem de mulheres atendidas nos locais para onde foram referenciadas em relação ao total de mulheres que retornaram à unidade de origem após o encaminhamento. conforme dispõe a Medida Provisória nº 557. afastá-lo da “mãe” para colocá-lo num berço solitário. além disso. tende a assumir uma postura de defesa. Além disso. A promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo de parto e nascimento ocorre mediante informações e orientações permanentes à parturiente sobre a evolução do trabalho de parto. A gestante não preparada desconhece seu corpo e as mudanças que o mesmo sofre. geram complicações desnecessárias.500g) em relação ao total de recém-nascidos vivos. Os profissionais devem respeitar os sentimentos.Porcentagem de recém-nascidos vivos de baixo peso (com menos de 2. (iv) o monitoramento da solicitação e dos resultados dos exames em tempo oportuno. deve-se oferecer espaço e apoio para a presença do(a) acompanhante que a parturiente deseja. ao parto ou ao puerpério em relação ao total de gestantes atendidas. “tirar um recém-nascido de dentro”. além das informações sobre aleitamento. ajudando-a a diminuir a ansiedade e insegurança. diante do desconhecido e sozinho. o medo do parto. . O novo sistema SisPreNatal web tem a finalidade de cadastrar as gestantes por intermédio do acesso à base do Sistema de Cadastramento de Usuários do SUS (CAD-SUS). gerando ansiedade e medos. disponibilizando informações em tempo real na plataforma web.Porcentagem de óbitos por causas perinatais em relação ao total de recém-nascidos vivos. Qualquer indivíduo. Isto significa que deveriam ser indicados apenas para as mulheres que apresentam problemas de saúde. A partir do momento em que o parto tornou-se institucionalizado (hospitalar) a mulher passou a perder autonomia sobre seu próprio corpo. se vivenciado harmoniosamente. o que verificamos é a existência de um sistema de saúde voltado para a atenção ao parto e nascimento pautado em rotinas de intervenções. de 26 de dezembro de 2011. Precisamos valorizar esse momento pois. no pós-parto. 107 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . (iii) o acompanhamento odontológico. e (vii) o cadastro das informações do RN como escala ou índice de Apgar. Segundo a Organização Mundial da Saúde. (vi) o monitoramento da efetividade da presença do(a) acompanhante. enquanto a mãe dorme sob o efeito da anestesia. o que torna possível a avaliação dos indicadores pela Rede Cegonha e o cadastramento das gestantes para vinculação ao pagamento de auxílio deslocamento. . emoções. o preenchimento da Ficha de Cadastro da Gestante no sistema e da Ficha de Registro dos Atendimentos da Gestante no SisPreNatal possibilita : (i) a vinculação da gestante ao local do parto. estima-se que apenas 10% a 20% dos partos têm indicação cirúrgica. profissionais de saúde.. da solidão do ambiente hospitalar e dos possíveis problemas do bebê. devemos entender que o parto não é simplesmente “abrir uma barriga”. . no sentido de proporcionar uma assistência humanizada e qualificada quando do parto. favorecendo e estimulando a participação efetiva dos principais atores desse fenômeno – a gestante. A enfermagem possui importante papel como integrante da equipe. possível anomalia ou malformação congênita. . . favorece um contato precoce mãe-recém-nascido. seu acompanhante e seu filho recém-nascido.Porcentagem de crianças com tétano neonatal em relação ao total de recém-nascidos vivos. reconhecendo-lhe o papel principal nesse processo e até mesmo aceitando sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor. com pessoas de seu referencial pessoal. deixando de ser ativa no processo de seu parto.Porcentagem de VDRL positivos em gestantes e recém-nascidos em relação ao total de exames realizados. . (ii) o acesso ao pré-natal para os casos de alto risco. ou naqueles casos em que o parto normal traria riscos ao recém-nascido ou a mãe.Porcentagem de abandono do pré-natal em relação ao total de mulheres inscritas. que favorece e conduz ao aumento de cesáreas e de possíveis iatrogenias que. . o parto era um acontecimento domiciliar e familiar. Entretanto. Parto e nascimento humanizado Até o século XVIII. (v) o monitoramento da efetividade do vínculo ao local do parto. Nós. as mulheres tinham seus filhos em casa.Porcentagem de mulheres que realizaram pré-natal em relação à população-alvo (número de gestantes na área ou número previsto). necessidades e valores culturais. estimula o aleitamento materno e promove a interação com o acompanhante e a família.Porcentagem de óbitos de mulheres por causas associadas à gestação. . permitindo à mulher um momento de conforto e segurança. rodando lentamente. . as contrações uterinas progridem e aos poucos aumentam a intensidade. provocando a dilatação do colo uterino. também denominada de trajeto mole.diminuição da movimentação fetal. e à situação e apresentação fetais (transversa. hipervascularização e aumento do tecido elástico da vagina. monitorar a evolução do trabalho de parto.eliminações vaginais. colher os exames laboratoriais solicitados (hemograma. 108 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .fenômeno facilitado pelo cavalgamento dos ossos do crânio. O início do trabalho de parto é desencadeado por fatores maternos. translúcido e com pequenos grumos semelhantes a pedaços de leite coalhado (vérnix). apagamento e dilatação progressiva. gestante. pois as primíparas demandam maior tempo de trabalho de parto do que as multíparas. à boa condição psicológica da parturiente durante o trabalho de parto.desconforto lombar. auxiliado pelo hormônio relaxina. . ocasionando a redução do diâmetro da cabeça e facilitando a passagem pela pelve materna. nesse processo.e pelos tecidos moles (parte inferior do útero. Este só perde sua função quando há problemas ou dificuldades funcionais – incompetência istmocervical. O colo do útero é totalmente fechado pelo muco produzido pelas glândulas da cérvice uterina. caso não os tenha realizado durante o pré-natal). apresenta-se claro. facilitando sua distensão. informando-os da dinâmica da assistência na maternidade e os cuidados pertinentes a esse momento: acompanhá-la na admissão e encaminhá-la ao pré-parto. acromial.em condições normais. ao estado geral da cliente e sua reserva orgânica para atender ao esforço do trabalho de parto. caso contrário dificultará o nascimento do bebê. extensão e rotação. A duração de cada trabalho de parto está associada à paridade (o número de partos da mulher). de pequena intensidade. No trajeto mole. amolecimento. amolecimento do colo para a dilatação e apagamento.O trabalho de parto é um momento no qual a mulher se sente desprotegida e frágil. pélvica e de face). . e no trabalho de parto. desde o útero à abertura vulvar. acompanhante e equipe de saúde. É formado pelo conjunto dos ossos ilíaco. No trajeto duro. à flexibilidade do canal de parto. lombo sacral. também denominada de trajeto duro . fornecendo explicações e orientações. que devem ter intensidade e frequência apropriadas. Como resultado. canal vaginal e períneo) que revestem essa parte óssea. sínfise púbica). prematuro ou não. a cabeça do feto vai gradualmente descendo no canal pélvico e. o intervalo e a duração. discreto sangramento. às contrações uterinas. . O trabalho de parto e o nascimento costumam desencadear excitação e apreensão nas parturientes. ocorrem as seguintes alterações: aumento do útero. O feto tem importante participação na evolução do trabalho de parto: realiza os mecanismos de flexão. presente quando ocorre a ruptura da bolsa amniótica . VDRL e outros exames. colo uterino. que se interagem. Assistência durante o trabalho de parto natural O trajeto do parto ou canal de parto é a passagem que o feto percorre ao nascer. com duração variável de 20 a 40 segundos. promover um ambiente tranquilo e com privacidade. sacrococcígea.contrações uterinas inicialmente regulares. Os sinais do desencadeamento de trabalho de parto são: . pois as mulheres que exercitam a musculatura pélvica apresentam maior flexibilidade do que as sedentárias. permitindo sua entrada e passagem pelo canal de parto .que compõem a pequena bacia pélvica. O primeiro período do trabalho de parto: a dilatação Nesse período. eliminação de líquido amniótico. Admitindo a parturiente O atendimento da parturiente na sala de admissão de uma maternidade deve ter como preocupação principal uma recepção acolhedora à mulher e sua família. fetais e placentários. a principal alteração é o aumento da mobilidade nas articulações (sacroilíaca. .alterações da cérvice. É um momento de grande expectativa para todos. aumento das glândulas cervicais para lubrificar o trajeto do parto. após o colo atingir 5 cm de dilatação. podendo chegar a duas ou mais em dez minutos. independente do fato de a gestante ser primípara ou multípara. necessitando apoio constante. perda de tampão mucoso. que recebe o nome de tampão mucoso. sacro e cóccix . estender e girar. a parturiente deve ser orientada para respirar tranquilamente e não fazer força. respeitando a posição de sua escolha: vertical. pois a bexiga cheia dificulta a descida do feto na bacia materna. máscara e luvas). É importante auxiliá-la a se posicionar na mesa de parto com segurança e conforto. O cuidar envolve presença. O segundo período do trabalho de parto: a expulsão O período de expulsão inicia-se com a completa dilatação do colo uterino e termina com o nascimento do bebê. bem como estimulada a fazer uma respiração profunda. pelo enfermeiro ou médico. indica-se a necessidade de anestesia local. e tem a finalidade de verificar a dilatação e o apagamento do colo uterino. Essas posições. e a tensão arterial de hora em hora ou mais frequentemente. que atenuam a ansiedade da cliente. Caso a parturiente esteja desanimada. constatada a dilatação total. frustrada ou necessite permanecer no leito durante o trabalho de parto. irritação ou apatia. realizar massagens na região lombar – o que reduz sua ansiedade e tensão muscular . o auxiliar de enfermagem deve preparar o material necessário para o exame. em cadeira de rodas ou deambulando. é importante auxiliar a parturiente com alternativas que possam amenizar-lhe o desconforto.5 cm . O exame do toque deve ser realizado e. A prévia antissepsia das mãos é condição indispensável para o exame. os ossos do crânio se aproximam uns dos outros e podem acavalar. devido às complicações obstétricas ou fetais. Ocorre distensão dos músculos perineais e abaulamento do períneo (solicitação do períneo). Em todo esse processo. ampliam o canal do parto e facilitam a descida do feto pela ação da gravidade. Este é o período em que a parturiente experimenta desconfortos e sensações dolorosas e pode apresentar reações diferenciadas como exaustão. tornam as contrações mais eficazes. desde que escolhidas pela mulher. O profissional (médico e/ou enfermeira obstetra) responsável pela condução do parto deve fazer a escovação das mãos e se paramentar (capote. deve ser aconselhada a ficar na posição de decúbito lateral esquerdo.faz-se necessária uma dilatação total de 10 cm. o feto também se adapta a esse processo: sua cabeça tem a capacidade de flexionar. que inclui luvas. Para possibilitar a passagem do crânio do feto . Qualquer procedimento realizado deve ser explicado à parturiente e seu acompanhante. repousando nos intervalos para conservar as energias. auxiliada pela pressão da bolsa amniótica. Náuseas e vômitos podem estar presentes. . Esses sinais iminentes do parto devem ser observados pelo auxiliar de enfermagem e comunicados à enfermeira obstétrica e ao obstetra. Ao final do primeiro período do trabalho de parto. O toque vaginal deve ser realizado pelo obstetra ou enfermeira. a ausculta dos batimentos cardiofetais. assim. A seguir. A mulher deve ser encorajada e encaminhada ao banho de chuveiro. Durante a evolução do trabalho de parto. reduzindo o tamanho do crânio e. Para que ocorra a expulsão do feto. Durante o trabalho de parto. A verificação dos sinais vitais pode ser realizada de quatro em quatro horas. gorro. favorecem o fluxo de sangue para o útero. tanto quanto possível (esta posição diminui a compressão do útero sobre a aorta e a veia cava inferior). geralmente são necessárias cinco contrações num período de 10 minutos e com intensidade de 60 segundos cada. O controle dos sinais vitais maternos é contínuo e importante para a detecção precoce de qualquer alteração. o auxiliar de enfermagem deve encaminhar a parturiente à sala de parto. que vai se apagando. será realizada. de joelho sobre a cama ou deambular. por ação reflexa. semiverticalizada ou horizontal. A parturiente refere pressão no reto e urgência urinária. estimulando-a a adotar posições alternativas como ficar de cócoras. confiança e atenção. Além das adaptações no corpo materno. facilitar a passagem pela pelve materna. Para a realização do procedimento. 109 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . impaciência. O auxiliar de enfermagem deve orientar que a parturiente faça respiração torácica (costal) juntamente com as contrações. visando o desenrolar do trabalho de parto. Nesse período. Enquanto estiver sendo conduzida à sala de parto.que mede por volta de 9. permitindo entrar dentro do canal do parto e passar pela pelve óssea materna com mais mobilidade. sempre que contração uterina. se indicado.Essa descida. gazes com solução antisséptica e comadre.e urinar. o auxiliar de enfermagem deve prestar ajuda ao(s) profissional(is). determina uma pressão maior da cabeça sobre o colo uterino. entre outras. Na necessidade de episiotomia. e o ânus dilata-se acentuadamente. visando avaliar a progressão do trabalho de parto. o sangramento aumenta com a laceração dos capilares no colo uterino. realizar a antissepsia vulvoperineal e da raiz das coxas e colocar os campos esterilizados sobre a parturiente. Da criança. . ou permitir que a mãe o faça. bem como verificação do número de vasos sanguíneos deste (1 artérias e 2 veias). proceder à sutura do corte (episiorrafia) e/ou das lacerações. prescrições e pertences pessoais. com vistas à identificação de rupturas e lacerações. reduzindo tempo de internação e a incidência de infecções hospitalares. do adolescente Atenção à Saúde da Criança A legislação brasileira. A laqueadura é feita com material adequado e estéril. É importante manter o recém-nascido aquecido. se a posição do parto favorecer esta prática. A placenta deve ser examinada com relação à sua integridade. Outra estratégia importante é a Atenção Integral às Doenças Prevalentes na Infância. a cabeça deve ser tracionada para baixo. sem compressão uterina. mantendo-o contraído e promovendo a hemostasia nos vasos que irrigavam a placenta. para o alojamento conjunto . Com a saída da cabeça e ombros. com boa vitalidade. Pode durar de alguns minutos a 30 minutos. deve-se. por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente. por isso. caso tenha sido realizada episiotomia. mas possibilita uma maior organização dos serviços. o que facilita a saída da placenta e estimula a involução do útero. Logo após o delivramento. fase em que ocorre a loquiação e se avalia a involução uterina e recuperação da genitália materna. tipo de vascularização e local de inserção do cordão. mas do Estado e da sociedade como um todo. sobre o colo materno. será encaminhada. O Projeto Mãe-Canguru e a promoção do aleitamento materno são iniciativas que têm promovido uma mudança no atendimento à criança. Examina-se ainda o canal vaginal. Recebe o nome de delivramento ou dequitação e deve ser espontâneo. o auxiliar de enfermagem deve verificar a tensão arterial da puérpera. onde ocorrerão contrações que permitirão reduzir o volume uterino. diminuindo o sangramento pós-parto. O terceiro período do trabalho de parto: a dequitação Inicia-se após a expulsão do feto e termina com a saída da placenta e membranas (amniótica e coriônica). que contribui não apenas para a redução de óbitos por diarreias e pneumonias. Neste momento. Responsabilidade esta que não é apenas da família.Após o coroamento e exteriorização da cabeça. juntamente com o recém-nascido. massagear-lhe as panturrilhas. que não devem ser superiores a 500 ml. O cordão umbilical só deve ser pinçado e laqueado quando o recém-nascido estiver respirando. o colo uterino e a região perineal. cobrindo-o com um lençol/campo – o que previne a ocorrência de hipotermia. o auxiliar de enfermagem deve estar atento para evitar a queda do recémnascido. Caso esse desprendimento não ocorra naturalmente. é importante assistir ao desprendimento fetal espontâneo. acompanhado de um jato de líquido amniótico. Nessa fase é importante atentar para as perdas sanguíneas. O quarto período do trabalho de parto: Greenberg Corresponde às primeiras duas horas após o parto. presença de nós e tumorações. visando favorecer a passagem do ombro. trocar-lhe a roupa e colocar-lhe um absorvente sob a região perianal e pubiana. identificando alterações ou não dos valores que serão avaliados pelo médico ou enfermeiro. devido ao risco de hemorragia. Sugere-se acomodar o recém-nascido. Os cuidados com a saúde infantil estão entre as ações essenciais do Ministério da Saúde. realizar-lhe antissepsia da área pubiana. o corpo desliza facilmente. As contrações para a expulsão da placenta ocorrem em menor quantidade e intensidade. a puérpera deve permanecer no centro obstétrico. reforça o compromisso pela promoção do bem-estar desses pequenos cidadãos. A dequitação determina o início do puerpério imediato. Antes de transferir a puérpera para a cadeira ou maca. Caso o médico ou enfermeiro avalie que a puérpera esteja em boas condições clínicas.acompanhados de seus prontuários. É considerado um período perigoso. A mulher deve ser incentivada a iniciar a amamentação nas primeiras horas após o parto. utilizando luvas estéreis. Os programas desenvolvidos buscam oferecer um atendimento médico mais humano e de melhor qualidade para as nossas crianças. para criterioso acompanhamento. 110 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . a uns três centímetros da pele. mas como parte de seu contexto familiar.Combate à desnutrição e anemias carenciais .Atenção às doenças prevalentes: Destaque para as diarreias. Princípios Norteadores do Cuidado na Saúde da Criança . O profissional precisa estar atento às possíveis e frequentes dificuldades que se apresentam e precisa estimular a construção de uma rede. O profissional de saúde. para sobreviver. vínculo emocional recíproco entre um bebê e seu cuidador.Assistência integral . O apego.Incentivo ao aleitamento materno .Atenção à saúde bucal .Avaliação permanente e sistematizada da assistência prestada Linhas de Cuidado da Atenção Integral da Saúde da Criança e Redução da Mortalidade Infantil . o que falta é um esforço concentrado na organização da assistência à população infantil. o profissional de saúde não pode vê-la como um ser isolado. Os índices de mortalidade infantil – embora bastante reduzidos na última década – ainda são altos. .Incentivo e qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (CD) .Atenção à criança portadora de deficiência Saúde da Criança: Crescimento e Desenvolvimento Ao atender uma criança. Após o nascimento. que contemple desde o primeiro atendimento.Participação da família/controle social na gestão local . constrói-se baseado em relacionamentos preliminares estabelecidos ainda com o feto e com a criança imaginada pelos pais.Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao recém-nascido .Assistência resolutiva . maus-tratos/violência e trabalho infantil . A equipe de saúde deve ainda compreender e orientar os pais sobre a formação de vínculos e o fortalecimento da parentalidade.Apesar dos avanços alcançados. 111 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Prevenção de acidentes. com características e funcionamento próprios.Ações da saúde da mulher: atenção humanizada e qualificada . valorizado) sejam atendidas. em seu percurso escolar desde os primeiros anos. deve estar atento às mudanças e às necessidades de adaptação que ocorrem nas famílias diante do nascimento de um novo ser.Responsabilização .Equidade .Atuação em equipe . que sirva de apoio à família. antes mesmo do seu nascimento.Planejamento e desenvolvimento de ações intersetoriais . até a atenção especializada dos casos mais graves. doenças respiratórias/alergias. na maneira como se dispõem a cuidar dela. o bebê. sífilis e rubéola congênitas. protegido. os óbitos poderiam ser evitados se as crianças fossem encaminhadas para um serviço de saúde qualificado. como assumido em nossas leis. desde o pré-natal. cuidado. Então. proteção.Imunização . amado.Triagem neonatal: teste do pezinho . É importante prestar atenção na relação que os membros da família estabelecem com a criança. HIV/aids. . tétano neonatal.Saúde . enfim.Acolhimento .Acesso universal . entre outras) e psicossociais (de se sentir seguro.Alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e obesidade infantil . nas unidades básicas de saúde. limpeza. na forma como ela é recebida e “endereçada” ao mundo. inclusive na equipe de saúde. precisa de alguém que cuide dele e que assegure que suas necessidades físicas (alimentação. que exigem internação nas unidades de média e alta complexidade. com uma equipe profissional preparada para atender com eficiência e agilidade.Atenção à saúde mental . Na maioria dos casos.Desenvolvimento de ações coletivas com ênfase nas ações de promoção da . os indicadores de saúde demonstram que ainda falta um longo caminho a percorrer para garantir às crianças brasileiras o direito integral à saúde. Secreção purulenta do ouvido. irritabilidade. que constitui um momento propício para estimular e auxiliar a família nas dificuldades do aleitamento materno exclusivo. . A primeira consulta do recém-nascido deverá ocorrer na sua primeira semana de vida. As crianças menores de 2 meses podem adoecer e morrer em um curto espaço de tempo por infecções bacterianas graves. . Entretanto. .Frequência cardíaca abaixo de 100bpm. inconsciência. é fundamental que o profissional de saúde saiba identificar sinais de perigo à saúde da criança.Batimentos de asas do nariz. para orientar e realizar imunizações. . São sinais que indicam a necessidade de encaminhamento da criança ao serviço de referência com urgência: .Pústulas na pele (muitas e extensas).Tiragem subcostal.Icterícia visível abaixo do umbigo ou nas primeiras 24 horas de vida. sinal da prega presente (a prega cutânea retorna lentamente ao estado natural) ou se a criança não consegue mamar ou beber líquidos. .Irritabilidade ou dor à manipulação. se apresenta convulsões ou se está letárgica ou inconsciente. . favorecendo. tais como depressão e manifestações psicossomáticas. desta forma. . .5ºC ou mais). . se a criança apresenta sibilos (chiado) ou estridor e se apresenta tiragem subcostal (a parede torácica inferior se retrai quando a criança inspira).Cianose generalizada ou palidez importante. O manejo adequado inclui uma orientação sobre a sua frequência e transitoriedade.Febre (37. 112 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . .Gemidos. A puérpera apresenta um estado de fragilidade e hiperemotividade transitória (choro fácil. . tais como: letargia.5ºC). que podem afetar o modo como os pais se relacionam com seu filho. irritação.Recusa alimentar (a criança não consegue beber ou mamar). O nascimento de um bebê. . se vomita tudo o que ingere.A prática da amamentação favorece a formação de vínculo entre mãe e filho e deve ser estimulada. . Em todas as visitas domiciliares. olhos fundos. mas também o bebê e até mesmo o próprio pai.Letargia ou inconsciência.Vômitos importantes (ela vomita tudo o que ingere). Para a criança com diarreia. a amamentação não é um comportamento inato. inquietude. Os episódios de melancolia pós-parto denominados “baby blues” referem-se a uma manifestação transitória e frequente do humor que aparece no decorrer dos primeiros dias pós-parto (com intensidade maior em torno do 3º ao 6º dia após o parto). é importante observar se a criança não consegue beber ou mamar no peito. é importante identificar sinais de gravidade de desidratação. cuja incidência varia entre 12% e 19% das puérperas. a visita domiciliar torna-se um instrumento importante para a troca de informações vinculadas às necessidades particulares de cada indivíduo.Umbigo hiperemiado (hiperemia estendida à pele da parede abdominal) e/ou com secreção purulenta (indicando onfalite). que depende de aprendizado e da interação positiva entre os fatores culturais e sociais. . . pode ser considerado como um evento propício ao surgimento de problemas emocionais nos pais.Fontanela (moleira) abaulada. o estímulo à manifestação de sentimentos e a aceitação de apoio. atividades educativas e mais humanizadas. em especial quando se trata do primeiro filho.Atividade reduzida (a criança movimenta-se menos do que o habitual). A depressão pós-parto.Convulsões ou apneia (a criança fica em torno de 20 segundos sem respirar). pode constituir um problema que afeta não apenas a mãe. . . . Um estudo evidencia que a amamentação feita por mães com depressão puerperal corre maior risco de ser interrompida precocemente nos primeiros dois meses (evento conhecido como desmame precoce). As crianças são frequentemente acometidas por doenças respiratórias e gastrointestinais. para verificar a realização da triagem neonatal (teste do .Hipotermia (menos do que 35. Para as crianças maiores de 2 meses.Respiração rápida (acima de 60mrm). Com a aproximação da equipe de saúde do contexto de vida das famílias. é importante verificar se a frequência respiratória está intensificada. tristeza ou hipersensibilidade) que não é considerado depressão pós-parto. Para a criança com tosse ou dificuldade para respirar. mas sim um hábito que se adquire e se aperfeiçoa com a prática. Algumas delas fazem paralelos com alguns aspectos que podemos observar na maioria das escalas ou roteiros para avaliação do desenvolvimento. também. 4º mês. Sempre que possível medir também a estatura.posição ereta . porém exigem abordagens diferentes e específicas para sua percepção. anotar no Cartão da Criança (no espaço destinado para tal finalidade). à sociedade em que vive. . e pode ser medido em termos de centímetros ou de gramas. se um bebê colocado de bruços levanta a cabeça e alça o seu olhar. A primeira semana de saúde integral. . Traduz aumento do tamanho das células: hipertrofia. passando por várias etapas preditivas e prédeterminadas que se traduzem como desenvolvimento motor.Da posição supina em que se encontra o recém-nascido até quando ele é capaz de se colocar na posição ereta. mielinização e o aperfeiçoamento dos sistemas que conduzem a coordenações mais complexas.pezinho) e para estabelecer ou reforçar a rede de apoio à família. 113 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . principalmente para crianças acima de 4 anos. É importante ter em mente que o desenvolvimento não se faz no ar.evolução social . dinâmica e progressiva. inúmeros eventos ocorrem.pesar a criança e registrar o peso no Cartão da Criança que fica em posse da mãe ou responsável e também no Prontuário. descrição e avaliação. . essa área está sempre presente. próximas ao mês do aniversário.aparelho visual e flexibilidade manual . mas também para reencontrar o olhar da mãe. . cuidados gerais e higiene. O surgimento da fala é um dos aspectos importantes no acompanhamento do bebê e o seu atraso é uma das queixas mais comuns nos ambulatórios de pediatria. consultas anuais. seu potencial está geneticamente determinado. Crescimento significa aumento físico do corpo. no 1º mês. Nos roteiros de avaliação. enfatiza. que inclui além do crescimento. e o uso da fala e da linguagem. . contínua. Atividades básicas que devem ser realizadas em todas as consultas de rotina: . 2º mês. ambientais. como o crescimento. 6º mês.permitem a coordenação e habilidade para construir e usar equipamentos o que pode ser observado através do que chamamos de visão e movimentos finos motores. mediante o qual a criança vai adquirindo maior capacidade para mover-se. a importância da verificação da Caderneta de Saúde da Criança.estimular o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida. sentir.) fazem parte do mesmo processo. socioeconômicos e culturais. Desenvolvimento psicossocial é o processo de humanização que inter-relaciona aspectos biológicos. da mesma forma que ela se desenvolve como mãe por causa dele e para ele.o homem vive em uma estrutura social complexa e desde cedo o bebê tem de se adaptar à mãe e aos outros.verificar e estimular a atividade física regular.se houver intercorrências patológicas ou eventos de saúde importantes ocorridos com a criança. reconhecer. O Ministério da Saúde recomenda sete consultas de rotina no primeiro ano de vida (na 1ª semana. As crianças que necessitem de maior atenção devem ser vistas com maior frequência. a aprendizagem e os aspectos psíquicos e sociais. Crescimento e Desenvolvimento (C.D. de forma ativa e transformadora.envolve a competência auditiva e a escuta. psíquicos. coordenar.. Ou de seu número: Hiperplasia. Essas faixas etárias são selecionadas porque representam momentos de oferta de imunizações e de orientações de promoção de saúde e prevenção de doenças. em síntese. Orientar a alimentação complementar apropriada após os 6 meses. social e psíquico da criança. É bem mais abrangente: o bebê se desenvolve por causa da mãe e para ela. denominada como social ou pessoal social.verificar e orientar quanto ao calendário de vacinação. diferenciação celular.capacidade de se comunicar através da fala . é o que lhe permitirá incorporar-se. . a partir do 2º ano de vida. por pura maturação. pensar e interagir com os outros e o meio que a rodeia. O ser humano apresenta algumas características que o diferenciam dos outros animais. . Desenvolvimento é um conceito amplo que se refere a uma transformação complexa. da identificação de riscos e vulnerabilidades ao nascer e da avaliação da saúde da puérpera. cognitivos. 9º mês e 12º mês). isso não ocorre apenas por estar neurologicamente maduro. por exemplo: . como um todo ou em suas partes. Maturação é a organização progressiva das estruturas morfológicas. já que. A maturação neurológica engloba os processos de crescimento. Por exemplo. . a maturação.acompanhar o desenvolvimento psicomotor. além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês) e. A Caderneta de Saúde da Criança utiliza como parâmetros para avaliação do crescimento de crianças (menores de 10 anos) os seguintes gráficos: perímetro cefálico (de zero a 2 anos). A Caderneta de Saúde da Criança apresenta as tabelas de IMC calculadas e orienta as pessoas sobre o seu uso. vacinação e estimulação) em todo atendimento. não é só porque está com fome ou por instinto de sobrevivência. de hábitos de vida saudáveis. que envolve o registro no Cartão da Criança de avaliação do peso. os estádios de desenvolvimento cognitivo são sequenciais. Se a criança não for estimulada ou motivada no devido momento. altura. não é só para fazer um treino psicomotor. desenvolvimento. Incentivo e qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento (CD) Toda criança deve receber o “Cartão da Criança”. vacinação. de preferência ainda na maternidade. comprimento/estatura para a idade (de zero a 2 anos. índice de massa corporal (IMC) para a idade (de zero a 2 anos. ou seja.000g). Toda criança com história de baixo peso ao nascer deve ser considerada criança de risco nutricional e deve ser acompanhada com maior assiduidade pelos serviços de saúde. mas é para alcançar a outra pessoa que se põe a uma certa distância e o chama. de passo a passo. Toda a equipe de saúde deve estar preparada para esse acompanhamento. vacinação e intercorrências. O melhor método de acompanhamento do crescimento infantil é o registro periódico do peso. chegando ao peso normal para a idade ainda durante o primeiro ano de vida. prevenção de problemas e agravos e provendo o cuidado em tempo oportuno. Tais crianças apresentam crescimento pós-natal compensatório. higiene. O seguimento a criança será feito visando estreitar e manter o vínculo da criança e da família com os serviços de saúde. mas sobretudo porque a mãe assim o deseja e a ele se oferece. Quando ensaia os primeiros passos. 114 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Afinal. bem como orientações à mãe/família/cuidador sobre os cuidados com a criança (alimentação.500g seja considerada de risco. principalmente no primeiro ano de vida. Isso ocorre principalmente por meio de ações educativas e de acompanhamento integral da saúde da criança. fazendo busca ativa de crianças faltosas ao calendário de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. especialmente aqueles que vivem em condições ambientais favoráveis. bebês prétermo (nascidos com menos de 37 semanas de gestação) com peso adequado para a idade gestacional têm melhor prognóstico (excetuando-se os de menos de 1. nessa via dupla. da estatura e do IMC da criança na Caderneta de Saúde da Criança. . A criança deve atravessar cada estádio segundo uma sequência regular. ela não conseguirá superar o atraso do seu desenvolvimento. Acompanhamento e avaliação do desenvolvimento infantil O acompanhamento do desenvolvimento da criança na atenção básica objetiva sua promoção. propiciando oportunidades de abordagem para a promoção da saúde. Um estudo evidenciou melhorias no tocante ao conhecimento das mães sobre o crescimento de seus filhos com o aconselhamento baseado na utilização das curvas de crescimento. detectando e abordando adequadamente as alterações na curva de peso e no desenvolvimento neuropsicomotor da criança. peso para a idade (de zero a 2 anos. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento faz parte da avaliação integral à saúde da criança (0 a 6 anos). A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde recomendam a utilização dos valores de referência para o acompanhamento do crescimento e do ganho de peso das curvas da OMS de 2006 (para crianças menores de 5 anos) e 2007 (para a faixa etária dos 5 aos 19 anos). de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos). O acompanhamento sistemático do crescimento e do ganho de peso permite a identificação de crianças com maior risco de morbimortalidade por meio da sinalização precoce da subnutrição e da obesidade. proteção e a detecção precoce de alterações passíveis de modificação que possam repercutir em sua vida futura. Se o bebê mama. As crianças menores de 2 anos deverão ser mensuradas deitadas em superfície lisa (comprimento) e as crianças maiores de 2 anos deverão ser mensuradas em pé (altura). Embora toda criança com peso de nascimento inferior a 2.se na alegria que encontra nos olhos dela. uma parceria. de sorriso em sorriso. de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos). identificando crianças de risco. a dupla mãe-bebê vai construir de olhar em olhar. o estado nutricional. Assim. de 2 a 5 anos e de 5 a 10 anos). o desenvolvimento infantil se dá à medida que a criança vai crescendo e vai se desenvolvendo de acordo com os meios onde vive e os estímulos deles recebido. . aparentemente infantil.Coloque o bebê de bruços. por isso deve ser fortalecida.). colchonete) estimulando-a a sentar. mudando de posição (de barriga para baixo para barriga para cima). rrr).). 2003) [D].Coloque a criança no chão (esteira. se arrastar e engatinhar. necessidade de aconchego. buscando contato visual (olho no olho). Crescimento e Desenvolvimento: características das faixas etárias. o bebê se assusta quando ouve sons ou ruídos inesperados e altos.Estimule o bebê mostrando-lhe objetos coloridos a uma distância de mais ou menos 30 cm. . . 6 a 9 meses .Dê atenção à criança demonstrando que está atento aos seus pedidos. cante. para que ele tente localizar de onde vem o som virando a cabeça. entre outros) é fundamental para o desenvolvimento e a intervenção precoce para o prognóstico dessas crianças (MIRANDA. papá.Estimule-o a rolar. .Observe que o bebê brinca com a voz e tenta “conversar” falando (aaa. .Brinque com a criança com músicas.Ofereça objetos para ele pegar. São orientações aos pais e cuidadores. fazendo gestos (bater palmas.Ofereça brinquedos a pequenas distâncias.Acostume o bebê a dormir mais à noite. na adolescência e na vida adulta. A ligação entre a mãe e o bebê é muito importante neste início de vida. Ela também pode localizar de onde vem o som. . espere um pouco para ver sua reação. RESEGUE. sendo que os principais protocolos preconizam a avaliação objetiva de habilidades motoras. Com isso ele aprenderá a expressar aceitação. . A primeira infância. para que ela tenha uma vida saudável e possa desenvolver-se bem na infância. 9 meses a 1 ano .Proporcione estímulos sonoros ao bebê. . etc. tendência ao isolamento social. Nesta idade ela busca chamar a atenção das pessoas. palmas. .Para que o bebê se desenvolva bem é necessário. dar tchau. Do nascimento até 2 meses de idade .).Dê à criança brinquedos fáceis de segurar. Não tenha vergonha de falar com ele de forma carinhosa.Preste atenção no choro do bebê. qqq. agressividade. . para que ela treine passar de uma mão para a outra. dificuldade no aprendizado. procurando agradá-las e obter sua aprovação. . deite-o com a barriga para baixo e chame sua atenção com brinquedos ou chamando por ele. é um período muito importante para o desenvolvimento mental e emocional e de socialização da criança. . de comunicação.Brinque com o bebê conversando e olhando para ele. Durante o contato da criança com o profissional de saúde. dando a ele a chance de alcançá-los. prazer e desconforto. brinquedo. conversando ou mostrandolhe brinquedos a sua frente.Ao oferecer algo para o bebê (comida. estimulando-o a levantar a cabeça.A identificação de problemas (tais como: atraso no desenvolvimento da fala. que seja amado e desejado pela sua família e que esta tente compreender seus sentimentos e satisfazer suas necessidades. . e brinque com ele. Nessa fase. 2 a 4 meses . FIGUIEIRAS. antes de tudo.Converse bastante com a criança.Para fortalecer os músculos do pescoço do bebê. . Isto o ajudará a sustentar a cabeça. tocar com as mãos. Use objetos e outros recursos (brinquedos. 4 a 6 meses . . apoiado nos seus braços. o mesmo deverá observar o comportamento da criança conforme o esperado nas fases descritas. Portanto. de 0 a 6 anos. frio/calor. etc. É fundamental estimular bem a criança nessa fase. alterações relacionais. É desse modo que se iniciam as primeiras conversas. dor. Ele chora de jeito diferente dependendo do que está sentindo: fome. As orientações a seguir constam na Caderneta de Saúde da Criança. fora do seu alcance visual. de interação social e cognitivas nas consultas de supervisão de saúde. são de relevância o diagnóstico e o acompanhamento do desenvolvimento das crianças.Converse com o bebê. 115 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . use palavras que ela possa repetir (dadá. etc. Lembre-se que o bebê reconhece e acalma-se com a voz da mãe. . como também para trás (puxando carrinho. e mostre como fazer.Estimule a criança a brincar com outras crianças. revistas. para que ela aprenda a encaixar e retirar um objeto do outro.). 1 ano a 1 ano e 3 meses .É importante observar como a criança reage ao contato com as pessoas e com o ambiente: se responde ao olhar.Dê ordens simples. conte estorinhas.Crie oportunidades para ela locomover-se com segurança. à conversa e ao toque dos pais/cuidadores quando amamentada/alimentada.Estimule a criança a colocar e tirar suas roupas. . inicialmente com ajuda. acariciada. papel.Crie oportunidades para a criança andar não só para frente.Continue estimulando a criança para que ela se torne independente em atividades de autocuidado diário. Ela pode estar falando algumas palavras como (mamã. .Dê oportunidade para ela ter contato com livros infantis.Estimule o uso das palavras em vez de gestos. peça para ela comentar sobre suas brincadeiras e nomes de amigos. brinque de desenhar. . estimule o uso do sanitário.Deixe a criança no chão para que ela possa levantar-se e andar apoiando-se. . sem exercer pressão ou repreender.Mostre figuras nos livros e revistas falando seus nomes. 116 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . . peças do vestuário. Gradativamente. papá.Continue sendo claro e firme com a criança.Ofereça à criança objetos de diversos tamanhos.). “dá um beijo na mamãe”. objetos pequenos como tampinhas ou bolinha de papel pequena.Mostre para ela figuras de animais. grosso) para que ela inicie os seus rabiscos. em clima de brincadeira. .Ofereça brinquedos de encaixe. no momento do banho e de vestirse. para que ela não tenha medo da sua ausência. giz de cera. . testa limites e fala muito a palavras não.Coloque ao alcance da criança. 2 anos e 6 meses a 3 anos . . para que servem (ex. 2 anos a 2 anos e 6 meses .Dê à criança papel e giz de cera (tipo estaca. nariz ou ouvidos. Leia.Afaste-se da criança por períodos curtos. . é importante observar se ela habitualmente se isola. bate palminha. .Converse bastante com a criança. . .Comece a estimular a criança a controlar a eliminação de fezes e urina. sempre na presença de um adulto. colagem. Isto estimula a sua criatividade. recusa-se a brincar com outras crianças.Seja firme e claro com a criança. Muito cuidado para que ela não coloque esses objetos na boca. colocada no colo. . . tem dificuldade na linguagem ou apresenta gestos/movimentos repetitivos. 1 ano e 3 meses a 1 ano e 6 meses . solicitando sua resposta. PERCEBENDO ALTERAÇÕES NO DESENVOLVIMENTO . iniciando assim uma brincadeira envolvendo duas ou mais pessoas. .Converse com a criança e use livros com figuras. lápis. Na criança maior.Brinque de chutar bola (fazer gol). para que ela possa apanhá-los. que possam ser empilhados. . . usando o movimento de pinça (dois dedinhos). estimulando a linguagem e a inteligência.Faça brincadeiras utilizando bola e peça para a criança jogar a bola em sua direção. para que ela aprenda a ter limites. 1 ano e 6 meses a 2 anos .Observe que a criança começa a juntar palavras e a falar frases simples como gato cadê ou leite não.Conte pequenas estórias. músicas e sons comumente falados. . . objetos domésticos e estimule a criança a falar sobre eles: o que fazem. usando rimas. dá) e entende ordens simples como “dar tchau”. na alimentação (iniciativa para se alimentar). recortar figuras. para aprender a andar sozinha. mostrando-lhe o que pode e o que não pode fazer. . etc.etc. quem mia?). ouça música com a criança e dance com ela. como por exemplo. .Entenda que nesta idade a criança demonstra ter vontade própria. em que os distúrbios nutricionais acontecem. ganha peso e altura. Verifique em cada consulta. no calendário de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e nas intercorrências. ao mesmo tempo em que se desenvolve. como um meio eficiente de promoção da saúde. 2011. a equipe de saúde deve estar preparada para orientar a transição do aleitamento para a introdução de novos alimentos (início do desmame).É importante também observar se há atraso no desenvolvimento de atividades motoras (como sustentar a cabeça. sobrepeso e obesidade. sem oferecer água. No município devem estar destacadas as ações de Vigilância Alimentar e Nutricional. Todos esses sentimentos são normais diante de um fato novo e não esperado. melhor o resultado. 117 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . . . chás ou qualquer outro alimento”. Secretaria de Atenção à Saúde.. dúvidas.500g) é um bebê que necessita de maiores cuidados. se o profissional de saúde anotou o peso e a altura da criança na ficha de vigilância do crescimento e se registrou esses dados nos gráficos. controle dos desvios alimentares e nutricionais e prevenção de várias doenças. virar de bruços. solicite esclarecimentos ao profissional de saúde. Ele deve ter o crescimento acompanhado com mais frequência até atingir o peso e a altura adequados para a idade. em realizar uma tarefa até o fim. ed. Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno. as doenças crônicas. com a participação da família e de profissionais. O afeto dos pais e de outras pessoas que cuidam da criança e os cuidados com a higiene também são muito importantes. Passo 2: “A partir dos seis meses. Quanto mais cedo um problema for identificado e tratado. informações sobre os cuidados com a saúde e o conhecimento sobre os seus direitos são muito importantes para o fortalecimento da família e para o desenvolvimento de habilidades e capacidades que facilitem a independência e a participação social dessas crianças. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Se a criança não age como você espera e seu desenvolvimento causa dúvidas ou ansiedade na família. em memorizar. incluindo avaliação de consumo alimentar. introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos.O diagnóstico de uma deficiência na criança pode gerar momentos difíceis e sentimentos como medo. por se tratar de um momento crítico. Dica ao profissional e à equipe: Rever se as orientações sobre aleitamento materno exclusivo são fornecidas desde o acompanhamento pré-natal até a época da alimentação complementar. A melhor maneira de ver se a criança está crescendo bem é acompanhando o seu peso e a sua altura. Dez passos para uma alimentação saudável: Passo 1: “Dar somente leite materno até os seis meses. A avaliação e orientação para hábitos alimentares saudáveis devem fazer parte de todo o atendimento da criança. Alimentação saudável e prevenção do sobrepeso e obesidade infantil Uma alimentação saudável inicia-se com o aleitamento materno.Uma boa alimentação e a prevenção de doenças por meio de vacinas são importantes para o bom crescimento da criança. Se tiver dúvidas sobre o seu crescimento.A criança cresce. na linguagem e comunicação. Caderneta de Saúde da Criança. Referência BRASIL. Qualquer atraso ou transtorno de desenvolvimento pode ser minimizado se a criança receber atenção/estimulação adequadas. . . na infância e na futura vida adulta. VIGIANDO O CRESCIMENTO DA CRIANÇA . engatinhar e andar). na aprendizagem e na solução de problemas práticos relacionados aos hábitos da vida diária. como as deficiências nutricionais. Além desse incentivo e apoio. Ministério da Saúde.É muito importante que você saiba como a criança está crescendo. A abordagem da criança pela equipe de saúde deve destacar a importância dos hábitos alimentares.No caso de crianças com deficiência. . . 7.O bebê que nasce com baixo peso (menos que 2. converse com o profissional de saúde sobre isso. angústias e dificuldades de aceitação. Brasília: Editora MS. além da identificação e priorização do atendimento das famílias e crianças em programas de transferência de renda ou de distribuição de alimentos disponíveis. mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais”. Combate à desnutrição e anemias carenciais As equipes de saúde deverão incentivar ações de promoção à saúde e prevenção da desnutrição. Passo 4: “A alimentação complementar deve ser oferecida de acordo com os horários de refeição da família. Dica ao profissional e à equipe: Conversar sobre a estimulação dos sentidos. . oriente os pais e responsáveis a não oferecer o mel de abelha para crianças até 1 ano de idade. Dica ao profissional e à equipe: Avaliar em equipe como está a acessibilidade da criança doente ao serviço de saúde. Convidar famílias com crianças sob risco nutricional. Passo 7: “Estimular o consumo diário de frutas. frutas. de forma prática e com linguagem simples. nutrizes e crianças em risco nutricional. aumentar essa lista acrescentando outras opções não lembradas. balas. Passo 8: “Evitar açúcar. oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos. tubérculos. em parceria com a comunidade. Dica ao profissional e à equipe: Uma visita domiciliar pode ser uma estratégia interessante para aumentar o vínculo e orientar toda a família sobre alimentação saudável. café. acompanhamento do crescimento e desenvolvimento. alimentar e bucal. acompanhamento pré-natal. avós e/ou crianças sobre cuidados de higiene geral. começar com consistência pastosa (papas/purês) e. se a criança receber leite materno. o mel é altamente contraindicado para crianças até 12 meses de vida. em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança”. Dica ao profissional e à equipe: Sugerir receitas de papas. Por isso. carnes. frituras. O mel. Passo 10: “Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar. uso do ferro profilático e vitaminas para recém-nascidos prematuros e de baixo peso. Porém. Usar sal com moderação”. Dica ao profissional e à equipe: Articular com a comunidade e outros setores uma campanha sobre alimentação saudável. muitas mães acabam optando por escolhas tidas como mais saudáveis para adoçar os sucos ou chás. tentando dar a ideia de proporcionalidade. risco que existe principalmente devido à deficiência de fiscalização nas propriedades produtoras do mel in natura. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida”. Passo 5: “A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher. torna-se para as mães uma alternativa mais saudável. a seguir. enlatados. leguminosas. identificar e captar gestantes desnutridas. Dica ao profissional e à equipe: Pedir à mãe que faça uma lista das hortaliças mais utilizadas. destacando alimentos regionais e típicos da estação. Dica ao profissional e à equipe: Realizar grupo com pais. Passo 3: “Após seis meses. legumes) três vezes ao dia. perguntar à mãe ou ao cuidador como ela (ele) imagina ser a alimentação correta da criança e. Dica ao profissional e à equipe: Organizar. aumentar a consistência até chegar à alimentação da família”. se estiver desmamada”. O mel é uma fonte potencial de transmissão do botulismo. gradativamente. Observação importante: Para evitar o consumo de açúcar de cana por seus bebês. verduras e legumes nas refeições”. As equipes de saúde deverão estar preparadas para avaliar o Cartão da Criança em todos os atendimentos. oficinas de preparação de alimentos seguros e/ou cozinhas comunitárias. crianças em risco nutricional e/ou desnutridas. que é causado por uma bactéria chamada Clostridium botulinum. Passo 6: “Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. orientação no desmame. 118 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . convidem-na(o) a complementar seus conhecimentos.Dica ao profissional e à equipe: Antes de dar a orientação deste passo. como orientação alimentar para as famílias. Depois. respeitando a sua aceitação”. de forma elogiosa e incentivadora. suplementação medicamentosa de vitamina A em áreas endêmicas. dar alimentos complementares (cereais. realizar acompanhamento e tratamento segundo protocolo específico. enfocando que a alimentação deve ser um momento de troca afetuosa entre a criança e sua família. suplementação alimentar para gestantes desnutridas. incentivo ao aleitamento materno. refrigerantes. salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. e cinco vezes ao dia. Passo 9: “Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos: garantir o seu armazenamento e conservação adequados”. promover atividades educativas. que muitas vezes é utilizado por suas propriedades expectorantes. a introdução desse hábito tem sido desaconselhada pela possibilidade de interferir negativamente na duração do aleitamento materno. os pais devem ser instruídos a não dormir com o bebê em sofás ou poltronas. abandono. história pré-natal e perinatal. tratamento e encaminhamentos necessários utilizando a rede de apoio existente (Pastoral da Criança. o abuso sexual. Prevenção de acidentes. Conselho Tutelar. Caso se pratique o coleito (quando o bebê é colocado para dormir na cama dos pais). refluxo gastroesofágico.Em relação ao uso de chupetas (“bicos”). violência institucional. diurese. internações repetidas. principalmente quando se trata de crianças menores de 4 meses. o uso de drogas ilícitas ou cigarros. Delegacia. como. Na troca de fraldas. Embora não haja dúvidas de que o desmame precoce ocorra com mais frequência entre as crianças que usam chupeta. choques elétricos. entre outros. . de acordo com fluxo local. a utilização de medicação que age no sistema nervoso central ou quando os pais se encontrarem muito cansados) podem acarretar maior risco de morte súbita para o bebê.Oriente-os a respeito da posição supina (de “barriga para cima”) para dormir e a sua relação de proteção contra a morte súbita do lactente. ainda não são totalmente conhecidos os mecanismos envolvidos nessa associação. intrafamiliar e violência social. Algumas orientações são importantes e devem ser fornecidas aos pais. ao ser prensado ou sufocado por um dos pais. medo. síndrome do bebê sacudido. traz aos serviços de saúde a necessidade de estruturação diferenciada. hábitos de alimentação. negligência. maus-tratos. É ainda papel das equipes de saúde e do município a identificação da necessidade e priorização do atendimento das famílias e crianças em programas de transferência de renda ou de distribuição de alimentos disponíveis. assistência. tais como. etc. apatia). negligência (criança malcuidada. dor. a fim de evitar as assaduras. o coto deve ser mantido limpo e seco. deixam marcas nem sempre visíveis por toda a vida. . causas importantes de morbidade na infância e primeira causa de mortalidade a partir de 4 anos. outras formas de violência. momento de início e duração do choro. os seguintes aspectos devem ser avaliados: estado geral da criança. comunicar e referenciar todos os casos suspeitos ou confirmados. a negligência e a violência psicológica. Esses comportamentos podem refletir situações de abuso psicológico. entre outros motivos. a violência doméstica. . com o objetivo de evitar a propagação de micro-organismos causadores de doenças respiratórias. os hábitos de sono e os diferentes tipos de choro. Durante a avaliação de uma criança cujos pais queixam-se de choro excessivo. tensão no ambiente. os acidentes domésticos (quedas. . dieta da mãe (se estiver amamentando). Serviços de Saúde mental. queimaduras). desconforto. sobre saúde bucal. Hospital. por exemplo: . abuso de drogas. Também por segurança. síndrome da criança espancada. Cabe às equipes de saúde identificar e notificar os casos de violência e maus-tratos.A lavagem de mãos por todas as pessoas que têm contato com o bebê deve ser orientada em todas as visitas de puericultura. Para isso. . resposta dos pais referente ao choro e fatores que aliviam ou agravam o choro. o abandono. atualmente. alterações de comportamento (agressividade. 119 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Muitas vezes levando à morte. alerte-os para os casos em que certos comportamentos dos pais (como o hábito de ingerir bebida alcoólica. além de lesões não intencionais. a prevenção de assaduras. queimaduras e ingestão de substâncias químicas) e do trânsito. que deve cair nas primeiras duas semanas.manter arquivo atualizado de crianças cadastradas e fazer busca ativa de faltosos ao calendário de acompanhamento proposto. os cuidadores devem secar bem o bebê após o banho e não podem utilizar talcos.Oriente-os a respeito do banho e sobre os cuidados com o coto umbilical. como a violência urbana. fraturas. ao cair da cama. Juizado. .Oriente a família de modo a não permitir que pessoas fumem dentro de casa ou que aqueles que acabaram de fumar peguem o bebê no colo. tais como lesões físicas (equimoses.Existem também boas evidências para o aconselhamento antecipado referente ao choro noturno e aos diferentes significados do choro: fome. desagregação familiar) além de verificar sinais e sintomas sugestivos de violência em todos os seus atendimentos e visitas domiciliares. abuso sexual/físico. As equipes de saúde deverão estar atentas para reconhecer situações de risco nas famílias (alcoolismo. evacuação. Abrigo etc. história familiar de alergias.). desnutrição crônica. timidez excessiva.). maus-tratos/violência e trabalho infantil A abordagem de problemas relevantes em saúde pública na atualidade. além de proceder ao acolhimento. Oriente-os também sobre a troca de fraldas. não aquecer o leite materno. quando já ocorreu uma ingestão adequada de proteínas e é possível analisar com mais segurança o metabolismo da fenilalanina.A atenção integral à criança vítima de violência. que. leia o tópico sobre Imunização. abuso sexual e trabalho infantil deve compor o cardápio de ações da saúde. . A pesquisa de hemoglobinopatias inclui a detecção de anemia falciforme e do traço falciforme. traz implicação genética para a família. Atenção às doenças prevalentes Destaque para as diarreias. . Além disso. enquanto que no seu interior.968/2001) é um instrumento de fundamental importância para a implementação do cuidado à criança vítima de violência e deve ser implementada por todos os gestores (municipais e estaduais) da saúde. tétano neonatal. devido ao risco de escaldamento. conforme cada situação. principalmente na parte superior. a coleta para o exame deve ser realizada entre o 3º e o 7º dia de vida da criança. sífilis e rubéola congênitas. Prevenção de acidentes: _ cuidar da temperatura do banho (a temperatura ideal da água é de 37ºC) e não se deve deixar a criança sozinha na banheira. disponível no site do Ministério da Saúde. doenças respiratórias/alergias. são importantes para a mudança de hábitos culturais presentes na comunidade que aumentam esses riscos para as crianças. aceita-se que seja feita a coleta até o 30º dia de vida do bebê. feito na criança logo após o seu nascimento. perante resultados alterados. principalmente aos que realizam a coleta.o transporte do bebê em automóvel deve ser feito sempre no banco traseiro. mesmo os animais de casa. Recomenda-se aos profissionais. a dosagem de hormônio estimulante da tireoide (TSH) nas primeiras 24 horas de vida pode acarretar um aumento de falsos positivos para hipotireoidismo congênito. em cadeirinha especial para lactente. Para maiores informações. Imunização da Criança É importante verificar se o recém-nascido recebeu a 1a dose da vacina contra hepatite B e da BCG na maternidade e se será necessário indicar a aplicação dessas vacinas na unidade de saúde.a criança não deve ser deixada perto de animais. deve contatar o serviço de referência estadual de triagem neonatal. O teste deverá ser feito a partir do 3º dia de vida da criança. a leitura complementar do Manual de Triagem Neonatal do MS. Assim. Líquidos aquecidos nesses aparelhos podem ficar mornos na porção mais externa do recipiente. podem estar fervendo. As doenças respiratórias são o . evitando-se resultados falsos negativos para fenilcetonúria. pois eles podem ter reações imprevisíveis. conforme estabelece o Programa Nacional de Triagem Neonatal. Realização do teste do pezinho: O teste do pezinho. além de outros órgãos do governo. Ainda. doenças que podem ser tratadas. .utilizar cobertas leves e travesseiro firme para evitar a sufocação do bebê. com a promoção de um crescimento e desenvolvimento saudável e prevenção de agravos. ocasião em que nova coleta será provavelmente orientada. mesmo assintomático. permite a detecção da fenilcetonúria e do hipotireoidismo congênito (fase 1 do programa) e de hemoglobinopatias (fase 2). 120 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . HIV/aids.manter as grades do berço em boa distância (a distância entre as ripas da grade do berço não deve ser superior a 6cm). A fase 3 do PNTN acrescentará a triagem da fibrose cística (ou mucoviscidose). Campanhas educativas de prevenção aos acidentes e violências na infância e adolescência. a Notificação Obrigatória de Maus-Tratos contra Crianças e Adolescentes (PT/GM/MS n. é preferível agasalhá-lo com maior quantidade de roupas do que cobri-lo com muitas cobertas. . prevenindo o retardo mental (que as duas primeiras enfermidades podem ocasionar) e as infecções e outras complicações que frequentemente podem ocasionar a morte de crianças com hemoglobinopatias. A equipe de saúde. a fórmula infantil ou outros líquidos em forno de micro-ondas. . desenvolvidas em parceria com organizações não-governamentais. Se estiver frio.º 1. universidades e sociedades científicas. As doenças diarreicas e respiratórias persistem como graves problemas para a criança e quando associadas à desnutrição colocam em risco a sua vida. com cinto de segurança e com a criança posicionada na cadeirinha apropriada de costas para o motorista. Embora não seja o ideal. detecção oportuna dos problemas e abordagem multiprofissional e intersetorial. mesmo que com pouca água. º 2. (Portaria GM/MS n. É importante a discussão construtiva sobre as funções e a importância da boca para a saúde das pessoas e nas relações sociais. primordialmente. é importante que na hora do parto possa ser realizado o teste rápido para o HIV. de modo que as medidas pertinentes sejam tomadas. Se a gestante não realizou o pré-natal ou não se tem a informação sobre sua condição sorológica. visando a redução da transmissão vertical dessas doenças. As parasitoses intestinais seguem com prevalência significativa na infância. tem maiores chances de ter um bebê saudável. A pneumonia é uma das principais doenças da infância e a segunda causa de morte em menores de 1 ano. o que demanda capacitação das equipes de saúde para uma atenção qualificada. O aleitamento materno promove a saúde dos dentes e o correto crescimento dos ossos da face. O aleitamento materno é contraindicado e é garantido o suprimento da fórmula láctea infantil por seis meses.º trimestres da gravidez) evitam que o meio bucal da mãe esteja muito contaminado durante os primeiros dias de vida do bebê. Todo ato de discriminação deve ser veementemente repelido e denunciado. ingestão de medicamentos. para se proceder a investigação e avaliação crítica sobre as circunstâncias de sua ocorrência. qual a importância atribuída pela gestante à sua saúde bucal e quais os seus hábitos de vida. dado que existem ações de prevenção e controle para essas doenças. o que demanda. tratamento e profilaxia adequados durante a gestação (pré-natal). Toda gestante deve fazer o pré-natal e ser orientada a realizar exames que possam prevenir doenças nos bebês. . evitando-se internação hospitalar desnecessária e finalmente a morte por esse motivo. O recém-nascido de mãe soropositivo deve receber quimioprofilaxia imediatamente após o nascimento e durante as seis primeiras semanas de vida (42 dias). entre elas sífilis e HIV/aids. É direito de toda criança soropositivo ter acesso ao tratamento com antirretrovirais. Diante de uma ocorrência indesejável e prevenível como esta. seja pela interferência na qualidade de vida da criança. A transmissão vertical do HIV. O uso desses medicamentos tem prolongado significativamente a sobrevida e diminuído o desenvolvimento clássico da aids. Na gestação são importantes os cuidados com a alimentação. O vínculo criado entre a equipe de saúde e a família possibilita que a criança não se sinta ansiosa em suas primeiras consultas odontológicas e permite que hábitos sejam identificados e modificados para melhorar a saúde bucal da criança e de toda a família. inclusive riscos de ingestão excessiva de medicamentos com flúor em locais onde já há o abastecimento com água fluoretada. Condições favoráveis antes e durante a gravidez. assim como testes confirmatórios para a sífilis. diminuir o risco da transmissão do HIV e da sífilis da mãe para o filho (transmissão vertical) por meio do oferecimento de exames sorológicos. a informação sobre cada caso deve retornar à equipe de atenção básica de saúde. prevenindo-se novos casos. deve-se tentar conhecer. Deve ser assegurado o acompanhamento da criança em serviço de saúde especializado para crianças expostas ao HIV. A asma e sua associação com a alergia e pneumonia merecem atenção especial. ou seja. onde será seguido o fluxograma para utilização de testes de acordo com orientação do Ministério da Saúde. A mãe deverá receber inibidores de lactação. Atenção à saúde bucal A saúde bucal da criança começa com o cuidado à saúde da mulher. de 19 de novembro de 2002).primeiro motivo de consulta em ambulatórios e serviços de urgência.104. sempre após aconselhamento e consentimento. o bebê deve ter alta da maternidade com consulta agendada nesse serviço. a sífilis e a rubéola congênita e o tétano neonatal merecem destaque como eventos-sentinela. A gestante soropositivo tem direito a medicamentos e. para que se intervenha efetivamente. no parto e no puerpério. As ações em DST/HIV/aids voltadas para crianças têm procurado. com continuidade. da assistência até a resolução completa dos problemas. através de trabalhos em grupos. fumo e drogas e sua relação com o desenvolvimento dos dentes/boca da criança. retroalimentando as ações dos serviços. sob o seu consentimento e direito ao sigilo do resultado. conjuntamente com a doença diarreica. 121 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . ações intersetoriais integradas e promotoras de acesso à água tratada e esgotamento sanitário.º e 3. consumo de álcool. principalmente alimentares e de higiene. interferindo no desenvolvimento adequado da criança. bem como sobre o desenvolvimento das estruturas bucais durante a gestação e após o nascimento. prevenindo problemas ortodônticos e da fala. quando tratada adequadamente. visitas e observação. seja por se tratar de uma das principais causas de internação e procura em serviços de urgência. além de tratamento adequado. Como ponto de partida. situações que refletem problemas no sistema de saúde. inclusive com tratamentos preventivos e curativos (principalmente no 1. consultas. A estratégia de Atenção às Doenças Prevalentes na Infância – AIDPI é uma importante ferramenta para a identificação de sinais de risco e qualificação do manejo dos casos. como também do desenvolvimento de sequelas tardias da infecção congênita. luxações. dessa maneira.. seria interessante que a equipe de saúde entrasse em contato com os estabelecimentos de ensino para que higiene e alimentação se tornem motivo de preocupação também nos ambientes de educação infantil. A transmissibilidade da cárie ou outras doenças da boca. nos casos em que há sintomas indicativos de autismo. todos os profissionais que atuam na rede de cuidados. O acompanhamento do crescimento e desenvolvimento se coloca como o eixo privilegiado do cuidado com a criança. encaminhar a criança a um serviço de referência. de exercício do protagonismo infanto-juvenil. são importantes também para a saúde mental da futura criança. aptidões e mesmo do efetivo exercício de cidadania de crianças e jovens. Por outro lado. conforme protocolo do Ministério de Saúde.). na comunidade e na cidade. devem ser constantemente estimulados e construídos nas diversas ações das equipes de saúde. medicamentos com manifestação sobre as estruturas dentárias (como p. irritação) ou o uso excessivo de chupetas devem ser motivos de atenção permanente por parte dos profissionais de saúde. é indispensável que os profissionais da saúde mental. uso de panos. fundamentais na luta para assegurar o lugar da criança no seu território. gaze. Os tratamentos preventivos e curativos. adequadas em todos os níveis de atenção à saúde. enfim. avulsões) a equipe de saúde deve estar atenta e preparada para realizar os procedimentos adequados para o primeiro atendimento e caso não haja a possibilidade de resolver o problema. Quando acontecer evento de dor ou alguma emergência (abscessos. chás. cerca de 70 a 80% das sequelas podem ser evitadas ou minimizadas através de condutas e procedimentos simples de baixo custo e de possível operacionalização. ou neuroses mais severas. a tetraciclina). seu percurso escolar desde os primeiros anos. E é por isso que se deve reconhecer a importância e o significado dos espaços de construção coletiva e de efetivo exercício da intersetorialidade. Nesse contexto.Após o nascimento. em parceria com as equipes de saúde da família. Nesse sentido. possibilitando a identificação de necessidades especiais que merecem abordagem oportuna e deve ser realizado pela equipe de saúde. deve ser feita de maneira criteriosa. mental ou sensorial – com repercussão negativa no desenvolvimento neuropsicomotor. 122 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . A forma como assiste à família. com grande impacto na saúde bucal. ex. Devem ser definidas a rede e o fluxo de assistência capazes de fazer o acolhimento de bebês para avaliação e o tratamento psicoterapêutico de crianças. deve ser compromisso prioritário dos . após a fase de aleitamento materno exclusivo. febre. sucos. a maneira como essa família se dispõe a cuidar da criança. As equipes de saúde mental devem ser habilitadas a intervir nos casos em que se caracteriza a necessidade de uma abordagem mais específica. como a única maneira de se controlar a microbiota bucal no dia-a-dia. A manutenção da saúde bucal pode e deve ser realizada com acompanhamento constante e regular. possam verificar em que medida os problemas apresentados pela criança podem ser resolvidos com sua inclusão em atividades de socialização. Muitas das demandas atuais à saúde mental decorrem da impossibilidade da cidade oferecer espaços de participação social. Atenção à criança portadora de deficiência Segundo a UNICEF. como essa criança é recebida e “endereçada” ao mundo. sua relação com o neném. Os profissionais devem estar aptos a identificar e referenciar as crianças que demandam intervenção. garantem uma saúde bucal sem complicações. psicose. a cronologia da erupção dos dentes e os fenômenos que geralmente os acompanham (incômodos. são fatores fundamentais para a saúde mental. pelo menos 10% das crianças nascem ou adquirem algum tipo de deficiência – física. que se relacionam com a família. Deve-se recomendar às mães que não introduzam o açúcar na dieta das crianças (mamadeiras. antes mesmo do nascimento do bebê. A introdução de alimentos. fraturas. A introdução de medidas preventivas. Os cuidados de higiene bucal (acesso à água fluoretada. escova e fio dental). Atenção à saúde mental Há inúmeros fatores que devem ser considerados quando se fala em saúde mental de crianças. é necessário destacar aspectos como a importância do aleitamento e dos hábitos alimentares que serão adquiridos pela criança. bem como da falta de perspectivas e de oportunidades para a produção dos talentos. A construção de hábitos alimentares saudáveis desde os primeiros meses de vida é garantia de uma vida mais saudável em todos os aspectos. em oficinas culturais e esportivas da própria comunidade. deve-se reconhecer que todos os cuidados que se tem com a mulher e mãe. Alimentação e higiene são os postos-chave para a promoção da saúde bucal. Nos demais casos. quando realizados em intervalos regulares de tempo. com a criança e com a escola (desde a educação infantil) têm responsabilidade em zelar também por sua saúde mental. etc. estimulação global do desenvolvimento. objetivando o planejamento de serviços e a adoção de medidas preventivas. em caso de diarreia. resolvem-se sozinhas. assistência odontológica. imunização e abordagem oportuna das alterações observadas. o que permite desenvolver medidas de controle e prevenção apropriadas. Aqui. chegando a representar 30% do total de mortes no primeiro ano de vida. muito comuns em crianças. O cuidado integral à criança portadora de deficiência e a promoção da sua qualidade de vida pressupõe reabilitar a criança na sua capacidade funcional e desempenho humano. Ainda. é importante manter a alimentação da criança para que seu estado geral não piore ainda mais. leites especiais. há alguns cuidados que devem ser tomados em relação às doenças que afetam o sistema gastrintestinal. podendo levar a criança à morte em poucas horas. obedecendo o fluxo local de assistência. Na presença de qualquer alteração do desenvolvimento neuropsicomotor e/ou algum dos sinais de alerta. ausência de resposta aos estímulos sonoros. mental ou sensorial e de agravos secundários. . Os responsáveis devem ser orientados a iniciar a terapia de reidratação oral. isto é. sobretudo naquelas muito pequenas. A abordagem da criança deve ter como referencial a promoção da sua inclusão e participação social. A desidratação acontece quando a perda de líquidos e eletrólitos está acima da capacidade de reposição do indivíduo. por ser um quadro grave e rápido. preferencialmente até o 6. se necessário. promoção de saúde e prevenção de impedimento físico. deve ser atendida prioritariamente. o risco de morte por diarreia em crianças menores de cinco anos é cerca de 4 a 5 vezes maior do que na região Sul. Em toda visita domiciliar ou atendimento da criança a equipe de saúde deve estar atenta a alguns sinais de alerta como atraso nas aquisições neuropsicomotoras. Inclui o diagnóstico. bolsas pediátricas de colostomias. ou mesmo à morte. medicamentos. Diarreia e desidratação/Terapia de Reidratação oral (TRO) Assim como no caso das doenças respiratórias. para o quê é necessária a atuação integrada da equipe de saúde com a família. próteses. tratamento. lembra-se novamente a importância da notificação e investigação adequada desses casos para melhoria do conhecimento sobre esse importante problema de saúde pública. Na região Nordeste. a afasta de seu ambiente familiar. a criança deve ser encaminhada à Unidade Básica de Saúde para avaliação com pediatra e equipes de habilitação e reabilitação. a disponibilidade de recursos humanos capacitados para o desenvolvimento de ações de prevenção e atenção integral à criança com deficiência deve ser providenciada para a efetiva operacionalização desta política. ajudas técnicas e a nutrição adequada. possibilitando a detecção dos problemas em tempo oportuno para o desenvolvimento de ações de diagnóstico e intervenção precoce.gestores estaduais e municipais com o acompanhamento do crescimento. Durante a diarreia. muitas vezes atrasando a cura. mesmo quando a criança ainda está em casa. principalmente as diarreias. assim como é preciso avaliá-la a fim de estabelecer a necessidade ou não de se iniciar a reidratação oral ou venosa. Essas diarreias muitas vezes não são valorizadas pelos adultos e podem levar a criança a importantes atrasos no seu crescimento e desenvolvimento neurológico. a comunidade e os equipamentos sociais disponíveis. dificuldade em fixar visualmente o rosto da mãe e objetos do ambiente. evitando que a criança necessite ser hospitalizada o que. A maior parte das diarreias são autolimitantes. apatia frente a estímulos do ambiente. proteger a sua saúde para que possa desempenhar o seu papel em todas as esferas da sua vida social. Recomenda-se que em todas as crianças menores de 1 ano com malformações congênitas e alterações neurológicas seja descartada como causa etiológica o vírus da rubéola. A criança com necessidades especiais deve receber atenção integral e multiprofissional. minimizando as consequências da deficiência. dentre outros. devendo-se realizar coleta de sangue. A desidratação. sem necessidade de utilização de qualquer medicamento. de habilitação e reabilitação. O uso de medicamentos pode ser prejudicial à criança. comportamentos estereotipados e repetitivos. medicamentos. além de traumático. procedimentos de reabilitação. o fornecimento de órteses. nesses casos é preciso providenciar uma reposição adequada. para diagnóstico laboratorial da infecção congênita. que vivem em condições de pouca higiene e em lugares sem saneamento básico. 123 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .º mês de vida. O monitoramento permanente de ocorrências de deficiências e incapacidades nas crianças assim como a análise da prevalência e tendência constitui uma meta a ser alcançada pelos gestores da saúde. Quando a diarreia é causada por um agente infeccioso ou por um parasita espoliante poderá ocorrer uma desidratação. boca e língua muito secas. em especial o leite materno. turgor diminuído. ou seja. portanto. elementos fundamentais para a manutenção da vida.) Desaparece lentamente Rápido. língua seca. a ingestão fique próximo dos níveis normais.desidratação grave – se a criança se mostra comatosa ou hipotônica. fontanela (moleira) deprimida (em criança de até cerca de 18 meses). olhos muito fundos. com pulso muito débil ou ausente. o sinal da prega desaparecendo muito lentamente. irritados. Bastará. já que a maior parte das desidratações podem ser tratadas por via oral. chás. aumentando a frequência das mamadas. taquipnéia e posteriormente bradipnéia. foi concebida para evitar que a criança necessitasse de reidratação venosa e. manifestações de intranquilidade e o sinal da prega desaparecendo lentamente. Não se deve modificar o tipo e quantidade dos alimentos.Explore Sinal da prega Pulso Enchimento capilar Desaparece rapidamente Cheio Normal (até 3 seg. se inicie a administração de SRO e se procure o serviço de saúde.se a criança apresentar dois ou mais dos sinais que se seguem: pulso rápido e débil. bebendo mal o que lhe é oferecido ou estando incapaz de beber. ausência de lágrimas e de brilho no olhar. milho). letargia. pouca urina. O protocolo de tratamento classifica-as em: . A grande maioria das crianças com diarreia não tem desidratação. Conforme a classificação utiliza-se um dos protocolos: o plano A. não necessitando. o plano C: COMO AVALIAR O ESTADO DE HIDRATAÇÃO 1 .desidratação . São sinais de agravamento da desidratação: anúria. corrigindo-se os erros dietéticos e aumentando a frequência com a qual são oferecidos para que. a reposição de sais e glicose. olhos fundos. na falta de apetite. bebendo líquidos oferecidos rápida e avidamente.A criança desidratada apresentará: olhos encovados. boca seca. A terapia de reidratação oral (TRO). saliva espessa ou ausente. pulso fino e rápido. débil Prejudicado (de 3-5 seg. assim. ausência de lágrimas. sopas e sucos. podendo chegar ao óbito por choque hipovolêmico. caso a diarreia piore ou apresente os sinais acima. após o exame clínico da criança.) de Se apresentar dois ou Se apresentar dois ou mais sinais acima tem mais sinais incluindo pelos desidratação menos um sinal *tem desidratação grave Use Plano B Use Plano C . de internação. cozimento de cereais (arroz.PLANO A . A mãe deverá ser orientada a oferecer depois de cada evacuação: Criança até 12 meses 50 a 100 ml (1/4 – meio copo) Crianças acima de 12 meses 100 a 200 ml (1/2 a 1 copo) *Manter a alimentação habitual. 124 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .A criança com diarreia sem sinais de desidratação. orientar os familiares sobre a evolução natural da doença e o risco de complicações e a conduta a ser utilizada no domicílio. *Recomendar o aumento da ingestão de líquidos preparado com ingredientes disponíveis nos domicílios: soro caseiro. . muita sede) e recomendar que. diurese diminuída e de cor escura. alerta Normais Presentes Úmidas Bebe normalmente Irritado – intranquilo Fundos Ausentes Secas Sedento. o plano B. boca e língua secas.Observe Condição Olhos Lágrimas Boca e Língua Sede Bem. bebe rápido e avidamente 2 . Esses sinais podem agravar-se se a criança não for atendida rapidamente. de internação hospitalar. ausência de lágrimas. Apenas as desidratações graves necessitam de reposição venosa.) 3 – Decida Não tem sinais desidratação 4 – Trate Use Plano A Comatoso – hipertônico Muitos fundos Ausentes Muitos secas *Bebe mal ou não é capaz Muito lentamente * muito débil ou ausente *muito prejudicado (mais de 5 seg. . Para prevenção da desidratação não é necessário utilizar um esquema terapêutico rígido. * Ensinar a família a reconhecer os sinais de desidratação (olhos fundos. 2. A solução deve ser oferecida com frequência.Acompanhamento *Os sinais clínicos de desidratação desaparecem paulatinamente durante o período de reidratação. . 3. Após esse período. * A fase de reidratação termina quando desaparecem os sinais de desidratação. sal e água. além de ineficazes podem piorar a diarreia. A quantidade da solução ingerida dependerá da sede da criança e deverá receber de 50 a 100 ml/kg. o volume administrado deverá ser reduzido e a frequência da administração aumentada.Outro tipo de soro caseiro Podemos fazer outro Soro Caseiro usando farinha de arroz ou fubá ou farinha de mandioca (macaxeira/aipim) ou farinha de trigo. Encha um copo grande (200 ml) com água limpa. Os refrigerantes não devem ser utilizados como soluções de reidratação. sal e água. Quando já ingerido o volume inicial prescrito e os sinais clínicos de desidratação ainda estiverem presentes. Os lactentes amamentados no seio deverão continuar recebendo o leite materno. prescreve-se um volume adicional correspondente. nem acrescido de açúcar ou outras substâncias visando melhorar o sabor. Coloque duas medidas grandes e rasas de açúcar. 5. Coloque uma medida pequena e rasa de sal. Assim temos um ótimo Soro Caseiro.Preparação da Solução de Sais de Reidratação Oral (SRO) 1. A solução depois de preparada pode permanecer em temperatura ambiente até 24 horas. antes mesmo da ingestão de todo o volume inicial prescrito. junto com a SRO. deve ser descartada e preparada nova solução. enquanto mantém sinais de desidratação. Prove o soro antes de oferecer ao doente. 4. Dissolver um pacote de sal reidratante em um litro de água Manter rigorosamente essa relação (1 pacote/1 litro). 3. Mexa bem e dê em colheradas. para verificar que não esteja mais salgado que água de coco ou lágrimas. feito com açúcar. É fácil de prepará-lo: 1. usando-se copo. colher ou conforme os hábitos da criança. Os sais não podem ser diluídos em outro líquido que não seja água. Lave bem as mãos. São poucas as crianças que necessitam desta prescrição adicional. conforme o estado de hidratação da criança.. 4. O tratamento é feito a nível hospitalar. Os pacientes com outro tipo de alimentação deverão receber somente a solução reidratante. . alimentar a criança e administrar o SRO após cada evacuação. através de reidratação oral e/ou venosa. Usar água limpa em temperatura ambiente. *Se o paciente vomitar. é muito bom para crianças e adultos com diarreia. junto com três pitadas de sal. . Se isto acontecer.PLANO B – A criança com diarreia e sinais de desidratação. O uso de antitérmicos nesta fase deve ser evitado. *A febre causada pela desidratação geralmente cede na medida em que a criança se reidrata. . no período de 4 a 6 horas. pois. *As crianças com desidratação deverão permanecer na unidade de saúde até a reidratação completa.Como preparar o soro caseiro? O soro caseiro. . deve-se interromper esta fase. 125 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . fervida. Os pacientes deverão ser reavaliados com frequência. .PLANO C – A criança com diarreia e desidratação grave. que podemos dar ao doente da mesma maneira como o Soro Caseiro de açúcar. Dissolvemos quatro colheres de sopa de uma dessas farinhas em água fria e colocamos em um litro de água fervendo por 5 minutos. A reidratação oral com o SRO é o tratamento de escolha para os pacientes com desidratação devido a diarreia e vômitos. 2. * A criança deve retornar ao serviço de saúde. A criança deve comer o quanto e quando quiser. quanto . Deve-se recomendar o uso de colheres e outros utensílios mais fáceis de serem mantidos limpos do que mamadeiras. Neste sentido. para reavaliação após 24 a 48 horas. irritabilidade ou prostração. Implementou-se um modelo de atendimento baseado na prestação da atenção integral a esta clientela. * Após cada evacuação líquida.. corrigidos os erros dietéticos. Um acometimento bastante prejudicial ao desenvolvimento infantil são as verminoses. no que se refere a organização de serviços para o atendimento a este grupo etário. intermediária e tardia). deve-se administrar SRO e voltar imediatamente ao Serviço de Saúde. 126 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . ainda falta muito para que os programas nacionais deem cobertura adequada a toda população de adolescentes e jovens e para que se possa considerar que estes programas estejam integrados ao sistema de saúde. inclusive para instituições internacionais de fomento à pesquisa. é preciso promover a melhoria dessas condições a fim de preservar a população dos “hóspedes indesejáveis”. cuja preparação deve ser ensinada e demonstrada. Procura-se fazer uma reflexão sobre a atenção integral ao adolescente a partir da dimensão da bioética. Para crianças que recebem outros alimentos. diferença de gênero. para o alcance de um nível de compreensão dos vários segmentos que constituem esta população. Dificuldades no desenvolvimento do programa A especificidade da atenção ao adolescente é um aspecto da maior relevância na criação de um programa eficaz. dos alimentos e do próprio solo. orientar a mãe para manter a alimentação normal. cujos parasitas são transmitidos devido à contaminação da água. de tal forma que permitam o acesso universal. tiveram até certo ponto. De forma geral. Como exemplo do que se apresenta como desafio. * Enfatizar a importância de acrescentar uma refeição diária até a recuperação nutricional. piora da diarreia. podemos apontar a necessidade de adequação da linguagem e da forma de atuação dos profissionais. a condição prévia para qualquer proposta de atenção é delimitar as características da população alvo. * Orientar sobre os sinais de piora: sede intensa. Na análise das diarreias e desidratações. Contudo. não somente para ele. inserção no ambiente familiar (os que têm família e moram com ela e os que não têm). observa-se que os esforços realizados no sentido da criação de programas de qualidade. a criança deverá receber alta. Indicar quem caso isso ocorra. resultados positivos. Os familiares deverão ser informados que a diarreia poderá durar ainda alguns dias. Isto se deve à constatação de que a formação do estilo de vida do adolescente é crucial. em episódios frequentes de internação hospitalar. existe um fator que não pode deixar de ser considerado: a alimentação inadequada em função da falta de informação dos responsáveis e não propriamente por insuficiência de recursos. Trata-se de um grupo heterogêneo que exige uma implementação efetiva de uma política de atenção. vômitos frequentes. Estas se apresentam em relação à faixa etária (adolescência inicial. Ao agredirem a mucosa intestinal poderão causar diarreias. levar em conta as diferenças que lhe são inerentes.Manutenção do estado de hidratação *Terminada a reidratação. como também para as gerações futuras. partindo-se das experiências adquiridas nos programas pioneiros de atendimento à mulher e à criança. Quando a criança não recebe alimentos na quantidade e qualidade necessárias. a ter dificuldade de concentração e de aprendizado. resultando. oferecer SRO nos seguintes volumes. cresce com uma série de deficiências que podem levá-la a não ter vontade de brincar com outras crianças. com o objetivo de propor uma mudança de paradigma na abordagem desta clientela. Enfatizar que o leite materno é o melhor alimento e ajuda a prevenir a diarreia e outras infeções. Adolescente Nas últimas duas décadas. quanto à sua condição física (portadores ou não de doenças mentais ou físicas). ainda. Considerando que a maior parte de nossa população vive em condições insatisfatórias de higiene e saneamento básico. * Fornecer dois envelopes de SRO. condição social (os que vivem com parceiros ou não). Crianças até 12 meses 50 a 100 ml (1/4 a ½ copo) Crianças acima de 12 meses 100 a 200 ml (1/2 a 1 copo) 10 anos ou mais a quantidade que desejar * O aleitamento materno deve ser mantido e estimulado. no âmbito educacional (os que frequentam a escola e os que estão fora dela). apresentando-se como um grande desafio aos gerentes. a atenção à saúde do adolescente vem se tornando uma prioridade em muitos países. * A dieta deve ser a habitual da criança. A tendência de ver a adolescência como “um período de transição” tem favorecido o esquecimento das necessidades desta população. ausência da família. visto que estão intrinsecamente relacionadas com o contexto no qual está inserido. Muitas vezes. por meio da promoção de um estilo saudável de vida. buscou-se uma metodologia de atuação interdisciplinar por meio de programas de atenção integral. quanto ao cumprimento de seus deveres como cidadão. é a partir destas vivências que o adolescente poderá estabelecer novas práticas a serem assimiladas pela sociedade em geral. escola e comunidade. dependendo de como esta relação acontece. a saúde do adolescente tem representado um desafio para os profissionais de saúde que se dedicam a este grupo populacional. aparentemente. mas. familiar e laboral. os problemas de saúde do adolescente. segurança. atitudes e práticas que sem dúvida irão influenciar positiva ou negativamente sua formação. falta de moradia. a necessidade de se voltar prioritariamente para a questão da manutenção do bem maior da “saúde”. religiosas ou culturais. No entanto. não lhe é permitido “comportar-se” como uma criança. Esta identidade é a imagem que o sujeito tem de si. Contudo. decorrem de suas dificuldades socioeconômicas. o que é mais importante. 127 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . já que até este momento a atenção se dava de forma tradicional. entre outros. e ela permanece constante e reconhecível apesar das mudanças evolutivas e dos vários papéis sociais que venha a desempenhar. Adolescência e Sociedade Durante a adolescência ocorrem mudanças de ordem emocional que são de extrema importância para o indivíduo. esta postura pressupõe a abertura de um espaço para o adolescente exercer sua liberdade e participar mais ativamente de seu processo de amadurecimento. Todas estas diferenças indicam que as necessidades de saúde do adolescente não podem ser encaradas de forma isolada. não se pode pensá-la fora do âmbito da ética. Dito em outras palavras. Esta proposta mostrou-se inovadora frente à prática médica vigente. desejos. Inicialmente. restringindo-se a oferecer tratamento aos pacientes a . tais como o desenvolvimento da autoestima e da autocrítica. o trabalho e a saúde passam a representar o “locus” onde a ideologia do mundo adulto é oferecida ao adolescente para ser absorvida e. uma identidade sexual. em que. A adolescência vai delineando para o sujeito. Não obstante. por outro. ausência de um sistema educacional adequado. ao lado da prevenção e do tratamento de doenças infectocontagiosas. O que um jovem vivencia de positivo ou negativo afetará sua vida presente e futura. se expõe. desenvolvimento do raciocínio lógico e dos valores morais são responsabilidades de toda a sociedade: família. Atenção ao adolescente: uma questão ética? Visto que a atenção ao adolescente remete para a questão da normatização dos costumes e condutas. oscilando entre condutas de risco “calculado” – decorrente de uma ação pensada – e do risco “insensato”. muitas vezes inadequada. aos quais os profissionais desta área devem estar atentos durante o atendimento. abrigo. a educação. Trata-se de um período da existência em que o sujeito começa a interagir com o mundo externo de modo mais autônomo sem. leva ao adolescente sua ideologia de normas. tendo como referência uma variação entre o tradicional e o correto. o desrespeito com relação a seus direitos. ideias e críticas sejam ouvidos. e desta interação resultam mudanças comportamentais que vão pautar toda uma geração. com grande chance de ocorrerem insucessos. Todo jovem é influenciado pelos amigos e pelos adultos do mundo onde vive. podendo comprometer sua saúde de forma irreversível. falta de emprego.à moradia (os que moram em zona urbana ou rural) e os que pertencem a minorias raciais. verifica-se uma adesão sem questionamentos. gratuitamente. esta situação é de extrema ambivalência. Conforme assinalamos na introdução deste capítulo. Para que seja possível outro enfoque sobre o adolescente. Nesta discussão. questionamento dos valores dos pais e dos adultos em geral. Neste caso. Entende-se como promoção de saúde a possibilidade de “proporcionar aos povos os meios necessários para melhorar sua saúde e exercer um maior controle sobre a mesma”. ter de assumir as responsabilidades da vida adulta. o adolescente se arrisca. tais como pobreza. falta de capacitação laboral. a adolescência não pode ser considerada um período de transição. e uma exigência. vale enfatizar que as necessidades imediatas de amor. violência. Mudança de paradigma na atenção à saúde do adolescente O panorama atual das ações em saúde apresenta. permitindo que ele venha a exercer determinados papéis dentro da sociedade. caracterizando-se muito mais como parte de um processo de amadurecimento e de intenso aprendizado de vida. Na indecisão de como se conduzir. visto que. é preciso que a sociedade valorize seu potencial de contribuição e o apoie. permitindo que seus pensamentos. se por um lado não lhe é exigido assumir os compromissos da vida adulta. comida. a sociedade definida como um conjunto de indivíduos adultos “donos” de uma ordem vigente em cada cultura. privações. Deste modo. suicídio e depressão. em que os profissionais ultrapassaram o modelo tradicional. A mudança a ser efetuada no novo modelo deve corresponder a uma determinada atitude frente a opções a serem priorizadas com respeito à saúde/bem estar do adolescente. do profissional” – um lugar de poder – em outro em que se busca uma interação maior dos profissionais com a população assistida. visando a uma atenção que promova. por enquanto. O desafio agora é aprimorar um modelo qualificado para alcançar outro mais eficaz. A atenção ao adolescente deve ter como premissa uma reflexão sobre a liberdade. o adolescente como um sujeito e não mais como mero objeto de investigação. violência. Propor uma mudança estratégica de atuação do profissional com relação ao adolescente. permitirá que os jovens participem desse projeto? Infelizmente. outorgando-se o direito de ditar normas de conduta acreditando que. Novo enfoque na atenção O novo enfoque de atenção integral constitui um modelo dinâmico que comporta uma transformação contínua. E isto é possível desde que se possa refletir. o profissional passou a considerar o meio ambiente como um fator de importância capital na compreensão da problemática do adolescente. por excelência. Com isto transforma-se o espaço antes considerado como o “lugar. na medida em que se pauta nas necessidades globais de atendimento da população alvo. aponta para a necessidade de se refletir sobre a questão ética. “o extraordinário progresso técnico-científico constatado na área médico-biológica nos últimos anos não foi acompanhado com a mesma velocidade por um pertinente embasamento ético que dessa sustentação às novas situações que se criaram”. Esta política de atuação significou uma mudança com respeito ao modo de como se dava. até então. É suficiente prestar uma atenção integral? O programa brasileiro de saúde do adolescente foi concebido dentro de uma proposta de atenção integral juntamente com as reflexões que surgiram no Programa da Mulher e da Criança do Ministério da Saúde. de que modo a população adulta. realmente. O esforço atual deve se dar na relação horizontal entre profissionais de saúde e usuário/adolescente. Trata-se. a partir das dimensões sociais e políticas. na medida em que determina que não se tenha como paradigma um modelo normativo. como também a responsabilidade por seus atos. O autoritarismo que vem direcionando a ciência impede que o sujeito produza sua verdade. então. sem participar efetivamente do processo. A dimensão ética que esta estratégia envolveu diz respeito ao fato de considerar.. mas também a organização dos serviços. . Trata-se. pois não lhe dá acesso ao conhecimento. uso abusivo de drogas como fumo. de incentivar o sujeito a fazer suas próprias escolhas. Seria a partir desta possibilidade que o adolescente poderia vir a tomar decisões. por meio de códigos e barreiras institucionais que impedem o adolescente de se posicionar e de verdadeiramente participar. para que as condutas sejam fruto de um novo saber. No modelo de atenção integral o objetivo é ampliar a possibilidade de atuação do profissional. uma vez que o objetivo maior é a cura da doença. 128 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . essa metodologia de atuação interdisciplinar não promoveu uma mudança significativa com respeito aos grandes problemas de saúde da população adolescente. proporciona ao usuário uma qualidade melhor de vida. portanto. ou seja. tendo como preocupação não só a singularidade do sujeito. uma melhoria na saúde da população adolescente. Os problemas persistiram: média do Índice de Massa Corporal– IMC dos adolescentes dos países em desenvolvimento mais baixo do que nos países desenvolvidos. dentro de um enfoque de promoção da saúde e de participação juvenil efetiva. nesse modelo o profissional de saúde estabelece uma relação vertical com o cliente. assim fazendo. Para que isto ocorra. torna-se necessário e urgente uma mudança na forma de prestação de serviço. propiciando um espaço reflexivo para um encontro harmônico entre as diversas alternativas de conhecimento. A condição normatizante se caracteriza pelo pressuposto de que há uma distinção entre “fatos e valores”. aumento da morbi/mortalidade decorrentes de situações de risco como acidentes. melhor dizendo. as informações são escamoteadas. Entretanto. Em vez de considerar que o adolescente deveria pautar sua conduta segundo um modelo pré-estabelecido. na relação. Dizendo em outras palavras. De acordo com Garrafa. Esta postura coloca o paciente numa posição de inferioridade e de passividade. retirando dele não só a liberdade de escolha. gravidez e DST/aids etc. No modelo tradicional o indivíduo deixa de ser visto em sua singularidade. onde o observador não está envolvido com a situação e o usuário deve se comportar de acordo com as normas estabelecidas. a relação profissional usuário. que amplie a participação dos adolescentes na gestão. de um programa diferenciado. álcool. avaliação e reconstrução dos serviços. a sociedade como um todo.partir dos sintomas relatados. relação esta que vai permitir uma nova forma de abordagem com respeito à atenção à saúde do adolescente. é necessário que haja um despojamento dos saberes pré-estabelecidos. maconha etc. no capítulo II. O desafio na formação do profissional que vai lidar com o adolescente é a transmissão de atitudes éticas e legais – dentro de uma lógica harmônica e com princípios claros – na medida em que não existe um código prescritivo definido. foi uma consequência de fatos ocorridos durante a Segunda Guerra Mundial. Com relação ao atendimento integral à saúde. ao casamento. Representantes da comunidade internacional de países da Organização das Nações Unidas (ONU) decidiram criar leis que protegessem os indivíduos de práticas autoritárias e que pudessem causar sofrimento. É importante que a equipe de saúde fi que atenta e se una. da autonomia. os médicos e outros profissionais de saúde são os únicos que podem testemunhar crimes e torturas de que são vítimas adolescentes. Direitos Humanos A Declaração Universal de Direitos Humanos. a maneira pela qual se dará a abertura para a participação dos jovens na gestão do serviço e que pressupõe oferecer todo tipo de informação necessária. deve dar início à abertura democrática dos serviços para uma real participação juvenil. para que cada um se responsabilize por sua própria saúde e pela saúde da coletividade. para a escuta do adolescente. dos espaços e objetos pessoais”. à liberdade de consciência. abrangendo a preservação da imagem. psíquica e moral da criança e do adolescente. diz respeito aos direitos à vida.. bem como uma disponibilidade. da identidade. Todavia. de pensamento. ideias e crenças. incluindo o Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990. não denunciam. prescreve: “O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física. frente a situações de confronto . evitando agravos desnecessários. sobre “do direito à liberdade. O homicídio é a maior causa de morte entre jovens de 15 a 17 anos”. dos valores. artigo 17. no Brasil e em outros países. de expressão. Vale a proposta de se repensar os papéis dos indivíduos dentro do organismo social. a falta de nexo entre os aspectos legais frequentemente deixa o profissional sem parâmetros definidos para orientar seu paciente. Esta postura deve desconsiderar regras pré-estabelecidas de comportamento e deve promover um esforço no sentido de criar. O documento reconhece o indivíduo como sujeito dos direitos internacionais e representa uma imposição constante para que a ONU mantenha um fórum permanente de vigilância da defesa dos direitos humanos.. O Estatuto da Criança e do Adolescente. denunciando os infratores aos órgãos competentes e protegendo os adolescentes dos problemas que envolvem estas práticas. Quanto ao programa de saúde dos adolescentes e jovens. mas preservando-se em nome de uma ética questionável. Muitas vezes. os jovens brasileiros continuam sem seus direitos assegurados. principalmente no sistema penal. assinada em 10 de dezembro de 1948.A questão agora é como criar um serviço em que liberdade e responsabilidade sejam pertinentes tanto para o profissional quanto para o usuário? Esta questão coloca a necessidade de se refletir como o profissional vai-se comportar com relação a este grupo. possibilita ao jovem dispor de um conhecimento que lhe permitirá tomar decisões quanto a sua conduta em lugar de ser submetido a valores e normas que o impedem de exercer seu direito de escolha na administração de sua própria vida. considerada o instrumento de direito internacional mais importante do século. com o objetivo de reverter o quadro epidemiológico que está posto. apesar das leis progressistas para proteção das crianças e adolescentes. padrões que se adequem à realidade e à singularidade de cada situação. O conteúdo básico da declaração. à família. A proposta atual parte de um questionamento da qualidade da atenção que vem sendo prestada e aponta para a necessidade urgente de reformulação. o caminho desta reforma não está claro. de privacidade. 129 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . juntamente com o usuário. em que os adultos dão os desígnios dos valores e condutas sociais. Cabe aos profissionais de saúde ficarem atentos quanto à quebra dos direitos humanos dos adolescentes e jovens. oriundos de condutas de risco. à saúde e devem trabalhar para viver. por parte do profissional. Apesar de o Brasil ter ratificado todas as declarações de direitos humanos e contra a discriminação racial nos últimos 50 anos. ao respeito e à dignidade” da criança e do adolescente. A informação. milhões deles não podem ter acesso à educação. pois implica o repensar da participação juvenil em sua construção e de como esta participação é impedida por um código de ética gerontocrático. a um processo criminal justo. não garante o discernimento claro dos direitos e deveres da população adolescente. Atenção ao Adolescente: Considerações Éticas e legais A existência de diversos códigos que regulamentam a vida do cidadão. Informes sobre a situação brasileira de Direitos Humanos e do Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmam que “. num sentido amplo. Vamos abordar alguns aspectos polêmicos no atendimento ou que implicam tomada de decisão do ponto de vista ético ou legal. º 8. 130 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Especificamente.Art. 226 – É dever da família. à cultura. 3) participação da comunidade. Assim. da criança. para que o conhecimento emerja com tranquilidade. relação que não leva à proteção dos adolescentes e jovens nem à decisão pela preservação da vida. Confidencialidade e Privacidade O acesso ao serviço de saúde é fundamental para que o adolescente busque tratamento em tempo hábil. ele necessita privacidade e confidencialidade na relação com os profissionais de saúde como expressão de seu processo de individualização. indica a organização de um novo modelo assistencial com a prestação de serviços em nível local de promoção. . em circunstâncias especiais. que veda ao médico “revelar segredo profissional referente a paciente menor de idade. ao respeito. . a saúde é entendida como um requisito para a cidadania e envolve inter-relações entre o indivíduo. Os limites legais fornecem uma base para a obrigação de denúncia. da criança. Lei n. A confidencialidade apoia-se no artigo 103 do código de Ética Médica. a coletividade e o meio ambiente. O sigilo da consulta deve ser assegurado por meio de um debate nos serviços visando a um consenso entre os profissionais sobre as situações onde deva ser violado. As Nações Unidas. estabelece os direitos da família. da sociedade e do estado assegurar à criança e ao adolescente com absoluta prioridade o direito à vida. é importante que a família compreenda que a comunicação e o encaminhamento das questões com o adolescente podem ficar prejudicados se houver quebra da confidencialidade. De acordo com estes parâmetros. Estes documentos procuram dar subsídios técnicos para que os países busquem formas próprias para proteger este grupo populacional e evitar intervenções arbitrárias ou abusivas. além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência. mas sim se o adolescente consente com a quebra do sigilo. Independente de leis específicas que regem a questão de confidencialidade. com direção única em cada esfera de governo. do adolescente e do idoso. Neste modelo. à educação. com prioridade para as atividades preventivas. discriminação. A obrigação de manter a confidencialidade não diminui apenas porque o paciente é um adolescente. o Estatuto da Criança e Adolescente restabeleceu o direito de o adolescente receber informação de uma forma ampla e democrática. nos casos de abuso sexual. para se sentir fortalecida para não tomar atitudes omissas nessas circunstâncias. sem uma razão clara e consensual entre o profissional e o paciente/adolescente. desde que o menor tenha capacidade de avaliar seu problema e de conduzir-se por seus próprios meios para solucioná-lo. inicialmente. seção II da Saúde e capítulo VII. alguns princípios devem ser respeitados para que os serviços se guiem com relação ao tema. para que possa tomar decisões com liberdade de conhecimento. Além disso. sendo necessário. Os adolescentes portadores de deficiências físicas e/ou mentais também têm seus direitos assegurados por leis internacionais e nacionais. 198 – As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e constituem um sistema único. Da mesma forma. risco de vida. inclusive a seus pais ou responsáveis legais. do adolescente e do idoso. publicou as Normas Uniformes sobre a Igualdade de Oportunidades para as Pessoas com Deficiências.Art. dependência de drogas.080/90. por um lado para proteger o adolescente que é o sujeito da atenção dos serviços e por outro. entre outros. da família. os limites que regem o serviço com relação à confidencialidade. capítulo II da Seguridade Social. ao lazer. exploração.º 48/96. à alimentação. 2) atendimento integral. à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Já a Resolução 46/119 marca os Princípios para a Proteção dos Doentes Mentais e para a Melhoria da Atenção de Saúde Mental. é importante que o profissional de saúde informe ao paciente.com autoridades. salvo quando a não revelação possa acarretar danos ao paciente”. por meio da Resolução n. declara a saúde um direito social. à profissionalização. o título VIII Da Ordem Social. de maneira participativa e interativa. e a Lei Orgânica da Saúde. no que se refere à saúde. violência e opressão. à dignidade. na perspectiva ética. Capítulo VII. O importante não é se o profissional deve abrir uma informação oriunda de uma consulta. organizado de acordo com as seguintes diretrizes: 1) descentralizar. à saúde. quer seja para a família ou para representantes da lei. Respaldado pela Constituição Brasileira. promulgada em 5 de outubro de 1988. requer-se que o profissional de saúde possa lidar com esta nova demanda. Nestas . proteção e recuperação da saúde. Direito à atenção e informação Pela primeira vez a Constituição Brasileira. a quebra do sigilo em nome da segurança ou proteção do adolescente. sem prejuízo dos serviços assistenciais. sem as imposições de uma relação de poder. deixando passar oportunidades importantes de ajuda que poderiam refletir em condutas saudáveis para o resto da vida do paciente. mesmo não sendo considerados plenamente emancipados. na perspectiva do adolescente. Outro aspecto de conflito ético profissional diz respeito ao desejo manifesto da adolescente de interromper a gravidez.art.situações. como gravidez. Neste caso. confirmaram os direitos das mulheres e adolescentes. Neste âmbito. Outros fóruns. 131 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . procurar uma solução de acordo com o bom senso. é imperioso haver consenso da equipe multidisciplinar junto ao adolescente e sua família. sempre que possível. a lei brasileira se posiciona favorável ao aborto no artigo 128 do Código Penal: I – se não há outro meio de salvar a gestante. No entanto. “Entre os direitos que a Convenção garante encontra-se o direito ao acesso ao cuidado de saúde. pois muitos profissionais evitam assumir a responsabilidade de informar e de prescrever contraceptivos. Existem situações em que até internações são realizadas sem a presença da família. na prática. o adolescente pode se responsabilizar pelo seu tratamento em circunstâncias especiais. evitando serem flagrados agindo fora da lei. algumas vezes. O artigo 12 (b) refere-se à obrigação de prestar serviços necessários durante a gravidez e no período posterior ao parto. os pais ou responsáveis devem firmar um termo de consentimento. paternidade precoce. para que fique clara a exceção de conduta adotada na abordagem do caso. como por exemplo. de preferência solicitando ao próprio adolescente que firme seu consentimento e que procure o envolvimento da família. 12 (a). O Departamento de Bioética e Adolescência da Sociedade de Pediatria de São Paulo publicaram a seguinte recomendação: “Os pais ou responsáveis somente serão informados sobre o conteúdo das consultas. segundo a lei. publicado pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 1979. como uma barreira na possibilidade de dar liberdade ao adolescente de tomar decisão sobre o momento e com quem deseja se relacionar sexualmente. um dos documentos mais importantes. pois os serviços que se propõem a dar atenção especial ao adolescente precisam aproveitar sua vinda e atendê-lo sem esta formalidade. evitando que os demais usuários do serviço percam a confiança na relação com a equipe. prestando-se o serviço de forma gratuita quando for necessário e assegurando-se a adequada nutrição durante a gravidez e no período de aleitamento”. dependendo da forma com que encara o desenvolvimento de seus filhos adolescentes. Como os profissionais. O consentimento inclui o diálogo profissional/adolescente no sentido de ser respeitado o desejo do adolescente de ser examinado ou não por ocasião da consulta. Consentimento A questão da confidencialidade está diretamente ligada ao consentimento. para fins legais. fundamentais para sua proteção. tornam-se esquivos. os profissionais precisam demonstrar tranquilidade e segurança ao prestar o atendimento. entrou em vigência em setembro de 1981. portanto. Saito aponta que “não deve ser esquecido que cada adolescente é único e que o respeito a essa individualidade deve permear a consulta”. tornando-os possíveis vítimas de uma prática desprotegida. Cabe ao profissional. frequentemente isso não ocorre. incluindo planejamento familiar e a eliminação da discriminação neste campo de atuação . atendimento a meninos/meninas de rua e emergências. o que é pior. . nos casos de risco de vida. emancipação financeira. também se coloca. impedindo que ocorra um diálogo essencial para a busca de informação por ambas as partes. E. tanto médico-cirúrgicas. com o expresso consentimento do adolescente”. geralmente. evasão da residência familiar. ao se sentirem desautorizados para informar no momento ideal. a mulher adolescente fica mais vulnerável. muitas vezes impede que os profissionais de saúde e de educação prestem informações a seus filhos. Aspectos éticos na atenção à saúde reprodutiva Uma situação que frequentemente traz dificuldade para o profissional de saúde é ter que lidar com o início da vida sexual do adolescente. Para que um adolescente receba tratamento médico. Vale informar que já existem muitos documentos internacionais que dão aos profissionais instrumentos jurídicos de apoio e que se prestam a serem utilizados em caso de confronto com a lei. tais como a Convenção da Criança e a Quarta Conferência da Mulher em Pequim. Nessas circunstâncias sugere-se que os profissionais registrem o ocorrido no Juizado de Menores. Trata-se da “Convenção Internacional Sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra a Mulher”. Para que o/a adolescente receba informações e não se exponha a problemas relativos a atividade sexual desprotegida. quanto sociais. A família. são a mesma coisa. Considera-se que. nas questões relacionadas à sexualidade e prescrição de métodos contraceptivos. pois desvendar os motivos do atendimento ou solicitar permissão aos pais ou responsáveis para os cuidados de saúde. Neste contexto. dependem da família para o financiamento de seus serviços. seu uso e se colocar disponível para auxiliar os jovens na luta contra a dependência. para que ela consiga dar apoio emocional ao adolescente. na medida em que esta adolescente necessitará de atendimento interdisciplinar por um certo período. bem como aquelas que utilizam instrumentos de entrevista ou questionários para auto aplicação. Por outro lado. O envolvimento do responsável ou de um familiar na pesquisa é importante visto que. 132 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . A questão ética que se apresenta é se as escolas e instituições que trabalham com esse grupo poderiam. É importante que os profissionais de saúde saibam atender a urgência e fazer o encaminhamento das vítimas de estupro com agilidade para a obtenção do Boletim de Ocorrência Policial e a realização de exame de corpo delito no Instituto Médico Legal ou por médico responsável por este procedimento Os profissionais devem prosseguir o acompanhamento. indicando. Segundo a Organização Mundial de Saúde. visto que todos se sentem inseguros sobre qual seria a melhor forma de lidar com o problema. nas duas últimas décadas problemas éticos relacionados com os cuidados de saúde tomaram maior dimensão. familiares e líderes comunitários. o profissional que lida com este grupo populacional deve desenvolver habilidades para detectar. se necessário. Muitas vezes o profissional de saúde participa de toda uma fase de indecisão por parte da adolescente. A família deve ser orientada para procurar o Conselho Tutelar. Nos Estados Unidos sugere-se que os adolescentes que necessitam ser testados para aids. esta medida deveria ser implementada somente se houver possibilidade de tratamento e se a população. concordar. utilizar testagem de rotina. Qualquer que seja a decisão da adolescente e de sua família. pois só agravará a situação como um todo. Considerando que o abuso de droga sempre interfere com o projeto de vida do adolescente. em especial da aids. tem levado a um debate sem precedentes entre os profissionais que lidam com adolescentes. bem como o diagnóstico oportuno e tratamento. como desemprego. Um importante aspecto a ser debatido entre os profissionais que lidam com adolescentes e jovens se relaciona à investigação científica. É extremamente importante que o profissional se abstenha de dar informações tendenciosas. para o nível de compreensão de cada faixa etária e de acordo com suas características sociais e psicológicas. As questões éticas ainda não estão muito bem definidas no manejo da aids no Brasil. a propaganda dessas drogas e a facilidade do acesso a outras. que cresce assustadoramente no mundo. maconha e cocaína. configurando-se como um delito a venda para este grupo etário. somente o façam após receberem aconselhamento pré e pós teste de forma apropriada. mesmo fumo (tabaco) e álcool. Com relação ao adolescente portador de alguma doença sexualmente transmissível (DST). como cola de sapateiro. pode tornar-se uma burocracia que setores conservadores da sociedade utilizam para impedir a execução de pesquisas de qualidade de assuntos . indicada pela medida. de seu representante legal. É também fundamental que os profissionais de saúde deem suporte à família. isto é. pobreza. seja garantido nos serviços. Pesquisas clínico-laboratoriais. seu parceiro e das famílias em relação à continuidade ou interrupção da gravidez. razão pela qual os profissionais devem assisti-la durante o período de acompanhamento do adolescente na unidade de saúde. entre outras”. devem sofrer uma avaliação anterior por parte dos comitês de ética institucionais. apoiar e ajudar. Strasburger observa que o consentimento ativo. eles poderão decidir pelo consentimento ou não da participação do adolescente. diagnóstico e tratamento. tendo acesso aos detalhes dos procedimentos e investigações. Testagem para verificação do consumo de drogas O consumo de drogas lícitas e ilícitas. seus protocolos e projetos de investigação. para o registro de flagrante de seu uso entre adolescentes e jovens. é importante que o acesso de adolescentes portadores de DST. o profissional tem que estar preparado para escutar. independente de qual for à decisão tomada frente à possível gravidez.II – se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou. ficando sujeito. precocemente. Silber aponta que “o uso de droga é mais uma faceta na miríade de dificuldades que uma pessoa jovem pode estar passando. quando incapaz. Em que pese à falta de ampla cobertura e do atendimento especializado. a expressar sua opinião baseada em valores e ideias próprias. inadvertidamente ou não. firmado em folhas de consentimento pelos pais ou responsáveis. propiciam aos adolescentes e jovens uma desconfiança sobre seus reais malefícios e uma resistência quanto a abrir mão de experiências consideradas de sucesso entre seus pares. sem prévio consentimento. De acordo com a lei. ou deveriam. adolescentes na faixa etária de 10 a 18 anos estão proibidos de fazer uso de qualquer droga. No entanto. e/ou outros adultos responsáveis. outros serviços ou profissionais para ajudar nos cuidados necessários a serem prestados e mostrando-se disponível para a continuidade do atendimento independente da decisão tomada. devido ao surgimento da aids e às situações envolvidas com sua prevenção. indivíduos ou grupos que por si e/ou por seus representantes legais. a família vive momentos de angústia. 133 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . pode tomar partido contra ou a favor da doação. portadores de perturbação ou doença mental e sujeitos em situação de substancial diminuição em suas capacidades de consentimento. esta questão encontra-se em debate entre os juristas e a sociedade. de 7 de novembro de 1996. Algumas situações merecem destaque nesta questão: 1) o adolescente decide abandonar o tratamento e manifesta o desejo de morrer. não se dispensando. como não poderia deixar de ser. . Capítulo IV. protegendo os sujeitos de sua investigação de possíveis danos inadvertidos. deve-se contar com a anuência antecipada da comunidade por meio dos seus próprios líderes. sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu cuidado.1 – Não obstante os riscos potenciais. deixa de dar informações significativas para o avanço do conhecimento. muitas vezes aqueles que representam o de maior risco. antes da ocorrência de eventos como este. sem procurar fugir de uma abordagem respeitosa e carinhosa com relação ao paciente. principalmente na área de sexualidade.º 201. sem promover riscos desnecessários. ou à família. e cumprir as exigências do consentimento livre e esclarecido. em cada situação. inclusive indígenas. outras variáveis entram em jogo. Afirma ainda que. Devido à grande vulnerabilidade do adolescente e jovem a traumas e acidentes. aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa.a) Oferecerem elevada possibilidade de gerar conhecimento para entender. a melhor forma de avançar frente ao estágio atual do conhecimento científico. Doação de órgãos A doação de órgãos é facultada a adolescentes a partir dos 18 anos. Capítulo IV. cabe ao pesquisador buscar a aprovação de seu protocolo de pesquisa. g) A garantia do sigilo que assegure a privacidade dos sujeitos quanto aos dados confidenciais envolvidos na pesquisa.3 . buscandose o aumento de transplantes a partir da doação presumida. Infelizmente. Nesta ocasião. porque a família precisa de um profissional seguro e competente. publicada pelo Ministério da Saúde em abril de 1997. sendo esta. prevenir ou aliviar um problema que afete o bem-estar dos sujeitos da pesquisa e de outros indivíduos. abarcam quase todas as dúvidas que um pesquisador poderia ter em relação aos sujeitos de sua investigação. e não de uma pessoa a mais para confundi-la e aumentar seu sofrimento. quem decide. em qualquer fase da pesquisa. As Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa Envolvendo Seres Humanos do Conselho Nacional de Saúde. em última instância. o profissional que trabalha em serviços de urgência frequentemente enfrenta dificuldades neste âmbito. Situações éticas com relação à morte A possibilidade de morte de um adolescente ou jovem é sempre uma situação impensada pela sociedade e. por meio dos representantes legais dos referidos sujeitos. Mais uma vez os profissionais devem ter estes aspectos da atenção trabalhados em equipe. No que concerne à população adolescente. previamente. as pesquisas envolvendo seres humanos serão admissíveis quando: Capítulo VI . podem ser destacados: Capítulo IV .3 . pois o profissional. No entanto. como questões religiosas e éticas.1-f) A liberdade de o sujeito se recusar a participar ou retirar seu consentimento. impedindo que a família tenha acesso a todos os parâmetros necessários para tomar decisão de forma consciente. pelas equipes de saúde. um conjunto importante de adolescentes. deverá haver justificação clara da escolha dos sujeitos da pesquisa. devendo ser este desejo expresso à família.Consentimento livre e esclarecido. após consentimento livre e esclarecido dos sujeitos. Em suma. “O respeito devido à dignidade humana exige que toda pesquisa. Alguns itens. por sua vez. no momento de maior aflição e em que eles mais necessitam de apoio. O ideal é que tenham elaborado.a) Em pesquisas envolvendo crianças e adolescentes. existe uma grande ambiguidade com relação ao consentimento livre e esclarecido. porém. Resolução n. Compete ao coordenador da pesquisa procurar. nos conselhos de ética disponíveis. mais relacionados com a área de saúde do adolescente. manifeste a sua anuência à participação na pesquisa”. Na hora do evento de morte cerebral. esforços no sentido de obtenção do consentimento individual. por preconceitos próprios. Capítulo V. no limite de sua capacidade. especificada no protocolo. pois ainda não existe um consenso claro entre as autoridades. e com a apresentação expressa das vantagens do estudo para melhoria da qualidade de vida desta população. a equipe de saúde passa por momentos de grande tensão e. junto à sua equipe a melhor forma de atuar. Capítulo IV. sem suspensão do direito de informação do indivíduo. insegura na tomada de decisão sobre a disponibilização de órgãos para doação. os profissionais que lidam com pacientes severamente doentes podem ter que encarar este tipo de situação.e) Em comunidades culturalmente diferenciadas. com esta conduta.sensíveis. revelou que William P. entre outros. intitula-se promoção de saúde as intervenções que permitem ao jovem adquirir competência e segurança na auto gestão de sua vida. publicou um estudo sobre as péssimas condições de vida como causa de morte prematura de trabalhadores de fábricas de algodão. a família. Na mesma ocasião. pois consideram o indivíduo dentro de seu contexto. É justo que o adolescente e sua família recebam todas as informações a que têm direito. 3) a equipe sabe que há alternativas de tratamento. Quando o adolescente decide abandonar o tratamento e faz uma opção de morrer. um prognóstico sombrio de seu paciente portador de doenças graves. prevenção de acidentes. Algumas vezes é evidente para todos que a morte é iminente. foi usada por Henry Sigerist em 1945. ele deve ser ouvido no momento que desiste do tratamento. Villermé escreveu sobre a relação entre a pobreza e a doença como influência importante na mortalidade nas várias regiões de Paris e. violência urbana. da mesma forma que o adolescente pode ser considerado competente para decidir onde e como se tratar. nestas situações passa a haver um embate entre a decisão médica de aliviar o sofrimento e a de prolongar a vida. recomendando prosperidade. Novas tecnologias prolongam. Nestes casos encontram-se pacientes portadores de alguns tipos de neoplasias malignas. Allison. Terris. prevenção de enfermidades e reabilitação do dano. frente a estes dilemas. a terminologia “promoção de saúde”. mas não garantem qualidade de vida. educação. educadores e médicos. cultura física e recreação. Lantos discute que. O avanço tecnológico das últimas décadas e a diversidade socioeconômica deste mundo globalizado impõem ao profissional de saúde um problema ético que até bem pouco tempo era inexistente. mas não existe outro esquema terapêutico disponível para ser substituído. trabalhadores. Em todos estes casos o médico. estudando uma epidemia nos distritos industriais de Silésio chegou à conclusão de que suas causas eram mais sociais e econômicas do que biológicas. Entretanto. Promoção de Saúde e Protagonismo Juvenil As atividades de promoção de saúde direcionadas para a população jovem são mais eficazes quando desenvolvidas numa perspectiva de saúde coletiva. Segundo Schowalter e cols. O confronto com a impotência para superar. correlacionou as doenças prevalentes com as condições sociais e ocupacionais. deixa tanto o médico quanto a equipe de saúde em um grande conflito. de forma pioneira.. promove-se saúde quando se facilita um nível de vida digna. Sempre que possível. Ryle. Existem casos. ou mesmo a equipe de saúde. A informação via internet leva aos mais longínquos cantos do País o constrangimento da falta de acesso às tecnologias de ponta. patologias renais crônicas. boas condições de trabalho. porém o paciente vai morrer porque não existe disponibilidade hospitalar ou técnica na área e não é possível o encaminhamento para centros de excelência para que se proceda o tratamento adequado. professor de Medicina Social de Oxford. contudo. Segundo Sigerist. escolha profissional. a equipe de saúde deve sempre pesar os benefícios de informar a clientela frente a um procedimento ou tratamento impossível de ser executado dado às condições locais. Ele propôs uma ação integrada entre políticos. muitas delas. cardiopatias severas. junto com a equipe de saúde. para que uma decisão precipitada não torne ainda mais penoso o luto que vem a seguir. 134 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . lã e seda. Internacionalmente. em 1840. o que antes era improvável. uso de drogas. O problema é magnificado quando a vida pode ser mantida ainda por longos períodos com o uso de procedimentos invasivos ou tratamentos penosos. educação e liberdade. um profissional de saúde mental deverá ser convocado para apoiar o adolescente. descreveu pela primeira vez a estreita associação entre pobreza e enfermidade a partir de suas experiências com o tifo epidêmico (1827-28) e com uma epidemia de cólera (1831-32). entre outros. Este enfoque facilita a abordagem de diversos problemas. Marco histórico conceitual Do ponto de vista histórico. mas é importante também que não sejam alvo de um repasse de responsabilidades frente a condutas a serem seguidas. Virchow. deve ouvir o paciente e sua família e procurar colaborar prestando o máximo de informações. nem sempre o significado da morte está claro. Os dois grandes marcos da promoção de saúde podem ser considerados os . pressão de grupo. em 1820. da Universidade de Edimburgo. revendo a literatura. passíveis de melhoras significativas ou mesmo cura com o uso das novas tecnologias. na Alemanha.2) o adolescente não responde ao tratamento e quer viver. quando determinou que as grandes tarefas da medicina eram as de promoção de saúde. Na Grã-Bretanha. como atividade sexual precoce. a evolução do conceito de promoção de saúde acompanha a própria evolução do conceito de saúde-doença. Escócia. que o desejo de morrer está fora de proporções com relação ao sofrimento. lideranças. Portanto. o sofrimento é grande e os esforços de prolongar a vida implicam somente estender o sofrimento. tomada de decisão e planejamento de estratégias. Esta situação gera o que se chama de oportunidades perdidas de promoção de saúde. Outro ponto importante é o reforço da necessidade da participação comunitária de forma efetiva para o estabelecimento de prioridades. No Informe de Mc Lalonde. Os serviços de saúde. Seu potencial crítico. uso indevido de álcool e drogas. justiça social e igualdade de direitos dos cidadãos. A OMS propõe: . diante da complexa realidade político-social de nosso tempo. os profissionais de saúde não encaram como sua a tarefa de participar na formação dos jovens. utilização adequada dos recursos públicos.promover e apoiar a criação de uma rede de participação comunitária na promoção e proteção à saúde. principalmente em questões ligadas à sexualidade. mediante a educação. na qual o público exerce meramente um papel passivo de receptor dos programas educacionais desenvolvidos por profissionais e especialistas. portanto. melhores condições para decidir de forma autônoma. ecossistema favorável. adquirindo assim. a promoção da saúde representa um campo de ação amplo que exige o envolvimento da população. econômico e cultural. o Programa de Saúde do Adolescente vem procurando atuar de forma preventiva e incentivando atividades de promoção de saúde. criativo. Campos veem a juventude como um grupo chave para qualquer processo de transformação social. Na maioria das vezes. por representantes de 38 países que se comprometeram como sendo as condições fundamentais de saúde: paz. moradia. quando adequadamente canalizado. conhecimentos. pode ser a mola propulsora de mudanças positivas. visando ampliar os conceitos de saúde em suas vertentes social. os principais problemas de saúde apresentam estreita relação com os estilos de vida e os fatores do meio ambiente – social. os modos de . Por outro lado. estilo de vida e organização do cuidado médico. inovador e participativo. madura e responsável. participação social e protagonismo juvenil apoia-se no processo de educação e saúde para a cidadania. reforçando habilidades que aumentariam suas opções para o exercício de um controle maior sobre sua própria saúde e de seu meio ambiente. Seguindo a orientação da Organização Pan-americana de Saúde – OPAS. com a mídia. Esta relação significa a base essencial do processo de intercâmbio entre educadores (profissionais) e educandos (jovens). ratifica a importância da implementação de atividades intersetoriais de promoção de saúde e de prevenção de riscos que afetam a população em situação de vulnerabilidade. foram definidos os campos de saúde em grandes componentes: biologia humana. o jovem vai aprendendo a pensar e agir. . Buscar a participação dos jovens nesse processo pedagógico de auto cuidado deve ser um desafio permanente para os profissionais de saúde. percebesse ainda uma grande dificuldade da sociedade debater assuntos polêmicos. Recomendações da Organização Mundial de Saúde – OMS A OMS. nos programas propostos para o novo milênio. 135 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . salário. Atualmente existem diferentes enfoques teóricos e práticos de como fazer “promoção de saúde”. A Carta de Ottawa é um documento firmado em 1986. meio ambiente. educação. Entretanto. combater hábitos não saudáveis como tabagismo. por ocasião da Conferência Internacional de Promoção de Saúde no Canadá. informação e ações específicas. atitudes e práticas individuais e coletivas que influenciem as condições de vida da população. deveriam criar canais de negociação entre as diversas instâncias da sociedade. limitando-se ao atendimento de acordo com sua área de competência técnica. A partir desse convívio democrático.promover e apoiar programas que objetivem a melhoria do ambiente físico e o controle de risco de saúde ambiental. Por sua vez. prejudicando a divulgação de informações que poderiam favorecer a adoção de práticas saudáveis de vida. Costa reforça esta fundamentação e afirma que o paradigma que norteia a ação do “Protagonismo Juvenil” fundamenta-se num modelo de relação pedagógica pautada na solidariedade entre os adultos e os mais jovens. .apoiar os programas destinados a promover estilos de vida e comportamentos saudáveis. Para a OMS.colaborar com a formulação de programas de promoção e proteção à saúde de grupos vulneráveis da população. promover a saúde de jovens exige o desafio da criação de estratégias mais eficazes de participação. Deve-se levar em consideração que a juventude atual mantém outra relação com o mundo. eles não estão capacitados para prestar uma abordagem integral na atenção ao adolescente.Informes Lalonde e a Carta de Ottawa. A conexão que se faz entre promoção de saúde. A Carta rejeita o enfoque tradicional da educação em saúde. com as diversidades de grupos sociais. . cultural e política. Estas restrições impedem uma orientação adequada dos jovens. Defende a ideia de que as pessoas deveriam agir ativamente. e especialmente em torno de valores. alimentação. Canadá. Para autores como Cerqueira. para que esta incorpore estilos de vida saudáveis e melhore o seu auto cuidado. que são setores importantes no processo de socialização e organização dos adolescentes e jovens. Todavia. que deve ser entendida não só como uma ação de direito. essas faculdades na construção gradativa da autonomia que ele exercerá no mundo adulto. o jovem assume um papel primordial. Assim. O líder deve aprender a lidar com as contradições entre o mundo jovem e o adulto. A participação dos jovens é fundamental na execução das atividades e principalmente na tomada de decisão. O processo de participação juvenil exige o desenvolvimento de determinadas habilidades para que o jovem possa exercer seu papel. Por outro lado. desenvolvendo e fortalecendo laços de solidariedade. previnam. Portanto. é necessário inovar na criação de estratégias que sejam mais eficazes para ampliar a participação de jovens na organização de um serviço de saúde. igrejas. Neste âmbito. O líder juvenil deve ter a capacidade de orientar o grupo na realização de atividades vinculadas a estilos de vida saudáveis. em que os jovens possam influir no processo de decisão e planejamento. enfim com a própria vida. vão se preparando para enfrentar os dilemas da sociedade adulta. Todas estas medidas se apoiam em diretrizes que favorecem o desenvolvimento humano e social. entre outros. o mesmo autor conceitua metodologia participativa como “toda ação que coloca os sujeitos participantes do processo como atores principais. Nesta perspectiva. Nesta mediação. A partir dessa atuação conjunta é que se estabelece a troca de informação entre os sujeitos. Segundo Costa. uma relação de interação com os sujeitos envolvidos no processo de transformação. tais como esporte. Eventos culturais e de lazer podem ser aproveitados pela equipe de saúde para a sensibilização e mobilização deste segmento populacional para a promoção de sua saúde. uma referência e um modelo de comportamento para os demais jovens. A promoção de saúde também depende da aplicação de métodos e técnicas de educação para a saúde. valorizando e incorporando suas histórias de vida como ferramentas de trabalho e de construção coletiva”. Ele se torna. isto é. vem defendendo a importância de os jovens participarem cada vez mais dos momentos de planejamento e execução dos Programas de Saúde nas Unidades Básicas. Nesta ótica é importante que o profissional de saúde tenha clareza de que um trabalho eficaz de promoção de saúde pressupõe uma integração intersetorial. estimulando um processo de gestão comunitária. incluindo os fatores de risco ambiental. a Unicef. programas sociais. Organização de serviços de saúde Os serviços de saúde no nível primário de atenção devem estar estruturados a partir da lógica dos preceitos de promoção de saúde e prevenção de agravos e precisam levar em consideração a equidade social. Portanto. lazer. cultura. Não se pode dizer que há um trabalho participativo sem antes haver convivência. A intersetorialidade pode ser uma estratégia de articulação em rede. Em termos práticos é a partir do encontro entre profissionais e população alvo (adolescentes e jovens) que esta metodologia se concretiza. Assim. em consonância com as diretrizes da OPAS. controlam e reduzem os fatores condicionantes ambientais que põem em risco a saúde dos adolescentes e jovens. a participação é a condição indispensável para fazer acontecer o protagonismo juvenil. . justiça e religião. a dificuldade está em encontrar a medida certa entre saber ouvir e entender o mundo adulto sem abrir mão das características e demandas específicas do grupo que ele representa. Há entusiasmo e vitalidade para a ação grupal com ideias e criatividade. mas como uma contribuição para a sociedade civil no processo democrático. por sua tendência natural de interação com outros jovens. a democratização e a sustentabilidade de ações que promovam a saúde.produção. Sugere-se uma atuação com outras áreas. onde a pluralidade e o conflito de interesses são constantes. 136 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . de forma coletiva e crítica. cidadania e democracia. ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo. Portanto. Primeiro é preciso identificar lideranças juvenis e engajá-las no movimento social de proteção à saúde. O jovem deve adquirir conhecimentos para desenvolver suas habilidades para a vida e estar motivado a atuar de maneira que promova a sua saúde e seu desenvolvimento. O incentivo ao protagonismo juvenil é justamente o de capitalizar a tendência dos adolescentes na formação de grupos no sentido de favorecer seu desenvolvimento pessoal e social. tendo a capacidade de se articular coletivamente com outros jovens. Deve-se criar condições para que o educando (jovem) possa exercitar. estas são qualidades importantes para o desenvolvimento do Protagonismo Juvenil. comunicação social e capacitação de diversos atores. o conceito de participação assume um sentido maior quando os sujeitos se encontram para uma atuação coletiva. mobilizar e aglutinar jovens pressupõe a adoção de metodologias participativas e de estratégias inovadoras. torna-se premente que os jovens construam espaços de sociabilidade espontânea nas escolas. a solidariedade entre os setores da sociedade não deixa de ser uma forma estratégica de amenizar os efeitos devastadores da pobreza. Para Flisfisch. Os serviços de atenção primária devem incorporar novas práticas de saúde. Em sentido mais amplo. os adultos devem deixar espaços para que os adolescentes adotem outras formas de organização e de expressão. 137 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . ambiental. para que se sintam valorizados e à vontade nos mesmos. A consulta do adolescente e jovem Os adolescentes atravessam um processo dinâmico e complexo de maturação. como por exemplo: acidentes. ávidos para participar na construção de um projeto de vida melhor. a articulação dos serviços de saúde com outras instituições da área. a monitorização. devem ser trabalhadas de forma lúdica. refletir e auxiliar na resolução de outras questões distintas do motivo principal da consulta. Uma acolhida hostil. A divulgação nas unidades básicas de saúde dos serviços disponíveis aos jovens nas escolas. É neste contexto que o protagonismo juvenil emerge como alternativa válida e eficaz para permitir que o jovem vivencie e incorpore valores que se originam no grupo. capazes de fortalecer habilidades pessoais e profissionais. visando à solução de problemas. Diante desse cenário. Pelas características próprias dessa etapa do desenvolvimento. A proposta deste capítulo é abordar situações e peculiaridades da consulta do adolescente e jovem. que imponha uma série de exigências. eles se predispõem a novas experiências testando atitudes e situações. Para muito além das palavras. Embora os programas de atenção ao adolescente já estejam sendo implementados há quase três décadas. uso de drogas e distúrbios alimentares. A consulta desta clientela nos serviços de saúde deve ter como objetivos além da prevenção de agravos. Assim. a alternativa viável e coerente é a modificação da ênfase dos serviços de saúde dirigidos a essa clientela. para que não se perca a dimensão da continuidade das ações. Para que isto aconteça é preciso o envolvimento em processos de discussão. A acolhida nos serviços deve ser cordial e compreensiva. violência/brigas. além de um conteúdo técnico correto. muitas vezes eles têm dificuldades em respeitar os horários e as datas de agendamento. pode afastar o adolescente. A programação de estratégias envolvendo os gestores locais é fundamental. que podem ameaçar sua saúde presente e futura. Mesmo vivendo numa época de mudanças aceleradas. e que darão as bases para a mudança de comportamento. o tratamento e a reabilitação dos problemas de saúde. ao invés da atenção estritamente biológica e curativa. os profissionais de saúde devem criar condições de atuação em áreas onde os adolescentes desenvolvam atividades coletivas. gravidez não planejada. como na organização de eventos educacionais e culturais. . eles ainda dispõem de poucos espaços para participar da vida política e social de sua comunidade. cada visita oferece ao profissional a oportunidade de detectar. Esta seria uma forma de adolescentes e jovens gerarem mudanças decisivas na realidade social. imprimindo impacto nas políticas públicas. abuso sexual e físico. Portanto. decisão. A entrevista é um exercício de comunicação interpessoal. perdendo-se a oportunidade de adesão ao serviço. influindo na vida comunitária e social. é uma forma estratégica para a promoção de saúde. práticas sociais e direito/legislação. A recepção nos serviços de saúde Independentemente da razão que faz com que o adolescente/jovem procure o serviço de saúde. eletrônicas e/ou digitais. determinando que o serviço construa mecanismos de organização mais flexíveis. doenças sexualmente transmissíveis. Além disso.Algumas vezes a população juvenil não está consciente de que necessita dos serviços de saúde ou não sabe que estes serviços estão disponíveis. clubes e igrejas e a revelação de experiências inovadoras por meio de publicações impressas. o diagnóstico. o surgimento de novas habilidades cognitivas e seu novo papel na sociedade são determinantes do questionamento de valores dos adultos que os cercam. visto que estes são espaços legítimos para a promoção do auto cuidado. observam-se mudanças significativas no perfil de morbimortalidade neste grupo populacional. cultural e política. ajudam a ampliar o acesso a informações. Os profissionais de saúde devem incluir medidas preventivas como um componente fundamental de sua prática assistencial. gerando novas formas de saber. muitos jovens estão à procura de situações e de experiências que os ajudem a encontrar o sentido de sua existência. a proposta deste tipo de protagonismo parte do pressuposto de que os jovens podem ultrapassar os limites de seu entorno pessoal e familiar. que engloba a comunicação verbal e a não verbal. Às vezes nem percebe as situações de risco que está passando e que poderia buscar ajuda para problemas como os ligados à saúde sexual e reprodutiva. bastando encontrar espaços para fazer valer suas ideias. planejamento e execução de ações. entre outros. É importante enfatizar que as informações. Para alcançar a mudança social devem assumir o papel de protagonistas pelo menos em três enfoques: políticas públicas. com aumento de problemas que poderiam ser evitados por medidas de promoção de saúde e prevenção de agravos. uso de drogas. tom de voz e expressão facial do cliente. As transformações corporais. gestos. deve-se estar atento às emoções. Apesar de os jovens serem frequentemente colocados como agentes do presente. Esses eventos propiciam um intercâmbio de conhecimentos e experiências entre profissionais e jovens. Por isso. para impedir interrupções. De acordo com os protocolos de controle de pressão arterial. tendo-se clareza de que não há obrigatoriedade de esgotar todos os tópicos em uma única ocasião. a importância da prévia adequação destes às realidades locais para que se alcancem os objetivos propostos. agradável e confortável para os clientes e seus acompanhantes. incluindo seu papel na promoção da saúde física e mental e como fator de socialização. Isto pressupõe locais amplos. reforçar mensagens de promoção de saúde. vídeos. A porta do consultório deve permanecer fechada durante a consulta. As ações preventivas como componentes da consulta De acordo com a Associação Médica Americana. promover imunização adequada. 138 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Além disso. e que tenham cuidado na travessia de ruas movimentadas ou cruzamentos. A adequação do espaço físico Em geral. bem ventilados e limpos. bem como os adolescentes que apresentarem múltiplos fatores de risco para doença cardiovascular (fumantes. O bom senso determinará a melhor forma de relacionar as inúmeras questões aqui enunciadas. obesos. 2. e a sala deve ter espaço sufi ciente para conter mobiliário que permita a entrevista do adolescente e de sua família. adequados para o desenvolvimento de atividades de grupo que podem ter múltiplos objetivos. e que sempre usem cintos de segurança. não se revestindo de um caráter inquisitivo. . assegurando a privacidade do exame físico. 3. Cabe ressaltar. as visitas de rotina de adolescentes e jovens e suas famílias aos serviços de saúde configuram-se como oportunidades para: 1. identificar adolescentes e jovens que estejam sujeitos a comportamentos de risco ou que se encontrem em estágios iniciais de distúrbios físicos e/ou emocionais. hábitos nutricionais adequados. Devem aconselhar também que evitem provocações e revides em situações conflituosas em vias públicas. desenvolver vínculos que favoreçam um diálogo aberto sobre questões de saúde. diabéticos ou os que consomem uma dieta rica em gorduras saturadas e colesterol). programas de informática) é de grande valor porque ajuda a aproveitar o tempo livre e permite o acesso e reforço de informações relevantes. os adolescentes preferem uma sala de espera exclusiva para sua utilização nos horários de atendimento. de conversar sobre a importância do afeto e do prazer nas relações amorosas e para alertar sobre situações de risco para abuso e/ou exploração sexual. A sala de exame deve ser separada do espaço da entrevista. integração com a equipe e educação para a saúde. álcool/drogas e anabolizantes deve ser investigado nas consultas para a adoção de medidas preventivas e. deve-se alertar quanto à necessidade do adequado condicionamento físico antes de exercícios ou práticas esportivas. O acesso a materiais educativos (livros. entretanto. tais como a apresentação do serviço. Outros assuntos importantes são as dificuldades escolares e no trabalho. é de fundamental importância que a equipe possa ser facilmente reconhecida pela clientela – através de crachás – para permitir a identificação do profissional a quem deve se dirigir no esclarecimento de suas dúvidas ou em busca de informações específicas. acolhedor. incluindo os benefícios de uma alimentação saudável e da manutenção do peso ideal. Esse espaço deve ser. Aqueles com história familiar de hipercolesterolemia deverão ser investigados com dosagens séricas de colesterol total. Todos os adolescentes e jovens deverão receber esclarecimentos a respeito de seu crescimento físico e desenvolvimento psicossocial e sexual. Os adolescentes deverão receber esclarecimentos sobre cuidados com a saúde oral. auxiliando os usuários a circularem pelos serviços. revistas. todos os adolescentes e jovens deverão ter sua pressão arterial aferida anualmente. As vantagens da realização de atividade física regular deverão ser reforçadas. Essa abordagem deverá ser desenvolvida de forma criativa. As consultas são momentos privilegiados para o aconselhamento de práticas sexuais responsáveis e seguras. 4. O uso de preservativo deve ser enfatizado como prática indispensável na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e de infecção pelo HIV. Na abordagem da prevenção de acidentes de trânsito. acima de tudo. bem como sob os efeitos de substâncias psicoativas. Deve ser enfatizada a importância de se tornarem ativamente participantes nas decisões pertinentes aos cuidados de sua saúde. se necessário. encaminhamento. No entanto. o profissional de saúde deve orientar os jovens a não dirigir alcoolizados. A utilização de materiais educativos é de grande ajuda no desenvolvimento de ações preventivas. Os ambientes devem ser bem sinalizados. hipertensos. Esta é também uma oportunidade de esclarecimento de dúvidas. O consumo de cigarros. é a participação de outro profissional da equipe como observador durante este momento da consulta. a forma como utiliza as horas de lazer. A entrevista com a família é fundamental para o entendimento da dinâmica e estrutura familiar e para a elucidação de detalhes importantes. Assim. entretanto. com características próprias. deve-se realizar o exame físico completo na primeira consulta. entre outros. ou se houver algum indício de situações de sedução de ambas as partes. já que se trata de um grupo heterogêneo de indivíduos. além das diversidades de cada sujeito. Não existe um perfil específico de profissional de saúde para o atendimento de adolescentes/jovens. Sempre que possível. resultando em oportunidades perdidas no diagnóstico de problemas de saúde. ou para aqueles que não se sentem à vontade para proceder ao exame físico. evitando fazer julgamentos. incluindo a possibilidade de referência para outro profissional. Dadas estas dificuldades. – buscar de forma contínua. Isto inclui a avaliação de como ele está se sentindo em relação às mudanças corporais e emocionais pelas quais está passando. muitos profissionais optam por não realizar o exame físico completo. especialmente no que diz respeito à abordagem de determinadas temáticas como sexualidade e uso de drogas. O exame físico deve ser uma oportunidade de o profissional abordar temas educativos com o cliente em relação a seu corpo. atualização técnica na área específica de atuação profissional. seu relacionamento com a família e com seus pares. recomenda-se também a presença de um componente da equipe durante o procedimento. A orientação sobre hábitos higiênicos é também um aspecto importante a ser tratado neste momento. observação cuidadosa de pele e mucosas. Algumas características. gênero. devem ser ressaltadas como muito importantes: – estar disponível para atender o paciente e sua família sem autoritarismos. pesquisa de cáries dentárias. o profissional deverá buscar explorar as razões que determinam esse comportamento. 139 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Além de reconhecê-las e tentar superá-las. Dinâmica da consulta Em termos ideais. esse espaço permite que o adolescente/jovem aborde alguns aspectos sigilosos que o estejam preocupando. incluindose um screening visual. Outra situação que deve ser observada é a possibilidade de o profissional de saúde sentir-se seduzido pelo paciente e vice versa. não existem disciplinas que desenvolvem esta habilidade levando em consideração o desconforto causado ao profissional. escolaridade. suas vivências anteriores no serviço de saúde. buscando compreender sua perspectiva. Isso decorre do fato de que. Além disso. de forma progressiva. entre tantas outras. revelando o que está normal durante a avaliação. – não ser preconceituoso. A explicação prévia do que e como será realizado o exame físico é importante para tranquilizar o adolescente e diminuir seus temores. Frente às . adolescentes mais jovens ou mais velhos. Entrevistar o adolescente sozinho oferece a oportunidade de estimulá-lo a expor sua percepção sobre o que está acontecendo com ele. No caso de o adolescente mostrar-se constrangido com a realização do exame físico. devem existir dois momentos na consulta: o adolescente sozinho e com os familiares/acompanhantes. sexual e pujança de vida. Uma alternativa para o profissional em formação. meio familiar. Nesta oportunidade podem surgir outras opções no manejo do caso. é desejável que o profissional responda a essa expectativa. – estar atento ao adolescente e ter capacidade de formular perguntas que auxiliem a conversação. não raro o adolescente encontra-se ansioso ante a perspectiva de achados anormais. É importante salientar que durante a anamnese podem surgir barreiras de comunicação. alguns instrumentos são fundamentais para o registro dos dados obtidos no atendimento. O Exame Físico O exame físico é o procedimento que apresenta o mais elevado grau de dificuldade para o profissional de saúde pouco habilitado. Uma alternativa para vencer essas dificuldades é apresentar a situação à equipe e discutir soluções ou encaminhamentos. do aparelho genital. Além da ansiedade frente ao manuseio do corpo. torne-se responsável pela própria saúde e pela condução de sua vida. Na realização da consulta clínica. O profissional de saúde não deve ficar restrito a obter informações sobre o motivo focal que levou o adolescente ao serviço de saúde e sim conhecer o cliente como um todo. há que se ressaltar aquelas relacionadas à faixa etária. O profissional deve ter clareza de seu papel e evitar outros tipos de relacionamentos que não o estritamente técnico. Especificamente em relação a esse grupo populacional.A entrevista – características do profissional de saúde A entrevista não deve obedecer a formatos rígidos e preconcebidos. na formação do médico ou enfermeiro. expectativas em relação ao atendimento atual e seus planos para o futuro. e que. pela necessidade de manipulação do corpo de um indivíduo em pleno desenvolvimento físico. adolescentes que moram com suas famílias ou não. como por exemplo por meio da instrução do autoexame das mamas e dos testículos. exame da coluna vertebral. o conjunto de profissionais de diferentes disciplinas interage para prestar atendimento ao cliente. 140 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . os enfoques epidemiológico. Deve contar também com equipes multidisciplinares e com a articulação entre especialistas clínicos e cirúrgicos. Para melhor efetividade. Esses serviços devem assistir adolescentes e jovens referidos dos outros níveis de atenção. às vezes em diferentes locais. os recursos políticos e institucionais. costumes e particularidades. O trabalho interdisciplinar tem como principal característica a prestação do serviço a uma mesma população por meio da interconsulta ou referência. que devem interagir por meio de um enfoque interdisciplinar. com coordenação adequada entre eles. assegurando-se a integralidade e continuidade da atenção. Para a organização dos serviços de atenção primária. é realizada de forma independente. Repensando um novo paradigma A equipe pode aproveitar o momento da consulta dos adolescentes e jovens para trocar informações e perceber as novas tendências da população alvo. A característica do nível secundário é dispor de uma infraestrutura adequada e de uma equipe interdisciplinar. Níveis de atenção De acordo com o grau de complexidade. contribuindo para o aumento da qualidade da atenção prestada. é necessário saber mais sobre sua vida. O gerente dos serviços deverá mobilizar. As responsabilidades com o paciente devem ser compartilhadas com todos os componentes da equipe e especialistas. o que é garantido por meio da integração entre os três níveis. . tratando-se de um segmento em constante mudança. O nível secundário compõe-se de ambulatórios de maior complexidade. psicólogos. Nível Primário: O nível primário corresponde à instância de maior descentralização do sistema político administrativo. ecológico. Nível Secundário: É o nível articulador entre os sistemas de baixa e alta complexidade.peculiaridades de um corpo em amadurecimento. Essa integração é feita por meio de discussões conjuntas. O atendimento por equipe concentra-se no problema. Esta presença poderá facilitar a adesão e cooperação do grupo de usuários. Deve ter em mente que. familiar e comunitário devem ser utilizados. Na atuação em equipe multidisciplinar. Essa atuação. Os dados relacionados à anamnese e ao exame físico devem ser registrados em formulários apropriados adotados pelos serviços. são imprescindíveis. mesmo com uma boa interação entre os componentes da equipe. além do estagiamento puberal (critérios de Tanner). enfermeiros e assistentes sociais com formação em saúde do adolescente. a aferição de medidas antropométricas e a disposição dessas em gráficos (NCHS). A rede de serviços de saúde deve estar organizada em níveis de complexidade crescente. para um atendimento especializado e diferenciado. evitando-se visões fragmentadas. onde as decisões são compartilhadas e tomadas dentro das diferentes perspectivas. também chamados policlínicas. o cliente deve transitar entre os níveis de atenção sem perder a continuidade de seu atendimento. Esta hierarquização é importante para o funcionamento de uma rede de serviços que utiliza um sistema de referência e contrarreferência. por meio de medidas de promoção de saúde e prevenção de agravos. além do acompanhamento das questões prevalentes de saúde. em nível local. secundário e terciário. A participação do cliente é fundamental na organização dos serviços. na maior parte das vezes com médicos. Nível Terciário: Este nível corresponde à atenção de alta complexidade em serviço de internação hospitalar. como também por serviços inseridos em hospitais. resultando em uma proposta terapêutica mais eficaz. coordenando e facilitando os graus de participação do usuário e de suas famílias. os serviços de saúde classificam-se em três níveis: primário. A equipe de saúde A atenção integral à saúde dos adolescentes e jovens requer a participação de profissionais de diversas disciplinas. A localização do serviço de saúde próxima às comunidades melhora o controle dos problemas de saúde da população adstrita. apenas de cada especialidade e/ou disciplina. Esta característica facilita a criação de mecanismos de articulação interinstitucionais e intersetoriais. Outro aspecto relevante a ser enfrentado por adolescentes portadores de doenças crônicas é a dificuldade de estabelecer ou manter os vínculos afetivos. entre outros. como imunização. a piora da doença pode contribuir com alterações na aparência física. Uma imagem corporal insatisfatória pode causar sentimentos de desvalorização e inferioridade. compreendendo. ou de sua família. Frequentemente. dificultando a adaptação ao processo crônico e causando transtornos emocionais e nas relações interpessoais. e só pode ser compreendida quando situada no . Esta rebeldia pode culminar com atitudes extremas de negação da doença e falta de adesão ao tratamento. o impacto nos adolescentes e em suas famílias independe do caráter específico do processo patológico. Entre as causas destas dificuldades podemos citar as limitações de atividades físicas com prejuízos à socialização. anteriormente. O crescimento estatural é um dos indicadores mais sensíveis de disfunção orgânica durante a infância e fase inicial da adolescência. As principais características da puberdade consistem no aumento da velocidade de crescimento e na maturação sexual. A atenção prestada a essa clientela não se poderá restringir aos aspectos clínicos da doença de base. hoje há uma tendência ao aumento da prevalência de doenças crônicas e incapacitantes em adolescentes e jovens. em função das características de cada uma. os adolescentes portadores de doenças crônicas conseguem ter uma assistência médica específica. alteração patológica irreversível ou requerem períodos prolongados de supervisão. Por isso. anoxia tissular. já que a estrutura dos sistemas educativos tende a homogeneizar os alunos. para diminuir a autoestima. A sexualidade não é apenas um fenômeno biológico. Na adolescência. criando um ciclo vicioso constituído pela transgressão aos regimes terapêuticos propostos e consequente agravamento da doença. Apesar da grande diversidade dessas doenças. Alguns não aceitam simplesmente obedecer. prevenção do uso de álcool. saúde sexual e reprodutiva. a equipe de saúde deve ficar atenta. bem como às suas repercussões na saúde integral dos pacientes. Contudo. são sinais frequentes de algumas doenças crônicas. geralmente os profissionais de saúde não dão ênfase às ações preventivas. 141 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . inflamação crônica. o indivíduo atravessa um período de busca de autonomia. Estima-se que de 7% a 10% da população juvenil tem uma doença crônica importante. Retardo na velocidade de crescimento e a baixa estatura decorrente. ignorando as limitações impostas por seu problema de saúde. Por sua vez. monitorização do crescimento e desenvolvimento. observação. além do atraso puberal. e a organização da assistência a esse grupo pela equipe de saúde. A gênese da baixa estatura e do atraso puberal é complexa e multifatorial. o agendamento de consultas e exames no horário escolar. O estresse provocado pela doença não varia.Assistência ao Adolescente Portador de Doença Crônica As doenças crônicas são definidas como aquelas que provocam no indivíduo invalidez permanente ou residual. se houver prejuízo na aparência ou se o uso de medicações provocar efeitos colaterais antiestéticos. e sim de acordo com as limitações impostas pela enfermidade. determinavam morte precoce. prioritariamente. Este capítulo aborda dois temas: os problemas que o adolescente e sua família enfrentam quando vivem um processo de doença crônica. perda proteica. prevenção de problemas escolares. prejudicando ainda mais a autoestima. Por isso. A doença crônica pode interferir na sexualidade do adolescente. é também social e psicológico. interferência nas atividades cotidianas e nos projetos futuros. distúrbio ácido básico e efeitos de medicações utilizadas no tratamento. questionando a autoridade médica. o que permitiu a sobrevivência em situações que. O adolescente portador de doença crônica Os profissionais envolvidos na assistência a adolescentes portadores de doença crônica devem estar atentos aos efeitos da doença primária. fumo e drogas ilícitas. nutrição inadequada. Muitas vezes a escolarização desse grupo é interrompida ou dificultada. As últimas décadas registraram um grande crescimento nas intervenções médico cirúrgicas de alta complexidade e nas tecnologias de apoio. as internações frequentes e a interferência da própria doença em habilidades cognitivas prejudicam o aproveitamento escolar. em detrimento de suas singularidades e problemáticas individuais. o absenteísmo escolar e do local de trabalho devido às necessidades impostas pelo controle da doença. com permanências prolongadas. entre outros fatores. A exigência de repouso ou mesmo de internação hospitalar. atenção e/ou reabilitação. junto com os demais componentes da doença. Durante a adolescência a imagem corporal é extremamente importante. ameaça estes vínculos. além da capacidade de os adolescentes e suas famílias lidarem com a situação. Esses sinais poderão contribuir. devendo estender-se ao acompanhamento do crescimento físico e emocional e do desempenho afetivo e social. saúde oral. As limitações de mobilidade. encontra-se a dificuldade econômica em manter o tratamento (custo alto das medicações. Impacto na mobilidade. sentem-se assustados e desvalorizados. governavam a vida dos filhos e tinham com eles uma relação de dependência. Além disso. uma consequência natural do processo de amadurecimento. Portanto. tão importantes na qualidade de vida de adolescentes e jovens. O diagnóstico de uma doença crônica provoca um impacto na família que não pode ser esquecido. deixando de estimulá-los em todo o seu potencial. Isto pode levar à falta de orientação sobre a utilização de contraceptivos e desvalorização das queixas referentes a dificuldades relacionadas com o namoro ou o ato sexual. com melhoras e pioras frequentes. Nas duas situações. prognóstico. As limitações de mobilidade dificultam o desenvolvimento de autonomia. A baixa capacidade intelectual e de habilidades cognitivas interfere no entendimento da doença e consequentemente no cumprimento do plano de tratamento. 4. os episódios de dor e outros sintomas decorrentes da doença despertam angústia e impotência nas famílias. Por outro lado. não depende somente dos agentes estressantes. determinando a necessidade de mudanças na maneira de entendê-los e de agir em relação a eles. como os anticoncepcionais orais. relações sociais. que alguns profissionais de saúde tendem a negar a possibilidade de prática sexual destes jovens. Por um lado. Época de instalação da doença As doenças crônicas podem originar-se na infância ou até mesmo ao nascimento. sobretudo. por exemplo. crônica e persistente ou com períodos de exacerbações e remissões. mas. A presença da doença crônica é um fator complicador nas relações familiares. criando um ciclo vicioso que prejudica o tratamento. Outro aspecto relevante diz respeito às dificuldades enfrentadas por adolescentes com lesões de medula óssea ou usuários de medicações que interfiram em sua libido. sentem-se aliviados pela diminuição de responsabilidades e trabalho em relação aos cuidados do filho doente. previsibilidade dos agravos) Dependendo da forma como a doença se manifesta. leva os responsáveis a ter sentimentos ambíguos. são onerosos. gastos em transporte ao serviço de saúde. As dificuldades decorrentes do adoecimento de um filho adolescente ou jovem são compartilhadas. aquela caracterizada por grandes oscilações. quanto à saúde sexual e reprodutiva. Uma doença de curso mais estável. Observa-se. Por outro. até então. Impacto econômico nas famílias Os tratamentos e tecnologias de apoio necessários aos cuidados com o portador de doença crônica. pelo risco das complicações decorrentes do uso. na maioria das vezes. porque. A aquisição de autonomia e independência de filhos portadores de doença crônica. O impacto da doença na vida do adolescente tem íntima relação com a fase do desenvolvimento que ele se encontra. auto determinação. A autonomia significa auto governo.âmbito e nas regras da cultura em que se vive. geralmente propicia o desenvolvimento de processos de adaptação. outro aspecto a ressaltar abrange as limitações específicas de algumas doenças quanto ao uso de métodos contraceptivos. Natureza da doença (curso. Aspectos relevantes 1. 2. 3. Além disso. Outra dificuldade consiste na participação em atividades esportivas e de lazer. geralmente. O aspecto econômico pode desestruturar as relações familiares. e implica no direito de o indivíduo tomar decisões sobre a saúde. a reação do indivíduo a essa experiência. O excesso de trabalho e o tempo despendido no cuidado com o adolescente doente podem interferir no cotidiano e sobrecarregar alguns componentes da família. e em última instância sobre sua vida. os impedimentos motivados pela doença crônica poderão influenciar diretamente a vivência da sexualidade. pode haver variações no modo como o adolescente e sua família reagem. frequentemente abordados nas consultas pelos pais e/ou responsáveis. despesas com dietas especiais). A adolescência costuma gerar nos pais sentimentos de estranheza em relação aos filhos. em um curso progressivo. O conceito de resiliência O estresse é considerado uma experiência universal. já outros tendem a exigir demais destes para compensar as limitações da doença. Os profissionais de saúde deveriam sempre levantar este tipo de discussão quando perceberem que o sujeito poderá estar passando por essas preocupações. dos recursos disponíveis para lidar com . 142 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . de forma contundente por seus pais e/ou por outros adultos responsáveis por ele. alguns pais veem reduzidas suas expectativas em relação aos filhos. impede uma melhor organização emocional do indivíduo. Entre os problemas. nas habilidades cognitivas e na capacidade intelectual do indivíduo. reforço da autoestima. atenta para as exacerbações da doença e pronta para atendêlo. As repercussões negativas na imagem corporal podem ser minoradas trabalhando-se preventivamente de maneira paulatina. não pode ser esquecida pelo profissional de saúde. tendo em vista as limitações impostas pela doença em cada situação. líquido). a equipe que o assiste deve organizar-se no sentido de estar atenta e responder às suas necessidades. deve-se aproveitar as oportunidades e reforçar a confiança do paciente em si mesmo. A abordagem do adolescente pela equipe de saúde Independentemente do nível de complexidade do serviço onde o adolescente/jovem está sendo acompanhado. encorajar a atividade física. para que esta possa ser diagnosticada precocemente e se proceda o pronto encaminhamento. desenvolvimento e na maturação sexual dos adolescentes assistidos. desenvolvimento de relações de amizade e criação de oportunidades que permitam o acesso a outros recursos. Dentro dos esquemas possíveis de tratamento. A abordagem da família pela equipe de saúde Da mesma forma que os adolescentes portadores de doença crônica necessitam de cuidados especiais nos serviços de saúde. raciocínio lento. Para isso. Em caso de emergência. Como já foi ressaltado anteriormente. Esta interação pode ser realizada no espaço do serviço. sempre que possível. Para isso. envolvimento com a escola/comunidade. permitem uma reflexão sobre cidadania. a equipe de saúde deve convencer-se de que dar aos parentes informações sobre a doença e esclarecer suas dúvidas é fundamental. Isso é facilmente compreendido visto que . evitando-se disfunções. É preciso assegurar um sistema de referência e contra referência para unidades de saúde de complexidades distintas do local de tratamento. Com relação a orientação nutricional. entre outras coisas. reforçando a autonomia e independência do adolescente. O acesso ao serviço de saúde deve ser garantido ao adolescente. como por exemplo o horário de administração das medicações e a apresentação do remédio (pílula. O trabalho a ser desenvolvido baliza-se no entendimento da importância de se prestar assistência integral ao paciente e não apenas à sua doença. Estas parcerias podem facilitar atividades de educação e saúde. Um outro aspecto que pode auxiliar na conquista de autoconfiança é a troca de experiências entre adolescentes que vivenciam problemas similares de saúde. salvo nas contraindicações para as imunizações. compartilhando a responsabilidade pelas decisões e resultados. Da mesma forma. em atividades de sala de espera. deve-se permitir a participação do paciente na escolha do esquema terapêutico mais adequado. distúrbios nutricionais e faltas seguidas à escola e ao trabalho. Apoiar os adolescentes nas suas dificuldades na escola e no trabalho é também uma tarefa da equipe de saúde. Estimular o auto cuidado. A resiliência tem sido definida como a capacidade do indivíduo de recuperar e manter um comportamento adaptado após um dano. É importante perceber a interferência da doença e seu tratamento no crescimento. especialmente em equipe. O estabelecimento de uma “aliança terapêutica” parece ser a única alternativa efetiva para um melhor controle das doenças crônicas. tê-la como parceira no treinamento dos adolescentes em seu auto cuidado melhora sua efetividade. se necessário até sem agendamento prévio. com parcerias interinstitucionais e intersetoriais. distúrbios do sono. A inclusão do adolescente como participante ativo de seu tratamento. visto que. 143 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . São conhecidos alguns fatores que interferem de forma positiva na reação do adolescente aos eventos negativos vivenciados: conexão com pelo menos um dos pais. o adolescente necessita conhecer alternativas de atendimento em outros locais. falta de concentração. em qualquer esfera e contribuindo para que o adolescente se cuide e atinja de forma plena as suas potencialidades. para que ele aprenda a evitar as situações que exacerbem sua condição e enfrente as limitações cotidianas impostas por ela. Observa-se uma grande associação entre doenças crônicas e depressão. pode ser uma maneira de socializar o adolescente/jovem doente. portanto deve-se estar atento a comportamentos e emoções que indiquem depressão não justificada pela doença de base. A atualização do calendário vacinal. grupos terapêuticos ou ainda em programações recreativas extramuros. também as famílias requerem uma abordagem específica. a participação do adolescente no planejamento dietético é fundamental. é tarefa primordial da equipe de saúde em conjunto com sua família. além de reforçar a indispensável participação da família no tratamento. Exemplifica-se com as seguintes situações que podem ser apresentadas pelos adolescentes durante a consulta: abordagem de temáticas mórbidas. Um dos aspectos básicos a ser enfatizado é a família perceber claramente a gravidade dos problemas de seus filhos. com disponibilidade de atendimento por uma equipe multidisciplinar capacitada.eles. de acordo com a evolução clínica. direitos e deveres do indivíduo. é fundamental. Orienta-se que o plano de tratamento tenha como meta a diminuição do impacto da doença na vida do indivíduo e sua família. É essencial fornecer ao adolescente informações sobre a sua doença. perdas ou incompetência acaba atribuindo apenas ao indivíduo a responsabilidade de uma má qualidade de vida. A internação hospitalar correlaciona-se a diversos problemas e riscos específicos para a população idosa. tios. em constante relação com os outros e com modos singulares de adoecer. faz-se necessária a mobilização de todos os setores para beneficiar os idosos com a melhoria de sua qualidade de vida. é necessário avaliar o grau de dependência e instituir medidas voltadas para o alcance do maior grau possível de independência funcional e autonomia. compreensão e empatia. Os idosos apresentam o maior índice de hospitalização por faixa etária e o maior custo médio de hospitalização no país. Para atenuar estas incertezas. tanto como profissional quanto como pessoa. Comunicar com o idoso é um papel de destaque e confiabilidade. intuição. A dinâmica familiar pode estar sendo influenciada pelo medo de perder o filho. prevenir futuras complicações e especialmente melhorar a qualidade de vida. compartilhando suas experiências e sua vida. O relacionamento com os filhos pode ficar prejudicado porque os pais se sentem confusos quanto às atitudes que devem tomar. A assistência de enfermagem ao idoso deve ter como objetivo a manutenção e valorização da autonomia. atribuindo a dependência ao surgimento ou agravamento de doenças. socioculturais e psicológicos. Por estarem tão envolvidos no processo de assistência ao filho doente. é necessário entender o adolescente como um ser concreto. num mesmo contexto hospitalar. (Pavarini. Alertar os pais para a possibilidade de estarem negligenciando ou sobrecarregando os outros filhos é tarefa dos profissionais de saúde. (Rodrigues MR. Conviver com um filho portador de doença não transitória exige muita coragem e paciência. Cuidar autenticamente é estar e fazer-se presente com o ser que é cuidado. sempre que for necessário. apud Rodrigues MR. Do idoso O despreparo generalizado para lidar com o envelhecimento reflete-se em alguns indicadores. em algumas situações. Bretas ACP). 144 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . atende uma demanda de clientela variada em relação à complexidade assistencial. troque experiências pelo diálogo e favoreça o estar-melhor e o bem-estar desse ser. A dependência na velhice e multideterminada por eventos biológicos. que sinalizam a urgente necessidade de mudanças. fazendo com que muitos continuem a trabalhar exaustivamente para manter seu sustento. primos) e na comunidade. A associação de velhice com doença. é de fundamental importância que a equipe de enfermagem que realize o cuidado valorize o ser humano como singular. Sentimentos e atitudes são indissociáveis. Bretas ACP). em processo de crescimento e desenvolvimento. Para alterar este quadro de rejeição social. Para alcançar os objetivos de diagnosticar e monitorizar os problemas de saúde. como o vínculo entre ele e os pais e/ou responsáveis. frustrações e mágoas. confusão mental e diferenças culturais. reciprocidade e envolvimento autêntico na relação pessoa a pessoa. A participação da família em grupos de apoio promove uma troca de experiências com outras famílias que vivenciem situações semelhantes e ajuda a ampliar a capacidade de atuação dos pais no tratamento. muitos idosos chegam ao hospital com problemas de autoestima. Para tanto. No entanto. audição. além de intersubjetividade. algumas vezes os pais não se dão conta de que isso pode estar ocorrendo. torna-se necessário.nenhum profissional conseguirá estabelecer um vínculo tão forte com o seu paciente. O compromisso verdadeiro baseia-se em estar presente o ser que cuida e o ser que é cuidado de modo completo. fazem parte de um mesmo ser humano. a equipe de saúde deve oferecer apoio. que a equipe estimule a busca de apoio na “família ampliada” (avós. assegurar a execução das recomendações terapêuticas. sentimento de culpa e impotência. resgatando sua dignidade e criando oportunidades para que desfrutem de uma vida ativa na sociedade. Conclui-se que uma abordagem biomédica estrita é insuficiente e ineficaz na atenção ao adolescente portador de doença crônica. Neri. junto à sua família. O cuidado humanístico requer do cuidador sensibilidade. A equipe de enfermagem. pois deverá romper as barreiras impostas por limitações de fala. Para que aconteça o cuidado humanístico. Isto só será possível através da valorização de suas habilidades e conhecimentos e da adequação dos recursos disponíveis às suas necessidades. com independência e autonomia. principalmente porque o envelhecimento enfraquece diversos mecanismos fisiológico protetores. A dependência é inevitável à medida que se envelhece porem não a pode julgar como características exclusivas dos idosos. As contribuições à Previdência Social geralmente não se refletem de forma justa nos benefícios recebidos pelos idosos. Assim. inclusive assistência específica por profissionais de saúde mental e assistentes sociais. pois algumas situações da . sua família e cuidadores de idosos dependentes. Uma forma criativa de garantir o envolvimento dos idosos em atividades de lazer é a realização de passeios por locais de visitação pública. pelo fato de estar em um ambiente desconhecido. por exemplo: a reforma e a perda de um papel social ativo. caracterizadas pela hipertensão arterial. a orientação social para a juventude e a falta de respeito pela experiência de vida criam no idoso a ideia de que já não é útil. de modo a facilitar e garantir o acesso e a permanência dos idosos em todas as atividades físicas. Reabilitação dos idosos: . laborativas. já que para ele esse momento pode representar um período de solidão. A atuação de enfermeiros junto ao idoso deve estar centrada na educação para a saúde. entre outras. os profissionais de saúde podem executar atividades de impacto individual ou coletivo. com a adoção de hábitos saudáveis no presente (adulto jovem) para gerar tranquilidade no futuro. etc. conhecer novas informações. causando um comprometimento da capacidade funcional para as atividades básicas diárias. Carvalhais M. Entretanto. ao mesmo tempo. o acompanhante se torna uma peça fundamental. Estratégias para atendimento às necessidades específicas dos idosos. pois se torna um vínculo muito forte com o idoso hospitalizado. Na tentativa de criar estratégias para facilitar a reorganização dos serviços de saúde para que possam atender às necessidades de saúde dos idosos. a fim de melhorar a situação de saúde do doente e promoção do envelhecimento bem sucedido (Rabkin M. Promoção à saúde As atividades ligadas à promoção à saúde dos idosos devem ser realizadas junto a eles próprios e à sociedade como um todo. Para o idoso. 145 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . jardins zoológicos e botânicos. O idoso pode adquirir independência total ou parcial compatível com seu estilo de vida. sendo mais fácil identificar quais fatores de risco necessitam de intervenção junto às famílias e à comunidade. onde poderão desenvolver atividades físicas leves e. diabetes. Sousa L). Sob tal ótica. prevenção de agravos e prestação de assistência aos idosos. à dependência e ao bem. onde normalmente ele tem sua autonomia perdida e pode passar por um período de dependência de outras pessoas para desempenhar suas atividades de vida diária.Estabilizar o problema primário e prevenir complicações que podem ser tarefas difíceis frente à presença de múltiplas afecções. além de apoio familiar se deparar com a escassez de recursos financeiros. tendo como base o conhecimento do processo de senilidade. . Os profissionais que desenvolvem atividades na perspectiva da atenção básica estão mais próximos do conhecimento acerca das condições de vida e saúde destes idosos. no “cuidar”. acarretando enfraquecimento de muitas funções. Prevenção de agravos O envelhecimento é fisicamente caracterizado por uma degeneração gradual e progressiva dos órgãos. O objetivo primordial dos enfermeiros é atentar às necessidades básicas. voltadas para a promoção da saúde. como praças. o PAISI.Promover adaptação do idoso ao seu ambiente e à família. pois geralmente ele apresenta dificuldade para conviver com suas deficiências.Restaurar a função perdida. O envelhecimento vai-se alterando.estar do idoso. À medida que se envelhece. além de fornecer um alento.vida são fonte de depressão e sentido de inutilidade. A principal meta a ser alcançada tanto pelo PAISI como por qualquer outra iniciativa voltada para os interesses dos idosos é a mobilização da família e da comunidade para que assumam seu papel no processo de valorização dos idosos. o Ministério da Saúde implantou o Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso. Neste contexto o papel do enfermeiro é fundamental para a qualidade de vida. desencadeando limitações funcionais. É importante que os idosos iniciem ou retomem atividades que desenvolviam quando mais jovens. um elo entre a sua vida no hospital e sua identidade. embora a causa não possa ser resolvida. o que traz benefícios à sua saúde como um todo. Tal colocação tem como base a assistência de enfermagem tanto na saúde quanto na doença. É importante empenharmos nossos esforços para estimular a reflexão e mobilizar a sociedade. Estar em atento ao retorno das possíveis atividades do idoso e de sua capacidade funcional. As atividades devem estar voltadas para a divulgação de informações acerca do processo de envelhecimento para o idoso. . faz-se necessário ter a clara ideia de que um envelhecimento saudável começa hoje. aparecem as doenças crônicas. tecidos e metabolismo. . Há também perda de energia e alterações na aparência e condições psicológicas. antiinfluenza e antipneumocócica. estimulando-se o autocuidado. 2. iluminação mais adequada. sua família ou ambos. o auxiliar de enfermagem pode identificar situações de risco para os idosos. além da vergonha de falarem sobre esse assunto. é importante buscar a avaliação das condutas terapêuticas prescritas para melhorar as condições de saúde dos idosos adoecidos ou dependentes de cuidadores. São diretrizes importantes para a atenção integral à saúde do idoso: .apoio ao desenvolvimento de cuidados informais. a realização de diagnóstico precoce de processos demenciais. Assistência aos idosos No nível da atenção básica. isolamento social. gripe e pneumonia. camas e cadeiras mais altas. recomendada pela OMS. a ocorrência dessas doenças vem crescendo nesta faixa etária. são sinais e sintomas que se percebidos e considerados logo no início podem determinar uma assistência mais segura ao idoso. reimpr. repassando-as à equipe. redução dos danos decorrentes do consumo de álcool e tabaco e diminuição significativa da automedicação. como a psíquica. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Um idoso saudável tem sua autonomia preservada. Nas ações desenvolvidas pelas equipes dos programas de atenção básica ampliada. a assistência aos idosos é operacionalizada tanto nos programas de atenção básica ampliada como na própria unidade básica de saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. rev. Estas vacinas encontram-se atualmente disponíveis em quase todas as unidades básicas de saúde e. cujos conceitos sobre sexualidade são mais difíceis de trabalhar em virtude de os idosos terem opiniões formadas acerca de certos temas (como resistência à utilização de preservativos). . garantir atenção integral à Saúde da população idosa. Brasília: Ministério da Saúde. além de prestar cuidados de enfermagem necessários. . Também pode orientar as modificações que precisam ser feitas no ambiente. ed. Política de Saúde da Pessoa Idosa É a política que objetiva. geralmente sob a estratégia de campanha.). banheiros mais acessíveis. Estas repercussões são a principal causa de óbitos entre os idosos. O envelhecimento ativo e saudável consiste na busca pela qualidade de vida por meio da alimentação adequada e balanceada. pressa para ir ao banheiro. quando possível (retirada de tapetes. Referência BRASIL. estando os idosos dependentes ou não. Ocorrem ainda em grande frequência incontinência urinária. seguidas pelas neoplasias. imobilidade. após verificação de seu estado vacinal.). executada por médico ou enfermeiro capacitados adequadamente. principalmente as relacionadas ao aparelho cardiocirculatório. prevenir a perda de capacidade funcional ou reduzir os efeitos negativos de eventos que a ocasionem.manutenção e reabilitação da capacidade funcional. convivência social estimulante.. dores localizadas ou generalizadas. 146 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . com ênfase no envelhecimento saudável e ativo. Nesse contexto. a medicação e a reabilitação funcional da população idosa. É necessário garantir acesso a instrumentos diagnósticos adequados. . Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área de Enfermagem. Ministério da Saúde. temperamento instável.É justamente neste período que se apresentam as repercussões de doenças crônico-degenerativas. Outra importante atividade de prevenção é a vacinação contra tétano acidental. 2003. onde é realizada consulta médica e de enfermagem em geriatria. e encaminhar os idosos para vacinação. instabilidade postural e quedas. demência e depressão. tanto a independência física. É importante qualificar os serviços de Saúde para trabalhar com aspectos específicos da saúde da pessoa idosa (como a identificação de situações de vulnerabilidade social. As DST também merecem nossa atenção junto à saúde do idoso pois com o aumento da expectativa de vida e a melhora gradual da qualidade de vida. busca de atividades prazerosas e/ou que atenuem o estresse. são utilizadas as vacinas dupla tipo adulto. a avaliação da capacidade funcional etc. buscando-se atender integralmente às necessidades expostas pelos idosos. etc. no Sistema Único de Saúde (SUS). alteração da visão ou audição. prática regular de exercícios físicos. Profissionalização de auxiliares de enfermagem: cadernos do aluno: saúde coletiva. sempre que possível. Rio de Janeiro: Fiocruz. 1. Queixas frequentes de tontura.promoção do envelhecimento ativo e saudável. entre outros. ocasionalmente acompanhado de doenças e dificuldades funcionais com o avançar da idade. O marco no processo de garantia dos direitos desse segmento populacional é a Lei: 10. emitido em 2006. do Penitenciário. o Estatuto serve como guia essencial para que as políticas públicas sejam cada vez mais adequadas ao processo de ressignificação da velhice. Os estigmas negativos. dentro das diretrizes propugnadas pela Organização Mundial da Saúde. veloz e altamente dependente de tecnologia? Seria o ostracismo? A simples retirada de cena daqueles que não mais produzem? Será que é isso que estamos assistindo nos primeiros raios do alvorecer do século XXI? Pode-se responder com certo grau de segurança que não. DST/aids). objetivando o cumprimento de metas através das ações propostas pelo Ministério da Saúde. O fato mais marcante para as sociedades atuais é o processo de envelhecimento populacional observado em todos os continentes. à gestão municipal da saúde desenvolver ações que objetivem a construção de uma atenção integral à saúde dos idosos em seu território. sexualidade. O aumento do número de idosos. hipertensão arterial e diabetes mellitus. Afinal. Instrumento legal que vem servindo como referência central para o movimento social na área. tem buscado qualificar a atenção à saúde das pessoas idosas. está a impor mudanças profundas nos modos de pensar e viver a velhice na sociedade. política e administrativa dos Estados e Municípios. Todas as dimensões da vida humana já estão sendo desafiadas nesse sentido. implicando. . através da humanização do atendimento. são as próprias pessoas idosas que têm buscado maior protagonismo social.Cabe. Coerente com a proposta de Envelhecimento Ativo. de um lado. bem como do fomento de inovações. do Deficiente e Saúde Mental. a nova realidade social e epidemiológica que se impõe através da mudança do perfil demográfico e epidemiológico da população brasileira. normalmente associados ao processo de envelhecimento. profissionais da Rede de Serviços de Saúde e população em geral. mostrando as divergências regionais. A presente publicação vem exatamente expressar o quanto que o compromisso público em torno do Pacto pela Vida. o Ministério da Saúde. tem incrementado as ações de saúde nessa área. em compromissos dos gestores locais. juntamente com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. da Mulher. Seus profissionais devem estar sensibilizados e capacitados a identificar e atender às necessidades de Saúde dessa população. têm como um de seus pilares o declínio biológico. do Adolescente. tem modificado sobremaneira a própria imagem do abandono associada à velhice. maior preocupação por parte dos governos em assumir políticas favoráveis à manutenção da autonomia e independência das pessoas idosas. é uma das áreas estratégicas do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (DAPES) do Ministério da Saúde. Assiste-se. A descentralização do Sistema Único de Saúde fortaleceu a oportunidade de se obter um maior contato com a realidade social. do Homem. Políticas previdenciárias e de assistência social. É fundamental organizar as equipes de Saúde da Família e atenção básica. A população idosa brasileira teve importantes conquistas nas duas últimas décadas. bem como aos bens sociais como educação e renda. através de seus componentes de Defesa do SUS e de Gestão. A saúde da pessoa idosa e o envelhecimento são preocupações relevantes do Ministério da Saúde. em conjunto com a expansão e qualificação da estratégia saúde da família têm contribuído para horizontes cada vez mais positivos na vida de brasileiros e brasileiras com 60 anos e mais. de 1º de outubro de 2003. contribuindo para que não só tenhamos maior expectativa de vida em nosso país como também agregando mais qualidade aos anos a mais vividos.741. envelhecer com saúde é um direito de cidadania. inclusive. que instituiu o Estatuto do Idoso. incluindo a população idosa em suas ações (por exemplo: atividades de grupo. junto aos gestores. De outro. a saúde aparece como elemento central por exercer forte impacto sobre a qualidade de vida. qual o espaço da velhice em um mundo competitivo. aceitas como características normais e inevitáveis desta fase. Importante ressaltar que a Área Técnica Saúde do Idoso reafirma a necessidade de mudanças na linha de cuidados e da atenção a essa população. onde se incluem: Saúde da Criança. portanto. As representações sociais construídas em torno da velhice estão fortemente associadas à doença e à dependência. O Pacto Pela Saúde. Entretanto. 147 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . veio para fortalecer esses compromissos. Neste momento surge a Saúde do Idoso como uma das prioridades e a oportunidade de se apresentar e discutir. o maior acesso aos serviços de saúde. promoção da saúde. buscando parcerias e divulgando a ideia do Envelhecimento Ativo. Nesse contexto. através da disseminação de conhecimentos específicos para gestores e profissionais de saúde que atuam na rede. quando pela primeira vez o Sistema Único de Saúde assumiu como meta prioritária a atenção à saúde da população idosa no país. emitido em 2006. Afinal. principalmente naqueles países onde a democracia e o Estado de direito são conquistas efetivas da sociedade. tanto proporcional quanto absoluto. estaduais. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). . constituindo o segmento populacional que mais cresce nos últimos tempos. . 148 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Saúde do trabalhador. que visa subsidiar os Termos de Compromisso de Gestão Estaduais e Municipais. . irreversível e mundial.Atenção integral às pessoas em situação ou risco de violência. em 2025. A população idosa brasileira tem crescido de forma rápida e em termos proporcionais. o que representa pelo menos 10% da população brasileira. Assim. pela primeira vez na história das políticas públicas no Brasil. aproximadamente. nas quais estão contempladas três dimensões: pela Vida.Controle do câncer do colo do útero e da mama. é definida como idosa a pessoa que tem 60 anos ou mais de idade. . . . Assim. O Pacto pela vida e a Saúde do Idoso A Portaria/GM nº 399. alcançando. .Promoção da Saúde. regionais e municipais: .Saúde do Idoso. a Saúde do Idoso tornou-se uma das prioridades do Pacto Pela Vida como consequência da dinâmica demográfica do país. hanseníase.Saúde do homem. foram estabelecidas por meio de metas nacionais.Fortalecimento da capacidade de resposta às doenças emergentes e endemias. considerada como definidora do início da velhice. os denominados “mais idosos. enquanto a população total em cinco. A Saúde do Idoso aparece como uma das prioridades no Pacto pela Vida. 20 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. o que significa que. É importante destacar. esse processo . apresentadas e comentadas no presente texto. neste documento um compromisso é assumido entre os gestores do SUS. o Brasil ocupará o sexto lugar quanto ao contingente de idosos. em torno de prioridades que de fato apresentam impacto sobre a situação de saúde da população brasileira. o que produz um aumento do peso relativo das pessoas acima de determinada idade.Espera-se que a presente publicação.Fortalecimento da Atenção Básica. em Defesa do SUS e de Gestão. Envelhecimento Populacional e Dados Demográficos Para se entender a dimensão do envelhecimento humano será descrita inicialmente a mudança do perfil demográfico e epidemiológico da população brasileira e os reflexos destas mudanças para a formulação de políticas públicas em nosso País. hepatite e AIDS. gestores. publicada em 22/02/2006. Assim. atualmente existem no Brasil. relacionadas abaixo. . sirva de embasamento aos profissionais. as diferenças existentes em relação ao processo de envelhecimento entre os países desenvolvidos e os em desenvolvimento. no segundo. o grupo de idosos no país deverá ter aumentado em quinze vezes. estudantes e instituições de ensino e pesquisa envolvidas com a temática e com o compromisso de um melhor atendimento à pessoa idosa em nosso país. apresenta as Diretrizes do Pacto pela Saúde. a preocupação com a saúde da população idosa brasileira é explicitada. .Saúde mental. sendo hoje mais de 12% da população idosa.Redução da mortalidade infantil e materna. Envelhecimento da População: Envelhecimento populacional é definido como a mudança na estrutura etária da população. no período de 1950 a 2025. na área da atenção à saúde da população idosa. Enquanto nos primeiros o envelhecimento ocorreu de forma lenta e associado à melhoria nas condições gerais de vida. Segundo projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde – OMS. com ênfase na dengue. Em tal perspectiva é que deve ser visto o conjunto de diretrizes e ações contidas no Pacto pela Vida/Saúde do Idoso. cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade. .Fortalecimento da capacidade de resposta do sistema de saúde às pessoas com deficiência. desenvolvida por esta área técnica e que irá se juntar a “Série Pactos pela Saúde 2006”. muito idosos ou idosos em velhice avançada” (acima de 80 anos). As prioridades do Pacto pela Vida. também vêm aumentando proporcionalmente e de maneira mais acelerada. Dentro desse grupo. No Brasil. tuberculose. malária e influenza. no entanto. “Atenção à Saúde da Pessoa e Envelhecimento”. O envelhecimento populacional é um fenômeno natural. Em 2008. observam-se os processos de transição demográfica. sem sombra de dúvidas. tanto em idosos quanto na população geral.71% da população total. a doença cerebrovascular ocupa o primeiro lugar em mortalidade no país. doenças cardiovasculares. ao aumento do nível de escolaridade da população. sem que haja tempo de uma reorganização social e de saúde adequadas para atender às novas demandas emergentes. A transição epidemiológica caracteriza-se pela mudança do perfil de morbidade e de mortalidade de uma população. a proporção de idosos cresceu mais de 170% enquanto a redução da proporção de crianças até 14 anos foi de 42%. apresenta diversidades regionais quanto às características socioeconômicas e de acesso aos serviços de saúde. está cedendo lugar a uma pirâmide populacional com base mais estreita e vértice mais largo característico de uma sociedade em acelerado processo de envelhecimento. havia 24. Além disso. particularmente.15%. o principal objetivo. Vários motivos estão implicados nessa discrepância em relação ao restante do mundo. o aumento da expectativa de vida. ao aumento do número de atendimentos pré-natais. com uma base alargada. para cada grupo de 100 crianças de 0 a 14 anos.vem ocorrendo de forma rápida. dos idosos. em segundo. 149 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . O Brasil caminha velozmente rumo a um perfil demográfico cada vez mais envelhecido. Nos países de alta renda e no mundo de uma forma geral. sobretudo a partir de meados dos anos de 1980. essa relação poderá ser de 100 para 172. Entre 2035 e 2040. associamse à relativa melhoria no acesso da população aos serviços de saúde. Em 2050. tendo em vista que a hipertensão arterial é o principal fator modificável da doença cerebrovascular. em primeiro. aos avanços tecnológicos da medicina. Desde a década de 60.7 idosos de 65 anos ou mais de idade. Demografia do Envelhecimento Populacional no Brasil: O efeito combinado da redução dos níveis da fecundidade e da mortalidade no Brasil tem produzido transformações no padrão etário da população. e doença cerebrovascular. com diminuição progressiva das mortes por doenças infectocontagiosas e elevação das mortes por doenças crônicas. Em 2008. o contingente com 65 anos ou mais de idade representava 6. torna-se necessária alguma mudança no contexto atual em direção à produção de um ambiente social e cultural mais favorável para população idosa.7. sendo o envelhecimento ativo e saudável. enquanto as crianças de 0 a 14 anos de idade correspondiam a 26. fenômeno que. seguindo uma tendência mundial. como demonstram os gráficos a seguir. o segundo lugar. Mortalidade: Os agravos decorrentes das doenças crônicas não-transmissíveis têm sido as principais causas de óbito na população idosa. haverá mais população idosa numa proporção de 18% superior a de crianças e. o primeiro grupo representará 13. Em 2008.47% da população total. O aumento da esperança de vida ao nascer em combinação com a queda do nível geral da fecundidade resulta no aumento absoluto e relativo da população idosa. ou seja. que resultam em alterações nos padrões de ocorrência das enfermidades. observa-se o inverso quanto a essas duas causas. O formato tipicamente triangular da pirâmide populacional. bem como ao acompanhamento clínico do recém-nascido e ao incentivo ao aleitamento materno. previdência e assistência social. implicará na necessidade de adequações das políticas sociais. acompanhada do aumento do peso proporcional dos adultos e. Importante indicador que mostra o processo de envelhecimento da população brasileira é o índice de envelhecimento. epidemiológica e nutricional no país. Quando são analisadas as causas específicas. particularmente daquelas voltadas para atender às crescentes demandas nas áreas da saúde. aos investimentos na infraestrutura de saneamento básico e à percepção dos indivíduos com relação às enfermidades. como consequência. Se considerarmos saúde de forma ampliada. Os ganhos sobre a mortalidade e. ao passo que a população idosa ultrapassará os 22. em 2050. Transição Epidemiológica O Brasil não é exceção à tendência observada na maioria dos países. Esse quadro caracteriza-se pela redução da participação relativa de crianças e jovens. provavelmente um dos mais importantes seja a alta prevalência de hipertensão arterial na população brasileira e o não tratamento ou o tratamento inadequado dessa doença. É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem idades avançadas com o melhor estado de saúde possível. . às campanhas nacionais de vacinação. Neste período. todas as Unidades Federativas do Sudeste e Sul apresentaram percentuais de idosos acima de 10%.53%. e as doenças cardiovasculares. firmou convênio com a Escola Nacional de Saúde Pública/FIOCRUZ. contribuindo assim para melhor orientação aos profissionais da rede e diminuir as iniquidades sociais. nas regiões norte e nordeste do país. em média 70% dos idosos brasileiros o são. Quedas e Fraturas em Pessoas Idosas: As Oficinas Estaduais de Prevenção da Osteoporose. A adaptação brasileira do Curso de Especialização “Gerencia en Salud para Personas Mayores” tem como objetivo geral qualificar profissionais de nível superior que atuam ou tenham interesse em atuar na direção de serviços e programas de saúde que atendam à população idosa. promoção e recuperação. recebam a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. causa específica que ocupa o segundo lugar. visando apoiar a implementação da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. junto com as cadernetas. Espera-se que em 2011. oitenta mil exemplares do Caderno de Atenção Básica: “Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa”. A distribuição da Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa iniciou-se em 2007. a realização de ações de atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa e de ações intersetoriais de fortalecimento da participação popular e de educação permanente. aspectos da condição de saúde e uso dos serviços de saúde na comunidade são extremamente importantes. objetivando a manutenção da capacidade funcional das pessoas assistidas pelas equipes de saúde. CIESS (Centro Ibero Americano de Estudos de Seguridade Social). por meio das Secretarias Estaduais e Municipais (capitais e municípios com mais de 500 mil habitantes) de Saúde. todos os idosos. Curso de Gestão em Envelhecimento: Em parceria com a ENSP/FIOCRUZ. várias considerações precisam ser feitas: o número de internações é condicionado à oferta do serviço. objetivando promover o envelhecimento ativo e saudável. que serão descritas a seguir: Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa: é uma ferramenta de identificação de situações de riscos potenciais para a saúde da pessoa idosa. na busca pela integralidade das ações. Quando se trata de morbidade em idosos. Quando se trata de internação hospitalar pelo SUS. De 2009 a 2010. não se enquadra nesse grupo. na modalidade à distância (EAD) 500 (quinhentos) profissionais que atuam na rede de saúde SUS. para o correto preenchimento e orientação sobre o manuseio da caderneta. Quedas e Fraturas em Pessoas Idosas têm como objetivo propor diretrizes a serem aplicadas nos Estados e Municípios para melhor orientar profissionais e pacientes em relação à osteoporose/quedas. Esta iniciativa faz parte dos esforços do Ministério da Saúde em divulgar as especificidades da saúde do idoso e envelhecimento. por meio de termo de cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde. que receberam treinamento e capacitação na grande maioria dos Municípios. podem haver distorções quanto à notificação da morbidade. As Ações Estratégicas da Área Técnica Saúde do Idoso A Área Técnica Saúde do Idoso vem desenvolvendo ações estratégicas com base nas diretrizes contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa e nas metas propostas no Pacto pela Vida de 2006. um predomínio de doenças crônicas não transmissíveis. Oficinas Estaduais de Prevenção de Osteoporose. não obstante guarda alguma relação com a ocorrência da enfermidade na população. porém há variações regionais consideráveis. Sul e Centro-Oeste até 2012. Traz ao profissional de saúde a possibilidade de planejar e organizar ações de prevenção. OPAS (Organização Pan-americana de Saúde). objetivando a capacitação de mais 2000 (dois mil) profissionais . com uma tendência de diminuição desses percentuais de Norte para o Sul do país. OISS (Organização Ibero Americana de Seguridade Social). Todavia. já foram distribuídas treze milhões de cadernetas. nem todos os idosos brasileiros são usuários exclusivos do SUS. observa-se. já foram disponibilizados. a pneumonia. Esta Área Técnica destinará recursos financeiros para as etapas iniciais. Utilizará a metodologia de educação à distância. 150 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Entre 2007 e 2008 foram disponibilizados dez milhões de exemplares. usuários do SUS. também para a morbidade. por meio da Área Técnica de Saúde do Idoso. tendo em vista que o sistema que notifica é o mesmo que remunera o prestador do serviço. A implantação da caderneta. As propostas e objetivos das referidas oficinas estão de . esta Área Técnica objetiva adaptar e implantar o Curso de Especialização “Gerencia en Salud para Personas Mayores”. que se deu inicialmente a partir das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Até o momento. Curso de Aperfeiçoamento em Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa: O Ministério da Saúde – MS.Morbidade e uso de serviços de saúde: Considerando o conjunto das principais causas de internação hospitalar.mil em 2011 e mil em 2012. para capacitar. OPAS. sendo estendido às regiões Sudeste. foi acompanhada por um manual de orientação para os profissionais de saúde. ambientais. Neste sentido. O preconceito contra a velhice e a negação da sociedade quanto a esse fenômeno colaboram para a dificuldade de se pensar políticas específicas para esse grupo. Importante ressaltar que a saúde da pessoa idosa inclui diversos fatores. adequada. e é coordenado pela Área Técnica Saúde do Idoso do Ministério da Saúde. ainda não encontrem condições ideais para sua efetivação. em 20 de dezembro de 2007. considerando-se os anos anteriores a 2006. tendo como instrumento auxiliar a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. o que muito irá contribuir para se atingir a meta de redução do índice de internações por fratura de fêmur. a Área Técnica de Saúde do Idoso vem promovendo a análise de tendências com relação às metas especificamente pactuadas de acordo com o Pacto pela Vida. como uma vantagem para o crescimento de sociedades humanas maduras e plenamente integradas”. socioeconômicos. pois o processo de redução deste indicador é importante parâmetro para se determinar a eficácia das ações implementadas pela esfera federal nos estados e municípios. O Ministério da Saúde vem desenvolvendo Campanhas de Prevenção da Osteoporose e Quedas e a realização de Oficinas Estaduais com o objetivo de sensibilizar e capacitar os profissionais de nível superior. numa visão multi e interdisciplinar. O envelhecimento da população brasileira é uma conquista que resulta em demandas trazidas pela parcela idosa. humanizada e oportuna. Este comitê foi formado por representantes de diversas sociedades profissionais que têm interface com o tema. A abordagem dessas oficinas inclui o diagnóstico. por meio de escolhas e de circunstâncias. Não se fica velho aos 60 anos. o aproveitamento da competência. intrínsecos e extrínsecos. em uma atenção integral. Deve ser um compromisso de todo gestor em saúde compreender que. mas somente o aumento de pessoas idosas não garante aos cidadãos a dignidade para se viver com qualidade de vida. Cabe ressaltar que quedas em pessoas idosas é um problema de saúde pública. conceitos básicos em saúde do idoso e envelhecimento. Velhice não pode ser sinônimo de doença. Neste campo. culturais e políticos que vão além do simples fato de ter ou não ter saúde. a prevenção e o tratamento da osteoporose. proposta no Pacto pela Vida.213. de qualidade. sem familiares ou uma rede de apoio. em última instância. Esta é uma situação positiva que deve ser acompanhada de perto. além da identificação de idosos que vivem sozinhos. Aspecto correlato é o da redução das internações por fratura de fêmur.acordo com a meta de redução do número de internações por fratura de fêmur em pessoas idosas. preferencialmente aqueles que atuam na Atenção Primária/Estratégia Saúde da Família. devido à heterogeneidade das realidades regionais e dos idosos de nosso país e pelas dificuldades de integração das diversas políticas que tratam das pessoas idosas nas três esferas de gestão. identificação de riscos de quedas. Ela deve estar baseada.741/2003. Mesmo que as garantias previstas na lei 10. Diante desta situação. também aí está se investindo na velhice “Quando o envelhecimento é aceito como um êxito. a situação é de grande instabilidade com variação significativa nos valores alcançados. condição que afeta sobremaneira a população idosa. a avaliação do nível de funcionalidade da pessoa idosa. o Ministério da Saúde instituiu. um Comitê Assessor para Prevenção da Osteoporose e Quedas em Pessoas Idosas com a finalidade de apoiar as políticas públicas relacionadas à questão das quedas em idosos. entretanto os dados atuais demonstram processo de redução na taxa de internação por fratura de fêmur. a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa traz em suas diretrizes condições necessárias para melhorar tal situação. no âmbito do SUS. que dispõe sobre o Estatuto do Idoso. Ao término das oficinas nos estados são elaborados relatórios que irão compor as diretrizes do Ministério da Saúde para a Prevenção e o Tratamento da Osteoporose e Quedas em Pessoas Idosas. Uma atenção contínua e eficaz para a saúde e o bem-estar da população idosa requer diferentes níveis de intervenção dos serviços de saúde. . conforme se estipula no artigo 6º do chamado Plano de Madri. Ainda há os que pensam que se investe na infância e se gasta na velhice. ainda que os custos de hospitalizações e cuidados prolongados sejam elevados na parcela idosa. 151 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . para trabalhar numa linha de cuidado que vise à prevenção da osteoporose e das quedas e à identificação de “idosos caidores”. O envelhecimento foi uma grande conquista da humanidade no último século. pela Portaria 3. adequados às distintas fases da enfermidade e ao grau de incapacidades. experiência e dos recursos humanos dos grupos mais velhos é assumido com naturalidade. O envelhecimento é um processo natural que ocorre ao longo de toda a experiência de vida do ser humano. No Brasil. Como parte de operacionalização das redes. órteses e outros recursos relativos ao tratamento.As Políticas Públicas de Atenção ao Idoso Importante ressaltar. O Capítulo IV da referida Lei. promoção. § 1º A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de: I . incluindo a internação. definidas pela Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS 2002). Caberá ao profissional de saúde responsável pelo tratamento conceder autorização para o acompanhamento do idoso ou. enquanto que nos países desenvolvidos idoso é aquele que tem 65 anos ou mais (OMS). Diante da crescente demanda de uma população que envelhece e em acordo com os direitos previstos na Constituição de 1988. projetos e ações em conformidade com as diretrizes e responsabilidades nela estabelecidas. tem nos seus artigos 15 e 19 que: Art. 16 Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante. Em 2002 é proposta a organização e implantação de Redes Estaduais de Assistência à Saúde do Idoso (Portaria GM/MS nº 702/2002) tendo como base a condição de gestão e a divisão de responsabilidades. Esta política assegurou direitos sociais à pessoa idosa. que no Brasil é considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais.842/94.atendimento domiciliar.reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia. integração e participação efetiva na sociedade e reafirmando o direito à saúde nos diversos níveis de atendimento do SUS. no caso de impossibilidade. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso. segundo critério médico. indo ao encontro das diferentes realidades e necessidades de saúde da população e dos indivíduos. V . Em 2003. 152 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .948/96. . nos termos da lei. para prevenção. habilitação ou reabilitação. II . ampliando a resposta do Estado e da sociedade às necessidades da população idosa. Em 1999. medicamentos. IV . para redução das sequelas decorrentes do agravo da saúde.atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios. § 3º É vedada a discriminação do idoso nos planos de saúde pela cobrança dos valores diferenciados em razão da idade. assim como próteses. Art. em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços.SUS. criando condições para promover sua autonomia. garantindo integralidade da atenção. o direito universal e integral à saúde foi conquistado pela sociedade na Constituição de 1988 e reafirmado com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS). por meio de ações de promoção. regulamentada em 1996 pelo Decreto 1. são criados os critérios para cadastramento dos Centros de Referência em Atenção à Saúde do Idoso. preliminarmente. que reza especificamente sobre o papel do SUS na garantia da atenção à saúde da pessoa idosa de forma integral e em todos os níveis de atenção. III . Parágrafo único. 15.395/99 estabelece a Política Nacional de Saúde do Idoso. para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover. considerado uma das maiores conquistas sociais da população idosa em nosso país. § 4º Os idosos portadores de deficiência ou com limitação incapacitante terão atendimento especializado. garantindo-lhe o acesso universal e igualitário. § 2º Incumbe o Poder Público fornecer aos idosos. As políticas públicas de saúde têm o objetivo de assegurar atenção a toda população.cadastramento da população idosa em base territorial. justificá-la por escrito. com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social. na qual se determina que os órgãos do Ministério da Saúde relacionados ao tema promovam a elaboração ou a adequação de planos. a Portaria Ministerial nº 1. gratuitamente. especialmente os de uso continuado. nos meios urbano e rural. devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral. inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas. em 1994 foi promulgada a Política Nacional do Idoso.unidades geriátricas de referência. filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Público. proteção e recuperação da saúde. por intermédio do Sistema Único de Saúde . por meio das Leis Orgânicas da Saúde (8080/90 e 8142/90). proteção e recuperação da saúde. incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. através da Lei 8. o Congresso Nacional aprova e o Presidente da República sanciona o Estatuto do Idoso. no qual se inclui Pacto pela Vida. . quando o idoso for interditado.528 do Ministério da Saúde. 19. cujo documento básico. representando. promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais. IV . Art. assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda. A PNSPI tem. a Coordenação da Política Nacional do Idoso passa a ser de responsabilidade da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.pelos familiares. caso em que deverá comunicar ao Ministério Público.800. que aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. III . Além disso. denominado Plano de Madri tem como fundamentos: . foi assinada a portaria nº 2. Em fevereiro de 2006.528. Em 2009. Os fundamentos da PNSPI derivam da referida Assembleia Mundial Para o Envelhecimento. faz parte das diretrizes dessa política a promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável. Não estando o idoso em condições de proceder á opção. a necessidade de buscar a qualidade da atenção aos indivíduos idosos por meio de ações fundamentadas no paradigma da promoção da saúde. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso. Art. esta será feita: I .pelo médico. assim a atualização da antiga portaria (nº 1935/94).participação ativa dos idosos na sociedade. Esta Portaria traz um novo paradigma para a discussão da situação de saúde dos idosos. considerando que existem pessoas idosas independentes e uma parcela da população mais frágil e as ações devem ser pautadas de acordo com estas especificidades. a Saúde do Idoso aparece como uma das seis prioridades pactuadas entre as três esferas de gestão. A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa-PNSPI (Portaria Nº 2.criação de um ambiente propício e favorável ao envelhecimento. quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para consulta a curador ou familiar. Parágrafo único. os inegáveis avanços políticos e técnicos no campo da gestão da saúde. em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde.autoridade policial. o conhecimento atual da Ciência.Conselho Nacional do Idoso.Ministério Público. quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contatado em tempo hábil. É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade. Em 19 de outubro de 2006. por meio da Portaria/ GM nº 399.Conselho Municipal do Idoso.Conselho Estadual do Idoso. III . além do compromisso brasileiro com a Assembleia Mundial para o Envelhecimento de 2002. V . IV .fomento a recursos socioeducativos e de saúde direcionados ao atendimento ao idoso. . 18.pelo próprio médico. direcionando medidas coletivas e individuais de saúde para esse fim. quando não houver curador ou familiar conhecido.pelo curador. Ao idoso que esteja no domínio de duas faculdades mentais é assegurado o direito de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável. o conceito de que saúde para o indivíduo idoso se traduz mais pela sua condição de autonomia e independência que pela presença ou ausência de doença orgânica. além de . no desenvolvimento e na luta contra a pobreza. Neste documento. o Pacto pela Saúde. por meio do Decreto nº 6.Art.fomento à saúde e bem estar na velhice: promoção do envelhecimento saudável. manutenção e promoção da autonomia e da independência da pessoa idosa. 17. Afirma ser indispensável incluir a condição funcional ao serem formuladas políticas para a saúde da população idosa. Os casos de suspeita ou confirmação de maus-tratos contra o idoso serão obrigatoriamente comunicados pelos profissionais de saúde a quaisquer dos seguintes órgãos: I . em 2002. II . o contínuo e intenso processo de envelhecimento populacional brasileiro. . de 19 de outubro de 2006) tem como finalidade primordial a recuperação. entre as suas considerações e pressupostos. desencadeando ações de implementação de diretrizes norteadoras para reformulação da Política Nacional de Atenção à Saúde do Idoso. II . 153 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . de acordo com as recomendações da Organização das Nações Unidas. foi publicado. uma série de desafios precisam ser enfrentados. gestores e usuários do SUS.Estímulo às ações intersetoriais. .Estabelecer instrumentos e indicadores para o acompanhamento e a avaliação do impacto da implantação/implementação desta Política.Definir recursos orçamentários e financeiros para a implementação desta Política. destinados a promover intermediação segura entre a alta hospitalar e a ida para o domicílio. de forma articulada e conforme suas competências específicas. As responsabilidades dos gestores do SUS também devem ser definidas. conforme previsto no Estatuto do Idoso.Promover articulação intersetorial para a efetivação da Política.Promoção do envelhecimento ativo e saudável. . caberá aos mesmos. . . .Manter articulação com os estados e municípios para apoio à implantação e supervisão das ações.Estabelecer instrumentos e indicadores para o acompanhamento e avaliação do impacto da implantação/implementação desta Política.Provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa. entre eles. superação da escassez de equipes multiprofissionais e interdisciplinares com conhecimento em envelhecimento e saúde da pessoa idosa. .Atenção integral.Para que isso vigore. suporte qualificado e constante aos serviços e indivíduos envolvidos com o cuidado domiciliar ao idoso. .Divulgação e informação para profissionais de saúde.Apresentar e aprovar proposta de inclusão da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa no Conselho Estadual de Saúde. . . visando à integralidade da atenção. Gestor Federal . . 154 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. Gestor Estadual . .Implementar as diretrizes da educação permanente e qualificação em consonância com a realidade loco regional. considerando que o financiamento do Sistema Único de Saúde é de competência das três esferas de governo.Exercer a vigilância sanitária no tocante a Saúde da Pessoa Idosa e a ações decorrentes no seu âmbito. Divulgar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa.Elaborar normas técnicas referentes à atenção à saúde da pessoa idosa no SUS. . prover os meios e atuar para viabilizar o alcance do propósito desta Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. . .Estímulo à participação e fortalecimento do controle social. incluindo-se o apoio às famílias e aos profissionais das equipes de Saúde da Família. .Definir recursos orçamentários e financeiros para a implementação desta Política. em todos os níveis.Promover articulação intersetorial para a efetivação desta Política Nacional. Dentro de tais pressupostos. nos moldes do propósito e das diretrizes desta Política. a promoção à saúde do idoso inclui as seguintes diretrizes: .Estimular pesquisas nas áreas de interesse do envelhecimento e da atenção à saúde da pessoa idosa.Elaborar normas técnicas referentes à atenção à saúde da pessoa idosa no SUS. . considerando que o financiamento do Sistema Único de Saúde é de competência das três esferas de governo.Manter articulação com municípios para apoio à implantação e supervisão das ações. . a escassez de estruturas de cuidado intermediário e suporte qualificado ao idoso e seus familiares.Formação e educação permanente dos profissionais de saúde.Promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa idosa.Estabelecer diretrizes para a qualificação e educação permanente em saúde da pessoa idosa. . implementação das Redes de Assistência à Saúde do Idoso.Discutir e pactuar na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) as estratégias e metas a serem alcançadas por essa Política a cada ano. Assim. . nos termos do quadro-síntese que se mostra a seguir. .Divulgar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. . . . integrada à saúde da pessoa idosa. . Promover articulação intersetorial para a efetivação da Política. .Discutir e pactuar na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) as estratégias e metas a serem alcançadas por essa Política a cada ano. .Adequação de currículos.Elaboração de inquérito populacional para levantamento e estratificação das condições de risco social da população idosa brasileira. ser enunciadas algumas diretrizes. pesquisa e assistência à pessoa idosa. planejamento. . . com o apontamento de soluções.Divulgar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. de forma solidária. sobretudo quanto aos seus impactos no indivíduo. a desmistificação da senescência. mediante o estabelecimento de referência e contra referência de ações e serviços para o atendimento integral dos indivíduos idosos e a capacitação de equipes multiprofissionais e interdisciplinares. visando à qualificação contínua do pessoal de saúde nas áreas de gerência. No âmbito federal.Inclusão nos currículos escolares de disciplinas que abordem o processo do envelhecimento. processos de articulação permanente. . .Realização de estudos e pesquisas de cunho epidemiológico junto aos segurados. a participação de diferentes segmentos da sociedade.Criação de mecanismos de monitoramento de risco social individual. na sociedade.Inclusão das diretrizes aqui estabelecidas em seus programas de educação continuada. consoante às diretrizes fixadas nesta Política. consoante às diretrizes fixadas nesta Política. para as quais podem.Incentivo à criação de Centros Colaboradores de Geriatria e Gerontologia nas instituições de ensino superior. em suas respectivas áreas de abrangência. metodologias e material didático de formação de profissionais na área da saúde. . de fácil aplicabilidade e utilização por profissionais da atenção básica do SUS e do SUAS.Gestor Municipal . como se vê nos quadros seguintes. . . . valorizando a pessoa idosa e divulgando as medidas de promoção e prevenção de saúde em todas as faixas etárias. .Reconhecimento do risco social da pessoa idosa como fator determinante de sua condição de saúde. Nesse sentido. 155 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Previdência Social .Elaboração de programa de trabalho conjunto direcionado aos indivíduos idosos segurados. .Difusão de informações relativas à preservação da saúde e à prevenção ou recuperação de incapacidades. como sendo diferente de doença ou de incapacidade. considerando que o financiamento do Sistema Único de Saúde é de competência das três esferas de governo. . visando ao estabelecimento de parcerias e à integração institucional que viabilizem a consolidação de compromissos multilaterais efetivos. os gestores do SUS deverão estabelecer. que correspondem a um amplo conjunto de ações. que estejam direta ou indiretamente relacionados com a presente Política. . .Elaboração de medidas.Apresentar e aprovar proposta de inclusão da Política de Saúde da Pessoa Idosa no Conselho Municipal de Saúde.Definir recursos orçamentários e financeiros para a implementação desta Política. . na previdência social e no setor saúde. Área da Educação . visando ao atendimento das diretrizes fixadas nesta Política. Sistema Único de Assistência Social . também. para abordagem da população idosa sob risco social.Elaborar normas técnicas referentes à atenção à saúde da pessoa idosa no SUS.Estabelecer mecanismos para a qualificação dos profissionais do sistema local de saúde. .Discussão e readequação de currículos e programas de ensino nas instituições de ensino superior abertas para a terceira idade. relativos às doenças e agravos mais prevalentes nesta faixa etária. Aspecto essencial para a implementação da Política Nacional de Saúde do Idoso é a articulação intersetorial.Implantação de política de atenção integral aos idosos residentes em Instituições de Longa Permanência para Idosos. de modo a alcançar os objetivos a seguir explicitados.Estabelecer instrumentos de gestão e indicadores para o acompanhamento e a avaliação do impacto da implantação/implementação da Política. . que possam atuar de forma integrada com o SUS. o Ministério da Saúde articulará com os diversos setores do Poder Executivo em suas respectivas competências. Haverá. Algumas situações específicas podem ser citadas. na família. Esporte e Lazer: Estabelecimento de parcerias para a implementação de programas de atividades físicas e recreativas destinados às pessoas idosas. favorecendo o acesso à informação. Em conformidade com a Lei da Acessibilidade.Implantação de ações para o cumprimento das leis de acessibilidade (Decreto Lei nº 5296/2004). prioritariamente. Decreto Lei nº 5296. consequentemente. .Compromisso com a universalização do direito. sobretudo aquele que já apresenta dificuldades de locomoção. . 156 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .. mediante o acompanhamento da aplicação das disposições contidas na Lei nº 8. identificando as condições em que atuam no mercado. a repercussão das medidas levadas a efeito por outros setores. . Esse processo exigirá a definição de critérios. respeitando a dignidade do cidadão e sua autonomia. sobretudo para a aferição de resultados no âmbito interno do setor. parâmetros. .Promoção da formação de grupos socioeducativos e de autoajuda entre os indivíduos idosos. bem como a Lei nº 10. Transportes: Implantação de ações que permitam e/ou facilitem o deslocamento do cidadão idoso. principalmente para aqueles com doenças e agravos mais prevalentes nesta faixa etária.Levantamento dos indivíduos idosos já aposentados e que retornaram ao mercado de trabalho. Justiça e Direitos Humanos: Promoção e defesa dos direitos da pessoa idosa. implantação e implementação de programas de preparação para a aposentadoria nos setores público e privado. de 2 de dezembro de 2004. por intermédio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). alinhados com as diretrizes propostas nesta Política. de forma a coibir abusos e explorações. de modo a auxiliar na manutenção e no apoio à independência funcional da pessoa idosa. equidade. programas. rampas nas calçadas.Promoção de ações educativas dirigidas aos agentes executores e beneficiários de programas habitacionais quanto aos riscos ambientais à capacidade funcional dos indivíduos idosos.741/2003. . e não como tuteladora e assistencialista. . Do acompanhamento e avaliação A operacionalização desta Política Nacional de Saúde do Idoso compreenderá a sistematização de processo contínuo de acompanhamento e avaliação. tanto na proteção social básica. contemplando estudos e pesquisas que estejam. descentralização e municipalização das ações. projetos. o seu impacto sobre a saúde dos indivíduos idosos. pelas informações produzidas pelos diferentes planos. como na proteção social especial. que resultaram da ação articulada preconizada nesta Política. bem como à convivência familiar e comunitária.948/96). tais como elevatórias para acesso aos ônibus na porta de hospitais.Desenvolvimento de ações de enfrentamento à pobreza. É importante considerar que o referido processo de acompanhamento e avaliação será apoiado. Desenvolvimento Urbano . ações e/ou atividades decorrentes desta Política Nacional. que permita verificar o alcance de seu propósito e. bem como a observância dos compromissos internacionais assumidos pelo País em relação à atenção à saúde dos indivíduos idosos. também.842/94 e seu regulamento (Decreto nº 1. Ciência e Tecnologia: Fomento à pesquisa na área do envelhecimento.Implantação de ações para a eliminação das discriminações no mercado de trabalho e a criação de condições que permitam a inserção da pessoa idosa na vida socioeconômica das comunidades. da geriatria e da gerontologia.Apoio à construção de Políticas Públicas de Assistência Social que considerem as pessoas. capazes de evidenciar.Implantação e implementação de Centros de Convivência e Centros-Dia. aos benefícios e aos serviços de qualidade. suas circunstâncias e o suporte social e que atuem como aliadas no processo de desenvolvimento humano e social. bem como proceder a eventuais adequações que se fizerem necessárias. e demais órgãos de incentivo à pesquisa. bancos mais altos nas paradas de ônibus. Trabalho e Emprego .Elaboração. conforme previsto no Decreto nº 1948/96. no tocante às questões de saúde. indicadores e metodologia específicos. inclusão social. que estabelece o Estatuto do Idoso. . . 197. com maior prevalência nas relações heterossexuais.693 foram verificados em homens e 2. envelhecimento e pauperização da epidemia. com um coeficiente de incidência de 15. além de sua pauperização. 157 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . são: transfusão. Ainda. de aumento da cobertura do diagnóstico e do tratamento das DST e da infecção pelo HIV. focalizados para populações emergentes. Para fomentar a descentralização das ações foi instituída uma política de incentivo com a definição de um conjunto de municípios que deveriam receber recursos extras para o desenvolvimento de ações de prevenção e controle ao HIV/AIDS e outras DST. de redução da transmissão vertical do HIV e da sífilis. A transmissão se tornou basicamente heterossexual. com transmissão maternoinfantil.340 foram verificados em homens e 79. da redução do estigma e da discriminação. Atualmente. projetos e atividades que operacionalizam esta Política estão sendo desenvolvidos de forma descentralizada. Na década de 90.069 em mulheres. As demais formas de transmissão.Além da avaliação nos contextos anteriormente identificados. à população idosa. kits de redução de danos). na conformidade do Artigo 7º da Lei nº 8. em 1980 e apresentou um crescimento na incidência até 1998. Além disso. quando foram registrados 25. considerando a direção única em cada esfera de gestão. a inserção dos grupos mais vulneráveis nas redes de atenção.7%). Para expandir a qualidade e acesso das intervenções busca-se a ampliação das ações de promoção e prevenção. em adolescentes do sexo feminino. Outro dado não menos preocupante é a crescente incidência da AIDS na faixa etária de 13 a 19 anos. em 1980. A missão do Programa Nacional de DST e AIDS (PN-DST/AIDS) é reduzir a incidência do HIV/AIDS e melhorar a qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS. transmissão materno-infantil ou ignoradas pelos pacientes. e da melhoria da gestão e da sustentabilidade. destacam-se aqueles relativos à integralidade da atenção. Entre as mulheres. verifica-se uma tendência de heterossexualização. DST e AIDS Aspectos Gerais A AIDS foi identificada no Brasil. foram definidas diretrizes de melhoria da qualidade dos serviços públicos oferecidos às pessoas portadoras de AIDS e outras DST. a AIDS foi identificada.080/90. No Brasil. A doença que antes ocorria em camadas sociais de maior instrução. entre os quais. com o crescimento da doença em municípios pequenos. Desse total. pela primeira vez.154 casos de AIDS no Brasil. se as ações. se o potencial dos serviços de saúde e as possibilidades de utilização pelo usuário estão sendo devidamente divulgados para a população de forma geral e. Desde o início da década de 1980 até setembro de 2003. gel lubrificante. à preservação da autonomia das pessoas e ao uso da epidemiologia no estabelecimento de prioridades (respectivamente incisos II. Nesse particular. desses. principalmente. através da implementação de serviços de referência e assistência em casas de apoio. programas. ainda. com base em critérios epidemiológicos. o acesso aos insumos para adoção de práticas mais seguras (preservativos. verificou-se também uma interiorização da epidemia. que é de 24%. Deverá ser observado.762 novos casos da epidemia e. Quanto às principais categorias de transmissão entre os homens.814 em mulheres. de aumento da cobertura das ações de prevenção em mulheres e populações com maior vulnerabilidade. foram pactuadas as responsabilidades do . em ambos os sexos. feminização. 3. foram notificados 5. Nos últimos anos. esta política visa à expansão da cobertura e à equidade. bem como se a está sendo incentivada e facilitada a participação dos indivíduos idosos nas diferentes instâncias do SUS. agora atinge as de menor escolaridade.000 hab. Para isso. o Ministério da Saúde notificou 277. buscar-se-á igualmente conhecer em que medida a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa tem sido coerente com a concretização dos princípios e diretrizes do SUS.732 casos novos. voltados principalmente para a verificação do impacto das medidas sobre a saúde dos indivíduos idosos. III e VII). e a implantação do projeto Quality Improvement. de menor peso na epidemia. as relações sexuais respondem por 58% dos casos de AIDS. aproximando-a cada vez mais do perfil socioeconômico do brasileiro médio.9 casos/100. o que comprova o maior crescimento da AIDS entre o sexo feminino. A partir de então verificou-se uma desaceleração nas taxas de incidência de AIDS no país. pela primeira vez. buscar-se-á investigar a repercussão desta Política na qualidade de vida deste segmento populacional. a transmissão do HIV também se dá predominantemente pela via sexual (86. a situação epidemiológica da doença mudou. com participação significativa das mulheres. capacidade instalada e capacidade gestora das Secretarias de Saúde. populações distantes e pessoas vivendo com HIV e AIDS. No ano de 2003. priorizando gestantes e populações sob maior risco e vulnerabilidade. Atribuições e Responsabilidades O reconhecimento do direito constitucional à saúde responde diretamente ao foco da Rede de Direitos Humanos do Programa Nacional de DST e AIDS e garante a regulamentação e a aplicação de uma legislação que equacione e proponha a solução dos conflitos gerados pela manifestação das DST e da epidemia do HIV.Combater a homofobia e promover o respeito à diversidade. caso seja necessário. a médicos e outros profissionais de saúde no exercício da profissão. . .Comunicação com antecedência da situação de possível desabastecimento ao Programa Nacional de DST e AIDS. implementar e ampliar a institucionalização das ações de prevenção. . para Infecções oportunistas e sífilis. para garantir a continuidade do abastecimento de medicamentos antirretrovirais. . sífilis na gestação e sífilis congênita. Às ações educativas para crianças e adolescentes nas escolas. desde 1986. comparação e reflexão sobre as diversas leis e suas interpretações à realidade da epidemia. estados e municípios para aquisição e distribuição de medicamentos antirretrovirais e para tratamento de infecções oportunistas e outras DST. À informação sobre DST e HIV/AIDS para a população em geral.Reduzir as iniquidades regionais no que concerne às respostas ao HIV/AIDS e sífilis.Aprimorar.Promover mecanismos para a sustentabilidade das ações da sociedade civil. . mais especificamente ligada às DST e AIDS. . ao diagnóstico e ao tratamento.Reduzir iniquidades raciais no acesso à informação.Aos insumos de prevenção para a população em geral. 158 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . A responsabilidade pelo gerenciamento dos medicamentos destinados às doenças oportunistas deve ser pactuada nas CIB de cada estado.Institucionalizar o Monitoramento e a Avaliação como ferramentas para melhoria do programa. .Fortalecer. . promoção e assistência às DST. É muito importante que. É responsabilidade da Secretaria de Vigilância em Saúde. . Ao diagnóstico para a população em geral. Universal e gratuito ao tratamento com ARV. tem como objetivo maior oferecer extenso material de consulta. assim com as SES devem apoiar a elaboração dos planos dos municípios. para melhor enfrentar esse desafio à saúde pública e manter os princípios da cidadania.Manutenção do padrão do consumo do medicamento. Outra ação é a ampliação do acesso ao diagnóstico do HIV e outras DST. . de forma a assegurar o acesso da população aos medicamentos. bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde.Reduzir a transmissão vertical do HIV e sífilis.Promover mecanismos para melhoria da qualidade do atendimento às pessoas vivendo com HIV/AIDS e outras DST.Uso do medicamento de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde. por intermédio do Programa Nacional DST/AIDS. A notificação de casos de AIDS é obrigatória. de forma integral e equânime. ampliar e qualificar a informação sobre AIDS. apoiar as Secretarias Estaduais de Saúde na elaboração dos seus Planos de Ações e Metas. . A produção da legislação brasileira em saúde.Aprimorar mecanismos de gestão que promovam a eficiência das ações e o exercício dos direitos de cidadania. . .Ministério da Saúde. . Diretrizes e Prioridades do Incentivo. priorizando as populações sob maior risco e vulnerabilidade. .Promover a defesa dos direitos humanos e reduzir o estigma e a discriminação.Regularidade no envio dos relatórios mensais. .Ampliar a cobertura e garantia de acesso: . as Secretarias Estaduais de Saúde estejam atentas para os seguintes aspectos: .Ampliar a capacidade nacional para produção de medicamentos ARV. HIV e aids na rede do SUS. . no entanto poucos adoecem (baixa patogenicidade). O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença. especialmente aqueles relacionados ao ambiente social. o PNEH divulgou os coeficientes de detecção e de prevalência do Brasil relativos a 2004. os bolsões com elevada endemicidade permanecem ainda em algumas áreas da Angola. em um novo contexto que permite aferir a real magnitude da endemia no País. A melhoria das condições de vida e o avanço do conhecimento científico modificaram significativamente esse quadro e. Mato Grosso. podem ser consideradas o berço da doença. As referências mais remotas datam de 600 a. hoje. As ações do PNEH devem ser conduzidas de modo a garantir o desenvolvimento de ações que favoreçam o diagnóstico precoce na faixa etária de menores de 15 anos. que. da Índia. expressos pelos seguintes valores: 2.Apoiar o desenvolvimento e a capacitação dos profissionais de saúde nos serviços integrados de atenção. Tocantins. promovendo uma atenção integral e integrada aos doentes de hanseníase em todos os níveis de atenção. o número dos casos novos detectados durante 2005 foi 296. embora ainda existam lacunas de conhecimento quanto aos prováveis fatores de risco implicados. diagnóstico e o tratamento com poliquimioterapia (PQT) continuam sendo elementos chaves na estratégia para eliminar a doença como um problema de saúde pública. 159 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . O número dos casos novos detectados no mundo caiu mais de 111. trazendo à luz novas perspectivas para abordagem de planejamento estratégico quanto à endemia no País. e da República Unida de Tanzânia.76 casos para cada 10. . Objetivos e Metas . do Brasil. .C.Garantir a oferta de medicação específica para todos os pacientes. Maranhão. Os países previamente com a maior endemicidade têm alcançado agora eliminação. da logística de abastecimento de medicamentos. . de Moçambique.71 casos para o mesmo número de habitantes. Em janeiro de 2005. . Goiás. juntamente com a África. Entretanto. o desenvolvimento de capacidade orientada ao trabalho para os profissionais de saúde em geral e uma rede eficiente de referência e contra referência. .Fortalecer a integração dos registros de hanseníase no Sinan de modo a qualificar o monitoramento e o acompanhamento do sistema de vigilância epidemiológica. A prevalência global da hanseníase no início de 2006 foi de 219. O Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase (PNEH) estabeleceu em 2004 o redirecionamento da política de eliminação da doença enquanto problema de saúde pública e da atenção à hanseníase no Brasil.000 habitantes e 1. nas esferas estadual e municipal para a oferta de serviços de qualidade a todas as pessoas atingidas pela hanseníase. Pará. promovendo a consolidação de uma política de direitos humanos. incluindo os antigos doentes residentes nos hospitais-colônia. da República Africana Central. respectivamente. São Metas do PNEH: . de Nepal. além da expansão da cobertura das atividades de eliminação da hanseníase em comunidades e populações especiais e atenção especial aos estados que ainda têm uma alta carga de doença: Pernambuco. O acesso a informações.Hanseníase Aspectos Gerais A hanseníase parece ser uma das mais antigas doenças que acometem o homem. a hanseníase tem tratamento e cura. Outras diretrizes para a eliminação e controle desta doença é o fortalecimento da vigilância epidemiológica.Intensificar as atividades colaborativas com os parceiros. . Espírito Santo.826 casos. Rondônia e Roraima. É uma doença crônica granulomatosa. definido como alcançar uma prevalência menor que 1 caso de hanseníase por 10.Intensificar e apoiar os esforços de advocacia a fim de reduzir o estigma e a discriminação contra as pessoas e as famílias afetadas pela hanseníase. Este bacilo tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade). da República Democrática de Congo. os poucos que restam estão muito perto de eliminar a doença.000 casos (diminuição de 27%) durante 2005 comparados com o 2004.000 habitantes.499. de Madagascar.As taxas de conclusão do tratamento e de cura deverão ser superiores a 90% em todos os estados do País.Manter o compromisso político de implantar uma Política de Atenção à Hanseníase no SUS. e procedem da Ásia. proveniente de infecção causada pelo Mycobacterium leprae. por uso irregular dos medicamentos.Serviços de referência laboratorial e de tratamento de nível nacional. .. que não conseguiram fechar na unidade com clínica. Pneumologia sanitária Missão: Preservar e cultivar o conhecimento sobre a Tuberculose na área de Epidemiologia. A Tuberculose é um problema prioritário de saúde no Brasil. através da Coordenação Nacional do Programa. O Ministério da Saúde é responsável.Reações medicamentosas aos esquemas de tuberculose e esquemas em situações clínicas especiais. Os pacientes que sofrem da doença são assistidos durante a medicação. . Atribuições do ambulatório de pneumologia: . doentes e mortos) como pela possibilidade e vantagens de seu controle. 160 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . registro e informação. Diagnóstico e Tratamento em Clínica e Saúde Pública. RX e exames de escarro.Referência estadual ambulatorial para complicações de tuberculose.Falência do esquema básico.Tuberculose multirresistente: Diagnóstico. Prevenção e Recuperação da Saúde ao Cliente com uma Assistência Especializada e Qualificada. .Controle dos contatos de TBMR e orientações as unidades de saúde para continuidade do tratamento. controle de qualidade e treinamento. Tuberculose: Doença Endêmica milenar causada pelo Bacilo de Koch. . Visando: a Promoção. Apesar da importante redução do coeficiente de prevalência da hanseníase no Brasil. .Estabelecer normas básicas de diagnóstico. encerramento e acompanhamento pós cura.Diagnóstico diferencial para casos suspeito de tuberculose. . acompanhamento em conjunto com a unidade de saúde de origem. .000 habitantes deverá ter sido alcançada em todos os municípios do País para 2010. O Programa de Pneumologia Sanitária vem se empenhando para descentralizar as ações. tratamento.000 habitantes em 2005. por / pelo: . . para dezembro de 2008. aproximando-se da meta proposta pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de eliminação da doença como problema de saúde pública. Segundo a taxa de prevalência de 2005. justificadas por um padrão de alta endemicidade. .000 habitantes em pelo menos 50% dos 2. a fim de evitar o abandono do tratamento.Prevalência de menos de um caso por cada 10. tanto por sua magnitude (infecção.Mycobacteriose não tuberculosa-MNTB "Atípica Pulmonar". o Brasil deverá manter os esforços para o alcance da meta de eliminação de hanseníase em nível municipal até o ano 2010. . Situação Epidemiológica Atual A hanseníase é uma doença endêmica que tem apresentado redução significativa de sua prevalência de 16. . as regiões Sul e Sudeste já alcançaram a meta de eliminação. .Redução de prevalência em menos de um caso por cada 10. em 2004. Tuberculose multirresistente . abandono do tratamento ou infecção já por um bacilo multirresistente.Adquirir o abastecimento dos medicamentos necessários.48 por 10. com prioridade absoluta para aquelas de caráter epidemiológico e operacional.TBMR: Resistência aos medicamentos antituberculose causados por tratamentos inadequados. que atinge principalmente os pulmões.Pesquisas essenciais requeridas para o desenvolvimento do Programa. Portanto.Prescrição de esquemas especiais para tuberculose associada a outras patologias.Avaliação da Micobacteriose de Crescimento Rápido (MCR) para encaminhamento ao tratamento. dando mais atenção ao tratamento supervisionado.4 por 10. algumas regiões demandam intensificação das ações para eliminação.017 municípios endêmicos em dezembro de 2005.000 habitantes em 1985 para 1. . Articulação intersetorial. .Coordenação geral do sistema específico de informações.Reforçar as atividades de colaboração entre os programas de TB e o HIV/AIDS.Aumentar em 100% o número de sintomáticos respiratórios examinados (2004/2007). a tuberculose constitui a nona causa de hospitalização e a quarta causa de mortalidade por doenças infecciosas. No Brasil. .Tratar corretamente 100% dos casos de tuberculose diagnosticados e curar.Desenvolver atividades de comunicação e mobilização social para a educação em saúde.Manter a proporção de abandono do tratamento em nível aceitável (menos de 5%). .Desenvolver.Fortalecer a vigilância epidemiológica de maneira a aumentar a detecção de casos novos e a cura de casos diagnosticados. e o número atual de casos novos da doença está em torno de 8. aliado a vontade política.Capacitar os profissionais de saúde que participam no controle e na prevenção da TB em todos os níveis de gestão.Manter cobertura adequada da vacinação com BCG. as atividades de diagnóstico e testes de sensibilidade aos medicamentos usados no tratamento de tuberculose. 85% dos mesmos. nos laboratórios. As metas do PNCT são: . . . . Além disso. assistência e reabilitação em saúde. . O Brasil ocupa o 15º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% do total de casos de tuberculose no mundo. assim como diminuir o abandono do tratamento. aproximadamente 98% ocorrem em países em desenvolvimento. no nível nacional.8 milhões. informação e comunicação social. e. 161 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . prevenção. Cerca de 350.000 são casos de TB associados com HIV/aids. . . O surgimento da epidemia de aids e de focos de tuberculose multirresistente em zonas com controle deficiente da doença complica ainda mais o problema em escala mundial. são objetivos do programa: . em todas as esferas (nacional. Estima-se que ocorrem.Manter atualizado o registro de casos.Disponibilizar o exame de HIV a 100% dos adultos com tuberculose ativa. com ênfase aos aspectos de treinamento. .Apoio complementar aos Estados e Municípios. até 2007. anualmente. focalizando a promoção.Estender o tratamento supervisionado para 100% das unidades de saúde dos 315 municípios prioritários e. a mortalidade e a transmissão da tuberculose. Aspectos gerais Em todo o mundo.Sensibilizar e mobilizar os gestores do SUS. visando especialmente a preparação de recursos humanos e maximização dos resultados das políticas públicas para o bem estar social. visando a priorizar as ações de combate à tuberculose. pelo menos. aquisição e distribuição regular de medicamentos. Objetivos e Metas O objetivo principal do PNCT é reduzir a morbidade. A prevalência estimada é de 50 milhões de infectados. um terço da população já está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. notificando 100% dos resultados de tratamento. formadores de opinião.Reforçar e melhorar o Sistema de Informação (Sinan). aproximadamente 111 mil casos novos e em torno de seis mil óbitos por ano. .Manter um nível de detecção anual de pelo menos 70% dos casos estimados. pelo menos. .. estadual e municipal). Situação Epidemiológica Atual . especialmente na estratégia da Saúde da Família e às unidades de saúde das grandes cidades. . *Tratamento supervisionado(DOTS) define-se como a observação direta da tomada de medicamento para tuberculose pelo menos uma vez por semana durante o primeiro mês de tratamento.7 milhões de óbitos por tuberculose.Incorporar o tratamento supervisionado* na Atenção Básica. supervisão. 2. 80% dos casos bacilíferos detectados nesses municípios. regular sistema de informação. gestão. . destes. . líderes políticos. . . Os estados com mais alta carga de co-infecção são o Rio Grande do Sul. As taxas de co-infecção TB/HIV no período 2001-2004 foram as seguintes: 8.Realizar avaliação epidemiológica e operacional das ações do Programa em âmbito estadual. acompanhar e controlar a distribuição de medicamentos e insumos. Quando estas gotículas são inaladas por pessoas sadias. com precários serviços de infraestrutura urbana. também denominado de bacilo de Koch (BK). .4 por 100 mil. em especial nas grandes cidades.3).9% em 2002. 6. como todas as doenças infecciosas.Realizar baciloscopia. e ampl. Pernambuco é o estado mais afetado. retroalimentar os dados de tuberculose aos municípios e enviar os dados e análise a esfera nacional. A distribuição geográfica da tuberculose indica que 70% dos casos concentram-se em 315 municípios. prevenção e controle da tuberculose.Realizar análise epidemiológica. e 7. Ministério da Saúde. em áreas de grande concentração humana.1) e Bahia (3. com uma taxa de incidência de 49. A propagação da tuberculose está intimamente ligada às condições de vida da população. designadas prioritárias pelo Ministério da Saúde para o controle da TB e a implementação da estratégia Dots. como saneamento e habitação. . sendo os estados com as maiores taxas de mortalidade o Rio de Janeiro (6. onde a epidemia tem progredido rapidamente nos últimos anos.Divulgar informações e a análise epidemiológica da situação da TB no estado. Com uma taxa média de letalidade de 7. Segundo dados do Programa Nacional de DST/AIDS. Santa Catarina e São Paulo. monitorar e avaliar as ações de vigilância. Pernambuco (5. a tendência da incidência da tuberculose no Brasil parece bastante estável. ed. Apenas nos municípios prioritários de Sergio e Mato Grosso foram atingidas as metas de cura superior a 85% (considerando apenas os casos com informação de encerramento). Analisando uma série de 10 anos (1994-2004). a taxa de prevalência estimada da infecção por HIV é de 0. Departamento de Atenção Básica. embora ligeiramente descendente nos casos de tuberculose de todas as formas.65% na população de 15 a 45 anos. Mato Grosso do Sul (3.8%. Abaixo estão listadas algumas atribuições e responsabilidades da esfera estadual.Exercer a gestão e gerência da vigilância epidemiológica. A heterogeneidade do grau de cobertura do programa também é visível na análise dos desfechos dos tratamentos para a coorte de 2004 (casos novos que iniciaram tratamento entre abril de 2003 a março de 2004) dos municípios prioritários. cerca de 6. . Por isto. 7.000 óbitos são notificados todo ano. Atribuições e Responsabilidades As esferas federal. . por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente com tuberculose (TB) pulmonar ao tossir.Cooperar tecnicamente com os municípios nas ações do PCT.7% em 2001. que se propaga através do ar.Acompanhar. Secretaria de Políticas de Saúde.515. Tuberculose6 A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa. . provocam a infecção tuberculosa e o risco de desenvolver a doença.7% em 2004. espirrar ou falar em voz alta. causada por um microorganismo denominado Mycobacterium tuberculosis. identificação do bacilo e teste de sensibilidade às drogas utilizadas no tratamento da TB. Compete à Esfera Estadual . Brasília: Ministério da Saúde. Destacam-se os altos percentuais de transferência e os percentuais de encerramento dos casos. gestão e acompanhamento do PNCT. Manual técnico para o controle da tuberculose: cadernos de atenção básica. Mesmo assim.Criar mecanismos que promovam a participação efetiva da Sociedade Civil nas discussões e definições do programa de TB.Programar. Prolifera. 2002. cultura. A situação da infecção por HIV é um problema importante no Brasil. rev.1). . 8. onde coexistem a fome e a miséria. .O número de casos novos registrados em 2004 foi de 80. estadual e municipal têm atribuições distintas e complementares na implantação.0). a 6 Texto extraído de BRASIL. . que incluem as grandes cidades e capitais.1% em 2003. . prevenção e controle da tuberculose nos municípios. 162 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Garantir a qualidade dos exames laboratoriais realizados da rede do SUS conforme normas do Ministério da Saúde. quando os bacilos atingem os alvéolos a infecção pode se iniciar. . ou seja. acometer qualquer pessoa mesmo em áreas rurais. Dentro de 2 a 10 semanas no entanto. parente ou não. significa que os bacilos estão no corpo da pessoa. . Denomina-se “caso de tuberculose” todo indivíduo com diagnóstico confirmado por baciloscopia ou cultura e aquele em que o médico. das pessoas maiores de 15 anos que procuram os serviços de saúde por qualquer motivo e apresentam queixas de tosse e expectoração por três semanas ou mais. Quando uma pessoa inala as gotículas contendo os bacilos de Koch. com base nos dados clínico-epidemiológicos e no resultado de exames complementares. ocorre mais frequentemente nos pulmões. Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se tornam infectadas. A probabilidade que a TB seja transmitida depende de alguns fatores: . cérebro e ossos. entre outras. impedindo que os bacilos continuem a se multiplicar. . pleura. abrigos e asilos e os indivíduos etilistas. gânglios. metade delas durante os dois primeiros anos após a infecção e a outra metade ao longo de sua vida. muitas delas ficam no trato respiratório superior (garganta e nariz). porém. “Caso novo” é o doente com tuberculose que nunca se submeteu à quimioterapia antituberculosa. que mantém os bacilos sob controle. o risco de progressão da infecção para a doença aumenta. mas no Brasil geralmente acontece na infância. As pessoas infectadas e que não estão doentes não transmitem o bacilo. que coabita com um doente de tuberculose. . O sistema imune faz isto produzindo células chamadas macrófagos que fagocitam os bacilos e formam uma barreira.Diabetes Mellitus (DM). A infecção tuberculosa. Entre esses.tratamento prolongado com corticosteroides. prevenindo disseminação posterior. Uma vez infectada. como. deve-se procurar o doente com tuberculose pulmonar bacilífera.terapia imunossupressora.sua incidência é maior nas periferias das grandes cidades. ou submeteu-se ao tratamento para tuberculose há cinco anos ou mais.da contagiosidade do caso índice (doente bacilífero fonte da infecção). As ações para a procura de casos devem estar voltadas para os grupos com maior probabilidade de apresentar tuberculose. Atenção especial deve ser dada às populações de maior risco de adoecimento como os residentes em comunidades fechadas como presídios. A procura de casos deve ser feita ainda entre os suspeitos radiológicos (pacientes com imagens suspeitas de TB que chegam ao serviço de saúde).desnutrição calórico proteica. 163 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . mendigos. firma o diagnóstico de tuberculose.da duração da exposição. usuários de drogas. Nestes casos.infecção pelo HIV. porém.contatos de casos de tuberculose: toda pessoa. fez uso de tuberculostáticos por menos de 30 dias. Contudo. fonte de infecção” para outros indivíduos. As equipes do PSF. A infecção tuberculosa é detectada apenas pela prova tuberculínica. os bacilos multiplicam-se nos alvéolos e um pequeno número entra na circulação sanguínea disseminando-se por todo o corpo.doenças renais crônicas. imunodeprimidos por uso de medicamentos ou por doenças imunossupressoras (aids. mas o sistema imune os está mantendo sob controle. a pessoa pode desenvolver tuberculose doença em qualquer fase da vida.do tipo de ambiente em que a exposição ocorreu. . Todos os órgãos podem ser acometidos pelo bacilo da tuberculose.os sintomáticos respiratórios: a equipe de saúde deve estar preparada para realizar a busca sistemática de sintomáticos respiratórios. onde a infecção é improvável de acontecer. Isto acontece quando o sistema imune não pode mais manter os bacilos sob controle e eles se multiplicam rapidamente. Deve-se realizar a busca ativa de casos entre: . Em primeiro lugar. sem doença. Esta estimativa está correta se não existirem outras infecções ou doenças que debilitem o sistema imunológico da pessoa. o sistema imune usualmente intervém. os agentes comunitários de saúde e os profissionais de saúde responsáveis pela vigilância epidemiológica no município devem mobilizar a comunidade para identificar os tossidores . . manicômios. rins. por exemplo: . o granuloma. podendo. . A infecção pelo bacilo da tuberculose pode ocorrer em qualquer idade. Apenas em torno de 10% das pessoas infectadas adoecem. diabetes) e ainda os trabalhadores em situações especiais que mantêm contato próximo com doente com TB pulmonar bacilífera. . além da convivência em ambientes fechados. doses corretas e uso por tempo suficiente) e que haja a adequada operacionalização do tratamento. Grande proporção dessas mortes ocorre antes que se tenha o diagnóstico e se inicie o tratamento. por ano. . É importante lembrar que tratamento irregular pode complicar a doença e resultar no desenvolvimento de cepas resistentes aos fármacos. . . e comunidades fechadas referidas acima. Alguns desafios colocam-se atualmente para o controle da TB: a co-infecção com a AIDS. A transmissão do Mycobacterium tuberculosis ocorre por contato direto com as gotículas eliminadas pela tosse.Reduzir o sofrimento humano. doenças como AIDS. transmissível e de alto custo social. 6. desde que a pessoa seja sensível aos medicamentos antituberculose. quanto às características da tuberculose e do tratamento a que será submetido: medicamentos. No Brasil. a rifampicina (R). a família e a comunidade nas ações de saúde. Porém do ponto de vista de sua atuação no Programa de Controle da Tuberculose. nas famílias. . No Município de São Paulo são descobertos.Diminuir o surgimento de bacilos multirresistentes. associada ao abandono do tratamento e a necessidade de organização dos serviços de saúde para a implementação das medidas de vigilância e tratamento eficaz. independente da melhora dos sintomas.Interromper a cadeia de transmissão da doença. Síntese A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa que continua sendo uma das principais causas de morte entre os adultos. clubes. O tratamento da tuberculose dura no mínimo seis meses e. nesse período o estabelecimento de vínculo entre profissional de saúde e usuário é fundamental para que haja adesão do paciente ao tratamento e assim reduzir as chances de abandono para se alcançar a cura. No Brasil. . 164 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . por isso. com pouca ventilação e ausência de luz. . de forma individualizada voltada para orientar e corresponsabilizar o indivíduo. possíveis consequências do uso irregular dos mesmos e eventos adversos. as UBS devem manter a sua autonomia na descoberta e no tratamento de casos de tuberculose. soma-se o tratamento diretamente observado (TDO) da tuberculose.800 casos novos de TB de residentes. duração e regime de tratamento. desnutrição. com predomínio de casos pulmonares bacilíferos. em especial dos grupos de risco.Reduzir a mortalidade.crônicos. câncer. de forma clara. essa doença ainda representa um problema de saúde grave e o Ministério da Saúde tem por metas diagnosticar 70% dos casos novos estimados e curar no mínimo 85% destes casos. garantindo a cura. Objetivos do tratamento diretamente observado: . de média complexidade. A esses princípios. que sejam obedecidos os princípios básicos da terapia medicamentosa (associação medicamentosa adequada. uma vez que se trata de doença consuptiva.Reduzir a taxa de abandono.Possibilitar a adesão. a pirazinamida (Z) e o etambutol (E). O paciente deve ser orientado.Melhorar a atenção ao doente por meio do acolhimento humanizado. com o objetivo de encaminhá-los para fazer exame de escarro. igrejas. precisa ser orientado pelo profissional de saúde a realizar o tratamento até o final. a multirresistência do bacilo às drogas. fala e espirro de um indivíduo com tuberculose pulmonar. diabetes. benefícios do uso regular dos medicamentos. os medicamentos usados nos esquemas padronizados para a tuberculose são a isoniazida (H). A tuberculose é uma doença curável em praticamente 100% das novas ocorrências.Realizar uma educação em saúde mais efetiva. Alguns fatores facilitam o desenvolvimento da doença como: precárias condições de vida. A maior parte das pessoas serão tratadas pelos esquemas padronizados e receberá o tratamento e acompanhamento na atenção básica. Logo nas primeiras semanas de tratamento o paciente se sente melhor e. alcoolismo. que consiste na observação diária da tomada dos medicamentos por um profissional da equipe de saúde ou por alguém por ele supervisionado. Essas unidades devem contar com o apoio de uma unidade de referência. . . . . .Realizar ações de atenção primária (redução e controle de fatores de risco).Reorganizar a rede de serviços. .Fornecer as medicações aos portadores de HAS e DM. Etapa 7: Desenvolvimento de sistema informatizado para o arquivamento das fichas do internos. Objetivos específicos: Os objetivos específicos foram traçados de acordo com o Plano de Reorganização da Atenção à HAS e DM. segundo critérios de nível de escolaridade (no mínimo o 1º grau completo) e com tempo mínimo de pena a cumprir de 5 anos. para o atendimento de HAS e DM.Firmar convênios com as Secretarias Estaduais e Municipais para o recebimento de medicações e equipamentos. serviço social). . o protocolo de assistência básica ao portador de HAS e DM.Executar ações informativas e elaborar folhetos explicativos destinados aos portadores de HAS e DM Etapas do Plano: Etapa 1: Capacitação dos profissionais de saúde através de convênios com as Secretarias Estaduais e Municipais. hospital.Informatizar o cadastro de portadores de HAS e DM. a saber: . . quando necessário. com início do devido tratamento clínico e medicamentoso. Etapa 2: Selecionar 10% do total da população carcerária de cada unidade. Etapa 5: Confirmação do diagnóstico de HAS e DM.Identificar. e promover o tratamento clínico e/ou medicamentoso. Etapa 6: Cadastramento dos portadores de HAS e DM. Etapa 4: Promover campanhas sistemáticas de identificação e prevenção de HAS e DM. . em todos os níveis de complexidade. bem como a realização de cursos para treinamento das equipes multiprofissionais.Implantar.Desenvolver atividades no campo da promoção para educação em saúde. a fim de permitir o acesso rápido às informações do tratamento clínico e medicamentoso. . cadastrar e vincular as às equipes de atenção básica os portadores de HAS e DM. . na atenção básica. quando necessário. Etapa 3: Capacitar os internos escolhidos no processo seletivo acima descrito. . estimulando hábitos saudáveis de vida. farmácia.Realizar o monitoramento da população carcerária na busca ativa de novas ocorrências desses agravos.Hipertensão e de diabético Objetivo Geral: Implementar ações de prevenção e assistência à saúde à população carcerária portadora de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. 165 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . facilitando a transmissão on line dos dados sobre cada interno aos diversos setores envolvidos no atendimento (ambulatório. no elenco mínimo definido pelo MS. O rastreamento se iniciará no preparo do interno para a verificação da glicemia capilar. tendo o profissional certificando-se que o mesmo não está de bexiga cheia.139 140 . sendo também necessária uma avaliação do risco cardiovascular global. terão seu retorno agendado para o médico clínico. Classificação diagnóstica dos níveis de pressão arterial no adulto acima de 18 anos. Hipertensão Arterial Sistêmica .179 >/= 180 >/= 140 Normal Normal limítrofe Hipertensão leve (estágio 1) Hipertensão moderada (estágio 2) Hipertensão grave (estágio 3) Hipertensão sistólica(isolada) .HAS Conceito: Segundo o III Congresso Brasileiro de HAS. terão seu retorno agendado para o médico clínico. não ingeriu bebidas alcoólicas. quando encontrado em pelo menos duas aferições realizadas no mesmo momento. em indivíduos que não estão fazendo uso de medicação anti-hipertensiva. Este anotará nos impressos do programa os resultados e no final do dia preencherá o mapa que consolidará o número total de glicemias capilares e pressões elevadas. não praticou exercícios físicos. o limite escolhido para definir HAS é o de igual ou maior de 140/90 mmHg. Todos os dados no final do mês serão encaminhados à Divisão de Enfermagem. altura e aferição da pressão arterial pela auxiliar ou técnico de enfermagem.99 100 -109 >/= 110 < 90 < 130 130 .Metodologia: A abordagem inicial é a investigação de casos de HAS e DM em todos os internos acima de 20 anos no ato de seu ingresso na unidade. A OMS destaca o fato de que não se deve somente observar os níveis de pressão arterial. que apresentarem valor maior ou igual a 126mg/dl. Os internos com glicemia capilar de jejum ou após 4 horas sem alimentação. A hipertensão arterial é caracterizada por uma pressão arterial sistólica maior ou igual a 140mmHg e uma pressão arterial diastólica maior ou igual a 90 mmHg. bem como o número de internos que já sabiam ser diabéticos e o número total de inscritos no programa de Diabetes e Hipertensão. Pressão Arterial Diastólica (mmHg) PAD Pressão Arterial Sistólica (mmHg) PAS Classificação < 85 85 .159 160 . Os internos que apresentarem uma pressão arterial maior ou igual a 140/90mmHg em duas aferições seguidas. alimentos ou fumou até 30 minutos antes da medida. quando este resultado for maior ou igual a 126mg%. serão encaminhados para exame de glicemia plasmática. 166 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .89 90 . café. verificação do peso. devendo ser repetido em duas ocasiões separadas. a longo prazo. após medicação. principalmente olhos. Distingue-se por uma hiperglicemia crônica. um hipertenso classificado no estágio 1. A hiperglicemia. condição em que o indivíduo possui o menor risco cardiovascular. Admite-se como pressão arterial normal. o DM. Garantia de parecer ou referência dos internos com nível 2 de difícil controle e dos internos com nível 3 e/ou com lesão de órgão-alvo para unidades de maior complexidade.DM Conceito: Síndrome de etiologia múltipla. rins. Fatores de risco: História de HAS antes da gestação. Deve-se destacar que a tabela usada para classificar o estágio de um indivíduo hipertenso não estratifica o risco do mesmo. pode contribuir para disfunção e falência de vários órgãos.III Congresso Brasileiro de HAS Aceita-se como pressão arterial ideal. PAS < 120mmHg e PAD < 80mmHg. ocorre pela diminuição ou Ausência de insulina e/ou da incapacidade de a insulina exercer corretamente seus efeitos. Critérios de acompanhamento: . pode ser estratificado com grau de risco muito alto. deve ser encaminhado para uma unidade de maior complexidade. . Níveis de PA = 140mmHg de pressão sistólica e = 90mmHg de pressão diastólica. nervos. . lipídeos e proteínas.139mmHg / 85-89mmHg. PAS< 130 mmHg e PAD<85mmHg. caso seja diabético.Hipertensos leves (estágio 1): Agendamento com intervalo de 3 meses para consulta médica e aferição da PA. Este grupo. pois constitui risco materno e perinatal. avaliação das intercorrências e fornecimento da medicação mensalmente pela equipe de saúde. 167 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Desta forma. para indivíduos adultos (maiores de 18 anos) que não estejam em uso de medicação anti-hipertensiva e sem morbidades associadas. em comparação aos níveis de PA conhecidos e normais antes da gestação. Aumento da pressão sistólica igual ou superior 30mmHg e da pressão diastólica igual ou superior a 15mmHg. alterações visuais. será alvo de atenção básica e se beneficiará com medidas preventivas. que altera o metabolismo de carboidratos. de acordo com a evolução paciente. Considera-se como pressão arterial normal limítrofe o indivíduo incluso no grupo com cifras tensionais de PAS 130 . que aparece como o mais prevalente. . Hipertensão Arterial Sistêmica na Gestação: Deve ser detectado precocemente.Hipertensos moderados (estágio 2): Agendamento com intervalos menores.Hipertensos severos (estágio 3): Garantia de atendimento de referência e contrarreferência para as especialidades inerentes ao acompanhamento dos internos. Se o interno apresentar sinais de crise hipertensiva: brusca elevação da pressão arterial (PAD acima de 120-130 mmHg) associadas a sintomas como cefaleia. Diabetes Mellitus . coração e vasos sanguíneos. etc. Aqueles induzidos por drogas ou produtos químicos (diuréticos. Outros tipos específicos: Disfunção genética da célula beta. geralmente antes dos 30anos de idade. que inibem a ação da insulina. detectados na gravidez. resulta primariamente da destruição das células beta pancreáticas e tem a tendência à cetoacidose. geralmente no segundo ou terceiro trimestre da gestação. Este tipo é caracterizado por um início repentino. Defeito genéticos na ação de insulina. 168 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .).Idiopático Diabete gestacional: Inicia-se. fibrose cística. etc. corticoides. Envolve casos decorrentes de doenças anti-imune e também aqueles nos quais a causa da destruição das células beta não é conhecida.6% das mulheres em gestação apresentam intolerância à glicose.). contraceptivos. dividindo-se em: . De magnitude variável. Incluem os casos de DM e de tolerância à glicose diminuída. Segundo o Protocolo de Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus. Doença do pâncreas exócrino (pancreatite neoplásica.Cerca de 5 a 10%dos indivíduos diabéticos desenvolvem o tipo I. podendo ou não persistir após o parto. Valores de Glicemia Capilar para Rastreamento: Glicemia de jejum ou após quatro horas sem alimentação RESULTADO AVALIAÇÃO: Menor que 100 mg/d Entre 101 e 125 mg/d l Entre 126 e 199 mg/d l Entre 200 e 270 mg/d l Maior ou igual 270 mg/d l Normal Exame duvidoso Exame alterado Provável DM Muito provável DM Glicemia ao acaso (em qualquer hora do dia) Menor que 140 mg/d l Entre 141 e 199 mg/d l Entre 200 e 270 mg/d l Maior ou igual 270 mg/d l Normal Duvidoso Provável DM Muito provável DM Este teste não faz diagnóstico definitivo CATEGORIAS DIAGNÓSTICOS GLICEMIA DE JEJUM GLICEMIA PÓS-PRANDIAL (2 h após 75 mg de glicose anidra) AO ACASO Normal Glicemia de jejum Alterada Tolerância à glicose diminuída .Imunomediado . ocorre pela diminuição da tolerância à glicose devido a hormônios secretados pela placenta. Esta forma de diabetes. hemocromatose. o Estudo Multicêntrico Brasileiro de Diabetes Gestacional demonstrou que 7. betabloqueadores. aferição da PA. ATENÇÃO: Considera-se ABANDONO. o não comparecimento do interno à qualquer consulta por 30 dias ou mais. Tratamento: Tratamento não medicamentoso: O principal objetivo é reduzir as taxas de morbidade e mortalidade mediante orientações para a saúde que ajudem a diminuir os valores pressóricos e glicêmicos.Exames complementares: Solicitam-se inicialmente os seguintes exames: Sangue: Glicemia. Colesterol Total.protocolo Dislipidemia Conceito: Estudos demostram que a dislipidemia é explicada como uma alteração do perfil lipídico pelo aumento dos triglicerídeos (TG). pesquisar indícios de investigação de fatores de risco. Ecocardiograma (restrito aos internos com evidência de doenças cardíacas). ele sairá do número total de abandonos do mês seguinte e entrará no número total de inscritos nos programas.Exame físico: Peso e altura para cálculo de índice da massa corporal. Ácido Úrico. Indicado para todos os hipertensos. história familiar. normotensos com risco cardiovascular e diabéticos. quando em consequência de outras doenças ou uso de medicações. da lipoproteína LDL-c e Colesterol Total (CT) e/ou diminuição da lipoproteína HDLc. Roteiro da Avaliação e Tratamento para HAS e DM: . aparelho respiratório.Diabetes Mellitus < 110 >/= 110 e < 126 < 126 > 126 < 140 • =140 e < 200 =200 • • • >/= 200 + Sintomas clássicos Fonte: Hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus . Caso o interno em abandono retorne. HDL Colesterol. . outras doenças associadas. quando relacionada a causas genéticas combinadas por vezes a fatores ambientais e em secundária. Fundo de olho. pesquisa de lesões de órgãos alvo. Creatinina. Ureia. . história atual. 169 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Histórias clínica: identificação.Elementos anormais e sedimentoscopia para investigação de HAS . RX de tórax com PA e Perfil. Triglicerídeos. ECG. . Classifica-se em primária. exame neurológico. Potássio e Hematócrito. inspeção. hábitos alimentares e uso medicamentos. associada a fatores de riscos e hereditariedade. abdome.Urina de 24 horas e cetonúria (quando a glicemia está persistente =300 mg/dl) para investigação de DM. após a data aprazada. palpação da tireoide. Urina: . 2000.As principais medidas são: . RJ: Editora Guanabara Koogan. § Sociedade Brasileira de Nefrologia.Orientar na prevenção das complicações da HAS e DM. LDL-c. § Boletim do CEATRIM Farmacêutico. triglicerídeos e proteínas. M. § Instituto de Saúde da Comunidade. 1997. Este tratamento visa atingir valores de PAS < 140 mmHg e PAD < 90 mmHg. 2000. RJ. Tratamento medicamentoso para controle da DM: 1) Hipoglicemiantes orais: Devem ser administrados no DM tipo 2. Glimepirida e Biguanidas. "Hipertensão Arterial". jan. § BRASIL. O controle do perfil lipídico deverá ser solicitado a cada dois meses. Propanolol (40 mg). . Medicações padronizadas no programa: Hidroclorotiazida (50mg). Metildopa (500 mg).Diminuição do peso corporal. RJ: Editora Afiliada.Exercícios físicos (caminhadas. 2) Insulinas: A insulina reduz os níveis sanguíneos de glicose. logo após o diagnóstico ou ao longo do tratamento. Bibliografia: § BRASIL. Captropil (25 mg). § Secretaria Municipal de Saúde. ácidos graxos e aminoácidos. . 2000/2001. maio. 1998. Introdução à Metodologia de Pesquisa Social. § Sociedade Brasileira de Cardiologia. III Consenso sobre Hipertensão Arterial. Furosemida (40 mg). § Diagnóstico e Classificação do Diabetes Mellitus e Tratamento do Diabetes Mellitus tipo 2. Verapamil (80 mg). Cadernos de Atenção Básica. Brasília: PNECHA .J: Coordenação de Programa de Doenças Crônicas. lento. Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus Protocolo. O Desafio do Conhecimento. 1996. * Congresso Brasileiro sobre Diabetes . e TG. § MINAYO. No entanto. 1996. 2001. Sociedade Brasileira de Diabetes. Niterói -RJ. Detecção. e estimula a conversão destes compostos para glicogênio.Dieta rica em frutas e vegetais.. 4ed. III Congresso Brasileiro de Hipertensão Arterial. NPH e ultralento. Brasília. Seu período de ação pode ser ultrarrápido. 7 . Sexto Relatório da Reunião Nacional do Comitê sobre Prevenção. 2000. Texto de Apoio à Diabetes Mellitus . Manual de Controle de Hipertensão. Niterói -RJ. 2001. Glipizida. Consenso sobre Dislipidemias. Dicionário Terapêutico. . 1998. . intermediário. quando o tratamento não medicamentoso deixar de atingir os níveis glicêmicos desejados. Ministério da Saúde. § ESTADOS UNIDOS.Informar sobre os danos causados pelo consumo de bebidas alcoólicas e tabaco. R. e Tratamento de Hipertensão Arterial. Podem ser de origem bovina suína ou humana. Programa de Hipertensão Arterial. alguns diabéticos tipo 2 poderão necessitar da terapia insulínica. § Fundação Municipal de Saúde. Departamento de Saúde e Serviço Humanos. Glibenclamida. Hidralazina (50 mg). SP.100mg). Sulfoniluréias disponíveis no Brasil: Clorpropamida.Controle das dislipidemias: Dietoterapia nas hiperlipidemias: objetiva-se a redução dos níveis de CT.Dieta hipossódica e aumento da ingestão de potássio e cálcio. Tratamento medicamentoso para controle da HAS: O principal objetivo é reduzir as taxas de morbidade e mortalidade por doenças cardiovasculares. 1998. rápido. reforçada pelo controle dos fatores de risco. Normas Técnicas para o Programa Nacional de Educação e Controle de Hipertensão Arterial . Enalapril (5 mg). Gliclazida. jogos de quadra em espaço próprio). . 170 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 2000. por meio da minimização da ingesta de gordura saturada e colesterol. RJ. Ministério da Saúde. . com redução da gordura total e saturada (origem animal).UFF . Convênio CRF-RJ-UFF.C. Nifedipina (10 mg). Clonidina (0. Avaliação. . § Sociedade Brasileira de Cardiologia. § KOROCOLVAS. proporcionando meios para modificar a situação – problema do paciente. SP: Editora Medsi. . o planejamento é a base que norteia todo o processo administrativo.Degenerativas. Controle da Hipertensão Arterial.Selecionar ações de enfermagem apropriadas. o planejamento está presente em todas as suas dimensões e. § BRASIL. Os elementos da metodologia científica utilizada no planejamento da assistência são: a) Identificar os problemas do paciente. tornando-se a mais importante das funções. Uma Proposta de Integração Ensino .§ ROUQUAYROL. Todo planejamento inicia-se com um levantamento minucioso da situação. Ministério da Saúde. I. No serviço de enfermagem. . PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA O planejamento é uma técnica que tem por objetivo determinar um curso de ação ou um programa.Uma técnica cíclica. Quem planeja tem maior probabilidade de alcançar os objetivos. Estudo Multicêntrico sobre a Prevalência de Diabetes no Brasil. § BRASIL.Iterativo. Ministério da Saúde. ou seja. No que tange às etapas do planejamento na assistência ao paciente.Racional na tomada de decisões. Divisão de Doenças Crônicas . Ministério da Saúde. 1993. que se denomina diagnóstico. . 1986. Brasília: Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde. tornando-se a mais importante das funções. § LESSA. O planejamento da assistência é à base das ações de enfermagem. CENEPI. 1993.Atribuir prioridades aos problemas já diagnosticados. Brasília: Informe Epidemiológico do SUS maio/junho. Brasília. com certa relevância. conforme evidências do desequilíbrio orgânico. .Um processo permanente e contínuo.. 1(3). em especial. porque sem planejamento não se pratica administração. onde se utiliza uma metodologia científica aliada ao conhecimento e a habilidade profissional. tem menor probabilidade de atingir sua finalidade. Ele faz parte da ciência da administração como primeiro elemento do processo administrativo.Uma técnica voltada para o futuro. 1994. § BRASIL. Quem não planeja. Estudos Brasileiro sobre Epidemiologia da Hipertensão Arterial: Análise Crítica dos Estudos de Prevalência.Sistêmico. b) Determinar prioridades. evidentemente.Serviço.Decidir os objetivos de enfermagem. . 1992. . 171 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . o diagnóstico de enfermagem deve ser a base para o planejamento das intervenções de enfermagem. De acordo com Kron e Gray.Degenerativas. O planejamento é uma técnica que tem por objetivo determinar um curso de ação ou um programa. o processo de planejamento caracteriza-se principalmente por ser: . § BRASIL. Orientações Básicas para o Diabético. estará planejando o fracasso. na assistência ao paciente. M C. Brasília: Secretaria Nacional de Programas Especiais de Saúde.Registrar essas informações no plano de atendimento. c) Selecionar a ação que tem maior probabilidade de resolver o problema. Portanto. Rio de Janeiro: Secretaria de Assistência à Saúde. definido por objetivos previamente traçados e prevendo as diversas etapas de execução. Informe Epidemiológico do SUS. . Planejamento da assistência de enfermagem O planejamento é a primeira função administrativa. Bases Estratégicas e Operacionais. 1989. porque define a melhor estratégia de ação.Uma função administrativa que interage dinamicamente com as demais. . Seja qual for a natureza da atividade. . Epidemiologia e Saúde 4ª ed. . definido por objetivos previamente traçados e prevendo as diversas etapas de execução.. exatamente. CDCV / NUTES. Divisão Nacional de Doenças Crônicas . É uma técnica que visa tomar decisões antecipadas de ocorrências futuras e traçar um programa de ação. Ele faz parte da ciência da administração como primeiro elemento do processo administrativo. Ministério da Saúde.. os autores levam em consideração os seguintes critérios: . sendo suas conferências abertas à comunidade mundial da enfermagem.Individualizar a assistência de enfermagem. . . Entre os modelos apresentados.Indicar os objetivos da intervenção de enfermagem. esses modelos ainda não são considerados estruturas ou sistemas de classificação consolidados. Sistemas de classificação da assistência de enfermagem Historicamente.Facilitar a comunicação com os membros da equipe de saúde. As propostas e modelos para se classificar a prática de enfermagem ganharam impulso nas duas últimas décadas. na pesquisa e na prática. já foram realizadas catorze conferências.Desenvolver o pessoal de enfermagem. além da própria experiência. Ela é reconhecida nos Estados Unidos e outros países como pioneira na classificação dos diagnósticos de enfermagem. Participaram dessa conferência enfermeiros convidados dos Estados Unidos e Canadá. na filosofia. e) Promover a cooperação como essencial para coordenar as atividades dos diversos departamentos e de pessoal. b) Compor sistematicamente todo o pessoal e suas atividades.Proporcionar uma orientação para supervisão. O uso . A preocupação em formular um sistema para promover o uso de uma terminologia própria para a enfermagem levou os enfermeiros norte-americanos a promoverem a Primeira Conferência do Grupo Norte-Americano para Classificação dos Diagnósticos de Enfermagem. através de medidas de planejamento e organização. . de modo que a responsabilidade e a autoridade para funções específicas sejam definidas e possam ser delegadas.O plano é um guia dinâmico. quando cresceu o interesse em identificar os diagnósticos de enfermagem.Dar continuidade aos cuidados de enfermagem. . inclusive do Brasil. A NANDA é uma associação de enfermagem voluntária e não lucrativa que promove a profissão através do desenvolvimento. suprimento e equipamentos. 172 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Desde então. A seguir. buscando auxiliar tanto os enfermeiros da prática clínica como os que trabalham com informática e desenvolvimento de sistemas e aqueles que desenvolvem linguagem.Proporcionar uma orientação para o cuidado centrado no paciente. d) Utilizar a capacidade de cada pessoa eficazmente. a enfermagem está assumindo suas funções gerenciais. desde o planejamento até a avaliação. classificação e uso da linguagem de enfermagem. organização e senso de realização por parte dos que fornecem o serviço.Facilitar o planejamento da assistência de enfermagem. g) Manter atualizados e conservados os relatórios e registros das atividades de organização. esforço. a NANDA foi formalmente organizada e seu regimento aprovado. começou em 1988. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS PARA O SERVIÇO DE ENFERMAGEM O raio de ação desses princípios atinge diretamente a administração do serviço de enfermagem. desenvolver e classificar os diagnósticos de enfermagem. . iniciando esforços para identificar. com alto grau de responsabilidade.Avaliar os cuidados de enfermagem. serão destacados os princípios básicos do plano de cuidados de enfermagem: . É importante considerar os seguintes pontos: a) Formular planos baseados nos objetivos. na estrutura. Estudar o planejamento da assistência de enfermagem é como estudar a própria essência da enfermagem. que utiliza seus objetivos para a satisfação daqueles que necessitam dos serviços hospitalares. com o desenvolvimento de estudos sobre a utilização dos diagnósticos de enfermagem no ensino. Em 1982. A participação de enfermeiros da Europa e América do Sul. Todavia. a taxonomia da NANDA é constituída por uma estrutura teórica – os padrões de respostas humanas – que orienta a classificação e categorização dos diagnósticos de enfermagem ou das condições que necessitam de cuidados de enfermagem. c) Qualificar o pessoal para execução dos planos e alcançar os objetivos propostos pelo serviço e pela organização. o surgimento de sistemas de classificação em enfermagem foi intensificado nos Estados Unidos na década de 1970. essa abordagem exige um aprofundamento expressivo e uma busca de informações inesgotáveis no campo da literatura em enfermagem. . nos padrões e procedimentos de trabalho previamente aceita pela organização – planejando a assistência e dirigindo os funcionários. f) Obter o máximo de resultados com o mínimo de tempo. No entanto. . em 1973. refinamento. . Atualmente.Componente Nível 2 .Esse sistema foi desenvolvido por Susan Grobe. segurança. em relação ao conhecimento. Segundo Suzanne e Mead. respiração. registro e quantificação do que a enfermagem produz. habilita a enfermagem para documentar o cuidado ao cliente com mais eficiência e efetividade. . nutrição.esse sistema foi desenvolvido para avaliar e classificar o cuidado realizado no domicílio dos clientes que eram conveniados com um seguro de saúde norte-americano – o Medicare. b) Sistema HHCC: Classificação dos Cuidados Domiciliares de Saúde . relacionamento entre papel. O sistema está organizado com vinte componentes de cuidado de saúde domiciliar. a escala de avaliação do problema para resultados e o esquema de intervenções. considerando-o cientificamente . permitem uma melhoria na qualidade desse cuidado. Léxico e Taxonomia em Intervenção de Enfermagem – NILT (Nursing Intervention Lexicon Taxonomy). Classificação da Intervenção em Enfermagem – NIC (Nursing Intervention Classification) e Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem – CIPE (Internacional Classification for Nursing Practice). padronizado.Comportamento: é a observação de respostas. 173 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Ela critica a tentativa de criar-se um sistema universal. contendo três níveis hierárquicos distintos para medir o desenvolvimento do cliente em termos de problemas e diagnósticos identificados pelo enfermeiro. pois. esse modelo expande o conhecimento da saúde domiciliar e comunitária em enfermagem.dessa taxonomia define o foco do cuidado de enfermagem e dá aos enfermeiros exemplos de como a profissão difere de outras profissões da saúde. perfusão tissular e eliminação urinária. a fim de prever. O sistema oferece uma nova abordagem para a organização do registro do paciente. ao comportamento e ao estado de saúde: .Status: é a condição do cliente em relação às características definidoras objetivas e subjetivas. coping‡. Serão abordados alguns desses modelos formais de sistemas construídos a partir dos diagnósticos de enfermagem propostos pela NANDA: Sistema de Classificação – OMAHA (Community Health System). através da sistematização. deve ser considerada uma ferramenta indispensável para a determinação de custos. documentando o processo de enfermagem e determinando os recursos requeridos. autocuidado. comportamento de saúde. enfermeira e cientista da informação da Universidade do Texas. como de outros serviços domiciliares necessários para medir os resultados obtidos18. cognitivo.Modificador c) Sistema NILT: Léxico e Taxonomia de Intervenção em Enfermagem . Desse modo. cardíaco.consiste de três componentes: o esquema de classificação de problemas. mas não suficientes. autoconceito. O esquema de classificação dos resultados usa cinco pontos de uma escala tipo Likert. a relação de exclusividade interna e a aplicabilidade através de programas baseados na comunidade. metabolismo. Classificação na Assistência Domiciliar – HHCC (Home Health Care Classification). esses esquemas formam um sistema que: aumenta a prática da saúde comunitária. volume de líquidos. existem vários sistemas de classificação ou modelos formais. É constituído por dois esquemas exclusivos da enfermagem de saúde domiciliar que foram desenvolvidos empiricamente e estabelecidos para serem estatisticamente significantes. Esses componentes estão esquematicamente expostos em quatro níveis que são distribuídos dos mais gerais e amplos para os mais específicos: Nível 1 . além de estabelecerem padrões de cuidados. gera dados importantes para o gerenciamento do sistema de informação13. integridade de pele e tecido. a) Sistema OMAHA . ações ou atividades do cliente em adaptar a ocasião vivida. os quais fornecem uma estrutura de classificação e codificação dos diagnósticos e intervenção de enfermagem.Subcategoria Nível 4 . Quando usados ao mesmo tempo. . planejamento e automação da informação. Segundo os referidos autores. Nesse aspecto é necessário reconhecer a utilização dos sistemas de classificação. controle físico. que podem ser utilizados em qualquer parte do mundo. Os componentes que constituem a estrutura da classificação e a taxonomia dos diagnósticos de enfermagem são: atividade. eles são necessários. Eles estão fundamentados no julgamento clínico e fornecem um modelo analítico para medir e avaliar os cuidados de enfermagem em saúde domiciliar. órgãos do sentido. a simplicidade da nomenclatura.Conhecimento: é a habilidade do cliente em lembrar e interpretar a informação. o HHCC pode ser usado como um dicionário de dados clínicos dos elementos da prática de enfermagem para o desenvolvimento de sistemas de registro computadorizado. tanto as necessidades de enfermagem. uma característica poderosa do sistema OMAHA inclui a redução. Portanto.Maior categoria Nível 3 . Enfim. Também fornece uma base para medidas de efetividade e qualidade do cuidado de enfermagem em saúde domiciliar. medicação. Houston – EUA. eliminação intestinal. para representar o que a enfermagem faz. costuma ser descrito como o ponto focal. Sérgio Ribeiro dos. 2007. d) Sistema NIC: Classificação das Intervenções de Enfermagem . a ideia não é padronizar a linguagem. Esse sistema de classificação foi desenvolvido na Universidade de Iowa. Administração aplicada à enfermagem. que foram validadas por enfermeiros experts em assistência de enfermagem. Elas avaliaram compilações de atividades descritas pela enfermagem e criaram uma lista preliminar que distingue entre intervenções e atividades de enfermagem. Essas atividades são listadas e o enfermeiro pode escolher.ed. níveis abstratos e categorias concretas. O sistema de classificação estava crescendo lentamente. através de um processo cooperativo de ampla escala com enfermeiros assistenciais que testavam novas categorias e sugeriam outras. Portanto. observar o relacionamento entre eles e demonstrar através do método científico como estabelecer e validar um vocabulário que possa ser usado num sistema computadorizado. Embora o NIC possa ser visto como uma ferramenta organizacional simples. – João Pessoa: Idéia. . indica a adoção de um determinado método ou modo de fazer (Sistematização da Assistência de Enfermagem). burocracia e sistema de informação. Embora ainda relativamente recente. A maior dificuldade de uma linguagem padronizada reside no sistema automatizado que não é capaz de ditar a prática profissional com suas memórias e experiências. assim como as intervenções que podem estar voltadas para o tratamento. o cerne ou a essência da prática da Enfermagem. o NIC é uma série de intervenções que fornecem uma lista do que a enfermagem faz e o que é. incluindo cuidados diretos e indiretos. adotada por importantes índices de referência em enfermagem. Está traduzida em vários idiomas e pode ser encontrada na Internet em cinco sites nos Estados Unidos da América. contendo seis eixos. As pesquisadoras da NIC construíram seu sistema de intervenção de enfermagem indutivamente. formalmente usadas para organizar treinamento em enfermagem. fundamentado em um sistema de valores e crenças morais e no conhecimento técnico-científico da área. têm-se falado na possibilidade da integração dos três sistemas para comporem a epistemologia da prática de enfermagem. evoluindo da taxonomia I. 237p. mas oferecer um meio de compreender os vocábulos de enfermagem. 3. Essa publicação é apoiada pela maioria dos hospitais e agências de saúde dos Estados Unida. com categorias maiores das classificações para designar os fenômenos mais abstratos subclassificados por classes. O sistema é constituído por oito grandes categorias de intervenções de enfermagem. versão 1992. 174 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . pois une conhecimento científico. para a taxonomia II. A publicação original da NIC.também conhecido como projeto de intervenções de Iowa. Na literatura. identificando as intervenções que poderão ser realizadas. ou seja. as quais são categorias mais concretas. com os padrões de saúde multiaxial. Atualmente. com seus fenômenos. é muito mais do que isso. é uma categorização das atividades de cuidado direto desempenhado pelos enfermeiros. prevenção e promoção da saúde. prática. Em vez disso. Desde os primeiros trabalhos. Grobe propôs seu próprio sistema de intervenção de enfermagem: a Léxico e Taxonomia de Intervenção em Enfermagem. É importante frisar que está em desenvolvimento uma reestruturação no sistema NANDA.antiquado e inflexível. apresentava uma lista de 336 intervenções. Cada intervenção consiste de um título descrevendo uma definição e grupo de atividades ou ações. Referência SANTOS. a Biblioteca Nacional de Medicina Metathesaurus para sistema unificado de linguagem médica. o NIC promete fornecer a maior reunião de elementos para enfermagem no século que se inicia. Isso inclui desde aspectos psicossociais até fisiológicos. fundamentada nas respostas humanas. em sua primeira edição. Neste sistema. O NIC e a NOC têm em comum: eixos para qualificar ou refinar os títulos de intervenções ou dos resultados e domínios. Já na segunda publicação a NIC apresentou uma lista de 433 intervenções. pelas enfermeiras Joanne McCloskey e Gloria Bulechek. Processo de enfermagem teoria e prática O Processo de Enfermagem indica um trabalho profissional específico e pressupõe uma série de ações dinâmicas e inter-relacionadas para sua realização. Pode-se afirmar que o ponto central dessa abordagem está na constatação de que a linguagem é um reflexo do conhecimento que a profissão possui. treze domínios e quarenta e seis classes15. o NIC tem sido conduzido por uma das maiores publicações médicas. embora se observe ter havido uma sensível mudança nesse sentido a partir das três últimas décadas do século XX. p. Trata-se da avaliação do paciente. Rev. b) no processo e no produto do raciocínio e julgamento terapêutico acerca das necessidades de cuidado da clientela (indivíduos. v. explicar e/ou predizer as necessidades humanas de indivíduos. Enferm. Telma Ribeiro. escolas. Prognóstico de Enfermagem. ou 2) um modelo metodológico que nos possibilita identificar. sendo possível avaliar a resposta do ser humano à assistência de enfermagem implementada. de sistemas de classificação de conceitos que fazem parte da linguagem profissional da área. Processo de enfermagem: da teoria à prática assistencial e de pesquisa. e c) na documentação da prática profissional. Esses aspectos dizem respeito aos elementos da prática profissional considerados. Os elementos inerentes à prática profissional (diagnósticos. associações comunitárias. onde a implementação do plano assistencial pelo roteiro diário vai coordenar a ação da equipe de enfermagem na execução dos cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas. Esc. Horta (1979). 188-193. Plano de Cuidados ou Prescrição de Enfermagem. instrumentos tecnológicos a serem utilizados: a) no processo e no produto do raciocínio e julgamento clínico acerca das necessidades humanas de indivíduos. a compreensão acerca do significado e sua adoção deliberada na prática profissional ainda não são unanimidade no âmbito da Enfermagem. como o planejamento. Compreendendo-se tecnologia como a utilização do conhecimento para a produção de bens e serviços. é a identificação das necessidades do ser humano que precisa de atendimento e a determinação pela enfermeira em primeiro grau de dependência deste atendimento em natureza e extensão. 1. onde se faz a estimativa da capacidade . descrever. para alcançar resultados pelos quais se é legalmente responsável (resultados de enfermagem). compõe-se de Entrevista e Exame Físico. pois esta auxilia no desenvolvimento de padrões mínimos direcionados pela sistematização. Evolução de Enfermagem. pari passu. a supervisão e a avaliação que só podem ser alcançadas com a aplicação da Sistematização da Assistência de Enfermagem. A análise e avaliação dos passos ou fases anteriores leva-nos a sexta fase. famílias e coletividades. e determinar que aspectos dessas necessidades exigem uma intervenção profissional de enfermagem. 175 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . n. O plano de cuidados é avaliado sempre. inseparavelmente ligados ao Processo de Enfermagem: o que os agentes da Enfermagem fazem (ações e intervenções de enfermagem). em curso. compreender. a primeira enfermeira brasileira que procurou construir uma enfermagem cientifica. reais ou potenciais. por natureza. que ajudam a determinar o fenômeno observado e o seu significado. Referência GARCIA. entre outros). Plano de Assistência. e as atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem.Entretanto. os julgamentos que são feitos e os critérios para sua realização. famílias e coletividades) e dos resultados que são sensíveis à intervenção de enfermagem. é o roteiro sistematizado para a coleta de dados do ser humano. pode-se definir o Processo de Enfermagem como: 1) um instrumento tecnológico de que lançamos mão para favorecer o cuidado. fábricas. para organizar as condições necessárias à realização do cuidado e para documentar a prática profissional. reais ou potenciais. 2009. em face de eventos do ciclo vital ou de problemas de saúde. Prática do Processo de Enfermagem A administração da assistência de enfermagem tem como prioridade o paciente. tendo como base o julgamento sobre necessidades humanas específicas (diagnóstico de enfermagem). diante de eventos do ciclo vital ou de problemas de saúde. o processo de tomada de decisão acerca do cuidado requerido e a avaliação posterior dos resultados que se obtêm com a ação/intervenção profissional. Diagnóstico de Enfermagem. A implementação do Processo de Enfermagem demanda habilidades e capacidades cognitivas. para que se alcance um determinado resultado. domicílios. que é o relato diário das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano enquanto estiver sob assistência profissional. é a determinação global da assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico de enfermagem estabelecido. e em uma ampla variedade de situações clínicas em que as observações sobre as necessidades humanas da clientela acompanham. famílias e coletividades. Anna Nery. jan-mar. intervenções e resultados de enfermagem) favoreceram o desenvolvimento. NÓBREGA. e as ações principais e alternativas que o fenômeno demanda. fornecendo dados para a quinta fase. 13. psicomotoras e afetivas. Maria Miriam Lima da. dividiu o Processo de Enfermagem em seis fases ou passos que devem ser atendidos de acordo com as necessidades do indivíduo-família-comunidade: Histórico de Enfermagem. O Processo de Enfermagem é aplicável em uma ampla variedade de ambientes (instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar ou de serviços ambulatoriais de saúde. pois com o planejamento seguro de suas atividades a equipe terá mais tempo para executar a assistência. criatividade e inovação. que associado a uma avaliação eficaz pode determinar se as necessidades individuais foram ou não atingidas. Portanto é preciso identificar os problemas e recomendar as ações especificas às necessidades prioritárias do ser humano. e registradas no prontuário do paciente à necessidade do profissional enfermeiro nas instituições de saúde. seus experiências. devendo ser implementadas dentro de um sistema de valores. Diante da necessidade de um atendimento individualizado. isto é. que somada às observações do próprio enfermeiro. apresenta inúmeras vantagens para a enfermeira. além de trazer benefícios ao paciente.do ser humano em atender suas necessidades básicas alteradas após a implementação do plano assistencial e de acordo com os dados fornecidos pela evolução de enfermagem. pois. devido às características comentadas do processo de enfermagem é possível corrigir erros em qualquer uma das fases. O enfermeiro no desempenho de sua profissão vê-se na contingência de executar muitas atividades. a Sistematização da Assistência de Enfermagem é importante. pois. Utilizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem requer o preparo do enfermeiro. devendo os docentes de enfermagem e enfermeiros se reunirem e expor suas dificuldades. à formulação de procedimentos e rotinas. descrevem que as atividades de enfermagem exigem do profissional prontidão de ação. dentre elas destacamos a participação em atividades burocráticas e educativas. ele passa a incorporar os problemas da instituição dificultando a sua observação e visualização de forma crítica e imparcial. acreditam que o Processo de Enfermagem é uma tentativa de melhorar a qualidade da assistência ao paciente. é imprescindível uma integração docente assistencial. sendo que o Processo de Enfermagem é ferramenta e metodologia de enfermagem. deixando de ser executor de ordens medicas e institucionais e passar a utilizar estratégias que favoreçam o desenvolvimento de uma enfermagem cientifica. o enfermeiro precisa se conscientizar em relação à importância do uso de Sistematização de Enfermagem. Entretanto ressalta que a forma como a integração docente assistencial tem sido viabilizada. que dá direção à pratica. tecnologia e ciência que não só contribuam para a melhoria da qualidade de assistência prestada à comunidade como também para o crescimento e desenvolvimento da profissão. Para Kurcgant et al (1991). com um corpo de conhecimentos próprios que demonstre com ações efetivas. A Sistematização da Assistência de Enfermagem propõe individualizar o atendimento de enfermagem. assim como. o plano de assistência bem elaborado resulta em uma participação efetiva do paciente. o Processo de Enfermagem é a única forma de atuação do profissional de Enfermagem que ocorre de maneira organizada e cientifica. a manipulação eficiente de múltiplos e complexos aparelhos. elas mudam. refletindo o grau de preparo da equipe. Portanto. Catalisadora de atividades. como : Agente na comunicação e na educação contínua. diz que a “Enfermagem Planejada” visa orientar o profissional quanto à elaboração de um Planejamento de Enfermagem. que auxilia o enfermeiro em suas decisões e a predizer e avaliar consequências. funcionando como um guia. Takito e Barbiere (1990). dentro de uma sequência organizada que assegure benefício ao paciente. onde o docente presta serviço para a instituição. sendo então redigido de forma que a todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistência. pois o seu registro serve de intercomunicação pra toda a equipe. Silva. porém contribui para aumentar a distância entre o enfermeiro e o paciente. contribui na avaliação das condutas de enfermagem. Para Waldow (1998). o respeito ao código de ética. Atkinson e Murray (1989). As ações são dinâmicas. Daniel (1981). 176 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . funcionando como um instrumento de supervisão das atividades desenvolvidas pela equipe de enfermagem. retratando a qualidade do atendimento que é dado ao paciente. O Processo de Enfermagem. aprimoramento técnico-científico destes enfermeiros. assim como. para que a implementação . um marco importante e norteador das ações de enfermagem individualizadas. A divisão da assistência em fases foi na visão de Horta. estabelecendo prioridades no atendimento através da avaliação dos cuidados. do intercâmbio com outros membros da equipe de saúde. adaptação. torna difícil a neutralização. várias propostas de melhoria na qualidade da assistência prestada. surgindo desde então. o que proporciona melhor atendimento de enfermagem. devendo ser planejado para alcançar as necessidades especificas do paciente. acreditam ser necessária a revisão de crenças e valores do grupo de enfermeiros acerca de seu papel. Faz-se necessário ainda que o enfermeiro utilize os seus conhecimentos e habilidades profissionais para ser capaz de preparar um Plano de Cuidados de Enfermagem que traga benefícios ao paciente e que consequentemente diminua a distância entre o profissional e o paciente. suas expectativas em relação à assistência. aos direitos humanos. influem umas nas outras e estão constantemente inter-relacionadas. Acredita que para Processo de Enfermagem ser efetiva e eficazmente viabilizado. assim sendo. conforme decreto Lei n. sendo utilizada prioritariamente para promoção da saúde e qualidade de vida do indivíduo. lembrando que o mesmo faz parte de um núcleo familiar e que é um ser holístico constituído de corpo. sempre a resposta do paciente de forma total. Para realizar uma consulta o enfermeiro precisa estar preparado para atender as demandas do cliente. que implicam num domínio cientifico e instrumental do cuidado pelas enfermeiras. o que representa benefício especial para o paciente e a satisfação pessoal do enfermeiro e da sua equipe no atendimento das necessidades especificas de cada indivíduo. Percebe-se que quanto menor o número de fases. é fundamental no processo de implantação e manutenção desta proposta na instituição. Trata-se de uma atividade privativa do enfermeiro respaldada pela atual legislação do Exercício Profissional de Enfermagem (Lei no 7498/86) e assegurada pelo COFEN (Resolução no 358/2009). Rev. nos quais ocorre o cuidado profissional de enfermagem. exigindo de todo o corpo de enfermagem disposição. prescrição. Cleo. a capacitação da enfermeira e demais elementos da equipe utilizam a SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem. portanto omissões das atividades prestadas individualmente. De acordo com a opinião destes autores é exigida do profissional enfermeiro a participação efetiva no plano de implementação do Processo de Enfermagem. evitando.do Processo de Enfermagem possa ser incorporado e compreendido pela equipe multiprofissional que interage com a equipe de enfermagem. Isabel Cristina Kowal Olm. Processo de enfermagem: características essenciais da prescrição e evolução de enfermagem. Enferm. UNISA. supervisão e avaliação da assistência de enfermagem junto aos pacientes/clientes que assiste. Segundo Campedelli (1992). observa. Para Cianciarullo (1997). planejamento. desde a recepção do cliente até a avaliação geral de todo o atendimento prestado. pois as ações são planejadas oferecem segurança e são sempre baseadas em princípios e no conhecimento das ciências biológicas e sociais. aceitando seus valores. que com a realização de todas as etapas da Sistematização da Assistência de Enfermagem. A Consulta de Enfermagem compreende uma série de ações realizadas numa sequência ordenada. onde as ações devem ser bem especificadas de forma a não permitir interpretações erradas. é uma tentativa de melhorar a qualidade da assistência ao paciente. acreditam ainda. que dizem ser de competência exclusiva do enfermeiro o diagnóstico.º 94406 de junho de 1987. v. CUNHA. o Processo de Enfermagem é um método de resolução de problemas formalmente constituídos de fases ou passos. 177 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . pois o enfermeiro coleta informações. utilizado pela instituição. Lembrar que a saúde é resultado de necessidades humanas atendidas. de acordo com sua competência técnico-científica. . 2000. Implantar e desenvolver o Processo de Enfermagem nas instituições de maneira geral significa mudar a cultura organizacional da enfermagem. estando a capacidade do profissional de intervir na situação de assistência à saúde diretamente dependente do grau de conhecimento que tem dessa realidade. compreender e explicar a situação de saúde antes de decidir sobre o diagnóstico de enfermagem e terapêutica do enfermeiro. que dispõem sobre a sistematização da assistência de enfermagem e a implementação do processo de enfermagem em ambientes públicos e privados. maiores as chances de sua incorporação à assistência de enfermagem institucionalizada e ao processo de documentação desta assistência ao sistema de referência.1. mente.1996). O Processo de Enfermagem é com certeza o melhor caminho para o enfermeiro ser reconhecido e valorizado. como profissão responde a determinados valores sociais. proporcionando o acesso ao plano de assistência de todas as pessoas envolvidas no tratamento. Referência CHINAIA. Consulta de enfermagem A consulta de enfermagem (CE) é uma atividade específica do enfermeiro. treinamento e adequação a necessidade da utilização da Sistematização da Assistência de Enfermagem como instrumento profissional amparada na Lei 7498/86 e no art. e espírito. 19-23. p. nº 8 do Decreto-Lei 94406/87 (CORENSP. possibilitando uma fundamentação teórico-científica mais especifica que dirija as intervenções e consequentemente melhore a assistência prestada ao indivíduo-família-comunidade. A enfermagem. o desempenho do enfermeiro torna-se mais seguro. examina para conhecer. teste de glicemia capilar. eliminações. pesquisa de edemas e de sensibilidade em extremidades. enfermagem. Dados objetivos. atividade física. como a presença de infecções. através de sinais e sintomas. perceber e interpretar (verbalmente ou por escrito). idade e outros dados específicos para área da consulta.Entrevista e exame físico: nome.responsabilidade como educador / intervenções individuais e coletivas. marcha dentre outros. por exemplo. Interpretação. Registro de Enfermagem: Dados subjetivos. Composição familiar. . referente à impressão do enfermeiro sobre o cliente. Determinação das necessidades prioritárias: Problemas relacionados à sobrevivência e a segurança básica: problemas ameaçadores. . . aqueles referentes às queixas do cliente. e outros específicos para a área de consulta. Observação de déficits: acuidade visual. dados implicados na relação diagnóstico. hidratação. Etapas da Consulta: . os estados de saúde que são satisfatórios. ou dos recursos.Plano de cuidados/ conduta .planejamento dos cuidados de enfermagem para manutenção da saúde e atenção as suas necessidades. políticos e culturais. 3) Sociedade/ambiente. nutrição. ambientais. Diagnóstico de enfermagem é um julgamento clínico sobre as respostas do indivíduo. referente à ação e intervenção de enfermagem na resolução dos problemas apresentados. Problemas e necessidades não reconhecidos pelo cliente ou família. Utilizando. 2) Saúde. Exame físico: observação de pele e mucosas. aqueles referentes ao exame físico e clínico. enfocando aspectos éticos. Condições socioeconômicas. mobilidade. Diretrizes: Teorias de Enfermagem Método: Processo de Enfermagem A CE é um instrumento de aplicação do processo de enfermagem que contribui para a detecção e resolução de problemas de saúde da clientela assistida. Necessidades potenciais: atendimento futuro. principalmente pela expressão facial e pela postura do paciente. e. 178 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . ouvir. sexo. identificar uma respiração estertorosa. Ele determina o atual ou potencial problema de saúde e suas causas. estratégias e comportamentos saudáveis. auditiva. lazer. sono e repouso.). A avaliação inicial compreende: . Problemas reais: quando o cliente ou família solicita ajuda. como psicológicos.enfoque de risco / fatores de risco: estabelecer relação ou associação de aspectos ambientais e as próprias condições de vida do cliente . atividade laboral. . dados de exames físicos e laboratoriais. mas que devem ser melhorados. 4) Enfermagem. problemas identificados: diagnósticos de todas as áreas (medicina. o olfato. vida sexual e reprodutiva. fria ou quente. deve-se alertar que é preciso: ver.Marco conceitual baseado nos conceitos básicos: 1) Homem. Deve-se investigar: Percepções e expectativas.Registro Utilizando a técnica da observação. Conduta. pode ter informações importantes.o levantamento de dados de saúde e necessidades básicas. O diagnóstico de enfermagem fornece a base para as eleições das intervenções para alcançar os resultados pelos quais a enfermeira é responsável. oxigenação.Diagnóstico de enfermagem . etc. Necessidades básicas de nutrição. exames laboratoriais e radiológicos. Entrevista e Exame Físico A enfermeira alerta para a observação deverá olhar com muita atenção para perceber problemas tanto físicos. pela audição. sobre o diagnóstico e o tratamento. família ou comunidade aos problemas de saúde reais ou potenciais. Pelo tato pode notar se a pele está úmida. a presença de fatores de risco. Elaboração da política de saúde.Direção e gestão. E. Para cumprir um dos mais importantes papéis sociais e de grande relevância econômica. para tanto contribuíram: as conquistas. . UNIFRA Medidas de higiene e de segurança nos serviços de enfermagem No setor de saúde. . mucosas da boca e do nariz) ao alcance do ar por eles expirado. Para a enfermagem. durante procedimentos invasivos. Com mais de 40 especialidades no Brasil. ao se tornar crescentemente participante da luta pela conquista de seus direitos. o trabalhador de enfermagem muito avançou cientificamente para atender às atuais e crescentes exigências. seus recipientes são lavados e desinfectados. o aumento das patologias psicossociais na sua própria pele. isso. Carla Kowalski. o domínio de sua prática inclui: . culturas de células. A Norma Regulamentadora 32 (NR 32) considera risco biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos: microrganismos geneticamente modificados ou não. uma categoria de trabalhadores ocupa singular função. obtidas por outras categorias de trabalhadores.. . sangue e pus são observados e controlados antes do rejeito.Ensino e pesquisa. Infecções apontadas como risco biológico para o trabalhador de saúde . rickettsias. o reconhecimento de sua própria vulnerabilidade aos riscos ocupacionais. ao alcance de respingos de sangue e de outros fluidos corporais. nesses quesitos. toxinas e príons. maior cobertura vacinal das populações infantil e idosa.Prestação de cuidados diretos e a avaliação de seu impacto. Excreções. Nas muitas e diferentes etapas de todos esses processos. o trabalhador de enfermagem tem necessária presença. em menor grau.A consulta de enfermagem deve ter objetivos claros e metodologia própria. Referência MARZARI. helmintos e artrópodes.Prestadora de assistência ininterrupta.. pijamas. No setor de saúde. tendo em vista algumas das características já apontadas em Riscos do trabalho de Enfermagem. pelas parasitoses produzidas por protozoários. 24 horas por dia. a epidemia de AIDS e o recrudescimento da tuberculose. bile. Muitas vezes. A exposição do pessoal de enfermagem ao risco biológico torna-se maior devido seu contato íntimo e frequente com os pacientes infectados. uma das grandes mudanças consistiu no despertar de sua consciência como categoria trabalhadora. . escarro. . Nos últimos 20 anos. Direito a melhores condições de vida. direito à saúde e à segurança do trabalho. enfim. nesse campo.A categoria que mais entra em contato físico com os doentes. camisas e roupa de cama são trocados.Defesa dos interesses dos pacientes e da saúde em geral. Consulta de enfermagem. .O maior grupo individualizado de trabalhadores de saúde.. vírus. produtos de vômito. define a atuação do enfermeiro em programas de saúde. o próprio rosto (conjuntiva ocular. clamídias e fungos e.. esse risco é representado sobretudo pelas infecções causadas por bactérias.Por excelência. saliva. tosses. E tudo isso é feito pelo trabalhador de enfermagem.Executora de cerca de 60% das ações de saúde. . uma profissão feminina. . parasitas. ou esterilizados. . . dará atividade um caráter profissional.Bastante diversificada em sua formação. cirurgias mais seguras com pós-operatório melhor monitorado.Supervisão e delegação de tarefas. espirros. 179 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Diagnósticos mais precisos. Sua sistematização favorece a organização da abordagem ao paciente. pelo fato de a enfermagem ser: . C. .Meningites . degermação.Principais: .Isolamento.Varicella zoster Doenças causadas por bactérias envolvidas nas infecções hospitalares: . o pessoal de enfermagem tornou-se o principal grupo de risco. com sobrecarga física de trabalho. o único setor de atividade com ocorrência de transmissão ocupacional do HIV foi o setor de saúde e. hoje. Compreensão do significado desses termos e adoção de comportamento de segurança constituem aspecto vital da prática diária da enfermagem.Assepsia.Infecções respiratórias por vírus . desinfectar. em Minas Gerais. Até agora. neste.Num hospital tido como referência para o tratamento da doença. sem qualquer controle.Parotidite . 180 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . .Higiene. encontrou-se 16% dos seus funcionários infectados pelo bacilo da tuberculose.Lavar.Lavagem das mãos.Quantidades cada vez maiores de pessoas infectadas e hospitalização freqüente de pacientes com HIV/AIDS já produziram epidemias de TB em vários hospitais.Escherichia coli .Síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA/AIDS) Outras infecções às quais o pessoal de enfermagem encontra-se potencialmente exposto: .Herpes simplex . .. lotados em clínicas cujas atividades aumentam o risco (aerossol e broncoscopia. . A hepatite B é a doença de origem profissional mais freqüente entre o pessoal hospitalar. o risco de hepatite B é 11 vezes mais elevado entre o pessoal de saúde: trabalhadores de laboratório e de enfermagem..Rubéola .Streptococcus . séria ameaça à saúde. por exemplo). educação. .Difteria . biossegurança.Proteus Infecções diversas sem consequências patológicas graves ou duráveis. . . barreiras.Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) .Tuberculose pulmonar .Febre tifoide .O Brasil é um dos 22 países mais atingidos pela tuberculose. .Salmonellae . . A tuberculose constitui.Hepatite virais (B. . ainda. Em relação à população geral. ou. G) .Pseudomonas .A transmissão da doença se dá pelo ar! Um só paciente pode infectar todo o serviço! Os trabalhadores de saúde mais expostos são aqueles com história de tuberculose. esterilizar. .Citomegalovírus (CMV) . administração. Prevenção e controle de riscos biológicos baseiam-se em conhecimentos de higiene.Gastroenterite infecciosa . antissepsia. ou fatores de risco pessoal.Stafilococcus aureus .Queraratoconjuntivite epidêmica .Várias centenas de tuberculosos contagiosos são atendidos em consultórios médicos e nos hospitais. engenharia e até de legislação. Gripe . não pode ser visto. controle serológico e imunização integram o programa destinado ao grupo de risco. raios visíveis (luz solar ou artificial). frio e pressão atmosférica. falta de recipientes adequados para transporte e coleta de seringas após o uso. todo trabalhador dos serviços de saúde deve receber.as alterações ocorridas nos gametas do indivíduo irradiado são transmissíveis aos descendentes.Doença meningocócica . organização do trabalho.Rubéola .Variações atmosféricas: calor. apenas as radiações ionizantes são detalhadas: radioterapia. prótons e nêutrons. educação continuada.A adoção de comportamento de segurança abrange formação. . Educação. programa de imunização ativa contra tétano. nem tocado. não passam aos descendentes.Somáticos .Doença pneumocócica .Vibrações oscilatórias: ruído e vibrações. insuficiência de espaço.Genéticos . hepatite B e os estabelecidos no PCMSO. São efeitos biológicos das radiações ionizantes: . representado por trabalhadores expostos a contato com sangue. por meio de vacinas ou imunoglobulinas. .Difteria .Tuberculose . A OIT considera as radiações ionizantes. São agentes de risco físico: . além de normas bem claras sobre isolamento e barreiras. o trabalhador de enfermagem deve proteger-se. por exemplo. Estima-se ser ainda desconhecida a maioria dos efeitos genéticos resultantes das exposições profissionais às radiações. partículas gama.Hepatite B . infravermelho. contra as seguintes doenças: Proteção altamente recomendada . 181 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . ou poderão estar expostos. Na NR-32.as alterações celulares manifestam-se na pessoa irradiada. raios gama. gratuitamente. não emite qualquer som.Coqueluche . supervisão qualificada. As regras de segurança são porém insuficientes.Sarampo . . difteria. tratase de risco considerado ainda mais perigoso porque impossível de ser detectado pelos sentidos: não tem cheiro. microondas. De fato. recursos materiais (incluindo-se os EPIs). influenzae Segundo a NR 32.Doença invasiva por H. radiodiagnóstico médico-odontológico.Radiações não ionizantes: ultravioleta. profissionais preparados para cuidar de pessoas com doenças infecciosas. Basta a correta observação das normas básicas de higiene hospitalar para a prevenção e controle das infecções.Radiações ionizantes: raios-X. frequência de rádio. raios beta. .Febre tifoide . a temperatura e a eletricidade como os principais fatores de risco físico para os trabalhadores de saúde.Varicella Zoster Proteção eventualmente indicada . . o ruído. braquiterapia e resíduos. Picadas de agulhas são favorecidas por obscuridade. o empregador deve fornecê-las gratuitamente.Tétano . Sempre que houver vacinas eficazes contra outros agentes biológicos a que os trabalhadores estão. seus derivados e outros fluidos corporais. se os materiais não são corretamente utilizados e se a (des)organização do trabalho impede sua aplicação. raios laser. Mais exposto que a população em geral ao risco de adquirir algumas infecções imunologicamente preveníveis.Hepatite A .Caxumba . para pior. A legislação é clara: toda trabalhadora com gravidez confirmada deve ser afastada das atividades com radiações ionizantes. medicamentos e drogas de risco são alguns dos produtos diariamente manipulados pelo trabalhador de enfermagem. vibrações e radiações. detergentes. Seus efeitos a longo prazo são: aumento da incidência de carcinomas. podendo levar à morte. ruído. (NR-32) São medidas de proteção: . perda do apetite. .Pulmonares: bronquite crônica. com a manifestação dos danos a ocorrer muitos anos após a exposição original. pulmão. a reposta do organismo ao tóxico: . carcinogenicidade. solventes. . centenas são de uso hospitalar. Corresponde a uma emergência médica e caracteriza-se como acidente de trabalho . Possíveis efeitos crônicos causados pela maioria das substâncias químicas sobre o nosso organismo: .Ambientais . E a interação entre os tóxicos absorvidos simultaneamente pode ser antagônica ou sinérgica.Manutenção dos aparelhos em perfeito estado .Cutâneos: ressecamento.Blindagens . simultâneas ou sucessivamente. natimortalidade. fissuras. malformações cardiovasculares. sexo (suscetibilidade da mulher a hormônios sexuais. distúrbios psicomotores e da memória. Acrescente-se que as exposições ocupacionais envolvem várias substâncias. irritabilidade.Exposição aguda – sobre-exposição a uma fonte interna ou externa de radiação.Otimização das atividades nas áreas de risco No mundo.Genéticos . teratogenicidade e toxicidade sobre órgãos e sistemas. .Neurológicos: degeneração dos neurônios. inclusive foliculite e acne. facilmente inflamável e explosivo. .Capacitação do pessoal . 182 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . do equilíbrio e do sono.idade. antissépticos.Observação rigorosa das regras de segurança . . O gás óxido de etileno. irritabilidade. Fadiga.Cancerígenos: atingindo principalmente medula óssea. efeitos cataratogênicos observados em radiologistas e físicos nucleares.Distância da fonte . devendo ser remanejada para atividade compatível com seu nível de formação. mutagênico. efeitos embriotóxicos em trabalhadoras gestantes. pele. pressão atmosférica.Comportamentais: instabilidade emocional. desinfetantes. . é altamente tóxico.As exposições radioativas do trabalhador podem ser agudas e crônicas: .temperatura ambiente. Produz a síndrome de irradiação aguda. Os trabalhadores de saúde estão expostos à enorme variedade desses tóxicos. além de ser carcinogênico. enfisema pulmonar. não são poucas as substâncias capazes de causar genotoxicidade. milhões de substâncias químicas encontram-se registradas. anomalias congênitas. Os agentes químicos são capazes de produzir todos os tipos de lesão celular e os efeitos da exposição aos mesmos podem manifestar-se imediata ou tardiamente.Limitação do tempo de exposição . por exemplo. Dentre essas. laringe.Controle médico (PCMSO e PPRA) .reações de hiper e hipossensibilidade.Identificação do risco . fígado. Nos serviços de saúde.Instalações adequadas . mortalidade perinatal. gravidez). problemas da memória.Confinamento de fontes radioativas .Fisiológicos . . Os seguintes fatores podem interagir e modificar. Anestésicos. agentes de limpeza. dermatites. teratogênico e neurotóxico. todas podendo constituir-se em risco tóxico.Monitoração do trabalhador .Exposição crônica – exposição a doses baixas em um tempo de exposição longo. alterações do humor e dor de cabeça podem estar associados à exposição ao risco químico. baixo peso ao nascer. esterilizantes. . bexiga. alterações na estrutura dos cromossomos.Relacionados com a reprodução: aborto. granulomatosas ou ulcerativas. requerendo apenas desinfecção na hora da troca de barreiras entre pacientes. fadiga. tabagismo. Para a reutilização de seringa anestésica descartável ou carpule. O trabalhador de enfermagem expõese. Não remova com as mãos agulhas usadas das seringas descartáveis e não as quebre ou entorte. transportar ou descartar agulhas. A lavagem das mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de germes. As dermatoses profissionais podem ser causadas por agentes químicos. recape a agulha introduzindo-a no interior da tampa e pressionando a tampa ao encontro da parede da bandeja clínica de forma a não utilizar a mão neste procedimento. mouses e monitores com barreiras do tipo filme plástico (PVC). fluidos corporais. Proteja as superfícies do contato direto. Este procedimento impede a aderência da sujidade. Transporte-as em sacos plásticos. Suspeita-se que muitos dos efeitos nocivos da maioria dos medicamentos continuam ignorados. Todos os instrumentos reutilizados tem rotina de reprocessamento. Ambiente e Equipamentos: Toda a unidade de saúde deve ter rotinas de limpeza e desinfecção de superfícies do ambiente e de equipamentos. todos os microrganismos que se aderem a pele durante o desenvolvimento de nossas atividade mesmo estando a mão enluvada. Os serviços de saúde . Seringas e agulhas reutilizáveis devem ser transportadas para a área de limpeza e esterilização em caixa de inox ou bandeja. Medicamentos . A estes materiais chamamos de instrumentos perfurocortantes. uma vez combinados com os trabalhos úmidos no hospital. físicos e biológicos. secreções e excreções com cuidado. rígidas e impermeáveis que devem ser colocadas próximo a área em que os materiais são usados. fluidos corporais. Cuidados com Biossegurança Lavagem das Mãos: A lavagem rotineira das mãos com água e sabão. quando esse receber a substância diretamente. Com um agravante: se a exposição profissional sensibilizar um trabalhador a um determinado medicamento. todos os dias. 183 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . há o perigo de reação mais grave (choque anafilático. Os trabalhos úmidos apresentam risco de dermatoses profissionais.os efeitos tóxicos dos medicamentos utilizados no meio hospitalar são frequentemente compartilhados pelo pessoal de enfermagem e da farmácia. Manipulação de Instrumentos e Materiais: Os instrumentos e materiais sujos com sangue. alças de equipamentos. por exemplo). ao risco de absorção de vários medicamentos através das vias cutaneomucosa.dermatose profissional é qualquer anormalidade da pele produzida ou agravada pelo trabalho. Um pouco sobre as dermatoses .estresse. Fatores domésticos. Verifique estas rotinas nos próximos capítulos. Devemos lavar as mãos sempre. como botões. secreções e excreções devem ser manuseados de modo a prevenir a contaminação da pele e mucosas (olhos. dispensando a limpeza da superfície do equipamento. Colabore na supervisão para conferir se estas medidas estão sendo seguidas. neoplásicas. antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término. limpar. abrangendo desde eritemas ou descamações. acneiformes. prevenir a transferência de microrganismos para outros pacientes e ambiente. tesouras e outros instrumentos de corte tenha cuidado para não se acidentar. Mantenha suas unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de germes. roupas. assim como fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro. lâminas de barbear. Roupas e Campos de Uso no Paciente: Manipule e transporte as roupas sujas com sangue. elimina além da sujidade (sujeira) visível ou não. dieta alimentar. mais tarde. sobrecarga de trabalho. teclados. nariz e boca). As diferentes tarefas de homens e mulheres explicam o maior número de casos de eczema entre estas. Confira se os materiais descartáveis de uso único estão sendo realmente descartados e se em local apropriado. quadruplicam os riscos de dermatose. Manipulação de Materiais Cortantes e de Punção: Ao manusear. Verifique para que estes estejam limpos ou desinfetados/esterilizados adequadamente antes do uso em outro paciente ou profissional.. e ainda. até sérias lesões eczematosas. Eles devem ser descartados em caixas apropriadas. papel alumínio ou outros materiais próprios a este fim.Profissionais ou relacionados com o estilo de vida . como cuidar de crianças e ausência de máquina de lavar roupa. respiratória e digestiva. Nunca recape agulhas após o uso. perfurado. Remova as luvas logo após usá-las.Para verificar o ajuste. São de uso único. excreções (exceto suor). Elas devem ser usadas em procedimentos que envolvam sangue. Outra indicação para o uso do protetor respiratório. ajustando-o na nuca. membranas mucosas. .Para retirar. sua troca deverá ocorrer quando úmidas ou submetidas a respingos visíveis. de um tipo específico. Máscaras. sarampo ou varicela. suturas. Instruções de uso do protetor respiratório: . Depois faça o mesmo com o elástico inferior. própria ou terceirizada que garanta a desinfecção destas roupas. nariz e boca de respingos (gotículas) gerados pela fala. Não deve ser feito nenhum tipo de reparo. Os procedimentos de maior risco e dispersão de respingos são: broncoscopia. É indicado para entrar em quarto de isolamento de pacientes com tuberculose pulmonar. Seu uso também está indicado para ambientes ou atividades com odor fétido e desagradável. Vacinação: Todos os profissionais de saúde devem estar vacinados contra a hepatite B e o tétano. Manusear com as mãos limpas e guardar em local limpo. áreas de expurgo ou de desinfecção de artigos onde existe o risco químico de contato. passagem de sonda gástrica. técnicas laboratoriais de bioquímica e microbiologia e atendimento odontológico. desde que este protetor tenha uma camada de carvão ativado (máscara escura). Estas vacinas estão disponíveis na rede pública municipal. é no manuseio prolongado de glutaraldeído 2% usado para desinfecção de artigos em ambiente pouco arejado. tosse ou espirro de pacientes ou durante atividades de assistência e de apoio. intransferível e reutilizável. Luvas grossas de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambiente. coloque as mãos na frente do respirador e assopre fortemente. aspiração oral. Estas gotículas geradas por fonte humana tem diâmetro de até 5μ e se dispersam até um metro de distância quando se depositam nas superfícies. Participe de todas as campanhas de vacinação que a Secretaria Municipal de Saúde promove. . fluidos corporais. Protetor respiratório (respiradores): Usado para proteger as vias respiratórias contra poeiras tóxicas e vapores orgânicos ou químicos. . O ar não deve vazar pelas laterais.Puxe o elástico de cima.Segure o respirador na mão e aproxime no rosto cobrindo a boca e o nariz. pois há repasse de germes para as mãos mesmo com o uso de luvas. Este protetor com carvão ativado filtra gases tóxicos e odores. sua concentração. Outra indicação de uso destes equipamentos é durante a manipulação de produtos químicos como em farmácia hospitalar. da frequência respiratória do usuário e da umidade do ambiente. Óculos de Proteção ou Escudo Facial: A máscara cirúrgica e óculos de proteção ou escudo facial são utilizados em procedimentos e servem para proteger as mucosas dos olhos. entre as tarefas e procedimentos num mesmo paciente. Também é indicado no laboratório de microbiologia em técnicas de identificação do bacilo da tuberculose.Pressione o elemento metálico com os dedos de forma a moldá-lo ao formato do nariz. antes de tocar em artigos e superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente.que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de lavanderia. mas durante procedimentos de longa duração. rasgado ou com elástico solto. passando-o pela cabeça e ajustando-o acima das orelhas. Lave as mãos imediatamente após a retirada das luvas para evitar a transferência de microrganismos a outros pacientes e materiais. ou quando o usuário perceber o cheiro ou gosto do contaminante. pele não íntegra e durante a manipulação de artigos contaminados. . Equipamentos de Proteção Individual Luvas: As luvas protegem de sujidade grosseira. evitando a dispersão de microrganismos ou material biológico aderido nas luvas. pois podem conter uma alta concentração de microrganismos. fluidos corporais. Vacina é proteção específica de doenças. Tem vida útil variável dependendo do tipo de contaminante. Deve ser trocado sempre que se encontrar saturado (entupido). nasal ou endotraqueal. Elas podem ser de sangue. secreções. 184 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. É de uso individual. secreções e excreções ou líquidos contaminados como aquelas geradas durante a lavagem de materiais contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico. doenças que são transmitidas via aérea quando inalamos os núcleos de gotículas ressecadas suspensas no ar contendo os germes. As máscaras cirúrgicas devem ter um filtro bacteriano de até 5 μ de diâmetro. . cirurgias. comece pelo elástico de baixo das orelhas e depois o outro. não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante procedimentos que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue. secreções ou excreções. ou que têm antecedentes mórbidos passíveis de complicações. Evita-se os de tecido que umedecem e retém a sujeira. A unidade de Pós-Operatório (UPO) tem por principal objetivo atender aos pacientes vindos da sala cirúrgica ou da Recuperação PósAnestésica (RPA) e que foram submetidos a cirurgias eletivas . Os pacientes que evoluem com estabilidade hemodinâmica na RPA podem voltar à enfermaria para completar sua recuperação. por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 0. o risco de complicações sempre estará presente. otorrinolaringologia. O período cirúrgico é dividido em três fases: a primeira é a pré-operatória. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser precedida de desinfecção. Os objetivos da equipe multidisciplinar durante este período são: a manutenção do equilíbrio dos sistemas orgânicos. alívio da dor e do desconforto. dos antecedentes clínicos. Calçados: Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Se o local tiver muita umidade. A fim de evitar este sentimento. Emergências clínico-cirúrgicas básicas. cirurgia vascular e outras especialidades cirúrgicas. como em lavanderias. pós-operatória. plano adequado de alta e orientações. da fisiopatologia da doença. projeção de partículas e proteção de pacientes quando o atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. a enfermagem desempenha o importante papel de proporcionar ao paciente o retorno às atividades rotineiras. reduz gastos.Profissionais imunizados por sarampo e varicela não necessitam de proteção respiratória. este período pode durar semanas ou meses após cirurgia. Escolha os calçados cômodos e do tipo antiderrapante. A evolução clinica satisfatória do paciente e a estabilização do estado hemodinâmico são sinais de que a fase crítica do pós operatório terminou e que . O pós-operatório tardio é o tempo de cicatrização e prevenção das complicações. a intraoperatória e. Por menor que seja a cirurgia. Nela também podem atender a cirurgias de urgência e transplantes. conforme a estrutura organizacional da Instituição. geralmente são transferidos à UPO para observação intensa e contínua. É o caso da equipe odontológica e outras especialidades como oftalmologia. o paciente deve ser preparado num estágio precoce à hospitalização. e de um exame físico completo. usar botas de borracha. O avental será selecionado de acordo com a atividade e quantidade de fluido encontrado (plástico ou tecido). A assistência de enfermagem durante o período pós-operatório imediato concentra-se em intervenções destinadas a prevenir ou tratar complicações.de uma única ou de várias especialidades. Entretanto nas cirurgias de urgência tais disfunções nem sempre são compensadas no pré-operatório. assistido nesta unidade. Avental e gorro: O avental (limpo. A prevenção destas. poderá apresentar repercussões importantes no pós-operatório.5% para cada litro de água). das intercorrências intra-operatórias e anestésicos. e a assistência de enfermagem Pós-Operatório é o período durante o qual se observa e se assiste a recuperação de pacientes em pós-anestésico e pós "stress" cirúrgico. O avental sujo será removido após o descarte das luvas e as mãos devem ser lavadas para evitar transferência de microrganismos para outros pacientes ou ambientes. Aqueles que manifestam instabilidade na RPA. a segunda. poupa tempo. fluidos corporais. nos quais o paciente está se recuperando dos efeitos anestésicos. 185 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Após a avaliação. no pós-operatório promove rápida convalescência. A transferência do paciente para sua unidade de origem é um momento de grande ansiedade para ele. Nesta última. a terceira. ameniza a dor e aumenta a sobrevida. O gorro estará indicado especificamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolvam dispersão de aerossóis. cirurgia geral. Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo descartável de uso único. O avental de plástico está indicado para lavagem de materiais em áreas de expurgo. devendo estes serem escalados para o atendimento de pacientes portadores destas doenças infecciosas.. dos controles gerais. preocupações.02% (10ml de alvejante comercial a 2 a 2. se portador crônico de alterações funcionais em órgãos ou sistemas. pelo enfermeiro. Nas cirurgias eletivas estas alterações são tratadas ou compensadas antes do ato operatório. prevenção de complicações pós-operatórias. O pós-operatório inicia-se com os períodos pós-anestésico e pós-operatório imediato. é possível elaborar um plano de cuidados individualizado. O paciente. . Transporte e Recepção do Paciente .Cateter de oxigênio nasal.Eletrocardiógrafo.Aspirador a vácuo (coluna d’água). sempre que possível.Termômetro. contendo desfibrilador. É atribuição da equipe de enfermagem providenciar o leito e prepará-lo para receber o paciente. .Gaze. perspectiva de permanência na UPO e transferência para enfermaria. Os familiares devem ser orientados sobre a rotina da unidade. . antropométrica. capnografia. Admissão do Paciente O período pós-operatório imediato é um momento crítico para o paciente. . transferência para UPO. . diminuindo assim sua ansiedade. . .Bomba de Aspiração à vácuo Intermitente.Umidificador. Equipamentos Disponíveis . .Carrinho cardiorrespiratório. até que os efeitos da anestesia desapareçam.será transferido. Durante sua internação na UPO deve-se orientar o paciente. período de internação até a alta para enfermaria. tubo extensor e bolsa de pressão). Este capítulo tem por objetivo orientar os enfermeiros sobre os cuidados serem realizados a pacientes pós-cirúrgicos incluindo desde o preparo do leito. torneirinha. .Régua de nível. . Incluindo os acessórios: cabo paciente. .Aspirador de secreção (frasco coletor e redutor). possíveis complicações. domo. .Respirador. . . sobre seu estado. .Luvas. cabo para transutor de pressão.Suporte de soro. Materiais Disponíveis no Box . sensor para oximetria de pulso.Máscaras. . estado geral do paciente. . e fluxômetro de oxigênio e ar comprimido). A unidade deve estar provida de materiais e equipamentos em perfeitas condições de uso.Painel de gases checado (manômetro de oxigênio. kit de monitorização completo ou para montagem (transdutor.Esfigmomanômetro. . .Bomba de Infusão. oximetria de pulso. a fim de prepará-lo para uma transferência ou para sua permanência na unidade.Colchão Térmico. suporte de transdutor. . PVC. .Cateter para aspiração de secreções. .Monitor Multiparamétrico: contendo ECG e opcional para pressão arterial não invasiva e invasiva (PAP. . se possível.Estetoscópio. intraflow. materiais e drogas. 186 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Gerador de Marcapasso. DC).Balão Intra-aórtico. temperatura e respiração.PIC.Cama com grades laterais de segurança. a fim de atender qualquer situação de emergência. sendo importante a observação cuidadosa para manter as funções fisiológicas vitais dentro dos parâmetros da normalidade.AMBÚ com máscara.Eletrodos. . ar comprimido e vácuo. Equipamentos e Materiais: .Nebulizador com traqueia e máscara. admissão. suporte nutricional e de eliminações. manter o nebulizador e o umidificador com nível de água adequado. ou médico intensivista. cornagem. alteração do murmúrio vesicular. 187 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . administrar oxigênio. deve ser realizada com o objetivo de detectar as complicações respiratórias o mais precocemente possível. Uma criteriosa percursão e ausculta dos ruídos pulmonares. seu estado. se necessário. ausculta e percussão cardíaca. dor. Aspectos Gerais do Pós-Operatório A cirurgia altera a homeostase do organismo. oxigênio e aumento da secreção na árvore brônquica. tempo de enchimento capilar (perfusão). se há secreções em excesso na cavidade oral e fossas nasais. Recomenda-se que todas as infusões sejam substituídas por prescrições médicas atualizadas. A equipe multidisciplinar da UPO transfere o paciente para a cama. Os sinais e sintomas de complicações pulmonares incluem: aumento da temperatura. em frequência. Ficarão sob a responsabilidade do cirurgião. posicionamento. dos acessos venosos. permitindo a entrada destes para a visita. . cateteres. Sistema Cardiovascular O cuidado básico na análise da função cardiovascular é a monitorização do paciente em relação aos sinais de choque e hemorragia. temperatura e grau de umidade. informações e orientações sobre a cirurgia. edema pulmonar. o paciente cirúrgico tem risco de apresentar problemas cardíacos ou de perfusão. os mais frequentes são: mudar o paciente de decúbito. alterando o equilíbrio hidroeletrolítico. Esta avaliação incluirá as condições dos sistemas neurológico. efeitos depressivos dos anestésicos. drenos e sondas. Dentre os cuidados de enfermagem. hemoptise. referido pelo paciente ou verificado pela tiragem intercostal. Independentemente do tempo cirúrgico. segurança e conforto do mesmo. intercorrências no intra-operatório e na RPA. ferida cirúrgica. prevenindo complicações. A avaliação imediata consiste na observação de: Sistema Respiratório O paciente no pós-operatório será cuidadosamente observado quanto à permeabilidade das vias aéreas e à ventilação pulmonar. Os idosos e aqueles com história de doença cardíaca e vascular periférica são os de maior risco. Os problemas respiratórios mais frequentes no pós-operatórios são: atelectasia (colapso dos alvéolos em porções do pulmão). o paciente é acompanhado pelo anestesista e pelo enfermeiro do CC ou da RPA. Após a transferência para o leito. imobilidade pós-operatória prolongada. amplitude e ruídos. Durante a transferência. Os cuidados de enfermagem na assistência ao paciente no pósoperatório são direcionados no sentido de restaurar o equilíbrio homeostático. certificando-se da correta e confortável posição do corpo e observando os cuidados com tubo endotraqueal. As complicações respiratórias estão entre as mais comuns e podem ser causadas por vários fatores. hidratar o paciente. O paciente em pós-operatório deverá ser avaliado quanto aos sinais vitais. Também será observado a presença ou não de desconforto respiratório. os sinais vitais e a temperatura do corpo. agitação. drenos. verificar a consistência e o aspecto das secreções. bronco aspiração. estimular a mobilização precoce no leito e a deambulação. coloração da pele e mucosas. normas e rotinas da unidades aos familiares. apoiando a área da incisão cirúrgica. tubo endotraqueal. verificação dos gases sanguíneos. O enfermeiro da RPA ou do CC dá informações verbais. evitando-se o rompimento da sutura. respiratório.O enfermeiro da UPO informará as condições gerais do paciente. a fim de verificar anormalidades nas trocas gasosas. para que seja mantida uma via aérea permeável. batimentos de asa de nariz e uso da musculatura acessória.O enfermeiro do Centro Cirúrgico (CC) ou da RPA notifica o da UPO que o paciente está pronto para ser transferido. todas as sondas e equipamentos são identificados e ajustados apropriadamente. tais como: doença respiratória prévia. dispneia. O enfermeiro avalia a cânula oro / nasotraqueal ou de traqueostomia. uma vez que. observando se há vazamento de ar pela cânula em virtude do "cuff" insuflado inadequadamente e ainda. pneumonia (infecção aguda que causa inflamação no tecido pulmonar) e embolia pulmonar (causada por coágulos de sangue ou êmbolos de gordura). estimular a tosse. O enfermeiro da UPO procede a avaliação inicial do paciente quando este é admitido na unidade. taquicardia. que incluem a história do paciente. o risco de complicações pós-operatórias está presente em toda intervenção. A avaliação dos gases sanguíneos é de vital importância. expectoração viscosa e espessa. Os objetivos principais da assistência de enfermagem no pós-operatório são: monitorizar o ritmo e a hemodinâmica da função cardíaca adequada e estimular a perfusão tecidual. cardiovascular e renal. promover alívio para desconforto e dor. de hemorragia no intra-operatório ou de complicação pós-operatória. da idade avançada. O diagnóstico e tratamento são urgentes. avaliação e pesquisa dos sons respiratórios. dor. 188 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . que pode ocorrer em relação à perfusão tecidual. desequilíbrios eletrolíticos. insuficiência circulatória ou desvio de líquidos. notificará o intensivista. As intervenções de enfermagem em paciente hipertenso no pósoperatório incluem: monitorização contínua e (ou) frequente da pressão arterial. Outros sinais que incluem: pulso fraco e filiforme. uso de aspirina). em associação com coagulação do sangue ou tromboflebite. Também discute com a equipe multidisciplinar (médico intensivista. com elevação dos membros inferiores. A hipotensão pós-operatória é atribuída a uma redução da pré-carga. para detectar sinais de congestão pulmonar. como prescrito. Após o diagnóstico. As causas de arritmias cardíacas pós-operatórias incluem: hipovolemia. colocará o paciente em decúbito dorsal. inflamação leve das veias periféricas. Poderão ocorrer. ou elevará as pernas do mesmo acima do nível do coração. Sistema Neurológico . abaixo do valor básico pré-operatório do paciente. mudança rápida de posição. que envolve a formação de coágulos. administração de medicações. trombose venosa profunda (TVP). hiperemia. o enfermeiro administrará oxigênio ou aumentará o fluxo do mesmo. levando à consequências cardiovasculares e intracranianas significantes. Os sinais e sintomas são: dor torácica. a saturação de oxigênio. edema. verificação da presença de efeitos secundários ou tóxicos causados por medicações. A hipertensão não é uma ocorrência incomum no pós-operatório imediato. o enfermeiro da UPO administrará volumes conforme prescrito (expansões de plasma. taquicardia. controle das drogas anti-hipotensoras. incluem: manter o ambiente tranquilo. No paciente pós-operatório isto pode ser consequência de uma doença preexistente (anemia. hipotensão que resultam em trombose venosa profunda. balanço hídrico adequado. Pode ter como causas a ventilação inadequada. Neste caso. colocará o paciente em Trendelenburg. os quais podem se destacar da parede venosa e ser levados como êmbolos até aos pulmões. a ventilação do paciente e colhe amostras sanguíneas para dosagem bioquímicas e hematológicas. úmida. Na presença destes sintomas. Outros cuidados que a enfermagem pode proporcionar ao paciente. dor. sangue total. PFC. o tratamento agressivo está indicado. Os cuidados de enfermagem são: monitorização eletrocardiográfica. pele fria. resultante de hemorragia. aumento da agitação e apreensão associados com hipotensão caracterizam o choque. perda de sangue ou líquido e sequestro de sangue na circulação periférica. hipoxemia e acidose. Pode aparecer como um episódio transitório. de acordo com a prescrição. à contractilidade do miocárdio e à resistência vascular sistêmica. crioprecipitado. Neste caso. O diagnóstico de hipertensão arterial pode ser considerado num contexto de elevação da pressão arterial. (caso esta posição não seja contraindicada pela cirurgia). dispneia. cianose e arritmias. aumento da atividade do sistema nervoso simpático ou hipertensão preexistente. Os sinais e sintomas incluem hipotensão postural.As complicações cardiovasculares mais comuns são: arritmias cardíacas. Mais comumente a hipertensão pós-operatória está relacionada à sobrecarga de fluidos. hidratação adequada e baixa dose de heparina. diminuição da pré-carga e redução do trabalho cardíaco. papa de hemácias. Os cuidados de enfermagem no pós-operatório abrangem exercícios com as pernas. coração ou cérebro. hipertensão. é a perda excessiva de sangue. administrará a medicação ou o volume líquido adicional. aumentará a velocidade das soluções intravenosas. se distúrbio de coagulação). efeitos de agentes anestésicos ou medicamentos préoperatórios. Alguns pacientes podem apresentar infarto agudo do miocárdio (IAM). administração de oxigênio. pode indicar hemorragia. fisioterapeuta e médico do paciente) as condutas a serem tomadas. hiperestesia das extremidades e presença do sinal de Homan. monitoriza a pressão arterial. circulação inadequada. em busca de anomalias. ainda. Os sintomas destas complicações incluem desidratação. taquipnéia. pele fria e pegajosa e diminuição do nível de consciência. deambulação precoce. administração de medicamentos. meias antiembólicas. albumina. minimizará a mobilização ou posicionamento do paciente para diminuir as necessidades de oxigênio. porque a hipotensão prolongada pode resultar em hipoperfusão de órgãos vitais e danos isquêmicos. para aumentar a pré-carga. comparada aos níveis pressóricos do paciente no pré-operatório e durante o intra-operatório. Outra complicação pós-operatória. ausculta de sons cardíacos. reduzindo ruídos. Uma queda significativa da pressão arterial. diminuir a sobrecarga sensorial e permitir períodos de repouso. pálida ou cianótica. infarto agudo do miocárdio e hipoperfusão periférica. monitorizará e avaliará continuamente sinais e sintomas. inflamação moderada ou severa das veias. manutenção do repouso no leito ou posição Semi-Fowler. controle da dor e desconforto. distúrbio de coagulação. taquicardia. o enfermeiro da UPO registra e avalia o ECG. hematócrito e provas de coagulação. diminuição do débito urinário. dor. Os dados laboratoriais abrangem hemoglobina. registrando as alterações. acompanhada de aumento ou diminuição da frequência cardíaca. para diminuir o retorno venoso. Estima-se que o paciente em pós-operatório. palpação e ausculta abdominal. Sistema Renal Alterações da função renal e do equilíbrio hidroeletrolítico também podem aparecer logo após a cirurgia. a mucosa intestinal renova-se constantemente. muitos pacientes podem apresentar náuseas e vômitos. causando retenção hídrica. infusão de soluções e medicamentos. de hiper/hipohidratação (administração excessiva de líquido ou função renal inadequada. tamanho das pupilas e sua reação à luz. Neste caso. geralmente indica-se suporte nutricional por via parenteral. por diminuir o risco de contaminação das conexões durante a manipulação. ou seja. A manutenção hidroeletrolítica após a cirurgia requer avaliação e intervenção do enfermeiro. com função renal normal. O volume urinário diminui. o enfermeiro. favorecendo. sendo afetada pela disponibilidade de nutrientes e pelo fluxo sanguíneo intestinal. de maneira que a absorção seja previsível e o efeito se inicie rapidamente. circulação portal e órgãos sistêmicos. O procedimento cirúrgico e a anestesia estimulam a secreção de hormônio antidiurético (HAD) e da aldosterona. Durante as primeiras 24 a 36 horas pós. ingestão e eliminação adequadas de líquidos. assim. condições do paciente e necessidade de infusões. percussão. manipulação dos órgãos abdominais. Geralmente a dieta inicial pós-operatória é liquida. anestesia e uso de medicamentos para dor. verificação da pressão arterial. A escolha do cateter deve ser. verificará a permeabilidade e a drenagem. hiperventilação. Os principais objetivos do tratamento hidroeletrolítico no pós-operatório são: manutenção do líquido extracelular e do volume sanguíneo dentro dos parâmetros da normalidade (por meio da administração de quantidades suficientes de líquidos). para os pacientes com sonda nasogástrica (SNG).cirurgia. A função intestinal pode ser prejudicada pela imobilidade. Aos pacientes impossibilitados de receberem dieta oral ou enteral por tempo prolongado. entretanto. prevenindo bronco aspiração. efeitos remanescentes da anestesia. eletrólitos séricos e registro de ganhos e perdas. diminuindo o risco de translocação bacteriana. padrão de motricidade e mobilidade dos membros e da musculatura da face. Conforme o tipo de cirurgia e a tolerância do paciente é prescrita uma dieta livre. evitando-se. pode ser indicada a utilização de cateteres de dois ou três lúmens.Na avaliação neurológica a enfermeira verificará e anotará os seguintes parâmetros: nível de consciência. um controle rigoroso das pressões de enchimento cardíaco. 189 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . As intervenções de enfermagem incluem: avaliação de infusão. Suporte Nutricional e de Eliminação É benéfico para o paciente retornar a dieta normal. Uma dieta normal promove o retorno precoce da função gastrintestinal uma vez que. É importante que o enfermeiro anote as evacuações no período pós-operatório. o mais precoce possível após a cirurgia. O tipo de líquido infundido e a velocidade de infusão devem ser rigorosamente avaliados para garantir a permeabilidade dos cateteres. se necessário administrará antieméticos conforme prescrito. É indispensável que os pacientes em pós-operatório tenham acesso venoso central. independentemente da ingestão de líquidos. cardíacos. passagem de bactérias e toxinas a partir da luz intestinal para linfonodos mesentéricos. insuficiência cardíaca congestiva (ICC) ou edema pulmonar. preferencialmente de único lúmen. assim. pulsação. apresente um débito urinário de aproximadamente 50 a 60 ml por hora. permitindo além da administração de drogas vasoativas. evitando a sobrecarga hídrica conservando-se a pressão arterial e o débito cardíaco e urinário adequados. caso contrário colocará o paciente em decúbito lateral para facilitar a drenagem. reposição inadequada intra e pósoperatória. Drenos . dependendo do tipo de cirurgia. para promover o equilíbrio de vitaminas e sais minerais e um balanço nitrogenado adequado. resposta à estimulação verbal e/ou a dor. As avaliações a serem feitas pelo enfermeiro antes de alimentar o paciente em pósoperatório são: inspeção. prevenção da sobrecarga hídrica. a problemas neurológicos. drenagem de feridas e fluidos corporais). perdas excessivas por sudorese. Os desequilíbrios pós-operatórios podem levar a uma retenção dos produtos catabólicos. Acesso Venoso A grande maioria dos medicamentos administrado são paciente critico é infundida por via endovenosa. O peristaltismo normal retorna durante as primeiras 48 a 72 horas após a cirurgia. a cicatrização da ferida cirúrgica. Os fatores que afetam a cicatrização da ferida são a localização da incisão. cabeça e pescoço. Quando houver drenos exteriorizados por contra abertura. pode-se adaptar uma extensão da bolsa a um frasco coletor. As medidas de enfermagem destinadas a promover a cicatrização da ferida cirúrgica incluem: avaliar. O enfermeiro indaga ao paciente a respeito da localização. iniciando as medidas que visam conforto. porque o paciente precisa responder às instruções quanto a mobilização no leito. ligados à aspiração contínua ou intermitente. cardíaca. drenos e curativos. O volume e o aspecto das secreções serão registrados. Considerando-se os efeitos indesejáveis da imobilização. o espaço é preenchido com exsudato inflamatório e por volta de 48 horas. tipo de fechamento cirúrgico. é analisada pelo intensivista. posteriormente. infecção. queda do paciente: manutenção de grades de proteção até que paciente acorde. capacidade de mobilização e sensibilidade dos membros imobilizados. O curativo pós-operatório objetiva basicamente. sistema de campainha ao alcance do paciente. Se o volume de material coletado for excessivo. quanto maior a rotatividade de pacientes. Algumas horas após seu fechamento primário. com score de 0 a 10. Ao término de 72 horas. entre elas: torácica.Os tubos para drenagem de secreções (gástrica. evitar a infecção da ferida. Quando a ferida cirúrgica é fechada primariamente. apoio e acolchoamento das áreas depressão. transplantes e as grandes cirurgias programadas. as células epiteliais marginais migram para a superfície da ferida. É muito importante que a dor seja tratada. medir e anotar a área da ferida. 190 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . vascular. Cirurgia Torácica . gastrointestinais. torácica e do mediastino) serão drenados por gravidade ou. Para as cirurgias neurológicas recomenda-se unidades específicas. urológica. Ferida Cirúrgica A manutenção de uma assepsia durante a cirurgia e no período pós-operatório é o fator mais importante na promoção da cicatrização. uma vez que a recuperação do paciente neurológico é mais demorada e. A mensuração da dor é avaliada através de uma escala numérica de intensidade de dor. de ambulação. presença de doença. sondas. através do uso de analgésicos narcóticos. Procedimentos Cirúrgicos Tem indicação para recuperação em UPO. os enfermeiros deverão ponderar seus riscos e benefícios. tosse. A necessidade de controle da dor. O paciente pode manter um controle adequado dador evidenciado por resposta verbal num score menor que 5. intensidade e qualidade da dor. nesta escala. Segurança e Conforto Algumas medidas de segurança serão adotadas para evitar a retirada inadvertida de cateteres. que obrigue a troca repetida. é recomendável que se retire o curativo da incisão. respiração profunda e. quando necessário. estado nutricional. isolando as estruturas profundas do meio externo. Dor A resposta do paciente a dor é um processo subjetivo. nas primeiras 24 a 48 horas. Caso a imobilização seja necessária. mudança de posição no leito e massagens. As posições variam de acordo com a natureza da cirurgia. o enfermeiro verificará a cor. objetivando o conforto e a redução da dor. e está indicada quando score maior ou igual a 5. o exame histológico mostra que a cobertura epitelial está intacta. maior é a otimização das vagas e agendamento das cirurgias. os pacientes que apresentarem instabilidade hemodinâmica na RPA. Posicionamento no Leito O paciente deve ser avaliado quanto ao posicionamento que melhor favorecer a ventilação. evitando danos aos nervos e distensão muscular. tais como. para comparações posteriores de evolução da mesma e alterações da pele. avaliando se deve ou não ser dada continuidade ao procedimento. estes serão adaptados a um sistema de coletor fechado. pois nesse tempo ocorre a formação de um selo fibrinoso que protege a ferida contra a penetração de bactérias. também. Está indicada em casos de granulomas subpleurais e pequenos tumores periféricos e. ainda. em virtude do tamanho do leito vascular. . O paciente será reposicionado pelo menos a cada 2 horas para prevenção da estase de secreções e manutenção do equilíbrio da ventilação/perfusão. Após a cirurgia ocorre enfisema compensatório não-patológico. redução do espaço morto torácico após ressecções externas. assim. infecção segmentar por tuberculose ou bronquiectasia. enchendo o espaço torácico ocupado pelo tecido ressecado. inflamação. relacionada com a pressão mecânica ou "cuff" da sonda traqueal (pressão que produz isquemia da parede da traqueia.Lobectomia: remoção de um ou mais lobos de tecido pulmonar. procedimentos cirúrgicos torácicos com indicação de recuperação em UTI. Devido ao posicionamento intra-operatório e à terapêutica pré e peri-operatória. Para reduzir o tamanho dessa cavidade e paralisar o diafragma em uma posição elevada. tumores benignos e malignos. o que contribui.Toracoplastia: colapso cirúrgico de uma região da parede torácica mediante múltipla ressecção de costelas para redução intencional do hemotórax. controle da dor e auxilio ao paciente na recuperação de sua função cardiopulmonar. também. tuberculose. quistos ou bolhas enfisematosas congênitas. a ICC e a angina instável.A cirurgia torácica refere-se a diversos procedimentos cirúrgicos que implicam na abertura da cavidade torácica (toracotomia) e (ou) órgãos da respiração. . o paciente será colocado na posição Semi-Fowler. . que implica em sobrecarga fisiológica. . antes . infecção generalizada do pulmão e neoplasias. o nervo frênico e o lado afetado são ressecados. Está indicada em estenose significativa do orifício da traqueia. Descrevemos. O lado removido da cavidade torácica torna-se um espaço vazio. neoplasia. para a formação de atelectasias e estase das secreções. Intervenções de Enfermagem no Pós-Operatório As intervenções têm por objetivo otimizar a oxigenação e ventilação. A tosse ajuda-o a movimentar e a expelir as secreções traqueobrônquicas. as disritmias não-controláveis. a seguir.Ressecção de traqueia: ressecção parcial da traqueia. o IAM. facilitando a ventilação com menor esforço possibilitando a drenagem da sonda torácica. favorecendo. O sucesso da cirurgia não depende somente da habilidade da equipe que opera. o apoio estabiliza a zona afetada e reduz a dor durante a realização destes procedimentos. . as atelectasias e acúmulos de secreções são frequentes no período pós-operatório. Está indicada em abscesso crônico extenso.Ressecção em cunha: remoção de pequenas secções periféricas do lobo . a expansão dos pulmões. . Auscultar o murmúrio vesicular. 191 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . É necessário orientar o paciente a tossir e respirar fundo a cada uma ou duas horas. Ressecção segmentar Ressecção de um segmento ou lobo pulmonar -o tecido pulmonar restante expande-se novamente. auxiliando-o a amparar a incisão com uma almofada ou cobertor durante a respiração profunda e enquanto tosse. preenchendo o espaço anteriormente ocupado pelo segmento removido.Timectomia: remoção do timo . mantendo a vigilância das complicações. Após a estabilização dos sinais vitais. A ventilação do paciente pode ser superficial em consequência da dor pós-operatória. lesões unilaterais selecionadas.Pneumectomia: remoção total de um pulmão. fugas de ar recorrentes. As indicações da cirurgia torácica podem ser para retirada de tumores e drenagem de abscessos. Indicada em lesões cavitárias crônicas e coleções de empiema. mas. à medida que o tecido pulmonar se reexpande. tumor benigno. ou reparação do esôfago e vasos torácicos. São contraindicações para a cirurgia. Está indicada em infecções tais como. O risco de remoção do pulmão direito é maior em relação ao esquerdo. seguida de anastomose topo a topo.indicada em neoplasia primária do timo ou miastenia gravis. ulceração e tumores).a estrutura e função pulmonares permanecem relativamente inalteradas após a cicatrização. a respiração profunda dilata as vias aéreas. da qualidade dos cuidados de enfermagem durante os períodos pré e pós-operatório. Na avaliação do paciente deve ser considerada a função cardiopulmonar. É indicada nos casos de abscesso pulmonar crônico. estimula a produção de surfactante e expande o tecido pulmonar. embolia pulmonar (uma possível complicação no pós-operatório e causa de hipoxemia). ainda. tais como: insuficiência respiratória (provavelmente resultante da alteração do nível de consciência pelo uso de anestésicos. aumentando o volume de trabalho do coração. de maior durabilidade. pneumotórax hipertensivo e desvio de mediastino (podem ocorrer por vazamento de ar através das linhas de incisão pleurais. Existem dois tipos de lesões: as estenóticas. caso a drenagem torácica fechada não esteja funcionando adequadamente). desvio do mediastino e pH sanguíneo anormal). ajuda na avaliação da eficácia desta. significa que há estenose mitral grave e a cirurgia está indicada. é muito importante verificar a presença de muco espesso e aderente o que sugere insuficiente aporte de líquidos e(ou) insuficiente umidificação externa. para fluidificação das secreções. A doença valvular do coração é uma alteração da função cardíaca produzida por anomalias estruturais ou funcionais de uma ou mais válvulas. nesta intervenção. atualmente. mitral ou tricúspide). anestesia e técnica cirúrgica. reparação valvular (tratamento da regurgitação mitral) ou substituição da válvula. Na presença de ventilação mecânica assegurar a umidificação das vias aéreas. escolhidas para pacientes mais idosos. O decúbito lateral é indicado após a cirurgia até a recuperação da sua consciência. obstruções nas artérias coronárias. porque. hemorragia. resultam da associação de vários fatores. edema pulmonar (a hipóxia aumenta a permeabilidade capilar. acrescente-se o fato que. fato que retarda a reexpansão do pulmão). A umidificação das vias aéreas pode ser feita através de nebulização com máscara. cateter de oxigênio ou qualquer outro método. planos teciduais do tórax bastante extensos e vascularizados). O enfermeiro permanecerá alerta para possíveis complicações da cirurgia torácica. O tratamento cirúrgico da doença aórtica está limitado a substituição da válvula. destinadas preferencialmente a indivíduos jovens e. hemotórax. Geralmente resulta do envelhecimento do tecido valvular ou de uma valvulite reumática aguda . pois este procedimento dificulta a expansão do tecido pulmonar restante. Nos casos de ressecção em cunha ou segmentectomia não se deve posicionar o paciente sobre o lado da cirurgia. Na ausência de alterações da função renal ou cardíaca. O conhecimento prévio de tais complicações. aumentando a pressão de trabalho do coração e a regurgitação valvular. . focos de arritmias e transplantes cardíacos. fazendo com que o líquido penetre no tecido pulmonar. difuso do folheto ou um fibrótico das margens de encurtamento. proporcionando ao paciente segurança e confiança na equipe que o está assistindo. após pneumectomia. de durabilidade limitada. A mobilização do paciente será indicada conforme a fase de recuperação e o tipo de cirurgia realizada. as biológicas ou teciduais. a sobrecarga circulatória pode resultar da redução do tamanho do leito vascular em virtude da remoção do tecido pulmonar. que provoca um fluxo bidirecional. A área da válvula mitral normal é de 4 a 6 cm. Existem dois tipos de prótese valvulares: as mecânicas. hipóxia. O resultado é a alteração do fluxo sanguíneo através da válvula. choque hipovolêmico (devido a vazamento capilar. No que se refere à mitral. diminuição do esforço respiratório devido a dor e.e após a tosse. tornaram possível.que provoca espessamento. enfisema subcutâneo (devido a vazamento de ar no local da incisão pulmonar). faz a diferença na assistência de enfermagem especializada. revascularização do miocárdio ou transplante cardíaco. como aumento do tônus vagal. medicações parador. 192 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .arritmias cardíacas (bastante comuns. Após a mobilização do paciente verifica-se a posição de tubos e drenos. As lesões valvulares cardíacas estão assim classificadas: Estenose Mitral: Trata-se de um estreitamento progressivo do orifício da válvula mitral. exceto. estão disponíveis três procedimentos cirúrgicos: com issurotomia (tratamento da estenose mitral). verificando a cada 6 horas o nível de água do umidificador e trocando quando necessário. Cirurgia Cardíaca O progresso tecnológico contínuo dos meios diagnósticos. Quando este valor for menor que 1. reinsuflação pulmonar incompleta. diminuindo o retorno venoso e a deposição periférica de sangue). tromboflebite (a anestesia e imobilidade reduzem o tônus vasomotor. que provocam uma obstrução do fluxo que passa através da válvula. porém.5 cm. limpeza inadequada da via aérea). hidrata-se o paciente de acordo com sua superfície corporal. a realização de cirurgia para corrigir defeitos cardíacos congênitos. A correção cirúrgica consiste na plastia ou substituição de uma ou mais valvas cardíacas (aórtica. Além disso. o mediastino pode ser deslocado e a mudança deposição excessiva possibilitaria o desvio do mesmo e a compressão do pulmão restante. visto que promove estabilidade hemodinâmica e previne bronco aspiração. pois a hidratação adequada é o agente mucolítico mais eficaz. São necessários um rápido reconhecimento e intervenção. chegando a diminuir em 50% as necessidades de oxigênio dos tecidos. Ocorre como consequência da febre reumática. quando ocorrerem mudanças nas condições do paciente. . no quinto espaço intercostal. Pode-se desenvolver como resultado de febre reumática. anastomosando enxerto para a artéria coronária descendente anterior. sendo que. diminuindo. falência renal. artrite reumatoide. Insuficiência Aórtica: Fechamento incompleto do orifício aórtico durante a diástole ventricular. 193 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .8 a 2. artéria radial e veia safena. A média de internação na UTI é de 3 a 12 horas e. obstruindo o fluxo do ventrículo esquerdo. insuficiência respiratória e AVC. para prover adequada drenagem de fluidos acumulados no local da cirurgia.Insuficiência Mitral: Ocorre quando a incompetência e distorção da válvula mitral impedem que as margens livres se ajustem durante a sístole. Intervenções de Enfermagem no Pós-Operatório Após o término da cirurgia o paciente é transferido para a unidade de pós-operatório. Circulação Extra Corpórea (CEC): A CEC ou "by-pass" cardiopulmonar corresponde a uma forma mecânica de fazer circular e oxigenar o sangue do paciente. Antes do início da CEC os circuitos da bomba são preenchidos com solução hidroeletrolítica balanceada. Se a hemostasia é evidente o dreno é removido após 24 horas. Minimamente Invasiva: Trata-se de um enxerto da artéria coronária introduzido recentemente na cirurgia cardíaca. devido aos efeitos da CEC e da . protegendo os órgãos vitais de lesões isquêmicas. oxigenação e estabilidade hemodinâmica. sendo a principal origem a febre reumática. as necessidades de oxigênio do miocárdio. onde se recupera dos efeitos anestésicos e permanece por um período aproximado de 24 a 48 horas. A hemodiluição é também utilizada para melhorar a oxigenação tecidular. Solução de cardioplegia é reinfundida a intervalos regulares durante a CEC para manter o coração arrefecido e parado. com via de acesso menor que o habitual. O procedimento promete tornar-se uma importante adição ao tratamento cirúrgico de pacientes que requerem revascularização de artérias coronária descendente anterior. portanto. Síndrome de Marfan. Durante a CEC a temperatura corporal do paciente é reduzida até cerca de 28ºC. permitindo que o sangue reflua da aorta para o ventrículo esquerdo. No pós-operatório imediato a enfermagem planeja cuidados que visam a manutenção adequada da ventilação. Heparina é administrada através da CEC para evitar formação de coágulos no circuito. e o fluxo sanguíneo através da microcirculação sistêmica e pulmonar durante a CEC. Revascularização do Miocárdio: Envolve o uso de derivações destinadas a controlar as artérias coronárias obstruídas. A doença causa fusão das comissuras e contraturas das fibras das cúspides. transportada através do diafragma. calcificação congênita de uma válvula bicúspide. reoperações. aproximadamente 41% dos pacientes são extubados na sala cirúrgica. uma vez que. sem circulação extracorpórea. geralmente através de uma pequena toracotomia anterolateral (7-10 cm). Ocorre habitualmente em processo simultâneo com a doença aórtica e (ou) mitral. Este procedimento está associado com significante redução de recursos. a pessoa submetida à cirurgia cardíaca é frequentemente mais instável que outros pacientes cirúrgicos. A insuficiência mitral crônica pode resultar de doença reumática (49%). envelhecimento do tecido valvular ou estenose subaórtica discreta. calcificação degenerativa ou como consequência do envelhecimento. Atualmente a artéria gastroepiplóica. enquanto a maior parte da volemia é desviada do coração e pulmão durante a cirurgia cardíaca. é menos comum a ocorrência de infarto miocárdico. também tem sido utilizada. Os enxertos com maior sucesso são os realizados com a artéria mamária interna. sífilis. de 0.5 dias. com significante diminuição da morbidade.2. Um dreno em pericárdio é mantido. Insuficiência Tricúspide: Ocorre habitualmente como resultado de falência avançada do lado esquerdo do coração e de hipertensão pulmonar grave. isquemia do miocárdio (4%). hipertensão sistêmica. Por não ser necessário o uso de CEC. no hospital.5. Estenose Tricúspide: Raramente é uma lesão isolada. O sangue é reaquecido até a temperatura normal antes do término da cirurgia. ou dilatação ventricular esquerda. tumor degenerativo da válvula mitral (40%). A técnica pode ser realizada com o coração batendo.3 Estenose Aórtica: Estreitamento do orifício entre o ventrículo esquerdo e a aorta. Aumento de peso e edema (3º espaço): devido à diminuição da concentração das proteínas plasmáticas. acúmulo defluidos no interstício pulmonar. A drenagem dos tubos é considerada normal até 100ml nas primeiras 8 horas após a cirurgia. tempo prolongado da CEC e doença cardíaca preexistente. no período pós-operatório. O enfermeiro deve auscultar sons respiratórios.Diminuição do estado de consciência. microembolias pulmonares. certificando-se da localização do tubo endotraqueal. 194 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . . também. na admissão do paciente. . Efeitos da Circulação extracorpórea . Complicações Pós-Operatórias Pacientes de cirurgia cardíaca têm risco de desenvolver complicações devido à doença de base e ao trauma cirúrgico. O paciente pode apresentar hematúria em decorrência da hemólise durante a CEC. O balanço defluido na admissão do paciente pode estar aumentado cerca de 20% em relação ao pré-operatório. Alterações de fluidos e balanço eletrolítico Em virtude da CEC o volume total de fluido aumenta. O nível de potássio será verificado na admissão do paciente e reposto com base nos exames laboratoriais e prescrição médica. Na presença de marcapasso. provocando vasoconstrição. encaminhar solicitação de raio X e coletar amostra de sangue para exames laboratoriais de rotina e gases sanguíneos arteriais. providenciar monitorização da oximetria de pulso.Hipotensão (déficit de fluido intravascular): por perda para o 3º espaço. . . . ativação do mecanismo renina-angiotensinaaldosterona. Além disto. . diurese pós-operatória e vasodilatação súbita (fármacos). como resultado da hemodiluição. atribuição do enfermeiro aferir o débito cardíaco.Diminuição do potássio sérico (hipocalemia): por transferências intracelulares durante a CEC. nos primeiros 15 a 30 minutos da admissão. Hipovolemia intravascular se manifesta por diminuição da Pressão Venosa Central (PVC).Hemorragia (coagulação): devido à heparina sistêmica. O paciente será aquecido lentamente através de sistemas de aquecimento (mantas térmicas) para prevenção de instabilidade hemodinâmica decorrente da rápida vasodilatação. oito horas após a cirurgia. traumatismo mecânico das plaquetas. . . causando edema.Aumento transitório da pressão arterial (hipertensão): devido à liberação de catecolaminas e à hipotermia sistêmica. aumento da resistência vascular sistêmica. observar se a frequência e o ritmo estão ajustados. se não tratada podem ocorrer baixo débito cardíaco e hipotensão. Na admissão o paciente deve será posicionado em decúbito dorsal.Diminuição do magnésio sérico (hipomagnesemia): devido à diurese pós-operatória secundária a hemodiluição. avaliar a sensibilidade. É comum. . . (usualmente em aspiração com pressão de 20cm de água). desenvolvendo frequentemente um déficit no volume intravascular. repetindo o procedimento de hora em hora.manipulação cardíaca. um desequilíbrio no balanço hidroeletrolítico e um nível anormal de potássio. É. Métodos considerados indicadores precisos para controle de temperatura são: artéria pulmonar ou membrana timpânica. Hipocalemia pode ocorrer como resultado de grande acúmulo de solução de cardioplegia ou falência renal aguda. aumento da liberação de vasopressina. é frequentemente 35 a 36º C. especialmente de face. deverá mensurar e registrar a quantidade e característica da drenagem. redução da perfusão renal. enzimas cardíacas. pressões de enchimento e coletar gaso arteriovenosa assim que possível. amplitude e a modalidade de comando.Diminuição do débito cardíaco (depressão do miocárdio): devido à hipotermia.Hemoglobinúria (hemólise): por destruição de eritrócitos no circuito da bomba. A excreção renal do excesso de fluido do corpo resulta em diurese espontânea e perda de peso. Os drenos do tórax e (ou) do mediastino devem ser colocados em aspiração a vácuo em coluna d’água. . déficits motores e sensoriais (disfunção neurológica): devido à perfusão cerebral diminuída e microembolias cerebrais. o enfermeiro deve lidar com problemas relacionados à CEC e à hipotermia pós-operatória. proporcionando retorno venoso adequado. pescoço e mãos.Aumento da glicose sérica (hiperglicemia): por diminuição da liberação de insulina.Diminuição da mecânica pulmonar (disfunção pulmonar): por diminuição da produção de surfactante. A temperatura. estimulação da glicogênese. detectando um possível pneumotórax e secreções. Embora o sangramento através dos drenos (do mediastino. tórax ou pericárdio) seja esperado. A coloração normal da drenagem é vermelho-escura. observar aumento ou redução da drenagem. Usualmente a drenagem é de aproximadamente 100ml por hora na primeira ou segunda hora. Tamponamento Cardíaco Pode ocorrer por acúmulo de sangue em torno do coração e compressão do miocárdio. É causado por problemas cirúrgicos ou coagulopatias. Normalmente resulta de rompimento das linhas de sutura. contratilidade ventricular direita diminuída ou arritmias. os drenos sejam ordenhados. na presença de coágulos. quando ocorre é perigoso e deve ser reconhecido e tratado rapidamente. Trata-se de uma complicação incomum se as drenagens forem mantidas permeáveis. hipotermia ou dor. serossanguinolenta e sem coágulos por causa da ação da heparina. trombocitopenia. Se necessário administra-se um vasodilatador. O sangramento venoso é mais comum que o arterial. A hipertensão é particularmente perigosa porque pode causar ruptura da linha de sutura e aumento do sangramento. prevenir a necessidade de reexploração cirúrgica. Controlar a hipertensão. No entanto. Considera-se que um paciente está hipertenso quando sua pressão arterial sistólica (PAS) estiver acima de 150 mmHg. pois crê-se que a elevada pressão negativa gerada por este método provoque lesão nos tecidos intratorácicos. vasodilatação resultante de reaquecimento. Estas intervenções visam. Alteração da Pressão Sanguínea Depois da cirurgia não é raro ocorrer hipo ou hipertensão. o enfermeiro deve diferenciar entre o normal e excessivo. acompanhada de aumento da pressão venosa central e da capilar pulmonar. 195 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Por essa razão é recomendado que. volume sistólico ou de ambos. impedindo o retorno venoso. bulhas cardíacas hipofonéticas e taquicardia. A hipotensão pode ser causada por volume intravascular reduzido. As intervenções de enfermagem visam: assegurar a permeabilidade dos drenos. diluída. pressão de pulso reduzida. . o paciente se torna hipovolêmico e rapidamente hipotenso. o risco deve ser bem calculado. O volume sistólico depende da pré-carga. também. A ordenha dos drenos é controversa. Tal fato pode ocorrer devido hipertensão prévia. procedimento que provoca menor pressão negativa e diminui o risco de hemorragia. pulso paradoxal pode estar presente. administram-se volumes expansores para aumento da pressão sanguínea. liberação de renina. O paciente é usualmente considerado hipotenso se a pressão sistólica for menor que 90mmHg. intervenções de enfermagem serão direcionadas para impedir tais mudanças e prevenir ou restaurar rapidamente a pressão sanguínea. devido à lesão traumática das plaquetas ou hemostasia inadequada. Diagnóstico definitivo é feito com raios X de tórax que mostram alargamento do mediastino ou por meio de ecocardiograma. O aumento da pressão pode ocorrer em virtude de dor ou quando o paciente é estimulado por barulho ou procedimentos. O sangue é vermelho vivo e o frascodrenagem se enche em minutos. visto que a pericardiocentese não pode ser utilizada em tamponamento cardíaco pós-operatório. diminuindo subsequentemente. que mostra fluidos dentro do espaço pericárdico. administrando-se analgésicos ou sedativos. O sangramento arterial é raro e exige tratamento emergencial. manter drenos permeáveis para prevenir tamponamento cardíaco e manutenção adequada do volume intravascular são ações essenciais no cuidado do paciente com sangramento. pós-carga e contratilidade. em virtude da presença de coágulos no sangramento mediastino que não podem ser aspirados com agulha. Uma anormalidade em um ou mais destes parâmetros pode causar diminuição do débito cardíaco. diminuindo o débito cardíaco e a pressão do sangue. tendo-se em vista a possibilidade de ocorrer tamponamento cardíaco se o sangue não for convenientemente drenado. manter controle da infusão de fluidos e drogas vasopressoras para o débito cardíaco e a pressão arterial adequados. devendo-se intervir imediatamente. Se o paciente está hipovolêmico. Sangramento Pós-Operatório O sangramento pós-operatório pode ter como causa: a não-reversão da atividade da heparina pela protamina ao término da cirurgia. aumento do nível de catecolaminas. sendo o mais utilizado nestas situações o nitroprussiato de sódio. Os sinais e sintomas incluem: redução da pressão arterial. podendo ser controlada proporcionando um ambiente calmo. fato que contribui para desencadear hemorragia.Diminuição do Débito cardíaco A redução do débito cardíaco pode resultar em alterações da frequência cardíaca. Todavia. e se for necessária nova cirurgia numa mesma admissão. Após a extubação. Catecolaminas liberadas durante a cirurgia. Quando é restaurada circulação pulmonar. pacientes de cirurgia cardíaca têm maior risco que outros em virtude da CEC. se o tempo operatório for maior que seis horas. também. O risco de complicação neurológica aumenta quanto maior for a idade e o tempo de CEC. podem ser resultantes do trauma e manipulação cirúrgica. ainda. Manter adequado volume urinário é imperativo para prevenir danos aos túbulos renais. A "debris" celular e Hb livre podem danificar os túbulos renais. Disfunção Neurológica Uma disfunção neurológica transitória é frequente após a cirurgia cardíaca e deve-se. Para facilitar a higiene pulmonar. sutura ou edema no local. ocorre a perfusão dos alvéolos nãoventilados e a troca de sangue não-oxigenado para a circulação sistêmica. e. relacionada a disfunções valvulares preexistente. Bradiarritimias e bloqueios ocorrem no período pós-operatório. deve-se estimular a tosse e respiração profunda. Disfunção Renal Embora falência renal seja uma complicação pouco comum. à redução da perfusão e a microembolias cerebrais. se há doenças cerebrovascular ou de carótida pré existentes e. Há aumento da permeabilidade pulmonar. dor. A taquicardia sinusal pode ser causada por hipovolemia e efeitos colaterais de drogas inotrópicas (especialmente a dopamina). eritrócitos são danificadas. sendo possível. poderão requerer ventilação mecânica prolongada. Isto dificulta a difusão gasosa. visto que esta provoca diminuição da ventilação pulmonar pelo uso do oxigenador. A maioria dos pacientes de cirurgia cardíaca são extubados nas primeiras 4 a12 horas após a cirurgia. prevenindo deiscência e. doença valvular. diminuir a perfusão da artéria coronária e aumentar a demanda de oxigênio do miocárdio. No período pós-operatório são comuns as taqui-bradiarritmias. distúrbios hidroeletrolíticos. O tratamento é direcionado para a correção da causa. que causem déficit neurológico. especialmente hipocalemia. costuma-se dividir as taquiarritmias em ventricular e supraventricular. Disfunção Pulmonar Pacientes de cirurgia cardíaca apresentam maior risco para desenvolver complicações pulmonares devido aos efeitos da CEC. Atelectasias e derrames pleurais podem estar presentes. Placas de ateromas liberadas durante a manipulação cirúrgica e por embolia gasosa do sistema CEC. Identificando-se os fatores de risco. provavelmente. e a hemoglobina (Hb) é liberada por destruição das células do sangue.Arritmias As arritmias no pós-operatório são comuns e ocorrem em aproximadamente30% dos pacientes. sendo que fluidos podem passar para o interstício e alvéolo do pulmão. bem como a mobilização precoce. má-nutrição. O risco de infecção se intensifica quando há obesidade. o mais rápido possível. liberação das catecolaminas devido à dor e à ansiedade. O fluxo sanguíneo renal se reduz durante a CEC. Os principais sinais de infecção da ferida . ambas relacionadas com à CEC. a avaliação neurológica facilitaria o reconhecimento do potencial problema e possibilitaria um tratamento precoce. administrar medicação para dor. Alguns pacientes com doença pulmonar de base. Elevação da temperatura durante as primeiras 48 horas após a cirurgia é uma resposta normal da CEC e. é necessário apoiar a incisão. Geralmente ocorrem em 20 a 40% e aparecem de 24 a 36horas após a cirurgia. incentivar a respiração profunda e a tosse. também. Taquiarritmias podem comprometer o débito cardíaco. 196 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . não significa infecção. devido à depressão das células do sistema de condução. Na prática. ansiedade e febre também podem contribuir. especialmente se a fibrilação atrial está presente. diabetes mellitus. A esternotomia e os tubos de drenagem causam dor e podem interferir na tosse e na respiração profunda. já que o espaço pleural é invadido durante a cirurgia. usualmente. Este risco é maior com o aumento do tempo da CEC e a disfunção renal pré existente. aumenta as secreções. por cardioplegia ou lesão do nódulo e feixes de condução. Infecção da ferida Infecção da ferida pós-operatória pode ocorrer na incisão cirúrgica. alterações no pH e PO2. ainda. podendo ocorrer hipoxemia. no local de inserção dos drenos e na incisão do membro inferior. por manipulação cirúrgica. bexiga. O líquido de irrigação será isotônico. durante as primeiras 24 horas é essencial. normalmente irradia-se para braço. geralmente para tratamento de carcinoma ou porções anormais da próstata. Intervenções de Enfermagem A avaliação do paciente após cirurgias urológicas envolve. Manterá registro preciso da ingesta oral. A irritação pode resultar também de mudança excessiva da bolsa de drenagem. da administração endovenosa e dos débitos. a seguir.operatória Depois da cirurgia cardíaca o paciente pode apresentar dor no local da incisão cirúrgica. observar o tamanho. Nefrectomia: remoção de um rim. assegurando-se que esteja drenando. recorre-se à irrigação contínua. a fim de proteger e preservar a função renal residual dos rins. pode ser parcial para retirar uma lesão. Dor Pós . Infecção não é um problema pós-operatório precoce. atenção ao balanço hidroeletrolítico. o volume deve ser suficiente para manter o fluxo de drenagem da urina límpido ou ligeiramente rosado. pescoço ou maxilar. tais como: ansiedade e fadiga. Portanto. anotando a quantidade infundida na irrigação. A monitorização contínua do débito urinário a cada hora. lavar com solução diluída de vinagre . não bem localizada e. a urina alcalina irrita a pele e facilita a formação de cristais. Uma cor parda ou cianótica pode indicar um suprimento sanguíneo insuficiente e início de necrose. ureteres. pois o vazamento provoca entrada de urina na cavidade abdominal. Deve ser fechado. contínuo e estéril para reduzir o risco de infecção. pode ser ardente ou em pontada. Este sistema pode ser empregado para lavagem periódica da bexiga. A angina é normalmente precordial ou subesternal. o enfermeiro deve ser capaz de diferenciar a angina da dor da incisão. na contínua. Cirurgia Urológica A cirurgia urológica envolve procedimentos realizados nos rins. a urina apresentase sanguinolenta. O enfermeiro avaliará frequentemente a permeabilidade do cateter. para excisão de tumores malignos. tumores e lesões graves. A solução de irrigação será subtraída dos registros de ingestão e excreção. Realizada para tratar algumas anormalidades congênitas unilaterais e que são causadoras de obstrução renal ou hidro nefrose. Quando está prevista a drenagem de grandes quantidades de fragmentos celulares e coágulos sanguíneos. Cistectomia: excisão da bexiga e estruturas adjacentes. formato e cor. tornando-se rósea e. membro inferior. para evitar uma medida inexata da função renal do paciente e da retenção vesical.são: eritema. inserção de tubos de drenagem e devido ao afastamento das costelas durante a cirurgia. Os problemas a serem tratados podem ser congênitos ou adquiridos. drenagem e aumento da temperatura por mais de 72 horas no pós-operatório. pois a água destilada pode provocar depleção dos eletrólitos ou intoxicação hídrica. Todas as vezes que a bolsa for trocada. ou total. 197 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Esta cirurgia envolve geralmente um procedimento adicional de ureterostomia. a incisão da esternotomia mediana é usualmente menos dolorosa que a da toracotomia e mais intensa nos primeiros três a quatro dias do pós-operatório. se houver cristais sobre a pele. frequentemente piora com a tosse. Ureterostomia cutânea: desvio da corrente urinária pela anastomose dos ureteres. Embora a percepção da dor varia de pessoa para pessoa. uretra e órgãos genitais masculinos. É evidenciada após a saída da UPO. principalmente. Realizada após cistectomia total ou radical e remoção da uretra. Na presença de estoma. Angina após cirurgia pode indicar falência do enxerto. proporcionando conforto ao paciente e atenuando os fatores que aumentam a percepção dador. respiração profunda ou movimentação. O pH da urina será verificado. Prostatectomia: é a remoção cirúrgica da glândula e sua cápsula. a pele ao redor do estoma será limpa com água e sabão. A dor típica da esternotomia mediana é localizada e não se irradia. Para prevenir infecção devese manter a incisão limpa e seca e renovar curativo com técnica asséptica. adquire sua cor normal. que é exteriorizada na parede abdominal como uma ileostomia. a uma alça isolada do íleo. Na irrigação intermitente utilizase solução isotônica em pequenas quantidades (60 a 100ml). A enfermagem executará procedimentos para alívio da dor. visto que. Inicialmente. O enfermeiro permanecerá atento aos sinais de peritonite. As manifestações desaparecem com a eliminação dos fatores causais. traumáticos e genéticos (fibrosecística. A ingesta líquida adequada é excepcionalmente importante para este paciente. para evitar que a urina flua sobre a pele.para ajudar a removê-los. embora estes não estejam contidos na cavidade abdominal. assim como o fígado. Cirurgias Gastrintestinais. pielonefrite. Genericamente se refere a qualquer cirurgia com remoção parcial ou total do estômago. Vários procedimentos cirúrgicos são empregados no trato gastrintestinal. Os distúrbios do pâncreas exócrino enquadram-se em 4 grupos: inflamatório (pancreatite aguda ou crônica). dor adicional se a drenagem dos tubos urinários estiver obstruída. praticada antes de transplante renal para reduzir a probabilidade de rejeição do rim transplantado. se o paciente pode tolerá-los por via oral. é a principal intervenção para o tratamento de câncer gástrico extenso. ainda. sem prejuízo nos adultos por não ser um órgão essencial. e estar atento ao débito urinário. é indicada quando as grandes modificações estão confinadas à cabeça do pâncreas. Geralmente o tratamento é cirúrgico. que podem estar relacionados com a ingestão excessivas de álcool e doença do trato biliar. aliviar a obstrução ductal e a dor. A indicação mais frequente da esplenectomia é o rompimento do baço complicado por hemorragia e geralmente causada por acidentes traumáticos. Também é indicado no hiperesplenismo (disfunção excessiva de um dos tipos de células sanguíneas). Gastrectomia: ressecção do estômago. c) Pancreatectomia subtotal é indicada quando os ductos são inadequados para descompressão. Pancreatite crônica é uma doença progressiva inflamatória e destrutiva do pâncreas. porém.pela complexidade da cirurgia e dos fatores de risco inerentes ao paciente. É necessário trocar curativos sempre que for preciso. tromboflebite. e utilizar barreira a fim de proteger a pele de escoriações causadas pela acidez da urina. hemorragia aguda idiopática e não controlada e. irritação provocada pelo balonete do cateter de demora. sendo a intervenção mais comum para remoção de cálculos biliares. pâncreas. Uma compressa de gaze ou tampão será colocada sobre o estoma durante a limpeza. Abdominal e Anorretal Os pacientes em período pós-cirurgias abdominais eletivas frequentemente precisam de assistência em UTI. no pós-operatório. mais comumente deve-se à múltiplas complicações potenciais que possam ocorrer. pois é corroída pela urina. 198 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . vesícula biliar e baço. neoplasias. entre elas: hemorragia. Colecistectomia: é a excisão da vesícula biliar. desbridar o tecido inviável e proporcionar drenagem das secreções pancreáticas. O requisito para assistência intensiva pode ser uma necessidade de observação rigorosa. choque. visto que suas funções são também efetuadas por outros órgãos. As abordagens cirúrgicas são: a) Pancreaticojejunostomia caudal é indicada nos casos incomuns de estenose isolada dos ductos pancreáticos proximais sem acometer a ampola. Pancreatectomia: é remoção parcial ou total do pâncreas. Nas crianças sua indicação é após 6 anos de idade para não comprometer o sistema imune. pancreatite hereditária e familiares). . O enfermeiro deve observar o volume. incluindo o esôfago e ânus. Complicações podem ocorrer. Hepatectomia: é a ressecção de um ou mais lobo do fígado por neoplasia. tendo como objetivos corrigir a doença primaria. espasmos vesicais causados pela super distensão da bexiga ou. A pancreatite aguda é a inflamação do pâncreas que pode resultar em autodigestão do órgão por suas próprias enzimas. Pode ser subtotal. Grandes quantidades de líquido são geralmente a regra. odor e concentração urinários. pneumotórax e infecção. devese escolher esta via. cor. Bolsa do tipo "Karaya" não pode ser usada como bolsa urinária. d) Distúrbios traumáticos: o tratamento consiste em cirurgia para controlar hemorragia. b) Ressecção pancreaticoduodenal com preservação do piloro. também. bem como a presença de sedimentos na urina. condições e permeabilidade do sistema de drenagem. Durante as mudanças dos dispositivos deixar apele exposta ao ar pelo maior período possível. Esplenectomia: é a remoção do baço. benéfica em alguns casos de purpura trombocitopênica. O paciente pode apresentar dor em resposta a cirurgia. para avaliar o retorno da atividade intestinal normal. enxaguada e seca. abscessos e fístula. evitando-se. O paciente submetido a uma gastrectomia é mais vulnerável à dor. . tais como: choque. pardacenta ou cianótica comunica-se ao médico imediatamente. será usado um kit para drenagem aberta de ostomia. Caso torna-se pálida. Se o paciente perdeu toda a função endócrina necessitará de insulina. Na proctolectomia. na dilatação gástrica ocorre uma sensação de plenitude. Além disto. que esticariam a sutura e romperiam o coto. Estas sondas serão mantidas na mesma posição. É utilizada comumente para tratamento da colite ulcerativa. obstrução intestinal. O enfermeiro permanecerá atento a ineficácia do padrão respiratório resultante da distensão abdominal. abertas em drenagem por gravidade. que piora com a tosse e a respiração profunda. Na presença de gastrostomia. Intervenções de Enfermagem O paciente submetido a estas cirurgias pode desenvolver quaisquer das complicações de um procedimento cirúrgico. edema. ruídos pulmonares. dilatação gástrica aguda. hemorragias. indicativos de hiperglicemia. porém.3 cm maior que o estoma. As complicações decorrentes do pós-operatório de gastrectomia são: úlceras marginais. percussão torácica. A avaliação deve incluir: ausculta pulmonar. hemorragias e deiscência da linha de sutura. coberto com gaze entre as trocas. Geralmente é feita uma ileostomia permanente. devido à bile. desvio de fluidos corporais. secreção pulmonar e dos Raios X. outra complicação é o íleo paralítico. Este deve ser moldado de forma a apresentar uma adaptação de aproximadamente 0. Síndrome de Dumping. dermatite secretante até ulceração. podendo ocorrer também na presença de hipocalemia. sendo secundária à fibrose. inspeção do tipo respiratório. problemas hemorrágicos. hipertermia e sudorese. problemas pulmonares. Destas complicações. íleo paralítico e infecção. será necessária uma rigorosa monitorização da hipoglicemia. e o estoma. soluços ou vômitos que melhoram após desobstrução ou introdução de uma sonda nasogástrica. mega cólon tóxico. A cor será avaliada em intervalos frequentes. hipóxia e desequilíbrio hidroeletrolítico. complicações da doença de Crohn.15 a 0. com fechamento do ânus. para certificar-se que não esteja sendo exercida pressão sobre o mesmo. trombose. que pode variar de hiperemia. dor na incisão ou complicação respiratória. assim. fístula gastrojejunocólica e obstrução pilórica. gases ou drenagem. Geralmente durante o período pós-operatório o paciente precisará de uma sonda nasogástrica para prevenir a retenção de secreções gástricas. hipocalemia e hipocalcemia. A irritação pode resultar também de adesivos ou remoção frequente do dispositivo. avaliando a respiração quanto à frequência e esforço. drenagem nasogástricas. A assistência de enfermagem aos pacientes em Poi de hepatectomia variam de acordo com o grau de disfunção metabólica. ascite. avaliação dos gases sanguíneos. evisceração. que possa interferir na circulação. tornando-se esverdeado. A permeabilidade desta será mantida para assegurar que o cotogástrico não seja distendido por um acúmulo de secreções. edema. a hemorragia é causada habitualmente por uma lesão esplênica ou pelo desligamento de uma ligadura. avaliará se ocorrem complicações cirúrgicas gerais. O material drenado deve ser vermelho vivo num período de 8 a 10 horas. irritação da pele. 199 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . que ocorre quando a atividade motora do trato gastrintestinal não volta ao normal devido ao trauma cirúrgico ou escoamento do conteúdo gástrico na linha de sutura. náuseas e vômitos não ocorrerão. Também deve estar atento a resposta do paciente à administração de fluidos e hemoderivados. A pele será lavada com água e sabão. localizada na porção superior do abdômen e a distensão também interferem na insuflação abdominal. jejum. As ileostomias raramente geram problemas no pós-operatório. estado de membranas mucosas e monitorar ingesta e excreção. Considerando-se que uma ileostomia drena continuamente. O paciente em Poi de pancreatectomia pode apresentar déficit de volume de líquidos e desequilíbrio eletrolítico por vômitos. turgor cutâneo. a obstrução pilórica se manifesta por vômitos e ocorre no piloro. No pós-operatório o paciente manterá jejum e uma sonda nasogástrica em drenagem. Os cuidados de enfermagem a estes pacientes incluem: monitorização hemodinâmica para avaliação de possíveis mudanças no estado hídrico e alterações de ritmo cardíaco que podem ser a primeira indicação de desequilíbrio eletrolítico. O enfermeiro deve avaliar a capacidade funcional do tecido pancreático restante após a excisão do pâncreas. o enfermeiro deve monitorar o estoma (ileostomia). Se a sonda nasogástrica estiver permeável (desobstruída). O enfermeiro deve conferir os valores dos exames laboratoriais para detectar modificações significativas e observar os sinais e sintomas. porque a incisão.Proctolectomia: é a remoção do cólon e do reto. gastrite por refluxo alcalino. Os ruídos hidroaéreos serão auscultados pelo menos a cada 8 horas. tumores. problemas nutricionais. após 24 horas. o enfermeiro permanecerá atento às complicações imediatas que incluem: distensão abdominal. podem ocorrer complicações como hemorragia. Além dos cuidados pós-operatórios gerais. inflamação ou a uma combinação destes eventos. esta deve ser mantida em drenagem. observando edemas. Para prevenir as complicações trombóticas o enfermeiro deve estimular os exercícios no leito. são essenciais para a vida dos tecidos humanos. O paciente deve ser monitorado quanto ao desenvolvimento de hemorragias através de controles dos sinais vitais e medida da circunferência abdominal. veias e vasos linfáticos. resultante da rotura de uma artéria. êmbolos. Geralmente o paciente é internado por 24 a 48 horas numa UTI. para prevenir choque hemorrágico em decorrência da perda de sangue na cirurgia ou no pós-operatório. verificando a presença e qualidade dos pulsos arteriais periféricos e profundos (femoral e poplíteo e pedioso dorsal). coloração e mobilidade dos membros. é determinada pelo local da cirurgia. onde são monitorizados sinais vitais e outros parâmetros hemodinâmicos. icterícia e complicações endócrinas e respiratórias. A trombocitose predispõe à formação trombos. quando ocorre rotura da íntima provocando um "shunt" de sangue entre a íntima e a média de um vaso e pseudo-aneurisma. Simpatectomia: ressecção de segmentos selecionados do sistema nervoso simpático para desnervar o sistema vascular. paralisia e ausência de pulso. evitando-se episódios posteriores de isquemia. Os principais objetivos no cuidado aos pacientes vasculares são: suporte do sistema vascular. É necessário manter o volume hídrico vascular adequado. sacolar. A monitorização da função dos rins. envolvendo apenas um dos lados da artéria. hidratação inadequada ou pinçamento da aorta acima das artérias renais durante a cirurgia. na presença de enxertos abdominais ou femorais. permeabilidade dos drenos abdominais. O risco é aumentado em pacientes após esplenectomia por trombocitopenia. decorrente de doença arterial das coronárias. De maneira geral. na cirurgia vascular. Pode ser abdominal ou torácico. Uma das mais sérias é o IAM. através da constatação da estabilidade hemodinâmica. pois complicações renais podem ocorrer. O doente é mantido no respirador para facilitar as trocas gasosas. devido à isquemia por baixo fluxo aórtico. porém persistentes.ascite. remoção da causa. dissecante. A avaliação pós-operatória e os cuidados de enfermagem a pacientes submetidos à cirurgia da aorta incluem: monitorar as condições circulatórias para determinar a permeabilidade do enxerto. hipoproteinemia. pela extensão da revisão cirúrgica e anestesia. é vital. Existem quatro formas de aneurisma: fusiforme. verificar a temperatura. estabilização hemodinâmica e controle da dor. devido sobrecarga hídrica podendo ocasionar: edema pulmonar e ICC. Em geral. a obstrução destes drenos podem causar aumento da pressão intrabdominal em virtude do acumulo de ascite e sangue. O enfermeiro deve monitorar o estado hidroeletrolítico. Cirurgia Vascular A integridade e a permeabilidade do sistema vascular. através da ingestão e eliminação de líquidos. parestesia. possíveis sinais de sangramento devido anastomoses. há acompanhamento do equilíbrio hídrico e eletrolítico. Intervenções de enfermagem A assistência de enfermagem pós-operatória. Os objetivos no tratamento dos pacientes cirúrgicos vasculares são: suporte do sistema vascular. O paciente é posicionado em decúbito dorsal ou Trendelenburg. a esplenectomia é seguida de leucocitose e trômbocitose leve. a cirurgia vascular envolve a retirada da obstrução através da ressecção e remoção de trombos e êmbolos. avaliar o sistema neurovascular através da presença e localização da dor. incapacidade de biotransformar detritos endógenos e exógenos(drogas). Endarterectomia: abertura da artéria sobre uma obstrução e alívio desta ou ressecção de material ateromatoso que está provocando o bloqueio. A correção de aneurisma é considerada uma grande cirurgia e várias complicações pós-operatórias específicas podem surgir. incluindo-se as artérias. Os problemas vasculares podem ser agudos e constituírem uma emergência que coloque em risco a vida ou um membro. Embolectomia: retirada cirúrgica de um êmbolo de um vaso sanguíneo. palidez. Aneurismectomia: aneurisma é uma dilatação localizada da parede arterial e que provoca uma alteração da forma do vaso e do fluxo sanguíneo. 200 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Êmbolos também podem alojar-se nas artérias das extremidades inferiores ou mesentéricas. quando ocorre dilatação de um segmento inteiro de uma artéria. . deambulação precoce e a hidratação adequada. redução do débito cardíaco. com cabeceira elevada em 30º a 40º e orientado a não fletir os joelhos ou quadris. produzindo vasodilatação. com a cabeça elevada cerca de 30 graus. à veia cava ou a vasos próximos. podem surgir coágulos na artéria causando isquemia cerebral. íleo paralítico. de uma determinada região do pescoço (B e SRP). Isquemia da medula espinhal pode ocorrer. Os cuidados de enfermagem a estes pacientes são essenciais nas primeiras 24horas e incluem: avaliação cuidadosa dos sinais vitais e da função neurológica (reação pupilar. gases sanguíneos e exames laboratoriais. com sondas maleáveis e não traumáticas. que podem resultar da cirurgia ou de uma lesão associada à aorta. nível de consciência. cartilaginosa. devido à hemorragia intracraniana. inclusive artérias e veias ilíacas. Os danos mais comuns são: paralisia das cordas vocais ou dificuldade no controle da saliva e desvio da língua.As manifestações clínicas incluem: sinais de oclusão arterial aguda (dor ou perda dos nervos sensitivos decorrentes da isquemia. diarreia e dor abdominal. Pode ocorrer obstrução das vias aéreas superiores devido ao engurgitamento do pescoço ou à formação de hematoma localizado. Geralmente a drenagem do estoma da traqueostomia é mínima. Esta posição promove a drenagem das secreções. em virtude da intolerância ao clampeamento da artéria. o dano é temporário. do osso hioide e dos músculos em fita inseridos na laringe e possível exerese do espaço pré -epiglótico junto com a lesão (SRPA). normalmente feita nos casos de câncer da tireoide (SRPA). Manter a cabeça ereta e elevada ajuda na permeabilidade das vias aéreas e minimiza o "stress" no local da cirurgia. parestesias e perda da sensação de posição. que causa oclusão cerebral e isquemia. nariz e boca. Dissecção cervical radical: envolve a retirada de toda gordura subcutânea dos canais linfáticos e de alguns dos músculos superficiais. Deve-se manter nebulização continua para facilitar a respiração e fluidificação das secreções. resultando em tetra/paraplegia. É essencial nesta e nas fases subsequentes atenção às necessidades de conforto. mas pode durar meses. Em geral. evita a compressão nas linhas de sutura e facilita as respirações. Na endarterectomia de carótida o paciente apresenta grande risco de ter a perfusão cerebral reduzida durante a cirurgia. Sintomas de inquietação ou dispneia. A pressão arterial sistólica será mantida entre 120 e170mmHgpara garantir a perfusão cerebral. nutrição e comunicação. estimular a tosse e respiração profunda são essenciais para evitar atelectasias e pneumonia hipostática (cp62) e (RPA). Tireoidectomia parcial: ressecção parcial da glândula tireoide. incontinência urinária e retal ou anestesia. Intervenções de Enfermagem Os cuidados de enfermagem à pacientes com extensa cirurgia de cabeça e pescoço requerem um intenso monitoramento de sinais vitais. ausência de pulso). material de intubação deve estar preparado (tubo orotraqueal ou cânula de traqueostomia) (cp62). Mobilizar. O paciente deve ser posicionado em semi-Fowler baixa. palidez cutânea. Pode ser necessário ventilação mecânica. paralisia. necrose intersticial. aumento da Pressão Intracraniana (PIC). com resultante tensão e edema na linha de sutura. Se ocorrer está hematoma é indicada aplicação de frio no local da incisão. As complicações mais comuns da cirurgia vascular são: a hemorragia e o choque. quando o aneurisma estiver rompido. A imobilização da cabeça e pescoço é essencial para evitar a flexão e hiperextensão do pescoço. Os danos mais comuns são: paralisia das cordas vocais ou dificuldade no controle da saliva e desvio da língua. Hemiglossectomia: remoção do segmento lateral da língua. É necessário avaliar a função dos nervos cranianos: facial(VII). realizar aspiração do estoma. Avalia-se o padrão respiratório. A obstrução das vias aéreas é uma das mais sérias complicações no pós operatório. . reduz o edema. a pulsação e a pressão arterial. função motora e sensorial). com indicação de assistência em UPO são: Tireoidectomia total: ressecção total da glândula tireoide. vago(X). 201 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . por embolização. poiquilotermia (frieza). Laringectomia: ressecção da laringe (SRPA) Laringectomia total: retirada completa da laringe. taquicardia e taquipnéia indicam que as vias aéreas estão obstruídas (dudas). Cirurgia da Cabeça e Pescoço Das cirurgias que envolvem a especialidade cabeça-pescoço. perfusão cerebral inadequada. acessório(XI) e hipoglosso(XII). hipoestesia nos hemisférios de correlação clínica e alteração do tônus vascular podendo resultar em comprometimento da temperatura. renais ou lombares. e os exames que porventura forem necessários. caso seja solicitada. Evidentemente. .Observar perfusão periférica do membro a ser operado. . trocar de roupa. As bordas da traqueostomia protegidas com gazes dobradas. como o paciente retornará da sala operatória e a importância em apoiá-lo nesse período.Observar sinais de infecção.Explicar as condições que irá retornar do centro cirúrgico (se acordado.No caso de cirurgia com enxerto.Iniciar o jejum após o jantar ou ceia. a pele da região doadora deverá estar hidratada e lubrificada. com ou sem gesso. .Providenciar e/ou preparar o paciente para exames laboratoriais e outros exames auxiliares no diagnóstico. toucas). . . transportá-lo na maca até o centro cirúrgico com prontuário e exames realizados (inclusive Raios-X). além dos cuidados de enfermagem que visam promover o conforto e o bem estar do paciente. .Explicar ao paciente sobre a cirurgia.Realizar a tricotomia do membro a ser operado. estando apto a detectar precocemente alterações que possam comprometer a evolução deste. autorizando o hospital a realizar o procedimento. inflamação.Realizar a consulta de enfermagem. .Promover o entrosamento do paciente com o ambiente hospitalar.Remover próteses.) e assegurar que terá sempre um profissional da enfermagem para atendê-lo. colocar roupa cirúrgica apropriada (camisola. e proporcionar um ambiente calmo e tranquilo e . atentando para as condições que podem atuar negativamente na cirurgia e reforçando as positivas. membro superior e pé: .Verificar sinais vitais. . 202 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . passar antisséptico local e enfaixar (se necessário) com bandagens estéreis.Promover esvaziamento vesical.Administrar medicação pré-anestésica. Afixação da cânula de traqueostomia deve ser suficiente para assegurar uma tensão adequada e evitar deslocamento ou saída acidental. salientar a importância de sua colaboração durante os procedimentos. notificar ao médico responsável se ocorreram sinais ou sintomas de anormalidade ou alteração dos sinais vitais. . prendedores de cabelo e roupas íntimas. etc.Exame físico minucioso. .O curativo fica sujo devido as secreções e sudorese. . . Assistência pré-cirúrgica específica de mão. medo do desconhecido e de destruição da autoimagem. Assistência de enfermagem pré-cirúrgica geral: abrange o preparo sócio-psíquico-espiritual e o preparo físico. cortar as unhas e mantê-las limpas e fazer a barba. se prescrita.Providenciar ou dar assistência religiosa. . Apele ao redor do estoma deve ser limpa com soro fisiológico e solução antisséptica. para que ações imediatas possam ser tomadas. o tipo de anestesia. .Explicar aos familiares sobre a cirurgia proposta. atentando para a qualidade e integridade da pele (deverá estar hidratada e lubrificada). . ouvir atentamente seu discurso. Preparo Físico: . Preparo sócio-psíquico-espiritual: .Providenciar a assinatura do termo de responsabilidade.Tranquilizá-lo em caso de ansiedade. O mesmo deve ser trocado sempre que necessário e a pele mantida limpa e seca para evitar maceração e infecção. . comunicando e discutindo o quadro clínico com a equipe multidisciplinar.Se houver lesões abertas. promover limpeza com solução fisiológica ou água e sabão e ocluir com gaze e atadura de crepe. o profissional nesta unidade deve ter amplo conhecimento das alterações fisiológicas induzidas pelo ato cirúrgico. lavar com água e sabão. A assistência de enfermagem no pós-operatório imediato é de fundamental importância dentro do contexto do atendimento multidisciplinar ao paciente grave. joias. alergias ou reações hansênicas.Encaminhar ao banho para promover higiene. . que pode resultar em complicações agudas das vias aéreas. . esclarecer sobre normas e rotinas do local. lentes de contato ou óculos. dar importância às queixas e seus relatos. realizar a tricotomia e limpeza da pele. os líquidos eliminados por sondas. apoiados em travesseiros.Aquecê-lo.Controlando Náuseas e Vômito . por exemplo. passiva e de ambulação precoces se forem permitidas e houver condições físicas. o quarto do paciente deverá estar pronto para recebê-lo. .Mantendo a Estabilidade Cardiovascular . horas antes da cirurgia.Observar nível de consciência.Forçar ingesta líquida e sólida assim que a dieta for liberada. . bem como gotejamento de soro.Proporcionar recreação.Este procedimento inicia-se alguns dias antes. . . se necessário.Orientar paciente e a família para a alta. No caso de cirurgia de enxerto cutâneo.Verificar anormalidades no curativo. imobilização de mãos (se agitado).Verificar anotações do centro cirúrgico) e executar a prescrição médica. a frequência da troca do curativo da área doadora será estabelecida conforme a necessidade. isto é. equipado com materiais suficientes como: suporte de soro e bomba de infusão.Determinado a Aptidão para alta da URPA Fonte: www. posicioná-lo de acordo com o tipo de cirurgia a que foi submetido e com o membro operado elevado.Manter a função respiratória.Posicionar o membro operado em elevação. repouso.Transferir o paciente da maca para a cama. Assistência Pós-cirúrgica específica para o membro superior: . A fase II: é reservada para os pacientes que precisam de observação menos frequentes e menos cuidados de enfermagem Tratamento de enfermagem na URPA (unidade de recuperação pós anestésica) . limpeza adequada. secando bem os espaços interdigitais. .ebah. quadro de agitação e outros comprometimentos neurológicos. cianose ou alteração da temperatura em extremidades das mãos. . sendo que.Aliviando a Dor e Ansiedade . Assistência pós-cirúrgica geral: O período se estende-se desde do momento em que o paciente deixa a sala de cirurgia até a última visita de acompanhamento com o cirurgião.br Em seguida o paciente é encaminhado à enfermaria. quanto à importância do retomo médico para controle e cuidados a serem dispensados no domicílio como gesso.Mantendo Via Aérea Permeável. . . . .Observar funcionamento e controlar. Tendo após as fases do cuidados pós-anestésicos sendo a: A fase I da URPA: usada durante a fase de recuperação imediata.Observar o funcionamento de sondas. . quando necessário. travesseiros para elevação do membro operado. esfigmo e manômetro. .Controlar e anotar sinais vitais. . .Realizar curativos a cada dois dias em incisão cirúrgica: limpeza com solução fisiológica a 0.Observar edema.Avaliando o Paciente. .9%. palidez. cobertores.Trocar curativos. 203 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . mantê-lo corar tipoia e mão elevada acima do tórax.Promover conforto e segurança através de meio ambiente adequado. drenos. A assistência pós-cirúrgica consiste em: . .com. ao deambular. etc. aplicação tópica de rifocina spray e oclusão com gaze e atadura. . . . estado geral.Promover movimentação ativa.Realizar limpeza dos artelhos. . Durante o período trans-cirúrgico.Realizar mudança de decúbito de acordo com a evolução clínica. entre 60 e 90 graus. comadre ou papagaio. e demais equipamentos necessários. quando estiver em decúbito horizontal e. cateteres e conectá-los às extensões. revistas e TV. drenos. Esta assistência tem como objetivo detectar e prevenir a instalação de complicações pós-operatória e consequentemente obter urna rápida recuperação. sangue ou derivados. como: secreção e presença de sangramento. termômetro. . uso de grades na cansa. Assistência Pós-cirúrgica especifica em amputação de membro inferior: . . .Evitar o edema enfaixando-o sem compressão exagerada e não deixar o membro residual pendurado. .Estimular e ajudar nos exercícios precoces de amplitude.Não fletir o membro durante a secagem do gesso. retirar a tala ou faixa para curativos. com o intuito de manter sinais vitais. Caso o aparelho gessado não contenha salto. isso é indicativo de que a deambulação é proibida. utilizando-se algum produto não aderente. aguardar a secagem adequada e a liberação para a deambulação. . pois pode comprometer a cicatrização da incisão cirúrgica. . mantê-lo limpo.Orientar o paciente a não introduzir objetos em caso de prurido e não retirar algodão do gesso Assistência Pós-cirúrgica específica para os membros inferiores: .O membro residual não deverá ser apoiado sobre o travesseiro. É uma ação individual ou coletiva. O da área receptora será realizado pelo médico responsável.quando houver extravasamento de secreção.Apesar da amputação ser uni procedimento de reconstrução. sinais de hemorragia como presença de sangramento no aparelho gessado e odor desagradável. .Estando com tala gessada ou somente enfaixado. Ao encaminhá-lo ao banho ou para deambulação. procurando evitar o agravamento do quadro no qual a pessoa se encontra. A pressão excessiva sobre o membro residual deve ser evitada. coloração. a mesma altera a imagem corporal do paciente. . O paciente pode utilizar um trapézio acima da cabeça ou um lençol amarrado na cabeceira do leito para ajudar a mudá-lo de posição e fortalecer o bíceps. Primeiros socorros Conceito Tratam-se de procedimentos de emergência. andar com apoio ou cadeiras adequadas. o membro residual poderá ser posicionado em extensão ou elevação por curto período de tempo após a cirurgia. tornando-o apto e participante ativo no autocuidado. 204 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Promover o alívio da dor se houver. que varia em torno de dois a cinco dias. alternando a deambulação e o repouso com elevação do membro inferior gessado. observar sinais de garroteamento como edema e palidez ou gesso apertado.Caso esteja com aparelho gessado. temperatura e aspecto da cicatrização. Solicitar orientação ao serviço de fisioterapia sobre a adequação dos exercícios ao paciente. . . .Se o membro estiver gessado e com salto. tomando o cuidado de manter o mesmo alinhamento do membro superior e mão durante o procedimento e recolocar a tala ou a bandagem. . por exemplo. obedecendo-se a ordem de início da região distal para a proximal. sentir e a cuidar do membro residual. o que pode resultarem contratura e flexão do quadril. protegê-lo com material plástico. De acordo com a preferência do cirurgião. dentro de suas devidas .Manter repouso absoluto do membro inferior e posicionamento elevado. os quais devem ser aplicados a vítimas de acidentes. .Proceder a retirada de pontos cirúrgicos entre sete a dez dias ou depois da retirada do aparelho gessado. . . geralmente após cinco dias. um sanito. Uma contratura da próxima articulação acima da amputação constitui complicação frequente. não molhá-lo (durante o banho. geralmente acima do nível do corpo.Realizar cuidados acima citados. e orientá-lo a não deixar entrar água pelo bordo superior). com a qual encorajará o paciente a olhar.Observar sinais de secreções hemáticas em incisão cirúrgicas. Deve-se desestimular a posição sentada por períodos prolongados para evitar as contraturas em flexão de quadril e de joelho. Tais sensações são reais e devem ser aceitas pelo paciente e pelas pessoas que lhe prestam assistência. conforme orientação médica. ausência ou diminuição da sensibilidade ou motricidade. conforme seu critério. mal súbito ou em perigo de vida.Movimentar passivamente e delicadamente as articulações não gessadas. O enfermeiro deverá estabelecer uma relação de confiança.Os amputados experimentam com frequência dor fantasma ou sensação fantasma. Para tanto. Exemplos: hemorragias de classe II. etc. psíquico e ou emocional coloquem em perigo sua vida ou sua saúde. Importante lembrar que um ser humano pode passar até três semanas sem comida. O socorro deverá ser prestado sempre que a vítima não tiver condições de cuidar de si própria. com o objetivo de manter suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições (estabilização). cujo estado físico. A demora na prestação do atendimento pode definir a vida ou a morte da vítima. uma semana sem água. mais conhecido como primeiros socorros. Socorrista: Titulação utilizada dentro de algumas instituições. Urgência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O impulso de ajudar a outras pessoas. Brigadas de Incêndio. 205 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . pouco provável. recebendo um primeiro atendimento e logo acionando-se o atendimento especializado. Sintoma: É informação a partir de uma relato da vítima. Manutenção da Vida: Ações desenvolvidas com o objetivo de garantir a vida da vítima. porém. embora não seja necessariamente urgente. que necessita atendimento médico. atentar para a sua própria segurança. sobrepondo à "qualidade de vida". A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de APH (primeiros socorros). o tempo é um fator que não deve ser desprezado em hipótese alguma. deve antes de tudo. etc. o qual encontrase presente na maioria das cidades e rodovias principais. entorses. assim como procedimentos inadequados. fora do ambiente hospitalar. Exemplos: contusões leves. O profissional em atendimento de emergência é denominado de Socorrista. este possui formação e equipamentos especiais. etc. Emergência: Estado grave. mas que pode oferecer risco futuro. e uma pessoa que realiza um curso básico de Primeiros Socorros é chamado de Atendente de emergência. III e IV. sendo de caráter funcional ou operacional. assim como os Paramédicos. hemorragia classe I. até que receba assistência médica especializada. até que o socorro avançado esteja no local para prestar uma assistência mais minuciosa e definitiva. Prestador de socorro: Pessoa leiga. que acabem transformando-o em mais uma vítima. Alguns conceitos aplicados aos primeiros socorros Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa. Cruz Vermelha Brasileira. não justifica a tomada de atitudes inconsequentes.limitações em auxílio ao próximo. O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto possível. Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima. mas com o mínimo de conhecimento capaz de prestar atendimento à uma vítima até a chegada do socorro especializado. tais como: Corpo de Bombeiros. . Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resultam pessoas mortas ou feridas. evite que a vítima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido sigilo sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento. que sobreviva mais que cinco minutos sem oxigênio. e chega ao local do fato em poucos minutos. Qualidade de Vida: Ações desenvolvidas para reduzir as sequelas que possam surgir durante e após o atendimento. Toda pessoa que for realizar o atendimento pré hospitalar (APH). Quando se está lidando com vidas. Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento. Parágrafo único . enquanto tenta ganhar a sua confiança através do diálogo. o socorro da autoridade pública: Pena . nos termos seguintes: Da Saúde Art. No caso de adultos. Caso a vítima esteja impedida de falar em decorrência do acidente. arrolar testemunhas que comprovem o fato. a legislação cita que a vítima daria o . ou à pessoa inválida ou ferida. principalmente se elas forem baseadas em crenças religiosas.Não discuta com a vítima. o prestador de socorro deverá.Deixar de prestar assistência. após o prestador de socorro ter se identificado como tal e ter informado à vítima que possui treinamento em primeiros socorros. Código Penal: Omissão de Socorros Art. 5º . Nestes casos.formal. confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou sinalizar consentindo com o atendimento.Aspectos legais do socorro . mas que está pronto para auxiliá-la no que for necessário. à segurança e à propriedade. devendo assim certificar-se de que o socorro especializado foi solicitado e continuar monitorando a vítima.implícito. quando possível fazê-lo sem risco pessoal. se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave. nesses casos. sem distinção de qualquer natureza. . à criança abandonada ou extraviada.Converse com a vítima. . mas demonstre através de sinais que não aceita o atendimento. Nesse caso. como um trauma na boca por exemplo.Resolução nº 218/97 do Conselho Nacional de Saúde. proteção e recuperação. A saúde é direito de todos e dever do Estado.Não questione suas razões. ou não pedir.detenção. fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador de socorro. . Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada do socorro especializado. garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida. . deve-se proceder da seguinte maneira: . a vítima não pode ser forçada a receber os primeiros socorros. a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai. garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção. esse direito existe quando eles estiverem conscientes e com clareza de pensamento. se possível. tais como: crenças religiosas ou falta de confiança no prestador de socorro que for realizar o atendimento. quando a vítima está inconsciente. ou multa. Isto pode ocorrer por diversos motivos. quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento. Informe a ela que você possui treinamento em primeiros socorros.Arrole testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima.Todos são iguais perante a lei.Artigo 5º e 196 Constituição. que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento. à liberdade. . isso poderá ser considerado como violação dos seus direitos. de 1 (um) a 6 (seis) meses. ao desamparo ou em grave e iminente perigo. 135 . .Artigo 135 do Código Penal Brasileiro. O consentimento para o atendimento de primeiros socorros pode ser: .A pena é aumentada de metade. Constituição: Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Art. Direitos da pessoa que estiver sendo atendida O prestador de socorro deve ter em mente que a vítima possui o direito de recusar o atendimento.Não toque na vítima. se resulta a morte. . à igualdade. pela mãe ou pelo responsável legal. 206 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . e triplicada. No caso de crianças. 196. Chamar por socorro especializado: Assegurar-se que a ajuda especializada foi providenciada e está a caminho. Devemos nesses casos atentar para a imobilização e estabilização da região suspeita de lesão.Aferição dos Sinais vitais .consentimento.Estão desobstruídas? Existe lesão da cervical? .sinais e sintomas.Proteger a vítima do perigo mantendo a segurança da cena.Respiração . M . etc. etc) e solicitação de auxílio a serviços especializados como: Corpo de Bombeiros (193). Manter a segurança da área: .Circulação . caso tivesse condições de expressar o seu desejo de receber o atendimento de primeiros socorros.TPRPA. Vítima Clínica: apresenta sinais e sintomas de disfunções com natureza fisiológica.Exame rápido.Está adequada? .SAMPLE. etc. Polícia Militar (190). . capote. 207 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Nesta fase. Cruz Vermelha.AVDI. As fases do socorro: 1º Avaliação da cena: a primeira atitude a ser tomada no local do acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos primeiros socorros. . como possíveis fraturas. verifica-se também a provável causa do acidente. Defesa Civil (363 1350). . E . A . SAMPLE: S . Se houver algum perigo em potencial.passado médico.Inteirar-se do ocorrido com tranquilidade e rapidez. sendo eles: .Entrevista rápida . caso estivessem presentes no local. 2º Avaliação Inicial: fase de identificação e correção imediata dos problemas que ameaçam a vida a curto prazo. óculos.Nível de Consciência . P . . Do mesmo modo. .Criar um rápido plano de ação para administrar os recursos materiais e humanos visando garantir a eficiência do atendimento. máscaras.Não tentar fazer sozinho mais do que o possível.alergias.luvas. SAMU (192). L . deve-se aguardar a chegada do socorro especializado.eventos relacionados com o trauma ou doença. CEB (0800610196). polícia Civil (147). o número de vítimas e a provável gravidade delas e todas as outras informações que possam ser úteis para a notificação do acidente. . para a vítima e terceiros.líquidos e alimentos. como doenças.medicações. a legislação cita que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis.Existe pulso palpável? Há hemorragias graves? . bem como a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI . O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Vítima de Trauma: apresenta sinais e sintomas de natureza traumática. Pelo histórico do acidente deve-se observar indícios que possam ajudar ao prestador de socorro classificar a vítima como clínica ou traumática. 3º Avaliação Dirigida: Esta fase visa obter os componentes necessários para que se possa tomar a decisão correta sobre os cuidados que devem ser aplicados na vítima. .Vias aéreas . Nesta fase o prestador de socorro deve atentar-se para: Avaliar a situação: .Verificar os riscos para si próprio. O que o prestador de socorro deve observar ao avaliar o pulso e a respiração. Pulso: Frequência: É aferida em batimentos por minuto, podendo ser normal, lenta ou rápida. Ritmo: É verificado através do intervalo entre um batimento e outro. Pode ser regular ou irregular. Intensidade: É avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio (quando o pulso é forte) ou fino (quando o pulso é fraco). Respiração: Frequência: É aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal, lenta ou rápida. Ritmo: É verificado através do intervalo entre uma respiração e outra, podendo ser regular ou irregular. Profundidade: Deve-se verificar se a respiração é profunda ou superficial. Sinais Vitais (TPRPA) Pulso Respiração Temperatura Fria Adulto 60 a Adulto 12 a Normal 100 bpm 20 ipm Quente Criança 80 a Criança 20 120 bpm a 30 ipm Bebê 100 a Bebê 30 a 160 bpm 60 ipm Pressão Arterial VN <130mmHg sistólica e <80mmHg diastólica - estenda o braço da vítima com a mão em supinação; - enrole o manguito vazio no ponto médio do braço; - feche a válvula perto da pêra; - apalpe a artéria braquial; - bombeie o manguito até cessar o pulso; - coloque o estetoscópio encima do local do pulso braquial; - libere o ar vagarosamente até ouvir o 1º som de “korotkoff”; - observe no mostrador os mmHg no momento do 1º som (sístole); - continue esvaziando até para o som de “korotkoff”; - observe no mostrador os mmHg no último som (diástole); - continue esvaziando totalmente o manguito; - anote os valores da PA e a hora, ex: 130x80 mmHg 10:55 h. 4º Avaliação Física Detalhada: nesta fase examina-se da cabeça aos pés da vítima, procurando identificar lesões. Durante a inspeção dos membros inferiores e superiores deve-se avaliar o Pulso, Perfusão, Sensibilidade e a Motricidade (PPSM) 5º Estabilização e Transporte: nesta fase finaliza-se o exame da vítima, avalia-se a região dorsal, previne-se o estado de choque e prepara-se para o transporte. 6º Avaliação Continuada: nesta fase, verificam-se periodicamente os sinais vitais e mantém-se uma constante observação do aspecto geral da vítima. Reavaliar vítimas - Críticas e Instáveis a cada 3 minutos; Reavaliar vítimas - Potencialmente Instáveis e Estáveis a cada 10 minutos. Críticas: PCR e parada respiratória. Instáveis: hemorragias III e IV, estado de choque, queimaduras, etc. Potencialmente Instáveis: hemorragias II, fraturas, luxações, queimaduras, etc. Estáveis: hemorragias I, entorses, contusões, cãibras, distensões, etc. . 208 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA SEQUÊNCIA DAS FASES DO SOCORRO AVALIAÇÃO DA CENA 01 - Segurança da cena; 02 - Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 03 - Solicitação de Recursos Adicionais (CBM, CVB, PM, PC, CEB, etc.) AVALIAÇÃO INICIAL 04 - Impressão geral da vítima (clínica ou trauma); 05 - Nível de consciência: Alerta, Verbaliza, Doloroso ou Inconsciente - AVDI; 06 - Abrir vias aéreas sem comprometer a coluna cervical; 07 - Avaliar a respiração: Ver, Ouvir e Sentir - VOS; 08 - Avaliar circulação: presença de pulso carotídeo; 09 - Pesquisar e controlar hemorragias; 10 - Classificar o CIPE - Crítico, Instável, Potencialmente Instável ou Estável; 11 - Inspecionar, mensurar e colocar o colar cervical. AVALIAÇÃO DIRIGIDA 12 - Entrevista rápida - SAMPLE; 13 - Exame rápido - limitado a uma lesão grave aparente; 14 - Sinais vitais: Temperatura, Pulso, Respiração e Pressão Arterial - TPRPA AVALIAÇÃO FÍSICA DETALHADA 15 - Inspecionar e apalpar a cabeça (fronte, crânio e orelhas); 16 - Inspecionar e apalpar a face (olhos e mandíbula); 17 - Inspecionar e apalpar os ombros, clavícula e tórax; 18 - Inspecionar e apalpar os quatro quadrantes abdominais; 19 - Inspecionar e apalpar a região pélvica e genitália; 20 - Inspecionar e apalpar os membros inferiores (PPSM) 21 - Inspecionar e apalpar os membros superiores (PPSM) ESTABILIZAÇÃO E TRANSPORTE 22 - Realizar o rolamento avaliando a região dorsal; 23 - Identificar e prevenir o estado de choque; 24 - Transporte (preferencialmente pelo serviço especializado) AVALIAÇÃO CONTINUADA 25 - Reavaliar vítimas - Críticas e instáveis a cada 3 minutos; 26 - Reavaliar vítimas - Potencialmente instáveis e estáveis a cada 10 minutos Remoção do acidentado: A remoção da vítima, do local do acidente para o hospital, é tarefa que requer da pessoa prestadora de primeiros socorros o máximo de cuidado e correto desempenho. Antes da remoção: - Tente controlar a hemorragia; - Inicie a respiração de socorro; - Execute a massagem cardíaca externa; - Imobilize as fraturas; - Evite o estado de choque, se necessário. . 209 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Para o transporte da vítima, podemos utilizar: maca ou padiola, ambulância, helicóptero ou recursos improvisados (Meios de Fortuna): - Ajuda de pessoas; - Maca; - Cadeira; - Tábua; - Cobertor; - Porta ou outro material disponível. Como proceder Vítima consciente e podendo andar: Remova a vítima apoiando-a em seus ombros. Vítima consciente não podendo andar: - Transporte a vítima utilizando dos recursos aqui demonstrados, em casos de: - Fratura, luxações e entorses de pé; - Contusão, distensão muscular e ferimentos dos membros inferiores; - Picada de animais peçonhentos: cobra, escorpião e outros. Vítima inconsciente: - Como levantar a vítima do chão sem auxílio de outra pessoa: - Como levantar a vítima do chão com a ajuda de uma ou mais pessoas. . 210 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Vítima consciente ou inconsciente: Como remover a vítima, utilizando-se de cobertor ou material semelhante: Como remover vítima de acidentados suspeitos de fraturas de coluna e pelve: - Utilize uma superfície dura - porta ou tábua (maca improvisada); - Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local encontrado até a maca; - Movimente o acidentado como um bloco, isto é, deslocando todo o corpo ao mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os braços e as pernas. Pegada de rede: Pegada Cavaleiro: Como remover acidentado grave não suspeito de fratura de coluna vertebral ou pelve, em decúbito dorsal: Utilize macas improvisadas como: portas, cobertores, cordas, roupas, etc.; Importante: - Evite paradas e freadas bruscas do veículo, durante o transporte; - Previna-se contra o aparecimento de danos irreparáveis ao acidentado, movendo-o o menos possível - Solicite, sempre que possível, a assistência de um médico na remoção de acidentado grave; - Não interrompa, em hipótese alguma, a respiração de socorro e a compressão cardíaca externa ao transportar o acidentado. Hemorragias: É a perda de sangue provocada pelo rompimento de um vaso sanguíneo, podendo ser arterial, venosa ou capilar. Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente. A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte de 3 a 5 minutos. Classificação quanto ao volume de sangue perdido: Classe I perda de até 15% do volume sanguíneo (adulto de 70 kg = até 750 ml de sangue), apresenta discreta taquicardia; . 211 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA Classe II perda de 15 a 30% do volume sanguíneo (adulto de 70 kg = até 750 a 1.500 ml de sangue), apresenta taquicardia, taquipneia, queda da PA e ansiedade; Classe III perda de 30 a 40% do volume sanguíneo (adulto de 70 kg = 2 litros, de sangue), apresenta taquicardia, taquipneia, queda da PA e ansiedade, insuficiente perfusão; Classe IV perda de mais de 40% do volume sanguíneo (adulto de 70 kg = acima de 2 litros, de sangue), apresenta acentuado aumento da FC e respiratória, queda intensa da PA. Como proceder (técnicas de hemostasia): - Mantenha a região que sangra em posição mais elevada que o resto do corpo; - Use uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento, pressionando-o com firmeza, a fim de estancar o sangramento; - Comprima com os dedos ou com a mão os pontos de pressão, onde os vasos são mais superficiais, caso continue o sangramento; - Dobre o joelho - se o ferimento for na perna; o cotovelo - se no antebraço, tendo o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel; - Evite o estado de choque; - Remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo. Desmaio e estado de choque: É o conjunto de manifestações que resultam de um desequilíbrio entre o volume de sangue circulante e a capacidade do sistema vascular, causados geralmente por: choque elétrico, hemorragia aguda, queimadura extensa, ferimento grave, envenenamento, exposição a extremos de calor e frio, fratura, emoção violenta, distúrbios circulatórios, dor aguda e infecção grave. Tipos de estado de choque: Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração de bombear sangue para o resto do corpo. Possui as seguintes causas: infarto agudo do miocárdio, arritmias, cardiopatias. Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos sanguíneos em função de uma lesão medular. Geralmente é provocado por traumatismos que afetam a coluna cervical (TRM e/ou TCE). Choque Séptico: Ocorre devido a incapacidade do organismo em reagir a uma infecção provocada por bactérias ou vírus que penetram na corrente sanguínea liberando grande quantidade de toxinas. Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sanguíneo. Possui as seguintes causas: Perdas sanguíneas - hemorragias internas e externas; Perdas de plasma - queimaduras e peritonites; Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarreias. Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica. Ocorrem as seguintes reações: Pele: urticária, edema e cianose dos lábios; Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da árvore respiratória; Sistema circulatório: dilatação dos vasos sanguíneos, queda da PA, pulso fino e fraco, palidez. Como se manifesta - Pele fria e úmida; - Sudorese (transpiração abundante) na testa e nas palmas das mãos; - Palidez; - Sensação de frio, chegando às vezes a ter tremores; - Náusea e vômitos; - Respiração curta, rápida e irregular; - Perturbação visual com dilatação da pupila, perda do brilho dos olhos; - Queda gradual da PA; - Pulso fraco e rápido; - Enchimento capilar lento; - Inconsciência total ou parcial. Como proceder - Realize uma rápida inspeção na vítima; . 212 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA em caso de parada respiratória.Inchaço. O risco de morte (gravidade do caso) não está no grau da queimadura. Queimaduras de 1º.Procure aquecer a vítima. .Não ocorrem bolhas.Pele branca escura ou carbonizada. dentadura ou qualquer outro objeto.Formação de Flictenas (bolhas).Eritema (vermelhidão). . A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau da lesão (superficial ou profunda). . . Estas queimaduras se apresentam: . Grande queimado .Secas. 2º Grau: Lesão das camadas mais profundas da pele com: .Pouca ou nenhuma dor local.Vire a cabeça da vítima para o lado.Avalie o status neurológico (ECG). exceto nos casos de choque cardiogênicos (infarto agudo do miocárdio. . .Eleve os membros inferiores cerca de 30 cm.Afrouxe a vestimenta da vítima. comprometendo os tecidos mais profundos.menos de 10% da área corpórea. esbranquiçadas ou de aspecto carbonizadas. maior a gravidade do caso. 3º Grau: Lesão de todas as camadas da pele.Dor e ardência locais. . Quanto maior a área queimada.Mais de 10% da área corpórea. . mas também pela extensão ou localização da área atingida. se possível. . . se a vítima apresentar ausência de pulso e dilatação das pupilas (midríase). Insolação e Intermação Queimaduras: São lesões dos tecidos produzidas por substância corrosiva ou irritante. secreção. Queimaduras. se necessário. e sim na extensão da superfície atingida e ou da localidade da lesão. evite ou contorne a causa do estado de choque. . . pela ação do calor ou frio e de emanação radioativa. .Controle toda e qualquer hemorragia externa. de intensidades variadas.Inicie a respiração de socorro boca-a-boca. .Inchaço.Combata. . . .. podendo ainda alcançar músculos e ossos. Avaliação da Área Queimada Use a "regra dos nove" correspondente a superfície corporal: Genitália 1% Cabeça 9% Membros superiores 18% Membros inferiores 36% Tórax e abdômen (anterior) 18% Tórax e região lombar (posterior) 18% Considere: Pequeno queimado . arritmias e cardiopatias) pela dificuldade de trabalho do coração.Execute a compressão cardíaca externa associada à respiração de socorro boca-a-boca.Verifique se as vias aéreas estão permeáveis. Classificação das Queimaduras 1º Grau: lesão das camadas superficiais da pele com: .Remova imediatamente a vítima para o hospital mais próximo.Dor local suportável. . retire da boca. 2º e 3º grau podem apresentar-se no mesmo acidentado. .Mantenha a vítima deitada e em repouso.Eritema (vermelhidão). . 213 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . caso ocorra vômito. .Pulso rápido e fraco. . .Procure o hospital mais próximo.Inconsciência. evitando o rompimento das bolhas. .Não aplique unguentos.Mantenha a vítima em repouso e evite o estado de choque.Faça um curativo protetor com bandagens úmidas. . . Como se manifesta . . Caso contrário. devemos limpar as áreas atingidas com uma toalha ou pano antes da lavagem. . 214 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . .Pulso rápido e forte. .Temperatura do corpo elevada.Afrouxe as vestes da vítima.Afastar a vítima da origem da queimadura.Inconsciência. .Palidez acentuada. dificultando a regulação térmica do organismo.Mantenha o acidentado em repouso e recostado.Remova a vítima para um lugar fresco e arejado. se possível. . . Insolação: É uma perturbação decorrente da exposição direta e prolongada do organismo aos raios solares. . . colcha ou casaco. . pasta de dente.Importante: Área corpórea para crianças: Cabeça 18% Membros superiores 18% Membros inferiores 28% Tórax e abdômen (anterior) 18% Tórax e região lombar (posterior) 13% Nádegas 5% Como proceder .Dor de cabeça e náuseas. Importante: Nas queimaduras por soda cáustica.Procure um médico.Retire as vestes.Não esfregue a região atingida. . . . margarina. sobre a área queimada.Sede intensa. .Dificuldade respiratória.Afrouxe as vestes da vítima.Lave a região afetada com água fria e abundante (1ºgrau). . etc. . Como proceder .Remova a vítima para um lugar fresco e arejado. . óleos. . se a peça for de fácil remoção. Intermação: Perturbação do organismo causada por excessivo calor em locais úmidos e não arejados. Como se manifesta . . . quente e avermelhada.Sudorese (transpiração excessiva). Como proceder .Pele seca. pois o contato destas substâncias com a água cria uma reação química que produz enorme quantidade de calor. graxas.Dor de cabeça acentuada.Aplique compressas geladas ou banho frio.Temperatura corporal ligeiramente febril.Aplique compressas úmidas e frias utilizando panos limpos. abafe o fogo envolvendo-a em cobertor.Mantenha o curativo e as compressas úmidas com soro fisiológico. Para lactentes inconsciente. . . .Fluxo aéreo diminuído ou ausente. . caso não haja. Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho (OVACE). percebendo a parada respiratória e notando sinais da passagem do ar.Respiração ruidosa. .Midríase (pupilas dilatadas). . . intercale 5 Heimlich (como no desenho) com a inspeção das vias aéreas para observar a expulsão do corpo estranho. e 2 insuflações.Inconsciência.Caso a vítima esteja consciente. A falta de oxigênio pode provocar sequelas dentro de 3 a 5 minutos. mau jeito. aplique 5 manobras de Heimlich. caso não haja atendimento conveniente. 215 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . . afogamento.Agitação. podendo ser provocada por: choque elétrico. . se perceber a parada respiratória e notar sinais da passagem do ar. mantenha 1 insuflação a cada 3 segundos (20 ipm) até a retomada da respiração ou chegada do socorro especializado..Em caso de parada cardiorrespiratória (ausência de pulso). . Afogamento: Asfixia provocada pela imersão em meio líquido.Para lactentes conscientes. Como se manifesta . mantenha 1 insuflação a cada 5 segundos (12 ipm) até a retomada da respiração ou chegada do socorro especializado. . . língua e unhas arroxeadas).Atitudes que caracterizem dificuldade na respiração. inundação ou enchente e por quem se lança na água sem saber nadar. Geralmente ocorre por câimbra. Asfixia e Afogamento Asfixia: Dificuldade ou parada respiratória. executar a reanimação cárdio pulmonar (RCP). Caso não haja. e 2 insuflações. onda mais forte.Mantenha o acidentado deitado com a cabeça mais baixa que o resto do corpo. intercale 5 Heimlich com a inspeção das vias aéreas para observar a expulsão do corpo estranho. aplique duas insuflações (somente o ar que se encontra nas bochechas) e observe sinais da passagem do ar (expansão de tórax). Como se manifesta . etc. . Como proceder .Caso esteja inconsciente. aplique 5 compressões do tórax intercalado de 5 tapotagens (como no desenho) e inspeção das vias aéreas.Procure o hospital mais próximo. deficiência de oxigênio atmosférico.Encoraje ou estimule a vítima a tossir.Cianose (lábios. aplique duas insuflações e observe sinais da passagem do ar (expansão de tórax).Ausência de movimentos respiratórios. . quando fora d'água. Como proceder . . 216 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . etc.Dificuldade respiratória. cobertor dobrado. . fenol e outras substâncias cáusticas). ácido sulfúrico.Pressione o tórax da vítima 05 vezes seguidas. .Volte com os braços da vítima para frente (rente ao solo).Respirador esterilizada “Ambu” Lenço . segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d'água (cuidado com o afogamento duplo).Aqueça a vítima.Em último caso e se souber nadar muito bem.Micropore . . casaco ou pilha de jornal.) .Ataduras Atadura elástica Cobertor térmico Colar cervical .Esparadrapo . Amanhã. Equipamentos para socorros de urgência (sugestão): Prepare sua caixa de primeiros socorros antes de precisar dela. Como proceder .Sabão Triangular Luva de Soro procedimentos fisiológico .Insista na respiração de socorro se necessário.Coloque a vítima deitada em decúbito dorsal.Tente retirar a vítima da água utilizando material disponível (corda. . . inclinando sua cabeça para trás.Ajoelhe-se. ácido clorídrico. remo.Compressas limpas Curativos protetores .Algodão . coloque a cabeça da vítima entre suas pernas e com os braços paralelos ao corpo.Eleve o tórax da vítima com auxílio de um travesseiro. aproxime-se da vítima pelas costas. . O método silvestre permite não só o restabelecimento dos movimentos respiratórios como os do coração. estimulando a circulação. uma vida poderá depender de você. . . .Desobstrua a boca e a garganta da vítima. provocando a hiperextensão do pescoço. . soda cáustica. fazendo tração da língua e retirando corpos estranhos e secreção.Papel e caneta . envenenamento por cianureto. .Parada respiratória. Respiração de Socorro Método de Silvester (Modificado) Este método é aplicado nos casos em que não se pode empregar o método boca-a-boca (traumatismos graves de face. trazendo seus braços para trás e para junto de suas pernas (rente ao solo).Remova a vítima para o hospital mais próximo.Coloque a vítima em decúbito dorsal.Execute a compressão cardíaca externa se a vítima apresentar ausência de pulso e midríase (pupilas dilatadas).Friccione vigorosamente os braços e as pernas da vítima. boia. o mais rápido possível. cruzando-os sobre o peito (parte inferior do externo 2 cm do processo xifoide).Estetoscópio Pinças hemostáticas Gaze . .. . . .Máscaras Talas variadas .Telefones úteis .Inconsciência.Volte os braços da vítima para a posição inicial e reinicie o método.Parada cardíaca.Segure os punhos da vítima. atadura . encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS. compressas frias. cubra com compressa úmida e fixe-a com faixa. 1 . evitando maiores danos.Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze. faca compressas para conter hemorragias. durante a inspiração.. cotovelo ou joelho . Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima. .Nos dedos.Tipoia Entorses e distensões .Maca rígida ou .ferimentos abdominais abertos Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas. Ferimentos A . curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo. Luxações ou deslocamentos das juntas (braço. Contusões . Não tente retirar farpas. vidros ou partículas de metal do ferimento.ferimentos extensos ou profundos 1 .farpas .ferimentos profundos no tórax Procedimentos .Trate como se fosse fraturas.Cânulas de . .Como fazer.Tesoura Guedel KED .bandagem . 2 . 3 . removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo. mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal. ombro) .Expostas Não faça: não desloque ou arraste a vítima até que a região suspeita de fratura tenha sido imobilizada. uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.Providencias: repouso do local (imobilização). etc. evitando entrada de ar para o interior do tórax. agasalhada.ferimentos na cabeça Procedimentos: afrouxe suas roupas.Serve para manter um curativo. B . C . removendo-a ao PS mais próximo.Fechadas . Qualquer vítima que estiver inconsciente pode ter sofrido pancada na cabeça (concussão cerebral). a menos que haja eminente perigo (explosões ou trânsito). 217 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . 2 .Óculos de . antebraço ou perna. mãos.cubra o ferimento com gaze ou pano limpo. .Aplique gelo e compressas frias no local. 3 .leves ou superficiais Procedimentos: Faca limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente.Válvula para Esfigmomanôme proteção RCP tro Lesões nos ossos e articulações Lesões na espinha (coluna) Providências: Cuidado no atendimento e no transporte (imobilização correta) Fraturas: O primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes fraturadas.Ferimentos Perfurantes: São lesões causadas por acidente com vidros metais. hemorragia e estado de choque da vítima. calor. Corte ou ferida pode ser superficial. deve ter algumas noções sobre a natureza da lesão e como proceder no caso. causando a morte. Contusão: É o traumatismo produzido por uma lesão. Caracteriza-se pelos seguintes sintomas: palidez da face. deve-se proteger uma ferida com um curativo qualquer e procurar sustar a hemorragia. ou profundo. por queda). dando lugar a uma infecção purulenta. lineares (navalha).. sobretudo. especialmente gangrenosa e tetânica. aplicar soro antivenenoso quando indicado. este. devem-se considerar alguns tipos de lesões (e suas consequências imediatas) a requerer socorro urgente. Pode também ocorrer em pequenos ferimentos. flechas). os órgãos profundos. soltar o garrote aos poucos e fazer um curativo local com antisséptico e gaze esterilizada. . extrair o veneno por sucção. transportado para o hospital mais próximo. Choque: É um estado depressivo decorrente de um traumatismo violento.a região deve estar limpa. Para que alguém se torne útil num socorro urgente. faca. com febre e formação de íngua.Cuidados: .os músculos relaxados. químico (ácido fênico. picada de escorpião. atropelamentos por veículos pesados. Resistindo a vítima à anemia aguda e ao choque. Sendo o ferimento produzido por um punhal. biológico (picada de animal venenoso). é denominado. irradiação atômica). Ocorre nos desastres de trem. Quando o movimento tem de ser destacado do corpo. que pode ser feito mesmo por uma pessoa leiga. estão sujeitas a infecção. quando se localiza na cabeça. acarretando reação inflamatória local ou envenenamento frequentemente mortal do indivíduo. cumpre saber que se dá o nome de traumatismo a toda lesão produzida no indivíduo por um agente mecânico (martelo. afetando dedos. potassa cáustica) ou. Esmagamento: É uma lesão grave. servirá para que o acidentado aguarde a chegada do médico. Importante: qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxado imediatamente. 218 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . impedir a sua morte imediata. As feridas poluídas de terra. com fratura exposta. podem ser atingidos.começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Não se deve esquecer que um pequeno ferimento produzido nos dedos ou na mão pode acarretar paralisias definitivas em virtude de serem aí muitos superficiais os tendões e os nervos. mão. Procura-se diminuir os ferimentos do ferido e. afetando apenas a epiderme (escoriação ou arranhadura). com lábios arroxeados ou descorados. a operação recebe o nome de amputação traumática. canivete ou projétil. que necessitará de socorro imediato para não sucumbir por anemia aguda ou choque. A parte contundida deve ficar em repouso sob a ação da bolsa de gelo nas primeiras horas e do banho de luz nos dias subsequentes. As feridas podem ser ainda punctiformes (espetadela de prego). o primeiro socorro. irregulares (ferida do couro cabeludo. As contusões são dolorosas e não se acompanham de solução de continuidade da pele. Ferida: É o traumatismo produzido por um corte sobre a superfície do corpo. que afeta os membros. . O tratamento resume-se em colocar um garrote acima da lesão. Torniquetes: São utilizados somente para controlar hemorragias nos casos em que a vítima teve o braço ou a perna amputada ou esmagadas. Além disso. se há . as feridas podem contaminar-se facilmente. como os que penetram o tórax. ou seja. De acordo com essa classificação. e cuja repercussão sobre o estado geral é bem menor. poderá estar ainda sujeita à infecção. projétil). provocando hemorragia às vezes mortal. desmoronamentos etc. vulgarmente. ainda. que inocula veneno ou peçonha nos tecidos. Há também os pequenos esmagamentos. como o coração. Numa emergência. fragmentos de roupa etc. 'galo'. que tanto poderá traduzir-se por uma mancha escura (equimose) como por um tumor de sangue (hematoma). Natureza da Lesão: Inicialmente. Evidentemente. retirar o ferrão no caso de inseto. Ferida Venenosa: É aquela produzida por um agente vulnerante envenenado (mordedura de cobras. físico (eletricidade. hemorragia acentuada ou queimadura generalizada. inclusive tetânica. O membro atingido sofre verdadeiro trituramento. principalmente nas mãos e nos pés. falta de ar e desmaios). O primeiro socorro consiste no repouso e imobilização da parte afetada. pulso fraco e rápido. devido aos acidentes automobilísticos. descoramento dos lábios.fratura da bacia. 2º grau ou flictema. e 3º graus). São particularmente graves nas crianças e na forma generalizada. contendo um líquido gelatinoso e amarelado. As luxações mais comuns são as da mandíbula e do ombro. A hemorragia venosa caracteriza-se por sangue escuro. mas. Consideram-se ainda queimaduras as lesões produzidas por substância cáustica (ácido fênico). e 18% nos membros inferiores. Quando às queimaduras pequenas. requerendo ainda transfusões de sangue. nas primeiras horas. ou aberta (fratura exposta) quando a pele sofre solução de continuidade no local da lesão óssea. Não se deve esquecer que o choque pode também ocorrer. as lesões cerebrais seriam responsáveis pelo choque. jato lento e contínuo (combate-se pela compressão local e não pelo garrote). . mais tarde. ocorre a anemia aguda. das mais graves. as mais comuns. prostração acentuada e voz fraca. coma e morte do paciente. podendo ser únicas ou múltiplas. pele fria. em que a extremidade do osso se afasta de seu lugar. em que se verifica a mortificação da pele e tecidos subjacentes. deve ser tratado como no caso do chocado. Costuma também ser dolorosa. em caso de anemia aguda. Hemorragia: É a perda sanguínea através de um ferimento ou pelos orifícios naturais. acompanhando-se de choque e podendo acarretar lesões da bexiga e do reto. transformando-se. por meio de cobertores. explosão. A fratura pode ser fechada quando não houver rompimento da pele. O paciente. falta de ar. sobretudo se há hemorragia. respiração rápida e ansiedade. ou escara. como o tornozelo.fratura do crânio. As fraturas são mais comuns ao nível dos membros. ou eritema. principalmente. que forma uma articulação. 219 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Assim. acompanhando-se de inchação da junta e impossibilidade de movimento. e pelo garrote. Na primeira infância.fratura dos membros. é frequente a fratura da clavícula. escurecimento da vista. vapor das caldeiras. Em certos casos a luxação se repete a um simples movimento (luxação reincidente). e apresenta maior índice de mortalidade em relação às demais. embora diminuída. pulso fraco. suores frios e viscosos na face e no tronco. Luxação: Caracteriza-se pela saída da extremidade óssea. quando sob cuidados médicos. classificam-se as queimaduras em três graus: 1º grau. pela explosão atômica e pelo frio. Distorção: Decorre de um movimento violento e exagerado de uma articulação. pois os pacientes podem sucumbir por asfixia. Fratura: É toda solução de continuidade súbita e violenta de um osso. Como causas de fraturas citam-se. o primeiro socorro deve dirigir-se para o estado geral contra o choque. e do 3º grau. protegido por aquele. Quando a hemorragia ultrapassa 500g no adulto. Deve-se lateralizar a cabeça. basta untá-las com vaselina ou pomadas antissépticas. Queimadura: É toda lesão produzida pelo calor sobre a superfície do corpo. A imobilização deve ser primeiro socorro. É uma lesão benigna. 18% na face posterior ou anterior do tronco. as quedas e os atropelamentos. as causas principais das queimaduras. em graus maiores ou menores de extensão (queimadura localizada ou generalizada) ou de profundidade (1º. precisase deitar o paciente em posição horizontal e. As diversas formas de calor (chama. numa ulceração sangrante. quando grande). pela eletricidade (queimadura elétrica). elevar os membros e estancar o sangue. em geral grave. Como primeiro socorro. podendo infectar-se quando se rompe a bolha. que se transforma em grande cicatriz. com formação de bolhas. podendo empregar-se também bolsa de gelo. sede. O primeiro socorro precisa vir através de aparelho respiratório. como as narinas. quando pequena. sede. quando ocorrem as queimaduras extensas. paralisia dos membros. 2º. Não deve ser confundida com a luxação. aquecendo-se o corpo moderadamente. limpar-lhe a boca com o dedo protegido por um lenço e vigiar a respiração. mantendo-se fora do lugar em caráter permanente. cujos sintomas se assemelham aos do choque (palidez. merecendo os devidos cuidados. Localizações principais: . consciência presente. A hemorragia arterial se distingue pelo sangue vermelho rutilante em jato forte e intermitente (combate-se pela compressão local. em geral iminente. a mortalidade é de 9% nas queimaduras da cabeça e membros superiores. com hemorragia interna. . havendo hemorragia. líquidos ferventes) são. A fratura do crânio é uma ocorrência mais comum nas grandes cidades. por afetar o encéfalo. na verdade. embora muito dolorosa.hemorragia. tornando-se mais graves e de delicado tratamento quanto mais próximas do tronco. . Como foi dito. em que a pele fica vermelha e com ardor (queimadura pelo sol). sendo tanto mais grave o prognóstico quanto mais alta a fratura. é preciso colocá-la de lado. deve-se tranquilizar a vítima. permanece desacordado e. a dificuldade de respirar e de consciência que logo se instala. identificar certas lesões mais sérias. necessária. fato nem sempre do conhecimento do leigo. procurando estancar a hemorragia. resta verificar a sua extensão e gravidade. é preferível colocar o paciente em decúbito ventral. dificuldade de movimentos e dor ao menor toque da lesão. fácil de diagnóstico pela maneira que se produziu. . o que pode ser orientado pela queimadura das peças do vestuário que ficam carbonizadas em contato com o tegumento. capazes de vitimar o paciente. se algo de imediato não for feito. 220 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .distorção. logo. Assim procedendo. já que em certas circunstâncias pode ser precário o teor de oxigênio da atmosfera local.queimadura. imediatamente. de um estado de choque e não esquecer da alta gravidade nas crianças. Medidas de Emergência Após a identificação de uma das lesões já focalizadas. O socorrista deve conduzir-se com prudência e serenidade. .luxação. que se denuncia nas próprias vestes pelas manchas de sangue. Identificação das Lesões: Estando o paciente em local adequado. indolores mas sem movimentos.choque e anemia aguda. então. . basta. será necessário recorrer ao Corpo de Bombeiros e a operários especializados. vista escura. deve-se. nas quedas. como ferimentos que sangram. quando o paciente. Isso é muito importante para a sobrevivência do paciente. vítima de um acidente. com o paciente pálido.fratura do crânio. determinada pela radioatividade. e recorrer a medidas que facilitem a respiração. Posição do Acidentado: O decúbito dorsal. combate ao choque e tratamento das queimaduras quase sempre generalizadas. em geral.asfixia. depois de acidentado. para que se localize o ferimento. Retirada do Local: O paciente pode ficar preso às ferragens de um veículo. Irradiação Atômica: As explosões atômicas determinam dois tipos de lesões. anemia aguda ou asfixia. o que justifica processo de remoção até certo ponto perigoso mas indispensável. é a posição mais aconselhável.hemorragia. rasgar a fazenda no local suspeito. imediata. Quando a vítima está inconsciente. . a fim de libertar a vítima.fratura da coluna vertebral. doloroso e deformado ao nível da junta.fratura de membros. apresentando-se este bastante dolorosa e inchada. de crânio. no que se refere à radioatividade. a retirada do paciente deve ser a mais rápida possível. de ação progressiva. . pode-se seguir a seguinte orientação: . Não se pode ignorar o perigo que existe em lidar com tais enfermos. apresenta-se com os membros inferiores paralisados e dormentes. Havendo fratura da mandíbula e lesões da boca. atropelamentos e nos mergulhos em local raso. A posição sentada favorece o desmaio e o choque. quando o paciente apresenta paralisia de ambos os membros inferiores que permanecem dormentes. o primeiro socorro deve ser o da sua remoção do local. . sede intensa. provocada pela ação calórica desenvolvida. pulso fraco. Nos pacientes atingidos. Sua remoção imediata é. choque. então. Somente os portadores de lesões do tórax.fratura da coluna: ocorre. . se ele sangra pelo ouvido ou pelo nariz. com o ventre para cima. o choque também pode ocorrer numa fratura dessas. que pode ocorrer nos traumatismos do tórax. evita-se a sua morte. tornando-se o membro incapaz de movimentos. sobretudo. cujo diagnóstico deverá ser levantado quando o indivíduo. Enquanto se espeta esse socorro. embora. queimaduras generalizadas e traumatismo da face. em certas ocasiões. coloca-se o paciente estendido no solo em posição horizontal. Faz-se necessário um cuidado especial no sentido de não praticar manobras que possam agravar a lesão da medula. suspeitar. desde que não sofram desmaios. Identifica-se esta condição pela coloração arroxeada da face (cianose).. no caso de queimadura generalizada. ou apenas com a cabaça lateralizada. Eis a orientação que se deve dar ao diagnóstico dessas lesões: . escombros de um desabamento ou desacordado pela fumaça de um incêndio. as fraturas do pescoço são quase sempre fatais. dos membros superiores e da face. se a houver. A primeira. fratura do crânio. Em certas circunstâncias. . e a segunda. suores frios e ansiedade com falta de ar. com dificuldade de movimento na articulação afetada. com o corpo estendido horizontalmente. posta em evidência pela deformação local. suspeita-se desta fratura. para que possa respirar melhor e não sofra asfixia no decurso do vômito. Remoção de corpos estranhos: Os ferimentos que se apresentam inoculados de fragmentos de roupa. Começase por limpar a boca do paciente de qualquer secreção. apertando-o novamente. 221 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . lateraliza-se a cabeça. pois poderá ocorrer hemorragia mortal. removem-se todas as peças do vestuário que se encontram molhadas. de preferência o decúbito dorsal com extensão do corpo. a asa do nariz. apertando-se até que a hemorragia cesse. . deve-se colocar a paciente numa posição de declive. a imobilização deve cingir-se ao repouso completo numa posição adequada. porém. A respiração barulhenta. a fim de aquecê-lo. no segundo caso. em seguida. prometendo-lhe um socorro médico imediato e dizendo-lhe da vantagem de ficar imóvel mesmo no caso dos queimados. então. as tipoias são mais aconselháveis. o ferimento pode estar localizado numa região difícil de se colocar um garrote. gravata ou cinto) que será colocado uns quatro dedos transversos acima do ferimento. pedaço de papelão. mantendo ou membros inferiores em nível mais elevado. observa-se um resfriamento das extremidades do paciente. utilizar o dedo ou a mão. Não se deve esquecer que a ventilação do local com ar puro se torna muito importante para qualquer paciente chocado. com a possibilidade de asfixia. Não convém esquecer-se. Socorro ao queimado: Faz-se necessário considerar as queimaduras limitadas e as generalizadas. No caso de empalação. Deve-se pensar nele mesmo antes que se instale. é preciso iniciar. com o dedo envolvido em um lenço. imediatamente.. utilizando-se um pedaço de gaze. Quando o paciente é fraturado de coluna. pelo método da compressão ao nível da ferida. o socorro urgente consistirá em proteger a superfície queimada com gaze ou um pano limpo. é preferível não retirá-lo. finalmente. protegê-lo contra o resfriamento. Os fraturados da mandíbula. havendo necessidade de usar cobertores sobre o mesmo. deve-se tranquilizá-la.Estancar a hemorragia (Hemostasia): Quando a hemorragia é pequena ou venenosa. Vigiar a respiração: É muito importante nos traumatizados observar a respiração. como no caso dos traumatismos da boca e nariz. todavia. para que não se agrave o resfriamento do enfermo. um lenço bem limpo ou pedaço de algodão. deverão ser colocados em decúbito ventral com a cabeça lateralizada. a hemorragia é abundante ou arterial. cada meia hora afrouxa-se o garrote por alguns segundos. calha de zinco. cobre-se. externamente. Não se deve esquecer que os pequenos corpos estranhos (espinhos de roseira. Isso permitirá que a respiração se faça melhor. de o corpo estranho estar representado por uma faca ou haste metálica. em caso de hemorragia pós-parto ou pós-aborto. o choque deve ser a primeira preocupação. ao terminar a limpeza. Imobilizar as fraturas: O primeiro socorro essencial de um fraturado é a sua imobilização por qualquer meio. ou. podem ser lavados com água fervida se o socorro médico vai tardar. fecha-se a boca do paciente segurando-lhe a cabeça um pouco para trás. pedaços de madeira etc. podem-se improvisar talas com ripas de madeira. nas fraturas de membros superior. anemiado ou asfíxico. sobre este curativo passa-se uma gaze ou uma tira de pano. cumpre fazer tudo para removê-lo de modo a favorecer a respiração. ao mesmo tempo. também. inclusive. é preferível fazer uma compressão sobre o ferimento. principalmente quando eles se encontram inconscientes. começa por improvisar um garrote (tubo de borracha. no caso de membro inferior. sangue ou matéria vomitada. mantendo-se o quadril e os membros inferiores em nível mais elevado. a fim de que lá seja removido o corpo estranho. na hemorragia pelas narinas basta comprimir com o dedo. espinhos de ouriço-do-mar) podem servir de veículo para o bacilo de tétano. entrecortada ou imperceptível deve despertar no observador a suspeita de dificuldade respiratória. cuidando logo de colocar o paciente em repouso absoluto. embora o aquecimento do enfermo possa tornar-se perigoso. Em complemento. o seu corpo com cobertores ou roupas de que se dispõe no momento. no caso. pode-se. deve-se serrar a haste pela sua base e transportar o paciente para o hospital. com lesões da língua e da boca. para que a respiração se torne possível. Havendo parada respiratória. que se encontra encravada profundamente. A vítima pode ingerir chá ou café quente se estiver consciente e sem vômitos. o que se pode fazer entreabrindo a boca da vítima e colocando uma rolha entre a arcada dentária a fim de. farpas de madeira. a respiração artificial boca-a-boca ou por compressão ritmada da base do tórax (16 vezes por minuto). procede-se. se provocar sudorese. o que poderá ser fatal. Em casos excepcionais. Combater o choque e a anemia aguda: Começa-se por colocar o paciente. Caso o socorro médico demore. a sobreposição de cobertores do leito. Quando o corpo estranho estiver prejudicando a respiração. proceder a limpeza. sem travesseiros ou qualquer suporte sob a cabeça. num caso de extrema hemorragia. Quando. No primeiro caso. e. Eis um resumo do tratamento local das queimaduras: . o que se poderá fazer tracionando a mandíbula com os dedos. para retirá-lo basta umedecer com soro fisiológico morno ou água morna fervida. de preferência em serviços especializados. o tratamento local ocupa um segundo plano. As complicações mais terríveis das queimaduras são: inicialmente. devem-se verificar as condições gerais do enfermo. . 222 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . . a toxemia com graves distúrbios gerais. inclusive tetânica.queimadura do 3º grau: o tratamento é igual a queimadura do 2º grau. nos soterramentos etc. na criança. . a identificação da dificuldade respiratória pela respiração barulhenta nos indivíduos inconscientes. o paciente em decúbito ventral. como também de orientar i paciente. vira-se a cabeça da vítima para o lado até que cessem. enxuga-se em seguida a superfície queimada. quando esta se encontra poluída por resíduos carbonizados. Transporte do paciente: Algumas vezes é indispensável transportar a vítima utilizando meios improvisados.) devem Ter seus ferimentos tratados de maneiro já referida no item de feridas. Tomando em consideração essas observações. padiolas e. enquanto estiver perdendo sangue.fazê-lo ingerir bebidas quentes e tranquilizá-lo. sem perda de tempo. ao conforto do paciente. a boca. torna-se necessária uma limpeza com sabão líquido ou água morna fervida. o leigo não deverá fazer o transporte de qualquer paciente em estado aparentemente grave. portanto. os que são produzidos por queimaduras no decurso de um incêndio. e. quando a superfície queimada se acha suja com fragmentos queimados etc.queimadura do 2º grau: evitar a ruptura das bolhas. gato. a fim de que se beneficie de um socorro médico adequado. o problema principal é a limpeza da superfície queimada. enfim. poderá haver dificuldade respiratória e o paciente corre mais risco de morrer pela asfixia do que pelas lesões traumáticas. se houver vômitos. mais excepcionalmente por avião. haverá necessidade de um antibiótico e de soro antitetânico. em princípio. A parada respiratória requer imediata respiração artificial. posteriormente. a não ser que haja inflamação. limpando-lhe a boca em seguida. os que ocorrem no mar. será útil pedir instruções ao hospital mais próximo. para isto. o tempo necessário ao transporte. enquanto duas condições não pareçam satisfatórias. o pescoço. um cuidado especial na maneira de identificar a raiva no animal agressor. a rapidez do mesmo será tanto mais imperiosa quanto maior o número de lesões produzidas e quanto mais próximos da cabeça tais ferimentos. não importando que atinja uma hora ou mais.. ou ainda. num ritmo de 16 vezes por minuto. contínua e incessante. o choque. pela falta de ar de que se queixam os conscientes. o veículo a ser utilizado. no caso de queimaduras poluídas com resíduos queimados. Socorro ao asfixiado: Em certos tipos de traumatismo como aqueles que atingem a cabeça. como se fora para manter fechada a boca do socorrido. com cabeça baixa. em primeiro lugar. pela cianose acentuada do rosto e dos lábios.recomendações especiais: as queimaduras do rosto e partes genitais devem receber curativos de vaselina esterilizada. Nesse último caso. o transporte pode ser feito por meio de veículos a motor. sobretudo do tronco.remoção do paciente para o veículo. Socorro aos contaminados por raiva: Os indivíduos com ferimentos produzidos por animais com hidrofobia (cão. há. neste caso. . Havendo meios de comunicação. fazendo-se um curativo com pomada acima referida. para que faça o tratamento antirrábico imediato. finalmente. o curativo precisa ser resguardado com algodão. utilizandose. desobstruir a boca e as narinas. principalmente. uma compressa de gaze. as queimaduras de 30% do corpo. . o que deverá ser feito evitando aumentar as lesões existentes. mediante a projeção do queixo para trás. estão sujeitas ao choque e mesmo à morte do paciente. torna-se necessário observar os seguintes detalhes: . as infecções. fazendo um curativo com gaze esterilizada em que se pode estender uma leve camada de pomada antisséptica ou com antibiótico. sobretudo no caso de fratura de coluna e de membros. colocar. um tratamento no hospital. Nesse caso. em casos especiais. todavia. manter o seu pescoço em linha reta. O transporte pode por si só causar a morte de um paciente traumatizado.queimadura do 1º grau: protege-se a superfície queimada com vaselina esterilizada ou pomada analgésica. as cicatrizes viciosas que deformam o corpo do paciente e provocam aderências. exigem. até que chegue o socorro médico.veículo utilizado: deve atender. podese empregar sabão líquido e água ou soro fisiológico mornos. A norma principal é favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas. morcego etc. Não se deve esquecer de colocar o paciente em ambiente de ventilação adequada e ar puro. inicialmente. o tórax. A renovação do curativo só deve ser feita cinco a sete dias depois. os caminhões ou caminhonetes prestam-se melhor a esse mister. enquanto respirando mal. servirá de guia para o socorro à vítima. Estabelecida a necessidade do transporte. a seguir. febre e dor. esta tarefa de educar o público para capacitá-lo a se responsabilizar por sua saúde -. o projeto da promoção da saúde se propõe a inovar. propostos na direção da melhoria da qualidade de vida? Como educar indivíduos para a saúde sem orientar o processo educativo para a comunicação de saberes que. Apesar de parecer uma proposta tradicional e bastante familiar para quem trabalha no campo da saúde . todavia. campo em que a enfermagem 7 Texto adaptado de OLIVEIRA. Apesar dos avanços propostos. . evitando-se metodologias de persuasão. mas como qualidade de vida e um recurso para a vida. Para o projeto da promoção da saúde é central preparar/capacitar os indivíduos para o cuidado de si.acompanhante: a vítima deve ser acompanhada por pessoa esclarecida que lhe possa ser útil durante a viagem. A inovação estaria centrada nas seguintes premissas: (1) a saúde não pode mais ser entendida reduzidamente como ausência de doença. 1. e desde que isto não interfira na liberdade dos outros.caminho a percorrer: é desnecessário encarecer a importância do repouso dos traumatizados. Como compatibilizar as tradicionais concepções sobre o que seja saúde que permeiam a formação. 2011. caso as condições do enfermo se agravem. indicada como a estratégia de excelência para a promoção da saúde da população. Os conflitos são inicialmente conceituais. apesar de selecionados em espaços externos à vida cotidiana desses sujeitos. p. Dora Lúcia Liedens Corrêa de. . mas o foco não deve ser apenas informar.dimensão individual. também. "se aceitamos autonomia como principal objetivo da educação somos forçados a concordar que as pessoas educadas escolherem agir de forma não saudável. mas. ainda focada nos saberes sobre doenças. assim denominada para enfatizar as transformações introduzidas no campo pela promoção da saúde. Enferm. sem abandonar os saberes aprendidos na formação sobre o que é saúde. 185-8. sobre o que fazer para evitar a perda da saúde e como fazer para recuperá-la? Como referido na literatura. devem funcionar justamente como instrumentos cotidianos para a manutenção dessa vida? No contexto da educação em saúde. isto é um resultado aceitável do processo educacional. (5) nos empreendimentos educativos devem ser privilegiados espaços dialógicos de aprendizagem.observação: o transporte em avião constitui um dos melhores pela ausência de trepidação e maior rapidez. (4) a educação pode promover saúde. Como destacam os documentos oficiais. evitando abalos durante o transporte. e os objetivos inovadores da promoção da saúde. Bras. saúde viabilizada a partir da autonomia para o autocuidado. fica complicado garantir a implementação das novas propostas. inclusive ambientais. . aí incluídos os saberes. as práticas e as intencionalidades destas práticas. (3) ações promocionais em saúde devem investir paralelamente em mudanças de estilo de vida . 223 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . a essência da promoção da saúde é a autonomia. A enfermagem e suas apostas no autocuidado: A enfermagem e suas apostas no autocuidado: investimentos emancipatórios ou práticas de sujeição? Rev. a altitude pode ser nociva para pacientes gravemente traumatizados de tórax." Neste sentido é possível argumentar que a óbvia hegemonia de profissionais com formação em saúde no campo da promoção da saúde é determinante dos cenários promocionais. Por mais que se pretenda inovar no campo da promoção da saúde. assim. (2) a saúde é resultado de múltiplos fatores. o que sugere certa simbiose entre os significados de saúde e de autonomia. praticamente nada mudou a partir das inovações propostas pelo movimento da promoção da saúde e do que se convencionou chamar de "nova saúde pública". v.dimensão estrutural. 64. Ensino ao paciente com vistas ao autocuidado: promoção e prevenção da saúde Introdução7 Desde o início da sua história o movimento da promoção da saúde vem articulando seus projetos promocionais a partir de investimentos na autonomia dos sujeitos para o cuidado de si. onde o foco é o autocuidado. e em mudanças contextuais . aumentar a consciência crítica dos sujeitos sobre sua realidade para que possam nela intervir para melhorá-la e. n. pode ser necessário sustá-lo.. Brasília. A educação é. sem investir em mudanças na formação. a educação em saúde. O paradoxo apresentado aos profissionais de saúde a partir dessas premissas é: como promover a autonomia dos sujeitos. o que deve acontecer por intermédio de ações educativas. sobretudo se estiverem escarrando sangue ou com falta de ar. permanece geralmente centrada em práticas educativas autoritárias e em saberes unilateralmente selecionados como necessários. este movimento na direção da promoção da autonomia individual via escolha informada acaba reduzindo muito as possibilidades da independência pretendida. a qual é difícil contrariar. Poder levar a vida de acordo com escolhas pessoais significaria. A insistente prevalência do autocuidado como um possível e desejável resultado dos empreendimentos educativos em saúde. onde é central a noção de autonomia individual. argumento do qual. seguindo-se a lógica da escolha informada. formados neste contexto. de promoção da autonomia dos sujeitos? Ou seria ela um investimento consciente na submissão desses sujeitos? Considerando-se a premissa de que a saúde é um fenômeno social. mas a escolha é. assim. Seguir os discursos da . independentemente dos nossos saberes sobre saúde e da nossa vontade de agir em conformidade com estes saberes. passou a ser aceito.ainda fortemente impregnada pelo paradigma biomédico. a qual é definidora do neoliberalismo como regime hegemônico. de certas capacidades físicas. em detrimento de outras. a premissa de que é possível sermos autônomos para cuidarmos de nós mesmos é problemática mesmo em situações em que conseguimos manter certo controle sobre o modo de andar da vida. O ensino para o autocuidado e a pretendida autonomia para o cuidado de si que deveria resultar da prática educativa em saúde são encaminhados segundo orientações técnicas e definições tendenciosas do que seja "ter saúde". desprezando-se seus saberes e experiências. qual o grau de possível sucesso de projetos unilaterais. resistindo às inúmeras tentações e riscos de desvios de comportamento que a vida diária oferece. para viver bem. Não raro. do que significa "ser autônomo" e dos sentidos de "cuidar-se". a influência do neoliberalismo na definição da noção de autogoverno como um ideal a ser perseguido. ajustando nossos estilos de viver a partir do que já aprendemos sobre saúde. se tornou um pré-requisito para a saúde na contemporaneidade. a partir do movimento da promoção da saúde. com pouco espaço para a escuta e impregnadas daqueles saberes definidos pela ciência como de inequívoca importância para o cuidado de si. a de manter-se saudável. Tomando-se este ensino em saúde como prática de cuidado. apresentados aos sujeitos como escolhas possíveis. invariavelmente limitadas por elementos do contexto que são mais ou menos controláveis por nós. a partir de critérios técnicos. ensinar saúde com vistas ao autocuidado tem implicado a imposição de estilos de vida estabelecidos desde o ponto de vista dos profissionais da saúde. destacando-se aí o potencial de sujeição de modelagens de educação em saúde que não reconheciam. Não é por acaso. No segundo caso. etc. Ainda neste sentido. sobre a importância. oportunidades de diálogo com o outro. pois elas têm o direito de organizarem suas vidas segundo suas próprias escolhas. sobre como agir perante os perigos da vida diária.tem uma grande inserção. Ironicamente. assumir responsabilidades perante a sociedade e ter legitimado um status de cidadania. nem valorizavam. O que é interessante nisto tudo é que. provavelmente. posicionado como um outro que pouco ou nada sabe sobre o viver saudável. e na racionalidade política que predomina na atualidade. e. portanto. não obrigatórias. A forte influência desta ideologia no campo da saúde tem pelo menos duas origens: a formação em saúde . Deste modo. assim. contudo. em princípio ou por princípio. neste contexto. ninguém mais discorda. Vivemos num clima em que estar bem se tornou uma obrigação e. tem a ver com a ideia de que o Estado não pode intervir na vida privada das pessoas. guarda relação com a ideologia do individualismo. sob o pretexto de que a promoção da "livre escolha" vinha ao encontro dos ideais democráticos da sociedade contemporânea. O sujeito da aprendizagem pretendida fica. um problema importante. apostem tudo na promoção da saúde do "outro" a partir de ações verticalizadas. sobre como manter-se saudável. livre. Os imperativos constituídos a partir da definição técnica do que seja um estilo de vida compatível com saúde são. como saudáveis. 224 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . o "estar bem" é percebido como uma possibilidade que depende do cuidado que se tenha consigo mesmo. porque emerge carregado de "verdades" da ciência. individualizados e descontextualizados dirigidos ao ensino de competências para o cuidado de si? Tomemos como exemplos as nossas próprias experiências de autocuidado. o que antes era alvo de críticas. não é de estranhar que os profissionais da saúde. muitas vezes desenvolvidos no âmbito da enfermagem. muitas vezes. é que a formação é fundamentada em teorias cognitivo-comportamentalistas que configuram processos de aprendizagem focados na transmissão de informações e mudanças de atitudes. esta formação negligencia os determinantes sociais e culturais da saúde. entre as quais. Nos espaços de ensino do autocuidado perdem-se. No primeiro caso. a autonomia dos indivíduos. individualizando os processos de adoecimento. num meio em que viver é estar cada vez mais em estado de risco. Fornecemos informações sobre saúde para que os indivíduos possam realizar suas escolhas. cientes dos prós e contras de determinadas opções. representado pelo autocuidado. que o domínio de si. Várias responsabilidades individuais resultam daí. Neste cenário. pergunta-se: seria esta uma prática libertadora. pouco porosa a compreensões socioantropológicas acerca da saúde e da não saúde. A Educação para o Autocuidado em saúde concretiza esta função. Educação Profissional. central na organização da vida nas sociedades ocidentais contemporâneas. A educação para a autogestão nas questões relativas à manutenção da saúde é alternativa viável e imprescindível para a melhoria da qualidade de vida e saúde da população. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. -Correlacionar a importância política. -Conhecer métodos de planejamento familiar e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Como argumentam os sociólogos. A noção de risco incorpora neste contexto sentidos coerentes com as abordagens mais tradicionais da saúde pública. risco tem sido definido no campo da saúde como um problema centrado na pessoa. -Identificar e avaliar os riscos que o tabagismo. uma vez que assume o pressuposto de que situações onde há probabilidade de danos à saúde das pessoas são. 225 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . hoje excluída desse direito. independentemente de sua habilitação. Monitorados externa e internamente. nas suas investidas para a promoção de mudanças de comportamento em prol da saúde. com a vida e a saúde do homem/sociedade. Área Profissional: Saúde. mas. a fim de informar aos clientes. visando promover ações de saúde entre cliente/comunidade. os quais são extremamente eloquentes. Legitimados por abordagens técnico-científicas baseadas em avaliações quantitativas e cálculos epidemiológicos. nutrição e profilaxia. Desde essa perspectiva. -Identificar e promover ações que visem à prevenção e controle de doenças infectocontagiosas e/ou crônicas. Competências -Identificar fundamentos de higiene. Os profissionais de nível médio em Saúde deverão assumir seu papel como agentes de Saúde. Esta reflexão expõe como a retórica sobre a associação entre autonomia e autocuidado se fortalece através dos discursos de risco. -Identificar as organizações sociais existentes na comunidade. tornamo-nos não apenas alvo da vigilância dos profissionais da saúde. o que resulta na necessidade de uma vigilância redobrada. -Conhecer os princípios éticos de forma a adotar postura adequada no trato com cliente/comunidade e com os outros profissionais da equipe de trabalho. melhorar as condições de autocuidado do cliente/paciente. a fim de divulgá-las aos clientes. Ministério da Educação. tem sido atravessado por discursos de risco. Brasília: 2000. saneamento. Nesse sentido. Referenciais Curriculares Nacionais Da Educação Profissional De Nível Técnico. por meio da ação dos técnicos que. etilismo. com um óbvio efeito na produção de identidades e formas de governo.saúde e adotar os padrões de comportamento neles ditados como "os mais corretos" pode ser considerado como situação de evidente autonomia? Este campo do cuidado voltado especificamente ao cuidado de si e à autonomia individual. A saúde como direito social inalienável poderá tornar-se acessível a uma parcela da população. com exceção daquelas resultantes de fenômenos naturais imprevisíveis. também. protegendo-nos contra os riscos. toxicomanias e automedicação representam para a saúde. 8 Texto adaptado de MEC. os discursos sobre risco em saúde têm sido usados cotidianamente pelos profissionais da saúde. no fazer dos profissionais da área. Propõem-se que a formação desses profissionais habilite-os a orientar e informar o cliente e comunidade sobre hábitos. dentro de sua área de atuação. as atividades que compõem a subfunção de Educação para o Autocuidado visam. -Reconhecer os direitos do cidadão e promover a organização social com vistas à resolução de problemas relativos à saúde. foco de mecanismos de controle acionados por nós mesmos. Educação para o autocuidado8 A necessidade de mudança do paradigma curativo para o paradigma preventivo na assistência em saúde justifica a ênfase nas ações de promoção e proteção da saúde e prevenção das doenças. consequência do mau comportamento dos indivíduos. somos guardiões da nossa própria saúde. levem orientações gerais em saúde a seus clientes. . social e psicológica do trabalho. por meio de informações simples e orientações claras sobre princípios básicos de saúde. atitudes e medidas geradoras de melhores condições de vida e saúde. Habilidades -Utilizar técnicas de comunicação interpessoal nas ações de orientação do cliente/paciente/comunidade com vistas à promoção da saúde. 2011 . -Utilizar estratégias que estimulem a organização social para a resolução de problemas relativos à saúde. meio ambiente entre outros). princípios e diretrizes do SUS “num processo de diálogo. o profissional de saúde isoladamente não consegue atender a todas as demandas dos seus clientes o que evidencia a necessidade de promover uma abordagem interdisciplinar no cuidado despendido. Vinícius Batista. principalmente quando relacionamos as doenças crônico-degenerativas. E à medida que vão transformando-a. traz a possibilidade de trabalho em equipe para encontrar soluções de maneira compartilhada para os problemas das pessoas e das instituições. 24. desvendá-la e atuar sobre ela para transformá-la. que debruçados sobre a realidade procuram conhecê-la. buscando práticas inovadoras a partir da realidade num processo dialógico e horizontalizado de construção e reconstrução compartilhada do conhecimento e na ação coletiva para a transformação social. o uso de recursos computadorizados para a preparação de materiais individualizados de autogerenciamento. 2007. As práticas educativas nesta área devem ser direcionadas para o desenvolvimento de capacidades individuais e coletivas visando à melhoria da qualidade de vida e saúde e melhora no autogerenciamento. A interdisciplinaridade reconhece o crescimento do objeto das ciências da saúde e a consequente exigência interna de um olhar não mais singular. enferm. os parceiros e a população são sujeitos (atores). 2. compreendê-la. Brasília: Funasa. SANTOS. bem como os valores étnicoculturais em consonância com os atores. O cuidado direto e indireto ao usuário atual deve ser refletida sobre a luz das propostas da saúde coletiva e educação construtivista. -Atuar como agente de saúde. e sim plural assim como. Fundação Nacional de Saúde.. a utilização de materiais educativos para a complementação das orientações aos pacientes e às famílias com acesso à informação e apoio ao autogerenciamento fora do estabelecimento de saúde utilizando telefone ou Internet. Alba Lucia Bottura Leite de. Muitas equipes interdisciplinares desenvolvem atividades de educação em saúde para clientes e seus familiares que favorecem a autonomia e a participação de todos na assistência que recebem. assim como. 226 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Esta metodologia valoriza as experiências e conhecimentos vividos. A educação e a saúde são dois campos de atuação em que os profissionais de qualquer nível de atenção à saúde agem no progresso do desenvolvimento humano. A educação em saúde: um campo de atuação clinica e de pesquisa na enfermagem. Práticas Educativas na Área da Saúde9 O viver complexo do ser humano e de possíveis problemas reais e potenciais que modificam o processo saúde-doença da população frequentadora de serviços de saúde atualmente impõe novos desafios aos profissionais envolvidos na prática clínica. São Paulo . n. ajudando-os a adquirir autonomia na manutenção da própria saúde. Diretrizes de educação em saúde visando à promoção da saúde: documento base. Camila de Souza. se reconstroem. saneamento. v. envolvendo as pessoas: a) na reflexão sobre aspectos de sua realidade (problemas de saúde. produção. 10 Texto adaptado de BRASIL. 9 Texto adaptado de BARROS. educação. os sujeitos se transformam dentro deste processo. preconizados e consolidados. CARNEIRO. informando e orientando o cliente/comunidade sobre hábitos e medidas geradoras de melhores condições de vida. Acta paul. . A Organização Mundial de Saúde (OMS) sugere como práticas educativas em saúde a realização de workshops educacionais e de capacitação para pacientes e familiares. Os profissionais dos serviços. habitação. num respeito mútuo de saberes (científico e popular) que não sobrepõe um ao outro mas. renda. Educação em Saúde10 A Educação em Saúde utiliza métodos e processos participativos e problematizadores. A cada dia o ser humano precisa de intervenções mais acuradas e complexas e devido a sua multidimensionalidade. 64. A Lei n. exceto em iminente risco de morte. Como integrante da equipe de saúde: assistência de enfermagem à gestante. o pré-natal de baixo risco pode ser inteiramente acompanhado pelo enfermeiro (Brasil. A educação em saúde: um campo de atuação clinica e de pesquisa na enfermagem.Enfermeiro . Maravilha/SC/2014) De acordo com a Legislação do Exercício Profissional da Enfermagem . Como integrante da equipe de saúde: execução do parto sem distocia. BRASIL. Referenciais Curriculares Nacionais Da Educação Profissional De Nível Técnico.Pref.º 311. Enferm.Decreto n. e no Art. enferm. Maravilha/SC . MEC. II. IV. Área Profissional: Saúde. de 8 de fevereiro de 2007 aprovou a reformulação do Código de Ética dos profissionais de Enfermagem. (C) As assertivas corretas são apenas os itens I e V. cabendo-lhe: I. III. (Pref. Executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da pessoa ou de seu representante legal. Dora Lúcia Liedens Corrêa de. As estratégias que podem ser utilizadas num processo contínuo e permanente de educação e promoção à saúde para impactar ou melhorar determinada situação devem ser construídas levando-se em consideração os direitos de cidadania. avalie as afirmações a seguir.Saúde da Família . n. Na SEÇÃO I – das relações com a pessoa. Está centrado na pessoa. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Maravilha/SC .. p.498 de 25 de julho de 1986 dispõe sobre a regulamentação do exercício de Enfermagem. os interesses do profissional e de sua organização. SANTOS. Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade de riscos. Questões 01.b) na busca das causas dessa realidade. OLIVEIRA. Referências BARROS.Enfermeiro . (B) As assertivas corretas são apenas os itens I. . 2007. Privativamente: realizar consulta de enfermagem e prescrição da assistência de Enfermagem. V. Brasília: Funasa. 227 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . família e coletividade no que se refere às proibições. II e III. Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional. 02. 185-8. Acta paul. 1. I. 24.Pref. v.406/87 .Saúde da Família . 2011 . c) no desenvolvimento de um plano de ação para solucionar os problemas identificados pelos grupos. v. Educação Profissional. Ministério da Educação. Alba Lucia Bottura Leite de. exceto em caso de emergência. desde que estabelecidos em Programas de Saúde Pública e aprovados pela instituição de saúde. CARNEIRO. II. o qual leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em Enfermagem da população. exceto nos casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência. 1987). Brasília: 2000. Como integrante da equipe de saúde: prescrever medicamentos e solicitar exames de rotina e complementares.e o Ministério da Saúde. 2. IV.” d) na organização de um grupo permanente para execução e avaliação das ações de continuidade. Maravilha/SC/2014) A Resolução COFEN n. Negar assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência ou emergência. parturiente e puérpera. Camila de Souza. Diretrizes de educação em saúde visando à promoção da saúde: documento base. Vinícius Batista. 11 menciona que o Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem. (Pref. Assinale a alternativa correta: (A) A assertiva correta é apenas a I. Bras. n. A enfermagem e suas apostas no autocuidado: A enfermagem e suas apostas no autocuidado: investimentos emancipatórios ou práticas de sujeição? Rev. (D) Todas as assertivas estão corretas. família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de Enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda a população. São Paulo . III. 2011. Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico.º 94.º 7. Fundação Nacional de Saúde. Brasília. Apiacá/ES – Enfermeiro – IDECAN/2014) De acordo com a Lei n. 1. Omissão. (C) 2. (C) As assertivas corretas são a I e III.Técnico em Enfermagem . 1. agir sem conhecimento técnico. 03. (C) O enfermeiro tem o dever de informar ao paciente sobre os riscos acerca da assistência de enfermagem. a enfermagem atualmente é exercida privativamente pelos seguintes profissionais. Negligência. ( ( ( ( ) Falta de cumprimento de um dever ou responsabilidade. 1. (B) É proibido à enfermagem administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga. 2. (A) Tem como referência a Declaração Universal dos Direitos do Homem. (B) Enfermeiro. 3. 1. 4. (E) Agente comunitário de saúde. (Pref. ) Inabilidade. da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais. Apiacá/ES – Enfermeiro – IDECAN/2014) Relacione adequadamente as ocorrências éticas aos respectivos significados. desleixo.º 7. 4. (E) Não compete ao enfermeiro proteger a coletividade contra danos decorrentes de negligência. (B) 1. (D) 3. (B) O profissional de enfermagem atua na promoção. A sequência está correta em (A) 4. 4. 228 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . estando vedada a atuação na saúde da coletividade. Carangola/MG – Enfermeiro – IDECAN/2014) Acerca do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. (Pref. (C) Auxiliar de enfermagem. 2. EXCETO: (A) Parteira.REIS & REIS/2014) Assinale a alternativa correta que corresponde a um dos princípios fundamentais estabelecido no Código de Ética dos profissionais de enfermagem vigente: (A) O profissional de enfermagem atua em ações que garantam a participação da comunidade na atenção primária. (B) A assertiva correta é apenas a I. (E) 2. (Pref. (D) O profissional de enfermagem participa. (C) O profissional de enfermagem compromete-se com a saúde e a qualidade de vida da pessoa e família. 2. 1. 3. (Pref. ) Falta de cautela e preocupação. 3. como integrante da equipe de saúde. 3.498/86 e suas atualizações. Carandaí/MG . estando vedada essa participação na atenção secundária e terciária. agir sem comedimento. 05. 4. ) Descuido. prevenção e recuperação da saúde. devidamente habilitados e inscritos no COREN. 4.Assinale a afirmativa correta: (A) A assertiva a do item II não está correta. desatenção e preguiça. por parte de qualquer membro da equipe de saúde que não pertença ao corpo de enfermagem. assinale a afirmativa INCORRETA. Imprudência. . (D) Todas as assertivas estão corretas. 06. (D) Técnico de enfermagem. (D) Os trabalhadores de enfermagem estão aliados aos usuários por uma assistência acessível a toda população. estando vedada a atuação na reabilitação da saúde. Imperícia. 3. 04. 2. assinale a alternativa correta que corresponde a um direito do profissional de enfermagem. apenas. saúde e outros: (A) Pedir para que outros colegas realizem as tarefas em seu nome. de 8 de junho de 1987. apenas. (D) II e IV. (E) atua em ações que garantam a participação da comunidade na atenção primária. autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais. prevenção e recuperação da saúde. prepara o paciente para consultas. (Pref. (Assembleia Legislativa/SP . apenas. (E) III. IV. atribuídas à equipe de enfermagem. (TRE/PR . proibições.406. II. os direitos. (B) atua na promoção. Cabe ao mesmo assistir o enfermeiro I. apenas. no capítulo I. quando necessário. programação. (D) II. III. (TRE/PR . como integrante da equipe de saúde. de nível médio técnico. II e III.Especialidade Enfermagem – FCC/2012) O auxiliar de enfermagem de uma instituição de saúde executa as seguintes atividades: I. apenas. 08. apenas. 11. apenas. (B) I e II. 229 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .Técnico em Enfermagem . (TRE/PR . (E) III e IV.Especialidade Enfermagem – FCC/2012) O Código de Ética dos profissionais de enfermagem vigente estabelece. orientação e supervisão das atividades de assistência de Enfermagem. direito: exercer a enfermagem com liberdade. 09.REIS & REIS/2014) De acordo com o Artigo 37 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.Especialidade Enfermagem – FCC/2012) Um dos princípios fundamentais estabelecido no Código de Ética dos profissionais de enfermagem vigente. éticos e dos direitos humanos. da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais. refere que o profissional de enfermagem (A) participa. exames e tratamento. II. III e IV. por meio do Conselho Regional de Enfermagem. cabe ao auxiliar de enfermagem as atividades descritas em (A) I. III.FCC/2012) O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares. exceto em situações de urgência e emergência. estando vedada a atuação na reabilitação da saúde. (C) Discutir livremente com colegas no ambiente de trabalho. Carandaí/MG . realiza parto normal. no planejamento. . estando vedada essa participação na atenção secundária e terciária. deveres e responsabilidades quanto às relações profissionais: I. presta cuidados diretos de enfermagem a pacientes em estado grave. (D) Executar prescrição medicamentosa e terapêutica onde não conste a assinatura e o número de registro do profissional. De acordo com o Decreto n.º 94. entre outros. em relação com os demais trabalhadores de enfermagem. apenas. (C) compromete-se com a saúde e a qualidade de vida da pessoa e família. e cuida da puérpera e do recém-nascido. responsabilidade e dever: comunicar ao COREN e aos órgãos competentes fatos que infrinjam dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional. estando vedada a atuação na saúde da coletividade. II.Técnico de Enfermagem .07. 10. (C) I. Está correto o que se afirma em (A) I. (D) defende a hierarquização e a centralização político-administrativa dos serviços de saúde.Técnico Judiciário . efetua o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis.Técnico Legislativo . proibição: obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão. (B) II e III.Técnico Judiciário . (B) Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade.Técnico Judiciário . (C) II e III. II. na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar. não é obrigatória para os profissionais de enfermagem. que dispõe sobre o Exercício Profissional de Enfermagem. (IPSA . (B) proibição. de 25 de junho de 1986. (Assembleia Legislativa/SP . que comprometa a vida. (C) assinar as ações de Enfermagem que não executou. (D) II e III. o profissional de enfermagem: (A) cometeu uma negligência. apenas. Quando estava próximo de seu horário de saída do trabalho.FCC/2012) No Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. (B) II. apenas. (B) prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente. onde não conste a assinatura e o número de registro do profissional. (C) direito. Considerando os aspectos éticos. imprudência ou negligência. (FUMUSA . 13. esterilização. na realização de transplantes de órgãos. 12. (IPSA . exceto em situações de urgência e emergência.” O disposto nesse Artigo consta como sendo (A) dever.Técnico Legislativo . II e III. são considerados responsabilidades e deveres: (A) responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais. o Enfermeiro responsável constatou que o auxiliar de enfermagem havia deixado de realizar os sinais vitais dos pacientes. das relações com os trabalhadores de enfermagem. na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante a assistência de saúde. fecundação artificial e manipulação genética quando solicitada pela chefia. com a finalidade de ajudar a equipe. no Art. (D) condição. (E) imposição. foi ao vestiário para se trocar e ficou aguardando o horário de ir embora. do capítulo I. (C) I e III. cabe ao Auxiliar de Enfermagem: (A) participar da programação da assistência de Enfermagem. saúde e outros.Técnico de Enfermagem . apenas.498. bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional. (D) colaborar. 14. exceto em casos de emergência. é correto afirmar que: (A) é proibido prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional. (C) participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar. (C) é desnecessário conhecer a ação da droga para administrá-la. (B) posicionar-se a favor da falta cometida durante o exercício profissional seja por imperícia. Está correto o que se afirma em (A) I. (B) a denúncia aos órgãos competentes da poluição e deterioração do meio ambiente. mesmo que fora da legislação. 16. No plantão seguinte.º 7. na Seção II – que trata “Das relações com os trabalhadores de enfermagem. saúde e outros”.Auxiliar de Enfermagem – CAIPIMES/2014) De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. deixou as atividades por fazer. (D) realizar consulta de enfermagem. (C) cometeu uma imperícia. tecidos. 15. apenas. (E) I. o que acarretou danos aos mesmos. independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. 37 consta: “Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica.Auxiliar de Enfermagem – CAIPIMES/2014) Um auxiliar de enfermagem estava realizando os cuidados de enfermagem dos pacientes sob sua responsabilidade em unidade cirúrgica. (D) não cometeu infração ética. apenas houve esquecimento. . (B) cometeu uma imprudência. (UFPE .Auxiliar de Enfermagem – COVEST/2013) De acordo com o Código de Ética dos profissionais de enfermagem.Auxiliar de Enfermagem – CAIPIMES/2014) Considerando a Lei n. direta ou indiretamente com outros profissionais de saúde. 230 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . da Seção II. III. Auxiliar de Enfermagem – COVEST/2013) A respeito da lei do exercício profissional. (B) manter o sigilo. (E) quebrar o sigilo. assinale a opção correta. (C) prestar cuidados diretos a pacientes graves com risco de vida. (D) aos direitos optativos. as infrações cometidas pelo profissional. (E) o aprimoramento dos conhecimentos técnicos. . deverá comparecer perante a autoridade e. No Código de Ética dos profissionais de enfermagem. mesmo quando a informação é necessária à prestação da assistência. declarar o impedimento de revelar segredos. graves e gravíssimas.Profissional de Serviços Técnicos . reconhecer e descrever sinais e sintomas. moderadas e gravíssimas. (B) às responsabilidades e deveres. (A) O segredo profissional referente ao menor de idade que tenha capacidade de discernimento deverá ser mantido. na presença de duas testemunhas. 17. uma vez solicitado pelos pais ou responsáveis. essa descrição consta em um dos itens referente (A) ao direito profissional. (E) à benemerência voluntária. (C) atenuantes.Auxiliar de Enfermagem – FCC/2011) De acordo com a Resolução COFEN 311/2007. (B) leves. assinale aquela em que o infrator é admoestado de forma reservada. que o técnico de enfermagem tem o dever de (A) revelar informações confidenciais quando solicitado por pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo. se for o caso. (SECAD/TO . epidemia e catástrofe.(D) o registro no prontuário do paciente é obrigatório. 19. intimado como testemunha. (D) participar de projetos de construção e reforma de unidades de internação.Assistente Socioeducativo . 18. (B) O profissional de enfermagem. (C) negar-se a comparecer como testemunha perante a autoridade. 231 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . graves e gravíssimas.Técnico em Enfermagem – FUNCAB/2014) Considerando as penalidades previstas no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. entretanto deve ser bastante resumido.Técnico Judiciário – Enfermagem – FCC/2011) Conforme o Código de Ética dos profissionais de enfermagem. pois seria obrigado a revelar segredos. se for o caso. moderadas e graves. quando intimado como testemunha e.Técnico em Enfermagem – FUNCAB/2014) Considerando as responsabilidades e deveres do Técnico de Enfermagem. segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso.º 311/2007. (A) Advertência verbal (B) Multa (C) Censura (D) Suspensão do exercício profissional 22. (TRT 16ª . no entanto. (B) observar. declarar seu impedimento de revelar o segredo. (D) comparecer perante a autoridade. serão consideradas (A) leves. quando o fato é de conhecimento público. (UFPE . 20. moderadas e graves. consta sobre o sigilo profissional na Resolução Cofen n. é permitido ao auxiliar de enfermagem: (A) realizar consulta de enfermagem. poderá ser revelado. (E) atenuantes. (D) atenuantes.Assistente Socioeducativo . (C) às proibições. com registro da referida penalidade no prontuário dele. éticos e culturais deve ser praticado exclusivamente para o benefício do profissional. mesmo em caso de falecimento da pessoa envolvida.Técnico Judiciário – Enfermagem – FCC/2014) Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência. sem pleitear vantagens pessoais. (E) realizar auditoria de enfermagem. (INFRAERO . (TRE/RN . (SECAD/TO . Artigo 121. 21. (B) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. ou dela obtiver benefício. (C) Imperícia. Suspensão do exercício profissional e Cassação do direito ao exercício profissional.498/86 é/são atividade(s) do Técnico em Enfermagem: (A) planejamento. (HUAC/UFCG .Técnico de Enfermagem .COMPROV/UFCG/2014) Um técnico de enfermagem que em um serviço hospitalar delega funções e prescreve assistência de enfermagem está agindo com: (A) Imprudência. Imperícia e Imprudência. (D) participação na orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar. o fato sigiloso não poderá ser revelado mesmo quando necessário à prestação da assistência. (B) Negligência. (HUAC/UFCG . (D) Imprudência. execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso”. (E) consulta de enfermagem. graves ou gravíssimas. assinale a alternativa incorreta: (A) Considera-se infração ética a ação. deixar de providenciar ou executar ações técnicas cabíveis em situações de emergências com pacientes são. (D) Negligência. (D) A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação. Multa. Imprudência e Negligência.Técnico de Enfermagem . 24. omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. (B) Deformidade permanente. (C) execução do parto sem distocia. troca e administração de solução incompatível com a via endovenosa. (C) Imperícia. (ILSL – Enfermeiro – IBFC/2013) Considerando o Código de ética dos profissionais de Enfermagem sobre as infrações éticas. (D) Insatisfação. (B) Imperícia.COMPROV/UFCG/2014) Prática de uma injeção intramuscular profunda seccionando o nervo ciático.Técnico em Enfermagem – AOCP/2014) Nos termos da Lei nº 7. (B) As penalidades a serem impostas exclusivamente pelo Conselho Regional de Enfermagem são: Advertência verbal. desde que o fato seja de conhecimento público. Negligência e Imprudência. quando cometida por outrem. (C) Perigo de vida. para profissionais da enfermagem exemplos de: (A) Imprudência. Imprudência e Negligência. . (D) Em caso de falecimento da pessoa envolvida em fato sigiloso. (E) Incondicionamento. o profissional de enfermagem está desobrigado do sigilo. respectivamente. (D) Perda ou inutilização de membro. Imperícia e Negligência. organização. 23. 25. coordenação. 232 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . (E) Dano moral. (EBSERH/ HC-UFMG . 27. 26. Com base neste artigo. (C) Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática. “as infrações serão consideradas leves. são consideradas infrações graves as que provoquem: (A) Morte.(C) Em atividade multiprofissional. De acordo com o Artigo 121 do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Censura. além da participação no planejamento da assistência de enfermagem. Acerca desse tema. 233 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . ignorando a ciência e com culpa comissiva. considere que um profissional pratica um ato ou ação precipitada.080/90 (B) Lei nº 8. (E) abuso. . No art. envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar. (EBSERH . respeitados os respectivos graus de habilitação. (D) Participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar.142/90 (C) Lei Complementar nº 141/2012 (D) Resolução COFEN nº 311/2007 (E) Resolução COFEN nº 358/2009 31.Técnico em Enfermagem – IDECAN/2014) De acordo com a Lei nº 7. coordenar. (B) Participar da programação da assistência de enfermagem. família e coletividade. (EBSERH/ HC-UFPE .HC-UFTM . (B) É considerado técnico em enfermagem o titular do diploma ou do certificado de técnico de enfermagem. (C) imprudência.Técnico em Enfermagem – IDECAN/2014) “A _____________________ aprova a reformulação do código de ética dos profissionais de enfermagem. (E) É direito do profissional de enfermagem recusar-se a desenvolver atividades profissionais na falta de material ou equipamentos de proteção individual e coletiva definidos na legislação específica. (EBSERH/ HC-UFPE . 7º. (B) negligência. (EBSERH . (D) É proibido assinar as ações de Enfermagem que não executou. bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional. Tal ação é classificada como (A) imperícia. (A) Lei nº 8. relacionadas à pessoa. sem cautela. reflexão. cabendo-lhe especialmente.(EBSERH/ HC-UFMG . 32. revogando a Resolução COFEN nº. assinale a alternativa correta. (A) É considerado técnico de enfermagem o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro. (E) Planejar. registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de técnico de enfermagem. (C) Executar ações assistenciais de enfermagem.HC-UFTM . (A) O profissional tem direito a ter acesso às informações. exceto em iminente risco de morte.Técnico em Enfermagem – IADES/2013) De acordo com o Código de Ética em Enfermagem. a lei regulamenta a profissão de técnico de enfermagem. necessárias ao exercício profissional.Técnico em Enfermagem – AOCP/2014) A Resolução COFEN Nº 311/2007 aprovou Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. mesmo tendo perfeito conhecimento do risco. 240/2000. executar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem. (D) indolência. EXCETO: (A) Participar da equipe de saúde. (B) É proibido executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da pessoa ou de seu representante legal. 30. 29. exceto as privativas do enfermeiro. (C) A enfermagem é exercida privativamente pelo enfermeiro. expedido de acordo com a legislação e sem obrigatoriedade de registro pelo órgão competente. organizar. que dispõe sobre a regulamentação do exercício de enfermagem e dá outras providências.498/1986 dispõe sobre a regulamentação do exercício da enfermagem e dá outras providências. (C) É proibido cooperar em prática destinada a interromper a gestação mesmo nos casos previstos em Lei.Técnico em Enfermagem – IADES/2013) Lei nº 7. assinale a alternativa INCORRETA.498/86. De acordo com o Código de Ética vigente. pelo técnico de enfermagem e pelo auxiliar de enfermagem. o técnico em enfermagem exerce atividade de nível médio.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior.28. (C) Do ensino.Técnico em Enfermagem – IADES/2013) Os artigos 7º e 12º da Lei nº 7.Assistencial . (A) organização e direção dos serviços de higiene e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços. 34. (E) Observar. prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e participar da equipe de saúde. (E) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar.498/1986 ao enfermeiro incumbe. 234 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . assistência de enfermagem à gestante. o que envolve orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar. independente da jurisdição na área onde ocorre o exercício. execução e avaliação da programação de saúde. das relações com trabalhadores da enfermagem.II. (EBSERH/HU-UFMS . das relações com as organizações empregadoras. saúde e outros. (C) prescrição da assistência médica. a organização. auditoria e emissão de parecer sobre matéria bioquímica. das relações comerciais.Enfermeiro . (E) Das relações com as organizações da categoria. (B) consultoria.498/86). (B) Da publicidade.498/86 mencionam que o técnico de enfermagem exerce atividade de nível médio. (E) É atribuído ao técnico de enfermagem o planejamento. . das relações legais. da aplicação da penalidade. das relações com a pessoa. família e coletividade. das infrações e penalidades. executar ações de tratamento simples.Assistencial . (B) Observar. e participará no planejamento da assistência de enfermagem. (A) organizar e dirigir os serviços de enfermagem e suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços. (C) Como integrante da equipe de saúde: participar no planejamento. 36. (A) Das relações profissionais. das relações institucionais. reconhecer e descrever sinais e sintomas. parturiente e puérpera. privativamente. do sigilo profissional.AOCP/2014) O Código de Ética de Enfermagem é composto por capítulos e seções. (D) Participar da programação da assistência de enfermagem. a programação da assistência de enfermagem. das relações sociais e assistenciais. a coordenação. realizar exames de imagem. orientar os agentes comunitários de saúde. (B) realizar cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida. das relações com as organizações empregadoras.HC-UFTM . (EBSERH/HU-UFMS . das relações com os trabalhadores de enfermagem.(D) A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem. Assinale a alternativa que os cita corretamente. das disposições gerais. família e coletividade. (D) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida com prescrição de medicações. observado o disposto no parágrafo único do art.Enfermeiro .AOCP/2014) Segundo a Lei n° 7. da pesquisa e da produção técnico científica. a execução e a avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. (E) cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e capacidade de tomar decisões imediatas. (D) coordenar. exceto as privativas do enfermeiro. do sigilo profissional. cabendo-lhe. privativamente. (EBSERH . das relações socioeconômicas e biopsicossociais. especialmente. das relações com as organizações empregadoras. das relações legais. reconhecer e descrever sinais e sintomas. (C) executar todas as ações assistenciais de enfermagem durante sua jornada de trabalho. das relações com a pessoa. da Lei do exercício Profissional. participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermeiro em grau auxiliar. executar ações assistenciais de enfermagem. executar ações de tratamento. em seu artigo oitavo. saúde e outros. 33. (D) Das relações profissionais. prescrever medicamentos de uso contínuo. 35.AOCP/2014) Assinale a alternativa que descreve algumas das atividades do Enfermeiro contidas na Regulamentação da Lei do Exercício Profissional (Lei 7. (A) Participar da programação da assistência de enfermagem.Assistencial . (EBSERH/MEAC e HUWC-UFC .Enfermeiro . das relações com as comissões de ética e bioética. execução de parto sem distocia. da publicidade. (E) gestação é decorrente de estupro. (EBSERH/MCO . (B) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho. em matérias específicas de Enfermagem.Assistencial . (D) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde.Enfermeiro . as informações necessárias à continuidade da assistência de enfermagem. (C) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contra referência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde. 41. nos concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem. deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de enfermagem.406/87 que regulamenta a Lei n.UFBA . (Pref. no descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos. (D) feto tem diagnóstico de síndrome de Down. (C) O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios. (C) Colaborar. 235 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . completas e fidedignas. família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda população . (E) participação em bancas examinadoras. (EBSERH/MEAC e HUWC-UFC . (B) Executar e determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e às demais normas que regulam o exercício da Enfermagem. tecidos. Rodolfo Fernandes/RN . construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais.AOCP/2014) A pena de cassação do direito ao exercício profissional é aplicável no caso de qual infração apresentada a seguir? (A) Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio ou comprometam a finalidade para a qual foram instituídas as organizações da categoria. (B) verbais. 38.Assistencial .Enfermeiro .498/86.IADES/2014) Considerando o Código de Ética e Deontologia de Enfermagem. 40.37. é correto afirmar que o enfermeiro pode cooperar em prática destinada a interromper a gestação quando a (o) (A) gestante é adolescente.Enfermeiro . responsabilidades. devem ser (A) escritas. (EBSERH/MCO . durante a passagem de plantão.Enfermeiro – Hospital – CONPASS/2014) Baseado no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem assinale a alternativa incorreta: (A) A enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos.Assistencial . bem como permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional. (E) relatadas à beira-leito. (C) escritas e verbais.UFBA . fecundação artificial e manipulação genética. direta ou indiretamente. (E) Assinar as ações de enfermagem que não executou. valor. ao enfermeiro incumbe como integrante da equipe de saúde. pelo compromisso social e profissional configurado pela responsabilidade no plano das relações de trabalho com reflexos no campo científico e político. (C) gestação é múltipla. EXCETO (A) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência médica.IADES/2014) De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. direitos. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS . (B) gestante é multípara. (D) fidedignas.Enfermeiro .AOCP/2014) Segundo o Decreto nº 94. (D) O código de Ética está centrado na pessoa. 39. ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem. pesquisa e assistência.º 7. éticas e políticas que se processa pelo ensino. esterilização humana.Assistencial . (D) Apropriar-se de dinheiro. com outros profissionais de saúde. (B) O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo de construção de uma consciência individual e coletiva. público ou particular de que tenha posse em razão do cargo. bem móvel ou imóvel. A Sistematização da Assistência de Enfermagem organiza o trabalho profissional quanto ao método.Enfermeiro – Hospital – CONPASS/2014) Ainda sobre o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais. Maravilha/SC/2014) Resolução COFEN-358/2009 dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) e a implementação do Processo de Enfermagem (PE). Diagnóstico de Enfermagem III.Saúde da Família . imprudência ou negligência. de modo deliberado e sistemático.Enfermeiro – Hospital – CONPASS/2014) De acordo com o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. com mais exatidão. interdependentes e recorrentes: Em relação ao Processo de Enfermagem numere a coluna da direita de acordo com a coluna da esquerda. Rodolfo Fernandes/RN . escritas e verbais. completas e fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da assistência. em todos os ambientes. por meio do Conselho Regional de Enfermagem. 236 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . autonomia e liberdade. e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. (Pref. exceto: (A) Exercer a enfermagem com liberdade. 42. o Art. V. Avaliação de Enfermagem. ( ) processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. 2º relata que o Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas interrelacionadas. realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas. (E) Prestar informações. (Pref. ( ) (ou Histórico de Enfermagem) – processo deliberado. (C) Participar da orientação sobre benefícios. na condição de membro da equipe de saúde. públicos ou privados. (D) Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja por imperícia. 44. em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. sobre as relações com os trabalhadores de enfermagem. Implementação.Enfermeiro . éticos e dos direitos humanos.(E) O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a falta de necessidade e de direito de assistência em enfermagem da população. no capítulo que trata das relações profissionais.Pref. O Art. riscos e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos. Coleta de dados de Enfermagem II. as respostas da pessoa. saúde e outros. família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional. (B) Aprimorar seus conhecimentos técnicos. 1º menciona que o Processo de Enfermagem deve ser realizado. são direitos. . Maravilha/SC . (B) Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade. tornando possível a operacionalização do processo de Enfermagem e o Processo de Enfermagem é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de Enfermagem e a documentação da prática profissional. que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa. independentemente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. os interesses do profissional e de sua organização. (E) Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão. Planejamento de Enfermagem IV. pessoal e instrumentos. Rodolfo Fernandes/RN . (C) Participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com responsabilidade. I. 43. sistemático e contínuo. (D) Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. qual das alternativas não se trata de responsabilidades e deveres? (A) Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais. que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam. (Pref. IV. que revoga a de número 272. Planejamento de enfermagem. II. Implementação e Avaliação de Enfermagem. públicos ou privados. as fases que compõem esse processo são: (A) Coleta de dados ou histórico de enfermagem.498/1986. Carangola/MG – Enfermeiro – IDECAN/2014) Considerando o art. 48. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. Diagnóstico de Enfermagem. (D) Histórico de enfermagem. ___________ é um instrumento metodológico que orienta o cuidado profissional de enfermagem e a documentação da prática profissional. (C) Associações comunitárias. De acordo com a Resolução do COFEN Nº. sendo compulsória apenas em ambientes hospitalares. privativamente. Diagnóstico de enfermagem. face a essas respostas. 45.358/2009.IBFC/2013) De acordo com a Resolução do COFEN nº 358/2009. (C) I. ( ) processo deliberado. identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. Marque a alternativa que apresenta a sequência correta. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença. que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e Implementação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos ou privados. Diagnóstico de enfermagem. Planejamento de Enfermagem. IV e V. que dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE). Avaliação de Enfermagem. aumentando a visibilidade e o reconhecimento profissional. (ILSL – Enfermeiro – IBFC/2013) Considerando a Resolução do COFEN nº 358/2009. Plano Assistencial. ( ) realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. que ocorre o cuidado desses profissionais. (Pref. (Pref. observadas as disposições da Lei nº 7. (B) Coleta de dados ou histórico de enfermagem. (B) V. sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa. (E) Instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar. (D) IV.498/1986. Avaliação de Enfermagem. em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem. bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas. Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. de modo deliberado e sistemático. III. Implementação. e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. naquilo que lhes couber. (C) A SAE deve ser realizada. Diagnóstico. e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa. (A) Sistematização de Assistência Enfermagem. IV. (D) O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem.Enfermeiro . públicos ou privados. Evolução. Plano assistencial. incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem. Diagnóstico de enfermagem. III. São Jorge do Patrocínio/PR – Enfermeiro – RUFFO/2014) O Processo de enfermagem deve ser realizado de modo deliberado e sistemático em todos os ambientes. III e V. evidenciando sua contribuição na atenção à saúde da população. Prognóstico de enfermagem. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. (B) Domicílios. Plano de cuidados ou Prescrição de enfermagem. Implementação da assistência de enfermagem. (B) A SAE organiza-se em cinco etapas: Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem). o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa. de modo a alcançar os resultados de enfermagem esperados. 47.( ) determinação dos resultados que se espera alcançar. 237 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Planejamento de enfermagem. (D) Instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde. V. em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. cabendo-lhe. I e II. assinale a alternativa incorreta: (A) Ao enfermeiro. Avaliação de enfermagem. em qual ambiente o processo de enfermagem NÃO corresponde somente à consulta de enfermagem? (A) Escolas. para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado. participam da execução do SAE. (A) I. 1º da Resolução COFEN nº 358/2009. II. Implementação. . Evolução. em conformidade com o disposto na Lei nº 7. II e I. (EBSERH . (C) Histórico de enfermagem. III. 46. é correto afirmar: (A) o diagnóstico de enfermagem é uma etapa importante do processo.processo deliberado. as respostas da pessoa.Enfermeiro . . domicílios. subsidiando ações de assistência de Enfermagem que possam contribuir para a promoção. utiliza método e estratégia de trabalho científico para a identificação das situações de saúde/doença. para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado.(B) Processo de Enfermagem. família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. (A) Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) . por isso deve ser a última etapa do processo. (E) o plano para estabelecer o cuidado de enfermagem é a primeira parte do processo. família e comunidade. prevenção. (D) Atividade da classe de enfermagem. (EBSERH . sistemático e contínuo. o Processo de Enfermagem. (B) Diagnóstico de Enfermagem . que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. subsidiando ações de assistência de Enfermagem que possam contribuir para a promoção. escolas. que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa. (D) Avaliação de Enfermagem . (C) Planejamento de Enfermagem . 52. Anápolis/GO . realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas. assinale a alternativa incorreta. 238 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . subsidiando ações de assistência que possam contribuir para a promoção.IBFC/2013) De acordo com a Resolução do COFEN nº 358/2009. pois a avaliação levará ao diagnóstico de enfermagem.SAE? (A) Atividade da classe de enfermagem. interdependentes e recorrentes. (B) Atividade privativa do enfermeiro. sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa. (C) Consulta de enfermagem. (EBSERH/MEAC e HUWC-UFC . (D) Consulta de Enfermagem. exclusivamente.Enfermeiro .processo deliberado. (B) o enfermeiro deve iniciar o processo pela avaliação do paciente. 50. o Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas. a partir da observação do enfermeiro. e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde. (C) Atividade realizada pelo enfermeiro em que sistematiza a assistência realizada pelo técnico e auxiliar de enfermagem. entre outros. e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. (D) o diagnóstico de enfermagem deriva-se da evolução do paciente.IBFC/2013) De acordo com a Resolução do COFEN nº 358/2009. (D) Prescrição de Enfermagem. recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo. (Pref.processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa. (C) Primary Nursing. prevenção.realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de diagnóstico de enfermagem.Enfermeiro . 49. pois determinará o que pode ser feito com o paciente. corresponde ao que usualmente é denominado de (A) Assistência de Enfermagem.AOCP/2014) O que é a Sistematização da Assistência de Enfermagem . 51. recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo.Analista em Saúde – Enfermeiro – FUNCAB/2011) Em relação aos componentes do “processo de enfermagem”. associações comunitárias. Considerando essas etapas. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença. (EBSERH . que simula situações de saúde/doença. recuperação e reabilitação da saúde do indivíduo. com mais exatidão. (B) Assistência Ambulatorial. (C) o histórico é a coleta sistemática dos dados.Assistencial . sendo construído. prevenção. que identifica situações de saúde/doença. (B) Avaliação.Assistencial .UFBA . recuperação e reabilitação do indivíduo. mas não estuda associações com possíveis fatores de risco.Assistencial . 54. (D) A consulta de enfermagem compõe-se de histórico de enfermagem (compreendendo a entrevista) e exame físico. intervenção. (HUGO2 . suicídios e outras causas externas. implementação e avaliação. avaliação. (C) histórico de enfermagem. (E) Prescrição de enfermagem. agressões.AOCP/2014) Conforme a resolução do COFEN 358/2009. resolutividade e integralidade das ações de saúde não constituem a consulta de enfermagem. planejamento médico de enfermagem.UTI Pediátrica .IADES/2014) Com relação à consulta de enfermagem. planejamento de enfermagem. Equipe de Aeromédico. (B) Diagnósticos de enfermagem. (D) Anamnese. 239 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre (USA). diagnóstico de enfermagem. prevenção. implementação e avaliação de enfermagem. (A) Investigação. (C) Avaliação. prescrever e implementar medidas de enfermagem que contribuam para a promoção. (B) o Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA). proteção da saúde. diagnóstico médico. técnico e auxiliar de enfermagem. (A) Sistematização da assistência de enfermagem. apenas. compreendendo a entrevista. (E) A consulta de enfermagem é privativa do enfermeiro. o Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas. o diagnóstico de enfermagem e a prescrição. (Hospital Risoleta Tolentino Neves – HRTN – Enfermeiro . (EBSERH/MCO .Assistencial . o exame físico. da família e da comunidade. diagnóstico médico. diagnóstico de enfermagem. busca estimar prevalências de acidentes de trânsito. diagnóstico de enfermagem e prognóstico de enfermagem.Enfermeiro . (D) Avaliação. utiliza componentes do método científico para identificar situações de saúde/doença. referenciando os casos de urgências aos outros pontos de atenção à saúde. implementação e avaliação médica. planejamento de enfermagem e avaliação de enfermagem. (B) Os princípios de universalidade. (C) A consulta de enfermagem compõe-se de histórico de enfermagem. planejamento de enfermagem. planejamento.Gestão de Concursos/2014) Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE as etapas do processo de enfermagem. por meio do componente Inquérito. (C) Histórico de enfermagem. constata-se o seguinte: (A) As unidades móveis para o atendimento de urgência podem ser Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre (USB). equidade.Enfermeiro . . 55. diagnóstico médico.Enfermeiro . (D) histórico de enfermagem. (EBSERH/MEAC e HUWC-UFC .UFBA .IADES/2014) Assinale a alternativa que apresenta a etapa final do processo da assistência de enfermagem. Motolância e Veículo de Intervenção Rápida (VIR). assinale a alternativa correta. 53. prescrição e classificação dos resultados diagnósticos. diagnóstico de enfermagem. (E) histórico de enfermagem. (C) a Atenção Primária deve reconhecer e organizar as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade. planejamento de enfermagem. 56. interdependentes e recorrentes que são: (A) histórico de enfermagem. incorporação e avaliação de enfermagem. (A) A consulta de enfermagem é obrigatória a todos os profissionais da enfermagem. (EBSERH/MCO . prescrição e plano de cuidados.Enfermeiro . incluindo o técnico e o auxiliar. apenas.(E) Atividade realizada pelo médico onde sistematiza a assistência realizada pelo enfermeiro. que envolve um julgamento no sentido de avaliar se o objetivo estabelecido foi alcançado. diagnóstico. incorporação e consolidação de enfermagem. 57.AGIR/UEG/2014) Sobre os componentes da Rede de Atenção às Urgências. Equipe de Embarcação. (B) histórico de enfermagem. prognóstico de enfermagem. compartilhado por trabalho de gerenciamento de caso. traumatológica e pediátrica. cerebrovascular e traumatológica são prioritárias dentro do Componente da Atenção Hospitalar da Rede de Atenção às Urgências e Emergências. unidades de saúde da família e a rede hospitalar. (B) humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde. Prevenção e Vigilância à Saúde e Atenção Domiciliar. (SPDM/RJ – Enfermeiro – BIORIO/2014) A Rede de Atenção às Urgências prioriza as seguintes linhas de cuidados: (A) gineco-obstétrica. (B) cardiovascular. que possa levar a sofrimento. (SPDM/RJ – Enfermeiro – BIORIO/2014) Avalie se integram a Rede de Atenção às Urgências os seguintes componentes: I . (C) devem ser organizadas em pontos (unidades) adicionais dentro da rede de atenção às urgências e emergências. pediátrica e clínica médica. III . cerebrovascular e traumatológica.Enfermeiro UTI – CAIPIMES/2013) A Portaria 1600/2011 reformula a Política Nacional de Atenção às Urgências e institui a Rede de Atenção às Urgências no Sistema Único de Saúde (SUS). (C) articulação Inter federativa e compartilhada entre os diversos gestores.Sala de Estabilização e Força Nacional de Saúde do SUS. (D) execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde. normatiza a terapia trombolítica e repassa a obrigação de fornecimento dos medicamentos essenciais ao tratamento do IAM para o estado. devendo funcionar 24h por dia. (HUGO2 . de caráter urgente e transitório. Completa corretamente o claro: (A) Promoção. 59. cirúrgica.Enfermeiro . (E) atuação profissional que busque a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde.UTI Pediátrica . (C) cardiovascular. (D) a LC de atenção ao IAM fomenta a habilitação das unidades coronarianas (UCO). O Componente __________________________________________________e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica. . 62. obstétrica. 61. (D) cardiovascular. (SPDM/RJ – Enfermeiro – BIORIO/2014) São diretrizes da Rede de Atenção às Urgências. II . todos os dias da semana. pediátricas. sequelas ou mesmo à morte.AGIR/UEG/2014) A organização das linhas de cuidados (LC) cardiovascular. instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas de cuidado.(D) As unidades de pronto atendimento 24h são estruturas de alta complexidade entre as unidades básicas de saúde. traumatológica e neurológica. Sobre essas LC verifica-se o seguinte: (A) têm maior relevância financeira do que epidemiológica. psiquiátricas. (B) dentro da LC de atenção ao AVC estão contempladas ações para qualificar a capacidade diagnóstica em todos os pontos de atenção da rede de atenção à saúde. Prevenção e Vigilância à Saúde (B) Atenção Básica em Saúde (C) Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) (D) Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) 60. entre outras). 58. traumática.Hospital Nardini . garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao SUS. IV . sendo necessário. (Fundação do ABC . 240 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . EXCETO: (A) garantia de implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional.Atenção Básica em Saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h).Promoção. (E) cardiovascular. estabelecendo seus objetivos e dispões sobre os componentes da rede de atenção às urgências e seus objetivos. pediátrica e clínica médica.Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências. Assinale a alternativa correta: (A) apenas as afirmativas I. 63.Assistencial . (D) A necessidade de diálise peritoneal é um critério de inclusão para cuidados na modalidade de atenção domiciliar nível 2. (C) A modalidade de atenção domiciliar tipo 3 é de responsabilidade das equipes de atenção básica.AOCP/2014) Preencha a lacuna e assinale a alternativa correta. no mínimo.AOCP/2014) Um dos componentes da Rede de Atenção às Urgências e Emergências é a atenção domiciliar . Sobre este componente. (D) Somente os itens I e II estão corretos.Enfermeiro . pediátrica. 66.F. IV.F . cirúrgica. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS . (C) Os itens I. ( ) Funcionar de modo ininterrupto nas 24 horas.AOCP/2014) Sobre as competências da UPA 24h na Rede de Atenção às Urgências.V . (E) É critério para inclusão no serviço de atenção domiciliar.Assistencial .Enfermeiro . analise os seguintes itens: I. (B) F . 64.F. em todos os dias da semana. (A) V .Técnico-Administrativo . (C) apenas as afirmativas I e II estão corretas. incluídos feriados e pontos facultativos.V . psiquiátrica. a presença de necessidade de monitorização contínua.V .Enfermeiro . (A) A atenção domiciliar deve ser estruturada na perspectiva das redes de atenção à saúde. (A) 192 . (B) apenas as afirmativas II e III estão corretas. uma vez por mês.V . (C) V . (D) apenas as afirmativas II.V . ( ) Manter pacientes em observação. II e III estão corretos. II. III e IV estão corretos.Melhor em casa. "O componente assistencial móvel da Rede de Atenção às Urgências (SAMU) tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica. (IF/CE . (D) V . III.Assistencial . com visitas.V . A rede de atenção às urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular.V. acessado pelo número "______" e acionado por uma Central de Regulação Médica das Urgências". entre outras) mediante o envio de veículos tripulados por equipe capacitada. Assinale a opção correta: (A) Todos os itens estão corretos.V. tendo o hospital geral como ordenador do cuidado e da ação territorial. traumática. 241 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .V . assinale a alternativa correta. 65. incluindo as equipes de Saúde da Família. em qualquer modalidade. (E) todas as afirmativas estão corretas. para elucidação diagnóstica e/ou estabilização clínica.F . (E) Os itens I.Enfermeiro . III e IV estão corretas. por período de até 72 horas. (B) Todos os itens estão errados. A força nacional de saúde do SUS não compõe a rede de atenção às urgências. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS . informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma a seguir e assinale a alternativa com a sequência correta. A atenção básica em saúde e a atenção domiciliar são componentes da rede de atenção às urgências. ( ) Acolher os pacientes e seus familiares sempre que buscarem atendimento na UPA 24 h. (B) O serviço de atenção domiciliar deverá estar cadastrado no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). II e III estão corretas. cerebrovascular e traumatológica. (EBSERH/ HUSM-UFSM/RS .IF/CE/2014) Levando-se em consideração a Política Nacional de Atenção às Urgências.F. (E) V . ( ) Fornecer retaguarda às urgências atendidas pela Rede de Atenção Básica. A sala de estabilização compõe a rede de atenção às urgências e se caracteriza como novo serviço de saúde para assistência a toda demanda espontânea. obstétrica.F . (A) Prancha longa. (C) Proporciona à equipe multiprofissional de saúde compreensão do processo saúde/doença. proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo”.Técnico de Enfermagem . onde há maior necessidade de controle adequado e responsável dos insumos. (B) Colar cervical. ( ) Certo ( ) Errado . O enfermeiro gestor de insumos deverá ter conhecimento da área hospitalar. (E) drenagem fecal proveniente do intestino grosso. (D) Proporciona atenção de forma parcial e integral. 71. (C) Colete salva vidas. (D) correção do colédoco. 69. 242 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Em qual setor do hospital se concentra a maior quantidade de materiais médico-hospitalares ou correlatos? (A) Unidade de terapia intensiva.Gestão de Concursos/2013) As ambulâncias do TIPO B são equipadas para imobilização e remoção de vítimas de trauma. (B) Pronto-socorro. (D) Colete imobilizador dorsal. Ceará. (C) nutrição enteral diretamente no jejuno. “Realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações. (CIAS/SAMU/MG . 68. (A) É uma estratégia de promoção e proteção da saúde dos indivíduos da família apenas. 72. Assinale a alternativa que não corresponde a uma de suas características. A colostomia é um procedimento cirúrgico que objetiva promover a (A) diminuição da hipertensão portal. (C) Ala de pediatria. O projeto piloto foi implementado na cidade de Quixadá. (E) Ambulatório. assinale o único que NÃO é equipamento de remoção. O Programa de Saúde da Família (PSF) compõe uma das principais armas das Políticas Públicas de Saúde. dentre os materiais citados a seguir. “Realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local”. O período transoperatório compreende desde o momento em que o paciente é recebido na unidade do centro cirúrgico até a sua saída da sala de operações. (B) Propõe um novo modelo de atenção à família. em 1993. (D) Centro cirúrgico.(B) 193 (C) 190 (D) 189 (E) 911 67. Estas são consideradas atribuições: (A) Do enfermeiro (B) Do agente comunitário de saúde (C) Do médico (D) Do auxiliar de enfermagem (E) Comum a todos os profissionais 70. (B) reinserção dos órgãos abdominais. (E) Busca atender o paciente na unidade de família ou mesmo individual. (E) tracionar o membro afetado para corrigir a luxação e aliviar a dor. Com base nessa afirmação. (B) Avaliação do local do acidente e proteção de terceiros. (C) colocar uma tipoia e encaminhar para o serviço de saúde. (B) aplicar calor no local e prosseguir no descarregamento. 243 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . (A) Avaliação do local do acidente e proteção do acidentado. (E) resfriar a vítima por imersão em água fria e fazer com que beba uma solução de eletrólitos e carboidratos. o condutor relata uma forte dor no ombro esquerdo. (B) providenciar atendimento médico. (E) verificar se os exames de imagem foram necessários para a cirurgia. Em relação às condutas de Primeiros Socorros no atendimento às vítimas de intermação. ( ) Certo ( ) Errado 76. 79. 78. “O atendimento de primeiros socorros pode ser dividido em etapas básicas que permitem maior organização no atendimento e resultados mais eficazes”. após a analgesia da dor. (D) verificar a correta contagem de instrumentais. a American Heart Association e American Red Cross (2010) recomenda (A) oferecer líquidos e usar uma atadura nos membros inferiores para melhorar o retorno venoso. (B) realizar a manobra de inclinação da cabeça e de elevação do queixo da vítima. (C) afrouxar as roupas e colocar cubos de gelo na cavidade oral da vítima. Segundo o Protocolo para Cirurgia Segura. encostar o ouvido no peito da vítima e aproximar uma das mãos na narina da vítima. que resulta de perda de sangue. (C) Avaliação do acidente e organização do local do acidente. apresentando uma luxação. (D) oferecer leite gelado e fazer compressas com água e vinagre para inativar o efeito do calor. aproximar a sua mão esquerda no nariz da vítima e sua mão direita no peito da vítima. (C) tocar nos ombros da vítima e chamar em voz alta. acúmulo de sangue nas extremidades ou efeito dos analgésicos. A respeito da assistência de enfermagem ao paciente cirúrgico.73. Um dos principais cuidados de enfermagem na sala de recuperação pós-anestésica é a hipertensão. assinale a alternativa que apresenta quais são as etapas básicas corretas. após o alívio da dor. (D) posicionar a vítima com o queixo elevado. O posicionamento inadequado da placa de bisturi no ato cirúrgico é considerado um ato de negligência da equipe de enfermagem. Ao retirar o material pesado do veículo. 77. Uma das etapas do atendimento de primeiros socorros é verificar a responsividade da vítima. (B) revisar verbalmente com a anestesiologista o histórico de reação alérgica. compressas e agulhas. julgue os itens seguintes. após o término da cirurgia e antes do paciente deixar a sala de cirurgia deve-se: (A) confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação. a pessoa que socorre deve (A) iniciar a inspeção respiratória com a vítima em posição de recuperação. Os cuidados iniciais ao prestar os primeiros socorros nessa condição consistem em (A) aplicar gelo no local e prosseguir no descarregamento. Na aplicação desse procedimento. . ( ) Certo ( ) Errado 74. pois a situação requer tratamento com fluido intravenoso. 75. (D) encaminhar ao serviço de saúde para colocação de aparelho gessado. (D) Avaliação do acidente e proteção de terceiros. hipoventilação. (C) confirmar a assinatura do consentimento para cirurgia. (E) observar a coloração dos lábios da vítima. l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida. Art. 35 . ( ) Certo ( ) Errado Respostas 01. d) (VETADO). parturiente e puérpera. sobre a sua participação ou não no ato abortivo. h) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto. Art.Executar prescrições de qualquer natureza. c) planejamento. g) assistência de enfermagem à gestante. e) (VETADO). execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde. 27 – Executar ou participar da assistência à saúde sem o consentimento da pessoa ou de seu representante legal. Resposta: D PROIBIÇÕES Art.Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico. Art. exceto nos casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência. 34 . f) prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de enfermagem. 33 . h) consultoria. auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem. e chefia de serviço e de unidade de enfermagem. organização. j) prescrição da assistência de enfermagem. 32 . Art. m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. 28 .Provocar aborto. f) (VETADO). exceto em iminente risco de morte. c) prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde. . cabendo-lhe: I – privativamente: a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde. Art. Art. 11. exceto em caso de emergência. Art. 244 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Resposta: D. ser conivente ou omisso com qualquer forma de violência. 80. i) consulta de enfermagem. execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. Art. II – como integrante da equipe de saúde: a) participação no planejamento. coordenação.Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional.Registrar informações parciais e inverídicas sobre a assistência prestada. b) participação na elaboração. Art. exigindo tratamento médico imediato. e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de doenças transmissíveis em geral. 30 . 02. execução e avaliação da programação de saúde. 31 .Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente.Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência ou emergência. g) (VETADO). 26 . 29 . Art. pública e privada. b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços.(E) Levantamento e coleta de Informações sobre o ocorrido e o(s) envolvido(s). d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação.Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e sem certificar-se da possibilidade dos riscos. Urgência é a constatação de agravo à saúde que resulte em risco iminente de morte ou sofrimento intenso.Nos casos previstos em Lei. cooperar. de acordo com a sua consciência. ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação. Parágrafo único . que comprometam a segurança da pessoa.Provocar. o profissional deverá decidir. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem. pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira. Parágrafo único. Resposta: E. onde não conste a assinatura e o número de registro do profissional. pelo Técnico de Enfermagem. 07.º – A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício. como integrante da equipe de saúde. . Trata-se.exerce suas atividades com competência para a promoção da saúde do ser humano na sua integridade. . de acordo com os princípios da ética e da bioética. ainda: a) assistência à parturiente e ao parto normal. hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde. inércia. b) identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico. A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar determinada atribuição. Resposta: B. de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do profissional. quando necessária. a imprudência decorre da ação açodada. em todas as suas dimensões. a dignidade e os direitos humanos. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e qualidade de vida da pessoa. com autonomia e em consonância com os preceitos éticos e legais.Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica. respeitados os respectivos graus de habilitação. 21 . entendendo que é negligente quem. podendo ou devendo agir de determinado modo. integralidade da assistência. Resposta: D. 05. É imprudente quem expõe o cliente a riscos desnecessários ou que não se esforça para minimizá-los. . que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde. de acordo com os princípios da ética e da bioética. c) realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local. negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da Equipe de Saúde. Parágrafo único. 03.participa. das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais. 04. expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física ou moral. preservação da autonomia das pessoas. não age ou se comporta de modo diverso.respeita a vida. A negligência consiste na inação. Em contrapartida. 06. resolutividade. precipitada e sem a devida precaução. Art. recuperação e reabilitação da saúde. Art. Resposta: E. O Profissional de Enfermagem: . prevenção.exerce suas atividades com competência para a promoção do ser humano na sua integralidade. exceto em situações de urgência e emergência. participação da comunidade. Resposta: B. passividade ou omissão.atua na promoção.Proteger a pessoa.º desta lei incumbe.i) execução do parto sem distocia. . família e coletividade contra danos decorrentes de imperícia. portanto. Às profissionais referidas no inciso II do art. DIREITOS . A Enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro. j) educação visando à melhoria de saúde da população. 6. 2. por indolência ou preguiça mental. família e coletividade. 08. Resposta: D. Parágrafo único – O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade. 37 . 245 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Art. Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes fatos que infrinjam dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional. científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional. h) colher material para exames laboratoriais. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. nebulização. contravenção penal ou qualquer outro ato. na solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica. 2. Art. reconhecer e descrever sinais e sintomas. Art. que garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde. Resposta: B. b) realizar controle hídrico. inclusive: a) alimentá-lo ou auxiliá-lo a alimentar-se. d) aplicar oxigenoterapia. de organizações da categoria ou instituições. Art. Art. 3. de equipamentos e de dependência de unidades de saúde. Art. responsabilidade. 11 – O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares. 9.º . na prudência. quanto ao cumprimento das prescrições de Enfermagem e médicas. cabendo-lhe: I – preparar o paciente para consultas. como integrante da equipe de saúde. IV – prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente e zelar por sua segurança. e) executar tarefas referentes à conservação e aplicação de vacinas.º . inclusive: a) orientar os pacientes na pós-consulta. ou de rotina.º . 09. competência. l) executar atividades de desinfecção e esterilização. ao nível de sua qualificação. dignidade. que infrinja postulados éticos e legais. de nível médio. das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais. tais como: a) ministrar medicamentos por via oral e parenteral.Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão. honestidade e lealdade. além de outras atividades de Enfermagem. Equipe de Saúde e de trabalhadores de outras áreas.Art. 4. enteroclisma.Exercer a profissão com justiça. instrumentar. equidade. compromisso. III – executar tratamentos especificamente prescritos. hierarquização e descentralização político-administrativa dos serviços de saúde.º – Praticar e/ou ser conivente com crime. j) circular em sala de cirurgia e. integralidade da assistência. participação da comunidade. Resposta: A. autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais. i) prestar cuidados de Enfermagem pré e pós-operatórios. 6. PROIBIÇÕES Art. 7. II – observar. preservação da autonomia das pessoas. 10.Exercer a Enfermagem com liberdade. b) zelar pela limpeza e ordem do material. exames e tratamentos. resolutividade. enema e calor ou frio. éticos e dos direitos humanos. . g) realizar testes e proceder à sua leitura. VI – participar de atividades de educação em saúde.º – Aprimorar seus conhecimentos técnicos. V – integrar a equipe de saúde. Dentre os princípios fundamentais: O profissional de Enfermagem participa. f) efetuar o controle de pacientes e de comunicantes em doenças transmissíveis. 8. por meio do Conselho Regional de Enfermagem.º – Fundamentar suas relações no direito. 5. para subsídio de diagnóstico.Promover e ser conivente com a injúria calúnia e difamação de membro da Equipe de Enfermagem. Art.º .º . se necessário. atribuídas à equipe de Enfermagem. resolutividade.Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. no respeito.º . 246 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . c) fazer curativos. 1. Art. 36 (. bem como a participação em nível de execução simples. completas e fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da assistência.Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica. Art.. 247 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .) Art. Art. 12. Resposta: B. reconhecer e descrever sinais e sintomas. riscos e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos. envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão.º . . de nível médio técnico. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares. programação. VIII – participar dos procedimentos pós-morte.. não age ou se comporta de modo diverso. 16. cabendo-lhe especialmente: § 1. 38 . 41 .º .Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. Resposta: B. Resposta: A. VII – executar os trabalhos de rotina vinculados à alta de pacientes.Participar da orientação sobre benefícios. 40 – Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional. b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave. 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio.. 39 .Prestar serviços que por sua natureza competem a outro profissional.. atribuídas à equipe de Enfermagem. 14. § 4. cabendo-lhe: I – assistir ao Enfermeiro: a) no planejamento.Participar da equipe de saúde. d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar. Art. Resposta: A.b) auxiliar o Enfermeiro e o Técnico de Enfermagem na execução dos programas de educação para a saúde.º . Parágrafo único (. Resposta: E. por indolência ou preguiça mental. 11. na condição de membro da equipe de saúde. orientação e supervisão das atividades de assistência de Enfermagem. imprudência ou negligência.Observar.º . Resposta: C. 17. e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados a pacientes durante a assistência de saúde. § 3. § 2. Art. PROIBIÇÕES Art.Prestar informações. 33 .Executar ações de tratamento simples. entendendo que é negligente quem. de natureza repetitiva. 37 . podendo ou devendo agir de determinado modo. escritas e verbais. passividade ou omissão. exceto em caso de emergência. onde não conste a assinatura e o número de registro do profissional. seja por imperícia. Resposta: A. 15. em processos de tratamento.Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente. exceto em situações de urgência e emergência. A negligência consiste na inação. DIREITOS Art. independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. inércia. c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de vigilância epidemiológica.) 13. Art. são as seguintes: I . Resposta: B.A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator.º . 18.Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional. § 2. CAPÍTULO II – DO SIGILO PROFISSIONAL DIREITOS Art. Resposta: B. 21. IV .As infrações serão consideradas leves. § 2. V . epidemia e catástrofe. II . 19.Multa. 18. Art.º .º . de 12 de julho de 1973. graves ou gravíssimas.° 5.º . bem como a participação em nível de execução simples. Resposta: A.Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em casos de emergência. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art.121 . Resposta: A.905. 82 . § 4.Advertência verbal. 82 .º . 13 – O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de nível médio. Resposta: D. envolvendo serviços auxiliares de Enfermagem sob supervisão. de natureza repetitiva. 118 . 20.Art. ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal. de forma reservada.º .Censura. em processos de tratamento. § 3.Participar da equipe de saúde.Executar ações de tratamento simples.Em atividade multiprofissional.As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem. exceto casos previstos em lei. sem pleitear vantagens pessoais.Observar. III .Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional. 22. reconhecer e descrever sinais e sintomas. declarar seu impedimento de revelar o segredo. exceto nos casos em que possa acarretar danos ou riscos ao mesmo. § 1. § 3. ordem judicial. que será registrada no Prontuário do mesmo.º . 22 . desde que o menor tenha capacidade de discernimento.º .Suspensão do Exercício Profissional. ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu representante legal. na presença de duas testemunhas.Cassação do direito ao Exercício Profissional. o fato sigiloso poderá ser revelado quando necessário à prestação da assistência. mesmo quando a revelação seja solicitada por pais ou responsáveis. . 81 – Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha conhecimento em razão de seu exercício profissional a pessoas ou entidades que não estejam obrigadas ao sigilo.Prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente.Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa envolvida.º . se for o caso. cabendo-lhe especialmente: § 1. da Lei n. § 1. conforme o que determina o art. § 4. Art. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso.O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer perante a autoridade e. 248 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . exceto casos previstos em lei. ordem judicial. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art.O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido. 115 . de 12 de julho de 1973. § 3. § 2.905. Trata-se. 18.Suspensão do Exercício Profissional.º .Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento público e em caso de falecimento da pessoa envolvida. Negligência: É a culpa de quem se omite. 84 . conforme o que determina o art. na condição de Enfermeiro. É a prática de um fato perigoso. a equipe sob sua responsabilidade sobre o dever do sigilo profissional.§ 1.Divulgar ou fazer referência a casos. são as seguintes: I .Considera-se Infração Ética a ação. expondo o cliente a riscos e com a possibilidade de acometimento danoso à integridade física ou moral.Advertência verbal. Resposta: C. § 4. § 3.Cassação do direito ao Exercício Profissional. Ocorre sempre antes da ação (exemplo: não verificar os freios do automóvel antes de colocá-lo em movimento). 85 . 249 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . PROIBIÇÕES Art.º . 113 .A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá comparecer perante a autoridade e.º . debilidade temporária de membro. portanto. sentido ou função em qualquer pessoa ou as que causem danos patrimoniais ou financeiros.Franquear o acesso a informações e documentos a pessoas que não estão diretamente envolvidas na prestação da assistência.Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática. omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. Resposta: D. Art. 23. Imperícia: É a falta de habilidade no exercício de uma profissão ou atividade. É a falta de cuidado antes de começar a agir. quando cometida por outrem. V . Imprudência: É a culpa de quem age (exemplo: passar no farol fechado). situações ou fatos de forma que os envolvidos possam ser identificados. Resposta: B. 27. Art. é uma ação descuidada. 118 . exceto nos casos previstos na legislação vigente ou por ordem judicial. ou seja.As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem.Multa. 83 – Orientar. ou dela obtiver benefício. Resposta: C. de uma atitude comissiva (de cometer ou agir) por parte do profissional.Em atividade multiprofissional. Prática de uma injeção intramuscular profunda seccionando o nervo ciático. II .º . desde que o menor tenha capacidade de discernimento. da Lei n° 5. . Troca e administração de solução incompatível com a via endovenosa.São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida. mesmo quando a revelação seja solicitada por pais ou responsáveis. IV . A imperícia se reveste da falta de conhecimento ou de preparo técnico ou habilidade para executar determinada atribuição. 121: § 2. 26. III .º . Art. se for o caso. Resposta: B.º .Censura. Deixar de providenciar ou executar ações técnicas cabíveis em situações de emergências com pacientes 25. 24. Art. Art.O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser mantido. Decorre de uma conduta comissiva. Art. declarar seu impedimento de revelar o segredo. o fato sigiloso poderá ser revelado quando necessário à prestação da assistência. exceto nos casos em que possa acarretar danos ou riscos ao mesmo. § 4. FAMILIA E COLETIVIDADE DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM.Participar da programação da assistência de Enfermagem. exceto as privativas do Enfermeiro. Resposta: E.º 311/2007 Aprova a Reformulação do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem 31. envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar.º .Participar da equipe de saúde. Parágrafo único . § 4.Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio.º . § 2. envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar. Art. de acordo com a sua consciência. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio. Resposta: C. observado o disposto no Parágrafo único do Art.Executar ações assistenciais de Enfermagem. 12 – O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio. § 3. É a prática de um fato perigoso.º .Nos casos previstos em Lei. 11 desta Lei.Participar da programação da assistência de Enfermagem. 29. 28. executar e avaliar os serviços da assistência de enfermagem – Privativo do Enfermeiro. observado o disposto no Parágrafo único do Art. o profissional deverá decidir. ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação. II – o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso estrangeiro. Resposta: B.Executar ações assistenciais de Enfermagem.º – São técnicos de Enfermagem: I – o titular do diploma ou do certificado de Técnico de Enfermagem. e participação no planejamento da assistência de Enfermagem. SAÚDE E OUTROS DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES EMPREGADORAS DO SIGILO PROFISSIONAL . § 2.Art. coordenar.º . organizar. 28 . § 3. 33. ou seja.Executar ações assistenciais de Enfermagem. exceto as privativas do Enfermeiro. 7. e participação no planejamento da assistência de Enfermagem. . 250 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA .º . § 4. é uma ação descuidada.º . exceto as privativas do Enfermeiro. Art.º . 34. Resposta: E.Imprudência: É a culpa de quem age (exemplo: passar no farol fechado). sobre a sua participação ou não no ato abortivo. Planejar. Art.º . cabendo-lhe especialmente: § 1. Resposta: C.º .Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar.º . observado o disposto no Parágrafo único do Art. registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Técnico de Enfermagem. Resposta: D.Participar da programação da assistência de Enfermagem. e participação no planejamento da assistência de Enfermagem. § 2. 11 desta Lei. Decorre de uma conduta comissiva. Art.Participar da equipe de saúde.Participar da orientação e supervisão do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar.º . expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente. 30. 11 desta Lei. DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS DAS RELAÇÕES COM A PESSOA. envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar. cabendo-lhe especialmente: § 1. § 3. Resolução COFEN n.Provocar aborto.º . Resposta: A. 32. cabendo-lhe especialmente: § 1.Participar da equipe de saúde. Resposta: C. g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica. b) organização e direção dos serviços de enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços. visando à melhoria de saúde do indivíduo. c) planejamento. f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem. g) (VETADO).406/87 . h) prestação de assistência de enfermagem à gestante. inclusive como membro das respectivas comissões. parturiente. f) (VETADO). auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfermagem.. e dá outras providências. e) (VETADO). i) consulta de enfermagem. coordenação. d) (VETADO). execução e avaliação da programação de saúde. q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde.498. m) participação em programas e atividades de educação sanitária. c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde..) II – como integrante da equipe de saúde: a) participação no planejamento. .Regulamenta a Lei n. Art. Resposta: E. p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contrarreferência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde. Decreto nº 94. da família e da população em geral.DO ENSINO. 36. 11.º 7. em matérias específicas de Enfermagem. nos concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem. 251 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem. pública e privada. h) consultoria. n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde. d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação. j) prescrição da assistência de enfermagem. cabendo-lhe: I – privativamente: a) direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde. e chefia de serviço e de unidade de enfermagem. puérpera e ao recém-nascido. j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto. execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem.º – Ao enfermeiro incumbe: I – privativamente: (. o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho. Art. l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia. particularmente nos programas de educação continuada. organização. e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar. que dispõe sobre o exercício da Enfermagem. 8. DA PESQUISA E DA PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA DA PUBLICIDADE DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES DA APLICAÇÃO DAS PENALIDAES DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 35. b) participação na elaboração. i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos. r) participação em bancas examinadoras. de 25 de junho de 1986. execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde. particularmente daqueles prioritários e de alto risco. puérpera e ao recém-nascido. 26. n) participação nos programas de treinamento e aprimoramento de pessoal de saúde. 8. família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia.Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que se caracterize como urgência ou emergência. i) participação nos programas e nas atividades de assistência integral à saúde individual e de grupos específicos. da família e da população em geral. 78 – Utilizar.Assegurar à pessoa. assediar sexual ou moralmente.498/86: Art. público ou particular de que tenha posse em razão do cargo. o profissional deverá decidir. Art. ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem. 38. execução e avaliação dos planos assistenciais de saúde.º – Ao enfermeiro incumbe: II – como integrante da equipe de saúde: a) participação no planejamento. Conforme o Código de Ética: Art. l) execução e assistência obstétrica em situação de emergência e execução do parto sem distocia. 12.Provocar aborto. Art.º – Praticar e/ou ser conivente com crime.A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 9. g) participação na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral e nos programas de vigilância epidemiológica.l) cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida. particularmente daqueles prioritários e de alto risco. 28. j) acompanhamento da evolução e do trabalho de parto. p) participação na elaboração e na operacionalização do sistema de referência e contrarreferência do paciente nos diferentes níveis de atenção à saúde. em matérias específicas de Enfermagem. 252 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Art. PROIBIÇÃO . f) participação na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de Enfermagem. h) prestação de assistência de enfermagem à gestante. bem móvel ou imóvel. Resposta: E. m) cuidados de enfermagem de maior complexidade técnica e que exijam conhecimentos de base científica e capacidade de tomar decisões imediatas. particularmente nos programas de educação continuada. Art. Art. 26 .º 7. 29. o) participação nos programas de higiene e segurança do trabalho e de prevenção de acidentes e de doenças profissionais e do trabalho. 12 . Conforme o Decreto nº 94.º. c) prescrição de medicamentos previamente estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde. contravenção penal ou qualquer outro ato. Parágrafo único . que infrinja postulados éticos e legais. valor. 39. visando à melhoria de saúde do indivíduo. para impor ordens. 9. Resposta: A. execução e avaliação da programação de saúde. opiniões. Art. b) participação na elaboração. ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação. parturiente. sobre a sua participação ou não no ato abortivo. r) participação em bancas examinadoras. 129 . Art.Nos casos previstos em Lei. m) participação em programas e atividades de educação sanitária. e) prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar. 37. 29 . inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissional. inclusive como membro das respectivas comissões. Resposta: D.Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a morte do cliente. atentar contra o pudor. d) participação em projetos de construção ou reforma de unidades de internação. 79 – Apropriar-se de dinheiro. negligência ou imprudência. de forma abusiva.406/87 que regulamenta a Lei n. 78 e 79 deste Código. nos concursos para provimento de cargo ou contratação de Enfermeiro ou pessoal Técnico e Auxiliar de Enfermagem. de acordo com a sua consciência. 28 . q) participação no desenvolvimento de tecnologia apropriada à assistência de saúde. o poder que lhe confere a posição ou cargo. 37 . 42. CÓDIGO DE ÉTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM PREÂMBULO A Enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos científicos e técnicos. ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação.º .Participar da prática profissional multi e interdisciplinar com responsabilidade. Art. Art. Resposta: C. na condição de membro da equipe de saúde. 40 – Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício profissional seja por imperícia. 40. construído e reproduzido por um conjunto de práticas sociais. por meio do Conselho Regional de Enfermagem.Art.DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS DIREITOS Art. o profissional deverá decidir. escritas e verbais. 41 . autonomia e liberdade. SEÇÃO II . DIREITOS Art. Resposta: E. Resposta: C. científicos e culturais que dão sustentação a sua prática profissional. pesquisa e assistência. Art. os interesses do profissional e de sua organização. CAPÍTULO I .DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM. Parágrafo único . completas e fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da assistência. 1. escritas e verbais.º – Aprimorar seus conhecimentos técnicos.DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM. SAÚDE E OUTROS DIREITOS Art. sobre a sua participação ou não no ato abortivo. 253 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Art. éticas e políticas que se processa pelo ensino. 4. Parágrafo único – O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou ilegibilidade. SEÇÃO II . Art. O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo de construção de uma consciência individual e coletiva. 41. deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais de Enfermagem. riscos e consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos. O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios. pelo compromisso social e profissional configurado pela responsabilidade no plano das relações de trabalho com reflexos no campo científico e político. 41 . independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe. éticos e dos direitos humanos. autonomia e ser tratado segundo os pressupostos e princípios legais. Resposta: B.Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão. 3. 43.Exercer a Enfermagem com liberdade. Resposta: C.Participar da orientação sobre benefícios. 28 .Nos casos previstos em Lei. completas e fidedignas necessárias para assegurar a continuidade da assistência. está centrado na pessoa. exceto em situações de urgência e emergência.Provocar aborto.º .º .Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e terapêutica. leva em consideração a necessidade e o direito de assistência em Enfermagem da população. RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. 39 . família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de Enfermagem estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e acessível a toda população. de acordo com a sua consciência. responsabilidades. 44.Prestar informações. 36 .Prestar informações. . onde não conste a assinatura e o número de registro do profissional. 38 .Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. imprudência ou negligência. SAÚDE E OUTROS RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. Art. direitos. 2.Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais. processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa. sistemático e contínuo. Resposta: C. V .determinação dos resultados que se espera alcançar. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. em todos os ambientes. escolas. de modo deliberado e sistemático. para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado. com mais exatidão. públicos ou privados. identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. com mais exatidão. sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa.processo deliberado. as respostas da pessoa.realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem.realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. II . 45. e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. Resposta: E. para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença.Planejamento de Enfermagem . . entre outros.processo deliberado.Diagnóstico de Enfermagem . 254 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença.Avaliação de Enfermagem . § 2º . as respostas da pessoa. que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam. que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa. domicílios.Art.os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar.processo deliberado. Art.Implementação .Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) . 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas. III . que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam. V . interdependentes e recorrentes: I .processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa. sistemático e contínuo. associações comunitárias.Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) . 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas. realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas.Avaliação de Enfermagem . IV . II . Resposta: A. família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.Implementação . família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.Diagnóstico de Enfermagem .quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde. e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. 47. fábricas. sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado. instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde. III . Art. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. § 1º . escolas. associações comunitárias. entre outros. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas. e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa. interdependentes e recorrentes: I .Planejamento de Enfermagem . IV .processo deliberado. 46. o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem.determinação dos resultados que se espera alcançar. e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença. domicílios. que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa. 48.Diagnóstico de Enfermagem . recuperação e reabilitação da saúde dos indivíduos.realização das ações ou intervenções determinadas na etapa de Planejamento de Enfermagem. Art. compreender. A Resolução COFEN 358 / 2009 dispõe sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes.processo deliberado. Tal método busca a identificação das situações saúde/doença dos indivíduos por meio de uma estratégia que subsidiará as ações de enfermagem. domicílios. sistemático e contínuo. Resposta: B. que tem por finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte teórico que oriente a coleta de dados. de modo deliberado e sistemático. prevenção.Implementação . Resposta: A. com mais exatidão. públicos ou privados. e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. 50. 255 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . dividiu o Processo de Enfermagem em seis fases ou passos que devem ser atendidos de acordo com as necessidades do indivíduo-família-comunidade: Histórico de Enfermagem. V . e das ações ou intervenções de enfermagem que serão realizadas face às respostas da pessoa. e que constituem a base para a seleção das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os resultados esperados. . 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado. e que forneça a base para a avaliação dos resultados de enfermagem alcançados. III . determinando as ações de enfermagem desde o planejamento até a execução e a avaliação da assistência prestada. associações comunitárias. Trata-se da avaliação do paciente. Art. 51. Resposta: B. família ou coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento do processo saúde e doença. públicos ou privados. em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem.processo de interpretação e agrupamento dos dados coletados na primeira etapa. 49. sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa. IV . O próximo passo é o Diagnóstico de Enfermagem. organizar e explicar como o paciente responde aos problemas de saúde. Resposta: C. e dá outras providências.Avaliação de Enfermagem . compõe-se de Entrevista e Exame Físico. o estabelecimento de diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou intervenções de enfermagem. Art. públicos ou privados. 52.processo deliberado. II . Horta (1979). entre outros. que culmina com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de enfermagem que representam. em todos os ambientes. as respostas da pessoa. § 2º .Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) . interdependentes e recorrentes: I .Planejamento de Enfermagem .determinação dos resultados que se espera alcançar. A SAE é baseada em princípios e regras conhecidos por promover cuidado de enfermagem eficiente. a primeira enfermeira brasileira que procurou construir uma enfermagem cientifica. descrever. escolas. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas. contribuindo para promoção. Resposta: C. realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas. em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. é o roteiro sistematizado para a coleta de dados do ser humano. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença.Art. identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem. em todos os ambientes. em que ocorre o cuidado profissional de Enfermagem. para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado. de modo deliberado e sistemático. e encontra-se muito bem fundamentada pela Resolução COFEN nº 358/2009. o Processo de Saúde de Enfermagem corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como Consulta de Enfermagem. A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é o método que permite identificar.quando realizado em instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde. 1º O Processo de Enfermagem deve ser realizado. de 25 de junho de 1986.498. Resposta: A. e do Decreto 94.Planejamento de Enfermagem IV . Art.Unidade de Suporte Avançado de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo 3 profissionais. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas.406. 58. em conformidade com o disposto na Lei nº 7.Implementação V . participam da execução do Processo de Enfermagem. Resposta: D. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas inter-relacionadas. que a regulamenta. bem como a prescrição das ações ou intervenções de enfermagem a serem realizadas. III .Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de Enfermagem) II . Resposta: E. Art. privativamente. para determinar se as ações ou intervenções de enfermagem alcançaram o resultado esperado. 56.) V . o diagnóstico de enfermagem acerca das respostas da pessoa.Avaliação de Enfermagem . garantir . 55.Diagnóstico de Enfermagem III . entre outras) que possa levar a sofrimento. sendo um condutor de veículo de urgência. obstétrica. de modo a alcançar os resultados de enfermagem esperados. pediátricas. 4º Ao enfermeiro.406. interdependentes e recorrentes: (.Motolância: conduzida por um profissional de nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento para condução de motolância. interdependentes e recorrentes: I . 53. cabendo-lhe. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde doença. Resposta: B. observadas as disposições da Lei nº 7.Equipe de Aero médico: composta por no mínimo um médico e um enfermeiro. traumática. em casos de suporte básico de vida.498. 59.processo deliberado. Art. sequelas ou mesmo à morte.. e um médico e um enfermeiro.Equipe de Embarcação: composta por 2 (dois) ou 3 (três) profissionais.Avaliação de Enfermagem 54. sob a supervisão e orientação do Enfermeiro. II . naquilo que lhes couber. um enfermeiro e um médico. em casos de suporte avançado de vida. face a essas respostas. Art. um médico e um enfermeiro. e de verificação da necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo de Enfermagem. que a regulamenta. Seção II Das Unidades Móveis Art. sendo necessário. sendo um condutor de veículo de urgência e um técnico ou auxiliar de enfermagem. 5º O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem. IV .Art. psiquiátricas.. de 08 de junho de 1987.Veículo de Intervenção Rápida (VIR): tripulado por um condutor de veículo de urgência. incumbe a liderança na execução e avaliação do Processo de Enfermagem. contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/técnico de enfermagem. V . 7º O Componente Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica. de 25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94. 57. 256 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . de acordo com o tipo de atendimento a ser realizado. cirúrgica. família ou coletividade humana em um dado momento do processo saúde e doença.Unidade de Suporte Básico de Vida Terrestre: tripulada por no mínimo 2 (dois) profissionais. sistemático e contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa. e VI . Resposta: A. 5º As Unidades Móveis para atendimento de urgência podem ser das seguintes espécies: I . Resposta: E. Resposta: C. de 08 de junho de 1987. de caráter urgente e transitório. em acordo com os princípios da integralidade e humanização.Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e suas Centrais de Regulação Médica das Urgências.humanização da atenção garantindo efetivação de um modelo centrado no usuário e baseado nas suas necessidades de saúde. VI . e VIII . 4º A Rede de Atenção às Urgências é constituída pelos seguintes componentes: I . V . violências e acidentes).Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de serviços de urgência 24 horas. 257 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . II .regulação articulada entre todos os componentes da Rede de Atenção às Urgências com garantia da equidade e integralidade do cuidado.atuação territorial. decorrentes de situações de perigo iminente. Resposta: E. IV .Atenção Básica em Saúde.Força Nacional de Saúde do SUS. cirúrgicas. gineco-obstétricas. III . a partir da construção de mapas de risco regionais e locais e da adoção de protocolos de prevenção.regionalização do atendimento às urgências com articulação das diversas redes de atenção e acesso regulado aos serviços de saúde. coordenação e execução de projetos estratégicos de atendimento às necessidades coletivas em saúde.ampliação do acesso e acolhimento aos casos agudos demandados aos serviços de saúde em todos os pontos de atenção.Promoção. seus riscos e vulnerabilidades específicas.monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços através de indicadores de desempenho que investiguem a efetividade e a resolutividade da atenção. § 4º A Rede de Atenção às Urgências priorizará as linhas de cuidados cardiovascular.atuação profissional e gestora visando o aprimoramento da qualidade da atenção por meio do desenvolvimento de ações coordenadas. Art. de calamidades públicas e de acidentes com múltiplas vítimas. 60. XII . Prevenção e Vigilância à Saúde. 63. VIII . VII . Resposta: D.articulação e integração dos diversos serviços e equipamentos de saúde. 2° Constituem-se diretrizes da Rede de Atenção às Urgências: I . .Hospitalar. atenção e mitigação dos eventos.participação e controle social dos usuários sobre os serviços. cerebrovascular e traumatológica. Resposta: A.garantia da universalidade. contemplando a classificação de risco e intervenção adequada e necessária aos diferentes agravos. a Rede de Atenção às Urgências. instituído por meio de práticas clinicas cuidadoras e baseado na gestão de linhas de cuidado. 62. 3º Fica organizada. psiquiátricas. XIII . IV . constituindo redes de saúde com conectividade entre os diferentes pontos de atenção. compartilhado por trabalho em equipe. Art. X . V .qualificação da assistência por meio da educação permanente das equipes de saúde do SUS na Atenção às Urgências. pediátricas e às relacionadas a causas externas (traumatismos. equidade e integralidade no atendimento às urgências clínicas. VII .Atenção Domiciliar. e XIV . IX . definição e organização das regiões de saúde e das redes de atenção a partir das necessidades de saúde destas populações.. Resposta: B.articulação Inter federativa entre os diversos gestores desenvolvendo atuação solidária.fomento.Sala de Estabilização. XI . 61. Art. contínuas e que busquem a integralidade e longitudinalidade do cuidado em saúde. II . VI . III . responsável e compartilhada. no âmbito do SUS. .garantia de implantação de modelo de atenção de caráter multiprofissional..atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao SUS. Resposta: C Quando se verifica o nível de consciência de uma pessoa temos o modo verbal que consiste em justamente chamar a vítima. Resposta: D Conferência de instrumentos cirúrgicos. consequentemente. Resposta: E V . Respostas 70. Na falta de algum item. É uma emergência clínica com alto risco de morte. O diagnóstico e. Atenção especial deve ser dada às cirurgias de cavidade aberta. 68. Resposta: B A intermação é uma causa de hipertermia decorrente da dificuldade do corpo em se resfriar adequadamente num ambiente com calor excessivo. 65.Integralidade da assistência . 76.Inobservância de deveres e obrigações.entendida como um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos. proporcionando atendimento humanizado e viabilizando o estabelecimento do vínculo. portanto. o início do tratamento precoces podem melhorar o prognóstico. 66. se necessário. 72. ou médico-cirúrgicos. Resposta: Certo NEGLIGÊNCIA Falta de atenção ou cuidado . exigido para cada caso. em todos os níveis de complexidade do sistema. E nesta fase que ocorre o ato cirúrgico e toda a preparação que ele envolve. pautado na universalidade. compressas e agulhas: a checagem e contagem correta devem ser confirmadas pelo instrumentador e circulante de sala. Resposta: D. Resposta: E Colostomia: abertura do colón através da parede abdominal afim de desviar o transito intestinal. Resposta: C. 71. . 75.realizar busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória e de outros agravos e situações de importância local. também conhecidos como correlatos. 74. campos.64. Resposta: Certo Esta fase tem início quando o cliente entra na unidade do Centro Cirúrgico até sua admissão na sala de recuperação pós-anestésica (SRPA). está estocada no centro cirúrgico. bem como suas diretrizes organizativas. 258 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Resposta: A Os princípios e diretrizes do SUS devem perpassar por todos os níveis hierárquicos de atendimento.realizar a escuta qualificada das necessidades dos usuários em todas as ações. Solicitar exames de imagem. O PSF foi instituído com objetivo de uma reorientação do modelo de saúde. Resposta: A. integralidade e equidade. em voz alta. Resposta: D A maior concentração e variedade de materiais médico-hospitalares. 73. 67. checar lixos. Resposta: E. 77. VI . Resposta: Errado O correto é Hipotensão. . 69. individuais e coletivos. hamper e cavidade cirúrgica. 79. Resposta: A Etapas Básicas de Primeiros Socorros: 1. Resposta: C Luxação: É a perda completa da superfície de contato entre os ossos de uma articulação. Imobilizar a articulação com talas ou material rígido. Usar macas para remoção e transporte para o hospital. .78. mas tais procedimentos podem ser realizados dentro de 24 a 48 horas. Avaliação do Local do Acidente 2. Resposta: Errado A Urgência requer pronta atenção. 259 1148938 E-book gerado especialmente para FRANCINEIDE MARIA CUNHA DA COSTA . Proteção do Acidentado 80.