Capa1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES 1. Organização do texto. 1.1. Propósito comunicativo. 1.2. Tipos de texto (dialogal, descritivo, narrativo, injuntivo, explicativo e argumentativo) ...................................................................................................... 1 1.3. Gêneros discursivos.................................................................................................................... 38 1.4. Mecanismos coesivos. 1.5. Fatores de coerência textual. 1.6. Progressão temática................... 42 1.7. Paragrafação .............................................................................................................................. 61 1.8. Citação do discurso alheio .......................................................................................................... 62 1.9. Informações implícitas ................................................................................................................ 68 1.10 Linguagem denotativa e linguagem conotativa........................................................................... 71 2. Conhecimento linguístico. 2.1. Variação linguística ........................................................................ 73 2.2. Classes de palavras: usos e adequações ................................................................................... 79 2.3. Convenções da norma padrão (no âmbito da concordância, da regência, da ortografia e da acentuação gráfica) .............................................................................................................................. 143 2.4. Organização do período simples e do período composto .......................................................... 200 2.5. Pontuação................................................................................................................................. 229 2.6. Relações semânticas entre palavras (sinonímia, antonímia, hiponímia e hiperonímia) ............. 235 3. Produção de texto (Redação) ...................................................................................................... 243 3.1. A Prova de Redação exigirá que o candidato produza um texto argumentativo em prosa, segundo a norma padrão da língua portuguesa escrita, com base em uma situação comunicativa determinada, em um dos seguintes gêneros: artigo de opinião ou carta argumentativa .................................................. 244 Candidatos ao Concurso Público, O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail
[email protected] para dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho na prova. As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em contato, informe: - Apostila (concurso e cargo); - Disciplina (matéria); - Número da página onde se encontra a dúvida; e - Qual a dúvida. Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. Bons estudos! 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES 1. Organização do Texto. 1.1. Propósito Comunicativo. 1.2. Tipos de Texto (dialogal, descritivo, narrativo, injuntivo, explicativo e argumentativo) O Processo de Comunicação: Elementos Constitutivos A comunicação constitui uma das ferramentas mais importantes que os líderes têm à sua disposição para desempenhar as suas funções de influência. A sua importância é tal que alguns autores a consideram mesmo como o “sangue” que dá vida à organização. Esta importância deve-se essencialmente ao fato de apenas através de uma comunicação efetiva ser possível: - Estabelecer e dar a conhecer, com a participação de membros de todos os níveis hierárquicos da organização, os objetivos organizacionais por forma a que contemplem, não apenas os interesses da organização, mas também os interesses de todos os seus membros. - Definir e dar a conhecer, com a participação de membros de todos os níveis hierárquicos da organização, a estrutura organizacional, quer ao nível do desenho organizacional, quer ao nível da distribuição de autoridade, responsabilidade e tarefas. - Definir e dar a conhecer, com a participação de membros de todos os níveis hierárquicos da organização, decisões, planos, políticas, procedimentos e regras aceites e respeitadas por todos os membros da organização. - Coordenar, dar apoio e controlar as atividades de todos os membros da organização. - Efetuar a integração dos diferentes departamentos e permitir a ajuda e cooperação interdepartamental. - Desempenhar eficazmente o papel de influência através da compreensão e atuação em conformidade satisfação das necessidades e sentimentos das pessoas por forma a aumentar a sua motivação. Elementos do Processo de Comunicação Para perceber desenvolver políticas de comunicação eficazes é necessário analisar antes cada um dos elementos que fazem parte do processo de comunicação. Assim, fazem parte do processo de comunicação o emissor, um canal de transmissão, geralmente influenciado por ruídos, um receptor e ainda o feedback do receptor. - Emissor (ou fonte da mensagem da comunicação): representa quem pensa, codifica e envia a mensagem, ou seja, quem inicia o processo de comunicação. A codificação da mensagem pode ser feita transformando o pensamento que se pretende transmitir em palavras, gestos ou símbolos que sejam compreensíveis por quem recebe a mensagem. - Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação entre o emissor e o receptor e representa o meio através do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande variedade de canais de transmissão, cada um deles com vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, a televisão, entre outros. - Receptor da mensagem: representa quem recebe e descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção que a descodificação da mensagem resulta naquilo que efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos receptores para a mesma mensagem. - Ruídos: representam obstruções mais ou menos intensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos internos se ocorrem durante as fases . 1 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES de codificação ou descodificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal de transmissão utilizado e consoante as características do emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos critérios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do tipo de codificação. - Retroinformação (feedback): representa a resposta do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser utilizada como uma medida do resultado da comunicação. Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de transmissão. Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, podem ser agrupados em comunicação verbal e comunicação não verbal. Como comunicação não verbal podemos considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação oral ou escrita como, por exemplo, as comunicações entre “dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada como suporte e apoio à comunicação oral. Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunicação escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na sociedade em geral e nas organizações em particular, por ser a única que permite a transmissão de ideias complexas e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que mais atenção tem merecido dos investigadores, caracterizando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. Comunicação Escrita A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje predomina, nas organizações burocráticas que seguem os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max Weber. A principal característica é o fato do receptor estar ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tornarem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e as novas explicações para melhor compreensão após a sua transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e uniforme (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a riqueza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar prever as reações/feedback à sua mensagem. Como principais vantagens da comunicação escrita, podemos destacar o fato de ser duradoura, permitir um registro e permitir uma maior atenção à organização da mensagem sendo, por isso, adequada para transmiti-la políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se também a mensagens longas e que requeiram uma maior atenção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e análises diversas. Como principais desvantagens destacam-se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o feedback imediato, não permite correções ou explicações adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal. Comunicação Oral No caso da comunicação oral, a sua principal característica é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gravações). Esta característica explica diversas das suas principais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o feedback imediato, permitir a passagem imediata do receptor a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunicação não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais, permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vantagens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e autodomínio, e ainda a disponibilidade para ouvir. Como principais desvantagens da comunicação oral destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qualquer registro e, consequentemente, não se adequando a mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte do receptor. Gêneros Escritos e Orais Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comédias, . 2 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos que circulam no mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes ao gênero em questão. Gênero de texto, então, refere-se às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade. Quanto à forma ou estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos composicionais. Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Ficcional. Aspectos tipológicos: Narrar. Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação através da criação da intriga no domínio do verossímil. Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fábula, lenda, narrativa de aventura, narrativa de ficção científica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada. Domínios sociais de comunicação: Documentação e memorização das ações humana. Aspectos tipológicos: Relatar. Capacidade de linguagem dominante: Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. Domínios sociais de comunicação: Discussão de problemas sociais controversos. Aspectos tipológicos: Argumentar. Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, refutação e negociação de tomadas de posição. Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio. Domínios sociais de comunicação: Transmissão e construção de saberes. Aspectos tipológicos: Expor. Capacidade de linguagem dominante: Apresentação textual de diferentes formas dos saberes. Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico, relatório oral de experiência. Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescrições. Aspectos tipológicos: Descrever ações. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mútua de comportamentos. Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, textos prescritivos. Linguagem Como instrução geral, podemos dizer que uma hipótese interpretativa é aceitável sempre que o texto apresenta pista ou pistas que a confirmam e sustentam. O texto abaixo é bastante apropriado. “Aquela senhora tem um piano. Que é agradável, mas não é o correr dos rios. Nem o murmúrio que as árvores fazem... . 3 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Por que é preciso ter um piano? O melhor é ter ouvidos E amar a Natureza. munido de regras próprias (sua gramática). gestos. é chamado semiótica. a vossa! Todo o sentido da vida principia à vossa porta. palavras. outras mais complexas. Embora os animais também se comuniquem. Segundo esse autor essa conclusão foi atingida após exame dos moldes intracranianos de fósseis humanos. 4 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . representa um bem cultural. Visto que os giros e sulcos importantes deixam com frequência impressões no crânio. usados para representar conceitos de comunicação. Noutra acepção (anátomo-fisiológica). sois o sonho e sois a audácia. significados e pensamentos. linguagem é função cerebral que permite a qualquer ser humano adquirir e utilizar uma língua. ai. etc. sinais.000 anos) e no Homo erectus (datado de 300.. o predecessor de nossa própria espécie.. ainda. podendo ser percebida pelos diversos órgãos dos sentidos. Os elementos constitutivos da linguagem são. chama-se linguagem de programação ao conjunto de códigos usados em computação. fúria. tátil. O estudo da linguagem. alguns estudiosos defendem a tese de que a linguagem desenvolveu-se a partir da comunicação gestual com as mãos. O poema descarta a necessidade do piano. esta última (língua ou idioma) refere-se a um conjunto de palavras e expressões usadas por um povo. palavras. símbolos ou palavras. o que se percebe pela oposição que o texto estabelece entre o som do piano (bem cultural) e o correr dos rios e o murmúrio das árvores (bens naturais).. Na maioria dos indivíduos o hemisfério esquerdo é dominante para a linguagem. ai! Com letras se elabora. gráficos.. A liberdade das almas. de elementos diversos. o mel do amor cristaliza seu perfume em vossa rosa.. o registro fóssil foi estudado buscando-se as assimetrias morfológicas associadas à fala nos humanos modernos. ideias.. Enquanto aquela (linguagem) diz respeito à capacidade ou faculdade de exercitar a comunicação. sons. ao mesmo tempo.000 anos).” Que simboliza o piano no poema? Dentro do contexto que se insere o piano. A respeito das origens da linguagem humana.000 a 50. latente ou em ação ou exercício. pois. o que leva a distinguirem-se várias espécies ou tipos: visual. Por extensão. calúnia. por uma nação. Para que serve a linguagem? (. a linguagem verbal pertence apenas ao Homem.) Ai. de uma forma geral. Essas assimetrias foram encontradas no homem de Neanderthal (datando de cerca de 30. De acordo com Kandel apesar das dificuldades de se apontar com precisão quando ou como a linguagem evoluiu há certo consenso quanto a algumas estruturas cerebrais constituírem-se como prérequisitos para a linguagem e que estas parecem ter surgido precocemente na evolução humana. ou. os seres humanos passaram a poder produzir uma variedade de sons muito maior do que a dos demais primatas.. auditiva. dando preferência à fruição dos sons da Natureza. sonoros. que envolve os signos. derrota. E dos venenos humanos . Posteriores alterações no aparelho fonador. O que é a linguagem? É qualquer e todo sistema de signos que serve de meio de comunicação de ideias ou sentimentos através de signos convencionados. constituídas.000 a 500. Não se devem confundir os conceitos de linguagem e de língua. gestuais etc. que estranha potência. A linguística é subordinada à semiótica porque seu objeto de estudo é a língua.. a área cortical da fala do lobo temporal (o plano temporal) é maior no hemisfério esquerdo que no direito. que é apenas um dos sinais estudados na semiótica. Ora podemos desfazer facilmente essa visão simplista das coisas. no sono profundo da inexistência. 442. . Lewis Carroll. tempos.. porque. propôs-se que. “Este deve ser o bosque”. por ser constituída de sons. mas também para caluniar. “depois de tanto calor.. ao falar da expressão “risco país”. (. para impulsionar os desejos mais grandiosos.. frágil como o vidro e mais que o aço poderosa! Reis. de repente. In: Obra poética. colocando a mão no tronco da árvore. de saber o que as coisas são. reproduzido do livro “Através do espelho e o que Alice encontrou lá”. 3ª ed. Isso significa que as coisas do mundo exterior só têm existência para os homens quando são nomeadas. para impor a derrota.... estar debaixo das. se puder.).. é capaz de quebrar osso. Uma vez identificado. apesar de frágil. Esses versos foram extraídos do poema “Romance LIII ou das palavras aéreas”. com seu significado. ora.. A linguagem é uma forma de apreender a realidade: só percebemos aquilo a que a língua dá nome. 130). sujeito a tantas oscilações como as das ondas do mar. Vive na inocência do limbo. São Paulo. exclamou: . O provérbio popular “Palavra não quebra osso”. num escandaloso placar luminoso. 5 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Em vista disso.. E lá é possível viver num país em risco? Lá é possível dormir em paz num país submetido à medição do perigo que oferece com a mesma assiduidade com que a um paciente se tira a pressão? É como viajar num navio onde se apregoasse. O que não se expressa não se conhece. se um homem tivesse que . . Nova Aguilar.. é a aptidão que o distingue dos animais. impérios. em que Cecília Meireles fala sobre o poder da palavra. dentro do quê?” Estava assombrada de não poder se lembrar do nome.) Ia devaneando dessa maneira quando chegou à entrada do bosque. fossem elas quais fossem (. cujo único inconveniente residia em que. seria mais conveniente que todos os homens trouxessem consigo as coisas de que precisassem falar ao discorrer sobre determinado assunto (. disse enquanto avançava em meio às árvores. murmurou pensativamente (Alice). comenta essa questão na edição de 26 de junho de 2002 (p. Então.. de qualquer modo é um alívio”. p 165-166 Esse texto. entrar dentro do.A linguagem é uma forma de interpretar a realidade. dentro do. analisando para que serve a linguagem. pelo vosso impulso rodam.. para expor a raiva.. Summus. p. serve para construir a liberdade do ser humano e também para envenenar a sua vida. sendo as palavras apenas nomes para as coisas. Sebastião Uchôa Leite. (.. derruba reis e impérios.). usada para traduzir o grau de confiabilidade de um país entre credores ou investidores internacionais: (. com certeza não tem mesmo!” Ficou calada durante um minuto. “onde as coisas não têm nomes”. serve para sussurrar declarações de amor.. batizado e devidamente etiquetado.) Cecília Meireles. debaixo disso aqui.. debaixo das. o “risco naufrágio”. povos... ao entrar no bosque em que as coisas não têm nome. mostra que a protagonista. o “risco país” passou a existir.. 1985. articulista da Veja. é ao mesmo tempo extremamente forte. para exprimir os sonhos.. contrapondo a palavra à ação.. que parecia muito úmido e sombrio.) As coisas não são coisas enquanto não são nomeadas.A linguagem é uma maneira de perceber o mundo. pensando. Trad. então isso terminou acontecendo! E agora quem sou eu? Eu quero me lembrar. . Romanceiro da Inconfidência. mas não uma palavra.. Roberto Pompeu de Toledo. Mostram que a palavra. ora!”. O segundo projeto era representado por um plano de abolir completamente todas as palavras.A linguagem é o traço definidor do ser humano. “Como é que essa coisa se chama? É bem capaz de não ter nome nenhum. “Bom. disse. .. “Bom. isto é. Rio de Janeiro.Ah. insinua que a linguagem não tem nenhum poder: um golpe..muitos eruditos e sábios aderiram ao novo plano de se expressarem por meio de coisas.sois a mais fina retorta: frágil. Aventuras de Alice. é incapaz de apreender a realidade em torno dela. eles não estão constatando alguma coisa do mundo. na verdade. a carregar nas costas um grande fardo de coisas. Outra grande vantagem oferecida pela invenção consiste em que ela serviria de língua universal. e eles ordenam a realidade. e estas é que lhes conferem existência para toda a comunidade de falantes. uma nova invenção.A linguagem é uma forma de ação. exprimir diferentes modos de ver a realidade. compreendida em todas as nações civilizadas. Observe que. não existe um responsável pela queda e pela quebra do objeto. quando o presidente de alguma câmara municipal afirma “Declaro aberta a sessão”. se essa palavra não existisse. na primeira formulação. em proporção. não consigo exprimir a ideia da classe fruta. Por isso. o filho diz para a mãe: O jarro de porcelana caiu e quebrou.. Querendo desculpar-se. 194-195. Jonathan Swift. O ato . Contudo esse conceito. dizemos as duas coisas numa palavra só: Este carneiro tem muita lã e Este carneiro está apimentado. surgiu uma nova palavra para denominar essa nova realidade. a linguagem modela nossa maneira de perceber e de ordenar a realidade. Em português. quando um leiloeiro proclama “Arrematado por mil reais”. É como se isso se devesse ao acaso. mundos não existentes. criamos o conceito de pôr-do-sol. Trata-se de uma ironia de Swift às concepções vulgares de que a compreensão da realidade independe da língua que a nomeia. Ao mostrar uma fruta qualquer. têm o inconveniente de variar de língua para língua – pelas coisas. pois permite falar do que está presente e do que está ausente. pera. atribui-se a responsabilidade pelo acontecimento a um agente. não perceberíamos a atividade de apagar no computador como uma ação diferente de apagar o que foi escrito a lápis. Rio de Janeiro/São Paulo. de número (singular e plural). Isso mostra que a linguagem é uma maneira de interpretar o universo natural e segmentá-lo em categorias.. A língua não é um sistema de demonstração de objetos.falar sobre longos assuntos e de vária espécie. a língua é uma forma de categorizar o mundo. para expressar o que denominamos carneiro. por isso. p. Quando um padre diz aos noivos “Eu vos declaro marido e mulher”. . o que significa que as palavras criam conceitos. por exemplo. etc. quem desejasse discorrer sobre uma bolsa. uma vez que é a Terra que gira em torno dele. Maçã. Ediouro/Publifolha. quando. No léxico de uma língua. porque a língua é bem mais que um sistema de demonstração de objetos ou mera cópia do mundo natural. No entanto. que significa a carne do carneiro preparada e servida à mesa. mostraria uma cadeira. A linguagem expressa também as diferentes maneiras de interpretar uma ocorrência. Viagens de Gulliver. como se as palavras fossem etiquetas aplicadas a coisas classificadas independentemente da linguagem. que designa o animal. ou seja. O inglês. não posso. não aplicamos a distinção que os falantes da língua inglesa têm incorporada à sua visão de mundo. As palavras formam um sistema independente das coisas nomeadas por elas. determina uma realidade que encanta a todos. A linguagem é uma atividade simbólica. a menos de poder pagar um ou dois criados robustos para acompanhá-lo (. 6 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . mas realizando uma ação. de interpretá-lo. segundo as particularidades de cada cultura. Na segunda formulação.). Existem certas fórmulas linguísticas que servem para agir no mundo. mas para estabelecer relações entre elas e para comentá-las. As coisas não designam tudo que uma língua pode expressar. Quando alguém quisesse falar de uma cadeira. A mãe replica: Você derrubou o jarro e. a caneta ou mesmo a máquina. Esse trecho do livro “Viagens de Gulliver” narra um projeto dos sábios de Balnibarbi: substituir as palavras – que. agrupamos os nomes em classes. ver-se-ia obrigado. deletar. banana e laranja pertencem à classe das frutas. tem duas palavras: sheep. Não produzimos palavras somente para designar as coisas. no seu entender. Por essa razão. O que inviabiliza o sistema imaginado pelos sábios de Balnibarbi não é apenas o excesso de peso das coisas que cada falante precisaria carregar: é o fato de que as coisas não podem substituir as palavras. do ponto de vista científico. o Sol não “se põe”. Mostrar um objeto. tanto é que cada língua pode ordenar o mundo de maneira diversa. ou tão parecidos que o seu emprego pode ser facilmente percebido. de gênero (masculino e feminino). etc. mostraria uma bolsa. ele quebrou. do que existe e do que não existe. Sabemos que. Uma nova realidade. e mutton. por exemplo. quando alguém diz “Prometo estar aqui amanhã”. cujos utensílios e objetos são geralmente da mesma espécie. não indica sua inclusão numa dada classe. Mostrar um objeto não exprime as categorias de quantidade. uma nova ideia exigem novas palavras. categorizam o mundo. expressar ideias mais gerais. criado pela linguagem. permite até criar novas realidades. não permite indicar sua localização no espaço (aqui/aí/lá). Outro exemplo: apagar uma coisa escrita no computador é uma atividade diferente de apagar o que foi escrito a lápis. Por exemplo. então. diz: “Quereis aprender ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria língua!” Com efeito. pois seu principal propósito é fazer com que as palavras revelem da maneira mais clara possível as coisas ou os eventos a que fazem referência. um pedido ou uma sugestão. Para cada indivíduo. as expressões artísticas e os sistemas filosóficos mais avançados.A linguagem serve para informar: Função Referencial. “Isso é coisa de mulher”. somos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer alguma coisa. um ser humano recebe de outro conhecimentos. Condillac. com tentações e seduções. Funções da Linguagem Quando se pergunta a alguém para que serve a linguagem. a resposta mais comum é que ela serve para comunicar. a crer em determinadas ideias. aperfeiçoa-os e transmite-os. o dizer se confunde com a própria ação e serve para demonstrar que a linguagem não é algo sem consequência. a linguagem é a maneira como aprendemos desde as mais banais informações do dia a dia até as teorias científicas. desprezo. Para que serve a linguagem? . Emprega-se a expressão função conativa da linguagem quando esta é usada para interferir no comportamento das pessoas por meio de uma ordem. em lugar de venha. por exemplo. Quem ouve desavisada e reiteradamente a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende a ter sentimentos racistas. transmitimos esses conhecimentos a outras pessoas. falar apenas para não haver silêncio. A função informativa costuma ser chamada também de função referencial. “Vem pra Caixa você também. Por meio dessa função. sentimentos.de abrir uma sessão realiza-se quando seu presidente a declara aberta. É a função informativa que permite a realização do trabalho coletivo. para o grupo social. que colocam o respeito ao outro acima de tudo. desdém. como os anúncios publicitários que nos dizem como seremos bem sucedidos. um pensador francês. que só pensam em levar vantagem. raiva. pode-se dizer que ela modela atitudes.). consideradas individualmente ou como grupo social. etc. A palavra conativo é proveniente de um verbo latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo).A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: Função Conativa. usando. se consumirmos certos produtos. Por isso. o pedido. 7 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Graças à linguagem. a linguagem modela tanto bons cidadãos. de segunda pessoa do imperativo. forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta quando se usa você. A função informativa da linguagem tem importância central na vida das pessoas. numa manchete de jornal. convicções. que se deixam conduzir sem questionar. . a forma vem. ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas. armazenamos conhecimentos na memória.” Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Federal. Com essa função. Pela linguagem. . comunicar não é apenas transmitir informações. No entanto. possibilita o acúmulo de conhecimentos e a transferência de experiências. emoções. “Estados Unidos invadem o Iraque” Essa frase. formulou-se um convite com uma linguagem bastante coloquial. a súplica. dar ordens. a sentir determinadas emoções. paixões. Em casos como esses. Não se interfere no comportamento das pessoas apenas com a ordem. Há textos que nos influenciam de maneira bastante sutil. atraentes e charmosos se usarmos determinadas marcas. É também exprimir emoções. e indivíduos atemorizados. as pessoas são induzidas a fazer determinadas coisas. Isso está correto. a ter determinados estados de alma (amor. aprendemos os preconceitos contra a mulher. informa-nos sobre um acontecimento do mundo. ela permite conhecer o mundo. Para persuadir o público alvo da propaganda a adotar esse comportamento. Com a linguagem. o ato da promessa realiza-se quando se diz “Prometo”. porque ela também é ação. quanto espertalhões. a linguagem modela o intelecto. Operar bem essa função da linguagem possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender. se a todo momento nos dizem. num tom pejorativo. contam-se anedotas velhas. Quando estamos num grupo. __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos outros. desprezo. não raro inconscientemente. seja entre alunos de uma escola. tristeza. ao cantá-lo. Por isso. não tem nenhuma função que não seja manter os laços sociais. Não importa que as pessoas não entendam bem o significado da letra do Hino Nacional. na verdade. Também os hinos têm a função de criar vínculos. A linguagem não fala apenas daquilo que existe. Falam para nada dizer. usa-se a expressão função fática para indicar a utilização da linguagem para estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um falante e seu interlocutor. Muitas vezes. a conversação é obrigatória. etc. É o que chama função metalinguística. de exprimirem a importância que lhes seria atribuída pela proximidade com o poder. admiração. apenas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou parecer hostil. se está doente. fala também do que nunca existiu. outras realidades. olhando uns para os outros. dor.A linguagem serve para criar e manter laços sociais: Função Fática. portanto. Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. saber se nosso interlocutor está bem. uma maneira de insinuarem intimidade com ele e. entre torcedores de um time de futebol ou entre os habitantes de um país.. desdém. por exemplo. nossa capacidade intelectual ou nossa competência na conquista amorosa. numa festa. Falamos sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo tempo. repetem-se histórias que todos conhecem. Emprega-se a expressão função emotiva para designar a utilização da linguagem para a manifestação do enunciador. para mostrar nossa valentia ou nossa erudição. de fato. Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um substantivo”. quem fala está exprimindo sua indignação com alguma coisa que aconteceu. tem chovido tão pouco. Quando encontramos alguém e lhe perguntamos “Tudo bem?”. __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor. nesse caso. . ouvíamos certos políticos dizerem “A intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O Fernando tem mudado o país”. A atividade metalinguística é inseparável da fala. quando não se tem assunto. A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo social. não estamos falando de acontecimentos do mundo. Com palavras. estamos comentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a que estamos enunciando. falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos socialmente. se está com problemas. Com ela.A linguagem serve para expressar a subjetividade: Função Emotiva. 8 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . contamos coisas que fizemos para afirmarmo-nos perante o grupo. A linguagem. pois ele não tem função informativa: o importante é que. Quando afirmamos como diz o outro. “Eu fico possesso com isso!” Nessa frase. não podemos manter-nos em silêncio. É o que se dá quando dizemos. vou dizer que “peixes se pescam. Essa maneira informal de se referirem ao presidente era. . Inúmeras vezes. sussurramos palavras de amor e explodimos de raiva. transmitimos uma imagem nossa. do tom de voz que empregamos. fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos outros. manifestamos desespero. sentimo-nos participantes da comunidade de brasileiros. isto é.A linguagem serve para criar outros universos. “Não é muito elegante usar palavrões”. Essa é a grande função da arte: mostrar que outros modos .. Parodiando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica. mas estamos tecendo comentários sobre a própria linguagem. __Que calorão. Exprimimos a revolta e a alegria. daquele que fala. objetivamos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. “Estou usando o termo ‘direção’ em dois sentidos”. podemos usar a metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo de dizer. Por meio do tipo de linguagem que usamos. hein? __Também. Nessas ocasiões. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram num elevador e devem manter uma conversa nos poucos instantes em que estão juntas. em geral não queremos.A linguagem serve para falar sobre a própria linguagem: Função Metalinguística. imaginamos novos mundos. “É errado dizer ‘a gente viemos’”. homens é que se não podem pescar”. fala-se do tempo. Na nomenclatura da linguística. inversamente. . A linguagem serve como fonte de prazer: Função Poética. com significados diferentes. com os estudos recentes dos linguistas. Manipulamos as palavras para delas extrairmos satisfação.de ser são possíveis. em expressões diversas. /t/. codifica a mensagem. bateu palmas para o Collor e quer bater chapa em 2002...Mensagem . tinha-se a ideia que o diálogo era desenvolvido de maneira "sistematizada" (alguém pergunta .Receptor . refugia-se no cinema. essa teoria sofreu uma modificação. . o amor nunca diminui e assim por diante. Porém. /k/. /g/ sugere o patear dos cavalos: E o bosque estala. e o galã é carinhoso e romântico. trata-se de um jogo com a frase shakespeariana “To be or not to be”.conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem. Antigamente. entende-se que é um veículo democrático (observe a função fática). etc). p. A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel comprido para sentar-se” e “casa bancária”. . que outros universos podem existir. pelo arranjo dos sons. quando soube que uma mulher muito gorda se sentara no banco de um ônibus e este quebrara.. pois. Da cavalgada o estrépito que aumenta Perde-se após no centro da montanha.contexto relacionado a emissor e receptor. Os jogos com o sentido e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de prazer. No primeiro caso. Rio de Janeiro.Canal .. Quando se usam recursos da própria língua para acrescentar sentidos ao conteúdo transmitido por ela. Conta-se que o poeta Emílio de Menezes. torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação. a sucessão dos sons oclusivos /p/. o mais importante é como se diz. ela é utilizada para informar. Um dia.Referente . Observe-se que a maior concentração de sons oclusivos ocorre no segundo verso. pela disposição das palavras. . Nele. para influenciar. . pois o sentido também é criado pelo ritmo.alguém espera ouvir a pergunta. em seu “Manifesto antropófago”. 4ª ed.” (Folha de S. decodifica a mensagem. . Também está empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e “capital”. ou. nesta frase do deputado Virgílio Guimarães: “ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu continência para os militares. /d/. diz-se que estamos usando a linguagem em sua função poética. Brincamos com as palavras. Nessa outra realidade. Paulo) Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitariamente ou esteticamente. fez o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco quebrar por excesso de fundos”. chegou-se a conclusão que quando se trata da parole. de Raimundo Correia. move-se. Em função estética.emite. assim. Apud: Lêdo Ivo. Coleção Nossos Clássicos. /b/. No segundo. etc. para consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligidos pelo marido. Para melhor compreensão das funções de linguagem. admite-se um novo formato de locução. Mas o que falta é que lhe bata uma dor de consciência e bata em retirada.Código . . Observe-se o uso do verbo bater. conta-se a história de uma mulher que.conteúdo transmitido pelo emissor. O filme de Woody Allen “A rosa púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem expressiva. estremece.meio pelo qual circula a mensagem. Exemplo: Elementos da comunicação . Raimundo Correia: Poesia. ele sai da tela e ambos vão viver juntos uma série de aventuras. assistindo inúmeras vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa. quando se afirma que o barulho dos cavalos aumenta. 29. Agir. para produzir um efeito prazeroso de descoberta de sentidos. Divertimo-nos com eles. retirada do poema “A Cavalgada”.recebe. etc.Emissor . Oswald de Andrade. 9 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Na estrofe abaixo. os homens são gentis. enquanto outro escuta em silêncio. a vida não é monótona. “dinheiro”. para manter os laços sociais. daí responde. diz “Tupi or not tupi”. interlocução (diálogo interativo): . investigamos os seus aspectos morfo-sintáticos e/ou semânticos). construir as utopias e os sonhos. No entanto. A função biológica e cerebral da linguagem é aquilo que mais profundamente distingue o homem dos outros animais. etc. Para isso. segue-nos durante toda a vida e acompanha-nos até a hora da morte.Emotiva (ou expressiva): a mensagem centra-se no "eu" do emissor. Cerca-nos desde o despertar da consciência. Sem ela não se pode aprender. ainda no berço. Sem ela. expressar os sentimentos. a par do desenvolvimento de órgãos fonadores e da mímica facial. Sem ela. . palavras belas. desenvolveu a língua de sinais adaptada pelos surdos em diferentes países. por isso a mudança (aprimoração) na teoria. Podemos considerar que o desenvolvimento desta função cerebral ocorre em estreita ligação com a bipedia e a libertação da mão. por norma. muito usada em discursos políticos e textos publicitários (centra-se no canal de comunicação). . Falar bem é atingir os propósitos de comunicação. Ligada a esta função está. o homem não pode conhecer-se nem conhecer o mundo. . Nem sempre dedicamos muito tempo ao seu estudo. para além da linguagem falada e escrita..diálogo As respostas. Conhecer bem a língua materna e línguas estrangeiras é uma necessidade. 10 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . faciais etc.quem ouve e responde. enriquecendo a mensagem com figuras de estilo. .interlocução .locutário . é necessário construir textos sem ambiguidades. Esta função da linguagem é frequentemente usada por oradores e agentes de publicidade. Devido a estas capacidades. não se pode estruturar o mundo do trabalho. não só para melhorar a comunicação entre surdos. afim de que este assuma determinado comportamento. Saber bem uma língua é saber usála bem.Função fática: pretende conseguir e manter a atenção dos interlocutores. não é saber descrevê-la. pois é ela que permite a troca de informações e de experiências e a cooperação entre os homens.Função informativa (ou referencial): função usada quando o emissor informa objetivamente o receptor de uma realidade. sem repetições que não acrescentam nada ao sentido. . ou acontecimento. conclui-se que ela é onipresente na vida de todos nós. não se exerce a cidadania. é carregada de subjetividade. As atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação Lembramo-nos: . imaginar outras realidades. Potencialidades da Linguagem Depois de analisar as funções da linguagem. mas também para utilizar em situações especiais.Função apelativa (imperativa): com este tipo de mensagem. Não prestamos muita atenção a ela.locutor . expressivas. como no teatro e entre navios ou pessoas e não animais que se encontram fora do alcance do ouvido. . aprendendo pela observação de animais. o emprego de palavras raras e a correção gramatical não são sinônimos do uso adequado da língua.quem fala (e responde). No entanto. o homem. ritmos agradáveis. . a poesia lírica. As primeiras ferramentas da fala humana. porque os eleitores não podem influenciar o governo. Sem a linguagem. que permitiram o aumento do volume do cérebro. O texto que segue foi dito por um locutor esportivo: . A descrição gramatical de uma língua é um meio de adquirir sobre ela um domínio crescente. o emissor atua sobre o receptor. Também podemos pensar que as primeiras falas conscientes da raça humana ocorreu quando os sons emitidos evoluiram para o que podemos reconhecer como “interjeições”. é preciso usar um nível de língua adequado. coerentes. na análise de um texto. a linguagem parece-nos uma coisa natural. há frequente uso do vocativo e do imperativo. Que é saber bem uma língua? Evidentemente. dos "interlocutores" podem ser gestuais. mas que se podem observar entre si.Função metalinguística: função usada quando a língua explica a própria linguagem (exemplo: quando.Função poética: embeleza. depois oração e medicação. p. Apesar de corrente.Quinta-feira às 5h haverá reunião do Clube das Jovens Mamães.(.Nos desertos da Arábia. (. etc. de cor amarelada. o sentido de uma palavra ou de uma frase depende das outras palavras ou frases com que mantêm relação. mola propulsora do eleven periquito. A decisão atende a uma portaria de dezembro de 1991. 15) Humor à parte. porque não usa um nível de língua adequado à situação de comunicação. o sentido depende do contexto.Não deixe a preocupação acabar com você. aquele texto não seria entendido pela maioria dos ouvintes. isso quer dizer que ele não é um amontoado de frases simplesmente colocadas umas depois das outras. embora neles não se encontrem erros de ortografia. In: Bundas. porém. . porque lá ninguém trabalha. “animal originário das regiões desérticas. O texto é um todo organizado de sentido. A portaria proíbe ainda os menores de 18 anos de irem a motéis e rodeios sem a companhia ou autorização dos pais. o termo não é de fácil definição: quando perguntamos qual é o seu significado.) lembre-se de todos que estão tristes e cansados de nossa igreja e de nossa comunidade. de pescoço longo e com duas saliências no dorso”. “Os atores de novelas devem decorar textos enormes todos os dias”. Outros exemplos: “As videolocadoras de São Carlos estão escondendo suas fitas de sexo explícito. Portanto não é um bom texto. 11 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . o todo em que ela está inserida. mas um conjunto de frases costuradas entre si. “Seu texto ficou muito bom”.O camelo aqui carrega a família inteira nas costas.. Certamente. a palavra texto significa . Todos aqueles que quiserem se tornar uma Jovem Mamãe. A palavra texto é bastante usada na escola e também em outras instituições sociais que trabalham com a linguagem. Na primeira. isto é. na terceira. o camelo é ainda o principal meio de transporte dos beduínos. Em cada uma dessas frases a palavra camelo tem um sentido diferente. Na noite de segunda-feira sonhou com um deserto e jogou seco no camelo. que proíbe que as casas de vídeo aluguem. jogador de meio de campo do time do Parque Antártica. delimitado por dois brancos e produzido por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço. Texto é um todo organizado de sentido. Aliás. mas também os mecanismos de estruturação do texto. p. que corresponde ao número 8 e inclui as dezenas 29. Observe os três pequenos textos abaixo: . “O texto da prova de Português era muito longo e complexo”.Para aqueles que têm filhos e não sabem. 31 e 32”. Deixe que a Igreja ajude. esses exemplos comprovam que aprender não só a norma culta da língua. 30.) (Jornal da USP. o sentido de cada parte não é independente. . nós temos uma creche no segundo andar.” (Jornal Folha do Sudoeste) Certamente a portaria não deveria obrigar os pais a acompanhar os filhos aos motéis nem a dar-lhes uma autorização por escrito para ser exibida na entrada desse tipo de estabelecimento. do Juizado de Menores.Todos os dias ele fazia sua fezinha. Todos são mal escritos. o período é contexto da oração e assim sucessivamente. a oração é contexto da palavra.. .Terça-feira à noite: sopão dos pobres. significa “o oitavo grupo do jogo no bicho. Por isso o sentido de cada parte depende da sua relação com as outras partes. concordância. devem contatar padre Cavalcante em seu escritório.33.” (Álvaro da Costa e Silva. No texto. na segunda. .. de grande porte. . O jornal da USP publicou uma série de textos encontrados em comunicados de paróquias e templos.: .“Adentra o tapete verde o facultativo esmeraldino a fim de pensar a contusão do filho do Divino Mestre. percebemos que a maioria das pessoas é incapaz de responder com precisão e clareza. tudo são relações. O contexto pode ser explícito (quando é exposto em palavras) ou implícito (quando é percebido na situação em que o texto é produzido). quadrúpede. 9. portanto. O que determina essa diferença de sentido da palavra é exatamente o contexto. entendido como a unidade maior que compreende uma unidade menor. “pessoa que trabalha muito”. exponham e vendam fitas pornográficas a menores de 18 anos.. É comum ouvirmos expressões como “O texto constitucional desceu a detalhes que deveriam estar em leis ordinárias”.) O que o locutor quis dizer foi: Entra em campo o médico do Palmeiras a fim de cuidar da contusão de Ademir da Guia (filho de Domingos da Guia). . Em síntese. 12 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . A gente não pode dormir com os oradores e os pernilongos. p. mas uma trama arranjada de maneira organizada. Coleção Nossos Clássicos. 1976. 5. Rio de Janeiro. na verdade. 1959. a do solo pátrio. que “os filósofos são polacos vendendo a prestações”. em apoio a essa tese. Ele mostra que os “poetas são pretos que vivem em torres de ametista”. que vivem. em geral. determina a orientação argumentativa da frase. “acredito que todos os seus defeitos devem ser desculpados”. os sargentos de exército são monistas. Eu morro sufocado em terra estrangeira. sem se preocupar com os negros. mas é desagregador. é uma miscelânea de elementos advindos de vários países. No primeiro. O sentido é completamente diferente. José Olympio. não concorrem para a exaltação da pátria: o poeta denuncia que a cultura brasileira é postiça. alienados num mundo idealizado. evitando as mazelas do mundo real. são prostituídos (polaca é termo designativo de prostituta) pela venalidade barata. Onde canta o Sabiá. principalmente. Esses períodos relacionam diferentemente as orações. Essa hipótese de leitura. quando digo. que “os oradores” se identificam com “os pernilongos” em sua oratória repetitiva. Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade e ouvir um sabiá com certidão de idade! Poesias (1925-1953). em vez da preocupação com seu ofício de garantir a segurança do território nacional. pois o poeta sabe que não se tornará realidade. até a natureza acolhe o que é estrangeiro. que esses versos são calcados nos dois primeiros do poema homônimo de Gonçalves Dias. p. 18.Marcelinho é desagregador. a manifestação do desejo de ter contato com coisas genuinamente brasileiras e um lamento. que “os sargentos do exército são monistas. Tomando apenas os dois primeiros versos. O sentido não é solitário. . ao mesmo tempo. Apud: Manuel Bandeira. Rio de Janeiro Agir. Califórnia e Veneza são a imagem do espaço estrangeiro. que não é um amontoado de fios. em condições muito precárias (trata-se de uma referência irônica ao Simbolismo e. e minha terra. se não é absurda quando isolamos os versos em questão. Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda. pois o “mas” introduz o argumento mais forte e. cubistas. “não quero o jogador no meu time”. os filósofos são polacos vendendo a prestações. Pode-se ainda acrescentar. por conseguinte. quando afirmo. A exclamação do final é. Murilo Mendes mostra. a Cruz e Sousa). ou seja. que as características da brasilidade não têm valor positivo. pode-se pensar que esse poema seja uma apologia do caráter universalista e cosmopolita da brasilidade: macieiras e gaturamos representam a natureza vegetal e animal. têm pretensões de incursionar por teorias filosóficas e estéticas. cubistas”. a oração é “desagregador” é introduzida por “mas”. que o romantismo gonçalvino estava certo ao afirmar que a natureza brasileira é pródiga. Vejamos outros dois períodos: . só que essa prodigalidade não é acessível à maioria da população. 7ª ed. não encontra amparo quando os confrontamos com o restante do texto. enquanto no segundo é a oração “é um bom atacante” que é iniciada por essa conjunção.Marcelinho é um bom atacante. Gonçalves Dias: Poesia. Nossas flores são mais bonitas nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia. respectivamente. mas é um bom atacante. Os poetas da minha terra são pretos que vivem em torres de ametista. que é uma glorificação da terra pátria: Minha terra tem palmeiras. No Brasil.“tecido”. Observe agora o poema “Canção do Exílio” de Murilo Mendes: Minha terra tem macieiras da Califórnia onde cantam gaturamos de Veneza. . é solidário. Isso significa que. desnaturada a ponto de parecer estrangeira. A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabelecidas da língua. um conjunto de frases pode ser coerente e. a expressão facial. Por exemplo. Ao contrário. Isso porque só a segunda interpretação se encaixa coerentemente dentro do contexto. Que é que faz perceber que um conjunto de frases compõe um texto? O primeiro fator é a coerência. por exemplo). Os pastos não poderiam. Tipos de Linguagem Linguagem é a capacidade que possuímos de expressar nossos pensamentos. as quais podem agir sobre ela. pois mesmo sem esses elementos de conexão. Assim. onde há comunicação. O segundo fator. portanto. a linguagem pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se valem os indivíduos para comunicar-se. ou seja. dependendo do contexto em que está inserida. ideias. símbolos. Cada membro da comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão. Outro fator é a ligação das frases por certos elementos que recuperam passagens já ditas ou garantem a concatenação entre as partes. é menos importante que o primeiro. as placas e sinais de trânsito. cada frase tem um significado distinto. o significado das partes depende do todo. 13 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Dentre elas estão: a linguagem de sinais. mas.Não Verbal: aquela que utiliza outros métodos de comunicação. sons. entretanto. há linguagem. gestos e regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem mímica.O texto de Murilo faz referência ao de Gonçalves Dias. comprova-se que o significado das frases não é autônomo. em “Não chove há vários meses. A língua possui um caráter social: pertence a todo um conjunto de pessoas. não é possível criar uma língua particular e exigir que outros falantes a compreendam. nada desconexo. Desse modo. diferentemente do poema gonçalvino. Num sentido mais genérico. mas é suficientemente ampla para . etc. a compatibilidade de sentido entre elas. não celebra ufanisticamente a pátria. A Língua é um instrumento de comunicação. Por exemplo: falantes da língua portuguesa. nada contraditório. de modo que não haja nada ilógico. pois. um todo organizado de sentido. originando a fala. sendo composta por regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comunicar-se e compreender-se. a linguagem corporal. tais como: sinais. Por isso. Num texto. cada indivíduo pode usar de maneira particular a língua comunitária. lamenta a invasão estrangeira. ironiza-a. As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da linguagem verbal (usa palavras para transmitir a informação). . uma figura. Está relacionada a fenômenos comunicativos. Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar o que representam. Dessa forma. devem ser lidos como uma crítica ao caráter postiço da nossa cultura. Ao contrário. estar verdes”. Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos atos de comunicação. um gesto. a palavra “pois” estabelece uma relação de decorrência lógica entre uma e outra frase. que não são as palavras. Por outro lado. opiniões e sentimentos. O exílio é a própria terra. A linguagem pode ser: . os dois primeiros versos não podem ser interpretados como um elogio ao caráter cosmopolita da cultura brasileira.Verbal: aquela que faz uso das palavras para comunicar algo. linguistas e outros especialistas. como idade e sexo. Não devemos confundir língua com escrita. mas sim um sistema mais disciplinado e rígido. médicos. há uma grande diversificação nos mais variados níveis da fala.Fatores Contextuais: nosso modo de falar varia de acordo com a situação em que nos encontramos: quando conversamos com nossos amigos. Esse nível da fala é mais espontâneo. principalmente em situações informais. A língua escrita não é apenas a representação da língua falada. o ambiente sociocultural em que vive. as mímicas e o tom de voz do falante.Fatores Regionais: é possível notar a diferença do português falado por um habitante da região nordeste e outro da região sudeste do Brasil. por exemplo. . é acompanhada pelo tom de voz. há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado. também há variações no uso da língua. . ao utilizá-lo. no entanto. Devido ao caráter individual da fala. . Fala É a utilização oral da língua pelo indivíduo. químicos. Note. Dentre eles. Caracteriza-se por um cuidado maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais estabelecidas pela língua. . o contexto.Fatores Naturais: o uso da língua pelos falantes sofre influência de fatores naturais. além disso. por exemplo. 14 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . é por isso que somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus de cultura. essas formas têm uso praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros. etc. Desse modo. pois cada indivíduo. A escrita representa um estágio posterior de uma língua. .Nível Coloquial-Popular: é a fala que a maioria das pessoas utiliza no seu dia a dia. . uma vez que não conta com o jogo fisionômico. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola. para não correrem o risco de produzir enunciados incompreensíveis como: Família a paupérrima de era Regina. Abundantes em termos específicos. A língua falada é mais espontânea. todos falam a língua portuguesa. Além disso. conforme seu gosto e sua necessidade.Fatores Culturais: o grau de escolarização e a formação cultural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os diferentes usos da língua. Dentro de uma mesma região. abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. incluindo-se fisionomias. No Brasil. Uma criança não utiliza a língua da mesma maneira que um adulto. As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às diversas manifestações da fala de cada um. não nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras formais estabelecidas pela língua. além de conhecer o que fala. Outro. profissionais da área de direito e da informática.Nível Formal-Culto: é o nível da fala normalmente utilizado pelas pessoas em situações formais. Um indivíduo pode pronunciar um enunciado da seguinte maneira: A família de Regina era paupérrima. Cada indivíduo. destacam-se: . sua personalidade. pode optar por: A família de Regina era muito pobre. daí falar-se em linguagem infantil e linguagem adulta. No estado do Rio Grande do Sul. conhece também o que os outros falam. que essas manifestações devem obedecer às regras gerais da língua portuguesa. dentro da unidade da língua. biólogos. de acordo com a situação.Fatores Profissionais: o exercício de algumas atividades requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas técnicas. É um ato individual. é possível observar alguns níveis: . embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente como a nossa. pode escolher os elementos da língua que lhe convém.permitir um exercício criativo da comunicação. mas existem usos diferentes da língua devido a diversos fatores. pois são dois meios de comunicação distintos. algumas vezes por mímicas. não usamos os termos que usaríamos se estivéssemos discursando em uma solenidade de formatura. para a manifestação da fala. Cores. usaremos a seguinte nomenclatura: . de imagens em movimento. a parte concreta do signo. com pelos. olhos. orelhas. movimentos e imagens. cinema. dança. fingindo uma intenção para esconder outra. o que faz com que essa sentença seja rejeitada. uma representação mental. imagens em movimento) que representam alguma coisa diferente dela mesma. Ao escutar a palavra “cachorro”.Imagens em movimento (cinema). Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que obedecem às regras gramaticais. A dimensão imaterial e inteligível é chamada por dois nomes: plano de conteúdo ou significado. . graças. olho) e de algo imaterial. para influenciar o outro e até para trapacear. etc. Estudo do Significado O papel essencial da linguagem. Hoje em dia. devemos obedecer às regras gramaticais convencionadas pela própria língua. etc.Sons produzidos pela voz (linguagem verbal) . formas e volumes (linguagem visual) . A linguagem pode ser usada pelo homem para múltiplas finalidades: para ajudá-lo a compreender a si mesmo. Quando escutamos essa palavra. toda linguagem é constituída de signos. é possível colocar o artigo indefinido “um” diante do signo “cachorro”. Ao empregar os signos que formam a nossa língua. logo pensamos em um animal irracional de quatro patas.Signo É um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o significado e o significante. A linguagem pode também manifestar-se sob grande variedade de formas: . Em outras palavras. Dizendo de outra maneira. E o que são signos? Signos são qualquer forma material (sons. Para resumir. 15 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . formando a sequência “um cachorro”. volumes.Linguagens não-verbais: constituídas por todas as outras modalidades diferentes da língua: pintura. Significado (é o conceito. cores. etc. Qualquer que seja a forma de manifestação. Esse conceito que nos vem à mente é o significado do signo “cachorro” e também se encontra armazenado em nossa memória. aberto à criatividade e ao desenvolvimento da liberdade de expressão e compreensão. o mesmo não seria possível se quiséssemos colocar o artigo “uma” diante do signo “cachorro”. dança) . música. o mundo físico e as pessoas que o rodeiam. linhas. Essa lembrança constitui uma real imagem sonora. O conhecimento de uma língua engloba tanto a identificação de seus signos. toda linguagem tem um ponto em comum: nenhuma opera com a realidade tal que ela é. o homem faz uso de sinais que as representam. Fala: uso individual da língua. de cores. mas com representações da realidade. perceptível pelos órgãos dos sentidos (ouvido. seja escrita.Movimentos do corpo (linguagem corporal. costumamos distinguir duas grandes divisões para definir as formas de linguagem: . é muito comum a exploração conjunta de várias formas de linguagem: a linguagem do cinema e da televisão é uma demonstração eloquente da exploração conjunta de sons musicais e da voz humana. inteligível. como também o uso adequado de suas regras combinatórias. cores.Linguagem Verbal: mais especificamente constituída pela língua. escultura. Esses sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa memória. suas letras e seus fonemas). seja ela oral. por exemplo. Os signos que constituem a língua obedecem a padrões determinados de organização. todo signo é constituído de algo material. a ideia transmitida pelo signo. Signo: elemento representativo que possui duas partes indissolúveis: significado e significante. sobretudo à facilidade de reprodução de sons. é a produção de significado: ao se relacionar com as coisas. a parte abstrata do signo) + Significante (é a imagem sonora. A sequência “uma cachorro” contraria uma regra de concordância da língua portuguesa. A dimensão material do signo costuma ser designada por dois nomes: plano de expressão ou significante. Desse modo. reconhecemos a sequência de sons que formam essa palavra.Sons produzidos por instrumentos (linguagem musical) . em quaisquer das suas formas. armazenada em nosso cérebro que é o significante do signo “cachorro”. a forma. Por uma questão de simplificação. podemos encadear os seguintes raciocínios: . São os signos que nos permitem trazer para a lembrança referentes que já deixaram de existir. Podemos. podemos trazer para o presente pessoas e fatos que já desapareceram. pela linguagem. Excluindo esse inconveniente. após esses dados. apenas uma representação dela. num jogo de ironia. As palavras. Após essas considerações. Observação: A rigor. pois este.ao objeto chamamos de referente. não representa nada além de si mesma. como se sabe. porque não passa de uma árvore. O célebre pintor surrealista belga René Magritte (1898-1967). não é exato usar um retrato de Camões para ilustrar o significado da palavra Camões. que. construímos um universo paralelo ao universo real. representado pelo espectro de uma onda sonora. 16 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Significante: uma conjunto de sons. o signo apresenta três dimensões: . para o exercício da cidadania e para aquisição de novos conhecimentos. por meio delas. . montar um esquema daquilo que os estudiosos chamam de signo: Signo: é qualquer objeto.Significante (ou plano de expressão): é a parte material do signo (um objeto. Trata-se de um signo. .A principal função de qualquer forma de linguagem é a construção de significados para atingir certos resultados planejados pelo construtor. A conclusão mais importante de tudo isso é que usamos os signos no lugar das coisas e.Portanto a competência mais importante para os falantes da língua portuguesa é saber construir significados e decifrar os significados produzidos por meio dela.Signo: qualquer tipo de sinal material usado para representar algo. Se levarmos em conta que as relações entre os homens são determinadas mais pelas representações que fazemos das coisas do que pelas coisas em si.Referente: é a coisa representada pelo signo. uma forma ou um fenômeno perceptível pelos sensores do corpo humano). Prova disso é que não podemos trazer para este livro a árvore real. ou a forma mental criada no intelecto pelo significante. . dando a máxima impressão de realismo. pintou um cachimbo com requintes de pormenores. a pintura. Assim sendo. morreu faz tempo. pois o referente (o poeta em carne e osso) não existe mais. formada de cores e formas sobre uma superfície de papel. tornar presente alguma coisa ausente. O referente é o famoso poeta português Luís Vaz de Camões. Surpreendentemente. então. com o propósito de usá-la para o mundo do trabalho. conta-se que ele desafiava: __ Então acenda-o e comece a fumá-lo. vamos compreender que interpretar e produzir significados é a competência de maior importância para quem deseja dominar os segredos da linguagem. . . ou a coisa real. isto é. Tomemos. uma palavra como Camões. achando absurda a ideia de negar que aquilo fosse um cachimbo. escreveu abaixo da pintura a frase Ceci n’est pás une pipe (“Isto não é um cachimbo”).O português é uma forma de linguagem. Significado: o conceito associado no intelecto quando ouvimos essa combinação de sons. por exemplo. . por exemplo. são signos e. Relacionando o aprendizado do português com esses dados preliminares.Significado (ou plano de conteúdo): é o conceito. Esse é um dado de extrema importância tanto para quem ensina quanto para quem aprende não só o português como qualquer outra língua. Uma árvore plantada no bosque não é um signo. forma ou fenômeno material que representa a ideia de algo diferente dele mesmo. na verdade.a representação do cachimbo é um signo do cachimbo. Que o signo não passa de representação da realidade é um tema que tem sido objeto de debate entre os homens. não o objeto cachimbo. Aos que o contestavam. serve para sugerir o conceito que a combinação de sons (k – a – m – õ – e – s) cria no nosso intelecto. vamos fazer duas observações de ordem terminológica: . é de instância intelectual. É dado de realidade trazido à mente por meio do signo. teremos a palavra “poltrona”. não é preciso destacar a importância fundamental da Semântica dentro dos estudos linguísticos. conjunto de emissoras: O presidente falará em cadeia nacional. pelo traço semântico “não humano”. “Peixe”. Tomemos um exemplo que já ficou clássico nos estudos de Semântica. Por isso é que os bons dicionários costumam dar os diferentes sentidos possíveis de uma palavra. uma palavra ou uma frase sob o ponto de vista semântico equivale a tentar decifrar o que elas significam ou o que querem dizer. pois. A Semântica é um ramo da Linguística que se ocupa do significado das formas linguísticas em geral. como orações e períodos. constituído de um feixe de unidades menores a que os estudiosos chamam de traços semânticos ou traços de significado. Há contextos em que uma palavra não pode ser interpretada com todos os traços semânticos que comumente a definem. . a palavra “cadeira” é um móvel doméstico que contém os seguintes traços semânticos: .com encosto. com a máxima proficiência. Nem é preciso também falar da importância desse tópico nas provas de concursos na matéria de língua portuguesa em geral. Dizemos de outra maneira.Prisão: Sonegar imposto dá cadeia. nesse contexto. Todos os demais tipos de aprendizado linguístico estão subordinados a essas duas competências mais amplas e mais altas. mas por um punhado de significados menores que se combinam entre si para criar a noção com que representamos as coisas ou os eventos do mundo.Sequência: As ruínas são cercadas por uma cadeia de montanhas. podendo sofrer variações de época para época. Em síntese. para quem estuda uma língua do ponto de vista de quem vai conviver e trabalhar com ela. . em: Peixe não vive fora d’água. Esse traço pode ser trocado. por exemplo. nesse contexto. “com braços”. por um traço “humano”.Rede. o que mais importa é a capacidade de produzir e compreender significados. noutro contexto como este: Na festa de aniversário da minha prima.Para quem aprende uma língua com esse tipo de interesse. Se aos quatro traços da palavra “cadeira” acrescentarmos mais um. Segundo ele.para sentar-se. os significados direcionados para atingir os resultados programados. concluímos que. por exemplo) quanto enunciados maiores. usado pelo linguista francês contemporâneo Bernard Pottier.sobre pernas. uma noção primária se impõe como necessária: a de que o significado de um signo não é constituído por uma peça única. . São os traços semânticos que usamos para definir o significado das palavras. É o que acontece. eu era um peixe fora d’água. Analisar. Levando esses dados em consideração.para uma só pessoa. por exemplo. Dado que a finalidade última de qualquer linguagem é a produção de significado. 17 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . o significado das palavras não é simples. A palavra “peixe” é marcada. num dado contexto. torna-se mais fácil compreender as particularidades sobre o significado das palavras. Tomemos como exemplo uma palavra como “cadeia” e alguns de seus múltiplos sentidos no português: . . mas complexo. de contexto para contexto. acompanhados do contexto em que ela adquire cada um dos seus vários sentidos. . por ser constituído de feixes de traços semânticos. Resumindo tudo. Por formas linguísticas vamos entender tanto as mínimas unidades de significado constituintes das palavras (os prefixos e sufixos. . Uma mesma palavra pode. o sentido da palavra não é estável. trocar um traço semântico por outro e ganhar novo sentido. de lugar para lugar. Para facilitar a compreensão de certas particularidades relativas ao significado das palavras e das formas linguísticas em geral. não fará sentido se não trocarmos o traço semântico “não humano” por “humano”. o que mais importa é adquirir a capacidade de compreender. ambientes. é o silêncio que precede os primeiros acordes de uma melodia e que sucede às notas finais. A mesma sociedade que gera a ideia de que é preciso pôr abaixo a floresta amazônica para explorar suas riquezas. as expectativas desse grupo. os temores.No texto. objetos. expõe em seus textos as ideias. etc. os anseios. Fazer um texto. Temos dois momentos: o de formular pensamentos (o que se quer dizer) e o de expressálos por escrito (o escrever propriamente dito). no entanto. o sentido não é solitário. O texto é produzido por um sujeito num dado tempo e num determinado espaço. um antes de começar o texto e outro depois. organizar ideias sobre determinado assunto. Frequente emprego de metáforas. Como não há ideias puras. É bem verdade.O texto está delimitado por dois espaços de não-sentido. assim. que sobre ela se pronuncia. É preciso que fiquem bem claras estas conclusões: . É o branco do papel. Como a sociedade é dividida em grupos sociais. mas sim. não significa apenas escrever de forma correta. é o tempo de espera para que um filme comece e o que está depois da palavra FIM. . produz a ideia de que preservá-la é mais rentável. um modo único de analisar os problemas estabelecidos num dado contexto. em certas épocas. . visual (um quadro). dois brancos. ela produz ideias divergentes entre si. O poema de Murilo Mendes que comentamos anteriormente mostra o anseio de uma geração. seja ele de que tipo for. mas solidário. Tem como resultado a imagem física ou psicológica. anseios. relaciona-se com o contexto histórico e geográfico em que foi produzido. necessitamos de técnicas que implicam no domínio de capacidades linguísticas. expectativas e temores de um grupo social numa determinada época. Predomínio de atributos. E para expressarmos por escrito. de conhecer bem o país e revelar suas mazelas para transformá-lo. refletindo a realidade apreendida por seu autor. Se ele é um todo organizado de sentido. todas as ideias estão materializadas em textos. Tipos Textuais Para escrever um texto. É um tipo de texto figurativo. no entanto. comparações e outras figuras de linguagem. que algumas ideias. Esse sujeito. . Cabe lembrar. sonoro (uma música). 18 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Uso de verbos de ligação. que uma sociedade não produz uma única forma de ver a realidade. em determinado lugar.O texto revela ideais. exercem domínio sobre outras. ele pode ser verbal. Mas em todos esses casos ele será delimitado por dois espaços de não-sentido. Todo texto. analisar a relação de um texto com sua época é estudar a sua relação com outros textos. no Brasil. para não correr o risco de entendê-lo de maneira distorcida. Não há texto que não reflita o seu tempo e o seu lugar. concepções. por pertencer a um grupo social que vive num dado tempo e num certo espaço.Delimitações e Sujeito do Texto O texto é delimitado por dois brancos. Retrato de pessoas. verbal e visual (um filme). existem alguns modelos de expressão escrita: Descrição – Narração – Dissertação. etc. apresenta uma visão. em certa época. que têm interesses muitas vezes antagônicos. Descrição Expõe características dos seres ou das coisas. É necessário entender as concepções correntes na época e na sociedade em que o texto foi produzido. classifica. uma pessoa ou uma paisagem a alguém. suave demais. em imagens. Geralmente.” (extraído de “Amor”. onde procuramos mostrar os traços mais particulares ou individuais do que se descreve. Prevalece a denotação. Defesa de um argumento: a) apresentação de uma tese que será defendida. avalia. Presença de narrador. inteligência tarda. durante e depois dos acontecimentos (geralmente). não será para outro. Tudo era estranho. lugar. está fazendo uso da descrição. c) fechamento. com palavras. Uso de verbos de ação. Sempre que se expõe com detalhes um objeto. . É normalmente escrita em primeira pessoa. Reunia a isso grande medo ao pai. O diálogo direto é frequente. Carta Esse é um tipo de texto que se caracteriza por envolver um remetente e um destinatário. Era uma criança fina. tempo. Dissertação Expõe um tema. 19 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Mas a penumbra dos ramos cobria o atalho. e sempre visa um tipo de leitor. aplicado. vencia com o tempo o que não podia fazer logo com o cérebro. Predomínio da linguagem objetiva. e era mole. Descrição É a representação com palavras de um objeto. Dessa forma. cheiro de árvores. A vivência de quem descreve também influencia na hora de transmitir a impressão alcançada sobre determinado objeto. animal. enredo. relaciona mudanças de situação. É um tipo de texto argumentativo. É necessário que se utilize uma linguagem adequada com o tipo de destinatário e que durante a carta não se perca a visão daquele para quem o texto está sendo escrito. Raimundo gastava duas horas em reter aquilo que a outros levava apenas trinta ou cinquenta minutos. De onde vinha o meio sonho pelo qual estava rodeada? Como por um zunido de abelhas e aves. cenário. ambiente. Todo o jardim triturado pelos instantes já mais apressados da tarde. personagens. situação ou coisa. emoção vivida ou sentimento. É qualquer elemento que seja apreendido pelos sentidos e transformado. Exemplos: (I) “De longe via a aleia onde a tarde era clara e redonda. aponta antes. analisa. pequenas surpresas entre os cipós. Ao seu redor havia ruídos serenos. Não é necessário que seja perfeita. Relato de fatos. pessoa. é mesclada de descrições. explica. b) desenvolvimento ou argumentação. Laços de Família. uma vez que o ponto de vista do observador varia de acordo com seu grau de percepção. o que será importante ser analisado para um. cena. Apresentação de um conflito.Narração Expõe um fato. É um tipo de texto sequencial. grande demais. Clarice Lispector) (II) Chamava-se Raimundo este pequeno. a ordem dessas duas ocorrências é indiferente: o que o escritor quer é explicitar uma característica do menino. não existe relação de anterioridade e posterioridade entre seus enunciados. Raimundo tinha grande medo ao pai). portanto. o pronome oblíquo as é um anafórico que retoma flores.por isso.. Contos. etc. como este.Utilizam. que conferem colorido ao texto. . . . como ele. está-se pensando apenas na ordem cronológica.Todavia deve predominar o emprego das comparações.Ao fazer a descrição enumeramos características. sanguínea e fogosa. se isso não for possível. mas sim a capacidade de observação que deve revelar aquele que a realiza.é impossível separar narração de descrição. . etc. que se usem então as formas nominais. págs. no nível do relato. ou catafóricos (palavras que anunciam o que vai ser dito. na versão original. o filho do professor da escola que o escritor frequentava.Como na descrição o que se reproduz é simultâneo.)” (Raul Pompéia – O Ateneu). comparações e inúmeros elementos sensoriais. Deve-se notar: .pálida. 3ed. cara doente.A descrição pode ser considerada um dos elementos constitutivos da dissertação e da argumentação. pois este contém anafóricos (palavras que retomam o que foi dito antes. precisamos mudar a palavra flores para a primeira frase e retomá-la com o anafórico elas na segunda. Entrava na escola depois do pai e retirava-se antes. Como. Se tomarmos uma descrição como As flores manifestavam todo o seu esplendor. 1974. Ática. os. raramente estava alegre. todas elas estão no pretérito imperfeito.. "Conto de escola". como veremos adiante.. .As personagens podem ser caracterizadas física e psicologicamente. pois. carnuda.Devem-se evitar os verbos e. aquele. diz-se que o fragmento do conto de Machado é descritivo. 20 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . ao invertermos a ordem das frases. situações. dando-se sempre preferência aos verbos que indiquem estado ou fenômeno. não existe uma ocorrência que possa ser considerada cronologicamente anterior a outra do ponto de vista do relato (no nível dos acontecimentos. Evidentemente. 31-32. o ano de 1840.O que se espera não é tanto a riqueza de detalhes. parecia mais velha pelo desenvolvimento das proporções. Descrição é o tipo de texto em que se expõem características de seres concretos (pessoas. porém. O Sol fazia-as brilhar. a ordem em que os elementos são descritos produz determinados efeitos de sentido. (Machado de Assis. São Paulo.. Entrava na escola depois do pai e retiravase antes. Grande. quando se diz que a ordem dos enunciados pode ser invertida.que todas as frases expõem ocorrências simultâneas (ao mesmo tempo que gastava duas horas para reter aquilo que os outros levavam trinta ou cinquenta minutos. entrar na escola é cronologicamente anterior a retirar-se dela. . Características: . O mestre era mais severo com ele do que conosco. Exemplo: “(. para que o texto possa ser compreendido: O Sol fazia as flores brilhar.poderíamos mesmo colocar o últímo período em primeiro lugar e ler o texto do fim para o começo: O mestre era mais severo com ele do que conosco. o presente e o pretério imperfeito do indicativo. que podem perder sua função e assim não ser compreendidos. . ou pelas ações. . Quando alteramos a ordem dos enunciados.) Ângela tinha cerca de vinte anos. Por todas essas características. era um desses exemplares excessivos do sexo que parecem conformados expressamente para esposas da multidão (.) consideradas fora da relação de anterioridade e de posterioridade. que indica concomitância em relação a um marco temporal instalado no texto (no caso.se invertêssemos a sequência dos enunciados. e não traçar a cronologia de suas ações). preferencialmente. não denota nenhuma transformação de estado. Elas manifestavam todo o seu esplendor. verbos de ligação. dos adjetivos e dos advérbios. precisamos fazer algumas alterações. etc. . em que o escritor frequentava a escola da Rua da Costa) e. retirava-se). Por isso..ainda que se fale de ações (como entrava. objetos. precisamos fazer certas modificações no texto. . . não correríamos o risco de alterar nenhuma relação cronológica .).. se alterarmos a ordem das frases ele perderá o sentido.) Esse texto traça o perfil de Raimundo. . para transformá-lo em narração. próprias. não indicando progressão de uma situação anterior para outra posterior. sinestesias). O pessoal. depois você entrava tinha um jardinzinho. . comparações. bastaria dizer: Reunia a isso grande medo do pai. Exemplo: "Até os onze anos. por ter a representação de um acontecimento. fazer-transformador. Tudo simples. desde que eles sejam sempre simultâneos. e as orelhas grandes muito despegadas do crânio. existir. Lemos um velho de pequena estatura.. Apesar de seu corpo rechonchudo." (Eça de Queiroz . uma casa velha. até mesmo ação ou movimento. não tendo transformação. com o pescoço entalado num colarinho direito. Roupa simples. numa descrição. vestido todo de preto. Tinha uma covinha no queixo. Características Linguísticas: O enunciado narrativo. Era muito pálido. destacam-se marcas sintático-semânticas encontradas no texto que vão facilitar a compreensão: . uma grade de ferro. 21 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .. no final tinha uma escadinha que devia ter uns cinco degraus. é atemporal. Mais tarde. mas não tingia o bigode.O Primo Basílio) . exatas. A descrição pode ser apresentada sob duas formas: . pelo contraste. frio.Predominância de verbos de estado. tinha-o grisalho. magro. Exemplo: "Era alto. Tanto é que uma das marcas linguísticas da descrição é o predomínio de verbos no presente ou no pretérito imperfeito do indicativo: o primeiro expressa concomitância em relação ao momento da fala. Ex: Era um verde transparente que deslumbrava e enlouquecia qualquer um. farto. bastaria introduzir um enunciado que indicasse a passagem de um estado anterior para um posterior. situação ou indicadores de propriedades. depois tinha uma escadinha que ia dar no quintal e atrás ainda tinha um galpão. Ex: As criaturas humanas transpareciam um céu sereno.Usar o vigor e relevo de palavras fortes. Pode-se apresentar. tingia os cabelos que de uma orelha à outra lhe faziam colar por trás da nuca . O rosto aguçado no queixo ia-se alargando até à calva. que era o lugar da bagunça. Para transformar uma descrição numa narração. metonímias. qualidades.. haver. é marcado pela temporalidade. situar-se. .A característica fundamental de um texto descritivo é essa inexistência de progressão temporal. eu morei numa casa. muito crente. Exemplo: "Era o Sr. não muito gordo. no final do corredor tinha a cozinha.Senhora) . uma pureza de cristal. tinha certa vivacidade buliçosa e saltitante que lhe dava petulância de rapaz e casava perfeitamente com os olhinhos de azougue." (Entrevista gravada para o Projeto NURC/RJ) Recursos: . atitudes.A frase curta e penetrante dá um sentido de rapidez do texto. Ex: Vida simples. Ex: O dia transcorria amarelo.Uso de advérbios de localização espacial.Emprego de figuras (metáforas. enquanto que o enunciado descritivo. caído aos cantos da boca.e aquele preto lustroso dava. mais brilho à calva. dali tinha um corredor comprido de onde saíam três portas." (José de Alencar . um pouco amolgado no alto. . ausente do calor alegre do sol. em relação a um marco temporal pretérito instalado no texto. o segundo. ficar).As sensações de movimento e cor embelezam o poder da natureza e a figura do homem. estar. Iibertou-se desse medo. .Ênfase na adjetivação para melhor caracterizar o que é descrito.Usar impressões cromáticas (cores) e sensações térmicas. vasta e polida. na relação situação inicial e situação final. aí você entrava na sala da frente.. No caso do texto II inicial. mas rolho e bojudo como um vaso chinês. concretas. usados principalmente no presente e no imperfeito do indicativo (ser. nunca tirava as lunetas escuras. e essa casa era assim: na frente. Na dimensão linguística. na linha de passagem da variante do Caminho Novo que veio a ser a Rua Principal. calmos. peso. a cena. olhos negros.” (Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas) Os efeitos de sentido criados pela disposição dos elementos descritivos: Como se disse anteriormente. nariz alto no meio. Ex: "Nas ocasiões de aparato é que se podia tomar pulso ao homem. . sublinhe todos os substantivos. ela não é indiferente do ponto de vista dos efeitos de sentido: descrever de cima para baixo ou vice-versa. Observe os dois quartetos do soneto “Retrato Próprio". Porto. sugere-se que o concursando. Telhado de quatro águas. a cena. O poeta descreve-se das características físicas para as características morais. Obras de Bocage.. calmos.Introdução: observações de caráter geral referentes à procedência ou localização do objeto descrito. dentro de uma estrutura de cantos e apoios de madeira-delei. . Pintada de roxo-claro. com porta central que se alcançava por três degraus de pedra e quatro janelas de guilhotina para cada lado. Exemplo: “ A casa velha era enorme. bebendo em níveas mãos por taça escura de zelos infernais letal veneno. eram de um rei.85m. dimensões (largura. comprimento. uma vez que eles indicam propriedades ou características que ocorrem simultaneamente.Desenvolvimento: detalhes (2ª parte) . Joca Ramiro era único homem. . cabelos negros e lisos". a paisagem são transfigurados pela emoção de quem escreve. ombros largos. Para facilitar o aprendizado desta técnica. No entanto. carão moreno. capricho da sorte. a ordem dos enunciados na descrição é indiferente. Descrição de objetos constituídos de uma só parte: . Seu peso. Devia ser mais velha que Juiz de Fora. pág. Ateneu! Ateneu! Aristarco todo era um anúncio. e não pequeno. capaz de tomar conta deste sertão nosso.. par-de-frança. meão de altura. toda em largura. o mesmo de figura.). ou seja.. diâmetro etc. concretamente. o ser. depois a Rua Direita – sobre a qual ela se punha um pouco de esguelha e fugindo ligeiramente do alinhamento (. acrescentando antes ou depois deste um adjetivo ou uma locução adjetiva. apontando suas características exteriores. cor/brilho. Ex: "Sua altura é 1. Lello & Irmão.Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto como um todo. Moreno." ("O Ateneu". facilmente identificáveis (descrição objetiva). de sobregoverno. 70 kg. Uma descrição deve privilegiar o uso frequente de adjetivos. O objetivo de um texto descritivo é levar o leitor a visualizar uma cena.formato (comparação com figuras geométricas e com objetos semelhantes). Aparência atlética. quando o objeto. Não se dá qualquer tipo de opinião ou julgamento. também denominado adjetivação. 1968.) Quando conheceu Joca Ramiro.. soberanos. então achou outra esperança maior: para ele. pessoa etc.. do ponto de vista da progressão temporal. 22 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . o ser. o sentido não seria o mesmo. triste de facha.) . provavelmente sede de alguma fazenda que tivesse ficado. Era feita de pau-a-pique barreado. É como traçar com palavras o retrato de um objeto. bem servido de pés.Desenvolvimento: detalhes (lª parte) . pele bronzeada. os gestos. textura. podendo opinar ou expressar seus sentimentos. após escrever seu texto. altura.material. mais propenso ao furor do que à ternura.” (Pedro Nava – Baú de Ossos) Descrição Subjetiva: quando há maior participação da emoção. Raul Pompéia) “(. ou suas características psicológicas e até emocionais (descrição subjetiva). Não só as condecorações gritavam-lhe no peito como uma couraça de grilos. pois as características físicas perderiam qualquer relevo.. mandando por lei. 497.Descrição Objetiva: quando o objeto.. de Bocage: Magro. de olhos azuis. lugar. do detalhe para o todo ou do todo para o detalhe cria efeitos de sentido distintos. a passagem são apresentadas como realmente são. Incapaz de assistir num só terreno. Se fizesse o inverso. Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer aspecto de caráter geral.Introdução: observações de caráter geral referentes à procedência ou localização do objeto descrito. a descrição pode ser não-literária ou literária. 23 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . cor da pele.Introdução: comentário de caráter geral. Descrição de pessoas (I): . Descrição de paisagens: . idade. conforme o permita sua sensibilidade. . . olhos. associadas às características psicológicas (2ª parte).Desenvolvimento: observação do plano de fundo (explicação do que se vê ao longe). dimensões. . precisa possuir certo grau de sensibilidade. . A descrição.Desenvolvimento: análise das características físicas. boca. objetivos). . o seu funcionamento. . material. É uma estrutura pictórica. ao descrever. . voz.formato. em que os aspectos sensoriais predominam. há maior preocupação com a exatidão dos detalhes e a precisão vocabular. Descrição de pessoas (II): .Desenvolvimento: enumeração e rápidos comentários das partes que compõem o objeto. cor e brilho. associadas às características psicológicas (1ª parte). . preferências. as peças que os compõem. postura.Desenvolvimento: detalhes específicos em relação a objetos lá existentes: móveis. temperamento.explicação detalhada dos elementos que compõem a paisagem. peso. .Desenvolvimento: detalhes referentes à estrutura global do ambiente: paredes.Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter geral.Conclusão: observações sobre a atmosfera que paira no ambiente. . . associados à explicação de como as partes se agrupam para formar o todo. há predominância da denotação. chão. ao contrário da narrativa. roupas). precisa. Conforme o objetivo a alcançar.Introdução: primeira impressão ou abordagem de qualquer aspecto de caráter geral.Desenvolvimento: características psicológicas (personalidade.Conclusão: retomada de qualquer outro aspecto de caráter geral. não supõe ação. portas. de acordo com determinada ordem. Por ser objetiva. Textos descritivos não-literários: A descrição técnica é um tipo de descrição objetiva: ela recria o objeto usando uma linguagem científica. .Conclusão: comentários de caráter geral. Descrição de ambientes: .Desenvolvimento: análise das características físicas. concluindo acerca da impressão que a paisagem causa em quem a contempla. . Esse tipo de texto é usado para descrever aparelhos. Porque toda técnica descritiva implica contemplação e apreensão de algo objetivo ou subjetivo. . processos.Descrição de objetos constituídos por várias partes: . para descrever experiências.Introdução: comentário sobre sua localização ou qualquer outra referência de caráter geral. o redator. eletrodomésticos. textura. etc. . o autor de uma descrição focaliza cenas ou imagens. quadros. .Desenvolvimento: observação dos elementos mais próximos do observador . nariz. Assim como o pintor capta o mundo exterior ou interior em suas telas. caráter.Desenvolvimento: detalhes do objeto visto como um todo (externamente) . luminosidade e aroma (se houver). teto. esculturas ou quaisquer outros objetos. Na descrição nãoliterária. inclinações.Desenvolvimento: características físicas (altura.Conclusão: observações de caráter geral referentes a sua utilidade ou qualquer outro comentário que envolva o objeto em sua totalidade. cabelos. peso. janelas. por isso. se relacionam e dão lugar à trama que se estabelece na ação. formando uma rede: a própria história contada. mas principalmente pelos advérbios de tempo. assim sendo. paisagens. que pode ser ampliada para até 1500 litros. tendo mudança de um estado para outro. 24 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . estudante. Esse elemento da narrativa é o tempo. Todas as vezes que uma história é contada (é narrada). Narração A Narração é um tipo de texto que relata uma história real. passa por uma introdução (parte inicial da história. Elementos Estruturais (I): . ou seja. Além de contar onde. aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos verbos. Tudo na narrativa depende do narrador. também chamada de trama) e termina com a conclusão da história (é o final ou epílogo). Tanque . que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado. A história contada. Aquele que conta a história é o narrador. também chamada de prólogo). situações e coisas. É uma série de fatos situados em um espaço e no tempo.). tipos sociais (trabalhador. heróis ou anti-heróis. por advérbios de tempo. cenários. Textos descritivos literários: Na descrição literária predomina o aspecto subjetivo. que são os agentes do texto. É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor "como" o fato narrado aconteceu. acomodando tranquilamente passageiros e bagagens. o meio. utilizando situações que contêm essa vivência. às vezes (mesmo sem querer) ele acaba contando "onde" (em que lugar) as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. Os personagens podem ser lineares (previsíveis). segundo relações de sequencialidade e causalidade. Os seus interiores são amplos. o narrador também pode esclarecer "quando" ocorreram as ações da história. da voz que conta a história. As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas personagens. Expressa as relações entre os indivíduos. O lugar onde ocorre uma ação ou ações é chamado de espaço. fictícia ou mescla dados reais e imaginários. a maioria dos verbos que compõem esse tipo de texto são os verbos de ação.Narrador: é quem conta a história. a história que é contada nesse tipo de texto recebe o nome de enredo. . que pode ser pessoal (narra em 1ª pessoa: Eu) ou impessoal (narra em 3ª pessoa: Ele). o tímido. Revelam-se por meio de características físicas ou psicológicas.É impossível falar de conforto sem incluir o espaço interno. proporcionando a climatização perfeita do ambiente. o narrador acaba sempre contando onde.Exemplo: Folheto de propaganda de carro Conforto interno . . e não simultâneos como na descrição. As personagens são identificadas (nomeadas) no texto narrativo pelos substantivos próprios. como e com quem ocorreu o episódio. para evitar a deformação em caso de colisão. com o encosto do banco traseiro rebaixado. .) ou tipos humanos (o medroso. os conflitos e as ligações afetivas entre esses indivíduos e o mundo. Pode ser físico ou psicológico. ambientes. organizados por uma narração feita por um narrador. . O conjunto de ações que compõem o texto narrativo. protagonistas ou antagonistas. representado no texto pelos advérbios de lugar. O Passat e o Passat Variant possuem direção hidráulica e ar condicionado de elevada capacidade. com ênfase no conjunto de associações conotativas que podem ser exploradas a partir de descrições de pessoas. Porta-malas . Assim. O texto narrativo apresenta personagens que atuam em um tempo e em um espaço. o "miolo" da narrativa.Personagens: são seres que se movimentam. pelo desenvolvimento do enredo (é a história propriamente dita.Enredo: desenrolar dos acontecimentos. Quando o narrador conta um episódio. complexos.Espaço: local da ação. o texto narrativo é sempre estruturado por verbos de ação. o avarento etc. Vale lembrar que textos descritivos também podem ocorrer tanto em prosa como em verso. quando. burguês etc.O compartimento de bagagens possui capacidade de 465 litros. por advérbios de lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens. É por isso que numa narração predomina a ação: o texto narrativo é um conjunto de ações. ou seja. representado no texto narrativo através dos tempos verbais.O tanque de combustível é confeccionado em plástico reciclável e posicionado entre as rodas traseiras. espaço. Assim. Assim. como simples exemplos de uma narração. Elementos Estruturais (II): Personagens . 1973. pág. temos dois tipos de narrativas: de aquisição e de privação. Assim. Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas. que nesse texto há um grande conjunto de mudanças de situação.Por quê? Motivo pelo qual ocorreu o fato Resultado . exceto as personagens ou o fato a ser narrado. por exemplo.Como? De que forma ocorreu o fato Causa . dias.. meses). . no último verso tem-se a passagem da situação de não ter namorada para a de ter. ou seja. Rio de Janeiro. obrigatoriamente sempre presentes no discurso. “não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas” dá a entender que o menino passava de uma situação de não ser terno com o animalzinho para uma situação de ser. esses não estão. há um conjunto de transformações de situação: ganhar um porquinho-da-índia é passar da situação de não ter o animalzinho para a de tê-lo. Mesmo que essa personagem não apareça no texto. .Narrador-personagem: é aquele que conta a história na qual é participante. ele não gostava: “queria era estar debaixo do fogão” implica a volta à situação anterior.. há basicamente. Há uma relação de implicação mútua entre eles. Cronológico: o tempo convencional (horas. Manuel Bandeira. é porque alguém lhe deu o animalzinho. Psicológico: o tempo interior. Observe que. ela está logicamente implícita. Existem três tipos de foco narrativo: .Quem? Protagonista/Antagonista Acontecimento . que não é possível compreendê-los isoladamente.O quê? Fato Tempo . a cada vez que o menino o levava para outro lugar. subjetivo.Fechado ou Aberto. se o menino ganhou um porquinho-da-índia. 110. Estrela da vida inteira. pois.O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada. Nesse caso ele é narrador e personagem ao mesmo tempo. 25 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . É isso que define o que se chama o componente narrativo do texto. no texto acima.Quando? Época em que ocorreu o fato Espaço . o espaço confortável de debaixo do fogão). Esses elementos estruturais combinam-se e articulam-se de tal forma. dois tipos de mudança: aquele em que alguém recebe alguma coisa (o menino passou a ter o porquinho-da índia) e aquele alguém perde alguma coisa (o porquinho perdia. Final . 4ª ed. José Olympio.Tempo: época em que se passa a ação. Exemplo: Porquinho-da-índia Quando eu tinha seis anos Ganhei um porquinho-da-índía. a história é contada em 1ª pessoa. levá-lo para a sala ou para outros lugares é passar da situação de ele estar debaixo do fogão para a de estar em outros lugares. Verifica-se. Quanto aos elementos da narrativa. narrativa é uma mudança de estado pela ação de alguma personagem.previsível ou imprevisível. Que dor de coração me dava Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão! Levava ele pra sala Pra os lugares mais bonitos mais limpinhos Ele não gostava: Queria era estar debaixo do fogão. é uma transformação de situação.Onde? Lugar onde ocorreu o fato Modo .. para garantir coerência e verossimilhança à história narrada. a partir de suas ações. 26 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . pode acreditar. Exemplo: “Batia nos noventa anos o corpo magro. as pernas bambas. Esse gaúcho desabotinado levou a existência inteira a cruzar os campos da fronteira. e fui dando um ajutório na matança dos leitões e no tiramento dos assados com couro. nunca perdeu atalho. Simões Lopes Neto – Contrabandista) . da cara à mostra. Sal do Lírico) . atordoado.Apresentação: é a parte do texto em que são apresentados alguns personagens e expostas algumas circunstâncias da história. nunca errou vau. mais ainda. ..) Aqui há poucos – coitado! – pousei no arranchamento dele. já a apresentação indireta se dá quando os personagens aparecem aos poucos e o leitor vai construindo a sua imagem com o desenrolar do enredo. eu estava lá e vi. Não nos víamos desde muito tempo. são elementos vitais. Dom Casmurro) Observador: é como se dissesse: É verdade. retratando suas características físicas e/ou psicológicas.” (Machado de Assis. . Por isso não pôde defender-se. revelando seus pensamentos e sentimentos íntimos. como o momento e o lugar onde a ação se desenvolverá.. é uma terceira pessoa.. ia tonto.. conduzindo ao clímax. Narra em 3ª pessoa e sua voz. (. Estrutura: .Desfecho: é a solução do conflito produzido pelas ações dos personagens.) Fiquei verdeando. e passar ao quintal vizinho. o coração parecendo querer sair-me pela boca fora. à espera. os episódios se sucedem. Comecei a andar de um lado para outro. mas sempre teso do Jango Jorge.” (J. conforme o papel que desempenham no enredo.Em 3ª pessoa: Onisciente: não há um eu que conta. Casado ou doutro jeito. A apresentação direta acontece quando o personagem aparece de forma clara no texto. Tipos de Personagens: Os personagens têm muita importância na construção de um texto narrativo. (.Narrador-onisciente: é o que sabe tudo sobre o enredo e as personagens... podem ser apresentados direta ou indiretamente. afamilhado. Não me atrevia a descer à chácara. das asas e das antenas e.Clímax: é o ponto da narrativa em que a ação atinge seu momento crítico. E saiu à rua com ar menos carnavalesco deste mundo. muitas vezes. .Complicação: é a parte do texto em que se inicia propriamente a ação. ou seja. a história é contada em 3ª pessoa.Em 1ª pessoa: Personagem Principal: há um “eu” participante que conta a história e é o protagonista. morrendo de vergonha da malha de cetim. um que foi capitão duma maloca de contrabandista que fez cancha nos banhados do Ibirocaí. ainda que chovesse reiúnos acolherados ou que ventasse como por alma de padre. do que ela vai fazendo e do modo como vai fazendo. no desmaiado da Lua. à luz do Sol. .. Exemplo: “Devia andar lá pelos cinco anos e meio quando a fantasiaram de borboleta. sem máscara piedosa para disfarçar o sentimento impreciso de ridículo. e andava outra vez e estacava. na cerração das madrugadas.Narrador-observador: é aquele que conta a história como alguém que observa tudo que acontece e transmite ao leitor. estacando para amparar-me. Encadeados. Podem ser principais ou secundários.” (Ilka Laurito. aparece misturada com pensamentos dos personagens (discurso indireto livre).. Exemplo: “Parei na varanda.. nunca desandou cruzada!. tornando o desfecho inevitável. . na escuridão das noites.. __ Duzentos e vinte. __ O preço é o mesmo – informa o rapaz.Narrador Objetivo: não se envolve. sem os cuidados de uma mulher. A carroça e os dois cavalos. __ Como? __ Passar o pão no molho da almôndega. Só não me pise. O homem e (mais do que ele) os meninos olham para dentro dos pães. Fui jogado na estrada. __ Dobre a língua. Os meninos aguardam que a mão adulta leve solene o copo de cerveja até a boca. 27 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Desde onze anos estou no mundo sem ninguém por mim. Todo velho é sem-vergonha. doutor. sentados naquela mesa. __ Só a troco de dinheiro elas querem você. observando criteriosamente o menino mais velho e o menino mais novo absorvidos com o sanduíche e a bebida. Só deu de mamar no primeiro mês. __ Para onde foi a lavadeira? . Os três atravessam o salão. O grande homem e seus dois meninos. doutor. __ Eu arranjo. __Você desempregado. deixou morrer. sem a sua interferência. O rapaz de cabeça pelada traz as bebidas e os copos e. um mais velho e outro mais novo. A mula vendeu e a potranca. está bom? Ela não contribuiu com nada. __ Está certo. enquanto o rapaz cúmplice se retira. o que há de melhor. O preto concentra-se. O rapaz de cabeça pelada vai ver o que eles querem. Sempre o mais sacrificado. __Que tal o pão com molho? – sugere o rapaz. Os três sentam-se numa das mesas. Bisavô. Vai me deixar sem nada? __ Você tinha a mula e a potranca. doutor. O céu lá em cima. Fica muito mais gostoso. O homem pergunta em quanto fica uma cerveja. __ Na sua idade. Exemplo: Caso de Desquite __ Vexame de incomodar o doutor (a mão trêmula na boca). doutor. acompanhado de dois meninos de tênis branco. num pratinho. E permanecem para sempre.. mas ambos com menos de dez anos. aritmético. Tenho culpa? Só quero paz. O homem toma a cerveja em pequenos goles. Criei um por um. o rapaz de cabeça pelada e avental olha o crioulão de roupa limpa e remendada. Veja. depois cada um prova o seu guaraná e morde o primeiro bocado do pão. os dois pães com meia almôndega cada um. quem é que o atende? __ O doutor já viu urubu comer defunto? Ninguém morre só. mulher. Exemplo: Festa Atrás do balcão. está bom? __ Se ficar doente. como se o estivessem fazendo pela primeira vez na vida. (Wander Piroli) Tipos de Discurso: Discurso Direto: o narrador passa a palavra diretamente para o personagem. Agora com mania de mulher. noite e dia o hominho aqui na carroça. humanos e indestrutíveis. O hominho aqui se espalhava. O hominho é muito bom.. de forma canhestra. onde há seis mesas desertas. e confirma o pedido. __ Se quer sair de casa. cuidadosamente. Severino. este velho caducando. em seguida. dois guaranás e dois pãezinhos. conta a história como sendo vista por uma câmara ou filmadora. Agora tem dois cavalos. um prato de comida e roupa lavada. __ Essa aí tem filho emancipado. pague uma pensão. Sempre tem um cristão que enterra o pobre. fico uma jararaca. um neto casado. e se dirigem para o cômodo dos fundos. quem é que fazia roça? __ Isso naquele tempo. Eles não têm pressa. mas resolutamente. O homem olha para os meninos. Surgiu com romancistas inovadores do século XX. Devagar... Quase meia hora andando. No começo pensou num bonde. .. (. Esse temporal assim é bom. sabe. àquela hora da noite.. . quando se constata a realização de uma mudança é porque ela se verificou.. ele não larga não.. Ele está dormindo. Não é preciso segurá-lo. na travessia das ruas. A narrativa típica tem quatro mudanças de situação: . nem olhar muito para nada. e depois?.. Não acordem Rosinha. . Tomemos.uma em que uma personagem passa a ter um querer ou um dever (um desejo ou uma necessidade de fazer algo).... os prédios. Abraçá-la no alto de uma colina. (. uma implica a outra... Larguem os seus braços. É um recurso relativamente recente. as coisas. porque Rosinha não sai. Na estação da Sorocabana perguntou as horas a uma mulher.. e ela efetua-se porque quem a realiza pode.) (Dalton Trevisan – A guerra Conjugal) Discurso Indireto: o narrador conta o que o personagem diz. Largar Rosinha ali. o ato de comprar um apartamento: quando se assina a escritura. Ela lhe deu. É guerra.. Pelo jardim. uma subordina-se a outra. Toda narrativa tem essas quatro mudanças. realiza-se o ato de compra. pelos escuros da Alameda Cleveland. para apanhar uma fruta. Paraná mandara-lhe não ficar observando as vitrines.__ Quem? __ A mulata. Algumas mudanças são necessárias para que outras se deem. Quando em quando. por exemplo)... Rosinha.. ele seguiu. Com efeito. Tenham paciência.. que ele não está bêbado. para isso. Ia firme e esforçando-se para não pensar em nada. (João Antônio – Malagueta. (Nos bondes. (Aníbal Machado) Sequência Narrativa: Uma narrativa não tem uma única mudança.. . Exemplo: A Morte da Porta-Estandarte Que ninguém o incomode agora. Como fazia nos dias comuns. sem que percebesse. 28 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .. assomava um guarda nas esquinas. Perus e Bacanaço) Discurso Indireto-Livre: ocorre uma fusão entre a fala do personagem e a fala do narrador.uma em que a personagem executa aquilo que queria ou devia fazer (é a mudança principal da narrativa). Sempre ficam mulheres vagabundeando por ali. é necessário poder (ter dinheiro) e querer ou dever comprar (respectivamente. Para ter um carro. Mas lembrou-se do embrulhinho branco e bem feito que trazia.. Ele ia pelas beiradas. Por que não está malhando em sua cabeça?. Ignorava a exatidão de seus cálculos.. Assim. O céu baixou. sem lhe passar diretamente a palavra. por exemplo.. querer deixar de pagar aluguel ou ter necessidade de mudar.uma em que ela adquire um saber ou um poder (uma competência para fazer algo).. ele vai se espalhar.. Não! E esses tambores? Ui! Que venham. poderiam roubá-lo. é preciso antes conseguir o dinheiro.. se abriu. mas várias: uma coordena-se a outra. pois elas se pressupõem logicamente. mas provavelmente faltava mais ou menos uma hora para chegar em casa. Fugir com ela. O seu coraçãozinho se apertava. Rosinha está dormindo. Que é que diria a Paraná?) Andando.uma em que se constata que uma transformação se deu e em que se podem atribuir prêmios ou castigos às personagens (geralmente os prêmios são para os bons. muita atenção nos autos. é necessário apanhar um bambu ou outro instrumento para derrubá-la.. à noite. por ter sido despejado. para os maus).) Ele vai tirar Rosinha da cama. afastou a idéia como se estivesse fazendo uma coisa errada. __ Olho vivo – como dizia Paraná. e os castigos... Os bondes passavam. Exemplo: Frio O menino tinha só dez anos.. para o fundo do País. quer ou deve fazê-la. a narrativa se desenvolve na prosa. quando o narrador começa contando sua morte para em seguida relatar sua vida. o leitor reconstitui.Introdução: citar o fato. ao longo da leitura. como vimos. figuratividade e relações de anterioridade e posterioridade entre os episódios relatados) devem estar presentes conjuntamente. . Dependendo do enfoque do redator. p. incentivou-se a imigração de europeus”." (Kiefer. (sempre guardam alguma coisa do passado. . Amâncio não viu a mulher chegar. segundo. apresenta um componente narrativo. o que aconteceu. quando se diz “Depois da abolição. Assim é de grande importância saber se o relato é feito em primeira pessoa ou terceira pessoa. entre elas. Ieda. não há rigor na ordenação dos acontecimentos: esses podem oscilar no tempo. quando e onde. alguma subjetividade. p. que. Caracterização Formal: Em geral. 29 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . no romance machadiano Memórias póstumas de Brás Cubas. isto é. a redondeza escura e uniforme dos seixos. há a participação do narrador. mesmo que a sequência linear da temporalidade apareça alterada. Tem ela três características: .Desenvolvimento: causa do fato e apresentação dos personagens. A narratividade é um componente narrativo que pode existir em textos que não são narrações. O aspecto narrativo apresenta. A narrativa é a transformação de situações. que por seu turno é anterior ao de o porquinho-da-índia voltar ao fogão). a sequência temporal foi modificada. Mas os olhos. o tempo e o lugar. temos um texto dissertativo.as mudanças relatadas estão organizadas de maneira tal que.. no entanto. 5O) Exemplo . os olhos). A dentadura postiça. lendo Graciliano Ramos. há uma inferência do último através da onipresença e onisciência.é um conjunto de transformações de situação (o texto de Manuel Bandeira – “Porquinho-da-índia”.Conclusão: consequências do fato. preenche essa condição).Desenvolvimento: detalhes do fato. cheirando a fumaça. até certo ponto. As amazonas segundo tio Hermann. Não havia.Narrativa e Narração Existe alguma diferença entre as duas? Sim. o que é narração? A narração é um tipo de narrativa.Personagens "Aboletado na varanda. . as relações de anterioridade e de posterioridade. a face escalavrada. O Dr. .Não quer que se carpa o quintal. opera com personagens e fatos concretos (o texto "Porquinho-da-índia" preenche também esse requisito). Seria o leito seco de algum rio. que por sua vez é anterior ao de o menino levá-lo para a sala. . No entanto. O narrador que usa essa técnica (característica comum no cinema moderno) demonstra maior criatividade e originalidade. Se a narrativa está presente em quase todos os tipos de texto. Por exemplo. em todo o caso. transgredindo o aspecto linear e constituindo o que se denomina “flashback”. Exemplo . pois contém uma mudança de situação: do não incentivo ao incentivo da imigração européia. a narração terá diversas abordagens.é um texto figurativo. Essa relação de anterioridade e posterioridade é sempre pertinente num texto narrativo. Charles. 51) . Resumindo: na narração. porquanto a criação e o colorido do contexto estão em função da individualidade e do estilo do narrador.Espaço Considerarei longamente meu pequeno deserto. podendo observar as ações ziguezagueando no tempo e no espaço. Porto Alegre: Movimento. Esquema que pode facilitar a elaboração de seu texto narrativo: . como negar-lhe a insipidez. Porto Alegre: Mercado Aberto." (Linda. moço? Estava um caco: mal vestida.. por exemplo. Um texto que tenha só uma ou duas dessas características não é uma narração. Assim. No primeiro caso. 1981. existe sempre uma relação de anterioridade e posterioridade (no texto "Porquinho-da-índia" o fato de ganhar o animal é anterior ao de ele estar debaixo do fogão. as três características explicadas acima (transformação de situações. ou seja. Quanto à temporalidade. . por via de um expediente chamado anistia (cuja natureza lhe expliquei). conservam-se no poder esses ministros subordinando a maioria do senado. como servir-se de uma pessoa. São Paulo.Notícias . Caminhos Cruzados. . É. como clamar. histórica e psicológica do mundo e dos semelhantes.Lenda .Romance . raciocínio.Relatos .4) Tipologia da Narrativa Ficcional: .o texto é temático. que a dissertação no seu significado diz respeito a um tipo de texto em que a exposição de uma ideia. Pressupõe um exame crítico do assunto. Dissertação A dissertação é uma exposição. Vemos também. coerência. .Poema Épico Tipologia da Narrativa Não-Ficcional: . 234-235. Honorato Madeira acorda e lembra-se: a mulher lhe pediu que a chamasse cedo. discussão ou interpretação de uma determinada ideia. doutrinário ou artístico. objetividade na exposição. é feita com a finalidade de desenvolver um conteúdo científico.audiovisual: cinema. contra a corrupção da corte.Memorialismo . O primeiro é saber. 1979. 30 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . afinal. pois analisa e interpreta a realidade com conceitos abstratos e genéricos (não se fala de um homem particular e do que faz para chegar a ser primeiro-ministro.Tempo “Sete da manhã.existe mudança de situação no texto (por exemplo. analisar algum tema. p. o segundo. Esse texto explica os três métodos pelos quais um homem chega a ser primeiro-ministro. Exemplo: Há três métodos pelos quais pode um homem chegar a ser primeiro-ministro.História da Civilização Apresentação da Narrativa: . Abril Cultural. de uma filha ou de uma irmã.visual: texto escrito. lógica. através de argumentos. Jonathan Swift. e o terceiro. aconselha o príncipe discreto a escolhê-lo entre os que clamam contra a corrupção na corte e justifica esse conselho. garantem-se contra futuras prestações de contas e retiram-se da vida pública carregados com os despojos da nação. Tendo à sua disposição todos os cargos.Crônica ." (Veríssimo.Fábula . legendas + desenhos (história em quadrinhos) e desenhos.auditiva: narrativas radiofonizadas. clareza. . Mas um príncipe discreto prefere nomear os que se valem do último desses métodos. sobretudo.Conto . e. É em função da capacidade crítica que se questionam pontos da realidade social. p.Anedota . . pois os tais fanáticos sempre se revelam os mais obsequiosos e subservientes à vontade e às paixões do amo. Érico. um planejamento de trabalho e uma habilidade de expressão.Exemplo . como trair ou solapar os predecessores. teatro e narrativas televisionadas. fitas gravadas e discos. com prudência. ou grande conselho. a mudança de atitude dos que clamam contra a corrupção da corte no momento em que se tornam primeiros-ministros). Observe-se que: . mas do homem em geral e de todos os métodos para atingir o poder).Parábola . com zelo furioso. Viagens de Gulliver. existem no país 257 emissoras (aquelas capazes de gerar programas) e 2.Comparação: social e geográfica. Holocausto: através das metáforas e das realidades que marcaram esses 100 últimos anos. Podem ser desenvolvidos de várias formas: . Desenvolvimento: é a argumentação da ideia inicial. . confrontar situações distintas.. Ex: “A principal característica do déspota encontra-se no fato de ser ele o autor único e exclusivo das normas e das regras que definem a vida familiar.Características: caracterização de espaços ou aspectos. Ex: “Em 1982. (. São partes da dissertação: Introdução / Desenvolvimento / Conclusão.” . ele é temático. pois o que importa é a relação de implicação (clamar contra a corrupção da corte implica ser corrupto depois da nomeação para primeiro-ministro). pois decorre exclusivamente de sua vontade. velocidade.624 repetidoras (que apenas retransmitem sinais recebidos).Alusão Histórica: um fato passado que se relaciona a um fato presente. É a parte maior e mais importante do texto. Ex: “Ação à distância. antecipar seu desenvolvimento. Hoje. Ex: Você quer estar “na sua”? Quer se sentir seguro. o conteúdo e a estilística possuem características próprias a cada tipo de texto. coexistência.Estatísticas: apresentação de dados estatísticos. agravou vários dos históricos problemas sociais do país. de forma organizada e progressiva. . a violência. . linha de montagem.. ele mostra mudanças de situação. Entre eles.Suspense: alguma informação que faça aumentar a curiosidade do leitor.Interrogação: questionamento. Ex: “Volta e meia se faz a pergunta de praxe: afinal de contas.ao contrário do texto narrativo.)” . eram 15. triunfo das massas. Ex: “É importante que o cidadão saiba que portar arma de fogo não é a solução no combate à insegurança. se apresenta a ideia principal. Ex: “A crise econômica que teve início no começo dos anos 80. etc. .” . escreve Aristóteles. ..Comparação: estabelecer analogias. . Características: . .Declaração Inicial: emitir um conceito sobre um fato. com os conhecidos altos índices de inflação que a década colecionou. no entanto. Tipos: . . é arbitrário.” .ao contrário do texto narrativo e do descritivo. 31 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .Definição: desenvolve-se pela explicação dos termos que compõem o texto.8 milhões os domicílios brasileiros com televisores. implicação.a progressão temporal dos enunciados não tem importância.Bilateralidade: quando o tema proposto apresenta pontos favoráveis e desfavoráveis.Citação: opinião de alguém de destaque sobre o assunto do texto. aparece a verdadeira doença do século..o que importa são suas relações lógicas: analogia. esclarecendo o conceito ou a definição. Ao todo.” . .” .. todo esse entusiasmo pelo futebol não é uma prova de alienação?” .Enumeração: enumerar as informações. pertinência. Já a estrutura.Convite: proposta ao leitor para que participe de alguma coisa apresentada no texto. mas é preciso desdobrar a ideia principal ao máximo. Ex: “Cada criatura humana traz duas almas consigo: uma que olha de dentro para fora. comunicação. nele as relações de anterioridade e de posterioridade dos enunciados não têm maior importância .. Seu poder.Contestação: contestar uma ideia ou uma situação. de seu prazer e de suas necessidades. cuja escalada tem sido facilmente identificada pela população brasileira. . ter o sucesso pretendido? Não entre pelo cano! Faça parte desse time de vencedores desde a escolha desse momento! ..como o texto narrativo. o espaço privado. .Narração: narrar um fato. causalidade. correspondência. sem. são 34 milhões (o sexto maior parque de aparelhos receptores instalados do mundo).Definição: não basta citar. isto é. . outra que olha de fora para dentro.Trajetória Histórica: cultura geral é o que se prova com este tipo de abordagem. . principalmente a urbana.Divisão: quando há dois ou mais termos a serem discutidos. Introdução: em que se apresenta o assunto.Proposição: o autor explicita seus objetivos.a estética e a gramática são comuns a todos os tipos de redação. Conclusão Fechada: recupera a ideia da tese.Cifras e Dados Estatísticos: citar cifras e dados estatísticos. apontando para prováveis resultados. valores. Exemplo: Direito de Trabalho Com a queda do feudalismo no século XV. com isso. não compete a tão sonhada modernidade. em que será dada absoluta garantia aos trabalhadores. juízos. (E) Já que a Constituição dita seu valor ao social que todos têm o direito de trabalho. mesmo que as empresas sejam automatizadas. . . incentivando a reflexão de quem lê. 7º Parágrafo: Conclusão F. 2º ao 6º Parágrafo – Desenvolvimento B. obriga que seja feita uma lei.Conclusão Aberta: levanta uma hipótese. . Argumento 3: Coloca-se sob suspeita a sinceridade de quem propõe soluções.Exemplificação: dar exemplos.Refutação: questiona-se praticamente tudo: conceitos. pois a uma nação doente. (C) Não é uma utopia?! Um exemplo vivo são os boias-frias que trabalham na colheita da cana de açúcar que devido ao avanço tecnológico e a lei do governador Geraldo Alkmin. (B) Segundo a Constituição. deter. Como ficam então aqueles trabalhadores que passaram à vida estudando. eletricista. Argumento 1: Exploram-se dados da realidade que remetem a uma análise do tema em questão. (D) Em troca os sindicatos dos trabalhadores rurais dão cursos de cabelereiro. Outro fator que também leva ao desemprego de um sem número de trabalhadores é a contenção de despesas.Oposição: abordar um assunto de forma dialética. aumentando. para se diferenciarem e ainda estão desempregados? como vimos no último concurso da prefeitura do Rio de Janeiro para “gari”. defendendo o meio ambiente. nasce um novo modelo econômico: o capitalismo. . . havia até advogado na fila de inscrição. Argumento 4: Uso do raciocínio lógico de oposição. C. que até o século XX agia por meio da inclusão de trabalhadores e hoje passou a agir por meio da exclusão. Argumento 2: Considerações a respeito de outro dado da realidade. (A) A tendência do mundo contemporâneo é tornar todo o trabalho automático. desemprega milhares deles. (G) 1º Parágrafo – Introdução A. que almeja um futuro brilhante.. se especializando. G. o que provoca o desemprego. não perderão eles seu mercado de trabalho. “preocupada” com essa crise social que provém dessa automatização e qualificação. . de que. Para ela convergem todas as ideias anteriormente desenvolvidas. . miserável e desigual. marcenaria. com urgência esse processo de desníveis gritantes e criar soluções eficazes para combater a crise generalizada (F). um fechamento integrado de tudo que se argumentou. proibindo a queima da cana de açúcar para a colheita e substituindo-os então pelas máquinas. Tema: Desemprego no Brasil. . E. . 32 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Contextualização: decorrência de um processo histórico problemático. para não perderem o mercado de trabalho. cabe aos governantes desse país.Hipótese: antecipa uma previsão. . D. Uma possível solução é apresentada. O texto conclui que desigualdade não se casa com modernidade.Ilustração Narrativa ou Descritiva: narrar um fato ou descrever uma cena.Causa e Consequência: estruturar o texto através dos porquês de uma determinada situação. de gastos. devido à evolução tecnológica e a necessidade de qualificação cada vez maior. Conclusão: é uma avaliação final do assunto. projeta um pensamento ou faz uma proposta. a classe de trabalhos informais.Interrogação: Toda sucessão de interrogações deve apresentar questionamento e reflexão. . sempre oferecendo o complemento necessário à afirmação estabelecida na frase nuclear. precisa.O problema dos sem-terra preocupa cada vez mais a sociedade brasileira. .A televisão é um dos mais eficazes meios de comunicação criados pelo homem. Argumentação: é um conjunto de procedimentos linguísticos com os quais a pessoa que escreve sustenta suas opiniões. É fornecer argumentos. Debater e pesquisar são atitudes que favorecem o senso crítico. Deve ser clara. sobretudo daquelas que sofrem de problemas respiratórios: . .impõem-se sempre o raciocínio lógico. falta de exercícios sistemáticos e demasiada permanência diante de computadores e aparelhos de Televisão.Devido à expansão das igrejas evangélicas. classificação ou aleatoriamente. . essencial no desenvolvimento de um texto dissertativo. é grande o número de emissoras que dedicam parte da sua programação à veiculação de programas religiosos de crenças variadas.O adolescente moderno está se tornando obeso por várias causas: alimentação inadequada. natural. seguindo-se os critérios de importância. A leitura de bons textos é um dos recursos que permite uma segurança maior no momento de dissertar sobre algum assunto. Pode-se enumerar. denotativa.A Santa Missa em seu lar.É bom lembrarmos que é praticamente impossível opinar sobre o que não se conhece. Título: palavra ou expressão que sintetiza o conteúdo discutido. (ideia secundária)”. correta gramaticalmente. Desenvolvimento: A poluição atmosférica deve ser combatida urgentemente. Exemplo: 1. Exemplo: “A televisão mostra uma realidade idealizada (ideia central) porque oculta os problemas sociais realmente graves. Vejamos: Ideia central: A poluição atmosférica deve ser combatida urgentemente. . pois a alta concentração de elementos tóxicos põe em risco a vida de milhares de pessoas. impõem-se à fidelidade ao tema. Presta-se bem à indicação de características.a linguagem deve ser objetiva.A violência tem aumentado assustadoramente nas cidades e hoje parece claro que esse problema não pode ser resolvido apenas pela polícia. . Alguns pontos essenciais desse tipo de texto são: . nobre. daí a necessidade de pleno domínio do assunto e habilidade de argumentação. preferência. O discurso deve ser impessoal (evitar-se o uso da primeira pessoa). O parágrafo é a unidade mínima do texto e deve apresentar: uma frase contendo a ideia principal (frase nuclear) e uma ou mais frases que explicitem tal ideia. original.toda dissertação é uma demonstração. 2. uma a uma. O parágrafo pode processar-se de diferentes maneiras: Enumeração: Caracteriza-se pela exposição de uma série de coisas. . o assunto que vai ser abordado. 33 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . ou seja.A propaganda intensiva de cigarros e bebidas tem levado muita gente ao vício. situações. razões a favor ou contra uma determinada tese.a coerência é tida como regra de ouro da dissertação. processos. Ainda temos: Tema: compreende o assunto proposto para discussão. . qualquer ambiguidade pode ser um ponto vulnerável na demonstração do que se quer expor.em consequência disso. . 3.O diálogo entre pais e filhos parece estar em crise atualmente. de forma a torná-las aceitáveis pelo leitor. funções. Estes assuntos serão vistos com mais afinco posteriormente. mais escuro e desoxigenado. que confronta ideias. Exemplos: . os solos são profundos. Exemplo: “Artéria é um vaso que leva sangue proveniente do coração para irrigar os tecidos. . Nas regiões temperadas e ainda nas mais frias.A gravidez na adolescência é um problema seríssimo. (Melhem Adas) Explicitação: Num parágrafo dissertativo pode-se conceituar. inventou a escrita e só muitos séculos mais tarde é que passou à comunicação de massa. Antes de se iniciar a elaboração de uma dissertação. Existe nessas regiões uma forte decomposição de rochas. desequilíbrios sociológicos e poluição. (Arthur Schopenhauer) Causa e Consequência: A frase nuclear. Primeiro.Igreja da Graça no Lar. . fenômenos e apresenta-lhes a semelhança ou dessemelhança. 4. 34 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Exemplo: “A juventude é uma infatigável aspiração de felicidade. fatos. uma forte transformação da rocha em terra pela umidade e calor. por exemplo. deve delimitar-se o tema que será desenvolvido e que poderá ser enfocado sob diversos aspectos. . encontra no seu desenvolvimento um segmento causal (fato motivador) e. todas as artérias contém sangue vermelhovivo. corre sangue venoso.Inúmeras são as dificuldades com que se defronta o governo brasileiro diante de tantos desmatamentos. .A comunicação de massas é resultado de uma lenta evolução. é dominada por um vago e persistente sentimento de dor. porque os seus olhos teimam apenas em ver as coisas imediatistas e lucrativas que o rodeiam. Muito depois.O lazer é uma necessidade do cidadão para a sua sobrevivência no mundo atual e vários são os tipos de lazer. o tema é a questão indígena. em outras situações. porém. . que o coração remete para os pulmões para receber oxigênio e liberar gás carbônico”. Depois deu um significado a cada grunhido. Comparação: A frase nuclear pode-se desenvolver através da comparação. exemplificar e aclarar as ideias para torná-las mais compreensíveis. que só o sofrimento é real”.O espírito competitivo foi excessivamente exercido entre nós. Exemplos: Tempo .Despertar da Fé. Espaço . dia a dia. Na artéria pulmonar. processos. Tempo e Espaço: Muitos parágrafos dissertativos marcam temporal e espacialmente a evolução de ideias. perde a dimensão de humanidade que abriga em si. .Palavra de Vida. Exceto no cordão umbilical e na ligação entre os pulmões e o coração. a camada do solo é pouco profunda. um segmento indicando consequências (fatos decorrentes). a velhice. porque pode trazer muitas consequências indesejáveis. isto é.O solo é influenciado pelo clima. muitas vezes.O Novo Código Nacional de trânsito divide as faltas em várias categorias. Se. porque já estamos nos convencendo de que a felicidade é uma ilusão.Terço Bizantino. pelo contrário.Existem várias razões que levam um homem a enveredar pelos caminhos do crime. recém-oxigenado. o homem aprendeu a grunhir. de modo que hoje somos obrigados a viver numa sociedade fria e inamistosa. .. Nos climas úmidos. .O homem. ela poderá ser desenvolvida a partir das seguintes ideias: . (Denotação. da ordenação cronológica. envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. . que agora deve aparecer de forma muito mais convincente. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. Pessoal). O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. um animal ou um objeto.A violência contra os povos indígenas é uma constante na história do Brasil. dos dados estatísticos. da ilustração. das definições. Tipologia Textual Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras. um conto. Objetivo. 35 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Exemplos de textos explicativos são os encontrados em manuais de instruções. conter de forma sintética. até as picantes piadas do cotidiano. Texto Não-Literário: preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possível. propagandas. Contém a proposição do tema. é o texto de uma notícia de jornal. a confirmação da hipótese ou da tese. com a transmissão de conhecimento.. o relatório. pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Figurado.O surgimento de várias entidades de defesa das populações indígenas. Assim. uma vez que já foi fundamentada durante o desenvolvimento da dissertação (um parágrafo). No desenvolvimento são usados tantos parágrafos quantos forem necessários para a completa exposição da ideia..A invasão da Amazônia e a perda da cultura indígena. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo. Narração: Modalidade em que se conta um fato. Numa abordagem mais abstrata. deve fazer a estruturação do texto. Ex: um romance. da interrogação e da citação. folhetos informativos. (Conotação. um texto informativo. Descrição: Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar. por isso é fundamental. que ocorreu num determinado tempo e lugar. não se faz a defesa de uma ideia. sendo. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere. portanto. da causa e da consequência. como o “Chapeuzinho Vermelho” ou a “Bela Adormecida”. acrescida da argumentação básica empregada no desenvolvimento. Deve. impregnado de subjetivismo. pela sua função caracterizadora. o texto didático.. de revista. . seus limites. Depois de delimitar o tema que você vai desenvolver. pois. Subjetivo.A visão idealizada que o europeu ainda tem do índio brasileiro. . uma poesia. Informativo). Em princípio. Uso da função referencial da linguagem. fictício ou não. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis. juntamente com o texto de apresentação científica. discorrer sobre ele. O tempo verbal predominante é o passado. Informativo: Tem a função de informar o leitor a respeito de algo ou alguém. uma bula de medicamento. Nesse tipo textual. de pormenores. Dissertação: Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto. E esses parágrafos podem ser estruturados das cinco maneiras expostas acima. Ex: uma notícia de jornal. o artigo enciclopédico. Conclusão: é a retomada da ideia principal. Deve ser clara e chamar a atenção para dois itens básicos: os objetivos do texto e o plano do desenvolvimento. uma pessoa. o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos. 3ª pessoa do singular. o objetivo proposto na instrução. Desenvolvimento: exposição de elementos que vão fundamentar a ideia principal que pode vir especificada através da argumentação. Claro. É a abertura do texto. o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim. Não há relação de anterioridade e posterioridade. A estrutura do texto dissertativo constitui-se de: Introdução: deve conter a ideia principal a ser desenvolvida (geralmente um ou dois parágrafos). ângulo de análise e a hipótese ou a tese a ser defendida. . Por exemplo. o travessão. São Paulo: Editora Ática. na qual perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. temos um texto dissertativo-argumentativo. D. avalia. 36 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Munido deste material. resenha crítica. (. Caso contrário. explica. que servem para dar ao leitor maior informações que ele supostamente desconhece. Exemplos: texto de opinião. deliberação informal. a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. manda-se um suspiro a Petrópolis. É dizer: Que calor! Que desenfreado calor! Diz-se isto. Resvala-se do calor aos fenômenos atmosféricos. o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. Os verbos são. ideia principal. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da página. quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está afetando o fornecimento de serviços à população. da crônica como gênero que comenta assuntos do dia a dia. carta de solicitação. na qual são narrados ao rei português. Uma das mais famosas crônicas da história da literatura luso-brasileira corresponde à definição de crônica como "narração histórica". Na maioria dos casos. carta do leitor. ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações novas e relevantes. você conhecerá as principais características da crônica. Mas trataremos. na sua maioria. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas. desenvolvimento. técnicas de sua redação e terá exemplos. também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento.)” (Machado de Assis.. editorial. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do leitor e resume a ideia básica da entrevista. 1994) . discurso de defesa e acusação (advocacia). fazem-se algumas conjeturas acerca do sol e da lua. uma crônica sobre a crônica.. Entrevista: é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado). fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Para começar. Ex: ensaios. parêntese e às vezes colchetes. têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. ou trata de temas da atualidade. de Pero Vaz de Caminha. As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o ponto de interrogação. outras sobre a febre amarela. O entrevistador deve conquistar a confiança do entrevistado. Ex: Receita de um bolo e manuais. ao contrário. apenas as preposições ficam com a letra minúscula. "Crônicas Escolhidas". É um pequeno texto e vem em destaque também. Como diz a origem da palavra (Cronos é o deus grego do tempo). acabará induzindo as respostas ou perdendo a objetividade. além de explicar. Crônica: Assim como a fábula e o enigma. como pausas e retomadas.Argumentativo: Os textos argumentativos. Antes de ir para a rua. ou simplesmente sacudindo a sobrecasaca. empregados no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente. exposições. nem ser por ele dominado. O subtítulo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de ponto final.etc. Estrutura básica. É a "Carta de Achamento do Brasil". artigos científicos. mas não tentar dominá-lo. e la glace est rompue está começada a crônica. bufando como um touro. reticências. Injunção: Indica como realizar uma ação. ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que considera positivo na instituição. conclusão. sobretudo. expõe ideias. de Machado de Assis: O nascimento da crônica “Há um meio certo de começar a crônica por uma trivialidade. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Quando o texto. Manuel. Pode conter marcas da linguagem oral. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de "olho". narra fatos históricos em ordem cronológica. aspas. a crônica é um gênero narrativo. Diálogo: é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas. Mas não é só isso. É também utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Lendo esse texto. artigos de opinião ou assinados. Uso de linguagem clara. Utiliza linguagem objetiva e simples. Exposição: Apresenta informações sobre assuntos. reflete. o descobrimento do Brasil e como foram os primeiros dias que os marinheiros portugueses passaram aqui. Além das informações. agitando as pontas do lenço. É importante que o repórter seja insistente. Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Diferente da notícia. vista por outro ângulo. a crônica os analisa. pois está voltado apenas para a representação das características dos trens do metrô e dos carros de São Paulo. em princípio. singular. Jornalismo e literatura: É assim que podemos dizer que a crônica é uma mistura de jornalismo e literatura. (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA – IADES/2014) Quanto à tipologia. Circulam diariamente pela cidade 4. os números sofrem algumas alterações. a construção da linguagem. dos pequenos acontecimentos do dia a dia comuns nas grandes cidades. No horário de pico da noite. dentre os assuntos tratados. os usuários do transporte público sobre trilhos deslocam-se a 32.4 quilômetros por hora (km/h). (B) narrativo. Embora o metrô seja mais rápido.com.2 milhões de carros.6 km/h. o jogo verbal. o texto lido é. O metrô paulistano recebe 4. entre 7h e 10h. (A) descritivo. o cronista dê maior atenção aos problemas do modo de vida urbano. Disponível em: <http://exame. quase no ritmo de um pedestre.Publicada em jornal ou revista destina-se à leitura diária ou semanal e trata de acontecimentos cotidianos. pois desenvolve uma sequência de acontecimentos durante alguns períodos do dia em São Paulo. O metrô mantém os 32. os paulistanos que estão atrás do volante trafegam a 7. provenientes de toda a região metropolitana. (E) dissertativo. Acesso em: 7/3/2014. (C) dissertativo. A crônica se diferencia no jornal por não buscar exatidão da informação. A preocupação com esse leitor é que faz com que. O carro melhora seu desempenho e atinge a velocidade de uma bicicleta. Algumas crônicas são editadas em livro. do mundo contemporâneo. (D) narrativo. pois apresenta e discute uma opinião sobre a qualidade do serviço prestado pelo metrô de São Paulo.7 milhões de passageiros. 1. pois relata episódios sobre os horários de pico de São Paulo.4 km/h. 37 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . para garantir sua durabilidade no tempo. Enquanto isso. Na manhã. em média. 20. entre 17h e 20h. mostrando aos olhos do leitor uma situação comum.br/brasil/noticias/velocidadedo-metro-upera-muito-a-dos-carros-em-sp>. dá-lhes um colorido emocional. que procura relatar os fatos que acontecem. um leitor de jornal ou de revista.6 km/h. predominantemente.abril. muitos paulistanos preferem usar carro. . De um recebe a observação atenta da realidade cotidiana e do outro. pois apresenta e analisa dados sobre a velocidade dos trens do metrô de São Paulo e a dos carros que circulam pela metrópole. As velocidades dos carros foram medidas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) no corredor modelo da cidade – Avenidas Eusébio Matoso e Rebouças e Rua da Consolação. O leitor pressuposto da crônica é urbano e. com adaptações. Questão Velocidade do metrô supera muito a dos carros em SP 1 4 7 10 13 16 19 22 Os trens da Companhia do Metropolitano de São Paulo (metrô) circulam com velocidade média até quatro vezes maior do que a dos carros nas ruas da metrópole. conforme mostram os dados obtidos pelo estado por meio da Lei de Acesso à Informação. é abordada em diferentes perspectivas e com escolhas vocabulares bem distintas: Texto 1 (exemplo de linguagem não literária): Piratininga virou São Paulo: o colégio é hoje uma metrópole Os padres jesuítas José de Anchieta e Manoel da Nóbrega subiram a Serra do Mar. A linguagem não literária tem como função informar de maneira clara e sucinta. São Paulo ainda era o ponto de partida das bandeiras. restam apenas as fundações da construção feita pelos padres e índios no Pateo do Collegio. data que marca o aniversário de São Paulo. próxima aos rios Tamanduateí e Anhangabaú. Diferentemente do que acontece com os textos literários. encontraram o ponto ideal. nos quais há uma preocupação com o objeto linguístico e também com o estilo. Essa última será nosso objeto de análise. se a intenção é artística.com/sp/br/a-cidade-de-sao-paulo) . os textos não literários apresentam características bem delimitadas para que possam cumprir sua principal missão. entre elas o emprego de uma linguagem convencional e denotativa. Quando pensamos em informação. Gêneros Discursivos Gêneros não Literários A linguagem não literária apresenta especifidades que a diferem da linguagem literária. devemos pensar também na linguagem adequada a ser adotada em cada um deles. Ao atingir o planalto de Piratininga. Quando pensamos nos diversos tipos e gêneros textuais. que é.Resposta 1. a escolha vocabular deve estar de acordo com essa finalidade. Quase cinco séculos depois. desconsiderando aspectos estilísticos próprios da linguagem literária. Era o dia 25 de janeiro de 1554.cidadedesaopaulo. na maioria das vezes. (Disponível em http://www. afastando assim possíveis equívocos na interpretação de um texto. fresca e de boas águas”. mas. a de informar. como a objetividade. 1. embora comum a ambos. e o Mundo Educação traz para você todas as especificidades que marcam a construção do discurso não literário. Os religiosos construíram um colégio numa pequena colina. Tinha “ares frios e temperados como os de Espanha” e “uma terra mui sadia. Por isso existem a linguagem literária e a linguagem não literária. 38 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . analisando dados que dão ao autor base para argumentação. observe dois textos cuja temática. Resposta: C O texto apresenta características da descrição. outros recursos linguísticos mais apropriados devem ser utilizados. a fim de buscar um local seguro para se instalar e catequizar os índios. expedições que cortavam o interior do Brasil.3. nos idos de 1553. Tinham como objetivos a busca de minerais preciosos e o aprisionamento de índios para trabalhar como escravos nas minas e lavouras. como é destacado no enunciado: predomina o dissertativo. alguns elementos devem ser elencados. Nessa época. a transparência e o compromisso com uma linguagem não literária. Para ilustrar melhor as diferenças entre linguagem literária e não literária. o povoado de Piratininga se transformou numa cidade de 11 milhões de habitantes. decisão ratificada pelo rei de Portugal. Daqueles tempos. Piratininga demorou 157 anos para se tornar uma cidade chamada São Paulo. onde celebraram uma missa. Você sabia que os diversos textos podem ser classificados de acordo com a linguagem utilizada? A linguagem de um texto está condicionada à sua funcionalidade: se a intenção é informar. Sinto como a tua íris fosforeja Entre um poema. Caracterizam-se como eventos textuais altamente maleáveis e dinâmicos. um riso e uma cerveja E que mal há se o lar onde se espera Traz saudade de alguma Baviera Se a poesia é tua. No discurso não literário deve predominar uma linguagem objetiva. sem que para isso sejam empregados recursos estilísticos. Alguns teóricos denominam narração. abres-me a porta E eu te possuo nua e fugidia..C. Nele predominam escolhas linguísticas cuja função é transmitir para o leitor um pouco da história da capital paulista. 39 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Gêneros como Práticas Histórico-Sociais Segundo Marcuschi os gêneros textuais são fenômenos históricos. particularmente computador (internet) aparece como uma explosão de novo gênero e forma de comunicação. publicado em um site de informações sobre a cidade de São Paulo. a cidade de São Paulo. Partindo desse pressuposto e pautando-se no estudo de Marcuschi definimos a seguir: Tipos textuais: sequência definida pela natureza linguística de sua composição (narração. são entidades sócio-discurssivas e formas de ação social em qualquer situação comunicativa. Os gêneros textuais caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas. do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais. . percebemos claramente que existe uma preocupação com o estilo. os textos didáticos.basta! . As notícias. que importa . o que confere ao texto maior expressividade. clara e concisa a fim de que a informação seja repassada de maneira eficiente. Em ambos os textos o objeto é o mesmo. tanto na oralidade como na escrita. surgindo os tipos da escrita. descrição e dissertação). No segundo texto. as receitas culinárias e os manuais são exemplos de gêneros textuais que empregam a linguagem não literária. portanto. amante. profundamente vinculados à vida cultural e social. os artigos jornalísticos. e em cada mesa Há um pecador morrendo de beleza? (Vinícius de Moraes) O primeiro texto. no entanto. existem grandes diferenças no que diz respeito ao plano da linguagem. diferenciando-os das terminologias que são considerados “gêneros textuais”.importa Que à noite. os gêneros expandem-se com o surgimento da cultura impressa e atualmente a fase denominada cultura eletrônica. multiplicam-se os gêneros. as propagandas publicitárias. Após a invenção da escrita alfabética por volta do século VII a. os textos científicos. como figuras de linguagem e de construção. descrição e dissertação como “modos de organização textual”. os verbetes de dicionários e enciclopédias. elementos próprios dos textos literários. é um claro exemplo de linguagem não literária. quando te repousas morta Lenta e cruel te envolve uma agonia Não te amo à luz plácida do dia Amo-te quando a neblina te transporta Nesse momento. cognitivas e institucionais. livre de possíveis dificuldades que prejudiquem o entendimento do texto. um poema de Vinícius de Moraes.Texto 2 (exemplo de linguagem literária) Soneto sentimental à cidade de São Paulo Ó cidade tão lírica e tão fria! Mercenária. Muito se tem falado sobre a diferença entre “tipos textuais” e “gêneros textuais”. Passemos para uma simples observação histórica do surgimento dos gêneros que revela um conjunto limitado dos mesmos. Definição e funcionalidade. agendas. Expositivos. Argumentativo.a ser seguido no processo de comunicação. Prescritivos. Literário. 40 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . auxiliá-lo na sua expressão linguística. no processo de comunicação.se não o primeiro. – Constituem práticas discursivas nas quais podemos identificar um conjunto de gêneros textuais que. concluímos que é impossível se comunicar verbalmente a não ser por um texto e obriga-nos a compreender tanto as características estruturais (como ele é feito) como as condições sociais (como ele funciona na sociedade). às vezes. – Do ponto de vista dos domínios. favorecendo uma categorização no próprio gênero. jornalística ou religiosa não abrangem um gênero em particular. Por essa relatividade a que se refere o autor. discurso religioso etc. mas propiciam o surgimento de discursos bastante específicos. orkut.. em maior ou menor grau argumentativo. Para Bakhtin (1997). lista de compras. quando um indivíduo utiliza a língua. Numerados. a escolha de um tipo é um dos passos. pode-se entender que o gênero permite certa flexibilidade quanto à sua composição. – Esses domínios não são textos nem discursos. Com referência a Bakhtin (1997). mas dão origem a vários deles. ou seja. ou seja. Gêneros e Domínios Discursivos Definição de domínio discursivo: – Usamos a expressão domínio discursivo para designar uma esfera ou instância de produção discursiva ou de atividade humana. a criação de um subgênero. Tipos textuais voltados para as funções sociais dos textos. guia e controla para poder expressar a função maior da linguagem que é atingir uma comunicação. cardápio entre outros). isto é. Tipos textuais como ferramenta. diários. sempre o faz por meio de um tipo de texto ainda que possa não ter consciência dessa.Gêneros Textuais São os textos encontrados no nosso cotidiano e apresentam características sócio-comunicativas (carta pessoal ou comercial. analisaremos a tabela abaixo: DISCURSOS (FORMAÇÕES DISCURSIVAS/DOMÍNIO DISCURSIVO) GÊNEROS DO DISCURSO/GÊNEROSTEXTUAIS Prece/oração Ladainha RELIGIOSO Reza Sermão Hagiografia . falamos em discurso jurídico. já que as atividades jurídica. os gêneros são tipos relativamente estáveis de enunciados elaborados pelas mais diversas esferas da atividade humana. daí dizer que a argumentação está inscrita no uso da língua. uma comunicação cujo objetivo é efetivamente alcançado e concretizado. Segundo Bakhtin (1997). sendo por ele escolhidos da maneira que melhor lhe convém para. os tipos textuais podem ser uma ferramenta que está a disposição do falante. Informativos. Para compreendermos mais facilmente os domínios discursivos com seus respectivos gêneros textuais. Por isso. Tomar um tipo textual como uma estrutura básica normalmente usada em uma determinada situação o torna uma valiosa “ferramenta” que o falante procura. e-mail. discurso jornalístico. lhe são próprios (em certos casos exclusivos) como práticas ou rotinas comunicativas institucionalizadas. Dissertação Tese Ensaio Resumo Resenha ACADÊMICO Artigo científico Paper Sumário Hand-out Abstrato Palestra Conferência etc. Chat/bate/papo virtual ELETRÔNICO / DIGITAL Aulachat Email/endereço eletrônico Blog .Parábola Homilia etc Notícia Reportagem Editorial Crônica Tirinha JORNALÍSTICO Breves/curtas Artigo jornalístico Carta de leitor Entrevista Debate Manchete etc. Conto Romance Novela Poema Tragédia Comédia Folhetim LITERÁRIO Dedicatória Crônica Diário Fábula Epopéia Lenda Biografia Autobiografia etc. 41 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . a relação.6. Progressão Temática Coesão Uma das propriedades que distinguem um texto de um amontoado de frases é a relação existente entre os elementos que os constituem. 42 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .net/reinildesdias2010/simone-marcuschi. que segurava na mão. A coesão textual é a ligação. Fontes:http://pt. a conexão entre palavras.blogspot.slideshare. expressões ou frases do texto.5. Anúncio Cartaz Filmete PUBLICITÁRIO Jingle Outdoor/Busdoor/ Bikedoor/Taxidoor Panfleto Spot Conversação e seus tipos Bilhete Diário Anedota COTIDIANO Piada Anotação Recado Convite etc. http://pratica2pvsufcg.” . Aula Prova (escrita/oral) ESCOLAR Ditado Protocolo Resumo etc. Ela manifesta-se por elementos gramaticais.html (Adaptado) 1. Observe: “O iraquiano leu sua declaração num bloquinho comum de anotações.4.Fotoblog Banner Barra etc. 1. Fatores de Coerência Textual 1. Mecanismos Coesivos.com.br/2013/03/lingua-portuguesadominio-discursivo-e. que servem para estabelecer vínculos entre os componentes do texto. p. a quem sucedera na cátedra de Sociologia na Universidade de São Paulo. Retomada ou Antecipação por meio de uma palavra gramatical . As informações apresentadas na primeira são retomadas na segunda. as. O pronome relativo é um elemento coesivo.(pronome. lhes). lhe. Os termos que servem para retomar outros são denominados anafóricos. o pronome pessoal “o” retoma o nome Machado de Assis. Sirva. retomando na segunda um dos termos da primeira: bloquinho. o qual exerce. Nesta. a de indicar que o termo determinado por ele se refere ao mesmo ser a que uma palavra idêntica já fizera menção.” O pronome pessoal “elas” recupera o substantivo pessoas. para antecipar outros são chamados catafóricos. São Paulo. polvilhe a canela. o artigo definido. o pronome relativo “que” estabelece conexão entre as duas orações. os nomes mencionados pela primeira vez na lista de ingredientes vêm precedidos de artigo definido. entre outras funções. desta antecipa abandonar a faculdade no último ano: “Já viu uma loucura desta. a. nº4. 43 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . agosto de 1999. Cozinha Clássica Baixo Colesterol. por exemplo. No exemplo a seguir. Despeje em um recipiente. enquanto “aqueles” recupera a palavra homens. quando se diz que se adiciona o açúcar. ainda hoje não há total igualdade entre homens e mulheres: estas ainda ganham menos do que aqueles em cargos equivalentes. um fenômeno de coesão. 42. Há dois tipos principais de mecanismos de coesão: retomada ou antecipação de palavras. os pronomes relativos. o verbo fazer. diverso daquele citado no rol dos ingredientes. os.Nesse período. Leia o texto que segue: Arroz-doce da infância Ingredientes 1 litro de leite desnatado 150g de arroz cru lavado 1 pitada de sal 4 colheres (sopa) de açúcar 1 colher (sobremesa) de canela em pó Preparo Em uma panela ferva o leite. os pronomes indefinidos. verbos ou advérbios) “No mercado de trabalho brasileiro. expressões ou frases e encadeamento de segmentos. certos advérbios ou locuções adverbiais (nesse momento. “As pessoas simplificam Machado de Assis. o. os que servem para anunciar. e a conexão entre as duas orações. Toda receita culinária tem duas partes: lista dos ingredientes e modo de preparar. Se dissesse apenas adicione açúcar. No nosso texto. o artigo citado na primeira parte. o pronome demonstrativo “estas” retoma o termo mulheres. InCor. Adicione o açúcar e deixe no fogo por mais 2 ou 3 minutos. lá). pois se trataria de outro açúcar.” O pronome relativo “quem” retoma o substantivo mestre. os pronomes pessoais de 3ª pessoa (ele. abandonar a faculdade no último ano?” São anafóricos ou catafóricos os pronomes demonstrativos. . a pitada de sal e mexa sem parar até cozinhar o arroz. então. deveria adicionar. acrescente o arroz. O iraquiano leu sua declaração num bloquinho comum de anotações e segurava na mão. elas o veem como um descrente do amor e da amizade.” Nesse período. Exemplos: “Ele era muito diferente de seu mestre. Quando. Curiosamente.” Por dados do contexto cultural. o desespero só pode ser pelo atraso da noiva (representada por “ela” no exemplo citado).” O anafórico “sua” pode estar-se referindo tanto à palavra ator quanto a diretor. ou sentido bastante aproximado: injúria e afronta. Pode ocorrer. essa ambiguidade seria desfeita. estando presente o noivo. . fiquei desanimado com a fila. mas que possa ser inferida por certos pressupostos típicos da cultura em que se inscreve o texto. não se pode dizer que o pronome “la” seja um anafórico. quer por uma substituição por sinônimo. “Fui ao cinema domingo e. “Durante o ensaio. . Retomada por palavra lexical .Em princípio. adjetivo ou verbo) Uma palavra pode ser retomada. que por uma repetição. Hiperônimo é um termo que mantém com outro uma relação do tipo contém/está contido. como neste exemplo: “André é meu grande amigo. a carteira tinha muito dinheiro dentro. o sentido da frase fica totalmente prejudicado: não há possibilidade de se depreender o sentido desse pronome. há uma ruptura de coesão. “André brigou com o ex-namorado de uma amiga.” . Sinônimo é o nome que se dá a uma palavra que possui o mesmo sentido que outra. mas nem um documento sequer. Num casamento. o termo a que “o” anafórico se refere deve estar presente no texto. alegre e contente. É o caso de um exemplo como este: “O casamento teria sido às 20 horas.” A rigor. Permutando o anafórico “que” por “o qual” ou “a qual”.O artigo indefinido serve geralmente para introduzir informações novas ao texto. porque ocorre uma ambiguidade insolúvel. “O encarregado da limpeza encontrou uma carteira na sala de espetáculos. ambos trajando roupa escura. a um termo já mencionado. o ator principal brigou com o diretor por causa da sua arrogância. chegando lá.” Não se sabe se o anafórico “que” está se referindo ao termo amiga ou a ex-namorado. 44 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . “O governador vai pessoalmente inaugurar a creche dos funcionários do palácio. que trabalha na mesma firma. que o anafórico não se refira a nenhuma palavra citada anteriormente no interior do texto. deverão ser precedidas do artigo definido. Quando elas forem retomadas.” O numeral “ambos” retoma a expressão os dois homens. . e o fará para demonstrar seu apreço aos servidores. porque eram 21 horas e ela não havia comparecido. o anafórico pode referir-se a dois termos distintos. pois não está retomando nenhuma das palavras citadas antes.“Os dois homens caminhavam pela calçada. É preciso que o texto seja escrito de tal forma que o leitor possa determinar exatamente qual é a palavra retomada pelo anafórico. Começou a namorá-la há vários meses. pois este é que tem a função de indicar que o termo por ele determinado é idêntico.(substantivo. O noivo já estava desesperado. hiperônimo. senão a coesão fica comprometida.” O advérbio “lá” recupera a expressão ao cinema.” A forma verbal “fará” retoma a perífrase verbal vai inaugurar e seu complemento. em dado contexto. sabe-se que o pronome “ela” é um anafórico que só pode estar-se referindo à palavra noiva. em termos de valor referencial. Exatamente por isso. hipônimo ou antonomásia. no entanto. 45 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . entre o terceiro e o segundo se faz pela utilização do sinônimo fluidos. com a evidente intenção de ridicularizar a condição secundária que um provável flamenguista atribui ao Vasco e ao seu Vice-presidente: “Recebi por esses dias um e-mail com uma série de piadas sobre o pouco simpático Eurico Miranda. ou apenas existiam. constituirá uma falha de estilo. Ela ocorre. “Um presidente da República tem uma agenda de trabalho extremamente carregada.18. . à Água (úmido).” Os dois períodos estão relacionados pelo hiperônimo astros. p. os satélites. pois toda rosa é uma flor.” Referência ao fato notório de Giuseppe Garibaldi haver lutado pela liberdade na Europa e na América. a bile amarela e a bile negra. vice-campeão carioca e bivice-campeão mundial. satélites. vicejam. principalmente. a ligação entre o segundo e o primeiro períodos se faz pela repetição da palavra humores.” Segundo o texto. os planetas. ao Fogo (quente) e à Terra (frio). Faltam-me provas. mas tudo leva a crer que o remetente seja um flamenguista. p. no Brasileiro de basquete e na Taça Guanabara. nº3. José Roberto Torero. em maior ou menor intensidade em nosso corpo.Hipônimo é uma palavra que mantém com outra uma relação do tipo está contido/contém. In: Folha de S. pois. “Eles (os alquimistas) acreditavam que o organismo do homem era regido por humores (fluidos orgânicos) que percorriam. precisa a todo o momento tomar graves decisões que afetam a vida de muitas pessoas. São vicissitudes que vicejam. planetas. Paulo. embaixadores. Eram quatro os humores: o sangue. que se faça correlação com outros termos presentes no contexto. por exemplo.” A repetição do termo presidente estabelece a coesão entre o último período e o que vem antes dele. pois é o apagamento de um termo que seria repetido. no Carioca de basquete.” “O herói de dois mundos (=Garibaldi) foi lembrado numa recente minissérie de tevê. que recupera os hipônimos estrelas. e o preenchimento do vazio deixado pelo termo apagado (=elíptico) exige. ou referidos na situação em que se desenrola a fala. Espero que não viciem.” Ziraldo. e esta palavra é hipônimo daquela. 08/03/2000. No trecho transcrito a seguir. abril de 1970. É preciso manejar com muito cuidado a repetição de palavras. 4-7. necessariamente. Referência à força física que caracteriza o herói grego Hércules. E eram também estes quatro fluidos ligados aos quatro elementos fundamentais: ao Ar (seco). Também constitui um expediente de coesão. Flor é. viciem). necessita acompanhar tudo o que acontece no Brasil e no mundo. Antonomásia é a substituição de um nome próprio por um nome comum ou de um comum por um próprio. Deve receber ministros. quando uma pessoa célebre é designada por uma característica notória ou quando o nome próprio de uma personagem famosa é usado para designar outras pessoas que possuam a mesma característica que a distingue: “O rei do futebol (=Pelé) só podia ser um brasileiro. a fleuma (secreção pulmonar). “Observava as estrelas. Os astros sempre o atraíram. E isso sem falar do vice no Carioca de futsal. A elipse é o apagamento de um segmento de frase que pode ser facilmente recuperado pelo contexto. respectivamente. Eurico nasceu para ser vice: é vice-presidente do clube. hiperônimo de rosa. “Ele é um Hércules. mas nem toda flor é uma rosa. fica claro o uso da repetição da palavra vice e outras parecidas (vicissitudes. O significado do termo rosa está contido no de flor e o de flor contém o de rosa. pois. se ela não for usada para criar um efeito de sentido de intensificação. Um presidente deve começar a trabalhar ao raiar do dia e terminar sua jornada altas horas da noite. parlamentares. In: Revista Vozes. visitantes estrangeiros. Nesse texto.” (=um homem muito forte). portanto teríamos uma preposição indevida: “Conheço (deste livro) e gosto deste livro”. Esses elementos denominam-se conectores ou operadores discursivos. aquela promoção é complemento tanto de querer quanto de desejar. o verbo dizer. v. em dois subtipos: os que indicam o argumento mais forte de uma série: até. o conector “portanto”. conclusão. no entanto aparece apenas depois do segundo verbo: “Ficou muito deprimido com o fato de ter sido preferido. no mínimo. até mesmo. que seria enunciado antes daquilo que disse a lua. Qualquer segmento da frase pode sofrer elipse. no entanto. . quando muito.” Quando se faz essa elipse por antecipação com verbos que têm regência diferente. nesse caso. 46 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . sentiu a pontada no peito e parou. ou seja.Vejamos estes versos do poema “Círculo vicioso”. 151. Afinal. que toda a luz resume!” Obra completa. mas não alcançou a vitória”. queria muito.” Pode ocorrer também elipse por antecipação. etc. é bem articulado. No exemplo que segue. no complemento em elipse faltaria a preposição “com” exigida pelo verbo implicar. Em “Implico e dispenso sem dó os estranhos palpiteiros”. para assegurar a coesão. fitando o sol. condição. no exemplo abaixo. ora. dentro dessa série. o recomendável é colocar o complemento junto ao primeiro verbo. contudo.) Mas a lua. Se fosse utilizado.III. até. Nesse caso. com azedume: “Mísera! Tivesse eu aquela enorme. como contrariedade.. por isso os operadores discursivos não podem ser usados indiscriminadamente. é o sujeito meu pai que vem elidido (ou apagado) antes de sentiu e parou: “Meu pai começou a andar novamente. Nova Aguilar. isto é. conhece bem o assunto de que fala e é até sedutor. pois o verbo conhecer rege complemento não introduzido por preposição. pelo menos. Nesses casos. não se deve dizer “Conheço e gosto deste livro”. pois esse operador discursivo liga dois segmentos com a mesma orientação argumentativa. Note-se que eles fazem mais do que ligar partes do texto: estabelecem entre elas relações semânticas de diversos tipos. o resultado seria um paradoxo semântico. o conector “mas” está adequadamente usado. desejava ardentemente aquela promoção. 1979. respeitando sua regência.. antes das aspas. consequência. diferentemente. e os que subentendem uma escala com argumentos mais fortes: ao menos. no máximo. e a elipse retoma o complemento inteiro. fica subentendido. p. Por exemplo. a coesão é rompida. aquela Claridade imorta. “Ele é um bom conferencista: tem uma voz bonita. inclusive.Gradação: há operadores que marcam uma gradação numa série de argumentos orientados para uma mesma conclusão. acrescentando a preposição devida (Conheço este livro e gosto dele) ou eliminando a indevida (Implico com estranhos palpiteiros e os dispenso sem dó). e retomá-lo após o segundo por um anafórico.” Toda a série de qualidades está orientada no sentido de comprovar que ele é bom conferencista. Veja que. . por exemplo. é omitido por ser facilmente presumível. mesmo. de Machado de Assis: (. ser sedutor é considerado o argumento mais forte. causa. Rio de Janeiro. Por exemplo: visto que. Na frase “O time apresentou um bom futebol. Dividem-se eles. Coesão por Conexão Há na língua uma série de palavras ou locuções que são responsáveis pela concatenação ou relação entre segmentos do texto. Essas relações exercem função argumentativa no texto. sendo o segmento introduzido por ele a conclusão do anterior. pois ele liga dois segmentos com orientação argumentativa contrária. a par de. 47 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .. porque o segundo segmento indica um desenvolvimento da exposição. por isso.Conclusão: existem operadores que marcam uma conclusão em relação ao que foi dito em dois ou mais enunciados anteriores (geralmente. “Não agredi esse imbecil. quanto. nem. Não teria cabimento usar operadores desse tipo para ligar dois segmentos como “Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e escondeu o choro que tomou conta dele”. . não só. não significam. Ao contrário... pelo menos e no mínimo ligam argumentos de valor positivo. por manifestar uma voz geral. subentende que há argumentos mais fortes para comprovar que ele tem as qualidades requeridas dos que vão longe (por exemplo. para que ele não apanhasse. seja. “Se alguém pode tomar essa decisão é você.Conjunção Argumentativa: há operadores que assinalam uma conjunção argumentativa.. tanto. caso contrário. “Essa guerra é uma guerra de conquista. ou seja. que têm orientação argumentativa diferente: ou.. O último deles é introduzido por “e também”. Ou seja. No máximo vai terminar o segundo grau. uma das afirmações de que decorre a conclusão fica implícita. É possível dizer “Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e continuou seu discurso”. como.” No máximo introduz um argumento orientado no mesmo sentido de ter muita dificuldade de aprender. não é moralmente defensável. Você é o diretor da escola. pois (o pois é conclusivo quando não encabeça a oração). superioridade ou inferioridade entre dois elementos. ainda. uma verdade universalmente aceita): logo.. fazem uma conexão entre segmentos que levam a conclusões opostas. por conseguinte. é muito respeitado pelos funcionários e também é muito querido pelos alunos. “Ele não é bom aluno.. também... ao contrário.” O argumento introduzido por ao contrário é diametralmente oposto àquele de que o falante teria agredido alguém. fazer uma faculdade) e que se está usando o argumento menos forte da escala no sentido de provar a afirmação anterior. os . a repetição do que já foi dito. por outro lado. ser presidente da empresa) e que se está usando o menos forte. com vistas a uma conclusão contrária ou favorável a certa ideia: tanto.. portanto.. Por conseguinte. no máximo e quando muito estabelecem ligação entre argumentos de valor depreciativo. ligam um conjunto de argumentos orientados em favor de uma dada conclusão: e. ou seja. ao menos.Comparação: outros importantes operadores discursivos são os que estabelecem uma comparação de igualdade. além de.. como. pois visa ao controle dos fluxos mundiais de petróleo.” Pelo menos introduz um argumento orientado no mesmo sentido de ser ambicioso e ter grande capacidade de trabalho. só podem ser ligados com conectores de conjunção segmentos que representam uma progressão discursiva.” O comparativo de igualdade tem no texto uma função argumentativa: mostrar que o problema da fuga de presos cresce à medida que aumenta a corrupção entre os agentes penitenciários. ajudei a separar a briga.. mais.Disjunção Argumentativa: há também operadores que indicam uma disjunção argumentativa. tão. . ou então.“Ele é ambicioso e tem grande capacidade de trabalho. quer. supõe que há uma escala argumentativa (por exemplo. em hipótese nenhuma. (do) que.” Por conseguinte introduz uma conclusão em relação à afirmação exposta no primeiro período. mas também. Chegará a ser pelo menos diretor da empresa. seja. “Os problemas de fuga de presos serão tanto mais graves quanto maior for a corrupção entre os agentes penitenciários.” Arrolam-se três argumentos em favor da tese que é o interlocutor quem pode tomar uma dada decisão.. quer. . Esses operadores introduzem novos argumentos. . que indica um argumento final na mesma direção argumentativa dos precedentes. agora.” Já que inicia um argumento que dá uma justificativa para a tese de que os Estados Unidos devam arcar sozinhos com o custo da guerra contra o Iraque. que a falta de beleza perde relevância diante da simpatia. Qual é a diferença entre as adversativas e as concessivas. posto que. ainda que. trata-se de capacidades diferentes. “Ela é simpática. se tanto umas como outras ligam enunciados com orientação argumentativa contrária? Nas adversativas. A diferença entre as adversativas e as concessivas. já que.Explicação ou Justificativa: há operadores que introduzem uma explicação ou uma justificativa em relação ao que foi dito anteriormente: porque. a oração principal conduz à direção argumentativa contrária. o argumento do técnico é a favor da promoção. o seguinte diálogo entre o diretor de um clube esportivo e o técnico de futebol: “__Precisamos promover atletas das divisões de base para reforçar nosso time. mas se levanta mais decidido a vencer. pois ele estaria declarando que os atletas do time principal são tão bons quanto os das divisões de base. Compare os seguintes períodos: . é de estratégia argumentativa. a estratégia argumentativa é a de introduzir no texto um argumento que. “Já que os Estados Unidos invadiram o Iraque sem autorização da ONU.” Nesse caso. 48 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . será anulado por outro mais forte com orientação contrária. introduz-se um argumento com vistas à determinada conclusão. são as conjunções adversativas (mas. devem arcar sozinhos com os custos da guerra. . a orientação argumentativa que predomina é a do segmento não introduzido pela conjunção.Contrajunção: os operadores discursivos que assinalam uma relação de contrajunção. por exemplo. Com as conjunções concessivas. o mesmo nível dos do time principal. Quando se utilizam conjunções concessivas. o que significa que estes não primam exatamente pela excelência em relação aos outros.” Nesse caso. portanto. “Tanto maior será a corrupção entre os agentes penitenciários quanto mais grave for o problema da fuga de presos”. Muitas vezes a permutação dos segmentos leva a conclusões opostas: Imagine-se. que. Suponhamos. isto é. Essa segunda orientação é a mais forte. contudo.” A oração iniciada por “embora” apresenta uma orientação argumentativa no sentido de que saber escrever e saber gramática são duas coisas interligadas. que ligam enunciados com orientação argumentativa contrária. conquanto. mas não é bonita” com “Ela não é bonita. seu argumento seria contra a necessidade da promoção. pois. “Embora haja conexão entre saber escrever e saber gramática. apresentar um argumento decisivo para uma conclusão contrária. __Qualquer atleta das divisões de base é tão bom quanto os do time principal. todavia. pois ele declara que qualquer atleta das divisões de base tem.segmentos podem até ser permutáveis do ponto de vista sintático. “O atleta pode cair por causa do impacto. entretanto. apesar de. que o técnico tivesse invertido os segmentos na sua fala: “__Qualquer atleta do time principal é tão bom quanto os das divisões de base. se bem que). mas não o são do ponto de vista argumentativo. no segundo. prevalece a orientação do segmento introduzido pela conjunção. porém) e as concessivas (embora. mas é simpática”. por exemplo. embora tido como verdadeiro. Quando se usam as conjunções adversativas. apesar de que.” Nesse caso. No primeiro caso. enquanto a começada pela conjunção “mas” leva a uma conclusão positiva. para. o que se quer dizer é que a simpatia é suplantada pela falta de beleza. a primeira oração conduz a uma conclusão negativa sobre um processo ocorrido com o atleta. . pois não há igualdade argumentativa proposta. em seguida. pelo menos. Compare-se. no entanto. Exemplo: “Quando a atual oposição estava no comando do país.” “O exército planejou minuciosamente a operação (argumento mais fraco).Retificação ou Correção: há ainda os que indicam uma retificação. Ao contrário. Servem ainda para assinalar uma atenuação ou um reforço do conteúdo de verdade de um enunciado. os interesses dos fabricantes mais uma vez prevaleceram sobre os da saúde. é crescente o número de jovens da classe média que estão envolvidos em toda sorte de delitos. em outras palavras. 49 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . a realidade mostrouse mais complexa (argumento mais forte). exemplifica a afirmação de que a violência não é um fenômeno adstrito aos membros das “camadas mais pobres da população”. não fez o que exige hoje que o governo faça. mas apresentando-o como se fosse um acréscimo. recebeu um prêmio que ambicionava havia muito tempo e.“Por mais que o exército tivesse planejado a operação (argumento mais fraco).Especificação ou Exemplificação: também há operadores que marcam uma especificação ou uma exemplificação do que foi afirmado anteriormente: por exemplo. De fato. Exemplo: “Vou-me casar neste final de semana. vou passar a viver junto com minha namorada. mas todos os técnicos do nosso futebol são retranqueiros. De fato. além de tudo. dos menos aos mais graves.” O operador discursivo introduz o que se considera a prova mais forte de que “Ele está num período muito bom da vida”. “O problema da erradicação da pobreza passa pela geração de empregos.” O conector inicia um segmento que retifica o que foi dito antes. ademais. Exemplo: “A última tentativa de proibir a propaganda de cigarros nas corridas de Fórmula 1 não vingou. é verdade que. uma correção do que foi afirmado antes: ou melhor. . como aliás. um desenvolvimento. pelo contrário. O conector introduz uma generalização ao que foi afirmado: não “ele”. além disso. Por exemplo. Esses operadores servem também para marcar um esclarecimento. isto é. mas a realidade mostrouse mais complexa (argumento mais forte).” . . no entanto.” O conector introduz uma amplificação do que foi dito antes.” O conector introduz um esclarecimento sobre o que foi dito antes. realmente. como se fosse apenas algo mais numa série argumentativa: além do mais. ou seja. . só o crescimento econômico leva ao aumento de renda da população. além disso. “Ele é um técnico retranqueiro.” Por exemplo assinala que o que vem a seguir especifica. também. . “A violência não é um fenômeno que está disseminado apenas entre as camadas mais pobres da população. ganhou uma bolada na loteria. essa prova é apresentada como se fosse apenas mais uma.Argumento Decisivo: há operadores discursivos que introduzem um argumento decisivo para derrubar a argumentação contrária.Generalização ou Amplificação: existem operadores que assinalam uma generalização ou uma amplificação do que foi dito antes: de fato. ao contrário. Ou melhor. uma redefinição do conteúdo enunciado anteriormente. “Ele está num período muito bom da vida: começou a namorar a mulher de seus sonhos. como. quer dizer. de fato. suas políticas iam na direção contrária do que prega atualmente. como aliás o são todos os que atualmente militam no nosso futebol. foi promovido na empresa. falarei. (. para a vida cotidiana de todos os habitantes do planeta. “Joaquim viveu sempre cercado do carinho de muitas pessoas.Sequenciadores para Introdução: são os que. . p. 77. cada parlamentar vota segundo seus interesses e não de acordo com um programa partidário.” . sustentam uma cúpula oval de forma ligeira. era um homem que sabia agradar às mulheres. portanto. Portanto o ponto-final do primeiro período está no lugar de um porque. inicialmente. ainda na maior força do inverno. Nesses casos. ponto-e-vírgula.” Esse texto contém três períodos.. a partir da ordem dos enunciados. ele esteve conosco.” .” José de Alencar. das agruras por que passam as populações civis. desse modo. exporei suas consequências para a economia mundial e.” . por falar nisso. duas estatuetas de bronze dourado.” O operador introduz uma confirmação do que foi afirmado antes. mas voltando ao assunto. FTD. pelos sinais de pontuação: ponto-final. “Uma semana antes de ser internado gravemente doente. uma confirmação. que o dispensa nosso ameno clima fluminense. (são usados principalmente nas descrições). “O exército inimigo não desejava a paz. Senhora. não de fogo. etc. um pouco mais tarde. Examinemos os principais sequenciadores. (são utilizados predominantemente nas narrações). na escrita. o leitor deverá inferir. há uma lareira. dessa maneira. junto de. “Para mostrar os horrores da guerra. enquanto se processavam as negociações.Operadores discursivos não explicitados: se o texto for construído sem marcadores de sequenciação. . “A um lado. A propósito. servem para introduzir um tema ou mudar de assunto: a propósito. atacou de surpresa.Sequenciadores Espaciais: são os indicadores de posição relativa no espaço: à esquerda. em segunda. etc. os lugares dos diferentes conectores estarão indicados. Coesão por Justaposição É a coesão que se estabelece com base na sequência dos enunciados. marcada ou não com sequenciadores. vírgula. Assim. a seguir. São Paulo.Sequenciadores de Ordem: são os que assinalam a ordem dos assuntos numa exposição: primeiramente. O segundo indica a causa de a reforma política ser indispensável. 1992.O conector introduz um argumento que reforça o que foi dito antes. finalmente.) Do outro lado. 50 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . finalmente. os operadores discursivos não explicitados na superfície textual. à direita. . .Sequenciadores Temporais: são os indicadores de anterioridade. “A reforma política é indispensável. discorrerei sobre a vida dos soldados na frente de batalha. Sem a existência da fidelidade partidária. concomitância ou posterioridade: dois meses depois. etc. uma semana antes. uma ilustração do que foi afirmado antes: assim. em seguida. Estava alegre e cheio de planos para o futuro. etc. Assim. donde se desdobram até o pavimento bambolins de cassa finíssima.. na conversação principalmente.Explicação: há operadores que desencadeiam uma explicação. representando o amor e a castidade. fazendo um parêntese. dois-pontos. não há bases governamentais sólidas. elas não passarão de um amontoado injustificado.As empresas . Analisemos este exemplo: “As empresas que anunciaram que apoiariam a campanha de combate à fome que foi lançada pelo governo federal. É preciso ficar atento aos fenômenos de coesão. Quem escreveu o período começou a encadear orações subordinadas e “esqueceu-se” de terminar a principal. nestes dias.que foi lançada pelo governo federal (oração subordinada adjetiva restritiva da terceira oração).que apoiariam a campanha de combate à fome (oração subordinada substantiva objetiva direta da segunda oração) . Outra falha comum no que tange a coesão é a falta de partes indispensáveis da oração ou do período. (A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito. isto é. Como se vê. FAZ BEM Sérgio Magalhães.” Todas as frases são coesas. (TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV/2014) TEXTO 1 – BEM TRATADA. mesmo que aparentemente organizadas. é condição necessária. Lembremos: ele está interrelacionado com a moradia. 51 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Questões 01. pelo menos. a não ter o sentido desejado.) O transporte também esteve no centro dos protestos de junho de 2013. portanto. Observe-se que falta o predicado da primeira oração. mas não suficiente. para produzir um texto. esse conjunto não é um texto. Ela tem bairros muito pobres. mostrou o privilégio que os governos dão ao uso do carro e o desprezo ao transporte coletivo. Ainda nestes dias.” O período compõe-se de: . O Globo O arquiteto Jaime Lerner cunhou esta frase premonitória: “O carro é o cigarro do futuro. Apresentamos os principais e explicamos sua função. A coesão. . Quebras de coesão desse tipo são mais comuns em períodos longos. Mostramos que o uso inadequado dos conectores e a utilização inapropriada dos anafóricos ou catafóricos geram rupturas na coesão. a ONU reafirmou o compromisso desta geração com o futuro da humanidade e contra o aquecimento global – para o qual a emissão de CO2 do rodoviarismo é agente básico. Exemplo: “Vivo há muitos anos em São Paulo. O pronome “ela” recupera a palavra cidade. o emprego. em uma série de reportagens. Surpreendentemente.que anunciaram (oração subordinada adjetiva restritiva da primeira oração) . vinculando o terceiro ao segundo período. A cidade tem excelentes restaurantes. o lazer. houve entrevistado que opinou favoravelmente. No entanto. valorizando Los Angeles – um caso típico de cidade rodoviária e dispersa. não tem coerência. mesmo quando se elaboram períodos curtos é preciso cuidar para que sejam sintaticamente completos e para que suas partes estejam bem conectadas entre si. O hiperônimo cidade retoma o substantivo São Paulo. relacionando o quarto período ao terceiro. Para que um conjunto de frases constitua um texto. No entanto. o que leva o texto a não ter sentido ou. Este jornal. não faltam razões para o debate do tema. não basta que elas estejam coesas: se não tiverem unidade de sentido. O operador também realiza uma conjunção argumentativa. estabelecendo uma relação entre o segundo e o primeiro períodos. Também o Rio de Janeiro tem favelas.” Quem poderia imaginar a reversão cultural que se deu no consumo do tabaco? Talvez o automóvel não seja descartável tão facilmente. pois não apresenta unidade de sentido.A língua tem um grande número de conectores e sequenciadores. Muitos profissionais experimentados deixaram seus cargos.uol. O vírus encontrou ambiente propício para se propagar. Tom Frieden. como doenças coronárias e diabetes. (TJ/RJ – Analista Judiciário – FGV/2014) “A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. A agência passou a dar mais ênfase à luta contra enfermidades globais crônicas. Verdade que uma parcela das debilidades da OMS se explica por problemas financeiros. hoje de quase US$ 4 bilhões. as condições sanitárias e econômicas dos países afetados são as piores possíveis. Seus esforços iniciais foram limitados e mal liderados. (D) no qual advertia. sobretudo Estados Unidos. De outro. Tornou-se crucial estabelecer um comando central na África Ocidental. (B) quando adverte. Os cortes obrigaram a OMS a fazer escolhas difíceis. Ao contrário. com cerca de US$ 6 bilhões. Inglaterra e França. 02. (B) para se debater o tema.com. Pesa contra o órgão da ONU. com representantes dos países afetados.br/opiniao/2014/09/1512104-editorial-corrida-contra-o-ebola. (D) para debater-se o tema. a afirmar que a epidemia está fora de controle. de todo modo. a Organização Mundial da Saúde foi incapaz de mobilizar com celeridade um contingente expressivo de profissionais para atuar nessas localidades afetadas. respectivamente. cidade suíça sede da OMS. A oração em forma desenvolvida que substitui correta e adequadamente o gerúndio “advertindo” é: (A) com a advertência de. não faltam razões para o debate do tema. A comunidade internacional tem diante de si um desafio enorme. (Disponível em: http://www1. mas nada sugere que as medidas até agora adotadas para refrear o avanço da doença tenham sido eficazes.shtml: Acesso em: 08/09/2014) . (C) para que se debata o tema. Serra Leoa e Guiné. De um lado. que possuem antigos laços com Libéria. 03. O surto agora atingiu proporções tais que já não é mais possível enfrentá-lo de Genebra. A escalada levou o diretor do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA.“Como se vê. o CDC dos EUA contou. todo tempo perdido conta a favor da doença. A crise econômica mundial se fez sentir também nessa área. a forma correta e adequada seria: (A) para que se debatesse o tema. (E) para que o tema fosse debatido. a demora para reconhecer a gravidade da situação. (E) para advertir. Nessa batalha global contra o ebola.000 mortes atestam a força da enfermidade. Espera-se também maior comprometimento das potências mundiais.000 contaminações registradas neste ano ocorreram nas últimas três semanas. (PC/RJ – Papilocopista – IBF/2014) Texto III Corrida contra o ebola Já faz seis meses que o atual surto de ebola na África Ocidental despertou a atenção da comunidade internacional. (C) em que adverte. quase metade das cerca de 4. 52 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . e as mais de 2. e a organização perdeu quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual. somente no ano de 2013. Só 20% dos recursos da entidade vêm de contribuições compulsórias dos países-membros – o restante é formado por doações voluntárias. Para comparação. mas é ainda maior a necessidade de agir com rapidez.” Substituindo o termo sublinhado por uma oração desenvolvida. O departamento de respostas a epidemias e pandemias foi dissolvido e integrado a outros.folha. portanto. então é justo supor que a diferença mínima pode. a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787.Assinale a opção em que se indica. diz Ângela Rocha. (B) beneficiados. o que. (A) “quase US$ 1 bilhão de seu orçamento bianual” (5º§) – organização (B) “A agência passou a dar mais ênfase” (6º§) – OMS (C) “Pesa contra o órgão da ONU”(7º§) – OMS (D) “Seus esforços iniciais foram limitados” (7º§) – gravidade da situação (E) “A comunidade tem diante de si” (10º§) – comunidade internacional 04. 05. (www. A diferença entre eles. leve um capacete.istoe. “A maior diferença entre as notas de ingresso de cotistas e não cotistas foi observada no curso de economia”. próreitora da UFRJ. (D) dados do Sistema de Seleção Unificada e pontos. Se em uma disciplina tão concorrida quanto medicina um coeficiente de apenas 3% separa os privilegiados. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP-2014) Leia o texto para responder a questão. Merecem. competentes. em conformidade com a normapadrão da língua portuguesa. leve um capacete. (C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade. O pronome eles tem como referente: (A) candidatos convencionais e cotistas. portanto. perfeitamente. ser igualada ou superada no decorrer dos cursos. ficou próxima de 3%. As cotas raciais deram certo porque seus beneficiados são. sim. que frequentaram escolas públicas. que é o princípio de tudo. Para os cotistas.br) Para responder a questão. (B) Caso você vá pelos caminhos da verdade.67 pontos. IstoÉ entrevistou educadores e todos disseram que essa distância é mais do que razoável. . (C) dados do Sistema de Seleção Unificada.com. os resultados do último vestibular surpreenderam. não é significativo”. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP-2014) Leia os quadrinhos para responder a questão. Um enunciado possível em substituição à fala do terceiro quadrinho. uma das mais conceituadas do País. considere a passagem – A diferença entre eles. essa distância foi de 11%. é quase nada.56 pontos. dos negros e pobres. Na verdade. foi de 761. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo dados do Sistema de Seleção Unificada. é: (A) Se você ir pelos caminhos da verdade. No vestibular. INCORRETAMENTE. “Mesmo assim. que estudaram em colégios privados. sim. os cotistas estão só um pouco atrás. Depende só da disposição do aluno. lembra-se de levar um capacete. (E) pontos. estatisticamente. ficou próxima de 3%. 53 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . frequentar uma universidade pública e de qualidade. o referente do termo em destaque. Exa. Para os cotistas. (A) . (C) (A) Se você ir (for) pelos caminhos da verdade. De quem foram os esforços? Da ONU. foi de 761. Na letra "d" não apresenta conjunção.Pesa contra o órgão da ONU. Na letra "b" o verbo está no infinitivo o que caracteriza como oração reduzida.(D) Caso você se mantém nos caminhos da verdade. e a Sra. (C) Se você se mantiver nos caminhos da verdade. (C) . de todo modo. lembre de levar um capacete. Amadeu Participam a V. lembre de levar um capacete. 03.“A USP acaba de divulgar estudo advertindo que a poluição em São Paulo mata o dobro do que o trânsito”. a resposta certa é a letra "c". leve um capacete. Na letra "a" o verbo está num tempo diferente da frase.67 pontos" A DIFERENÇA ENTRE ELES é de 3%. (D) . EX: eu advirto. (D) Caso você se mantém (mantenha) nos caminhos da verdade. a demora para reconhecer a gravidade da situação. leva um capacete. (E) Ainda que você se mantêm nos caminhos da verdade. O feliz nascimento . pois estes formam limitados e mal liderados. ele adverte. Coerência Infância O camisolão O jarro O passarinho O oceano A vista na casa que a gente sentava no sofá Adolescência Aquele amor Nem me fale Maturidade O Sr. lembra-se (lembre-se) de levar um capacete. eles quem ? (os candidatos convencionais e os cotistas) que estão postos em relação a diferença de NOTA ."a nota de corte para os candidatos convencionais a vagas de medicina nas federais foi de 787. Na letra "c" a oração apresenta a conjunção "para que" que exprime finalidade e o verbo está conjugado no tempo correto da frase.As orações subordinadas desenvolvidas possuem conjunção e verbos conjugados em modos e tempos verbais. (D) Ainda que você se mantêm (mantenha) nos caminhos da verdade. (B) Caso você vá pelos caminhos da verdade. Na letra "e" o verbo está no particípio caracterizando oração reduzida. (C) . Logo. Seus esforços iniciais foram limitados e mal liderados. 05. o verbo advertir ficará no presente do indicativo. leve um capacete. 54 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . leva (leve) um capacete. Portanto. 02.56 pontos. Respostas 01. 04. Os verbos acabar e matar contidos na frase estão no presente do indicativo. tu advertes. 55 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . pela formalidade e pela responsabilidade indicadas pela participação formal do nascimento da filha. Esse fato. na verdade. configura um texto incoerente. Vieira (orgs). vemos três temas (direito de opção. lemos um texto incoerente. A primeira é caracterizada pelas descobertas (o oceano). da não-contradição entre as partes. Há no texto. apesar da falta de marcadores de coesão entre as partes? A explicação está no fato de que ele tem uma qualidade indispensável para a existência de um texto: a coerência. quer encadeando segmentos textuais. a coesão funciona apenas como um mecanismo auxiliar na produção da unidade de sentido. uma frase em que falta um nexo sintático. Colocar a participação formal do nascimento da filha. p. Campinas. costuma-se falar em vários níveis de coerência. produzindo um sentido global. Rio de Janeiro Civilização Brasileira. Abaurre e Y. Chegou a hora de me decidir! Tenho que escolher uma profissão para me realizar e ser independente financeiramente. A coerência é um fator de interpretabilidade do texto. comprova que um conjunto de enunciados pode formar um todo coerente mesmo sem a presença de elementos coesivos. os subtítulos “Infância”. a última. Nesses parágrafos. à luz do qual cada uma das partes ganha sentido. Quando esse sentido não pode ser alcançado por faltar relação de sentido entre as partes. a terceira. “Adolescência”. 1987. por exemplo. 4ª Ed. A. sob o título “Maturidade” dá a conotação da responsabilidade habitualmente associada ao indivíduo adulto e cria um sentido unitário. A primeira parte é uma sucessão de palavras. pela condescendência para com a traquinagem do neto (a quem cabe a vez de assumir a ação). a participação do nascimento de uma filha.De sua filha Gilberta Velhice O netinho jogou os óculos Na latrina Oswaldo de Andrade. e a quarta. portanto. que certamente a criança quebrara. A magia da mudança. a adolescência. que predomina o capitalismo. F. No poema acima. e. pois esta depende. da continuidade semântica. Talvez o que mais chame a atenção nesse poema. de que não se quer mais falar. por isso. isto é. Como se explica que sejamos capazes de entender esse poema em seus múltiplos sentidos. De repente vejo que não sou mais uma “criancinha” dependente do “papai”. a maturidade e a velhice. podemos imaginar que se trata de flashes de cada uma das quatro grandes fases da vida: a infância. Durigan. Uma ideia ajuda a compreender a outra. adolescência e escolha profissional. porém aparentemente desgarrada das demais. em síntese. 1974. as quatro estações. percebemos nele um sentido unitário. 160-161. B. a segunda é caracterizada por amores perdidos. mesmo sem a presença explícita de marcadores de relação entre as diferentes unidades linguísticas. . impede a apreensão do todo e. vários tipos de relação entre as partes que o compõem. das relações subjacentes ao texto. Esse texto. No país em que vivemos. A adolescência é uma fase tão difícil que todos enfrentam. “Maturidade” e “Velhice” garantem essa unidade. o passarinho que ela caçara) e por experiências marcantes (a visita que se percebia na sala apropriada e o camisolão que se usava para dormir). sobretudo se soubermos que o seu título é “As quatro gares”. ou seja. seja a ausência de elementos de coesão. 53. pois possibilita que todas as suas partes sejam englobadas num único significado que explique cada uma delas. ao menos à primeira vista. No entanto. Que é a unidade de sentido resultante da relação que se estabelece entre as partes do texto. M. Com essa informação. uma oração completa. prejudicando a continuidade semântica entre as partes. a terceira. Unicamp. o mais rico sempre é quem vence! Apud: J. por ações (o jarro. como outros do mesmo tipo. da coerência. p. quer retomando o que foi dito antes. Em outros termos. relações sociais sob o capitalismo) que mantêm relações muito tênues entre si. a segunda. Poesias reunidas. M. como este: A todo ser humano foi dado o direito de opção entre a mediocridade de uma vida que se acomoda e a grandeza de uma vida voltada para o aprimoramento intelectual. Não se pode ser surpreendido com o que já se esperava que acontecesse. que saiba e possa efetuá-la. Da mesma forma. 56 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . ele diz que se encostou a uma coluna e passou a observar as pessoas. estas precisam ser compatíveis umas com as outras. Edinho não teve dúvida sobre os motivos: __ Como a gente já esperava. candelabros. Seria estranho (para dizer o mínimo) que alguém. loiras. O repórter queria saber o que tinha acontecido. fomos surpreendidos pelo ataque do Guarani. o senhor é a favor ou contra o pagamento de pedágio para circular no centro da cidade? __ É preciso melhorar a vida dos habitantes das grandes cidades. A falta de relação entre o que se diz e o que foi dito anteriormente também constitui incoerência. Se o narrador diz que não podia enxergar nada. Dizer que muitos servidores públicos são marajás não permite concluir que qualquer um seja. Isso por respeito às leis da coerência narrativa. O candidato a governador é funcionário público. é necessário reabilitar as áreas que contam com abundante oferta de serviços públicos. incoerência narrativa o seguinte exemplo: o narrador conta que foi a uma festa onde todos fumavam e.” Ernâni Buchman. É o que se vê neste diálogo: “__ Vereador. é incoerente defender o respeito à lei e à Constituição Brasileira e ser favorável à execução de assaltantes no interior de prisões. de repente. In: Folha de Londrina. Coerência Argumentativa A coerência argumentativa diz respeito às relações de implicação ou de adequação entre premissas e conclusões ou entre afirmações e consequências. as conclusões não são adequadas às premissas. Em outros termos. num raciocínio como este: Há muitos servidores públicos no Brasil que são verdadeiros marajás. Para que o leitor possa perceber o tema que está sendo veiculado por uma série de figuras encadeadas. morenas. para que um sujeito realize uma ação. Muitas vezes. ao descrever um jantar oferecido no palácio do Itamarati a um governador estrangeiro. . a espessa fumaça impedia que se visse qualquer coisa. toalhas de renda. é preciso que ele tenha competência para tanto. por isso. porcelana finíssima.” Coerência Figurativa A coerência figurativa refere-se à compatibilidade das figuras que manifestam determinado tema. Constitui. O Paraná tinha tomado um balaio de gols do Guarani de Campinas. incluísse no percurso figurativo guardanapos de papel. A surpresa implica o inesperado. Não é possível alguém dizer que é a favor da pena de morte porque é contra tirar a vida de alguém.Coerência Narrativa A coerência narrativa consiste no respeito às implicações lógicas entre as partes do relato. se nega a competência para a realização de um desempenho qualquer. Observe outro exemplo: “Pior fez o quarto-zagueiro Edinho Baiano. Não há coerência. A degradação urbana atinge a todos nós e. é incoerente dizer que via as pessoas com tanta nitidez. que eram ruivas. flores. depois de falar de baixela de prata. por exemplo. do Paraná Clube. não se pode concluir nada com certeza baseado em duas premissas particulares. entrevistado por um repórter da Rádio Cidade. Por exemplo. esse desempenho não pode ocorrer. então. por conseguinte. alguns dias antes. Segundo uma lei da lógica formal. Portanto o candidato é um marajá. ou seja. sem mencionar nenhuma mudança dessa situação. por exemplo. temos duas espécies diversas de coerência: . depois. Francamente. achei uma sacanagem esta armação da Prefeitura: jogar mais um gasto nas costas da gente. . Então. o léxico usado no último período do texto destoa completamente do utilizado no período anterior. de 0.o conhecimento do mundo: o conjunto de dados referentes ao mundo físico. o enunciador dá a entender que seu pronunciamento está sendo feito de algum lugar distante do interior. Tanto sabemos que isso não é permitido que. uma incoerência figurativa extratextual. 57 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . por exemplo. à não-contradição entre os enunciados do texto.os mecanismos semânticos e gramaticais da língua: o conjunto dos conhecimentos sobre o código linguístico necessário à codificação de mensagens decodificáveis por outros usuários da mesma língua.6% para 1% do valor venal do imóvel exatamente para cobrir as despesas da municipalidade com os gastos de coleta e destinação dos resíduos sólidos produzidos pelos moradores de nossa cidade. Ocorre incoerência relacionada ao nível de linguagem quando. determina se um texto é ou não coerente? A natureza da coerência está relacionada a dois conceitos básicos de verdade: adequação à realidade e conformidade lógica entre os enunciados. Ninguém há de negar a incoerência de um texto como este: Saltou para a rua. no governo anterior. Em síntese. Observe um exemplo de incoerência nesse nível: “Tendo recebido a notificação para pagamento da chamada taxa do lixo. para expor-lhe minha inconformidade diante dessa medida. A exterioridade a que o conteúdo do texto deve ajustar-se pode ser: . Vimos que temos diferentes níveis de coerência: narrativa. está absolutamente sem sentido por inobservância de mecanismos desse tipo: . por exemplo.intratextual: aquela que diz respeito à compatibilidade.Coerência Temporal Por coerência temporal entende-se aquela que concerne à sucessão dos eventos e à compatibilidade dos enunciados do ponto de vista de sua localização no tempo. pois nosso conhecimento do mundo diz que homens não veem através das paredes. não é coerente usar “lá” e “aqui” para indicar o mesmo lugar. pois aqui já não suportava mais a mesmice e o tédio”. etc.extratextual: aquela que diz respeito à adequação entre o texto e uma “realidade” exterior a ele. à adequação. O texto seguinte. Exª. Em cada nível. Temos. Seria incoerente. condenado à morte”. senhora prefeita.” Como se vê. por exemplo. etc. Coerência Espacial A coerência espacial diz respeito à compatibilidade dos enunciados do ponto de vista da localização no espaço. o seguinte texto: “O filme ‘A Marvada Carne’ mostra a mudança sofrida por um homem que vivia lá no interior e encanta-se com a agitação e a diversidade da vida na capital. acrescentamos uma ressalva: com perdão da palavra. Dizendo lá no interior. figurativa. argumentativa. portanto ele não poderia usar o advérbio “aqui” para localizar “a mesmice” e “o tédio” que caracterizavam a vida interiorana da personagem. Coerência do Nível de Linguagem Utilizado A coerência do nível de linguagem utilizado é aquela que concerne à compatibilidade do léxico e das estruturas morfossintáticas com a variante escolhida numa dada situação de comunicação. Não se poderia. porque o IPTU foi aumentado. o enunciador utiliza um termo chulo ou pertencente à linguagem informal num texto caracterizado pela norma culta formal. alguém poderia objetivar que é preconceito considerá-los inadequados. que constitui o repertório com que se produzem e se entendem textos. . à cultura de um povo. ao conteúdo das ciências. justifica-se perguntar: o que. quando o fazemos. então. dizer: “O assassino foi executado na câmara de gás e. O período “O homem olhou através das paredes e viu onde os bandidos escondiam a vítima que havia sido sequestrada” é incoerente. ouso dirigir-me a V. afinal. abriu a janela do 5º andar e deixou um bilhete no parapeito explicando a razão de seu suicídio. em que há evidente violação da lei sucessivamente dos eventos. se me permitem dizer. Entretanto talvez nem todo mundo concorde que seja incoerente incluir guardanapos de papel no jantar do Itamarati descrito no item sobre coerência figurativa. E dois pastel (. O “Parmera” (.“Conscientizar alunos pré-sólidos ao ingresso de uma carreira universitária informações críticas a respeito da realidade profissional a ser optada.) 59. porque deixa implícitos certos enunciados que.) 30. Os dois primeiros itens de nosso exemplo referem-se a marcas linguísticas do falar paulistano. __ Era hoje que ele viria? .. Deve ser ciado novos métodos criativos nos ensinos de primeiro e segundo grau: estimulando o aluno a formação crítica de suas ideias as quais. o “Curíntia”. e todos convergem para um único significado: a celebração da capital do estado de São Paulo no seu aniversário.” Apud: J. para a palavra. a um verso da música “Sampa”. serão a praticidade cotidiana. a um prato que tornou conhecido o restaurante chamado Jardim de Napoli. e assim por diante. todo mundo estar usando cinto de segurança. o sexto e o sétimo.. Cruzar a Ipiranga com a av.A situação de comunicação: __A telefônica. A... O “Curíntia” (.. Todo mundo estar usando cinto de segurança (. a palavra. 58. a oração.. p. “Um chopps. para a oração. dentro dela. o polpettone do Jardim de Napoli. O polpettone do Jardim de Napoli (. cit... o último à obediência a uma lei que na época ainda não vigorava no resto do país.) 5. de Caetano Veloso. 58 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .. o quarto. o terceiro. o texto. para o período. . Durigan et alii.. Op.) O texto apresenta os traços culturais da cidade. no entanto. que eles fazem parte de um texto intitulado “100 motivos para gostar de São Paulo”. são perfeitamente compreendidos: __ O empregado da companhia telefônica que vinha consertar o telefone está aí. o período. para a sílaba. cruzar a Ipiranga com a Avenida São João. à maneira como os dois times mais populares da cidade são denominados na variante linguística popular.. Quando ficamos sabendo.. funciona como contexto a unidade linguística maior que ela: a sílaba é contexto para o fonema. o que aparentemente era caótico torna-se coerente: 100 motivos para gostar de São Paulo 1. __Era hoje? Esse diálogo não seria compreendido fora da situação de interlocução. Fatores de Coerência .) 43. dois pastel. Um chopps 2..O conhecimento de mundo: 31 de março / 1º de abril Dúvida Revolucionária .O contexto: para uma dada unidade linguística. São João (. Aptidões pessoais serão associadas a testes vocacionais sérios de maneira discursiva a analisar conceituações fundamentais. parece não haver nenhuma coerência na enumeração desses elementos.) 45. o “Parmera”.” À primeira vista. etc. Incoerência Proposital Existem textos em que há uma quebra proposital da coerência. se entendermos ideias verdes em sentido não literal. as duas datas colocadas no início do poema e o título remetem a um episódio da História do Brasil. mitos. tem força praticamente ilimitada. . mas é completamente coerente no mundo criado pelas histórias de super-heróis. constroem-se com base em outros e. é preciso saber que Alberto Caeiro é um dos heterônimos do poeta Fernando Pessoa. por isso. Nosso conhecimento de mundo não é restrito ao que efetivamente existe. esse texto é absurdo. o golpe militar de 1964.. na relação de intertextualidade. assim como existem outros que fazem da não coerência o próprio princípio constitutivo da produção de sentido.O intertexto: Falso diálogo entre Pessoa e Caeiro __ a chuva me deixa triste. para evitar relações entre o evento e o “dia da mentira”.” . contos maravilhosos. é preciso saber que o ortônimo (Fernando Pessoa ele mesmo) exprime suas emoções. a distâncias infinitas. Para compreendê-lo. mas poderão manifestarse a qualquer momento. com vistas a produzir determinado efeito de sentido.As regras do gênero: “O homem olhou através das paredes e viu onde os bandidos escondiam a vítima que havia sido sequestrada. nessa acepção. No entanto. __ a mim me deixa molhado. É o caso desse poema. o termo ideias não pode ser qualificado por adjetivos de cor. Poderia alguém perguntar. Assim. assim como o detalhe de que ele ocorreu no dia 1º de abril. tocar. mas sua comemoração foi mudada para 31 de março.O sentido não literal: “As verdes ideias incolores dormem. é preciso ter lido textos de Caeiro. o período pode ser lido da seguinte maneira: “As ideias ambientalistas sem atrativo estão latentes. quando ultrapassa essa velocidade. p 79. . falta coerência temporal a esse poema: o que significa “ontem foi hoje” ou “hoje é que foi ontem?”.: ele inclui também os mundos criados pela linguagem nos diferentes gêneros de texto. como concepções ambientalistas.. ficção científica. mas uma individualidade lírica distinta da do autor (o ortônimo).” Essa frase é incoerente no discurso cotidiano.. só ganham coerência nessa relação com o texto sobre o qual foram construídos. Por outro lado. ao mesmo tempo. Op. Muitos textos retomam outros. que sua posição é antimetafísica. pois. que não devemos interpretar a realidade pela inteligência. seus olhos de raios X permitem-lhe ver através de qualquer corpo. 59 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . regidos por outras lógicas. etc. então. em síntese. discurso religioso.Ontem foi hoje? Ou hoje é que foi ontem? Aparentemente. pois essa interpretação conduz a simples conceitos vazios. chamado Revolução de 1964. em que o Super-Homem. ou seja. mas poderão explodir a qualquer momento. No entanto. Sem . que heterônimo não é pseudônimo. o que é incoerente num determinado gênero não o é. não se podem atribuir ao mesmo ser. as qualidades verde e incolor. do tédio.” Tomando em seu sentido literal. se realmente existe texto incoerente. ao que se pode ver. José Paulo Paes. etc.. Cit. pode voar no espaço a uma velocidade igual à da luz. o verbo dormir deve ter como sujeito um substantivo animado. por exemplo. Esse fato deve fazer parte de nosso conhecimento de mundo. falando da solidão interior. vence a barreira do tempo e pode transferir-se para outras épocas. necessariamente. em outro. que para Caeiro o real é a exterioridade e não devemos acrescentar-lhe impressões subjetivas. etc. se aparece num texto uma figura incoerente uma única vez. São exemplos as obras de Lewis Carrol “Alice no país das maravilhas” e “Através do espelho”. para que o leitor perceba que ela faz parte de um programa intencionalmente direcionado para veicular determinado tema. aparecem figuras como pessoas comendo de boca aberta. 60 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . há cenas em que os respectivos protagonistas exibem comportamento incompatível com a ocasião. por sua ingenuidade e falta de traquejo social. mas o da vulgaridade dos novos-ricos. em que nenhuma musa seria tratada com tanta cerimônia e muito menos teria “cara”. Se. 1968. vai pensar que se trata de contradição devida a inabilidade. ao Romantismo. Dissemos também que há outros textos que fazem da inversão da realidade seu princípio constitutivo. do requinte.dúvida existe: é aquele em que a incoerência é produzida involuntariamente. p. num texto que mostra uma festa muito luxuosa. Reproduzimos um poema de Manuel Bandeira que contém mais de um exemplo do que foi abordado: Teresa A primeira vez que vi Teresa Achei que ela tinha pernas estúpidas Achei também que a cara parecia uma perna Quando vi Teresa de novo Achei que seus olhos eram muito mais velhos [que o resto do corpo (Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando [que o resto do corpo nascesse) Da terceira vez não vi mais nada Os céus se misturaram com a terra E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face [das águas. o enunciador certamente não está querendo manifestar o tema do luxo. por inabilidade. por exemplo. pois todo o enredo converge para que o espectador se solidarize com eles. Como as plantas que arrasta a correnteza. mostrar as aporias da lógica. que façamos uma leitura não literal. o leitor não pode ter certeza de que se trata de uma quebra de coerência proposital. o enunciador dissemina pistas no texto. com Tom Hanks) e “Um convidado bem trapalhão” (The party. no mínimo. Para ficar no exemplo da festa: em filmes como “Quero ser grande” (Big. Mas.. que tenhamos noção da crítica do Modernismo às escolas literárias precedentes. A valsa nos levou nos giros seus. 214. ostentando suas últimas aquisições. um fator de coerência. e não usada funcionalmente para construir certo sentido. Para percebermos a coerência desse texto. . confrontar a lógica do senso comum com outras. Aguilar. no caso. é preciso. Castro Alves Para identificarmos a relação de intertextualidade entre eles. criada pela disseminação proposital de elementos que pareceriam absurdos em outro contexto. falando em voz muito alta e em linguagem chula. da incoerência. 1986. com Peter Sellers). que nosso conhecimento de mundo inclua o poema: O Adeus de Teresa A primeira vez que fitei Teresa. mas não há incoerência nisso. que pretendem apresentar paradoxos de sentido. que percebamos sua lógica interna.. Poesias completas e prosa. Blake Edwards. subverter o princípio da realidade. descuido ou ignorância do enunciador. Rio de Janeiro. Quando se trata de incoerência proposital. dirigido por Penny Marshall em 1988. com vistas a criar determinado efeito de sentido. descuido ou ignorância do enunciador. a linha de entendimento do leitor. desenvolvimento e conclusão. Em um bom desenvolvimento as ideias devem ser claras e capazes de fazer com que o leitor anteceda a conclusão.7. ou seja. pois é nesta etapa que as ideias. 2.. é a maior parte contida no texto. argumentos e posicionamento do autor vão sendo formados e desenvolvidos com o intuito de dirigir a atenção do leitor para a conclusão. atribuído pelas ideias secundárias. Distanciamento do texto em relação à discussão inicial. 3. feita de maneira sintética de acordo com os objetivos do autor. Analisemos cada uma das partes separadamente: INTRODUÇÃO Apresentação direta e objetiva da ideia central do texto. assim. Paragrafação Os elementos essenciais para a composição de um texto são: introdução. constitui-se pela apresentação da ideia principal.. o parágrafo completo deve dispor de introdução..”.. desenvolvimento e conclusão. Na elaboração da conclusão deve-se evitar as construções padrões como: “Portanto. o parágrafo se caracteriza como um sutil recuo em relação à margem esquerda da folha. * Desenvolvimento – fundamenta-se na ampliação do tópico frasal. procurando arrematá-los.. conceitualmente. “Em conclusão. Parágrafo Esteticamente. Exemplo de um parágrafo bem estruturado (com introdução. CONCLUSÃO É o ponto de chegada de todas as argumentações elencadas no desenvolvimento.1. 61 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . “Concluindo. desenvolvimento e conclusão): . DESENVOLVIMENTO Estruturalmente. com vistas a reforçar e conferir credibilidade na discussão.”.”. . Concentrar-se em apenas um tópico do tema e esquecer os demais... O desenvolvimento estabelece uma relação entre a introdução e a conclusão. dificultando. Tecer muitas ideias ou informações e não conseguir organizá-las ou relacioná-las. Caracteriza-se por ser o parágrafo inicial. como já dissemos antes. Os três principais erros cometidos durante a elaboração do desenvolvimento são: 1. * Conclusão – caracteriza-se pela retomada da ideia central associando-a aos pressupostos mencionados no desenvolvimento. é o fechamento do texto e dos questionamentos propostos pelo autor. * Introdução – também denominada de tópico frasal. Discurso Direto “Longe do olhos. de princípio.(ideia-núcleo) A poluição que se verifica principalmente nas capitais do país é um problema relevante. Não leu. 26ª Ed. . (conclusão) Medidas que venham a excluir qualquer um desses três setores da sociedade tendem a ser inócuas no combate à poluição e apenas onerar as contas públicas. instalando filtro de controle dos gases e líquidos expelidos.Dar-se-á caso que. como melhor nome haja. O discurso direto é o expediente de citação do discurso alheio pela qual o narrador introduz o discurso do outro e.html 1. 43. Fonte: https://www. como quem passa a palavra a elas e as deixa falar. as personagens falam. O narrador introduz a fala das personagens.algosobre. (ideia secundária) O governo.Que eu namore? Interrompeu galhofeiramente o filho. e a população.Meu pai! Disse João Aguiar com um tom de ressentimento que fez pasmar o comendador. Meu pai!). insere na narrativa uma fala que não é de sua autoria. O comendador arrugou a testa e interrogou o roto mudo do filho. . e.com. São Paulo. anunciada por um verbo (disse e interrompeu no caso do filho e perguntou e começou a dizer no caso do pai) denominado “verbo de dizer” (como: recrutar. ou fazer valer as leis em vigor. para os cálculos conjunto-políticos ou políticos-conjugais. João Aguiar não respondeu. reproduz literalmente a fala dele. expõem ideias. disse João Aguiar com um tom de ressentimento que faz pasmar o comendador) e as falas. para cuja solução é necessária uma ação conjunta de toda a sociedade. começou a dizer comendador. o empresário pode dar sua contribuição. deve rever sua legislação de proteção ao meio ambiente.8. em seguida. conversam entre si. Vemos que as partes introdutórias pertencem ao narrador (por exemplo. Há três maneiras principais de reproduzir a fala das personagens: o discurso direto. Citação do Discurso Alheio Discurso Direto. . As marcas do discurso são: . depois. retorquir.” . utilizando menos o transporte individual e aderindo aos programas de rodízio de automóveis e caminhões. 62 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .Que é? Perguntou este. por exemplo. 2002. o discurso indireto e o discurso indireto livre. um pai e um filho. cita o discurso alheio. .. às personagens. Machado de Assis. Contos. como já ocorre em São Paulo. Ática. Indireto e Indireto Livre Num texto.A fala das personagens é.br/redacao/a-unidade-basica-do-texto-estrutura-do-paragrafo. mais adivinhou alguma coisa desastrosa.. entenda-se. Quando o narrador conta o que elas disseram. p... (por exemplo. desastrosa. o que a personagem diz. pronomes demonstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados em relação à pessoa da personagem. deve-se observar as frases que no discurso direto tem as formas interrogativas.As falas das personagens constituem oração subordinada substantiva objetiva direta do verbo de dizer e. usa o outro procedimento: não reproduz literalmente as palavras de Tavares. p.As falas das personagens também vêm introduzidas por um verbo de dizer. com suas palavras. As principais marcas do discurso indireto são: . Por essa razão. o “eu” passa a ele porque á alguém de quem o narrador fala.Os pronomes pessoais. ao momento em que ele fala e ao espaço em que está. . portanto.Eu estarei aqui amanhã. mas por via indireta. declarar e outros do mesmo tipo). e não ao presente da fala do personagem. “amanhã” é o dia seguinte ao que ele fala. A fala de Tavares não chega ao leitor diretamente. Discurso Indireto Observemos um fragmento do mesmo conto de Machado de Assis: “Um dia. no meio ou depois da fala das personagens (no nosso caso. ao momento em que ela fala diz “eu”.Os pronomes pessoais. 63 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . 48. o espaço em que ela se encontra é o aqui e o tempo em que fala é o agora. os tempos verbais e as palavras que indicam espaço e tempo (como pronomes demonstrativos e advérbios de lugar e de tempo) são usados em relação ao narrador. o personagem Pedro diz “eu”.A fala das personagens aparece nitidamente separada da fala do narrador. . por meio das palavras do narrador. em orações declarativas. como estarei. veio depois). são separadas da fala do narrador por uma partícula introdutória normalmente “que” ou “se”. no dia seguinte é o dia que vem após o momento da fala da personagem designada por ele. No discurso indireto. Ela me perguntou: quem está ai? Ela me perguntou quem estava lá. . que pode vir antes. Ibidem. isto é. .” Idem. traduz-se o significado que elas expressam. o “aqui” é o lugar em que a personagem está. lá é o espaço em que a personagem (e não o narrador) havia de estar.afirmar. exclamativa ou imperativa convertem-se. estaria é futuro do pretérito: é um tempo relacionado ao pretérito da fala do narrador (disse). . travessão ou vírgula. esse expediente é chamado discurso indireto. Passagem do Discurso Direto para o Discurso Indireto Pedro disse: . isto é. No discurso direto. mas comunica. os tempos verbais e as palavras que indicam espaço e tempo (por exemplo. Serafina recebeu uma carta de Tavares dizendo-lhe que não voltaria mais à casa de seu pai. Nesse caso o narrador para citar que Tavares disse a Serafina. por este lhe haver mostrado má cara nas últimas vezes que ele lá estivera. Na passagem do discurso direto para o indireto. As interjeições e os vocativos do discurso direto desaparecem no discurso indireto ou tem seu valor semântico explicitado. dois pontos. O papagaio disse admirado (explicitação do valor semântico da interjeição oh!) que ao longe vinha a raposa. no discurso indireto. por aspas. O papagaio disse: Oh! Lá vem a raposa. Se passarmos essa frase para o discurso indireto ficará assim: Pedro disse que estaria lá no dia seguinte. “te” passa a “me”: . Não se descobriu o erro. p. Joaquim disse: . Na oração devia haver engano. entregando o que era dele de mão beijada! Estava direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de alforria!” Graciliano Ramos. da fala da personagem (eu. Não se conformou: devia haver engano. Pedro disse lá em Paris: . duas vozes estão misturadas: a do narrador e a de Fabiano. Se o verbo de dizer estiver no pretérito perfeito. 136. ele é convertido num “lá”.Se o discurso citado (fala da personagem) comporta um “eu” ou um “tu” que não se encontram entre as pessoas do discurso citante (fala do narrador). eles são convertidos num “ele”. Com certeza havia um erro no papel do branco. o mais comum é o que o verbo de dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito. . mas a mulher tinha miolo. pretérito ou futuro do presente. São Paulo.Aqui eu me sinto bem.. 1971.Comprei tudo isso. Não se tem dúvida de que no período inicial está traduzida a fala do narrador. Discurso Indireto Livre “(. não .Compro tudo isso.Joaquim disse que compraria tudo isso. . como de costume. já começa haver uma mistura de vozes: sob o ponto de vista das marcas gramaticais. até não se conformou (início do segundo parágrafo). Eu (pessoa do discurso citado que não se encontra no discurso citante) converte-se em ele. aqui (espaço do discurso citado que é diferente do lugar em que foi proferido o discurso citante) transformase em lá: . A bem verdade. Reclamou e obteve a explicação habitual: a diferença era proveniente de juros. Joaquim disse: . sim senhor. mas ao fechar o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória. Não há indicadores que delimitem muito bem onde começa a fala do narrador e onde se inicia a da personagem.Joaquim disse que comprava tudo isso.Joaquim disse que comprara tudo isso. Se a pessoa do discurso citado.. Vidas secas. Nesse texto. os tempos mantêm-se na passagem do discurso direto para o indireto. 28ª Ed.) No dia seguinte Fabiano voltou à cidade.Maria declarou-me que me amava. tu. ela ocupa o estatuto que tem nesse último.Pedro disse que lá ele se sentia bem. O “te” do discurso citado corresponde ao “me” do citante. Quando o verbo de dizer estiver no presente e o da fala da personagem estiver no presente. se o discurso citado contém um “aqui” não corresponde ao lugar em que foi proferido o discurso citante. isto é. Passar a vida inteira assim no toco. Ele era bruto. as alterações que ocorrerão na fala da personagem são as seguintes: Discurso Direto – Presente – Pretérito Perfeito – Futuro do Presente – Discurso Indireto Pretérito Imperfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro do Pretérito Joaquim disse: . diferiam das do patrão. 64 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . . via-se perfeitamente que era bruto. é a voz do narrador que está comandando a narrativa. Martins. ele) tem um correspondente no discurso citante.Comprarei tudo isso. No que se refere aos tempos. Maria declarou-me: .Eu te amo. e Fabiano perdeu os estribos. Por isso. Isso porque o leitor ou ouvinte tem a impressão de que quem cita preservou a integridade do discurso citado. Para perceber melhor o que é o discurso indireto livre. sim senhor e a mulher tinha miolo. portanto. ocorre no pretérito imperfeito. . cuja fala é transcrita em discurso direto pelo narrador: Um velho brônzeo apontou. Com certeza havia um erro no papel do branco.To precisando de uns dinheirinho e duns gênor. do exemplo acima.” Pelo conteúdo de verdade é pelo modo de dizer. Tomemos agora esse trecho: “Ele era bruto. o verbo estar.Sô sim sinhô! .Não há verbos de dizer anunciando as falas das personagens. Depois eu vendo o arroiz pra ele mermo. . as palavras indicadoras de espaço e de tempo são usadas da mesma forma que no discurso indireto. Até a repetição de palavras e certa entonação presumivelmente exclamativa confirmam essa inferência. bem como interjeições e outros elementos expressivos.Discurso Direto Fabiano perguntou: . tá encanando bem. . via-se perfeitamente que era bruto. tudo nos induz a vislumbrar aí a voz de Fabiano ecoando por meio do discurso do narrador. com a mesma carga de subjetividade.De desgraças. imperativas e exclamativas. à janela aberta o azul. porém. como no discurso indireto.Está direito isto? . sob o ponto de vista do significado.Cheio de doenças? . Elesbão? . É como se o narrador. orações interrogativas. de dificuldades? . como o discurso direto. . Depois Indagou: . sem abandonar as marcas linguísticas próprias de sua fala. sim senhor.Sua bênção. É como se ouvisse a pessoa citada com suas próprias palavras e.Sim sinhô.Discurso Indireto Livre Estava direito aquilo? . um farmacêutico e um agricultor. O sinhô pode me arranjá com Nhô Salim.O que você eu Elesbão? . As características do discurso indireto livre são: . que a voz de Fabiano é que esteja sendo citada.Os pronomes pessoais e demonstrativos.Você é sério. Da mesma forma o pronome demonstrativo ocorre na forma aquilo. Por isso. por exemplo. em farrapos. Funções dos diferentes modos de citar o discurso do outro O discurso direto cria um efeito de sentido de verdade.há nenhuma pista para se concluir. e não no presente (está). 65 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . que se use variante linguística da personagem como forma de fornecer pistas para caracterizá-la.. .. .Sim sinhô. Sirva de exemplo o trecho que segue um diálogo entre personagens do meio rural. confrontemos uma frase do texto com a correspondente em discurso direito e indireto: . Elesbão? . o que ele reproduziu é autêntico. O farmacêutico riu com um tímpano desmesurado.Discurso Indireto Fabiano perguntou se aquilo estava direito Essa forma de citação do discurso alheio tem características próprias que são tanto do discurso direto quanto do indireto. Essa modalidade de citação permite. a cuja linguagem pertencem expressões do tipo bruto. Preciso de uns mantimento pra coiêta. pode-se pensar numa reclamação atribuída a ele.O discurso indireto livre contém. como no discurso direto. Você é o Brasil. .Como vai.Estas não são introduzidas por partículas como “que” e “se” nem separadas por sinais de pontuação..De dores. .. mas a mulher tinha miolo. Meu arroizinho tá bão. estivesse incorporando as reclamações e suspeitas da personagem. ou seja. 2ª Ed.Quanto é que você deve pro Nhô Salim? . Laranja-da-china.Discurso Indireto que analisa a expressão: serve para destacar mais o modo de dizer do que o que se diz.Discurso Indireto que analisa o conteúdo: elimina os elementos emocionais ou afetivos presentes no discurso direto. rejeitá-las ou acolhê-las. assim. política. Edusp. nele o narrador revela somente o conteúdo do discurso da personagem. quando se expõe as opiniões dos outros com finalidade de criticá-las. Itatiaia/ São Paulo.) Mais depressa não podia andar. No segundo exemplo. eu não devia trair Amaro. . Em ambos os casos.. assim como as interrogações. as aspas são utilizadas para dar destaque a certas formas de dizer típicas das personagens citadas e para mostrar o modo como o narrador as interpreta. p. O crime do Padre Amaro. O discurso indireto livre fica a meio caminho da subjetividade e da objetividade. Esse tipo de discurso indireto despersonaliza discurso citado em nome de uma objetividade analítica. “porque era o papá de seu Carlinhos” contem uma expressão da personagem Amélia e mostra certa dose de ironia e malícia do narrador. .). fez corar os sessenta e quatro anos do bom velho (. Quanto ao discurso indireto. as palavras típicas do vocabulário da personagem citada. Em síntese. 314. querendo denunciar a forma deselegante com que fora atendida por um representante de uma empresa. Veja-se este exemplo. No exemplo de Eça de Queirós. por isso produz um efeito de sentido de objetividade analítica. 66 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . as palavras ou expressões ressaltadas aparecem entre aspas. . Civilização Brasileira. Marco Zero. se eu não estivesse satisfeito. etc. desejos. o narrador. Por exemplo. Garoar.. etc. tenha dito o seguinte: A certa altura.. E disse-o ao abade.Um tiquinho. 7-8. as aspas destacam a insatisfação do narrador com a deselegância e o desprezo do funcionário para com os clientes. a sua maneira de pronunciá-las. que fosse reclamar “para o bispo” e que ele já não estava “nem aí” com “tipinhos” como eu. dá verossimilhança a um texto que pretende manifestar pensamentos. Porto. 1974. nesse caso. Oswaldo de Andrade. pode ser de dois tipos e cada um deles cria um efeito de sentido diverso. Iria é para casa. valendose do discurso indireto livre.. uma manhã. falando de outro modo.descobrira de repente.. a impressão de que o narrador analisa o discurso citado de maneira racional e isenta de envolvimento emocional. Belo Horizonte. 184. Agora que era difícil queria. 1ª Ed. a vida interior de uma personagem. Não iria procurar. Decidiu. I. Veja-se como. In: Novelas Paulistanas. Se não encontrasse paciência. aproximando-a do leitor sem a marca da sua intermediação..d. científica. 1998.. s. abrindo caminho para a réplica e o comentário.. Com efeito. O discurso indireto. enfim. demonstra um envolvimento tal do narrador com a personagem. Tem muitas funções. Por isso é a forma preferida nos textos de natureza filosófica. De Eça de Queirós: . “porque era papá do seu Carlinhos”. vol. ele me respondeu que. p. Lello e Irmão. p. simulando estar contaminado por ele: (.. Iria indo no caminho da Lapa. Imagine-se ainda que uma pessoa. por exemplo. que as vozes de ambos se misturam como se eles fossem um só ou. Afinal de contas era mesmo um trouxa. Rio de Janeiro. Mas ali o nevoeiro já não era tanto felizmente. Cria. leva o leitor a partilhar do constrangimento da personagem. Nesse caso. garoava sempre. Se encontrasse a mulher bem. como se o narrador tivesse vestido completamente a máscara da personagem. neste trecho: “O tímido José”. exclamações ou formas imperativas. Quando podia não quis. não se interessa pela individualidade do falante no modo como ele diz as coisas. e não o modo como ela diz. de Antônio de Alcântara Machado. Com isso estabelece uma distância entre sua posição e a da personagem. aspas ou dois pontos. Tipo de discurso misto no qual são associadas as características de dois discursos para a produção de outro. A personagem fala misturada à narração.Questões 01. 3. Ocorre quando o narrador utiliza as próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem. Sobre o discurso indireto é correto afirmar.discurso indireto livre . (D) narração . mais o verbo de elocução seguido da fala da personagem. 67 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Nele a fala da personagem é inserida de maneira discreta no discurso do narrador. novamente nos descampados. 1. "Impossível dar cabo daquela praga. achou-se isolado. de aves que iam comê-lo. Esse discurso é chamado: (A) discurso indireto livre . (B) O narrador é o porta-voz das falas e dos pensamentos das personagens. transportando o baú de folha. fazendo ______________ da situação a personagem. (C) 1.discurso indireto . a força da ____________ em _____________ provém essencialmente de sua capacidade de _____________ o episódio. 03. (B) narração . EXCETO: (A) No discurso indireto.discurso onisciente . o narrador utiliza suas próprias palavras para reproduzir a fala de um personagem. As falas são iniciadas com o sujeito. Assinale a alternativa que melhor complete o seguinte trecho: No plano expressivo. 04. 2 e 1. Estirou os olhos pela campina.imergir . as falas vêm acompanhadas por um verbo de elocução." O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impressão de que não há diferença entre eles. é demarcado pelo uso de travessão. Reprodução fiel da fala da personagem. 2.humanizar . Coitada de Sinhá Vitória. à maneira de uma cena de teatro __________ o narrador desempenha a mera função de indicador de falas. Faça a associação entre os tipos de discurso e assinale a sequência correta. Nesse tipo de discurso. Sozinho num mundo coberto de penas. 02.dinamizar . (C) Normalmente é escrito na terceira pessoa. (B) 2. Pensou na mulher e suspirou. através de suas próprias palavras.atualizar . (D) 3.protagonizar .discurso direto e indireto .demonstrar-se – donde.vivificar .em que.emergir .ressurgir – onde. (A) narração . (D) No discurso indireto as personagens são conhecidas através de seu próprio discurso.discurso direto . (C) narração . responsável por indicar a fala da personagem.na qual. 1 e 2. tornando-a viva para o ouvinte.enfatizar . (E) dissertação . 2 e 3.em que. ( ) discurso indireto ( ) discurso indireto livre ( ) discurso direto (A) 3. 3 e 1. ou seja. Esses craques são referência de alto nível em sua especialidade esportiva. 26/12/1990.(B) discurso direto (C) discurso indireto (D) discurso implícito (E) discurso explícito Respostas 01. enquanto deixam outras implícitas. Ademir da Guia. Informações Implícitas Informações Explícitas e Implícitas Texto: “Neto ainda está longe de se igualar a qualquer um desses craques (Rivelino. devemos utilizar o travessão e os chamados verbos de elocução. 1.Existe a possibilidade de Neto um dia aproximar-se dos craques citados. . p. Não diz também com explicitude que há oposição entre Neto e os outros jogadores. . mas a inclusão do advérbio ainda estabelece esse implícito. 15.Há uma oposição entre Neto e esses craques no que diz respeito ao tempo disponível para evoluir.). em que se associam as características do discurso direto e do indireto. 02. . . Resposta A O discurso indireto livre é um tipo de discurso misto.Neto tem muito tempo de carreira pela frente.” Veja São Paulo.9.. Resposta C 03. O texto deixa implícito que: . Todos os textos transmitem explicitamente certas informações. Resposta B 04. Ademir da Guia.. Por exemplo. A escolha do conector “mas” entre a segunda e a primeira oração só é possível levando em conta esse dado implícito. Para construirmos um discurso direto. Pedro Rocha e Pelé são craques.Neto não tem o mesmo nível desses craques. ou verbos dicendi. Leitura proficiente é aquela capaz de depreender tanto um tipo de significado quanto o . Resposta D Apenas no discurso direto as personagens ganham voz. Esse texto diz explicitamente que: . Como se vê. 68 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .Rivelino. sob o ponto de vista de contar com tempo para evoluir. Pedro Rocha e Pelé). o texto acima não explicita que existe a possibilidade de Neto se equiparar aos quatro futebolistas. mas ainda tem um longo caminho a trilhar (. há mais significados num texto do que aqueles que aparecem explícitos na sua superfície. outro, o que, em outras palavras, significa ler nas entrelinhas. Sem essa habilidade, o leitor passará por cima de significados importantes ou, o que é bem pior, concordará com ideias e pontos de vista que rejeitaria se os percebesse. Os significados implícitos costumam ser classificados em duas categorias: os pressupostos e os subentendidos. Pressupostos: são ideias implícitas que estão implicadas logicamente no sentido de certas palavras ou expressões explicitadas na superfície da frase. Exemplo: “André tornou-se um antitabagista convicto.” A informação explícita é que hoje André é um antitabagista convicto. Do sentido do verbo tornar-se, que significa "vir a ser", decorre logicamente que antes André não era antitabagista convicto. Essa informação está pressuposta. Ninguém se torna algo que já era antes. Seria muito estranho dizer que a palmeira tornou-se um vegetal. “Eu ainda não conheço a Europa.” A informação explícita é que o enunciador não tem conhecimento do continente europeu. O advérbio ainda deixa pressuposta a possibilidade de ele um dia conhecê-la. As informações explícitas podem ser questionadas pelo receptor, que pode ou não concordar com elas. Os pressupostos, porém, devem ser verdadeiros ou, pelo menos, admitidos como tais, porque esta é uma condição para garantir a continuidade do diálogo e também para fornecer fundamento às afirmações explícitas. Isso significa que, se o pressuposto é falso, a informação explícita não tem cabimento. Assim, por exemplo, se Maria não falta nunca a aula nenhuma, não tem o menor sentido dizer “Até Maria compareceu à aula de hoje”. Até estabelece o pressuposto da inclusão de um elemento inesperado. Na leitura, é muito importante detectar os pressupostos, pois eles são um recurso argumentativo que visa a levar o receptor a aceitar a orientação argumentativa do emissor. Ao introduzir uma ideia sob a forma de pressuposto, o enunciador pretende transformar seu interlocutor em cúmplice, pois a ideia implícita não é posta em discussão, e todos os argumentos explícitos só contribuem para confirmá-la. O pressusposto aprisiona o receptor no sistema de pensamento montado pelo enunciador. A demonstração disso pode ser feita com as “verdades incontestáveis” que estão na base de muitos discursos políticos, como o que segue: “Quando o curso do rio São Francisco for mudado, será resolvido o problema da seca no Nordeste.” O enunciador estabelece o pressuposto de que é certa a mudança do curso do São Francisco e, por consequência, a solução do problema da seca no Nordeste. O diálogo não teria continuidade se um interlocutor não admitisse ou colocasse sob suspeita essa certeza. Em outros termos, haveria quebra da continuidade do diálogo se alguém interviesse com uma pergunta deste tipo: “Mas quem disse que é certa a mudança do curso do rio?” A aceitação do pressuposto estabelecido pelo emissor permite levar adiante o debate; sua negação compromete o diálogo, uma vez que destrói a base sobre a qual se constrói a argumentação, e daí nenhum argumento tem mais importância ou razão de ser. Com pressupostos distintos, o diálogo não é possível ou não tem sentido. A mesma pergunta, feita para pessoas diferentes, pode ser embaraçosa ou não, dependendo do que está pressuposto em cada situação. Para alguém que não faz segredo sobre a mudança de emprego, não causa o menor embaraço uma pergunta como esta: “Como vai você no seu novo emprego?” O efeito da mesma pergunta seria catastrófico se ela se dirigisse a uma pessoa que conseguiu um segundo emprego e quer manter sigilo até decidir se abandona o anterior. O adjetivo novo estabelece o pressuposto de que o interrogado tem um emprego diferente do anterior. . 69 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Marcadores de Pressupostos - Adjetivos ou palavras similares modificadoras do substantivo Julinha foi minha primeira filha. “Primeira” pressupõe que tenho outras filhas e que as outras nasceram depois de Julinha. Destruíram a outra igreja do povoado. “Outra” pressupõe a existência de pelo menos uma igreja além da usada como referência. - Certos verbos Renato continua doente. O verbo “continua” indica que Renato já estava doente no momento anterior ao presente. Nossos dicionários já aportuguesaram a palavrea copydesk. O verbo “aportuguesar” estabelece o pressuposto de que copidesque não existia em português. - Certos advérbios A produção automobilística brasileira está totalmente nas mãos das multinacionais. O advérbio totalmente pressupõe que não há no Brasil indústria automobilística nacional. - Você conferiu o resultado da loteria? - Hoje não. A negação precedida de um advérbio de tempo de âmbito limitado estabelece o pressuposto de que apenas nesse intervalo (hoje) é que o interrogado não praticou o ato de conferir o resultado da loteria. - Orações adjetivas Os brasileiros, que não se importam com a coletividade, só se preocupam com seu bem-estar e, por isso, jogam lixo na rua, fecham os cruzamentos, etc. O pressuposto é que “todos” os brasileiros não se importam com a coletividade. Os brasileiros que não se importam com a coletividade só se preocupam com seu bem-estar e, por isso, jogam lixo na rua, fecham os cruzamentos, etc. Nesse caso, o pressuposto é outro: “alguns” brasileiros não se importam com a coletividade. No primeiro caso, a oração é explicativa; no segundo, é restritiva. As explicativas pressupõem que o que elas expressam se refere à totalidade dos elementos de um conjunto; as restritivas, que o que elas dizem concerne apenas a parte dos elementos de um conjunto. O produtor do texto escreverá uma restritiva ou uma explicativa segundo o pressuposto que quiser comunicar. Subentendidos: são insinuações contidas em uma frase ou um grupo de frases. Suponhamos que uma pessoa estivesse em visita à casa de outra num dia de frio glacial e que uma janela, por onde entravam rajadas de vento, estivesse aberta. Se o visitante dissesse “Que frio terrível”, poderia estar insinuando que a janela deveria ser fechada. Há uma diferença capital entre o pressuposto e o subentendido. O primeiro é uma informação estabelecida como indiscutível tanto para o emissor quanto para o receptor, uma vez que decorre necessariamente do sentido de algum elemento linguístico colocado na frase. Ele pode ser negado, mas o emissor coloca-o implicitamente para que não o seja. Já o subentendido é de responsabilidade do receptor. O emissor pode esconder-se atrás do sentido literal das palavras e negar que tenha dito o que o receptor depreendeu de suas palavras. Assim, no exemplo dado acima, se o dono da casa disser que é muito pouco higiênico fechar todas as janelas, o visitante pode dizer que também acha e que apenas constatou a intensidade do frio. O subentendido serve, muitas vezes, para o emissor proteger-se, para transmitir a informação que deseja dar a conhecer sem se comprometer. Imaginemos, por exemplo, que um funcionário recém-promovido numa empresa ouvisse de um colega o seguinte: . 70 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES “Competência e mérito continuam não valendo nada como critério de promoção nesta empresa...” Esse comentário talvez suscitasse esta suspeita: “Você está querendo dizer que eu não merecia a promoção?” Ora, o funcionário preterido, tendo recorrido a um subentendido, poderia responder: “Absolutamente! Estou falando em termos gerais.” 1.10 Linguagem Denotativa e Linguagem Conotativa Denotação e Conotação Esses dois conceitos têm sido definidos por oposição mútua. Denotação é o componente do significado da palavra que nos remete àquilo que ela representa, sem levar em conta impressões motivadas por circunstâncias ocasionais. Nesse sentido, entende-se por denotação apenas o conjunto de traços semânticos estáveis da palavra, aqueles que servem para indicar dominantemente a que objeto ou noção a palavra nos remete. A Conotação resulta dos traços semânticos ocasionais que se superpõem ao significado denotativo por causa, sobretudo de impressões provocadas por motivação social ou razões de natureza subjetiva. As palavras sinônimas são o melhor exemplo para salientar a diferença entre denotação e conotação. No plano da denotação, os sinônimos são praticamente iguais, já que nos remetem aos mesmos dados de realidade ou às mesmas noções; no plano conotativo, porém, os sinônimos podem distinguir-se por diferenças marcantes, pois provocam impressões adicionais muito nítidas. Tomemos, por exemplo, as palavras “inexperiente” e “otário”, que os dicionários registram como sinônimos. No âmbito da denotação podem ter significados aproximados: ambas indicam a característica de um indivíduo que não tem malícia, que é inocente. Sob o ponto de vista da conotação, porém, há diferenças marcantes entre os dois significados: otário tem uma conotação muito mais depreciativa que um simples inexperiente. Leva-nos a criar a imagem de uma pessoa idiota, de um bobalhão que se deixa enganar por qualquer um, sem nenhuma competência para reagir contra a exploração dos outros. Do que se disse sobre conotação e denotação depreende-se que a escolha acertada da palavra deve levar em conta não apenas o significado denotativo, mas também o conotativo. Exemplos: “O racionamento de energia, para felicidade do país, foi uma medida peremptória do governo, não para toda a vida.” A escolha da palavra peremptória não está adequada ao contexto. Peremptória é sinônimo de categórico, decisivo, determinante. Nesse caso, o significado denotativo da palavra não é compatível com a noção que se quer transmitir. O redator pensou uma coisa e escreveu outra. Talvez ache que . 71 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES peremptório seja sinônimo de passageiro, momentâneo, provisório. Isso se dá com pessoas que se arriscam a usar palavras que não fazem parte do seu repertório. “Com delicadeza e muita sensibilidade, o professor fez a seguinte solicitação: os alunos mais ignorantes terão aula de recuperação.” Nesse caso, a palavra mal escolhida é, sem dúvida, ignorantes, e a má escolha, no caso, não se deve ao significado denotativo. Afinal, ignorante é aquele que ignora, que desconhece algo. Os alunos que devem ser chamados para uma recuperação são os que conhecem menos as lições. Mas ignorantes tem conotação muito negativa, causa impressão de desacato ao outro, é ofensiva. Nesses casos, apela-se para palavras ou expressões polidas, menos agressivas, tais como: os alunos com mais dificuldade, mais defasados com a matéria. Para entender melhor esses importantes elementos da linguagem, observe as tirinhas: Hagar, o Horrível. Criação de Chris Browne. É comum encontrarmos nas tirinhas recursos expressivos da linguagem, como a conotação Calvin e Haroldo, criação de Bill Watterson. O uso da conotação confere o efeito de humor da tirinha No terceiro quadrinho da primeira tirinha, é possível notar um diálogo interessante entre os amigos Hagar e Eddie Sortudo. A pergunta metafórica feita por Hagar ganhou uma resposta inesperada, visto que seu amigo não compreendeu o sentido conotativo empregado em sua linguagem. A resposta “Você está aqui porque o dono do bar deixa você pendurar a conta até o fim do mês” também utiliza uma linguagem figurativa, pois “pendurar a conta” quer dizer, na verdade, consumir e protelar o pagamento, certo? Na tirinha de Calvin e Haroldo, também encontramos uma expressão empregada em seu sentido metafórico: Quando o valentão Moe diz para Calvin que ele “vai comer asfalto”, não esperamos que a ameaça seja cumprida ao pé da letra, mas sabemos que o sentido dado à expressão é negativo. Moe usou o sentido figurado para dizer que Calvin vai passar por “maus pedaços” no quinto ano. Pois bem, temos aí bons exemplos de denotação e conotação. Pois bem, a denotação e a conotação dizem respeito às variações de significado que ocorrem no signo linguístico — elemento que representa o significado e o significante. Em outras palavras, podemos dizer que nem sempre os vocábulos apresentam apenas um significado, podendo apresentar uma variedade deles de acordo com o contexto em que são empregados. Observe o exemplo: . 72 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Os donos soltaram os cachorros para que eles pudessem passear na fazenda. Eles soltaram os cachorros quando perceberam que foram enganados! Você diria que a expressão “soltaram os cachorros” foi empregada com a mesma intenção nas duas orações? Na primeira, a expressão “soltaram os cachorros” foi utilizada em seu sentido literal, isto é, no sentido denotativo, pois de fato os animais foram liberados para passear. E na segunda oração? Qual sentido você atribuiu à expressão “soltaram os cachorros”? Provavelmente você percebeu que ela foi empregada em seu sentido conotativo, pois naquele contexto representou que alguém ficou bravo e acabou se exaltando, perdendo a paciência. Geralmente, a conotação é empregada em uma linguagem específica, que não tenha compromisso em ser objetiva ou literal. Ela é muito encontrada na literatura, que utiliza diversos recursos expressivos para realçar um elaborado trabalho com a linguagem. Nos textos informativos, por exemplo, a conotação dá lugar à denotação, pois a informação deve ser transmitida da maneira mais clara possível, para assim evitar interpretações equivocadas e o efeito de ambiguidade. Sintetizando: Conotação: Sentido mais geral que se pode atribuir a um termo abstrato, além da significação própria. Sentido figurado, metafórico. Denotação: Significado de uma palavra ou expressão mais próximo do seu sentido literal. Sentido real, denotativo. Fonte: http://www.portugues.com.br/gramatica/denotacao-conotacao-.html (Adaptado) 2. Conhecimento Linguístico. 2.1. Variação Linguística “Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; se um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor da idade; se uma matrona autoritária ou uma dedicada; se um mercador errante ou um lavrador de pequeno campo fértil (...)” Todas as pessoas que falam uma determinada língua conhecem as estruturas gerais, básicas, de funcionamento podem sofrer variações devido à influência de inúmeros fatores. Tais variações, que às vezes são pouco perceptíveis e outras vezes bastante evidentes, recebem o nome genérico de variedades ou variações linguísticas. Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por todos os seus falantes em todos os lugares e em qualquer situação. Sabe-se que, numa mesma língua, há formas distintas para traduzir o mesmo significado dentro de um mesmo contexto. Suponham-se, por exemplo, os dois enunciados a seguir: Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele faz tempo. Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há anos. . 73 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES 74 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .a ausência da preposição adequada antes do pronome relativo em função de complemento verbal: são pessoas que (em vez de: de que) eu gosto muito. tive muita dó dela (muito dó). recurso muito característico da linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em vez de humaníssimo). estrupo. faróu. típicos de pessoas de baixa condição social. porva (pólvora). É o que os teóricos chamam de variações linguísticas. pastéu. este é o melhor filme que (em vez de a que) eu assisti. nada houve entre tu (em vez de ti) e ele. que o segundo é de uma pessoa mais “estudada”. Variações Sintáticas Dizem respeito às correlações entre as palavras da frase. se ele ver (vir) o recado.a omissão do “s” como marca de plural de substantivos e adjetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as amiga. mistura do cal (da cal).a queda de sons no início de palavras: ocê. mas não são desprezíveis. Entre esses casos. por exemplo. todas elas formas típicas de pessoas de baixa condição social.a queda do “r” final dos verbos. . Se eu estava (estivesse) lá. preguntar. . Variações Morfológicas São as que ocorrem nas formas constituintes da palavra. paster. os caso mais comum. não são tantas as diferenças entre uma variante e outra. mas também que há diferenças. hoje frequentes na fala caipira. Os exemplos de variação fônica são abundantes e. um carro hiperpossante (em vez de possantíssimo).a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos regulares: ele interviu (interveio). Pode dizer. muito comum na linguagem oral no português: falá. cê. .A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maioria das regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do Rio Grande do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na linguagem caipira): quintau. a saber: fônico. como no da morfologia. constituem os domínios em que se percebe com mais nitidez a diferença entre uma variante e outra. as pessoas têm noção de que existem muitas maneiras de falar a mesma língua. No domínio da sintaxe.uso de substantivos masculinos como femininos ou vice-versa: duzentas gramas de presunto (duzentos). . você é a pessoa que (em vez de em que) eu mais confio. formas comuns na linguagem clássica. quintal. . ao lado do vocabulário. as noite fria. . Como exemplo. a champanha (o champanha). As variações que distinguem uma variante de outra se manifestam em quatro planos distintos. Não é possível que ele esforçou (tenha se esforçado) mais que eu. vendê.deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato. quando ele repor (repuser). . podemos citar: .o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu me alembro. as diferenças entre as variantes não são tão numerosas quanto as de natureza fônica. sintático e lexical. ainda que intuitivamente e sem saber dar grandes explicações. cardeneta. pastel. quintar. não irão sem você e eu (em vez de mim). margoso (amargoso). se ele manter (mantiver). o pássaro avoa. eu lhe (em vez de “o”) vi ontem. Nesse domínio. . uma prova hiperdifícil (em vez de dificílima). .Qualquer falante do português reconhecerá que os dois enunciados pertencem ao seu idioma e têm o mesmo sentido. Como exemplos. marelo (amarelo). . ta.a conjugação de verbos regulares pelo modelo de irregulares: vareia (varia). . tava. farór. características na linguagem oral coloquial. . farol.a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis (Petrópolis). podemos citar: . curti (em vez de curtir). fórfi (fósforo). Isso é prova de que. os livro indicado.o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe (em vez de “o”) convidei. podemos citar: . compô.em vez do sufixo -íssimo para criar o superlativo de adjetivos.o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Espero que o Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas últimas eleições. morfológico.o uso do prefixo hiper. não deixava acontecer. negoceia (negocia). Variações Fônicas São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons constituintes da palavra. .o uso de pronomes do caso reto com outra função que não a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o) na rua. No jargão jornalístico chama-se de gralha. outros exemplos extraídos da tecnologia moderna são mixar (fazer a combinação de sons). maior difícil. . um bobalhão era chamado de coió ou bocó. Eis alguns. tão surpreendentes.a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pronome “que” no início da frase mais a combinação da preposição “de” com o pronome “ele” (=dele): É um amigo que eu já conhecia a família dele (em vez de cuja família eu já conhecia). onde se apresenta sucintamente o assunto ou se destaca o fato essencial. o rapaz chamava a namorada de broto (hoje se diz gatinha ou forma semelhante). Do francês. sic (“assim.. No jargão médico temos uso tópico (para remédios que não devem ser ingeridos). o jornalismo. que ainda não foram aportuguesadas.a mistura de tratamento entre tu e você. tête-à-tête (palestra particular entre duas pessoas). em vez de refrigerante usava-se gasosa. jingle (mensagem publicitária em forma de música). Faltou naquela semana muitos alunos. na década de 60. A palavra lide é o nome que se dá à abertura de uma notícia ou reportagem. As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight (compreensão repentina de algo. Trata-se de palavras recém-criadas. . data venia (“com sua permissão”). Comentou-se os episódios. mais livremente. capacidade de percepção). “tenhas o corpo” ou. a engenharia. sem concorrer a prêmios). muitas das quais mal ou nem entraram para os dicionários. às vezes. denunciam uma linguagem já ultrapassada e envelhecida. ipso facto (“pelo próprio fato de”. apneia (interrupção da respiração). menu (cardápio). “estejas em liberdade”). características da linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior legal. camisola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de suéter. “impreciso”). Variações Léxicas É o conjunto de palavras de uma língua. As variantes do plano do léxico. briefing (conjunto de informações básicas). robotizar. Quando o furo se revela falso. robotização. Nesse caso. uma percepção súbita). Fala baixo que a sua (em vez de tua) voz me irrita.Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso e. Quando o lide é muito prolixo. printar. à la carte (cardápio “à escolha do freguês”). camiseta. “com as mesmas letras”). grosso modo (“de modo grosseiro”. . de qualidade excelente. ipsis litteris (textualmente. era supimpa. são muito numerosas e caracterizam com nitidez uma variante em confronto com outra. a publicidade. foi uma barriga. Designações das Variantes Lexicais: . 75 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . esprit de corps (“espírito de corpo”. deletar. pastel ou caco o erro tipográfico como a troca ou inversão de uma letra. Entre os jornalistas é comum o uso do verbo repercutir como transitivo direto: __ Vá lá repercutir a notícia de renúncia! (esse uso é considerado errado pela gramática normativa). por isso. tais como: habeas-corpus (literalmente.a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito para formar o grau superlativo dos adjetivos. é chamado de nariz-de-cera. . A moderna linguagem da computação tem vários exemplos. corporativismo). mas há ocorrências: hors-concours (“fora de concurso”. É o caso de reclame. em Portugal chamam de bicha. . . que eu quero falar com você (em vez de contigo).as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas e. physique du rôle (aparência adequada à caracterização de um personagem). em vez de anúncio publicitário. entre múltiplos exemplos possíveis de citar: . sobretudo da linguagem jurídica. algo muito bom. como está escrito”). na linguagem antiga. há muitas expressões latinas. AVC ou acidente vascular cerebral (derrame cerebral). como escanear. Em Portugal chamam de cueca aquilo que no Brasil chamamos de calcinha.Neologismo: é o contrário do arcaísmo. o que chamamos de fila no Brasil. café da manhã em Portugal se diz pequeno almoço. médico era designado pelo nome físico. Furo é notícia dada em primeira mão. “por isso mesmo”).ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles chegou tarde (em grupos de baixa extração social). Esse amigo é um carinha maior esforçado. sobretudo quando se trata de verbos no imperativo: Entra. feeling (“sensibilidade”. preservando a forma de origem. hoje são poucos os estrangeirismos que ainda não se aportuguesaram. . e um homem bonito era um pão. como as do plano fônico.Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras emprestadas de outra língua. que têm sido objeto de piada de lado a lado do Oceano.Jargão: é o vocabulário típico de um campo profissional como a medicina. malha. o uso de um léxico vulgar. com pessoas de um nível cultural mais elevado e. assim. conúbio (em vez de casamento). associamos à frase 1 os falantes pertencentes a grupos sociais economicamente mais pobres. afetado: Escoimar (em vez de corrigir). secreção do nariz). além de ocorrer na pronúncia. A lista de gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado (no sentido de afetado por algum prejuízo ou má-sorte). quando muito. capaz de dar conta de todas as diferenças que caracterizam os múltiplos modos de falar dentro de uma comunidade linguística. que a diferenciação feita acima está bastante simplificada. Da comparação entre as frases 1 e 2. feder (em vez de cheirar mal). Por exemplo. troça).Sócio-Cultural: Esse tipo de variação pode ser percebido com certa facilidade. Por outro lado. ou seja. muitas vezes. ao mesmo tempo. A elas damos o nome de variações sócio-culturais. jamais usaria a expressão “tá na cara”. . A variação geográfica. que é o conjunto das qualidades fisiológicas do som (altura. por isso é uma variante cujas marcas se notam principalmente na pronúncia. não frequentaram nem a escola primária. são os seguintes: . no entanto. sobretudo quando falam de atividades proibidas. arruinou-se). discrepar (em vez de discordar). fracassar. num tribunal de júri. para o interesse do concurso público. prejudicar-se irremediavelmente).” (frase 1) Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? Vamos caracterizá-la. rasteiro. procrastinar (em vez de adiar). ter um contato mais duradouro com a escola. de saco cheio (em vez de aborrecido). sotaque nordestino. mas isso não significa que ele não possa usá-la numa situação informal (conversando com alguns amigos. em vez de atuarem isoladamente. com a leitura. fizeramno em condições não adequadas.Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico excessivamente erudito. a frase 2 é mais comum aos falantes que tiveram possibilidades sócio-econômicas melhores e puderam. bicha (homossexual masculino). podemos concluir que as condições sociais influem no modo de falar dos indivíduos. ou. bastante grande e pode ser facilmente notada. obsceno. muitas vezes.” (frase 2) Sem dúvida. Ela se caracteriza pelo acento linguístico. pessoa). levar um lero (conversar). sotaque gaúcho etc. dessa forma. por exemplo. ir pro brejo (ser malsucedido. Ao conjunto das características da pronúncia de uma determinada região dá-se o nome de sotaque: sotaque mineiro. As variações mais importantes. de grupos jovens e de segmentos sociais de contestação.Vulgarismo: é o contrário do preciosismo.Gíria: é o vocabulário especial de um grupo que não deseja ser entendido por outros grupos ou que pretende marcar sua identidade por meio da linguagem. Existe a gíria de grupos marginalizados. no Brasil. cara ou cabra (indivíduo. grosseiro. se superpõem. por exemplo. É o caso de quem diz. certas variações na maneira de usar uma mesma língua. 76 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . por isso. pode também ser percebida no vocabulário. Pessoas que. muito raro. se ferrou (em vez de se deu mal. por exemplo). obnubilar (em vez de obscurecer ou embaçar). ranho (em vez de muco. intensidade). cinesíforo (em vez de motorista). O principal problema é que os critérios adotados. uma vez que há diversos outros fatores que interferem na maneira como o falante escolhe as palavras e constrói as frases. Por exemplo. gerando. em certas estruturas de frases e nos sentidos diferentes que algumas palavras podem assumir em diferentes regiões do país. “aperfeiçoaram” o seu modo de utilização da língua. alguém diz a seguinte frase: “Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão. . Convém ficar claro.. . . Tipos de Variação Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para as variantes linguísticas um sistema de classificação que seja simples e. pela sua profissão: um advogado? Um trabalhador braçal de construção civil? Um médico? Um garimpeiro? Um repórter de televisão? E quem usaria a frase abaixo? “Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os ladrões. a situação de uso da língua: um advogado. timbre.Geográfica: é. chufa (em vez de caçoada. meio em tom de brincadeira. o som pop. O malote. as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e prendadas. Não faço. de noite... o Incra. a motoneta. imutáveis. o mass media. a biônica. 77 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . (. Já fui gente.. e os cristãos não morriam: descansavam. porque não paga a pena. o telex. Verdade seja que às vezes os meninos eram mesmo encapetados. umas teteias. não.. e até em calças pardas. Texto I Antigamente Antigamente. os sobrados tinham assombrações. mostra como a língua vai mudando com o tempo. De primeiro. a Oea. em cemitério. a grafia e o sentido delas.Histórica: as línguas não são estáticas. E cuidado ao conversar com seu avô. o copião. ele fala das palavras de antigamente e. o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. E se levantam tábua. Só? Não. a coca-cola. A maioria delas não figura nos dicionários de há trinta anos.) Embora sem saber da missa a metade. a chacrete. Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de Andrade. em geral dezoito. a renda per capita. talvez ele não entenda o que você diz. não admira que dessem com os burros n’agua. foras d’hora. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem. Para ganhar aposta. o Ibope. Mas tudo isso era antigamente. Agora. Muda a forma de falar. e a ONU. depois da janta. a apartheid. a Vemaguet. o escritor. a Adecif. (. o linóleo. não: verdadeiros cromos. A todo momento impõe-se tornar conhecimento de novas palavras e combinações. a Sudene. mas retratistas.). como exemplo de variação geográfica. Não fazia anos. . o módulo lunar. A pessoa cheia de melindres ficava sentida com a desfeita que lhe faziam quando. o cassete.Leia.. Os janotas. gosta de se comparecer. Elas se alteram com o passar do tempo e com o uso. o bandeirinha. o biquíni. estou percurando é sossego. o nylon. chupando balas de alteia.. as algias... fala das palavras de hoje. asthma os gatos. em que Guimarães Rosa. o antibiótico. esses iam ao animatógrafo. isso sim!. bortinas a capa de goma (.” .. faziam o quilo... os presunçosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário. por exemplo. o ditafone.. __ Há-de-o!. lombrigas. e também tomava cautela de não apanhar sereno. já fui.) Os mais idosos. os homens portavam ceroulas. a homeostasia. No texto I. a Unesco.. os quais.. completavam primaveras. a dublagem. isto é. Neles.) Antigamente. (. Não havia fotógrafos. gosta de fazer bonito. a descapitalização. o acrílico. o ta legal... Era natural que com eles se perdesse a tramontana.. os mísseis. o superego. o spray. Amanhã. no texto II.. o servomecanismo. se metiam em camisas de onze varas. o fuscão. Não deixe passar nenhuma palavra ou locução atual. o unissex. Quando a gente é novo. de pouco siso. ou figura com outras acepções.. doutora. o sinteco. a informática. Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo.. (. no conto “São Marcos”. a Futurologia. Essas alterações recebem o nome de variações históricas. atrás da igreja.. as estruturas e a infraestrutura. o Isop. a Transamazônica. o enfarte. pelo seu ouvido. não faço. o desenvolvimento. mas ficavam longos meses debaixo do balaio.. abusar e arrastar mala. os anticoncepcionais. e com isso punham a mão em cumbuca.. Você que me lê. Existiam em 1940? Ponha aí o computador. o nycron. recria a fala de um típico sertanejo do centro-norte de Minas: “__ Mas você tem medo dele. As meninas. sem registrá-la. o trecho abaixo. mesmo não sendo rapagões. Ou sonhavam em andar de aeroplano. a acupuntura. e mais tarde ao cinematógrafo. os meninos. arrastando a asa. Hoje. Os mais jovens. fixas. faziam-lhes pé-de-alferes. [de um feiticeiro chamado Mangolô!]. chegavam a pitar escondido.). insinuavam que seu filho era artioso.. a Velo-Solex. pode precisar dela. saindo para tomar a fresca. Texto II Entre Palavras Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras – circulamos. a mixagem. preste atenção. quando eu era moço. mudam as palavras. variações de estilo e são classificadas em duas grandes divisões: .. Um modo de falar compatível com determinada situação é incompatível com outra: Ô mano. que servem invariavelmente de uma linguagem formal. não tem cabimento se o interlocutor é o professor em situação de aula. o grau de intimidade entre os falantes (com um superior. sendo. o grau de comprometimento que a fala implica para o falante (num depoimento para um juiz no fórum escolhem-se as palavras. a IBM.. vivemos. engarrafamento.. o conglomerado. defasagem... que ele não sabe vincular a realidade nenhuma de seu idioma.. finalmente. mas com que significado? (Carlos Drummond de Andrade. São muitos os fatores de situação que interferem na fala de um indivíduo. nóis ficamo até duas hora da manhã ele me explicando toda a matéria de economia. de aspectos teóricos. que é adequado a um diálogo em situação informal..De Situação: aquelas que são provocadas pelas alterações das circunstâncias em que se desenrola o ato de comunicação. Rio de Janeiro. Viagens pelo crediário. 1988) . ele perde a noção do todo.. Eu não sei tem dia. com um colega de mesmo nível. letra imobiliária. Circuito fechado de TV Rodoviária.Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de reflexão sobre o que se diz. A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. Detran. em geral. o idioleto.. Para exemplificar o estilo formal. isto é válido também para a faculdade de letras. o ambiente físico em que se dá um diálogo (num templo não se usa a mesma linguagem que numa sauna). na GV.. 78 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . o falou. Fundos de investimento. o zoom. vela de ignição. carnet da girafa.. conservacionismo. poluição. Algumas coisas começam a aparecer sob Getúlio Vargas.. Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pequeno trecho da gravação de uma conversa telefônica entre duas universitárias paulistanas de classe média. Olhe aí na fila – quem? Embreagem. Knon-how... As variações de acordo com a situação costumam ser chamadas de níveis de fala ou. Poesia e prosa. depende do meu estado de espírito. As reticências indicam as pausas. Está aí.. transcrito do livro de Dinah Callou. deixam muito a desejar. simplesmente.. considerados excessivamente formais ou afetados. né? há uma série. ou mesmo.. é outra). eis um trecho da gravação de uma aula de português de uma professora universitária do Rio de Janeiro. Entre palavras circulamos. na hora de serem empregados. Barbeador elétrico de noventa microrranhuras... de Washington Luís. para consumo geral. Argh! Pow! Click! Não havia nada disso no Jornal do tempo de Venceslau Brás. das nove da noite. É na linguagem oral íntima e familiar que esse estilo melhor se manifesta. As pausas são marcadas com reticências.. por isso mesmo. que o grau de formalidade é mais tenso.. É na linguagem escrita. e a guitarra elétrica. Nova Aguiar. não há preocupação com a pronúncia nem com a continuidade das ideias.... Como se pode notar.. lê?! Um menino lá que faiz pós-graduação na. as operações triangulares. Alimentos super congelados. ou seja. LP e compacto. porque não citei a conotação. a diagramação.Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala com despreocupação e espontaneidade. Outro dia eu fui lê um artigo.Estão reclamando. de Fernando Tarallo. a linguagem é uma. Fenolite. poliéster. Esse modo de dizer. em que o grau de reflexão sobre o que se diz é mínimo. tais como o tema sobre o qual ele discorre (em princípio ninguém fala da morte ou de suas crenças religiosas como falaria de um jogo de futebol ou de uma briga que tenha presenciado). o que está ocorrendo com nossos alunos é uma fragmentação do ensino. Baquelite. Hoje estão ali na esquina. o ICM. .. ou seja. na vida de todos os dias. e fica com uma série. o ideologema. . filhotes de bonificação... A linguagem falada culta na cidade do Rio de Janeiro. isolados.. mais ta assim. e daí? Também os de incentivos fiscais. que têm nomes bonitos e sofisticados. num relato de uma conquista amorosa para um colega fala-se com menos preocupação). ta difícil de te entendê. barra tensora. excetuados alguns falantes da linguagem culta. tem dia que minha voz. bem como o estado de atenção e vigilância. sabe? taquara rachada? Fica assim aquela voz baixa. um único indivíduo não fala de maneira uniforme em todas as circunstâncias. Assim. morremos. ele me.. e palavras somos.. nem com a escolha das palavras.. transcrito do livro Tempos Linguísticos... mas que. de conceitos teóricos. o pronome todo/toda vale como qualquer. a expressão que vale como totalidade. com sentido determinado: Marcelo tem dois amigos: Rui é alto e lindo. o rio Amazonas. não há o grau de formalidade e planejamento típico do texto escrito. denota familiaridade: “A grande reforma do ensino superior é a reforma do ensino fundamental e do médio.” (A.com nome de cidade se vier qualificada: Fomos à histórica Ouro Preto. oceano. Sem o artigo. (Qualquer cidade) .com o superlativo relativo: Mariane escolheu as mais lindas flores da floricultura.antes dos nomes das quatro estações do ano: Depois da primavera vem o verão. 79 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . rio. Toda cidade será enfeitada para as comemorações de aniversário. / Conheço o Canadá mas não conheço Brasília. . Lima) Usa-se o artigo definido: .depois de todos/todas + numeral + substantivo: Todos os vinte atletas participarão do campeonato. .Nota-se que. a Suíça. trata de um ser já conhecido. uma..com toda a/todo o. uns. . dá ao substantivo valor vago: “. com uma taquara na mão.com expressões de peso e medida: O álcool custa um real o litro. determinando-o ou generalizando-o. a Argentina. as. Classes de Palavras: usos e adequações Artigo Artigo é a palavra que acompanha o substantivo. Toda cidade será enfeitada para as comemorações de aniversário. pais. (=cada litro) .com a palavra ambos: falou-nos que ambos os culpados foram punidos.. umas. . o Pará.2.foi chegando um caboclinho magro.com nomes próprios geográficos de estado. mas trata-se de um estilo bem mais formal e vigiado que o da menina ao telefone. os. estes. . a Bahia. por tratar-se de exposição oral. Os artigos podem ser: Definidos: o. montanha. . lago: o Brasil. determinam os substantivos. indicando-lhe o gênero e o número. inteira. a.com a palavra outro.” (Veja – maio de 2005) Indefinidos: um. . 2. trata-se de um ser desconhecido. o outro é atlético e simpático. o oceano Pacífico. uma) anteposto a qualquer palavra transforma-a em substantivo. Mas: Todos os três irmãos eu vi nascer.para comparar alguém com um personagem célebre: Luís August é um Rui Barbosa. porção. suficiente: Não há suficiente espaço para todos. como Espanha.antes de nomes de meses: O campeonato aconteceu em maio de 2002.” (Para a frente: exige a preposição) Formas combinadas do artigo definido: Preposição + o = ao / de + o.com adjetivos como: escasso.antes do pronome possessivo: Sua / A sua incompetência é irritante. Usa-se o artigo indefinido: . visitou a bela Veneza. ensinar: Estudo Inglês e Cristiane estuda Francês. uma = num. com valor intensivo: Rafaela é uma meiguice só. . cursar.antes de nomes próprios de pessoas: Você já visitou Luciana / a Luciana? . O ato literário é o conjunto do ler e do escrever. a = do. principalmente quando regidos de preposição.com substantivo que denota espécie: Cão que ladra não morde. . (O substantivo está claro) .antes de pronomes de tratamento iniciados por possessivos: Vossa Excelência. todos quatro. .para indicar aproximação numérica: Nicole devia ter uns oito anos / Não o vejo há uns meses. Itália podem ser construídos sem o artigo. tudo vai ser diferente.” Mas: Sônia Salim. . Inglaterra. Vossa Alteza. numa. duma. .antes de palavras que designam matéria de estudo. Mas: O campeonato aconteceu no inesquecível maio de 2002. pela. na / por + o.” .antes de todos / todas + numeral: Eles são. França.alguns nomes de países. . empregadas com os verbos: aprender. da / em + o.antes dos nomes de partes do corpo ou de objetos em pares: Usava umas calças largas e umas botas longas. a. “Viveu muito tempo em Espanha. Vossa Senhoria. . O uso do artigo é facultativo: . a = no. quantidade: Reservou para todos boa parte do lucro. Vossa Majestade. dum.“Daqui para a frente. Formas combinadas do artigo indefinido: Preposição de e em + um. parte. gente.Não se usa o artigo definido: . minha amiga. .em linguagem coloquial. estudar. O artigo indefinido não é usado: . . O artigo (o.em expressões de quantidade: pessoa. Vossa Alteza estará presente ao debate? “Nosso Senhor tinha o olhar em pranto / Chorava Nossa Senhora. a = pelo. excessivo. um. 80 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . amigos de João Luís e Laurinha.” / “Pelas estradas líricas de França. em Nova York. dos outros e deles mesmo.com/colunas-e-blogs/Flavia-Yuri-Oshima/noti. É leve. (B) Tinha. É digno de menção. dia 1º de setembro. Ele não tem relação com ser extrovertido e não obriga ninguém a dar risadas. dizia que o bom humor é a única característica divina que o homem possui. (D) Não havia um só homem corajoso naquela guerra. é tão admirável conhecer pessoas que fazem do bom humor um jeito de encarar a vida. 81 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Morreu segunda-feira. http://epoca. criativo e bem humorado. A gentileza e o bom humor de Giovana sempre foram um ponto fora da curva entre as dezenas de estudantes de comunicação chatonildos da faculdade . mas ela o venceu. vibrava. Não é preciso mencionar o quanto estar em volta de pessoas bem humoradas faz bem para o espírito. que pode ser preservada na adversidade e nos ânimos mais soturnos. O bom humor está disponível a todos e em qualquer situação. Giovanna tinha 36 anos. Não é o caso desses dois. 02. as pessoas são tão frágeis. com seu bom humor até o fm. a partida de uma amiga querida e de um ídolo me fizeram pensar no bom humor esta semana. . uns dezoito anos. Mas o bom humor é uma entidade independente. Mesmo que você não goste de seu estilo. Por isso. respectivamente. elegante.globo. Lutava contra um câncer na cabeça há dois.cia/2014/09/o-fascinio-do-bbom-humorb. dia 31 de agosto. A morte tem o poder de dar salvo conduto até para os mais insuportáveis. é difícil não esboçar um sorriso ao ver o resultado do seu trabalho. Sérgio conseguiu espalhar pelo mundo seu bom ânimo nas peças que criou.html Em “Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos. O alemão Arthur Schopenhauer. Giovana e a medicina não tinham mais recursos para combater aquela coisa que crescia em seu cérebro. (EBSERH – TÉCNICO EM CONTABILIDADE – AOCP/2015). Mas o bom humor de ambos os tornava parecidos. para ter bom humor. da maneira que pôde. A obra de Sérgio Rodrigues fala por si. Era um ídolo para mim. independentemente de como ela se apresente. Não é preciso ser otimista. Acho que cultivar o bom humor em situações extremas é uma forma de vitória. O filósofo francês Émile-Auguste Chartier escreveu que o bom humor é um ato de generosidade: dá mais do que recebe. e tem também casas e brinquedos entre suas obras. O fascínio do bom humor O que a obra de Sérgio Rodrigues nos ensina sobre bem viver FLÁVIA YURI OSHIMA O bom humor talvez seja um dos mais democráticos estados de espírito. estamos todos no mesmo barco. para que ter de carregar ainda esse espírito rabugento? A vida é tão curta. nem mesmo ouvir boas notícias. sem estranhamento. Em que alternativa o termo grifado indica aproximação: (A) Ao visitar uma cidade desconhecida. Ele não exige fatos nem um ponto de vista determinado para existir. seus olhos brilhavam. (C) Ao aproximar de uma garota bonita. compenetrado. Passariam por avô e neta ou pai e filha. Era jornalista. Sérgio Rodrigues tem peças nos acervos do Museu de Arte Moderna. Perdeu a luta contra um câncer de próstata. Já tenho tantos pepinos. Sérgio Rodrigues tinha 87 anos. conhecido como o mais pessimista dos filósofos.". nos museus de Estocolmo. perpetuando-o. na Suécia. Claro que coisas boas e um estado de espírito positivo são terreno fértil para ele. de que adianta tanto mau humor? Falar é mais fácil que fazer. os termos destacados são. Discordo dele. Quem é vivo e circula entre humanos sabe disso. na época. para que o peso de ter de aguentar meu próprio mau humor? Estou tão cansada. Pode residir num espírito sereno. Era minha amiga. é uma espécie de carinho consigo mesmo. Ela nos deixou no domingo. Acho que os bem humorados recebem tanto quanto dão. Talvez até chova. outros que não. na Bavária (Alemanha). (E) Uns diziam que ela sabia tudo. Para mim. Junto com o espanto e a saudade. Era arquiteto e design. É tido como o mestre do design mobiliário. que ganham qualidades variadas depois da partida.Questões 01. O céu ficou mais leve com a chegada dos dois. e de Munique.me incluo entre eles. Os dois não se conheciam. o chocolate amargo ajuda a diminuir a pressão arterial de pessoas que sofrem de hipertensão. o consumo sem excessos do alimento diminui em 37% o risco de doenças cardíacas e em 29% as chances de acidente vascular cerebral (AVC). em comparação com o restante os participantes. as mais numerosas são. Em 2012. artigo e preposição. foram as que apresentaram. . reduzam o acúmulo de gordura no corpo e. (B) preposição. (A) artigo. (D) pronome e artigo.”. 82 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . O cinismo é o mal de muitas pessoas (A) Numeral. em média. (C) Artigo. embora consumissem mais calorias em um dia. respectivamente. 520 ou 45 miligramas por dia. Além disso. Parte da redução das chances de doenças cardíacas proporcionada pelo chocolate pode ser explicada pelo fato de ele. Segundo os autores do estudo. aquelas que comiam chocolate com maior frequência. por exemplo. na verdade. evitar o surgimento de fatores de risco ao coração. das 1.globo. (C) preposição e artigo. Ao final desse período. aquelas que associam o alimento a benefícios ao coração. De acordo com pesquisa australiana publicada em 2010 no periódico BMC Medicine. (D) Verbo. um índice de massa corporal (IMC) menor. 04. podendo ser de 990. um estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego. por exemplo. além de melhores resultados em testes que avaliaram o raciocínio. 90 idosos com mais de 70 anos que já apresentavam sinais de comprometimento cognitivo passaram dois meses consumindo diariamente uma bebida que misturava leite a um achocolatado com alto teor de cacau. (Adaptado de http://epoca.html) Em “. os pesquisadores avaliaram os idosos e descobriram que aqueles que consumiram quantidades alta e média do achocolatado. (UFC – TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO – INSTITUTO AOCP/2014) Três motivos pelos quais você deve comer chocolate Entre as pesquisas que apontam para efeitos positivos do consumo do chocolate. quebrou o mito de que chocolate engorda e ainda concluiu. pode ser que as calorias no chocolate sejam ‘neutras’ — ou seja. também são associados a benefícios ao coração — desde que aliados a uma dieta saudável. (E) preposição e pronome.(A) artigo e pronome. na Itália.000 pessoas que participaram da pesquisa. (COMLURB – IBFC/2014) Assinale a alternativa correta que indica a classificação da palavra grifada. que o alimento pode. ajudar uma pessoa a emagrecer.. apresentaram uma melhora nos reflexos. nos Estados Unidos. assim.. (C) artigo. compostos presentes no cacau que. surpreendentemente. 03. o chocolate amargo ajuda a diminuir a pressão arterial de pessoas que sofrem de hipertensão. A quantidade do achocolatado variava de acordo com o participante. é possível diminuir o risco de eventos cardiovasculares comendo chocolate amargo (com pelo menos 60% de cacau) todos os dias. mediu o quão benéfico o chocolate pode ser ao coração: segundo o estudo. feito na Universidade de Cambridge e divulgado em 2011. Os autores do estudo atribuíram tais benefícios aos flavonoides.com/colunas-e-blogs/isabel-clemente/ noticia/2014/03/geracao-de-bpais-avosb. na capacidade de realizar mais de uma atividade ao mesmo tempo. como hipertensão ou colesterol alto. que pequenas quantidades do alimento beneficiem o metabolismo. Em uma pesquisa realizada em 2012 na Universidade de Áquila. Outro trabalho. Isso porque. compensem as calorias consumidas. entre outros efeitos positivos. preposição e artigo. na memória verbal e na de trabalho (ou a curto prazo). de longe. artigo e preposição. (B) Adjetivo. Segundo um estudo publicado no ano passado no British Medical Journal (BMJ). os pesquisadores acreditam que as propriedades antioxidantes do chocolate estejam por trás dos efeitos positivos demonstrados pelo trabalho. Essa relação aconteceu principalmente quando o indivíduo consumia chocolate amargo. os termos destacados são. antes disso. (B) artigo e preposição. 83 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Os pesquisadores chegaram a essa conclusão após criarem um sistema computacional capaz de analisar o genoma de uma planta e dar informações sobre os metabólitos. joga-se fora o que boiar. Respostas 01. (E) artigo. [. (D) numeral.. Resposta A O – artigo definido / antecede o substantivo “humor” OS – pronome / retoma o substantivo “ambos” 03. Observe o excerto e classifique morfologicamente as quatro palavras em destaque. (E) verbo.] 1alguidar – vaso de barro No trecho: “E as palavras na folha do papel””. (B) pronome. (DETRAN-RJ . Resposta B Alternativa A: UMA – artigo indefinido de cidade Alternativa B: UNS – aproximação de idade Alternativa C: UMA – artigo indefinido de garota bonita Alternativa D: UM – número Alternativa E: UNS – artigo indefinido de pessoas 02. (A) advérbio / pronome / adjetivo/ substantivo (B) artigo / adjetivo / advérbio / pronome (C) preposição / advérbio / substantivo / artigo (D) verbo / artigo / advérbio / preposição (E) artigo / pronome / substantivo / preposição 06..(D) artigo. artigo e artigo. preposição e preposição. A seguir assinale a alternativa que as apresenta na sequência correta. Resposta Os – artigo definido do vocábulo “pesquisadores” Essa – pronome demonstrativo Sistema – substantivo De – estabelece uma relação entre os termos . Resposta C 04. E depois. 05. Resposta A O chocolate– artigo definido do termo “chocolate” ajuda A diminuir – preposição / o verbo “ajudar” é transitivo indireto no sentido de ajudar alguém a verbo seguido de infinitivo A pressão arterial – artigo definido de “pressão arterial” 05.ASSISTENTE TÉCNICO DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL – MAKYIAMA/2013) Catar feijão (João Cabral de Melo Neto) Catar feijão se limita com escrever joga-se os grãos na água do alguidar1 E as palavras na folha do papel. o termo destacado morfologicamente é um (A) adjetivo. (C) artigo. a caça. estados dos seres: dor. universidade. ações. (Caça = ato de caçar. Pedro. guarda. chave.Coletivos: os substantivos comuns que. amor. frota. Os substantivos exercem. animal. povo. aposto e vocativo. portanto. pão. estrela. criança. anjo. cabeça. refere-se ao animal. Lucélia. na frase. já que está definindo o substantivo “palavras”. mula-sem-cabeça. . covardia. substantivo abstrato.Derivados: são formados de outra palavra já existente. reais ou imaginários: mãe. saci. chuva. . Substantivo Substantivo é a palavra que dá nomes aos seres. árvore. objeto direto. tempo. Inclui os nomes de pessoas. alma. doença. biblioteca. trovão. 84 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . . coisas. complemento nominal. batalhão. pão. ló. deram origem a outras palavras: ferro. Deus. criança. neste caso. mar. rio. . água-decolônia. designam um conjunto de seres de uma mesma espécie: bando. professores CORTEJO acompanhantes em comitiva ATLAS cartas geográficas HEMEROTECA de jornais. casebre. raio. . é necessário alguém beijar ou abraçar para que ocorra um beijo ou um abraço. sol. adjunto adverbial. são aqueles formados por apenas um radical: chuva. cidade. justiça. abraço. água. são independentes.Simples: como o nome diz. água. raio. beijo. mês.Abstrato: são os que não têm existência própria. Os substantivos abstratos podem ser concretizados dependendo do seu significado: Levamos a caça para a cabana. predicativo do sujeito. sereia. entes de natureza espiritual ou mitológica: vegetação. concreto). queijo. de lugares. depende sempre de um ser para existir: é necessário alguém ser ou estar triste para a tristeza manifestar-se. quadro. para-raio. saudade. requeijão. de crianças ICONOTECA de imagens . chaveiro. casa. mesada.Próprios: referem-se a um ser em particular: Brasil. as funções de: sujeito. designam qualidades. objeto indireto. coragem. Paulo. casarão. padeiro.06. DVD.Comuns: nomeiam os seres da mesma espécie: menina. vieram primeiro. abraço. pão-de-ló. terra.Concretos: são aqueles que têm existência própria. pedreiro. mesmo no singular. vieram depois: ferradura. trovoada. fada. girassol. respeito. fé.Compostos: são os que são formados por mais de dois radicais: guarda-chuva. chuveiro. piano. amor. juventude. passarinho. Deus. sem-terra. anjo. constelação.Primitivos: são os que não derivam de outras palavras. Os substantivos classificam-se em: . mulher. . agente da passiva. o termo “as” classifica-se como artigo. . revistas BANDO de aves. Eis alguns substantivos coletivos: ÁLBUM de fotografias COLMEIA de abelhas ALCATEIA de lobos CONCÍLIO de bispos em assembleia ANTOLOGIA de textos escolhidos CONCLAVE de cardeais ARQUIPÉLAGO ilhas CORDILHEIRA de montanhas ASSEMBLEIA pessoas. flor. árvore. mar. . vento. América do Norte. sentimentos. Reposta C No devido trecho. Acrescentando-se ao masculino a desinência “a” ou um sufixo feminino: autor. vaca / carneiro. Fitando com olhos muito redondos os grandes Balõezinhos muito redondos. leoa. filha / mestre.Utilizando-se uma palavra feminina com radical diferente: pai. égua. mestra. presidenta gigante. mestra / leão. no final da palavra: mestre. cantora / reitor. A regra para a flexão do gênero é a troca de o por a. reitora. mãe / homem. deusa / cônsul. Observe como são formados os femininos: parente. Formação do Feminino O feminino se realiza de três modos: .BAIXELA utensílios de mesa MIRÍADE de muitas estrelas. mulher / boi. ovelha / cavalo.” (Manoel Bandeira) Observe que o poema apresenta vários substantivos e apresentam variações ou flexões de gênero (masculino/feminino). malvados RESMA de quinhentas folhas de papel CANCIONEIRO de canções SEXTILHA de seis versos CARDUME de peixes TROPILHAS de trabalhadores. 85 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . autora / deus. . . Na língua portuguesa há dois gêneros: masculino e feminino. parenta hóspede. ou o acréscimo da vogal a. consulesa / cantor. giganta . insetos BANCA de examinadores NUVEM de gafanhotos BIÊNIO dois anos PANAPANÁ de borboletas em bando BIMESTRE dois meses PENCA de frutas CACHO de uva PINACOTECA de quadros CÁFILA camelos PIQUETE de grevistas CARAVANA viajantes PLÊIADE de pessoas notáveis. de número (plural/singular) e de grau (aumentativo/diminutivo). alunos CÓDIGO de leis XILOTECA de amostras de tipos de madeiras Reflexão do Substantivo “Na feira livre do arrabaldezinho Um homem loquaz apregoa balõezinhos de cor O melhor divertimento para crianças! Em redor dele há um ajuntamento de menininhos pobres. sábios CAMBADA de vadios.Flexionando-se o substantivo masculino: filho. hospeda monge. monja presidente. o lança-perfume. a colega / o. profetiza abade. perdiz ateu. o coma (perda dos sentidos) . guardiã escrivão. (ato de curar). o grama (peso) .a rádio (emissora).guardião.a moral (ética). o guaraná.a lente (vidro de aumento).a lotação (efeito de lotar). . o dó. o praça (soldado raso). mulher) / o cônjuge (marido. Alguns substantivos oferecem dúvida quanto ao gênero. o telefonema. mulher). . o anátema. o formicida. o caixa (atendente) . a personagem / o. o hematoma. o teorema. o cura (vigário) . dama zangão.a crisma (sacramento). o voga (o remador) . a rival / o a jornalista. Os substantivos uniformes dividem-se em: .a guia (documentação). freira cavaleiro. São masculinos ou femininos. imperatriz profeta. o tapa. Universitário) . o estigma. papisa imperador. o telefonema. São geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em – ma: o dilema. o tracoma. ré frade. o rádio (aparelho) . o emblema. o alvará. ateia réu. o lente (prof. 86 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . o soprano. o saca-rolha. o cabeça (chefe. o eczema.Comuns de dois gêneros: apenas uma forma e designam indivíduos dos dois sexos. o edema. mulher) / o guia (homem. o trema. o língua (intérprete) .Epicenos: designam certos animais e têm um só gênero. a médium / o. a gerente / o. a imigrante / o. o dengue (manha).a cabeça (parte do corpo). A indicação do sexo é feita com uso do artigo masculino ou feminino: o. abelha Substantivos Uniformes Os substantivos uniformes apresentam uma única forma para ambos os gêneros: dentista. São masculinos: o eclipse. a fã / o. o fonema. o Hosana. a estudante / o. o estratagema.a grama (relva). menina) / a testemunha (homem. quando se troca o gênero: o lotação (veículo) . escrivã papa. a manequim / o. o plasma. a artista / o. o moral (ânimo) . o sósia. o glaucoma. líder) .a caixa (objeto). a motorista / o. abadessa perdigão. a repórter / o. o clã. o enfisema. a pianista / o. quer se refiram ao macho ou à fêmea. o clarinete. idioma). o pernoite.a língua (órgão. o diabete ou diabetes. o capital (dinheiro) . mulher) / a pessoa (homem. mulher) / o ídolo (homem.a cura. o aneurisma.Sobrecomuns: designam pessoas e têm um só gênero para homem ou a mulher: a criança (menino. a intérprete / o. . o crisma (óleo salgado) .a capital (cidade). o herpes.a coma (cabeleira). o champanha. o espécime. Substantivos que mudam de sentido.a voga (moda). o guia (acompanhante) . a cliente / o. vítima. o sanduíche. – jacaré macho ou fêmea / a cobra macho ou fêmea / a formiga macho ou fêmea. feiras / série. as fênix / uma Xerox. guardião. . S. a entorse. anão. corrimão. acrescenta S: cidadão. duas Xerox / um fax. guardiães. Papel – papéis – papel + zinhos: papeizinhos. atuns zito. Exceções: mal. méis. balões. Chama-se metafonia. anãos. motores / mês. a aluvião. a cataplasma. nuvens / som. 87 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . meles. funis / fuzil. sons / vintém. a hélice. povos / feira. irmãos / mão. caracteres / sênior. dois fax. mãos. mamões ão por ãe: pão. os tórax / o ônix. e por EIS (Paroxítonas): fóssil.ES – aos substantivos terminados em R. a cal. charlatães / alemão.São femininos: a dinamite. abdomens / hífen. canis / pernil. a cólera (doença). ermitãos. cônsules / real. a pane. jornais / sol. Plural dos Substantivos Há várias maneiras de se formar o plural dos substantivos: Acrescentam-se: . ermitães. fósseis / réptil. impostos (ó) / . répteis / projétil. guardiões. túneis / mel. vinténs / atum. . no plural. a sentinela.IS – aos substantivos terminados em al. a sucuri. anciães.S – aos substantivos terminados em N: líquen. TROCAM-SE: ão por ões: botão. fuzis / canil. verões. corrimãos. corrimões. aldeões. a gênese. anciões. Substantivos terminados em ÃO com mais de uma forma no plural: aldeão. abdômenes. séries. pães / charlatão. réis (antiga moeda portuguesa). meses. liquens / abdômen. a hortelã. a aguardente. a usucapião. a análise. anões. hífenes. 2º elimina-se o S + zinhos Balão – balões – balões + zinhos: balõezinhos. alemães / cão. zinho . a Xerox. Apresentam o “o” tônica fechado no singular e aberto no plural: caroço (ô). botões / limão.cãe + zitos: Cãezitos Alguns substantivos terminados em X são invariáveis (valor fonético = cs): os tórax. verãos. Alguns terminados em R mudam sua sílaba tônica. sóis / túnel.1º coloca-se o substantivo no plural: balão. juniores / caráter. cartazes / motor. ol. .S – aos substantivos terminados em vogal ou ditongo: povo. Z: cartaz. pernis. ancião. a faringe. ermitões. el. os ônix / a fênix. Cão – cães . caroços (ó) / imposto (ô). a mascote. no plural: júnior. a derme. portões / mamão. a libido (desejo sexual). ermitão. verão. A tendência é utilizar a forma em ÕES Há substantivos que mudam o timbre da vogal tônica. Também: líquenes. cães il por is (oxítonas): funil. projéteis m por ns: nuvem. a omelete. males / cônsul. aldeãos. limões / portão. . cidadãos / irmão. a fama. a rês. hífens. ul: jornal. anciãos. seniores.ÃO – aos substantivos terminados em ão. destroços. Plural dos Substantivos Compostos Não é muito fácil a formação do plural dos substantivos compostos. pêsames. Outros: bem = virtude.verbo + substantivo: saca-rolha = saca-rolhas / arranha-céu = arranha-céus / bate-bola = bate-bolas / guarda-roupa = guarda-roupas / guarda-sol = guarda-sóis / vale-refeição = vale-refeições. exéquias. Conferiu a féria do dia. A forma singular das palavras ciúme e saudade são também usadas no plural. (Salário). “Quando você me deixou. (Descanso). porcos. (Dignidade). Também são abertos no plural (ó): fogos. bodas (ô). As férias foram maravilhosas. ovos. reforços. portos. Recebeu honras na solenidade. belas-artes. postos.” (Fernanda Abreu) Termos no singular com valor de plural: Muito negro ainda sofre com o preconceito social.forno (ô).palavras repetidas: o reco-reco = os reco-recos / o tico-tico = os tico-ticos / o corre-corre = os correcorres. já que a maioria dos substantivos abstratos não se pluralizam. miolos (ó) / poço (ô). . cócegas.. quase enlouqueci mas depois. Tijolos. Somente o segundo (ou último) elemento vai para o plural . costas.Palavra unida sem hífen: pontapé = pontapés / girassol = girassóis / autopeça = autopeças. condolências. férias.elemento invariável + palavra variável: sempre-viva = sempre-vivas / abaixo-assinado = abaixoassinados / recém-nascido = recém-nascidos / ex-marido = ex-maridos / auto-escola = auto-escolas. Você me olha. 88 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . afazeres. nunca o ciúmes. obedeci” (gravado por Maria Bethânia) “Às vezes passo dias inteiros imaginando e pensando em você e eu fico com tanta saudade que até parece que eu posso morrer. . algemas. corvos (ó). Há substantivos que mudam de sentido quando usados no plural: Fez bem a todos (alegria). meu bem. fezes. Tem morrido muito pobre de fome. (Patrimônio). . núpcias. Aceita-se os ciúmes. viveres. . Substantivos empregados somente no plural: Arredores. embora a forma singular seja preferencial. (Homenagens). fornos (ó) / miolo (ô). me disse pra eu ser feliz e passar bem Quis morrer de ciúme. Pode creditar em mim. como era de costume. parabéns. olhos (ó) / povo (ô). Sua honra foi exaltada. Houve separação de bens.substantivo composto de três ou mais elementos não ligados por preposição: o bem-me-quer = os bem-me-queres / o bem-te-vi = os bem-te-vis / o sem-terra = os sem-terra / o fora-da-lei = os fora-da-lei / . ossos. poços (ó) / olho (ô).. óculos. olheiras. eu digo sim. benefício / bens = valores / costa = litoral / costas = dorso / féria = renda diária / férias = descanso / vencimento = fim / vencimento = salário / letra = símbolo gráfico / letras = literatura. idos. povos (ó) / corvo (ô). os compostos de verbos de sentido oposto: o entra-e-sai = os entra-e-sai / o leva-e-traz = os leva-etraz / o vai-e-volta = os vai-e-volta. 89 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .o João-ninguém = os joões-ninguém / o ponto-e-vírgula = os ponto-e-vírgula / o bumba-meu-boi = os bumba-meu-boi. observe se é possível a pessoa ser o redator e chefe ao mesmo tempo / cirurgião e dentista / tia e avó / decreto e lei / abelha e mestra. bel: grão-duque = grão-duques / grã-cruz = grãcruzes / bel-prazer = bel-prazeres. grã (grande). acrescenta-se um s minúsculo: CDs / DVDs / ONGs / PMs / Ufirs. Fiz a prova dos noves. Pesei bem os prós e contras. . Os dois elementos ficam invariáveis quando houver . . substantivo+especificador) A tendência na língua portuguesa atual é pluralizar os dois elementos: bananas-maçãs / couves-flores / peixes-bois / saias-balões. Os dois elementos.quando o segundo elemento limita o primeiro ou dá ideia de tipo.adjetivo + substantivo: boa-vida = boas-vidas / curta-metragem = curtas-metragens / má-língua = más-línguas / . vão para o plural .substantivo + substantivo: decreto-lei = decretos-leis / abelha-mestra = abelhas-mestras / tia-avó = tias-avós / tenente-coronel = tenentes-coronéis / redator-chefe = redatores-chefes. finalidade: samba-enredo = sambasenredos / pombo-correio = pombos-correio / salário-família = salários-família / banana-maçã = bananasmaçã / vale-refeição = vales-refeição (vale = ter valor de.substantivo + adjetivo: amor-perfeito = amores-perfeitos / capitão-mor = capitães-mores / carro-forte = carros-fortes / obra-prima = obras-primas / cachorro-quente = cachorros-quentes. Plural dos nomes próprios personalizados: os Almeidas / os Oliveiras / os Picassos / os Mozarts / os Kennedys / os Silvas. . Composto com a palavra guarda só vai para o plural se for pessoa: guarda-noturno = guardas-noturnos / guardaflorestal = guardas-florestais / guarda-civil = guardas-civis / guarda-marinha = guardas-marinha. Plural das siglas.numeral ordinal + substantivo: segunda-feira = segundas-feiras / quinta-feira = quintas-feiras. .verbo + advérbio: o ganha-pouco = os ganha-pouco / o cola-tudo = os cola-tudo / o bota-fora = os bota-fora .substantivo + preposição + substantivo: água de colônia = águas-de-colônia / mula-sem-cabeça = mulas-sem-cabeça / pão-de-ló = pães-de-ló / sinal-da-cruz = sinais-da-cruz. Somente o primeiro elemento vai para o plural . Coloque entre dois elementos a conjunção e. . Numerais substantivos terminados em s ou z não variam no plural. Este semestre tirei alguns seis e apenas um dez. Plural das palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo (substantivadas). são flexionadas como substantivos: Gritavam vivas e morras.quando o primeiro elemento for: grão. peça minúscula / saia diminuta. (D) advérbio.” (5º§). salário-família.Sem falar em aumentativo e diminutivo alguns substantivos exprimem também desprezo. 03. abstrato. folhinha (calendário). gentinha. Assinale o par de vocábulos que fazem o plural da mesma forma que “balão” e “caneta-tinteiro”: (A) vulcão. beleza = belezinha. (C) fuzil – fuzíveis. alguns substantivos no grau diminutivo e aumentativo adquiriram um significado novo: portão. (MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS/RJ – AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE – IDECAN/2014) Em “A vacina. verde garrafa. pronome e substantivo. mãezinha. como (A) adjetivo.As palavras terminadas em s ou z. irmão (sílaba nasal) = irmãozinho. povinho. respectivamente. supermercado. rosa = rosinha. Questões 01. . mulherengo. (B) irmão. (B) comum. papel-moeda. manga-rosa. café (voga tônica) = cafezinho. minúscula. São dois os graus dos substantivos: aumentativo e diminutivo. enorme. derivado e composto. . . peixe-peixinho (diminutivo sintético). não é recomendada a determinados grupos – como crianças com menos de seis meses e pessoas que já apresentaram reação alérgica grave à vacina. indiferença em relação a certas pessoas e objetos: gentalha. no entanto. (C) verbo. Toninho. pequeno. cartilha. as palavras destacadas podem ser classificadas. rapaz = rapazinho. (E) razão. amarelo ouro. . minicalculadora. sufixo inho ou isinho. (B) gavião – gaviães. cartão. . ou em uma dessas consoantes seguidas de vogal recebem o sufixo inho: país = paisinho.Já alguns diminutivos dão ideia de afetividade: filhinho.As palavras proparoxítonas e as palavras terminadas em sílabas nasal. 02. guarda-chuva. A palavra livro é um substantivo (A) próprio.Em consequência do dinamismo da língua. concreto. herói (ditongo) = heroizinho. pronome e preposição. (D) bênção. gigantesca: obra imensa / lucro enorme / carro grande / prédio gigantesco. fogão. maxissaia. 04. roxo batata. substantivo e pronome. primitivo e simples. exagero ou diminuição. coisinha. Assinale a alternativa em que está correta a formação do plural: (A) cadáver – cadáveis. azul petróleo. narigão. . A essas modificações é que damos o nome de grau do substantivo. livreco. . (E) atlas – os atlas. verbo e adjetivo. casa pequena. (D) mal – maus.Sintético: com o acréscimo de um sufixo aumentativo ou diminutivo: peixe – peixão (aumentativo sintético). Substantivo caracterizador de adjetivo: os adjetivos referentes a cores podem ser modificados por um substantivo: verde piscina. (C) questão. crítica. . artigo e conjunção. e formado com as palavras de diminuição: diminuto. baú (hiato) = bauzinho. abaixo-assinado. hiato ou vogal tônica recebem o sufixo zinho(a): lâmpada (proparoxítona) = lampadazinha.Analítico: formado com palavras de aumento: grande. imensa. 90 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .Há ainda aumentativos e diminutivos formados por prefixação: minissaia. (B) substantivo. ditongo. (E) preposição. Os graus aumentativos e diminutivos são formados por dois processos: .Grau do Substantivo Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensidade. 05. substantivos comuns-de-dois gêneros. (C) O rádio = aparelho transmissor. (B) O grama = unidade de medida. Assinale a alternativa em que todos os substantivos são masculinos: (A) enigma – idioma – cal. (B) pianista – presidente – planta. A rádio = estação geradora. primitivo e simples. primitivo e simples.(C) comum. (C) Substantivos comuns-de-dois gêneros. (C) champanha – dó(pena) – telefonema. (E) edema – diabete – alface. 07. substantivos comuns-de-dois gêneros. (B) Substantivos sobrecomuns. abstrato. (D) O cabeça = o chefe. concreto. (B) verbos. Marque a alternativa em que há um substantivo que não corresponde ao seu significado: (A) O capital = dinheiro. e no feminino têm outro. (D) estudante – cal – alface. nesse texto. vulcões. (UNEAL – ASSISTENTE DE INFORMÁTICA – COPEVE/UFAL/2009) Verifique os seguintes pares de substantivos: “boi – vaca”. (UFRN – AUXILIAR DE ADMINISTRAÇÃO – COMPERVE/2011) As palavras chuvas. (D) comum. “o cliente – a cliente”. substantivos comuns-de-dois gêneros. (C) adjetivos. substantivos sobrecomuns. (E) A cura = o médico. A grama = vegetação rasteira. A classificação desses pares compreende a seguinte seqüência: (A) Substantivos epicenos. “a onça macho – a onça fêmea”. (D) substantivos. morfologicamente classificam-se como: (A) advérbios. terremoto. 08. Sabendo-se que há substantivos que no masculino têm um significado. 91 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . A cabeça = parte do corpo. A capital = cidade principal. . 06. O cura = ato de curar. diferente. substantivos heterônimos. substantivos heterônimos. tsunami. gaviões Alternativa C: fuzil . Resposta D 05. substantivos comuns-de-dois gêneros. indicando a funcionalidade. Resposta E Alternativa A: cadáver – cadáveres Alternativa B: gavião . (E) Esforço. já que o segundo determina. 09. Resposta C A palavra “balão” tem seu plural em “ões”. Resposta C Alternativa A: A cal Alternativa B: O/A presidente Alternativa C: correta Alternativa D: O/A estudante – A cal Alternativa E: A alface 06. (C) Socorro. “Papa” e “Profeta”: (A) monja – duqueza – papisa – profetisa. (D) monja – duquesa – papiza – profetiza. (E) Substantivos heterônimos. (B) Bolso. Resposta B VACINA – substantivo APRESENTARAM – verbo GRAVE – adjetivo / qualidade do substantivo “relação alérgica” 02. (BNDES – TÉCNICO DE ARQUIVO – CESGRANRIO/2009) Qual o substantivo em que a vogal tônica NÃO é pronunciada. Resposta D .fuzis Alternativa D: mal – males Alternativa E: correta 04. substantivos epicenos. do primeiro. substantivos epicenos. Alternativa A: vulcão-vulcões / abaixo-assinado-abaixo-assinados Alternativa B: irmão irmãos / salário-família salários-família Alternativa C (correta): questão questões / manga-rosa mangas-rosa Alternativa D: bênção bênçãos / papel-moeda papéis-moeda Alternativa E: razão razões / guarda-chuva guarda-chuvas 03. em que se é pluralizado apenas o primeiro elemento. (E) monja – duquesa – papisa – profetisa. Marque a alternativa que apresenta os femininos de “Monge”. (C) freira – duquesa – papisa – profetisa. (D) Imposto.(D) Substantivos heterônimos. substantivos comuns-de-dois gêneros. Respostas 01. 92 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . 10. com o som aberto como no substantivo corpos? (A) Poço. “Duque”. Resposta E O cura = sacerdote 07. (B) freira – duqueza – papiza – profetisa. no plural. O plural do vocábulo “caneta-tinteiro” é “canetas-tinteiro”. filatélico = de selos. político honesto. Amazonas: amazonense ou baré. urbano = da cidade. Bahia: baiano. . Espírito Santo: espíritosantense ou capixaba. . estelar = de estrela. inodoro = sem cheiro. discente = de aluno. países. argente = de prata. Distrito Federal: candango ou brasiliense. Palmas: palmense. Pará: paraense. amarelo. brando. mais de duas palavras em sua estrutura: estrelas azulclaras. Resposta E Os substantivos heterônimos são os que possuem duas formas diferente.08. 09 Resposta B 10. Estados Unidos: estadunidense ou norte americano. vieram depois dos primitivos: amarelado. atualizado. pais responsáveis. Nova Iorque: novaiorquino. vespertino = da tarde. abdominal = de abdômen. Mato Grosso: mato-grossense. Angra dos Reis: angrense.” Que é que tu conheces do amor? Não digas: “a vida é rápida. Aracajú: aracajuano ou aracajuense. áureo = de ouro. triste. . Niterói: niteroiense. Brasil: brasileiro. garoto surdo-mudo. Os adjetivos classificam-se em: . fabril = de fábrica. Goiânia: goianiense. bélico = de guerra. Brasília: brasiliense. cervical = do pescoço. dão origem a outras palavras: atual. livre. Campo Grande: campo-grandense. A locução adjetiva é formada por preposição + um substantivo. Cidade. para o feminino e masculino. gástrica = do estômago. funcionário consciente. professor competente. medroso. João Pessoa: pessoense. insípido = sem gosto. covarde. Fortaleza: fortalezense.” Com foi que mediste a vida? (Cecília Meireles) Os adjetivos belo. cutâneo = de pele. sapatos marrom-escuros. sacola de papel. estado. auricular = da orelha. Adjetivo é a palavra variável em gênero.” Quando foi que viste o mundo? Não digas: “o amor é triste. matutino = da manhã. hepático = do fígado. Novo Hamburgo: hamburguense. a vida. comida saudável.simples: apresentam um único radical. amável. apícola = de abelha. a distinção entre os gêneros é feito pelos artigos definidos “o” e “a”. referem-se a cidades. número e grau que modifica um substantivo. Epicenos são substantivos que apresentam um só gênero para o masculino e o feminino e eles denominam os animais. . entristecido. bucal = da boca. infeliz. humano = do homem. Anápolis: anapolino. o amor. desconfortável.primitivos: são os que vieram primeiro. pluvial = da chuva. Cairo: cairota. Minas Gerais: mineiro. estados. umbilical = do umbigo. Resposta E Adjetivo Não digas: “o mundo é belo. Estado. folha de papel. Goiás: goiano.pátrios: indicam procedência ou nacionalidade. e outros. Natal: natalense ou papa-jerimum. Londres: londrino. Maranhão: maranhense. Algumas locuções adjetivas não possuem adjetivos correspondentes: lata de lixo. exuberante.compostos: apresentam mais de um radical. Manaus: manauense ou manauara. Japão: japonês ou nipônico. atribuindo-lhe uma qualidade. uma única palavra em sua estrutura: alegre. parede de tijolo. ilegal. . Florianópolis: florianopolitano. ou modo de ser: laranjeira florida. Vejamos algumas locuções adjetivas: angelical = de anjo. teimoso. aquilino = de águia.derivados: são aqueles formados por derivação. Curitiba: curitibano. Bélgica: belga. simpático. mau tempo. Buenos Aires: buenairense ou portenho. Locução Adjetiva: é a expressão que tem o mesmo valor de um adjetivo. dois radicais diferentes. 93 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . jovem. Os substantivos comuns de dois gêneros apresentam uma só forma para designar masculino e feminino. triste e rápida expressa uma qualidade dos sujeitos: o mundo. Cabo Frio: cabo-friense. Ceará: cearense. Florença: florentino. Maceió: maceioense. têxtil = de tecido. Mato Grosso do Sul: mato-grossense-do-sul. País e Adjetivo Pátrio: Amapá: amapaense. etário = de idade. cavalo baio. céu azul. Belo Horizonte: belo-horizontino. docente = de professor. confortável. o adjetivo cor e o substantivo permanecem invariáveis.uniformes: têm forma única para o masculino e o feminino. Salvador: soteropolitano. Pernambuco: pernambucano. O rio Tietê atravessa o estado de São Paulo. Santa Catarina: catarinense ou barriga-verde. equivale à banal. Petrópolis: petropolitano. Rio de Janeiro: carioca/ fluminense (estado). .A cerveja que desce redondo. (Adjetivo como advérbio: redondamente). como: afro-brasileiro. Vejamos alguns adjetivos biformes que apresentam uma flexão especial: ateu – ateia / europeu – europeia / glutão – glutona / hebreu – hebreia / Judeu – judia / mau – má / plebeu – plebeia / são – sã / vão – vã. valem por adjetivos. substantivo petróleo). Porto Velho: porto-velhense. . colocado antes do substantivo observação. senadores democrata-cristãos com exceção de: surdo-mudo = surdosmudos. piadas sem-sal.São invariáveis os adjetivos raios ultravioleta / alegrias sem-par. São Paulo: paulista/paulistano (cidade). equivale à fácil. Três Corações: tricordiano. Roraima: roraimense. teuto-argentinos (alemão). . Recife: recifense. superioridade (Analítico e Sintético) e Inferioridade. . Rondônia: rondoniano.Paraíba: paraibano. sofre flexões de: gênero.pode-se utilizar os adjetivos pátrios compostos. simples.As locuções adjetivas formadas de cor + de + substantivo. Grau do Adjetivo Grau comparativo de: igualdade. palavra que tem o valor de outra classe gramatical. Américo-francês. Rio Branco: riobranquense. francoitaliano.“O professor fez uma observação simples”. . Porto Alegre: porto-alegrense. . . os adjetivos são empregados como substantivos ou como advérbios: Agia como um ingênuo. Teresina: teresinense. Flexões do Adjetivo: O adjetivo. Atenção: . Funcionário incompetente = funcionária incompetente.“O professor fez uma simples observação”. Gênero do Adjetivo: Quanto ao gênero os adjetivos classificam-se em: . saia amarelo-canário = saias amarelo-canário (adjetivo. . Anglo-americano.substantivos que funcionam como adjetivos. olhos castanho-claros. O adjetivo. não vão para o plural: terno azul-petróleo = ternos azul-petróleo (adjetivo azul. . (Substantivo com valor de adjetivo). sino-japonês (China e Japão). luso-brasileira. num processo de derivação imprópria. Os adjetivos compostos recebem a flexão feminina apenas no segundo elemento: sociedade lusobrasileira / festa cívico-religiosa / saia verde-escura. Vitória: vitoriano. Piauí: piauiense. Semântica e sintaticamente falando. Tocantins: tocantinense. que não seja a sua: Alguns brasileiros recebem um saláriofamília.Composto formado de adjetivo + substantivo referindo-se a cores. Sergipe: sergipano. Três Rios: trirriense. (Adjetivo como substantivo: acompanha um artigo). . isto é.substituto do adjetivo: palavras / expressões de outra classe gramatical podem caracterizar o substantivo. O adjetivo simples colocado depois do substantivo observação. Vale associar ao substantivo principal outro substantivo em forma de aposto.biformes: troca-se a vogal o pela vogal a ou com o acréscimo da vogal a no final da palavra: ator famoso = atriz famosa / jogador brasileiro = jogador brasileira. variam os dois elementos.às vezes. como palavra variável. Paraná: paranaense. . São Luís: são-luisense ou ludovicense. Plural do Adjetivo: o plural dos adjetivos simples flexionam de acordo com o substantivo a que se referem: menino chorão = meninos chorões / garota sensível = garotas sensíveis / vitamina eficaz = vitaminas eficazes / exemplo útil = exemplos úteis. 94 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . . só o segundo vai para o plural: questões políticopartidárias.quando os dois elementos formadores são adjetivos. nipo-argentina (Japão e Argentina). ficando a ele subordinadas na frase. amarelo. Rio Grande do Sul: rio-grandense ou gaúcho. número e grau. Rio Grande do Norte: rio-grandense-do-norte ou potiguar. substantivo canário). ficam invariáveis: papel cor-de-rosa = papéis cor-de-rosa / olho cor-de-mel = olhos cor-de-mel. veloz = velocíssimo. com a mesma qualidade. fiel = fidelíssimo. cruel = crudelíssimo. mais pequeno.Superlativo Absoluto: atribuída a um só ser. extremamente. magro = macérrimo. chiquetérrimo. O grau comparativo é usado para comparar uma qualidade entre dois ou mais seres. Sintética: bom. . .de igualdade: iguala duas coisas ou duas pessoas: Sou tão alto quão / quanto / como você. friíssimo. sagrado = sacratíssimo.prefixos: maxinflação / hipermercado / ultrassonografia / supersimpática. Usa-se também. Pode ser: Superlativo Relativo de Superioridade: Wilma é a mais prendada de todas as suas amigas. . . podemos usar as formas: mais grande. maior / pequeno. geral = generalíssimo. menor: Esta sala é melhor do que / que aquela. O grau do adjetivo exprime a intensidade das qualidades dos seres. feliz = felicíssimo. O adjetivo apresenta duas variações de grau: comparativo e superlativo. érrimo: Minha comadre Mariinha é agradabilíssima. de forma absoluta. a Manu é mais) O grau comparativo de superioridade possui duas formas: Analítica: mais bom / mais mau / mais grande / mais pequeno: O salário é mais pequeno do que / que justo (salário pequeno e justo). tenro = tenrríssimo.diminutivo ou aumentativo: cheinha / pequenininha / grandalhão / gostosão / bonitão.linguagem informa. pauper (pobre) = paupérrimo. frio = frigidíssimo. fofinho (=fofíssimo) / linda. . nobre = nobilíssimo. eficaz = eficacíssimo. . agudo = acutíssimo. mau = péssimo. agradável = agradabilíssimo. magnífico = magnificentíssimo. 95 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . pobríssimo. elegantérrimo. áspero = aspérrimo. mais bom. macer (magro) = macérrimo. . amargo = amaríssimo. no superlativo: . jovem = juvenilíssimo. terrível = terribilíssimo. antigo = antiquíssimo. sufixo érrimo. . imo. bom = boníssimo.adjetivos terminados em vel + bilíssimo: amável = amabilíssimo. inimigo = inimicíssimo. pessoal = personalíssimo. .de inferioridade: um elemento é menor do que outro: Somos menos passivos do que / que tolerantes.adjetivos repetidos: fofinho. bastante. humilde = humílimo. pobre = paupérrimo. pior / grande.adjetivos terminados em eio formam o superlativo apenas com i: feio = feíssimo / cheio = cheíssimo. magérrimo. linda (=lindíssima). melhor / mau. fácil = facílimo. (ela é a mais de todas) Superlativo Relativo de Inferioridade: Paulo César é o menos tímido dos filhos. simples = simplíssimo. amigo = amicíssimo.forma popular: radical do adjetivo português + íssimo: pobríssimo. Algumas formas do superlativo absoluto sintético erudito (culto): ágil = agílimo.os adjetivos terminados em io forma o superlativo em iíssimo: sério = seriíssimo / necessário = necessariíssimo / frio = friíssimo. Pode ser: Analítico: advérbio de intensidade muito. intensamente. sábio = sapientíssimo. em fez de íssimo: chiquérrimo. ótimo. .de superioridade: iguala duas pessoas / coisas sendo que uma é mais do que a outra: Minha amiga Manu é mais elegante do que / que eu. incrível = incredibilíssimo. . ou duas ou mais qualidades de um mesmo ser.Grau superlativo: absoluto (analítico e sintético) ou relativo (superioridade e inferioridade). frágil = fragílimo. simpático = simpaticíssimo. ílimo. excepcionalmente + adjetivo: Nicola é extremamente simpático. (Das duas. O grau superlativo: a característica do adjetivo se apresenta intensificada: O superlativo pode ser absoluto ou relativo. negro = nigérrimo. . célebre = celebérrimo.o sufixo -érrimo é restrito aos adjetivos latinos terminados em r. Sintético: adjetivo + issimo. Quando comparamos duas qualidades de um mesmo ser. . mais mau. miserável = miserabilíssimo. doce = dulcíssimo. benévolo = benevolentíssimo.expressões: suja à beça / pra lá de sério / duro que nem sola / podre de rico / linda de morrer / magro de dar pena. atroz = atrocíssimo. livre = libérrimo. difícil = dificílimo. O comparativo pode ser: . negríssimo.Superlativo Relativo: ressalta a qualidade de um ser entre muitos. capaz = capacíssimo. (As duas pessoas têm a mesma altura) . No trecho “os jovens estão mais ágeis que seus pais”. O menino dorme tranquilamente. Sorriu amarelo e saiu. O adjetivo assume um valor adverbial. 96 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . também. a função de advérbio. com o acréscimo do sufixo mente." (C) “Eu vi um passarinho Entre a folhagem do meu jardim. / As meninas dormem tranquilamente. o adjetivo meio + chateada (adjetivo) assume.água de chuva ( ) Fluvial 2 . não vai para o plural. “Buenos Aires” e “Jerusalém” é: (A) Limalho-Portenho-Jerusalense." (D) “Numa manhã Enquanto comia maçã Vi uma barata Sair de trás de uma lata. portanto. (E) Limeiro-Bonaerense-Judeu. temos: (A) um superlativo relativo de superioridade. / As meninas dormem tranquilas. diz-se que quem nasce em “Lima”. (B) Limenho-Bonaerense-Hierosolimita.Emprego Adverbial do Adjetivo O menino dorme tranquilo. (C) um superlativo absoluto. (C) Límio-Portenho-Jerusalita (D) Limenho-Bonaerense-Jerusalita. (A) “Olhem pelas portas e janelas: o cata-vento está de pernas para o mar. Questões 01.Cara-de-anjo ( ) Pluvial Assim temos: (A) 1 – 4 – 2 – 3. (C) 3 – 1 – 2 – 4.água de rio ( ) Felino 4 . Relacione a 1ª coluna à 2ª: 1 . (B) 3 – 2 – 1 – 4. / Ficou meio chateada e calou-se. Pequeno e gorduchinho Brincando entre as flores de cetim. Em ambas as frases o adjetivo concorda em gênero e número com o sujeito. 03. (D) um comparativo de igualdade. (B) um comparativo de superioridade. (EEAR – SARGENTO CONTROLADOR DE TRÁFEGO AÉREO – FAB/2015) Assinale a alternativa em que não há adjetivo. invariável. Ainda sobre os adjetivos gentílicos. assume a função de advérbio. São ideias novas que põem o mundo pra rodar." (B) “O gato Serafim Foi pra aula de bordado Pra bordar um belo manto De céu estrelado. O adjetivo amarelo modificou um verbo.olho de gato ( ) Angelical 3 . sendo. 04. portanto. ." 02. (E) um superlativo analítico de ágil. incolor. Resposta B 04. (B) europeu. hindu. ambos analíticos. (D) docente .de sonho.novas Alternativa B: adjetivo – belo Alternativa c: adjetivos: pequeno e gorduchinho 02. Resposta A . (B) a 1ª fala de um homem infeliz. (C) em ambos os casos. 08.de alunos. (D) superior. Há os graus comparativos: (A) de superioridade. cortês. (D) em ambos os casos o homem é apenas desprovido de recursos. Respostas 01. ambos sintéticos. 09. 05. simples. Resposta D Alternativa A: adjetivo . sem fazer referência a questões materiais. (E) exemplar. Assinale a alternativa em que todos os adjetivos têm uma só forma para os dois gêneros: (A) andaluz. comum. Resposta B 03.de folhas. (B) filatélico . Resposta A 06.de inverno. Sabe-se que a posição do adjetivo. a 2ª fala de um homem infeliz. nas frases “Ele é um homem pobre” e “Ele é um pobre homem”.(D) 3 – 4 – 2 – 1. em ambas. (C) de superioridade. Resposta D 07. cru. (E) onírico . (E) o homem é infeliz e desprovido de recursos materiais. 06. Resposta D 05. o homem é apenas infeliz. namorador. Assim. (E) 4 – 3 – 1 – 2. (B) de superioridade. fácil. Em que conjunto os adjetivos têm valor afetivo? (A) Proibido entrada e aviso reles (B) Aviso reles e pobre cão (C) Pobre cão e custa canina (D) Pobre cão e rico dinheirinho (E) “Nossa Caixa” e aviso reles 07. 97 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . pode ou não mudar o sentido do enunciado. O item em que a locução adjetiva não corresponde ao adjetivo dado é: (A) hibernal . (C) fofo. (C) discente . respectivamente sintético e analítico. (D) relativos. (A) 1ª fala de um sem recursos materiais. (E) superlativos. em relação ao substantivo. a 2ª fala de um homem sem recursos materiais. agrícola.de professor. feliz. Nas orações “Esse livro é melhor que aquele” e “Este livro é mais lindo que aquele”. terceiro. 14-XIV. . 900-CM.000-M. oito. classificação. 18-XVIII. 4-IV. 300-CCC. 7-VII.Multiplicativo: indica a multiplicação de um número: duplo. terço. Resposta E Numeral Os numerais exprimem quantidade. 500-D. centésimo. multiplicativos e fracionários. 100-C. quinto. 6-VI. 09. multiplicação e divisão. 800DCCC.Fracionário: indica uma fração ou divisão: meio. um doze avos. 98 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . . cem. 16-XVI. 9-IX. quíntuplo. respectivamente: 1-I. ordinais. 8-VIII. 10-X. sétimo. mil. 400-CD. 2-II. 12-XII. 19-XIX. 60-LX. triplo. 80-LXXX. . 200-CC. 1. posição em uma série. Daí a sua Os numerais que indicam conjunto de elementos de quantidade exata são os coletivos: BIMESTRE: período de dois meses CENTENÁRIO: período de cem anos DECÁLOGO: conjunto de dez leis DECÚRIA: período de dez anos DEZENA: conjunto de dez coisas DÍSTICO: dois versos DÚZIA: conjunto de doze coisas GROSA: conjunto de doze dúzias LUSTRO: período de cinco anos MILÊNIO: período de mil anos MILHAR: conjunto de mil coisas NOVENA: período de nove dias QUARENTENA: período de quarenta dias QUINQUÊNIO: período de cinco anos RESMA: quinhentas folhas de papel SEMESTRE: período de seis meses SEPTÊNIO: período de sete meses SEXÊNIO: período de seis anos TERNO: conjunto de três coisas TREZENA: período de treze dias TRIÊNIO: período de três anos TRINCA: conjunto de três coisas Algarismos: Arábicos e Romanos. 40-XL. segundo. 700-DCC. . quantidade: um. 5-V. 20-XX. respectivamente. três. 3-III. dois. 30-XXX. 11-XI. 600-DC. 50L.08. 15-XV. em: cardinais.Ordinal: indica ordem ou posição: primeiro. vinte. dobro. 70-LXX. quarto. 90-XC. Resposta B Filatélico = hábito de colecionar selos. 13-XIII. 17-XVII. .Cardinal: indica número. treze avos... duodécuplo. trecentésimo.. catorze avos. décimo..... décuplo. cinquenta.. . septuagésimo. variam em número: Venderam um milhão de ingressos para a festa do peão. nono. oitenta avos.. nongentésimo... vinte. nônuplo..... noventa. décimo.. dezessete avos. cinco.... dezesseis. (Valor de substantivo – invariável) ... . seis. setenta.... oitocentos. 99 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . décimo segundo.. quarenta... undécuplo. vigésimo.. Número .. duzentos.. décimo primeiro.. dois e as centenas a partir de duzentos apresentam flexão de gênero: Um menino e uma menina foram os vencedores....os numerais ordinais variam em número: As segundas colocadas disputarão o campeonato. quando usados com o valor de substantivos. Grau Na linguagem coloquial é comum a flexão de grau dos numerais: Já lhe disse isso mil vezes.. os cardinais para os demais: Papa Bento XVI (dezesseis). Numerais Fracionários: meia. cêntuplo..... / Somos 180 milhões de brasileiros. papas..... Flexão dos Numerais Gênero .. sexcentésimo. terceiro. octingentésimo. quatro... Numerais Multiplicativos: dobro.os numerais fracionários concordam com os cardinais que indicam o número das partes: Dois terços dos alunos foram contemplados.os numerais fracionários variam em número. apresentam flexão de gênero: Eu fiz duas apostas triplas na lotofácil. oitavo....os numerais multiplicativos.. Emprego dos Numerais . cem... são variáveis: A minha nota é o triplo da sua. dezenove avos... quinze... sessenta.. onze avos. Numerais Ordinais: primeiro. onze..... e outros.. sete... (Hora) / Usou apenas meias palavras.. septingentésimo.... quinhentos....quando usados com valor de adjetivo. sexto. seiscentos. nove. nonagésimo. quadringentésimo. óctuplo.... sexagésimo... / Aquele quarentão é um “gato”! / Morri com cincão para a “vaquinha”. octingentésimo. (Triplo – valor de substantivo) . quingentésimo. sétimo... centésimo.. dezoito. mil. . décimo terceiro.. concordando com os cardinais que indicam números das partes. / Comprei duzentos gramas de presunto e duzentas rosquinhas... septingentésimo... dez....os numerais cardinais milhão. quarto. ducentésimo. capítulos.os numerais multiplicativos variam quando usados como adjetivos: Fizemos duas apostas triplas. lá da escola. trezentos. quinze avos. sexcentésimo... trinta. nono. quíntuplo.Numerais Cardinais: um.. ducentésimo.. .. doze.Um quarto de litro equivale a 250 ml... dois.. quarenta avos. quadragésimo. doze avos. terço. quádruplo. décimo sexto. oitavo.. sexto. três. centésimo. décimo quinto.... quinto..os numerais multiplicativos são invariáveis quando usados com valor de substantivo: Minha dívida é o dobro da sua. (Valor de adjetivo – variável) .. sêxtuplo...... reis. vinte avos... setenta avos.para designar séculos... treze.. nongentésimo. cantos (na poesia épica). Canto X (décimo) / Luís IV (nono)... novecentos.. trigésimo.... décimo quarto.......os numerais cardinais um.. quatrocentos. . octogésimo. dezesseis avos. sétuplo...os numerais ordinais variam em gênero: Marcela foi a nona colocada no vestibular. décimo nono.o fracionário meio concorda em gênero e número com o substantivo no qual se refere: O início do concurso será meio-dia e meia. bilhão... .. empregam-se: os ordinais até décimo: João Paulo II (segundo). quingentésimo. três quartos equivalem a 750 ml.. dezessete. trilhão.. . catorze ou quatorze. quinto. dezenove. setecentos. Século XXI (vinte e um)... milésimo.. quadringentésimo. trinta avos.... metade.... dezoito avos.. quinquagésimo... segundo. oitenta. décimo oitavo.. milésimo. sétimo.. décimo sétimo.. quarto. sessenta avos.. noventa avos..... oito. cinquenta avos. triplo. (Triplas valor de adjetivo) ... trecentésimo. vinte minutos. o símbolo de cada unidade após o numeral que a indica. (Sétima) . séculos. / O texto quatro está na página sessenta e cinco. Mas 1.não se usa o numeral um antes de mil: Mil e duzentos reais é muito para mim. ou com o substantivo. . páginas.200 – mil e duzentos (o número termina numa centena com dois zeros) Questões 01. quando o correto é século terceiro. usam-se: Os ordinais de 1 a 10. milhar e bilhão. . Paulo César é adepto da 7ª Arte. 3ª pessoa: ele. (portaria oitava) .se o numeral vier antes do substantivo. poltronas. estão reagindo bem. textos.o artigo e o numeral. virá o parágrafo dez. relacionando-o a uma das três pessoas do discurso. usa-se o ordinal. emprega-se o ordinal. no feminino. reis. Resposta B Está corretamente grafado parágrafo nono e parágrafo dez na alternativa B.Quando o sujeito da oração é milhões + substantivo feminino plural. (C) depois do capítulo sexto. . . Respostas 01.na enumeração de leis. capítulos etc. nascidos em Lucélia. Logo. decretos. com milhões. As três pessoas do discurso são: 1ª pessoa: eu (singular) nós (plural): aquela que fala ou emissor. sétuplo e óctuplo valem como substantivos para designar pessoas nascidas do mesmo parto: Os sêxtuplos.enumeração de casa. (D) antes do artigo décimo vem o artigo nono. folhas. circulares. Indique o item em que os numerais estão corretamente empregados: (A) Ao Papa Paulo seis sucedeu João Paulo primeiro. na escrita das horas.não se emprega a conjunção e entre os milhares e as centenas: mil oitocentos e noventa e seis. no masculino.. quartos. (Artigo dezesseis) . Os cardinais de 11 em diante. (E) o artigo vigésimo segundo foi revogado. Pronome É a palavra que acompanha ou substitui o nome. 100 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . a letra A está incorreta por estar grafado século três. . portarias e outros textos oficiais. o particípio ou adjetivo podem concordar. Resposta A O numeral quando for usado para designar Papas. elas (plural): aquela de quem se fala ou referente. (Vigésimo século) . artigos. Dois milhões de notas falsas serão resgatados ou serão resgatadas (milhões resgatados / notas resgatadas) . 2ª pessoa: tu (singular) vós (plural): aquela com quem se fala ou receptor. pois os numerais ordinais são de 1 a 09. emprega-se o numeral cardinal: Reservei a poltrona vinte e oito.emprega-se o numeral cardinal.os numerais multiplicativos quíntuplo. 02. sêxtuplo. . antes dos substantivos milhão. emprega-se o numeral ordinal até o nono: O diretor leu pausadamente a portaria 8ª. devem concordar no masculino: . a partir de dez: O artigo 16 não foi justificado. sem espaço ou ponto: 10h20min – dez horas. (B) após o parágrafo nono. apartamentos. Marque o emprego incorreto do numeral: (A) século III (três) (B) página 102 (cento e dois) (C) 80º (octogésimo) (D) capítulo XI (onze) (E) X tomo (décimo) 02. ela (singular) eles. usa-se o numeral ordinal: O pagamento do pessoal será sempre no dia primeiro. De 10 em diante usamos os cardinais.se o numeral vier antes do substantivo.emprega-se. li o capítulo décimo primeiro. O XX século foi de descobertas científicas.com referência ao primeiro dia do mês. as terminações R. e se recebem o nome de pronomes recíprocos quando expressam uma ação mútua ou recíproca: Nós nos encontramos emocionados. equivalendo a meu. = Ei-la. Os pronomes são classificados em: pessoais. contigo.Dependendo da função de substituir ou acompanhar o nome. obedeceu-lhe. fazer. / mim quer. vos perdem o S) no. vos. (certos) . o= sujeito do verbo mandar. dele. Vejo-os diariamente. perdendo. (verbo transitivo indireto. . apresentam sempre a forma: o. os. com + vós. (pronome recíproco. (pronome reto + verbo no infinitivo). consigo. me. vos: quando colocado com verbos transitivos diretos (TD). Minha saudosa comadre. as. lhes colocados depois do verbo na 1ª pessoa do plural. substituindo o pronome pessoal nós: A gente deve fazer caridade com os mais necessitados. ela. (Deixe que eu sinta seu perfume me-. dele. nas: se o verbo terminar em ditongo nasal: m. = pagá-lo. possessivos. todos. nosso. vos. (verbo transitivo direto. demonstrativos. Preciso pagar ao verdureiro. nos. (o S permanece) nos: colocado depois do verbo na 1ª pessoa do plural. outros. lhe. os pronomes oblíquos da 3ª pessoa. consequentemente. . lhe. os. querida amiga. teu. lhe.As formas oblíquas o. respectivamente: pronome substantivo ou pronome adjetivo.Mandei-o calar. os. as: Eu os vi saindo do teatro. eles: .exercem a função de complemento do verbo (objeto direto / objeto indireto) ou as. as: se o verbo terminar em vogal ou ditongo oral: Encontrei-a sozinha. os pronomes oblíquos da 3ª pessoa apresentam as formas: o.Os pronomes pessoais retos ele. átonos sem preposição: me. São: tônicos com preposição: mim. ouvir. Deixe-me sentir seu perfume. ele. lhes são empregadas como complementos de verbos transitivos indiretos: Dona Cecília. nós e vós serão pronomes pessoais oblíquos quando empregados como complementos de um verbo e vierem precedidos de preposição. a. assumem as formas: lo. (eu-pronome reto / dou-verbo / atenção-nome / ela-pronome oblíquo) Saiba mais sobre os Pronomes Pessoais .si. os. mandar. los. a. Somente o Tarzã e o Capitão Caverna dizem: mim gosta / mim tem / mim faz. / Eu jà se arrumei. Z. vós. Nunca diga: Eu se apavorei. o. nos. chamou-a.oblíquos . las: se vierem depois de: eis / nos / vos . comigo. las.exercem a função de sujeito da oração: eu. (eis. convosco. O conserto da televisão foi feito por ele. Nircléia. numeral: Marianne garantiu que viajaria com nós três. seu. interrogativos e relativos. los.Colocados antes do verbo. elas. mesmos. O tempo nos dirá. . precedidos de verbos terminados em: R/S/Z. nos. . Põe-nos sobre a mesa. / Eu me arrumei. na linguagem coloquial. . se. (ele= pronome oblíquo) . a.As palavras “só” e “todos” sempre acompanham os pronomes pessoais do caso reto: . dela possessivo) as formas conosco e convosco são substituídas por: com + nós. (ela-pronome reto / vai-verbo / conosco complemento nominal.Os pronomes pessoais retos eu e tu serão substituidos por mim e ti após prepõsição: O segredo ficará somente entre mim e ti. Ia.É comum. indefinidos. õe: Deram-na como vencedora.É obrigatório o emprego dos pronomes pessoais eu e tu. Eu me apavorei. lhes. ão. nós mesmos). vosso: Os anos roubaram-lhe a esperança. o pronome é. a. de tratamento. S. próprios. não escreve.VTI) . quando funcionarem como Sujeito: Todos pediram para eu relatar os fatos cuidadosamente. tu.retos . terminado em S não modificado: Nós entregamoS-lhe a cópia do contrato. = Fi-los a lápis. Lembre-se de que mim não fala. o pronome oblíquo funciona como sujeito com os verbos: deixar. têm sentido possessivo.Colocados depois do verbo. não compra. 101 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . (= Mandei que ele calasse). eles.Eis a prova do suborno. na. nós. seguidos de: ambos. ti. Pronomes Pessoais: Os pronomes pessoais dividem-se em: . não anda. (sua. = no-lo dirá.sujeito do verbo deixar .Eu dou atenção a ela. lo. la. perde o S: Sentamo-nos à mesa para um café rápido. os. conosco. nos.-pronome oblíquo) . Fiz os exercícios a lápis. VTD).Eu vi só ele ontem. a. sentir e ver+verbo no infinitivo. o. usar o brasileiríssimo a gente. Ela não vai conosco. te. os pronomes pessoais oblíquos nos. as são sempre empregadas como complemento de verbos transitivos diretos ao passo que as formas lhe. te. Excelência. Excelência ) é empregada quando se fala sobre a pessoa: Sua Eminência. si e consigo devem ser empregados somente como pronomes pessoais reflexivos e funcionam como complementos de um verbo na 3ª pessoa. inclusive para o presidente da República. Pedi vo-lo. vo-lo). ela.Doutor não é forma de tratamento.Você é segunda ou terceira pessoa? Na estrutura da fala. não poderá haver uma contração: Está na hora de ela decidir seu caminho. eles e ela. suas.M./ Já frequentei a casa dela.Atenciosamente: para autoridades de mesmahierarquia oude hierarquia inferior. idade.Os pronomes de tratamento com a forma Vossa (Senhoria.a-altas autoridades. (falando a respeito do cardeal) . . exigem que outros pronomes e o verbo sejam usados na 3ª pessoa. dona. teus. (eu . Majestade).Os pronomes pessoais oblíquos se. dela para desfazer a ambiguidade.S. 102 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . você. 0I) juntam-se a o. . . No Brasil.príncipes. vos.complemento 3ª pessoa / levou. pede o verbo na 3ª pessoa. eles. lhe. Vossa Senhoria-V. Nas comunicações oficiais devem ser utilizados somente dois fechos: .pronome pessoal reflexivo) .sujeito / me. Dei-tos. Vossa Excelência-V. dona. Dependendo da pessoa a quem nos dirigimos.sujeito 3ª pessoa me complemento 1ª pessoa) . você. te.Os pronomes pessoais ele. nos +o: no-lo / + a: no-la / + os: no-los / +as: no-las: -Venderíamos a casa. a. o cardeal. Pronomes de Tratamento: São usados no trato com as pessoas. João Luís disse que Laurinha estava trabalhando em seu consultório.Ema-cardeais. como os demais pronomes de tratamento . (ela . quase não se usam essas combinações (mo. senhora.complemento 3ª pessoa) .Pedi-vos conselho.-Papa. minha. elas estiverem funcionando como sujeito. assim: me+o: mo/+a: ma/+ os: mos/+as: mas: . se no-la exigissem. da 2ª pessoa. Eminência. que ma trouxe.verbo. a ambiguidade da frase. seus. to. as (formas de objeto direto). Singular: 1ª pessoa: meu. você é a pessoa a quem se fala e. oficiais. Vossa Majestade-V. podem indicar aproximações numéricas e não posse: Cláudia e Haroldo devem ter seus trinta anos. (ela -sujeito de decidir. a senhorita. 3ª pessoa/ levantou -verbo 3ª pessoa / se. minhas. viajouparaum Congresso. senhorita. seus.1ª pessoa. Emprego dos Pronomes Possessivos . . portanto.3ª pessoa / consigo . sua. Vossa Excelência sabe que seus ministros o apoiarão. . são usadas somente em escritores mais sofisticados. .Os possessivos. a senhora. Excelência) é empregada quando se fala com a própria pessoa: Vossa Senhoria não compareceu à reunião dos sem-terra? (falando com a pessoa) .Sa-tratamento cerimonioso. meus.se tanto ao consultório de João Luís como ao de Laurinha. vos+ o: vo-lo/+ a: vo-la/+ os: vo-los/+ as: vo-las: . lho. cujo sujeito é também da 3ª pessoa: Nicole levantou-se com elegância e levou consigo (com ela própria) todos os olhares. título. e sim título acadêmico. tua.A. imperadores.O pronome pessoal oblíquo não funciona como reflexivo se não se referir ao sujeito: Ela me protegeu do acidente.Recebi a carta e agradeci aojovem.Chamam-se pronomes pessoais reflexivos os pronomes pessoais que se referem ao sujeito: Eu me feri com o canivete. Pronomes Possessivos: São os pronomes que indicam posse em relação às pessoas da fala. 3ª pessoa: seu.A forma Vossa (Senhoria. 3ª pessoa: seu. às vezes.O pronome seu toma o sentido ambíguo. os. presidente. No caso.. sua. te+ o: to/+ a: ta/+ os: tos/+ as: tas: -Dei-te os meus melhores dias. 2ª pessoa: vosso/os vossa/as.Respeitosamente: para autoridades superiores. lhes (formas de objeto indireto.a-reitores de universidades. e não na 2ª. Ofereci-lhas.Ex. (Nicole-sujeito. tuas. suas. nolo. nos. duques.-reis. usa-se o pronome dele.Se os pronomes pessoais retos ele. Vossa Santidade-V. . . pois pode referir . Plural: 1ª pessoa: nosso/os nossa/as.Os pronomes oblíquos me. . do seu cargo.A forma Sua (Senhoria. o tratamento será familiar ou cerimonioso: Vossa Alteza-V. Por outro lado.Mag. embora indiquem a 2ª pessoa (com quem se fala). Vossa Magnificência-V. 2ª pessoa: teu. elas podem se contrair com as preposições de e em: Não vejo graça nele.senhor.O uso do pronome possessivo da 3ª pessoa pode provocar. às vezes. lhe+ o: lho/+ a: lha/+ os: lhos/+ as:lhas: -Ofereci -lhe flores.São também pronomes de tratamento: o senhor. e houver uma preposição antes deles. Vossa Eminência-V. sempre com verbo no infinitivo) . quanto. outrem. o tratamento seu como em: Seu Ricardo. Apresentam-se em formas variáveis e invariáveis. mão”. não tem valor possessivo. Onde você esteve essa semana toda? Aquele (s). aquilo é uma tranqueira! (=expressão depreciativa) . bastante.Referindo-se a mais de um substantivo. Estranhei semelhante coincidência. algo. são usados para destacar um elemento anteriormente expresso. situando-os no espaço ou no tempo. esta (s). pois é uma alteração fonética da palavra senhor . a. Depois de muito procurar. o possessivo concorda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações.os demonstrativos esse. na mão) Pronomes Demonstrativos: Indicam a posição dos seres designados em relação às pessoas do discurso. Pais e mães vieram à festa de encerramento. Invariáveis: alguém.dependendo do contexto. que ouve (2ª pessoa) Aquele (s).com quem se fala.. Esse (s). .. . usamos aquele (e variações) para o elemento que foi referido em 1º Iugar e este (e variações) para o que foi referido em último lugar. (os seus passos) .Deve-se observar as correlações entre os pronomes pessoais e possessivos. (usa-se: no ombro. O próprio homem destrói a natureza.. . mas os pais.Em frases de sentido negativo. Peço a Deus pela tua felicidade. tanto. A festa estava desanimada. equivalendo a aquele. Este mês termina o prazo das inscrições para o vestibular da FAL. mesmo. também são considerados pronomes demonstrativos o. ninguém. Vou seguir-lhe os passos. aquilo: indicam o ser ou objeto que está longe de quem fala e da pessoa de quem se fala (3ª pessoa) . certo. essa (s). tal. isto: indicam o tempo presente em relação ao momento em que se fala. próprio. Veja: “Um cavaleiro todo vestido de negro. essa (s). aquela. isto: indicam o ser ou objeto que está próximo da pessoa que fala. Abraça-te o teu amigo que te preza. “Sendo hoje o dia do teu aniversário. Tal atitude é inexplicável. quem. Ninguém ligou para o incidente. todo. aquela (s). Não se preocupe. com um falcão em seu ombro esquerdo e uma espada em sua. demais. isso: indicam o tempo passado há pouco ou o futuro em relação ao momento em se fala. Pronomes Indefinidos: São aqueles que se referem à 3ª pessoa do discurso de modo vago indefinido. sua) quando se trata de parte do corpo. qualquer. esta (s). . a orquestra tocou um samba e todos caíram na dança. os. outro. nisso. nenhum. nenhum (e variações) equivale ao pronome indefinido um: Fiquei sabendo que ele não é nenhum ignorante.dependendo do contexto os demonstrativos também servem como palavras de função intensificadora ou depreciativa.Em relação ao espaço: Este (s).para retomar elementos já enunciados. Bons tempos aqueles em que brincávamos descalços na rua.Usam-se elegantemente certos pronomes oblíquos: me. nos. Alguns desses pronomes são variáveis em gênero e número. Esse (s). elegantes e risonhas. Júlia fez o exercício com aquela calma! (=expressão intensificadora). . mais.Na linguagem popular.” . menos. apresso-me em apresentar-te os meus sinceros parabéns. com o valor de possessivos. lhe. impreciso: Alguém disse que Paulo César seria o vencedor. . . vos. isso: indicam o ser ou objeto que está próximo da pessoa. te. estas. pouco. muito.Não se emprega o pronome possessivo (seu. as. aquilo: indicam um tempo distante em relação ao momento em que se fala.as formas nisso e nisto podem ser usadas com valor de então ou nesse momento. Emprego dos Pronomes Indefinidos Não sei de pessoa alguma capaz de convencê-lo. aquela (s). cada. sérios e orgulhosos. O professor fez a mesma observação. um. outros são invariáveis.Em relação ao tempo: Este (s). achei o que queria. semelhante. essa. 103 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Variáveis: algum.Os pronomes possessivos podem ser substantivados: Dê lembranças a todos os seus. pode entrar!. (alguma. aqueles. . vários. nada. equivale a nenhum) . esses resolveram tirar tudo a limpo. aquilo. tudo. (inadequado: Ganharam cem dólares cada. toda (somente no singular) sem artigo. os pronomes algum/alguma ganham sentido negativo. ou qual / Pronomes Relativos: São aqueles que representam. Os principais interrogativos são: que. . por ser o mais usado. (cujo. no plural ou no singular: Este é o CD novo que acabei de comprar. alguma palavra que já apareceu na oração anterior. (antes do substantivo= indefinido). explícito.Qualquer. onde. quando. . a.. Os pronomes relativos estão divididos em variáveis e invariáveis. portanto.) . várias. quanto: .Colocados antes do substantivo. os quais. certa. quem.Afinal.O relativo quem refere se a pessoa e vem sempre precedido de preposição: Marco Aurélio é o advogado a quem eu me referi.O relativo que. quantos. plural quaisquer: Fazemos quaisquer negócios.O relativo que pode ter por seu antecedente o pronome demonstrativo o. a querida comadre Naldete. . do qual. Feliz o homem cujo objetivo é a honestidade. os. Locuções Pronominais Indefinidas: São locuções pronominais indefinidas duas ou mais palavras que equiva em ao pronome indefinido: cada qual / cada um / quem quer que seja / seja quem for / qualquer um / todo aquele que / um ou outro / tal qual (=certo) / tal e. indetermina. cujas.Certo. vários. é classificado.Colocados depois do substantivo. Emprego dos Pronomes Relativos . Pronomes Interrogativos: São os pronomes em frases ínterrogativas diretas ou indiretas. qual / quais. (o que = aquilo que). vem sempre entre dois substantivos) . (depois do substantivo=adjetivo).Todo. João Adolfo é o cara que pedi a Deus. o carro. Dica: substituir que por o.O pronome relativo pode vir sem antecedente claro. as: Não entendi o que você quis dizer. com o ponto de interrogação) . a qual. como relativo indefinido. nunca sozinho: Ganharam cem dólares cada um. as. é chamado de relativo universal. os pronomes algum/alguma ganham sentido positivo. cuja. Essa palavra da oração anterior chama-se antecedente: Comprei um carro que é movido a álcool e à gasolina. Devemos sempre ter alguma esperança. Este ano. . Eles voltarão no dia certo. Ele pode ser empregado com referência à pessoa ou coisa. cujos. (interrogativa indireta. de quem e estabelecem relação de posse entre o antecedente e o termo seguinte.Outrem significa outra pessoa: Nunca se sabe o pensamento de outrem. todos. funcionário público algum terá aumento digno. . Estas são as pessoas de cujos nomes nunca vou me esquecer. quantos e quantas são relativos quando usados depois de tudo. . . (=qualquer ser.Só se usa o relativo cujo quando o conseqüente é diferente do antecedente: O escritor cujo livro te falei é paulista. por isso a palavra que é um pronome relativo. certos. 104 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a: em que. sem a interrogação) .O pronome cujo não admite artigo nem antes nem depois de si. . numa 2ª oração.Quanto. tanto: Naquele momento. as quais. os. (= lugar em que) . equivale a qualquer: Todo ser nasce chorando. quem. Percebe-se que o pronome relativo que. e não vem precedido de preposição: Quem casa quer casa.O indefinido cada deve sempre vir acompanhado de um substantivo ou numeral. Variáveis: o qual.Gostaria de saber quem foram os prefeitos desta cidade. . quando colocados depois do substantivo: Certo dia perdi o controle da situação. É Flex Power. a. são indefinidos quando colocados antes do substantivo e adjetivos. Invariáveis: que. cujo. generaliza). no qual: Desconheço o lugar onde vende tudo mais barato. qual. como. falou tudo quanto sabia. quem foram os prefeitos desta cidade? (interrogativa direta. quanto. . substitui na 2ª oração. . certas.O relativo cujo e suas flexões equivalem a de que. A criança cuja a família não compareceu ficou inconsolável. 15. não é bem assim. 37. mas não são suas amigas) em elos fracos – uma forma superficial de amizade. Mas. 20. 30. 11. 32. Os elos fracos. ficou diferente. da Universidade de Harvard. (Prefeitura de Praia Grande/SP . 24. E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. 06. o sociólogo Nicholas Christakis. 10. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Mas. 28. adicionará aquela pessoa. 105 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . I. 31. Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio . 42. 38. todo mundo vira amigo de todo mundo. 02. 21. percebeu que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si independentemente da mediação dele. 39. e estará formado um vínculo. E isso faz com que as redes de "seguidores" e "seguidos" de alguém possam se comunicar de maneira muito mais fluida. não. O problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela. 29. 17. 14. 18. 33. 41. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social.Agente Administrativo . Esta é a professora de cuja aula todos os alunos gostam. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. 23.tornamo-nos inimigas desde aquele episódio. por isso. 35. Isso não é inteiramente ruim. (C) nenhuma das sentenças. III. 16. 40. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook.MPE) 01.Técnico Superior de Informática . Pois é. 36. Aquela é a garota com cuja atitude discordei . 19. 02. do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela. Como é meio grosseiro dizer "não" ________ alguém que você conhece. 22. É verdade. 13. 25. (MPE/RS . é obrigado a pedir a amizade dela. 05. por mais que existam exceções _______qualquer regra. todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas. II. depois de interagir com amigos. 09. sim. 43. 07. Ao estudar a sua própria rede no Twitter. 34. (D) todas as sentenças. 08. inclusive às amizades antigas. Se você gostar do perfil. com a chegada de sítios como o Twitter. Eles transitam por grupos diferentes do seu e. No final.Questões 01. todo mundo acaba adicionando todo mundo. 12. podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos. 27.IBAM) Observe as sentenças abaixo. O pronome ‘cuja’ foi empregado de acordo com a norma culta da língua portuguesa em: (A) apenas uma das sentenças (B) apenas duas das sentenças. 03. 26. 04. C.. 53. eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. 47. (C) A crítica da charge se dirige às autoridades políticas no poder. (E) I. Em suma.Auditor . Em relação à charge acima. . a palavra que se refere a amizades (L. e poderá falar comigo. I. (B) Apenas II.44. Adaptado de: COSTA. Disponível em: <http://super. 45) e você (linha 45). (B) As duas ocorrências do pronome “eles” referem-se a pessoas distintas. (PC/MA . nós continuaremos não nos conhecendo. Oswald de Andrade: Pronominais Dê-me um cigarro Diz a gramática Do professor e do aluno E do mulato sabido Mas o bom negro e o bom branco Da Nação Brasileira Dizem todos os dias Deixa disso camarada Me dá um cigarro. 45. 48. Acesso em: 1º de outubro de 2012. 14). (IFC . O segmento elos fracos (L.FGV/2012) Observe a charge a seguir.br/cotidiano/como-internet-estamudandoamizade-619645. (D) A posição dos braços do personagem na charge repete a de Cristo na cruz. II e III. No segmento que nascem (L.com.abril. Na frase Nós não nos conhecemos (L. 51. (E) Os elementos imagísticos da charge estão distribuídos de forma equilibrada. 03. assinale a afirmativa inadequada.shtml>. 106 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . do escritor modernista. 52. C. 11-12). Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter. (D) Apenas I e II. (C) Apenas III. II. 46). mas as pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre si.IFC/2012) Leia o poema. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no sítio. 50. Quais estão corretas? (A) Apenas I. 46.Farmacêutico Legista . (A) A fala do personagem é uma modificação intencional de uma fala de Cristo. 49. III. o pronome Nós refere-se aos pronomes eu (L. Nós não nos conhecemos. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. 15). 04. Considere as seguintes afirmações sobre a relação que se estabelece entre algumas palavras do texto e os elementos a que se referem. 20) retoma o segmento uma forma superficial de amizade (L. no qual os problemas da violência e da criminalidade são complexos(.Delegado de Polícia . sobretudo ligados ás festividades da Bahia. (C) demonstra as influências recebidas por Caymmi de cantores famosos no Rio de Janeiro.. não sabe o que vai encontrar diretamente. (PC/MA . dos temas referentes à Bahia abordados por Caymmi em suas músicas.. quando sai para a rua. como está colocado na constituição de 88.Soldado da Polícia Militar . porque não tem um ponto determinado e certo para resolver.. que vinha sido apresentada. que despertavam a curiosidade de alguns cantores nessa época. ou seja. 06. 05. a polícia passa a ser demandada para garantir não mais uma ordem pública determinada mas sim os direitos. (B) acentua a importância de Caymmi como um famoso compositor do rádio. (E) sintetiza a sequência. o policial. (Azor Lopes da Silva Junior) "No momento em que começa a existir essa transformação política e social. (PM/BA . 107 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . exigindo uma atuação estatal mediadora dos conflitos e interesses difusos e. muitas vezes. O campo de garantia de direitos exige uma ação mais preventiva. (E) há transformação no uso do pronome. Isso exige não uma garantia da ordem pública. (C) o pronome antes do verbo não é aceitável gramaticalmente.. tudo sobrevive em Caymmi . Nesse novo contexto.. sustentada somente nas ações repressivas.FCC) Texto associado à questão Ver texto associado à questão A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente.] As nossas inibições = não lhes compartilham (E) verbaliza um anseio = verbaliza-lo 07.. com os necessários ajustes. foi realizada corretamente em: (A) devoram alegremente a comida = devoram-a alegremente (B) fazer alguma coisa = fazê-la (C) metem o nariz = metem-lhe (D) não compartilham [. que garantiram o sucesso de suas músicas. a democracia exige justamente uma função policial protetora de direitos dos cidadãos em um ambiente conflitivo. a compreensão da sociedade com um ambiente conflitivo. no qual os problemas da violência e da criminalidade são complexos. (3º parágrafo) O pronome grifado acima (A) indica a presença de alguns temas.)" A presença do pronome demonstrativo essa na primeira frase desse segmento mostra que . A ação da polícia ocorre em um ambiente de incertezas. Por isso. a compreensão da sociedade como um ambiente conflitivo. ele tem uma ação determinada fazer e entra num campo de conflitividade social.FCC) Texto associado à questão Ver texto associado à questão . (D) refere-se a presença dos diferentes elementos que serviram de inspiração para outros compositores. que também faziam sucesso no rádio.FGV/2012) Policial . a ordem pública passa a ser definida também no cotidiano. (D) afirma que não há normas para o uso de pronomes. o meio de divulgação mais conhecido no Rio de Janeiro.Assinale a alternativa INCORRETA referente ao uso da colocação pronominal: (A) é aceitável utilizar a próclise na liberdade poética. pelas quais o ato consiste em reprimir para resolver o problema..mediador de conflitos No momento em que começa a existir essa transformação política e social. como na polícia tradicional.Soldado da Polícia Militar . confusos.. (B) mostra no poema os distintos usos do pronome. (PM/BA . ” [. era um assunto que incomodava a todos e espalhava certa tristeza no ar. O Lixão se localiza no bairro do Jardim Gramacho. porcos que dividiam o espaço onde as crianças da comunidade brincavam. (C) Há candidatos que usam as gangues: as procuram movidos pelo interesse em ter elas como aliadas. Além disso. constatar a invasão das milícias.] Adentramos a favela e. as milícias dominaram eles e ali instalaram-se. (B) Depois de invadir vários territórios da cidade.IBFC/2012) Texto I A vida no lixão de Gramacho . São realmente muitas crianças que vivem no meio desse lixo e cada vez mais aumenta o número delas. perguntei o que eles iriam fazer e para onde pensarão ir depois que o Lixão fosse desativado. também devido à quantidade enorme de porcos que viviam no meio do monte de lixo. no município de Duque de Caxias. Ficava difícil até ver o chão. ditando-as suas leis. em barracos de madeiras e papelão.. Enquanto eles se enriquecem com esse lixo que nós catamos e reciclamos. Perguntei ao Sr. A resposta era sempre a mesma: “Não sabemos. Mesmo não sendo a rampa (nome dado à montanha de lixo que é localizada dentro do aterro). Fiquei chocado! Como a imprensa. O bairro possui 20 mil habitantes que vivem na miséria e mais de 50% da população tiram sua renda da reciclagem de lixo que catam no aterro. que espalham-se pelas favelas. Com todos os moradores que eu consegui conversar. 08. (A) Nos surpreende. uma nova vida para os moradores de lá.] Conversei com muitas pessoas e pude perceber que a maioria não queria contar a sua história de vida. nós vivemos assim.Assistente Social . já que se refere a algo dito antes. (D) Quase nunca vê-se reação das comunidades diante do terror que as milícias as impõem. (TJ/SP . tristeza muito mais nítida do que a pobreza em que eles vivem. Carros tombados. Histórias das Ruas foi até lá para conhecer um pouco dessa realidade e poder trazer para vocês alguns fatos que não apenas chocam mas incomodam até mesmo os mais desinteressados.. Percebi que quase ninguém gostava de tocar no assunto de como foi parar ali. (PM/RJ .(A) a transformação aludida está presente no momento em que o texto foi composto.com/2012 ) “Histórias das Ruas foi até lá para conhecer um pouco dessa realidade” . “Aqui nós trabalhamos para duas empresas que são donas de todo esse lixo. pessoas com semblantes muito sofridos e crianças carregando crianças. a quantidade de lixo diante dos meus olhos era extremamente exagerada. muito lixo. Para mim.. ficou evidente que aquelas pessoas que vivem lá dependem daquele lixo para sobreviver. 09. estamos esperando o governo decidir o que vai fazer com todo mundo que mora aqui. em meio a muita lama e lixo.historiasdasruas. a cada dia.. As pessoas que vivem trabalhando com a reciclagem moram ao redor do aterro. João [um dos catadores] me explicou como era a vida no Lixão. 108 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .. (E) o autor do texto considera a transformação algo conhecido de todos.RJ Considerado o maior aterro sanitário da América Latina. pois é de onde tiram o próprio sustento.Oficial da Polícia Militar . Não podemos trabalhar por conta própria. (C) a transformação política e social acontecerá em futuro próximo. nessa situação. percebi que não havia saneamento no local. que tem como principal missão reportar a verdade dos fatos com espírito crítico. consolidam-no pela prática do terror.” Alguns até disseram estar tristes devido ao fato de que o lixão iria fechar.Inglês . (D) o autor apresenta uma visão depreciativa sobre a transformação referida.VUNESP/2012) Assinale a alternativa em que os pronomes estão empregados e colocados na frase de acordo com a norma-padrão. o Lixão de Gramacho é conhecido pelos seus diversos catadores e pelas histórias que ali com eles vivem. Durante a nossa caminhada. voltando para São Paulo. O cheiro era muito forte. forrado de lixo. (B) esse segmento do texto não é o segmento inicial. me impressionava muito.] No dia seguinte. João se ele fazia ideia de quantas crianças viviam lá e ele me respondeu: “Não tem como ter ideia disso.. pode manipulá-los a ponto de “sugerir” que o mal é um bem? (Fonte: www. [. O local recebe mais de 7 mil toneladas de lixo por dia. tudo o que eu via.” O cenário daquela comunidade era praticamente um cenário de guerra. vi algumas notícias em jornais de grande circulação em todo o país dizendo que o fim do Lixão de Gramacho marca um novo começo. O Lixão será desativado até o dia 03/06. (E) Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder. [. 03. uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio. Federico Carotti. Mitos. dos quadros. vos. Apesar dos resultados obtidos. dizia Morelli. as formas dos dedos das mãos e dos pés. De fato.143-5) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente. Ivan Lermolieff. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje.FCC Entre 1874 e 1876. foi usado em uma referência: (A) Textual retomando uma ideia que já foi expressa. porém. S. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos. 02. talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto.atitude que o leva a apreciar os pormenores. Posteriormente foi julgado mecânico. Trad. Com esse método. e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão. as unhas. te.] Reações contrastantes = que as suscitou (D) propunham um novo método = propunham-no (E) examinar os pormenores = examiná-los Respostas 01. portanto mais facilmente imitáveis. as. 10. . Para tanto. Os museus. foi realizada de modo INCORRETO em: (A) devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor = devolver-lhe cada quadro (B) distinguir os originais das cópias = distinguir-lhes das cópias (C) que suscitou [. o método de Morelli foi muito criticado.Engenharia Elétrica . grosseiramente positivista. Resposta B Não se usa artigo definido entre o pronome ora em discussão (cujo) e o substantivo subsequente. e caiu em descrédito. é indispensável poder distinguir os originais das cópias. Resposta E Todas as alternativas estão corretas e descritas no texto. das Letras. Somente alguns anos depois. lhes. Resposta B Mas que eles (sujeito 1) sabem o que fazem isso eles (sujeito 1) sabem 04. é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis. assimilado por ele na juventude. como normalmente se faz. se. p.. os. o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. segundo Wind. o. (C) Temporal uma vez que revela uma realidade futura. (B) Espacial apontando para uma realidade próxima ao interlocutor. de acordo com a posição. Nessas condições. Ênclise (depois do verbo): A pessoa feriu-se. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo. talvez repintadas ou num mau estado de conservação. Resposta D Os pronomes são os átonos me. que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte . O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E. (D) Textual antecipando uma ideia que será expressa. em contato com os círculos românticos berlinenses.Paulo: Cia. é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. nos. é preciso não se basear. Por outro lado. sinais: morfologia e história. lhe. Eles sempre estão vinculados a um verbo e.. e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas. 109 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . de preferência à obra em seu conjunto.nos frente a obras não assinadas. (Adaptado de Carlo Ginzburg.Analista Judiciário . a. Em Morelli existiria. emblemas. Pelo contrário. recebem a seguinte classificação: Próclise (antes do verbo): A pessoa não se feriu. tratava-se do italiano Giovanni Morelli. que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões. Wind.O pronome em destaque presente no trecho acima. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo. Por isso o número III está incorreta. 1989. apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana. estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. com os necessários ajustes. em características mais vistosas. TRF/4ª REGIÃO . Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa. essa é a ideia principal do autor. a próclise é proibida.Mesóclise (no meio do verbo): A pessoa ferir-se-á. quem. embora. tudo. Lista das palavras atrativas a) palavras com sentido negativo: não. uma vez que. Exemplo: Nunca se meta em confusões. cessa a atração: Ontem. à medida que. Pedir-se-á silêncio. etc. Com a vírgula. Resposta B O pronome demonstrativo "essa" exerce função coesiva anafórica. Exemplo: Em se tratando de corrupção. Nasce. a universalidade de coisas e pessoas: tudo passa na vida. mas nunca após o futuro do indicativo. tudo resvalou no sorvedouro da eternidade. já que. Dentro do contexto. o autor utilizou este pronome para sintetizar o assunto que havia falado antes. tão. 06. nunca. a palavra “se” pode ser conjunção ou pronome átono e há situações em que ambos podem muito corretamente aparecer na mesma construção. vi-a na aula. lá se chora. d) pronomes ou advérbios interrogativos (o uso destas palavras no início da oração interrogativa atrai o pronome para antes do verbo): O que? Quem? Por que? Quando? Onde? Como? Quanto? Exemplo: Quem a vestiu assim? e) pronomes relativos: que. desde que. nem. hoje. Detalhe Na língua portuguesa. onde. 110 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . o uso obrigatório da próclise graças às palavras atrativas (confira a lista de palavras atrativas ao final do texto). 4 Não colocar pronomes átonos após verbos conjugados no futuro do indicativo A depender do caso. cujo. a fim de que. trabalha-se muito. bem. nenhum. quanto. contanto que. Tinham se queixado ao guarda. Aqui. g) em + gerúndio: deve-se usar o pronome entre “em” e o gerúndio. nada. depois que. Exemplos: Tínhamos nos referido ao caso certo. f) conjunções subordinativas: que. . b) advérbios (sem vírgula): aqui. 3 Não colocar pronomes átonos após o particípio O correto é analisar cada situação para observar o lugar adequado. quando. ontem. Ver-se-á o valor novamente. posto que. jamais. Com isso. etc. assim. Exemplo: Ontem a vi na aula. caberá a mesóclise ou a próclise. caso. quando. Tudo ficará melhor se se dispuserem a ajudar. 1 Não iniciar período com pronome átono Quando o verbo está abrindo um período. visto que se refere a elementos ditos anteriormente à sua utilização. Resposta E “Tudo” significa: pronome indefinido. para que. ali. nunca. ainda que. mas nunca após o particípio. Exemplos: Ele não sabia se se queixava comigo ou com você. amanhã. ninguém. crianças e velhos. apenas. 05. Exemplo: Tudo se tornou esclarecido para nós. A mulher não conseguiu pensar se se mantinha calada ou gritava. porque se utiliza "la" após verbos terminados em "r. Exemplos: Não se queixará novamente disso. ninguém. será feito uso da mesóclise ou da ênclise. Resposta B Fazer Alguma coisa = fazê-la (esta é a afirmativa correta. os pronomes átonos não podem ser colocados antes do verbo. Exemplo: Já era tarde quando se notou o problema. Aqui se canta. s ou z". como. o qual. o Brasil tem experiência. Exemplos: Diga-me toda a verdade. talvez. conforme. cada um exercendo seu papel. Exemplos: Não se faz isso. c) pronomes indefinidos: todo. já. Sabemos que se reverterá a situação. 07. Havia-me pedido algo impossível. A totalidade. Sei que se alcançará o resultado desejado. jamais. também. só. algum. etc. sempre que. mulheres e homens. etc. à proporção que. Exemplo: Havia duas ideias que se tornaram importantes. 2 Respeitar as palavras atrativas Há palavras e expressões que exigem que o pronome seja colocado antes do verbo. mal. Recomenda-se cautela. alguém. . LAS. Observe as formas verbais da 1ª conjugação: contar. cont é o radical do verbo contar. fenômenos da natureza.. -em. . Flexiona-se em número (singular e plural). O verbo exige como complemento um OD d) propunham um novo método = propunham-no CORRETO. brinc é o radical do verbo brincar. nos. dispor.08. reflexiva). correr. Certos verbos da Língua Portuguesa expressam. Vogal Temática e Tema. S e Z usa-se as formas LO. estado. O verbo exige como complemento um OD e em todo verbo transitivo direto terminado em R.. na(s). impor) pertencem a 2ª conjugação devido à sua origem latina poer. Flexionando esses verbos. os verbos estão agrupados em três conjugações: 1ª conjugação – ar: cantar. movimento. subjuntivo e imperativo. 111 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Radical: elemento mórfico (morfema) que concentra o significado essencial do verbo. LOS. esper é o radical do verbo esperar. na sua forma infinitiva. dançar. O verbo pôr e seus derivados (repor. De acordo com a vogal temática. parte integrante dos verbos reflexivos. O verbo exige um OD e que o pronome seja empregado na forma LO. brincar. consolidam-no pela prática do terror. Para indicar que o objeto da ação é a mesma pessoa que o sujeito que a pratica. LA. infinitivo e particípio). -ão e -õe os pronomes se tornam no(s). esperar. rir. segunda e terceira). Verbo que exige um OD. portanto. c) que suscitou [. Elementos Estruturais do Verbo: As formas verbais apresentam três elementos em sua estrutura: Radical. devido a sua terminação. tempo (presente. passiva. entreter. . 2ª conjugação – er: beber. compor. LOS. 3ª conjugação – ir: partir. e que nela está o significado real do verbo. na. Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder. formas nominais: gerúndio. na forma no. b) distinguir os originais das cópias = distinguir-lhes das cópias INCORRETO.consolidam-no pela prática do terror. LA. LAS. é obrigatória a concordância em pessoa entre o pronome reflexivo e a pessoa à qual se refere. ou seja. nas e) examinar os pormenores = examiná-los CORRETO. O pronome "se" torna-se. pessoa (primeira. pular. Quando a substituição do termo sublinhado se adequar a forma " A ELE" o pronome "lhe" estará correto. 09. Resposta B a) devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor = devolver-lhe cada quadro CORRETO. abrir. mudança de estado.. Em verbos terminados em -am. referindo-se ao passado ESTE: é antecipando uma ideia que será expressa 10. depor.] reações contrastantes = que as suscitou CORRETO. modo (indicativo. Verbo Verbo é a palavra que indica ação. passado e futuro) e apresenta voz (ativa. Resposta A ESSE: é retomando. nota-se que há uma parte que não muda. Resposta E Milicianos instalam-se nas comunidades e impõem seu poder. a ideia de ação reflexiva. pretérito imperfeito e futuro. Tema: é o elemento constituído pelo radical mais a vogal temática: contar: -cont (radical) + a (vogal temática) = tema. Ex: Cantei. em vez de: tu fostes. . .Pretérito Perfeito: É usado na indicação de um fato passado concluído.tu estudas – 2ª pessoa do singular. pode estar em plena ocorrência. 2ª conjugação: e. de dúvida. pretérito perfeito. Essas três possibilidades básicas.Modo Subjuntivo: a atitude do falante é de incerteza. Ex: Estou feliz hoje. tu foi. teremos o radical desses verbos. dê lembranças minhas.Pretérito Imperfeito: Para expressar um fato passado. desinências número pessoais.Se tiramos as terminações ar. um pedido. Ex: A água é incolor.Modo Imperativo: a atitude do falante é de ordem.Algumas regiões do Brasil.Pretérito Mais-Que-Perfeito: Expressa um fato passado anterior a outro acontecimento passado. verdades universais. . Apresenta presente. exigida pela gramática oficial. Contávamos Cont = radical a = vogal temática va = desinência modo temporal mos = desinência número pessoal Flexões Verbais: Flexão de número e de pessoa: o verbo varia para indicar o número e a pessoa. dancei. 3ª conjugação: i. tu tens. . .eu estudo – 1ª pessoa do singular. . pulei. O modo indica as diversas atitudes do falante com relação ao fato que enuncia.. precisão: o fato é ou foi uma realidade. futuro.vós estudais – 2ª pessoa do singular. é o mais usado no Brasil. possibilidade. Na indicação de ações ou estados permanentes. tu tem. Para expressar um fato que ocorre com frequência. er. para indicar as flexões de modo e tempo. usam o pronome tu de forma diferente da fala culta. . desinências modo temporais e número pessoa. uma vontade. Apresenta imperativo afirmativo e imperativo negativo Emprego dos Tempos do Indicativo . . O subjuntivo expressa uma incerteza. Se tivesse dinheiro compraria um carro zero. ir do infinitivo dos verbos. pretérito. Ex: Tenha paciência. . Lourdes. não concluído. inodora.nós estudamos – 1ª pessoa do plural. Desinências: são elementos que se juntam ao radical.eles estudam – 3ª pessoa do plural.Presente do Indicativo: Para enunciar um fato momentâneo. pode já ter ocorrido ou não. são: presente. Se não houver a vogal temática. Eu cantava muito bem. chorei. . Ex: Eu almoço todos os dias na casa de minha mãe. . mas não únicas. hipótese. Apresenta presente. . Os pronomes: você. ou ao tema. Também podemos antepor prefixos ao radical: des nutr ir / re conduz ir. uma súplica. Indica uma ordem.. imperfeito e mais que perfeito. 112 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Há três vogais temáticas: 1ª conjugação: a. futuro do presente e futuro do pretérito. Vogal Temática: é o elemento mórfico que designa a qual conjugação pertence o verbo. Quando o vir. . O pronome vós aparece somente em textos literários ou bíblicos.Flexão de tempo e de modo – os tempos situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento. ou seja. insípida. dúvida.Modo Indicativo: a atitude do falante é de certeza. tu pega. dormi. exprime uma possibilidade. uma solicitação. o tema será apenas o radical: contei = cont ei. um desejo. tu pegas. vocês. Ex: Nós comíamos pastel na feira. que levam o verbo na 3ª pessoa. São três os modos: . .ele estuda – 3ª pessoa do singular. Ex: Nós cantáramos no congresso de música. comerá. partiram. comiam. . partis. comemos. comera. se vós dançásseis. comeste. partia. Que surjam novos e honestos políticos. dançou. dançarás. que vós comais. comeram. dançava. comes.Futuro do Presente: Na indicação de um fato realizado num instante posterior ao que se fala. dançastes. partirão. comeis. Pretérito Imperfeito: é empregado para indicar uma condição ou hipótese: Se recebesse o prêmio. comias. se eles dançassem. Ex: Compraria um carro se tivesse dinheiro 1ª Conjugação: -AR Presente: danço. partiram. comíamos. dançara. Futuro: quando eu comer. partiras. dançavam. partirá. partiríeis. . comeriam. dançam. que eles dancem. Pretérito Mais-Que-Perfeito: partira.Futuro do Pretérito: Para expressar um acontecimento posterior a um outro acontecimento passado. se ele dançasse. comeram. se eles comessem. Pretérito Perfeito: comi. partistes. se tu comesses. quando eles dançarem. Futuro: quando eu dançar. quando eles comerem. dançavas. quando ele comer. 1ª Conjugação –AR Presente: que eu dance. dançarão. dançaremos. dançareis. partiremos. Futuro do Pretérito: comeria. dançamos. comêreis. dançamos. se nós dançássemos. à suposição: Duvido de que apurem os fatos. dançaram. dançaria. partíamos. come. muitas vezes ligados ao desejo. Pretérito Imperfeito: comia. Pretérito Mais-Que-Perfeito: dançara. dançaram. partiria.. danças. partíreis. partiriam. partiste. Pretérito Perfeito: dancei. partimos. dançais. que ele dance. se ele comesse. 2ª Conjugação: -ER Presente: como. dançaríeis. que vós danceis. comia. Futuro: é empregado para indicar um fato hipotético. partes. quando vós comerdes. comeras. partirás. comeu. Pretérito Imperfeito: partia. dançaste. voltaria à universidade. que tu dances. que ele coma. comem. partira. Pretérito Imperfeito: se eu dançasse. que eles comam. comestes. 2ª Conjugação -ER Presente: que eu coma. partirias. comeria. quando ele dançar. comíeis. quando nós comermos. dançaríamos. comerás. dançáreis. Pretérito Imperfeito: se eu comesse. se nós comêssemos. partireis. partíeis. dançará. comeríeis. quando tu comeres. Pretérito Mais-Que-Perfeito: comera. partiu. que nós dancemos. 3ª Conjugação: -IR Presente: parto. dançáveis. comerias. que tu comas. dançariam. Pretérito Perfeito: parti. se tu dançasses. quando vós dançardes. comerão. que nós comamos. parte. dançáramos. Ex: Cantarei domingo no coro da igreja matriz. comeríamos. Futuro do Presente: partirei. será generosamente gratificado. comemos. 113 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . pode ou não acontecer. Emprego dos Tempos do Subjuntivo Presente: é empregado para indicar um fato incerto ou duvidoso. Futuro do Pretérito: partiria. partem. partíramos. comeremos. comêramos. dançarias. se vós comêsseis. Futuro do Presente: dançarei. partimos. quando nós dançarmos. Pretérito Imperfeito: dançava. partiam. dançaras. partiríamos. dançávamos. comereis. Quando/Se você fizer o trabalho. dança. partias. Futuro do Presente: comerei. Futuro do Pretérito: dançaria. quando tu dançares. . (3ª pessoa) As regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. tu amas. não ames tu. . se eles partissem. quando vós partirdes. quando tu partires. elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase). É proibido colar cartazes neste muro.Quando apresenta uma ideia vaga. vós amais. O Infinitivo Impessoal é usado: . 114 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Por exemplo: Soldados. apresenta desinências de número e pessoa. amai vós. nós amamos. Imperativo negativo: (X).É formado pelo presente do indicativo e pelo presente do subjuntivo. ame você. eu uso estes óculos. Presente do subjuntivo: que eu ame. gerúndio e particípio. Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal. não amemos nós. Imperativo Negativo: . Por exemplo: É preciso ler este livro. que vós ameis.Quando tiver o valor de Imperativo.Não apresenta a primeira pessoa do singular. e sua forma é invariável. que vós ameis. Por exemplo: Para ler melhor. Para ler melhor. eles amam. que nós partamos. não relacionado a nenhuma pessoa. que ele ame. que vós partais.O Tu e o Vós saem do presente do indicativo sem o “s”. se ele partisse. se vós partísseis. se tu partisses. se nós partíssemos. recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase. Por exemplo: Viver é lutar. não amem vocês. que nós amemos. ela usa estes óculos. . isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido. genérica. que tu ames. Fumar prejudica a saúde. amem vocês. Futuro: quando eu partir. . Emprego do Imperativo Imperativo Afirmativo: . que eles partam. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago. que ele ame. Presente do Indicativo: eu amo. os verbos apresentam ainda as formas nominais: infinitivo – impessoal e pessoal. que eles amem. marchar! (= Marchai!) . (= combate à) O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta).É formado através do presente do subjuntivo sem a primeira pessoa do singular. ele ama. Assim. Por exemplo: Querer é poder. que ele parta. Além dos três modos citados. e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado. podendo ter valor e função de substantivo. que tu ames. não ameis vós.Não retira os “s” do tu e do vós. não ame você. Era preciso ter lido este livro.O restante é cópia fiel do presente do subjuntivo. que eles amem. sem se referir a um sujeito determinado. Observe que. quando nós partirmos. (= vida é luta). Infinitivo Impessoal: Exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido. quando eles partirem. amemos nós. É indispensável combater a corrupção. . Pretérito Imperfeito: se eu partisse. quando ele partir.3ª conjugação – IR Presente: que eu parta. Presente do Subjuntivo: que eu ame. ama tu. Por exemplo: Amar é sofrer. por sua vez. que nós amemos. que tu partas. O infinitivo pessoal. (1ª pessoa). considerase apenas o processo verbal. embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo impessoal). Imperativo afirmativo: (X). Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo.: terdes (vós) 3ª pessoa do plural: Radical + em. As meninas foram impedidas de participar do jogo.Eles foram condenados a pagar pesadas multas. Quando se diz que um verbo está no infinitivo pessoal.Queremos acordar bem cedo amanhã. pode ser flexionado para melhor clareza do período e também para se enfatizar o sujeito (agente) da ação verbal. . Ex. Aqueles remédios são ruins de serem tomados. a fim de jogarem futebol. Quando a preposição “para” estiver regendo um verbo. . que deve se apresentar oblíquo tônico. Os CDs que você me emprestou são agradáveis de serem ouvidos. Nas locuções verbais.Tenho ainda alguns livros por (para) publicar. Outros exemplos: .: termos (nós) 2ª pessoa do plural: Radical + dês. Com os verbos sensitivos “ver”. Ex. Na 1ª e 3ª pessoas do singular. a preposição está ligada somente ao pronome. Ex. “dizer”. Quando o sujeito do infinitivo é o mesmo do verbo da oração anterior. “sentir” e sinônimos. já estão condenadas à fome muitas crianças. Por exemplo: . . preceder ou estiver distante do verbo da oração principal (verbo regente). o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser flexionado. . . 115 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . “tomar” e “ouvir”. “ouvir”. por exemplo. .Vamos pensar no seu caso. assumindo a mesma forma do impessoal. que se revela. .. É inadequado o emprego da preposição “para” antes dos objetos diretos de verbos como “pedir”.Para estudarmos.Pediu para que Carlos entrasse (errado). . . na voz passiva dos verbos “contentar”. Em orações como “Esta carta é para mim!”. . neste caso. Por exemplo: Deixei-os sair cedo hoje. nas demais.Antes de nascerem. Ouvi-as dizer que não iriam à festa. .Ela me deu um relógio para eu consertar. . Infinitivo Pessoal: É o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. “falar” e sinônimos. No entanto. flexionando-se.: terem (eles) Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação. adjetivo ou verbo da oração anterior. Por exemplo: Vi-os entrar atrasados. Por exemplo: .Aquele exercício era para eu corrigir. Por exemplo: Eles não têm o direito de gritar assim.Eles não podiam reclamar do colégio. Por exemplo: Eram pessoas difíceis de serem contentadas. ou não. Por exemplo: . como sujeito.: teres (tu) 1ª pessoa do plural: Radical + mos. Ex.Foram dois amigos à casa de outro. muito lhe agradecemos. deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.Pediu para Carlos entrar (errado). Com os verbos causativos “deixar”.Devemos sorrir ao invés de chorar. pede-se o emprego do pronome pessoal “eu”.Pediu que Carlos entrasse (correto).Esta salada é para eu comer? . como na oração “Este trabalho é para eu fazer”. não apresenta desinências. flexiona-se da seguinte maneira: 2ª pessoa do singular: Radical + ES.Na esperança de sermos atendidos. isso significa que ele atribui um agente ao processo verbal. Quando o infinitivo preposicionado. estaremos sempre dispostos. “mandar” e “fazer” e seus sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue. Eu os convenci a aceitar. Infinitivo Pessoal: dançar eu.).Quando o verbo tem o infinitivo com “g”. aprendeu o valor do dinheiro. Gerúndio: dançando. . Por exemplo: Saindo de casa. Por exemplo: Faço isso para não me acharem inútil. . a escolha do Infinitivo Flexionado é feita sempre que se quer enfatizar o agente (sujeito) da ação expressa pelo verbo. Como desdobramento dessa reduzida. “Parece” é o verbo de uma oração principal cujo sujeito é a oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo “elas mentirem”. Particípio: Quando não é empregado na formação dos tempos compostos. Gerúndio: comendo. aprenderás o valor do dinheiro. sem nenhuma relação temporal. o gerúndio expressa uma ação em curso. Elas parece mentirem.Quando apresentar reciprocidade ou reflexibilidade de ação. dançar ele. Por exemplo: Vi os alunos abraçaremse alegremente. . Por exemplo: eu dirijo/ eu ajo .Se o infinitivo de um verbo for escrito com “j”. não confundir com o substantivo viagem) viajarão. dançares tu. 116 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .” Gerúndio: O gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. viajaria. dançardes vós. contudo. viajasses. Quando “parecer” é verbo auxiliar de um outro verbo: Elas parecem mentir. . enferrujassem. (Função de advérbio). enferrujaria. Por exemplo: Se tu não perceberes isto. Fizemos os adversários cumprimentarem-se com gentileza. O hotel preparou tudo para os turistas ficarem à vontade. (Função adjetivo) Na forma simples. como em “dirigir” e “agir” este “g” deverá ser trocado por um “j” apenas na primeira pessoa do presente do indicativo. Tendo trabalhado.. na forma composta. Nas ruas. Por exemplo: Terminados os exames. Convém vocês irem primeiro. . dançarem eles. comeres tu. O bom é sempre lembrarmos desta regra (sujeito desinencial. enferrujem.Quando tiver sujeito diferente daquele da oração principal. Particípio: dançado. Como se pode observar. enferrujarão. Neste exemplo ocorre. um período composto. Viajar: viajou. Por exemplo: Enferrujar: enferrujou. etc. Quando o particípio exprime somente estado. 1ª Conjugação –AR Infinitivo Impessoal: dançar. na verdade. Particípio: comido.O infinitivo deve ser flexionado nos seguintes casos: . comer ele. . (Lembre-se. encontrei alguns amigos.. comerem eles. etc. esse “j” aparecerá em todas as outras formas. sujeito implícito = nós). 2ª Conjugação –ER Infinitivo Impessoal: comer. comermos nós. que o substantivo ferrugem é grafado com “g”. O guarda fez sinal para os motoristas pararem. os candidatos saíram. comerdes vós..Quando se quiser indeterminar o sujeito (utilizado na terceira pessoa do plural). flexionando-se em gênero.O verbo “parecer” pode relacionar-se de duas maneiras distintas com o infinitivo. Por exemplo: Trabalhando. Por exemplo: O professor deu um prazo de cinco dias para os alunos estudarem bastante para a prova. podemos ter a oração “Parece que elas mentem. Ela não sai sozinha à noite a fim de não falarem mal da sua conduta. Temos de agir assim para nos promoverem. viajem (3ª pessoa do plural do presente do subjuntivo. assume verdadeiramente a função de adjetivo (adjetivo verbal). uma ação concluída. Perdoo-te por me traíres. Mandei as meninas olharem-se no espelho.Quando o sujeito da oração estiver claramente expresso. Infinitivo pessoal: comer eu. havia crianças vendendo doces. o particípio indica geralmente o resultado de uma ação terminada. Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para representar a escola. dançarmos nós. número e grau. Pretérito Mais que Perfeito Composto Se eu tivesse sido Se tu tivesses sido Ser ele tivesse sido Se nós tivéssemos sido Se vós tivésseis sido Se eles tivessem sido 117 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . HAVER SER Modo Indicativo Presente Pretérito Imperfeito sou és é somos sois são era eras era éramos éreis eram EU TU ELE NÓS VÓS ELES Pretérito Perfeito Simples fui foste foi fomos fostes foram Pretérito Perf. partir ele.3ª Conjugação –IR Infinitivo Impessoal: partir. Particípio: partido. Infinitivo pessoal: partir eu. partirdes vós. Mais que Perfeito Simples NÓS VÓS ELES Pret. TER. Gerúndio: partindo. partirem eles. VERBOS AUXILIARES: SER. partirmos nós. Mais que Perfeito Composto seríeis Futuro do Pretérito Composto Futuro do Presente terei sido serei sereis serão Modo Subjuntivo Presente EU TU ELE NÓS VÓS ELES Que eu seja Que tu sejas Que ele seja Que nós sejamos Que vós sejais Que eles sejam Pretérito Imperfeito Se eu fosse Se tu fosses Se ele fosse Se nós fôssemos Se vós fôsseis Se eles fossem . ESTAR. Composto tenho sido tens sido tem sido temos sido tendes sido têm sido EU fora tinha sido Futuro do Pretérito Simples seria TU foras tinhas sido serias terias sido serás ELE fora tinha sido seria teria sido será fôramos seríamos foram tinham sido seriam teríamos sido teríeis sido teriam sido seremos fôreis tínhamos sido tínheis sido Futuro Simples Futuro Composto Quando eu for Quando tu fores Quando ele for Quando nós formos Quando vós fordes Quando eles forem Quando eu tiver sido Quando tu tiveres sido Quando ele tiver sido Quando nós tivermos sido Quando vós tiverdes sido Quando eles tiverem sido Pret. partires tu. Simples estaria Futuro do Pret. Mais que Perfeito Composto tinha estado Futuro do Presente Simples estarei Futuro do Presente Composto terei estado TU estiveras tinhas estado estarás terás estado ELE estivera tinha estado estará terá estado estivéramos tínhamos estado tínheis estado tinham estado estaremos estareis teremos estado tereis estado estarão terão estado NÓS VÓS ELES estivéreis estiveram Pretérito Perf. Mais que Perfeito Simples estivera Pret. Composto teria estado TU estarias terias estado ELE estaria teria estado NÓS estaríamos teríamos estado .Modo Imperativo EU Imperativo Afirmativo ------ Imperativo Negativo ------ Infinitivo Pessoal Por ser eu TU Sê tu Não sejas tu Por seres tu ELE Seja ele Não sejas ele Por ser ele NÓS Sejamos nós Não sejamos nós Por sermos nós VÓS Sedes vós Não sejais vós Por serdes vós ELES Sejam eles Não sejam eles Por serem eles Formas Nominais Infinitivo: ser Gerúndio: sendo Particípio: sido ESTAR Modo Indicativo Presente Pretérito Imperfeito EU estou estava Pretérito Perfeito Simples estive TU estás estavas estiveste tens estado ELE está estava esteve tem estado NÓS estamos estávamos estivemos temos estado VÓS estais estáveis estivestes tendes estado ELES estão estavam estiveram têm estado EU Pret. Composto tenho estado EU Futuro do Pret. 118 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . VÓS estaríeis teríeis estado ELES estariam teriam estado Modo Subjuntivo Que eu esteja Que tu estejas Que ele esteja Pretérito Imperfeito Se eu estivesse Se tu estivesses Se ele estivesse Pretérito Mais que Perfeito Composto Se eu tivesse estado Se tu tivesses estado Ser ele tivesse estado Futuro Simples Quando eu estiver Quando tu estiveres Quando ele estiver Que nós estejamos Se nós estivéssemos Se nós tivéssemos estado Quando nós estivermos Que vós estejais Que eles estejam Se vós estivésseis Se eles estivessem Se vós tivésseis estado Se eles tivessem estado Quando vós estiverdes Quando eles estiverem Presente EU TU ELE NÓS VÓS ELES Futuro Composto Quando eu tiver estado Quando tu tiveres estado Quando ele tiver estado Quando nós tivermos estado Quando vós tiverdes estado Quando eles tiverem estado Modo Imperativo EU Imperativo Afirmativo ----- Imperativo Negativo ------ Infinitivo Pessoal Por estar eu TU está tu Não estejas tu Por estares tu ELE esteja ele Não esteja ele Por estar ele NÓS estejamos nós Não estejamos nós Por estarmos nós VÓS estai vós Não estejais vós Por estardes vós ELES estejam eles Não estejam eles Por estarem eles Formas Nominais Infinitivo: estar Gerúndio: estando Particípio: estado TER Modo Indicativo tinha Pretérito Perfeito Simples tive Pretérito Perf. Composto Tenho tido tens tinhas tiveste tens tido ELE tem tinha teve tem tido NÓS temos tínhamos tivemos temos tido VÓS tendes tínheis tivestes tendes tido ELES têm tinham tiveram têm tido Presente Pretérito Imperfeito EU tenho TU . 119 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Composto teria tido TU terias terias tido ELE teria teria tido NÓS teríamos teríamos tido VÓS teríeis teríeis tido ELES teriam teriam tido Modo Subjuntivo Presente EU TU ELE NÓS VÓS ELES Que eu tenha Que tu tenhas Que ele tenha Que nós tenhamos Que vós tenhais Que eles tenham Pretérito Mais que Perfeito Composto Se eu tivesse tido Se tu tivesses tido Ser ele tivesse tido Se nós tivéssemos tido Se vós tivésseis tido Se eles tivessem tido Pretérito Imperfeito Se eu tivesse Se tu tivesses Se ele tivesse Se nós tivéssemos Se vós tivésseis Se eles tivessem Futuro Simples Futuro Composto Quando eu tiver Quando tu tiveres Quando ele tiver Quando nós tivermos Quando vós tiverdes Quando eles tiverem Quando eu tiver tido Quando tu tiveres tido Quando ele tiver tido Quando nós tivermos tido Quando vós tiverdes tido Quando eles tiverem tido Modo Imperativo EU Imperativo Afirmativo ----- Imperativo Negativo ------ Infinitivo Pessoal Por ter eu TU tem tu Não tenhas tu Por teres tu ELE tenha ele Não tenha ele Por ter ele NÓS tenhamos nós Não tenhamos nós Por termos nós VÓS tende vós Não tenhais vós Por terdes vós ELES tenham eles Não tenham eles Por terem eles . Simples teria Futuro do Pret. 120 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Mais que Perfeito Composto tinha tido Futuro do Presente Simples terei TU tiveras tinhas tido terás ELE tivera tinha tido terá NÓS tivéramos tínhamos tido teremos VÓS tivéreis tínheis tido tereis ELES tiveram tinham tido terão EU Futuro do Pret. Mais que Perfeito Simples tivera Pret.EU Pret. Mais que Perfeito Simples EU TU ELE NÓS VÓS ELES Futuro do Presente Simples haverei haverás haverá haveremos havereis haverão EU Futuro do Pret. Composto tenho havido tens havido tem havido temos havido tendes havido têm havido Futuro do Presente Composto terei havido terás havido terá havido teremos havido tereis havido terão havido 121 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Composto teria havido TU haverias terias havido ELE haveria teria havido NÓS haveríamos teríamos havido VÓS haveríeis teríeis havido ELES haveriam teriam havido .Formas Nominais Infinitivo: ter Gerúndio: tendo Particípio: tido HAVER Modo Indicativo EU TU ELE NÓS VÓS ELES Presente Pretérito Imperfeito hei havia Pretérito Perfeito Simples houve hás havias houveste há havia houve havemos havíamos houvemos haveis havíeis houvestes hão haviam houveram Pret. Simples haveria Futuro do Pret. Pretérito Perf. Mais que Perfeito Composto houvera tinha havido houveras tinhas havido houvera tinha havido houvéramos tínhamos havido houvéreis tínheis havido houveram tinham havido Pret. darei. dava. Partia. agredisse. Partirei. desse. agredir. agredira. Comerei. Partisse. coubera. agrediria. Amar. Comera. Partira. Parta. agredia. Amei. Parti. COMER: (radical: com) Como. agredi. Coma. Amarei. caberia. Partir. Ame. Amasse. Comia. Comi.Modo Subjuntivo EU TU ELE NÓS VÓS ELES Presente Pretérito Imperfeito Que eu haja Que tu hajas Que ele haja Se eu houvesse Se tu houvesses Se ele houvesse Que nós hajamos Se nós houvéssemos Que vós hajais Que eles hajam Se vós houvésseis Se eles houvessem Pretérito Mais que Perfeito Composto Se eu tivesse havido Se tu tivesses havido Ser ele tivesse havido Se nós tivéssemos havido Se vós tivésseis havido Se eles tivessem havido Futuro Simples Futuro Composto Quando eu houver Quando tu houveres Quando ele houver Quando eu tiver havido Quando tu tiveres havido Quando ele tiver havido Quando nós tivermos havido Quando vós tiverdes havido Quando eles tiverem havido Quando nós houvermos Quando vós houverdes Quando eles houverem Modo Imperativo EU Imperativo Afirmativo ----- Imperativo Negativo ------ Infinitivo Pessoal Por haver eu TU há tu Não hajas tu Por haveres tu ELE haja ele Não haja ele Por haver ele hajamos nós Por havermos nós Por haverem eles VÓS havei vós Não hajamos nós Não hajais vós ELES hajam eles Não hajam eles NÓS Por haverdes vós Formas Nominais Infinitivo: haver Gerúndio: havendo Particípio: havido VERBOS REGULARES: Não sofrem modificação no radical durante toda conjugação (em todos os modos) e as desinências seguem as do verbo paradigma (verbo modelo) AMAR: (radical: am) Amo. AGREDIR: agrido. . PARTIR: (radical: part) Parto. coube. agrida. caberei. couber. Amara. caiba. dei. cabia. coubesse. Comer. Amaria. daria. Amava. dera. DAR: dou. VERBOS IRREGULARES: São os verbos que sofrem modificações no radical ou em suas desinências. agredirei. Comesse. 122 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . der CABER: caibo. Comeria. Partiria. dê. 123 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .ANÔMALOS: São aqueles que têm uma anomalia no radical. Ir IR Modo Indicativo Presente Pretérito Imperfeito Pretérito Perfeito EU vou ia fui Pretérito Mais que Perfeito fora TU vais ias foste foras ELE vai ia foi fora NÓS vamos íamos fomos fôramos VÓS ides íeis fostes fôreis ELES vão iam foram foram EU Futuro do Presente irei Futuro do Pretérito iria TU irás irias ELE irá iria NÓS iremos iríamos VÓS ireis iríeis ELES irão iriam Modo Subjuntivo Presente EU TU ELE NÓS VÓS ELES Que eu vá Que tu vás Que ele vá Que nós vamos Que vós vades Que eles vão Pretérito Imperfeito Se eu fosse Se tu fosses Se ele fosse Se nós fôssemos Se vós fôsseis Se eles fossem Futuro Quando eu for Quando tu fores Quando ele for Quando nós formos Quando vós fordes Quando eles forem Modo Imperativo EU Imperativo Afirmativo ----- Imperativo Negativo ------ Infinitivo Pessoal Para ir eu TU vai tu Não vás tu Para ires tu ELE vá ele Não vá ele Para ir ele . Ser. Verbos Abundantes: “São os verbos que têm duas ou mais formas equivalentes. Emergir. 124 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . indicando fato que tem ocorrido com frequência ultimamente. Desenvolto. Anexo. . Por exemplo: Amanhã. quando conheci Magali. Expelido.Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e o principal no particípio. Perceba que todas as frases remetem a ação obrigatoriamente para o passado. Desenvolver. tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples. Expelir. Particípio Regular: Aceitado. teria aprendido. . tempos ou pessoas. Ex: Eu me despedi de mamãe e parti sem olhar para o passado.NÓS VÓS ELES vamos nós ide vós vão eles Não vamos nós Não vades vós Não vão eles Para irmos nós para irdes vós para irem eles Formas Nominais: Infinitivo: ir Gerúndio: indo Particípio: ido VERBOS DEFECTIVOS: São aqueles que possuem um defeito. Emerso. tendo o mesmo valor . Acender. Aceso. Expulso. quando o dia amanhecer. Verbo Pronominal: É aquele que é conjugado com o pronome oblíquo. eu já terei partido. Tempos Compostos: São formados por locuções verbais que têm como auxiliares os verbos ter e haver e como principal. Por exemplo: Espero que você tenha estudado o suficiente. . Desenvolvido.Pretérito Perfeito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal no particípio. geralmente de particípio.Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e o principal no particípio. . . Anexar. aprenderia é completamente diferente de Se eu tivesse estudado. A frase Se eu estudasse. tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do Indicativo. Por exemplo: Eu já tinha estudado no Maxi. Não têm todos os modos. qualquer verbo no particípio. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi. para conseguir a aprovação. Particípio Irregular: Aceito. Emergido. São eles: . indicando desejo de que algo já tenha ocorrido. tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-Perfeito do Indicativo simples. Anexado. se não me tivesse mudado de cidade. Por exemplo: Eu tenho estudado demais ultimamente.” (Sacconi) Infinitivo: Aceitar.Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal no particípio. Acendido.Futuro do Presente Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do Indicativo e o principal no particípio.Futuro do Pretérito Composto do Indicativo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do Indicativo e o principal no particípio. praticar a minha. (E) Amarei você eternamente. se não me tivesse mudado de cidade.... Assinale a opção em que o verbo está no pretérito imperfeito: (A) Já amei o marido da minha melhor amiga.. telefonarei a Manuel.. 125 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .... tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples. já terei telefonado a Manuel.. Quando você tiver terminado o trabalho.Infinitivo Pessoal Composto: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o principal no particípio. 03. Os resultados podem levar a novas terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para .. telefonarei a Manuel. Por exemplo: Eu teria estudado no Maxi..Prova versão 1 ..... Agora. . no segundo.... ainda menino....VUNESP) Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até sabedoria popular. (E) João plantou as rosas. Por exemplo: Para você ter comprado esse carro. (D) Maria assistiu ao programa do Jô ontem.. . (C) Se Joaquim plantasse as hortênsias. (TJ-SP . Quando você chegar à minha casa. (IFC .. eu caminharei 6 Km. observe que o mesmo ocorre nas frases a seguir: Quando você tiver terminado o trabalho..Auxiliar Administrativo ....Auxiliar Administrativo . correta e respectivamente....... (IFC . (Ciência Hoje.... com: (A) porque … trás … previnir (B) porque … traz … previnir (C) porquê … tras … previnir (D) por que … traz … prevenir (E) por quê … tráz … prevenir 02.. depois... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avanço da idade..benefícios para a totalidade do corpo.. (B) Miguel amava loucamente a vizinha.. indicando ação passada em relação ao momento da fala. No primeiro caso. (D) Amo homens com cabelos loiros. 04. Por isso o uso do advérbio “já”... já terei telefonado a Manuel.. primeiro praticarei a minha. março de 2012) As lacunas do texto devem ser preenchidas...que o Futuro do Pretérito simples do Indicativo... (PM/BA .. já . Assim.. Assinale a opção em que o verbo se apresenta no modo subjuntivo: (A) A professora leu o livro Machadiano.....Escrevente Técnico Judiciário ...IFC)..IFC).FCC) A relação do baiano Dorival Caymmi com a música teve início quando..... (C) Amaria ter um mordomo em minha casa. Veja os exemplos: Quando você chegar à minha casa. (B) Plante as orquídeas.. esperarei “você” praticar a sua ação para... Por exemplo: Quando você tiver terminado sua série de exercícios... Perceba que o significado é totalmente diferente em ambas as frases apresentadas. estudo levanta hipóteses sobre ... cantava no coro da igreja com voz de baixo-cantante.....Futuro Composto do Subjuntivo: É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o principal no particípio.Soldado da Polícia Militar . praticar atividade física. necessitou de muito dinheiro Questões 01. Esse pontapé inicial foi o estímulo necessário para a construção. Dorival Caymmi chegou a pensar em ser jornalista e ilustrador. o livro teve a primeira edição apreendida e exemplares queimados em praça pública de Salvador por autoridades da ditadura. as festas do Bonfim e da Conceição da Praia.. (André Diniz Almanaque do samba Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Record. Comovente documento sobre a vida dos meninos abandonados nas ruas de Salvador..Soldado da Polícia Militar ..IFC). Jorge Amado a descreve em páginas carregadas de uma beleza. depois de pegar um lia (navios que faziam transporte de passageiros do norte do país em direção ao sul) em busca de melhores oportunidades de emprego. Canção da Liberdade”. 126 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . dramaticidade e lirismo poucas vezes igualados na literatura universal. (Adaptado de: Texto de apresentação.Assistente Administrativo . O mar. (E) .. e as adaptações para rádio. Dividido em três partes. assim se resume a crônica de Capitães da Areia. A obra de Caymmi é equilibrada peta qualidade: melodia e letra apresentam um grande poder de sintetizar o simples.resume (C) ressoam . hoje uma das obras mais apreciadas pelos leitores de Jorge Amado. o livro atinge um clímax inesquecível no capítulo “Canção da Bahia... . de um estilo inconfundível quase sem seguidores na música popular brasileira. enquanto os atabaques ressoam como clarins de guerra". Capitães da Areia. junto aos pescadores. (B) esse pontapé inicial foi o estímulo necessário . Mas. usa o tempo linguístico como uma construção da linguagem.FCC) De um início atribulado a uma carreira de sucessos. Melodia e letra apresentam um grande poder .. de Chico Buarque. cantava no coro da igreja . O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está em: (A) ..IFC). navios que faziam transporte de passageiros . 05. No entanto. Jorge Amado. 2006 p 78) . 57. A partir de então. eternizar o regional. Na frase: “Maria plantou as rosas” o verbo está: (A) No modo Indicativo (B) No modo Subjuntivo (C) No modo Imperativo (D) No modo Pretérito (E) No modo Futuro 07. em 1938. como nova Fênix... sucederam-se as edições.. tanto no Brasil como no exterior.Analista de Tecnologia da Informação . ainda menino.. declarar em música as tradições de sua amada Bahia.. ressurgiu das cinzas quando nova edição. em que é narrada a emocionante despedida de um dos personagens da história. (PM/BA . teatro e cinema.atinge (E) ressoam .resume 06.descreve (B) marcou . (D) . acabou sendo cooptado pelo mar de melodias e poesias que circulava em seu rico processo de criação. Que esperam seus maridos . em 1944. Publicado em 1937. Quando.. (IFC . Jorge Zahar Ed . 1983) Os verbos empregados nos mesmos tempo e modo estão agrupados em: (A) teve . que cresceu ouvindo histórias nas praias da Bahia. Itapoã. nacionais e em nove idiomas estrangeiros.... No Rio. os fortes em ruínas. marcou época na vida literária brasileira. Tudo sobrevive em Caymmi. convivendo com o drama das mulheres que esperam seus maridos voltarem (ou não) em saveiros e jangadas. pouco depois de implantado o Estado Novo..teve (D) ressurgiu .. (IFC .. para felicidade de seu amigo Jorge Amado. A canção João e Maria..em terras cariocas. ed.. tudo sobrevive em Caymmi. (C) . entre reis e rainhas do rádio. que se afasta dos seus queridos Capitães da Areia “na noite misteriosa das macumbas. apareceu numa revista alemã uma série de artigos sobre a pintura italiana.e fora um igualmente desconhecido johannes schwarze que.. Morelli propôs dezenas e dezenas de novas atribuições em alguns dos principais museus da Europa.. Ivan Lermolieff.Paulo: Cia... portanto mais facilmente imitáveis.. é indispensável poder distinguir os originais das cópias. O verbo empregado nos mesmos tempo e modo que o grifado na frase acima está em: (A) . (D) usa-se no lugar do presente o pretérito do subjuntivo..Fique tranquilo em relação à sua própria infelicidade Gêmeos . (Adaptado de Carlo Ginzburg.muitos estudiosos que falavam dele com desdém.. outra semana vai . é necessário examinar os pormenores mais negligenciáveis. em características mais vistosas.atitude que o leva a apreciar os pormenores. sinais: morfologia e história.. Trad.. uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio.e caiu em descrédito. De fato. Federico Carotti. em contato com os círculos românticos berlinenses. (C) aparece no lugar do presente o pretérito mais que perfeito. que suscitou entre os historiadores reações contrastantes e vivas discussões... Para tanto... Apesar dos resultados obtidos.Analista Judiciário . Posteriormente foi julgado mecânico. (TRF . Mitos. é possível que muitos estudiosos que falavam dele com desdém continuassem a usá-lo tacitamente para as suas atribuições. uma exacerbação do culto pela imediaticidade do gênio. Somente alguns anos depois.e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia. as unhas. Os artigos propunham um novo método para a atribuição dos quadros antigos. das Letras. como normalmente se faz. Wind. as formas dos dedos das mãos e dos pés. 127 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES ...143-5) .. Em Morelli existiria.Prova 1 .nos frente a obras não assinadas. o autor tirou a dupla máscara na qual se escondera. de preferência à obra em seu conjunto.Vestibular . Nessas condições. Eles vinham assinados por um desconhecido estudioso russo. 08. estão cheios de quadros atribuídos de maneira incorreta. Mas devolver cada quadro ao seu verdadeiro autor é difícil: muitíssimas vezes encontramo.. segundo Wind.muitíssimas vezes encontramo-nos frente a obras não assinadas.Não subestime a sua incapacidade Touro . (D) em morelli existiria. (UFTM .Engenharia Elétrica . 1989. Os museus. segundo wind. (B) tem-se no lugar do presente o pretérito perfeito. talvez repintadas ou num mau estado de conservação. (C) .. e menos influenciados pelas características da escola a que o pintor pertencia: os lóbulos das orelhas. e fora um igualmente desconhecido Johannes Schwarze que os traduzira para o alemão.Uma semana vem. dizia Morelli.. dos quadros.. grosseiramente positivista. Por outro lado. Pelo contrário. porém.FCC) Entre 1874 e 1876. Com esse método. e caiu em descrédito. que viu neles um exemplo típico da atitude moderna em relação à obra de arte . talvez também pela segurança quase arrogante com que era proposto. (E) tem-se no lugar do presente o imperativo negativo. assimilado por ele na juventude. E do “método morelliano” os historiadores da arte falam correntemente ainda hoje. O renovado interesse pelos trabalhos de Morelli é mérito de E.] Agora eu era o rei Era o bedel e era também juiz E pela minha lei A gente era obrigado a ser feliz E você era a princesa que eu fiz coroar E era tão linda de se admirar Que andava nua pelo meu país Assinale a alternativa CORRETA quanto ao emprego dos tempos verbais: (A) utiliza-se em lugar do presente o pretérito imperfeito. 09.[. S. p. emblemas..4ª REGIÃO .VUNESP) Horóscopo Áries .. o método de Morelli foi muito criticado. tratava-se do italiano Giovanni Morelli. é preciso não se basear. (E) . (B) . O (s). Respostas 01.FAPERP). tem valor correspondente ao de futuro do pretérito do indicativo o tempo verbal da oração: (A) "sabe de uma coisa". (TJ/PB . (E) o emprego do verbo no imperativo.E tudo se encaminha para um fim de semana com apenas dois dias. . indicando o sentido de orientação às pessoas. não morra. termo que inclusive é o seu título.com S apenas se a oração der por entender que o "trás" está em sentido de posição posterior.Nem que a tristeza lhe consuma. indicando a intencionalidade de se omitir o agente das ações verbais. 128 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .A solução dos seus problemas só lhe dará tranquilidade Virgem . (D) a frase nominal. Desse gênero.equivale a "por qual razão". 10. indicando ações concluídas.br) A canção imita o gênero horóscopo. indicando a prevalência de enunciados de estado em relação aos de ação. Trás . Leia a tirinha abaixo para responder às questões de 7 a 10.Alguém telefonará e você atenderá depois desligará Leão . Resposta D Por que .Não seja impertinente. (B) a voz passiva. portanto com Z sem acento pois acentua-se os monossílabos tônicos apenas se estes terminarem com A. aquele alguém. (B) "se eu desaparecesse amanhã". indicando os sentidos dúbios expressos nas estruturas frasais.com.Uma pessoa idosa não fará nenhuma diferença Capricórnio .No entanto.A lua em Saturno quer dizer alguma coisa Escorpião . sob hipótese alguma É ganhando que se ganha É empatando que se empata É perdendo que se perde É nascendo que se nasce É morrendo que se morre É vivendo que se “veve” Libra . poderá pegar uma doença Aquário . (www.Câncer . que goza de saúde. você terá nas mãos os dez dedos de sempre Sagitário .vagalume.No mais será tudo igual. Traz -na oração o "traz" está no sentido de trazer. pois o período propicia Peixes . E.Técnico Judiciário . não esmoreça. uma marca linguística que nela se encontra é (A) a inversão sintática. (C) "ninguém ia sentir sua falta". (C) a ênfase em verbos e advérbios relativos ao tempo passado. Na tirinha.Tecnologia da Informação . (D) "eu acho que não". Resposta B O pretérito imperfeito é usado: 1. Resposta C A questão pede o Pretérito Imperfeito do Indicativo. ela dormia. 129 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . A mim.pretérito imperfeito (modo indicativo). A: Pretérito Perfeito do Indicativo B: Pretérito Perfeito do Indicativo C: Pretérito Imperfeito do Indicativo D: Futuro do Pretérito E: Pretérito Mais que Perfeito 09. Resposta E O imperativo é o modo verbal pelo qual se expressa uma ordem.modo imperativo. Para indicar a continuidade de um acontecimento em relação a outro que ocorreu ao mesmo tempo no passado. modo Indicativo Resume . Pretérito imperfeito (Verbo SER) eu era tu eras ele/ela era nós éramos vós éreis eles/elas eram 08. Para falar do que era presente em um momento do passado que se está descrevendo. ela fazia ioga ao seu lado.modo subjuntivo. tempo pretérito imperfeito. Este modo pode ser afirmativo ou negativo. afirmativo. faltavam-me não sei quantos: sei só que eram muitos. Resposta C Leu .modo indicativo.02.modo indicativo. orientação ou conselho. tempo pretérito perfeito.modo indicativo.” (Álvares de Azevedo. Quando o marido chegou. Plante . Enquanto ele lia o jornal. 05. Assistiu . 2. Resposta A O verbo SER foi conjugado no pretérito imperfeito. Plantasse . 1965) 04. tempo pretérito perfeito. modo Indicativo Nesse caso não importa a pessoa. Resposta E” Ressoam . pedido. tempo pretérito perfeito.pretérito imperfeito (modo indicativo) Cantava . Para falar de hábito ou acontecimento que ocorria com frequência no passado: Antigamente ela fazia exercícios todos os dias.Tempo Presente. Plantou . 3. 06. Resposta A eu plantei tu plantaste ele plantou nós plantamos vós plantastes eles plantaram pretérito perfeito do indicativo 07.Tempo Presente. . Resposta C Faziam . “Faltava um ponto a meu adversário para ganhar. 03. nem. em vão. depressa. algures (=em algum lugar). ao acaso. cedo. mesmo. ali.dentro. de mais a mais: Também há flores no céu. além disso. de forma alguma. São chamadas de denotativas e exprimem: Afetividade: felizmente. de chofre. adiante. novamente. 130 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . seguramente. atrás. senão. depois. deveras. modo. diariamente. rapidamente. devagar. Negação: absolutamente. Graus dos Advérbios: o advérbio não vai para o plural. Designação. de propósito. são palavras invariáveis. quanto. amanhã. agora. Resposta C a) sabe = presente do indicativo b) desaparecesse = imperfeito do subjuntivo c) ia sentir = sentiria = futuro do pretérito do indicativo d) acho = presente do indicativo Advérbio Advérbio é a palavra invariável que modifica um verbo (Chegou cedo).íssimo. bem. de repente. às pressas. longe. Inferioridade .mais. lentamente. a distância. tristemente. um outro advérbio (Falou muito bem). De acordo com a circunstância que exprime. pouco. por um triz. melhor pior. aquém. efetivamente. brevemente. Indicação: eis: Eis aqui o herói da turma.Por um triz eu não me denunciei. acolá. de medo. outrora. às vezes. defronte. por certo.Gostaria de saber quando minha amiga Delma chegará de Campinas. imediatamente. muito. eventuamente. já. e a maior parte dos advérbios que termina em mente: calmamente. decerto. aquém. bem. por perto. sim. às claras. Adverbios Interrogativos: São empregados em orações interrogativas diretas ou indiretas. de viva voz. Exclusão: exclusive.mais. quase. mas alguns admitem a flexão de grau: comparativo e superlativo.Onde fica o Clube das Acácias ? (direta) . pouco. possivelmente. realmente. (indireta) . . à esquerda. à tarde. menos. Podem exprimir: lugar. breve.Analítico: mais do que: Raquel é mais elegante do que eu. Lugar: aqui. érrimo: Localizei-o rapídíssimo. o advérbio pode ser de: Tempo: ainda. amiúde (=sempre). um adjetivo (Estava muito bonita). quiçá. tão. alhures (= em outro lugar). de jeito nenhum. menos. Modo: assim. Superioridade . perto. acima. Sintético . às escondidas.Quando minha amiga Delma chegará de Campinas? (direta) . até. . à noite. de cor. demais. assaz bastante bastante. de vez em quando. muito.De repente o dia se fez noite.tão + advérbio + quanto. além. antigamente. Palavras e Locuções Denotativas: São palavras semelhantes a advérbios e que não possuem classificação especial. . Afirmação: certamente.Sem dúvida você é o melhor. Comparativo de: Igualdade . tempo. infelizmente. de modo algum. Inclusão: inclusive. antes. sem dúvida. logo. Superlativo Absoluto: Analítico . . . a esmo. por ali. por ventura. meio. exceto. hoje. a pé.10. mal. suavemente. .Preciso saber onde fica o Clube das Acássias. (indireta) Locuçoes Adverbiais: São duas ou mais palavras que têm o valor de advérbio: às cegas. Dúvida: acaso. ainda.menos: O candidato defendeu-se muito mal. como: Sou tão feliz quanto / como você.Sintético: melhor. fora. tampouco (=também não). aliás (= de outro modo ). tanto. sequer: Não me disse sequer uma palavra de amor.menos do que: Falei menos do que devia. às toa. ainda bem: Ainda bem que você veio. também. abaixo. talvez. ou causa. não. com certeza. de improviso. fora. Intensidade: apenas. Não se enquadram em nenhuma das dez classes de palavras. à direta. pior que: Amanhã será melhor do que hoje. salvo. depressa. Em frase negativa o advérbio já equivale a mais: Já não se fazem professores como antigamente. (B) Ali está o material. ou melhor. oposto de bem) com mau (adjetivo. Qual das frases abaixo possui advérbio de modo? (A) Realmente ela errou. 04.A repetição de um mesmo advérbio assume o valor superlativo: Levantei cedo. diz-se mais bem. familiar. (redondamente) . (D) Ela fala bem. Só não há advérbio em: (A) Não o quero.a de mau humor. . é adjetivo. . (D) Talvez ele fale. é comum o emprego do sufixo diminutivo dando aos advérbios o valor de superlativo sintético: agorinha. Classifique a locução adverbial que aparece em "Machucou-se com a lâmina".Não confunda mal (advérbio. (B) Achei-o meio triste. Explicação: por exemplo. lá. falei a todos.Bastante . ou melhor. encontrei. 131 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Assinale a frase em que meio funciona como advérbio: (A) Só quero meio quilo. rapidinho (bem rápido): Rapidinho chegou a casa. (E) Estava bem cansado. (E) Já cheguei. portanto. . equivale a muito / a: Aquelas jovens são bastante simpáticas e gentis. Realce: cá. é que. o particípio permanece no masculino plural: Minha irmã Zuleide emagrecia a olhos vistos. antes de substantivo. sobretudo. tem bom caráter. apenas. Questões 01. é advérbio. equivale a muitos / as: Contei bastantes estrelas no céu. apenas no último permanece mente: Educada e pacientemente.Dois ou mais advérbios terminados em mente. ou antes: Irei à Bahia na próxima semana.antes de adjetivo. 03. oposto de bom): Mal cheguei a casa. Emprego do Advérbio . mesmo: Sei lá o que ele quis dizer! Retificação: aliás. . a saber: Você. unicamente: Só Deus é perfeito. no próximo mês. isto é. 02.Antes de verbo no particípio. portanto vai para o plural. (E) Comprou um metro e meio.Bastante.Na locução adverbial a olhos vistos (=claramente). (C) Tudo está correto. (C) Descobri o meio de acertar. Moro pertinho da universidade. depressinha. devagarinho. (D) Parou no meio da rua.Na linguagem coloquial.Frequenternente empregamos adjetivos com valor de advérbio: A cerveja que desce redondo. pertinho. . por exemplo. (B) Antigamente era mais pacato o mundo. não vai para o plural. somente. (A) modo (B) instrumento (C) causa (D) concessão (E) fim . (=não se fazem mais) . . cedo. (C) Lá está teu primo. mais mal: Ficamos mais bem informados depois do noticiário notumo. cedinho.Limitação: só. . a Iniciativa da Bacia do Nilo (África).br/single/show/456) O emprego do advérbio “internacionalmente" (1º parágrafo) evidencia uma ideia de: (A) tempo (B) perspectiva (C) consequência (D) condição (E) explicação 06. mas em uma perspectiva fatalista que talvez tenha maior valor de mercado. (SP URBANISMO – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO – VUNESP/2014) Pobres das Flores dos Canteiros Pobres das flores dos canteiros dos jardins regulares. afirma: “No que diz respeito à água. “quando olhamos para os trabalhos acadêmicos. independentemente das fronteiras políticas que possa abranger. e atribuir conflitos a uma eventual escassez atende apenas a interesses midiáticos. como já vimos. nem há perspectiva de que haja. Não existe qualquer registro histórico de outra guerra entre entidades políticas autônomas ou explicada por motivos hídricos”.05. apenas algumas tensões políticas ou diplomáticas em alguns casos específicos. (FSC – TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR – CEPERJ/2014) A FALÁCIA DA GUERRA PELA ÁGUA Internacionalmente. A maior parte das 261 bacias internacionais existentes no mundo é gerida por meio de acordos que asseguram o compartilhamento de suas águas. Observe que. políticos e ideológicos. 132 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . já que as soluções técnicas e de planejamento estão se tornando mais eficientes e mais baratas. Afirmar que a água vai acabar. O especialista turco em hidropolítica Dursun Yildiz converge com essa opinião ao afirmar que. É o caso do Tratado de Cooperação da Bacia Amazônica. Esse conceito é mais publicado em revistas e jornais populares”. Tratado de Paz entre Israel e Jordânia acerca do compartilhamento do Rio Jordão. não existem registros de conflitos por disputa de recursos hídricos. a Comissão Internacional para Proteção do Rio Danúbio (Europa). podemos ver claramente que a tese da realização da guerra da água parece quase impossível. a última guerra . em Água no Século XXI: Desafios e oportunidades. A palavra em é: (A) conjunção (B) pronome indefinido (C) artigo definido (D) advérbio de lugar (E) preposição 07. o Protocolo de Damasco.com.no sentido clássico do termo . entre outros. Paula Duarte Lopes. em 2500 a. o Tratado da Bacia do Prata. Luiz Antonio Bittar Venturi (Extraído de: http://www. Ele ficou em casa. é uma insensatez malthusiana.cartanaescola.registrada teve lugar entre duas cidades-Estado na Suméria antiga (Umma e Lagash). sobretudo se comparadas aos custos de uma guerra. Parecem ter medo da polícia… Mas tão boas que florescem do mesmo modo E têm o mesmo sorriso antigo Que tiveram para o primeiro olhar do primeiro homem Que as viu aparecidas e lhes tocou levemente Para ver se elas falavam… No penúltimo verso.C. assegurando o compartilhamento das águas do Rio Eufrates (Oriente Médio). pois não se assenta em base científica. nunca houve a chamada guerra pela água. mesmo em áreas onde o recurso hídrico é mais escasso. O mundo já entende que uma bacia hidrográfica deve ser gerida enquanto sistema integrado. o advérbio levemente expressa relação de . (AGU – DIREITO – CIEE/2014) Assinale a alternativa cuja palavra destacada seja um advérbio. 09. 133 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . 08. Reposta C Alternativa A: Não – advérbio de negação Alternativa B: Ali – advérbio de lugar Alternativa D:Talvez – advérvio de dúvida Alternativa E: Já – advérbio de tempo 03. modificando a palavra tudo. (D) João é o mais rápido da turma. (B) “Levantou-se rapidamente da cama”. (E) tempo. (B) proporção. (B) tempo / modo. Resposta B Alternativa A: meio quilo = quantidade Alternativa B (correta): meio triste = advérbio de intensidade Alternativa C: descobri o meio = jeito. (C) uma locução adverbial. equivalendo a “com muita leveza”.advérbio de intensidade . (C) causa. respectivamente. modificando o verbo fazer 10. Resposta D Alternativa A: Realmente – advérbio de afirmação Alternativa B: Antigamente – advérbio de tempo Alternativa C: Lá – advérbio de lugar Alternativa D (correta): Bem – advérbio de modo / modifica a maneiro com que ela fala. Leia o texto que segue: “Não há muito tempo atrás Eu sonhava um dia ter Esse ordenado enorme Que mal me dá pra viver. (C) lugar / intensidade. (E) uma locução adjetiva.” (Millôr Fernandes) “Um dia” e “mal” exprimem. Respostas 01. (C) “Paulo é mais rápido que seu colega”. equivalendo a “ainda sendo leve”. a expressão destacada é: (A) uma locução adjetiva. Em “Eles fizeram tudo às claras”. (E) lugar / modo. modificando a palavra tudo. equivalendo a “com suavidade”. (A) “O tempo passa muito rápido e as lembranças ficam no peito”. modificando o verbo fazer. (B) um advérbio.(A) modo. (D) uma locução adverbial. modificando o verbo fazer. (D) lugar. maneira Alternativa D: meio da rua = metade Alternativa E: um metro e meio = quantidade 02. equivalendo a “a sua leveza”. Alternativa E: Bem. equivalendo a “por ser leve”. (D) tempo / causa. circunstâncias de: (A) tempo / intensidade. 04. Resposta E 07. Exemplo: Fiz todo o percurso a pé. (= de acordo com) . exceto. desde. Alternativa C: “que” é uma conjunção subordinativa comparativa. por causa de.Uma preposição ou locução prepositiva pode vir com outra preposição: Abola passou por entre as pernas do goleiro. a respeito de. aos / a+onde = aonde. acima de. Financiamento em até 24 meses. contra. além de. em favor de. a par de. em frente a.Não confunda locução prepositiva com locução adverbial. e sim no começo: Vimos de perto o fenômeno do "tsunami". Não vá sem mim. . por trás de. até a. estabelecendo uma relação entre ambos. conforme (=de acordo com). Resposta B Preposição É a palavra invariável que liga um termo dependente a um termo principal. consoante. Locuções Prepositivas: É o conjunto de duas ou mais palavras que têm o valor de uma preposição. em redor de.O artigo definido a que vem sempre acompanhado de um substantivo. sem. até. 134 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Classifica a maneira com que se levantou. em vez de. junto a. Combinações e Contrações Combinação: ocorre combinação quando não há perda de fonemas: a+o. ao invés de (=ao contrário de). entre. a fim de. antes de. ao lado de.os= ao. por cima de. embaixo de. (=no lugar de). defronte de. após. dentro de. (não há concordância com o substantivo masculino pé) . Exemplos: Não dê atençâo a fofocas. é flexionado: a casa. as árvores. salvo. . São: a. de acordo com. As preposições essenciais atuam exclusivamente como preposições. com. Resposta A 08. A preposição a nunca vai para o plural e não estabelece concordância com o substantivo. apesar de. A última palavra é sempre uma preposição. Resposta B Alternativa A: “pasa” é verbo Alternativa B: “rapidamente” é advérbio de modo. (locução adverbial).As preposições essenciais são sempre seguidas dos pronomes pessoais oblíquos: Despediu-se de mim rapidamente. em lugar de. Perante todos disse. acerca de. nunca há uma preposição no final. para com. Mas é inadequado dizer: Proibido para menores de até 18 anos. perto de. em. para. 09. graças a. Veja quais são: abaixo de. através de. tirante: Agia conforme sua vontade. O acidente ocorreu perto de meu atelier. junto de. São: como (=na qualidade de). segundo. Alternativa D: “turma” é substantivo. mediante. Na locução adverbial. (locução prepositiva) . trás. de. Resposta B “Com a lâmina” = instrumento 05. As preposições acidentais são palavras de outras classes que atuam eventualmente como preposições. sim. senão. Resposta B 06. a estrela. por. Resposta D 10. perante. As preposições podem ser: essenciais ou acidentais. sobre. as casas. as estrelas. ante. a partir de. visto. em cima de. a árvore. sob. (PREFEITURA DE CATOLÉ DO ROCHA – PB . naquela. deste. será palavra de inclusão e não preposição. sob pressão dos pais. isso. matéria: As queridas amigas Nilceia e Nadélgia moram em Curitiba. tempo: Tudo aconteceu em doze horas. Valores das Preposições A (movimento=direção): Foram a Lucélia comemorar os Anos Dourados. modo: Marfinha. as. . (ideia de morar) Perante (posição anterior): Permaneceu calado perante todos. lugar: Os corruptos vieram da capital. daquele. A contração da preposição a com os artigos ou pronomes demonstrativos a. Sob (debaixo de / situação): Prefiro cavalgar sob o luar. este. em algum provedor. o nome está at. naquilo. isto =da. Sem (ausência): Eu vou sem lenço sem documento.Contração: ocorre contração quando a preposição perde fonemas: de+a. Entre (posição entre dois limites): Convém colocar o vidro entre dois suportes. . (inclusive) Com (companhia): Rir de alguém é falta de caridade. É substituída por atrás de. Por (percurso.de+ entre. das. daquilo. os. Para direção: Não lhe interessava mais ir para a Europa. naqueles. tempo: Pretendo vê-lo lá para o final da semana. uma. causa: Por ser muito caro. Apreposição a indica deslocamento rápido: Vanios à praia. direção a um limite: Bateu contra o muro e caiu. Curiosidade: O símbolo @ (arroba) significa AT em Inglês. disto. assunto: Falávamos do casamento da Mariele. numas. posse: Dizem que o dinheiro do povo sumiu. espaço: Por cima dela havia um raio de luz.COMVESTUEPB/2015) . Contra (oposição. àquela.em+ um. depois de): Por trás desta carinha vê-se muita falsidade. o. A preposição de não deve contrair-se com o artigo. aquela. assunto: Conversávamos sobre política financeira. aquela. às. umas. que precede o sujeito de um verbo. não compramos um DVD novo. . De (origem): Descendi de pais trabalhadores e honestos. numa. as. instrumento: Feriu-se com as próprias armas. Em (lugar): Moramos em Lucélia há alguns anos. aquela. Atenção: Se a preposição até equivaler a inclusive. Trás (situação posterior. com contato): Colocou ás taças de cristal sobre a toalha rendada. é preposição fora de uso. aquilo = dentre. tempo: Iremos nos ver ao entardecer. É tempo de os alunos estudarem. desta. especialidade: Minha amiga Cidinha formou-se em Letras. tempo (substituída por antes de): Preciso chegarao encontro antes das quatro horas. Após (depois de): Após alguns momentos desabou num choro arrependido. Viveu. esta. deve-se rir com alguém. uns. modo: Partiu às pressas. dos. aquelas = num. aquilo. veste-se sempre com elegância.AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS . Vou para o litoral. Sobre (em cima de. causa: A cidade foi destruída com o temporal. nisto. naquele. tempo: Desde o ano passado quero mudar de casa.isto. nisso. que em Português significa em. aquele. aquilo recebe o nome de crase e é assinalada na escrita pelo acento grave ficando assim: à. aquele. tempo: Certamente teremos o resultado do exame até a semana que vem. tanta era a emoção. aqueles.para+ a = pra. nuns. Portanto. àquilo. hostilidade): Revoltou-se contra a decisão do tribunal. causa: O bebé chorava de fome. matéria: Era uma casa de sapé. do. lugar): Caminhava por ruas desconhecidas. (e não: dos alunos estudarem) Desde (afastamento de um ponto no espaço): Essa neblina vem desde São Paulo. Até (aproximação): Correu até mim. Os sonhadores amam até quem os despreza. espaço. aquele. minha comadre. daquela. àquele. (ideia de passear) Ante (diante de): Parou ante mim sem dizer nada. Apreposição para indica de permanência definitiva. Questões 01. 135 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . finalidade: Lute sempre para viver com dignidade. no curso de medicina da universidade. no qual aborda a doença. localizada na cidade de Juiz de Fora a 278 km de Belo Horizonte. onde percebi que esperavam de mim um médico de almas. 03. Especificamente em relação ao caso clínico da ELA podemos aproveitar ao máximo. o ex-coronel ianque (. 53 anos. mas não tirou minha capacidade de servir e enfim ser feliz". Disponível em:> http://educacao. foram as várias conversas pelas redes sociais.. verbo e preposição. 02.uol. já que eles tinham a visão de um paciente e um médico na discussão". Atualmente. "Na verdade. para cada uma das reações. não ando. e se prepara para a confecção de outro. (CRA-MA . Data da consulta: 11/09/2011. escrevendo crônicas". gerando um ensino mais próximo da realidade que irão enfrentar. pessoas famosas passaram a encarar o como maneira de atrair atenção para a "desafio do balde de gelo" enfermidade. O uso da preposição com permite diferentes interpretações da frase acima. preposição. a música e a doença. o profissional atua como professor convidado. de modo que haja um sentido diferente em cada uma.AUXILIAR ADMINISTRATIVO – IDECAN/2014) . ele vive com a mulher e dois filhos na cidade de São Sebastião do Paraíso. que não foram afetados pela doença. O título faz referência a sua experiência com a medicina. Mesmo tendo que conviver com as extremas limitações físicas impostas pela enfermidade. 136 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . ainda assim.. substantivo e preposição. O próximo livro.<. cidade no sul de Minas Gerais e distante 400 km da capital mineira. disse referindo-se à plataforma utilizada para ensino a distância (Moodle). Cada semana um novo caso clínico é discutido entre professores. é portador da . o retorno dado pelos alunos foi considerado positivo.com. Segundo ele. avaliou. "A doença me tirou muita coisa. segundo ele. "Há uma página específica no site da universidade com uma plataforma virtual de ensino a distância. não como.Texto I Médico só pode piscar os olhos e. (. retirada do texto. pronome. substantivo e preposição." as palavras sublinhadas são. na sequência: (A) Verbo. ele escreveu um livro. Na sentença.) sai à caça do soldado desertor que realizou assalto ao trem com confederados. terá o título de "O Médico de Pijamas e suas Estórias". Assim pude servir e ser útil.) Recentemente. substantivo e preposição. com sintomas Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) diagnosticados em 2010. substantivo.htm11/09/201408h00 >Atualizada 11/09/201415h22. e no qual interage a distância com alunos do 2º período na disciplina Fisiologia Médica. verbo. (E) Preposição. Ele dispõe de computador munido de um programa e um leitor infravermelho que captam os movimentos dos globos oculares. “ELE REENCONTROU A FELICIDADE DE CONTINUAR NA PROFISSÃO AO SER CONVIDADO PARA MINISTRAR AULAS. (B) Substantivo. a noção expressa da preposição com. O retorno positivo foi confirmado pela participação dos alunos. No final da Guerra Civil americana. descreveu Lima ao UOL em entrevista concedida por e-mail. o que deu origem ao livro EU E ELAS. minha verdadeira vocação. (Com adaptações). (C) Pronome. dá aulas na UFJF (Universidade Federal de Juiz de fora).. "Meu intuito sempre foi de agregar à disciplina uma visão prática e humanista. (D) Pronome. (A) Reescreva-a de duas maneiras diversas. ele reencontrou a felicidade de continuar na profissão ao ser convidado para ministrar aulas na UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora). Por meio de um mouse e um teclado virtual ele consegue interagir com a máquina e utilizá-la normalmente. Nos últimos meses..br/noticias/2014/09/11/medico-com-doenca-do-desafio-balde-de-gelo-ele-so-pode-piscar-osolhos-e-ainda-assim-da-aulas-na fjf. disse. Há também o mote de o desafiado fazer uma doação em dinheiro a uma instituição que trata pacientes com a ELA. que aborda tópicos de neurofisiologia. monitores e alunos". não falo. Há três semestres. não saio de cima de uma cama. pronome. O médico e professor Vanderlei Corradini Lima. verbo e preposição. Ele afirmou ter conseguido trabalhar até julho de 2011. (B) Indique. Poucos dias depois. sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço. Um belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho.." (C) "No silêncio mais absoluto. em que ele descrevia exatamente a mesma situação. nem sequer uma mosca se movendo. Zás. eles. Zás. mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. fiquei procurando uma razão para a queda. Nossos pregos são feitos de material maciço. nenhuma obra no prédio. chamado Novecentos. ou eu. "No silêncio mais absoluto. O quanto podemos conosco? Uma boa definição para felicidade: ser leve para si mesmo. (A) ". Simplesmente caíram.. Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. nossos desejos inconfessos.. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?" Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério." (E) "Simplesmente caíram. Não há uma causa. nenhuma rachadura.. Por que precisamente neste instante? Não se sabe." (B) "Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. zás. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa.dihitt. com tudo imóvel ao seu redor. sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço. crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações. algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. apenas diz que assim é. depois de terem permanecido seis anos inertes. Um avião passa no céu e a gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto." 04. estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco. Não consegui admitir essa gratuidade. haveria de ter uma. Ninguém os havia tocado. 137 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Estão novamente fixos no mesmo lugar. depois de terem permanecido seis anos inertes. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. (Martha Medeiros. ficamos em pé. Nossos pregos já não nos seguram.com/barra/pregos-de-martha-medeiros.) Assinale a alternativa em que o termo destacado NÃO é preposição." (D) "Até que eles.. ele descrevia exatamente a mesma situação. (CRB 6ª REGIÃO – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – QUADRIX/2014) . numa dessas coincidências que não se explicam. Até que eles. nenhuma ventania naquele dia. ou eu.Texto Pregos Foi de repente. Disponível em: http://www. Adaptado. Nascemos. com tudo imóvel ao seu redor. estarei aí. (A) Oh! A natureza! (B) Oh! A natureza! (C) Ela nos convida a sentar e admirá-la. Só esperou ver o marido afastarse caminho abaixo. 115-116 ). despediu-se ela acenando com a mão.. em destaque. uma preposição. No grande quarto. Contos de amor rasgados. 07. Marina.. do segundo. (SEDUC-RO – PROFESSOR HISTÓRIA – FUNCAB/2013) Leia o texto abaixo e responda a questão proposta.br/tirinhas/a-natureza-i) Assinale a opção em que apareça. do terceiro andar. Nenhum som vinha além da pesada porta de carvalho. (DETRAN-RJ .. 1986. 06. E não permitiu. (C) Os vitrais chegaram aqui em pedaços.. viajou. Apenas uma fresta de luz escorria junto ao chão. (B) A julgar por esses dados. Assinale a alternativa em que a preposição destacada estabeleça o mesmo tipo de relação que na frase matriz: Criaram-se a pão e água. na semana toda em que o marido ficou no castelo.com. no terceiro andar. Rio de Janeiro: Rocco.. Só faltava ela para completar o jogo de buraco.. E com ele subiu em dorso de mula até o sombrio castelo. entrou. E a ela seria entregue. embora sabendo que antes três esposas haviam morrido. (A) Desejo todo o bem a você. e ofegante parou frente à décima quinta porta. Então. Era o décimo quinto quarto do corredor esquerdo. De um certo tom azulado Casou-se com o viúvo de espessa barba.(http://www. inundando a cabeça de zumbidos. 138 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Tremia a mão hesitante empunhando a chave. (B) O professor sequer quis ouvir às solicitações do aluno. (E) As crianças não gostaram do ensopado de jiló. (E) Ela nos convida a sentar e admirá-la. E empurrando lentamente. A chave. quando ele a avisou de que num cômodo jamais deveria entrar. . (C) Feriram-me a pauladas. Mas chegando a oportunidade da primeira viagem. Batia seu coração. (E) Ao entardecer. (D) Ela nos convida a sentar e admirá-la. sentadas ao redor da mesa. as três esposas esperavam. 05. ouvindo o estalar de molas e linguetas. estava junto comas outras no grande molho. avançou pelo corredor.ASSISTENTE TÉCNICO DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL – MAKIYAMA/2013) Assinale a alternativa em que a preposição destacada estabelece sentido de origem: (A) Apesar do mau tempo. mostrou. Devagar botou a chave na fechadura. enquanto com a outra apalpava no bolso a chave proibida. Devagar rodou. rápida. subiu as escadas do primeiro.gompy. p. Poucos dias haviam passado. bem lentamente. (D) Andou a colher alguns frutos do mar. tão certo estava de que sua virtude não lhe permitiria transgredir a ordem. (COLASANTI. (D) Este xale é de seda pura. tudo está perdido. . chorando e colocando o buquê ali. (B) Margarida chorou de dor. os epitáfios. 10.º parágrafo). Adaptado) A preposição de.2009. diziam. Um dia. 08. assinale a alternativa correta: 1) Preposição 2) Conjunção Subordinativa Causal 3) Conjunção Subordinativa Conformativa 4) Conjunção Coordenativa Aditiva 5) Advérbio Interrogativo de Modo ( ) Perguntamos como chegaste aqui.. Assinale a alternativa em que ocorre combinação de uma preposição com um pronome demonstrativo: (A) Estou na mesma situação. corria para o cemitério com um ramo de flores. estabelece entre as palavras uma relação de causa na alternativa (A) . Uma mulher chamada Margarida. (E) Os mortos sabem de coisas. Foi uma existência solitária. Remião era um homem calado. era vigilante noturno de um cemitério bem distante da sua casa. (C) Daqui não saio.. Margarida chorou de dor diante daquela triste fatalidade cruel e inesperada. chorando sem parar.º parágrafo). hostil mesmo. já havia um ramo de flores sobre o túmulo de Remião.. (6.º parágrafo).. Quem o tinha colocado ali? Ela perguntou ao zelador do cemitério. ele. Claro que poderia ter sido um engano de alguém. que vivia sempre rodeada de amigos e de parentes.Agente Operacional – VUNESP/2010) Leia o texto para responder a questão. (D) Ando só pela vida.11. mas não tinha amigos nem parentes com os quais conversasse. é de: (A) propriedade. (B) finalidade. 139 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES ..º parágrafo). (Moacyr Scliar.Paulo. destacada. Pensava em uma bela mulher vestida de preto. Quem seria essa mulher? Para essa indagação. no último dia de finados.. Telefonaram do cemitério em que ele trabalhava: ele tinha sido encontrado caído sobre um túmulo. algo surpreendente ocorreu. ( ) Tinha-o como amigo. 02. Casaram e viveram juntos durante 25 anos. estabelecida pela preposição PARA. até que a morte a separe de sua dúvida e a leve à verdade. ele é um bicho do mato. Quando Margarida chegou ao cemitério. (D) modo. Remião não voltou para casa. Isso a atormentará para sempre. morto. de noite.. (E) Acordei num lugar estranho.No último parágrafo. (C) procedência... era que Margarida não podia esquecer o falecido. Tinha emprego.uma bela mulher vestida de preto. que era exatamente ao contrário dele: alegre. mas era outra coisa que Margarida imaginava. (E) destino. (5. Ninguém sabia. Não conviviam com outras pessoas. diziamlhe. ali. Nos fins de semana ficavam em casa. Ficava horas. Os mortos sabem de coisas que os vivos desconhecem. convenientemente.. . (D) Ela trabalhava de dia. E quando chegava o dia de finados. encerramos nossas transmissões. (4. Mas Remião tinha esposa.º parágrafo). ( ) Percorrera as salas como eu mandara. (B) Neste momento. (C) . (7. Ele tinha uma ocupação muito estranha: colecionava frases que copiava dos túmulos. a relação de sentido. 09. Os amigos e familiares de Margarida ficaram consternados. Folha de S... Classifique a palavra como nas construções seguintes. O fato. Mas ela estava apaixonada e resolveu arriscar.. numerando.já havia um ramo de flores. “Graças a Deus a sorte livrou você daquele cara”. A seguir. (6. Esse cara vai arruinar sua vida. Mas. (FUNDAÇÃO CASA . os parênteses. mas seus parentes ficaram contentes. Margarida não tem resposta. porém. Ela trabalhava de dia. b) Na frase 1. 03. com confederados. com o ponto de exclamação(!) Locução Interjetiva: É o conjunto de duas ou mais palavras com valor de uma interjeição: Muito bem! Que pena! Quem me dera! Puxa. elas vêm de alguém. ) Tanto ele como o irmão são meus amigos.4 – 5 (E) 1 . Resposta B 09. assim a preposição “do” estabelece o sentido de origem. como em copo com água. daquilo que foi usado para que se praticasse uma ação.. Resposta D 02 .3 Respostas 01.) sai à caça do soldado desertor.interjeição Alternativa B: A .2 – 4 (D) 3 .. Em 1. Resposta D Alternativa A: Oh .preposição Alternativa E: admirá-la – pronome oblíquo átono 05. Resposta C Interjeição É a palavra invariável que exprime emoções. 07.4 . Na alternativa C.3 .1 . No final da Guerra Civil americana.3 .3 – 1 (B) 4 -5 . Resposta B 10. (A) 2 .2 . 06. introduz um adjunto adverbial de companhia.a) 1. a preposição “a” estabelece a ideia de instrumento. sensações. realizou assalto a trem. no caso do aluno.) sai à caça do soldado desertor que realizou assalto ao trem que levava confederados. que se representa.artigo Alternativa C: Ela – pronome pessoal reto Alternativa D (correta): Convida a sentar .1 . Na frase 2. que legal! . com indica a relação continente-conteúdo. a preposição “a” estabelece o mesmo tipo de relação. (trem-soldados). 2. fiquei em casa.( ( ) Como estivesse muito frio. 04. está ligado ao substantivo “situação”.. o ex-coronel ianque (.5 .1 – 2 (C) 5 . 140 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . No final da Guerra Civil americana. Resposta A Alternativa A: “a” é artigo. Resposta B 08.4 . com indica “em companhia de”. que.. Resposta B Alternativa B: as solicitações possuem uma origem. em 2. estados de espírito ou apelos: As interjeições são como que frases resumidas: Ué ! =Eu não esperava essa! São proferidas com entonação especial.2 . Resposta C Na frase matriz.5 . o ex-coronel ianque (. com introduz um adjunto adnominal (de trem). na escrita. ou seja. ” (B) “Azevedo Gondim compôs sobre ela dois artigos. adjetivo 04. Assinale o par de frases em que as palavras sublinhadas são substantivo e pronome. Toca! Aplauso: Bravo!. Meu Deus!. Sem dúvida! Desejo: Oxalá!. substantivo (E) pronome. . que eu te direi quem és. (D) Pessoas inconformadas lutaram pela abolição. Vamos!. (E) Os prejudicados não tinham o direito de reclamar. Psiu!. substantivo (B) verbo. Olha lá! Alegria: Viva!. Oba!. Força!.” (E) “Resolvi abrir o olho para que vizinhos sem escrúpulos não se apoderassem do que era delas. substantivo. depois (C) para. Parabéns!. O "que" está com função de preposição na alternativa: (A) Veja que lindo está o cabelo da nossa amiga! (B) Diz-me com quem andas. adjetivo.Classificaçao das Interjeições e Locuções Interjetivas As intejeições e as locuções interjetivas são classificadas. entre. Que bom!. (C) João não estudou mais que José. Assim. mas entrou na Faculdade. 02. atrás. acima 03. Céus! Advertência: Cuidado!. Xi!. Adeus!. Calma!. Questões 01. Olá!. substantivo. Uh! Uai! Pedido de Silêncio: Quieto!. as serras. Ah!. respectivamente: (A) A imigração tornou-se necessária. por (D) em. Ui!.” (C) “Pediu-me com voz baixa cinquenta mil réis. Alô!. / O consumo de drogas é condenável. adjetivo (D) pronome. Sim!. / É dever cristão praticar o bem. (D) O Fiscal teve que acompanhar o candidato ao banheiro. uma mesma palavra ou expressão pode exprimir emoções variadas. Credo!. após (E) após. Nossa!. sobre. o dínamo. Senhoria cópia autêntica do Edital nº 19/82. Tchau! Concordância: Claro!. Essa não!. Psit! Aversão: Droga!. / Não entendi o que você disse.” 05. Bico fechado!. Basta! Saudação: Oi!. / Havia muito movimento na praça.” (D) “Expliquei em resumo a prensa. Raios!. respectivamente: (A) verbo. sob. (E) Não chore que eu já volto. Silêncio!.'de acordo com o sentido que elas expressam em determinado contexto. Oh!. substantivo. Queira Deus! Quem me dera! Observe na relação acima. Pudera!. adjetivo. Admiração ou Espanto: Oh!. Caramba!. (B) A Inglaterra é responsável por sua economia. / Pesca-se muito em Angra dos Reis. que as interjeições muitas vezes são formadas por palavras de outras classes gramaticais: Cuidado! Não beba ao dirigir! (cuidado é substantivo). Assinale o item que só contenha preposições: (A) durante. Oba!. Alerta!. caso... Observe as palavras grifadas da seguinte frase: “Encaminhamos a V. Ânimo!. advérbio (C) verbo. Chega!. Tomara!. Atenção!. Assinale a opção em que a locução grifada tem valor adjetivo: (A) “Comprei móveis e objetos diversos que entrei a utilizar com receio.” Elas são. lh! Medo: Cruzes!. sobre (B) com. Certo!. Eia!. Jesus!. 141 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . (C) Fale sobre tudo o que for preciso. Alto!. Ânimo: Avante!. Muito bem! Chamamento: Olá!. (E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. Se ele ____ (ver) o nosso trabalho _____ (fazer) um elogio. Resposta A 03. (D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim. (E) crê . Assinale a alternativa que completa adequadamente a frase: “___ em ti. a forma verbal está no: (A) imperfeito do subjuntivo. Resposta D . (D) vir – fará. mas nem sempre ___ dos outros”. (C) ver – fazerá. Resposta C 04. Respostas 01. As expressões sublinhadas correspondem a um adjetivo. (B) visse – fará. (B) futuro do presente composto.06. (A) creias . Resposta E 10.duvides. exceto em: (A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. Resposta D 09.duvidas. Resposta B 08. (E) futuro composto do subjuntivo. 08.” (A) 1 preposição (B) 3 adjetivos (C) 4 verbos (D) 7 palavras átonas (E) 4 substantivos 07. Resposta E 05. (D) mais-que-perfeito composto do subjuntivo. (C) mais-que-perfeito composto do indicativo. 10. “Saberão que nos tempos do passado o doce amor era julgado um crime. (B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. 09. (E) vir – faria. Resposta E 02.duvide. Em “__ como se tivéssemos vivido sempre juntos”.duvidas. (A) ver – fará. (C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira.duvides. (C) creais . 142 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Resposta E 07. Resposta D 06. (D) creia . (B) crê . ” (Humberto de Campos) “Meu primo estava saudoso dos tempos da infância e falava dos irmãos e irmãs falecidas. tanto nominal quanto verbal. com a função de adjunto adnominal. 143 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . da regência. com o mais próximo: “Escolhestes mau lugar e hora. o adjetivo concorda. Velhos livros e revistas enchiam as prateleiras. em roda. Assim.acerca do possível ladrão ou ladrões. conformando-se ao número e à pessoa do sujeito.Anteposto aos substantivos.toda ela (a casa) cheirando ainda a cal. em geral. Exemplo: O alto ipê cobre-se de flores amarelas.. da ortografia e da acentuação gráfica) Concordância Nominal e Verbal A concordância consiste no mecanismo que leva as palavras a adequarem-se umas às outras harmonicamente na construção frasal. Exemplo: . “Concordar” significa “estar de acordo com”..3. .. Concordância Nominal: adequação entre o substantivo e os elementos que a ele se referem (artigo. poderá concordar no masculino plural (concordância mais aconselhada).” (Herman Lima) “Ainda assim.” (Antônio Calado) Velhas revistas e livros enchiam as prateleiras.No masculino plural: “Tinha as espáduas e o colo feitos de encomenda para os vestidos decotados. ou com o substantivo mais próximo. Concordância Verbal: variação do verbo. com valor estilístico).grande número de camareiros e camareiras nativos. pronome. nas suas flexões. adjetivo). O adjetivo que se refere a mais de um substantivo de gênero ou número diferentes..” (Alexandre Herculano) “. Músicos e bailarinas ciganas animavam a festa.” (Carlos Povina Cavalcânti) “. a tinta e a barro fresco. efetua-se de acordo com as seguintes regras gerais: O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. atrativa ou ideológica (dá ênfase a apenas um dos vários elementos. Essa concordância poderá ser feita de duas formas: gramatical ou lógica (segue os padrões gramaticais vigentes)..” (Machado de Assis) “Os arreios e as bagagens espalhados no chão. Concordância Nominal Concordância do adjetivo adjunto adnominal: a concordância do adjetivo. apareci com o rosto e as mãos muito marcados.. quando posposto.” (Luís Henrique Tavares) . É o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes se harmonizam. Convenções da Norma Padrão (no âmbito da concordância. “..Com o substantivo mais próximo: A Marinha e o Exército brasileiro estavam alerta. os elementos que compõem a frase devem estar em consonância uns com os outros. com as palavras de que dependem.2. na concordância..” (Érico Veríssimo) . ” (Antônio Olinto) . É necessário ter muita fé. muito. Doutor Juiz.). embora o sujeito seja substantivo feminino ou plural: Bebida alcoólica não é bom para o fígado.Sendo o sujeito composto e constituído por substantivos de gêneros diversos. que. “O César e a irmã são louros. mas em todos os casos deve subordinar-se às exigências da eufonia. sexo e profissão. etc. o predicativo concordará no masculino plural: O vale e a montanha são frescos. Os campos estavam floridos.” (Machado de Assis) “É preciso cautela com semelhantes doutrinas. são merecedores de nossa confiança. A ciência e a virtude são necessárias. um e outro legítimos. “Vossa Excelência está enganado. .Seguem esta regra os pronomes adjetivos: A sua idade.” (Alexandre Herculano) . É proibida a caça nesta reserva.. senhores Ministros. que se referem a pronomes neutros indefinidos (nada.O predicativo concorda em gênero e número com o sujeito simples: A ciência sem consciência é desastrosa.” (Aníbal Machado) Observe-se que em tais casos o sujeito não vem determinado pelo artigo e a concordância se faz não com a forma gramatical da palavra. mas com o fato que se tem em mente: Tomar hormônios às refeições não é mau. às refeições. as colheitas seriam fartas. Aqueles vícios e ambições. Exemplos: Estudo as línguas inglesa e francesa. Muitas vezes é facultativa a escolha desta ou daquela concordância. é necessário. O dedo indicador e o médio estavam feridos. Todavia. por atração. Seus planos e tentativas. Por que tanto ódio e perversidade?.Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo determinado pelo artigo..” (Camilo Castelo Branco) “Hormônios. tanto. etc. podem esses adjetivos concordar com o substantivo (ou pronome) sujeito: “Elas nada tinham de ingênuas. . “Seu Príncipe e filhos”. Estudo a língua inglesa e a francesa.” (José Gualda Dantas) Concordância do adjetivo predicativo com o sujeito: a concordância do adjetivo predicativo com o sujeito realiza-se consoante as seguintes normas: .Os adjetivos regidos da preposição de. Seus olhos têm algo de sedutor. “Água de melissa é muito bom.” (Machado de Assis) Longos eram os dias e as noites para o prisioneiro. Os dedos indicador e médio estavam feridos. algo. 144 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . não é mau. Vossa Alteza foi bondoso. é preciso. eu lhe garanto.Se o sujeito for representado por um pronome de tratamento.. .Quando o sujeito é composto e constituído por substantivos do mesmo gênero. ocorrem dois tipos de construção.” (Ariano Suassuna) Vossas Excelências.. . da clareza e do bom gosto. “O céu e as árvores ficariam assombrados. “Torvos e ferozes eram o gesto e os meneios destes homens sem disciplina. normalmente ficam no masculino singular: Sua vida nada tem de misterioso. a concordância se efetua com o sexo da pessoa a quem nos referimos: Vossa Senhoria ficará satisfeito. o predicativo deve concordar no plural e no gênero deles: O mar e o céu estavam serenos. (com referência a um príncipe) O predicativo aparece às vezes na forma do masculino singular nas estereotipadas locuções é bom. e deitou-o no jazido de sua esposa”. quando se flexiona.Quando o objeto é composto e constituído por elementos do mesmo gênero. Quando o núcleo do sujeito é. A noite torna visíveis os astros no céu límpido.Havendo determinação do sujeito. efetuar a concordância com o substantivo que o acompanha: Centenas de rapazes foram vistos pedalando nas ruas. 145 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . efetua-se a concordância normalmente: É necessária a tua presença aqui. poderá o predicativo. (Gonçalves Dias) Encontrei jogados no chão o álbum e as cartas. Referindo-se a dois ou mais substantivos de gênero diferentes. Concordância do particípio passivo: Na voz passiva. um coletivo numérico. o particípio concordará no masculino plural: Atingidos por mísseis. flexiona-se no masculino plural: “Salas e coração habita-os a saudade”” (Alberto de Oliveira) . o adjetivo se flexiona no plural e no gênero dos elementos: A justiça declarou criminosos o empresário e seus auxiliares. O governo avisa que não serão permitidas invasões de propriedades. como no último exemplo. neste caso.O pronome que se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes. “Olhou para suas terras e viu-as incultas e maninhas.O adjetivo concorda em gênero e número com o objeto quando este é simples: Vi ancorados na baía os navios petrolíferos.” (José de Alencar) . a folha da tristeza. Achei muito simpáticos o príncipe e sua filha. “Mas achei natural que o clube e suas ilusões fossem leiloados. concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere: “Martim quebrou um ramo de murta. ou sendo preciso realçar o predicativo. Dezenas de soldados foram feridos em combate. Foi feita a entrega dos convites.” (Eça de Queirós) “Seriam precisos outros três homens. (José de Alencar) “O velho abriu as pálpebras e cerrou-as logo.” (Carlos de Laet) Concordância do predicativo com o objeto: A concordância do adjetivo predicativo com o objeto direto ou indireto subordina-se às seguintes regras gerais: .” (Aníbal Machado) “São precisos também os nomes dos admiradores. o adjetivo predicativo concordará no masculino plural: Tomei emprestados a régua e o compasso. a corveta e o navio foram a pique. Considero autores do crime o comerciante e sua empregada. em geral. Deixe bem fechadas a porta e as janelas. concordar com o núcleo mais próximo: É preciso que se mantenham limpas as ruas e os jardins. .” (Carlos de Laet) O tribunal qualificou de ilegais as nomeações do ex-prefeito.O pronome. o particípio concorda em gênero e número com o sujeito.” (Carlos Drummond de Andrade) Concordância do pronome com o nome: .Se anteposto ao objeto. . pode-se. Segue as mesmas regras o predicativo expresso pelos substantivos variáveis em gênero e número: Temiam que as tomassem por malfeitoras. “Vi setas e carcás espedaçados”. . como os adjetivos: Foi escolhida a rainha da festa.Sendo o objeto composto e formado de elementos de gênero diversos. Os jogadores tinham sido convocados. que se fizessem e largamente. (= indispensável) “Se eram necessárias obras. vai a relação das mercadorias.Os pronomes um. Vão anexos os pareceres das comissões técnicas. na sala iluminada.A olhos vistos. ensinaste-os tu em toda a sua sublimidade.” (Graciliano Ramos) Os substantivos sendo sinônimos.” (Alexandre Herculano) Conheci naquela escola ótimos rapazes e moças.” (Maria Helena Cardoso) “Estas frutas são as mais saborosas possível. duas cópias do contrato.“A generosidade.Anexo. Como adjetivos. Remeto-lhe. sozinho]: Estávamos a sós.. que cegueira e desatino é o nosso!” (Manuel Bernardes) . um e outro agradeceram-lhe muito o benefício da salvação do filho. concordam no masculino: Marido e mulher viviam em boa harmonia e ajudavam-se um ao outro. Outros casos de concordância nominal: Registramos aqui alguns casos especiais de concordância nominal: . só [sozinho. e. esperava-nos sempre o almoço com os pratos mais requintados possível. A locução um e outro.Só.” (Ronaldo Miranda) . Eles estavam sós. permanece também no masculino: “A mulher do colchoeiro escovou-lhe o chapéu. Elas só passeiam de carro.” (Machado de Assis) O substantivo que se segue às locuções um e outro e nem outro fica no singular. Forma a locução a sós [=sem mais companhia. bastariam para torná-los célebre. como se os tivesse visto. “Lúcia emagrecia a olhos vistos”. anexas. Os crimes de lesa-majestade eram punidos com a morte. Significa visivelmente. incluso. ora flexionado: “A volta.Possível. . uma fotocópia do recibo. Remeto-lhe. Ajudar esses espiões seria crime de lesa-pátria. . (Coelho Neto) “Zito envelhecia a olhos vistos. o outro. referida a indivíduos de sexos diferentes.” (Autren Dourado) . 146 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . com os quais fiz boas amizades. Esses dois livros. por interesse. Nem um nem outro livro me agradaram. Observação: Evite a locução em anexo.” (ledo Ivo) “. Só eles estavam na sala.. “Referi-me à catedral de Notre-Dame e ao Vesúvio familiarmente. “Repousavam bem perto um do outro a matéria e o espírito. equivalente de apenas. leso. Como palavra denotativa de limitação.” (Carlos Góis) “A mania de Alice era colecionar os enfeites de louça mais grotescos possíveis. este adjetivo ora aparece invariável. é invariável. outro.. o esforço e o amor. Como adjetivo. Jesus despediu a multidão e subiu ao monte para orar a sós. inclusa. quando ele [Rubião] saiu. somente. e o resultado obtido foi uma apresentação com movimentos os mais espontâneos possíveis. Exemplos: Um e outro livro me agradaram.” (Alexandre Herculano) Nito e Sônia casaram cedo: um por amor. por si sós. único] concorda em número com o substantivo. quando se referem a substantivos de gênero diferentes.. Usado em expressões superlativas. concordam com o substantivo em gênero e número: Anexa à presente. Locução adverbial invariável. o pronome concorda com o mais próximo: “Ó mortais. Usada como advérbio. embora seja advérbio: Esses índios andam todos nus. As meninas iam todas de branco. Mas admite-se também a forma invariável: Fiquei com os cabelos todo sujos de terá. etc. 147 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .” (Autram Dourado).” (Assis Brasil. Fica invariável quando advérbio.” (Josué Guimarães) . O médico atendeu o maior número de pacientes possível. Os Crocodilos. Suas mãos estavam todo ensangüentadas.” (José Gualda Dantas) “Foram direto ao galpão do engenheiro-chefe. Pela sua origem.” (Austregésilo de Ataíde) . [ou mais barato] Estas aves voam alto. em estado de vigilância) é advérbio e.) Os prédios devem ficar o mais afastados possível. etc. “Todos os sentidos alerta funcionam. (=vigilantes) Papa diz aos cristãos que se mantenham alertas. portanto. como sério. raro. o maior..Meio. caro.Adjetivos adverbiados. flexionada no plural: Nossos chefes estão alertas. Os sapatos eram meio velhos. olhos abertos e sentidos alertas. . .Como se vê dos exemplos citados. As meninas ficaram meio nervosas. no sentido de um pouco. Os emissários voltaram bastante otimistas. ficam invariáveis: Vamos falar sério. claro.Bastante. Duas malas não eram bastantes para as roupas da atriz. no português de hoje. “Uma sentinela de guarda.. Varia quando adjetivo. Ele trazia sempre as unhas o mais bem aparadas possível. o adjetivo possível no plural.” (José Louzeiro) “Era como se tivessem estado juntos na véspera. por isso. “Elas moram junto há algum tempo. sinônimo de suficiente: Não havia provas bastantes para condenar o réu. completamente. Exemplos: A porta estava meio aberta. O singular é de rigor quando a expressão superlativa inicia com a partícula o (o mais.Todo. Vê que se aproximam dias bastante escuros. invariável: Estamos alerta. caso em que modifica um adjetivo: As cordas eram bastante fortes para sustentar o peso. mas serviam. esperando pelo desconhecido. 25) . neste caso. No sentido de inteiramente. [ou baixo] Junto e direto ora funcionam como adjetivos. o menos. ora como advérbios: “Jorge e Dante saltaram juntos do carro. atualmente. barato. sentida antes como adjetivo. “Levi está inquieto com a economia do Brasil. alerta (=atentamente. há nítida tendência. costuma-se flexionar.” (Martins de Aguiar) Contudo. Geou durante a noite e a planície ficou toda (ou todo) branca. quando usados com a função de advérbios terminados em – mente. disse a secretária. para se usar. sendo.. alto. esta palavra é.” (Carlos Drummond de Andrade) “Os brasileiros não podem deixar de estar sempre alerta.Alerta. de prontidão. Certos adjetivos. esta palavra é invariável. A casinha ficava sob duas mangueiras. o menor. que a cobriam toda. Os soldados ficaram alerta. p. [sério = seriamente] Penso que falei bem claro. Esses produtos passam a custar mais caro. . . (TJ/SC . (bastante/ bastantes) (D) Encontrei ____ a sala e os quartos. (vazia/vazios) (E) A dona do imóvel ficou ____ desiludida com o inquilino. À noite. (alerta/ alertas) (C) Houve ____ razões para eu não voltar lá. 148 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . espero que Vossa Senhoria seja mais compreensivo. verifica-se ERRO em: (A) O texto fala de uma época e de um assunto polêmicos.PROGRAMAÇÃO DE COMPUTADORES – CESGRANRIO/2005) Texto I Conta-se que. há menos pessoas na praça. 03. (B) Na última reunião. e logo! (D) Embora tenha ficado demonstrado cabalmente a ocorrência de simulação na transferência do imóvel. certa vez. (TJ/SC . (D) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa desnecessárias. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO – GUARDA MUNICIPAL – FJG RIOI/2013) Quanto à concordância nominal. (AL TO ASSISTENTE LEGISLATIVO . Bem. algo muito incomum. 04. o pedido não pode prosperar.” (B) Todos sabemos que a solução não é fácil. somada ao fato de D. É palavra invariável: Gaste menos água. (E) Senhor diretor. pois acordam às cinco horas para chegar ao trabalho às oito da manhã. (CEMIG/TELECOM – Técnico Administrativo . Questões 01. esse .Analista Jurídico – TJ/SC) Aponte a alternativa em que NÃO ocorre silepse (de gênero. (meio/ meia) 05. 06. apenas a de parentes.FUMARC) A concordância nominal está INCORRETA em: (A) A mídia julgou desnecessária a campanha e o envolvimento da empresa. (E) A liberdade comercial da colônia. mulher e criança viciadas. (C) A mídia julgou desnecessário o envolvimento da empresa e a campanha.. número ou pessoa): (A) “A gente é feito daquele tipo de talento capaz de fazer a diferença.Menos. (C) Constata-se hoje a existência de homem. possibilitou ao Brasil obter certa autonomia econômica.. Eles queriam saber o que havia na região ao norte do Distrito Federal. (A) Será que é ____ essa confusão toda? (necessário/ necessária) (B) Quero que todos fiquem ____. (B) A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa desnecessária. Complete os espaços com um dos nomes colocados nos parênteses. (C) Alguma solução é necessária. (C) Essa gente trabalhadora merecia mais. (D) Não será permitido visita de amigos. 02. porque as imagens mostravam um brilho intenso naquelas coordenadas. João VI ter também elevado sua colônia americana à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves. ligaram para Brasília uns cientistas americanos intrigados com o que viram em algumas fotos de satélite. (D) Todos os brasileiros sabem que esse problema vem de longe. (B) Tornou-se clara para o leitor a posição do autor sobre o assunto.Analista Jurídico – TJ/SC) Indique o uso INCORRETO da concordância verbal ou nominal: (A) Será descontada em folha sua contribuição sindical. ficou acordado que se realizariam encontros semanais com os diversos interessados no assunto. pois a concordância foi feita pelas classes gramaticais. ficaram tristes. não estavam descobrindo nenhuma América. Abril . o que faz de Alto Paraíso e da vizinha vila de São Jorge um "território alto-astral" de fama internacional.. (E) Sós. (podem ser de gênero. Viagem. com o significado que as palavras representam. número. que é um manancial de água e luz (a solar. está sobre uma das mais generosas jazidas de cristal de que se tem notícia. Com o tempo. a 230 quilômetros de Brasília.. Marque a frase em que a concordância nominal está correta. Respostas 01. uma gigantesca massa de místicos. os pesquisadores desenvolveram outros materiais em laboratório e o cava-cava acabou. Atraídos pela inegável atmosfera divinal da Chapada. (E) Ela própria nos procurou. (D) Elas não progredirão por si mesmo. Os místicos falam que há uma gigantesca placa de cristal sob toda a região. Esse minério translúcido servia como matéria-prima para fabricação de componentes eletrônicos e de computador.”. RODRIGUES. (A) Imagens e telefonemas diárias intrigavam os pesquisadores. Otávio.Edição 108-A. caso tenham ligado mesmo. 149 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . (D) Já era meio-dia e meia. disse ela. milhares de terapeutas. mas o certo é que a Chapada dos Veadeiros.tenha ficado demonstrada cabalmente a ocorrência. a olho vistos. 08.. massagistas e líderes espirituais se mudaram para lá. Resposta D A alternativa “D” é a correta porque o correto é “. (B) Ela chegou toda machucada. (E) A cidade crescia rapidamente. E sobre ela. (A) Andei por longes terras. Edição Especial (Ecoturismo) Ed. pessoa). 07. psicólogos. Assinale o erro de concordância nominal. pois durante longo tempo a garimpagem do cristal movimentou a Chapada e seus arredores. (A) – Muito obrigada. Aponte o erro de concordância nominal. como você pode imaginar. (B) Só as mulheres foram interrogadas.. As outras alternativas apresentaram concordância com a ideia. . (C) Carla anda meio aborrecida. ok?) e com visuais que chamam à contemplação. em vista de sua altíssima condutividade. Resposta D A alternativa “D” é a correta porque não houve silepse.telefonema pode nem ter ocorrido. 02. (B) A garimpagem é proibido naquela região. (D) Fotos e imagens eram a mesma de sempre. (C) Havia místicos e pesquisadoras interessados no lugar. (C) Eles estavam só. Os tais cientistas americanos. Resposta D “Elas não progredirão por si MESMAS” 08. leva geralmente este para o plural. A quem pertencem essas terras? . Exemplos: “A esposa e o amigo seguem sua marcha. o vocábulo “só” tem função de adjetivo. deverá prevalecer o adjetivo no masculino 06.” (Mário Barreto) “A coragem e afoiteza com que lhe respondi. Resposta B O correto seria: A mídia julgou a campanha e a atuação da empresa desnecessárias O adjetivo concorda com os dois substantivos femininos: campanha e atuação da empresa 04.” (Camilo Castelo Branco) “Que barulho. Exemplos: Verbo depois do sujeito: “As saúvas eram uma praga. deve concordar com o substantivo “eles”. em harmonia com as seguintes regras gerais: . 150 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Resposta C Na frase. sendo composto e anteposto ao verbo.” (Machado de Assis) É licito (mas não obrigatório) deixar o verbo no singular: . perturbou-o.03. novidade. “imagens e telefonemas diários” Alternativa B: garimpagem é substantivo feminino: “A garimpagem é proibida” Alternativa C: Místicos: substantivo masculino Pesquisadoras: substantivo feminino O adjetivo “interessados” está posposto aos substantivos.O sujeito é simples: O sujeito sendo simples. a) necessária b) alerta c) bastantes d) vazia e) meio 05.” (Carlos Povina Cavalcânti) “Tu não és inimiga dele. desta forma. graça.. com ele concordará o verbo em número e pessoa. escorriam-lhe da alma como de uma fonte perene. Resposta C SUBSTANTIVO (homem)+ SUBSTANTIVO (mulher)+ SUBSTANTIVO (criança) +ADJETIVO Caso exista um substantivo masculino.O sujeito é composto e da 3ª pessoa O sujeito.” (José de Alencar) “Poti e seus guerreiros o acompanharam. não? (Camilo Castelo Branco) “Vós fostes chamados à liberdade.Quando o núcleo dos sujeitos são sinônimos: “A decência e honestidade ainda reinava.. portanto. Resposta C Alternativa A: precisa concordar com o mais próximo – telefonemas é masculino.” (São Paulo) Verbo antes do sujeito: Acontecem tantas desgraças neste planeta! Não faltarão pessoas que nos queiram ajudar.” (José de Alencar) “Vida. Alternativa D: “Fotos e imagens eram AS MESMAS de sempre” Alternativa E: “a OLHOS vistos” 07. irmãos. portanto. Assim: Eles estavam SÓS Concordância Verbal O verbo concorda com o sujeito. que revolução será capaz de perturbar esta serenidade?” (Graciliano Ramos) . prevalece a forma masculina no plural. O sujeito é composto e de pessoas diferentes Se o sujeito composto for de pessoas diversas. só Deus ou Nossa Senhora podiam acudir-lhe.” (Machado de Assis) “Um príncipe ou uma princesa não casa sem um vultoso dote. o verbo concordará com o núcleo do sujeito mais próximo: Paulo ou Antônio será o presidente..” (Camilo Castelo Branco) Há. uma aflição. no entanto. do contexto. muitas vezes. porquanto a escolha desta ou daquela concordância depende. frequentemente..O verbo irá para o plural se a ideia por ele expressa se referir ou puder ser atribuída a todos os núcleos do sujeito: “Era tão pequena a cidade. que seria de Elisa?” (Jorge Amado) “Enquanto ele não vinha.” (Machado de Assis) (ela e eu = nós) “Tu e ele partireis juntos.” (Almeida Garrett) “Juro que tu e tua mulher me pagam.Núcleos do sujeito unidos por ou Há duas situações a considerar: .” (Machado de Assis) .. casa abençoada onde paravam Deus e o primeiro dos seus ministros.. nesse caso.) “Naquela crise. ocorrência de verbo no singular: “A glória ou a vergonha da estirpe provinha de atos individuais.” (Aníbal Machado) (Tanto um grito.” (Camilo Castelo Branco) “Faze uma arca de madeira. este poderá concordar no plural ou com o substantivo mais próximo: “Não fossem o rádio de pilha e as revistas.” (Vivaldo Coaraci) “Há dessas reminiscências que não descansam antes que a pena ou a língua as publique. que um grito ou gargalhada forte a atravessavam de ponta a ponta. entra nela tu.” (Ricardo Ramos) “Ali estavam o rio e as suas lavadeiras. usar o verbo no plural. valor relativo. a 2ª prevale sobre a 3ª): “Foi o que fizemos Capitu e eu. (você e ele = vocês) Muitas vezes os escritores quebram a rigidez dessa regra: . . .Deus e tu são testemunhas. apareceram um jornal e uma vela. O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio. como uma gargalhada.” (Carlos Povina Cavalcânti) . quando este se pospõe ao verbo: “O que resta da felicidade passada és tu e eles. Sendo o sujeito composto e posposto ao verbo. tua mulher e teus filhos. . 151 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES ..” (Coelho Neto) As normas que a seguir traçamos têm. (A 1ª pessoa prevalece sobre a 2ª e a 3ª.Ora preferindo a 3ª pessoa na concorrência tu + ele (tu + ele = vocês em vez de tu + ele = vós): “.” (Mário Barreto) (tu e ele = vós) Você e meu irmão não me compreendem.” (Viriato Correia) .Se a conjunção ou indicar exclusão ou retificação. o verbo se flexiona no plural e na pessoa que tiver prevalência. uma angústia repentina começou a me apertar à alma. atravessavam a cidade. Ainda não foi encontrado o autor ou os autores do crime..Ora fazendo concordar o verbo com o sujeito mais próximo. da situação e do clima emocional que envolvem o falante ou o escrevente. em bons autores.” (Carlos de Laet) Aconselhamos.Quando os núcleos do sujeito formam sequência gradativa: Uma ânsia.. Exemplos: Jogos. o protesto. O presidente.Núcleos do sujeito unidos pela preposição com: Usa-se mais frequentemente o verbo no plural quando se atribui a mesma importância.” (Guimarães Rosa) . com dois sacerdotes. nada. alguns goles de vinho. o verbo concorda. atualmente.” (Machado de Assis) Jogadores. árbitro.. fica o registro.Núcleos do sujeito unidos por nem: Quando o sujeito é formado por núcleos no singular unidos pela conjunção nem. etc. comumente. tanto. (Só um candidato pode ser eleito governador.Núcleos do sujeito designando a mesma pessoa ou coisa: O verbo concorda no singular quando os núcleos do sujeito designam a mesma pessoa ou o mesmo ser. no processo verbal. ninguém. viagens. com o pronome resumidor.. “Já num sublime e público teatro se assenta o rei inglês com toda a corte. não se recusa trabalho. nem dinheiro.Sujeitos resumidos por tudo. espetáculos. . diversões. Exemplos: O bispo. “Nem o mundo.” (Eça de Queirós) É preferível a concordância no singular: . nem a alegria das flores.. “Eu com outros romeiros vínhamos de Vigo. quando o fato só pode ser atribuído a um dos elementos do sujeito: Nem Berlim nem Moscou sediará a próxima Olimpíada.” (Alexandre Herculano) “Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto inocentes. o João-ninguém. 152 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . chegou a Paris às 5h da tarde. “Na fazenda.Quando há exclusão. Nem eu nem ele o convidamos. o homem do povo. estouvado. Exemplos: “Aleluia! O brasileiro comum.. o verbo no plural. o gênio imperioso..” (Machado de Assis) Não o convidei eu nem minha esposa. com sua comitiva.. usa-se. etc. ninguém: Quando o sujeito composto vem resumido por um dos pronomes. assistentes.” (Luís de Camões) .” (Valério Andrade) Advogado e membro da instituição afirma que ela é corrupta.00!” (Carlos Drummond Andrade) “Embora sabendo que tudo vai continuar como está. nada pôde satisfazê-lo. agora é cédula de Cr$ 500. Exemplos: Manuel com seu compadre construíram o barracão. mas também. Exemplos: Não só a nação mas também o príncipe estariam pobres.Quando o verbo precede o sujeito: “Não lhe valeu a imensidade azul. nem Deus teriam força para me constranger a tanto.como.” (Camilo Castelo Branco) “Ele com mais dois acercaram-se da porta. nem nada a ninguém. no singular. não só como também.” (Camilo Castelo Branco) Pode se usar o verbo no singular quando se deseja dar relevância ao primeiro elemento do sujeito e também quando o verbo vier antes deste. aos elementos do sujeito unidos pela preposição com.” (Alexandre Herculano) “Tanto Noêmia como Reinaldo só mantinham relações de amizade com um grupo muito reduzido de pessoas. (Só uma cidade pode sediar a Olimpíada. ninguém saiu do campo..” (Alexandre Herculano) “Nem a Bíblia nem a respeitabilidade lhe permitem praguejar alto. “O entusiasmo. nada.) Nem Paulo nem João será eleito governador do Acre.” (José Condé) “Tanto a lavoura como a indústria da criação de gado não o demovem do seu objetivo. isto é.. tudo.. . nem a pompa das folhas verdes.) . tudo isso me levou a fazer uma coisa única. em nome dos telespectadores. Exemplos: Nem a riqueza nem o poder o livraram de seus inimigos.” (Cassiano Ricardo) .Núcleos do sujeito correlacionados: O verbo vai para o plural quando os elementos do sujeito composto estão ligados por uma das expressões correlativas não só. iniciou solenemente a missa. a maioria de. Uma junta de bois tirou o automóvel do atoleiro.A maior parte de.” (Hernâni Cidade) “Um e outro descendiam de velhas famílias do Norte. usar o verbo no plural. efetuando-se uma concordância não gramatical. Pode-se. mas a dos indivíduos. como se pode perceber relendo as frases citadas de Machado de Assis. Como se vê dos exemplos supracitados... Ramalho Ortigão. Exemplos: “Um e outro gênero se destinavam ao conhecimento.” (Ramalho Ortigão) “A maior parte dos nomes podem ser empregados em sentido definido ou em sentido indefinido. de velhos.” (Machado de Assis) Uma e outra família tinham (ou tinha) parentes no Rio. e cotejando-as com as dos autores que usaram o verbo no singular. Exemplos: A multidão vociferava ameaças. como nos dois últimos exemplos. no plural. de preferência. um prato de carne e um prato de legumes. “Depois nem um nem outro acharam novo motivo para diálogo. caso contrário. “Já tinha ouvido que plantar e colher feijão não dava trabalho...” (Gilberto Freire) “A maior parte dos doidos ali metidos estão em seu perfeito juízo. no caso em foco. etc: Sendo o sujeito uma das expressões quantitativas a maior parte de. Rir e chorar fazem parte da vida Montar brinquedos e desmontá-los divertiam muito o menino.” (Camilo Castelo Branco) “Reconheceu que era um par de besouros que zumbiam no ar.” (Mário Barreto) Quando o verbo precede o sujeito. efetuando a concordância não com a forma gramatical das palavras. etc. o verbo.” (Machado de Assis) “A maior parte das pessoas pedem uma sopa... porque têm tradição na língua. Se o coletivo vier seguido de substantivo plural que o especifique e anteceder ao verbo.” (Carlos Povina Cavalcânti) (ou davam) .Um e outro. Sujeito de adianta: esconder que (as realidades) . conforme se queira efetuar uma concordância estritamente gramatical (com o coletivo singular) ou uma concordância enfática. o verbo concorda. nem um nem outro: O sujeito sendo uma dessas expressões.Núcleos do sujeito são infinitivos: O verbo concordará no plural se os infinitivos forem determinados pelo artigo ou exprimirem ideias opostas. de mulheres penetraram na caverna.. com a ideia de pluralidade sugerida pelo sujeito.. grande número de. mas ideológica: “Uma grande multidão de crianças.” (Alexandre Herculano) “Uma grande vara de porcos que se afogaram de escantilhão no mar. Exemplos: A maior parte dos indígenas respeitavam os pajés.Sujeito Coletivo: O verbo concorda no singular com o sujeito coletivo no singular. grande número de. mas com a ideia de pluralidade que elas encerram e sugerem à nossa mente. tanto é lícito usar o verbo no singular como no plural. Exemplos: O comer e o beber são necessários. as duas concordâncias são igualmente legítimas. . quando posposto ao sujeito. Essa concordância ideológica é bem mais expressiva que a gramatical. parte de. a concordância se efetua no singular.” (Machado de Assis) “Havia na União um grupo de meninos que praticavam esse divertimento com uma pertinácia admirável. 153 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . pode ir para o singular ou para o plural. Ondina Ferreira e Aurélio Buarque de Holanda. quando se quer salientar não a ação do conjunto. Predicado Sujeito Oracional Estas são realidades que não adianta esconder.” (Carlos Povina Cavalcânti) . portanto.” (Fernando Namora) . expressiva. este poderá ir para o plural. O exército dos aliados desembarcou no sul da Itália. Um bloco de foliões animava o centro da cidade. Cabe a quem fala ou escreve escolher a que julgar mais adequada à situação.Sujeito oracional: Concorda no singular o verbo cujo sujeito é uma oração: Ainda falta / comprar os cartões. seguida de substantivo ou pronome no plural. O sertão cearense é uma das áreas que mais sofrem com as secas. 154 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Heráclito foi um dos empresários que conseguiram superar a crise. Mais de um dos circunstantes se entreolharam com espanto. ou. ao empregar as expressões em foco. etc. como no exemplo: Jairo é um dos meus empregados que não sabe ler.. no singular. como eu. o verbo concordará. .. Essa é a concordância lógica. O plural será de rigor se o verbo exprimir reciprocidade.” (Machado de Assis) “Sempre tem um ou outro que vai dando um vintém.” (Machado de Assis) “Uma ou outra pode dar lugar a dissentimentos. desterrados. a concordância é determinada pelo sentido da frase: Um dos meninos. Exemplos: Mais de um excursionista já perdeu a vida nesta montanha. Na linguagem culta formal. quando se deseja destacar o indivíduo do grupo.” (Machado de Assis) “Areteu da Capadócia era um dos muitos médicos gregos que viviam em Roma.?” (Alexandre Herculano) “. foi chamar o pai. que nesse caso é preferível construir a frase de outro modo: Jairo é um empregado meu que não sabe ler. geralmente preferida pelos escritores modernos. que assistiam àquela cena estupefatos. nas quais o pronome que é separado de seu antecedente por pausa e vírgula.quantos dentre vós estudam conscienciosamente o passado?” (José de Alencar) Alguns de nós vieram (ou viemos) de longe. Embora o caso seja diferente.Quais de vós? Alguns de nós: Sendo o sujeito um dos pronomes interrogativos quais? quantos? Ou um dos indefinidos alguns. Dos meus empregados.. na 3ª pessoa do plural: “Quantos dentre nós a conhecemos?” (Rogério César Cerqueira) “Quais de vós sois.. Por coerência.Um ou outro: O verbo concorda no singular com o sujeito um ou outro: “Respondi-lhe que um ou outro colar lhe ficava bem. (Só um menino estava sentado.Um dos que. só Jairo não sabe ler.. deveriam condenar também a comumente aceita em construções anormais do tipo: Quais de vós sois isentos de culpa? Quantos de nós somos completamente felizes? O verbo fica obrigatoriamente no singular quando se aplica apenas ao indivíduo de que se fala. dando-se a entender que ele sobressaiu ou sobressai aos demais: Ele é um desses parasitas que vive à custa dos outros. (Jairo é o único empregado que não sabe ler. por atração.” (Alexandre Herculano) “A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam de nós. com estes últimos. é oportuno lembrar que.) Um dos cinco homens. Devem ter fugido mais de vinte presos. nas orações adjetivas explicativas. (Todos os cinco homens assistiam à cena. . o pronome que vem antecedido de um dos ou expressão análoga. em regra. poucos. no plural: “O príncipe foi um dos que despertaram mais cedo. o mais acertado é usar no plural o verbo da oração adjetiva: O Japão é um dos países que mais investem em tecnologia. em orações adjetivas restritivas. Todavia. em regra. porém..” (João Ribeiro) Há gramáticas que condenam tal concordância. “Foi um dos poucos do seu tempo que reconheceu a originalidade e importância da literatura brasileira. não é prática condenável fugir ao rigor da lógica gramatical e usar o verbo da oração adjetiva no singular (fazendo-o concordar com a palavra um).” (Moacyr Scliar) Ele é desses charlatães que exploram a crendice humana. ou se o numeral for superior a um. muitos. uma das que: Quando.) Ressalte-se. soltou um grito de protesto. Gandhi foi um dos que mais lutaram pela paz.Mais de um: O verbo concorda. que estava sentado à porta da casa. o verbo da oração adjetiva flexiona-se. o que é mais lógico.) .” (Raquel de Queirós) . seguidos dos pronomes nós ou vós. em frases como estas: Sou eu quem responde pelos meus atos. que é também correto usar o verbo no plural: . (= Os bombeiros a salvaram. Assim: Sou eu que pago.” (Rebelo da Silva) . na 3ª pessoa.” (Ricardo Ramos) “És tu quem dás frescor à mansa brisa. é comum deixar o verbo no singular. não é gramatical. És tu que vens conosco? Somos nós que cozinhamos. (=Nós cozinhamos) Foram os bombeiros que a salvaram.” (Rebelo da Silva) “As Valkírias mostra claramente o homem que existe por detrás do mago.. que. a linguagem enfática justifica a concordância com o sujeito da oração principal: “Sou eu quem prendo aos céus a terra. neste caso. (=Eu pago) Somos nós que cozinhamos. Nenhum de vós a viu? Qual de nós falará primeiro? .” (Gonçalves Dias) “Não sou eu quem faço a perspectiva encolhida. sobretudo com o verbo ser seguido de predicativo no singular: “As Férias de El-Rei é o título da novela. “Os Lusíadas” imortalizaram Luís de Camões.Sª. Campinas orgulha-se de ter sido o berço de Carlos Gomes. mas com a ideia por ela sugerida (obra ou livro).. como sujeitos: O verbo concordará. Andes. porque se efetua não com a palavra (Valkírias. “Os Estados Unidos são o país mais rico do mundo. Eram eles que mais reclamavam. Eram elas quem fazia a limpeza da casa. em regra.) Seja qual for a interpretação. Vossas Excelências não ficarão surdos à voz do povo.Estando o pronome no singular (3ª pessoa) ficará o verbo: Qual de vós testemunhou o fato? Nenhuma de nós a conhece. Ressalte-se. como Estados Unidos. caso contrário.” (Camilo Castelo Branco) A concordância do verbo precedido do pronome relativo que far-se-á obrigatoriamente com o sujeito do verbo (ser) da oração principal. não me faça mal.” (Gonçalves Dias) “Nós somos os galegos que levamos a barrica.Concordância com os pronomes de tratamento: Os pronomes de tratamento exigem o verbo na 3ª pessoa. 155 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . com os pronomes quem e que. porém. mas ideológica.Pronomes quem. Tratando-se de títulos de obras. o verbo concorda no singular. o importante é saber que. tanto o verbo ser como o outro devem concordar com o pronome ou substantivo que precede a palavra que. é lícito considerar o verbo ser e a palavra que como elementos expletivos ou enfatizantes..” (Celso Luft) A concordância. Lusíadas.” (Camilo Castelo Branco) “Vossa Majestade não pode consentir que os touros lhe matem o tempo e os vassalos. portanto não necessários ao enunciado.” (Paulo Coelho) “Os Sertões é um ensaio sociológico e histórico. levam o verbo para o plural quando se usam com o artigo. neste caso. etc. “Espero que V. Sertões. . Férias de El-Rei). Campinas. Em construções desse tipo. Somos nós quem leva o prejuízo. em frases do tipo: Sou eu que pago.Concordância com certos substantivos próprios no plural: Certos substantivos próprios de forma plural. “Eras tu quem tinha o dom de encantar-me.” (Osmã Lins) Todavia. embora se refira à 2ª pessoa do discurso: Vossa Excelência agiu com moderação.” (Eduardo Prado) Os Andes se estendem da Venezuela à Terra do Fogo. ” (Monteiro Lobato) “Havia já dois anos que nós não nos víamos. o verbo auxiliar concordará com o sujeito.” (Camilo Castelo Branco) “Faz hoje ao certo dois meses que morreu na forca o tal malvado. pode-se considerar sujeito do verbo principal a oração iniciada pelo infinitivo e.. nesse caso. deve-se aceitar as regras. “Correram-se as cortinas da tribuna real.” (Machado de Assis) “Aqui faz verões terríveis..” (Sérgio Buarque de Holanda) “Em Santarém há poucas casas particulares que se possam dizer verdadeiramente antigas. chover e outros que exprimem fenômenos meteorológicos. Gastaram-se milhões.” (Camilo Castelo Branco) . Exemplos: Não se podem cortar essas árvores.. o verbo concordará normalmente com o sujeito: Vende-se a casa e compram-se dois apartamentos. “Os Sertões são um livro de ciência e de paixão. “Quando se joga. predicado: deve-se) Em síntese: de acordo com a interpretação que se escolher. Assim: Não se pode cortar essas árvores.” (Almeida Garrett) Entretanto. (sujeito: árvores. na voz passiva sintética. locução verbal: podem cortar) Devem-se ler bons livros. fazer (na indicação do tempo).” (Ricardo Ramos) “Em Paris há coisas que não se entende bem. predicado: não se pode) Deve-se ler bons livros. Portanto: Não se podem (ou pode) cortar essas árvores.. não há locução verbal e o verbo auxiliar concordará no singular.” (Alfredo Bosi) . Devem-se (ou deve-se) ler bons livros. (=Devem ser lidos bons livros) (sujeito: livros. passar de (na indicação de horas).As Valkírias mostram claramente o homem. (sujeito: ler bons livros.” (Ledo Ivo) “Concluo que não se devem abolir as loterias. sem que se vissem resultados concretos.Verbos impessoais: Os verbos haver..” (Rubem Braga) Nas locuções verbais formadas com os verbos auxiliares poder e dever. de análise e de protesto. locução verbal: devem-se ler) “Nem de outra forma se poderiam imaginar façanhas memoráveis como a do fabuloso Aleixo Garcia.” (Machado de Assis) . quando usados como impessoais. cravavam-se pregos necessários à segurança dos postes. mas que não devem ser seguidos: “Vendia-se seiscentos convites e aquilo ficava cheio.” (Rebelo da Silva) “Aperfeiçoavam-se as aspas. (sujeito: cortar essas árvores.” (Camilo Castelo Branco) Na literatura moderna há exemplos em contrário. 156 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . tanto é lícito usar o verbo auxiliar no singular como no plural.Concordância do verbo passivo: Quando apassivado pelo pronome apassivador se.. ficam na 3ª pessoa do singular: “Não havia ali vizinhos naquele deserto. ” (José Geraldo Vieira) “Soube que tem um cavalo morto.” (Raquel de Queirós) Sua salvação foram aquelas ervas.Quando o sujeito é um nome de coisa. impessoal.Na língua popular brasileira é generalizado o uso de ter. deixa de ser impessoal e. sem dúvida. 157 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . . com ele concordará o verbo ser: Emília é os encantos de sua avó. Começou a haver abusos na nova administração. Vai haver grandes festas. o. e o predicativo um substantivo plural: “A cama são umas palhas.Existir não é verbo impessoal.” (Carlos de Laet) “Choveram comentários e palpites.” (Camilo Castelo Branco) “A causa eram os seus projetos.” (Carlos Drummond de Andrade) . ou aquilo: “Tudo eram hipóteses. existir. nem tudo são dessemelhanças e contrastes entre Brasil e Estados Unidos.Também fica invariável na 3ª pessoa do singular o verbo que forma locução com os verbos impessoais haver ou fazer: Deverá haver cinco anos que ocorreu o incêndio. isso. embora menos comum.” (Ledo Ivo) “Tudo isto eram sintomas graves. . Portanto: Nesta cidade existem (e não existe) bons médicos. Nem faltam exemplos em escritores modernos: “No centro do pátio tem uma figueira velhíssima.” (Machado de Assis) Na mocidade tudo são esperanças. “Não.O verbo chover.” (Viana Moog) A concordância com o sujeito. no sentido figurado (= cair ou sobrevir em grande quantidade). O sujeito sendo nome de pessoa.” (Raquel de Queirós) .” (Ferreira de Castro) .” (Camilo Castelo Branco) O verbo ser fica no singular quando o predicativo é formado de dois núcleos no singular: “Tudo o mais é soledade e silêncio.” (Machado de Assis) “Vida de craque não são rosas. é também lícita: “Tudo é flores no presente. no singular. fortíssimas razões para ele não aceitar o cargo. no quintal.Concordância do verbo ser: O verbo de ligação ser concorda com o predicativo nos seguintes casos: . “Sou aquele sobre quem mais têm chovido elogios e diatribes. com um banco embaixo.Quando o sujeito é um dos pronomes tudo..” (Gonçalves Dias) “O que de mim posso oferecer-lhe é espinhos da minha coroa. . Não deviam (e não devia) existir crianças abandonadas. Há de haver.” (Carlos Drummond de Andrade) “E nem lá (na Lua) chovem meteoritos. isto. portanto concordará com o sujeito: Choviam pétalas de flores. por haver. permanentemente. ” (Camilo Castelo Branco) Dois mil dólares é pouco. data ou distância: Era uma hora da tarde. “A maior parte dessa multidão são mendigos. etc. deixar o verbo no singular..” (Camilo Castelo Branco) .” (Machado de Assis) OBSERVAÇÕES: . sois vós.” (Raquel de Queirós) “Eram duas horas da tarde. concordando com a ideia implícita de “dia”: “Hoje é seis de março. Vós não sois eles. senhores. entretanto na linguagem espontânea.Nas locuções é muito. fica na 3ª pessoa do singular.” (Machado de Assis) “. é demais.. .Estando a expressão que designa horas precedida da locução perto de. cujo sujeito exprime quantidade.” (Alexandre Herculano) “O dono da fazenda serás tu. Cinco mil dólares era quanto bastava para a viagem. O resto (ou o mais) são trastes velhos.Na indicação das horas. medida.. é pouco.: “Seis anos era muito.Quando o predicativo é um pronome pessoal ou um substantivo.” (Celso Luft) .” (Eça de Queirós) .Quando o predicativo é o pronome demonstrativo o ou a palavra coisa: Divertimentos é o que não lhe falta. Dá-se também a concordância no singular com o sujeito que: “Ergo-me hoje para escrever mais uma página neste Diário que breve será cinzas como eu. etc.Quando o sujeito é uma palavra ou expressão de sentido coletivo ou partitivo. Matoso Câmara Jr.” (Camilo Castelo Branco) .) “Hoje é dez de janeiro. e o predicativo um substantivo no plural: “A maioria eram rapazes.” (Eça de Queirós) .Abílio era só problemas.O verbo passar.era perto das cinco quando saí.Pode-se. era o que me pediam.mas a minha riqueza eras tu. Doze metros de fio é demais. “Os bastidores é só o que me toca.) (Hoje é dia seis de março. . preço.” (J. datas e distância o verbo ser é impessoal (não tem sujeito) e concordará com a expressão designativa de hora. é menos que (ou do que).” (Rui Barbosa) “Nas minhas terras o rei sou eu.. Tu não és ele.” (Eça de Queirós) “Seriam seis e meia da tarde. . em frases como: Quando o trem chegou.” (Machado de Assis) “Era perto de duas horas quando saiu da janela. é mais que (ou do que).. “Era hora e meia. e o sujeito não é pronome pessoal reto: “O Brasil.” (Correia Garção) “Mentiras. passava das sete horas. hesitam os escritores entre o plural e o singular: “Eram perto de oito horas.” (Aníbal Machado) A maior parte eram famílias pobres. foi pôr o chapéu. referente a horas. 158 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .” (Said Ali) “.” ( Fernando Namora) “Os responsórios e os sinos é coisa importuna em Tibães.” (Camilo Castelo Branco) Mas: Eu não sou ele. sempre mentiras. é suficiente. Pode ser construída de três modos: Hajam vista os livros desse autor. Exemplos: Nada restou do edifício. aquela obra. 159 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . evidentemente.. salvo. (= por exemplo. ainda quando seguida de substantivo plural: Era uma vez dois cavaleiros andantes. (= Éramos nós que trabalhávamos) As mães é que devem educá-los. veja) Haja vista aos livros desse autor.” (Álvaro Lins) “A não serem os críticos e eruditos.Locução de realce é que: O verbo ser permanece invariável na expressão expletiva ou de realce é que: Eu é que mantenho a ordem aqui. A não ser alguns pescadores.Concordância dos verbos bater. A situação é preocupante. que vem sempre posposto: “Bem haja Sua Majestade!” (Camilo Castelo Branco) Bem hajam os promovedores dessa campanha! “Mal hajam as desgraças da minha vida.. (= Eram os astros que os guiavam. a não ser bonecos sem pescoço. “Nunca pensara no que podia sair do papel e do lápis.. permanece invariável: A situação é preocupante. pouca gente manuseia hoje. senão.Era uma vez: Por tradição.” (Latino Coelho) . hajam vista os incidentes de sábado. badaladas ou relógio: “Nisto.. .) Nós é que trabalhávamos.Haja vista: A expressão correta é haja vista. ninguém conhecia aquela praia. Mal haja: Bem haja e mal haja usam-se em frases optativas e imprecativas. fazendo-o concordar com o substantivo seguinte.” (Raquel de Queirós) “Sentia era vontade de ir também sentar-me numa cadeira junto do palco. vejam-se) Haja vista os livros desse autor. os três verbos acima concordam regularmente com o sujeito.. Seguida de substantivo (ou pronome) singular. horas (claro ou oculto). convertido em sujeito da oração infinitiva.” (Camilo Castelo Branco) “Bateram quatro da manhã em três torres há um tempo.” (Camilo Castelo Branco) . (= Sou eu que mantenho a ordem aqui.” (Machado de Assis) “A não serem os antigos companheiros de mocidade.” (Mário Barreto) “Tinham batido quatro horas no cartório do tabelião Vaz Nunes. O verbo concordará normalmente com o sujeito.Bem haja. (= Aqui se açoitavam os escravos. mantém-se invariável a expressão inicial de histórias era uma vez..) Foi então que os dois se desentenderam. dar e soar: Referindo-se às horas. Sujeito: os livros. com ênfase: “Vocês são muito é atrevidos. e não haja visto. deu três horas o relógio da botica.) Os astros é que os guiavam. (= olhe-se para.” (Machado de Assis) “Deu uma e meia.. a expressão.” (Carlos Drummond de Andrade) Mas não constitui erro usar o verbo ser no plural.) . haja vista o incidente de sábado.” (Graciliano Ramos) “Por que era que ele usava chapéu sem aba?” (Graciliano Ramos) Observação: O verbo ser é impessoal e invariável em construções enfáticas como: Era aqui onde se açoitavam os escravos. objeto direto: vista.. Exemplos: “As dissipações não produzem nada.) Da mesma forma se diz. (= tenham vista. (= Então os dois se desentenderam. . atente-se para os livros) A primeira construção (que é a mais lógica) analisa-se deste modo.A não ser: É geralmente considerada locução invariável. ninguém o tratava pelo nome próprio. que pode ser hora.” (Said Ali) . a não serem dívidas e desgostos. a não ser escombros.. verbo hajam (=tenham). (= São as mães que devem educá-los. equivalente a exceto. respectivamente. . . Em casa. Meio milhão de refugiados se aproximam da fronteira do Irã.) Essa dualidade de sintaxe verifica-se também com o verbo ver na voz passiva: “Viam-se entrar mulheres e crianças. no sentido de ser mais de.” (Fernando Namora) “Referiu-me circunstâncias que parece justificarem o procedimento do soberano. (construção literária) Análise da construção dois: parecia: oração principal..Concordância do verbo parecer: Em construções com o verbo parecer seguido de infinitivo. Verbo sujeito (oração subjetiva) Faltava / dar os últimos retoques. Detesta-se (e não detestam-se) aos indivíduos falsos. Outros exemplos: “Nervos.. que pareciam estourar no minuto seguinte. (faltava adquirir os livros) Esses fatos. em ritmo moroso. com referência a horas. parecia caminharem no céu.” . Vamos.quando as estrelas. podese flexionar o verbo parecer ou o infinitivo que o acompanha: As paredes pareciam estremecer. Anotei os livros que faltava adquirir.” (Graça Aranha) Usando-se a oração desenvolvida.” (Cecília Meireles) “Outros. de preferência.” (Latino Coelho) “As lágrimas e os soluços parecia não a deixarem prosseguir. as paredes estremeceram: oração subordinada substantiva subjetiva.” (Oto Lara Resende) (Isto é: Parece que as notícias têm asas. por isso fica na 3ª pessoa do singular: Quando chegamos ao aeroporto.. Exemplos. é verbo impessoal.Passar. Exemplos: Um milhão de fiéis agruparam-se em procissão. importa (ou convém) não esquecê-los.Concordância com sujeito indeterminado: O pronome se pode funcionar como índice de indeterminação do sujeito.” (Alexandre Herculano) “. Nesse caso. com o sujeito oracional em destaque: Não me interessa ouvir essas parlendas. já passa das oito horas – disse ela ao filho. de aparência acabadiça. Acabe-se de vez com esses abusos! Para ir de São Paulo a Curitiba. o verbo concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular. quando seguidos de substantivo no plural. Verbo sujeito (oração subjetiva) Outros exemplos. Meio milhão de pessoas foram às ruas para reverenciar os mártires da resistência.Concordância com os numerais milhão. . levava-se doze horas. passava das 16 horas. parecer concordará no singular: “Mesmo os doentes parece que são mais felizes. o verbo ao plural. fica-se mais à vontade. bilhão e trilhão: Estes substantivos numéricos. São gastos ainda um milhão de dólares por ano para a manutenção de cada Ciep. parecia que não podiam com a enxada.” Ou “Via-se entrarem mulheres e crianças. 160 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . São viáveis as reformas que se intenta implantar? .Concordância com o sujeito oracional: O verbo cujo sujeito é uma oração concorda obrigatoriamente na 3ª pessoa do singular: Parecia / que os dois homens estavam bêbedos.” (José Américo) “As notícias parece que têm asas. levam.. (construção corrente) As paredes parecia estremecerem. a concordância efetua-se.” (José Gualda Dantas) Dois terços da população vivem da agricultura. . entretanto. (= Todos nós estávamos preocupados. efetuar a concordância do verbo no singular com o sujeito subentendido nada: Do antigo templo grego não resta senão ruínas. pode-se.Milhão. Exemplos: Do antigo templo grego não restam senão ruínas. quando o número fracionário.) Na placa estava “veiculos”. os seus amigos.. em tais frases.” (Alexandre Herculano) “Por toda a parte não se ouviam senão gemidos ou clamores.” (Antônio Hauaiss) Em casos como o da última frase.Concordância com numerais fracionários: De regra.Não restam senão ruínas: Em frases negativas em que senão equivale a mais que. não se viam senão edifícios queimados. bilhão e milhar são substantivos masculinos. Se o sujeito da oração for milhões. “Contudo.Concordância com formas gramaticais: Palavras no plural com sentido gramatical e função de sujeito exigem o verbo no singular: “Elas” é um pronome pessoal. com o substantivo feminino plural: Dois milhões de sacas de soja estão ali armazenados (ou armazenadas) no próximo ano. ou. Um quinto dos homens eram de cor escura. no masculino. no feminino (oitenta e duas entre cem mulheres).) Os dois vivíamos felizes.) “Ficamos por aqui. os três milhares de plantas. senão ruínas. costuma-se usar o verbo no plural. . mercadores não tem a força de vendilhões. (= A palavra elas é um pronome pessoal. . “Para os lados do sul e poente.” (Autran Dourado) “Um quinto dos bens cabe ao menino. ou. tem o numerador 1. seguindo o uso geral. “Cerca de 40% do território ficam abaixo de 200 metros. a concordância do verbo efetua-se com o numerador. seguido de substantivo no plural. fazendo-o concordar com o sujeito oculto outras coisas. a não ser. Os dois milhões de árvores plantadas estão altas e bonitas. pela lógica. As duas interpretações são boas.” (Carlos Drummond de Andrade) .Concordância com o pronome nós subentendido: O verbo concorda com o pronome subentendido nós em frases do tipo: Todos estávamos preocupados. como nos exemplos: Um terço das mortes violentas no campo acontecem no sul do Pará. insatisfeitos. mas só a primeira tem tradição na língua. 161 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . esses bilhões de criaturas. alguns milhares de telhas. devem concordar no masculino os artigos. Por isso. Só 2% dos eleitores se abstiveram de votar. Exemplos: “Mais ou menos um terço dos guerrilheiros ficou atocaiado perto. o particípio ou o adjetivo podem concordar. incorreto usar o verbo no plural. numerais e pronomes que os precedem: os dois milhões de pessoas. Não nos parece. e vem seguido de substantivo no plural.” (Rebelo da Silva) Segundo alguns autores. (=Nós dois vivíamos felizes. sem acento. no masculino. etc.Concordância com percentuais: O verbo deve concordar com o número expresso na porcentagem: Só 1% dos eleitores se absteve de votar. . com milhões. Foram destruídos 20% da mata. no feminino.) Da velha casa não sobraram senão escombros. por se considerar a porcentagem um conjunto numérico invariável em gênero.. Foram colhidos três milhões de sacas de trigo.) Ali não se via senão (ou mais que) escombros.” (Machado de Assis) . (Isto é: não restam outras coisas senão ruínas. por atração. (Ou seja: não resta nada. de graves consequências. na enchente.. Bob Dylan verbaliza um anseio sentido por todos nós. hoje.FCC/2012) “Se os cachorros correm livremente. inédito) O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se no singular para preencher adequadamente a lacuna da frase: (A) A nenhuma de nossas escolhas . a maior potência econômica do planeta. Menos de dez homens fariam a colheita das uvas. antes de tomar a decisão: . (poder) deixar de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. por que eu não posso fazer isso também?”.. pode comê-las sem receio! (D) A multidão gritaram quando a cantora apareceu na janela do hotel! 02. S.Mais de. de Cristina Cupertino. Um cachorro latindo ao vento ou uivando durante a noite faz agitarse dentro de nós alguma coisa que também quer se expressar. p 250) A frase em que se respeitam as normas de concordância verbal é: (A) Deve haver muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. Eles não compartilham conosco as nossas inibições. com a sua própria lógica interna. (D) Há de ser diversas as razões pelas quais os cachorros nos atraem. Trad.. essencial. Metem o nariz onde não são convidados. (Salvador Nicola. Gastaram-se menos de dois galões de tinta. menos de: O verbo concorda com o substantivo que se segue a essas expressões: Mais de cem pessoas perderam suas casas. (C) Naquela barraca vendem-se tapiocas fresquinhas. propôs que se pergunte. Parece que eles jogam com as suas próprias regras. mas há quem aposte que a China. tenho certeza disso. (PM-BA . 162 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Uma das razões pelas quais os cachorros nos atraem é o fato de eles serem tão desinibidos e livres.um universo que lhes concede liberdade de espírito e paixão pela vida enormemente atraentes para nós. Um conjunto cultural de regras tácitas e inibições está sempre governando as nossas interações cotidianas com os outros. Cão que late não morde. Sobrou mais de uma cesta de pães.Soldado da Polícia Militar . Questões 01. (B) Em razão das fortes chuvas haverão muitos candidatos que chegarão atrasados.. Suas emoções estão ã flor da pele e eles as manifestam sempre que as sentem. devoram alegremente a comida que cai da mesa.Paulo: Francis. em breve. (TST . para amparar tais escolhas? Antonio Gramsci. (B) Várias razões haveriam pelas quais os cachorros nos atraem.2012) A concordância realizou-se adequadamente em qual alternativa? (A) Os Estados Unidos é considerado. a dor humana é sempre prioridade a se considerar..Agente Administrativo . pulam para cima do sofá.IBAM .Contabilidade .. humanos supersocializados: o anseio de nos livrarmos de todos os constrangimentos artificiais decorrentes do fato de vivermos em uma sociedade civilizada em que às vezes nos sentimos presos a uma correia. (Adaptado de Matt Weistein e Luke Barber. Eles vivem em um universo paralelo e diferente do nosso . Os cachorros raramente se refreiam quando querem fazer alguma coisa.Quem sofrerá? Para um humanista. Os cachorros são uma constante fonte de diversão para nós porque não prestam atenção as nossas convenções sociais. . 2005.FCC/2012) Uma pergunta Frequentemente cabe aos detentores de cargos de responsabilidade tomar decisões difíceis. 03. (C) Caberiam notar as muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. notável pensador e político italiano. pergunta Bob Dylan em “New Morning”. (Prefeitura de Praia Grande/SP .Analista Judiciário . (E) Existe mesmo muitas razões pelas quais os cachorros nos atraem. o ultrapassará. Haveria algum critério básico. o que. 28/10/2012) A frase em que as regras de concordância estão plenamente respeitadas é: (A) Podem haver estudos que comprovem que.. a tese de que a vida complexa (animal) é um fenômeno não tão comum no Universo..4 dos uruguaios apoiam. (E) A maioria dos organismos mais complexos possui um sistema nervoso muito desenvolvido.4ª REGIÃO . 05.... é apenas devido a uma sucessão de pré-adaptações e coincidências que alguns animais transformaram a capacidade de resolver problemas em estratégia de sobrevivência.se a inúmeras ameaças.FCC/2012) Em um belo artigo. A evolução de organismos complexos leva necessariamente à consciência e à inteligência? Robert Wright diz que sim. Stephen J.. . levando a uma corrida armamentista entre espécies cujo subproduto é a inteligência..Engenharia Elétrica . 163 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .. Uma questão análoga só arranhada por Ward é a da inexorabilidade da inteligência... já o surgimento de vida multicelular na Terra dependeu de muitas outras variáveis físicas e históricas. (C) Aos governantes mais responsáveis não . (A) 1. Para eles. (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas mais graves decisões. (PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PB – AGENTE EDUCACIONAL – FGV/2014) Analise a frase a seguir: “30% da população apoiam”. 06. . havia muitos táxis disponíveis para os passageiros que chegavam à cidade. (D) Passou anos. como alterações na temperatura. (D) A toda decisão tomada precipitadamente .se alimentavam por osmose. (E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi para bater um papo com o motorista. a concordância verbal está correta em: (A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista. Gould e Steven Pinker apostam que não.. os critérios que levam em conta a dor humana. Folha de S. (D) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência e nesse processo expõe. Gleiser retoma as ideias de Peter Ward expostas de modo persuasivo em "Terra Rara".. (B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis que executa diversos serviços para os clientes.. como obter energia por meio de alimentos. (TRF . (B) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza sobrevivem de forma quase automática... (ganhar) prioridade.3 da população apoia. (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VUNESP/2014) De acordo com a normapadrão da língua portuguesa. Uma frase construída por uma porcentagem seguida de um partitivo tanto pode ter sua concordância verbal realizada com a porcentagem quanto com o partitivo. o físico Marcelo Gleiser.. capaz de se adaptar a mudanças ambientais. os organismos simples podem preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. ao menos faz com que reduzamos nossas expectativas. A esse respeito.Analista Judiciário . mas a atriz não se esqueceu das calorosas lembranças que seu tio lhe deixou. Ali. recomenda Gramsci. (C) Desde que observe cuidados básicos. se não permite estimar o número de civilizações extraterráqueas.. o autor sugere que a vida microbiana deve ser um fenômeno trivial. analisando a constatação do satélite Kepler de que existem muitos planetas com características físicas semelhantes ao nosso.(B) Não se . as formas mais complexas de vida . assinale a alternativa que mostra uma concordância inaceitável. reafirmou sua fé na hipótese da Terra rara. mas seu argumento é mais matemático do que biológico: complexidade engendra complexidade. podendo pipocar até em mundos inóspitos. (E) Diante de uma escolha. seriam grandes as chances de não chegarmos a nada parecido com a inteligência. (costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. pois acabou os créditos. (ocorrer) tomar decisões sem medir suas consequências. sem se valerem de criatividade e planejamento. (Adaptado de Hélio Schwartsman. (B) 1. Paulo. no passado. 04. Se rebobinássemos o filme da evolução e reencenássemos o processo mudando alguns detalhes do início. isto é..cujo habitat eram oceanos ricos em nutrientes .. (C) À porta do aeroporto.. (C) 2,2 da população apoiam. (D) 3,3 dos uruguaios apoiam. (E) 1,8 da população uruguaia apoiam. 07. (CPTM - Analista Administrativo Júnior - Makiyama/2012) Assinale a alternativa correta quanto à concordância. (A) Tratam-se de questões sociais. (B) Vendeu-se todos os ingressos. (C) Comentou-se as suas atitudes (D) Necessita-se de colaboradores. (E) Avaliou-se os riscos 08. Texto: ONU pede ampliação de programas sociais do Brasil SÃO PAULO – Os programas adotados no governo federal ainda não são suficientes para lidar com problemas de desigualdade, reforma agrária, moradia, educação e trabalho escravo, informou ontem a Organização das Nações Unidas (ONU). Comitê da entidade pelos direitos econômicos e sociais pede uma revisão do Bolsa-Família, uma maior eficiência do programa e sua “universalização”. Por fim, constata: a cultura da violência e da impunidade reina no País. A ONU sugere que o Brasil amplie o Bolsa-Família para camadas da população que não recebem os benefícios, incluindo os indígenas. E cobra a “revisão” dos mecanismos de acompanhamento do programa para garantir acesso de todas as famílias pobres, aumentando ainda a renda distribuída. Há duas semanas, o comitê sabatinou membros do governo em Genebra, na Suíça. O documento com as sugestões é resultado da avaliação dos peritos do comitê que inclui o exame de dados passados pelo governo e por cinco relatórios alternativos apresentados por organizações não-governamentais (ONGs). Os peritos reconhecem os avanços no combate à pobreza, mas insistem que a injustiça social prevalece. Um dos pontos considerados como críticos é a diferença de expectativa de vida e de pobreza entre brancos e negros. A sugestão da ONU é que o governo tome medidas “mais focadas”. Na visão do órgão, a exclusão é decorrente da alta proporção de pessoas sem qualquer forma de segurança social, muitos por estarem no setor informal da economia. (www.estadao.com.br/nacional/not_nac377078,0.htm. 26.05.2009. Adaptado) Observe as frases: I. Reina no País a violência e a impunidade. II. Fazem duas semanas que o comitê da ONU sabatinou membros do governo em Genebra, na Suíça. III. De acordo com o relatório da ONU, cabe às autoridades brasileiras medidas mais austeras no combate à pobreza. IV. Não apenas a revisão dos mecanismos de acompanhamento do programa como também o aumento da renda distribuída são cobrados pela ONU. Quanto à concordância verbal, está correto apenas o contido em: (A) I. (B) IV. (C) I e III. (D) I e IV. (E) II, III e IV. Respostas 01. Resposta C O verbo se flexiona para concordar com o seu sujeito, por isso alternativa C é a correta. 02. Resposta A Quando acompanhado de verbo auxiliar, o verbo impessoal transmite ao auxiliar a sua impessoalidade. EX.: Deverá haver feiras de artesanato na praça. Vai fazer cinco anos que te vi. . 164 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES 03. Resposta C A questão diz respeito a concordância verbal, logo, nesse tipo de questão, deve-se achar o sujeito pra analisar se o verbo vai pro plural ou não, dessa forma: a) A nenhuma de nossas escolhas ...... (poder) deixar de corresponder nossos valores éticos mais rigorosos. Colocando na ordem direta: Nossos valores éticos PODEM deixar de corresponder a nenhuma de nossas escolhas. (Sujeito no plural, verbo no plural!) b) Não se ...... (poupar) os que governam de refletir sobre o peso de suas mais graves decisões. Colocando na ordem direta: Não se POUPEM os que governam... (A sentença está na voz passiva, tendo como sujeito paciente "Os que governam". Dessa forma, sujeito no plural, verbo no plural!!) c) Aos governantes mais responsáveis não ...... (ocorrer) tomar decisões sem medir suas consequências. Colocando na ordem direta: Tomar decisões sem medir suas consequências não OCORRE aos governantes mais responsáveis. (Sujeito oracional, verbo no singular! Aqui está o nosso gabarito!) d) A toda decisão tomada precipitadamente ...... (costumar) sobrevir consequências imprevistas e injustas. Colocando na ordem direta: Consequências imprevistas e injustas COSTUMAM sobrevir a toda decisão tomada precipitadamente. (Consequências imprevistas e injustas é o sujeito, portanto, sujeito no plural, verbo no plural!) e) Diante de uma escolha, ...... (ganhar) prioridade, recomenda Gramsci, os critérios que levam em conta a dor humana. Colocando na ordem direta: Os critérios que levam em conta a dor humana GANHAM prioridade, diante de uma escolha, recomenda Gramsci. (Os critérios que levam em conta a dor humana é o sujeito, portanto, sujeito no plural, verbo no plural!) 04. Resposta E Segue alguns erros apontados: a) Podem haver estudos que comprovem que, no passado, as formas mais complexas de vida - cujo habitat eram oceanos ricos em nutrientes - se alimentavam por osmose. ERRADA. Isso porque o "haver" está no sentido de existir e, portanto impessoal, transferindo a sua impessoalidade para o seu auxiliar. b) Cada um dos organismos simples que vivem na natureza sobrevivem de forma quase automática, sem se valerem de criatividade e planejamento. ERRADA. A expressão "Cada um" pede verbo no singular, o correto seria VIVE c) Desde que observe cuidados básicos, como obter energia por meio de alimentos, os organismos simples podem preservar a vida ao longo do tempo com relativa facilidade. ERRADA. Eu acredito que seja porque quem deve observar cuidados básicos são os organismos simples e portanto o verbo deveria estar no plural: Desde que observem... É isso? d) Alguns animais tem de se adaptar a um ambiente cheio de dificuldades para obter a energia necessária a sua sobrevivência e nesse processo expõe- se a inúmeras ameaças. ERRADO, o quê ou quem tem de se adaptar? Alguns animais, portanto deveria ser: Alguns animais têm de se.... e) A maioria dos organismos mais complexos possui um sistema nervoso muito desenvolvido, capaz de se adaptar a mudanças ambientais, como alterações na temperatura. CERTO. A expressão "a maioria" seguida de substantivo no plural aceita tanto verbo no plural quanto no singular. 05. Resposta C (A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois acabou os créditos. = acabaram (B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis que executa diversos serviços para os clientes. = mantém (singular) (C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para os passageiros que chegavam à cidade. = correta (D) Passou anos (passaram-se), mas a atriz não se esqueceu das calorosas lembranças que seu tio lhe deixou. (E) Deve (devem) existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi para bater um papo com o motorista. A mais recente pesquisa, elaborada pelo Instituto..., mostrou que 38%... A PESQUISA MOSTROU (sujeito "pesquisa" concordando com verbo "mostrar"). Essa é a real justificativa. . 165 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES 06. Resposta E (A) 1,4 dos uruguaios apoiam. (B) 1,3 da população apoia. (C) 2,2 da população apoiam. (D) 3,3 dos uruguaios apoiam. (E) 1,8 da população uruguaia apoiam. = apoia (tanto o numeral quanto o substantivo estão no singular) 07. Resposta D Necessita-se de novos colaboradores Está correto, pois o verbo necessitar é transitivo indireto seu sujeito é indeterminado e "de novos colaboradores" é objeto indireto, o qual não concorda com o sujeito. 08. Resposta D I – Quando o sujeito composto aparece posposto ao verbo, este pode concordar com o núcleo mais próximo (no caso “violência”) II – Na indicação de tempo decorrido, o verbo “fazer” é impessoal, devendo, pois, ser conjugado na 3º pessoa do singular. III – O verbo “caber” deve concordar com o núcleo do sujeito (medidas), sendo, então, conjugado na 3º pessoa do plural. IV – A locução verbal foi flexionada para concordar com o sujeito composto, cujos núcleos são “revisão” e “aumento”. Regência Nominal e Verbal Regência Nominal Regência nominal é a relação de dependência que se estabelece entre o nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e o termo por ele regido. Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência. Na regência nominal o principal papel é desempenhado pela preposição. No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo: Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a". Obedecer a algo/ a alguém. Obediente a algo/ a alguém. Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. Acessível Acesso Acostumado Adaptado Afável Aflito Agradável Alheio A A PARA A COM A COM PARA COM COM POR A DE A DE . Este cargo não é acessível a todos O acesso para a região ficou impossível Todos estavam acostumados a ouví-lo Foi difícil adaptar-me a esse clima Tinha um jeito afável para com os turistas Ficaram aflitos com o resultado do teste Sua saída não foi agradável à equipe Estavam alheios às críticas 166 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Aliado Alusão Amor Antipatia Apto Aversão Certeza A COM A A POR A POR A PARA A POR DE EM O rústico aliado com o moderno O professor fez alusão à prova final Ele demonstrava grande amor à namorada Sentia antipatia por ela Estava apto para ocupar o cargo Sempre tive aversão à política A certeza de encontrá-lo novamente a animou Coerente COM O projeto está coerente com a proposta Compatível COM Essa nova versão é compatível com meu aparelho Equivalente A Um quilo equivale a mil gramas Favorável A Sou favorável à sua candidatura Gosto DE EM Tenho muito gosto em participar desta brincadeira Grato A Grata a todos que me ensinaram a ensinar A DE A PARA A medida foi necessária para acabar com tanta dúvida Passível DE As regras são passíveis de mudanças Preferível A Tudo era preferível à sua queixa Próximo A DE Os vencedores estavam próximos dos fãs Residente EM Eles residem em minha cidade Horror Necessárío Respeito Satisfeito Tinha horror a quiabo refogado A COM DE ENTRE PARA COM POR COM DE EM POR É necessário o respeito às leis Ficaram satisfeitos com o desempenho do jogador Semelhante A Essa questão é semelhante à outra Sensível A Pessoas que sofrem com insônia podem ser mais sensíveis à dor Situado EM Minha casa está situada na Avenida Internacional Suspeito DE O suspeito do furto foi preso Útil A PARA Esse livro é útil para os estudos Vazio DE Minha vida está vazia de sonhos . 167 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Questões 01. O projeto.....estão dando andamento é incompatível.....tradições da firma. (A) de que, com as (B) a que, com as (C) que, as (D) à que, às (E) que, com as 02. Quanto a amigos, prefiro João.....Paulo,.....quem sinto......simpatia. (A) a, por, menos (B) do que, por, menos (C) a, para, menos (D) do que, com, menos (E) do que, para, menos 03. Assinale a opção em que todos adjetivos podem ser seguidos pela mesma preposição: (A) ávido, bom, inconsequente (B) indigno, odioso, perito (C) leal, limpo, oneroso (D) orgulhoso, rico, sedento (E) oposto, pálido, sábio 04. "As mulheres da noite,......o poeta faz alusão a colorir Aracaju,........coração bate de noite, no silêncio". A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é: (A) as quais, de cujo (B) a que, no qual (C) de que, o qual (D) às quais, cujo (E) que, em cujo 05. Assinale a alternativa correta quanto à regência: (A) A peça que assistimos foi muito boa. (B) Estes são os livros que precisamos. (C) Esse foi um ponto que todos se esqueceram. (D) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio. (E) O ideal que aspiramos é conhecido por todos. 06. Assinale a alternativa que contém as respostas corretas. I. Visando apenas os seus próprios interesses, ele, involuntariamente, prejudicou toda uma família. II. Como era orgulhoso, preferiu declarar falida a firma a aceitar qualquer ajuda do sogro. III. Desde criança sempre aspirava a uma posição de destaque, embora fosse tão humilde. IV. Aspirando o perfume das centenas de flores que enfeitavam a sala, desmaiou. (A) II, III, IV (B) I, II, III (C) I, III, IV (D) I, III (E) I, II 07. Assinale o item em que há erro quanto à regência: (A) São essas as atitudes de que discordo. (B) Há muito já lhe perdoei. (C) Informo-lhe de que paguei o colégio. (D) Costumo obedecer a preceitos éticos. (E) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o doente. . 168 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES VUNESP) Assinale a alternativa em que o período. (E) Não há dúvida de que as mulheres ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica. adaptado da revista Pesquisa Fapesp de junho de 2012. Respostas 01. 09. Não se separa o sujeito do verbo (elimina a alternativa C e D). ampliam rapidamente seu espaço.Escrevente Técnico Judiciário . contentar) A mãe agrada ao filho. tem dúvida "DE" alguma coisa (já elimina a alternativa A e B) as mulheres ampliam.08. ainda que o avanço seja mais notável. (A) Não há dúvida que as mulheres ampliam. Resposta D 05. ainda que o avanço seja mais notável. Regência Verbal A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos adverbiais). Resposta E Quem tem dúvida. o Brasil é um exemplo!. (C) A atitude do Juiz é isenta de qualquer restrição. Resposta A 07. Assinale-a: (A) Ele não é digno a ser seu amigo. está correto quanto à regência nominal e à pontuação. (B) Baseado laudos médicos. na carreira científica. (E) O sol é indispensável da saúde. Dentre as frases abaixo. (agradar significa acariciar. 169 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .Prova versão 1 . A mãe agrada o filho. do que em outros. (D) Ele se diz especialista para com computadores eletrônicos. seu espaço na carreira científica ainda que o avanço seja mais notável em alguns países. As preposições são capazes de modificar completamente o sentido do que se está sendo dito. satisfazer) Logo. Resposta D 06. rapidamente. Resposta A 03. em alguns países. Resposta C 09. ainda que. Resposta B 02. Só sobra alternativa E. ampliam rapidamente seu espaço na carreira científica. o Brasil é um exemplo. uma apenas apresenta a regência nominal correta. . Resposta C 08. as mulheres. pois oferece oportunidade de conhecermos as diversas significações que um verbo pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma preposição. (TJ/SP . O conhecimento do uso adequado das preposições é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência verbal (e também nominal). do que em outros. do que em outros. (agradar significa "causar agrado ou prazer". em alguns países: o Brasil é um exemplo. concedeu-lhe a licença. conclui-se que "agradar alguém" é diferente de "agradar a alguém". (C) Não há dúvida de que. seu espaço na carreira científica. o avanço seja mais notável em alguns países (o Brasil é um exemplo) do que em outros. Resposta D 04. ainda que o avanço seja mais notável em alguns países – o Brasil é um exemplo – do que em outros. (B) Não há dúvida que as mulheres ampliam rapidamente. O estudo da regência verbal permite-nos ampliar nossa capacidade expressiva. (D) Não há dúvida de que as mulheres. Emprega-se com preposição no sentido de caber. Cheguei no metrô. (VTI). Todos querem assistir a ele. Avisamos aos clientes que vamos atendê-los em novo endereço. (VTI) Agradar: emprega-se com preposição no sentido de contentar. (VTD). No sentido de ouvir. (bater junto à porta. 170 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . mimar: Márcio agradou a esposa com um lindo presente. No primeiro caso. Emprega-se sem preposição no sentido de acariciar. (VI). entrou em casa e bateu a porta. (fechou com força). (VTI) Abraçar: emprega-se sem preposição no sentido de apertar nos braços: A mãe abraçou-a com ternura. O verbo . popularmente usada a fim de indicar o lugar a que se vai. (preferência brasileira). Emprega-se com preposição no sentido de desejar ardentemente por: Ansiava por vê-lo novamente. (VTD). (VI). era preciso bater na porta de seu quarto. no campo. é o meio de transporte por mim utilizado. título desistir. A professora sempre assiste aos alunos com carinho. (VTI) Assistir: emprega-se com preposição no sentido de ver. a um cargo. (VTD). ter por objetivo: Gincizinho aspira ao cargo de diretor da Penitenciária. Aliás.Cheguei ao metrô.(VTI): A banda Legião Urbana agrada aos jovens. Casar: Marina casou cedo e pobre. chorando. para alguém abrir). (VTI) Aspirar: emprega-se sem preposição no sentido de respirar. (VTD sem preposição). (VTI) Nesse caso. Pode ser intransitivo (VI . Atenderemos quaisquer pedido via internet. (VTI) Ansiar: emprega-se sem preposição no sentido de causar mal-estar. Nervoso. o verbo não aceita o pronome lhe. Pedro abdicou em 1831. (VTI). Emprega-se com preposição no sentido de ouvir com atenção o que alguém diz: Atenda ao telefone. Abraçou-se a mim. cheirar: Aspiramos um ar excelente. residir é intransitivo e exige a preposição em: Assiste em Manaus por muito tempo. (VTI). é muito comum existirem divergências entre a regência coloquial. (VTD) Emprega-se com preposição no sentido de querer muito. cotidiana de alguns verbos. conceder: Deus atendeu minhas preces. Emprega-se com preposição no sentido de dar atenção a alguém: Lamento não poder atender à solicitação de recursos. (VTD). emprega-se com preposição: Na conversa aludiu vagamente ao seu novo projeto. ajudar: A professora sempre assiste os alunos com carinho. Atenda o telefone. A oração "Cheguei no metrô". possui. (VTD) Aludir: (=fazer alusão. (VTD). A vencedora abdicou o seu direto de rainha. satisfazer. presenciar: Todos assistíamos à novela Almas Gêmeas. Nunca abdicarei de meus direitos. o metrô é o lugar a que vou. (VTI com preposição). Foi logo batendo à porta. Avisaremos os clientes da mudança de endereço. (VTD). (VTD) Ajudar: emprega-se sem preposição.não exige complemento) / transitivo direto (TD) ou transitivo indireto (TI + preposição): D. Atender: empregado sem preposição no sentido de receber alguém com atenção: O médico atendeu o cliente pacientemente. Para que ele pudesse ouvir. Abdicar: renunciar ao poder. (VTI). Emprega-se sem / com preposição no sentido de socorrer. No sentido de morar. (dar pancadas). Você é realmente digno de casar com minha filha. e a regência culta. mas apenas os pronomes pessoais retos + preposição: O filme é ótimo. referir-se a alguém). Ela casou antes dos vinte anos. Já tem tradição na língua o uso de avisar como OI de pessoa e OD de coisa. (VI não exige complemento). sentido diferente. ter direito ou razão: O direito de se defender assiste a todos. Avisar: avisar alguém de alguma coisa: O chefe avisou os funcionários de que os documentos estavam prontos. no padrão culto da língua. (VTD). (VTD). por favor. objeto direto de pessoa: Eu ajudava-a no serviço de casa. angustiar: A emoção ansiava-me. no segundo caso. Bater: emprega-se com preposição no sentido de dar pancadas em alguém: Os irmãos batiam nele (ou batiam-lhe) à toa. (VTI). casar pode vir acompanhado de pronome reflexivo: Ela casou com o seu grande amor; ou Ela casou-se com seu grande amor. Chamar: emprega-se sem preposição no sentido de convocar; O juiz chamou o réu à sua presença. (VTD). Emprega-se com ou sem preposição no sentido de denominar, apelidar, construido com objeto + predicativo: Chamou-o covarde. (VTD) / Chamou-o de covarde. (VID); Chamou-lhe covarde. (VTI) / Chamou-lhe de covarde. (VTI); Chamava por Deus nos momentos dificeis. (VTI). Chegar: o verbo chegar exige a preposição a quando indica lugar: Chegou ao aeroporto meio apressada. Como transitivo direto (VTD) e intransitivo (VI) no sentido de aproximar; Cheguei-me a ele. Contentar-se: emprega-se com as preposições com, de, em: Contentam-se com migalhas. (VTI); Contento-me em aplaudir daqui. Custar: é transitivo direto no sentido de ter valor de, ser caro. Este computador custa muito caro. (VTD). No sentido de ser difícil é TI. É conjugado como verbo reflexivo, na 3ª pessoa do singular, e seu sujeito é uma oração reduzida de infinitivo: Custou-me pegar um táxi; O carro custou-me todas as economias. É transitivo direto e indireto (TDI) no sentido de acarretar: A imprudência custou-lhe lágrimas amargas. (VTDI). Ensinar: é intransitivo no sentido de doutrinar, pregar: Minha mãe ensina na FAI. (VTI). É transitivo direto no sentido de educar: Nem todos ensinam as crianças. (VTD). É transitivo direto e indireto no sentido de dar ínstrução sobre: Ensino os exercícios mais dificeis aos meus alunos. (VTDI). Entreter: empregado como divertir-se exige as preposições: a, com, em: Entretínhamo-nos em recordar o passado. Esquecer / Lembrar: estes verbos admitem as construções: Esqueci o endereço dele; Lembrei um caso interessante; Esqueci-me do endereço dele; Lembrei-me de um caso interessante. Esqueceu- me seu endereço; Lembra-me um caso interessante. Você pode observar que no 1º exemplo tanto o verbo esquecer como lembrar, não são pronominais, isto é, não exigem os pronomes me, se, lhe, são transitivos diretos (TD). Nos outros exemplos, ambos os verbos, esquecer e lembrar, exigem o pronome e a preposição de; são transitivos indiretos e pronominais. No exemplo o verbo esquecer está empregado no sentido de apagar da memória e o verbo lembrar está empregado no sentido de vir à memória. Na língua culta, os verbos esquecer e lembrar quando usados com a preposição de, exigem os pronomes. Implicar: emprega-se com preposição no sentido de ter implicância com alguém: Nunca implico com meus alunos. (VTI). Emprega-se sem preposição no sentido de acarretar, envolver: A queda do dólar implica corrida ao over. (VTD); O desestímulo ao álcool combustível implica uma volta ao passado. (VTD). Emprega-se sem preposição no sentido de embaraçar, comprometer: O vizinho implicou-o naquele caso de estupro. (VTD). É inadequada a regência do verbo implicar em: - Implicou em confusão. Informar: o verbo informar possui duas construções, VTD e VTI: Informei-o que sua aposentaria saiu. (VTD); Informei-lhe que sua aposentaria saiu. (VTI); Informou-se das mudanças logo cedo. (inteirar-se, verbo pronominal) Investir: emprega-se com preposição (com ou contra) no sentido de atacar, é TI: O touro Bandido investiu contra Tião. Empregado como verbo transitivo direto e índireto, no sentido de dar posse: O prefeito investiu Renata no cargo de assessora. (VTDI). Emprega-se sem preposição no sentido também de empregar dinheiro, é TD: Nós investimos parte dos lucros em pesquisas científicas. (VTD). Morar: antes de substantivo rua, avenida, usa-se morar com a preposição em: D. Marina Falcão mora na Rua Dorival de Barros. Namorar: a regência correta deste verbo é namorar alguém e NÃO namorar com alguém: Meu filho, Paulo César, namora Cristiane. Marcelo namora Raquel. Necessitar: emprega-se com verbo transitivo direto ou indireto, no sentido de precisar: Necessitávamos o seu apoio; Necessitávamos de seu apoio. (VTDI). . 171 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Obedecer / Desobedecer: emprega-se com verbo transitivo direto e indireto no sentido de cumprir ordens: Obedecia às irmãs e irmãos; Não desobedecia às leis de trânsito. Pagar: emprega-se sem preposição no sentido de saldar coisa, é VTI: Cida pagou o pão; Paguei a costura. Emprega-se com preposição no sentido de remunerar pessoa, é VTI: Cida pagou ao padeiro; Paguei à costureira. Emprega-se como verbo transitivo direto e indireto, pagar alguma coisa a alguém: Cida pagou a carne ao açougueiro. Por alguma coisa: Quanto pagou pelo carro? Sem complemento: Assistiu aos jogos sem pagar. Pedir: somente se usa pedir para, quando, entre pedir e o para, puder colocar a palavra licença. Caso contrário, díz-se pedir que; A secretária pediu para sair mais cedo. (pediu licença); A direção pediu que todos os funcionários comparecessem à reunião. Perdoar: emprega-se sem preposição no sentido de perdoar coisa, é TD: Devemos perdoar as ofensas. (VTD). Emprega-se com preposição no sentido de conceder o perdão à pessoa, é TI: Perdoemos aos nossos inimigos. (VTI). Emprega-se como verbo transitivo direto e indireto no sentido de ter necessidade: A mãe perdoou ao filho a mentira. (VTDI). Admite voz passiva: Todos serão perdoados pelos pais. Permitir: empregado com preposição, exige objeto indireto de pessoa: O médico permitiu ao paciente que falasse. (VTI). Constrói-se com o pronome lhe e não o: O assistente permitiu-lhe que entrasse. Não se usa a preposição de antes de oração infinitiva: Os pais não lhe permite ir sozinha à festa do Peão. (e não de ir sozinha). Pisar: é verbo transitivo direto VTD: Tinha pisado o continente brasileiro. (não exige a preposição no). Precisar: emprega-se com preposição no sentido de ter necessidade, é VTI: As crianças carentes precisam de melhor atendimento médico. (VTI). Quando o verbo precisar vier acompanhado de infinítivo, pode-se usar a preposição de; a língua moderna tende a dispensá-la: Você é rico, não precisa trabalhar muito. Usa-se, às vezes na voz passiva, com sujeito indeterminado: Precisa-se de funcionários competentes. (sujeito indeterminado). Emprega-se sem preposição no sentido de indicar com exatidão: Perdeu muito dinheiro no jogo, mas não sabe precisar a quantia. (VTD). Preferir: emprega-se sem preposição no sentido de ter preferência. (sem escolha): Prefiro dias mais quentes. (VTD). Preferir - VTDI, no sentido de ter preferência, exige a preposição a: Prefiro dançar a nadar; Prefiro chocolate a doce de leite. Na linguagem formal, culta, é inadequado usar este verbo reforçado pelas palavras ou expressões: antes, mais, muito mais, mil vezes mais, do que. Presidir: emprega-se com objeto direto ou objeto indireto, com a preposição a: O reitor presidiu à sessão; O reitor presidiu a sessão. Prevenir: admite as construções: - A paciência previne dissabores; Preveni minha turma; Quero preveni-los; Prevenimo-nos para o exame final. Proceder: emprega-se como verbo intransitivo no sentido de ter fundamento: Sua tese não procede. (VI). Emprega-se com a preposição de no sentido de originar-se, vir de: Muitos males da humanidade procedem da falta de respeito ao próximo. Emprega-se como transitivo indireto com a preposição a, no sentido de dar início: Procederemos a uma investigação rigorosa. (VTI) Querer: emprega-se sem preposição no sentido de desejar: Quero vê-lo ainda hoje. (VTD). Emprega-se com preposição no sentido de gostar, ter afeto, amar: Quero muito bem às minhas cunhadas Vera e Ceiça. Residir: como o verbo morar, o verbo responder, constrói-se com a preposição em: Residimos em Lucélia, na Avenida Internacional. Residente e residência têm a mesma regencia de residir em. Responder: emprega-se no sentido de responder alguma coisa a alguém: O senador respondeu ao jornalista que o projeto do rio São Francisco estava no final. (VTDI). Emprega-se no sentido de responder a uma carta, a uma pergunta: Enrolou, enrolou e não respondeu à pergunta do professor. . 172 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Reverter: emprega-se no sentido de regressar, voltar ao estado primitivo: Depois de aposentar-se reverteu à ativa. Emprega-se no sentido de voltar para a posse de alguém: As jóias reverterão ao seu verdadeiro dono. Emprega-se no sentido de destinar-se: A renda da festa será revertida em beneficio da Casa da Sopa. Simpatizar / Antipatizar: empregam-se com a preposição com: Sempre simpatizei com pessoas negras; Antipatizei com ela desde o primeiro momento. Estes verbos não são pronominais, isto é, não exigem os pronomes me, se, nos, etc: Simpatizei-me com você. (inadequado); Simpatizei com você. (adequado) Subir: Subiu ao céu; Subir à cabeça; Subir ao trono; Subir ao poder. Essas expressões exigem a preposição a. Suceder: emprega-se com a preposição a no sentido de substituir, vir depois: O descanso sucede ao trabalho. Tocar: emprega-se no sentido de pôr a mão, tocar alguém, tocar em alguém: Não deixava tocar o / no gato doente. Emprega-se no sentido de comover, sensibilizar, usa-se com OD: O nascimento do filho tocou-o profundamente. Emprega-se no sentido de caber por sorte, herança, é OI: Tocou-lhe, por herança, uma linda fazenda. Emprega-se no sentido de ser da competência de, caber: Ao prefeito é que toca deferir ou indeferir o projeto. Visar: emprega-se sem preposição, como VTD, no sentido de apontar ou pôr visto: O garoto visou o inocente passarinho; O gerente visou a correspondência. Emprega-se com preposição, como VTI, no sentido de desejar, pretender: Todos visam ao reconhecimento de seus esforços. Casos Especiais Dar-se ao trabalho ou dar-se o trabalho? Ambas as construções são corretas. A primeira é mais aceita: Dava-se ao trabalho de responder tudo em Inglês. O mesmo se dá com: dar-se ao / o incômodo; pouparse ao /o trabalho; dar-se ao /o luxo. Propor-se alguma coisa ou propor-se a alguma coisa? Propor-se, no sentido de ter em vista, dispor-se a, pode vir com ou sem a preposição a: Ela se propôs levá-lo/ a levá-lo ao circo. Passar revista a ou passar em revista? Ambas estão corretas, porém a segunda construção é mais frequente: O presidente passou a tropa em revista. Em que pese a - expressão concessiva equivalendo a ainda que custe a, apesar de, não obstante: “Em que pese aos inimigos do paraense, sinceramente confesso que o admiro.” (Graciliano Ramos) Observações Finais Os verbos transitivos indiretos (exceção ao verbo obedecer), não admitem voz passiva. Os exemplos citados abaixo são considerados inadequados. O filme foi assistido pelos estudantes; O cargo era visado por todos; Os estudantes assistiram ao filme; Todos visavam ao cargo. Não se deve dar o mesmo complemento a verbos de regências diferentes, como: Entrou e saiu de casa; Assisti e gostei da peça. Corrija-se para: Entrou na casa e saiu dela; Assisti à peça e gostei dela. As formas oblíquas o, a, os, as funcionam como complemento de verbos transitivos diretos, enquanto as formas lhe, lhes funcionam como transitivos indiretos que exigem a preposição a. Convidei as amigas. Convidei-as; Obedeço ao mestre. Obedeço- lhe. . 173 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Questões 01. (IFC - Auxiliar Administrativo - IFC). Todas as alternativas estão corretas quanto ao emprego correto da regência do verbo, EXCETO: (A) Faço entrega em domicílio. (B) Eles assistem o espetáculo. (C) João gosta de frutas. (D) Ana reside em São Paulo. (E) Pedro aspira ao cargo de chefe. 02. Assinale a opção em que o verbo chamar é empregado com o mesmo sentido que apresenta em __ “No dia em que o chamaram de Ubirajara, Quaresma ficou reservado, taciturno e mudo”: (A) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria; (B) bateram à porta, chamando Rodrigo; (C) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo Diabo; (D) o chefe chamou-os para um diálogo franco; (E) mandou chamar o médico com urgência. 03. Assinale a opção em que o verbo assistir é empregado com o mesmo sentido que apresenta em “não direi que assisti às alvoradas do romantismo”. (A) não assiste a você o direito de me julgar; (B) é dever do médico assistir a todos os enfermos; (C) em sua administração, sempre foi assistido por bons conselheiros; (D) não se pode assistir indiferente a um ato de injustiça; (E) o padre lhe assistiu nos derradeiros momentos. 04. Em todas as alternativas, o verbo grifado foi empregado com regência certa, exceto em: (A) a vista de José Dias lembrou-me o que ele me dissera. (B) estou deserto e noite, e aspiro sociedade e luz. (C) custa-me dizer isto, mas antes peque por excesso; (D) redobrou de intensidade, como se obedecesse a voz do mágico; (E) quando ela morresse, eu lhe perdoaria os defeitos. 05. O verbo chamar está com a regência incorreta em: (A) chamo-o de burguês, pois você legitima a submissão das mulheres; (B) como ninguém assumia, chamei-lhes de discriminadores; (C) de repente, houve um nervosismo geral e chamaram-nas de feministas; (D) apesar de a hora ter chegado, o chefe não chamou às feministas a sua seção; (E) as mulheres foram para o local do movimento, que elas chamaram de maternidade. 06. Assinale o exemplo, em que está bem empregada a construção com o verbo preferir: (A) preferia ir ao cinema do que ficar vendo televisão; (B) preferia sair a ficar em casa; (C) preferia antes sair a ficar em casa; (D) preferia mais sair do que ficar em casa; (E) antes preferia sair do que ficar em casa. 07. Assinale a opção em que o verbo lembrar está empregado de maneira inaceitável em relação à norma culta da língua: (A) pediu-me que o lembrasse a meus familiares; (B) é preciso lembrá-lo o compromisso que assumiu conosco; (C) lembrou-se mais tarde que havia deixado as chaves em casa; (D) não me lembrava de ter marcado médico para hoje; (E) na hora das promoções, lembre-se de mim. 08. O verbo sublinhado foi empregado corretamente, exceto em: (A) aspiro à carreira militar desde criança; (B) dado o sinal, procedemos à leitura do texto. (C) a atitude tomada implicou descontentamento; . 174 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES (D) prefiro estudar Português a estudar Matemática; (E) àquela hora, custei a encontrar um táxi disponível. 09. Assinale o mau emprego do vocábulo “onde”: (A) todas as ocasiões onde nos vimos às voltas com problemas no trabalho, o superintendente nos ajudou; (B) por toda parte, onde quer que fôssemos, encontrávamos colegas; (C) não sei bem onde foi publicado o edital; (D) onde encontraremos quem nos forneça as informações de que necessitamos; (E) os processos onde podemos encontrar dados para o relatório estão arquivados Respostas 01. Resposta B A frase correta seria “Eles assistem ao espetáculo” O verbo “assistir” causa dúvidas porque pode ser transitivo direto ou indireto. No primeiro caso não admitirá preposição, já no segundo sim. Portanto, quando a pergunta (a quê?) for feita ao verbo, este será transitivo indireto e quando o complemento do verbo vir de forma direta, será transitivo direto. Veja: a) A enfermeira assistiu o paciente. (Assistiu quem? O paciente! Ou seja, a pergunta é respondida diretamente, sem intermediários, sem preposição) b) João assistiu ao programa do Jô! (Assistiu a quê? Ao programa! Logo, preposição a + artigo o) 02. Resposta A 03. Resposta D 04. Resposta B 05. Resposta D 06. Resposta B 07. Resposta B 08. Resposta E 09. Resposta B Ortografia A palavra ortografia é formada pelos elementos gregos orto “correto” e grafia “escrita” sendo a escrita correta das palavras da língua portuguesa, obedecendo a uma combinação de critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) e fonológicos (ligados aos fonemas representados). Somente a intimidade com a palavra escrita, é que acaba trazendo a memorização da grafia correta. Deve-se também criar o hábito de consultar constantemente um dicionário. Alfabeto O alfabeto passou a ser formado por 26 letras. As letras “k”, “w” e “y” não eram consideradas integrantes do alfabeto (agora são). Essas letras são usadas em unidades de medida, nomes próprios, palavras estrangeiras e outras palavras em geral. Exemplos: km, kg, watt, playground, William, Kafka, kafkiano. Vogais: a, e, i, o, u. Consoantes: b,c,d,f,g,h,j,k,l,m,n,p,q,r,s,t,v,w,x,y,z. Alfabeto: a,b,c,d,e,f,g,h,i,j,k,l,m,n,o,p,q,r,s,t,u,v,w,x,y,z. . 175 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES artimanha. requisito. Seriema. hematoma.Medial. Fixemos a grafia e o significado dos seguintes: área = superfície ária = melodia. etc. hera. . engolir. bulir. ocorrência. lh e nh: chave. Orquídea. hoje. Casimiro. os derivados baianos. nódoa. silvícola. sai. etc. Não se usa H: . /o/ e /u/. displicente.Na sílaba final de formas dos verbos terminados em –air/–oer /–uir: cai. jabuticaba. Quase. Candeeiro. cúpula. bolacha. íngua. grafam-se com h: herbívoro. em início ou fim de palavras. antedatar. Mimeógrafo.A sílaba final de formas dos verbos terminados em –oar: abençoe. e Espanha. em certas interjeições: ah!. frontispício. porque esta palavra vem do latim hodie. mutuca. húmus. flecha. Cadeado. em que ocorrem aquelas vogais. Disenteria. Grafam-se com a letra U: bulir. I. Sicília (ilha). pontiagudo. etc. escárnio. antitetânico. antiestético.Nos seguintes vocábulos: aborígine. perdoe. cimento. herbicida. . telha. Quepe. hífen. Cumeeira.Os seguintes vocábulos: Arrepiar. incinerar. cobiça. Ifigênia. tabuada. lajiano. hipocrisia. Parônimos: Registramos alguns parônimos que se diferenciam pela oposição das vogais /e/ e /i/. névoa. como integrante dos dígrafos ch. hemisfério. etc. invólucro. Escreve-se com a letra E: . artifício. etc.Final e inicial. banto. 176 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . pontue. etc. chefiar. inigualável. etc. /o/ e /u/ nem sempre é nítida.Emprego da letra H Esta letra. hesitar. tábua. moleque. concorrência. Indígena. heliporto. criar. porém. óbolo. Desperdício. etc. intitular.As palavras formadas com o prefixo ante– (antes. hélice. por força da etimologia e da tradição escrita. crioulo. O e U Na língua falada. Anticristo. hilaridade. . não tem valor fonético. hipótese. hemorragia.Sem h. . mosquito. burburinho. bússola. Romênia. hibernus e Hispania. cantiga . hangar. conservou-se apenas como símbolo. . urtiga. Destilar. botequim. ih!. entretanto.(contra): antiaéreo. diminuir. trégua. influi. digladiar. herói. açoriano. hispânico.Inicial. cutucar. criador. boate. boliche.Em palavras formadas com o prefixo anti. antecipar. lóbulo. Lacrimogêneo. siri. É principalmente desse fato que nascem as dúvidas quando se escrevem palavras como quase. Empecilho. Creolina. mágoa. baianada. homenagear. hem?.A sílaba final de formas dos verbos terminados em –uar: continue. Grafa-se. chuviscar. Filipe. Sequer. pátio. . camoniano. penicilina. moela. hábil. por exemplo. retribui. anterior): antebraço. curtume. . Mexerico. hibernar. haurir. hérnia. Umedecer. tonitruante. antediluviano. inclinar. hibernal. como é o caso de erva.. Confete. Cemitério. baianinha. Seringa.No início de alguns vocábulos em que o h. goela. Emprega-se o H: . companhia. baião. a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i/. Encarnar. hipocondria. privilégio. mágoa. erisipela. terebintina. Irrequieto. Grafam-se com a letra O: abolir. Tibiriçá. rebotalho. etc. harmonia. Peru. rebuliço. Manuel. etc. Os derivados eruditos. cumbuca. magoe. possui. . . feminino. entupir. embora etimológico. crânio. Senão. foi eliminado por se tratar de palavras que entraram na língua por via popular.Algumas palavras iniciadas com a letra H: hálito. costume. respectivamente do latim. inverno. chover. tribo. etc. quando etimológico: hábito. hum!. corrói. antevéspera. Emprega-se a letra I: . lampião. criação. Emprego das letras E. camundongo. herba. jabuti. boletim. Virgílio. mocambo. habitue. lanugem. faringite (de faringe). viagem. g e j. 177 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . ato de cumprir costear = navegar ou passar junto à costa custear = pagar as custas. -ugem: garagem. estrangeiro. ferrugem. vertiginoso (de vertigem). gilete. despejar (despejei). transpirar sortir = abastecer surtir = produzir (efeito ou resultado) sortido = abastecido. sarja (sarjeta). rabugento. tangerina. granja (granjeiro. herege. hegemonia. Exceção: pajem . .Palavras derivadas de outras terminadas em –já: laranja (laranjeira). gorjeio). gorja (gorjeta. Escrevem-se com G: . mas de acordo com a origem da palavra. origem. levar vida de vadio Emprego das letras G e J Para representar o fonema /j/ existem duas letras. -ígio. lisonjeiro).As palavras terminadas em –ágio. selvageria (de selvagem). apogeu. pôr no chão. gesto. -igem. -úgio: contágio. angico. gíria. causado vadear = atravessar (rio) por onde dá pé. monge. viajem) – (viagem é substantivo).Todas as formas da conjugação dos verbos terminados em –jar ou –jear: arranjar (arranje). prodígio. ferruginoso (de ferrugem). tigela. . gengiva. enfeitar arriar = abaixar. Exemplos: gesso (do grego gypsos).Os substantivos terminados em –agem. estágio. Grafa-se este ou aquele signo não de modo arbitrário. divergir delatar = denunciar dilatar = distender. -égio. bem provido. lisonja (lisonjear. -ógio. repercutir suar = expelir suor pelos poros. auge. giz. egrégio. cair comprido = longo cumprido = particípio de cumprir comprimento = extensão cumprimento = saudação. refúgio. gorjear (gorjeia).Palavras derivadas de outras que se grafam com g: massagista (de massagem). vagabundear. jeito (do latim jactu) e jipe (do inglês jeep). ilustre iminente = que ameaça acontecer recrear = divertir recriar = criar novamente soar = emitir som. passar a vau vadiar = viver na vadiagem. ecoar. vertigem. granjense). aumentar descrição = ato de descrever discrição = qualidade de quem é discreto emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrar = sair do país imigrar = entrar num país estranho emigrante = que ou quem emigra imigrante = que ou quem imigra eminente = elevado. sugestão. financiar deferir = conceder. atender diferir = ser diferente. . viajar (viajei. etc.arrear = pôr arreios. variado surtido = produzido. ginete. gibi. megera. loja (lojista. massagem. lojeca). cereja (cerejeira). relógio. engessar (de gesso).Os seguintes vocábulos: algema. . Escrevem-se com J: . sessenta.Adjetivos com os sufixos –oso. excitar. SÇ: acréscimo. . consciência. auxiliar.SS: acesso. fracasso. feminino –esa: burguês. maciço. sujeira. nojo (nojento). burguesa. assar. concessão. obsessão. missão. massagista. cerejeira. seiscentos. paçoca. exceder. contorção. discussão. piscina. traje.X: aproximar. almaço. Jerônimo. etc. pretensão. camponeses. dançar. jegue. . alforje. exceção. excesso. cassino. acessível. víscera.S: ânsia. impressão. jérsei. etc. . vicissitude. próximo. excursão. etc. excelso. Homônimos acento = inflexão da voz. trouxeram. burgueses. deve ser escrita com J. asseio. excelente. utensílio. profissão. açafrão. desça. sossegar. jequitibá. pegajento. manjericão. milanesa. pêssego. jenipapo. excêntrico. tenso. -osa: gostoso. varejista. suscetibilidade. Suíça. excessivo. descanso. profissional. assinar. ansioso. etc.Palavras de origem ameríndia (principalmente tupi-guarani) ou africana: canjerê.As seguintes palavras: alfanje. intrujice. carrossel.. exceto. sujeito. fregueses. censura. discernir. farsa. . . ultraje. pança. adolescente. -esa: português. sossego. jeca. dança. . necessário.Substantivos e adjetivos terminados em –ês. jiu-jítsu. Ç: acetinado. representa-se por: . florescer. fascinar. massa. freguesa. maçaroca. como as cidades de Mogi das Cruzes e Mogi-Mirim. Iguaçu. místico cesta = utensílio de vime ou outro material sexta = ordinal referente a seis círio = grande vela de cera sírio = natural da Síria cismo = pensão sismo = terremoto empoçar = formar poça empossar = dar posse a incipiente = principiante insipiente = ignorante intercessão = ato de interceder interseção = ponto em que duas linhas se cruzam ruço = pardacento russo = natural da Rússia Emprego de S com valor de Z . excedente. inglesa. miçanga. . muçulmano. majestade. gostosa. freguês. crescer. hortênsia. . inglês. sebo. suscetível. . remorso. maço.Adjetivos pátrios com os sufixos –ês. sabujice. muçurana. conforme o caso. trouxer.Atenção: Moji. escasso. jiló.Vocábulos cognatos ou derivados de outros que têm j: laje (lajedo). pretensioso. trouxe. graciosa. portuguesa. descansar. sucessivo. submissão. ascensão. maçarico. desço. disciplina. projeção. cansar. proximidade. cansado.SC. enjeitar. ansiedade. manjedoura. Jeremias. cafajeste. berinjela. oscilar. excepcional. rejeitar. jerimum. diversão. 178 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . ressurreição. ansiar. jirau. palavra de origem indígena. cimento. ganso. escassez. endereço. etc. ojeriza. anoitecer. teimosa. cresço. opressão. Representação do fonema /S/ O fonema /s/. canjica. . discípulo. teimoso. rijeza. essencial. trajeto. descer. camponês. procissão. .C. expressão. propensão. trejeito). milanês. pinça. jiboia. ressuscitar. suscitar. sinal gráfico assento = lugar para sentar-se acético = referente ao ácido acético (vinagre) ascético = referente ao ascetismo. camponesa. etc. jeito (jeitoso. imprescindível. gracioso. Jericó. máximo. néscio. acessório. consciente. majestoso. Por tradição algumas cidades de São Paulo adotam a grafia com G. excelência. suíço. auxílio. pajé.XC: exceção. Se o radical não terminar em –s.Os seguintes vocábulos e seus cognatos: aliás. quis. requisito. civilizar. dogesa. pobreza (de pobre). grafa-se –izar (com z): avisar (aviso + ar). manganês. aprazível. heresia. limpeza (de limpo). colonizar (colono + izar). Teresa.Os derivados de palavras cujo radical termina em –z: cruzeiro (de cruz). . consulesa. vulgarizar . quiseram. Resende. Luís. extravasar (de vaso). -zinha. etc. retrós. avisar. civilizar (civil + izar). atrasar (de atrás). mesa. vizinho. sobremesa. querosene. etc. etc. esvaziar (de vazio). prioresa. franqueza (de franco).Nos substantivos femininos abstratos derivados de adjetivos e denotando qualidade. etc. rapidez (de rápido). ás. buzinar. azáfama. cicatriz. montanhês (de montanha). pisar. civilização. alisar (a + liso + ar). esplêndido. analisar (análise + ar). Isabel. milanesa (de milanês). empresa. frieza (de frio). Emprego da letra Z . frase.Formas dos verbos pôr e querer e de seus derivados: pus. obséquio. tesa. despesa (despender). Heloísa. . . estupidez (de estúpido). marquesa. presa. etc. revés. camponesa (de camponês). colisão. estado. . anis. despesa. impuser. espontâneo. obus. através. Garcês. acidez (de ácido).Os verbos formados com o sufixo –izar e palavras cognatas: fertilizar. usina. etc.Nos seguintes substantivos cognatos de verbos terminados em –ender: defesa (defender). catalisar (catálise + ar). bisar (bis + ar). Baltasar. anarquizar (anarquia + izar). presépio. Isaura. canalizar (canal + izar). pêsames. bazar. defesa. etc. amizade. holandesa (de holandês). Verbos terminados em –ISAR e -IZAR Escreve-se –isar (com s) quando o radical dos nomes correspondentes termina em –s. cafezinho. Queirós. gás. chafariz. . cortês (de corte). Valdês. ojeriza. grisar (gris + ar). cãozito. vaselina. burguês (de burgo). Brás. pusemos..Nas seguintes palavras femininas: framboesa. frisar (friso + ar). vasilha. surpresa. toesa. paralisar (paralisia + ar).Nos substantivos femininos designativos de títulos nobiliárquicos: baronesa. etc. indefesa. prezar.As seguintes palavras: azar.Verbos derivados de palavras cujo radical termina em –s: analisar (de análise). paisagem. evasiva. . presa (prender). mesada. derivados de adjetivos e denotando qualidade física ou moral: pobreza (de pobre). arnês. princesa. hesitar. Usa-se –eza (com z): . cafezeiro. -zeiro. fusível. proeza. turquesa.Nas formas femininas dos adjetivos terminados em –ês: burguesa (de burguês).O sufixo –ês (latim –ense) forma adjetivos (às vezes substantivos) derivados de substantivos concretos: montês (de monte). Sufixo –ÊS e –EZ . . raposa. Teresa. Sousa. besouro. tesouro. convés. Goiás. avezinha. represa. prezado.Substantivos abstratos em –eza. francesa (de francês). mudez (de mudo) avidez (de ávido) palidez (de pálido) lucidez (de lúcido). azeite. vazar. improvisar (improviso + ar). vigésimo. mês. reses. .Os seguintes nomes próprios de pessoas: Avis. . obesa. groselha. azedo. etc.Os derivados em –zal. represa (prender). amenizar (ameno + izar). . país. -zita: cafezal. freguesia. surpresa (surpreender). Sufixo –ESA e –EZA Usa-se –esa (com s): . . rês. pesquisa. Eliseu. apresar (de presa). ases. 179 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . paraíso. Inês. francês (de França). extasiar (de êxtase). visita. enraizar (de raiz). condição: beleza (de belo). etc. lesa. cortesia. xadrez. duquesa. avezita. baliza. repisar (piso + ar). chinês (de China). tesoura. pesquisar (pesquisa + ar). leveza (de leve). etc. empresa (empreender). fase.O sufixo –ez forma substantivos abstratos femininos derivados de adjetivos: aridez (de árido). compôs. cortês. Teresinha. Luísa. -zito. alisar (de liso). etc. fertilizante. -zinho. presídio. três. etc. Tomás. enxaqueca. puxar. flecha. cochilo. conta.Escreve-se x e não ch: Em geral. friccionar. exceder. expirar. tarifa Chá = planta da família das teáceas. enxurrada. chavena. caxambu. orixá. sem interposição do hífen. caxinguelê. praxe. pressupor. expoente. preguiça. representam os fonemas /r/ forte e /s/ sibilante. prego de cabeça larga e chata. experiente. graxa. etc. exceção. lance em que o rei é atacado por uma peça adversária Consoantes dobradas . missão. seixo. chimarrão.Duplicam-se o R e o S em dois casos: Quando. etc. Emprego do X . xícara. enxergar. baixo. 180 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . enfim. xavante. maxixe. infusão de folhas do chá ou de outras plantas Xá = título do soberano da Pérsia (atual Irã) Cheque = ordem de pagamento Xeque = no jogo de xadrez. vexame. excelso. xarope. enxame. . toda vez que se trata do prefixo en. respectivamente: carro. xingar. mexer. eleição. faxina. . extensão. intervocálicos.e –xci-: exceção. enxoval. entre outros os seguintes vocábulos: bucha. enxugar. cicatrizar (cicatriz + izar). exílio. êxtase. etc.Escreve-se com CC ou CÇ quando as duas consoantes soam distintamente: convicção. etc. Homônimos Bucho = estômago Buxo = espécie de arbusto Cocha = recipiente de madeira Coxa = capenga. etc. correlação. enxamear. xampu. excêntrico. Quando a um elemento de composição terminado em vogal seguir. extasiado.cedilha É a letra C que se pôs cedilha. R. Indica que o Ç passa a ter som de /S/: almaço. cocção. miçanga. expiar. pequeno prego. chuchu. defeito. enxofre. mochila.(vulgar + izar). etc. Nas seguintes palavras: bexiga. etc. faixa. enxaguar. ficha. . preencher). enchova. ameaça. xaxim. grafam-se com ch: encharcar (de charco). Emprego do dígrafo CH Escreve-se com ch. extrair. pêssego. deslizar (deslize + izar). inexcedível. rouxinol. occipital. fachada. S.Grafam-se com x e não com s: expectativa. fênix. etc. charrua. tocha. excessivo. oxalá. depois da sílaba inicial en-: enxada. girassol.Esta letra representa os seguintes fonemas: Ch – xarope. justiça. manco Tacha = mancha. ameixa. Excetuam-se caucho e os derivados cauchal. escravizar (escravo + izar). CS – sexo. sucção. próximo. frustração. êxodo. recauchutar e recauchutagem. enchumaçar (de chumaço). mecha. charque. vexame. . léxico. matizar (matiz + izar). Excepcionalmente. Em vocábulos de origem indígena ou africana: abacaxi. encher e seus derivados (enchente. tóxico. ferro. enxerto. xale. pechincha. Z – exame. lixa. etc. rixa. etc. . etc. máximo.Nas palavras portuguesas só se duplicam as consoantes C. fricção. feixe. raça. CÊ . etc. lagartixa. enxuto. preço de serviço público. geringonça. mexerico.Não soa nos grupos internos –xce. minissaia. doença. expectativa. bissemanal. força. S – sexto. bruxa. depois de ditongo: caixa. etc. . SS – auxílio. texto. lição. excelente. facção. cobiça. caldeira Taxa = imposto. frouxo. motorizar (motor + izar). Geralmente. coaxar. látex. texto.+ palavra iniciada por ch. palavra começada com /r/ ou /s/: arroxeado. excitar. lixo. Há cerca de dias resolvemos este caso. Não há necessidade de usar atrás. Teatro Municipal.No interior dos títulos. Nação. República. Brasil. Cruzeiro do Sul. etc. Excelentíssimo Senhor Ministro. a. contorcer. . estabelecimentos. etc. . Mas: Corri o país de norte a sul. Algumas palavras ou expressões costumam apresentar dificuldades colocando em maus lençóis quem pretende falar ou redigir português culto.Palavras. Arquitetura. . etc. o falar do Norte. Tupã. Amazônia. . quando empregados em sentido geral: São Pedro foi o primeiro papa. o Jabuti (nas fábulas). sem. Presidente.Nomes comuns. U. Esta é uma oportunidade para você aperfeiçoar seu desempenho. .Expressões de tratamento: Vossa Excelência. títulos de jornais e revistas: Medicina. mitológicos. Colégio Santista. Dicionário Geográfico Brasileiro.Nomes de artes. nomes próprios tornados comuns: maia. ciências. de festas pagãs ou populares. etc. as palavras átonas. Estado. Emprego das iniciais maiúsculas . Os Lusíadas. quando personificados ou individuados: o Amor.Os nomes a que se referem os itens 4 e 5 acima. No início dos versos que não abrem período é facultativo o uso da letra maiúscula. Há cerca de: equivale a (faz tempo). ViaLáctea. astronômicos): José. abster. datas e fatos importantes. Marte. . alcunhas. O Ç só é usado antes de A. edifícios. . etc. Maria Santíssima. o Dia das Mães. mirra”. etc. etc. etc. Praça da Paz. . abstenção. agremiações.Nomes dos pontos cardeais.Nomes de meses. literárias e científicas. etc: Rua do Ouvidor. festas religiosas: Idade Média. o Natal. reter. Há anos: há indica tempo passado: não o vejo há meses. Renascença. um havana. em. distorcer. .Nos substantivos derivados dos verbos: ter e torcer e seus derivados: ater. “Chegam os magos do Oriente. contorção. Diz um provérbio árabe: “A agulha veste os outros e vive nua”. títulos de produções artísticas. nomes gentílicos.Nomes de altos cargos e dignidades: Papa.Nomes de altos conceitos religiosos ou políticos: Igreja. grafam-se com inicial minúscula. torção. Banco do Brasil. bacanais. ingleses. Centenário da Independência do Brasil. a baía de Guanabara. Campinas. Tiradentes. como: o. 181 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . a Páscoa.Substantivos próprios (antropônimos.” (gravação: Nenhum de Nós) Atenção: Há muito tempo já indica passado. atenção. o Ódio. Academia Brasileira de Letras. Todos amam sua pátria. etc.Nomes de ruas. .Nomes de épocas históricas. com suas dádivas: ouro. A anos: a indica tempo futuro: Daqui a um ano iremos à Europa. topônimos. incenso. O Sol nasce a leste. . torcer. Emprego das iniciais minúsculas . . . retenção. Preste atenção e tente incorporar tais palavras certas em situações apropriadas. Correio da Manhã. quando designam regiões: Os povos do Oriente. órgãos públicos. Pátria. com. nomes sagrados. distorção. não se tratando de citação direta: “Qual deles: o hortelão ou o advogado?”. a Morte. O Guarani. Presidente da República. ave-maria. O. depois de dois pontos. União. Manchete. praças. o pico da Neblina. isto é um pleonasmo. . Senhor Diretor. “Procure o seu caminho Eu aprendi a andar sozinho Isto foi há muito tempo atrás Mas ainda sei como se faz Minhas mãos estão cansadas Não tenho mais onde me agarrar.Nomes comuns antepostos a nomes próprios geográficos: o rio Amazonas. Sr. carnaval. Deus. Minerva. Acerca de: equivale a (a respeito de): Falávamos acerca de uma solução melhor.A primeira palavra de período ou citação. etc. de. 182 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Bebedouro: é o aparelho que fornece água. “avesso”. choque): Minhas opiniões vão de encontro às suas. o que ocorre é justamente o contrário. Aprender: tomar conhecimento de: O menino aprendeu a lição. De encontro a: equivale a (oposição. tira fotos: Comprei uma câmera japonesa. Vocês falam demais. ao invés de ficar me cobrando! Quantas vezes usamos “ao invés de” quando queremos dizer “no lugar de”! Contudo. Ao par: indica relação (de igualdade ou equivalência entre valores financeiros – câmbio): O dólar e o euro estão ao par. Vamos comemorar. Este bebedouro está funcionando bem. “inverso”. esse emprego é equivocado. Observe: Em vez de conversar. adjetivos ou o próprio advérbio. A fim de: locução prepositiva que indica (finalidade): Vou a fim de visitá-la. equivale a muito. Use “em vez de” quando quiser um sentido de “no lugar de” ou “em lugar de”. (ao contrário de) Use “ao invés de” quando quiser o significado de “ao contrário de”. sem razão): Andava à toa pela rua. caras! . Bebedor: é a pessoa que bebe: Tornei-me um grande bebedor de vinho. “inverso”. Apreender: prender: O fiscal apreendeu a carteirinha do menino. os preços funcionam como sujeito: Baixaram os preços (sujeito) nos supermercados. Afim: é um adjetivo e equivale a (igual. ciente): Estamos a par das boas notícias. equivale a (inutilmente. Champanha/Champanhe (do francês): O champanha/champanhe está bem gelado. À toa: é uma locução adverbial de modo. Ao invés de: equivale (ao contrário de): Ao invés de falar começou a chorar (oposição). Porém. departamento: Visitei hoje a seção de esportes. coloca-se “ao invés de” onde não poderia. No entanto. (até 01/01/2009 era grafada: à-toa) Baixar: os preços quando não há objeto direto. ficou só. Em vez de: equivale a (no lugar de): Em vez de acompanhar-me. Câmera: aparelho que fotografa. Foi uma atitude à toa e precipitada. Botijão/Bujão de gás: ambas formas corretas: Comprei um botijão/bujão de gás. preferiu gritar para a escola inteira ouvir! (em lugar de) Ele pediu que fosse embora ao invés de ficar e discutir o caso. jovem. mas é preferível optar por “em vez de”. Benvindo: é nome próprio: Benvindo é meu colega de classe. Sessão: equivale ao intervalo de tempo de uma reunião: A sessão do filme durou duas horas. pessoal! Abaixar: os preços empregado com objeto direto: Os postos (sujeito) de combustível abaixaram os preços (objeto direto) da gasolina. sem problemas. Bem-Vindo: é um adjetivo composto: Você é sempre bem vindo aqui. desprezível).Ao encontro de: equivale (estar a favor de): Sua atitude vai ao encontro da verdade. semelhante): Somos almas afins. Seção/Secção: repartição pública. equivale a (inútil. “em oposição a”. Boêmia/Boemia: são formas variantes (usadas normalmente): Vivia na boêmia/boemia. Não que seja absurdamente errado escrever “ao invés de” em frases que expressam sentido de “em lugar de”. Câmara: equivale ao local de trabalho onde se reúnem os vereadores. uma vez que “invés” significa “contrário”. deputados: Ficaram todos reunidos na Câmara Municipal. A par: equivale a (bem informado. Cessão: equivale ao ato de doar. Faça você a sua parte. Demais: é advérbio de intensidade. doação: Foi confirmada a cessão do terreno. À toa: é um adjetivo (refere-se a um substantivo). aparece intensificando verbos. pode assumir o significado de “ao invés de”. Estadia: prazo concedido para carga e descarga de navios ou veículos: A estadia do carro foi prolongada por mais algumas semanas. que brilha no escuro: Este material é fosforescente. é oposto de bem: Dormi mal. entrega algo em algum lugar. pode vir antecedido de artigo. opõe-se a de menos. dar. dirigiram-se ao aeroporto. temos que ter cuidado. era grafado dia-a-dia) Dia a dia: é uma expressão adverbial. Conjunção subordinativa temporal. cortar. Porém. há aqueles que afirmam que este verbo indica sim movimento. Entrega a domicílio com verbos de movimento: Enviou as compras a domicílio. O álcool aumenta dia a dia.É preciso que não haja descuido. Chamaram mais dez candidatos. trazer. adjetivo ou pronome: A comida fez mal para mim. (até 01/01/2009. dirigir-se. devemos usar “entrega em domicílio”. elemento químico. prejudicial. equivale a assim que. na fala. Levantar-se: pôr de pé: Luís e Diego levantaram-se cedo e. na propaganda televisa. (bem). no folder. Houve: pretérito perfeito do verbo haver. ir. equivale a erradamente. que espera alguma coisa: O expectador aguardava o momento da chamada. Convivem juntas sem problemas maiores porque são entendidas da mesma forma. A dúvida surge com o verbo “entregar”: não indicaria movimento? De acordo com a gramática purista não. refere-se a um determinado tipo de luminosidade: A luz branca do carro era fluorescente. como: levar. Você é um mau exemplo . Fluorescente: adjetivo derivado de flúor. levantou sozinho a tampa do poço. pois “a domicílio” não é aceita. Discriminar: equivale a (diferençar. refere-se sempre a um substantivo ou a um pronome: Não vejo nada de mais em sua decisão. Já a locução adverbial “em domicílio” é usada com os verbos sem noção de movimento: entregar. Cumpre discriminar os verdadeiros dos falsos valores. 183 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . distinguir. Equivale a nocivo. que faz ou acontece todo dia. /Os negros ainda são discriminados. os demais devem aguardar. nos atentando ao fato de que a finalidade é que vale: a entrega será feita no (em+o) domicílio de uma pessoa. Seu mal é crer em tudo. Era impossível discriminar os caracteres do documento. Pode isso? Descriminar: equivale a (inocentar. oposto de bom. no outdoor. Mal: advérbio de modo. Discrição: qualidade ou caráter de ser discreto. separar). Meu dia a dia é cheio de surpresas. diário. Haja . fazer. equivale a ruim. com um mesmo sentido. Fosforescente: adjetivo derivado de fósforo. uma vez que quem entrega. Carlinhos. “A loja entregou meu sofá a casa” não está correto. seguido de artigo. 3ª pessoa do singular. enfermidade. assiste: Os espectadores se fartaram da apresentação. pra sorte dele. no panfleto. Estada: permanência de pessoa (tempo em algum lugar): A estada dela aqui foi gratificante. absolver de crime). Aja . pois quem entrega se desloca de um lugar para outro. enviar. equivale a cotidiano. Mau: adjetivo. Entrega em domicílio: equivale a lugar: Fiz a entrega em domicílio. Descrição: ato de descrever: A descrição sobre o jogador foi perfeita. Espectador: é aquele que vê. no catálogo. Portanto. De mais: é locução prepositiva.Aja com cuidado.do verbo haver . plural=maus. Ouve: presente do indicativo do verbo ouvir. meu estimado cunhado. Expectador: é aquele que está na expectativa. quando falamos de gramática normativa. No entanto.Demais: pode ser usado como substantivo. O réu foi descriminado. obedecendo às normas gramaticais. Dia a dia: é um substantivo. equivale a os outros. logo que: Mal chegou começou a chorar desesperadamente. conduzir. equivale a diariamente.do verbo agir . Por quê? A regra estabelece que esta última locução adverbial deve ser usada nos casos de verbos que indicam movimento. Levantar: é sinônimo de erguer: Ginês. As expressões “entrega em domicílio” e “entrega a domicílio” são muito recorrentes em restaurantes. Contudo. reservado: Você foi muito discreto. 3ª pessoa do singular. feminino=má. “por enquanto”: Por ora chega de trabalhar. 184 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . nem um único. por qual razão) Exemplo: Por que devemos nos preocupar com o meio ambiente? Equivalendo a “pelo qual” Exemplo: Os motivos por que não respondeu são desconhecidos. Substantivo: Os maus nunca vencem. Exemplos: Não julgues porque não te julguem. ou seja. Emprego do Porquê Por Que Por Quê Porque Porquê Orações Interrogativas (pode ser substituído por: por qual motivo. equivale a porém. é oposto de algum: Nenhum jornal divulgou o resultado do concurso.. vem antes de um substantivo. a palavra “um” expressa quantidade: Nem um filho de Deus apareceu para ajudá-la. eu próprio. contudo. eu própria. Nem um: equivale a nem um sequer. refere-se a verbos que exprimem estado. Mais: pronome ou advérbio de intensidade.” (gravação: Barão Vermelho) Por ora: equivale a “por este momento”. porque ele sempre se atrasa. “a fim de que”. entretanto: Telefonei-lhe mas ela não atendeu. Obrigado: Os homens devem dizer: muito obrigado. equivale (para onde) somente com verbo de movimento desde que indique deslocamento. Dê-me um porquê de sua saída. Aonde vão com tanta pressa? “Pode seguir a tua estrada o teu brinquedo de estar fantasiando um segredo o ponto aonde quer chegar.. Mas: conjunção adversativa (ideia contrária). Onde: indica o lugar em que se está. eu mesma. a+onde. opõe-se a menos: Há mais flores perfumadas no campo. Final de frases e seguidos de pontuação Conjunção que indica explicação ou causa Conjunção de Finalidade – equivale a “para que”. Ninguém mais o espera. Por hora: locução equivale a “cada sessenta minutos”: Você deve cobrar por hora. Obrigada: As mulheres devem dizer: muito obrigada. Função de substantivo – vem acompanhado de artigo ou pronome . eu mesmo. Exemplos: Não é fácil encontrar o porquê de toda confusão. Nenhum: pronome indefinido variável em gênero e número.(bom). Exemplos: Você ainda tem coragem de perguntar por quê? Você não vai? Por quê? Não sei por quê! Exemplos: A situação agravou-se porque ninguém reclamou. permanência: Onde fica a farmácia mais próxima? Aonde: ideia de movimento. eclipsando o nome das marcas que ofereciam produtos similares. (B) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo será feito mediante sorteio. Traz . em orações adverbiais condicionais: Se não houver homens honestos. onde as empresas concorrem para posicionar suas marcas e fixar logotipos e slogans na cabeça dos consumidores. (A) Diante da paralização das atividades dos agentes dos correios. 185 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .CIAAR) O “gilete” dos tablets Num mundo capitalista como este em que vivemos. Trás ou Atrás = indicam lugar. “a não ser”: Não fazia coisa nenhuma senão criticar. Por quê (fim de frase: motivo) 4. os chefes serão encumbidos de controlar a imissão de faxes e copias xerox.Capelão Militar Católico . Vultoso: volumoso: Fizemos um trabalho vultoso aqui. Questões 01. 02.do verbo trazer. Assim como a marca de lâminas de barbear tornou-se sinônimo de toda a categoria de barbeadores. Vultuoso: atacado de congestão no rosto: Sua face está vultuosa e deformada. o país não sairá desta situação crítica. Tampouco: advérbio.VUNESP). (E) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia. a síndrome do “Gillette” pode ser decisiva para a perpetuação de um produto. para que o jovem haja sempre de acordo com a lei. Por que (pergunta) 2.1. (C) Durante o período de recessão. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas segundo a ortografia oficial. O Porquê (substantivo) Emprego de outras palavras Senão: equivale a “caso contrário”. (CIAAR . são advérbios. (D) A concessão de férias obedece a critérios legais. tablet da Apple. pede-se a compreenção de todos. equivale a “também não”: Não compareceu. Porque (resposta) 3. (TJ/SP . pois ouve exceções na distribuição dos processos.Assistente Social . o mesmo pode estar acontecendo com . Tão pouco: advérbio de intensidade: Encontramo-nos tão pouco esta semana. Se não: equivale a “se por acaso não”. para que não ocorra descriminação. o mesmo ocorrendo com os casos de rescisão contratual. É isso que preocupa a concorrência do iPad. tampouco apresentou qualquer justificativa. O maior temor do mercado é que as pessoas passem a se referir aos tablets como “iPad” em geral. e assim por diante. esse cargo que em 2012 será disputado por 440 mil pessoas? (Há mais candidatos a vereador do que a soma de budistas e judeus no Brasil segundo o Censo de 2010). Disponível em: http//revistalingua. esse é o representante político mais acessível ao cidadão comum. eles devem atuar como administradores das próprias Câmaras. diz Felix Lopez. por trazer o asfalto à comunidade da Vila Ribeirinha”? Pode ser asfalto. porém... ser um nome comum e “Gillette”. um nome próprio.. atender a demandas específicas e imediatas. afinal. do primeiro parágrafo. A constituição de 1988 ajudou a defninir a função desses políticos. porque. (B) II e III. III. 186 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . cientísta político do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). IV. A diferença de grafia se dá devido “gilete”.] O mesmo se deu com os lenços Kleenex. ao passo que no primeiro parágrafo tem-se a forma “Gillette” (com inicial maiúscula e duas letras “L” na segunda sílaba). 03. Isso é o que a maioria dos vereadores tenta fazer – até porque é justamente isso que os eleitores esperam dele. as principais são legislar e fiscalizar. avaliar ações do prefeito e cobrar trasnparência. sejam individuais ou coletivas. por mais que isso possa ter uma conotação negativa.asp – Adaptado. ao processar e julgar o prefeito e os próprios colegas em caso de irregularidades.br/textos/blog-edgard/o-gilete-dos-tablets-260395-1. e às vezes até como juízes. vereador Fulano. II. Mas outras nem tanto. As leis que eles redigem e aprovam não podem contrariar as das esferas superiores (estadual e federal). Sabe aquelas faixas que dizem “Obrigado. é muito difícil. é complicado dizer se isso é certo ou errado. (C) II e IV. Há diferença entre as formas por “Gillette” ser parte do nome de um problema recorrente em economia chamado síndrome do “Gillette”. Segundo a Carta. como o nome novo daquela rua que você nem sabe que existe. No texto I.. . do título.o tablet lançado por Steve Jobs. com 80 funcionários cada um. apontando suas competências genéricas. No dia a dia. comunidades e outros grupos de eleições. Ele lembra que. dizendo “iPad da Samsung” ou “iPad da Motorola”. Além disso. Uma pesquisa publicada pelo luperj (Instituto Universitário de Pesquisa do rio de Janeiro) em 2009 mostra como um vereador da zona oeste do Rio construiu sua fama a partir da manutenção de “centros sociais” privados. cabe a eles acompanhar gastos do município. a troca de benefícios entre pessoas com diferentes níveis de poder. uma lâmina descartável de uma marca específica. Isso é o que diz a lei. remédios. (CRF-SC . [. (. a palavra “gilete” (com inicial minúscula e apenas uma letra “L” na segunda sílaba) compõe o título. o vereador é importante como canal para resolver problemas pontuais da população”. material de construção.globo. o que sobra ao vereador. E como esas atividades não estão proibidas em lei – ao menos fora do período eleitoral -. Ou seja.IESES) Pra que serve um vereador? por César Cerqueira Disponível em Http://revistagalileu. Html/Acesso em 06 de outubro de 2012. O Brasil está cheio de exemplos assim.com. a atividade que toma mais tempo dos vereadores é o atendimento de pedidos dos indivíduos. “Medir o clientelismo.com/Revista/Common/0 EMI3171-1-PRA+QUE+SERVE+UM+VEREADOR.Operador de Computador .) Mas se o prefeito e seus secretários planejam e coordenam toda a administração da cidade.uol. dinheiro para pagar contas. (D) III e IV. Estão corretas apenas as afirmativas (A) I e III. Há diferença entre as formas por “gilete” ser a designação de qualquer lâmina descartável de barbear e “Gillette”. A diferença de grafia entre as duas formas é fruto de um erro de ortografia. Resta saber se os consumidores se habituarão com outros nomes para produto tecnológico. como restrições a fumo em locais e regras para venda de carne moída. os curativos Band-aid e as fotocopiadoras Xerox. I. que ofereciam desde cursos de lambaeróbica até consultas médicas e jurídicas. óculos. mas podem regulamentar algumas coisas importantes. Julgue as afirmativas a respeito dessa diferença. Na área de fiscalização. mas também pode ser emprego. A fronteira ética neste caso é muito borrada. Sistemas . III. os vereadores acabam sugerindo e aprovando um grande volume de leis que pouco ajudam a vida do cidadão (. A empresa afirma que mais de 80 milhões de aplicativos que foram baixados carregam uma forma de anúncios invasivos que podem pegar os dados pessoais dos usuários a partir de telefones ou instalar software sem o conhecimento deles. Segundo a LookOut.“A maioria dos eleitores acha inadequado o vereador dizer: “Meu papel é legislar e fiscalizar e não vou fazer isso que você está me pedindo”. retoma a expressão “pode ser asfalto. 60% deles responderam que era “atender a pedidos individuais ou coletivos de eleitores” (. acabam na mão dos prefeitos. dinheiro para pagar contas. coautor de um estudo que analisou em detalhes a rotina de vereadores de 12 cidades de Minas Gerais. (B) Apenas as assertivas II e III estão corretas.MPE) 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 A empresa de segurança móvel LookOut afirmou nesta segunda-feira que algumas redes de publicidade recolheram secretamente informações pessoais de usuários de aplicativos durante o ano passado e agora ________ acesso a milhões de smartphones em todo o mundo. As redes de publicidade atuam como intermediárias. óculos. material de construção”. os autores apontam três fatores que ajudam a explicar esse perfil assistencialista do vereador. baseada em redes de contato pessoal. Quando questionados sobre o que era mais importante em seu trabalho. 187 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . destacado no terceiro parágrafo. Outro seria o tamanho relativamente pequeno dos municípios no país – nos 89% com menos de 50 mil habitantes. Inclusive. afirma Lopez. mas também pode ser emprego. 04. Os casos estão crescendo especialmente a partir da expansão da plataforma Android. IV. O emprego dos parênteses no final do 1º parágrafo tem a função de indicar possibilidade alternativa de leitura. No trecho: “Há mais candidatos a vereador do que a soma de budistas” temos a presença de palavras parônimas. Algumas redes mais agressivas conseguem até mesmo coletar endereços de e-mail ou números de telefone sem a permissão do usuário. essas práticas não regulamentadas estão em ________.. Em: “consultas médicas e jurídicas”. remédio. a maior parte das câmaras nessas cidades só tem uma ou duas sessões por semana. II. (C) Apenas as assertivas I e IV estão corretas. as duas palavras acentuadas recebem acento pelo mesmo motivo. do Google.. No estudo. III e IV estão corretas. ligando um grande número de anunciantes com editores de mídia. A última explicação seria o poder reduzido desses políticos: questões importantes.). como a definição do orçamento. (D) Apenas a assertiva III está correta. Por essa razão. . não existe mesmo tanta coisa sobre o que legislar. Para compensar e mostrar serviço na Câmara. (MPE-RS . (A) Apenas as assertivas II. 44% deles disseram que essa era a atividade que mais ocupa seu tempo de trabalho. Um deles é a natureza quase amadora da gestão municipal brasileira.Técnico em Informática ..) Analise as proposições a seguir e em seguida assinale a alternativa correta: I. O termo “isso”. onde aplicativos como o Angry Birds são distribuídos gratuitamente e financiados por meio de anúncios. urge que desenvolvedores de aplicativos e anunciantes se unam na busca de soluções para que o consumidor não fique vulnerável a esse tipo de invasão.. Não por acaso. Prova versão 1 . Assinale a opção em que todas as palavras são vocábulos de sentidos iguais ou aproximados: (A) Escopo.. mas garante não vender as informações de seus 10 milhões de clientes.IFC). algumas dizem que práticas agressivas como essas poderiam ser ________ para o aumento da comercialização de smartphones. comprometem o futuro do marido ou da mulher (4) e dos filhos.. Ele se manifesta de (2) diversas maneiras.. 06.. 07.... e restaurar a perda muscular que ocorre com o avanço da idade... (C) Dúctil. 188 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .. presidente da Placecast..com/tecnologia/empresa-deseguranca-alertapara-ameaca-privacidade-em-smartphones-5429137>... correta e respectivamente. Delongado..... que fornece serviços baseados em localização de marketing... Todavia.. Acesso em: 09 de julho de 2012.. Os resultados podem levar a novas terapias para reabilitar músculos contundidos ou mesmo para . com consumidores cada vez mais conscientes das questões de privacidade. e os modelos são muito similares aos da web...benefícios para a totalidade do corpo. estudo levanta hipóteses sobre . Intento. Jambo. praticar atividade física.... (A) têm – ascensão – vem – desastrosas (B) tem – ascenção – vêm – desastrozas (C) têm – ascensão – vem – desastrozas (D) têm – ascenção – veem – desastrozas (E) tem – ascenção – vêm – dezastrosas 05. (B) Adiado. Adiantado.. nesta ordem. onde as práticas não são muito respeitosas".. Níveo. ―A experiência móvel é muito mais íntima e pessoal — um telefone é como se fosse uma extensão da pessoa.. (E) Tangerina. Tronco.Auxiliar administrativo . Lenha.... Algumas de suas vítimas invadem o “shopping Center” e...Escrevente Técnico Judiciário . por razões que me escapam...... (D) Branco.. (Ciência Hoje. março de 2012) As lacunas do texto devem ser preenchidas.. disse Anne Bezançon... os quais. (TJ-SP .Analista de Recursos Humanos Como o rei de um país chuvoso (1) Um espectro ronda o mundo atual: o espectro do tédio. tornam interessante para seu . Moroso.. Madeira.... assistindo a “reality (5) shows”. Mexerica...... Cândido... Brando.. (IFC . com: (A) porque … trás … previnir (B) porque … traz … previnir (C) porquê … tras … previnir (D) por que … traz … prevenir (E) por quê … tráz … prevenir 07. (3) empunhando um cartão de crédito...... A maioria opta por ficar horas diante da TV. afirma Bezançon... "Estamos vivendo os primórdios da publicidade móvel.globo. 28 e 33. É o equivalente a alguém sussurrar em seu ouvido”...... Alvo. Mira. Adaptado de:< http://oglobo.. Agora. Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das linhas 05. Bergamota..28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 As empresas de publicidade estão acompanhando de perto como o setor de anúncios móveis ________ representando uma oportunidade para novos fluxos de receita. (TJ-MG) Técnico Judiciário ....VUNESP) Que mexer o esqueleto é bom para a saúde já virou até sabedoria popular.. os pais. Nem se requer uma fartura de (41) Primeiro Mundo para se chegar à sua massificação. a reis. comparou-se ao rei de um país (35) chuvoso. Dotadas de cérebros (11) que. transformavam a faina abusiva da maioria no luxo de (32) pouquíssimos eleitos. (20) Se o mal em si nada tem de original e. Nélson. magnatas. foi um produto de luxo. (B) acerca de duas gerações. que à (42) satisfação do biologicamente básico se associe o cerceamento de outras (43) possibilidades (como. antes de. também (22) é verdade que. Se (48) não existisse o tédio. se a família os (18) ocupar com atividades. após as emoções (45) fornecidas por Stalin e Hitler. Ele é central. por definição. simplesmente. Nenhum deles tinha tempo de sentir o tédio.(6) público a vida comum de estranhos. (8) O mal ataca hoje em dia faixas etárias que. (Texto adaptado) “O mal ataca hoje em dia faixas etárias que. E. na terça. a rigor. nem um problema menor. no qual tudo (12) é novo. não existia. para que o tempo (44) ocioso ou inútil se encarregue do resto. Ilustrada. É a ideia de que. de sol a sol. para. uma ou duas gerações atrás. (D) porquê / por quê. 189 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . assim como (21) o medo. o problema quase sempre se restringia ao topo da pirâmide (30) social. Folha de S. descrevê-lo. E. (C) há uma ou duas gerações. como esponjas. quem sabe. nobres. somente uma minoria dispunha das precondições necessárias para sofrer dele. Identifique a alternativa em que a justificativa sobre o explicitado esteja incorreta: . os países socialistas se revelaram exímios (46) fabricantes de tédio. (E) por que / por quê. nem esta nem (50) soluções tradicionais (a alta cultura. as massas de crianças e jovens perpetuamente desempregados. (37) Coube à Revolução Industrial a produção em massa daquilo que. (B) por que / porque. surgiu. uma ou duas gerações atrás. Seja como for. 9 abr. único bem em cuja produção competiram à altura com seus (47) rivais capitalistas. Elas (13) não precisam ser entretidas pelos adultos. funcionários. como se experimentar delicadeza tão refinada elevasse socialmente quem não passava de “aristocrata de espírito”. A expressão destacada pode ser substituída sem alteração significativa do sentido por: (A) a uma ou duas gerações. nunca lhes faltam informação e dados a processar. há século e meio. O tédio não é piada. (27) que pressupõe ócio abundante e sistemático para se manifestar em grande (28) escala. os filhos terão mais facilidades na vida. junto com nossa espécie ou. antes. na minha infância. Sendo assim. inclusive. a curiosidade natural e aguça seus (15) instintos analíticos. tudo absorvem e de um ambiente. (26) trabalhava com a enxada ou o pilão. o nojo e a raiva. aos membros privilegiados de sociedades que. Por isso é que. (31) organizadas e avançadas. até onde a memória coletiva alcança. qualquer um. Basta. 2007. por exemplo. claustrofóbica. tudo é infinito. a religião organizada) resolverão seus (51) impasses. algo que ainda ontem afetava apenas alguns monarcas? ASCHER. os pais se veem cada vez mais compelidos a (16) inventar maneiras de distrair seus filhos durante as horas ociosas destes. tantas empresas de (49) entretenimento e tantas fortunas decorrentes delas. ao que tudo indica. gente aposentada e cidadãos em geral ameaçados não pela fome. guerra ou epidemias. estar (25) fraco o bastante para se converter em caça e de uma mulher que. a da fuga ou da emigração). Ninguém lhe oferecia facilidades. (D) por uma ou duas gerações. eram raridades reservadas a uma elite mínima. pois o que quer que estes façam ou deixem de fazer lhes desperta. ou seja. um (17) conceito que. (9) julgávamos naturalmente imunizadas a seu contágio. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da frase abaixo: Não sei o _____ ela está com os olhos vermelhos. e isso até tão recentemente que (34) Baudelaire. (38) previamente. 08. mas pelo tédio. Paulo. Crianças sempre foram (10) capazes de se divertir umas com as outras ou até sozinhas. não haveria. esse produto foi o tédio. por milênios. Foi assim que. (C) porque / por que. se houve um (39) produto que se difundiu com sucesso notável pelos mais inesperados andares e (40) recantos do edifício social. portanto. talvez seja _____ chorou. não deixam os filhos pararem. todavia. julgávamos naturalmente imunizadas a seu contágio. (A) porquê / porque. (23) Falamos do homem cujas refeições da semana dependiam do que (24) conseguiria caçar na segunda-feira. Que fazer com essa novidade histórica. 09.” (linhas 8-9). (33) O tédio. algo idêntico à própria rotina considerada vazia. (A) Em ”...combate à pobreza e à fome...” o acento indicativo de crase foi posto pela mesma razão do existente em “ A adequação à vida é uma questão de saber ultrapassar obstáculos.” (B) “Não há como ser diferente.” O verbo “Haver” possui idêntico sentido na oração: “Há muito tempo que vivemos em uma fuga constante de nosso ego.” (C) “...com a coordenação do Estado que assume...” pondo-se “coordenadores” em vez de “coordenação” e “quem “ em lugar de “que”, ter-se-ão duas possibilidades de concordância “ quem assume” e “ quem assumem”. (D) “...organizava como podia...” trocando-se “como” por “ conforme” não há nenhuma alteração de sentido. (E) Pode-se afirmar que o texto é dissertativo e injuntivo, uma vez que nos incita a encetarmos um trabalho em uma ação conjunta, objetivando aumentar o índice de inclusão social. 10. (Unimep – SP) “Se você não arrumar o fogão, além de não poder cozinhar as batatas, há o perigo próximo de uma explosão.” As palavras destacadas podem ser substituídas por: (A) concertar – coser – iminente (B) consertar – cozer – eminente (C) consertar – cozer – iminente (D) concertar – coser – iminente (E) consertar – coser – eminente Respostas 01. Resposta D a) Diante da paralização das atividades dos agentes dos correios, pede-se a compreenção de todos, pois ouve exceções na distribuição dos processos. (paralisação - compreensão - houve) b) O revesamento dos funcionarios entre o Natal e o Ano Novo será feito mediante sorteio, para que não ocorra descriminação. (revezamento - funcionários - discriminação) c) Durante o período de recessão, os chefes serão encumbidos de controlar a imissão de faxes e copias xerox. (incumbidos - emissão - cópias) d) A concessão de férias obedece a critérios legais, o mesmo ocorrendo com os casos de rescisão contratual. e) É certo que os cuidados com o educando devem dobrar durante a adolecencia, para que o jovem haja sempre de acordo com a lei. (adolescência - aja) 02. Resposta C A palavra “gilete” significa apenas uma lâmina de barbear, já a palavra “Gillette” está diretamente relacionada a uma marca de lâminas de barbear, escreve-se com letra maiúscula porque trata-se de um nome próprio. 03. Resposta D As palavras a e há são HOMÓFONAS (Homo: IGUAIS; Fonas: SOM) ou seja, tem GRAFIAS DIFERENTES mas possuem o MESMO SOM. O Há descrito no texto vem do verbo Haver, no sentido de existir. e o "a" não é considerado uma palavra e sim é um artigo! Por isso a opção 2 está errada. Parônimos comparam palavras, e não palavras e conjunções, palavras e artigo, etc. 04. Resposta A têm (ees) – ascensão – vem (ele)– desastrosas (na palavra desastrosas não há a utilização da consoante z). 05. Resposta D Nesta alternativa todas as palavras significam algo claro, branco. 06. Resposta D Por que - equivale a "por qual razão"; Traz - na oração o "traz" está no sentido de trazer, portanto com Z sem acento pois acentua-se os monossílabos tônicos apenas se estes terminarem com A, E, O (s). Trás - com S apenas se a oração der por entender que o "trás" está em sentido de posição posterior. . 190 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES 07. Resposta C A alternativa “a” está incorreta, pois a preposição “a” não remete a tempo, como o verbo haver (existir e fazer). A alternativa “b” está incorreta, pois “a cerca de” significa “aproximadamente”, “mais ou menos”, deixando o sentido em dúvida. Quanto à alternativa “d”, a preposição “por” muda o sentido afirmando que o mal ataca hoje em dia faixas etárias que somente há uma ou duas gerações atrás, julgávamos... não podendo ter acontecido em outras gerações. Confirmamos então a veracidade da alternativa “c”. 08. Resposta B A partícula “o” é um pronome demonstrativo, equivalendo a aquilo, e funciona como antecedente do pronome relativo: “Não sei aquilo pelo qual ela está com os olhos vermelhos”. A primeira impressão é a de que seria um artigo, mas não faria sentido preenchermos a lacuna com o substantivo “motivo” que é sinônimo de “porquê”. A segunda lacuna dá claramente a ideia de causa, logo deve ser utilizada a conjunção “porque”. 09. Resposta B Em “Não há como ser diferente.”, o verbo haver, quando sinônimo de existir, constrói-se de modo diverso deste. Nesta acepção, haver não tem sujeito e é transitivo direto, sendo o seu objeto o nome da coisa existente ou, a substituí-lo, o pronome pessoal o (a, os, as). Existir, ao contrário, é intransitivo e possui sujeito, expresso pelo nome da coisa existente. Agora, no caso “Há muito tempo que vivemos em uma fuga constante de nosso ego.”, como impessoal o verbo “haver” é utilizado em expressões que indicam tempo decorrido, assim como o verbo “fazer”. 10. Resposta C Consertar – reparo, ato ou efeito de consertar. Cozer – cozinhar. Iminente – que ameaça acontecer. Acentuação Gráfica Tonicidade Num vocábulo de duas ou mais sílabas, há, em geral, uma que se destaca por ser proferida com mais intensidade que as outras: é a sílaba tônica. Nela recai o acento tônico, também chamado acento de intensidade ou prosódico. Exemplos: café, janela, médico, estômago, colecionador. O acento tônico é um fato fonético e não deve ser confundido com o acento gráfico (agudo ou circunflexo) que às vezes o assinala. A sílaba tônica nem sempre é acentuada graficamente. Exemplo: cedo, flores, bote, pessoa, senhor, caju, tatus, siri, abacaxis. As sílabas que não são tônicas chamam-se átonas (=fracas), e podem ser pretônicas ou postônicas, conforme apareçam antes ou depois da sílaba tônica. Exemplo: montanha, facilmente, heroizinho. De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos com mais de uma sílaba classificam-se em: Oxítonos: quando a sílaba tônica é a última: café, rapaz, escritor, maracujá. Paroxítonos: quando a sílaba tônica é a penúltima: mesa, lápis, montanha, imensidade. Proparoxítonos: quando a sílaba tônica é a antepenúltima: árvore, quilômetro, México. Monossílabos são palavras de uma só sílaba, conforme a intensidade com que se proferem, podem ser tônicos ou átonos. Monossílabos tônicos são os que têm autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase em que aparecem: é, má, si, dó, nó, eu, tu, nós, ré, pôr, etc. Monossílabos átonos são os que não têm autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam. São palavras vazias de sentido como artigos, pronomes oblíquos, elementos de ligação, preposições, conjunções: o, a, os, as, um, uns, me, te, se, lhe, nos, de, em, e, que. . 191 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES Acentuação dos Vocábulos Proparoxítonos Todos os vocábulos proparoxítonos são acentuados na vogal tônica: - Com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o abertos: xícara, úmido, queríamos, lágrima, término, déssemos, lógico, binóculo, colocássemos, inúmeros, polígono, etc. - Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada ou nasal: lâmpada, pêssego, esplêndido, pêndulo, lêssemos, estômago, sôfrego, fôssemos, quilômetro, sonâmbulo etc. Acentuação dos Vocábulos Paroxítonos Acentuam-se com acento adequado os vocábulos paroxítonos terminados em: - ditongo crescente, seguido, ou não, de s: sábio, róseo, planície, nódua, Márcio, régua, árdua, espontâneo, etc. - i, is, us, um, uns: táxi, lápis, bônus, álbum, álbuns, jóquei, vôlei, fáceis, etc. - l, n, r, x, ons, ps: fácil, hífen, dólar, látex, elétrons, fórceps, etc. - ã, ãs, ão, ãos, guam, guem: ímã, ímãs, órgão, bênçãos, enxáguam, enxáguem, etc. Não se acentua um paroxítono só porque sua vogal tônica é aberta ou fechada. Descabido seria o acento gráfico, por exemplo, em cedo, este, espelho, aparelho, cela, janela, socorro, pessoa, dores, flores, solo, esforços. Acentuação dos Vocábulos Oxítonos Acentuam-se com acento adequado os vocábulos oxítonos terminados em: - a, e, o, seguidos ou não de s: xará, serás, pajé, freguês, vovô, avós, etc. Seguem esta regra os infinitivos seguidos de pronome: cortá-los, vendê-los, compô-lo, etc. - em, ens: ninguém, armazéns, ele contém, tu conténs, ele convém, ele mantém, eles mantêm, ele intervém, eles intervêm, etc. Acentuação dos Monossílabos Acentuam-se os monossílabos tônicos: a, e, o, seguidos ou não de s: há, pá, pé, mês, nó, pôs, etc. Acentuação dos Ditongos Acentuam-se a vogal dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando tônicos. Segundo as novas regras os ditongos abertos “éi” e “ói” não são mais acentuados em palavras paroxítonas: assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, Coréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico, etc. Ficando: Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, Coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico, etc. Nos ditongos abertos de palavras oxítonas terminadas em éi, éu e ói e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis, troféu, céu, chapéu. Acentuação dos Hiatos A razão do acento gráfico é indicar hiato, impedir a ditongação. Compare: caí e cai, doído e doido, fluído e fluido. - Acentuam-se em regra, o /i/ e o /u/ tônicos em hiato com vogal ou ditongo anterior, formando sílabas sozinhas ou com s: saída (sa-í-da), saúde (sa-ú-de), faísca, caíra, saíra, egoísta, heroína, caí, Xuí, Luís, uísque, balaústre, juízo, país, cafeína, baú, baús, Grajaú, saímos, eletroímã, reúne, construía, proíbem, influí, destruí-lo, instruí-la, etc. - Não se acentua o /i/ e o /u/ seguidos de nh: rainha, fuinha, moinho, lagoinha, etc; e quando formam sílaba com letra que não seja s: cair (ca-ir), sairmos, saindo, juiz, ainda, diurno, Raul, ruim, cauim, amendoim, saiu, contribuiu, instruiu, etc. . 192 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES De acordo com as novas regras da Língua Portuguesa não se acentua mais o /i/ e /u/ tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo: baiúca, boiúna, feiúra, feiúme, bocaiúva, etc. Ficaram: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocaiuva, etc. Os hiatos “ôo” e “êe” não são mais acentuados: enjôo, vôo, perdôo, abençôo, povôo, crêem, dêem, lêem, vêem, relêem. Ficaram: enjoo, voo, perdoo, abençoo, povoo, creem, deem, leem, veem, releem. Acento Diferencial Emprega-se o acento diferencial como sinal distintivo de vocábulos homógrafos, nos seguintes casos: - pôr (verbo) - para diferenciar de por (preposição). - verbo poder (pôde, quando usado no passado) - é facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? Segundo as novas regras da Língua Portuguesa não existe mais o acento diferencial em palavras homônimas (grafia igual, som e sentido diferentes) como: - côa(s) (do verbo coar) - para diferenciar de coa, coas (com + a, com + as); - pára (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo parar) - para diferenciar de para (preposição); - péla (do verbo pelar) e em péla (jogo) - para diferenciar de pela (combinação da antiga preposição per com os artigos ou pronomes a, as); - pêlo (substantivo) e pélo (v. pelar) - para diferenciar de pelo (combinação da antiga preposição per com os artigos o, os); - péra (substantivo - pedra) - para diferenciar de pera (forma arcaica de para - preposição) e pêra (substantivo); - pólo (substantivo) - para diferenciar de polo (combinação popular regional de por com os artigos o, os); - pôlo (substantivo - gavião ou falcão com menos de um ano) - para diferenciar de polo (combinação popular regional de por com os artigos o, os); Emprego do Til O til sobrepõe-se às letras “a” e “o” para indicar vogal nasal. Pode figurar em sílaba: - tônica: maçã, cãibra, perdão, barões, põe, etc; - pretônica: ramãzeira, balõezinhos, grã-fino, cristãmente, etc; - átona: órfãs, órgãos, bênçãos, etc. Trema (o trema não é acento gráfico) Desapareceu o trema sobre o /u/ em todas as palavras do português: Linguiça, averiguei, delinquente, tranquilo, linguístico. Exceto em palavras de línguas estrangeiras: Günter, Gisele Bündchen, müleriano. Questões 01. (MPE/RS - Técnico Superior de Informática) 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. Um estudo feito pela Universidade de Michigan constatou que o que mais se faz no Facebook, depois de interagir com amigos, é olhar os perfis de pessoas que acabamos de conhecer. Se você gostar do perfil, adicionará aquela pessoa, e estará formado um vínculo. No final, todo mundo vira amigo de todo mundo. Mas, não é bem assim. As redes sociais têm o poder de transformar os chamados elos latentes (pessoas que frequentam o mesmo ambiente social, mas não são suas . 193 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES 11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38. 39. 40. 41. 42. 43. 44. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. amigas) em elos fracos – uma forma superficial de amizade. Pois é, por mais que existam exceções _______qualquer regra, todos os estudos mostram que amizades geradas com a ajuda da Internet são mais fracas, sim, do que aquelas que nascem e se desenvolvem fora dela. Isso não é inteiramente ruim. Os seus amigos do peito geralmente são parecidos com você: pertencem ao mesmo mundo e gostam das mesmas coisas. Os elos fracos, não. Eles transitam por grupos diferentes do seu e, por isso, podem lhe apresentar novas pessoas e ampliar seus horizontes – gerando uma renovação de ideias que faz bem a todos os relacionamentos, inclusive às amizades antigas. O problema é que a maioria das redes na Internet é simétrica: se você quiser ter acesso às informações de uma pessoa ou mesmo falar reservadamente com ela, é obrigado a pedir a amizade dela. Como é meio grosseiro dizer "não" ________ alguém que você conhece, todo mundo acaba adicionando todo mundo. E isso vai levando ________ banalização do conceito de amizade. É verdade. Mas, com a chegada de sítios como o Twitter, ficou diferente. Esse tipo de sítio é uma rede social completamente assimétrica. E isso faz com que as redes de "seguidores" e "seguidos" de alguém possam se comunicar de maneira muito mais fluida. Ao estudar a sua própria rede no Twitter, o sociólogo Nicholas Christakis, da Universidade de Harvard, percebeu que seus amigos tinham começado a se comunicar entre si independentemente da mediação dele. Pessoas cujo único ponto em comum era o próprio Christakis acabaram ficando amigas. No Twitter, eu posso me interessar pelo que você tem a dizer e começar a te seguir. Nós não nos conhecemos. Mas você saberá quando eu o retuitar ou mencionar seu nome no sítio, e poderá falar comigo. Meus seguidores também podem se interessar pelos seus tuítes e começar a seguir você. Em suma, nós continuaremos não nos conhecendo, mas as pessoas que estão ________ nossa volta podem virar amigas entre si. Adaptado de: COSTA, C. C.. Disponível em: <http://super.abril.com.br/cotidiano/como-internet-estamudando-amizade-619645.shtml>. Acesso em: 1º de outubro de 2012. Considere as seguintes afirmações sobre acentuação gráfica. I. A palavra têm (L. 08) recebe acento gráfico pela mesma regra que prescreve o uso do acento em alguém (L. 30). II. A palavra você (L. 18) é acentuada pela mesma regra que determina o uso do acento em saberá (L. 47). III. A palavra tuítes (L. 50), distintamente da palavra fluida (L. 38), recebe acento gráfico porque apresenta duas vogais contíguas que pertencem a sílabas diferentes. . 194 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES agsolve. (D) Dá-lo. estéril.CESPE) 1 4 7 10 13 16 19 22 A água.Conhecimentos Básicos . 04. (B) Comprá-la. fenômeno.CESPE) . mas também a sobrevivência de diversas espécies de animais e vegetais. Essa situação. Internet: www. tem conduzido à necessidade de reformulação do seu gerenciamento. 195 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Assinale a alternativa cujas palavras são acentuadas.Quais estão corretas (A) Apenas I.Analista Judiciário . político. Marco Antonio Ferreira Gomes e Lauro Charlet Pereira. (B) Apenas II. anônima. (C) Ócio. Entre esses fatores que mais têm afetado esse recurso estão o crescimento populacional e a grande expansão dos setores produtivos. “reservatórios”.Técnico Administrativo .br (com adaptações) As palavras “negligência”.com. responsável pelo consumo e também pela poluição da água em escala exponencial. respectivamente. O atual estado de conhecimento técnico-científico nesse âmbito já permite a adoção e implementação de ténicas direcionadas para o equilíbrio ambiental. é de se esperar que os seres humanos procurem preservar e manter os reservatórios naturais desse líquido precioso.VUNESP) Observe as palavras acentuadas. (C) Apenas III. órfã. ninguém. o futuro da espécie humana e de muitas outras espécies pode ficar comprometido. De fato. nível. 02. uma vez que isso implica mudança de comportamento e de atitude por parte do produtor. apresentando modernos e dinâmicos vinhos. que afetarão sensivelmente não só a disponibilidade de água.Assistente Social . Água no século XXI: desafios e oportunidade. a menos que haja uma melhora significativa no gerenciamento dos recursos hídricos. hífen. as perspectivas de mudança decorrem das alterações do clima. certamente é o recurso mais precioso de que a humanidade dispõe. Embora se observe pelo mundo tanta negligência e falta de visão com relação a esse bem vital. (ANAC . mostrará. (A) Saída. II e III. (D) Apenas II e III. (TJ/SP . porém o desafio está em colocá-las em prática. Certo ( ) Errado ( ) 03. No ambiente agrícola. segundo as regras que determinam a acentuação das palavras destacadas no texto. (E) I. aliadas à necessidade de uma política pública que valorize a adoção dessas medidas. (TJ/AC . inútil. em destaque no seguinte texto: A Itália empreende atualmente uma revolução em sua indústria vinícola. (E) Eólica.Cargos 1 e 2 . ingrediente essencial à vida. não abandonando seu inigualável caráter gastronômico. “espécie” e “equilíbrio” apresentam acentuação gráfica em decorrência da mesma regra gramatical. como a agricultura e a indústria. passando de 70.23%. seguindo. ou redes sociais digitais. Entretanto.Auxiliar Administrativo . http://www. a taxa de ocupação cresceu 1.1 4 7 10 13 16 19 22 25 A demanda por transporte aéreo doméstico de passageiros cresceu 7. A taxa de ocupação registrada é a mais alta para o mês de setembro desde o início da série em 2000. que promovem a expansão das relações interpessoais. mas também a forma como se comportam. Orkut.anac. De janeira a setembro de 2012. pensando. a taxa foi de 82.60%.65% em setembro desde ano em relação ao mês de setembro de 2011. Trata-se do maior nível de demanda para o mês de setembro desde o início da série de medições.br/Noticia. no mês de setembro. ouvindo? Onde você está? Quem é você? Essas são algumas perguntas que sdimentam e configuram aplicativos como Foursquare.99%. Skype. vendo. mantendo e ampliando os laços sociais. Visualizar algo divertido ou curioso já não é suficiente. consomem e se comunicam. que constituem as novas mídias sociais. em 2011. apresentou queda de 2. blogs e afins. fazendo.CESPE) Mídias sociais 1 4 7 10 13 16 19 O que você está lendo.69%. a visibilidade pessoal e a propagação da informação. em 2011. O uso desses aplicativos. Entretanto. É preciso compartilhar a informação.57% em setembro de 2012. representam um novo momento para as relações interpessoais. em 2000. principalmente. o que representa uma variação positiva de 0. não só por modificar a maneira como as pessoas se veem. contas a novidae para o maior número possível de amigos. (TJ/RR . As palavras “início” e “série” recebem acento gráfico com base em regras gramaticais distintas. julgue os próximos itens. no mesmo mês. em 2012. ao passo que. Twitter.gov.80% em setembro de 2012.43% em setembro de 2012 em relação ao mesmo mês de 2011. 196 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . enquanto.13%. no mesmo mês.52% em relação ao mesmo período de 2011. A taxa de ocupação dos voos internacionais operados por empresas brasileiras alcançou 82. Nesse sentido. o que representou uma melhora de 9. Certo ( ) Errado ( ) 05. Facebook. De janeiro a setembro de 2012. as mídias sociais tornam-se Verdadeiras companheiras para quem deseja consumir Informação em tempo real e. MSN.30% e a oferta ampliou-se em 5. essa taxa foi de 68.aspx?ttCD_CHAVE=765 Com relação às ideias e a aspectos linguísticos do texto acima.81%. sendo essa a primeira redução de oferta para o mês de setembro desde 2003. após oito anos consecutivos de crescimento. a demanda acumulada apresentou crescimento de 7. dizer ao .01%. a demanda do transporte aéreo internacional de passageiros das empresas aéreas brasileiras apresentou redução de 2. A taxa de ocupação dos voos domésticos de passageiros alcançou 75. em 2011. a oferta (assentos-quilômetros oferecidos – ASK). para 72.71%. Com relação aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto. o recebimento indesejado de mensagens por email (spam).EB/2012) 01 Eu que nasci na Era da Fumaça: .4). S. 09. o réu. nº 5. (CRF/SC .trenzinho vagaroso com vagarosas paradas em cada estaçãozinha pobre 05 para comprar pastéis pés-de-moleque sonhos . (A) O ítem do acordo relacionado à acentuação gráfica foi respeitado. podemos citar a aplicação das normas comerciais e de consumo nas transações realizadas pela Internet.br (com adaptações) Os vocábulos “jurídicas” (L. assim como ocorre no mundo físico.Contador . (B) Bônus / café / rúbrica / vírus.com. (TJ/RR . (CIAAR .Capelão Militar Católico .Nível Médio .Mundo tudo aquilo que lhe vier à cabeça. Renato M. A vivência nesse mundo tem consequências jurídicas e econômicas. (EsSA . 197 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . julgue os itens que se seguem. Internet: www. Como exemplos de situações problemáticas.4) e “físico” (L.CESPE) 1 4 7 10 13 16 A dependência do mundo virtual é inevitável. In: Informativo Folha Verde.Conhecimentos Básicos . (B) À medida que se distancia. o conflito de marcas com os nomes de domínio. de conteúdo e de terceiras na Web bem como os crimes de informática. a responsabilidade dos provedores de acesso.CIAAR) Marque a alternativa em que todas as palavras estão corretamente acentuadas. a privacidade. (A) Árvore / difícil / país / tabú. a propriedade intelectual e industrial.Conhecimentos Gerais -Todas as Áreas . Brasília. (C) O advogado redargui com propriedade durante o júri de seu cliente. “número” e “possível” são acentuadas de acordo com a mesma regra gramatical. sobretudo no que se refere à sua interpretação jurídica. Wesley Moura. As palavras “mídias”. Certo ( ) Errado ( ) 06. Mídias Sociais. (D) Aquele guri pareceu não entender a rubrica do diretor. a validade jurídica do documento eletrônico. Uma das questões suscitadas pelo uso da Internet diz respeito justamente aos efeitos dessa transposição de fatos do mundo real para o mundo virtual. “econômicas” (L.ibpbrasil.5) recebem acento gráfico com base em regras gramaticais diferentes. (D) Hífen / lâmpada / récorde / saída.IESES) Assinale a alternativa com ERRO de acentuação. maio de 2012 com adaptações. (C) Álbuns / histórico / lápis / órfã. pois grande parte das tarefas do nosso dia a dia são transferidas para a rede mundial de computadores. Certo ( ) Errado ( ) 07. o ímã deixa de atrair o metal.Sargento . Opice Blum. 08. Nisto. . (IBAMA . julgue os próximos itens. Em relação aos sentidos e aspectos gramaticais do poema acima. p.quando acaso embarco para alguma parte acomodo-me no meu lugar fecho os olhos e sonho: viajar. cabisbaixo... Em volta. saude (C) rubrica. nas palavras cosméticos.. raiz (B) parafrase. 198 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .. quem pode entener?!” Maria Dinorah. melancia. arrogancia.10 15 20 25 . p. elas suspirando maravilhosas viagens e a gente com um desejo súbito de ali ficar morando sempre.principalmente sonhos! porque as moças da cidade vinham olhar o trem passar. barbarie. o apito da locomotiva e o trem se afastando e o trem arquejando é preciso partir é preciso chegar é preciso partir é preciso chegar.no entanto eu gostava era mesmo de partir.. as moradas com pele do pó.Técnico Administrativo . e .... 1992. o sol a dizer: “as leis do progresso.10. Mais longe. ruim 10. (A) ilusorio.1. virando farrapos sem eira nem beira. gratuito (E) misantropo. In: Ver de ver.. cadeias do homem.. (QUINTANA. como uma nave espacial perdida entre as estrelas.. os arbustos cobertos de cinza. cranio. Iguami Antônio T.até hoje .) Assinale a alternativa cujos vocábulos exigem acento gráfico pelo mesmo motivo dos existentes. como esta vida é urgente! . viajar mas para parte nenhuma. BIBLIEX. Antologia Escolar. Ah. laboratórios e países (Os acentos gráficos das palavras abaixo estão omitidos. (D) catastrofe. Mário. metonimia. respectivamente.CESPE) Poluição No meio da mata o monstro soltando seus uivos de raiva veneno e poeira.. Vol. fazendo-o mais só.). viajar indefinidamente. Baú de Espantos. in: MARÇAL. No céu. São Paulo: FTD. 169. Na afirmativa III.. 02.Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal anterior. 199 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . 06. portanto. ao contrário de FLUIDA. estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s". provém. pois as três palavras são PROPAROXÍTONAS . alguém . Certo ( ) Errado ( ) Respostas 01. a palavra TUÍGUES é acentuada porque apresenta um hiato formado pelas vogais U e I. “só” e “céu” são acentuadas de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica. seguidas ou não de "s". oxítona terminada em EM com mais de uma sílaba. E A REGRA NOS DIZ QUE TODAS AS PROPAROXÍTONAS DEVEM SER ACENTUADAS ! 07. são acentuadas por regras gramaticais diversas.As palavras “pó”. respectivamente.=. na terceira pessoa do plural recebe o acento circunflexo por causa da concordância. de acentuação dessa forma verbal não é o mesmo que justifica o acento em ALGUÉM. Na afirmativa II. SÉ-RIE = Paroxítona terminada em ditongo." Palavras terminadas em "EM" pertencem às regras das OXÍTONAS! EX: Contém . Resposta “ERRADA” MÍDIAS = Paroxítona . (ã tem som de AN. sábia. que tem um ditongo crescente. o verbo TER. (Itália = Ócio) Proparoxítona. (inigualável = inútil) 04.Proparoxítona Arrogância . Órfã = paroxítona terminada em ã . Resposta “CERTA” Essas palavras são acentuadas por serem paroxítonas terminadas em ditongo oral. o motivo. 09. Resposta C terminada em ditongo.acentuam-se todas POSSÍVEL = paroxítona . 08. pois isso que são acentuados). Histórico = Todos os proparoxítonas são acentuados. 05. Na afirmativa I. . relógio. Resposta C Álbuns = Paroxítona terminada em uns. Atendem as exigências da regra das oxítonas. Resposta “ERRADA” Sãos regras iguais . Resposta B Paráfrase . 03. Resposta D As afirmativas que compõem a questão acima podem ser respondidas sem que o candidato domine as “novas regras”. Resposta A O ítem do acordo relacionado à acentuação gráfica foi respeitado. Lápis = Paroxítona terminada em is..acentua por ser terminada em L Portanto.Paroxítona terminada em ditongo crescente Saúde . (vinícola = fenômeno) Paroxítona terminada em L.acentua por ser terminada em ditongo crecente NÚMERO = proparoxítona . Resposta ”ERRADA” I-NÍ-CIO = Paroxítona terminada em ditongo. critério. desde que não sejam seguidos por "-nh". VOCÊ e SABERÁ são acentuadas por serem oxítonas terminadas em E e A. comentário. ignorância. Exemplos: História. é "O amor". excepcionalmente. Geralmente apresentam dois grupos de palavras: um grupo sobre o qual se declara alguma coisa (o sujeito). O predicado é a parte da oração que contém "a informação nova para o ouvinte". como partes de um conjunto harmônico: elas formam os termos ou as unidades sintáticas da oração. várias frases ou um período. É normalmente o "ser de quem se declara algo". constituindo a declaração do que se atribui ao sujeito. é "é eterno". que identificamos por ser o termo que concorda em número e pessoa com o verbo "jogam". a presença do verbo. em alguns casos. não podem ser analisadas sintaticamente frases como: Socorro! Com licença! Que rapaz impertinente! Muito riso. A oração encerra uma frase (ou segmento de frase). A declaração referente a "o amor". o predicado. que encerra a essência de sua significação. ele se refere ao sujeito. exclamação e. e um grupo que apresenta uma declaração (o predicado). Não têm estrutura sintática.” (Aníbal Machado) A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plumas. . Nos exemplos seguintes. O sujeito é "Os rapazes". Resposta “ERRADA” As palavras “pó” e “só” pertencem à regra dos monossílabos tônicos e a palavra “céu” dos ditongos abertos. completando um pensamento e concluindo o enunciado através de ponto final. O predicado é "jogam futebol". Cada termo da oração desempenha uma função sintática. interrogação. através de reticências.10. mãe Nácia!” (Raquel de Queirós) Na oração as palavras estão relacionadas entre si. necessariamente. pronome ou verbo). porém há. e. o ser de quem se declara algo.4. Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às vezes elípticos). Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente um substantivo. Observe: O amor é eterno. portanto não são orações. pouco siso. 200 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Organização do Período Simples e do Período Composto Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sentido. as palavras amigo e revestiu são o núcleo do sujeito e do predicado. A menina – sujeito banhou-se na cachoeira – predicado Choveu durante a noite. 2. ou seja. só o predicado. o sujeito. Normalmente. O tema. Já na frase: Os rapazes jogam futebol. (a oração toda predicado) O sujeito é o termo da frase que concorda com o verbo em número e pessoa. respectivamente: “O amigo retardatário do presidente prepara-se para desembarcar. Exemplo: A menina banhou-se na cachoeira. “A bênção. "o tema do que se vai comunicar". tu. como um substantivo.estabelecer concordância com o núcleo do predicado.constituir-se de um substantivo. ainda. as formigas: sujeito = termo determinante invadiram minha casa: predicado = termo determinado Há formigas na minha casa. qualquer palavra substantivada. Quando se trata de predicado verbal. Exemplos: As formigas invadiram minha casa. Quando esse nome se refere a objetos das primeira e segunda pessoas. o núcleo é sempre um nome. ao passo que o predicado é o termo determinado. o sujeito é o termo determinante. mas nunca uma sentença sem predicado. na sentença. sua representação pode ser feita através de um substantivo. Aposto e Vocativo. Adjunto Adverbial. Exemplos: A padaria está fechada hoje. há formigas na minha casa: predicado = termo determinado sujeito: inexistente O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma nominal. . 201 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . ele. Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz alguma coisa. Já que o sujeito é depreendido de uma análise sintática.apresentar-se como elemento determinante em relação ao predicado. o núcleo é sempre um verbo. isto é.Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado. . capturavam os índios. sacudia as árvores. etc.Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal. Ao fazer tal afirmação estamos considerando o aspecto semântico do sujeito (agente de uma ação) ou o seu aspecto estilístico (o tópico da sentença). sendo um predicado nominal.). Termos Essenciais da Oração: São dois os termos essenciais (ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado. na língua portuguesa. ou pronome substantivo ou.nome feminino singular Nós mentimos sobre nossa idade para você.Termos Integrantes da Oração: Complemento Nominal e Complementos Verbais (Objeto Direto. seu núcleo é sempre um nome. o sujeito é representado por um pronome pessoal do caso reto (eu. uma sentença sem sujeito. .Os termos da oração da língua portuguesa são classificados em três grandes níveis: . Exemplos: Sujeito Pobreza Os sertanistas Um vento áspero Predicado não é vileza. Objeto indireto e Agente da Passiva). Essa posição de determinante do sujeito em relação ao predicado adquire sentido com o fato de ser possível. cujo núcleo funcione. Se o sujeito se refere a um objeto da terceira pessoa. Então têm por características básicas: . está fechada hoje: predicado nominal fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado a padaria: sujeito padaria: núcleo do sujeito . mentimos sobre nossa idade para você: predicado verbal mentimos: verbo = núcleo do predicado nós: sujeito No interior de uma sentença. de um pronome substantivo ou de qualquer conjunto de palavras. Exemplos: . vamos restringir a definição apenas ao seu papel sintático na sentença: aquele que estabelece concordância com o núcleo do predicado. . Exemplo: “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz para a selvagem filha do sertão.Eu acompanho você até o guichê. ou por uma palavra ou expressão substantivada. “De qualquer modo. Construíram-se açudes. Crianças. Ela tem uma educação fina. Vossa Excelência agiu com imparcialidade. a oração recebe o nome de oração substantiva subjetiva: É difícil optar por esse ou aquele doce.Sujeito formado por pronome indefinido não é indeterminado. Regina trancou-se no quarto. “Bateram palmas no portãozinho da frente. eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa Vocês disseram alguma coisa? vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa Marcos tem um fã-clube no seu bairro.” (o sujeito. Nesse caso. Isto não me agrada. Observações: . (= Açudes foram construídos. Em torno do núcleo podem aparecer palavras secundárias (artigos.). Come-se bem naquele restaurante. adjetivos. enunciado: Eu viajarei amanhã. Exemplos: O sino era grande. 202 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . (sujeito: eu.” Expresso: quando está explícito. O núcleo (isto é. “Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua em fila indiana. está expresso na primeira oração e elíptico na segunda: e (ele) aproximou-se. não se sabe quem a atropelou. ninguém: sujeito = pronome substantivo O andar deve ser uma atividade diária. um substantivo ou pronome.” (José de Alencar) O sujeito pode ser: Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm espinhos. É difícil: oração principal optar por esse ou aquele doce: oração substantiva subjetiva O sujeito é constituído por um substantivo ou pronome. isto é.) Agente e Paciente: quando o sujeito realiza a ação expressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o trabalho. Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação expressa pelo verbo passivo: O criminoso é atormentado pelo remorso. . “Um soldado saltou para a calçada e aproximou-se. o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa oração Além dessas formas. Oculto (ou elíptico): quando está implícito.). mas expresso: Alguém me ensinará o caminho.”. Ninguém lhe telefonou. foi uma judiação matarem a moça.” .” Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro e o cavalo nadavam ao lado da canoa.). (Quem atropelou a senhora? Não se diz. pois. Indeterminado: quando não se indica o agente da ação verbal: Atropelaram uma senhora na esquina.. guardem os brinquedos.. mas se deduz do contexto: Viajarei amanhã. etc.Não confundir sujeito indeterminado com sujeito oculto. a palavra base) do sujeito é. Muitos sertanistas foram mortos pelos índios. o sujeito também pode se constituir de uma oração inteira. soldado.Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o verbo na 3ª pessoa do plural. (sujeito: vocês) Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa: O Nilo fertiliza o Egito. que se deduz da desinência do verbo). locuções adjetivas. . quando não está expresso. sem referência a qualquer agente já expresso nas orações anteriores: Na rua olhavam-no com admiração. Marcos: sujeito = substantivo próprio Ninguém entra na sala agora. é índice de indeterminação do sujeito.Assinala-se a indeterminação do sujeito com um verbo ativo na 3ª pessoa do singular. Nesse sentido. num mesmo segmento o nome e o verbo são de igual importância. realizar-se. que são responsáveis pela principal informação naquele segmento. Observação: São verbos impessoais: Haver (nos sentidos de existir. gear. ou não. decorrer). No primeiro caso. . por isso. Normalmente. Quando. Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe explicar. ligado ao sujeito por um verbo de ligação) e no segundo um predicado verbal (seu núcleo é um verbo..” (Ramalho Ortigão) “Mas terás tu paciência por duas horas?” (Camilo Castelo Branco) Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta de um fato. na 3ª pessoa do singular: Havia ratos no porão. São construídas com os verbos impessoais. adjetivo. sujeito: todos nós = termo determinante predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = termo determinado Nesses exemplos podemos observar que a concordância é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois termos essenciais. passar. a posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em nossa língua. sujeito: Carolina = termo determinante predicado: conhece os índios da Amazônia = termo determinado Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João. O pronome se. No primeiro exemplo. isto é. todavia. acompanhado do pronome se. Aqui vive-se bem. Exemplos: . “Breve desapareceram os dois guerreiros entre as árvores. ser e estar. o sujeito. Devagar se vai ao longe. Quando se é jovem. Exemplos: Carolina conhece os índios da Amazônia. nevar. entre "nós" e "fazemos". No predicado o núcleo pode ser de dois tipos: um nome. substantivo. sendo. no segundo exemplo. quase sempre um atributo que se refere ao sujeito da oração. ventar. temos um predicado nominal (seu núcleo significativo é um nome. pronome. fiquem os dedos. o predicado é sintaticamente o segmento linguístico que estabelece concordância com outro termo essencial da oração. o sujeito antecede o predicado. fruto de uma análise sintática.” (José de Alencar) “Foi ouvida por Deus a súplica do condenado. Predicado: assim como o sujeito. com referência ao tempo e Chover. relampejar. amanhecer. de definir o predicado como "aquilo que se diz do sujeito" como fazem certas gramáticas da língua portuguesa. Exemplos: É fácil este problema! Vão-se os anéis. Não se trata. Choveu durante o jogo. apontar um atributo ou acrescentar nova informação ao sujeito. ou um verbo (ou locução verbal). mas sim estabelecer a importância do fenômeno da concordância entre esses dois termos essenciais da oração. através do predicado. Isso se dá porque a concordância é centrada nas palavras que são núcleos. de complemento(s) ou termos acessórios). portanto. seguido. o conteúdo verbal não é atribuído a nenhum ser. anoitecer e outros que exprimem fenômenos meteorológicos.Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se o verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aqueles fardos enormes. Fazer. Então têm por características básicas: apresentar-se como elemento determinado em relação ao sujeito. ambos constituem o núcleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-nominal (tem dois núcleos significativos: um verbo e um nome). o predicado é um segmento extraído da estrutura interna das orações ou das frases. entre "Carolina" e "conhece". É triste assistir a estas cenas repulsivas. sendo este o termo determinante (ou subordinado) e o predicado o termo determinado (ou principal). a memória é mais vivaz. neste caso. acontecer. 203 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Pode ser omitido junto de infinitivos. tem sentido completo. um conteúdo significativo. os verbos puxou. por si mesmos. invejo. sem os seus complementos. quem encerram uma noção definida. o povo. é muito comum a elipse (ou omissão) do verbo. Os verbos de ligação (ser. transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos (bitransitivos). Exemplos: João puxou a rede. etc.” (Povina Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente) Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o verbo forma o predicado. existem os de ligação. no Sul” (Paulo Moreira da Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe) “A cidade parecia mais alegre. Além dos verbos transitivos e intransitivos. não transmitiriam informações completas: puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro a quê? Os verbos de predicação completa denominam-se intransitivos e os de predicação incompleta.” (Oto Lara Resende) “Não simpatizava com as pessoas investidas no poder..” (Graciliano Ramos) Outros verbos há.” (Camilo Castelo Branco) Observe que. A empreiteira demoliu nosso antigo prédio. Há verbos que. esses complementos do verbo não interferem na tipologia do predicado. As folhas caem. a ferocidade dos algozes inexcedível. quando este puder ser facilmente subentendido. constituir o predicado: são os verbos de predicação completa denominados intransitivos. relacionando o predicativo com o sujeito. etc.) funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.” (Machado de Assis) (Está subentendido o verbo é depois de algozes) “Mas o sal está no Norte. Exemplos: “A fraqueza de Pilatos é enorme. “Os inimigos de Moreiras rejubilaram. Exemplo: As flores murcharam. verbos que entram na formação do predicado nominal. De qualquer forma. em geral por estar expresso ou implícito na oração anterior. pois os verbos em: . mais contente. aspiro. Em outros casos é necessário um complemento que. o peixe. Em alguns casos o verbo sozinho basta para compor o predicado (verbo intransitivo). podendo.Minha empregada é desastrada. por natureza. denominados transitivos. Quanto à predicação classificam-se. “Não invejo os ricos. pelo contrário. Entretanto. 204 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . juntamente com o verbo. que para integrarem o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de predicação incompleta. constituem a nova informação sobre o sujeito. parecer. transitivos. predicado: desciam a rua desesperados núcleos do predicado: desciam = nova informação sobre o sujeito. desesperados = atributo do sujeito tipo de predicado: verbo-nominal Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é responsável também por definir os tipos de elementos que aparecerão no segmento. Os animais correm. nem aspiro à riqueza. predicado: é desastrada núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito tipo de predicado: nominal O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo do sujeito. estar. predicado: demoliu nosso antigo prédio núcleo do predicado: demoliu = nova informação sobre o sujeito tipo de predicado: verbal Os manifestantes desciam a rua desesperados. Os verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos. porque atribui ao sujeito uma qualidade ou característica. castigar..“Inútil tentativa de viajar o passado. Outra característica desses verbos é a de poderem receber como objeto direto.“Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nascimento) . O médico é pago (perdoado. brincar.“Morrerás morte vil da mão de um forte. conheço-as. pois têm sentido completo. assistir a ela. rir.” (Marquês de Maricá) “Então. ocasionalmente. crescer. convidar. Passeamos pela cidade. sem mudança de sentido. solenemente Maria acendia a lâmpada de sábado. Inês trazia as mãos sempre limpas. ter. etc. declarar. etc. imitar. Transitivos Indiretos: são os que reclamam um complemento regido de preposição. atentar nele. designar. adotar. contentar-se. Exemplos: Consideramos o caso extraordinário. latir. Exemplos: Comprei um terreno e construí a casa. ter. eleger. adoecer. desagrada-lhe. saldar. Excetuam-se pagar. agir. tomar do lápis. tremer. Julgo Marcelo incapaz disso. como atirar. unir. brilhar.” (Érico Veríssimo) “Lúcio não atinava com essa mudança instantânea. um complemento sem preposição. suar. perseguir.Intransitivos: são os que não precisam de complemento. puxar da faca. em geral. As orações formadas com verbos intransitivos não podem “transitar” (= passar) para a voz passiva. penetrar no mundo que já morreu. elogiar. achar.. bate-lhe.. dizer. depender dele. Verbos intransitivos passam. prejudicar. obedece) o médico. Alguns verbos transitivos diretos: abençoar. a transitivos quando construídos com o objeto direto ou indireto. Os verbos transitivos diretos podem ser construídos acidentalmente com preposição. considerar.” (Luís Jardim) . ir. abraçar. estimar. as: convido-o.” (Marquês de Maricá) Observações: Os verbos intransitivos podem vir acompanhados de um adjunto adverbial e mesmo de um predicativo (qualidade. não ligar para ele.” (José Américo) “Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espiritual.” (Guedes de Amorim) Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque os que formam o predicado verbo nominal e se constrói com o complemento acompanhado de predicativo. . fazer. cumprir com o dever. receber. Em princípio. investir.” (José Geraldo Vieira) Observações: Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os que se constroem com os pronomes objetivos lhe. lhes. levar. “Trabalho honesto produz riqueza honrada. ver. como nestes exemplos: Trate de sua vida. Há verbos transitivos indiretos. agradeçolhe. chamado objeto indireto. desobedecem-lhe. vir. características): Fui cedo. Cheguei atrasado. lhes.” (Ciro dos Anjos) Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer. chegar. ferir. apraz-lhe. chamar. Pertencem a esse grupo: julgar. Observações: Os verbos transitivos diretos. Em geral são verbos que exigem a preposição a: agradar-lhe. que admitem mais de uma preposição. O povo chamava-os de anarquistas. Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto direto. sair. obedecer. .” (Ciro dos Anjos) “Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e neutros. mentir. nomear. proclamar. entristecer. colher. (tratar=cuidar). e pouco mais. comprar. obedecido) por João.” (Machado de Assis) “Os guerreiros Tabajaras dormem. encontro-os. pegar de uma ferramenta. encontrar. Entrei em casa aborrecido. podem ser usados também na voz passiva. construindo-se com os pronomes retos precedidos de preposição: aludir a ele.” (José de Alencar) “A pobreza e a preguiça andam sempre em companhia. isto é. etc. verbos transitivos indiretos não comportam a forma passiva. etc. insistiu ele. investir contra ele. os pronomes o. “Três contos bastavam. a.“Depois me deitei e dormi um sono pesado. perdoar. Outros mudam de sentido com a troca da preposição. nascer.” (Gonçalves Dias) . anuir a ele. Entre os verbos transitivos indiretos importa distinguir os que não admitem para objeto indireto as formas oblíquas lhe. os. a qual lhes acrescenta novo matiz semântico: arrancar da espada. etc. 205 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . usados também como transitivos diretos: João paga (perdoa. avisar. socorrer. desculpar. incomodo-a. etc. contrariar. Exemplos: “Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por uma adolescente. . (transitivo direto e indireto) Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicativo do objeto.) O menino abriu a porta ansioso. Ceda o lugar aos mais velhos. eu não entendia certas coisas. Verbos como aspirar. Exemplos: No inverno. 206 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . os retirantes iam passando. Que linda estava Amélia!. A Lua parecia um disco. (intransitivo) A terra dá bons frutos. Parece que vai chover. Quem são esses homens?. (aspecto transitório). (intransitivo) O cego não vê o obstáculo. não têm classificação fixa.. Exemplos: O homem anda.. A mesa era de mármore. Mário encontra-se doente. Ele está doente. Pode o predicativo preceder o sujeito e até mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!.. Observações: Os verbos de ligação não servem apenas de anexo. (de ligação) O cego não vê. Exemplos: A bandeira é o símbolo da Pátria. Anda com dificuldades. outro indireto.. Fiquei à sombra.. (intransitivo) O homem anda triste. por exemplo. Os verbos. (transitivo direto) Não dei com a chave do enigma. (aspecto permanente). Conforme a regência e o sentido que apresentam na frase.. Exemplos: O trem chegou atrasado. Todos partiram alegres. concomitantemente.É desagradável tratar com gente grosseira. O moço anda (=está) triste. Onde está a criança que fui? . (=O trem chegou e estava atrasado. assistir. Observações: O predicativo subjetivo às vezes está preposicionado. Raros são os verdadeiros líderes. Dona Cléia dava roupas aos pobres. aspecto transitório: Ele é doente. Marta entrou séria. imutável. Muito desses verbos passam à categoria dos intransitivos em frases como: Era =existia) uma vez uma princesa. Novo ainda. A água está fria. etc. Além desse tipo de predicativo. outro existe que entra na constituição do predicado verbo-nominal. relativamente à predicação. De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou expressão chamada predicativo. podem pertencer ora a um grupo. Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um atributo. (transitivo direto) Deram 12 horas. servir. traduz aspecto permanente e o verbo estar. Eu não estava em casa. Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam com dois objetos: um direto.. entram na formação do predicado nominal. (transitivo indireto) Os pais dão conselhos aos filhos. Oferecemos flores à noiva. (tratar=lidar). O mar estava agitado. A empresa fornece comida aos trabalhadores. ora a outro. Lentos e tristes. Completamente feliz ninguém é. ao qual se prende por um verbo de ligação. Exemplos: A Terra é móvel. O verbo ser.. Esses verbos. mas exprimem ainda os diversos aspectos sob os quais se considera a qualidade atribuída ao sujeito. variam de significação conforme sejam usados como transitivos diretos ou indiretos. dispor. A ilha parecia um monstro. no predicado nominal. um estado ou modo de ser do sujeito. Onde foi que você achou isso? Quando vira as folhas do livro. “Mas dona Carolina amava mais a ele do que aos outros filhos. as. A árvore que plantei floresceu. “Que teria o homem percebido nos meus escritos?” Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos. ..” (Machado de Assis) Em tais construções é de rigor que o objeto venha acompanhado de um adjunto.. prejudicas a ti e a ela. Julgo inoportuna essa viagem. “Nunca mais ele arpoara um peixe-boi. “Marchei resolutamente para a maluca e intimei-a a ficar quieta. Exemplos: O juiz declarou o réu inocente.Normalmente. não regido.Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém na loja. O povo elegeu-o deputado.”. Objeto Direto: é o complemento dos verbos de predicação incompleta. “Tinha estendida a seus pés uma planta rústica da cidade.Completa a significação dos verbos transitivos diretos.Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi morto por Caim. a. não vem regido de preposição. é facultativa.. Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O advogado considerava indiscutíveis os direitos da herdeira. Exemplos: As plantas purificaram o ar. me. se. Nós julgamos o fato milagroso. Esta.Agente da Passiva.”. mas não o encontrei. . “Sentia ainda muito abertos os ferimentos que aquele choque com o mundo me causara. Integram (inteiram. às vezes vem regido de preposição.” (Aníbal Machado) “Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.Pelos pronomes oblíquos o.Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao objeto de um verbo transitivo.. vos: Espero-o na estação. “Pareceu-me que Roberto hostilizava antes a mim do que à ideia.” . ..Quando o objeto direto é um pronome pessoal tônico: Deste modo... vem precedido de preposição.Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto Indireto).. como vemos dos exemplos acima. Isto ocorre principalmente: . Excepcionalmente.”.Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por um verbo ativo: Caim matou Abel. (que: objeto direto de plantei).. “Vós haveis de crescer. dando-se-lhes por objeto direto uma palavra cognata ou da mesma esfera semântica: “Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal. isto é. pode referir-se ao objeto indireto do verbo chamar.. geralmente a preposição a. Avisamo-lo a tempo..” Termos Integrantes da Oração Chamam-se termos integrantes da oração os que completam a significação transitiva dos verbos e nomes. . “E até embriagado o vi muitas vezes. perder-vos-ei de vista. Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o objeto direto..”. de preposição. Não me convidas?. sendo por isso indispensável à compreensão do enunciado. Chamavam-lhe poeta. o complemento de verbos transitivos diretos.” (Vivaldo Coaraci) “Pela primeira vez chorou o choro da tristeza. “Ricardina lastimava o seu amigo como a si própria.. em certos casos. O objeto direto pode ser constituído: . .”. Observações: O predicativo objetivo. Estimo-os muito. Ela nos chama. Ninguém me visitou. te.”. As paixões tornam os homens cegos. “Amava-a tanto como a nós”. Sílvia olhou-se ao espelho.Por um substantivo ou expressão substantivada: O lavrador cultiva a terra. normalmente. . São os seguintes: . O objeto direto tem as seguintes características: .” (Ferreira Castro) Procurei o livro. . ela o faz com cuidado. eu vos amo.Complemento Nominal. Meu Deus. nos. os. completam) o sentido da oração. Unimos o útil ao agradável. O predicativo objetivo geralmente se refere ao objeto direto. 207 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Procuram-na em toda parte. Ela queixou-se de mim a seu pai. Disse-lhe a verdade. atirar com os livros sobre a mesa. Representa. lhes: amar a Deus (amá-lo). O objeto direto preposicionado.. facultativa. “Provavelmente. Pedirei para ti a meu senhor um rico presente.. Aumente a sua felicidade.”. A esse objeto repetido sob forma pronominal chama-se pleonástico.” (Jorge Amado) Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de preposição necessária e sem valor circunstancial.Quando precisamos assegurar a clareza da frase... . (Disse a verdade ao moço. no caso.Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro Severiano tinha um filho a quem idolatrava. pegar da pena. a quem felicitou pelo desenvolvimento das suas graças. ordinariamente.. como todos ali”. referentes a pessoas..Em certas construções enfáticas.Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo. pegou do pano. “Seus cavalos.”. convencer ao amigo (convencêlo). Jaime o trazia escondido nas mangas da camisa. . . para garantir a clareza e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçamse uns aos outros. Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar destaque ou ênfase à ideia contida no objeto direto. A qual delas iria homenagear o cavaleiro? .”. regidos de preposições diferentes: Rogue a Deus por nós. A substituição do objeto direto preposicionado pelo pronome oblíquo átono. o ser a que se destina ou se refere à ação verbal: “Nunca desobedeci a meu pai”. Aspiro a uma vida calma.”. colocamo-lo no início da frase e depois o repetimos ou reforçamos por meio do pronome oblíquo. ela os montava em pelo.. se faz com as formas o(s).Em expressões de reciprocidade. Exemplos: O dinheiro. O objeto indireto completa a significação dos verbos: . pegou da agulha.”.”. Observações: Há verbos que podem construir-se com dois objetos indiretos.” Observações: Nos quatro primeiros casos estudados a preposição é de rigor. A proposta pareceu-lhe aceitável. ao pai o filho amado. confessor e letrado nunca enganes. 208 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . “Abraçou a todos. “As companheiras convidavam-se umas às outras. enfim. “Imagina-se a consternação de Itaguaí.”. enfático ou redundante. Isto não lhe convém. por que amas a uns e odeias a outros?. Não confundir o objeto direto com o complemento nominal nem com o adjunto adverbial. só ocorre com verbo transitivo direto.”. Sobram-lhe qualidades e recursos. O bem.”. “A este confrade conheço desde os seus mais tenros anos”. principalmente na expressão dos sentimentos ou por amor da eufonia da frase: Judas traiu a Cristo. molhou a ambos. como puxar (ou arrancar) da espada. como a um irmão.Com certos pronomes indefinidos. cumprir com o dever. nos cinco outros. com aquele homem a quem na realidade também temia. enganavam é a Pedro. . “Chegou a costureira. “Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma à outra”. .”. é obvio. Aludiu ao fato. Ao médico. “Agora sabia que podia manobrar com ele. Dedicou sua vida aos doentes e aos pobres.) O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de outras categorias..Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou passiva): Dou graças a Deus. Podem resumir-se em três as razões ou finalidades do emprego do objeto direto preposicionado: a clareza da frase.: “Arrancam das espadas de aço fino. . os quais. evitando que o objeto direto seja tomado como sujeito. a harmonia da frase. Ceda o lugar aos mais velhos. tornando felizes também aos outros. nas quais antecipamos o objeto direto para dar-lhe realce: A você é que não enganam!.Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O aguaceiro caiu. quando soube do caso.. a(s) e não lhe. sobretudo referentes a pessoas: Se todos são teus irmãos. mas poucos o seguem. (lhe=a ele).Com nomes próprios ou comuns.. Assistimos à missa e à festa. impedindo construções ambíguas: Convence. “Tratava-me sem cerimônia. .”. a ênfase ou a força da expressão. “Vence o mal ao remédio. pegou da linha. “O estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.. A quantos a vida ilude!. deu um beijo em Adelaide.Em construções enfáticas. enfiou a linha na agulha e entrou a coser. etc. . são considerados acidentalmente transitivos indiretos: A bom entendedor meia palavra basta. “Se eu previsse que os matava a ambos. Amemos a Deus sobre todas as coisas. muitos o louvam. quando possível. o alvo da declaração expressa por um nome: amor a Deus. A coisa de que mais gosto é pescar. de certos substantivos. Assobiavam-se as canções dele nas ruas. os pronomes em destaque podem ser considerados adjuntos adverbiais. o medo de assaltos..? “E. se. etc. útil ao homem. com. em vez de complementar verbos. a verbos de mesmo radical: amor ao próximo. (voz ativa) Observações: Frase de forma passiva analítica sem complemento agente expresso. Nas ruas eram assobiadas as canções dele pelos pedestres.. ao passar para a ativa. obedecer aos pais. e menos frequentemente pela preposição de: Alfredo é estimado pelos colegas. Como atestam os exemplos acima. “Para ele nada é impossível”. A pessoa a quem me refiro você a conhece.”. “Ah. Exemplos: “A mim o que me deu foi pena. incapazes de se moverem.” O agente da passiva pode ser expresso pelos substantivos ou pelos pronomes: As flores são umedecidas pelo orvalho. perdão das injúrias. entusiasmo divino.. Dê isto a (ou para) ele. em. (certo). (=Isto pertence a ti. Não preciso disto. O filme a que assisti agradou ao público. Exemplos: Obedece-me. 209 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . o objeto indireto é representado pelos substantivos (ou expressões substantivas) ou pelos pronomes. expressa ou implícita. (Devastam as florestas. Os nomes que requerem complemento nominal correspondem. Rogo-lhe que fique. As preposições que o ligam ao verbo são: a. aos brigões. compositor de músicas. O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração na voz ativa: A rainha era chamada pela multidão. Os obstáculos contra os quais luto são muitos.. É regido pelas mesmas preposições usadas no objeto indireto. Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto direto. geralmente.. Peço-vos isto.. por ênfase.). (voz passiva) A multidão aclamava a rainha. te. terá sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural: Ele foi expulso da cidade.Em frases como “Para mim tudo eram alegrias”. Conto com você. Isto te pertence. (errado). Contenta-se com pouco. As pessoas com quem conto são poucas. Exemplos: A defesa da pátria. adjetivos e advérbios. incompleta. perdoar as injúrias. Difere deste apenas porque. complementa nomes (substantivos. regressar à pátria.”. lhe. Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na voz passiva. obediente aos pais. adjetivos) e alguns advérbios em –mente.. A cidade estava cercada pelo exército romano. o paciente. (=Obedece a mim. e a ira contra o mal. Esperei por ti. para e por. “Era conhecida de todo mundo a fama de suas riquezas. As florestas são devastadas. Assisti ao desenrolar da luta. lhes.). A carta foi cuidadosamente corrigida por mim. O objeto indireto é sempre regido de preposição. Na passiva pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobiavam-se as canções dele pelos pedestres. “Que me importa a mim o destino de uma mulher tísica. regresso à pátria. basta-lhes xingarem-se a distância. Falou contra nós. Nos demais casos a preposição é expressa.).” Complemento Nominal: é o termo complementar reclamado pela significação transitiva.. como característica do objeto indireto: Recorro a Deus. (Expulsaram-no da cidade. Representa o ser que pratica a ação expressa pelo verbo passivo.)... a condenação da violência.).. (=Rogo a você. Muitos já estavam dominados por ele. vos. nos.. não fosse ele surdo à minha voz!” Observações: O complemento nominal representa o recebedor.. (=Peço isto a vós. (voz passiva) Tu o acompanharás. contra.. Ele só pensa em si.. (voz ativa) Ele será acompanhado por ti. o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado. Vem regido comumente pela preposição por. amar o próximo. A preposição está implícita nos pronomes objetivos indiretos (átonos) me. “O ódio ao mal é amor do bem. a remessa de cartas. etc.).. (certo) . de. Assistência às aulas. Vem sempre regido de preposição.. Júlio reside em Niterói. Não durma ao volante. qualidade de alguém ou de alguma coisa: o discurso do presidente. declaração de guerra. empréstimo de dinheiro. terras férteis. companhia.). descoberta de petróleo. lugar. Moramos aqui. 210 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . assunto. modo.. um rapaz. Ele fala bem. desenvolve ou resume outro termo da oração. São três os termos acessórios da oração: adjunto adnominal. foi um monarca sábio.adv. ou a origem.. gosta do mar (obj. capítulo sexto. determinar os substantivos. tempo.aviso do diretor: agente Observações: Não confundir o adjunto adnominal formado por locução adjetiva com complemento nominal. Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou esclarece. Domingo que vem não sairei. país cuja história conheço.criança com febre (=febril): característica . aulas de inglês: fim. . etc. Ouvidos atentos. Escureceu de repente.indir. colheita de trigo.casa de ensino. Pelas locuções ou expressões adjetivas que exprimem qualidade. Pedro II.presente de rei (=régio): qualidade . não dormi. O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjetivos: água fresca.. ascensorista. folhas de árvores. fim ou outra especificação: .). intensidade. É importante saber distinguir adjunto adverbial de adjunto adnominal. Este representa o alvo da ação expressa por um nome transitivo: a eleição do presidente. (=Naquela noite.. origem. Pelos pronomes adjetivos: nosso tio.adn.. posse. amor de mãe. Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de roda na praça”. Pelos artigos: o mundo.). Talvez esteja enganado. (=De ouvidos atentos. Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às vezes viajava de trem. Volte bem depressa.” (Carlos Drummond de Andrade) “No Brasil. Compreendo sem esforço. etc. Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma circunstância (de tempo. modo. destruidor de matas..fio de aço. animal feroz. O adjunto adnominal formado por locução adjetiva representa o agente da ação. Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou determina os substantivos. imperador do Brasil. aviso de amigo. farinha de trigo. meio. Maria é mais alta.. de objeto indireto e de complemento nominal: sair do mar (ad. água do mar (adj. muitas rãs.Termos Acessórios da Oração Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária. empréstimo do banco.livro do mestre. Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição antes de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noite.. que rua?.).” (Mário de Andrade) O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome substantivo: Foram os dois. fala corretamente.. qual seja a de caracterizar um ser. Errei por distração. declaração do ministro. pertença .” (Camilo Castelo Branco) “No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma.. pouco sal.) ou. a casa do fazendeiro..). herói de nossa gente. exprimir alguma circunstância. ele e ela.. Os adjuntos adverbiais classificam-se de acordo com as circunstâncias que exprimem: adjunto adverbial de lugar. O dia amanheceu chuvoso. amor ao próximo.homem sem escrúpulos (=inescrupuloso): qualidade . as ruas. Exemplos: D.. que modifica o sentido de um verbo.. aproximei-me da porta.). o que me obrigou a ficar em casa.). O adjunto adverbial é expresso: Pelos advérbios: Cheguei cedo.. encontramos a felicidade. Pelos numerais: dois pés. expôs-me seu caso de consciência. em outras palavras. plantio de árvores. Exemplo: Meu irmão veste roupas vistosas.. “Nicanor. Só não tenho um retrato: o de minha irmã. (Meu determina o substantivo irmão: é um adjunto adnominal – vistosas caracteriza o substantivo roupas: é também adjunto adnominal). as mãos dele: posse. cheiro de petróleo.. Ande devagar. negação. beleza das matas. casa de madeira: matéria . Saí com meu pai. etc. (=No domingo. região do ouro e dos escravos. este lugar. filho de fazendeiros: origem . causa. pertença... adjetivo ou advérbio.nom. aviso de perigo.água da fonte. ter medo do mar (compl. adjunto adverbial e aposto. quinto ano. especialidade . de tudo ela tinha medo. que pode ser uma pessoa. etc. Não havendo pausa. Os apostos. meus amigos. ó lágrimas saudosas!” (Fagundes Varela) “Ei-lo. o escritor João Ribeiro. como nestes exemplos: Minha irmã Beatriz. às vezes. isto é. o animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos: “Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos. os pontos interrogativo e exclamativo indicam um chamado alto e prolongado. O aposto que se refere a objeto indireto. “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?” (Graciliano Ramos) O aposto pode preceder o termo a que se refere. leves e graciosas. da intensidade das coisas.” (Machado de Assis) “Correi. o teu defensor. em geral. olá. o que me levava a preferir sua companhia. o rio Amazonas. título. Não pertence à estrutura da oração. a Rua Osvaldo Cruz. um animal. senhor de engenho. destacam-se por pausas. mande-me cá o Padilha. na escrita. a palavra é a mais bela expressão da alma humana. indicadas. “Acho que adoeci disso. Exemplos: Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos. Nas frases seguintes. é a base do governo. Um aposto pode referir-se a outro aposto: “Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares.O aposto não pode ser formado por adjetivos. a Bolívia e o Paraguai. O vocativo se refere sempre à 2ª pessoa do discurso. No exemplo inicial. amanhã!” (Graciliano Ramos) “Esconde-te. às vezes. ó Cristo!” (Alexandre Herculano) “Ó Dr. uma coisa real ou entidade abstrata personificada. O espaço é incomensurável.” (Ledo Ivo) O aposto pode vir precedido das expressões explicativas isto é. Mário não se conteve. Na escrita é separado por vírgula(s). não são banhados pelo mar. bichos. morcegos. ó Liberdade!” (Mendes Leal) Observação: Profere-se o vocativo com entoação exclamativa. “Irmão do mar. a saber. está elíptico. por favor!” (Maria de Lourdes Teixeira) “A ordem. esvoaçavam num balé de cores. correi. como romancista. Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome. do espaço. sinal de tempestade iminente. 211 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . nunca foi superado. filha do velho coronel Tavares.” (Raquel Jardim) De cobras. ou da preposição acidental como: Dois países sul-americanos. O aposto. por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado. Este escritor. Nogueira. ó alegria do mundo!” (Camilo Castelo Branco) O vocativo é um tempo à parte. refere-se a toda uma oração. As borboletas. de beleza. mas predicativo do sujeito: Audaciosos. amei as solidões sobre os rochedos ásperos. Simão era muito espirituoso. o qual. o Colégio Tiradentes. não há aposto. por vírgulas. dois pontos ou travessões. fato que me deixa atônito. por exemplo.” (Cabral do Nascimento) (refere-se ao sujeito oculto eu). Exemplos: Rapaz impulsivo. Mensageira da ideia. . ó sol de maio. Podemos antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó. o romance Tróia. os dois surfistas atiraram-se às ondas. apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa. não haverá vírgula. complemento nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposição: O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado. eh!): “Tem compaixão de nós . . Assinale a alternativa correta: “para todos os males. A oração “que o gato evitava minha presença”. os termos grifados são respectivamente: (A) sujeito – objeto direto. 03. (B) o jogador. . sintaticamente. não se pôde conter.)” (Fernando Pessoa) (C) “Quando Ismália enlouqueceu / Pôs-se na torre a sonhar / Viu uma lua no céu.. (E) recebeu. Nessa frase o sujeito de “fez”? (A) o prêmio. (E) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação. Assinale a alternativa em que o termo destacado é objeto indireto. (C) um complemento nominal. 05. (D) o gol. (UFAL – Técnico de Laboratório – COPEVE/UFAL/2014) Numa noite em que voltei para casa muito bêbado de uma de minhas andanças pela cidade. (E) um aposto. 2005. Edgar Allan. Assinale a alternativa correspondente ao período onde há predicativo do sujeito: (A) como o povo anda tristonho! (B) agradou ao chefe o novo funcionário. (D) objeto direto – objeto direto. (A) “Quem faz um poema abre uma janela. há dois remédios: o tempo e o silêncio”. quando responderam a Nhô Augusto: ‘– É a jagunçada de seu Joãozinho Bem-Bem. 212 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . 06. Histórias extraordinárias. (EEAR – Sargento Administração – Aeronáutica/2014). (B) um complemento verbal. (E) objeto direto – complemento nominal. (D) um predicativo.’ – ele. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. que está descendo para a Bahia.” (Mário Quintana) (B) “Toda gente que eu conheço e que fala comigo / Nunca teve um ato ridículo / Nunca sofreu enxovalho (. POE.” (Alphonsus de Guimarães) (D) “Mas.” (Guimarães Rosa) 04. (C) ele nos garantiu que viria. de alegre. São Paulo: Larousse Jovem. (D) no Rio não faltam diversões. achei que o gato evitava minha presença.Questões 01. / Viu uma lua no mar. (PC-ES – Escrivão de Polícia – FUNCAB/2013) O termo em destaque é adjunto adverbial de intensidade em: (A) pode aprender e assimilar MUITA coisa (B) enfrentamos MUITAS novidades (C) precisa de um parceiro com MUITO caráter (D) não gostam de mulheres MUITO inteligentes (E) assumimos MUITO conflito e confusão 02. é (A) o sujeito do verbo “achar”. (C) objeto direto – aposto. (B) sujeito – aposto. (C) que. Segurança da Informação . -. Existem em maior número para o século XIX. Todos se espantaram com a onipresença da escravidão. o tronco. tens a voz tão bonita!. -. A outro homem. A um cavalo. Texto 2 A escrava Isaura Bernardo Guimarães Malvina aproximou-se de manso e sem ser pressentida para junto da cantora. que resultava quase sempre na fuga dos cativos...br/redememoria/escravidao. acessível à disciplina. geralmente de europeus que permaneciam algum tempo no Brasil e. e mais correto em suas maneiras.html. os ferros. o pelourinho. Quando essas coisas eram ignoradas pelo proprietário. escreviam sobre o que haviam visto (ou entendido) nesses trópicos. . no espírito do escravo. Como um escravo desprezado era muito inferior aos animais de carga.Não sabia que estava aí me escutando. colocando-se por detrás dela esperou que terminasse a última copla. E como padre. por que é que você gosta tanto dessa cantiga tão triste. com o porte e a constituição de um homem branco na mesma situação. pela primeira vez (quantos lugares o reverendo terá visitado?). como ele disse.. de hoje em dia. José Roberto Pinto de. pois a qualquer hora tudo poderia ir pelos ares. do que seus companheiros brancos”. que desembarcou no Rio de Janeiro em finais da década de 1820. -. coisa que singularizou em muito a nossa história. estava o tráfico transatlântico intermitente. acertou apenas pela metade. Walsh pôde ver. Fonte: GÓES. me valendo mais uma vez de Joaquim Nabuco. -. na população escrava. Robert Walsh escreveu que os escravos eram inferiores aos animais de carga.. Mas..UNIRIO) Texto 1 Escravidão José Roberto Pinto de Góes Uma fonte histórica importante no estudo da escravidão no Brasil são os “relatos de viajantes”. deixou o seguinte testemunho: "Estive apenas algumas horas em terra e pela primeira vez pude observar um negro africano sob os quatro aspectos da sociedade. uma espécie de acordo foi o que ordenou as relações entre senhores e escravos. seja pela sabotagem no trabalho (imagine um canavial pegando fogo ou a maquinaria do engenho quebrada). dos escravos e de uma população livre. que você aprendeu não sei onde?. [fragmento]. faz-se necessário convencê-lo.. o negro era cuidadoso com a sua higiene pessoal. todo santo dia. O reverendo Roberto Walsh. Rede da Memória Virtual Brasileira. a concessão de pequenos privilégios e a esperança de um dia obter uma carta de alforria ajudaram o domínio senhorial no Brasil. continua a cantar... soldado. Disponível em http://bndigital. O medo também era um sentimento experimentado pelos senhores.07. Como cidadão. cidadão e padre. Escravidão. Em apenas algumas horas caminhando pelo Rio de Janeiro. se o adestra. Com animais tudo é fácil. os escravos puderam estabelecer limites relativos à proteção de suas famílias. novatos.respondeu Isaura voltando-se sobressaltada.. depois... 2012. ah! não devo falar. seja pelo puro e simples assassinato do algoz.Analista de Tecnologia da Informação . -. a se comportar como escravo. hábil em seus treinamentos. soldado. O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável. Eles sabiam que lidavam com seres humanos e não com animais. Se quis dizer com isso que eram tratados e tidos como tal.. o que contava mesmo.bn. era problema na certa.Gosto dela. Assim. porque acho-a bonita e porque. chamava a atenção pela aparência respeitável... O chicote. parecia até mais sincero em suas ideias.. Pareceu-me que em cada um deles seu caráter dependia da situação em que se encontrava e da consideração que tinham com ele. Desse modo.. Acesso em ago.. jogando mais e mais estrangeiros. Mas é muito improvável que tenha sido esta a percepção dos proprietários de escravos.. Não era.. Isso acontecia porque a alforria era muito mais recorrente aqui do que em outras áreas escravistas da América. porém. era a habilidade do senhor em infundir o medo.Ah! é a senhora?! . de suas roças e de suas tradições culturais. o terror.Isaura!.Pois que tem isso?. Biblioteca Nacional. indivíduos de cor preta desempenhando diversos papéis: escravo. aos olhos do reverendo e aos nossos. 213 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . disse ela pousando de leve a delicada mãozinha sobre o ombro da cantora. A contar contra a sorte dos escravos. mas eu antes quisera que cantasses outra coisa.. (UNIRIO . mulata e de cor preta. Tratados como animais de carga eram mesmo. por exemplo. teremos de fato um Estado verdadeiramente democrático.. de que me servem?. No entanto. -. de reparar as desigualdades que experimentam os pretos e pardos. Representou a longa campanha abolicionista de mais de 380 anos de lutas. Fonte: GUIMARÃES. foram responsáveis pela pujança do capitalismo brasileiro. sem que nenhuma política pública propiciasse a inclusão dos negros na sociedade. como não tiveram muitas ricas e ilustres damas que eu conheço...Mas. coitada!..continuou em tom de branda repreensão. A Escrava Isaura. que tanto gostas de cantar. Isaura. A mais alta Corte do país decidiu que estas ações afirmativas são constitucionais. Bernardo.não quero que a cantes mais. Não gosto que a cantes. Trata-se do Estatuto da Igualdade Racial. não tenho motivo. Isaura. poderão fruir de bens econômicos e culturais em igualdade de oportunidades.br/download/texto/bv000057. -.. são trastes de luxo colocados na senzala do africano. que tiveram a proteção especial do Estado Imperial e mais tarde da República. vítima de senhores bárbaros e cruéis. que me deram. -.br/cotas-continuidade-da-abolicao/. sou mais tua amiga do que tua senhora.. sei conhecer o meu lugar. na medida em que o ProUni foi também levado a julgamento.. Acesso em ago.gov. e nada recear de mim?. e com a implementação das ações afirmativas. 1875].Queixas-te da tua sorte.) O Brasil tem coragem de olhar para o passado e lançar sem medo as sementes de construção de um novo futuro. independentemente da cor da sua pele ou da sua etnia. Hei de respeitar sempre as recomendações daquela santa mulher. A educação com aprovação das cotas para ingresso no ensino superior como o artigo segundo. que és uma escrava infeliz. Acesso em ago. Fundação Cultural Palmares. Ainda faltam mais dispositivos que assegurem a terra e o trabalho com funções qualificadas. (. que sou eu mais do que uma simples escrava? Essa educação. que eu não conheci. Entretanto passas aqui uma vida que faria inveja a muita gente livre. e tu bem vês. e também no privado. -. 201 O tráfico tornava muito difícil que os limites estabelecidos pelos escravos à volúpia senhorial criassem raízes e virasse um costume incontestável [Texto 1] . que tanto me gabam. que ninguém dirá que gira em tuas veias uma só gota de sangue africano. não cabe em tua boca essa cantiga lastimosa. 214 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Ressalte-se que não há correspondência na apropriação dos bens econômicos e culturais por parte dos descendentes de africanos na proporção de sua contribuição para o País. Oh! não. Este segmento que compõe a nação tem em sua ascendência aqueles que. apesar de tudo isso. Gozas da estima de teus senhores. Daí então.. Isaura?. podemos interpretar que tivemos o fim da escravidão como o artigo primeiro do marco legal. uma espécie de artigo 2º na Lei Áurea. senhora.. [1ª ed. que me atribuem. Já não te disse que nada me deves esconder. -. -. Disponível em http://www. os quais são cerca de 52% da população brasileira.Eu não. A primeira lei que busca fazer com que o Estado brasileiro inicie a longa caminhada para a construção da igualdade de oportunidades entre negros e não negros só veio a ser sancionada. Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro . bem como são contribuintes marcantes da identidade nacional. o que quero dizer com isto é que. És formosa.. em que todos. Foram mais de 122 anos desde a abolição. para assegurar o ingresso de pretos e pardos nas universidades públicas brasileiras. e reconheceu a constitucionalidade também do ProUni. Mas se a senhora não gosta dessa cantiga. apesar de todos esses dotes e vantagens. Bem sabes quanto minha boa sogra antes de expirar te recomendava a mim e a meu marido.. através da incorporação das ações afirmativas ao quadro jurídico nacional. depois de dez anos de tramitação. ouviste. A senzala nem por isso deixa de ser o que é: uma senzala. senhora.-.Fala. não a cantarei mais. em poucas décadas. Isaura?.Não quero. Hão de pensar que és maltratada.Porque me faz lembrar de minha mãe. que oferece as possibilidades. não. aos ex-cativos não foram assegurados os benefícios dados aos imigrantes.2012 Texto 3 Cotas: continuidade da Abolição Eloi Ferreira de Araújo Sancionada em 13 de maio de 1888. com o trabalho escravo. O Supremo Tribunal Federal foi instado a decidir sobre a adoção de cotas para pretos e pardos no ensino superior público.dominiopublico. se não.pdf. e tens uma cor linda. -. em 2010.palmares.gov... e essa beleza.. fecho-te o meu piano. Desta forma. Estabeleceu assim. a Lei Áurea foi responsável pela libertação de cerca de um milhão de escravos ainda existentes no País. Disponível em http://www. Fonte: Governo Federal. Deram-te uma educação. responder a alguém ou a alguma coisa. 03. (TJ/SP . Resposta: C Na frase há duas orações: Oração 1: O jogador recebeu o prêmio. a função sintática do adjetivo grifado é: (A) Sujeito (B) Objeto direto (C) Predicativo do sujeito. o vocábulo “tristonho” é o predicativo do sujeito. Adaptado) Sabendo que o aposto é empregado para precisar. Resposta C O verbo haver (sentido de existir) é transitivo direto. 04.2012. Resposta D O verbo responder é transitivo indireto. Resposta D Os advérbios modificam os verbos. passaram a comandar territórios da cidade e consolidaram seu poder à base do assistencialismo e do medo. os adjetivos ou outros advérbios e são invariáveis. seu completo é o objeto indireto que nesta frase expressa-se por “a Nhô Augusto”. vêm se alastrando no Rio de Janeiro. organizações criminosas lideradas por policiais e ex. 26.policiais. 215 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . (C) …centenas de milhares de pessoas sob seu jugo… (D) …quando são procuradas por candidatos em busca de apoio… (E) …organizações criminosas lideradas por policiais e ex-policiais… Respostas 01. Alternativa A – Muita modifica o substantivo: coisa Alternativa B – Muitas é um pronome adjetivo que modifica o substantivo novidades Alternativa C – Muito está modificando o substantivo caráter Alternativa D – Muito é um advérbio de intensidade que modifica o adjetivo inteligentes Alternativa E – Muito é um pronome adjetivo que modifica o substantivo conflito 02. o estado de “tristonho”. Resposta A O verbo “anda” exprime na frase um estado do sujeito. Oração 2: que fez o gol.VUNESP/2012) Nas últimas três décadas.No período acima. seu complemento é o objeto direto que na frase apresenta-se por “dois remédios”. arbitram sobre quem faz campanha em seu pedaço e lançam nomes egressos de suas próprias fileiras. (D) Complemento nominal (E) Predicativo do objeto direto 08. o sujeito do verbo “fez” ´é o pronome relativo “que” que retorna ao sujeito “jogador” da primeira oração.09. (A) …quem faz campanha em seu pedaço… (B) …nomes egressos de suas próprias fileiras. quando são procuradas por candidatos em busca de apoio. (Veja. Na primeira oração. Como têm centenas de milhares de pessoas sob seu jugo. 05. “O tempo e o silêncio” é o aposto explicativo de dois remédios. assinale a alternativa contendo passagem do texto com essa função. o sujeito do verbo “recebeu” é “jogador”. . deste modo.Assistente Social . as milícias. Na segunda. explicar um termo antecedente. Elas avançaram sobre os domínios do tráfico. essas gangues de farda ganham força em períodos eleitorais. resumi-los ou identificá-los. 07. O período é simples quando só traz uma oração. principalmente. apenas utilizado com o verbo chamar. irá nas caixas menores. Todos acusaram-no de desmotivado. ponto de interrogação ou com reticências. por subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo tempo (também chamada de misto). oração absoluta. uma oração) Quero que você aprenda. atribuindo-lhe uma qualidade. Ontem vi minha vizinha muito preocupada. . 216 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .). (Período composto. A função de predicativo do objeto pode ser desempenhada: . Resposta E APOSTO: É o termo da oração que se refere a um substantivo. para explicálos. os cristais e os talheres. / recordamos os tempos de infância. (duas locuções verbais. (Período simples. Os alunos chamaram-lhe incompetente. Num período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as locuções verbais nele existentes. Exemplos de predicativo do objeto indireto: Eu chamei-lhe de falsa. portanto. Todos chamam-lhe mãe. que se encerra com ponto de exclamação. Quero que você aprenda. o objeto direto. 08. (uma locução verbal. Mais comumente o aposto é marcado por uma pausa entre o termo que se refere. (dois verbos. Período: Toda frase com uma ou mais orações constitui um período. (um verbo. Aparece apenas com o predicado verbo-nominal. é um complemento verbal. este período composto: Passeamos pela praia. Resposta B A oração “que o gato evitava minha presença” completa o sentido do verbo “achei”. Exemplos de predicativo do objeto direto: Nós consideramos esta funcionária dispensável.) Existe uma maneira prática de saber quantas orações há num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Resposta E O predicativo do objeto é o termo da oração que complementa e caracteriza. duas orações) Há três tipos de período composto: por coordenação. Exemplos: Pegou fogo no prédio.Por um substantivo: Exemplos: A direção elegeu-o presidente. a um pronome ou a uma oração. / brincamos.Por um adjetivo ou uma locução adjetiva: Exemplos: Ele a viu sorridente. o período é composto quando traz mais de uma oração. . duas orações) Está pegando fogo no prédio. por exemplo. ampliá-los. sendo contudo mais raro. Período Composto por Coordenação – Orações Coordenadas Considere. chamada absoluta. Exemplo: Pegou fogo no prédio. mas não é regra geral.06. Pode caracterizar também o objeto indireto. uma oração) Deves estudar para poderes vencer na vida. Exemplos: • Àquela hora a avenida Brasil estava intransitável. as louças. isto é. • O resto. desonra.As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando vêm introduzidas por conjunção coordenativa. mas até nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.” (Machado de Assis) “A noite avança. Estudei bastante / mas não passei no teste. ou seja. A espada vence. há uma paz profunda na casa deserta. 217 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . nem. Ele me ajudou muito. ou seja. mas ainda.” (Coelho Neto) . pois.Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas. por uma conjunção coordenativa adversativa. Pode ser: . no entanto.” (Antônio Olavo Pereira) “O ferro mata apenas. Havia muito serviço. Exemplo: O homem saiu do carro / e entrou na casa.. . como já dissemos.. “É dura a vida. mas também. porém. por uma conjunção coordenativa conclusiva.” (Cecília Meireles) Tens razão. OCA OCS Aditiva Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de acréscimo ou adição com referência à oração anterior. por isso. / vibraram.” (Machado de Assis) .. não só. A doença vem a cavalo e volta a pé. apanhei o embrulho e segui. OCA OCS Conclusiva Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de conclusão de um fato enunciado na oração anterior. / sofreram. é claro.Orações coordenadas sindéticas conclusivas: portanto..Orações coordenadas sindéticas aditivas: e. uma não depende da outra sintaticamente. e o período formado só de orações coordenadas é chamado de período composto por coordenação. não só. Saí da escola / e fui à lanchonete. logo. contudo não te exaltes. mas não convence. . contudo. As orações coordenadas são classificadas em assindéticas e sindéticas.As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quando não vêm introduzidas por conjunção. todavia.1ª oração: Passeamos pela praia 2ª oração: brincamos 3ª oração: recordamos os tempos de infância As três orações que compõem esse período têm sentido próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintática: elas são independentes. As pessoas não se mexiam nem falavam. uma relação de sentido. entretanto. OCA OCS Adversativa Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que expressa ideia de oposição à oração anterior. o ouro infama. mas aceitam-na. As orações independentes de um período são chamadas de orações coordenadas (OC). . ou seja. / portanto merece minha gratidão. avilta. Há entre elas. Exemplo: Os torcedores gritaram. entretanto ninguém trabalhava. mas. OCA OCA OCA “Inclinei-me. “Não só findaram as queixas contra o alienista. por uma conjunção coordenativa aditiva. OCA OCS As orações coordenadas sindéticas são classificadas de acordo com o sentido expresso pelas conjunções coordenativas que as introduzem. 5.. A noite está fria.” (Luís Jardim) .. pois arfava muito. por uma conjunção coordenativa alternativa.. logo. a vontade.” (Fernando Sabino) O cavalo estava cansado.. seja. procurarei emprego”. . Assinale a sequência de conjunções que estabelecem. Vamos andar depressa / que estamos atrasados. ora. (B) Não durma sem cobertor. uma correta relação de sentido. . caiu..” a partícula como expressa uma ideia de: (A) causa (B) explicação (C) conclusão (D) proporção (E) comparação 03.Vives mentindo. os sonhos não o deixaram em paz. ou. “A mim ninguém engana. ora. entre as orações de cada item.Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou. ou seja.. portanto deve trabalhar. ou seja.” (Renato Inácio da Silva) “A louca ora o acariciava. Venha agora ou perderá a vez. Não consigo encontrá-los. que ela aniversaria amanhã. Ele é teu pai: respeita-lhe... podem servir mais tarde. pois.. Os primeiros foliões surgiram. oração sublinhada pode indicar uma ideia de: (A) concessão (B) oposição (C) condição (D) lugar (E) consequência 04. conquista-a. . A matéria perece.Orações coordenadas sindéticas explicativas: que.” (Érico Veríssimo) “Qualquer que seja a tua infância.. 2. de justificativa em relação à oração anterior.. “Jacinta não vinha à sala. quer.” (Machado de Assis) “Em aviação..ou. Relacione as orações coordenadas por meio de conjunções: (A) Ouviu-se o som da bateria. Correu demais. Leu o livro. não mereces fé.. 3. . . OCA OCS Explicativa Observe que a 2ª oração é introduzida por uma conjunção que expressa ideia de explicação. Em: “. Seja mais educado / ou retire-se da reunião! OCA OCS Alternativa Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma conjunção que estabelece uma relação de alternância ou escolha com referência à oração anterior. quer. porquanto.. 1. Leve-lhe uma lembrança. Guarde seus pertences. tudo precisa ser bem feito ou custará preço muito caro. Dormiu mal.. Questões 01. ora o rasgava freneticamente. 4. “Entrando na faculdade. que te abençoo. .. a alma é imortal. fortes como o marulhar das ondas.. 02.. porque.. (C) Quero desculpar-me. é capaz de descrever as personagens com detalhes.. . ou retirava-se logo.. por uma conjunção coordenativa explicativa. ouviam-se amplos bocejos. que não nasci ontem.. pois. seja. Raimundo é homem são. 218 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Não caía um galho. a soma do faturamento das nossas mil maiores e melhores empresas. Faço sempre. Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica. porque. é ingenuidade imaginar que a vontade de distribuir renda passe pelo empobrecimento da elite.. temos riqueza suficiente para distribuir. Empresários empurrados à condição de liderança oficial se reúnem. (C) É também ocioso pensar que nós. da tal elite. foi um produto de luxo. em eventos como este. não balançava uma folha. mas. (B) O que dizer sem resvalar para o pessimismo. a filha saiu.]” (linhas 33-35) . oração coordenada que seja desprovida de conectivo é denominada assindética. 06. portanto 05. III. Observando os períodos seguintes: I. pois.(A) porque. todavia. Digamos. mas (D) porém. A água do mar ainda estava fria. de tal elite. pois. portanto. Reúna as três orações em um período composto por coordenação. os candidatos entregaram a prova. entretanto (B) por isso. logo. As praias permaneciam desertas. porque. A frustração cresce e a desesperança não cede. 09. a crítica pungente ou a autoabsolvição. 219 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . repetitiva dentro do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação. porém.. No período "Penso. descrevê-lo. porque. e chego a um número menor do que o faturamento de apenas duas empresas japonesas. (E) Em termos mundiais somos irrelevantes como potência econômica. Assinalar a alternativa correspondente a este período: (A) A frustração cresce e a desesperança não cede. O que dizer sem resvalar para o pessimismo.O filho chegou. a crítica pungente ou a autoabsolvição? É da história do mundo que as elites nunca introduziram mudanças que favorecessem a sociedade como um todo. Aliás. que. logo. É também ocioso pensar que nós. II. Sejamos francos. Nota-se que existe coordenação assindética em: (A) I apenas (B) II apenas (C) III apenas (D) I e III (E) nenhum deles 08. portanto. a Mitsubishi e mais um pouquinho. Folha de São Paulo) Dentre os períodos transcritos do texto acima. portanto. e isso até tão recentemente que Baudelaire. "Vivemos mais uma grave crise. um é composto por coordenação e contém uma oração coordenada sindética adversativa. mas o mesmo tempo extremamente representativos como população. logo existo". Estaríamos nos enganando se achássemos que estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma nação equilibrada precisa ter.a 07. oração em destaque é: (A) coordenada sindética conclusiva (B) coordenada sindética aditiva (C) coordenada sindética alternativa (D) coordenada sindética adversativa (E) n. todavia. há meio século e meio. “O tédio. mas a mãe nem notou. mas ao mesmo tempo extremamente representativos como população.O fiscal deu o sinal. para lamentar o estado de coisas." ("Discurso de Semler aos empresários". comparou-se ao rei de um país chuvoso [.d. (D) Sejamos francos. para meu desânimo. pois. Os dias já eram quentes. temos riqueza suficiente para distribuir. porque (E) entretanto. para. Acabara o exame. Por definição. usando conjunções adequadas. que (C) logo. Resposta E Alternativa A: oração coordenada sindética aditiva: “e” Alternativa B: oração coordenada sindética alternativa: a crítica pungente ou a autoabsolvição Alternativa E: oração coordenada sindética adversativa: “mas” 09. 02. Neste caso a palavra “portanto” nos remete a uma oração coordenada conclusiva.O termo destacado apresenta uma ideia de: (A) causa. Os amplos bocejos ouvidos são comparados à força do marulhar das ondas. Não durma sem cobertor. 06. mais consigo encontrá-los. Desta forma. Resposta B Por isso – conjunção conclusiva. Período Composto por Subordinação Observe os termos destacados em cada uma destas orações: Vi uma cena triste. 03. Quero desculpar-me. portanto. 04. Resposta C Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois termos de uma mesma oração. (C) conclusão. agora. Que – conjunção explicativa. 220 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . (objeto direto) Não pude sair por causa da chuva. por conseguinte. que exprime ideia de conclusão ou consequência entre as orações. pois a noite está fria. (adjunto adverbial de causa) Veja. mas a água do mar ainda estava fria. Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões surgiram. Resposta C A condição necessária para procurar emprego é entrar na faculdade. (oração subordinada com função de adjunto adnominal) Todos querem / que você participe. Porque – conjunção explicativa. Resposta E A conjunção como exercer a função comparativa. São elas: logo. a frase “logo existo” é a conclusão da frase inicial “Penso”. assim. (adjunto adnominal) Todos querem sua participação. pois (posposto ao verbo). Resposta D Períodos I e III não possuem conectivos Período II: conectivo “mas” 08. como podemos transformar esses termos em orações com a mesma função sintática: Vi uma cena / que me entristeceu. por isso. 07. Respostas 01. (oração subordinada com função de objeto direto) . 05. Resposta A A conjunção “logo” expressa a ideia de conclusão. então. Portanto – conjunção conclusiva. Mas – conjunção adversativa. (D) consequência. (B) concessão. por isso as praias permaneciam desertas. Os dias já eram quentes. Não pude sair / porque estava chovendo. sem. a não ser que. visto que. segundo. não o condenarias. impedir sua realização. depois que. O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para a ocorrência do que foi enunciado na principal. que. mal (=assim que). Conjunções: embora. se bem que. (oração subordinada com função de adjunto adverbial de causa) Em todos esses períodos. São classificadas de acordo com a conjunção subordinativa que as introduz: . como (= porque). desde que. “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drummond de Andrade) A cápsula do satélite será recuperada. ainda que (ou mesmo quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos critiquem. Não fui à escola / porque fiquei doente. . sendo. Orações Subordinadas Adverbiais As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aquelas que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal (OP). “Faltou à reunião. visto que esteve doente. As orações subordinadas são classificadas de acordo com a função que exercem: adverbiais. ainda assim arriscou uma opinião. tristezas não pagam dívidas. apesar de. 221 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . OP OSA Causal O tambor soa porque é oco. portanto. Conjunções: se. ele é classificado como período composto por subordinação. a segunda oração exerce uma certa função sintática em relação à primeira. Por mais que gritasse. embora (ou conquanto ou posto que ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente. Cumpriremos nosso dever.Causais: Expressam a causa do fato enunciado na oração principal. a menos que. Conjunções: conforme. subordinada a ela. enquanto. ninguém ousou reagir. por mais que. no entanto. contanto que. como sabemos.” (Arlindo de Sousa) . OP OSA Condicional Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos ofensores. . mesmo que. Se o conhecesses. não me ouviram. Quando um período é constituído de pelo menos um conjunto de duas orações em que uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da outra (principal). sempre que. caso a experiência tenha êxito. como (=conforme). Como não me atendessem. . Ela saiu à noite / embora estivesse doente.Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da oração principal. OP OSA Conformativa O homem age conforme pensa. Conjunções: quando. OP OSA Concessiva Admirava-o muito. Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi.Temporais: Acrescentam uma circunstância de tempo ao que foi expresso na oração principal. Embora não possuísse informações seguras. . Como ele estava armado. logo que. é um grande veículo de informação. O jornal. Irei à sua casa / se não chover. Conjunções: porque. Como diz o povo. ainda que. pois que.Conformativas: Expressam a conformidade de um fato com outro. repreendi-os severamente. substantivas e adjetivas. assim que. porque (=para que). Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vieram. . assim minha alma se abriu à luz daquele olhar.” (Marquês de Maricá) Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor.” (Machado de Assis) (que = para que) “Instara muito comigo não deixasse de frequentar as recepções da mulher.Comparativas: Expressam ideia de comparação com referência à oração principal.” (Marquês de Maricá) Enquanto foi rico. OP OSA Consecutiva Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. Quanto mais reclamava / menos atenção recebia. como (= porque). quando escurecia. Abri a porta do salão / para que todos pudessem entrar. As notícias de casa eram boas. OP OSA Final “O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos. Ela é bonita / como a mãe.Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que foi enunciado na oração principal. vai diminuindo. que. as casas iam rareando. Conjunções: porque. que (combinado com menos ou mais). tal qual. À proporção que avançávamos. a fim de que. visto que. A chuva foi tão forte / que inundou a cidade.. . “Lá pelas sete da noite. 222 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . que. todos o procuravam. . exercem funções sintáticas próprias de substantivos. à proporção que. tanto como. Conjunções: para que. Conjunções: à medida que. como. Como a flor se abre ao Sol. tal como.Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. ao passo que. de maneira que pude prolongar minha viagem. (tão).” (Machado de Assis) (não deixasse = para que não deixasse) .” (Carlos Povina Cavalcânti) “Quando os tiranos caem. Veiga) De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia mais. “A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos. (objeto direto) .. quando quer se perder. pois que.Consecutivas: Expressam a consequência do que foi enunciado na oração principal. geralmente são introduzidas pelas conjunções integrantes que e se.Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta: É aquela que exerce a função de objeto direto do verbo da oração principal. assim como. como no exemplo acima. ao passo que os preços sobem.” (José J. OP OSA Comparativa A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro. os povos se levantam. quanto menos.” (Marquês de Maricá) Ela o atraía irresistivelmente. OSA Proporcional OP À medida que se vive.Proporcionais: Expressam uma ideia que se relaciona proporcionalmente ao que foi enunciado na principal. as casas se esvaziam. mais se aprende. Orações Subordinadas Substantivas As orações subordinadas substantivas (OSS) são aquelas que.: As orações comparativas nem sempre apresentam claramente o verbo. Elas podem ser: . como o imã atrai o ferro. em que está subentendido o verbo ser (como a mãe é). “Fiz-lhe sinal que se calasse. Observe: O grupo quer a sua ajuda. cria asas. O valor do salário. Obs. Conjunções: como. OP OSA Temporal Formiga. num período. quanto mais. : Convém que todos participem da reunião. quando empregados na 3ª pessoa do singular e seguidos das conjunções que ou se.O grupo quer / que você ajude. etc. Daremos o prêmio a quem o merecer. OP OSS Completiva Nominal Sou favorável a que o prendam.depois de expressões na voz passiva. em construções do tipo é bom. urgir. diz-se. 223 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Observe: É importante sua colaboração.: Sabe-se que ele saiu da cidade. (Seu receio era a chuva. (predicativo) O importante é / que você seja feliz. Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. ocorrer.Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da oração principal. (= Sua colaboração é necessária. Importa que saibas isso bem. (complemento nominal) Estou convencido / de que ele é inocente. Ex. . é conveniente. (objeto indireto) Necessito / de que você me ajude. O fiscal verificou se tudo estava em ordem. Aconteceu que não o encontrei em casa. Não sou quem você pensa.depois de verbos como convir. cumprir. (= Não me oponho à sua viagem. .) Minha esperança era que ele desistisse.) Estava ansioso por que voltasses. (sujeito) É importante / que você colabore. Ex. (= O mestre exigia a presença de todos.Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal: É aquela que exerce a função de complemento nominal de um termo da oração principal.) Parece que a situação melhorou. OP OSS Objetiva Indireta Não me oponho a que você viaje. constar. OP OSS Subjetiva A oração subjetiva geralmente vem: . etc.” (Graciliano Ramos) . .Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta: É aquela que exerce a função de objeto indireto do verbo da oração principal. OP OSS Objetiva Direta O mestre exigia que todos estivessem presentes. (= Sou favorável à prisão dele. . como sabe-se.depois de um verbo de ligação + predicativo. Observe: O importante é sua felicidade. é certo. é útil. OP OSS Predicativa Seu receio era que chovesse. Observe: Necessito de sua ajuda.Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração principal. Sê grato a quem te ensina. Ex. conta-se. Observe: Estou convencido de sua inocência.: É certo que ele voltará amanhã. “Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão cedo. vindo sempre depois do verbo ser.) Aconselha-o a que trabalhe mais. . . Ninguém pode dizer: Desta água não beberei. É necessário que você colabore. Lembre-se de que a vida é breve.) Mariana esperou que o marido voltasse. Observe como podemos transformar um adjunto adnominal em oração subordinada adjetiva: Desejamos uma paz duradoura. que passe por ali à noite.Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicativas quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra a que se referem. OP OSS Apositiva Só desejo uma coisa: que vivam felizes. qual.. Observe: Ele tinha um sonho: a união de todos em benefício do país. “Há saudades que a gente nunca esquece. nos salvará. (oração subordinada adjetiva) As orações subordinadas adjetivas são sempre introduzidas por um pronome relativo (que .Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas quando restringem ou especificam o sentido da palavra a que se referem. acabou na miséria. Orações Subordinadas Adjetivas As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a função de adjunto adnominal de algum termo da oração principal. / lançou um novo livro. Ele tem amor às plantas. Exemplo: O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar. mas sem restringi-lo ou especificá-lo. Alguém. a oração que ganhou o 1º lugar especifica o sentido do substantivo cantor. Observação: Além das conjunções integrantes que e se.. que é nosso pai. que nasceu rico. etc. tais como quando. indicando que o público não aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que ganhou o 1º lugar. Pedra que rola não cria limo. Podem vir.) e podem ser classificadas em: . quem. poderá ser assaltado. esclarecendo um pouco mais seu sentido. 224 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .” (Osmã Lins) “Mas diga-me uma cousa. OP OSA Restritiva Nesse exemplo. / que mora na Bahia. (aposto) Ele tinha um sonho / que todos se unissem em benefício do país. Exemplo: Seu desejo. tornou-se realidade.” (Olegário Mariano) . OP OSA Explicativa OP Deus. Orações Reduzidas Observe que as orações subordinadas eram sempre introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do subjuntivo. Valério. entre vírgulas. quanto. intercaladas à oração principal.. “Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio disto: de que virias a morrer. que o filho recuperasse a saúde. Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas páginas escreveram. cujo.Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É aquela que exerce a função de aposto de um termo da oração principal. Os animais que se alimentam de carne chamam-se carnívoros. Além desse tipo de orações . também. Exemplos: Não sei quando ele chegou. que cultiva com carinho. etc. como. essa proposta traz algum motivo oculto?” (Machado de Assis) As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de dois-pontos. Exemplo: O escritor Jorge Amado. (adjunto adnominal) Desejamos uma paz / que dure. (Só desejo uma coisa: a sua felicidade) Só lhe peço isto: honre o nosso nome. as orações substantivas podem ser introduzidas por outros conectivos. Diga-me como resolver esse problema. Note-se também que há pausa (vírgula. Essa casa foi construída por meu pai. Exemplo: O homem fechou a porta. (oração coordenada sindética aditiva) Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida de gerúndio. Está claro que a oração iniciada pela conjunção é causal. reduzida de particípio. OSA Temporal Acabado o treino: oração subordinada adverbial temporal. (infinitivo) . Exemplos: Preciso terminar este exercício. OSA Temporal Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial temporal. o que não acontece com a oração adverbial causal. . Qual é a diferença entre as orações coordenadas explicativas e as orações subordinadas causais. mas como o próprio nome indica. os jogadores foram para o vestiário. . encontrei o professor de inglês. Há casos também de orações reduzidas fixas. (particípio) As orações subordinadas que apresentam o verbo numa das formas nominais são chamadas de reduzidas. encontrei o professor de inglês. A oração reduzida terá a mesma classificação da oração desenvolvida.Ao entrar nas escola.subordinadas há outras que se apresentam com o verbo numa das formas nominais (infinitivo. Ele está jantando na sala.Acabado o treino. imperativa. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa cidade.Uma oração coordenada também pode vir sob a forma reduzida. saindo depressa de casa. Essa noção de causa e efeito não existe no período composto por coordenação.Precisando de ajuda. reduzida de infinitivo. gerúndio e particípio). 225 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . telefone-me. porque seus olhos estão vermelhos. orações reduzidas que não são passíveis de desenvolvimento. visto que a surra foi sem dúvida a causa do choro. muitas vezes. (gerúndio) . Se precisar de ajuda. que traz o efeito. OSA Condicional Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial condicional. Acabado o treino. pois a oração iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo que se revelou na coordena anterior. Observações: .Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo de desenvolvimento. Quando entrei na escola. devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colocamos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo ou subjuntivo. Não existe aí relação de causa e efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem vermelhos não é causa de ela ter chorado. na escrita) entre a oração explicativa e a precedente e que esta é. Rosa chorou. O período agora é composto por coordenação. que é efeito. / telefone-me. Assim que acabou o treino. Exemplos: . já que ambas podem ser iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil estabelecer a diferença entre explicativas e causais. / os jogadores foram para o vestiário. Exemplo: Rosa chorou porque levou uma surra. o gerúndio e o particípio não constituem orações reduzidas quando fazem parte de uma locução verbal. . os jogadores foram para o vestiário. reduzida de gerúndio. Para classificar a oração que está sob a forma reduzida. Ao entrar na escola. Precisando de ajuda. as causais sempre trazem a causa de algo que se revela na oração principal. telefone-me. / encontrei o professor de inglês. isto é.O infinitivo. conforme o caso. O homem fechou a porta e saiu depressa de casa. COPEVE/UFAL/2014) A próxima questão refere-se à imagem abaixo. é: (A) a causa (B) o modo (C) a consequência (D) a explicação (E) a finalidade 07. (CASAL/AL . 05. não há uma atitude inventada. 04. (C) O aluno fez-se passar por doutor. A palavra "se" é conjunção integrante (por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações seguintes? (A) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão." A oração sublinhada é: (A) subordinada substantiva completiva nominal (B) subordinada substantiva objetiva indireta (C) subordinada substantiva predicativa (D) subordinada substantiva subjetiva (E) subordinada substantiva objetiva direta 06." A oração sublinhada é: (A) adverbial conformativa (B) adjetiva (C) adverbial consecutiva (D) adverbial proporcional (E) adverbial causal 03.ADMINISTRADOR DE REDE . "Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. 226 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . e preparados para se encaixar em seus hábitos de consumo”. OP OSA Comparativa OSA Condicional Questões 01. (D) para que se encaixem. Neste período "não bate para cortar". "Na ‘Partida Monção’.Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto. . (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO – FGV/2014) “Esses produtos podem ser encontrados nos supermercados com rótulos como ‘sênior’ e com características adaptadas às dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos. (D) Precisa-se de operários. (E) Não sei se o vinho está bom. (B) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo. (C) para que se encaixassem. a oração "para cortar" em relação a "não bate". (E) para que se encaixariam. O segmento “para se encaixar” pode ter sua forma verbal reduzida adequadamente desenvolvida em (A) para se encaixarem. Na frase: "Maria do Carmo tinha a certeza de que estava para ser mãe". (B) para seu encaixotamento. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter sido na realidade. a oração destacada é: (A) subordinada substantiva objetiva indireta (B) subordinada substantiva completiva nominal (C) subordinada substantiva predicativa (D) coordenada sindética conclusiva (E) coordenada sindética explicativa 02. essa afirmação parece eleitoreira”. (B) modo. Resposta D As orações subordinadas reduzidas são aquelas que não apresentam conjunção. funciona como: (A) objeto indireto. a frase sublinhada tem valor semântico de: (A) tempo. “Elas jogam milhões de toneladas de sedimentos no rio. assim. (B) complemento nominal. inviabilizando sua navegabilidade. 02. 03. “O governo afirma que a inflação está sob controle. (D) condição. Resposta A A conjunção “como” explícita na frase possui o mesmo valor do vocábulo “conforme”. tem-se uma conjunção conformativa e uma oração subordinada adverbial conformativa. (D) temporalidade. a oração grifada é: (A) substantiva subjetiva (B) substantiva objetiva direta (C) substantiva completiva nominal (D) substantiva apositiva (E) adjetiva restritiva 09. 227 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Em . Para torná-las desenvolvidas. do título em português da peça. 08. (C) adjunto adnominal."Há enganos que nos deleitam". . (E) proporcionalidade. Resposta B A oração em destaque exerce a função de completar o nome “certeza”. (D) adjunto adverbial. Respostas 01.” (4º parágrafo) A oração grifada acima denota. (C) consequência. (B) ressalva. 10. considerando o aumento de preços no varejo. (A) causa. O termo “de Virginia Woolf”. (E) concessão. (C) comparação. (E) agente da passiva. mas. logo ela é uma oração subordinada substantiva completiva nominal. considerando-se o contexto.O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norteamericano Edward Albee. basta acrescentarmos a conjunção: “para que se encaixem”. ou completando-a. “que nos deleitam” define o vocábulo “enganos”. Assim. O verbo “ter” tem como complemento verbal (objeto) a palavra “medo”. não aparece isolada por vírgulas e serve para delimitar ou definir mais claramente o seu antecedente. Resposta D A oração reduzida de gerúndio poderia ser substituída por: se considerarmos o aumento de preços no varejo. 07. Resposta B O verbo “lembrar” é transitivo indireto (quem lembra. 08. Alternativa B: “se” é parte integrante do verbo Alternativa C: “se” é pronome reflexivo – “a si mesmo” Alternativa D: “se” indica uma indeterminação do sujeito – alguém precisa de funcionários Alternativa E: não sei isso . 228 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . 09. com isso. modo etc. acrescentando-lhe ideias e explicações. 06.a frase iniciada pelo “se” é objeto direto 05. As orações reduzidas de formas nominais podem. Essas orações são classificadas como as desenvolvidas correspondentes. que é substantivo (nome – nominal). ou seja. lembra DE alguma coisa). Resposta B O termo complementa a palavra “medo”." E as orações adverbiais consecutivas são aquelas que são introduzidas por um termo intensivo que vem em seguida à oração principal. São denominadas orações reduzidas aquelas que apresentam o verbo numa das formas nominais. isto é. aquelas que equivalem a advérbios em relação a outra oração. gerúndio e particípio. Resposta E As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção. Portanto é um complemento nominal. No caso de se fazer uso de locução verbal. As orações adverbiais.04. são determinantes. que exerce a função sintática de objeto direto. tempo. a oração introduzida pela preposição “de” é classificada como objetiva indireta. Resposta E Alternativa A: “se” é um pronome reflexivo. ser desenvolvidas em orações subordinadas. Resposta C No período composto por subordinação sempre aparecem dois tipos de oração: oração principal e oração subordinada. “Não bate a fim de que não corte”. . Quando é restritiva. 10. em geral. a finalidade daquilo que se declara na oração principal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios das orações. o auxiliar indica se trata de oração reduzida ou não. Os determinantes adverbiais acrescentam "ao predicado o esclarecimento de lugar. Resposta E A oração subordinada adjetiva possui a função própria de um adjetivo ou adjunto adnominal. As orações reduzidas não são introduzidas por conectivo. infinitivo. ou tirando uma conclusão. jornais.1 . à medida que eles corrigiam as questões. pontos. 6ª ed. dizia a vizinhança. que tudo apaga. 4° Enumerações . nossa programação passará por pequenas mudanças. se utilizados corretamente. 6ª ed. Gramática Moderna da Língua Portuguesa: Teoria e prática. reticências.vocativos: Queridos ouvintes. 2012.com gradação: Não compreendo o ciúme. facilitam a compreensão e entendimento do texto. Pontuação Para a elaboração de um texto escrito deve-se considerar o uso adequado dos sinais gráficos como: espaços. outros. 3° Inspeção de Simples Juízo Exemplo: “Esse homem é suspeito”. alguns alunos são interessados. a dor da despedida. que nos encontramos. parênteses. 2° Intercalações de Termos Exemplo: A distância. ou seja. nada há de me derrotar. (são) relapsos.sem gradação: Coleciono livros. travessão. p. 2012. dois pontos. aspas e etc. Retirado de: SCHOCAIR. revistas. nesta querida escola. a saudade. 1 2 Retirado de: SCHOCAIR. Aplicação da Vírgula A vírgula marca uma breve pausa e é obrigatória nos seguintes casos: 1° Inversão de Termos Exemplo: Ontem.elipse: A praça deserta. vírgula. Nelson Maia.apostos: É aqui. . ponto e vírgula. ninguém àquela hora na rua. ocorreu elipse do verbo estava) . Rio de janeiro. ontem. (omitiu-se o verbo “estava” após o vocábulo “ninguém”. Vírgula 1. .5. Tais sinais têm papéis variados no texto escrito e. 6° Omissões de Termos . Apostos .488.488. Rio de janeiro. p. Nelson Maia.zeugma: Na classe. discos. (supressão do verbo “são” antes do vocábulo “relapsos”) 7° Termos Repetidos Exemplo: Nada.2 5° Vocativos. há de me fazer esquecê-lo. 229 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . 8° Sequência de Adjuntos Adverbiais Exemplo: Saíram do museu.2. por voltas das 17h. eu me preocupava com o resultado da prova. Gramática Moderna da Língua Portuguesa: Teoria e prática. . porém. Exemplo: A taxa de desemprego subiu para 5.adjunto adnominal de nome.Isolar datas.Isolar explicações ou retificações Exemplo: Eu expliquei uma vez (ou duas vezes) o motivo de minha preocupação. 230 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . um romance.oração principal da subordinada substantiva (desde que esta não seja apositiva nem apareça na ordem inversa). Ernesto não tinha dinheiro nem crédito. para marcar distribuição ..complemento nominal de nome.3% da população economicamente ativa (PEA). Gramática Moderna da Língua Portuguesa: Teoria e prática. . . Enumeração com ponto e vírgula. tomates para o molho. uva e laranja. (pausa longa) Sonhava em comprar todos os sapatos da loja. .Antes de orações que explicam o enunciado anterior Exemplo: Não foi explicado o que deveríamos fazer: o que nos deixa insatisfeitos. e um dicionário. e pão para o café da manhã. apenas um par.. Exemplo: “Segundo o folclórico Vicente Mateus: ‘Quem está na chuva é para se queimar’”3.Comprei os produtos no supermercado: farinha para um bolo. (separação da oração adversativa na qual a conjunção . . Exemplo: Compre três frutas hoje: maçã. .sujeito de predicado.aparece no meio da oração) Enumeração com explicitação . Nelson Maia. comprei. p. Exemplo: Refiro-me aos soldados da Primeira Guerra Mundial (1914-1918). . .Iniciando citações. para me distrair nas horas vagas. Parênteses Usos dos Parênteses .2. .488. Vírgula Proibida Não se separa por vírgula: ..Depois de verbos que introduzem a fala. Dois Pontos Usos dos Dois Pontos . para separar orações adversativas (enfatizando o contraste de ideias) e para separar os itens de enunciados. Exemplos: Os dois rapazes estavam desesperados por dinheiro.objeto de verbo. para estudar para o concurso.Isolar siglas. Rio de janeiro. 6ª ed.porém .) e disse: aqui não podemos ficar!” Ponto e Vírgula Usos do Ponto e Vírgula Este sinal gráfico é utilizado para anunciar pausas mais fortes. . 2012. Exemplo: “(..Comprei alguns livros: de matemática. para enriquecer meu vocabulário. mas sem vírgula.Antes de enumerações. 3 Retirado de: SCHOCAIR. Nos diálogos.está muito bem no novo serviço . Quem sabe se eu ligar mais tarde. como gírias.Indicam omissão de palavras ou frases no período.Isolam termos distantes da norma culta. deixando-a com sentido incompleto. Exemplo: Quantas pessoas! Aspas Aplicação das Aspas .Isolam estrangeirismos.” (José de Alencar) Travessão Usos do Travessão . Acho que.” . .é o que ouvi dizer.Indicam a interrupção de uma frase. para marcar a fala das personagens.Após imperativos. alva e pura como um floco de algodão.No meio de sentenças. Exemplo: Não consegui falar com a Laura.. neologismos. Exemplo: Corram! . Exemplo: Os restaurantes “fast food” têm reinado na cidade.Após expressões ou frases de caráter emocional. Exemplo: Não sei. Ponto de Exclamação Usos do Ponto de Exclamação . Exemplo: Eles tocaram “flashback”. .. 231 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .Indicam dúvida ou hesitação.Após interjeição. .. “tipo assim” anos 70 e 80. arcaísmos. (. Exemplo: “Se o lindo semblante não se impregnasse constantemente.. e sim a máscara de alguma profunda decepção. Exemplo: “Sua tez. expressões populares entre outros.. Fabiano! ... Exemplo: As meninas gritaram: . Foi um verdadeiro “show”. Exemplo: Vem.) ninguém veria nela a verdadeira fisionomia de Aurélia.Após vocativos. Não quero ir hoje. .Venham nos buscar! . Exemplo: O garçom .” (José de Alencar) . tingia-se nas faces duns longes cor-derosa.. Exemplos: Ai! / Ufa! ..Delimitam transcrições ou citações textuais Exemplo: Segundo Rui Barbosa: “A política afina o espírito..Reticências Aplicação das Reticências .creio que já lhe falei . para dar ênfase em informações...Sugerem prolongamento de ideias. desta ordem. era algo demorado.e os habitantes da mata. É certo que a vida não se esquece.e certamente conversam: mas tão baixinho que não se entende. (A) Os amigos. essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão. 1998. se entendeu e amou. e vem dançar neste mundo cálido. com os braços carregados de flores. as árvores cobertas de folhas. 366. entre os humanos. (C) enfatizar o termo sujeito em relação ao predicado. . A inclinação do sol vai marcando outras sombras. (PC – CE . informaram-nos de que a gravidez. nada mais vai ser assim. com outros cantos e outros hábitos. para ser lançado ao vento. Nova Fronteira: Rio de Janeiro. no espírito das flores. quando as amendoeiras inauguram suas flores. . Os casulos brancos das gardênias ainda estão sendo enrolados em redor do perfume. com as matas intactas. 4 Oh! Primaveras distantes. dona da vida . talvez. esta primavera natural. mesmo que ninguém mais saiba seu nome. coroada de flores. depois do branco e deserto inverno. Primavera 1 A primavera chegará. . alegremente. nesse mundo confidencial das raízes. em cada coroa vermelha que desdobra. com vestidos bordados de flores.. independentes deste ritmo. Algum dia.2015). Assinale a alternativa correta quanto ao uso da vírgula. começam a preparar sua vida para a primavera que chega.. e os habitantes da mata. talvez. ao que vem. 232 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .por fidelidade à obscura semente. 1. Pequenas borboletas brancas e amarelas apressam-se pelos ares. 5 Esta é uma primavera diferente. caminhemos por estas estradas que ainda conservam seus sentimentos antigos: lentamente estão sendo tecidos os manacás roxos e brancos. 9 Tudo isto para brilhar um instante.) ". que demoraria tanto. E os pássaros serão outros. na rotação da eternidade. Cecília. que dão beijinhos para o ar azul. os homens terão a primavera que desejarem.Escrivão da Policia Civil de 1ª classe – VUNESP .Questões 01. e a eufórbia se vai tornando pulquérrima.e os ouvidos que por acaso os ouvirem não terão nada mais com tudo aquilo que. sabem que uma Deusa chega. 02.e só os poetas. (D) separar termo em função de aposto. no momento em que quiserem.Obra em Prosa? Vol. (B) isolar oração adjetiva explicativa. . p. outrora. Saudemos a primavera. .e efêmera. essas criaturas naturais que ainda circulam pelo ar e pelo chão.2015). (CLIN – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – COSEAC . prestemos atenção ao sussurro dos passarinhos novos. e todos os olhos procuram pelo céu o primeiro raio de sol. e a terra maternalmente se enfeita para as festas da sua perpetuação. Vozes novas de passarinhos começam a ensaiar as árias tradicionais de sua nação. deste movimento do céu. as vírgulas foram empregadas para: (A) marcar termo adverbial intercalado.e arautos sutis acordarão as cores e os perfumes e a alegria de nascer. 7 Algum dia. 3 Há bosques de rododendros que eram verdes e já estão todos cor-de-rosa. começam a preparar sua vida para a primavera que chega" (1º §) No fragmento acima. como os palácios de Jaipur. apesar de terem esquecido de nos avisar. 6 Mas é certo que a primavera chega. (MEIRELES. nem acredite no calendário. apenas. E flores agrestes acordam com suas roupas de chita multicor. considerando-se a norma-padrão da língua portuguesa. "Cecília Meireles . 2 Finos clarins que não ouvimos devem soar por dentro da terra. 8 Enquanto há primavera. Escutemos estas vozes que andam nas árvores. . nem possua jardim para recebê-la. de incessante luz. (D) Os amigos apesar de terem esquecido de nos avisar que. (TJ/SP . incomodam e atrapalham. por isso as transformações tecnológicas apenas tornam mais complexas as regras que. Vossa Excelência o deputado Formigão. informaram-nos de que a gravidez.IFC).(B) Os amigos. está cheia de alegria. pois são inseparáveis. (B) Curitiba 27 de outubro de 2012.Assistente Social .VUNESP) Observe o texto dos quadrinhos. 03. já que não existe sociedade civilizada sem lei. apesar de terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto. (B) Não existe sociedade civilizada sem lei e as transformações tecnológicas apenas tornam mais complexas as regras que. informaram-nos de que a gravidez era algo demorado (C) Os amigos. vizinhos. no entanto. terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto. (B) Em sua entrevista. Assinale dentre as alternativas a frase que apresenta pontuação adequada: (A) Mãe. apesar de. . choverá ainda esta manhã. (D) Gabriela. (D) Em sua entrevista. choverá em breve.Auxiliar administrativo . 04. declara que a crise continua e ele. (E) Em sua entrevista Sua Excelência o Diretor-Presidente da empresa Formigão.IFC). (C) O tempo está feio. Vossa Senhoria o ministro Formigão declara que. incomodam e atrapalham. (A) As transformações tecnológicas. (C) O menino. o senador Formigão. sentia-se mal. os meninos saíram alegres. (IFC . pois são inseparáveis. (D) Onde estão os nossos: pais. mas que continuarão sendo uma garantia fundamental de desenvolvimento com justiça. também – pois são inseparáveis. assinale a alternativa que expressa com correção a notícia dada pelo repórter. e ele também. também. iremos todos ao mercado. isto é. muitas vezes. à vista do texto dos quadrinhos. são inseparáveis. informaram-nos. era algo demorado. 06. a bonita garota. Indique a opção em que o trecho está incorreto gramaticalmente. 05. (A) Em sua entrevista. também. apenas tornam mais complexas as regras que. de nos avisar que demoraria tanto. muitas vezes. incomodam e atrapalham. pois. Considerando a norma-padrão de pontuação e de emprego dos pronomes de tratamento. a crise continua. mas. (C) Em sua entrevista. continuarão sendo uma garantia fundamental de desenvolvimento com justiça. (E) Assim permite-se roupas. Sua Senhoria o vereador Formigão declara que: a crise continua e ele. (C) Não existe sociedade civilizada sem lei. Assinale a opção em que o uso da vírgula é utilizado em uma expressão conclusiva. e ele. (B) Daqui a pouco. curtas. mas que continuarão sendo uma garantia fundamental de desenvolvimento com justiça. informaram-nos de que a gravidez era algo demorado.Auxiliar administrativo . de que a gravidez era algo demorado. e ele também: pois são inseparáveis. declara que a crise continua. (IFC . (E) Cheios de esperança. demoraria tanto. portanto. Sua Excelência. (E) Os amigos. apesar de terem esquecido. (A) O tempo está feio. venha até meu quarto. declara que a crise continua. muitas vezes. 233 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Vossa Excelência = usar para falar com a autoridade. Uma outra maneira igualmente correta de reescrever-se a frase “Os riscos da inflação podem ser calculados. . Sua Excelência. Deste modo. na 8ª linha. pode ser corretamente substituída por um travessão. continuarão sendo garantias fundamentais de desenvolvimento com justiça. a oposição e a população. fiscalizem a administração das verbas públicas. a vírgula é obrigatória. as normas de responsabilidade fiscal da lei promulgada em 2000. 09. incomodam e atrapalham. que encontram dificuldades. b) correta c) o vereador Formigão é aposto explicativo. sua ordem direta seria: Os amigos informaram-nos de que a gravidez era algo demorado. (C) São graves as penas previstas para quem descumpre. logo deveria estar entre vírgulas. está INCORRETO o que se afirma em: (A) As aspas em “seo” (1ª linha) registram uma forma coloquial de tratamento. 02. mas que. (E) Podem ser calculados os prejuízos financeiros advindos dos riscos inflacionários. (B) Os dois-pontos na 3ª linha sinalizam a introdução da fala de um interlocutor no texto. as instruções que definem os limites para as despesas de pessoal. (D) Os parênteses. graças à promulgação da LRF entrar com ação judicial para fazê-la cumprir. Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase: (A) A LRF permite. previsto”. não poderia ser a letra d ou e devido à uniformidade de tratamento. para fazer frente aos gastos que a Constituição determina. Sua Excelência = usar para falar da autoridade. muitas vezes. 07. sem prejuízo do sentido original Respostas 01. nas áreas da saúde e da educação. mantendo-se o seu sentido original é: (A) Podem ser calculados e previstos os riscos da inflação e seu prejuízo financeiro. e as regras para a criação de dívidas. Não existe sociedade civilizada sem lei. e não se admite usar travessão antes do "pois". conforme sua regulamentação. (E) As transformações tecnológicas apenas tornam mais complexas as regras que. exceto se for de curta extensão (formada por 1 ou 2 palavras) Em sua entrevista.. quando há inversão dos termos de uma frase deve-se separá-lo por vírgulas. apesar de terem esquecido de nos avisar que demoraria tanto. (D) Fazem parte da LRF. e o prejuízo financeiro deles. (B) Os riscos da inflação e seu prejuízo financeiro podem ser calculados e previstos. isolam uma afirmativa empregada como argumento que respalda a ressalva anterior. 03. a) Se tiver adjunto adverbial deslocado. (E) Qualquer cidadão pode. Logo.(D) Não existe sociedade civilizada sem lei. referente à beleza e biodiversidade do Cerrado. por negligência ou má fé. no 5º parágrafo. (B) Alegam alguns prefeitos. As transformações tecnológicas apenas tornam mais complexas as regras que. mas que continuarão sendo uma garantia fundamental de desenvolvimento com justiça. (E) A vírgula após a expressão campos cerrados. Ele remete-se ao termo “habitantes da mata” explicando quem estes são. (D) Podem ser calculados os prejuízos financeiros e calculados seus riscos inflacionários. (C) Podem ser calculados os riscos da inflação e pode ser previsto seu prejuízo financeiro. (C) As aspas em “Ainda bem que existe o Parque” (9ª linha) assinalam o segmento que contém o assunto central do texto. Resposta B A frase apresenta um inversão de termos. Em relação ao emprego de sinais de pontuação no texto. Resposta D O pronome de tratamento Vossa Excelência e Sua Excelência tem uso distinto. entre outras coisas que. muitas vezes incomodam e atrapalham.. 08. Resposta D O trecho que está entre vírgulas é um aposto explicativo. 234 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Exemplo: . restringem ou explicam o sentido de um substantivo ou de um pronome da oração principal. certo. reto. um “chamamento” . 08. ) É usada para marcar uma pausa do enunciado com a finalidade de nos indicar que os termos por ela separados. .: A rodovia Belém-Brasília está em péssimo estado. Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas Ex. O objetivo dela é trazer duas ideias. 09. antonímia. íntegro.Pai. abecedário. É só tomar um antibiótico e estará bom c) unir grupos de palavras que indicam itinerário Ex. apagar. está corretamente empregada pois trata-se de um Vocativo. 05.Não se preocupe. podendo ser reescrita: “Os riscos da inflação podem ser calculados..: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe. As orações subordinadas adjetivas fazem o papel de um adjetivo.Doutor. Resposta B VÍRGULA ( . Resposta C Usamos a vírgula para isolar orações adjetivas explicativas.6. abolir. por isso. 07. 235 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .: O filho perguntou: .Extinguir.Alfabeto. . as palavras são divididas nas seguintes categorias: Sinônimos: são palavras de sentido igual ou aproximado.Justo. Resposta C "Portanto" é uma conjunção coordenada conclusiva. quando começarão as aulas? b) indicar mudança do interlocutor nos diálogos . então.. não formam uma unidade sintática.) a) dar início à fala de um personagem Ex. 06. suprimir. exato. clamor. Outras do mesmo valor semântico: Logo. hiponímia e hiperonímia) Quanto à significação. Resposta C A segunda vírgula indica a omissão da locução “verbal pode ser”. imparcial. o que tenho é grave? . e o prejuízo financeiro deles pode ser previsto”. . fazendo da segunda uma conclusão da primeira. Resposta B 2.04. grito. TRAVESSÃO ( . . é uma simples infecção. ou seja. Relações Semânticas entre Palavras (sinonímia. apesar de participarem da mesma frase ou oração. Resposta A A vírgula aqui.Brado. Para (verbo parar) e para (preposição). por isso é considerada uma deficiência dos idiomas. Homônimos: são palavras que têm a mesma pronúncia.Apreçar (determinar o preço. . ao invés. . esperar/desesperar.Pelo (substantivo). . .Às (substantivo). vulgar.Colóquio e diálogo. mas significação diferente. .São (sadio). 236 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . O que chama a atenção nos homônimos é o seu aspecto fônico (som) e o gráfico (grafia). mais restrito (animal e quadrúpede). cinzento e cinéreo). Exemplos: . Exemplos: .Acender (atear. são (forma do verbo ser) e são (santo). .Adversário e antagonista. estes têm sentido mais amplo. literária. sela (arreio) e sela (verbo selar). os sinônimos diferenciam-se. desataviada. Embora irmanados pelo sentido comum.Apoio (verbo) e apoio (substantivo).Moral e ética.Jogo (substantivo) e jogo (verbo). .Transformação e metamorfose. A homonímia pode ser causa de ambiguidade. em nossa língua. simpático/antipático. Exemplos: bendizer/maldizer. .Contraveneno e antídoto. . palavra que também designa o emprego de sinônimos.Concerto (harmonia. . . pré-nupcial/pósnupcial. O fato linguístico de existirem sinônimos chama-se sinonímia. comunista/anticomunista. . .Na maioria das vezes não é indiferente usar um sinônimo pelo outro. A contribuição Greco-latina é responsável pela existência. A antonímia pode originar-se de um prefixo de sentido oposto ou negativo.Semicírculo e hemiciclo.Oposição e antítese. ceifar). . . ativo/inativo. às (contração) e as (artigo).Cela (pequeno quarto). pôr fogo) e ascender (subir). Só o contexto é que determina a significação dos homônimos. .Soberba e humildade. sessão musical) e conserto (ato de consertar). Daí serem divididos em: Homógrafos Heterofônicos: iguais na escrita e diferentes no timbre ou na intensidade das vogais. . uns dos outros. Antônimos: são palavras de significação oposta. .Translúcido e diáfano.Cegar (tornar cego) e segar (cortar. simétrico/assimétrico.Louvar e censurar. Exemplos: . de numerosos pares de sinônimos. aqueles. pelo (verbo) e pelo (contração de per+o). . . . por matizes de significação e certas propriedades que o escritor não pode desconhecer. .Concertar (harmonizar) e consertar (reparar. científica ou poética (orador e tribuno. . Com efeito. . emendar). oculista e oftalmologista. progredir/regredir. outros.Aço (substantivo) e asso (verbo). Homófonos Heterográficos: iguais na pronúncia e diferentes na escrita.Providência (substantivo) e providencia (verbo). pertencem à esfera da linguagem culta. explícito/implícito. avaliar) e apressar (acelerar). . concórdia/discórdia.Colher (verbo) e colher (substantivo). e às vezes a mesma grafia.Mal e bem. uns são próprios da fala corrente. . . entretanto.Rego (substantivo) e rego (verbo).Ordem e anarquia.Censo (recenseamento) e senso (juízo). Cessão (ato de ceder).Cerrar (fechar) e serrar (cortar).Caça (ato de caçar). 237 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . sentimentos. osso e ouço. . ouro sugere ou evoca riquezas. a romaria conta com a presença de romeiros de diferentes partes do Estado de Minas Gerais e de filhos da terra residentes em outros estados e distritos. tem origens no final do século XIX.Construí um muro de pedra. Podemos citar ainda. que têm dezenas de acepções. seção (divisão. somem (verbo sumir). . . era (verbo). No primeiro exemplo. cedo (advérbio).Livre (adjetivo). possui várias conotações (ideias associadas. No segundo exemplo. cassa (tecido) e cassa (verbo cassar = anular). tetânico e titânico. grande curral de gado. cuidar. infligir (aplicar) e infringir (transgredir).Mangueira: tubo de borracha ou plástico para regar as plantas ou apagar incêndios. alude (verbo aludir). repartição) e sessão (tempo de uma reunião ou espetáculo). . .Somem (verbo somar). peça de metal para escrever.Pena: pluma. ocultar.Cedo (verbo). . comprimento e cumprimento. Denotação e Conotação: Observe as palavras em destaque nos seguintes exemplos: . cético e séptico. (sentido figurado). . atoar e atuar. como exemplos de palavras polissêmicas. . tem o sentido conotativo. (sentido próprio).Comprei uma correntinha de ouro. A esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia. pomos (verbo pôr). evocações que irradiam da palavra). a palavra ouro denota ou designa simplesmente o conhecido metal precioso. . Nos dias hodiernos. Ainda no âmbito das festas . prescrever e proscrever. quando da doação do terreno e início das celebrações e peregrinações em homenagem à Nossa Senhora da Abadia. vigiar. tem sentido próprio.Fulano nadava em ouro. corrigir). punição. . . .As horas iam pingando lentamente. relativo ao véu do palato. o verbo dar e os substantivos linha e ponto. caminhada (verbo). Questões HISTÓRIA E CULTURA DE PRESIDENTE OLEGÁRIO O calendário de eventos da cidade de Presidente Olegário conta com algumas festas. localidade situada cerca de 60 km da sede. eminente e iminente. . denotativo. Exemplos: . poder. religiosas e profanas.Ênio tem um coração de pedra. livre (verbo livrar). dó. O evento de maior tradição é a Festa de Nossa Senhora da Abadia de Andrequicé.Paço (palácio) e passo (andar). ostentação. real. degradar e degredar.Alude (avalancha).As águas pingavam da torneira. descrição e discrição. sede (vontade de beber) e cede (verbo ceder). deferir (conceder. . (sentido próprio). . dar deferimento) e diferir (ser diferente. Parônimos: são palavras parecidas na escrita e na pronúncia: Coro e couro. divergir. Homófonos Homográficos: iguais na escrita e na pronúncia. vultoso (volumoso. esta festa acontece no mês de agosto. ratificar (confirmar) e retificar (tornar reto. glória.Pomos (substantivo). cesta e sesta.Hera (trepadeira) e era (época)..Caminhada (substantivo). Polissemia: Uma palavra pode ter mais de uma significação. adiar). . Exemplos: . muito grande: soma vultosa) e vultuoso (congestionado: rosto vultuoso). luxo.Velar: cobrir com véu. É importante lembrar que a Romaria de Andrequicé (festa irmã da Romaria de Água Suja). e a comemoração propriamente dita tem lugar no dia 15 deste mês. árvore frutífera. Sentido Próprio e Sentido Figurado: as palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido figurado. (sentido figurado). 238 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . que. infelizmente. nomeadamente em Veneza. principalmente. contávamos ainda com a Congada em Louvor a Nossa Senhora do Rosário. passada de geração para geração 10 familiar. quando todos se reúnem para rezar e comemorar o dia dos Santos Reis. durante o mês de janeiro. a manutenção do sagrado nos símbolos sagrados do catolicismo estampados nas vestimentas dos participantes. sendo tão populares. que tem lugar na localidade de Pissarrão. é a Festa da Produção. além de promover shows musicais no parque de exposições e atrações culturais em diferentes pontos da cidade. (D) próximas. através das secretarias de cultura. o município conta com uma gama de Folias de Reis. ano 7.4) poderia ser substituída por todas as prerrogativas. (C) antagônicas. (Instituto Rio Branco . esta festa também tem perdido suas forças.Diplomata . ou seja. No distrito da Galena também existe uma festa tradicional que é a Festa de Reis. Muito além do catolicismo.Técnico em Informática – FUMARC) Podese inferir que “profano” e “sagrado” a que se refere o texto são ideias (A) similares. como fora dito. dançando ao som de uma sanfona. discute e negocia os produtos agropecuários da cidade. sem prejuízo para o sentido do período em questão e sem a necessidade de ajustes gramaticais no texto. que vem perdendo. festa bonita e interessante por sua natureza e constituição mas que. em Nápoles e nos Países 7 Baixos. também participam dos festejos 4 da Semana Santa. XVII e XVIII. In: Revista de História. baixos e um violão e ciceroneados por um palhaço. em parte pelo crescente afastamento das gerações hodiernas em manifestações culturais tradicionais. ela acontece a partir do dia 25 de dezembro. por motivos outros. A prática de condenação na base de testemunha singular deflagrou a grande controvérsia penal do século XVIII. vem se perdendo. Outra tradição que malgradamente caiu no ocaso foi a bela Contradança dos Godinhos. em devoção aos Três Reis que visitaram o menino Jesus após o seu nascimento./2011 (com adaptações).º 73. Até bem pouco tempo. Em janeiro acontece também a Festa em Louvor a São Sebastião. quando começa a visita da folia nas casas e nas fazendas e no dia 05 de janeiro (dia dos Santos Reis) o dia da Festa. folguedo iniciado em princípios do século XX pela família que dá nome à dança e que transita entre o sagrado e o profano. realizadas em diferentes localidades rurais e no distrito sede. suas forças ao longo dos anos. TEXTO 1 As práticas judiciais e penais mobilizaram boa parte do debate sobre a Inquisição dos séculos XVI. onde. mas a afirmação do seu poder contra os interesses de Estados particulares suscitou protestos. através da Prefeitura Municipal e do Sindicado dos Produtores Rurais.Objetiva – CESPE) A expressão “todos os privilégios” (L. out. constituindo um joguete em que homens constituem pares nos quais a outra parte é um homem vestido de mulher (talvez em protesto ao arraigado patriarcalismo católico cristão do estado das Gerais). durante a qual o município. 02.religiosas. Francisco Bethencourt . durante a Idade Média. expõe. A origem da arte de fazer bonecos gigantes em Olinda remete à Europa de séculos atrás. eram criadas figuras 7 enormes e malignas para criticar a repressão da Inquisição. A tradição. a enciclopédia livre) 01.Bolsa-prêmio de vocação para a Diplomacia . mas nada que não possa ser resolvido com força de vontade e investimentos efetivos nos setores de educação e cultura. infelizmente. O Santo Ofício afirmou-se desde cedo como um tribunal que se sobrepunha 4 a todos os privilégios de jurisdição existentes. (Origem: Wikipédia. (Câmara Municipal de Presidente Olegário/MG . de forma que há apenas uma pessoa que ainda detém parte do conhecimento desta Contradança. É interessante notar que a profanação está justamente no vestir-se de mulher e questionar os tabus estabelecidos pelos costumes civis e religiosos e a sagração. A) Certo B) Errado TEXTO 1 Olinda é conhecida no mundo inteiro pela fama dos seus mamulengos e bonecos carnavalescos gigantes. n. é preservada por . em parte por falta de investimentos de recursos públicos. Infelizmente. deixou de acontecer nesta cidade gloriosa e triste pelo esquecimento de algumas tradições. Outra interessante Festa. A criação e a execução dos bonecos constituem uma arte que. (B) sinonímicas. conhecer bem a língua que fala. Congresso. naturalmente.ce. um dos seus principais focos foi contribuir com a educação dos servidores públicos. e o maior 16 patrimônio de um povo é a sua cultura”. como o veterano Villas Boas Corrêa. nem sempre dedicam espaço à política.Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE) No trecho “define a educação como princípio da democratização de um povo.al. 03. aprender novas técnicas. In: Língua Portuguesa. o trabalho das comissões. o recurso de repetição do elemento “da” deve-se à preservação do paralelismo sintático na oração.. A) Certo B) Errado TEXTO 1 As universidades corporativas surgiram no mercado educacional com o intuito de capacitar os funcionários de instituições e grandes empresas. sem prejuízo para a organização e a coerência do texto. ela surgiu para aperfeiçoar a atuação do 7 funcionalismo estadual. em 16 depoimento ao Centro de Pesquisas e Documentação da Fundação Getúlio Vargas. Patrícia Saboya. de grande audiência em todas as camadas da população.gov.”. Internet:<www. Em consonância com o discurso do escritor e economista César Benjamin.11-13). em 1995.br> (com adaptações). 239 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . A presidente da UNIPACE. define a educação como princípio da democratização de um povo. que afirma: “O maior patrimônio de um país é seu próprio povo. por exemplo. A) Certo B) Errado .iniciativas como a do Museu do Mamulengo. da 13 manutenção da cultura e das tradições. Internet: <www.br> (com adaptações). ed. ela acredita que a cultura permite ao cidadão comum expressar melhor conceitos e sentimentos.. promovendo atividades direcionadas à formação e qualificação profissional dos servidores e agentes políticos vinculados às assembleias legislativas e às câmaras 10 municipais conveniadas. Jornalistas políticos de destaque. já se manifestaram de maneira incisiva a respeito: “Acho que a imprensa merece seus puxões 13 de orelha porque não faz nenhum esforço para cobrir aquilo que ainda remanesce de importante no Congresso. um dos objetivos da instituição é ampliar 25 os cursos de formação na área de políticas públicas para capacitar os servidores públicos ao melhor atendimento à população. O resultado disso. além de realizar apresentações diárias. é um aumento de sua capacidade de organização e de comunicar-se melhor consigo e com outros 22 povos.7-10) poderia ser deslocado para a posição inicial do parágrafo. TEXTO 1 Os telejornais. De acordo com a parlamentar. Sérgio Chacon. (AL/CE . 21 (com adaptações).Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE) O período “O espaço dedicado aos assuntos políticos nos meios de comunicação é insuficiente para dar ampla cobertura e adequada divulgação às atividades do Congresso” (L. segundo a deputada. conta com cerca de mil e quinhentas peças em seu 13 acervo. Priscila Gorzoni. O espaço dedicado aos assuntos políticos nos meios de comunicação é insuficiente para dar ampla cobertura e adequada divulgação às atividades 10 do Congresso. imprensa e opinião pública: o caso da CPMI dos Sanguessugas.camara.gov. Esse museu. da manutenção” (L.Analista Legislativo . das comissões e muito menos 7 dos parlamentares individualmente. Enfim. Criada em 2007. não abrange todas as atividades de plenário. 04. (AL/CE . ter acesso ao que de melhor a humanidade produziu na ciência e na arte. No caso da Universidade do 4 Parlamento Cearense (UNIPACE). Olinda e a tradição dos bonecos.Analista Legislativo . Nos jornais impressos de circulação nacional — considerados 4 os principais divulgadores da atividade legislativa e dos fatos de natureza política —. como. 2008.bd. disse o jornalista. o noticiário. reconhecer sua 19 identidade e ampliar seu horizonte de direitos. gestaodoservidor. vírus e afins. Comprovou-se que a economia acontece.. para um sistema de tratamento e depois é direcionada para utilização na descarga sanitária e limpeza das áreas comuns. é o aproveitamento de uma água que já foi utilizada. então. Adaptado). Essa água pode conter uma quantidade elevada de micro-organismos que trazem danos à saúde. que. biólogos. simplificando.. para um sistema de tratamento e depois é direcionada para utilização na descarga sanitária e limpeza das áreas comuns. com o 4 objetivo de orientar e facilitar o entendimento de assuntos relacionados à área de pessoal no que concerne aos direitos e deveres.Analista Legislativo . O reuso em conjuntos residenciais funciona da seguinte forma: a água usada no banho e na máquina de lavar roupa.br> (com adaptações). As iniciativas de reuso ainda estão quase que limitadas à indústria. como bactérias. sem prejuízo para os sentidos do texto.°23/agosto 2006. A vantagem disso? Redução nos gastos. passa.VUNESP – 2014 . leis que estabeleçam os sistemas de reuso. 05. na geração de esgotos e uma mudança cultural. como fonte permanente de consulta para dirimir dúvidas e também como mecanismo facilitador dos procedimentos administrativos. uma vez que ambas as expressões estabelecem relação de causalidade entre ideias. E é isso o que engenheiros. às concessões e obrigações. por exemplo. A) Certo B) Errado 06. é segregada. por enquanto. Entre as soluções está o seu reaproveitamento.gov.TEXTO 1 O governo do estado do Ceará.Língua Portuguesa – Gramática Normativa e Revisão Ortográfica – CESPE) A expressão “tendo em vista” (L. A frase soa alarmista demais.] a água usada no banho e na máquina de lavar roupa. com menor utilização de água e produção de esgoto também. Por exemplo: usar a água do banho para a rega de jardim ou aquela que foi utilizada em um processo de resfriamento industrial para lavagem de equipamentos. é a consciência de cada um em optar por formas que poluam menos e deem uma força para o meio-ambiente. Existem no Brasil muitas pesquisas sobre formas de reuso e bons especialistas. A palavra da vez nesta área é reuso. (4. Um dos entraves para tanto é que não existem. é segregada.. são os internacionais. um dia.6) poderia ser substituída por haja vista. Reuso de água. revisada. pode acabar. 16 O governo espera que o manuseio deste manual possa servir como importante instrumento de fortalecimento da conduta ética no trato dos assuntos relacionados ao serviço 19 público estadual. mas alguns novos condomínios residenciais já mostram essa preocupação. Importa ressaltar que esse instrumento está aberto a 13 mudanças. Há diretrizes sobre o tema. garantindo às pessoas o 10 conhecimento permanente dessas informações para que não venham a sofrer prejuízo de qualquer natureza. SaneasAssociação dos Engenheiros da SabespEdição Especial/vol. sanitaristas.ce. (AL/CE . leis que estabeleçam [. mas basta uma conversa com um especialista na área de recursos hídricos para perceber que o que parecia impossível – não haver água limpa para todos – é cada vez uma realidade mais próxima. (SAAE/SP . mas nenhuma regra estabelecida ou políticas de incentivo ao sistema – o que vale. então.FISCAL LEITURISTA . que considera necessário usar água com responsabilidade. empresários e o poder público têm debatido nos últimos anos: formas de desenvolver processos produtivos mais limpos. do Manual do Servidor Público Estadual. por exemplo. (Ana Holanda. tendo em vista as 7 constantes alterações da legislação aplicável ao servidor. 240 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . tanto em pagamento de água como em lançamento de esgoto. por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão. Internet: <www. ainda.º parágrafo) [. apresenta a segunda edição. passa. Só que muitos desses estudos ainda não saíram do papel e o país ainda engatinha nisso.. por enquanto.adaptada) Reuso de água A água.] (2.º parágrafo) . 02/n. suas regras e padrões de qualidade definidos. As informações inseridas no documento apresentam-se de forma objetiva e em linguagem clara. Um dos entraves para tanto é que não existem. para evitar a obsolescência e de modo a proporcionar aos servidores uma dinâmica eficiente das atividades e a possibilidade de cooperação intelectual. Os padrões usados. até o momento. . Os Éguas e Moscow.. evaporada. As palavras adequadas para preenchimento das lacunas são: (A) censo . (C) do qual (D) com o qual.laço . depois que uma pessoa é infectada. atrás apenas do Japão.lasso .. 09.cumprimento .OFICIAL ADMINISTRATIVO . A expressão por conta de. 241 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . está traduzindo para o francês meus dois primeiros romances. Na oração: Em sua vida. de tarefas . A expressão destacada pode ser corretamente substituída. Temos trocado e-mails muito interessantes. como na cena em que alguém empina papagaio e corta o adversário “no gasgo”.lasso .cumprimento . A palavra “epidemia” tem como melhor significado: (A) doença que atinge grande número de pessoas.. tem sentido equivalente ao de.eminentes (B) senso . acumulada. decantada.MOTORISTA DE AMBULÂNCIA – FGV/2014) Dificuldades no combate à dengue A epidemia da dengue tem feito estragos na cidade de São Paulo. correta e respectivamente.comprimento .. segundo dados da Prefeitura. (B) com o intuito de.VUNESP . Diniz.. no . mantendo-se inalterado o sentido do texto original e de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. nunca teve muito .eminentes (E) censo .iminentes (C) senso .lasso .. (D) febre causada por motivo desconhecido.. (C) riscos. em destaque.... (B) enfermidade que é tratada com vacinas.2014) Leia o trecho do primeiro parágrafo para responder à questão.. apresentava-se sempre . Às vezes é bem difícil explicar... (B) pelo qual. separada. (C) em contrapartida a. (Saúde Uol).. (POLÍCIA CIVIL/SP . já foram registrados cerca de 15 mil casos da doença.. (D) em detrimento de (E) em virtude de. Mas quando alguém fica doente e avisa as autoridades. (E) doença trazida por mosquitos ou aranhas. sem prejuízo do sentido do texto... (E) em cujo o qual. não é bem isso que acontece. (PREFEITURA DE OSASCO/SP .VUNESP/2014) Considere a frase: De 38 países pesquisados. (B) proveitos. Meu amigo lusitano. o Brasil é o segundo mercado em que as empresas têm mais dificuldade para encontrar talentos. descartada.. (TJ-PA . por conta de palavras e gírias comuns no meu Pará e absolutamente sem sentido para ele. (E) desígnios. (D) empecilhos. (A) a despeito de. por (A) obstáculos.MÉDICO PSIQUIATRA . Só este ano.iminentes (D) senso . 07.cumprimento .As palavras destacadas podem ser substituídas. por: (A) no qual. 10..comprimento – iminentes . 08. As subprefeituras e a Vigilância Sanitária dizem que existe um protocolo para identificar os focos de reprodução do mosquito transmissor.laço . (C) problema de saúde a ser tratado pelo poder público. a julgar por. já “água segregada” não poderia ser substituída por “evaporada”. 05. 242 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . pretendendo. o sentido será o mesmo e não afeta sua estrutura. intentando. Lendo o texto e realizando as alterações adequadas. Precisamos de uma preposição que substitua o “em” – “no” = em + o. planejando. Profano= tudo que é estranho à religião. e permanece inalterada independentemente da frase onde está inserida. 02. execução de algo / gesto ou palavra (oral ou escrita) que denota delicadeza. prudência. pois como a reaproveitaríamos? Portanto. cortesia. Lasso: fatigado. superior Iminente: s . Resposta A Eliminemos o item E. Resposta A Epidemia é o termo utilizado quando há um número elevado de pessoas com a mesma doença. Resposta D Questão que exige que o candidato entenda o sentido da palavra em um contexto. 04. Senso: qualidade de sensato. 03. pois define exatamente a contrariedade de sentido entre “profano” e “sagrado”. Resposta C A alternativa “C” é a correta. Resposta B A alternativa “B” é a correta porque “tendo em vista” = aspirando.Respostas 01. Resposta E A expressão “por conta de” pode ser substituída por “em razão de. Portanto. Laço: nó facilmente desatável. tendo em vista. Resposta A A alternativa “A” é a correta. Resposta A A alternativa “A” é a correta porque ao se repetir a preposição de ou sua combinação há a preservação do paralelismo sintático na oração. já que não deve haver artigo após o pronome “cujo”. excelente. em virtude de”. Comprimento: extensão de algo considerado de uma extremidade à outra Cumprimento: ato ou efeito de cumprir. esgotado. A substituição de uma pela outra prejudicaria o entendimento do texto pois estabeleceria uma outra relação (consequência). “haja vista” = tendo em conta. 06. chegamos à Resposta: empecilhos e separada. Resposta B Censo: conjunto de dados estatísticos que informa diferentes características dos habitantes de uma cidade. 10. atenção para com outrem ou ainda agradecimento Eminente: que se destaca por sua qualidade ou importância. 08. a opção correta é “no qual”. É uma expressão que tem uma estrutura semântica invariável. pois mesmo se deslocando o período para o início do parágrafo. um estado ou uma nação. chega-se à conclusão de que “entrave” é algo que atrapalha – poderia ser “obstáculo” ou “empecilho”. destinando-se. Resposta A Alternativa “A” privilégios=prerrogativas=concessões=vantagens dadas ao réu no mundo jurídico. 07. 09. é mesclada de descrições. . enredo. cenário. 243 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . existem alguns modelos de expressão escrita: Descrição – Narração – Dissertação – Carta. necessitamos de técnicas que implicam no domínio de capacidades linguísticas. Frequente emprego de metáforas. Predomínio de atributos. O diálogo direto é frequente. Retrato de pessoas. Descrição Expõe características dos seres ou das coisas. Uso de verbos de ligação. Temos dois momentos: o de formular pensamentos (o que se quer dizer) e o de expressá-los por escrito (o escrever propriamente dito). durante e depois dos acontecimentos (geralmente). Relato de fatos. tempo. ambientes. aponta antes. organizar ideias sobre determinado assunto.3. objetos. Narração Expõe um fato. Presença de narrador. Tem como resultado a imagem física ou psicológica. mas sim. relaciona mudanças de situação. Fazer uma redação. Produção de Texto (Redação) Para escrever uma redação ou um texto. Geralmente. É um tipo de texto sequencial. Apresentação de um conflito. seja ela de que tipo for. não significa apenas escrever de forma correta. É um tipo de texto figurativo. comparações e outras figuras de linguagem. Uso de verbos de ação. apresenta uma visão. E para expressarmos por escrito. personagens. todo texto contém um componente argumentativo. que tenhamos de escolher entre duas coisas . Predomínio da linguagem objetiva. É normalmente escrita em primeira pessoa. analisa. ou seja.1. Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma desvantajosa. explica. Em síntese. não precisamos argumentar. Para compreender claramente o que é um argumento. A argumentação pertence ao domínio da retórica. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva de si mesmo (por exemplo. como a saúde e a doença. avalia. a de um sujeito educado. tem a intenção de convencer. É necessário que se utilize uma linguagem adequada com o tipo de destinatário e que durante a carta não se perca a visão daquele para quem o texto está sendo escrito.C. numa obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de escolher entre duas ou mais coisas”. ou inteligente. com base em uma situação comunicativa determinada. segundo a norma padrão da língua portuguesa escrita. 3. tem o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele propõe. filósofo grego do século lV a. é bom voltar ao que diz Aristóteles. O argumento é mais que isso: como se disse acima. Está presente em todo tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de vista defendidos. ou culto). A Prova de Redação exigirá que o candidato produza um texto argumentativo em prosa. Suponhamos. arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recursos de linguagem. É um tipo de texto argumentativo. classifica. c) fechamento. e sempre visa um tipo de leitor. Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação. b) desenvolvimento ou argumentação. As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a veracidade de um fato. deseja que o que diz seja admitido como verdadeiro.. Defesa de um argumento: a) apresentação de uma tese que será defendida. 244 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . Carta Esse é um tipo de texto que se caracteriza por envolver um remetente e um destinatário. no entanto. em um dos seguintes gêneros: artigo de opinião ou carta argumentativa Argumentação O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informação a alguém. quer ser aceito. A argumentação é o conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir a pessoa a quem a comunicação se destina. é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocutor a crer naquilo que está sendo dito.Dissertação Expõe um tema. a aceitar como verdadeiro o que está sendo transmitido. Prevalece a denotação. Nos Estados Unidos. O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de um fato. 245 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . tantas são as formas de que nos valemos para fazer as pessoas preferirem uma coisa a outra. ou seja. No Brasil. a riqueza e a saúde. confiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma instituição bancária e sua antiguidade. à paixão nacional. Admitidos os dois postulados. porque lá o futebol não é valorizado da mesma forma que no Brasil. a conclusão não é necessária. suas expectativas. deve-se mostrar que ela é a mais desejável. é importante entender bem como eles funcionam. seus valores. precisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. Por exemplo. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada da família real portuguesa ao Brasil. Nesse caso.igualmente vantajosas. A é igual a C. mais desejável que a outra. Tipos de Argumento Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fazer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argumento. É preciso acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor. Não se pode convencer um auditório pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomina. pretende demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das premissas propostas. a mais provável. O poder persuasivo de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalorizado numa dada cultura. Então: C é igual a A. Exemplo: Argumento de Autoridade É a citação. No raciocínio lógico. as conclusões não dependem de crenças. Por isso. Outro exemplo: Todo ruminante é um mamífero. será tanto mais fácil quanto mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças. Já vimos diversas características dos argumentos. que pode ser individual ou coletivo. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera positivas. O argumento pode então ser definido como qualquer recurso que torna uma coisa mais desejável que outra. entre duas teses. essa associação certamente não surtiria efeito. Portanto é provável que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que outro fundado há dois ou três anos. Por isso. por isso. a mais plausível. Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer que. A vaca é um ruminante. ao gol. a publicidade da cerveja vem com frequência associada ao futebol. Esse recurso produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor do texto a respeito do assunto de que está . de afirmações de pessoas reconhecidas pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber. a vaca é um mamífero. Logo. Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase impossível. as coisas são diferentes. no texto. ele estará dizendo-nos que um banco com quase dois séculos de existência é sólido e. que se deduz obrigatoriamente dos postulados admitidos. de uma maneira de ver o mundo. o auditório. a conclusão também será verdadeira. para servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. esta tem peso argumentativo na afirmação da confiabilidade de um banco. uma é mais provável que a outra. Nele. Isso significa que ele atua no domínio do preferível. No domínio da argumentação. O primeiro opera no domínio do necessário. é preferível à outra. um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: A é igual a B. obrigatoriamente. a conclusão é. mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o enunciador está propondo. não é obrigatória. mas apenas do encadeamento de premissas e conclusões. que C é igual a A. mais possível que a outra. Admitidas como verdadeiras as duas premissas. Vários são os defeitos que concorrem para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do tema proposto. cair em contradição. depoimentos. são aceitas como verdadeiras e. Fundamenta-se em afirmações que. os jornais diziam que o exército americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. que é apenas possível.) ou provas concretas. p. a menos que o objetivo do texto seja comprovar alguma delas. o que tem maior número de adeptos. Por exemplo. Argumento de Quantidade É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior número de pessoas.” Quem disse a frase aí de cima não fui eu. 5-2 A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais importante do que o conhecimento. uma coisa vem antes da outra: sem imaginação. Em nossa época. por exemplo. Durante a invasão do Iraque. Essa afirmação. A citação precisa ser pertinente e verdadeira. Parte da ideia de que o consenso. numa determinada época. ganhava credibilidade. de navios. eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os elementos. corresponde ao indiscutível. etc. plausíveis. o que tem maior duração. Foi Einstein. portanto. Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente aceito do que um texto incoerente. ilustrar afirmações gerais com fatos inadequados. são consensuais. Nesse tipo de argumento. estabelece-se uma relação de identidade lógica. Se um físico de renome mundial disse isso. implicação. o que existe em maior número. é melhor do que aquilo que não desfruta dele. corre-se o risco de passar dos argumentos válidos para os lugares-comuns. então as pessoas devem acreditar que é verdade. os preconceitos e as frases carentes de qualquer base científica. Entretanto. não fazer do texto um amontoado de citações. diversamente dos raciocínios lógicos. Exemplo: “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.tratando. no entanto. “B é igual a C”. possíveis.. o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. por exemplo. gravações. “então A é igual a C”. analogia. mas uma identidade provável. ao verdadeiro e. Nunca o inverso. identidade. etc. Argumento do Consenso É uma variante do argumento de quantidade. Esses raciocínios são chamados quase lógicos porque. 30/8/1993. No entanto. . estatísticas. dá ao texto a garantia do autor citado. incluem-se as provas documentais (fotos. A sabedoria popular enuncia o argumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. dispensam comprovações. porém. quando se diz “A é igual a B”. Para ele. narrar um fato e dele extrair generalizações indevidas.. Paulo. mas sim instituir relações prováveis. Ao confiar no consenso. O fundamento desse tipo de argumento é que mais = melhor. não há conhecimento. tirar conclusões que não se fundamentam nos dados apresentados. É preciso. A publicidade faz largo uso do argumento de quantidade. portanto. Argumento de Existência É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas provável. de carros de combate. Argumento quase lógico É aquele que opera com base nas relações lógicas. sem ser acompanhada de provas concretas. In: Folha de S. etc. Alex José Periscinoto. mesmo que equivocado. as afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. poderia ser vista como propagandística. que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. 246 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . quando documentada pela comparação do número de canhões.. quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” não se institui uma identidade lógica. Para levar o auditório a aderir a ela. etc. como causa e efeito. degradação do meio ambiente. a publicidade usa. Por mais neutro que pretenda ser. que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrário. celebridades recomendando prédios residenciais. que leva em conta os componentes envolvidos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação. pode ser usada pelo agressor e pelo agredido. paradoxalmente. o assunto. fora do contexto adequado. de mostrar sua grandeza.Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em conta o caráter invasivo de alguns exames. etc). por conseguinte. São noções confusas. Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde de uma personalidade pública. Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tratamos de alguns tipos de argumentação. Quando se diz “Todos os políticos são ladrões”. 247 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . etc. porque ninguém fala para não ser levado a sério. com base no fato de que o consumidor tende a associar o produto anunciado com atributos da celebridade. não teria escolhido esse fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até.) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas (como . justiça. . um jornalista. que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada. pois esta produziria certa estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico: . mas a primeira seria infinitamente mais adequada para a persuasão do que a segunda. como paz. A orientação argumentativa é certa direção que o falante traça para seu texto. Veja: “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras trocavam abraços afetuosos. todo texto tem uma função argumentativa. . A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situação concreta do texto. Como dissemos antes.. de ridicularizá-lo ou. produtos de beleza. para ser desmentido: em todo ato de comunicação deseja-se influenciar alguém. honestidade. alimentos estéticos. vamos citar outros: . democracia) ou vir carregadas de valor negativo (autoritarismo.Emprego de noções científicas sem nenhum rigor. por exemplo. etc.. . Convém ainda alertar que não se convence ninguém com manifestações de sinceridade do autor (como eu. o mais raro é melhor que o comum. escolhendo determinadas palavras e não outra. sem o significado apropriado. basta um único exemplo de político honesto para destruir o argumento. da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite que outras crescam”. deve produzir um texto em que se pode confiar. ao contrário.Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque alguns deles são barras-pesadas.” O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras e sogras não se toleram. omitindo certos episódios e revelando outros.Argumento do Atributo É aquele que considera melhor o que tem proriedades típicas daquilo que é mais valorizado socialmente. a rigor. ao falar de um homem público. Ele poderia fazê-lo das duas maneiras indicadas abaixo. a equipe médica houve por bem determinar o internamento do governador pelo período de três dias. Essas palavras podem ter valor positivo (paz. corrupção). que não costumo mentir. por exemplo. A utilização da variante culta e formal da língua que o produtor do texto conhece a norma linguística socialmente mais valorizada e. o que é mais refinado é melhor que o que é mais grosseiro. Uma variante do argumento de atributo é o argumento da competência linguística..Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão amplo. que. um texto tem sempre uma orientação argumentativa. com muita frequência. significa “ação de um Estado visando a reduzir outros à sua dependência política e econômica”. vulgarizando-as e atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso. O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto dando destaque a uns fatos e não a outros. a partir de hoje. em que o termo imperialismo é descabido. injustiça.Uso de afirmações tão amplas. que podem ser derrubadas por um único contra-exemplo. Por esse motivo. para ser ridicularizado. pode ter a intenção de criticá-lo. Não fosse assim. a gente botou o governador no hospital por três dias. 4 de fevereiro de 2001. Nesse sentido é que se diz que o modo de dizer dá confiabilidade ao que se diz. uma vez que. Por exemplo. e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões verdadeiras. verdade e evidência são a mesma coisa. autenticidade e verdade. Desse ponto de vista.divisão ou análise. O método dialético não envolve apenas questões ideológicas. enumerar todos os seus elementos e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução. manifestam-se na ação. muitas vezes. é claro. é fundamental para a argumentação dos trabalhos acadêmicos. os motivos. A argumentação tem a finalidade de persuadir. por meio de deduções. creio firmemente. o enunciador deve construir um texto que revele isso. é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e seus respectivos argumentos. imaginar um interlocutor que adote a posição totalmente contrária.enumeração. 248 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . para confrontar argumentos e posições. argumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões válidas. que parte do simples para o complexo. Para ele. antagônicos. é evidente. . . ao passo que a outra é informativa. com base em premissas. sinceridade e certeza. Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argumentativa. é fundamental determinar o problema. da contradição inerente ao fenômeno em questão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade. o que implica a liberdade de pensamento. etc). Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um ponto de vista. a conclusão final. afirmo com toda a certeza. como a inflexão de voz. dividi-lo em partes. Na persuasão válida. A lógica cartesiana. como se procede no método dialético. com o emprego de "apelações". com o objetivo de persuadir. criou o método de raciocínio silogístico. . baseado na dedução. Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades. começando-se pelas proposições mais simples até alcançar. geradoras de polêmicas. Como sempre. Para a linha de raciocínio cartesiana. essa capacidade aprende-se com a prática. É necessária também a exposição dos fundamentos. debate. uma série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca da verdade: . A persuasão pode ser válida e não válida. Persuadir é um processo de convencimento. a escolha dos dados levantados. Esta exige argumentação. . essas qualidades não se prometem. questionamento. Argumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para chegar à conclusão. os porquês da defesa de um ponto de vista. Descartes propôs quatro regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais. até os nossos dias. apelos subliminares. acompanhado de certa fundamentação.refutação: argumentos e razões contra a argumentação oposta. simplificando-os. é óbvio. ordenar os conceitos. a adoção de um ponto de vista na dissertação. Uma discussão impõe. em seu texto. razões a favor e contra uma ideia.contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresentaria contra a argumentação proposta. Na verdade. Para discutir um tema. Descartes (1596-1650). e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio empregado na argumentação. desde que o assunto seja pesquisado em partes. . Em outros termos. Um bom exercício para aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvolver as seguintes habilidades: . a maneira de expô-los no texto já revelam uma "tomada de posição". A liberdade de questionar é fundamental. expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou proposição. questionamento. a análise de argumentos opostos. expositiva e argumentativa. Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de sua ação recíproca. ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. porém. Em vez de prometer. filósofo e pensador francês. apresenta dados sem a intenção de convencer. a dissertação pode ser definida como discussão. levar a pessoa a que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. com isso. A persuasão não válida apoia-se em argumentos subjetivos. portanto. . a mímica e até o choro. a possibilidade de discordar ou concordar parcialmente.ordem ou dedução. que inclui a argumentação.estou certo. por meio da argumentação. de modo a influenciar seu pensamento e seu comportamento.evidência. é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia. A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer verdadeiro aquilo que se diz num texto e. chantagens sentimentais. A argumentação está presente em qualquer tipo de discurso.argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma ideia ou fato. no qual se procura convencer os outros. mas não é suficiente para organizar um texto dissertativo. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o encadeamento das ideias. nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Redentor.Lógico. Segundo esse método. a ignorância da causa. do particular para o geral. As três proposições são encadeadas de tal forma. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou infundadas. 249 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . que a conclusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa maior deve ser universal. maior e menor. e a indução. mas a conclusão pode ser falsa. quando o sofisma não tem essas intenções propositais. que parte do geral para o particular. raciocínio baseado nas regras cartesianas. o silogismo pode ser válido e verdadeiro.Você concorda que possui uma coisa que não perdeu? . toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor..A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão e a incompreensão. concordo. pode-se chegar à previsão ou determinação de fenômenos particulares. indispensável para o processo dedutivo. (particular) Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. o calor dilata metais (geral. A expressão formal do método dedutivo é o silogismo. baseia-se em uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à conclusão. a falsa analogia são algumas causas do sofisma. Encontra-se um exemplo simples de sofisma no seguinte diálogo: . Exemplo: O calor dilata o ferro (particular) O calor dilata o bronze (particular) O calor dilata o cobre (particular) O ferro. parte de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais. e a conclusão. de verdades universais. Tem-se. nenhum.Claro que não! . que vai do particular para o geral. Logo. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. fulano é professor (geral – conclusão falsa) Indução O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. desse modo. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos. universal) Quanto a seus aspectos formais. desconhecidos. o sofisma. uma divisão incompleta. A forma de argumentação mais empregada na redação acadêmica é o silogismo. A dedução é o caminho das consequências. o cobre são metais Logo. costuma-se chamar esse processo de argumentação de paralogismo. o bronze. a conclusão será verdadeira se as duas premissas também o forem. baseia-se em uma conexão ascendente.. Exemplo: Todo homem é mortal (premissa maior = geral. Uma definição inexata. emprega todo. Fulano é mortal (conclusão) A indução percorre o caminho inverso ao da dedução. Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silogística). partindo-se de teorias gerais. Nem todas as pessoas que têm diploma são professores. A "simples inspeção" é a ausência de . O sofisma pressupõe má fé. universal) Fulano tem um diploma (particular) Logo. (particular) Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. pois alguns não caracteriza a universalidade. . pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclusão falsa. ou seja. O percurso do raciocínio vai da causa para o efeito. intenção deliberada de enganar ou levar ao erro. as constatações particulares levam às leis gerais. Nesse caso.Você perdeu um brilhante de 40 quilates? . (geral – conclusão falsa) Nota-se que as premissas são verdadeiras.Então você possui um brilhante de 40 quilates. que contém três proposições: duas premissas. universal) Fulano é homem (premissa menor = particular) Logo. Exemplos de sofismas: Dedução Todo professor tem um diploma (geral. Relógio. p. barbeador. enquanto a síntese recompõe o todo pela reunião das partes. fatos e fenômenos por suas diferenças e semelhanças. que é a decomposição. em ramos. Se alguém reunisse todas as peças de um relógio. do fato mais importante para o menos importante. pardal. decompor. Estabelecer critérios de classificação das ideias e argumentos. ônibus. porém. é preciso saber como dividir o todo em partes. Mecanismos: Aquecedor. dividir. Leite. reunidas e relacionadas num conjunto. subordens. A elaboração do plano compreende a classificação das partes e subdivisões. Pintassilgo. a classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos. deve-se. Barbeador. Nas ciências naturais. A análise. A análise precede a síntese. a ponto de se confundir uma com a outra. classificação e definição. comparativo. de seu desdobramento e da criação de abordagens possíveis. Só reconstruiria todo se as partes estivessem organizadas. porque pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a pesquisa. Análise e classificação ligam-se intimamente. Segundo Garcia (1973. caminhão. Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabética e pelas afinidades comuns entre eles. Ônibus. Jipe. baseados nos sentimentos não ditados pela razão. primeiro o menos importante e. pressupõe a análise. a síntese. é indispensável que. Veículos: Automóvel. é o processo de reconstrução do todo por meio da integração das partes. é uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de uma redação. relógio. a síntese. (Garcia. existem outros métodos particulares de algumas ciências. A síntese também é importante na escolha dos elementos que farão parte do texto. Síntese. logo na introdução. Toda síntese. pelas características comuns e diferenciadoras. físico-naturais e experimentais. torradeira. pão. a análise parte do todo para as partes. contudo são procedimentos diversos: análise é decomposição e classificação é hierarquisação. que contribuem para a descoberta ou comprovação da verdade: análise. os termos e conceitos sejam definidos. pintassilgo. Síntese: integrar. 302-304. reunir. Além desses. automóvel. é um exemplo de classificação natural. A classificação. a classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou menos arbitrário. A classificação dos variados itens integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial. ordens. seguida uma ordem de relações necessárias. Análise e síntese são dois processos opostos. devidamente combinadas. A análise informal é racional ou total. A análise. recompor. o relógio estaria reconstruído. A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias a respeito do tema proposto. A análise decompõe o todo em partes. no final. classificam-se os seres. pois. p. Caminhão. classes. A análise formal pode ser científica ou experimental. queijo. pois fez apenas um amontoado de partes. por ser uma reconstrução. ainda.300). exige uma decomposição organizada. portanto. Queijo. a classificação estabelece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as partes. 1973. o impacto do mais importante. A análise decompõe o todo em partes. que adaptam os processos de dedução e indução à natureza de uma realidade particular. das partes para o todo. porém. batata. a análise pode ser formal ou informal. no reino animal. ou decrescente. Exemplo: aquecedor. em que os caracteres comuns e diferenciadores são empregados de modo mais ou menos convencional. mas interligados. os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização. leite. não significa que reconstruiu o relógio. que o todo não é uma simples justaposição das partes. então. subsidiários ou não fundamentais. pela ordem de importância. juntar. de certo modo. Torradeira. sabiá. no entanto. é característica das ciências matemáticas. funcionais. Sabe-se. jipe. Pardal. separar. Alimentos: Batata. de antemão. Aves: Canário. síntese. consiste em “discernir” por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de um todo. histórico etc. uma depende da outra. Tanto faz que a ordem seja crescente. 250 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . outros métodos. Pão. Sabiá. canário. expor clara e racionalmente . que leva a pronunciamentos subjetivos.) Para a clareza da dissertação. As operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim relacionadas: Análise: penetrar. para expressar um questionamento. Existem. os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio demonstrativo. é indispensável que haja uma lógica na classificação.análise ou análise superficial dos fatos. ou seja. fora das ciências naturais. gêneros e espécies. que foram abordados anteriormente. sobretudo no âmbito das ciências. a definição é um dos mais importantes. a argumentação é clara e pode reconhecer-se facilmente seus elementos e suas relações. Exemplo: Na frase: O homem é um animal racional Elemento espécie a ser definido classifica-se: diferença específica É muito comum formular definições de maneira defeituosa. mas também os pontos de vista sobre ele. Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clássica. enquanto a conotativa ou metafórica emprega palavras de sentido figurado. uma operação metalinguística que consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a palavra e seus significados. demonstra: a característica que o diferencia dos outros elementos dessa mesma espécie. 251 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . atribui às palavras seu sentido usual ou consensual. As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de paráfrases definitórias. porque a recíproca. Entre os vários processos de exposição de ideias. e também definição expandida. outras vezes. O que distingue o termo definido de outros elementos da mesma espécie. se não estiver acompanhado de uma fundamentação coerente e adequada. verificar se tais elementos são verdadeiros ou falsos. não representa o gênero. Às vezes. Quando a definição. Por isso. chama-se explicação.as posições assumidas e os argumentos que as justificam.deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há.o termo a ser definido. .deve ser breve (contida num só período). isto é. Depois de reconhecer. em seguida. . quando é advérbio de tempo. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada com argumentos válidos. ou seja.o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta ou instalação”. p. por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em partes. auxiliam o julgamento da validade dos fatos. se há coerência e adequação entre seus elementos. “Todo ser vivo é um homem” não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem). Definir é classificar o elemento conforme a espécie a que pertence. ou se há contradição.deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as diferenças).o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os exemplos específicos da coisa definida. O ponto de vista mais lógico e racional do mundo não tem valor. Tão importante é saber formular uma definição. É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição adotada. misturando-se na estrutura do argumento. avaliar se o argumento está expresso corretamente. ou seja. para determinar os "requisitos da definição denotativa”. a espécie.306). A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da linguagem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma ideia. Sempre é fundamental procurar um porquê. palavra ou objeto. a gente é forma coloquial não adequada à redação acadêmica. e suficientemente restritos para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade. Para isso é que . . esclarecer não só o assunto. a definição consta de três elementos: . definição. é preciso aprender a reconhecer os elementos que constituem um argumento: premissas/conclusões. quando se diz que o “triângulo não é um prisma”. A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto.o gênero ou espécie. em verdade. .a diferença específica.deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui definição exata. é muito longa (séries de períodos ou de parágrafos). que se recorre a Garcia (1973. ou o que se pretenda como tal. . Segundo a lógica tradicional aristotélica. as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre. uma razão verdadeira e necessária. a definição deve apresentar os seguintes requisitos: . . A definição científica ou didática é denotativa. Para ser exata. . conforme os dados apresentados. baseados na lógica: causa/efeito.. diz respeito à fé religiosa. mortal. respectivamente. aspira à imortalidade). Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam explicação ou comprovação. aos dogmas (creio. nas grandes cidades. menos que. de maior relevância que. por último. pelo testemunho e pela interpretação. haja vista. Na explicitação por definição. implica apreciação de ordem estética (gosto não se discute). lá. visto que. A explicitação se faz também pela interpretação. então. depois. em virtude de. Admitindo-se que raciocinar é relacionar. em vista de. o enunciador situa os enunciados nela contidos na linha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou justificar um fato ou fenômeno. sucessivamente. em uma sequência de tempo. isto é. assim como. em seguida. no entender de. Para estabelecer contraste. explicitação. é de natureza subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão desconhece). . no leste. melhor que. Na enumeração de fatos em uma sequência de espaço. de fatos. incluem-se: . desse ponto de vista. denomina-se. pela apresentação de causas e consequências. Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação: exemplificação. ainda. ao redor de. no pensamento de.se aprendem os processos de raciocínio por dedução e por indução. chama-se. estatísticos ou documentais. Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de elementos que comprovam uma opinião. Lembre-se que as citações literais no corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. comparação. Ao fazer uma citação. conclui-se que o argumento é um tipo específico de relação entre as premissas e a conclusão. no Estado tal. empregam-se as expressões: mais que. ainda que parece absurdo). ou melhor. no sul. antigamente. por motivo de. além. em que são frequentes as expressões: primeiro.A declaração que expressa uma verdade universal (o homem. antes. depois de. . Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados concretos. atualmente. no passado. Empregam-se também dados estatísticos. ainda. igualmente. uma vez que. tais como a enumeração de pormenores. ali. consequência/causa. São expressões comuns nesse tipo de procedimento: mais importante que. no parecer de. Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é explicar ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio de exemplos. empregam-se as seguintes expressões: cá. hierarquizar afirmações. acompanhados de expressões: considerando os dados. ou seja. são comuns as expressões: da mesma forma. procura-se trazer para o enunciado a credibilidade da autoridade citada. tal como. Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de se estabelecer a comparação. presentemente. pois que. antes de. pelo menos em determinado espaço sociocultural. porquanto. assim.. enumeração. no interior. segundo. usando-se comumente as expressões: porque. consoante as ideias de. acolá. na opinião de. na capital. Esse tipo de argumento tem mais caráter confirmatório que comprobatório.A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postulados e axiomas). . na verdade. por causa de. com a finalidade de comprovar uma ideia ou opinião.Quando escapam ao domínio intelectual. condição/ocorrência. Pode-se alcançar esse objetivo pela definição. hoje. pior que. Faz-se a exemplificação. aí. adiante. superior a. tanto quanto. Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se realiza por meio de argumentos racionais. segundo. pois seu conteúdo é aceito como válido por consenso. Dessa maneira. Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se: Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afirmação. 252 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . perto de. Nesse caso. nos testemunhos são comuns as expressões: conforme. empregam-se expressões como: quer dizer. em que são comuns as seguintes expressões: parece. Na analogia. escolhendo as que poderão ser aproveitadas no texto.apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvolvimento tecnológico.indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico. . ou seja. que poderia ser mais ou menos a seguinte: Introdução . ou seja. discutem-se opiniões. que "o controle demográfico produz o desenvolvimento". Exemplo clássico é a contra-argumentação do cordeiro. apreciações que expressam opiniões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada. restringindo-se a universalidade da afirmação. transformá-lo em interrogação.Fatos não se discutem. Desenvolvimento . . porém.função social da ciência e da tecnologia. . Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em desautorizar dados reais. pode ser contestada por meio da contra-argumentação ou refutação. que podem ser analisadas e adaptadas ao desenvolvimento de outros temas.Fazer um esboço do Plano de Redação.a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologicamente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países subdesenvolvidos. As declarações. e só os fatos provam. criando um argumento básico. . e. . sua relação com o tema e com o argumento básico. julgamento. na conhecida fábula "O lobo e o cordeiro". organizando uma sequência na apresentação das ideias selecionadas.Fazer uma seleção das ideias pertinentes. São vários os processos de contra-argumentação: Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstrando o absurdo da consequência. apresentando-se. dar o porquê da resposta. mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. justificar. um dos roteiros possíveis para desenvolver um tema. Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consiste em refutar um argumento empregando os testemunhos de autoridade que contrariam a afirmação apresentada. fazer uma coleta de ideias que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias podem ser listadas livremente ou organizadas como causa e consequência). obedecendo às partes principais da estrutura do texto. . . então. Em resumo toda afirmação ou juízo que expresse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na evidência dos fatos. essas ideias transformam-se em argumentos auxiliares. 253 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES . por meio de dados estatísticos. pronunciamentos. se na argumentação afirmou-se. demonstrando que o enunciador baseou-se em dados corretos. em seguida. aquela que se julga verdadeira. validade dos argumentos.Refletir sobre o contexto. responder a interrogação (assumir um ponto de vista). Elege-se um tema. pensar a forma de refutação que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la (rever tipos de argumentação). . Por exemplo.Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e construir uma contra-argumentação. Apresentam-se aqui sugestões. Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução tecnológica . .Questionar o tema. Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opinião pessoal subjetiva do enunciador.definições de ciência e tecnologia. Para contra-argumentar. pois se baseia em uma relação de causa-efeito difícil de ser comprovada.como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as condições de vida no mundo atual. afirma-se que a conclusão é inconsequente. Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses para eliminá-las. . propõe-se uma relação inversa: "o desenvolvimento é que gera o controle demográfico".Analisar as ideias anotadas. se acompanhada de provas. que explicam e corroboram a ideia do argumento básico. sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a elaboração de um Plano de Redação. O artigo de opinião é fundamentado em impressões pessoais do autor do texto e. .analisar as condições atuais de vida nos grandes centros urbanos. espectadores e leitores. e desenvolva-os. Artigo de Opinião Segundo Marina Cabral. entre os que anotou.a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/consequências maléficas. Para produzir um bom artigo de opinião é aconselhável seguir algumas orientações. Nos gêneros argumentativos. releia e observe se nele você se posiciona claramente sobre o tema..síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos apresentados. . precisa apresentar bons argumentos. Naturalmente esse não é o único. por isso. para isso.enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social. nos jornais. g) Formate seu texto em colunas e coloque entre elas uma chamada (um importante e pequeno trecho do seu texto). apontar semelhanças e diferenças. Observe: a) Após a leitura de vários pontos de vista. ou confirme a ideia principal. . temas polêmicos que exigem uma posição por parte dos ouvintes. . nem o melhor plano de redação: é um dos possíveis. leve em consideração o interlocutor: quem irá ler a sua produção. A linguagem deve ser adequada ao gênero e ao perfil do público leitor. . são fáceis de contestar. é comum encontrar circulando no rádio. por fim. nas revistas. se a ideia está fundamentada em argumentos fortes e se estão bem desenvolvidos. pois em algum momento poderão surgir oportunidades ou necessidades de expor ideias pessoais através da escrita. anote num papel os argumentos que mais lhe agradam. c) Escolha os argumentos. se a linguagem está adequada ao gênero. que consistem em verdades e opiniões. se o texto apresenta título e se é convidativo e. que podem fundamentar a ideia principal do texto de modo mais consciente. se necessário. 254 1131168 E-book gerado especialmente para MARIA JUCIENE LIMA CHAVES .como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar mais a sociedade. É importante estar preparado para produzir esse tipo de texto.comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do passado. o autor geralmente apresenta seu ponto de vista sobre o tema em questão através do artigo de opinião. o autor geralmente tem a intenção de convencer seus interlocutores e. Reescreva-o. h) Após o término do texto. b) Ao compor seu texto. na TV. d) Pense num enunciado capaz de expressar a ideia principal que pretende defender. por isso. ou faça uma citação de algum escritor ou alguém importante na área relativa ao tema debatido. f) Crie um título que desperte o interesse e a curiosidade do leitor. observe se o texto como um todo é persuasivo. e) Pense na melhor forma possível de concluir seu texto: retome o que foi exposto. Conclusão . eles podem ser úteis para fundamentar o ponto de vista que você irá desenvolver.